comissão de controlo de infecção - hgo, sa
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Doripenem, o novo agente na pneumonia nosocomial PERFIL DE SUSCEPTIBILIDADE AOS BACILOS GRAM NEGATIVO MAIS PREVALENTES José Diogo COMISSÃO DE CONTROLO DE Hospital Garcia de Orta, E.P.E. (HGO) INFECÇÃO - HGO, S.A. Laboratório de Microbiologia (LM) 2010-03-24 Porquê prevenir e controlar as infecções por microrganismos resistentes: Aumento da mortalidade. Aumento do tempo de internamento. Aumento dos custos associados ao tratamento: - Antibioterapia de espectro mais alargado e/ou múltipla, de maior custo e mais prolongada; - Eventualmente, necessidade de tratamento cirúrgico. Aumento dos custos com outros tratamentos ou de outras medidas associadas: - Medidas de controlo de infecção: isolamento; medidas de barreira individuais do doente, do pessoal de saúde e dos familiares/visitantes; limpeza e desinfecção de material inanimado, etc.; - Procedimentos médico-cirúrgicos (ex: traqueostomia, CVC, etc.); - Doenças sistémicas que motivaram o internamento ou surgiram no decurso do mesmo (ex: I.Renal, I.Resp., I.Card., etc.). Aumento dos custos por ausência de actividade profissional. «Agency for Healthcare Research and Quality» (AHRQ), Estados Unidos da América, avaliou os resultados de 7,45 milhões de altas hospitalares verificadas em 994 hospitais pertencentes a 28 estados norte-americanos no ano 2000. Este estudo concluiu que as infecções nosocomiais foram as entidades nosológicas que mais contribuíram para: - Aumento do tempo de internamento (média de + 9,58 dias) - Dos custos de internamento (média de + 38.656 USD) - Da mortalidade (média de + 4,31%) JAMA 2003, 290: 1868-1874. «Agentes problema» de origem predominantemente nosocomial nosocomial:: Staphylococcus aureus meticilina resistentes (MRSA) Enterococcus spp. resistentes à vancomicina (VRE) Bacilos Gram negativo produtores de betalactamase de espectro estendido (ESBL) Enterobacteriaceae ESBL + Bacilos Gram negativo não fermentadores resistentes a pelo menos duas famílias de antimicrobianos BG – NF Multirresistentes Valor relativo do nº de casos de infecções por «Agentes Problema», predominantemente de origem nosocomial, no HGO (doentes) Fev 2002 a Dez 2004 Jan a Set 2008 Enterobacteriaceae produtoras de betalactamase de espectro estendido (ESBL) RESISTÊNCIA DE ENTEROBACTERIACEAE AOS ANTIMICROBIANOS Há cerca de 30 anos foram detectadas pela primeira vez umas betalactamases de espectro extremamente alargado – ESBL – «Extended-spectrum-β-lactamase» (betalactamases de espectro estendido) em diversas espécies bacterianas pertencentes à família de Enterobacteriaceae. Pressão selectiva cefalosporinas 3ª geração Exº: TEM-1 SHV-1 (desde 1980) alterações genéticas destas betalactamases (desde 1983) TEM-3 SHV-2 (plasmídicas) Hidrólise ampicilina Hidrólise todas cefalosporinas+aztreonamo RESISTÊNCIA DE ENTEROBACTERIACEAE AOS ANTIMICROBIANOS BETALACTAMASES Actualmente estão descritas mais de 400 ESBLs: SHV (mais frequentes) TEM CTX OXA PER VEB IBC Em diversas ENTEROBACTERIACEAE , nomeadamente: Escherichia coli Klebsiella spp. Enterobacter spp. Serratia spp. Proteus spp. Salmonella spp. RESISTÊNCIA DE ENTEROBACTERIACEAE AOS ANTIMICROBIANOS Os microrganismos produtores de ESBL são resistentes às aminopenicilinas, ureidopenicilinas, cefalosporinas de 1ª, 2ª e 3 geração e monobactamos. Os carbapenemos (exs: ertapenemo, meropenemo, doripenemo e imipenemo) mantêm