cultura saúde economia turismo alimentação tecnologia

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cultura saúde economia turismo alimentação tecnologia
CULTURA
SAÚDE
ECONOMIA
TURISMO
TECNOLOGIA
ALIMENTAÇÃO
Revista Fórum 1
2 Revista Fórum
Revista Fórum 3
Diretoria
(Até Janeiro de 2010)
Presidente: Roberto Luiz Felinto de Oliveira
1º Vice-Presidente: Maria Sandra Rocha Kayat Direito
2º Vice-Presidente: Marcus Quaresma Ferraz
Secretária Geral: Rosa Maria Cirigliano Maneschy
1ª Secretária: Fernanda Xavier de Brito
2º Secretário: Gustavo Quintanilha Telles de Menezes
1º Tesoureiro: Ricardo Alberto Pereira
2º Tesoureiro: Octávio Chagas de Araujo Teixeira
Conselho Deliberativo e Fiscal
Presidente: Thiago Ribas Filho
Vice-Presidente: Estênio Cantarino Cardozo
Secretário: Luiz Fernando de Andrade Pinto
Conselheiros
Membros Efetivos: Carlos Azeredo de Araújo
Sérgio de Saeta Moraes
Maria Paula Gouvea Galhardo
Luiz Felipe da Silva Haddad
Peterson Barroso Simão
João Felipe Nunes P. Mourão
José Roberto P. Compasso
Marcio Olmo Cardoso
Diretora de Comunicação Social da Amaerj
Juíza Katia Cristina Nascentes Torres
Assessoria de Imprensa
Mariana Bueno – Mtb – MG:06920
Amélia Aben-Athar
Contato
[email protected]
Editora Justiça & Cidadania
Av. Nilo Peçanha, 50/Gr. 501, Ed. De Paoli
Rio de Janeiro – RJ Cep: 20020-906
Tel / Fax: (21) 2240-0429
8
26
Patrocínio
4 Revista Fórum
CAPA
Direito à
cidadania
alimentação
Alimentos funcionais
Índice
LATINLAWYER
MAGAZINE
DEAL
OF THE
YEAR 2008
14
combinadas com a assinatura da Eletrobrás,
las deve ser duas vezes a altura do “P” de PROCEL.
‘Deal Of The Year’
Jurídico da Petrobras recebe o
‘Deal Of The Year’ de 2008
20
Turismo
África do Sul
RANJO HORIZONTAL
ECONOMIA: Acerte no seu investimento
16
CULTURA: Real Gabinete
18
SAÚDE DA MENTE: Transtornos da mente
22
SAÚDE DO CORPO: Dor cervical
24
VINHOS: As estações do vinho
28
cessidade de
se aplicar as assinaturas
“Ministério
de as expectativas
TECNOLOGIA:
O pequeno
que supera
mente a logomarca PROCEL, conforme mostramos
uladas a estas
assinaturas,
com
exceção da
de
CUIDE
DE VOCÊ:
Harmonia
doplaca
corpo
30
32
TENDÊNCIAS: Charutos
34
Apoio
Ministério de
Minas e Energia
Revista Fórum 5
Editorial
Editorial
A partir deste número a nossa revista Fórum inaugura um novo canal de comunicação fundamental com o
leitor. O e-mail [email protected] presente ao lado de algumas matérias no exemplar anterior, está à
disposição de todos para dúvidas, sugestões e críticas. Apresentamos já nesta edição os e-mails que nos foram
encaminhados. A intenção é promover, sempre que possível, uma via estreita com o nosso público para melhor
aproveitamento das informações disponíveis na Revista. Desejando cada vez mais a participação de todos na
construção de novas ideias, sua opinião é indispensável!
A revista Fórum traz ainda uma reportagem especial, sobre o projeto “Começar de Novo”, desenvolvido pela
presidência do Tribunal de Justiça em parceria com o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) junto à VEP (Vara de
Execuções Penais). O objetivo do programa consiste em garantir a prestação jurisdicional mais célere, gerando
o benefício adequado.
Trazemos também nessa edição uma matéria sobre o prêmio “Deal Of The Year” concedido à Diretoria
da Petrobras pela aquisição do Grupo Ipiranga. À equipe do Dr. Nilton parabenizamos pelo trabalho realizado
e pelo prêmio conquistado e agradecemos à Petrobras pelo patrocínio, que possibilitou mais uma edição da
revista Fórum, levando aos magistrados do estado do Rio de Janeiro importantes informações do Judiciário
fluminense.
6 Revista Fórum
ROBERTO FELINTO
Presidente da Amaerj
Cartas dos leitores
Me interessei muito pela reportagem sobre a Casa
do Saber e gostaria de saber quais são os próximos
cursos programados.
Patrícia Khaddour Pinheiro
Um dos destaques da programação do 1º semestre
é o curso “Somos todos ilegais?”, com o professor de
Direito Constitucional da Escola de Direito da FGV
e membro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ),
Joaquim Falcão, que é formado em Direito pela PUCRio, mestre em Direito pela Harvard University, e
doutor em Educação pela Universidade de Genebra.
O curso irá abordar leis, decretos, normas de todas
as espécies que fazem parte do dia-a-dia dos cidadãos,
donas-de-casas, empresas e governos. É possível,
estatisticamente, obedecer a todas? Ou a qualquer
momento podemos ser fiscalizados, processados
e julgados como ilegais? Neste cenário, o que
podemos esperar do Poder Judiciário para defender
eficientemente os direitos da sociedade, dos cidadãos
e dos próprios governos? Devemos sempre buscar a
justiça? E os custos, a demora e a incerteza? Quais
os limites do Judiciário e as alternativas disponíveis?
O que causa essa abundante proliferação legislativa e
a lentidão da Justiça? Existem alternativas no Estado
Democrático de Direito em que vivemos, agora com
20 anos de nova Constituição?
Para conferir a programação completa da Casa
do Saber, acesse o site www.casadosaber.com.br ou
ligue para (21) 2227-2737
Fiz questão de ler de capa a capa a
revista Fórum, da Amaerj. Achei coerente
e contemporâneo o novo enfoque que se
deu a este instrumento de divulgação dos
magistrados do Rio de Janeiro e que deve
servir de protótipo para o resto do País.
Não era de se esperar outra coisa
senão a qualidade incomparável da revista,
sabendo que à frente desta entidade está
o dinâmico, querido amigo e defensor
intransigente da Magistratura carioca, Dr.
Roberto Felinto, que hoje é uma referência
nacional pela sua coerência, postura firme
e pela sabedoria no encaminhamento das
questões relacionadas à Magistratura.
Juiz Nelson Missias de Morais, pre­
si­dente da Associação dos Magistrados
Mineiros –Amagis
Moderna, leve, bonita. Esta é a revista
Fórum, número 20, que, afastando-se de
um conceito já há muito ultrapassado
em publicações do gênero, revela uma
nova publicação, que não se limita a
tratar de assuntos do imediato interesse
profissional de seu público-alvo, mas,
além desses, outros, atinentes a cultura,
conhecimentos gerais, economia, saúde,
moda etc. A Amaerj está de parabéns.
Para mim, por exemplo, a matéria sobre
GPS foi bastante elucidativa para escolha
da marca.
Desembargador Fernando Foch
Revista Fórum 7
capa
ressocialização de presos
direito à
cidadania
Mutirão concede benefícios e modifica a situação carcerária no país
A
8 Revista Fórum
situação carcerária do Brasil é, indiscutivelmente, carente de melhorias. Àqueles que
agem de forma ilícita e transgridem as leis não basta simplesmente a condenação à
prisão. O regresso à vida em sociedade após a pena cumprida traz consigo, muito
além da marca de ex-presidiário, questões que, inicialmente, parecem ficar sem
respostas. Como pagará a condução de volta para casa onde morava? Que roupa irá vestir para
sair da penitenciária? Será possível conseguir emprego? E, se não conseguir, como poderá viver
dignamente, sem precisar recorrer ao crime?
