O olhar do campo: elaboração de trilha interpretativa na busca da

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O olhar do campo: elaboração de trilha interpretativa na busca da
O olhar do campo: elaboração de trilha interpretativa na busca da proteção do patrimônio dos
Campos Gerais do Paraná, Parque Nacional dos Campos Gerais, Paraná, Brasil.
The look of the field, development of interpretive trail in the pursuit of protecting the heritage of Campos Gerais,
National Park Campos Gerais, Parana, Brazil.
LILIAN VIEIRA MIRANDA GARCIA*
JASMINE CARDOZO MOREIRA
ROBERT BURNS
*ICMBIO - ([email protected])
RESUMO
O Parque Nacional dos Campos Gerais, criado em 2006, abriga os últimos remanescente de campo nativo
e entremeados de floresta com araucária da região dos Campos Gerais do Paraná. Dentre as atividades já
consolidadas quando da criação da Unidade de Conservação está a recreação, realizada de forma
inadequada, considerando a gestão de uma área protegida. Além disso, o Parque carece de divulgação e
relação de pertencimento com a população local. Em função disso, o presente artigo visa desenvolver um
produto interpretativo para a Cachoeira da Mariquinha, umas das áreas de turismo consolidado do Parque
Nacional dos Campos Gerais. Para tal utilizou-se metodologia indicada por Brochu e Merriman [ca 2000]
que enfatiza a importância do desenvolvimento da interpretação a partir do diagnóstico dos três pilares
da oportunidade interpretativa: público alvo, objetivos da área e recursos naturais e culturais do local.
Assim, considerando o público jovem carente de informação sobre o Parque, o objetivo da área de
proteger o campo nativo e divulgar a UC, além dos recursos naturais e culturais propícios para atividades
interpretativas foi desenvolvida a trilha interpretativa denominada “O olhar do campo” de 2300 metros
com oito pontos de interpretação sobre o tema “As características naturais das áreas de campo nativo,
desde os primórdios, proporcionaram aos povos que ali viveram e às espécies da fauna e da flora as
condições ideais para sua sobrevivência”. Espera-se que realização da atividade auxilie na gestão da
Unidade, na busca pela proteção dos recursos naturais e culturais ali existente, bem como estimule busca
por alternativas viáveis para melhoria da qualidade do uso público, tanto no que diz respeito à
minimização de impactos quanto na expectativa do visitante, mesmo em Unidades em Unidades de
Conservação em estágio inicial de implementação, como é o caso do Parque Nacional dos Campos Gerais.
Palavras-chave: unidades de conservação.
ABSTRACT
The National Park Campos Gerais was created in 2006, to preserve the last remnants of fields and forest
of Campos Gerais of Parana. Among the activities already consolidated in the establishment of protected
area is the recreation, held inappropriately, considering the management of a protected area.Moreover
the park needs to divulgation and it improve the relationship with the local population. Therefore, this
article aims to develop an interpretive product in Mariquinha Waterfall, one of the primary tourism areas
within the Campos Gerais National Park.
To reach the aim, It was used the methodology suggested by Brochu and Merriman [ca 2000] that
emphasizes the importance of the development of interpretation that considered the diagnosis the three
pillars of interpretive opportunity: public, place objectives and natural and cultural resources of the
area. Considering the young public that don't have information about the Park and the objectives of the
area of protect the native field and show the UC, in addition of importance of natural and cultural
resources amenable to interpretive activities was developed interpretive trail "The look of the field" with
2300 meters, with eight points of interpretation about the theme "the natural characteristics of native
grass areas, since the beginning, have given people who lived there and the fauna and flora ideal
conditions for their survival." It is expected that completion of the activity assists in the management of
the Unit, in the search for the protection of there existing natural and cultural resources, and encourage
the search for viable alternatives to improve the quality of public use, both with regard to the
minimization of impacts as in the visitor's expectation, even in units in protected areas in the early stages
of implementation, such as the Campos Gerais National Park.
