junho 2015 - Revista O Pão Nosso de cada dia

Transcrição

junho 2015 - Revista O Pão Nosso de cada dia
ANO X - Nº 06
EDIÇÃO
114
JUNHO - 2015
SUMÁRIO
INTENÇÕES DO MÊS
Liturgia de junho
03
Rito da missa da comunidade
111
ABC da liturgia
121
Reunião de Núcleo Ambiental
125
Cantos
130
ABC do cristianismo
09, 32, 36, 46,
57, 67, 110
Geral: Imigrantes e refugiados
Para que os imigrantes e refugiados sejam
acolhidos e respeitados nos países onde
chegam.
AGENDAS IMPORTANTES
Dia 01 - São Justino
Dia 03 - São Carlos Lwanga e Companheiros
Dia 04 - Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo
Dia 05 - São Bonifácio
Dia 09 - Beato José de Anchieta
Dia 11 - São Barnabé
Dia 12 - Sagrado Coração de Jesus,
Solenidade
Dia dos namorados
Dia 13 - Imaculado Coração de Maria
Santo Antônio de Pádua, missionário
Dia 24 - Natividade de São João Batista
Dia 28 - São Pedro e São Paulo
Missionária: Vocação ao sacerdócio e à vida
consagrada
Para que o encontro pessoal com Jesus
suscite em muitos jovens o desejo de Lhe
oferecerem a própria vida no sacerdócio ou na
vida consagrada.
JUNHO 2015
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Autores:
Pe. Antonio José de Almeida
Frei Ildo Perondi
Fabrizio Zandonade Catenassi
Izaura Maria Valério
Patrícia Zaganin Rosa Martins
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ISSN 1984-0373
Humanitas Vivens Ltda
Ano X, N.º 06
Fascículo 114 (Junho 2015)
Marialva (PR) 2015
Copyright 2009 by Antonio José de ALMEIDA
AUTOR E COORDENADOR GERAL
Prof. Dr. Pe. Antonio José de ALMEIDA
EDITOR RESPONSÁVEL:
Prof. Dr. José Francisco de Assis DIAS
CAPA, DIAGRAMAÇÃO E DESIGN:
Marilise Tatiane de LIMA SANTOS
ASSESSORIA EDITORIAL:
Prof. Ronaldo de OLIVEIRA
Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)
O Pão Nosso de Cada Dia: subsídio litúrgico-catequético mensal/ Humanitas Vivens.
–- Vol. 1 n. 1 (2006)- . – Sarandi,Pr: Humanitas Vivens, 2008Mensal
ISSN
Os primeiros fascículos foram publicados pela Editora Aja
1. Igreja católica – Liturgia. 2. Igreja católica – Catequese. 3. Pastoral – Missal quotidiano.
CDD 21.ed. 264.02
Ivani Baptista – Bibliotecária CRB/9-331
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(Cor vermelha - Ofício da memória)
Filósofo palestinense de Nablus (Samaria),
Justino provinha do paganismo. Encontrou no
Cristo a verdade sem limites. Elaborou uma
síntese do pensamento cristão em seus
escritos, dos quais nos restam apenas dois: as
Apologias e o Diálogo com Trifão. Abriu em
Roma uma escola onde realizava para o público
“mesas redondas” sobre problemas religiosos.
Defendeu a Igreja contra os ataques dos pagãos
e pagou com o próprio sangue sua fidelidade a
Cristo (163 ou 165). É o porta-voz da Igreja
preocupada em ir ao encontro do mundo e em
abrir com ele um “diálogo”, para levá-lo a
conhecer a boa nova que é Cristo. Na formação
dos catecúmenos, ou seja, daqueles que
aspiravam a tornar-se cristãos, preocupava-se
com mostrar o íntimo vínculo entre Batismo e
Eucaristia. Justino é nome importante na
história da liturgia a Missa. A celebração
eucarística é continuação ininterrupta, ao longo
dos séculos, do mandamento de Jesus:”Fazei
isto em memória de mim”.
Antífona da entrada
Os pagãos me contaram suas fábulas, mas
nada valem perante a vossa Lei. Diante dos reis
falei de vossa aliança sem me envergonhar.
Oração do dia
Ó Deus, que destes ao mártir são Justino
um profundo conhecimento de Cristo pela
loucura da cruz, concedei-nos, por sua
intercessão, repelir os erros que nos cercam e
permanecer firmes na fé.
Leitura - Tb 1,3; 2,1a-8
Leitura do Livro de Tobias
1,3
Eu, Tobit, andei nos caminhos da verdade
e da justiça, todos os dias da minha vida. Dei
muitas vezes esmolas aos meus irmãos e
compatriotas, que comigo foram deportados
para Nínive, no país dos assírios. 2,1a No dia da
nossa festa de Pentecostes, que é a festa das
Sete Semanas, prepararam-me um excelente
almoço, e reclinei-me para comer. 2 Quando
puseram a mesa com numerosas iguarias,
disse ao meu filho Tobias: "Vai, filho, vai
procurar, entre nossos irmãos deportados em
Nínive, algum que, de todo o seu coração, se
lembre do Senhor, e traze-o aqui para comer
comigo. Assim, meu filho, ficarei esperando
até que voltes. 3 Tobias saiu, pois, à procura de
um pobre entre nossos irmãos. E voltou
dizendo: "Pai!” Respondi:” “Que há, meu
filho?”." Continuou Tobias: "Um homem do
nosso povo foi morto e lançado à praça pública.
E ainda se encontra lá, estrangulado" 4 Levanteime de um salto, deixando o almoço, sem
prová-lo. Tirei o cadáver do meio da praça e
depositei-o numa das dependências da casa,
esperando o pôr-do-sol para enterrá-lo. 5 Ao
voltar, lavei-me e, entristecido, tomei minha
refeição. 6 Lembrei-me das palavras do profeta
Amós, ditas contra Betel: "Vossas festas se
transformarão em luto e todos os vossos cantos
Dia 01 de Junho - Segunda-feira - São Justino Mártir, Memória
01
SEGUNDA-FEIRA - São Justino Mártir - Memória
03
Dia 01
Diade01Junho
de Maio
- Segunda-feira
- Quarta-Feira
- São
da Justino
5ª Semana
Mártir,
daMemória
Páscoa
em lamentação". 7 E chorei. Depois que o sol se
escondeu, fui cavar uma sepultura e enterrei o
cadáver. 8 Meus vizinhos zombavam, dizendo:
"Ele ainda não tem medo. Já foi procurado para
ser morto por este motivo, e teve que fugir. No
entanto, está de novo sepultando os mortos!"
- Palavra do Senhor.
Salmo responsorial - Sl 111
R. Feliz aquele que respeita o Senhor!
1. Feliz o homem que respeita o Senhor e
que ama com carinho a sua lei! Sua descendência será forte sobre a terra, abençoada a
geração dos homens retos! R.
2. Haverá glória e riqueza em sua casa, e
permanece para sempre o bem que fez. Ele é
correto, generoso e compassivo, como luz
brilha nas trevas para os justos. R.
3. Feliz o homem caridoso e prestativo,
que resolve seus negócios com justiça. Porque
jamais vacilará o homem reto, sua lembrança
permanece eternamente! R.
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Jesus Cristo, a fiel testemunha, Primogênito dos mortos, nos amou e do pecado nos
lavou, em seu sangue derramado. R.
Evangelho - Mc 12,1-12
A parábola da vinha é uma retomada da
história do Povo de Deus na perspectiva do
Filho. Meta da criação e da eleição de Israel não
é senão a revelação do Filho e a revelação da
nossa vocação a sermos filhos e filhas em
Jesus, o Filho.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Marcos
Naquele tempo: 1 Jesus começou a falar aos
sumos-sacerdotes, mestres da Lei e anciãos,
04
usando parábolas: "Um homem plantou uma
vinha, cercou-a, fez um lagar e construiu uma
torre de guarda. Depois arrendou a vinha a
alguns agricultores, e viajou para longe. 2 Na
época da colheita, ele mandou um empregado
aos agricultores para receber a sua parte dos
frutos da vinha. 3 Mas os agricultores pegaram
no empregado, bateram nele, e o mandaram de
volta sem nada. 4 Então o dono da vinha mandou
de novo mais um empregado. Os agricultores
bateram na cabeça dele e o insultaram. 5 Então o
dono mandou ainda mais outro, e eles o
mataram. Trataram da mesma maneira muitos
outros, batendo em uns e matando outros.
6
Restava-lhe ainda alguém: seu filho querido.
Por último, ele mandou o filho até aos
agricultores, pensando: 'Eles respeitarão meu
filho'. 7 Mas aqueles agricultores disseram uns
aos outros: 'Esse é o herdeiro. Vamos matá-lo, e
a herança será nossa'. 8 Então agarraram o filho,
o mataram, e o jogaram fora da vinha. 9 Que fará
o dono da vinha? Ele virá, destruirá os
agricultores, e entregará a vinha a outros. 10 Por
acaso, não lestes na Escritura: 'A pedra que os
construtores deixaram de lado, tornou-se a
pedra mais importante; 11 isso foi feito pelo
Senhor e é admirável aos nossos olhos'?"
12
Então os chefes dos judeus procuraram
prender Jesus, pois compreenderam que havia
contado a parábola para eles. Porém, ficaram
com medo da multidão e, por isso, deixaram
Jesus e foram-se embora. - Palavra da
Salvação.
Prece dos fiéis
Na memória do mártir São Justino, a quem
devemos a mais antiga descrição da liturgia do
Batismo e da Eucaristia, oremos a Deus Pai
todo-poderoso, dizendo, com fé: R. Senhor
dos Apóstolos e dos Mártires, ouvi-nos.
1. Pelas Igrejas do Oriente e do Ocidente,
para que os seus bispos, presbíteros e diáconos
anunciem o Evangelho com a mesma sabedoria
de São Justino, oremos, irmãos.
Deus eterno e todo-poderoso, vinde em
E
auxílio do vosso povo suplicante e, por
intercessão do mártir São Justino, concedeilhe as graças que Vos pede com fé. Por Cristo,
nosso Senhor.
Oração sobre as oferendas
Ó Deus, nós vos pedimos: concedeinos participar dignamente do mistério da
Eucaristia, que São Justino defendeu com
admirável coragem.
Oração depois da comunhão
Restaurados, ó Deus, pelo alimento celeste,
nós vos suplicamos que, seguindo o ensinamento do mártir São Justino, permaneçamos
sempre em ação de graças pelos dons
recebidos.
Dia 01 de Junho - Segunda-feira - São Justino Mártir, Memória
2. Por todos os fiéis e catecúmenos perseguidos, para que saibam dizer a quem combate
a mensagem cristã as razões profundas da sua
fé e da sua esperança, oremos, irmãos.
3. Por todos os batizados na água e no
Espírito, para que tenham a coragem de afirmar,
como São Justino, a sua condição de cristãos e
herdeiros do Céu, oremos, irmãos.
4. Pelos doentes, moribundos e agonizantes, para que tenham perto de si quem os ajude
a louvar, a adorar e a bendizer o Senhor,
oremos, irmãos.
5. Por todos os membros da nossa paróquia e de suas comunidades, para que desejem
e esperem chegar à salvação, pelo caminho do
amor a Cristo e do seu seguimento, oremos,
irmãos.
A Semente na Terra - Mc 12,1-12
sta parábola alegorizada é uma excelente chave de leitura da história do povo de Israel,
que, por sua vez, simboliza a de todo homem. A história de Israel – e a nossa – é o
desencontro sem encontro entre a fidelidade de Deus e a nossa infidelidade. Ao amor
que Deus nos oferece nós opomos o muro da nossa resistência e da nossa rejeição.
- Quanto mais Deus nos mostra seu amor, tanto mais mostramos nossa maldade. Vamos
cavando um fosso entre nós e Deus, uma estrada sem saída, uma obra sem chance de êxito feliz.
Mas Deus realiza uma maravilha aos nossos olhos, tornando o impossível possível. Ele
transforma a cruz, cúmulo do nosso mal, em dom do seu máximo bem. Enquanto o matamos,
tirando-lhe a vida, ele nos ressuscita, dando-nos nada menos que a sua própria vida.
- O desígnio de Deus – podemos chamar também de ‘plano’ ou ‘projeto’, embora essas
palavras tenham um sentido mais preciso, talvez até estreito... demais – não se deixa engolir
pelos nossos desatinos. Pedro o diz com muita sabedoria em seu terceiro discurso no livro dos
Atos: “Foi o que aconteceu nesta cidade: Herodes e Pôncio Pilatos se uniram com os pagãos e os
povos de Israel contra Jesus, teu santo servo, a quem ungiste” (At 4,27). No final das contas,
porém, sem sabê-lo, acabaram por executar “tudo o que a tua mão e a tua vontade tinham
predeterminado que sucedesse” (At 4,28).
- O nosso mal e o mal do mundo, longe de decretarem a falência do desígnio divino,
acabam cumprindo-o de uma maneira ainda mais sublime. Revelam o seu poder, que é a
onipotência do amor, e, em relação a nós – isto é, à nossa miséria – só e totalmente misericórdia.
(A palavra misericórdia é feita de “miséria” e “coração”, que, em latim, é cor - cordis). Se o
homem tem o estranho poder de tirar o mal do bem, Deus tem o indizível poder de tirar o bem do
mal (cf. Rm 3,8; 5,20; 8,28; 12,21; Fl 3,8).
- Deus tem o seu desígnio e o mantém, mas não o realiza sacrificando a nossa liberdade.
05
Dia 02
Diade
01Junho
de Maio
- Terça-feira
- Quarta-Feira
da 9ª Semana
da 5ª Semana
do Tempo
da Comum
Páscoa
Ele a respeita. É justamente assim que ele mostra a sua divindade: sacia a nossa miséria com a
sua misericórdia; aproveita a nossa rejeição para oferecer-nos incondicionalmente o seu amor!
Dessa maneira, o desencontro inevitável da cruz é transformado em encontro definitivo. É o que
Paulo canta na carta aos Romanos: “Como é profunda a riqueza, a sabedoria e a ciência de Deus!
Como são insondáveis as suas decisões, e como são impenetráveis seus caminhos!” (Rm
11,33). O que fez ele para provocar em Paulo tanta admiração? “Ele (Deus) encerrou todos na
desobediência, para ser misericordioso com todos” (Rm 11,32). Só o dom do Espírito para fazernos compreender tão sublime beleza!
O Minuto do Concílio
“O povo de Deus com reto juízo penetra mais profundamente [a mensagem revelada] na fé”
(Lumen gentium 12)
Santos do dia: Justino (+ 165). Prócoro de Bolonha (III-IV século). Simeão de Tréveris (+
1035). Enneco de Oña (+ 1057). Conrado I de Tréveris (+ 1066). Teobaldo Ruggeri (+ 1150). Bv.
João Batista Scalabrini (1839-1905).
Testemunhas do Reino: Sérgio Restrepo (Colômbia, 1989). João de Aquino (Nova Iguaçu,
1991).
Datas comemorativas: Dia Nacional da Imprensa. Início do Diário do Rio de Janeiro, primeiro
jornal diário do Brasil (1821). Primeira Transmissão de TV no Brasil (1950).
02
TERÇA-FEIRA DA 9ª SEMANA DO TEMPO COMUM
(Cor verde - Ofício do dia de semana)
Antífona da entrada
Olhai para mim, Senhor, e tende piedade,
pois vivo sozinho e infeliz. Vede minha miséria e
minha dor e perdoai todos os meus pecados.
Oração do dia
Ó Deus, cuja providência jamais falha, nós
vos suplicamos humildemente: afastai de nós o
que é nocivo, e concedei-nos tudo o que for
útil.
Leitura - Tb 2,9-14
Leitura do Livro de Tobias
Eu, Tobias, na noite de Pentecostes, depois
06
de ter sepultado um morto, 9 tomei banho, entrei
no pátio de minha casa e deitei-me, junto à
parede do pátio, deixando o rosto descoberto
por causa do calor. 10 Não sabia que, na parede,
por cima de mim, havia pardais aninhados. Seu
excremento quente caiu nos meus olhos e
provocou manchas brancas. Fui procurar os
médicos para me tratarem. Quanto mais
remédios me aplicavam, mais meus olhos se
obscureciam com as manchas, até que fiquei
completamente cego. Durante quatro anos
estive privado da vista. Todos os meus irmãos
se afligiram por minha causa. Aicar cuidou do
meu sustento, durante dois anos, até que partiu
para Elimaida. 11 Naquela ocasião, Ana, minha
mulher, dedicou-se a trabalhos femininos,
tecendo lã. 12 Entregava o produto aos patrões e
estes lhe pagavam o salário No sétimo dia do
Salmo responsorial - Sl 111
R. O coração do justo é firme e confiante no Senhor.
1. Feliz o homem que respeita o Senhor e
que ama com carinho a sua lei! Sua descendência será forte sobre a terra, abençoada a
geração dos homens retos! R.
2. Ele não teme receber notícias más:
confiando em Deus, seu coração está seguro.
Seu coração está tranquilo e nada teme, e
confusos há de ver seus inimigos. R.
3. Ele reparte com os pobres os seus bens,
permanece para sempre o bem que fez, e
crescerão a sua glória e seu poder. R.
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Que o Pai do Senhor Jesus Cristo nos dê
do saber o Espírito, para que conheçais a esperança, reservada para vós, como herança! R.
Evangelho - Mc 12,13-17
Jesus é colocado numa situação difícil. Se
responde que se deve pagar o imposto a
César*, acusam-no de adesão aos romanos.
Se diz que não, acusam-no aos romanos, que
podem eliminá-lo por rebelião. Jesus ‘vira a
mesa’ e proclama que os filhos de Deus devem
submeter-se só a Deus, que é seu Pai e os quer
livres.
+Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Marcos
Naquele tempo: 13 As autoridades mandaram alguns fariseus e alguns partidários de
Herodes, para apanharem Jesus em alguma
palavra. 14 Quando chegaram, disseram a Jesus:
"Mestre, sabemos que tu és verdadeiro, e não
dás preferência a ninguém. Com efeito, tu não
olhas para as aparências do homem, mas
ensinas, com verdade, o caminho de Deus.
Dize-nos: É lícito ou não pagar o imposto a
César? Devemos pagar ou não?" 15 Jesus
percebeu a hipocrisia deles, e respondeu: "Por
que me tentais? Trazei-me uma moeda para que
eu a veja". 16 Eles levaram a moeda, e Jesus
perguntou: "De quem é a figura e a inscrição
que estão nessa moeda?" Eles responderam:
"De César." 17 Então Jesus disse: "Dai, pois, a
César o que é de César, e a Deus o que é
de Deus". E eles ficaram admirados com Jesus.
- Palavra da Salvação.
Dia 02 de Junho - Terça-feira da 9ª Semana do Tempo Comum
mês de Distros, ela separou a peça de tecido
que estava pronta, e mandou-a aos patrões.
Estes pagaram-lhe todo o salário e ainda lhe
deram um cabrito para a mesa. 13 Quando entrou
em minha casa, o cabrito começou a balar.
Chamei minha mulher e perguntei-lhe: "De
onde vem este cabrito? Não terá sido roubado?
Devolve-o a seus donos, pois não temos o
direito de comer coisa alguma roubada". 14 Ela
respondeu-me: "É um presente que me foi dado
além do salário". Mas não acreditei nela e
insisti que o devolvesse aos patrões, ficando
bastante contrariado por causa disso. Ela então
replicou: "Onde estão as tuas esmolas? Onde
estão as tuas obras de justiça? Vê-se bem em ti
o que elas são!" - Palavra do Senhor.
Prece dos fiéis
Peçamos ao Pai de misericórdia e de
bondade que nos ajude a ser coerentes com a
doutrina que seu Filho Jesus Cristo nos deixou,
dizendo: R. Ouvi-nos, Senhor.
1. Pelos bispos e presbíteros que educam
os fiéis no Evangelho, pelos pregadores da
Palavra que falam como Jesus e pelos fiéis que
procuram pôr em prática aquilo que ouvem,
oremos, irmãos e irmãs.
