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Lifemed Industrial de Equipamentos e Artigos
Médicos e Hospitalares S.A.
Demonstrações financeiras
em 31 de dezembro de 2015 e 2014
KPDS
Lifemed Industrial de Equipamentos e
Artigos Médicos e Hospitalares S.A.
Demonstrações Financeiras em
31 de dezembro de 2015 e 2014
Conteúdo
Relatório dos auditores independentes
3
Balanços patrimoniais
5
Demonstrações de resultados
6
Demonstrações de resultados abrangentes
7
Demonstrações das mutações do patrimônio líquido
8
Demonstrações dos fluxos de caixa - método indireto
9
Notas explicativas às demonstrações financeiras
KPDS
10
KPMG Auditores Independentes
Av. Borges de Medeiros, 2.233 - 8º andar
90110-150 - Porto Alegre, RS - Brasil
Caixa Postal 199
90001-970 - Porto Alegre, RS - Brasil
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Fax
Internet
55 (51) 3303-6000
55 (51) 3303-6001
www.kpmg.com.br
Relatório dos auditores independentes sobre as
demonstrações financeiras
Aos Conselheiros e Diretores da
Lifemed Industrial de Equipamentos e Artigos Médicos e Hospitalares S.A.
Pelotas – RS
Examinamos as demonstrações financeiras da Lifemed Industrial de Equipamentos e Artigos
Médicos e Hospitalares S.A. (“Companhia”), individuais e consolidadas, que compreendem o
balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2015 e as respectivas demonstrações do resultado,
do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o
exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais
notas explicativas.
Responsabilidade da administração sobre as demonstrações financeiras
A administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas
demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, assim como
pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de
demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por
fraude ou erro.
Responsabilidade dos auditores independentes
Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras
com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de
auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a
auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as
demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante.
Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a
respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os
procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos
riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por
fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes
para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras da Companhia para
planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para
fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Companhia. Uma
auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a
razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da
apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.
KPMG Auditores Independentes, uma sociedade simples brasileira e
firma-membro da rede KPMG de firmas-membro independentes e
afiliadas à KPMG International Cooperative (“KPMG International”), uma
entidade suíça.
KPMG Auditores Independentes, a Brazilian entity and a member
firm of the KPMG network of independent member firms affiliated
with KPMG International Cooperative (“KPMG International”), a
Swiss entity.
Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar
nossa opinião.
Opinião
Em nossa opinião, as demonstrações financeiras, acima referidas, apresentam adequadamente,
em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Lifemed Industrial de
Equipamentos e Artigos Médicos e Hospitalares S.A. em 31 de dezembro de 2015, o
desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, de
acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
Outros Assuntos
Auditoria das demonstrações financeiras do exercício anterior
O balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2014 e as demonstrações do resultado, do
resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa e respectivas
notas explicativas para o exercício findo em 31 de dezembro de 2014 foram anteriormente
auditados por outros auditores independentes que emitiram relatório datado em 6 de abril de
2015, sem modificação.
Porto Alegre, 11 de março de 2016
KPMG Auditores Independentes
CRC 2SP014428/F-7-RS
Cristiano Jardim Seguecio
Contador CRC SP244525/O-9-T-RS
4
Lifemed Industrial de Equipamentos e Artigos Médicos e Hospitalares S.A.
Balanços Patrimoniais
Em 31 de Dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014
(Em milhares de Reais)
Ativo
Nota
Consolidado
31/12/2015
Controladora
31/12/2015
Controladora
31/12/2014
Circulante
Passivo
Nota
Consolidado
31/12/2015
Controladora
31/12/2015
Controladora
31/12/2014
Circulante
Caixa e equivalentes de caixa
6
1.704
1.140
16.673
Aplicações financeiras
7
5.097
5.097
-
Contas a receber de clientes
8
19.285
18.177
18.361
Impostos a recuperar
10
7.645
6.327
2.454
Estoques
Adiantamentos a fornecedores
Outros créditos
9
26.819
11.453
290
25.744
11.447
282
21.241
1.628
142
72.293
68.214
60.499
Fornecedores
13
3.523
3.206
9.530
Empréstimos e financiamentos
15
28.590
25.733
29.198
Adiantamentos de clientes
16
2.024
2.024
2.000
Obrigações sociais e trabalhistas
17
2.876
2.776
3.112
698
142
631
1.042
2.389
1
37.853
35.412
46.230
22.785
22.768
12.567
10.570
10.570
7.604
-
808
-
1.437
1.437
-
Obrigações fiscais e tributárias
Outras contas a pagar
Não circulante
Não circulante
Empréstimos e financiamentos
Impostos a recuperar
10
4.135
4.135
5.538
Impostos diferidos
18
2.327
2.327
-
Provisão para perdas em investimentos
Investimento em Controlada
30
-
3.089
-
Outros
545
1.478
72
Outros créditos
Imobilizado
11
60.133
60.059
56.983
Intangível
12
18.639
15.943
10.803
85.779
87.031
73.396
18
-
-
1.029
Provisão para contingências
20
455
455
440
21
35.247
36.038
21.640
68.436
68.436
-
-
13.573
13.573
16.454
1.786
1.786
3.135
83.795
83.795
66.025
1.177
-
-
84.972
83.795
66.025
158.072
155.245
133.895
Capital social
Capital social a integralizar
Reserva de lucros
Ajuste de avaliação patrimonial
Patrimônio líquido atribuível aos acionistas controladores
Participação de não controladores
Total do patrimônio líquido
155.245
133.895
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras
5
30
Impostos diferidos
Patrimônio líquido
158.072
15
ICMS diferido a Recolher
68.436
(22.000)
Lifemed Industrial de Equipamentos e Artigos Médicos e Hospitalares S.A.
Demonstrações de Resultados
Exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014
(Em milhares de Reais)
Nota
Consolidado
31/12/2015
Controladora
31/12/2015
Controladora
31/12/2014
Receita operacional líquida
22
64.683
61.676
71.435
Custos dos produtos vendidos
23
(38.322)
(36.792)
(46.569)
26.361
24.884
24.866
Lucro bruto
Despesas gerais e administrativas
23
(15.475)
(14.221)
(11.706)
Despesas com vendas
23
(16.954)
(16.777)
(17.047)
Resultado de equivalência patrimonial
Outras receitas (despesas) operacionais líquidas
30
25
4.705
(1.174)
5.868
4.165
(1.363)
(1.420)
278
Lucro (prejuízo) operacional
Despesas financeiras
24
(10.216)
(9.782)
Receitas financeiras
24
3.881
3.616
(7.698)
(7.586)
3.316
3.356
(4.382)
(4.230)
(4.379)
(4.230)
(152)
(4.230)
-
(4.379)
-
Lucro (prejuízo) antes do imposto de renda e contribuição social
Imposto de renda e contribuição social - diferido
Resultado do exercício
Resultado atribuível a acionistas controladores
Resultado atribuível a acionistas não controladores
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras
6
(6.047)
529
(5.240)
861
Lifemed Industrial de Equipamentos e Artigos Médicos e Hospitalares S.A.
Demonstrações das mutações do patrimônio líquido
Exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014
(Em milhares de Reais)
Reserva de Lucros
Capital
Social
Saldos em 31 de dezembro de 2013
28.122
Capital a
Integralizar
-
Fundo de
Resgate
Retenção
de lucros
Reserva
investimentos
Reserva
legal
1.852
17.029
953
985
Prejuízo do exercício
Aumento de Capital Fundos de Resgate
Aumento de Capital
(-) Realização do custo atribuído
Realização dos impostos diferidos sobre o custo atribuído
Transferência de resultado / Absorção de prejuízos
1.852
38.462
-
(22.000)
-
(1.852)
-
(2.513)
-
-
Saldos em 31 de dezembro de 2014
68.436
(22.000)
-
14.516
953
985
-
22.000
-
-
(2.881)
-
-
68.436
-
-
11.635
953
985
Prejuízo do exercício
Aquisição de investimentos
Aumento de Capital
(-) Realização do custo atribuído
Realização dos impostos diferidos sobre o custo atribuído
Transferência de resultado / Absorção de prejuízos
Saldos em 31 de Dezembro de 2015
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras
7
Lucros ou
Prejuízos
acumulados
Total Patrimonio Líquido
dos controladores
-
53.942
-
53.942
(2.828)
962
-
(4.379)
2.828
(962)
2.513
(4.379)
16.462
-
-
(4.379)
16.462
-
3.135
-
66.025
-
66.025
(2.043)
694
-
(4.230)
2.043
(694)
2.881
(4.230)
22.000
-
(152)
1.329
-
(4.382)
1.329
22.000
-
1.786
-
83.795
1.177
84.972
Ajuste de avaliação
patrimonial
5.001
Participação dos não
controladores
Total
Lifemed Industrial de Equipamentos e Artigos Médicos e Hospitalares S.A.
Demonstrações dos resultados abrangentes
Exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014
(Em milhares de Reais)
Consolidado
31/12/2015
Controladora
31/12/2015
Controladora
31/12/2014
Resultado do exercício
Outros resultados abrangentes
(4.382)
-
(4.230)
-
(4.379)
-
Resultado abrangente do exercício
(4.382)
(4.230)
(4.379)
Resultado atribuível a acionistas controladores
Resultado atribuível a acionistas não controladores
(4.230)
(152)
(4.230)
-
(4.379)
-
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras
8
Lifemed Industrial de Equipamentos e Artigos Médicos e Hospitalares S.A.
