Fulerama - Se o meu teclado falasse

Transcrição

Fulerama - Se o meu teclado falasse
Fulerama
Obs.:Este texto é uma tradução de trechos extraídos do texto original de David Fokos.
O link para a página contendo o texto original em inglês está na sessão de links.
Como Fazer Negativos Digitais para Fotografias Artísticas em Preto e Branco ou, como parei de me preocupar e
aprendi a amar Photoshop
Por
David Fokos
Capítulo 1. Não Preciso Entender. Basta Dizer-me O Que Fazer.
Parte A.
1. Expor e processar seu filme normalmente. Pode usar qualquer negativo que você tenha. Não é necessário que seja
revelado para platina, prata ou qualquer outro processo. Apenas revele-o de modo a obter um bom negativo.
2. Pegue o negativo e meça apenas a área de imagem que você deseja imprimir.
3. Calcule o tamanho que você gostaria que a impressão final tivesse.
4 Divida o número da Etapa 3 acima pelo número da Etapa 2 acima para obter o fator de ampliação. Em outras palavras, se você estiver reproduzindo uma área de 6"x9" de um negativo de 8"x10" e você quiser fazer cópias com
12"x18", então seu fator de ampliação será 2 (12" dividido por 6", e depois 18" dividido por 9", entendeu?).
5. Multiplique o fator de ampliação por 450.
Parte B.
Procure alguém que possua um "imagesetter" capaz de produzir com uma resolução de pelo menos 3600 dpi se for
mais, não tem problema; menos do que isso, não serve. Veja se pode escanear seu negativo com um scanner cilíndrico e se poderiam também produzir para você um negativo monotônico no “imagesetter” deles.
7. Leve seu negativo para o pessoal que possui o imagesetter (esse tipo de loja é geralmente chamada de "bureau de
serviço") peça-lhes para escanear seu negativo com um scanner cilíndrico. Eles devem escanear seu negativo com
uma das resoluções originais do scanner cilíndrico. Essa resolução deve ser igual ou superior a _____ dpi, onde
_____ é o número que você obteve na etapa 5.
Salve sua imagem em um cd de grande capacidade. Certifique-se de que está em um formato que pode ser lido pelo
seu computador/programa de edição de imagem.
Parte C.
8. Leve seu negativo para casa e carregue a imagem escaneada no seu computador. Se a imagem for negativa, inverta-a (de modo a que fique positiva) e salve no HD do seu computador. Caso a imagem já seja positiva, apenas salve-a.
Carregue o arquivo de seu HD e edite a imagem de modo a que fique exatamente como você quer e depois a salve
com outro nome (assim, seu scan original estará sempre preservado).
9. Mude o tamanho da imagem de modo que fique com o tamanho que você quer para sua impressão final e depois
regule a resolução para 450 ppi. No Photoshop isso é feito em Image>Image Size.
10. Melhore a nitidez da imagem usando "Unsharp Masking." No Photoshop, isso é encontrado em:
Filters> Sharpen> Unsharp Mask. Use estes valores: Quantidade = 100%, Raio = 1,5, Limiar = 4.
11. Para impressão em platina/paládio, aplique na imagem a curva platinum.acv (para PCs) ou curva de platina (para
Macs) ambas estão incluídas nos cds que vêm com este livro. No Photoshop entre em Image>Adjust>Curves, depois
clique em "Load" e em seguida entre com a locação do arquivo chamado platinum.acv (ou apenas platina para Macs).
Com isso, a imagem que aparece no seu monitor ficará horrível! Não se preocupe seu negativo ficará ótimo. Se você
não fizer isso, aí sim sua imagem impressa ficará horrível.
12. Dê um espaço acima de sua imagem para uma tabela de tons. Faça isso no Photoshop em Image>Canvas Size.
Aparecerá um pequeno quadrado dividido em nove quadrados menores. Clique no pequeno quadrado branco logo
abaixo do quadrado preto. Isso fará com que o quadrado em que você clicou fique preto. Na caixa que diz “Altura”,
acrescente 2 polegadas ao número que constar lá e clique em OK. Você acabou de acrescentar um espaço em branco
de 2 polegadas acima de sua imagem. Salve seu arquivo com um terceiro nome (para que você possa voltar e editar
os outros arquivos).
13. Abra o arquivo chamado steptab.tif (também incluído no cd que vem com este livro o arquivo em formato Mac é
chamado step tablet [tabela de tons] e pode ser encontrado no disco do Mac). Selecione a imagem toda (no Photoshop: Select>All), copie-a e depois cole no seu arquivo de imagem (aquele com duas polegadas de espaço no alto).
Com seu mouse, mova a tabela de tons para o espaço negro de duas polegadas acima de sua imagem e depois desselecione-a clicando fora da linha pontilhada. Salve esse arquivo com o mesmo nome da última etapa.
14. Copie o arquivo da última etapa no seu meio de armazenagem portátil (portable storage media) (SyQuest, Jaz,
etc.)
Parte D.