2. Pelos governantes que são honestos na
sua missão, pelos funcionários públicos que
não se deixam influenciar por ninguém e pelos
servidores que não fazem acepção de pessoas,
oremos, irmãos e irmãs.
07
Dia 02
Diade
01Junho
de Maio
- Terça-feira
- Quarta-Feira
da 9ª Semana
da 5ª Semana
do Tempo
da Comum
Páscoa
3. Por todos aqueles que são postos à
prova, como Tobit, pelos que aceitam as suas
provações, apoiados na fé, e pelos que se
conservam em paz e sempre fiéis a Deus,
oremos, irmãos e irmãs.
4. Pelos que sofrem acidentes ao socorrerem os outros, pelos que ficam cegos,
mutilados, ou sem emprego e pelos que
reagem e se põem ao serviço dos outros,
oremos, irmãos e irmãs.
5. Pelos membros de nossas comunidades que são sensíveis aos mais pobres,
pelos que reconhecem que Deus está acima de
tudo e pelos que sabem servir o bem comum,
oremos, irmãos e irmãs.
Senhor, nosso Deus, que nos ensinastes
pelo vosso Filho a “dar a César o que é de César
e a Deus o que é de Deus”, dai-nos a graça de
compreender as suas palavras. Por Cristo,
nosso Senhor.
Oração sobre as oferendas
Confiados, ó Deus, no vosso amor de pai,
acorremos ao altar com nossas oferendas; dainos, por vossa graça, ser purificados pela
Eucaristia que celebramos.
Oração depois da comunhão
Ó Deus, governai pelo vosso Espírito aos
que nutris com o Corpo e o Sangue do vosso
Filho. Dai-nos proclamar nossa fé não somente
em palavras, mas também na verdade de
nossas ações, para que mereçamos entrar no
reino dos céus.
SANTOS MARCELINO E PEDRO, Mártires
MEMÓRIA FACULTATIVA (Cor vermelha - Ofício da memória)
(Missa: Mártires - MR 740 ou 749)
Oração do dia
Ó Deus, que nos destes o apoio e a proteção
T
do glorioso martírio dos Santos Marcelino e
Pedro, fazei que seu exemplo nos anime e sua
oração nos sustente.
A Semente na Terra - Mc 12,13-17
emos aqui uma das páginas do evangelho mais superficialmente e mais
equivocadamente interpretadas.
- Autoridades, fariseus e herodianos – geralmente em campos opostos – acham-se agora
unidos contra Jesus.
- A armadilha é perfeita. Depois de um elogio capcioso, vem a pergunta fatal: “é lícito ou
não pagar o imposto a César?” Se Jesus responde que não, se indispõe com os romanos, que
ocupam a Palestina. Se diz que sim, fica mal com o povo, que espera um Messias político que
expulse os romanos.
- A resposta de Jesus não é simplesmente mais esperta que a de seus espertos
interlocutores. Jesus não diz: “Deem a cada um o que lhe é devido”, sem dizer o que é devido a
cada um!
- Em primeiro lugar, para Jesus – que sabe que o domínio de um soberano vai até onde
chega a sua moeda (cf. Rm 13,1-7; 1Pd 2,13ss.) – há um ‘domínio’ que supera todo domínio: o
de Deus.
08
Dia 02 de Junho - Terça-feira da 9ª Semana do Tempo Comum
- Em segundo lugar, se a moeda tem a imagem de César e pertence a César, o ser humano
é imagem de Deus e pertence a Deus. O tributo que o homem e a mulher devem pagar a Deus é o
amor sobre todas as coisas, de todo o coração, com todas as forças (cf. Dt 6,5) e o amor ao
próximo como a si mesmo (cf. Lv 19,18). O amor não só exige, mas supõe a liberdade do homem
e a realiza plenamente.
- Em terceiro lugar, em relação à autoridade civil, é preciso distinguir entre o conteúdo e o
modo. O conteúdo é servir ao bem comum, que dela necessita. Nesse sentido, é querida por
Deus (cf. Rm 13,1-4). O modo, infelizmente, na maioria das vezes, é o da sede de ter, de poder e
de aparecer (cf. Mc 10,42). Nesse sentido, não é querida por Deus. Enquanto fruto do pecado que
se aninha no coração do homem, seu conteúdo, nesse caso, não é servir ao bem comum, mas ao
bem individual (de seus detentores) e ao mal comum (de seus ‘súditos’).
- Esse modo não é querido nem aprovado por Deus. Sua consequência é a escravidão e a
opressão. Escraviza tanto o que detêm o poder como os que se submetem a esse poder. Rouba a
liberdade de todos, seja dos dominadores seja dos dominados. Destrói justamente a liberdade,
pela qual somos imagem e semelhança de Deus.
- O poder do Filho do Homem – tão diferente do que conhecemos – põe em crise o poder
dos seres humanos: o poder individual, o poder de grupos, o poder dos sistemas. O poder do
Filho do Homem é feito de amor, humildade, serviço.
- Este é o sentido do “dar a Deus o que é de Deus”. Só assim nos tornamos o que somos:
imagem de Deus. O onipotente no amor é humildade, está a serviço, é amor.
- Tanto em nível pessoal como comunitário e social é preciso e é possível encontrar novos
modos de viver a autoridade, sem degradar o serviço em dominação. Se isso vale para as
pessoas e para a sociedade, vale ainda mais para a Igreja, que deve ser sinal, exemplo, modelo!
- O critério fundamental das nossas escolhas tem que ser claro: em tudo é preciso dar a
Deus o que é de Deus. Só buscando isso com coerência e perseverança, saberemos o que deve
ser dado ao César de plantão.
O Minuto do Concílio
“Todos os seres humanos são chamados a formar o povo de Deus.”
(Lumen gentium 13)
Santos do dia: Blandina (+ 177). Potino de Lião (+ 177). Erasmo (ou Elmo) (+ 303).
Marcelino e Pedro (+ 299). Eugênio I (+ 657). Otão de Cantuária (880 - 959). Sadoque e
Companheiros (+ 1259). João Pelingotto (1240 – 1304).
Testemunhas do Reino: Sebastián Morales (1987, Guatemala).
Datas comemorativas: Dia da República Italiana. Morte de José Garibaldi, herói da Guerra
dos Farrapos (1882). O papa Paulo III condena a escravidão (Bula Sublimis Deus, 1537).
ABC DO CRISTIANISMO
[1] Imposto a César. Na época de Jesus, os romanos dominavam a Palestina, terra de Jesus, uma
província do enorme e poderoso Império Romano. Os romanos dominavam os povos e as regiões que o
compunham não só através do exército, das administrações locais designadas ou cooptadas por eles,
09
Dia 03 de Junho - Quarta-feira
Dia 01
S. Carlos
de Maio
Lwanga
- Quarta-Feira
e Companheiros,
da 5ª Semana
Mártiresda
- Memória
Páscoa
mas, talvez, sobretudo, por um abrangente e pesado sistema de impostos. Por isso, quando perguntam
a Jesus se “é lícito ou não pagar imposto a César” (= nome genérico e próprio de vários imperadores
romanos), estão colocando a Jesus um problema político, econômico e religioso seríssimo.
03
QUARTA-FEIRA S. CARLOS LWANGA E COMPANHEIROS,
Mártires - Memória
(Cor vermelha - Ofício da memória)
No final do século XIX, mais precisamente
entre 1885 e 1887, em Uganda – pequeno país
da África centro-oriental – os cristãos foram
duramente perseguidos. Houve centenas de
vítimas. Entre elas, estava Carlos Lwanga,
doméstico do rei Muanga do antigo reino
independente do Buganda. Carlos foi queimado
vivo juntamente com outros doze companheiros
no dia 3 de junho de 1886. O nosso santo –
chefe dos pajens reais – tinha sido evangelizado
e batizado pelos Padres Brancos, um instituto
missionário fundado pelo Cardeal Lavigérie. A
obra desses padres, no início – estamos em
1879 – fora bem recebida tanto pelo rei Mutesa
quanto por seu sucessor, o já mencionado
Muanga. Este, porém, influenciado pelo
chanceler do reino e pelo chefe da tribo,
desencadeou violenta perseguição contra os
cristãos, visando ao seu extermínio, tendo ele
próprio matado alguns com suas próprias
mãos. Os vinte e dois mártires de Uganda
celebrados hoje foram beatificados em 1920
por Bento XV* e canonizados por Paulo VI em
1964.
Antífona da entrada
Alegram-se nos céus os santos que na terra
seguiram a Cristo. Por seu amor derramaram o
próprio sangue; exultarão com ele eternamente.
Oração do dia
Ó Deus, que fizestes do sangue dos mártires
semente de novos cristãos, concedei que o
campo da vossa Igreja, regado pelo sangue de
10
São Carlos e seus companheiros, produza
sempre abundante colheita.
Leitura - Tb 3,1-11a.16-17a
Leitura do Livro de Tobias
Naqueles dias: 1 Tomado de grande tristeza,
pus-me a suspirar e a chorar. E, depois,
comecei a rezar, entre gemidos: 2 "Senhor, tu és
justo, e justas são todas as tuas obras. Todos os
teus caminhos são misericórdia e verdade e és
tu quem julga o mundo. 3 Agora, Senhor,
lembra-te de mim, olha para mim, e não me
castigues por causa de meus pecados, de
minhas transgressões ou de meus pais, que
pecaram diante de ti. 4 Porque não obedecemos
aos teus preceitos, entregaste-nos à pilhagem,
ao cativeiro e à morte, e fizeste de nós assunto
de provérbios, alvo de zombaria e de injúria em
todas as nações, entre as quais nos dispersaste. 5 Agora, porém, vejo que são verdadeiros
os teus numerosos julgamentos, quando me
tratas segundo os meus pecados e os pecados
de meus pais, pois não cumprimos teus
mandamentos nem caminhamos na verdade
diante de ti. 6 Trata-me, pois, como te aprouver.
Ordena que seja retomado de mim o meu
espírito, para que eu desapareça da face da
terra e me transforme em terra. Para mim é
melhor morrer do que viver, pois tenho ouvido
injúrias caluniosas e sinto em mim profunda
tristeza. Senhor, ordena que eu seja libertado
desta angústia. Deixa-me ir para a morada
eterna e não afastes, Senhor, de mim a tua face.
Para mim é preferível morrer a ver tão grande
angústia em minha vida, ouvindo ainda tais
injúrias". 7 Naquele mesmo dia, Sara, filha de
Salmo responsorial - Sl 24
R. A vós, Senhor, eu elevo a minha
alma.
1. Senhor meu Deus a vós elevo a minha
alma, em vós confio: que eu não seja
envergonhado nem triunfem sobre mim os
inimigos! Não se envergonha quem em vós põe
a esperança, mas sim, quem nega por um nada
a sua fé. R.
2. Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos. Fazei-me conhecer a vossa estrada!
Vossa verdade me oriente e me conduza,
porque sois o Deus da minha salvação, em vós
espero, ó Senhor, todos os dias! R.
3. Recordai, Senhor meu Deus, vossa
ternura e a vossa compaixão que são eternas!
De mim lembrai-vos, porque sois misericórdia
e sois bondade sem limites, ó Senhor! R.
4. O Senhor é piedade e retidão, e reconduz ao bom caminho os pecadores. Ele dirige
os humildes na justiça, e aos pobres ele ensina
o seu caminho. R.
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Eu sou a ressurreição eu sou a vida,
quem crê em mim, ainda que morra, viverá. R.
Evangelho - Mc 12,18-27
Mais uma armadilha para apanhar Jesus em
contradição. Mas Jesus se serve da armadilha
para revelar nosso destino final – a ressurreição, i.é, a vida plena em Deus – e o sentido
da sexualidade – servir à vida e ao amor em
nossa situação de peregrinos.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Marcos
Dia 03 de Junho - Quarta-feira S. Carlos Lwanga e Companheiros, Mártires - Memória
Ragüel, que morava em Ecbátana, na Média,
teve também que ouvir injúrias de uma das
escravas de seu pai. 8 Ela fora dada em
casamento a sete homens, mas o perverso
demônio Asmodeu havia-os matado, antes de
estarem com ela, como esposa. A escrava
disse-lhe: "És tu que sufocas teus maridos! Já
foste dada a sete homens e de nenhum até
agora tiveste proveito. 9 Por que nos espancas
por terem morrido os teus maridos? Vai-te
embora com eles e jamais vejamos filho ou
filha nascidos de ti!" 10 Naquele dia, Sara ficou
com a alma cheia de tristeza e pôs-se a chorar.
E subiu ao aposento de seu pai, no andar
superior, com a intenção de se enforcar. Mas,
pensando melhor, disse consigo mesma: "Não
quero que venham injuriar a meu pai e dizerlhe: "Tinhas uma filha muito querida e ela
enforcou-se por causa de suas desgraças".
Assim, eu faria baixar à sepultura a velhice
amargurada de meu pai. É melhor para mim, em
vez de me enforcar, pedir ao Senhor que me
faça morrer, para não mais ouvir injúrias em
minha vida". 11 A No mesmo instante, estendendo as mãos em direção à janela, fez esta
oração: "Tu és bendito, Deus de misericórdia, e
é bendito eternamente o teu nome! 16 Na mesma
hora, a prece dos dois foi ouvida perante a
glória de Deus. 17a E Rafael foi enviado para
curar a ambos. - Palavra do Senhor.
Naquele tempo: 18 Vieram ter com Jesus
alguns saduceus, os quais afirmam que não
existe ressurreição e lhe propuseram este caso:
19
"Mestre, Moisés deu-nos esta prescrição: Se
morrer o irmão de alguém, e deixar a esposa
sem filhos, o irmão desse homem deve casarse com a viúva, a fim de garantir a descendência de seu irmão". 20 Ora, havia sete irmãos:
o mais velho casou-se, e morreu sem deixar
descendência. 21 O segundo casou-se com a
viúva, e morreu sem deixar descendência. E a
mesma coisa aconteceu com o terceiro. 22 E
nenhum dos sete deixou descendência. Por
último, morreu também a mulher. 23 Na
ressurreição, quando eles ressuscitarem, de
quem será ela mulher? Por que os sete se
casaram com ela!" 24 Jesus respondeu: "Acaso,
vós não estais enganados, por não conhe11
Dia 03 de Junho - Quarta-feira S. Carlos Lwanga e Companheiros, Mártires - Memória
cerdes as Escrituras, nem o poder de Deus?
Com efeito, quando os mortos ressuscitarem,
os homens e as mulheres não se casarão, pois
serão como os anjos do céu. 26 Quanto ao fato
da ressurreição dos mortos, não lestes, no livro
de Moisés, na passagem da sarça ardente,
como Deus lhe falou: 'Eu sou o Deus de Abraão,
o Deus de Isaac e o Deus de Jacó'? 27 Ora, ele
não é Deus de mortos, mas de vivos! Vós estais
muito enganados". - Palavra da Salvação.
25
Prece dos fiéis
Na memória dos santos mártires Carlos
Lwanga e Companheiros, oremos a Deus Pai
todo-poderoso, dizendo com alegria: R. Ouvinos, Senhor.
1. Para que a Igreja, cheia do Espírito que
jorrou da Páscoa de Jesus Cristo, viva a alegria
prometida aos santos mártires, oremos,
irmãos.
2. Para que o sangue de Jesus, nosso
Senhor, nos purifique dos nossos pecados e
nos alcance a vida eterna, oremos, irmãos.
3. Para que todos os catecúmenos e fiéis
estejam prontos a sofrer pelo nome de Cristo,
como São Carlos Lwanga e seus Companheiros, oremos, irmãos.
4. Para que o sangue dos mártires, a quem
os inimigos chamavam “os homens da oração”,
O
seja semente de cristãos nas Igrejas africanas,
oremos, irmãos.
5. Para que a celebração dos santos
mártires torne agradável aos olhos do Senhor a
oblação da Eucaristia que Lhe oferecemos,
oremos, irmãos.
Deus eterno e onipotente, vinde em auxílio
da nossa fraqueza com o exemplo dos que
deram e continuam a dar, nos dias atuais, a vida
por Jesus, e fazei que o seu testemunho
glorioso aumente o vigor da nossa fé. Por
Cristo, nosso Senhor.
Oração sobre as oferendas
Nós vos apresentamos, ó Pai, nossas
oferendas e vos suplicamos humildemente:
assim como destes a vossos mártires a força de
preferir a morte ao pecado, fazei-nos
inteiramente dedicados ao serviço do vosso
altar.
Oração depois da comunhão
Participamos, ó Deus, da eucaristia, comemorando a vitória de vossos mártires; fazei que
os mesmos sacramentos que lhes deram a
força de suportar as torturas, nos tornem
constantes na fé e na caridade em meio a todas
as provações.
A Semente na Terra - Mc 12,18-27
s saduceus, descendentes de grandes famílias e latifundiários conservadores
não acreditavam – como tanta gente, ontem e hoje – na ressurreição dos
mortos.
- A ressurreição dos mortos, porém, é o centro da fé cristã. “Se não há ressurreição dos
mortos”, diz Paulo, “então Cristo também não ressuscitou; e se Cristo não ressuscitou, a nossa
pregação é vazia e também é vazia a fé que vocês têm” (1Cor 15,13-14). Tudo se mantém com a
ressurreição ou tudo desmorona sem a ressurreição!
- A ressurreição supera a pretensão e a expectativa de qualquer pessoa, pois, diante da
morte, todo mundo se vê impotente e – a não ser pela fé na promessa – não espera mais nada. A
ressurreição não se deduz de nenhuma premissa nem é induzida por qualquer pesquisa. Só
conhecida pela promessa de Deus, não pode ser produzida por nenhum esforço, mas tão
12
Dia 04 de Junho - Quinta-feira - Corpo e Sangue de Cristo - Solenidade
somente acolhida como puro dom do Seu amor.
- Estamos falando da ressurreição para a Vida, não da reanimação de um cadáver (que,
mais cedo ou mais tarde, morre de novo), que foram as ressurreições realizadas
miraculosamente por Jesus (cf. Mc 5,21ss., por exemplo). A ressurreição aqui “é a passagem
não a uma outra vida, igual à precedente, mas a uma vida outra, nova e diversa, em comunhão
com Deus, na plenitude da sua glória, da qual participa também o corpo (1Cor 15,35-58). Deus
mesmo, de fato, é a nossa vida (Dt 30,20), como o amado é a vida de quem ama” (Fausti).
- Israel não acreditou desde o início na ressurreição. A fé na ressurreição veio aos poucos,
cresceu lentamente. É um fruto maduro e tardio, cuja formulação mais elevada e precisa está em
2Mac 7: “Antes de dar o último suspiro, [o segundo filho] ainda falou [ao rei]: ‘Você, bandido,
nos tira desta vida presente, mas o rei do mundo nos fará ressuscitar para uma ressurreição eterna
de vida, a nós que agora morremos pelas leis dele’” (2Mac 7,9).
- Por isso, Jesus pode dizer que Deus “não é um Deus dos mortos, mas um Deus dos
vivos” (Mc 12,27). É uma das mais belas definições de Deus, em profunda coerência com a
experiência bíblica. Se ele é Deus de nossos pais, que já estão mortos, ou é um Deus dos mortos,
o que contradiz a fé de Israel, ou os pais já mortos devem conhecer nele uma vida além da morte.
A argumentação é inescapável. De fato, toda relação lógica cessa quando um dos termos é
derrubado. Se o autor da vida é meu e eu sou dele – e a morte existe! – não pode não existir a
ressurreição dos mortos. O conteúdo do raciocínio é dado pela experiência do amor de Deus e da
sua fidelidade, que, por sua vez, são dons do Espírito: o Espírito atesta que somos filhos e,
portanto, herdeiros de Deus, herdeiros da sua vida (cf. Rm 8,16ss.).
