junho 2015 - Revista O Pão Nosso de cada dia
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junho 2015 - Revista O Pão Nosso de cada dia
ANO X - Nº 06 EDIÇÃO 114 JUNHO - 2015 SUMÁRIO INTENÇÕES DO MÊS Liturgia de junho 03 Rito da missa da comunidade 111 ABC da liturgia 121 Reunião de Núcleo Ambiental 125 Cantos 130 ABC do cristianismo 09, 32, 36, 46, 57, 67, 110 Geral: Imigrantes e refugiados Para que os imigrantes e refugiados sejam acolhidos e respeitados nos países onde chegam. AGENDAS IMPORTANTES Dia 01 - São Justino Dia 03 - São Carlos Lwanga e Companheiros Dia 04 - Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo Dia 05 - São Bonifácio Dia 09 - Beato José de Anchieta Dia 11 - São Barnabé Dia 12 - Sagrado Coração de Jesus, Solenidade Dia dos namorados Dia 13 - Imaculado Coração de Maria Santo Antônio de Pádua, missionário Dia 24 - Natividade de São João Batista Dia 28 - São Pedro e São Paulo Missionária: Vocação ao sacerdócio e à vida consagrada Para que o encontro pessoal com Jesus suscite em muitos jovens o desejo de Lhe oferecerem a própria vida no sacerdócio ou na vida consagrada. JUNHO 2015 D S 1 8 7 14 15 21 22 28 29 Autores: Pe. Antonio José de Almeida Frei Ildo Perondi Fabrizio Zandonade Catenassi Izaura Maria Valério Patrícia Zaganin Rosa Martins T 2 9 16 23 30 Q 3 10 17 24 Q 4 11 18 25 S 5 12 19 26 S 6 13 20 27 ISSN 1984-0373 Humanitas Vivens Ltda Ano X, N.º 06 Fascículo 114 (Junho 2015) Marialva (PR) 2015 Copyright 2009 by Antonio José de ALMEIDA AUTOR E COORDENADOR GERAL Prof. Dr. Pe. Antonio José de ALMEIDA EDITOR RESPONSÁVEL: Prof. Dr. José Francisco de Assis DIAS CAPA, DIAGRAMAÇÃO E DESIGN: Marilise Tatiane de LIMA SANTOS ASSESSORIA EDITORIAL: Prof. Ronaldo de OLIVEIRA Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP) O Pão Nosso de Cada Dia: subsídio litúrgico-catequético mensal/ Humanitas Vivens. –- Vol. 1 n. 1 (2006)- . – Sarandi,Pr: Humanitas Vivens, 2008Mensal ISSN Os primeiros fascículos foram publicados pela Editora Aja 1. Igreja católica – Liturgia. 2. Igreja católica – Catequese. 3. Pastoral – Missal quotidiano. CDD 21.ed. 264.02 Ivani Baptista – Bibliotecária CRB/9-331 O conteúdo da obra, bem como os argumentos expostos, é de responsabilidade exclusiva de seus autores, não representando o ponto de vista da Editora, seus representantes e editores. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou quaisquer meios ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do Autor e da Editora Humanitas Vivens Ltda. www.humanitasvivens.com.br – [email protected] (Cor vermelha - Ofício da memória) Filósofo palestinense de Nablus (Samaria), Justino provinha do paganismo. Encontrou no Cristo a verdade sem limites. Elaborou uma síntese do pensamento cristão em seus escritos, dos quais nos restam apenas dois: as Apologias e o Diálogo com Trifão. Abriu em Roma uma escola onde realizava para o público “mesas redondas” sobre problemas religiosos. Defendeu a Igreja contra os ataques dos pagãos e pagou com o próprio sangue sua fidelidade a Cristo (163 ou 165). É o porta-voz da Igreja preocupada em ir ao encontro do mundo e em abrir com ele um “diálogo”, para levá-lo a conhecer a boa nova que é Cristo. Na formação dos catecúmenos, ou seja, daqueles que aspiravam a tornar-se cristãos, preocupava-se com mostrar o íntimo vínculo entre Batismo e Eucaristia. Justino é nome importante na história da liturgia a Missa. A celebração eucarística é continuação ininterrupta, ao longo dos séculos, do mandamento de Jesus:”Fazei isto em memória de mim”. Antífona da entrada Os pagãos me contaram suas fábulas, mas nada valem perante a vossa Lei. Diante dos reis falei de vossa aliança sem me envergonhar. Oração do dia Ó Deus, que destes ao mártir são Justino um profundo conhecimento de Cristo pela loucura da cruz, concedei-nos, por sua intercessão, repelir os erros que nos cercam e permanecer firmes na fé. Leitura - Tb 1,3; 2,1a-8 Leitura do Livro de Tobias 1,3 Eu, Tobit, andei nos caminhos da verdade e da justiça, todos os dias da minha vida. Dei muitas vezes esmolas aos meus irmãos e compatriotas, que comigo foram deportados para Nínive, no país dos assírios. 2,1a No dia da nossa festa de Pentecostes, que é a festa das Sete Semanas, prepararam-me um excelente almoço, e reclinei-me para comer. 2 Quando puseram a mesa com numerosas iguarias, disse ao meu filho Tobias: "Vai, filho, vai procurar, entre nossos irmãos deportados em Nínive, algum que, de todo o seu coração, se lembre do Senhor, e traze-o aqui para comer comigo. Assim, meu filho, ficarei esperando até que voltes. 3 Tobias saiu, pois, à procura de um pobre entre nossos irmãos. E voltou dizendo: "Pai!” Respondi:” “Que há, meu filho?”." Continuou Tobias: "Um homem do nosso povo foi morto e lançado à praça pública. E ainda se encontra lá, estrangulado" 4 Levanteime de um salto, deixando o almoço, sem prová-lo. Tirei o cadáver do meio da praça e depositei-o numa das dependências da casa, esperando o pôr-do-sol para enterrá-lo. 5 Ao voltar, lavei-me e, entristecido, tomei minha refeição. 6 Lembrei-me das palavras do profeta Amós, ditas contra Betel: "Vossas festas se transformarão em luto e todos os vossos cantos Dia 01 de Junho - Segunda-feira - São Justino Mártir, Memória 01 SEGUNDA-FEIRA - São Justino Mártir - Memória 03 Dia 01 Diade01Junho de Maio - Segunda-feira - Quarta-Feira - São da Justino 5ª Semana Mártir, daMemória Páscoa em lamentação". 7 E chorei. Depois que o sol se escondeu, fui cavar uma sepultura e enterrei o cadáver. 8 Meus vizinhos zombavam, dizendo: "Ele ainda não tem medo. Já foi procurado para ser morto por este motivo, e teve que fugir. No entanto, está de novo sepultando os mortos!" - Palavra do Senhor. Salmo responsorial - Sl 111 R. Feliz aquele que respeita o Senhor! 1. Feliz o homem que respeita o Senhor e que ama com carinho a sua lei! Sua descendência será forte sobre a terra, abençoada a geração dos homens retos! R. 2. Haverá glória e riqueza em sua casa, e permanece para sempre o bem que fez. Ele é correto, generoso e compassivo, como luz brilha nas trevas para os justos. R. 3. Feliz o homem caridoso e prestativo, que resolve seus negócios com justiça. Porque jamais vacilará o homem reto, sua lembrança permanece eternamente! R. Aclamação ao Evangelho R. Aleluia, Aleluia, Aleluia. V. Jesus Cristo, a fiel testemunha, Primogênito dos mortos, nos amou e do pecado nos lavou, em seu sangue derramado. R. Evangelho - Mc 12,1-12 A parábola da vinha é uma retomada da história do Povo de Deus na perspectiva do Filho. Meta da criação e da eleição de Israel não é senão a revelação do Filho e a revelação da nossa vocação a sermos filhos e filhas em Jesus, o Filho. + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos Naquele tempo: 1 Jesus começou a falar aos sumos-sacerdotes, mestres da Lei e anciãos, 04 usando parábolas: "Um homem plantou uma vinha, cercou-a, fez um lagar e construiu uma torre de guarda. Depois arrendou a vinha a alguns agricultores, e viajou para longe. 2 Na época da colheita, ele mandou um empregado aos agricultores para receber a sua parte dos frutos da vinha. 3 Mas os agricultores pegaram no empregado, bateram nele, e o mandaram de volta sem nada. 4 Então o dono da vinha mandou de novo mais um empregado. Os agricultores bateram na cabeça dele e o insultaram. 5 Então o dono mandou ainda mais outro, e eles o mataram. Trataram da mesma maneira muitos outros, batendo em uns e matando outros. 6 Restava-lhe ainda alguém: seu filho querido. Por último, ele mandou o filho até aos agricultores, pensando: 'Eles respeitarão meu filho'. 7 Mas aqueles agricultores disseram uns aos outros: 'Esse é o herdeiro. Vamos matá-lo, e a herança será nossa'. 8 Então agarraram o filho, o mataram, e o jogaram fora da vinha. 9 Que fará o dono da vinha? Ele virá, destruirá os agricultores, e entregará a vinha a outros. 10 Por acaso, não lestes na Escritura: 'A pedra que os construtores deixaram de lado, tornou-se a pedra mais importante; 11 isso foi feito pelo Senhor e é admirável aos nossos olhos'?" 12 Então os chefes dos judeus procuraram prender Jesus, pois compreenderam que havia contado a parábola para eles. Porém, ficaram com medo da multidão e, por isso, deixaram Jesus e foram-se embora. - Palavra da Salvação. Prece dos fiéis Na memória do mártir São Justino, a quem devemos a mais antiga descrição da liturgia do Batismo e da Eucaristia, oremos a Deus Pai todo-poderoso, dizendo, com fé: R. Senhor dos Apóstolos e dos Mártires, ouvi-nos. 1. Pelas Igrejas do Oriente e do Ocidente, para que os seus bispos, presbíteros e diáconos anunciem o Evangelho com a mesma sabedoria de São Justino, oremos, irmãos. Deus eterno e todo-poderoso, vinde em E auxílio do vosso povo suplicante e, por intercessão do mártir São Justino, concedeilhe as graças que Vos pede com fé. Por Cristo, nosso Senhor. Oração sobre as oferendas Ó Deus, nós vos pedimos: concedeinos participar dignamente do mistério da Eucaristia, que São Justino defendeu com admirável coragem. Oração depois da comunhão Restaurados, ó Deus, pelo alimento celeste, nós vos suplicamos que, seguindo o ensinamento do mártir São Justino, permaneçamos sempre em ação de graças pelos dons recebidos. Dia 01 de Junho - Segunda-feira - São Justino Mártir, Memória 2. Por todos os fiéis e catecúmenos perseguidos, para que saibam dizer a quem combate a mensagem cristã as razões profundas da sua fé e da sua esperança, oremos, irmãos. 3. Por todos os batizados na água e no Espírito, para que tenham a coragem de afirmar, como São Justino, a sua condição de cristãos e herdeiros do Céu, oremos, irmãos. 4. Pelos doentes, moribundos e agonizantes, para que tenham perto de si quem os ajude a louvar, a adorar e a bendizer o Senhor, oremos, irmãos. 5. Por todos os membros da nossa paróquia e de suas comunidades, para que desejem e esperem chegar à salvação, pelo caminho do amor a Cristo e do seu seguimento, oremos, irmãos. A Semente na Terra - Mc 12,1-12 sta parábola alegorizada é uma excelente chave de leitura da história do povo de Israel, que, por sua vez, simboliza a de todo homem. A história de Israel – e a nossa – é o desencontro sem encontro entre a fidelidade de Deus e a nossa infidelidade. Ao amor que Deus nos oferece nós opomos o muro da nossa resistência e da nossa rejeição. - Quanto mais Deus nos mostra seu amor, tanto mais mostramos nossa maldade. Vamos cavando um fosso entre nós e Deus, uma estrada sem saída, uma obra sem chance de êxito feliz. Mas Deus realiza uma maravilha aos nossos olhos, tornando o impossível possível. Ele transforma a cruz, cúmulo do nosso mal, em dom do seu máximo bem. Enquanto o matamos, tirando-lhe a vida, ele nos ressuscita, dando-nos nada menos que a sua própria vida. - O desígnio de Deus – podemos chamar também de ‘plano’ ou ‘projeto’, embora essas palavras tenham um sentido mais preciso, talvez até estreito... demais – não se deixa engolir pelos nossos desatinos. Pedro o diz com muita sabedoria em seu terceiro discurso no livro dos Atos: “Foi o que aconteceu nesta cidade: Herodes e Pôncio Pilatos se uniram com os pagãos e os povos de Israel contra Jesus, teu santo servo, a quem ungiste” (At 4,27). No final das contas, porém, sem sabê-lo, acabaram por executar “tudo o que a tua mão e a tua vontade tinham predeterminado que sucedesse” (At 4,28). - O nosso mal e o mal do mundo, longe de decretarem a falência do desígnio divino, acabam cumprindo-o de uma maneira ainda mais sublime. Revelam o seu poder, que é a onipotência do amor, e, em relação a nós – isto é, à nossa miséria – só e totalmente misericórdia. (A palavra misericórdia é feita de “miséria” e “coração”, que, em latim, é cor - cordis). Se o homem tem o estranho poder de tirar o mal do bem, Deus tem o indizível poder de tirar o bem do mal (cf. Rm 3,8; 5,20; 8,28; 12,21; Fl 3,8). - Deus tem o seu desígnio e o mantém, mas não o realiza sacrificando a nossa liberdade. 05 Dia 02 Diade 01Junho de Maio - Terça-feira - Quarta-Feira da 9ª Semana da 5ª Semana do Tempo da Comum Páscoa Ele a respeita. É justamente assim que ele mostra a sua divindade: sacia a nossa miséria com a sua misericórdia; aproveita a nossa rejeição para oferecer-nos incondicionalmente o seu amor! Dessa maneira, o desencontro inevitável da cruz é transformado em encontro definitivo. É o que Paulo canta na carta aos Romanos: “Como é profunda a riqueza, a sabedoria e a ciência de Deus! Como são insondáveis as suas decisões, e como são impenetráveis seus caminhos!” (Rm 11,33). O que fez ele para provocar em Paulo tanta admiração? “Ele (Deus) encerrou todos na desobediência, para ser misericordioso com todos” (Rm 11,32). Só o dom do Espírito para fazernos compreender tão sublime beleza! O Minuto do Concílio “O povo de Deus com reto juízo penetra mais profundamente [a mensagem revelada] na fé” (Lumen gentium 12) Santos do dia: Justino (+ 165). Prócoro de Bolonha (III-IV século). Simeão de Tréveris (+ 1035). Enneco de Oña (+ 1057). Conrado I de Tréveris (+ 1066). Teobaldo Ruggeri (+ 1150). Bv. João Batista Scalabrini (1839-1905). Testemunhas do Reino: Sérgio Restrepo (Colômbia, 1989). João de Aquino (Nova Iguaçu, 1991). Datas comemorativas: Dia Nacional da Imprensa. Início do Diário do Rio de Janeiro, primeiro jornal diário do Brasil (1821). Primeira Transmissão de TV no Brasil (1950). 02 TERÇA-FEIRA DA 9ª SEMANA DO TEMPO COMUM (Cor verde - Ofício do dia de semana) Antífona da entrada Olhai para mim, Senhor, e tende piedade, pois vivo sozinho e infeliz. Vede minha miséria e minha dor e perdoai todos os meus pecados. Oração do dia Ó Deus, cuja providência jamais falha, nós vos suplicamos humildemente: afastai de nós o que é nocivo, e concedei-nos tudo o que for útil. Leitura - Tb 2,9-14 Leitura do Livro de Tobias Eu, Tobias, na noite de Pentecostes, depois 06 de ter sepultado um morto, 9 tomei banho, entrei no pátio de minha casa e deitei-me, junto à parede do pátio, deixando o rosto descoberto por causa do calor. 10 Não sabia que, na parede, por cima de mim, havia pardais aninhados. Seu excremento quente caiu nos meus olhos e provocou manchas brancas. Fui procurar os médicos para me tratarem. Quanto mais remédios me aplicavam, mais meus olhos se obscureciam com as manchas, até que fiquei completamente cego. Durante quatro anos estive privado da vista. Todos os meus irmãos se afligiram por minha causa. Aicar cuidou do meu sustento, durante dois anos, até que partiu para Elimaida. 11 Naquela ocasião, Ana, minha mulher, dedicou-se a trabalhos femininos, tecendo lã. 12 Entregava o produto aos patrões e estes lhe pagavam o salário No sétimo dia do Salmo responsorial - Sl 111 R. O coração do justo é firme e confiante no Senhor. 1. Feliz o homem que respeita o Senhor e que ama com carinho a sua lei! Sua descendência será forte sobre a terra, abençoada a geração dos homens retos! R. 2. Ele não teme receber notícias más: confiando em Deus, seu coração está seguro. Seu coração está tranquilo e nada teme, e confusos há de ver seus inimigos. R. 3. Ele reparte com os pobres os seus bens, permanece para sempre o bem que fez, e crescerão a sua glória e seu poder. R. Aclamação ao Evangelho R. Aleluia, Aleluia, Aleluia. V. Que o Pai do Senhor Jesus Cristo nos dê do saber o Espírito, para que conheçais a esperança, reservada para vós, como herança! R. Evangelho - Mc 12,13-17 Jesus é colocado numa situação difícil. Se responde que se deve pagar o imposto a César*, acusam-no de adesão aos romanos. Se diz que não, acusam-no aos romanos, que podem eliminá-lo por rebelião. Jesus ‘vira a mesa’ e proclama que os filhos de Deus devem submeter-se só a Deus, que é seu Pai e os quer livres. +Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos Naquele tempo: 13 As autoridades mandaram alguns fariseus e alguns partidários de Herodes, para apanharem Jesus em alguma palavra. 14 Quando chegaram, disseram a Jesus: "Mestre, sabemos que tu és verdadeiro, e não dás preferência a ninguém. Com efeito, tu não olhas para as aparências do homem, mas ensinas, com verdade, o caminho de Deus. Dize-nos: É lícito ou não pagar o imposto a César? Devemos pagar ou não?" 15 Jesus percebeu a hipocrisia deles, e respondeu: "Por que me tentais? Trazei-me uma moeda para que eu a veja". 16 Eles levaram a moeda, e Jesus perguntou: "De quem é a figura e a inscrição que estão nessa moeda?" Eles responderam: "De César." 17 Então Jesus disse: "Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus". E eles ficaram admirados com Jesus. - Palavra da Salvação. Dia 02 de Junho - Terça-feira da 9ª Semana do Tempo Comum mês de Distros, ela separou a peça de tecido que estava pronta, e mandou-a aos patrões. Estes pagaram-lhe todo o salário e ainda lhe deram um cabrito para a mesa. 13 Quando entrou em minha casa, o cabrito começou a balar. Chamei minha mulher e perguntei-lhe: "De onde vem este cabrito? Não terá sido roubado? Devolve-o a seus donos, pois não temos o direito de comer coisa alguma roubada". 14 Ela respondeu-me: "É um presente que me foi dado além do salário". Mas não acreditei nela e insisti que o devolvesse aos patrões, ficando bastante contrariado por causa disso. Ela então replicou: "Onde estão as tuas esmolas? Onde estão as tuas obras de justiça? Vê-se bem em ti o que elas são!" - Palavra do Senhor. Prece dos fiéis Peçamos ao Pai de misericórdia e de bondade que nos ajude a ser coerentes com a doutrina que seu Filho Jesus Cristo nos deixou, dizendo: R. Ouvi-nos, Senhor. 1. Pelos bispos e presbíteros que educam os fiéis no Evangelho, pelos pregadores da Palavra que falam como Jesus e pelos fiéis que procuram pôr em prática aquilo que ouvem, oremos, irmãos e irmãs. 2. Pelos governantes que são honestos na sua missão, pelos funcionários públicos que não se deixam influenciar por ninguém e pelos servidores que não fazem acepção de pessoas, oremos, irmãos e irmãs. 07 Dia 02 Diade 01Junho de Maio - Terça-feira - Quarta-Feira da 9ª Semana da 5ª Semana do Tempo da Comum Páscoa 3. Por todos aqueles que são postos à prova, como Tobit, pelos que aceitam as suas provações, apoiados na fé, e pelos que se conservam em paz e sempre fiéis a Deus, oremos, irmãos e irmãs. 4. Pelos que sofrem acidentes ao socorrerem os outros, pelos que ficam cegos, mutilados, ou sem emprego e pelos que reagem e se põem ao serviço dos outros, oremos, irmãos e irmãs. 5. Pelos membros de nossas comunidades que são sensíveis aos mais pobres, pelos que reconhecem que Deus está acima de tudo e pelos que sabem servir o bem comum, oremos, irmãos e irmãs. Senhor, nosso Deus, que nos ensinastes pelo vosso Filho a “dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”, dai-nos a graça de compreender as suas palavras. Por Cristo, nosso Senhor. Oração sobre as oferendas Confiados, ó Deus, no vosso amor de pai, acorremos ao altar com nossas oferendas; dainos, por vossa graça, ser purificados pela Eucaristia que celebramos. Oração depois da comunhão Ó Deus, governai pelo vosso Espírito aos que nutris com o Corpo e o Sangue do vosso Filho. Dai-nos proclamar nossa fé não somente em palavras, mas também na verdade de nossas ações, para que mereçamos entrar no reino dos céus. SANTOS MARCELINO E PEDRO, Mártires MEMÓRIA FACULTATIVA (Cor vermelha - Ofício da memória) (Missa: Mártires - MR 740 ou 749) Oração do dia Ó Deus, que nos destes o apoio e a proteção T do glorioso martírio dos Santos Marcelino e Pedro, fazei que seu exemplo nos anime e sua oração nos sustente. A Semente na Terra - Mc 12,13-17 emos aqui uma das páginas do evangelho mais superficialmente e mais equivocadamente interpretadas. - Autoridades, fariseus e herodianos – geralmente em campos opostos – acham-se agora unidos contra Jesus. - A armadilha é perfeita. Depois de um elogio capcioso, vem a pergunta fatal: “é lícito ou não pagar o imposto a César?” Se Jesus responde que não, se indispõe com os romanos, que ocupam a Palestina. Se diz que sim, fica mal com o povo, que espera um Messias político que expulse os romanos. - A resposta de Jesus não é simplesmente mais esperta que a de seus espertos interlocutores. Jesus não diz: “Deem a cada um o que lhe é devido”, sem dizer o que é devido a cada um! - Em primeiro lugar, para Jesus – que sabe que o domínio de um soberano vai até onde chega a sua moeda (cf. Rm 13,1-7; 1Pd 2,13ss.) – há um ‘domínio’ que supera todo domínio: o de Deus. 08 Dia 02 de Junho - Terça-feira da 9ª Semana do Tempo Comum - Em segundo lugar, se a moeda tem a imagem de César e pertence a César, o ser humano é imagem de Deus e pertence a Deus. O tributo que o homem e a mulher devem pagar a Deus é o amor sobre todas as coisas, de todo o coração, com todas as forças (cf. Dt 6,5) e o amor ao próximo como a si mesmo (cf. Lv 19,18). O amor não só exige, mas supõe a liberdade do homem e a realiza plenamente. - Em terceiro lugar, em relação à autoridade civil, é preciso distinguir entre o conteúdo e o modo. O conteúdo é servir ao bem comum, que dela necessita. Nesse sentido, é querida por Deus (cf. Rm 13,1-4). O modo, infelizmente, na maioria das vezes, é o da sede de ter, de poder e de aparecer (cf. Mc 10,42). Nesse sentido, não é querida por Deus. Enquanto fruto do pecado que se aninha no coração do homem, seu conteúdo, nesse caso, não é servir ao bem comum, mas ao bem individual (de seus detentores) e ao mal comum (de seus ‘súditos’). - Esse modo não é querido nem aprovado por Deus. Sua consequência é a escravidão e a opressão. Escraviza tanto o que detêm o poder como os que se submetem a esse poder. Rouba a liberdade de todos, seja dos dominadores seja dos dominados. Destrói justamente a liberdade, pela qual somos imagem e semelhança de Deus. - O poder do Filho do Homem – tão diferente do que conhecemos – põe em crise o poder dos seres humanos: o poder individual, o poder de grupos, o poder dos sistemas. O poder do Filho do Homem é feito de amor, humildade, serviço. - Este é o sentido do “dar a Deus o que é de Deus”. Só assim nos tornamos o que somos: imagem de Deus. O onipotente no amor é humildade, está a serviço, é amor. - Tanto em nível pessoal como comunitário e social é preciso e é possível encontrar novos modos de viver a autoridade, sem degradar o serviço em dominação. Se isso vale para as pessoas e para a sociedade, vale ainda mais para a Igreja, que deve ser sinal, exemplo, modelo! - O critério fundamental das nossas escolhas tem que ser claro: em tudo é preciso dar a Deus o que é de Deus. Só buscando isso com coerência e perseverança, saberemos o que deve ser dado ao César de plantão. O Minuto do Concílio “Todos os seres humanos são chamados a formar o povo de Deus.” (Lumen gentium 13) Santos do dia: Blandina (+ 177). Potino de Lião (+ 177). Erasmo (ou Elmo) (+ 303). Marcelino e Pedro (+ 299). Eugênio I (+ 657). Otão de Cantuária (880 - 959). Sadoque e Companheiros (+ 1259). João Pelingotto (1240 – 1304). Testemunhas do Reino: Sebastián Morales (1987, Guatemala). Datas comemorativas: Dia da República Italiana. Morte de José Garibaldi, herói da Guerra dos Farrapos (1882). O papa Paulo III condena a escravidão (Bula Sublimis Deus, 1537). ABC DO CRISTIANISMO [1] Imposto a César. Na época de Jesus, os romanos dominavam a Palestina, terra de Jesus, uma província do enorme e poderoso Império Romano. Os romanos dominavam os povos e as regiões que o compunham não só através do exército, das administrações locais designadas ou cooptadas por eles, 09 Dia 03 de Junho - Quarta-feira Dia 01 S. Carlos de Maio Lwanga - Quarta-Feira e Companheiros, da 5ª Semana Mártiresda - Memória Páscoa mas, talvez, sobretudo, por um abrangente e pesado sistema de impostos. Por isso, quando perguntam a Jesus se “é lícito ou não pagar imposto a César” (= nome genérico e próprio de vários imperadores romanos), estão colocando a Jesus um problema político, econômico e religioso seríssimo. 03 QUARTA-FEIRA S. CARLOS LWANGA E COMPANHEIROS, Mártires - Memória (Cor vermelha - Ofício da memória) No final do século XIX, mais precisamente entre 1885 e 1887, em Uganda – pequeno país da África centro-oriental – os cristãos foram duramente perseguidos. Houve centenas de vítimas. Entre elas, estava Carlos Lwanga, doméstico do rei Muanga do antigo reino independente do Buganda. Carlos foi queimado vivo juntamente com outros doze companheiros no dia 3 de junho de 1886. O nosso santo – chefe dos pajens reais – tinha sido evangelizado e batizado pelos Padres Brancos, um instituto missionário fundado pelo Cardeal Lavigérie. A obra desses padres, no início – estamos em 1879 – fora bem recebida tanto pelo rei Mutesa quanto por seu sucessor, o já mencionado Muanga. Este, porém, influenciado pelo chanceler do reino e pelo chefe da tribo, desencadeou violenta perseguição contra os cristãos, visando ao seu extermínio, tendo ele próprio matado alguns com suas próprias mãos. Os vinte e dois mártires de Uganda celebrados hoje foram beatificados em 1920 por Bento XV* e canonizados por Paulo VI em 1964. Antífona da entrada Alegram-se nos céus os santos que na terra seguiram a Cristo. Por seu amor derramaram o próprio sangue; exultarão com ele eternamente. Oração do dia Ó Deus, que fizestes do sangue dos mártires semente de novos cristãos, concedei que o campo da vossa Igreja, regado pelo sangue de 10 São Carlos e seus companheiros, produza sempre abundante colheita. Leitura - Tb 3,1-11a.16-17a Leitura do Livro de Tobias Naqueles dias: 1 Tomado de grande tristeza, pus-me a suspirar e a chorar. E, depois, comecei a rezar, entre gemidos: 2 "Senhor, tu és justo, e justas são todas as tuas obras. Todos os teus caminhos são misericórdia e verdade e és tu quem julga o mundo. 3 Agora, Senhor, lembra-te de mim, olha para mim, e não me castigues por causa de meus pecados, de minhas transgressões ou de meus pais, que pecaram diante de ti. 4 Porque não obedecemos aos teus preceitos, entregaste-nos à pilhagem, ao cativeiro e à morte, e fizeste de nós assunto de provérbios, alvo de zombaria e de injúria em todas as nações, entre as quais nos dispersaste. 5 Agora, porém, vejo que são verdadeiros os teus numerosos julgamentos, quando me tratas segundo os meus pecados e os pecados de meus pais, pois não cumprimos teus mandamentos nem caminhamos na verdade diante de ti. 6 Trata-me, pois, como te aprouver. Ordena que seja retomado de mim o meu espírito, para que eu desapareça da face da terra e me transforme em terra. Para mim é melhor morrer do que viver, pois tenho ouvido injúrias caluniosas e sinto em mim profunda tristeza. Senhor, ordena que eu seja libertado desta angústia. Deixa-me ir para a morada eterna e não afastes, Senhor, de mim a tua face. Para mim é preferível morrer a ver tão grande angústia em minha vida, ouvindo ainda tais injúrias". 7 Naquele mesmo dia, Sara, filha de Salmo responsorial - Sl 24 R. A vós, Senhor, eu elevo a minha alma. 1. Senhor meu Deus a vós elevo a minha alma, em vós confio: que eu não seja envergonhado nem triunfem sobre mim os inimigos! Não se envergonha quem em vós põe a esperança, mas sim, quem nega por um nada a sua fé. R. 2. Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos. Fazei-me conhecer a vossa estrada! Vossa verdade me oriente e me conduza, porque sois o Deus da minha salvação, em vós espero, ó Senhor, todos os dias! R. 3. Recordai, Senhor meu Deus, vossa ternura e a vossa compaixão que são eternas! De mim lembrai-vos, porque sois misericórdia e sois bondade sem limites, ó Senhor! R. 4. O Senhor é piedade e retidão, e reconduz ao bom caminho os pecadores. Ele dirige os humildes na justiça, e aos pobres ele ensina o seu caminho. R. Aclamação ao Evangelho R. Aleluia, Aleluia, Aleluia. V. Eu sou a ressurreição eu sou a vida, quem crê em mim, ainda que morra, viverá. R. Evangelho - Mc 12,18-27 Mais uma armadilha para apanhar Jesus em contradição. Mas Jesus se serve da armadilha para revelar nosso destino final – a ressurreição, i.é, a vida plena em Deus – e o sentido da sexualidade – servir à vida e ao amor em nossa situação de peregrinos. + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos Dia 03 de Junho - Quarta-feira S. Carlos Lwanga e Companheiros, Mártires - Memória Ragüel, que morava em Ecbátana, na Média, teve também que ouvir injúrias de uma das escravas de seu pai. 8 Ela fora dada em casamento a sete homens, mas o perverso demônio Asmodeu havia-os matado, antes de estarem com ela, como esposa. A escrava disse-lhe: "És tu que sufocas teus maridos! Já foste dada a sete homens e de nenhum até agora tiveste proveito. 9 Por que nos espancas por terem morrido os teus maridos? Vai-te embora com eles e jamais vejamos filho ou filha nascidos de ti!" 10 Naquele dia, Sara ficou com a alma cheia de tristeza e pôs-se a chorar. E subiu ao aposento de seu pai, no andar superior, com a intenção de se enforcar. Mas, pensando melhor, disse consigo mesma: "Não quero que venham injuriar a meu pai e dizerlhe: "Tinhas uma filha muito querida e ela enforcou-se por causa de suas desgraças". Assim, eu faria baixar à sepultura a velhice amargurada de meu pai. É melhor para mim, em vez de me enforcar, pedir ao Senhor que me faça morrer, para não mais ouvir injúrias em minha vida". 11 A No mesmo instante, estendendo as mãos em direção à janela, fez esta oração: "Tu és bendito, Deus de misericórdia, e é bendito eternamente o teu nome! 16 Na mesma hora, a prece dos dois foi ouvida perante a glória de Deus. 17a E Rafael foi enviado para curar a ambos. - Palavra do Senhor. Naquele tempo: 18 Vieram ter com Jesus alguns saduceus, os quais afirmam que não existe ressurreição e lhe propuseram este caso: 19 "Mestre, Moisés deu-nos esta prescrição: Se morrer o irmão de alguém, e deixar a esposa sem filhos, o irmão desse homem deve casarse com a viúva, a fim de garantir a descendência de seu irmão". 20 Ora, havia sete irmãos: o mais velho casou-se, e morreu sem deixar descendência. 21 O segundo casou-se com a viúva, e morreu sem deixar descendência. E a mesma coisa aconteceu com o terceiro. 22 E nenhum dos sete deixou descendência. Por último, morreu também a mulher. 23 Na ressurreição, quando eles ressuscitarem, de quem será ela mulher? Por que os sete se casaram com ela!" 24 Jesus respondeu: "Acaso, vós não estais enganados, por não conhe11 Dia 03 de Junho - Quarta-feira S. Carlos Lwanga e Companheiros, Mártires - Memória cerdes as Escrituras, nem o poder de Deus? Com efeito, quando os mortos ressuscitarem, os homens e as mulheres não se casarão, pois serão como os anjos do céu. 26 Quanto ao fato da ressurreição dos mortos, não lestes, no livro de Moisés, na passagem da sarça ardente, como Deus lhe falou: 'Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó'? 27 Ora, ele não é Deus de mortos, mas de vivos! Vós estais muito enganados". - Palavra da Salvação. 25 Prece dos fiéis Na memória dos santos mártires Carlos Lwanga e Companheiros, oremos a Deus Pai todo-poderoso, dizendo com alegria: R. Ouvinos, Senhor. 1. Para que a Igreja, cheia do Espírito que jorrou da Páscoa de Jesus Cristo, viva a alegria prometida aos santos mártires, oremos, irmãos. 2. Para que o sangue de Jesus, nosso Senhor, nos purifique dos nossos pecados e nos alcance a vida eterna, oremos, irmãos. 3. Para que todos os catecúmenos e fiéis estejam prontos a sofrer pelo nome de Cristo, como São Carlos Lwanga e seus Companheiros, oremos, irmãos. 4. Para que o sangue dos mártires, a quem os inimigos chamavam “os homens da oração”, O seja semente de cristãos nas Igrejas africanas, oremos, irmãos. 5. Para que a celebração dos santos mártires torne agradável aos olhos do Senhor a oblação da Eucaristia que Lhe oferecemos, oremos, irmãos. Deus eterno e onipotente, vinde em auxílio da nossa fraqueza com o exemplo dos que deram e continuam a dar, nos dias atuais, a vida por Jesus, e fazei que o seu testemunho glorioso aumente o vigor da nossa fé. Por Cristo, nosso Senhor. Oração sobre as oferendas Nós vos apresentamos, ó Pai, nossas oferendas e vos suplicamos humildemente: assim como destes a vossos mártires a força de preferir a morte ao pecado, fazei-nos inteiramente dedicados ao serviço do vosso altar. Oração depois da comunhão Participamos, ó Deus, da eucaristia, comemorando a vitória de vossos mártires; fazei que os mesmos sacramentos que lhes deram a força de suportar as torturas, nos tornem constantes na fé e na caridade em meio a todas as provações. A Semente na Terra - Mc 12,18-27 s saduceus, descendentes de grandes famílias e latifundiários conservadores não acreditavam – como tanta gente, ontem e hoje – na ressurreição dos mortos. - A ressurreição dos mortos, porém, é o centro da fé cristã. “Se não há ressurreição dos mortos”, diz Paulo, “então Cristo também não ressuscitou; e se Cristo não ressuscitou, a nossa pregação é vazia e também é vazia a fé que vocês têm” (1Cor 15,13-14). Tudo se mantém com a ressurreição ou tudo desmorona sem a ressurreição! - A ressurreição supera a pretensão e a expectativa de qualquer pessoa, pois, diante da morte, todo mundo se vê impotente e – a não ser pela fé na promessa – não espera mais nada. A ressurreição não se deduz de nenhuma premissa nem é induzida por qualquer pesquisa. Só conhecida pela promessa de Deus, não pode ser produzida por nenhum esforço, mas tão 12 Dia 04 de Junho - Quinta-feira - Corpo e Sangue de Cristo - Solenidade somente acolhida como puro dom do Seu amor. - Estamos falando da ressurreição para a Vida, não da reanimação de um cadáver (que, mais cedo ou mais tarde, morre de novo), que foram as ressurreições realizadas miraculosamente por Jesus (cf. Mc 5,21ss., por exemplo). A ressurreição aqui “é a passagem não a uma outra vida, igual à precedente, mas a uma vida outra, nova e diversa, em comunhão com Deus, na plenitude da sua glória, da qual participa também o corpo (1Cor 15,35-58). Deus mesmo, de fato, é a nossa vida (Dt 30,20), como o amado é a vida de quem ama” (Fausti). - Israel não acreditou desde o início na ressurreição. A fé na ressurreição veio aos poucos, cresceu lentamente. É um fruto maduro e tardio, cuja formulação mais elevada e precisa está em 2Mac 7: “Antes de dar o último suspiro, [o segundo filho] ainda falou [ao rei]: ‘Você, bandido, nos tira desta vida presente, mas o rei do mundo nos fará ressuscitar para uma ressurreição eterna de vida, a nós que agora morremos pelas leis dele’” (2Mac 7,9). - Por isso, Jesus pode dizer que Deus “não é um Deus dos mortos, mas um Deus dos vivos” (Mc 12,27). É uma das mais belas definições de Deus, em profunda coerência com a experiência bíblica. Se ele é Deus de nossos pais, que já estão mortos, ou é um Deus dos mortos, o que contradiz a fé de Israel, ou os pais já mortos devem conhecer nele uma vida além da morte. A argumentação é inescapável. De fato, toda relação lógica cessa quando um dos termos é derrubado. Se o autor da vida é meu e eu sou dele – e a morte existe! – não pode não existir a ressurreição dos mortos. O conteúdo do raciocínio é dado pela experiência do amor de Deus e da sua fidelidade, que, por sua vez, são dons do Espírito: o Espírito atesta que somos filhos e, portanto, herdeiros de Deus, herdeiros da sua vida (cf. Rm 8,16ss.). O Minuto do Concílio “O todo e cada uma das partes se beneficiam com a recíproca comunicação de todos e aspirando na unidade à plenitude.” (Lumen gentium 13) Santos do dia: Clotilde (474 – 545). Hildeburga (+ 1115). Morando (+ 1115). João Grande Roman (1546- 1600). Carlos Lwanga e Companheiros (1865 – 1886). Vital Grandin (1829 – 1902). João XXIII (1881 – 1963). Testemunhas do Reino: Juan de Zumárraga (1548, México). Datas comemorativas: Morte do papa João XXIII (1963), o Papa do Vaticano II. Dia do Escrevente de Cartório. Dia Internacional do Administrador de Pessoal. Aniversário da ECO-92. Primeira Demonstração da TV no Brasil (1939). Primeir o contato com os Ianomâmi da Venezuela (1758). 04 QUINTA-FEIRA - CORPO E SANGUE DE CRISTO - Solenidade (Cor branca - Ofício solene próprio) Comentário inicial - A solenidade do Corpo e do Sangue de Cristo é como que um prolongamento da Quinta-Feira Santa. “Quão solene a festa, o dia, que da santa Eucaristia nos recorda a instituição!” diz a Sequência. Na Quinta-Feira Santa, o acento recai sobre o clima pascal, o mandamento do amor, o lava-pés, a 13 Dia 04 de Junho - Quinta-feira - Corpo e Sangue de Cristo - Solenidade ordem de Jesus de repetir seus gestos em memória dele. Hoje, o acento é a presença permanente de Jesus no meio de nós, sua presença sacramental na Eucaristia, a reserva eucarística para as pessoas impossibilitadas de participar da missa com a comunidade. Como diz a Sequência, atribuída a Santo Tomás de Aquino: “Hoje a Igreja te convida: ao pão vivo que dá vida, vem com ela celebrar!” Antífona da entrada O Senhor alimentou seu povo com a flor do trio e com o mel do rochedo o saciou. Oração do dia Senhor Jesus Cristo, neste admirável sacramento nos deixastes o memorial da vossa paixão. Dai-nos venerar com tão grande amor o mistério do vosso Corpo e do vosso Sangue, que possamos colher continuamente os frutos da vossa redenção. - Palavra do Senhor. Salmo responsorial - Sl 115 R. Elevo o cálice da minha salvação, invocando o nome santo do Senhor. 1. Que poderei retribuir ao Senhor Deus por tudo aquilo que ele fez em meu favor? Elevo o cálice da minha salvação, invocando o nome santo do Senhor. R. 2. É sentida por demais pelo Senhor a morte de seus santos, seus amigos. Eis que sou o vosso servo, ó Senhor, que nasceu de vossa serva; mas me quebrastes os grilhões da escravidão! R. 3. Por isso oferto um sacrifício de louvor, invocando o nome santo do Senhor. Vou cumprir minhas promessas ao Senhor na presença de seu povo reunido. R. Leitura - Hb 9,11-15 Leitura da Carta aos Hebreus Leitura - Ex 24,3-8 Leitura do Livro do Êxodo Naqueles dias: 3 Moisés veio e transmitiu ao povo todas as palavras do Senhor e todos os decretos. O povo respondeu em coro: "Faremos tudo o que o Senhor nos disse". 4 Então Moisés escreveu todas as palavras do Senhor. Levantando-se na manhã seguinte, ergueu ao pé da montanha um altar e doze marcos de pedra pelas doze tribos de Israel. 5 Em seguida, mandou alguns jovens israelitas oferecer holocaustos e imolar novilhos como sacrifícios pacíficos ao Senhor. 6 Moisés tomou metade do sangue e o pôs em vasilhas, e derramou a outra metade sobre o altar. 7 Tomou depois o livro da aliança e o leu em voz alta ao povo, que respondeu: "Faremos tudo o que o Senhor disse e lhe obedeceremos". 8 Moisés, então, com o sangue separado, aspergiu o povo, dizendo: "Este é o sangue da aliança, que o Senhor fez convosco, segundo todas estas palavras". 14 Irmãos: 11 Cristo veio como sumo-sacerdote dos bens futuros. Através de uma tenda maior e mais perfeita, que não é obra de mãos humanas, sto é, que não faz parte desta criação, 12 e não com o sangue de bodes e bezerros, mas com o seu próprio sangue, ele entrou no Santuário uma vez por todas, obtendo uma redenção eterna. 13 De fato, se o sangue de bodes e touros, e a cinza de novilhas espalhada sobre os seres impuros os santifica e realiza a pureza ritual dos corpos, 14 quanto mais o Sangue de Cristo, purificará a nossa consciência das obras mortas, para servirmos ao Deus vivo, pois, em virtude do espírito eterno, Cristo se ofereceu a si mesmo a Deus como vítima sem mancha. 15 Por isso, ele é mediador de uma nova aliança. Pela sua morte, ele reparou as transgressões cometidas no decorrer da primeira aliança. E, assim, aqueles que são chamados recebem a promessa da herança eterna. - Palavra do Senhor. Terra, exulta de alegria, louva teu pastor e guia com teus hinos, tua voz! Tanto possas, tanto ouses, em louvá-lo não repouses: sempre excede o teu louvor! Hoje a Igreja te convida: ao pão vivo que dá vida vem com ela celebrar! Este pão-que o mundo o creia! por Jesus na santa ceia, foi entregue aos que escolheu. Nosso júbilo cantemos, nosso amor manifestemos, pois transborda o coração! Quão solene a festa, o dia, que da santa Eucaristia nos recorda a instituição! Novo Rei e nova mesa, nova Páscoa e realeza, foi-se a Páscoa dos judeus. Era sombra o antigo povo, o que é velho cede ao novo: foge a noite, chega a luz. O que o Cristo faz na ceia, manda à Igreja que o rodeia repeti-lo até voltar. Seu preceito conhecemos: pão e vinho consagremos para nossa salvação. Faz-se carne o pão de trigo, faz-se sangue o vinho amigo: deve o crer todo cristão. Se não vês nem compreendes, gosto e vista tu transcendes, elevado pela fé. Pão e vinho, eis o que vemos; mas ao Cristo é que nós temos em tão ínfimos sinais... Alimento verdadeiro, permanece o Cristo inteiro quer no vinho, quer no pão. É por todos recebido, não em parte ou dividido, pois inteiro é que se dá! Um ou mil comungam dele, tanto este quanto aquele: multiplica-se o Senhor. Dá-se ao bom como ao perverso, mas o efeito é bem diverso: vida e morte traz em si... Dia 04 de Junho - Quinta-feira - Corpo e Sangue de Cristo - Solenidade Sequência Pensa bem: igual comida, se ao que é bom enche de vida, traz a morte para o mau. Eis a hóstia dividida... Quem hesita, quem duvida? Como é toda o autor da vida, a partícula também. Jesus não é atingido: o sinal é que é partido; mas não é diminuído, nem se muda o que contém. Eis o pão que os anjos comem transformado em pão do homem; só os filhos o consomem: não será lançado aos cães! Em sinais prefigurado, por Abraão foi imolado, no cordeiro aos pais foi dado, no deserto, foi maná... 15 Dia 04 de Junho - Quinta-feira - Corpo e Sangue de Cristo - Solenidade Bom pastor, pão de verdade, piedade, ó Jesus piedade, conservai-nos na unidade, extingui nossa orfandade, transportai-nos para o Pai! Aos mortais dando comida, dais também o pão da vida; que a família assim nutrida seja um dia reunida aos convivas lá do céu! Aclamação ao Evangelho R. Aleluia, Aleluia, Aleluia V. Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. R. Prece dos fiéis Evangelho - Mc 14,12-16.22-26 A Última Ceia de Jesus com seus discípulos foi celebrada em clima pascal. Clima de vida e liberdade. Pão e vinho mexem com os sentimentos e valores mais arraigados no ser humano. Vida e vitalidade. Tornam-se símbolo e, no símbolo, presença da vida entrega de Jesus a Deus e aos irmãos. Antecipa-se à mesa do Cenáculo o que se realizará no lenho da Cruz. Como se sinalizava, nas refeições de Jesus com os pobres e pecadores, a infinita e gratuita misericórdia de Deus. + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 12 No primeiro dia dos Ázimos, quando se imolava o cordeiro pascal, os discípulos disseram a Jesus: "Onde queres que façamos os preparativos para comeres a Páscoa?" 13 Jesus enviou então dois dos seus discípulos e lhes disse: "Ide à cidade. Um homem carregando um jarro de água virá ao vosso encontro. Seguio 14 e dizei ao dono da casa em que ele entrar: 'O Mestre manda dizer: onde está a sala em que vou comer a Páscoa com os meus discípulos?' 15 Então ele vos mostrará, no andar de cima, 16 uma grande sala, arrumada com almofadas. Ali fareis os preparativos para nós!" 16 Os discípulos saíram e foram à cidade. Encontraram tudo como Jesus havia dito, e prepararam a Páscoa. 22 Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, tendo pronunciado a bênção, partiu-o e entregou-lhes, dizendo: "Tomai, isto é o meu corpo". 23 Em seguida, tomou o cálice, deu graças, entregou-lhes e todos beberam dele. 24 Jesus lhes disse: "Isto é o meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos. 25 Em verdade vos digo, não beberei mais do fruto da videira, até o dia em que beberei o vinho novo no Reino de Deus". 26 Depois de terem cantado o hino, foram para o monte das Oliveiras. - Palavra da Salvação. Elevemos a nossa oração a Jesus Cristo, que, antes de se entregar pelos homens e mulheres, seus irmãos e irmãs, celebrou com os discípulos a Ceia pascal, e digamos: R. Cristo, pão do Céu, dai-nos a Vida. 1. Pelas Igrejas do mundo inteiro, para que sejam congregadas na unidade da mesma fé em torno do Corpo e do Sangue de Cristo, rezemos ao Senhor, 2. Pelo papa Francisco, pelos bispos, presbíteros e diáconos, para que façam, em memória de Jesus, o que Ele mandou ao celebrar a sua última Ceia, rezemos ao Senhor 3. Pelos homens e mulheres de todos os povos e nações, para que o Sangue derramado na cruz os purifique das obras mortas do pecado, rezemos ao Senhor 4. Pelos pobres, pelos doentes e aflitos, para que haja quem os defenda e socorra e lhes recorde que só em Deus se encontra a paz, rezemos ao Senhor 5. Por todos nós aqui reunidos em assembleia, para que a celebração da Eucaristia do Senhor nos dê a esperança de contemplá-Lo na eternidade, rezemos ao Senhor Oração sobre as oferendas Concedei, ó Deus, à vossa Igreja os dons da unidade e da paz, simbolizados pelo pão e o vinho que oferecemos na sagrada Eucaristia. Prefácio da Santíssima Eucaristia, II Os frutos da Santíssima Eucaristia que a memória da Cruz salvadora permanecesse para sempre, ele se ofereceu a vós como cordeiro sem mancha e foi aceito como sacrifício de perfeito louvor. Pela comunhão neste sublime sacramento, a todos nutris e santificais. Fazes de todos um só coração, iluminais os povos com a luz da mesma fé e congregais os cristãos na mesma caridade. Aproximamo-nos da mesa de tão grande mistério, para encontrar por vossa graça a garantia da vida eterna. Por essa razão, com os anjos e todos os santos, entoamos um cântico novo para proclamar a vossa bondade, cantando (dizendo) a uma só voz: Oração depois da comunhão Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre em todo o lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo Senhor nosso. Reunido com os Apóstolos na última Ceia, para O Dai-nos, Senhor Jesus, possuir o gozo eterno da vossa divindade, que já começamos a saborear na terra, pela comunhão do vosso Corpo e do vosso Sangue. A Semente na Terra - Mc 14,12-16.22-26 Dia 04 de Junho - Quinta-feira - Corpo e Sangue de Cristo - Solenidade Senhor Jesus Cristo, que alimentais continuamente a vossa Igreja com o mistério do vosso Corpo e Sangue, concedei-lhe a graça de encontrar a verdadeira alegria na riqueza infinita dos vossos dons. Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo. Evangelho de hoje tem duas partes. Na primeira, conta a preparação da Páscoa (vv. 1216); na segunda, a celebração da ceia (vv. 22-26). - Segundo Marcos, é quinta-feira, véspera de Páscoa, dia da preparação. De fato, o verbo “preparar” aparece quatro vezes. - O Evangelho de Marcos, como se sabe, é uma longa introdução à narração da morte e da ressurreição de Jesus, que, sozinha, ocupa ¼ do total do Evangelho. - Tem-se a impressão que o Evangelho queira nos conduzir a este lugar – “Onde é a sala (lugar de repouso) em que eu e os meus discípulos vamos comer a Páscoa?” – onde se celebra a Eucaristia. - O Evangelho de hoje sugere cinco passos para nos prepararmos para a Ceia do Senhor. - A Páscoa hebraica. Precisamos conhecer a Páscoa hebraica para compreender a Ceia cristã, pois esta, celebrada no clima daquela, a substitui literalmente. - O cordeiro imolado. A nossa libertação custou caro: custou o preço do Cordeiro de Deus, o Cristo Jesus (cf. 1Cor 6,20; 7,23; 5,7). - A consciência de Jesus. Jesus não foi surpreendido de repente pela perspectiva da morte. Muito cedo, ele a viu no horizonte de sua trajetória e a assumiu como vida doada em nosso favor. - A vontade de Jesus. Jesus não simplesmente sofre os acontecimentos, mas livremente os assume. A morte na cruz não é simplesmente uma tragédia que se abate sobre ele, mas o fruto maduro de sua vida de Filho vivida pelo Pai e pelos irmãos, em favor dos quais ele dá a vida. 17 Dia 05 de Junho - Sexta-feira São Bonifácio, Bispo, Mártir - Memória - A sala de cima. O discípulo deve procurar o andar de cima. O homem com o jarro de água simboliza o “introdutor” que conduz o catecúmeno ao batismo e à mesa da eucaristia, onde Jesus celebra a sua Páscoa. Tema atual nestes tempos de redescoberta da necessidade da Iniciação Cristã! - A Eucaristia – que Jesus institui em contexto pascal – é a Ceia do Cordeiro, o banquete em que Ele se faz nosso alimento, a memória da sua vida entregue por nós, a bebida do seu Espírito, as primícias da glória eterna. - Da Última Ceia nasceram a Eucaristia – a mesa do Pão – e o Evangelho – a mesa da Palavra. Os vv. 22-26 são, de fato, o núcleo genético da Missa e do Novo Testamento. - A Eucaristia põe no coração (= re-cordar), isto é, no centro da nossa pessoa, o dom que Jesus faz de si, para assumi-lo e deixar que ele nos assimile a si. Só assim alimentamos sempre de novo o que já somos pela fé e pelo batismo. O Minuto do Concílio “Somente Cristo é o mediador e o caminho da salvação.” (Lumen gentium 14) Santos do dia: Quirino de Siscia (Sisak) (+ 308 ou 309). Saturnina de Arras (+ VII século). Pacífico de Ceredano (1420 – 1482). Francisco de Caracciolo (1563 – 1608). Testemunhas do Reino: José Maria Gran e Domingo Batz (Guatemala, 1980). Datas comemorativas: Dia Internacional das Crianças Inocentes Vítimas de Agressões. O ouvidor Fernando Santillán informa sobre os massacres dos índios no Chile (1559). Primeira Bíblia Impressa na América (1743). 