alfanews 2014 3-1
Transcrição
alfanews 2014 3-1
ALFANEWS Informativo do Projeto ALFA – Aliança de Laboratórios de Fertilização Assistida | Volume 3 | Número 1 | Ano 2014 passo a passo sobre Hirsutismo passo a passo H passo a passo irsutismo MSD Fertilidade Ajudando você a ajudar que as famílias cresçam MC 423/12 03-2014-GEN-12-BR-423-J WOMN-1030990-0000 IMPRESSO EM MARÇO/2012 EDITORIAL Tratamento de Infertilidade PARA TODOS O PROJETO “Tratamento de Infertilidade para Todos” é inédito e visa incluir a reprodução assistida no rol de procedimentos pagos por Planos de Saúde. Lutamos pelo cumprimento do artigo 196 da Constituição e o integral cumprimento da Lei 11.935, de 11 de maio de 2009, que obriga a cobertura do atendimento dos planos de saúde aos casais inférteis. Apesar de existirem leis de amparo aos pacientes que precisam do tratamento, a atual situação é de total descaso. Em interpretação equivocada, a Agência Nacional de Saúde (ANS), por meio da Resolução Normativa Nº 211 de 11 de janeiro de 2010, excluiu o que a lei tacitamente obriga. Apoiado por entidades médicas, entre elas a AMB (Associação Médica Brasileira), o CRM (Conselho Regional de Medicina – SP) e a FEBRASGO (Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia), o projeto tem por objetivo lutar pela inclusão da reprodução assistida no rol de procedimentos da ANS e, consequentemente, obter pelo Plano de Saúde a cobertura do tratamento de infertilidade. Saiba mais sobre este projeto acessando o site www.tratamentodeinfertilidade.com.br É expressamente proibido reproduzir quaisquer matérias ou imagens desta revista, total ou parcialmente, sem a autorização por escrito de seu editor. A responsabilidade sobre os conceitos e opiniões emitidos nos artigos e nas propagandas é exclusiva de seus autores e anunciantes. Ilustração da capa | dreamstime PROJETO ALFA FERTILIZAÇÃO ASSISTIDA S/A. Av. Cincinato Braga, 37, 12o andar | CEP 01333-011 | São Paulo-SP | Tel. (11) 3515-9999 | www.projetoalfa.com.br COMITÊ EXECUTIVO Elvio Tognotti • Jonathas Borges Soares • Nelson Antunes Júnior • Newton Eduardo Busso • Sidney Glina CALABORADORES Cristiano Eduardo Busso • Leopoldo Oliveira Tso • Luciana Leis • Oscar Barbosa Duarte Filho • Rodrigo Romano ALFANEWS É ÓRGÃO INFORMATIVO DO PROJETO ALFA FERTILIZAÇÃO ASSISTIDA S/A. Editor Newton Eduardo Busso | [email protected] PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Josimar Silvestre Tanaka | jositanaka@gmail. com JORNALISTA RESPONSÁVEL Josimar Silvestre Tanaka | [email protected] GRÁFICA Prol Gráfica TIRAGEM 2.000 exemplares alfanews volume 3 número 1 ano 2014 3 3 PASSO A PASSO Hirsutismo | Newton Eduardo Busso 8 EDITORIAL Tratamento de infertilidade para todos 6 Índice ARTIGOS ALFA | CLÍNICA – ASRM 2014 Impact of late onset of gnrh antagonists for pituitary supression during in vitro fertilization cycles | Oscar Barbosa Duarte Filho 10 9 Corifollitropin alfa in a flexible antagonist protocol: a first prospective pilot study | Leopoldo Oliveira Tso ARTIGOS ALFA | LABORATÓRIO – ASRM 2014 The evaluation of devitrified blastocysts survival rate and clinical outcomes according to their morphology on day 3 | Ivan Henrique Yoshida Relationship between day 3 embryo morphology and the prevalence of embrionic aneuploidy by using CGH-array on the blastocyst stage | Françoise E Mizrahi ATUALIZAÇÃO Conduta em mulheres com endometriose | Newton Eduardo Busso