Apostila de Informativos Técnicos

Transcrição

Apostila de Informativos Técnicos
INFORMATIVOS TÉCNICOS
Versão de Teste
VFS15
1
SUMARIO
Informativos Técnicos – Inversor VFS15 ............................................................................................. 3
1.Função Parada de Emergência (Safe Torque Off) ............................................................................... 3
1.1 Local/Remoto com a RKP007Z ....................................................................................................4
1.2 Monitoração de variáveis ........................................................................................................... 5
1.3 Ligação Monofásica – Inversores de Frequência ............................................................................... 7
1.4 Operação a três Fios ................................................................................................................ 8
1.5 Inversor de Frequência com motor Spindle ..................................................................................... 9
1.6 Função EEPROM (Memoriza Parâmetros) .................................................................................... 10
1.7 Função GRU (Grupo Usuário – Função Histórico) .......................................................................... 11
1.8 Alimentação do inversor pelo circuito CC ...................................................................................... 12
1.9 Sinais analógicos – 0-10V e 4-20mA ........................................................................................... 14
2. Função Auto-Tunning ou Auto-Ajuste do Inversor ............................................................................. 15
2.1 Frenagem Dinâmica - “db” [db] Travamento do Eixo do Motor por Tempo definido .................................. 16
2.2Função Parada Livre - “Coast Stop” ............................................................................................. 17
2.3 Sincronismo Mestre-Escravo no VFNC3 ....................................................................................... 18
2.4 Função EASY ...................................................................................................................... 19
2.5 Comparação de sinais analógicos no VFS15 ................................................................................. 21
2.6 Reforço de Torque utilizando uma Entrada Analógica....................................................................... 22
2.7 Configurando Entrada de Pulso do VFS15 .................................................................................... 24
2.8 Ciclo de Operação (CLP Incorporado) – S15 ................................................................................. 26
2.9 VFS15 para Elevação ............................................................................................................. 29
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Informativos Técnicos – Inversor VFS15
VFS15
1. Função Parada de Emergência (Safe Torque Off)
Os inversores TOSHIBA possuem a função parada livre (Coast Stop), esta que é similar a função
safe torque off, conforme a norma de segurança para sistemas mecânicos EN 60204-1, visando
que quando for acionado o botão de emergência o processo entra em uma parada por inércia e
fica impedido a geração de qualquer tensão que possa dar continuidade ao ciclo de operação da
máquina. Alem disso os inversores possuem outros modos de parada de emergência como,
rampa de desaceleração ou frenagem DC, se enquadrando na norma IEC/EN61800-5-2 e
EN954-1.
•
O inversor TOSHIBA atende aos requisitos IEC/EN61508 SIL2.
•
O inversor TOSHIBA atende a categoria três da norma de segurança EN954-1 para
sistemas mecânicos.
•
O inversor TOSHIBA suporta os dois métodos de parada definidos no IEC/EN618005-2.
A Seguir veremos como instalar e parametrizar para que os inversores se adéquem a essas
funções:
Para todos os inversores ligue o botão de emergência entre os bornes externos do inversor “S1”
e “CC” como mostramos no esquema abaixo.
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Obs: Qualquer outra entrada digital pode ser usada para obtermos a função “Parada de
Emergência” basta alterar a parametrização de acordo com a entrada que irá utilizar. Nesse
exemplo utilizaremos a entrada digital S1 em todos os casos.
1. A Função parada de emergência será habilitada através de um parâmetro que tem a
finalidade de trocar a função de uma entrada digital, após essa parametrização um
botão contato NF deverá ser instalado na entrada digital que foi alterada.
F114 – 21 (S1 - Parada de Emergência)
Obs: Ao utilizar a função de parada de emergência, você pode ainda escolher o modo de
parada do processo como podemos ver no parâmetro abaixo:
F603 = 1 (Parada por inércia)
2 (Parada por rampa de desaceleração)
3 (Parada por frenagem DC)
1.1 Local/Remoto com a RKP007Z
A IHM RKP007Z faz comunicação com toda a nossa linha de Inversores de Frequência,
porém com os modelos VF-S15/ nC3 e FS1 é possível realizar uma programação para o
comando ser local ou remoto através do toque de somente um botão.
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Parametrização
fmod=1
mod ou 2 (Referência de velocidade pelo borne VIA (1) ou VIB (2))
O botão que realiza a comutação entre Local/Remoto é o LOC/REM, quando pressionado, o
LED verde que fica acima do botão acenderá indicando que o comando está local
(RUN/STOP), quando apagado está em modo remoto.