INTRODUÇÃO
A criação de Unidades de Conservação (UC) é a ação mais efetiva para a conservação da natureza, sendo a
estratégia adotada pelo Brasil para contrapor as perdas de biodiversidade que avançam em ritmo acelerado nas
últimas décadas. (MMA, 2007). Nos Estados do Sul do Brasil a Floresta Ombrófila Mista, tipologia vegetal da Mata
Atlântica, com menos de 1% de sua área original preservada, é um exemplo de ameaça à biodiversidade. (MEDEIROS;
SAVI; BRITO, 2005). Pensando na proteção de tal fitofisionomia, em 2006, foi criado o Parque Nacional dos Campos
Gerais, com o objetivo de preservar remanescentes de Floresta Ombrófila Mista e Campos Nativos. Localizado nos
municípios de Ponta Grossa, Castro e Carambeí, no Paraná, os 21.000 hectares, aproximadamente, da Unidade de
Conservação protegem parte da Escarpa Devoniana compreendendo áreas do Primeiro e Segundo Planaltos
Paranaenses. (BRASIL, 2006). Assim, além da unicidade, os aspectos geológicos da região permitem belas paisagens
com potencial para uso turístico.
No caso do Parque Nacional dos Campos Gerais, quando de sua criação, em 2006, a atividade turística já
estava consolidada em algumas áreas, sendo utilizada, principalmente, pela população local para recreação. Para a
gestão de Unidades de Conservação, sete áreas do Parque são consideradas como apresentando visitação
consolidadas: Furna do Buraco do Padre, Setor de Escalada do Macarrão, Cachoeira do São Jorge, Ponte do Rio São
Jorge, Furnas Gêmeas e Grande, Capão da Onça e Cachoeira da Mariquinha, (ICMBIO, 2012) este ultimo alvo do
presente artigo.
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No entanto a falta de conclusão nas desapropriações, obrigatório no caso desta categoria, supõe a elaboração
de parcerias entre proprietários e a gestão do Parque Nacional dos Campos Gerais. Tal acordo possibilita a
adequação das áreas de uso turístico consolidado assegurando a proteção à biodiversidade e a continuidade das
atividades de visitação administrada, atualmente, pelos proprietários, até que o processo de regularização fundiária
seja concluído.
Além disso, o Parque não possui Plano de Manejo, principal documento norteador da gestão das Unidades de
Conservação. No entanto, as atividades que visam a proteção da Unidade de Conservação devem promovidas pela
UC. (BRASIL, 2000). Assim, considerando a minimização dos impactos negativos, fruto da adequação de atividades já
realizadas antes mesmo da criação da Unidade de Conservação, tais ações visam à proteção do Parque.
Os impactos decorrentes do uso turísticos desordenado são visível nos sete locais indicados pelo ICMBio.
Considerando o exposto, atualmente a Unidade de Conservação não cumpre em sua totalidade os objetivos de
conservação da biodiversidade, indicados em seu decreto de criação (BRASIL, 2006), necessitando de adequação das
atividades.
A área da Cachoeira da Mariquinha, indicada como de turismo consolidado, está localizada cerca de a 32 Km
do centro de Ponta Grossa, formada pelo Rio Quebra-Perna onde este rio se encaixa em um falhamento da Formação
Furnas. Além da cachoeira principal, a área possui outros recursos turísticos subutilizados como sequência de quedas,
áreas de campo nativo preservados, pinturas rupestres, trilhas com grande potencial interpretativos entre outros,
enquanto que a Cachoeira da Mariquinha propriamente dita recebe uma grande aglomeração de visitantes. Além disso,
o local apresenta uma alta visitação nos meses de verão e um baixíssimo fluxo nos meses de inverno (Gráfico 01),
conseqüência das atividades realizadas na área. Cerca de 74% dos visitantes utilizam a área para atividade que
contemplam banho na cachoeira. (GARCIA, 2015).
GRAFICO 01: Número de visitantes entre fevereiro de 2014 e janeiro de 2015
Fonte: Garcia (2015)
Uma melhor distribuição do fluxo de visitante ao longo dos doze meses do ano, ou seja, o aumento da
visitação nos meses de inverno, pressupõe a elaboração de produtos turísticos voltados para atividades não
vinculadas ao banho de cachoeira.
Além disso, Garcia (2015) indica que 66,36% dos visitantes não têm conhecimento que o local está inserido no
Parque Nacional dos Campos Gerais, o que demonstra a falta de informação disponibilizada para o usuário sobre a
importância da preservação daquele local, imprescindível no fortalecimento da relação de pertencimento do visitante
com a Unidade de Conservação.
A ideia de “conhecer para conservar” expressa o entendimento de que é possível obter benefícios na
conservação através do uso das paisagens fomentando a apropriação dos espaços públicos protegidos pela
sociedade.
Homem apaixonado pelo meio cria a alma do lugar [...]. O próprio planejamento que não reconhece essas
dimensões todas (naquilo que é o seu campo) torna-se cúmplice da estetização dos lugares, isto é, da mesmice que
vaga pelo território sem cara nem alma (YÁZIGI, 2001, p.45).