AGENDA DE EVENTOS | 2014 – 2015 29 | jun | 2014 30o Encontro Anual da ESHRE Munique – Alemanha 20 | ago | 2014 17o Congresso Brasileiro de Reprodução Assistida Salvador – BA 04 | set | 2014 XIX Congresso Paulista de Ginecologia e Obstetrícia - SOGESP São Paulo – SP 18 | out | 2014 70th ASRM Annual Meeting 2014 Honolulu – Havaí 06 | nov | 2014 26o Congresso Brasileiro de Reprodução Humana Porto Alegre – RS 05 | dez | 2014 XVIII Simpósio Paulista de Infertilidade Conjugal e Hormonioterapia (SPICH) São Paulo-SP 18 | mar | 2015 16th World Congress on Human Reproduction Berlim – Alemanha simpósio paulista de infertilidade conjugal e hormonioterapia 05 e 06 de dezembro de 2014 Hotel Tivoli Mofarrej São Paulo Convidados Internacionais David Keefe – EUA Human Mousavi Fatemi – Belgica Santiago Munné – EUA Tobie de Villiers – Africa do Sul Carmen Rubio – Espanha REPRODUÇÃO ASSISTIDA INFERTILIDADE CONJUGAL ANTICONCEPÇÃO CLIMATÉRIO 1. Diagnóstico genético: o futuro é hoje? 2. LH ou não, eis a questão... 3. Transferência embrionária: ainda existe espaço para discutir qual o melhor dia? 4. Os critérios de avaliação embrionários são os mesmos de sempre? 5. Que evidências científicas temos para pesquisar falha de implantação? 6. Corifolitropina alfa: realmente um avanço? 7. Existem critérios estabelecidos para usar gonadotrofinas urinárias ou recombinantes? 1. Qual o espaço atual da inseminação intra-uterina 2. O que o ginecologista geral deve saber para preservação de oócitos de sua paciente? 3. Síndrome dos ovários policísticos: atualização nos tratamentos das pacientes inférteis 4. Mioma uterino: uma conduta para cada paciente? 1. Tratar ou não a osteopenia 2. Como você trata “fogachos” em mulheres com diagnóstico prévio de patologias hormônio dependentes (câncer de mama, endometriose etc.) 3. Qual sua opção inicial na terapia de reposição hormonal quando indicada? 4. Associar ou não antidepressivos às terapias de reposição hormonal? INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES | 11 3515-7880 | www.spmr.com.br 1. Manejo clínico da endometriose: progestágenos? anticoncepcional hormonal oral? DIU medicado? Implantes? 2. Anticoncepcional hormonal estendida: realmente há benefícios? E os riscos? 3. Como conduzir sangramentos uterinos na vigência de DIU medicado? E na vigência de anticoncepcional hormonal? 4. Anticoncepcional de longa duração: uma tendência Realização Organização PA SSO A PA SSO | Newton Eduardo Busso HIRSUTISMO ö DESCRIÇÃO ö OCORRÊNCIA ö EPIDEMIOLOGIA ö FATORES DE RISCO ö FISIOPATOLOGIA ö CONDIÇÕES ASSOCIADAS ö MEDIDAS GERAIS ö TERAPIA ESPECIAL ö MEDICAMENTOS ö CIRURGIA ö ACOMPANHAMENTO ö BIBLIOGRAFIA SUGERIDA DIAGNÓSTICO ö SINAIS E SINTOMAS ö OUTROS SINAIS E SINTOMAS ö HISTÓRIA ö EXAME FÍSICO ö EXAMES LABORATORIAIS ö DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Endócrina/Metabólica Tumor/Malignidade Drogas Diversos ö DESCRIÇÃO • Do latim, hirsutus = peludo • Sintoma associado ao padrão masculino de pigmentação terminal e crescimento dos pêlos. • Os locais são avaliados para fins de pesquisa na escala Ferriman-Gallwey • Frequentemente associada com acne, períodos menstruais irregulares, galactorreia, manchas de pele escuras aveludadas, obesidade central, infertilidade ö OCORRÊNCIA • Infância: (<10 anos de idade) associada à síndrome de Cornelia de Lange, FAS, CAH, tumores adrenocorticais ou indução de drogas • Adolescência: associada com SOP, CAH de início tardio, síndrome HAIRAN, uso de esteróides, depressão, gravidez, ou indução de drogras • Idade adulta: associado com SOP, síndrome HAIR-AN, hiperprolactinemia, tumor de ovário, menopausa, depressão ou indução de drogras ö EPIDEMIOLOGIA 5-10% das mulheres, das quais 20% têm hirsutismo idiopático ö FATORES DE RISCO • Étnicos (mediterrâneo, oriente médio, sul da ásia ) • História familiar • Infertilidade • Obesidade • Genético multifatorial relacionado com: – Polimorfismo da 5 α-redutase (SRD5A1 e SRD5A2) isómeros – Mutação do gene CYP21 – NIPBL mutação associada à síndrome de Cornelia de Lange ö FISIOPATOLOGIA • Causada pelo aumento: – Dos níveis de secreção andrógena (DHEA, DHEAS, androstenediona e testosterona) – Conversão periférica da testosterona em DHT potente – Sensibilidade do folículos capilar aos andrógenos regulados por 5 α-redutase, que transforma a testosterona ou androstenediona em DHT • Causada pela diminuição: – Da concentração de SHBG com consequente aumento de andrógenos livres. ö CONDIÇÕES ASSOCIADAS • Hirsutismo idiopático • SOP • Síndrome Hair- AN • CAH • Doença de Cushing • Hipertecose • Hipotiroidismo • Hiperprolactinemia • Tumores adrenocorticais • Tumores ovarianos • Síndrome de cornelia de lange • Síndrome alcoólica fetal • Drogas: corticosteróides, esteróides anabolizantes, fenitoína, valproato, danazol, diazóxido, minoxidil DIAGNÓSTICO ö SINAIS E SINTOMAS Com base na contagem da escala Ferriman–Gallwey do nível de crescimento do cabelo em 9 locais diferente do corpo: • Lábio superior, queixo, peito, costas, parte inferior das costas, abdômen, braços e coxas • O crescimento do cabelo é avaliado de 0-4, onde 0 é praticamente nenhum cabelo. A pontuação máxima é 36. Escala comumente usado nos eua – Normal: <8 – Hirsutismo leve 8-16 – Hirsutismo moderado: 17-25 – Hirsutismo grave >26 • A escala pode variar nos diversos grupos étnicos com diferentes níveis de crescimento esperado de cabelo. 6 alfanews volume 3 número 1 ano 2014 ö • • • • • • • • OUTROS SINAIS E SINTOMAS Acne Períodos menstruais irregulares Pele com manchas negras aveludadas (acanthosis nigricans) Mama diminuída A obesidade central Engrossamento da voz Aumento da massa muscular Inferlitidade ö HISTÓRIA • Idade de início • Duração • Localização • Taxa de progressão • Alterações da pele • Sintomas associados à virilidade • Uso de medicação • Origem étnica • Histórico médico • Histórico da puberdade menstrual • Histórico familiar (mulheres com hirsutismo, homens com calvície precoce) • Histórico psicossocial (estresse, depressão) ö EXAME FÍSICO • Sinais vitais: aumento do imc, pressão arterial alta, a circunferência da cintura >73cm • Geral: a obesidade central, dismorfismo, engrossamento da voz, hábito masculino • Pele: acne, padrão de cabelo masculino, seborréia • HEENT: alargamento das amígdalas, tireomegalia, acanthosis nigricans, almofada de gordura cervical, calvície temporal • Mamas: sensibilidade mamária, galactorréia. • Abdome: estrias Newton Eduardo Busso | PA SSO A PA SSO • • • • Gravidez Estresse Pseudo-hermafroditismo masculino Depressão ö MEDIDAS GERAIS • Estilo de vida – Perda de peso • Tópico – Branqueamento do pêlo – Eflornithine HCL: inibe a enzima ornitina descarboxilase na pele causando diminuição da taxa de crescimento do cabelo • Remoção dos pêlos: – Barbear (não aumentar a taxa de crescimento dos pêlos). – Remoção