15. Leve o cd de volta ao bureau de serviços e peça-lhes para fazer um negativo monotônico usando o arquivo contido
no cd. Peça-lhes para usar uma "lineatura de pontos elípticos de 45 graus" e uma resolução de 3600 dpi no imagesetter. Diga-lhes ainda que você precisa que cada 1% de tom da sua tabela de tons (no alto do negativo) tenha uma
“densidade ótica” entre 2,8 e 3,4 (depois de subtrair o véu do filme + fog). Isso é para que seu negativo tenha a densidade correta para o seu papel. Mais tarde, dependendo da densidade do negativo, você poderá ter que ajustar seu
papel um pouco. Mas, no momento, certifique-se de que eles meçam a "densidade ótica" e não "porcentagem de pontos." Eles podem achar isso estranho, mas insista e diga-lhes que você sabe o que está fazendo.
Parte E.
16. Quando o filme estiver pronto, leve-o para casa para imprimir. Exponha até que o tom 100% de sua tabela de tons
fique o mais preto possível. Esse é o seu tempo padrão de impressão. Daí você poderá variar o tempo +/- 20% para
sintonizar sua impressão.
Capítulo 2: Sim, Eu Quero Entender o Processo -- A Explicação Técnica
Seção 1. Seu Negativo Dentro da Câmera
Vamos começar acertando alguns termos. Muita gente confunde dpi (dots-per-inch pontos por polegada) e ppi (pixelsper-inch pixels por polegada) e os usa indiscriminadamente, embora sejam duas coisas bem distintas. Ppi, pixels por
polegada, se refere a algo que aparece no seu computador. Ppi = pixels por polegada. Todas as imagens no computador são exibidas em pixels. Se você ampliar um arquivo Photoshop bastante (no monitor do seu computador) a imagem começa a parecer "pixelada" como se tivesse sido montada com quadrados de papel cinza (de várias tonalidades
diferentes de cinza, é claro). Cada um desses quadrados representa um pixel, e no Photoshop, cada pixel é definido
por um número binário de 8 bits que indica em qual dos 256 tons de cinza possíveis aquele pixel deve ser pintado.
Você provavelmente já viu um efeito semelhante na televisão quando alguém, cuja identidade tem que ser mantida em
segredo, é entrevistado e, para esconder a identidade da pessoa, eles usam um truque de vídeo que faz com que o
rosto da pessoa pareça um monte de pequenos quadrados. Essa “aparência de computador” é chamada de “pixelagem”.
Recapitulando -- pixels são quadrados que representam um dos 256 tons de cinza e que aparecem na tela do seu
computador.
Dpi = pontos por polegada. Pontos são obtidos quando você imprime em papel ou expõe um filme. Pontos não são
quadrados e são sempre pretos (ou seja, não têm tonalidades de cinza); entretanto, eles tê
m diferentes formatos e tamanhos.
Recapitulando pontos são sempre pretos, mas podem ter diferentes formatos e tamanhos. Pontos são obtidos quando
se imprime uma imagem ou se faz um filme.
Pontos = impressão (impressão vista em papel ou filme).
Pixels = computadores (imagens vistas em seu monitor).
Na próxima página há um pequeno quadro que o ajudará a entender essa informação. Você não precisa entendê-lo
agora, mas deve voltar a ele quando estiver lendo o texto.
Quadro de Comparação Dave's Lots-O-Dots:
Scanners: Resolução em dpi -- abrangência: 450 dpi até 5000 dpi
Um scanner é a máquina que transforma seu negativo dentro da câmera (prata gelatinosa) em um arquivo de computador, e embora esteja conectado ao seu computador, sua resolução é expressa em dpi. Isso ocorre porque a classificação na verdade diz quantos pontos por polegada seu scanner terá de resolução no material que você está escaneando (papel ou filme), Arquivo de imagem do computador: Resolução em ppi -- alcance: 450 ppi a 5000 ppi
Quando você escanea um negativo, a informação que resulta daí é o arquivo de imagem do computador que, é claro,
fica armazenado no seu computador. Quando você vê a imagem no computador, você está vendo a imagem do arquivo do computador. Quando você "dodge" e "burn" etc., no computador, você está manipulando a imagem do arquivo de
imagens do computador.
Lineatura: Resolução em "linhas por polegada" (lpi) Isso é como o dpi, exceto pelo fato de que se refere a linhas de
pontos e não um único ponto, daí que, na verdade, é o número de linhas (fileiras horizontais ou colunas) de pontos por
polegada -- alcance: 225 lpi a 300 lpi.
Para fazer um negativo digital, o arquivo de imagem no seu computador é convertido em um padrão composto de
milhares de pequenos pontos. A lineatura é a grade de padrão desses pontos -- então 300 lpi significa que há
300 fileiras horizontais (linhas) de pontos em cada polegada, e 300 colunas (linhas) de pontos em cada polegadas,
formando uma grade.