Esta perspectiva está diretamente vinculada ao conceito de lugar, “produto das relações humanas entre
homem e natureza, tecido por relações sociais que se realizam no plano vivido” (CARLOS, 1999, p.28), sendo este um
dos pilares da Geografia.
Para Tuan (1983), ícone da geografia humanista, espaço e lugar não podem ser pensados separadamente, uma
vez que o lugar se constrói a partir da identificação e experiência do indivíduo com o espaço. “Quando o espaço nos
é inteiramente familiar passa a ser lugar” (TUAN, 1983, p.83). O mesmo autor, ainda, utiliza-se de um neologismo,
topofilia, que consiste etimologicamente como topo: lugar e filia: sentimento positivo, para definir a relação afetiva
entre homem e meio ambiente: “Topofilia é o elo afetivo entre a pessoa e o lugar ou o ambiente físico. Difuso como
conceito, vivido e concreto com experiência pessoal.” (TUAN, 2012, p.19)
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Portanto, a visitação em Parques deve buscar o sentimento de pertencimento àquela paisagem, considerando
as áreas de uso público, um subsistema, tendo como consequência a proteção do sistema como um todo, chegando,
assim, ao objetivo principal da criação da área. Para tal é preciso conhecer a dinâmica sociocultural e ambiental do
local, presente e passada, bem como a percepção dos atores envolvidos nesse processo, sejam eles agentes
modificadores da paisagem ou visitantes/turistas.
A fim de proporcionar visitação e conservação, os Parques devem buscar estimular o vínculo entre individuo e
ambiente natural, com intuito de sensibilização da sociedade, através da educação ambiental, do desenvolvimento de
práticas interpretativas e ações de voluntariado. Para Moreira (2011) a educação ambiental deve ser vista como
fonte de transformação, sendo utilizada na conscientização do uso racional dos recursos turísticos naturais. Já
interpretação ambiental para o MMA (2006, p.10) é “uma maneira de representar a linguagem da natureza, [...] de
maneira que o visitante possa compreender e valorizar o ambiente e a cultura local”.
Ecoturismo deve ser, também, uma ferramenta da Educação Ambiental, empregada no trabalho continuo de
sensibilização e conscientização das pessoas, afim de que elas se sintam parte da natureza e se sintam responsáveis
pela preservação do meio ambiente, à medida que elas percebem que o mundo é sua casa e precisa ser protegido,
para estas e para as próximas gerações. (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2010, p. 38).
Assim uma das alternativas para minimizar a sazonalidade e fortalecer a relação de pertencimento entre
visitante e Unidade de Conservação é a elaboração e implementação de atividades interpretativas. A interpretação
ambiental é uma atividade educacional que trata de revelar significados e relações através do uso de objetos
originais, pela experiência direta e por meios ilustrativos e não simplesmente comunicar a informação atual (TILDEN,
1977), sendo assim ferramenta primordial das atividades de ecoturismo. (EMBRATUR, 1994). Para Pagani et al.(1996):
A interpretação ambiental é uma técnica didática, flexível e moldável às mais diversas situações, que busca
esclarecer os fenômenos da natureza para determinado público- alvo, em linguagem adequada e acessível, utilizando
os mais variados meios auxiliares para tal. A interpretação procura promover neste público o sentimento de
pertinência à natureza, através da sua transformação íntima em relação aos recursos naturais, da sua compreensão e
de seu entendimento, na esperança de gerar seu interesse, sua consideração e seu respeito pela natureza e,
conseqüentemente, pela vida.
Freeman Tilden, precursor da interpretação ambiental estabeleceu seis princípios norteadores da interpretação
ambiental (TILDEN, 1977):
I. a interpretação que não relaciona o que está sendo apresentado com alguma coisa da personalidade ou
experiência do visitante não será fortuita.
II. Informação, simplesmente, não é interpretação. A interpretação é uma revelação baseada em informações.
No entanto, toda a interpretação inclui informação.
III. A interpretação é uma arte que combina muitas artes. Qualquer arte é, em certo grau, ensinável.
IV. O objetivo principal da interpretação não é uma instrução, mas uma provocação.
V. Interpretação deve ter como objetivo apresentar um todo ao invés de uma parte, e devem dirigir-se ao
homem como um todo.
VI. Interpretação dirigida às crianças não deve ser uma diluição da apresentação para adultos, mas deve
seguir uma abordagem diferente.