com pinças ou ceras depilatórias – Depilatórios químicos – Depilação com laser (não permanente) – Eletrólise (método de depilação permanente somente dos pêlos eletrolisados) Ö TERAPIA ESPECIAL • Terapia fotodinâmica, usando ácido aminolevulínico (diminui o crescimento do pêlo) • Extrato etanólico de erva-doce (Foeniculom vulgare) diminui o diâmetro do pêlo e inibe o crescimento • Raízes de urtiga (Urtica dioica), têm lignanas que aumentam a circulação SHBG . • Saw Palmetto ( Serenoa repens) tem propriedades antiandrogénicas redutora do 5 α-redutase • Genitourinário: clitoromegalia, massa ovariana ö EXAMES LABORATORIAIS • Dhea–s • Testosterona total • Testosterona livre • Curva glicêmica • Igf–1 • Tsh • T4 livre • 17 Oh progesterona • Prolactina • Lh • Fsh • Acth • Cortisol • Cortisol – urina de 24h ö EXAMES DE IMAGEM • Ultrassonografia pélvica, se suspeita de massa ovariana • Alcaçuz pode reduzir níveis séricos de testosterona ö MEDICAMENTOS Destinado a principal causa de hirsutismo : • Anticoncepcionais hormonais orais reduz os níveis circulantes de andrógenos através de supressão de LH circulante, estimulação dos níveis de SHBG com resultante diminuição da andrógenos livres, e redução da atividade 5α-redutase • Clomifeno induz a ovulação • A metformina promove a ovulação e reduz a resistência à insulina dos tecidos periféricos • Ciproterone compete com o receptor de andrógeno • Flutamida é um bloqueador do receptor de andrógeno. • Ketocanozole reduz os níveis de concentração de andrógenos circulantes • Finasterida inibe a atividade da 5α-redutase ö CIRURGIA • A cirurgia pode ser destinado a patologia subjacente: • Adrenal/ressecção de tumor de ovário • Ooforectomia de tumor ovariano produtor de andrógeno • Ressecção em cunha do ovário/ cauterização de ovário em SOP ö ACOMPANHAMENTO • Depende da causa ou condição associada • TC de abdome e pelve, se suspeita de massa adrenal • RM da Cabeça, se suspeita de anormalidade da pituitária ö DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL • Hipertricose: crescimento de pêlos finos e macios por todo corpo, tanto em homens quanto em mulheres • hirsutismo idiopático Endócrina/Metabólica • Sop • Hair-an síndrome • Hyperplasia congênita da suprarenal • Doença de cushing • Hipertecose • Hipotireoidismo • Diabetes • Hiperprolactenemia • Pseudo-hermafroditismo ö BIBLIOGRAFIA SUGERIDA • Azziz R, et al. Idiopathic hirsutism. Endocr Rev. 2000; 21(4):347–362. • Ferriman D, et al. Clinical assessment of body hair growth in women. J Clin Endocrinol. 1961;21:1440–1447. • Goodarzi MO, et al. Variants in the 5a-reductase type 1 and type 2 genes are assocated with polycistic ovary syndrome and the severity of hirsutism in affected women. J Clin Endocrinol Metabol. 2006;91(10):4085–4091. • Javidnia K, et al. Antihirsutism activity of fennel (fruits of Foeniculum Vulgare) extract. A double-blind placebo controlled study. Phytomedicine. 2003;10(6-7):455-458. • Omar HA, et al. Clinical profiles, occurrence, and management of adolescent pacientes with HAIR-AN syndrome. Sci World J. 2004;4:507-511. • Wild RA, et al. Feriman Gallwey Self-Scoring I: Performance assessment in women with polycystic ovary syndrome. J. Clin Endocrinol Metabol. 