Edição 46 - Tip Clínica

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Edição 46 - Tip Clínica
fundasinum
informa
Publicação da Fundação de Saúde Integral Humanística - FUNDASINUM
ANO 12 | nº 46 | Setembro a Dezembro de 2012
FUNDASINUM apresenta o método
ADI/TIP na II Mostra Nacional de Práticas em Psicologia
A Segunda Mostra Nacional de
Práticas em Psicologia foi um grande
evento na história da profissão que
buscou resgatar todo o percurso
desde a sua regulamentação em
1962. A FUNDASINUM esteve
presente neste grande evento
para apresentar o método ADI/
TIP, que foi criado 12 anos após
a regulamentação da Psicologia
como profissão no Brasil. Portanto,
o próprio método em si e sua
criadora Renate Jost de Moraes
experimentaram as angústias, dores
e conquistas da Psicologia ao longo
deste período. A partir de um vídeo
com cinco minutos de duração, a pesquisadora Gerlaine Rosa, juntamente com a estagiária Ana Cláudia Fontes
Gerlaine Rosa e Ana Cláudia
Fontes representam a
apresentaram a proposta da terapia de Integração Pessoal aplicada por meio da Abordagem Direta do Inconsciente.
FUNDASINUM em São Paulo
Na plateia esteve presente parte da equipe da TIP Clínica de São Paulo: a preceptora Cristina Mello, a visiotronista
Sônia Calixto e a recepcionista Michelle Ruiz. Na visão de Cristina Mello “a participação da ADI neste evento vem
reforçar a importância da divulgação do método, para as outras áreas da Psicologia. Vejo o fato deste trabalho ter
sido selecionado, dentre os milhares apresentados, como um passo fundamental no reconhecimento e validação
do método. Estava sentada perto da representante do CRP, responsável pela moderação dos vídeos, e me senti
muito feliz ao ver seu olhar e sorriso de aprovação quando viu o nosso trabalho”.
Diante da grandiosidade do evento, a visiotronista Sônia Calixto comenta: “Nossa permanência na
Mostra foi curta, mas deu para perceber a abrangência e a importância deste evento dentro do mundo da
Psicologia e entendo que a participação do Método ADI /TIP é muito importante para que todos da área
possam não só ter conhecimento, como também serem futuros profissionais do método, difundindo e ampliando nossa área de atuação”.
Cerca de 25.000 psicólogos (as) e estudantes de Psicologia estiveram presentes no espaço do Parque Anhembi, em São Paulo, para
prestigiar os 50 anos de regulamentação da profissão no Brasil. Foram três dias de evento, de 20 a 22 de setembro, tempo necessário para
que se pudesse minimamente conhecer as ações e discussões assumidas pela Psicologia nos dias de hoje.
Após 12 anos de sua primeira edição, ocorrida em 2000, também no Parque Anhembi, este evento evidenciou o compromisso de
psicólogas e psicólogos do país em resgatar a construção do bem comum em sua prática profissional. Com este intervalo de mais de uma
década, é notável o avanço e a amplitude evidenciados pela profissão. Em termos numéricos, a segunda edição contou com mais do que
o dobro de trabalhos e participantes da primeira mostra, esta teve como tema “Psicologia e Compromisso Social“. Já na segunda edição, a
partir do tema “Psicologia 50 anos: muito a comemorar. Muito mais a fazer.“ O Conselho Federal (CFP) junto aos Conselhos Regionais de
Psicologia (CRP's) comemoram os 50 anos de conquistas da profissão e também abriram a discussão sobre o que ainda é necessário fazer
na busca do crescimento da Psicologia enquanto ciência e profissão.
Foram oferecidas mais de 150 atividades distintas, incluindo mesas temáticas, oficinas, tendas, conferências, assembleias e stands.
Houve também dois espaços destinados aos psicólogos e estudantes que desejassem apresentar sua prática profissional por meio da
exposição de pôsteres ou vídeos. Estes dois últimos refletiam a diversidade de práticas psicológicas realizadas em todo o Brasil, em países
da América Latina e também nos países de língua portuguesa. A amplitude de tais práticas encontra-se presente no número de trabalhos
inscritos: foram mais de 4.000 apresentações divididas em pôsteres e vídeos apresentados nas Praças e Ocas do Anhembi.
“ADI sem fronteiras - método é apresentado na Turquia com sucesso” |
p.3
Entrevista com a diretora técnica da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) |
p.4
Possibilidades e atualidades do uso da ADI no contexto da medicina |
p.6
Fundasinum
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Informa
Editorial
Prezado Leitor,
Estamos fechando o ano de 2012, o que nos leva ao desejo de fazer um retrospecto de nossa caminhada ao longo do
período. Nos últimos anos de FUNDASINUM, nos vimos forçados a promover reformulações necessárias e estruturais,
com um rearranjo que nos prepara para um segundo momento. Reduzimos estrategicamente nossa equipe e estrutura
de custos e despesas e fizemos reformas visando a nossa maior estabilidade legal. Felizmente, no ano que se passou
pudemos retomar atividades e refazer vínculos, o que muito nos alegra. Neste ano, em nossa clínica, garantimos 4543
atendimentos gratuitos, beneficiando um total de 251 pessoas. O atendimento infantil no Centro de Acolhida Betânia, Márcio Albeny Gallo
Diretor-Presidente
da Comunidade Missionária de Villaregia foi retomado com 50 atendimentos individuais a crianças entre 6 e 14 anos
de idade. Nossos alunos do curso de especialização fizeram 235 atendimentos na Fazenda de Caná, sendo beneficiadas 47 pessoas na instituição.
Atuando ainda por meio de palestras de orientação, pudemos ajudar outras 431 pessoas. No âmbito da pesquisa, demos prosseguimento a
um relato de caso médico e ao estudo de casos de pacientes portadores de transtorno depressivo, estudos ainda em andamento. Evoluímos
para a implantação de um sistema online de pesquisa de satisfação, disponível para todas as unidades do País, adquirindo dados em
tempo real. Apresentamos o vídeo “O método ADI/TIP: caminho de ressignificação e reconstrução do vivido“ na II Mostra Nacional de
Práticas em Psicologia em setembro e também o painel “Fenomenologia da vida de relações: as contribuições do método ADI/TIP” na
42ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Psicologia e VII Congresso Iberoamericano de Psicologia da Federação Iberoamericana de
Associações de Psicologia, em outubro. Finalmente, dando continuidade à nossa produção científica publicamos o artigo “A música para
indução de relaxamento na Terapia de Integração Pessoal pela Abordagem Direta do Inconsciente - ADI/TIP“, na revista Contextos Clínicos.
