cultura saúde economia turismo alimentação tecnologia
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CULTURA SAÚDE ECONOMIA TURISMO TECNOLOGIA ALIMENTAÇÃO Revista Fórum 1 2 Revista Fórum Revista Fórum 3 Diretoria (Até Janeiro de 2010) Presidente: Roberto Luiz Felinto de Oliveira 1º Vice-Presidente: Maria Sandra Rocha Kayat Direito 2º Vice-Presidente: Marcus Quaresma Ferraz Secretária Geral: Rosa Maria Cirigliano Maneschy 1ª Secretária: Fernanda Xavier de Brito 2º Secretário: Gustavo Quintanilha Telles de Menezes 1º Tesoureiro: Ricardo Alberto Pereira 2º Tesoureiro: Octávio Chagas de Araujo Teixeira Conselho Deliberativo e Fiscal Presidente: Thiago Ribas Filho Vice-Presidente: Estênio Cantarino Cardozo Secretário: Luiz Fernando de Andrade Pinto Conselheiros Membros Efetivos: Carlos Azeredo de Araújo Sérgio de Saeta Moraes Maria Paula Gouvea Galhardo Luiz Felipe da Silva Haddad Peterson Barroso Simão João Felipe Nunes P. Mourão José Roberto P. Compasso Marcio Olmo Cardoso Diretora de Comunicação Social da Amaerj Juíza Katia Cristina Nascentes Torres Assessoria de Imprensa Mariana Bueno – Mtb – MG:06920 Amélia Aben-Athar Contato [email protected] Editora Justiça & Cidadania Av. Nilo Peçanha, 50/Gr. 501, Ed. De Paoli Rio de Janeiro – RJ Cep: 20020-906 Tel / Fax: (21) 2240-0429 8 26 Patrocínio 4 Revista Fórum CAPA Direito à cidadania alimentação Alimentos funcionais Índice LATINLAWYER MAGAZINE DEAL OF THE YEAR 2008 14 combinadas com a assinatura da Eletrobrás, las deve ser duas vezes a altura do “P” de PROCEL. ‘Deal Of The Year’ Jurídico da Petrobras recebe o ‘Deal Of The Year’ de 2008 20 Turismo África do Sul RANJO HORIZONTAL ECONOMIA: Acerte no seu investimento 16 CULTURA: Real Gabinete 18 SAÚDE DA MENTE: Transtornos da mente 22 SAÚDE DO CORPO: Dor cervical 24 VINHOS: As estações do vinho 28 cessidade de se aplicar as assinaturas “Ministério de as expectativas TECNOLOGIA: O pequeno que supera mente a logomarca PROCEL, conforme mostramos uladas a estas assinaturas, com exceção da de CUIDE DE VOCÊ: Harmonia doplaca corpo 30 32 TENDÊNCIAS: Charutos 34 Apoio Ministério de Minas e Energia Revista Fórum 5 Editorial Editorial A partir deste número a nossa revista Fórum inaugura um novo canal de comunicação fundamental com o leitor. O e-mail [email protected] presente ao lado de algumas matérias no exemplar anterior, está à disposição de todos para dúvidas, sugestões e críticas. Apresentamos já nesta edição os e-mails que nos foram encaminhados. A intenção é promover, sempre que possível, uma via estreita com o nosso público para melhor aproveitamento das informações disponíveis na Revista. Desejando cada vez mais a participação de todos na construção de novas ideias, sua opinião é indispensável! A revista Fórum traz ainda uma reportagem especial, sobre o projeto “Começar de Novo”, desenvolvido pela presidência do Tribunal de Justiça em parceria com o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) junto à VEP (Vara de Execuções Penais). O objetivo do programa consiste em garantir a prestação jurisdicional mais célere, gerando o benefício adequado. Trazemos também nessa edição uma matéria sobre o prêmio “Deal Of The Year” concedido à Diretoria da Petrobras pela aquisição do Grupo Ipiranga. À equipe do Dr. Nilton parabenizamos pelo trabalho realizado e pelo prêmio conquistado e agradecemos à Petrobras pelo patrocínio, que possibilitou mais uma edição da revista Fórum, levando aos magistrados do estado do Rio de Janeiro importantes informações do Judiciário fluminense. 6 Revista Fórum ROBERTO FELINTO Presidente da Amaerj Cartas dos leitores Me interessei muito pela reportagem sobre a Casa do Saber e gostaria de saber quais são os próximos cursos programados. Patrícia Khaddour Pinheiro Um dos destaques da programação do 1º semestre é o curso “Somos todos ilegais?”, com o professor de Direito Constitucional da Escola de Direito da FGV e membro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Joaquim Falcão, que é formado em Direito pela PUCRio, mestre em Direito pela Harvard University, e doutor em Educação pela Universidade de Genebra. O curso irá abordar leis, decretos, normas de todas as espécies que fazem parte do dia-a-dia dos cidadãos, donas-de-casas, empresas e governos. É possível, estatisticamente, obedecer a todas? Ou a qualquer momento podemos ser fiscalizados, processados e julgados como ilegais? Neste cenário, o que podemos esperar do Poder Judiciário para defender eficientemente os direitos da sociedade, dos cidadãos e dos próprios governos? Devemos sempre buscar a justiça? E os custos, a demora e a incerteza? Quais os limites do Judiciário e as alternativas disponíveis? O que causa essa abundante proliferação legislativa e a lentidão da Justiça? Existem alternativas no Estado Democrático de Direito em que vivemos, agora com 20 anos de nova Constituição? Para conferir a programação completa da Casa do Saber, acesse o site www.casadosaber.com.br ou ligue para (21) 2227-2737 Fiz questão de ler de capa a capa a revista Fórum, da Amaerj. Achei coerente e contemporâneo o novo enfoque que se deu a este instrumento de divulgação dos magistrados do Rio de Janeiro e que deve servir de protótipo para o resto do País. Não era de se esperar outra coisa senão a qualidade incomparável da revista, sabendo que à frente desta entidade está o dinâmico, querido amigo e defensor intransigente da Magistratura carioca, Dr. Roberto Felinto, que hoje é uma referência nacional pela sua coerência, postura firme e pela sabedoria no encaminhamento das questões relacionadas à Magistratura. Juiz Nelson Missias de Morais, pre sidente da Associação dos Magistrados Mineiros –Amagis Moderna, leve, bonita. Esta é a revista Fórum, número 20, que, afastando-se de um conceito já há muito ultrapassado em publicações do gênero, revela uma nova publicação, que não se limita a tratar de assuntos do imediato interesse profissional de seu público-alvo, mas, além desses, outros, atinentes a cultura, conhecimentos gerais, economia, saúde, moda etc. A Amaerj está de parabéns. Para mim, por exemplo, a matéria sobre GPS foi bastante elucidativa para escolha da marca. Desembargador Fernando Foch Revista Fórum 7 capa ressocialização de presos direito à cidadania Mutirão concede benefícios e modifica a situação carcerária no país A 8 Revista Fórum situação carcerária do Brasil é, indiscutivelmente, carente de melhorias. Àqueles que agem de forma ilícita e transgridem as leis não basta simplesmente a condenação à prisão. O regresso à vida em sociedade após a pena cumprida traz consigo, muito além da marca de ex-presidiário, questões que, inicialmente, parecem ficar sem respostas. Como pagará a condução de volta para casa onde morava? Que roupa irá vestir para sair da penitenciária? Será possível conseguir emprego? E, se não conseguir, como poderá viver dignamente, sem precisar recorrer ao crime? Assim sendo, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) está desenvolvendo algumas ações para reintegrar os presos e combater a reincidência. O programa “Começar de Novo”, lançado no fim de 2008, reúne uma série de medidas para modificar a realidade da situação prisional no País, como a realização de mutirões carcerários que avaliam a situação de presos em relação ao cumprimento da pena. O mutirão tem como objetivo a eficácia e a celeridade no processo de execução penal. A pena deve ser