05 SEXTA-FEIRA SÃO BONIFÁCIO, Bispo, Mártir - Memória (Cor vermelha - Ofício da memória) Bonifácio nasceu em Devon, no sul da Inglaterra, por volta do ano de 673. No batismo, recebeu o nome de Winfrid, de origem alemã, que significa “alegria e paz, portador da alegria e da paz”. Ingressou, cheio de entusiasmo, na Ordem dos Beneditinos, tornou-se padre e, não muito tempo depois, diretor da escola do mosteiro em Nursling. Em Bonifácio chamavam a atenção algumas qualidades: sua capacidade de planejamento e organização, seu dom para a música e seu estro poético. O Papa Gregório II (715-731) enviou-o, no ano de 719, para evangelizar os germanos e as populações fronteiriças a leste do Reno. É aí que o nosso 18 santo recebeu o nome de “Bonifacius” (= aquele que faz o bem; benfeitor). Em 738, é feito legado (= representante) germânico da Sé Apostólica. Em 747, assume a diocese de Mainz. Com 52 companheiros, entre Dokkum e Niederlande, Bonifácio foi brutalmente executado no Rio Borne (na atual Holanda). Seu corpo repousa na cripta da catedral de Fulda, onde se podem ver sua Bíblia e a espada que o matou. Antífona da entrada Eis uma verdadeira testemunha, que derramou seu sangue pelo Cristo. Não temeu Oração do dia Interceda por nós, ó Deus, o mártir são Bonifácio, para que guardemos fielmente e proclamemos em nossas obras a fé que ele ensinou com a sua palavra e testemunhou com o seu sangue. Leitura - Tb 11,5-17 Leitura do Livro de Tobias Naqueles dias: 5 Ana estava sentada, observando atentamente o caminho por onde devia chegar seu filho. 6 Percebeu que ele se aproximava e disse ao pai: "Teu filho está chegando, e com ele o homem que o acompanhou". 7 Antes que Tobias se aproximasse do pai, Rafael lhe disse: "Estou certo de que seus olhos se abrirão. 8 Aplica-lhe nos olhos o fel do peixe. O remédio fará que as manchas brancas se contraiam e se desprendam de seus olhos. Teu pai vai recuperar a vista e enxergará a luz". 9 Ana correu, atirou-se ao pescoço do filho e disse: "Voltei a ver-te, meu filho, agora posso morrer!" E chorou. 10 Tobit levantou-se e, tropeçando, atravessou a porta do pátio. 11 Tobias foi ao seu encontro, tendo na mão o fel do peixe. Soprou-lhe nos olhos e, segurandoo, disse: "Confiança, pai!" Derramou o remédio e esfregou-o. 12 Depois, com ambas as mãos, tirou-lhe as películas dos cantos dos olhos. 13 Então Tobit caiu-lhe ao pescoço, chorando e dizendo: "Eu te vejo, meu filho, luz de meus olhos!" 14 E acrescentou: "Bendito seja Deus! Bendito seja o seu grande nome! Benditos sejam todos os seus santos anjos por todos os séculos! 15 Porque, se ele me castigou, agora vejo o meu filho Tobias!" A seguir, Tobit entrou com Ana em sua casa, louvando e bendizendo a Deus em alta voz, por tudo o que lhes tinha acontecido. E Tobias contou ao pai como tinha sido boa a viagem deles, por obra do Senhor Deus, como haviam trazido o dinheiro e como se tinha casado com Sara, filha de Ragüel. Aliás, ela já se aproximava das portas de Nínive. 16 Tobit e Ana alegraram-se muito e saíram ao encontro da nora, às portas da cidade. Vendo-o andar a passos largos e com toda a firmeza, sem que ninguém o conduzisse pela mão, os ninivitas se admiraram. 17 E diante deles Tobit louvava e bendizia a Deus em alta voz, por ter sido misericordioso para com ele e por lhe ter aberto os olhos. E, aproximando-se de Sara, mulher de seu filho Tobias, abençoou-a e disse: "Bem-vinda sejas, minha filha! E bendito seja o teu Deus, filha, que te trouxe para junto de nós! Abençoado seja o teu pai, abençoado o meu filho Tobias e abençoada sejas tu, minha filha! Entra em tua casa com saúde, a ti bênção e alegria! Entra, minha filha!" E naquele dia foi grande o contentamento entre todos os judeus que se encontravam em Nínive. - Palavra do Senhor. Dia 05 de Junho - Sexta-feira São Bonifácio, Bispo, Mártir - Memória as ameaças dos juízes e conquistou o reino do céu. Salmo responsorial - Sl 145 R. Bendize, ó minha alma, ao Senhor! 1. Bendirei ao Senhor toda a vida, cantarei ao meu Deus sem cessar! R. 2. O Senhor é fiel para sempre, faz justiça aos que são oprimidos; ele dá alimento aos famintos, é o Senhor quem liberta os cativos. R. 3. O Senhor abre os olhos aos cegos o Senhor faz erguer-se o caído; o Senhor ama aquele que é justo É o Senhor quem protege o estrangeiro. R. 4. Ele ampara a viúva e o órfão mas confunde os caminhos dos maus. O Senhor reinará para sempre! Ó Sião, o teu Deus reinará para sempre e por todos os séculos! R. Aclamação ao Evangelho R. Aleluia, Aleluia, Aleluia. V. Quem me ama, realmente, guardará minha palavra e meu Pai o amará e a ele nós 19 Dia 05 de Junho - Sexta-feira São Bonifácio, Bispo, Mártir - Memória viremos. R. Evangelho - Mc 12,35-37 A revelação da identidade profunda de Jesus serve-se do Antigo Testamento, mas vai muito além. Deus é diferente das melhores ideias que temos dele, e o seu Messias nos desconcerta com suas atitudes, palavras e sinais. Quem poderia suspeitar que o Pai nos mandaria seu próprio Filho como seu Messias e nosso Salvador? + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos Naquele tempo, 35 Jesus ensinava no Templo, dizendo: "Como é que os mestres da Lei dizem que o Messias é Filho de Davi? 36 O próprio Davi, movido pelo Espírito Santo, falou: 'Disse o Senhor ao meu Senhor: senta-te à minha direita, até que eu ponha teus inimigos debaixo dos teus pés'. 37 Portanto, o próprio Davi chama o Messias de Senhor. Como é que ele pode então ser seu filho?" E uma grande multidão o escutava com prazer. - Palavra da Salvação. Prece dos fiéis Oremos ao Bom Pastor, para que dê à sua Igreja pastores como São Bonifácio, Apóstolo da Alemanha, que deixou a sua terra para levar o Evangelho a outros povos, e digamos, com toda a confiança: R. Guiai-nos, Senhor, no caminho da vida. 1. Pela Igreja una, santa e apostólica, para que Deus a proteja com o auxílio de São Bonifácio, apóstolo itinerante e incansável, A oremos, irmãos. 2. Pelo papa Francisco e por todos os pastores, para que evangelizem os cristãos com a palavra divina e os fortaleçam com o testemunho das suas vidas, oremos, irmãos. 3. Por todos os catecúmenos e fiéis e pelos responsáveis de pastorais, grupos e comunidades, para que progridam sem cessar no caminho da salvação, oremos, irmãos. 4. Pelos missionários, religiosos e irmãos leigos, que trabalham, como São Bonifácio, nos países de missão, para que evangelizem pela palavra e pelo testemunho e sejam modelos do rebanho que lhes foi confiado, oremos, irmãos. 5. Pelos membros desta assembleia, para que sigam a Cristo, Bom Pastor, escutem a sua voz e imitem São Bonifácio em seu ardor missionário, oremos, irmãos. Deus de misericórdia, ouvi com bondade os vossos servos e servas, e, por intercessão de São Bonifácio, concedei-lhes as graças que Vos pedem. Por Cristo, nosso Senhor. Oração sobre as oferendas Confiados, ó Deus, no vosso amor de pai, acorremos ao altar com nossas oferendas; dainos, por vossa graça, ser purificados pela Eucaristia que celebramos. Oração depois da comunhão Ó Deus, governai pelo vosso Espírito aos que nutris com o Corpo e o Sangue do vosso Filho. Dai-nos proclamar nossa fé não somente em palavras, mas também na verdade de nossas ações, para que mereçamos entrar no reino dos céus. A Semente na Terra - Mc 12,35-37 primeira parte do Evangelho de Marcos culmina na pergunta: “Mas vocês, quem dizem que eu sou?” (Mc 8,29). Depois das respostas que circulavam no meio da multidão, veio a resposta de Pedro: “Tu és o Messias” (Mc 8,29), o filho de Davi. A segunda parte 20 Dia 05 de Junho - Sexta-feira São Bonifácio, Bispo, Mártir - Memória do Evangelho culmina em outra pergunta de Jesus, na qual se sugere ser ele não só o Messias, mas o próprio Senhor, não o prometido, mas o próprio prometedor, superior a toda expectativa. - Essa única pergunta de Jesus encerra todas as disputas. Não há também senão uma resposta possível, que os contemporâneos e os leitores atuais podem dar ou calar: o dom da viúva, que dá a vida (passagem seguinte); o que falta ao doutor da Lei para entrar no Reino (passagem anterior). - Jesus pergunta como é possível que o Messias seja filho de Davi, se Davi o chama de Senhor. - Jesus, de fato, é o messias prometido a Davi como seu descendente (cf. 2Sm 7). Pedro o reconheceu (cf. Mc 8,29). E isso é verdadeiro – tanto assim que Cristo (= messias em grego) se tornou uma espécie de sobrenome de Jesus – mas é parcial no conteúdo e na configuração concreta. O cego também o chama de messias, mas ainda não vê (cf. Mc 10,46ss.). - Os circunstantes se esquecem de que “Davi, movido pelo Espírito Santo, disse...”. Deus, na verdade, inspirou os profetas e os autores dos livros justamente chamados “inspirados”. Agora, ele inspira o coração de quem lê e ouve a sua palavra, para que O reconheça. Só o Espírito pode nos fazer reconhecer o Senhor (cf. 1Cor 12,3). (A palavra de Davi é citada do Salmo 110, lido, na Igreja primitiva, em sentido messiânico: cf. 1Cor 15,25; At 2,34ss.; Hb 1,13). - “O Senhor disse”. O Senhor, aqui, é Deus, o único Senhor. - “Ao meu Senhor”. O Senhor, aqui, é o messias descendente de Davi, que ele reconhece como seu Senhor. - “Sente-se à minha direita”. O messias tem propriedades divinas: sentar-se à direita de Deus é ter o poder de Deus. - “Até que eu ponha os meus inimigos...”. Indica a vitória do Senhor sobre seus inimigos. O último inimigo – a morte – será vencido pela ressurreição (cf. 1Cor 15,25ss.). - “Davi mesmo chama o messias de Senhor”. Aqui está o nó da questão: se Davi chama seu descendente de Senhor, quer dizer que este é mais que filho. Então? Davi profetizou na força do Espírito: o descendente é o Senhor! - Jesus o dirá claramente diante do Sinédrio (cf. Mc 14,61) e o centurião, aos pés da cruz, o compreenderá (cf. Mc 15,39). O Minuto do Concílio “Não se salva, porém, ainda que incorporado à Igreja, quem, não perseverando na caridade, permanece no seio da Igreja com o “corpo”, mas não com o “coração”.” (Lumen gentium 14) Santos do dia: Adalar (ou Adelar) (+ 754). Bonifácio (672/3 –754). Eoban (+ 754). Meinwerk (970 – 1036). Fernando der Standhafte [o constante, o firme] (1402 – 1443). Testemunhas do Reino: Augustín Ramírez e Javier Sotelo (Argentina, 1988). Datas comemorativas: Dia Internacional do Cacau. Dia Mundial da Ecologia e do Meio Ambiente. Descobrimento do Primeiro Caso de AIDS (Califórnia, EUA) (1981). Execução do cacique Tanamaco (Venezuela, 1573). 21 Dia 06 de Junho - Sábado da 9ª Semana do Tempo Comum 06 SÁBADO DA 9ª SEMANA DO TEMPO COMUM (Cor verde - Ofício do dia) Antífona da entrada Olhai para mim, Senhor, e tende piedade, pois vivo sozinho e infeliz. Vede minha miséria e minha dor e perdoai todos os meus pecados. Oração do dia Ó Deus, cuja providência jamais falha, nós vos suplicamos humildemente: afastai de nós o que é nocivo, e concedei-nos tudo o que for útil. Leitura - Tb 12,1.5-15.20 Leitura do Livro de Tobias Naqueles dias, 1 Tobit chamou Tobias, seu filho, e disse-lhe: "Filho, paguemos o salário ao homem que viajou contigo, acrescentando uma gratificação". 5 Tobias chamou, pois, o anjo e disse-lhe: "Recebe como salário a metade de tudo o que trouxeste ao voltar, e vai em paz". 6 Então Rafael chamou os dois à parte e disselhes: "Bendizei a Deus e dai-lhe graças, diante de todos os viventes, pelos benefícios que vos concedeu. Bendizei e cantai o seu nome. Manifestai a todos os homens as obras de Deus, como é justo, e não hesiteis em expressar-lhe o vosso reconhecimento. 7 Se é bom guardar o segredo do rei, é justo revelar e publicar as obras de Deus. Fazei o bem, e o mal não vos atingirá. 8 É valiosa a oração com o jejum, e a esmola com a justiça. Melhor é pouco com justiça, do que muito com iniquidade. Melhor é dar esmolas, do que acumular tesouros. 9 A esmola livra da morte e purifica de todo pecado. Os que dão esmola serão saciados de vida. 10 Aqueles, porém, que cometem o pecado e a injustiça, são inimigos de si mesmos. 11 E agora vos manifestarei toda a 22 verdade, sem vos ocultar coisa alguma. Já vos declarei e disse: "É bom guardar o segredo do rei, mas as obras de Deus devem ser reveladas, com a glória devida". 12 Pois bem, quando tu e Sara fazíeis oração, eu apresentava o memorial da vossa prece diante da glória do Senhor. E fazia o mesmo quando tu, Tobit, enterravas os mortos. 13 Quando não hesitaste em levantar-te da mesa, deixando a refeição e saindo para sepultar um morto, fui enviado a ti para te pôr à prova. 14 Mas Deus enviou-me, também, para te curar a ti e a Sara, tua nora. 15 Eu sou Rafael, um dos sete anjos que permanecem diante da glória do Senhor e têm acesso à sua presença". 20 Agora, bendizei o Senhor sobre a terra e dai graças a Deus. Eis que subo para junto de quem me enviou. Escrevi tudo o que vos aconteceu". E o anjo desapareceu. - Palavra do Senhor. Salmo responsorial - Tb 13,2 R. Bendito seja Deus, que vive eternamente! 1. Porque vós castigais e salvais, fazeis descer aos abismos da terra, e de lá nos trazeis novamente: de vossa mão nada pode escapar. R. 2. Compreendei o que fez para nós, dailhe graças, com todo o respeito! Vossas obras celebrem a Deus e exaltem o Rei sempiterno! R. 3. Eu desejo, de toda a minh'alma alegrarme em Deus, Rei dos céus. R. 4. Bendizei o Senhor, seus eleitos, fazei festa e alegres louvai-o! R. Aclamação ao Evangelho R. Aleluia, Aleluia, Aleluia. V. Felizes os humildes de espírito, porque deles é o Reino dos Céus. R. Os ricos, de um lado; a viúva, de outro. As ofertas vultosas dos ricos; a oferta insignificante da viúva. O barulho dos ricos; o silêncio da mulher. Mas Jesus fala pela mulher: enquanto os ricos davam do que lhes sobrava, ela deu tudo o que tinha. A pobre viúva é o Evangelho vivo. Por seu gesto, ela não fala, grita! + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos Naquele tempo, 38 Jesus dizia, no seu ensinamento, à multidão: "Tomai cuidado com os doutores da Lei! Eles gostam de andar com roupas vistosas, de ser cumprimentados nas praças públicas; 39 gostam das primeiras cadeiras nas sinagogas e dos melhores lugares nos banquetes. 40 Eles devoram as casas das viúvas, fingindo fazer longas orações. Por isso eles receberão a pior condenação". 41 Jesus estava sentado no Templo, diante do cofre das esmolas, e observava como a multidão depositava suas moedas no cofre. Muitos ricos depositavam grandes quantias. 42 Então chegou uma pobre viúva que deu duas pequenas moedas, que não valiam quase nada. 43 Jesus chamou os discípulos e disse: "Em verdade vos digo, esta pobre viúva deu mais do que todos os outros que ofereceram esmolas. 44 Todos deram do que tinham de sobra, enquanto ela, na sua pobreza, ofereceu tudo aquilo que possuía para viver". - Palavra da Salvação. social da Igreja, para que sirvam os mais humildes e rejeitados de forma simples, humana e evangélica, rezemos. 2. Por todos aqueles que têm postos de chefia, para que não busquem elogios nem aplausos, mas trabalhem pelas necessidades das pessoas, rezemos. 3. Por todos aqueles que escutam o Evangelho, para que o gesto da viúva apontado como modelo por Jesus louva lhes recorde que Deus não vê segundo os nossos critérios, rezemos. 4. Pelos que invocam os seus Anjos protetores, para que louvem a Deus e glorifiquem o seu nome pelos dons que Dele recebem sem o saberem, rezemos. 5. Por todos nós aqui presentes em assembleia, para que a oferenda da nossa oração e de nossa vida segundo o Evangelho seja apresentada pelos Anjos diante de Deus, rezemos. Dia 06 de Junho - Sábado da 9ª Semana do Tempo Comum Evangelho - Mc 12,38-44 Senhor Deus, que conheceis toda a verdade e não apenas o exterior dos nossos gestos, ensinai-nos a ver como Vós vedes. Por Cristo, nosso Senhor. Oração sobre as oferendas Confiados, ó Deus, no vosso amor de pai, acorremos ao altar com nossas oferendas; dainos, por vossa graça, ser purificados pela Eucaristia que celebramos. Oração depois da comunhão Prece dos fiéis Deus não se deixa enganar pelas aparências, mas a doação confiante tem a seus olhos grande valor. Peçamos-Lhe que nos faça generosos: R. Ouvi-nos, Senhor. Ó Deus, governai pelo vosso Espírito aos que nutris com o Corpo e o Sangue do vosso Filho. Dai-nos proclamar nossa fé não somente em palavras, mas também na verdade de nossas ações, para que mereçamos entrar no reino dos céus. 1. Pelas instituições de solidariedade 23 Dia 06 de Junho - Sábado da 9ª Semana do Tempo Comum SÃO NORBERTO, Bispo MEMÓRIA FACULTATIVA (Cor branca - Ofício da memória) (Missa: bispos - MR, 754, ou santos [religiosos] - MR, 777) Oração do dia Ó Deus, que fizestes do bispo São Norberto fiel ministro da vossa Igreja pela oração e zelo O pastoral, concedei por suas preces que o vosso povo encontre sempre pastores segundo o vosso coração, que o alimentam para a vida eterna. A Semente na Terra - Mc 12,38-44 Evangelho de hoje é como um díptico: um conjunto (de pintura) formado por dois quadros, um referido ao outro. Os quadros são, de um lado, o comportamento dos fariseus (cf. Mc 12,38-41); do outro, a atitude da viúva (cf. Mc 12,42-44). A mensagem é clara: é preciso tomar cuidado com os doutores da Lei – falsos mestres que admiramos, porque, no fundo, os cultivamos dentro de nós – e imitar a viúva, mestra verdadeira da qual desviamos o olhar. - Os doutores da Lei amam a si mesmos acima de todas as coisas e servem-se de tudo e de todos – inclusive de Deus – para ocupar os primeiros lugares. São idólatras de si mesmos. São o melhor exemplo do pecado fundamental que se apodera do coração humano: o protagonismo de si mesmo, que coloca o próprio eu no lugar de Deus. - A pobre viúva é exatamente a imagem contrária: pobre, humilde, sozinha, longe dos refletores. Ela não dá muito – como faziam os ricos (v. 41) – mas tudo. Ela dá a sua sobrevivência... a sua vida. É como Jesus, que se fez último e deu a própria vida para o bem de todos. Se os doutores da Lei são a imagem de Adão no paraíso – que queria ser como Deus, como ele (Adão) O imaginava – a viúva é a imagem de Cristo na cruz! - A viúva de hoje, aliás, forma outro díptico: com a sogra de Pedro, curada na primeira semana de Jesus. A sogra de Pedro, curada, pôs-se a servir; a viúva pôs toda a sua vida no gazofilácio*. - Se o primeiro milagre de Jesus foi a cura da sogra de Pedro (cf. Mc 1,29-31) – talvez viúva também – a Sua última instrução é mostrar o exemplo desta viúva (cf. Mc 12,43). Ela, sim, é mestra da Lei. Jesus a coloca na cátedra, para que – quando ele partir – ela esteja no seu lugar de Mestre. A viúva, como a sogra de Pedro, caladas, são escribas! - Ela dá tudo para o Templo, mesmo sem ainda saber que o templo é o próprio Jesus. Mas Jesus vê no gesto da viúva a semelhança com o Seu gesto: caminho que salva, estrada que realiza o ser humano, doação que dá sentido à vida. O Minuto do Concílio “O desígnio de salvação abraça também os que reconhecem o Criador.” (Lumen gentium 16) Santos do dia: Filipe de Jerusalém (século I). Cerato de Grenoble (400 – 452). Cláudio de Besançon (+ 696). Falcão (+ 1146). Gilberto de Neuffontaines (+ 1152). Norberto de Magdeburg (1082 – 1134). Bertrando de Garriga (+ 1233). Bertrando de Aquileia (1260 – 1350). Lourenço de Maschi (1476 – 1535). 24 Datas comemorativas: Criação do Museu do Rio de Janeiro por Dom João VI (1818). 07 10º DOMINGO DO TEMPO COMUM (Cor verde - II SEMANA DO SALTÉRIO - Ofício dominical comum) Antífona da entrada O Senhor é a minha luz e a minha salvação, a quem poderia eu temer? O Senhor é o baluarte de minha vida, perante quem tremerei? Meus opressores e inimigos, são eles que vacilam e sucumbem. Dia 07 de Junho - 10º Domingo Do Tempo Comum Testemunhas do Reino: Marcos Garvey (Jamaica, 1940). José Ribeiro (Brasil, 1980). Pedro Hernández e companheiros (México, 1989). Oração do dia Ó Deus, fonte de todo o bem, atendei ao nosso apelo e fazei-nos, por vossa inspiração, pensar o que é certo e realizá-lo com a vossa ajuda. Leitura - Gn 3,9-15 Leitura do Livro do Gênesis Comentário inicial - A meta da missão de Jesus não é a Igreja, mas o Reino de Deus. O Reino de Deus é o centro da vida, da missão, da pregação e das ações de Jesus. Acontece que o anúncio do Reino por parte de Jesus apela a uma decisão. Aqueles e aquelas que vão aderindo ao Reino e ao apelo de Jesus ao seguimento vão formando uma comunidade. Alguns estão “dentro”, outros estão “fora”, não por decisão de Jesus, mas por opção dos seus ouvintes, interlocutores, seguidores. O importante na nova comunidade não são doutrinas, tradições, preceitos morais, normas disciplinares, mas fazer a vontade do Pai, ao estilo de Jesus. Depois que o homem comeu da fruta da árvore, 9 o Senhor Deus chamou Adão, dizendo: "Onde estás?" 10 E ele respondeu: "Ouvi tua voz no jardim, e fiquei com medo, porque estava nu; e me escondi". 11 Disse-lhe o Senhor Deus: "E quem te disse que estavas nu? Então comeste da árvore, de cujo fruto te proibi comer?" 12 Adão disse: "A mulher que tu me deste por companheira, foi ela que me deu do fruto da árvore, e eu comi". 13 Disse o Senhor Deus à mulher: "Por que fizeste isso?" E a mulher respondeu: "A serpente enganou-me e eu comi". 14 Então o Senhor Deus disse à serpente: "Porque fizeste isso, serás maldita entre todos os animais domésticos e todos os animais selvagens! Rastejarás sobre o ventre e comerás pó todos os dias da tua vida! 15 Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua des25 Dia 07 de Junho - 10º Domingo Do Tempo Comum cendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar". - Palavra do Senhor. Salmo responsorial - Sl 129 R. No Senhor toda graça e redenção! 1. Das profundezas eu clamo a vós, Senhor, escutai a minha voz! Vossos ouvidos estejam bem atentos ao clamor da minha prece! R. 2. Se levardes em conta nossas faltas, quem haverá de subsistir? Mas em vós se encontra o perdão, eu vos temo e em vós espero. R. 3. No Senhor ponho a minha esperança, espero em sua palavra. A minh'alma espera no Senhor mais que o vigia pela aurora. R. 4. Espere Israel pelo Senhor, Mais que o vigia pela aurora! Pois no Senhor se encontra toda graça e copiosa redenção. Ele vem libertar a Israel de toda a sua culpa. R. Leitura - 2Cor 4,13-18-5,1 Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios Irmãos: 13 Sustentados pelo mesmo espírito de fé, conforme o que está escrito: "Eu creio e, por isso, falei", nós também cremos e, por isso, falamos, 1 4 certos de que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará também com Jesus e nos colocará ao seu lado, juntamente convosco. 15 E tudo isso é por causa de vós, para que a abundância da graça em um número maior de pessoas faça crescer a ação de graças para a glória de Deus. 16 Por isso, não desanimamos. Mesmo se o nosso homem exterior se vai arruinando, o nosso homem interior, pelo contrário, vai-se renovando, dia a dia. 17 Com efeito, o volume insignificante de uma tribulação momentânea acarreta para nós uma glória eterna e incomensurável. 18 E isso acontece, porque voltamos os nossos olhares para as coisas invisíveis e não para as coisas 26 visíveis. Pois o que é visível é passageiro, mas o que é invisível é eterno. 5,1 De fato, sabemos que, se a tenda em que moramos neste mundo for destruída, Deus nos dá uma outra moradia no céu que não é obra de mãos humanas, mas que é eterna. - Palavra do Senhor. Aclamação ao Evangelho R. Aleluia, Aleluia, Aleluia. V. O príncipe deste mundo agora será expulso; e eu, da terra levantado, atrairei todos a mim mesmo. R. Evangelho - Mc 3,20-35 O Evangelho é um convite dramático ao discernimento. Os parentes de Jesus estão tão desorientados que pensam que ele esteja louco. Os mestres da Lei atribuem a Satanás os milagres de Jesus. O próprio Jesus aparentemente não reconhece os laços de sangue. Para ele o critério é a vontade de Deus: “Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.” + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos Naquele tempo: 20 Jesus voltou para casa com os seus discípulos. E de novo se reuniu tanta gente que eles nem sequer podiam comer. 21 Quando souberam disso, os parentes de Jesus saíram para agarrá-lo, porque diziam que estava fora de si. 22 Os mestres da Lei, que tinham vindo de Jerusalém, diziam que ele estava possuído por Belzebu, e que pelo príncipe dos demônios ele expulsava os demônios. 23 Então Jesus os chamou e faloulhes em parábolas: "Como é que Satanás pode expulsar a Satanás? 24 Se um reino se divide contra si mesmo, ele não poderá manter-se. 25 Se uma família se divide contra si mesma, ela não poderá manter-se. 26 Assim, se Satanás se levanta contra si mesmo e se divide, não poderá sobreviver, mas será destruído. 27 Ninguém enganar por Satanás, mas escutem a voz da consciência, oremos ao Senhor. 3. Para que Deus multiplique os frutos da terra, dê aos mais pobres o pão de cada dia, e a todos ensine a ser discípulos do seu Filho, oremos ao Senhor. 4. Para que os pecadores se convertam do pecado, os doentes tenham saúde e alegria e os defuntos recebam nos céus a vida eterna, oremos ao Senhor. 5. Para que os membros da nossa assembleia procurem fazer a vontade de Deus Pai, e Jesus os reconheça como irmãos, oremos ao Senhor. Senhor, nosso Deus, dai-nos a audácia de ser santos e de proclamar com alegria que só em Vós está a misericórdia e a abundância da redenção. Por Cristo, nosso Senhor. Dia 07 de Junho - 10º Domingo Do Tempo Comum pode entrar na casa de um homem forte para roubar seus bens, sem antes o amarrar. Só depois poderá saquear sua casa. 28 Em verdade vos digo: tudo será perdoado aos homens, tanto os pecados, como qualquer blasfêmia que tiverem dito. 29 Mas quem blasfemar contra o Espírito Santo, nunca será perdoado, mas será culpado de um pecado eterno". 30 Jesus falou isso, porque diziam: "Ele está possuído por um espírito mau". 31 Nisso chegaram sua mãe e seus irmãos. Eles ficaram do lado de fora e mandaram chamá-lo. 32 Havia uma multidão sentada ao redor dele. Então lhe disseram: "Tua mãe e teus irmãos estão lá fora à tua procura". 33 Ele respondeu: "Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?" 34 E olhando para os que estavam sentados ao seu redor, disse: "Aqui estão minha mãe e meus irmãos. 35 Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe". - Palavra da Salvação. Oração sobre as oferendas Prece dos fiéis Oremos, irmãos e irmãs, a Deus Pai de misericórdia, que quer salvar a todos, e peçamos-Lhe que saibamos resistir às promessas enganadoras da serpente, suplicando, com toda a confiança: R. Lembrai-Vos, Senhor, do vosso povo. Senhor nosso Deus, vede nossa disposição em vos servir e acolhei nossa oferenda, para que este sacrifício vos seja agradável e nos faça crescer na caridade. Oração eucarística III Oração Depois da comunhão 1. Para que os fiéis das nossas dioceses e comunidades acreditem em Jesus ressuscitado e falem Dele com o desassombro de São Paulo, oremos ao Senhor. 2. Para que os homens e mulheres de hoje creiam em Deus que os criou, não se deixem O Ó Deus, que curais nossos males, agi em nós por esta Eucaristia, libertando-nos das más inclinações e orientando para o bem a nossa vida. A Semente na Terra - Mc 3,20-35 Evangelho de hoje compõe-se de quatro partes: uma primeira, sobre relações diferenciadas com Jesus: a dos discípulos, a das multidões, a dos parentes e a dos mestres da Lei (vv. 20-22); uma segunda, sobre a acusação de que Jesus age sob o domínio de satanás (vv. 22-27); uma terceira, sobre a blasfêmia contra o Espírito Santo (vv. 2830); a última, sobre a nova família de Jesus (vv. 31-35). - A questão central é saber se estamos “com ele” ou “contra ele”: somos seus ou 27 Dia 07 de Junho - 10º Domingo Do Tempo Comum 28 estranhos a ele? estamos dentro ou fora? atendemos ao seu chamado ou o mandamos chamar? o seguimos ou queremos que ele nos siga? deixamo-nos tomar por ele ou queremos subjugá-lo? aceitamos o seu perdão ou o recusamos? escutamos o Espírito ou blasfemamos contra ele? fazemos a vontade de Deus ou fazemos da nossa o ponto de referência de toda a nossa vida? - O que está em jogo é a nossa salvação, que consiste em estar “com ele” como ele é realmente e não como gostaríamos que fosse. - Depois de ter sido ameaçado (Mc 3,6), Jesus não fala na sinagoga, mas em casa. A “casa” é mais do que simplesmente um lugar físico. A “casa” se torna um lugar simbólico. Há um “dentro” e um “fora”. Há um “dentro” porque há um “fora” e vice-versa. “Dentro” é a família, o grupo de discípulos e discípulas que Jesus vai chamando e formando; “fora” são os estranhos. Este “dentro”, na verdade, delimita a Igreja, que é formada por aqueles e aquelas que estão com ele e o escutam. Isto não significa – já foi dito mais de uma vez – que a Igreja seja um clube fechado, mas um círculo aberto a todos os estranhos. - O verdadeiro alimento do homem (cf. Mc 3,20) é a palavra que sai da boca de Deus (Dt 8,3), expressão da sua vontade. A vontade de Deus é plenamente cumprida por quem se coloca em volta dele para escutá-lo. - Jesus, como o Pai declarou da nuvem, é o Filho amado que deve ser ouvido (cf. Mc 9,7). Ele é a Palavra eterna do Pai. À medida que o escutamos, tornamo-nos sua mãe e seus irmãos. Nós nos tornamos a palavra que ouvimos; quem ouve Jesus, a Palavra, torna-se filho e irmão como ele. O grupo dos "seus", inspirado pelo bom senso e pelos bons sentimentos, querem sequestrá-lo, porque está louco. De fato, Jesus não procura a própria vantagem e não sabe tirar proveito da situação. O grupo dos "escribas", ao invés de se converterem, usam a sua sabedoria para se defender. Para eles é verdadeiro só que é útil para manter as suas certezas, falso o que as coloca em discussão. Não lhes interessa servir a verdade, mas servir-se habilmente dela para confirmar as próprias opiniões religiosas e as próprias posições de poder. Jesus está no centro do grupo dos que "cumprem a vontade de Deus". O Pai quer que todos estejam com ele e se tornem como ele: ouvintes do Filho para tornarem-se filhos e filhas. Se o dar ouvidos ao diabo tornou-nos filhos do diabo (cf. Jo 8,44), a escuta dele nos restitui a condição de filhos e filhas! - Fazer parte da companhia de Jesus, navegar na sua barquinha não se apoia em privilégios de raça ou de classe. Os seus segundo a carne ainda não fazem parte da sua comunidade (vv. 21.31ss.). Os sábios, que se acham no direito de tudo julgar, inclusive o Espírito, também não (vv. 22-30). - A verdadeira família de Jesus não é formada por seus parentes, próximos ou distantes, mas por quem o escuta (vv. 33-35). - Na verdade, não é fácil passar de família carnal a família espiritual de Jesus: os “seus”, baseados no bom senso e nos bons sentimentos, quiseram sequestrar porque louco; os sábios, ao invés de converter-se, usam sua sabedoria para defender-se. - Discípulo é quem entra existencialmente no círculo dos seus ouvintes. Se não for assim, ainda que tenha todos os títulos - mesmo que fosse seu parente! - e toda a ciência teológica mesmo que fosse o melhor escriba! - na realidade está fora. Corre sempre o perigo de ser como os seus que o amam, mas sem conhecê-lo e sem querê-lo como ele é; ou então como os escribas, que o conhecem, mas não o amam, e, por isso, o julgam de acordo com os seus O Minuto do Concílio “Deus não está longe nem dos que procuram um Deus desconhecido em sombras e mediante imagens.” (Lumen gentium 16) Santos do dia: Paulo I de Constantinopla (+ 355). Justo de Condat (V – VI século). Herumberto de Minden (+ 805). Dietgar (+ 830). Roberto de Newminster (1105 – 1159). Ana de São Bartomoleu (1549 – 1626). Antônio Gianelli (1789 – 1846). Maria Teresa de Soubiran (1834 – 1889). Testemunhas do Reino: Filomena López Filha (Brasil, 1990). Datas comemorativas: Dia da Liberdade de Imprensa (1798.1830). Assinatura do Tratado de Tordesilhas (1494). Destruição de quatro aldeias tupiniquins por Mem de Sá (1559). 08 SEGUNDA-FEIRA DA 10ª SEMANA DO TEMPO COMUM (Cor verde - Ofício do dia de semana Antífona da entrada O Senhor é a minha luz e a minha salvação, a quem poderia eu temer? O Senhor é o baluarte de minha vida, perante quem tremerei? Meus opressores e inimigos, são eles que vacilam e sucumbem. Oração do dia Ó Deus, fonte de todo o bem, atendei ao nosso apelo e fazei-nos, por vossa inspiração, pensar o que é certo e realizá-lo com vossa ajuda. Leitura - 2Cor 1,1-7 Início da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios 1 Paulo, apóstolo de Jesus Cristo por vontade de Deus e o irmão Timóteo, à Igreja de Deus que está em Corinto e a todos os santos Dia 08 de Junho - Segunda-feira da 10ª Semana do Tempo Comum "critérios religiosos". (Cf. S. Fausti, Ricorda e racconta il Vangelo. La catechesi narrativa di Marco. Milano, Ancora, 1994, p. 122) que se encontram em toda a Acaia: 2 para vós, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo. 3 Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e Deus de toda consolação. 4 Ele nos consola em todas as nossas aflições, para que, com a consolação que nós mesmos recebemos de Deus, possamos consolar os que se acham em toda e qualquer aflição. 5 Pois, à medida que os sofrimentos de Cristo crescem para nós, cresce também a nossa consolação por Cristo. 6 Se estamos em aflições, é para a vossa consolação e salvação; se somos consolados, é para a vossa consolação. E essa consolação sustenta a vossa paciência em meio aos mesmos sofrimentos que nós também padecemos. 7 E a nossa esperança a vosso respeito é firme, pois sabemos que, assim como participais dos nossos sofrimentos, participais também da nossa consolação. - Palavra do Senhor. 29 Dia 08 de Junho - Segunda-feira da 10ª Semana do Tempo Comum Salmo responsorial - Sl 33 R. Provai e vede quão suave é o Senhor! 1. Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, seu louvor estará sempre em minha boca. Minha alma se gloria no Senhor; que ouçam os humildes e se alegrem! R. 2. Comigo engrandecei ao Senhor Deus, exaltemos todos juntos o seu nome! Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu, e de todos os temores me livrou. R. 3. Contemplai a sua face e alegrai-vos, e vosso rosto não se cubra de vergonha! Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido, e o Senhor o libertou de toda angústia. R. 4. O anjo do Senhor vem acampar ao redor dos que o temem, e os salva. Provai e vede quão suave é o Senhor! Feliz o homem que tem nele o seu refúgio! R. Aclamação ao Evangelho R. Aleluia, Aleluia, Aleluia. V. Alegrai-vos, vós todos, porque grande há de ser a recompensa nos céus, que um dia, tereis! R. discípulos aproximaram-se, 2 e Jesus começou a ensiná-los: 3 "Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus. 4 Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados. 5 Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra. 6 Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. 7 Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. 8 Bemaventurados os puros de coração, porque verão a Deus. 9 Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. 10 Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. 11 Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim. 12 Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus. Do mesmo modo perseguiram os profetas que vieram antes de vós. - Palavra da Salvação. Prece dos fiéis As bem-aventuranças proclamadas por Jesus resumem o espírito e o estilo do Reino de Deus que Ele veio anunciar. Peçamos ao Pai que a nossa herança seja esse Reino, dizendo: R. Ouvi-nos, Senhor. Evangelho - Mt 5,1-12 Cada Evangelho tem seu modo próprio de apresentar Jesus. Em Marcos, é o Messias escondido que liberta do mal; para Lucas, é o libertador que tem uma boa notícia para pobres e pecadores; para João, é o esposo que veio celebrar seu casamento conosco. Em Mateus, é o novo Moisés, que, no monte, não nos dá a Lei, mas o coração de Deus, o amor. + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus Naquele tempo: 1 Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os 30 1. Pelo papa Francisco e pelos bispos de toda a Igreja, para que na força do Espírito transmitam aos homens e vivam a mensagem das bem-aventuranças, rezemos ao Senhor. 2. Pelos missionários e leigos que vão pelo mundo a anunciar a Boa Nova de Jesus Cristo, para que bendigam a Deus que os conforta, rezemos ao Senhor. 3. Pelos que suportam sofrimentos e afrontas, mas não desistem da missão que lhes foi entregue, para que cheguem à felicidade prometida, rezemos ao Senhor. 4. Pelos que sofrem perseguição por amor da justiça e pelos que entregam a vida por uma Senhor nosso Deus, vede nossa disposição em vos servir e acolhei nossa oferenda, para que este sacrifício vos seja agradável e nos faça crescer na caridade. Deus, Pai de bondade e misericórdia, abri os nossos corações às bem-aventuranças e ajudai-nos a vivê-las com alegria. Por Cristo, nosso Senhor. Ó Deus, que curais nossos males, agi em nós por esta Eucaristia, libertando-nos das más inclinações e orientando para o bem a nossa vida. J Oração sobre as oferendas Oração depois da comunhão A Semente na Terra - Mt 5,1-12 esus, como Moisés, sobe à montanha e, sentado, como mestre, comunica a ‘Nova Lei’ aos discípulos, semente do povo de Deus que ele veio renovar. - Declara “felizes” aqueles que nós consideramos “infelizes”. É uma revolução total, a sua revolução, o reinado de Deus que ele anuncia aproximar-se de nós. - O Sermão da Montanha estende-se por três capítulos. É a “constituição” do Reino: declara seus cidadãos, estipula sua condição, apresenta seus critérios. - Um exegeta – o jesuíta italiano Silvano Fausti – apresenta sete chaves de leitura para entrarmos na riqueza desses capítulos: 1) cristológica (são uma autobiografia de Jesus, revelando sua face de Filho); 2) teológica (mostram que Deus é seu Pai, igual e diferente dele); 3) antropológica (pintam o rosto do homem realizado, feito à imagem do Pai); 4) soteriológica (salvam-nos da mentira e do fracasso definitivo); 5) eclesiológica (desenham as linhas-mestras da comunidade dos filhos que vivem como irmãos); 6) escatológica (desvelam a verdade última da realidade); 7) moral (convidam-nos a “agir” de acordo com o que “somos”, vivendo a nossa identidade de filhos no Filho). - Os estudiosos dizem que o Sermão da Montanha é uma catequese batismal. Na Igreja Antiga, Mateus era considerado o “Evangelho do catequista”. Aqui, temos a ‘regra de vida’ dos filhos e filhas que renasceram no Filho, pela fé e pelo batismo. Não se trata de uma nova lei, mais impraticável que a antiga. Trata-se de um coração novo, aquele prometido pelos profetas. O que Jesus afirma aqui é o que ele vive em todo tempo e lugar, e comunica a todos os que se dispõem a segui-lo na condição de discípulos e discípulas. As palavras de Jesus não são Lei, que julga, condena e mata, mas evangelho. Não são exigências tanto mais elevadas quanto mais impossíveis, mas o dom do seu próprio Espírito, que, transformando nosso coração, nos torna filhos e irmãos. - Não só. Jesus não só diz; ele faz o que diz. Mais ainda. Ele nos dá o que nos diz. Na verdade, Mt 4,23 a Mt 9,35 forma uma grande inclusão*. Na prática, isso significa que o Sermão da Montanha (Mt 5-7) e a sucessiva narração dos nove milagres (Mt 8-9) e um exorcismo formam uma unidade. A palavra dos capítulos 5-7 tem o poder de renovar-nos, como mostram plasticamente os capítulos 8-9: purifica a nossa vida (8,1-4), dá-nos a fé (8,5-13), torna-nos capazes de servir (8,14-15), liberta-nos do medo (8,23-27), do mal (8,16-17.28-34), do pecado (9,1-8), da doença e da morte (9,18-26), torna-nos capazes de ver (9,27-31) e de anunciar o Dia 08 de Junho - Segunda-feira da 10ª Semana do Tempo Comum pátria melhor, para que o futuro do Reino seja a sua recompensa, rezemos ao Senhor. 5. Pelos paroquianos que promovem a paz nas comunidades e por aqueles que servem a Cristo nos mais pobres, para que venham a contemplá-Lo na pátria celeste, rezemos ao Senhor. 31 Dia 08 de Junho - Segunda-feira da 10ª Semana do Tempo Comum Reino de Deus (9,32-34)! - Uma nova moral? Sim e não. Não, no sentido do moralismo, que transforma o evangelho em lei e a lei em canga. Sim, no sentido que temos, no Sermão da Montanha, um “indicativo” (a nova vida do reino) transformado em “imperativo” (a novidade de vida exigida dos discípulos e discípulas). O Filho que se tornou um de nós nos faz ser o que somos: filhos e filhas chamados a viver como irmãos e irmãs. Este é o único dever do ser humano: tornar-se o que é. Senão, decai ao que não é. Passa a viver como os animais, leva uma vida vegetativa, ou vira pedra na vidraça dos outros! - Só para os discípulos? Para os discípulos em primeiro lugar (cf. Mt 5,1d); mas para as multidões (quer dizer, para todos) (cf. Mt 5,1a) também. São para todo ser humano que procura a verdade do seu ser e a autenticidade da sua existência. O discípulo não é senão a cifra do homem verdadeiro! O Minuto do Concílio A Igreja “continua incessantemente a enviar pregadores do Evangelho, até que as Igrejas nascentes sejam plenamente constituídas e continuem elas mesmas o trabalho de evangelizar.” (Lumen gentium 17) Santos do dia: Efrém o Sírio (306 – 373). Medardo de Noyon (473 – 560). Guilherme de York (1100 – 1154). Helga de Schwarzenberg (+ 1115). Marcelino José Champagnat (1789 – 1840). Tiago Berthieu (1838 – 1896). Maria Condessa Droste de Vischering (1863 – 1899). Testemunhas do Reino: Luís Dalle (Peru, 1982). Datas comemorativas: Morte do profeta Maomé (ou Muhammad Abu al-Qasim Muhammad ibn 'Abd Allah ibn 'Abd al-Muttalib ibn Hashim) (632). Dia do Citricultor. Primeira Exibição do Cinema no Brasil (1896, Rio de Janeiro). Dia Mundial dos Oceanos. Fim da Censura Prévia à Imprensa no Brasil (1978). Gustavo Kuerten vence o Torneio de Roland Garros (1997). ABC DO CRISTIANISMO [1] Inclusão - “Inclusão temática” é um artifício literário utilizado pelo escritor para chamar a atenção, enfatizar e valorizar determinado conteúdo de seu texto. Vamos dar dois exemplos. No Evangelho de Mateus, por exemplo, há uma grande inclusão, que começa no primeiro capítulo (cf. Mt 1,23) e só termina no último (cf. Mt 28,20), tendo como centro Mt 18,20. Essa inclusão, concentrandose no título “Emanuel” (= Deus-conosco) aplicado a Jesus, realça a continuidade entre o Antigo e o Novo Testamento pelo tema da presença de Deus no meio de seu povo; a novidade representada por Jesus, que é o Emanuel, isto é, Deus-conosco; sua continuidade na Igreja, na qual Jesus está presente, quando dois ou mais se reúnem em seu nome (cf. 18,20), e até o fim dos séculos (cf. 28,20). Em Lucas, temos a famosa “viagem” que Jesus realiza a Jerusalém, iniciada no capítulo 9 (cf. Lc 9,51) e só terminada no capítulo 19 (cf. Lc 19,44). O início dessa viagem marca uma virada decisiva no Evangelho, já anunciada na transfiguração: o rosto belo, a própria glória do Pai, é o de Jesus “sozinho” (cf. Lc 9,36) que vai para Jerusalém. Com o rosto transfigurado, encerra a “catequese da escuta” e tem início a “catequese da visão”. Jesus, perfeito ouvinte do Pai e todo voltado para os irmãos, nos revela a verdadeira face do homem: é a mesma de Deus. Doravante, o evangelho não é só palavra a ser ouvida, mas caminho a ser seguido para se chegar à contemplação do Filho, que é igual ao Pai (cf. Lc 14,9). 32 (Cor branca - Ofício da memória ) Oração do dia Anchieta nasceu na ilha de Tenerife, nas Canárias, pertencentes à Espanha. Estudou em Coimbra, onde, aos 17 anos, ingressou na Companhia de Jesus. Aí fez o noviciado. Com 19 anos, foi enviado ao Brasil como missionário, integrando a comitiva de Duarte da Costa (1553), segundo governador-geral. Depois de curto período no Colégio da Bahia, seguiu para São Vicente, a cidade mais antiga do Brasil, onde passou a colaborar com o Pe. Manuel da Nóbrega. Em 25 de janeiro de 1554, participou da fundação da casa de São Paulo, a partir da qual se desenvolveria a própria cidade de São Paulo. Fundado o Colégio, Anchieta teve papel importante como educador e evangelizador. Aprendeu rapidamente o tupi e escreveu a Arte da gramática da língua mais falada na costa do Brasil, um vocabulário tupiportuguês e um catecismo em tupi. Produziu muitos textos nesta língua: cantigas, autos religiosos, romances (em português e em espanhol). Distinguiu-se também como pregador. São famosos seus dois grandes poemas à Virgem, escritos por motivo de sua prisão quando da luta contra os franceses e seus aliados, os tamoios, que haviam tomado a Guanabara. Ordenado, foi vice-diretor dos colégios de São Paulo, Santos e São Vicente e, em seguida, provincial na Bahia (1578-1585), onde escreveu seus melhores autos e suas mais circunstanciadas informações. Doente, cansado, recolheu-se, primeiro, ao colégio do Rio e, depois, à aldeia de Reritiba, onde escreveu seus últimos autos e onde faleceu, em 1597. João Paulo II o beatificou em 1981. Antífona da entrada Como são belos sobre os montes os passos do que anuncia a paz, trazendo a boa-nova e proclamando a salvação. Derramai, Senhor, sobre nós a vossa graça, a fim de que, a exemplo do Bem-aventurado José de Anchieta, apóstolo do Brasil, sirvamos fielmente ao Evangelho, tornando-nos tudo para todos, e nos esforcemos de ganhar para vós nossos irmãos no amor de Cristo. Leitura - 2Cor 1,18-22 Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios Irmãos, eu vos asseguro, pela fidelidade de Deus: O ensinamento que vos transmitimos não é "sim-e-não". 19 Pois o Filho de Deus, Jesus Cristo, que nós - a saber: eu, Silvano e Timóteo - pregamos entre vós, nunca foi "sim-e-não", mas somente "sim". 20 Com efeito, é nele que todas as promessas de Deus têm o seu "sim" garantido. Por isso também, é por ele que dizemos "amém" a Deus, para a sua glória. 21 É Deus que nos confirma, a nós e a vós, em nossa adesão a Cristo, como também é Deus que nos ungiu. 22 Foi ele que nos marcou com o seu selo e nos adiantou como sinal o Espírito derramado em nossos corações. - Palavra do Senhor. Dia 09 de Junho - Terça-feira - Beato José de Anchieta, Presbítero - Memória 09 TERÇA-FEIRA - BEATO JOSÉ DE ANCHIETA, Presbítero - Memória Salmo responsorial - Sl 118 R. Fazei brilhar vosso semblante ao vosso servo! 1. Maravilhosos são os vossos testemunhos, eis por que meu coração os observa! R. 2. Vossa palavra, ao revelar-se, me ilumina, ela dá sabedoria aos pequeninos. R. 3. Abro a boca e aspiro largamente, pois estou ávido de vossos mandamentos. R 4. Senhor, voltai-vos para mim, tende 33 Dia 09 de Junho - Terça-feira - Beato José de Anchieta, Presbítero - Memória piedade, como fazeis para os que amam vosso nome! R. 5. Conforme a vossa lei firmai meus passos, para que não domine em mim a iniquidade! R. 6. Libertai-me da opressão e da calúnia, para que eu possa observar vossos preceitos! R. 7. Fazei brilhar vosso semblante ao vosso servo, e ensinai-me vossas leis e mandamentos! R. Aclamação ao Evangelho R. Aleluia, Aleluia, Aleluia. V. Vós sois a luz do mundo; brilhe a todos vossa luz. Vendo eles vossas obras, deem glória ao Pai Celeste! R. Evangelho - Mt 5,13-16 Aquele que é luz nos transforma em luz. Aquele que é sal nos comunica seu poder. O testemunho, antes de ser, nosso comportamento, é ação salvadora de Deus em nós. Sua palavra, acolhida na vida, é luz e poder que nos salva e nos envia como testemunhas. + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 13 "Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal se tornar insosso, com que salgaremos? Ele não servirá para mais nada, senão para ser jogado fora e ser pisado pelos homens. 