Como atividade relacionada ao nosso objetivo estatutário de ensino, iniciamos a formação de novos profissionais em modalidade de curso
intensivo, com programação de nove meses de duração. Paralelamente, demos seguimento à formatação do curso regular para aprovação
junto ao MEC: contratamos consultores que têm nos ajudado no processo. Estamos caminhando seguramente rumo à nossa perpetuação
enquanto ciência e solidificação enquanto instituição sustentável, capaz de exercer suas funções de maneira permanente e continuada. Tudo
isso é fruto do trabalho de todos os colaboradores e profissionais dedicados à obra FUNDASINUM. A todos vocês, meu muito obrigado.
Nossas Ações
Pesquisa
As parcerias entre a FUNDASINUM e as universidades de
Belo Horizonte têm trazido experiências exitosas para o grupo de
pesquisa da fundação. Ao final do ano de 2012, o departamento
de pesquisa conta com a colaboração de cinco estagiários, um
voluntário, três consultores de pesquisa e uma coordenadora
que se empenham para o fechamento do ano e início das
atividades em 2013. Segundo a estagiária Jéssica Antunes,
“trabalhar no Departamento de Pesquisa da FUNDASINUM vai
muito além de estudar as normas do Conselho e o método,
fazer transcrições e entrevistas, trabalhar com questionários
para avaliar os serviços prestados pela clínica, divulgar
trabalhos acadêmicos para reconhecimento do método. Ao
meu ver, é fazer parte de um bem comum a partir de uma
preocupação humanitária, valorizando o ser na sua interioridade
e na sua singularidade“. Ana Carolina Duarte também integra
a nova equipe de estagiários. Ela iniciou os trabalhos na
fundação em abril. “Trabalhar na FUNDASINUM é aprender a
valorizar e acreditar no ser humano, é me sentir como parte
da história da instituição que busca beneficiar as pessoas com a
assistência psicoterápica. Além disso, o prazer de ver a reumanização da pessoa e o
encontro de um outro
sentido para vida,
diferente daquele
sentido negativo que
tinha anteriormente
à terapia, me faz
acreditar cada vez
mais no método
Ana Carolina trabalha com análise de dados
ADI/TIP“, conta a
na Fundação no setor de pesquisa
estagiária.
Núcleo Social
O caráter social da FUNDASINUM tem sido mantido e os números
ajudam a revelar o trabalho que a fundação realiza. No ano de 2012, a
FUNDASINUM garantiu 4543 atendimentos totalmente gratuitos, sendo
beneficiadas 251 pessoas. Esses números apontam o trabalho e os
benefícios que a fundação proporciona a pessoas com menor poder
aquisitivo e que desejam ser atendidas pelo método ADI. Além do
atendimento a clientes
de baixa renda, o núcleo
social atua também junto a
gestantes, crianças, jovens
e adultos, ajudando-os a
compreender e lidar com
os problemas existenciais
próprios de cada fase de
seu desenvolvimento. Se
você deseja contribuir Crianças do Centro de Acolhida acompanhadas
com a continuidade deste de pais, terapeutas e colaboradores
trabalho, pode doar seu
tempo e suas habilidades nas áreas de Comunicação e Pesquisa. Ou
ainda, pode fazer uma doação em espécie equivalente ao atendimento
de uma terapia integral ou parcialmente. Informe-se pelo telefone:
(31) 3071-0106 ou pelo e-mail: [email protected]
Escola de Formação
Em agosto de 2012 teve início o curso de Formação no Método
ADI/TIP. Trata-se de um curso livre estruturado nas bases de um curso
de especialização, destinado a psicólogos e médicos que queiram se
aprofundar no aprendizado e na aplicação da metodologia ADI/TIP
no atendimento psicoterápico.
Esse projeto piloto conta com os preceptores da TIP-Clínica como
professores. O curso base foi ministrado pela Dra. Renate Jost de
Morais. São 10 alunas inscritas que fazem aulas de forma intensiva
(diariamente), com o objetivo de proporcionar maior imersão no
universo do inconsciente humano, para maior assimilação do método.
Fundasinum
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Informa
ADI na Turquia desperta
interesse social e acadêmico
Em novembro de 2012, a Fundasinum atravessou as
fronteiras da cultura e da religião, ao realizar uma palestra
sobre o método ADI/TIP, na Universidade Suleyman Sah, em
Istambul, na Turquia para psicólogos e psicopedagogos.
A palestra foi organizada pelo CCTB – Centro Cultural Brasil
Turquia, e foi realizada pela Preceptora do método, Eunides
Almeida, acompanhada pela Tipterapeuta, Mathilde Freitas.
As psicólogas foram recebidas pelo reitor da universidade
Suleyman Sah, Prof. Dr. Huseyin Ekiz, que apresentou a
universidade às convidadas e explicou como funciona o sistema
de ensino da Turquia, interessando-se também em conhecer um
pouco sobre o funcionamento da Fundasinum, principalmente
no que toca à formação de novos profissionais.
Método ADI é apresentado na Universidade Suleyman Sah
e estimula discussão teórica entre os participantes
A preceptora Eunides conseguiu explicitar os pontos
principais da ADI, como a ênfase na interioridade humana e
o fato de o método ter sido elaborado a partir das respostas
obtidas no questionamento direto ao inconsciente, feito no
processo terapêutico e não fruto de uma teoria lançada a priori.
Ela explicou, de forma sucinta, clara e em uma linguagem
acadêmica, como acontece o processo terapêutico ADI/TIP
e ainda expôs alguns exemplos de casos que ajudavam na
compreensão. A palestra durou cerca de duas horas e teve
uma hora e meia para perguntas e respostas. Os presentes
mostraram-se muito curiosos sobre como seria possível abordar
o inconsciente de forma consciente, sobre a diferença em
relação à hipnose, e se seria possível, crianças que sofreram
abuso sexual, serem ajudadas através da ADI e de que maneira
isso poderia ser feito.
O interesse gerado pela palestra, e sua repercussão foram
imediatos. Fatih Ozorpak, coordenador de atividades acadêmicas
e um dos principais organizadores do evento, recebeu uma
ligação do ministro das famílias, da Turquia, interessado na
ADI enquanto uma tecnologia social que poderia contribuir
no trabalho com as famílias no país. Além disso, a professora
Reyhan Daglar, de Fatih Universidade, mostrou-se interessada
em vir para o Brasil para fazer a formação no método ADI/TIP.
