a eugenia liberal em Habermas - Encontro de Jovens Pesquisadores
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a eugenia liberal em Habermas - Encontro de Jovens Pesquisadores
A EUGENIA LIBERAL EM HABERMAS Miguel Mosena (BIC/UCS), Paulo César Nodari (Orientador(a)) Neste primeiro quartel do século XXI, as questões da biotecnologia e da engenharia genética são assuntos que mobilizam pensadores das mais diversas áreas do conhecimento. A possibilidade de novas formas de terapia genética trazidas pelas células-tronco, assim como as condições de reprodução humana in vitro e a clonagem são exemplos das múltiplas implicações desse conhecimento no cotidiano do cidadão hodierno. As abordagens e o calor das discussões se multiplicam e se aquecem na medida em que o desejo por uma conduta de vida autônoma une-se aos objetivos coletivos de saúde e de prolongamento da vida. Diante de tal realidade, a pergunta emergente é acerca do futuro da natureza humana. Esta pesquisa tem como objetivo analisar o problema da eugenia liberal em Habermas no que se refere ao futuro da natureza humana. O texto referencial básico intitula-se O futuro da natureza humana. Para Habermas, não há uma natureza humana pronta e acabada. É uma construção que não se dá isoladamente. Ao se falar sobre natureza humana, pensa-se, logo, nas ciências biológicas como as ciências que melhor podem dizer algo sobre tal assunto, especialmente, ao se referir à constituição biológica da espécie humana. Os avanços das pesquisas científicas, graças à liderança da biologia, em especial da genética, cabe a proeminente pergunta a respeito do futuro da natureza humana, sobretudo, no aspecto de como se dá a compreensão do ser humano enquanto tal. O problema acerca da eugenia liberal não é só de interesse da biologia, mas de outras áreas do conhecimento, especialmente, também, da filosofia. Nesse sentido, para Habermas, o questionamento acerca de quem é o ser humano e das possibilidades que podem interferir não só na vida pessoal, mas também nas relações sociais e na estrutura e futuro a que chamamos de humanidade, tem pretensões eminentemente de sentido que não podem ser relegados em segundo plano. Trata-se, pois, de perguntar pelo futuro da natureza humana, pelo tipo de vida que se pretende projetar, lembrando que a resposta a tais questionamentos não se atém mais a uma regra ou a uma ciência única. Ou seja, a capacidade humana com seu aparato técnico pode intervir e causar mudanças capazes de transformar a própria estrutura da natureza humana, a qual, sem dúvida, acaba por interferir em todas as dimensões da vida de qualquer pessoa e de todas as sociedades. Palavras-chave: Habermas, Eugenia, Vida Apoio: UCS, Sem financiamento 1
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