O Minuto do Concílio
“O todo e cada uma das partes se beneficiam com a recíproca comunicação de todos e
aspirando na unidade à plenitude.” (Lumen gentium 13)
Santos do dia: Clotilde (474 – 545). Hildeburga (+ 1115). Morando (+ 1115). João Grande
Roman (1546- 1600). Carlos Lwanga e Companheiros (1865 – 1886). Vital Grandin (1829 – 1902).
João XXIII (1881 – 1963).
Testemunhas do Reino: Juan de Zumárraga (1548, México).
Datas comemorativas: Morte do papa João XXIII (1963), o Papa do Vaticano II. Dia do
Escrevente de Cartório. Dia Internacional do Administrador de Pessoal. Aniversário da ECO-92.
Primeira Demonstração da TV no Brasil (1939). Primeir o contato com os Ianomâmi da Venezuela
(1758).
04
QUINTA-FEIRA - CORPO E SANGUE DE CRISTO - Solenidade
(Cor branca - Ofício solene próprio)
Comentário inicial - A solenidade do
Corpo e do Sangue de Cristo é como que um
prolongamento da Quinta-Feira Santa. “Quão
solene a festa, o dia, que da santa Eucaristia nos
recorda a instituição!” diz a Sequência. Na
Quinta-Feira Santa, o acento recai sobre o clima
pascal, o mandamento do amor, o lava-pés, a
13
Dia 04 de Junho - Quinta-feira - Corpo e Sangue de Cristo - Solenidade
ordem de Jesus de repetir seus gestos em
memória dele. Hoje, o acento é a presença
permanente de Jesus no meio de nós, sua
presença sacramental na Eucaristia, a reserva
eucarística para as pessoas impossibilitadas de
participar da missa com a comunidade. Como
diz a Sequência, atribuída a Santo Tomás de
Aquino: “Hoje a Igreja te convida: ao pão vivo
que dá vida, vem com ela celebrar!”
Antífona da entrada
O Senhor alimentou seu povo com a flor do
trio e com o mel do rochedo o saciou.
Oração do dia
Senhor Jesus Cristo, neste admirável
sacramento nos deixastes o memorial da vossa
paixão. Dai-nos venerar com tão grande amor o
mistério do vosso Corpo e do vosso Sangue,
que possamos colher continuamente os frutos
da vossa redenção.
- Palavra do Senhor.
Salmo responsorial - Sl 115
R. Elevo o cálice da minha salvação,
invocando o nome santo do Senhor.
1. Que poderei retribuir ao Senhor Deus
por tudo aquilo que ele fez em meu favor? Elevo
o cálice da minha salvação, invocando o nome
santo do Senhor. R.
2. É sentida por demais pelo Senhor a
morte de seus santos, seus amigos. Eis que sou
o vosso servo, ó Senhor, que nasceu de vossa
serva; mas me quebrastes os grilhões da
escravidão! R.
3. Por isso oferto um sacrifício de louvor,
invocando o nome santo do Senhor. Vou cumprir minhas promessas ao Senhor na presença
de seu povo reunido. R.
Leitura - Hb 9,11-15
Leitura da Carta aos Hebreus
Leitura - Ex 24,3-8
Leitura do Livro do Êxodo
Naqueles dias: 3 Moisés veio e transmitiu ao
povo todas as palavras do Senhor e todos os
decretos. O povo respondeu em coro: "Faremos
tudo o que o Senhor nos disse". 4 Então Moisés
escreveu todas as palavras do Senhor.
Levantando-se na manhã seguinte, ergueu ao
pé da montanha um altar e doze marcos de
pedra pelas doze tribos de Israel. 5 Em seguida,
mandou alguns jovens israelitas oferecer
holocaustos e imolar novilhos como sacrifícios
pacíficos ao Senhor. 6 Moisés tomou metade do
sangue e o pôs em vasilhas, e derramou a outra
metade sobre o altar. 7 Tomou depois o livro da
aliança e o leu em voz alta ao povo, que
respondeu: "Faremos tudo o que o Senhor disse
e lhe obedeceremos". 8 Moisés, então, com o
sangue separado, aspergiu o povo, dizendo:
"Este é o sangue da aliança, que o Senhor fez
convosco, segundo todas estas palavras".
14
Irmãos: 11 Cristo veio como sumo-sacerdote
dos bens futuros. Através de uma tenda maior e
mais perfeita, que não é obra de mãos
humanas, sto é, que não faz parte desta criação,
12
e não com o sangue de bodes e bezerros, mas
com o seu próprio sangue, ele entrou no
Santuário uma vez por todas, obtendo uma
redenção eterna. 13 De fato, se o sangue de
bodes e touros, e a cinza de novilhas espalhada
sobre os seres impuros os santifica e realiza a
pureza ritual dos corpos, 14 quanto mais o
Sangue de Cristo, purificará a nossa consciência das obras mortas, para servirmos ao Deus
vivo, pois, em virtude do espírito eterno, Cristo
se ofereceu a si mesmo a Deus como vítima
sem mancha. 15 Por isso, ele é mediador de uma
nova aliança. Pela sua morte, ele reparou as
transgressões cometidas no decorrer da
primeira aliança. E, assim, aqueles que são
chamados recebem a promessa da herança
eterna. - Palavra do Senhor.
Terra, exulta de alegria,
louva teu pastor e guia
com teus hinos, tua voz!
Tanto possas, tanto ouses,
em louvá-lo não repouses:
sempre excede o teu louvor!
Hoje a Igreja te convida:
ao pão vivo que dá vida
vem com ela celebrar!
Este pão-que o mundo o creia!
por Jesus na santa ceia,
foi entregue aos que escolheu.
Nosso júbilo cantemos,
nosso amor manifestemos,
pois transborda o coração!
Quão solene a festa, o dia,
que da santa Eucaristia
nos recorda a instituição!
Novo Rei e nova mesa,
nova Páscoa e realeza,
foi-se a Páscoa dos judeus.
Era sombra o antigo povo,
o que é velho cede ao novo:
foge a noite, chega a luz.
O que o Cristo faz na ceia,
manda à Igreja que o rodeia
repeti-lo até voltar.
Seu preceito conhecemos:
pão e vinho consagremos
para nossa salvação.
Faz-se carne o pão de trigo,
faz-se sangue o vinho amigo:
deve o crer todo cristão.
Se não vês nem compreendes,
gosto e vista tu transcendes,
elevado pela fé.
Pão e vinho, eis o que vemos;
mas ao Cristo é que nós temos
em tão ínfimos sinais...
Alimento verdadeiro,
permanece o Cristo inteiro
quer no vinho, quer no pão.
É por todos recebido,
não em parte ou dividido,
pois inteiro é que se dá!
Um ou mil comungam dele,
tanto este quanto aquele:
multiplica-se o Senhor.
Dá-se ao bom como ao perverso,
mas o efeito é bem diverso:
vida e morte traz em si...
Dia 04 de Junho - Quinta-feira - Corpo e Sangue de Cristo - Solenidade
Sequência
Pensa bem: igual comida,
se ao que é bom enche de vida,
traz a morte para o mau.
Eis a hóstia dividida...
Quem hesita, quem duvida?
Como é toda o autor da vida,
a partícula também.
Jesus não é atingido:
o sinal é que é partido;
mas não é diminuído,
nem se muda o que contém.
Eis o pão que os anjos comem
transformado em pão do homem;
só os filhos o consomem:
não será lançado aos cães!
Em sinais prefigurado,
por Abraão foi imolado,
no cordeiro aos pais foi dado,
no deserto, foi maná...
15
Dia 04 de Junho - Quinta-feira - Corpo e Sangue de Cristo - Solenidade
Bom pastor, pão de verdade,
piedade, ó Jesus piedade,
conservai-nos na unidade,
extingui nossa orfandade,
transportai-nos para o Pai!
Aos mortais dando comida,
dais também o pão da vida;
que a família assim nutrida
seja um dia reunida
aos convivas lá do céu!
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia
V. Eu sou o pão vivo descido do céu.
Quem comer deste pão viverá eternamente. R.
Prece dos fiéis
Evangelho - Mc 14,12-16.22-26
A Última Ceia de Jesus com seus discípulos
foi celebrada em clima pascal. Clima de vida e
liberdade. Pão e vinho mexem com os
sentimentos e valores mais arraigados no ser
humano. Vida e vitalidade. Tornam-se símbolo
e, no símbolo, presença da vida entrega de
Jesus a Deus e aos irmãos. Antecipa-se à mesa
do Cenáculo o que se realizará no lenho da
Cruz. Como se sinalizava, nas refeições de
Jesus com os pobres e pecadores, a infinita e
gratuita misericórdia de Deus.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Marcos
12
No primeiro dia dos Ázimos, quando se
imolava o cordeiro pascal, os discípulos disseram a Jesus: "Onde queres que façamos os
preparativos para comeres a Páscoa?" 13 Jesus
enviou então dois dos seus discípulos e lhes
disse: "Ide à cidade. Um homem carregando
um jarro de água virá ao vosso encontro. Seguio 14 e dizei ao dono da casa em que ele entrar: 'O
Mestre manda dizer: onde está a sala em que
vou comer a Páscoa com os meus discípulos?'
15
Então ele vos mostrará, no andar de cima,
16
uma grande sala, arrumada com almofadas. Ali
fareis os preparativos para nós!" 16 Os discípulos
saíram e foram à cidade. Encontraram tudo
como Jesus havia dito, e prepararam a Páscoa.
22
Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e,
tendo pronunciado a bênção, partiu-o e
entregou-lhes, dizendo: "Tomai, isto é o meu
corpo". 23 Em seguida, tomou o cálice, deu
graças, entregou-lhes e todos beberam dele.
24
Jesus lhes disse: "Isto é o meu sangue, o
sangue da aliança, que é derramado em favor
de muitos. 25 Em verdade vos digo, não beberei
mais do fruto da videira, até o dia em que
beberei o vinho novo no Reino de Deus".
26
Depois de terem cantado o hino, foram para o
monte das Oliveiras. - Palavra da Salvação.
Elevemos a nossa oração a Jesus Cristo,
que, antes de se entregar pelos homens e
mulheres, seus irmãos e irmãs, celebrou com
os discípulos a Ceia pascal, e digamos:
R. Cristo, pão do Céu, dai-nos a Vida.
1. Pelas Igrejas do mundo inteiro, para que
sejam congregadas na unidade da mesma fé
em torno do Corpo e do Sangue de Cristo,
rezemos ao Senhor,
2. Pelo papa Francisco, pelos bispos,
presbíteros e diáconos, para que façam, em
memória de Jesus, o que Ele mandou ao
celebrar a sua última Ceia, rezemos ao Senhor
3. Pelos homens e mulheres de todos os
povos e nações, para que o Sangue derramado
na cruz os purifique das obras mortas do
pecado, rezemos ao Senhor
4. Pelos pobres, pelos doentes e aflitos,
para que haja quem os defenda e socorra e lhes
recorde que só em Deus se encontra a paz,
rezemos ao Senhor
5. Por todos nós aqui reunidos em assembleia, para que a celebração da Eucaristia do
Senhor nos dê a esperança de contemplá-Lo na
eternidade, rezemos ao Senhor
Oração sobre as oferendas
Concedei, ó Deus, à vossa Igreja os dons da
unidade e da paz, simbolizados pelo pão e o
vinho que oferecemos na sagrada Eucaristia.
Prefácio da Santíssima Eucaristia, II
Os frutos da Santíssima Eucaristia
que a memória da Cruz salvadora permanecesse para sempre, ele se ofereceu a vós como
cordeiro sem mancha e foi aceito como
sacrifício de perfeito louvor. Pela comunhão
neste sublime sacramento, a todos nutris e
santificais. Fazes de todos um só coração,
iluminais os povos com a luz da mesma fé e
congregais os cristãos na mesma caridade.
Aproximamo-nos da mesa de tão grande
mistério, para encontrar por vossa graça a
garantia da vida eterna. Por essa razão, com os
anjos e todos os santos, entoamos um cântico
novo para proclamar a vossa bondade, cantando (dizendo) a uma só voz:
Oração depois da comunhão
Na verdade, é justo e necessário, é nosso
dever e salvação dar-vos graças, sempre em
todo o lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e
todo-poderoso, por Cristo Senhor nosso.
Reunido com os Apóstolos na última Ceia, para
O
Dai-nos, Senhor Jesus, possuir o gozo
eterno da vossa divindade, que já começamos a
saborear na terra, pela comunhão do vosso
Corpo e do vosso Sangue.
A Semente na Terra - Mc 14,12-16.22-26
Dia 04 de Junho - Quinta-feira - Corpo e Sangue de Cristo - Solenidade
Senhor Jesus Cristo, que alimentais continuamente a vossa Igreja com o mistério do
vosso Corpo e Sangue, concedei-lhe a graça de
encontrar a verdadeira alegria na riqueza infinita
dos vossos dons. Vós que sois Deus com o Pai
na unidade do Espírito Santo.
Evangelho de hoje tem duas partes. Na primeira, conta a preparação da Páscoa (vv. 1216); na segunda, a celebração da ceia (vv. 22-26).
- Segundo Marcos, é quinta-feira, véspera de Páscoa, dia da preparação. De fato, o verbo
“preparar” aparece quatro vezes.
- O Evangelho de Marcos, como se sabe, é uma longa introdução à narração da morte e da
ressurreição de Jesus, que, sozinha, ocupa ¼ do total do Evangelho.
- Tem-se a impressão que o Evangelho queira nos conduzir a este lugar – “Onde é a sala
(lugar de repouso) em que eu e os meus discípulos vamos comer a Páscoa?” – onde se celebra a
Eucaristia.
- O Evangelho de hoje sugere cinco passos para nos prepararmos para a Ceia do Senhor.
- A Páscoa hebraica. Precisamos conhecer a Páscoa hebraica para compreender a Ceia
cristã, pois esta, celebrada no clima daquela, a substitui literalmente.
- O cordeiro imolado. A nossa libertação custou caro: custou o preço do Cordeiro de Deus,
o Cristo Jesus (cf. 1Cor 6,20; 7,23; 5,7).
- A consciência de Jesus. Jesus não foi surpreendido de repente pela perspectiva da
morte. Muito cedo, ele a viu no horizonte de sua trajetória e a assumiu como vida doada em nosso
favor.
- A vontade de Jesus. Jesus não simplesmente sofre os acontecimentos, mas livremente
os assume. A morte na cruz não é simplesmente uma tragédia que se abate sobre ele, mas o fruto
maduro de sua vida de Filho vivida pelo Pai e pelos irmãos, em favor dos quais ele dá a vida.
17
Dia 05 de Junho - Sexta-feira São Bonifácio, Bispo, Mártir - Memória
- A sala de cima. O discípulo deve procurar o andar de cima. O homem com o jarro de água
simboliza o “introdutor” que conduz o catecúmeno ao batismo e à mesa da eucaristia, onde
Jesus celebra a sua Páscoa. Tema atual nestes tempos de redescoberta da necessidade da
Iniciação Cristã!
- A Eucaristia – que Jesus institui em contexto pascal – é a Ceia do Cordeiro, o banquete
em que Ele se faz nosso alimento, a memória da sua vida entregue por nós, a bebida do seu
Espírito, as primícias da glória eterna.
- Da Última Ceia nasceram a Eucaristia – a mesa do Pão – e o Evangelho – a mesa da
Palavra. Os vv. 22-26 são, de fato, o núcleo genético da Missa e do Novo Testamento.
- A Eucaristia põe no coração (= re-cordar), isto é, no centro da nossa pessoa, o dom que
Jesus faz de si, para assumi-lo e deixar que ele nos assimile a si. Só assim alimentamos sempre
de novo o que já somos pela fé e pelo batismo.
O Minuto do Concílio
“Somente Cristo é o mediador e o caminho da salvação.” (Lumen gentium 14)
Santos do dia: Quirino de Siscia (Sisak) (+ 308 ou 309). Saturnina de Arras (+ VII século).
Pacífico de Ceredano (1420 – 1482). Francisco de Caracciolo (1563 – 1608).
Testemunhas do Reino: José Maria Gran e Domingo Batz (Guatemala, 1980).
Datas comemorativas: Dia Internacional das Crianças Inocentes Vítimas de Agressões. O
ouvidor Fernando Santillán informa sobre os massacres dos índios no Chile (1559). Primeira Bíblia
Impressa na América (1743).
05
SEXTA-FEIRA SÃO BONIFÁCIO, Bispo, Mártir - Memória
(Cor vermelha - Ofício da memória)
Bonifácio nasceu em Devon, no sul da
Inglaterra, por volta do ano de 673. No batismo,
recebeu o nome de Winfrid, de origem alemã,
que significa “alegria e paz, portador da alegria
e da paz”. Ingressou, cheio de entusiasmo, na
Ordem dos Beneditinos, tornou-se padre e, não
muito tempo depois, diretor da escola do
mosteiro em Nursling. Em Bonifácio chamavam
a atenção algumas qualidades: sua capacidade
de planejamento e organização, seu dom para a
música e seu estro poético. O Papa Gregório II
(715-731) enviou-o, no ano de 719, para
evangelizar os germanos e as populações
fronteiriças a leste do Reno. É aí que o nosso
18
santo recebeu o nome de “Bonifacius” (=
aquele que faz o bem; benfeitor). Em 738, é
feito legado (= representante) germânico da
Sé Apostólica. Em 747, assume a diocese de
Mainz. Com 52 companheiros, entre Dokkum e
Niederlande, Bonifácio foi brutalmente executado no Rio Borne (na atual Holanda). Seu
corpo repousa na cripta da catedral de Fulda,
onde se podem ver sua Bíblia e a espada que o
matou.
Antífona da entrada
Eis uma verdadeira testemunha, que
derramou seu sangue pelo Cristo. Não temeu
Oração do dia
Interceda por nós, ó Deus, o mártir são
Bonifácio, para que guardemos fielmente e
proclamemos em nossas obras a fé que ele
ensinou com a sua palavra e testemunhou com
o seu sangue.
Leitura - Tb 11,5-17
Leitura do Livro de Tobias
Naqueles dias: 5 Ana estava sentada,
observando atentamente o caminho por onde
devia chegar seu filho. 6 Percebeu que ele se
aproximava e disse ao pai: "Teu filho está
chegando, e com ele o homem que o acompanhou". 7 Antes que Tobias se aproximasse do
pai, Rafael lhe disse: "Estou certo de que seus
olhos se abrirão. 8 Aplica-lhe nos olhos o fel do
peixe. O remédio fará que as manchas brancas
se contraiam e se desprendam de seus olhos.
Teu pai vai recuperar a vista e enxergará a luz".
9
Ana correu, atirou-se ao pescoço do filho e
disse: "Voltei a ver-te, meu filho, agora posso
morrer!" E chorou. 10 Tobit levantou-se e,
tropeçando, atravessou a porta do pátio.
11
Tobias foi ao seu encontro, tendo na mão o fel
do peixe. Soprou-lhe nos olhos e, segurandoo, disse: "Confiança, pai!" Derramou o remédio
e esfregou-o. 12 Depois, com ambas as mãos,
tirou-lhe as películas dos cantos dos olhos.
13
Então Tobit caiu-lhe ao pescoço, chorando e
dizendo: "Eu te vejo, meu filho, luz de meus
olhos!" 14 E acrescentou: "Bendito seja Deus!
Bendito seja o seu grande nome! Benditos
sejam todos os seus santos anjos por todos os
séculos! 15 Porque, se ele me castigou, agora
vejo o meu filho Tobias!" A seguir, Tobit entrou
com Ana em sua casa, louvando e bendizendo a
Deus em alta voz, por tudo o que lhes tinha
acontecido. E Tobias contou ao pai como tinha
sido boa a viagem deles, por obra do Senhor
Deus, como haviam trazido o dinheiro e como
se tinha casado com Sara, filha de Ragüel.
Aliás, ela já se aproximava das portas de Nínive.