Demonstrações dos fluxos de caixa pelo método indireto
Exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014
(Em milhares de Reais)
31/12/2015
31/12/2015
31/12/2014
(4.382)
(4.230)
(4.379)
(3.356)
(262)
8.852
1.110
9.610
-
1.174
(3.356)
15
8.824
1.103
9.176
-
(861)
(55)
9.427
182
3.521
2.130
(Aumento) redução nos ativos
Em contas a receber
Em estoques
Em impostos a recuperar
Em adiantamentos a fornecedores
Em bens a comercializar
Em outros créditos
(905)
(4.786)
(3.003)
(9.825)
(12)
(919)
(4.503)
(2.470)
(9.819)
(1.546)
(903)
(4.272)
289
3
105
114
Aumento (redução) nos passivos
Em fornecedores
Em adiantamento de clientes
Em obrigações fiscais, tributárias e subvenções governamentais
Em obrigações sociais e trabalhistas
Em outras contas a pagar
(7.272)
24
1.236
(352)
1.341
(6.324)
24
1.208
(336)
41
6.952
1.416
1.456
-
Caixa líquido (usado nas) proveniente das atividades operacionais
(11.982)
(11.939)
15.125
(5.097)
(724)
(10.629)
(6.491)
(5.097)
(1.018)
(10.963)
(6.076)
(10.537)
(5.000)
(22.941)
(23.154)
(15.537)
21.564
(23.610)
22.000
21.564
(24.004)
22.000
26.533
(26.487)
16.462
19.954
19.560
16.508
(14.969)
(15.533)
16.096
16.673
1.704
16.673
1.140
577
16.673
(14.969)
(15.533)
16.096
Fluxos de caixa das atividades operacionais
Prejuízo do período
Ajustes por:
Resultado de equivalência patrimonial
Imposto de renda e contribuição social - diferido
Provisões para contingências
Depreciações e amortizações
Reversão/Provisão para créditos de liquidação duvidosa
Juros sobre empréstimos e financiamentos
Valor residual do ativo imobilizado e intangivel baixado
Fluxos de caixa das atividades de investimentos
Aplicações financeiras vinculadas
Investimento em controlada, líquido de caixa no consolidado
Aquisição de ativo imobilizado
Aquisição de intangível
Caixa líquido usado nas atividades de investimento
Fluxos de caixa das atividades de financiamentos
Captação de empréstimos e financiamentos
Amortização de empréstimos e financiamentos
Aumento de capital
Caixa líquido proveniente das (usado nas) atividades de financiamento
(Redução) aumento em caixa e equivalentes de caixa
Demonstração das (redução) do aumento do caixa e equivalentes de caixa
No início do exercício
No fim do exercício
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras
9
Lifemed Industrial de Equipamentos e
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Demonstrações Financeiras em
31 de dezembro de 2015 e 2014
Notas explicativas às demonstrações financeiras
(Em milhares de Reais)
1
Contexto operacional
A Companhia, sediada em Pelotas no Rio Grande do Sul, tem como objeto social a produção e
comercialização de produtos, equipamentos e saneantes domissanitários da área médico e
hospitalar com 100% das vendas realizadas atualmente no mercado interno, disseminadas em
todo território nacional. Seus principais clientes são órgãos de saúde pública e entidades de
saúde privadas.
A Companhia atua no segmento de infusão, monitoração, paramentação cirúrgica, esterilização
e serviços de manutenção em equipamentos de fabricação própria.
2
2.1
Base de apresentação
Declaração de conformidade
As demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas
no Brasil (BR GAAP) e as normas emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), as
quais abrangem a Legislação Societária, os Pronunciamentos, as Orientações e as Interpretações
emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC).
A autorização para a conclusão das demonstrações financeiras foi da diretoria da companhia em
11 de março de 2016.
2.2
Base de mensuração
As demonstrações financeiras foram preparadas com base no custo histórico, com exceção dos
seguintes itens materiais reconhecidos nos balanços patrimoniais:
- Custo atribuído do ativo imobilizado em 1° de janeiro de 2009;
- Ativos e passivos adquiridos em combinações de negócios.
2.3
Moeda funcional e moeda de apresentação
Essas demonstrações financeiras são apresentadas em Reais (R$), que é a moeda funcional da
Companhia. Todos os saldos foram arredondadas para o milhar mais próximo, exceto quando
indicado de outra forma.
2.4
Uso de estimativas e julgamentos
A preparação das demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no
Brasil exige que a Administração faça julgamentos, estimativas e premissas que afetam a
aplicação de políticas contábeis e os valores reportados de ativos, passivos, receitas e despesas.
Os resultados reais podem divergir dessas estimativas.
Estimativas e premissas são revistas de uma maneira contínua. Revisões com relação a
estimativas contábeis são reconhecidas no período em que as estimativas são revisadas e em
quaisquer períodos futuros afetados.
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Demonstrações Financeiras em
31 de dezembro de 2015 e 2014
As informações referentes aos julgamentos realizados na aplicação das políticas contábeis e as
incertezas sobre premissas e estimativas que possuam um risco significativo de resultar em um
ajuste material dentro do próximo exercício financeiro estão incluídas nas seguintes notas
explicativas:
Nota explicativa 18 - Impostos diferidos
Nota explicativa 20 - Provisão para contingências
3
Principais políticas contábeis
As políticas contábeis descritas em detalhes abaixo têm sido aplicadas de maneira consistente a
todos os períodos apresentados nessas demonstrações financeiras.
a.
Apuração do resultado
O resultado das operações (receitas, custos e despesas) é apurado em conformidade com o
regime de competência.
b.
Moeda estrangeira
Transações em moeda estrangeira, isto é, todas aquelas que não realizadas na moeda funcional,
são convertidas pela taxa de câmbio das datas de cada transação. Ativos e passivos monetários
em moeda estrangeira são convertidos para a moeda funcional pela taxa de câmbio da data do
fechamento. Os ganhos e as perdas de variações nas taxas de câmbio sobre os ativos e os
passivos monetários são reconhecidos na demonstração de resultados.
c.
Instrumentos financeiros
i.
Ativos financeiros não derivativos
A Companhia reconhece os empréstimos e recebíveis inicialmente na data em que foram
originados. Todos os outros ativos financeiros (incluindo os ativos designados pelo valor justo
por meio do resultado) são reconhecidos inicialmente na data da negociação na qual a
Companhia se torna uma das partes das disposições contratuais do instrumento.
A Companhia deixa de reconhecer um ativo financeiro quando os direitos contratuais aos fluxos
de caixa do ativo expiram, ou quando a Companhia transfere os direitos ao recebimento dos
fluxos de caixa contratuais sobre um ativo financeiro em uma transação na qual essencialmente
todos os riscos e benefícios da titularidade do ativo financeiro são transferidos. Eventual
participação que seja criada ou retida pela Companhia nos ativos financeiros é reconhecida
como um ativo ou passivo individual.
Os ativos ou passivos financeiros são compensados e o valor líquido apresentado no balanço
patrimonial quando, e somente quando, a Companhia tem o direito legal de compensar os
valores e tem a intenção de liquidar em uma base líquida ou de realizar o ativo e liquidar o
passivo simultaneamente.
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Demonstrações Financeiras em
31 de dezembro de 2015 e 2014
Empréstimos e recebíveis
Empréstimos e recebíveis são ativos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis que
não são cotados no mercado ativo. Tais ativos são reconhecidos inicialmente pelo valor justo
acrescido de quaisquer custos de transação atribuíveis. Após o reconhecimento inicial, os
empréstimos e recebíveis são medidos pelo custo amortizado utilizando o método dos juros
efetivos, deduzidos de qualquer perda por redução ao valor recuperável.
Os empréstimos e recebíveis abrangem caixa e equivalentes de caixa, contas a receber de
clientes e outros créditos.
Caixa e equivalentes de caixa
Caixa e equivalentes de caixa abrangem saldos de caixa e aplicações financeiras com
vencimento original de três meses ou menos a partir da data da contratação, de alta liquidez,
prontamente conversíveis em um montante conhecido de caixa, e que estão sujeitas a um
insignificante risco de mudança de valor. Caixa e equivalentes de caixa são registrados pelo
valor justo por meio do resultado.
ii.
Passivos financeiros não derivativos
A Companhia reconhece inicialmente os títulos de dívida emitidos e passivos subordinados na
data em que são originados. Todos os outros passivos financeiros (incluindo passivos
designados pelo valor justo registrado no resultado) são reconhecidos inicialmente na data de
negociação na qual a Companhia se torna uma parte das disposições contratuais do instrumento.
A Companhia deixa de reconhecer um passivo financeiro quando sua obrigação contratual é
retirada, cancelada ou vencida.
A Companhia classifica os passivos financeiros não derivativos na categoria de outros passivos
financeiros. Tais passivos financeiros são reconhecidos inicialmente pelo valor justo deduzido
de quaisquer custos de transação atribuíveis. Após o reconhecimento inicial, esses passivos
financeiros são medidos pelo custo amortizado utilizando o método dos juros efetivos.
A Companhia tem os seguintes passivos financeiros não derivativos: empréstimos,
financiamentos, fornecedores e outras contas a pagar.
iii.
Capital social
Ações ordinárias
Ações ordinárias são classificadas como patrimônio líquido. Custos adicionais diretamente
atribuíveis à emissão de ações são reconhecidos como dedução do patrimônio líquido, líquido
de quaisquer efeitos tributários.
Os dividendos mínimos obrigatórios, conforme definido em estatuto, são reconhecidos como
passivo quando designados.
iv.
Instrumentos financeiros derivativos
Não houve operações com instrumentos financeiros derivativos durante os exercícios de 2015 e
2014.
12
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Demonstrações Financeiras em
31 de dezembro de 2015 e 2014
d.
Contas a receber de clientes
As contas a receber de clientes correspondem aos valores a receber de clientes pela venda de
mercadorias ou prestação de serviços no curso normal das atividades da Companhia. Se o prazo
de recebimento é equivalente a um ano ou menos (ou outro que atenda o ciclo normal de
operações da Companhia), as contas a receber são classificadas no ativo circulante. Caso
contrário, estão apresentadas no ativo não circulante.
e.
Estoques
Os estoques são mensurados pelo menor valor entre o custo e o valor realizável líquido. O custo
dos estoques é baseado no princípio do custo médio e inclui gastos incorridos na aquisição de
estoques, custos de produção e transformação e outros custos incorridos em trazê-los às suas
localizações e condições existentes. No caso dos produtos acabados e produtos em processo, o
custo inclui uma parcela dos custos gerais de fabricação baseado na capacidade operacional
normal.
O valor realizável líquido é o preço estimado de venda no curso normal dos negócios, deduzido
dos custos estimados de conclusão e despesas de vendas.
f.
Ativo imobilizado
Reconhecimento e mensuração
Os itens do imobilizado são mensurados pelo custo histórico de aquisição, deduzido de
depreciação acumulada e perdas por redução ao valor recuperável (impairment) acumuladas,
quando necessário.
O custo dos ativos imobilizados inclui os gastos que são diretamente atribuíveis à aquisição dos
ativos.