Todo esse trabalho é fruto das sementes lançadas pela
Dra. Renate em 1999, quando, através de um contato próximo,
ela concedeu uma entrevista ao Jornal Zaman. Dez anos mais
tarde houve um reencontro, desta vez no Brasil. Em um jantar
informal com a Dra. Renate, viram na ADI uma possível ponte
entre cristãos e muçulmanos.
A experiência de lançar um olhar
sobre a espiritualidade
Istambul é uma cidade extremamente moderna, mas que
mantém suas tradições bem preservadas. Apesar do curto tempo
de viagem, foi o suficiente para as psicólogas participarem e
vivenciarem um pouco da cultura, religiosidade e espiritualidade
deste povo predominantemente muçulmano. Como salientado
pela própria Eunides: “Ficamos encantadas com tudo o que conseguimos apreender da cultura da Turquia, mas especificamente,
pelo calor humano e o respeito à diferença, que também faz
parte de nossos objetivos na FUNDASINUM e, portanto, de nossa
maneira de ser”. Embora a visitação do público às mesquitas
durante as orações não seja permitida, as duas palestrantes
foram autorizadas a entrar na Mesquita Azul, a maior e mais bela
mesquita de Istambul, no momento de uma das orações do dia.
“Ao entrar na mesquita, já era possível sentir o clima diferente,
que nos inundava de paz e convidava à oração. Sentimos uma
maravilhosa experiência de Deus, que transcende raça, cultura e
religião, e se faz presente diante daqueles que o amam e o invocam
de coração sincero. Não havia outra palavra em nossos lábios a
não ser: Deus está aqui! Em outra mesquita, já na área reservada
às mulheres, as muçulmanas nos convidaram a nos colocar ao
lado delas, em fila, para fazermos juntas a oração. Realizamos
com elas os gestos rituais durante a oração, vivenciando mais
uma vez, uma profunda experiência de Deus. O amor que
emanava daquelas pessoas nos levou a um estado de graça e
alegria, pois foi uma experiência de unidade, que confirmou em
nossos corações o que já sabíamos: somos todos filhos amados
de um mesmo e único Deus”, relatou Mathilde. Eunides também
descreve sua experiência: “Tocou-nos, em especial, o momento
em que entramos para rezar na mesquita, o que era de nossa
vontade, um desejo sincero de nosso coração. Seguimos o ritual
da oração com a alegria de quem faz parte de uma mesma família
- apesar de sermos estrangeiras - ou seja, a família de Deus.
O mesmo Deus de amor e o mesmo ser humano, em que tudo o
que importa é a atitude de amar. Foi um momento profundo de
respeito e amor à diferença e de identificação com o que nos liga
em comum: a busca de Deus e da nossa própria humanização”.
Mesquita em Istambul - local
que proporcionou experiências
de fé e acolhida
Esta experiência de ambas fora compartilhada com a
Dra. Renate, que muito se alegrou com os relatos e salientou a
importância de percebermos a realidade que unifica as diversas
religiões, os diversos povos, os diversos pensamentos. E como
a ADI realmente pode ser esta ponte não só entre cristão e
muçulmanos, mas entre as pessoas como um todo, pois ela
possibilita a compreensão profunda de si e do outro, nos
abrindo assim à verdadeira dimensão do amor. E este é o
nosso chamado, levar esta ferramenta de amor para o mundo,
para resgatar a humanidade que sofre e abrir às pessoas um
novo horizonte de vida mais livre e plena.
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Equipe da FUNDASINUM
entrevista diretora técnica da
Biblioteca Virtual em Saúde Psicologia (BVS-Psi)
Armazenamento de dados, caminhos
da Psicologia no Brasil e novas práticas
terapêuticas foram temas do bate-papo
com a diretora da BVS
Maria Imaculada Cardoso Sampaio concedeu uma entrevista ao
Jornal FUNDASINUM na II Mostra Nacional de Práticas em Psicologia.
Em uma conversa agradável, a diretora técnica da Biblioteca Virtual fala
sobre os avanços da Psicologia, pensa a profissão no futuro e argumenta
sobre a importância de se pesquisar em fontes seguras, como exemplo
a base de dados da Biblioteca Virtual (BVS-Psi).
Maria Imaculada Sampaio é doutoranda em Psicologia Experimental
no Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, possui
mestrado em Ciência da Informação e Documentação pela Escola de
Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (2005). Atualmente
é Diretora da Biblioteca do Instituto de Psicologia da Universidade de
São Paulo. Coordena a Biblioteca Virtual em Saúde - Psicologia (BVS-Psi)
e a Biblioteca Virtual da União Latino Americana de
Entidades de Psicologia (BVS ULAPSI). Docente do
Curso de Especialização em Gerência de Sistemas e
Serviços de Informação, da FESP. Possui experiência
em Gerenciamento de Serviços de Informação;
Avaliação da qualidade em Serviços de Informação,
Bibliotecas Virtuais e Gestão da informação.
Acompanhe os detalhes da entrevista.
FUNDASINUM: Hoje nós estamos fechando
esse grande evento que é a Mostra Nacional
de Práticas em Psicologia. Gostaríamos
de saber que avaliação você faz deste
acontecimento?
Imaculada: A mostra é uma verdadeira festa
da Psicologia brasileira, nós temos o Brasil todo
integrado para conhecer o que a Psicologia fez e
traçar os rumos do que a Psicologia precisa fazer
nos próximos anos. Já fizemos muito, precisamos
fazer muito mais!
FUNDASINUM: Estamos aqui nesse stand belíssimo da BVS-PSI,
onde podemos conhecer um pouco mais sobre a base de dados
tão vasta que existe na Psicologia. Que perspectiva nós temos
com relação às publicações da Psicologia na atualidade?
Imaculada: A Psicologia brasileira, ganhou uma qualidade de
publicação nos últimos anos que é notável, então nos últimos quatorze
anos a Psicologia revolucionou a sua forma de apresentar os seus
resultados em publicações. A área de Psicologia tem atualmente revistas
indexadas nas principais bases de dados, isso é o reconhecimento da
produção nacional publicado em revistas, sendo que até quatro anos
atrás nós não tínhamos revistas nas bases de dados que mostram o
conhecimento mundial, como por exemplo, a Web of Science. Hoje
nós temos revistas brasileiras visíveis nessas bases de dados. Então, o
conhecimento científico gerado no Brasil é modelo atualmente para a
América Latina e hoje nessa Mostra nós estamos expandindo nossos
horizontes para a África, tanto em relação à biblioteca virtual quanto
às suas publicações, o seu jeito de funcionar. O Conselho Federal vai
orientando os países da América Latina e agora da África na construção
de uma Psicologia validada, certificada e reconhecida.
