Nov/Dez 2011

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Nov/Dez 2011
Nov/Dez 2011
Índice
05Tendência
Evolução dos motores pede lubrificantes
mais eficientes
06Legislação
Obrigatória por lei: Contribuição Sindical
patronal
08 Seu Negócio
Um óleo não é igual a outro
10 Fique por Dentro
ANP inaugura sede nova em São Paulo
12Varejo
Para abrir uma revenda varejista de
lubrificantes
14 SPED Fiscal
PIS/COFINS – Escrituração Fiscal Digital
16Capa
O futuro do fornecedor de lubrificantes
18 Bazar de Agregados
Motos podem gerar bons negócios
nas revendas
19Mercado
Shell é a maior fornecedora global
de lubrificantes
20Marketing
Campanhas estimulam venda e
fortalecem marcas
21Mercado
BR Distribuidora investe em
lubrificantes
22Qualidade
E nada mudou...
24Especial
Amigos para sempre
26Evento
Logística Reversa é destaque em
seminário internacional
Mensagem de Ano Novo
Enquanto tomo meu reforçado café da manhã, folheio os vários cadernos do jornal dominical. Hoje tenho tempo, sem pressa,
sem ansiedade, sem a correria de todos os dias. E começo lendo as manchetes. Na primeira folha, “Dilma anuncia a redução do
número de ministérios para oito”, “Novo aeroporto em São Paulo ficará pronto em julho de 2013”, “Sinais de reaquecimento na
economia dos países da Europa”, “Irã elege presidente moderado”.
Passo as vistas pelo caderno de esportes, e leio “Futebol brasileiro repatriará vários craques que atuam no exterior”, “Ganso e
Neymar renovam seus contratos com o Santos”, “Bernardinho renova e permanece no comando da seleção masculina de vôlei”.
E naquele caderno chato de economia, leio “Bovespa tem a maior alta dos últimos três anos”, “Ministro da Economia sinaliza alta
de 8% no PIB para 2012”, “ANP anuncia para breve a regulamentação da atividade de revenda de lubrificantes”, “Cotação do dólar
permanece estável e balança comercial registra maior superavit dos últimos três anos”.
Pulo rapidamente para o caderno de variedades, e leio “Descoberta a cura do câncer”, “Cai o número de doentes infectados pela
Aids”, “Favelas nas grandes cidades serão urbanizadas até dezembro, afirma Ministra do Planejamento”.
Terminando o café, ainda tenho tempo de ler no caderno de cultura, “Filme nacional é forte candidato ao Oscar”, “Cine Belas
Artes será reaberto”.
Pronto. Chega de notícias boas, o que é isso?
Pois é, meus amigos leitores de nossa simpática revista Sindilub Press, “isso” é tudo o que eu gostaria de ler no jornal, na manhã
de 1º de janeiro de 2012, após ter gozado um Natal de paz, e sincera solidariedade.
Sei que não lerei todas essas notícias, mas porque não acreditar que o ano que se aproxima será bem melhor, em todos o sentidos,
que o ano que se finda?
É o momento de agradecer a todos que confiaram e contribuíram para nosso trabalho coletivo
à frente do Sindilub.
É o momento de recordar tudo que fizemos neste tempo marcado pelo calendário. E como é
bom renovar-se a cada doze meses, ano após ano, como um rio que passa.
E recordo dos belos versos do poeta Mario Quintana, no poema “Canção do Dia de Sempre”:
Foto: Wellington Cerqueira
Tão bom viver dia a dia...
A vida, assim, jamais cansa...
Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.
Viver tão só de momentos
Como essas nuvens do céu...
Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!
E só ganhar, toda a vida,
Inexperiência... esperança...
E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas...
E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.
Laercio Kalauskas
Presidente do Sindilub
Bom Natal. Feliz Ano Novo.
Expediente
Presidente: Laercio dos Santos Kalauskas
Vice-Presidente: Lucio Seccato Filho
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Diretor Social: Antonio da Silva Dourado
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Órgão de divulgação do Sindicato Interestadual do Comércio de Lubrificantes – SINDILUB
T
endência
Evolução dos motores pede
lubrificantes mais eficientes
Texto: Ana Azevedo
O
Brasil é considerado um dos cinco maiores mercados
para o segmento automotivo. No entanto, o avanço
tecnológico ainda esbarra em questões culturais como
preço. Da mesma forma que carros de luxo desfilam pelas ruas,
é possível encontrar veículos ultrapassados, com mais de 20
anos de fabricação.
Para muitos fabricantes, a oferta de tecnologia não é limitada
por eles, mas sim pelo mercado que não “quer pagar por essa
tecnologia”. Durante o IV Simpósio Internacional de Lubrificantes,
Aditivos e Fluídos, promovido pela AEA (Associação Brasileira
de Engenharia Automotiva), realizado em São Paulo no final de
outubro, Luis Afonso Pasquotto, vice-presidente da Cummins
América Latina, foi categórico ao dizer que a oferta de tecnologia
está no mesmo nível no mundo todo, o consumidor é que está
reticente a pagar por essa evolução.
Motores mais modernos exigem lubrificantes mais eficientes.
As legislações ambientais apertam cada vez mais em busca da
redução de emissões. Um exemplo são os motores a diesel com
sistema SCR que utilizam o Arla 32, e exigem um lubrificante com
maior resistência a oxidação.
Diante de tantas novidades, as demandas que não mudam são
a proteção contra depósitos em pistões e anéis, a estabilidade
química e térmica; o não espessamento oxidativo, manutenção
da viscosidade e o baixo consumo.
Para obter óleos lubrificantes que acompanhem o avanço
tecnológico também é preciso investir na matriz de produção.
Os óleos básicos mais indicados são os dos grupos II e III,
ainda não produzidos no Brasil. Durante o evento da AEA,
Mike Brown, gerente técnico da SK Lubrificantes, destacou
as diferenças do básico tipo III. Segundo ele a variação da
viscosidade e volatilidade, bem como cada tipo de processo
de fabricação levam a diferenças no produto final. “A variação
das parafinas e isoparafinas utilizadas por cada fabricante
impacta no desempenho dos motores”.
A expectativa segundo ele, é que em quatro anos, o uso do básico grupo III deverá dobrar em função da demanda de novos
lubrificantes. Os novos produtos precisam reduzir a emissão
dos gases de efeito estufa, melhorar a eficiência energética
e elevar os intervalos de troca. Dentro dessa linha, surgem
oportunidades para os produtos sintéticos que segundo os
técnicos permitem maior economia de combustível.
