(011) 01/01/2011 - Edição 36
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(011) 01/01/2011 - Edição 36
Revista do Grupo de Poetas Livres www.poetaslivres.com.br Difundindo a poesia e fazendo amigos Ano XII - Nº 36 - Janeiro a Julho de 2011 Distribuição gratuita IMPRESSO Ventos do Sul Índice Editorial Bandeira do Grupo Viajando com Poesia In memoriam Homenagem Concursos: Resultado Poesias d’ Além-Mar Colaborações de amigos e associados Sócios correspondentes De braços abertos... estamos! Aos Poetas Mortos... Descobrindo...Jovens Poetas Promovendo...Poetas do Grupo Biblioteca Maria Vilma Nascimento Campos Aconteceu Expediente 3 4 4 5 6 8 12 14 15 18 23 24 25 36 38 44 ORAÇÃO DO POETA (*) HINO DOS POETAS LIVRES (*) Dá-me, Senhor, as palavras certas para que eu possa expressar o amor pela vida e pela humanidade. Dá-me inspiração para mostrar que somos todos irmãos. Aponta-me, Senhor, o caminho da compreensão do mundo. Permite-me apresentar as belezas da vida, as dores do mundo, as injustiças sociais e exprimir o que me vai na alma. Autoriza-me a falar as verdades do coração. Abençoa, Senhor, minhas palavras para que possam atingir aqueles que amam a vida e a Arte. Faz com que todos sintam, por meu intermédio, que só o Amor maior pode revolucionar o mundo e que esta revolução de Paz venha por meio da Poesia. A E7 /. Faz bem sonhar A Poetar é bom F#m E A No G P L tenho união, amor e paz. /. (estribilho) C#7 F#m Com a rima penso a vida E A Com o metro ajudo a fala F#m Bm Nos versos livres meu coração E A Vai ao teu e diz assim: D A Poetas Livres, meu grupo amado F#m Bm Que me transporta e me aconchega E A Com ternura noite e dia. F#m Bm Nas linhas do “Ventos do Sul” E A Meus escritos dizem paz Bm E A Voando em rumo do saber que o amor traz. Bm E A Dizendo ao mundo a oração da poesia. ZEULA SOARES (julho de 2009) (*) Autoria de Zeula Soares, do GPL. Instituída através da Portaria 02/2009, assinada pela vicepresidente Heralda Victor, em 7 de agosto de 2009. (*) Hino Oficial do Grupo, letra e música de José Cacildo Silva. Instituído por Portaria n.3/2009, de 4 de setembro de 2009, assinada pela vicepresidente Heralda Victor. 2 Editorial Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e viver com ousadia, pois o triunfo pertence a quem mais se atreve. E a vida é muito para ser insignificante. (Charles Chaplin). Caros amigos, O ano de 2011 assinalou em abril o aniversário de 13 anos do Grupo de Poetas Livres. Neste ano já no primeiro semestre, duas coisas boas aconteceram. A Edição do Número 26 do Projeto VIAJANDO COM POESIA, com o apoio do JORNAL NOTICIAS DO DIA, RIC RECORD, PREFEITURA MUNICIPAL-SMTT, parceiros que nos ajudam a levar o nosso lema adiante: “Difundir a poesia e fazer amigos”. Um agradecimento especial ao senhor MARCELLO CORRÊA PETRELLI e toda a sua Equipe de Marketing pelo belo trabalho gráfico. Outra novidade é a BANDEIRA DO GPL, em página especial nesta Revista, por proposição da vicepresidente Heralda Victor. Tanto o Projeto “Viajando...” quanto a Bandeira, em páginas especiais neste número. Novos amigos se integram na página “De braços abertos...estamos” e uma página especial para os amigos d´além-mar, nossos queridos poetas portugueses António José Barradas Barroso, Carmo Vasconcelos e Eugénio de Sá. Confiram. Um novo concurso , o 6º On-Line de Poesias com o tema A CASA CAIU e nova edição, a 7ª. do Concurso LIBERTE-SE...NAS ASAS DA POESIA, com Tema Livre, este direcionado aos internos do Presídio Regional de Tijucas, concurso coordenado desde o primeiro número, pela associada do GPL, profa. Márcia Reis Bittencourt, além do 1º Concurso “LIBERTE-SE...NAS ASAS DA POESIA”, com o envolvimento dos alunos do CEJA do Complexo Penitenciário de Florianópolis. Este Concurso teve a Coordenação da Profa. Maria da Graça Costa Steinbach. Em páginas especiais, os resultados dos concursos. O Primeiro Sarau na Câmara de Vereadores, após Sessão Conjunta Câmara de Vereadores e Academia Desterrense de Letras em que nossa associada correspondente Leatrice Moellmann recebeu o Prêmio Vilson Mendes de Literatura. O Sarau no Espaço Cultural Governador Celso Ramos, do BRDE, marcando os 50 anos daquele Banco, sentiu também a presença do Grupo com seus poetas interpretando suas criações. A mudança de sala do Grupo de Poetas Livres, na Biblioteca Pública Municipal Professor Francisco Barreiros Filho, com as benfeitorias que a Secretaria Regional do Continente promoveu para, enfim, transformar aquele espaço em um Centro Cultural do Continente, merece registro. Espaços estão se adequando às aulas de informática, canto, dança, cursos de artesanato, sala para exposições, a nova sala infantil, a reforma do auditório Abelardo Sousa, há muito sendo solicitada, finalmente sairá, tudo em prol da comunidade. Iniciativas que merecem neste Editorial, os nossos cumprimentos. Apreciem mais um número da Ventos do Sul, feita com carinho para todos que apreciam a poesia. “Faço poesia p´ra sentir o vento Refrescar-me a face enruguecida, P´ra lançar louvores ao dom da vida, Para correr o mundo, em pensamento”. (António José Barradas Barroso, Parede, Portugal) [In:Faço poesia,p.103 de “...antes que chegue o inverno”] Profa.Maura Soares Presidente 3 Portaria 01/2011 Institui a Bandeira do Grupo de Poetas Livres e dá outras providências. A presidente do Grupo de Poetas Livres, de Florianópolis, Profa. Maura Soares, no uso de suas atribuições, RESOLVE: Instituir a BANDEIRA DO GRUPO DE POETAS LIVRES. Art.1º - Por proposição da vicepresidente do GPL, Heralda Victor, apresentada e aprovada em reunião do Grupo dia 31 de março de 2011, fica instituída a Bandeira do Grupo de Poetas Livres, de Florianópolis, SC. Art.2º - A referida Bandeira idealizada e executada pelo poeta e artista plástico Cacildo Silva, membro do Grupo de Poetas Livres, terá as seguintes características: a) Um retângulo branco. O ângulo superior esquerdo e o ângulo inferior direito são representativos na Bandeira Nacional Brasileira, na cor verde. As duas faixas (superior e inferior) são representativas na Bandeira do Estado de Santa Catarina e na Bandeira do Município de Florianópolis, na cor vermelha. Nas laterais, inferior esquerda e superior direita, o branco fica em aberto com o fundo, num simbolismo icônico de liberdade (Poetas Livres). b) No centro da Bandeira, o escudo do Grupo, posicionado num circulo, na ideia de união. c) O lema do Grupo “Difundindo a Poesia e fazendo amigos”, ornamenta o círculo. d) A bandeira brasileira segue uma proporção de: 20cm por 14cm; ou 40cm por 28cm; ou 60cm por 42cm. A Bandeira do GPL poderá ser elaborada num destes parâmetros. Art.3º - A Bandeira do GPL será confeccionada em tecido, por empresa especializada em confeccionar artigos dessa natureza, obedecendo o que preceitua o Art. 2º e seus itens. Art.4º - Do uso da Bandeira do Grupo de Poetas Livres: a) A Bandeira do GPL deverá ser hasteada em Sessões Solenes, em mastro próprio, na presença ou não das Bandeiras do Brasil e do Estado de Santa Catarina e ou do Município de Florianópolis. b) Na presença da Bandeira do GPL poder-se-á, nas Sessões Solenes, invocar o Hino dos Poetas Livres, autoria e arranjo do escritor, poeta e membro do GPL, Cacildo Silva, no início dos trabalhos. c) A critério do cerimonial das Sessões Solenes, poder-se-á, na presença da Bandeira do GPL, apresentar a Oração dos Poetas, no início ou no seu término. d) Ao termino das Sessões Solenes, a Bandeira do GPL deverá ser dobrada, por dois membros do Grupo, na ritualística forma de triângulo e guardada desta forma junto ao acervo do Grupo. Esta Portaria entrará em vigor após aprovada pela Diretoria e referendada em reunião Plenária. Aprovada. Florianópolis, 14 de Abril de 2011 Seguem as assinaturas, dispensadas nesta publicação. Diretoria: Prof.Maura Soares – Presidente Heralda Victor – Vice-presidente Eunice Leite da Silva Tavares – 1º. Secretário José Luiz Amorim - 2º. Secretário Adriana Cruz - 1º. Tesoureiro Licinho Campos (*) - 2º. Tesoureiro. Edmar Almeida Bernardes responsável pelo site Cacildo Silva - Idealizador e Executor do Projeto da Bandeira (*) Adelício Manoel Campos Viajando com Poesia O Projeto Viajando com Poesia, ideia de Adriana Cruz, foi inspirado em dois Projetos da Prefeitura “Poesia de Passagem” e “Dê carona a Cruz e Sousa”. Logo após a fundação do Grupo, em 1998, foi posto em prática. “Viajando com Poesia” este o título que já está na sua 26ª. Edição. Quando apresentado à Prefeita Angela Amin, ao Núcleo de Transportes da PMF e sem custo para a Prefeitura, obteve o apoio do Café Melitta, da Importadora e Exportadora Souza, das Organizações Koerich, da Rede SC/SBT, Jornal Notícias do Dia, RIC RECORD, Revista Its, nas suas diversas edições. O Grupo somente lucra com a divulgação da poesia, porém nenhum numerário aos seus cofres, pois esta era e é a ideia. Em forma de adesivos, os poemas dos membros do GPL circulam nas janelas dos mais de 400 coletivos da capital. Os últimos números, contando com a competência do Departamento de Marketing da RIC RECORD tem recebido muitos elogios. O Grupo aproveita o espaço e agradece a Secretaria de Transportes e Terminais pelo apoio desde a 1ª edição. Damos um exemplo, escolhendo um dos 10 contemplados nesta edição de 2011. O adesivo de sua idealizadora, Adriana Cruz, agradecendo pela ideia. 4 In memoriam Em 2007, Heralda Victor lançou a 2ª.edição revista e ampliada de sua obra “Quando as estrelas mudam de lugar”. Publicou na página 131, texto do nosso Manolo, que transcrevo. Aos nossos poetas, a eterna saudade. Procuraremos, sempre que possível, estampar em uma página poemas de autores, amigos ou não do GPL, já falecidos, independente de terem sido destacados na página “Aos Poetas Mortos...”. Iniciamos com os associados Áureo Corrêa e Manoel Teles e o poeta catarinense Feliciano Guimarães, destacando uma obra de cada. PROESIA “Apropriadamente intitulaste teu livro “Quando as estrelas mudam de lugar”, em consonância com o conteúdo do texto. Mas se tivestes querido privilegiar a forma, também poderia intitular-se: PROESIA (Simbiose de Prosa e Poesia, a LITERATURA). Maravilhoso livro. Mais uma comprovação de que nem todo livro grande é um grande livro, nem todo livro pequeno é um pequeno livro, basta lembrar “O VELHO E O MAR”, “O PEQUENO PRÍNCIPE” e outros... “QUANDO AS ESTRELAS MUDAM DE LUGAR” é um pequeno grande livro. Parabéns! Li teu livro numa sentada, tal a tua atração, emocionado pelo teu sofrido drama na grande perda, tua força de superação na volta para a vida e a admiração pela espontânea maestria literária ao relatares tua comovente Odisséia.Finda a leitura verifiquei que o espelho do meu quarto estava embaçado por lágrimas e umedeceram meus olhos vedando a imagem, puxando lembranças... A leitura do teu livro nos tornou solidários na dor, confiantes na vida, impregnados da certeza do feliz reencontro na eternidade...” HERALDA SENHOR, EU NÃO MEREÇO! Lutando com a insônia, que há muito me perseguia, Com a mente extenuada e o corpo cansado, quase ao romper do dia, Em devaneio, desmaiei, dormi, caindo em reparador sono, pesado! De repente, vi surgir alguém, uma Divinal Criatura ao meu lado. De bela aparência, vestia uma túnica de alvo algodão, Parecia ter baixado das nuvens, talvez eclodido do chão. Mal refeito daquela inesperada e mística visão, Sem refletir, disse-lhe:- Senhor! Penso que já o conheço. Agora dás curso à difusão de tua escrita. Na escrita da andorinha o pássaro desenhou O suave e belo fluido, que o papel transbordou Inebriando-nos de alegria por tua merecida dita. Teus poemas são versos bem rimados, Congelas neles tua vivência pela terra: Tua dor, alegria, amor, desencontros, procelas. Frutos são do teu esforço bem talhado. Teus versos refletem como espelhos Tua imagem, sentimentos, crenças e desejos, Concentram, eles, todos os teus amares. Teus versos são como de Amor grinalda A luzirem o teu pregão, querida Heralda, Musicando meigos e sonoros “Quintanares”. MANOEL TELES Escritor e Poeta; Membro da Academia Catarinense de Letras e Artes (ACLA) Membro Efetivo do Grupo de Poetas Livres SÚPLICA De onde e quando, não recordo, não lembro, não sei, Talvez em minhas andanças, em algum lugar por onde passei; Julgo, contudo, sejas da nobreza; certamente príncipe ou rei. Replica ele: - Não sou príncipe, não sou rei, mas que me conheces, eu sei! Sou aquela pessoa que viste pregado em uma cruz, Eu sou o Salvador, sou o Cordeiro do senhor, eu sou JESUS! Tu me chamaste, aqui estou! Eu vim de longe, vim do infinito, Afim de atender teus gritos; ao ouvir distante, teus brados aflitos. SENHOR! Eu Te agradeço, contudo, Teu sacrifício não mereço! De joelhos, ao beijar-lhes as mãos, a custo bradei:- PAI! Perdão! Levanta-te, diz ele. –Aqui estou para transmitir-te meu calor, Afim de ver brotar dos teus lábios, alvissareiro e feliz sorriso, E de tua alma, com dignidade e nobreza, eclodir o A M O R! Escrito para a Valdira querida Quando eu não mais tiver a desejada Ventura de encontrar no teu amor O bálsamo que deste à torturada Alma que tinha mergulhada em dor; Quando por outro fores cortejada, Um que te dê o que melhor te for, Sê generosa e boa: a punhalada Não me dês pelas costas, por favor. Não me abandones sem dizer adeus! Que nos dias finais dos dias meus A tua imagem no meu sonho assome. Quero esses dias do final da vida Viver da vida já por nós vivida, Quero morrer a bendizer teu nome. ÁUREO CORRÊA DE SOUZA 28 de dezembro de 2006. Bauru, SP FELICIANO MARQUES GUIMARÃES [In: “Chinelos, versos de um poeta apaixonado”,pág.70] 5 Homenagem Prof. Celestino Sachet,em Palestra no Grupo de Poetas Livres,dia 19 de maio de 2011 (veja no “Aconteceu”), inaugurando o púlpito do GPL, idealizado e realizado por Cacildo Silva, poeta do GPL e artista plástico Cartas do Celestino Antes da transcrição de duas cartas que enviou ao GPL, numa forma de agradecer o apoio ao Grupo, uma pincelada de sua Biografia. “Como ele, Celestino Sachet, também nasci em Janeiro, mas somos de signos diferentes; ele, aquariano, aqueles que possuem visão de cem anos à frente e eu, capricorniana. Ele, nascido em Nova Veneza, sul do Estado e eu em Florianópolis. Diz o professor Sachet em um site: “Nova Veneza, à época (1930), uma vilazinha encostando na Serra Geral e cortada por um rio, título de poema: Rio Mãe Luzia. Era um poema verde-azul; hoje, um esgoto amarelo-escuro com a água de carvão que lhe misturou enxofre mal-cheiroso, veneno mortal para qualquer ramo de vida.” Quis o Destino que ele fosse meu professor no Curso Clássico, de Espanhol e Francês e, depois, na 6 Faculdade de Pedagogia, quando tentava me habilitar em Supervisão Escolar. Depois nos encontramos no Conselho Estadual de Cultura e no Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina. Celestino em 1942, comprou sua primeira revista, na cidade grande, Criciúma, Seleções do Reader´s Digest (que também li muito, chegando a comprar duas coleções encadernadas). Para ele abriu-se o mundo com o Latim, o Francês, o Inglês, o Espanhol, a Literatura, a Filosofia e a disciplina impostas pelos professores Henrique da Silva Fontes e Aníbal Nunes Pires. Especializou-se em Lovaina, na Bélgica; o doutorado no México; o pósdoutorado, nos Açores, em Portugal. Professor da UFSC e UDESC, tendo sido Reitor nesta última. Exerceu o magistério na Universidade Nacional de Formosa, na Argentina. Homenagem Seu mundo preferido: a sala de aula. O que ele não faz com um quadro negro e um giz! Os olhos brilhantes de seus alunos fazem com que seu sonho se realize, o de transmitir conhecimento. Autor de cinco livros didáticos, escreveu também roteiro para a TV no programa “Santa Catarina:100 anos de história”, que foi ao ar de 1º. de dezembro de 1996 a 31 de dezembro de 1999. Este homem das letras, casado com a doce Terezinha há mais de 5 décadas, avô de 4 netos(assim está no site), uns 20 livros publicados e outros tantos a produzir, pois fôlego tem, revela um segredo, o de só conseguir escrever à mão. Diz :“É que a palavra, para mim, é como se fosse barro que eu preciso dar forma para transformá-la em tijolo; de tijolo em tijolo, a parede; de parede em parede, a casa, o livro”. Aqui, uma pincelada deste senhor professor, acadêmico, historiador que lega aos seus discípulos a disciplina, a ordem e o gosto pelos estudos. Pessoalmente, agradeço ao professor Sachet ter-me encaminhado pelo espanhol e pelo francês, dois idiomas maravilhosos. Até hoje ainda consigo declamar o poema de Chapeuzinho Vermelho, em espanhol. Uma pincelada: “Caperucita, la más pequeña/De mis amigas, ¿en dónde está?/ - Al viejo bosque se fue por leña,/ Por leña seca para amasar./ - Caperucita, di, ¿no há venido?/ ¿Cómo tan tarde no regresó?/ Tras ella todos al bosque han ido,/ Pero ninguno se la encontró “ (e por aí vai o poema). A primeira carta datada de 8 de março de 2011, recebida em 11 de março e lida em reunião. A segunda, datada de 1º. De abril de 2011, recebida em 6 de abril e, igualmente, lida em reunião. Ambas manuscritas. Por proposição da vice-presidente Heralda Victor e aprovada por todos para figurar nesta RVS, transcrevemos. 