cumprida, mas é preciso que o condenado saia da prisão realmente recuperado, de forma que possa se reintegrar à sociedade e ao mercado de trabalho. Tratar o condenado com dignidade e respeito faz com que ele tenha mais chances de ser re-educado, pois vê que é possível se recuperar. Uma instituição penitenciária idônea, que não exceda a capacidade de lotação e que tenha funcionários capacitados, além do emprego de penas condizentes com o ato praticado ou mesmo de penas alternativas, quando possível, também é fundamental para que a recuperação ocorra. E ainda, a sociedade precisa estar preparada para recebê-los, ciente de que através dessa reintegração os índices de violência irão baixar e a qualidade de vida irá melhorar. Diversos países possuem sistemas prisionais que recuperam boa parte de seus internos. No Brasil, várias penitenciárias já fazem esse tipo de trabalho, recuperando e ressocializando os detentos. “ “ Desembargador Luiz Zveiter, presidente do TJ/RJ O objetivo é dar eficiência e transparência ao trâmite processual de controle, análise e concessão de benefícios, e na tarefa de recuperação social do preso e do egresso do sistema prisional. Luiz Zveiter “ A experiência foi muito favorável, um grande aprendizado. Foi possível ver mais de perto o sistema carcerário e, em função desse conhecimento, temos empreendido algumas ações de melhorias. “ Gilmar Mendes Ministro Gilmar Mendes, presidente do STF Revista Fórum 9 “ “ Desembargador do TJ/RJ, Siro Darlan O desembargador Siro Darlan foi um dos coordenadores da ação social realizada durante o mutirão. Mutirão Carcerário – transformação a partir do conhecimento da realidade O Rio de Janeiro foi o primeiro Estado a receber o mutirão, no segundo semestre de 2008, nos presídios Plácido de Sá Carvalho, na capital, Carlos Tinoco da Fonseca, em Campos, e Diomedes Vinhosa Muniz, em Itaperuna. Em seguida, o CNJ repetiu a experiência no Pará, Piauí e Maranhão. Entre os dias 26 e 31 de janeiro de 2009, o Rio de Janeiro recebeu pela segunda vez o mutirão, que foi realizado na unidade prisional Vicente de Piragibe (presídio de Bangu). A parceria envolveu o Tribunal de Justiça, a Defensoria Pública do Estado e da União, a Vara de Execuções Penais, o Ministério Público e a Secretaria de Administração Penitenciária. “Em 10 Revista Fórum relação a outros estados onde já foram realizados mutirões carcerários, a situação do Rio de Janeiro está sob controle. O Estado tem um Judiciário que acompanha”, afirmou o Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Gilmar Mendes. Além da agilização dos processos, durante o mutirão também foram promo vidas ações sociais como atendimento psicológico, orientação jurídica e emissão de documentos. Na solenidade de encerramento, dia 31 de janeiro de 2009, o ministro Gilmar Mendes disse que o resultado foi extremamente positivo. Ao lado do Corregedor Nacional de Justiça, ministro Gilson Dipp, do conselheiro do CNJ Técio Lins e Silva, do então presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, desembargador José Carlos Schmidt Murta Ribeiro, e do então corregedor-geral e atual presidente do TJ/RJ, desembargador Luiz Zveiter, o ministro Gilmar Mendes participou da entrega de documentos e da carteira de concessão de livramento condicional aos apenados. Alguns presos receberam pela primeira vez sua certidão de nascimento e a carteira de trabalho. Segundo dados do CNJ, durante o mutirão foram analisados 1.395 proces sos. O resultado foi o beneficiamento com progressão para o regime aberto de 98 apenados, o livramento condicional de 183 e a redução de pena de 65. Além disso, verificou-se que 90 internos tinham o direito de realizar visitas periódicas a suas residências e seis receberam concessão de trabalho extramuro (fora do presídio). “Não estamos fazendo nada de diferente, estamos apenas cumprindo a Constituição. É um dever do juiz aplicar a pena com eficácia, mas é preciso estar ciente de que os direitos humanos são fundamentais. Estamos fazendo os mutirões e exigindo que haja uma execução criminal digna, compatível com os direitos da pessoa humana, e é isso que estamos alcançando no Rio de Janeiro. Ninguém pode pagar um dia a mais de pena além do que a Lei determina”, disse o ministro Gilmar Mendes. Ele destacou também a questão da ressocialização dos presos. “É um trabalho extremamente importante, de respeito aos seres humanos e à dignidade. E para isso é necessário que a sociedade se conscientize de que, se as pessoas não encontrarem um abrigo e um trabalho, elas voltarão a delinquir. Todos nós estamos sendo transformados a partir do conhecimento dessa realidade”, completou. O desembargador Murta Ribeiro disse que o mutirão é um exemplo maior para todo o País. “Nosso Estado tem se esforçado muito para promover a reinserção social dos internos, mas a execução penal é uma questão de muita complexidade. Há a necessidade do envolvimento de todos, não só das autoridades”, ressaltou. Para o novo presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Luiz Zveiter, “é necessária a participação de toda a sociedade. Nosso objetivo é preparar o Estado para que não precise mais haver mutirões”. No dia 3 de fevereiro, ao tomar posse na presidência, sua primeira medida foi assinar, com o ministro Gilmar Mendes, um convênio de cooperação técnica para estudo, desenvolvimento e implantação de processamento virtual na Vara de Execuções Penais. “O objetivo é dar eficiência e transparência ao trâmite processual de controle, análise e concessão de benefícios, e na tarefa de recuperação social do preso e do egresso do sistema prisional”, disse. O sub-secretário geral de Administração Penitenciária, Coronel PM Ipurinan Calixto Nery, destacou que o poder público do Estado está atento para as condições do apenado. Prestação jurisdicional célere O mutirão funciona da seguinte forma: a Vara de Execuções Penais (VEP) faz uma triagem de todos os processos relativos à unidade prisional escolhida. A Defensoria Pública, junto com os servidores da VEP, analisa cada um deles, separando os que têm condições de oferecer algum benefício ao preso e somente esses são encaminhados para a unidade prisional. Uma equipe de 25 pessoas, entre juízes, serventuários e oficiais de justiça, além de defensores públicos, promotores e seguranças, é remanejada, durante uma semana, para o local onde o mutirão é realizado. Há também assistentes sociais, psicólogos e psiquiatras, vinculados à Secretaria de Administração Penitenciária. “O processo vai para Defensoria Pública, que faz o requerimento de um benefício e o encaminha para a equipe técnica, que entrevista o preso e faz os exames criminológicos. A assistente social, o psicólogo e o psiquiatra conversam com ele e enviam seus respectivos laudos para a Defensoria, que faz um requerimento ao juiz, passa pelo Ministério Público – que opina favoravelmente ou contrariamente ao benefício – e, por fim, o juiz decide. Tudo isso para agilizar a prestação jurisdicional”, explica o coordenador do evento, juiz Rafael Estrela Nóbrega, da VEP. Segundo ele, a ideia é dar continuidade ao projeto, criando um canal de comunicação melhor entre as instituições envolvidas. “Queremos aproximar o juiz do promotor, do defensor e do próprio presídio, bem como da administração presidiária. O mutirão não é para soltar presos, mas para garantir uma prestação jurisdicional mais rápida. Assim, a área de