Imagesetter: Resolução em dpi -- alcance: 3600 dpi a 4800+ dpi, há ainda imagesetters que só alcanç
am 2400 dpi ou menos, mas esses não são apropriados para este processo -- 3600 dpi é a resolução mínima aceitável.
O imagesetter é a máquina que expõe o filme através de um laser para produzir seu negativo digital.
A imagem que o imagesetter desenha no seu filme é a imagem do seu arquivo de imagens do computador após a conversão para um padrão de lineatura.
Seção 2. Para Escanear seu Negativo
O primeiro passo é converter seu negativo em um arquivo de computador usando o processo de “escanear” seu nega-
tivo. Isso pode ser feito em casa (caso você possua um scanner), em uma editora eletrônica ("bureau de serviços”
) ou em uma gráfica comercial. O tamanho e a qualidade necessária para sua impressão final determinarão a forma de
escanear seu negativo. Talvez a qualidade da imagem não seja importante para seu trabalho digamos que você
está fazendo uma colagem onde as imagens serão coladas em uma tela, passando tinta e colando pedaços dos
cartões de crédito velhos de sua mulher por cima de tudo. Nesse caso, um negativo bem nítido escaneado com a
máxima resolução pode não ser necessário e você pode escanear seu negativo em casa em um scanner horizontal de
mesa que já fica ótimo. Até mesmo impressões 1:1 (sem ampliação) de uma qualidade razoavelmente boa podem se
conseguidas em um scanner caseiro com resolução ótica de 450 dpi (ou mais).
Bureau de Serviços:
Se o imagesetter de seu bureau de serviços só faz 3600 dpi, então sua resolução final deveria ser 450 dpi. Mais do
que 450 dpi não vão significar nenhum benefício adicional. Já que é bastante difícil achar um imagesetter de 4800 dpi,
eu usarei um imagesetter de 3600 dpi para todos os meus exemplos. Entretanto, caso você encontre alguém que
possua um imagesetter de 4800 dpi, então você deverá usar esse e simplesmente substituir por 600 dpi sempre que
ler 450 dpi nos meus exemplos e por 300 lpi sempre que ler 225 lpi.
REGRA: se estiver usando um imagesetter de 4800 dpi, então escaneie seus negativos de modo que a resolução do
arquivo de imagens de seu computador, após a ampliação, seja de 600 dpi. Caso esteja usando um imagesetter de
3600 dpi, então escaneie de modo a que a resolução, após ampliação, seja de 450 dpi.
Como você quer que a resolução final, depois da ampliação, seja de 450 dpi, precisa levar em consideração o grau de
ampliação. Por exemplo, se você escaneou um 4x5 a 450 pontos por polegada (dpi), e depois o ampliou para 8x10,
então não terá mais 450 dpi, porque o mesmo número de pontos agora tem que cobrir o dobro da distância (8" é o
dobro de 4"), então sua resolução agora será de apenas 225 pontos por polegada.
Seção 2d. Para Lidar com Bureau de Serviços e Gráfica
Para ter uma relação cordial com seu bureau de serviços, será útil entender um pouco do mundo deles.
O bureau de serviços geralmente trabalha com ilustradores, editores, gráficos e outras pessoas da área de artes grá
ficas. Na área da impressão offset (que compõe o grosso do trabalho deles) não há muita cobrança. Além disso, os
processos que eles usam deixam passar vários tipos de imperfeições que normalmente ocorrem em filmes produzidos
por imagesetters. Variações em densidade de uma folha de filme para outra, assim como o resíduo químico que fica no
filme que representam ambos um problema na hora de fazer uma impressão fotográfica não têm absolutamente
nenhuma conseqüência para impressoras offset. O tipo de trabalho que você vai solicitar do seu bureau de serviços
será provavelmente o de mais alta qualidade que eles já tentaram fazer. Você estará exigindo que o equipamento
deles trabalhe no máximo de sua capacidade (lembre-se de que esse equipamento não foi projetado, originalmente,
para o propósito que você quer). Portanto, é importante que seu bureau de serviços entenda o melhor possível o trabalho que você está fazendo. Você poderá levar até eles algumas de suas impressões em platina para mostrar-lhes
qual é sua meta final. Explique porque você escolheu trabalhar com platina e enfatize que a qualidade é essencial. Se
seu trabalho é exibido em museus ou vendido em galerias, você deve dizer. A experiência me ensinou que, uma vez
que esclareço o que estou fazendo (no meu modo de falar geralmente entusiasmado) o pessoal do bureau de serviços
e os gráficos tendem a ficar intrigados com o projeto e ficam dispostos a adaptar-se a minhas necessidades, embora o
meu trabalho represente, na verdade, uma “pedra em seus sapatos”.
Você precisará ser flexível e estar disposto a fazer adaptações. Os gráficos que possuem equipamento capaz de fazer
seus negativos têm esse equipamento para atender os clientes da gráfica. O negócio deles não é vender negativos,
mas sim fazer serviços de impressão offset. Como o valor do serviço que farão para você não é nada comparado aos
seus negócios diários, e o trabalho de fazer as adaptações necessárias e ainda manter o padrão de qualidade é muito,
muitas firmas irão recusar seu serviço, a não ser que você lhes apresente uma boa razão para trabalharem para você.