O problema é que o país é muito dependente das importações
nessa área, explica a diretora de Lubrificantes e Fluídos da
AEA, Simone Kanzai Hashizume. “Hoje o consumo brasileiro de
lubrificantes já depende das importações de básicos minerais
e sintéticos”, ressalta.
Simone explica ainda que os lubrificantes precisam atender
aos requisitos de fuel economy, emissões e durabilidade do
motor, como as especificações abaixo.
Lubricant Standards
2006
2007
2008
2009
API CJ4 ACEA 2008
2010
2011
ILSAC GF5
2012
2013
2014
ACEA 2012
2015
2016
ILSAC GF 6?
Logo, fica claro que ainda deve levar algum tempo para que o mercado nacional fique nos mesmos níveis da Europa e Estados
Unidos. O ponto positivo é a questão ambiental, que certamente deverá acelerar essa evolução.
S
sindilub
5
L
egislação
Obrigatória por Lei:
Contribuição Sindical Patronal
Texto: Ana Azevedo
N
o dia 31 de janeiro de 2012 os empresários têm um
compromisso previsto em lei, para com suas entidades
sindicais e para o custeio da Conta Especial Emprego e
Salário do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), do pagamento da Contribuição Sindical. A obrigatoriedade do pagamento
está prevista no artigo 579 da CLT (Constituição das Leis do
Trabalho), que estabelece ser ela devida por todos aqueles
que participem de uma determinada categoria econômica que
a represente.
Nesse último ano, comenta o presidente do Sindilub, Laercio
Kalauskas houve maior preocupação das empresas em rever
seu enquadramento. “Havia casos em que a empresa acabava
pagando para um Sindicato que não correspondia a sua atividade econômica, e fatalmente tendo que pagar duas vezes”.
Cabe ao contador a responsabilidade para orientar o empresário sobre o correto recolhimento, uma vez que ele responde
solidariamente pela correção deste pagamento.
A cobrança da Contribuição é baseada em uma tabela
progressiva que varia a cada ano, de acordo com o capital
social, no caso da patronal. O total arrecadado é distribuído
da seguinte forma:
» I – 5% (cinco por cento) para a Confederação correspondente;
» II – 15% (quinze por cento) para a Federação;
» III – 60% (sessenta por cento) para o Sindicato respectivo;
» IV – 20% (vinte por cento) para a “Conta Especial
Emprego e Salário”.
O recolhimento da contribuição sindical efetuado fora do
prazo previsto na lei, de acordo com o artigo 600 da CLT,
será acrescido de multa de 10% (dez por cento), nos 30
(trinta) primeiros dias, com o adicional de 2% (dois por
cento) por mês subseqüente de atraso, além de juros de
mora de 1% (um por cento) ao mês e correção monetária.
Passo a passo da emissão da Guia on line
» Acessar o site da Federação www.fecombustiveis.org.br;
» Clicar no botão verde - Emissão da Guia de Recolhimento da Contribuição Sindical on line;
» Clicar no link Emissão de Guia;
» Em SINDICATO, na barra de rolagem - Escolha NA RELAÇÃO
ABAIXO O SINDICATO QUE REPRESENTA SUA CATEGORIA - Sindicato Interestadual do Comércio de Lubrificantes - SINDILUB;
» Preencher o CNPJ (formato - 00.000.000/0000-00);
» Exercício (ano) da Guia que será recolhida;
» Clicar em “Emitir Guia”;
» Preencha os dados solicitados, e em seguida imprima
a guia.
S
6
sindilub
S eu Negócio
“Um óleo não é
igual a outro”
Texto: Renato Vaisbih
A
coleta de amostras de óleos lubrificantes enviadas
para análise laboratorial sem os cuidados necessários
é a mesma coisa do que alterar a cena de um crime. A
comparação é feita por Tarcísio D’Aquino Baroni, engenheiro
e diretor do laboratório Tribolab, empresa especializada na
verificação da qualidade de lubrificantes e do desgaste de
máquinas lubrificadas – processos distintos, porém ambos
realizados a partir de amostras de óleo.
A Tribolab atende revendedores de lubrificantes, inclusive associados do Sindilub, nos casos de reclamações de clientes que
tiveram algum problema com o veículo após a troca de óleo.
“Nós temos sido acionados algumas vezes até no lugar de
procurarem o fabricante, porque temos isenção no trabalho
realizado, não temos interesse na discussão. O problema é que
na maior parte das vezes recebemos amostras sem condições
de serem analisadas”, afirma Baroni.
Segundo ele, o laboratório já recebeu amostras de lubrificantes
colhidas em baldes sujos ou retiradas de valetas e canaletas
dos estabelecimentos que realizam a troca de óleo. “Isso é
o mesmo que interferir no cenário de um crime. Quando a
equipe de perícia criminalística chega no cenário de um crime,
a primeira coisa que faz é isolar a área, para preservar as evidências. Portanto, a coleta de amostras de lubrificantes deve
sempre ser feita em frascos limpos. O comerciante precisa
conhecer esses cuidados de preservação das evidências do
produto, porque senão o laboratório não tem como ajudá-lo”.
O produto
O engenheiro acredita que boa parte dos problemas poderia
ser evitada se o comerciante, no atacado ou no varejo, conhecer detalhes do produto que está adquirindo e revendendo
e, na eventualidade de uma reclamação, saber lidar com a
situação.
“O comerciante deve explicar cuidadosamente ao cliente que
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sindilub
vier a fazer uma reclamação que não é simplesmente juntando um pouco de óleo em qualquer frasco que se faz a coleta.
Outra coisa importante é a entrega, junto com a amostra do
óleo que será enviado para análise, de uma contraprova do
mesmo produto lacrado, para que possa ser feita uma comparação. Muitas vezes recebemos amostras que ninguém sabe
do que se trata, qual é o produto que está sendo encaminhado
para análise”, esclarece o diretor da Tribolab.
Ele complementa a explanação: “Lubrificantes não são como
remédio. Se eu for a uma farmácia e pedir ácido acetilsalicílico, eu posso levar para casa Aspirina, AAS, Melhoral
ou qualquer outro genérico que contenha a substância do
princípio ativo na dosagem indicada. No entanto, quando
compramos um lubrificante, não estamos comprando uma
fórmula. Estamos comprando desempenho. Isso significa
que o fabricante de lubrificantes pode escolher a formulação
que melhor lhe parece atender às necessidades do usuário
final. Ou seja, um óleo não é igual a outro. Eles podem ser
parecidos, ser equivalentes e cumprir a mesma função,
mas com formulações diferentes. Muita gente pensa que a
especificação, como por exemplo, 10W40, define o tipo de
óleo. Isso não é verdade. Isso apenas define a viscosidade
do óleo, mas não a formulação do produto”.
