colégio estadual abraham lincoln
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colégio estadual abraham lincoln
COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO KALORÉ- PR Nov. 2010 COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Planejamento elaborado pela comunidade escolar do Colégio Estadual Abraham Lincoln, com a finalidade de explicitar a identidade da escola e suas metas para o ano letivo de 2011. KALORÉ- PR Nov. 2010 “Educar abre caminhos...” SUMÁRIO APRESENTAÇÃO A medida em que se busca um comprometimento dos resultados advindos do processo educativo com uma interação significativa dos membros da comunidade escolar com a sociedade em que interagem, precisamos repensar os nortes que direcionam o processo ensino-aprendizagem, fato que não se executa de forma vertical ou com centralização de decisões. O coletivo deve inter-relacionar-se, levantando seus próprios problemas, anseios, metas e, principalmente, estabelecendo de forma horizontal a missão que fundamentará sua ação pedagógica. Não é suficiente conhecer a realidade em que se opera. É essencial que haja empenho coletivo em desmistificar condições e ações que venham contribuir com a melhoria do desenvolvimento do processo educativo. “Planejar é selecionar e relacionar fatos, tomando e usando hipóteses para visualizar o futuro e formular atividades propostas vistas como necessárias para atingir resultados desejados. Alguns afirmam que o planejamento é uma abordagem organizada para futuros problemas e o descrevem como desenvolvendo no presente os projetos de ação futura. O planejamento serve como ponte de ligação entre onde se está e para onde se quer ir. Responde, antecipadamente, quem, que, quando, onde, por quê e como das ações futuras”. (TERRY, 1977. p. 34). Nessa premissa, a construção do Projeto Político Pedagógico se torna uma ação fundamental que se revela através de um documento ímpar que traduz a identidade própria do Estabelecimento de Ensino. Trata-se de atuar alicerçados no contexto real, considerando os recursos disponíveis e a abrangência dos reflexos do processo educativo. Tudo isso, embasados na Constituição Federal, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, como forma de contemplar que sejam garantidos os princípios de gratuidade, laicidade e qualidade conceitual do trabalho pedagógico. “Apesar de tudo existe algo que pode mudar, ainda que não se tenha produzido a mudança global e profunda da sociedade e da escola: é o modo de agir dos professores, sua maneira de relacionar-se com os pais e as crianças, os objetivos de trabalho, a maneira de enfocar os conteúdos”. Sem ser algo definitivo, tudo isso pode ir produzindo sérias transformações, na medida em que – e convém não esquecer esse dado – a escola que o povo recebe é muito mais a escola que os professores organizam com sua maneira de ser, de 6 falar e de trabalhar, do que a escola criada pelos organismos ministeriais e pelos textos escolares “. (NIDELCOFF, 1983, p. 19). A proposta de elaboração teórica de um planejamento global que contemple os segmentos políticos e sociais concernentes ao processo educativo deve apontar para a dinamicidade que o envolve como um todo. Realidade em que o coletivo inteirado precisa acompanhar constantemente a evolução do mesmo, com vistas a veicular uma contínua avaliação, que pressuponha a retomada de ações consideradas necessárias pelo grupo. A escola, enquanto instituição coletiva, prevê em seu planejamento – o Projeto Político-Pedagógico, a organização do trabalho pedagógico, tendo em vista o seu norteamento através da Teoria Progressista com alusão à Pedagogia Histórico-Crítica, trazendo o conhecimento à luz por meio da metodologia que remete à pratica social e ao método dialético. Diante disso, construir um plano, significa assumir postura pedagógica diante da realidade, buscando alternativas coletivas que tornem prazeroso o ato de ensinar, mediar, aprender e vivenciar o conhecimento. E, fundamentados nesses pressupostos, a Comunidade Escolar construiu e apresenta o presente Projeto Político Pedagógico. 7 1. IDENTIFICAÇÃO O Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio, localiza-se à rua Professor Irineu Citino, www.kleabrahamlincoln.seed.pr.gov.br, 900, e-mail: fone/fax: (43) 3453-1119, [email protected] site: no município de Kaloré, região norte do Estado do Paraná. Está sob a jurisdição do Núcleo Regional de Educação de Apucarana, atualmente chefiado pela Ilma. Sra. Professora Vanda Pedroso de França. O Colégio, atualmente dirigido pelo Ilmo. Sr. Professor Jaime Ademir Roder se enquadra no porte 3, estando geograficamente localizado num município de pequeno porte, com aproximadamente 5.044 habitantes. 8 2. HISTÓRICO Através da solicitação feita pelos Poderes Executivos e Legislativos do Município de Kaloré tendo com o Prefeito o Senhor Francisco Lemes Gonçalves, foi criado o Ginásio Estadual Abraham Lincoln, pelo decreto nº 5.594 de 18 julho de 1966, preenchendo todos os requisitos, adotados pelo Conselho Estadual de Educação do Paraná. Construído em convênio entre Prefeitura e a Secretária da Educação e da Cultura e Negócios do Estado do Paraná. O funcionamento do Colégio iniciou-se no ano letivo de 1968 com dois turnos. Manhã e Noite e a partir de 2003 passou a ofertar também o turno da Tarde. O Colégio recebeu o nome do grande Estadista Norte-americano Abraham Lincoln a pedido do Deputado Seme Scaff, que na época desejava homenageá-lo. O Colégio recebeu as respectivas denominações no decorrer de sua história.: • 1968 – Ginásio Estadual Abraham Lincoln. • 1981 – Escola Abraham Lincoln – Ensino de 1º Grau. • 1982 – Escola Estadual Abraham Lincoln – Ensino de 1º Grau. • 1990 – Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino de 1º e 2º Grau. • 1998 – Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. É mantido pelo Governo do Estado do Paraná, oferta o Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série e Ensino Médio, autorizados pela Resolução nº 3.728 de 31/12/81, reconhecido pela Resolução nº 1.216 de 03/04/84. Em 1990 foi autorizado a oferecer o Ensino de 2º Grau Regular, ofertando as habilitações de magistério e Auxiliar de Contabilidade, as quais são reconhecidas pela Resolução nº 4.164 de 27/07/93. (Cursos extintos). Em 1997 foi implantado o curso Educação Geral. Preparação Universal, autorizado pela Resolução nº 4.341/97 de 29/12/97. 9 Em 1999, conforme Resolução nº 3.492/98 da SEED, de 13/10/98, através do Parecer nº 388-98 do NRE de 16/12/98, foi aprovada a Proposta Pedagógica para a implantação gradativa do Ensino Médio. Durante todo o seu período de funcionamento, desde a sua fundação, muitos foram os profissionais que contribuíram com o seu progresso. Estiveram na direção doze professores, sendo que o diretor atual é o Professor Jaime Ademir Roder, que conta com a direção auxiliar da Professora Ana Maria Dominguez de Figueiredo Sanches. Na função de secretário de escola, atua a senhora Adriana Vicentim Gonçalves, auxiliada por quatro técnicos administrativos. Na área pedagógica, atuaram seis supervisores de ensino e dois orientadores educacionais, contando hoje com uma equipe pedagógica composta por duas profissionais pedagogas, especialistas em educação. No setor de serviços gerais, vários foram os profissionais que colaboraram com o funcionamento do colégio. Foram em número de vinte e seis, sendo atualmente esse quadro composto por sete funcionários, em que um é mantido pelo poder público municipal. Como se pode verificar, no decorrer dos anos que fizeram parte da história do Colégio Estadual Abraham Lincoln, muitas foram as pessoas que contribuíram para a sua evolução e sucesso. Assim, temos hoje um colégio voltado para os interesses comuns e coletivos, atuando como o esteio propulsor da educação e interagindo com a comunidade. 10 3 - FILOSOFIA DA ESCOLA Direcionando um olhar crítico para a sociedade global, cujas características que se infere no cenário nacional, observa-se que está em pauta o questionamento dos sentidos dos valores éticos, políticos, sociais e epistemológicos que, com o avanço tecnológico tem se esvaído e, diante de um comportamento social extremamente capitalista/consumista, evidencia-se a necessidade de resgatar o cultivo de valores que fundamentem a vivência individual e coletiva em sociedade. A escola, inclusa nesse contexto social se traduz em instrumento de resgate e transformação de atitudes, e principalmente ferramenta que alavanca a construção do conhecimento. Ela é uma ponte que permite o contato entre os sujeitos e conhecimento, acenado para uma construção ativa, coletiva e cidadã no que se refere à formação dos indivíduos enquanto construtores de sua própria história. A tarefa da escola não se resume em instrumentalizar o aluno para a compreensão do mundo que o rodeia. No contexto social atual, é imprescindível, instrumentalizar o educando para o pensamento crítico. Temos que oferecer condições aos alunos de refletir e tomar decisões racionais sobre questões de sua vida e dos seres que com ele interagem. (PROJETO DE CONTEÚDOS ESSENCIAIS PARA O ENSINO DE 2º GRAU, 1998, p. 6) Com essa visão, o trabalho que é desempenhado pelo Colégio Estadual Abraham Lincoln se fundamenta na condição de proporcionar o desenvolvimento pleno das habilidades individuais, integrando-as no coletivo, fomentando a construção do indivíduo capaz de pensar, tomar decisões e agir por si só dentro de uma sociedade desigual, enraigada pelas marcas do capitalismo extremista, primando por uma auto-afirmação que não viole os direitos alheios e principalmente veiculando ações que contribua para o exercício da cidadania. A escola não se resume a um segmento social isolado. Ela faz parte de uma engrenagem social maior e, por isso deve agir de maneira a condicionar uma formação pluridimensional e democrática, alicerçada em ações coletivas que proporcionem a compreensão das complexidades do mundo contemporâneo, atendendo para o contexto global e também para as especificidades locais. 11 Trata-se de explicitar a identidade da escola; de enfatizar sua filosofia e seus objetivos de ação contextualizando o momento histórico vivenciado. Pressupõe um trabalho voltado para uma Filosofia de Educação que contemple as múltiplas dimensões do homem, enquanto sujeitos sociais individuais e coletivos; iguais e distintos; contemplando e valorizando as diferenças individuais e acenando para o respeito à diversidade cultural. A consolidação do conhecimento se dá pela atenção à uma concepção progressista que fomente a interdisciplinariedade, com vistas à construção pluralista do saber, partilhando ideias, fortalecendo a ação coletiva, garantindo direitos legais e priorizando o desenvolvimento das habilidades físicas, psíquicas, e intelectuais, possibilitando a aquisição de convicções fundamentais de solidariedade e igualdade entre os seres humanos, assim como hábitos de convivência, de luta, de trabalho, de conquista individual e coletiva. 12 4 - OBJETIVOS GERAIS • Oportunizar a igualdade de condições ao acesso, permanência e sucesso dos educandos num sistema educacional de qualidade que possibilite o desenvolvimento de suas potencialidade; • Possibilitar a interação entre o conhecimento historicamente construído e a realidade social, buscando a construção consciente de uma educação transformadora; • Potencializar a valorização do profissional da educação através do melhor direcionamento de políticas públicas que estejam voltadas ao interesse da classe, oportunizando situações que promovam o crescimento pessoal, através da formação continuada, permitindo a identificação do profissional como um verdadeiro educador e não simplesmente como um agente reprodutor de conhecimento adquirido; • Selecionar, sistematizar e socializar conhecimentos que contribuam para a construção de sujeitos críticos e participativos, empregando recursos didáticos-pedagógicos facilitadores da aprendizagem; • Estabelecer relações sociais democráticas entre todas as instâncias colegiadas, onde a ação social autônoma na relação e convivência cotidiana da escola e na sociedade, viabilizando situações educacionais de produção e socialização do conhecimento, para que o aluno sinta-se sujeito ativo do processo de construção da cidadania. Fatos que podem ser resultantes da definição de políticas públicas da educação, onde deve haver a participação democrática da comunidade escolar; • Valorizar a Educação como instrumento de humanização e de interação social, num processo cooperativo entre indivíduos plenos e aptos a construir sua própria autonomia e cidadania, os quais se reconheçam como seres únicos, mas também coletivos; • Garantir a dinamicidade participativa do processo coletivo de busca da cidadania, tornando possível o repensar pedagógico e a reconstrução da ação pertinente à transformação da sociedade, devendo haver a possibilidade de recomeçar cada processo quando preciso. Enfatizando que a educação não é estática, pronta e acabada, mas que está em constante evolução; • Proporcionar ao educando condições de compreender que as relações sociais estão pautadas em um conjunto de Leis que regulamentam os direitos e deveres de todos os cidadãos, expressos na Constituição Federal; 13 • Tornar a Escola Pública um espaço digno, bem conservado, equipado, onde educadores e educandos se sintam respeitados, valorizados e tenham suas famílias acolhidas. • Sistematizar os processos avaliativos, atentando para a complexidade da ação, fomentando o aspecto diagnóstico e veiculando formas alternativas de valorizar o conhecimento construído e os progressos alcançados. Fato que acena para um repensar da prática pedagógica e, principalmente para uma retomada e construção do conhecimento. 5 - MARCO SITUACIONAL 14 É o momento de delimitarmos minuciosamente as características fundamentais do Colégio Estadual Abraham Lincoln. Serão expressos aqui todos os seus segmentos e as relações que se estabelecem em seu meio. ...assim como, quando viajamos, sempre buscamos informações acessórias ( por exemplo, sobre a história, a geografia, a economia, o folclore, etc. do país ou da cidade que vamos visitar), para a nossa caminhada, quanto mais informações o leitor buscar na história das religiões, da magia, da filosofia, da arte, enfim, na história da humanidade, tanto mais saboreará nossa viagem. (CHASSOT, 2003, p.9) A compreensão do Marco Situacional, nesse sentido, será tão importante, quanto a busca de informações que procuramos durante nossas viagens, para que da mesma forma, possamos considerar toda a realidade que se insere no Colégio Estadual Abraham Lincoln. Como um instrumento de suporte orientador, é válido o entendimento do organograma que demonstra a sua organização. 5.1 - OFERTA DE CURSOS/PROGRAMAS O Colégio Estadual Abraham Lincoln - Ensino Fundamental e Médio, situado à rua Professor Irineu Citino, 900; Centro - Kaloré – Paraná, telefone (43) 3453 1119, funciona em 03 (três) turnos: Manhã: 7h40min às 12 h Tarde: 13h às 17h 10min Noite: 18h50min às 22h50min Os cursos ofertados são Ensino Fundamental – séries finais e Ensino Médio. Programas: VIVA A ESCOLA, CELEM, Sala de Apoio à Aprendizagem e Sala de Recursos. 5.1.1 - CELEM 15 Os cursos ofertados pelos Centros de Línguas Estrangeiras Modernas – CELEM são regulamentados pela Resolução Secretarial nº 3904/2008 e oferecidos aos alunos da rede pública estadual, gratuitamente, possibilitando a toda comunidade escolar o acesso a outras culturas. De modo que o ensino da língua estrangeira moderna no Paraná, bem como de outras disciplinas é norteado pelas Diretrizes Curriculares da Educação Básica, documento elaborado com a participação dos professores da rede. A duração do curso é de dois anos, sendo quatro aulas semanais, totalizando 320 horas ao longo de quatro semestres e, ao final do curso o aluno recebe o certificado que é expedido pela Secretaria Estadual da Educação (SEED). O Colégio Estadual Abraham Lincoln oferta através do Programa CELEM, o curso de Língua Espanhola, desde o início do ano letivo de 2010, com três turmas distribuídas nos turnos da tarde, intermediário e noturno. 5.1.2 – VIVA A ESCOLA O programa Viva a Escola oferece aos alunos, a partir de 2009, atividades didáticas, esportivas e culturais em horários alternativos aos de aula, indo de encontro ao princípio da escola integral. O Viva a Escola se propõe a dar atendimento aos estudantes no horário contrário ao turno em que atualmente freqüentam o ensino regular. O programa possibilita o desenvolvimento atividades artísticas, culturais, cientificas, esportivas e mesmo de aprendizagem no interior da escola, fato que direciona a igualdade de oportunidades aos alunos. Trata-se de uma atividade de complementação curricular, com abordagem disciplinar originada a partir das necessidades identificadas pelo coletivo da escola. O Colégio Estadual Abraham Lincoln oferta atualmente (ano letivo de 2010) quatro atividades respectivas ao programa Viva a Escola. São elas: 5.1.2.1 - Atividade 1 • Título: O Teatro na Escola • Núcleo de Conhecimento: Expressivo-Corporal • Atividade: Teatros 16 5.1.2.2 - Atividade 2 • Título: Matemática: Dinâmica de Jogos e Aprendizagem • Núcleo de Conhecimento: Expressivo-Corporal • Atividade: Jogos 5.1.2.3 - Atividade 3 • Título: Geografia e Música: Uma Forma de Cidadania • Núcleo de Conhecimento: Científico-Cultural • Atividade: Músicas 5.1.2.4 - Atividade 4 • Título: Língua Portuguesa: Apoio à Aprendizagem • Núcleo de Conhecimento: Científico-Cultural • Atividade: Atividades Literárias Todas as atividades do Viva Escola são ofertadas com o total de quatro horas aula semanais, em contra-turno ao período de matrícula no ensino regular dos alunos. 5.1.3 - SALA DE APOIO Em conformidade com o que expressa a Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED, quanto à implementação do Programa de Sala de Apoio à Aprendizagem, respaldada na Instrução Conjunta N° 04/04 – SEED/SUED/DEF, o Colégio Estadual Abraham Lincoln oferta Salas de Apoio à Aprendizagem com o objetivo de atender às defasagens de aprendizagem apresentadas pelos alunos que frequentam a 5ª Série do Ensino Fundamental. 17 O programa prevê o atendimento aos alunos no contraturno, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, com o objetivo de trabalhar as dificuldades referentes à aquisição dos conteúdos e oralidade, leitura, escrita, bem como às formas espaciais e quantidades nas suas operações básicas e elementares. 5.1.4 - SALA DE RECURSOS • SALA DE RECURSOS SÉRIES FINAIS OFERTADA DESDE 2005 • ATENDIMENTO – ÁREA : Deficiência Mental/Intelectual e Transtornos Funcionais Específicos • TURNO: Tarde - CÓDIGO(SAE) 2032 • RESOLUÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO: 4016/04 • DATA DA ÚLTIMA PRORROGAÇÃO: 20/12/2008 • PROFESSORA: Marlene Cruz Cividini • FORMAÇÃO: Magistério • PÓS GRADUAÇÃO-ÁREA Educação Especial DM, DA, DV e DF • NÚMERO DE ALUNOS ATENDIDOS EM 2010 : 9 alunos • MATERIAIS: VINCULO : QPM SUPERIOR: Pedagogia 01 Bola de borracha 01 cubo de Fração 01 Disco de Fração 01 Material Dourado 01 Sólido Geométrico 01 Tangran 01 Fantoche Família • JOGOS: 01 Administrando o seu dinheiro 01 Alfabeto Silábico 01 Banco Imobiliário 18 01 Batalha Naval 02 Can Can 02 Cilada 01 Com que letra? 01 Conhecendo o Brasil 01 Damas 01 Dominó: Associação de idéias 02 Dominó Tradicional 04 Dominó Educativo 01 Futebol de Botão 03 Hora do Rush 01 Imagem e Ação 01 Jogo da velha 01 Lince 01 Loto 01 Memória 01 Mesada 01 Palavras-cruzadas 01 Pega - varetas 01 Perfil Junior 01 Perfil 3 03 Quebra- cabeças 05 Resta 1 01 Scotland Yard 01 Sequência Lógica-Trânsito 01 Triângulo Matemático 01 Vamos Formar Palavras A Sala de Recursos está estabelecida na Instrução Nº 05/04 da SEE, é um serviço especializado, de natureza pedagógica que apoia e complementa o atendimento educacional realizado em Classes Comuns do ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries. Destina-se aos alunos que apresentam problemas de aprendizagem com atraso acadêmico significativo, distúrbios de aprendizagem e/ou deficiência mental. O ingresso do aluno na Sala de Recursos se dá a partir de Avaliação Psicoeducacional, realizada pela Equipe Técnico Pedagógica, Professor Especializado com assessoramento, quando necessário, de Equipe Multidisciplinar, Equipe do NRE. Seu atendimento é realizado individualmente ou em pequenos grupos, obedecendo a um cronograma, previamente estabelecido, de duas horas por dia, de duas a quatro sessões semanais, de acordo com sua necessidade. O trabalho na Sala de Recursos dá ênfase: - na área do desenvolvimento cognitivo, sócio-afetivo-emocional e motor; - na área do conhecimento; 19 - linguagem oral e escrita; - cálculos matemáticos, através de atividades lúdicas. 20 5.2 – ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA ESCOLA O Organograma abaixo, demonstra a forma de organização do Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio Conselho Escolar Direção Secretaria APMF Equipe pedagógica Corpo Discente Biblioteca Laboratório Informática Laboratório Ciências Projeto Serviços de Apoio Corpo Docente Pais 21 5.3 – A ESCOLA INSERIDA NO CONTEXTO SOCIAL 5.3.1 – ESFERA GLOBAL No mundo globalizado a informação salta de um lado para o outro do planeta em segundos. Modernas tecnologias permitem ver e falar com pessoas que estão distantes. Já são inúmeras as realizações e descobertas científicas e, mesmo assim, o mundo ainda busca, sem sucesso, a cura para as feridas do Século XXI – guerras, fome, miséria, conflitos raciais e religiosos, destruição do planeta e a desigualdade social. Entre todos os caminhos para a cura destes males, a educação para o questionamento dos valores mundiais, ainda é apontada como o mais eficaz. 5.3.2 – ESFERA NACIONAL Ao analisarmos a história do Brasil em seus diversos aspectos, podemos constatar sua evolução econômica, política e sócio-cultural. Hoje somos capazes de produzir alta tecnologia, exportar produtos que atendam às exigências nacionais e internacionais e produzir alimentos com qualidade em grande quantidade. Porém, a maior parte de nossa população não tem acesso aos bens materiais e culturais produzidos em nosso país, porque há grande desigualdade social. Vivemos em uma sociedade enraigada pela relação dominante e dominada e, apesar das transformações ocorridas ao longo do tempo, as relações de poder vêm sendo mantidas de tal forma, que o capitalismo se instalou e é característica da maioria das sociedades atuais. Sendo assim, interessa aos dominantes, detentores do poder, manter uma sociedade individualista que valorize e dissemine o consumo exagerado e a idéia de poder a ele atrelado. Essa sociedade mantida pelos dominados consumistas que nele se envolvem sem refletir, perpetuando sua prática e seus valores, torna-se injusta, na medida em que nela prevalecem a desigualdade, o individualismo, as relações de poder e de classe que subjugam social e economicamente os menos favorecidos. 22 Certamente não é a sociedade que queremos. Defendemos uma sociedade humanizada, igualitária, fraterna e justa, onde todos, apesar das diferenças de cultura, credo ou ideologia partilhem de sua construção, realizando seus deveres e exercendo seus direitos. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (L.D.B.) diz em seu texto que a educação é um direito do cidadão e um dever do Estado. As Leis foram escritas e reescritas ao longo d história do país, com base no contexto sócio-econômico-cultural, sua evolução e necessidades, estabelecendo –se parâmetros na busca de uma sociedade mais democrática. Ao analisarmos a real efetivação das garantias postas na Lei teremos uma visão clara do quanto ainda há para se conquistar. A educação não pode mudar o mundo, mas o mundo sem a educação não se transformará. (Paulo Freire) Ao analisarmos o pensamento de Paulo Freire entendemos que a escola, mesmo sem querer, dá uma grande parcela de contribuição para a manutenção da sociedade vigente, na medida em que falha na tentativa de por em prática o que realmente idealiza. Em tese, a escola é o espaço primordial para o exercício de uma educação reflexiva e questionadora possibilitando ao aluno ser sujeito de sua própria história e promotor da transformação social. Se este é o objetivo de nosso trabalho pedagógico, onde estamos falhando? Trata-se de uma questão complexa que se atrela aos marcos históricos que delinearam a realidade brasileira como um todo, refletindo-se na história do próprio município onde interagimos enquanto agentes da educação. Para que possamos direcionar um olhar mais compreensivo, acerca dessa realidade, é oportuno explicitar algumas considerações históricas que resultaram na comunidade local onde vivenciamos. 5.3.3 – ESFERA LOCAL O município de Kaloré, onde está situado o Colégio Estadual Abraham Lincoln é considerado de pequeno porte, com características impregnadas acerca da economia rural. No aspecto econômico, pode-se destacar no setor primário, uma economia voltada para a agricultura e a pecuária, sendo que a utilização do solo se dá pelo cultivo de lavouras 23 temporárias (soja, milho, algodão, trigo) e em pequena quantidade, lavouras permanentes (café e cana-de-açúcar). Existem também pastagens, matas e terras em descanso. No município é possível encontrar grupos de produtores que possuem grandes propriedades tecnificadas, e também um grande número de pequenos produtores que cultivam o necessário para sua subsistência, comercializando apenas o excedente, cultivando suas lavouras com recursos limitados. Existe ainda, um significativo número de trabalhadores volantes, que aumenta nos períodos da colheita de algodão e cana-de-açúcar. A comercialização da soja, milho e trigo se dá através de cooperativas e comércios particulares do município; do café, em cooperativas e torrefadoras da região; do leite, em cooperativas, fábrica de doces e varejo; da carne, em frigoríficos próximos e comércio local. (PRODER, 2002) No setor secundário, o município conta com algumas indústrias, a maioria de pequeno porte, destacando-se as de beneficiamento e transformação de alimentos, indústrias de móveis, e vestuário, bem como, facções. São agroindústrias como a de Transformação de Leite (Fábrica de Doces) e de beneficiamento e empacotamento de arroz. As que não são de exploração agrícolas são as serrarias, serralherias, marcenarias e facções, na área de vestuários e acessórios. Por fim, o setor terciário conta com os comércios locais, onde se concentram pequenas lojas, bares, mercearias, armazéns de secos e molhados, supermercados e algumas lojas especializadas. Tais estabelecimentos fazem o abastecimento da sede, da zona rural e do distrito de Jussiara. Como prestadores de serviços, Kaloré conta com as agências dos Bancos Itaú, Sicredi . (FAMEPAR, 1996, p. 26) Ao se considerar a população do município de Kaloré, tem-se vários fatores a destacar, como os que seguem explícitos nas tabelas, fazendo um parâmetro comparativo entre o município, a região, o estado e o país. • Quanto à População LOCALIDADE URBANA RURAL Brasil 125.910.530 32.321.722 Paraná 7.356.405 1.930.154 Região Central 132.035 104.069 Kaloré 3.057 1.987 Fonte: IPARDES 2000 – Elaboração EMATER – PR TOTAL 158.232.252 9.286.559 250.103 5.044 24 • Quanto à Densidade Demográfica LOCALIDADE Brasil Paraná Região Central Kaloré Fonte: IPARDES 2000 – Elaboração EMATER – PR Hab/Km2 18,4 45,1 24,3 27,87 Nesse contexto populacional, verifica-se que os índices de desenvolvimento humano da última década, no que se refere à saúde, educação/escolaridade e renda familiar se enquadram em um nível médio de desenvolvimento humano, o que dá ao município caráter progressivo, enquanto comparado ao Brasil, num contexto mais amplo, o qual também ocupa nível médio de desenvolvimento humano. (PRODER, 2002) O que vamos relatar a seguir permitirá inserir nossa Escola no contexto acima descrito. Devido ao fato do Colégio Estadual Abraham Lincoln estar localizado em uma cidade pequena, em região essencialmente agrícola e habitada por pequenos produtores, atende alunos da zona rural e urbana. Filhos de pequenos agricultores, trabalhadores rurais volantes, autônomos, pequenos comerciantes, empregados (facções de costura, comerciantes, domésticos, dentre outros). 5.4 – ESTRUTURA FÍSICA O Colégio também tem sua história. Foi construído no ano de 1968 e, no período que se seguiu, passou por reformas e ampliações na tentativa de adequar seus espaços às necessidades emergentes. Atualmente estão sendo reformados os ambientes já existentes e sendo construídos novos banheiros. A construção de um refeitório é uma antiga reivindicação da comunidade escolar. No entanto, ainda não foi conquistada. Também são necessárias melhorias nos muros, já que os mesmos não impedem o acesso de pessoas estranhas ao seu ambiente. E ainda, um melhor aproveitamento dos espaços ociosos, que se organizados, poderão ser destinados às atividades educativas e de lazer. Atualmente, a estrutura física do Colégio dispõe dos recursos adiante descritos. 25 5.4.1 - RECURSOS FÍSICOS DISPONÍVEIS A estrutura física do colégio está assim organizada : 09 (nove ) salas de aula; 01 (uma) biblioteca; 01 (uma) secretaria; 01 (uma) sala de professores; 01 (uma) sala para Equipe Pedagógica; 01 (um)depósito de materiais didático; 01 (uma) cozinha; 01 (um) depósito de merenda; 01 (um)depósito de materiais esportivo 01 (um) almoxarifado ; 01 (um )banheiros masculinos (4 sanitários e 1 chuveiro); 01 (um )banheiros femininos (4 sanitários e 1 chuveiro); 01 (um ) banheiro para professores (masculino); 01 (um ) banheiro para professores (feminino ); 01 (uma) quadra coberta; 01 (uma) quadra polivalente; 01 (uma) sala para Direção; 01 (uma) sala para documentação; 01 (uma) sala com divisória para o Programa Viva Escola; 01 (uma) sala para Laboratório de Informática; 01 (um ) Laboratório de Química, Física e Biologia. 5.4.1.1 – Biblioteca É fato que a informação viaja rapidamente pelo mundo, mas o seu cesso incondicional ainda está restrito e diretamente ligado a condições sócio econômicas e 26 culturais. Por essa razão, a biblioteca escolar é, muitas vezes, o único espaço de garantia de acesso ä informação. A biblioteca desse colégio conta com um pequeno acervo, se comparado ä produção literária brasileira e ao volume de obras mundiais já traduzidas para a nossa língua. Sabemos o quanto o trabalho de incentivo à leitura deve ocupar espaço prioritário em nossas ações pedagógicas. Formar leitores assíduos é um desafio que enfrentamos em face ao limitado acervo bibliográfico com o qual contamos, seja pela diversidade das obras ou ainda pelo número das mesmas. Nossos alunos não têm acesso a jornais e, as poucas revistas existentes foram doadas pela comunidade e já não oferecem informações atualizadas. Foi disponibilizado um funcionário do setor administrativo que recebe orientações da equipe pedagógica e professores. No entanto, ainda não recebeu treinamento específico para a função que vem desempenhando, que se realizado, muito o ajudaria na realização de sue trabalho. Através de uma apreciação crítica acerca da Biblioteca, podemos assim caracterizá-la: • Acervo da TV Escola • Quantidade 143 30 48 50 02 03 02 02 Enciclopédias Quantidade 03 01 01 01 Especificação Fitas de vídeo diversas Fitas da TV Escola Fitas “Um Salto para o Futuro” DVDs Vídeo Cassete Televisores Antenas Parabólicas Aparelho de DVDs Especificação Barsa Ginasial Ilustrada História Universal História do Povo Brasileiro 27 • 01 01 01 02 01 01 01 01 01 01 01 01 História das Civilizações Grandes Personagens de todos os Tempos Álgebra Curiosidades Tecnirama Ciências Ilustradas Pedagógica da Educação Sexual Codil Lisa Pape Panorama Badem 01 Fase 01 Formar Coleções QUANTIDADE ESPECIFICAÇÃO 02 01 01 01 02 01 01 01 01 01 02 01 02 01 01 01 Sítio do Pica-pau Amarelo Biblioteca Dinâmica do Ensino Moderno Habilidades de Estudos Sociais Poesia Completa e prosa A Marcha do Homem Obras Complementares de Monteiro Lobato Dicionário Brasileiro Ilustrado – Edigraf. Iracema Primeiros Passos Sermões do Padre Antonio Vieira Obras Completas de Jorge Amado Obras do Padre Charbonneau Obras Completas de Machado de Assis Obras de Júlio Verne Obras de Eça de Queiroz Sexo e Sexualidade 02 Júlio Verne 01 Folclore em Atividades 01 Inglês para Crianças 01 Coleção da Fala e da Escrita 23 Literatura em Minha Casa 01 Meu Primeiro Livro de Inglês 01 Clássicos bilíngüe 01 Meio Ambiente 28 02 Aventuras na História 02 Clássicos Rideel 01 As Aventuras de Joça e Zeca 01 Clássicos Universais 01 Aventuras Grandiosas 01 Mundo Encantado de Glória Fuertes 01 O Brasil Monárquico 01 A Literatura no Brasil 01 Mar de Histórias 01 Encantamento das virtudes 02 Sherlock Holmes 01 Obras completas de José de Alencar 01 Paulo Coelho 01 Clássicos da Literatura (temas de vestibulares) • 01 História da República Brasileira 01 Novos Papos Literatura Quantidade Especificação 399 393 36 23 34 Infanto-Juvenil Romances Contos Crônicas Poesias • Livros Didáticos Quantidade 08 16 14 18 58 04 53 07 Especificação Física Química Biologia Ciências História Matemática Literatura e Língua Portuguesa Inglês 29 06 12 20 07 15 15 Vários Exemplares Botânica Atlas Geográficos Mapas Dicionários de Inglês Dicionários de Português Mapas das partes do Corpo Humano Livros; Panfletos sobre AIDS; Drogas e DST 5.4.1.2 – Laboratório de física, química e biologia O laboratório escolar está equipado com recursos próprios para a elaboração de experiências que permitem a comprovação de fatos elencados na teoria estudada em cada área. A partir do ano letivo de 2006, o laboratório tem um atendimento diferenciado, com a disponibilidade de um assistente de execução que estará organizando o laboratório e prestando assessoria ao trabalho desenvolvido pelos professores. Em educação, como em todas as áreas, a reflexão e a ação são companheiras inseparáveis (...) A reflexão desvinculada da prática conduz a uma teorização vazia.(HAYDT, 1998, p.9) O laboratório se presta a providenciar um encontro entre teoria e prática, em que os educandos podem estabelecer parâmetros comparativos acerca do conhecimento que estão construindo, inferindo em análises que levem à consolidação do saber. Na realidade, ainda é preciso que se maximize a utilização dos recursos laboratoriais, para que a prática seja um hábito cotidiano, veiculando aos educandos a oportunidade de verificar hipóteses, comprovando ideias. Com a nova função ocupacional própria para o laboratório, será elaborado um cronograma de utilização do espaço físico do laboratório pelas disciplinas afins. Ainda é preciso, porém, que um treinamento para o assistente de execução seja providenciado, para que os reais objetivos sejam atingidos através de sua atuação conjunta com os docentes. Adiante será detalhado o acervo atual do laboratório. Equipamentos para Laboratório de Biologia, Física e Química Quantidade 01 Especificação - Balança Mecânica de Braços iguais - altura 30 cm 30 I. 01 - Balança de pratos 01 - Gerador de Vandergraft 05 - Microscópio Binocular 01 - Multímetro 01 - Marcador de Tempo a pilha 02 - Microscópio Binocular – pequeno Relação do conjunto de reagentes Quantidade Especificação Vol. Emb. 01 Ácido Clorídrico 100 ml 02 Ácido Nitrico 100 ml 02 Ácido Sulfurico 100 ml 01 Enxofre em pó 200 g 01 Flúor 01 Alumínio em Aparas 100 g 01 Estanho em Raspas 99% 250 g 01 Limalha de Ferro 01 bloco Papel Vermelho de tornassol 01 bloco Papel azul de tornassol 100 tiras 01 bloco Papel indicador Universal 100 tiras 01 Sulfato de Aluminio 100 g 01 Sulfato de Cobre II PA 100 g 01 Sulfato de Zinco 100 g 01 Zinco em Raspas 100 g 01 Laranjado de metila 100 g 01 Permagnato de Potássio 100 g 01 Hidróxido de Cálcio 100 g 01 Hidróxido de Sódio P.A. 98,9% 100 g 01 Cal hidratado 100 g 01 Azul de Bromotimol 100 g 01 Carbonato de Cálcio P.A. 500 g 01 Hidroxido de Alumínio Seco P. A. 250 g 01 Carbonato de Sódio P. A. 100 g 01 Cloreto de Bário 100 g 250 g 50 g 100 tiras 31 01 Cobre em pó 10 g 01 Nitrato de Prata P.A. 25 g II. Relação do conjunto de vidrarias Quantidade Especificação 01 Almofariz com pestilo, 180 ml 02 Almofariz sem pistilo, 180 ml 01 Almofariz com pestilo,610 ml 01 Balão Volumétrico 250 ml 04 Balão Volumétrico 500 ml 04 Balão Volumétrico fundo chato 500 ml 02 Balão volumétrico de 25 ml 03 Balão de destilação de 250 ml 01 Balão de fundo chato 500 ml 05 Balão de fundo chato de 250 ml 01 Balão de fundo chato de 125 ml 01 Balão de fundo redondo de 300ml 11 Bastão de vidro 01 Becker de vidro 500 ml 10 Becker de vidro 250 ml 02 Becker de vidro 100 ml 04 Bureta 04 Condensador p/ destilação 10 Erlemeyer de vidro grad. boca estreita de 250 ml 01 Erlemeyer de vidro grad. boca estreita de 200 ml 01 Erlemeyer de vidro grad. boca estreita de 25 ml 07 Funil analítico de haste longa liso de 250 ml 01 Funil analítico de haste longa 07 Funil de decantação de 250 ml 05 Lâminas de vidro 5 cm 5mm x 300 mm liso de 500 ml 32 03 Papel filtro qualitativo 90mm - 100 discos 01 Pipeta graduada de 5 ml 03 Pipeta graduada de 1 ml 01 Pipeta graduada de 10 ml 01 Pipeta graduada de 2 ml 02 Pipeta volumétrica de 2 ml 02 Pipeta volumétrica de 3 ml 03 Pipeta volumétrica de 5 ml 02 Pipeta volumétrica de 10 ml 03 Pipeta volumétrica de 20 ml 02 Placa de petri de 100 x 10mm s/tampa 02 Placa de petri de 90 x 20mm s/tampa 02 Proveta de vidro graduada s/ tampa de 50 ml 01 Proveta de vidro graduada s/ tampa de 15 ml 01 Proveta de vidro graduada s/tampa de 500 ml 01 Proveta de vidro graduada s/tampa de 250 ml 10 Tubos de ensaio de 1,5 x 18 cm 02 Tubos de ensaio de 1,5 x 15 cm 05 Tubos de ensaio de 1,5 x 16 cm 09 Tubos de ensaio de 1,0 x 10 cm 09 Tubos de ensaio de 1,5 x 14 cm 04 Vara de vidro de 5mm x 100mm 07 Vidro de relógio de 80mm III. Equipamentos acessórios Quantidade Especificação 02 ANEL DE GRAVESAND 03 ANÉIS METÁLICOS, adap. Ao suporte universal - 09 ANÉIS METÁLICOS, adap. ao suporte universal -diâmetro 5 cm 03 ANÉIS diâmetro 8 cm METÁLICOS, adap. Ao suporte universal - diâmetro 12 cm 33 01 AGITADOR MAGNÉTICO 02 BALANÇA DIGITAL 04 BICO DE BUNSEN 02 BOBINAS DE 1.200 esp. 02 BOBINAS DE 300 esp. 02 CONEXÃO DE FIOS FLEXÍVEIS 02 CUBA SEMI-CILÍNDRICA 04 DIASPASÃO de 440 Hz 01 ESPÁTULA em aço inox de 20 cm de comprimento sem lâmina metálica 04 ESPÁTULA em aço de 180 mm 03 ESTANTE DE MADEIRA, para tubos de ensaio. 01 ESTANTE METÁLICA, para tubos de ensaio 29 FONTE FA-7 01 GUARDA -PÓS 06 JOGO DE MASSA AFERIDA 2 (20g) 2 (10g) 2 (5g) 01 LAMPARINAS , à 05 LÂMINAS para microscopia (caixa) 01 LENTES CONVERGENTES álcool com pavios e abafador 34 01 LUPA 01 MOLA TÁLICA, 2 cm de diametro e 2 m de Comprimento 01 MANTA AQUECEDOURA 05 MOLA METÁLICA , de 7 cm de diâmetro 01 MUFA 01 NÚCLEO DE FERRO 13 pHGAMETRO 01 PINÇA de madeira 01 PINÇA METÁLICA DE COBRE 02 PORTA PESO ZINCADO 03 PORTA PILHA 04 PRISMAS 01 SUPORTE 03 TERMÔMETRO DE MERCÚRIO, de temperatura -10º C a + 250º C 01 TERMÔMETRO DE MERCÚRIO, de temperatura -10º C a + 110º C 04 TORÇO HUMANO UNIVERSAL, TRIPÉ METÁLICO IV. Minilaboratório Estudantil Didacta Quantidade Especificação 35 01 KIT MOVIMENTO ONDULATÓRIO 01 KIT MECÂNICA 01 KIT ELETRICIDADE E MAGNETISMO 01 KIT PESOS E MEDIDAS 5.5 - RECURSOS MATERIAIS O colégio dispõe da seguinte relação de recursos materiais: 04 televisores em cores; 09 Estantes (06 de aço); 02 Antenas parabólicas; 08 Mesas de leitura; 01 Mesa de reunião; 02 Vídeos Cassete; 231 Fitas de vídeo; 30 Mapas diversos; 03 Globo; 10 Jogos educativos; 05 Microscópios; 01 Aparelho de Fone/Fax; 01 Balança; 01 Ventilador de mesa; 24 Ventiladores de teto; 01 Ventilador de parede; 01 Máquina de escrever eletrônica; 01 Máquinas de escrever manual; 02 Mimeógrafo; 11 Armários de aço; 10 Arquivos de aço; 12 Cadeiras estofadas; 02 Cadeiras giratórias; 07 Mesas escrivaninhas; 03 Armários de madeira; 36 303 Carteiras; 366 Cadeiras; 1 Mesas de professor; 01 Retro-projetor; 01 Torso bissexual; 01 Geladeira 280L; 02 Frezer horizontal; 01 Liquidificador de 8 L; 01 fogão com forno; 02 Cilindros de gás; 06 mesas para refeitório com 12 bancos; 01 Batedeira Industrial; 03 rádios com CD; 02 DVD; 01 Caixa de som; 07 extintores; 05 microcomputadores com impressoras; 01 cilindro industrial; 01 telefone sem fio; 01 máquina fotográfica; 01 sistema de som; Pratos, canecas, talheres e demais utensílios de cozinha. 37 5.6 – RECURSOS HUMANOS O quadro funcional do Colégio Estadual Abraham Lincoln está constituído conforme tabelas que se seguem, compostas por funcionários e professores. Os funcionários da educação se dividem em Agentes Educacionais I e II. O processo educativo se efetiva devido à ação coletiva desses três segmentos – Agentes Educacionais I e II e professores, que em suas respectivas funções contribuem com a construção e organização do conhecimento no processo de ensino e aprendizagem. 38 5.6.1 – EQUIPE DE DIREÇÃO E AGENTES EDUCACIONAIS II VÍNCULO NOMES 2º GRAU HABILITAÇÃO 3º GRAU FUNÇÃO COMPLETO IMCOMPLETO COMPLETO Jaime Ademir Roder QPM Educação Física Diretor X Adriana V. V. Gonçalves Josiani Ap. F. Alfonso Vanessa Cristina A Sanches QFBE QFBE QFBE Pedagogia Pedagogia Ciências Secretária Agente Ed.II Agente Ed.II X X X Edmilson Rodrigues Silva Jefferson Fantachole QFBE História Agente Ed.II X QFBE Química Industrial Geografia/História Agente de Execução Dir. Auxiliar Ana Maria Sanches 5.6.2 - da D.Figueiredo QPM PÓSGRADUAÇÃO INCOMPLETO DidáticaFundamentos Teóricos da Prática Pedagógica Morfofisiologia Humana e Reprodutiva Comportamental X X Geografia e Meio Ambiente EQUIPE PEDAGÓGICA 2º GRAU NOMES VÍNCULO HABILITAÇÃO FUNÇÃO COMPLETO Marisa Ap. Boso Vicentim Adelaide de Fátima Stencel QPM QPM Pedagogia Pedagogia 3º GRAU Pedagoga Pedagoga IMCOMPLETO COMPLETO X X X X PÓSGRADUAÇÃO INCOMPLETO Educação Especial Educação Especial 39 5.6.3 - AGENTES EDUCACIONAIS I 1º GRAU NOMES Inês de Lima Brito Marlene Cristina da Silva Maria Bertti de Carvalho Jacira Veronez Vanda Aparecida Padilha Valdeci Francisca Custódio VÍNCULO QPPE QPPE QPPE REPR REPR PSS COMPLETO 2º GRAU IMCOMPLETO COMPLETO 3º GRAU INCOMPLETO COMPLETO INCOMPLETO X X X X X X 5.6.4 - CORPO DOCENTE 2º GRAU NOMES VÍNCUL Ana Márcia Labegalini Stencel Ana Maria D. F. Sanches Angela Maria Travagli Antonia C. dos R. Protano Aparecida de F. M. Estrada Ariadne Cabral Franco Fernandes Carina Elizabete da Silva O QPM QPM REPR QPM QPM QPM QPM Cleide Alves Pereira Pontes Cleonice da Silva Cleudinéia Ap. Pereira Martins Darlene Cristina dos S. dos Reis QPM QPM QPM QPM 3º GRAU PÓS-GRADUAÇÃO DISCIPLINA COMPLETO Geografia Geografia/História História Língua Portuguêsa Ciências /Química Arte Matemática Sala de Apoio Arte/Sociologia Química Biologia/Ciências Ed. Física/Viva Escola IMCOMPLETO COMPLETO INCOMPLETO COMPLETO X X x X X X X X X x X X X X X X X X X INCOMPLETO X X 40 Elaine Cristina da Silva Lopes Elds Moreli da Silva Emerson da Silva Oliveira Iraci Aparecida Cachone Irenice Fantacholi Plaça Leila Aparecida Keller Lenice Alves da Silva Margarete Miranda P.Constantino QPM QPM QPM QPM QPM QPM REPR REPR Marlene Cruz Cividini Rita de Cássia Tassi Mello Rosemary Porto QPM QPM QPM Silvio Martins de Oliveira Vania E. J. Fernandes Vilma Ciriaki de Castro Vivian da Silva REPR QPM QPM REPR Espanhol História/Filosofia Matemática Educação Física Língua Portuguêsa Língua Portuguêsa Língua Portuguêsa Sala de Apoio Língua Portuguesa Sala de Recursos Geografia/História Matemática/Física Viva Escola X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X Educação Física Português/Inglês Geografia Inglês X X X X X X X 41 5.7– QUANTO À FORMAÇÃO CONTINUADA A maioria de nossos professores tem formação em Magistério, a nível de Ensino Médio e formação acadêmica com especialização na área específica a qual ministra aulas. Por não contar com professores habilitados em todas as áreas, ocorre que as aulas de algumas disciplinas são ministradas por professores de outras disciplinas afins, como é o caso de Arte, Ensino Religioso, Filosofia e Sociologia. Todos os professores e demais funcionários participam da capacitação continuada prevista no calendário. Os demais cursos e simpósios são oportunizados a um pequeno número de professores, sendo que alguns não demonstram interesse em participar de tais eventos. Considerando a importância de uma boa formação específica, aliada a conhecimentos de psicologia, Sociologia, Filosofia e Relacionamento Humano sem os quais o trabalho pedagógico não se efetiva a contento dos envolvidos. 5.8 – QUANTO À ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO O conhecimento, nesse contexto, oportunizaria o trabalho interdisciplinar e os projetos que hoje são quase que individuais, quanto à disciplina que o propõe. Passariam a ser coletivos. Sabemos o quanto a organização do trabalho escolar e a excessiva carga horária dos professores são prejudiciais a consolidação do processo educativo. Atualmente, os horários incompatíveis, mesmo a hora-atividade não podem ser organizados de forma que os professores das áreas possam estar juntos. 5.9 – CARACTERÍSTICAS DO ALUNADO A exemplo do país, as famílias de nossa comunidade enfrentam os problemas sociais causados pela necessidade financeira, que faz com que as mães saiam em busca de trabalho para complementar a renda doméstica. Fato que a nosso ver, reflete no trabalho da Escola, que se vê, na maioria das vezes privada de uma importante parceria. Ao analisarmos 42 alguns fatos ocorridos, percebemos que não há uma cultura de valorização, incentivo e promoção para maior participação e interesse por parte dos pais. A distância fragmenta o trabalho e perpetua a idéia de responsabilidades distintas ou até antagônicas, onde são atribuídas culpas mútuas às situações de fracasso escolar. Considerando que o Colégio em questão atende um alunado oriundo da zona urbana e rural, os últimos dependem do transporte escolar e freqüentam os turnos matutino e noturno (no caso de 8ª médio). Ocupam uma boa parte das vagas do período matutino, fato que nos últimos anos vem causando um certo descontentamento de pais e alunos da zona urbana, por ser o período de preferência dos mesmos. Muito nos preocupa o fato de percebermos que a grande maioria de nossos alunos não tem um projeto de vida. Talvez, por isso, estejam tão desmotivados quanto a estar na escola e a participar de suas atividades. Este fato ocorre de forma mais acentuada no período noturno, onde se observa que a formação escolar não se constitui em fator de interesse relevante, importando apenas, a conclusão do curso, para atender às necessidades sociais e trabalhistas. Em contrapartida analisamos os problemas da Escola, onde muitas vezes as turmas são numerosas, formadas por alunos sobre os quais pouco sabemos quanto aos aspectos individuais. Tem-se um conhecimento generalizado de que a grande maioria provém de famílias de baixa renda, que se alimentam de forma precária. Mesmo os que têm recursos, não têm o hábito de manter uma alimentação saudável, fazendo opção por lanches e doces. Muitos ficam longe dos pais a maior parte do tempo e às vezes estão à mercê da mídia, da violência, do álcool e outros aspectos negativos para sua formação. 43 5.9.1 – CRITÉRIOS PARA A ORGANIZAÇÃO DE TURMAS A formação de turmas ocorre a partir da observação de alguns aspectos relativos à características da comunidade escolar e necessidades dos alunos, tais como: transporte (para os que vêm da zona rural); trabalho; ritmo de aprendizagem; ocorrência de reprovação; e, socialização. Por tratar-se de uma escola de pequeno porte que oferta atendimento nos três turnos (manhã, tarde e noite) muitas vezes, ocorre a formação de turmas únicas no turno, para cada série, impossibilitando a observância de todos os itens mencionados. Em 2005, tínhamos a seguinte organização: 44 5.9.2 - TOTAIS DE TURMAS E MATRICULAS – ANO 2010 Curso Ensino de 1º Grau Regular 5/8 série Série Turno Total de Total 5ª 5ª 6ª 6ª 7ª 7ª 8ª 8ª Manhã Tarde Manhã Tarde Manhã Tarde Manhã Tarde Turmas 2 1 2 1 1 1 1 1 Matrículas 40 18 46 20 25 24 31 31 1ª Tarde 1 120 1ª Manhã 1 45 1ª Noite 1 16 2ª Manhã 1 26 2ª Noite 1 26 3ª Manhã 1 16 3ª Noite 1 15 1ª Tarde 1 30 1ª Interm.Tarde 1 30 1ª Noite 1 30 20 589 Complementação Curricular Ensino Médio Espanhol – Básico Total 45 5.10 – QUANTO AOS ÓRGÃOS COLEGIADOS • GESTÃO DEMOCRÁTICA Concebendo a gestão democrática como um processo de democratização que se estrutura em dois pressupostos: a eleição para diretores e o fortalecimento dos Conselhos Escolares, é possível verificar que se trata de uma prática que se encerra numa crescente socialização da participação política da igualdade substantiva. A integração da comunidade escolar na participação em decisões coletivas fortalece o princípio da gestão democrática. A gestão democrática pressupõe um espaço democrático onde a escola deve ser reconhecida como local público a serviço do público. Implica numa transformação da estrutura e das relações escolares, o que se verifica através de um processo lento que infere em mudanças de concepções e atitudes, bem como de comportamentos inerentes à prática escolar cotidiana. Essas transformações se procedem, à medida que, a escola deixou de ser um sistema autoritário hierarquizado com centralização de decisões para assumir uma gestão coletiva, contando com a participação da comunidade escolar, enquanto também propulsora de ações. Contamos, nesse sentido, com a atuação dos órgãos colegiados e conselhos deliberativos, que contribuem amplamente, dentro de suas respectivas funções, enquanto sujeitos ativos e envolvidos com o processo de ensino e aprendizagem. Verifica-se, a partir dessa nova gestão, que todos são responsáveis pelos nortes traçados para a escola. Cada um, dentro de seus respectivos papéis, contribui individual e coletivamente. No Colégio Estadual Abraham Lincoln, contamos com a participação ativa dos Órgãos colegiados que se traduzem em parceiros reais que lutam com a escola para o alcance das metas traçadas. Dentre esses parceiros, destacamos os seguintes: • APMF – Associação de Pais, Mestres e Funcionários, que composta por membros de todas as instâncias da comunidade escolar vem promovendo uma maior integração entre família-escola-comunidade, prestando assistência ao Colégio como um todo, em consonância com a proposta pedagógica delineada e executada no processo de ensino. A atual APMF está assim constituída: 46 APMF - REPRESENTANTES DA DIRETORIA RG. 3.153.705-3 5.704.305-9 6.597.104-6 6.495.976-0 5.704.309-1 8.166.249-5 6.360.635-9 4.065.224-8 NOME Elizabete Leocádio Ramos Claudio Marzo Sanches Namir Barbosa José de Souza Silva Josiani Aparecida Ferreira Alfonso Carina Elizabete da Silva Rosemary Porto Alves Pereira Maria de Fátima Pereira Pierucini FUNÇÃO Presidente Vice Presidente 1º Tesoureiro 2º Tesoureiro 1ª Secretária 2ª Secretária 1º Diretor Sócio Cultural 1º Diretor Sócio Cultural ENDEREÇO RESIDENCIAL Rua Nova S/Nº Rua Profº Irineu Citino - 123 Rua Nova S/Nº Rua Elias Labegalini - 59 Rua José Darienso - 670 Rua José Darienso - S/Nº Rua Ângelo Impossetto - 645 Rua Profª Onice de Melo - S/Nº CEP 86.920-000 86.920-000 86.920-000 86.920-000 86.920-000 86.920-000 86.920-000 86.920-000 TELEFONE 34531108 3453-1148 84315925 99845667 3453-1159 3453-1101 3453-1439 3453-1277 CEP TELEFONE 86.920-000 86.920-000 86.920-000 86.920-000 86.920-000 86.920-000 86.920-000 86.920-000 34531296 3453-1255 3453-1156 3453-1439 3453-1387 84086239 CONSELHO DELIBERATIVO E FISCAL RG. 4.400.306-6 5.941.243-4 8.971.680-2 6.814.988-6 5.047.794-0 6.285.498-7 3.959.914-7 5.288.066-1 NOME Angela Maria Travagli Agostini Emerson da Silva Oliveira Jefferson Fantachole Edmilson Rodrigues da Silva Marcos Agnaldo Alves Pereia Vanderléia Spadim Vicentin Vanda Aparecida Padilha Vanessa Cristina Aquoroni Sanches PROFISSÃO Professora Professor Assistente Administrativo Assistente Administrativo Agricultor Enfermeira Funcionária Pública Funcionária Pública ENDEREÇO RESIDENCIAL Rua Profº Irineu Citino Rua Ângelo Impossetto - 139 Rua Orlando Carlos Pereira - 522 Rua Benedita S. Maltempe - 58 Rua Ângelo Impossetto - 645 Rua Profº Irineu Citino – S/Nº Avenida Paraná - 741 Rua Profº Irineu Citino - 310 47 • Conselho Escolar : Representado por membros participantes da comunidade escolar, conforme prevê seu Estatuto, vem acompanhando a ação pedagógica do Colégio Estadual Abraham Lincoln, de modo a desempenhar suas funções: 1 – deliberativa (acompanhando as diretrizes acerca das diversas tomadas de decisão); 2 – consultiva (emitindo pareceres acerca de posturas adotadas); 3 – avaliativa (acompanhando continuamente todas as ações) e; 4 – fiscalizadora ( garantindo a legitimidade das ações em todos os segmentos). 