Oftalmopatias na erliquiose monocítica canina Eye diseases in
Transcrição
Oftalmopatias na erliquiose monocítica canina Eye diseases in
JBCA – Jornal Brasileiro de Ciência Animal 2013 6 (12): 442 – 452. Oftalmopatias na erliquiose monocítica canina Eye diseases in canine monocytic ehrlichiosis Oftalmopatías en erliquiosis monocítica canina Anderson Barros Teixeira Pinto1* e Cláudio Baptista de Carvalho2 Resumo Os cães possuem vários sinais e sintomas clínicos relacionados à doença erliquiose monocítica canina (EMC). Como consequência da infecção pelo agente Ehrlichia canis, a doença pode variar desde a forma assintomática à crônica. Há três estágios da EMC: a infecção aguda, a subclínica e a crônica. Estes estágios da doença vêm sendo descritos em cães, entretanto é difícil a distinção entre eles em animais infectados de forma natural. Dentre os sinais e sintomas clínicos se encontram as alterações oftalmológicas, que são consideradas manifestações comuns da doença. As síndromes mais relatadas são as conjutivites, as alterações da córnea, o glaucoma, a catarata, a uveíte bilateral anterior, a coriorretinite, o papiledema, as hemorragias retinianas e as esclerite necrosante. Entre os sintomas mais comuns encontram-se o blefarospasmo e a fotofobia. Os sinais e sintomas oculares na doença EMC são relevantes no diagnóstico diferencial para outras causas de oftalmopatias, pois desta forma, após o diagnóstico, proporcionará ao paciente canino o correto tratamento contra a doença através de medicamentos específicos. Além disso, o auxílio de técnicas mais apuradas vem sendo empregado para o diagnóstico da doença e para a determinação da causa primária das alterações oculares. Palavras-chave: Oftalmopatias, erliquiose, cão, diagnóstico. 1 M.V, MSc., doutorando do Programa de Pós-graduação em Ciência Animal. Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF). Email: [email protected] 2 M.V., MSc., DSc., professor visitante. Laboratório de Clínica e Cirurgia Animal. Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF). 442 JBCA – Jornal Brasileiro de Ciência Animal 2013 6 (12): 442 – 452. Abstract Dogs have various clinical signs and symptoms related to the disease Canine Monocytic Ehrlichiosis (CME). As a consequence of infection by the Ehrlichia canis agent, the disease can vary from asymptomatic to chronic. There are three stages of CME: the acute, the subclinical and chronic. These stages of the disease in dogs having been described, however, are difficult to distinguish in naturally infected animals. Among the clinical signs and symptoms of the disease are ocular alterations which are considered common in this disease's manifestations. The most reported syndromes are: changes of the cornea, glaucoma, cataracts, bilateral anterior uveitis, chorioretinitis, papilledema, retinal hemorrhages and necrotic scleritis. Among the most common symptoms are photophobia and blepharospasm. The ocular signs and symptoms in the CME disease are relevant in the differential diagnosis for other causes of eye diseases in that, after diagnosis, the canine patient can be provided the correct treatment against the disease through specific medications. In addition, the aid of better techniques is being used for diagnosis of disease and to determine the primary cause of ocular alteration. Key words: Eye diseases, ehrlichiosis, dog, diagnostic. Resumen Los perros presentan varios signos y síntomas clínicos relacionados a la enfermedad Erliquiosis Monocítica canina (EMC), como consecuencia de la infección por el agente Ehrlichia canis, la enfermedad puede variar desde la forma asintomática a la crónica. Hay tres formas de la EMC: la infección aguda, la subclínica y la crónica. Estas formas de la enfermedad vienen siendo descritas en perros, aunque es difícil distinguir entre ellas en animales infectados de forma natural. Entre los signos y síntomas clínicos de la enfermedad se encuentran las alteraciones oftalmológicas, que son consideradas manifestaciones comunes de la enfermedad. Los síndromes más relatados son las conjuntivitis, las alteraciones de la córnea, el glaucoma, la catarata, la uveítis bilateral anterior, corioretinitis, papiledema, hemorragias retinianas y la escleritis necrosante. Entre los síntomas más 443 JBCA – Jornal Brasileiro de