8 de março de 2011 1º de abril de 2011 Prezada Maura Prezada Maura Grato pelo “Ventos do Sul”, n.35 – julho a dezembro de 2010. São 44 páginas de atividades literárias não só do Grupo de Poetas Livres mas e, principalmente, de poetas espalhados pelo Estado, pelo Brasil e pela Europa. Detive-me na leitura de muitos poemas – não todos – mas da grande maioria. É impressionante! Apesar das (quase) mil ferramentas eletrônicas que invadiram nossas casas como os cupins de antigamente – e ainda hoje – é impressionante como o poema impresso em papel, ainda bem, reina soberano e forte cantando versos e ritmos viajados dos quatro pontos cardeais. Dois poemas desta vez, curti – e curto ainda – o texto de Manuel Gonzalez Alvarez – Espanha – “Las acácias tienen alma/ las he oido queparse/ en la tarde callada”. Ah! Esses poetas! Descobrem almas nas árvores e descobrem queixas e vozes dentro da tarde que fica em silêncio para melhor curtir a alma e as vozes das árvores! E que lição! As criaturas humanas já não tem mais nada a dizer. Maura, poeta, diz às acácias que tu tens mil vozes para conversar com elas e com as tardes. Um abraço – com vozes – do Celestino 7 Recebi tua carta de 13 de março p.p. que a acompanhou a VI Antologia do Grupo de Poetas Livres que você dirige com tanto zelo e sucesso. Como sempre um importante documento de 170 páginas na história e na poética da literatura dos catarinenses, não só pela pequena amostra – e não podia ser maior! – pela pequena amostra de cada autor mas e principalmente pela biografia e bibliografia da quase meia centena de autores presentes. Já imaginou daqui a 50 anos – e 50 anos é apenas depois-deamanhã! – a importância dos dados que as 6 antologias contêm? (...) Parabéns, muitos parabéns pelo invejável trabalho que estão desenvolvendo. Com os cumprimentos do Celestino. Concursos: Resultado 1º Concurso “Liberte-se...nas Asas da Poesia!” Pela primeira vez temos o Concurso efetuado junto aos internos do COMPLEXO PENITENCIÁRIO DE FLORIANÓPOLIS, com o tema Livre dentro do Projeto “Liberte-se...nas Asas da Poesia!” totalmente dedicado aos poetas emergentes que se encontram cumprindo suas obrigações para com a sociedade. A Coordenação esteve a cargo da Prof. Maria da Graça Costa Steinbach e a Comissão Avaliadora composta de membros do GPL, contou com Licinho Campos, Eunice Leite da Silva Tavares e Maura Soares, que analisaram 25 (vinte cinco) poemas de 11(onze) concorrentes. O Regulamento do concurso cita que somente (3) três seriam classificados em 1º., 2º e 3º lugares, porém a Comissão optou por classificar mais dois poemas com Menção Honrosa. O Resultado aí está. 1º LUGAR: 2º LUGAR: MENÇÃO HONROSA HOJE, AQUI PENSO ÁRVORE DA AMIZADE OH, VIDA! Hoje, aqui penso Em um lugar sombrio e escuro, Cercado por grades e cadeados. Amanhece o dia, A tarde chega E a noite cai. Tudo dorme, Apenas o corpo descansa, Mas a mente trabalha a lembrança, As coisas boas que vivi, E tudo que deixei para trás. O tempo parou E aqui eu estou Em um lugar escuro e sombrio. Difícil de comer, Difícil de aprender, Apenas obedecer E fazer o meu dever. Hoje pago o que fiz, Tudo o que foi de mal, Com o coração gelado e apertado, Espero o que não se vê, Apenas posso sentir, Sentir novamente a sensação, A sensação da liberdade, Voar com os pés no chão Procurando recuperar, Recuperar o que perdi. Nada mais, Nada menos Do que a vontade de viver. Tão longe eu estava Tão perto eu fiquei, Achei que não encontrava, Mas a estrada encontrei. Pretendo não sair, Apenas quero seguir, Olhar sempre para trás, Não esquecer o que passei, Para não cometer o mesmo erro. Obrigado pelo tempo Pelo meu caro leitor, E apenas a reflexão Através da poesia De uma vida passada, De uma cela fria e escura De um preso que ali estava. Se algum dia o vendaval da vida derrubar a árvore da nossa amizade, espero que reste frutos de uma profunda saudade. E se nesse dia eu já não mais existir, procure-me em uma praia deserta, ou nas águas tranqüilas de um lago. Então, assim, saberá que mesmo o tempo tendo passado, eu nunca me afastei do seu lado. Oh,Vida! Quantos mistérios trazes Numa esquina Acenas fagueira Os caminhos a percorrer Nas caminhadas contigo. Risos, choros Dor, alegrias Felicidades, tristezas Traições, fidelidades Contigo oh, Vida, Aprendi que viver É correr riscos... Mas nunca nos deixas sós Sempre deixas por companheira a solidão... LÁERCIO LAURO DE SOUZA 3º LUGAR: MELHOR AMIGA PAULO CÉSAR DA SILVA A rua é minha amiga Que um dia me hospedou Onde senti a dor do espinho E o perfume de uma flor. A rua é minha amiga E um dia foi meu lar Lar que, entre flores e espinhos, Me deu coragem pra lutar. A rua é minha amiga Amiga de verdade Me ensinou o que é o amor E me mostrou o que é maldade. A rua é minha amiga Amiga com certeza Me ajudou com alegria A me livrar de uma tristeza MENÇÃO HONROSA LIBERDADE Liberdade é poder gritar Em alto e bom som Sou feliz. Liberdade é ter O poder de decidir Onde quero estar, Aonde quero ir Ou o que vou fazer. Liberdade é ter o poder De se comunicar De expressar O que se está sentindo. A rua é minha amiga E também minha liberdade O que aguardo de mansinho Pra matar minha saudade. Liberdade é tudo O que o homem enclausurado almeja: Liberdade! MAYCON ELIAS CAMARGO DE LIMA IVAN M. B. APOLINÁRIO MAURICIO DE JESUS LIMA 8 Concursos: Resultado 7º Concurso “Liberte-se...nas Asas da Poesia!” Este Concurso é totalmente dedicado ao público carcerário, com Tema Livre. Os detentos do Presídio Regional de Tijucas, alunos do Curso CEJA-Curso de Educação de Jovens e Adultos, comparecem nesta 7ª. Edição. A coordenação é da professora Márcia Reis Bittencourt, membro do GPL, e professora do Curso, naquele Presídio. Os trabalhos foram analisados por Eunice Leite da Silva Tavares, Licinho Campos, Heralda Victor e Maura Soares. Classificados em 1º, 2º e 3º lugares: 1º.LUGAR: MEUS PENSAMENTOS Meus pensamentos hoje saíram à procura de você. Rompeu as distâncias, cruzou fronteiras e por onde passava deixava as suas marcas. De saudade e de dor chamei por você. Sua resposta... O silêncio. A dor sufocou minha alma Pedi para Deus por sua presença e Deus na sua infinita misericórdia, nos seus braços me colocou. Hoje ao seu lado, agradeço a Ele por ter-me trazido Você, meu Grande Amor! DALVA MANGELA FERREIRA 2º. LUGAR: SENSAÇÃO Hoje acordei, senti como se meu coração estivesse esmagando o meu peito e ao mesmo tempo me senti como se estivesse flutuando nas nuvens. Parei por um instante e vi você ali do meu lado e percebi que aquilo que eu sentia era apenas Amor!!! (Por mais dificuldades que você passe, olhe sempre o lado bom da Vida e seja feliz!!) RENATO VIANA DE MORAIS 3º LUGAR: TEMPO Assim como para todas as coisas existe um tempo, dentro deste tempo existe o teu momento. Momento que ao vivê-lo, me perco neste tempo. E, assim, desejo que não passe o tempo nem o momento; que são combustíveis para o meu sentimento. MARCO ANTONIO ÂNGULO LUCIANO 9 Concursos: Resultado 6º CONCURSO ON-LINE DE POESIAS Tema: A casa caiu 1º. Lugar: RUINAS Quase nada restou do branco caiado Nas fortes paredes do velho sobrado Nas rachaduras expostas: (feridas do tempo) Crescem avencas e teias de aranhas Brotam suspiros, vermelhos e azuis Os musgos avançam rumo ao telhado. Subindo as paredes do antigo sobrado O vento reclama através das janelas Gemidos se libertam das pedras frias No assoalho solto, ouvem-se os passos Da dança ritmada com melodia Dos risos alegres, dos beijos ardentes Da vida que há tempos, ali existia. Quase nada restou do sótão esquecido Prisão dos meus medos Ainda hoje, vejo no que restou da janela Uma moça tristonha, chamada Maria. Quase nada restou do velho sobrado. A não ser minhas fantasias. PERPÉTUA AMORIM, SP 2º. Lugar: CORRENTEZA De repente tudo se vê com lágrimas nos olhos E tudo se mostra bem maior do que supomos O nada se parece com o vazio do que perdemos E a dor é morte, e desaba tudo o que criamos A boca cala – estarrecida – Cada palavra que não se explica E que se vai n´água das chuvas 3º. Lugar: TERREMOTO E tudo o que podemos É correr... Buscar a Fonte E – no dizer da própria pele – Nos expressar sentidos Pedir misericórdia Furiosa, Ó Terra, Tremes. Porque a casa cai como se desmancha um laço de fita Mas a esperança...Ah! A esperança! Esta sempre fica. Faminta, devoras. MARIA VALÉRIA REVOREDO, SP Fatal, apavoras. (Temo!) Forte, ignoras. Até que te acalmas. E, em meio a gritos, Vultos e lutos, Leva almas Para teu seio. (Receio!) Pois sei Que, uma vez mais, Despertarás. Presenteando ao Mar O que restou de meu lar. EDWEINE LOUREIRO DA SILVA Saitama – Japão 10 Concursos: Resultado 6º CONCURSO ON-LINE DE POESIAS Tema: A casa caiu MENÇÃO HONROSA: MENÇÃO HONROSA: ALICERCE A CASA ERA AMARELA palavras desmoronadas verbos destelhados artigos caídos adjetivos estilhaçados espalhados pelo chão de substantivos nada mais faz sentido ante o tsunami de traições e mentiras a casa caiu arrastada pela ilusão Cinzas de sonhos se espalham Nos olhares vagos das crianças Que brincavam no quintal sobrou apenas o alicerce sobre o qual são erguidos sonhos que depois são levados pelas expectativas humanas efêmeras construções do homem: paixões A terra soterra quando a água castiga A água castiga os que punem a Terra? Mas eram só crianças em suas primaveras A natureza está em guerra, na Terra, na serra Enquanto a dor berra diante das cinzas a casa caiu restou o lar restou o alicerce ...só restou o amor. A mãe não sabe onde jogar as cinzas Sombras vagam Sonhos não acordam mais Descansam em paz ANDRÉ TELUCAZU KONDO, SP Decidiu fazer uma ampulheta Cuja areia será feita de restos mortais As bonecas estão amputadas Os carrinhos, sem rodas O Natal, sem presente A casa caiu depois da enchente NATHALIA DA CRUZ WIGG, RJ Cidades dos internautas que participaram do Concurso “A casa caiu”: Ilha do Governador,RJ; Saitama, Japão; São Paulo,SP; Franca,SP; Florianópolis,SC; Ribeirão Pires,SP; Caraguatatuba,SP; Pirapetinga,MG; Rio de Janeiro,RJ; Paris, França; Americana,SP; Brasília, DF; São José, SC; Muriaé, MG; Balneário Camboriú, SC; Rio de Janeiro, RJ; Uruana,GO; Assis, SP; São José dos Campos, SP; Mongaguá, SP; Betim, MG; Frederico Westphalen, RS; Santo André, SP; Santo Amaro da Imperatriz,SC; São Paulo,SP; sem identificação de cidade o internauta Marcelo Coronato; Pato Branco,PR; Campo Grande,MS; São Pedro da Aldeia,RJ; Blumenau,SC; Paris, França; Paranaguá,PR; Pirapora, MG e Santa Cruz do Sul, RS. MENÇÃO HONROSA: O RUIR DAS HORAS Na lembrança, qual um palco imaginário, o cenário de coisas que vivi, algumas pessoas, cães, carinhos que não foram percebidos por entre as metáforas não entendidas enquanto a vida era apenas uma ordem. Na desordem da natureza do tempo que nos deteriora, perdemo-nos um pouco a cada instante e ainda à caça da felicidade para um futuro distante sem vermos que não vemos nem mesmo o momento seguinte. A casa a ruir abriga-nos dos sonhos que detemos em cada quarto que nos prende a render-nos às nossas verdades e imaginários e em cada um a quarta parede cai desvendando um cenário de expectativas desperdiçadas no que não sentimos no agora que se esvai como se fosse a lembrança daquilo que jamais existiu. PAULO FRANCO, SP 11 Poetas d´Além-Mar Cá estamos ou estamos cá a homenagear três poetas de Portugal, nossos patrícios que nos tem agraciado com seus sonetos e seus emails carinhosos: a poetisa Carmo Vasconcelos e os poetas António José Barradas Barroso, Eugénio de Sá e Odir, de passagem (que escreve de João Pessoa, PB). No intuito de divulgar os amigos, eis que também o GPL é divulgado em sua terra, assim o fazemos, neste Encontro Poético. VENTO SUDESTE (Em décimas sujeitas a mote) O mote: “Do vento do sudeste algum recado perdido na distância inatingível.” VENTO SUDESTE VENTO SUDESTE Escuto o vento enquanto a noite tenta fazer-se fria e me afastar do mundo feito todo de mar, de um mar profundo que rasteia no raso, em vaga lenta. E o vento inventa sons, e me atenta com uma voz de mulher, quase inaudível, provinda de além-mar, que faço crível mesmo que saiba ser desordenado do vento do sudeste algum recado perdido na distância inatingível.. Enquanto em seus murmúrios canta a noite, e, impudica, a lua despe prós amantes seus ternos raios de luz, acariciantes, fustiga-me a tua ausência como açoite. Não há lua nem estrela que me acoite esta dor da saudade inextinguível, este insano querer-te, irreprimível; e espero, em desespero tresloucado, do vento do sudeste algum recado perdido na distância inatingível. Escuto o vento, enquanto a noite alerta o lucilante das estrelas guias, enquanto o mar me embala fantasias, enquanto a musa dentro em mim desperta. Noite sem lua, lúbrica, deserta nos excertos do tempo irredutível, a me falar de amor quase impossível, muito embora eu já tenha descartado do vento do sudeste algum recado perdido na distância inatingível. Escuto a voz do vento, que apregoa d’outros mares cantigas amorosas lembrando versos meus, antigas prosas que à minha musa dediquei à toa. E escuto-lhe a voz, que ainda ecoa numa estória de adeus inconcebível um adeus definito, irrecorrível, ainda que ouvir me seja dado do vento do sudeste algum recado perdido na distância inatingível. Mas o vento que sopra vem do Norte, dessas paragens, surdas à tua voz, e assim, o vento oposto deixa a sós quem triste desespera nesta sorte. E nessa angústia negra, cor da morte, sabendo desse amor inacessível, mas entregue à paixão irrestringível, ainda peço, num pranto derramado, do vento do sudeste algum recado, perdido na distância inatingível. Sons débeis que me alcançam, chegam vagos, ambíguos - que me iludem, promissores; são versos encantando mil amores, mas que minh’alma toma por afagos. Do cacho que desejo, escassos bagos, vinho breve pra sede inexaurível! Mas... pese, embora, o longe intransponível, recorro a Deus pra não me ser negado do vento do sudeste algum recado perdido na distância inatingível. ODIR, de passagem João Pessoa,PB – 18/Fev/2011 CARMO VASCONCELOS Lisboa/Portugal - 20/Fevº/2011 12 Poetas d´Além-Mar VENTOS E BRISAS VENTO SUDESTE Foi um lamento da brisa que passou O que se ouviu gemer pla ramaria Contando de um amor que se extinguia Chorando nessa dor quem mais amou. Que sempre o vento ouve quem chamou E os sentimentos de quem lhe é sensível Que ouviu as preces de um povo imbatível Que rezava pra ver o pano enfunado Do vento do sudeste algum recado Perdido na distância inatingível. Se a tempestade a alma nos assola E o turbilhão d’Eolo é bravo e pavoroso Mais sentimos no peito o êxtase amoroso E mais ao seu abrigo a gente se consola Com um bom vinho e o som de uma vitrola Partilhados com um amor irreprimível D’alguém que ora nos é imprescindível E espera connosco o sopro abençoado Do vento do sudeste algum recado Perdido na distância inatingível. É de bonança o dia, amaina o vento, Mas o amor que partilhámos não perdura E um espanto nos enche d’amargura Num espírito apostado em cismar lento. Pois quem nos soube amar, nos deu alento, Levou consigo esse sonho impossível E ficamos suspensos de dor indizível Voltando a ouvir na voz do nosso fado, Do vento do sudeste algum recado Perdido na distância inatingível. O vento que me esfria o rosto quente e que faz ondular campos de flores, transporta, no seu dorso, mais odores que aqueles que eu aspiro, livremente. Minha alma, inebriada, logo sente quando chega, todo ufano e aprazível, com um ar tão risonho e tão visível, que eu espero tenso, ansioso e apressado, do vento do sudeste algum recado perdido na distância inatingível. Se o vento se transforma em tempestade, eu penso como é belo ser só brisa que faz uma carícia, se é precisa, e afaga meu corpo, com suavidade. Mas, em toda a tormenta, a novidade na voz do seu rugir indiscutível, é saber que, de longe, inda é possível receber, por correio improvisado, do vento do sudeste algum recado perdido na distância inatingível. Se o vento sossegar os seus furores, eu ficarei esperando ouvir cantar as musas, em sonatas de encantar, que o vento, quando amaina, traz amores que se colam nos beijos, com sabores ao mel colhido em colmeia invisível que, para amantes se torna acessível. E eu continuo esperando, enamorado, do vento do sudeste algum recado perdido na distância inatingível. EUGÉNIO DE SÁ Bogotá – 24/Fevº/2011 ANTÓNIO JOSÉ BARRADAS BARROSO (António Barroso – Tiago) Parede – Portugal (24-02-2011) 13 Colaborações de amigos e associados Neste número da RVS continuamos com as Colaborações de Amigos e Associados. Aqui em duas páginas estampamos texto de Alcides Rodrigues Calazans, parapsicólogo que, com sua experiência profissional, muito contribuirá com o grupo. Igualmente o texto “Confesso que vivi e tô nem aí”, da associada Therezinha Cacilda Monteiro Mann, que é também membro das Academias de Letras de Palhoça e Alcantarense