A Companhia optou por reavaliar os ativos imobilizados pelo custo atribuído (deemed cost) na
data de abertura do exercício de 2009. Os efeitos do custo atribuído aumentaram o ativo
imobilizado tendo como contrapartida o patrimônio líquido, líquido dos efeitos fiscais.
Embora a adoção do valor justo como custo atribuído e do consequente aumento na despesa de
depreciação nos exercícios futuros a Companhia não alterará sua política de dividendos.
Ganhos e perdas na alienação de um item do imobilizado (apurados pela diferença entre os
recursos advindos da alienação e o valor contábil do imobilizado), são reconhecidos líquidos
dentro de outras receitas / outras despesas operacionais no resultado.
Custos subsequentes
O custo de reposição de um componente do imobilizado é reconhecido no valor contábil do item
caso seja provável que os benefícios econômicos incorporados dentro do componente irão fluir
para a Companhia e que o seu custo pode ser medido de forma confiável. O valor contábil do
componente que tenha sido reposto por outro é baixado. Os custos de manutenção no dia-a-dia
do imobilizado são reconhecidos no resultado conforme incorridos.
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Depreciação
A depreciação é calculada sobre o valor depreciável, que é o custo de um ativo, ou outro valor
substituto do custo, deduzido do valor residual.
Itens do imobilizado são depreciados pelo método linear no resultado do exercício baseado na
vida útil econômica estimada de cada componente. Ativos arrendados são depreciados pelo
menor período entre a vida útil estimada do bem e o prazo do contrato, a não ser que seja certo
que a Companhia obterá a propriedade do bem ao final do arrendamento. Terrenos não são
depreciados.
Itens do ativo imobilizado são depreciados a partir da data em que são instalados e estão
disponíveis para uso, ou em caso de ativos construídos internamente, do dia em que a
construção é finalizada e o ativo está disponível para utilização.
As vidas úteis estimadas para os exercícios correntes e comparativos estão demonstradas na nota
explicativa nº 11.
Os métodos de depreciação, as vidas úteis e os valores residuais são revisados a cada
encerramento de exercício financeiro e eventuais ajustes são reconhecidos como mudança de
estimativa contábil.
g.
Ativos intangíveis
Os ativos intangíveis da Companhia são representados por gastos em produtos desenvolvidos
internamente e outros adquiridos de terceiros e são mensurados pelo método de custo total de
aquisição, menos as despesas de amortização. A amortização destes ativos é determinada pela
sua vida útil, conforme demonstrado na nota explicativa nº 12.
Pesquisa e desenvolvimento
Gastos em atividades de pesquisa, realizados com a possibilidade de ganho de conhecimento e
entendimento científico ou tecnológico, são reconhecidos no resultado conforme incorridos.
Atividades de desenvolvimento envolvem um plano ou projeto visando a fabricação de produtos
novos ou substancialmente aprimorados. Os gastos de desenvolvimento são capitalizados
somente se os custos de desenvolvimento puderem ser mensurados de maneira confiável, se o
produto ou processo forem técnica e comercialmente viáveis, se os benefícios econômicos
futuros forem prováveis, e se a Companhia tiver a intenção e os recursos suficientes para
concluir o desenvolvimento e usar ou vender o ativo. Os gastos capitalizados incluem o custo de
materiais, mão de obra direta, custos de fabricação que são diretamente atribuíveis à preparação
do ativo para seu uso proposto, e custos de empréstimo. Outros gastos de desenvolvimento são
reconhecidos no resultado conforme incorridos.
Os gastos de desenvolvimento capitalizados são mensurados pelo custo, deduzido da
amortização acumulada e perdas por redução ao valor recuperável.
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Outros ativos intangíveis
Outros ativos intangíveis que são adquiridos pela Companhia e que têm vidas úteis finitas são
mensurados pelo custo, deduzido da amortização acumulada e das perdas por redução ao valor
recuperável acumuladas.
Gastos subsequentes
Os gastos subsequentes são capitalizados somente quando eles aumentam os futuros benefícios
econômicos incorporados no ativo específico ao qual se relacionam. Todos os outros gastos,
incluindo gastos com ágio gerado internamente e marcas, são reconhecidos no resultado
conforme incorridos.
Amortização
Amortização é calculada sobre o custo de um ativo ou outro valor substituto do custo, deduzido
do valor residual.
A amortização é reconhecida no resultado baseando-se no método linear com relação às vidas
úteis estimadas de ativos intangíveis, que não ágio, a partir da data em que estes estão
disponíveis para uso, já que esse método é o que mais perto reflete o padrão de consumo de
benefícios econômicos futuros incorporados no ativo. O prazo de amortização destes ativos é
determinado pela sua vida útil conforme demonstrado na nota explicativa nº 12.
h.
Redução ao valor recuperável de ativos
i.
Ativos financeiros (incluindo recebíveis)
Um ativo financeiro não mensurado pelo valor justo por meio do resultado é avaliado a cada
data de apresentação para apurar se há evidência objetiva de que tenha ocorrido perda no seu
valor recuperável. Um ativo tem perda no seu valor recuperável se uma evidência objetiva
indica que um evento de perda ocorreu após o reconhecimento inicial do ativo, e que aquele
evento de perda teve um efeito negativo nos fluxos de caixa futuros projetados que podem ser
estimados de uma maneira confiável.
A evidência objetiva de que os ativos financeiros (incluindo títulos patrimoniais) perderam valor
pode incluir o não-pagamento ou atraso no pagamento por parte do devedor, a reestruturação do
valor devido à Companhia sob condições que a Companhia não consideraria em outras
transações, indicações de que o devedor ou emissor entrará em processo de falência, ou o
desaparecimento de um mercado ativo para um título. Além disso, para um instrumento
patrimonial, um declínio significativo ou prolongado em seu valor justo abaixo do seu custo é
evidência objetiva de perda por redução ao valor recuperável.
j.
Ativos não financeiros
Os valores contábeis dos ativos não financeiros da Companhia, que não o imposto de renda e
contribuição social diferidos, são revistos a cada data de apresentação para apurar se há
indicação de perda no valor recuperável. Caso ocorra tal indicação, então o valor recuperável do
ativo é estimado.
A Administração da Companhia não identificou qualquer evidência que justificasse a
necessidade de provisão em 31 de dezembro de 2015 e 2014.
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k.
Contas a pagar aos fornecedores
As contas a pagar aos fornecedores são obrigações a pagar por bens ou serviços que foram
adquiridos de fornecedores no curso normal dos negócios, sendo classificadas como passivos
circulantes se o pagamento for devido no período de até um ano (ou no ciclo operacional normal
dos negócios, ainda que mais longo). Caso contrário, as contas a pagar são apresentadas como
passivo não circulante.
l.
Empréstimos e financiamentos
Os empréstimos e financiamentos são reconhecidos, inicialmente, pelo valor justo, líquido dos
custos da transação incorridos e são, subsequentemente, demonstrados pelo custo amortizado.
Qualquer diferença entre os valores captados (líquidos dos custos da transação) e o valor de
resgate é reconhecida na demonstração do resultado durante o período em que os empréstimos e
financiamentos estejam em andamento, utilizando o método da taxa de juros efetiva.
Os empréstimos e financiamentos são classificados como passivo circulante, a menos que a
Companhia tenha um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo por, pelo menos,
12 meses após a data do balanço.
m.
Capitalização dos custos dos empréstimos
Os custos de empréstimos atribuíveis diretamente a um ativo qualificável são capitalizados
durante a fase de construção de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 20(R1) - Custos de
Empréstimos.
n.
Benefícios a empregados
Benefícios de curto prazo a empregados
Obrigações de benefícios de curto prazo a empregados são mensuradas em uma base não
descontada e são incorridas como despesas conforme o serviço relacionado seja prestado.
O passivo é reconhecido pelo valor esperado a ser pago em dinheiro na participação nos lucros
de curto prazo se a Companhia tem uma previsão de pagar esse valor em função de serviço
passado prestado pelo empregado, e a obrigação possa ser estimada de maneira confiável.
o.
Provisões
Uma provisão é reconhecida, em função de um evento passado, se a Companhia tem uma
obrigação legal ou construtiva que possa ser estimada de maneira confiável, e é provável que
um recurso econômico seja exigido para liquidar a obrigação. As provisões são apuradas através
do desconto dos fluxos de caixa futuros esperados a uma taxa antes de impostos que reflete as
avaliações atuais de mercado quanto ao valor do dinheiro no tempo e riscos específicos para o
passivo. Os custos financeiros incorridos são registrados no resultado.
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p.
Imposto de renda e contribuição social
O imposto de renda e a contribuição social do exercício corrente e diferido são calculados com
base nas alíquotas de 15% acrescida do adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente de
R$ 240 (base anual) para imposto de renda e 9% sobre o lucro tributável para contribuição
social sobre o lucro líquido no quadrimestre.
As despesas com imposto de renda e contribuição social compreendem os tributos correntes e
diferidos. O imposto corrente e o imposto diferido são reconhecidos no resultado a menos que
estejam relacionados a itens diretamente reconhecidos no patrimônio líquido ou em outros
resultados abrangentes.
O imposto corrente é o imposto a pagar ou a recuperar esperado sobre o lucro ou prejuízo
tributável do exercício, a taxas de impostos decretadas ou substantivamente decretadas na data
de apresentação das demonstrações financeiras e qualquer ajuste aos impostos a pagar com
relação aos exercícios anteriores.
O imposto diferido é reconhecido com relação às diferenças temporárias entre os valores
contábeis de ativos e passivos para fins contábeis e os correspondentes valores usados para fins
de tributação.
O imposto diferido é mensurado pelas alíquotas que se espera serem aplicadas às diferenças
temporárias quando elas revertem, baseando-se nas leis que foram decretadas ou
substantivamente decretadas até a data de apresentação das demonstrações financeiras.
Os ativos e passivos fiscais diferidos são compensados caso haja um direito legal de compensar
passivos e ativos fiscais correntes, e eles se relacionem a impostos de renda lançados pela
mesma autoridade tributária sobre a mesma entidade sujeita à tributação.
Um ativo de imposto de renda e contribuição social diferidos é reconhecido por perdas fiscais,
créditos fiscais e diferenças temporárias dedutíveis não utilizados, quando for provável que
lucros futuros sujeitos à tributação estarão disponíveis e contra os quais serão utilizados.