Diga-lhes que, ao contrário da maioria dos clientes deles, você não está com pressa eles podem fazer o serviço
quando tiverem tempo disponível. Eles podem acertar a máquina para fazer seu serviço durante a noite ou no fim de
semana, por exemplo. Se você deseja imprimir todo um portfolio, diga-lhes que provavelmente precisará do serviço
deles outras vezes. Se o seu trabalho será exibido em algum lugar, diga-lhes que podem usar isso no seu material de
relações públicas. Seja criativo e entusiasmado.
Seção 2e. Lineaturas
Você deve estar perguntando o que há de tão especial em 450 ppi. Para entender isso, você precisa saber o que é
uma “lineatura” e como se aplica ao seu mundo. Um negativo digital é tecnicamente conhecido como um negativo
"monotônico". "Monotônico" significa que é feito de apenas duas densidades áreas de filme opaco (preto) e áreas de
filme transparente ao contrário de seu negativo original de “tom contínuo” que tem áreas de densidades diferentes
(diferentes tons de cinza). Entretanto, apesar de seu negativo monotônico só ter duas densidades, a impressão final
parecerá que foi feita de um negativo de tom contínuo. Isso ocorre porque, quando você faz um negativo monotônico,
a sua imagem de tom contínuo é convertida em um padrão especial de minúsculos pontos pretos. Quando impresso,
esse padrão de pontos pretos fica com a aparência de uma imagem de tom contínuo. Uma peça especial de hardware
do computador, chamada RIP (processador de imagem raster) roda um programa para converter o arquivo de imagens
do seu negativo no computador nesse padrão de pontos. Nas partes mais claras, os pontos são menores e, nas áreas
mais escuras, os pontos são maiores. Esse mesmo processo é usado para imprimir fotos nos jornais, revistas e livros.
Os pontos são arrumados em fileiras e colunas que formam um padrão de grade. Esse padrão é chamado de “lineatura” e sua resolução é expressa por lpi, ou linhas por polegada, que, na verdade, significa linhas (ou fileiras
horizontais ou colunas) de pontos por polegada.
O padrão de lineatura especifica:
a. o formato dos pontos (redondo, quadrado, elíptico cada um desses tem vantagens e desvantagens) .
B. qual o ângulo de inclinação das fileiras em relação à orientação de sua imagem (você vai querer que suas fileiras
tenham um ângulo de inclinação de 45 graus em relação a sua imagem).
c. qual o espaçamento entre as fileiras de pontos. Isto é especificado em lpi (linhas por polegada), e isso, às vezes, é
chamado de “freqüência” de lineatura, pois indica com que “freqüência” as linhas de pontos devem ser impressas.
Uma lineatura de 225 lpi significa que cada polegada da impressão final conterá 225 fileiras de pontos.
Quando se usa uma lineatura de, digamos, 300 lpi, isso significa que os pontos que compõem a imagem estarão
arrumados em uma grade com 300 fileiras horizontais de pontos por polegada e 300 colunas de pontos por polegada.
Na interseção de cada fileira horizontal e cada coluna está um ponto. Esse ponto pode ter 256 tamanhos diferentes.
Se for um ponto bem pequeno, então essa área parecerá quase branca, porque tudo que se vê é essa área com esse
ponto minúsculo no centro. Se o ponto for bem grande, essa área parecerá bem escura, pois não haverá muita área
branca para se ver.
Há duas diferenças entre as fotos de jornais e as impressões que você fará. Primeiro, você usará uma lineatura muito
menor, o que significa que usará muito mais pontos por polegada pontos tão pequenos que não poderão ser vistos a
olho nu. A lineatura que você usar especifica 225 linhas de pontos por polegada (225 lpi), que é duas vezes a usada
em uma foto de jornal. Segundo, como você não usará tinta para imprimir, sua imagem será mais nítida (tinta tende a
borrar um pouco quando aplicada ao papel).
O ângulo de lineatura especifica os ângulos das fileiras de pontos com relação a sua imagem. Como muitas fotos têm
linhas horizontais fortes o horizonte, o chão e linhas verticais fortes a lateral de um prédio, por exemplo é uma boa
idéia rodar as linhas de pontos no negativo diagonalmente às linhas na imagem porque algumas vezes uma fileira
horizontal de pontos pode interagir estranhamente com a linha horizontal na imagem e causar um efeito esquisito no
seu negativo. É raro ter linhas com exatamente 45 graus na imagem (mais raro do que linhas horizontais ou verticais)
que venham a causar problemas com a lineatura de 45 graus, por isso esse ângulo é o mais acertado.