estabilidade contra estas bactérias. O tratamento dos doentes com infecções por estes agentes bacterianos com associações betalactâmico+inibidor das betalactamases revelam taxas de cura e de sobrevivência inferiores aos tratados com carbapenemos. Para além dos betalactâmicos, estes microrganismos são frequentemente resistentes a outras famílias de antimicrobianos, nomeadamente cotrimoxazol, aminoglicosidos e fluoroquinolonas. Nos últimos anos têm sido descritos casos de Enterobacteriaceae produtoras de carbapenemases. Estudo multicêntrico de resistência aos antimicrobianos em nove hospitais portugueses (Laboratório de Bacteriologia, Hospital de Santa Maria; Laboratório de Bacteriologia, Centro Hospitalar de Coimbra; Serviço de Microbiologia, Hospital de Santo António; Laboratório de Bacteriologia, Hospital Garcia de Orta; Orta; Laboratório de Bacteriologia, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia; Laboratório de Bacteriologia, Hospital de São José; Laboratório de Bacteriologia, Hospital de Santa Cruz; Laboratório de Bacteriologia, Hospital de São Francisco Xavier; Laboratório de Bacteriologia, Hospitais da Universidade de Coimbra) RESISTÊNCIA AOS ANTIBIÓTICOS EM ESCHERICHIA COLI EM NOVE HOSPITAIS PORTUGUESES EM 1994 vs 2003 Total Ampi Cefra 2003 11102 11091 11095 11095 R (%) 57,3 36,6 6,0 1994 7961 7763 R (%) 48 12 Revista Portuguesa de Doenças Infecciosas 2006, 3: 7 – 15. Acta Médica Portuguesa 1996, 96: 141 – 150. Ceftaz Cefotax Cotri Cipro Genta 11099 11037 11082 6,0 33,9 23,4 9,6 6993 7208 7965 7922 7254 <1 <1 24 6 5 RESISTÊNCIA AOS ANTIBIÓTICOS EM KLEBSIELLA SPP. EM NOVE HOSPITAIS PORTUGUESES EM 1994 vs 2003 Total Ampi Cefra Ceftaz Cefotax Cotri Cipro Genta 2003 2855 2857 2856 2856 2855 2828 2858 R (%) 98,7 37,7 23,8 23,8 37,2 18,0 15,6 1994 2044 2033 1901 1918 2047 2037 1927 R (%) 100 30 5 5 37 3 27 RESISTÊNCIA AOS ANTIBIÓTICOS EM ENTEROBACTER SPP. EM NOVE HOSPITAIS PORTUGUESES EM 1994 vs 2003 Total Ampi Cefra Ceftaz Cefotax Cotri Cipro Genta 2003 1239 1239 1237 1237 1239 1240 1239 R (%) 97,6 97,2 36,1 27,5 18,3 18,1 11,3 1994 ------ ------ ------ ------ ------ ------ ------ R (%) ------ ------ ------ ------ ------ ------ ------ Revista Portuguesa de Doenças Infecciosas 2006, 3: 7 – 15. Acta Médica Portuguesa 1996, 96: 141 – 150. Resistência aos antimicrobianos em duas Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) do HGO (2002 – 2008) UCI UCI II Número de doentes 278 318 Média de idade (anos) 61 58 15-30 anos 6,12% 10,4% 31-60 anos 33,1% 40,6% ≥61 anos 60,8% 49,1% Feminino 65,8% 52,8% Masculino 34,2% 47,2% Grupo etário Sexo Amostras respiratórias (expectoração, secreções brônquicas, lavado bronco-alveolar, catéteres protegidos) + Urinas Eliminação de duplicados (1 isolado para mesmo doente se dentro do mesmo mês e com TSA igual)* *Journal of Antimicrobial Chemotherapy 2002; 49: 201-204; Journal of Antimicrobial Chemotherapy 2007 Resistência aos antimicrobianos de Enterobacteriaceae UCI UCI II 2002-2003 2007-2008 2002-2003 2007-2008 Escherichia coli 5 23 21 42 Klebsiella spp. 3 24 6 17 Enterobacter spp. 1 12 6 13 Serratia marcescens 1 6 2 4 Outros 2 14 10 25 12 78 45 101 Total Resistência aos antimicrobianos de Enterobacteriaceae UCI UCI II 2002-2003 N=12 2007-2008 N=78 2002-2003 N=45 2007-2008 N=101 75% 89,7% 62,2% 77,2% Cefalosporina 1ª geração 41,7% 65,4% 40,0% 63,4% Cefalosporina 2ª geração 25% 39,7% 11,1% 35,6% Cefalosporina 3ª geração 8,3% 21,8% 