Certificação internacional e pioneirismo
Além dos casos de reclamações, a Tribolab também realiza análises para comerciantes que desconfiam
de produtos oferecidos a eles com preços muito baixos. “Nesses casos, o revendedor vai questionar:
‘Será que vou vender algo que realmente é bom? Afinal de contas, tenho um nome uma clientela a
preservar’. Infelizmente já pegamos produtos que, se fossem aplicados na área industrial ou automotiva, teriam apresentado sérios problemas nas máquinas”, conta Baroni.
Ele comemora a renovação de certificações internacionais para a prestação de serviços de aplicações
termonucleares e explica que o laboratório ainda trabalha em outras duas áreas. Uma delas está
voltada para a avaliação da qualidade de óleos isolantes, tanto novos quanto usados, e das análises
do estado dos transformadores elétricos que utilizam esses óleos isolantes.
A outra área – chamada de laboratório de cleanness – é responsável pela análise da qualidade do
grau de limpeza de peças que serão utilizadas na indústria aeronáutica e automotiva. “Somente a Tribolab faz isso no Brasil, inclusive atendendo montadoras de veículos de outros países. Nós recebemos
componentes, por exemplo, dos fabricantes de autopeças e avaliamos se o lote está em condições
de ser recebido pela montadora. Esse é um procedimento que nasceu na indústria aeronáutica e as
montadoras de automóveis perceberam que, utilizando esses cuidados, conseguem diminuir os problemas e podem até estender o prazo de garantia dos veículos”, finaliza Baroni, que também pertence
à Associação das Empresas Brasileira de Manutenção (Abraman), é instrutor perito investigador do
Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e professor em cursos de
pós-graduação em Engenharia de Manutenção.
Baroni ainda comenta que os fabricantes têm a liberdade de alterar a formulação sem aviso prévio ao mercado, desde que tenha sido feito o registro na
ANP. Apesar de não ser algo tão comum, o rápido avanço tecnológico e novas
exigências, por exemplo, com relação à preservação ambiental podem forçar
as empresas a fazer alterações com períodos de tempo cada vez mais curtos.
Outra ação que deve fazer parte da rotina das revendas é o registro histórico
de cada negócio realizado. Para Baroni, isso vai auxiliar o laboratório a levantar hipóteses do que pode ter provocado interferências no desempenho da
amostra a ser analisada.
“Para evitar situações desagradáveis, o comerciante deve entender, conhecer
profundamente aquilo que ele está adquirindo do fabricante para oferecer aos
seus clientes. O primeiro passo é ler com extrema atenção os folhetos técnicos.
Outra coisa: questionar como o cliente vai utilizar aquele óleo. E, por fim, no
caso de uma reclamação, saber o histórico do caso. Para melhorar ainda mais
o seu negócio, o empresário precisa investir em treinamento. A gente percebe
que aquele comerciante que se atualiza tecnicamente, conhece detalhes do
produto que está vendendo, cativa o cliente”, conclui o engenheiro.
S
sindilub
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F
ique por
Dentro
ANP inaugura sede nova
em São Paulo
Texto e Fotos: Ana Azevedo
A
Para o diretor geral o mais importante é destacar a mudança no quadro dos combustíveis
Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP),
nesses anos. Ele lembrou que ao assumir a
inaugurou no dia 21 de novembro, o novo escritório regional da ANP
Agência, o país possuía um dos piores índices
em São Paulo. O novo local conta com 800 m², localizado na Rua
de não-conformidade do mundo na gasolina
Professor Aprígio Gonzaga, 78, próximo ao metrô São Judas.
A solenidade de inauguração contou com a presença de diversos políticos e
representantes de Sindicatos. O diretor geral da ANP, Haroldo Lima, concedeu
coletiva para imprensa antes de descerrar a placa comemorativa, na companhia do diretor Allan Kardec Duailib.
Pronto para deixar o cargo no próximo dia 11 de dezembro, Haroldo Lima explicou que fez um balanço geral do período em que esteve à frente da Agência,
entre 2003 e 2011. Diante do longo período, que acabou por cobrir todo o
governo Lula e o primeiro ano do governo Dilma, o material acabou virando
um livro com 19 capítulos.
Nele, dentre outras coisas, Lima destacou o crescimento físico da Agência,
que passou de 700 funcionários para 1300, sendo 700 deles concursados,
e o crescimento das sedes de São Paulo, Salvador e Brasília, assim como a
criação de escritórios em Manaus, Porto Alegre e Belo Horizonte.
e álcool, da ordem de 12% a 13%. “Foi fundamental resolvermos ser pró-ativos, fazendo
um plano de Fiscalização. Hoje os índices
estão abaixo de 1%”.
No campo do biodiesel o diretor afirma que
embora exista uma expectativa do mercado
da adoção do B7, a ANP ainda não tem previsão para esse aumento. Tudo se deve ao fato
de muitas entidades sindicais terem apresentado queixas quanto à formação de borra por
parte do biodiesel. Segundo Lima, a ANP tem
feito estudos e está formando uma opinião.
O ponto conflitante são as empresas que já
utilizam B20 e B100, que não registram os
mesmos problemas. “Não estamos negando
a existência do problema, pois ele existe. Já
constatamos que existe, mas a informação
é contraditória. Esse assunto terá que ser
reexaminado”.
O diretor falou ainda do etanol, uma experiência nova para a Agência. A expectativa é
que o aumento do cultivo da cana venha a
solucionar os problemas de abastecimento
na entressafra. “Nós achamos que a área a
ser cultivada deve aumentar”.
Quando questionado sobre o segmento de
lubrificantes, o diretor geral da ANP passou a
palavra ao diretor Allan Kardec, que afirmou
que após a publicação das cinco Resoluções
ligadas ao assunto, a Agência já pensa em
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sindilub
mudanças. “A ANP está muito desconfortável
com os índices de não-conformidade que
estão em 21%, 22%. O máximo que baixou
foi 18%. Isso obviamente tem consequências. Nós vamos ter que fazer mudanças na
estrutura dessa regulação”.