14 Vós sois a luz do mundo. Não pode ficar escondida uma cidade construída sobre um monte. 15 Ninguém acende uma lâmpada e a coloca debaixo de uma vasilha, mas sim num candeeiro, onde ela brilha para todos os que estão em casa. 16 Assim também brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus". - Palavra da Salvação. 34 Prece dos fiéis A vocação dos que escutam Jesus e O seguem é dar sabor ao que não o tem e iluminar quem está nas trevas. Peçamos-Lhe que nos ajude a ser assim, dizendo: R. Filho de Deus, sede a nossa luz. 1. Por aqueles que pelo batismo e confirmação passaram a ser filhos de Deus e da Igreja, para que sejam sal da terra e luz do mundo, rezemos ao Senhor. 2. Pelos discípulos cuja fé perdeu a força e por aqueles que deixaram apagar as suas lâmpadas, para que Cristo lhes renove os dons de Deus, rezemos ao Senhor. 3. Pelos que anunciam as promessas de Deus Pai em linguagem compreensível aos homens e mulheres de hoje, para que se sintam confirmados por Jesus, rezemos ao Senhor. 4. Pelos que se entregam hoje ao serviço do Evangelho com ardor semelhante ao de São Paulo, para que nenhum sofrimento os desanime, rezemos ao Senhor. 5. Pelos que não pertencem à nossa comunidade de fé, para que, vendo como os cristãos pensam e vivem, sintam que é bom conhecer Jesus e segui-Lo, rezemos ao Senhor. Senhor Jesus, Filho de Deus e Redentor nosso, que nos chamastes a escutar-Vos e a seguir-Vos, não permitais que, por fraqueza, Vos abandonemos. Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. Oração sobre as oferendas Olhai, ó Deus todo-poderoso, as oferendas que vos apresentamos na festa do bemaventurado José de Anchieta e concedei-nos imitar os mistérios da paixão do Senhor que agora celebramos. Ó Deus, pela força deste sacramento, confirmai vossos filhos e filhas na verdade da fé, pela qual o bem-aventurado José de O Anchieta jamais deixou de trabalhar, consagrando-lhe toda a sua vida. Fazei que nós também a proclamemos por toda parte com palavras e ações. A Semente na Terra - Mt 5,13-16 versículo 5,13 indica a identidade dos discípulos perseguidos (cf. Mt 5,11-12). Eles são o sal da terra: têm o mesmo sabor de Cristo. Já os versículos 5,14-16 proclamam a sua relevância: são luz do mundo, cidade sobre o monte, luz posta no candeeiro. - Colocados numa situação de dificuldade pelos insultos e perseguições por causa da justiça (vv. 10-12), os discípulos não se abatem, mas se veem identificados com os profetas antigos e, muito mais, com o seu Senhor. Experimentam a alegria, aliás, a felicidade, de estar com ele e de sofrer como ele. A cruz, de fato, os torna finalmente conformes a ele, pois é consequência e expressão de seu amor ao Pai e aos irmãos. - O que faz alguém ser “sal” é a sua identidade de filho de Deus e de irmão dos irmãos. É o seu ser filhos que os faz sal da terra. É o seu ser irmãos que os faz sal da terra. O ser humano, por si só, enquanto criatura, é Adão, terroso, ser tirado da terra (= “adamah”, em hebraico). A cruz o torna conforme a Jesus, vivendo até o fim o seu mesmo amor a Deus e aos irmãos. A cruz dá a Adão (o ser humano, cada um de nós) o seu sabor, a sua identidade de filho. Ou seja: somos sal à medida que somos filhos de Deus e irmãos até às últimas consequências! Essa é a nossa “identidade”. - E somos “luz” à medida que somos “sal”. A relevância depende da identidade. Se não vivemos como filhos e irmãos, isto é, se não somos sal, não podemos ser luz! - Hoje em dia, mas no passado não foi diferente, vivemos modelos fragmentados de evangelização. Há quem evangelize pela palavra. E procura, com fadiga, algum testemunho para dar, quer dizer, para dizer. Há quem evangelize pelo testemunho, e pode passar a vida inteira sem abrir a boca sobre a esperança que o motiva e sustenta (cf. 1Pd 3,15). Os que pensam evangelizar pela catequese, quando termina a catequese e se ‘recebe’ o sacramento, nunca mais vê sua ovelha perdida. Quem exaure a evangelização na práxis (a evangelização é “fazer”) pode não perceber mais onde a sua prática possa diferir de outras. Tem também quem acha que a liturgia é a melhor evangelização, já que é sua fonte e seu ápice, esquecido de que entre a fonte e o cume há um monte de coisas. E assim vai. - A sapientíssima Evangelii nuntiandi*, do não menos sábio Paulo VI, ensina-nos a alargar os horizontes e a articular todos os – vários e diversos! – caminhos da evangelização: o testemunho da vida (41), a pregação viva (42), a liturgia da palavra (43), a catequese (44), os meios de comunicação (45), o contato pessoal (46), os sacramentos (47), a religiosidade popular (48). A primeira via, sem dúvida, é o testemunho. Mas não é a única, nem vem só. Dia 09 de Junho - Terça-feira - Beato José de Anchieta, Presbítero - Memória Oração depois da comunhão O Minuto do Concílio “A Igreja trabalha de maneira tal que tudo o que de bom se encontra semeado no coração e na mente das pessoas ou nos próprios ritos e culturas dos povos, não só não desapareça, mas seja sanado, elevado e aperfeiçoado.” (Lumen gentium 17) 35 Dia 10 de Junho - Quarta-feira da 10ª Semana do Tempo Comum Santos do dia: Primo e Feliciano (+ 305). Libório de Le Mans (+ 397). Columbano de Iona (521 – 597). Tagino de Magdeburg (+ 1012). José de Anchieta (1534 – 1591). Ana Maria Taigi (1769 – 1837). Testemunhas do Reino: Héctor Gallego (Panamá, 1971). Juán Morán (México, 1979). Toríbia Flores de Cutipa (Peru, 1981). Datas comemorativas: Dia do Protético. Dia do Porteiro. Dia do Tenista. Dia da Imunização. Morre Michael Jackson (2009) ABC DO CRISTIANISMO [1] Evangelii nuntiandi. Em 1974, realizou-se, em Roma, convocado por Paulo VI, um Sínodo Universal dos Bispos sobre “A evangelização no mundo contemporâneo”. Ao invés de elaborarem e aprovarem um documento final, próprio do Sínodo, os bispos decidiram enviar ao Papa um conjunto de propostas, que o Papa transformaria num documento. Em 1975, foi publicada a Exortação apostólica “Evangelii nuntiandi”, sobre a evangelização. Muito bem arquitetado, rico em conteúdo, sábio no tratamento dos vários problemas que desafiam a Igreja hoje em sua missão evangelizadora, a “Evangelii nuntiandi” é considerado um dos melhores, senão o melhor, documentos papais dos dois últimos séculos. O papa Francisco, admirador confesso de Paulo VI, papa de sua primeira maturidade, marcou o início do próprio pontificado com outra exortação apostólica sobre tema semelhante: a Evangelii gaudium, assinada no dia 24 de novembro de 2014. 10 QUARTA-FEIRA DA 10ª SEMANA DO TEMPO COMUM (Cor verde - Ofício do dia de semana) Antífona da entrada O Senhor é a minha luz e a minha salvação, a quem poderia eu temer? O Senhor é o baluarte de minha vida, perante quem tremerei? Meus opressores e inimigos, são eles que vacilam e sucumbem. Oração do dia Ó Deus, fonte de todo bem, atendei ao nosso apelo e fazei-nos, por vossa inspiração, pensar o que é certo e realizá-lo com vossa ajuda. Leitura - 2Cor 3,4-11 Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios Irmãos: 36 4 É por Cristo que temos tal confiança perante Deus, 5 não porque sejamos capazes por nós mesmos, de ter algum pensamento, como de nós mesmos, mas essa nossa capacidade vem de Deus. 6 Ele é que nos tornou capazes de exercer o ministério de uma aliança nova. Esta não é uma aliança da letra, mas do Espírito. Pois a letra mata, mas o Espírito comunica a vida. 7 Se o ministério da morte, gravado em pedras com letras, foi cercado de tanta glória, que os israelitas não podiam fitar o rosto de Moisés, por causa do seu fulgor, ainda que passageiro, 8 quanto mais glorioso não será o ministério do Espírito? 9 Pois, se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais glorioso há de ser o ministério ao serviço da justificação. 10 Realmente, em comparação com uma glória tão eminente, já não se pode chamar glória o que então tinha sido glorioso. 11 Pois, se o que era passageiro foi marcado de glória, muito mais Salmo responsorial - Sl 98 R. Santo é o Senhor nosso Deus! 1. Exaltai o Senhor nosso Deus, e prostraivos perante seus pés, pois é santo o Senhor nosso Deus! R. 2. Eis Moisés e Aarão entre os seus sacerdotes. E também Samuel invocava seu nome, e ele mesmo, o Senhor, os ouvia. R. 3. Da coluna de nuvem falava com eles. E guardavam a lei e os preceitos divinos, que o Senhor nosso Deus tinha dado. R. 4. Respondíeis a eles, Senhor nosso Deus, porque éreis um Deus paciente com eles, mas sabíeis punir seu pecado. R. 5. Exaltai o Senhor nosso Deus, e prostraivos perante seu monte, pois é santo o Senhor nosso Deus! R. Aclamação ao Evangelho R. Aleluia, Aleluia, Aleluia. V. Fazei-me conhecer vossa estrada, vossa verdade me oriente e me conduza! R. Evangelho - Mt 5,17-19 Jesus não veio abolir a Lei dada ao povo por Deus, mas cumpri-la. Jesus a levou à perfeição através da sua vida, por sua relação com Deus e com os irmãos, por sua sintonia única com a vontade do Pai. + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 17"Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para darlhes pleno cumprimento. 18 Em verdade, eu vos digo: antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei, sem que tudo se cumpra. 19 Portanto, quem desobedecer a um só destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será considerado o menor no Reino dos Céus. Porém, quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus". - Palavra da Salvação. Prece dos fiéis A lei dada a Moisés conduz a Cristo, que a levou à perfeição no Evangelho. Peçamos a graça de reconhecer a sua santidade: R. Ouvinos, Senhor. 1. Pelos pastores que comentam a Palavra na homilia e pelos catequistas que a transmitem às crianças, jovens e adultos na catequese, para que o façam unindo fé e vida, rezemos ao Senhor. 2. Pelo povo judeu que ouviu Moisés e os profetas e pelo povo cristão que escutou a Boa Nova de Jesus, para que creiam no Deus vivo e verdadeiro que lhes falou, rezemos ao Senhor. 3. Por todos aqueles que transgridem os mandamentos e pelos que vivem e ensinam a sua bondade, para que as palavras de Jesus os iluminem, rezemos ao Senhor. 4. Pelos que acolhem Jesus Cristo, como São Paulo, e pelos que Lhe dizem “não” e O rejeitam, para que creiam que Deus a todos quer salvar, rezemos ao Senhor. 5. Pelos que, nas paróquias e em suas comunidades, foram chamados a ser ministros da nova Aliança e a servir a Cristo, para que agradeçam a Deus tão grande dom, rezemos ao Senhor. Dia 10 de Junho - Quarta-feira da 10ª Semana do Tempo Comum glorioso será o que permanece. - Palavra do Senhor. Senhor, que nos destes a fé na vossa Lei, ensinai-nos a reconhecer que ela é santa, e fazei que todos os homens e mulheres a ponham em prática nas condições de vida de hoje. Por Cristo, nosso Senhor. 37 Dia 10 de Junho - Quarta-feira da 10ª Semana do Tempo Comum Oração sobre as oferendas Oração depois da comunhão Senhor nosso Deus, vede nossa disposição em vos servir e acolhei nossa oferenda, para que este sacrifício vos seja agradável e nos faça crescer na caridade. J Ó Deus, que curais nossos males, agi em nós por esta Eucaristia, libertando-nos das más inclinações e orientando para o bem a nossa vida. A Semente na Terra - Mt 5,17-19 esus não veio para abolir a lei ou os profetas, mas para cumprir (5,17)! A lei é boa e faz bem: faz crescer a vida e proíbe o que a diminui. Os profetas chamam a atenção para ela, denunciando suas transgressões e prometendo um coração novo e um Espírito novo. Caminhando no caminho de Deus, encontramos a vida (Sl 1). - A lei, porém – este é o outro lado da moeda – não salva ninguém. O pecador, de fato, por imperícia e engano, considera mal o bem e bem o mal. Quando o percebe, já errou, e, tentando se desculpar, erra mais ainda. A transgressão acaba se transformando em hábito; a esse ponto, funciona quase como uma exigência, uma obrigação de fazer o que é proibido e de se negar a fazer o que é mandado. É a escravidão do vício. A lei, a esta altura, acaba por provocar o desejo do pecado e, com isso, a contaminação pelo veneno que há em nós. - São Paulo – que, no Novo Testamento (cf. Carta aos Gálatas), foi o que mergulhou mais a fundo nessa problemática – diz que a lei ao mesmo tempo provoca, acusa e pune a pecaminosidade, funcionando também ao mesmo tempo como carcereira, pedagoga e tutora do ser humano. A lei, que devia servir à vida, por causa do pecado, serve à morte. - Jesus veio nos libertar da escravidão da lei. Abolindo a lei? Não. Se a abolisse, transformaria o bem em mal e o mal em bem. Como, então, ele nos liberta da escravidão da lei? Cumprindo-a, no sentido que a vive e a vive em modo superior, em modo divino. - É a justiça excessiva que ele ensina: “Se a vossa justiça não for maior do que a dos escribas e fariseus...”. É a justiça excessiva que ele vive, vivendo o amor. A sua justiça não é a dos escribas e fariseus: é a justiça excessiva do Filho, expressão da justiça do Pai, que, em relação ao pecador, se torna misericórdia. - O cumprimento da lei, para Jesus, é exigência e decorrência da sua relação com o seu autor, o Pai. Por detrás da lei, que proíbe o que conduz à morte, está o Senhor, que dá a vida e ressuscita dos mortos. Por detrás da palavra que condena o transgressor, está o Pai que o perdoa movido pela misericórdia. - Resume Fausti: “Jesus não é o fim, mas a finalidade da lei e dos profetas: não a abolição, mas a realização plena. Vive, com efeito, a Palavra dada a Moisés e lembrada pelos profetas: é o Filho, que cumpre a vontade do Pai”. O Minuto do Concílio “A cada discípulo de Cristo incumbe o dever de difundir a fé.” (Lumen gentium 17) Santos do dia: Bardo (980 – 1051). Marino de Colônia (século X). Olívia (século X). Diana de Andaló (+ 1236). Henrique de Bolzano (1250 – 1315). João Dominici (1357 – 1419). Eustáquio Kugler (1867 – 1946). 38 Datas comemorativas: Dia da Artilharia. Dia do Pastor. Dia da Raça. Dia de Camões. Dia da Língua Portuguesa. Dia Nacional de Portugal. Fundação da Sociedade Bíblica do Brasil (1948). 11 QUINTA-FEIRA - SÃO BARNABÉ, Apóstolo - Memória (Cor vermelha - Ofício da memória) Seu apelativo – dado pelos apóstolos de Jerusalém – significa “filho da consolação ou do encorajamento” (cf. At 4,36). O nome originário, porém, era José, da tribo sacerdotal de Levi. Nascido em Chipre, era um hebreu da Diáspora (i.é, nascido fora da Palestina). Sendo da tribo de Levi, talvez tenha ido a Jerusalém e entrado em contato com os sacerdotes que atuavam no Templo. Era primo de João Marcos (cf. Cl 4,10). Desde o início, foi membro ativo – talvez até desempenhando alguma atividade ministerial – da Igreja primitiva de Jerusalém. Foi ele que tornou Saulo (Paulo), também um hebreu da Diáspora, conhecido entre os irmãos e irmãs – também os Apóstolos – da Igreja jerosolimitana (cf. At 9,7). Neste sentido, talvez fosse um cristão bastante inserido nas atividades do movimento cristão na Síria, onde Paulo se convertera e fora iniciado no cristianismo. Após a perseguição dos helenistas (cristãos de língua grega em Jerusalém), Barnabé se apresentou em Antioquia às margens do Oronte, como representante da Igreja de Jerusalém (cf. At 11,19-26). Lá se dedicou à missão entre os pagãos. Na qualidade de companheiro de Paulo (mais velho que ele), faz um trabalho missionário com ele na Síria-Cilícia. Os Atos informam também que Barnabé e Saulo levaram a Jerusalém as doações feitas pela Igreja de Antioquia (cf. At 11,27-30; 12,25). Talvez, por ter entrado primeiro no cristianismo, pode ter tido um papel importante na formação cristã e no desenvolvimento teológico de Paulo (cf. At 9; porém, Gl 1,13-17). Paulo o considerava um dos apóstolos (cf. 1Cor 9,3-6; At 14,4.14), termo que, aqui, como na maioria dos lugares, significa missionário enviado por uma Igreja para evangelizar os habitantes de determinada região. Aliás, Paulo e Barnabé teriam tomado a decisão de trabalharem com suas próprias mãos, apesar de suas famílias disporem de recursos financeiros, para não serem de peso a ninguém (cf. At 4,36-37; 18,3). Com Paulo, ele faz a primeira viagem missionária, cujo epicentro é Chipre, sua terra natal, de onde avançaram para Icônio, na Ásia Menor (cf. At 13,1-14,28). No chamado Concílio de Jerusalém (cf. At 15,1-35), Barnabé e Paulo defenderam a liberdade dos cristãos provenientes do paganismo em relação à Lei mosaica. Mais tarde, porém, será acusado por Paulo de não ter se mantido fiel na aplicação do Evangelho desvinculado da Lei (cf. Gl 2,13). Paulo, na verdade, embora se separe dele por causa de Marcos (cf. At 15,39) – discutiram se João Marcos deveria ou não acompanhá-los numa segunda viagem (cf. 15,36-41), dado que os abandona na primeira (cf. At 13,13) – continua a considerá-lo um autêntico apóstolo. Não se sabe exatamente qual o papel desempenhado por Barnabé na disputa de Antioquia a respeito de se os cristãos circuncisos deviam ou não comer com os demais (cf. Gl 2,11-14). O princípio de Barnabé era que os pagãos convertidos ao cristianismo não deviam ser circuncidados, como queriam os judeu-cristãos ‘intransigentes’ (cf. At 15,135). Na prática, porém, talvez pelo respeito que nutria por Pedro, cerrou fileiras com ele (e Marcos) na disputa com Paulo, nesta matéria um ‘liberal’. Os Atos falam ainda dele como “homem virtuoso... e cheio do Espírito Santo e Dia 11 de Junho - Quinta-feira - São Barnabé, Apóstolo - Memória Testemunhas do Reino: Norman Pérez Bello (Colômbia, 1993). 39 Dia 11 de Junho - Quinta-feira - São Barnabé, Apóstolo - Memória de fé” (At 11,24). Certas tradições atribuem a ele a autoria da Carta aos Hebreus, bem como a Carta de Barnabé, que, porém, é do século II. Antífona da entrada Feliz foi Barnabé, santo de Deus, que mereceu ser contado entre os apóstolos. Era na verdade um homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé. Oração do dia Ó Deus, que designastes São Barnabé, cheio de fé e do Espírito Santo, para converter as nações, fazei que a vossa Igreja anuncie por palavras e atos o Evangelho de Cristo que ela proclamou intrepidamente. Leitura - At 11,21b-26; 13,1-3 Leitura dos Atos dos Apóstolos Naqueles dias, 11,21b Muitas pessoas acreditaram no Evangelho e se converteram ao Senhor. 22 A notícia chegou aos ouvidos da Igreja que estava em Jerusalém. Então enviaram Barnabé até Antioquia. 23 Quando Barnabé chegou e viu a graça que Deus havia concedido, ficou muito alegre e exortou a todos para que permanecessem fiéis ao Senhor, com firmeza de coração. 24 É que ele era um homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé. E uma grande multidão aderiu ao Senhor. 25 Então Barnabé partiu para Tarso, à procura de Saulo. 26 Tendo encontrado Saulo, levou-o a Antioquia. Passaram um ano inteiro trabalhando juntos naquela Igreja, e instruíram uma numerosa multidão. Em Antioquia os discípulos foram, pela primeira vez, chamados com o nome de cristãos. 13,1 Na igreja de Antioquia, havia profetas e doutores. Eram eles: Barnabé, Simeão, chamado o Negro, Lúcio de Cirene, Manaém, que fora criado junto com Herodes, e Saulo. 2 Um dia, enquanto celebravam a liturgia, em honra do Senhor, e jejuavam, o Espírito 40 Santo disse: "Separai para mim Barnabé e Saulo, a fim de fazerem o trabalho para o qual eu os chamei". 3 Então eles jejuaram e rezaram, impuseram as mãos sobre Barnabé e Saulo, e deixaram-nos partir. - Palavra do Senhor. Salmo responsorial - Sl 97 R. O Senhor fez conhecer seu poder salvador, perante as nações. 1. Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua mão e o seu braço forte e santo alcançaram-lhe a vitória. R. 2. O Senhor fez conhecer a salvação, e às nações, sua justiça; recordou o seu amor sempre fiel pela casa de Israel. R. 3. Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai! R. 4. Cantai salmos ao Senhor ao som da harpa e da cítara suave! Aclamai, com os clarins e as trombetas, ao Senhor, o nosso Rei! R. Aclamação ao Evangelho R. Aleluia, Aleluia, Aleluia. V. Ide ao mundo e ensinai a todas as nações! Eis que eu estou convosco, até o fim do mundo! R. Evangelho - Mt 10,7-13 Evangelizar é fazer e falar o que Jesus fez e falou, dando testemunho de sua vida e mensagem. Não é inteligente doutrina, não é código de ética, é a própria pessoa de Jesus que, através de nossa humilde presença, fraca palavra e impotentes gestos, vem ao encontro dos homens e mulheres de hoje para ressuscitá-los. + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus Naquele tempo, disse Jesus aos seus quistas, para que saibam, como São Barnabé, consolar, exortar e reconciliar, oremos, irmãos. 4. Pelos leigos e leigas que colaboram nas missões, para que sejam diligentes como São Barnabé, que foi buscar Paulo em Tarso e o levou para Antioquia, oremos, irmãos. 5. Pelos membros da nossa assembleia, para que, partindo o pão com simplicidade, louvem a Deus e O sirvam nos mais pobres, oremos, irmãos. Senhor Deus onipotente, que confirmastes com o poder do vosso braço o humilde testemunho de São Barnabé, concedei-nos a graça de ser testemunhas do Evangelho pela força e a sabedoria do Espírito. Por Cristo, Senhor nosso. Prece dos fiéis Oração sobre as oferendas Oremos para que a Igreja viva a sua missão apostólica como a viveu o apóstolo São Barnabé, homem bom, cheio de fé e do Espírito Santo, e digamos, com alegria: R. Dai-nos, Senhor, a fé e a caridade dos Apóstolos. 1. Pela Igreja edificada sobre os Apóstolos do Cordeiro, para que não ofereça aos homens ouro e prata, mas a fé em Jesus Cristo, Filho de Deus, oremos, irmãos. 2. Pelo papa Francisco e pelos bispos a ele unidos, para que, cheios do Espírito Santo, transmitam ao mundo a palavra de Jesus, oremos, irmãos. 3. Pelos presbíteros, missionários e cate- A Nós vos pedimos, ó Deus, que santifiqueis com a vossa bênção as nossas oferendas; acendam elas em nós a caridade, que impeliu São Barnabé a levar aos gentios a luz do Evangelho. Dia 11 de Junho - Quinta-feira - São Barnabé, Apóstolo - Memória discípulos: 7 "Em vosso caminho, anunciai: 'O Reino dos Céus está próximo'. 8 Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar! 9 Não leveis ouro nem prata nem dinheiro nos vossos cintos; 10 nem sacola para o caminho, nem duas túnicas nem sandálias nem bastão, porque o operário tem direito ao seu sustento. 11 Em qualquer cidade ou povoado onde entrardes, informai-vos para saber quem ali seja digno. Hospedai-vos com ele até a vossa partida. 12 Ao entrardes numa casa, saudai-a. 13 Se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; se ela não for digna, volte para vós a vossa paz. - Palavra da Salvação. Prefácio dos Apóstolos Oração depois da comunhão Ao recebermos, ó Deus, o penhor da vida eterna, dai-nos gozar na vossa luz o que celebramos sob o véu do sacramento, em honra do apóstolo São Barnabé. A Semente na Terra - Mt 10,7-13 missão é dinâmica. É sair de si e de onde se está para o outro, o desconhecido, o distante. É ir ao encontro do outro. É caminho e caminhada em busca dos irmãos e irmãs. - A palavra é uma mensagem. Os discípulos não levam uma ideologia, mas proclamam uma mensagem de alegria: o Senhor vem para salvar. Não o demonstram com argumentos racionais, mas o mostram com a vida. É Evangelho (“ev” = boa; “angelho” = notícia), não é sistema, não é ideologia, não é doutrina. - Conteúdo do anúncio é o Reino. Reino que tem uma plenitude futura, mas é já uma 41 Dia 11 de Junho - Quinta-feira - São Barnabé, Apóstolo - Memória realidade presente. Faz-se presente aqui e agora. O anúncio o torna consciente. - O Reino se manifesta nas mais variadas situações de diminuição da vida e de morte: enfermidade, morte, lepra, ‘possessão’... - “Enfermo” é aquele (a) que não consegue ficar em pé. A cura do enfermo é o grande milagre de alguém, que, como Jesus, se faz irmãos dos irmãos, sobretudo dos fracos e enfraquecidos (Mt 8,17). - Irmão é aquele que ressuscita o Filho Jesus em si e no outro. Sabemos que passamos da morte à vida quando amamos os irmãos (1Jo 3,14). - O amor é uma vida nova. O amor dá vida nova. Liberta da lepra da morte e do pecado (cf. 8,1-4). - O Espírito de verdade expulsa para longe da vida da pessoa o espírito de mentira, que divide do Pai e dos irmãos, provocando a morte, pois, desde o princípio, o demônio é homicida (Jo 8,44). - O Reino deve se manifestar especialmente na forma de vida dos missionários, dos apóstolos, que de si nada devem ostentar (pobreza) para fazer brilhar o dom de Deus (gratuidade). - O princípio não podia ser mais claro: “Vocês receberam de graça, deem também de graça!” (v. 8). As igrejas-empresas da atualidade negam, pela eficácia econômica, o que pregam da eficácia da graça! - “Dar” e “receber” gratuitamente é a dinâmica da vida trinitária. O Pai se dá ao Filho e o Filho se dá ao Pai, e seu dom recíproco de amor é o Espírito Santo. O missionário cristão – ou o cristão missionário – estende esse dinamismo, no qual a Trindade o envolve, para dentro das suas relações. A missão, na verdade, é uma relação nova. - Sendo pobre, o apóstolo, que dá o dom do Evangelho, pode receber o dom de ser acolhido. Uma troca de dons, uma troca de graças. Ele dá a quem o acolhe o grande tesouro de que é portador: tornar-se como Deus, que, em sua natureza mais íntima, é dom e acolhida. Por isso, a pobreza é determinante para o evangelizador: é a liberdade em relação ao deus desse mundo – o dinheiro – e a liberdade para o Deus do Reino – o amor. Na sequela de Jesus, Paulo faz questão de mostrar o seu próprio exemplo (1Cor 9,1ss.). O Minuto do Concílio “Esta missão divina, confiada por Cristo aos apóstolos, deverá durar até o fim dos séculos.” (Lumen gentium 20) Santos do dia: Barnabé (século I). Rimberto de Bremen – Hamburgo (+ 888). Adelaide (1200 – 1240). Jolenta (1235 – 1298). João González (1430 – 1479). Rosa Molas y Vallvé (1815 – 1876). Paula Frassinetti (1809 – 1882). Testemunhas do Reino: Ismael Enrique Pineda (El Salvador, 1980). Datas comemorativas: Dia do Educador Sanitário. Dia da Marinha Brasileira. Amanhã, diante do Santíssimo Sacramento exposto, renova-se o Ato de Consagração ao Sagrado Coração de Jesus (cf. Echir. Indulgentiarum, no 26). 42 SEXTA-FEIRA - SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS - Solenidade (Cor branca - Ofício solene próprio) Comentário inicial - O coração simboliza o amor, a doação, a liberdade. Celebrando o Coração de Jesus, a Igreja celebra Deus-Amor que tanto amou o mundo que deu seu próprio Filho como nossa salvação. A nossa humilde resposta ao seu amor, segundo as palavras do próprio Jesus, não é senão amá-Lo de todo o coração, com toda a inteligência e com todas as nossas forças. Lembremo-nos, hoje, especialmente, dos jovens que se iniciam para o amor conjugal através do namoro. O amor é o coração do namoro, do casamento, da família. Que a celebração do Sagrado Coração de Jesus ajude a resgatar o amor verdadeiro, feito de conhecimento, diálogo, entrega, generosidade, perdão. Antífona da entrada Eis os pensamentos do seu Coração, que permanecem ao longo das gerações: libertar da morte todos os homens e conservar-lhes a vida em tempo de penúria. Oração do dia Concedei, ó Deus todo-poderoso, que, alegrando-nos pela solenidade do Coração do vosso Filho, meditemos as maravilhas de seu amor e possamos receber, desta fonte de vida, uma torrente de graças. reconheceram que eu cuidava deles. 4 Eu os atraía com laços de humanidade, com laços de amor; era para eles como quem leva uma criança ao colo, e rebaixava-me a dar-lhes de comer. 8c Meu coração comove-se no íntimo e arde de compaixão. 9 Não darei largas à minha ira, não voltarei a destruir Efraim, eu sou Deus, e não homem; o santo no meio de vós, e não me servirei do terror. - Palavra do Senhor. Salmo responsorial - Is 12 R. Com alegria bebereis do manancial da salvação. 1. Eis o Deus, meu Salvador, eu confio e nada temo; o Senhor é minha força, meu louvor e salvação. Com alegria bebereis no manancial da salvação. R. 2. E direis naquele dia: "Dai louvores ao Senhor, invocai seu santo nome, anunciai suas maravilhas, entre os povos proclamai que seu nome é o mais sublime. R. 3. Louvai cantando ao nosso Deus, que fez prodígios e portentos, publicai em toda a terra suas grandes maravilhas! Exultai cantando alegres, habitantes de Sião, porque é grande em vosso meio o Deus Santo de Israel!" R. Dia 12 de Junho - Sexta-feira - Sagrado Coração de Jesus - Solenidade 12 Leitura - Ef 3,8-12.14-19 Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios Leitura - Os 11,1.3-4,8c-9 Leitura da Profecia de Oseias Assim diz o Senhor: 1 "Quando Israel era criança, eu já o amava, e desde o Egito chamei meu filho. 3 Ensinei Efraim a dar os primeiros passos, tomei-o em meus braços, mas eles não Irmãos: 8 Eu, que sou o último de todos os santos, recebi esta graça de anunciar aos pagãos a insondável riqueza de Cristo 9 e de mostrar a todos como Deus realiza o mistério desde sempre escondido nele, o criador do universo. 10 Assim, doravante, as autoridades e poderes nos céus conhecem, graças à Igreja, a 43 Dia 12 de Junho - Sexta-feira - Sagrado Coração de Jesus - Solenidade multiforme sabedoria de Deus, 11 de acordo com o desígnio eterno que ele executou em Jesus Cristo, nosso Senhor. 12 Em Cristo nós temos, pela fé nele, a liberdade de nos aproximarmos de Deus com toda a confiança. 14 É por isso que dobro os joelhos diante do Pai, 15 de quem toda e qualquer família recebe seu nome, no céu e sobre a terra. 16 Que ele vos conceda, segundo a riqueza da sua glória, serdes robustecidos, por seu Espírito, quanto ao homem interior, 17 que ele faça habitar, pela fé, Cristo em vossos corações, que estejais enraizados e fundados no amor. 18 Tereis assim a capacidade de compreender, com todos os santos, qual a largura, o comprimento, a altura, a profundidade, 19 e de conhecer o amor de Cristo, que ultrapassa todo conhecimento, a fim de que sejais cumulados até receber toda a plenitude de Deus. - Palavra do Senhor. Aclamação ao Evangelho R. Aleluia, Aleluia, Aleluia V. Tomai sobre vós o meu jugo e de mim aprendei que sou de manso e humilde coração. R. Evangelho - Jo 19,31-37 Louco de amor por nós, Jesus amou-nos até o fim. De seu coração atravessado pela lança, jorra a salvação que ele nos trouxe por sua vida, morte e ressurreição. É o dom do Espírito, que sempre atualiza e comunica a própria vida de Deus às nossas vidas. + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 31 Era o dia da preparação para a Páscoa. Os judeus queriam evitar que os corpos ficassem na cruz durante o sábado, porque aquele sábado era dia de festa solene. Então pediram a Pilatos que mandasse quebrar as pernas aos crucificados e os tirasse da cruz. 32 Os soldados 44 foram e quebraram as pernas de um e depois do outro que foram crucificados com Jesus. 33 Ao se aproximarem de Jesus, e vendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas; 34 mas um soldado abriu-lhe o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. 35 Aquele que viu, dá testemunho e seu testemunho é verdadeiro; e ele sabe que fala a verdade, para que vós também acrediteis. 36 Isso aconteceu para que se cumprisse a Escritura, que diz: "Não quebrarão nenhum dos seus ossos". 37 E outra Escritura ainda diz: "Olharão para aquele que transpassaram". - Palavra da Salvação. Prece dos fiéis O amor do Coração de Cristo revelou-se plenamente na Cruz. Elevemos as nossas súplicas ao Redentor, dizendo, com toda a confiança: Mostrai-nos, Senhor, o vosso amor. 1. Pela Igreja, que nasceu da totalidade vida e ministério de Jesus, cujo ápice se encontra no mistério da Cruz e da Ressurreição, para que seja Esposa santa e imaculada e ensine os homens e as mulheres de hoje a contemplar a sua entrega salvadora, rezemos ao Senhor. 2. Pelos bispos, presbíteros e diáconos, para que anunciem, com a palavra e com a vida, as insondáveis riquezas de Cristo, rezemos ao Senhor. 3. Pelas vítimas da violência e da injustiça, para que as palavras de Jesus na cruz lhes ensinem a grandeza da compreensão e do perdão, rezemos ao Senhor. 4. Pelos deficientes e idosos, pelos doentes e moribundos, para que sintam que Deus os trata como filhos, os toma em seus braços e os atrai ao seu amor, rezemos ao Senhor. 5. Pelos membros do Apostolado da Oração, para que, orando, sejam conduzidos pelo Espírito e entre eles cresçam o ardor missionário, a amizade e a ajuda mútua, rezemos ao Senhor. Jesus Cristo, nosso Redentor, que nos abristes as fontes da salvação, fazei que, olhando para Vós, levantado na árvore da Cruz, descubramos as dimensões do vosso amor. Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo. Oração sobre as oferendas Considerai, ó Deus, o indizível amor do Coração do vosso amado Filho, para que nossas oferendas vos agradem e sirvam de reparação por nossas faltas. Oração eucarística II O Prefácio do Sagrado Coração de Jesus Coração de Jesus, fornalha ardente de caridade Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso. Elevado na cruz, entregou-se por nós com imenso amor. E de seu lado aberto pela lança fez jorrar, com a água e o sangue, os sacramentos da Igreja, para que todos, atraídos ao seu Coração, pudessem beber, com perene alegria, na fonte salvadora. Por essa razão, agora e sempre, nós nos unimos à multidão dos anjos e dos santos, cantando (dizendo) a uma só voz: Oração depois da comunhão Ó Deus, que este sacramento da caridade nos inflame em vosso amor e, sempre voltados para o vosso Filho, aprendamos a reconhecê-lo em cada irmão. Dia 12 de Junho - Sexta-feira - Sagrado Coração de Jesus - Solenidade 6. Pelos namorados, para que façam deste tempo de bênção que é o namoro uma oportunidade irrepetível de conhecimento mútuo, respeito das diferenças, busca de um projeto comum de vida, lançando, assim, as bases de uma família feliz, rezemos ao Senhor. A Semente na Terra - Jo 19,31-37 nosso olhar hoje se volta para a cruz, concentra-se no crucificado e acaba atraído pelo lado aberto pela lança, o coração de Jesus. Cumpre-se, assim, em nós – como se cumprira no dia da crucifixão – a palavra do profeta: “Olharão para aquele que traspassaram” (Zc 12,10b). - Olhamos com os olhos do discípulo amado, autor do quarto Evangelho, ele que viu e testemunhou, sendo verdadeiro o seu testemunho e interesseira a sua palavra, uma vez que visa a suscitar a fé nos nossos corações (cf. Jo 19,35). - Chegar a essa visão era o objetivo que o Evangelho se prefixara desde o início: “Assim como Moisés levantou a serpente no deserto, do mesmo modo é preciso que o Filho do Homem seja levantado. Assim, todo aquele que nele acreditar, nele terá a vida eterna.” (Jo 3,14-15). - Jesus está morto na cruz – “vendo que estava já morto” (Jo 19,33) – mas o autor do quarto Evangelho já o vê vivo, a partir da experiência da ressurreição. O seu levantamento na cruz é já o levantamento da morte, isto é, a sua ressurreição. Imediatamente após o levantamento na cruz, acontece o que Jesus prometera: ele vai para o Pai. A ida de Jesus para o Pai é, para ele, o cumprimento de tudo. A ida de Jesus para o Pai é, para nós, o início de tudo. - O príncipe desse mundo, o demônio, mortalmente ferido, é expulso desse mundo. Jesus se torna, então, centro de atração para todos (cf. Jo 12,31ss.). Atrás dele, que volta para o Pai, forma-se a fila dos irmãos e irmãs que o seguem, como as ovelhas seguem o pastor, no caso, o “belo pastor” (cf. Jo 10,11). - Para João, a fonte desse caminho é a contemplação daquele que foi traspassado, ferido 45 Dia 12 de Junho - Sexta-feira - Sagrado Coração de Jesus - Solenidade pela lança. Pelo lado aberto do Filho do Homem o céu se abre para todos os filhos de homem e mulher (cf. Jo 1,15). - Procuramos muitas vezes milagres, prodígios, sinais. O sinal que o Evangelho de João apresenta é o do lado aberto de Jesus: o sinal de um Deus que ama até ao derramamento da última gota de sangue, símbolo da vida entregue. A lancetada no flanco de Jesus era tão desnecessária quanto a quebra dos ossos, que não foi feita: era evidente que estava morto. A lancetada, porém, ao criar a ferida, criou um símbolo e, através desse símbolo, mergulhamos no abismo de amor do qual saímos, a água da qual nascemos e o sangue do qual vivemos. - Sangue e água, no nível físico, são líquidos que saem naturalmente das artérias, das veias, dos órgãos – sobretudo da pleura – perfurados. O evangelista, todavia, não é nenhum perito do IML. Ele mesmo não dá nenhuma explicação. Que delicadeza diante do mistério! Que pedagogia diante de nós! Ele se cala, para que o sinal fale por si. Ele se cala, para que nós soltemos a fala. Olhando o quarto Evangelho como um todo, o sangue é símbolo de toda a vida de Jesus derramada em favor dos irmãos e irmãs. E a água é a fonte de vida que brota da sua vida oferecida ao Pai em nosso favor. Se ligarmos a cena do lado aberto com a cena precedente – em que Jesus sentia sede de nos dar o seu Espírito (cf. Jo 19,28-30) – sangue e água são símbolos do Espírito Santo. - Hipólito Romano, na Tradição apostólica*, diz que “por meio do sangue nós temos a água do Espírito”. Isto é: a água do Espírito vem do sangue da cruz como dom da vida! Os Santos Padres, em geral, viram na água e no sangue o batismo e a Eucaristia, que fazem o Corpo do Senhor, a Igreja, nascida da Água e sempre de novo edificada pelo Pão e pelo Vinho. O Minuto do Concílio “Este colégio (episcopal) exprime a variedade e a universalidade do povo de Deus.” (Lumen gentium 22) Santos do dia: Onofre o Grande (+ 400). Leão III (+ 816). Odulfo (+ 857). Zímio, Vímio e Marino (século XI – XII). Ésquilo (1020 – 1080). Guido Vagnotelli (1190 – 1247). Gaspar Bertoni (1777 – 1853). Testemunhas do Reino: Joaquim Neves Norte (Brasil, 1981). Datas comemorativas: Dia dos Namorados. Dia do Correio Nacional. Fim da Guerra do Chaco (1935). ABC DO CRISTIANISMO [1] “Tradição Apostólica”. Nome de um pequeno importante livro escrito em 215 provavelmente por Hipólito, um presbítero romano. Recolhe informações importantes sobre a estrutura ministerial e sacramental da Igreja antiga. "Se alguém disser: "Recebi o dom da cura por uma revelação", não será imposta a mão sobre ele: os próprios fatos evidenciarão se diz a verdade." (Tradição Apostólica I 32,5) 46 SÁBADO - IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA - Memória (cor branca - ofício da memória) Antífona da entrada Meu coração exulta porque me salvais. Cantarei ao Senhor pelo bem que me fez. Oração do dia Ó Deus, que preparastes morada digna do Espírito Santo no Imaculado Coração de Maria, concedei que, por sua intercessão, nos tornemos um templo de vossa glória. Os saciados se empregaram por um pão, mas os pobres e os famintos se fartaram. Muitas vezes deu à luz a que era estéril, mas a mãe de muitos filhos definhou. R. 3. É o Senhor quem dá a morte e dá a vida, faz descer à sepultura e faz voltar; é o Senhor quem faz o pobre e faz o rico, é o Senhor quem nos humilha e nos exalta. R. 4. O Senhor ergue do pó o homem fraco, do lixo ele retira o indigente, para fazê-los assentar-se com os nobres num lugar de muita honra e distinção. R. Leitura - Is 61,9-11 Aclamação ao Evangelho Leitura do Livro do Profeta Isaías 9 A descendência do meu povo será conhecida entre as nações, e seus filhos se fixarão no meio dos povos; quem os vir há de reconhecê-los como descendentes abençoados por Deus. 10 Exulto de alegria no Senhor e minh'alma regozija-se em meu Deus; ele me vestiu com as vestes da salvação, envolveu-me com o manto da justiça e adornou-me como um noivo com sua coroa, ou uma noiva com suas joias. 11 Assim como a terra faz brotar a planta e o jardim faz germinar a semente, assim o Senhor Deus fará germinar a justiça e a sua glória diante de todas as nações. - Palavra do Senhor. R. Aleluia, Aleluia, Aleluia. V. Bendita é a Virgem Maria, que guardava a Palavra de Deus, meditando-a no seu coração. R. Dia 13 de Junho - Sábado - Imaculado Coração de Maria - Memória 13 Evangelho - Lc 2,41-51 Criado para a vida, o ser humano tem medo da morte e faz de tudo para afastá-la. Uma das coisas que faz – a mais comum e a menos indicada – é o acúmulo de bens, de coisas, de riquezas. É a falsa esperança de que algo pode salvar alguém. Só Alguém, contudo, pode salvar alguém. Este Alguém é o Pai, o Amor infinito, a Vida sem começo e sem fim. Esta é a nossa meta; a morte é pedágio! Cântico - 1Sm 2 R. Meu coração se regozija no Senhor. 1. Exulta no Senhor meu coração, e se eleva a minha fronte no meu Deus; minha boca desafia os meus rivais porque me alegro com a vossa salvação. R. 2. O arco dos fortes foi dobrado, foi quebrado, mas os fracos se vestiram de vigor. + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 41 Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, para a festa da Páscoa. 42 Quando ele completou doze anos, subiram para a festa, como de costume. 43 Passados os dias da Páscoa, começaram a viagem de volta, mas o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que 47 Dia 13 de Junho - Sábado - Imaculado Coração de Maria - Memória seus pais o notassem. 44 Pensando que ele estivesse na caravana, caminharam um dia inteiro. Depois começaram a procurá-lo entre os parentes e conhecidos. 45 Não o tendo encontrado, voltaram para Jerusalém à sua procura. 46 Três dias depois, o encontraram no Templo. Estava sentado no meio dos mestres, escutando e fazendo perguntas. 47 Todos os que ouviam o menino estavam maravilhados com sua inteligência e suas respostas. 48 Ao vê-lo, seus pais ficaram muito admirados e sua mãe lhe disse: "Meu filho, por que agiste assim conosco? Olha que teu pai e eu estávamos, angustiados, à tua procura". 49 Jesus respondeu: "Por que me procuráveis? Não sabeis que devo estar na casa de meu Pai?" 50 Eles, porém, não compreenderam as palavras que lhes dissera. 51 Jesus desceu então com seus pais para Nazaré, e era-lhes obediente. Sua mãe, porém, conservava no coração todas estas coisas. - Palavra da Salvação. Prece dos fiéis Por intercessão da Virgem Maria, a memória do seu Imaculado Coração, elevemos as nossas súplicas a Deus Pai todo-poderoso, dizendo: R. Interceda por nós o Coração da Virgem Imaculada. 1. Para que os cristãos e cristãs sejam um só coração e uma só alma e perseverem em oração com Maria, Mãe de Jesus, oremos, irmãos. 2. Para que as mães fomentem nos seus lares o amor e a santidade da Família de Nazaré, Jesus, Maria e José, oremos, irmãos. 3. Para que Deus dê força aos que sofrem, como fortaleceu a Virgem Maria junto à cruz do seu filho, oremos, irmãos. 4. Para que todos aqueles que estão em perigo sintam a proteção da Mãe de misericórdia, oremos, irmãos. 5. Para que as religiosas e as consagradas ao Senhor exultem por terem escolhido a 48 porção que não lhes será tirada, oremos, irmãos. 6. Para que todos os discípulos e discípulas de Cristo se alegrem por ter Maria como co-discípula fiel e mãe amorosa, oremos, irmãos. Concedei, Senhor, à vossa Igreja, por intercessão do Imaculado Coração de Maria, a graça de acolher, como a Virgem, os dons de Deus, e ser digna morada do Espírito Santo. Por Cristo, nosso Senhor. Oração sobre as oferendas Acolhei, ó Deus, as preces e oferendas que vos apresentamos em honra de Maria, Mãe de Jesus Cristo, vosso Filho. Que elas vos sejam agradáveis e nos tragam o vosso perdão. Prefácio da Virgem Maria, I A maternidade da Virgem Maria Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, e, na festa do Imaculado Coração de Maria, sempre Virgem, celebrar os vossos louvores. À sombra do Espírito Santo, ela concebeu o vosso Filho único e, permanecendo virgem, deu ao mundo a luz eterna, Jesus Cristo, Senhor nosso. Por ele, os anjos cantam vossa grandeza, os santos proclamam vossa glória. Concedei também a nós associarnos a seus louvores, cantando (dizendo) a uma só voz: Oração depois da comunhão Tendo participado, ó Deus, da redenção eterna, na festa da Mãe de Jesus, concedei-nos crescer em vossa graça até a plenitude da salvação. om a apresentação de Jesus a Israel, termina a apresentação de Israel aos pagãos, para que eles – aos quais Lucas escreve – possam entrar no ‘clima’ do Novo Testamento. O leitor pagão de Lucas está, agora, preparado para acolher, ver, abraçar e louvar a Deus, identificando-se com as figuras israelíticas de Maria, dos pastores, de Simeão e Ana. - O primeiro capítulo de Lucas já está povoado de títulos que, aplicados a Jesus, ajudam a penetrar no seu mistério. Jesus é o Filho de Deus (1,32-35), Filho do Altíssimo (1,32), salvador (1,11), Cristo Senhor (1,11), luz dos povos e glória de Israel (1,32), sinal de contradição e espada que corta (1,34.35), consolação e redenção de Israel. A Cristologia não precisa fazer muito esforço para ter à disposição um rico mostruário de ‘títulos cristológicos’! - Lucas faz, então, uma espécie de ‘trailer’ antecipatório de como tudo se revelará no decorrer da vida terrena de Jesus, que o terceiro Evangelho narrará, de forma ordenada e com mais amplitude, em seguida. A vida de Jesus se desenrolará como uma peregrinação a Jerusalém – a grande viagem de Lc 9, – para onde a sua “sabedoria” o leva e o segura, para ser e viver como Filho em obediência ao Pai. A narração do encontro de Jesus menino no Templo com os doutores antecipa a “viagem pascal” de Jesus adulto a Jerusalém. O evangelista, depois de ter delineado a pré-história de Jesus por meio das linhas mestras da promessa (a Lei, o Templo e a Profecia), traça um desenho do seu futuro e revela-nos, assim, a loucura da sua sabedoria, que o levará à impotência que nos salva. Os três dias – nem mais nem menos – da sua perda em Jerusalém são o prelúdio da sua morte, sepultamento e ressurreição. O iconógrafo Lucas criou um belo roteiro! - Evidentemente, o Lucas que escreve sobre a infância de Jesus é o Lucas, que, pela pregação da vida, morte e ressurreição de Jesus, conhece o desfecho daquela flor que, em Belém, em Jerusalém e em Nazaré, mal chegava a um botão querendo abrir. O escritor Lucas, sabedor da morte de Jesus na cruz e certo da sua ressurreição, lê todo o passado de Jesus – sobretudo o seu início, a infância (Lc 1-2) – à luz da ressurreição. E esta faz ver aquilo que já estava, sim, presente nos fatos, mas que a pequenez, a humildade, a naturalidade de Jesus não deixavam transparecer. A ressurreição lança uma luz poderosíssima sobre a infância de Jesus, e essa brilha, então, de uma luz nova. A quotidianidade reveste-se de instantaneidade. A penumbra vira glória. A opacidade transluz de fulgor. - A esta revelação fulgurante (graças à retroprojeção da ressurreição!) do mistério de Jesus no Templo, serve de moldura o mistério da sua vida humilde e quotidiana em Nazaré (com menos retroprojeção da ressurreição!), sua escola de sabedoria. Sabedoria que o Filho trazia em sua natureza divina, Sabedoria, aliás, que ele próprio era, mas que, em sua condição encarnada, só podia manifestar-se nas condições e nos limites da natureza humana, sendo captada, como em toda natureza humana, pela consciência igualmente humana. Sabedoria que Jesus foi também aprendendo no seio e sobre os joelhos da mãe, na convivência com o pai, na frequentação da sinagoga, nas idas anuais ao Templo, na leitura da Escritura, da qual ele, como todo ser humano, aprendeu a discernir os sinais, decifrar as letras, juntar as sílabas, formar as palavras, ler as frases, captar o sentido. É importante dizer isso, porquanto uma imagem desequilibradamente divina de Jesus o dispensa de todo esse processo universalmente humano. Há um monofisismo sempre à espreita! - No Evangelho de hoje, a sabedoria – tema dominante – aparece no começo (v. 40) e no fim (v. 50) do relato, sendo descrita no meio (vv. 46.47). É a sabedoria do Filho, oposta à de Dia 13 de Junho - Sábado - Imaculado Coração de Maria - Memória C A Semente na Terra - Lc 2,41-51 49 Dia 14 de Junho - 11º Domingo do Tempo Comum ‘Adam’ e que consiste na obediência ao Pai (v. 59). Jesus fica tres dias em Jerusalém, respondendo sobre as Escrituras e para responder às Escrituras. Depois, volta a Nazaré, para a vida quotidiana, a vida familiar, a vida normal de toda criança, adolescente, jovem. É a encarnação que faz o seu caminho. É a encarnação que continua. O dia a dia de Nazaré o preparou para a vida pública tanto quanto aquele dia único da encarnação do Verbo! O Minuto do Concílio “Algumas delas [Igrejas particulares], notadamente as Igrejas patriarcais, como mães geraram outras filhas.” (Lumen gentium 23) Santos do dia: Geraldo de Claraval (+ 1138). Antônio de Pádua (1195 – 1231). Datas comemorativas: Dia do Turista. Início da Insurreição Pernambucana (1645). Nascimento de José Bonifácio, Patriarca da Independência (1763). Criação do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, por Dom João VI (1808). Início da Insurreição Pernambucana para expulsar os holandeses (1645). 