16
Tobit e Ana alegraram-se muito e saíram ao
encontro da nora, às portas da cidade. Vendo-o
andar a passos largos e com toda a firmeza,
sem que ninguém o conduzisse pela mão, os
ninivitas se admiraram. 17 E diante deles Tobit
louvava e bendizia a Deus em alta voz, por ter
sido misericordioso para com ele e por lhe ter
aberto os olhos. E, aproximando-se de Sara,
mulher de seu filho Tobias, abençoou-a e disse:
"Bem-vinda sejas, minha filha! E bendito seja o
teu Deus, filha, que te trouxe para junto de nós!
Abençoado seja o teu pai, abençoado o meu
filho Tobias e abençoada sejas tu, minha filha!
Entra em tua casa com saúde, a ti bênção e
alegria! Entra, minha filha!" E naquele dia foi
grande o contentamento entre todos os judeus
que se encontravam em Nínive. - Palavra do
Senhor.
Dia 05 de Junho - Sexta-feira São Bonifácio, Bispo, Mártir - Memória
as ameaças dos juízes e conquistou o reino do
céu.
Salmo responsorial - Sl 145
R. Bendize, ó minha alma, ao Senhor!
1. Bendirei ao Senhor toda a vida, cantarei
ao meu Deus sem cessar! R.
2. O Senhor é fiel para sempre, faz justiça aos que são oprimidos; ele dá alimento
aos famintos, é o Senhor quem liberta os
cativos. R.
3. O Senhor abre os olhos aos cegos o
Senhor faz erguer-se o caído; o Senhor ama
aquele que é justo É o Senhor quem protege o
estrangeiro. R.
4. Ele ampara a viúva e o órfão mas
confunde os caminhos dos maus. O Senhor
reinará para sempre! Ó Sião, o teu Deus reinará
para sempre e por todos os séculos! R.
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Quem me ama, realmente, guardará
minha palavra e meu Pai o amará e a ele nós
19
Dia 05 de Junho - Sexta-feira São Bonifácio, Bispo, Mártir - Memória
viremos. R.
Evangelho - Mc 12,35-37
A revelação da identidade profunda de
Jesus serve-se do Antigo Testamento, mas vai
muito além. Deus é diferente das melhores
ideias que temos dele, e o seu Messias nos
desconcerta com suas atitudes, palavras e
sinais. Quem poderia suspeitar que o Pai nos
mandaria seu próprio Filho como seu Messias e
nosso Salvador?
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Marcos
Naquele tempo, 35 Jesus ensinava no
Templo, dizendo: "Como é que os mestres da
Lei dizem que o Messias é Filho de Davi? 36 O
próprio Davi, movido pelo Espírito Santo, falou:
'Disse o Senhor ao meu Senhor: senta-te à
minha direita, até que eu ponha teus inimigos
debaixo dos teus pés'. 37 Portanto, o próprio
Davi chama o Messias de Senhor. Como é que
ele pode então ser seu filho?" E uma grande
multidão o escutava com prazer. - Palavra da
Salvação.
Prece dos fiéis
Oremos ao Bom Pastor, para que dê à sua
Igreja pastores como São Bonifácio, Apóstolo
da Alemanha, que deixou a sua terra para levar o
Evangelho a outros povos, e digamos, com toda
a confiança: R. Guiai-nos, Senhor, no
caminho da vida.
1. Pela Igreja una, santa e apostólica, para
que Deus a proteja com o auxílio de São
Bonifácio, apóstolo itinerante e incansável,
A
oremos, irmãos.
2. Pelo papa Francisco e por todos os
pastores, para que evangelizem os cristãos com
a palavra divina e os fortaleçam com o
testemunho das suas vidas, oremos, irmãos.
3. Por todos os catecúmenos e fiéis e pelos
responsáveis de pastorais, grupos e comunidades, para que progridam sem cessar no
caminho da salvação, oremos, irmãos.
4. Pelos missionários, religiosos e irmãos
leigos, que trabalham, como São Bonifácio, nos
países de missão, para que evangelizem pela
palavra e pelo testemunho e sejam modelos do
rebanho que lhes foi confiado, oremos, irmãos.
5. Pelos membros desta assembleia, para
que sigam a Cristo, Bom Pastor, escutem a sua
voz e imitem São Bonifácio em seu ardor
missionário, oremos, irmãos.
Deus de misericórdia, ouvi com bondade os
vossos servos e servas, e, por intercessão de
São Bonifácio, concedei-lhes as graças que
Vos pedem. Por Cristo, nosso Senhor.
Oração sobre as oferendas
Confiados, ó Deus, no vosso amor de pai,
acorremos ao altar com nossas oferendas; dainos, por vossa graça, ser purificados pela
Eucaristia que celebramos.
Oração depois da comunhão
Ó Deus, governai pelo vosso Espírito aos
que nutris com o Corpo e o Sangue do vosso
Filho. Dai-nos proclamar nossa fé não somente
em palavras, mas também na verdade de
nossas ações, para que mereçamos entrar no
reino dos céus.
A Semente na Terra - Mc 12,35-37
primeira parte do Evangelho de Marcos culmina na pergunta: “Mas vocês, quem dizem
que eu sou?” (Mc 8,29). Depois das respostas que circulavam no meio da multidão,
veio a resposta de Pedro: “Tu és o Messias” (Mc 8,29), o filho de Davi. A segunda parte
20
Dia 05 de Junho - Sexta-feira São Bonifácio, Bispo, Mártir - Memória
do Evangelho culmina em outra pergunta de Jesus, na qual se sugere ser ele não só o Messias,
mas o próprio Senhor, não o prometido, mas o próprio prometedor, superior a toda expectativa.
- Essa única pergunta de Jesus encerra todas as disputas. Não há também senão uma
resposta possível, que os contemporâneos e os leitores atuais podem dar ou calar: o dom da
viúva, que dá a vida (passagem seguinte); o que falta ao doutor da Lei para entrar no Reino
(passagem anterior).
- Jesus pergunta como é possível que o Messias seja filho de Davi, se Davi o chama de
Senhor.
- Jesus, de fato, é o messias prometido a Davi como seu descendente (cf. 2Sm 7). Pedro o
reconheceu (cf. Mc 8,29). E isso é verdadeiro – tanto assim que Cristo (= messias em grego) se
tornou uma espécie de sobrenome de Jesus – mas é parcial no conteúdo e na configuração
concreta. O cego também o chama de messias, mas ainda não vê (cf. Mc 10,46ss.).
- Os circunstantes se esquecem de que “Davi, movido pelo Espírito Santo, disse...”. Deus,
na verdade, inspirou os profetas e os autores dos livros justamente chamados “inspirados”.
Agora, ele inspira o coração de quem lê e ouve a sua palavra, para que O reconheça. Só o Espírito
pode nos fazer reconhecer o Senhor (cf. 1Cor 12,3). (A palavra de Davi é citada do Salmo 110,
lido, na Igreja primitiva, em sentido messiânico: cf. 1Cor 15,25; At 2,34ss.; Hb 1,13).
- “O Senhor disse”. O Senhor, aqui, é Deus, o único Senhor.
- “Ao meu Senhor”. O Senhor, aqui, é o messias descendente de Davi, que ele reconhece
como seu Senhor.
- “Sente-se à minha direita”. O messias tem propriedades divinas: sentar-se à direita de
Deus é ter o poder de Deus.
- “Até que eu ponha os meus inimigos...”. Indica a vitória do Senhor sobre seus inimigos.
O último inimigo – a morte – será vencido pela ressurreição (cf. 1Cor 15,25ss.).
- “Davi mesmo chama o messias de Senhor”. Aqui está o nó da questão: se Davi chama
seu descendente de Senhor, quer dizer que este é mais que filho. Então? Davi profetizou na força
do Espírito: o descendente é o Senhor!
- Jesus o dirá claramente diante do Sinédrio (cf. Mc 14,61) e o centurião, aos pés da cruz,
o compreenderá (cf. Mc 15,39).
O Minuto do Concílio
“Não se salva, porém, ainda que incorporado à Igreja, quem, não perseverando na
caridade, permanece no seio da Igreja com o “corpo”, mas não com o “coração”.”
(Lumen gentium 14)
Santos do dia: Adalar (ou Adelar) (+ 754). Bonifácio (672/3 –754). Eoban (+ 754).
Meinwerk (970 – 1036). Fernando der Standhafte [o constante, o firme] (1402 – 1443).
Testemunhas do Reino: Augustín Ramírez e Javier Sotelo (Argentina, 1988).
Datas comemorativas: Dia Internacional do Cacau. Dia Mundial da Ecologia e do Meio
Ambiente. Descobrimento do Primeiro Caso de AIDS (Califórnia, EUA) (1981). Execução do
cacique Tanamaco (Venezuela, 1573).
21
Dia 06 de Junho - Sábado da 9ª Semana do Tempo Comum
06
SÁBADO DA 9ª SEMANA DO TEMPO COMUM
(Cor verde - Ofício do dia)
Antífona da entrada
Olhai para mim, Senhor, e tende piedade, pois vivo sozinho e infeliz. Vede minha
miséria e minha dor e perdoai todos os meus
pecados.
Oração do dia
Ó Deus, cuja providência jamais falha, nós
vos suplicamos humildemente: afastai de nós o
que é nocivo, e concedei-nos tudo o que for
útil.
Leitura - Tb 12,1.5-15.20
Leitura do Livro de Tobias
Naqueles dias, 1 Tobit chamou Tobias, seu
filho, e disse-lhe: "Filho, paguemos o salário ao
homem que viajou contigo, acrescentando uma
gratificação". 5 Tobias chamou, pois, o anjo e
disse-lhe: "Recebe como salário a metade de
tudo o que trouxeste ao voltar, e vai em paz".
6
Então Rafael chamou os dois à parte e disselhes: "Bendizei a Deus e dai-lhe graças, diante
de todos os viventes, pelos benefícios que vos
concedeu. Bendizei e cantai o seu nome.
Manifestai a todos os homens as obras de
Deus, como é justo, e não hesiteis em
expressar-lhe o vosso reconhecimento. 7 Se é
bom guardar o segredo do rei, é justo revelar e
publicar as obras de Deus. Fazei o bem, e o mal
não vos atingirá. 8 É valiosa a oração com o
jejum, e a esmola com a justiça. Melhor é
pouco com justiça, do que muito com
iniquidade. Melhor é dar esmolas, do que
acumular tesouros. 9 A esmola livra da morte e
purifica de todo pecado. Os que dão esmola
serão saciados de vida. 10 Aqueles, porém, que
cometem o pecado e a injustiça, são inimigos
de si mesmos. 11 E agora vos manifestarei toda a
22
verdade, sem vos ocultar coisa alguma. Já vos
declarei e disse: "É bom guardar o segredo do
rei, mas as obras de Deus devem ser reveladas,
com a glória devida". 12 Pois bem, quando tu e
Sara fazíeis oração, eu apresentava o memorial
da vossa prece diante da glória do Senhor. E
fazia o mesmo quando tu, Tobit, enterravas os
mortos. 13 Quando não hesitaste em levantar-te
da mesa, deixando a refeição e saindo para
sepultar um morto, fui enviado a ti para te pôr à
prova. 14 Mas Deus enviou-me, também, para te
curar a ti e a Sara, tua nora. 15 Eu sou Rafael, um
dos sete anjos que permanecem diante da
glória do Senhor e têm acesso à sua presença".
20
Agora, bendizei o Senhor sobre a terra e dai
graças a Deus. Eis que subo para junto de quem
me enviou. Escrevi tudo o que vos aconteceu".
E o anjo desapareceu. - Palavra do Senhor.
Salmo responsorial - Tb 13,2
R. Bendito seja Deus, que vive eternamente!
1. Porque vós castigais e salvais, fazeis
descer aos abismos da terra, e de lá nos
trazeis novamente: de vossa mão nada pode
escapar. R.
2. Compreendei o que fez para nós, dailhe graças, com todo o respeito! Vossas obras
celebrem a Deus e exaltem o Rei sempiterno! R.
3. Eu desejo, de toda a minh'alma alegrarme em Deus, Rei dos céus. R.
4. Bendizei o Senhor, seus eleitos, fazei
festa e alegres louvai-o! R.
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Felizes os humildes de espírito, porque
deles é o Reino dos Céus. R.
Os ricos, de um lado; a viúva, de outro. As
ofertas vultosas dos ricos; a oferta insignificante
da viúva. O barulho dos ricos; o silêncio da
mulher. Mas Jesus fala pela mulher: enquanto
os ricos davam do que lhes sobrava, ela deu
tudo o que tinha. A pobre viúva é o Evangelho
vivo. Por seu gesto, ela não fala, grita!
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Marcos
Naquele tempo, 38 Jesus dizia, no seu
ensinamento, à multidão: "Tomai cuidado com
os doutores da Lei! Eles gostam de andar com
roupas vistosas, de ser cumprimentados nas
praças públicas; 39 gostam das primeiras
cadeiras nas sinagogas e dos melhores lugares
nos banquetes. 40 Eles devoram as casas das
viúvas, fingindo fazer longas orações. Por isso
eles receberão a pior condenação". 41 Jesus
estava sentado no Templo, diante do cofre das
esmolas, e observava como a multidão
depositava suas moedas no cofre. Muitos ricos
depositavam grandes quantias. 42 Então chegou
uma pobre viúva que deu duas pequenas
moedas, que não valiam quase nada. 43 Jesus
chamou os discípulos e disse: "Em verdade vos
digo, esta pobre viúva deu mais do que todos os
outros que ofereceram esmolas. 44 Todos deram
do que tinham de sobra, enquanto ela, na sua
pobreza, ofereceu tudo aquilo que possuía para
viver". - Palavra da Salvação.
social da Igreja, para que sirvam os mais
humildes e rejeitados de forma simples,
humana e evangélica, rezemos.
2. Por todos aqueles que têm postos de
chefia, para que não busquem elogios nem
aplausos, mas trabalhem pelas necessidades
das pessoas, rezemos.
3. Por todos aqueles que escutam o
Evangelho, para que o gesto da viúva apontado
como modelo por Jesus louva lhes recorde que
Deus não vê segundo os nossos critérios,
rezemos.
4. Pelos que invocam os seus Anjos
protetores, para que louvem a Deus e
glorifiquem o seu nome pelos dons que Dele
recebem sem o saberem, rezemos.
5. Por todos nós aqui presentes em
assembleia, para que a oferenda da nossa
oração e de nossa vida segundo o Evangelho
seja apresentada pelos Anjos diante de Deus,
rezemos.
Dia 06 de Junho - Sábado da 9ª Semana do Tempo Comum
Evangelho - Mc 12,38-44
Senhor Deus, que conheceis toda a verdade
e não apenas o exterior dos nossos gestos,
ensinai-nos a ver como Vós vedes. Por Cristo,
nosso Senhor.
Oração sobre as oferendas
Confiados, ó Deus, no vosso amor de pai,
acorremos ao altar com nossas oferendas; dainos, por vossa graça, ser purificados pela
Eucaristia que celebramos.
Oração depois da comunhão
Prece dos fiéis
Deus não se deixa enganar pelas aparências, mas a doação confiante tem a seus olhos
grande valor. Peçamos-Lhe que nos faça
generosos: R. Ouvi-nos, Senhor.
Ó Deus, governai pelo vosso Espírito aos
que nutris com o Corpo e o Sangue do vosso
Filho. Dai-nos proclamar nossa fé não somente
em palavras, mas também na verdade de
nossas ações, para que mereçamos entrar no
reino dos céus.
1. Pelas instituições de solidariedade
23
Dia 06 de Junho - Sábado da 9ª Semana do Tempo Comum
SÃO NORBERTO, Bispo
MEMÓRIA FACULTATIVA (Cor branca - Ofício da memória)
(Missa: bispos - MR, 754, ou santos [religiosos] - MR, 777)
Oração do dia
Ó Deus, que fizestes do bispo São Norberto
fiel ministro da vossa Igreja pela oração e zelo
O
pastoral, concedei por suas preces que o vosso
povo encontre sempre pastores segundo o
vosso coração, que o alimentam para a vida
eterna.
A Semente na Terra - Mc 12,38-44
Evangelho de hoje é como um díptico: um conjunto (de pintura) formado por dois
quadros, um referido ao outro. Os quadros são, de um lado, o comportamento dos
fariseus (cf. Mc 12,38-41); do outro, a atitude da viúva (cf. Mc 12,42-44). A mensagem é
clara: é preciso tomar cuidado com os doutores da Lei – falsos mestres que admiramos, porque,
no fundo, os cultivamos dentro de nós – e imitar a viúva, mestra verdadeira da qual desviamos o
olhar.
- Os doutores da Lei amam a si mesmos acima de todas as coisas e servem-se de tudo e de
todos – inclusive de Deus – para ocupar os primeiros lugares. São idólatras de si mesmos. São o
melhor exemplo do pecado fundamental que se apodera do coração humano: o protagonismo de
si mesmo, que coloca o próprio eu no lugar de Deus.
- A pobre viúva é exatamente a imagem contrária: pobre, humilde, sozinha, longe dos
refletores. Ela não dá muito – como faziam os ricos (v. 41) – mas tudo. Ela dá a sua
sobrevivência... a sua vida. É como Jesus, que se fez último e deu a própria vida para o bem de
todos. Se os doutores da Lei são a imagem de Adão no paraíso – que queria ser como Deus, como
ele (Adão) O imaginava – a viúva é a imagem de Cristo na cruz!
- A viúva de hoje, aliás, forma outro díptico: com a sogra de Pedro, curada na primeira
semana de Jesus. A sogra de Pedro, curada, pôs-se a servir; a viúva pôs toda a sua vida no
gazofilácio*.
- Se o primeiro milagre de Jesus foi a cura da sogra de Pedro (cf. Mc 1,29-31) – talvez viúva
também – a Sua última instrução é mostrar o exemplo desta viúva (cf. Mc 12,43). Ela, sim, é
mestra da Lei. Jesus a coloca na cátedra, para que – quando ele partir – ela esteja no seu lugar de
Mestre. A viúva, como a sogra de Pedro, caladas, são escribas!
- Ela dá tudo para o Templo, mesmo sem ainda saber que o templo é o próprio Jesus. Mas
Jesus vê no gesto da viúva a semelhança com o Seu gesto: caminho que salva, estrada que realiza
o ser humano, doação que dá sentido à vida.
O Minuto do Concílio
“O desígnio de salvação abraça também os que reconhecem o Criador.” (Lumen gentium 16)
Santos do dia: Filipe de Jerusalém (século I). Cerato de Grenoble (400 – 452). Cláudio de
Besançon (+ 696). Falcão (+ 1146). Gilberto de Neuffontaines (+ 1152). Norberto de Magdeburg
(1082 – 1134). Bertrando de Garriga (+ 1233). Bertrando de Aquileia (1260 – 1350). Lourenço de
Maschi (1476 – 1535).
24
Datas comemorativas: Criação do Museu do Rio de Janeiro por Dom João VI (1818).
07
10º DOMINGO DO TEMPO COMUM
(Cor verde - II SEMANA DO SALTÉRIO - Ofício dominical comum)
Antífona da entrada
O Senhor é a minha luz e a minha salvação, a
quem poderia eu temer? O Senhor é o baluarte
de minha vida, perante quem tremerei? Meus
opressores e inimigos, são eles que vacilam e
sucumbem.
Dia 07 de Junho - 10º Domingo Do Tempo Comum
Testemunhas do Reino: Marcos Garvey (Jamaica, 1940). José Ribeiro (Brasil, 1980). Pedro
Hernández e companheiros (México, 1989).
Oração do dia
Ó Deus, fonte de todo o bem, atendei ao
nosso apelo e fazei-nos, por vossa inspiração,
pensar o que é certo e realizá-lo com a vossa
ajuda.
Leitura - Gn 3,9-15
Leitura do Livro do Gênesis
Comentário inicial - A meta da missão de
Jesus não é a Igreja, mas o Reino de Deus. O
Reino de Deus é o centro da vida, da missão, da
pregação e das ações de Jesus. Acontece que o
anúncio do Reino por parte de Jesus apela a
uma decisão. Aqueles e aquelas que vão
aderindo ao Reino e ao apelo de Jesus ao
seguimento vão formando uma comunidade.