Você deve estar se perguntando por que nos damos ao trabalho de converter nossas imagens em tom contínuo para
monotônicas? Por que não fazemos um negativo novo em tom contínuo e imprimimos a partir dele? É porque os imagesetters não conseguem produzir negativos em tom contínuo ou seja, eles só conseguem fazer pontos pretos no
filme (essa é uma das razões porque seu filme é relativamente barato). O filme é exposto por um laser e a intensidade
desse laser tem que ficar fixada, de modo que sua escolha é 'ligado' ou 'desligado', ponto preto ou nada. Por isso, você
precisa usar um padrão de lineatura. Se você fizer pontos bem pequenos, a olho nu, a imagem parecerá ter tom contínuo. Afinal de contas, o filme normal é na verdade "digital" no seu nível mais básico, também ou você tem prata no
filme ou não. Não há prata cinza. As áreas mais escuras apenas têm partículas menores de prata aglomeradas.
Você, provavelmente, continua pensando sobre os 450 ppi. mágicos...
Nas minhas experiências, estabeleci que, para aplicações artísticas é bom usar lineatura de 225 lpi quer dizer que seu
negativo digital será composto por 225 linhas de pontos por polegada.
Nota: Se o imagesetter que você está usando comporta 4800 dpi, então é bom usar uma lineatura de 300 lpi.
O.K., agora me acompanhe nisto... Para reproduzir todos os detalhes no negativo original, há outra exigência a ser
cumprida, que tem a ver com a lineatura que você selecionar:
REGRA: A resolução do arquivo de imagens do computador (o arquivo que você fez quando escaneou seu negativo)
tem que ter o dobro de lineatura de resolução no tamanho que você quer que sua impressão final tenha.
Desculpe-me, mas não consigo dar uma explicação rápida da razão para isso. Tem a ver com algo chamado Teorema
de Amostragem Nyquist e pertence à matemática; então você terá que confiar em mim.
Como você provavelmente usará uma lineatura de 225 lpi, seu arquivo de imagem tem que ter pelo menos o dobro
disso, ou seja, 450 ppi no tamanho que você quer a impressão. [Se estiver usando uma lineatura de 300 lpi, a resolução de seu arquivo de imagem precisará ter 600 ppi.] Isso garantirá a obtenção da maior resolução possível. Para
impressão comercial, as imagens podem em geral ser escaneadas com apenas 1,5 vez a freqüência da lineatura. Isso
é ótimo para a maioria das impressões a tinta, resultando em uma imagem com degradação quase imperceptível;
entretanto, especificamente para sua aplicação, você deve escanear com 2 vezes a freqüência da lineatura.
Você deve ter notado que a resolução da lineatura (freqüência) que eu selecionei está relacionada à capacidade do
imagesetter. Eu disse que você precisa de um imagesetter de 4800 dpi para usar uma lineatura de 300 lpi. Eu també
m disse que, se você estiver usando um imagesetter de 3600 dpi, então a resolução de sua lineatura será de apenas
225 lpi. Os magos da matemática que lerem isto imediatamente calcularão que 4800/300 = 16, e que 3600/225 = 16.
Isso não é coincidência.
Eu havia dito antes que as impressões que usam lineatura têm a aparência de um negativo de tom contínuo porque os
pontos pretos são menores nas áreas mais claras e maiores nas áreas mais escuras. Eu também mencionei que havia
256 tamanhos possíveis para cada ponto, o que é muito bom, já que o programa Photoshop armazena sua imagem
usando 256 tons diferentes de cinza. Portanto, cada um desses tons de cinza pode ser representado por um tamanho
diferente de ponto no seu negativo digital. Se você só tivesse 128 tamanhos de pontos para a lineatura, então você só
poderia reproduzir 128 tons de cinza, o que significaria que o mesmo tamanho de ponto seria usado para reproduzir
dois tons adjacentes de cinza na sua imagem do Photoshop. Isso não apenas acarretaria em perda de distinção de
tom, mas poderia ainda levar a problemas de "banding". (Banding é quando uma área de impressão, que deveria migrar suavemente de uma tonalidade para outra, ao invés disso, pula de um tom para outro e deixa uma marca nítida
entre as duas tonalidades. Isso acontece quando se tem que pular as tonalidades intermediárias de cinza porque não
se tem um número suficiente de tamanhos de pontos.)
Inicialmente, todos os pontos são invisíveis são apenas filme transparente; porém, se o laser expuser a área de filme
que corresponde a um dos pequeninos pontos, então ele se torna preto. Se apenas um dos 256 pontos é preto, então
você terá um tamanho de ponto correspondente a uma tonalidade de cinza. Transforme dois dos pontos em preto e o
ponto de lineatura se torna um pouco maior e o cinza um pouco mais escuro, e assim por diante até que todos os 256
pontos estejam pretos, obtendo-se um preto puro. Porque todos os pontos, os pequeninos pontos de laser e os
pontos maiores de lineatura, são pequenos demais para serem vistos sem uma lupa, a impressão final feita com esse
padrão de pontos parece ter tons diferentes de cinza -- 256 tons de cinza, um tamanho diferente de ponto de lineatura
para cada tom.