14 11º DOMINGO DO TEMPO COMUM (Cor verde - III SEMANA DO SALTÉRIO - Ofício dominical comum) ser humano tem acesso. Não define, nem descreve, só indica, insinua, alude, sugere. Não separa uma realidade da outra, mas interliga, relaciona, lança pontes. Está aberta a ser completada, corrigida, modificada por outra imagem, aliás, por outras imagens. Passeia entre um campo e outro da experiência humana, como a própria vida, que nunca está fechada num único compartimento. É a linguagem adequada para se falar do Reino. Que é como a semente que o lavrador joga na terra. Depois, dorme e acorda, enquanto a semente cresce por sua própria energia. Não importa o tamanho da semente, o que conta é o espetáculo da colheita, precedido pelos galhos carregados, que a anunciam. E se o mau tempo ou a tempestade frustra a colheita este ano, a esperança do lavrador renasce com a primeira chuva, certo de que o futuro será melhor. Comentário inicial - Jesus gosta de falar com metáforas, usar parábolas, ensinar por comparações. É a linguagem mais rica a que o 50 Antífona da Entrada Ouvi, Senhor, a voz do meu apelo: tende Oração do dia Ó Deus, força daqueles que esperam em vós, sede favorável ao nosso apelo, e como nada podemos em nossa fraqueza, dai-nos sempre o socorro da vossa graça, para que possamos querer e agir conforme vossa vontade, seguindo os vossos mandamentos. Primeira leitura- Ez 17,22-24 Leitura da Profecia de Ezequiel 22 Assim diz o Senhor Deus: "Eu mesmo tirarei um galho da copa do cedro, do mais alto de seus ramos arrancarei um broto e o plantarei sobre um monte alto e elevado. 23 Vou plantá-lo sobre o alto monte de Israel. Ele produzirá folhagem, dará frutos e se tornará um cedro majestoso. Debaixo dele pousarão todos os pássaros, à sombra de sua ramagem as aves farão ninhos. 24 E todas as árvores do campo saberão que eu sou o Senhor, que abaixo a árvore alta e elevo a árvore baixa; faço secar a árvore verde e brotar a árvore seca. Eu, o Senhor, digo e faço". - Palavra do Senhor. Rochedo, não existe nele o mal!" R. Leitura - 2Cor 5,6-10 Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios Irmãos: 6 Estamos sempre cheios de confiança e bem lembrados de que, enquanto moramos no corpo, somos peregrinos longe do Senhor; 7 pois caminhamos na fé e não na visão clara. 8 Mas estamos cheios de confiança e preferimos deixar a moradia do nosso corpo, para ir morar junto do Senhor. 9 Por isso, também nos empenhamos em ser agradáveis a ele, quer estejamos no corpo, quer já tenhamos deixado essa morada. 10 Aliás, todos nós temos de comparecer às claras perante o tribunal de Cristo, para cada um receber a devida recompensa - prêmio ou castigo - do que tiver feito ao longo de sua vida corporal. - Palavra do Senhor. Dia 14 de Junho - 11º Domingo do Tempo Comum compaixão de mim e atendei-me; vós sois meu protetor: não me deixeis; não me abandoneis, ó Deus meu Salvador! Aclamação ao Evangelho R. Aleluia, Aleluia, Aleluia. V. Semente é de Deus a Palavra, o Cristo é o semeador; todo aquele que o encontra, vida eterna encontrou. R. Evangelho - Mc 4,26-34 Salmo responsorial - Sl 91 R. Como é bom agradecermos ao Senhor. 1. Como é bom agradecermos ao Senhor cantar salmos de louvor ao Deus Altíssimo! Anunciar pela manhã vossa bondade, e o vosso amor fiel, a noite inteira. R. 2. O justo crescerá como a palmeira, florirá igual ao cedro que há no Líbano; na casa do Senhor estão plantados, nos átrios de meu Deus florescerão. R. 3. Mesmo no tempo da velhice darão frutos, cheios de seiva e de folhas verdejantes; e dirão: "É justo mesmo o Senhor Deus: meu O Evangelho de hoje não nos ensina a ficarmos passivos e inativos, que Deus faz tudo e muito mais. A boa notícia é sempre apelo à conversão, à fé, ao seguimento, à ação. Conversão, fé, seguimento, ação são, sem dúvida, ações humanas, plenamente humanas, nas quais e mediante as quais, porém, Deus nos liberta para sermos e fazermos o que corresponde à nossa vocação mais profunda: a vida e a liberdade em Deus. + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos Naquele tempo: 26 Jesus disse à multidão: 51 Dia 14 de Junho - 11º Domingo do Tempo Comum "O Reino de Deus é como quando alguém espalha a semente na terra. 27 Ele vai dormir e acorda, noite e dia, e a semente vai germinando e crescendo, mas ele não sabe como isso acontece. 28 A terra, por si mesma, produz o fruto: primeiro aparecem as folhas, depois vem a espiga e, por fim, os grãos que enchem a espiga. 29 Quando as espigas estão maduras, o homem mete logo a foice, porque o tempo da colheita chegou". 30 E Jesus continuou: "Com que mais poderemos comparar o Reino de Deus? Que parábola usaremos para representálo? 31 O Reino de Deus é como um grão de mostarda que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes da terra. 32 Quando é semeado, cresce e se torna maior do que todas as hortaliças, e estende ramos tão grandes, que os pássaros do céu podem abrigar-se à sua sombra". 33 Jesus anunciava a Palavra usando muitas parábolas como estas, conforme eles podiam compreender. 34 E só lhes falava por meio de parábolas, mas, quando estava sozinho com os discípulos, explicava tudo. - Palavra da Salvação. Prece dos fiéis Aqui reunidos no Espírito Santo, oremos com toda a confiança a Deus Pai, pela mediação de seu Filho Jesus Cristo, dizendo: R. Atendei, Senhor, a nossa prece. 1. Pelo papa Francisco, que preside a toda a Igreja, pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e pela coragem de todos os bispos e presbíteros, oremos ao Senhor. 2. Pelos cristãos que perderam a fé, pelo A povo judeu, vinha que Deus plantou com todo o cuidado, e pelos crentes de todas as religiões, oremos ao Senhor. 3. Pela semente lançada à terra por Jesus, pelo crescimento da fé na Igreja de hoje e por todos os missionários e missionárias, oremos ao Senhor. 4. Por aqueles que perderam a esperança, pelos que foram injustamente condenados e pelos que vivem no exílio, longe da pátria, oremos ao Senhor. 5. Pela nossa assembleia celebrante, por toda a nossa comunidade e pelos nossos pais e irmãos que Deus chamou, oremos ao Senhor. Pai de misericórdia, que enviastes o vosso Filho a semear a Palavra no coração dos homens, fazei que ela germine e dê muito fruto, para ser recolhido no celeiro do reino dos Céus. Por Cristo, nosso Senhor. Oração sobre as oferendas Ó Deus, que pelo pão e o vinho alimentais a vida dos seres humanos e os renovais pelo sacramento, fazei que jamais falte este sustento ao nosso corpo e à nossa alma. Oração Eucarística V Oração depois da comunhão Ó Deus, esta comunhão na Eucaristia prefigura a união dos fieis em vosso amor; fazei que realize também a comunhão na vossa Igreja. A Semente na Terra - Mc 4,26-34 palavra-chave do Evangelho de hoje é um tapa na cara do nosso protagonismo: “Ele vai dormir e acorda, noite e dia, e a semente vai germinando e crescendo, mas ele não sabe como isso acontece” (Mc 4,27). - A mensagem é clara: não é a ação do ser humano que produz o Reino, mas o próprio poder de Deus, invisível e escondido como a vida na semente. 52 Dia 14 de Junho - 11º Domingo do Tempo Comum - Nossas impaciências pelo bem não só são inúteis, mas prejudiciais. Da mesma forma que o mal traz em si seu veneno de morte, o bem tem sua própria vida e cresce por si. - No evangelho de hoje, Jesus mostra o contraste entre a nossa inatividade e a ação de Deus. Mas este contraste é só aparente, pois ele age exatamente onde somos impotentes e contamos confiantes com sua ação. Eficácia evangélica e eficácia mundana não são a mesma coisa! - Os tentadores insistem para que Jesus aja rápido, com urgência e determinação. Senão, seus esforços serão frustrados. Ele responde que, se puxamos a planta, a arrancamos, mas ela não cresce. A vida tem o seu ritmo, que é preciso conhecer e respeitar. A semente, uma vez lançada na terra, cresce por si, com a mesma calma com que o rio escorre para o mar e a pedra rola morro abaixo. Não se contraria nem se apressa este ritmo impunemente! - Na verdade, o Reino de Deus é de Deus. O homem não pode nem fazê-lo nem impedi-lo. Pode, no máximo, retardá-lo, como alguma depressão na encosta ou alguma represa nalgum ponto do rio. Ao homem cabe acolher o Reino e deixar-se envolver no seu dinamismo. Ação divina e ação humana, a partir daí, não se opõem, mas se compõem na insuperável diferença. - Modelo de nossa ação é Moisés, que se volta confiante para Deus: enquanto seus braços estão erguidos, o povo vence (cf. Ex 14,13ss.); a nossa força vem do nosso abandono confiante em seus braços (cf. Is 30,5). - A agitação, ao invés de nos livrar da areia movediça, pode precipitar nosso engolimento. Quem nos salva é ele, o Senhor único de tudo e de todos. Quem crê realmente sabe disso e fica sereno, ainda que cercado de dificuldades. O ímpio, ao contrário, é como “mar agitado, que não se acalma e cujas águas trazem barro e sujeira” (Is 57,20). Nossas ansiedades em relação ao bem não vêm de Deus, mas do inimigo. São sinais de pouca confiança – “Senhor, salva-nos porque perecemos”! – e causa de perdição. - A parábola do semeador que dorme é a parábola absoluta da fé. Fé que faltará aos discípulos na noite deste mesmo dia, quando Jesus dormirá tranquilo e os discípulos ‘morrerão’ de medo (cf. Mc 4,35-41). - Pode-se iluminar a parábola de Jesus com outra, nossa. Um camponês estava sentado à beira de um terreno limpo, nu de planta nenhuma. Mandou embora as crianças que queriam jogar bola ali. Fez um transeunte que queria passar pelo meio do terreno desviar seu caminho. Frustrou um padre que pedia parte do terreno para construir sobre ele alguma capela ou a sede de uma obra beneficente. Naquele terreno, não tinha nada. Mas o camponês já o contemplava verdejante, dourado, colhido. Um visionário? Absolutamente. A aparência dava razão aos ‘realistas’. A realidade, porém, ao camponês, que tinha semeado e sabia que a semente não decepciona! “Quem não tem a sábia paciência do camponês destrói com duas mãos o que faz com uma” (Fausti). SEMEAR COM HUMILDADE E CONFIANÇA José Antonio Pagola Jesus se preocupava muito que seus seguidores ficassem, um dia, desanimados ao ver que seus esforços por um mundo mais humano e feliz não obtivessem o êxito esperado. Esqueceriam o Reino de Deus? Manteriam sua confiança no Pai? O mais importante é que não esqueçam nunca como devem trabalhar. 53 Dia 14 de Junho - 11º Domingo do Tempo Comum Com exemplos tomados da experiência dos camponeses da Galileia, anima-os a trabalhar sempre com realismo, com paciência e com muita confiança. Não é possível abrir caminhos ao Reino de Deus de qualquer maneira. Têm que prestar atenção em como Ele trabalha. A primeira coisa é que a tarefa deles é semear, não colher. Não devem viver esperando resultados. Não devem se preocupar com a eficácia nem com o sucesso imediato. Sua atenção deve se concentrar em semear bem o Evangelho. Os colaboradores de Jesus devem ser semeadores. Nada mais. Depois de séculos de expansão religiosa e de grande poder social, nós cristãos temos que recuperar na Igreja o gesto humilde do semeador. Esquecer a lógica de quem sai sempre a colher frutos e entrar na lógica de quem semeia um futuro melhor. Os inícios de toda semeadura são sempre humildes. Ainda mais se se trata de semear o Projeto de Deus no ser humano. A força do Evangelho não é nunca espetacular ou clamorosa. De acordo com Jesus, é como semear algo tão pequeno e insignificante como “um grão de mostarda” que germina secretamente no coração das pessoas. Por isso, o Evangelho só pode ser semeado com fé. É o que Jesus quer dizer com suas pequenas parábolas. O Projeto de Deus de fazer um mundo mais humano carrega dentro de si uma força salvadora e transformadora que já não depende do semeador. Quando a Boa Nova desse Deus penetra em uma pessoa ou em um grupo humano, ali começa a crescer algo que nos supera. Na Igreja, não sabemos nestes momentos como atuar nesta situação nova e inédita, no meio de uma sociedade cada vez mais indiferente a dogmas religiosos e códigos morais. Ninguém tem a receita. Ninguém sabe exatamente o que é preciso fazer. O que precisamos é buscar caminhos novos com a humildade e a confiança de Jesus. Mais cedo ou mais tarde, nós cristãos sentiremos a necessidade de voltar ao essencial. Descobriremos que só a força de Jesus pode regenerar a fé na sociedade descristianizada de nossos dias. Então, a prenderemos a semear com humildade o Evangelho como início de uma fé renovada, não transmitida por nossos esforços pastorais, mais engendrada por ele. O Minuto do Concílio “Esta Igreja de Cristo está verdadeiramente presente em todas as legítimas assembleias locais de fiéis.” (Lumen gentium 26) Santos do dia: Metódio I de Constantinopla (790 – 847). Hartwig de Salzburg (955 – 1023). Gottschalk (1000 – 1066). Testemunhas do Reino: Maurício Silva (Argentina, 1977). Cosme Spessoto (El Salvador, 1980). Vicente Hordanza (Peru, 1983). Datas comemorativas: Dia do Solista. Dia Universal de Deus. Dia Nacional das Relações Públicas. Dia da Manicura. 54 (Cor verde - Ofício do dia de semana) Antífona da entrada vivamos; como castigados mas não mortos; como aflitos mas sempre alegres; como pobres mas enriquecendo muitos; como quem nada possui, mas tendo tudo. - Palavra do Senhor. 10 Ouvi, Senhor, a voz do meu apelo: tende compaixão de mim e atendei-me; vós sois meu protetor: não me deixeis; não me abandoneis, ó Deus meu Salvador! Salmo responsorial - Sl 97 Oração do dia R. O Senhor fez conhecer a salvação. Ó Deus, força daqueles que esperam em vós, sede favorável a nosso apelo, e como nada podemos em nossa fraqueza, dai-nos sempre o socorro da vossa graça, para que possamos querer e agir conforme vossa vontade, seguindo os vossos mandamentos. Leitura - 2Cor 6,1-10 Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios 1. Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua mão e o seu braço forte e santo alcançaram-lhe a vitória. R. 2. O Senhor fez conhecer a salvação, e às nações, sua justiça; recordou o seu amor sempre fiel pela casa de Israel. R. 3. Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai! R. Dia 15 de Junho - Segunda-feira da 11ª Semana do Tempo Comum 15 SEGUNDA-FEIRA DA 11ª SEMANA DO TEMPO COMUM Aclamação ao Evangelho Irmãos: 1 Como colaboradores de Cristo, nós vos exortamos a não receberdes em vão a graça de Deus, 2 pois ele diz: "No momento favorável, eu te ouvi e no dia da salvação, eu te socorri". É agora o momento favorável, é agora o dia da salvação. 3 Não damos a ninguém nenhum motivo de escândalo, para que o nosso ministério não seja desacreditado. 4 Mas em tudo nos recomendamos como ministros de Deus, com muita paciência, em tribulações, em necessidades, em angústias, 5 em açoites, em prisões, em tumultos, em fadigas, em insônias, em jejuns, 6 em castidade, em compreensão, em longanimidade, em bondade, no Espírito Santo, em amor sincero, 7 em palavras verdadeiras, no poder de Deus, em armas de justiça, ofensivas e defensivas, 8 em honra e desonra, em má ou boa fama; considerados sedutores, sendo, porém, verazes; 9 como desconhecidos, sendo porém, bem conhecidos; como moribundos, embora R. Aleluia, Aleluia, Aleluia. V. Vossa palavra é uma luz para os meus passos, e uma lâmpada luzente em meu caminho. R. Evangelho - Mt 5,38-42 Jesus substitui a lei do “talião”* – do tal e qual – pela lei do amor – que se exprime na compaixão, na misericórdia, na generosidade, na doação, na generosidade. É preciso deixar que esta palavra revolucionária de Jesus mexa conosco, sobretudo, hoje, quando o individualismo e a vingança gritam mais alto que a própria lei dos homens. + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus Naquele tempo, disse Jesus aos seus 55 Dia 15 de Junho - Segunda-feira da 11ª Semana do Tempo Comum discípulos: 38 "Ouvistes o que foi dito: 'Olho por olho e dente por dente!' 39 Eu, porém, vos digo: Não enfrenteis quem é malvado! Pelo contrário, se alguém te dá um tapa na face direita, oferece-lhe também a esquerda! 40 Se alguém quiser abrir um processo para tomar a tua túnica, dá-lhe também o manto! 41 Se alguém te forçar a andar um quilômetro, caminha dois com ele! 42 Dá a quem te pedir e não vires as costas a quem te pede emprestado". - Palavra da Salvação. oferecidas no dia a dia da vida, rezemos ao Senhor. 4. Para que os discípulos e discípulas de Jesus, sem jamais perder sua dignidade nem abrir mão de seus direitos, sejam capazes de responder às ofensas, às injúrias e às violências com o perdão, a indulgência e a mansidão, rezemos ao Senhor. 5. Para que as famílias de nossa comunidade sejam escolas onde se vivam, respeitem e transmitam os valores que Jesus viveu e ensinou, rezemos ao Senhor. Prece dos fiéis A escola de Jesus Cristo não é escola de castigo e de vingança, mas de amor, de humildade, de perdão e de bondade. Peçamos ao Senhor que nos aceite como discípulos e discípulas, dizendo: R. Convertei-nos, Senhor, ao Evangelho. Senhor Jesus, mestre bom e verdadeiro, concedei-nos a graça de acolher as vossas palavras, na certeza de que o perdão é mais forte do que a violência e que o amor é mais forte do que a morte. Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo. Oração sobre as oferendas 1. Para que os filhos e filhas da Igreja e os cidadãos e cidadãs de nosso país repudiem atitudes de vingança e retaliação e se orientem pelo testemunho de amor e de perdão de Jesus Cristo, rezemos ao Senhor. 2. Para que os bispos, os presbíteros e os diáconos se mostrem em tudo servidores do povo de Deus, na alegria e na tristeza, pela palavra e pela bondade, rezemos ao Senhor. 3. Para que os ministros do Evangelho exortem os fiéis a não receberem em vão a graça de Deus e a salvação que lhes são D Ó Deus, que pelo pão e o vinho alimentais a vida dos seres humanos e os renovais pelo sacramento, fazei que jamais falte este sustento ao nosso corpo e à nossa alma. Oração depois da comunhão Ó Deus, esta comunhão na Eucaristia prefigura a união dos vossos fiéis em vosso amor; fazei que realize também a comunhão na vossa Igreja. A Semente na Terra - Mt 5,38-42 e Mt 5,21 a Mt 5,48 temos seis antíteses, ou seja, seis contraposições: “Vocês ouviram o que foi dito... Eu, porém, lhes digo”. Ao dizer “eu, porém, lhes digo”, Jesus vai anunciando a justiça “excessiva” do Filho que possibilita a entrada no Reino do Pai (cf. Mt 5,20). É assim que Jesus cumpre toda a lei: ou melhor, leva à plenitude, quer dizer, realiza plenamente, isto é, afirma (tese), nega (antítese) e vai além (síntese) da justiça das religiões naturais e do Antigo Testamento. - O critério maior do nosso agir é o agir do próprio Pai em relação a nós e em relação ao Filho: “sejam perfeitos como é perfeito o Pai de vocês que está nos céus” (Mt 5,48). - O que Jesus ensina, na verdade, não é novo; o que é novo é o modo de cumprir a lei. O modo do Filho apresentá-la e o modo do Filho vivê-la é que são novos, diferentes, 56 Dia 15 de Junho - Segunda-feira da 11ª Semana do Tempo Comum revolucionários. A raiz da sua justiça é o amor do Pai e o amor ao Pai. Isso é novo. - Inaudita e inédita é a autoridade de Jesus, que só se equipara à do Pai, ao dar a Moisés as Dez Palavras, para que ele, por sua vez, as desse ao povo. Nunca ninguém ousou dizer, diante de um preceito da Lei: “foi dito [por Deus, evidentemente]... eu, porém, lhes digo”. Os mestres e doutores da Lei a estudavam, a interpretavam, a ensinavam ao povo, mas jamais lhes passou pela cabeça mudar uma vírgula, um jota sequer. As pessoas do povo, porém, se admiravam porque, em Jesus, ouviam um ensinamento dado com autoridade (cf. Mc 1,27par.)! - Os versículos de hoje dizem respeito à chamada justiça vindicativa. A lei do talião – palavra que vem de “tal... tal” (tal crime - tal pena: roubou minha vaca - roubo a sua; matou minha ovelha - mato sua e, assim, vai, até um matar o outro... e a vingança ficar a cargo da geração seguinte) – é substituída pela ‘lei’ da misericórdia, a única, na verdade, capaz de vencer o mal e de ganhar o malfeitor. - João XXIII, ao anunciar o Concílio Ecumênico Vaticano II*, tentou introduzir a lei da misericórdia no tratamento dos erros que perturbam a Igreja e a humanidade: “Sempre a Igreja se opôs a esses erros; muitas vezes até os condenou com a maior severidade. Nos nossos dias, porém, a Esposa de Cristo prefere usar mais o remédio da misericórdia que o da severidade: julga satisfazer melhor às necessidades de hoje mostrando a validez da sua doutrina que condenando erros.” (João XXIII, Discurso Gaudet Mater Ecclesia, na abertura do Concílio Vaticano II) A inovação, porém, não durou muito. Daí a insistência do papa Francisco em insistir na misericórdia, inclusive anunciando o Ano Santo da Misericórdia! O Minuto do Concílio “Os bispos não usam a autoridade senão para edificar o seu rebanho na verdade e na santidade, recordando que quem é o maior deve portar-se como o menor, e o que manda como quem serve.” (Lumen gentium 27) Santos do dia: Vito (297 – 304). Lotário de Sées (685 – 756). Eigil (+ 822). Bernardo de Aosta (+ 1081). Geraldo de Salzburg (1010 – 1088). Isfrido de Ratzeburgo (+ 1204). Germana Cousin (1579 – 1601). Aloísio Palazzolo (1827 – 1886). Klara Fietz (1905 – 1937). Testemunhas do Reino: Víctor Sanabria (Costa Rica, 1952). Teodoro Santos Mejía (Peru, 1989). Datas comemorativas: Dia do Paleontólogo. Batismo da Pomerânia (1125). ABC DO CRISTIANISMO [1] Talião. A chamada “lei do talião” deve ser entendida no contexto mais amplo da evolução da lei bíblica a respeito da questão da atitude diante da ofensa recebida. Na sociedade israelítica, nos tempos mais antigos, a vingança privada por parte de um “vingador do sangue” de uma família ofendida era a regra em casos de violência física e morte (cf. Nm 35,9-28; Gn 4,23-24): matava-se o agressor. Tendência a moderar esta prática aparece nas instituições do Templo e das “cidades de refúgio”, onde havia algumas tutelas jurídicas voltadas para a proteção (uma espécie de 'habeas corpus') de pessoa acusada de homicídio, e no “olho por olho” (= lei do talião”). Com a lei do talião (cf. Ex 21,23-25) – você me arrancou o olho, eu arranco o seu! – limitava-se a vingança à medida da ofensa recebida. O 57 Dia 16 de Junho - Terça-feira da 11ª Semana do Tempo Comum Levítico dá um enorme passo à frente quando manda “amar o teu próximo como a ti mesmo” (Lv 19,18) ao invés de procurar vingança (cf. Pr 25,21). Finalmente, Jesus, ao comentar o “olho por olho” (cf. Mt 5,38-42) – justamente a lei do talião - e Paulo, dirigindo-se a Deus como a um deus de vingança (cf. Rm 12,19), consideram a vingança ilegítima e, como tal, deve ser banida do comportamento humano. A “lei do talião”, portanto, não é a lei de um 'tal' chamado Talião, mas a lei do “tal e qual”! [2] Vaticano II. Foi o concílio anunciado pelo Papa João XXIII, em 25 de janeiro de 1959, e celebrado, no Vaticano, entre 1962 e 1965, do qual tomaram parte mais de 2500 bispos da Igreja Católica, com a presença de observadores das Igrejas ortodoxas e protestantes e de ouvintes (leigos e leigas) da Igreja Católica. Seu tema central foi a Igreja, considerada em sua natureza íntima e em suas relações com o mundo. Seus principais documentos foram a Lumen gentium (sobre a natureza da Igreja), Dei Verbum (sobre a divina revelação), Sacrosanctum Concilium (sobre a reforma da liturgia) e Gaudium et spes (sobre a Igreja no mundo contemporâneo). Seu nome é Vaticano II, por ter sido realizado no Vaticano, onde, em 1869-1870, celebrara-se o I Concílio Vaticano, que tratou, fundamentalmente, de duas questões: a relação entre fé e razão e o primado e infalibilidade do papa. Neste ano de 2015, estamos celebrando os 50 anos do encerramento do Concílio Ecumênico Vaticano II (1962-1965). Ao longo do ano de 2015, o Pão Nosso de Cada Dia está publicando, cada dia, uma frase do Concílio. É o chamado “Minuto do Concílio”. Uma oportunidade de conhecermos o próprio texto do Concílio Vaticano II, sem dúvida um dos mais importantes da história do cristianismo. 16 TERÇA-FEIRA DA 11ª SEMANA DO TEMPO COMUM (Cor verde - Ofício do dia de semana) Antífona da entrada Ouvi, Senhor, a voz do meu apelo: tende compaixão de mim e atendei-me; vós sois meu protetor: não me deixeis; não me abandoneis, ó Deus meu Salvador! Oração do dia Ó Deus, força daqueles que esperam em vós, sede favorável ao nosso apelo, e como nada podemos em nossa fraqueza, dai-nos sempre o socorro de vossa graça, para que possamos querer e agir conforme vossa vontade, seguindo os vossos mandamentos. Leitura - 2Cor 8,1-9 Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios 1 58 Irmãos, queremos levar ao vosso conhe- cimento a graça de Deus que foi concedida às Igrejas da Macedônia. 2 Com efeito, em meio a grandes tribulações que as provaram, a sua extraordinária alegria e extrema pobreza transbordaram em tesouros de liberalidade. 3 Eu sou testemunha de que esses irmãos, segundo os seus recursos e mesmo além dos seus recursos, por sua própria iniciativa 4 e com muita insistência, nos pediram a graça de participar da coleta em favor dos santos de Jerusalém. 5 E, indo além de nossas expectativas, colocaram-se logo à disposição do Senhor e também à nossa, pela vontade de Deus. 6 Por isso solicitamos a Tito que, assim como a iniciou, ele leve a bom termo entre vós essa obra de generosidade. 7 E como tendes tudo em abundância - fé, eloquência, ciência, zelo para tudo, e a caridade de que vos demos o exemplo - assim também procurai ser abundantes nesta obra de generosidade. 8 Não é uma ordem que estou dando; mas é para testar a sinceridade da vossa caridade que eu lembro Salmo responsorial - Sl 145 R. Bendize, ó minha alma, ao Senhor! 1. Bendirei ao Senhor toda a vida, cantarei ao meu Deus sem cessar! R. 2. É feliz todo homem que busca seu auxílio no Deus de Jacó, e que põe no Senhor a esperança. O Senhor fez o céu e a terra, fez o mar e o que neles existe. O Senhor é fiel para sempre. R. 3. Faz justiça aos que são oprimidos; ele dá alimento aos famintos, é o Senhor quem liberta os cativos. R. 4. O Senhor abre os olhos aos cegos, o Senhor faz erguer-se o caído, o Senhor ama aquele que é justo. É o Senhor quem protege o estrangeiro. R. Aclamação ao Evangelho R. Aleluia, Aleluia, Aleluia. V. Eu vos dou novo preceito: que uns aos outros vos ameis, como eu vos tenho amado. R. Evangelho - Mt 5,43-48 Jesus retorna ao tema da “justiça excessiva”. A relação entre os seres humanos deve se basear na justiça: respeitar o outro e seus direitos. Mas deve ir além: amar o outro e acolher a grandiosidade de sua divina dignidade. A perfeição do ser humano passa pela justiça, mas só pode terminar no amor. + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 43 "Vós ouvistes o que foi dito: 'Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!' 44 Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem! 45 Assim, vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o sol sobre maus e bons, e faz cair a chuva sobre justos e injustos. 46 Porque, se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Os cobradores de impostos não fazem a mesma coisa? 47 E se saudais somente os vossos irmãos, o que fazeis de extraordinário? Os pagãos não fazem a mesma coisa? 48 Portanto, sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito". - Palavra da Salvação. Prece dos fiéis O amor cristão não tem limites, por ser fruto do amor infinito de Deus por nós. Peçamos ao Pai que nos ensine a amar como Ele, dizendo: R. Ouvi-nos, Senhor. Dia 16 de Junho - Terça-feira da 11ª Semana do Tempo Comum a boa vontade de outros. 9 Na verdade, conheceis a generosidade de nosso Senhor Jesus Cristo: de rico que era, tornou-se pobre por causa de vós, para que vos torneis ricos, por sua pobreza. - Palavra do Senhor. 1. Para que a Igreja de Roma, que preside à caridade, dê testemunho de que a lei dos cristãos é o amor, que os leva a amar os inimigos e rezar pelos perseguidores, rezemos ao Senhor. 2. Para que os fiéis privados da liberdade e perseguidos, que hoje são dezenas de milhares em todo o mundo, respeitem e amem os inimigos da fé, manifestando assim que são filhos e filhas do Pai que está nos Céus, rezemos ao Senhor. 3. Para que os cristãos e cristãs provados por toda forma de perseguição e violência mantenham-se firmes na fé, solícitos na caridade e alegres na esperança, sabendo que Deus é fiel e não os abandona, rezemos ao Senhor. 4. Para que os mais pobres deste mundo possam vir a conhecer, pela fé, o Filho de Deus, que Se fez pobre, para nos enriquecer da sua pobreza, rezemos ao Senhor. 5. Para que os membros da assembleia aqui reunida sejam perfeitos como é perfeito o 59 Dia 16 de Junho - Terça-feira da 11ª Semana do Tempo Comum 60 Pai celeste e não se limitem a amar só aqueles que os amam, rezemos ao Senhor. Senhor, que fazeis nascer o sol sobre bons e maus e chover sobre justos e injustos, levai-nos a amar os inimigos, a orar pelos que nos perseguem e a ser solidários com os que sofrem. Por Cristo, nosso Senhor. Oração sobre as oferendas vida dos seres humanos e os renovais pelo sacramento, fazei que jamais falte este sustento ao nosso corpo e à nossa alma. Oração depois da comunhão Ó Deus, esta comunhão na Eucaristia prefigura a união dos vossos fiéis em vosso amor; fazei que realize também a comunhão na vossa Igreja. Ó Deus, que pelo pão e o vinho alimentais a N A Semente na Terra - Mt 5,43-48 a Bíblia, o “próximo” (que, literalmente, quer dizer ‘aquele que está mais perto’) é a própria família, o próprio povo, os do próprio sangue. O “inimigo” (que, literalmente, é ‘aquele que não é amigo’) é o diferente, em relação ao qual me torno indiferente e, finalmente, tão contrário, que desejo eliminá-lo: “ou você ou eu”! - O amor não é espontâneo. Na Bíblia, é um mandamento divino. Todos nós sabemos, mas não paramos para enxergar melhor, que o egoísmo é muito mais espontâneo que o amor. Aliás, muitas vezes, o egoísmo (a necessidade do outro) é chamado de amor. Reduz-se o outro a alimento do nosso apetite... e se chama isso de amor. Até a morte passional do outro é ‘justificada’ pelo amor: “Matei por amor”! - Amor gratuito (querer o bem do outro, buscar o bem do outro, lutar pelo bem do outro) é coisa rara. Acolher o outro como o outro é, exige renúncia, desprendimento, disciplina, exercício... graça. Humanamente falando, só quem foi amado gratuitamente torna-se capaz de amar a si próprio e aos outros como a si mesmo. A morte de nós mesmos, que precisamos exercitar para nos tornarmos capazes de amar, às vezes, custa uma vida... e ainda não é suficiente! - “Odiar o inimigo” é mais comum que amar o próximo. A Bíblia – o Antigo Testamento sobretudo – o testemunha muito bem. A solidariedade, na maioria das vezes, é uma solidariedade “contra”. Na Bíblia, a própria ideia do amor de Deus por todos só foi entrando muito devagar. O ‘meu’ Deus não pode ser o Deus do ‘outro’! - Isso não é motivo, porém, para nos escandalizarmos. A Bíblia é palavra de Deus em palavra humana. Deus, na Bíblia, fala uma linguagem humana. Deus é tão grande que se sujeita às nossas condições. Por isso, há uma evolução – um progresso mesmo – na revelação. O Deus forte e tremendo, das religiões naturais, vai se transformando no Deus clemente e misericordioso, que tem um coração e um amor tão grande que se enchem de compaixão (cf. Gn 4,2). Em Jesus, o revelador e o revelado se tornaram uma coisa só: “aprendam de mim que sou manso e humilde de coração” (Mt 11,29). - Com Jesus, Deus pode dizer: “Amem os seus inimigos” (5,44). Quem não os tem? Jesus era tão realista que diz: “Os piores inimigos do homem são os de sua própria casa” (Mt 10,36)! Nenhuma lei vai fazer alguém amar um inimigo. O amor ao inimigo é, porém, a essência do cristianismo. E só ama o inimigo quem conheceu Deus no Espírito. O amor ao inimigo é pura graça de Deus, que é amor (cf. 1Jo 4,6). Pois Deus Amor não tem inimigos, só tem filhos e filhas, O Minuto do Concílio “Os presbíteros se dedicam com todas as suas energias na palavra e no ensinamento.” (Lumen gentium 28) Santos do dia: Quirino de Roma (+ 269). Julita e Círico (+ 305). Cunegunda de Rapperswil (III – IV século). Tychon de Amathos (IV – V século). Bruno de Meissen (1010 – 1106). Luitgard de Tongern (1182 – 1246). Testemunhas do Reino: Aurora Vivar Vásquez (Peru, 1976). Datas comemorativas: Dia da Unidade Nacional. Excomunhão de Martinho Lutero (1520). Nascimento de Alexandre G. Bell, Inventor do Telefone (1876). Valentina Terechkova torna-se a primeira astronauta da história (1963). Massacre de Soweto, África do Sul: 700 meninos assassinados por se recusar a aprender “afrikaans” enquanto vigia o Apartheid (1976). 17 QUARTA-FEIRA DA 11ª SEMANA DO TEMPO COMUM (Cor verde - Ofício do dia de semana) Antífona da entrada Ouvi, Senhor, a voz do meu apelo: tende compaixão de mim e atendei-me; vós sois meu protetor: não me deixeis; não me abandoneis, ó Deus meu Salvador! Oração do dia Ó Deus, força daqueles que esperam em vós, sede favorável ao nosso apelo, e como nada podemos em nossa fraqueza, dai-nos sempre o socorro de vossa graça, para que possamos querer e agir conforme vossa vontade, seguindo os vossos mandamentos. Leitura - 2Cor 9,6-11 Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios Irmãos: 6 Dia 17 de Junho - Quarta-feira da 11ª Semana do Tempo Comum que para mim são irmãos e irmãs que devem ser amados. Quem não ama o inimigo – pode ter sido batizado, crismado, ordenado – ainda não tem o Espírito do Senhor. É no perdão ao inimigo que se revelam a infinitude e a gratuidade do amor de Deus (cf. Rm 5,6-11). "Quem semeia pouco colherá também pouco e quem semeia com largueza colherá também com largueza". 7 Dê cada um conforme tiver decidido em seu coração, sem pesar nem constrangimento; pois Deus "ama quem dá com alegria". 8 Deus é poderoso para vos cumular de toda sorte de graças, para que, em tudo, tenhais sempre o necessário e ainda tenhais de sobra para toda obra boa, 9 como está escrito: "Distribuiu generosamente, deu aos pobres; a sua justiça permanece para sempre". 10 Aquele que dá a semente ao semeador e lhe dará o pão como alimento, ele mesmo multiplicará as vossas sementes e aumentará os frutos da vossa justiça. 11 Assim, ficareis enriquecidos em tudo e podereis praticar toda espécie de liberalidade, que, através de nós, resultará em ação de graças a Deus. - Palavra do Senhor. Salmo responsorial - Sl 111 R. Feliz aquele que respeita o Senhor! 61 Dia 17 de Junho - Quarta-feira da 11ª Semana do Tempo Comum 1. Feliz o homem que respeita o Senhor e que ama com carinho a sua lei! Sua descendência será forte sobre a terra, abençoada a geração dos homens retos! R. 2. Haverá glória e riqueza em sua casa, e permanece para sempre o bem que fez. Ele é correto, generoso e compassivo, como luz brilha nas trevas para os justos. R. 3. Ele reparte com os pobres os seus bens, permanece para sempre o bem que fez, e crescerão a sua glória e seu poder. R. Aclamação ao Evangelho R. Aleluia, Aleluia, Aleluia. V. Quem me ama, realmente, guardará minha palavra e meu Pai o amará e a ele nós viremos. R. Evangelho - Mt 6,1-6.16-18 O Evangelho de hoje nos oferece três lições práticas: orar sem aparecer; jejuar sem fazer alarde; dar esmola sem pôr no jornal. E nos traz uma revelação: Deus é mistério, não cabe em nossas representações, estoura nossos cálculos. O ser humano é imagem dEle! + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 1 "Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente dos homens, só para serdes vistos por eles. Caso contrário, não recebereis a recompensa do vosso Pai que está nos céus. 2 Por isso, quando deres esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem elogiados pelos homens. Em verdade vos digo: eles já receberam a sua recompensa. 3 Ao contrário, quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua mão direita, 4 de modo que, a tua esmola fique oculta. E o teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa. 5 Quando orardes, não sejais 62 como os hipócritas, que gostam de rezar em pé, nas sinagogas e nas esquinas das praças, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: eles já receberam a sua recompensa. 6 Ao contrário, quando tu orares, entra no teu quarto, fecha a porta, e reza ao teu Pai que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa. 16 Quando jejuardes, não fiqueis com o rosto triste como os hipócritas. Eles desfiguram o rosto, para que os homens vejam que estão jejuando. Em verdade vos digo: Eles já receberam a sua recompensa. 17 Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, 18 para que os homens não vejam que tu estás jejuando, mas somente teu Pai, que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa". - Palavra da Salvação. Prece dos fiéis O verdadeiro juiz das nossas ações é o Pai do Céu, que vê o que está oculto e dará a cada um a sua recompensa. Com humildade, dirijamo-nos a Ele em oração, dizendo: R. Socorrei, Senhor, o vosso povo. 1. Com a Igreja, para que se sinta unida a todos os que oram em segredo ao Pai do Céu e a todos os que O procuram de coração sincero, rezemos ao Senhor. 2. Com os que repartem o que têm sem fazer alarde nem buscar reconhecimento, com os que realizam o bem sem olhar a quem, e com os lutam pela vida e liberdade de todos, rezemos ao Senhor. 3. Com os que jejuam sem tomar um ar sombrio, com os que o fazem, mas perfumam a cabeça e com os partilham o que jejuam com os que passam necessidade, rezemos ao Senhor 4. Com os que semeiam em abundância boa semente, com os que dão aos outros sem constrangimento e com os que repartem com largueza pelos pobres, rezemos ao Senhor 5. Com os jovens que dão vida às comunidades, com os adultos que as susten- Senhor, Deus humilde e verdadeiro, que amais quem é sincero nas suas ações, ensinainos a rezar, a jejuar e a ser solidários. Por Cristo, nosso Senhor. Oração sobre as oferendas vida dos seres humanos e os renovais pelo sacramento, fazei que jamais falte este sustento ao nosso corpo e à nossa alma. Oração depois da comunhão Ó Deus, esta comunhão na Eucaristia prefigura a união dos vossos fiéis em vosso amor; fazei que realize também a comunhão na vossa Igreja. Ó Deus, que pelo pão e o vinho alimentais a O A Semente na Terra - Mt 6,1-6.16-18 Evangelho de hoje traz a conhecida palavra de Jesus sobre a justiça “escondida” em três práticas religiosas: a esmola (vv. 2-4), a oração (vv. 5-6) e o jejum (16-18). - Essas práticas são os três pilares da religião: definem a nossa relação com os outros (a esmola), com Deus (a oração) e com as coisas (o jejum). A nossa existência – em qualquer sociedade e cultura – é formada por essas três relações fundamentais. Nelas realizamos o projeto de Deus para a nossa vida ou fracassamos irremediavelmente. - As nossas ações podem ser feitas de duas maneiras opostas: ou para nos gratificarmos a nós mesmos, receber elogios dos outros e, assim, termos o nosso pagamento (primeira maneira) ou para a glória dAquele que se alegra em nos louvar e nos reconhecer como filhos e filhas (segunda maneira). Não temos muita escolha: ou escolhemos a nós mesmos até ao desprezo de Deus, ou escolhemos a Deus até ao desprezo de nós mesmos (Santo Agostinho). Em poucas palavras: ou o egoísmo ou o amor! - Precisamos do olhar do outro. Quem não é visto não existe, diz o ditado. Toca, a nós, porém, escolher o olhar de quem precisamos para viver: o do Outro (Deus) ou o dos outros (as pessoas, com todos os seus tipos de olhar). Quando escolhemos o olhar de Deus, libertamo-nos da vanglória e damos glória ao único que é digno dela e que nos dá a verdadeira glória, a única de que precisamos para nossa realização. Quando fazemos questão do olhar dos outros, somos como um espelho na frente de outro espelho: só refletimos o vazio... e as molduras, isto é, os próprios limites! - Por isso, nossa esmola (= que não é a moedinha que está nos atrapalhando, mas expressão da nossa solidariedade), nossa oração (= que não é a repetição mais ou menos mecânica de fórmulas aprendidas de cor, mas reconhecer-me finito e abrir-me ao Infinito) e nosso jejum (= que não é ficar sem comer um dia para nos fartarmos até fazer mal no outro) devem ser feitos “em segredo”, diante de Deus, não com alarde, para receber glória das pessoas. O bem só precisa de um reconhecimento: o de Deus, que aprova a nossa consciência. - Os pilares da religião – a esmola, a oração e o jejum – estão, por sua própria natureza, enterrados e escondidos no segredo do nosso coração de filhos e filhas. Não basta que sejam bons em si. Precisam ser bons também para nós. E só são bons para nós se nos fizerem melhores. Para tanto, devo praticá-los “diante de Deus”, em amor e humildade. Coisas boas se tornam más quando feitas “diante dos homens”, por auto-afirmação e vaidade. Há uma doença da vista que só Dia 17 de Junho - Quarta-feira da 11ª Semana do Tempo Comum tam e tornam firmes e com as crianças que são seu futuro amanhã, rezemos ao Senhor 63 Dia 18 de Junho - Quinta-feira da 11ª Semana do Tempo Comum tem tratamento no coração. Tem um nome estranho: ophtalmodoulía (cf. Ef 6,6), que quer dizer “escravidão dos olhos”. É a necessidade do olhar dos outros, da aprovação alheia. Só a certeza de sermos amados por Deus nos liberta desse mal invisível que nos faz escravos do olhar dos outros. O Minuto do Concílio Os diáconos sejam “misericordiosos, ativos, caminhem segundo a verdade do Senhor, o qual se fez servo de todos.” (Lumen gentium 29) Santos do dia: Ramwold de Regensburg (900 – 1000). Raniero de Pisa (1100 – 1160). Elisabete de Schönau (1128 – 1164). Testemunhas do Reino: Nascimento de John Wesley (Inglaterra, 1703). Felipa Pucha e Pedro Cuji (Equador, 1983). Datas comemorativas: Dia do Funcionário Público Aposentado. Dia do Serviço de Veterinária. Dia Mundial de Luta contra a Desertificação e a Seca. Fim do Apartheid na África do Sul (1991). 18 QUINTA-FEIRA DA 11ª SEMANA DO TEMPO COMUM (Cor verde - Ofício do dia) Antífona da entrada Ouvi, Senhor, a voz do meu apelo: tende compaixão de mim e atendei-me; vós sois meu protetor: não me deixeis; não me abandoneis, ó Deus meu Salvador! Oração do dia Ó Deus, força daqueles que esperam em vós, sede favorável ao nosso apelo, e como nada podemos em nossa fraqueza, dai-nos sempre o socorro de vossa graça, para que possamos querer e agir conforme vossa vontade, seguindo os vossos mandamentos. Leitura - 2Cor 11,1-11 Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios Irmãos: 64 1 Oxalá pudésseis suportar um pouco de insensatez, da minha parte. Na verdade, vós me suportais. 2 Sinto por vós um amor ciumento semelhante ao amor que Deus vos tem. Fui eu que vos desposei a um único esposo, apresentando-vos a Cristo como virgem pura. 3 Porém, receio que, como Eva foi enganada pela esperteza da serpente, também vossos pensamentos se corrompam, afastando-se da simplicidade e pureza devidas a Cristo. 4 De fato, se aparece alguém pregando um outro Jesus, que nós não pregamos, ou prometendo um outro Espírito, que não recebestes, ou anunciando um outro evangelho, que não acolhestes, vós o suportais de bom grado. 5 No entanto, entendo que em nada sou inferior a esses "super-apóstolos"! 6 Mesmo que eu seja inábil na arte de falar, não o sou quanto à ciência: eu vo-lo tenho demonstrado em tudo e de todas as maneiras. 7 Acaso cometi algum pecado, pelo fato de vos ter anunciado o evangelho de Deus gratuitamente, humilhando-me a mim mesmo para vos Salmo responsorial - Sl 110 R. Vossas obras, ó Senhor, são verdade e são justiça. 1. Eu agradeço a Deus de todo o coração junto com todos os seus justos reunidos! Que grandiosas são as obras do Senhor, elas merecem todo o amor e admiração! R. 2. Que beleza e esplendor são os seus feitos! Sua justiça permanece eternamente! O Senhor bom e clemente nos deixou a lembrança de suas grandes maravilhas. R. 3. Suas obras são verdade e são justiça, seus preceitos, todos eles, são estáveis, confirmados para sempre e pelos séculos, realizados na verdade e retidão. R. Aclamação ao Evangelho R. Aleluia, Aleluia, Aleluia. V. Recebestes um espírito de adoção, no qual clamamos Aba! Pai! R. Evangelho - Mt 6,7-15 Pensa que sabe rezar quem sabe o Painosso. Puro engano! Rezar é falar com Deus. Abrir o coração. Deixar a alma falar. Olhar para Ele e deixar-se olhar por Ele. As fórmulas até que ajudam... para a gente ter um critério objetivo. A melhor fórmula, porém, ainda é o diálogo vivo, a comunhão de pessoa a pessoa, o amor namorando. + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 7 "Quando orardes, não useis muitas palavras, como fazem os pagãos. Eles pensam que serão ouvidos por força das muitas palavras. 8 Não sejais como eles, pois vosso Pai sabe do que precisais, muito antes que vós o peçais. 9 Vós deveis rezar assim: Pai Nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; 10 venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como nos céus. 11 O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. 12 Perdoa as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. 13 E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. 14 De fato, se vós perdoardes aos homens as faltas que eles cometeram, vosso Pai que está nos céus também vos perdoará. 15 Mas, se vós não perdoardes aos homens, vosso Pai também não perdoará as faltas que vós cometestes". - Palavra da Salvação. Dia 18 de Junho - Quinta-feira da 11ª Semana do Tempo Comum exaltar? 8 Para vos servir, despojei outras Igrejas, delas recebendo o meu sustento. 9 E quando, estando entre vós, tive alguma necessidade, não fui pesado a ninguém, pois os irmãos vindos da Macedônia supriram as minhas necessidades. Em todas as circunstâncias, cuidei - e cuidarei ainda - de não ser pesado a vós. 10 Tão certo como a verdade de Cristo está em mim, essa minha glória não me será arrebatada nas regiões da Acaia. 11 E por quê? Será porque eu não vos amo? Deus o sabe! - Palavra do Senhor. Prece dos fiéis O Pai que está nos Céus conhece bem o que nos falta, mas quer que peçamos como filhos que confiam. Com a simplicidade das crianças, digamos: R. Pai nosso, que estais nos Céus, ouvi-nos. 1. Pela Igreja católica e apostólica em cada país, para que ensine os seus filhos a rezar, como Jesus, por seu exemplo e palavra, o ensinou aos seus discípulos e discípulas, rezemos ao Senhor. 2. Pelos cristãos e cristãs que se deixaram desencaminhar e se afastaram da simplicidade e humildade de Jesus Cristo, para que possam reencontrar o estilo do Evangelho, rezemos ao Senhor. 3. Pelos pastores que apascentam o rebanho de Cristo com dificuldade, para que o 65 Dia 18 de Junho - Quinta-feira da 11ª Semana do Tempo Comum 66 façam sem ser pesados a ninguém, mas animando e encorajando a todos, rezemos ao Senhor. 