execução penal fica mais assistida, Da esquerda: Izabella Figueira, Carlos Augusto Borges, ministro Gilmar Mendes, Cristina Lajchter, Rafael Estrela Nóbrega, Juliana Benevides, desembargador Roberto Felinto Revista Fórum 11 “ O mutirão não é para soltar presos, mas para garantir uma prestação jurisdicional mais rápida. “ Juiz Rafael Estrela Nóbrega o que é bom para toda a sociedade”, conclui. O juiz federal Erivaldo Ribeiro dos Santos, auxiliar do ministro Gilmar Mendes, esteve no Rio de Janeiro nos dois mutirões e acompanhou o mesmo processo no Piauí, Maranhão e Pará. Ele explica que o objetivo é expandir o projeto, ainda este ano, para Minas Gerais, Paraná, Amazonas, Goiás, Ceará, Acre e Amapá e, futuramente, para todos os estados. Nas vistorias realizadas pelo CNJ em presídios de todo o País, foram encontradas situações das mais comuns às mais insólitas, como prisões superlotadas e até mesmo presos que criavam porcos dentro da cela. “Estabelecemos uma ordem de prioridade em função da superlotação e da quantidade de presos provisórios (aqueles que estão presos mas ainda não tem uma decisão condenatória definitiva). Enquanto a média nacional está em torno de 30%, em alguns estados chega a 74%”, revela. Mas esse critério de escolha não foi levado em consideração no Rio. O trabalho foi feito a partir de um convite do Tribunal de Justiça ao CNJ. “A experiência foi muito favorável, um grande aprendizado. Foi possível ver mais de perto o sistema carcerário e, em função desse conhecimento, temos empreendido algumas ações de melhorias”, diz. Nos mutirões do Rio, apenas a população de presos condenados foi atendida. Já nos outros estados, a prioridade foram os presos provisórios, em função do número exagerado. Rio de Janeiro e São Paulo, apesar de concentrarem 12 Revista Fórum aproximadamente 70% da população carcerária do País, tem um percentual de presos provisórios dentro da média nacional. O Juiz atestou que a situação do Rio é melhor não só em relação à prestação jurisdicional e à decisão dos processos, como também à estrutura carcerária. Inserção no mercado de trabalho A discriminação ainda é o principal fator que atinge quem já passou pelas cadeias. Por isso, um dos objetivos do CNJ com o programa “Começar de Novo” é diminuir o preconceito em relação aos egressos do sistema prisional. A campanha, veiculada em emissoras de rádio e televisão de todo o País – que conta a história fictícia de um homem que foi preso por furto e pagou sua dívida com a sociedade após seis anos na prisão – deixa mensagens como: “Antes de atirar a primeira pedra, é importante saber que ele pagou sua pena e a única coisa que ele quer é uma segunda chance” ou “Dê uma segunda chance para quem já pagou pelo que fez. Ignorar é fácil, ajudar é humano”. A iniciativa do CNJ inclui também convênios com empresas para possibilitar o treinamento e a capacitação dos presos, visando a recolocação profissional, uma vez que, para sobreviver e sustentar a família, muitos ex-presidiários acabam entrando no mercado informal e boa parte volta ao crime, na maioria das vezes por falta de uma oportunidade de emprego. A Cedae (Companhia de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro), iniciou, em 2001, um convênio com a Fundação Santa Cabrini (gestora do trabalho prisional no Estado do Rio de Janeiro), que resultou no projeto “Trabalhando pela Liberdade”. A empresa atua na preservação das bacias dos rios Macacu e Guandu, a partir da recuperação e indução da regeneração da cobertura vegetal de suas margens e do plantio de árvores nativas. Grande parte dos agentes de reflorestamento envolvidos nesse trabalho são apenados que estão cumprindo penas em regime semiaberto e aberto. Através de outro convênio, com a UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio Janeiro), a Cedae promove a qualificação profissional desses apenados e remunera o trabalho dos que já estão exercendo as atividades. Além disso, para cada três dias trabalhados, há a redução de um dia de pena. Uma vez por semana, os apenados frequentam, em horário integral, o campus universitário, onde participam de aulas teóricas e práticas. A Organização Não-Governamental Centro de Integração Social e Cultural (Cisc) também dá oportunidade para os egressos do sistema prisional. No encerramento do mutirão, foram oferecidas 60 vagas aos internos da unidade Vicente de Piragibe. Os interessados serão submetidos a cursos de capacitação. O coordenador de projetos da Cisc, Ronaldo Monteiro, passou 13 anos cumprindo pena e agora atua na reinserção de jovens na sociedade. “Sou uma prova viva de que é possível mudar”, garante. No encerramento do segundo mutirão do Rio de Janeiro, um dos beneficiados com o livramento condicional foi André, preso há três anos e quatro meses. Sem saber ao certo sua idade (por volta de 24 ou 25 anos), recebeu pela primeira vez a certidão de nascimento, a carteira de trabalho, e declarou que não quer mais retornar à vida na prisão. “Agora quero arrumar um serviço”, afirma. Os números dos dois mutirões no Rio de Janeiro demonstram que existe uma demanda reprimida no Estado, mas não é muito grande. “Vários presos receberam benefícios, que foram examinados num prazo mais rápido do que normalmente acontece. Os percentuais demons tram que há trabalho a ser feito. São números significativos diante do volume diário da VEP, mas sabemos que ainda não é o ideal”, conclui o juiz Rafael Estrela. Os mutirões, que tiveram início em outubro passado, procuram analisar a situação individual de cada preso nas Varas Criminais de origem. Recentemente, em fevereiro deste ano, um novo entendimento do STF determinou que ninguém deve ficar preso até o trânsito em julgado da condenação, medida que irá atingir apenas os que já têm condenação em segunda instância. Apenados trabalham para a Cedae Números do mutirão realizado no Rio de Janeiro entre os dias 26 e 31 de janeiro de 2009 PRESOS CONDENADOS – BENEFÍCIOS CONCEDIDOS EXTINÇÃO DA PENA – ALVARÁ DE SOLTURA EXTINÇÃO DA PENA – SEM SOLTURA LIVRAMENTO CONDICIONAL REGIME ABERTO REGIME SEMIABERTO TRABALHO EXTERNO INDULTO REMIÇÃO DE PENA COMUTAÇÃO DE PENA SOMA OU UNIFICAÇÃO DE PENAS EXPEDIDA GUIA DE EXECUÇÃO PENAL TRANSFERÊNCIA DE UNIDADE VISITA PERIÓDICA AO LAR OUTROS BENEFÍCIOS 2 2 183 98 8 6 9 9 65 0 0 0 90 1 TOTAL 473 PRESOS CONDENADOS – SEM BENEFÍCIOS BENEFÍCIO INDEFERIDO PENA EM CUMPRIMENTO REGULAR REGRESSÃO DE REGIME SUSPENSÃO DE LIVRAMENTO CONDICIONAL SUSPENSÃO DE VPL 100 821 0 1 1 TOTAL 923 Revista Fórum 13 deal of the y ear Jurídico da Petrobras recebe o ‘Deal Of The Year’ de 2008 O Departamento Jurídico da Petrobras foi homena geado com o “Deal Of The Year”, oferecido pela LatinLawyer, publicação internacional especializada no mercado jurídico. O reconhe cimento se deve a atuação do setor na aquisição do Grupo Ipiranga, feita pela empresa em conjunto com o Grupo Ultra e Braskem. Essa foi uma das maiores negociações realizadas no País, com valor de US$ 4 bilhões. Foram premiados o Gerente Executivo do Júridico da Petrobras Nilton Antonio de Almeida Maia, o Gerente do Jurídico de Corporativo Nelson Ramalho, e a Gerente Setorial de Novos Negócios Andrea Damiani, além dos advogados Elisaura Fernandes, Diogo Favacho, Antonino Medeiros, Cristiano Gadelha e Fernando Villaça. A compra das empresas do Grupo Ipiranga disputou o prêmio com outros dois finalistas da categoria fusões e aquisições: a compra de plantas de geração elétrica no México pela Gás Natural e a aquisição do segmento de cabos do Grupo Madeco pela Nexans. A publicação também elegeu as melhores operações nas áreas de “corporate finance”, “project finance”, “disputes” e “restructuring”. A escolha foi feita por um júri integrado por advogados especializados. O Grupo Ipiranga era o segundo maior do País e estava atrás apenas da BR Distribuidora. A empresa atuava nos setores de refino de petróleo, petroquímico e de distribuição de combustível. Era responsável pela produção de cerca de 14 Revista Fórum 17 mil barris de refino de petróleo por dia e detinha 15% do setor de combustíveis do Brasil. Somente em 2006, o lucro líquido da companhia foi de R$ 534 milhões e a receita líquida de R$ 30 bilhões. A aquisição da Ipiranga foi planejada em cinco etapas, todas desenvolvidas com êxito pelo Jurídico da Petrobras e demais profissionais envolvidos. A primeira ocorreu com a aquisição das ações detidas pelos acionistas controladores da companhia pela Ultrapar, que atuou como comissária da estatal e da Braskem, nos termos do Código Civil. Depois foram realizadas as ofertas públicas de Tag Along para aquisição das ações ordinárias dos acionistas minoritários e, posteriormente, para o cancelamento do registro profissional de companhia aberta da Companhia Petroquímica do Sul (Copesul). A penúltima fase contou com a incorporação, pela Ultrapar, das ações preferenciais detidas pelos acionistas minoritários. E a última foi realizada com a segregação e entrega dos ativos petroquímicos para Braskem e Petrobras. As etapas da operação passaram a ser implementadas ao mesmo tempo em que a equipe jurídica da Petrobras buscava obter a anuência das autoridades brasileiras de defesa da concorrência, como o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), da Secretaria de Direito Econômico (SDE) e da Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE). O Departamento atuou de modo multidisciplinar, de forma a reverter algumas decisões negativas no meio do processo. Da esquerda: sentados, Elisaura Fernandes, Nilton Maia e Andrea Damiani; em pé, Nelson Ramalho e Diogo Favacho. Na lateral, de cima para baixo Antonino Medeiros, Cristiano Gadelha e Fernando Villaça “ A aquisição da Ipiranga foi planejada em cinco etapas, todas desenvolvidas com êxito pelo Jurídico da Petrobras e demais profissionais envolvidos. “ A aprovação do Cade ocorreu em dezembro último. À unanimidade o órgão reconheceu que a operação não apresentava riscos à competitividade dos mercados envolvidos, desde que observados esses pontos. Dessa forma, o órgão condicionou a validação do negócio à celebração de um termo de compromisso. Para a realização do negócio, a Petrobras entrou com US$ 1,3 bilhões. Com a aquisição, a Petrobras passou a deter 40% dos ativos do Grupo Ipiranga. A companhia também expandiu seu ramo de distribuição de combustíveis onde já detinha a liderança do mercado. A Petrobras já é líder no ranking da distribuição no País desde 1971, por meio de sua subsidiária BR Distribuidora. A expectativa, com a operação, no entanto, é de que aumente sua participação na distribuição de combustíveis em todo o Brasil de 34% para 39%. Revista Fórum 15 economia investimento E m tempos de crise, é importante saber como cuidar das finanças para proteger o dinheiro e até multiplicálo. Alguns fundamentos básicos de investimento não mudam. Um deles é a necessidade de diversificar as aplicações para reduzir os riscos. Mas todos os investimentos possuem prós e contras. Confira a entrevista com Ivando Faria, professor de Finanças da Faculdade de Economia da Universidade Federal Fluminense, coordenador do MBA em Economia Empresarial e consultor da BM&F-Bovespa, Andima e outras instituições do mercado financeiro. Com a crise, o mais importante é conseguir preservar o dinheiro ou ainda é possível multiplicá-lo? Devemos saber separar a pessoa do financista do futurólogo. O financista não é futurólogo. Todos querem que ele seja, mas ele não é. Não há como adivinhar o futuro. Sequências de eventos econômicos têm demonstrado isto, o subprime é somente mais um. O financista é aquele que, sabendo não ter domínio sobre os fatos futuros, aplica os seus recursos disponíveis com base em teorias que auxiliam a tomada de decisão em ambiente de incertezas. Não creio que se possa ter estratégias de investimentos referenciadas em momentos. Qualquer estratégia deve supor que as crises virão de forma inesperada. Algumas diretrizes devem ser seguidas. Cirurgia plástica Qual a melhor forma de aplicação para o pequeno e médio investidor? Vou elaborar uma receita de bolo. O pequeno investidor, primeiramente, deve separar os recursos destinados ao consumo 16 Revista Fórum Previdência complementar no futuro e à previdência. A estratégia de aplicação dos recursos começa pelo planejamento do consumo. Todo o capital poupado destina-se à compra de mais satisfação (vaidades, status, conforto) e segurança (paz, liberdade, manutenção do status). Os capitais separados para uma futura e próxima compra de uma geladeira devem ser aplicados em investimentos de renda fixa de curto prazo com liquidez diária, não devem ser aplicados em bolsa. O ponto central é perceber que os ativos de renda variável (bolsa de valores, por exemplo) rendem mais no longo prazo que os ativos de renda fixa, mas o valor dos ativos de renda variável oscila mais que o dos ativos de renda fixa. Portanto, no curto prazo a renda fixa pode dar um rendimento maior. Investimentos de renda fixa em geral têm baixa volatilidade e quando causam perdas são pequenas e rapidamente recuperáveis. Os ativos de renda variável podem causar sérias perdas de curto prazo de recuperação mais demorada. Devemos evitar surpresas. Observe as recomendações do quadro abaixo: Diversificar as aplicações é realmente o melhor caminho para os investidores? O futurólogo não diversifica, pois conhece o futuro e sabe onde deve aplicar. O financista diversifica, pois sabe que o futuro é incerto. Digo ainda que o ofício do futuro é ser incerto e isso não mudará. Quem imaginaria que um investimento em um hotel em frente a uma bela praia indonésia, com taxas de ocupação elevadíssimas, resultaria em fluxo de caixa zero resultante de uma tsunami? Não acredite que você conhece o futuro. Diversificar é um excelente conselho para investimentos no mundo moderno. Pena que no Brasil temos muitas restrições à diversificação internacional. Qual o perfil financeiro para quem quer optar por investimentos mais conservadores ou mais arrojados? Na minha opinião, não há investidor conservador ou arrojado. Há investimento inadequado. Aplicar em renda fixa com o objetivo de previdência é desperdício. O passado mostra que aplicar em renda variável por um longo prazo (mais do que sete anos) resulta em ganhos expressivos. Se tenho um objetivo de previdência com os recursos e os aplico em renda fixa, estou desperdiçando rendimentos. Se aplico em bolsa de valores recursos destinados a consumo de curto “ “ Como proteger o seu dinheiro e não ser abatido pela crise financeira? A estratégia exposta na pergunta anterior protege o investidor e o deixa preparado para as surpresas que certamente virão. Pode, no máximo, alterar levemente o seu planejamento. O ponto central é planejar o consumo e realizar investimentos de forma compatível com o prazo de realização do consumo. Adaptações