Assim, para cada ponto na lineatura, o imagesetter tem que ser capaz de fazer 16 pontos menores, na vertical e na
horizontal, para um total de 256 (16x16=256). Isto significa que o imagesetter tem que ter uma resolução 16 vezes
maior que a resolução de sua lineatura. No caso de um lineatura de 225 lpi, o imagesetter tem que ter uma resolução
de pelo menos 3600 dpi (16 vezes a lineatura). Isso resultará em um arranjo de 16x16 pontos menores para cada
ponto na lineatura de 225 lpi.
Usemos um exemplo mais simples. Para meu trabalho, produzo negativos de 8x10. A área real de imagem de um
negativo 8x10 é 7,625" x 9,625". Para esse exemplo, decidi imprimir a imagem no tamanho 16x20.
A primeira coisa que faço é calcular o fator de ampliação:
16 dividido por 7,625 = 2,1
20 dividido por 9,625 = 2,08
Imediatamente, noto que minha imagem não terá exatamente 16x20, mas isso não tem problema. Usarei um fator de
ampliação de 2,1, de modo que a imagem final terá, na verdade, 16 x 20 1/4, mas para este exemplo continuarei
chamando de 16x20.
Fiz uma pesquisa e descobri uma loja com um imagesetter Agfa Selectset com capacidade para produzir um
resultado com 3600 dpi. Com 3600 dpi, usarei uma lineatura de 225 lpi.
Se minha imagem de 16x20 será composta por 225 linhas por polegada, então o arquivo de imagem do computador
precisa ter uma resolução duas vezes maior que isso, ou 450 ppi. Assim terei todos os detalhes do negativo original
(Teorema de Amostragem de Nyquist, lembra-se?).
Mas eu não posso simplesmente escanear meu original a 450 dpi porque, depois de ampliar para 16x20, a resolução
irá cair para cerca de metade disso. Para que a resolução final seja 450 ppi, eu multiplico 450 ppi pelo meu fator de
ampliação, que nesse caso é 2,1. Desse modo, descubro que preciso escanear meu negativo a 945 dpi (450ppi x2,1),
para que depois de ampliado em 2,1 vezes a resolução final seja 450 ppi.
Agora, levo meu negativo para o bureau de serviços e peço que seja escaneado com um scanner cilíndrico a 945 dpi
ou a resolução seguinte mais alta existente no seu scanner cilíndrico, caso seu aparelho não tenha a resolução 945
dpi. Se você escolher uma resolução que fique entre duas resoluções existentes no aparelho, o scanner, de qualquer
modo, irá escanear na resolução seguinte mais alta e depois irá interpolar para baixo para chegar à resolução que foi
solicitada. Você economiza tempo se simplesmente escolher a resolução seguinte mais alta.
Neste exemplo, acontece que 945 dpi não é uma resolução existente no aparelho. A resolução seguinte mais alta é
1000 dpi, então o scanner vai escanear meu negativo a 1000 dpi. Vamos dar mais alguns exemplos rápidos. No
exemplo acima, eu queria fazer uma ampliação. Suponhamos que, ao invés disso, eu quisesse uma imagem com o
mesmo tamanho do negativo original em outras palavras, sem ampliação alguma. Nesse caso, minha lineatura continuaria sendo 225 lpi e eu continuaria precisando que a resolução da imagem no meu arquivo de computador tivesse o
dobro disso, ou 450 ppi no tamanho final da imagem, mas dessa vez meu fator de ampliação seria 1(isto é, sem ampliação). Portanto, a resolução para escanear = (450 ppi x o fator de ampliação) = (450 ppi x 1) = 450 dpi. Então,
pedirei ao bureau de serviços que use uma resolução no seu scanner cilíndrico de 450 dpi ou a próxima resolução
mais alta existente no aparelho. Acontece que 450 dpi é uma resolução existente no aparelho e, portanto, posso
escanear a 450 dpi.
Se o imagesetter do meu bureau de serviços tivesse uma capacidade de 4800 dpi, ao invés dos 3600 dpi dos exemplos acima, então eu usaria uma lineatura de 300 lpi (lembre-se que a resolução do imagesetter = 16 x a lineatura).
Para uma lineatura de 300 lpi, a resolução no arquivo de imagens do computador, no tamanho final da imagem, precisa ser o dobro disso, ou seja, 600 ppi. Se eu quiser ampliar o negativo 2,1 vezes, então precisarei escanear a 1260
dpi (600 x 2,1) ou na resolução seguinte mais alta existente no aparelho. Se não estivesse fazendo nenhuma ampliação, eu poderia simplesmente escanear o negativo a 600 dpi (600 x 1).
Capítulo 3 Para preparar seu arquivo de imagens no computador
Seção 3a. Trabalhando com Arquivos Maiores
Seção 3b. Para Dimensionar Sua Imagem uma vez que sua imagem no monitor esteja exatamente como você deseja,
há mais três etapas antes de seu negativo ficar pronto. A etapa primeira é o dimensionamento de sua imagem.