Lembrando que no comando local a variação de frequência é realizada pelas setas
(cima/baixo) da IHM.
Diagrama típico do comando pelos blocos de terminais VF-S15
1.2 Monitoração de variáveis
Os Inversores de Frequência TOSHIBA possibilitam a monitoração de variáveis no
próprio display do aparelho.
É possível escolher as variáveis a serem monitoradas, porém antes vamos analisar
como funciona o acesso a esta função.
Os Inversores seguem a ordem abaixo:
0.0
Frequência
fr-f
auh
Monitoração
Parâmetros
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Como podemos observar os Inversores trabalham de maneira cíclica. Quando o
aparelho é inicializado aparece 0.0 que é a frequência de saída, apertando o botão MODE
Uma vez aparecerá auh, que é o primeiro parâmetro do inversor, para acessá-lo é
necessário apertar o botão ENTER, ou seta para cima para acessar os outros parâmetros.
Para acessar a monitoração é necessário apertar mais uma vez o botão MODE, onde
aparecerá fr-f, e apertar seta para cima ou girar o potenciômetro para a direita para
decorrer entre as variáveis, lembrando que não é necessário apertar o botão ENTER.
Estas variáveis podem ser escolhidas entre uma lista disponível, onde deverão ser
alterados os parâmetros conforme a tabela referente às variáveis.
f711 = Variável de monit. 01 (Quando aparecer fr-f girar o pot. para a direita uma
vez, esta é a variável referente a este parâmetro).
f712 = Variável de monit. 02 (Quando aparecer fr-f (girar o pot. para a direita duas
vezes)¹
f713 = Variável de monit. 03 (Quando aparecer fr-f (girar o pot. para a direita três
vezes)¹
f714 = Variável de monit. 04 (Quando aparecer fr-f (girar o pot. para a direita quatro
vezes)¹
f715
f715 = Variável de monit. 05 (Quando aparecer fr-f (girar o pot. para a direita cinco
vezes)¹
f716
f716 = Variável de monit. 06 (Quando aparecer fr-f (girar o pot. para a direita seis
vezes)¹
f717
f717 = Variável de monit. 07 (Quando aparecer fr-f (girar o pot. para a direita sete
vezes)¹
f718
f718 = Variável de monit. 08 (Quando aparecer fr-f (girar o pot. para a direita oito
vezes)¹
¹: Os demais parâmetros seguem o mesmo padrão do primeiro.
Exemplo de monitoração da variável Potência de Saída no VF-S15
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Tabela de variáveis
Valores a serem alterados nos parâmetros acima
1.3 Ligação Monofásica – Inversores de Frequência
Em alguns casos é necessário fazer a ligação do inversor trifásico em uma rede
monofásica, seja em 220V, F1+F2, ou o cliente possui um inversor 220V que necessita ser
ligado em uma rede 380/440V, F+N.
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Os inversores de Frequência possibilitam esta ligação, porém a partir de 3HP, os aparelhos
perdem significamente o seu torque, então indicamos colocar uma ou duas potência acima
do nominal para suprir a perda do torque.
Deve-se levar em consideração a carga (normal ou pesada) e a potência. Em potências
altas o correto é colocar duas classes acima e ainda adicionar banco de capacitores para
atender as correntes do motor.
Segue o esquema de ligação das duas situações, F1+F2 (220V) e F+N (380/440V).
Alimentação monofásica:
220V – Fase1+Fase2
380/440V – Fase+Neutro
Fase
R/L1
S/L2
Fase/Neutro
T/L3
U
Inversor de
Frequência
TOSHIBA
Motor
Elétrico
3~
V
W
Fechamento do
motor em 220V
1.4 Operação a três Fios
A operação três fios é utilizada para situações em que a aplicação não possui chave retentiva,
onde é necessário dar um pulso (botão pulsante) nos terminais de comando para colocar o
inversor em operação. Em todos os casos alteramos a função de uma entrada digital para a
função HD (Três fios) para que seja possível operar com botões pulsantes.
Operação a 3 fios elimina contatos de selo
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Abaixo veremos parametrizações e o diagrama de comando para cada inversor utilizando a
operação a três fios.