Baseado no conceito de Tilden (1977), a interpretação ambiental não é instrução, devendo ter caráter
provocativo, apresentando temas familiares e de interesse do público. Para IEF et al (2002, p. 13) “a comunicação na
interpretação ambiental é o resultado de uma interação entre o intérprete e o visitante, onde ambos participam
ativamente do processo”. Assim o planejamento das atividades não deve ser voltado para um público geral e, sim,
para os vários segmentos que o compõem, ou seja, as atividades de interpretação ambiental devem ser organizadas,
levando em conta os perfis característicos de cada um dos segmentos do público visitante.
Além disso, os objetivos da atividade devem estar diretamente vinculados aos objetivos gerais da área onde
está sendo realizada a atividade. Assim a oportunidade interpretativa se dá a partir do público alvo, dos objetivos da
área em questão e dos recursos naturais e/ou culturais existentes, como indicado por Brochu e Merriman [2000].
Portanto é imprescindível conhecer estes três aspectos para ter uma atividade interpretativa de boa qualidade.
Diante do exposto o presente artigo tem como objetivo elaborar um produto interpretativo para a Cachoeira da
Mariquinha a partir da metodologia indicada por Brochu e Merriman [ca 2000] que considera três pilares para a criação
de oportunidades interpretativas: as características o público alvo, objetivos da área e os recursos naturais
existentes.
MÉTODOS
Visando alcançar o objetivo proposto foram realizadas revisão bibliográfica e levantamentos de campo a fim de
diagnosticar os três pilares da oportunidade interpretativa para a Cachoeira da Mariquinha: público, recursos e
objetivos da área.
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Figura 01: Pilares da oportunidade interpretativa
Fonte: Brochu e Merriman [ca 2000]
Para o levantamento do perfil do visitante da área da Cachoeira da Mariquinha optou-se por um esforço de
coleta de dados através uitilzação de questionário elaborado baseado em Niefer (2002) e Burns (2013) com caráter
quali-quantitativo, adaptados a situação da área de estudo.
A aplicação dos questionários de perfil de visitantes seguiu o tipo de amostra não probabilístico por
conveniência, quando, segundo Mattar (1994), o pesquisado é selecionado por estar disponível no local e no
momento em que a pesquisa estava sendo realizada. Os questionários foram preenchidos com o uso de tablets
através do software droidsurvey (Figura 2). Tal tecnologia possibilitou o envio, em tempo real, dos dados coletados
para uma nuvem de informações que pode ser solicitada a qualquer tempo em formato SPSS Statistic ou Excel, este
último definido para análise dos dados da presente pesquisa. O uso desta tecnologia foi possível a partir da
realização de uma parceria entre a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), West Virginia University (WVU) e o
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).
Figura 2: Tablet com software droidsurvey utilizado no levantamento do perfil de visitante
Fonte: A autora
Já o tamanho da amostra foi definido baseado em VanVoorhis e Morgan (2007) que indica um valor de, no
mínimo, 30 participantes quando se objetiva a diferenciação entre grupos e 50 participantes quando se objetiva
realizar correlações entre grupos. Foram aplicados 107 questionários em 12 campos realizados entre os dias 14 de
dezembro de 2013 e 16 de novembro de 2014.
Com a finalidade de levantar os objetivos da área em questão, considerando a inexistência do Plano de
Manejo, foram realizados, além de levantamentos em documentos oficiais, entrevistas semiestruturadas com os dois
principais atores inseridos no processo de adequação do uso público da área, ou seja, o gestor da Unidade de
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Conservação, compondo a visão do Parque Nacional dos Campos Gerais sobre a gestão da área protegida, e o
responsável pela área que tem o direito de exploração da atividade até que seja finalizado o processo de
desapropriação, foram realizadas entrevistas semiestruturada.
Para o levantamento dos recursos naturais, além de levantamentos de estudos já realizados na área, foram
identificadas as principais trilhas da área de estudo. Os dados foram plotados com GPS Garmin Etrex e,
posteriormente, tratados em TrackMaker-Pro e ArcGis 9.3 e apresentados no Cartograma de Trilhas e Atividades.
O desenvolvimento do tema geral e específicos da atividade bem como a abordagem e as estratégias
interpretativas foram conduzidos considerando as contribuições de Tilden (1977) e IEF et. al. (2002), e
principalmente, baseados em Brochu e Merriman [ca 2000].