Assim sendo, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) está desenvolvendo algumas ações para
reintegrar os presos e combater a reincidência. O programa “Começar de Novo”, lançado no fim de
2008, reúne uma série de medidas para modificar a realidade da situação prisional no País, como
a realização de mutirões carcerários que avaliam a situação de presos em relação ao cumprimento
da pena. O mutirão tem como objetivo a eficácia e a celeridade no processo de execução penal.
A pena deve ser cumprida, mas é preciso que o condenado saia da prisão realmente recuperado,
de forma que possa se reintegrar à sociedade e ao mercado de trabalho. Tratar o condenado
com dignidade e respeito faz com que ele tenha mais chances de ser re-educado, pois vê que
é possível se recuperar. Uma instituição penitenciária idônea, que não exceda a capacidade de
lotação e que tenha funcionários capacitados, além do emprego de penas condizentes com o ato
praticado ou mesmo de penas alternativas, quando possível, também é fundamental para que a
recuperação ocorra. E ainda, a sociedade precisa estar preparada para recebê-los, ciente de que
através dessa reintegração os índices de violência irão baixar e a qualidade de vida irá melhorar.
Diversos países possuem sistemas prisionais que recuperam boa parte de seus internos. No
Brasil, várias penitenciárias já fazem esse tipo de trabalho, recuperando e ressocializando os
detentos.
“
“
Desembargador Luiz Zveiter, presidente do TJ/RJ
O objetivo é dar eficiência e transparência
ao trâmite processual de controle, análise
e concessão de benefícios, e na tarefa de
recuperação social do preso e do egresso
do sistema prisional.
Luiz Zveiter
“
A experiência foi muito favorável,
um grande aprendizado. Foi
possível ver mais de perto o
sistema carcerário e, em função
desse conhecimento, temos
empreendido algumas ações
de melhorias.
“
Gilmar Mendes
Ministro Gilmar Mendes, presidente do STF
Revista Fórum 9
“
“
Desembargador do TJ/RJ, Siro Darlan
O desembargador Siro Darlan foi um
dos coordenadores da ação social
realizada durante o mutirão.
Mutirão Carcerário – transformação
a partir do conhecimento da
realidade
O Rio de Janeiro foi o primeiro
Estado a receber o mutirão, no segundo
semestre de 2008, nos presídios Plácido
de Sá Carvalho, na capital, Carlos
Tinoco da Fonseca, em Campos, e
Diomedes Vinhosa Muniz, em Itaperuna.
Em seguida, o CNJ repetiu a experiência
no Pará, Piauí e Maranhão. Entre os
dias 26 e 31 de janeiro de 2009, o Rio
de Janeiro recebeu pela segunda vez
o mutirão, que foi realizado na unidade
prisional Vicente de Piragibe (presídio de
Bangu). A parceria envolveu o Tribunal de
Justiça, a Defensoria Pública do Estado
e da União, a Vara de Execuções Penais,
o Ministério Público e a Secretaria
de Administração Penitenciária. “Em
10 Revista Fórum
relação a outros estados onde já foram
realizados mutirões carcerários, a
situação do Rio de Janeiro está sob
controle. O Estado tem um Judiciário
que acompanha”, afirmou o Presidente
do Supremo Tribunal Federal (STF) e
do Conselho Nacional de Justiça (CNJ),
ministro Gilmar Mendes.
Além da agilização dos processos,
durante o mutirão também foram promo­
vidas ações sociais como atendimento
psicológico, orientação jurídica e
emissão de documentos. Na solenidade
de encerramento, dia 31 de janeiro de
2009, o ministro Gilmar Mendes disse
que o resultado foi extremamente
positivo. Ao lado do Corregedor Nacional
de Justiça, ministro Gilson Dipp, do
conselheiro do CNJ Técio Lins e Silva,
do então presidente do Tribunal de
Justiça do Rio de Janeiro, desembargador
José Carlos Schmidt Murta Ribeiro, e do
então corregedor-geral e atual presidente
do TJ/RJ, desembargador Luiz Zveiter,
o ministro Gilmar Mendes participou da
entrega de documentos e da carteira de
concessão de livramento condicional aos
apenados. Alguns presos receberam pela
primeira vez sua certidão de nascimento
e a carteira de trabalho.
Segundo dados do CNJ, durante o
mutirão foram analisados 1.395 proces­
sos. O resultado foi o beneficiamento
com progressão para o regime aberto de
98 apenados, o livramento condicional
de 183 e a redução de pena de 65. Além
disso, verificou-se que 90 internos tinham
o direito de realizar visitas periódicas
a suas residências e seis receberam
concessão de trabalho extramuro (fora
do presídio). “Não estamos fazendo
nada de diferente, estamos apenas
cumprindo a Constituição. É um dever
do juiz aplicar a pena com eficácia, mas
é preciso estar ciente de que os direitos
humanos são fundamentais. Estamos
fazendo os mutirões e exigindo que haja
uma execução criminal digna, compatível
com os direitos da pessoa humana, e
é isso que estamos alcançando no Rio
de Janeiro. Ninguém pode pagar um
dia a mais de pena além do que a Lei
determina”, disse o ministro Gilmar
Mendes. Ele destacou também a questão
da ressocialização dos presos. “É um
trabalho extremamente importante,
de respeito aos seres humanos e à
dignidade. E para isso é necessário que a
sociedade se conscientize de que, se as
pessoas não encontrarem um abrigo e um
trabalho, elas voltarão a delinquir. Todos
nós estamos sendo transformados a
partir do conhecimento dessa realidade”,
completou.
O desembargador Murta Ribeiro
disse que o mutirão é um exemplo
maior para todo o País. “Nosso Estado
tem se esforçado muito para promover
a reinserção social dos internos, mas
a execução penal é uma questão de
muita complexidade. Há a necessidade do envolvimento
de todos, não só das autoridades”, ressaltou. Para o novo
presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Luiz
Zveiter, “é necessária a participação de toda a sociedade.
Nosso objetivo é preparar o Estado para que não precise mais
haver mutirões”. No dia 3 de fevereiro, ao tomar posse na
presidência, sua primeira medida foi assinar, com o ministro
Gilmar Mendes, um convênio de cooperação técnica para
estudo, desenvolvimento e implantação de processamento
virtual na Vara de Execuções Penais. “O objetivo é dar
eficiência e transparência ao trâmite processual de controle,
análise e concessão de benefícios, e na tarefa de recuperação
social do preso e do egresso do sistema prisional”, disse. O
sub-secretário geral de Administração Penitenciária, Coronel
PM Ipurinan Calixto Nery, destacou que o poder público do
Estado está atento para as condições do apenado.
Prestação jurisdicional célere
O mutirão funciona da seguinte forma: a Vara de Execuções
Penais (VEP) faz uma triagem de todos os processos relativos
à unidade prisional escolhida. A Defensoria Pública, junto com
os servidores da VEP, analisa cada um deles, separando os
que têm condições de oferecer algum benefício ao preso e
somente esses são encaminhados para a unidade prisional.
Uma equipe de 25 pessoas, entre juízes, serventuários e
oficiais de justiça, além de defensores públicos, promotores
e seguranças, é remanejada, durante uma semana, para
o local onde o mutirão é realizado. Há também assis­tentes
sociais, psicólogos e psiquiatras, vinculados à Secretaria de
Administração Penitenciária. “O processo vai para Defensoria
Pública, que faz o requerimento de um benefício e o encaminha
para a equipe técnica, que entrevista o preso e faz os exames
criminológicos. A assistente social, o psicólogo e o psiquiatra
conversam com ele e enviam seus respectivos laudos
para a Defensoria, que faz um reque­rimento ao juiz, passa
pelo Ministério Público – que opina favoravelmente ou
contrariamente ao benefício – e, por fim, o juiz decide.
Tudo isso para agilizar a prestação jurisdicional”, explica o
coordenador do evento, juiz Rafael Estrela Nóbrega, da VEP.