Ativos de imposto de renda e contribuição social diferidos são revisados a cada data de relatório
e serão reduzidos na medida em que sua realização não seja mais provável.
q.
Receita operacional
A receita operacional da venda de bens no curso normal das atividades é medida pelo valor justo
da contraprestação recebida ou a receber. A receita operacional é reconhecida quando existe
evidência convincente de que os riscos e benefícios mais significativos inerentes à propriedade
dos bens foram transferidos para o comprador, de que for provável que os benefícios
econômicos financeiros fluirão para a entidade, de que os custos associados e a possível
devolução de mercadorias podem ser estimados de maneira confiável, de que não haja
envolvimento contínuo com os bens vendidos, e de que o valor da receita operacional possa ser
mensurado de maneira confiável. Caso seja provável que descontos serão concedidos e o valor
possa ser mensurado de maneira confiável, então o desconto é reconhecido como uma redução
da receita operacional conforme as vendas são reconhecidas.
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O momento correto da transferência de riscos e benefícios varia dependendo das condições
individuais do contrato de venda.
r.
Receitas e despesas financeiras
As receitas financeiras abrangem principalmente receitas de rendimentos sobre aplicações
financeiras e variações monetárias positivas sobre ativos financeiros. A receita de juros é
reconhecida no resultado, através do método dos juros efetivos
As despesas financeiras abrangem despesas com os juros sobre empréstimos, e variações
monetárias sobre passivos financeiros. Custos de empréstimos que não sejam diretamente
atribuíveis à aquisição, construção ou produção de um ativo qualificável são reconhecidos no
resultado através do método dos juros efetivos.
Os ganhos e perdas cambiais são reportados em uma base líquida para transações de natureza
similar.
s.
Subvenções governamentais
A Companhia possui subvenções de imposto sobre circulação de mercadorias e serviços
(“ICMS”) para investimentos concedidos pelo governo estadual do Rio Grande do Sul. Esses
incentivos fiscais estão diretamente ligados à operação de unidades produtivas, geração de
empregos e desenvolvimento social e econômico. Essas subvenções governamentais que visam
compensar a Companhia por despesas incorridas são reconhecidas no resultado como outras
receitas em uma base sistemática nos mesmos exercícios nos quais as despesas foram
registradas. A parte referente ao diferimento do ICMS a pagar é registrada no passivo não
circulante.
t.
Reclassificação nas demonstrações financeiras do exercício anterior
As demonstrações financeiras referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2014 foram
reclassificadas, para fins de melhor apresentação e manutenção da uniformidade na
comparabilidade. A comparação entre os saldos apresentados nas demonstrações financeiras
naquela data e os saldos reclassificados para fins de comparabilidade está demonstrada a seguir:
Balanço patrimonial
Publicado
31/12/2014
Reclassificado
Total ativo circulante
60.499
60.499
Não circulante
Impostos a recuperar
Bens a Comercializar
Outros créditos
Imobilizado
Intangível
5.538
11.306
72
45.677
10.803
5.538
72
56.983
10.803
Ativo não circulante
73.396
73.396
133.895
133.895
Ativo total
A Administração da Companhia entende que essa reclassificação não é material, pois, trata-se
de uma reclassificação entre contas do “ativo não circulante”.
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4
Determinação dos valores justos
Diversas políticas e divulgações contábeis da Companhia exigem a determinação do valor justo,
tanto para os ativos e passivos financeiros como para os não financeiros. Os valores justos têm
sido apurados para propósitos de mensuração e/ou divulgação baseados nos métodos abaixo.
Quando aplicável, as informações adicionais sobre as premissas utilizadas na apuração dos
valores justos são divulgadas nas notas específicas àquele ativo ou passivo.
Contas a receber de clientes e outros créditos
O valor justo de contas a receber e outros créditos é estimado como o valor presente de fluxos
de caixa futuros, descontado pela taxa de mercado dos juros apurados na data de apresentação.
Esse valor justo é determinado para fins de divulgação.
Passivos financeiros não derivativos
O valor justo, que é determinado para fins de divulgação, é calculado baseando-se no valor
presente do principal e fluxos de caixa futuros, descontados pela taxa de mercado dos juros
apurados na data das demonstrações financeiras.
5
Gerenciamento de risco financeiro
A Companhia apresenta exposição aos seguintes riscos advindos do uso de instrumentos
financeiros:
•
•
•
•
•
Risco de crédito;
Risco de liquidez;
Risco de mercado;
Risco operacional;
Risco de estrutura de capital (ou risco financeiro).
Essa nota apresenta informações sobre a exposição da Comapnhia a cada um dos riscos
supramencionados, os objetivos, políticas e processos para a mensuração e gerenciamento de
risco, e o gerenciamento de capital da Companhia. Divulgações quantitativas adicionais são
incluídas ao longo dessas demonstrações financeiras.
Estrutura do gerenciamento de risco
A Administração tem responsabilidade global pelo estabelecimento e supervisão da estrutura de
gerenciamento de risco da Companhia. Suas políticas de gerenciamento de risco são
estabelecidas para identificar e analisar os riscos enfrentados pela Companhia, para definir
limites e controles de riscos apropriados, e para monitorar riscos e aderência aos limites. As
políticas e sistemas de gerenciamento de riscos são revisados frequentemente para refletir
mudanças nas condições de mercado e nas atividades da Companhia. A Companhia, através de
suas normas e procedimentos de treinamento e gerenciamento, objetiva desenvolver um
ambiente de controle disciplinado e construtivo, no qual todos os empregados entendem os seus
papéis e obrigações.
a.
Risco de crédito
Risco de crédito é o risco de prejuízo financeiro da Companhia caso um cliente ou contraparte
em um instrumento financeiro falhe em cumprir com suas obrigações contratuais, que surgem
principalmente de seus recebíveis, de clientes e de outros créditos.
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Contas a receber de clientes e outros créditos
A exposição da Companhia ao risco de crédito é influenciada, principalmente, pelas
características individuais de cada cliente. Entretanto, a Administração também considera a
demografia da base de clientes, incluindo o risco de crédito da indústria e Estado onde os
clientes operam, uma vez que estes fatores podem ter influência no risco de crédito.
Geograficamente não há concentração de risco de crédito.
A Companhia estabeleceu uma política de crédito sob a qual todo cliente tem sua capacidade de
crédito analisada individualmente. Esta análise é efetuada através de um Comitê de Crédito. As
aprovações de créditos são estabelecidas para cada cliente de acordo com a capacidade de
pagamento e pontualidade, histórico de compra junto à Companhia e avaliação cadastral,
referências bancárias e comerciais.
No monitoramento do risco de crédito dos clientes, os mesmos são agrupados de acordo com
suas características de crédito, localização geográfica, tipo de indústria, maturidade e existência
de dificuldades financeiras anteriores, incluindo se são pessoa física ou jurídica.
A Companhia estabelece uma provisão para redução ao valor recuperável e que representa sua
estimativa de perdas incorridas com relação às contas a receber de clientes e outros créditos
quando aplicável.
b.
Risco de liquidez
Risco de liquidez é o risco de que a Companhia encontre dificuldades em cumprir com as
obrigações associadas com seus passivos financeiros que são liquidados com pagamentos à vista
ou com outro ativo financeiro. A abordagem da Companhia na Administração de liquidez é de
garantir, ao máximo possível, que sempre tenha liquidez suficiente para cumprir com suas
obrigações ao vencerem, sob condições normais e de estresse, sem causar perdas inaceitáveis ou
com risco de prejudicar sua reputação.
A Companhia constantemente monitora suas exigências de fluxo de caixa operacional e na
otimização de seu retorno de caixa sobre investimentos. A Companhia garante que possui saldo
em tesouraria suficiente para superar sua necessidade de capital de giro operacional, incluindo o
cumprimento de obrigações contábeis, excluindo o impacto potencial de circunstâncias extremas
que não podem ser razoavelmente previstas, como desastres naturais.
c.
Risco de mercado
Risco de mercado é o risco de que alterações nos preços de mercado, tais como as taxas de
câmbio e taxas de juros, impactem nos ganhos da Companhia ou no valor de suas participações
em instrumentos financeiros. O objetivo do gerenciamento de risco de mercado é gerenciar e
controlar as exposições aos riscos, dentro de parâmetros aceitáveis, e ao mesmo tempo otimizar
o retorno.
20
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Risco de taxa de câmbio
A Companhia atua no mercado externo, referente a aquisição de matéria-prima importada e
vendas ao exterior. Os resultados da Companhia estão suscetíveis a sofrer variações, em função
dos efeitos da volatilidade da taxa de câmbio sobre os ativos e passivos atrelados às moedas
estrangeiras, principalmente do dólar norte-americano.
Risco de taxa de juros
Os resultados da Companhia estão suscetíveis a variações das taxas de juros incidentes sobre
aplicações financeiras, empréstimos e financiamentos e debêntures com taxas de juros variáveis,
principalmente CDI e TJLP.
d.
Risco operacional
Risco operacional é o risco de prejuízos diretos ou indiretos decorrentes de uma variedade de
causas associadas a processos, pessoal, tecnologia e infra-estrutura da Companhia e de fatores
externos, exceto riscos de crédito, mercado e liquidez, como aqueles decorrentes de exigências
legais e regulatórias e de padrões geralmente aceitos de comportamento empresarial. Riscos
operacionais surgem de todas as operações da Companhia.
O objetivo da Companhia é administrar o risco operacional para evitar a ocorrência de prejuízos
financeiros e danos à reputação da Companhia e buscar eficácia de custos e para evitar
procedimentos de controle que restrinjam iniciativa e criatividade.
A principal responsabilidade para o desenvolvimento e implementação de controles para tratar
riscos operacionais é atribuída à alta administração dentro de cada unidade de negócio. A
responsabilidade é apoiada pelo desenvolvimento de padrões gerais da Companhia para a
administração de riscos operacionais nas seguintes áreas:
•
Exigências para segregação adequada de funções, incluindo a autorização independente
de operações;
•
Exigências para a reconciliação e monitoramento de operações;
•
Cumprimento com exigências regulatórias e legais;
•
Documentação de controles e procedimentos;
•
Exigências para a avaliação periódica de riscos operacionais enfrentados e a adequação
de controles e procedimentos para tratar dos riscos identificados;
•
Exigências de reportar prejuízos operacionais e as ações corretivas propostas;
•
Desenvolvimento de planos de contingência;
•
Treinamento e desenvolvimento profissional;
•
Padrões éticos e comerciais;
•
Mitigação de risco, incluindo seguro quando eficaz.