2005;90(7):4112–4114. • Zakhary K, et al. Applications of aminolevulinic acid-based photodynamic therapy in cosmetic facial plastic practices. Facial Plastic Surg. 2005;21(2):110–116. Adaptado do Livro de Hillard, PJA. The 5-minute Obstetrics and Ginecology Consult. Tumor/Malignidade • Tumores adrenocorticais • Tumores ovarianos Drogas • corticosteróides • Esteróides anabólicos • Fenitoína • Valproato • Danazol • Diazoxide • Minoxidil Diversos • Síndrome de cornelia de lange • Síndrome alcoólica fetal • Gravidez • Estresse • Depressão • Anorexia nervosa • Obesidade alfanews volume 3 número 1 ano 2014 7 ARTIGO ALFA – CLÍNIC A | Oscar Barbosa Duarte Filho – ASRM 2014 O.B. Duarte Filhoa, L.O. TSOa, R. Wonchockiera, J.B.Soaresa, N.E. Bussoa, E. Tognottia ALFA , Assisted Reproduction a Impact of late onset of GnRH antagonists for pituitary supression during in vitro fertilization cycles OB JEC TIV E: Pituitary suppression using flexible protocol with GnRH antagonist is based on starting the drug when the leading follicle reaches 14 mm of mean diameter (usual onset). Sometimes, however, follicular size already exceeded 14 mm when we perform the ultrasound examination to start the GnRH antagonist. This study aims to evaluate the clinical impact of unintentional late onset (leading follicle > 14 mm) of GnRH antagonist for pituitary suppression during in vitro fertilization (IVF) cycles. DESIGN: Cross-sectional study. MATERIALS AND METHODS: We retrospectively analyzed the medical records of 183 patients who underwent IVF through the year 2013 in a private clinic in São Paulo (Brazil). All patients were aged up to 39 years and used flexible protocol with daily GnRH antagonist (Ganirelix 0.25 mg) for pituitary suppression during ovarian stimulation with Usual onset Late onset of GnRH ant of GnRH ant (n=110) (n=73) Mean age (± SD) 34.15 (± 3.76) 34.48 (± 3.74) .778 Mean follicular diameter at GnRH antagonist start day (±SD) 13.89 (±1.01) 15.53 (±1.01) .025 Patients with premature progesterone rise (%) 1 (0.90%) 2 (2.73%) .640 Biochemical pregnancies (%) 52 (47.27%) 39 (53.42%) .507 Clinical pregnancies (%) 42 (38.18%) 35 (47.94%) .604 Abortions (%) 10 (9.09%) 4 (5.47%) .675 Implantation rate 22.26% 29.05% .497 Outcome p value exogenous gonadotropins (recombinant FSH or menotropin). We compared clinical outcomes (progesterone rise above 1.5 ng/dL on the day of ovulation trigger, follicular rupture before oocyte retrieval, implantation rate, biochemical and clinical pregnancy rates and miscarriage rate) between patients with the usual start of GnRH antagonist (dominant follicle ≤ 14 mm) and unintentional delayed start of GnRH antagonist (dominant follicle > 14 mm). For statistical calculations we used comparison of two proportions with two independent samples, categorical linear model and bootstrap method with one million simulations. RESULT S: The results are shown in the table below. No statically significant difference was found between the 2 groups, except the mean follicular diameter, larger at the group late onset, as could be expected. No follicular rupture before the oocyte retrieval occurred in both groups. CONCLUSION: The unintentional late onset of GnRH antagonist did not have a negative impact on clinical outcomes analyzed during IVF cycles in this set of patients. ö ARTIGO ALFA – CLÍNIC A | Leopoldo Oliveira Tso – ASRM 2014 Leopoldo O. Tso, MSc1, Cristiano E. Busso, PhD1, Jonathas B. Soares, PhD1, Elvio Tognotti, MSc1, Rodrigo S. Romano, MD1 and Newton E. Busso, Prof.1 Projeto ALFA - Assisted Reproduction 1 Corifollitropin alfa in a flexible antagonist protocol: a first prospective pilot study O B J EC TI V E: to evaluate the efficacy, pharmacodynamics and clinical outcomes using corifollitropin alfa in a flexible antagonist protocol. D E SIG N: prospective cohort pilot study. 