48 CONSELHO ESCOLAR - FICHA CADASTRAL Estabelecimento: Col. Est. Abraham Lincoln – Ens. Fund. E Médio 1º Segmento: PROFISSIONAIS DA ESCOLA NOME RG FUNÇÃO NA ESCOLA Jaime Ademir Roder 1.428.141-0 Diretor Leila Aparecida Keller 6.895.456-8 Vice-Presidente Adelaide de Fátima Stencel 3.209.017-6 Eq. Pedagógica Darlene Crisitna dos Santos 5.727.328-3 Professora dos Reis Adriana Valeria V. Gonçalves 5.617.971-2 Secretária Maria Bertti de Carvalho 4.334.306-8 Serviços Gerais Município: Kaloré ENDEREÇO NRE:Apucarana CEP FONE R: Profº Irineu Citino R:Carlos Henrique da Silva nº 25 Rua José Darienso Est.Urú Km1 86920-000 86920-000 86920-000 86920-000 3453-1409 34531482 84112012 34531338 Rua Albino Mantovani – nº 61 86920-000 86920-000 3453-1311 3453-1572 CEP FONE 86920-000 - 86920-000 86920-000 84315925 34531148 CEP FONE 86920-000 99144671 R:José Leocádio Ramos nº 65 2º Segmento: COMUNIDADE ATENDIDA PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO NOME RG FUNÇÃO NA ENDEREÇO ESCOLA Daysieli Fernanda Gomes dos 10.358.569-4 Aluna Rua Aparicio Gonçalves- 270 Santos Eliane Ambrosio Barbosa 7.128.268.Mãe Rua Luiz Davanço Filho - 70 Claúdio Marzo Sanches 5.704.305-9 APMF Rua Profº Irineu Citino - 123 3º Segmento: MOVIMENTOS SOCIAIS ORGANIZADOS NOME RG FUNÇÃO NA ENDEREÇO ESCOLA Eliete de Fátima Berti Tavares 5.365.565-3 Coord.Liturgia Rua Pascoal Pianez - 338 49 • Conselho de Classe: O Conselho de Classe é um órgão colegiado composto pelos seus sujeitos diretamente envolvidos no processo pedagógico escolar, seu objetivo é avaliar o processo ensino aprendizagem desenvolvido dentro da escola, tendo como características básicas a participação e integrada dos sujeitos do trabalho pedagógico, a organização interdisciplinar e a atenção na avaliação escolar. É um espaço coletivo de discussão, reflexão e estudo sobre as práticas pedagógicas escolares, de maneira que todos participem de forma democrática e construtiva, a fim de se chegar a uma análise e tomada de decisões no que tange ás práticas pedagógicas exercidas até então, e garantir a efetivação dessas decisões no âmbito escolar. Verifica-se sob esse aspecto, que o Colégio Estadual Abraham Lincoln já está acenando para uma mudança de paradigmas, o que se comprova a partir do fortalecimento da ação dos sujeitos como participantes do projeto de ação e, simultaneamente, executores do mesmo. 50 5.11 – CARACTERIZAÇÃO PEDAGÓGICA 5.11.1 – QUANTO À AVALIAÇÃO PRATICADA NA ESCOLA Para uma educação de sucesso é necessário repensar a avaliação que infelizmente privilegia a tarefa de verificação com detrimento da verdadeira avaliação. Apontamos o processo avaliativo como sendo nossa maior insatisfação, já que entendemos que a avaliação e trabalho pedagógico devem caminhar juntos atendendo aos mesmos propósitos. O que na prática ainda não ocorre de forma satisfatória. Ainda temos uma avaliação que apresenta como fator relevante a obtenção de nota, o que a torna uma avaliação classificatória e quantitativa obtida de formas diferenciadas. Embora esforços tenham sido empregados para a construção e desempenho de uma avaliação diagnóstica, qualitativa e inclusiva, reconhecemos que ainda precisamos trilhar um caminho longo para obtermos a avaliação que necessitamos. Aquela que não representa o fim, mas uma oportunidade de reorientação da práxis pedagógica, permitindo, inclusive, contemplar, criticar analogamente nossa própria atuação enquanto educadores que somos. 5.11.2 - EDUCAÇÃO ESPECIAL - A CONSTRUÇÃO DE CURRÍCULOS INCLUSIVOS A diferença é uma característica do ser humano, bem como dos grupos aos quais compõe. Ao analisarmos a história da evolução humana, especialmente a partir do momento em que o homem passa a evoluir na organização social, é possível perceber o quanto a diferença física ou comportamental perturba o imaginário humano. Por longo período na história, a pessoa que portasse alguma característica que a diferenciasse da maioria era vítima da exclusão. Sua condição era atribuída a fatores sobrenaturais, como sinônimo de castigo para a expiação de pecados. 51 A partir do século XIX surgem na área médica as primeiras pesquisas que darão suporte para uma nova visão acerca das deficiências que, consideradas como doenças, tinham os esforços voltados para a cura, sendo seus portadores isolados em instituições para tratamento. Pesquisadores como Jean Itard e Philippe Pinel deram início a pesquisas com pessoas portadoras de deficiências que, então, eram vistas apenas sob o aspecto orgânico, confundindo-se deficiência com patologia. Carregando o estigma de doente mental, a pessoa portadora de deficiência era isolada por ser considerada um perigo para a sociedade. Outro fator atribuído à deficiência era o de que sua determinação genética era fato irrefutável para o qual de nada adiantaria intervir, pois não seria superado. Passou-se assim a medir o potencial intelectual, delimitando-se as possibilidades de cada um. A Declaração Universal dos Direitos Humanos vem inspirar as políticas públicas e a criação, em vários países, de instrumentos jurídicos que garantem o atendimento aos portadores de deficiências. Com o crescimento de movimentos mundiais após a Segunda Guerra, afloram questões da educação pública a que eram submetidas as camadas populares. Surge mais significativamente a Educação Especial destinada ao grupo de pessoas com deficiência, por estes não estarem aptos a cumprir o programa regular. A Educação Especial caminha para a integração social, buscando-se preparar a pessoa com deficiência, para o trabalho. Nos anos 60, com avanços em pesquisas nas áreas das Ciências Sociais e Psicologia, passa-se a considerar também os fatores socioculturais como determinantes da origens de distúrbios e deficiências. 52 A partir de 70, movimentos de pais e crianças com deficiências inspiram-se nos princípios de individualização, introduzidos na Dinamarca que buscavam oferecer as pessoas com deficiência o convívio em ambiente menos segregativos. Reconhecendo-se o potencial de aprendizagem a Educação passa a ser ofertada em diferentes modalidades e programas. Atualmente, com políticas governamentais voltadas para a Educação Inclusiva, todos os educandos têm direito assegurado, isto é, de acesso, permanência e sucesso educativo. Dessa forma, a diversidade passou a ser um marco privilegiado, não mais um problema. Pois, desvendar as místicas das divindades é compreender a educação de uma forma ampla, onde todos os sujeitos têm plenas capacidades de aprendizagem, bastando diversificar as metodologias que atendam às práticas de inclusão social, tendo em vista oportunizar um ensino condizente com as necessidades específicas de cada educando. Partindo de um currículo flexível que visa adaptar o que é comum e o que é individual, atendendo dessa forma à diversidade e favorecendo o enriquecimento cultural, numa prática social que capacite a todos a partir de suas necessidades. Assegurar oportunidades, isto é, a igualdade de direitos que permite ao indivíduo se apropriar de tudo que a vida propõe. Desse modo, o contexto escolar progressista é pautado por um alunado diversificando, com uma gama de necessidades especiais, o que torna a educação inclusiva, problematizadora, uma vez que busca alternativas viáveis para atender toda a diversidade de necessidades educacionais relacionadas ao caráter sócio-cultural, afetivo e cognitivo. Compreender a educação escolar nesse novo paradigma e rever concepções para que teoria e prática, atreladas à inclusão, promovem o sucesso de todos os educandos. Assim, vê-se a necessidade de um fazer pedagógico diferenciado, sobretudo no que condiz à forma de avaliação, uma vez que as possibilidades vão surgindo na práxis. Tais aspectos devem ser compreendidos e assumidos por todo o contexto escolar. 53 5.11.3 – QUANTO À INCLUSÃO O Colégio Estadual Abraham Lincoln vem se fortalecendo no sentido de garantir o direito que todos têm de serem atendidos pela escola pública, preferencialmente, na modalidade regular, independentemente de suas características específicas, no que se refere às necessidades educativas especiais ou às diversidades culturais. Um desafio se instala notoriamente, levando toda a comunidade escolar ao enfrentamento de situações inusitadas, primando sempre pelo alcance dos objetivos e metas traçados, a serem definidos através da educação. No que se refere às diversidades culturais, a escola vem desempenhando seu papel de propulsora da conquista da cidadania, à medida que, cotidianamente, valoriza e respeita as características individuais e especificidades, promovendo a inserção social nos grupos e proporcionando a emancipação das ações que expressam cidadania. Quanto ao atendimento ofertado aos indivíduos que necessitam de condições especiais para o ingresso e progresso no processo educativo, a escola vem suprindo tais necessidades através do auxílio específico e atendimento especializado que se verifica nas salas de recursos (com atendimento de alunos de 5ª à 8ª séries nas diversas disciplinas) e de apoio à aprendizagem (para aluno de 5ª série com defasagem de conteúdos de língua portuguesa e matemática, oriundos das séries iniciais do ensino fundamental). No que se refere à estrutura física, adaptações foram feitas para a possível recepção de educandos portadores de necessidades especiais. Porém, acredita-se que muito ainda é possível se fazer com o intuito de pormenorizar a diversidade e otimizar o sucesso da ação pedagógica, independente das condições apresentadas pelos alunos. Mesmo assim, com os recursos disponíveis, verifica-se considerável sucesso que usufruem desse atendimento especializado. 54 5.11.4 - QUANTO À EDUCAÇÃO DO CAMPO Considerando que grande parte da clientela que constitui o alunado do Colégio Estadual Abraham Lincoln tem estreito vínculo com a cultura rural, prima-se para a valorização da vida social do campo, possibilitando uma auto-afirmação da identidade dos povos do campo, da sua cultura, enfim, sua história social e política. Trata-se de promover a construção de posturas e tomadas de atitudes acerca das práticas que envolvem o meio rural, agregando-as ao modo de vida contemporâneo, lutando pela emancipação de políticas públicas que garantam o respeito a essa população. Para tanto, procura-se tomar como referência para o trabalho pedagógico, sempre que possível, a cultura, os saberes da experiência, a dinâmica dos moradores do campo, tornando mais palpável os objetos de estudo. Assim, se está colaborando para que a cultura seja gerada na prática social produtiva dos povos do campo, bem como sua apresentação inclusiva na comunidade escolar. 5.11.5 – QUANTO À EVASÃO E REPETÊNCIA Bom seria que o acesso democrático á escola pública garantisse a permanência e o sucesso do educando na escola. Entretanto, a realidade que se vivencia é bem adversa a essa utopia. Vários são os fatores que interferem na permanência do aluno na escola, sejam eles relativos aos aspectos políticos, econômicos, sociais, familiares, dentre outros. A realidade é que enfrentamos situações de evasão escolar, ocasiões em que a escola, ao perceber a evasão informada pelos professores regentes, entra em contato com a família, tentando em conjunto propiciar o retorno do aluno à escola. O fato é que, muitas vezes, as ações desempenhadas nesse sentido são insuficientes para o resgate do aluno e, consequentemente, ele permanece evadido. Parcerias são feitas com o Conselho Tutelar, mas muitas vezes, a ação não atinge o objetivo. Outro fator relevante que preocupa o desenrolar do processo educativo é a repetência que ainda ocorre. Tenta-se efetivar em cada disciplina, quando necessário, um processo de 55 recuperação contínua, que deveria oportunizar a reelaboração do conhecimento que não foi contemplado anteriormente. Ao invés disso, recai-se nos obstáculos da avaliação quantitativa, que veicula apenas a possibilidade de recuperar notas. Nem sempre, isso é possível e a conseqüência decorre em retenção do aluno que às vezes motiva a evasão para o ano posterior. Entretanto o compromisso com a Escola de sucesso e com uma educação transformadora, bem como a disposição da Escola em atingir as metas propostas no PPP, se dará no âmbito da própria Escola pelo trabalho coletivo de professores, equipe técnica pedagógica, funcionários, alunos e pais. 5.11.6 – HORA ATIVIDADE A hora atividade docente vem ocorrendo individualmente e quando possível são agrupados professores por área de atuação (o que acontece raramente), uma vez que a maioria dos professores não trabalha apenas no Colégio Estadual Abraham Lincoln, sendo preciso possibilitar o deslocamento dos mesmos para outros estabelecimentos. Fato que implica na realização da hora atividade conforme disponibilidade do horário de cada professor. 56 5.11.7 - AVALIAÇÕES EXTERNAS INSTITUCIONAIS – DADOS EDUCACIONAIS • PROVA BRASIL: A Prova Brasil foi idealizada pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) para produzir informações sobre o ensino oferecido por município e escola, individualmente, com o objetivo de auxiliar os governantes nas decisões e no direcionamento de recursos técnicos e financeiros, assim como a comunidade escolar no estabelecimento de metas e implantação de ações pedagógicas e administrativas, visando a melhoria da qualidade do ensino. Para tanto, o alcance dos objetivos desta avaliação depende, portanto, da utilização de seus resultados como objeto de discussões que envolvam, além dos gestores, toda a comunidade escolar. 57 58 59 • ENEM: Criado em 1998, o Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM é aplicado anualmente aos alunos concluintes e aos egressos ( os que já concluíram em outros anos) do Ensino Médio e tem como objetivo principal oferecer uma referência para que cada estudante possa se auto-avaliar, visando as suas escolhas futuras, tanto em relação ao mercado de trabalho, quanto para a continuidade dos estudos. O ENEM oferece ao estudante a possibilidade de auto-conhecimento, não só para continuar sua vida acadêmica, mas também para atuar de maneira mais autônoma na sociedade. As mudanças sociais se processam de maneira muito rápida impondo a necessidade de um padrão mais elevado para a escolaridade básica. Com o ENEM, o estudante pode saber como chegou ao término de sua escolaridade básica, medindo seu conhecimento e podendo utilizar a nota para o acesso ao ensino superior. • IDEB: Criado pelo Inep em 2007, em uma escala de zero a dez. Sintetiza dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: aprovação e média de desempenho dos estudantes em língua portuguesa e matemática. O indicador é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e médias de desempenho nas avaliações do Inep, o Saeb e a Prova Brasil. A série histórica de resultados do Ideb se inicia em 2005, a partir de onde foram estabelecidas metas bienais de qualidade a serem atingidas não apenas pelo País, mas também por escolas, municípios e unidades da Federação. A lógica é a de que cada instância evolua de forma a contribuir, em conjunto, para que o Brasil atinja o patamar educacional da média dos países da OCDE. Em termos numéricos, isso significa progredir da média nacional 3,8, registrada em 2005 na primeira fase do ensino fundamental, para um Ideb igual a 6,0 em 2022, ano do bicentenário da Independência. 60 61 6 - MARCO CONCEITUAL 6.1 – ASPECTOS GERAIS Em análise à trajetória da Educação Brasileira verifica-se a luta de muitos educadores para que a sociedade compreenda a importância da educação como meio de transformação social. Há uma potencial luta para a mudança de paradigmas, no que tange a uma abordagem significativa do conhecimento, que se traduz em instrumento de ação para a manutenção ou transformação social. Constata-se a presença de um novo olhar, que define uma nova postura educacional, voltada para que o educando possa construir seu conhecimento e, por conseguinte ser o construtor de sua própria história. Remete-se, nesse sentido, há uma análise mais ampla no que se refere ao conhecimento, o que explicita uma abordagem muito mais intrínseca, de que a mera detenção de uma informação. Isso leva a uma distinção clara entre conhecimento e informação. E, embasados nesses pressupostos, assume-se uma nova postura que revela uma educação de cunho transformador, criador e atuante, em que os sujeitos dessa sejam capazes de agir segundo seus próprios desígnios, sem estarem à mercê de arbitrariedades sociais, políticas ou culturais. Nesse propósito, assume-se uma nova posição quanto aos conceitos que envolvem a construção da sociedade, pautada numa abordagem educacional e cidadã. 6.1.1 – CONCEPÇÃO DE APRENDIZAGEM, CONHECIMENTO E CULTURA Iniciemos essa concepção com os estudos de Hernández: “ – O que é sabedoria? - A sabedoria... talvez alguém pudesse caracterizar a sabedoria num sentido geral, como uma consciência compreensiva capaz de perceber as relações, as conexões que existem entre as coisas. (...) a sabedoria é um estado de conhecimento pelo qual se é capaz de ver, ao mesmo tempo, a substancialidade das coisas e o nexo com que estão unidas, isto é, a dinâmica da existência. É contemplar os dois lados ao mesmo tempo, é uma perspectiva mais totalizadora, mais completa.” 62 (Dalai Lama à Rosa Montero no El País Semanal – 22 de janeiro de 1995 apud Hernández, 1998, p. 35) O conhecimento, nessa abordagem, deve ser encarado como uma construção coletiva que, sob hipótese alguma, se resume ao fato de estar informado acerca de um ou de outro tema. Trata-se de uma construção introspecta ao indivíduo, que em posse do conhecimento, tem condições de realizar ações sob vários aspectos, utilizando o seu saber para executar e transformar fatos. Considera-se, sob esse ponto de vista, que o conhecimento deve se traduzir em instrumento de transformação social e realidade cotidiana, sendo amplo e abrangendo as diversas visões acerca de um mesmo tema ou questão. Admite-se então que ele só é real quando se percebe o contexto, quando se percebe as múltiplas facetas e utilidades do objeto em estudo, sendo possível enfrentar situações inesperadas com argumentos relevantes, preponderantes e significativos. Conclui-se que o conhecimento efetiva-se através da aprendizagem. Outro segmento importante que contempla essa nova dimensão educacional transformadora é a cultura e a sua diversidade. De modo que há uma grande importância no pensamento e na reflexão que delimitarão atitudes que contemplem as diferenças existentes no âmbito escolar. “ As coisas que tomamos por hipóteses, sem questiona-las ou refletir sobre elas, são justamente as que determinam nosso pensamento consciente e decidem nossas conclusões.” (John Dewey, 1916. Democracy And Education. New York, p.18 apud Hernández, 1998, 66) Considerando que a cultura está inter-relacionada ao convívio de pessoas com afinidades, hábitos e costumes compartilhados entre grupos, verifica-se que são diversos os seus tipos, que definem distintos modos de viver, a partir de disposições geográficas, históricas, política e sociais de um povo. Não se pode sucumbir a nenhuma delas, graduando como mais ou menos importantes e, sim adequá-las a determinados contextos, sem que se estabeleçam parâmetros comparativos entre elas. Cada cultura tem seus valores, suas aferições, seus moldes e comportamentos. No âmbito escolar, a diversidade cultural precisa alavancar a democracia e, nunca estabelecer divisões e/ou discriminações sociais, classificando os indivíduos como 63 pertencentes a um ou a outro grupo. Essencial é que a diversidade seja considerada sem que se fomente a desigualdade, pois todas as culturas implicam em formas diferenciadas de estabelecer relações entre conhecimento e prática cotidiana. 6.1.2 – CONCEPÇÃO DE TRABALHO E CIÊNCIA É fato que todo o indivíduo inserido na sociedade executa seu papel cultural, realizando ações concernentes aos seus valores e anseios. Uma das principais ações que contribuem para a afirmação social do indivíduo é a realização do trabalho. Este, por sua vez, advém de interações e inter-relações entre os indivíduos e o ambiente em que vivem. Expressa uma relação de poder que, infelizmente, acaba por inferir em uma divisão social em que a maioria se encontra numa posição subordinada e uma minoria em posição privilegiada. É necessário estabelecer condições de trabalho que sejam pertinentes à manutenção e garantia dos direitos. O trabalho deve, ao contrário de agenciar desigualdades sociais, fomentar relações de promoção social, uma vez que através de seus resultados, a sobrevivência está a ele condicionada e a cidadania se revela atrelada ao uso do conhecimento e à prática dos deveres. Sabendo que o trabalho está intimamente relacionado à organização, a utilização da energia e do conhecimento resultando em produção que fomentam a construção de uma vida cidadã, é fundamental que se promova a sua efetivação. Tendo em vista que o trabalho condiciona a afirmação social e as inter-relações que se explicitam, fica clara a necessidade de favorecer a contínua busca pelo conhecimento, que não sendo estático, acompanha a evolução científica, tecnológica e social. O que estreita a relação com a prática da ciência, que por sua vez, condiciona através de sua dinamicidade, a atualização científica que se procede. Fato que a traduz em alicerce para a construção de novos conhecimentos. Os cientistas nos contam que, se voltássemos ao Brasil de 500 mil anos atrás, poderíamos encontrar tatus do tamanho de um automóvel, convivendo com mastodontes, animais semelhantes a elefantes, porém maiores; talvez conseguíssemos observar tigres com dentes de sabre atacando preguiças gigantes, que nessa época caminhavam no solo. 64 Se viajássemos à África de dois milhões de anos atrás, poderíamos encontrar os ancestrais da espécie humana, disputando carniça com os ancestrais das hienas e dos abutres. (AMABIS E MARTHO, 2003, p. 137) A ciência traz consigo todo um histórico de conhecimentos experimentados e comprovados, porém estão sempre sujeitos à indagações, questionamentos e transformações. Não pode ser ensinada como algo estático, ou até mesmo nem deve ser ensinada. Ao contrario deve propiciar uma ambiente instigador, que leve os educandos a questionar as teses conhecidas e construir o seu próprio conhecimento. Fica evidente, a presença da evolução científica que acompanha a evolução histórica cronológica. O que se nota, entretanto, é que há apenas um repasse de conhecimentos acumulados historicamente e que o sujeito desse processo, mediante a evolução vigente, advinda da globalização planetária continua sem o conhecimento científico. Há que se repensar a ciência, possibilitando a produção, a descoberta e a redescoberta do conhecimento científico, proporcionando formas de garantir a utilização deste para o enfrentamento de situações inusitadas que surgem a cada dia, à medida que a humanidade avança em tecnologias inovadoras e surpreendentes. Nesse propósito, pretende-se que a ciência como um todo, oportunize a compreensão do mundo em constante mudança. 6.1.3 - CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO - ESCOLA - ENSINO Ao considerar os aspectos que envolvem a construção do conhecimento, seja ela sistematizada ou não, supõe-se que exista uma união dos vários segmentos que constituem o processo. Em outras palavras, é correto afirmar, que a construção do conhecimento é, simultaneamente, processo e produto da interação entre Sociedade, Trabalho, Cultura, Ciência, Cidadania, Homem, tecnologia, enfim, todos juntos participam de um sistema em que cada um representa sua própria engrenagem, que desenvolvendo um trabalho coletivo e cooperativo, alavancam o desenvolvimento da educação. Não é possível conceituar educação, sem mencionar esses agentes. 65 “O objetivo da educação é continuar a enriquecer o processo da vida por pensamentos e ações melhores. Portanto, a educação, está na vida e para a vida. Seu objetivo é o único que se adapta a um mundo em desenvolvimento. Desenvolvimento contínuo é a sua essência e a sua finalidade”. (KILPATRICK, 1973, p. 90). E esse objetivo se dá a partir de intervenções desencadeadas por atividades sociais planejadas ou não. Atividades estas, que podem e devem ser transformadoras, modificando situações existenciais em resultados estruturais de caráter norteador, que não omitam a intencionalidade incutida. Pelo contrário, permitindo que seja maximizado a condição de opção, sendo direcionado a partir da educação a busca por um ou por outro caminho. A educação é algo tangível, que é objetivo e meta, concomitantemente. Ela engloba valores, considera tendências, direciona ações e é, ao mesmo tempo, instrumento de inserção social e afirmação cidadã. Enquanto agentes do processo educativo formal que se desencadeia no âmbito escolar, precisamos nos reconhecer sujeitos e colaboradores na construção do conhecimento. A educação nos dá esse respaldo, em vias de sermos orientadores da construção do conhecimento e, ao mesmo tempo, podermos nos posicionar como sujeitos também construtores do mesmo. Pois não há conhecimento pronto e acabado e muito menos, somos detentores de uma única forma de se alcançá-lo. É preciso valorizar as pluralidades culturais e cidadãs, desde que essas sejam também coadjuvantes no processo educativo e na ação pedagógica. A educação se torna instrumento de transformação social, em que cada indivíduo se vale dela para atingir seus objetivos pessoais, profissionais, culturais, políticos e sociais. Não é algo estanque, mas sim um instrumento dinâmico, que promove o crescimento pessoal e a expansão do capital social. Ela é a alternativa mais eficaz para a busca da realização dos objetivos e concretização dos projetos de vida. Proporcionar o seu incessante desenvolvimento e aplicação infere na constante utilização de instrumentos diversos para que a educação se solidifique enquanto provedora de fins específicos, que tendem a atingir a globalidade. É através da educação que se promove a constituição histórica existencial, com vistas a intencionalidade inerente, bem como a possibilidade de expandir a ação cidadã, embasada em alicerces que 66 fomentem a apropriação de instrumentos pelos indivíduos e pela comunidade, veiculando o pensamento, a tomada de decisão e a ação. Prioriza, através disso, a satisfação das necessidades individuais e coletivas e ainda oportuniza a constante readequação do conhecimento, com ênfase na evolução que se vivencia. 6.1.4 - CONCEPÇÃO DE CIDADANIA, HOMEM E SOCIEDADE O desenvolvimento da cidadania possibilita o enfrentamento e a superação das contradições existenciais, através da tomada de atitude que tem como base a consciência crítica, estruturada a partir de análises reflexivas, onde o sujeito não é um ser passivo, mas sim ativo e construtor de sua própria história. Dessa forma, enfatiza-se que a democracia está estreitamente vinculada à prática da cidadania, de modo que os indivíduos consigam atuar com liberdade e respeito social, construindo uma sociedade sustentável. A prática da cidadania engloba direitos, deveres e atitudes relativas ao cidadão, aquele indivíduo que estabeleceu um contrato com seus semelhantes para a utilização de serviços, bem como o cumprimento de obrigações, como pagamento de taxas e impostos e de sua participação ativa ou passiva na administração comum. Por essa abordagem, verifica-0se que a cidadania está incutida em qualquer atitude cotidiana que desencadeie a manifestação de uma consciência de pertinência e responsabilidade coletiva. Assim, o exercício da cidadania não se restringe ao exercício do voto ou de outras ações determinadas por lei. Vai muito além disso. Consiste em usufruir de seus direitos, cumprir seus deveres e principalmente respeitar os direitos alheios, estejam eles relacionados aos próprios indivíduos, enquanto pessoas, às comunidades, à sociedade e ao ambiente. Trata-se de agir com responsabilidade e compromisso coletivo, maximizando a liberdade de ação, sem desrespeitar limites que se estabelecem na estrutura social. Inserido nessa concepção está o homem, o indivíduo coletivo que participa, contribui e constrói sua própria história, estendendo essa construção também para a sociedade. Trata-se do 67 sujeito que operacionaliza, que interage, que anseia e que realiza ações, pautado em seus objetivos próprios e de seus grupos. O homem é o sujeito que movimenta todo o sistema social e articula ações que podem estar voltadas para seus interesses individuais ou coletivos. O homem, em correspondência com a sua natural divisão em ser individual e ser social, vive como personalidade em diferentes segmentos, que contemplam a esfera individual e a esfera privada. Está sempre buscando a satisfação de seus interesses fundamentais, enquanto indivíduo que almeja uma livre existência e enquanto co-partícipe do consórcio humano que anseia o interesse a um livre desenvolvimento na vida de relação. Enquanto os direitos que se destinam à proteção da esfera individual servem para a preservação da personalidade dentro da vida pública, na proteção da esfera privada remete-se a inviolabilidade da personalidade dentro de seu retiro, necessário ao seu desenvolvimento e evolução, em seu mundo particular, à margem da vida exterior. Nessa perspectiva, o estado de natureza se refere à excelência do EU diante da existência de qualquer autoridade política. Conclui-se dessa maneira, que todos os homens são naturalmente livres e iguais. Livres porque cada um é dono de si e norteia suas próprias ações, segundo suas concepções e iguais porque, com independência usufruem uma liberdade acordada por todos. Prepondera-se, pois, uma reflexão ampla sobre o contexto social em que vivenciamos. Como é a sociedade em que estamos inseridos e que ações podemos desenvolver para potencializar o exercício da cidadania e o uso fruto da democracia. É fato que a sociedade se demonstra um tanto heterogênea e, que grupos sociais se sobressaem, enquanto que outros se submetem à práticas dominadoras. Diante de tudo o que já se discutiu, conclui-se que não é esta a sociedade que queremos e que, principalmente, temos condições de transformá-la a partir de nossas atitudes, desde que deixemos transparecer nossa intenção e ação cidadã. Em outras palavras, a reflexão acerca dos temas emergentes que apontam para a construção de uma sociedade menos discrepante e mais igualitária, considera-se que temos o instrumento de ação ao alcance de nossas mãos – a educação como fonte, meio e fim para a conquista da soberania e da autonomia cidadã dentro da sociedade. Somos capazes de assumir a postura de sujeitos ativos, 68 desde que tenhamos consciência do nosso papel diante de nós mesmos, diante do outro e diante do meio social. Enfim, somos as peças fundamentais no alicerce social e, trabalhar a sociedade nesse contexto estruturante acena para uma tomada de posição em que novos paradigmas sejam contemplados, com vistas a possibilitar a transformação social que tanto se deseja. Não se trata de uma realidade utópica. Vai além. Pois é possível atingir metas quando se propõe a desenvolver um trabalho voltado para o alcance dos objetivos pré-estabelecidos. Nesse contexto, a sociedade passa a ser acometida por uma visão inovadora e progressista, em que todos, sem distinção são seus sujeitos construtores e podem, em conjunto, determinar os rumos a serem seguidos em situações adversas. No contexto educacional, é preciso primar pela compreensão da sociedade, abordando esse aspecto, principalmente, no que se refere à construção social coletiva. Todos são sujeitos operacionais e ao mesmo tempo estão submetidos aos resultados que podem emergir a partir da escolha de ações. Assim, a escola deve assumir o papel de colaboradora para a construção da sociedade, onde não haja discriminações ou privilégios. Todos os envolvidos na comunidade escolar são educadores co-responsáveis que precisam contribuir para esse avanço social, favorecendo a construção, reconstrução, adequação e transformação, quando necessário. Entretanto, para que esse anseio atinja a dimensão prática e contribua para o alcance dos objetivos, e essencial que cada membro da comunidade escolar tenha clara a concepção da sociedade que se deseja, para que o trabalho se organize de forma engrenada e que todos trabalhem na mesma linha de pensamento, para que os resultados positivos sejam fruto do trabalho coletivo. Tal consideração acena para o fato de que na sociedade, ninguém está só. Tudo está atrelado a uma rede de relações, mesmo que seja uma ação mínima. E se queremos conquistar o espaço que merecemos e nos é de direito enquanto cidadãos, precisamos fomentar a união e a democracia. Agindo assim, já estaremos praticando, mesmo que em pequena escala, no âmbito escolar, a sociedade que teorizamos e desejamos. Trabalhar com fatos concretos, com a prática cotidiana, nos remete a uma postura coerente com aquilo que defendemos enquanto educadores preocupados com os nortes e com os ditames da sociedade. 69 A sociedade que defendemos se torna exeqüível a partir do trabalho conjunto, direcionado e dimensionado para a construção responsável e coletiva do conhecimento que acelera a tomada de decisão, a mudança de postura e a responsabilidade social. 6.1.5 - CONCEPÇÃO DE EVOLUÇÃO E TECNOLOGIA A sociedade está passando por constantes mudanças, onde valores, convicções, atitudes, dentre outros aspectos, estão sendo amplamente questionados, discutidos e abordados de modo a produzir uma nova realidade, que muitas vezes, está suscetível à aprovação de um ou mais grupos. Um dos fatores que acelera essa postura é o avanço tecnológico que desponta e se expande globalmente. É possível nos depararmos com realidades convincentes hoje, que amanhã, não passam de histórias do passado. A dinamicidade é admirável e a inconstância prepondera a necessidade de constante atualização. A busca por atualização, bem como, por novas descobertas, não se restringe apenas a grupos científicos elitizados. Essa é a realidade que vivenciamos. Estamos condicionados e na maioria das vezes dependemos dos resultados que a tecnologia contempla. Seria inadmissível, por exemplo que esse documento estivesse senso finalizado apenas com o auxílio de uma máquina de datilografia, quando estamos imersos na realidade digital e virtual, que se expande a cada dia através da rede on-line de informações. Não é objeto dessa consideração subestimar a tecnologia do passado. Ao contrário disso, é preciso compreender que através de descobertas, hoje consideradas rudimentares, é que se alavancou a tecnologia de que hoje dispomos. Nesse sentido, cabe a nós, educadores membros constituintes da comunidade escolar, primar pela compreensão da tecnologia atual, inserindo os indivíduos em uma sociedade avançada, tecnologicamente falando, favorecendo a compreensão de que tudo precisa ter um início, e que se algumas tecnologias passadas já foram sucumbidas, é bem provável que as atuais também tenham esse fim, pois a dinamicidade é constante e se busca incessantemente novas descobertas que venham atenderas necessidades emergentes, favorecendo a melhoria da qualidade de vida da humanidade. 70 É fundamental que se proporcione também uma reflexão ética acerca da desenvoltura tecnológica, pois da mesma forma que se pode proporcionar a qualidade de vida através da tecnologia, é possível também desencadear a destruição da própria humanidade. Nesse sentido, é fundamental que toda a ação pedagógica opere com vistas a permitir a reflexão e análise dos fatos em questão, para que não haja arbitrariedades e muito menos se instigue a manipulação ou a submissão que podem resultar da posse ou não da tecnologia. Trabalhando dessa forma, se estará engajando todos os segmentos que priorizam a educação enquanto provedora da construção da cidadania e, consequentemente, da sociedade, através da utilização dos conhecimentos apreendidos por meio da interação social, deixando que se manifeste uma ação autônoma, crítica responsável e independente, que não isenta os indivíduos de suas responsabilidades sociais. 6.1.6 – CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO O Currículo é parte integrante do Projeto Político Pedagógico, expressando a participação coletiva da comunidade escolar, numa perspectiva interdisciplinar a fim de evitar a fragmentação do conhecimento, fundamentado nas DCEs e na legislação vigente. Nessa direção, o currículo apresenta como princípio norteador o ensino-aprendizagem de conteúdos significativos e necessários à formação do indivíduo crítico e participativo. De forma que, para que sua efetivação nesses moldes realmente ocorra, prescreve-se a adoção de metodologias e formas de avaliação que se apresentem concernentes à filosofia adotada pela escola, fazendo alusão à legislação que as regulamentam. O currículo, assim entendido, assume o caráter de flexível, no sentido de atender as peculiaridades da cultura local e regional e também, aos Desafios Contemporâneos e às expectativas educacionais da comunidade. Fato que permite o trato de tais desafios com vistas à 71 naturalidade e à totalidade. As diversas temáticas que constituem estes desafios, são então entendidas como parte de um todo, não tendendo à fragmentação. O aspecto interdisciplinaridade como parte integrante do currículo, traz maior abrangência, dando ênfase ainda, à elaboração coletiva e às pluralidades de conhecimento e cultura. Com essa visão, a concepção de currículo que temos, se estende também ao enfrentamento dos diversos preconceitos existentes, a fim de garantir o direito ao acesso e permanência com qualidade no sistema educacional. A execução do currículo, nesse sentido, pode contar com a utilização da tecnologia disponível no ambiente escolar. De modo que essa ação potencializa instrumentos do fazer pedagógico, aprimorando assim, a prática docente, com vistas a contemplar o conhecimento em sua totalidade. A organização do currículo está vinculada, como já foi mencionado, à vigência de Leis que o regulamentam. A ferramenta que permite o encontro entre a regulamentação e o fazer pedagógico se concentra na organização do trabalho docente. O plano de trabalho docente se torna instrumento indispensável para esse fim. Assim, o plano é o lugar da criação pedagógica do professor, onde os conteúdos receberão abordagens contextualizadas histórica, social e politicamente, de modo que façam sentido para os alunos nas diversas realidades regionais, culturais e econômicas, contribuindo com sua formação cidadã. O plano de trabalho docente expressa o posicionamento filosófico, político, pedagógico e profissional. Exprime a coerência do trabalho docente: para que ensinar, o que ensinar, a quem ensinar, como ensinar, por que avaliar, como avaliar, o que avaliar. Nesse sentido, o Plano de Trabalho Docente “... é o currículo em ação. Nele estará a expressão singular e de autoria, de cada professor, da concepção curricular construída nas dicussões coletivas.”(DCEs, p.75) 6.1.7 – AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM A avaliação infere a reflexão acerca das formas de procedê-la e ainda sobre os instrumentos a serem utilizados. De modo que a entendemos como uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento pelo aluno. Apresenta caráter contínuo, cumulativo e processual, 72 devendo refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos. A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas expressas no Projeto Político-Pedagógico da escola. Da mesma forma, a recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos, havendo a possibilidade de resgate de conteúdos em defasagem, assim percebidos no processo de avaliação. 73 7 - MARCO OPERACIONAL 7.1 – QUE ESCOLA QUEREMOS? Diante dos temas estudados, discutidos e refletidos coletivamente, concordamos com os estudos de Goldberg e Souza: Planejamento educacional é uma intervenção deliberada e racional no processo ensinoaprendizagem. Por ele verificamos que o processo ensino-aprendizagem torna-se mais controlável com a introdução de um plano ou programa entre suas variáveis e antecedentes. Raciocinando que, num processo ensino-aprendizagem, o planejador será geralmente o professor, esse plano será um plano ou programa de ensino, consubstanciado, pois, um elenco de decisões sobre que mudanças produzir no acompanhamento dos alunos (objetivos educacionais) e como produzi-las (estratégias institucionais). Essas decisões, como todas as decisões em geral, têm um caráter hipotético: São hipóteses sobre a aprendizagem. (GOLDBERG E SOUZA, 1979, p. 1415). Aprimorar meios e recursos que desencadeiem a melhoria da qualidade do ensino e, consequentemente, os resultados do processo ensino aprendizagem, com vistas a veicular a formação ampla do cidadão responsável, crítico e atuante no meio social em que age ou que poderá agir. Fato que implica na estreita interação entre a comunidade escolar, essencialmente no que tange à relação escola-família; com o intuito de fortalecer a ação pedagógica, tornando-a significativa para a escola, para o aluno, para a família, para a comunidade e, por fim, para a sociedade, que tanto depende e necessita dos nortes traçados pela educação. Nessa perspectiva, tornar o Colégio um centro de desenvolvimento sócio-educativo e cultural-esportivo, promovendo um ambiente de trabalho agradável, tanto para o quadro funcional como para os discentes, se traduz na execução da participação e gestão democrática de que trata esse plano de ação pedagógica. 7.2 - AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL Diante da possibilidade de confrontar opiniões advindas dos diversos segmentos que constituem a comunidade escolar, através da real análise, reflexão e discussão que se 74 desencadeou através da Avaliação Institucional do Colégio Estadual Abraham Lincoln de Kaloré, cabe enfatizar algumas sugestões que contemplam a maximização dos resultados positivos que se originam da efetivação da ação pedagógica. Em outras palavras, idéias surgiram e, após discutidas por todas as instâncias, foram teorizadas e aqui serão apresentadas como sugestões para que possam contribuir com as conquistas do processo educativo em seus diversos âmbitos. Em se tratando do segmento dos órgãos colegiados, verificou-se a necessidade de uma maior interação e integração deste no desenrolar do processo educativo. Assim, sugeriu-se que seja concedida maior autonomia aos estabelecimentos de ensino no que se refere à definição do Calendário Escolar, sendo possível o estabelecimento de cronogramas para encontros ordinários entre os membros dos órgãos colegiados. É fundamental enfatizar a importância de se oportunizar a esses grupos momentos de formação/informação e construção do conhecimento de suas funções, através da oferta de cursos, e a construção coletiva de um plano de ação voltado para a melhoria dos aspectos pedagógicos, favorecendo o entrosamento e a ação conjunta da Comunidade Escolar e dos órgãos colegiados. Atentando para os profissionais da Educação, mais especificamente os docentes, que efetivam o processo de ensino, ocupando uma posição mais direta, no que se refere ao contato e relação professor-conhecimento-aluno, considerou-se ímpar ações que propiciem o desenvolvimento e aperfeiçoamento dessa classe, como vem ocorrendo, através de grupos de estudos; formação continuada, e outros. Nesse propósito, sugeriu-se a intensificação dessas ações com ressalvas importantes: Execução de um plano de trabalho de avaliação periódica pela comunidade escolar, que se dará anualmente, através do acompanhamento dos resultados obtidos pelas proposições inclusas no Projeto Político Pedagógico, para uma re-alimentação do mesmo e retomada de ações, tendo em vista a tomada de atitude do próprio docente em relação á sua ação pedagógica profissional; Oportunizar, de forma mais intensa, a construção coletiva de normas e regras que constituem a instituição de ensino, para que além de serem informados sobre as mesmas, sejam co-autores responsáveis por elas; Ampliar a oferta de vagas para a participação de docentes em eventos, cursos e ainda prevendo-os através de cronograma, para democratizar a oferta e a demanda; Disponibilizar, prioritariamente, o trabalho do “professor eventual”, no 75 sentido de suprir as necessidades de faltas de professores para fins de capacitação; Descentralização dos cursos de aperfeiçoamento; Disponibilizar o professor auxiliar por área de conhecimento para subsidiar o trabalho docente. Quanto às condições físicas e materiais, atentase, primordialmente para a necessidade gritante de viabilizar a construção de um refeitório, com mobiliário respectivo; Veicular a adaptação de mobiliário para inserção de pessoas com deficiência física neuromotora; A ampliação e adequação do espaço para a prática de esportes. Ao ser refletida a prática pedagógica, sugeriu-se um olhar especial quanto a fixação do profissional docente, atentando para a permanência do professor quando possível em uma instituição de ensino; Viabilizar o aumento da demanda da Equipe Pedagógica para a ampliação da suas ações favorecendo um trabalho mais direto com os professores; Disponibilizar a oferta de profissionais especializados (psicólogo, assist. social, etc.) que possam acompanhar alunos/famílias para a resolução de problemas diversos, subsidiando o trabalho dos educadores. Em relação ao ambiente educativo, há necessidade de palestras de temas diversos no âmbito escolar que contribuem, para o resgate de valores, principalmente no que tange a ética e o respeito mútuo entre os profissionais. Sugeriu-se também que casos ocorridos entre membros da comunidade escolar sejam considerados por parte da Ouvidoria, após averiguar detalhes, cuidando para que cada parte envolvida seja ouvida com imparcialidade para que não haja arbitrariedades, e que o ambiente educativo seja o mais propício possível. Verificou-se após toda a discussão, que é essencial o apoio pedagógico na escola, portanto é imprescindível o acompanhamento através do FICA pela equipe de Ensino, minimizando questões de evasão e repetência. Priorizar o desempenho de projetos paralelos que traduzam a atração do educando pela escola, de modo, que para ele seja significativo. Ampliar os horizontes desportivos, artísticos e de potencialidades, possibilitando a permanência do educando na escola. 76 7.3 – AÇÕES PROPOSTAS Todo planejamento detém metas e tem uma missão. Com essa visão, verifica-se a essência de lidar com a diversidade, prevendo ações futuras. Quando se trata de planejamento educacional, podemos considerar como exemplos de imputs: - valores sócio-culturais da nação; - população a ser escolarizada; - recursos humanos (administradores, professores, etc.); - recursos materiais (escolas, equipamentos, etc.); - recursos financeiros (verbas); - recursos institucionais (aspectos legais); - recursos de know how (tecnologia, conhecimentos à disposição). (TURRA, 1975, p. 276). Planejar a educação, mediante estudos e abordagens de TURRA (1975), é um ato que exige um trabalho mais profundo e compromissado de que simplesmente lançar no papel os objetivos e as ações. Isso precisa e deve ser feito. É importante que se considere condições, alicerces que envolvam possibilidades, recursos humanos e materiais, onde se alcance os resultados com os valores que vão representando os pontos para os quais convergem as metas essenciais de suas aplicações na organização geral da educação, trabalhando com a realidade e a ação. O acompanhamento na execução do planejamento deve ser feito levando em consideração todos os detalhes possíveis, com dados que realmente respondam ao que se busca desenvolver. Tendo em vista os princípios norteadores que embasam a Educação Nacional, através da LDB, bem como as Leis que regem a Educação no Estado do Paraná, serão referenciadas adiante as ações propostas para desenvolver durante o ano letivo de 2011, enaltecendo a gestão participativa e democrática. Nestes termos, serão contemplados os diversos segmentos que compõem a comunidade escolar: Conselho Escolar, APMF e Grêmio Estudantil, com o intuito de veicular maiores sucessos em todos os seus âmbitos. Sendo assim, espera-se melhorar cada vez mais os resultados do processo educativo. Assim, será oportunizado ao quadro funcional amparo constante, no que se refere a 77 disponibilidade de recursos adequados à cada função; capacitação e formação continuada; grupos de estudo para momentos de reflexão. Para que os objetivos desse projeto sejam atingidos em sua amplitude, proporcionar uma constante interação entre os docentes, discentes, equipe pedagógica, equipe técnico-administrativa, famílias, órgãos colegiados e direção, no sentido de fomentar as condições reais que levem à construção do conhecimento, tornando visível a intencionalidade, os significados implícitos e a provisoriedade que os mesmos manifestam. Nesse propósito, se estará veiculando a construção de uma ação pedagógica coletiva, onde os sujeitos poderão interagir com igualdade e responsabilidade. Projetos culturais, como dança, artes cênicas, plásticas, canto; projetos desportivos; projetos de reforço na aprendizagem, dentre outras ações poderão contribuir para o alcance dessas metas. Através de um trabalho conjunto, onde seja possível a liberdade e o respeito mútuo, certamente as ações almejadas nos objetivos serão concretizadas. Tudo isso pautado em uma gestão coletiva, participativa e democrática, em que a centralização de decisões se sucumbe e a integração entre os membros da comunidade escolar fortalecem as atitudes em favor da melhoria das condições do trabalho pedagógico. O trabalho que se propõe não está centrado em utopias ou em realidades alheias à do Colégio Estadual Abraham Lincoln. Sabe-se que muito ainda há para se conseguir e, que os recursos, muitas vezes são insuficientes para que se concretize as ações que se deseja. Entretanto, acreditamos que unidos enquanto comunidade escolar co-responsável pelos nortes trilhados pela educação que praticamos, que somos capazes de conduzir o ensino de modo a satisfazer os anseios mais íntimos que possuímos, enquanto sociedade. Precisamos unir forças, superar obstáculos e enfrentar situações para providenciar o enaltecimento dos indivíduos, enquanto sujeitos e cidadãos construtores de suas próprias histórias. 7.3.1 - CORPO DOCENTE É relevante que seja direcionado um olhar especial para com os agentes que mediam o processo educativo, por meio da ação pedagógica que lhe é respectiva. Estamos nos referindo ao corpo docente, que precisa, deve e será valorizado, oportunizando sua aprimoramento profissional. Será propiciado um ambiente favorável ao desenvolvimento de projetos pedagógicos 78 inovadores em sala de aula, através de estímulos necessários, ao aperfeiçoamento e à aplicação de seus estudos. A escola como um todo, não pode barrar o crescimento pessoal e profissional dos indivíduos. Ao invés disso, deve preconizar a sua formação qualificada e contínua, que pode impulsionar uma postura mais dinâmica por parte do professor. Nesse sentido, a escola ofertará condições aos docentes de estarem ampliando seus conhecimentos através do acesso aos cursos de formação continuada oferecidos pela SEED, bem como a participação em Simpósios, Seminários, eventos culturais, dentre outros. Numa perspectiva local, atentando para a realidade dos docentes que constituem o Colégio Estadual Abraham Lincoln, serão propostos grupos de estudo por área de conhecimento, onde os professores terão a oportunidade de se reunir, discutir temas, trocar experiências e enriquecer mutuamente a sua prática pedagógica. (A inclusão e participação de nossos docentes no Projeto Folhas e APC também contribui muito para com essa formação contínua e atualização de conhecimentos.) Uma ação própria da escola que fomentará esses encontros periódicos entre professores, está na elaboração quinzenal de um planejamento de unidade por disciplina, em que se possibilitará uma auto-avaliação de desempenho e se apontará o norte para novos caminhos. Sendo o professor o coadjuvante do processo ensino aprendizagem, muitas ações dependem da sua atuação e do seu fortalecimento profissional. 