Fundasinum
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FUNDASINUM: Como você imagina que nós podemos
trabalhar nesses próximos anos para contribuir com essa
Psicologia validada e certificada?
Imaculada: Conhecendo o que a Psicologia brasileira já fez! Então,
para isso a biblioteca virtual é importantíssima, porque ela registra o
que a Psicologia brasileira fez nos últimos cinquenta anos, ou até mais.
E também estando presente nos eventos, nas atividades que o Fórum
das Entidades Nacionais da Psicologia Brasileira (FENPB) promove, que
as sociedades de Psicologia e o Conselho Federal promovem, ou seja,
estando perto, estando integrado, estando acompanhando a evolução
da Psicologia. A Psicologia brasileira dentro da área de bibliotecas virtuais
é a área temática mais reconhecida e isso se dá porque a Psicologia
brasileira se uniu, se integrou e se fortaleceu, ela caminha junto. Então,
quem quer estar presente na Psicologia dos próximos anos tem que
estar junto com esse movimento forte da Psicologia brasileira.
FUNDASINUM: E seria essa então a perspectiva também
para as novas práticas? Se nós pensarmos em cinquenta anos
de práticas de Psicologia temos muitas práticas emergentes e
novas propostas terapêuticas também. Qual é sua visão com
relação a essas outras atividades da Psicologia?
Imaculada: As práticas psicológicas vão se ampliando, elas vão
inovando, mas elas precisam ser feitas baseadas em evidências. Então,
não se faz prática profissional sem ter um olhar para o que se está
fazendo no mundo, em relação a essas práticas. É importante para todo
gestor de política pública, para toda pessoa que vai iniciar uma nova
prática conhecer fontes de informação, biblioteca virtual para o Brasil
e as bases de dados internacionais para aprender com o que se faz lá
fora, tirar o que for melhor e aplicar nas práticas
psicológicas. A Psicologia precisa se apoderar de
uma ferramenta chamada Psicologia Baseada em
Evidências e se apoderar das melhores evidências,
ou seja, os melhores artigos científicos e usar na
sua prática profissional. O que não é permitido é
que um psicólogo atue na sua prática profissional
com o conhecimento que ele obteve na faculdade
há dez anos, isso não é mais permitido! Então o
psicólogo que está na clínica, que está na prática
profissional tem que se apoderar do conhecimento
validado, certificado e atualizado.
FUNDASINUM: Você pode nos falar um
pouco mais sobre Psicologia Baseada em
Evidências, que é um assunto que tem sido discutido mais intensamente nos últimos anos?
Imaculada: A Psicologia Baseada em Evidências
está utilizando os conceitos, as guias, as normativas
da Medicina Baseada em Evidência para aplicar na Psicologia as práticas
profissionais das políticas públicas. Mas o que são boas evidências?
São bons resultados de pesquisas publicados em boas revistas. Então,
a Psicologia Baseada em Evidências vai olhar para o conhecimento
científico de qualidade para aplicar tanto na sua prática clínica quanto na
gestão de novas políticas para a área, ela utiliza o conhecimento validado
e certificado para avançar na área. Certamente nós ouviremos muito nos
próximos anos falar de revisão sistemática, de metanálise, de Psicologia
Baseada em Evidências.
FUNDASINUM: Por fim, que mensagem você deixa para os
pesquisadores psicólogos?
Imaculada: Bons pesquisadores são bons usuários de fontes de
informação. Os pesquisadores, os psicólogos precisam conhecer as
fontes de informação e por isso precisam buscar bibliotecas, porque
é o bibliotecário que tem as ferramentas e pode apresentar. Então
busquem ajuda das bibliotecas pessoalmente ou então virtualmente,
muitas bibliotecas já promovem o atendimento online sem restrição,
o usuário pode entrar e perguntar. Aproximem-se desse conhecimento
científico! Pesquisador que não conhece fonte de informação é
pesquisador pela metade!
Fundasinum
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Possibilidades positivas do uso
da ADI no contexto da Medicina
Dando sequência ao registro das palestras
proferidas no XI Congresso Nacional da
ADI, resumimos abaixo as principais ideias
apresentadas pela Dra. Helenice Muniz.
Helenice é ex- professora da Escola de
Medicina da Universidade Federal de
Vitória e mestre em Psicologia Social, que
relata sua experiência na utilização dos
recursos da ADI na prática da Medicina
Dra. Helenice Muniz iniciou sua exposição no XI
Congresso Nacional da ADI explicando aos participantes
que é comum os pacientes procurarem os profissionais da
área médica trazendo suas sintomatologias e sofrimentos
em especial na área física, mental, comportamental, com
vistas a tentar entender “por que estou doente” ou “como
que é o mecanismo dessa doença“. Contudo, a experiência
clínica vem demonstrando que a pessoa quer, no fundo,
muito mais do que uma simples explicação do processo
psicopatológico ou fisiopatológico que a medicina, com
muita propriedade, se propõe a disponibilizar. E, nesse
sentido, é que se consegue enxergar uma contribuição
especial e complementar da ADI, que não só tem recursos
para essas respostas, mas ajuda as pessoas a trazer essa
resposta de dentro de si e, ainda, permite que essas
respostas ajudem-no a “reorganizar” o que estava “desorganizado”.
A ADI, portanto, explicou Dra. Helenice, com seus recursos para
atingir o nível humanístico, demonstra que as pessoas, em função de
sofrimentos, constroem decisões que adoecem o seu ser, “de dentro para
fora”. O físico é a última instância de manifestação dessa “desorganização”
interna. Os recursos da ADI permitem a compreensão do processo no nível
de ser da pessoa permitindo que ela seja capaz de “estabilizar” processos
de desenvolvimento de suas doenças a partir da mudança de suas decisões.
Assim, trabalhar além do psicofísico implica trabalhar no nível dessa
interioridade do ser humano, ou seja, como nos ensina a Dra. Renate,
através de seu “Eu-pessoal“. Não adianta, portanto, simplesmente, realizar
uma terapia sobre o psicofísico, porque ali está apenas “fato sofrido”, e
não “a decisão” a partir da qual a pessoa é capaz de encontrar um sentido
de vida e conquistar motivações para “mudar” as decisões para o “adoecer”.
Nesse sentido não se fala em “cura”, mas em “remissão dos sintomas” das
decisões que estavam adoecendo essa pessoa.
A escola médica tradicional forma-nos dentro de uma cultura que
estabelece o processo de adoecimento como sendo de “fora para dentro“.
Ela é “atacada” de fora. Assim, todo tratamento precisa também vir de fora.