8 alfanews volume 3 número 1 ano 2014 M AT E RI A L S A N D M E T H O DS: a total of 19 participants were included in the present study and underwent IVF treatment at a private fertility center from september 2013 to january 2014. The inclusion criteria were women age 18-36 years old with a bodyweight > 50 kg and up to 90 Kg, a BMI of 18-32 Kg/m², a menstrual cycle length of 24-35 days, access to ejaculatory spermatozoa, indication for IVF/ICSI due to male or tubal fac- tors, mild/minimal endometriosis or unexplained infertility. The exclusion criteria were: endocrinopathy, PCOS, hystory of ovarian hyperstimulation syndrome (OHSS), poor response in the previous IVF treatment, ovary surgery, basal FSH/LH > 12, uterine fibroids greater than 4 cm or submucous myomas or polyps, hydrossalpinx or endometriomas and tabagism. All women received a single S.C. injection of corifollitropin alfa 100μg (≤ 60 Kg) or 150 μg (> 60 Kg). To prevent a premature LH surge, the GnRH antagonist ganirelix 0.25 mg was administered once daily S.C. starting only when a follicle reached a mean diameter ≥ 14 mm and continued until the day of hCG. From stimulation day 8 onward, if needed, ovarian stimula- * Mean (SD) Pharmacodynamics and clinical outcomes Corifollitropin alf dose Cori-alfa 100 g Cori-alfa 150 g Total N 5 14 19 Age* 32.2 (1.9) 34 (1.8) 33.5 (1.9) Days of antagonist* 3.4 (0.9) 3.7 (1) 3.6 (0.9) Starting day of antagonist* 7.2 (1.8) 6.2 (1.5) 6.5 (1.3) Additional days of gonadotrophin* 2 (1.8) 1.5 (1.3) 1.5 (1.3) Mature oocytes* 10.6 (7.7) 11.2 (5.6) 11 (6) Clinical pregnancy rate (%) 0 6 (42.8) 6 (31.5) tion was continued with a daily S.C. dose either FSH-rec or HMG (150 IU or 200 IU). Blood samples were collected on the first day of stimulation, on day 5, on the GnRH antagonsit starting day and on the hCG day. Estradiol, LH, FSH and progesterone serum concentrations were analysed. R E S U LT S: none of the 19 participants spontaneously premature ovulated or presented premature LH (Mean(SD): 0.78(±0.54) or progesterone surge on the hCG day (Mean(SD): 0.55(±0.2) using flexible antagonist protocol and corifollitropin alfa. The OHSS rate was 21% (4/19). The main results of pharmacodynamics and clinical outcomes are shown in table bellow. CO N C L U S I O N S: the use of corifollitropin alfa with flexible antagonist protocol seems to be safe and effective. This type of protocol are more cost-effective, using less GnRH antagonist injections. ö ARTIGO ALFA – L ABOR ATÓRIO | Ivan Henrique Yoshida – ASRM 2014 Ivan H Yoshida, BSc, Françoise E Mizrahi, BSc, Paula C Rodrigues, BSc, Newton E Busso, Prof, Sidney Glina, Prof, Leopoldo O Tso, MSc. The evaluation of devitrified blastocysts survival rate and clinical outcomes according to their morphology on day 3 O B J EC TI V E: The aim of the study was to evaluate the devitrified blastocysts survival rate and clinical outcomes (implantation and clinical pregnancy rates) according to their different embryonic morphologies on D3 (Veeck embryo score). D E SIG N: Retrospective cohort study M AT E RI A L S A N D M E T H O DS: The study included exceeds embryos that reached blastocyst stage and