Alguns estão “dentro”, outros estão “fora”, não
por decisão de Jesus, mas por opção dos seus
ouvintes, interlocutores, seguidores. O importante na nova comunidade não são doutrinas,
tradições, preceitos morais, normas disciplinares, mas fazer a vontade do Pai, ao estilo de
Jesus.
Depois que o homem comeu da fruta da
árvore, 9 o Senhor Deus chamou Adão, dizendo:
"Onde estás?" 10 E ele respondeu: "Ouvi tua voz
no jardim, e fiquei com medo, porque estava
nu; e me escondi". 11 Disse-lhe o Senhor Deus:
"E quem te disse que estavas nu? Então
comeste da árvore, de cujo fruto te proibi
comer?" 12 Adão disse: "A mulher que tu me
deste por companheira, foi ela que me deu do
fruto da árvore, e eu comi". 13 Disse o Senhor
Deus à mulher: "Por que fizeste isso?" E a
mulher respondeu: "A serpente enganou-me e
eu comi". 14 Então o Senhor Deus disse à
serpente: "Porque fizeste isso, serás maldita
entre todos os animais domésticos e todos os
animais selvagens! Rastejarás sobre o ventre e
comerás pó todos os dias da tua vida! 15 Porei
inimizade entre ti e a mulher, entre a tua des25
Dia 07 de Junho - 10º Domingo Do Tempo Comum
cendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça e tu
lhe ferirás o calcanhar". - Palavra do Senhor.
Salmo responsorial - Sl 129
R. No Senhor toda graça e redenção!
1. Das profundezas eu clamo a vós,
Senhor, escutai a minha voz! Vossos ouvidos
estejam bem atentos ao clamor da minha
prece! R.
2. Se levardes em conta nossas faltas,
quem haverá de subsistir? Mas em vós se
encontra o perdão, eu vos temo e em vós
espero. R.
3. No Senhor ponho a minha esperança,
espero em sua palavra. A minh'alma espera no
Senhor mais que o vigia pela aurora. R.
4. Espere Israel pelo Senhor, Mais que o
vigia pela aurora! Pois no Senhor se encontra
toda graça e copiosa redenção. Ele vem libertar
a Israel de toda a sua culpa. R.
Leitura - 2Cor 4,13-18-5,1
Leitura da Segunda Carta de São Paulo
aos Coríntios
Irmãos: 13 Sustentados pelo mesmo espírito
de fé, conforme o que está escrito: "Eu creio e,
por isso, falei", nós também cremos e, por isso,
falamos, 1 4 certos de que aquele que
ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará
também com Jesus e nos colocará ao seu lado,
juntamente convosco. 15 E tudo isso é por causa
de vós, para que a abundância da graça em um
número maior de pessoas faça crescer a ação
de graças para a glória de Deus. 16 Por isso, não
desanimamos. Mesmo se o nosso homem
exterior se vai arruinando, o nosso homem
interior, pelo contrário, vai-se renovando, dia a
dia. 17 Com efeito, o volume insignificante de
uma tribulação momentânea acarreta para nós
uma glória eterna e incomensurável. 18 E isso
acontece, porque voltamos os nossos olhares
para as coisas invisíveis e não para as coisas
26
visíveis. Pois o que é visível é passageiro, mas
o que é invisível é eterno. 5,1 De fato, sabemos
que, se a tenda em que moramos neste mundo
for destruída, Deus nos dá uma outra moradia
no céu que não é obra de mãos humanas, mas
que é eterna. - Palavra do Senhor.
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. O príncipe deste mundo agora será
expulso; e eu, da terra levantado, atrairei todos a
mim mesmo. R.
Evangelho - Mc 3,20-35
O Evangelho é um convite dramático ao
discernimento. Os parentes de Jesus estão tão
desorientados que pensam que ele esteja
louco. Os mestres da Lei atribuem a Satanás os
milagres de Jesus. O próprio Jesus aparentemente não reconhece os laços de sangue.
Para ele o critério é a vontade de Deus: “Quem
faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha
irmã e minha mãe.”
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Marcos
Naquele tempo: 20 Jesus voltou para casa
com os seus discípulos. E de novo se reuniu
tanta gente que eles nem sequer podiam
comer. 21 Quando souberam disso, os parentes
de Jesus saíram para agarrá-lo, porque diziam
que estava fora de si. 22 Os mestres da Lei, que
tinham vindo de Jerusalém, diziam que ele
estava possuído por Belzebu, e que pelo
príncipe dos demônios ele expulsava os
demônios. 23 Então Jesus os chamou e faloulhes em parábolas: "Como é que Satanás pode
expulsar a Satanás? 24 Se um reino se divide
contra si mesmo, ele não poderá manter-se.
25
Se uma família se divide contra si mesma, ela
não poderá manter-se. 26 Assim, se Satanás se
levanta contra si mesmo e se divide, não poderá
sobreviver, mas será destruído. 27 Ninguém
enganar por Satanás, mas escutem a voz da
consciência, oremos ao Senhor.
3. Para que Deus multiplique os frutos da
terra, dê aos mais pobres o pão de cada dia, e a
todos ensine a ser discípulos do seu Filho,
oremos ao Senhor.
4. Para que os pecadores se convertam do
pecado, os doentes tenham saúde e alegria e os
defuntos recebam nos céus a vida eterna,
oremos ao Senhor.
5. Para que os membros da nossa assembleia procurem fazer a vontade de Deus Pai, e
Jesus os reconheça como irmãos, oremos ao
Senhor.
Senhor, nosso Deus, dai-nos a audácia de
ser santos e de proclamar com alegria que só
em Vós está a misericórdia e a abundância da
redenção. Por Cristo, nosso Senhor.
Dia 07 de Junho - 10º Domingo Do Tempo Comum
pode entrar na casa de um homem forte para
roubar seus bens, sem antes o amarrar. Só
depois poderá saquear sua casa. 28 Em verdade
vos digo: tudo será perdoado aos homens, tanto
os pecados, como qualquer blasfêmia que
tiverem dito. 29 Mas quem blasfemar contra o
Espírito Santo, nunca será perdoado, mas será
culpado de um pecado eterno". 30 Jesus falou
isso, porque diziam: "Ele está possuído por um
espírito mau". 31 Nisso chegaram sua mãe e
seus irmãos. Eles ficaram do lado de fora e
mandaram chamá-lo. 32 Havia uma multidão
sentada ao redor dele. Então lhe disseram: "Tua
mãe e teus irmãos estão lá fora à tua procura".
33
Ele respondeu: "Quem é minha mãe, e quem
são meus irmãos?" 34 E olhando para os que
estavam sentados ao seu redor, disse: "Aqui
estão minha mãe e meus irmãos. 35 Quem faz a
vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã
e minha mãe". - Palavra da Salvação.
Oração sobre as oferendas
Prece dos fiéis
Oremos, irmãos e irmãs, a Deus Pai de
misericórdia, que quer salvar a todos, e
peçamos-Lhe que saibamos resistir às promessas enganadoras da serpente, suplicando,
com toda a confiança: R. Lembrai-Vos,
Senhor, do vosso povo.
Senhor nosso Deus, vede nossa disposição
em vos servir e acolhei nossa oferenda, para
que este sacrifício vos seja agradável e nos faça
crescer na caridade.
Oração eucarística III
Oração Depois da comunhão
1. Para que os fiéis das nossas dioceses e
comunidades acreditem em Jesus ressuscitado
e falem Dele com o desassombro de São Paulo,
oremos ao Senhor.
2. Para que os homens e mulheres de hoje
creiam em Deus que os criou, não se deixem
O
Ó Deus, que curais nossos males, agi em
nós por esta Eucaristia, libertando-nos das más
inclinações e orientando para o bem a nossa
vida.
A Semente na Terra - Mc 3,20-35
Evangelho de hoje compõe-se de quatro partes: uma primeira, sobre relações
diferenciadas com Jesus: a dos discípulos, a das multidões, a dos parentes e a dos
mestres da Lei (vv. 20-22); uma segunda, sobre a acusação de que Jesus age sob o
domínio de satanás (vv. 22-27); uma terceira, sobre a blasfêmia contra o Espírito Santo (vv. 2830); a última, sobre a nova família de Jesus (vv. 31-35).
- A questão central é saber se estamos “com ele” ou “contra ele”: somos seus ou
27
Dia 07 de Junho - 10º Domingo Do Tempo Comum
28
estranhos a ele? estamos dentro ou fora? atendemos ao seu chamado ou o mandamos chamar? o
seguimos ou queremos que ele nos siga? deixamo-nos tomar por ele ou queremos subjugá-lo?
aceitamos o seu perdão ou o recusamos? escutamos o Espírito ou blasfemamos contra ele?
fazemos a vontade de Deus ou fazemos da nossa o ponto de referência de toda a nossa vida?
- O que está em jogo é a nossa salvação, que consiste em estar “com ele” como ele é
realmente e não como gostaríamos que fosse.
- Depois de ter sido ameaçado (Mc 3,6), Jesus não fala na sinagoga, mas em casa. A
“casa” é mais do que simplesmente um lugar físico. A “casa” se torna um lugar simbólico. Há
um “dentro” e um “fora”. Há um “dentro” porque há um “fora” e vice-versa. “Dentro” é a família,
o grupo de discípulos e discípulas que Jesus vai chamando e formando; “fora” são os estranhos.
Este “dentro”, na verdade, delimita a Igreja, que é formada por aqueles e aquelas que estão com
ele e o escutam. Isto não significa – já foi dito mais de uma vez – que a Igreja seja um clube
fechado, mas um círculo aberto a todos os estranhos.
- O verdadeiro alimento do homem (cf. Mc 3,20) é a palavra que sai da boca de Deus (Dt
8,3), expressão da sua vontade. A vontade de Deus é plenamente cumprida por quem se coloca
em volta dele para escutá-lo.
- Jesus, como o Pai declarou da nuvem, é o Filho amado que deve ser ouvido (cf. Mc 9,7).
Ele é a Palavra eterna do Pai. À medida que o escutamos, tornamo-nos sua mãe e seus irmãos.
Nós nos tornamos a palavra que ouvimos; quem ouve Jesus, a Palavra, torna-se filho e irmão
como ele.
O grupo dos "seus", inspirado pelo bom senso e pelos bons sentimentos, querem
sequestrá-lo, porque está louco. De fato, Jesus não procura a própria vantagem e não sabe tirar
proveito da situação.
O grupo dos "escribas", ao invés de se converterem, usam a sua sabedoria para se
defender. Para eles é verdadeiro só que é útil para manter as suas certezas, falso o que as coloca
em discussão. Não lhes interessa servir a verdade, mas servir-se habilmente dela para confirmar
as próprias opiniões religiosas e as próprias posições de poder.
Jesus está no centro do grupo dos que "cumprem a vontade de Deus". O Pai quer que
todos estejam com ele e se tornem como ele: ouvintes do Filho para tornarem-se filhos e filhas.
Se o dar ouvidos ao diabo tornou-nos filhos do diabo (cf. Jo 8,44), a escuta dele nos restitui a
condição de filhos e filhas!
- Fazer parte da companhia de Jesus, navegar na sua barquinha não se apoia em
privilégios de raça ou de classe. Os seus segundo a carne ainda não fazem parte da sua
comunidade (vv. 21.31ss.). Os sábios, que se acham no direito de tudo julgar, inclusive o
Espírito, também não (vv. 22-30).
- A verdadeira família de Jesus não é formada por seus parentes, próximos ou distantes,
mas por quem o escuta (vv. 33-35).
- Na verdade, não é fácil passar de família carnal a família espiritual de Jesus: os “seus”,
baseados no bom senso e nos bons sentimentos, quiseram sequestrar porque louco; os sábios,
ao invés de converter-se, usam sua sabedoria para defender-se.
- Discípulo é quem entra existencialmente no círculo dos seus ouvintes. Se não for assim,
ainda que tenha todos os títulos - mesmo que fosse seu parente! - e toda a ciência teológica mesmo que fosse o melhor escriba! - na realidade está fora. Corre sempre o perigo de ser como
os seus que o amam, mas sem conhecê-lo e sem querê-lo como ele é; ou então como os
escribas, que o conhecem, mas não o amam, e, por isso, o julgam de acordo com os seus
O Minuto do Concílio
“Deus não está longe nem dos que procuram um Deus desconhecido em sombras e mediante
imagens.” (Lumen gentium 16)
Santos do dia: Paulo I de Constantinopla (+ 355). Justo de Condat (V – VI século).
Herumberto de Minden (+ 805). Dietgar (+ 830). Roberto de Newminster (1105 – 1159). Ana de
São Bartomoleu (1549 – 1626). Antônio Gianelli (1789 – 1846). Maria Teresa de Soubiran (1834 –
1889).
Testemunhas do Reino: Filomena López Filha (Brasil, 1990).
Datas comemorativas: Dia da Liberdade de Imprensa (1798.1830). Assinatura do Tratado de
Tordesilhas (1494). Destruição de quatro aldeias tupiniquins por Mem de Sá (1559).
08
SEGUNDA-FEIRA DA 10ª SEMANA DO TEMPO COMUM
(Cor verde - Ofício do dia de semana
Antífona da entrada
O Senhor é a minha luz e a minha salvação, a
quem poderia eu temer? O Senhor é o baluarte
de minha vida, perante quem tremerei? Meus
opressores e inimigos, são eles que vacilam e
sucumbem.
Oração do dia
Ó Deus, fonte de todo o bem, atendei ao
nosso apelo e fazei-nos, por vossa inspiração,
pensar o que é certo e realizá-lo com vossa
ajuda.
Leitura - 2Cor 1,1-7
Início da Segunda Carta de São Paulo
aos Coríntios
1
Paulo, apóstolo de Jesus Cristo por
vontade de Deus e o irmão Timóteo, à Igreja de
Deus que está em Corinto e a todos os santos
Dia 08 de Junho - Segunda-feira da 10ª Semana do Tempo Comum
"critérios religiosos". (Cf. S. Fausti, Ricorda e racconta il Vangelo. La catechesi narrativa di Marco.
Milano, Ancora, 1994, p. 122)
que se encontram em toda a Acaia: 2 para vós,
graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e do
Senhor Jesus Cristo. 3 Bendito seja o Deus e Pai
de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das
misericórdias e Deus de toda consolação.
4
Ele nos consola em todas as nossas
aflições, para que, com a consolação que nós
mesmos recebemos de Deus, possamos
consolar os que se acham em toda e qualquer
aflição. 5 Pois, à medida que os sofrimentos de
Cristo crescem para nós, cresce também a
nossa consolação por Cristo. 6 Se estamos em
aflições, é para a vossa consolação e salvação;
se somos consolados, é para a vossa
consolação. E essa consolação sustenta a
vossa paciência em meio aos mesmos
sofrimentos que nós também padecemos.
7
E a nossa esperança a vosso respeito é
firme, pois sabemos que, assim como
participais dos nossos sofrimentos, participais
também da nossa consolação. - Palavra do
Senhor.
29
Dia 08 de Junho - Segunda-feira da 10ª Semana do Tempo Comum
Salmo responsorial - Sl 33
R. Provai e vede quão suave é o
Senhor!
1. Bendirei o Senhor Deus em todo o
tempo, seu louvor estará sempre em minha
boca. Minha alma se gloria no Senhor; que
ouçam os humildes e se alegrem! R.
2. Comigo engrandecei ao Senhor Deus,
exaltemos todos juntos o seu nome! Todas as
vezes que o busquei, ele me ouviu, e de todos
os temores me livrou. R.
3. Contemplai a sua face e alegrai-vos, e
vosso rosto não se cubra de vergonha! Este
infeliz gritou a Deus, e foi ouvido, e o Senhor o
libertou de toda angústia. R.
4. O anjo do Senhor vem acampar ao redor
dos que o temem, e os salva. Provai e vede
quão suave é o Senhor! Feliz o homem que tem
nele o seu refúgio! R.
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Alegrai-vos, vós todos, porque grande
há de ser a recompensa nos céus, que um dia,
tereis! R.
discípulos aproximaram-se, 2 e Jesus começou
a ensiná-los: 3 "Bem-aventurados os pobres em
espírito, porque deles é o Reino dos Céus.
4
Bem-aventurados os aflitos, porque serão
consolados. 5 Bem-aventurados os mansos,
porque possuirão a terra. 6 Bem-aventurados os
que têm fome e sede de justiça, porque serão
saciados. 7 Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. 8 Bemaventurados os puros de coração, porque verão
a Deus. 9 Bem-aventurados os que promovem a
paz, porque serão chamados filhos de Deus.
10
Bem-aventurados os que são perseguidos
por causa da justiça, porque deles é o Reino
dos Céus. 11 Bem-aventurados sois vós, quando
vos injuriarem e perseguirem, e, mentindo,
disserem todo tipo de mal contra vós, por causa
de mim. 12 Alegrai-vos e exultai, porque será
grande a vossa recompensa nos céus. Do
mesmo modo perseguiram os profetas que
vieram antes de vós. - Palavra da Salvação.
Prece dos fiéis
As bem-aventuranças proclamadas por
Jesus resumem o espírito e o estilo do Reino de
Deus que Ele veio anunciar. Peçamos ao Pai que
a nossa herança seja esse Reino, dizendo: R.
Ouvi-nos, Senhor.
Evangelho - Mt 5,1-12
Cada Evangelho tem seu modo próprio de
apresentar Jesus. Em Marcos, é o Messias
escondido que liberta do mal; para Lucas, é o
libertador que tem uma boa notícia para pobres
e pecadores; para João, é o esposo que veio
celebrar seu casamento conosco. Em Mateus,
é o novo Moisés, que, no monte, não nos dá a
Lei, mas o coração de Deus, o amor.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Mateus
Naquele tempo: 1 Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os
30
1. Pelo papa Francisco e pelos bispos
de toda a Igreja, para que na força do
Espírito transmitam aos homens e vivam a
mensagem das bem-aventuranças, rezemos ao
Senhor.
2. Pelos missionários e leigos que vão pelo
mundo a anunciar a Boa Nova de Jesus Cristo,
para que bendigam a Deus que os conforta,
rezemos ao Senhor.
3. Pelos que suportam sofrimentos e
afrontas, mas não desistem da missão que lhes
foi entregue, para que cheguem à felicidade
prometida, rezemos ao Senhor.
4. Pelos que sofrem perseguição por amor
da justiça e pelos que entregam a vida por uma
Senhor nosso Deus, vede nossa disposição
em vos servir e acolhei nossa oferenda, para
que este sacrifício vos seja agradável e nos faça
crescer na caridade.
Deus, Pai de bondade e misericórdia, abri os
nossos corações às bem-aventuranças e
ajudai-nos a vivê-las com alegria. Por Cristo,
nosso Senhor.
Ó Deus, que curais nossos males, agi em
nós por esta Eucaristia, libertando-nos das más
inclinações e orientando para o bem a nossa
vida.
J
Oração sobre as oferendas
Oração depois da comunhão
A Semente na Terra - Mt 5,1-12
esus, como Moisés, sobe à montanha e, sentado, como mestre, comunica a ‘Nova Lei’ aos
discípulos, semente do povo de Deus que ele veio renovar.
- Declara “felizes” aqueles que nós consideramos “infelizes”. É uma revolução total, a sua
revolução, o reinado de Deus que ele anuncia aproximar-se de nós.
- O Sermão da Montanha estende-se por três capítulos. É a “constituição” do Reino:
declara seus cidadãos, estipula sua condição, apresenta seus critérios.
