SLIDES de SEMIOTICA APLICADA [Modo de Compatibilidade]

Transcrição

SLIDES de SEMIOTICA APLICADA [Modo de Compatibilidade]
A SEMIÓTICA
SEGUNDO PEIRCE
SANTAELLA, Lucia. Semiótica
aplicada. SP: Pioneira, 2004.
Teorias dos signos – UNEB
Lidiane Lima
A TEORIA DOS SIGNOS:
Três origens: EUA (1), Europa
Ocidental e União Soviética
(1) SEMIÓTICA (teoria lógica, filosófica e
científica da linguagem):
Charles Sanders Peirce
A semiótica como parte da
fenomenologia
quase-ciência que investiga os modos
como apreendemos qualquer coisa que
aparece à nossa mente (fenômeno).
RAMOS DA SEMIIÓTICA:
Gramática especulativa (ciência geral dos
signos): tipos de signo
Lógica crítica: tipos de raciocínios estruturados
através de signos
Metodêutica/Retórica especulativa: métodos
originados pelos tipos de raciocínios (ciências)
Para uma análise SEMIÓTICA...
Necessidade de diálogo com teorias mais
específicas dos processos de signos que estão
sendo examinados.
Necessidade de um conhecimento histórico,
teórico e prático para detectar as marcas que o
contexto deixa na mensagem.
Se o repertório de informações do receptor é muito
baixo, a semiótica não pode realizar para ele o milagre
de fazê-lo produzir interpretações que vão além do
senso comum.
O signo substitui uma coisa por outra
diferente.
O signo é QUALQUER COISA que
represente outra coisa, produzindo um
efeito interpretativo em uma mente real
ou potencial .
Ex.: grito, filme que nasce de um romance,
o próprio romance, e-mail, desenho...
SIGNO: mediador entre OBJETO e
INTERPRETANTE
Ex. O leitor de um livro só tem acesso ao objeto
do signo, àquilo que o romance representa,
pela mediação do signo
SIGNO
OBJETO
INTERPRETANTE
Interpretante: processo relacional que
se cria na mente do intérprete – efeito –
outro signo
OBS.: os efeitos interpretativos dependem diretamente
do modo como o signo representa seu objeto.
PRIMEIRIDADE (o que há no fenômeno
enquanto qualidade, originalidade,
possibilidade…); SECUNDIDADE
(dualidade, ação e reação, aqui e agora…);
TERCEIRIDADE (generalidade,
continuidade, inteligência…)
Peirce estabeleceu uma REDE DE
CLASSIFICAÇÃO TRIÁDICA dos tipos
possíveis de signo:
10 tricotomias do signo
64 classes de signo
As 3 mais exploradas:
Relação do signo consigo mesmo
Relação do signo com o objeto que representa
Relação do signo com seu interpretante
Natureza triádica do signo
O SIGNO pode ser analisado:
Em
si mesmo, nas suas propriedades
internas – Teoria da significação;
Na
sua referência àquilo que ele
indica, se refere ou representa – Teoria da
objetivação;
Nos
tipos de efeitos que está apto a
produzir nos seus receptores – Teoria da
interpretação.
3 tipos de fundamentos/
propriedades do signo
Três aspectos inseparáveis...
...Propriedades que as coisas exibem;
... Que permitem que elas funcionem como signos;
1. Qualidade - QUALI-SIGNO
O puro fato de ser. Ex.: o azul claro
Aquilo que apela para a nossa sensibilidade e
sensoridade.
O signo diz o que diz, antes de tudo, através do modo
como aparece, tão somente através de suas
qualidades.
2. Existência - SIN-SIGNO
Singularidades do existente
Significações latentes na forma de vestir etc.
Ex.: relógio descolorido pelo sol
3. Lei - LEGI-SIGNO
Extrair de um determinado fenômeno aquilo
que ele tem em comum com todos os outros
com que compõe uma classe geral.
Convenções sociais que fazem com que esses
signos devam representar seus objetos.
A que o signo se refere?
O que ele representa?
O OBJETO IMEDIATO
(modo como o que é
representado está
presente no signo)
Enquadramento e
ângulo; recorte do
OBJETO DINÂMICO
Como OS SIGNOS SE REPORTAM AOS
SEUS OBJETOS DINÂMICOS
Quali-signos icônicos: representam por
sugestão, semelhança.
As referências do ÍCONE são abertas,
ambíguas, indeterminadas.
Elas dependem do campo associativo por
similaridade, que os quali-signos despertam na
mente do intérprete.
Sin-signo indicial: indica uma outra coisa a
qual está ligado
No ÍNDICE, a referencialidade é direta e pouco
ambígua.
Imagem: signos híbridos
Legi-signo simbólico: representa por uma lei,
convenção, pacto coletivo
O exame do SÍMBOLO nos conduz para um
vasto campo de referências, que incluem os
costumes e valores coletivos e todos os tipos de
padrões estéticos, comportamentais, de
expectativas sociais etc.
Relação do signo com o
interpretante
É nesse ponto que o signo age efetivamente como signo.
INTERPRETANTE IMEDIATO: latente. Potencial
que o signo tem de possuir certos efeitos. Interno
ao signo (nível das possibilidades)
INTERPRETANTE DINÂMICO: efeito em uma
mente interpretadora singular.
INTERPRETANTE FINAL: teor coletivo da
interpretação, um limite ideal, mas inatingível
Níveis interpretativos que os
signos produzem no intérprete
Emocional: qualidade de sentimento
Energético: quando o signo nos impele
a uma ação física ou mental
Lógico: conhecimento.
Ex.: o intérprete da música, sem
conhecimento musical, fica sob o domínio
do interpretante emocional ou energético.
Na relação do signo com o
interpretante, o signo pode
ser assim classificado:
REMA: não vai além de
uma conjectura, uma
hipótese
DICENTE: percepção
da existência real
ARGUMENTO: lei,
base do argumento em
sequências lógicas.
Ex. Esta explicação
EXERCÍCIO DE ANÁLISE
“Diante de um processo de signos
que se quer ler semioticamente, o
primeiro passo a ser dado é o
fenomenológico:
contemplar,
então discriminar e, por fim,
generalizar em correspondência
com as categorias da primeiridade,
secundidade e terceiridade” (p 29).