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Publico alvo
A partir do levantamento do perfil do visitante pode-se identifica um público jovem, como pode ser observado
no Gráfico 02, que indica que mais de 71% dos visitantes entrevistados tem entre 18 e 38 anos, seguindo a mesma
tendência demonstrada por Malta e Costa (2009) e Araújo (2006), em seus trabalhos, respectivamente, no Parque
Nacional da Tijuca e no Parque Estadual de Ilha Grande.
GRÁFICO 2: Faixa etária dos visitantes
Fonte: a autora
Além disso, entre os entrevistados 49,53% já concluíram ou estão cursando o ensino superior e 44,74 %
apresentam ensino médio, demonstrando um grau elevando de ensino formal. Tais dados se aproximam da tendência
indicada por Kataoka (2004) no levantamento do perfil de visitante do Parque Estadual da Ilha Anchieta. Já o gênero
feminino supera o masculino em 10%. A presença de visitantes jovens, com grau de escolaridade elevado tece o tipo
de abordagem e linguagem que deve ser utilizado nas ferramentas interpretativas, bem como o grau de dificuldade da
atividade
A procedência dos visitantes que participaram da pesquisa é, quase que exclusivamente, de moradores do
estado do Paraná, cerca de 94,39%, reforçando a tendência apresentada por Kataoka (2004) no Parque Estadual da
Ilha Anchieta e Takahashi (1998) em estudo no Parque Estadual do Pico do Marumbi, que encontraram,
respectivamente, 83% e 95,8% dos visitantes originários do Estado onde se localizava a área alvo das pesquisas. No
tocante aos municípios de origem destaca-se a ampla visitação por moradores dos municípios abrangidos pelo Parque,
principalmente Ponta Grossa (Gráfico 03). Assim, identifica-se uma ampla visitação local, o que é de grande
importância para a consolidação da Unidade de Conservação, uma vez que este dado indica um potencial de
desenvolvimento da relação de pertencimento do visitante com o recurso turístico.
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GRÁFICO 3: Procedência dos visitantes
Fonte: A autora
O índice de retorno ao local tem relação direta com a satisfação do visitante. Os dados apontam que 53,27%
das pessoas estão retornando à área. A visitação local aliada à construção do lugar, ou seja, relação desenvolvida
através da experiência do indivíduo com o espaço e sua identificação, certamente, é uma estratégia de proteção e
fortalecimento do Parque Nacional dos Campos Gerais.
No entanto apenas 33,64% das pessoas disseram saber que a área é um Parque Nacional, o que demonstra a
falta de informação disponível aos visitantes. Dados do uso público do Parque Estadual do Jalapão em Tocantins,
criado em 2001, indicam que 71% dos visitantes reconhecem que a área é um Parque. (DUTRA et al, 2008) No
entanto há de se analisar o contexto de criação e dificuldades de implementação de cada Unidade.
As informações referente ao tamanho dos grupos são importantes tanto para avaliar o impacto da visitação
nas áreas naturais quanto para o planejamento, implementação e avaliação de estratégias de manejo para
atendimento desses grupos. (BARROS, 2003). A grande maioria dos entrevistados na Cachoeira da Mariquinha,
87,85%, participava de grupos de até dez pessoas (Tabela 01). Tais dados demonstram e ratificam a tendência de
tamanhos de grupos encontrados no Parque Estadual da Ilha Anchieta e da área do planalto do Parque Nacional de
Itatiaia, estudados por Kataoka (2004), e Barros (2003), respectivamente.
TABELA 1: Tamanho dos grupos que visitam a Cachoeira da Mariquinha
Fonte: A autora
O perfil dos grupos encontrado na Cachoeira da Mariquinha demonstra o caráter familiar da visita, já que
54,20% se identificaram como grupos exclusivamente familiares. Assim deve-se priorizar o planejamento e implantação
de atividades de interesse de tal público.
As respostas sobre motivação da visita (Tabela 02), quando analisado genericamente, o contato com a
natureza é indicado por 56,07% dos visitantes, seguido pela apreciação pelo local com 28,97%. No entanto, a análise
desses dados separadamente formando dois grupos: àqueles que estão indo á área pela primeira vez e outro grupo
com visitantes que já conheciam o local, possibilita um melhor entendimento da real motivação da visita. Os
resultados indicam que a primeira visita é motivada pelo contato com a natureza, para 80 % dos visitantes, enquanto
que as visitas de retorno já apresentam um caráter de vínculo com o recurso, o que indica um grau de satisfação.