Ele afirmou que pretende aumentar o número de laboratórios de análises. O que antes
estava centralizado no CPT, em Brasília,
agora será democratizado. “Vamos utilizar
a estrutura que temos no Brasil para poder
atacar o problema do lubrificante”.
Para Kardec o grande problema do lubrificante está na falta de apoio popular. Segundo
ele, a participação da população foi fundamental para reduzir a não-conformidade dos
combustíveis, mas o consumidor ainda não
se deu conta de que consome um lubrificante
ruim. “Essa questão da mobilização está muito baixa, nós achamos que os Sindicatos organizados, as sociedades que
representam a atividade estão muito pouco envolvidas. Estamos tentando estimular para que esses representantes dos
agentes de mercado também participem conjuntamente”.
S
V arejo
Para abrir uma revenda
varejista de lubrificantes
Texto: Renato Vaisbih
O
despercebido ou será inconveniente para manobras
Sindilub costuma receber consultas de pessoas interessadas em montar uma revenda varejista de lubrificantes, com
dúvidas que abordam diversos aspectos, como o espaço
necessário, equipamentos e aspectos legais, tais como licenças de
meio ambiente, laudos do Corpo de Bombeiros, alvará de funcionamento e outros.
A maioria dos fabricantes de óleos lubrificantes possui programas voltados para auxiliar os empreendedores que pretendem iniciar atividades no comércio de lubrificantes, mas também exigem contrapartidas
como a exclusividade na identificação do ponto e na comercialização
de seus produtos por um longo período de tempo, o que nem sempre
pode ser vantajoso.
Uma consulta feita a alguns proprietários de pequenas revendas
varejistas revela que é possível traçar algumas orientações básicas
para evitar problemas e ter maiores chances de o negócio dar certo.
As variações econômicas e até mesmo políticas muitas vezes inter-
ferem nas empresas como um todo e isso também vai refletir no
com os veículos. O local a ser escolhido também deve
ficar em uma área com uma densidade demográfica
elevada, de preferência um bairro com prédios em que
os moradores são donos de carros e frequentemente
vão precisar dos serviços oferecidos pelas revendas
varejistas.
Na terceira etapa, é preciso comprar os equipamentos e ferramentas e cuidar das instalações físicas de
acordo com a legislação, destacando a exigência de
caixas separadoras para evitar contaminação do solo
ou de águas pluviais em caso de vazamentos, mesmo
que sejam em pequenas quantidades.
Também é importante fazer o descarte correto das
embalagens usadas e destinar o óleo queimado às
empresas credenciadas que vão enviar o produto à
reciclagem. Paralelamente a isso tudo, é fundamental
ter o acompanhamento de um contador.
investimento do negócio e é justamente aí que surge a dificuldade de
Equipamentos
fixar um valor médio de quanto custa para abrir um ponto de revenda
A montagem de uma troca de óleo pode ser feita
varejista. De acordo com o levantamento, o investimento pode variar
com diversas opções de equipamentos. Uma opção é
de R$70 mil a R$100 mil.
utilizar valetas nos casos em que são permitidas pela
Passo a passo
legislação, que é o sistema onde o funcionário entra
A primeira pergunta que o empresário deve fazer antes de abrir uma
opção é colocar elevadores, sendo que os mais bara-
troca de óleo é: “Quanto dinheiro tenho para investir?”. Ou seja, é preciso saber suas pretensões para o negócio, seja com capital próprio,
com um sócio investidor ou com empréstimos.
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prido e com uma entrada pequena, pode passar
por baixo do carro para fazer a troca do óleo. Outra
tos e mais utilizados são os com motores elétricos. Os
elevadores pneumáticos demandam um investimento
maior, mas também podem trazer mais vantagens.
O segundo passo é definir o local onde a troca de óleo vai funcionar,
Sem as colunas, as lojas ficam com um visual mais
tendo em mente que, quanto maior for o imóvel, maior terá de ser o
clean. Além disso, muitos clientes gostam de acompa-
investimento. Uma recomendação é que o imóvel tenha uma frente
nhar o trabalho e até aproveitam esse momento para
ampla para chamar a atenção de quem passa pela rua e ofereça
ver como está o seu carro por baixo e analisar outros
facilidades para os motoristas estacionarem. Se o imóvel for com-
aspectos relacionados à manutenção do veículo.
sindilub
A sugadora de óleo também é uma opção, mas deve ser encarada como
Empreendedores
um complemento ao negócio. É pouco provável encontrar uma troca de óleo
avaliam o que deve
de valeta ou de elevadores com a sugadora para ser utilizada eventualmente.
ser considerado para
iniciar as atividades de
um novo negócio
apenas com a sugadora. Normalmente, o que irá se encontrar é um sistema
Por fim, obviamente, é preciso contratar e treinar os funcionários para
execução dos serviços da troca de óleo, dispor de tabelas de aplicação
dos produtos para os diversos tipos de veículos e comprar os produtos
que serão oferecidos aos clientes, não esquecendo da necessidade de
investimento para manter um estoque capaz de atender a demanda e
giro de mercadorias do estabelecimento. E bons negócios!
Importante
Os interessados em montar uma troca de óleo devem lembrar de alguns itens básicos, que para muitos empreendedores podem
parecer óbvios, mas na hora de colocar os números no papel para fechar as contas, acabam fazendo uma grande diferença.
Os custos fixos do negócio, como aluguel – se for o caso, contas de luz, água e telefone devem ser contabilizados já no
investimento inicial do novo negócio.
Ações promocionais – se possível a partir de negociações com as revendas atacadistas ou fabricantes – podem auxiliar na
decoração do estabelecimento comercial, com material de publicidade dos produtos e serviços oferecidos, por exemplo.
Também é importante fazer um check-list dos equipamentos necessários para o negócio, como estantes para colocar os
produtos, elevadores, ferramentas, coletores, pingadeiras, baldes, calibrador de pneus, compressor de ar e outros.
S
sindilub
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S ped Fiscal
PIS/COFINS – Escrituração
Fiscal Digital
Texto: Ana Azevedo
D
no Lucro Real;
» em relação aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de
ia 8 de fevereiro de 2012. Essa é data final para
janeiro de 2012, as demais pessoas jurídicas sujeitas à
entrega da Escrituração Fiscal Digital do PIS/
tributação do Imposto sobre a Renda com base no Lucro
COFINS, relativa aos fatos geradores ocorridos
Presumido ou Arbitrado.
até dezembro de 2011. Esta obrigação é mais uma das
exigências do SPED - Sistema Público de Escrituração
Digital do qual faz parte a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e).