- Um exegeta – o jesuíta italiano Silvano Fausti – apresenta sete chaves de leitura para
entrarmos na riqueza desses capítulos: 1) cristológica (são uma autobiografia de Jesus,
revelando sua face de Filho); 2) teológica (mostram que Deus é seu Pai, igual e diferente dele); 3)
antropológica (pintam o rosto do homem realizado, feito à imagem do Pai); 4) soteriológica
(salvam-nos da mentira e do fracasso definitivo); 5) eclesiológica (desenham as linhas-mestras
da comunidade dos filhos que vivem como irmãos); 6) escatológica (desvelam a verdade última
da realidade); 7) moral (convidam-nos a “agir” de acordo com o que “somos”, vivendo a nossa
identidade de filhos no Filho).
- Os estudiosos dizem que o Sermão da Montanha é uma catequese batismal. Na Igreja
Antiga, Mateus era considerado o “Evangelho do catequista”. Aqui, temos a ‘regra de vida’ dos
filhos e filhas que renasceram no Filho, pela fé e pelo batismo. Não se trata de uma nova lei, mais
impraticável que a antiga. Trata-se de um coração novo, aquele prometido pelos profetas. O que
Jesus afirma aqui é o que ele vive em todo tempo e lugar, e comunica a todos os que se dispõem a
segui-lo na condição de discípulos e discípulas. As palavras de Jesus não são Lei, que julga,
condena e mata, mas evangelho. Não são exigências tanto mais elevadas quanto mais
impossíveis, mas o dom do seu próprio Espírito, que, transformando nosso coração, nos torna
filhos e irmãos.
- Não só. Jesus não só diz; ele faz o que diz. Mais ainda. Ele nos dá o que nos diz. Na
verdade, Mt 4,23 a Mt 9,35 forma uma grande inclusão*. Na prática, isso significa que o Sermão
da Montanha (Mt 5-7) e a sucessiva narração dos nove milagres (Mt 8-9) e um exorcismo formam
uma unidade. A palavra dos capítulos 5-7 tem o poder de renovar-nos, como mostram
plasticamente os capítulos 8-9: purifica a nossa vida (8,1-4), dá-nos a fé (8,5-13), torna-nos
capazes de servir (8,14-15), liberta-nos do medo (8,23-27), do mal (8,16-17.28-34), do pecado
(9,1-8), da doença e da morte (9,18-26), torna-nos capazes de ver (9,27-31) e de anunciar o
Dia 08 de Junho - Segunda-feira da 10ª Semana do Tempo Comum
pátria melhor, para que o futuro do Reino seja a
sua recompensa, rezemos ao Senhor.
5. Pelos paroquianos que promovem a paz
nas comunidades e por aqueles que servem a
Cristo nos mais pobres, para que venham a
contemplá-Lo na pátria celeste, rezemos ao
Senhor.
31
Dia 08 de Junho - Segunda-feira da 10ª Semana do Tempo Comum
Reino de Deus (9,32-34)!
- Uma nova moral? Sim e não. Não, no sentido do moralismo, que transforma o evangelho
em lei e a lei em canga. Sim, no sentido que temos, no Sermão da Montanha, um “indicativo” (a
nova vida do reino) transformado em “imperativo” (a novidade de vida exigida dos discípulos e
discípulas). O Filho que se tornou um de nós nos faz ser o que somos: filhos e filhas chamados a
viver como irmãos e irmãs. Este é o único dever do ser humano: tornar-se o que é. Senão, decai ao
que não é. Passa a viver como os animais, leva uma vida vegetativa, ou vira pedra na vidraça dos
outros!
- Só para os discípulos? Para os discípulos em primeiro lugar (cf. Mt 5,1d); mas para as
multidões (quer dizer, para todos) (cf. Mt 5,1a) também. São para todo ser humano que procura a
verdade do seu ser e a autenticidade da sua existência. O discípulo não é senão a cifra do homem
verdadeiro!
O Minuto do Concílio
A Igreja “continua incessantemente a enviar pregadores do Evangelho, até que as Igrejas
nascentes sejam plenamente constituídas e continuem elas mesmas o trabalho de evangelizar.”
(Lumen gentium 17)
Santos do dia: Efrém o Sírio (306 – 373). Medardo de Noyon (473 – 560). Guilherme de York
(1100 – 1154). Helga de Schwarzenberg (+ 1115). Marcelino José Champagnat (1789 – 1840).
Tiago Berthieu (1838 – 1896). Maria Condessa Droste de Vischering (1863 – 1899).
Testemunhas do Reino: Luís Dalle (Peru, 1982).
Datas comemorativas: Morte do profeta Maomé (ou Muhammad Abu al-Qasim Muhammad
ibn 'Abd Allah ibn 'Abd al-Muttalib ibn Hashim) (632). Dia do Citricultor. Primeira Exibição do
Cinema no Brasil (1896, Rio de Janeiro). Dia Mundial dos Oceanos. Fim da Censura Prévia à
Imprensa no Brasil (1978). Gustavo Kuerten vence o Torneio de Roland Garros (1997).
ABC DO CRISTIANISMO
[1] Inclusão - “Inclusão temática” é um artifício literário utilizado pelo escritor para chamar a
atenção, enfatizar e valorizar determinado conteúdo de seu texto. Vamos dar dois exemplos. No
Evangelho de Mateus, por exemplo, há uma grande inclusão, que começa no primeiro capítulo (cf. Mt
1,23) e só termina no último (cf. Mt 28,20), tendo como centro Mt 18,20. Essa inclusão, concentrandose no título “Emanuel” (= Deus-conosco) aplicado a Jesus, realça a continuidade entre o Antigo e o
Novo Testamento pelo tema da presença de Deus no meio de seu povo; a novidade representada por
Jesus, que é o Emanuel, isto é, Deus-conosco; sua continuidade na Igreja, na qual Jesus está presente,
quando dois ou mais se reúnem em seu nome (cf. 18,20), e até o fim dos séculos (cf. 28,20). Em Lucas,
temos a famosa “viagem” que Jesus realiza a Jerusalém, iniciada no capítulo 9 (cf. Lc 9,51) e só
terminada no capítulo 19 (cf. Lc 19,44). O início dessa viagem marca uma virada decisiva no Evangelho,
já anunciada na transfiguração: o rosto belo, a própria glória do Pai, é o de Jesus “sozinho” (cf. Lc 9,36)
que vai para Jerusalém. Com o rosto transfigurado, encerra a “catequese da escuta” e tem início a
“catequese da visão”. Jesus, perfeito ouvinte do Pai e todo voltado para os irmãos, nos revela a
verdadeira face do homem: é a mesma de Deus. Doravante, o evangelho não é só palavra a ser ouvida,
mas caminho a ser seguido para se chegar à contemplação do Filho, que é igual ao Pai (cf. Lc 14,9).
32
(Cor branca - Ofício da memória )
Oração do dia
Anchieta nasceu na ilha de Tenerife, nas
Canárias, pertencentes à Espanha. Estudou em
Coimbra, onde, aos 17 anos, ingressou na
Companhia de Jesus. Aí fez o noviciado. Com
19 anos, foi enviado ao Brasil como
missionário, integrando a comitiva de Duarte da
Costa (1553), segundo governador-geral.
Depois de curto período no Colégio da Bahia,
seguiu para São Vicente, a cidade mais antiga
do Brasil, onde passou a colaborar com o Pe.
Manuel da Nóbrega. Em 25 de janeiro de 1554,
participou da fundação da casa de São Paulo, a
partir da qual se desenvolveria a própria cidade
de São Paulo. Fundado o Colégio, Anchieta teve
papel importante como educador e
evangelizador. Aprendeu rapidamente o tupi e
escreveu a Arte da gramática da língua mais
falada na costa do Brasil, um vocabulário tupiportuguês e um catecismo em tupi. Produziu
muitos textos nesta língua: cantigas, autos
religiosos, romances (em português e em
espanhol). Distinguiu-se também como
pregador. São famosos seus dois grandes
poemas à Virgem, escritos por motivo de sua
prisão quando da luta contra os franceses e
seus aliados, os tamoios, que haviam tomado a
Guanabara. Ordenado, foi vice-diretor dos
colégios de São Paulo, Santos e São Vicente e,
em seguida, provincial na Bahia (1578-1585),
onde escreveu seus melhores autos e suas
mais circunstanciadas informações. Doente,
cansado, recolheu-se, primeiro, ao colégio do
Rio e, depois, à aldeia de Reritiba, onde
escreveu seus últimos autos e onde faleceu, em
1597. João Paulo II o beatificou em 1981.
Antífona da entrada
Como são belos sobre os montes os passos
do que anuncia a paz, trazendo a boa-nova e
proclamando a salvação.
Derramai, Senhor, sobre nós a vossa graça,
a fim de que, a exemplo do Bem-aventurado
José de Anchieta, apóstolo do Brasil, sirvamos
fielmente ao Evangelho, tornando-nos tudo
para todos, e nos esforcemos de ganhar para
vós nossos irmãos no amor de Cristo.
Leitura - 2Cor 1,18-22
Leitura da Segunda Carta de São Paulo
aos Coríntios
Irmãos, eu vos asseguro, pela fidelidade de
Deus: O ensinamento que vos transmitimos não
é "sim-e-não". 19 Pois o Filho de Deus, Jesus
Cristo, que nós - a saber: eu, Silvano e Timóteo
- pregamos entre vós, nunca foi "sim-e-não",
mas somente "sim". 20 Com efeito, é nele que
todas as promessas de Deus têm o seu "sim"
garantido. Por isso também, é por ele que
dizemos "amém" a Deus, para a sua glória. 21 É
Deus que nos confirma, a nós e a vós, em nossa
adesão a Cristo, como também é Deus que nos
ungiu. 22 Foi ele que nos marcou com o seu selo
e nos adiantou como sinal o Espírito derramado
em nossos corações. - Palavra do Senhor.
Dia 09 de Junho - Terça-feira - Beato José de Anchieta, Presbítero - Memória
09
TERÇA-FEIRA - BEATO JOSÉ DE ANCHIETA,
Presbítero - Memória
Salmo responsorial - Sl 118
R. Fazei brilhar vosso semblante ao
vosso servo!
1. Maravilhosos são os vossos testemunhos, eis por que meu coração os
observa! R.
2. Vossa palavra, ao revelar-se, me
ilumina, ela dá sabedoria aos pequeninos. R.
3. Abro a boca e aspiro largamente, pois
estou ávido de vossos mandamentos. R
4. Senhor, voltai-vos para mim, tende
33
Dia 09 de Junho - Terça-feira - Beato José de Anchieta, Presbítero - Memória
piedade, como fazeis para os que amam vosso
nome! R.
5. Conforme a vossa lei firmai meus
passos, para que não domine em mim a
iniquidade! R.
6. Libertai-me da opressão e da calúnia,
para que eu possa observar vossos preceitos! R.
7. Fazei brilhar vosso semblante ao vosso
servo, e ensinai-me vossas leis e mandamentos! R.
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Vós sois a luz do mundo; brilhe a todos
vossa luz. Vendo eles vossas obras, deem
glória ao Pai Celeste! R.
Evangelho - Mt 5,13-16
Aquele que é luz nos transforma em luz.
Aquele que é sal nos comunica seu poder. O
testemunho, antes de ser, nosso comportamento, é ação salvadora de Deus em nós. Sua
palavra, acolhida na vida, é luz e poder que nos
salva e nos envia como testemunhas.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus
discípulos: 13 "Vós sois o sal da terra. Ora, se o
sal se tornar insosso, com que salgaremos? Ele
não servirá para mais nada, senão para ser
jogado fora e ser pisado pelos homens. 14 Vós
sois a luz do mundo. Não pode ficar escondida
uma cidade construída sobre um monte.
15
Ninguém acende uma lâmpada e a coloca
debaixo de uma vasilha, mas sim num
candeeiro, onde ela brilha para todos os que
estão em casa. 16 Assim também brilhe a vossa
luz diante dos homens, para que vejam as
vossas boas obras e louvem o vosso Pai que
está nos céus". - Palavra da Salvação.
34
Prece dos fiéis
A vocação dos que escutam Jesus e O
seguem é dar sabor ao que não o tem e iluminar
quem está nas trevas. Peçamos-Lhe que nos
ajude a ser assim, dizendo: R. Filho de Deus,
sede a nossa luz.
1. Por aqueles que pelo batismo e
confirmação passaram a ser filhos de Deus e da
Igreja, para que sejam sal da terra e luz do
mundo, rezemos ao Senhor.
2. Pelos discípulos cuja fé perdeu a força e
por aqueles que deixaram apagar as suas
lâmpadas, para que Cristo lhes renove os dons
de Deus, rezemos ao Senhor.
3. Pelos que anunciam as promessas de
Deus Pai em linguagem compreensível aos
homens e mulheres de hoje, para que se
sintam confirmados por Jesus, rezemos ao
Senhor.
4. Pelos que se entregam hoje ao serviço
do Evangelho com ardor semelhante ao de São
Paulo, para que nenhum sofrimento os
desanime, rezemos ao Senhor.
5. Pelos que não pertencem à nossa
comunidade de fé, para que, vendo como os
cristãos pensam e vivem, sintam que é bom
conhecer Jesus e segui-Lo, rezemos ao
Senhor.
Senhor Jesus, Filho de Deus e Redentor
nosso, que nos chamastes a escutar-Vos e a
seguir-Vos, não permitais que, por fraqueza,
Vos abandonemos. Vós que viveis e reinais
pelos séculos dos séculos.
Oração sobre as oferendas
Olhai, ó Deus todo-poderoso, as oferendas
que vos apresentamos na festa do bemaventurado José de Anchieta e concedei-nos
imitar os mistérios da paixão do Senhor que
agora celebramos.
Ó Deus, pela força deste sacramento,
confirmai vossos filhos e filhas na verdade da
fé, pela qual o bem-aventurado José de
O
Anchieta jamais deixou de trabalhar,
consagrando-lhe toda a sua vida. Fazei que nós
também a proclamemos por toda parte com
palavras e ações.
A Semente na Terra - Mt 5,13-16
versículo 5,13 indica a identidade dos discípulos perseguidos (cf. Mt 5,11-12). Eles
são o sal da terra: têm o mesmo sabor de Cristo. Já os versículos 5,14-16 proclamam a
sua relevância: são luz do mundo, cidade sobre o monte, luz posta no candeeiro.
- Colocados numa situação de dificuldade pelos insultos e perseguições por causa da
justiça (vv. 10-12), os discípulos não se abatem, mas se veem identificados com os profetas
antigos e, muito mais, com o seu Senhor. Experimentam a alegria, aliás, a felicidade, de estar
com ele e de sofrer como ele. A cruz, de fato, os torna finalmente conformes a ele, pois é
consequência e expressão de seu amor ao Pai e aos irmãos.
- O que faz alguém ser “sal” é a sua identidade de filho de Deus e de irmão dos irmãos. É o
seu ser filhos que os faz sal da terra. É o seu ser irmãos que os faz sal da terra. O ser humano, por si
só, enquanto criatura, é Adão, terroso, ser tirado da terra (= “adamah”, em hebraico). A cruz o
torna conforme a Jesus, vivendo até o fim o seu mesmo amor a Deus e aos irmãos. A cruz dá a
Adão (o ser humano, cada um de nós) o seu sabor, a sua identidade de filho. Ou seja: somos sal à
medida que somos filhos de Deus e irmãos até às últimas consequências! Essa é a nossa
“identidade”.
- E somos “luz” à medida que somos “sal”. A relevância depende da identidade. Se não
vivemos como filhos e irmãos, isto é, se não somos sal, não podemos ser luz!
- Hoje em dia, mas no passado não foi diferente, vivemos modelos fragmentados de
evangelização. Há quem evangelize pela palavra. E procura, com fadiga, algum testemunho para
dar, quer dizer, para dizer. Há quem evangelize pelo testemunho, e pode passar a vida inteira sem
abrir a boca sobre a esperança que o motiva e sustenta (cf. 1Pd 3,15). Os que pensam evangelizar
pela catequese, quando termina a catequese e se ‘recebe’ o sacramento, nunca mais vê sua
ovelha perdida. Quem exaure a evangelização na práxis (a evangelização é “fazer”) pode não
perceber mais onde a sua prática possa diferir de outras. Tem também quem acha que a liturgia é
a melhor evangelização, já que é sua fonte e seu ápice, esquecido de que entre a fonte e o cume
há um monte de coisas. E assim vai.
- A sapientíssima Evangelii nuntiandi*, do não menos sábio Paulo VI, ensina-nos a alargar
os horizontes e a articular todos os – vários e diversos! – caminhos da evangelização: o
testemunho da vida (41), a pregação viva (42), a liturgia da palavra (43), a catequese (44), os
meios de comunicação (45), o contato pessoal (46), os sacramentos (47), a religiosidade
popular (48). A primeira via, sem dúvida, é o testemunho. Mas não é a única, nem vem só.
Dia 09 de Junho - Terça-feira - Beato José de Anchieta, Presbítero - Memória
Oração depois da comunhão
O Minuto do Concílio
“A Igreja trabalha de maneira tal que tudo o que de bom se encontra semeado no coração e na
mente das pessoas ou nos próprios ritos e culturas dos povos, não só não desapareça, mas seja
sanado, elevado e aperfeiçoado.” (Lumen gentium 17)
35
Dia 10 de Junho - Quarta-feira da 10ª Semana do Tempo Comum
Santos do dia: Primo e Feliciano (+ 305). Libório de Le Mans (+ 397). Columbano de Iona
(521 – 597). Tagino de Magdeburg (+ 1012). José de Anchieta (1534 – 1591). Ana Maria Taigi
(1769 – 1837).
Testemunhas do Reino: Héctor Gallego (Panamá, 1971). Juán Morán (México, 1979). Toríbia
Flores de Cutipa (Peru, 1981).
Datas comemorativas: Dia do Protético. Dia do Porteiro. Dia do Tenista. Dia da Imunização.
Morre Michael Jackson (2009)
ABC DO CRISTIANISMO
[1] Evangelii nuntiandi. Em 1974, realizou-se, em Roma, convocado por Paulo VI, um Sínodo
Universal dos Bispos sobre “A evangelização no mundo contemporâneo”. Ao invés de elaborarem e
aprovarem um documento final, próprio do Sínodo, os bispos decidiram enviar ao Papa um conjunto de
propostas, que o Papa transformaria num documento. Em 1975, foi publicada a Exortação apostólica
“Evangelii nuntiandi”, sobre a evangelização. Muito bem arquitetado, rico em conteúdo, sábio no
tratamento dos vários problemas que desafiam a Igreja hoje em sua missão evangelizadora, a “Evangelii
nuntiandi” é considerado um dos melhores, senão o melhor, documentos papais dos dois últimos
séculos. O papa Francisco, admirador confesso de Paulo VI, papa de sua primeira maturidade, marcou o
início do próprio pontificado com outra exortação apostólica sobre tema semelhante: a Evangelii
gaudium, assinada no dia 24 de novembro de 2014.
10
QUARTA-FEIRA DA 10ª SEMANA DO TEMPO COMUM
(Cor verde - Ofício do dia de semana)
Antífona da entrada
O Senhor é a minha luz e a minha salvação, a
quem poderia eu temer? O Senhor é o baluarte
de minha vida, perante quem tremerei? Meus
opressores e inimigos, são eles que vacilam e
sucumbem.
Oração do dia
Ó Deus, fonte de todo bem, atendei ao nosso
apelo e fazei-nos, por vossa inspiração, pensar
o que é certo e realizá-lo com vossa ajuda.
Leitura - 2Cor 3,4-11
Leitura da Segunda Carta de São Paulo
aos Coríntios
Irmãos:
36
4
É por Cristo que temos tal
confiança perante Deus, 5 não porque sejamos
capazes por nós mesmos, de ter algum
pensamento, como de nós mesmos, mas essa
nossa capacidade vem de Deus. 6 Ele é que nos
tornou capazes de exercer o ministério de uma
aliança nova. Esta não é uma aliança da letra,
mas do Espírito. Pois a letra mata, mas o
Espírito comunica a vida. 7 Se o ministério da
morte, gravado em pedras com letras, foi
cercado de tanta glória, que os israelitas não
podiam fitar o rosto de Moisés, por causa do
seu fulgor, ainda que passageiro, 8 quanto mais
glorioso não será o ministério do Espírito?