de Letras. Textos para ler e apreciar. Confesso que vivi e to nem aí.... No que é importante interpretar a realidade segundo uma visão filosófica Cada um de nós interpreta o mundo através da sua experiência e conhecimento, que são próprios de cada indivíduo. Sócrates afirmava que o homem deveria conhecer o seu interior (Conhece-te a ti mesmo), para depois interagir com o ambiente, as pessoas e as culturas em sua volta. E o que é cultura senão a tentativa de expressar e dar forma, rito e conhecimento à realidade que nos cerca? Platão nos dizia que o importante era o mundo das ideias. Se o homem não pensasse, não teria conhecimento de si e de sua realidade. Precisamos nos conhecer melhor e também o meio ambiente em que estamos inseridos, buscar conhecimento, rever antigos conceitos, atualizando-os dentro dessa nova realidade, sabendo que somos seres humanos, temos as nossas limitações e precisamos conter a ansiedade em ter tudo o que achamos que precisamos para sobreviver, para termos apenas o essencial. Ninguém é uma ilha. Precisamos nos relacionar uns com os outros e cada indivíduo deveria complementar o seu próximo, ou seja, ao instruído a instrução do ignorante, ao rico, o auxílio do pobre. Viemos a este mundo para desempenhar uma missão, grande ou pequena, mas que pesa na soma geral. O desprezo que os grandes sentem para com os pequenos é muito mais um reflexo do orgulho e da ignorância. Segundo Platão, todos nós estamos condenados a ver sombras a nossa frente e tomá-las como verdadeiras (metáfora: O Mito da Caverna no livro VII do República, escrito há quase 300 anos atrás). Esclarece ainda, que a busca do conhecimento (episteme), não se limita a descobrir a verdade dos objetos, mas algo bem mais superior: chegar à contemplação das ideias morais que regem a sociedade – o bem, o belo e a justiça. O conhecimento permite um exame crítico de nossas convicções, de nossos preconceitos e de nossas crenças, não valorizando apenas necessidades materiais, como também buscando alimento para o espírito, já que os bens do espírito são tão importantes quanto os bens materiais. A inexistência de uma visão filosófica leva o homem a caminhar pela vida afora, preso a preconceitos e crenças, como também a convicções que cresceram no seu espírito sem o uso da razão. A educação contemporânea, assim como os meios de comunicação, tem favorecido essa conduta, o que acaba por determinar o nosso comportamento em relação aos outros. A exacerbação do egoísmo, as insatisfações pessoais pelo imediatismo e as competições de status social, são algumas conseqüências. Vivemos em sociedade, e essa coexistência nos submete a regras que indicam os limites: direitos e valores morais. No entanto, vivemos uma crise ética, onde os princípios e valores morais são constantemente agredidos e banalizados, onde o ¨ter¨ é mais importante do que o ¨ser¨ e a vida, nosso maior bem, é desrespeitada, pela violência e pela falta de consciência. A vida às vezes se parece com uma montanha. A gente tem que escalá-la, achar um lugarzinho para se apoiar, mas sempre existe o perigo da queda. Meu Deus, tudo é tão perigoso! Estou ficando velha e cansada, cada vez mais perto daquela porta que um dia todos teremos que atravessar. Na nossa caminhada para a velhice, a gente é obrigada a atravessar diversas portas; algumas guardam a luz do sol, outras as trevas. A velhice nos torna solitários e carentes. Sei que muitas pessoas não perderam o hábito de pensar que tudo que os rodeia é deles para sempre, pois não é... Seria bom se ninguém se sentisse solitário, e também não desejasse morrer quando ouvisse o vento soprando ou a chuva batendo nas janelas e tiver como companheiro apenas um travesseiro. Se ficar sozinha muito tempo com sua dor, enfrente-a com fé e faça uma espécie de viagem pelo seu passado e pelas terras da memória. Tranqüilize o espírito, não tenha medo dos fantasmas. Viver por muitos anos é guardar uma série de segredos e faz-nos bem pensar no amor que tivemos um dia, pois o amor é um ser passageiro estranho que nem sempre se adapta ao carro veloz e inabalável que nos leva pela vida, pois todos precisam de um vigia que olhe por nós. É tão bom encontrar a gentileza e a humildade nas pessoas. Ainda mesmo sabendo que o amor verdadeiro muitas vezes exige sacrifícios, mas a família que possuímos é para sempre e os erros do passado podem ser perdoados. Devemos pedir a Deus que nos livre da tolice de achar que precisamos dizer algo em todas as ocasiões e nos mantenha amável em todos os momentos e que nos ensine a descobrir talentos inesperados em outras pessoas. Se na sua sensibilidade estiver triste ou só, partilhe um sorriso com quem estiver por perto. Depois de uma certa idade cada novo dia se transforma numa grande vitória mesmo fazendo sol ou chuva. Pratique a caridade e seja humilde e fique ciente que os Anjos lhe enviarão lá do céu uma chuva de bênçãos. THEREZINHA CACILDA MONTEIRO MANN ALCIDES RODRIGUES CALAZANS 14 Sócios correspondentes O MEU PAÍS NAS PEGADAS DO SONHO Amo um país à beira mar plantado, Quero a bandeira tremulando ao vento, E sinto, no peito, um calor sagrado, Vendo o sol no azul do firmamento. Cato sonhos pelos vãos do espírito Noctívaga sempre em busca do amor, descubro, entre paredes que não falam, o jazigo das esperanças mortas. E na laje fria apenas uma placa: Aqui repousam as últimas ilusões de uma alma inquieta...irrequieta...de poeta que imortalizou, em veladas confissões, o universo imenso de sua solidão, em versos livres de rimas e de métrica, mas eternamente presos e submissos à sua indomável rebeldia e coragem de denunciar, a cada instante, a cada hora, que a vida só vale a pena ser vivida quando nos torna para sempre senhoras de um mundo cheio de ternuras e quimeras. Quero ao seu verde campo iluminado, Nos dourados trigais, meu pensamento Vagueia feliz, sereno e repousado, Como num mundo onde parasse o tempo. E em cada papoila eu vejo, de novo, O sangue são, vermelho, do seu povo, Bater num coração que é ancestral. Oh! País que nos tens a todos nós. Oh! Pátria de meus pais e meus avós, Teu nome faz a história: - Portugal! ARITA DAMASCENO PETTENÁ [In: Entre quatro paredes, pág. 101] ANTÓNIO JOSÉ BARRADAS BARROSO Parede, Portugal CRISE VIVO Borbulha o teu calor dentro de mim A minha carne sôfrega e afim Busca o teu sangue férvido a pulsar Mas tu já estás longe a esbanjar Vivo um mito de muitas coisas, Tristeza, alegria, solidão, esperança. De um amanhã mais brilhante. De criaturas mais conscientes. O teu prazer, que eu quero só para mim Minha alma pincelada de carmim Qual nau perdida voga em alto-mar Tanto sofrer...não quero mais te amar Não Não Não Não No turbilhão frenético do fogo Eu aceitei as regras do teu jogo Mas, dividir-te, não aguento mais Sim, aos sentimentos nobres; Sim, a uma explosão de paz; Sim, uma humanidade mais amiga, Sim ao verdadeiro amor. Se sou o teu pecado, és meu veneno Peçonha, vício, em permanente aceno... Vou te deixar por te amar demais. a a a a torpeza dos sentimentos; tristeza dos famintos; ganância dos poderosos, violência dos mares. LUCY GOLINO Belo Horizonte, Minas Gerais LEATRICE MOELLMANN [In: Sedução, pág.196] 15 Sócios correspondentes RECEITA RUA DAS LAVRAS (Angical, BA) Ao amigo Antonio Brito (1985) Castanholas do rir, alegres e primevas. Tristezas enchentes para não romper o delicado vaso que o corpo mantém. Haurir tudo em sorvos gulosos de criança em festa; a alegria, transbordante; a noite, tetérrima. A luz, estonteando tudo, sem comedimentos, e Iguaçus sem mordaças nos perderes. Não reclame dos céus o que ficou distante. Revive de amor seu poeirento chão. Olha aquele árido caminho por onde andou constante Na encosta dos morros imponentes. Sopra o agreste vento, singela rima. Deixa em silêncio, às placas da natureza imensa. Busca em meio à poeira densa, na extensa rua fervoroso anseio Viver assim, para, bêbedo de vida, aguardar, curioso mas sem ânsias, a enorme aventura ignota do depois. JÚLIO DE QUEIROZ [In: Sementes do tempo, pág.36] Vibrante época das cálidas manhãs, Tardes de sol queimante, rua das noites de lua, Da calçada ao portal, a casa se reveste sua Da harmoniosa penumbra de um tosco candeeiro, Ao doce acalanto de um sóbrio reposteiro. A MORTE Assim, por ali você andou, ora apressado, Ora lento, fitando aos pés à imagem sombra, Sonhando sonhos de dourada alfombra. A vida não termina Onde a morte aparece. A vida você tece Mas a morte, Deus destina. NÉLSON CARNEIRO [In: Devaneio, pág. 45] São José do Rio Preto, SP Não transforme em saudade Os que já se foram. Eles estão na eternidade E lá nesta era te esperam. INFÂNCIA Eles seguem contigo De formas diferentes Eles são teus amigos E, jamais estão ausentes. Onde, menino, foram parar aqueles dias, Naqueles tempos verdes, quando nas tuas manhãs, O sol brincava de esconder? Ia e vinha por entre montes, Iluminando tuas horas mais fagueiras. E que noite foi aquela, quando se perderam As tuas ilusões primeiras? Onde,menino, escondeste as tuas Desmedidas alegrias? Quando terá sido que as amoras, Rubras amoras de tua infância, Deixaram ao vento, no tempo, Primoroso sabor? Onde,menino, acamparam aqueles dias, Se nas tuas manhãs o sol Já não brinca de esconder? E que dor é essa, assumindo hoje teu olhar? Onde ficaram aqueles dias... De tantas e distantes alegrias? O mundo forma um conjunto De crentes e ateus. Mas todos estamos juntos Na presença de Deus. Quando a morte aparece Em outra vida renasço; A vida passa tão depressa, É um relâmpago no espaço. Viva bem tua existência Para que, quando a morte chegar, Possa ir no livro da consciência E ter coisas boas para analisar. JANETE VEIGA Itaiópolis, SC MARIA DO CARMO TRIDAPALLI FACCHINI Nova Trento, SC [In: Prelúdio poético, pág. 54] 16 Sócios correspondentes ATRAVÉS DA JANELA CAATINGA Através da janela que se abre para o rio, Vislumbro uma beleza sem fim. Onde todos veem um terreno baldio, Há um confuso, mas rico jardim. As quaresmeiras, perfiladas Com suas flores singelas São árvores frágeis, delicadas, Por isso, muito mais belas. As florezinhas crescem rasteiras, Agrupam-se num colorido variado: São lírios-do-campo, palmas forasteiras Nascem espontâneas, nada foi cultivado. O bambuzal de ramos pendentes Recebe como adorno um colar. São os preciosos pingentes Da “pandorea” a lhe enfeitar. Bimbalham como sininhos, Tem cores claras e pálidas Balançam devagarinho Com a brisa das tardes cálidas. O céu, de um azul profundo, Com o verde entra em sintonia. É um quadro simples, oriundo De uma natureza em harmonia. Emoldurado pela janela Este é o quadro que contemplo. Não há paisagem mais bela. Tem a paz e a solenidade de um templo. Amo a caatinga nordestina, Com suas árvores retorcidas, Com seus cactos espinhentos com seus serrotes cheios de locas, onde as cascavéis ficam escondidas. Cada baraúna que tomba, Sob os golpes do machado, Deixa o Sertão nordestino Mais pobre, desertificado, Quem destrói a caatinga Não é por Deus abençoado. A caatinga é vista como o patinho feio Dos vários ecossistemas brasileiros, Mas ela é importante, e traz no seu seio Aves, répteis, mamíferos, umbuzeiros E bromélias, que encantam todos Os pesquisadores estrangeiros. A construção da barragem de Serrinha Significou a paz, a alegria e a redenção Dos moradores das margens do rio Pajeú, Em plena caatinga do meu Sertão, Hoje em dia, não falta mais água Para os animais e para a irrigação. O dia Nacional da Caatinga É comemorado em 28 de abril, Homenagem a Vasconcelos Sobrinho, Primeiro ecólogo do nordeste do Brasil Durante a seca, a caatinga é feia; Mas se chove ela é só beleza mil! ILSE MARIA PAULINO GOMES Canelinha, SC JOÃO BIRICO FILHO [In: Esperança, pág. 60] 17 De braços abertos... Estamos! POEMA DO LIVRO NAVEGANTE Angustiae Thermopylaram in Graecia sunt Meu nome em ti são olhos, que me fitam, de um transplante doloroso que não sara: meu livro, minha vida. Minha cara. Da plumagem da capa e da estante abissal me contemplas, ó harpia incompleta de me seres, sem mim e meus quereres, macho mãe tetraplégico de perder-te: meu livro, minha morte, dupla mentira de me voares. Quando suspendo teu corpo de papel, Teu peso é da outra mão, amortecida: Peso goro, dos meus dedos num relógio Apontando pra outro tempo e outra vida. Do teu tempo e minha morte me contemplas, Ó esquizofrenia completa de me seres, me lerem, me gorares: Persa imortal em ti, de me matares, na angústia, enfim, de me Termopilares. JOSÉ ISAAC PILATI [Membro da ADL, IHGSC,ACF] LEMBRANDO PÁSSAROS Fui navegante em mar revolto Cujas ondas assolaram minha vida Aportei em tantos corações Lutei por amor,abri feridas. Vagalhões de paixão De encontro a minha Nau Frágil, quase sucumbiu Mas fui guerreiro, fui leão Quase morro de emoção. Foram tantas as batalhas Travadas em mar bravio Mas também, houve descanso Em mulheres, calmaria. Sofri perdas de amor Bebi a lágrima dos afogados Se corações fiz sofrer Em poucos, acorrentado. No calabouço do destino Encontrei minh’alma gêmea Fomos ambos torturados. E à prancha, condenados. Corações despedaçados Corpos desesperados De desejo, de tesão Nem mesmo pudemos ter Nosso beijo enamorado. ARNALDO GOLINO Belo Horizonte, MG Aos 25.05.2011, 13hs ...Lembro do pássaro que chegou ao quintal pela porta do anoitecer e se foi antes que o sol despertasse. Dele ficou o cantar mavioso, pois não consegui desvendar suas cores. Deve estar ainda esvoaçando campos e pradarias, sentindo a liberdade a cada soprar do vento. Tomara que não esteja agrilhoado e com marcas de tirania... ...JAMAIS... Há quem imagine cercear teu espírito liberto, confinar teu pensamento, privar-te de um sopro fecundo, atrofiar a rebeldia que te propulsiona, ignorar as raízes, impor um credo com açoites, afastar de ti o rebento, distanciar-te do colo que fervilha, calar o som do teu acorde, vestir a tua nudez, esquivar-se do teu convívio, que mascares o sofrimento e emudeças teus ais ao açoite, que confines toda lágrima e condiciones cada sorriso. JURANDIR SCHMIDT, Joinville,SC [orquidófilo e poeta] [In: Folha do Meio Ambiente, Brasilia,2009] PASSOS Sinto passos... Estão longe, muito longe Se perderam Numa terna nostalgia Vejo apenas um abismo. JOSÉ VIEIRA Galiléia, MG E que assim, reprimido, reconheças total subserviência! LUIGI MAURIZI Balneário Camboriú, SC [In: Alforria – Floreios na servidão, pág. 61] 18 De braços abertos... Estamos! Donato Perrone (ao centro, sentado), correspondente do GPL em Buenos Aires,em reunião no Café Tortoni,onde sempre apresenta poemas e fala sobre o Grupo e sua Revista Ventos do Sul. Manuel Gonzalez Álvarez, correspondente do GPL em Madri, Espanha. LOCURA DE AMOR ZAPATONES A Charles Chaplin No necesito estar en soledad para saber cuanto te amo, no necesito juntar flores en ti están todas juntas. A Ti, que fuiste capaz de dilatar el tiempo, que me has llenado de eterna Primavera, tirar chisteras negras hasta el cielo y soñar quimeras de oro en mi quimera. Soñar con tantas cosas que el mundo me ha negado, taparme las vergüenzas con los sueños de sueños que han sido deseados . - como me hubiese gustado imitarte Yo siempre tan discreto y respetado, ver como mi doble vida se truncaba. Como decir a los cuatro vientos. ¡Que amaba ser payaso! La levita la he puesto en gran cenáculo, el frac, al hacerme buen casado, Zapatos , si puedes que sean de tafilete. ¡ Y yo soñando con zapatos desgarrados ! A “ Charles Rível”, como al otro Charlie, van mis sueños …¡ Oh poemas ! Gracias os doy amigos míos . Todavía tengo los bolsillos anchos que bajan llenando la pernera, las canicas tienen brillo aún, en el “Encomienda”, ponen no se qué de la quimera. -Mi bolsillo ya se ha roto y las bolas ¡ Oh ilusiones ! Han rodado por el cine, es tu mundo, y es mi mundo , ZAPATONES. De mi boca sale una súplica no me olvides, un te amo, es poco no se cuantos más. Una gota de agua, una lágrima tuya, calman mi sed, en mi mente guardo tu imagen, en mis manos conservo el calor de tu cuerpo. Tu aliento es el aire para mi vida, tu belleza es un paisaje más en la naturaleza, la noche que no estás en mis sueños, es amargo el despertar. Tu risa es una cascada que canta al caer, no estás, pero escucho tu voz que me arrulla para el sueño, al abrirse una rosa, son como tus labios, que se ofrecen para besarlos. MANUEL GONZALEZ ALVAREZ Madri, Espanha DONATO PERRONE Buenos Aires, Argentina [email protected] 19 De braços abertos... Estamos! VENTOS DO SUL DARK HORIZON (Catarinense) Ventos leste, oeste, suaves, fortes, norte. Ventos sul. Céu azul. Mar azul. Barco azul. Como azul é o litero-cultural Ventos do Sul, em infindas viagens sobre as ondas compassadas, harmoniosas, regenciadas pela versatilidade cadenciada de inspiradas melodias, lapidadas por divergentes e convergentes P O E S I A S. Alma negra! Em escombros Negros ritos... Negros prantos. Ritos sagrados! Em brancas brumas. Black Soul! And Black Vox Alma negra! Em Quixadá! Negro pranto Nas ruas de Chicago! Negro drama Negro choro Nas