A nova exigência foi denominada EFD PIS/COFINS, e
reúne informações fiscais e contábeis em meio digital
(arquivo formato txt), contendo nova forma de apurar tais
contribuições. Segundo o consultor fiscal do Sindilub, Wil-
son Brandão, na EFD o contribuinte deve apresentar as
informações de forma bastante detalhada (item a item de
cada documento representativo de receita ou de créditos),
criando uma maior complexidade em comparação com a
Brandão explica que a partir dos fatos geradores ocorridos em
2012 (lucro real, presumido ou arbitrado), a entrega deverá ser
feita até o 5º dia útil do segundo mês subsequente ao mês de
referência. Previamente, os arquivos devem ser submetidos ao
Programa Validador e Assinador (PVA) e sua transmissão exigirá
assinatura digital (uso de certificado do tipo A3).
“Diante da complexidade na elaboração desses arquivos, recomendamos ao associado Sindilub que dedique toda a atenção
possível no cumprimento desta obrigação, por conta das dificuldades detectadas pela maioria das empresas, principalmente por
aquelas sujeitas ao regime não cumulativo (Lucro Real)”, alerta.
atual DACON (Demonstrativo de Apuração das Contribui-
Outras informações sobre o assunto podem ser obtidas na inter-
ções Sociais) que apresenta informações consolidadas e
net, (portal do SPED), na página:
que será extinta no futuro.
http://www1.receita.fazenda.gov.br/Sped/, menu “EFD PIS/
Esta obrigação atinge todos os contribuintes (exceto em-
COFINS.
presas do Simples Nacional), obedecendo-se critérios e
prazos de acordo com a forma de tributação do IRPJ na
qual a empresa esteja enquadrada.
» em relação aos fatos geradores ocorridos a partir
de 1º de abril de 2011, as pessoas jurídicas sujeitas
a acompanhamento econômico-tributário diferenciado, nos termos da Portaria RFB nº 2.923/09 e
sujeitas à tributação do Imposto sobre a Renda com
base no Lucro Real;
» em relação aos fatos geradores ocorridos a partir
de 1º de julho de 2011, as demais pessoas jurídicas
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sujeitas à tributação do Imposto sobre a Renda com base
sindilub
S
C apa
O futuro do forne
Texto: Ana Azevedo
A
Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
(ANP) publicou em 2009 a Resolução n° 18, que regulamenta
a atividade de produção de óleos lubrificantes acabados.
A exemplo do que ocorreu em outras atividades, o objetivo da ANP é
atualizar o cadastro das empresas que atuam no setor, adequando suas
instalações e processos de produção.
Passados dois anos, o balanço dessa adequação surpreende pelo baixo
índice de adequação das empresas que hoje atuam no mercado. Em
palestra durante o 4° Congresso Nacional Simepetro, realizado em São
Paulo, no último dia primeiro de setembro, o superintendente-adjunto
da ANP, Rubens Freitas, informou que das 156 empresas produtoras,
apenas 14 haviam conseguido se recadastrar e outras duas empresas
estavam em fase de publicação.
Das 14 publicadas, sete produzem em instalações de terceiros que, por
sua vez, estão em processo de conclusão do recadastramento. Outras
79 estão em processo de recadastramento, sendo que 59 delas nem
mesmo encaminharam documentação para a Agência.
Embora o quadro pareça preocupante para o segmento de produção, se
Ruy Ricci
16
sindilub
verificar em que situação
”
está o seu fornecedor
Wellington Cerqueira
“
O revendedor tem que
Ana Azevedo
ecedor de lubrificantes
olharmos calmamente, ele também está diretamente ligado à revenda.
Afinal, os produtos comercializados pelos revendedores vêm desses fabricantes. “O revendedor tem que verificar em que situação está o seu
fornecedor, tem que observar a possibilidade desses produtores para
fazer suas opções”, alerta o diretor executivo do Sindilub, Ruy Ricci.
Segundo Ricci, o setor passa por um processo seletivo e o revendedor
também. De acordo com Freitas, nas várias categorias que passaram
pelo processo de recadastramento, entre 30% e 60% das empresas
permaneceram no mercado. “Acredito que com os produtores não
será diferente”.
O presidente do Simepetro (Sindicato Interestadual das Indústrias
Misturadoras, Envasilhadoras de Produtos Derivados de Petróleo),
Carlos Abud Ristum, também acredita que haverá uma redução no
número de empresas, mas que será gradativo. “Quase de imediato,
até o primeiro trimestre de 2012, daqueles que não possuem registro, pois o mercado já sabe que não pode comprar desses agentes,
e depois, ao longo dos próximos dois anos, talvez três, aqueles que
não conseguirem se recadastrar deverão partir para a terceirização
da produção”.
Aldo Guarda
Carlos Ristum
Ana Azevedo
Na opinião do diretor da G.C.Industrial, produtor da marca Draft, Aldo
Guarda, quando se fala desse mercado vem à mente o varejo. “Tenho
certeza absoluta que se sobrarem 40 empresas, estaríamos falando
de produtores de mercado varejista”.
Ele diz que as empresas que estão se adequando apostam na eficiência da fiscalização, mas será necessário que a ANP apresente como
contrapartida por todo esse investimento, uma atuação mais efetiva,
ou “todo esse esforço dos honestos irá por água abaixo”.
O prazo expandido para quem está em processo de recadastramento
termina em 30 de dezembro de 2011, e não existe ainda sinais de uma
nova prorrogação. “Se mais uma vez o prazo for postergado, acho que a
ANP cairá em descrédito”, pondera Guarda. Ele lembra que mesmo as
grandes Companhias, que no passado eram chamadas as sete irmãs,
não conseguiram o registro. “Apenas uma conseguiu até agora. Os
revendedores estão sem segurança em relação às empresas líderes
de mercado, algumas multinacionais; imaginem os que trabalham
com empresas menores”.
O empresário destaca que do seu ponto de vista o mercado tem
que ser sadio e para isso são necessárias regulamentações, que é
o que a ANP está tentando fazer. Se a “dose é exagerada ou não”,
afirma não poder avaliar, mas recomenda atenção. “Pior que um
monopólio é você ficar com um oligopólio organizado”.