VFS15
1. Altere os seguintes parâmetros:
CMOD = 0 (Comando pelo bloco de terminais)
F113=
F113 50 (Função HD – operação a 3 fios – no borne RES)
2. Faça ligação conforme figura abaixo:
1.5 Inversor de Frequência com motor Spindle
O que é o motor spindle AC?
Os motores spindle são motores de altas velocidades, ou seja, necessita de altas
freqüências. São utilizados principalmente em máquinas de usinagem manuais e CNC,
polimento, etc. Estes motores variam de 6.000RPM até 40.000RPM, dependendo do
fabricante e da aplicação. Geralmente estes motores possuem alta velocidade com baixo
torque. A refrigeração pode ser realizada através da ventoinha traseira acoplada no eixo
(auto ventilado), ar comprimido, ventoinha elétrica ou por meio líquido.
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Qual é a função do Inversor de Frequência?
A utilização do Inversor de Frequência faz-se necessário para aumentar a rotação, ou seja,
a frequência, pois a frequência da rede brasilera é de 60Hz e estes motores trabalham de
200 até 500Hz.
Nos Inversores de Frequência TOSHIBA é necessário alterar os seguintes parâmetros:
vl=
vl 200.0 (Programar a frequência nominal do motor spindle AC, no exemplo 200Hz)
Obs.: Caso seja
programado um valor abaixo da frequência nominal, poderá
ocorrer a queima do motor.
fh=
fh 200.0 (Programar a frequência máxima desejada, geralmente igual ao parâmetro vl)
ul=
ul 200.0 (Programar a mesma frequência do parâmetro fh)
Após realizar estas parametrizações, agora iremos realizar o AUTO-TUNING, que é a
detecção automática das características elétricas do motor. Seguir a parametrização de
acordo com a ordem abaixo:
1.6 Função EEPROM (Memoriza Parâmetros)
Módulo de EEPROM Armazena a parametrização realizado no inversor e garante que a
programação não será perdida, pois tem-se o backup desses parâmetros. Permite transferir
parâmetros armazenados no módulo de memória EEPROM para o inversor e vice-versa.
Benefícios:
Fabricantes de Máquinas: Ótima função para fabricantes de máquinas, pois evita
despesas com viagens de técnicos e possibilita ter sempre a programação da máquina
segura.
Usuário Final: Reduz as horas com máquina parada, auxilia nas informações em trocas de
turno e também possibilita uma segurança caso algum operador de máquina altere algum
parâmetro, você terá sempre a programação correta salva na memória EEPROM.
Abaixo veremos a programação:
1. Realize a parametrização completa de acordo com sua aplicação, utilizando
todos os parâmetros necessários.
2. Após realizar a parametrização completa, entre no parâmetro TYP e
programe-o com o valor “7” que significa “Salvar programação do usuário”
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3. Nesse momento você já possui a sua parametrização salva e segura, caso
alguma coisa aconteça e seja necessário o reset de fábrica dos parâmetros,
ou então se alterar algum parâmetro e começar a encontrar problemas em
sua aplicação. Entre no parâmetro TYP e programe-o com o valor “8” que
significa “Carregar programação do usuário”
Função Memória EEPROM evita despesas com viagens de técnicos
1.7 Função GRU (Grupo Usuário – Função Histórico)
A função GRU tem como objetivo informar todos os últimos parâmetros que foram alterados
no inversor, todos os inversores TOSHIBA possuem essa função de fácil acesso que
simplifica a procura de erros na programação.
Abaixo veremos a como devemos proceder:
1. Quando surgir a necessidade de saber os últimos parâmetros que foram
alterados no inversor, aperte a tecla MODE e procure o parâmetro GRU e
aperte ENTER.
2. Assim que entrar no parâmetro GRU aparecerá no display U---que é
utilizado para separar um parâmetro e o seu respectivo valor, de um outro
parâmetro.
3. Então aperte ENTER e aparecerá um parâmetro, anote-o e em seguida
aperte a tecla ENTER novamente e então o valor que foi setado esse
parâmetro aparecerá no display.
4. Aperte ENTER mais uma vez e novamente aparecerá a mensagem U--- que
significa a separação de parâmetros e continuando dessa forma sucessivamente
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até aparecer no display o parâmetro GRU novamente, significa que todos os
parâmetros alterados já foram visualizados. Dessa forma você tem em mãos todos
os parâmetros alterados no seu inversor, fica muito mais fácil de fazer uma análise
junto ao manual para verificar possíveis erros de parametrização ou até mesmo
simplifica o pedido de um suporte técnico.