21
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e.
Risco de estrutura de capital (ou risco financeiro)
A política da Administração é manter uma sólida base de capital para manter a confiança do
investidor, credor e mercado e manter o desenvolvimento futuro do negócio. A Administração
monitora os retornos sobre capital, que a Companhia define como resultados de atividades
operacionais divididos pelo patrimônio líquido total, excluindo participações de não
controladores.
A Administração procura manter um equilíbrio entre os mais altos retornos possíveis com níveis
mais adequados de empréstimos e as vantagens e a segurança proporcionada por uma posição de
capital saudável.
A Administração monitora o capital usando um índice representado pela dívida líquida, dividido
pelo patrimônio líquido ajustado. Para este propósito, a dívida líquida é definida como o total
dos passivos (incluindo empréstimos e financiamentos e obrigações por arrendamentos
mercantis financeiros), menos caixa e equivalentes de caixa.
A dívida líquida da Companhia em 31 de dezembro de 2015 (consolidado) e 2014 é apresentada
a seguir:
31/12/2015
73.100
31/12/2014
67.870
Caixa e Equivalentes de Caixa
(1.704)
(16.673)
Divida Líquida (A)
71.396
51.197
Total de Patrimônio Líquido
84.972
66.025
0,84
0,78
Total do Passivo
Relação dívida líquida sobre o patrimônio líquido em 31 de dezembro
de 2015 e 2014 (A/B)
6
Caixa e equivalentes de caixa
Controladora
31/12/2015
31/12/2014
1.140
16.673
1.140
16.673
Caixa e depósitos bancários
Os saldos de caixa e equivalentes de caixa não possuem restrições de uso.
7
Aplicações financeiras (controladora e consolidado)
Aplicações financeiras vinculadas
A Companhia possui aplicações finceiras vinculadas a empréstimos e financiamentos no
montantde de R$ 5.097. Essas aplicações financeiras correspondem a certificados de depósitos
bancários – CDB, remuneradas a taxas que variam entre 100% e 101,5% do CDI.
22
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8
Contas a receber de clientes
Controladora
31/12/2015
31/12/2014
Duplicatas a receber
Duplicatas a receber partes relacionadas
Depósitos a Classificar
Provisão para créditos de liquidação duvidosa
Clientes CPC 30
Consolidado
31/12/2015
24.539
25
(1.854)
(3.068)
(1.454)
20.487
(161)
(1.965)
-
25.661
(1.854)
(3.068)
(1.454)
18.177
18.361
19.285
A composição de contas a receber de clientes por vencimento é a seguinte:
Controladora
31/12/2015
31/12/2014
Consolidado
31/12/2015
A vencer
13.996
12.307
14.523
Vencidas
10.568
8.341
10.807
1 a 30 dias
31 a 60 dias
61 a 90 dias
91 a 180 dias
181 a 365 dias
Mais de 365 dias
1.300
1.496
701
905
2.176
3.990
1.751
786
774
2.214
2.001
815
1.395
1.586
730
909
2.179
4.007
24.564
20.487
25.330
A provisão para créditos de liquidação duvidosa é constituída com base na avaliação global dos
atrasos, ajustada pela análise individual dos clientes nessa situação, levando-se em consideração
o conhecimento da Administração do mercado de atuação da Companhia, o histórico de
recebimentos e as garantias envolvidas em cada hipótese.
9
Estoques
Controladora
31/12/2015
31/12/2014
Matérias-primas
Produtos em processo
Produtos acabados
Mercadorias para revenda
Provisão Ajuste de Estoque
Estoque CPC 30
23
Consolidado
31/12/2015
9.229
504
15.576
45
(350)
739
11.563
2.591
7.003
84
-
9.899
504
15.982
45
(350)
739
25.744
21.241
26.819
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10
Impostos e contribuições a recuperar
Ativo circulante
Controladora
31/12/2015
31/12/2014
Imposto sobre produtos industrializados (IPI)
Imposto sobre a circulação de mercadoria e serviço (ICMS)
Contribuição para financiamento da seguridade social (COFINS)
Programa de integração social (PIS)
Imposto de renda - pessoa jurídica (IRRF)
Contribuição social sobre lucro líquido (CSLL)
Outros
Consolidado
31/12/2015
1.802
790
2.103
420
966
246
-
1.254
123
199
62
328
200
288
2.146
1.721
2.103
420
966
246
43
6.327
2.454
7.645
Controladora
31/12/2015
31/12/2014
Consolidado
31/12/2015
Ativo não circulante
Contribuição para financiamento da seguridade social (COFINS)
Programa de integração social (PIS)
11
3.397
738
4.479
1.059
3.397
738
4.135
5.538
4.135
4.135
5.538
4.135
Imobilizado
Controladora
Equipamento de fabricação própria
Máquinas e equipamentos
Veículos
Equipamento de informática
Móveis e utensílios
Instalações
Benfeitorias em bens locados
Obras em andamento
Terrenos
Obras Civis
Vida útil
em anos
Custo
Depreciação
Acumulada
31/12/2015
Líquido
31/12/2014
Líquido
10
10
5
5
10
10
5
40
68.002
11.118
872
2.050
1.486
405
1.968
6.987
569
25.463
(41.440)
(9.714)
(732)
(1.524)
(1.061)
(334)
(1.139)
(2.916)
26.562
1.404
140
527
424
71
829
6.987
569
22.546
27.503
2.373
188
463
521
75
914
1.234
569
23.144
118.919
(58.860)
60.059
56.983
a. A conta de imobilizado em andamento tem por finalidade registrar todos os investimentos em
ativo fixo da Companhia, os quais possuem controle individual por projeto, por localidade e tipo
de investimento. Quando os projetos entram em produção ou quando são postos em serviço,
estes são transferidos para as suas respectivas contas definitivas para o início da depreciação.
b. A Companhia concedeu bens pertencentes ao seu ativo imobilizado em garantia de empréstimos
24
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Demonstrações Financeiras em
31 de dezembro de 2015 e 2014
e financiamentos tomados, no valor líquido de R$ 23.003 em 31 de dezembro de 2015.
c. A Administração efetuou análise de eventuais indicadores de impairment do seu ativo
imobilizado e não detectou fatores que pudessem indicar a existência de perdas.
d. Não foram identificados valores relevantes de ativo imobilizado nas empresas controladas
incluídas no processo de consolidação.
A movimentação do custo do imobilizado, no exercício de 2015, está demonstrada no quadro
abaixo:
Equipamento de fabricação própria
Máquinas e equipamentos
Veículos
Equipamento de informática
Móveis e utensílios
Instalações
Benfeitorias em bens locados
Obras em andamento
Terrenos
Obras Civis
31/12/2014
Custo
Adições
Baixas
31/12/2015
Custo
66.412
10.905
872
1.823
1.495
391
1.974
1.234
569
25.463
4.610
322
243
3
13
20
5.753
-
(3.020)
(109)
(15)
(13)
(26)
-
68.002
11.118
872
2.050
1.486
405
1.968
6.987
569
25.463
111.138
10.964
(3.183)
118.919
A movimentação da depreciação do imobilizado, no exercício de 2015, está demonstrada no
quadro abaixo:
Equipamento de fabricação própria
Máquinas e equipamentos
Veículos
Equipamento de informática
Móveis e utensílios
Instalações
Benfeitorias em bens locados
Obras civis
31/12/2014
Depreciação
Adições
Baixas
31/12/2015
Depreciação
38.909
8.534
684
1.360
974
315
1.060
2.318
5.550
1.289
47
179
100
19
105
598
(3.020)
(109)
(15)
(13)
(26)
-
41.439
9.714
732
1.524
1.061
334
1.139
2.916
54.155
7.888
(3.183)
58.860
25
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Artigos Médicos e Hospitalares S.A.
Demonstrações Financeiras em
31 de dezembro de 2015 e 2014
12
Intangível
Controladora
Direito de uso de software
Tecnologia industrial
Marcas e Patentes
Outros bens
Taxa
Amort
% a.a.
Custo
Amort
acumulada
31/12/2015
Líquido
31/12/2014
Líquido
20
25
10
-
1.140
18.494
6
900
(1.057)
(3.522)
(18)
83
14.972
6
881
1.140
10.692
6
7
20.540
(4.597)
15.943
10.803
A movimentação do custo do intangível, no exercício de 2015, está demonstrada no quadro
abaixo:
Direito de uso de software
Tecnologia industrial
Marcas e patentes
Outros bens
31/12/2014
Custo
Adições
Baixas
Transferências
31/12/2015
Custo
1.140
13.293
6
25
2.888
3.188
-
2.313
(2.313)
1.140
18.494
6
900
14.465
6.076
-
-
20.540
A movimentação da depreciação do intangível, no exercício de 2015, está demonstrada no
quadro abaixo:
Direito de uso de software
Tecnologia industrial
Outros bens
31/12/2014
Amortização
Adições
Baixas
31/12/2015
Amortização
(1.042)
(2.601)
(18)
(15)
(921)
-
-
(1.057)
(3.522)
(18)
(3.661)
(936)
-
(4.597)
Ativos intangíveis relacionados à tecnologia industrial estão substancialmente representados por
desenvolvimento de novos produtos para os quais a Companhia tem a intenção e capacidade de
concluir os projetos e colocar os produtos no mercado.
26
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Demonstrações Financeiras em
31 de dezembro de 2015 e 2014
Em 31 de dezembro de 2015, a Administração avaliou a viabilidade de conclusão dos projetos e
a existência de indicadores de que algum projeto possa ter sofrido perdas no valor recuperáves,
não tendo identificado fatores dessa natureza. Ativos intangíveis no balanço patrimonial
consolidado tem a seguinte composição:
31/12/2015
Total do ativo intangível na controladora
Desenvolvimento de software – Signove
Teconologia industrial – Vida
Outros
15.943
1.495
1.193
9
18.639
A Companhia adquiriu software em desenvolvimento para a implantação de novo produto no
mercado por meio da aquisição do controle da empresa Signove Tecnologia S.A.