S
sindilub
17
B azar de Agregados
Motos podem gerar bons
negócios nas revendas
Texto: Renato Vaisbih
A
Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares)
faz uma projeção de crescimento neste ano de 10% nas
vendas e de 12,5% na produção nacional de motos, na comparação com 2010. A entidade também calcula que, atualmente,
a frota nacional seja superior a 17,5 milhões de veículos. Este
grande mercado, portanto, pode gerar bons negócios para as
revendas, não se restringindo apenas à comercialização de óleos
lubrificantes.
Outros produtos importantes para a manutenção de motocicletas
que podem ser oferecidos aos clientes são fluído da suspensão;
fluído de freio; fluído para a bateria; fluído de arrefecimento do
radiador; e óleos de transmissão nos modelos equipados com
eixo cardã, que substitui a corrente de transmissão.
Já para as motos equipadas com corrente, é necessário lubrificar
a corrente de transmissão após pilotar sob chuva, em estradas
molhadas ou sempre que ela estiver ressecada. É recomendado utilizar um óleo de alta viscosidade, como
SAE90 ou produtos específicos, como Chain lube, lembrando que a corrente é um dos itens mais delicados da
moto e que pode ser prejudicada, por exemplo, com o
acúmulo de poeira.
O gerente de pós-venda da Kawasaki Motores do Brasil
Ltda., Enidio Shigueru, ressalta também que, para a
manutenção dos componentes da motocicleta, sempre
é importante seguir as indicações dos fabricantes. No
caso dos óleos lubrificantes para o motor, ele afirma que
não são recomendados aditivos. Shigueru ainda indica
a frequência com que os proprietários de motos devem
fazer um check-up completo do veículo. “Cada fabricante
informa o período no manual do proprietário, mas o mais
indicado para motocicletas até 300cc, é fazer a primeira
revisão com mil Kms e as demais a cada 3 mil Kms. E
para as motocicletas acima de 300cc, a primeira com mil
Kms e as demais a cada 6 mil Kms”, sugere.
Confira as recomendações para cada componente da moto:
Suspensão/garfo – cada tipo de suspensão exige um tipo de
fluído. Utilizar o recomendado pelo fabricante. Os mais utilizados
são fork oil 5w ou 10w.
Amortecedores – Ajuste da pré-carga da mola, conforme recomendado pelo fabricante.
Direção – Utilização de graxa para manutenção do sistema.
Filtro de óleo – Substituir conforme a recomendação do fabricante.
Filtro de ar – Substituir conforme a recomendação do fabricante. Um filtro de ar obstruído restringe a admissão de ar para o
motor, aumentando o consumo de combustível.
Freios – Cada fabricante recomenda no manual do proprietário o tipo de fluído a ser utilizado. As pastilhas de freio devem
ser inspecionadas de tempos em tempos para verificação do
desgaste. Se a espessura do revestimento de algumas das
pastilhas for menor que 1mm substitua ambas as pastilhas.
Nunca deve ser feita a substituição de apenas uma pastilha.
18
sindilub
Bateria – Utilizar sempre a bateria recomendada pelo fabricante. Existem baterias livres de manutenção e modelos
que precisam de manutenção. Se não usar a motocicleta
com frequência, inspecione a tensão da bateria semanalmente com um voltímetro. Deixar a bateria por um longo
tempo descarregada causa sulfatação, processo que não
permite que ela seja recarregada, e inutiliza o equipamento.
Pneus – Existem motocicletas que utilizam pneus com
câmara (TUBE) os sem câmara (tubeless). A calibragem
do pneu é muito importante para conservação e durabilidade do pneu e também para as condições de segurança
do motociclista. O pneu deve ser calibrado quando ainda
estiver “frio”, ou seja, quando a motocicleta não estiver
sendo conduzida por mais de 1,5 Km. Também deve ser
feita a medição da profundidade dos sulcos da banda de
rodagem. Para rodar abaixo de 130 Km/h, a profundidade
dos sulcos deve ser de 1,6 mm no pneu dianteiro e 2mm
no traseiro. Acima dos 130 Km/h, a profundidade deve ser
S
de 3mm nos dois pneus.
M ercado
Shell é a maior fornecedora
global de lubrificantes
Texto: Cajá - Agência de Comunicação
P
elo quinto ano consecutivo, a Shell Lubrificantes é
considerada a maior fornecedora global de lubrificantes, de acordo com pesquisa divulgada pela
consultoria Kline & Company. Em 2010, a Shell alcançou
13% de market share em volume de vendas, ficando 2% à
frente do segundo colocado.
Os dados também mostram que os Estados Unidos continuam sendo o maior mercado consumidor de lubrificantes
do mundo, mas a China apresentou forte crescimento. No
Brasil, a Shell é a segunda maior empresa internacional
no mercado de lubrificantes. A empresa atingiu recorde em
volume de vendas em setembro, com 14.864 m³.
Ao longo de 2010/2011, a Shell Lubrificantes fechou negócios cruciais, aliados à conquista de importantes clientes:
» No Brasil, substituiu a Castrol no fornecimento de
lubrificantes para a Scania e fechou parcerias com
várias empresas para desenvolver programa de tecnologia
de ponta para o segmento;
» O acordo de cooperação global com a Hyundai Motor
Company foi ampliado e a Shell, agora, fornece produtos
para a marca em mais de 50 mercados;
» John Deere assinou novos acordos de lubrificantes com
a Shell na Rússia, na China e na Índia;
» Neste ano, a empresa registrou crescimento no volume
de vendas nos mercados maduros e em desenvolvimento.
E, até o momento, já dobrou seu crescimento na Europa
e na África;
» Inaugurou a planta Torzhork, na Rússia, a primeira a ser
construída por uma companhia internacional de petróleo
no país;
» A planta Pearl GTL, no Qatar, deve entrar plenamente em
operação na metade de 2012 e será a maior fonte mundial de alta qualidade de óleo de base para lubrificantes,
usada nos produtos premium e synthetic.
S
M arketing
Campanhas estimulam
venda e fortalecem marcas
Texto e Foto: Ana Azevedo
D
iante de um mercado aquecido pelo crescimento da frota
nos últimos anos, os produtores de óleos lubrificantes
iniciaram uma disputa que pode ser bastante favorável
para o revendedor atacadista. Na busca por uma fatia maior
de mercado, empresas tradicionais, e, principalmente, as que
buscam fortalecer suas marcas, investem no revendedor como
forma de incrementar as vendas.
Um desses exemplos é a YPF Brasil. Há 13 anos no país, a
empresa está reformulando sua estratégia e apostando no
revendedor atacadista como forma de crescer horizontalmente.