Hoje, a gente sabe que não é bem assim. Mas nem por isso, desconsideramse aqui os recursos de tratamento “de fora para dentro” que a medicina, de
forma meritória e indispensável, vem desenvolvendo ao longo dos séculos.
Isso seria um absurdo. O que apresenta-se aqui é um conhecimento
complementar. Apenas para exemplificar essa complementaridade, explica
Dra. Helenice, basta lembrar o exemplo, dentro de nosso trabalho, de uma
pessoa que quer se submeter ao processo de intervenção terapêutica da
ADI e, no entanto, chega aos nossos consultórios em estado de depressão
grave. Nada é possível ser feito até que seja medicado com um recurso
bioquímico que vai atuar “de fora para dentro” para estabilizá-lo, e permitir,
depois, que possa interagir com o profissional que vai tentar ajudá-lo.
Estima-se que apenas 80% das doenças que a medicina consegue
diagnosticar são psicossomáticas. Ou seja, não se encontra uma explicação
física para a sua gênese, como seria, por exemplo, uma “lesão de uma célula”.
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Essas constituem doenças que elevam os gastos públicos com a saúde,
pois disparam uma coletânea de exames que, normalmente, não vão nos
ajudar a identificar uma “lesão da célula”, ou uma “lesão anatômica”, e a
pessoa que veio para o tratamento tende a continuar doente. Em algum
momento o paciente faz um câncer. Assim eu pergunto, diz Dra. Helenice:
“como fica a medicina? Reduzida aos 20%? Isso demanda uma resposta,
pois esse paciente tende a continuar adoecido, e a medicina tende a só
tratá-lo sintomaticamente, ou seja, administrando um analgésico, um
antidepressivo, ou outra solução de cunho paliativo”.
Dra. Helenice resgatou o que costuma dizer a Dra. Renate, ou seja, que
a ADI é um instrumento de humanização das pessoas. O que acontece após
o processo de humanização, pode ser uma surpresa até para os próprios
terapeutas. Assim, quando há cura, ela é uma resposta do processo de
humanização que a própria pessoa conquistou através de sua terapia.
Assim, reforça que, enquanto o homem não entender que a
humanização se faz com recursos de sua capacidade de amar e que esse
é o segredo do equilíbrio e do bem-estar físico, psíquico e humanístico,
ele vai continuar tentando vencer as doenças com
medicamentos, deve colher poucos frutos, porque a
pessoa precisa ser atendida em todo o seu ser, de forma
integral. Helenice explica que “a medicina se preocupa
muito com a doença, mas esquece do doente”. É preciso
dar atenção diferenciada a esse aspecto. Aí vale o
acolhimento, o amor que se compromete com a pessoa
que nos procura, que vê a dor do outro, que experimenta
essa dor, que quer o bem do outro, que toca o paciente,
que o escuta com paciência, sem preconceitos, sem préjulgamentos, que age com amor, com coração e que se
reproduz esse espírito com gestos.
“Nesse ponto me perguntei”, disse Dra. Helenice, “aos
meus colegas médicos: por que não buscar, então, dentro
do próprio mecanismo o que produziu o mal funcionamento, encontrando
no próprio indivíduo, um meio de reverter esse processo para que volte a
funcionar nos moldes fisiológicos, como era pra ser?“ Esse é o papel do
médico que trabalha junto para acompanhar o processo de adoecimento
TIP-terapeuta: estar lá vendo qual foi o processo de adoecimento, sobre
o ponto de vista físico, tentando contribuir, à luz da medicina, não só
para verificar o que aconteceu, mas, principalmente para ver se existe ali
naquele físico um meio de reverter esse processo. Através da terapia ADI
o paciente consegue fazer mudanças, tomar novas atitudes e decisões, e
conquistar a remissão de seus sintomas. Contudo, sem a atuação médica,
não se vai saber qual processo aconteceu ali. Pergunta aos participantes,
Dra. Helenice: “ah, mas pra quê se precisa saber?“. Ela mesma responde:
“por uma postura responsável, esse é um conhecimento que precisa estar
registrado, nem que seja para ser daqui a cinquenta ou cem anos, pois não
há dúvida que vamos ter essa conversa com a ciência amanhã. A gente não
tem nem noção do grau de contribuição que esses conhecimentos irão
representar para a ciência, para a medicina e, em especial, para a medicina
preventiva.“
Veja-se que o paciente quer se curar. Ninguém quer ficar com um
câncer. As pessoas não fazem opção por adoecer. Mas fazem escolhas
que adoecem. São essas as escolhas que precisam ser mudadas. Quem é
que pensou que determinada escolha estaria desenvolvendo um câncer,
um déficit de atenção ou uma leucemia mais tarde?
Após diversos exemplos práticos colhidos em sua vasta experiência
clínica, Dra. Helenice concluiu explicando que nosso corpo precisa
evoluir e crescer. Explicou que nosso “Eu-pessoal“, no entanto, apesar
de já estar completo, acaba sendo bloqueado por diversos motivos.
Portanto, precisa-se devolver à pessoa aquilo que ela era originalmente,
como pessoa. Talvez essa seja uma de nossas missões com a ADI, seja
na medicina, ou em qualquer outro segmento de aplicação do método:
ajudar todas as pessoas a desempenharem seus dons na totalidade de seu
potencial e, assim, realizarem, o que têm de melhor a realizar, em favor da
humanidade. Sem dúvidas, estaremos dando nossa contribuição para a
melhoria da qualidade de vida de muita gente, além de reduzir os gastos
públicos com a saúde, a educação e segurança pública.
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Depoimentos
Ariadna Patrícia Pinto, especializanda
no método ADI/TIP
Quando a ADI entrou em minha história, eu era ainda uma
adolescente curiosa acerca dos processos inconscientes
humanos, sonhos, paranormalidade, entre outras coisas.