8,9% 16,8% Amoxicilina+Ác. Clavulânico 33,3% 56,4% 40% 57,4% Piperacilina+Tazobactamo 16,7% 26,9% 8,9% 20,8% 8,3% 21,8% 8,9% 16,8% 0% 0% 0% 0% 8,3% 6,4% 8,9% 11,9% 0% 2,6% 2,2% 3,9% Ciprofloxacina 8,3% 14,1% 8,9% 8,9% Cotrimoxazol 16,7% 41% 20,0% 29,7% Antimicrobiano Ampicilina Aztreonamo Carbapenemos Gentamicina Amicacina ENTEROBACTERIACEAE PRODUTORAS DE ESBL NO HGO (2002 a 2007) Resistência de Enterobacteriaceae ESBL+ a outras famílias de antimicrobianos Evolução nº Enterobacteriaceae ESBL+ 9 8 % ESBL+ 6 5 4 %amostras ESBL+ 3 2 1 % de resistência 7 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ciprofloxacina cotrimoxazol gentamicina amicacina nitrofurantoína 2002 0 2002 2003 2004 2005 anos 2006 2007 2003 2004 2005 anos 2006 2007 Bacilos Gram negativo não fermentadores Possíveis opções terapêuticas Cefalosporinas de 3ª geração (ex: ceftazidima). Penicilinas de espectro estendido associadas a inibidores da betalactamase (ex: piperacilina+tazobactamo). Monobactamos (ex: aztreonamo). Carbapenemos (ex: imipenemo, meropenemo, doripenemo), excepção do ertapenemo. Aminoglicosidos (ex: gentamicina, amicacina, tobramicina). Fluoroquinolonas (ex: ciprofloxacina). Polimixinas (ex: colistina). Estudo multicêntrico de resistência aos antimicrobianos em nove hospitais portugueses (Laboratório de Bacteriologia, Hospital de Santa Maria; Laboratório de Bacteriologia, Centro Hospitalar de Coimbra; Serviço de Microbiologia, Hospital de Santo António; Laboratório de Bacteriologia, Hospital Garcia de Orta;; Laboratório de Bacteriologia, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia; Laboratório de Bacteriologia, Orta Hospital de São José; Laboratório de Bacteriologia, Hospital de Santa Cruz; Laboratório de Bacteriologia, Hospital de São Francisco Xavier; Laboratório de Bacteriologia, Hospitais da Universidade de Coimbra) RESISTÊNCIA AOS ANTIBIÓTICOS EM PSEUDOMONAS AERUGINOSA EM NOVE HOSPITAIS PORTUGUESES EM 1994 vs 2003 Total Genta Tobra Amica Pip/Taz Cipro Imip Ceftaz Aztreo 2003 5883 5605 5880 5882 5872 5863 5865 5439 R (%) 26,8 13,6 11,2 17,1 28,3 18,1 19,2 29,4 1994 4055 3625 4013 4054 4056 4022 4052 ------- R (%) 33 22 12 20 (Pip) 30 19 9 ------ Revista Portuguesa de Doenças Infecciosas 2006, 3: 7 – 15. Acta Médica Portuguesa 1996, 96: 141 – 150. Resistência aos antimicrobianos de P. aeruginosa UCI UCI II 2002-2003 N=27 2007-2008 N=126 2002-2003 N=37 2007-2008 N=58 Ceftazidima 33,3% 38,1% 8,1% 12,1% Piperacilina+Tazobactamo 33,3% 35,7% 8,1% 15,5% Aztreonamo 48,1% 48,4% 18,9% 17,2% Imipenemo 25,9% 42,8% 10,8% 15,5% Meropenemo 40%* 50,0% 8,3%** 17,2% Gentamicina 44,4% 47,6% 35,1% 17,2% Amicacina 37,0% 39,7% 13,5% 12,1% Ciprofloxacina 18,5% 11,1% 10,8% 8,6% Antimicrobiano *Número total de estirpes testadas=15 **Número total de estirpes testadas=12 Fenótipos de susceptibilidade mais prevalentes de P. aeruginosa UCI I 2002-2003 Isolados susceptíveis a todos os antibióticos testados – 8/27 (29,6%) 3 (11,1%) isolados resistentes a CeftaPip-tazoAztImipGentaAmica, apenas susceptíveis à Cipro 2007-2008 Isolados susceptíveis a todos os antibióticos testados – 33/126 (26,2%) 15 (12%) isolados resistentes a CeftaPip-tazoAztImipMeroGentaAmica, apenas susceptíveis à Cipro 8 (6,3%) isolados GentaAmicaCipro resistentes a CeftaPip-tazoAztImipMero, apenas UCI II 2002-2003 Isolados susceptíveis a todos os antibióticos testados – 23/37 (61,2%) 2007-2008 Isolados susceptíveis a todos os antibióticos testados – 34/58 (58,6%) susceptíveis à Pseudomonas aeruginosa proporção de isolados resistentes aos carbapenemos (2007) European Antibiotic Resistance Surveillance System (EARSS); http://www.rivm.nl/earss/ Estudo multicêntrico de resistência aos antimicrobianos em nove hospitais portugueses (Laboratório de Bacteriologia, Hospital de Santa Maria; Laboratório de Bacteriologia, Centro Hospitalar de Coimbra; Serviço de Microbiologia, Hospital de Santo António; Laboratório de Bacteriologia, Hospital Garcia de Orta; Orta; Laboratório de Bacteriologia, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia; Laboratório de Bacteriologia, Hospital de São José; Laboratório de Bacteriologia, Hospital de Santa Cruz; Laboratório de Bacteriologia, Hospital de São Francisco Xavier; Laboratório de Bacteriologia, Hospitais da Universidade de Coimbra) RESISTÊNCIA AOS ANTIBIÓTICOS EM ACINETOBACTER BAUMANNII EM NOVE HOSPITAIS PORTUGUESES EM 1994 vs 2003 Total Genta Tobra Amica Pip/Taz Cipro Imip Ceftaz Aztreo 2003 1370 1343 1369 1174 1370 1368 1367 1051 R (%) 83,4 25,7 44,1 85,9 86,7 83,7 87,2 88,8 1994 ------ ------ ------ ------ ------ ------ ------ ------ R (%) ------ ------ ------ ------ ------ ------ ------ ------ Revista Portuguesa de Doenças Infecciosas 2006, 3: 7 – 15. Resistência aos antimicrobianos de A. baumannii UCI UCI II 2002-2008 N=25 2002-2008 N=7 Ceftazidima 56,0% 42,6% Piperacilina+Tazobactamo 48,0% 57,1% Aztreonamo 88,0% 100% Imipenemo 16,0% 28,6% Meropenemo 47,6%* 50%** Gentamicina 60,0% 42,9% Amicacina 16,0% 28,6% Ciprofloxacina 44,0% 42,9% Antimicrobiano *Número total de estirpes testadas=21 **Número total de estirpes testadas=4 DORIPENEMO Perfil Microbiológico Estrutura de diferentes carbapenemos Doripenemo1 > Cadeia lateral que parece conferir a actividade in vitro acrescida contra P. aeruginosa como sugerido por Tsuji et al 2 > Afinidade acrescida in vitro para penicillin-binding proteins importantes na P. aeruginosa (PBP2 e PBP3) vs imipenemo3 Imipenemo4 Meropenemo5 1. RCM Doribax® (doripenem), Julho 2009; 2. Tsuji M et al. Antimicrob Agents Chemother. 1998;42:94-99; 3. Davies TA et al. Antimicrob Agents Chemother. 2008; 52:1510-1512; 4. RCM Tienam (Imipenem), Dezembro 2007; 5. RCM Meronem (Meropenem), Abril 2007. Mecanismo de acção Ligações às PBPs bacterianas Inibe a transpeptidação Inibe a síntese do peptidoglicano Inibe a síntese da parede celular bacteriana Morte bacteriana Elevada afinidade para PBPs 2, 3 e 4 na P. aeruginosa, PBPs 2 e 4 na E. coli e PBP 1 em S. aureus Drugs 2007 67(7): 1027-1052; Expert Rev Anti Infect Ther 2009 7(5): 507-514 Espectro de actividade Meropenemo Imipenemo Doripenemo “Doripenemo apresenta uma actividade de largo espectro contra bactérias Gram negativo, semelhante à do meropenemo, mas mantendo o espectro do imipenemo no que se refere aos agentes patogénicos Gram positivo.” Poulakou & Giamarellou (2008) Expert Opin Investig Drugs 2008; 17(5): 749-771. Actividade antimicrobiana de doripenemo Doripenemo demonstrou actividade, clínica e in vitro, contra a maior parte das estirpes dos seguintes microrganismos: *MSSA = Staphylococcus aureus sensível à meticilina Resumo das Características do Medicamento: Doribax® (doripenem), Julho 2009. o o Actividade antimicrobiana de doripenemo SM=susceptível à meticilina; SCoN=Estafilococos coagulase negativa; SP=susceptível à meticilina;IMP=susceptível ao imipenem o o o o Actividade bactericida com valores CIM 2 a 4x inferior para bactérias Gram negativo comparativamente com os outros carbapenemos Antimicrob Agents Chemoth 2008. 