TABELA 2: Motivação da visita
Fonte: A autora
Assim, através da análise do perfil do visitante identificou-se um público jovem com escolaridade elevada, com
procedência local, que em sua maioria desconhece a criação do Parque Nacional dos Campos Gerais. Além disso, o
visitante busca, principalmente, contato com a natureza, se organizando em grupos pequenos e de caráter familiar.
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Objetivos de gestão da Cachoeira da Mariquinha
Parque Nacional dos Campos tem como objetivo preservar os ambientes naturais ali existentes com destaque
para os remanescentes de Floresta Ombrófila Mista e de Campos Sulinos, além de, realizar pesquisas científicas e
desenvolver atividades de educação ambiental e turismo ecológico. (BRASIL, 2006). Sem plano de manejo e com
pendências nas desapropriações tanto Unidade de Conservação com proprietários particulares são co-responsáveis
pela gestão da área da Cachoeira da Mariquinha. (ICMBIO, 2012).
Através da entrevista com o responsável particular pela área pode-se identificar que existe a intenção de
adequar a área com o intuito de minimizar os impactos e atender demandas de seus visitantes. Além disso, ficou
evidenciado a grande preocupação com as áreas de campo, principalmente em função do lixo que é deixado pelos
visitantes e da depredação das pinturas rupestres. Na entrevista, também, o responsável demonstrou as dificuldades
em função da falta de materiais informativos sobre o meio natural e cultura da região. Em relação á criação do Parque
Nacional dos Campos Gerais, o responsável, relatou que suas atividades não foram modificadas após o decreto, e vê
possibilidades de parceria já que entende que ele e o ICMBio tem objetivos parecidos.
Já na entrevista com o gestor da Unidade de Conservação, ficou clara a importância preservação dos últimos
remanescentes de campo nativo entremeado de mata de araucária da região, sendo que a criação e implementação
da Unidade é um dever da União em proporcionar ás futuras gerações um ambiente equilibrado. A maior preocupação
em relação à área da Cachoeira da Mariquinha é a proteção do remanescente de campo nativo, que hoje não
apresenta nenhum controle das atividades de visitação. Além disso, é visível a dispersão do pinus sp, espécie exótica
comum na região, nas áreas de campo nativo. Assim, retirada dos indivíduos dessa espécie é um ganho para a
conservação da biodiversidade do local e para a paisagem local. Na visão do Parque a parceria é a opção mais
promissora para a proteção da Unidade, até que os processos de desapropriação sejam finalizados. Em relação a
expectativas para o futuro, a gestão da UC espera a minimização dos impactos decorrentes das atividades e melhoria
da qualidade da visitação. Outro aspecto importante, apresentado na entrevista é que sejam desenvolvidas
atividades de educação ambiental e meios interpretativos uma vez que o objetivo do uso publico na UC é aproximar a
sociedade do meio natural e não somente a recreação.
Analisando os objetivos da Unidade dispostos no decreto de criação e a perspectiva dos dois principais atores
envolvidos foi possível identificar que a proteção do campo nativo é uma das principais preocupações e que
atividades interpretativas devem ser desenvolvidas para trazer informação, sensibilizado e aproximando o visitante do
patrimônio natural ali existente.
Recursos
A composição geológica foi para Oliveira (2012) a condicionante fundamental para a criação do Parque
Nacional no local e formato com que foi concebido, uma vez que a área está localizada junto a um trecho do ressalto
topográfico do arenito Furnas, o qual foi submetido, durante milhares de anos, à intensa ação erosiva, resultando na
marcante configuração física atual. A Cachoeira da Mariquinha está localizada no segundo Planalto Paranaense,
justamente, em um dos falhamentos da Formação Furnas, onde ocorre o encaixe do Rio Quebra-Perna.
A Cachoeira da Mariquinha encontra-se sob domínio dos campos, associado a capões de floresta com
araucária. Assim, a vegetação que compõe a área é um típico remanescente dos Campos Gerais do Paraná. A mata
ciliar e o campo acompanham o rio Quebra-Perna, em suas margens. (CARVALHO, 2004). Algumas espécies da flora,
endêmica da região, são de fácil visualização na área da Cachoeira da Mariquinha, como é o caso da espécie Parodia
ottonis var. villa-velhensis, conhecido como cacto-bola (Figura 3).