1.8 Alimentação do inversor pelo circuito CC
Existem aplicações na qual o cliente possui tensão CC em seu pátio fabril e necessita
utilizá-la para energizar o Inversor de Frequência e sair tensão AC, para alimentar o motor
elétrico trifásico. Agora vejamos algumas definições.
O que é tensão CC?
Tensão CC significa tensão em corrente contínua, ou seja, não existe variação na frequência.
Os elétrons matem o fluxo ordenado e sempre em uma mesma direção. Como exemplo de
geradores de tensão CC temos as pilhas (1,2V e 1,5V) e baterias (9V, 12V e 24Vcc), porém
a concessionária de energia elétrica pode aumentar esta tensão para valores maiores. Este
tipo de tensão possui dois pólos bem definidos (+) positivo e (-) negativo. Abaixo o gráfico
característico da tensão DC.
O benefício da tensão CC em relação a tensão CA é que a tensão CC é mais fácil de
controlar, porém mais difícil de produzir, custo mais elevado na conta de energia elétrica e
equipamentos com dimensionais construtivos maiores.
O que é tensão CA?
A tensão CA, mais conhecida como tensão alternada, diferentemente da tensão CC
possui variação na frequência, ou seja, ora a corrente/tensão esta positiva e ora esta
negativa, de acordo com a variação do tempo. É uma fonte de tensão mais fácil de produzir
(usinas hidroelétricas, eólicas, termoelétricas, etc.) e mais utilizado, nas residências de todo
território nacional e em 90% das fábricas. Vejamos o gráfico característico da tensão
alternada.
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Onda Senoidal da tensão alternada
Os benefícios da tensão CA em relação a tensão CC são:
• Custo mais barato;
• Fácil transmissão;
• Fácil produção;
• Equipamentos mais compactos e de fácil substituição, etc.
Como alimentar o inversor pela Tensão Contínua?
Usualmente o Inversor de Frequência é alimentado pela tensão CA, que passa pela
ponte retificadora, alimenta o banco de capacitores, já transformado em tensão CC, que por
fim energiza os módulos IGBT’s, transforma em CA de novo. Quando é realizada a
alimentação CC, energizamos diretamente o banco de capacitores, conforme figura abaixo.
R/L1
S/L2
T/L3
U
Inversor de
Frequência
TOSHIBA
PA
+
PC
Motor
Elétrico
3~
V
W
Fechamento do
motor em 220V
ou 380/440V
-
Alimentação CC:
Vcc = Vca x √2
Vcc: Tensão contínua
Vca: Tensão alternada da Rede
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•
•
•
Tensões de alimentação CC:
227 Vca = 320 Vcc
380 Vca = 536 Vcc
440 Vca = 620 Vcc
A tensão do fechamento do motor deve ser igual a tensão CA do Inversor de
Frequência.
A potência da Fonte CC (kVA) deve ser no mínimo igual ou superior a potência
nominal do Inversor de Frequência.
1.9 Sinais analógicos – 0-10V e 4-20mA
Os Inversores de Frequência possibilitam a entradas/saídas analógicas de referência
de 0-10V e 4-20mA, neste documento vamos explicar como realizar a programação e ajuste
desta função em cada um dos nossos inversores. Vamos começar com as entrada
analógicas.
Terminais de entrada: VIA (0-10V), VIB (0-10 e -10-+10V) e VIC (4-20mA)
Parâmetro referente à entrada analógica VIB: f107=
107 0 (Entrada de 0-10V)
1 (Entrada de -10-+10V)
Entradas Analógicas
Principais parâmetros para ajustes das entradas analógicas:
VIA
f201
f201= 0%
f202
f202= 0.0
operação)
f203
f203= 100%
f204
f204= 60.0
operação)
(Ganho 1 do terminal VIA, 0V)
(Frequência 1 do terminal VIA, geralmente é a frequência mínima de
(Ganho 2 do terminal VIA, 10V)
(Frequência 2 do terminal VIA, geralmente é a frequência máxima de
VIB
f210
(Ganho 1 do terminal VIB, 0V) Obs.: Variação de -100-+100
f210=
10 0%
f211
(Frequência 1 do terminal VIB, geralmente é a frequência mínima de
f211=
11 0.0
operação)
f212
f212=
12 100% (Ganho 2 do terminal VIB, 10V) Obs.: Variação de -100-+100
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f213
f213=
13 60.0
operação)
(Frequência 2 do terminal VIB, geralmente é a frequência máxima de
VIC
f216
f216=
16 20%
f217
f217=
17 0.0
operação)
f218
f218=
18 100%
f219
f219=
19 60.0
operação)
(Ganho 1 do terminal VIC, 4mA) Obs.: 20, ou seja, 20% de 20mA, que é 4mA.