Ciência Animal 2013 6 (12): 442 – 452. comunes se encuentran el blefaroespasmo y la fotofobia. Los signos y síntomas oculares en la enfermedad EMC son relevantes en el diagnóstico diferencial para otras causas de oftalmopatías, pues de esta forma, después del diagnóstico, proporcionaran al paciente canino el correcto tratamiento contra la enfermedad a través de medicamentos específicos. Además el auxilio de técnicas más esmeradas está siendo empleado para el diagnóstico de la enfermedad y para la determinación de la causa primaria de las alteraciones oculares. Palabras-clave: Oftalmopatías, Erliquiosis, perro, diagnóstico. Introdução A Rickettsiales, erliquiose canina (EMC) foi monocítica inicialmente descrita na Argélia, em 1935, por Donatien e Lestoquard. Entre 1968 a 1970, durante a guerra no Vietnã, esta afecção foi a responsável pela morte de 300 cães Família Anaplasmataceae, gênero Ehrlichia4. O principal vetor é o carrapato marrom Rhipicephalus sanguineus, e os caninos, que vivem em ambiente urbanizado, estão sempre sujeitos às infestações por este carrapato3. militares O período de incubação da americanas1. No Brasil, a erliquiose EMC é de 8 a 20 dias. A doença canina foi relatada em 1973 por pode apresentar três fases: aguda, Costa e colaboradores, em Belo subclínica e crônica. Na fase aguda, Horizonte, Minas Gerais. Atualmente o microrganismo penetra na célula apresenta mundial, mononuclear, replica-se por fissão particularmente em áreas tropicais e binária antes de disseminar-se para distribuição 2 , e no Brasil já foi outros órgãos do hospedeiro. Estas identificada em todas as regiões do células espalham os agentes para subtropicais 3 país . O agente etiológico da EMC é outros órgãos interagindo com as a Ehrlichia canis, bactéria intracelular células endoteliais destes tecidos e obrigatória, induzindo negativa, pleomórfica pertencente e à gram ordem a formação de vasculites5. Nesta fase, os sinais 444 JBCA – Jornal Brasileiro de Ciência Animal 2013 6 (12): 442 – 452. clínicos são inespecíficos incluindo Os sinais oculares causados febre, secreção ocular e nasal, pela anorexia, de conjuntiva, na córnea, na úvea e no vasculite, segmento posterior do olho12. Em musculares, um estudo em Barcelona, Espanha, depressão, peso, linfadenopatia, sinais neurológicos, perda EMC foram relatados na oculares e de poliartrite6,7. Estes 37% sinais diminuem sorologicamente e positivos para espontaneamente dentro de um a anticorpos específicos para E. canis quatro possuiam sinais oculares e, destes, normalmente semanas, permanecer como podendo infecção subclínica5. forma Os de cães imunocompetentes são capazes de de 46 cães testados 11 (64,7% dos casos oculares) tiveram apenas lesões oculares sem sinais sistêmicos aparentes13. eliminar o parasita durante a fase subclínica (período de meses a anos), mas alguns cães desenvolvem a fase crônica da doença, que pode ser Oftalmopatias na erliquiose sinais oculares canina Os de intensidade moderada a grave8. Os geralmente ocorrem em cães com sinais clínicos desta fase incluem EMC. depressão, anorexia, frequentemente relatadas incluem perda de peso, edema periférico, uveíte bilateral anterior, conjuntivite, anemia, febre, hemorragia devido à coriorretinite, redução de plaquetas, infecções hemorragias retinianas e infiltrados secundárias bacteriológicas, perivasculares. A doença também pneumonia, glomerulonefrite, artrite, pode apresentar hemorragia sub- doenças sinais retinana, levando ao descolamento neurológicos e alterações oculares5. da retina e à cegueira. O animal da Uma fraqueza, reprodução, variedade de sinais oculares que envolve quase toda a estrutura do olho foi descrita9,10. A gravidade do envolvimento ocular varia de paciente para paciente11. Dentre também as síndromes papiledema, poderá blefarospasmo e apresentar fotofobia. As manifestações oculares estão entre os achados 14,15 EMC . mais Outras comuns na alterações 445 JBCA – Jornal Brasileiro de Ciência Animal 2013 6 (12): 442 – 452. oculares relatadas associadas com glândula lacrimal está relacionada a com a infecção por E. canis. EMC incluem a panuveíte, glaucoma secundário, ingurgitamento e tortuosidade Alterações corneanas vascular da retina, coriorretinite, descolamento seroso ou hemorrágico da retina, atrofia da retina, hemorragias