FIGURA 3: Parodia ottonis var. villa-velhensis, cacto endêmico da região, encontrado nos campos naturais da
área da Cachoeira da Mariquinha
Fonte: A autora
Poucos estudos de fauna foram realizados na região do Parque Nacional. Os dados apresentados pelo Plano de
Manejo da RPPN Paiquerê, área próxima à Cachoeira da Mariquinha, apontam ocorrência por avistamento ou vestígios
de 39 espécies, sendo que três estão inseridas no Livro Vermelho da Fauna Ameaçada de Extinção do Paraná:
tamanduá-bandeira, onça parda e jacutinga (CRPPN, 2008). Em inventário recente de mastofauna foram identificadas
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oito espécies de mamíferos de grande porte: paca (Cuniculus paca), cutia (Dasyprocta azarea), gambá de orelha
branca (Didelphis albiventris), Irara (Eira barbara), gato maracajá (Leopardus wiedii), veado catingueiro (Mazama
gouazoubira), cateto (Pecari tajacu)e esquilo (Guerlinguetus ingrami), apresentado na Figura 04. (PEREIRA, 2013).
A herança de outros povos impressa na paisagem da área da Cachoeira da Mariquinha data de
aproximadamente 10.000 anos, através de pinturas rupestres gravadas no arenito Furnas. Identificadas como sendo
exemplares das tradições planalto e geométrica (ROSA, 2004), tais exemplares carecem de estudos específicos. Em
outros sítios arqueológicos, muito próximos à área em questão, foram identificados, além de pinturas rupestres,
pontas de projétil, quebra-cocos e outros artefatos que remontam a Tradição Umbu de caçadores coletores.
(PARELLADA, 2007).
Entender o patrimônio arqueológico como atrativo turístico, pode ter sua preservação como causa e
consequência da visitação, através da valorização, preservação e recuperação das tradições locais e dos bens
culturais. No entanto deve-se compreender que tal patrimônio é testemunho do passado, e sua destruição significa o
fim da atividade. (RIES, 2008).
Nesse contexto a interpretação ambiental, tendo como objetivo sensibilizar os visitantes, apresenta-se como
uma ferramenta de manejo que aproxima o indivíduo daquele atributo arqueológico. No entanto a interpretação deve
ser baseada em dados científicos, em função disso a importância de estudos mais aprofundados sobre as pinturas
rupestres da região (Figura 4).
FIGURA 4: Pintura rupestre no arenito, localizada na área da Cachoeira da Mariquinha.
Fonte: A autora
Através dos levantamentos de campo foi elaborado o Cartograma de Trilhas e Atividades da Cachoeira da
Mariquinha (Figura 5) onde pode-se identificar os recursos turísticos, estruturas e trilhas que compõem a área foco
deste estudo.
Dentre as cinco trilhas diagnosticadas na área, duas de acesso à cachoeira principal, as trilhas floresta e
transição, apresentam sinalização indicativa de inicio da trilha e trilha algumas intervenções de manejo, enquanto que
as trilhas altos da cachoeira, fenda e campo, foram abertas espontaneamente por visitantes, não sendo delimitadas
tampouco recebendo intervenções de manejo.
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Figura 5: Cartograma de trilhas e atividades da Cachoeira da Mariquinha
Fonte: A autora
Considerando os três pilares que possibilitam uma oportunidade interpretativa: público, objetivos e recursos
(Quadro 1) foi definido que o produto interpretativo que melhor atenderia os três eixos seria uma trilha de dificuldade
média, mais extensa do que as normalmente realizadas na área, que abordasse a importância dos Campos Nativos
protegidos pelo Parque Nacional dos Campos Gerais.
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Quadro 1: Pilares para elaboração de produto interpretativo para a Cachoeira da Mariquinha- Parque Nacional
dos Campos Gerais/PR
Fonte: A autora
Trilha Interpretativa o Olhar do Campo
O potencial interpretativo dos remanescentes de campo nativo localizado na área da Cachoeira da Mariquinha
é amplo, tanto em relação às pinturas rupestres quanto à biodiversidade e geodiversidade, uma vez que por este
acesso é possível encontrar além da bela paisagem, espécies endêmicas, afloramentos rochosos, e inúmeros mirantes
naturais.
Para possibilitar um desenho circular, a trilha interpretativa foi elaborada a partir da junção das trilhas campo e
floresta (Figura 5) apresentando distância de, aproximadamente, 2300 metros.