were vitrified from couples who undergone IVF/ICSI cycles from January 2010 to April 2014. Those were thawed in order to perform a new treatment and so they were divided into two homogeneous groups: G1: blastocysts that were classified as good quality on cleavage stage (n = 71) and G2: blastocysts that were classified as bad quality (n = 86). A total of 157 frozenthawed blastocysts were included. The freeze-thaw protocol was the same for both groups using Cryotop® open system and Irvine Scientific® vitrification and devitrification medium. Some transfers were made with more than an blastocyst, however wereonly included in the study the transfer that showed all the blastocysts derived of the same morphological classification on D3. The implantation rate was considered as the number of gestational sacs divided by the number of embryos transferred. The clinical pregnancy rate was defined by the presence of the heartbeat on the eighth week of gestation. These data were correlated between the groups through Chi-Square test. R E SU LT S: There was no significant difference between G1 and G2 when compared to the survival rate (85.92% vs. 82.56%) (p= 0,564), implantation rate (38.02% vs. 30.23%) (p= 0,281) and clinical pregnancy (40,84% vs. 32,55%) (p= 0,303). C O N C L U S I O N: It was evaluated that the embryo quality on D3 does not affect survival rate and clinical outcomes when it reaches the blastocyst stage and so it is vitrified and devitrified. ö alfanews volume 3 número 1 ano 2014 9 ARTIGO ALFA – L ABOR ATÓRIO | Françoise E. Mizrahi – ASRM 2014 Françoise E Mizrahi, BSc1, Leopoldo O Tso, MSc1, Jonathas B Soares, PhD1, Elvio Tognotti, MSc1, Nelson Antunes Jr., MD1 and Newton E Busso, Prof1. 1 Projeto ALFA - Assisted Reproduction. Relationship between day 3 embryo morphology and the prevalence of embrionic aneuploidy by using CGH-array on the blastocyst stage OBJECTIVE: To determine the relationship between the embryo quality on day 3 and the prevalence of the human embryonic aneuploidy by using CGH array. DESIG N: Retrospective cohort study. MATERIAL S AND METHODS: A total of 157 blastocysts of 35 women who undergone to IVF/ICSI cycles were biopsied. Indications to blastocyst biopsy were: women age greater than 40 years old, genetic factors and recurrent miscarriages. Embryo quality was assessed morphologically on day 3 by using a modified grading system (Veeck, 1986). Embryos that reached blastocyst stage were biopsied on day 5 or 6 and the trophectoderm biopsies were analysed by using CGH-array. RESULTS: 44 of the 157 blastocysts analysed (28%) were classified as bad qual- ity (IV and V degree according to Veeck embryo morphologic classification), 92 blastocysts (58.5%) were classified as moderate quality (II and III degree) and 21 (13.3%) were classified as good quality embryos on day 3 (I degree). The proportion of aneuployds blastocysts accordind to the different embryo morphology on day 3 was: 68.1% (30/44) in the bad quality group, 73.9% (68/92) in the moderate quality group and, interestingly, 18/21 (85.7%) in the good quality embryo group. There was no significant difference in the aneuploidy rate between the different embryo morphology groups (p= 0.227) CONCLUSION: The study shows no relationship between the embryo quality on day 3 and the prevalence of the human embrionic aneuploidy by using CGH-array. ö PRE VA LENCE OF ANEUPLOIDY HUM A