The Walking Dead à luz da filosofia
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The Walking Dead à luz da filosofia
Disciplina - Filosofia - The Walking Dead à luz da filosofia Filosofia & Ciências Enviado por: [email protected] Postado em:08/07/2013 AD Luna Baseado na HQ criada e escrita por Robert Kirkman e exibido no Brasil pelo Canal Fox e pela Band, o seriado The Walking Dead tem cativado milhões de fãs mundo afora. Carregado por cenas de ação, horror, sangue e ótimos efeitos especiais, TWD também chama atenção por dramas pessoais e éticos vividos por seus personagens. Tais questões são abordadas no livro The Walking Dead e a Filosofia - Espingarda. Revólver. Razão (Editora BestSeller. R$ 19,90), organizado por Christopher Robichaud, professor de ética e políticas públicas da Harvard Kennedy School of Governmente; e William Irwin, que leciona filosofia na King´s College, Pensilvânia. Podemos pensar em direitos para os zumbis? Seria legítimo e moral cometermos suicídio em um mundo apocalíptico, já que nossa sobrevivência seria por demais sofrida? São algumas das indagações colocadas e respondidas na obra com o auxílio de Aristóteles, Epicuro, Tomás de Aquino, Platão, Shopenhauer, Kant. Utilizando-se de linguagem acessível, mas não simplória, o livro pode até ser lido por quem nunca assistiu a The Walking Dead. No entanto, a experiência fica muito mais interessante para os iniciados que acompanham a série desde o início e conhecem as histórias e personalidade dos seus diversos personagens. Segundo o próprio Kirkman, no fundo TWD trata sobre humanidade. O seriado pode ser encarado como uma espécie de simulação antropológica na qual pessoas vivem situações limite que as fazem deixar aflorar sentimentos de extremo individualismo e, em outro extremo, compaixão e altruísmo. Um dos melhores capítulos do livro é Deixado para trás: é moralmente aceitável abandonar Merle Dixon? Nele, o autor Lance Belluomini aborda o dramático episódio no qual o grupo de sobreviventes liderado pelo policial Rick Grimes abandonam o personagem Merle, algemado, no alto de um prédio. Merle é uma figura repulsiva, devido a seu comportamento violento, autoritário e racista. Ainda assim, T-Dog, o negro ofendido e espancado por ele demonstra sentimentos de culpa ao abandonar seu agressor, ainda que acidentalmente. T-Dog tenta abrir as algemas, mas acaba deixando a chave cair em um buraco. Merle suplica para que ele o solte de qualquer maneira, mas T-Dog e o resto do grupo o abandonam. Esta notícia foi publicada no site Diário de Pernambuco em 27 de Junho de 2013. Todas as informações nela contidas são de responsabilidade do autor. http://filosofia.seed.pr.gov.br 1/10/2016 6:53:49 - 1