4. Pelos fiéis que estão tristes por seus pecados e defeitos, para que, conscientes de suas faltas, sejam compreensivos com as limitações e pecados dos outros, rezemos ao Senhor. 5. Por nós que aqui nos reunimos para ouvir a Palavra de Deus e ser alimentados com o Pão da Vida, para que nos empenhemos na formação de grupos e comunidades em nossa paróquia, rezemos ao Senhor. Senhor, nosso Deus, que quereis que Vos chamemos nosso Pai, ensinai-nos de verdade a S ser bons filhos e filhas. Por Cristo, nosso Senhor. Oração sobre as oferendas Ó Deus, que pelo pão e o vinho alimentais a vida dos seres humanos e os renovais pelo sacramento, fazei que jamais falte este sustento ao nosso corpo e à nossa alma. Oração depois da comunhão Ó Deus, esta comunhão na Eucaristia prefigura a união dos vossos fieis em vosso amor; fazei que realize também a comunhão na vossa Igreja A Semente na Terra - Mt 6,7-15 e não devemos rezar para sermos vistos pelas pessoas (cf. Mt 6,5), também não devemos rezar para sermos vistos por Deus (cf. Mt 6,7-8). Como assim? O que é, então, rezar? Mateus nos presenteia, aqui, com uma espécie de Decálogo da Oração. Vejamos. - Primeiro. Rezar é o ato fundamental com o qual reconheço o meu princípio (Deus) como sendo o meu fim (Deus). Tendo reconhecido os meus limites, conheço a mim mesmo e ao Outro do qual provenho. Aceito-me como dom desse Outro e esse Outro como alguém que me ama. “Deus é amor, tudo é graça”, diz São José L. Murialdo. - Segundo. Rezar é ser eu mesmo, finito e aberto ao Infinito. Animais se ajoelham no picadeiro do circo, mas só o ser humano se ajoelha no palco da vida perguntando-se pela própria origem e buscando o próprio destino. Só o homem se ajoelha procurando o porquê da vida. O “caniço pensante” de Pascal* é o único “caniço orante” sobre a terra! - Terceiro. Rezar é colocar-me diante de Deus, de quem sou imagem e semelhança. Distante de Deus posso ser o que não sou, mas diante dele só posso ser o que sou. A oração não é opcional; é a nossa salvação, o encontro da nossa identidade profunda. Não é um fechar-me em si mesmo, mas um abrir-me Àquele Outro que me faz ser o que verdadeiramente sou. - Quarto. Rezar não é falar de Deus, mas a Deus, com Deus. Muitos sabem falar de Deus (teoricamente, o mais difícil) e não sabem falar com Deus (praticamente, o mais fácil). Rezar é olhar para Ele e deixar-se olhar por Ele. Não é preciso palavras. A troca de olhares é mais eloquente que todos os discursos do mundo. - Quinto. Rezar é dialogar. Respondo Àquele que me chama pelo nome. Saio da minha casca, pois só existe realização na “saída de si”, no êxtase de si para o outro. Esqueço-me de mim para recordá-Lo, para colocá-Lo “de novo” (re-) no meu coração (-cordar). Rezar é alegrarse em Deus, festejar em Deus, festejar a Deus. Assim, sempre e aos poucos – que são leis da oração – Ele se torna a minha vida, vida da minha vida. - Sexto. Enquanto a oração autêntica é tudo isso e faz isso tudo, a oração inautêntica Dia 18 de Junho - Quinta-feira da 11ª Semana do Tempo Comum falsifica a existência. A oração autêntica é o respiro da vida: daí a necessidade de rezar sempre (cf. 1Ts 5,17; Lc 18,1ss.), em todo tempo (cf. Ef 6,18) e lugar (cf. 1Tm 2,8), exprimindo o que realmente somos. “Ex-primir” significa apertar para sair! - Sétimo. É preciso rezar com fé (cf. Mt 21,22par.), com insistência (cf. Mt 7,7-11par.), com a naturalidade de um filho (cf. Mt 7,8) no nome de Jesus (cf. Mt 18,19ss.; Jo 14,13; 15,16; 16,24.26). - Oitavo. Sendo união com o Pai no Filho, a oração é comunhão com os irmãos e as irmãs (cf. Gn 18,16-33). Deus, chamado Abbá (= papai, paizinho) (cf. Mc 14,36par.), não pode ser invocado sem que se façam presentes os irmãos e irmãs (cf. Mt 23,8-9). - Nono. A oração obtém tudo o que pede (cf. Mt 7,7), porque faz querer o que Deus quer e – só então – pode, finalmente, dar. Mais do que “todas as coisas”, de que fala Mateus, nos obtém o “Espírito Santo”, de que fala Lucas (cf. Lc 11,13). O maior teólogo católico do século XX, num célebre escrito, se perguntava se a oração muda o coração de Deus ou muda o coração do homem! Na verdade, a oração nos transforma, pois o dom do Espírito (cf. Lc 11,13) nos faz filhos / filhas à imagem de Jesus, nos faz viver a sua vida e dar o seu fruto (cf. Gl 5,22)! - Décimo. Rezar não é fazer ‘algo’. Rezar, em derradeira análise, é “nada fazer”, antecipação do repouso sabático em que só o Senhor nos faz. Mas atenção! É preciso ‘fazer’ oração. Crer e não rezar não é senão fé demoníaca (cf. Tg 2,19): “Os demônios também acreditam”! Conhecer a Deus e não experimentá-Lo corresponde àquilo que a teologia tradicional chamava de “pena do dano”, que é a essência do inferno: estar em Deus e ser dele privado! O Minuto do Concílio Todos cooperem concordemente ao bem comum.” (Lumen gentium 30) Santos do dia: Marcos e Marcelino (+ 305). Potentino de Steinfeld e filhos (IV século). Eufêmia de Altomünster (+ 1180). Maria Dolorosa de Brabante (+ 1290). Hosana de Mântua (1449 – 1505). Gregório de Barbarigo (1625 – 1697). Datas comemorativas: Aniversário da Colonização Japonesa. Dia do Imigrante Japonês. Dia Nacional do Químico. ABC DO CRISTIANISMO [1] Pascal. Blaise Pascal (1623-1662) foi um grande matemático e escritor francês. Após a morte do pai, sua irmã, contra a vontade de Pascal, em 1651, entrou para o mosteiro jansenista de Port-Royal. Na noite de 23 de novembro de 1654, Pascal viveu uma forte experiência de conversão “ao Deus de Abraão, Isaac e Jacó, não àquele dos filósofos e sábios”. A partir de então, ele, que já mantinha contatos com o jansenismo, engajou-se do lado dos jansenistas perseguidos. (O jansenismo é um movimento rigorista. Convencido da total corrupção da natureza humana, o bispo Jansênio ensina que o ser humano é salvo só por Deus, que predestina à salvação. Foi condenado várias vezes). Usando um pseudônimo, escreveu As Provinciais, para defender Antônio Arnaud, jansenista, condenado em 1655 pela Sorbonne. Escreveu também uma apologia do cristianismo, publicada em 1670, na forma de 67 Dia 19 de Junho - Sexta-feira da 11ª Semana do Tempo Comum fragmentos, que constituem os bastante conhecidos Pensamentos. Pascal distingue e une – como deve ser – fé e razão: “O coração tem razões que a razão desconhece”. Para ele, o homem vive uma condição trágica, ora anjo, ora animal, devendo escolher pró ou contra Deus se quiser ser verdadeiramente humano 19 SEXTA-FEIRA DA 11ª SEMANA DO TEMPO COMUM (Cor verde - Ofício do dia de semana) Antífona da entrada Ouvi, Senhor, a voz do meu apelo: tende compaixão de mim e atendei-me; vós sois meu protetor: não me deixeis; não me abandoneis, ó Deus meu Salvador! Oração do dia Ó Deus, força daqueles que esperam em vós, sede favorável ao nosso apelo, e como nada podemos em nossa fraqueza, dai-nos sempre o socorro de vossa graça, para que possamos querer e agir conforme vossa vontade, seguindo os vossos mandamentos. naufraguei. Passei uma noite e um dia no alto mar. 26 Fiz inúmeras viagens, com inúmeros perigos: perigos de rios, perigos de ladrões, perigos da parte de meus compatriotas, perigos da parte dos pagãos, perigos na cidade, perigos em lugares desertos, perigos no mar, perigos por parte de falsos irmãos. 27 Trabalhos e fadigas, inúmeras vigílias, fome e sede, frequentes jejuns, frio e nudez! 28 E, sem falar de outras coisas, a minha preocupação de cada dia, a solicitude por todas as igrejas! 29 Quem é fraco, que eu também não seja fraco com ele? Quem é escandalizado, que eu não fique ardendo de indignação? 30 Se é preciso gloriar-se, é de minhas fraquezas que me gloriarei! - Palavra do Senhor. Leitura - 2Cor 11,18.21b-30 Salmo responsorial - Sl 33 Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios Irmãos: 18 Já que muitos se gloriam segundo a carne, eu também me gloriarei. 21B O que outros ousam dizer em vantagem própria, eu também o digo a meu respeito, embora fale como insensato. 22 São hebreus? Eu também. São israelitas? Eu também. São da descendência de Abraão? Eu também. 23 São servos de Cristo? Como menos sensato digo: Eu ainda mais. De fato, muito mais do que eles: pelos trabalhos, pelas prisões, pelos açoites sem conta. Muitas vezes, vi-me em perigo de morte. 24 Cinco vezes, recebi dos judeus quarenta açoites menos um. 25 Três vezes, fui batido com varas. Uma vez, fui apedrejado. Três vezes, 68 R. O Senhor liberta os justos de todas as angústias! 1. Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, seu louvor estará sempre em minha boca. Minha alma se gloria no Senhor; que ouçam os humildes e se alegrem! R. 2. Comigo engrandecei ao Senhor Deus, exaltemos todos juntos o seu nome! Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu, e de todos os temores me livrou. R. 3. Contemplai a sua face e alegrai-vos, e vosso rosto não se cubra de vergonha! Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido, e o Senhor o libertou de toda angústia. R. R. Aleluia, Aleluia, Aleluia. V. Felizes os humildes de espírito, porque deles é o Reino dos Céus. R. Evangelho - Mt 6,19-23 Criado para a vida, o ser humano tem medo da morte e faz de tudo para afastá-la. Uma das coisas que faz – a mais comum e a menos indicada – é o acúmulo de bens, de coisas, de riquezas. É a falsa esperança de que algo pode salvar alguém. Só Alguém, contudo, pode salvar alguém. Este Alguém é o Pai, o Amor infinito, a Vida sem começo e sem fim. Esta é a nossa meta; a morte é pedágio! + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 19 "Não junteis tesouros aqui na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e os ladrões assaltam e roubam. 20 Ao contrário, juntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça e a ferrugem destroem, nem os ladrões assaltam e roubam. 21 Porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração. 22 O olho é a lâmpada do corpo. Se o teu olho é sadio, todo o teu corpo ficará iluminado. 23 Se o teu olho está doente, todo o teu corpo ficará na escuridão. Ora, se a luz que existe em ti é escuridão, como será grande a escuridão. - Palavra da Salvação. Prece dos fiéis A palavra do Senhor é luz para os nossos caminhos e ensina-nos a ver todas as coisas com os olhos de Deus. Peçamos ao Pai que a sua Palavra esteja viva dentro de nós: R. Iluminai-nos, Senhor, com a vossa luz. santifique, para que a Palavra os faça descobrir aquele tesouro que não se guarda nos cofres deste mundo, rezemos, irmãos. 2. Pelos que vivem amarrados aos bens da terra, para que a Palavra de Jesus sobre as riquezas possa purificar e iluminar o seu coração, rezemos, irmãos. 3. Por todos aqueles que só exaltam os valores humanos e não têm em conta outros que também são dons de Deus, para que venham a descobri-los e integrá-los em sua vida, rezemos, irmãos. 4. Pelos missionários e missionárias, próximas e distantes, que suportam trabalhos e canseiras, que sentem fome e sede, e as preocupações de cada dia, para que a força de Deus os torne fortes e invencíveis, rezemos, irmãos. 5. Pelos mais jovens de nossa paróquia e de nossas comunidades, que guardam em seus corações tantos sonhos e ideais, para que possam descobrir a beleza do sonho de Deus para cada um de nós e para toda a humanidade, rezemos, irmãos. Dia 19 de Junho - Sexta-feira da 11ª Semana do Tempo Comum Aclamação ao Evangelho Senhor, nosso Deus, luz eterna e dia sem ocaso, iluminai e conduzi o vosso povo peregrino até à meta do Reino anunciado e tornado presente por Jesus. Ele que vive e reina por todos os séculos dos séculos. Oração sobre as oferendas Ó Deus, que pelo pão e o vinho alimentais a vida dos seres humanos e os renovais pelo sacramento, fazei que jamais falte este sustento ao nosso corpo e à nossa alma. Oração depois da comunhão Ó Deus, esta comunhão na Eucaristia prefigura a união dos vossos fiéis em vosso amor; fazei que realize também a comunhão na vossa Igreja. 1. Pelos fiéis que pedem a Deus que os 69 Dia 19 de Junho - Sexta-feira da 11ª Semana do Tempo Comum 70 SÃO ROMUALDO, Abade MEMÓRIA FACULTATIVA (Cor branca - Ofício da memória) (Missa: Santos - MR, 771ss.) Oração do dia Ó Deus, que por São Romualdo renovastes J na vossa Igreja a vida eremítica, concedei-nos renunciar a nós mesmos e, seguindo o Cristo, chegar com alegria ao reino celeste. A Semente na Terra - Mt 6,19-23 esus é radical e claro: “Não podeis servir a Deus e ao dinheiro”. Ele o diz em Mt 6,24, justamente o versículo que falta ao Evangelho de hoje, incompreensivelmente omitido. (Na verdade, liturgicamente, vai abrir o Evangelho de amanhã). - Se somos um “nó de relações” – filhos de Deus, irmãos dos irmãos, ‘senhores’ das coisas – as nossas relações com as coisas devem ser de filhos de Deus e de irmãos dos demais seres humanos. Só Deus é o nosso tesouro; as coisas são bens secundários para usar para o nosso bem e partilhar com os outros. As coisas não são deuses, ídolos ou fetiches para adorar, mas dons do amor de Deus, nosso único Bem. - Somos sempre “de” alguém. Em muitas línguas – em português também – a pertença se exprime recorrendo ao “genitivo”, estrito ou lato. O “genitivo” – expresso em português pela preposição “de” (num de seus usos) – indica a relação que gera e faz existir. (“Genitivo” vem de “gignere”, que significa “conceber, gerar, gestar”). Essa relação é única: não podemos ter dois pais ou duas mães. Portanto, quando Jesus diz “não podeis servir a Deus e ao dinheiro”, ele está dizendo que a nossa vida ou depende de Deus e, então, somos filhos de Deus, ou depende do dinheiro, e, então, somos seus escravos! Oh! doidura de beleza, sô! - A paternidade divina - ou, em contrapartida, a filiação humana - é a chave para a compreensão do mistério da vida com suas múltiplas e complexas relações. Somos chamados a viver a filialidade (a relação filial) em relação a Deus e, a partir daí, em relação às pessoas e às coisas. Em relação às pessoas, seu nome é fraternidade; em relação às coisas, seu nome é liberdade; quando pessoas e coisas se entrecruzam nas nossas relações, seu nome é solidariedade. A liberdade em relação às coisas se chama ‘desapego’, ‘desprendimento’, ‘pobreza voluntária’... quando possuímos sem sermos escravos e sendo solidários; se chama ‘liberdade interior’, ‘pobreza espiritual’, ‘indiferença’... quando não possuímos e somos livres da ânsia de possuir! O Evangelho de amanhã falará justamente de “não-preocupação”. - Seja como for e dê-se o nome que melhor parecer, o espírito filial é que deve informar tanto as obras religiosas (a esmola, a oração e o jejum de Mt 6,5-18) quanto as relações econômicas e sociais, miúdas e graúdas. - Na verdade, quem não se sente filho de Deus faz depender a sua vida das coisas: vive para acumular tesouros na terra. O seu olho está doente, só tem olho para o ídolo, caiu escravo na rede do dinheiro. Quem, porém, se sabe e se sente filho, ao contrário, acumula tesouros no céu: o seu olho é puro, vê em tudo Aquele que o ama e que ele quer amar. A fé em Deus não se esgota em si mesma, mas se joga na relação com as criaturas (de Deus), que pode ser uma relação filial e fraterna ou, então, ‘patronal’ e diabólica (cf. Lc 12,13-34; 16,1-13). Se não vivo como filho de Deus, não posso viver como irmão dos irmãos e senhor-cuidador das coisas e, assim, sucessivamente e respectivamente. O Minuto do Concílio “Por sua vocação é próprio dos leigos buscar o reino de Deus exercendo funções temporais e ordenando-as segundo Deus.” (Lumen gentium 31) Santos do dia: Gervásio e Protásio (+ 300). Deodato de Nevers (+ 679). Hildegrim (+ 827). Rasso de Andechs (900 – 953/954). Romualdo (952 – 1027). Juliana de Falconieri (1270 – 1341). Miquelina Metelli (1310 – 1356). Datas comemorativas: Dia Nacional do Cinema. Execução do casal Rosenberg, em 1953, injustamente acusado de espionagem, como se provou em 1991. 20 SÁBADO DA 11ª SEMANA DO TEMPO COMUM (Cor verde - Ofício do dia se semana) Antífona da entrada Ouvi, Senhor, a voz do meu apelo: tende compaixão de mim e atendei-me; vós sois meu protetor: não me deixeis; não me abandoneis, ó Deus meu Salvador! Oração do dia Ó Deus, força daqueles que esperam em vós, sede favorável ao nosso apelo, e como nada podemos em nossa fraqueza, dai-nos sempre o socorro de vossa graça, para que possamos querer e agir conforme vossa vontade, seguindo os vossos mandamentos. Leitura - 2Cor 12, 1-10 Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios Irmãos 1 Será que é preciso gloriar-me? Na verdade, não convém. No entanto, passarei a falar das visões e revelações do Senhor. 2 Conheço um homem, unido a Cristo, que, há quatorze anos, foi arrebatado até ao terceiro Dia 20 de Junho - Sábado da 11ª Semana do Tempo Comum - O ‘interesse’ da fé pela sociedade, pela economia e pela política tem uma raiz teológicoantropológica! céu. Se ele foi arrebatado com o corpo ou sem o corpo, eu não o sei, só Deus sabe. 3 Sei que esse homem - se com o corpo ou sem o corpo, não sei, Deus o sabe – 4 foi arrebatado ao paraíso e lá ouviu palavras inefáveis que nenhum homem consegue pronunciar. 5 Quanto a esse homem eu me gloriarei, mas, quanto a mim mesmo, eu não me gloriarei, a não ser das minhas fraquezas. 6 No entanto, se eu quisesse gloriar-me, não seria insensato, pois só diria a verdade. Mas evito gloriar-me, para que ninguém faça de mim uma ideia superior àquilo que vê em mim ou que ouve de mim. 7 E para que a extraordinária grandeza das revelações não me ensoberbecesse, foi espetado na minha carne um espinho, que é como um anjo de Satanás a esbofetear-me, a fim de que eu não me exalte demais. 8 A esse propósito, roguei três vezes ao Senhor que o afastasse de mim. 9 Mas ele disse-me: "Basta-te a minha graça. Pois é na fraqueza que a força se manifesta". Por isso, de bom grado, eu me gloriarei das minhas fraquezas, para que a força de Cristo habite em mim. 10 Eis porque eu me comprazo nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições e nas angústias sofridas por amor 71 Dia 20 de Junho - Sábado da 11ª Semana do Tempo Comum a Cristo. Pois, quando eu me sinto fraco, é então que sou forte. - Palavra do Senhor. Salmo responsorial - Sl 33 R. Provai e vede quão suave é o Senhor! 1. O anjo do Senhor vem acampar ao redor dos que o temem, e os salva. Provai e vede quão suave é o Senhor! Feliz o homem que tem nele o seu refúgio! R. 2. Respeitai o Senhor Deus, seus santos todos, porque nada faltará aos que o temem. Os ricos empobrecem, passam fome, mas aos que buscam o Senhor não falta nada. R. 3. Meus filhos, vinde agora e escutai-me: vou ensinar-vos o temor do Senhor Deus. Qual o homem que não ama sua vida, procurando ser feliz todos os dias? R. Aclamação ao Evangelho R. Aleluia, Aleluia, Aleluia. V. Jesus Cristo, Senhor nosso, embora sendo rico, para nós se tornou pobre, a fim de enriquecer-nos, mediante sua pobreza. R. Evangelho - Mt 6,24-34 Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro, diz Jesus. Só pode servir a Deus quem, com dinheiro ou sem dinheiro, serve os irmãos e as irmãs. O dinheiro feito ídolo escraviza ao seu possuidor e aos despossuídos da terra. O possuidor e os despossuídos são suas vítimas; ambos, seus escravos; ele, ídolo insaciável! + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 24 "Ninguém pode servir a dois senhores: pois, ou odiará um e amará o outro, ou será fiel a um e desprezará o outro. Vós não 72 podeis servir a Deus e ao dinheiro. 25 Por isso eu vos digo: não vos preocupeis com a vossa vida, com o que havereis de comer ou beber; nem com o vosso corpo, com o que havereis de vestir. Afinal, a vida não vale mais do que o alimento, e o corpo, mais do que a roupa? 26 Olhai os pássaros dos céus: eles não semeiam, não colhem, nem ajuntam em armazéns. No entanto, vosso Pai que está nos céus os alimenta. Vós não valeis mais do que os pássaros? 27 Quem de vós pode prolongar a duração da própria vida, só pelo fato de se preocupar com isso? 28 E por que ficais preocupados com a roupa? Olhai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham nem fiam. 29 Porém, eu vos digo: nem o rei Salomão, em toda a sua glória, jamais se vestiu como um deles. 30 Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é queimada no forno, não fará ele muito mais por vós, gente de pouca fé? 31 Portanto, não vos preocupeis, dizendo: O que vamos comer? O que vamos beber? Como vamos nos vestir? 32 Os pagãos é que procuram essas coisas. Vosso Pai, que está nos céus, sabe que precisais de tudo isso. 33 Pelo contrário, buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão dadas por acréscimo. 34 Portanto, não vos preocupeis com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã terá suas preocupações! Para cada dia, bastam seus próprios problemas". - Palavra da Salvação. Prece dos fiéis Após ouvirmos a palavra que Deus nos dirigiu, elevemos a Ele as nossas súplicas, unidos a todos aqueles a quem Ele ensina a servi-Lo e a adorá-Lo, dizendo, com toda a confiança: R. Ouvi-nos, Senhor. 1. Com as Ordens contemplativas que adoram o Senhor, com as Congregações religiosas que O servem nos irmãos e irmãs, com os Consagrados leigos e leigas que Lhe entregam o que têm, rezemos. O Senhor, nosso Pai, ensinai-nos a viver cada dia no amor e no louvor do vosso nome. Por Cristo, nosso Senhor. Oração sobre as oferendas Ó Deus, que pelo pão e o vinho alimentais a vida dos seres humanos e os renovais pelo sacramento, fazei que jamais falte este sustento ao nosso corpo e à nossa alma. Oração depois da comunhão Ó Deus, esta comunhão na Eucaristia prefigura a união dos vossos fiéis em vosso amor; fazei que realize também a comunhão na vossa Igreja. A Semente na Terra - Mt 6,24-34 Dia 20 de Junho - Sábado da 11ª Semana do Tempo Comum 2. Com os que procuram o Reino de Deus e o encontram, com os que se servem do dinheiro, mas não o adoram, e com os que semeiam os campos, recolhem seus frutos e agradecem, rezemos. 3. Com os que não se inquietam pelo dia de amanhã, com os que não se afligem com o que hão de comer e com os que não se preocupam com o que hão de vestir, rezemos. 4. Com os que se alegram nas suas fraquezas, com os que se entristecem pelo mal que fizeram e com os que dão graças pelos bens que recebem, rezemos. 5. Com os que vivem tristes e abatidos, com os que estão doentes e pelos que cuidam deles, e com os que choram os seus entes queridos que já partiram de suas famílias e da nossa comunidade, rezemos. estribilho do Evangelho de hoje é “não vos preocupeis”, verbo que Jesus repete seis vezes (6,25.27.28.31.34.35). - Receber a vida das mãos do Pai e colocá-la confiantemente nas mãos do Pai significa libertar-se e ser livre da preocupação. É o Pai que garante a manutenção da vida: ele a dá, ele a sustenta. Quando compreendemos isso, a ânsia pela pre-vidência cede o lugar para a confiança na pro-vidência! - Jesus não ensina que não se deve trabalhar. Seria atacar a própria condição humana, que necessita do trabalho como do ar, da água, do pão. Mas ensina a não fazer do trabalho o ídolo que tudo quer e tudo consome. O prático São Jerônimo diz que “o trabalho é para ser feito, a preocupação é para ser desfeita”! Num plano mais amplo, Santo Inácio de Loyola dizia que devemos agir como se tudo dependesse de nós, sabendo, porém, que tudo depende de Deus! Essa atitude desmonta a ansiedade – tudo depende de Deus! – e desata as nossas capacidades – tudo depende de nós! O fato de que tudo depende de Deus não é álibi para o empenho, o trabalho, a ocupação, mas é antídoto contra a ansiedade, a busca de todos os ISOs, a preocupação. - O trabalho é uma exigência antropológica: nasce do estado carencial do ser humano, que, diferentemente dos animais, não encontra tudo pronto na natureza, mas tudo deve transformar para adequar à sua natureza. Só o ser humano tem que transformar a “natura” em “cultura” para sobreviver na primeira e viver na segunda. Mas não deve fazer das suas necessidades o seu absoluto. Sua própria natureza pede que ele satisfaça suas necessidades como filho de Deus, colaborando com o Pai e partilhando com os irmãos e irmãs. O trabalho e todas as demais atividades do ser humano tornam-se, assim, meio que o coloca em comunhão com Deus e com os outros. 73 Dia 20 de Junho - Sábado da 11ª Semana do Tempo Comum - “Pre-ocupar” é um ocupar-se antes. “Pre-ocupar” é um ocupar-se além de. “Preocupar-se” é um ocupar-se sem fim. Com efeito, a preocupação rouba energias úteis à ocupação e, radicalmente, rouba a vida ao invés de conservá-la e construí-la. A preocupação toma conta de nós quando o meio se torna fim e, portanto, se erra o alvo. Dessa maneira, ao invés de servir-nos, nos escraviza; ao invés de comunicar-nos a vida filial e fraterna, nos rompe as artérias, duras como o coração (cf. Ez 36). - A vida não tem muita escolha: ou aposta em Deus, que tudo dá; ou no ídolo, que tudo exige e tudo toma. O Minuto do Concílio “Assim todos juntos formam um só corpo em Cristo.” (Lumen gentium 32) Santos do dia: Adalberto de Magdeburgo (910 – 981). Benigna (século X – XI). Mafalda (século X – século XI). Meinrich (1200 – 1265). Margarete Ebner (1291 – 1351). Testemunhas do Reino: Manuel Belgrano (Argentina, 1820). Doroteo Arango, “Pancho Villa” (México, 1923). Rafael Palacios (El Salvador, 1979). Datas comemorativas: Dia do Revendedor. Dia Mundial dos Refugiados. Dia do Refugiado Africano. Amanhã, dia 22, celebra-se o Dia Nacional do Migrante. Por determinação da 17a Assembleia Geral da CNBB é celebrado no dia 25 de junho, dia civil do migrante, caso caia no Domingo. Caso contrário, será celebrado no Domingo imediatamente anterior a essa data. 74 (Cor verde - IV SEMANA DO SALTÉRIO - Ofício dominical comum) Antífona da entrada O Senhor é a força de seu povo, fortaleza e salvação do seu Ungido. Salvai, Senhor, vosso povo, abençoai vossa herança e governai para sempre os vosso servos. Oração do dia Senhor, nosso Deus, dai-nos por toda a vida a graça de vos amar e temer, pois nunca cessais de conduzir os que firmais no vosso amor. Dia 21 de Junho - 12º Domingo do Tempo Comum 21 12º DOMINGO DO TEMPO COMUM 1ª Leitura - Jó 38,1.8-11 Leitura do Livro de Jó 1 Não só de tempestades é feita a vida. A vida é uma travessia cujo desfecho é absolutamente certo. O povo diz que a morte é “a coisa mais certa que Deus deixou”. Essa frase tem pelo menos dois sentidos. Primeiro: a morte não é uma coisa possível, provável, mas absolutamente real e universal. Segundo: a morte nos iguala a todos, bons e maus, justos e injustos, ricos e pobres. “Mestre, não te importa que nós morramos?”, perguntamo-nos. Tanto se importa que “se levantou” como um poderoso (cf. Sl 78,65), ameaçou o vento como um exorcista, e ordenou ao vento que se calasse, ele que agita a superfície, e os abismos que movimentam as profundidades. Jesus é o Senhor de tudo – Criador e Salvador – que faz dos ventos seus mensageiros (cf. Sl 104,4) e encerra em caixas os abismos (cf. Sl 33,7). O Evangelho desse domingo traz, dessa maneira, mais uma resposta à pergunta que atravessa o Evangelho de Marcos do início ao fim: “Esse Jesus, quem é?” O Senhor respondeu a Jó, do meio da tempestade, e disse: 8 Quem fechou o mar com portas, quando ele jorrou com ímpeto do seio materno, 9 quando eu lhe dava nuvens por vestes e névoas espessas por faixas; 10 quando marquei seus limites e coloquei portas e trancas, 11 e disse: 'Até aqui chegarás, e não além; aqui cessa a arrogância de tuas ondas? ' - Palavra do Senhor. Salmo responsorial - Sl 106 R. Dai graças ao Senhor, porque ele é bom, porque eterna é a sua misericórdia! 1. Os que sulcam o alto-mar com seus navios, para ir comerciar nas grandes águas, testemunharam os prodígios do Senhor e as suas maravilhas no alto-mar.R. 2. Ele ordenou, e levantou-se o furacão, arremessando grandes ondas para o alto; aos céus subiam e desciam aos abismos, seus corações desfaleciam de pavor. R. 3. Mas gritaram ao Senhor na aflição, e ele os libertou daquela angústia. Transformou a 75 Dia 21 de Junho - 12º Domingo do Tempo Comum tempestade em bonança, e as ondas do oceano se calaram. R. 4. Alegraram-se ao ver o mar tranquilo, e ao porto desejado os conduziu. Agradeçam ao Senhor por seu amor e por suas maravilhas entre os homens! R. Leitura - 2Cor 5,14-17 Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios Irmãos: 14 O amor de Cristo nos pressiona, pois julgamos que um só morreu por todos, e que, logo, todos morreram. 15 De fato, Cristo morreu por todos, para que os vivos não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.16 Assim, doravante, não conhecemos ninguém conforme a natureza humana. E, se uma vez conhecemos Cristo segundo a carne, agora já não o conhecemos assim. 17 Portanto, se alguém está em Cristo, é uma criatura nova. O mundo velho desapareceu. Tudo agora é novo. - Palavra do Senhor. Aclamação ao Evangelho R. Aleluia, Aleluia, Aleluia. V. Um grande profeta surgiu, surgiu e entre nós se mostrou, é Deus que seu povo visita, seu povo, meu Deus visitou. R. Evangelho - Mc 4,35-41 A vida é improgramada travessia. Lançados no mundo, somos tomados pelo medo; nos peitos quentes da mãe, porém, sentimos que é possível confiar. A vida transcorre entre essas duas forças fundamentais: o medo e a confiança. Deus parece não se importar com nossas dificuldades. É o medo. O seu sono em nossa barca é a condição para podermos crescer em seus braços. A confiança enxerga o porto! 76 + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 35 Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse a seus discípulos: "Vamos para a outra margem!" 36 Eles despediram a multidão e levaram Jesus consigo, assim como estava na barca. Havia ainda outras barcas com ele. 37 Começou a soprar uma ventania muito forte e as ondas se lançavam dentro da barca, de modo que a barca já começava a se encher. 38 Jesus estava na parte de trás, dormindo sobre um travesseiro. Os discípulos o acordaram e disseram: "Mestre, estamos perecendo e tu não te importas?" 39 Ele se levantou e ordenou ao vento e ao mar: "Silêncio! Cala-te!" O ventou cessou e houve uma grande calmaria. 40 Então Jesus perguntou aos discípulos: "Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?" 41 Eles sentiram um grande medo e diziam uns aos outros: "Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?" - Palavra da Salvação. Prece dos fiéis A oração dos humilde toca o coração de Deus. Cheios de fé, invoquemos o Senhor, Pai justo e misericordioso, e imploremos humildemente: Senhor, vinde em nosso auxílio. 1. Pela santa Igreja, barca sacudida pelos ventos e tempestades da vida, para que o Senhor desperte a sua fé e dissipe todos os seus temores, rezemos ao Senhor. 2. Pelo nosso mundo, afligido por males sem conta, para que descubra em Jesus, Filho de Deus, o profeta que renova a vida dos homens, rezemos ao Senhor. 3. Pelos navegantes e pescadores em perigo, para que a presença invisível de Jesus acalme as tempestades e tormentas, rezemos ao Senhor. 4. Pelos que estão ao serviço do próximo, para que nem o fracasso nem a incompreensão os faça desistir de seus propósitos, rezemos ao Senhor. Senhor, nosso Deus, que pela palavra do vosso Filho acalmastes os ventos e as ondas, aumentai a nossa pouca fé para sabermos vencer as tempestades da vida. Por Cristo, nosso Senhor. Oração sobre as oferendas Acolhei, ó Deus, este sacrifício de reconciliação e louvor, e fazei que, purificados por A ele, possamos oferecer-vos um coração que vos agrade. Oração eucarística para diversas circunstâncias VI - B Oração depois da comunhão Renovados pelo Corpo e Sangue do vosso Filho, nós vos pedimos, ó Deus, que possamos receber um dia, resgatados para sempre, a salvação que devotamente estamos celebrando. A Semente na Terra - Mc 4,35-41 Dia 21 de Junho - 12º Domingo do Tempo Comum 5. Pelos membros da nossa comunidade, para que a Palavra de Deus e o Pão da Vida nos tornem novas criaturas, rezemos ao Senhor. noite caiu. Os discípulos estão fazendo a travessia. Vem a borrasca. No fundo do barco, atirado de um lado para outro pela tempestade, Jesus dorme tranquilo. Os discípulos, que estão passando pelas mesmas dificuldades que Ele, gritam de angústia. Não entendem este sono do Senhor, pensam na morte. Dormindo, porém, Jesus põe em prática e testa a confiança expressa nas parábolas (cf. Mc 4,26-34). Os discípulos, ao contrário, entregam-se ao desespero. - Dominados por seus pensamentos e por seus medos, os discípulos ainda não têm fé. Têm medo de ir ao fundo do mar; não vão fundo, não vão até o fundo com Jesus. Preferem as margens do lago e a superfície lisa e tranquila das águas às profundidades do encontro com o Senhor, onde ele nos salva e nos convoca a salvar os irmãos e as irmãs: “farei de vós pescadores de homens”! - O batismo – o evangelho de Marcos é o evangelho dos catecúmenos* - consiste em ser associados a Jesus na sua morte e na sua ressurreição. Esta narração é um exercício batismal para ver se a Palavra produziu o seu fruto: a confiança para abandonar a própria vida nas mãos d’Aquele que dorme e desperta – Jesus. - Os discípulos não passaram na prova. Mas valeu a pena fazê-la. Assim, eles mostraram as dificuldades que têm. Seu coração é tardo e lento em crer! - A Palavra, ao longo do processo catecumenal – na verdade, ao longo da breve ou longa travessia da vida – deverá trabalhar esses medos e essas agitações. Mas esses medos têm que mostrar a cara, para poderem ser vencidos. - Nesta noite escura, fica claro que a Palavra, caída “sobre a estrada”, não enraizou. Entrou muito superficialmente. Debaixo, está ainda a “pedra” do coração dos discípulos, que os impede de confiar totalmente no Senhor. - O medo só será vencido quando se responder à pergunta: “Quem é este?” A aparente inação do sono é a máxima ação em nosso favor. Ele dorme para estar conosco no vale obscuro onde escorre a nossa vida. 77 Dia 21 de Junho - 12º Domingo do Tempo Comum POR QUE TANTO MEDO? José Antonio Pagola A barca em que vão Jesus e seus discípulos se vê envolvida numa daquelas tormentas imprevistas e furiosas que se levantam no lago da Galileia ao entardecer de certos dias de verão. Marcos descreve o episódio para despertar a fé das comunidades cristãs que vivem momentos difíceis. O relato não é uma história tranquilizadora para consolar os cristãos de hoje com a promessa de uma proteção divina que permita à Igreja passear tranquila através da história… É a chamada decisiva de Jesus para fazer com ele a travessia em tempos difíceis: “Por que tanto medo? Ainda não creem?” Marcos prepara a cena a cena desde o princípio. Diz-nos que “era ao entardecer.” Logo cairão as trevas da noite sobre o lago. É Jesus quem toma a iniciativa daquela estranha travessia: “Vamos à outra margem.” A expressão não é nada inocente. Convida-os a passar juntos, na mesma barca, para outro mundo, além do conhecido: a região pagã da Decápolis. De repente se levanta um forte furação e as ondas batem contra a frágil embarcação inundando-a de água. A cena é patética: na parte dianteira, os discípulos lutando impotentes contra a tempestade; na popa, num lugar mais elevado, Jesus dormindo tranquilamente sobre um travesseiro. Aterrorizados, os discípulos despertam Jesus. Não captam a confiança de Jesus no Pai. A única coisa que veem nele é uma incrível falta de interesse por eles. Estão cheios de medo e nervosismo: “"Mestre, estamos perecendo e tu não te importas?” Jesus não se justifica. Põe-se de pé e pronuncia uma espécie de exorcismo: o vento cessa de rugir e se faz uma grande calma. Jesus aproveita esta paz e silêncio grandes para fazer-lhes duas perguntas que hoje chegam até nós: “"Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?” O que está acontecendo com os cristãos? Por que são tantos os nossos medos para enfrentar estes tempos cruciais, e tão pouca nossa confiança em Jesus? Não é o medo de afundar que está nos bloqueando? Não é a busca cega de segurança que nos impede de fazer uma leitura lúcida, responsável e confiante dos tempos atuais? Por que resistimos a ver que Deus está conduzindo a Igreja a um futuro mais fiel a Jesus e a seu Evangelho? Por que buscamos segurança no conhecido e estabelecido no passado, e não ouvimos o chamado de Jesus a “passar para a outra margem” para semear humildemente sua Boa Notícia num mundo indiferente a Deus, porém tão necessitado de esperança. O Minuto do Concílio “Comum é a vocação à perfeição.” (Lumen gentium 32) Santos do dia: Albano de Mogúncia (+ 406). Leutfred (+ 738). Luís Gonzaga (1568 – 1591). Aloísio Ehrlich (1868 – 1945). Testemunhas do Reino: Sérgio Ortiz (Guatemala, 1984). 78 22 SEGUNDA-FEIRA DA 12ª SEMANA DO TEMPO COMUM (Cor verde - Ofício do dia de semana) Antífona da entrada O Senhor é a força de seu povo, fortaleza e salvação do seu Ungido. Salvai, Senhor, vosso povo, abençoai vossa herança e governai para sempre os vosso servos. Oração do dia Senhor, nosso Deus, dai-nos por toda a vida a graça de vos amar e temer, pois nunca cessais de conduzir os que firmais no vosso amor. ergueu ali um altar ao Senhor, que lhe tinha aparecido. 8 De lá, deslocou-se em direção ao monte que estava a oriente de Betel, onde armou sua tenda, com Betel a ocidente e Hai a oriente. Ali construiu também um altar ao Senhor, e invocou o seu nome. 9 Depois, de acampamento em acampamento, Abrão foi até o Negueb. - Palavra do Senhor. Salmo responsorial - Sl 32 R. Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança! Dia 22 de Junho - Segunda-feira da 12ª Semana do Tempo Comum Datas comemorativas: Início do Inverno. Dia Universal Olímpico. Dia da Música. Dia da Mídia. Dia Nacional da Academia de Letras. Dia do Intelectual. Dia do Mel. Nascimento de Machado de Assis (1839). Leitura - Gn 12,1-9 Leitura do Livro do Gênesis Naqueles dias, 1 o Senhor disse a Abrão: "Sai da tua terra, da tua família e da casa do teu pai, e vai para a terra que eu te vou mostrar. 2 Farei de ti um grande povo e te abençoarei: engrandecerei o teu nome, de modo que ele se torne uma bênção. 3 Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão abençoadas todas as famílias da terra!". 4 E Abrão partiu, como o Senhor lhe havia dito, e Ló foi com ele. Tinha Abrão setenta e cinco anos, quando partiu de Harã. 5 Ele levou consigo sua mulher Sarai, seu sobrinho Ló e todos os bens que possuíam, bem como todos os escravos que haviam adquirido em Harã. Partiram rumo à terra de Canaã e ali chegaram. 6 Abrão atravessou o país até o santuário de Siquém, até o carvalho de Moré. Os cananeus estavam então naquela terra. 7 O Senhor apareceu a Abrão e lhe disse: "Darei esta terra à tua descendência". Abrão 1. Feliz o povo cujo Deus é o Senhor, e a nação que escolheu por sua herança! Dos altos céus o Senhor olha e observa; ele se inclina para olhar todos os homens. R. 2. Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem, e que confiam esperando em seu amor, para da morte libertar as suas vidas e alimentá-los quando é tempo de penúria. R. 3. No Senhor nós esperamos confiantes, porque ele é nosso auxílio e proteção! Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, da mesma forma que em vós nós esperamos! R. Aclamação ao Evangelho R. Aleluia, Aleluia, Aleluia. V. A palavra do Senhor, é viva e eficaz: ela julga os pensamentos e as intenções do coração. R. Evangelho - Mt 7,1-5 A facilidade que temos de julgar é propor79 Dia 22 de Junho - Segunda-feira da 12ª Semana do Tempo Comum cional à nossa incapacidade de nos enxergarmos como realmente somos. Quem tem consciência de ser justo pela graça de Deus e pecador por sua incapacidade de amar, tem mais capacidade de tratar os outros com justiça e perdoar como quer ser perdoado. Somente a Palavra da infinita Misericórdia pode nos tornar justos. Deixemos que ela opere este milagre em nós! + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 1 "Não julgueis, e não sereis julgados. 2 Pois, vós sereis julgados com o mesmo julgamento com que julgardes; e sereis medidos, com a mesma medida com que medirdes. 3 Por que observas o cisco no olho do teu irmão, e não prestas atenção à trave que está no teu próprio olho? 4 Ou, como podes dizer ao teu irmão: 'deixa-me tirar o cisco do teu olho', quando tu mesmo tens uma trave no teu? 5 Hipócrita, tira primeiro a trave do teu próprio olho, e então enxergarás bem para tirar o cisco do olho do teu irmão". - Palavra da Salvação. Prece dos fiéis Quem somos nós para julgar o próximo? Não devemos julgar, mas compreender e perdoar. Julgar só a Deus pertence. Peçamos, então, com humildade: R. Ouvi-nos, Senhor. 1. Pelos ministros do sacramento da Reconciliação, para que, ao atenderem os fiéis em confissão, não os condenem, mas os acolham com a misericórdia do Pai, rezemos, irmãos. 2. Pelos que emigram das suas terras, como Abraão, para que encontrem, nos países que os recebem, acolhimento, trabalho, vida digna e amor fraterno, rezemos, irmãos. 3. Pelas famílias que se ajudam umas às outras, sobretudo nas horas más da vida, para que cresçam na amizade, na concórdia e na união, rezemos, irmãos. 4. Por aqueles que têm vergonha de se confessar, para que encontrem ministros que os acolham e ajudem a superar a dificuldade, rezemos, irmãos. 5. Por todos nós aqui reunidos em assembleia, para que, antes de tirar a trave dos olhos dos outros, tiremos a trave que temos nos nossos, rezemos, irmãos. Senhor, Pai de bondade e de perdão, dainos um espírito reto e esclarecido para que saibamos viver a vossa Lei. Por Cristo, nosso Senhor. Oração sobre as oferendas Acolhei, ó Deus, este sacrifício de reconciliação e louvor, e fazei que, purificados por ele, possamos oferecer-vos um coração que vos agrade. Oração depois da comunhão Renovados pelo Corpo e Sangue do vosso Filho, nós vos pedimos, ó Deus, que possamos receber um dia, resgatados para sempre, a salvação que devotamente estamos celebrando. SÃO PAULINO DE NOLA, Bispo MEMÓRIA FACULTATIVA (Cor branca - Ofício da memória) (Missa: Pastores [bispos] MR, 754) Oração do dia Ó Deus, que fizestes brilhar no bispo São 80 Paulino de Nola o amor à pobreza e o zelo pastoral, concedei que, celebrando seus méritos, imitemos sua caridade. MEMÓRIA FACULTATIVA (Cor vermelha - Ofício da memória) (Missa: Mártires - MR, 740) Oração do dia Ó Deus, que coroastes no martírio a profissão da verdadeira fé, concedei que, A fortificados pela intercessão de São João Fisher e São Tomás More, confirmemos com o testemunho de nossa vida a fé que professamos com os lábios. A Semente na Terra - Mt 7,1-5 ordem de Jesus é clara: “Não julguem, para não serem julgados” (v. 1). Jesus manda viver com os irmãos a relação que o Pai vive com cada um de nós. O nome próprio dessa relação é “misericórdia”. - Tenho dois motivos muito fortes para não julgar. O primeiro é que o meu julgamento – normalmente negativo, quando não preconceituoso e falso – condiciona o meu relacionamento com o outro. Segundo, porque o meu julgamento em relação ao outro se volta contra mim mesmo. Assim, o meu julgamento prejudica (essa palavra quer dizer “julga antes” e “faz mal”) o outro e julga a mim mesmo. Nós somos muito o que vemos e como vemos. O outro tende a se tornar como eu o vejo, e eu sou como vejo o outro (Fausti). - Na visão de Deus, sou chamado a ver o outro como Deus o vê, isto é, como filho (a) de Deus e meu irmão (a). Por isso, o meu desprezo pelo outro é grave para ele e para mim, pois, negando a ele a minha fraternidade, nega em mim a minha filialidade divina. No meu olhar distorcido, torno o outro o que ele não é e torno a mim mesmo o que também não sou. O pré-juízo é imenso! - Um pensador do século passado disse que “os outros são o inferno” (Sartre). A afirmação pode ser verdadeira do ponto de vista de uma análise dos problemas que o outro – independentemente de quem seja e como seja – nos coloca. O outro, com efeito, é “outro”, diverso e estranho, intruso e concorrente, invasor e ameaça. Querendo ou não, o aquilato, avalio, julgo (em sentido pré-moral). Invejo o que ele tem a mais; desprezo o que ele tem a menos. Defendo-me do outro para manter a minha diferença; ataco-o para apoderar-me da sua. Procuro tornar-me superior para não me tornar inferior. Como disse um pensador que já citamos aqui, o ser humano torna-se “lobo para o homem” (Hobbes). - Diante desse quadro – tão antigo quanto o andar bípede e em bandos rivais – Jesus propõe uma revolução, que começa pela mudança do olhar. Os vv. 1-2 proíbem julgar, porque o meu julgamento negativo do (a) outro (a) reverte-se contra mim mesmo. Preciso ser como o PaiMãe, que aceita incondicionalmente o filho. Os vv. 3-5 convidam-me a julgar a mim mesmo ao invés de julgar o (a) outro (a). Se julgo mal, é porque meu coração ainda é mau, e tenho que aprender a ver nos meus maus juízos o que eu mesmo sou. O v. 6 esclarece que o não julgar não elimina a capacidade de discernir, sempre necessária, sobretudo para amar o outro como irmão. Dia 22 de Junho - Segunda-feira da 12ª Semana do Tempo Comum SÃO JOÃO FISHER, Bispo, e SÃO TOMÁS MORE, Leigo, Mártires O Minuto do Concílio “Cristo realiza o seu múnus profético também por meio dos leigos, para que a força do Evangelho resplandeça na vida quotidiana, familiar e social.” (Lumen gentium 35) 81 Dia 23 de Junho - Terça-feira da 12ª Semana do Tempo Comum Santos do dia: Albino de Roma. Agatão (I – II século). Paulino de Nola (353 – 431). Sighilde (+ 750). Eberardo de Biburg (1089 - 1164). Inocêncio V (+ 1276). Cristina de Hahm (século XV). João Fischer (1469 – 1535). Tomás Morus (1478 – 1535). Testemunhas do Reino: Manuel Larraín (Talca / Chile, 1966). Sérgio Ortiz (Guatemala, 1984). Arturo Mackinnon (República Dominicana, 1965). Datas comemorativas: Dia do Orquidófilo. Dia do Aeroviário. Dia Mundial do Fusca. 23 TERÇA-FEIRA DA 12ª SEMANA DO TEMPO COMUM (Cor verde - Ofício do dia de semana) Antífona da entrada O Senhor é a força de seu povo, fortaleza e salvação do seu Ungido. Salvai, Senhor, vosso povo, abençoai vossa herança e governai para sempre os vosso servos. Oração do dia Senhor, nosso Deus, dai-nos por toda a vida a graça de vos amar e temer, pois nunca cessais de conduzir os que firmais no vosso amor. Leitura - Gn 13,2.5-18 Leitura do Livro do Gênesis 2 Abrão era muito rico em rebanhos, prata e ouro. 5 Ló, que acompanhava Abrão, também tinha ovelhas, gado e tendas. 6 A região já não bastava para os dois, pois seus rebanhos eram demasiado numerosos, para poderem morar juntos. 7 Surgiram discórdias entre os pastores que cuidavam da criação de Abrão, e os pastores de Ló. Naquele tempo, os cananeus e os fereseus ainda habitavam naquela terra. 8 Abrão disse a Ló: "Não deve haver discórdia entre nós e entre os nossos pastores, pois somos irmãos. 9 Estás vendo toda esta terra diante de ti? Pois bem, peço-te, separa-te de mim. Se fores para a esquerda, eu irei para a direita; Se fores para a direita, eu irei para a esquerda". 10 Levantando os olhos, Ló viu que toda a região em torno do 82 Jordão era por toda a parte irrigada - isso antes que o Senhor destruísse Sodoma e Gomorra -, era como um jardim do Senhor e como o Egito, até a altura de Segor. 11 Ló escolheu, então, para si a região em torno do Jordão, e foi para oriente. Foi assim que os dois se separaram um do outro. 12 Abrão habitou na terra de Canaã, enquanto que Ló se estabeleceu nas cidades próximas do Jordão, e armou suas tendas até Sodoma. 13 Ora, os habitantes de Sodoma eram péssimos, e grandes pecadores diante do Senhor. 14 E o Senhor disse a Abrão, depois que Ló se separou dele: "Ergue os olhos e, do lugar onde estás, olha para o norte e para o sul, para o oriente e para o ocidente: 15 toda essa terra que estás vendo, eu a darei a ti e à tua descendência para sempre. 16 Tornarei tua descendência tão numerosa como o pó da terra. Se alguém puder contar os grãos do pó da terra, então poderá contar a tua descendência. 17 Levanta-te e percorre este país de ponta a ponta, porque é a ti que o darei. 18 Tendo desarmado suas tendas, Abrão foi morar junto ao Carvalho de Mambré, que está em Hebron, e ali construiu um altar ao Senhor. - Palavra do Senhor. Salmo responsorial - Sl 14 R. Senhor, quem morará em vosso Monte Santo? 