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Murillo de Aragão
é cientista político
O mundo é uma bola
Tanto no beisebol quanto no futebol gaélico, o destaque é a organização. Tudo funciona perfeitamente e
sem crises
28/07/2016 - 04h33
Ontem, pela primeira vez na vida, fui a um jogo de beisebol. Confesso que, apesar de algum esforço,
continuo sem entender a lógica. É um jogo truncado, cheio de nuances e sutilezas. Também é cheio de
malandragem e os jogadores têm muita marra. Se acham o Romário.
Não é a primeira vez que assisto a jogos estranhos para brasileiros. Em 2002, vi uma partida
inesquecível de futebol gaélico na qual 15 caras de cada lado chutavam, socavam e faziam
embaixadinhas. Chutavam a bola na direção de uma trave que é, simultaneamente, igual à do nosso
futebol e do rugby.
Tanto no beisebol quanto no futebol gaélico, o destaque é a organização. Tudo funciona perfeitamente e
sem crises. Milhares de pessoas assistem com segurança e oferta abundante de comida e bebida.
Inclusive cerveja. Com policiamento intenso e banheiros limpos. O resultado é uma frequência intensa,
principalmente de crianças. Nada comparável à vergonha do nosso futebol.
O mundo é uma bola, e o Brasil reinou com seu futebol. Fomos superados por nossos defeitos e pela
falta de profissionalismo. Podemos até vencer as Olimpíadas com nosso talento, mas estamos a anos­
luz da organização necessária para tornar nossos clubes viáveis. O esporte é um espetáculo que, para
gerar recursos, exige talento, estrutura e organização.
Na quarta divisão do futebol inglês, na qual assisti a dois jogos, a média de público na temporada
passada foi de quase 5 mil pessoas por jogo! A Série A no Brasil tem como média cerca de 17 mil
pessoas. Na Inglaterra, a Premiership tem algo em torno de 38 mil pessoas de público médio! O
Manchester United tem média de 75 mil pagantes, além do fato de que os direitos de transmissão geram
quase 2 bilhões de libras para os clubes.
O certo é que o mundo é uma bola, e a nossa está muito murcha.
Apesar do pessimismo com o qual entraremos em campo nos Jogos Olímpicos, é evidente que
experimentamos um momento de trégua em relação à camisa verde­amarela. A chegada de Tite ao time
principal e a volta de Neymar são duas apostas em vencedores e campeões.
Tite tem transmitido inspiração aos garotos comandados por Rogério Micale e um amigo carioca me
contou que a atmosfera do Rio de Janeiro e o astral estão mudando às vésperas do início das
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Olimpíadas. Sabendo que o futebol é o mais belo dos esportes exatamente pelas surpresas que
proporciona e depois de ver o que Portugal fez na Eurocopa, temos que nos render à lógica do famoso
filósofo Caixa D’Água: “O jogo só termina quando acaba!”
Miguel Cabrera, hoje atleta do Detroit Tigers (Foto: Duane Burleson / Getty Images / AFP)
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