7.3.2 - AGENDA XXI A Agenda XXI estará sendo implementada por uma equipe coordenadora em consonância com todos os demais membros da comunidade escolar, elucidando o compromissos pautados e assumidos nessa agenda pelo coletivo do Colégio Estadual Abraham Lincoln. Estará sendo promovido a integração de relações entre: homem-natureza; aluno-aluno; professor-aluno; família-escola; escola-comunidade, através da inserção de projetos interdisciplinares, embasados em parcerias que podem se estender ao setor público, privado, ONGs e outros, a partir de palestras, debates, excursões, ações locais que sejam exequíveis e permitam o sucesso do processo educativo em sua amplitude. 79 7.3.3 - DIVERSIDADE CULTURAL Atentando para as diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental da Rede pública Estadual, em que se garante o acesso, permanência e aprendizagem para todos os alunos em idade escolar ou não, a escola em questão precisa estruturar formas plausíveis de recepção, manutenção e veiculação do sucesso dos educandos, a fim de promover uma universalização cultural, sem que haja processos discriminatórios ou excludentes. Não são os alunos que devem ser iguais; é a escola que precisa estar preparada para trabalhar com a diversidade, pois o objetivo maior está centrado na conquista da cidadania, independente de raça, cor, religião ou qualquer outro atributo que diferencie uns dos outros. Destaca-se, dessa forma, o trabalho especial que vem sendo ofertado e continuará se intensificando através do atendimento a alunos com necessidades específicas na sala de recursos ou salas de apoio à aprendizagem, para que contextualizados, possam trilhar o caminho da educação sem prejuízos ou exclusões implícitas ou explícitas. Cabe minimizar as diversidades, no sentido de atuar como referencial classificatório para tornar o meio não excludente, mas sim democrático. 7.3.4 - AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO Em relação à avaliação, ainda precisamos buscar novas dimensões e práticas que evidenciem a formação e a construção do conhecimento, sem que haja uma classificação quantitativa ou rotuladora, acerca do aprendizados dos indivíduos. “Avaliação escolar é parte integrante do processo de ensino e aprendizagem, e não uma etapa isolada. (LIBÂNEO, 1994, p.200) Devemos assumir, enquanto educadores que somos, cotidianamente, a avaliação diagnóstica, através da observação minuciosa, os avanços obtidos em cada etapa do processo de construção e reelaboração do conhecimento. Nos propomos a realizar uma avaliação que mencione a qualidade dos resultados obtidos e não a mera classificação que aliena os educandos do verdadeiro propósito educativo. Para tanto, precisamos estar constantemente revendo nossas concepções, acerca da contribuição que podemos oferecer para com a formação do cidadão, para que nos tornemos essenciais nesse processo, sem que haja um direcionamento equivocado quanto ao dinamismo da ação pedagógica. 80 Para Luckesi, o ato de avaliar a aprendizagem implica acompanhamento e reorientação permanente. A avaliação realiza-se por meio de um ato rigoroso e diagnóstico, tendo em vista a obtenção dos melhores resultados possíveis, diante dos objetivos que se tenha à frente. E, assim sendo, a avaliação exige um ritual de procedimentos que inclui desde o estabelecimento de momentos no tempo, construção, aplicação e contestação dos resultados expressos nos instrumentos; devolução e reorientação das aprendizagens ainda não efetuadas. Cabe aos educadores, nesse sentido, repensar suas ações e reorientar suas práticas para que atinjamos a avaliação que queremos. Sendo assim, estaremos caminhando em busca de um aprendizado sólido que enalteça a formação do cidadão atuante e responsável. Atreladas às práticas avaliativas podemos agregar ações que favoreçam a reorientação de estudos (conhecimento) quando constatados em defasagem por um ou outro motivo. Com isso se estará contribuindo para que a repetência não venha a ser uma conseqüência lógica, e diante da mobilização docente se tenha a chance de reorientar a prática, reelaborar o conhecimento, antes que o prejuízo da retenção ocorra. A efetivação da avaliação se dará através de instrumentos, como seminários; atividades escritas (provas, relatórios, dissertações, sínteses); atividades orais (provas, debates, palestras); pesquisas (de campo, bibliográficas) e trabalho em grupo e/ou individual. Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão elaborados em consonância com a organização curricular, sendo que serão utilizados procedimentos que assegurem o acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno. O resultado da avaliação proporcionará dados que permitirão a reflexão sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar conteúdos/instrumentos/métodos de ensino. A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma escala de 0,0 (zero vírgula zero ) a 10,0 (dez vírgula zero). De maneira que o sistema de avaliação adotado pelo Estabelecimento de Ensino é bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis vírgula zero) referente à atividades diversificadas ( trabalhos, seminários, testes, dentre outros) mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) proveniente a uma prova escrita, totalizando nota final 10,0 (dez vírgula zero). Assim, a nota do bimestre será resultante da somatória dos valores atribuídos 81 em cada instrumento de avaliação, sendo valores cumulativos em várias aferições, na seqüência e ordenação de conteúdos. A recuperação de estudos por sua vez, ocorrerá de duas formas: através da retomada do conteúdo a partir de diagnóstico constatado pelos instrumentos de avaliação; e com a reavaliação do conteúdo já “retomado” em sala de aula. A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem. Será organizada com atividades significativas por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados, não devendo incidir sobre cada instrumento e sim sobre os conteúdos não apropriados. O peso da recuperação de estudos deverá ser proporcional às avaliações como um todo, ou seja, equivalerá de 0 a 100% de apreensão e retomada dos conteúdos. 7.3.5 - PERMANÊNCIA DO EDUCANDO COM SUCESSO NA ESCOLA Já que consideramos os educadores como agentes do processo educativo, é preponderante alegar que os educandos são os sujeitos constituintes do mesmo, que podem, devem e conseguem buscar sua formação e conquistar sua cidadania. Diante disso, tornar a escola um local criativo, receptivo e agradável é ação essencial. Pode-se faze-la através da abertura para inserções em projetos, eventos culturais, desportivos, dentre outros. Em caso de evasão, todos os instrumentos de resgate serão utilizados, podendo inclusive, fazer uso do FICA, projeto idealizado pelo Governo do Estado do Paraná. 7.3.6 - HORA ATIVIDADE Possibilitar a organização de horários compatíveis para a realização horas-atividades por área de conhecimento, com o intuito de fomentar a integração entre as práticas metodológicas e a troca de experiências entre docentes, bem como a contínua atualização dos mesmos. 82 7.3.7 - FORMAÇÃO CONTINUADA Um programa de formação continuada justifica-se pela constante necessidade de aprimoramento profissional dos agentes educacionais I e II e dos professores da Educação Básica, com ações que privilegiem a formação teórico-metodológica, a reflexão conceitual sobre interdisciplinaridade e a análise crítica e produtiva da atividade docente, de modo a possibilitar mudanças efetivas na prática educacional. Nesse sentido, os caminhos metodológicos devem ultrapassar a racionalidade produtivista e a simples reprodução do conhecimento. Dedica-se uma atenção especial aos funcionários que cursam o Programa Pró-Funcionário, oportunizando a efetivação de seus estudos no âmbito escolar, pois se acredita que a construção de novos saberes incide no enriquecimento da educação da qual somos construtores. Daí a importância de promover momentos de estudo e reflexão a fim de teorizar a prática vivenciada no processo de ensino e aprendizagem, para renová-la e aperfeiçoá-la em todos os âmbitos da escola. Com esse intuito, a informática e as tecnologias afins terão papel relevante, uma vez que a utilização dos recursos tecnológicos também contribui para o aperfeiçoamento profissional, sendo consideradas importantes ferramentas para a apropriação do conhecimento. Fato que implica na manutenção dos equipamentos (computadores, tvs, aparelhos de som, data-show, retroprojetores) em bom estado de funcionamento e, na medida que os recursos permitirem, a aquisição de equipamentos multimídia que possam ser utilizados para acelerar o acesso à informação. A aquisição de livros de didática escolar, de materiais como jogos, CDs e outros, de jornais, revistas e periódicos, destinam-se a auxiliar e motivar o professor mantendo-o informado e atualizado na sua prática e no seu conhecimento de mundo e de educação. Todas as ações fundamentalmente se voltam para a obtenção de um maior rendimento do processo ensino-aprendizagem, com professores motivados e instrumentalizados para superar o ensino enciclopedista e reprodutivista. 7.3.8 - REUNIÕES PEDAGÓGICAS E CONSELHO DE CLASSE 83 Terão caráter ordinário e periódico, seguindo previsão em calendário, assumindo a postura de fomentar o entrosamento pedagógico entre os integrantes do processo educativo, de maneira a tornar a ação pedagógica algo concreto e tangível, na busca de soluções possíveis para os problemas do cotidiano escolar. Trata-se de uma instância deliberativa e consultiva, expressando uma decisão precedida pela discussão, reflexão, ponderação, consideração de diferentes aspectos do problema, exame das possibilidades, para tomar uma decisão conjunta de modo a encaminhar uma providência ou determinação. O conselho de classe ocorrerá em etapas distintas: Pré-Conselho de Classe com toda a turma em sala de aula, sob a coordenação do professor representante de turma e/ou pelo(s) pedagogo(s), com a finalidade de possibilitar a intervenção pedagógica em tempo hábil; Conselho de Classe Integrado, com a participação da equipe de direção, da equipe pedagógica, da equipe docente, da representação facultativa de alunos e pais de alunos por turma e/ou série; e PósConselho, compreendendo as ações de acompanhamento da equipe pedagógica e professores, sobre o diagnóstico realizado com o Pré-Conselho de Classe, bem como a efetivação das atividades previstas no Conselho de Classe Integrado. 7.3.9 - ENFRENTAMENTO À EVASÃO ESCOLAR 7.3.9.1 - Programa FICA comigo Com este programa o estabelecimento de ensino busca confirmar a concepção democrática da escola como direito de todos. Não apenas um direito legal com a preocupação com situações que impeçam a permanência ou o acesso de crianças e adolescentes na escola. A FICA é uma Ficha de Comunicação do Aluno Ausente. É um dos instrumentos colocados à disposição da escola e da sociedade, para sistematização de ações de combate à evasão em todo o Estado do Paraná. A ficha destina-se ao controle da frequência dos alunos menores de dezoito anos do Ensino Fundamental e Médio. 84 No Sistema de Operacionalização do Programa FICA Comigo – Enfrentamento à evasão escolar – a atuação da escola é essencial, pois, além da família, as instituições educacionais também são responsáveis pelo desenvolvimento pessoal e social da criança e do adolescente. Para tal operacionalização foi desenvolvido esse instrumento (FICA), a qual é colocada à disposição da escola e da sociedade para o combate à evasão escolar. Portanto, é de responsabilidade de todos, Poder Público, família, comunidade ligada direta ou indiretamente à educação escolar preocupar-se com o enfrentamento da evasão escolar. 7.4 - CURRÍCULO O currículo é o elemento norteador das práticas escolares, capaz de delimitar os objetivos e os critérios de avaliação da ação pedagógica, assim como indicar que conteúdos e metodologias são considerados adequados (Freitas, 1995) para cada escola. De modo que é importante discutir algumas alternativas para a organização do trabalho pedagógico da escola, especialmente nesta área, a fim de contribuir para a formação de uma cultura local que reflita as necessidades e os anseios da comunidade. Nessa direção, o que se propõe é a construção de um currículo flexível, capaz de atender às demandas de cada nível e modalidade de ensino ofertados pelo Colégio Estadual Abraham Lincoln. Trata-se de considerar o currículo não só como elemento organizador das práticas escolares, mas num sentido mais amplo, como elemento mediador entre a escola e a sociedade. É através dele que se possibilita a construção da ação pedagógica por meio de interações entre os conhecimentos construídos na prática social e transmitidos, organizados e transformados na prática escolar. Em atenção ao que dispõe a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) – Lei n° 9.394/96 – a construção da flexibilidade curricular, deve se consolidar em relação: 85 • à organização curricular como reflexo da cultura local, sem perder de vista os objetivos e as finalidades da educação nacional; • às peculiaridades de cada modalidade de ensino; • ao atendimento às pessoas que têm necessidades educativas especiais; • às peculiaridades dos povos indígenas. A construção do currículo, nesse sentido, atenderá os resultados de reflexões e dis- cussões coletivas, possibilitando à escola a opção por esta ou aquela forma de organização curricular. Pois é através da construção e da prática do currículo que se terá delineado o tipo de homem que se quer formar, de modo que conteúdos, metodologias, práticas e posturas pedagógicas convertam-se na construção da cidadania que se deseja e promovam a afirmação do conhecimento e do saber elaborado. Conforme Legislação, o Currículo do Colégio Estadual Abraham Lincoln vem sendo construído e executado em consonância com o que versa a Lei 10 639/2003 que altera a LDB 9394/96 em seus artigos 26A – obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira e seus conteúdos curriculares e 79B sobre o dia 20 de novembro - Dia da Consciência Negra. A abordagem da temática se dá a partir do trabalho com conteúdos curriculares, como História da África e dos Africanos; A luta dos negros no Brasil; A cultura negra brasileira e o Negro na formação da sociedade nacional. E ainda, faz alusão à Lei nº 11 645/2008, que ratifica a obrigatoriedade da História e Cultura Afro-Brasileira; inclui a História e Cultura Indígena; e acrescenta novos conteúdos relativos à participação do índio na formação da sociedade nacional e as contribuições dos povos indígenas em diferentes áreas. 7.4.1 - DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS 86 Durante a construção do currículo é imprescindível que o coletivo escolar atente para as considerações acerca de temáticas atuais que se constituem em Desafios Educacionais Contemporâneos. Para tanto, o coletivo do Colégio Estadual Abraham Lincoln, decide implementar nas práticas curriculares os temas relativos à: – Educação Ambiental, – Educação Fiscal, – Enfrentamento à violência nas escolas, – História e Cultura Afro Brasileira, Africana e Indígena, – Prevenção ao uso indevido de drogas e – Sexualidade Essas temáticas não simbolizam a fragmentação do conteúdo ou mesmo do currículo. Elas vão muito além de uma simples abordagem isolada. Estão inseridas na prática pedagógica de cada disciplina, onde são envolvidas no cotidiano escolar, seja para fins de orientação, de discussão ou ainda de valorização. 7.4.2 – PLANO DE TRABALHO DOCENTE O plano de trabalho docente, instrumento de ação do currículo deverá resultar da proposta pedagógica curricular, onde o professor elaborará o seu, vinculado à realidade e às necessidades de suas diferentes turmas de atuação. No plano se explicitarão os conteúdos específicos a serem trabalhados no semestre letivo, bem como as especificações metodológicas que fundamentam a relação ensino/aprendizagem, além dos critérios e insturmentos que objetivam a avaliação no cotidiano escolar.(DCEs, 26) Assim, o PTD assume a seguinte estrutura: ESTRUTURA DO PLANO DE TRABALHO DOCENTE O PTD deve conter: 87 1- Conteúdos 2- Justificativa 3- Encaminhamentos Metodológicos 4- Critérios de Avaliação/Recuperação 5- Recursos Didáticos 6- Instrumentos de Avaliação 7- Referências 1 – CONTEÚDOS • • Estruturantes e básicos: observar a tabela anexa às DCEs. Específicos: cabe ao professor elencar esses conteúdos trabalhando-os de forma contextualizada e articulada aos conteúdos estruturantes e básicos. 2 - JUSTIFICATIVA • Justificar a escolha dos conteúdos (qual a importância desses conteúdos para a formação do aluno dessa comunidade escolar considerando a orientação do aluno no tempo passado-presente-expectativa de futuro). 3 - ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS (COMO FAZER/PROCEDIMENTOS) • Explicitar a forma de encaminhamento das aulas, considerando o processo de ensino e aprendizagem dos educandos. 4 - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO • A avaliação deverá ser contínua, permanente e cumulativa e seus critérios devem definir os propósitos e a dimensão do que se avalia. Para cada conteúdo precisa-se ter claro o que dentro dele se deseja ensinar, desenvolver e, portanto, avaliar. Os critérios refletem de que forma vai se avaliar um conteúdo. A recuperação de estudos deverá ser paralela, concomitante e contemplar também o que preceitua o Projeto Político Pedagógico e o Regimento Escolar de cada estabelecimento de ensino. 5 - RECURSOS DIDÁTICOS • ( Explicitar quais recursos poderão ser utilizados no decorrer das aulas:filmes, TV multimídia, internet, músicas, documentários, revistas, jornais, livros de apoio, entre outros). 6 - INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO 88 • Explicitar quais instrumentos poderão ser utilizados: provas orais, escritas, seminários, simulados, debates, produção de texto, palestras e outros. 7 - REFERÊNCIAS • As referências permitem perceber em que material e em qual concepção o professor vem fundamentando seu conteúdo. Fundamentar conteúdos de forma historicamente situada implica buscar outras referência, não sendo, portanto o livro didático o único recurso. OBS: No Plano de Trabalho Docente devem constar todos os itens elencados, porém devem ser observadas as especificidades de cada disciplina. 7.4.3 – LINHA DE AÇÃO 7.4.3.1 - CELEM A partir do ano letivo de 2010, o Colégio Estadual Abraham Lincoln passou a ofertar o CELEM ( Centro de Línguas Estrangeiras Modernas) de língua espanhola, como um ensino extracurricular, plurilinguista e gratuito para alunos da Rede Estadual Básica, matriculados no Ensino Fundamental ( anos finais ), no Ensino Médio, Educação Profissional e Educação de Jovens e Adultos. Sendo também extensivo à comunidade, professores e agentes educacionais. O CELEM é regulamentado pela Resolução Nº 3904/2008 e pela Instrução Normativa Nº 019/2008, além de ser subordinado às determinações do Projeto Politico Pedagógico e do Regimento Escolar. Anexo a este PPP segue a Proposta Pedagógica do CELEM. 7.4.3.2 – VIVA A ESCOLA A partir do ano letivo de 2009, o Colégio Estadual Abraham Lincoln passou a ofertar o Programa Viva a Escola (Atividades Pedagógicas de Complementação Curricular), 89 contempladas na proposta pedagógica curricular e desenvolvidas pela escola. Entende-se por complementação curricular atividades relativas aos possíveis recortes do conteúdo disciplinar, previsto na PPC da escola, que implica numa seleção de atividades organizadas em núcleos de conhecimentos que venham ao encontro do PPP. Tais atividades devem ser feitas pelo coletivo escolar, considerando as necessidades pedagógicas e sociais dos alunos e da escola. O programa é ofertado para alunos da Rede Estadual Básica, matriculados no Ensino Fundamental (anos finais) e no Ensino Médio. O Viva a Escola é regulamentado pela Resolução nº 3683/2008 e pela Instrução Normativa nº 017/2008, além de ser subordinado às determinações do PPP e do Regimento Escolar. Anexo a este PPP segue a Proposta Pedagógica das atividades do Programa Viva a Escola. 7.5 – AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO A avaliação deve ser tomada como um processo abrangente e de caráter diagnóstico, que infere uma reflexão crítica sobre a prática, percebendo avanços, resistências, dificuldades, permitindo novas tomadas de decisões, acerca da consolidação das ações diante das propostas contempladas no Projeto Político Pedagógico desse estabelecimento de ensino. Diante das abordagens teóricas já referenciadas nessa proposição de ações, o planejamento, tem como princípio básico, a criatividade do ser humano em propor mudanças que adaptem a realidade a fatores que envolvam, principalmente objetivos, metas a serem alcançadas e assim formando uma seqüência que atinja a todos os elementos do conhecimento humano na área planejada. LUCKESI (1981) Sob um novo enfoque, o princípio da mensuração explanado por LUCKESI (1981), oferece ao planejamento, meios para se saber, como se encontra a termo de resultado, o que se 90 está desenvolvendo como atividade. Não basta apenas delinear objetivos, discernir metas, compor uma grandiosa missão ou elaborar uma comovente filosofia da escola. O planejamento é muito mais que isso. Ele só é finalizado, quando resultados começam a serem reconhecidos como positivos. Em caso contrário, é hora de se replanejar, considerando a realidade e as variáveis existentes. A avaliação do Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Abraham Lincoln de Kaloré estará acontecendo periodicamente, na medida em que as ações forem sendo realizadas, atentando sempre para o olhar e apreciação coletivos, contando com a participação de toda comunidade escolar. Em consonância com os estudos de TURRA(1975) observa-se que após planejado, o trabalho de acompanhamento da execução do que foi previsto e proposto como ação é de suma importância. E então surgem as adaptações, que em muitos casos exigem um replanejamento. Isso não significa que se vai abrir mão de tudo que se organizou inicialmente. De modo geral, o planejamento inicial é a planta onde será alicerçado o que se pretende, porém, criando e executando situações novas, principalmente diante das exigências do tempo e do espaço, é possível que se opte por novos caminhos que levem ao alcance dos mesmos objetivos, anteriormente traçados. Está se enfatizando a avaliação contínua do planejamento que se propõe. Essa avaliação, além de apontar seu caráter diagnóstico, decorrerá em momentos coletivos, onde a comunidade escolar poderá se reunir para sugerir, discutir e refletir sobre os caminhos já seguidos e os avanços atingidos. Essa análise periódica permitirá a reorientação e retomada de ações, quando necessárias. Assim, concluímos com VILLAS BOAS: A mensagem que se deixa é a de que a autonomia da escola com vistas à aprendizagem de todos os alunos, será obtida: pela construção coletiva do seu Projeto Político Pedagógico; pela avaliação de todo o processo e de todos os envolvidos pelos que dele participam; pelo desenvolvimento pessoal e profissional dos profissionais da educação. Retomando a idéia inicial de que falar de projeto Político Pedagógico implica em falar de avaliação, reafirmo a importância de a própria escola avaliar seu trabalho e apresentar 91 à sociedade os resultados obtidos, assim como suas necessidades, dificuldades e metas futuras. É fato, que se permitindo planejar, a comunidade escolar outorga o direito de autoavaliar-se em todas as dimensões, com vistas a refletir sobre resultados já obtidos e reorientar novas práticas. Portanto, o Projeto Político Pedagógico estará em constante avaliação e reestruturação. 92 8 – REFERÊNCIAS AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Conceitos de Biologia. Volumes I, II e III. São Paulo: Moderna, 2003. CHASSOT, Attico. A Ciência Através dos Tempos. São Paulo: Moderna, 1994. FAMEPAR. Plano de Uso e Ocupação do Solo Urbano – Kaloré. Curitiba: Governo do Estado do Paraná/Instituto de Assistência aos municípios do Estado do Paraná, 1996. FREITAS, Luiz Carlos de. Crítica da organização do trabalho pedagógico e da didática. Campinas, SP: Papirus, 1995. GOLDBERG, Maria Amélia A. e SOUZA, Clarilza Prado. A Prática da avaliação. São Paulo: Cortez & Moraes, 1979. HAYDT, Regina Célia Cazaux. Curso de Didática Geral. São Paulo: Ática, 1998. IPARDES . EMATER, Paraná, 2000. KILPATRICK, William H. Educação para uma civilização em mudança. São Paulo: Edições Melhoramentos, 1973. LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994. LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da Educação. São Paulo: Cortez Editora, 1981. NIDELCOFF, Maria Teresa. Uma escola para o povo. São Paulo: Editora Brasiliense, 1983. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais para a Educação Básica. – DCEs Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência da Educação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005. PROJETO DE CONTEÚDOS ESSENCIAIS PARA O ENSINO DE 2º GRAU. Biologia. Secretaria de Estado da Educação. Curitiba:1998. REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR. TERRY, George R. Administração. São Paulo: Editora Brasiliense, 1977. TURRA, Clodia Maria Godoy. Planejamento de ensino e avaliação. Porto Alegre: Sagra S.A., 1975. VILLASBOAS, Benigna Maria de Freitas. O Projeto Político Pedagógico e a Avaliação. Prof. da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília. ANEXOS COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTE – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO KALORÉ – 2010 1. APRESENTAÇÃO DA DICIPLINA Ao considerar a Arte como fruto da percepção da necessidade de expressão e da manifestação da capacidade criadora humana, ela converte se numa síntese superior do trabalho dos sujeitos, na medida em que a Arte é um dos modos pelos quais o homem supera no seu fazer, os limites da utilidade material imediata, que ultrapassam os condicionamentos da sobrevivência física e torna-se parte fundamental no processo de humanização do sentido, no saber estético e no trabalho artístico contextualizados e articulados entre si. A partir das concepções da Arte e de seu ensino já abordadas, estas diretrizes consideram alguns campos conceituais que contribuem para as reflexões a respeito do objeto de estudo desta disciplina: • O conhecimento estético está relacionado à apreensão do objeto artístico em seus aspectos sensíveis e cognitivos. O pensamento, a sensibilidade e a percepção articulam-se numa organização que expressa esses pensamentos e sentimentos, sob a forma de representações artísticas como, por exemplo, palavras na poesia; sons melódicos na música; expressões corporais na dança ou no teatro; cores; linhas e formas nas artes visuais. • O conhecimento artístico está relacionado com o fazer e com o processo criativo. Considera desde o imaginário, a elaboração e a formalização do objeto artístico até o contato com o público. Durante esse processo, as formas resultantes das sínteses emocionais e cognitivas expressam saberes específico a partir da experiência com materiais, com técnicas e com os elementos formais básicos constitutivos das Artes Visuais, da Dança, da Música e do Teatro. O conhecimento contextualizado envolve o contexto histórico (político econômico e sociocultural) dos objetos artísticos e contribui para a compreensão de seus conteúdos explícitos e implícitos, possibilitando um aprofundamento na investigação desse objeto. Apoiada nas ações realizadas no decorrer desse processo histórico recente e na busca de efetivar uma transformação no ensino de Arte, essa disciplina ainda exige reflexões que contemplem a arte como área de conhecimento e não meramente como meio para o destaque de dons inatos, sendo até mesmo utilizada equivocadamente, em alguns momentos, como prática de entretenimento e terapia. O ensino de Arte deixa de ser coadjuvante no sistema educacional e passa também a se preocupar com o desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída historicamente e em constante transformação. Segundo Faraco, quando buscamos definir um novo papel para a Arte na escola, é importante ter clareza da dificuldade de sua definição e da diversidade teórica relacionada a ela. Não há um dizer único e universal sobre a Arte e, portanto, estamos sempre na situação de ter de fazer várias opções teóricas para sustentar nossas propostas curriculares e metodológicas. 2. CONTEÚDOS 2.1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS No conteúdo estruturante elementos formais, o sentido da palavra formal esta relacionado á forma propriamente dita, ou seja aos recursos empregados numa obra. São elementos da cultura presentes nas produções humanas e na natureza; são matérias-prima para a produção artística e o conhecimento em arte. Esses elementos são usados para organizar todas as áreas artísticas e são diferentes em cada uma delas. Eis alguns exemplos: o timbre da Música, a cor em Artes Visuais, a personagem em Teatro ou o movimento corporal em Dança. No processo pedagógico, o professor de Arte deve aprofundar o conhecimento dos elementos formais da sua área de habilitação e estabelecer articulação com as outras áreas por intermédio dos conteúdos estruturantes. COMPOSIÇÃO Composição e o processo de organização e desdobramento dos elementos formais que constituem uma produção artística. Num processo de composição na área de artes visuais, os elementos formais-linha, superfície, volume, luz e cor – “não têm significados pré-estabelecidos, nada representam, nada descrevem, nada assinalam, não são símbolos de nada, não definem nadanada, antes de entrarem num contexto formal” (OSTROWER 1983, p.65). Ao participar de uma composição, cada elemento visual configura o espaço de modo diferente e, ao caracterizá-lo, os elementos também se caracterizam. Na área de música, todo som tem sua duração, a depender do tempo de repercussão da fonte sonora que o originou. É pela manipulação das durações, mediada pelo conhecimento, que esse som passa a constituir um ritmo ou uma composição. Com a organização dos elementos formais, por meio dos conhecimentos de composição de cada área de Arte, formula-se todas as obras, sejam elas visuais, teatrais, musicais ou da dança, na imensa variedade de técnicas e estilos. MOVIMENTOS E PERÍODOS O conteúdo estruturante movimentos e períodos se caracterizam pelo contexto histórico relacionado ao conhecimento em Arte. Esse conteúdo revela aspectos sociais, culturais e econômicos presente numa composição artística e explicita as relações internas ou externas de um movimento artístico em suas especificidades, gêneros, estilos e correntes artísticas. 2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS - FUNDAMENTAL 5ª Série MÚSICA Elementos formais: • Altura; • Duração; • Timbre; • Intensidade; • Densidade. Composição: • Ritmo; • Melodia. Movimentos e períodos: • Greco-Romana; • Oriental; • Ocidental; • Africana. ARTES VISUAIS Elementos formais: • Ponto; • Linha; • Textura; • Forma; • Superfície; • Volume; • Cor; • Luz. Composição: • Bidimencional; • Figurativa; • Geométrica, simetria; • Técnicas: Pintura, escultura, arquitetura; • Gêneros: cenas da mitologia. Movimentos e períodos: • Arte Greco-Romana; • Arte Africana; • Arte Pré-Histórica. TEATRO Elementos formais: • Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais; • Ação; • Espaço. Composição: • Enredo, Roteiro; • Espaço Cênico, adereços; • Técnicas: jogos teatrais, teatro manipulação, máscara; • Gênero: tragédia, comédia e circo. Movimentos e períodos: • Greco-Romana; • Teatro Oriental; • Teatro Medieval; • Renascimento. DANÇA Elementos formais: • Movimento corporal; • Tempo; • Espaço. Composição: • Kinesfera; • Eixo; • Ponto de apoio; • Movimentos articulares; • Fluxo (livre e interrompido); • Rápido e lento; • Formação; • Níveis (alto, médio e baixo); • Deslocamento (direto e indireto); • Dimensões (pequeno e grande); • Técnica: improvisação • Gênero: circular. Movimentos e períodos: indireto e direto, improvisação, • Pré- historia; • Greco-Romana; • Renascimento; • Dança clássica. 6ª Série MÚSICA Elementos formais: • Altura; • Duração; • Timbre; • Intensidade; • Densidade. Composição: • Ritmo; • Melodia; • Escala; • Gêneros: folclórico, indígena, popular e étinico; • Técnicas: vocal, instrumental e mista; • Improvisação. Movimentos e períodos: • Música popular e étnica (ocidental e oriental). ARTES VISUAIS Elementos formais: • Ponto; • Linha; • Forma; • Textura; • Superfície; • Volume; • Cor; • Luz. Composição: • Proporção; • Tridimensional; • Figura e fundo; • Abstrata; • Perspectiva; • Técnicas: pintura, escultura, moldagem, gravura; • Gêneros: paisagem, retrato, natureza morta. Movimentos e períodos: • Ante Indígena; • Arte Popular; • Brasileira e Paranaense; • Renascimento; • Barroco. TEATRO Elementos formais: • Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais; • Ação; • Espaço. Composição: • Representação, Leitura dramática, Cenografia; • Técnica: jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animada; • Gêneros: rua e arena, Caracterização. Movimentos e períodos: • Comedia dell’arte; • Teatro popular; • Brasileiro e Paranaense; • Teatro Africano. DANÇA Elementos formais: • Movimento corporal; • Tempo; • Espaço. Composição: • Ponto de apoio; • Rotação; • Coreografia; • Salto e queda; • Peso (leve e pesado); • Fluxo (livre, interrompido e conduzido); • Lento, rápido e moderado; • Níveis (alto, médio e baixo); • Formação; • Direção; • Gênero: Folclórica, popular e étnica. Movimentos e períodos: • Dança popular; • Brasileira; • Paranaense; • Africana; • Indígena. 7ª Série MÚSICA Elementos formais: • Altura; • Duração; • Timbre; • Intensidade; • Densidade. Composição: • Ritmo; • Melodia; • Harmonia; • Tonal, modal e a fusão de ambos; • Técnicas: vocal, instrumental e mista. Movimentos e períodos: • Indústria cultural; • Eletrônica; • Minimalista; • Rap, Rock, Tecno. ARTES VISUAIS Elementos formais: • Linha; • Forma; • Textura; • Superfície; • Volume; • Cor; • Luz. Composição: • Semelhanças; • Contrastes; • Ritmo Visual; • Estilização; • Deformação; • Técnica: desenho, fotografia, áudio-visual e mista. Movimentos e períodos: • Indústria Cultural; • Arte no Sec XX; • Arte Contemporânea. TEATRO Elementos formais: • Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais; • Ação; • Espaço. Composição: • Representação no cinema e mídias; • Texto dramático; • Maquiagem; • Sonoplastia; • Roteiro; • Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica. Movimentos e períodos: • Industria Cultural; • Realismo; • Expressionismo; • Cinema Novo. DANÇA Elementos formais: • Movimento corporal; • Tempo; • Espaço. Composição: • Giro; • Rolamento; • Saltos; • Aceleração e desaceleração; • Direções (frente, atrás, direita e esquerda); • Improvisação; • Coreografia; • Sonoplastia; • Gênero: Indústria Cultural e espetáculo. Movimentos e períodos: • Hip Hop; • Musicais; • Expressionismo; • Indústria cultural; • Dança Moderna. 8ª Série MÚSICA Elementos formais: • Altura; • Duração; • Timbre; • Intensidade; • Densidade. Composição: • Ritmo; • Melodia; • Harmonia; • Técnicas: vocal, instrumental e mista; • Gêneros: popular, folclórico e ético. Movimentos e períodos: • Música Engajada; • Música Popular Brasileira; • Música Contemporânea. ARTES VISUAIS Elementos formais: • Linha; • Forma; • Textura; • Superfície; • Volume; • Cor; • Luz. Composição: • Bidimensional; • Tridimensional; • Figura-fundo; • Ritmo visual; • Técnica: pintura, grafitte, performance; • Gêneros: paisagem urbana, cenas do cotidiano. Movimentos e períodos: • Realismo; • Vanguardas; • Muralismo e Arte Latino-Americana; • Hip Hop TEATRO Elementos formais: • Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais; • Ação; • Espaço. Composição: • Técnicas: monologo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum. Movimentos e períodos: • Teatro Engajado; • Teatro do Oprimido; • Teatro Pobre; • Teatro do Absurdo; • Vanguardas. DANÇA Elementos formais: • Movimento corporal; • Tempo; • Espaço. Composição: • Kinesfera; • Ponto de apoio; • Peso; • Fluxo; • Quedas; • Saltos; • Giros; • Rolamentos; • Extensão (perto e longe); • Coreografia; • Deslocamento; • Gênero: performance e moderna. Movimentos e períodos: • Vanguardas; • Dança moderna; • Dança Contemporânea. 1. CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO MÉDIO ARTES VISUAIS Ponto Linha Textura Superfície Volume Cor Luz COMPOSIÇÃO Bidimensional Tridimensional Figurativo Perspectiva Semelhanças Contrastes Técnica: pintura, desenho, história em quadrinhos... Figura e fundo Ritmo visual Simetria Deformação Estilização Técnica: fotografia, gravura e escultura. Técnica: modelagem, instalação, performace. Gêneros: Paisagem, natureza morta, cenas do cotidiano, histórica, religiosa, da mitologia. MOVIMENTOS E PERIODO Arte de Vanguarda Indústria Cultural Arte Contemporânea Arte latino-americana Arte ocidental Arte oriental Arte africana Arte brasileira Arte paranaense Arte popular MÚSICA ELEMENTOS FORMAIS Altura Duração Timbre Intensidade Densidade COMPOSIÇÃO Ritmo Melodia Armonia Escalas Modal, tonal e fusão de ambos Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, pop... Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista improvisada MOVIMENTOS E PERÍODOS Música popular Brasileira Paranaense Popular Indústria cultural Engajada Vanguarda Ocidental Oriental Africana Latino-Americana TEATRO ELEMENTOS FORMAIS Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais. Ação Espaço COMPOSIÇÃO Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, teatro-Fórum. Roteiro Encenação e leitura dramática Gêneros: Tragédia, Comédia e Épico Dramaturgia Representação nas mídias Caracterização Cenografia Sonoplastia Figurino Iluminação Direção Produção MOVIMENTOS E PERÍODOS Teatro Greco-romano Teatro Medieval Teatro Dialético Teatro do Oprimido Teatro Pobre Teatro brasileiro Teatro paranaense Teatro popular Indústria cultural Teatro engajado Teatro essencial Teatro de vanguarda Teatro renascentista Teatro latino americano Teatro realista Teatro simbolista DANÇA ELEMENTOS FORMAIS Movimento corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO Kinesfera Fluxo Peso, Eixo, Salto e queda, Giros Rolamento Movimentos articulares Lento, rápido e moderado Aceleração e desaceleração Níveis Deslocamento Direções –Planos – Improvisação - Coreografia Gêneros: Espetáculo, indústria cultural, étnica, folclórica, populares e salão. MOVIMENTOS E PERÍODOS Pré-história Greco-romana Medieval Renascimento Dança clássica Dança popular Brasileira Paranaense Africana Indígena Hip Hop Indústria cultural Dança moderna Vanguardas Dança contemporânea 3. METODOLOGIA DE ENSINO Nas aulas de Arte é necessária a unidade de abordagem dos conteúdos estruturantes, em um encaminhamento metodológico orgânico, onde o conhecimento, as práticas e a fruição artística estejam presentes em todos os momentos da prática pedagógica, em todas as séries da Educação Básica. Para preparar as aulas, é preciso considerar para quem elas serão ministradas, como, por que e o que será trabalhado, tomando-se a escola como espaço de conhecimento. Dessa forma, devem-se contemplar, na metodologia do ensino da Arte, três momentos da organização pedagógica: • Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos • Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra de arte • Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que compõe uma obra de arte O trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses momentos, ou pelos três simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou várias aulas, espera-se que o aluno tenha vivenciado cada um deles. Nas aulas de arte é necessária a unidade de abordagem dos conteúdos estruturantes, em um encaminhamento metodológico orgânico, onde o conhecimento, as práticas e a fruição artística estejam presentes em todos os momentos da prática pedagógica, em todas as séries da educação básica. Podendo ser utilizado metodologias como: • Internet; • Fotografia; • Movemaker; • Computador; • Quadro de giz; • TV pendrive; • Recurso de vídeo; • Tipos de música; • Confecção de instrumentos musicais; • Confecção de música e teatro; • Pintura; • Releitura; • Colagem; • Cartaz; • Propaganda; • Etc.. Ao trabalhar arte o professor deve criar vínculos com a comunidade gerando um sentimento que pertença ao lugar e ao grupo social, possibilitando a criação de uma sociocultural que leva o aluno a compreender o mundo e transformá-lo. Em arte será valorizada a cultura dos povos do campo e afro-brasileira, com a finalidade de criação de uma identidade sociocultural, levando o aluno a compreender e transformar o mundo. Será trabalhado com o aluno o conceito de teatro como uma forma artística que aprofunda e transforma sua visão de mundo, sob a perspectiva de que o ato de dramatizar é uma construção social do homem em seu processo de desenvolvimento. No panorama musical, será trabalhada a diversidade de estilos e de gêneros musicais, cada qual com suas funções correspondentes a épocas e regiões. Em artes visuais, será abordada a produção pictória de conhecimento universal e artistas consagrados, formas e imagens de diferentes aspectos presentes nas sociedades contemporâneas. Os conteúdos estarão relacionados com a realidade do aluno e do seu entorno, considerando artistas, produções artísticas e bens culturais da região, bem como outras produções de caráter universal. O trabalho pedagógico em relação à dança basear-se-á em atividades de experimentação do movimento, improvisação, em composições coreográficas e processos de criação, tornando o conhecimento significativo para o aluno, conferindo-lhe sentido a aprendizagem, por articularem os conteúdos da dança. Os temas de Desafios Educacionais Contemporâneos como, violência na escola, Educação ambiental, educação fiscal e inclusão, serão abordados durante o trabalho em artes visuais, dança, teatro e música de uma forma prazerosa e objetiva. 4.AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO A avaliação em Arte é diagnosticada e processual. Diagnósticos por ser referência do professor para o planejamento das aulas e de avaliação dos alunos; processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica. O planejamento deve ser constantemente redirecionado, utilizando a avaliação do professor, da turma sobre o desenvolvimento das aulas e também a auto-avaliação dos alunos. Os instrumentos utilizados para a avaliação e recuperação poderão ser: • Prova escrita ou oral; • Seminários; • Trabalhos práticos; • Pesquisa; • Outros instrumentos de avaliação. Avaliação por meio da observação e registro: sem parâmetros comparativos entre os alunos, considerando aspectos experimentais (práticos) e conceituais (teóricos). Sendo assim, todo o conhecimento acumulado pelo aluno de ser socializado entre colegas e, ao mesmo tempo, deve construir referência para o professor propor abordagens diferenciadas. A avaliação permite que saia do lugar comum, dos gostos pessoais, de modo que se desvincula de uma prática pedagógica pragmatista, caracterizada pela produção de resultados ou a valorização do espontaneísmo. O conhecimento que o aluno acumula será socializado entre os colegas e ao mesmo tempo, constituir-se como referência para propor abordagens diferenciadas. O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis vírgula zero) referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais e em grupo, provas mensais e produções escritas); mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) resultante de uma avaliação ao final do bimestre, totalizando nota final de 10,0 (dez virgula zero). A recuperação será paralela ao estudo dos conteúdos, que prevê meios para a superação das dificuldades dos educandos, tendo em vista efetivar aprendizagens concretas e significantes, coerentes ao contexto sócio-cultural, político e ambiental. 5. REFERÊNCIAS AZEVEDO. F. de, A cultura brasileira. 5ª Ed. Revista e ampliada. São Paulo: Melhoramento, Editora da USP, 1971. BAKHITIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins fontes, 1992. BARBOSA, A. M. Inquietação e mudança no ensino da arte. São Paulo, Cortez, 2002. COSTA, C. B.& CAMPOS, N. P. Artes Visuais e escola: para aprender e ensinar com imagens. Florianópolis: NUC/CED/UFSC, 2003. KUENZER, Acácia Zeneida. Ensino Médio: Construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. São Paulo: Cortez, 2000. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Arte para a Educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência da Educação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005. PILLAR, A. D. A educação do olhar ensino da arte. In BARBOSA, A, M. Inquietações e mudanças no ensino da Arte. São Paulo: Cortez, 2002. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR. REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR. ROSSI, M. H. W. Imagens que falam: leitura na arte na escola. Porto Alegre: Meditação, 2003. COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA KALORÉ – 2010 1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo a VIDA. Ao longo da história da humanidade muitos foram os conceitos elaborados sobre este fenômeno numa tentativa de explicá-lo e ao mesmo tempo, compreendê-lo. A preocupação com a descrição dos seres vivos dos fenômenos naturais levou o homem a diferentes concepções de vida, de mundo e de seu papel enquanto parte deste mundo. Essa preocupação humana representa a necessidade de garantir sua sobrevivência. Desde o homem primitivo, em sua condição de caçador e coletor, as observações dos diferentes tipos de comportamento dos animais e da floração das plantas foram sendo registradas nas pinturas rupestres, representando seu interesse em explorar a natureza. Assim, os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no Ensino Médio não representam o resultado da apreensão contemplativa da natureza em si, mas os modelos teóricos elaborados pelo homem (paradigmas teóricos), que representam o esforço para entender, explicar, utilizar e manipular os recursos naturais. A história da Ciência mostra que tentativas de definir a VIDA têm sua origem registrada desde a Antiguidade. As idéias deste período que contribuíram com o desenvolvimento da Biologia, tiveram principais pensadores e estudiosos, os filósofos Platão (428/27 a.C – 347 a.C) e Aristóteles (384 a.C – 322 a.C), que deixaram contribuições relevantes quanto à classificação dos seres vivos. As interpretações filosóficas buscavam explicações para a compreensão da natureza. Na Idade Média, sob a influência do Cristianismo, a igreja influindo na vida social, política e econômica, institucionalizado o dogmatismo teocêntrico. Surgiram no século XIII as primeiras universidades para a divulgação do conhecimento acumulado durante séculos e marcaram a história das Ciências, surgem Alberto Magno que relacionou conhecimentos aristotélicos, zoologia, medicina, física e química. Na história das Ciências na Renascença, encontra-se também um período marcado por contradições. Ao mesmo tempo em que Leonardo da Vinci (1452-1519) introduz o pensamento matemático como instrumento que permite interpretar a ordem mecânica da natureza, estudos botânicos eram realizados com perspectiva descritiva com observação direta de fontes originais, sem a preocupação em estabelecer relações entre as plantas e sua distribuição geográfica. Por vota do século XVI e XVIII, a ciência Moderna passou por avanços significativos e no campo da Biologia, por volta de 1665, Robert Hooke e Jan Swammerdam construíram microscópios de pena resolução que permitiram descobertas importantes sobre microorganismos. Leeuwenhoek observou fios de cabelos, pulgas e pequenos insetos e descrição detalhadas dos glóbulos brancos, como também observação de bactérias, algas e protozoários presentes nas águas de riachos e lagoas. Em meio às contradições deste período histórico, o pensamento do filósofo Francis Bacon (1561-1626), contribui com a nova visão de Ciência, recuperando o domínio do homem sobre a natureza através da investigação cooperativa. Ainda marcou a história da Biologia o pesquisador italiano Francesco Redi, com experimentação e pesquisa sobre a geração espontânea contrariando essa teoria e afirmação que os seres vivos originam-se de um outro já preexistente. Durante o século XVIII e inicio do século XIX surgiram naturalistas com Carl Von Linné (1707-1778), que dedicou seus estudos à classificação e elaborou o sistema binário para classificar os vegetais, utilizando a nomenclatura binominal conhecida mundialmente até os dias atuais. Spallanzani desenvolve o método experimental biológico. Com Linné, o sistema descritivo possibilitou a organização da Biologia considerando a comparação das espécies coletadas em diferentes locais. Esta tendência reflete a atitude contemplativa interessada em retratar a beleza da natureza partindo da exploração empírica do mundo natural pautado por um método baseado na observação e descrição da natureza, caracterizando o pensamento biológico descritivo. Sob a influência do pensamento positivista reafirma-se o pensamento mecanicista. Para entender o funcionamento da VIDA a Biologia fracionou os organismos vivos em parte mais especializadas e menores procurando compreender as relações causa e efeito no funcionamento de cada uma de suas partes. Com a Revolução Industrial, evidências sobre a extinção de espécies foram forjando no pensamento científico europeu proposições para a teoria da evolução estática, que não admitia a evolução biológica, cada vez mais vai sendo confrontada. Estudos sobre a mutação das espécies ao longo do tempo são apresentados principalmente Erasmus Darwin (1731-1802) e por Jean Baptiste de Monet (1744-1829). Surgiram em 1809 discussões sobre a evolução das espécies e Lamarck acreditava que o ambiente influenciava nas características dos seres vivos e que por uso e desuso de determinado órgãos, estes seriam conservados e transmitidos na reprodução. No início do século XIX, o naturalista britânico Charles Darwin (1809-1882) apresenta a suas idéias sobre a evolução das espécies. O avanço importante para a Biologia ocorreu no início do século XIX quando Scheiden e Schawann afirmaram que animais e vegetais são compostos por células. Gregor Mendel em 1865, apresenta ao mundo sua pesquisa sobre a transmissão de características entre os seres vivos. Mendel é considerado o “Pai da Genética”. A Biologia se consolida como a ciência no século XIX quando Charles Darwin apresenta sua teoria seleção natural e publica o livro “A origem das espécies”. Através de estudos químicos sobre a presença de vinhos Louis Pasteur revelou os processos de fermentação bem como os estudos sobre a presença por germes, importantes para a medicina e também o processo de pasteurização. Em 1892, iniciou-se no Brasil, em São Paulo, estudos sobre o desenvolvimento da saúde pública. No Rio de Janeiro o principal colaborador foi Osvaldo Cruz, no Instituto Soroterápico de Manguinhos. O avanço para a Medicina ocorreu em 1945 com a descoberta da penicilina por Fleming e o avanço da tecnologia permitiu o invento do microscópio eletrônico em 1937, aproximadamente a Biologia das demais ciências, possibilitando o seu desenvolvimento molecular. A descoberta da estrutura do DNA foi uma extensão da física na biologia, usando o caminho da química e assim verificando a estrutura química da molécula de DNA, compreendendo o processo de síntese de proteínas e transmissão das características hereditárias. A Biologia passa a ter novas dimensões com o desenvolvimento da genética incorporando pesquisas da engenharia genética, biotecnologia e uma nova dimensão de estudos que associa a evolução com o desenvolvimento de populações. Neste século em virtude do desenvolvimento tecnológico as discussões na área da Bioética ganham destaque, pois a capacidade de elaborar novos conhecimentos são extrapolados gerando até mesmo conflitos de idéias e princípios morais e éticos surgindo espaços para novas discussões entre a ciência, a tecnologia e sociedade. A disciplina de Biologia tem como objetivos: • Promover a compreensão dos avanços biotecnológicos, considerando a bioética e o desenvolvimento sustentável, bem como sensibilizar o educando a respeito das conseqüências das agressões ambientais e do impacto negativo do desenvolvimento das tecnologias voltadas ao suprimento e ampliação do sistema capitalista para manutenção da vida no planeta. • Colaborar para a compreensão do mundo. Detectar e apontar as questões que precisam ser resolvidas no âmbito da prática social e, em conseqüência, estabelecer que conhecimentos são necessários para a resolução destas questões e as exigências sociais de aplicação desse conhecimento. Suas transformações e avanços tecnológicos do homem como indivíduo participativo e integrante do universo. • Desenvolver em nossos alunos o processo de construção do conhecimento cientifico, em perspectiva crítica, intelectual e ética, capaz de fundamentar o verdadeiro papel de cidadão dentro do ecossistema e acima de tudo, dentro da sociedade. A partir da apropriação dos instrumentos culturais, transformados em elementos ativos de transformação social e assim sendo, o aluno passa ao entendimento e elaboração de novas estruturas de conhecimento, ou seja, passa da ação a conscientização. • Apresentar os conteúdos de forma sistematizados para que os alunos assimilem e os transformem em instrumento de construção pessoal e profissional. Neste contexto, que os alunos apropriem-se das ferramentas culturais necessárias à luta social para superar a condição de exploração em que vivem. • Possibilitar a formação de uma visão holística que colabora para o desenvolvimento crítico e consciente do individuo. • Oportunizar a compreensão dos conceitos básicos de filosofia, ética, cidadania e clareza nas posturas assumidas. O Ensino de Biologia deve abordar conteúdos de forma integrada, destacando os aspectos essenciais do objeto de estudo relacionando-os nas diferentes disciplinas do conhecimento. Tais relações deverão ser resolvidas ao longo do Ensino Médio permitindo ao aluno a compreensão de fenômenos físicos, químicos e biológicos orientando e subsidiando os alunos para que munidos de conhecimento sejam capazes de agir adequadamente no meio em que vive tomando decisões racionais sobre questões de sua vida e de outros seres que nela interagem. O Ensino de Biologia, ao contemplar a Lei nº 10639/03, referente a “História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, faz alusão à valorização da igualdade racial e cultural, promove a valorização da cultura rural, utilizando-se das práticas características dessa cultura para a promoção do conhecimento. A Biologia reflete o desenvolvimento e as rupturas ocorridas nos contextos sociais, políticos, econômicos e culturais dos diferentes momentos históricos, indispensáveis à compreensão da prática social, pois revelam a realidade concreta de forma crítica e explicitam as possibilidades de atuação dos sujeitos no processo de transformação dessa realidade. 2. CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos. Organização dos Seres vivos. Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia. Mecanismos de desenvolvimento embriológico. Mecanismos Biológicos. Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos. Teorias evolutivas. Transmissão das características hereditárias. Biodiversidade. Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdependência com o ambiente. Manipulação Genética. Organismos geneticamente modificados. ORGANIZAÇAO DOS SERES VIVOS: Este conteúdo possibilita conhecer os modelos teóricos historicamente construídos que propõem a organização dos seres vivos, relacionando-os as existência de características comuns entre estes e sua origem única ( ancestralidade comum). Deve abordar a classificação dos seres vivos como uma tentativa de conhecer e compreender a diversidade biológica, de maneira a agrupar e categorizar as espécies extintas e existentes MECANISMOS BIOLÓGICOS: Privilegia o estudo dos mecanismos que explicam como os sistemas orgânicos dos seres vivos funcionam. Deve abordar desde o funcionamento dos sistemas que constituem os diferentes grupos de seres vivos, como por exemplo, a locomoção, a digestão e a respiração, até o estudo dos componentes celulares e suas respectivas funções. BIODIVERSIDADE: Possibilita o estudo, a análise e a indução para a busca de novos conhecimentos, na tentativa de compreender o conceito biodiversidade. Deve abordar a biodiversidade num processo integrado e dinâmico e que envolve a variabilidade genética, a diversidade de seres vivos, as relações ecológicas estabelecidas entre eles e com a natureza, além dos processos evolutivos pelos quais os seres vivos tem sofrido transformações. MANIPULAÇÃO GENÉTICA: Trata das implicações dos conhecimentos da Biologia Molecular sobre a VIDA, na perspectiva dos avanços da Biologia, com possibilidade de manipular o material genético dos seres vivos e permite questionar o conceito biológico da VIDA como fato natural, independente da ação do ser humano. Deve abordar os avanços da biologia molecular, as biotecnologias aplicadas e os aspectos bioéticos dos avanços biotecnológicos que envolvem a manipulação genética, permitindo compreender a interferência do ser humano na diversidade biológica. 3. METODOLOGIA DE ENSINO Analisando a prática pedagógica o professor deverá saber sobre quais os objetivos e expectativas a serem atingidos; qual concepção de ciência se agrega às atividades propostas e dar significados as atividades desenvolvidas com os alunos, tais como: aulas expositivas, demonstrativas, leituras, pesquisas, apresentação de trabalhos e experimentos realizados no laboratório de Biologia, tendo a clareza que estes devem ser problematizadores para que se possa contribuir na formação de um sujeito intelectualmente autônomo. As práticas pedagógicas e metodológicas deverão ser direcionadas de maneira que respeitem e minimizem as diferenças e possibilitando assim a democratização do saber, onde todos possam interagir. Proporcionando aos educandos a curiosidade e o gosto de aprender. Desta forma, os alunos habituam com as situações ecológicas, ambientais reais, valorizando-os como sujeitos que possuem laços culturais e valores relacionados à vida na terra. Por intermédio de Metodologia adequada na qual introduz a visão crítica da sociedade e junto de sua classe produz o conhecimento, fazendo com que o aluno construa durante todo o processo ensino-aprendizagem seu próprio resultado obtido através dos conteúdos estruturantes e específicos. Onde os problemas existem, e são passíveis de avaliações pessoais consistentes, que a partir desta possam ser vistas de uma forma crítica e, principalmente atuante, podendo fazer desta vivência um aprendizado ponderando e questionando a própria existência e a interdependência de todos os organismos biológicos, seus fenômenos, causas e conseqüências. Quanto a abordagem das culturas indígenas e africanas, serão propostos trabalhos de pesquisa e investigação acerca de técnicas já utilizadas no passado, com a intenção de resgate e valorização cultural. Temas atualmente evidentes como Prevenção ao uso indevido de droga e Violência, bem como os demais temas dos Desafios Educacionais Contemporâneos, permearão as aulas de Biologia, onde se oportunizará debates, pesquisas bibliográficas, recortes de filmes , com o auxílio dos laboratórios de Práticas e Informática, para maior contextualização do assunto. 4- AVALIAÇÃO/ RECUPERAÇÃO A avaliação acontecerá durante todo o processo de ensino e aprendizagem. Subsidiará o professor para uma reflexão contínua sobre a sua prática, a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados para o processo de aprendizagem individual ou de todo grupo. Para o aluno pode ser considerada como instrumento de tomada de consciência de sua conquista, dificuldades e possibilidades para reorganização de seu investimento na tarefa de aprender. “Avaliação escolar é parte integrante do processo de ensino e aprendizagem, e não uma etapa isolada”. ( Libâneo 1994, p.200). Para avaliar, a cada momento o professor utilizará a avaliação processual e diagnóstica, com relatórios de aulas práticas, apresentação de trabalhos, pesquisas em grupos e testes, resolução de situações problemas e outras atividades que poderão ser utilizadas para a avaliação da aprendizagem. Considerando para tal, a série a ser avaliada, o nível cognitivo dos alunos, as diferentes formas de apropriação dos conteúdos, respeitando a individualidade dos alunos e o planejamento. É fundamental a utilização de diferentes linguagens, como a verbal, a oral, a escrita, a gráfica, a numérica e a pictórica, de forma a se considerar as diferentes aptidões dos alunos. Considerando estes fatos, o professor realizará a avaliação por meio de observação ( por parte do professor) da participação, do interesse, da criatividade, da autonomia e do raciocínio utilizado na resolução de problemas. O registro dessas observações pode ser realizado em tabelas, listas de controle, diário de classe, relatórios de aulas prática de laboratório , entre outros, utilizando-se critérios previamente estabelecidos de acordo com os objetivos do trabalho pedagógico. Resolução (pelos alunos) de problemas (de forma individual, em duplas ou em grupo), com justificativa do procedimento utilizado. Pensando na avaliação/recuperação os meios de estímulo ao desenvolvimento do aluno, trabalhamos com idéias de um crescimento e elas não ficam restritas apenas ao uso de procedimentos de testagem, mas sim de um conjunto de tarefas e observações que o professor faz dos alunos, de sua interação em sala de aula, participação, interesse, autonomia intelectual e emocional, trabalhos em grupo e comprometimento, gerando informações que possibilitam perceber tendências e decidir quanto aos encaminhamentos mais apropriados. Dessa forma procura-se ofertar um atendimento individualizado aos alunos com necessidades especiais. O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis vírgula zero) referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais e em grupo, provas mensais e produções escritas); mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) resultante de uma avaliação ao final do bimestre, totalizando nota final de 10,0 (dez virgula zero). A recuperação de estudos é paralela aos conteúdos estudados, de acordo com o Regimento Escolar e o Projeto Político Pedagógico da escola. 5- REFERÊNCIAS AMABIS E MARTHO, Fundamentos da Biologia Moderna- Volume único, São Paulo: Editora Moderna, 3ª edição. FRIGOTTO, G. [ et. al ]. Ensino Médio: ciência, cultura e trabalho. Secretaria de Educação Média e Tecnológica - Brasilia: MEC, SENTEC, 2004. LIBÂNEO, J.C. Tendências pedagógicas na prática escolar. In: Revista da ANDE, nº6, p. 119, 1983ARAÚJO, I. L. Introdução`a filosofia da cência . Curitiba: UFPR, 2002. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Biologia para a Educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência da Educação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR. REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CIÊNCIAS KALORÉ - 2010 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Numa perspectiva histórica, ao se pensar em Ciências como construção humana, é fundamental considerar a evolução do pensamento do ser humano, pois é a partir dele que a história da Ciência se constrói .Ao ensinar a aprender Ciências numa visão de evolução, apresentando seus limites e possibilidades temporais, relacionando essa história as práticas sociais as quais está diretamente vinculada. Desde que o homem começou a buscar condições favoráveis de sobrevivência, as suas relações com os demais seres vivos e com a natureza, possibilitou conhecimentos e valores produzidos pela coletividade e transmitidos culturalmente. Interessar pelos fenômenos à sua volta e aprender com eles, embora não apresentando o caráter sistematizador do conhecimento. A partir de então, a ciência evolui permitindo a sua apropriação por meio da compreensão dos fenômenos que nela ocorre, proporcionando ao ser humano uma cultura cientifica com repercussões sociais, econômicas , éticas e politicas. A historia da ciência não está ligada somente ao conhecimento cientifico, mas também as técnicas pelas quais esses conhecimentos são produzidos, as tradições de pesquisa que as produzem e as instituições que as apoiam. Alguns aspectos descontinuo da validade dos modelos científicos apontados por Gaston Bachelard (1884-1961), são: a superação do modelo geocêntrico pelo heliocêntrico; a substituição do modelo organicista pelo modelo dos sistemas para explicação das funções do corpo humano; a superação das ideias de criação pela evolução; a refutação da teoria do calórico pelas noções de energia ; detecção da inexistência do éter e a afirmação da constituição e conservação da matéria ; a dualidade onda-partícula da luz e do elétron; a transição da mecânica newtoniana para a relativística e muitos outros. Segundo este mesmo autor o pensamento pré-científico é um período marcado pela construção racional e empírica do conhecimento cientifico, buscando a superação das explicações míticas , com base em sucessivas observações empírica e descrições técnicas de fenômenos da natureza, além de intensos registros dos conhecimentos científicos desde a Antiguidade até fins do século XVIII. Outra possibilidade de explicação do mundo ocorreu a partir da proposição de modelos científicos que valorizavam a observação das regularidades dos fenômenos da Natureza para compreendê-los por meio da razão , em contraposição a simples crença, entendida sob o ponto de vista animista. Contrapondo à ideia animista, filósofos naturalista explicam a Natureza a partir do modelo atomista. Mesmo o pensamento atomista permanecendo como tradição, a ideia da constituição da matéria, a partir dos quatro elementos, continuou a ser referenciada entre os pensadores gregos. Aristóteles ( século III a. C.) formulou as bases para o modelo geocêntrico, propondo a existência de um quinto elemento da Natureza. Os contemporâneos de Aristóteles , posicionavam-se com outras possibilidades de entendimento dos movimentos dos corpos celestes (modelo heliocêntrico). Depois de um longo período de domínio do geocentrismo, fortalecidos por incursões matemáticas de Ptolomeu no seculo II d. C. e coerentes com as ideias de Aristóteles, retomou ao modelo heliocêntrico. Com a contribuição dos pensadores como Tycho Brahe (1546-1601), Johannes Kepler (1571-1630), Galileu Galilei (1564-1642), René Descartes (1596-1650), Isaac Newton (16431727) e outros, este novo modelo rompia com toda a síntese da física aristotélica que fundamentava o modelo geocêntrico. Outras tradições provenientes das sistematizações dos pensadores gregos dizem respeito ao modelo organicista. Tradições que preocupavam em identificar e organizar os seres da Escala Natural, privilegiando a sua perfeição e tendo como critérios a descrição das estruturas anatômicas e comportamentais. Esse critério de classificação dos seres vivos permaneceu até o século XVII e XVIII. Mediante a grande diversidade de especies coletadas em diferentes regiões do planeta, esse sistema de classificação não atendia as demandas de dados coletados. Nesse sentido, os seres vivos passaram a ser visto não mais como um modelo fixista mas como integrantes de um modelo evolutivo. O pensamento grego influenciou na descrição dos órgãos do corpo humano ( modelo organicista),que sofreu interferências no período renascentista, onde os conhecimentos físicos sobre a mecânica passaram a ser utilizados como analogia ao funcionamento dos sistemas do organismo ( modelo mecanicista), utilizado pela ciência até os dias atuais. As sistematizações de Lavoisier (1743-1794), no final do seculo XVIII, foi um marco para a ciência, pois contribuíram na superação das ideias do flogisto que levaram as novas pesquisas cientificas, culminando com a reorganização de toda a nomenclatura à luz dos estudos voltados à nova teorização dos átomos e à química orgânica no século XIX. O seculo XIX foi marcado pelo período do estado cientifico, buscou a universidade do método cartesiano de investigação dos fenômenos da Natureza, com maior divulgação do conhecimento cientifico em obras caraterizadas por uma linguagem mais compreensiva. Métodos explicativos construído e utilizado neste período foram questionados, pois no estado cientifico o mundo passa a ser como mutável e o Universo como infinito. Novos estudos permitiram considerar a evolução das estrelas, às evidencias de mudanças na crosta terrestre e a extinção de especies, bem como a transformação da matéria e a conservação da energia. Evidencias evolutivas, apresentadas por naturalista ainda no período pré cientifico, contribuíram para o entendimento de que os seres vivos se transformavam com o passar do tempo geológico. Segundo Futuyama ( 1993) , Charles Darwin contribui para a teoria da evolução das espécies. Outros dois trabalhos se destacaram durante o seculo XIX e modificaram a compreensão do funcionamento dos sistemas do organismo: a teoria da célula e os estudos sobre a geração espontânea da vida. Novas pesquisas permitiram o entendimento de uma unidade da qual se pudesse originar a imensa diversidade dos seres vivos. Com a evolução tecnológica de microscópios , possibilitou observações mais detalhadas permitindo a proposição da teoria celular. Nesse momento histórico descarta-se a teoria da abiogénese defendida por alguns naturalistas do período pré cientifico, tornando evidente a teoria da biogênese. Algumas experiências , incluindo a de Pasteur, possibilitaram levantar hipóteses sobre a existência de microrganismos mais resistentes às altas temperaturas e sobre o contato com micro-organismos proveniente do ar. Desenvolveram estudos sobre a transformação e a conservação dessa matéria na Natureza, associados aos conhecimentos relativos a lei da conservação da energia, contribuíram para o entendimento de que na natureza ocorre ciclos de energia, possibilitando a construção de modelos explicativos que se aproximavam das investigações sobre o fenômeno vida, sob uma perspectiva mecanicista. O modelo “newtoniano-cartesiano” influenciaram fortemente o pensamento cientifico, apropriando-se do modelo mecanicista para explicar o funcionamento dos seres vivos, a dinâmica da Natureza, o movimento dos corpos celestes e os fenômenos ligados à gravitação Assim , os conhecimentos da física eram tomados como referencia de verdade para as demais ciências. Segundo Sevcenko (2001) mais de oitenta por cento dos avanços científicos e inovações técnicas ocorreram nos últimos cem anos, deste mais de dois terços após a Segunda Guerra Mundial. Setenta por cento dos cientistas, formados no seculo XX ainda estão vivos . Continuam a contribuir com pesquisas e produzir conhecimentos científicos. O ensino de ciências no Brasil , foi influenciado pelas relações de poder que se estabeleceram entre as instituições de produção cientifica, centradas na informação e no consumo. O conjunto de museus brasileiros contribuíram para a consolidação e institucionalização das ciências naturais no país ao longo do seculo XIX, tanto no que diz respeito a produção do conhecimento cientifico quanto no ensino de ciências. Na Primeira República(1889-1930), as poucas instituições que existiam eram elitizadas com professores estrangeiros dedicados a ensinar conhecimento científico em caráter formativo. A disciplina de ciências inciou a sua consolidação no currículo das escolas brasileiras com a Reforma Francisco Campos , 1931, com o objetivo de transmitir conhecimentos científicos proveniente de diferentes ciências naturais de referencia já consolidada no currículo escolar brasileiro. O Contexto histórico exigia um ensino cientifico frente às necessidades do progresso nacional. Dessa forma , o ensino de ciências privilegiava a quantidade de informações cientificas em prejuízo de uma abordagem na base investigatória. Na década de 1940, com a Reforma Capanema ,o ensino objetivava a preparação de uma classe elitizada, a escola deveria contribuir para divisão de classes , separada pelas diferenças de chances de aquisição cultural. Com a revolução industrial passaram a exigir uma qualificação de mão de obra que o sistema publico de ensino profissional recém-criado não atendia a demanda, neste contexto instituíram escolas de formação profissional, paralelas ao ensino secundário pú blico. Em 1946 a realidade do ensino de ciências sofreu mudanças significativas com o surgimento do IBECC ( Instituto Brasileiro de Educação, Ciências e Cultura), cujo objetivo era promover a melhoria de formação cientifica dos estudantes que ingressavam no ensino superior, contribuindo de forma significativa ao desenvolvimento nacional, melhorando a qualidade de ensino. Em meados de 1950 o ensino de ciências passou por um processo de transformação no âmbito escolar, interferindo no caso brasileiro, nas atividades pelo IBECC, sob a justificativa da necessidade do conhecimento cientifico para a superação de dependência tecnológica. O ensino de ciências foi repensado no período da “Guerra Fria” e também com lançamento do satélite artificial soviético. Naquele momento os EUA, passaram a se preocupar com a formação escolar de base cientifica, pois buscava explicações para a derrota parcial na corrida espacial. Com o apoio das sociedades cientificas e das universidades acadêmicos renomados, apoiados pelo governo dos EUA e da Inglaterra, foram elaborados projetos que tiveram circulação no Brasil, mediados pelo IBECC, visando a formação e a identificação de uma elite com reflexo da politica governamental. Tais ideias atingiram a escola brasileira na década de 1960 pela necessidade de preparação dos estudantes “mais aptos” para defesa do progresso, da ciência e da tecnologia nacionais. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 4024/61, ampliou o espaço da disciplina, com isso o científico passou a ser a melhor maneira de desencadear uma formação científico tecnológica, ganhando relevância no ensino de Ciências por acreditar que o mesmo, ao desenvolver o raciocínio lógico e formar o cidadão, não se restringe apenas à preparação do futuro cientista. Em 1964 o ensino de Ciências, passou a ter um compromisso com a formação de mão-de-obra técnico –científico, para atender as necessidades do mercado e do desenvolvimento econômico do País. Nessa nova configuração as disciplinas científicas foram atingidas devido a reorganização do currículo, que assumiu um caráter profissionalizante o que provocou uma grande descaracterização do currículo que historicamente marcava o ensino de Ciências. Nos anos 70, houve uma preocupação com a crescente degradação ambiental e o atrelamento do desenvolvimento científico-tecnológico. Assim, as relações entre a Ciência e a tecnologia passa a ser analisadas mais criticamente. Já na década de 80, ocorreu a massificação da educação, onde a expansão da oferta não significou qualidade de ensino. A democratização acaba por influenciar o ensino de Ciências, enfatizando as discussões sobre sua função social. A preocupação era em melhorar a qualidade de ensino, utilizando temas relacionados a prática social, as abordagens nesses programas acabaram , muitas vezes, assumindo uma postura ingênua, sem estabelecer relações com a prática social. A partir de 1990, no ensino de Ciências, o Currículo Básico propôs a integração dos conteúdos a partir de três eixos norteadores não explicitamente as preocupações em relação aos resultados das ações do homem sobre a natureza. Mesmo com o avanço pedagógico em articular os conteúdos em eixos norteadores e apresentar em todas as séries do ensino fundamental, a proposta ficou limitada, uma vez que na sua implementação não apresentou subsídios teóricosmetodológicos suficientes para esses trabalhos de forma articulada. O currículo perdeu força como documento orientador da disciplina e estabeleceu as Diretrizes e Bases para a Educação Nacional, ocorrendo uma mudança de paradigma da Educação na qual à Escola perdeu o caráter de espaço social e transformador e passou a ser entendida como empresa dentro do modelo Neoliberal de educação. Em 1996, tendo em vista a publicação e a ampla distribuição dos PCNS e temas transversais, o ensino de Ciências sofreu um esvaziamento da concepção da Ciências como história deixando de analisar seus aspectos sociais, políticos e econômicos. A questão ambiental foi tratada numa concepção cientificista. Um novo período na história da educação paranaense, iniciou em 2003 com a reformulação da política educacional, onde se destacou o descrédito à proposta neoliberal, o resgate da função social da escola e o trabalho pedagógico com os conteúdos específicos das disciplinas escolares. O currículo escolar é instituído como eixo fundante da escola, incentivando o professor a refletir sobre sua própria prática pedagógica, a formação continuada , possibilita o acesso à fundamentação teórica e prática. Ao analisar a educação e o currículo de Ciências, em cada momento histórico, percebeu que o seu desenvolvimento seguiu uma trajetória de acordo com os interesses políticos, econômicos e sociais de cada período determinado, assim a mudança de foco do processo de ensino e de aprendizagem. Na medida em que os conteúdos específicos envolvem um vasto campo de conhecimentos produzidos pela humanidade no decorrer de sua história, a disciplina de Ciências se constitui num conjunto de conhecimentos científicos necessários para compreender e explicar os fenômenos naturais (físicos, químicos e biológicos) e suas interferências no mundo. As diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental, prezam pelo saber sistematizado e elaborado cujo objetivo é a transformação da sociedade e não uma abordagem de conteúdos desvinculados de questionamentos sociais, econômicos, políticos e éticos. Ao apresentar os conteúdos estruturantes : Corpo Humano e saúde , Ambiente, Matéria e Energia e Tecnologia, dos quais desdobram os conteúdos específicos da disciplina de Ciências, que por meio do tratamento crítico e histórico dos conteúdos promovem a socialização dos conhecimentos científicos e tecnológicos e a democratização dos procedimentos de natureza social, tendo em vista o atendimento de toda a população que tem assegurado o direito ao processo de escolarização. - Compreender o conhecimento científico e seus processos nos diferentes tempos da história da humanidade a fim de estabelecer relações entre as exigências que culminarem na produção desses conhecimentos e a contemporaneidade. - Entender que as relações de poder podem ser determinadas pela intencionalidade, ou seja, pelos interesses dos grupos dominantes de forma implícita ou explícita . - Propiciar aos alunos a possibilidade da dúvida, superando a compreensão desses conhecimentos como verdadeiros, prontos e acabados ou seja a provisoriedade dos conhecimentos científicos. - Oportunizar o questionamento, a pesquisa e o debate que levem à compreensão de que alguns conhecimentos foram produzidos num determinado contexto histórico e tem sua função e importância para a humanidade. - Retomar a função social da disciplina de Ciências, por meio do tratamento crítico e histórico dos conteúdos. - Estabelecer relações entre os conteúdos estruturais e específicos , com as diversas áreas do conhecimento. - Oferecer condições para que o aluno posicione-se e estabeleça relações entre o conhecimento historicamente produzido e os novos conhecimentos. • Promover o questionamento, o debate e a investigação, visando o entendimento da ciência como construção histórica e como saber prático, superando as limitações do ensino passivo. 2. CONTEÚDOS 2.1 CONTEUDOS ESTRUTURANTES • ASTRONOMIA • MATÉRIA • SISTEMA BIOLÓGICO • ENERGIA • BIODIVERSIDADE 2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS 5ª SÉRIE ASTRONOMIA • Universo; • Sistema Solar; • Movimentos Terrestres • Movimentos Celestes; • Astros MATÉRIA • Constituição da matéria; SISTEMAS BIOLÓGICOS • Níveis de Organização; ENERGIA • • • Formas de energia; Conversão de energia; Transmissão de energia; BIODIVERSIDADE • • • Organização dos seres vivos; Ecossistema; Evolução dos seres vivos 6ª SÉRIE ASTRONOMIA • Astros • Movimentos terrestres • Movimentos celestes MATÉRIA • Constituição da matéria SISTEMAS BIOLÓGICOS • Célula • Morfologia e fisiologia dos seres vivos ENERGIA • Formas de energia • transmissão de energia BIODIVERSIDADE • Origem da vida • Organização dos seres vivos • Sistemática 7ª SÉRIE ASTRONOMIA • Origem e evolução do Universos MATÉRIA • Constituição da matéria SISTEMAS BIOLÓGICOS • Célula • Morfologia e fisiologia dos seres vivos ENERGIA • Formas de energia BIODIVERSIDADE • Evolução dos seres vivos 8ª SÉRIE ASTRONOMIA Astros Gravitação universal MATÉRIA • Propriedades da matéria SISTEMAS BIOLÓGICOS • Morfologia e fisiologia dos seres vivos • Mecanismo de herança genética ENERGIA • Formas de energia • Conservação de energia BIODIVERSIDADE • Interações ecológicas 3. METODOLOGIA DE ENSINO Analisando a prática pedagógica, a partir da concepção de ciências, propõe-se que os conteúdos específicos sejam encaminhados metodologicamente numa abordagem articulada, seguindo uma perspectiva crítica e histórica e orientem o encaminhamento metodológico nesta proposta, considerando a articulação entre os conhecimentos físicos, químicos e biológicos. Assim, esta proposta de encaminhamento metodológico orienta-se por uma abordagem crítica que considere a prática social do sujeito histórico, priorizando na escola os conteúdos historicamente construídos. Analisando a prática pedagógica o professor deverá saber quais os objetivos e expectativas a serem atingidas, atentando para a valorização dos costumes de cada indivíduo, buscando nos Desafios Educacionais Contemporâneos (Prevenção ao uso indevido de Drogas, Educação para as relações étnico-raciais, Enfrentamento a violência na escola, Educação ambiental, Educação fiscal, História e cultura dos povos indígenas, História e cultura afrobrasileira e africana, Cidadania e Direitos Humanos) respaldo ético para tratar as diferenças e minimizar as desigualdades. Através de trabalhos dirigidos, com vistas à inclusão social, promoverem a emancipação do cidadão, com ações coletivas em favor da construção do conhecimento. O Ensino de Ciências, ao contemplar a Lei 10639/03, referente a "História e Cultura Afro-brasileira e Africana , faz alusão à valorização da igualdade racial e cultural, desmistificando o preconceito e a discriminação. Da mesma forma , o ensino de ciências promove a valorização da cultura rural, utilizando das práticas características dessa cultura para a promoção do conhecimento. O professor de ciências, no momento da seleção de conteúdos específicos e da opção por determinada abordagem, estratégia e recursos, dentre outros critérios, precisa levar em consideração o desenvolvimento cognitivo dos estudantes, considerando as necessidades de adequação de linguagem e nível conceitual, agregando as atividades propostas e dar significado as atividades desenvolvidas , usando o processo ensino aprendizagem podendo melhorar a articulação com o uso de: • recursos pedagógicos/tecnológicos que enriquece a prática docente, tais como: livro didático, texto de jornal, revista cientifica, figuras, revista em quadrinhos, música, quadro de giz, mapa ( geográficos, sistemas biológicos, entre outros), globo, modelo didático( torso, esqueleto, célula, olho, desenvolvimento embrionário, entre outros), microscópios, lupa, televisor, computador, entre outros) • recursos instrucionais como organogramas, mapas conceituais, mapa de relções, diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros: • de alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles , feiras, museus, laboratórios, exposições de ciências, seminários e debates. A pratica pedagógica deve levar em consideração alguns elementos a serem valorizados, tais como: a abordagem problematizadora, a relação contextual , a relação interdisciplinar, a pesquisa, a leitura cientifica , a atividade em grupo, a observação, atividade experimental os recursos instrucionais e o lúdico. A utilização dessas práticas pedagógica , estimula o desenvolvimento da capacidade do estudante de observar os fenômenos e estabelecer relações mais amplas sobre os mesmos, proporcionando discussões, interpretações e se coadunem com os conteúdos trabalhados em sala e articulados permanentemente com outros conteúdos tratados por diferentes disciplinas escolares, contribuindo para o entendimento do objeto de estudo de ciências. 4. AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO A ação avaliativa é importante no processo ensino-aprendizagem, pois pode proporcionar um momento de interação e construção de significados no qual, o estudante aprende. Para que tal ação torne significativa, o professor precisa refletir e planejar sobre os procedimentos a serem utilizados. Deverá ser um processo de aprendizagem contínuo que dê prioridade à qualidade e ao desempenho do aluno o longo do ano letivo. Para tanto, a avaliação será formativa, prevalecendo os aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Além disso, a avaliação formativa, por ser diagnóstica e contínua, apontará dificuldades, possibilitando a intervenção pedagógica durante todo tempo. Assim, a avaliação, em ensino de ciências , será realizada utilizando recursos e estrategias diversificadas para que ocorra a aprendizagem dos conceitos que envolvem: • origem e evolução do universo; • constituição e propriedades da matéria; • sistemas biológicos de funcionamento dos seres vivos; • conservação e transformação de energia; • diversidade de especieis em relação dinâmica com o ambiente em que vive, bem como os processos evolutivos envolvidos. Os instrumentos utilizados para a concretização das avaliações acima serão especificados no plano de trabalho docente de acordo com cada série. O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis vírgula zero) referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais e em grupo, provas mensais ); mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) resultante de uma avaliação ao final do bimestre, totalizando nota final de 10,0 (dez virgula zero). A recuperação dos conteúdos, em todas as séries, será feita de forma paralela durante todo o bimestre, ou seja, logo que os alunos apresentarem dificuldade no conteúdo trabalhado, este será retomado, com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados; podendo ser oferecido ao aluno trabalhos extraclasse e atendimento individual durante as horas-atividade do professor. Nestes termos, avaliar no ensino de ciências implica intervir no processo ensinoaprendizagem do estudante, para que ele compreenda o real significado dos conteúdos científicos escolares e do objeto de estudo de ciências , visando uma aprendizagem realmente significativa para a sua vida. A avaliação se dará ao longe do processo ensino-aprendizagem, possibilitando ao professor a verificação da apropriação dos conteúdos ensinados e se a sua prática foi eficiente a ponto de produzir resultados positivos. È necessário que o processo avaliativo aconteça de forma sistemática, a partir de critérios avaliativos, estabelecido pelo professor, que considere aspectos como os conhecimentos que os alunos possuem sobre determinados conteúdos, a prática social desses alunos, o confronto entre esses conhecimentos e os conteúdos específicos, as relações e interações estabelecidas por eles no seu processo cognitivo, ao longo do processo de ensino e aprendizagem no seu cotidiano. “Avaliação escolar é parte integrante do processo de ensino e aprendizagem, e não uma etapa isolada”. ( Libâneo 1994, p.200). Para avaliar, a cada momento o professor utilizará a avaliação processual e diagnóstica, com relatórios de aulas práticas, apresentação de trabalhos, pesquisas em grupos e testes, resolução de situações problemas e outras atividades que poderão ser utilizadas para a avaliação da aprendizagem. Considerando para tal, a série a ser avaliado, o nível cognitivo dos alunos, as diferentes formas de apropriação dos conteúdos, respeitando a individualidade dos alunos e o planejamento. O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis vírgula zero) referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais e em grupo, provas mensais e produções escritas); mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) resultante de uma avaliação ao final do bimestre, totalizando nota final de 10,0 (dez virgula zero). A recuperação dos conteúdos, em todas as séries, será feita de forma paralela durante todo o bimestre, ou seja, logo que os alunos apresentarem dificuldade no conteúdo trabalhado, este será retomado, com atividades significativas, por meio de procedimentos didáticos metodológicos diversificados; podendo ser oferecido ao aluno trabalhos extraclasse e atendimento individual durante as horas-atividade do professor. 5- REFERÊNCIAS PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Ciências para a Educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência da Educação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR. REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR. COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO KALORÉ - 2010 1.APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A Educação Física vem passando por transformações ao longo do tempo. Tornou-se obrigatória nos currículos escolares a partir de 1822 e suas práticas se davam por meio de técnicas sistematizadas pela instituição militar e tinham a finalidade de construir corpos saudáveis. Já no século XX os esportes são incluídos como conteúdo nas aulas de Educação Física. Na década de 70 a disciplina passa a ter legislação específica e se preocupa com a aptidão física e a capacidade produtiva da classe trabalhadora. Na área pedagógica a referência é a psicomotricidade, afim de valorizar a formação integral do educando. Surgem então tendências e trabalhos que visavam a construção de um movimento renovador da disciplina. Na década de 80 há uma forte crítica à esportivização. A tendência critico-superadora de Saviani já apresentava diferentes conteúdos: esporte, ginástica, jogos, lutas e dança. Na década de 90 a concepção histórico-crítica fundamentou a Reestruturação da Proposta Curricular que tinha como objetivo resgatar a ação pedagógica da Educação Física baseada em valores individuais. Analisando o histórico da Educação Física evidenciamos a preocupação em fazer com que a nossa disciplina seja vista por todos não só como uma prática pedagógica que visa a efetivação do processo-ensino-aprendizagem, mas em uma necessidade básica na vida do homem, já que traduz a oportunidade de compreender e vivenciar atividades que poderão ser praticadas ao longo da vida. Assim a Educação Física deve refletir sobre as necessidades atuais do ensino para não fugir de uma reflexão critica a respeito das culturas corporais e suas desigualdades de forma que possa valorizar nossas características regionais, uma vez que nossa escola é, em grande parte, formada por alunos do campo, cujas identidades culturais e valores são mais voltados ao contato com a natureza e enfatizam as relações familiares e de vizinhança. O respeito às diversidades nos leva também a resgatar a cultura-afro nas suas diversas manifestações destacando a contribuição do povo negro à cultura nacional. Pois através das aulas nossa disciplina permite uma abordagem biológica, antropológica, psicológica, sociológica, filosófica e política das práticas corporais. Essa abordagem é feita durante o desenvolvimento dos conteúdos trabalhados nas aulas: jogos, lutas, esportes, danças e ginásticas, entre outros. Além dos conteúdos estruturantes o professor deve procurar elencar, junto a estes, os elementos articuladores, que visam interligar as práticas corporais de forma mais reflexiva e contextualizada. Os elementos articuladores são: Cultura Corporal e: Corpo; Ludicidade; Saúde; Mundo do Trabalho; Desportivização; Técnica e Tática; Lazer; Diversidade e Mídia. Como articuladores dos conteúdos estes podem transformar o ensino de Educação Física no contexto escolar, respondendo aos desafios contemporâneos e ainda articulando os Conteúdos Estruturantes aos Específicos. Contudo o objetivo da Educação Física escolar é o de reconhecer seu papel como componente de transformação social gerando uma emancipação crítico pedagógica através da consciência do movimento como propulsor da saúde ao longo da vida, podendo assim propiciar uma visão critica do mundo e da sociedade na qual o aluno está inserido. Bem como abordar as práticas corporais tendo como princípio básico o desenvolvimento do sujeito omnilateral, colocando os conteúdos elencados no currículo de maneira que sejam relevantes e estejam de acordo com a capacidade cognoscitiva do aluno. 2. CONTEÚDOS 2.1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Esporte Jogos e brincadeiras Dança Ginásticas Lutas O mesmo Conteúdo Estruturante deve ser abordado gradativamente de acordo com a série ou ano em que o aluno se encontra. Para isso o professor necessita conhecer os níveis motores de cada etapa escolar enriquecendo os conteúdos com experiências corporais das mais diferentes culturas. 2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO FUNDAMENTAL 5ª SÉRIE Esporte: • Coletivos • Individuais Ginástica: • Ginástica Rítmica • Ginástica Circense • Ginástica Geral Jogos e Brincadeiras: • Brincadeiras e cantigas de roda • Jogos de tabuleiro • Jogos cooperativos • Jogos e brincadeiras populares Danças: • Danças folclóricas • Dança Criativa Lutas: • Lutas de aproximação • Capoeira 6ª SÉRIE Esporte: • Coletivos • Individuais Ginástica: • Ginástica Rítmica • Ginástica Circense • Ginástica Geral Jogos e Brincadeiras: • Brincadeiras e cantigas de roda • Jogos de tabuleiro • Jogos cooperativos • Jogos e brincadeiras populares Danças: • Danças folclóricas • Dança Criativa • Danças Circulares Lutas: • Lutas de aproximação • Capoeira 7ª SÉRIE Esporte: • Coletivos • Radicais Ginástica: • Ginástica Rítmica • Ginástica circense • Ginástica Geral Jogos e Brincadeiras: • Jogos de tabuleiro • Jogos cooperativos • Jogos e brincadeiras populares • Jogos Dramáticos Danças: • Dança Criativa • Danças Circulares Lutas: • Lutas com instrumento mediador • capoeira 8ª SÉRIE Esporte: • Coletivos • Radicais Ginástica: • Ginástica Rítmica • Ginástica Geral Jogos e Brincadeiras: • Jogos de tabuleiro • Jogos cooperativos • Jogos e brincadeiras populares • Jogos Dramáticos • Danças: • Dança Criativa • Danças Circulares Lutas: • Lutas com instrumento mediador • capoeira 2.3 – CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO MÉDIO Esporte: • Coletivos • Individuais • Radicais Ginástica: • Artística/Olímpica • Condicionamento físico • Geral Jogos e Brincadeiras: • Jogos de Tabuleiro • Jogos Dramáticos • Jogos cooperativos Danças: • Dança Folclórica • Dança de Salão • Dança de Rua Lutas: • Lutas com instrumento mediador • Capoeira 3.METODOLOGIA DE ENSINO 3.1 – ENSINO FUNDAMENTAL Em educação, como em todas as áreas, a reflexão e a ação são companheiras inseparáveis (...) A reflexão desvinculada da prática conduz a uma teorização vazia.(HAYDT, 1998, p.9) Mediante esse compromisso, faz-se preciso que educador e educando sejam sujeitos ativos e construtores do processo ensino-aprendizagem. Para tanto, é imprescindível que sejam extraídos planos e projetos sejam elaborados, enfatizando e explicitando idéias que desencadeiem atitudes capazes de transformar a realidade em que interagem, fazendo com que dessa forma, o verdadeiro objetivo da educação seja atingido. E, tendo em vista o papel de mediador da aprendizagem é fundamental que: O professor, ao dirigir e estimular o processo de ensino em função da aprendizagem dos alunos utilize intencionalmente um conjunto de ações, passos, condições externas e procedimentos, a que chamamos métodos de ensino. (...) O método vai em busca das relações internas, de um objeto, de um fenômeno, de um problema, uma vez que este objeto de estudo fornece as pistas, o caminho para conhecê-lo. (LIBÂNEO, 1994, p. 151) Através de contundentes argumentos, define-se ainda mais especificamente o papel docente, como mediador de conteúdos respectivos, por intermédio de metodologia adequada, na qual introduz a visão crítica da sociedade e junto de sua classe produz o conhecimento. Nesse contexto, o método adotado para a interação do educando com a construção de seu próprio conhecimento torna-se, praticamente, o cerne de todo o processo. Os caminhos pelos quais o professor norteia os conhecimentos vão ser totalmente decisivos nos resultados obtidos diante da aprendizagem discente. Em se tratando do ensino de Educação Física cabe ressaltar a amplitude de metodologias diversificadas, das quais o professor pode se utilizar para encaminhar sua prática docente. A disciplina de Educação Física auxilia o jovem na busca da compreensão do mundo que o cerca, investigando e procurando condições satisfatórias de entendimento que postulem a sua tomada de atitude em ocasiões diferenciadas de sua vida. Para auxiliar esse processo de tomadas de decisões temos os desafios educacionais contemporâneos que têm como objetivo valorizar ações de cidadania formentando maior justiça social; promover a busca de informação voltada para a preservação do equilíbrio ambiental; incentivar o acompanhamento da aplicação dos recursos públicos, criando condições para uma relação harmoniosa entre o poder público e o cidadão; formar uma consciência critica sobre a violência na escola, transformando-a em um ambiente onde o conhecimento toma o lugar da força e, por fim, debater assuntos relacionados à prevenção ao uso indevido de drogas, buscando conhecer a legislação que reporta direta ou indiretamente esse desafio educacional contemporâneo. Ao aluno deve ser proporcionado o ato de poder vivenciar o conteúdo que está sendo construido e assimilando. O que sugere um trabalho diversificado, envolvendo: trabalhos coletivos, pesquisas bibliográficas, projeções, filmes, debates dirigidos sobre temas atuais que tratam a evolução da ciência no que diz respeito a saúde e bem-estar, práticas corporais, palestras, participação em jogos e festivais, enfim, caminhos que permitam estreitar a relação entre o educando e o saber elaborado, de modo que isso desenvolva a criatividade e ocorra prazerosamente, para ele e para o educador. O estreitamento na relação educador-educando facilitará o trabalho com o aluno inclusivo, uma vez que o atendimento a este aluno requer uma adequação de metodologias de ensino afim de satisfazer às características de cada deficiência e também às individuais. Sempre voltado para o concreto o encaminhamento metodológico se diferenciará em cada programa de acordo com a faixa etária e as necessidades específicas. A corporalidade como concepção orientadora da Educação Física no Ensino Fundamenta pretende ir além da dimensão motriz, levando em conta a multiplicidade de experiências manifestas pelo corpo os quais permeiam essas práticas. O professor precisa compreender-se como responsável pela organização e sistematização dessas praticas corporais que possibilitam a comunicação e o dialogo com as diferentes culturas. As aulas de Educação Física devem ser um conjunto de objetos de investigação que não se esgotam nem nos conteúdos, nem nas metodologias. As manifestações corporais historicamente produzidas nas aulas baseiam-se no dialogo entre diferentes sujeitos, em um contexto social organizado em torno das relações de poder, linguagem e trabalho. Para a apreensão critica dos conteúdos sugere-se a organização das aulas em três momentos: • Apresentação do conteúdo que será trabalhado aos alunos; • Desenvolvimentos das atividades onde acontecerá a apreensão do conhecimento; • Reflexão dos alunos sobre suas próprias atitudes pedagógicas durante a aula. Os conteúdos específicos são desenvolvidos de quinta a oitava séries. O tratamento dado na sétima e oitava séries terá maior amplitude, complexidade e aprofundamento. 3.2 – ENSINO MÉDIO A metodologia crítico-superadora permite ao educando ampliar sua visão de mundo por meio das práticas corporais, com possibilidades de alcançar transformações sociais. Os caminhos pelos quais o professor norteia os conhecimentos vão ser totalmente decisivos nos resultados obtidos diante da aprendizagem discente. Em se tratando do ensino de Educação Física cabe ressaltar a amplitude de metodologias diversificadas, das quais o professor pode se utilizar para encaminhar sua prática docente. A disciplina de Educação Física auxilia o jovem na busca da compreensão do mundo que o cerca, investigando e procurando condições satisfatórias de entendimento que postulem a sua tomada de atitude em ocasiões diferenciadas de sua vida. Para auxiliar esse processo de tomadas de decisões temos os desafios educacionais contemporâneos que têm como objetivo valorizar ações de cidadania formentando maior justiça social; promover a busca de informação voltada para a preservação do equilíbrio ambiental; incentivar o acompanhamento da aplicação dos recursos públicos, criando condições para uma relação harmoniosa entre o poder público e o cidadão; formar uma consciência critica sobre a violência na escola, transformando-a em um ambiente onde o conhecimento toma o lugar da força e, por fim, debater assuntos relacionados à prevenção ao uso indevido de drogas, buscando conhecer a legislação que reporta direta ou indiretamente esse desafio educacional contemporâneo. Não seria redundante afirmar que a metodologia para o encaminhamento da disciplina de Educação Física deve proporcionar ao aluno o ato de poder vivenciar o conteúdo que está construindo e assimilando. O que sugere um trabalho diversificado, envolvendo: trabalhos coletivos, pesquisas bibliográficas, projeções, filmes, debates dirigidos sobre temas atuais que tratam a evolução da ciência no que diz respeito a saúde e bem-estar, práticas corporais, palestras, participação em jogos e festivais, enfim, caminhos que permitam estreitar a relação entre o educando e o saber elaborado, de modo que isso desenvolva a criatividade e ocorra prazerosamente, para ele e para o educador. Para que haja a efetivação de um trabalho diversificado temos os conteúdos estruturantes: • O esporte que deve ser trabalhado de forma mais ampla, não desprezando a técnica e a tática mas resgatando o sentido da competição e a sua significação como fenômeno de massa nos dias atuais. Devemos dar condições para que todos os alunos contemplem nas aulas de Educação Física esse conteúdo que é um fenômeno popular. • As lutas trazem um resgate histórico uma vez que é alicerçada na cultura dos antepassados. Ao desenvolver esse conteúdo o professor deve ter o cuidado de modificar a forma como as lutas são trabalhadas na escola, considerando as possibilidades de simbolização das mesmas. • A ginástica, como um dos conteúdos deve possibilitar ao educando movimentar-se, descobrindo e reconhecendo seus limites e possibilidades. Viabilizando a reflexão críticas de práticas corporais que não garantem a qualidade de vida. • O conteúdo dança deve re-significar os valores e os sentidos. Resgatando sentimentos e emoções, afetividade e religiosidade, dando espaço à criatividade e liberdade de movimentos. • O jogo deve ser realizado com prazer considerando a realidade regional e cultural do aluno. Suas regras poderão ser elaboradas e/ou modificadas conforme necessidades e desafios. Assim para construir uma identidade para o Ensino Médio os conteúdos serão abordados através das fazes da vida do ser humano partindo do nascimento, passando por todas as fases da infância, adolescência, juventude, idade adulta e senilidade, enfatizando a importância e indicações de atividades físicas para cada fase do desenvolvimento humano. Os conteúdos serão abordados de modo simultâneo constituindo referencias que ampliam continuamente a capacidade de pensar dos alunos, que lidam com os mesmos conteúdos nas diferentes séries, mas aprofundam-se as referencias sobre eles. Em cada fase, amplia-se o grau de complexidade. 4. AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO Qual é o modelo ideal para se fazer a avaliação em Educação Física? Infelizmente, não existe uma fórmula pronta. Muitos dos modelos utilizados — e criticados —podem ser usados, contanto que não como padrão único e tampouco sem passar por uma reflexão prévia. Por exemplo: os trabalhos escolares são úteis, mas não aqueles que permitem que o aluno simplesmente “recorte e cole” da Internet, e, sim, os que podem reforçar a articulação entre teoria e prática, levando o estudante a refletir sobre seu cotidiano nas aulas de Educação Física e a forma como concebe o próprio corpo. Em vez de solicitar um trabalho enorme tratando do histórico da modalidade, das séries de progressões pedagógicas e das regras dos esportes — que muitas vezes sequer é lido na íntegra pelo professor —,cobrarei textos curtos (na forma de redação), mas com um alto teor de crítica e reflexão, explorando as problemáticas surgidas durante as aulas ou mesmo no dia-a-dia do aluno (como, por exemplo, o uso de anabolizantes). As avaliações teóricas seguirão a mesma linha: por meio de questões dissertativas, o estudante poderá refletir sobre a importância do movimento na sua vida. E, se muitas vezes é inviável acompanhar o desenvolvimento individual dos alunos, o acompanhamento do desenvolvimento será geral, ou seja, da turma, até mesmo reforçando o senso de colaboração, já que uma parcela da nota será coletiva. Dessa forma a avaliação será analisada de forma individualizada, levando em conta o progresso e o esforço de cada educando, principalmente os que se encontram em estado de inclusão escolar. Os critérios de avaliação envolverão o comprometimento, a participação, a assimilação, a criatividade, e o envolvimento nas atividades propostas. O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis vírgula zero) referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais e em grupo, provas mensais e produções escritas); mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) resultante de uma avaliação ao final do bimestre, totalizando nota final de 10,0 (dez virgula zero). A recuperação dos conteúdos será feita paralelamente de acordo com a necessidade, ou seja, quando os alunos apresentarem dificuldade no conteúdo trabalhado, este será retomado em qualquer momento do processo ensino-aprendizagem, podendo ser oferecido ao aluno trabalhos extraclasse e atendimento individual durante as horas-atividade do professor, com mudanças de estratégias e recursos afim de assegurar a aquisição do conhecimento e não apenas a recuperação da nota. De qualquer forma, o mais importante é não negligenciar a importância da avaliação, pois é através dela que o educando tem um controle do seu desenvolvimento e, assim, sabe quanto ainda pode evoluir com relação aos movimentos e ao domínio e consciência do corpo — quebrando os paradigmas de beleza pregados pela mídia e que envolvem, muitas vezes, sofrimento e privações. 5- REFERÊNCIAS HAYDT, Regina Célia Cazaux. Curso de Didática Geral. São Paulo: Ática, 1998. LABAN, Rudolf. Dança Educativa Moderna. São Paulo: Ícone, 1990. LE BOLUCH, J. Educação Psicomotora: a psicocinética na idade escolar. Porto Alegre: Artes Médicas,1987. LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação Física para a Educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência da Educação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR. REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR. COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO KALORÉ - 2010 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Religião e conhecimento religioso são patrimônios da humanidade, pois constituíram-se historicamente na interrelação dos aspectos culturais, sociais, econômicos e políticos. Em virtude disso, a disciplina de Ensino Religioso deve oferece subsídios, para que os estudantes entendam como os grupos sociais se constituem culturalmente e como se relacionam com o Sagrado. Essa abordagem possibilita estabelecer relações entre as culturas e os espaços por elas produzidos, em suas marcas de religiosidade. Neste contexto a importância do Ensino Religioso esta em oportunizar ao aluno condições para o mesmo superar desigualdades étnico-religiosas, para garantir o direito Constitucional de liberdade de crença e expressão e, por consequência, à liberdade individual e política. A contribuição mais significante da disciplina reside em superar toda e qualquer forma de apologia ou imposição de um determinado grupo de preceitos e sacramentos, pois, na medida em que uma doutrinação religiosa ou moral um modo adequado de agir e pensar de forma excludente, ela impede o exercício da autonomia de escolha, de contestação a até mesmo de criação de novos valores. A disciplina de Ensino Religioso tem como objeto de estudo o respeito à diversidade cultural e religiosa; as diferentes leituras do Sagrado na sociedade, em que haja a compreensão sobre a sua religiosidade e a do outro, na diversidade universal do conhecimento humano e de suas diferentes formas de ver o sagrado que enfoca: paisagem religiosa; universo simbólico; textos sagrados, os quais serão trabalhados através dos seguintes objetivos: • Contribuir para o reconhecimento e respeito às diferentes expressões religiosas construídas na cultura do povo sobre o fenômeno religioso. • Promover aos educandos a oportunidade de escolarização fundamental, para se tornarem capazes de entender os movimentos religiosos específicos de cada cultura, de modo a colaborar com a formação da pessoa. • Valorizar a diversidade religiosa em todas as suas formas, levando em consideração a composição variada de grupos na sociedade brasileira, permitindo desta forma aos educandos, a reflexão e entendimento sobre a constituição cultural dos grupos sociais e seu relacionamento com o sagrado. • Contribuir para superar a desigualdade étnico-religiosa e garantir o direito constitucional de liberdade de crença e expressão. 2. CONTEÚDOS 2.1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: • Paisagem Religiosa • Universo Simbólico Religioso • Textos Sagrados 2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS: 5ª SÉRIE • Organizações religiosas • Lugares Sagrados: • Textos sagrados orais ou escritos • Símbolos religiosos 6ª SÉRIE • Temporalidade Sagrada Festas religiosas • Ritos • Vida e morte 3. METODOLOGIA DE ENSINO A disciplina de Ensino Religioso pressupõe um constante repensar das ações que subsidiarão esse trabalho, onde poderão fomentar o respeito às diversas manifestações religiosas. Partindo da experiência religiosa do aluno e de seus conhecimentos prévios, o conteúdo será trabalhado a fim de ampliar e valorizar o universo cultural dos educandos. Tendo como base o estudo do sagrado, os conteúdos devem ser tratados interdisciplinarmente, pois isso é fundamental para efetivar a contextualização do conteúdo, pois articulam-se os conhecimentos de diferentes disciplinas curriculares e, ao mesmo tempo, assegura-se a especificidade dos campos de estudo do Ensino Religioso. Para efetivar esse processo de ensino-aprendizagem com êxito se faz necessário abordar cada expressão do Sagrado do ponto de vista laico, não religioso, de uma forma clara, objetiva e critica. Oportunizar reflexão e análise através de conteúdos, destacando-se os aspectos científicos do universo cultural do sagrado e da diversidade sociocultural. As aulas serão dialogadas, estabelecendo relações entre o que ocorre na sociedade. Assim, o professor estabelecera uma relação pedagógica frente ao universo das manifestações religiosas, tomando-as como construções histórico-sociais e patrimônio cultural da humanidade. O Ensino Religioso deve contemplar a legislação vigente/ Desafios Educacionais Contemporâneos, de acordo com a Lei nº 11.645/08 – História e Cultura dos Povos Indígenas, Lei nº 10.639/03 – História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Lei nº 9.785/99 – Política Nacional de Educação Ambiental; Cidadania e Direitos Humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Educação do Campo, nas diferentes séries, através de variados recursos e metodologias, como: textos, vídeos, fotos, artigos de jornais, pesquisas online, dentre outros recursos disponíveis na escola. Levando em consideração a diversidade de conteúdos faz-se necessário o processo de pesquisa para que as produções sejam realmente oportunizadas. Portanto, para a efetivação do processo pedagógico na disciplina de Ensino Religioso, propõe-se que seja destacado o conhecimento das bases teóricas que compõem o universo das diferentes culturas, nas quais se firmam o Sagrado e suas expressões coletivas. 4. AVALIAÇÃO / RECUPERAÇÃO A disciplina de Ensino Religioso não possui atribuição de nota, assim, não se constitui como o objeto de reprovação, pois a disciplina é facultativa para o aluno. Porém, faz-se necessário a prática de avaliações que permitam ao professor acompanhar o processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno, identificando em que medida os conteúdos passam a ser referenciais para compreensão das manifestações do sagrado pelos alunos. A disciplina de Ensino Religioso pode avaliar em que medida o aluno expressa uma relação respeitosa com os colegas de classe que possuem opções religiosas diferentes da sua; aceitar as diferenças, reconhecer o fenômeno religioso como um dado da cultura e da identidade de cada grupo social; emprega conceitos adequados ao referir-se às diferentes manifestações religiosas ou qualquer outra prática de cunho preconceituosa. As atividades propostas devem oportunizar a participação dos portadores de necessidades especiais, que constituem a inclusão do educando no processo ensino-aprendizagem, será realizada partindo de suas limitações, para que consiga acompanhar de maneira satisfatória os conceitos discutidos em sala de aula. Através desta avaliação o professor terá elementos para planejar as intervenções no processo de ensino-aprendizagem, retomando lacunas identificadas dimensionando os níveis de aprofundamento. 5. REFERÊNCIAS BLACKBURN, Simon. Dicionário Oxford de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997. CISALPIANO, Murilo. Religiões. São Paulo: Scipione, 1994. COSGROVE, Denis. A Geografia está em toda parte: cultura e simbolismo nas paisagens humanas. In: paisagem tempo e cultura. Organizado por Corrêa, Roberto Lobato, Rosendahl, Zeny. Rio de Janeiro: Eduerj, 1998, p. 92-123. COSTELLA, Domênico. O Fundamento Epistemológico do Ensino Religioso In: JUQUEIRA, Sérgio: WAGNER, Raul (Orgs). O Ensino Religioso no Brasil. Curitiba: Chanpagnat, 2004. CUNHA, Antônio Geraldo da. Dicionário etimológico nova fronteira de Língua Portuguesa. 2ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997. DURKHEIM, Émile. As formas elementares da vida religiosa. São Paulo: Paulinas, 1989. ELIADE, Mircea. O Sagrado e o profano: a essência das religiões. São Paulo: Martins Fontes, 1992. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Ensino Religioso para a Educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência da Educação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR. REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR. COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA KALORÉ - 2010 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A Filosofia não é o conjunto de conhecimentos prontos, um sistema acabado, fechado em si mesmo. Ela é, antes de tudo, uma prática de vida que procura pensar os conhecimentos além de sua pura aparência. Assim ela pode se voltar para qualquer objeto. Pode pensar a ciência, seus valores, seus métodos, seus mitos; pode pensar a religião; pode pensar em arte; pode pensar o próprio homem em sua vida cotidiana. Diz-se que a Filosofia incomoda certos indivíduos e instituições porque questiona o modo de ser das pessoas, das culturas, do mundo. Isto é, questiona a própria prática política, científica, técnica, ética, econômica, cultural e artística. Desse modo, o trabalho a ser realizado parte de uma aprendizagem significativa, contextualizada a partir de leituras diversas, pesquisas, produção escrita, depoimentos, análise tendo em vista abordar os eixos norteadores para a compreensão da Filosofia no Ensino Médio o qual contribui para a formação do aluno. Cabe a ele indagar a realidade, refletir sobre as questões que são fundamentais para os homens em cada época. A reflexão filosófica não é, pois, qualquer reflexão, é rigorosa, sistemática e deve sempre pensar o problema em relação à totalidade, para alcançar a radicalidade do problema, isto é, à sua raiz. Esta é a preocupação do colégio ao instituir a disciplina de filosofia, instrumentalizando os alunos para estarem aptos a compreender e atuar em sua realidade. Sendo assim, a Filosofia contribui para a compreensão dos elementos que interferem no processo social através da busca do esclarecimento dos universos que tecem a existência humana: trabalho, relações, relações sociais e cultura simbólica. Formar o hábito da reflexão sobre a própria existência possibilitando a formação de juízos de valores que substituem a conduta do sujeito dentro da escola e fora dela. 2. CONTEÚDOS 2.1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES • MITO E FILOSOFIA; • TEORIA DO CONHECIMENTO; • ÉTICA; • FILOSOFIA POLÍTICA; • FILOSOFIA DA CIÊNCIA; • ESTÉTICA. ' 2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS MITO E FILOSOFIA Saber mítico; Saber filosófico; Relação mito e filosofia; Atualidade do mito; O que é filosofia? TEORIA DO CONHECIMENTO Possibilidade do conhecimento; As formas de conhecimento; O problema da verdade; A questão do método; Conhecimento e lógica. ÉTICA Ética e moral; Pluralidade ética; Ética e violência; Razão, desejo e vontade; Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas. FILOSOFIA POLÍTICA Relações entre comunidade e poder; Liberdade e igualdade política; Política e ideologia; Esfera pública e privada; Cidadania formal e / ou participativa. FILOSOFIA DA CIÊNCIA Concepções de ciências; A questão do método científico; Contribuições e limites da ciência; Ciência e ideologia; Ciência e ética. ESTÉTICA Natureza da arte; Filosofia e arte; Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto, etc. Estética e sociedade. 3. METODOLOGIA DE ENSINO Tendo em vista os objetivos propostos na Diretriz Curricular de Filosofia, as aulas serão no sentido de levar o aluno a questionar sua realidade, analisar, comparar, decidir, planejar e expor idéias, bem como ouvir e respeitar a de outrem, configurando um sujeito crítico e criativo. Igualmente, as atividades nas aulas ocorrerão conforme o tema a ser tratado exigir: a sensibilização propriamente dita (através de um problema, questionamentos dos próprios alunos, uso de textos e/ou filmes, etc.), aulas expositivas (com abertura ao debate), estudo e reflexão de textos de caráter filosófico – ou que possam dar margem à reflexão de cunho filosófico. O Ensino de Filosofia deve contemplar a legislação vigente/ Desafios Educacionais, a Lei nº 11.645/08 – História e Cultura dos Povos Indígenas, Lei nº 10.639/03 – História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Lei nº 9.785/99 – Política Nacional de Educação Ambiental; Cidadania e Direitos Humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Educação do Campo, nas diferentes séries, através de variados recursos e metodologias, como: mapas temáticos, textos, vídeos, fotos, artigos de jornais, pesquisas online, dentre outros recursos disponíveis na escola. Redação e apresentação de trabalhos, em que os alunos demonstrarão ou não a apreensão dos temas e problemas investigados através da criação de conceitos. Dessa forma, cremos estar caminhando em direção ao desenvolvimento de valores importantes para a formação do estudante do ensino médio, solidariedade, responsabilidade e compromisso pessoal. 4. AVALIAÇÃO / RECUPERAÇÃO A avaliação ocorrerá de forma diagnostica processual e continua, no sentido de contribuir para o desenvolvimento do aluno; permitindo-lhe perceber o seu próprio crescimento e sua contribuição para a coletividade. Serão adotados como instrumentos, além da auto-avaliação: • Textos produzidos pelos alunos; • Participação em sala de aula; • Atividades e exercícios realizados em classe ou fora dela; • Atividades de pesquisa através do laboratório de informática; • Testes escritos; • Apresentação dos temas em estudo; • Registro das aulas, conforme a necessidade; O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis vírgula zero) referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais e em grupo, provas mensais e produções escritas); mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) resultante de uma avaliação ao final do bimestre, totalizando nota final de 10,0 (dez virgula zero). A recuperação dos conteúdos será feita de forma paralela durante todo o bimestre, ou seja, logo que os alunos apresentarem dificuldade no conteúdo trabalhado, este será retomado, com atividades significativas, por meio de procedimentos didáticos - metodológicos diversificados; podendo ser oferecido ao aluno trabalhos extraclasse e atendimento individual durante as horasatividade do professor. 5. REFERÊNCIAS ARANHA, Maria Lúcia de Arruda e MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução à filosofia. 2ᵃ Ed. São Paulo: Moderna, 1993. CHÂTELET, F. História da Filosofia, ideias e doutrinas – o século XX. Rio de Janeiro: Zahar, s/d, vol.8 CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1995. DESCARTES. René. O Discurso do Método. 4ᵃ Ed. São Paulo, Nova Cultural, 1987. GARCIA, José Roberto e VELOSO, Valdecir Conceição. Eureka: Construindo Cidadãos. Florianópolis: Sophos, 2007. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Filosofia para a Educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência da Educação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR. REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR. COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FÍSICA KALORÉ - 2010 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A Física é uma ciência que tem como objeto de estudo o universo em toda sua sua complexidade, contribuir para despertar o espírito crítico do educando, levando-o a questionar, refletir e estudar o mundo que o rodeia, preparando-o para o exercício da cidadania e ao trabalho. Como o desenfreado avanço tecnológico é essencial que o educando compreenda e manuseie instrumentos tecnológicos do seu dia-a-dia. Entende-se, pelas Diretrizes Curriculares de Física do Estado do Paraná que a Física deve educar para cidadania e isso se faz considerando a dimensão crítica do conhecimento científico sobre o Universo de fenômenos e a não-neutralidade da produção desse conhecimento, mas seu comprometimento e envolvimento com aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais. O ponto de partida da prática pedagógica são os conteúdos estruturantes, proposto nesta Diretrizes Curriculares com base na evolução histórica das ideias e dos conceitos da Física. Para isso, os professores devem superar a visão do livro didático como dotador do trabalho pedagógico, bem como a redução do ensino da Física à memorização de modelos, conceitos e definições excessivamente matematizando e tomados como verdades absolutas, como coisas reais. Ressaltase a importância de um enfoque conceitual para além de uma equação matemática, sob o pressuposto teórico de que o conhecimento científico é uma construção humana com significado histórico e social. A educação científica é indispensável à participação política e capacita os estudantes para uma atuação social e crítica com vistas à transformação de sua vida e do meio que o cerca. Dessa perspectiva o ensino de física vai além da mera compreensão do funcionamento dos aparatos tecnológicos. De modo que esse norte implica o ensino de física aborde os fenômenos físicos lembrando que suas ferramentas conceituais são as de uma ciência em construção, porém como uma respeitável consistência teórica. É importante compreender, também, a evolução dos sistemas físicos, suas aplicações e suas influências na sociedade, destacando-se a não neutralidade da produção científica. A física,nesse contexto possibilitará a compreensão do mundo circundante e os fenômenos existenciais como evolução histórica e científica da humanidade, de maneria que se possa considerar a experiência já vivenciada em busca da construção do científico, com a superação senso comum. Assim, se promoverá a experimentação prática para a comprovação de conceitos diversos, promovendo situações em que se desencadeará o desenvolvimento social e cognitivos no ambiente escolar, primando sempre pela contextualização das relações interdisciplinares sob uma abordagem que contemple os avanços e as perspectivas da Física nos últimos anos, findando em uma ciência em construção. 2. CONTEÚDOS 2.1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES De acordo com as Diretrizes Curriculares de Física o Ensino Médio do Paraná, entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos e as teorias que hoje compõem os campos de estudo da Física e servem de referência para a disciplina escolar. Esses conteúdos fundamentam a abordagem pedagógica dos conteúdos escolares, de modo que o estruturante compreenda o objeto de estudo e o papel dessa disciplina no Ensino Médio. Nos fundamentais teóricos-metodológicos apresentaram-se as três grandes sínteses que compunham o quadro conceitual de referência da física no final do século XIX e início do século XX. Essas três sínteses – Movimento, Termodinâmica e Eletromagnetismo – doravante serão denominadas “conteúdos estruturantes”. Em cada conteúdo estruturante estão presentes ideias, conceitos e definições, princípios, leis e modelos físicos, que o constituem como uma teoria. Desses estruturantes derivam os conteúdos que comporão as propostas pedagógicas curriculares das escolas. Na física, conforme rocha(2005), a teoria eletromagnética desempenha papel semelhante aos estudos dos movimentos da termodinâmica. Embora tenham evoluído separadamente. Elas são teorias unificadoras: a mecânica de Newton, no século XVII, unificou a estática, a dinâmica e a astronomia; a termodinâmica, no século XIX, unificou conhecimentos sobre gases, pressão, temperatura e calor e a teoria eletromagnética, de Maxwell, unificou o magnetismo, a eletricidade e a ótica. De modo que o estudo de física se estenderá aos seguintes conteúdos: CONTEÚDOS ESTRUTURANTES MOVIMENTO TERMODINÂMICA CONTEÚDOS BÁSICOS • • • • • • • Momentum e inércia Conservação da quantidade de movimento (momentum) Variação da quantidade de movimento = Impulso 2ª Lei de Newton 3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio Energia e o Princípio da Conservação da energia Gravitação • Leis da Termodinâmica • • • Lei zero da Termodinâmica 1ª Lei da Termodinâmica 2ª Lei da Termodinâmica ELETROMAGNETISMO • Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticas • Força Eletromagnética • Equações de Maxwell: Lei de Gauss para eletrostática/Lei de Coulomb, Lei de Ampère, Lei de Gauss Magnética, Lei de Faraday • A natureza da luz e suas propriedades 3. METODOLOGIA DE ENSINO A princípio serão trabalhados conceitos fundamentais, utilizando como recursos didáticos a quadro negro, material apostilado livro didático e ou livro didático público. Para fixação dos conteúdos será utilizado o laboratório da escola com recursos disponíveis, como: instrumentos de medidas, eletrodomésticos, circuitos elétricos, dilatadores, etc... Realizar visitas a instalações de produção do saber ou da informação, tais como museus, planetários, exposições, usinas hidrelétricas, fábricas, e outros. Para pesquisas serão utilizados os meios de informações contemporâneos que estiveram disponíveis na realidade do aluno, (notícias de jornais, livros de ficção científica, programa de televisão, vídeos, internet, etc.), como instrumentos didáticos. Utilizar o saber vivencial de profissionais e especialistas da área, através de entrevistas ou outras formas de contato, como fonte de aquisição do conhecimento incorporado à suas respectivas práticas. As atividades desenvolvidas em sala de aula, poderão ser individuais ou em grupos, tendo-se o cuidado de evitar discriminação racial e social. Durante as aulas de física serão abordadas temáticas que vislumbrem o trabalho com os desafios contemporâneos, com ênfase na ética e na cidadania, oportunizando aos alunos a construção de posturas sociais condizentes com a prática cidadã, de modo que possam analisar e avaliar criticamente os avanços percebidos na comunidade científica. Acerca das especifidades individuais, será oportunizado atendimento a cada aluno, com o intuito de contribuir com a construção do conhecimento. 4. AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO A avaliação deverá ser contínua e centralizada no desempenho do aluno em toda atividade desenvolvida, e terá função permanente de diagnóstico e acompanhamento do processo pedagógico. Ou seja, seu objetivo principal será avaliar o processo de aprendizagem como um todo, não só para verificar a apropriação do conteúdo, mas para, a partir dela, encontrar subsídios para intervir. Deste modo, será diversificada e realizada por intermédio da apresentação de seminários e exposições; pela elaboração de trabalhos escritos, em grupos ou individualmente; pela participação em sala de aula ( frequência e empenho); além da efetivação de provas e projetos. Quanto aos critérios de avaliação em Física, serão verificados: • A compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino e aprendizagem planejada; • A compreensão do conteúdo físico expressado em textos científicos; • A compreensão de conceitos físicos presentes em textos não científicos; • A capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os conceitos, as leis e as teorias físicas sobre um experimento ou qualquer outro evento que envolva os conhecimentos da Física. O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis vírgula zero) referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais e em grupo, provas mensais e produções escritas); mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) resultante de uma avaliação ao final do bimestre, totalizando nota final de 10,0 (dez virgula zero). A recuperação de estudos será à medida que for detectada a não compreensão do conteúdo trabalhado. Havendo uma retomada do mesmo, junto ao restante da turma, sem que haja detrimento de conteúdo para nenhum dos grupos de alunos (os que precisam de recuperação e os que não precisam).Esta ação será realizada em consonância com o que prevê o Regimento Escolar do Estabelecimento de Ensino. 5. REFERÊNCIAS MENEZES, L. C. A Matéria. São Paulo: SBF, 2005. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Física para a Educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência da Educação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005. PENTEADO, Paulo Cesar M. Física. Vol I, II e III. São Paulo: Moderna, 2005. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR. REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR. REPRESENTAÇÕES, MEMÓRIAS, IDENTIDADE / obra coletiva. Curitiba: SEED, 2008. ROCHA, J.F. (org) Origens e Evolução das ideias da Física. Salvador: EDUFRA, 2002. COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO KALORÉ - 2010 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A análise acerca do ensino de Geografia começa pela compreensão do seu objeto de estudo. Muitos foram os objetos de estudo da Geografia antes de se ter algum consenso, sempre relativo, em torno da idéia de que o espaço geográfico é o foco da análise. Entretanto, a expressão espaço geográfico, bem como os conceitos básicos da Geografia – lugar, paisagem, região, território, natureza, sociedade – não se autoexplicam. Ao contrário, são termos que exigem esclarecimentos, pois, a depender do fundamento teórico a que se vinculam, refletem posições filosóficas e políticas distintas. No esforço de conceituar o objeto de estudo, de especificar os conceitos básicos e entender e agir sobre o espaço geográfico, os geógrafos de diferentes correntes de pensamentos se especializaram, percorreram caminhos e métodos de pesquisas diferentes, de modo que evidenciaram e, em alguns momentos, aprofundaram a dicotomia Geografia Física e Geografia Humana. Essa dicotomia permanece até hoje em alguns currículos universitários, como também algumas práticas escolares. Diante disso, propõe-se um trabalho conjunto que vice superar essa dicotomia, parte do construto histórico com o qual os professores de Geografia convivem pedagógica e teoricamente há muito tempo. A Geografia é a Ciência do presente, ou seja, inspirada na realidade contemporânea, cujo objetivo é contribuir para o entendimento do mundo atual, apropriação dos lugares, através do trabalho humano, onde a organização do espaço geográfico, objeto de estudo da Geografia, reflete os valores sociais e culturais historicamente constituídos. De acordo com Lefebvre (1974) e Santos (1996), o espaço geográfico, entendido como “o espaço produzido e apropriado pela sociedade, composto pela inter-relação entre sistemas e objetos – naturais, culturais e técnicos – e sistemas de ações – relações sociais, culturais, políticas e econômicas. Dessa forma, o ensino de Geografia, contribui para o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo sua formação ética e desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico. A contribuição da Geografia se faz para o cidadão aprender a conviver e aprender a ser. Isto é, deve buscar maneiras de transformar indivíduos tutelados em pessoas no pleno exercício da cidadania, cujos saberes se revelam em competências cognitivas, sócio-afetivas e psicomotoras, embasados nos valores de sensibilidade e solidariedade necessária ao aprimoramento da vida a nível local, regional e global. 2. CONTEÚDOS 2.1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Dimensão Econômica do Espaço Geográfico. Dimensão Política do Espaço Geográfico. Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico. Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico. 2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS: 5ª SÉRIE Formação e transformação das paisagens naturais e culturais. Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais. A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico. As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista. A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural. As diversas regionalizações do espaço geográfico. 6ª SÉRIE A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro. A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. As diversas regionalizações do espaço brasileiro. As manifestações sócioespaciais da diversidade cultural. A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. Movimentos migratórios e suas motivações. O espaço rural e a modernização da agricultura. A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização. A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico. A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações. 7ª SÉRIE As diversas regionalizações do espaço geográfico. A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente americano. A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado. O comércio em suas implicações socioespaciais. A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações. A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico. As relações entre o campo e a cidade nas sociedades capitalistas. O espaço rural e a modernização da agricultura. A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. Os movimentos migratórios e suas motivações. As manifestações socioespaciais da diversidade cultural. Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais. 8ª SÉRIE As diversas regionalizações do espaço geográfico. A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do estado. A revolução técnico – cientifico - informacional e os novos arranjos no espaço da produção. O comércio mundial e as implicações sócio- espaciais. A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios. A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. As manifestações socioespaciais da diversidade cultural. Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações. A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re)organização do espaço geográfico. A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial. ENSINO MÉDIO 2.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Dimensão Econômica do Espaço Geográfico; Dimensão Política do Espaço Geográfico. Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico. Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico. 2.4 CONTEÚDOS BÁSICOS A formação e transformação das paisagens; A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção; A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico; A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais. A revolução técnico–científica-informacional e os novos arranjos no espaço da produção; O espaço rural e a modernização da agricultura; O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial; Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios; A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista; A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e urbanização recente. A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. Os movimentos migratórios e suas motivações. As manifestações socioespaciais da diversidade cultural. O comércio e as implicações socioespaciais. As diversas regionalizações no espaço geográfico. As implicações socioespaciais do processo de mundialização. A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado. 3. METODOLOGIA DE ENSINO Os conteúdos estruturantes devem fundamentar a abordagem dos conteúdos básicos, onde os conceitos fundamentais da Geografia – paisagem, lugar, região, território, natureza e sociedade – serão apresentados numa perspectiva crítica, para que ocorra a compreensão do objeto da Geografia, que é o espaço geográfico, enquanto finalidade dessa disciplina. A metodologia adotada para o ensino-aprendizagem da disciplina de Geografia, deve permitir que os alunos se apropriem de seus conceitos fundamentais, através da reflexão e análise sócio-cultural dos conteúdos propostos, assim como a realização de estudo de caso, do meio, excursões, visitas de caráter investigativo, debates, atividades escritas e orais, envolvendo a cartografia, vídeos, pesquisa on-line, e bibliográfica (livros, revistas, jornais, periódicos, etc). No ensino da Geografia torna-se importante considerar o conhecimento espacial que os alunos possuem para relacioná-lo com o conhecimento científico, para que ultrapassem o senso comum e ampliem suas condições de análise e interpretação da realidade sócio-espacial. A Geografia deve contemplar a legislação vigente/ Desafios Educacionais, a Lei nº 11.645/08 – História e Cultura dos Povos Indígenas, Lei nº 10.639/03 – História e Cultura Afrobrasileira e Africana e Lei nº 9.785/99 – Política Nacional de Educação Ambiental; Cidadania e Direitos Humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Educação do Campo, nas diferentes séries, através de variados recursos e metodologias, como: mapas, maquetes, textos, vídeos, fotos, artigos de jornais, pesquisas online, dentre outros recursos disponíveis na escola. Além da aula de campo, que é uma forma eficiente de trabalhar a Geografia, principalmente em visitas, excursões e outras atividades extraclasse que oportunize aos alunos a verificação local dos temas trabalhados, recomendasse o uso da biblioteca, como recurso fundamental, cabendo ao professor orientar os alunos no conhecimento do acervo específico, as obras que podem ser consultadas, incluindo os bons hábitos de manuseio e conservação das obras. O uso da linguagem cartográfica (signos, escala e orientação), deve permear o trabalho pedagógico com os diferentes conteúdos, pois resultam de uma construção teórica e prática que acompanha os educandos desde as séries iniciais e que deve acompanhá-lo até o final da Educação Básica. É tarefa do professor investigar nos alunos, suas capacidades de questionar e criticar conteúdos e as abordagens existentes no contexto das obras consultadas, de modo que constituam gradativamente, autonomia na busca do conhecimento, com atendimento individualizado aos alunos com necessidades especiais, para a efetivação da inclusão dos mesmos, no processo ensino-aprendizagem. 4. AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO A Avaliação do Ensino de Geografia é processual e diagnóstica, subsidia todo o processo ensino-aprendizagem, norteando toda a prática pedagógica, oferecendo clareza quanto ao como retornar conteúdos ou conceitos que visam a mudanças de atitudes. A Avaliação deve ser entendida como mais uma das formas utilizadas pelos professores para também avaliar sua metodologia e o nível de compreensão dos conteúdos específicos tratados durante um determinado período (bimestral). Devem-se evitar avaliações que contemplam apenas uma das formas de comunicação dos alunos, ou seja, apenas a escrita ou a interpretação de textos, mas que seja diversificada, com uso de diversos instrumentos avaliativos (oralidade, pesquisa, atividades escritas, desenhos, elaboração de legendas, etc.). Dessa forma, avaliam-se a partir da reflexão crítica nos debates, textos, filmes, participação em pesquisas de campo, produção e análise escrita de textos geográficos; interpretação de imagens (fotos, mapas, vídeos, gráficos, tabelas); construção de maquetes e outros materiais.. Pontos fundamentais que demonstram articulação entre as fontes conceituais e a prática, vivida pelo cotidiano do aluno. A proposta de avaliação deve estar clara aos alunos, como um processo não-linear de construções e reconstruções, assentado na interação e na relação dialógica que acontece entre os sujeitos do processo ensino-aprendizagem e professor-aluno. Mediante a análise processual do desempenho do aluno, este será avaliado no transcorrer das atividades propostas no valor de 6,0 (seis), somando-se as atividades de sala e extraclasse, participação em debates, análises escritas e orais, etc., e nota 4,0 (quatro), na avaliação bimestral, em forma de prova, em atividades diversificadas, que incluam os conteúdos ainda não avaliados, ofertando a recuperação paralela aos alunos que não atingirem a nota máxima 10,0 (dez), com atendimento diferenciado àqueles com necessidades especiais, que prevê e provê meios para a superação das dificuldades dos educandos, tendo em vista efetivar aprendizagens concretas e significativas, coerentes ao contexto sócio-cultural, político e ambiental. 5.REFERÊNCIAS ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de. Geografia geral e do Brasil. São Paulo: Ática, 2009. ANDRADE, M. C. de. Geografia – ciência da sociedade. São Paulo: Atlas, 1987. CARLOS, A. F. A. O lugar no/do mundo. São Paulo: Hucitec, 1996. CAVALCANTI, L. de S. Geografia escola e construção do conhecimento. Campinas: Papirus, 1998. OLIVEIRA, A. U. de. Geografia e ensino: os parâmetros curriculares em discussão. In CARLOS, A. F. A e OLIVEIRA, A. U. (orgs) Reformas no mundo da educação: parâmetros curriculares e geografia. São Paulo: Contexto, 1999. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Geografia para a Educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência daEducação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008. PROJETO ARARIBÁ / obra coletiva – Ed.resp. Maria Raquel Apolinário Melani. Geografia. 5ª a 8ª Série – Ensino Fundamental. 1ª Ed. São Paulo : Moderna, 2006. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR. REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTORIA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO KALORÉ – 2010 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A disciplina de História tem como pressuposto a reconstrução da memória, através de uma narrativa, seja ela individual ou coletiva, onde consolidamos valores, compreendemos o presente e criamos condições para transformar a realidade que nos cercam e o nosso futuro. Partindo da dimensão de contemporaneidade, utiliza como eixo norteador a discussão sobre o passado na perspectiva do presente. Sem a intenção de conceder aos protagonistas do passado, sentimentos e ações geradas no presente, nem apresentar a História como uma narrativa única e inquestionável, mas a de levar o aluno a compreender e atuar na realidade social de seu tempo. Dessa forma, a escolha das fontes históricas é de suma importância, pois permitem construir o conhecimento histórico e perceber a diversidade de experiências e visões que constituem a sociedade humana, utilizando para isso jornais, revistas, documentos escritos e nãoescritos, textos de historiadores e literatura ficcional, indicações de filmes e uma variada iconografia. Ao utilizar diferentes fontes de pesquisa, que de forma geral traduzem determinado contexto histórico e uma intencionalidade, não se pretende defender a perspectiva do relativismo total, como se a História fosse o terreno de opiniões irrestritas e da subjetividade. O objetivo do trabalho com as fontes é contribuir para desenvolver no aluno a capacidade de leitura, interpretação e críticas dos documentos históricos, assim como compreender e relacionar as narrativas desses documentos com a realidade contemporânea. 2. CONTEÚDOS 2.1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Relações de Trabalho Relações de Poder Relações Culturais 2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS: 5ª SÉRIE A experiência humana no tempo Os sujeitos e sua relação com o outro no tempo A cultura local e a cultura comum. 6ª SÉRIE As relações de propriedade O mundo do campo e o mundo da cidade As relações entre o campo e a cidade Conflitos, resistência e produção cultural campo/cidade 7ª SÉRIE História das relações da humanidade com o trabalho O trabalho e a vida em sociedade O mundo do trabalho As resistências e as conquistas de direito 8ª SÉRIE A formação das instituições sociais A formação do Estado Guerras e revoluções ENSINO MÉDIO 2.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Relações de Trabalho Relações de Poder Relações Culturais 2.4 CONTEÚDOS BÁSICOS: Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre. Urbanização e Industrialização. O Estado e as relações de Poder. Os sujeitos, as revoltas e as Guerras. Movimentos sociais, políticos e culturais, as guerras e revoluções. Cultura e religiosidade. 3. METODOLOGIA DE ENSINO Sendo necessária a implantação das Diretrizes Curriculares em sala de aula, torna-se importante que o processo de construção do conhecimento histórico, e da consciência histórica, ou seja, como são produzidos, relativos às ações e relações humanas, praticada no tempo e o sentido que foram dadas a elas de forma consciente ou não. Para estudá-las o historiador adota um método de pesquisa que passa a problematizar o passado, e buscar por meios de documentos, e perguntas, respostas às suas indagações. A partir disso, o pesquisador produz uma narrativa histórica cujo desafio é contemplar a diversidade das influências políticas, sociais, econômicas e culturais, possibilitando que os alunos valorizem e contribuem para a preservação de documentos, lugares de memória, como museus, bibliotecas, acervos privados e públicos, de fotografias, documentos escritos, em audiovisuais, entre outros, através do manuseio cuidadoso de documentos que podem constituir fontes de pesquisas ou pelo conhecimento do trabalho dos pesquisadores. O conhecimento histórico e sua apropriação pelos alunos são processuais, e, desse modo, é necessário que o conceito seja constantemente retomado. Na adoção de um encaminhamento metodológico, o professor terá que ir além do livro didático, já que as explicações nele apresentadas são limitadas, por isso a necessidade da busca de outros referenciais que complementem o conteúdo tratado em sala de aula, exigindo que o professor esteja atento a rica produção historiográfica que tem sido publicada em livros, revistas especializadas e outras voltadas ao público em geral, muitas das quais disponíveis também nos meios eletrônicos. O Ensino de História deve contemplar a legislação vigente/ Desafios Educacionais, a Lei nº 11.645/08 – História e Cultura dos Povos Indígenas, Lei nº 10.639/03 – História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Lei nº 9.785/99 – Política Nacional de Educação Ambiental; Cidadania e Direitos Humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Educação do Campo, nas diferentes séries, através de variados recursos e metodologias, como: mapas temáticos, textos, vídeos, fotos, artigos de jornais, pesquisas online, dentre outros recursos disponíveis na escola. O uso da biblioteca também é fundamental, cabendo ao professor orientar os alunos no conhecimento do acervo específico, as obras que podem ser consultadas, incluindo os bons hábitos de manuseio e conservação das obras. É tarefa de o professor investigar nos alunos, suas capacidades de questionar e criticar conteúdos e as abordagens existentes no contexto consultado, de modo que constituam gradativamente, autonomia na busca do conhecimento. 4. AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO A Avaliação do Ensino de História é processual e diagnóstica, subsidia todo o processo ensino-aprendizagem, norteando toda a prática pedagógica, oferecendo clareza quanto ao como retornar conteúdos ou conceitos que visam a mudanças de atitudes. Como um processo, acompanha as práticas de ensino. A partir da reflexão crítica nos debates, textos, filmes, participação em pesquisas de campo, produção e análise escrita. Pontos fundamentais que demonstram articulação entre fontes conceituais e a prática, vivida pelo cotidiano do aluno. Mediante a análise processual do desempenho do aluno torna-se viável no ensino de História, a recuperação paralela ao estudo dos conteúdos, que prevê e provê meios para a superação das dificuldades dos educandos, tendo em vista efetivar aprendizagens concretas e significativas, coerentes ao contexto sócio-cultural, político e ambiental. 1. Os instrumentos utilizados de avaliação serão provas escritas, trabalhos individuais e em grupos, produções orais e escritas, debates e apresentações de trabalhos orais; devendo ser adaptados para atender as necessidades educacionais especiais. 2. O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis vírgula zero) referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais e em grupo, provas mensais e produções escritas); mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) resultante de uma avaliação ao final do bimestre, totalizando nota final de 10,0 (dez virgula zero). • A recuperação dos conteúdos, em todas as séries, será feita de forma paralela durante todo o bimestre, ou seja, logo que os alunos apresentarem dificuldade no conteúdo trabalhado, este será retomado, com atividades significativas, por meio de procedimentos didáticos - metodológicos diversificados; podendo ser oferecido ao aluno trabalhos extraclasse e atendimento individual durante as horas-atividade do professor. 5. REFERÊNCIAS PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de História para a Educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência da Educação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005. PILETTI, Claudino & Nelson. História e vida integrada. 5ª a 8ª Séries. Nova ed. Reform e atual. São Paulo : Ática, 2005. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR. PROJETO ARARIBÁ / obra coletiva – Ed. resp. Maria Raquel Apolinário Melani. História. Ensino Médio. 1ª ed. São Paulo : Moderna, 2006. REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR. COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE PORTUGUES ENSINO FUNDAMENTAL KALORÉ - 2010 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA O ensino da Língua Portuguesa, desde sua implantação no Brasil, sempre atendeu aos interesses das classes dominantes; estando, portanto, carregado de ideologias e pressupostos de subordinação das classes menos favorecidas. Diante de tal realidade, as Diretrizes Curriculares Nacionais propõem novos posicionamentos em relação às práticas de ensino, seja pela discussão crítica dessas práticas, seja pelo envolvimento direto dos professores na construção de alternativas. Com isso, a Língua Portuguesa torna-se importante porque é através da linguagem que o homem se reconhece como humano, interage e troca experiências, compreende a realidade em que está inserido e o seu papel como participante da sociedade. A linguagem, nessa concepção, é vista como de ação entre sujeitos histórica e socialmente situados que se constituem e constituem uns aos outros em suas relações dialógicas. Na medida em que possibilita a interação e a constituição humanas, ela pode ser considerada como trabalho e produto do trabalho. Desse modo, esta proposta curricular fundamenta-se na concepção que norteia o ensino de Língua Portuguesa, que é a sociointeracionista, em que se privilegia construção e reconstrução verbal e não verbal, a socialização dos conhecimentos; considerando a relação dialógica e o contexto de produção. Logo, o nosso objeto de estudo é a Língua e o conteudo estruturante é o discurso enquanto prática social, concretizando-se na oralidade, leitura e escrita. Nessa perspectiva, faz-se necessário resgatar a identidade cultural dos alunos, valorizando seus conhecimentos prévios e suas experiências. Com isso, deve-se pensar o currículo como orientações para o professor e assim garantir uma maior atenção à diversidade, valorizando a expectativa, o interesse, a interação e os objetivos dos alunos, atendendo com maior precisão as necessidades do alunado e ao ritmo de aprendizado, na sociedade, em relação à Língua Materna; possibilitando, assim, a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais, para que os mesmos sintam-se inseridos no processo de ensino e aprendizagem. A cultura afro merece destaque na Língua Portuguesa, levando em consideração o contexto racial, a diversificação e a miscigenação, vivenciando através de mimese situações reais: músicas, poesias, teatro, filmes, obras literárias, pesquisas da cultura afro, debates, textos diversificados e produção textual bem como, mostra cultural. Nesse sentido, compreender a língua como “um conjunto aberto e múltiplo de práticas sociointeracionais, orais ou escritas, é perceber que ela não existe em si, mas só existe efetivamente no contexto das relações sociais: ela é elemento construtivo dessas múltiplas relações e nela se constitui continuamente”. Visto que a língua é um instrumento de construção da identidade e capaz de contribuir para o pleno exercício da cidadania. E para tanto, os Desafios Educacionais Contemporâneos devem integrar o trabalho docente durante todo o ano letivo. Tendo em vista a concepção de língua como discurso que se efetiva nas diferentes práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de língua, busca: • Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a cada contexto e interlocutor, reconhecendo as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e propiciando a possibilidade de um posicionamento diante deles; • Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura; • Analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno amplie seus conhecimentos linguístico-discursivos; • Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, leitura e escrita; • Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais, apropriando-se, também, da norma padrão; • Valorizar e reconhecer a cultura afro-brasileira como grande contribuidora na nossa formação cultural, a fim de erradicar o preconceito racial. 