Segundo ele, a ideia é dar conti­nuidade ao projeto,
criando um canal de comunicação melhor entre as
instituições envolvidas. “Queremos aproximar o juiz do
promotor, do defensor e do próprio presídio, bem como
da administração presidiária. O mutirão não é para soltar
presos, mas para garantir uma prestação jurisdicional mais
rápida. Assim, a área de execução penal fica mais assistida,
Da esquerda: Izabella Figueira, Carlos Augusto Borges, ministro Gilmar Mendes, Cristina Lajchter,
Rafael Estrela Nóbrega, Juliana Benevides, desembargador Roberto Felinto
Revista Fórum 11
“
O mutirão não é
para soltar presos,
mas para garantir
uma prestação
jurisdicional mais
rápida.
“
Juiz Rafael Estrela Nóbrega
o que é bom para toda a sociedade”, conclui.
O juiz federal Erivaldo Ribeiro dos Santos, auxiliar do
ministro Gilmar Mendes, esteve no Rio de Janeiro nos dois
mutirões e acompanhou o mesmo processo no Piauí, Maranhão
e Pará. Ele explica que o objetivo é expandir o projeto, ainda
este ano, para Minas Gerais, Paraná, Amazonas, Goiás,
Ceará, Acre e Amapá e, futuramente, para todos os estados.
Nas vistorias realizadas pelo CNJ em presídios de todo o
País, foram encontradas situações das mais comuns às mais
insólitas, como prisões superlotadas e até mesmo presos que
criavam porcos dentro da cela. “Estabelecemos uma ordem
de prioridade em função da superlotação e da quantidade de
presos provisórios (aqueles que estão presos mas ainda não
tem uma decisão condenatória definitiva). Enquanto a média
nacional está em torno de 30%, em alguns estados chega a
74%”, revela. Mas esse critério de escolha não foi levado em
consideração no Rio. O trabalho foi feito a partir de um convite
do Tribunal de Justiça ao CNJ. “A experiência foi muito
favorável, um grande aprendizado. Foi possível ver mais de
perto o sistema carcerário e, em função desse conhecimento,
temos empreendido algumas ações de melhorias”, diz.
Nos mutirões do Rio, apenas a população de presos
condenados foi atendida. Já nos outros estados, a prioridade
foram os presos provisórios, em função do número exagerado.
Rio
de Janeiro e São Paulo, apesar de concentrarem
12 Revista Fórum
aproximadamente 70% da população carcerária do País, tem
um percentual de presos provisórios dentro da média nacional.
O Juiz atestou que a situação do Rio é melhor não só em
relação à prestação jurisdicional e à decisão dos processos,
como também à estrutura carcerária.
Inserção no mercado de trabalho
A discriminação ainda é o principal fator que atinge quem
já passou pelas cadeias. Por isso, um dos objetivos do CNJ
com o programa “Começar de Novo” é diminuir o preconceito
em relação aos egressos do sistema prisional. A campanha,
veiculada em emissoras de rádio e televisão de todo o País –
que conta a história fictícia de um homem que foi preso por
furto e pagou sua dívida com a sociedade após seis anos na
prisão – deixa mensagens como: “Antes de atirar a primeira
pedra, é importante saber que ele pagou sua pena e a única
coisa que ele quer é uma segunda chance” ou “Dê uma
segunda chance para quem já pagou pelo que fez. Ignorar é
fácil, ajudar é humano”.
A iniciativa do CNJ inclui também convênios com empresas
para possibilitar o treinamento e a capacitação dos presos,
visando a recolocação profissional, uma vez que, para sobreviver
e sustentar a família, muitos ex-presidiários acabam entrando
no mercado informal e boa parte volta ao crime, na maioria das
vezes por falta de uma oportunidade de emprego.
A Cedae (Companhia de Águas e Esgotos do Rio de
Janeiro), iniciou, em 2001, um convênio com a Fundação
Santa Cabrini (gestora do trabalho prisional no Estado do
Rio de Janeiro), que resultou no projeto “Trabalhando pela
Liberdade”. A empresa atua na preservação das bacias dos
rios Macacu e Guandu, a partir da recuperação e indução
da regeneração da cobertura vegetal de suas margens e
do plantio de árvores nativas. Grande parte dos agentes
de reflorestamento envolvidos nesse trabalho são
apenados que estão cumprindo penas em regime
semiaberto e aberto.
Através de outro convênio, com a UFRRJ (Universidade
Federal Rural do Rio Janeiro), a Cedae promove a
qualificação profissional desses apenados e remunera o
trabalho dos que já estão exercendo as atividades. Além
disso, para cada três dias trabalhados, há a redução de um
dia de pena. Uma vez por semana, os apenados frequentam,
em horário integral, o campus universitário, onde participam
de aulas teóricas e práticas.
A Organização Não-Governamental Centro de
Integração Social e Cultural (Cisc) também dá oportunidade
para os egressos do sistema prisional. No encerramento do
mutirão, foram oferecidas 60 vagas aos internos da unidade
Vicente de Piragibe. Os interessados serão submetidos a
cursos de capacitação. O coordenador de projetos da Cisc,
Ronaldo Monteiro, passou 13 anos cumprindo pena e agora
atua na reinserção de jovens na sociedade. “Sou uma prova
viva de que é possível mudar”, garante.
No encerramento do segundo mutirão do Rio de
Janeiro, um dos beneficiados com o livramento condicional
foi André, preso há três anos e quatro meses. Sem saber
ao certo sua idade (por volta de 24 ou 25 anos), recebeu
pela primeira vez a certidão de nascimento, a carteira de
trabalho, e declarou que não quer mais retornar à vida na
prisão. “Agora quero arrumar um serviço”, afirma.
Os números dos dois mutirões no Rio de Janeiro
demonstram que existe uma demanda reprimida no Estado,
mas não é muito grande. “Vários presos receberam
benefícios, que foram examinados num prazo mais rápido
do que normalmente acontece. Os percentuais demons­
tram que há trabalho a ser feito. São números significativos
diante do volume diário da VEP, mas sabemos que ainda
não é o ideal”, conclui o juiz Rafael Estrela.
Os mutirões, que tiveram início em outubro passado,
procuram analisar a situação individual de cada preso nas
Varas Criminais de origem. Recentemente, em fevereiro
deste ano, um novo entendimento do STF determinou que
ninguém deve ficar preso até o trânsito em julgado da
condenação, medida que irá atingir apenas os que já têm
condenação em segunda instância.
Apenados trabalham para a Cedae
Números do mutirão realizado no
Rio de Janeiro entre os dias 26 e 31
de janeiro de 2009
PRESOS CONDENADOS – BENEFÍCIOS CONCEDIDOS
EXTINÇÃO DA PENA – ALVARÁ DE SOLTURA
EXTINÇÃO DA PENA – SEM SOLTURA
LIVRAMENTO CONDICIONAL
REGIME ABERTO
REGIME SEMIABERTO
TRABALHO EXTERNO
INDULTO
REMIÇÃO DE PENA
COMUTAÇÃO DE PENA
SOMA OU UNIFICAÇÃO DE PENAS
EXPEDIDA GUIA DE EXECUÇÃO PENAL
TRANSFERÊNCIA DE UNIDADE
VISITA PERIÓDICA AO LAR
OUTROS BENEFÍCIOS
2
2
183
98
8
6
9
9
65
0
0
0
90
1
TOTAL
473
PRESOS CONDENADOS – SEM BENEFÍCIOS
BENEFÍCIO INDEFERIDO
PENA EM CUMPRIMENTO REGULAR
REGRESSÃO DE REGIME
SUSPENSÃO DE LIVRAMENTO CONDICIONAL
SUSPENSÃO DE VPL
100
821
0
1
1
TOTAL
923
Revista Fórum 13
deal
of
the
y ear
Jurídico da
Petrobras recebe
o ‘Deal Of The Year’ de 2008
O
Departamento Jurídico da Petrobras foi homena­
geado com o “Deal Of The Year”, oferecido
pela LatinLawyer, publicação internacional
especializada no mercado jurídico. O reconhe­
cimento se deve a atuação do setor na aquisição do Grupo
Ipiranga, feita pela empresa em conjunto com o Grupo Ultra
e Braskem. Essa foi uma das maiores negociações realizadas
no País, com valor de US$ 4 bilhões.