favelas do Brasil Negro drama nas savanas africanas Ou em Orange City! Ou tiro certo na Amazônia colombiana Negra sina Em negro pranto Nas ruas de Itajaí. GILDÁSIO TABORDA BARBOSA Sant´Ana do Livramento, RS ESTIAGEM Nuvens carrancudas, de cenho carregado, espreitam próximas ao horizonte, em posição improvisada. A névoa seca, branco-azulada, se move em estranho balé. É quente, mormaço até. Algumas sombras escuras vagam pela mataria mais baixa, subindo finalmente pela colina pedregosa. Nenhum pássaro pia, em voa. As vacas batem os pés e açoitam o corpo com a cauda, na caça às moscas insolentes. A grama geme ao sol. SAMUEL CONGO DA COSTA Itajaí, SC A MANOELITO DE ORNELLAS Certa feita o Juca Ruivo se aprochega, um sorriso desusado nos lábios maragatos e, como que servindo-me finíssimo prato, um livro buenaço às minhas mãos entrega. É o teu fachudo Cadernos de Portugal e de Espanha, que das origens guapamente elucida e explica da nossa gente brasileira e, então, mais rica, fica minh´alma xucra com as lições que ganha. E vejo lusos e castelhanos, em vez primeira, com visigodos e mouros qual toalha inteira, tecida co´a trama maviosa dos iguais destinos. E a sua leitura buena tanto me acutila e espanca, que ponho o zaino a trote e vou campear na banca o teu clássico escrito Gaúchos e Beduínos. JUCA SERRANO (José Alberto Barbosa) Jaraguá do Sul, SC MARIO TESSARI Jaguaruna, SC [In: Momentos, pág. 33] 20 De braços abertos... Estamos! VIOLÃO AO LUAR TEMPOS MODERNOS Violão ao luar Promessas esquecidas Corações em delírios Acorda, homem-máquina que a fábrica tem fome de homens sem nomes. Paixões violentas E canções para amar. Violão ao luar Sonhos inacabados... Carícias em seu olhar Romance e acordes Num coração a palpitar. Violão ao luar Vida a soluçar na ânsia de reaver E depois conquistar A mulher escolhida para esposar. NILSON MELLO [In: Sinfonia Poética e Prosa, ASAJOL, Volume 5, 2006, pág. 57] O MEU PAÍS Amo estas margens onde o mar se deita E onde espargi de mel a tenra infância, Terra cujo perfume me deleita, E a cor aos olhos meus é cintilância. Quero alçar-me às colinas da memória, Aos castelos de sonho que a bordejam, Ser pedra testemunha de ida glória, Sal eterno das ondas que a cortejam. Para ver cada flor do seu jardim Renascer num futuro promissor, De seiva colorida ao tom do amor; E cada coração ter do jasmim A alva cor da igualdade fraternal, A levantar do chão meu Portugal! CARMO VASCONCELOS Lisboa/Portugal Janº/ 03/ 2011 Acorda, homem-só, homem-pó, homem-lata, homem-sucata, homem-trapo, homem-de-terno, homem-de-ferro, homem no inferno. Que a máquina tem fome de nomes e homens. EDWEINE LOUREIRO Kyoto, Japão (agora residindo em Tokyo) Nota: o Poema “Tempos Modernos” recebeu o 2° Lugar no Concurso Interfaces Culturais (Pará, Dezembro de 2010): http://interfacesculturais.blogspot.com/ FORMAS DE VIVER Na forma humana, um trapo de gente caminha pelas ruas, sem rumo e sem identidade. De repente, em algum lugar, há alguém chorando por sua ausência. É como se tentasse ser outra pessoa para se esquecer do passado... Dificuldades, fome, desprezo, somando as desilusões que todos temos que ter para o crescimento espiritual. Fraqueja, foge de seu mundo real, adquire uma nova forma, uma diferente identidade, talvez sofra menos lá fora do que presa em seus pensamentos. Em seu olhar não há nada; é vago. Formas de se viver, equilíbrio e desequilíbrio. Opções, escolhas em algum determinado ponto da vida. Destrói-se uma casa e começa-se a construir outra. Quem está sempre certo? Todos nós temos o dever de arriscar, mudar, fazer e desfazer, amar e odiar, crescer, SER, se conhecer, fazer coisas novas, diferentes. Ter coragem, pois poucos fazem valer. Aprender com o belo e com o diferente olhar de beleza. Ver além das aparências. Ser quem se quer. SER, naquele exato momento. ADRIANA DA SILVA MOREIRA 21 De braços abertos... Estamos! LEMBRANÇAS OUVE, Ó MULHER! Eu quisera um peito sem dureza, um regaço de brandura, mas de espírito obtuso fiz minhas partes, parte ocluso. Tanto rocha, tanto aço, quase toda a ferro eu passo a vil semente, já descrente do que faço. Noutros tempos, há quem saiba que eu pudera, de autêntico, estender sobre alvo campo meus risonhos, doces cantos. (hoje lanhos, sangramentos...) Mas que passa? São momentos? Não, amigo, são lembranças de mim mesmo então tão vivo que nem lembro. Ouve, ó mulher, o que te digo Se não me quiseres ouvir, nada direi. Tu és aquela que amei E sempre te amarei. ADONIS KUZER LEHMKUHL Curitiba, PR SEMEADOR DE VERSOS No meu mundo de sonhos De esperança, amor e paz, Vivo minhas fantasias De felicidade. Crio histórias, componho poemas Planto rimas ou versos transgênicos Para saciar minha imaginação. Produzo o que gosto E vou consumir, Reparto com quem Tem fome de esperanças. Jamais vou esquecer dos teus carinhos Dos beijos maravilhosos que te dei. Das palavras de amor que tu me deste... E outras que baixinho em teus ouvidos sussurrei. Foi triste acabar, a gente sente, O horror da tristeza espalhada no coração e na alma e até na casa da gente. Mas o que fazer! Morreu! Não se pode salvar; aconteceu. VIVALDO TERRES Itajaí, SC REALIDADE No horizonte longínquo, mar e céu perdem os limites, seus azuis se misturando, ganhando tons de grafite. Assim agem as fantasias, com os sonhos se mesclando, confundindo nossa mente, a realidade empanando, e nosso viver camuflando. Quando a verdade emerge pintada em cores reais como aquarela em papel, o mundo que idealizamos perde o verniz da bondade e se mostra bem cruel! ZENILDA NUNES LINS A poesia é alimento Das almas sonhadoras Do mundo adverso, Para alimentar esses famintos Sou um semeador de versos. ANTONIO PEREIRA MELO Santa Maria,RS NO ME HACE PREGUNTAS No me hace preguntas mi casa lo sabe todo todo lo sintió Si no es unquisitiva es por su forma de saber y de sentir No me humilla nunca ni me compadece ni me juzga También asi es mi cama. ROLANDO REVAGLIATTI Buenos Aires, Argentina 22 Aos Poetas mortos... Fonte de muitas inspirações! Esta página é dedicada aos grandes poetas catarinenses já falecidos Conheci Miguel Russowsky nos saraus da ACP - Associação Catarinense de Professores, à época comandado por Jessy Helena de Oliveira, e me encantei com a jovialidade daquele octogenário, tendo as professoras e convidados a seus pés encantados com o declamador – todos os poemas e sonetos de cor, diga-se de passagem. Mas o poeta se foi e deixou sua produção de belos sonetos espalhados em sites, revistas e livros. Um sorriso nos lábios, um encanto de pessoa, Miguel Russowsky, filho de Jacob Russowsky e de Eva Russowsky, nasceu em 21 de junho de 1923 em Santa Maria, RS. Casou-se com Vitória Toaldo Russowsky e teve quatro filhos: Leila Brunoni, June Braganholo, Miguel Igôr Russowsky e Silvia Herter. Em 1940 entrou na Faculdade de Medicina UFRGS e formouse em 1946, aos 23 anos, em Porto Alegre. Tinha como hobby a poesia e o xadrez. Exerceu clínica e cirurgia geral durante os últimos 50 anos de profissão, sempre pela medicina livre, sem vínculos empregatícios. Em 1962 iniciou a construção do Hospital São Miguel, em Joaçaba, SC, onde trabalhou até o ano de 2006. Um fato triste abalou sua vida: a morte da filha June, abatendo-se no poeta a tristeza, a melancolia e até a revolta, pois é condição da vida os pais irem antes dos filhos e não o contrário. Essa tristeza rendeu obras de profundo sentimento. “Mas mesmo dos versos sangrando surgem cicatrizes de luzes pelo amor que por toda a vida do poeta tem espargido abundantemente”. Quis o destino que fosse dessa vida rapidamente, em um acidente automobilístico, acidente sofrido a poucos metros de sua casa, no dia 1º. de outubro de 2009. Com muitos ferimentos foi hospitalizado e cuidado pelo filho e neta, ambos médicos, indo a óbito dia 3 de outubro de 2009. Partiu o poeta, a Medicina perdeu brilhante profissional. Outubro ficou triste. Ficou triste a cidade que o conhecia, que ele adotou, catarinense de coração. Ficaram os professores da ACP e amigos, sem o declamador, brincalhão, risonho. Seu sorriso apagou-se no dia 3 de outubro de 2009, porém sua obra é eterna. Deixou uma brilhante produção: Céu de Estrelas - 1951 (reeditado); O Julgamento de Tiradentes-1980(peça teatral); O Segredo do Pântano -1983(peça encenada pelo Grupo Teatral Eugênio Marcheti, de Herval d´Oeste; Poesias Melancólicas - 1994; Noite de Lua-1996; Cadeira de Balanço-1998; Confeitos de Quimera-2000; Cantares de um vulcão quase extinto-2005. Além de sonetos e poemas, Russowsky também produzia excelentes Trovas líricas, humorísticas, patrióticas, religiosas. “Sua inspiração privilegiada não conhecia limites. Suas poesias foram exaustivamente publicadas em jornais, revistas, boletins, antologias e divulgados em programas radiofônicos e televisivos.” Conquistou mais de 400 prêmios no Brasil e exterior com sua literatura. Foi um dos fundadores do Lions Clube de Joaçaba; Diretor Literário da SCAJHO-Sociedade de Cultura Artística Joaçaba e Herval d´Oeste; participou dos Jogos Abertos de Santa Catarina como enxadrista. Era proprietário do Hospital São Miguel, o maior e mais bem aparelhado da região e do Hotel Jaraguá, em Joaçaba,SC. Em 11 de outubro de 2009, a União Brasileira de TrovadoresUBT, Seção do Rio de Janeiro, dedicou sentida homenagem ao poeta-trovador Miguel Russowsky, ocasião em que muitas de suas obras foram declamadas. Embora o ano tenha passado, guardo, intacto, o Calendário Poético de 2007, com seus belos poemas e sonetos a emoldurar cada mês, com belas paisagens de fundo. Miguel Russowsky ARREPENDIMENTO Um por um, os meus sonhos, nesta vida, despi no andar do tempo modorrento qual árvore esfolhada pelo vento numa tarde outonal, entristecida. Quebrei-me um pouco, assim, a cada ida à procura não sei de qual intento. Deixei amor, amigos e, ao relento destroços de minha alma enrijecida. E hoje, velho, ao voltar da caminhada, tropeço em meus pedaços pela estrada com saudosa visão aqui e ali. Fonte deste artigo: sites disponíveis na Internet complementados com dados pessoais. [Soneto in: Calendário 2007] [Profª Maura Soares] Não mais me iludo, e essa descrença atesta que passarei o tempo que me resta recolhendo os pedaços que perdi. 23 Descobrindo... Jovens Poetas! QUIMERA (*) lá estava ela naquela imensa escuridão lancinante, pronta para atacar a presa. eu, e todo o resto completamente inertes à sua presença espectral. uma segunda espinha dorsal, era o que ela precisava pois não tinha como tantas bestas, habitarem apenas um corpo. do breu, ela rugiu e esquecemos da vida, do sol, do mar, de tudo que é triste. suas palavras flutuavam no ar como um veneno doce e nos contagiava. e quando sua presença não era mais necessária, as cortinas baixavam e aplaudíamos como se não houvesse amanhã. (*) Dedicado a Zeula Soares, no dia do seu aniversário, P.P.V. Talvez eu me silencie pelo puro prazer De te abraçar e te sentir, sem ter que dizer Nenhuma palavra que vai substituir A pureza do momento de um carinho inestimável Aprendi a sonhar de olhos abertos, E a dizer coisas com a boca fechada. A perder a vergonha e o medo de errar. Faltam-me palavras para continuar. Porque quando te vejo a me olhar e a sorrir Fazendo mil planos como uma criança a sonhar, É como se o tempo parasse e uma voz me dissesse Que sortudo fui eu ao poder te encontrar. JOÃO GOLINO Belo Horizonte, MG 30 de março de 2011. JOÃO GUILHERME MACHADO SOARES PERSISTA EM SEUS SONHOS Os sonhos alegram a nossa existência, deixam-na mais bonita, fazem parte da nossa essência. Por isso nunca deixe de sonhar Viva, sonhe, torne realidade. Não espere o tempo passar, ter mais idade. O importante não é quantos anos você viveu, mas sim o quanto você amadureceu. O mundo está repleto de coisas ruins, porém não desista e vá até o fim. Faça o que quiser não espere o futuro chegar, pois amanhã você pode nem sequer acordar. Continue sonhando e quando pensar em desistir, lembre-se que alguém estará lhe apoiando. Realizar um sonho não é fácil, entretanto crie forças para lutar, pense em coisas boas que irá se animar. O importante é não desistir, viver sonhando e sempre GABRIELA BERTOLI Osório, RS 24 BONS VENTOS Que bons ventos trazes, doçuras do sul? Ou poesias de um céu azul? CLARISSE DA COSTA Biguaçu, SC persistir. Promovendo... Poetas do Grupo SOPRO A carne ainda era tenra, e o sopro do tempo, com lentidão, por ali passou. Muitos espinhos e pétalas lhe acompanharam. A primeira escolha já fizera e presenteada com a continuação, adormecida e esquecida quando o cintilar tocou-lhe. Crenças foram desfeitas. Um horizonte se formou. Sentidos foram mudados e a cor voltou. O verde tomou a marca que lhe acompanhou. O sete fez parte e repetitivo somou sopros em todas as direções e um mosaico formou. Nem todos os pedaços podem ser vistos e sentidos e, no conjunto, evaporou. O verde marca a página, abraça macio e deslizante. Conta lendas, ciência e romance. No poema faz o sentido. Abrupto, some e espera. O olhar lhe dá o sentido, a força e o desejo. E como o sopro, se dilacera. ANDRÉIA PEREIRA [27.6.2011, madrugada] SEIOS tem a rigidez de um seixo eretos em teu recôncavo a beleza em cone e tão pura dos teus seios em teu peito traz encanto e ao sensual empresta o nome. como pitangas maduras exalam sabores oh, minha amada, bendizer são teus seios arquiteturas nuas e cruas dos olhos o prazer. esculturas em rosácea que ao teu peito ornamenta teus seios das rosas são pétalas e desenho em aquarela. Alzemiro Lidio Vieira. A RVS deseja-lhe restabelecimento em sua saúde. NITIDEZ Enquanto houver escombros Cortarei atalhos e ressentimentos E com a lâmina da alma Afiarei as esperanças. A através das frestas dos tempos Acenderei candelabros Porque nada será lúcido Sem antes ser nítido... ALZEMIRO LIDIO VIEIRA [In: Vertente, pág. 29] LICINHO CAMPOS CHUVA A chuva cai, nostálgica lavando a vidraça da alma. Edificando os corações com o mais puro dos sentimentos: o amor entre os homens. LEINIR MARIA CORREIA 25 Promovendo... Poetas do Grupo FELICIDADE, ONDE ESTÁS? Nó na garganta Aperto no peito Boca com gosto de fel Onde acho esta tal felicidade? Com passos largos, mas lentos Percorro a estrada da vida Estrada longa e sinuosa Onde estás, felicidade? Cansada Calada Triste Onde estás? Minha vida Eterno torpor Num sonho percebo Ah! Felicidade! Parada Estagnada Imersa Dentro de mim. Carlos Piccoli e Zeula Soares. A RVS, ao colocar a foto, homenageia seu parceiro. AMIGOS ADRIANA CRUZ FÉRIAS Quero voltar para minha terra e ver os vestidos das mulheres que passam até o fim da feira. Meninos, mulheres e homens dela, andam cantando nos seus ritmos. Alguns bebem cachaça barata e forte; outros, depois da feira, vão se afastando porque moram longe e a maioria levam maior a pobreza que trouxeram. Alguns contos de pobreza de meu pai, ouvi dele com ou sem vontade. Revejo abrindo sempre que posso, minha mala de saudade. IVAN ALVES PEREIRA [In: Há (mar) e Bebê (r) II, pág.165] Amigos de um dia, semana, mês, ano. Amigos sempre houve e sempre haverá Os recentes são os possíveis a dar o “cano” Os mais antigos, os possíveis de te ajudar. Amigo, palavra fácil de dizer, Mas nada fácil um amigo encontrar. Os poucos que temos, procuremos não perder, Os muitos que querem, procuremos selecionar. Porque ninguém sozinho bem vive Por mais que goste e curta a solidão, Sozinho se vive, com amigo se revive. Momentos felizes em união com o Universo Vivendo bondade, justiça, rumo à Verdade Bondade, justiça e amizade endossadas neste verso. CARLOS PICCOLI [In: Um novo olhar, pág. 203] VESTES A beleza da noite é o delirar do dia e só se esvai o sonho porque o dia, em prece, acorda e vem trajando o sol e a melodia endereçada a quem cultiva a sua messe. Belas flores e rosas cosem harmonias, São verdadeiros mimos o que elas tecem com perfumes e tons, brilhos e fantasias, são delicadas, meigas, simples, sem estresse. Anjo e pássaro vestem-se de puro canto, de cor, de renda, seda, bordado e adereço e gostam de ser vistos em visões celestes... Só que nada é tão lindo, jovial e mais santo; e o que mais me envaidece, e, por Deus, agradeço; é saber-te, anjo e amor; que para mim te vestes. CACILDO SILVA [In: Alma e Angelitude, pág.142] 26 Promovendo... Poetas do Grupo O CASTELO OS CACHOS DO SEU CABELO Construí o meu castelo com pedras que carreguei decorei com flores brancas do jardim que cultivei Ela passa lá na rua Eu fico no meu terreiro Ela vai sorridente Eu fico admirando O balanço Dos cachos do seu cabelo. Hoje tenho a minha vida como sempre planejei moro num lindo castelo de pedras que lapidei Da janela do castelo vejo o mundo a girar o céu repleto de estrelas e a lua a desfilar E pus na grande varanda mais bela decoração lembranças da minha infância morando lá no sertão. DORALICE ROSA DE SOUZA SILVA [In: Castelo de Pedras, pág. 26] VENTO Árvores que se curvam à passagem do mau tempo. Girassóis ao vento, desprotegidos, ao relento, comungam da mesma sorte, saudando sua passagem, onde resiste o