9
Pois, se o ministério da condenação foi
glorioso, muito mais glorioso há de ser o
ministério ao serviço da justificação. 10 Realmente, em comparação com uma glória tão
eminente, já não se pode chamar glória o que
então tinha sido glorioso. 11 Pois, se o que era
passageiro foi marcado de glória, muito mais
Salmo responsorial - Sl 98
R. Santo é o Senhor nosso Deus!
1. Exaltai o Senhor nosso Deus, e prostraivos perante seus pés, pois é santo o Senhor
nosso Deus! R.
2. Eis Moisés e Aarão entre os seus
sacerdotes. E também Samuel invocava seu
nome, e ele mesmo, o Senhor, os ouvia. R.
3. Da coluna de nuvem falava com eles. E
guardavam a lei e os preceitos divinos, que o
Senhor nosso Deus tinha dado. R.
4. Respondíeis a eles, Senhor nosso Deus,
porque éreis um Deus paciente com eles, mas
sabíeis punir seu pecado. R.
5. Exaltai o Senhor nosso Deus, e prostraivos perante seu monte, pois é santo o Senhor
nosso Deus! R.
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Fazei-me conhecer vossa estrada,
vossa verdade me oriente e me conduza! R.
Evangelho - Mt 5,17-19
Jesus não veio abolir a Lei dada ao povo por
Deus, mas cumpri-la. Jesus a levou à perfeição
através da sua vida, por sua relação com Deus e
com os irmãos, por sua sintonia única com a
vontade do Pai.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus
discípulos: 17"Não penseis que vim abolir a Lei e
os Profetas. Não vim para abolir, mas para darlhes pleno cumprimento. 18 Em verdade, eu vos
digo: antes que o céu e a terra deixem de existir,
nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei,
sem que tudo se cumpra. 19 Portanto, quem
desobedecer a um só destes mandamentos,
por menor que seja, e ensinar os outros a
fazerem o mesmo, será considerado o menor
no Reino dos Céus. Porém, quem os praticar e
ensinar será considerado grande no Reino dos
Céus". - Palavra da Salvação.
Prece dos fiéis
A lei dada a Moisés conduz a Cristo, que a
levou à perfeição no Evangelho. Peçamos a
graça de reconhecer a sua santidade: R. Ouvinos, Senhor.
1. Pelos pastores que comentam a Palavra
na homilia e pelos catequistas que a transmitem
às crianças, jovens e adultos na catequese, para
que o façam unindo fé e vida, rezemos ao
Senhor.
2. Pelo povo judeu que ouviu Moisés e os
profetas e pelo povo cristão que escutou a
Boa Nova de Jesus, para que creiam no Deus
vivo e verdadeiro que lhes falou, rezemos ao
Senhor.
3. Por todos aqueles que transgridem os
mandamentos e pelos que vivem e ensinam a
sua bondade, para que as palavras de Jesus os
iluminem, rezemos ao Senhor.
4. Pelos que acolhem Jesus Cristo, como
São Paulo, e pelos que Lhe dizem “não” e O
rejeitam, para que creiam que Deus a todos
quer salvar, rezemos ao Senhor.
5. Pelos que, nas paróquias e em suas
comunidades, foram chamados a ser ministros
da nova Aliança e a servir a Cristo, para que
agradeçam a Deus tão grande dom, rezemos ao
Senhor.
Dia 10 de Junho - Quarta-feira da 10ª Semana do Tempo Comum
glorioso será o que permanece. - Palavra do
Senhor.
Senhor, que nos destes a fé na vossa Lei,
ensinai-nos a reconhecer que ela é santa, e
fazei que todos os homens e mulheres a
ponham em prática nas condições de vida de
hoje. Por Cristo, nosso Senhor.
37
Dia 10 de Junho - Quarta-feira da 10ª Semana do Tempo Comum
Oração sobre as oferendas
Oração depois da comunhão
Senhor nosso Deus, vede nossa disposição
em vos servir e acolhei nossa oferenda, para
que este sacrifício vos seja agradável e nos faça
crescer na caridade.
J
Ó Deus, que curais nossos males, agi em
nós por esta Eucaristia, libertando-nos das más
inclinações e orientando para o bem a nossa
vida.
A Semente na Terra - Mt 5,17-19
esus não veio para abolir a lei ou os profetas, mas para cumprir (5,17)! A lei é boa e faz
bem: faz crescer a vida e proíbe o que a diminui. Os profetas chamam a atenção para ela,
denunciando suas transgressões e prometendo um coração novo e um Espírito novo.
Caminhando no caminho de Deus, encontramos a vida (Sl 1).
- A lei, porém – este é o outro lado da moeda – não salva ninguém. O pecador, de fato, por
imperícia e engano, considera mal o bem e bem o mal. Quando o percebe, já errou, e, tentando se
desculpar, erra mais ainda. A transgressão acaba se transformando em hábito; a esse ponto,
funciona quase como uma exigência, uma obrigação de fazer o que é proibido e de se negar a
fazer o que é mandado. É a escravidão do vício. A lei, a esta altura, acaba por provocar o desejo do
pecado e, com isso, a contaminação pelo veneno que há em nós.
- São Paulo – que, no Novo Testamento (cf. Carta aos Gálatas), foi o que mergulhou mais a
fundo nessa problemática – diz que a lei ao mesmo tempo provoca, acusa e pune a
pecaminosidade, funcionando também ao mesmo tempo como carcereira, pedagoga e tutora do
ser humano. A lei, que devia servir à vida, por causa do pecado, serve à morte.
- Jesus veio nos libertar da escravidão da lei. Abolindo a lei? Não. Se a abolisse,
transformaria o bem em mal e o mal em bem. Como, então, ele nos liberta da escravidão da lei?
Cumprindo-a, no sentido que a vive e a vive em modo superior, em modo divino.
- É a justiça excessiva que ele ensina: “Se a vossa justiça não for maior do que a dos
escribas e fariseus...”. É a justiça excessiva que ele vive, vivendo o amor. A sua justiça não é a dos
escribas e fariseus: é a justiça excessiva do Filho, expressão da justiça do Pai, que, em relação ao
pecador, se torna misericórdia.
- O cumprimento da lei, para Jesus, é exigência e decorrência da sua relação com o seu
autor, o Pai. Por detrás da lei, que proíbe o que conduz à morte, está o Senhor, que dá a vida e
ressuscita dos mortos. Por detrás da palavra que condena o transgressor, está o Pai que o perdoa
movido pela misericórdia.
- Resume Fausti: “Jesus não é o fim, mas a finalidade da lei e dos profetas: não a abolição,
mas a realização plena. Vive, com efeito, a Palavra dada a Moisés e lembrada pelos profetas: é o
Filho, que cumpre a vontade do Pai”.
O Minuto do Concílio
“A cada discípulo de Cristo incumbe o dever de difundir a fé.” (Lumen gentium 17)
Santos do dia: Bardo (980 – 1051). Marino de Colônia (século X). Olívia (século X). Diana de
Andaló (+ 1236). Henrique de Bolzano (1250 – 1315). João Dominici (1357 – 1419). Eustáquio
Kugler (1867 – 1946).
38
Datas comemorativas: Dia da Artilharia. Dia do Pastor. Dia da Raça. Dia de Camões. Dia da
Língua Portuguesa. Dia Nacional de Portugal. Fundação da Sociedade Bíblica do Brasil (1948).
11
QUINTA-FEIRA - SÃO BARNABÉ, Apóstolo - Memória
(Cor vermelha - Ofício da memória)
Seu apelativo – dado pelos apóstolos de
Jerusalém – significa “filho da consolação ou
do encorajamento” (cf. At 4,36). O nome
originário, porém, era José, da tribo sacerdotal
de Levi. Nascido em Chipre, era um hebreu da
Diáspora (i.é, nascido fora da Palestina). Sendo
da tribo de Levi, talvez tenha ido a Jerusalém e
entrado em contato com os sacerdotes que
atuavam no Templo. Era primo de João Marcos
(cf. Cl 4,10). Desde o início, foi membro ativo –
talvez até desempenhando alguma atividade
ministerial – da Igreja primitiva de Jerusalém.
Foi ele que tornou Saulo (Paulo), também um
hebreu da Diáspora, conhecido entre os irmãos
e irmãs – também os Apóstolos – da Igreja
jerosolimitana (cf. At 9,7). Neste sentido, talvez
fosse um cristão bastante inserido nas
atividades do movimento cristão na Síria, onde
Paulo se convertera e fora iniciado no
cristianismo. Após a perseguição dos
helenistas (cristãos de língua grega em
Jerusalém), Barnabé se apresentou em
Antioquia às margens do Oronte, como
representante da Igreja de Jerusalém (cf. At
11,19-26). Lá se dedicou à missão entre os
pagãos. Na qualidade de companheiro de Paulo
(mais velho que ele), faz um trabalho
missionário com ele na Síria-Cilícia. Os Atos
informam também que Barnabé e Saulo
levaram a Jerusalém as doações feitas pela
Igreja de Antioquia (cf. At 11,27-30; 12,25).
Talvez, por ter entrado primeiro no cristianismo,
pode ter tido um papel importante na formação
cristã e no desenvolvimento teológico de Paulo
(cf. At 9; porém, Gl 1,13-17). Paulo o
considerava um dos apóstolos (cf. 1Cor 9,3-6;
At 14,4.14), termo que, aqui, como na maioria
dos lugares, significa missionário enviado por
uma Igreja para evangelizar os habitantes de
determinada região. Aliás, Paulo e Barnabé
teriam tomado a decisão de trabalharem com
suas próprias mãos, apesar de suas famílias
disporem de recursos financeiros, para não
serem de peso a ninguém (cf. At 4,36-37;
18,3). Com Paulo, ele faz a primeira viagem
missionária, cujo epicentro é Chipre, sua terra
natal, de onde avançaram para Icônio, na Ásia
Menor (cf. At 13,1-14,28). No chamado
Concílio de Jerusalém (cf. At 15,1-35), Barnabé
e Paulo defenderam a liberdade dos cristãos
provenientes do paganismo em relação à Lei
mosaica. Mais tarde, porém, será acusado por
Paulo de não ter se mantido fiel na aplicação do
Evangelho desvinculado da Lei (cf. Gl 2,13).
Paulo, na verdade, embora se separe dele por
causa de Marcos (cf. At 15,39) – discutiram se
João Marcos deveria ou não acompanhá-los
numa segunda viagem (cf. 15,36-41), dado
que os abandona na primeira (cf. At 13,13) –
continua a considerá-lo um autêntico apóstolo.
Não se sabe exatamente qual o papel
desempenhado por Barnabé na disputa de
Antioquia a respeito de se os cristãos
circuncisos deviam ou não comer com os
demais (cf. Gl 2,11-14). O princípio de Barnabé
era que os pagãos convertidos ao cristianismo
não deviam ser circuncidados, como queriam
os judeu-cristãos ‘intransigentes’ (cf. At 15,135). Na prática, porém, talvez pelo respeito que
nutria por Pedro, cerrou fileiras com ele (e
Marcos) na disputa com Paulo, nesta matéria
um ‘liberal’. Os Atos falam ainda dele como
“homem virtuoso... e cheio do Espírito Santo e
Dia 11 de Junho - Quinta-feira - São Barnabé, Apóstolo - Memória
Testemunhas do Reino: Norman Pérez Bello (Colômbia, 1993).
39
Dia 11 de Junho - Quinta-feira - São Barnabé, Apóstolo - Memória
de fé” (At 11,24). Certas tradições atribuem a
ele a autoria da Carta aos Hebreus, bem como a
Carta de Barnabé, que, porém, é do século II.
Antífona da entrada
Feliz foi Barnabé, santo de Deus, que
mereceu ser contado entre os apóstolos. Era na
verdade um homem bom, cheio do Espírito
Santo e de fé.
Oração do dia
Ó Deus, que designastes São Barnabé,
cheio de fé e do Espírito Santo, para converter
as nações, fazei que a vossa Igreja anuncie por
palavras e atos o Evangelho de Cristo que ela
proclamou intrepidamente.
Leitura - At 11,21b-26; 13,1-3
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naqueles dias, 11,21b Muitas pessoas acreditaram no Evangelho e se converteram ao
Senhor. 22 A notícia chegou aos ouvidos da
Igreja que estava em Jerusalém. Então
enviaram Barnabé até Antioquia. 23 Quando
Barnabé chegou e viu a graça que Deus havia
concedido, ficou muito alegre e exortou a todos
para que permanecessem fiéis ao Senhor, com
firmeza de coração. 24 É que ele era um homem
bom, cheio do Espírito Santo e de fé. E uma
grande multidão aderiu ao Senhor. 25 Então
Barnabé partiu para Tarso, à procura de Saulo.
26
Tendo encontrado Saulo, levou-o a Antioquia.
Passaram um ano inteiro trabalhando juntos
naquela Igreja, e instruíram uma numerosa
multidão. Em Antioquia os discípulos foram,
pela primeira vez, chamados com o nome de
cristãos. 13,1 Na igreja de Antioquia, havia
profetas e doutores. Eram eles: Barnabé,
Simeão, chamado o Negro, Lúcio de Cirene,
Manaém, que fora criado junto com Herodes, e
Saulo. 2 Um dia, enquanto celebravam a liturgia,
em honra do Senhor, e jejuavam, o Espírito
40
Santo disse: "Separai para mim Barnabé e
Saulo, a fim de fazerem o trabalho para o qual
eu os chamei". 3 Então eles jejuaram e rezaram,
impuseram as mãos sobre Barnabé e Saulo, e
deixaram-nos partir. - Palavra do Senhor.
Salmo responsorial - Sl 97
R. O Senhor fez conhecer seu poder
salvador, perante as nações.
1. Cantai ao Senhor Deus um canto novo,
porque ele fez prodígios! Sua mão e o seu braço
forte e santo alcançaram-lhe a vitória. R.
2. O Senhor fez conhecer a salvação, e às
nações, sua justiça; recordou o seu amor
sempre fiel pela casa de Israel. R.
3. Os confins do universo contemplaram a
salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor
Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai! R.
4. Cantai salmos ao Senhor ao som da
harpa e da cítara suave! Aclamai, com os clarins
e as trombetas, ao Senhor, o nosso Rei! R.
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Ide ao mundo e ensinai a todas as
nações! Eis que eu estou convosco, até o fim do
mundo! R.
Evangelho - Mt 10,7-13
Evangelizar é fazer e falar o que Jesus fez e
falou, dando testemunho de sua vida e
mensagem. Não é inteligente doutrina, não é
código de ética, é a própria pessoa de Jesus
que, através de nossa humilde presença,
fraca palavra e impotentes gestos, vem ao
encontro dos homens e mulheres de hoje para
ressuscitá-los.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus
quistas, para que saibam, como São Barnabé,
consolar, exortar e reconciliar, oremos, irmãos.
4. Pelos leigos e leigas que colaboram nas
missões, para que sejam diligentes como São
Barnabé, que foi buscar Paulo em Tarso e o
levou para Antioquia, oremos, irmãos.
5. Pelos membros da nossa assembleia,
para que, partindo o pão com simplicidade,
louvem a Deus e O sirvam nos mais pobres,
oremos, irmãos.
Senhor Deus onipotente, que confirmastes
com o poder do vosso braço o humilde
testemunho de São Barnabé, concedei-nos a
graça de ser testemunhas do Evangelho pela
força e a sabedoria do Espírito. Por Cristo,
Senhor nosso.
Prece dos fiéis
Oração sobre as oferendas
Oremos para que a Igreja viva a sua missão
apostólica como a viveu o apóstolo São
Barnabé, homem bom, cheio de fé e do Espírito
Santo, e digamos, com alegria: R. Dai-nos,
Senhor, a fé e a caridade dos Apóstolos.
1. Pela Igreja edificada sobre os Apóstolos
do Cordeiro, para que não ofereça aos homens
ouro e prata, mas a fé em Jesus Cristo, Filho de
Deus, oremos, irmãos.
2. Pelo papa Francisco e pelos bispos a ele
unidos, para que, cheios do Espírito Santo,
transmitam ao mundo a palavra de Jesus,
oremos, irmãos.
3. Pelos presbíteros, missionários e cate-
A
Nós vos pedimos, ó Deus, que santifiqueis
com a vossa bênção as nossas oferendas;
acendam elas em nós a caridade, que impeliu
São Barnabé a levar aos gentios a luz do
Evangelho.
Dia 11 de Junho - Quinta-feira - São Barnabé, Apóstolo - Memória
discípulos: 7 "Em vosso caminho, anunciai: 'O
Reino dos Céus está próximo'. 8 Curai os
doentes, ressuscitai os mortos, purificai os
leprosos, expulsai os demônios. De graça
recebestes, de graça deveis dar! 9 Não leveis
ouro nem prata nem dinheiro nos vossos cintos;
10
nem sacola para o caminho, nem duas
túnicas nem sandálias nem bastão, porque o
operário tem direito ao seu sustento. 11 Em
qualquer cidade ou povoado onde entrardes,
informai-vos para saber quem ali seja digno.
Hospedai-vos com ele até a vossa partida. 12 Ao
entrardes numa casa, saudai-a. 13 Se a casa for
digna, desça sobre ela a vossa paz; se ela não
for digna, volte para vós a vossa paz. - Palavra
da Salvação.
Prefácio dos Apóstolos
Oração depois da comunhão
Ao recebermos, ó Deus, o penhor da vida
eterna, dai-nos gozar na vossa luz o que
celebramos sob o véu do sacramento, em
honra do apóstolo São Barnabé.
A Semente na Terra - Mt 10,7-13
missão é dinâmica. É sair de si e de onde se está para o outro, o desconhecido, o
distante. É ir ao encontro do outro. É caminho e caminhada em busca dos irmãos e
irmãs.
- A palavra é uma mensagem. Os discípulos não levam uma ideologia, mas proclamam
uma mensagem de alegria: o Senhor vem para salvar. Não o demonstram com argumentos
racionais, mas o mostram com a vida. É Evangelho (“ev” = boa; “angelho” = notícia), não é
sistema, não é ideologia, não é doutrina.
- Conteúdo do anúncio é o Reino. Reino que tem uma plenitude futura, mas é já uma
41
Dia 11 de Junho - Quinta-feira - São Barnabé, Apóstolo - Memória
realidade presente. Faz-se presente aqui e agora. O anúncio o torna consciente.
- O Reino se manifesta nas mais variadas situações de diminuição da vida e de morte:
enfermidade, morte, lepra, ‘possessão’...
- “Enfermo” é aquele (a) que não consegue ficar em pé. A cura do enfermo é o grande
milagre de alguém, que, como Jesus, se faz irmãos dos irmãos, sobretudo dos fracos e
enfraquecidos (Mt 8,17).
- Irmão é aquele que ressuscita o Filho Jesus em si e no outro. Sabemos que passamos da
morte à vida quando amamos os irmãos (1Jo 3,14).
- O amor é uma vida nova. O amor dá vida nova. Liberta da lepra da morte e do pecado (cf.
8,1-4).
- O Espírito de verdade expulsa para longe da vida da pessoa o espírito de mentira, que
divide do Pai e dos irmãos, provocando a morte, pois, desde o princípio, o demônio é homicida
(Jo 8,44).
- O Reino deve se manifestar especialmente na forma de vida dos missionários, dos
apóstolos, que de si nada devem ostentar (pobreza) para fazer brilhar o dom de Deus
(gratuidade).
- O princípio não podia ser mais claro: “Vocês receberam de graça, deem também de
graça!” (v. 8). As igrejas-empresas da atualidade negam, pela eficácia econômica, o que pregam
da eficácia da graça!
- “Dar” e “receber” gratuitamente é a dinâmica da vida trinitária. O Pai se dá ao Filho e o
Filho se dá ao Pai, e seu dom recíproco de amor é o Espírito Santo. O missionário cristão – ou o
cristão missionário – estende esse dinamismo, no qual a Trindade o envolve, para dentro das
suas relações. A missão, na verdade, é uma relação nova.