2. CONTEÚDOS 2.1 CONTEÚDO ESTRUTURANTE O discurso como prática social, concretizado por meio da leitura, da oralidade e da escrita. 2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS 5.ª Série Gêneros discursivos: álbuns de família, bilhetes, cartas, cartões postais, diálogos, convites, fotos, relatos e experiências vividas, contos de fada, fábulas, histórias em quadrinhos, letras de músicas, narrativas de aventura, cartazes, rótulos/embalagens e depoimentos. Leitura: • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Léxico; • Repetição proposital de palavras; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. Escrita: • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Informatividade; • Argumentatividade; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Divisão do texto em parágrafos; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; • Processo de formação de palavras; • Acentuação gráfica; • Ortografia; • Concordância verbal/nominal. Oralidade: • Tema do texto; • Finalidade; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos. 6ª série Gêneros discursivos: textos visuais: esculturas, fotos, desenhos e pinturas; mitos, lendas, narrações descritivas, crônicas, contos, narrativas de aventuras, poemas, tiras, historias em quadrinhos, peças teatrais, entrevistas, letras de música, paródias, artigos de opinião, debates, reportagens. Leitura: • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Informatividade; • Aceitabilidade; • Situacionalidade; • Intertextualidade; • Informações explícitas e implícitas; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Repetição proposital de palavras; • Léxico; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. Escrita: • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Informatividade; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; • Processo de formação de palavras; • Acentuação gráfica; • Ortografia; • Concordância verbal/nominal. Oralidade: • Tema do texto; • Finalidade; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos. 7ª série: Gêneros discursivos: causos, comunicados, convites, provérbios, narrativas fantásticas, textos dramáticos, debates, classificados, mapas, notícia, músicas, carta de emprego, regimentos, telenovelas e blogs, cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagens. Leitura: • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Situacionalidade; • Intertextualidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); Semântica: operadores argumentativos, ambiguidade, sentido conotativo e denotativo das palavras no texto e expressões que denotam ironia e humor no texto. Escrita: • Conteudo temático; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Informatividade; • Situacionalidade; • Intertextualidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); • Concordância verbal e nominal; • Semântica: operadores argumentativos, ambiguidade, significado das palavras, sentido conotativo e denotativo e expressões que denotam ironia e humor no texto. Oralidade: • Conteúdo temático; • Finalidade; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras); • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Elementos semânticos; • Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições etc.); • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito. 8ª série Gêneros discursivos: textos visuais: pinturas, fotos, esculturas, desenhos; crônicas, narrativas de humor, novelas, contos, artigos de opinião, paródias, poemas, depoimentos pessoais, reportagens, charges, letras de músicas, telejornais, resenhas, ofícios, editoriais, peças teatrais, notícias, anúncios publicitários, seminários, resumos, entrevistas. Leitura: • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade e situacionalidade; • Intertextualidade; • Temporalidade; • Discurso ideológico presente no texto; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Partículas conectivas do texto; • Progressão referencial no texto; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); • Semântica: operadores argumentativos, polissemia, sentido conotativo e denotativo e expressões que denotam ironia e humor no texto. Escrita: • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Informatividade; • Situacionalidade; • Intertextualidade; • Temporalidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos no texto; • Partículas conectivas do texto; • Progressão referencial no texto; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); • Sintaxe de concordância; • Sintaxe de regência; • Processo de formação de palavras; • Vícios de linguagem; • Semântica: operadores argumentativos, modalizadores e polissemia. Oralidade: • Conteúdo temático; • Finalidade; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Semântica: adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições etc.); • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito. 3.METODOLOGIA DE ENSINO O ensino de Língua Portuguesa tem por obrigação promover o amadurecimento do domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita, para que os estudantes compreendam e possam interferir nas relações de poder com seus próprios pontos de vista. Esse domínio das práticas discursivas possibilitará que o aluno modifique, aprimore, reelabore sua visão de mundo e tenha voz na sociedade, garantindo uma aprendizagem satisfatória aos alunos independentemente de suas especificidades. Para tanto, a metodologia e os recursos utilizados serão adaptados de acordo com as necessidades educacionais apresentadas pelos alunos, dentro das possibilidades do professor e da escola. Além disso, esse aprimoramento linguístico possibilitará que o aluno faça leitura dos textos que circulam socialmente, identificando neles o não dito, o pressuposto, instrumentalizando-o para assumir-se como sujeito cuja palavra manifesta, no contexto de seu momento histórico e das interações aí realizadas, autonomia e singularidade discursiva. Assim, os Desafios Educacionais Contemporâneos (Prevenção ao uso indevido de drogas, Educação para as relações étnico-raciais, Enfrentamento à violência na escola, Educação ambiental, Educação fiscal, História e cultura dos povos indígenas, História e cultura afro-brasileira e africana, Cidadania e direitos humanos) serão temas dos textos de diferentes gêneros estudados no decorrer do ano letivo, os quais serão debatidos, confrontados, a fim de garantir o desenvolvimento da capacidade de argumentação dos alunos. Obras literárias e filmes sobre estes temas também serão recursos explorados nas aulas de Língua Portuguesa. Nesta perspectiva, as atividades de oralidade deverão oferecer condições ao aluno de falar com fluência em situações formais, adequar a linguagem conforme as circunstâncias (interlocutores, assunto, intenções); aproveitar os imensos recursos expressivos da língua e, principalmente, praticar e aprender a convivência democrática que supõe o ouvir e o falar. Assim, as práticas da oralidade serão: • Apresentações de textos produzidos pelos alunos (levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto para 7ª e 8ª séries); • Reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos (e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto para 7ª e 8ª séries); • Orientação a respeito do contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Apresentações que explorem as marcas linguísticas típica da oralidade em seu uso formal e informal; • Contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como: entonação, pausas, expressão facial e outros; • Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros; • Análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes (por exemplo: diferentes jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio etc.), a fim de perceber a ideologia dos discursos dessas esferas (para 7ª e 8ª séries). • Já as atividades de leitura deverão propiciar o desenvolvimento de uma atitude crítica que leve o aluno a perceber o sujeito presente nos textos e, ainda, tomar uma atitude responsiva diante deles. Para tanto, as atividades de leitura serão: • Práticas de leituras de textos de diferentes gêneros; • Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos; • Questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; • Discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade, (aceitabilidade, informatividade, situacionalidade para 7ª serie e temporalidade, vozes sociais e ideologia para 8ª série); • Contextualização da produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; • Utilização de textos não-verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como: gráficos, fotos, imagens, mapas e outros; • Discussões que relacionem o tema com o contexto atual; • Socialização das ideias dos alunos sobre o texto; • Identificação e reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que dentam ironia e humor (7ª e 8ª séries); • Percepção de recursos utilizados para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto (7ª e 8ª séries); • Leituras que suscitam no reconhecimento do estilo, que é próprio de cada gênero (8ª série); • Leituras para compreensão das partículas conectivas. • Quanto às atividades de escrita, estas deverão se realizar de modo interlocutivo, relacionando o dizer escrito às circunstâncias de sua produção. Dessa forma, elas serão: • Produção textual a partir: da delimitação do tema; do interlocutor, do gênero, da finalidade, (aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e ideologia para 8ª série); • Ampliação de leituras sobre o tema e gênero proposto; • Reescrita textual: revisão dos argumentos, das ideias, dos elementos que compõem o gênero; • Análise da produção quanto à coerência, à coesão, à continuidade temática, à finalidade e à adequação da linguagem ao contexto; • Uso de palavras ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor (7ª e 8ª séries); • Utilização adequada das partículas conectivas e de recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto (7ª e 8ª séries); • Entendimento do papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, nas retomadas e na sequenciação do texto (7ª série); • Reflexão sobre os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. • Em relação à literatura, esta será trabalhada de acordo com o Método Recepcional proposto pelas DCEs, buscando efetuar leituras compreensivas e críticas, sendo receptivo a novos textos e a leitura de outrem, questionando as leituras efetuadas em relação a seu próprio horizonte cultural, transformando os próprios horizontes de expectativas. Este trabalho divide-se em cinco etapas e caberá ao professor delimitar o tempo de aplicação de cada uma delas, de acordo com o plano docente e com a turma. Estas etapas são: • Determinação do horizonte de expectativas do aluno/leitor: o professor toma conhecimento e analisa os interesses e o nível de leitura dos alunos; • Atendimento do horizonte de expectativas: o professor apresenta textos que sejam próximos aos conhecimentos e às experiências dos alunos; • Ruptura do horizonte de expectativas: é a apresentação de obras que partem da experiência do aluno, mas que também permitem aprofundar seus conhecimentos; • Questionamento do horizonte de expectativas: o professor orienta o aluno para que este faça uma autoavaliação a partir dos textos oferecidos; • Ampliação do horizonte de expectativas: as leituras oferecidas ao aluno e o trabalho efetuado a partir delas possibilitam uma reflexão e uma tomada de consciência das mudanças e aquisições, levando-o a uma ampliação de seus conhecimentos. • Já as atividades de análise linguística devem complementar as práticas de leitura, oralidade e escrita, possibilitando a reflexão consciente sobre os fenômenos gramaticais e textual-discursivos que perpassam os usos linguísticos. Assim, os conteudos gramaticais deverão ser estudados a partir de seus aspectos funcionais na constituição da unidade de sentido dos enunciados. Para tanto, as práticas de análise linguística deverão permitir: • A compreensão das semelhanças e diferenças, dependendo do gênero, do contexto de uso e da situação de interação, dos textos orais e escritos; • A percepção da multiplicidade de usos e funções da língua; • O reconhecimento das diferentes possibilidades de ligações e de construções textuais; • A reflexão sobre essas e outras particularidades linguísticas observadas no texto, conduzindo o aluno às atividades epilinguísticas e metalinguísticas, à construção gradativa de um saber mais elaborado, a um falar sobre a língua. Nessa perspectiva, o trabalho com sequências didáticas será valorizado, uma vez que através deste o aluno tem a oportunidade de desenvolver sua competência discursiva. Este trabalho consiste no estudo de textos de diferentes gêneros textuais que fazem parte do cotidiano dos alunos e compreende as seguintes etapas: 1ª_ plano de ação: (pré leitura) são questões orais que conduzam o aluno a descobrir qual o gênero textual que será trabalhado, ou seja, desperta a curiosidade dele para a leitura do texto; 2ª _ plano discursivo: (leitura do texto propriamente dita). É quando o aluno realmente explora o texto, interagindo com o autor, construindo significados para o texto, respondendo as questões: quem produziu? Onde? Quando? Para quê? Para quem?; 3ª _ plano lingüístico-discursivo: são as atividades de estrutura da língua, ou seja, as questões de gramática, mas de forma contextualizada; 4ª_ produção textual: é o momento que o aluno põe em prática o que aprendeu nas etapas anteriores, produzindo um texto dentro do gênero estudado, que tenha sentido para ele, ou seja, que seja de uso efetivo da língua. 4. AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO A avaliação em Língua Portuguesa e Literatura deverá ser um processo de aprendizagem contínuo que dê prioridade à qualidade e ao desempenho do aluno o longo do ano letivo. Para tanto, a avaliação será formativa, prevalecendo os aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Além disso, a avaliação formativa, por ser diagnóstica e contínua, apontará dificuldades, possibilitando a intervenção pedagógica durante todo tempo. Assim, a avaliação, em Língua Portuguesa, será realizada nas práticas: leitura, escrita, oralidade e análise linguística. 5ª série: Na leitura, espera-se que o aluno: • Identifique o tema; • Realize leitura compreensiva do texto; • Localize informações explícitas no texto; • Posicione-se argumentativamente; • Amplie seu horizonte de expectativas; • Amplie seu léxico; • Identifique a ideia principal do texto. Na escrita, espera-se que o aluno: • Expresse as ideias com clareza; • Elabore/reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo: às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade etc.; • Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, numeral, substantivo etc. Na oralidade, espera-se que o aluno: • Utilize o discurso de acordo com a situação (formal/informal); • Apresente suas ideias com clareza, coerência e argumentatividade; • Compreenda argumentos no discurso do outro; • Explane diferentes textos, utilizando adequadamente entonação, pausas, gestos etc.; • Respeite os turnos de fala. Na análise linguística, espera-se que o aluno: • Compreenda e reflita sobre o uso dos elementos linguísticos no interior dos textos; • Adéque seu discurso às diferentes situações de interação. 6ª série: Na leitura, espera-se que o aluno: • Realize leitura compreensiva do texto; • Localize informações explícitas no texto; • Posicione-se argumentativamente; • Amplie seu horizonte de expectativas; • Amplie seu léxico; • Perceba o ambiente no qual circula o gênero; • Identifique a ideia principal do texto; • Identifique o tema; • Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto. Na escrita, espera-se que o aluno: • Expresse as ideias com clareza; • Elabore textos atendendo: às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade etc.; • Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, numeral, substantivo etc. Na oralidade, espera-se que o aluno: • Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal); • Apresente suas ideias com clareza; • Expresse oralmente sua ideias de modo fluente e adequado ao gênero proposto; • Compreenda os argumentos no discurso do outro; • Exponha objetivamente seus argumentos; • Organize a sequência de sua fala; • Respeite os turnos de fala; • Analise os argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; • Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões etc. Na análise linguística, espera-se que o aluno: • Compreenda e reflita sobre o uso dos elementos linguísticos no interior dos textos; • Adéque seu discurso às diferentes situações de interação; • Amplie seu léxico. 7ª série: Na leitura, espera-se que o aluno: • Realize leitura compreensiva do texto; • Localize informações explícitas e implícitas no texto; • Posicione-se argumentativamente; • Amplie seu horizonte de expectativas; • Amplie seu léxico; • Perceba o ambiente no qual circula o gênero; • Identifique a ideia principal do texto; • Analise as intenções do autor; • Identifique o tema; • Reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto; • Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo; • Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto; • Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto. Na escrita, espera-se que o aluno: • Expresse suas ideias com clareza; • Elabore textos atendendo: às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Utilize os recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade etc.; • Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio etc.; • Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero proposto; • Entenda o papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto; • Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto. Na oralidade, espera-se que o aluno: • Utilize do discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal); • Apresente suas ideias com clareza; • Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto; • Compreenda os argumentos no discurso do outro; • Exponha objetivamente seus argumentos; • Organize a sequência de sua fala; • Respeite os turnos de fala; • Analise os argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; • Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, quando necessário em língua materna; • Utilize conscientemente expressões faciais, corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos; • Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagens, entre outros. Na análise linguística, espera-se que o aluno: • Compreenda e reflita sobre o uso dos elementos linguísticos no interior dos textos; • Adéque seu discurso às diferentes situações de interação; • Amplie seu léxico; • Perceba os efeitos de sentido causados pelo uso de recursos linguísticos e estilísticos. 8ª série: Na leitura, espera-se que o aluno: • Realize leitura compreensiva do texto; • Localize informações explícitas e implícitas no texto; • Posicione-se argumentativamente; • Amplie seu horizonte de expectativas; • Amplie seu léxico; • Perceba o ambiente no qual circula o gênero; • Identifique a ideia principal do texto; • Analise as intenções do autor; • Identifique o tema; • Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto; • Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo; • Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial; • Reconheça o estilo próprio de diferentes gêneros. Na escrita, espera-se que o aluno: • Expresse suas ideias com clareza; • Elabore textos atendendo: às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Utilize os recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, intertextualidade etc.; • Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição etc.; • Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero proposto; • Perceba a pertinência e eu os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial. Na oralidade, espera-se que o aluno: • Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal); • Apresente suas ideias com clareza; • Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto; • Compreenda os argumentos no discurso do outro; • Exponha objetivamente argumentos; • Organize a sequência de sua fala; • Respeite os turnos de fala; • Analise os argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; • Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões etc.; • Analise recursos da oralidade em entrevistas, reportagens, entre outros. Observações: 1. Os instrumentos utilizados de avaliação serão provas escritas, trabalhos individuais e em grupos, produções orais e escritas, debates e apresentações de trabalhos orais; devendo ser adaptados para atender as necessidades educacionais especiais. 2. O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis vírgula zero) referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais e em grupo, provas mensais e produções escritas); mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) resultante de uma avaliação ao final do bimestre, totalizando nota final de 10,0 (dez virgula zero). 3. A recuperação dos conteúdos, em todas as séries, será feita de forma paralela durante todo o bimestre, ou seja, logo que os alunos apresentarem dificuldade no conteúdo trabalhado, este será retomado, com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados; podendo ser oferecido ao aluno trabalhos extraclasse e atendimento individual durante as horas-atividade do professor. 5. REFERÊNCIAS CHMOSKI, Angela Mari; FINAU, Gusso e Rosana Aparecida. Língua Portuguesa rumo ao letramento. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Portuguesa para a Educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência da Educação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR. REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR. COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA - ENSINO MÉDIO KALORÉ - 2010 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA O ensino da Língua Portuguesa, desde sua implantação no Brasil, sempre atendeu aos interesses das classes dominantes; estando, portanto, carregado de ideologias e pressupostos de subordinação das classes menos favorecidas. Diante de tal realidade, as Diretrizes Curriculares Nacionais propõem novos posicionamentos em relação às práticas de ensino, seja pela discussão crítica dessas práticas, seja pelo envolvimento direto dos professores na construção de alternativas. Com isso, a Língua Portuguesa torna-se importante porque é através da linguagem que o homem se reconhece como humano, interage e troca experiências, compreende a realidade em que está inserido e o seu papel como participante da sociedade. A linguagem, nessa concepção, é vista como de ação entre sujeitos histórica e socialmente situados que se constituem e constituem uns aos outros em suas relações dialógicas. Na medida em que possibilita a interação e a constituição humanas, ela pode ser considerada como trabalho e produto do trabalho. Desse modo, esta proposta curricular fundamenta-se na concepção que norteia o ensino de Língua Portuguesa, que é a sóciointeracionista, em que se privilegia construção e reconstrução verbal, e não verbal, a socialização dos conhecimentos, considerando a relação dialógica e o contexto de produção. Logo, o nosso objeto de estudo é a Língua e o conteudo estruturante é o discurso enquanto prática social, concretizando-se na oralidade, leitura e escrita. Conceituar a Língua Portuguesa, diante de uma escola do campo, torna-se necessário resgatar a identidade cultural desses alunos, que vivem no campo e enfrentam os obstáculos que essa realidade impõe. Com isso, deve-se pensar o currículo como orientações para o professor e assim garantir uma maior atenção à diversidade, valorizando a identidade, a expectativa e o interesse, a interação e os objetivos dos alunos, atendendo com maior precisão as necessidades do alunado e ao ritmo de aprendizado, na sociedade, em relação à Língua Materna. A cultura afro merece destaque na Língua Portuguesa, levando em consideração o contexto racial, a diversificação e a miscigenação, vivenciando através de mimese situações reais: músicas, poesias, teatro, filmes, obras literárias, pesquisas da cultura afro, debates, textos diversificados e produção textual bem como, mostra cultural. Nesse sentido, compreender a língua como “um conjunto aberto e múltiplo de práticas sociointeracionais, orais ou escritas, é perceber que ela não existe em si, mas só existe efetivamente no contexto das relações sociais: ela é elemento construtivo dessas múltiplas relações e nela se constitui continuamente”. Visto que a língua é um instrumento de construção da identidade e capaz de contribuir para o pleno exercício da cidadania. Tendo e vista a concepção de língua como discurso que se efetiva nas diferentes práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de língua, busca: • Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a cada contexto e interlocutor, reconhecendo as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e propiciando a possibilidade de um posicionamento diante deles; • Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura; • Analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno amplie seus conhecimentos linguístico-discursivos; • Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, leitura e escrita; • Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais, apropriando-se, também, da norma padrão; • Valorizar e reconhecer a cultura afro-brasileira como grande contribuidora na nossa formação cultural, a fim de erradicar o preconceito racial. 2. CONTEUDOS 2.1 CONTEÚDO ESTRUTURANTE O discurso como prática social, concretizado por meio da leitura, da oralidade e da escrita se faz através da observação e inclusão; propiciando a interação de todas as diferenças individuais: psico- sociais,motoras e/ ou audio- visuais; possibilitando conteúdos pesquisas e avaliação diferenciadas: de forma discursiva, oral, gestual entre outras. Visto que as aulas de Língua materna existem efetivamente, no contexto das múltiplas relações. Compreendendo a linguagem como instrumento de construção da identidade, e capaz de contribuir para o pleno exercício da cidadania. E também dando ênfase à cultura afro- brasileira, aos laços culturais do passado e do presente, que nos unem. Contribuindo para que os alunos percebam a dinâmica histórica- cultural do fazer literário e que a boa literatura transcende os limites de seu tempo e espaço. Focalizando vários gêneros discursivos: Crônicas, contos, fábulas, novelas, romances, biografias, letras de músicas, , documentários, depoimentos, propagandas, anúncios, diálogos, fotos, narrativas de aventura, cartazes, rótulos/embalagens, artigos de opinião, poemas, receitas, telejornais, lendas, peças teatrais, cartas pessoais, relatos pessoais, relatórios, seminários, debates, charges, tiras, pinturas, esculturas, fotos, cartazes, entrevistas e reportagens . 2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS Leitura: • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Situacionalidade; • Intertextualidade; • Temporalidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Discurso ideológico presente no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Contexto de produção da obra literária; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); • Progressão referencial; • Partículas conectivas do texto; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Semântica: operadores argumentativos, modalizadores, figuras de linguagem, sentido conotativo e denotativo. Escrita: • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Informatividade; • Situacionalidade; • Intertextualidade; • Temporalidade; • Referência textual; • Vozes sociais presentes no texto; • Ideologia presente no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Progressão referencial; • Partículas conectivas; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Semântica: operadores argumentativos, modalizadores, figuras de linguagem, sentido conotativo e denotativo; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); • Vícios de linguagem; • Sintaxe de concordância; • Sintaxe de regência. Oralidade: • Conteúdo temático; • Finalidade; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Papel do locutor e do interlocutor; • Elementos extralingüísticos: entonação, expressões faciais, corporais e gestuais, pausas...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras); • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições etc.); • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito. Análise Linguística: • Coesão e coerência; • Função dos pronomes, artigos, adjetivos, numerais, preposições, advérbios, locuções adverbiais, conjunções, verbos, palavras interrogativas, substantivos, substantivos, discurso direto e indireto, vozes verbais, concordância verbal e nominal, orações condicionais; • Pontuação e seus efeitos de sentido no texto. 3. METODOLOGIA DE ENSINO O ensino de Língua Portuguesa tem por obrigação promover o amadurecimento do domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita, par que os estudantes compreendam e possam interferir nas relações de poder com seus próprios pontos de vista. Esse domínio das práticas discursivas possibilitará que o aluno modifique, aprimore, reelabore sua visão de mundo e tenha voz na sociedade. Além disso, esse aprimoramento linguístico possibilitará que o aluno a leitura dos textos que circulam socialmente, identificando neles o não dito, o pressuposto, instrumentalizando-o para assumir-se como sujeito cuja palavra manifesta, no contexto de seu momento histórico e das interações aí realizadas, autonomia e singularidade discursiva. Nesta perspectiva, as atividades de leitura deverão propiciar o desenvolvimento de uma atitude crítica que leve o aluno a perceber o sujeito presente nos textos e, ainda, tomar uma atitude responsiva diante deles. Para tanto, as atividades de leitura serão: I. Práticas de leituras de textos de diferentes gêneros; II. Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos; III. Questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; IV. Discussões e reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia; V. Contextualização da produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época referência à obra literária, exploração dos estilos do autor, da época, situação do momento de produção da obra e diálogo com o momento atual, bem como com outras áreas do conhecimento; VI. Utilização de textos não-verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como: gráficos, fotos, imagens, mapas e outros; VII. Discussões que relacionem o tema com o contexto atual; VIII. Socialização das ideias dos alunos sobre o texto; IX. Identificação e reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que dentam ironia e humor; X. Leituras que suscitam no reconhecimento do estilo, que é próprio de cada gênero; XI. Análises para estabelecer a progressão referencial do texto; XII. Leituras para compreensão das partículas conectivas. Quanto às atividades de escrita, estas deverão se realizar de modo interlocutivo, relacionando o dizer escrito às circunstâncias de sua produção. Dessa forma, elas serão: • Produção textual a partir: da delimitação do tema; do interlocutor, do gênero, da finalidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e ideologia; • Uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual; • Utilização adequada das partículas conectivas; • Ampliação de leituras sobre o tema e gênero proposto; • Reescrita textual: revisão dos argumentos, das ideias, dos elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for um artigo de opinião, observar se há uma questão problema, se apresenta defesa de argumentos, se a linguagem está apropriada, se há continuidade temática etc.); • Uso de palavras ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor; • Produções que suscitem no reconhecimento do estilo, que é próprio de cada gênero; • Utilização de recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Análise da produção textual quanto à coerência, coesão, continuidade temática, finalidade e adequação da linguagem ao contexto; • Reflexão sobre os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos na reescrita dos textos. Já as atividades de oralidade deverão oferecer condições ao aluno de falar com fluência em situações formais, adequar a linguagem conforme as circunstâncias (interlocutores, assunto, intenções); aproveitar os imensos recursos expressivos da língua e, principalmente, praticar e aprender a convivência democrática que supõe o ouvir e o falar. Assim, as práticas da oralidade serão: • Apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto; • Reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos (e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Orientação sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Apresentações que explorem as marcas linguísticas típica da oralidade em seu uso formal e informal; • Contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralingüísticos, como: entonação, pausas, expressão facial e outros; • Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: seminários, telejornais, entrevistas, reportagens, entre outros; • Análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes (por exemplo: diferentes jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio etc.), a fim de perceber a ideologia dos discursos dessas esferas. Em relação à literatura, esta será trabalhada de acordo com o Método Recepcional proposto pelas DCEs, buscando efetuar leituras compreensivas e críticas, sendo receptivo a novos textos e a leitura de outrem, questionando as leituras efetuadas em relação a seu próprio horizonte cultural, transformando os próprios horizontes de expectativas. Este trabalho divide-se em cinco etapas e caberá ao professor delimitar o tempo de aplicação de cada uma delas, de acordo com o plano docente e com a turma. Estas etapas são: • Determinação do horizonte de expectativas do aluno/leitor: o professor toma conhecimento e analisa os interesses e o nível de leitura dos alunos; • Atendimento do horizonte de expectativas: o professor apresenta textos que sejam próximos aos conhecimentos e às experiências dos alunos; • Ruptura do horizonte de expectativas: é a apresentação de obras que partem da experiência do aluno, mas que também permitem aprofundar seus conhecimentos; • Questionamento do horizonte de expectativas: o professor orienta o aluno para que este faça uma autoavaliação a partir dos textos oferecidos; • Ampliação do horizonte de expectativas: as leituras oferecidas ao aluno e o trabalho efetuado a partir delas possibilitam uma reflexão e uma tomada de consciência das mudanças e aquisições, levando-o a uma ampliação de seus conhecimentos. Já as atividades de análise linguística devem complementar as práticas de leitura, oralidade e escrita, possibilitando a reflexão consciente sobre os fenômenos gramaticais e textualdiscursivos que perpassam os usos linguísticos. Assim, os conteúdos gramaticais deverão ser estudados a partir de seus aspectos funcionais na constituição da unidade de sentido dos enunciados. Para tanto, as práticas de análise linguística deverão permitir: • A compreensão das semelhanças e diferenças, dependendo do gênero, do contexto de uso e da situação de interação, dos textos orais e escritos; • A percepção da multiplicidade de usos e funções da língua; • O reconhecimento das diferentes possibilidades de ligações e de construções textuais; • A reflexão sobre essas e outras particularidades linguísticas observadas no texto, conduzindo o aluno às atividades epilinguísticas e metalinguísticas, à construção gradativa de um saber mais elaborado, a um falar sobre a língua. Nessa perspectiva, o trabalho com sequências didáticas será valorizado, uma vez que através deste o aluno tem a oportunidade de desenvolver sua competência discursiva. Este trabalho consiste no estudo de textos de diferentes gêneros textuais que fazem parte do cotidiano dos alunos e compreende as seguintes etapas: 1ª_ plano de ação: (pré leitura) são questões orais que conduzam o aluno a descobrir qual o gênero textual que será trabalhado, ou seja, desperta a curiosidade dele para a leitura do texto; 2ª _ plano discursivo: (leitura do texto propriamente dita). É quando o aluno realmente explora o texto, interagindo com o autor, construindo significados para o texto, respondendo as questões: quem produziu? Onde? Quando? Para quê? Para quem?; 3ª _ plano lingüístico-discursivo: são as atividades de estrutura da língua, ou seja, as questões de gramática, mas de forma contextualizada; 4ª_ produção textual: é o momento que o aluno põe em prática o que aprendeu nas etapas anteriores, produzindo um texto dentro do gênero estudado, que tenha sentido para ele, ou seja, que seja de uso efetivo da língua. 4. AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO A avaliação em Língua Portuguesa e Literatura deverá ser um processo de aprendizagem contínuo que dê prioridade à qualidade e ao desempenho do aluno o longo do ano letivo. Para tanto, a avaliação será formativa, prevalecendo os aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Além disso, a avaliação formativa, por ser diagnóstica e contínua, apontará dificuldades, possibilitando a intervenção pedagógica durante todo tempo. Assim, a avaliação, em Língua Portuguesa, será realizada nas práticas: leitura, escrita, oralidade e análise linguística. Na leitura, espera-se que o aluno: • Efetue leitura compreensiva, global, crítica e analítica de textos verbais e não-verbais; • Localize informações explícitas e implícitas no texto; • Produza inferências a partir de pistas textuais; • Posicione-se argumentativamente; • Amplie seu léxico; • Perceba o ambiente no qual circula o gênero; • Identifique a ideia principal do texto; • Analise as intenções do autor; • Identifique o tema; • Referente à obra literária, amplie seu horizonte de expectativas, perceba os diferentes estilos e estabeleça relações entre obras de diferentes épocas com o contexto histórico atual; • Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto; • Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo; • Reconheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Reconheça as palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial; • Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero. Na escrita, espera-se que o aluno: • Expresse ideias com clareza; • Elabore textos atendendo: às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...), à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Use recursos textuais como: coesão, coerência, informatividade, intertextualidade etc.; • Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção etc.; • Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero proposto; • Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial; • Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero. Na oralidade, espera-se que o aluno: • Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal); • Apresente ideias com clareza; • Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto; • Compreenda argumentos no discurso do outro; • Exponha objetivamente seus argumentos e defenda claramente suas ideias; • Organize a sequência da fala de modo que as informações não se percam; • Respeite os turnos de fala; • Analise, contraponha, discuta os argumentos apresentados pelos colegas em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; • Contra-argumente ideias formuladas pelos colegas em discussões, debates, mesas redondas, diálogos etc.; • Utilize de forma intencional e consciente expressões faciais, corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralingüísticos. Na análise linguística, espera-se que o aluno: • Utilize, adequadamente, recursos linguísticos, como o uso da pontuação, do artigo, dos pronomes etc.; • Utilize as flexões verbais para indicar diferenças de tempo e modo. Observações: 1. Os instrumentos utilizados para a concretização das avaliações acima serão especificados no plano de trabalho docente de acordo com cada série. 2. O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis vírgula zero) referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais e em grupo, provas mensais e produções escritas); mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) resultante de uma avaliação ao final do bimestre, totalizando nota final de 10,0 (dez virgula zero). 3. A recuperação dos conteúdos, em todas as séries, será feita de forma paralela durante todo o bimestre, ou seja, logo que os alunos apresentarem dificuldade no conteúdo trabalhado, este será retomado, com atividades significativas, por meio de procedimentos didáticometodológicos diversificados; podendo ser oferecido ao aluno trabalhos extraclasse e atendimento individual durante as horas-atividade do professor. 5. REFERÊNCIAS CHMOSKI, Angela Mari; FINAU, Gusso e Rosana Aparecida. Língua Portuguesa rumo ao letramento. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Portuguesa para a Educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência da Educação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR. REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR. COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO KALORÉ - 2010 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA O Ensino Fundamental tem como objetivo a formação básica do cidadão mediante: o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o domínio da leitura, da escrita e do cálculo, o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem. O ensino da cultura brasileira aponta para a necessidade de desenvolver um trabalho voltado para a valorização da história e cultura Afro-brasileira e indígena, estabelecendo assim um compromisso com a educação étnico-racial. Destina-se a todos os cidadãos comprometidos com a educação visando a formação para a cidadania na construção de uma sociedade justa e transformadora. É importante entender a história da matemática no contexto da prática escolar como componente necessário de um dos objetivos primordiais da disciplina, os conteúdos estruturantes compreendem a natureza da Matemática e sua relevância na vida da humanidade. A abordagem histórica deve vincular as descobertas matemáticas aos fatos sociais e políticos, as circunstâncias históricas e às correntes filosóficas que determinaram o pensamento e influenciaram o avanço científico de cada época. A história da matemática é um elemento orientador na elaboração de atividades na criação das situações-problema, na busca de referências para compreender melhor os conceitos matemáticos. Possibilita ao aluno analisar e discutir razões para a aceitação de determinados fatos, raciocínios e procedimentos. A Matemática é uma das mais importantes ferramentas da sociedade moderna, apropriar dos conceitos e procedimentos matemáticos básicos contribui para a formação do futuro cidadão, que se engajará no mundo do trabalho, das relações sociais, culturais e políticas. Para exercer plenamente a cidadania, é preciso saber contar, comparar, medir, calcular, resolver problemas, construir estratégias, comprovar e justificar resultados, argumentar logicamente, conhecer formas geométricas, organizar, analisar e interpretar criticamente as informações, localizar, representar, etc. Perceber isso é compreender o mundo à nossa volta e poder atuar nele. É preciso que o conhecimento informal, cultural, se incorpore ao trabalho matemático escolar, diminuindo a distância entre a Matemática da escola e a Matemática da vida. Portanto apresenta os conteúdos organizados, o que permite que os assuntos possam ser trabalhados de forma articulada. Essa organização também evita que um assunto precise ser esgotado num determinado momento, tornando o desenvolvimento dos conteúdos e aprendizagem mais dinâmicos. Com essa organização, o professor poderá alcançar os objetivos traçados e assim, os alunos têm oportunidade de ampliar assuntos e compreender as ideias matemáticas que estão sendo trabalhadas. Sendo organizada por meio de símbolos, a matemática torna-se uma linguagem e instrumento importante para a resolução e compreensão dos problemas e necessidades sociais dentro de cada contexto. Esses conhecimentos são considerados como instrumentos de compreensão e intervenção para a transformação da sociedade. Assim, o trabalho com a disciplina de matemática promoverá o desenvolvimento da consciência crítica, provocando alterações de concepções e atitudes, permitindo a interpretação do mundo e a compreensão das relações sociais. A matemática permite que se processe a percepção do valor científico da matemática, fazendo a relação entre a teoria (abstrata, plena de conceitos e definições) e a prática( concreta, plena de atividades explicativas do cotidiano). A busca de diferentes metodologias para subsidiar a prática pedagógica, implantará na contribuição para o desenvolvimento dos alunos, no que se refere aos conceitos fundamentais e conhecimentos matemáticos que proporcionem uma melhor compreensão da sua realidade e da realidade do aluno. ''Nesse contexto, sistematizar o conhecimento matemático é o papel da escola. Contribuir na aproximação de que as diferenças sejam minimizadas. Auxiliar na utilização das tecnologias existentes, possibilitando o acesso a espaços profissionais, no que se refere à criação e o uso dessas tecnologias. O objeto de estudo desse conhecimento ainda está em construção, porém, está centrado na prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a aprendizagem e o conhecimento matemático (FIORENTINI & LORENZATO, 2001), e envolve o estudo de processos que investigam como o estudante compreende e se apropria da própria Matemática “concebida como um conjunto de resultados, métodos, procedimentos, algoritmos etc.” (MIGUEL & MIORIM, 2004, p. 70. Investiga, também, como o aluno, por intermédio do conhecimento matemático,desenvolve valores e atitudes de natureza diversa, visando a sua formação integral como cidadão. Aborda o conhecimento matemático sob uma visão histórica, de modo que os conceitos são apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na formação do pensamento do aluno. 2. CONTEÚDOS 2.1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES • NÚMEROS E ÁLGEBRA Os números estão presentes na vida do homem desde tempos “remotos como os do começo da idade da pedra, o paleolítico” (STRUIK, 1997,P.29). A passagem do estágio de coleta para a produção de alimentos, por meio da atividade agrícola, foi uma transformação fundamental, que gerou processos acerca do conhecimento de valores e numéricos e de relações espaciais. A álgebra é um campo do conhecimento matemático que se formou sob contribuições de diversas culturas. Pode mencionar que álgebra egípcia, babilônia, grega, chinesa, hindu, arábica e da cultura europeia renascentista. Cada uma evidenciou elementos característicos que expressam o pensamento algébrico de cada cultura. Com Diofanto, no século III d.C., fez-se o primeiro sistemático de símbolo algébrico. Tal sistematização foi significativa, pois estabeleceu uma notação algébrica bem desenvolvida para resolver problemas mais complexos, antes não abordados. • GRANDEZAS E MEDIDAS O homem, no decorrer da história, deparou-se com noções de maior e menor, de antes e depois, e com isso passou a realizar comparações entre espaços e entre períodos de tempo necessitando estabelecer valores qualitativos e quantitativos. Ou seja, para que pudesse ter uma visão da realidade, o ser humano precisou medir criar instrumentos de medida. “ A ação de medir é uma faculdade inerente ao homem, faz se parte de seus atributos de inteligência” (SILVA, 2004, p.35). Para Machado, “ a necessidade de medir é quase tão antiga quanto a necessidade de contar” (2000, p. 08). • GEOMETRIAS No Ensino Fundamental, a geometria tem o espaço com a referência, de modo que o aluno consiga analisar e perceber seus objetos para, então, representar. Já no Ensino Médio, deve garantir ao aluno o aprofundamento dos conceitos da geometria plana e espacial em nível de abstração mais complexos. Nesse nível de ensino, os alunos realizaram análises dos elementos que estruturam a geometria euclidiana, através da representação algébrica, ou seja, a geometria analítica plana. • FUNÇÕES Para o Ensino Fundamental, o Conteúdo Estruturante Funções engloba os seguintes conteúdos: • função afim • função quadrática Para o Ensino Médio, o Conteúdo Estruturante Funções engloba os conteúdos: • função afim • função quadrática • função polinomial • função exponencial • função logarítmica • função trigonométrica • função modular • progressão aritmética • progressão geométrica No Ensino Fundamental, na abordagem do Conteúdo Estruturante Funções, é necessário que o aluno elabore o conhecimento da relação de dependência entre duas grandezas. É preciso que compreenda a estreita relação das funções com a Álgebra, o que permite a solução de problemas que envolvem números não conhecidos. O aluno deve conhecer as relações entre variável independente e dependente, os valores numéricos de uma função, a representação gráfica das funções afim e quadrática, perceber a diferença entre função crescente e decrescente. Uma maneira de favorecer a construção de tais conhecimentos é a utilização de situações problema. As abordagens do Conteúdo Funções no Ensino Médio devem ser ampliadas e aprofundadas de modo que o aluno consiga identificar regularidades, estabelecer generalizações e apropriar de uma linguagem matemática para descrever e interpretar fenômenos ligados à Matemática e a outras áreas do conhecimento. O estudo das Funções ganha relevância na leitura e interpretação da linguagem gráfica que favorece a compreensão do significado das variações das grandezas envolvidas. • TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO O tratamento da informação é um conteúdo estruturante que contribui para o desenvolvimento de condições de leitura crítica dos fatos ocorridos na sociedade e para interpretação de tabelas e gráficos que, de modo geral, são usados para apresentar ou descrever informações. 5ª SÉRIE CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS Número e Álgebra - Sistemas de numeração; - Números Naturais; - Múltiplos e divisores; - Potenciação e radiciação; - Números fracionários; - Números decimais. Grandezas e Medidas - Medidas de comprimento; - Medidas de massa; - Medidas de área; - Medidas de volume; - Medidas de tempo; - Medidas de ângulos; - Sistema monetário. padronizadas; Geometrias - Geometria Plana; - Geometria Espacial. Tratamento da informação - Dados, tabelas e gráficos; - Porcentagem. 