Adicionalmente, a Companhia alocou a mais-valia paga na aquisição da empresa Vida Indústria
e Comércio de Produtos Médicos Ltda. integralmente para intangíveis de desenvolvimento de
tecnologia industrial, uma vez que a aquisição teve como principal objetivo agregar tecnologia
complementar às atividades da Companhia, resultando em produtos complementares e soluções
completas aos clientes.
13
Fornecedores
Controladora
Cartão BNDES
Fornecedores nacionais
Fornecedores estrangeiros
31/12/2015
31/12/2014
203
2.796
207
308
8.983
284
3.206
9.530
Não existem saldos relevantes de fornecedores no consolidado em adição aos saldos da
controladora.
27
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Demonstrações Financeiras em
31 de dezembro de 2015 e 2014
14
Partes relacionadas
Os principais saldos do passivo em 31 de outubro de 2015 e 2014, assim como as transações que
influenciaram o resultado do exercício, relativas a operações com partes relacionadas, decorrem
de transações da Companhia com acionistas, profissionais-chave da administração e outras
partes relacionadas.
Transações com acionistas
Financiamento – BNDES (a)
31/12/2015
31/12/2014
8.247
13.611
8.247
13.611
(a) Refere-se aos empréstimos captados junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social – BNDES e classificado em passivo circulante e não circulante, conforme demonstrado
abaixo:
Modalidade Garantia
Encargos
Mês de Vcto. 30/12/2015
BNDES Profarma Produção Investimento Bens Imobilizado TJLP + 1% a.a.
Jan./18
5.453
BNDES Profarma Inov.
Investimento Bens Imobilizado
3,5% a.a.
Nov/15
2.794
Total do BNDES
8.247
31/12/2014
5.384
8.227
13.611
Remuneração do pessoal-chave da Administração
Salários
Encargos
Outros benefícios
2014
2015
1.777
175
146
2.571
39
259
2.098
2.868
Transações com empresas controladas (eliminadas na consolidação)
Contas a receber Vida Indústria e Comércio
Contas a pagar Vida Indústria e Comércio
Compras de ativo imobilizado
Vendas de ativo imobilizado
28
31/12/2015
31/12/2014
25
365
365
25
-
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Demonstrações Financeiras em
31 de dezembro de 2015 e 2014
15
Empréstimos e financiamentos
Banco
Encargos
Banco Itaú S.A.
Banco Itaú S.A.
Banco Itaú S.A.
Banco Itaú S.A.
Banco Santander S.A.
Banco Itaú S.A.
Banco Itaú S.A.
Banco ABC do Brasil
Banco Banrisul
Banco Itaú S.A.
Banco ABC do Brasil
Banco ABC do Brasil
Banco Itaú S.A.
Banco Unicred
Banco Itaú S.A.
Banco Banrisul
Banco Santander S.A.
Banco Santander S.A.
Banco ABC do Brasil
Banco Santander S.A.
Finep
Banco do Brasil
Banco Santander S.A.
Banco Santander S.A.
Banco Santander S.A.
Banco Bradesco
TJLP + 5,5%a.a.
3,9% a.a.
3,0%a.a.
1,03% a.m.
14,0286% a.a
5,54% a.a
CDI
TJLP + 10,5%a.a.
5,54% a.a
6,80% a.a.
6,8034% a.a
6,4216% a.a.
5,50% a.a.
1,65% a.m.
19% a.a.
7,30%a.a.+CDI
3,54%a.a.+CDI
0,29%a.m.+CDI
6,6834%a.a.+CDI
4,66%a.a.+CDI
Tjlp+5% desc 3,5%
TJLP + 5,5%a.a.
5,54% a.a.
CDI
3,0%a.a.
3,0%a.a.
Mês de Vcto
Controladora
31/12/2015
31/12/2014
Consolidado
31/12/2015
2
2
287
11
130
511
1.231
538
1.150
235
18.061
18.096
-
64
4
406
23
25
446
1.400
292
2.682
878
84
670
884
562
1.689
590
15.544
1.561
351
-
9
2
287
11
130
511
1.231
538
1.150
235
18.061
18.096
16
55
1.246
1.428
122
40.254
28.154
43.128
5.453
2.794
9.569
4.042
5.453
2.794
8.247
13.611
8.247
Total de Empréstimos e
Financiamentos
48.501
41.765
51.375
Passivo Circulante
25.733
29.198
28.590
Passivo Não Circulante
22.768
12.567
22.785
Moeda Nacional com parte relacionada
BNDES Profarma Produção
BNDES Profarma Inov.
TJLP + 1% a.a.
3,5% a.a.
jan/16
mai/16
mai/18
jan/15
set/16
abr/16
jun/16
abr/15
out/16
dez/15
fev/15
ago/15
jun/17
jul/18
ago/17
ago/16
ago/15
ago/15
nov/15
jul/16
out/22
Jun/16
Nov/16
Abr/16
Nov/16
Dez/16
jan/18
nov/15
Os contratos de empréstimos e financiamentos contêm cláusulas contratuais restritivas
(“covenants”), as quais permitem ao credor considerar antecipadamente vencido o contrato e
exigir de imediato o pagamento do saldo devedor em aberto nas seguintes hipóteses:
(a)
Contratos Capital de Giro Banco Santander S.A.
29
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Demonstrações Financeiras em
31 de dezembro de 2015 e 2014
(b)
(c)
•
Inadimplência da Companhia, dos avalistas ou qualquer sociedade indiretamente ligada
nas suas obrigações com o banco ou qualquer sociedade ligada ao banco;
•
Inadimplência da Companhia, dos avalistas ou qualquer sociedade indiretamente ligada
nas suas obrigações com terceiros;
•
Se a Companhia ou avalistas tiverem títulos de suas responsabilidades protestados cujo
somatório some R$ 50 mil;
•
Se a Companhia sofrer qualquer medida judicial ou extrajudicial que a critério do banco
possa afetar sua capacidade de honrar obrigações;
•
Se a Companhia ou avalistas tornarem-se insolventes, tiverem falência requerida, início
de procedimento de recuperação judicial ou extrajudicial, se acolher a RAET – regime
de administração especial temporária;
•
Transferência de bens e obrigações;
•
Se ocorrer qualquer mudança, transferência ou cessão, direta ou indireta, do controle
societário/acionário da Companhia, ou ainda se ocorrer incorporação, cisão ou fusão;
•
Não reforçarem, em caso de perecimento, perda ou depreciação das garantias
mencionadas em contrato;
•
Se houver alteração ou modificação do objeto social.
Contratos Capital de Giro Banco Itaú S.A.
•
Inadimplência da Companhia junto ao credor;
•
Se a Companhia iniciar qualquer procedimento de recuperação judicial ou extrajudicial,
se for requerida sua falência, ou se houver protesto de titulo contra a Companhia;
•
Não cumprimento de qualquer obrigação assumida em outras obrigações celebradas
com o banco, suas controladas, controladores ou coligadas;
•
Substituição do Devedor Solidário por motivo de insolvência;
•
Não reforçarem, em caso de perecimento, perda ou depreciação das garantias ou dos
direitos creditórios mencionadas em contrato;
•
Se houver sentença condenatória transitada em julgado, em razão da prática de atos,
pela Companhia ou seus dirigentes, que importe em discriminação de raça ou de gênero,
trabalho infantil, trabalho escravo, assédio moral ou sexual ou crime contra o meio
ambiente;
•
Indícios de crise econômica financeira ou de estado pré-falimentar;
Contratos Finame Banco Itaú S.A.
•
Inadimplência da Companhia junto ao credor;
30
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Demonstrações Financeiras em
31 de dezembro de 2015 e 2014
(d)
•
Se a Companhia sofrer protesto de título, pedir falência ou insolvência, requerer
recuperação judicial, convocar credores para propor plano de recuperação extrajudicial;
•
Se for proposto contra a Companhia ação judicial por não pagamento de dívida certa,
liquida e vencida, que a critério do Itaú comprometa o cumprimento de suas obrigações
ou garantias;
•
Se for apurada falsidade de qualquer declaração, informação ou documento entregue ao
banco;
•
Se for comprovada sentença transitada em julgado, em razão da prática de atos, pela
Companhia ou seus dirigentes, que importe em discriminação de raça ou de gênero,
trabalho infantil, trabalho escravo, assédio moral ou sexual ou crime contra o meio
ambiente.
Contratos Investimentos Banco BNDES
•
Redução do quadro de pessoal da beneficiária sem atendimento ao disposto no inciso III
da Cláusula Oitava;
•
Existência de sentença condenatória transitada em julgado em razão da prática de atos,
pela beneficiária, que importem em trabalho infantil, trabalho escravo ou crime conta o
meio ambiente;
•
Inclusão em acordo societário, estatuto ou contrato social da beneficiária, ou das
empresas que controlam, de dispositivo que importe em restrições ou prejuízos á
capacidade de pagamento das obrigações financeiras decorrentes desta operação;
Não cumprimento das obrigações constantes dos incisos VIII e XIII da Clausula Oitava;
•
Este Contrato também vencerá antecipadamente, com a exigibilidade da dívida e
imediata sustação de qualquer desembolso, na data da diplomação como Deputado
Federal ou Senador, de pessoa que exerça função remunerada na Beneficiária, ou esteja
entre os seus proprietários, controladores ou diretores, pessoas incursas nas vedações
previstas pela Constituição Federal, artigo 54, inciso I e II
Companhia não apresentava nenhuma quebra de cláusulas restritivas (“covenants”) nas
demonstrações financeiras encerradas em 31 de outubro de 2015.
16
Adiantamentos de clientes
O valor de R$ 2.024 classificado no passivo circulante (controladora e consolidado) refere-se
aos montantes de R$ 1.000 adiantado em junho de 2012 e R$ 1.024 em julho 2012, pelo cliente
Contatti Comércio e Representações Ltda., com entrega programada para outubro de 2016.
31
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Demonstrações Financeiras em
31 de dezembro de 2015 e 2014
17
Obrigações sociais e trabalhistas
Controladora
Salários a pagar
INSS a recolher
FGTS a recolher
Provisão de férias
Outros
31/12/2015
31/12/2014
633
1.046
118
755
223
2.776
441
1.237
109
944
381
3.112
Não existem montantes adicionais relevantes no consolidado.