mais forte. Quem não se curva é quebrado e nada mais sente. No chão fica, abandonado, espalhando suas sementes. Novos girassóis virão, balançando-se contentes, e novas rajadas de vento, na próxima estação. Talvez, na Primavera, ou no próximo Verão. EUNICE LEITE DA SILVA TAVARES Lá no bairro Nem comento com os companheiros Quando ela passa na praça Para só eu ver a beleza Do balanço Dos cachos do seu cabelo Os cabelos dela parecem Que são feitos de fio de ouro Não se compra com dinheiro Precisas ver a beleza Do balanço Dos cachos do seu cabelo Eu apelei para a fé Para o santo padroeiro Até fiz oração Pra ele manter a beleza Do balanço Dos cachos do seu cabelo Se daqui ela partir Procurarei no mundo inteiro Espero que eu a encontre Pra voltar a ver a beleza Do balanço Dos cachos do seu cabelo. CELSO JOÃO DE SOUZA ENIGMA Caminho a esmo pela multidão Não contemplo o sol e nem as flores Não percebo o burburinho do povo Não escuto o gorjear dos pássaros Ninguém me vê Ninguém me escuta Ninguém entende o meu destino Sou um vulto na multidão Um fantasma que não assusta Indiferente a tudo e a todos Minha boca é um sino que não retine Meus olhos são espelhos opacos Meus ouvidos são alto-falantes que não vibram Sou a calmaria no turbilhão Sou um enigma Esperando Deus me elucidar EDMAR ALMEIDA BERNARDES 27 Promovendo... Poetas do Grupo ÂNSIA LOUCA EM SONHO... Ah! Se ele soubesse o que desperta em mim... O vendaval que forma quando chega, O turbilhão que deixa quando vai... Minh´alma grita o meu corpo arde Uma represa de desejo explode Quando sorri com tanta formosura... Na praia do sul da Ilha A menina ingênua crescia No cuidado de seus pais Ao som do Terno de Reis Enquanto a tarrafa tecia. Se ele soubesse... Talvez agisse diferente Não passaria assim Tão displicentemente Chegar-se-ia com propriedade Para apossar-se do que tem direito... Transformaria o oceano do meu peito Numa cascata que deságua satisfeita, Dominaria a onda que esbraveja nas alturas, Como se fosse um rio repousaria no meu leito. HERALDA VICTOR [In: Travessia de Ilusões, pág. 21] COMO AJUDAR O MEIO AMBIENTE Há muitas pessoas que jogam o lixo no meio ambiente, mas nós temos que ter a consciência que não devemos fazer isso e são muitas as maneiras de ajudar o meio ambiente a se manter limpo e em condições para que os seres vivos possam habitá-lo. Então, como podemos ajudar o meio ambiente a manter-se preservado? Nós podemos ajudar o meio ambiente a manter-se limpo e em condições de habitá-lo normalmente reciclando o lixo de papel, de plástico, de vidro e metal nas empresas. Mas não é só nas empresas e nas ruas que o lixo deve ser reciclado e sim também em nossas residências. Os restos de alimentos devem ser transformados em adubo orgânico. Agora, vamos falar do lixo tóxico que são as pilhas, celulares e baterias, materiais estes radioativos; esses materiais, depois de utilizados, devem ser devolvidos pelo consumidor à loja que vendeu, para que esta tome as providências legais no sentido de dar o destino correto a esse tipo de lixo, a fim de não poluir o meio ambiente. Assim, nós devemos fazer a nossa parte preservando a natureza, ao contrário do que muita gente faz. ANDRÉ FREDERICO ANTUNES FORTES (Fred Antunes) (jovem poeta do GPL) Seu pai não abria mão Até o raiar do dia Do toque do violão. A menina ia cantando Ao som do povo entoando A música em prosa e rima E em sonho ela crescia. ANTÔNIA MARIA GAMA EU ESTOU FICANDO LOUCO (letra e música de Geraldo) Eu estou ficando louco, Não consigo mais viver, Sem beijar os beijos teus, Pra poder me aquecer. Nessa vida tão injusta, Tu és minha serenidade, Bate forte no meu peito, Teu amor minha saudade. Já não posso mais ficar, Só de longe a te olhar, Quero mais ficar pertinho, Junto a ti a me abraçar. Eu estou ficando louco E preciso te reencontrar Antes que seja tarde E meu coração parar, Pois tu és meu paraíso, Oxigênio minha paixão, Responda logo, meu amor, Vamos selar nossa união. Eu estou ficando louco, Não consigo mais viver Sem beijar os beijos teus, Pra poder me aquecer. Sou um barco à deriva, Sem saber pra onde vou, Tu és minha bússola, Lê em meus olhos, por favor. Feliz e sábio é quem consegue pedir perdão, Se redimir, Mas sábio e feliz também o é quem consegue perdoar Assim agir, pois tu és meu paraíso, Oxigênio, minha paixão, Responde logo, meu amor, Vamos selar nossa união? GERALDO PEREIRA LOPES (Simplesmente Poeta) 28 Promovendo... Poetas do Grupo ABSURDO FESTA DE SÃO JOÃO A escuridão Solidão que aniquila A palavra que corta nada sobra Chegou o mês de junho, Tem festa de São João. O salão tá enfeitado, Tem fogueira e tem quentão. Desgosto de não ver teu rosto vazio de mim de ti o desconforto As moças todas arrumadas, Com seus vestidos de chita, Com seus cabelos em trança, Com lindo laço de fita. Labirintos que entramos não saímos Amamos, vamos sem amor voltamos Chegou o dono da casa, E manda o acordeon tocar. Dançam jovens e senhoras, Todos no mesmo lugar Tantos sonhos Amor jogo de sorte sem vencidos ou vencedores Quando chega a meia-noite, Todos na mesma alegria. (grita o dono da casa) Venham senhoras e senhores, Vamos dançar a quadrilha. Sem perspectiva não quero ser quero apenas viver o absurdo da vida. Todos dançam e todos pulam, A comida é de montão: Batata doce e melado, Aipim, pipoca e pinhão. IVONE LIDIA RODRIGUES E assim termina a festa Da noite de São João: Todos em volta da fogueira Soltando foguete e balão. AINDA É POSSÍVEL Ainda é possível ser feliz nesta vida. Abraçar com carinho as pessoas queridas. MARIA DA ANUNCIAÇÃO PEREIRA PALAVRAS Ver o sol brilhar iluminando o mundo. Ver as crianças nascerem em fração de um segundo. Pisei palco Publiquei poesia Pintei próprio planeta. Provei primas, Praias perfumadas Pomares polposos, Putas purpureadas. Passei pelo poente, Perdi pais, posses, parentes. Presenciei pecados, palavrões, Pacificador profundo, Pedi paz. Pulmões póstumos, Paginei Pessoa Plantei primavera. Ver os velhinhos cantando cantigas de amor. Sentindo-se felizes lembrando a juventude que passou. Ainda é possível ver o céu azul. Ver nas noites escuras o cruzeiro do sul. Ainda é possível ver as crianças sorrirem. Depende muito de mim e de ti. JOSÉ LUIZ AMORIM www.poetailheu.blogspot.com Ajudar os velhinhos a atravessar uma rua. É uma obrigação minha e tua. MAURILIA FREITAS [In: Minha saudade, pág.24-25] 29 Promovendo... Poetas do Grupo LER LIVROS... LER A VIDA... LUZ DO MEU CAMINHO Ler um livro é: Dar a volta ao mundo Sem sair do lugar... Não, eu não quero te perder, Quero mais é te amar Num cantinho à beira mar. Quando se encontra um grande amor E com ele quer ficar para sempre se amar! Não, não é justa a solidão, Dói demais o coração, Se o amor longe está. Saudade toma conta do meu ser Entristece o meu viver, Que farei sem ter você? Quando estou perto de você Sinto o mundo florescer A tristeza esquecer. Não, eu não posso te perder, Eu só quero te querer E querer e querer! Não, não sabia que existia um querer Tão grande assim, Que me faz tão bem viver. Te amar é muito bom , é bom demais, Se estou junho de você Bem melhor me sinto, então! Não, eu só posso te querer E querer e querer e querer. Luz do meu caminho, Caminho sem pedras, Meu céu estrelado, Paraíso na Terra, Mar calmo, com você eu transpiro amor E esse amor não cabe em mim, Não cabe em mim. Não, eu não vou te perder, E vou sempre te amar Num cantinho à beira mar. Ler livro é: É olhar para o céu E tocar nas estrelas... Ler livros é: Acordar cedo E ver o sol nascer... Ler livros é: Jogar E ser campeão... Ler livros é: Ir ao fundo do mar Ver os peixes nadar... MANOEL MÁRIO REIS BITTENCOURT (jovem poeta do GPL) [escrito quando o autor tinha 10 anos de idade] TAÇAS E os poetas chegaram em casa embriagados de raras bebidas pois haviam recém vindos da festa do “Grupo de Poetas Livres”. A festa foi regada por bebidas produzidas com receitas que só um “ser soberano” sabe fazer. Haviam taças cheias de solidariedade, outras cheias de amor, outras cheias de felicidade, outras cheias de sabedoria, outras cheias de inocência, outras cheias de bondade, outras cheias de confiança, outras cheias de honestidade, outras cheias de paciência e outras ainda cheias de esperança. — Mestre: quero contar-te! Todas as taças estavam vestidas de poetas e as bebidas eram absorvidas através dos ouvidos e dos olhares do coração. Ah!... Preciso ressaltar que o “Grupo de Poetas Livres” – www.poetaslivres.com.br – existe de verdade e, com uma visão normal, parecem pessoas normais, mas eu consegui espiar com os olhos da alma e confesso-te que não são pessoas não; são anjos fantasiados de poetas onde todas as semanas encontram-se para fazerem festa e recitar poesias e eu, meu esposo e nosso filho participamos delas. [Carminha Poeta] MARIA DO CARMO ANTUNES [obra musical:letra e música de Marli] MARLI TEREZINHA DOS SANTOS LUZ INVISÍVEL Ouço um murmúrio, é o vento Sorrateiro, invisível Passa pelo universo, não se vê Se ouve, se sente É misterioso Desliza Às vezes, suave como a brisa Nosso corpo abraça, acaricia Os pastos nos campos, faz dançar É uma carícia que contorce ao sabor do vento, balança, deita, levanta, mas é o vento que o faz em ondas verdes ondular. Se transforma, desliza, suaviza nossas almas e até nos faz sonhar. MARINÊS POTÓSKÊI 30 Promovendo... Poetas do Grupo ADEUS OU ATÉ BREVE QUEM SABE Nos meandros da vida, seres se encontram e se separam. Assim tem sido nosso amor. Encontrei em ti momentos de felicidade, de ternura e de sorrisos. Muitos. Fui feliz demais, não nego, e agradeço aos Céus por me haver proporcionado tudo isto. Foram poucos momentos, mas que valeram uma eternidade. “Que seja infinito enquanto dure”, já disse o poeta e isto valeu para nós dois. O Destino agora nos separa como em outras ocasiões da nossa trajetória. O que fizemos em outras Eras um para outro, reflete-se também neste Tempo. Amar, continuamos nos amando, porém separados acalentando no coração a febre da paixão que nos uniu. Juntos, não mais. Tal qual Romeu e Julieta —— o desencontro do Amor—-. Quis ser a lua refletindo tua luz, mas amarras do passado ainda existem e só com muita perseverança, com muita disposição, empenho em nos voltarmos para nossos semelhantes, sem sermos apegados à matéria, poderemos, quem sabe um dia, em nova trajetória, cada qual mais lúcido, poderemos, aí sim, caminhar juntos na mesma direção. Então, Amor, Adeus ou Até Breve. ...ah! pudesse Recolher todo o pranto derramado! Silencioso, calado, quem sabe até inútil e desnecessário... quem sabe??? MAURA SOARES [este poema recebeu a versão em italiano feita pelo poeta Mario Tessari,de Jaguaruna,SC, publicada no blog “lachascona”] Aos 26 de maio de 2011, 05.45h 31 ...ah! pudesse Dirimir todas as queixas! densas, copiosas, quem sabe até contundentes... quem sabe??? ...ah! deixa pra lá... outros quem sabe, virão! quiçá muito aquém desse Patamar, e a passos lerdos Prossigo, sem rumo... sem prumo... quem sabe arrastarão corpoeespírito!!! MARIA VILMA NASCIMENTO CAMPOS Fundadora e Presidente Perpétuo do GPL Promovendo... Poetas do Grupo BOLHAS DE SABÃO Folha de mamão Basta seu enorme talo Com um pote de água e sabão Para dar vazão À grande imaginação Das crianças que vivem distribuindo perdão É só soprar Quase não acredito Bolhas de sabão sobem ao infinito Será pintado Na aurora boreal Um enorme arco-íris no espaço sideral Sobem os sonhos coloridos dos anjos Nos pequenos sopros Envoltos na delicada bolha de sabão Olhos azuis, castanhos e negros Brilhantes em forma de constelação Se vão Pelo imenso mundo imaginário Do mais belo cenário Onde os duendes, bruxas Fadas e assombração Vivem em eterna comemoração Mas quando caem da bolha de sabão Dão com a bunda no chão MARISTELA GIASSI AS FLORES Naza Poeta com a cantora Mercedes Sosa, batalhadora dos direitos civis. ORDEM ECONÔMICA Tempo passa, vida absurda. A crise, insatisfação. É grande a espera surda De momentos de emoção. Onde há flores? Onde há flores há também espinhos? Às vezes sim Outras vezes não... Qual a missão das flores? Qual a missão dos espinhos? Espinhos e dificuldades o que tem em comum? Os espinhos protegem a rosa E a deixa mais bela também... Tempo passa,pobre povo. Discursos iguais, nada de novo. O grito desmente do brasileiro É fome sem dinheiro. MÁRCIA REIS BITTENCOURT Tempo passa,alta corrupção. Ao suborno,impunidade. Ordem e progresso na contramão E governo sem dignidade. A ROSA DAS CERÂMICAS Pensem nas crianças Magras e raquíticas Em suas mãos calejadas A rosa das cerâmicas Silenciosa Explorada Com uma cor amarelada. Tempo passa,mundo cão. A miséria, marginalidade. Ordem econômica na ilusão E governo sem lealdade. Vamos Vamos Vamos Vamos promover justiça social! satisfazer desejo nacional! sair desse buraco imoral! ser dignos desse clima tropical! NAZA POETA HOLÍSTICO (Norberto Nazareno Barreiros Fortes) MÁRCIA REIS BITTENCOURT 32 Promovendo... Poetas do Grupo RASTROS DE SAUDADE PARTIDA I Aquele perfume que me deste Não revelou a tua intimidade Mas deixou no caminhar do tempo Um gostinho doce-amargo de saudade Abandonar vontades, memórias majestosas de uma vida, requer esforços prováveis para a louvável partida. Aquela rosa por ti oferecida Rubra e cheirosa como a primavera Estava cheia do vigor de outrora E alimentou meus sonhos de quimera PARTIDA II Caminhar só, avistar horizontes, renunciar contratempos, para dispor da paisagem a ser apreciada no percurso. Aquela mão com que me seguravas Enchendo minha face de rubor Eternizou em meu coração As marcas indeléveis do primeiro amor PARTIDA III Aquele adeus que proferiste Naquela tarde triste à beira mar Já vai tão longe nem sei quanto tempo Mas minha mente insiste em recordar Na bagagem lembranças, no bolso louros labutados, na cabeça o boné surrado, nas pernas a calça listrada, nas mãos as luvas rasgadas de tanto cavar o próprio fosso. O perfume, a rosa, o afago, o adeus Juntaram-se à dor de uma saudade E a lembrança velha companheira Irá comigo para a eternidade. PARTIDA IV NEUSITA LUZ DE AZEVEDO CHURKIN Mergulhado no horizonte azul, o verde contrastando tons terrosos, capaz de remeter a oração imaginária de súplicas. ANDARILHO O passo interrompido por um tropeço, a queda não ocorre e assim o passo se faz maior... nem por isso, cheguei antes ao lugar que não queria, em verdade, chegar... ... o chão! SANDRA REGINA CLARA NEPOMOCENO PINTO SERENATA Quanta saudade sinto da bela serenata que em doce cantar amor ardente embalava. A noite serena era transformada em festa para a mulher amada que feliz despertava! 