6ª SÉRIE CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS Número e Álgebra - Números Inteiros; - Números Racionais; - Equação e Inequação do 1º grau - Razão e proporção; - Regra de três simples. Grandezas e Medidas - Medidas de temperatura; - Medidas de ângulos Geometrias - Geometria Plana; - Geometria Espacial; - Geometrias não-euclidianas Tratamento da informação - Pesquisa Estatística; - Média Aritmética; - Moda e mediana; - Juros simples. 7ª SÉRIE CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS Número e Álgebra - Números Racionais e Irracionais; - Sistemas de Equações do 1º grau; - Potências; - Monômios e Polinômios; - Produtos Notáveis. Grandezas e Medidas - Medidas de comprimento; - Medidas de área; - Medidas de volume; - Medidas de ângulos Geometrias - Geometria Plana; - Geometria Espacial; - Geometria Analítica; - Geometrias não-euclidianas. Tratamento da informação - Gráfico e Informação; - População e Amostra. 8ª SÉRIE CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS Número e Álgebra - Números Reais; - Propriedades dos radicais; - Equação do 2º grau; -Teorema de Pitágoras; - Equações Irracionais; - Equações Biquadradas; - Regra de três Composta. Grandezas e Medidas - Relações Métricas no Triângulo Retângulo; - Trigonometria no Triângulo Retângulo. Funções - Noção Intuitiva de Função Afim; - Noção Intuitiva de Função Quadrática. Geometrias - Geometria Plana; - Geometria Espacial; - Geometria Analítica; - Geometria não-euclidianas. Tratamento da informação - Noção de Análise Combinatória; - Noção de Probabilidade; - Estatística; - Juro Composto. ENSINO MÉDIO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS Números e Álgebra - Números Reais; - Números Complexos; - Sistemas lineares; - Matrizes e Determinantes; - Polinômios; - Equações e Inequações Exponenciais, logarítmicas e Modulares. Grandezas e Medidas - Medidas de Área; - Medidas de Volume - Medidas de Grandezas Vetoriais; - Medidas de Informática; - Medidas de Energia; - Trigonometria. Funções - Função Afim; - Função Quadrática; - Função Polinomial; - Função Exponencial; - Função Logarítmica; - Função Trigonométrica; - Função Modular; - Progressão Aritmética; - Progressão Geométrica. Geometrias - Geometria Plana; - Geometria Espacial; - Geometria Analítica; - Geometrias não-euclidianas. Tratamento da Informação - Análise Combinatória; - Binômio de Newton; - Estudo das Probabilidades; - Estatística; - Matemática Financeira. 3. METODOLOGIA DE ENSINO Para adotar uma linha de ação que contemple não apenas os conteúdos apresentados nos livros de matemática, mas também os conhecimentos trazidos pelo aluno, o professor deverá promover um ensino contextualizado para a formação dos conceitos a fim de possibilitar ao aluno o entendimento da matemática como instrumento para compreender e solucionar os problemas do cotidiano. Nesse processo, a matemática será compreendida como sendo capaz de ajudar a solucionar os problemas apresentados pela sociedade. O professor fará uso de encaminhamentos metodológicos variados, tais como:modelagem matemática, etnomatemática, resolução de problemas, jogos, recursos tecnológicos, história da matemática e desenvolvimento de projetos que aproximem a teoria e a prática, para que o aluno possa associar o conhecimento matemático aos diversos contextos sociais históricos e culturais. Os conteúdos, trabalhados de forma não-linear, proporcionam ao aluno a possibilidade de desenvolver a capacidade de observar, pensar, estabelecer relações, analisar, interpretar, estimar, justificar, argumentar, verificar, generalizar, concluir e abstrair. Dessa forma, serão estimuladas no aluno a intuição, a analogia e as formas de raciocínio indutivo e dedutivo. No que se refere às dificuldades individuais encontradas na prática da matemática, os alunos deverão ser atendidos conforme suas especificidades, através de um olhar diferenciado e individualizado, com o intuito de promover a democratização do saber. A matemática, nesse sentido, simboliza a compreensão das relações cotidianas que interferem na produção do conhecimento. Assim, temáticas que se referem aos Desafios Educacionais Contemporâneos, como uso indevido de drogas, violência, diversidade cultural, dentre outros assuntos, podem permear as aulas de matemáticas, principalmente no eixo tratamento de informação, por meio de uma leitura de mundo, com vistas a efetivação de análises, reflexões e instigando a tomada de atitudes concernentes à promoção da cidadania. A matemática poderá contextualizar a geometria resgatando e valorizando a arquitetura africana, fato que incidirá na concepção das contribuições da cultura africana para o mundo, desde a antiguidade até os dias atuais. 4. AVALIAÇÃO/ RECUPERAÇÃO A avaliação acontecerá durante todo o processo de ensino e aprendizagem. Subsidiará o professor para uma reflexão contínua sobre a sua prática, a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequado para o processo de aprendizagem individual ou de todo grupo. Para o aluno pode ser considerada como instrumento de tomada de consciência de sua conquista, dificuldades e possibilidades para reorganização de seu investimento na tarefa de aprender. Ë fundamental a utilização de diferentes linguagens, como a verbal, a oral, a escrita,a gráfica, a numérica, a pictória, de forma a se considerar as diferente aptidões dos alunos. Considerando estes fatos, o professor realizará a avaliação por meio da: Resolução (pelos alunos) de problemas (de forma individual, em duplas ou em grupo), com justificativa do procedimento utilizado. A resolução de um problema envolve: compreender a situação por meio da leitura e interpretação, não ter a solução pronta de início, querer resolver a situação proposta, identificar o que precisa ser resolvido (calculado) e quais informações utilizar, planejar a solução, interpretar os resultados e analisar se eles são razoáveis ou não dentro do contexto e validar a solução,de atividades que tenham objetivos variados e possam ser trabalhadas em diversos momentos. Essas atividades podem ser questões abertas, cuja intenção é levar o aluno a perceber pelo enunciado, que a solução procurada não segue um modelo padronizado. As atividades também podem exigir justificativas escritas ou orais, com o objetivo de verificar a autonomia matemática adquirida pelos alunos. É importante que os alunos se acostumem a apresentar argumentos matemáticos justificando os procedimentos utilizados para resolver as atividades. Desse modo, aprendem a validar o raciocínio matemático que utilizam independentemente da opinião do professor. As atividades podem ser inventadas pelos alunos ( individualmente ou em grupo). A oportunidade de formular questões possibilita aos alunos atingirem um nível de conhecimento matemático mais elaborado e completo do que quando simplesmente resolvem as questões propostas. Quando da realização de atividades específicas de avaliação (testes e provas), é importante esclarecer aos alunos o que se pretende avaliar, para que eles estejam atentos a esses aspectos. As questões propostas nesse modelo de avaliação devem ser coerentes ao trabalho pedagógico desenvolvido em sala de aula. A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos. A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem. O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis vírgula zero) referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais e em grupo, provas mensais e produções escritas); mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) resultante de uma avaliação ao final do bimestre, totalizando nota final de 10,0 (dez virgula zero). 5. REFERÊNCIAS BOYER, Carl Benjamin. História da Matemática. São Paulo: Editora Edgard Blucher, 1996. BRASIL, Ministério da Educação e do Deporto. Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática. Secretaria da Educação Fundamental, vol.III, Brasília, 1997, p. 19-58. KAMII, Constance; DECLARK, Georgia. Reinventando a Aritmética: Implicações da Teoria de Peaget. 9ª edição. Campinas – SP: Editora Papirus, 1994, p. 23-67. MOURA. E. G. DE. Os JOGOS E A Educação Matemática. São Pulo – SP: artes Gráficas, 1991. NETO, Ernesto Rosa. Didática da Matemática. 11ª edição, São Paulo: Editora Ática, 1998, p.136-153. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Matemática para a Educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência da Educação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005. PILETTI, Nelson. Psicologia Educacional. 2ª edição, São Paul - SP: Editora àtica, 1985. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR. REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR. TOLEDO, Marília; TOLEDO, Mauro. Didática da Matemática com Dois e Dois. 1ª a 4ª série. São Paulo: Editora FDA, 1997, p.221-235. VYGOTSKY, Lev Seminovich. A Formação Social da Mente. São Paulo: Editora Martins Fontes, 1984. COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE QUÍMICA KALORÉ – 2010 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A humanidade desde sempre tenta entender como funciona a natureza. As ciências naturais têm permitido, através de seus instrumentos e métodos; conhecer a realidade externa bem além do alcance de uma mente individual e dos sentidos. "A ciência é uma construção completamente humana, movida pela fé de que, se sonharmos, insistirmos em descobrir, explicarmos e sonharmos de novo, o mundo de algum modo se tornará mais claro e toda a estranheza do universo se mostrará interligada e com sentido." (E. O. Wilson) Um dos objetivos da disciplina é de que o jovem reconheça o valor da ciência na busca do conhecimento da realidade objetiva e se utilize dele no seu cotidiano. A Química é a ciência da matéria e de suas transformações estudada através das diferentes propriedades macroscópicas que os elementos existentes na natureza apresentam, procurando explicar o seu comportamento ao nível microscópico. Acredita-se numa abordagem de ensino de Química voltada à construção e reconstrução de significados dos conceitos científicos nas atividades em sala de aula (MALDANER, 2003, p. 144). O ensino de Química, na perspectiva conceitual,retoma a cada passo o conceito estudado, na intenção de construí-lo com a ajuda de outros conceitos envolvidos, dando-lhe significado em diferentes contextos. Isso ocorre por meio da inserção do aluno na cultura científica, seja no desenvolvimento de práticas experimentais, na análise de situações cotidianas, e ainda na busca de relações da Química com a sociedade e a tecnologia. Isso implica compreender o conhecimento científico e tecnológico para além do domínio estrito dos conceitos de Química. Nestas Diretrizes, propõe-se que a compreensão e a apropriação do conhecimento químico aconteçam por meio do contato do aluno com o objeto de estudo da Química: as substâncias e os materiais. Esse processo deve ser planejado, organizado e dirigido pelo professor numa relação dialógica, em que a aprendizagem dos conceitos químicos constitua apropriação de parte do conhecimento científico, o qual, segundo Oliveira (2001), deve contribuir para a formação de sujeitos que compreendam e questionem a ciência do seu tempo. Para alcançar tal finalidade, uma proposta metodológica é a aproximação do aprendiz com o objeto de estudo químico, via experimentação. No ensino tradicional, a atividade experimental ilustra a teoria, que serve para verificar conhecimentos e motivar os alunos. As aulas de laboratório seguem. O desenvolvimento desta ciência tem permitido ao homem não só controlar certas transformações conhecidas mas também obter um número cada vez maior de novos materiais. Os tecidos das roupas que usamos, as borrachas sintéticas, os plásticos, a obtenção de metais e de ligas metálicas, os medicamentos, os sabões e detergentes biodegradáveis, a utilização dos combustíveis, os materiais usados nas construções de casas, móveis, embarcações, aviões, computadores, eletrodomésticos, etc., são exemplos da importância e da enorme aplicação dos processos químicos em nossa vida. A sociedade está em constante transformação e a escola não pode ficar à margem das grandes mudanças que estão a ocorrer. É então necessário um ensino que não se limite a um conjunto de fatos e conceitos, mais ao menos relacionados entre si, mas que provoque alterações do comportamento dos alunos, que os levem a reconhecer as potencialidades da Ciência e que os prepare de uma forma mais eficaz para as exigências da sociedade atual. A implementação das Tecnologias de Informação e Comunicação nas escolas representa um dos maiores desafios de inovação pedagógica e tecnológica enfrentado pelos sistemas de educação em todo o mundo. A sua integração é um meio auxiliar bastante poderoso para ensinar e aprender Ciência e poderá modernizar o processo de ensino- -aprendizagem desde que a escola acompanhe as transformações sociais. A responsabilidade pela mudança pertence a todos, mas o professor só conseguirá evoluir se for ao mesmo tempo professor e aprendiz, criador de ambientes de aprendizagem que permitam a produção de novos conhecimentos. Buscar diferentes metodologias para embasar o seu fazer pedagógico, desenvolvendo nos seus alunos conceitos fundamentais e conhecimentos científicos que lhes proporcionam uma melhor compreensão da sua realidade e das realidades do aluno. Desenvolver a consciência crítica, provocando alterações de concepções e atitudes, permitindo a interpretação do mundo e a compreensão das relações sociais. Perceber o valor científico da química , fazendo a relação entre a teoria (abstrata, plena de conceitos e definições) e a prática (concreta, plena de atividades explicativas do cotidiano). Sistematizar o conhecimento científico é papel da escola. Contribuir na aproximação de que as diferenças sejam minimizadas. Auxiliar na utilização das tecnologias existentes, possibilitando o acesso a espaços profissionais, no que se refere à criação e ao uso dessas tecnologias. De acordo com a concepção teórica assumida, são apontados os Conteúdos Estruturantes da Química para Ensino Médio, considerando seu objeto de estudo/ ensino: Substâncias e Materiais. O objeto de estudo da Química (Substâncias e Materiais) é sustentado pela tríade Composição, Propriedades e Transformações, presente nos conteúdos estruturantes Matéria e sua natureza, Biogeoquímica e Química Sintética. 2. CONTEÚDOS 2.1CONTEÚDOS ESTRUTURANTES MATÉRIA E SUA NATUREZA É o conteúdo estruturante que dá início ao trabalho pedagógico da disciplina de Química por se tratar especificamente de seu objeto de estudo: Matéria e sua natureza. É ele que abre o caminho para um melhor entendimento dos demais conteúdos estruturantes. BIOGEOQUÍMICA Biogeoquímica é a parte da Geoquímica que estuda a influência dos seres vivos sobre a composição química da Terra, caracteriza-se pelas interações existentes entre hidrosfera, litosfera e atmosfera e pode ser bem explorada a partir dos ciclos biogeoquímicos (RUSSEL, 1986, p. 02). Adota-se o termo biogeoquímica como forma de entender as complexas relações existentes entre a matéria viva e não viva da biosfera, suas propriedades e modificações ao longo dos tempos para aproximar ou interligar saberes biológicos, geológicos e químicos. Assim, a partir da descoberta da íntima relação entre o crescimento das plantas e o uso do esterco, por exemplo, percebeu-se a importância do reuso do solo por meio de fertilizantes que mais tarde seriam produzidos em laboratório. QUÍMICA SINTÉTICA Esse conteúdo estruturante tem sua origem na síntese de novos produtos e materiais químicos e permite o estudo dos produtos farmacêuticos, da indústria alimentícia (conservantes, acidulantes, aromatizantes, edulcorantes), dos fertilizantes e dos agrotóxicos. O conhecimento científico químico, atrelado ao conhecimento técnico, favorece o desenvolvimento de numerosas indústrias. A fabricação de substâncias e materiais, desenvolvida na indústria química após a Revolução Industrial, possibilitou um aumento notável no crescimento das indústrias de petróleo e derivados, entre eles os plásticos e vários tipos de polímeros. 2.2CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Matéria e sua natureza Biogeoquímica Química Sintética CONTEÚDOS BÁSICOS MATÉRIA • Constituição da matéria; • Estados de agregação; • Natureza elétrica da matéria; • Modelos atômicos (Rutherford, Thomson, Dalton, Bohr...). • Estudo dos metais. • Tabela Periódica. SOLUÇÃO • Substância: simples e composta; • Misturas; • Métodos de separação; • Solubilidade; • Concentração; • Forças intermoleculares; • Temperatura e pressão; • Densidade; • Dispersão e suspensão; • Tabela Periódica. VELOCIDADE DAS REAÇÕES • Reações químicas; • Lei das reações químicas; • Representação das reações químicas; • Condições fundamentais para ocorrência das reações químicas. (natureza dos reagentes, contato entre os reagentes, teoria de colisão) • Fatores que interferem na velocidade das reações (superfície de contato, temperatura, catalisador, concentração dos reagentes, inibidores); • Lei da velocidade das reações químicas; • Tabela Periódica. EQUILÍBRIO QUÍMICO • Reações químicas reversíveis; • Concentração; • Relações matemáticas e o equilíbrio químico (constante de equilíbrio); • Deslocamento de equilíbrio (princípio de Le Chatelier): concentração, pressão, temperatura e efeito dos catalizadores; • Equilíbrio químico em meio aquoso (pH, constante de ionização, Ks ). • Tabela Periódica CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Matéria e sua natureza Biogeoquímica Química Sintética CONTEÚDOS BÁSICOS LIGAÇÃO QUÍMICA • Tabela Periódica; • Propriedades dos materiais; • Tipos de ligações químicas em relação as propriedades dos materiais; • Solubilidade e as ligações químicas; • Interações intermoleculares e as propriedades das substancias moleculares; • Ligações de Hidrogênio; • Ligação metálica (elétrons semi-livres); • Ligações sigma e PI; • Ligações polares e apolares; • Alotropia. REAÇÕES QUÍMICAS • Reações de Oxi-redução; • Reações exotérmicas e endotermicas; • Diagramas das reações exotérmicas e endotermicas; • Variação de entalpia; • Calorias; • Equações termoquimicas; • Princípios da termodinâmica; • Lei de Hess; • Entropia e energia livre; •Calorimetria; • Tabela Periódica. RADIOATIVIDADE • Modelos atômicos (Rutherford); • Elementos químicos (radioativos); • Tabela Periódica; • Reações Químicas; • Velocidades das reações; • Emissões radioativas; • Leis da radioatividade; • Cinética das reações químicas; • Fenômenos radioativos (fusão e fissão nuclear). GASES • Estados físicos da matéria; • Tabela Periódica; • Propriedades dos gases (densidade/ difusão e efusão, pressão x temperatura, pressão x volume e temperatura x volume); • Modelo de partículas para os materiais gasosos; • Misturas Gasosas; • Diferença entre gás e vapor; • Leis dos gases. FUNÇÕES QUÍMICAS • Funções Orgânicas; • Funções Inorgânicas; •Tabela Periódica. 3. METODOLOGIA DE ENSINO Analisando a prática pedagógica, a partir da concepção de Química como Ciências, propõe-se que os conteúdos específicos sejam encaminhados metodologicamente numa abordagem articulada, seguindo uma perspectiva crítica e histórica, considerando a articulação entre os conhecimentos físicos, químicos e biológicos. Assim, esta proposta de encaminhamento metodológico orienta-se por uma abordagem crítica que considere a prática social do sujeito histórico, priorizando na escola os conteúdos historicamente construídos. Analisando a prática pedagógica o professor deverá saber quais os objetivos e expectativas a serem atingidas, atentando para a valorização dos costumes de cada indivíduo, buscando na diversidade cultural coexistente, respaldo ético para tratar as diferenças e minimizar as desigualdades, enfatizando a cultura Afro-Brasileira e a cultura do campo, de onde advém grande parte dos alunos. Através de trabalho dirigidos, com vistas a inclusão social, promover a emancipação do cidadão , com ações coletivas em favor da construção do conhecimento. No desenvolvimento das atividades, serão utilizados recursos como : Slides, DVDs, CDs, TV Pendrive, Data Show, aulas práticas em laboratório de química e de informática , dentre outros. O professor deve atuar como um mediador entre o aluno e a aprendizagem, orientando os estudantes com segurança, sem induzi-los às conclusões, permitindo que sigam nos ritmos próprios, de modo a explorar e desenvolver suas próprias habilidades. A função do ensino de Química deve ser a de desenvolver a capacidade de resolução de problema, o que implica na necessidade de vinculação do conteúdo trabalhado com o contexto social em que o aluno está inserido; o conhecimento deve ser construído por ele, não somente transmitido, pois aquilo que ele traz como experiência influencia na sua aprendizagem. Deve-se incentivar atividades extra-classe o desenvolvimento de projetos interdisciplinares e a iniciação à pesquisa. É necessário que os saberes da Química sejam ensinados oportunizando aos alunos o acesso ao conhecimento científico, como condição para o desenvolvimento da atitude cidadã. É urgente que se perceba que a educação não é só o desenvolvimento intelectual. Devemos fazer ganhar espaço a criatividade e o desenvolvimento da personalidade, do espírito crítico e dos valores éticos e morais. O trabalho com a Química possibilitará a execução de uma educação voltada para a formação da autonomia, evidenciando um processo educacional autônomo e libertador, favorecendo a compreensão de mundo, nos diversos aspectos (contextos sociais, históricos e econômicos), para que o indivíduo esteja preparado para construir sua própria cidadania, em respeito as multiplicidades culturais e étnicas. A Química nesse sentido proporcionará ao indivíduo vivenciar o ser humano de forma integral, inserindo em um contexto histórico. A Química em sua abrangência poderá estar inserida nas relações mediadas pelo trabalho no campo, como produção material e cultural da existência humana, de modo que venha a promover novas relações de trabalho e de vida para os povos do campo. Quanto a abordagem das culturas indígenas e africanas, serão propostos trabalhos de pesquisa e investigação acerca das substâncias químicas já utilizadas no passado (mumificação, cirurgias, medicamentos, pintura do corpo etc.), com a intenção de resgate e valorização cultural. Temas atualmente evidentes como Prevenção ao uso indevido de droga e Violência, bem como os demais temas dos Desafios Educacionais Contemporâneos, permearão as aulas de Química, onde se oportunizará debates, Pesquisas bibliográficas, recortes de filmes , com o auxílio dos laboratórios de Práticas e Informática, para maior contextualização do assunto. 4. AVALIAÇÃO/ RECUPERAÇÃO A avaliação acontecerá durante todo o processo de ensino e aprendizagem. Subsidiará o professor para uma reflexão contínua sobre a sua prática, a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados para o processo de aprendizagem individual ou de todo grupo. Para o aluno pode ser considerada como instrumento de tomada de consciência de sua conquista, dificuldades e possibilidades para reorganização de seu investimento na tarefa de aprender. “Avaliação escolar é parte integrante do processo de ensino e aprendizagem, e não uma etapa isolada”. (Libâneo 1994, p.200). Para avaliar, a cada momento o professor utilizará a avaliação processual e diagnóstica, com relatórios de aulas práticas, apresentação de trabalhos, pesquisas em grupos e testes, resolução de situações problemas e outras atividades que poderão ser utilizadas para a avaliação da aprendizagem. Considerando para tal, a série a ser avaliada, o nível cognitivo dos alunos, as diferentes formas de apropriação dos conteúdos, respeitando a individualidade dos alunos e o planejamento. É fundamental a utilização de diferentes linguagens, como a verbal, a oral, a escrita, a gráfica, a numérica e a pictórica, de forma a se considerar as diferente aptidões dos alunos. Considerando estes fatos, o professor realizará a avaliação por meio de observação (por parte do professor) da participação, do interesse, da criatividade, da autonomia e do raciocínio utilizado na resolução de problemas. O registro dessas observações pode ser realizado em tabelas, listas de controle, diário de classe, relatórios de aulas prática de laboratório , entre outros, utilizando-se critérios previamente estabelecidos de acordo com os objetivos do trabalho pedagógico. Resolução (pelos alunos) de problemas (de forma individual, em duplas ou em grupo), com justificativa do procedimento utilizado. Pensando na avaliação/recuperação os meios de estímulo ao desenvolvimento do aluno, trabalhamos com idéias de um crescimento e elas não ficam restritas apenas ao uso de procedimentos de testes, mas sim de um conjunto de tarefas e observações que o professor faz dos alunos, de sua interação em sala de aula, participação, interesse, autonomia intelectual e emocional, trabalhos em grupo e comprometimento, gerando informações que possibilitam perceber tendências e decidir quanto aos encaminhamentos mais apropriados. Dessa forma procura-se ofertar um atendimento individualizado aos alunos com necessidades especiais. A recuperação de estudos deve ser paralela aos conteúdos estudados, de acordo com o Regimento Escolar e o Projeto Político Pedagógico da escola. A recuperação de estudos tem como intencionalidade recuperar os conteúdos não apropriados e, não os instrumentos de avaliação. Para tanto, é necessário que o professor seja competente na elaboração e construção desses instrumentos para levar todos a adquirirem o saber, não eliminando os que não o adquiriram. O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis vírgula zero) referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais e em grupo, provas mensais e produções escritas); mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) resultante de uma avaliação ao final do bimestre, totalizando nota final de 10,0 (dez virgula zero). A avaliação não é um processo meramente técnico, implica uma postura política e inclui valores e princípios, refletindo uma concepção de educação, escola e sociedade. Repensar os fundamentos que norteiam as teorias avaliativas implica desvelar as ideologias em que se apóiam na perspectiva de sua superação. 5. REFERÊNCIAS FELTRE, Ricardo . Química . 6ª Edição, 3 volumes. São Paulo: Moderna , 2004. LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez 1994. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Química para a Educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência da Educação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005. PILETTI, Nelson. Psicologia Educacional. 2ª edição, São Paulo: Ática, 1985. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR. REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR. SARDELLA,Antônio. Química- volume único. 5ª edição. São Paulo : Ática, 2003. SAVIANI, D. Escola e Democracia. 29. ed. Campinas, SP: Autores Associados, 1995. SEMANA DE ESTUDOS PEDAGÓGICOS DECENTRALIZADOS - Educação do Campo SEED- Superintendência da Educação - Departamento de Ensino Fundamental - Fev /2005 UTIMURA, Teruko Y; LINGUANOTO, Maria. Paulo: FTD, 1998. Química fundamental – volume único. São VYGOTSKY, Lev Seminovich. A Formação Social da Mente. São Paulo: Editora Martins Fontes, 1984. VALLE, Cecília. Coleção Química – 3 volumes. 1º edição. Curitiba : Positivo , 2004. COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA KALORÉ – 2010 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A sociologia é uma disciplina curricular obrigatória no Ensino Médio e de suma importância para a compreensão da problemática social, pois é uma ciência que tem por objetivo estudar a interação social dos seres vivos nos diferentes níveis de organização da vida. Contribuindo, assim, para que alunos compreendam, desvendem os fenômenos sociais, buscando alternativas viáveis para resolução desses que questiona fatos mediante um conhecimento histórico, as desigualdades e valoriza as diversidades. Oportunizando aos educandos desenvolverem sua autonomia intelectual, capaz de direcionar ações transformadoras tornando a sociedade mais justa e fraterna. Nesta perspectiva, percebe-se a necessidade dessa disciplina uma vez que os conteúdos norteadores da prática educativa contemplam a pesquisa, debate e a problematização a partir das teorias sociológicas e, sobretudo d valorização da diversidade ético raciais, isto é, reconhecer a influência africana formação cultural brasileira e pensar a realidade do campo, assumindo uma política agrária, capaz de incluir, preservar, compreender as lutas sociais camponesas, ou seja, onde campo e cidade sejam vistos dentro do princípio da igualdade social e da diversidade cultural. Dessa forma tem-se por objetivo, levar o aluno a perceber que as relações que se estabelecem na sociedade são históricas e socialmente construídas. Compreendendo a importância de se questionar a existência de verdades absolutas, sejam elas para a compreensão da ciência ou do cotidiano. 2. CONTEÚDOS 2.1- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES 1. O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO E AS INSTITUIÇÕES. 2. CULTURA E INDÚSTRIA CULTURAL. 3. TRABALHO, PRODUÇÃO E CLASSES SOCIAIS. 4. PODER, POLÍTICA E IDEOLOGIA. 5. DIREITOS, CIDADANIA E MOVIMENTOS SOCIAIS. 2.2- CONTEÚDOS BÁSICOS 1. O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO E AS INSTITUIÇÕES - Instituição familiar - Instituição escolar - Instituição religiosa. - Instituições de reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos) 2. CULTURA E INDÚSTRIA CULTURAL - Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das diferentes sociedades. - Diversidade cultural - Identidade. - Indústria cultural - Meios de comunicação de massa: - Sociedade de consumo: - Indústria cultural no Brasil: - Questões de gênero: - Culturas afras brasileiras e africanas: - Culturas indígenas. 3. TRABALHO, PRODUÇÃO E CLASSES SOCIAIS. - O conceito trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades; - Desigualdades sociais: estamentos, castas,classes sociais; - Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições - Globalização e neoliberalismo; - Relações de trabalho; - Trabalho no Brasil. 4. PODER, POLÍTICA E IDEOLOGIA. -Formação e desenvolvimento do estado moderno; - Democracia, autoritarismo, totalitarismo. - Estado no Brasil; -Conceitos de poder; -Conceitos de ideologia; - Conceitos de dominação e legitimidade; -As expressões da violência nas sociedades contemporâneas. 5. DIREITOS, CIDADANIA E MOVIMENTOS SOCIAIS. -Movimentos sociais -Direitos: civis, políticos e sociais; - Direitos Humanos; -Conceito de cidadania; -A questão ambiental e os movimentos ambientalistas; -A questão das ON 3. METODOLOGIA DE ENSINO O ensino de sociologia deve atentar especialmente para a proposição de problematizações, contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que podem ser realizados a partir de diferentes recursos, como leituras de textos sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias. Pressupõe metodologias que coloquem o aluno como sujeito do seu aprendizado, a partir de recursos audiovisuais, contribuindo eficazmente para que os educandos relacionem a teoria com o vivido, revendo conhecimentos e reconstruindo coletivamente novos saberes que oportunizam a transformação social. Assim, o ensino de sociologia, deve proporcionar condições eficazes para que os educandos sejam capazes de traçar um paralelo entre passado, presente e futuro, conscientizandose, dessa maneira, do seu papel enquanto agente afetivo na mudança da realidade individual, local e global. O Ensino de Sociologia deve contemplar a legislação vigente/ Desafios Educacionais, a Lei nº 11.645/08 – História e Cultura dos Povos Indígenas, Lei nº 10.639/03 – História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Lei nº 9.785/99 – Política Nacional de Educação Ambiental; Cidadania e Direitos Humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Educação do Campo, nas diferentes séries, através de variados recursos e metodologias, como: mapas temáticos, textos, vídeos, fotos, artigos de jornais, pesquisas online, dentre outros recursos disponíveis na escola. A pesquisa de campo, será proposta de maneira que articule os dados levantados à teoria estudada, propiciando um efetivo trabalho de compreensão e crítica de elementos da realidade social do aluno. Será feito a articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises, problematizações e contextualizações propostas, permitindo assim que os conteúdos estruturantes dialoguem constantemente entre si. 4. AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO A avaliação no ensino de sociologia perpassará todas as atividades, desse modo é processual e diagnóstica, subsidia todo o processo ensino aprendizagem, norteando toda a prática pedagógica, oferecendo clareza quanto ao retomar os conteúdos ou conceitos que visam a mudança de atitudes. Como um processo, acompanha as práticas de ensino. A partir da reflexão crítica nos debates, textos, filmes, participação em pesquisa de campo, produção e análise em escrita. Pontos fundamentais que demonstram a articulação entre teoria e prática, qualidade de vida e democracia. Mediante a análise processual do desempenho do aluno, torna-se viável no ensino sociológico uma recuperação concomitante que prevê meios para a superação das dificuldades do educando, tendo em vista efetivar aprendizagens concretas significativas, coerentes no contexto social, político, cultural e econômico. Esperando que os alunos se identifiquem como seres eminentemente sociais, compreendendo a organização e a influência das instituições e grupos sociais em seu processo de socialização e as contradições deste processo, refletindo sobre suas ações individuais , percebendo assim que as ações em sociedade são interdependentes. O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis vírgula zero) referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais e em grupo, provas mensais e produções escritas); mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) resultante de uma avaliação ao final do bimestre, totalizando nota final de 10,0 (dez virgula zero). A recuperação dos conteúdos, em todas as séries, será feita de forma paralela durante todo o bimestre, ou seja, logo que os alunos apresentarem dificuldade no conteúdo trabalhado, este será retomado, com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados; podendo ser oferecido ao aluno trabalhos extraclasse e atendimento individual durante as horas-atividade do professor. 5. REFERÊNCIAS PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Sociologia para a Educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência da Educação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR. REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR. COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE INGLÊS ENSINO FUNDAMENTAL KALORÉ - 2010 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA No Brasil, o ensino da Língua Estrangeira Moderna sempre esteve atrelado aos interesses político-econômicos, reforçando o aspecto de dominação das classes privilegiadas sobre as classes menos favorecidas. Por isso, atualmente, as Diretrizes Curriculares Estaduais propõem um ensino que contribua para reduzir as desigualdades sociais e desvelar as relações de poder que as apoiam. Dessa forma, os alunos com necessidades educacionais especiais receberão atendimento de acordo com suas especificidades, dentro das possibilidades da escola e do professor. Para tanto, o ensino da LEM terá como referencial teórico a Pedagogia Crítica, que valoriza a escola como espaço social democrático, responsável pela apropriação crítica e histórica do conhecimento como instrumento de compreensão das relações sociais e para a transformação da realidade. Isso porque é através da língua que os indivíduos interagem e assumem seu papel na sociedade. Nesta perspectiva, as relações entre língua, texto e sociedade serão reconhecidas como importantes no atual contexto global educativo, pedagógico e discursivo; uma vez que as questões de uso da língua, do diálogo, da comunicação, da cultura, do poder e as questões da política e da pedagogia não se separam. Além disso, no mundo atual, que tende a uma globalização total, é imprescindível o conhecimento da língua inglesa, que traz consigo princípios básicos como: formação para a cidadania, inclusão social, reconhecimento da diversidade cultural, construção de identidades sociais transformadoras e consciência do papel das línguas na sociedade e na construção do conhecimento; norteiam esta prática. Assim, os Desafios Educacionais Contemporâneos devem integrar o trabalho docente durante todo ano letivo. Neste contexto, a língua aqui é entendida como uma produção construída nas interações sociais, marcadamente dialogistas; é um espaço de construções discursivas inseparáveis das comunidades interpretativas que as constroem e que são por ela construídas. Sendo assim, os objetivos do ensino da Língua Inglesa para o Ensino fundamental são: • Vivenciar, na aula de LEM, formas de participação que lhe possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas. • Ser capaz de usar a língua em situações de comunicação oral e escrita, • Compreender que os significados são social e historicamente construídos, portanto, passiveis de transformação na prática social. • Ter maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade. • Reconhecer e compreender a diversidade linguística e cultural, constatando seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país. • Ampliar a compreensão do próprio papel como cidadão de seu país e do mundo. • Reconhecer as implicações da diversidade cultural construída linguisticamente em diferentes línguas, culturas e modo de pensar, compreendendo que os significados são social e historicamente construídos e passiveis de transformação. • Constatar e celebrar a diversidade cultural sem perder suas identidades locais, embora elas sejam produtivamente transformadas por tal contato. • Dominar um vocabulário básico para a compreensão e uso da língua estrangeira. • Perceber a presença da língua estrangeira no seu cotidiano. • Compreender a necessidade de se estudar LEM. 2. CONTEÚDOS 2.1 CONTEÚDO ESTRUTURANTE O discurso como prática social, concretizado por meio da leitura, da oralidade e da escrita. 2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS 5.ª Série Gêneros discursivos: álbuns de família, bilhetes, cartas, cartões postais, diálogos, convites, fotos, relatos e experiências vividas, contos de fada, fábulas, histórias em quadrinhos, letras de músicas, narrativas de aventura, cartazes, rótulos/embalagens e depoimentos. Leitura: • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Elementos composicionais do gênero; • Léxico; • Repetição proposital de palavras; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. Escrita: • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Informatividade; • Elementos composicionais do gênero; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; • Ortografia; • Concordância verbal/nominal. Oralidade: • Tema do texto; • Finalidade; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos. 6ª série Gêneros discursivos: cartas, cartões postais, letras de música, biografias, narrativas de humor, poemas, relatórios, anúncios, e-mails, regras de jogo, placas e chats. Leitura: • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Informatividade; • Situacionalidade; • Informações explícitas; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Repetição proposital de palavras; • Léxico; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. Escrita: • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; • Ortografia; • Concordância verbal/nominal. Oralidade: • Tema do texto; • Finalidade; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos. 7ª série: Gêneros discursivos: causos, comunicados, convites, provérbios, narrativas fantásticas, textos dramáticos, debates, classificados, mapas, notícias, músicas, cartas de emprego, regimentos, telenovelas e blogs, cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagens. Leitura: • Conteudo temático; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Situacionalidade; • Intertextualidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; • Semântica; • Operadores argumentativos; • Ambiguidade; • Sentido conotativo e denotativo das palavras no texto; • Expressões que denotam ironia e humor no texto; • Léxico. Escrita: • Conteudo temático; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Informatividade; • Situacionalidade; • Intertextualidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); • Concordância verbal e nominal; • Semântica; • Operadores argumentativos; • Ambiguidade; • Significado das palavras; • Figuras de linguagem; • Sentido conotativo e denotativo; • Expressões que denotam ironia e humor no texto. Oralidade: • Conteúdo temático; • Finalidade; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Elementos semânticos; • Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições etc.); • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito. 8ª série Gêneros discursivos: diários, adivinhas, cartas, receitas, crônicas de ficção, letras de música, palestras, resumos, discussões argumentativas, entrevistas, reportagens, tiras, comerciais de TV, panfletos, estatutos, vídeo clips e telejornais. Leitura: • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Situacionalidade; • Intertextualidade; • Temporalidade; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto; • Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto; • Polissemia; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; • Léxico. Escrita: • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Situacionalidade; • Intertextualidade; • Temporalidade; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto; • Polissemia; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; • Processo de formação de palavras; • Ortografia; • Concordância verbal/nominal. Oralidade: • Conteúdo temático; • Finalidade; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Semântica; • Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições etc.); • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito. 3. METODOLOGIA DE ENSINO Ao considerar que o ensino não é transmissão de conhecimentos e que a aprendizagem acontece nas interações sociais, os alunos poderão ser envolvidos em tarefas diversificadas que exijam negociação de significados, privilegiando-se uma ou mais das habilidades linguísticas (ler, falar, ouvir, escrever), apesar de todas serem integradas na concepção da língua. As atividades serão propostas de modo a proporcionar confiança na própria capacidade de aprender, em torno de temas de interesse, priorizando o trabalho com diversos gêneros textuais e de forma que favoreça a interação com os colegas, através de atividades realizadas em grupos, promovendo a troca de informações e o estímulo a trabalhar com autonomia; podendo identificar suas possibilidades e dificuldades no processo de aprendizagem; respeitando as especificidades dos alunos inclusos e garantindo aos mesmos desenvolvimento de suas potencialidades. As atividades orais terão por objetivo oportunizar ao aluno expor suas opiniões sobre o assunto estudado, mas não com o objetivo de torná-lo falante da língua estrangeira, o que seria impossível com duas aulas semanais e turmas numerosas. Os Desafios Educacionais Contemporâneos serão, entre outros, temas dos textos a serem trabalhados em sala. As atividades de escrita serão trabalhadas a fim de desafiar o aluno a escrever com sentido, tendo o que escrever e para quem, para que perceba o real uso da língua. Além disso, a exploração de cognatos e termos transparentes será de grande valia para o aluno interagir com o texto. E, quando necessário, serão propostas pesquisas no dicionário de palavras-chave do texto estudado. Nessa perspectiva, serão desenvolvidas atividades diversificadas nas práticas de leitura, oralidade e escrita, tais como: Leitura: • Práticas de leituras de textos de diferentes gêneros; • Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos; • Inferências de informações implícitas no texto; • Utilização de materiais gráficos diversos (fotos, gráficos, quadrinhos...) para interpretação de textos; • Discussão sobre: finalidade do texto, tema, fonte, interlocutor...; • Discussões que relacionem o tema com o contexto atual; • Leitura de textos verbais e não-verbais, midiáticos, iconográficos etc.; • Exposições das ideias dos alunos sobre o texto; • Leitura de vários textos para a observação das relações dialógicas. Escrita: • Produção textual a partir: da delimitação do tema; do interlocutor, do gênero, da finalidade, (aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e ideologia para 8ª série); • Ampliação de leituras sobre o tema e gênero proposto; • Reescrita textual: revisão dos argumentos, das ideias, dos elementos que compõem o gênero; • Análise da produção quanto à coerência, à coesão, à continuidade temática, à finalidade e à adequação da linguagem ao contexto; • Uso de palavras ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor (7ª e 8ª séries); • Reflexão sobre os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. Oralidade: • Apresentações de textos produzidos pelos alunos (levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto para 7ª e 8ª séries); • Reflexões sobre argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos; • Orientação sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Preparação de apresentações que explorem a marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; • Contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros (7ª e 8ª séries); • Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de desenhos (programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagens para 7ª e 8ª séries) etc. Para se ampliar a capacidade de abstrair elementos comuns a várias situações, aprimorar as possibilidades de comunicação e desenvolver a interação professor e aluno e entre alunos, deverá ser estimulada a capacidade de ouvir, discutir, falar, escrever, descobrir situações, pensar de forma criativa, fazer suposições e inferências aos conteúdos. Dessa forma, estará se desenvolvendo a aprendizagem sócio-interacional. Sabendo-se que os recursos de apoio didático não se restringem ao livro, o ensino de língua inglesa se beneficiará de outros recursos como: dicionários, livros paradidáticos, vídeos, fitas de áudio, CD-rooms, jornais, revistas, rótulos, Internet e etc., levando em conta que as escolhas metodológicas dependem do perfil dos alunos e dos professores, cuja formação fornece os contornos de suas possibilidades de atuação. Portanto, o trabalho com sequências didáticas será valorizado, uma vez que através deste o aluno tem a oportunidade de desenvolver sua competência discursiva. Este trabalho consiste no estudo de textos de diferentes gêneros textuais que fazem parte do cotidiano dos alunos e compreende as seguintes etapas: 1ª_ plano de ação: (pré leitura) são questões orais que conduzam o aluno a descobrir qual o gênero textual que será trabalhado, ou seja, desperta a curiosidade dele para a leitura do texto; 2ª _ plano discursivo: (leitura do texto propriamente dita). É quando o aluno realmente explora o texto, interagindo com o autor, construindo significados para o texto, respondendo as questões: quem produziu? onde? quando? para quê? para quem?; 3ª _ plano linguístico-discursivo: são as atividades de estrutura da língua, ou seja, as questões de gramática, mas de forma contextualizada, e também as atividades de fixação de vocabulário, que devem ser através de jogos ( bingos, dominós, caça-palavras etc); 4ª_ produção textual: é o momento que o aluno põe em prática o que aprendeu nas etapas anteriores, produzindo um texto dentro do gênero estudado, que tenha sentido para ele, isto é, que seja de uso efetivo da língua. 4. AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO Avaliar não se resume a constatar o nível do aluno nem a distribuir conceitos. É um instrumento para orientar a ação pedagógica e detectar como melhorar o ensino. Para o aluno, um retorno de seu desenvolvimento. No caso da Língua Estrangeira, outro fator entra em cena: a dimensão afetiva. Em contraste com outras disciplinas, o ensino de idiomas envolve vários fatores que podem dificultar a aprendizagem, como a frustração pela não - comunicação e a reação emocional pelo estranhamento do novo idioma. Testes que tenham como objetivo apenas checar, por exemplo, o domínio de um ponto específico da gramática é ineficaz para verificar o conteúdo aprendido. Assim, a avaliação, em Língua Estrangeira, será realizada nas três práticas: leitura, escrita e oralidade. 5ª série: Na leitura, espera-se que o aluno: • Identifique o tema; • Realize leitura compreensiva do texto; • Localize informações explícitas no texto; • Amplie seu horizonte de expectativas; • Amplie seu léxico; • Identifique a ideia principal do texto. Na escrita, espera-se que o aluno: • Expresse as ideias com clareza; • Elabore/reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo: às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade etc.; • Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, numeral, substantivo etc. Na oralidade, espera-se que o aluno: • Utilize o discurso de acordo com a situação (formal/informal); • Apresente suas ideias com clareza, coerência, mesmo que na língua materna; • Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos etc.; • Respeite os turnos de fala. Os instrumentos de avaliação serão: trabalhos individuais e/ou em grupos (em sala ou extraclasse), provas escritas mensais e bimestrais, produções escritas e apresentações orais de trabalhos. 6ª série: Na leitura, espera-se que o aluno: • Realize leitura compreensiva do texto; • Localize informações explícitas no texto; • Amplie seu horizonte de expectativas; • Amplie seu léxico; • Perceba o ambiente no qual circula o gênero; • Identifique a ideia principal do texto; • Identifique o tema; • Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto. Na escrita, espera-se que o aluno: • Expresse as ideias com clareza; • Elabore textos atendendo: às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade etc.; • Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, numeral, substantivo etc. Na oralidade, espera-se que o aluno: • Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal); • Apresente suas ideias com clareza; • Compreenda os argumentos no discurso do outro; • Organize a sequência de sua fala; • Respeite os turnos de fala; • Analise os argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; • Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, quando necessário em língua materna. Os instrumentos de avaliação serão: trabalhos individuais e/ou em grupos (em sala ou extraclasse), provas escritas mensais e bimestrais, produções escritas e seminários. 