da coróide, retina ou vítreo, neurite óptica, hemorragia iridal, hifema, opacidade da córnea, hemorragia conjuntival, conjuntivite e esclerite necrotizante16. Anormalidades na formação do filme de lágrima podem resultar em redução de sua produção e consequentemente permitir infecção da secundária responsável corneanas pelas a córnea, úlceras profundas16,17,18. No estudo realizado por Komnenou e colaboradores foram encontrados 13,3% de cães que apresentaram úlceras de córnea profundas16. Conjuntivite por Também foi possível verificar Komnenou e colaboradores16, 6,7% a presença de edema e opacidade dos cães apresentaram conjuntivite corneal devido à ocorrência da com uveíte anterior na EMC, da mesma No estudo corrimento realizado lacrimal e diminuição do filme lacrimal, sinal forma encontrado devido à presença de encontraram 62,7% de cães com conjuntivite. edema de córnea19. Foram encontradas Oriá e colaboradores deficiências na formação do filme lacrimal. Culturas de bactérias não foram realizadas nesses casos para confirmar secundária. a infecção Os bacteriana autores não verificaram se houve associação Uveíte O sinal ocular mais frequente é a uveíte anterior, não sendo observado em cães infectados com outras espécies de Ehrlichia14. entre ceratoconjutivite seca e EMC, necessitando de estudos adicionais para verificar se a doença na O infiltrado inflamatório é predominantemente monocítico e linfocítico, plasmocítico. A 446 JBCA – Jornal Brasileiro de Ciência Animal 2013 6 (12): 442 – 452. inflamação ocular é mais comum e Em contraste, enquanto a intensa no corpo ciliar, tornando-se uveíte anterior foi a doença ocular menos intensa na coróide, íris e mais encontrada em na EMC nestes retina, nesta ordem14. estudos, As uveítes unilaterais (24,5%) e bilaterais (75,5%) são os diagnósticos oftalmológicos mais comuns. Um estudo realizado no estado da Carolina do Norte (EUA) apresentou 102 cães com uveíte clínica, dentre os quais 59 (58%) foram diagnosticados com uveíte idiopática enquanto ou outros apresentaram (17,6%) imuno-mediada, 25 tiveram como ocular observada essa diferença não são citadas sabendo-se que o diagnóstico da doença é importante na fase crônica da EMC. No processo inflamatório, as 18 vasculites na EMC são causadas causa pela deposição de imunocomplexos e caracterizada mais linfoplasmáticos erliquiose monocítica canina16. da uveíte na erliquiose se baseia pela atuação direta do agente no sítio de lesão, promovendo assim a deposição de imunocomplexos na do endotélio paredes vasculares, por infiltrados perivasculares. Pelo motivo desta doença possuir O fato de ocorrer a presença parede mais colaboradores13. As razões para Nestes últimos, a doença infecciosa a com Barcelona, Espanha, por Leiva e nas foi com frequência no estudo realizado em subjacente uma doença infecciosa. comum panuveíte descolamento de retina foi a lesão (24,5%) neoplasias a uma caracaterística associada com a formação generalizada de imunocomplexos, é possível que as uveítes induzidas pela EMC tenham uma base imunopatogênica13,20. e, consequentemente, as vasculites. A Esclerite necrótica presença do DNA de Ehrlichia canis A esclerite necrótica é uma em secreções da conjuntiva em rara condição inflamatória agressiva infecções naturais ou experimentais que afeta a coróide e a episclera, em cães foi verificada12,15. podendo ser uni e bilateral. As 447 JBCA – Jornal Brasileiro de Ciência Animal 2013 6 (12): 442 – 452. manifestações clínicas são diversas esclerite necrótica em cães ainda é e um desafio21. incluem, esclera muitas bastante vezes, uma espessada e inflamada, embora a lise escleral e o estafiloma com desinserção de variados músculos retos também possam ser formados. O diagnóstico é confirmado através do exame da microscopia óptica de biópsias da esclera afetada. Em algumas ocasiões o material para enxerto escleral deve estar A esclerite necrótica foi encontrada em cães com EMC, documentada por Komnenou e colaboradores16, na qual observouse a esclerite necrótica bilateral em 11,1% dos cães em seus estudos retrospectivos. O prolapso uveal subconjuntival foi manifestação presente outra nestes casos. disponível para reparar as lesões de espessura total que podem ser vistas ou originadas biópsia. A Glaucoma secundário durante a confirmação