1. É aquele que caminha sem pecado e pratica a justiça fielmente; que pensa a verdade Aclamação ao Evangelho R. Aleluia, Aleluia, Aleluia. V. Eu sou a luz do mundo, aquele que me segue, não caminha entre as trevas, mas terá a luz da vida. Evangelho - Mt 7,6.12-14 Ouviremos Jesus proclamar a chamada “regra de ouro”: “Tudo quanto quereis que os outros vos façam, fazei também a eles.”, que resume “a Lei e os Profetas”, quer dizer, a essência da Bíblia. + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo Segundo Mateus Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 6 "Não deis aos cães as coisas santas, nem atireis vossas pérolas aos porcos; para que eles não as pisem com os pés e, voltando-se contra vós, vos despedacem. 12 Tudo quanto quereis que os outros vos façam, fazei também a eles. Nisto consiste a Lei e os Profetas. 13 Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso é o caminho que leva à perdição, e muitos são os que entram por ele! 14 Como é estreita a porta e apertado o caminho que leva à vida! E são poucos os que o encontram"! - Palavra da Salvação. sua comunidade. Peçamos-Lhe que o ensine a nós também, dizendo: R. Cristo, ouvi as nossas preces. 1. Pelos fiéis que valorizam e amam as coisas santas, pelos que tratam os outros como gostam de ser tratados e pelos que seguem o caminho estreito que leva à Vida, rezemos ao Senhor. 2. Pelos que defendem os valores elevados da humanidade, pelos que se opõem a tudo aquilo que degrada e pelos que ouvem Cristo, Palavra eterna de Deus, rezemos ao Senhor. 3. Pelas pessoas e grupos que frequentemente tomam o caminho da agressão, pelos que resolvem os seus problemas de modo pacífico e pelos que ajudam outros a superar os desentendimentos e os conflitos, rezemos ao Senhor. 4. Pelos que vivem como peregrinos neste mundo, e fazem de suas vidas um culto agradável a Deus no templo de seu corpo e no altar do seu coração, rezemos ao Senhor. 5. Pelos cristãos que guardam o domingo, pelos que se alimentam da Palavra viva e do Pão santo e pelos que se comprometem na vida da comunidade, rezemos ao Senhor. Dia 23 de Junho - Terça-feira da 12ª Semana do Tempo Comum no seu íntimo e não solta em calúnias sua língua. R. 2. Que em nada prejudica o seu irmão, nem cobre de insultos seu vizinho; que não dá valor algum ao homem ímpio, mas honra os que respeitam o Senhor. R. 3. Não empresta o seu dinheiro com usura, nem se deixa subornar contra o inocente. Jamais vacilará quem vive assim! R. Senhor Jesus, que nos convidais a entrar no vosso Reino, levai-nos pela mão, como os pais fazem com seus filhos, para entrarmos pela porta estreita e não nos desviarmos do caminho. Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo. Oração sobre as oferendas Acolhei, ó Deus, este sacrifício de reconciliação e louvor, e fazei que, purificados por ele, possamos oferecer-vos um coração que vos agrade. Prece dos fiéis Oração depois da comunhão Jesus Cristo ensinou os seus discípulos e discípulas a viverem e a conviverem em paz na Renovados pelo Corpo e Sangue do vosso 83 Dia 23 de Junho - Terça-feira da 12ª Semana do Tempo Comum Filho, nós vos pedimos, ó Deus, que possamos receber um dia, resgatados para sempre, a O salvação que devotamente estamos celebrando. A Semente na Terra - Mt 7,6.12-14 versículo 6 deve ser lido, antes de tudo, em relação aos cinco versículos precedentes, pois a proibição de julgar (cf. Mt 7,1-5) não elimina a obrigação de discernir. A distinção pode ser fina como a lâmina de cortar, mas existe. É como cortar um fio de cabelo ao meio, verticalmente, mas dá pra cortar. O amor não julga, mas é sábio o suficiente para discernir. O amor tem que ser “discreto”. Deve ser capaz de discernir as situações, as ações e as reações para encontrar (isso é a sabedoria) o que aqui e agora (isso se chama prudência) ajuda mais e melhor o irmão. Os maus entendem muito bem de discrição. Sabem direitinho o que fazer e o que evitar para prejudicar o irmão sem se prejudicarem. Só não dá para aprender com eles porque eles só falam entre si, não com o irmão, que, para todos os efeitos, sempre protestam pretender ajudar. A verdade que salva, porém, exige outro tipo de arte em sua proposição. É a fina “arte de amar”, mais necessária que qualquer outra arte, técnica, método, sistema! - Santos são os “bens preciosos” de que vive a santa comunidade: a Palavra e o Pão. Não devem ser dados a qualquer um de qualquer jeito, pois há meios e caminhos para que esses bens sejam adequadamente disponibilizados a todos. Há uma iniciação aos mistérios, uma disciplina do arcano, que, por respeito à consciência das pessoas e à natureza dos dons, deve ser respeitada (cf. 1Cor 3,1ss.). O próprio Jesus, que veio para salvar a todos, insiste em que os discípulos evangelizem primeiro as ovelhas perdidas da casa de Israel (cf. Mt 10,6). Para o povo da Bíblia, “cães” e “porcos” – leiam e, depois, rasguem isso! – são os hebreus e os pagãos. Devem ser bem preparados (se cães, amestrados; se porcos, bem lavados) para receber os dons. Superado o preconceito – exagero à parte e, agora, sem nenhuma brincadeira – a apresentação da mensagem que salva deve ser progressiva. Vê-se melhor na penumbra do que olhando diretamente para o sol. Aliás, olhando diretamente para o sol, não se vê nada, fica-se cego. - A “regra de ouro” do v. 12 – presente em muitas religiões – toma em Jesus uma formulação totalmente positiva. Daí a sua excelência. Explicita, concretizando, Mt 5,48: “Sejam perfeitos...”! A perfeição do Pai é fazer o bem, é ser bom, é ser o Amor amante. Fazendo o bem, sendo bons, amando, nos tornamos filhos, perfeitos como o Pai-Mãe, que é amor para todos, na Trindade e além dela. Amor que é amor se concretiza no “fazer”. O egoísta faz para si e quer que todos façam para ele. É o umbigo do mundo, o centro de tudo e de todas as atenções, o “buraco negro” que tudo engole. Quem, porém, ama “faz para o outro”, colocando-o – com todos os demais – no centro de si. - A palavra de Jesus é a “porta estreita” que nos introduz na vida filial e fraternal. A palavra de Jesus é o “caminho estreito” que nos conduz à vida eterna (vv. 13-14). O Minuto do Concílio “Os sacramentos da nova Lei prefiguram o novo céu e a nova terra.” (Lumen gentium 35) Santos do dia: Edeltrudes (635 – 679). Lietbert de Cambrai-Arras (1000 – 1076). Maria de Oignies (1177 – 1213). José Cafasso (1811 – 1860). 84 Datas comemorativas: Dia do Atleta Olímpico. Dia do Lavrador. Dia Internacional das Aldeias SOS. 24 QUARTA-FEIRA - NATIVIDADE DE SÃO JOÃO BATISTA Solenidade (Cor branca - Glória - Creio - Ofício solene próprio) Comentário inicial - A Igreja celebra seus santos e santas no dia de sua morte. João Batista é exceção. Dele celebramos o martírio e o nascimento. Desta forma, a Igreja sublinha a importância única que teve este profeta para a missão de Jesus. “Dos nascidos de mulher, ninguém é maior que João”, diz o próprio Jesus. Celebrar João Batista é entrar na expectativa de um tempo qualitativamente novo; é mergulhar nas melhores esperanças de Israel e de toda a humanidade; é abrir espaço para o futuro de Deus no contraditório presente dos indivíduos e das coletividades. Antífona da entrada Houve um homem enviado por Deus: o seu nome era João. Veio dar testemunho da luz e preparar para o senhor um povo bem disposto a recebê-lo. Oração do dia Ó Deus, que suscitastes São João Batista a fim de preparar para o Senhor um povo perfeito, concedei à vossa Igreja as alegrias espirituais e dirigi os nossos passos no caminho da salvação e da paz. Leitura - Is 49,1-6 Leitura do Livro do Profeta Isaías 1 Nações marinhas, ouvi-me, povos distantes, prestai atenção: o Senhor chamou- me antes de eu nascer, desde o ventre de minha mãe ele tinha na mente o meu nome; 2 fez de minha palavra uma espada afiada, protegeu-me à sombra de sua mão e fez de mim uma flecha aguçada, escondida em sua aljava, 3 e disseme: "Tu és o meu Servo, Israel, em quem serei glorificado". 4 E eu disse: "Trabalhei em vão, gastei minhas forças sem fruto, inutilmente; entretanto o Senhor me fará justiça e o meu Deus me dará recompensa". 5 E agora diz-me o Senhor - ele que me preparou desde o nascimento para ser seu Servo - que eu recupere Jacó para ele e faça Israel unir-se a ele; aos olhos do Senhor esta é a minha glória. 6 Disse ele: "Não basta seres meu Servo para restaurar as tribos de Jacó e reconduzir os remanescentes de Israel: eu te farei luz das nações, para que minha salvação chegue até aos confins da terra". - Palavra do Senhor. Dia 24 de Junho - Quarta-feira - Natividade de São João Batista - Solenidade Testemunhas do Reino: Chegada ao México dos doze franciscanos apóstolos de Nova Espanha (1524). Salmo responsorial - Sl 138 R. Eu vos louvo e vos dou graças, ó Senhor, porque de modo admirável me formastes! 1. Senhor, vós me sondais e conheceis, sabeis quando me sento ou me levanto; de longe penetrais meus pensamentos; percebeis quando me deito e quando eu ando, os meus caminhos vos são todos conhecidos. R. 2. Fostes vós que me formastes as entranhas, e no seio de minha mãe vós me tecestes. Eu vos louvo e vos dou graças, ó Senhor, porque de modo admirável me formastes! R. 85 Dia 24 de Junho - Quarta-feira - Natividade de São João Batista - Solenidade 3. Até o mais íntimo, Senhor me conheceis; nenhuma sequer de minhas fibras ignoráveis, quando eu era modelado ocultamente, era formado nas entranhas subterrâneas. R. Leitura - At 13,22-26 Leitura dos Atos dos Apóstolos Naqueles dias, Paulo disse: 22 Deus fez surgir Davi como rei e assim testemunhou a seu respeito: 'Encontrei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que vai fazer em tudo a minha vontade'. 23 Conforme prometera, da descendência de Davi Deus fez surgir para Israel um Salvador, que é Jesus. 24 Antes que ele chegasse, João pregou um batismo de conversão para todo o povo de Israel. 25 Estando para terminar sua missão, João declarou: 'Eu não sou aquele que pensais que eu seja! Mas vede: depois de mim vem aquele, do qual nem mereço desamarrar as sandálias'. 26 Irmãos, descendentes de Abraão, e todos vós que temeis a Deus, a nós foi enviada esta mensagem de salvação. - Palavra do Senhor. + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 57 Completou-se o tempo da gravidez de Isabel, e ela deu à luz um filho. 58 Os vizinhos e parentes ouviram dizer como o Senhor tinha sido misericordioso para com Isabel, e alegraram-se com ela. 59 No oitavo dia, foram circuncidar o menino, e queriam dar-lhe o nome de seu pai, Zacarias. 60 A mãe, porém, disse: "Não! Ele vai chamar-se João". 61 Os outros disseram: "Não existe nenhum parente teu com esse nome!" 62 Então fizeram sinais ao pai, perguntando como ele queria que o menino se chamasse. 63 Zacarias pediu uma tabuinha, e escreveu: "João é o seu nome". E todos ficaram admirados. 64 No mesmo instante, a boca de Zacarias se abriu, sua língua se soltou, e ele começou a louvar a Deus. 65 Todos os vizinhos ficaram com medo, e a notícia espalhou-se por toda a região montanhosa da Judeia. 66 E todos os que ouviam a notícia, ficavam pensando: "O que virá a ser este menino?" De fato, a mão do Senhor estava com ele. 80 E o menino crescia e se fortalecia em espírito. Ele vivia nos lugares desertos, até ao dia em que se apresentou publicamente a Israel. - Palavra da Salvação. Aclamação ao Evangelho Prece dos fiéis R. Aleluia, Aleluia, Aleluia. V. Serás chamado, ó menino, o profeta do Altíssimo: irás diante do Senhor, preparandolhe os caminhos. R. Evangelho - Lc 1,57-66.80 João Batista preparou a entrada de Jesus entre as massas humanas da Palestina. E Jesus garantiu o lugar de João Batista na história de todos os tempos. A história, como a vida, é uma corrente. Entramos nesta corrente e somos carregados por ela, enquanto a carregamos. A menos que se queira ser apenas medíocres espectadores da vida. 86 Na solenidade do nascimento de São João Batista, elevemos a nossa oração ao Pai das misericórdias, pelas necessidades de todos os homens e mulheres, dizendo: R. Nós Vos rogamos: ouvi-nos, Senhor. 1. Pela santa Igreja, peregrina em toda a terra, para que seja animada pelo espírito de profecia, que animou São João Batista no deserto, rezemos ao Senhor. 2. Pelos bispos, presbíteros e diáconos, para que, de acordo com a própria vocação, anunciem Aquele que está no meio de nós, rezemos ao Senhor. 3. Pelos cristãos militantes e educadores da Deus Pai, que nos escolhestes e chamastes a ser santos e santas, fazei de nós vossos servidores, a fim de prepararmos os nossos irmãos para a vinda do vosso Filho Jesus Cristo. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Prefácio de São Batista A missão do Precursor Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso. Proclamamos, hoje, as maravilhas que operastes em São João Batista, precursor de vosso Filho e Senhor nosso, consagrado como o maior entre os nascidos de mulher. Ainda no seio materno, ele exultou com a chegada do Salvador da humanidade e seu nascimento trouxe grande alegria. Foi o único dos profetas que mostrou o Cordeiro redentor. Batizou o próprio autor do batismo, nas águas assim santificadas, e, derramando seu sangue, mereceu dar o perfeito testemunho de Cristo. Por essa razão, unidos aos anjos e a todos os santos, nós vos aclamamos, jubilosos, cantando (dizendo) a uma só voz: Oração depois da comunhão Oração sobre as oferendas Ó Deus, acorremos ao altar com os vossos dons, celebrando com a devida honra o nascimento de São João Batista, que anunciou a vinda do Salvador do mundo e o mostrou presente entre os homens. J Restaurados, ó Deus, à mesa do Cordeiro divino, concedei que a vossa Igreja, alegrandose pelo nascimento de São João Batista, reconheça no Cristo, por ele anunciado, Aquele que nos faz renascer. Dia 24 de Junho - Quarta-feira - Natividade de São João Batista - Solenidade fé, para que, no meio das incompreensões e dificuldades, não esqueçam que a sua recompensa está em Deus, rezemos ao Senhor. 4. Pelos povos que ainda não conhecem a Cristo, para que Deus lhes envie missionários e profetas, e a luz da salvação chegue até aos confins da terra, rezemos ao Senhor. 5. Pelos lares cristãos onde há a alegria de um nascimento, para que os pais vejam nos filhos um dom de Deus e estejam prontos a educá-los na fé da Igreja, rezemos ao Senhor. 6. Pela nossa comunidade, para que seja humilde e servidora e se converta sempre mais a Jesus Cristo, rezemos ao Senhor. A Semente na Terra - Lc 1,57-66.80 oão Batista pode ser olhado de diversos pontos de vista. Afinal, foi dele, o precursor, que Jesus disse: “Eu garanto a vocês: de todos os homens que já nasceram, nenhum é maior do que João Batista” (Mt 11,11). - O Evangelho de hoje, porém, se fixa na questão do nome que deve ser dado ao fruto da promessa feita a Zacarias, enquanto este oficiava no Templo (cf. Lc 1,5-25). - Por quê o nome é tão importante? Porque o nome indica a pessoa, o seu valor único e irrepetível. Cada um de nós é único: nunca houve e nunca haverá alguém como nós. Enriquecemos o mundo com nossa presença, e o mundo empobrece com a nossa ausência. Talvez seja até por isso que, inconscientemente, o nome se transforma em apelido quando é muito comum, e se inventam novos nomes para chamar aquela pessoa, única justamente por ser pessoa. - A pessoa existe se e como é chamada pelas outras. A pessoa não é só um ser-em-si, mas um ser-em-relação. Um ser-com os outros. Um ser-para os outros. O nome é expressão do ser87 Dia 24 de Junho - Quarta-feira - Natividade de São João Batista - Solenidade em-si de cada um, mas, muito mais, do ser-com de cada um. Sem os outros, não podemos nascer, nem viver, nem crescer, nem ser ninguém. Algumas décadas atrás, falava-se dos “meninos-lobo”. Abandonados por suas mães, acabavam, por ‘sorte’ do destino, sendo criados por algum animal dócil, que lhes dava de mamar, como se fossem um filhote a mais. Sobreviviam, mas não se humanizavam; ao invés de crescerem como gente, cresciam como os bichos com os quais conviviam. O ser humano precisa ser criado e crescer como e com seres humanos para se tornar gente! - O verdadeiro nome de cada um de nós é dado por Deus. É o nosso nome interior, o nosso ser mais íntimo, a nossa ‘vocação’ mais pessoal. Cada um é ele mesmo na sua relação com Deus. Criado por Ele e para Ele, cada um é chamado e amado por Ele com um amor único. É essa relação que nos faz ser como somos, à sua imagem e semelhança. A riqueza pessoal de Deus é tanta que cada ser humano traz em si, junto com a sua humanidade, algum traço único de Deus. É só diante de Deus que cada ser humano tem o próprio rosto. - Ao falar da criação do homem – ‘Adão’ não é um indivíduo nem é nome próprio (como José, Pedro, Rosa), mas o ser humano em geral, a humanidade, se quiser, os primeiros homens e mulheres a habitarem o nosso planeta – a Bíblia diz que, na brisa da tarde, Deus ‘descia’ para conversar com ‘Adão’ (cf. Gn 3,8). Uma linguagem simbólica para indicar que o ser humano é um ser-no-mundo (terra, plantas, animais), um ser-com-os-outros (as pessoas, próximas e não, que formam a humanidade) e um ser-com-Deus (o Criador que quer ser nosso Pai). No face a face com Deus, somos nós mesmos, não temos nada a esconder, podemos tirar as máscaras. Crescemos em nossa identidade mais pessoal. A intimidade com Deus não anula a nossa personalidade; pelo contrário, a faz desabrochar, deixa que venha à tona, mostra-a a nós mesmos como num espelho. - O precursor de Jesus – pode alguém ser tão único como ele? – tinha um nome. “Seu nome era João” (Jo 1,6). “João” significa justamente “dom de Deus”. Desdobrando: “dom, graça e amor de Deus”. O fruto de Isabel e Zacarias, como o de quaisquer progenitores, ainda que produzido por essa terra, é sempre dom do alto, presente do céu. Isabel e Zacarias, na verdade, fazem as vezes de Deus – que é ao mesmo tempo pai e mãe (cf. João Paulo I) – necessário princípio de vida e fonte de liberdade. É difícil entender isso, tanto assim que queremos dar ao menino o nome do pai – Zacarias (cf. Lc 1,59) – quando o seu nome verdadeiro – dado por Deus – é outro, pois ele é “dom”! - Nós, na verdade, temos um nome e um sobrenome (ou nome de família, como se diz em outras línguas). O sobrenome remete à nossa família, mas, em última análise, somos família de Deus, origem e meta do nosso existir. O primeiro presente de Deus a mim sou eu mesmo; o último, é ele mesmo, em pessoa, que, pelo dom do Espírito, me transforma em filho ou filha seu (sua) no Filho Jesus. O Minuto do Concílio “É preciso reconhecer que a cidade terrena, a quem são confiados os cuidados temporais, se rege por princípios próprios.” (Lumen gentium 36) Santos do dia: João Batista (século I). Guilherme de Vercelli (1085 – 1142). 88 25 QUINTA-FEIRA DA 12ª SEMANA DO TEMPO COMUM (Cor verde - Ofício do dia de semana) Antífona da entrada O Senhor é a força de seu povo, fortaleza e salvação do seu Ungido. Salvai, Senhor, vosso povo, abençoai vossa herança e governai para sempre os vosso servos. de todos os seus irmãos". 15 Agar deu à luz o filho de Abrão; e ele pôs o nome de Ismael ao filho que Agar lhe deu. 16 Abrão tinha oitenta e seis anos, quando Agar deu à luz Ismael. - Palavra do Senhor. Salmo responsorial - Sl 105 Oração do dia Senhor, nosso Deus, dai-nos por toda a vida a graça de vos amar e temer, pois nunca cessais de conduzir os que firmais no vosso amor. Leitura - Gn 16,1-12.15-16 Ou: Gn 6b-12.15-16 (mais breve) Leitura do Livro do Gênesis Naqueles dias: 6b Sarai maltratou tanto Agar que ela fugiu. 7 Um anjo do Senhor, encontrando-a junto à fonte do deserto, no caminho de Sur, disse-lhe: 8 "Agar, escrava de Sarai, de onde vens e para onde vais?" Ela respondeu: "Estou fugindo de Sarai, minha senhora". 9 E o anjo do Senhor lhe disse: "Volta para a tua senhora e sê submissa a ela". 10 E acrescentou: "Multiplicarei a tua descendência de tal forma, que não se poderá contar". 11 Disse, ainda, o anjo do Senhor: "Olha, estás grávida e darás à luz um filho e o chamarás Ismael, porque o Senhor te ouviu na tua aflição. 12 Ele será indomável como um jumento selvagem, sua mão se levantará contra todos, e a mão de todos contra ele. E ele viverá separado R. Dai graças ao Senhor, porque ele é bom. Dia 25 de Junho - Quinta-feira da 12ª Semana do Tempo Comum Datas comemorativas: Dia das Empresas Gráficas. Dia do Observador Aéreo. Dia dos Discos Voadores. Dia do Cabo. Dia da Comunidade Britânica. Dia Internacional do Leite. Dia do Caboclo. Rebelião indígena no oeste do México (1541). Batalha de Carabobo (Venezuela, 1821). Morte de Carlos Gardel (Argentina, 1935). Fundação da Igreja Evangélica Luterana do Brasil (1904). 1. Dai graças ao Senhor, porque ele é bom, porque eterna é a sua misericórdia! Quem contará os grandes feitos do Senhor? Quem cantará todo o louvor que ele merece? R. 2. Felizes os que guardam seus preceitos e praticam a justiça em todo o tempo! Lembraivos, ó Senhor, de mim, lembrai-vos, pelo amor que demonstrais ao vosso povo! R. 3. Visitai-me com a vossa salvação, para que eu veja o bem-estar do vosso povo, e exulte na alegria dos eleitos, e me glorie com os que são vossa herança. R. Aclamação ao Evangelho R. Aleluia, Aleluia, Aleluia. V. Quem me ama, realmente, guardará minha palavra e meu Pai o amará e a ele nós viremos. R. Evangelho - Mt 7,21-29 O centro não é a oração, como não é a lei. O centro é Deus e os filhos e filhas de Deus. 89 Dia 25 de Junho - Quinta-feira da 12ª Semana do Tempo Comum Seremos julgados não pela nossa oração e nossa doutrina, mas por nossa prática e por nosso amor. Como dizia o místico espanhol, São João da Cruz: “No fim, no crepúsculo de nossa vida, seremos julgados pelo amor”. + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 2l "Nem todo aquele que me diz: 'Senhor, Senhor', entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus. 22 Naquele dia, muitos vão me dizer: 'Senhor, Senhor, não foi em teu nome que profetizamos? Não foi em teu nome que expulsamos demônios? E não foi em teu nome que fizemos muitos milagres?' 23 Então eu lhes direi publicamente: Jamais vos conheci. Afastai-vos de mim, vós que praticais o mal. 24 Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática, é como um homem prudente, que construiu sua casa sobre a rocha. 25 Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não caiu, porque estava construída sobre a rocha. 26 Por outro lado, quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática, é como um homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. 27 Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos sopraram e deram contra a casa, e a casa caiu, e sua ruína foi completa!" 28 Quando Jesus acabou de dizer estas palavras, as multidões ficaram admiradas com seu ensinamento. 29 De fato, ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os mestres da lei. - Palavra da Salvação. Prece dos fiéis A nossa vida como a vida da Igreja é uma construção cuja solidez lhe vem da fidelidade à palavra de Deus. Peçamos ao Pai que nos ensine a construir a nossa vida, dizendo: R. 90 Deus de bondade, ouvi-nos. 1. Para que a Igreja, edificada sobre a rocha da Palavra de Deus, ponha toda a confiança no Senhor e cresça ao ouvir e meditar a sua Palavra, rezemos ao Senhor. 2. Para que no novo milênio em que vivemos, seja eliminado todo tipo de escravidão e reconhecida a dignidade de todos os homens e mulheres, rezemos ao Senhor. 3. Para que Deus venha em socorro das mulheres pobres, maltratadas e ofendidas, as tome a seu cuidado e as defenda, rezemos ao Senhor. 4. Para que os fiéis que dizem “Senhor, Senhor” ponham em prática as palavras que Jesus ensinou e edifiquem a sua casa sobre a rocha da palavra e da vida de Jesus, rezemos ao Senhor. 5. Para que a palavra de Deus que escutamos ressoe nos corações dos que amam a Cristo e os leve à verdadeira conversão, rezemos ao Senhor. Deus Pai, Deus de bondade, de perdão e de misericórdia, ajudai-nos a ser sábios e corajosos na prática do bem. Por Cristo, nosso Senhor. Oração sobre as oferendas Acolhei, ó Deus, este sacrifício de reconciliação e louvor, e fazei que, purificados por ele, possamos oferecer-vos um coração que vos agrade. Oração depois da comunhão Renovados pelo Corpo e Sangue do vosso Filho, nós vos pedimos, ó Deus, que possamos receber um dia, resgatados para sempre, a salvação que devotamente estamos celebrando. palavra-chave de hoje está no versículo 24: “quem ouve essas minhas palavras e as põe em prática, é como o homem prudente que construiu sua casa sobre a rocha”. Quem ouve a palavra de Jesus (nós nos tornamos aquilo que ouvimos!) e as pratica (a fé é entrega e adesão da pessoa toda!) faz a vontade de Deus e, assim, constrói no tempo a sua morada eterna, levantada sobre a rocha que, no Antigo Testamento, é o próprio Deus (cf. 1Sm 2,2; 2Sm 22,2), e, no Novo, é o Cristo Senhor (cf. 1Cor 10,4). Quem, ao contrário, escuta, mas não faz não está se identificando com a vontade do Senhor e, dessa maneira, constrói sobre a areia do próprio eu o seu próprio fracasso existencial. - O Sermão da Montanha – seu sujeito, seu objeto, sua intenção – é decisivo para o destino do homem e da mulher. Em testemunho dessa importância, são colocadas duas metáforas sobre o juízo. Na primeira, o juízo é visto na perspectiva do Senhor, que nos reconhece ou desconhece (vv. 21-23). Na segunda, ele é visto na nossa perspectiva, pois pode significar salvação ou frustração definitiva. O julgamento, na verdade, não é deixado ao arbítrio de Deus, mas entregue à nossa liberdade de fazer ou não sua vontade, que visa ao nosso bem. - O evangelista escreve provavelmente para uma comunidade rica de fé, de entusiasmo e de dons: adora o Senhor, faz profecias, realiza milagres, faz exorcismos. Mas isso não é tudo. Aliás, sem amor concreto pelo irmão concreto, tudo é nada (cf. 1Cor 13,1-3). Amar é, antes de tudo, fazer o que agrada ao amado, que no caso do Amor amante, o Pai, consiste em amar e servir os irmãos e as irmãs nas coisas do dia a dia. Esta é a vontade do Pai: o bem dos irmãos e das irmãs. Diante dos olhos, podemos visualizar como que duas cenas. - Primeira cena. É sempre possível realizar obras religiosas – liturgia, profecias, milagres e exorcismos – sem ter o coração do Filho. Pode-se agir no nome do Senhor, por amor ao próprio eu, sem amar ao Pai e aos irmãos e irmãs. Vamos colher o que semeamos (cf. Gl 6,7). Quem tiver semeado amor, vai ser reconhecido; quem não, será visto como “fazedor do mal” (v. 23), pois não fez o amor ao irmão. - Segunda cena. A casa que nós estamos construindo agora resistirá no juízo na medida em que tiver sido levantada ou não sobre as “palavras” de Jesus no Sermão da Montanha [“essas minhas palavras”]. Quem as coloca em prática é como um sábio que constrói sobre a rocha; quem não, é como um tolo que constrói sobre a areia. As dificuldades da vida são as mesmas, mas o resultado é outro. A casa da rocha permanece; a da areia desmorona. - As multidões começam, assim, na admiração, a construir uma cristo-logia: Jesus não interpreta a Lei, nem repete as interpretações dos mestres, mas fala com a mesma autoridade de Deus (vv. 28-29). Dia 25 de Junho - Quinta-feira da 12ª Semana do Tempo Comum A A Semente na Terra - Mt 7,21-29 O Minuto do Concílio “Apliquem-se os leigos com diligência a aprofundar a verdade revelada e peçam incessantemente a Deus o dom da sabedoria.” (Lumen gentium 35) Santos do dia: Próspero Tiro de Aquitânia (390 – 463). Eurósia de Jaca (+ 714). Henrique Zdik (1080 – 1150). João da Espanha (1123 – 1160). Eleonora da Inglaterra (1222 – 1291). Doroteia de Montau (1347 – 1394). 91 Dia 26 de Junho - Sexta-feira da 12ª Semana do Tempo Comum Testemunhas do Reino: “Os mártires de Olancho” (Honduras, 1975). Datas comemorativas: Dia do Migrante. Dia do Quilo. Revolta do Quebra-Quilos, na Paraíba, contra a Lei do Sistema Métrico Decimal (1862). Estabelecimento do Sistema Postal (1875). Assinatura da Confissão de Augusta, redigida por Filipe Melanchton (Augsburg, 1537). Colóquio dos sacerdotes e sábios astecas com os “doze apóstolos do México” (1524). 26 SEXTA-FEIRA DA 12ª SEMANA DO TEMPO COMUM (Cor verde - Ofício do dia de semana) Antífona da entrada O Senhor é a força de seu povo, fortaleza e salvação do seu Ungido. Salvai, Senhor, vosso povo, abençoai vossa herança e governai para sempre os vosso servos. Oração do dia Senhor, nosso Deus, dai-nos por toda a vida a graça de vos amar e temer, pois nunca cessais de conduzir os que firmais no vosso amor. Leitura - Gn 17,1.9-10.15-22 Leitura do Livro do Gênesis 1 Abrão tinha noventa e nove anos de idade, quando o Senhor lhe apareceu e lhe disse: "Eu sou o Deus Poderoso. Anda na minha presença e sê perfeito. 9 Deus disse ainda a Abraão: "Guarda a minha aliança, tu e a tua descendência para sempre. 10 Esta é a minha aliança que devereis observar, aliança entre mim e vós e tua descendência futura: todo homem entre vós deverá ser circuncidado". 15 Deus disse também a Abraão: "Quanto à tua mulher, Sarai, já não a chamarás Sarai, mas Sara. 16 Eu a abençoarei e também dela te darei um filho. Vou abençoá-la, e ela será mãe de nações, e reis de povos dela sairão". 17 Abraão prostrou-se com o rosto em terra, e pôs-se a rir, dizendo consigo mesmo: "Será que um homem de cem anos vai ter um filho e que, aos noventa anos, Sara vai dar à luz?". 18 E, dirigindo-se a Deus, 92 disse: "Se ao menos Ismael pudesse viver em tua presença". 19 Deus, porém, disse: "Na verdade, é Sara, tua mulher, que te dará um filho, a quem chamarás Isaac. Com ele estabelecerei a minha aliança, uma aliança perpétua para a sua descendência. 20 Atendo ao teu pedido, também, a respeito de Ismael. Eu o abençoarei e tornarei fecundo e extremamente numeroso. Será pai de doze príncipes e farei dela uma grande nação. 21 Mas, quanto à minha aliança, eu a estabelecerei com Isaac, o filho que Sara te dará no ano que vem, por este tempo". 22 Tendo acabado de falar com Abraão, Deus se retirou. - Palavra do Senhor. Salmo responsorial - Sl 127 R. Será assim abençoado todo aquele que respeita o Senhor. 1. Feliz és tu se temes o Senhor e trilhas seus caminhos! Do trabalho de tuas mãos hás de viver, serás feliz, tudo irá bem! R 2. A tua esposa é uma videira bem fecunda no coração da tua casa; os teus filhos são rebentos de oliveira ao redor de tua mesa. R 3. Será assim abençoado todo homem que teme o Senhor. O Senhor te abençoe de Sião, cada dia de tua vida. R Aclamação ao Evangelho R. Aleluia, Aleluia, Aleluia. V. O Cristo tomou sobre si nossas dores, carregou em seu corpo as nossas fraquezas. R. A cura da lepra é, essencialmente, a cura do pecado. Segundo o Antigo Testamento, só Deus pode perdoar os pecados e, portanto, curar da lepra. Jesus veio para fazer o que não somos capazes: perdoar os pecados, ser perdoados dos pecados, ser colocados em comunhão com Deus e com os outros. Tudo o mais é pouco mais que nada. + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 1 Tendo Jesus descido do monte, numerosas multidões o seguiam. 2 Eis que um leproso se aproximou e se ajoelhou diante dele, dizendo: "Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar". 3 Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse: "Eu quero, fica limpo". No mesmo instante, o homem ficou curado da lepra.4 Então Jesus lhe disse: "Olha, não digas nada a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote, e faze a oferta que Moisés ordenou, para servir de testemunho para eles". - Palavra da Salvação. saúde, em especial com doentes graves e terminais, para que a alegria do bem que fazem os anime a dedicarem-se da melhor maneira, oremos, irmãos. 3. Pelos Judeus, Cristãos e Muçulmanos, que reconhecem Abraão como antepassado comum na fé, para que andem na presença de Deus e deem testemunho da misericórdia de Deus, oremos, irmãos. 4. Pelos casais que se alegram com o nascimento de um filho ou filha quando as chances de que isso viesse a acontecer eram mínimas, para que não cessem de louvar e bendizer o Deus da vida, oremos, irmãos. 5. Pelos doentes graves de nossa comunidade, para que encontrem na fé a força e coragem e, junto a nós, muito apoio e amizade, oremos, irmãos. Senhor, que nos enviastes o vosso Filho, que passou pelo mundo anunciando o Reino e fazendo o bem, abri o coração de todos à sua mensagem de vida e liberdade. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Dia 26 de Junho - Sexta-feira da 12ª Semana do Tempo Comum Evangelho - Mt 8,1-4 Oração sobre as oferendas Prece dos fiéis A narração deste milagre de Jesus manifesta o seu poder e o valor da fé daquele leproso. Rezemos ao Pai por todos os que sofrem, dizendo: R. Curai, Senhor, os males do mundo. 1. Pelos bispos chineses cuja fidelidade ao Papa lhes custa muito sofrimento, para que a oração da Igreja lhes dê coragem, oremos, irmãos. 2. Pelos que trabalham no campo da O Acolhei, ó Deus, este sacrifício de reconciliação e louvor, e fazei que, purificados por ele, possamos oferecer-vos um coração que vos agrade. Oração depois da comunhão Renovados pelo Corpo e Sangue do vosso Filho, nós vos pedimos, ó Deus, que possamos receber um dia, resgatados para sempre, a salvação que devotamente estamos celebrando. A Semente na Terra - Mt 8,1-4 milagre é um “sinal” que tem um “significado”. Mais importante que o sinal, evidentemente, é o significado. Por isso, não se pode ler um milagre ficando só no sinal. Quem faz isso é como o cachorro que fica olhando para a mão do dono quando este, com ela, está fazendo um sinal para indicar a porta. No evangelho de hoje, o leproso curado é sinal da 93 Dia 27 de Junho - Sábado da 12ª Semana do Tempo Comum vida nova do Filho vencedor da morte. - Nós nos afastamos de Deus. Voltamo-nos para os ídolos (riqueza, poder, prestígio) e nos tornamos como eles: sem vida e marcados pela morte (= lepra) (cf. Sl 115,4-8). Essa situação parece destino inelutável e acabamos por considerá-la normal. O milagre faz emergir aquele impossível a que, no fundo, sempre aspiramos. Funciona como um espelho e libera em nós o desejo da nossa verdade última. Mostra que o bem – pelo qual e para o qual somos feitos – é possível, real e efetivamente dado. - A palavra de Jesus, que desce do Monte, é o Filho, perfeito como o Pai (cf. Mt 5,48), que salva os irmãos. Sua palavra, diferentemente da de Moisés, não é Lei, que obriga, denuncia e condena, mas evangelho (= boa notícia), um rio de água viva. Quem se batiza nela – e “batizar” quer dizer mergulhar, imergir e emergir – sai purificado, limpo de toda lepra, liberto do pecado e da morte, novinho em folha como um recém-nascido (cf. 2Rs 5,14). Jesus, a Palavra do Pai, faz de nós novas criaturas, filhos e filhas do seu Pai! - Curar alguém da lepra é ação exclusiva de Deus (cf. 2Rs 5,7). Se Jesus, com palavra pronunciada sobre a montanha, regenera e dá nova vida, é porque é o Senhor. Por isso, esse milagre – embora o primeiro – compendia e sintetiza todos os outros: o do servo do centurião, sinal da fé (vv. 5-13); o da sogra de Pedro, que passa a servir (vv. 14-17); o da tempestade acalmada, sinal da ressurreição (vv. 23-27). Os outros milagres serão des-envolvimentos e desdobramentos desse. Se todo milagre é sinal, a cura do leproso aponta para a lavagem batismal, para a ressurreição como filhos e filhas que a Palavra opera, na força do Espírito. O leproso é figura de toda pessoa que vai ao encontro de Jesus para receber gratuitamente o dom de uma vida livre do pecado e da morte. A cura da lepra indica a graça da purificação e da divinização. O Minuto do Concílio “Os fiéis devem reconhecer a natureza íntima de toda a criação.” (Lumen gentium 36) Santos do dia: João e Paulo de Roma. Vigílio de Trento (360 – 405). Pelágio de Córdoba (912 – 925). Antelmo de Chignin (1107 – 1178). Mártires de Cambrai (+ 1794). Josemaria Escrivá de Balaguer (1902 – 1975). Datas comemorativas: Dia Internacional do Combate às Drogas. Dia da Aviação de Busca e Salvamento. Dia do Ilícito. Criação da Organização das Nações Unidas (1945). 27 SÁBADO DA 12ª SEMANA DO TEMPO COMUM (Cor verde - Ofício do dia de semana) Antífona da entrada O Senhor é a força de seu povo, fortaleza e salvação do seu Ungido. Salvai, Senhor, vosso povo, abençoai vossa herança e governai para sempre os vosso servos. 94 Oração do dia Senhor, nosso Deus, dai-nos por toda a vida a graça de vos amar e temer, pois nunca cessais de conduzir os que firmais no vosso amor. Leitura do Livro do Gênesis Naqueles dias: 1 O Senhor apareceu a Abraão junto ao carvalho de Mambré, quando ele estava sentado à entrada da sua tenda, no maior calor do dia. 2 Levantando os olhos, Abraão viu três homens de pé, perto dele. Assim que os viu, correu ao seu encontro e prostrou-se por terra. 3 E disse: "Meu Senhor, se ganhei tua amizade, peço-te que não prossigas viagem, sem parar junto a mim, teu servo. 4 Mandarei trazer um pouco de água para vos lavar os pés, e descansareis debaixo da árvore. 5 Farei servir um pouco de pão para refazerdes vossas forças, antes de continuar a viagem. Pois foi para isso mesmo que vos aproximastes do vosso servo". Eles responderam: "Faze como disseste". 6 Abraão entrou logo na tenda, onde estava Sara e lhe disse: "Toma depressa três medidas da mais fina farinha, amassa alguns pães e assa-os". 7 Depois, Abraão correu até o rebanho, pegou um bezerro dos mais tenros e melhores, e deu-o a um criado, para que o preparasse sem demora. 8 A seguir, foi buscar coalhada, leite e o bezerro assado, e pôs tudo diante deles. Abraão, porém, permaneceu de pé, junto deles, debaixo da árvore, enquanto comiam. 9 E eles lhe perguntaram: "Onde está Sara, tua mulher?" "Está na tenda", respondeu ele. 10 E um deles disse: "Voltarei, sem falta, no ano que vem, por este tempo, e Sara, tua mulher, já terá um filho". Ouvindo isto, Sara pôs-se a rir, da entrada da tenda, que estava atrás dele. 11 Abraão e Sara já eram velhos, muito avançados em idade, e para ela já havia cessado o período regular das mulheres. 12 Por isso, Sara se pôs a rir em seu íntimo, dizendo: "Acabada como estou, terei ainda tal prazer, sendo meu marido já velho?" 13 E o Senhor disse a Abraão: "Por que riu Sara, dizendo consigo mesma: 'Acaso ainda terei um filho, sendo tão velha?' 14 Existe alguma coisa impossível para o Senhor? No ano que vem, voltarei por este tempo, e Sara já terá um filho". 15 Sara protestou, dizendo: "Eu não ri", pois estava com medo. Mas ele insistiu: "Sim, tu riste". - Palavra do Senhor. Salmo responsorial - Lc 1 R. O Senhor se lembrou de mostrar sua bondade. 1. A minh'alma engrandece ao Senhor, e se alegrou o meu espírito em Deus, meu Salvador, R. 2. pois, ele viu a pequenez de sua serva, eis que agora as gerações hão de chamar-me de bendita. O Poderoso fez por mim maravilhas e Santo é o seu nome! R. 3. Seu amor, de geração em geração, chega a todos que o respeitam. De bens saciou os famintos e despediu, sem nada, os ricos. R. 4. Acolheu Israel, seu servidor, fiel ao seu amor, como havia prometido aos nossos pais, em favor de Abraão e de seus filhos, para sempre. R. Dia 27 de Junho - Sábado da 12ª Semana do Tempo Comum Leitura - Gn 18,1-15 Aclamação ao Evangelho R. Aleluia, Aleluia, Aleluia. V. O Cristo tomou sobre si nossas dores, carregou em seu corpo as nossas fraquezas. R. Evangelho - Mt 8,5-17 Pensamos ser a melhor, a mais correta e a mais completa religião do mundo. Quem vai discutir isso? “De cores, mulheres, gostos e... religião não se discute”, diz sábio ditado. Sábio mesmo é respeitar a diferença, acolher o outro, vibrar com seus valores, buscar com ele Aquele que é maior do que todos nós e todas as nossas representações. + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus Naquele tempo: 5 Quando Jesus entrou em 95 Dia 27 de Junho - Sábado da 12ª Semana do Tempo Comum Cafarnaum, um oficial romano aproximou-se dele, suplicando: 6 "Senhor, o meu empregado está de cama, lá em casa, sofrendo terrivelmente com uma paralisia". 7 Jesus respondeu: "Vou curá-lo." 8 O oficial disse: "Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e o meu empregado ficará curado. 9 Pois eu também sou subordinado e tenho soldados debaixo de minhas ordens. E digo a um : 'Vai!', e ele vai; e a outro: 'Vem!', e ele vem; e digo ao meu escravo: 'Faze isto!', e ele faz". 10 Quando ouviu isso, Jesus ficou admirado, e disse aos que o seguiam: "Em verdade, vos digo: nunca encontrei em Israel alguém que tivesse tanta fé. 11 Eu vos digo: muitos virão do Oriente e do Ocidente, e se sentarão à mesa no Reino dos Céus, junto com Abraão, Isaac e Jacó, 12 enquanto os herdeiros do Reino serão jogados para fora, nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes". 13 Então, Jesus disse ao oficial: "Vai! e seja feito como tu creste". E naquela mesma hora o empregado ficou curado. 14 Entrando Jesus na casa de Pedro, viu a sogra dele deitada e com febre. 15 Tocou-lhe a mão, e a febre a deixou. Ela se levantou, e pôsse a servi-lo. 16 Quando caiu a tarde, levaram a Jesus muitas pessoas possuídas pelo demônio. Ele expulsou os espíritos, com sua palavra, e curou todos os doentes, 17 para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías: "Ele tomou as nossas dores e carregou as nossas enfermidades". - Palavra da Salvação. homens e mulheres de hoje que o Reino dos Céus é universal e que todos são chamados a entrar nele. 2. Oremos, irmãos em Cristo, para que a fé do centurião romano, expressa em palavras simples e claras, seja também a de muitos batizados e batizadas. 3. Oremos, irmãos em Cristo, para que todos os trabalhadores e trabalhadoras atingidos por doenças prolongadas, possam ter o apoio da empresa sentir a amizade dos seus patrões. 4. Oremos, irmãos em Cristo, para que haja quem acolha em suas casas os que não têm casa nem trabalho, e acreditem que é ao Senhor que servem. 5. Oremos, irmãos em Cristo, para que as nossas assembleias celebrantes recebam com alegria os irmãos e irmãs que estão de passagem e com eles deem glória ao Deus do Céu. Deus, nosso Pai, aumentai a fé daqueles que dizem como o centurião ao vosso Filho “Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha casa”. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Oração sobre as oferendas Acolhei, ó Deus, este sacrifício de reconciliação e louvor, e fazei que, purificados por ele, possamos oferecer-vos um coração que vos agrade. Prece dos fiéis Oração depois da comunhão A cura do filho do centurião romano por Jesus é sinal de que o Reino de Deus é oferecido a todos. Peçamos ao Pai que ninguém o rejeite, dizendo: R. Ouvi-nos, Senhor. 1. Oremos, irmãos em Cristo, para que as Igrejas do Oriente e do Ocidente ensinem aos 96 Renovados pelo Corpo e Sangue do vosso Filho, nós vos pedimos, ó Deus, que possamos receber um dia, resgatados para sempre, a salvação que devotamente estamos celebrando. o segundo dos dez milagres dessa seção de milagres do Evangelho de Mateus. Enquanto o primeiro (Mt 8,1-4) revela o resultado último da sua palavra (limpar a nossa vida da lepra que a contagia mortalmente), este (Mt 8,5-13) revela a sua fonte: a nossa fé na Sua palavra. - Os milagres de Jesus são um sinal material que, além de seu valor nesse nível, têm um significado espiritual. Os milagres, evidentemente, têm um valor em si mesmos, pois restauram um bem perdido ou acrescem um bem perfectivo. Mas são igualmente importantes como “sinais”. Os sinais são importantes – aliás, necessários – como as letras do alfabeto para quem escreve: sem elas, não se pode pôr por escrito o que se tem em mente e não se pode ler o que o outro gostaria de transmitir. - Nesse campo, é preciso evitar dois extremos: o dos ‘sobrenaturalistas’, que esvaziam o milagre de sua materialidade, de sua corporeidade, de sua consistência criatural, como se fossem meras setas que só apontam para outra coisa fora e além de si; o dos ‘materialistas’, que roubam ao milagre seu caráter de sinal. Os primeiros só valorizam no milagre o significado, que é grande e eterno; os segundos só valorizam o sinal, que é efêmero, transitório, caduco. - Podemos, então, dizer que o milagre é um “sinal” visível (cura da paralisia, da lepra, da cegueira) de que é sempre preciso ler o “significado” invisível (capacidade de doar, purificação do pecado, dom da fé). Só o ser humano tem essa capacidade “simbólica”. Essa capacidade nos distingue dos animais, que são essencialmente “instrumentais”. Se não temos essa capacidade simbólica, ao invés de nos humanizarmos, estamos nos animalizando. - Podemos “ler” em vários níveis um milagre: 1) em primeiro lugar, é um “portento”, algo de insólito e extraordinário, que chama a nossa atenção; 2) em segundo lugar, é “sinal” de um mundo novo, um raio de luz do sol da ressurreição; 3) em terceiro lugar, um “sinal do amor de Deus” em nosso favor; 4) em quarto lugar, um “sinal da nossa confiança”: Deus quer dar-nos tudo, aliás, a Si mesmo, e só espera que o peçamos e o acolhamos com entrega total; 5) em quinto lugar, toda criatura, por pequena que seja, é um “sinal do amor infinito do Criador”. - O milagre do Evangelho de hoje mostra com perfeição os dois componentes de todo milagre: o sinal (que acontece no servo do centurião romano) e o significado (que acontece, sobretudo, no centurião). O centurião, no NT, – estrangeiro como Abraão – é o pai dos que creem, figura da Igreja, que acredita e se entrega à Palavra, dita uma vez para sempre a uma distância espacial e temporal impreenchíveis. Ontem como hoje, para Abraão, para Paulo ou para cada um de nós, é a fé na promessa de Deus que é creditada em justiça (cf. Gn 15,6). Dia 27 de Junho - Sábado da 12ª Semana do Tempo Comum E A Semente na Terra - Mt 8,5-17 O Minuto do Concílio “Deve ser rejeitada a funesta doutrina que pretende construir a sociedade sem levar em nenhuma conta a religião, combatendo e suprimindo a liberdade religiosa dos cidadãos.” (Lumen gentium 36) Santos do dia: Cirilo de Alexandria (380 – 444). Crescêncio, Áureo, Teonestes e Máximo (V século). Sampson (+ 500). Guilherme de Sann (+ 1015). Arialdo (1000 – 1066). Hemma de Gurk (980 – 1045). Gerhoh de Reichersberg (1093 – 1169). 97 Dia 28 de Junho - 13º Domingo do Tempo Comum - São Pedro e São Paulo Apóstolos - Solenidade - Dia do papa Testemunhas do Reino: Domingo de Santo Domingo e Tomás de San Martín, dominicanos, primeiros bispos da Bolívia, defensores dos índios (1552). Juán Pablo Rodríguez Ran (Guatemala, 1982). Datas comemorativas: Dia Nacional do Progresso. Dia dos Artistas Líricos. Dia Nacional do Vôlei. Dia da Revolução Espiritual. Dia Mundial do Diabético. Elevação do Brasil a Vice-Reino de Portugal (1763). Nascimento de João Guimarães Rosa (1908). ÓBOLO DE SÃO PEDRO Amanhã, por determinação da VII Assembleia da CNBB, em todas as igr ejas e oratórios, mesmo dos mosteiros, conventos e colégios, comemora-se o DIA DO PAPA, com pregações e orações que traduzam amor, veneração, respeito e obediência ao Vigário de Pedro na terra, Cabeça da Santa Igreja universal, e com piedosas e generosas ofertas para o Óbolo de S. Pedro. 