Foram premiados o Gerente Executivo do Júridico
da Petrobras Nilton Antonio de Almeida Maia, o Gerente
do Jurídico de Corporativo Nelson Ramalho, e a Gerente
Setorial de Novos Negócios Andrea Damiani, além dos
advogados Elisaura Fernandes, Diogo Favacho, Antonino
Medeiros, Cristiano Gadelha e Fernando Villaça.
A compra das empresas do Grupo Ipiranga disputou
o prêmio com outros dois finalistas da categoria fusões
e aquisições: a compra de plantas de geração elétrica no
México pela Gás Natural e a aquisição do segmento de
cabos do Grupo Madeco pela Nexans. A publicação também
elegeu as melhores operações nas áreas de “corporate
finance”, “project finance”, “disputes” e “restructuring”.
A escolha foi feita por um júri integrado por advogados
especializados.
O Grupo Ipiranga era o segundo maior do País e estava
atrás apenas da BR Distribuidora. A empresa atuava nos
setores de refino de petróleo, petroquímico e de distribuição
de combustível. Era responsável pela produção de cerca de
14 Revista Fórum
17 mil barris de refino de petróleo por dia e detinha 15%
do setor de combustíveis do Brasil. Somente em 2006, o
lucro líquido da companhia foi de R$ 534 milhões e a receita
líquida de R$ 30 bilhões.
A aquisição da Ipiranga foi planejada em cinco etapas,
todas desenvolvidas com êxito pelo Jurídico da Petrobras e
demais profissionais envolvidos. A primeira ocorreu com a
aquisição das ações detidas pelos acionistas controladores
da companhia pela Ultrapar, que atuou como comissária da
estatal e da Braskem, nos termos do Código Civil.
Depois foram realizadas as ofertas públicas de Tag
Along para aquisição das ações ordinárias dos acionistas
minoritários e, posteriormente, para o cancelamento do
registro profissional de companhia aberta da Companhia
Petroquímica do Sul (Copesul). A penúltima fase contou
com a incorporação, pela Ultrapar, das ações preferenciais
detidas pelos acionistas minoritários. E a última foi realizada
com a segregação e entrega dos ativos petroquímicos para
Braskem e Petrobras.
As etapas da operação passaram a ser implementadas ao
mesmo tempo em que a equipe jurídica da Petrobras buscava
obter a anuência das autoridades brasileiras de defesa da
concorrência, como o Conselho Administrativo de Defesa
Econômica (Cade), da Secretaria de Direito Econômico (SDE)
e da Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE). O
Departamento atuou de modo multidisciplinar, de forma a
reverter algumas decisões negativas no meio do processo.
Da esquerda: sentados, Elisaura Fernandes, Nilton Maia e Andrea Damiani; em pé, Nelson Ramalho e
Diogo Favacho. Na lateral, de cima para baixo Antonino Medeiros, Cristiano Gadelha e Fernando Villaça
“
A aquisição da Ipiranga
foi planejada em
cinco etapas, todas
desenvolvidas com êxito
pelo Jurídico da Petrobras
e demais profissionais
envolvidos.
“
A aprovação do Cade ocorreu em dezembro último.
À unanimidade o órgão reconheceu que a operação não
apresentava riscos à competitividade dos mercados
envolvidos, desde que observados esses pontos. Dessa
forma, o órgão condicionou a validação do negócio à
celebração de um termo de compromisso.
Para a realização do negócio, a Petrobras entrou com
US$ 1,3 bilhões. Com a aquisição, a Petrobras passou
a deter 40% dos ativos do Grupo Ipiranga. A companhia
também expandiu seu ramo de distribuição de combustíveis
onde já detinha a liderança do mercado. A Petrobras já é
líder no ranking da distribuição no País desde 1971, por meio
de sua subsidiária BR Distribuidora. A expectativa, com a
operação, no entanto, é de que aumente sua participação
na distribuição de combustíveis em todo o Brasil de
34% para 39%.
Revista Fórum 15
economia
investimento
E
m tempos de crise, é importante saber como cuidar
das finanças para proteger o dinheiro e até multiplicálo. Alguns fundamentos básicos de investimento não
mudam. Um deles é a necessidade de diversificar as
aplicações para reduzir os riscos. Mas todos os investimentos
possuem prós e contras. Confira a entrevista com Ivando
Faria, professor de Finanças da Faculdade de Economia da
Universidade Federal Fluminense, coordenador do MBA em
Economia Empresarial e consultor da BM&F-Bovespa, Andima
e outras instituições do mercado financeiro.
Com a crise, o mais importante é conseguir preservar o
dinheiro ou ainda é possível multiplicá-lo?
Devemos saber separar a pessoa do financista do futurólogo.
O financista não é futurólogo. Todos querem que ele seja, mas ele
não é. Não há como adivinhar o futuro. Sequências de eventos
econômicos têm demonstrado isto, o subprime é somente mais
um. O financista é aquele que, sabendo não
ter domínio sobre os fatos futuros, aplica
os seus recursos disponíveis com base em
teorias que auxiliam a tomada de decisão
em ambiente de incertezas. Não creio que
se possa ter estratégias de investimentos
referenciadas em momentos. Qualquer
estratégia deve supor que as crises virão de
forma inesperada. Algumas diretrizes devem
ser seguidas.
Cirurgia plástica
Qual a melhor forma de aplicação para
o pequeno e médio investidor?
Vou elaborar uma receita de bolo. O
pequeno investidor, primeiramente, deve
separar
os recursos destinados ao consumo
16 Revista Fórum
Previdência
complementar
no futuro e à previdência. A estratégia de aplicação dos recursos
começa pelo planejamento do consumo. Todo o capital poupado
destina-se à compra de mais satisfação (vaidades, status,
conforto) e segurança (paz, liberdade, manutenção do status).
Os capitais separados para uma futura e próxima compra de uma
geladeira devem ser aplicados em investimentos de renda fixa
de curto prazo com liquidez diária, não devem ser aplicados em
bolsa. O ponto central é perceber que os ativos de renda variável
(bolsa de valores, por exemplo) rendem mais no longo prazo que
os ativos de renda fixa, mas o valor dos ativos de renda variável
oscila mais que o dos ativos de renda fixa. Portanto, no curto
prazo a renda fixa pode dar um rendimento maior. Investimentos
de renda fixa em geral têm baixa volatilidade e quando causam
perdas são pequenas e rapidamente recuperáveis. Os ativos
de renda variável podem causar sérias perdas de curto prazo
de recuperação mais demorada. Devemos evitar surpresas.
Observe as recomendações do quadro abaixo:
Diversificar as aplicações é realmente o melhor caminho
para os investidores?
O futurólogo não diversifica, pois conhece o futuro e sabe
onde deve aplicar. O financista diversifica, pois sabe que o
futuro é incerto. Digo ainda que o ofício do futuro é ser incerto
e isso não mudará. Quem imaginaria que um investimento em
um hotel em frente a uma bela praia indonésia, com taxas de
ocupação elevadíssimas, resultaria em fluxo de caixa zero
resultante de uma tsunami? Não acredite que você conhece o
futuro. Diversificar é um excelente conselho para investimentos
no mundo moderno. Pena que no Brasil temos muitas restrições
à diversificação internacional.
Qual o perfil financeiro para quem quer optar por
investimentos mais conser­vadores ou mais arrojados?
Na minha opinião, não há investidor conservador ou
arrojado. Há investimento inadequado. Aplicar em renda
fixa com o objetivo de previdência é desperdício. O passado
mostra que aplicar em renda variável por um longo prazo
(mais do que sete anos) resulta em ganhos expressivos. Se
tenho um objetivo de previdência com os recursos e os aplico
em renda fixa, estou desperdiçando rendimentos. Se aplico
em bolsa de valores recursos destinados a consumo de curto
“
“
Como proteger o seu dinheiro e não ser
abatido pela crise financeira?
A estratégia exposta na pergunta anterior protege o
investidor e o deixa preparado para as surpresas que certamente
virão. Pode, no máximo, alterar levemente o seu planejamento.
O ponto central é planejar o consumo e realizar investimentos
de forma compatível com o prazo de realização do consumo.