“O que estamos fazendo é uma reformulação buscando grandes distribuidores pelo país, fazendo com que eles sejam um
braço da Companhia em relação à visão de crescimento dentro
do mercado”, explica o gerente Comercial e Técnico, Nilson
Fernando Morsch.
Saber aproveitar esse momento das Companhias pode fazer
toda a diferença no negócio da revenda, alerta o diretor Executivo do Sindilub, Ruy Ricci. “O revendedor tem que estar atento
às possibilidades de parcerias, pois elas podem contribuir para
o crescimento da empresa. Não importa o porte da promoção,
sempre é possível crescer e estimular a equipe de vendas”.
Um exemplo desse tipo de parceria foi a Campanha de Vendas
desenvolvida pela YPF e a Brida Lubrificantes. “Esse ano a me-
“Esse ano a mecânica
foi começar do zero,
sem metas e premiar o
melhor crescimento”,
explica o gerente
comercial da Brida,
Jorge Pereira Yamamura.
cânica foi começar do zero, sem metas e premiar o melhor
crescimento”, explica o gerente comercial da Brida, Jorge
Pereira Yamamura. Foram premiados os colaboradores
internos e os externos, na venda das linhas automotivo e
industrial (Elaion e Extra Vida). “O objetivo era ter um maior
crescimento do ponto de venda e da marca, que embora
tenha um nome, ainda tem muito o que crescer”, comenta.
Independente da Campanha da Brida, que distribuiu como
prêmios GPS, TV 42” e viagens com acompanhante para
Argentina, além de um valor em dinheiro para gastar na viagem, Morsch afirma que a Cia tem como foco incrementar
seus pontos de venda. O distribuidor é um grande ponto que
nós temos dentro do mercado da revenda, mas os outros
canais também são importantes, pois eles revendem a
nossa marca, queremos atingir todos os canais”.
Apesar dos excelentes resultados obtidos com a Campanha, de maneira geral Morsch não parece muito otimista
em relação ao ano de 2012. “O mercado está conturbado,
os fatos da Europa e EUA afetam todo o mundo. Afetam
o nosso mercado, que já registrou queda na venda de
carros. As perspectivas são de que 2012 seja um ano de
recuperação.
S
20
sindilub
M ercado
BR Distribuidora investe
em lubrificantes
Texto: Renato Vaisbih
A
BR Distribuidora, líder de mercado no segmento de
lubrificantes com a marca Lubrax, atualmente com 20%
de market share, pretende ampliar sua participação,
chegando a 28% nos próximos quatro anos. Para isso, a Petrobras, detentora da BR Distribuidora, vai investir cerca de
R$ 158 milhões na modernização e ampliação da fábrica de
lubrificantes em Duque de Caxias (RJ) e também na instalação
de uma nova planta na área do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), no município fluminense de Itaboraí,
para a produção de óleos lubrificantes básicos do grupo II.
Em Duque de Caxias, quando a nova capacidade máxima de
processamento estiver funcionando, a produção passará dos
atuais 27 mil m³/mês para até 42 mil m³/mês, um aumento
de aproximadamente 70%. De acordo com a Petrobras, a
unidade estará entre as dez maiores fábricas de lubrificantes
do mundo.
Já no Comperj, será instalada uma refinaria e outras unidades
geradoras de produtos petroquímicos, dentre eles a fábrica
de lubrificantes básicos do grupo II. As primeiras operações
neste complexo petroquímico – que ocupará uma área de
45 milhões de m², o equivalente a quase seis campos de
futebol - devem ter início em 2014. A fábrica de lubrificantes,
no entanto, só deve começar a funcionar em 2016.
Os investimentos parte do Plano de Negócios da Petrobras
para o período de 2011 a 2015, que prevê aporte total de
Empresa pretende ampliar
liderança no segmento
com investimentos
previstos no seu Plano de
Negócios até 2015
R$ 5,2 bilhões. A área de Operações e Logística receberá o
maior volume de recursos, com cerca de 40% do que será
investido.
Para o presidente da Petrobras Distribuidora, José Lima de
Andrade Neto, a BR está transpondo um novo patamar ao estabelecer investimentos que ultrapassam a cifra do bilhão. “A
rigor, vamos investir cerca de 60% do capital empregado, o que
é ao mesmo tempo uma proposta ousada e um compromisso
estrito com o crescimento da empresa e também do país”, diz.
Quanto aos investimentos em lubrificantes, a Petrobras Distribuidora explica que “o cenário de crescimento econômico
da conjuntura brasileira dos últimos anos acarretou em crescimento do mercado global de lubrificantes e aponta para a
continuidade deste crescimento nos próximos anos. A partir
deste cenário, a Petrobras Distribuidora elaborou planos para
acompanhar a demanda e consolidar sua posição de liderança,
por meio do aumento dos volumes de lubrificantes disponibilizados ao mercado brasileiro”.
S
sindilub
21
Q ualidade
E nada mudou...
Texto: Ana Azevedo
E
m entrevista no escritório da Agência Nacional do Petróleo, Gás
Natural e Biocombustíveis (ANP), em São Paulo no dia 21 de novembro, o diretor Allan Kardec Duailib afirmou estar descontente
com os elevados índices de não-conformidade dos óleos lubrificantes.
A situação, que não é nova, ficou mais latente a partir de 2006, com a
implantação do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Lubrificantes (PMQL). Os índices apurados pelo Monitoramento não deixam
dúvidas sobre a questão, mesmo assim, até hoje pouca coisa mudou.
No gráfico abaixo é possível verificar a evolução dos pontos monitorados,
registros, rótulos e qualidade.
Depois de cinco anos o
Programa de Monitoramento
da Qualidade continua
apontando índices
insatisfatórios na qualidade
dos óleos lubrificantes
Em palestra na Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), em São Paulo, no final de outubro, a coordenadora do CPT,
em Brasília, Maria da Conceição França apresentou os números do primeiro semestre de 2011, por parâmetros, destacando os
índices com maior percentual de não-conformidade.
22
sindilub
Apesar dos números Maria da
Conceição França, ressalta o empenho dos fabricantes que estão
procurando orientações sobre
adequações à regulamentação.
Entre 2010 e 2011 a ANP atingiu
suas metas:
» aumento das amostras para
400 bimestrais;
» coleta proposta de 30% das
amostras com volumes superiores a 1L;
» coleta em todo o território
nacional.
Das 27 unidades federativas restam apenas 5 UFs a serem abrangidas pela coleta do PML.