(Frequência 1 do terminal VIC, geralmente é a frequência mínima de
(Ganho 2 do terminal VIC, 20mA)
(Frequência 2 do terminal VIC, geralmente é a frequência máxima de
Lembrando: O terminal CC é o comum da fonte interna do inversor (0V) e deverá ser
interligado, quando utilizado, com o comum da fonte externa.
2. Função Auto-Tunning ou Auto-Ajuste do Inversor
A Função Auto-Tunning ou Auto-Ajuste permite que o inversor configure algumas
constantes do seu software de acordo com dados obtidos do motor elétrico conectado a
ele. O inversor obtém estes dados injetando correntes e tensões no motor parado. Este
auto-ajuste permite que o software do inversor otimize seu desempenho de acordo com
as características específicas de cada motor elétrico conectado ao inversor.
Em toda linha TOSHIBA o parâmetro que habilita o auto-tunning é:
F400(F400)
=2
F400
Mas antes de habilitar o auto-ajuste é necessário inserir no inversor alguns dados de
placa do motor elétrico que está conectado a ele, e estes dados variam de modelo para
modelo de inversor (como mostrado a seguir).
O auto-tunning também deve ser realizado de preferência com o motor em vazio, em
aplicações onde o motor já esteja acoplado à cargas com alta inércia, como a casa de
máquinas de um elevador por exemplo, é preferível manter o padrão de fábrica e não
fazer o auto-ajuste.
Programação:
F405 = KW (Informa a potência em Kw do motor)
F415 = In (Informa a corrente nominal em Ampéres do motor)
F417 = RPM (Informa o RPM nominal do motor)
F400 = 2 (Habilita a função auto-tunning)
Após alterar o parâmetro F400, é necessário mandar o inversor partir o motor, a princípio
o motor não parte e aparece a mensagem Atn1, isto significa que o auto-tunning está
sendo executado, quando a mensagem desaparecer e o motor de fato partir, estará
finalizado o auto-ajuste.
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2.1 Frenagem Dinâmica - “db” [db
db]
db Travamento do Eixo do Motor
por Tempo definido
Aplicação:
Esta Função permite travar o eixo do motor elétrico por alguns segundos, além de ajudar
na desaceleração do motor. É amplamente utilizada em elevadores prediais para evitar
que a cabine do elevador quando chega no andar, desça criando um degrauzinho devido
ao à demora na atuação do freio mecânico do elevador, com esta função eliminamos
este degrau.
Programação:
F250 = 1,0Hz (Configura a Freqüência de início da injeção DC - no caso, quando o motor
desacelera e atinge 1,0Hz, dá-se início a injeção DC – só funciona se F342 = 0);
F251 = 100% (Configura a quantidade de corrente a ser injetada na Frenagem Dinâmica
– no caso, 100% da corrente nominal do Inversor – só funciona se F342 = 0);
F252 = 2,0s (Configura o tempo de duração da Frenagem Dinâmica – no caso, 2
segundos – só funciona se F342 = 0);
F342 = 0 (Configura o modo de funcionamento da frenagem dinâmica):
- em 0 fica desabilitado, neste modo a frenagem dinâmica só funciona durante as
desacelerações conforme descrito acima;
- em 1 habilita lógica de freio (parâmetros F343/F344/F345/F346), só atua na
partida sentido Frente;
- em 2 habilita lógica de freio (parâmetros F343/F344/F345/F346), só atua na
partida sentido Reverso;
- em 3 habilita lógica de freio (parâmetros F343/F344/F345/F346, atua em ambos
os sentidos;
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2.2 Função Parada Livre - “Coast Stop”
A Função Parada Livre “Coast Stop”, consiste em desacoplar eletronicamente o
Inversor do Motor Elétrico a fim de que o motor possa parar livremente pela inércia da
carga acoplada ao seu eixo sem executar a rampa de desaceleração do inversor ou para
que o motor pare instantaneamente pela atuação no seu eixo de um freio mecânico ou
pneumático sem desarmar o inversor. Esta função é muito utilizada em exaustores de
caldeiras de grande porte cujo momento de inércia é muito alto e não requer parada
rápida.