Adaptações devem ser feitas com cuidado em função de uma
mudança de planos.
Se aplico em bolsa de
valores recursos destinados
a consumo de curto prazo,
posso ser surpreendido
por um evento subprime e
inviabilizar o consumo.
prazo, posso ser surpreendido por um evento subprime e
inviabilizar o consumo.
O mercado financeiro muitas vezes quer induzir o indivíduo a
assumir riscos que não deveria assumir. Não é necessário correr
riscos exagerados. Não se deve pôr em risco grandes quantias
conquistadas com muito suor. Deve haver um equilíbrio entre
o desejo e a precaução. São muitas as armadilhas. O mercado
financeiro é um ambiente de complexidade crescente. Para
operar fora deste modelo proposto é preciso muito preparo,
muito sangue frio. O pequeno investidor, em sua grande maioria,
não tem este perfil. Não nos iludamos.
Em relação aos investimentos, como devem proceder as
pessoas que têm dívidas a pagar?
Os endividados no Brasil devem se preocupar exclusi­
vamente em obter os recursos para pagar suas dívidas o mais
rápido possível. As taxas de juros no Brasil são as mais altas do
mundo. Comprar a prazo no Brasil, somente se a necessidade
de consumo for muito alta. Sempre que possível é preferível
poupar e comprar à vista. Ao comprar à vista, barganhe, pois
o preço cairá. Se você tem dívidas no Brasil, não é racional ter
recursos aplicados. Pague suas dívidas e no longo prazo você
verá os efeitos no seu bem-estar.
Revista Fórum 17
C ultura
REAL
GABINETE
Sessões solenes presididas por Machado de Assis
18 Revista Fórum
E
m 14 de maio de 1837, um grupo de 43 imigrantes
portugueses do Rio de Janeiro resolveu criar uma
biblioteca para ampliar os conhecimentos de seus
sócios e dar oportunidade aos portugueses residentes
na então capital do Império de ilustrar o seu espírito. Foi a primeira associação desta comunidade na cidade.
Logo nos primeiros anos após a sua fundação as dire­to­
rias passaram a adquirir milhares de obras, algumas raras,
dos séculos XVI e XVII – entre elas um exemplar da edição
“prínceps” de “Os Lusíadas”, que pertenceu à Companhia
de Jesus de Setúbal; as “Ordenações de D. Manuel”, de
Jacob Cromberger, editadas em 1521; e os “Capitolos de
Cortes e Leys que sobre alguns delles fizeram”, de 1539. A
ampliação da biblioteca fez com que a sua sede mudasse por
várias vezes: da casa da Rua de São Pedro foi para a Rua da
Quitanda e desta para a rua dos Beneditinos, em 1850.
Em 1872, quando a biblioteca já possuía 20.471 obras
(ou 44.917 volumes), os dirigentes começaram a pensar na
construção de uma sede maior e condizente com a importância da instituição. Para isso, foi adquirido um terreno na
antiga Rua da Lampadosa, atual Rua Luís de Camões. As
comemorações do tricentenário da morte de Camões (1880)
foram o grande pretexto para motivar a colônia portuguesa e
levar adiante o projeto.
O projeto escolhido para o edifício da atual sede foi o do
arquiteto português Rafael da Silva e Castro, com seu traço em
estilo neomanuelino, evocando a epopéia dos descobrimentos
portugueses. A fachada, inspirada no Mosteiro dos Jerónimos
de Lisboa, foi trabalhada por Germano José Salle em pedra
de lioz em Lisboa e trazida de navio para o Rio. As quatro
estátuas que a adornam retratam o Infante D. Henrique, Luís
de Camões, Pedro Álvares Cabral e Vasco da Gama, e os
medalhões, os escritores Fernão Lopes, Gil Vicente, Alexandre
Herculano e Almeida Garrett. Foi no Real Gabinete que foi
criado o Instituto de Direito Comparado Luso-Brasileiro,
por juristas brasileiros e portugueses. Na nova sede do
Real Gabinete, também foram realizadas as cinco primeiras
sessões solenes da Academia Brasileira de Letras, sob a
presidência de Machado de Assis.
Nas últimas décadas, para dar mais dinamismo às suas
atividades, o Real Gabinete criou um Centro de Estudos
que abriga um Pólo de Pesquisa sobre Relações LusoBrasileira, que promove cursos de extensão universitária
sobre Litera­­tura, Língua Portuguesa, História, Antropologia
e Artes; colóquios e conferências, a cargo de professores
universitários; e edita a revista semestral “Convergência
Lusíada”, distribuída a centenas de instituições culturais
e universidades de todo o mundo. A biblioteca do Real
Gabinete recebe um exemplar de todas as obras editadas
em Portugal.
Real Gabinete Portuguez de Leitura
Rua Luís de Camões, 30 – Centro – Tel: (21) 2221-3138
Revista Fórum 19
t uris m o
África
do Sul
20 Revista Fórum
P
aís sede da próxima Copa do Mundo de
Futebol, de dois oceanos (Atlântico e Índico),
de três capitais (Pretória, a administrativa,
Cidade do Cabo, a legislativa, e Bloemfontein,
a judiciária), e dos big five (leão, leopardo, elefante,
hipopótamo e rinoceronte), a África do Sul é famosa por
sua diversidade cultural, linguística e religiosa. Difícil
escolher o melhor roteiro, que vai dos desertos áridos às
florestas exuberantes, das montanhas deslumbrantes às
savanas repletas de animais selvagens, dos santuários
de pássaros às reservas de água natural.
Um dos destaques é a Cidade do Cabo, realmente
especial e que lembra o Rio de Janeiro por sua riqueza
cultural e geográfica, mas ela não é carioca. Ela lembra
também a Buenos Aires da região de Puerto Madero,
pois tem uma área portuária que foi revitalizada e se
tornou um dos lugares mais atrativos da cidade.
Embora com cicatrizes ainda visíveis do regime de
segregação racial (o ‘Apartheid’, encerrado em 1994),
o país tem o maior PIB do continente africano e, aos
poucos, está superando suas mazelas com atrativos
turísticos que vão muito além dos estereótipos. No sul,
estão algumas das paisagens litorâneas mais bonitas do
hemisfério, a Rota Jardim; no leste, a multiétnica cidade
de Durban, que possui vários museus; na fronteira
com Moçambique, bichos vivendo soltos em savanas
e florestas; e no extremo norte, sítios arqueológicos e
históricos, que oferecem uma perspectiva da vida das
antigas culturas na Idade do Aço.
Na contagem regressiva para a Copa do Mundo de
2010, o interesse pela África do Sul tende a crescer. E o
país, que já é um destino popular para turistas europeus
e norte-americanos, está se preparando para receber a
competição e os milhões de pessoas do mundo todo.
O maior destaque do turismo são os safáris
pelos inúmeros parques ambientais, que
possibilitam a observação de diversas
espécies de animais (cerca de 50
espécies de mamíferos e quase 500 de
pássaros, além dos big five e cachorros selvagens).
O país possui cerca de 20% do seu território preservado
por reservas naturais. No famoso Parque Nacional
Kruger, que se estende por 350 km, de norte a sul do
território, é possível ver os animais tanto em trilhas a
pé, próximas aos campos de descanso, como em jipes,
acompanhados de guias.
Informações necessárias para
uma boa visita à África do Sul
- Diferença de fuso horário: está cinco horas à frente
do Brasil.
- Como chegar: a South African Airways tem voos direto
de São Paulo para Johanes­burgo, com duração de
aproximadamente oito horas.
- Passaportes e vistos: brasileiros não precisam de visto
para entrar na África do Sul. São necessárias duas
páginas inteiras em branco no passaporte, para o selo
de entrada no país.
- Língua: a Constituição reconhece pelo menos 11
línguas oficiais, sendo as principais o inglês, falado
na vida pública oficial e comercial e, principalmente,
pelos descendentes britânicos; o afri­cân­der, falado por
descendentes de holandeses; o zulu e o xhosa, línguas
nativas.
- Moeda: rand. A cotação varia com o câmbio diário.