O programa de Monitoramento serve de indicador para as ações da Fiscalização. Até agosto
desse ano foram 14186, sendo que desse total 590 resultaram em interdições; 2439 em
infrações e 360 em autuações de qualidade.
S
Dê ao óleo usado o destino
previsto em lei e ajude a
preservar a natureza.
Cumpra a Resolução
CONAMA 362/2005
SINDIRREFINO
Sindicato Nacional da Indústria do Rerrefino de Óleos Minerais
Avenida Paulista, 1313 • 8º andar • conjunto 811 • FIESP
CEP 01311-923 • São Paulo/SP • Fone/Fax (11) 3285-5498
www.sindirrefino.org.br
E
special
Amigos pa
Texto: Ana Azevedo
Fotos: Ana Azevedo e Roberto Koba
P
elo 12° ano consecutivo, os ex-funcionários da Mobil promoveram um
encontro que já se tornou tradicional: o Ex-Mobil. O encontro nada mais
é que um momento de reviver os tempos de trabalho na Companhia
e de matar a saudade dos antigos companheiros.
O que mais impressiona nessa reunião é o amor que todos demonstram
em relação à empresa. Para não perder esse sentimento, no ano passado
foi elaborado um vídeo no qual os membros do grupo contaram um pouco
do que viveram nos mais de 30 anos de empresa, média de tempo de cada
um dos ex-Mobil.
O vídeo, explica Ruy Ricci, um dos idealizadores do encontro, foi uma idéia
criativa que acabou ajudando a atrair outros ex-funcionários que não participaram dos encontros anteriores. “A idéia de colocar o vídeo no You Tube
foi ótima. E o mais interessante é que ela partiu de colaboradores que nem
fizeram parte da Mobil, mas que se agregaram pela motivação e carinho
que perceberam existir entre os ex-funcionários”.
Esse ano, dentre as tantas recordações levadas por cada participante,
um dos primeiros exemplares do jornal da Mobil, conhecido como Notícias
24
sindilub
ara sempre
Aladas. Segundo Paulo Francisco Ferreira Filho, a idéia do jornal começou
com objetivo de divulgar o time de futebol criado ainda no tempo da Usina.
“O jornal começou a chamar a atenção e depois de um tempo houve um
concurso para escolha do nome”, conta.
Como no ano passado, a reunião contou com a presença de diretores da
Mobil, que apresentaram um vídeo institucional da empresa, destacando as
ações atuais e os projetos futuros. Segundo o diretor Renato Fontalva, cada
um dos presentes é um irradiador do que a Mobil foi e ainda será para o país.
Segundo ele, o evento significa uma continuidade. “Tivemos o prazer de
trabalhar com esse grupo de pessoas, aprendemos muito com eles. Estou
na Companhia há 23 anos, é claro que sempre num processo de transformação da empresa. O legado que essas pessoas nos deixam, de aprendizado,
de valores éticos, da forma de se trabalhar a marca, de se posicionar, isso
não muda”.
Mais uma vez o Sindilub apoiou o evento. O presidente Laercio Kalauskas
que esteve presente em companhia da sua esposa parabenizou os ex-Mobil
pelo encontro. “Não podemos deixar de mencionar a contribuição profissional, técnica e cultural que essas pessoas deram e continuam dando para o
setor de lubrificantes”.
S
sindilub
25
E
vento
Logística Reversa é destaque
em seminário internacional
Adequação à Política
Nacional de Logística
Reversa foi tema de
palestras no Expo
Center Norte, em SP
Texto: Renato Vaisbih
Foto: Divulgação
Tcheca, Argentina e Canadá.
Para o diretor executivo da feira, Julio Tocalino
Neto, é cada vez maior a importância de tecnologias em prol do meio ambiente. “Percebemos
isso pelo espaço que o tema ocupa na mídia,
além da crescente exigência à profissionalização
dos técnicos que atuam nesta área, que está em
constante mudança”, afirmou.
A
Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e a logística reversa
foram alguns dos principais temas abordados nas palestras do
XIII SIMAI – Seminário Internacional de Meio Ambiente Industrial e
Sustentabilidade, realizado no início de novembro, no Expo Center Norte,
em São Paulo.
O painel “Os avanços e reflexos da nova Política Nacional de Resíduos Sólidos para o setor empresarial brasileiro – Planos de Gestão de Resíduos
Industriais, Logística Reversa e Destinação Adequada” teve a participação
da analista ambiental do IBAMA Zilda Maria Faria Veloso; da gestora da
unidade de negócio SMS da Keyassociados, Ângela Cardoso; do diretor do
Instituto de Química da UERJ, Fernando Altino Rodrigues; e do diretor da
SIR Company, Abílio Santos.
Os convidados enfatizaram os avanços da PNRS e os debates para implementação da logística reversa em diversos setores, inclusive de embalagens
de óleos lubrificantes. Também falaram sobre a adequação e possíveis soluções para municípios e empresas atenderem às determinações da PNRS.
Feira
Paralelo ao XIII SIMAI ocorreu a XIII FIMAI – Feira Internacional de Meio
Ambiente Industrial e Sustentabilidade, com cerca de 450 expositores,
sendo mais de 100 de outros países, como Suíça, Espanha, Estados Unidos, Japão, Alemanha, Finlândia, França, Reino Unido, China, República
26
sindilub
Ele também destacou o fato de a PNRS ter um
dia inteiro de palestras no SIMAI e a presença na
feira de empresas que apresentaram tecnologia
para os mais diferentes tipos de resíduos.
Para Andreza Aquino, responsável pela unidade de resíduos e produtos do Grupo Suatrans,
acredita que a presença no evento “foi muito
importante para a divulgação da empresa,
especialmente para o setor de atendimento a
emergências químicas, que é o foco desta feira.
Também fomos surpreendidos por indústrias
que procuraram conhecer nossos produtos ambientais. E aproveitamos ainda para apresentar
nossos serviços de destinação de resíduos”.
A Maquimp, que também montou um estande
na FIMAI, apresentou produtos que podem ser
utilizados pelas revendas de lubrificantes, como
palletes modulares para tambores, manipulador
de tambores, mantas absorventes, flocos absorventes e kit’s de emergência para o caso de
vazamentos. “Já começamos a atender algumas
empresas do setor de lubrificantes e pretendemos ampliar nossa atuação neste segmento cada
vez mais”, disse o técnico em segurança Rogério
S
Alves.

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