1. Use Image>Image Size no Photoshop, você precisa determinar o tamanho de seu arquivo de imagem para combinar com o tamanho de sua imagem final; e precisa determinar, também, a resolução correta para o imagesetter que
vai usar.
Eis um rápido exemplo:
Em meu exemplo inicial, escaneei um negativo de 8x10 que eu queria imprimir com 16x20. Você deve lembrar que o
negativo foi escaneado a 1000 dpi porque usei um imagesetter de 3600 dpi e queria que a resolução da imagem final
fosse 450 ppi.
Quando se abre o arquivo no Photoshop e se vai para Image>Image Size, uma caixa de diálogo aparece com a
seguinte informação:
Largura: 9,625 polegadas
Altura: 7,625 polegadas
Resolução: 1000 pixels por polegada
Esse é o arquivo que foi criado no bureau de serviços quando meu negativo foi escaneado. Entretanto, eu não quero
que meu novo negativo tenha 9,625" x 7,625" nem quero que seja 1000 ppi. Quero que tenha 16"x20" a 450 ppi.
Assim, eu mudo as informações para novos valores:
Largura: 20 polegadas
Altura: 16 polegadas
Resolução: 450 pixels por polegada
Seção 3c. Para Tornar Sua Imagem Mais Nítida
Se você quiser que sua imagem tenha maior nitidez, poderá usar o recurso chamado 'unsharp masking'. Esse recurso teve origem no procedimento analógico para filme que alguns fotógrafos usavam na câmara escura. Tudo que
você precisa saber é que, se usar esse recurso, sua imagem terá maior nitidez. Sua ampliação terá maior definição
que uma cópia de contato de seu negativo original! Mas, caso sua imagem se torne nítida demais, ficará artificial.
Então, quanto será demais?
Quando selecionar seu recurso unsharp masking (que você achará em Filter>Sharpen>Unsharp Mask), uma caixa
de diálogo aparecerá para que você acrescente os valores para: Quantidade, Raio e Limiar. Eu sugiro que experimente:
Quantidade = 100%
Raio = 1,5 (para um imagesetter de 3600 dpi) ou Raio = 2,0 (para um imagesetter de 4800 dpi)
Limiar = 4.
Seção 3e. Para Acrescentar uma Tabela de Tons ao seu Arquivo de Imagens
Considero muito útil incluir uma tabela de tons na parte superior de meu negativo, logo acima da imagem. Eu a utilizo
para dizer se a densidade do negativo está correta e também para determinar o melhor tempo de impressão. Incluí
no disco um arquivo de tabela de tons chamado steptab.tif. Esse arquivo tem duas fileiras de quadrados. A fileira de
cima tem 20 tons que vão de 5% a 100%, de 5% em 5%. A fileira de baixo também tem 20 tons, mas estes vão de
1% a 10%, e de 91% a 100%, de 1% em 1%. Esta tabela já possui curva de compensação (platinum.acv) embutida
nela, de modo que tudo que se precisa fazer é colar logo acima de sua imagem. Para isto, siga as seguintes etapas:
1. Primeiro, é preciso acrescentar um espaço de algumas polegadas acima de sua imagem para colocar a tabela de
tons. Para fazer isso no Photoshop, abra o arquivo de imagens (aquele que você salvou depois de aplicar a curva de
compensação) e vá para Image>Canvas Size. "Canvas" (tela) é a área em torno e atrás de sua imagem. Pense em
sua imagem como uma fotografia sobre uma tela. Você pode aumentar ou diminuir a tela e a posição de sua imagem
sobre esta.
Após selecionar Image>Canvas Size, aparecerá um pequeno quadrado dividido em nove quadrados menores. O
quadrado central é preto e representa a localização de sua imagem na tela. Como tudo que você quer é acrescentar
um pouco de espaço na parte superior, terá que localizar sua imagem na parte inferior da tela. Para tal, clique no
quadrado branco imediatamente abaixo do preto. Esse quadrado em que você clicou se tornará preto, indicando que
essa será a localização da sua imagem na tela. Você poderá notar que, agora, não haverá espaço extra abaixo da
imagem, então todo o espaço que você acrescentar estará acima da imagem.
Na caixa que diz "Altura", acrescente 2 polegadas ao número que estiver lá e clique em OK. Você acabou de acrescentar duas polegadas ao espaço em branco acima de sua imagem. Salve esse arquivo. Eu recomendaria salvá-lo
com um nome diferente (de modo que você possa voltar e editar o outro arquivo, se quiser).
2. Abra o arquivo chamado steptab.tif. Selecione toda a imagem (no Photoshop: Select>All), a copie e depois cole no
seu novo arquivo de imagem (aquele que você abriu com um espaço extra de duas polegadas na parte superior).
Usando o mouse, mova a tabela de tons para o espaço em branco extra na parte superior e depois desselecione-a
clicando fora da linha pontilhada. Agora você tem um novo arquivo com a imagem e a tabela de tons. Salve esse
arquivo com o mesmo nome que usou na última etapa.