devem ser feitas com cuidado em função de uma mudança de planos. Se aplico em bolsa de valores recursos destinados a consumo de curto prazo, posso ser surpreendido por um evento subprime e inviabilizar o consumo. prazo, posso ser surpreendido por um evento subprime e inviabilizar o consumo. O mercado financeiro muitas vezes quer induzir o indivíduo a assumir riscos que não deveria assumir. Não é necessário correr riscos exagerados. Não se deve pôr em risco grandes quantias conquistadas com muito suor. Deve haver um equilíbrio entre o desejo e a precaução. São muitas as armadilhas. O mercado financeiro é um ambiente de complexidade crescente. Para operar fora deste modelo proposto é preciso muito preparo, muito sangue frio. O pequeno investidor, em sua grande maioria, não tem este perfil. Não nos iludamos. Em relação aos investimentos, como devem proceder as pessoas que têm dívidas a pagar? Os endividados no Brasil devem se preocupar exclusi vamente em obter os recursos para pagar suas dívidas o mais rápido possível. As taxas de juros no Brasil são as mais altas do mundo. Comprar a prazo no Brasil, somente se a necessidade de consumo for muito alta. Sempre que possível é preferível poupar e comprar à vista. Ao comprar à vista, barganhe, pois o preço cairá. Se você tem dívidas no Brasil, não é racional ter recursos aplicados. Pague suas dívidas e no longo prazo você verá os efeitos no seu bem-estar. Revista Fórum 17 C ultura REAL GABINETE Sessões solenes presididas por Machado de Assis 18 Revista Fórum E m 14 de maio de 1837, um grupo de 43 imigrantes portugueses do Rio de Janeiro resolveu criar uma biblioteca para ampliar os conhecimentos de seus sócios e dar oportunidade aos portugueses residentes na então capital do Império de ilustrar o seu espírito. Foi a primeira associação desta comunidade na cidade. Logo nos primeiros anos após a sua fundação as direto rias passaram a adquirir milhares de obras, algumas raras, dos séculos XVI e XVII – entre elas um exemplar da edição “prínceps” de “Os Lusíadas”, que pertenceu à Companhia de Jesus de Setúbal; as “Ordenações de D. Manuel”, de Jacob Cromberger, editadas em 1521; e os “Capitolos de Cortes e Leys que sobre alguns delles fizeram”, de 1539. A ampliação da biblioteca fez com que a sua sede mudasse por várias vezes: da casa da Rua de São Pedro foi para a Rua da Quitanda e desta para a rua dos Beneditinos, em 1850. Em 1872, quando a biblioteca já possuía 20.471 obras (ou 44.917 volumes), os dirigentes começaram a pensar na construção de uma sede maior e condizente com a importância da instituição. Para isso, foi adquirido um terreno na antiga Rua da Lampadosa, atual Rua Luís de Camões. As comemorações do tricentenário da morte de Camões (1880) foram o grande pretexto para motivar a colônia portuguesa e levar adiante o projeto. O projeto escolhido para o edifício da atual sede foi o do arquiteto português Rafael da Silva e Castro, com seu traço em estilo neomanuelino, evocando a epopéia dos descobrimentos portugueses. A fachada, inspirada no Mosteiro dos Jerónimos de Lisboa, foi trabalhada por Germano José Salle em pedra de lioz em Lisboa e trazida de navio para o Rio. As quatro estátuas que a adornam retratam o Infante D. Henrique, Luís de Camões, Pedro Álvares Cabral e Vasco da Gama, e os medalhões, os escritores Fernão Lopes, Gil Vicente, Alexandre Herculano e Almeida Garrett. Foi no Real Gabinete que foi criado o Instituto de Direito Comparado Luso-Brasileiro, por juristas brasileiros e portugueses. Na nova sede do Real Gabinete, também foram realizadas as cinco primeiras sessões solenes da Academia Brasileira de Letras, sob a presidência de Machado de Assis. Nas últimas décadas, para dar mais dinamismo às suas atividades, o Real Gabinete criou um Centro de Estudos que abriga um Pólo de Pesquisa sobre Relações LusoBrasileira, que promove cursos de extensão universitária sobre Literatura, Língua Portuguesa, História, Antropologia e Artes; colóquios e conferências, a cargo de professores universitários; e edita a revista semestral “Convergência Lusíada”, distribuída a centenas de instituições culturais e universidades de todo o mundo. A biblioteca do Real Gabinete recebe um exemplar de todas as obras editadas em Portugal. Real Gabinete Portuguez de Leitura Rua Luís de Camões, 30 – Centro – Tel: (21) 2221-3138 Revista Fórum 19 t uris m o África do Sul 20 Revista Fórum P aís sede da próxima Copa do Mundo de Futebol, de dois oceanos (Atlântico e Índico), de três capitais (Pretória, a administrativa, Cidade do Cabo, a legislativa, e Bloemfontein, a judiciária), e dos big five (leão, leopardo, elefante, hipopótamo e rinoceronte), a África do Sul é famosa por sua diversidade cultural, linguística e religiosa. Difícil escolher o melhor roteiro, que vai dos desertos áridos às florestas exuberantes, das montanhas deslumbrantes às savanas repletas de animais selvagens, dos santuários de pássaros às reservas de água natural. Um dos destaques é a Cidade do Cabo, realmente especial e que lembra o Rio de Janeiro por sua riqueza cultural e geográfica, mas ela não é carioca. Ela lembra também a Buenos Aires da região de Puerto Madero, pois tem uma área portuária que foi revitalizada e se tornou um dos lugares mais atrativos da cidade. Embora com cicatrizes ainda visíveis do regime de segregação racial (o ‘Apartheid’, encerrado em 1994), o país tem o maior PIB do continente africano e, aos poucos, está superando suas mazelas com atrativos turísticos que vão muito além dos estereótipos. No sul, estão algumas das paisagens litorâneas mais bonitas do hemisfério, a Rota Jardim; no leste, a multiétnica cidade de Durban, que possui vários museus; na fronteira com Moçambique, bichos vivendo soltos em savanas e florestas; e no extremo norte, sítios arqueológicos e históricos, que oferecem uma perspectiva da vida das antigas culturas na Idade do Aço. Na contagem regressiva para a Copa do Mundo de 2010, o interesse pela África do Sul tende a crescer. E o país, que já é um destino popular para turistas europeus e norte-americanos, está se preparando para receber a competição e os milhões de pessoas do mundo todo. O maior destaque do turismo são os safáris pelos inúmeros parques ambientais, que possibilitam a observação de diversas espécies de animais (cerca de 50 espécies de mamíferos e quase 500 de pássaros, além dos big five e cachorros selvagens). O país possui cerca de 20% do seu território preservado por reservas naturais. No famoso Parque Nacional Kruger, que se estende por 350 km, de norte a sul do território, é possível ver os animais tanto em trilhas a pé, próximas aos campos de descanso, como em jipes, acompanhados de guias. Informações necessárias para uma boa visita à África do Sul - Diferença de fuso horário: está cinco horas à frente do Brasil. - Como chegar: a South African Airways tem voos direto de São Paulo para Johanesburgo, com duração de aproximadamente oito horas. - Passaportes e vistos: brasileiros não precisam de visto para entrar na África do Sul. São necessárias duas páginas inteiras em branco no passaporte, para o selo de entrada no país. - Língua: a Constituição reconhece pelo menos 11 línguas oficiais, sendo as principais o inglês, falado na vida pública oficial e comercial e, principalmente, pelos descendentes britânicos; o africânder, falado por descendentes de holandeses; o zulu e o xhosa, línguas