Para habilitar esta função é necessário configurar uma entrada digital do inversor para a
função “ST – Stand By”, alguns inversores já possuem essa entrada digital pronta de
fábrica programada para esta função e outros não.
Funcionamento: Quando a entrada digital programada para a função “ST” estiver
ativada o inversor fica habilitado para operar normalmente, e quando esta entrada é
desativada, o inversor é totalmente desacoplado do motor elétrico, fazendo com que este
pare livremente sem executar a rampa de desaceleração do inversor. Enquanto a
entrada “ST” estiver desativada o inversor permanecerá desabilitado para operar o motor
e a mensagem OFF fica sendo exibida no display.
Estes modelos não possuem uma entrada digital ST pronta de fábrica, desta forma a
função “Stand By” está sempre habilitada virtualmente no parâmetro F110=1(ST). Para
programar a parada livre é necessário alterar os seguintes parâmetros:
CMOD = 0 (habilita comando remoto - entradas digitais F / R / S1 / S2 / S3 etc...)
F110 = 0 (desabilita a função “ST – Stand By”, virtualmente sempre ativada);
F111 = 56 (F + ST = soma a função “ST – Stand By” à função do borne F – Frente);
F112 = 57 (R + ST = soma a função “ST – Stand By” à função do borne R –
Reverso).
Funcionamento: Quando ativamos as entradas F ou R, habilitamos a função ST em
conjunto e o inversor opera normalmente, quando desligamos os bornes F ou R,
desabilitamos a função ST em conjunto e o motor para livremente sem executar a rampa
de desaceleração do inversor, o display do inversor exibe a mensagem OFF todo o
tempo em que F ou R permanecerem desativados.
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2.3 Sincronismo Mestre-Escravo no VFNC3
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2.4 Função EASY
A Tecla EASY tem a função de objetivar a programação, basta apertar a tecla EASY e o
usuário passa a visualizar e alterar somente os parâmetros básicos:
CMOD = (Seleção do modo de comando)
FMOD = (Seleção do modo de ajuste da frequência)
ACC = (Rampa de aceleração)
DEC = (Rampa de desaceleração)
UL = (Frequência limite superior)
LL = (Frequência limite inferior)
THR = (Seleção da característica da proteção termo eletrônica nível 1)
FM = (Ajuste do Medidor da saída analógica)
F701 = (Seleção da unidade de corrente/tensão)
PSEL = (Seleção de visualização dos parâmetros registrados)
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Dessa forma o usuário só terá contato com os parâmetros básicos, porém, essa lista
pode ser alterada e expandida até 32 parâmetros de acordo com a programação
desejada. Veja a seguir como fazê-lo:
A programação para expandir a lista até 32 parâmetros se encontra do F751 ao
F782
Para conseguirmos alterar essa lista devemos procurar o número de comunicação do
parâmetro que queremos na lista de parâmetros:
Por exemplo: Se o usuário quiser colocar o parâmetro PT (Seleção do modo de controle
V/F) na lista de parâmetros, ele deve pegar o numero de comunicação do parâmetro
PT:
Depois de anotar esse número de comunicação, devemos gravar no parâmetro
relacionado à lista (F751 ao F782). A lista pode ser configurada de acordo com a
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aplicação do usuário, apenas seguindo esses procedimentos para adicionar qualquer
outro parâmetro.··.
Note que do parâmetro F751 ao parâmetro F758 já vem com um
ajuste pré-definido que são os parâmetros básicos mencionados acima,
porém eles também podem ser alterados.
OBS: A função Easy corresponde ao parâmetro PSEL
Portanto, se deixarmos o parâmetro PSEL em “0” a função EASY será
desabilitada cada vez que o inversor for desligado. Se programarmos o
PSEL em “1” a função EASY só será desabilitada manualmente e ainda
teremos acesso ao modo standard, e se deixarmos em “2” somente
visualizaremos o modo EASY.
Uma grande diferença que temos entre o S15 e os outros modelos
TOSHIBA é que o VFS15 já possui parametrizações feitas para algumas
aplicações como mostramos abaixo:
Por exemplo, se setarmos o parâmetro AUA em “6” na função easy aparecerá apenas 32
parâmetros relacionado a aplicação de bomba, lembrando que essa lista de parâmetros também
pode ser alterada.
2.5 Comparação de sinais analógicos no VFS15
Em alguns casos faz se necessário comparar dois sinais analógicos para acionar uma
saída, podemos exemplificar com dois sinais de pressão para acionar um motor.