02/04/2011 NEOMAR JÚNIOR (Neomar Narciso Borges Cezar Júnior) Cantava aquele amor sentimental de outrora, que alimentava sonhos e muito desejo... que trazia um sentir profundo a toda hora, que o imaginar levava à carícia de um beijo! ATÉOPOETA Alma iluminada eTernamente responsável poEta renascente comO uma Fênix, consciente do exato Propósito divino de suma Orientação; Surge semEnte resguardada que secreTamente conhece a força do Amor. Era um amor a duras penas realizado. Parecendo suave, era intenso,era ardente... Envolto em poesia... era bem diferente! Lindas canções românticas, de grande amor, eram cantadas sob a janela da amada, com feliz e incontida emoção partilhada... SUELI RODRIGUES BITTENCOURT [In: Suavize seu viver, pág. 92] RODRIGO SILVEIRA LOPES 33 Promovendo... Poetas do Grupo VESTIDO NEGRO SEMPRE A TE AMAR Parecia uma tarde como tantas outras O verão já havia se despedido Iniciava-se uma nova estação, com um vento frio soprando do mar e trazendo um forte aroma de maresia. As canoas, adernadas na areia branca, pareciam render-se ao cansaço. Os pescadores, recolhidos em suas modestas casas, contavam proezas de pescarias. Das chaminés dos fogões a lenha, partia a fumaça que testemunhava a vida em família. Mas, muito próximo, o canto impaciente das gaivotas lembrava o compromisso do homem com o mar. O velho pescador, obediente, confere seus pertences, empurra sua pequena embarcação e, auxiliado pelas nervosas ondas, ganha, como sempre, o fraterno abraço do mar aberto. A busca pelo alimento é desigual Suas mãos calejadas pelo remo e os braços já sem forças, parecem implorar por uma trégua, mas o velho pescador não desiste. Foi a última teimosia... Na pequena casa, sua companheira de tantos anos, reza por sua volta. Desta vez, Nossa Senhora dos Navegantes não ouviu as suas preces... Com a barra da saia enxuga as lágrimas que brotam das fontes do medo e, agora, da saudade. Levanta-se do pequeno banco, feito com restos de estivas, rebusca o fundo da mala de papelão e retira o vestido negro que sua falecida mãe lhe destinara, vestindo-o para sempre. As gaivotas cobriram de luto as suas asas e nunca mais exigiram dos velhos pescadores a presença do mar... Sempre vou te amar! Que passem os dias... Que cheguem os anos... Nada vai mudar! SINVAL SILVA SILVEIRA A chuva calma deslizava pela vidraça e a mulher cheia de amor e carinho com o rosto colado na mesma... imaginava seu tão bem amado ÊXTASE Pudera beijar teus lábios Invadir com tímidos gestos Teu corpo. Esse amor floresce Em qualquer estação, A exalar saudade... Cada vez maior permanece. Fazes parte de mim! Quisera poder sentir Tua presença amiga, Num abraço sem fim... Insistente ausência! A perdurar, impiedosa, Tentando apagar lembranças, Sem clemência... Vivo a te adorar! Perdida em teu encanto... Força não há que consiga Tamanha verdade ocultar. Contigo em meu pensamento, Desejo sempre estar... Doce memória exaltar! Entre risos ou lamentos. SONIA RIPOLL CÉU DA FELICIDADE Como ele deve estar lindo....charmoso Distribuindo sorrisos e gestos de simpatia entre os ilustres convidados da festa .. Oh...como me sentiria orgulhosa se ao menos Possuir-te sem censura Buscar a essência do amor Nessa loucura. Por um momento sequer...pudesse estar lá ao seu lado...sentindo as mãos junto às suas e entre um sorriso e outro sentir seu olhar e ouvi-lo murmurar baixinho...querida..te amo! Pudera ouvir respirares Ofegante à minha procura Ter-te para sempre... E assim... a mulher sonhadora permaneceu por horas a fio...a chuva insistente a acariciava por detrás da vidraça ... como se dissesse Bobinha...ele te ama...está pensando em você!! ZELI MARIA DORCINA Ela sorri...sorri entre lágrimas ...olha para chuva e sai em direção a um céu criado pela emoção Céu este que mesmo em dias de chuva Está lá... cheio de estrelas.. Astros e então SORRI FELIZ !!! VERA PORTELLA 34 Promovendo... Poetas do Grupo ÁGUA CRISTALINA Lá em cima daquele morro Bem no alto da colina Lá tem uma nascente De água cristalina Ela vem descendo o morro Formando uma cachoeira E passa pela velha banheira Dentro de um matagal Depois corre por uma mangueira Até os fundos do meu quintal Nos meses de inverno Ela corre em abundância Nos meses de verão Por causa do calor Mal chega na minha estância Gosto tanto dessa água Que eu até já me acostumei Se um dia ela faltar O que será de mim Eu te juro que não sei Esta água me faz tão bem Bebo dela até quando estou Na minha rede Pois até de madrugada Ela mata a minha sede Esta água é tão pura E até deliciosa Bebo dela deste pequeno Não tem remédio, não tem veneno Por isso ela é a mais gostosa Esta água é tão cristalina Não tem cheiro, não tem sabor Esta água é tão transparente Que dá até pra ver A cara da gente Num dia de sol e calor. VALTER OSVALDO SANT´ANA Na voz do cancioneiro as palavras ficam mais belas, o mundo gira com força fazendo a mente desequilibrar-se. Na música cantada com alegria, os sons da natureza ficam mais fortes. Na voz maviosa do teu cantar o mundo explode em alegrias sem par. Ouço a vida sorrindo ao ouvir tua voz. Sinto o mundo vibrando com a intensidade de teu som. Canta, canta mais, para encher de felicidade e paz este mundo carente de afeto e poesia. ZEULA SOARES O PRÍNCIPE E A PLEBÉIA Num reino muito distante havia um príncipe e, na Vila, uma plebéia. No reino havia um rei muito mau que só queria dinheiro. Então, preocupado com seu pouco lucro resolveu tirar dos pobres. Enviou seus guardas até à Vila para pegar o dinheiro e a plebéia, muito assustada, desorientada, deu seu dinheiro e disse “faça bom uso, meu rei, de todas as minhas economias”. Então o príncipe viu a plebéia; seu olhar de fada, seu rosto lindo e disse “Papai, não é certo roubar dinheiro dos pobres; eles tem menos que nós”. O rei riu e disse “plebeus não merecem estas moedas”. Então ao anoitecer o príncipe pegou um valor e devolveu aos pobres e visitou a plebéia e disse “Vamos, fuja comigo!” A plebéia assustada disse “não”. O príncipe, em seu cavalo branco, disse “Vamos, por favor, não se importe de sair comigo”. O príncipe e a plebéia então começaram a namorar e o rei quando soube, mandou segurá-los para matá-los. Colocaram fogo na casa da plebéia, e a machucaram juntamente com a sua mãe. Então o príncipe, revoltado, duelou com o rei, enfiou a espada no coração dele e desde então o reino passou a ser feliz. “Dinheiro não é tudo, não se esqueçam”. VINICIUS PINTUS SALE NAVE [Jovem poeta do GPL, 11 anos] 35 Biblioteca Maria Vilma Nascimento Campos Desde sua fundação, em 1998, o GPL tem sempre recebido obras de seus poetamigos dos vários lugares do Brasil e do exterior. Encaminhamos agradecimentos ao doadores e damos ciência nas reuniões, antes de serem incorporadas ao acervo. Após o recesso de 2010 e agora no primeiro semestre de 2011, destacamos: 1.De Abilio Pacheco,Pará, a Agenda Literária 2011, com poemas de vários escritores. 2.De Maria da Graça S. Araujo, da União Brasileira de Trovadores do Paraná, a obra “Paraná em Trovas”,organizada por Vania Maria Souza Ennes. 3.Recorte do Jornal Folha de Coqueiros, Florianópolis, SC, com o Projeto Aqui Tem Poesia, Ano XV, n.137- dezembro 2010, com poemas de Cacildo Silva “O vôo das cores” e de Ivan Alves Pereira “Esclarecimento”. [infelizmente, o Jornal atrofiou, sem avisos, o projeto] 4.De Gildásio Barbosa, de Sant´ Ana do Livramento,RS, cartão com seu poema de Natal “Sorria, é Natal”. 5.Jornal da ANE - Associação Nacional de Escritores, Brasília,DF,Ano V, VI,n.37, 20102011,dez-jan, registra o centenário de Raquel de Queiroz. 6.Recorte do Jornal Primeira Folha, de Palhoça,SC, Ano VI, Edição 152,de 3.12.2010.Mostra a Medalha do GPL e faz entrevista com Therezinha Cacilda Monteiro Mann, sobre seu mais recente livro “Ultimo refúgio”. Therezinha comenta sobre o Grupo, na referida reportagem. 7.Recorte do Jornal Palavra Palhocense, Palhoça,SC,n.257, ano VI, 18.11.2010 comenta sobre a peça teatral de Therezinha Cacilda “Além do horizonte”, encenada na Semana da Consciência Negra, em Palhoça, com Sonia Ripoll, Neusita Churkin.Sonia criou os diálogos da peça. 8.Recorte do Jornal Noticias do Dia, ano 5., N.1461, de 15.11.2010, Florianópolis,SC, com reportagem de Paulo Clovis Schmitz sobre Zeula Soares. 9.Registros:1) de Clarisse da Costa, de Biguaçu,SC, sobre obra ainda no prelo, de sua autoria, “Vida, o sol e o meu segredo”; 2) de Sueli Bittencourt, membro do GPL,seu poema “Poetas Livres”; 3) de Silvério da Costa,Chapecó,SC, Cartão de Natal; 4) de Esperidião e Angela Amin, Florianópolis,SC, cartão de Natal; 5) Cartões de Natal de Licinho Campos, João Amin, Jornal Noticias do Dia, Maria Vilma Campos, com Cacildo Silva e Rafael Flôres da Cunha Juarez Alves Nunes, Maria da Anunciação Pereira, Clarisse da Costa, Sul Brasil Seguros, todos de Florianópolis e Hiper OX do Hospital Santa Catarina, de Blumenau; 6) Convite do Governo do Estado para abertura da sede do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina e Academia Catarinense de Letras, dia 20.12.2010, que contou com a presença da presidente Maura Soares; 7) Convite da Fundação Franklin Cascaes-NEA-Comissão Catarinense de Folclore-IHGSC-ADL, Florianópolis,SC, para o lançamento do livro de Nereu do Vale Pereira “O boi de mamão”, dia 17.12.2010, no Largo da Alfândega; 8) Convite para a exposição Releitura, no BRDE,Fpolis,SC, dia 6.12.2010, com as presenças de Zeli M.Dorcina, Heralda Victor e Maura Soares; 9) Convite da ACLA para os Prêmios Paschoal Apóstolo Pitsica, Victor Meirelles, Edino Krieger e Conjunto da Obra, dia 3 de dezembro de 2010, em Fpolis,SC. Compareceram pelo GPL Eunice Tavares, Maura Soares, Zeli M Dorcina, Doralice R S Silva, Heralda Victor, Licinho Campos, Adir Pacheco, Lino Lopes, Sonia Ripoll. 10.Jornal da ANE – Associação Nacional de Escritores, Brasília,DF, ano V, n.36, outubro e novembro de 36 2010, traz um artigo do poeta catarinense Emanuel Medeiros Vieira intitulado “Memória e Linguagem” e, na capa, “Brasilia e a ANE no pódio das Letras” cita Emanuel que recebeu o prêmio no Concurso Internacional de Literatura UBE,RJ 2010 com o romance “Olhos azuis – Ao sul do efêmero”. 11.Jornal da ANE - Associação Nacional de Escritores, Brasília, DF,ano V-VI n.38, fev-março 2011 traz poema de Emanuel Medeiros Vieira, “Inventário”. 12.De Valdiria Barbosa de Campos, Rio de Janeiro, RJ, o livro de poesias “Chinelos”,de seu esposo(in memoriam), poeta catarinense Feliciano Marques Guimarães. 13.De Lari Franceschetto, Veranópolis,RS, cópia da página do Jornal O Estafeta, de 25.11.2009, com matéria sobre o VIII Concurso Aureliano de Poesia, com seu poema Quintanares em 2º. Lugar e Passagem em 1º. Lugar. 14.De Antonio Pereira Mello, de Santa Maria, RS, Revista Capoeira Negro, Ed. Jupiter II (em quadrinhos) com argumentos de sua autoria; Revista Turma do Gibi, quadrinhos infantil, Ed.Jupiter II, São Paulo “Krahomim”; Revista Kahomim, quadrinhos infantil, Ed. Jupiter II, São Biblioteca Maria Vilma Nascimento Campos Paulo;Revista Benjamin Peppe, quadrinhos infantil, Ed.jupiter II; Zine Correio da Poesia, João Pessoa,PB, out.2010, n.1007; Zine Manifesto, da Associação Poeta Menor, ano II, Pitangui,MG, n. 15, março,abril 1987; Zine Expressando em Poesia, ano 1, n. 2, fevereiro 2011, Santa Maria, RS e também o ano 1, n.1 do mesmo Zine janeiro 2011; Missionário das Poesia, ano 2, n.10,fevereiro 2011, de Antonio Pereira Mello e Arita Pettená. 15.De Lari Franceschetto,Veranópolis,RS, a obra “Escritores”,do Clube dos Escritores Piracicaba,SP, ano XVI, out.2010, crônicas e poemas. 16. De Luigi Maurizi – Balneário Camboriú,SC, as obras “Sorver SOS – Predileção Repaginada” e “Alforria, Floreios na servidão”. 17. De Demósthenes Carminé, Manaus,AM, a obra Terezinha Morango – Cinderela Amazonia,2ª.ed. 18. Da Academia Amazonense de Letras, Manaus, AM, Revista da AAL, n.28,ano XCII, novembro 2010—e—a Revista da AAL n. 29, ano XCII dezembro 2010. 19.De Max Carpentier,Manaus, AM, – Coleção Pensamento Amazônico,Série Violeta Branca v.1,da Academia Amazonense de Letras,titulo: Catedral dos Sacramentos. 20.Organizado por José Braga,Projeto Vamos Ler,2008,Letras de Natal, edição da Academia Amazonense de Letras, Manaus,AM. 21.Boletim do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina, ano XIII, n.152,fev-março 2011 que traz a foto da capa da Revista Ventos do Sul.34 e cita homenagem a Hoyêdo de Gouvêa Lins e Osvaldo Ferreira de Melo, que veio a falecer dia 17 de fevereiro de 2011 e registra os poemas de Julio de Queiroz, Leatrice Moellmann,Maura Soares e Valter Manoel Gomes,sócios do IHGSC. 22.De Maura Soares, Fpolis, SC, doação da Revista “Semana Revista” órgão oficial da VII Semana de Jornalismo da UFSC, setembro de 2008—e—Folder sobre a chegada dos imigrantes alemães no Paraná – 180 anos – 1829-2009. 23.De Heralda Victor,Fpolis, SC,doação da obra Poesia do Brasil XII, volume 12, Proyecto Cultural SurBrasil, com poesia de sua autoria inserida. 24. Doação de Maura, Fpolis, SC, do Jornal do Mercado Público,ano 1,n.7,março 2011. 25.De Vivaldo Terres,de Itajaí,SC, seu livro de poemas “Fragmentos”. 26.De Therezinha Cacilda, Palhoça,SC, doação de sua obra “Último Refúgio”. 27. De Inês Carmelina Lohn, Fpolis, SC, doação de suas obras “Flores e Cicatrizes”; “Rafael, um grito de alerta”. 28. Carta do prof.Celestino Sachet, Fpolis, SC, agradecendo a Revista Ventos do Sul n.35 e elogiando o poema de Manuel Gonzalez Alvarez, poetamigo da Espanha. 29.Doação de Naza Poeta Holístico, Santo Amaro da Imperatriz, SC:Texto sobre seu encontro com o cantor Roberto Carlos, intitulado “Encontro com o Rei”; DVD com os finalistas do Concurso Premio Zininho de Música, dia 13 de outubro de 1994,em que ele participou e foi finalista com a melodia de sua autoria que apresentou ao violão com conjunto, intitulada “Encostas do poente”. 30.Jornal da ANE-Associação Nacional de Escritores, Brasília,DF, ano V/VI n.39, abril,maio 2011. 31.De Gildásio T,Barbosa, de Sant´Ana do Livramento, RS, “A magia da rosa”. 32.De Fidias Telles,Mafra-União da Vitória,PR: Pequena História da Academia Parano-Catarinense de Letras – Cultura Sul Brasil,3ª.ed.; O brilho cósmico dos Vivos e dos Mortos (Uma abordagem filosófica dos fenômenos insólitos e enigmas da vida). 33.Do poeta Malungo, de Pernambuco,PE, exemplares do Fanzine De cara com a Poesia,n.55,fev.2011. 34.Boletim O Trinta-réis, ano XVI, n.56, maio 2011, da ASAJOL,Academia São José de Letras,São José,SC. 37 35. Doação de Celso João de Souza, Palhoça,SC,da obra “Brincando com as poesias”, promovido pelo CAIC-Centro de Atenção Integral à Criança e Adolescente—Projeto Poesia na Escola, com o tema Preservar a Natureza, num trabalho interdisciplinar dos alunos da região de Palhoça. 36.Doação de Sonia Ripoll, Fpolis,SC, Revista Viva Cultura, de Varginha,MG, com a publicação de sua poesia Ainda Choro. 37.Jornal da ANE-Associação Nacional de Escritores, Brasília,DF,ano VI, n.40, junho-julho 2011. 38.De Edweine Loureiro, Japão, doação da Revista Alternativa, editada em Português(no Japão), n. 257, ano X, de 19 de maio de 2011, que traz reportagem com Edweine sobre sua obra Clandestinos. 39.De Eder da Silva Silveira (org.), “O invisível visível: reflexões em poemas sobre Diversidades Sociais, a partir da vida infanto-juvenil”. Arroio dos Ratos,RS.Instituto Estadual Couto de Magalhães, 2007. 40.De Miguel J.Malty, Brasília,DF, obra de sua autoria “Trovas de Paz”. 41.De António José Barradas Barroso,Parede, Portugal, sua obra “...antes que chegue o inverno”. Aconteceu... Após o fechamento da Revista Ventos do Sul n.35, aconteceu: Sueli Bittencourt com Carlos Piccoli, no encerramento do Ano Acadêmico de 2010. DIA 28 DE NOVEMBRO DE 2010, comemorou-se o aniversário de 90 anos da nossa batalhadora SUELI RODRIGUES BITTENCOURT, tendo por local o espaço do Café Colonial do Hotel Itaguaçu. Carlos, Heralda, Maura, Neomar Júnior, Sonia e Lino, representaram o Grupo de Poetas Livres, numa festa familiar bonita de se ver. Pratos deliciosos foram servidos. Os presentes, material de higiene que d.Sueli havia solicitado foram todos doados para uma instituição de caridade. Belo gesto desta nossa poetisa maior!! DIA 07 DE DEZEMBRO DE 2010, no Espaço Cultural Governador Celso Ramos, do BRDE, aconteceu o lançamento do livro “Expansão urbana na região metropolitana de Florianópolis e a dinâmica da construção civil”, de Edson Telê Campos. Presentes: pelo GPL, Heralda, Maura e Zeli; pela ADL, Maria de Lourdes Zunino Duarte e Nereu do Vale Pereira; pelo IHGSC, Augusto Cesar Zeferino e Jali Meirinho. Encerramento do Ano Acadêmico de 2010 DIA 09 DE DEZEMBRO DE 2010, no Encerramento do Ano Acadêmico de 2010, no Auditório Abelardo Sousa, registramos as presenças de Augusto Barbosa Coura Neto e Katia Rebello, representantes da Academia Desterrense de Letras; Paulo Berri, representante da ACPCC; Nelcy Mendes, viúva do ex-presidente da ADL;Jorge e Inês Behr, ele o editor desta Revista. Entregues aos associados por sua assiduidade durante o ano, o Troféu Garapuvu recebido por Zeli Maria Dorcina e Doralice Rosa de Souza Silva (ambas em 1º. Lugar); Maria da Anunciação Pereira (2º.lugar) e Alzemiro Lidio Vieira (3º.lugar). Na categoria Amigo da Cultura, entregue a Medalha do Poeta Maria Vilma Campos, com o respectivo Certificado, para Júlio de Queiroz e Sueli Rodrigues Bittencourt que recebeu também pelos seus 90 anos de idade completados em 2010. Abrilhantou o encerramento do ano o Coral Italo-Brasileiro que recebeu Certificado por sua participação no evento. Integrantes do GPL que receberam Certificado pelo Recital de Poesia: Alzemiro Lidio Vieira; Licinho Campos; Heralda Victor; Sandra Regina Clara Nepomoceno Pinto; Zeli Maria Dorcina; Neusita Luz de Azevedo Churkin; Maurília Freitas; Sueli Rodrigues Bittencourt; Eunice Leite da Silva Tavares; Celso João de Souza; Maura Soares (pela coordenação). Os integrantes do Coral, pela apresentação de poesias: Maria Elena Lamego; Osvaldo Tadeu Santana e Silva,e Nambor Bordin. Após, um coquetel foi oferecido pelo GPL, organizado por Adriana Cruz, num congraçamento cordial entre as duas instituições. Registre-se as presenças dos membros do GPL: Carlos Piccoli, Zeula Soares, Maristela Giassi, Cacildo Silva, José Luiz Amorim, Therezinha Cacilda Monteiro Mann, Adriana Cruz, Ivone Lidia Rodrigues, Doralice Rosa de Souza Silva e Edmar Almeida Bernardes. DIA 09 DE DEZEMBRO DE 2010, no Restaurante Lindacap, Sonia Ripoll, membro do GPL, foi eleita presidente da Academia de Letras de Palhoça, num mandato tampão, ficando a Diretoria eleita até 2011, assim constituída: Presidente:Sonia Ripoll; Vice-presidente: João Sergio Sell; 1º.secretário: Maria da Graça Prim; 2º. Secretário: vago; 1º. Tesoureiro: Manoel Antonio da Silva; 2º. Tesoureiro: Zelka Sepetiba; Diretor Geral: Rudnei Otto Pfutzenreuter; Diretor de Relações Institucionais: Sonia Ripoll; Bibliotecário: Therezinha Cacilda Monteiro Mann (também do GPL); Conselho Fiscal: Manoel Scheiman da 38 Silva, Liene Collaço Paulo, Déspina Spyrides Boabaid, Julião Goulart, Acyr Ávila da Luz e Milka L.P. Carvajal. DIA 10 DE DEZEMBRO DE 2010, Sonia Ripoll com Lino Lopes, apresentou no Colégio Nova Geração, de Biguaçu, sua peça em Teatro de Bonecos “A aventura de Xeré”, peça do Grupo Teatral Amor Cristiano, fundado por ela e por Lino Lopes. DIA 14 DE DEZEMBRO DE 2010, o Projeto Cem Cópias Sem Custo, do Governo do Estado, premiou Therezinha Cacilda Monteiro Mann com a edição de seu livro “Ultimo refúgio”, em bela cerimônia, no Salão Meyer Filho, da Assembléia Legislativa. Presentes pelo GPL: Heralda, Maura, Licinho, Cacildo, Carlos Piccoli, Neusita e seu esposo Claudinei, Zeli, Leinir, Edmar, Sonia e Lino, Inês Lohn e Paulo Berri, pela ACPCC e familiares de Therezinha. DIA 27 DE DEZEMBRO DE 2010, na Pizzaria Don Apetitos,Therezinha,Maura, Rodrigo e Geraldo foram cumprimentar Marli Terezinha dos Santos Luz, por seu aniversário.Momentos agradáveis incluindo poesia e música. 