7ª série: Na leitura, espera-se que o aluno: • Realize leitura compreensiva do texto; • Localize informações explícitas no texto; • Posicione-se argumentativamente; • Amplie seu horizonte de expectativas; • Amplie seu léxico; • Perceba o ambiente no qual circula o gênero; • Identifique a ideia principal do texto; • Analise as intenções do autor; • Identifique o tema; • Reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto; • Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo; • Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto. Na escrita, espera-se que o aluno: • Expresse suas ideias com clareza; • Elabore textos atendendo: às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Utilize os recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade etc.; • Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio etc.; • Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero proposto. Na oralidade, espera-se que o aluno: • Utilize do discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal); • Apresente suas ideias com clareza; • Compreenda os argumentos no discurso do outro; • Organize a sequência de sua fala; • Respeite os turnos de fala; • Analise os argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; • Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, quando necessário em língua materna; • Utilize conscientemente expressões faciais, corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos; • Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagens, entre outros. Os instrumentos de avaliação serão: trabalhos individuais e/ou em grupos (em sala ou extraclasse), provas escritas mensais e bimestrais, produções escritas e debates. 8ª série: Na leitura, espera-se que o aluno: • Realize leitura compreensiva do texto; • Localize informações explícitas e implícitas no texto; • Posicione-se argumentativamente; • Amplie seu horizonte de expectativas; • Amplie seu léxico; • Perceba o ambiente no qual circula o gênero; • Identifique a ideia principal do texto; • Analise as intenções do autor; • Identifique o tema; • Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto; • Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo. Na escrita, espera-se que o aluno: • Expresse suas ideias com clareza; • Elabore textos atendendo: às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Utilize os recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, intertextualidade etc.; • Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo etc.; • Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero proposto. Na oralidade, espera-se que o aluno: • Utilize do discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal); • Apresente suas ideias com clareza; • Compreenda os argumentos no discurso do outro; • Exponha, de forma objetiva, seus argumentos; • Organize a sequência de sua fala; • Respeite os turnos de fala; • Analise os argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; • Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, quando necessário em língua materna; • Analise recursos da oralidade em entrevistas, reportagens, comerciais de TV, entre outros. Os instrumentos de avaliação serão: trabalhos individuais e/ou em grupos (em sala ou extraclasse), provas escritas mensais e bimestrais, produções escritas e seminários. Observações: 3 Os instrumentos de avaliação serão adaptados para atender as necessidades educacionais especiais dos alunos em cada série. 4 O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis vírgula zero) referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais e em grupo, provas mensais e produções escritas); mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) resultante de uma avaliação ao final do bimestre, totalizando nota final de 10,0 (dez virgula zero). 3. A recuperação dos conteúdos, em todas as séries, será feita de forma paralela durante todo o bimestre, ou seja, logo que os alunos apresentarem dificuldade no conteúdo trabalhado, este será retomado, com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados; podendo ser oferecido ao aluno trabalhos extraclasse e atendimento individual durante as horas-atividade do professor. 5. REFERÊNCIAS CORACINI, M. J. R. F. Leitura: decodificação, processo discursivo...? In CORACINI, M. J. R. F. (org.) O jogo discursivo na aula de leitura: língua materna e língua estrangeira. Campinas: Pontes, 1995. P. 13-20. BRAHIM, A. C. S. M. Pedagogia crítica, letramento crítico e leitura crítica. Texto e Interação: subsídios para uma pedagogia crítica de língua inglesa. Dissertação de Mestrado Unicamp: Campinas, 2001. Cap.1. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Estrangeira Moderna para a Educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência da Educação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR. REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR. COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE INGLÊS ENSINO MÉDIO KALORÉ - 2010 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA No Brasil, o ensino da Língua Estrangeira Moderna sempre esteve atrelado aos interesses político-econômicos, reforçando o aspecto de dominação das classes privilegiadas sobre as classes menos favorecidas. Por isso, atualmente, as Diretrizes Curriculares Estaduais propõem um ensino que contribua para reduzir as desigualdades sociais e desvelar as relações de poder que as apoiam. Dessa forma, os alunos com necessidades educacionais especiais receberão atendimento de acordo com suas especificidades, dentro das possibilidades da escola e do professor. Para tanto, o ensino da LEM terá como referencial teórico a Pedagogia Crítica, que valoriza a escola como espaço social democrático, responsável pela apropriação crítica e histórica do conhecimento como instrumento de compreensão das relações sociais e para a transformação da realidade. Isso porque é através da língua que os indivíduos interagem e assumem seu papel na sociedade. Nesta perspectiva, as relações entre língua, texto e sociedade serão reconhecidas com importantes no atual contexto global educativo, pedagógico e discursivo; uma vez que as questões de uso da língua, do diálogo, da comunicação, da cultura, do poder e as questões da política e da pedagogia não se separam. Além disso, no mundo atual, que tende a uma globalização total, é imprescindível o conhecimento da língua inglesa, que traz consigo princípios básicos como: formação para a cidadania, inclusão social, reconhecimento da diversidade cultural, construção de identidades sociais transformadoras e consciência do papel das línguas na sociedade e na construção do conhecimento, norteiam esta prática. Assim, os Desafios Educacionais Contemporâneos devem integrar o trabalho docente durante todo ano letivo. Neste contexto, a língua aqui é entendida como uma produção construída nas interações sociais, marcadamente dialogistas, é um espaço de construções discursivas inseparáveis das comunidades interpretativas que as constroem e que são por ela construídas. Sendo assim, os objetivos do ensino da Língua Inglesa para o Ensino Médio são: • Desenvolver uma prática reflexiva e crítica, ampliando os conhecimentos linguísticos dos alunos, permitindo que os mesmos percebam as implicações sociais, históricas e ideológicas presentes em todos os discursos; • Formar leitores críticos que reajam aos diferentes textos com que se deparam e entendam que por trás de cada texto há um sujeito com uma história, com uma ideologia e com valores particulares e próprios da comunidade em que está inserido; • Oportunizar aos alunos reflexões que os façam perceber que as formas linguísticas não são sempre idênticas, não assumem sempre o mesmo significado, mas são flexíveis e variam dependendo do contexto e da situação em que a prática social de uso da língua ocorre; • Proporcionar através da leitura um conhecimento de mundo que permita ao leitor elaborar um novo modo de ver a realidade; • Permitir que os alunos percebam a necessidade de adequação da variedade linguística para as diferentes situações; • Favorecer a familiarização dos alunos com sons específicos da língua que estão aprendendo; • Criar condições para que os alunos assumam uma postura transformadora com relação aos discursos que lhes são apresentados; • Valorizar e reconhecer a Cultura Afro-brasileira como grande contribuidora na nossa formação cultural, a fim de erradicar o preconceito racial. 2. CONTEÚDOS 2.1 CONTEÚDO ESTRUTURANTE O discurso como prática social, concretizado por meio da leitura, da oralidade e da escrita. Gêneros discursivos: biografias, sinopses de filmes, letras de músicas, crônicas, documentários, cartas, depoimentos, propagandas, anúncios, diálogos, fotos, narrativas de aventura, cartazes, rótulos/embalagens, artigos de opinião, fábulas, depoimentos, resenhas, resumos. 2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS Leitura: • Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários; • Interpretação observando: conteúdo, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto; • Linguagem não-verbal; • As particularidades do texto em registro formal e informal; • Finalidade do texto; • Estética do texto literário; • Realização de leitura não linear dos diversos textos. Escrita: • Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e marcas linguísticas. • Paragrafação; • Clareza de ideias; • Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão. Oralidade: • Variedades linguísticas; • Intencionalidade do texto; • Particularidades de pronúncia da língua estudada em diferentes países; • Finalidade do texto oral; • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos. Análise Linguística: • Coesão e coerência; • Função dos pronomes, artigos, adjetivos, numerais, preposições, advérbios, locuções adverbiais, conjunções, verbos, palavras interrogativas, substantivos, substantivos contáveis e incontáveis, falsos cognatos, discurso direto e indireto, vozes verbais, verbos modais, concordância verbal e nominal, orações condicionais, phrasal verbs e outras categorias com elementos do texto; • Vocabulário; • Pontuação e seus efeitos de sentido no texto. 3. METODOLOGIA DE ENSINO No ensino de LEM, a língua deve ser considerada como algo que se constrói e é construído por uma determinada comunidade. Isso porque a língua determina a realidade cultural, ao mesmo tempo em que os valores e as crenças culturais criam, em parte, sua realidade linguística. Porém, para que os alunos compreendam bem isso, é preciso desenvolver atividades diversificadas nas práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística; respeitando as especificidades dos alunos inclusos e garantindo aos mesmos desenvolvimento de suas potencialidades. Na leitura, é preciso considerar que os gêneros discursivos organizam a fala da mesma maneira que constituem as formas gramaticais. Logo, é fundamental que se apresente aos alunos textos em diferentes gêneros textuais, tendo como objetivo maior a interação com a infinita variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais, para que os alunos tornem-se leitores críticos e que reajam aos diversos textos com que eles se deparam e entendam que por trás deles há um sujeito, uma história, uma ideologia e valores particulares e próprios da comunidade em que está inserido. Para tanto, os Desafios Educacionais Contemporâneos serão temas dos textos a serem trabalhados em sala. Com isso, a leitura estará trazendo um conhecimento de mundo que permite ao leitor elaborar um novo modo de ver a realidade. No entanto, para que a leitura em LEM se transforme realmente em uma situação de interação, é imprescindível que os alunos sejam subsidiados com conhecimentos linguísticos, sociopragmáticos, culturais e discursivos. Para tanto, as atividades de leitura serão: • Práticas de leituras de textos de diferentes gêneros; • Relevância dos conhecimentos prévios dos alunos; • Inferências de informações implícitas no texto; • Utilização de materiais diversos (fotos, gráficos, quadrinhos...) para interpretação de textos; • Análise dos textos, levando em consideração o grau de complexidade dos mesmos; • Questões que levam o aluno a interpretar, compreender e refletir sobre o texto; • Leitura de outros textos, através de pesquisa, para a observação das relações dialógicas. Vale lembrar que os Desafios Educacionais Contemporâneos (Cultura Afro-brasileira, Política Nacional de Educação Ambiental e Prevenção ao Uso Indevido de Drogas) serão temas dos textos trabalhados e das discussões propostas. Com relação à escrita, ela deve ser vista como uma atividade sociointeracional, ou seja, significativa, pois, em situações reais de uso, escreve-se sempre para alguém, ou um alguém de quem se constrói uma representação. O interlocutor é um sujeito sócio-histórico-ideológico, com quem os alunos vão produzir um diálogo imaginário, fundamental para a construção do texto e de sua coerência. Logo, as atividades de escrita serão: • Discussão sobre o tema a ser produzido; • Leitura de textos sobre o tema; • Produção textual; • Revisão textual; • Reestrutura e reescrita textual. Já as estratégias de oralidade têm por objetivo expor os alunos a textos orais, pertencentes aos diferentes discursos, procurando compreendê-los em suas especificidades e incentivar os alunos a expressarem suas ideias em língua estrangeira segundo suas limitações. Dessa forma, as atividades de oralidade serão: • Apresentações de textos produzidos pelos alunos; • Seleção de discursos de outros como: entrevista, cenas de desenhos, reportagens, recortes de filmes, documentários etc.; • Análise dos recursos próprios da oralidade; • Dramatização de textos. • Quanto à análise linguística, esta deve ser trabalhada de forma contextualizada, a partir dos textos estudados, a fim de favorecer a compreensão por parte dos alunos da estrutura e dos recursos utilizados na língua estrangeira. Para tanto, serão desenvolvidas atividades de: • Estudo dos conhecimentos linguísticos a partir: de gêneros selecionados par leitura ou escrita, de textos produzidos pelos alunos e das dificuldades apresentadas pelos alunos; • Leitura de textos diversos que permitam ampliar o domínio da língua. Para atender este propósito, o trabalho com sequências didáticas será valorizado, uma vez que através deste o aluno tem a oportunidade de desenvolver sua competência discursiva. Este trabalho consiste no estudo de textos de diferentes gêneros textuais que fazem parte do cotidiano dos alunos e compreende as seguintes etapas: 1ª_ plano de ação: (pré leitura) são questões orais que conduzam o aluno a descobrir qual o gênero textual que será trabalhado, ou seja, desperta a curiosidade dele para a leitura do texto; 2ª _ plano discursivo: (leitura do texto propriamente dita). É quando o aluno realmente explora o texto, interagindo com o autor, construindo significados para o texto, respondendo as questões: quem produziu? onde? quando? para quê? Para quem?; 3ª _ plano linguístico-discursivo: são as atividades de estrutura da língua, ou seja, as questões de gramática, mas de forma contextualizada, e também as atividades de fixação de vocabulário, que devem ser através de jogos (bingos, dominós, caça-palavras etc.); 4ª_ produção textual: é o momento que o aluno põe em prática o que aprendeu nas etapas anteriores, produzindo um texto dentro do gênero estudado, que tenha sentido para ele, ou seja, que seja de uso efetivo da língua. 4. AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO Avaliar não se resume a constatar o nível do aluno nem a distribuir conceitos. É um instrumento para orientar a ação pedagógica e detectar como melhorar o ensino. Para o aluno, um retorno de seu desenvolvimento. No caso da Língua Estrangeira, outro fator entra em cena: a dimensão afetiva. Em contraste com outras disciplinas, o ensino de idiomas envolve vários fatores que podem dificultar a aprendizagem, como a frustração pela não - comunicação e a reação emocional pelo estranhamento do novo idioma. Testes que tenham como objetivo apenas checar, por exemplo, o domínio de um ponto específico da gramática é ineficaz para verificar o conteúdo aprendido. Assim, a avaliação, em Língua Estrangeira, será realizada nas práticas: leitura, escrita, oralidade e análise linguística. Na leitura, espera-se que o aluno: • Realize leitura compreensiva do texto considerando a construção de significados possíveis e a sua condição de produção; • Perceba informações explícitas e implícitas no texto; • Argumente a respeito do que leu; • Amplie, no indivíduo, o seu horizonte de expectativas; • Estabeleça relações dialógicas entre os diferentes textos; • Conheça e utilize a língua inglesa como instrumento de acesso a informações de outras culturas e de outros grupos sociais. Na escrita, espera-se que o aluno: • Produza e demonstre na produção textual, a construção de significados; • Produza textos atendendo as circunstâncias de produção proposta; • Diferencie a linguagem formal da informal; • Estabeleça relações entre partes do texto, identificando repetições ou substituições. Na oralidade, espera-se que o aluno: • Reconheça as variantes lexicais; • Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal); • Apresente clareza nas ideias; • Desenvolva a oralidade através a sua prática. Na análise linguística, espera-se que o aluno: • Utilize, adequadamente, recursos linguísticos, como o uso da pontuação, do artigo, dos pronomes etc.; • Amplie o vocabulário; • Utilize as flexões verbais para indicar diferenças de tempo e modo. Os instrumentos utilizados de avaliação serão provas escritas, trabalhos individuais e em grupos (em sala e extraclasse), apresentações orais de trabalhos, cartazes e debates. Observações: 5 Os instrumentos de avaliação serão adaptados para atender as necessidades educacionais especiais dos alunos em cada série. 2. O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis vírgula zero) referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais e em grupo, provas mensais e produções escritas); mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) resultante de uma avaliação ao final do bimestre, totalizando nota final de 10,0 (dez virgula zero). 4. A recuperação dos conteúdos, em todas as séries, será feita de forma paralela durante todo o bimestre, ou seja, logo que os alunos apresentarem dificuldade no conteúdo trabalhado, este será retomado, com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados; podendo ser oferecido ao aluno trabalhos extraclasse e atendimento individual durante as horas-atividade do professor. 5. 5. REFERÊNCIAS BRAHIM, A. C. S. M. Pedagogia crítica, letramento crítico e leitura crítica. Texto e Interação: subsídios para uma pedagogia crítica de língua inglesa. Dissertação de Mestrado Unicamp: Campinas, 2001. Cap.1. CORACINI, M. J. R. F. Leitura: decodificação, processo discursivo...? In CORACINI, M. J. R. F. (org.) O jogo discursivo na aula de leitura: língua materna e língua estrangeira. Campinas: Pontes, 1995. P. 13-20. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Estrangeira Moderna para a Educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência da Educação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR. REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR. COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DO CELEM KALORÉ – 2010 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A proposta pedagógica de implantação do CELEM – curso básico de Língua Espanhola do Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio tem como base a concepção sociointeracionalista de linguagem, pois aprender uma língua na escola é muito mais que aprender regras ou memorizar nomenclaturas. (...) o espanhol, que até então não havia configurado como componente curricular,é escolhido para compor os programas oficiais do curso científico, que pertencia à escola secundária. Na época, os conteúdos privilegiados pelos professores de línguas vivas eram a literatura e noções de civilização, ou seja, história e costumes do país onde se fala a língua estrangeira.O espanhol, naquele momento, era indicado como a língua de um povo que(...) (mesmo com) importante participação na história ocidental, com episódios gloriosos de conquistas territoriais [...], não representava ameaça para o governo durante o Estado Novo. (PICANÇO ,2003 apud DCE , 2008, p.42). A partir de então, também no Brasil, seguindo a tendência global, a Língua Espanhola, vem sendo a segunda língua de comunicação no mundo, e assumi grande importância nas escolas brasileiras. Essa importância, não é só de saber um outro idioma, mas também, de contribuir para o processo educacional do aluno. A língua estrangeira, em especial a espanhola, ajudará o aluno a entender o funcionamento de sua própria língua materna, através de comparações entre os dois idiomas. A língua estrangeira proporcionará aos alunos o conhecimento de outras culturas, além da compreensão da própria língua materna, possibilitando o enriquecimento dos alunos, no sentido de crescimento pessoal, o que evidencia oportunidades de responderem às exigências do novo mundo, tanto na área educacional, como também, na área profissional. A prática da linguagem é que permite a interação entre o indivíduo e ao mundo em que vivencia, o que torna a linguagem e a sociedade realidades indissociáveis. De maneira que é no espaço social que a linguagem garante sua própria existência e significação. A oportunidade de aprendizagem de um novo idioma, o espanhol em questão, traz a possibilidade de aumentar a auto percepção do aluno como ser humano e também como cidadão. Aprender uma nova língua é sentir-se no meio de um mundo funcional, onde o aluno poderá desenvolver uma consciência crítica em relação à linguagem adquirida e os aspectos sóciopolíticos da aprendizagem de Língua Estrangeira. Sendo que, através da aprendizagem de outra língua os alunos conhecem outras culturas e sua própria identidade. Dessa forma, as Diretrizes Curriculares primam sobre a importância do ensino de LEM como construção de identidades. A aprendizagem de uma língua estrangeira associada à língua materna torna-se uma ferramenta de adequação e compreensão “ mundo moderno”, de modo que conhecer outro idioma contribui com o ingresso na sociedade da informação e do conhecimento. É o ensino centrado na cidadania e na inclusão social. Ao perceber que a língua não se encontra isolada de outros aspectos da cultura, como valores, normas e atitudes e concebê-la como um sistema de signos histórico-sociais que permitem ao homem a (re)construção da realidade, a apropriação dessa se traduz também na compreensão dos significados culturais que estão no seu entorno. As relações político-comerciais contemporâneas sugerem um aprendizado sistêmico e consolidado de uma nova língua, tendo em vista que esse fato colabora com a interação social global. Entender e comunicar-se em idiomas intermediários é hoje uma necessidade primordial, posto que, saber a língua do outro é ir muito além, é se inteirar de uma nova cultura e até mesmo da nossa. Mais especificamente no que se refere à língua espanhola, há que se pontuar a importância assumida por ela diante da ampliação das trocas econômicas entre os países que integram o Mercado das Nações do Cone Sul (Mercosul). Todas as considerações nos levam a conceber a língua espanhola com abrangência e contemporaneidade específicas, não restringindo apenas ao ambiente da sala de aula como abjeto de ensino, mas principalmente, como um idioma que está aproximando países da América Latina, tanto em negócios como em suas culturas. Portanto, as aulas de LEM devem ser significativas para o aluno se reconhecer como participante ativo na sociedade em que vive. Abordagem que prepondera na função social da língua estrangeira moderna – Espanhol. • Conhecer a importância da Língua Estrangeira Moderna, de modo que o aprendizado convirja na utilização dos conhecimentos adquiridos na vida em sociedade, através das praticas discursivas de leitura, oralidade e escrita, possibilitando a expansão de sua capacidades criticas. • Atender as particularidades regionais, em consonância com a abrangência das Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Língua Estrangeira Moderna, tornando a pratica da língua espanhola um direcionamento comum. • Ampliar a visão de mundo através das praticas discursivas da oralidade, leitura e escrita de modo a conhecer e valorizar as diferentes culturas e suas manifestações; usando os conhecimentos adquiridos para a interpretação da realidade e avaliando as diferenças sócio-culturais entre os países Brasil e Espanha e Hispano – América. Tal conscientização, prepondera o reconhecimento da importância de saber outro idioma para seu crescimento intelectual e fazer da escrita e da leitura um momento de prazer, nos dois diferentes idiomas. 2. CONTEÚDOS: ESTRUTURANTES / BÁSICOS A língua, entendida como interação verbal e produtora de sentidos, é marcada por relações pragmáticas e contextuais de poder. Segundo as DCEs (2008) “os conteúdos estruturantes que se constituem através da história, são legitimados socialmente.” O “discurso” como prática social se constitui conteúdo estruturante e passa a ser realizado através de práticas discursivas que envolvem a compreensão auditiva, a leitura de mundo, a prática escrita nas múltiplas formas e a interação verbal como processo comunicativo. Os gêneros do discurso organizam nossa fala, e essa por sua vez, é moldada de acordo com os gêneros vivenciados no cotidiano. Daí a necessidade de se apresentar aos alunos variedades textuais que evidenciem os gêneros do discurso em sua pluralidade. Assim, a implantação desta proposta proporcionará ao aluno a possibilidade de interagir com a infinita variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais. Sendo que os conteúdos básicos para o CELEM serão desdobrados a partir de textos (verbais e não verbais), considerando seus elementos linguístico-discursivos (fonético-fonológicos, léxico-semânticos e sintáticos), manifestados nas práticas discursivas (leitura, escrita, oralidade). Portanto, os textos escolhidos para o trabalho pedagógico contemplarão o conteúdo estruturante, bem como as práticas discursivas a serem trabalhadas. Dessa maneira, serão trabalhadas as Leis nº 10.639/03, e nº 11 645/2008 que trata das relações étnico-raciais e história e cultura afro-brasileira e africana e indígena na escola. Essa temática será trabalhada através de ações que propiciem o contato com a cultura africana e afro-descendente, dentro da língua espanhola, culminando em exposições de obras literárias de escritores negros, documentários, filmes com temáticas sobre o racismo e preconceito, procurando destacar a contribuição da cultura destes povos. 1º ANO Gêneros Discursivos Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos, conforme suas esferas sociais de circulação. • Fotos • Cartão de Felicitações • Bilhetes • Convites • Quadrinhas • Receitas • Biografias • Lendas • Letras de Músicas • Poemas • Diálogo/Discussão • Cartazes; • Notícias; • Tiras; • Filmes; • Cartão pessoal; • Musicas; • Provérbios; • Trava-línguas; • Autobiografias; • Histórias em quadrinhos; • Resumos; • Narrativas básicas; • Notícias; • Cartazes; • Anúncios; • Paródias; • Bulas; • • • • • • • • • • Placas; Rótulos; E-mail; Horoscopo; Regras de jogo; Caricatura; Classificados; Folders; Reportagens; Torpedos. Leitura • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Situacionabilidade; • Intertextualidade; • Temporalidade; • Discurso direto e indireto; • Elementos Composicionais do gênero; • Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto; • Palavras e ou expressões que denotam ironia e humor no texto; • Polissemia; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; • Léxico; Escrita • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Situacionalidade; • Intertextualidade; • Temporalidade; • Intertextualidade; • Temporalidade; • Discurso direto e indireto; • Elementos Composicionais do gênero; • • • • • • • • Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto; Palavras e ou expressões que denotam ironia e humor no texto; Polissemia; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; Processo de formação de palavras; Acentuação gráfica Ortografia; Concordância verbal/ nominal; Oralidade • Conteúdo temático; • Finalidade; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguístico: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Semântica; • Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições, etc); • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito. 2º ANO Gêneros Discursivos Para o trabalho das praticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. • Cartão pessoal; • Adivinhas, anedotas; • Diário; • Lista de compras; • Letras de músicas; • Resumo; • História em quadrinhos; • Narrativas; • Reportagens; • comercial de TV; • Biografia; • Romances; • Texto dramáticos; • Texto de opinião; • Charges; • Entrevistas; • Horóscopo; • Caricaturas; • Filmes; • Cartão social; • Canções culturais; • Contos de fadas contemporâneos • Relatos; • Classificados; • Tiras; • Anúncios; • Blogs; • Chat; • Torpedos; • Paródias; • Manchetes; • Crônicas Jornalisticas; • E-mail's; • Vídeo clipe; Leitura • Tema do texto; • • • • • • • • • • • • • • Interlocutor; Finalidade do texto; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Situacionabilidade; Intertextualidade; Temporalidade; Discurso direto e indireto; Elementos Composicionais do gênero; Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto; Palavras e ou expressões que denotam ironia e humor no texto; Polissemia; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; Léxico; Escrita • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Situacionalidade; • Intertextualidade; • Temporalidade; • Intertextualidade; • Temporalidade; • Discurso direto e indireto; • Elementos Composicionais do gênero; • Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto; • Palavras e ou expressões que denotam ironia e humor no texto; • Polissemia; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; • Processo de formação de palavras; • Acentuação gráfica • Ortografia; • Concordância verbal/ nominal; Oralidade • Conteúdo temático; • Finalidade; • • • • • • • • • • • Aceitabilidade do texto; Informatividade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguístico: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; Semântica; Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições, etc); Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito. Para o curso básico em línguas do CELEM, no Colégio Estadual Abrahan Lincoln Ensino Fundamental e Médio, na cidade de Kaloré, os recursos disponíveis serão o quadro negro, giz, radio, Data show, DVD, TV pendrive, Laboratório de informática, Livro didático publico, textos midiáticos, literários, jornais e revistas de países de língua Espanhola, dicionários, filmes e apostila. Todos estes materiais estarão disponíveis na escola para base do trabalho escolar com os discentes. 3. METODOLOGIA DE ENSINO Considerando a globalização inerente e a dinamicidade das relações que envolvem os indivíduos em sociedade, o ensino da Língua Estrangeira remete a uma reflexão profundo acerca das ações pedagógicas, fundamentadas na construção do conhecimento de forma crítica, reflexiva, engajada na realidade, privilegiando a relação teoria-prática, na busca do entendimento das diferentes formas do saber. Nessa direção, a atuação metodológica fará alusão aos apontamentos das Diretrizes Curriculares seguindo alguns aspectos que irão influenciar na escolha das atividades, como por exemplo, o números de alunos em sala de aula, tempo, material disponível, etc. O aluno caracteriza sempre o agente ativo no processo de aprendizagem, de maneira que o professor assuma a postura de mediador desse processo. O texto como material linguístico articulador da metodologia sustentará o ensino da Língua Estrangeira, assim como a língua materna. Nessa premissa, as aulas se efetivarão a partir do trabalho com o texto, entendido como um material verbal, produto de uma determinada visão de mundo, de uma intenção e de um momento de produção. Fato que permite ao aluno vislumbrar a realidade que vivencia, no contexto de uma nova língua apresentada na construção textual. A linguagem começa a se formar, a partir de temáticas que exploram os diferentes gêneros discursivos e tipos de texto. De modo que se passe a verificar e analisar as praticas de linguagem de leitura, análise e produção textual, por intermédios de anedotas, cartões, convites, curriculum vitae, comunicados, causos, biografias, contos, história em quadrinhos lendas, diálogos, cartazes, paródias, pinturas, poemas, romances, mapas anúncios de jornais, músicas, comerciais de TV, charges, carta ao leitor, entrevistas, filme, e-mail, site de relacionamentos, entre outros gêneros passíveis de trabalho. Enfim, os textos escolhidos para a inserção e exploração da nova língua, subsidiarão a contextualização e dinamizarão as aulas, com cunho de significado e relevância aos alunos. No que se refere à oralidade, a atuação e prática docente se dará gradativamente, de maneira a possibilitar aos alunos o conhecimento e utilização da variedade linguística padrão, sendo capaz de entender a necessidade desse uso e determinado contextos sociais, e inclusive atentar para a possibilidade de perceber a existência de dialetos. Dessa forma, se estará propondo que os alunos estejam em contato direto com o conhecimento na área de conteúdos, em seu aspecto sistêmico e textual. Para tanto, estímulos que remontem à dinamicidade da sociedade contemporâneas global, tais como os instrumentos midiáticos impressos, televisivos e de informática, servirão de subsídio para alavancar o processo de aprendizagem e utilização da Língua Estrangeira Moderna – Espanhol. Com o intuito de aprimorar as estratégias específicas da oralidade, os alunos poderão interagir com textos orais de diferentes discursos, exercendo uma prática discursiva da oralidade que vá alem do uso funcional da língua, possibilitando um aprendizado sólido que lhe permita expressar ideias em Língua Espanhola adequando a variedade linguística para as diferentes situações, garantindo assim, a prática de sua cidadania. Com relação à escrita, é importante que o docente direciona as atividades de produção textual, explicitando os objetivos e situações em que o texto produzido pode ser utilizado, garantindo sua finalidade dinâmica dentro da sociedade. O trabalho com textos de carácter pratico privilegiará a produção do dialogo sócio-histórico-ideológico, fundamental para a construção do texto e de sua coerência. No que se refere à pratica da leitura, as diferentes linguagens denotarão o aparato de estudo, como linguagem na forma verbal e não-verbal: iconográfica (imagens, desenhos, filmes, charges, outdoors), cinética (sonora, olfativa, tatil, visual, gustativa) e alfabética. Da mesma forma que no ensino da Língua Materna, no ensino da língua Estrangeira Moderna, os diferentes niveis de leitura possibilitam identificar os elementos da construção do texto, localizar as informações explicitas, subentender asa ideias implícitas, fazendo ligação entre o conhecimento do educando e o texto, de modo que seja possível estabelecer relações intertextuais. A diversidade de gênero textuais, objeto do trabalho promoverá a realização de atividades diversas, para que seja analisada a função de que cada texto, a distribuição de informações, o grau de informação, a intertextualidade, os elementos coesivos, a coerência e por ultimo, mas não menos importante, a gramática. O ensino não deve priorizar a gramática para trabalhar com o texto, mas também, não pode abandona-la. Os gêneros discursivos possibilitam a contextualização dentro das variadas esferas sociais de circulação. Dai a importância destes para o trabalho na escola e desenvolvimento de seus interlocutores no processo de aprendizagem. Com o intuito de privilegiar a pratica do discurso, evidencia-se a necessidade da presença de interlocutores em interação com outros discursos, de modo que os gêneros do discurso possam construir as falas e se organizar historicamente a partir de novas situações de interação verbal. Atentando para a utilização de vários tipos de textos, destaca-se o enfoque na elaboração de atividades diversificadas como: leitura de poemas em jogral, jogos musicas, filmes, dentre outras . Esse trabalho subsidiará a distinção das formas linguística, que permitirá observar a flexibilidade e variação de contextos conforme situação do discurso. Além do gênero deverá observar o aspecto cultural e interdiscurso que cada texto possui qual sua influência na nossa cultura e de outros países,para quem foi escrito, quem escreveu, com qual abjetivo, etc. Quanto a variedade e análise linguística, o texto não simboliza um pretexto para ensinar gramática. Sua utilidade vem bem alem disso: produzir significados por meio das palavras ou frase por frese como agramática sugere. Outras formas de aprendizagem se verificam através de pesquisas que possibilitem ao aluno saber mais sobre o assunto, discussões para aprimoramento do idioma e valorizaçãoda pesquisa feita e produção textual em que o aluno produzirá seu texto em língua estrangeira com ajuda do professor. Assim por meio da leitura e pretendendo-se formar um leitor ativo, o trabalho com a Língua Estrangeira Moderna- Espanhol vislumbrará a abordagem da nova língua em carácter sistêmico e contextualizado. Na escrita, utiliza a linguagem em situação de comunicação escrita na produção de texto verbais as atividades de produção textual definindo em seu encaminhamento qual o objetivo da produção e para quem escreve o que se escreve em situação reais. Já no que se refere à oralidade , os alunos expressarão suas ideias em língua Espanhola Adequando a variedade linguística para as diferentes situações do dia a dia. 4 - AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO A avaliação em seu caráter conceitual será efetivada diagnóstica e formativamente, estando profundamente relacionada com o processo de ensino – aprendizagem. Permitira uma analise e possível retomada do trabalho docente, permitindo também constatar os avanços dos alunos diante do trabalho realizado. È um elemento de reflexão continua do professor sobre sua pratica educativa e revela aos alunos seus progressos, possibilidades e suas dificuldades. Assim, é precisos considerar as diferentes naturezas de avaliação diagnostica, continua e dialógica. Continua, porque pode ocorrer em todo o processo ensino -aprendizagem; diagnóstica, porque tem como finalidade detectar dificuldades que possam gerar ajustes ou mudançasda prática educativa; dialógica, porque não se aplica apenas aos alunos, mais principalmente ao ensino que se oferece. A avaliação deve ser articulada com os objetivos específicos e conteúdos definidos pela escola, respeitando as diferenças individuais. A diversidade nos nos formatos da avaliação deve oferecer oportunidade para que o aluno demonstre seu progresso. Sendo assim, avaliar é recolher informações que devem servir para duas finalidades básicas: apresentar para os alunos seu progresso, avanços, dificuldades e possibilidade no processo ensino-aprendizagem, e fornecer subsídios que possibilitem ao professor analisar sua pratica em sala de aula, procurando melhorá-la dia após dia. Serão realizadas avaliação nos quatro bimestres, com atribuição de notas e, posteriormente, uma média, as quais estarão divididas em oralidade, leitura, escrita,pesquisa em sala se aula, trabalho em grupo e/ou individual para progressão dos alunos, de acordo com o estabelecido no projeto politico pedagógico da escola em acordo com as DCEs. Na escrita sera avaliado a clareza com que o educando expressa suas ideias, se organiza textos coerentes e coesos, atendendo as situações propostas como gênero e interlocutor, consiga utilizar adequadamente recursos linguísticos como pontuação substantivos, adjetivos, verbos, pronomes, entre outros. Na leitura será avaliado a compreensão de texto lido, informações explicitas e implícitas no texto, a ideia principal do texto, e as informações pertinentes ao uso do discurso. Na oralidade será avaliada entonação, pausas, gestos,coerência na apresentação das ideias, utilização da linguagem formal,diálogos, gêneros orais trabalhados, entre outros. Assim, para a avaliação dos alunos do CELEM serão utilizados provas objetivas, discursivas, leitura de textos de diversos gêneros textuais, debates, seminários,trabalho individualizado e em grupo e pesquisa, objetivando o desenvolvimento e a compreensão da língua Espanhola. A recuperação será oferecida de forma paralela a todos os alunos com revisão de conteúdos e aplicação de uma nova avaliação mantendo a nota de maior valor. Para a progressão e certificação dos alunos será exigida a frequência mínima de 75% ( setenta e cinco por cento), 6,0 (seis vírgula zero) pontos por bimestre, totalizando 24,0 ( vinte quatro vírgula zero) pontos, anuais. Para alcançar estes pontos, as atividades avaliativas seguirão os seguintes critérios: a) atividades escritas (provas, relatórios, sínteses), com valor de 0,0 a 4,0; b) atividades orais (seminários, debates, palestras, provas), com valor de 0,0 a 3,0; c) atividades pesquisas (bibliográfica, trabalho individualizado e em grupo), com valor de 0,0 a 3,0. 5- REFERÊNCIAS BARROS,Diana Luz de. Contribuições de Bakhtin às teorias do discurso. Dialogismo e construção do sentido. Beth Brait (org.) Campinas: UNICAMPI. 1997; LEFFA, V. J. O Ensino de Línguas Estrangeiras no Contexto Nacional. Contexturas: APLIESP, nº.4,p. 13-24,1999; PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Estrangeira Moderna para a Educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Livro Didático Público – Língua Estrangeira Moderna – Ensino Médio. Curitiba; PAZ, Rodrigo Luz. La Expresión em la clase de E/LE. Santiago de Compostela. Espanha. 23-6. Set. 1998; PICANÇO, D. C. L. História, Memória e Ensino de Espanhol. 2003. In: PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares da educação Básica – Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR. REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR. ATIVIDADE DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR PROGRAMA VIVA A ESCOLA ATIVIDADE: Língua Portuguesa – Atividades Literárias NUCLEO DE CONHECIMENTO / DISCIPLINAS CONTEMPLADAS: Cientifico – Cultural, Língua Portuguesa. JUSTIFICATIVA: De acordo com as Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa a linguagem é vista como fenômeno social, pois nasce da necessidade de interação entre os homens. E como prática social que se efetiva nas diferentes instâncias sociais, a linguagem é carregada de conteudo ideológico, podendo ser instrumento de dominação ou de exercício de cidadania. Ou seja, por um lado as classes dominantes utilizam a linguagem para exercerem seu poder; por outro lado as classes menos favorecidas também podem fazer uso da linguagem a seu favor, para reivindicar seus direitos. Porém para isso é preciso compreender os discursos que nos cercam e ter condições de interagir com esses discursos, isto é, ter competência linguística para adequar a linguagem a diferentes situações de interação. Todavia, o que se observa em muitos de nossos alunos do Ensino Fundamental é uma grande dificuldade de compreender os textos que leem e de pôr no papel suas idéias. Diante de tal situação, justifica-se uma ação pedagógica referente à linguagem pautada na interlocução, com atividades que possibilitem ao aluno a leitura e a produção oral e escrita, bem como a reflexão e o uso da linguagem em diferentes situações. Para tanto, propomos um trabalho com sequências didáticas que priorizem a prática, a discussão e a leitura e compreensão de textos das diferentes esferas sociais (jornalística, literária, publicitária...), ou seja, além dos textos literários serão utilizados textos que circulam no meio social em que os alunos estão inseridos. OBJETIVOS DA ATIVIDADE: - Promover o amadurecimento do domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita; - Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a cada contexto e interlocutor, reconhecendo as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e propiciando a possibilidade de um posicionamento diante deles; - Compreender os textos lidos; - Localizar informações explícitas nos textos; - Expressar suas ideias de forma clara; - Utilizar adequadamente a pontuação nas produções escritas. - Posicionar-se argumentativamente na defesa de seu ponto de vista; - Reconhecer e empregar os elementos composicionais dos gêneros estudados. CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO Alunos matriculados no Ensino Fundamental do Colégio Estadual Abraham Lincoln, que estudam no período matutino, priorizando aqueles que apresentam maiores dificuldades na leitura e na escrita. ATIVIDADE DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR PROGRAMA VIVA A ESCOLA ATIVIDADE: Matemática - Dinâmica de Jogos e Aprendizagem. NUCLEO DE CONHECIMENTO / DISCIPLINAS CONTEMPLADAS: Expressivo – Corporal; Matemática. JUSTIFICATIVA: A matemática desde muito tempo é concebida erroneamente por muitos, como algo distante ou ainda, passível de compreensão apenas a uma parcela privilegiada da humanidade. Tabus foram se criando e uma concepção distorcida da aprendizagem matemática vem passando de geração em geração. Entretanto, a matemática está presente em relações sociais cotidianas e não compreende uma forma de aprendizado inatingível aos alunos. Ocorre porém, que a matemática deve ser apreendida de forma gradativa, sem que se perca o que é básico, na busca do mais complexo. Observando essa dimensão da aprendizagem matemática, constata-se a importância de se abstrair para compreender, mesmo que o que esteja em pauta sejam conhecimentos básicos. Na verdade, o que desencadeia a dificuldade no aprendizado da matemática está intimamente relacionado à falta de construção sólida e consistente do que se considera básico na matemática. Nessa perspectiva, e com a intenção de otimizar essa aprendizagem, se propõe o atendimento a alunos que demonstram dificuldade em aprender os conteúdos relativos a essa disciplina, de modo que estes estejam em contato direto com a experimentação matemática. Assim, o apoio a essa aprendizagem se dará como em laboratório, permitindo a experimentação, através de interações dinâmicas e inclusive de jogos. A prática de jogos associada à matemática corrobora a dimensão do ato de aprender, de maneira que o que é ilustrativo, lúdico e possibilita a experimentação fica mais presente no consciente humano, garantindo novos aprendizados. Fato que prepondera na nova abordagem matemática, como etnomatemática; resolução de problemas e modelagem matemática. Com essa diferenciação metodológica no trabalho com a matemática, os alunos que sentem dificuldades nessa área (matemática) terão disponíveis maiores recursos para solidificar seu conhecimento e concretizar a aprendizagem. OBJETIVO DA ATIVIDADE: - Reconhecer na matemática trabalhada em sala de aula, situações do cotidiano; - Buscar soluções para problemas enfrentados no dia-a-dia, através da abordagem matemática e da resolução de problemas; - Vislumbrar na prática de jogos a compreensão matemática; - Explorar os recursos midiáticos, adequando situações cotidianas à compreensão da matemática; - Tomar como foco de estudos o universo matemático dentro da perspectiva lúdica; - Compreender as relações matemáticas através da convivência coletiva e da experimentação de jogos; - Incorporar a matemática básica como subsídio para o aprendizado matemático subsequente; - Conceber a matemática como prática cotidiana. CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO: Os alunos serão selecionados para participarem desse programa, conforme identificação de necessidade de aprimorar a abstração na compreensão matemática, priorizando inclusive, os que apresentam maiores dificuldades na disciplina de Matemática. Ainda atentaremos para a questão da socialização, uma vez que a prática de jogos poderá subsidiar a integração social dos participantes. Poderão participar alunos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. ATIVIDADE DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR PROGRAMA VIVA A ESCOLA ATIVIDADE: Geografia e Música: uma Forma de Cidadania NUCLEO DE CONHECIMENTO / DISCIPLINAS CONTEMPLADAS: Cientifico – Cultural; Geografia e Arte. JUSTIFICATIVA: A presente proposta justifica-se por trazer para o ambiente escolar a cultura musical como ferramenta auxiliar na educação, pois a interdisciplinariedade está relacionada ao conceito de contextualização sócio-histórica e espacial como princípio integrador do currículo. Isto porque ambas propõem uma articulação que vá além dos limites cognitivos. A importância da música e do canto no processo pedagógico, contribui para que o conhecimento ganhe significado para o aluno. Na perspectiva geográfica, a música traz em si aspectos regionais de um determinado grupo, bem como sua identidade. Proporciona a socialização, a criatividade, a coordenação, a memorização e muitos outros elementos auxiliares ao desenvolvimento do aluno no ambiente escolar, tanto dentro quanto fora da sala de aula. Através da música, o professor pode perceber traços da personalidade do aluno, seu comportamento individual em grupo, e seu desenvolvimento. Por isso, ao trabalhar uma determinada música é importante contextualizá-la, apresentar suas características específicas e mostrar que as influências de regiões e povos misturam-se em diversas composições musicais. Essa situação permite ao educador, um melhor direcionamento para a aplicação do seu trabalho pedagógico. OBJETIVO DA ATIVIDADE: Visualizar a música como canal legítimo de expressão e ou denúncia de problemas sociais tão comuns no cotidiano dos alunos; - Reconhecer a prática da música como tarefa coletiva de desenvolvimento da solidariedade social; - conscientização e aprimoramento da percepção sensorial da imaginação e da criatividade. CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO: Poderão participar do programa/música o aluno que estiver devidamente matriculado no Colégio Estadual Abraham Lincoln, com prioridade aos alunos que se encontram em situação de vulnerabilidade social, e se identificarem com a proposta estabelecida. ATIVIDADE DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR PROGRAMA VIVA A ESCOLA ATIVIDADE: O Teatro na Escola NUCLEO DE CONHECIMENTO / DISCIPLINAS CONTEMPLADAS: Expressivo – Corporal; Arte e Educação Física. JUSTIFICATIVA: A presente proposta justifica-se por trazer para o ambiente escolar a cultura teatral como ferramenta auxiliar na educação, pois proporciona a socialização, a criatividade, a coordenação, a memorização, o vocabulário e muitos outros elementos auxiliares do desenvolvimento do aluno no ambiente escolar, tanto dentro quanto fora da sala de aula. Através do teatro, o professor pode perceber traços da personalidade do aluno, seu comportamento individual e em grupo, e seu desenvolvimento. Essa situação permite ao educador, um melhor direcionamento para a aplicação do seu trabalho pedagógico. Justifica-se ainda a nessecidade da manutenção do Programa Viva Escola, uma vez que o mesmo foi bem aceito e as atividades propostas foram satisfatórias. OBJETIVO DA ATIVIDADE: - compreender o teatro em suas dimensões artística, estética, histórica, social e antropológica; - compreender a organização dos papéis sociais em relação aos gêneros (masculino e feminino) e contextos específicos como etnias, diferenças culturais, de costumes e crenças, para a construção da linguagem teatral; - improvisar com os elementos da linguagem teatral; - pesquisar e otimizar recursos materiais e humanos, disponíveis na própria escola e na comunidade para a atividade teatral; - estabelecer relação de respeito, compromisso e reciprocidade com o próprio trabalho e com o trabalho de colegas na atividade teatral na escola; - reconhecer a prática do teatro como tarefa coletiva de desenvolvimento da solidariedade social. -conscientização e aprimoramento da percepção sensorial da imaginação e da criatividade. -desenvolvimento da psicomotricidade. CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO: Poderão participar do programa/teatro o aluno que estiver devidamente matriculado no colégio Estadual Abraham Lincoln, com prioridade aos alunos que se encontram em situação de vulnerabilidade social .