Com o VFS15 podemos eliminar o CLP do sistema. Abaixo seguem os parâmetros para esta
função:
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CMOD=0 (Acionamento por Bloco de Terminais)
FMOD=1 (Terminal VIA)
Agora os parâmetros deverão ser alterados nesta ordem:
F977=0 (Desabilita o My Function)
F130=222 (Habilita a saída RY-RC para trabalhar com o My function. Esperará receber o
comando para acionar a saída)
F900=3035 (Lê entrada VIA como entrada de sinal analógica)
F901=9 (Ativa RY-RC quando o sinal de VIA for maior que VIB)
F902=3036 (Lê entrada VIB como entrada de sinal analógica)
F905=1222 (Indica que a saída RY-RC irá funcionar no My function saída)
F977=2(Habilita My Function)
Quando o sinal de VIA for maior que VIB ele ativará os terminais de saída a relé RY-RC.
2.6 Reforço de Torque utilizando uma Entrada Analógica
Os inversores de frequência da Toshiba possuem um excelente rendimento de torque em
baixas rotações e o inversor S15 traz uma novidade que sugere um reforço de torque
que pode ser ajustado por uma entrada analógica, neste caso é necessário utilizar a
entrada analógica “VIB”. Veja abaixo como é feita a programação e ligação da entrada
analógica.
Esta função de reforço de torque pode ser utilizada apenas quando o controle de torque
é selecionado como constante (Pt=0), variável (Pt=1) e os cinco pontos de torque
(Pt=7) . Abaixo será ilustrado um exemplo para cada controle de torque.
Com o parâmetro PT=0 o controle de torque é constante, note no gráfico que o reforço
de torque (vb) é feito apenas na partida do inversor.
22
Já com o parâmetro PT=1 o controle de torque é variável e tem como
característica um reforço de torque maior, que pode ser ajustado desde sua
partida até freqüências mais altas, até chegar próxima a sua frequência nominal.
Com o parâmetro PT=7 o controle de torque é ajustado para os cinco pontos
de torque, ou seja, é definido cinco pontos para ajustar o torque, até a chegar a
frequência nominal, com este parâmetro selecionado o reforço de torque é
determinado apenas como ponto de partida, conforme ilustrado no gráfico
abaixo.
Parametrização:
Segue abaixo lista de parâmetros que devem ser alterados para programar o
CLP incorporado executando a função do ciclo de operação.
Parâmetros
cnod
fnod
pt
F663
Valor
0
1
0,1,7
5
Descrição
Habilita comando de partida e parada externo
Habilita ajuste de frequência pelo borne VIA
Deve ser ajustado para 0,1 ou 7 conforme ilustrado acima
Habilita o borne VIB para ajuste do reforço de torque
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Esquema de ligação:
Com a parametrização feita acima deve ser ligado um potenciômetro ao borne VIA para
ajuste da frequência, outro potenciômetro ao borne VIB para ajuste do reforço de torque
e uma chave entre os bornes F e CC ou R e CC para determinar o sentido de giro do
motor.
2.7 Configurando Entrada de Pulso do VFS15
Além das variações de frequência mais usuais como um potenciômetro ou sinal de 0 a
10V ou 4 a 20mA o inversor VFS15 possui também uma entrada de pulso que permite
uma variação de frequência através de um gerador de pulsos.
Segue abaixo lista de parâmetros que devem ser alterador para programar a entrada de
pulso.
Parâmetros
Valor
Fnod
11
F146
F378
F679
1
X
X
Descrição
Habilita Ajuste de Freqüência pela Entrada de
Pulso
Habilita o Borne S2 como Entrada de Pulso
Número de Pulsos por Segundo (PPS)
Filtro da Entrada de Pulso (ms)
Range dos
Valores
0 ~ 12
0~1
10 ~ 5000
2 ~ 1000
A variação da frequência de saída vai depender do valor inserido no parâmetro F378, segue
abaixo dois exemplos:
1º) Exemplo: F378 =10
Borne S2 = 10 PPS Frequência de Saída = 1,0 Hz
Borne S2 = 100 PPS Frequência de Saída = 10,0 Hz
Borne S2 = 600 PPS Frequência de Saída = 60,0 Hz
24
2º) Exemplo: F378 =50
Borne S2 = 50 PPS Frequência de Saída = 1,0 Hz
Borne S2 = 500 PPS Frequência de Saída = 10,0 Hz
Borne S2 = 3000 PPS Frequência de Saída = 60,0 Hz
Ligação da entrada de pulso:
A entrada dos pulsos deve ser ligada entre os contatos “S2” e “CC”.