- Vacinas: é exigido o Certificado Internacional de
Vacinação contra a febre amarela, que deve ser
tomada pelo menos 10 dias antes do embarque. Para
evitar a malária, é importante o uso de repelente e de
mosquiteiros para reduzir a chance de ser picado.
Revista Fórum 21
S A Ú D E
D A
M E N T E
DA MENTE
A
ansiedade é um sentimento normal, presente
não apenas no homem, mas em diversos
animais. Toda situação desconhecida provoca
ansiedade. É ela que nos prepara para
situações difíceis como uma prova, uma entrevista de
emprego ou um primeiro encontro amoroso. Mas, às vezes,
ela pode atrapalhar. Quando você não consegue mais
pensar em nada porque está ansioso ou preocupado com
um problema pequeno que vai acontecer futuramente, ou
quando se torna irritado a ponto de discutir, fique atento.
Esses sinais significam que é hora de procurar ajuda, antes
que surjam consequências mais graves.
O mesmo acontece com a depressão. É normal ficar
triste em determinadas situações, como a perda de um
ente querido ou um projeto que não dá certo. O que
caracteriza a depressão é a tristeza prolongada, constante,
que ocupa a maior parte do dia, quase todos os dias, e é
acompanhada de outros sintomas como redução do sono,
do apetite, e do desempenho das atividades.
Em ambos os casos, é importante procurar tratamento
assim que aparecerem os primeiros sintomas. Quem afirma
é o psiquiatra Antonio Leandro Nascimento, membro
do comitê editorial do Programa ABP Comunidade, da
Associação Brasileira de Psiquiatria. Segundo ele, cerca
de 60 a 70% dos pacientes melhoram nos primeiros
seis meses de tratamento com o uso de medicamentos.
Poucos precisam usar medicamentos por um período mais
prolongado. “A psiquiatria ainda é muito estigmatizada.
Algumas pessoas pensam que, se forem ao psiquiatra,
precisarão ir durante toda a vida. Mas a realidade não
é essa. A imensa maioria se trata, recebe alta, e os
22 Revista Fórum
medicamentos são suspensos”, esclarece.
Estatísticas mostram que até 1/5 das pessoas vai
ficar deprimida em alguma época da vida e 13% terão
algum transtorno de ansiedade. Normalmente existem
dois picos de incidência da depressão: o primeiro, em
torno da 3ª década de vida, que é quando a maior parte
das pessoas está ingressando na carreira e possui uma
grande necessidade de mostrar desempenho; o segundo,
por volta da 5ª década, que é uma época de preparação
para uma nova vida, a aposentadoria.
Ansiedade e depressão são as doenças psiquiá­tricas
mais comuns e geram várias consequências. Uma das mais
comuns é o cansaço mental. “O excesso de trabalho pode
causar cansaço, como o excesso de qualquer atividade,
mas essas doenças provocam um cansaço além do que
seria esperado”, afirma o psiquiatra.
Ele explica ainda que os sintomas de depressão e
ansiedade podem surgir separadamente ou ao mesmo
tempo. “A ansiedade pode se manifestar de diversas
formas. Desde uma irritação pequena e constante, até
uma manifestação exagerada que acontece em alguns
momentos, que é conhecida como transtorno do pânico,
além de algumas manifestações mais específicas como o
transtorno obsessivo compulsivo (TOC). Já a depressão
depende da interação de fatores biológicos (predisposição
individual, origem genética) com o ambiente. A incidência
é maior em grupos que têm mais anos de estudo, pois
o momento em que vivemos, com uma grande pressão
por desempenho, pode contribuir para desencadear o
processo para o qual as pessoas já estão predispostas”,
afirma.
c
A
n
s
a
ç
o
m
e
n s
t
a
l
i
e d a d e
e
p
r
e
s
s
ã
o
Antonio Leandro Nascimento é coordenador científico de uma equipe
chamada Interconsulta Psiquiátrica Hospitalar, chefiada pelo psiquiatra
Marcelo Ciuffo, que presta atendimento psiquiátrico a pacientes internados
em hospitais gerais, como o Hospital Copa D’Or, no Rio de Janeiro. Segundo
ele, as pessoas que estão internadas com doenças físicas frequentemente
podem apresentar alguma doença psiquiátrica ao longo da internação, como
confusão mental, desorientação e até mesmo depressão, que pode surgir junto
com uma doença grave e dificultar o tratamento dessa doença. “Para prestar
um atendimento melhor aos pacientes, a equipe do Interconsulta Psiquiátrica
Hospitalar auxilia a equipe de médicos no trabalho de diagnóstico e tratamento.
Também fazemos pesquisas sobre a manifestação dos sintomas, buscando
tratamentos mais eficazes”.
Há estudos que mostram que o delirium, uma doença psiquiátrica comum em
hospitais gerais, aumenta o custo da internação em 31%, assim como a duração
da internação. Muitas vezes os clínicos e os cirurgiões têm dificuldades para
diagnosticá-la e iniciar seu tratamento. Por isso é importante ter psiquiatras
nos hospitais gerais.
Revista Fórum 23
saúde
24 Revista Fórum
do
corpo
cervical
A
s dores de coluna acometem uma grande parte
da população e uma das mais frequentes é a dor
na coluna cervical (nuca e pescoço).
A dor cervical tem várias origens. Uma dessas
origens pode resultar em tratamento neurocirúrgico, provocada por alguma forma de compressão na região nobre e
delicada do pescoço, chamada coluna cervical.
De acordo com o neurocirurgião Jaime Cvaigman, a
causa mais comum é a contratura da musculatura cervical.
Em seguida encontraremos as hérnias discais – discos que
se encontram entre as vértebras da coluna que podem ser
extrusas ou não, as compressões disco osteofitárias – bico
de papagaio – as mielopatias espondilóticas, que decorrem
da compressão crônica da medula espinhal, além de tumores
próprios da coluna ou que se estendam para este segmento
do sistema nervoso. Outros fatores relacionados intimamente
com fortes desconfortos no pescoço, são as dores tensio­
nais que costumam combinar-se e potencializar-se com o
estresse. As causas que levam às hérnias são degenerativas,
provenientes de esforço físico errado e má postura. A postura
errada, pode gerar tensão sobre os ligamentos e músculos,
que prendem a coluna, gerando dor e incômodo.
Além disso, a musculatura flácida (mole) tem mais chance de fazer uma lesão cervical. Por isso a importância do
exercício físico.
Os traumas e os escorregamentos (lísteses) de coluna
cervical, na grande maioria dos casos, exigem tratamento
e correção cirúrgica, sendo no primeiro caso muitas vezes
necessário correção cirúrgica imediata.
O tratamento da dor cervical mesmo podendo ser uma
doença neurocirúrgica compressiva segue curso de medicação para dores em geral, isto é, fármacos para reduzirem o
processo álgico e inflamatório, utilização de métodos fisioterápicos, que vão desde acupuntura até RPG.
As cirurgias têm o caráter descompressivo e modernamente está sendo introduzido o conceito de mobilidade associado à estabilidade do corpo e neuroeixo (coluna).
Os métodos não cirúrgicos são eficazes, sendo que a
cirurgia será a última conduta caso não haja melhora dos
sintomas com, logicamente, exceção aos tumores e mielopatias compressivas, que deverão ser removidos através
desse processo o mais breve possível.
Neurocirurgião Jaime Cvaigman
Revista Fórum 25
A L I M E N T A Ç Ã O
Alimentos Funcionais
S
ão chamados de alimentos funcionais quaisquer alimentos que contenham uma ou mais substâncias, classificadas
como nutrientes ou não-nutrientes, capazes de atuar no metabolismo e na fisiologia humana, promovendo efeitos
benéficos à saúde.
Ácidos Graxos -3
Fibras alimentares
Vitaminas A, C, E e Selênio
Reduzem o risco de doenças cardiovasculares, o colesterol sanguíneo e o
risco de câncer. Intervêm na coagulação
do sangue e no controle de processos
inflamatórios, diminuem triglicerídeos e
a depressão.