nativas. - Moeda: rand. A cotação varia com o câmbio diário. - Vacinas: é exigido o Certificado Internacional de Vacinação contra a febre amarela, que deve ser tomada pelo menos 10 dias antes do embarque. Para evitar a malária, é importante o uso de repelente e de mosquiteiros para reduzir a chance de ser picado. Revista Fórum 21 S A Ú D E D A M E N T E DA MENTE A ansiedade é um sentimento normal, presente não apenas no homem, mas em diversos animais. Toda situação desconhecida provoca ansiedade. É ela que nos prepara para situações difíceis como uma prova, uma entrevista de emprego ou um primeiro encontro amoroso. Mas, às vezes, ela pode atrapalhar. Quando você não consegue mais pensar em nada porque está ansioso ou preocupado com um problema pequeno que vai acontecer futuramente, ou quando se torna irritado a ponto de discutir, fique atento. Esses sinais significam que é hora de procurar ajuda, antes que surjam consequências mais graves. O mesmo acontece com a depressão. É normal ficar triste em determinadas situações, como a perda de um ente querido ou um projeto que não dá certo. O que caracteriza a depressão é a tristeza prolongada, constante, que ocupa a maior parte do dia, quase todos os dias, e é acompanhada de outros sintomas como redução do sono, do apetite, e do desempenho das atividades. Em ambos os casos, é importante procurar tratamento assim que aparecerem os primeiros sintomas. Quem afirma é o psiquiatra Antonio Leandro Nascimento, membro do comitê editorial do Programa ABP Comunidade, da Associação Brasileira de Psiquiatria. Segundo ele, cerca de 60 a 70% dos pacientes melhoram nos primeiros seis meses de tratamento com o uso de medicamentos. Poucos precisam usar medicamentos por um período mais prolongado. “A psiquiatria ainda é muito estigmatizada. Algumas pessoas pensam que, se forem ao psiquiatra, precisarão ir durante toda a vida. Mas a realidade não é essa. A imensa maioria se trata, recebe alta, e os 22 Revista Fórum medicamentos são suspensos”, esclarece. Estatísticas mostram que até 1/5 das pessoas vai ficar deprimida em alguma época da vida e 13% terão algum transtorno de ansiedade. Normalmente existem dois picos de incidência da depressão: o primeiro, em torno da 3ª década de vida, que é quando a maior parte das pessoas está ingressando na carreira e possui uma grande necessidade de mostrar desempenho; o segundo, por volta da 5ª década, que é uma época de preparação para uma nova vida, a aposentadoria. Ansiedade e depressão são as doenças psiquiátricas mais comuns e geram várias consequências. Uma das mais comuns é o cansaço mental. “O excesso de trabalho pode causar cansaço, como o excesso de qualquer atividade, mas essas doenças provocam um cansaço além do que seria esperado”, afirma o psiquiatra. Ele explica ainda que os sintomas de depressão e ansiedade podem surgir separadamente ou ao mesmo tempo. “A ansiedade pode se manifestar de diversas formas. Desde uma irritação pequena e constante, até uma manifestação exagerada que acontece em alguns momentos, que é conhecida como transtorno do pânico, além de algumas manifestações mais específicas como o transtorno obsessivo compulsivo (TOC). Já a depressão depende da interação de fatores biológicos (predisposição individual, origem genética) com o ambiente. A incidência é maior em grupos que têm mais anos de estudo, pois o momento em que vivemos, com uma grande pressão por desempenho, pode contribuir para desencadear o processo para o qual as pessoas já estão predispostas”, afirma. c A n s a ç o m e n s t a l i e d a d e e p r e s s ã o Antonio Leandro Nascimento é coordenador científico de uma equipe chamada Interconsulta Psiquiátrica Hospitalar, chefiada pelo psiquiatra Marcelo Ciuffo, que presta atendimento psiquiátrico a pacientes internados em hospitais gerais, como o Hospital Copa D’Or, no Rio de Janeiro. Segundo ele, as pessoas que estão internadas com doenças físicas frequentemente podem apresentar alguma doença psiquiátrica ao longo da internação, como confusão mental, desorientação e até mesmo depressão, que pode surgir junto com uma doença grave e dificultar o tratamento dessa doença. “Para prestar um atendimento melhor aos pacientes, a equipe do Interconsulta Psiquiátrica Hospitalar auxilia a equipe de médicos no trabalho de diagnóstico e tratamento. Também fazemos pesquisas sobre a manifestação dos sintomas, buscando tratamentos mais eficazes”. Há estudos que mostram que o delirium, uma doença psiquiátrica comum em hospitais gerais, aumenta o custo da internação em 31%, assim como a duração da internação. Muitas vezes os clínicos e os cirurgiões têm dificuldades para diagnosticá-la e iniciar seu tratamento. Por isso é importante ter psiquiatras nos hospitais gerais. Revista Fórum 23 saúde 24 Revista Fórum do corpo cervical A s dores de coluna acometem uma grande parte da população e uma das mais frequentes é a dor na coluna cervical (nuca e pescoço). A dor cervical tem várias origens. Uma dessas origens pode resultar em tratamento neurocirúrgico, provocada por alguma forma de compressão na região nobre e delicada do pescoço, chamada coluna cervical. De acordo com o neurocirurgião Jaime Cvaigman, a causa mais comum é a contratura da musculatura cervical. Em seguida encontraremos as hérnias discais – discos que se encontram entre as vértebras da coluna que podem ser extrusas ou não, as compressões disco osteofitárias – bico de papagaio – as mielopatias espondilóticas, que decorrem da compressão crônica da medula espinhal, além de tumores próprios da coluna ou que se estendam para este segmento do sistema nervoso. Outros fatores relacionados intimamente com fortes desconfortos no pescoço, são as dores tensio nais que costumam combinar-se e potencializar-se com o estresse. As causas que levam às hérnias são degenerativas, provenientes de esforço físico errado e má postura. A postura errada, pode gerar tensão sobre os ligamentos e músculos, que prendem a coluna, gerando dor e incômodo. Além disso, a musculatura flácida (mole) tem mais chance de fazer uma lesão cervical. Por isso a importância do exercício físico. Os traumas e os escorregamentos (lísteses) de coluna cervical, na grande maioria dos casos, exigem tratamento e correção cirúrgica, sendo no primeiro caso muitas vezes necessário correção cirúrgica imediata. O tratamento da dor cervical mesmo podendo ser uma doença neurocirúrgica compressiva segue curso de medicação para dores em geral, isto é, fármacos para reduzirem o processo álgico e inflamatório, utilização de métodos fisioterápicos, que vão desde acupuntura até RPG. As cirurgias têm o caráter descompressivo e modernamente está sendo introduzido o conceito de mobilidade associado à estabilidade do corpo e neuroeixo (coluna). Os métodos não cirúrgicos são eficazes, sendo que a cirurgia será a última conduta caso não haja melhora dos sintomas com, logicamente, exceção aos tumores e mielopatias compressivas, que deverão ser removidos através desse processo o mais breve possível. Neurocirurgião Jaime Cvaigman Revista Fórum 25 A L I M E N T A Ç Ã O Alimentos Funcionais S ão chamados de alimentos funcionais quaisquer alimentos que contenham uma ou mais substâncias, classificadas como nutrientes ou não-nutrientes, capazes de atuar no metabolismo e na fisiologia humana, promovendo efeitos benéficos à saúde. Ácidos Graxos -3 Fibras alimentares Vitaminas A, C, E e