Capítulo 4 Para Encomendar um Novo Negativo
Seção 4a. Para Levar seu Arquivo para o Bureau de Serviços
Após salvar seu arquivo nesse disco, leve-o de volta ao bureau de serviços e diga-lhes que quer um negativo monotônico daquele arquivo. Peça-lhes para usarem uma “lineatura de pontos elípticos, de 225 lpi e 45 graus" e um imagesetter de 3600 dpi de resolução. Diga-lhes ainda que precisa de uma tabela de tons com etapas de 1% acima da
imagem (parte superior do negativo) para obter uma “densidade ótica” entre 2,8 e 3,4 (depois de subtrair base de
filme + fog). Isto é para que o negativo tenha a abrangência de densidade adequada para o papel.
Imprima em seu papel sensibilizado sem quaisquer agentes de contraste sem clorato, peróxido de hidrogênio ou
dicromato (no revelador) para garantir o mínimo possível de granulação na sua impressão final. Exponha uma tabela
de tons Kodak (ou equivalente) e revele normalmente. Isso lhe permitirá determinar o escopo de densidade desejado
no negativo.
Seu bureau de serviços pode não ter capacidade (ou vontade) de obter a densidade exata. Tudo bem, porque há
alguma latitude no processo. Na pior das hipóteses, você pode ter que ajustar um pouco o papel ou o revelador. Mas,
por ora, certifique-se apenas que eles meçam a “densidade ótica” e não a “porcentagem de pontos”. Eles podem
olhar para você com cara feia (porque no trabalho deles a densidade não é importante tudo o que interessa é a porcentagem de pontos), mas insista neste ponto e garanta-lhes que você sabe o que está fazendo.
Às vezes, há ainda dificuldades com o processamento do filme. O filme é processado à máquina e através de rolos.
Isso pode gerar resíduos químicos (geralmente, de fixador) no filme, ou uma ligeira desigualdade na revelaçã
o. Embora esse tipo de problema não tenha importância para o processo normal de impressão offset, pode trazer
problemas quando se está imprimindo o negativo. Os resíduos químicos podem ser lavados, mas se houver desigualdade na revelação, eles terão que refazer o negativo. Portanto, certifique-se de que está pagando apenas por
bons negativos.
Capítulo 5 Para Imprimir Seu Negativo
Seção 5a. Obtenção da Exposição Correta
Você poderia determinar seu tempo de exposição através de tentativa e erro, que é um método perfeitamente válido
para calculá-lo, mas pode também fazer tiras de teste imprimindo a tabela de tons, o que lhe dará uma informação
ainda mais útil.
Com uma tesoura, remova uma pequena parte do filme junto ao tom de 100% da tabela de tons, de modo que, ao
imprimir a tabela, haverá uma área de papel junto a esse tom que será exposta à luz direta. Você poderá, então,
comparar facilmente o preto do papel exposto à luz direta e o preto do papel exposto através do tom de 100%. Sua
impressão deve ser suficiente para que o 100% seja tão preto quanto o da área de papel adjacente. Esse será seu
tempo padrão de impressão. Se você seguiu tudo direitinho, seu bureau de serviços continuará a produzir filme de
boa qualidade e então todas as suas cópias poderão ser feitas utilizando esse tempo padrão de exposição.
Você deve também verificar como seu tom de 1% foi impresso. Esse tom deve deixar o papel branco. Se o tom for
cinza, então você precisará:
a. aumentar a densidade do seu negativo digital
b. aumentar o contraste de seu papel
c. aumentar o contraste de seu revelador
Se muitos dos tons abaixo de 10% estiverem saindo totalmente brancos, então você precisará:
a. diminuir a densidade de seu negativo digital
b. diminuir o contraste do seu papel
c. diminuir o contraste de seu revelador
Você pode também tentar aumentar seu tempo de impressão, o que bloqueará a sombras um pouco, mas ainda
continuará bom. Você poderá variar seu tempo de impressão +/- 20% para ajustar sua impressão.
Esse último ponto é bastante interessante. Teoricamente, não se poderia variar a impressão de jeito algum os
pontos pretos que formam o padrão monotônico deveriam ser impressos simplesmente como pontos pretos. Portanto, mais exposição deveria imprimir os mesmos pontos pretos sem diferença na impressão final. Entretanto, na
prática, pode-se variar a exposição até um certo ponto não tanto quanto um negativo analógico, mas o suficiente
para ajudar. Eu creio que, devido a qualidade da tela monotônica, o negativo imprime como um negativo híbrido de
analógico/digital. Olhando a impressão, pode-se ver um tom claro contínuo no papel com a superimposição dos
pontos monotônicos. Creio que mudanças na exposição lhe permitem variar o tom do fundo. De qualquer modo,
pode-se controlar a exposição um pouco. Controles de contraste no sensibilizador e no revelador também funcionam.

Documentos relacionados