Em 2011, após uma virada em minha vida, já casada e mãe de
duas filhas, por um desses entrelaçamentos de Deus, tive um
reencontro com o método ADI/TIP e pude constatar sua evolução
nesses anos. Foi um resgate para mim. Cheguei esgotada e
entristecida, decepcionada comigo, com as escolhas que fiz
em algumas áreas, tudo em mim parecia funcionar apenas no
limite da sobrevivência, estava desistindo até de acreditar. O que
me mantinha eram meu marido, minhas filhas, meu trabalho
e a oração. Por causa deles, eu disse sim à oportunidade que
se apresentava e decidi iniciar a terapia para então fazer a
formação no método. Tudo foi muito diferente da primeira
vez. Através da terapia eu descobri e vivi na alma coisas das
quais eu vinha fugindo toda uma vida e, pior, acreditando que
já estivessem bem mais resolvidas ou desviando-me delas como
se não tivessem solução e fossem literalmente me assombrar
a vida inteira. Onde achei que tinha encontrado uma saída,
constatei apenas um acordo entre partes e ainda convivia com
angústia, insegurança, ansiedade e dúvidas sempre presentes
num constante desgaste das minhas forças para conseguir
fazer aquilo que me sentia impulsionada a fazer, apesar da
falta de paz. Eu ignorava meus sentimentos e seguia em frente,
o trabalho e as missões davam certo, graças a Deus, mas eu
não me sentia e nem me percebia inteira e parecia que lutava
sozinha. Eu disfarçava bem minhas dores e algumas eu não
conseguia encarar porque pareciam maiores do que eu.
Durante a terapia, resgatei o sentido de mim mesma e de cada
uma de minhas escolhas, mas o principal foi experimentar com
o coração, bem diferente de simplesmente saber que muitas
coisas que se apresentavam para mim como impossíveis de
superar ou tarde demais pra tentar não são assim, fui eu quem as
coloquei dessa forma e posso rever e decidir diferente. Perceber
ao vivo a constante presença da Luz, sempre esperando que eu
olhasse para ela me apontado o caminho foi como ressuscitar.
Fico me lembrando da história da bela adormecida que, ao
acordar, tudo estava lá esperando por ela e apesar do sono de
100 anos, ela continuou a ser o que sempre foi, a ser o que foi
chamada a ser verdadeiramente e, uma vez consciente, podia
viver na alegria de ser o que se é em constante transformação e
descoberta, vivendo integralmente, sendo gente. Ainda tenho
uma caminhada a fazer e espero que seja longa e fecunda,
aliás após a terapia consegui engravidar novamente depois de
várias tentativas e graças a Deus estou em formação no curso
e na vida com mais certeza de ser fruto da vontade de Deus e do
amor, então tenho mais força para vencer o que ainda preciso.
Que Deus nos abençoe e que nos deixemos conduzir pela luz
e não pelos nossos enganos. É uma premissa que nenhum
ser humano sobrevive sem amor, então se estamos vivos ele
existe em nossa história mesmo quando não o percebemos.
O amor é em nós, e tomar consciência dele nos torna capazes
de encarar os medos que temos. A terapia é um bom caminho
para acessar construtivamente essa verdade, mudar e deixar
essa mudança se refletir aos poucos a nossa volta. Como diz
a música de Osvaldo Montenegro, “que a força do medo que
tenho não me impeça de viver o que anseio”.
Fundasinum
Informa
Testemunho Maria Amélia Garcia Vera atendida por Lia Divan
Mi nombre es María Amelia García Vera, soy de Perú y tengo 45 años.
En el año 2001, fui diagnosticada con Diabetes Tipo II, teniendo
que cambiar mi dieta por completo, iniciar una rutina de ejercicios,
medicarme esporádicamente para bajar la glucosa y controlarme
todos los días con un glucómetro. Luego, en el año 2005, me sufrí un
ataque isquémico transitorio, a raíz del cual me hicieron una serie de
análisis y éstos arrojaron que presentaba Síndrome Antifosfolipídico,
Deficiencia de Antitrombina y Déficit de Proteína S, por lo cual me
diagnosticaron con Trombofilia.
Por éste último cuadro, mi vida cambió mucho más pues aparte
de la medicación que tomaba, tuve una dieta aún más estricta,
siempre me sentía cansada, pues presentaba cuadros constantes
de anemia, teniendo que tener transfusiones esporádicas de Fierro,
controlarme todas las semanas, tener ingresos constantes a la clínica
por hemorragias e infecciones, etc. Todo esto con un pronóstico de
desarrollar Lupus con el tiempo.
Luego, de un tiempo caí en cuenta de que estas dos enfermedades
eran congénitas, una del lado de mi familia paterna y otra del lado
de mi familia materna. El Padre Angelo Costa, me pidió que hiciera
un árbol genealógico y que haría oración de sanación, pero en
forma paralela me habló de la Doctora Lía, una psicóloga brasilera
que tenía un método para sanar las heridas que arrastramos en el
inconsciente.
Así, pues, en el año 2009 decidí hacer la Terapia de Integración
Personal. En dicha terapia fueron saliendo heridas que tenía desde
el vientre de mi madre, y otras que arrastraba mi familia por
generaciones, descubrí los dones que Dios me había dado y cada vez
me sentía más reconfortada a nivel emocional y espiritual.
Al terminar la terapia, yo estaba segura que me sanaría y Lía me
indicó que esta sanación se daría, pero que era como un árbol
que estaba enfermo y cuyas raíces habían sanado, pero que está
sanación se daría paulatinamente hasta llegar a las ramas y hojas
del mismo. Y así sucedió fui mostrando mejoría de a pocos, hasta
que me retiraron la medicación en el año 2010, me hice varios
tipos de pruebas, de sangre, tomografías, etc. y el médico me dijo
que no sabía qué había pasado, pues se suponía no había cura,
pero que ya no aparecía ninguna de las deficiencias o síndromes
en la sangre. Asimismo, me hice una prueba de Tolerancia a la
Glucosa, y la diabetes también había desaparecido.
Hoy siento que Dios muchas veces quiere actuar en nosotros, pero que
somos nosotros quien nos aferramos a las heridas internas a las que
estamos tan acostumbrados y a las que las traemos genéticamente, que
las asumimos como parte de nosotros y las manifestamos en nuestro
organismo. Creo que la Terapia me dio la posibilidad de perdonarme
y perdonar, a fin de sanar las heridas, rompiendo la cadenas, no sólo
para mí si no para las generaciones que vendrán después.
Depoimentos presentes na Avaliação de Qualidade, em 2012:
1) Confesso ter sido a experiência mais profunda e maravilhosa que
já senti.Sensação de completo bem estar físico e emocional. Sinto-me
mais confiante, bonita e com a sensação de que sou amada e sou
capaz de amar. Hoje sou capaz de indicar a terapia a todas as pessoas
que amo e quero bem.
2) Só tenho a agradecer por ter conhecido a clínica. Antes de
chegar estava um “caco“. A TIP seria um instrumento do qual eu
poderia beneficiar-me ou não, dependia de mim. Escolhi acreditar
no instrumento (método ADI/TIP) e nas pessoas. Continuem servindo
como fazem, fé sem obras é inexistente e vocês começaram porque
acreditaram que daria certo.