Frank do e Breitschwerdt é encontraram uma percentagem de revelada necrose do colágeno, lise 1,6% de cães com glaucoma e com do colágeno, inflamação da esclera presença de EMC17. diagnóstico ocorre quando De acordo com Collins e e da episclera. Os infiltrados de células inflamatórias e células Moore, os debris inflamatórios monucleares variam de região para existentes na uveíte podem obstruir região, mas são comuns, podendo- a rede trabecular, desta forma se induzindo encontrar quanto tanto linfócitos neutrófilos, e células gigantes epitelióides presentes. e as também estão patogênese De acordo com Komnenou e colaboradores, 8,9% dos cães com uveíte apresentaram glaucoma é como sequela da uveíte crônica em é cães com EMC16. No entanto, Oriá caracterizada por ser uma doença e colaboradores verificaram que imunomediada. O tratamento da 47% dos cães com uveíte e EMC desconhecida A células glaucoma secundário10,22. plasmocitárias. Ocasionalmente, as células o e a etiologia 448 JBCA – Jornal Brasileiro de Ciência Animal 2013 6 (12): 442 – 452. apresentaram o glaucoma 19 secundário . hemorragia retiniana, descolamento cicatrizes retiniano o e coriorretinianas as com atrofia da retina16. Catarata A formação da catarata pode Na fase crônica da doença, a ser resultado da uveíte, na qual trombocitopenia ocorre a liberação de mediadores provocar inflamatórios hifema e petéquias conjutivais24. que se difundem severa hemorragia pode retiniana, através da cápsula do cristalino, Frequentes eventualmente induzir o descolamento da retina de metaplasia causando epitelial, posterior migração, degeneração e liquefação 16,23 forma hemorragias secundária25,26. A podem neurite óptica e o ingurgitamento dos vasos . No sanguíneos também podem estar estudo realizado por Komnenou e presentes11,26. A tortuosidade dos colabradores, 5,6% dos cães com vasos uveíte apresentavam catarata16. juntamente da fibra e necrose da lente sanguíneos com coriorretinianas, Retinopatias nas áreas da as retina, lesões desenvolvem-se pigmentadas 5 As retinopatias apresentam- hiperreflexivas centrais . se de várias formas nas alterações graves: neurite óptica, hemorragias e descolamento da retina (por Conclusão 1. As oftalmopatias massa hemorrágica sub-retinal ou manifestações por exsudados)16. relevantes na EMC, utilizadas As lesões no segmento posterior podem incluir papiledema comuns são e como diagnóstico diferencial de outras alterações oculares; e coriorretinites24. As lesões na 2. O tratamento específico contra retina evidenciam o ingurgitamento a doença permitirá a resolução e parcial ou completa das lesões a tortuosidade presença de vascular, a infiltrados oculares; perivasculares, a retinite difusa, a 449 JBCA – Jornal Brasileiro de Ciência Animal 2013 6 (12): 442 – 452. 3. Através do PCR da amostra de corrimento ocular diagnosticar e atuação pode-se comprovar primária 4. O auxílio de técnicas mais do apuradas vem sendo a empregado e considerado rotina agente em países desenvolvidos para o Ehrlichia canis nos tecidos e diagnóstico anexos oculares e na causa das animais com lesões oculares. da doença em manisfestações oculares; Referências bibliográficas 1. Huxsoll DL et al. (1970). Tropical canine pancytopenia. Journal of American Veterinary Medical Association, 157: 1627-1632. 2. Wen B et al. (1997). Comparison of Nested PCR with immunofluorescent antibody assay for detection of Ehrlichia canis infection in dogs treated with doxycycline. Journal of Clinical Microbiology, 35: 1852-1855. 3. Labruna MB, Pereira MC (2001). Carrapatos em cães no Brasil. Clínica Veterinária, 30: 24-32. 4. Dumler JS et al. (2001) Reorganization of genera in the families Rickettsiaceae and Anaplasmataceae in the order Rickettsiales: unification of some species of Ehrlichia with Anaplasma, Cowdria with Ehrlichia and Ehrlichia with Neorickttsia, descriptions of six new species combinations and designation of Ehrlichia equi and HE agent as subjective synonymus of Ehrlichia phagocytophila. International Journal of Systematic and Evolutionary Microbiology, 51: 2145-2164. 5. Harrus S et al. (1997). Canine monocytic ehrlichiosis an update. Compendium on Continuing Education for the Practicing Veterinarian, 5: 9-16. 6. Woody BJ, Hoskins JD (1991). Ehrlichial diseases of dogs. Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice, 21: 75-98. 7. Dagnone AS et al. (2001). Erliquiose nos animais e no homem. Semina: Ci. Agrárias, 22: 191-201. 450 JBCA – Jornal Brasileiro de Ciência Animal 2013 6 (12): 442 – 452. 8. Gould DJ, et al. (2000). Canine monocytic ehrlichiosis presenting an acute blindness 36 months after importation into the UK. Journal of Small Animal Practice, 41: 263-265. 9. Ristic M et al. (1972). Serological diagnosis of tropical canine pancytopenia by indirect immunofluorescence. Infection and Immunity, 6: 226-231. 10. Collins BK, Moore CP. Disease and surgery of the canine anterior uvea. In: Gelatt KN (1999). Veterinary ophthalmology. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins, 755-796. 11. Stiles J (2000). Canine rickettsial infections. Veterinary Clinics of North America. Small Animal Practice, 30:1135-1149. 12. Baneth G (2009). Longitudinal quantification of Ehrlichia canis in experimental infection with comparison to natural infection. Vet Microbiol, 136: 321-325. 13. Leiva M et al. (2005). Ocular signs of canine monocytic ehrlichiosis: a retrospective study in dogs from Barcelona, Spain. Vet Ophthalmol, 8: 387-393. 14. Panciera RJ et al. (2001). Ocular histopathology of ehrlichial infections in the dog. Vet Pathol, 38: 43-46. 15. Walser-Reinhardt L et al. (2012). Direct detection of Ehrlichia canis by PCR in the conjunctiva of a dog with bilateral anterior uveitis. Schweizer Archiv für Tierheilkunde, 154: 149-152. 16. Komnenou AA et al (2007). Ocular manifestations of natural canine monocytic ehrlichiosis (Ehrlichia canis): a retrospective study of 90 cases. Vet Ophthalmol, 10: 137-142. 17. Frank JR, Breitschwerdt EB (1999). A retrospective study of ehrlichiosis in 62 dogs from North Carolina and Virginia. Journal of Veterinary Internal Medicine, 13: 194-201. 18. Peterson-Jones SM, Stanley RG. Ocular discharge. In: Peiffer RL, Peterson-Jones SM (2009). Small Animal Ophthalmology. A Problem Oriented Approach. 4. ed. Philadelphia: Saunders, 219-253. 451 JBCA – Jornal Brasileiro de Ciência Animal 2013 6 (12): 442 – 452. 19. Oria AP et al. (2008). Ophthalmic, hematologic and serologic findings in dogs suspected Ehrlichia canis infections. Revista Brasileira de Ciência Veterinária, 15: 94-97. 20. Harrus S et al. (1998). Acute blindness associated with monoclonal gammopathy induced by Ehrlichia canis infection. Veterinary Parasitology, 78: 155-160. 21. Grahn BH, Sandmeyer LS (2008). Canine episcleritis, nodular episclerokeratitis, scleritis and necrotic scleritis. The Veterinary Clinics of North America. Small Animal Practice, 38: 291-308. 22. Oria AP et al. (2004). Uveíte em cães infectados com Ehrlichia canis. Ciência Rural, 34: 1289-1295. 23. Davidson MG, Nelms SR. Diseases of the lens and cataract formation. In: Gelatt KN (1999). Veterinary Ophthalmology. 3. ed. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins: 797–825. 24. Glaze MB, Gaunt SD (1986). Uveitis associated with Ehrlichia platys infection in a dog. Journal of the American Veterinary Medical Association, 188: 916-917. 25. Evermann JF. Laboratory diagnosis of viral and rickettsial infections. In: Greene CE (1998). Infectious diseases of the dog and cat. 2. ed. Philadelphia: W.B., 1-6. 26. Martin CL. Ocular Manifestations of systemic disease. In: Gelatt KN (1999). Veterinary Ophthalmology. 3. ed. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins, 1401-1447. Recebido em: Julho de 2013 Aceito em: Setembro de 2013 Publicado em: Dezembro de 2013 452
Documentos relacionados
Aspectos clínicos, epidemiológicos, hematológicos e
trombocitopenia e anemia. A fase crônica é dificilmente diagnosticada, sendo geralmente mais grave quando na ocorrência de outras doenças (5).O diagnóstico presuntivo é baseado nos sinais clínicos ...
Leia maisRevisão de Literatura ERLIQUIOSE TRANSMITIDA AOS CÃES
Entretanto, esses sinais clínicos corriqueiramente podem ser divididos em três fases: aguda (início da infecção); subclínica (geralmente assintomática) e crônica (nas infecções persistentes) (GAUNT...
Leia maisLer na íntegra em PDF
BN, Knipe DM, Howley PM (1996). Fundamental virology, 3.ed. Philadelphia: LippincottRaven, 577- 604. 17. Tipold A et al. (1996). Neurological signs in canine distemper encephalomyelitis – a clinica...
Leia mais