Selênio Reduzem o risco de doenças cardiovasculares, o colesterol sanguíneo e o risco de câncer. Intervêm na coagulação do sangue e no controle de processos inflamatórios, diminuem triglicerídeos e a depressão. Fontes: Peixes de água fria, sardinha, algas e óleos (girassol e oliva), linhaça, nozes, rúcula. Aumentam o peristaltismo e a excreção de toxinas, aliviam a constipação intestinal, equilibram a flora intestinal, diminuem a incidência de câncer de cólon, previnem doenças cardiovasculares, reduzem o colesterol, e retardam a absorção de glicose. Fontes: Cereais integrais, leguminosas, hortaliças e frutas. Possuem ação antioxidante e anticancerígena, melhoram o sistema imunológico e auxiliam na prevenção de vários tipos de câncer. Fontes: Caqui, limão, laranja, acerola, beterraba, brócolis, repolho, espinafre, cenoura, tomate, ovos, cereais, castanha do Pará. 26 Revista Fórum Vitamina B12 Flavonóides Fortalece o sistema imunológico, equilibra a flora intestinal e melhora o estado geral do organismo. Fontes: Alimentos de origem animal. Inibem a formação de ateromas e têm grande ação antioxidante. Protegem o coração de doenças cardíacas. Fontes: Suco de uva, uva preta e vinho tinto. Porções recomendadas pela nutricionista Jaqueline Oliveira: Soja – 25g/dia (1 concha) Aveia – 3g/dia (1 colher de chá) Peixe (Ômega 3) – 2 porções/ semana Alho – 1 dente/dia Chá verde – 4 a 6 xícaras/dia Licopeno (tomate, melancia) – ½ xícara/dia Oleaginosas (Ômega 3 e 6) – 30 a 60g/dia Suco de uva – 480ml/dia Fitoestrógenos, Lignana e Isoflavonas Regulam o estrogênio, atuando na prevenção do câncer de mama; reduzem os sintomas da menopausa e da TPM, reduzem o LDL e triglicerídeos. Fontes: Leguminosas (soja e feijão), cereais, linhaça. Polifenóis (catequinas) Ação anticancerígena, desintoxicante, diurético, protetor da mucosa estomacal e esofagiana, diminuem o colesterol e aceleram o metabolismo. Fonte: Chá verde e chá branco. Vinho – 240ml/dia Linhaça – 1 colher de sopa/dia B12 (proteína animal) – 1 porção/dia Envie suas dúvidas para a nutricionista Jaqueline Oliveira, através do e-mail: [email protected] Revista Fórum 27 V I N H O S vinho O sommelier do Hotel Fasano, Dionísio Chaves, ensina a escolher o vinho de acordo com cada estação do ano. “Essa escolha é, sem dúvida alguma, o pontapé inicial para chegar ao prazer máximo de uma degustação sem perder o chão”, diz. No verão, quando o calor é tanto que provoca a sensação de uma estufa, os melhores vinhos são, de preferência, os espumantes em geral, incluindo o Champagne, espumante produzido na região demarcada de Champagne. Ele cita o velho ditado “todo Champagne é um espumante, mas nem todo espumante é um Champagne”, e explica o porquê: é errado falar que o Chandon Excellence, produzido na região de Garibaldi, Serra Gaúcha é um Champagne. É um belo caldo, porém está muito longe da região onde se produz os melhores do planeta. Os espumantes são vinhos com presença 28 Revista Fórum de gás carbônico natural e possuem um frescor muito bom, que equilibra o calor do nosso corpo. Para os amantes de vinhos brancos os melhores para o verão são os produzidos com Sauvignon Blanc, Riesling, Chenin Blanc, Trebbiano e várias outras uvas, sempre aquelas mais leves e sem fermentação e amadurecimento em barrica de carvalho. Não é recomendável, por exemplo, um Amarone, vinho tinto produzido no Vêneto, norte da Itália com graduação alcoólica de até 16% e bastante extrato. Outono é tempo dos Chardonnays com passagem em madeira. Nessa estação, já é possível começar a degustar alguns tintos leves na beira da piscina e até mesmo no calçadão da praia. Os vinhos mais prazerosos são os produzidos com a uva Pinot Noir e Gamay – essa última inclusive é responsável pela produção do Beaujolais Nouveau, lançado no mundo todo sempre na terceira quinta-feira de novembro. O sommelier dá uma dica: “Esse vinho deve ser consumido a uma temperatura de 12 a 14 graus, mas nunca o beba depois de três meses após o lançamento, pois se trata de um vinho frutado, leve, fresco e com um belo aroma de banana”. A chegada do inverno indica que é hora de esquentar a adega com vinhos mais encorpados, como o Amarone, que não cairia bem no verão. Outras opções para os dias frios são Cabernet Sauvignon, a rainha das uvas pretas; os belos Bordeauxs; os Barolos e Barbarescos, ambos do Piemonte produzidos com Nebbiolo; os Brunellos de Montalcino da Toscana, terra onde a Sangiovese manda; e os tempranillos de Rioja e Ribera Del Duero. Na primavera os vinhos se misturam e a decisão vai depender do local. Em um fim de tarde na praia, tintos de médio corpo. À noite, em casa ou no restaurante, tintos e brancos mais encorpados. “Nessa estação o que vale mais é nosso desejo e companhia”, finaliza. Sugestões de Vinhos VERÃO Riesling Kilikanon Mort’s Block Clare Valley 2005 Austrália Importadora Decanter (21) 2286-8838 – R$ 109,00 Espumante Chandon Excellence Brut Garibaldi – Serra Gaúcha – Brasil Supermercado Zona Sul – R$ 90,00 Prosecco Selezione Fasano Extra Dry Veneto – Itália Importadora Enoteca Fasano (21) 2422-3688 – R$ 155,00 Murphy – Goode Fumé Blanc 2007 Alexander Valley – Califórnia Importadora Bevbrands (21) 2424-1624 – R$ 69,00 OUTONO Carmel Road Chardonnay 2006 Monterrey – Califórnia Importadora Bevbrands – R$ 87,00 La Creme Pinot Noir 2005 Sonoma Coast – Califórnia Importadora Bevbrands – R$ 133,00 Bourgogne Passe-Tout-Grain “Le Boutoir” 2005 Bourgogne – França Importadora Enoteca Fasano – R$ 108,00 INVERNO Barolo Selezione Fasano 2004 Gianni Gagliardo Piemonte – Itália Importadora Enoteca Fasano – R$ 594,00 Freemark Abbey Cabernet Sauvignon 2004 Napa Valley – Califórnia Importadora Bevbrands – R$ 113,00 Abadia Retuerta Rívola 2004 Sardon Del Duero – Espanha Importadora Península (11) 3822-3986 – R$ 96,00 PRIMAVERA Basta escolher bem a companhia Envie suas dúvidas para o especialista Dionísio Chaves, através do e-mail: [email protected] Revista Fórum 29 tecnologia pequeno expectativas 30 Revista Fórum “ Os netbooks, como o nome indica, foram projetados para acessar a rede. Servem para navegar na web (em monitores pequenos, com no máximo 10 polegadas) e usar correio eletrônico e mensagens instantâneas. “ O s netbooks, mininotebooks ou ultraportáteis, como preferir, são pequenos, despojados e baratos. Não existe um nome definitivo para essa novíssima categoria de computadores. Eles são menores que um notebook e não vêm com leitor de CD ou DVD. Os netbooks, como o nome indica, foram projetados para acessar a rede. Servem para navegar na web (em monitores pequenos, com no máximo 10 polegadas) e usar correio eletrônico e mensagens instantâneas. Também funcionam muito bem para escrever um documento no Word ou trabalhar com uma planilha de cálculos no Excel. Apenas isso. Que ninguém espere rodar, mesmo na rede, serviços mais sofisticados, como o Google Earth, que exigem grande memória. Os netbooks não têm capacidade para tanto, muito menos para entrar em sites de games ou usar programas de multimídia. Pode-se ficar com ele no colo confortavelmente, o que não acontece com os notebooks. Ele é leve e, sobretudo, pequeno, bom para navegar, tem o tamanho e a espessura de um livro médio. Além da extrema mobilidade – existe atualmente um segmento de mercado que valoriza a ultraportabilidade – o seu maior atrativo é o preço. No Brasil, os netbooks da Positivo – única fabricante local – custam