2011: DIA 8 DE JANEIRO DE 2011, Lari Franceschetto, Veranópolis,RS, registra obtenção do 2º lugar com “Quintanares” no concurso pela Sociedade Cultural Melvin Jones e Centro Cultural Aureliano de Figueiredo Pinto – Lions Clube e PM de Santiago,RS e o 1º lugar com “Passagem” e Poemas em Espanhol “Mi mundo”, “Cosecha” e “Quintanales”. O poeta registra ainda que obteve o 1º.lugar em Poesia Moderna no Concurso Nacional Literário Poeta Arlindo Nóbrega. Registra pelo O Estafeta de 3.11.2010, Menção Honrosa na Categoria Profissional com o poema Passagem no XII Concurso Nacional de Poesia do Clube dos Escritores de Piracicaba, São Paulo,2010 e também na Categoria Adulto com a poesia “Sob o sol de Outubro”(que foi publicada na edição de 17 de outubro de O Estafeta). DIA 14 DE FEVEREIRO DE 2011, registro de Edweine Loureiro, do Japão,que foi o Terceiro Lugar no Desafio de Verão, uma competição de contos em Brasília ao longo de seis semanas. O resultado foi publicado no site http:// desafiosdosescritores.sites.uol.com.br/ veraotema6b.htm Aconteceu... DIA 17 DE FEVEREIRO DE 2011, os ofícios 001/2011 e 002/2011, encaminharam, respectivamente para a ALESC e Secretaria Regional do Continente, o Relatório de Atividades do GPL referente ao ano acadêmico de 2010. DIA 01 DE MARÇO DE 2011, Eunice e Maura compareceram na Secretaria Regional do Continente para uma reunião com o Secretário Deglaber Goulart. Presentes membros da ACPCC e da ADL, as diretoras da Biblioteca Prof.Barreiros Filho, Magali Noronha e Elizabeth Harger Félix, e membros do staff do Secretário. Objetivo: reformas na Biblioteca com a cessão de um espaço maior e comum para o Grupo de Poetas e outras Associações que ali fazem suas reuniões. A Biblioteca ampliou seus domínios com uma sala especial para danças; uma para informática; outra para cursos e mais uma para reuniões. Após considerações, o senhor Secretário solicitou um nome para a sala e a presidente do GPL sugeriu o nome de SALA MARIA VILMA CAMPOS, pois é nome comum nas instituições presentes que muito fez pela literatura em Florianópolis. Sugestão aceita por todos. DIA 10 DE MARÇO DE 2011, na primeira reunião do GPL de 2011, a presidente registrou com pesar que o Projeto Poesia na Praça, com os encostos dos bancos estampando poesias de autores catarinenses, foram todos pintados,os que estão no Bom Abrigo. Que de nada valeram os apelos ao poder público municipal. A obra do GPL e dos poetas catarinenses foi destruída. DIA 23 DE MARÇO DE 2011, a presidente representou o GPL na inauguração das novas salas da Biblioteca Pública Municipal Prof. Francisco Barreiros Filho, com a presença do secretário do continente, Deglaber Goulart, do Prefeito Dario Berger e outras autoridades. Registrou que no site da Prefeitura há uma matéria sobre o Grupo. DIA 25 DE MARÇO DE 2011, aconteceu em São Pedro de Alcântara, a posse do historiador e museólogo Max José Müller, na Academia Alcantarense de Letras. Maura representou o GPL. DIA 25 DE MARÇO DE 2011, aconteceu na Câmara de Vereadores de Canelinha, SC, a premiação do II Concurso Nacional de Poesia, Crônica e Conto da Cidade de Canelinha. Márcia Reis Bittencourt representou o GPL. DIA 25 DE MARÇO DE 2011, Zeli Maria Dorcina representou o GPL no lançamento do romance “Angústia”, do prof. Paulo Hentz. DIA 26 DE MARÇO DE 2011, Zeli M Dorcina representou o GPL na posse de Maria Elena Lamego na Academia São José de Letras. DIA 28 DE MARÇO DE 2011, Neusita Churkin registrou sua presença, declamando poesias no Casarão Born, pela passagem do aniversário da cidade de Biguaçu,representando a Academia de Letras de Biguaçu e o Grupo de Poetas. DIA 30 DE MARÇO DE 2011, a presidente Maura representou o GPL na abertura do ano acadêmico do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina, com a premiação ao ex-reitor da UFSC Ernani Bayer. DIA 31 DE MARÇO DE 2011, Heralda Victor apresentou a ideia para o GPL ter a sua bandeira tendo sido convidado o artista plástico e membro do GPL, Cacildo Silva, para realizar o desenho. Sugestão aprovada. A presidente elaborou portaria que foi submetida em próxima reunião. DIA 07 DE ABRIL DE 2011, registro de Edmar Almeida Bernardes, de que seu livro Do abismo ao infinito, foi adotado no Colégio Catarinense. A obra faz parte do Projeto 1000 Bibliotecas. DIA 7 DE ABRIL DE 2011, Sueli Rodrigues Bittencourt compareceu para uma Palestra com os alunos do EJA.Vejam os dados. Alunos: 36 jovens e adultos, entre 16 e 36 anos, em classe mista, de homens e mulheres. Escola: EJA - Educação de Jovens e Adultos Núcleo Centro / Florianópolis. Local: Grupo Silveira de Souza - horário noturno. Convite da Coordenadora Pedagógica do EJA, Profª Rute Albuquerque. Presentes, outros educadores do EJA e a Coordenadora, Profª Rosemar Ucha Peres. Assuntos abordados: 1) Livro “Sim ou Não? Por quê?” e alguns de seus temas, como Violência, Paz, Perdão, Vingança. 2) Combate à Corrupção e o trabalho do Ministério Público contra a corrupção. 3) O GPL e seu trabalho, nosso “Projeto Paz e Poesia” e outros projetos do GPL. Seus poetas. A poetisa Maria da Anunciação Pereira e sua bela história de vida 39 contada em sua poesia. Foram doadas poesias aos alunos, bem como, para uso da turma, a Antologia dos 10 anos do GPL, e alguns exemplares do livro “Sim ou Não? Por Quê?”. Declaração de D. Sueli: “Há mais de trinta anos que eu não dava aula! Sentime feliz dando uma volta ao passado e até senti-me rejuvenecida...” Beijo, Sueli D.Sueli encaminhou às professoras poesia de Maria da Anunciação Pereira para ser trabalhada pelos alunos, tendo recebido muitos agradecimentos por sua passagem pela escola. Leiam o depoimento de d.Sueli, que merece ficar na história do GPL: “ Insistindo para que eu aceitasse o convite, propuseram vir buscar-me e trazer-me de carro. Tive muito receio em aceitar o convite, achando que minha idade e condição não permitiriam crédito nem atenção dos alunos. Mas criei coragem e lá fui eu de andador, embora bem trôpega. Por fim dei uma “volta ao passado”, parece até que remocei, falando com entusiasmo e até declamando poesias (sem ler). Para surpresa minha o interesse, a atenção e o aplauso foi geral, inclusive de outros professores ali presentes e da Coordenadora Geral, Profª Rose Ucha Peres. - Conversamos sobre PAZ e VIOLÊNCIA, sobre PERDÃO e VINGANÇA - SIM ou NÃO? POR QUÊ, usando poesia e prosa e apresentando meu livro e doando alguns a eles. - Falei sobre o Grupo de Poetas Livres, seu funcionamento, seus valores, seus Projetos, o Projeto Paz e Poesia, suas Antologias, Revistas e outros impressos. Deixei com eles além do endereço, dia e horário de funcionamento, a Antologia dos 10 anos do GPL, onde foi lida a poesia da nossa poetisa Maria da Anunciação, fazendo-os saber que não é preciso ser letrado para ser poeta. Pediram uma cópia dessa poesia da Maria. Fiquei de enviar a eles por e-mail. Porém, não pude fazê-lo, pois percebi depois que não tenho mais nem a Antologia, nem o poema que conta a bonita história da autora... Enfim, Maura, não só eles muito me aplaudiram, me beijaram e até me pediram autógrafo... como eu mesma fiquei feliz com os resultados. Disseram as professoras que eu dei uma “lição de vida”... Isso tudo me deu coragem, me renovou, embora tenha ficado bem cansada. Mas fiquei feliz, muito feliz. Meu grande abraço de congratulações. Sueli” Aconteceu... GPL: Aniversário do Grupo. DIA 14 DE ABRIL DE 2011, em reunião do GPL, comemorou o aniversário do Grupo ocorrido dia 13, com a festa marcada para outra data. Na reunião desse dia, após a Oração do Poeta, a presidente apresentou o pensamento que abre todas as reuniões “Nosso desejo é fazer todo o universo se amar (Baden Powel)...e acrescentou, de sua autoria....”...que este amor venha através da poesia, da compreensão,do companheirismo, da amizade, da liberdade de expressão...que este amor a cada semana compartilhado desde o dia 13 de abril de 1998, quando Maria Vilma Campos,aqui nesta Biblioteca, junto com sua filha, sua neta, Adriana Cruz, que até hoje ainda está presente, e outros amigos,fundou o Grupo de Poetas Livres que a princípio não teria normas, apenas um estatuto simples para registro. A coisa foi então se estruturando, se solidificando, com poetas de todas as idades a partir dos 10 anos em suas fileiras e já contabilizamos mais de 300 pessoas. Um grupo que criou premiações, que obteve parcerias, que ganhou notoriedade ao longo desses 13 anos, que foi abençoado por Deus por ter sempre tido em suas fileiras gente da melhor qualidade com o único objetivo de difundir a poesia e fazer amigos.Com esta bandeira Maria Vilma congregou poetas, cronistas, contistas, romancistas,artistas plásticos, atores e atrizes de teatro, instrumentistas,cantores, compositores, declamadores (graças a Deus nenhum Deputado) enfim, um mosaico harmonioso que enfeita esta Casa que nos acolheu desde aquele 13 de abril de 1998. A todos os presentes (citou os presentes à reunião) a todos os ausentes que também contribuíram com a notoriedade do Grupo de Poetas Livres, a todos os que aturaram as minhas zangas, mas que no momento em que eu mais precisei estiveram presentes, deram seu contributo em favor da poesia, só há uma palavra em todo o Universo que exprime toda a gratidão: Obrigada! DIA 14 DE ABRIL DE 2011, Cacildo Silva apresentou esculpido, um púlpito para o Grupo. Após solicitação da presidente, para que ele estudasse a possibilidade de esculpir um púlpito dada a sua habilidade nas artes plásticas, além de excelente sonetista que é, o poeta nos apresenta, em madeira, a sua obra, com a Logo do Grupo e o formato estilizado com as letras P e L, significando “Poetas Livres”. Os agradecimentos especiais não só da direção do Grupo bem como de todos os seus membros. DIA 14 DE ABRIL DE 2011, em reunião, o poeta-artista plástico Cacildo Silva fez entrega do modelo da bandeira do GPL cuja Portaria 001/2011 foi também aprovada nesse dia. Cacildo Silva tem demonstrado grande apreço ao Grupo, ele que foi um dos primeiros a ingressar nas suas fileiras, desde 1998. A ideia da bandeira partiu da vice-presidente Heralda Victor. DIA 16 DE ABRIL DE 2011, na Câmara Municipal de São Pedro de Alcântara, as comemorações dos 17 anos de emancipação política do município, tendo por local o plenário da Câmara, ocasião em que munícipes foram homenageados com o titulo de Cidadão Honorário Alcantarense. Maura representou o GPL. DIA 19 DE ABRIL DE 2011, aconteceu a Sessão Solene em comemoração aos 117 anos de Emancipação Política do Município de Palhoça e Dia Municipal do Escritor. Local: Plenário da Câmara, com a presença de vereadores, convidados e acadêmicos da Academia de Letras de Palhoça. Sonia Ripoll, presidente da Academia, esteve presente representando a ALP e também o Grupo de Poetas Livres. Churrasco de aniversário do GPL, no Lira Tênis Clube. Heralda, Eunice e Fernando. DIA 30 DE ABRIL DE 2011, numa das dependências do Lira Tênis Clube, aconteceu a confraternização de aniversário dos 13 anos do Grupo de Poetas Livres, com um churrasco, no espaço ofertado pela associada Eunice Leite da Silva Tavares. A organização da festa coube a Adriana Cruz, Eduardo Tavares, com participação de Heralda Victor, Licinho Campos, Eunice Tavares e Maura Soares. Num clima agradável aconteceu também a declamação de poesias por parte dos presentes. Trinta e oito pessoas assinaram o livro de presenças entre membros do grupo, familiares e convidados. Além dos poetas do grupo já citados incluimos: Zeula Soares, Ivone Rodrigues, Sonia Ripoll , Lino Lopes, Zeli M Dorcina,Carlos Piccoli ,Maurilia Freitas (que comemorou seu aniversário nesse dia junto com a família que compareceu ao churrasco), Maria da Anunciação Pereira, Doralice R S Silva,Neomar Júnior, Maristela Giassi. DIA 30 DE ABRIL de 2011, em Águas de Palmas, num evento promovido pela Academia de Letras do Brasil para Santa Catarina, Celso e Neusita compareceram e declamaram poesias, tendo o GPL sido citado. Celso registrou que fez um clip com poesia e publicou na internet no site do You Tube. DIA 03 DE MAIO DE 2011, na Escola Municipal Professor Donato Alípio de Campos, Biguaçu,SC, Leinir Maria Correia apresentou poemas de sua autoria. Público presente: alunos, professores e um seleto grupo de senhoras, que na ocasião estavam visitando a unidade educacional. DIA 5 DE MAIO DE 2011, a presidente Maura registrou que estava na Web mais um concurso on-line de poesia, desta feita com o tema A Casa Caiu que seria veiculada somente no mês de maio e 40 Aconteceu... que antes da publicação no site, o GPL já estava começando a receber colaborações. Outro Concurso em andamento, o 7º.Concurso Libertese...nas Asas da Poesia, direcionado aos internos do Presídio Regional de Tijucas,SC e o 1º. Concurso com o mesmo tema, no Complexo Penitenciário de Florianópolis. DIA 5 DE MAIO DE 2011, em reunião do GPL compareceu o senhor Armindo com sua esposa Cecilia, a convite de Therezinha Cacilda e brindou os presentes com execuções ao acordeon. Nessa reunião Cacildo Silva trouxe a Placa com o nome de Maria Vilma Campos, arte em madeira, com os dizeres SALA MARIA VILMA CAMPOS, a nova sala comum as associações, dentro do espaço cultural da Biblioteca Pública Municipal Prof. Francisco Barreiros Filho. DIA 08 DE MAIO DE 2011, em comemoração ao Dia das Mães, Maria da Anunciação Pereira apresentou poesias e comentou sobre o GPL, na Associação dos Maricultores da localidade de Ponta do Papagaio. DIA 09 DE MAIO DE 2011, Leinir Maria Correia fez um pequeno recital com poesias de sua autoria, na Capela do Prado, rua Treze de maio, s/ nº, Biguaçu,SC . Público presente: um grupo de mães artesãs, voluntárias, cujo intuito é arrecadar fundos para a melhoria da capela citada, Grupo em que participa voluntariamente como professora de Patchwork. As voluntárias reunem-se todas as segundas - feiras, agregando conhecimentos, culminando as reuniões com uma confraternização. DIA 12 DE MAIO DE 2011, em reunião, a presidente Maura registrou o recebimento do Diploma outorgado pela ALIFLOR, como Incentivador da Literatura e das Artes, que, por motivo de força maior não pode comparecer ao jantar da co-irmã, ocorrido dia 19 de abril de 2011. O referido Diploma foi gentilmente trazido pela vice-presidente Heralda Victor. Nesta mesma reunião,Celso registrou Reportagem publicada no Jornal Biguaçu em Foco,com sua foto, citando o livro organizado por José Braz da Silveira “Talentos da Arte de Biguaçu”, em que foi citado. Celso apresenta o livro que incentivou os alunos da rede pública municipal e organizou o livro Brincando com as Poesias, em que as próprias crianças ilustraram suas poesias. Celso é também membro da Academia Alcantarense de Letras. DIA 19 DE MAIO DE 2011, em reunião, presença do prof. CELESTINO SACHET, proferindo palestra sobre Literatura Catarinense, inaugurando o púlpito idealizado e confeccionado por Cacildo Silva. Uma platéia atenta ouviu as explanações do iminente professor que deu uma verdadeira Aula Magna aos presentes. O professor Sachet, ao abordar a literatura catarinense comentou sobre sua obra “A literatura dos Catarinenses” com mais de 700 páginas enfocando o tema em si e os produtores catarinenses, aqueles nascidos no Estado de Santa Catarina e os que escolheram o território para morar e produzir suas obras. Seu jeito em falar, palavras bem pronunciadas dada a fluência no espanhol, com as vogais abertas, sua descendência italiana, sua experiência em sala de aula. Como ele mesmo diz que seu universo é a sala de aula, um quadro para giz, de preferência na cor branca. Gosta de escrever à mão: as ideias saem com mais fluência. Sentimos a sua desenvoltura puxando pela platéia para participar e recebendo retorno. A presença do prof. SACHET fez parte do Projeto do GPL “O escritor e Sua Obra”. Foi gratificante para nós essa sua passagem, novamente, pelo Grupo de Poetas Livres. Sua esposa, d.Terezinha, recebeu flores e solicitamos que d.Maria da Anunciação fizesse a entrega. Eunice, secretária do GPL, ajudou no traslado ida-volta do Professor que não gosta de dirigir à noite e fez entrega do Certificado, numa forma do GPL agradecer a presença. Participaram da platéia: Heralda,Licinho, Zeula, Eunice, Cacildo(o artista do púlpito), Zeli, Maristela,Vera, Sinval, Sonia, Lino, Doralice, Maria, Sandra, Celso, Maura, Andréia Pereira e Joana Soares Caldeira e a esposa do professor, Terezinha Sachet. Após, uma confraternização com colaboração de todos. Ganhamos muito com a presença do prof. Sachet. Saímos renovados do evento. DIA 19 DE MAIO DE 2011, aconteceu no Largo da Alfândega Dakir Polidoro, a Sessão de Autógrafos do livro “O Boi de Mamão – Folguedo Folclórico da Ilha de Santa Catarina”, de autoria do prof.dr. NEREU DO VALE PEREIRA, com apresentação da dança do Boi de Mamão, em festa concorrida. 