Fundasinum
página 7
Informa
Calendário de eventos da FUNDASINUM para o ano de 2013
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FEVEREIRO
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9 •Semana do Carnaval (9 a 12/02)
1 •Confraternização Universal
18 •Prática de Atendimento e Supervisão
2 •Recesso (2 a 11/01)
de 4 pacientes e Individual
(18/02 a 01/03)
14 •Acompanhamento de Atendimento
dos Preceptores (14 a 25/01)
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1 •Dia do Trabalho
3 •Data final para entrega do caso
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•Palestra ADI/TIP
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27
de mais um video caso da Dra. Renate
(03 a 12/04)
15 •Atend. de 4 pac. s/ supervisão (gravação
de caso para avaliação) (15 a 26/04)
16 •Belo Horizonte/MG •Palestra ADI/TIP
•Prc. Eunides Almeida
21 •Tiradentes
29 •Reunião Técnica Mensal
29 •Tempo p/ digitação do caso a ser
entregue no dia 03/05 (29/04 a 02/05)
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16 •Belo Horizonte/MG
20 •Belo Horizonte/MG
29 •Reunião Técnica Mensal
26 •Reunião Técnica Mensal
29 •Palestra no Rio de Janeiro/RJ
•Palestra ADI/TIP
Cancelada
•Palestra ADI/TIP
•Prc. Maria Clara
•Palestra ADI/TIP
•Prc. Célia Marra
21 •Belo Horizonte/MG
S
3 •Acomp. de Atend. dos preceptores ou
18 •Belo Horizonte/MG
•8º CONPSI (08 a 11/05)
•Gerlaine Rosa
D
JULHO
da FUNDASINUM
8 •Fortaleza/CE
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29 •Paixão
17 •Reunião do Cons. Curador
digitado e gravado
S
4 •Acompanhamento dos Atendimentos
dos Preceptores (04 a 15/03)
junho
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25 •Reunião Técnica Mensal
MAIO
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•Prc. Célia Marra
Individual 7ª Etapa (28/01 a 08/02)
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19 •Belo Horizonte/MG •Palestra ADI/TIP
28 •Prática de Atendimento e Supervisão
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T
sup. na 3ª,6ª,9ª ses. (18/03 a 02/04)
•Palestra ADI/TIP
•Prc. Célia Marra
•Palestra ADI/TIP
•Prc. Eunides Almeida
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18 •Prática de Atendimento de 4 pac. e
19 •Belo Horizonte/MG
15 •Belo Horizonte/MG
D
ABRIL
“O relacionamento na Família”
•Palestra Maria Clara Jost
Local: Ed. João Paulo II, Rua Benjamin
Constant, 23, 2ºandar, Glória, 19:30h
24 •Reunião Técnica Mensal
27 •Reunião Técnica Mensal
30 •Corpus Christi
setembro
outubro
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7 •Independência do Brasil
10 •Belo Horizonte/MG
•Prc. Eunides Almeida
14 •Belo Horizonte/MG
•Prc. Eunides Almeida e Helenice Muniz
17 •Belo Horizonte/MG •Palestra ADI/TIP
•Prc. Célia Marra
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12 •N.S. Aparecida/Padroeira do Brasil
15 •Belo Horizonte/MG •Palestra ADI/TIP
•Prc. Eunides Almeida
18 •Belo Horizonte/MG
•Curso de Base (18 e 19/10)
•Curso de ADI-O (20/10)
•Curso de ADI-P (21 a 25/10)
•Preceptores Assistentes
23 •Aracaju/SE •43ª SBP (23 a 26/10)
•Gerlaine Rosa
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2 •Finados
2 •Belo Horizonte/MG
•Oficina ADI para Famílias (02 e 03/11)
15 •Proclamação da República
16 •Belo Horizonte/MG
•Curso ADI na Família (16 e 17/11)
•Prc. Eunides e Helenice
19 •Belo Horizonte/MG
•Palestra ADI/TIP
•Prc. Maria Clara
25 •Reunião Técnica Mensal
8 •Feriado Municipal-BH
N.S. Imaculada Conceição
17 •Belo Horizonte/MG
•Palestra ADI/TIP
•Prc. Célia Marra
25 •Natal
Fundasinum
página 8
Informa
O que é o Método ADI/TIP?
O MÉTODO ADI/TIP
A Fundação de Saúde Integral Humanística - FUNDASINUM credencia unidades de atendimentos identificadas como “TIP Clínicas”
para a aplicação do método Abordagem Direta do Inconsciente por
meio da Terapia de Integração Pessoal (ADI/TIP), utilizada nesse processo
como recurso complementar à Psicoterapia Fenomenológico-Existencial.
A proposta desse processo é de uma vivência terapêutica que possibilita
a descoberta das conclusões pessoais (códigos existenciais), elaboradas
pela pessoa, no nível inconsciente, sobre as situações, sobre os outros e
sobre si mesma, a partir de determinadas experiências vividas. Da mesma
maneira, pela possibilidade de acesso aos fatos psíquicos geradores do
sofrimento e de conclusões negativas, esses registros são passíveis de serem
decodificados, também pela própria pessoa, no momento da terapia.
A ADI/TIP é a aplicação clínica do método Abordagem Direta do
Inconsciente (ADI) que se dá pelo processo de intervenção terapêutica
denominado Terapia de Integração Pessoal (TIP). A TIP é um processo
terapêutico e de pesquisa, que torna possível, por meio de uma técnica
especial de “questionamento”, dirigido à vasta ramificação de sintomas
de ordem psíquica, física e existencial. Com a ajuda da mesma técnica,
realiza-se a decodificação das causas primeiras do sofrimento, também
na interioridade humana, o que, por sua vez, conduzirá à remissão das
manifestações externas, de problemas “psiconoossomáticos”.
Em outras palavras, a ADI caracteriza-se pela pesquisa direta, consciente
e questionadora do inconsciente e hoje abre para várias outras aplicações
de ordem prática. Resumidamente distingue-se o processo pelos seguintes
aspectos: pela abrangência terapêutica integral do ser humano; pelo
“questionamento” sobre a interioridade humana ou sobre o inconsciente
“noológico”; pela identificação de núcleos sintetizadores chamados “frases
registro”; pela possibilidade de ação terapêutica sobre esses núcleos e dos
efeitos sobre as ramificações; pela possibilidade de auto-reformulação a
partir do cliente; pela ação indireta sobre pessoas relacionadas ao cliente;
pela ação sobre as crianças, desde o útero materno; pelo efeito preventivo
dos males psicofísicos; pela prevenção de males sociais, como a utilização
de drogas e a violência.