18
Impostos diferidos
Os impostos diferidos passivos sobre a adoção dos CPCs foram atribuídos da seguinte forma:
Passivos fiscais diferidos
Capitalização dos juros sobre empréstimos
Custo atribuído (deemed cost)
Prédio Fabril
Diferença vida útil bombas de infusão
31/12/2015
31/12/2014
120
920
645
15
123
1.615
507
744
2.989
1.700
Ativos fiscais diferidos
Provisão para crédito de liquidação duvidosa
Provisão para contingencias trabalhistas
Provisões indedutíveis
Provisão Ajuste de Estoque
Prejuízos fiscais
Líquido
32
1.047
154
14
119
2.693
4.027
668
150
150
1.142
1.960
2.327
(1.029)
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Demonstrações Financeiras em
31 de dezembro de 2015 e 2014
19
Imposto de Renda e Contribuição Social
O calculo da despesa de imposto de renda e contribuição social nos resultados dos exercícios
2015 e 2014 está demonstrado conforme quadro a baixo:
Controladora
2015
2014
(7.586)
(5.240)
Imposto de renda e contribuição social pela alíquota combinada – 34%
2.579
1.782
Adições 34%
Equivalência patrimonial
Outras adições
(761)
(399)
(362)
(921)
(921)
Exclusões 34%
Subvenção governamental
Outras exclusões
1.538
1.538
-
-
Total da despesa com IR e CS
3.356
861
Lucro ou Prejuizo Contábil antes do IR e CS
20
Provisões para riscos cíveis, trabalhistas e tributários
A Companhia é parte (pólo passivo) em ações judiciais e processos administrativos perante
tribunais e órgãos governamentais, decorrentes do curso normal das operações, envolvendo
questões tributárias, trabalhistas, aspectos cíveis e outros assuntos.
Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro 2014, o saldo da provisão para contingências
está baseado na avaliação da possibilidade de perda, estimada pelos consultores jurídicos da
Companhia para as questões em litígio judicial de origem fiscal, cível e trabalhista. A provisão é
constituída em montante considerado suficiente pela Administração para cobrir as prováveis
perdas estimadas com as ações em curso.
A composição do saldo é a seguir apresentada:
Controladora
Trabalhista
31/12/2015
31/12/2014
455
440
455
440
Abaixo apresentam-se as causas consideradas como possíveis de perda pelos assessores
jurídicos da Companhhia:
Trabalhista
Cível
Tributária
33
Valor
Quantidade
1.873
444
1.656
31
3
2
3.974
36
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Demonstrações Financeiras em
31 de dezembro de 2015 e 2014
21
a.
Patrimônio líquido
Capital social
Em 2014, foi realizada uma Assembléia Geral Extraordinária, que deliberou pelo aumento de
capital social da companhia no montante de R$ 38.462 mediante a emissão de 422.791 ações
ordinárias. As condições foram aprovadas na Assembléia Geral Extraordinária de 19 de
dezembro de 2014, sendo que em 2014 foi integralizado o montante de R$ 16.462 e o restante,
no montante total de R$ 22.000 foi integralizado em 2015.
Em 31 de Dezembro de 2015, o capital social, subscrito e integralizado está representado por
2.511.377 ações ordinárias, no valor de R$ 68.436.
O capital social está dividido da seguinte forma:
Acionista
b.
Ações ordinárias
Total integralizado
Lifemed Administração e Participações Ltda.
Lifemed Capital Participações Ltda.
BNDES Participações S.A.
Kumla S.A.
Fundo BBI S.A.
1.065.600
563.497
552.503
219.851
109.926
15.294
8.087
15.055
20.000
10.000
Total
2.511.377
68.436
Reserva legal
É constituída à razão de 5% do lucro líquido apurado em cada exercício social nos termos do
artigo 193 da Lei no 6.404/76, até o limite de 20% do capital social.
c.
Reserva de retenção de lucros
Será destinada à reserva de investimentos e capital de giro e tem como objetivo atender às
necessidades de recursos para execução dos investimentos previstos no orçamento de capital da
Companhia. Conforme mencionado na nota explicativa 29 às demonstrações financeiras, a
Companhia é beneficiária de subvenções governamentais para investimentos, as quais são
reconhecidas no resultado do exercício e são excluídas na determinação do lucro tributável pelo
imposto de renda e contribuição social. Os benefícios decorrentes desses incentivos não podem
ser distribuídos como dividendos aos acionistas e devem ser mantidos em reservas de lucros,
exceto para fins de absorção de prejuízos, sendo que as reservas devem ser reconstituídas à
medida que lucros sejam gerados, até o montante dos benefícios obtidos.
d.
Dividendos
Os dividendos mínimos obrigatórios são de 25% do lucro líquido do exercício ajustado nos
termos do artigo 202 da Lei nº 6.404 de 15/12/1976, parcialmente alterada pelas Leis nº 9.457
de 05/05/1997 e 10.303 de 31/10/2001, respectivamente.
34
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31 de dezembro de 2015 e 2014
22
Receita operacional líquida
Controladora
Receita operacional bruta
Venda de produtos
Prestação de serviços
Receita CPC 30
Deduções
Impostos sobre as vendas
Devoluções e abatimentos
Receita líquida
31/12/2015
31/12/2014
77.252
2.557
(1.454)
88.194
3.262
-
78.355
91.456
(13.027)
(3.652)
(15.481)
(4.541)
(16.679)
(20.021)
61.676
71.435
O ajuste referente a “receita CPC 30” decorre de operações de vendas efetuadas as quais não
foram entregues até o encerramento do exercício
23
Despesas por natureza
Controladora
Matérias-primas e materiais de consumo
Remuneração direta
Comissões sobre vendas
Fretes sobre vendas
Despesas com viagem
Depreciação e amortização
Serviços tomados de pessoas jurídicas
Despesa com marketing
Despesa com agua, luz e telefone
PCLD
Gastos com projetos
Outras despesas
Custo dos produtos vendidos
Despesas de vendas
Despesas gerais e administrativas
35
31/12/2015
31/12/2014
(22.784)
(16.718)
(2.733)
(1.908)
(1.730)
(8.824)
(6.504)
(625)
(1.156)
(1.119)
(1.848)
(1.841)
(24.855)
(22.247)
(2.874)
(2.679)
(1.462)
(5.996)
(7.995)
(1.784)
(804)
(214)
(1.792)
(2.620)
(67.790)
(75.322)
(36.792)
(16.777)
(14.221)
(46.569)
(17.047)
(11.706)
(67.790)
(75.322)
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24
Resultados financeiros
Controladora
31/12/2015
31/12/2014
(8.322)
(835)
(176)
(449)
(5.178)
(279)
(80)
(510)
(9.782)
(6.047)
93
1.622
1.901
275
58
196
3.616
529
(6.166)
(5.518)
Despesas financeiras
Despesas de juros
Despesas bancárias
Variação cambial passiva
Outras despesas Financeiras
Receitas financeiras
Descontos obtidos
Variação cambial ativa
Receitas de juros
Resultado financeiro líquido
25
Outras receitas (despesas) operacionais líquidas
Controladora
Incentivo fiscal FUNDOPEM
Outras Receitas
Outras Despesas
27
31/12/2015
31/12/2014
4.525
1.343
-
5.051
(886)
5.868
4.165
Instrumentos financeiros
A Companhia mantém operações com instrumentos financeiros. A administração desses
instrumentos é efetuada por meio de estratégias operacionais e controles internos, visando
assegurar liquidez, rentabilidade e segurança. A Companhia não efetua aplicações de caráter
especulativo em derivativos ou quaisquer outros ativos de risco. Os resultados obtidos com estas
operações estão condizentes com as políticas definidas pela Administração da Companhia.
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a.
Classificação dos instrumentos financeiros
A classificação dos instrumentos financeiros está apresentada no quadro abaixo a seguir, e não
existem instrumentos financeiros classificados em outras categorias além das informadas:
Controladora
31/12/2015
Empréstimos e recebíveis
Caixa e equivalentes de caixa
Contas a receber de clientes
1.140
18.177
Passivos financeiros mensurados pelo custo amortizado
Fornecedores
Empréstimos e financiamentos
31/12/2014
16.673
18.361
19.317
35.034
31/12/2015
31/12/2014
3.206
48.501
9.530
41.765
51.707
51.295
Instrumentos financeiros derivativos
A Companhia não detém instrumentos financeiros derivativos para proteger riscos relativos à
variação cambial.
Instrumentos financeiros “não derivativos”
Todos os ativos financeiros “não derivativos” são reconhecidos inicialmente na data da
negociação na qual a Companhia se torna uma das partes das disposições contratuais do
instrumento.
b.
Mensuração do valor justo
Pressupõe-se que os saldos das contas a receber de clientes e contas a pagar aos fornecedores
pelo valor contábil, menos a perda (impairment), esteja próxima de seus valores justos.
Os valores justos estimados de ativos e passivos financeiros da Companhia foram determinados
por meio de informações disponíveis no mercado e metodologias apropriadas de avaliações.
Em 31 de dezembro de 2015, os valores de mercado dos instrumentos financeiros “não
derivativos” obtidos através da metodologia acima, apresentados apenas para fins de
demonstração, são como segue:
c.
Saldo
contábil
Valor
Justo
Empréstimos e recebíveis
Caixas e equivalentes de caixa
Contas a receber de clientes
1.140
18.177
1.140
18.177
Passivos financeiros mensurados pelo custo amortizado
Fornecedores
Empréstimos e financiamentos
3.206
48.501
3.206
48.501
Análise de sensibilidade
Conforme mencionado nas notas explicativas nº 14 e n° 15, a Companhia possui empréstimos e
financiamentos com diversas taxas de juros. Entretanto, a Administração considera que as
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variações mais significativas estão atreladas as operações pós-fixadas que serão demonstradas
através da análise de sensibilidade abaixo:
d.
Risco de crédito
Risco de crédito é o risco de prejuízo financeiro da Companhia caso um cliente ou contraparte
em um instrumento financeiro falhe em cumprir com suas obrigações contratuais, que surgem
principalmente dos recebíveis da Companhia de clientes.
A exposição da Companhia ao risco de crédito é influenciada, principalmente, pelas
características individuais de cada cliente. A Companhia estabeleceu uma política de crédito sob
a qual todo o novo cliente tem sua capacidade de crédito analisada individualmente antes dos
termos e das condições padrão de pagamento.
A Companhia estabelece uma provisão para créditos de liquidação duvidosa que representa sua
estimativa de perdas incorridas com relação às contas a receber de clientes. O principal
componente desta provisão é específico relacionado a riscos significativos individuais e a
Companhia entende que tais provisões são suficientes para cobrir tais riscos.