Um dos principais diferenciais da realização de trilhas em área de campo é a visão de horizonte, assim a
presente trilha interpretativa tem intenção de explorar este aspecto do local, além de apresentar a biodiversidade e
geodiversidade dos Campos Gerais do Paraná. Em função da falta de conclusões das desapropriações e do próprio
objetivo da trilha interpretativa optou-se pelo uso de banners como apoio à interpretação, excluindo assim a
colocação de placas na trilha, além de marcação com totens nos pontos de parada.
Além disso, em função das dificuldades da trilha e do patrimônio cultural existente, em principio, indica-se a
realização da atividade com o auxilio de guia.
Abaixo é apresentado o cartograma da trilha com seus pontos interpretativos (Figura 6)
Figura 6: Cartograma da Trilha indicando os Pontos de Interpretação
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Fonte: A autora
Tema central da trilha Interpretativa: As características naturais das áreas de campo nativo, desde os
primórdios, proporcionaram aos povos que ali viveram e às espécies da fauna e da flora as condições ideais para sua
sobrevivência.
Objetivos Interpretativos: como resultado da atividade os visitantes
Fiquem sabendo:
Que o Parque é uma Unidade de Conservação que protege o patrimônio natural e cultura dos Campos Gerais do
Paraná;
Sintam:
A sensação de liberdade que muitos povos que passaram por ali sentiram;
O poder de disseminação do vento;
Acreditem:
Que as áreas de campo eram e são importantes para os povos e para as espécies que só viveram/vivem ali.
Façam:
Contem para outras pessoas da importância do Parque;
Contribuam para proteção do seu patrimônio natural e cultural.
Pontos interpretativos:
A seguir são apresentados os pontos interpretativos já identificado na Figura 7 bem como seus respectivos
temas, atividades e referencias de apoio. (Quadro 2)
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Quadro 2: Pontos Interpretativos da Trilha “O Olhar do Campo”.
Fonte:A autora
CONCLUSÃO
No Brasil, a criação de uma Unidade de Conservação é a principal estratégia de Estado para conservar a
biodiversidade e diminuir a aceleração da modificação da paisagem. Diante disso, a relação de lugar entre homem e o
meio natural tem condições de ser estabelecida a partir das atividades de uso público no interior das Unidades de
Conservação e, assim, proporcionar à sociedade a apropriação de seu patrimônio. O desenvolvimento de atividades
interpretativas estimula o interesse e sensibiliza o visitante para a importância da proteção daqueles recursos.
O Parque Nacional dos Campos Gerais, em processo inicial de implementação, carece de adequação de suas
atividades de uso público para minimização de impactos e melhoria na qualidade da experiência de seus visitantes.
Assim, a metodologia apresentada por Brochu e Merriman [ca 2000] mostrou-se amplamente viável para a elaboração
de produtos interpretativos para a Cachoeira da Mariquinha, atrativo da Unidade de Conservação em questão.
O perfil de público jovem com escolaridade elevada, de procedência local, que em sua maioria desconhece a
criação do Parque Nacional dos Campos Gerais e busca, principalmente, contato com a natureza, se organizando em
grupos pequenos e de caráter familiar, sugere a elaboração de produtos interpretativos dinâmicos com um certo grau
de aventura.
Considerando os objetivos indicados pelos responsáveis pela área ficou evidente a importância e preocupação
com a proteção patrimônio cultural e natural das áreas de campo nativo, bem como com a disseminação de
informação sobre o Parque Nacional dos Campos Gerais.
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Alem disso, os recursos naturais e culturas presentes nas áreas de campo nativo são propícios para a
interpretação, uma vez que o próprio meio conta a história dos povos e do patrimônio natural.
Assim elaboração da trilha interpretativa “O olhar do campo” desenvolvida sobre o tema “As características
naturais das áreas de campo nativo, desde os primórdios, proporcionaram aos povos que ali viveram e às espécies da
fauna e da flora as condições ideais para sua sobrevivência”, foi baseada nos três pilares da oportunidade
interpretativa: público, objetivos da área e recursos naturais e culturais.
Espera-se que as discussões aqui presentes e a elaboração da trilha interpretativa auxiliem tanto a gestão do
Parque Nacional dos Campos Gerais, como os responsáveis particulares pela Cachoeira da Mariquinha na proteção do
patrimônio natural ali existente, através da sensibilização da sociedade local da importância destes remanescentes.
Ainda, acredita-se na busca por alternativas viáveis para melhoria da qualidade do uso público, tanto no que
diz respeito à minimização de impactos quanto na expectativa do visitante, mesmo em Unidades em Unidades de
Conservação em estágio inicial de implementação, como é o caso do Parque Nacional dos Campos Gerais
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