Fontes:
Peixes de água fria, sardinha, algas
e óleos (girassol e oliva), linhaça, nozes,
rúcula.
Aumentam o peristaltismo e
a excreção de toxinas, aliviam a
constipação intestinal, equilibram a
flora intestinal, diminuem a incidência
de câncer de cólon, previnem doenças
cardiovasculares, reduzem o colesterol,
e retardam a absorção de glicose.
Fontes:
Cereais integrais, leguminosas,
hortaliças e frutas.
Possuem ação antioxidante e
anticancerígena, melhoram o sistema
imunológico e auxiliam na prevenção de
vários tipos de câncer.
Fontes:
Caqui, limão, laranja, acerola, beterraba, brócolis, repolho, espinafre, cenoura, tomate, ovos, cereais, castanha
do Pará.
26 Revista Fórum
Vitamina B12
Flavonóides
Fortalece o sistema imunológico,
equilibra a flora intestinal e melhora o
estado geral do organismo.
Fontes:
Alimentos de origem animal.
Inibem a formação de ateromas
e têm grande ação antioxidante.
Protegem o coração de doenças
cardíacas.
Fontes:
Suco de uva, uva preta e vinho tinto.
Porções recomendadas pela
nutricionista Jaqueline Oliveira:
Soja – 25g/dia (1 concha)
Aveia – 3g/dia (1 colher de chá)
Peixe (Ômega 3) – 2 porções/
semana
Alho – 1 dente/dia
Chá verde – 4 a 6 xícaras/dia
Licopeno (tomate, melancia) – ½
xícara/dia
Oleaginosas (Ômega 3 e 6) – 30 a
60g/dia
Suco de uva – 480ml/dia
Fitoestrógenos, Lignana e
Isoflavonas
Regulam o estrogênio, atuando
na prevenção do câncer de mama;
reduzem os sintomas da menopausa
e da TPM, reduzem o LDL e
triglicerídeos.
Fontes:
Leguminosas (soja e feijão), cereais,
linhaça.
Polifenóis (catequinas)
Ação anticancerígena, desintoxicante,
diurético, protetor da mucosa estomacal
e esofagiana, diminuem o colesterol e
aceleram o metabolismo.
Fonte:
Chá verde e chá branco.
Vinho – 240ml/dia
Linhaça – 1 colher de sopa/dia
B12 (proteína animal) – 1 porção/dia
Envie suas dúvidas para a nutricionista
Jaqueline Oliveira, através do e-mail:
[email protected]
Revista Fórum 27
V I N H O S
vinho
O
sommelier do Hotel Fasano,
Dionísio Chaves, ensina a
escolher o vinho de acordo
com cada estação do ano.
“Essa escolha é, sem dúvida alguma,
o pontapé inicial para chegar ao prazer
máximo de uma degustação sem perder
o chão”, diz.
No verão, quando o calor é tanto
que provoca a sensação de uma estufa,
os melhores vinhos são, de preferência,
os espumantes em geral, incluindo o
Champagne, espumante produzido na
região demarcada de Champagne. Ele
cita o velho ditado “todo Champagne
é um espumante, mas nem todo
espumante é um Champagne”, e
explica o porquê: é errado falar que
o Chandon Excellence, produzido na
região de Garibaldi, Serra Gaúcha
é um Champagne. É um belo caldo,
porém está muito longe da região onde
se produz os melhores do planeta. Os
espumantes
são vinhos com presença
28 Revista Fórum
de gás carbônico natural e possuem
um frescor muito bom, que equilibra o
calor do nosso corpo.
Para os amantes de vinhos brancos
os melhores para o verão são os
produzidos com Sauvignon Blanc,
Riesling, Chenin Blanc, Trebbiano e
várias outras uvas, sempre aquelas
mais leves e sem fermentação e
amadurecimento em barrica de
carvalho. Não é recomendável, por
exemplo, um Amarone, vinho tinto
produzido no Vêneto, norte da Itália
com graduação alcoólica de até 16% e
bastante extrato.
Outono é tempo dos Chardonnays
com passagem em madeira. Nessa estação, já é possível começar a degustar
alguns tintos leves na beira da piscina
e até mesmo no calçadão da praia. Os
vinhos mais prazerosos são os produzidos com a uva Pinot Noir e Gamay
– essa última inclusive é responsável
pela produção do Beaujolais Nouveau,
lançado no mundo todo sempre na terceira quinta-feira de
novembro. O sommelier dá uma dica: “Esse vinho deve
ser consumido a uma temperatura de 12 a 14 graus, mas
nunca o beba depois de três meses após o lançamento,
pois se trata de um vinho frutado, leve, fresco e com um
belo aroma de banana”.
A chegada do inverno indica que é hora de esquentar
a adega com vinhos mais encorpados, como o Amarone,
que não cairia bem no verão. Outras opções para os dias
frios são Cabernet Sauvignon, a rainha das uvas pretas;
os belos Bordeauxs; os Barolos e Barbarescos, ambos
do Piemonte produzidos com Nebbiolo; os Brunellos de
Montalcino da Toscana, terra onde a Sangiovese manda;
e os tempranillos de Rioja e Ribera Del Duero.
Na primavera os vinhos se misturam e a decisão vai
depender do local. Em um fim de tarde na praia, tintos de
médio corpo. À noite, em casa ou no restaurante, tintos e
brancos mais encorpados. “Nessa estação o que vale mais
é nosso desejo e companhia”, finaliza.
Sugestões de Vinhos
VERÃO
Riesling Kilikanon Mort’s Block Clare Valley 2005
Austrália
Importadora Decanter (21) 2286-8838 – R$ 109,00
Espumante Chandon Excellence Brut
Garibaldi – Serra Gaúcha – Brasil
Supermercado Zona Sul – R$ 90,00
Prosecco Selezione Fasano Extra Dry
Veneto – Itália
Importadora Enoteca Fasano (21) 2422-3688 – R$ 155,00
Murphy – Goode Fumé Blanc 2007
Alexander Valley – Califórnia
Importadora Bevbrands (21) 2424-1624 – R$ 69,00
OUTONO
Carmel Road Chardonnay 2006
Monterrey – Califórnia
Importadora Bevbrands – R$ 87,00
La Creme Pinot Noir 2005
Sonoma Coast – Califórnia
Importadora Bevbrands – R$ 133,00
Bourgogne Passe-Tout-Grain “Le Boutoir” 2005
Bourgogne – França
Importadora Enoteca Fasano – R$ 108,00
INVERNO
Barolo Selezione Fasano 2004 Gianni Gagliardo
Piemonte – Itália
Importadora Enoteca Fasano – R$ 594,00
Freemark Abbey Cabernet Sauvignon 2004
Napa Valley – Califórnia
Importadora Bevbrands – R$ 113,00
Abadia Retuerta Rívola 2004
Sardon Del Duero – Espanha
Importadora Península (11) 3822-3986 – R$ 96,00
PRIMAVERA
Basta escolher bem a companhia
Envie suas dúvidas para o especialista
Dionísio Chaves, através do e-mail:
[email protected]
Revista Fórum 29
tecnologia
pequeno
expectativas
30 Revista Fórum
“
Os netbooks, como
o nome indica, foram
projetados para acessar
a rede. Servem para
navegar na web (em
monitores pequenos,
com no máximo 10
polegadas) e usar correio
eletrônico e mensagens
instantâneas.
“
O
s netbooks, mininotebooks ou ultraportáteis, como preferir,
são pequenos, despojados e baratos. Não existe um nome
definitivo para essa novíssima categoria de computadores.
Eles são menores que um notebook e não vêm com leitor
de CD ou DVD. Os netbooks, como o nome indica, foram projetados
para acessar a rede. Servem para navegar na web (em monitores
pequenos, com no máximo 10 polegadas) e usar correio eletrônico
e mensagens instantâneas. Também funcionam muito bem para
escrever um documento no Word ou trabalhar com uma planilha de
cálculos no Excel. Apenas isso. Que ninguém espere rodar, mesmo
na rede, serviços mais sofisticados, como o Google Earth, que exigem
grande memória. Os netbooks não têm capacidade para tanto,
muito menos para entrar em sites de games ou usar programas de
multimídia. Pode-se ficar com ele no colo confortavelmente, o que
não acontece com os notebooks. Ele é leve e, sobretudo, pequeno,
bom para navegar, tem o tamanho e a espessura de um livro médio.