52(12): 4388-4399 o Menor potencial para selecção de P. aeruginosa resistentes Mushtaq et al. (2004): – Doripenemo apresentou menor selecção de mutantes resistentes, comparativamente ao imipenemo ou meropenemo. Sakyo et al. (2006): – Doripenemo demonstrou uma maior capacidade para prevenir o desenvolvimento de estirpes mutantes, comparativamente ao imipenemo ou meropenemo. Tanimoto et al. (2008): – A maior frequência de isolamento de mutantes foi obtida por selecção com meropenemo, tendo doripenemo inibido o crescimento de mutantes Imipenemo Antimicrobial Agents and Chemotherapy 2004. 48(8): 3086-3092; J Antibiot 2006. 59(4): 220-228; Antimicrob Agents Chemother 2008. 52(10): 3795-3800 Meropenemo Doripenemo Isolados de P. aeruginosa não susceptíveis a imipenemo e meropenemo • Considerando como limiar de susceptibilidade o valor ≤ 4µg/ml para todos os carbapenemos activos, doripenemo inibiu 22,4% das estirpes de P. aeruginosa resistentes a imipenemo e meropenemo CARB-R* (n = 49) 22.4% Isolados susceptíveis a doripenemo * CARB-R = isolados resistentes a imipenemo ou meropenemo, considerando um limiar de susceptibilidade de ≤ 4µg/ml Actividade in vitro não se correlaciona necessariamente com resultados clínicos R.N. Jones et al. / Diagnostic Microbiology and Infectious Disease 52 (2005) 71-74 COMPACT Comparative Activity of Carbapenem Testing Etest Study Hospital de Santa Maria Hospital Garcia de Orta Hospital Geral de Santo António 178 isolados elegíveis: – 36.5% Pneumonia nosocomial – 48.3% Bacteriemias – 15.2% Infecções complicadas da pele e tecidos moles – 35.4% UCI – 64.6% Não-UCI 89 (50.0%) Pseudomonas aeruginosa 72 (40.4%) Enterobacteriaceae – 36 (50.0%) E. coli – 12 (16.7%) E. cloacae – 11 (15.3%) K. pneumoniae 17 (9.6%) outros Gram negativo – 17 (100%) A. baumannii Actividade de doripenemo e comparadores CIM (mg/L) MIN 50% 90% MAX Todos os agentes patogénicos (n = 178) Doripenemo 0.008 0.12 Imipenemo 0.06 Meropenemo 0.008 0.25 1 8 ≥64 ≥64 ≥64 32 ≥64 Actividade de doripenemo e comparadores Pseudomonas aeruginosa (n=89) CIM (mg/L) MIN 50% 90% MAX P. aeruginosa (n = 89) Doripenemo 0.06 0.5 8 ≥64 Imipenemo 0.25 2 ≥64 ≥64 Meropenemo 0.06 1 16 ≥64 Actividade de doripenemo e comparadores Enterobacteriaceae (n=72) CIM (mg/L) MIN 50% 90% MAX Enterobacteriaceae (n = 72) Doripenemo 0.008 0.015 0.06 0.12 Imipenemo 0.06 0.25 0.25 1 Meropenemo 0.008 0.03 0.12 0.25 Actividade de doripenemo e comparadores Acinetobacter baumannii (n=17) CIM (mg/L) MIN 50% 90% MAX Outros Gram negativo (n = 17) Doripenemo 0.12 32 ≥64 ≥64 Imipenemo 0.12 ≥64 ≥64 ≥64 Meropenemo 0.25 ≥64 ≥64 ≥64 Doripenemo:: Perfil microbiológico Doripenemo • Largo espectro de actividade contra bacilos Gram negativo, cocos Gram positivo, aeróbios e anaeróbios • Estável contra a maioria das β-lactamases comuns • Doripenemo apresenta maior actividade in vitro contra P. aeruginosa e Enterobacteriaceae ESBL+ • Menor propensão para a indução de resistências em P. aeruginosa 1. Nishino T et al. Jpn J Chemother. 2005;53(Suppl 1):32-46. 2. Anderson DL. Drugs Today. 2006;42:399-404. 3. Mushtaq S et al. Antimicrob Agents Chemother. 2004;48:30863092. 4. Horiuchi M et al. Toxicology. 2006;222:114-124. 5. R.N. Jones et al. / Diagnostic Microbiology and Infectious Disease 52 (2005) 71-74
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