41 DIA 19 DE MAIO DE 2011, registro do Convite da associada Maria do Carmo Tridapalli Facchini para, dia 06 de agosto de 2011, no município de Nova Trento, o GPL comparecer ao 1º. Encontro de Escritores Catarinenses em Nova Trento”, comemorativa a Incanto Trentino, com apresentações culturais e passeio pela cidade. DIA 19 DE MAIO DE 2011, no Espaço Cultural da 4ª. Feira do Livro, Sonia, juntamente com Celso e Doralice declamaram suas poesias, tendo Sonia Ripoll comentado sobre o GPL. DIA 25 DE MAIO DE 2011, em comemoração ao Dia do Escritor no Município de Florianópolis, a poetisa e sócia correspondente do GPL, Leatrice Moellmann, foi agraciada com o Prêmio Vilson Mendes de Literatura, indicada pela Academia Desterrense de Letras e entregue em Sessão Solene conjunta Academia-Câmara Municipal de Vereadores. Foi orador oficial o acadêmico Artêmio Zanon. Em uma bonita cerimônia, apresentação da composição de Geraldo Simplesmente Poeta com Marli Santos, ao violão, apresentando a melodia “Adubando nossas raízes”. Ricardo Boppré e Denise Boppré também se apresentaram com o Hino Nacional e o Rancho de Amor à Ilha. São membros do Grupo de Poetas Livres e também da Academia Desterrense de Letras os confrades: Heralda Victor, Cacildo Silva, Alzemiro Lidio Vieira,Maura Soares e Geraldo Pereira Lopes. DIA 25 DE MAIO DE 2011, após a sessão solene Academia Desterrense de Letras e Câmara de Vereadores de Florianópolis, o Grupo de Poetas Livres apresentou o 1º. Sarau da Câmara, no Espaço Cultural, com declamação de poesias de Heralda Victor, Licinho Campos, Sandra Clara Regina Nepomoceno Pinto, Celso João de Souza, Zeli Maria Dorcina e Geraldo Pereira Lopes. A presidente fez entrega ao presidente da Câmara, Jaime Tonello, da VI Antologia de Poesias e de exemplares da Revista Ventos do Sul, para o acervo da Biblioteca da Câmara. Aconteceu... 1º.Sarau da Câmara de Vereadores, com Jaime Tonello, presidente da Câmara, Sidnei Silveira(d.), Chefe de Gabinete e Valter Manoel Gomes, presidente da Academia Desterrense de Letras.Maura fez entrega de Revistas e a VI Antologia DIA 25 DE MAIO DE 2011, o Grupo de Poetas Livres participou do 1º SARAU LITERO MUSICAL DA CÂMARA DE VEREADORES DE FLORIANÓPOLIS, com Heralda Victor, Licinho Campos, Celso João de Souza, Geraldo Pereira Lopes, Sandra Regina Clara Nepomoceno Pinto e Zeli Maria Dorcina. Após a Sessão Conjunta Academia Desterrense de Letras e Câmara de Vereadores de Florianópolis, em que a nossa associada correspondente Leatrice Moellmann recebeu o Prêmio Vilson Mendes de Literatura em comemoração do Dia do Escritor no Município de Florianópolis, comemorado a 28 de maio, o GPL inaugurou com suas poesias o Espaço Cultural destinado a expor obras de arte e estas tertúlias, ideia do presidente vereador Jaime Tonello. Presentes: Maura Soares, Therezinha Cacilda Monteiro Mann, Maristela Giassi, Sonia Lopes, Lino Lopes e a poetisa Inês Carmelita Lohn. Pela Academia Catarinense de Filosofia, o presidente Edy Leopoldo Tremel; Adauto Beckhauser, presidente da Academia de Letras de Biguaçu; Alexandre Mendes, filho de Vilson Mendes, Lélia Pereira da Silva Nunes, o prof. João Aderson Flores, os vereadores João Amin, João Aurelio Valente, João da Bega e outros, numa platéia seleta no auditório anexo ao plenário. DIA 26 DE MAIO DE 2011, registro em reunião enviado pelo poetamigo Lari Franceschetto, de Veranópolis, RS: 1) obteve o 1º. Lugar com o texto Madrugada, no 3º.Prêmio Literário Sergio Farina, do Centro Cultural José Boésio,São Leopoldo,RS; 2) recebeu o 2º. Lugar com o poema “Quando o poeta toca o sino”, no II Prêmio Araucária de Literatura, pelo Centro de Ação Literária, de Campos do Jordão,SP. NAZA POETA HOLÍSTICO (Norberto Nazareno Borges Fortes) apresentou, dentro do Projeto O Escritor e Sua Obra, fatos marcantes de sua vida de músico, suas composições, seu conjunto Os Colegiais, as aclamações em festivais da Canção, com várias classificações, sua formação de advogado ocorrida em 1985. Entregou para o acervo do GPL o DVD com sua apresentação musical em uma reunião do Grupo cantando a melodia Mulher; igualmente fotos de suas apresentações musicais em estabelecimentos que atendem idosos. Comentou sobre sua participação em outra instituição literária – a ACPCC, após ter sido contemplado em Brasilia, com prêmio por sua atuação.Comentou que tocava seu violão nas noites da Capital e tem vídeos gravados inseridos no site do You Tube. Revelou seu talento musical também em Congressos e na UFSC. É membro da Academia de Letras de Biguaçu, juntamente com sua esposa Carminha Poeta (Carmem Antunes). DIA 01 DE JUNHO DE 2011, no Grupo Escolar Hilda Teodoro Vieira, no bairro Trindade, aconteceu a fundação do Grupo de Poetas da Trindade – GPT, tendo à frente o poeta Sinval Silveira, com colaboração de Vera Portella. Compareceram mais de 20 pessoas e, pelo GPL Heralda, Maristela, Maura, Eunice e Licinho. Heralda e Licinho fizeram um dueto em poesia sendo aclamados por todos os presentes. Após, confraternização e a foto oficial. ACONTECEU até o mês de maio o 1º. Concurso Literário Acadêmica Hermelinda Izabel Merize, poesia, contos, crônicas, que fez homenagem à falecida escritora e artista plástica josefense conhecida como Dona Nini, para incentivar os habitantes de São José visando mostrar seu talento, direcionado aos cidadãos nascidos em São José e os residentes há mais de cinco anos no município. REGISTRO, de Donato Perrone, correspondente do GPL na Argentina: no “Rincón Lírico del Café Tortoni” onde acontecem as reuniões literárias – Poetas no Torroni - e sempre cita o GPL, em 1º. DE JUNHO DE 2011 aconteceu mais uma dessas sessões e sempre registradas em fotos. Donato apresentou o poema Tu e a Rosa(La rosa y tu) que fez parte das 3ª. Antologia do Grupo de Poetas Livres. A poetisa brasileira Neiva Santos Silva e alunas do Atelier de Arte Silvia Porto homenageiam o nosso poetamigo. DIA 26 DE MAIO DE 2011, em reunião, DIA 02 DE JUNHO DE 2011, em reunião 42 do GPL, REGISTROS: 1) de Sueli Bittencourt que o Portal CEN – Cá Entre Nós, de Portugal, está divulgando seu Audio Book “Sim? Não? Por Que?”. A presidente, através de email, cumprimentou a poetisa Sueli por seu belo trabalho. 2) Que o poeta brasileiro Edweine Loureiro, residente no Japão, foi classificado em 16º.lugar, entre os 20 poetas internautas no Concurso Poesiarte, de Cabo Frio, Rio de Janeiro, com o poema Paz na Terra. DIA 09 DE JUNHO DE 2011, registro em reunião dos Concursos de Poesia, pelo GPL,ocorridos durante o primeiro semestre de 2011: 1º. Concurso Libertese...nas Asas da Poesia, com o complexo Penitenciário de Florianópolis; 6º. Concurso On-line de Poesia com o tema A Casa Caiu e 7º. Concurso Liberte-se...nas Asas da Poesia, com o Presídio Regional de Tijucas, todos com sucesso. DIA 15 DE JUNHO DE 2011, registro do poeta brasileiro residente no Japão, Edweine Loureiro, sobre sua classificação em 3º. Lugar no Concurso de Mini Contos, publicado no site http:// www.estronho.com.br/para-ler-no-site/ 3o.concurso-de-minicontos.html. Os classificados foram: Resultado para a Categoria Nanocontos!: 1º Colocado Antonio M. de Souza “Feliz aniversário.” Seu sussurro embaçou o vidro do frasco que conservava o feto de sua pobre filha, já há quinze anos sobre o criado-mudo. 2º Colocado - Adam H. Novaes—A debutante bailava tão entretida que a morte, que viera buscá-la, maravilhada, esperou o baile acabar. 3º Colocado Edweine Loureiro —Dançou com todos os convidados e, ao amanhecer, voltou a enterrá-los. DIA 20 DE JUNHO DE 2011, no Espaço Cultural Rita Maria, aconteceu o lançamento da Antologia Prosa & Versos, com mais de 30 poetas e contistascronistas, tendo à frente o escritor Donato Ramos. Pelo GPL participaram Heralda, Maura, Sonia e Celso. Representando o GPL, compareceu Eunice Tavares com a família. DIA 23 DE JUNHO DE 2011, na residência da presidente Maura, compareceu o professor Eder Silveira, do Rio Grande do Sul. Empenhado na Tese de Doutorado enfocando a vida de mineiro e a conseqüente entrada no mundo sindical do ex-associado Manoel Jover Teles(falecido em 2007), o referido professor buscava em Florianópolis laços de família e obras ainda não Aconteceu... publicadas do bom poeta Manolo, como era carinhosamente tratado. O prof. Eder recebeu das mãos da presidente, números da Revista Ventos do Sul, fotocópias de poemas e capas das revistas em que Manolo publicou seus poemas e a 5ª. Antologia do GPL que traz na capa a foto de Manoel. Ivan Alves Pereira fotocopiou material de seu acervo referente a Manolo e também entregou ao pesquisador. A presidente obteve ajuda da delegada Sandra Mara Pereira para encontrar um parente de Manolo para uma entrevista e, no dia 24, o professor, munido das informações, esteve à procura de mais elementos para sua tese. Contente com o farto material recebido, o prof. Eder doou ao GPL obras de sua autoria que registramos na seção da Biblioteca Maria Vilma Campos, desta Revista. DIA 24 DE JUNHO DE 2011, Edweine Loureiro, do Japão, registrou: ”Saiu o resultado oficial do Clube de Autores. Na pagina tem só os dez primeiros, mas o link também remete a lista de todas as obras que pontuaram. Confirmada a 17 posição de Clandestinos”(obra de sua autoria). A vencedora foi a obra Fogo Vermelho, da autora Drica Bitarello. Comunicou também estar participando de um projeto poético Poetas de Realengo e saiu a revista com um de seus poemas, conferido no site http:// www.germinaliteratura.com.br/ especialrealengo/realengo_poetas.htm Ainda disse ter publicado na web seu poema Setembro Negro, sobre o massacre nas Olimpíadas de Munique. Continuando os Registros de Edweine Loureiro:que recebeu o 2º. Lugar do Júri Oficial para a Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira o Concurso Virtual “Sempre Mangueira”, com o texto “Brazil Cabra da Peste”. “Uma noite de sonhos, de magia!”, lembra Seu Zeca, enquanto varre a pista da gloriosa Marquês de Sapucaí.E, parando de varrer, cerra os olhos. Durante alguns segundos, vê-se novamente no meio do desfile, na noite anterior. Na segunda fila da Bateria, lá está ele: um sorridente cangaceiro, cuíca na mão,preparando-se para entrar. A fantasia verde-e-rosa pesando sobre os ombros,mas a alma leve, leve. O velho coração acelerando ao ritmo da cuíca. E quando ouve o grito – “Alô, nação mangueirense!”... - , a emoção parece não ter limite. A voz poderosa do intérprete (puxador é de carro) começa a cantar o samba. E com ele toda a Escola canta o refrão: “Vou invadir o Nordeste...” A ala da bateria, então, inicia a caminhada, saindo da concentração. E seu Zeca canta, canta.Ao ritmo da alegria de um sonho realizado. Um sonho de menino pernambucano, pau-de-arara. A imagem da família, atravessando o sertão há quase cinquenta anos, em busca do milagre do Cristo. Dos sete irmãos, três morreram pelo caminho. Mas seu Zeca, naquela noite, não quer saber de tristeza – apenas sorrir. Os olhos fechados, escutando as vozes que ao longe dizem:”Pobre do Seu Zeca!” “Morreu varrendo a rua!” “De repente, fechou os olhos, começou a rodopiar, a vassoura na mão...” “Quando nos demos conta,já havia tombado no chão, sem sentidos...” “Coitado! Seu sonho era desfilar na Mangueira, sempre me dizia!...” “Pois é! Veja como são as coisas:morreu sem realizar.” E Seu Zeca, abrindo os olhos novamente, vê uma legião de anjos que, vestidos de verde-e-rosa, preparam-se para recebê-lo. “Vou invadir o Nordeste, seu cabra da peste.Sou Mangueira!...” Em 1º. Lugar, Rita Alves, com Eternamente Mangueira,em 2º. Edweine e em 3º.lugar Primeira Estação, de Nilson Moreno. DIA 30 DE JUNHO DE 2011, aconteceu, no Espaço Cultural Governador Celso Ramos, do BRDE – Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, um Sarau Litero-Musical do Grupo de Poetas Livres, em comemoração aos 50 anos do Banco, encerrando as atividades do mês de aniversário. Expressiva platéia compareceu e se deliciou com os poemas apresentados e as músicas. A organização do evento coube a Heralda Victor, com assessoria de Zeula Soares. Cacildo Silva e Brazilio Machado apresentaram-se ao violão e gaita de boca, respectivamente. Nilson Pereira e parceiro, ambos ao violão apresentaram belas melodias do cancioneiro sertanejo de raiz.Nilton apresentou melodia de sua autoria que fez em homenagem a sua mãe Maria da Anunciação Pereira,por ocasião do seu aniversário de 80 anos. Heralda, Licinho, Zeli, Sandra, Maria da Anunciação e Sonia apresentaram suas poesias. O ambiente do Espaço estava decorado com telas de artistas catarinenses que compõem o acervo do Banco. Após as apresentações, um coquetel que contou com a ajuda de todos os associados presentes em doces, salgados e bebidas. DIA 30 DE JUNHO DE 2011, na sede da Academia Catarinense de Letras, av. Hercilio Luz, centro, Florianópolis, a Sessão de Saudade em honra de seu 43 ex-presidente Lauro Junkes. Lauro ocupou a cadeira n. 32 cujo patrono é Manoel dos Santos Lostada e já ocupada pelo jornalista Gustavo Neves. Após esta sessão, conforme os estatutos da Academia, abre-se a vaga, o edital para ocupação é publicado e outro acadêmico é empossado,cumprindo a tradição pelo modelo francês,de 40 lugares. Sonia Ripoll e Lino Lopes representaram o GPL e Sonia também representou a Academia de Letras de Palhoça, da qual é presidente. DIA 08 DEJULHO DE 2011, aconteceu a visita do GPL ao Complexo Penitenciário de Florianópolis,SC,com Heralda Victor e Maura Soares. O Complexo está localizado no bairro Trindade. O objetivo foi o de fazer entrega dos Certificados aos Classificados no 1º Concurso de Poesia do Projeto “LIBERTE-SE...NAS ASAS DA POESIA”. Estando já na sétima edição do Concurso junto ao Presídio Regional de Tijucas, esta foi a primeira vez que conseguimos realizar a tarefa obtendo frutífero resultado, graças ao empenho da professora Maria da Graça. Foram recebidas pelo Professor Felipe, Coordenador do Curso de Alfabetização de Adultos-CEJA e pela professora de Português do Curso, Maria da Graça Steinbach, que coordenou o Concurso no Complexo. Encaminharam-se aos três setores onde estão os internos que foram classificados, a fim de entregarem os certificados, livros e revistas Ventos do Sul doados aos ganhadores do Concurso.Tanto a presidente quanto a vice-presidente do Grupo, Maura e Heralda, respectivamente, incentivaram os alunos para que procurassem se aprimorar na leitura e na poesia. Heralda falou sobre seu livro “Quando as estrelas mudam de lugar” e leu seu poema Nas Grades, inspirada que foi por um poema de um classificado em concurso anterior. Heralda fez doação de seus livros “Quando as estrelas mudam de lugar”; “O último pôr-do-sol”; “Nos degraus do silêncio”. Fez-se entrega de números da Revista Ventos do Sul e Therezinha Cacilda Monteiro Mann,do GPL, doou suas obras “Armadilhas do Destino” e “Ultimo Refúgio”. Alguns romances de autores estrangeiros e brasileiros foram entregues à Coordenação do curso para a Biblioteca da Escola do Complexo, para posterior entrega ou leitura dos alunos. O pedido para um segundo concurso no segundo semestre de 2011, dá a certeza ao GPL do bom trabalho de incentivo à poesia que o mesmo tem feito ao longo dos seus 13 anos de existência e ininterruptas atividades. Diretoria Executiva do GPL: Adriana, Maura, Eunice, Heralda e Licinho. Ausentes na foto Edmar e José Luiz. GRUPO DE POETAS LIVRES 2010-2012 Presidente: Maura Soares Vice-Presidente: Heralda Victor 1º.Secretário: Eunice Leite da Silva Tavares 2º.Secretário: José Luiz Amorim 1º.Tesoureiro: Adriana Cruz 2º.Tesoureiro: Adelício Manoel Campos (Licinho Campos) Responsável pelo Site: Edmar Almeida Bernardes Presidente Perpétuo: Maria Vilma Nascimento Campos Presidente de Honra: Manoel Philippi VENTOS DO SUL Presidente: Maura Soares Editoração: Jorge Luiz Wagner Behr Organização dos textos e Digitação: Maura Soares Biblioteca Própria: Biblioteca Maria Vilma Campos Endereço da sede: Sala Manoel Jover Teles (na sala conjunta recebeu o nome de “Sala Maria Vilma Campos”) Biblioteca Pública Municipal Prof. Francisco Barreiros Filho – Rua João Evangelista da Costa 1160 – Bairro Estreito – CEP 88090300 – Florianópolis, SC – Fone (48) 3271-7914 Endereço para correspondência: Avenida Patrício Caldeira de Andrada, 581 / 306 – Residencial Victória – Bairro: Abraão – CEP 88085 – 150 – Florianópolis, SC – fone (48) 3249 6082 [email protected] email para concursos: [email protected] e-mail: [email protected] homepage: www.poetaslivres.com.br Mantenha em dia sua mensalidade, assim você estará ajudando o GPL a levar adiante sua mensagem poética.
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