Atenção: Para variar a frequência do inversor conforme os pulsos deve ser
habilitada a partida do inversor.
25
2.8 Ciclo de Operação (CLP Incorporado) – S15
A função de ciclo de operação faz o motor girar para um determinado sentido em
certo tempo, após este tempo é invertida a rotação do motor e permanece por
outro tempo, e assim trabalha de forma cíclica.
Ao ser habilitada a entrada S1 o ciclo de operação é iniciado, o tempo de cada
ciclo é determinado no parâmetro “A928”, neste exemplo será utilizado um único
tempo para frente e reverso, para facilitar a programação, porém pode ser
utilizado um tempo para frente e outro para reverso. Note no gráfico que quando
o tempo é estourado o inversor entra na rampa de desaceleração até chegar a
0.0Hz, depois entra na rampa de aceleração, já no sentido contrário.
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Programação do CLP incorporado via parâmetros:
Segue abaixo lista de parâmetros que devem ser alterados para programar o
CLP incorporado executando a função do ciclo de operação.
Parâmetros
cnod
acc
dec
Valor
0
1
1
F114
64
F115
F132
A900
A901
A902
A903
A904
A906
A907
A908
A909
A910
A928
0
222
5
14
928
19
1222
1222
23
928
20
1222
5.00
A977
1
Descrição
Habilita comando de partida e parada externo
Tempo de aceleração deve ser menor que os 5 segundos
Tempo de desaceleração deve ser menor que os 5 segundos
Habilita o borne S1 para iniciar o ciclo de operação e liga função
do CLP
Habilita o borne S2 para permanecer sem função
Habilita a saída FL como saída do CLP (My Function)
Habilita o primeiro contato como entrada S2
Inicia o temporizador após ser acionado S2
Define o tempo para ativar temporizador no parâmetro A928
Função Set, para acionar a saída FL
Define borne FL como saída da lógica
Habilita o primeiro contato como entrada S2, da segunda lógica
Inicia o temporizador 2 após ser acionado FL
Define o tempo para ativar temporizador 2 no parâmetro A928
Função Reset, para desligar a saída FL
Define borne FL como saída da segunda lógica
Define o tempo de 5 segundos para os dois temporizadores
Habilita função do CLP para ligar quando acionado uma entrada
digital
Programação do CLP incorporado via software:
Segue abaixo o esquema para programar os parâmetros do CLP pelo
SOFTWARE PCL001Z, o inversor S15 possibilita esses dois tipos de
programação para seu CLP incorporado, por software ou parametrização.
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Ligação dos I/Os:
Segue abaixo o esquema de ligação dos bornes do inversor para executar a
função do ciclo de operação.
FLA – R
FLB – F – S2
S1 – Chave (Comum)
FLC – CC – Chave (NA)
Teste da Aplicação:
Para testar a aplicação ligue o inversor a um motor elétrico, ao ser acionada a
chave ligada ao borne S1 o ciclo deve ser iniciado, primeiro o motor deve girar
no sentido frente durante cinco segundos.
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Após esse intervalo de tempo o motor deve desacelerar até chegar a 0,0Hz,
depois girar no sentido contrário por mais cinco segundos.
2.9 VFS15 para Elevação
Vantagens:
•
•
•
•
•
•
•
Aparelho robusto e com parâmetros dedicados a elevação.
Alto Torque nas partidas e paradas até 200% em 0,3Hz.
Excelente nivelamento e conforto em suas paradas.
Maior Durabilidade ( 10 anos Vida útil nos capacitores)
Injeção de até 100% da corrente durante a frenagem (maior segurança)
Rapidez em Velocidade e no Processamento nas chamadas
Os parâmetros programados podem ser protegidos por senha contra edição.
Parametrização:
AUA = 4 (Inversor adota uma parametrização dedicada para elevação)
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Parâmetros essenciais na elevação:
Após programar a lista acima, passar o parâmetro F400 para 2 para habilitar o auto-ajuste e
mandar o motor partir, aparecerá a mensagem Atn1 (Atn1) e o motor não parte, quando esta
mensagem desaparecer o motor irá partir, após o motor partir acabou o auto-ajuste!
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