entre R$ 1.000 e R$ 1.900. É menos da metade do preço de um notebook incrementado com gravador de DVD, tela grande e vasta memória. LENOVO IDEAPAD S10 Foi eleito pela revista Wired o melhor dos netbooks. Tem o maior monitor da categoria. É a melhor relação custo-benefício. DELL INSPIRON MINI 9 São quatro modelos. A versão mais barata opera com o programa Linux. POSITIVO LINHA MOBO São oito modelos, com monitores de 7, 9 e 10 polegadas. Todos operam com Windows XP. HP MINI 1000 Na versão mais sofisticada, o mininotebook da HP vem com um monitor de alta definição. POSITIVO OBO KIDS É voltado para os alunos do ensino fundamental. Tem o formato de uma pastinha. Revista Fórum 31 C uide de você saúde garantida “ Para curar doenças, é necessário ver o homem como um todo. O homem não é uma doença, é um doente. Emoções, tristeza, prazer, relações familiares, tudo está envolvido”. A afirmação é da clínica geral e homeopata Dóris Barki Israel. Ela explica que nós somos seres dinâmicos e que por isso precisamos ter um ótimo nível de integração entre corpo, mente e espírito. E o ponto de ligação entre essas energias são os chamados chakras. Os chakras são glândulas que se localizam ao longo da coluna e é como se cada uma delas fosse um vértice de energia. Cada ponto do campo energético tem uma interface com o plano físico. Fatores como estresse, pensamentos negativos e maus hábitos podem levar ao bloqueio do chakra e interromper a captação de energia. A homeopatia resgata o equilíbrio e desbloqueia os canais. O chakra sendo saudável, possibilita a entrada de energia mantendo as estruturas em relação a ele também saudáveis. E é a energia que garante o bom funcionamento de cada estrutura. “Essas energias multidimensionais dentro da gente é que nos dão um sentido na vida, um propósito. Sem elas, nos afastamos cada vez mais do nosso centro e ficamos mais vulneráveis a adoecer”, diz a homeopata. A identificação dos chakras é o primeiro passo do tratamento. Assim, são verificadas as fragilidades do paciente. “Peço todos os exames, exatamente como a medicina manda. Acredito na ciência”, esclarece a 32 Revista Fórum homeopata. A diferença é que a medicina convencional ataca o sintoma como se fosse a causa da doença, enquanto na homeopatia o sintoma é visto como a consequência de um problema maior. “Quando aparece um sintoma, por menor que seja, é porque a pessoa está perdendo o equilíbrio. Por isso a homeopatia leva em conta todo o momento do paciente e trabalha com a sua transformação, dando apoio ao processo de sustentação psicológica, de evolução. Se não for assim, não há melhora, por mais remédios que se tome. O que nos faz estar vivos é a energia que nutre nosso sistema. Quem não se dispõe a ter uma mudança de atitude, não consegue mudar sua saúde”, afirma. Homeopata Dóris Barki Israel os chakras e suas funções Coronário: É a energia espiritual, onde está localizada a fé, a esperança, o pensamento positivo. É a glândula que faz a conexão com a energia universal. Frontal: É o chakra frontal, o terceiro olho, que está muito ligado com a memória, a concentração, o foco. Tudo isso tem uma interface com o plano físico, que nesse caso seriam a dor de cabeça, a falta de memória e de concentração. Laríngeo: É a glândula do conhecimento, da alma, da realização da nossa missão. Os problemas surgem quando as pessoas deixam de captar energia para esse centro. Falta de autoconhecimento, por exemplo, gera problemas na tireóide. Cardíaco: Glândula timo, responsável pelo sistema imunológico. O coração é para fluir energia de amor, por si próprio e pelo próximo. Se não seguir esse fluxo, bloqueando o amor, a imunidade fica comprometida. Pessoas deprimidas ficam sem energia e mais vulneráveis às doenças. A energia do amor é curadora. Amor salva, transforma. Sem amor no coração não há como ter imunidade. Solar: É o único chakra que fala do ego. É a maneira como as pessoas se posicionam na sociedade, como se apresentam e como são vistas pelos outros. Quem não consegue se colocar ou está sem coragem, é porque tem bloqueio nesse chakra, o que gera gastrite, azia, hérnia de hiato. Sexual: É o chakra umbilical. É a vitalidade, a libido não só pelo sexo mas pela vida, as relações com amigos, namorados, cônjuges. Sem esse equilíbrio, aparecem as doenças nessa área. Hoje em dia é comum as pessoas terem mioma que, na tradução semântica, quer dizer ‘me ame’. O intestino é 90% produtor de serotonina, o hormônio do prazer. Quem tem intestino preso não produz serotonina e fica chateado, agressivo, enfezado. Raiz: É o chakra básico, que dá estabilidade, força para o trabalho e para ganhar dinheiro. Cuida do intestino grosso e da circulação das pernas. Uma pessoa que tem o chakra básico bloqueado pode ter problemas como perna pesada e varizes. Revista Fórum 33 T E N D Ê N C I A S CHARUTOS C ada vez mais o charuto ganha status de complemento para uma boa bebida, bom papo e até uma boa refeição. Além disso, os apreciadores são cada vez mais numerosos. O charuto é confeccionado de folhas de tabaco, cuja produção requer diversos detalhes para uma boa performance, desde a plantação e rega na germinação, que é feita com água desclorificada, até a conservação das folhas, feita a uma temperatura muito abaixo de zero, evitando a adição de produtos químicos na lavoura do fumo. Sua origem exata é cercada de lendas e mistérios. Não se sabe quem o provou pela primeira vez, mas há indícios da região em que foram dadas as primeiras baforadas. Foi descoberta uma peça de cerâmica do século X, na Guatemala, que retrata um maia degustando um rolo de folhas amarradas com um tipo de barbante. Degustar charutos exige tempo e dedicação. É um ato que está relacionado com o fluxo de fumaça, a textura e o aroma. Os mais robustos geram uma quantidade maior de fumaça, que requer prática para degustá-los. A forma como é feito, o corte ou o furo no charuto também influi no fluxo de fumaça. Ao furar, ele fica mais intenso e, quando cortado, a fumaça mais dispersa. A melhor forma de guardar os charutos é em locais sem incidência solar ou luminosidade. Ambientes de ar refrigerado não são recomendados, porque ressecam a folha. O ideal é uma caixa umidora, que mantém a umidade relativa do ar. Também é importante a escolha dos acessórios adequados. Em geral, o isqueiro, como maçarico, promove a queima do fumo por inteiro, assim como o cortador de aço inox é recomendável para proporcionar um corte seco e exato, sem desfo o charuto. lhar 34 Revista Fórum ALGUNS CLÁSSICOS POR EDGAR ESCH Partagas Série D Nº 4 – Tipo robusto Monte Cristo Nº 2 – Tipo pirâmide ou torpedo, mundialmente apreciado Cohiba Siglo VI – Tipo canhonaço, é um lançamento com extrema elegância. Monte Cristo Nº 4 – Tipo petit corona, dentre os cubanos mais vendidos no mundo. EXCELENTES COMBINAÇÕES Vinhos do Porto Conhaques Rum Malt Whisky Licores em geral *Colaboradores: Esch Café e Charutaria Syria F ale C onosco Participe você também da Revista Fórum enviandosuacríticaousugestãoparaoe-mail [email protected] Sua opinião é MUITO importante! Revista Fórum 35 Publicamos os melhores artigos para conquistar os melhores leitores Saiba tudo o que acontece no Judiciário Assine (21) 2240-0429 Editora Justiça & Cidadania Av. Nilo Peçanha , 50/501 – Centro – Rio de Janeiro – RJ CEP: 20020-906 e-mail: [email protected] 36 Revista Fórum
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