N EMBRYO ACCORDING TO THE DIFFERENT EMBRYO CL A SSIFIC ATION ON DAY 3 ( P=0.227) Embryo morphologic classification N Aneuploidy blastocysts (%) Degree I (good quality) 21 18 (85.7) Degree II and III (moderate quality) 92 68 (73.9) Degree IV and V (bad quality) 44 30 (68.1) ATUALIZ AÇ ÃO | Newton Eduardo Busso Human Reproduction, Vol.29, No.3 pp. 400–412, 2014 Advanced Access publication on January 15, 2014 Conduta em mulheres com endometriose (leia este artigo na íntegra no site: www.spmr.com.br) PERGUNTA DO ES TUDO: Qual é a conduta ideal em mulheres com endometriose baseado nas melhores evidências disponíveis na literatura? RESUMO DA RESPOSTA: Utilizando a estrutura metodológica do Manual de Diretrizes e Desenvolvimento ESHRE, 83 recomendações foram formuladas que respondiam às 22 perguntas-chaves sobre conduta ideal em mulheres com endometriose. O QUE JÁ É CONHECIDO: A diretriz da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHRE) para o diagnóstico e tratamento da endometriose (2005) tem sido ponto de referência para o melhor atendimento clínico da endometriose durante anos, mas essa diretriz precisava de atualização. DESENHO DO ES TUDO, TA M A NHO, DUR AÇ ÃO: Esta diretriz foi produzida por um grupo de especialistas na área, 10 alfanews volume 3 número 1 ano 2014 utilizando a metodologia do Manual de ESHRE, incluindo busca sistemática e minuciosa da literatura, a avaliação dos trabalhos de qualidade incluídos até janeiro de 2012 e consenso dentro do grupo de orientação sobre todas as recomendações. Para garantir a entrada de mulheres com endometriose, uma representante das pacientes fazia parte do grupo de desenvolvimento de diretriz. Além disso, a paciente e entrada clínica adicional foi coletada durante a definição do escopo e fase de revisão da diretriz. PRINCIPAIS RESULTA DOS E O PA PEL DO AC A SO: A diretriz fornece 83 recomendações sobre: diagnóstico de endometriose; tratamento da dor associada à endometriose e infertilidade; conduta em mulheres cuja doença é encontrada por acaso (sem dor ou infertilidade); prevenção da recorrência da doença e/ ou sintomas dolorosos; tratamento dos sintomas da menopausa em pacientes com história de endometriose; possível associação da endometriose à malignidade; limitações, as razões para cautela. Identificamos várias áreas no atendimento de mulheres com endometriose para as quais estão faltando evidências robustas. Estas áreas foram abordadas através da formulação de Pontos de Boas Prática (PBP), com base na opinião de especialistas e dos membros do grupo de diretrizes. IMPLIC AÇÕES M AIS A MPL A S DOS DA DOS: 32 das 83 recomendações para a conduta em mulheres com endometriose não puderam ser baseada em evidências de alto nível e, portanto, eram PBP, o grupo de orientação formulou recomendações da pesquisa para orientar pesquisas futuras com o objetivo de incrementar o corpo de evidências. ö FERRING O ELO ENTRE O SONHO E A REALIDADE. Estamos juntos com você nesta caminhada rumo à fertilidade. Além da alta tecnologia em medicamentos para reprodução humana, buscamos trabalhar em parceria com as necessidades dos médicos, proporcionando educação médica continuada de qualidade. Saiba mais: www.iffs-uit.com Material de uso exclusivo à Classe Médica. Laboratórios Ferring - Brasil Pça. São Marcos, 624 - 1º andar 05455-050 - São Paulo - Brasil PABX - 55 11 3024.7500 [email protected] Cód. MENAN1201 - Ago/2012