Em 2015 o valor contábil dos ativos financeiros representa a exposição máxima de crédito. A
exposição máxima do risco do crédito na data das demonstrações financeiras era de R$ 18.177
(R$ 18.361 em 2014) referente as contas a receber de clientes.
e.
Risco de liquidez
Risco de liquidez é o risco em que a Companhia irá encontrar dificuldades em cumprir com as
obrigações associadas com seus passivos financeiros que são liquidados com pagamentos à vista
ou com outro ativo financeiro. A abordagem da Companhia na administração de liquidez é de
garantir, o máximo possível, que sempre tenha liquidez suficiente para cumprir com suas
obrigações ao vencerem, sob condições normais, sem causar perdas inaceitáveis ou com risco de
prejudicar a reputação da Companhia.
Tipicamente, a Companhia garante que possui caixa à vista suficiente para cumprir com
despesas operacionais esperadas para um período de 60 dias, incluindo o cumprimento de
obrigações financeiras; isto exclui o impacto potencial de circunstâncias extremas que não
podem ser razoavelmente previstas, como desastres naturais.
A seguir, estão os vencimentos contratuais de passivos financeiros:
Fornecedores
Empréstimos e financiamentos
Valor futuro
a pagar
6 meses
ou menos
6 - 12
meses
1-2
anos
2-5
anos
3.206
48.501
3.122
645
54
22.333
21
1.688
9
23.836
51.708
f.
Risco de mercado
Risco de mercado é o risco de que alterações nos preços de mercado, principalmente o preço de
componentes eletrônicos para fabricação das bombas de infusão que são adquiridos no mercado
local, mas são baseados no preço em dólar e taxas de juros, têm nos ganhos da Companhia ou
no valor de suas participações em instrumentos financeiros. O objetivo do gerenciamento de
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risco de mercado é gerenciar e controlar as exposições a riscos de mercados, dentro de
parâmetros aceitáveis, e ao mesmo tempo otimizar o retorno.
g.
Risco operacional
Risco operacional é o risco de prejuízos diretos ou indiretos decorrentes de uma variedade de
causas associadas a processos, pessoal, tecnologia e infra-estrutura da Companhia e de fatores
externos, exceto riscos de crédito, mercado e liquidez, como aqueles decorrentes de exigências
legais e regulatórias e de padrões geralmente aceitos de comportamento empresarial. O objetivo
da Companhia é administrar o risco operacional para evitar a ocorrência de prejuízos financeiros
e danos à reputação da Companhia.
O cumprimento com as normas da Companhia é apoiado por um programa de análises
periódicas de responsabilidade da Controladoria da Companhia. Os resultados das análises da
Controladoria são discutidos com a administração da Companhia.
h.
Gestão do capital
A política da Administração é manter uma sólida base de capital para manter a confiança do
acionista, credor e mercado e manter o desenvolvimento futuro do negócio. A Administração
monitora os retornos sobre capital, também monitora o nível de dividendos para acionistas e
procura manter um equilíbrio entre os mais altos retornos possíveis com níveis mais adequados
de empréstimos e as vantagens e a segurança proporcionada por uma posição de capital
saudável.
28
Participação nos lucros
A Companhia, baseada na política de remuneração variável, aprovada pela Administração,
concede participação nos lucros e resultados aos seus empregados, que está vinculada a um
plano de ação, objeto da avaliação dos resultados, bem como ao alcance de objetivos
específicos, os quais são estabelecidos e acordados no início de cada ano.
29
Subvenções governamentais
As subvenções governamentais recebidas pela Companhia têm a natureza de subvenções para
investimentos estaduais.
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Demonstrações Financeiras em
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Os valores das subvenções recebidas do Estado, por meio do programa FUNDOPEM/RS Estado do Rio Grande do Sul, que visa atender aos interesses do desenvolvimento regional, de
forma a subvencionar os investimentos realizados na expansão de uma unidade industrial no
município de Pelotas (RS) e o incremento e manutenção de postos de trabalho. Esta subvenção
foi concedida no âmbito da estratégia de fomento ao desenvolvimento industrial definido nos
programas FUNDOPEM/RS e INTEGRAR/RS, decreto n° 42.360/03. O cálculo da subvenção é
determinado a partir do montante de ICMS devido incremental e incidente sobre os negócios
realizados por unidades industriais incentivadas. O valor total deste incentivo estadual é de R$
31 milhões a preço da data da assinatura do Termo de Ajuste nº 025/2006 em 19 de outubro de
2006. Os efeitos no passivo e no resultado dos valores de subvenções governamentais são
apresentados a seguir:
Efeito no Efeito no
passivo
resultado
Exercício
Exercício 2009
Exercício 2010
Exercício 2011
Exercício 2012
Exercício 2013
Exercício 2014
Exercício 2015
Total
30
240
1.346
2.251
1.831
1.948
(12)
2.966
244
1.458
1.854
2.083
2.367
5.051
4.255
10.570
17.582
Investimento em Controlada
a) Composição
Empresa
Signove Tecnologia S.A.
Vida Indústria e Comércio
Ltda.
Ajustes
Valor Reclassificação
justo
Part
%
PL
31/12/2015
Controlada 66,66%
3.531*
(457)
(808)
1.192
Tipo
Controlada
100%
Investimento
Ações
ordinárias/quotas
-
1.897
399.900
808
1.192
70.000
* Inclui R$ 1.000 referente a capital a integralizar, o qual foi reconhecido na controladora, com base no Acordo de
Investimento.
40
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b) Movimentação
Vida
Signove
Total
Saldo inicial na aquisição
Resultado de equivalência patrimonial
Reclassificação provisão passivo à descoberto
Ajustes período de mensuração
1.437
(871)
808
(182)
2.200
(303)
-
3.637
(1.174)
808
(182)
Saldo
1.192
1.897
3.089
31/12/2015
Vida
Signove
Ativo total
Passivo total
Patrimônio líquido
Prejuízo do exercício
3.964
4.772
(808)
(871)
2.562
31
2.531
(455)
c) Principais informações
31
Combinações de negócios
Em 2015, a Companhia concluiu a aquisição do controle das empresas Vida Indústria e
Comércio de Produtos Médicos Ltda. (“Vida”) e Signove Tecnologia S.A. (“Signove”), como
descrito abaixo.
31.1
Aquisição da controlada - Vida
Conforme Contrato de Compra e Venda de Quotas de 1º de julho de 2015, a Lifemed adquiriu
100% das quotas representativas do capital social da Vida Indústria e Comércio de Produtos
Médicos Ltda. A contraprestação transferida, conforme acordado entre as partes, totalizou o
valor líquido de R$ 1.437, será paga de forma parcelada, conforme cronograma de pagamentos
definido no contrato, com vencimento final até o ano 2018. O controle efetivo das operações foi
assumido pela Lifemed no mês de setembro de 2015, data em que foi efetuada a primeira
consolidação das demonstrações financeiras da Vida.
41
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A seguir, são demonstrados os valores dos ativos identificáveis e passivos assumidos na data em
que o controle foi assumido:
Em 30/09/2015
Ativo
Caixa e equivalentes de caixa
Contas a receber de clientes
Impostos a recuperar
Estoques
Outras contas a receber
Imobilizado
Intangível
Passivo
Fornecedores
Empréstimos e financiamentos
Obrigações sociais e trabalhistas
Obrigações tributárias
Provisão para contingências
Total de ativos líquidos identificados
Valor contábil
Valor justo
Ajuste
270
1.129
755
792
596
364
9
270
1.129
755
792
596
364
1.202
1.193
3.916
5.109
1.193
(1.247)
(2.011)
(117)
(21)
(276)
(1.247)
(2.011)
(117)
(21)
(276)
-
(3.672)
(3.672)
-
244
1.437
1.193
A mais valia apurada na operação foi integralmente alocada a intangível de tecnologia
industrial, uma vez que a operação teve como objetivo agregar tecnologia de produtos
complementares aos produtos da Lifemed, de modo a oferecer solução completa aos clientes.
Cálculo do ágio/(ganho) na aquisição
Valor da contraprestação transferida
Valor justo dos ativos líquidos recebidos
Valor justo da participação de não controladores
Ágio/(ganho)
31.2
1.437
(1.437)
-
Aquisição da controlada – Signove
Conforme Acordo de Investimento de 24 de novembro de 2014, a Lifemed adquiriu 66,66% das
ações representativas do capital social da Signove Tecnologia S.A. A contraprestação
transferida, conforme acordado entre as partes, está representada por aportes de capital na
adquirida, mediante a emissão de ações ordinárias, no montante total de R$ 2.200. Do montante
total dos aportes, R$ 1.200 foram integralizados durante o exercício 2015, restando R$ 1.000 a
serem integralizados em 2016. O controle efetivo das operações foi assumido pela Lifemed após
a realização do primeiro aporte no início de 2015. A aquisição foi reconhecida na
demonstrações financeiras em 1º de janeiro de 2015, data a partir da qual as demonstrações
financeiras da Signove passaram a ser consolidadas.
42
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31 de dezembro de 2015 e 2014
A seguir, são demonstrados os valores dos ativos identificáveis e passivos assumidos na data em
que o controle foi assumido:
Em 01/01/2015
Ativo
Caixa e equivalentes de caixa
Contas a receber de clientes
Impostos a recuperar
Outros ativos
Imobilizado
Intangível
Passivo
Contas a pagar
Outros passivos
Total de ativos líquidos identificados
Aportes de capital
Total
Valor contábil
Valor justo
Ajuste
205
7
30
5
205
7
30
5
-
72
1.538
72
1.081
(457)
1.857
1.400
(457)
(36)
(35)
(36)
(35)
-
(71)
(71)
-
1.786
2.200
3.986
1.329
2.200
3.529
(457)
(457)
A aquisição de Signove teve como principal fundamento a aquisição de software em
desenvolvimento cuja aplicação, quando concluído, resultará na disponibilização de produto
inovador e complementar aos produtos da Lifemed aos seus clientes.
Cálculo do ágio/(ganho) na aquisição
Valor da contraprestação transferida
Valor justo dos ativos líquidos recebidos
Valor justo da participação de não controladores
Ágio/(ganho)
2.200
(3.529)
1.329
-
43

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