O método ADI/TIP, é um processo que tem por meta não apenas
tratar dos problemas sofridos mas levar a pessoa em terapia à mudança de
atitudes, para a reumanização de si próprio, dos outros e da humanidade.
A orientação fenomenológica existencial aplicada à psicologia clínica
compreende o ser humano como sendo um ser biopsicossocial e espiritual.
Ou seja, o sujeito humano é sempre integral e precisa ser cuidado em todas
as suas dimensões. Nesse contexto, a proposta desse processo é de uma
vivência terapêutica que possibilita a descoberta das conclusões pessoais
(códigos existenciais), elaboradas pelo sujeito, de forma pré-reflexiva, no
nível do inconsciente humanístico, sobre o mundo, sobre os outros e sobre
si mesmo, a partir de determinadas experiências vividas. Assim, não são os
“fatos em si” que se transformam em problemas, mas o que quem viveu
o fato concluiu dele para si mesmo. Isto significa que a pessoa humana
“fenomenologiza” os fatos vividos por ela.
O PROCESSO TIP NA PRÁTICA
Consulta médica inicial:
Todos os candidatos à terapia passam inicialmente por uma consulta
médica, com o objetivo de se conhecer o histórico clínico, prestar orientação
médica e oferecer informações em relação ao tratamento pelo método ADI.
A fase preparatória:
Constitui-se de dois momentos específicos com os objetivos de:
a)liberar as tensões físicas e psicológicas que são potencializadas em
situações de stress e sofrimento e b)treinar a pessoa para o processo
terapêutico ensinando-lhe a “visualizar” a área intuitiva ou inconsciente de
sua mente e descrever os momentos que devem ser tratados ou reforçados.
Faz parte dessa fase preparatória a realização de certos exercícios
importantes como: inversão intra-psíquica: o auto distanciamento do
sintoma; e a atitude de “para-quê” se curar. Ao chegar à sessão de terapia,
o cliente deve saber “atingir conscientemente seu inconsciente”.
Expediente
A Terapia:
A fase terapêutica (Terapia de Integração Pessoal) é realizada normalmente em dez sessões. Perpassam-se, numa média de 10 a 15 sessões,
os diversos períodos vitais: a concepção, a fase do útero materno, a
infância e a adolescência, procurando-se identificar os registros negativos
e buscando-se a elaboração do processo de decodificação dos mesmos.
O cliente pode optar em realizar a terapia em diferentes modalidades.
A implantação dessa diferenciação decorre para aumentar a acessibilidade
de um maior número de pessoas ao tratamento.
É necessário enfatizar que independentemente da modalidade
escolhida é o próprio cliente quem realiza sua terapia. O terapeuta não
interfere no tratamento, apenas objetiva os fatos através do questionamento
tecnicamente orientado, não analisando ou interpretando. Através do
tratamento em nível intuitivo é possível trabalhar os registros negativos
de base relacionados à percepção de problemas afetivos, principalmente
aqueles ligados aos modelos parentais, pais esses que muitas vezes já
estão sofrendo a influência de modelos familiares dos seus próprios pais,
criando-se assim uma cadeia transgeracional, ou seja, que tende a se repetir
paras as próximas gerações, mas que também pode ser trabalhada pela
terapêutica em questão, ampliando-se assim, os benefícios do processo.
Realiza-se, logo após, e também sempre que for necessária, a terapia
de reforço onde, pelo próprio questionamento, reforça-se, checa-se e potencializa-se todas as etapas anteriores. É previsto no procedimento o retorno
ao médico garantindo-se, assim, a qualidade do atendimento realizado.
INFORMAÇÕES ÚTEIS:
Importante: antes de se submeter-se à terapia, verifique na página
da FUNDASINUM se a clínica e o profissional com o qual você deseja
realizar sua terapia estão certificados pela FUNDASINUM para este
atendimento. O nome dos profissionais e clínicas credenciadas estão na
página da internet: http://www.fundasinum.org.br no link “credenciadas”.
A OBRA FUNDASINUM
A FUNDASINUM, Fundação de Saúde Integral Humanística, foi
instituída em 1986 pela autora do método ADI/TIP, com o objetivo de
disponibilizar, através desse processo, a assistência psicoterapêutica
prioritariamente a pessoas em situação de vulnerabilidade social.
A FUNDASINUM tem como objetivo, ainda, desenvolver, pesquisar, divulgar,
formar agentes multiplicadores e tutelar a aplicação do método, o qual visa,
fundamentalmente, à reestruturação física, psíquica e humanística do ser
humano em orientação para o seu sentido existencial. Com esse objetivo a
obra mantém vários serviços: a escola de especialização teórica e prática de
profissionais que oferecem trabalhos voluntários junto a pessoas necessitadas
de TIP; a ampla atuação junto do núcleo social no atendimento a crianças,
jovens e adultos em situação de risco social, através de parcerias com
órgãos públicos; cursos que incluem a “ADI para casais,” com a utilização de
exercícios sobre o nível inconsciente, de revisão do relacionamento conjugal
e vivência do amor.
PUBLICAÇÕES: Leia os livros já publicados por Renate Jost de Moraes
sobre o Método de Abordagem Direta do Inconsciente:
“As Chaves do Inconsciente” (Ed. Vozes, 26ª Edição) de Renate Jost de
Moraes. Descreve a autora, o nascimento e a evolução do processo empírico
que gerou o Método ADI/TIP, ricamente ilustrado com casos clínicos, desde
as primeiras experiências, em 1975 até o lançamento do livro, em 1985.
“O Inconsciente Sem Fronteiras” (Ed. Ideias e Letras, 12ª Edição) de
Renate Jost de Moraes. A autora aprofunda os temas do livro anterior, descreve
os casos de acordo com detalhes da sequência metodológica e acrescenta
temas novos, como as “instâncias humanísticas” reveladas pelo inconsciente e
a “ADI como paradigma científico complementar”. Nesse livro a autora busca
responder sobre os mais angustiantes problemas existenciais do homem
moderno, a partir das respostas dadas pelo inconsciente pesquisado.
Jornal FUNDASINUM - Publicação da Fundação de Saúde Integral Humanística - FUNDASINUM - Diretor presidente: Márcio Albeny Gallo
Rua Musas, 166 - Santa Lúcia - 30360-660 - Belo Horizonte - MG - Tel. (31)3071-0101 - Site: www.fundasinum.org.br - E-mail: [email protected]
Projeto Gráfico: Helô Costa - Diagramação: birodecriacao.com.br
Fotos: Wagner Diló e arquivos da família
Dirigido a seus profissionais, funcionários, clientes e colaboradores.

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