Além da extrema mobilidade – existe atualmente um segmento de
mercado que valoriza a ultraportabilidade – o seu maior atrativo é
o preço. No Brasil, os netbooks da Positivo – única fabricante local
– custam entre R$ 1.000 e R$ 1.900. É menos da metade do preço
de um notebook incrementado com gravador de DVD, tela grande e
vasta memória.
LENOVO IDEAPAD S10
Foi eleito pela revista Wired o melhor dos
netbooks. Tem o maior monitor da categoria.
É a melhor relação custo-benefício.
DELL INSPIRON MINI 9
São quatro modelos. A versão mais barata
opera com o programa Linux.
POSITIVO LINHA MOBO
São oito modelos, com monitores de 7, 9 e 10
polegadas. Todos operam com Windows XP.
HP MINI 1000
Na versão mais sofisticada, o mininotebook
da HP vem com um monitor de alta definição.
POSITIVO OBO KIDS
É voltado para os alunos do ensino
fundamental. Tem o formato de uma pastinha.
Revista Fórum 31
C uide
de
você
saúde garantida
“
Para curar doenças, é necessário ver o homem como
um todo. O homem não é uma doença, é um doente.
Emoções, tristeza, prazer, relações familiares, tudo
está envolvido”. A afirmação é da clínica geral e
homeopata Dóris Barki Israel. Ela explica que nós somos
seres dinâmicos e que por isso precisamos ter um ótimo
nível de integração entre corpo, mente e espírito. E o ponto
de ligação entre essas energias são os chamados chakras.
Os chakras são glândulas que se localizam ao longo da
coluna e é como se cada uma delas fosse um vértice de
energia. Cada ponto do campo energético tem uma interface
com o plano físico. Fatores como estresse, pensamentos
negativos e maus hábitos podem levar ao bloqueio do
chakra e interromper a captação de energia. A homeopatia
resgata o equilíbrio e desbloqueia os canais. O chakra
sendo saudável, possibilita a entrada de energia mantendo
as estruturas em relação a ele também saudáveis. E é a
energia que garante o bom funcionamento de cada estrutura.
“Essas energias multidimensionais dentro da gente é que
nos dão um sentido na vida, um propósito. Sem elas, nos
afastamos cada vez mais do nosso centro e ficamos mais
vulneráveis a adoecer”, diz a homeopata.
A identificação dos chakras é o primeiro passo do
tratamento. Assim, são verificadas as fragilidades do
paciente. “Peço todos os exames, exatamente como
a medicina manda. Acredito na ciência”, esclarece a
32 Revista Fórum
homeopata. A diferença é que a medicina convencional ataca
o sintoma como se fosse a causa da doença, enquanto na
homeopatia o sintoma é visto como a consequência de um
problema maior. “Quando aparece um sintoma, por menor
que seja, é porque a pessoa está perdendo o equilíbrio.
Por isso a homeopatia leva em conta todo o momento do
paciente e trabalha com a sua transformação, dando apoio
ao processo de sustentação psicológica, de evolução. Se
não for assim, não há melhora, por mais remédios que
se tome. O que nos faz estar vivos é a energia que nutre
nosso sistema. Quem não se dispõe a ter uma mudança de
atitude, não consegue mudar sua saúde”, afirma.
Homeopata Dóris Barki Israel
os chakras e suas funções
Coronário: É a energia espiritual, onde está localizada
a fé, a esperança, o pensamento positivo. É a glândula que
faz a conexão com a energia universal.
Frontal: É o chakra frontal, o terceiro olho, que está muito
ligado com a memória, a concentração, o foco. Tudo isso tem
uma interface com o plano físico, que nesse caso seriam a
dor de cabeça, a falta de memória e de concentração.
Laríngeo: É a glândula do conhecimento, da alma, da
realização da nossa missão. Os problemas surgem quando as
pessoas deixam de captar energia para esse centro. Falta de
autoconhecimento, por exemplo, gera problemas na tireóide.
Cardíaco: Glândula timo, responsável pelo sistema
imunológico. O coração é para fluir energia de amor, por si
próprio e pelo próximo. Se não seguir esse fluxo, bloqueando
o amor, a imunidade fica comprometida. Pessoas deprimidas
ficam sem energia e mais vulneráveis às doenças. A energia
do amor é curadora. Amor salva, transforma. Sem amor no
coração não há como ter imunidade.
Solar: É o único chakra que fala do ego. É a maneira
como as pessoas se posicionam na sociedade, como se
apresentam e como são vistas pelos outros. Quem não
consegue se colocar ou está sem coragem, é porque tem
bloqueio nesse chakra, o que gera gastrite, azia, hérnia de
hiato.
Sexual: É o chakra umbilical. É a vitalidade, a libido
não só pelo sexo mas pela vida, as relações com amigos,
namorados, cônjuges. Sem esse equilíbrio, aparecem as
doenças nessa área. Hoje em dia é comum as pessoas
terem mioma que, na tradução semântica, quer dizer ‘me
ame’. O intestino é 90% produtor de serotonina, o hormônio
do prazer. Quem tem intestino preso não produz serotonina
e fica chateado, agressivo, enfezado.
Raiz: É o chakra básico, que dá estabilidade, força
para o trabalho e para ganhar dinheiro. Cuida do intestino
grosso e da circulação das pernas. Uma pessoa que tem o
chakra básico bloqueado pode ter problemas como perna
pesada e varizes.
Revista Fórum 33
T E N D Ê N C I A S
CHARUTOS
C
ada vez mais o charuto ganha status de
complemento para uma boa bebida, bom
papo e até uma boa refeição. Além disso, os
apreciadores são cada vez mais numerosos.
O charuto é confeccionado de folhas de tabaco,
cuja produção requer diversos detalhes para uma boa
performance, desde a plantação e rega na germinação,
que é feita com água desclorificada, até a conservação
das folhas, feita a uma temperatura muito abaixo
de zero, evitando a adição de produtos químicos na
lavoura do fumo. Sua origem exata é cercada de lendas
e mistérios. Não se sabe quem o provou pela primeira
vez, mas há indícios da região em que foram dadas
as primeiras baforadas. Foi descoberta uma peça de
cerâmica do século X, na Guatemala, que retrata um
maia degustando um rolo de folhas amarradas com um
tipo de barbante.
Degustar charutos exige tempo e dedicação. É
um ato que está relacionado com o fluxo de fumaça,
a textura e o aroma. Os mais robustos geram uma
quantidade maior de fumaça, que requer prática para
degustá-los. A forma como é feito, o corte ou o furo
no charuto também influi no fluxo de fumaça. Ao furar,
ele fica mais intenso e, quando cortado, a fumaça mais
dispersa.
A melhor forma de guardar os charutos é em locais
sem incidência solar ou luminosidade. Ambientes de ar
refrigerado não são recomendados, porque ressecam
a folha. O ideal é uma caixa umidora, que mantém a
umidade relativa do ar.
Também é importante a escolha dos acessórios adequados. Em geral, o isqueiro, como maçarico, promove
a queima do fumo por inteiro, assim como o cortador de aço inox é recomendável
para proporcionar um corte
seco e exato, sem desfo o charuto.
lhar
34 Revista Fórum
ALGUNS CLÁSSICOS POR EDGAR ESCH
Partagas Série D Nº 4 – Tipo robusto
Monte Cristo Nº 2 – Tipo pirâmide ou
torpedo, mundialmente apreciado
Cohiba Siglo VI – Tipo canhonaço, é um
lançamento com extrema elegância.
Monte Cristo Nº 4 – Tipo petit corona,
dentre os cubanos mais vendidos no
mundo.
EXCELENTES COMBINAÇÕES
Vinhos do Porto
Conhaques
Rum
Malt Whisky
Licores em geral
*Colaboradores: Esch Café e Charutaria Syria
F ale C onosco
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