28 13º DOMINGO DO TEMPO COMUM SÃO PEDRO E SÃO PAULO APÓSTOLOS - Solenidade Dia do papa (Cor vermelha - Ofício solene próprio) Cristo, por seu ardor missionário, por sua abertura aos pagãos, por sua comunhão na comunidade de Jesus. Segundo tradições muito bem fundamentadas, os dois foram martirizados em Roma, dando a esta Igreja e a seus bispos um lugar e uma missão únicos na comunhão universal das Igrejas. Roma não é nome de poder, mas de serviço; não é nome de honra, mas de humildade; não é nome de privilégio, mas de tremenda responsabilidade diante das Igrejas locais e do próprio mundo. Rezemos pelo papa, para que, como pastor da Igreja de Roma, possa presidir na caridade a Igreja presente em todos as nações, povos e culturas. Comentário inicial - A Igreja celebra, no mesmo dia, Pedro e Paulo. São diferentes por origem, cultura, profissão, estado civil. Mas profundamente unidos por sua fé em Jesus 98 1. Pedro é filho de Jonas (Mt 16,17). Nasceu em Betsaida (Jo 1,44). Vivia com a família em Cafarnaum (Mc 1,21; cf. 1Cor 9,5), onde Jesus curou sua sogra (Mc 1). Foi em Cafarnaum que Jesus o chamou a ser discípulo (Mt 4,18). Pedro, João e Tiago formam o grupo de testemunhas privilegiados de Jesus: reanimação da filha de Jairo (Mc 5,37); 2. Paulo é um judeu helenista de Tarso, na Cilícia, da tribo de Benjamin, do partido dos fariseus, cidadão romano de nascimento. De formação rabínica, antes de converter-se a Jesus, foi perseguidor dos cristãos. Depois de um retiro e de prolongada preparação, torna-se o apóstolo dos pagãos. Realiza tres grande viagens missionárias. É preso em Jerusalém e, após dois anos de prisão em Cesareia, é levado para Roma. São atribuídas a ele 13 cartas: duas aos Tessalonicenses, 1 a Filemon, quatro aos Coríntios, 1 aos Gálatas, 1 aos Romanos, 1 aos Filipenses, 1 aos Colossenses, 1 aos Efésios, 2 a Timóteo, 1 a Tito, 1 aos Hebreus. Dessas, são unanimemente consideradas autênticas só sete, ou seja, a 1Ts, Gl, 1 e 2Cor, Rm, Fl e Fm. Das quatro cartas aos Coríntios, duas foram (estão) perdidas. Essas cartas apresentam o rico panorama de sua vida, atividades, sucessos e projetos. Em Rm 15,24, por exemplo, manifesta o desejo de ir para a Espanha. O término de sua vida de apóstolo permanece, em grande parte, desconhecido. A tradição, porém, atesta que ele morreu em Roma, durante a perseguição de Nero, onde foi sepultado. Sua personalidade e sua teologia são tão importantes que há quem fale de Paulo como de “fundador do cristianismo”. Antífona da entrada Eis os santos que, vivendo neste mundo, plantaram a Igreja, regando-a com seu sangue. Beberam do cálice do Senhor e se tornaram amigos de Deus. Oração do dia Ó Deus, que hoje nos concedeis a alegria de festejar São Pedro e São Paulo, concedei à vossa Igreja seguir em tudo os ensinamentos destes apóstolos que nos deram as primícias da fé. Leitura - At 12,1-11 Leitura dos Atos dos Apóstolos Naqueles dias, 1 o rei Herodes prendeu alguns membros da Igreja, para torturá-los. 2 Mandou matar à espada Tiago, irmão de João. 3 E, vendo que isso agradava aos judeus, mandou também prender a Pedro. Eram os dias dos Pães ázimos. 4 Depois de prender Pedro, Herodes colocou-o na prisão, guardado por quatro grupos de soldados, com quatro soldados cada um. Herodes tinha a intenção de apresentá-lo ao povo, depois da festa da Páscoa. 5 Enquanto Pedro era mantido na Dia 28 de Junho - 13º Domingo do Tempo Comum - São Pedro e São Paulo Apóstolos - Solenidade - Dia do papa transfiguração (Mc 9,2); agonia no Horto (Mc 14,33). Duas tradições se referem à mudança do nome de “Simão” (= aquele que ouve) para “Pedro” (do grego, ‘petros’, que traduz o aramaico ‘kepa’ ou ‘kepha’, rocha). Segundo João, esse nome lhe foi dado quando do chamamento ao discipulado (Jo 1,42); segundo Mateus, como confirmação à sua profissão de fé na messianidade de Jesus (Mt 16,17). Pedro é o primeiro dos apóstolos. O Novo Testamento, porém, não se cala sobre os seus pecados, sobretudo a negação do Senhor (Mc 14,66-72par.). É uma das primeiras testemunhas da ressurreição (Mc 16,7). E guia da comunidade primitiva de Jerusalém: eleição de Matias (At 1), Pentecostes (At 2). Os 12 primeiros capítulos do livro dos Atos falam de sua pregação e de suas atividades. Destacamse suas viagens missionárias (At 8-9). Em Cesareia Marítima, batiza o centurião Cornélio, primeiro romano convertido, e, em Jerusalém, defende a sua atividade (At 10-11). Foi preso e milagrosamente libertado (At 12,1-19). Por ocasião do concílio de Jerusalém, está, de novo, na Cidade (At 15), intervindo na discussão sobre a (superação da) circuncisão. Morreu em Roma no tempo de Nero (64-67). Duas cartas do Novo Testamento e alguns apócrifos levam o seu nome. Indícios presentes no Novo Testamento e testemunhos do Iº e do IIº século atestam sua presença e martírio em Roma (cf. J. Gnilka, Pedro e Roma, Paulinas). 99 Dia 28 de Junho - 13º Domingo do Tempo Comum - São Pedro e São Paulo Apóstolos - Solenidade - Dia do papa 100 prisão, a Igreja rezava continuamente a Deus por ele. 6 Herodes estava para apresentá-lo. Naquela mesma noite, Pedro dormia entre dois soldados, preso com duas correntes; e os guardas vigiavam a porta da prisão. 7 Eis que apareceu o anjo do Senhor e uma luz iluminou a cela. O anjo tocou o ombro de Pedro, acordou-o e disse: "Levanta-te depressa!" As correntes caíram-lhe das mãos. 8 O anjo continuou: "Coloca o cinto e calça tuas sandálias!" Pedro obedeceu e o anjo lhe disse: "Põe tua capa e vem comigo!" 9 Pedro acompanhou-o, e não sabia que era realidade o que estava acontecendo por meio do anjo, pois pensava que aquilo era uma visão. 10 Depois de passarem pela primeira e segunda guarda, chegaram ao portão de ferro que dava para a cidade. O portão abriu-se sozinho. Eles saíram, caminharam por uma rua e logo depois o anjo o deixou. 11 Então Pedro caiu em si e disse: "Agora sei, de fato, que o Senhor enviou o seu anjo para me libertar do poder de Herodes e de tudo o que o povo judeu esperava!" - Palavra do Senhor. Salmo responsorial - Sl 33 R. De todos os temores me livrou o Senhor Deus. Leitura - 2Tm 4,6-8.17-18 Leitura da Segunda Carta de São Paulo a Timóteo Caríssimo: 6 Quanto a mim, eu já estou para ser derramado em sacrifício; aproxima-se o momento de minha partida. 7 Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé. 8Agora está reservada para mim a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos que esperam com amor a sua manifestação gloriosa. 17 Mas o Senhor esteve a meu lado e me deu forças; ele fez com que a mensagem fosse anunciada por mim integralmente, e ouvida por todas as nações; e eu fui libertado da boca do leão. 18 O Senhor me libertará de todo mal e me salvará para o seu Reino celeste. A ele a glória, pelos séculos dos séculos! Amém. - Palavra do Senhor. Aclamação ao Evangelho R. Aleluia, Aleluia, Aleluia. V. Tu és Pedro e sobre esta pedra eu irei construir minha Igreja; e as portas do inferno não irão derrotá-la. R. Evangelho - Mt 16,13-19 1. Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, seu louvor estará sempre em minha boca. Minha alma se gloria no Senhor; que ouçam os humildes e se alegrem! R. 2. Comigo engrandecei ao Senhor Deus, exaltemos todos juntos o seu nome! Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu, e de todos os temores me livrou. R. 3. Contemplai a sua face e alegrai-vos, e vosso rosto não se cubra de vergonha! Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido, e o Senhor o libertou de toda angústia. R. 4. O anjo do Senhor vem acampar ao redor dos que o temem, e os salva. Provai e vede quão suave é o Senhor! Feliz o homem que tem nele o seu refúgio! R. Aquela profissão de fé fez de Pedro, que fala pelos discípulos, pedra fundamental da comunidade de Jesus, da Igreja. Se Jesus é o Messias e Filho de Deus, nossa vida tem sentido; se não, ainda estamos tateando em nossas trevas. Abraçar a fé de Pedro é fazer ecoar hoje o que ele professou e proclamou naquele início fundante insubstituível. + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus Naquele tempo: 13 Jesus foi à região de Cesareia de Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: "Quem dizem os homens ser o Filho Prece dos fiéis Na solenidade dos santos apóstolos Pedro e Paulo, apresentemos a Deus Pai as nossas súplicas, pelas necessidades de todo o mundo, dizendo, cheios de esperança: R. Nós Vos rogamos: ouvi-nos, Senhor. 1. Pela santa Igreja fundada sobre a fé e a pregação dos apóstolos Pedro e Paulo, para que ela sinta, no meio das dificuldades deste mundo, a força de Deus que conduz as pessoas e os povos à salvação, rezemos ao Senhor. 2. Pelo papa Francisco, sucessor do apóstolo Pedro e dos bispos de Roma, para que confirme na fé os seus irmãos e irmãs e seja sinal da unidade da Igreja, rezemos ao Senhor. 3. Pelos bispos e presbíteros mais idosos, e por todos os que estiveram ao serviço do povo de Deus, para que Jesus Cristo os assista e lhes dê força, rezemos ao Senhor. 4. Por todos os que, a exemplo de São Paulo, anunciam o Evangelho de Cristo aos vêm de culturas e tradições religiosas diferentes da nossa, para que sejam ao mesmo tempo fiéis a Cristo e respeitosos dos seus interlocutores, rezemos ao Senhor. 5. Pelos perseguidos por causa da sua fé, para que a ação dos responsáveis pelas nações e a oração perseverante da Igreja lhes obtenham a paz e a liberdade, rezemos ao Senhor. 6. Por nossa paróquia e suas comunidades, para que vivam unidas na fé e no amor e bendigam a Deus por tudo o que Ele realiza de bom em nosso meio, rezemos ao Senhor. Deus, misericordioso e compassivo, atendei o povo que Vos suplica e, por intercessão dos apóstolos Pedro e Paulo, que anunciaram o Evangelho pela palavra e pela entrega da vida, concedei-nos o que humildemente Vos pedimos. Por Cristo, nosso Senhor. Oração sobre as oferendas Ó Deus, que a oração de vossos Apóstolos acompanhe as oferendas que vos apresentamos para serem consagradas, e nos alcance celebrarmos este sacrifício com o coração voltado para vós. Prefácio de São Pedro e São Paulo A dupla missão de Pedro e Paulo na Igreja Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo lugar, Senhor, Pai Santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso. Hoje, vós nos concedeis a alegria de festejar os Apóstolos São Pedro e São Paulo. Pedro, o primeiro a proclamara fé, fundou a Igreja primitiva sobre a herança de Israel. Paulo, mestre e doutor das nações, anunciou-lhes o Evangelho da Salvação. Por diferentes meios, os dois congregaram a única família de Cristo e, unidos pela coroa do martírio, recebem hoje, por toda a terra, igual veneração. Por essa razão, os anjos celebram vossa grandeza, os santos proclamam vossa glória. Concedei também a nós associar-nos aos seus louvores, cantando (dizendo) a uma só voz: Dia 28 de Junho - 13º Domingo do Tempo Comum - São Pedro e São Paulo Apóstolos - Solenidade - Dia do papa do Homem?" 14 Eles responderam: "Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias; Outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas". 15 Então Jesus lhes perguntou: "E vós, quem dizeis que eu sou?" 16 Simão Pedro respondeu: "Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo". 17 Respondendo, Jesus lhe disse: "Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. 18 Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. 19 Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus". - Palavra da Salvação. Oração Eucarística II 101 Dia 28 de Junho - 13º Domingo do Tempo Comum - São Pedro e São Paulo Apóstolos - Solenidade - Dia do papa Oração depois da comunhão Concedei-nos, ó Deus, por esta Eucaristia, viver de tal modo na vossa Igreja que, “A perseverando na fração do pão e na doutrina dos Apóstolos, e enraizados no vosso amor, sejamos um só coração e uma só alma. A Semente na Terra - Mt 16,13-19 quele-que-é” pergunta aos discípulos “quem ele é” para poder introduzi-los no seu mistério. O que está em jogo não é a sua identidade, mas a identidade deles. Ele quer ser reconhecido: esse é o desejo fundamental do amor que se revela. A resposta dos discípulos não vai constituir Jesus, mas vai – ou não – constituir o verdadeiro discípulo. A gente diz – mas nem sempre com consciência plena – que o cristianismo não é uma ideologia, uma doutrina ou uma moral. O cristianismo é, na verdade, uma coisa só: a minha relação com Jesus, o meu amor ao meu Senhor em resposta ao seu amor por mim (cf. Gl 2,20). - Jesus pergunta, primeiro, a opinião dos outros. Depois, quer saber a opinião dos próprios discípulos. Com isso, Jesus quer sugerir que a resposta dos discípulos não pode ser a dos outros nem como a dos outros. A resposta dos discípulos é absolutamente pessoal! - O ministério público de Jesus está num momento decisivo: Pedro e os demais discípulos reconhecem Jesus como o Messias e o Filho de Deus. A partir daqui, eles poderão ser iniciados naquele conhecimento de Jesus que só quem ama pode receber. De fato, só amamos o que conhecemos, e só conhecemos o que amamos! - O Evangelho de hoje apresenta o reconhecimento de Jesus (pelos discípulos) e o conferimento do primado a Pedro (por Jesus). Na primeira parte do Evangelho, a questão é o reconhecimento de Jesus, que é feito através das perguntas de Jesus aos discípulos. Na segunda parte, a questão é o reconhecimento da resposta de Pedro por parte de Jesus e, ao mesmo tempo, o conferimento a Pedro - sempre por parte de Jesus - de uma missão particular na Igreja. - Reconhecer Jesus como o Messias e o Filho de Deus – títulos, porém, que não são nada claros, que devem ainda ser aprofundados, que, mesmo depois da ressurreição, alguns parecem não ter entendido – é o centro da fé. O papel de Pedro, por outro lado, é o de “pedra” sobre a qual se levanta a comunidade dos discípulos de Jesus. Essa “pedrinha” é a primeira pedra! - A Igreja precisou de alguns séculos para ligar estavelmente essa palavra de Jesus a Pedro com a figura do bispo de Roma. Qualquer bom texto de história da eclesiologia ou dos ministérios mostra isso com objetividade e equilíbrio. Historicamente, o primado de Pedro – chamado a ser serviço da unidade na fé e na caridade – foi ocasião de muitas separações, no Oriente e no Ocidente. É difícil discernir em que medida isso se deva às modalidades inadequadas do servir (cf. João Paulo II, Encíclica Ut unum sint) ou à inevitabilidade do “escândalo” da própria verdade, que, por sua própria natureza, é sinal de contradição (cf. Lc 2,34). AS CHAVES DE PEDRO José Antonio Pagola Ano passado, ao término da minha permanência na igreja da Imaculada (Nova York), voltei para a minha paróquia na Espanha. Alguns dias depois, recebi um e-mail da secretária da 102 Uma chave de ouro pode abrir qualquer porta, mas aquelas chaves não eram senão bronze. O bispo Gerald Walsh costumava dizer-me: “Quando alguém é nomeado pároco, ele precisa de duas coisas: uma vassoura nova e um novo chaveiro.” E eu penso que, quando um cardeal é eleito papa, ele precisa de centenas de vassouras e nenhuma chave. Nenhuma chave mesmo. Ele deve abrir a Igreja para todos os que procuram Deus com um coração sincero. Hoje, celebramos a festa de São Pedro, o apóstolo que respondeu corretamente à pergunta de Jesus “Quem vós dizeis que eu sou?” “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.” Há uma grande diferença entre a primeira questão: “Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?” E aquela com a pequena palavra “vós”. Uma palavrinha de nada pode fazer todas as diferenças. Quando se usa a terceira pessoa, nenhum risco está envolvido. A Bíblia diz, o padre diz, meu catequista diz, as pessoas dizem, muitas opiniões, muitas definições e muitos livros são escritos todos os dias para responder à pergunta de Jesus, mas a resposta que realmente interessa é a tua resposta, a minha resposta. Ninguém pode responder por nós. Não precisamos de um ventríloquo. Não esgotamos o significado, o poder e a beleza que a vida de Jesus exprime e, assim, a pergunta atravessa os anos e se dirige à cada geração. Hoje, 29 de junho de 2015, é a nossa vez de responder a esta inconveniente verdade. “Quem você diz que eu sou?” Não busque refúgio no que outros cristãos dizem. Tenha a coragem de exprimir sua fé com suas próprias palavras. A vida de Pedro foi virada de ponta-cabeça por Jesus. Jesus mudou muito a identidade de Pedro. Simão se tornou Kephas, a rocha, sobre a qual Jesus construiria sua Igreja, embora, de acordo com os Evangelhos, Kephas, a rocha, parece ser mais um cata-vento do que uma pedra firme. Pedro, apesar de suas muitas falhas, foi escolhido e foi abençoado por Jesus. “Bemaventurado és tu, Simão filho de Jonas. Dar-te-ei as chaves do reino dos céus. O que ligares na terra será ligado nos céus.” Pedro, na nossa imaginação, é o dono de suas grandes chaves, mas ele é mais do que um porteiro que pessoalmente entrevista as pessoas na entrada do céu. Dia 28 de Junho - 13º Domingo do Tempo Comum - São Pedro e São Paulo Apóstolos - Solenidade - Dia do papa paróquia que dizia: “Por favor, devolva as chaves da reitoria. Obrigada.” Fiquei muito surpreso. O que eu poderia fazer com aquelas chaves na Espanha? Então, fui ao correio e mandei as chaves ao seu proprietário. Onde está Pedro, aí está a Igreja. Ele, e seus sucessores, é o pastor de toda a Igreja. Ser católico é estar em comunhão com Pedro e, hoje, com o papa Francisco. Eu não sei como Pedro se sentiu quando Jesus lhe deu as chaves e lhe disse: “Agora você é o responsável.” O papa Francisco sente o peso da responsabilidade e tem que descobrir o que fazer com as chaves, que portas abrir e que janelas desbloquear. Imagine se, um desses dias, ele recebe um e-mail de Jesus que diz: “Por favor, devolva-me as chaves. Elas são minhas.” 103 Dia 29 de Junho - Segunda-feira da 13ª Semana do Tempo Comum O papa Francisco está todos os dias nos noticiários e eu me pergunto: “ele me causará alguma surpresa hoje?” Agradeço a Deus todos os dias por não viver no Vaticano; é tão bonito e tão simples viver minha fé nesta paróquia de Nova York e na minha paróquia na Espanha. Preciso de Pedro, preciso de Paulo, o Apóstolo dos gentios e nosso melhor pregador e mestre; preciso do papa Francisco e, acima de tudo, preciso de Cristo, o verdadeiro alicerce da Igreja, mas não preciso de Roma. De qualquer maneira, preciso das chaves da reitoria para voltar o próximo ano. O Minuto do Concílio “Os leigos, como todos os fiéis cristãos, têm o direito de receber abundantemente dos sagrados pastores os bens espirituais da Igreja.” (Lumen gentium 37) Santos do dia: Ireneu de Lião (130 – 202). Paulo I (700 – 767). Gero de Colônia (900 – 976). Heimerad (+ 1019). Vicência Gerosa (1784 – 1847). Datas comemorativas: Dia Internacional contra o Preconceito Sexual. Nascimento de Jean Jacques Rousseau (1712). Assinatura do Tratado de Paz de Versailles (1919). Último dia de produção do fusca no Brasil (1996). Brasil abre as portas aos imigrantes europeus; africanos e asiáticos só poderão entrar mediante autorização do Congresso (1890). 29 SEGUNDA-FEIRA DA 13ª SEMANA DO TEMPO COMUM (Cor verde - I Semana do SALTÉRIO - Ofício do dia de semana) Antífona da entrada Povos todos, aplaudi e aclamai a Deus com brados de alegria. Oração do dia Ó Deus, pela vossa graça, nos fizestes filhos da luz. Concedei que não sejamos envolvidos pelas trevas do erro, mas brilhe em nossas vidas a luz da vossa verdade. Primeira leitura - Gn 18,16-33 Leitura do Livro do Gênesis 16 104 Os homens levantaram-se e partiram na direção de Sodoma. Abraão acompanhava-os para encaminhá-los. 17 E o Senhor disse consigo: "Acaso poderei ocultar a Abraão o que vou fazer? 18 Pois Abraão virá a ser uma nação grande e forte e nele serão abençoadas todas as nações da terra.19 De fato, eu o escolhi, Para que ensine seus filhos e sua família a guardarem os caminhos do Senhor, praticando a justiça e o direito, a fim de que o Senhor cumpra em favor de Abraão tudo o que lhe prometeu". 20 Então, o Senhor disse: "O clamor contra Sodoma e Gomorra cresceu, e agravou-se muito o seu pecado. 21 Vou descer para verificar se as suas obras correspondem ou não ao clamor que chegou até mim". 22 Partindo dali, os homens dirigiram-se a Sodoma, enquanto Abraão ficou na presença do Senhor. 23 Então, aproximando- Salmo responsorial - Sl 102 R. O Senhor é indulgente, é favorável. 1. Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e todo o meu ser, seu santo nome! Bendize, ó minha alma, ao Senhor, não te esqueças de nenhum de seus favores! R. 2. Pois ele te perdoa toda culpa, e cura toda a tua enfermidade; da sepultura ele salva a tua vida e te cerca de carinho e compaixão. R. 3. O Senhor é indulgente, é favorável, é paciente, é bondoso e compassivo. Não fica sempre repetindo as suas queixas, nem guarda eternamente o seu rancor. R. 4. Não nos trata como exigem nossas faltas, nem nos pune em proporção às nossas culpas. Quanto os céus por sobre a terra se elevam, tanto é grande o seu amor aos que o temem. R. Aclamação ao Evangelho R. Aleluia, Aleluia, Aleluia. V. Oxalá ouvísseis hoje a sua voz, não fecheis os corações como em Meriba! R. Evangelho - Mt 8,18-22 À originalidade de Jesus corresponde a originalidade dos seus discípulos. É ele que chama, só ele é o mestre, a meta é a comunhão de vida e destino, o aprendizado nunca termina. Assim como não houve matrícula no começo, não há diploma no fim! Você está disposto a ser discípulo assim para ser missionário de mestre assim? Dia 29 de Junho - Segunda-feira da 13ª Semana do Tempo Comum se, disse Abraão: "Vais realmente exterminar o justo com o ímpio? 24 Se houvesse cinquenta justos na cidade, acaso iríeis exterminá-los? Não pouparias o lugar por causa dos cinquenta justos que ali vivem? 25 Longe de ti agir assim, fazendo morrer o justo com o ímpio, como se o justo fosse igual ao ímpio. Longe de ti! O juiz de toda a terra não faria justiça?" 26 O Senhor respondeu: "Se eu encontrasse em Sodoma cinquenta justos, pouparia por causa deles a cidade inteira". 27 Abraão prosseguiu dizendo: "Estou sendo atrevido em falar a meu Senhor, eu que sou pó e cinza. 28 Se dos cinquenta justos faltassem cinco, destruirias por causa dos cinco a cidade inteira?" O Senhor respondeu: "Não destruiria, se achasse ali quarenta e cinco justos". 29 Insistiu ainda Abraão e disse: "E se houvesse quarenta?" Ele respondeu: "Por causa dos quarenta, não o faria". 30 Abraão tornou a insistir: "Não se irrite o meu Senhor, se ainda falo. E se houvesse apenas trinta justos?". Ele respondeu: "Também não o faria, se encontrasse trinta". 31 Tornou Abraão a insistir: "Já que me atrevi a falar a meu Senhor, e se houver vinte justos?" Ele respondeu: "Não a iria destruir por causa dos vinte". 32 Abraão disse: "Que o meu Senhor não se irrite, se eu falar só mais uma vez: e se houvesse apenas dez?" Ele respondeu: "Por causa dos dez, não a destruiria". 33 Tendo acabado de falar, o Senhor retirou-se, e Abraão voltou para a sua tenda. - Palavra do Senhor. + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus Naquele tempo: 18 Vendo uma multidão ao seu redor, Jesus mandou passar para a outra margem do lago. 19 Então um mestre da Lei aproximou-se e disse: "Mestre, eu te seguirei aonde quer que tu vás". 20 Jesus lhe respondeu: "As raposas têm suas tocas e as aves dos céus têm seus ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça". 2L Um outro dos discípulos disse a Jesus: "Senhor, permite-me que primeiro eu vá sepultar meu pai". 22 Mas Jesus lhe respondeu: "Segue-me, e deixa que os mortos sepultem os seus mortos." - Palavra da Salvação. Prece dos fiéis Esta já breve leitura do Evangelho ainda pode ser resumida em duas palavras: “Segueme”. Peçamos ao Pai que, pela força do Espírito, abra nossa mente e nosso coração para nos 105 Dia 29 de Junho - Segunda-feira da 13ª Semana do Tempo Comum colocarmos no seguimento de Cristo, dizendo: R. Ouvi, Senhor, as nossas preces. alimentarem à mesa da palavra e à mesa da eucaristia, oremos, irmãos. 1. Para que o Pai dê a todos os discípulos e discípulas de Jesus a graça de O seguirem para onde quer que vá, sem buscarem comodidades, honrarias nem riquezas, oremos, irmãos. 2. Para que o Pai dê a todos os homens públicos a graça de ouvirem Cristo, seu Filho único, e de buscarem soluções justas para os conflitos e os problemas, oremos, irmãos. 3. Para que o Pai dê aos descendentes de Abraão a graça de conhecerem Jesus, o profeta de Nazaré, e de se abrirem ao Mistério que envolve sua pessoa e sua missão, oremos, irmãos. 4. Para que o Pai dê a todos os emigrantes cristãos a graça de amarem Cristo onde quer que vivam e de O escutarem, cada domingo, na Liturgia, oremos, irmãos. 5. Para que o Pai dê às famílias desta paróquia e de suas comunidades a graça de se Acolhei, Senhor, as nossas súplicas, ensinai-nos a escutar o vosso Filho e a segui-Lo até o fim da nossa vida. Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos. O Oração sobre as oferendas Ó Deus, que nos assegurais os frutos dos vossos sacramentos, concedei que o povo reunido para vos servir corresponda à santidade dos vossos dons. Oração depois da comunhão Ó Deus, o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, que oferecemos em sacrifício e recebemos em comunhão, nos transmitam uma vida nova, para que, unidos a vós pela caridade que não passa, possamos produzir frutos que permaneçam. A Semente na Terra - Mt 8,18-22 Evangelho de hoje, em que o escriba diz a Jesus “seguir-te-ei” e Jesus diz a outro “segue-me”, é útil para percebermos a diferença entre o escriba do judaísmo e o discípulo de Jesus. Enquanto o escriba se matricula livremente na escola de um mestre que ele mesmo escolhe para aprender a palavra e poder ensiná-la, o discípulo do evangelho é chamado diretamente por Jesus a segui-Lo. - Jesus, na verdade, não é um mestre, nem mesmo “o” mestre, mas a própria Palavra, o Senhor, aquele que vem antes, pois está no princípio de tudo. O que Deus e a sua Lei são para o escriba, Jesus e o seu caminho são para o discípulo. Jesus é o único tesouro, o primeiro e último amor de sua vida. - Um escriba pode tornar-se discípulo; um discípulo tornar-se escriba. O escriba se torna discípulo quando, tendo encontrado a novidade absoluta, o tesouro, a pedra preciosa, vende tudo com alegria para possuí-los (cf. Mt 13,52.44-46). O discípulo se torna escriba quando coloca o seu conhecimento bíblico a serviço da sabedoria do evangelho. É o caso de Mateus, de Paulo, de Priscila e Áquila, de Apolo, de Silas e de tantos outros que Deus mesmo colocou na Igreja para crescimento dos fiéis e edificação da Igreja (cf. 1Cor 12,28-30). - O foco do Evangelho de hoje é o seguimento de Jesus. Os três milagres precedentes nos mostraram o que a Palavra opera em nós. É o que o seguimento de Jesus realiza: a fé na sua Palavra nos liberta da lepra e nos torna capazes de trilhar o mesmo caminho de serviço aos irmãos e irmãs. - Só quem o segue chega ao “outro lado”, à “outra margem”, levando, assim, a termo a 106 O Minuto do Concílio “Os leigos têm a faculdade, aliás, às vezes, também o dever, de exprimir o seu parecer sobre o que diz respeito ao bem da Igreja.” (Lumen gentium 37) Santos do dia: Pedro e Paulo (século I). Beata (+ 277). Judite e Salomé (século XI). Notker Labeo (+ 1022). Dia 30 de Junho - Terça-feira da 13ª Semana do Tempo Comum travessia que todos somos chamados a fazer. Quem cai na água ou está na água, mas não chega à outra margem ou se frustra ou naufraga. Frustra-se quando obrigado a voltar à margem de cá; naufraga ao não conseguir aportar ao lado de lá. - O discípulo, de fato, é instado a apostar tudo na travessia. De escriba é chamado a tornarse discípulo, investindo tudo Naquele que não é só o mestre, mas o Senhor. Uma vez tornado discípulo, é chamado a superar toda veleidade, amando a Ele com todo o coração, toda a mente e toda a alma (cf. Mt 22,37ss.; Dt 6,4ss.). Esta é a vida que o discípulo é chamado a viver; seu fruto é a Vida, o dom que o Senhor faz ao discípulo ou discípula! - Aqui reside a identidade mais radical da Igreja, comunidade de discípulos e discípulas. Enquanto Jesus é o Senhor, a Igreja é aquela comunidade que o reconhece como seu único bem e o vive como seu primeiro, último e único amor. Datas comemorativas: Dia do Pescador. Dia do Papa. Dia do Escritor Paulista. Dia da Telefonista. Nascimento de Antoine de Saint-Exupéry (1900). Condenação dos mandantes do assassinato do Pe. Josimo Morais Tavares (10 de maio de 1986). 30 TERÇA-FEIRA DA 13ª SEMANA DO TEMPO COMUM (Cor verde - Ofício do dia de semana) Antífona da entrada Povos todos, aplaudi e aclamai a Deus com brados de alegria. Oração do dia Ó Deus, pela vossa graça, nos fizestes filhos da luz. Concedei que não sejamos envolvidos pelas trevas do erro, mas brilhe em nossas vidas a luz da vossa verdade. Leitura - Gn 19,15-29 Leitura do Livro do Gênesis Naqueles dias, 15 os anjos insistiram com Ló, dizendo: "Levanta-te, toma tua mulher e tuas duas filhas, e sai, para não morreres também por causa das iniquidades da cidade". 16 Como ele hesitasse, os homens tomaram-no pela mão, a ele, à mulher e às duas filhas - pois o Senhor tivera compaixão dele -, fizeram-nos sair e deixaram-nos fora da cidade. 17 Uma vez fora, disseram: "Trata de salvar a tua vida. Não olhes para trás, nem te detenhas em parte alguma desta região. Mas foge para a montanha, se não quiseres morrer". 18 Ló respondeu: "Não, meu Senhor, eu te peço! 19 O teu servo encontrou teu favor e foi grande a tua bondade, salvando-me a vida. Mas receio não poder salvar-me na montanha, antes que a calamidade me atinja e eu morra. 20 Eis aí perto uma cidade onde poderei refugiar-me; é 107 Dia 30 de Junho - Terça-feira da 13ª Semana do Tempo Comum pequena, mas aí salvarei a minha vida". 21 E ele lhe disse: "Pois bem, concedo-te também este favor: não destruirei a cidade de que falas. 22 Refugia-te lá depressa, pois nada posso fazer enquanto não tiveres entrado na cidade". Por isso foi dado àquela cidade o nome de Segor. 23 O sol estava nascendo, quando Ló entrou em Segor. 24 O Senhor fez então chover do céu enxofre e fogo sobre Sodoma e Gomorra. 25 Destruiu as cidades e toda a região, todos os habitantes das cidades e até a vegetação do solo. 26 Ora, a mulher de Ló olhou para trás e tornou-se uma estátua de sal. 27 Abraão levantou-se bem cedo e foi até o lugar onde antes tinha estado com o Senhor. 28 Olhando para Sodoma e Gomorra, e para toda a região, viu levantar-se da terra uma densa fumaça, como a fumaça de uma fornalha. 29 Mas, ao destruir as cidades da região, Deus lembrou-se de Abraão e salvou Ló da catástrofe que arrasou as cidades onde Ló havia morado. - Palavra do Senhor. Salmo responsorial - Sl 25 R. Tenho sempre vosso amor ante meus olhos. 1. Provai-me, ó Senhor, e examinai-me, sondai meu coração e o meu íntimo! Pois tenho sempre vosso amor ante meus olhos; vossa verdade escolhi por meu caminho. R. 2. Não junteis a minha alma à dos malvados, nem minha vida à dos homens sanguinários; eles têm as suas mãos cheias de crime; sua direita está repleta de suborno. R. 3. Eu, porém, vou caminhando na inocência; libertai-me, ó Senhor, tende piedade! Está firme o meu pé na estrada certa; ao Senhor eu bendirei nas assembleias. R. Aclamação ao Evangelho R. Aleluia, Aleluia, Aleluia. V. No Senhor ponho a minha esperança, espero em sua palavra. R. 108 Evangelho - Mt 8,23-27 A vida é uma travessia. Às vezes, o vento é favorável; às vezes, uma calmaria paralisa tudo; outras, a tempestade parece colocar tudo a perder. Dois sentimentos extremos tomam conta de nós: o medo ou a confiança. O medo bloqueia o coração humano; a confiança o estimula a caminhar. Cabe a nós estimular a confiança e controlar o medo. Se o medo provém da consciência da nossa limitação, a confiança vem da consciência de que Deus é Pai e de que podemos sempre contar com Ele. + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus Naquele tempo: 23 Jesus entrou na barca, e seus discípulos o acompanharam. 24 E eis que houve uma grande tempestade no mar, de modo que a barca estava sendo coberta pelas ondas. Jesus, porém, dormia. 25 Os discípulos aproximaram-se e o acordaram, dizendo: "Senhor, salva-nos, pois estamos perecendo!" 26 Jesus respondeu: "Por que tendes tanto medo, homens fracos na fé?" Então, levantando-se, ameaçou os ventos e o mar, e fez-se uma grande calmaria. 27 Os homens ficaram admirados e diziam: "Quem é este homem, que até os ventos e o mar lhe obedecem?" - Palavra da Salvação. Prece dos fiéis Porque Jesus vai na barca da sua Igreja, nenhuma tempestade a afundará. Peçamos ao Pai que aumente a nossa fé, dizendo: R. Ouvinos, Senhor. 1. Pela Igreja, para que todos e cada um dos seus membros creiam firmemente que Jesus vela sempre pela sua barca, pelo mundo inteiro e por cada ser humano, oremos, irmãs e irmãos. 2. Pelos pescadores, que nos perigos pedem a Jesus que lhes acuda, os liberte e os Senhor, nosso Pai celeste, acolhei a oração dos vossos filhos e filhas e de quantos por Vós clamam nas suas aflições. Por Cristo, nosso Senhor. Oração sobre as oferendas Ó Deus, que nos assegurais os frutos dos vossos sacramentos, concedei que o povo reunido para vos servir corresponda à santidade dos vossos dons. Oração depois da comunhão Ó Deus, o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, que oferecemos em sacrifício e recebemos em comunhão, nos transmitam uma vida nova, para que, unidos a vós pela caridade que não passa, possamos produzir frutos que permaneçam. Dia 30 de Junho - Terça-feira da 13ª Semana do Tempo Comum salve, para que O sintam junto deles nas alergias e tristezas da vida, oremos, irmãs e irmãos. 3. Pelos cristãos que moram nas grandes cidades, para que tenham a certeza de que Deus nelas habita e não cedam à tentação da indiferença, da descrença e do ateísmo, oremos, irmãs e irmãos. 4. Pelos jovens que se envolvem no consumo do álcool e da droga, para que não sejam abandonados nem estigmatizados, mas contem com anjos que toquem seus corações, iluminem suas inteligências e os tomem pela mão e os ajudem a se libertar, oremos, irmãs e irmãos. 5. Por todos nós que estamos celebrando esta Santa Eucaristia, para que creiamos que Jesus está no meio de nós todas as vezes que nos reunimos em seu nome, oremos, irmãs e irmãos. SANTOS PROTOMÁRTIRES DA IGREJA DE ROMA MEMÓRIA FACULTATIVA (Cor vermelha - Ofício da memória) (Missa: mártires - MR, 740) Oração do dia Ó Deus, que consagrastes com o sangue dos mártires os fecundos primórdios da Igreja A de Roma, dai que sua coragem no combate nos obtenha uma força inabalável e a alegria na vitória. A Semente na Terra - Mt 8,23-27 travessia de Jesus com os discípulos é um símbolo da nossa existência. A barca lembra a comunidade, na qual ele está conosco. Enfrenta dificuldades, calmarias, tempestades. Mais cedo ou mais tarde, todo barco vai a pique. É a morte. Como diz o povo, é a única certeza, a coisa mais certa que Deus deixou. - Ao longo da travessia, dois sentimentos opostos brigam pelo comando. São o medo e a confiança. O medo bloqueia o coração humano; a confiança o estimula a caminhar. Cabe a nós favorecer a confiança e controlar o medo. Se o medo provém da consciência da nossa limitação, a confiança vem da consciência de que Deus é Pai e se pode contar com Ele. - As situações-limite mostram nossa limitação, mas também estimulam o crescimento, especialmente da fé. É nos momentos de crise que a fé mostra a cara ou tira o corpo fora. Se se revela, vai-nos preparando para a última crise, a morte; se foge em retirada e nos abandona nos braços do medo, não nos ajuda a viver uma vida livre e serena nem agora nem na hora da nossa morte. 109 Dia 30 de Junho - Terça-feira da 13ª Semana do Tempo Comum - Uma fé que não faz as contas com a morte não está à altura da verdade do ser humano, que não é só “imagem” de Deus, mas também “húmus” do chão. Se não serve para a morte, muito menos serve para a vida. A morte se torna um tirano, que governa retroativamente a vida. Para se chegar ao outro lado com a Vida, é preciso exorcizar o medo do mar, do abismo e da morte. É o que faz Jesus na barca: encostou a cabeça no “travesseiro” duro da barca e dormiu. Ele dorme e acorda – morre e ressuscita – para derrubar o muro que separa a nossa realidade de morte do seu (e do nosso) desejo de vida! - Trata-se, no fundo, de uma cena batismal. O batismo* é imersão (mergulho) e emersão (vir à tona). Morremos para ressuscitar. Somos mergulhados na morte para sermos ressuscitados para a Vida. O batismo não é apenas um momento, um gesto ritual cumprido na vasca do batistério. O batismo é a aventura de toda uma vida – 20, 30, 50, 70, 90 anos – e de toda uma história – pessoal, comunitária e social. Se vivemos de fé, o batismo deve mergulhar-nos sempre mais no Senhor, até quando Ele nos faça, finalmente, entrar – com Ele, que “dorme” – na sua própria morte, para dela sair com a sua própria vida (Rm 6,1-11), - Jesus é aquele a quem o vento e o mar obedecem. Ele “dormiu” conosco para “acordar” para nós. Seu sono é a confiança de quem pousa a cabeça (como o “discípulo amado” de João) no colo do Pai. Graças à sua fé, Ele acorda pelo poder de Deus, Senhor de tudo e de todos. Podemos repousar a cabeça no seu colo também, pois ele é o Senhor que nos salva. Ele, porém, não nos salva “da” morte – não o fez nem em favor de si mesmo – mas “na” morte – fazendo-nos desabrochar nele para a plenitude da Vida. O Minuto do Concílio “De boa vontade utilizem-se (os pastores) do prudente conselho dos leigos e deixem-lhes liberdade e espaço de ação, encorajando-os a empreender obras por iniciativa própria.” (Lumen gentium 37) Santos do dia: Marçal de Limoges (século III). Erentrudes de Salzburg (+ 718). Teobaldo de Provins (1017 – 1066). Otão de Bamberg (1061 – 1139). Otão de Riedenburg (1090 – 1150). Adolfo de Osnabrück (1185 – 1224). Ernesto de Praga (1300 – 1364). Guilherme Janauschek (1859 – 1926). Testemunhas do Reino: Dionísio Frias (República Dominicana, 1975). Hermógenes López (Guatemala, 1978). Datas comemorativas: Dia do Caminhoneiro. Dia do Economiário. ABC DO CRISTIANISMO [1] Batismo. A palavra “batismo” vem do verbo “baptizein”, que quer dizer “mergulhar, imergir”. Batismo não significa, em primeiro lugar, lavar ou purificar, mas mergulhar a pessoa numa realidade outra, no caso do batismo cristão, Cristo, a salvação, a comunidade dos discípulos e discípulas. 110 1.1 - SAUDAÇÃO Pr. - Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. AS. - Amém. Pr. - A graça de nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco! AS. - Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo. 1.2 - ATO PENITENCIAL Pr. - O Senhor Jesus, que nos convida à mesa da Palavra e da Eucaristia, nos chama à conversão. (Pausa). Confessemos os nossos pecados: AS. - Confesso a Deus todo-poderoso e a vós, irmãos e irmãs, que pequei muitas vezes por pensamentos e palavras, atos e omissões, por minha culpa, minha tão grande culpa. E peço à Virgem Maria, aos anjos e santos e a vós, irmãos e irmãs, que rogueis por mim a Deus, nosso Senhor. Pr. - Deus todo-poderoso tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna. (Pausa). AS. - Amém. Seguem as invocações: Pr. - Senhor, tende piedade de nós. AS. - Senhor, tende piedade de nós. Pr. - Cristo, tende piedade de nós. AS. - Cristo, tende piedade de nós. Pr. - Senhor, tende piedade de nós. AS. - Senhor, tende piedade de nós. ou Pr. - Senhor, que viestes salvar os corações arrependidos, tende piedade de nós. AS. - Senhor, tende piedade de nós. Pr. - Cristo, que viestes chamar os pecadores, tende piedade de nós. AS. - Cristo, tende piedade de nós. Pr. - Senhor, que intercedeis por nós junto do Pai, tende piedade de nós. AS. - Senhor, tende piedade de nós. Pr. - Deus todo-poderoso tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna. AS. - Amém! Rito da Missa da Comunidade 1. Ritos iniciais 1.3 - HINO DE LOUVOR Pr. - Glória a Deus nas alturas, AS. - e paz na terra aos homens por ele amados. Senhor Deus, rei dos céus, Deus Pai todo-poderoso: nós vos louvamos, nós vos bendizemos, nós vos adoramos, nós vos glorificamos, nós vos damos graças por vossa imensa glória. Senhor Jesus Cristo, Filho unigênito, Senhor Deus, Cordeiro de Deus, Filho de Deus Pai. Vós que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós. Vós que tirais o pecado do mundo, acolhei a nossa súplica. Vós que estais à direita do Pai, tende piedade de nós. Só vós sois o Santo, só vós, o Senhor, só vós, o Altíssimo, Jesus Cristo, com o Espírito Santo, na glória de Deus Pai. Amém. 1.4 - ORAÇÃO DO DIA (própria do dia) Pr. = presidente. AS. = assembleia. 111 Rito da Missa da Comunidade 2.1 - LEITURA (s) (próprias do dia) 2.2 - EVANGELHO (próprio do dia) 2.3 - PROFISSÃO DE FÉ Símbolo apostólico Pr. - Creio em Deus AS. - Pai, todo-poderoso, criador do céu e da terra; e em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos céus; está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e mortos. Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna. Amém. Creio Niceno-Constantinopolitano Pr. - Creio em um só Deus AS. - Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis. Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos: Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; gerado, não criado, consubstancial ao Pai. Por ele todas as coisas foram feitas. E por nós, homens, e para nossa salvação, desceu dos céus: (reverência) e se encarnou pelo Espírito Santo, no seio da virgem Maria, e se fez homem. Também por nós foi 3.1 - PREPARAÇÃO DAS OFERENDAS Pr. - Bendito sejais, Senhor, Deus do universo, pelo pão que recebemos de vossa bondade, fruto da terra e do trabalho do homem, que agora vos apresentamos, e para nós se vai tornar pão da vida. AS. - Bendito seja Deus para sempre! Pr. - Bendito sejais, Senhor, Deus do universo, pelo vinho que recebemos de vossa bondade, fruto da videira e do trabalho do homem, que agora vos apresentamos e para nós se vai tornar vinho da salvação. AS. - Bendito seja Deus para sempre! Pr. - Orai, irmãos, para que o nosso sacrifício seja aceito por Deus Pai todo-poderoso. AS. - Receba o Senhor por tuas mãos este sacrifício, para glória do seu nome, para nosso bem e de toda a santa Igreja. 112 crucificado sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras, e subiu aos céus, onde está sentado à direita do Pai. E de novo há de vir, em sua glória, para julgar os vivos e os mortos; e o seu reino não terá fim. Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai e do Filho; e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado: ele que falou pelos profetas. Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica. Professo um só batismo para remissão dos pecados. E espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há de vir. Amém. 3.2 - ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS (própria do dia) 3.3 - ORAÇÃO EUCARÍSTICA Pr. - O Senhor esteja convosco! AS. - Ele está no meio de nós. Pr. - Corações ao alto! AS. - O nosso coração está em Deus. Pr. - Demos graças ao Senhor, nosso Deus. AS. - É nosso dever e nossa Salvação. Pr. - (Reza o prefácio adequado). Ao fim do prefácio, todos cantam (rezam): AS. - Santo, Santo, Santo, Senhor, Deus do universo! O céu e a terra proclamam a vossa glória. Hosana nas alturas! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas! 1 - Prefácio dos Domingos do Tempo Comum, II O mistério da salvação Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre em todo o lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo Senhor nosso. Compadecendo-se da fraqueza humana, ele nasceu da Virgem Maria. Morrendo no lenho da Cruz, ele nos libertou da morte. Ressuscitando dos mortos, ele nos garantiu a vida eterna. Por ele, os anjos celebram a vossa grandeza, os santos proclamam a vossa glória. Concedei também a nós associar-nos aos seus louvores, cantando (dizendo) a uma só voz: 2 - Prefácio da Virgem Maria, I A maternidade da Virgem Maria. Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre em todo o lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, e, na festa (...) de Maria, sempre Virgem, celebrar os vossos louvores. À sombra do Espírito Santo, Ela concebeu o vosso Filho único e, permanecendo virgem, deu ao mundo a luz eterna, Jesus Cristo, Senhor nosso. Por ele, os anjos cantam vossa grandeza, os santos proclamam vossa glória. Concedei-nos também a nós associar-nos a seus louvores, cantando (dizendo) a uma só voz: 3 - Prefácio dos Apóstolos, I Os Apóstolos, pastores do povo de Deus. Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre em todo o lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso e cheio de bondade. Pastor eterno, vós não abandonais o rebanho, mas o guardais constantemente pela proteção dos Apóstolos. E, assim a Igreja é conduzida pelos mesmos pastores que pusestes à sua frente como representantes de vosso Filho, Jesus Cristo, Senhor nosso. Por ele, os anjos celebram a vossa grandeza e os santos proclamam vossa glória. Concedei também a nós associar a seus louvores, cantando (dizendo) a uma só voz: Prefácios do Mês PREFÁCIOS DO MÊS 4 - Prefácio dos Mártires O testemunho do martírio. Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre em todo o lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso. Pelo (a) mártir S. N., que confessou o vosso nome e derramou seu sangue como Cristo, manifestais vosso admirável poder. Vossa misericórdia sustenta a fragilidade humana e nos dá coragem para sermos as testemunhas de Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nosso. Enquanto esperamos a glória eterna, com todos os vossos anjos e santos, nós vos aclamamos, cantando (dizendo) a uma só voz: 5 - Prefácio dos Pastores A presença dos santos Pastores na Igreja. Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e nossa salvação dar-vos graças, sempre e em todo lugar, Senhor, Pai Santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso. Vós nos concedeis a alegria de celebrar a festa de S. N., e fortaleceis a vossa Igreja com o exemplo de sua vida, o ensinamento de sua pregação e o auxílio de suas preces. Enquanto a multidão dos anjos e dos santos se alegra eternamente na vossa presença, nós nos associamos a seus louvores, cantando (dizendo) a uma só voz: 6 - Prefácio comum, IV O louvor, dom de Deus. Na verdade, é justo e necessário, é nosso 113 Orações Eucarísticas dever e salvação dar-vos graças, sempre em todo o lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso. Ainda que nossos louvores não vos sejam necessários, Vós concedeis o dom de vos louvar. Eles nada acrescentaram ao que sois mas nos aproximam de vós, por Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nosso. Por essa razão, Os anjos do céu, as mulheres e os homens da terra, unidos a todas as criaturas, proclamamos, jubilosos, vossa glória, cantando (dizendo) a uma só voz: 7 - Prefácio Comum, V Proclamação do mistério de Cristo É nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre em todo o lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso. Unidos na caridade, celebramos a morte do vosso Filho, proclamamos com fé a sua ressurreição e aguardamos, com firme esperança, a sua vinda gloriosa, no fim dos tempos. Enquanto a multidão dos anjos e dos santos se alegra eternamente na vossa presença, nós nos associamos aos seus louvores, 8 - Prefácio dos Santos, II O exemplo dos Santos. Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre em todo o lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso. Pelo testemunho admirável de vossos Santos e Santas, revigorais constantemente a vossa Igreja, provando vosso amor para conosco. Deles recebemos o exemplo, que estimula na caridade, e a intercessão fraterna, que nos ajuda a trabalhar pela realização de vosso Reino. Unidos à multidão dos anjos e dos santos, proclamamos vossa bondade, cantando (dizendo) a uma só voz: 9 - Fiéis Defuntos, I A esperança da ressurreição em Cristo Na verdade, é justo e necessário, é nosso 114 dever e salvação dar-vos graças, sempre em todo o lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, senhor nosso. Nele brilhou para nós a esperança da feliz ressurreição. E, aos que a certeza da morte entristece, a promessa da imortalidade consola. Senhor, para os que creem em vós, a vida não é tirada, mas transformada. E, desfeito o nosso corpo mortal, nos é dado, nos céus, um corpo imperecível. E, enquanto esperamos a realização de vossas promessas, com os anjos e com todos os santos, nós vos aclamamos, cantando (dizendo) a uma só voz: ORAÇÃO EUCARÍSTICA II Pr. - Na verdade , é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo o lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso. Ele é a vossa palavra viva, pela qual tudo criastes. Ele é o nosso Salvador e Redentor, verdadeiro homem, concebido do Espírito Santo e nascido da Virgem Maria. Ele, para cumprir a vossa vontade, e reunir um povo santo em vosso louvor, estendeu os braços na hora da sua paixão, a fim de vencer a morte e manifestar a ressurreição. Por ele, os anjos celebram vossa grandeza e os santos proclamam vossa glória. Concedeinos também a nós associar-nos a seus louvores, cantando (dizendo) a uma só voz: AS. - Santo, Santo, Santo... Pr. - Na verdade, ó Pai, vós sois santo e fonte de toda santidade. Santificai, pois, estas oferendas, derramando sobre elas o vosso Espírito, a fim de que se tornem para nós o Corpo e + o Sangue de Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nosso. AS. - Santificai nossa oferenda, ó Senhor! Pr. - Estando para ser entregue e abraçando livremente a paixão, ele tomou o pão, deu graças, e o partiu e deu a seus discípulos, dizendo: TOMAI, TODOS, E COMEI: ISTO É O MEU AS. - Concedei-lhe contemplar a vossa face! Pr. - Lembrai-vos também dos (outros) nossos irmãos e irmãs que morreram na esperança da ressurreição e de todos os que partiram desta vida: acolhei-os junto a vós na luz da vossa face. AS. - Lembrai-vos, ó Pai, dos vossos filhos! Pr. - Enfim, nós vos pedimos, tende piedade de todos nós e dai-nos participar da vida eterna, com a Virgem Maria, Mãe de Deus, com os santos Apóstolos e todos os que neste mundo vos serviram, a fim de vos louvarmos e glorificarmos por Jesus Cristo, vosso Filho. AS. - Concedei-nos o convívio dos eleitos! Pr. - Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a vós, Deus Pai todo-poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda a honra e toda a glória, agora e para sempre. AS. - Amém. Orações Eucarísticas CORPO, QUE SERÁ ENTREGUE POR VÓS. Pr. - Do mesmo modo, ao fim da ceia, ele tomou o cálice em suas mãos, deu graças novamente, e o deu a seus discípulos, dizendo: TOMAI, TODOS, E BEBEI: ESTE É O CÁLICE DO MEU SANGUE, O SANGUE DA NOVA E ETERNA ALIANÇA, QUE SERÁ DERRAMADO POR VÓS E POR TODOS PARA REMISSÃO DOS PECADOS. FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM. Pr. - Eis o mistério da fé! AS. - Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus! Ou: AS. - Todas as vezes que comemos deste pão e bebemos deste cálice, anunciamos, Senhor, a vossa morte, enquanto esperamos a vossa vinda! Ou: AS. - Salvador do mundo, salvai-nos, vós que nos libertastes pela cruz e ressurreição. Pr. - Celebrando, pois, a memória da morte e ressurreição do vosso Filho, nós vos oferecemos, ó Pai, o pão da vida e o cálice da salvação; e vos agradecemos porque nos tornastes dignos de estar aqui na vossa presença e vos servir. AS. - Recebei, ó Senhor, a nossa oferta! Pr. - E nós vos suplicamos que, participando do Corpo e Sangue de Cristo, sejamos reunidos pelo Espírito Santo num só corpo. AS. - Fazei de nós um só corpo e um só espírito! Pr. - Lembrai-vos, ó Pai, da vossa Igreja que se faz presente pelo mundo inteiro: que ela cresça na caridade, com o papa N., com nosso bispo N. e todos os ministros do vosso povo. AS. - Lembrai-vos, ó Pai, da vossa Igreja! Nas missas pelos fiéis defuntos pode-se acrescentar: Pr. - Lembrai-vos do vosso filho (da vossa filha) N., que (hoje) chamastes deste mundo à vossa presença. Concedei-lhe que, tendo participado da morte de Cristo pelo batismo, participe igualmente da sua ressurreição. ORAÇÃO EUCARÍSTICA III Pr. - Na verdade, vós sois santo, ó Deus do universo, e tudo o que criastes proclama o vosso louvor, porque, por Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nosso, e pela força do Espírito Santo, dais vida e santidade a todas as coisas e não cessais de reunir o vosso povo, para que vos ofereça em toda parte, do nascer ao pôr-dosol, um sacrifício perfeito. AS. - Santificai e reuni o vosso povo! Pr. - Por isso, nós vos suplicamos: santificai pelo Espírito Santo as oferendas que vos apresentamos para serem consagradas, a fim de que se tornem o Corpo e + o Sangue de Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nosso, que nos mandou celebrar este mistério. AS. - Santificai nossa oferenda, ó Senhor! Pr. - Na noite em que ia ser entregue, ele tomou o pão, deu graças, e o partiu e deu a seus discípulos, dizendo: TOMAI, TODOS, E COMEI: ISTO É O MEU CORPO, QUE SERÁ ENTREGUE POR VÓS. Pr. - Do mesmo modo, ao fim da ceia, ele tomou o cálice em suas mãos, deu graças 115 Orações Eucarísticas 116 novamente, e o deu a seus discípulos, dizendo: TOMAI, TODOS, E BEBEI: ESTE É O CÁLICE DO MEU SANGUE, O SANGUE DA NOVA E ETERNA ALIANÇA, QUE SERÁ DERRAMADO POR VÓS E POR TODOS PARA REMISSÃO DOS PECADOS. FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM. Eis o mistério da fé! AS. - Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus! Ou: AS. - Todas as vezes que comemos deste pão e bebemos deste cálice, anunciamos, Senhor, a vossa morte, enquanto esperamos a vossa vinda! Ou: AS. - Salvador do mundo, salvai-nos, vós que nos libertastes pela cruz e ressurreição. Pr. - Celebrando agora, ó Pai, a memória do vosso Filho, da sua paixão que nos salva, da sua gloriosa ressurreição e da sua ascensão ao céu, e enquanto esperamos a sua nova vinda, nós vos oferecemos em ação de graças este sacrifício de vida e santidade. AS. - Recebei, ó Senhor, a nossa oferta! Pr. - Olhai com bondade a oferenda da vossa Igreja, reconhecei o sacrifício que nos reconcilia convosco e concedei que, alimentando-nos com o Corpo e o Sangue do vosso Filho, sejamos repletos do Espírito Santo e nos tornemos em Cristo um só corpo e um só espírito. AS. - Fazei de nós um só corpo e um só espírito! Pr. - Que ele faça de nós uma oferenda perfeita para alcançarmos a vida eterna com os vossos santos: a Virgem Maria, Mãe de Deus, os vossos Apóstolos e Mártires, N.(o santo do dia ou o padroeiro) e todos os santos, que não cessam de interceder por nós na vossa presença. AS. - Fazei de nós uma perfeita oferenda! Pr. - E agora, nós vos suplicamos, ó Pai, que este sacrifício da nossa reconciliação estenda a paz e a salvação ao mundo inteiro. Confirmai na fé e na caridade a vossa Igreja, enquanto caminha neste mundo: o vosso servo o papa N., o nosso bispo N., com os bispos do mundo inteiro, o clero e todo o povo que conquistastes. AS. - Lembrai-vos, ó Pai, da vossa Igreja! Pr. - Atendei às preces da vossa família, que está aqui, na vossa presença. Reuni em vós, Pai de misericórdia, todos os vossos filhos e filhas dispersos pelo mundo inteiro. AS. - Lembrai-vos, ó Pai, dos vossos filhos! Pr. - Acolhei com bondade no vosso reino os nossos irmãos e irmãs que partiram desta vida e todos os que morreram na vossa amizade. Unidos a eles, esperamos também nós saciar-nos eternamente da vossa glória, por Cristo, Senhor nosso. AS.- A todos saciai com vossa glória! Pr. - Por ele dais ao mundo todo bem e toda graça. Pr. - Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a vós, Deus Pai todo-poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda a honra e toda a glória, agora e para sempre. AS. - Amém. ORAÇÃO EUCARÍSTICA V Pr. - É justo e nos faz todos ser mais santos louvar a vós, ó Pai, no mundo inteiro, de dia e de noite, agradecendo com Cristo, vosso Filho, nosso irmão. Pr. - É ele o sacerdote verdadeiro que sempre se oferece por nós todos, mandando que se faça a mesma coisa que fez naquela ceia derradeira. Pr. - Por isso, aqui estamos bem unidos, louvando e agradecendo com alegria, juntando nossa voz à voz dos anjos e à voz dos santos todos, pra cantar (dizer): AS.- Santo... Pr. - Senhor, vós que sempre quisestes ficar muito perto de nós, vivendo conosco no Cristo, falando conosco por ele, mandai vosso Espírito Santo, a fim de que as nossas ofertas se mudem no Corpo + e no Sangue de nosso Senhor Jesus Cristo. AS. - Esperamos entrar na vida eterna! Pr. - A todos que chamastes pra outra vida na vossa amizade, e aos marcados com o sinal da fé, abrindo vossos braços, acolhei-os. Que vivam para sempre bem felizes no reino que pra todos preparastes. AS. - A todos dai a luz que não se apaga! Pr. - E a nós, que agora estamos reunidos e somos povo santo e pecador, dai força para construirmos juntos o vosso reino que também é nosso. Pr. - Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a vós, Deus Pai todo-poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda a honra e toda a glória, agora e para sempre. AS. - Amém. Orações Eucarísticas AS. - Mandai vosso Espírito Santo! Pr. - Na noite em que ia ser entregue, ceando com seus apóstolos, Jesus, tendo o pão em suas mãos, olhou para o céu e deu graças, partiu o pão e o entregou a seus discípulos, dizendo: TOMAI, TODOS, E COMEI: ISTO É O MEU CORPO, QUE SERÁ ENTREGUE POR VÓS. Pr. - Do mesmo modo, no fim da ceia, tomou o cálice em suas mãos, deu graças novamente e o entregou a seus discípulos, dizendo: TOMAI, TODOS, E BEBEI: ESTE É O CÁLICE DO MEU SANGUE, O SANGUE DA NOVA E ETERNA ALIANÇA, QUE SERÁ DERRAMADO POR VÓS E POR TODOS, PARA REMISSÃO DOS PECADOS. FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM. Tudo isto é mistério da fé! AS. - Toda vez que se come deste Pão, toda vez que se bebe deste Vinho, se recorda a paixão de Jesus Cristo e se fica esperando sua volta. Pr. - Recordamos, ó Pai, neste momento, a paixão de Jesus, nosso Senhor, sua ressurreição e ascensão; nós queremos a vós oferecer este Pão que alimenta e que dá vida, este Vinho que nos salva e dá coragem. AS. - Recebei, ó Senhor, a nossa oferta! Pr. - E quando recebermos Pão e Vinho, o Corpo e Sangue dele oferecidos, o Espírito nos una num só corpo, pra sermos um só povo em seu amor. AS. - O Espírito nos una num só corpo! Pr. - Protegei vossa Igreja que caminha nas estradas do mundo rumo ao céu, cada dia renovando a esperança de chegar junto a vós, na vossa paz. AS. - Caminhamos na estrada de Jesus! Pr. - Dai ao santo Padre, o Papa N., ser bem firme na Fé, na Caridade, e a N., que é Bispo desta Igreja, muita luz pra guiar o seu rebanho. AS. - Caminhamos na estrada de Jesus! Pr. - Esperamos entrar na vida eterna com a Virgem, Mãe de Deus e da Igreja, os apóstolos e todos os santos, que na vida souberam amar Cristo e seus irmãos. ORAÇÃO EUCARÍSTICA VI-B Deus conduz sua Igreja pelo caminho da salvação Pr. - Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo o lugar, Senhor, Pai santo, criador do mundo e fonte da vida. Nunca abandonais a obra da vossa sabedoria, agindo sempre no meio de nós. Com vosso braço poderoso, guiastes pelo deserto o vosso povo de Israel. Hoje, com a luz e a força do Espírito Santo, acompanhais sempre a vossa Igreja, peregrina neste mundo; e por Jesus Cristo, vosso Filho, a acompanhais pelos caminhos da história até a felicidade perfeita em vosso reino. Por essa razão, também nós, com os Anjos e Santos, proclamamos a vossa glória, cantando (dizendo) a uma só voz: AS. - Santo... Pr. - Na verdade, vós sois santo e digno de louvor, ó Deus, que amais os seres humanos e sempre os assistis no caminho da vida. Na verdade, é bendito o vosso Filho, presente no meio de nós, quando nos reunimos por seu amor. Como outrora aos discípulos, ele nos revela as Escrituras e parte o pão para nós. AS. - O vosso Filho permaneça entre nós! Pr. - Nós vos suplicamos, Pai de bondade, 117 Orações Eucarísticas 118 que envieis o vosso Espírito Santo para santificar estes dons do pão e do vinho, a fim de que se tornem para nós o Corpo e + o Sangue de nosso Senhor Jesus Cristo. AS. - Mandai o vosso Espírito Santo! Pr. - Na véspera de sua paixão, durante a última Ceia, ele tomou o pão, deu graças e o partiu e deu a seus discípulos, dizendo: TOMAI, TODOS, E COMEI: ISTO É O MEU CORPO, QUE SERÁ ENTREGUE POR VÓS. Pr. – Do mesmo modo, ao fim da ceia, ele, tomando o cálice em suas mãos, deu graças novamente e o entregou a seus discípulos, dizendo: TOMAI, TODOS, E BEBEI: ESTE É O CÁLICE DO MEU SANGUE, O SANGUE DA NOVA E ETERNA ALIANÇA, QUE SERÁ DERRAMADO POR VÓS E POR TODOS PARA REMISSÃO DOS PECADOS. FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM. Eis o mistério da fé! AS. - Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus! Ou: AS. - Todas as vezes que comemos deste pão e bebemos deste cálice, anunciamos, Senhor, a vossa morte, enquanto esperamos a vossa vinda! Ou: AS. - Salvador do mundo, salvai-nos, vós que nos libertastes pela cruz e ressurreição. Pr. - Celebrando, pois, ó Pai santo, a memória de Cristo, vosso Filho, nosso Salvador, que pela paixão e morte de cruz fizestes entrar na glória da ressurreição e colocastes à vossa direita, anunciamos a obra do vosso amor até que ele venha, e vos oferecemos o pão da vida e o cálice da bênção. Olhai com bondade para a oferta da vossa Igreja. Nela vos apresentamos o sacrifício pascal de Cristo, que vos foi entregue. E concedei que, pela força do Espírito do vosso amor, sejamos contados, agora e por toda a eternidade, entre os membros do vosso Filho, cujo Corpo e Sangue comungamos. AS. - Aceitai, ó Senhor, a nossa oferta! Pr. - Fortalecei, Senhor, na unidade os convidados a participar da vossa mesa. Em comunhão com o nosso Papa N. e o nosso Bispo N., com todos os Bispos, presbíteros, diáconos e com todo o vosso povo, possamos irradiar confiança e alegria e caminhar com fé e esperança pelas estradas da vida. AS. - Tornai viva nossa fé, nossa esperança! Pr. - Lembrai-vos dos nossos irmãos e irmãs (N. e N.), que adormeceram na paz do vosso Cristo, e de todos os falecidos, cuja fé só vós conhecestes: acolhei-os na luz da vossa face e concedei-lhes, no dia da ressurreição, a plenitude da vida. AS. - Concedei-lhes, ó Senhor, a luz eterna! Pr. - Concedei-nos ainda, no fim da nossa peregrinação terrestre, chegarmos todos à morada eterna, onde viveremos para sempre convosco. E em comunhão com a bemaventurada Virgem Maria, com os Apóstolos e Mártires, (com S.N.: Santo do dia ou patrono) e t o d o s o s S a n t o s , v o s l o u v a re m o s e glorificaremos, por Jesus Cristo, vosso Filho. Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a vós, Deus Pai todo-poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda honra e toda a glória, agora e para sempre. AS. - Amém. Oração Eucarística VI-D Jesus que passa fazendo o bem Pr. - Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo lugar, Pai misericordioso e Deus fiel. Vós nos destes vosso filho, Jesus Cristo, nosso Senhor e redentor. Ele sempre se mostrou cheio de misericórdia pelos pequenos e pobres, pelos doentes e pecadores, colocando-se ao lado dos perseguidos e marginalizados. Com a vida e a palavra anunciou ao mundo que sois Pai e cuidais de todos como filhos e filhas. Por essa razão, com que pela paixão e morte de cruz fizestes entrar na glória da ressurreição e colocastes à vossa direita, anunciamos a obra do vosso amor até que ele venha e vos oferecemos o pão da vida e o cálice da bênção. Olhai com bondade para a oferta da vossa Igreja. Nela vos apresentamos o sacrifício pascal de Cristo, que vos foi entregue. E concedei que, pela força do Espírito do vosso amor, sejamos contados, agora e por toda a eternidade, entre os membros do vosso filho, cujo Corpo e Sangue comungamos. AS. - Aceitai, ó Senhor, a nossa oferta! Pr. - Senhor Deus, conduzi a vossa Igreja à perfeição na fé e no amor, em comunhão com o nosso papa (...), o nosso bispo (...), com todos os bispos, presbíteros e diáconos e todo o povo que conquistastes. AS.- Confirmai o vosso povo na unidade! Pr. - Dai-nos olhos para ver as necessidades e os sofrimentos dos nossos irmãos e irmãs; inspirai-nos palavras e ações para confortar os desanimados e oprimidos; fazei que, a exemplo de Cristo e seguindo o seu mandamento, nos empenhemos lealmente no serviço a eles. Vossa Igreja seja testemunha viva da verdade e da liberdade, da justiça e da paz, para que toda a humanidade se abra à esperança de um mundo novo. AS. - Ajudai-nos a criar um mundo novo! Pr. - Lembrai-vos dos nossos irmãos e irmãs (...), que adormeceram na paz do vosso Cristo, e de todos os falecidos, cuja fé só vós conhecestes: acolhei-os na luz da vossa face e concedei-lhes, no dia da ressurreição, a plenitude da vida. AS. - Concedei-lhes, ó Senhor, a luz eterna! Pr. - Concedei-nos, ainda, no fim da nossa peregrinação terrestre, chegarmos todos à morada eterna, onde viveremos para sempre convosco. E em comunhão com a bemaventurada virgem Maria, com os apóstolos e mártires (santo do dia ou padroeiro) e todos os santos, vos louvaremos e glorificaremos, por Jesus Cristo, vosso filho. Pr. - Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a Orações Eucarísticas todos os anjos e santos, nos vos louvamos e bendizemos, e proclamamos o hino de vossa glória, cantando (dizendo) a uma só voz: AS. - Santo, santo, santo... Pr. - Na verdade, vós sois santo e digno de louvor, ó Deus, que amais os seres humanos e sempre os assistir no caminho da vida. Na verdade, é bendito o vosso filho, presente no meio de nós, quando nos reunimos por seu amor. Como outrora aos discípulos, ele nos revela as Escrituras e parte o pão para nós. AS. - O vosso filho permaneça entre nós! Pr. - Nós vos suplicamos, Pai de bondade, que envieis o vosso Espírito Santo para santificar estes dons do pão e do vinho, a fim de que se tornem para nós o Corpo † e o Sangue de nosso Senhor Jesus Cristo. AS. - Mandai o vosso Espírito Santo! Pr. - Na véspera de sua paixão, durante a última ceia, ele tomou o pão, deu graças, e o partiu e deu a seus discípulos, dizendo: TOMAI, TODOS, E COMEI: ISTO É O MEU CORPO, QUE SERÁ ENTREGUE POR VÓS. Pr. - Do mesmo modo, ao fim da ceia, ele, tomando o cálice em suas mãos, deu graças novamente e o entregou a seus discípulos, dizendo: TOMAI, TODOS, E BEBEI: ESTE É O CÁLICE DO MEU SANGUE, O SANGUE DA NOVA E ETERNA ALIANÇA, QUE SERÁ DERRAMADO POR VÓS E POR TODOS, PRA REMISSÃO DOS PECADOS. FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM. Pr. - Eis o mistério da fé! AS. - Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus! Ou: AS. - Todas as vezes que comemos deste pão e bebemos deste cálice, anunciamos, Senhor, a vossa morte, enquanto esperamos a vossa vinda! Ou: AS. - Salvador do mundo, salvai-nos, vós que nos libertastes pela cruz e ressurreição. Pr. - Celebrando, pois, ó Pai santo, a memória de Cristo, vosso filho, nosso salvador, 119 Orações Eucarísticas 120 vós, Deus Pai todo poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda a honra e toda a glória, agora e para sempre. AS. - Amém! Pr. - Obedientes à palavra do Salvador e formados por seu divino ensinamento, ousamos dizer: AS - Pai nosso que estais nos céus.... Pr. - Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e dai-nos hoje a vossa paz. Ajudados pela vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado e protegidos de todos os perigos, enquanto, vivendo a esperança, aguardamos a vinda do Cristo salvador. AS. - Vosso é o reino, o poder e a glória para sempre! Pr. - Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos apóstolos: eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz. Não olheis os nossos pecados, mas a fé que anima vossa Igreja; dailhe, segundo o vosso desejo, a paz e a unidade. Vós, que sois Deus, com o Pai e o Espírito Santo. AS. - Amém. Pr. - A paz do Senhor esteja sempre convosco. AS. - O amor de Cristo nos uniu. Pr. - Irmãos e irmãs, saudai-vos em Cristo Jesus. AS. - Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós. Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós. Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, dai-nos a paz. Pr. - Felizes os convidados para a ceia do Senhor. Eis o Cordeiro de Deus. que tira o pecado do mundo. AS. - Senhor, eu não sou digno (a) de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo (a). 4.2 - ORAÇÃO APÓS A COMUNHÃO (própria do dia) 5.1 - BÊNÇÃO FINAL Pr. - O Senhor esteja convosco. AS. - Ele está no meio de nós. Pr. - Abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai e Filho + e Espírito Santo. AS. - Amém. Pr. - Ide em paz, e o Senhor vos acompanhe. AS. - Demos graças a Deus. ABC da Liturgia LITURGIA DAS LAMENTAÇÕES DOS PECADOS C ada domingo, três milhões de católicos reúnem-se, na Alemanha, país com quase 100 milhões de católicos) para a celebração da Eucaristia. Alguns, além disso, vão diariamente às igrejas para participar da missa. Todos eles, evidentemente, seguem, no seu modo de rezar, o que prescreve o Missal. Partindo da premissa que a lei da oração corresponde à lei da fé (“lex orandi, lex credendi”), podemos nos perguntar se a oração da Liturgia realmente exprime e traduz o que os fiéis creem e sentem no seu íntimo. Podemos perguntar se a linguagem universal da Liturgia realmente é verdadeira e autêntica, e se aquilo que nela é acentuado vem da mensagem bíblica. (...) Se é verdade que, na Igreja, deve valer o axioma “salus animarum suprema lex” (o bem das almas deve ser a lei suprema), deveríamos, no que se refere à grande riqueza acumulada durante séculos na tradição litúrgica da Igreja, adotar o que está escrito em 1Ts 5,21: “Examinai tudo e guardai o que é bom”. Será que textos litúrgicos que outrora expressavam perfeitamente o que o povo sentia, resistiriam a um exame e a questionamentos a partir da mentalidade totalmente mudada do nosso povo católico de hoje? O que o povo procura na celebração litúrgica Não podemos fechar os olhos diante do fato de que, nas orações litúrgicas, aparece uma ideia e imagem de Deus e do homem que não correspondem à ideia que nosso povo de hoje tem de si mesmo e, o que é pior, não corresponde à imagem de Deus que nos anuncia o Novo Testamento. Durante toda a celebração eucarística, aparecem orações que fazem os fiéis se sentirem grandes pecadores, doentes e fracos. Deus é sempre invocado como aquele que deve ter compaixão. O desenrolar da liturgia, do começo ao fim, está marcado pela relação do pecador para com seu Deus perdoador. Mas será que, domingo após domingo, milhões de pessoas se reúnem pelo motivo de se sentirem grandes pecadores e querendo ser tratadas como tais? Será que Deus é rancoroso e implacável? (...) Aparece um grande leque de motivações – apontam as pesquisas – que fazem as pessoas participarem da Liturgia. Mas e o perdão dos pecados? O atual peregrino da pós-modernidade está mais propenso a desejar felicidade do que a religião teria para lhe proporcionar, em vez de perdão dos pecados, para o qual não conhece critérios e que não está motivando sua aproximação ao mistério de Deus. 121 ABC da Liturgia Este fiel chega à igreja desejoso de participar de uma celebração festiva, mas, logo após a acolhida, é convidado a tomar consciência de ser pecador, a confessar os pecados, a pedir e receber perdão. As várias fórmulas do ritual expressam sua situação calamitosa: “Confesso... que pequei... por minha culpa, minha grandíssima culpa”. Segue o “Senhor, tende piedade”, mais uma vez um pedido de misericórdia. O que o “Glória”, a oração de louvor, diz sobre Cristo, mais uma vez se centraliza sobre o “Cordeiro que tira os pecados”, que ele tenha piedade. Várias orações do dia (oficialmente chamadas "coletas), partindo da indignidade do fiel, pedem que nossos pecados não inibam a salvação, que o pecador volte arrependido e receba a graça da inocência. Assim também muitas orações finais, nas quais se pede que o sacramento recebido nos liberte da culpa e nos guarde do pecado. A veneração ao Evangelho - após sua proclamação, o presbítero ou o diácono beija a página do evangeliário - está acompanhada pelo pedido que as palavras do santo Evangelho apaguem os nossos pecados. Será esta a resposta espiritual à mensagem de uma Boa Nova? Na recitação do Creio, o batismo é apresentado apenas para a remissão dos pecados. Depois da preparação das oferendas, o sacerdote lava as mãos e pede que seus pecados sejam perdoados. Um ritual de lavar as mãos não seria mais lógico antes da preparação das oferendas ou mesmo antes do início da Liturgia? Na celebração da Nova Aliança, o sangue de Cristo é derramado “para o perdão dos pecados”. Esta expressão, no centro da Eucaristia, une a salvação conseguida através da morte de Cristo com o perdão da culpa. Este é o agir de Deus, proclamado pela Igreja. Eis o mistério da fé! O povo responde: “Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição”. O teor, neste momento da liturgia, é bem diferente de muitos outros textos da celebração. Também uma das petições do Pai-Nosso se refere ao perdão dos pecados. Mas, neste caso, não figura em primeiro lugar. O perdão de Deus é medido pela nossa disposição de perdoar. A oração pela paz pede que Jesus Cristo não olhe “nossos pecados”, mas sim a fé da Igreja. Sugere que Cristo, olhando para nós, fixa seu olhar antes de tudo nos nossos pecados, apesar da fé da Igreja. Todos os participantes da celebração sabem que pecado é causa de falta de paz. Mas aqui se trata da confiança no poder de Cristo de trazer a paz. Deus é mesmo implacável? A oração do “Cordeiro de Deus”, antes da Comunhão, continua reforçando a ideia da situação pecaminosa depois da oração pela paz. O Cordeiro, assumindo nosso lugar, tira os pecados. A repetição tripla do pedido de perdão ao Cordeiro de Deus constata mais uma vez fortemente a situação miserável do pecador, apesar de o sacerdote já ter oferecido à comunidade a paz de Cristo. 122 ABC da Liturgia O rito da comunhão está envolvido na experiência de que “sou pecador”. Jesus é visto como o Cordeiro que tira o pecado. E eu, na hora de receber o dom eucarístico, devo-me sentir como indigno e pedir salvação para minha alma doente: “Senhor, eu não sou digno...”. Será que seria errado pedir, na hora de comungar: “Senhor, eu já sou digno de que entreis na minha morada, porque creio que sou vosso irmão, vossa irmã, a filha, o filho do vosso Pai – apesar de tudo?” Estas reflexões sobre a oração da Igreja na celebração da Eucaristia partem do pressuposto de que o fiel quer vivenciar as palavras que está rezando e que estas palavras expressem realmente o que ele está sentindo. Ninguém nega que seja significativo e necessário pedir perdão. Como filhos de Deus redimidos, continuamos pecando, mas sem perder nossa condição de filhos de Deus. Somos realmente filhos de Deus e não apenas chamados assim. A celebração eucarística poderia reforçar a profunda alegria cristã e o louvor – inclusive a alegria de caminharmos na promessa da Vida Eterna. Não estamos anunciando a ressurreição e a vinda do Senhor na sua glória? Se realmente continuamos, mesmo sendo cristãos batizados, pecadores, seria uma questão a ser estudada novamente. Foi a questão levantada por Martinho Lutero. A Liturgia, nos anos passados, encontrou uma resposta que não pode ser ignorada. Se, no decorrer de uma celebração, pedimos perdão e nos é anunciada a misericórdia de Deus, só pode ser considerada desconfiança ou mesmo grave falta de fé o fato de, mesmo depois de várias proclamações de perdão, continuarmos sempre de novo pedindo piedade e perdão. Como explicar isso a um nosso contemporâneo? Deus deve ser entendido como o Deus implacável sem dó e piedade cuja palavra de perdão diante do pecador indigno permanece sem efeito. Pobre Pai! Isto não corresponde à imagem de Deus e do homem revelado por Jesus Cristo. Precisamos de uma nova Liturgia Esta consciência de sermos pecadores, permanentemente reforçada na celebração mais central da Igreja, celebração que deve estar a serviço da fé, da esperança e da caridade dos fiéis, faz suspeitar que esteja se tratando de uma grande tentativa de inculcar e reforçar uma consciência pesada, se levarmos as palavras a sério. Não dá para fugir do pensamento que aqui se trata também da relação entre sacerdote e leigo. Também isto deveria ser refletido de novo, uma vez que todo mundo quer elaborar um novo entendimento sobre autoridade e paternidade – inclusive sobre a identidade do presbítero (cujo ministério não se reduz à dimensão sacerdotal). Relembrar páginas da história da Liturgia não ajuda muito, uma vez que a Liturgia deve servir à vida dos participantes da Liturgia dentro do horizonte de sua vida de cada dia e da sua 123 ABC da Liturgia linguagem. Não deve facilitar a permanência de monumentos linguísticos (que a toda hora estejam precisando de explicação) ou de símbolos bíblicos não mais apropriados. Uma renovação da oração na celebração eucarística é urgente e necessária. Cinquenta anos atrás, o Concílio Vaticano II, na Constituição sobre a Sagrada Liturgia, queria facilitar a oração litúrgica e a experiência de Deus dentro do horizonte da vida do cristão neste mundo de hoje. Por isso, se lê, na Sacrosanctum Concilium, que a Liturgia é o “cume” para o qual se dirige o agir da Igreja e, ao mesmo tempo, a “fonte” da qual emana toda sua força. Os cristãos, na sua busca de Deus, do Deus muitas vezes “desconhecido” (cf. discurso de Paulo em Atenas segundo o livro dos Atos dos Apóstolos), deveriam se encontrar e se identificar na oração da Liturgia. Deveriam se sentir encorajados e fortificados na sua esperança da plenitude na Ressurreição, como a anuncia cada Celebração Eucarística. Franz Johannes Brügger, em: Christ in der Gegenwart. 7/2013. Tradução: Pe. Cristiano Muffler, “Fidei Donum” em Manaus, AM. Bibliografia Agenda Latino-americana 2015. Direitos humanos. CENTRO EVANGELIZZAZIONE E CATECHESI "DON BOSCO". I quattro vangeli commentati: strumenti di lavoro per i gruppi biblici e per la preparazione della liturgia. Torino: Elledici, 2002. Comissão Nacional de liturgia, Oração universal ferial. Anos pares, Gráfica de Coimbra Ltda., Coimbra, 2009. CNBB, Diretório da Liturgia e da organização da Igreja no Brasil. 2015 – Ano B – São Mateus, Edições CNBB, Brasília, 2014. S. FAUSTI, I quattro Vangeli. Traduzione di Silvano Fausti, EDB, Bologna, 2010. S. FAUSTI, Ricorda e racconta il Vangelo. La catechesi narrativa di Marco, EDB - Bologna, Ancora Milano, 1994. S. FAUSTI, Una comunità legge il Vangelo di Luca, EDB, Bologna, 1994. S. FAUSTI, Una comunità legge il Vangelo di Matteo I, EDB, Bologna, 1998. S. FAUSTI, Una comunità legge il Vangelo di Matteo II, EDB, Bologna, 1999. S. FAUSTI, Una comunità legge il Vangelo di Giovanni I, EDB - Ancora, Bologna – Milano, 2002. S. FAUSTI, Una comunità legge il Vangelo di Giovanni II, EDB - Ancora, Bologna – Milano, 2004. A. GRABNER – HAIDER, Prontuario della Bibbia, EDB, Bologna, 2000. N. LEMAITRE, M.-T. QUINSON, V. SOT, Dicionário cultural do cristianismo, Loyola, São Paulo, 1999. E. PEPE, Mártires e santos do calendário romano, Ave-Maria, São Paulo, 2008. G. RAVASI, Questioni di fede. 150 risposte ai perché di chi crede e di chi non crede, Mondadori, Milano, 2010. G. RAVASI, La Bibbia in un frammento, Mondadori, Milano, 2013. A. RICHOMME, Un amico per ogni giorno. I santi del calendário, Queriniana, Brescia, 1986. V. SCHAUBER – H. M. SCHINDLER, Heilige und Namenspatrone im Jahreslauf, Pattloch Verlag, München, 2001. M. SGARBOSSA – L. GIOVANNINI, Il santo del giorno, Edizioni Paoline, Roma, 1981. 124 Reuniões de Núcleo Ambiental O (a) animador (a) do Núcleo Ambiental de Evangelização deve preparar a reunião. O roteiro abaixo foi pensado para uma reunião semanal. O ideal seria que os funcionários e a empresa combinassem uma dia na semana em que a reunião seria feita. Em alguns lugares, os funcionários chegam meia hora mais cedo e a firma abre meia hora mais tarde do que o horário costumeiro. Onde a reunião é mais curta e diária, pode-se, dentro de um planejamento, aproveitar – cada vez – elementos do roteiro previsto para uma reunião semanal maior. Neste caso, é muito difícil não perder a sequência e não prejudicar o aproveitamento. 1. Acolhida – Preparar com antecedência o local da reunião. Receber as pessoas com alegria e simplicidade. Deixar todo mundo à vontade. Incentivar com jeito a participação de todos, sobretudo dos novos participantes e visitantes. 2. Oração inicial – Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai, ó Pai, o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra. OREMOS. Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém. 3. Jornal da semana – O (a) animador (a) convida a todos a contarem os fatos da última semana que consideram mais importantes. Podem ser fatos da vida pessoal, da família, da comunidade e outros, mas, sobretudo, do próprio ambiente de trabalho. O Núcleo Ambiental tem o objeto de colocar espírito e critérios evangélicos na realidade do trabalho. O importante é não desligar a reunião do Núcleo da vida concreta de todos os dias. 4. 4.1. 4.2. 4.3. 4.4. 4.5. 4.6. 4.7. “O que caiu em terra boa são os que, ouvindo de coração bom e generoso...” Alguém do grupo lê o Evangelho do domingo anterior à reunião Todos ficam em silêncio Todos respiram lentamente Cada um se convence de que encontrará o Senhor Cada um (em silêncio) pede perdão pelas ofensas feitas Cada um (em silêncio) perdoa de coração as ofensas recebidas Cada um se coloca na presença de Deus SEMANA DE 7 A 13 DE JUNHO DE 2015 Mc 3,20-35 5. “Conservam a palavra...” - Mc 3,20-35 - Os parentes de Jesus, de uma maneira ou de outra, mais cedo ou mais tarde, se envolveriam ou se veriam envolvidos com a 'carreira' do parente 'famoso'. 125 Reuniões de Núcleo Ambiental - São 'de fora' ou são 'de dentro'? São família de Jesus ou não são? Como se definem em relação a Jesus? Como Jesus se define em relação a eles? 6. - E dão fruto na perseverança Quem são os 'familiares' de Jesus hoje? Quem está 'fora', quem está 'dentro'? Jesus é 'propriedade' de alguém ou de algum grupo? E o nosso grupo aqui reunido... está entre os de 'fora' ou entre os de 'dentro'? Por que? 7. Intimidade e missão - Cada um pede a Deus o que para ele (a) é mais importante. (Em silêncio ou em voz alta, para que todos participem). - Cada um pede o presente que esta passagem do evangelho lhe quer dar. Hoje, esse presente é a palavra que Jesus pronuncia para chamar-nos à reflexão: “Quem são minha mãe e meus irmãos?” O grupo apresente espontaneamente suas preces. Senão, recorra a esta ajuda: - A Igreja pode pensar que seja proprietária de Jesus. Para que ela se coloque sempre de novo atrás dele, debaixo de seus pés, a seu serviço, rezemos ao Senhor. - É muito grande o risco de pensarmos que, por estarmos ligados à Igreja, sejamos automaticamente de 'dentro'. Para que nos lembremos sempre da palavra de Jesus: “Aqueles que fazem a vontade do Pai, estes são minha mãe e meus irmãos”, rezemos ao Senhor. - Muitas vezes, mais atrapalhamos que ajudamos as pessoas a se encontrarem com Jesus. Para que tomemos consciência de que o testemunho é de longe a melhor forma de evangelização, rezemos ao Senhor. SEMANA DE 14 A 21 DE JUNHO DE 2015 Mc 4,26-34 5. “Conservam a palavra...” - Mc 4,26-34 - Jesus gosta de fazer comparações. Ao invés de ideias abstratas, usa parábolas. Fala do reino de Deus a partir da vida. Fala do reino de Deus dentro da vida. O que as imagens falam toca o mais profundo das pessoas. Entra no coração. - No Evangelho de hoje, compara o reino de Deus com a semente. Se vocês prestaram bem a atenção, conta duas pequenas parábolas (vv. 26-29; 31-32). - Cada una dessas parábolas tem uma mensagem diferente. A parábola usa uma linguagem simbólica, mas é coisa bem distinta e clara também. - Qual a mensagem da primeira? (Vamos conversar um pouco para captá-la bem). - E qual a mensagem da segunda? (Vamos conversar mais um pouco). - Será porque que Jesus precisava explicar o sentido das parábolas em particular aos discípulos? As parábolas eram muito difíceis? Os discípulos eram muito broncos? Ou Jesus está pensando longe? 126 “E dão fruto na perseverança”. Posso fazer alguma coisa para o reino de Deus vir ou devo simplesmente acolhê-lo na O que estou fazendo para acolher o reino de Deus? O que devo fazer para crer na força própria do reino de Deus? Será que há alguma contradição entre acolher e agir? 7. Intimidade e missão - Cada um pede a Deus o que para ele (a) é mais importante. (Em silêncio ou em voz alta, para que todos participem). - Cada um pede o presente que esta passagem do evangelho lhe quer dar. Hoje, esse presente é a confiança na força própria do reino de Deus. (Em silêncio, mas, de preferência, em voz alta, pois é importante que todos participem). Reuniões de Núcleo Ambiental 6. vida? - O grupo apresente espontaneamente suas preces. Senão, recorra a esta ajuda: Para que sempre acreditemos na força própria do reino de Deus, rezemos ao Senhor. - Para que não nos enganemos colocando nossa confiança só nas coisas grandes e poderosas, rezemos ao Senhor. - Para que, em nossos trabalhos de evangelização, não fiquemos só no testemunho e no anúncio, mas também no aprofundamento da mensagem com os irmãos e as irmãs, rezemos ao Senhor. SEMANA DE 21 A 27 DE JUNHO DE 2015 Mc 4,35-41 5. “Conservam a palavra...” - Vale a pena reconstruir a cena em nossa imaginação. O próprio grupo vai reconstruí-la. Cada um vai colocar um 'tijolinho' nessa reconstrução. Ninguém tenha tanta vontade de falar que conte tudo sozinho. Cada um conta um pedacinho. Em ordem. Devagarzinho. - Depois da reconstrução, podemos explorar a imagem da 'travessia', ou seja, o atravessar de um lado para outro. - Pense que há o lado de cá e o lado de lá. Os dois são diferentes. - Pense nas pessoas que estão aqui. E nas pessoas que estão no outro lado. - Preste atenção nas coisas que temos aqui. Nas coisas que existem do outro lado. - Lembre-se da sua posição aqui. Na sua posição lá. - Já lhe aconteceu experimentar alguma travessia em sua vida? - De que travessia você está falando? A pé, de barco, balsa, ferry-boat, ponte, navio, avião...? - Mas, na vida, há outras travessias. Fale de algumas. (Algumas pessoas falam sinteticamente). - Será que a vida não é uma travessia? - Foi para Jesus também? 127 Reuniões de Núcleo Ambiental 6. “E dão fruto na perseverança”. - O que se passa em mim quando ouço Jesus me dizer: “Vamos para o outro lado?” (v. 35) - O que estou fazendo para ser como os discípulos que deixam a multidão e partem com Jesus? (v. 36) - O que fazer quando, na travessia, parece que a tempestade vai acabar com tudo? - Afinal, Jesus dorme ou está conosco? (Na primeira parábola da semana passada, o semeador dormia ou ficava remexendo a semente?) (A semente crescia no seio da terra ou não?) 7. Intimidade e missão - Cada um pede a Deus o que para ele (a) é mais importante. (Em silêncio ou em voz alta, para que todos participem). - Cada um pede o presente que esta passagem do evangelho lhe quer dar. Hoje, esse presente é o que Filipe, André e Jesus fizeram nessa narração. (Em silêncio, mas, de preferência, em voz alta, pois é importante que todos participem). O grupo apresente espontaneamente suas preces. Senão, recorra a esta ajuda: - Para que a gente aprenda que a vida é travessia, rezemos ao Senhor. Para que sejamos como os discípulos, que, no momento certo, são capazes de deixar a multidão e ir com Jesus no barco, rezemos ao Senhor. - Para que, nas tempestades, tenhamos sempre a certeza de que Jesus está conosco, rezemos ao Senhor. SEMANA DE 28 DE JUNHO A 4 DE JULHO DE 2015 Mt 16,13-19 5. “Conservam a palavra...” - Jesus, quando pergunta aos discípulos a opinião do povo e, em seguida, dos próprios discípulos, a Seu respeito, está preocupado com que? Qual a Sua intenção? - Jesus pergunta, primeiro, a opinião dos discípulos. Depois, quer saber dos discípulos a opinião dos outros. Com isso, Jesus quer sugerir que a resposta dos discípulos não pode ser a dos outros nem como a dos outros. A resposta dos discípulos é absolutamente pessoal! Você já pensou alguma vez que o cristianismo não é nem Jesus nem nós, mas uma coisa só, essencial: a minha relação com Jesus, o meu amor ao meu Senhor em resposta ao seu amor por mim (cf. Gl 2,20). Então, qual é a minha (a sua, a nossa) relação com Jesus? 6. “E dão fruto na perseverança” - O que pensamos da resposta dos “uns”, dos “outros” e “dos outros ainda” a respeito de Jesus (cf. Mt 16,14)? - Qual a nossa opinião pessoal a respeito de Jesus? Na sua opinião, quem é, de verdade, Jesus de Nazaré? - Como interpretamos a resposta de Pedro? 128 O grupo apresenta espontaneamente suas preces. Senão, recorra a esta ajuda: - Que o Pai nos dê a mesma graça que deu a Pedro e aos discípulos: reconhecer Jesus como o Messias e o Filho de Deus, nosso Salvador definitivo e imagem única do Pai, rezemos ao Senhor. - Que o Pai nos dê a graça de reconhecer a missão também única que Jesus lhe conferiu: o de “pedra” sobre a qual se edifica a comunidade dos discípulos e discípulas de Jesus, rezemos ao Senhor. - Que o Pai nos dê a graça de nem aumentar nem diminuir o primado dos sucessores de Pedro: serviço à unidade da Igreja na fé e no amor, rezemos ao Senhor. Reuniões de Núcleo Ambiental 7. Intimidade e missão - Cada um (a) pede a Deus o que é mais importante. (Em silêncio ou em voz alta, para que todos participem). - Cada um pede o presente que esta passagem do Evangelho lhe quer dar. Hoje, este presente é “a graça de considerar Jesus de Nazaré como o Messias, o Filho do Deus vivo”.(Em silêncio, mas, de preferência, em voz alta, pois é importante que todos participem). PARA O FINAL DE CADA REUNIÃO - Pai nosso... Ave Maria... Glória ao Pai... Santo Anjo do Senhor... O descanso eterno / (ou: A alegria eterna) dai-lhes, Senhor, ... Louvado seja nosso Senhor, Jesus Cristo! Para sempre seja louvado! Paramentos e Objetos Litúrgicos www.cordis.com.br CORDIS - Diocese de Colatina Rua Santa Maria, 350 . Centro . CEP. 29 700-200 Colatina.ES . [email protected] Tel.:(27) 2102.5050 129 Cantos para Liturgia 01) O SENHOR É MINHA LUZ (Canto inicial - 10º Dom. Comum) Ref.: O Senhor é minha luz, Ele é minha salvação, que poderei temer? Deus, minha proteção! 1. O Senhor é minha luz, Ele é minha salvação. O que é que eu vou temer? Deus é minha proteção. Ele guarda minha vida: eu não vou ter medo, não. (bis) 2. Quando os maus vêm avançando, procurando me acuar, desejando ver meu fim, querendo me matar, inimigos opressores é que vão se liquidar. (bis) 3. Se um exército se armar contra mim, não temerei. Meu coração está firme, e firme ficarei. Se estourar uma batalha, mesmo assim confiarei. (bis) 4. Sei que eu hei de ver, um dia, a bondade do Senhor: lá na terra dos viventes, viverei no seu amor. Espera em Deus! Cria coragem! Espera em Deus que é teu Senhor. (bis) 02) Ó SENHOR, OUVE O MEU GRITO (Canto inicial - 11º Dom. Comum) Ref.: Ó Senhor, ouve o meu grito, tu és minha proteção; Senhor, não me abandones, Deus, minha proteção! 1. O Senhor é minha luz, Ele é minha salvação. O que é que eu vou temer? Deus é minha proteção. Ele guarda minha vida: eu não vou ter medo, não. (bis) 2. Quando os maus vêm avançando, procurando me acuar, desejando ver meu fim, querendo me matar, inimigos opressores é que vão se liquidar. (bis) 3. Se um exército se armar contra mim, não temerei. Meu coração está firme, e firme ficarei. Se estourar uma batalha, mesmo assim confiarei. (bis) 130 4. Sei que eu hei de ver, um dia, a bondade do Senhor: lá na terra dos viventes, viverei no seu amor. Espera em Deus! Cria coragem! Espera em Deus que é teu Senhor. (bis) 03) DO SEU POVO ELE É A FORÇA (Canto inicial - 12º Dom. Comum) Ref.: Do seu povo Ele é a força, salvação do seu ungido; salva, Senhor, teu povo, socorre os teus queridos! 1. O Senhor é minha luz, Ele é minha salvação. O que é que eu vou temer? Deus é minha proteção. Ele guarda minha vida: eu não vou ter medo, não. (bis) 2. Quando os maus vêm avançando, procurando me acuar, desejando ver meu fim, querendo me matar, inimigos opressores é que vão se liquidar. (bis) 3. Se um exército se armar contra mim, não temerei. Meu coração está firme, e firme ficarei. Se estourar uma batalha, mesmo assim confiarei. (bis) 4. Sei que eu hei de ver, um dia, a bondade do Senhor: lá na terra dos viventes, viverei no seu amor. Espera em Deus! Cria coragem! Espera em Deus que é teu Senhor. (bis) 04) COM PEDRO E COM PAULO (Canto inicial - São Pedro e São Paulo) Ref.: Toda a Igreja, unida, celebra a memória pascal do Cordeiro, irmanada com Pedro e com Paulo, que seguiram a Cristo por primeiro! 1. Publicai em toda terra os prodígios do Senhor, reuniu seu povo amado para o canto do louvor. 2. Bendizei, louvai por Pedro, pela fé que professou: essa fé é a rocha firme da Igreja do Senhor. 05) BENDITO E LOUVADO SEJA (Oferendas - Tempo Comum e São Pedro e São Paulo) 1. Bendito e louvado seja o Pai, nosso Criador, o Pão que nós recebemos é prova do seu amor. O pão que nós recebemos, que é prova do seu amor, é fruto de sua terra e do povo trabalhador. O fruto de sua terra e do povo trabalhador, na Missa é transformado no Corpo do Salvador. Ref.: Bendito seja Deus, bendito o seu amor, bendito seja Deus, Pai onipotente, nosso criador! (bis) 2. Bendito e louvado seja o Pai, nosso Criador, o vinho que recebemos é prova do seu amor. O vinho que recebemos, que é prova do seu amor, é fruto de sua terra e do povo trabalhador. O fruto de sua terra e do povo trabalhador, na Missa é transformado no Sangue do Salvador. 06) A FORÇA DA EUCARISTIA (Comunhão - 10º ao 12º Dom. Comum) 1. Quando te domina o cansaço, e já não puderes dar um passo, quando o bem ao mal ceder, e tua vida não quiser ver um novo amanhecer: Levanta-te e come! (bis) Que o caminho é longo, caminho longo! Ref.: Eu sou teu Alimento, ó caminheiro! Eu sou o Pão da Vida verdadeiro! Te faço caminhar, vale e monte atravessar, pela Eucaristia, Eucaristia! 2. Quando te perderes no deserto, e a morte então sentires perto, sem mais forças pra subir, sem coragem de assumir o que Deus de ti pedir: Levanta-te... 3. Quando a dor, o medo, a incerteza, tentam apagar tua chama acesa, e tirar do coração a alegria e a paixão, de lutar, não ser em vão: Levanta-te... 4. Quando não achares o caminho, triste e abatido, vais sozinho, o olhar sem brilho e luz, sob o peso de tua cruz, que a lugar nenhum conduz: Levanta-te... 5. Quando a voz do anjo então ouvires, e o coração de Deus sentires, te acordando para o amor, renovando o teu vigor - água e pão, o bem maior: Levanta-te... Cantos para Liturgia 3. Bendizei, louvai por Paulo, pelo empenho na missão: o seu zelo do Evangelho leva ao mundo a salvação. 4. Alegrai-vos neste dia que o martírio iluminou: o triunfo destes santos nos confirme no amor. 07) EU VIVO NA FÉ DO FILHO DE DEUS (Comunhão - São Pedro e São Paulo) Ref.: Eu vivo na fé do filho de Deus, Ele me amou e por mim se entregou! (bis) 1. Eu agradeço a quem me chamou; eu, que era blasfemo e da Igreja perseguidor. 2. Quem és, Senhor, que queres que eu faça? Sou Jesus, a quem buscas, persegues com tal rancor. 3. Eu não mereço o nome de apóstolo, mas a graça de Deus triunfou gloriosa em mim. 4. Eu me glorio em minhas fraquezas, para que sua graça e poder resplandeçam em mim. 5. O meu passado eu deixo pra trás e me lanço à frente, para o alvo, o Senhor Jesus. 08) TEMPO DE SER IGREJA (Canto final - Tempo Comum e São Pedro e São Paulo) Ref.: Agora é tempo de ser Igreja, caminhar juntos, participar! (bis) 1. Somos povo escolhido e na fronte assinalado com o nome do Senhor, que caminha ao nosso lado. 2. Somos povo em missão, já é tempo de partir; é o Senhor que nos envia, em seu nome a servir. 3. Somos povo esperança, vamos juntos planejar: ser Igreja a serviço e a fé testemunhar. Maestro Adenor Leonardo Terra APUCARANA - PR Tel.: (43) 3422-2611 E-mail: [email protected] 131 ) R.G.: CIDADE: Data Assinaturas 1A5 6 A 10 11 A 15 R$ 79,00 R$ 72,00 R$ 69,00 Valor Unitário R$ 62,00 R$ 57,00 R$ 55,00 Valor Unitário Assinaturas 31 A 50 51 A 70 71 A 100 ESTADO: Valor Unitário R$ 45,00 R$ 42,00 ACIMA DE 501 R$ 39,00 Assinaturas 101 A 300 301 A 500 QUANTAS ASSINATURAS: CNPJ/CPF: Valor Unitário R$ 52,00 R$ 49,00 R$ 47,00 BAIRRO: MANDAR O FORMULÁRIO PREENCHIDO PARA: O PÃO NOSSO DE CADA DIA Rua Itamarati, 179 – Jd. Itamarati CEP 86990-000 MARIALVA - PR E-mail: [email protected] Fones: (44) 3015-3033 - (44) 9725-2625 (tim) 16 A 20 21 A 25 26 A 30 Assinaturas Assinatura: E-mail: OBS.: NÃO MANDE DINHEIRO. AGUARDE BOLETO BANCÁRIO. TELEFONE: ( CEP: END.: NOME: FORMULÁRIO PARA ASSINATURA ANUAL Preencha o formulário abaixo e dê uma assinatura de presente para: para você mesmo seus pais um parente um(a) amigo(a) alguém de uma equipe da paróquia ou comunidade seu(a) namorado(a). 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