- Sendo pobre, o apóstolo, que dá o dom do Evangelho, pode receber o dom de ser
acolhido. Uma troca de dons, uma troca de graças. Ele dá a quem o acolhe o grande tesouro de
que é portador: tornar-se como Deus, que, em sua natureza mais íntima, é dom e acolhida. Por
isso, a pobreza é determinante para o evangelizador: é a liberdade em relação ao deus desse
mundo – o dinheiro – e a liberdade para o Deus do Reino – o amor. Na sequela de Jesus, Paulo faz
questão de mostrar o seu próprio exemplo (1Cor 9,1ss.).
O Minuto do Concílio
“Esta missão divina, confiada por Cristo aos apóstolos, deverá durar até o fim dos séculos.”
(Lumen gentium 20)
Santos do dia: Barnabé (século I). Rimberto de Bremen – Hamburgo (+ 888). Adelaide (1200
– 1240). Jolenta (1235 – 1298). João González (1430 – 1479). Rosa Molas y Vallvé (1815 – 1876).
Paula Frassinetti (1809 – 1882).
Testemunhas do Reino: Ismael Enrique Pineda (El Salvador, 1980).
Datas comemorativas: Dia do Educador Sanitário. Dia da Marinha Brasileira.
Amanhã, diante do Santíssimo Sacramento exposto, renova-se o Ato de Consagração
ao Sagrado Coração de Jesus (cf. Echir. Indulgentiarum, no 26).
42
SEXTA-FEIRA - SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS - Solenidade
(Cor branca - Ofício solene próprio)
Comentário inicial - O coração simboliza
o amor, a doação, a liberdade. Celebrando o
Coração de Jesus, a Igreja celebra Deus-Amor
que tanto amou o mundo que deu seu próprio
Filho como nossa salvação. A nossa humilde
resposta ao seu amor, segundo as palavras do
próprio Jesus, não é senão amá-Lo de todo o
coração, com toda a inteligência e com todas as
nossas forças. Lembremo-nos, hoje, especialmente, dos jovens que se iniciam para o amor
conjugal através do namoro. O amor é o
coração do namoro, do casamento, da família.
Que a celebração do Sagrado Coração de Jesus
ajude a resgatar o amor verdadeiro, feito de
conhecimento, diálogo, entrega, generosidade,
perdão.
Antífona da entrada
Eis os pensamentos do seu Coração, que
permanecem ao longo das gerações: libertar da
morte todos os homens e conservar-lhes a vida
em tempo de penúria.
Oração do dia
Concedei, ó Deus todo-poderoso, que,
alegrando-nos pela solenidade do Coração do
vosso Filho, meditemos as maravilhas de seu
amor e possamos receber, desta fonte de vida,
uma torrente de graças.
reconheceram que eu cuidava deles. 4 Eu os
atraía com laços de humanidade, com laços de
amor; era para eles como quem leva uma
criança ao colo, e rebaixava-me a dar-lhes de
comer. 8c Meu coração comove-se no íntimo e
arde de compaixão. 9 Não darei largas à minha
ira, não voltarei a destruir Efraim, eu sou Deus, e
não homem; o santo no meio de vós, e não me
servirei do terror. - Palavra do Senhor.
Salmo responsorial - Is 12
R. Com alegria bebereis do manancial
da salvação.
1. Eis o Deus, meu Salvador, eu confio e
nada temo; o Senhor é minha força, meu louvor
e salvação. Com alegria bebereis no manancial
da salvação. R.
2. E direis naquele dia: "Dai louvores ao
Senhor, invocai seu santo nome, anunciai suas
maravilhas, entre os povos proclamai que seu
nome é o mais sublime. R.
3. Louvai cantando ao nosso Deus, que fez
prodígios e portentos, publicai em toda a terra
suas grandes maravilhas! Exultai cantando
alegres, habitantes de Sião, porque é grande
em vosso meio o Deus Santo de Israel!" R.
Dia 12 de Junho - Sexta-feira - Sagrado Coração de Jesus - Solenidade
12
Leitura - Ef 3,8-12.14-19
Leitura da Carta de São Paulo aos
Efésios
Leitura - Os 11,1.3-4,8c-9
Leitura da Profecia de Oseias
Assim diz o Senhor: 1 "Quando Israel era
criança, eu já o amava, e desde o Egito chamei
meu filho. 3 Ensinei Efraim a dar os primeiros
passos, tomei-o em meus braços, mas eles não
Irmãos: 8 Eu, que sou o último de todos os
santos, recebi esta graça de anunciar aos
pagãos a insondável riqueza de Cristo 9 e de
mostrar a todos como Deus realiza o mistério
desde sempre escondido nele, o criador do
universo. 10 Assim, doravante, as autoridades e
poderes nos céus conhecem, graças à Igreja, a
43
Dia 12 de Junho - Sexta-feira - Sagrado Coração de Jesus - Solenidade
multiforme sabedoria de Deus, 11 de acordo
com o desígnio eterno que ele executou em
Jesus Cristo, nosso Senhor. 12 Em Cristo nós
temos, pela fé nele, a liberdade de nos
aproximarmos de Deus com toda a confiança.
14
É por isso que dobro os joelhos diante do Pai,
15
de quem toda e qualquer família recebe seu
nome, no céu e sobre a terra. 16 Que ele vos
conceda, segundo a riqueza da sua glória,
serdes robustecidos, por seu Espírito, quanto
ao homem interior, 17 que ele faça habitar, pela
fé, Cristo em vossos corações, que estejais
enraizados e fundados no amor. 18 Tereis assim
a capacidade de compreender, com todos os
santos, qual a largura, o comprimento, a altura,
a profundidade, 19 e de conhecer o amor de
Cristo, que ultrapassa todo conhecimento, a
fim de que sejais cumulados até receber toda a
plenitude de Deus. - Palavra do Senhor.
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia
V. Tomai sobre vós o meu jugo e de
mim aprendei que sou de manso e humilde
coração. R.
Evangelho - Jo 19,31-37
Louco de amor por nós, Jesus amou-nos
até o fim. De seu coração atravessado pela
lança, jorra a salvação que ele nos trouxe por
sua vida, morte e ressurreição. É o dom do
Espírito, que sempre atualiza e comunica a
própria vida de Deus às nossas vidas.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo João
31
Era o dia da preparação para a Páscoa. Os
judeus queriam evitar que os corpos ficassem
na cruz durante o sábado, porque aquele
sábado era dia de festa solene. Então pediram a
Pilatos que mandasse quebrar as pernas aos
crucificados e os tirasse da cruz. 32 Os soldados
44
foram e quebraram as pernas de um e depois do
outro que foram crucificados com Jesus. 33 Ao
se aproximarem de Jesus, e vendo que já estava
morto, não lhe quebraram as pernas; 34 mas um
soldado abriu-lhe o lado com uma lança, e logo
saiu sangue e água. 35 Aquele que viu, dá
testemunho e seu testemunho é verdadeiro; e
ele sabe que fala a verdade, para que vós
também acrediteis. 36 Isso aconteceu para que
se cumprisse a Escritura, que diz: "Não
quebrarão nenhum dos seus ossos". 37 E outra
Escritura ainda diz: "Olharão para aquele que
transpassaram". - Palavra da Salvação.
Prece dos fiéis
O amor do Coração de Cristo revelou-se
plenamente na Cruz. Elevemos as nossas
súplicas ao Redentor, dizendo, com toda a
confiança: Mostrai-nos, Senhor, o vosso
amor.
1. Pela Igreja, que nasceu da totalidade
vida e ministério de Jesus, cujo ápice se encontra no mistério da Cruz e da Ressurreição, para
que seja Esposa santa e imaculada e ensine os
homens e as mulheres de hoje a contemplar a
sua entrega salvadora, rezemos ao Senhor.
2. Pelos bispos, presbíteros e diáconos,
para que anunciem, com a palavra e com a vida,
as insondáveis riquezas de Cristo, rezemos ao
Senhor.
3. Pelas vítimas da violência e da injustiça,
para que as palavras de Jesus na cruz lhes
ensinem a grandeza da compreensão e do
perdão, rezemos ao Senhor.
4. Pelos deficientes e idosos, pelos doentes
e moribundos, para que sintam que Deus os
trata como filhos, os toma em seus braços e os
atrai ao seu amor, rezemos ao Senhor.
5. Pelos membros do Apostolado da
Oração, para que, orando, sejam conduzidos
pelo Espírito e entre eles cresçam o ardor
missionário, a amizade e a ajuda mútua,
rezemos ao Senhor.
Jesus Cristo, nosso Redentor, que nos
abristes as fontes da salvação, fazei que,
olhando para Vós, levantado na árvore da Cruz,
descubramos as dimensões do vosso amor.
Vós que sois Deus com o Pai na unidade do
Espírito Santo.
Oração sobre as oferendas
Considerai, ó Deus, o indizível amor do
Coração do vosso amado Filho, para que
nossas oferendas vos agradem e sirvam de
reparação por nossas faltas.
Oração eucarística II
O
Prefácio do Sagrado Coração de Jesus
Coração de Jesus, fornalha ardente de
caridade
Na verdade, é justo e necessário, é nosso
dever e salvação dar-vos graças, sempre e em
todo lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e
todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso. Elevado na cruz, entregou-se por nós com imenso
amor. E de seu lado aberto pela lança fez jorrar,
com a água e o sangue, os sacramentos da
Igreja, para que todos, atraídos ao seu Coração,
pudessem beber, com perene alegria, na fonte
salvadora. Por essa razão, agora e sempre, nós
nos unimos à multidão dos anjos e dos santos,
cantando (dizendo) a uma só voz:
Oração depois da comunhão
Ó Deus, que este sacramento da caridade
nos inflame em vosso amor e, sempre voltados
para o vosso Filho, aprendamos a reconhecê-lo
em cada irmão.
Dia 12 de Junho - Sexta-feira - Sagrado Coração de Jesus - Solenidade
6. Pelos namorados, para que façam deste
tempo de bênção que é o namoro uma
oportunidade irrepetível de conhecimento
mútuo, respeito das diferenças, busca de um
projeto comum de vida, lançando, assim, as
bases de uma família feliz, rezemos ao Senhor.
A Semente na Terra - Jo 19,31-37
nosso olhar hoje se volta para a cruz, concentra-se no crucificado e acaba atraído pelo
lado aberto pela lança, o coração de Jesus. Cumpre-se, assim, em nós – como se
cumprira no dia da crucifixão – a palavra do profeta: “Olharão para aquele que
traspassaram” (Zc 12,10b).
- Olhamos com os olhos do discípulo amado, autor do quarto Evangelho, ele que viu e
testemunhou, sendo verdadeiro o seu testemunho e interesseira a sua palavra, uma vez que visa a
suscitar a fé nos nossos corações (cf. Jo 19,35).
- Chegar a essa visão era o objetivo que o Evangelho se prefixara desde o início: “Assim
como Moisés levantou a serpente no deserto, do mesmo modo é preciso que o Filho do Homem
seja levantado. Assim, todo aquele que nele acreditar, nele terá a vida eterna.” (Jo 3,14-15).
- Jesus está morto na cruz – “vendo que estava já morto” (Jo 19,33) – mas o autor do
quarto Evangelho já o vê vivo, a partir da experiência da ressurreição. O seu levantamento na cruz
é já o levantamento da morte, isto é, a sua ressurreição. Imediatamente após o levantamento na
cruz, acontece o que Jesus prometera: ele vai para o Pai. A ida de Jesus para o Pai é, para ele, o
cumprimento de tudo. A ida de Jesus para o Pai é, para nós, o início de tudo.
- O príncipe desse mundo, o demônio, mortalmente ferido, é expulso desse mundo. Jesus
se torna, então, centro de atração para todos (cf. Jo 12,31ss.). Atrás dele, que volta para o Pai,
forma-se a fila dos irmãos e irmãs que o seguem, como as ovelhas seguem o pastor, no caso, o
“belo pastor” (cf. Jo 10,11).
- Para João, a fonte desse caminho é a contemplação daquele que foi traspassado, ferido
45
Dia 12 de Junho - Sexta-feira - Sagrado Coração de Jesus - Solenidade
pela lança. Pelo lado aberto do Filho do Homem o céu se abre para todos os filhos de homem e
mulher (cf. Jo 1,15).
- Procuramos muitas vezes milagres, prodígios, sinais. O sinal que o Evangelho de João
apresenta é o do lado aberto de Jesus: o sinal de um Deus que ama até ao derramamento da
última gota de sangue, símbolo da vida entregue. A lancetada no flanco de Jesus era tão
desnecessária quanto a quebra dos ossos, que não foi feita: era evidente que estava morto. A
lancetada, porém, ao criar a ferida, criou um símbolo e, através desse símbolo, mergulhamos no
abismo de amor do qual saímos, a água da qual nascemos e o sangue do qual vivemos.
- Sangue e água, no nível físico, são líquidos que saem naturalmente das artérias, das
veias, dos órgãos – sobretudo da pleura – perfurados. O evangelista, todavia, não é nenhum
perito do IML. Ele mesmo não dá nenhuma explicação. Que delicadeza diante do mistério! Que
pedagogia diante de nós! Ele se cala, para que o sinal fale por si. Ele se cala, para que nós
soltemos a fala. Olhando o quarto Evangelho como um todo, o sangue é símbolo de toda a vida de
Jesus derramada em favor dos irmãos e irmãs. E a água é a fonte de vida que brota da sua vida
oferecida ao Pai em nosso favor. Se ligarmos a cena do lado aberto com a cena precedente – em
que Jesus sentia sede de nos dar o seu Espírito (cf. Jo 19,28-30) – sangue e água são símbolos
do Espírito Santo. - Hipólito Romano, na Tradição apostólica*, diz que “por meio do sangue nós
temos a água do Espírito”. Isto é: a água do Espírito vem do sangue da cruz como dom da vida! Os
Santos Padres, em geral, viram na água e no sangue o batismo e a Eucaristia, que fazem o Corpo
do Senhor, a Igreja, nascida da Água e sempre de novo edificada pelo Pão e pelo Vinho.
O Minuto do Concílio
“Este colégio (episcopal) exprime a variedade e a universalidade do povo de Deus.”
(Lumen gentium 22)
Santos do dia: Onofre o Grande (+ 400). Leão III (+ 816). Odulfo (+ 857). Zímio, Vímio e
Marino (século XI – XII). Ésquilo (1020 – 1080). Guido Vagnotelli (1190 – 1247). Gaspar Bertoni
(1777 – 1853).
Testemunhas do Reino: Joaquim Neves Norte (Brasil, 1981).
Datas comemorativas: Dia dos Namorados. Dia do Correio Nacional. Fim da Guerra do Chaco
(1935).
ABC DO CRISTIANISMO
[1] “Tradição Apostólica”. Nome de um pequeno importante livro escrito em 215 provavelmente
por Hipólito, um presbítero romano. Recolhe informações importantes sobre a estrutura ministerial e
sacramental da Igreja antiga.
"Se alguém disser: "Recebi o dom da cura por uma revelação", não será
imposta a mão sobre ele: os próprios fatos evidenciarão se diz a verdade."
(Tradição Apostólica I 32,5)
46
SÁBADO - IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA - Memória
(cor branca - ofício da memória)
Antífona da entrada
Meu coração exulta porque me salvais.
Cantarei ao Senhor pelo bem que me fez.
Oração do dia
Ó Deus, que preparastes morada digna do
Espírito Santo no Imaculado Coração de Maria,
concedei que, por sua intercessão, nos
tornemos um templo de vossa glória.
Os saciados se empregaram por um pão, mas
os pobres e os famintos se fartaram. Muitas
vezes deu à luz a que era estéril, mas a mãe de
muitos filhos definhou. R.
3. É o Senhor quem dá a morte e dá a vida,
faz descer à sepultura e faz voltar; é o Senhor
quem faz o pobre e faz o rico, é o Senhor quem
nos humilha e nos exalta. R.
4. O Senhor ergue do pó o homem fraco,
do lixo ele retira o indigente, para fazê-los
assentar-se com os nobres num lugar de muita
honra e distinção. R.
Leitura - Is 61,9-11
Aclamação ao Evangelho
Leitura do Livro do Profeta Isaías
9
A descendência do meu povo será
conhecida entre as nações, e seus filhos se
fixarão no meio dos povos; quem os vir há de
reconhecê-los como descendentes abençoados por Deus. 10 Exulto de alegria no Senhor
e minh'alma regozija-se em meu Deus; ele me
vestiu com as vestes da salvação, envolveu-me
com o manto da justiça e adornou-me como
um noivo com sua coroa, ou uma noiva com
suas joias. 11 Assim como a terra faz brotar a
planta e o jardim faz germinar a semente, assim
o Senhor Deus fará germinar a justiça e a sua
glória diante de todas as nações. - Palavra do
Senhor.
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Bendita é a Virgem Maria, que guardava
a Palavra de Deus, meditando-a no seu
coração. R.
Dia 13 de Junho - Sábado - Imaculado Coração de Maria - Memória
13
Evangelho - Lc 2,41-51
Criado para a vida, o ser humano tem medo
da morte e faz de tudo para afastá-la. Uma das
coisas que faz – a mais comum e a menos
indicada – é o acúmulo de bens, de coisas, de
riquezas. É a falsa esperança de que algo pode
salvar alguém. Só Alguém, contudo, pode
salvar alguém. Este Alguém é o Pai, o Amor
infinito, a Vida sem começo e sem fim. Esta é a
nossa meta; a morte é pedágio!
Cântico - 1Sm 2
R. Meu coração se regozija no Senhor.
1. Exulta no Senhor meu coração, e se
eleva a minha fronte no meu Deus; minha boca
desafia os meus rivais porque me alegro com a
vossa salvação. R.
2. O arco dos fortes foi dobrado, foi
quebrado, mas os fracos se vestiram de vigor.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Lucas
41
Os pais de Jesus iam todos os anos a
Jerusalém, para a festa da Páscoa. 42 Quando
ele completou doze anos, subiram para a festa,
como de costume. 43 Passados os dias da
Páscoa, começaram a viagem de volta, mas o
menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que
47
Dia 13 de Junho - Sábado - Imaculado Coração de Maria - Memória
seus pais o notassem. 44 Pensando que ele
estivesse na caravana, caminharam um dia
inteiro. Depois começaram a procurá-lo entre
os parentes e conhecidos. 45 Não o tendo
encontrado, voltaram para Jerusalém à sua
procura. 46 Três dias depois, o encontraram no
Templo. Estava sentado no meio dos mestres,
escutando e fazendo perguntas. 47 Todos os que
ouviam o menino estavam maravilhados com
sua inteligência e suas respostas. 48 Ao vê-lo,
seus pais ficaram muito admirados e sua mãe
lhe disse: "Meu filho, por que agiste assim
conosco? Olha que teu pai e eu estávamos,
angustiados, à tua procura". 49 Jesus respondeu:
"Por que me procuráveis? Não sabeis que devo
estar na casa de meu Pai?" 50 Eles, porém, não
compreenderam as palavras que lhes dissera.
51
Jesus desceu então com seus pais para
Nazaré, e era-lhes obediente. Sua mãe, porém,
conservava no coração todas estas coisas.
- Palavra da Salvação.
Prece dos fiéis
Por intercessão da Virgem Maria, a memória
do seu Imaculado Coração, elevemos as
nossas súplicas a Deus Pai todo-poderoso,
dizendo: R. Interceda por nós o Coração da
Virgem Imaculada.
1. Para que os cristãos e cristãs sejam um
só coração e uma só alma e perseverem em
oração com Maria, Mãe de Jesus, oremos,
irmãos.
2. Para que as mães fomentem nos seus
lares o amor e a santidade da Família de Nazaré,
Jesus, Maria e José, oremos, irmãos.
3. Para que Deus dê força aos que sofrem,
como fortaleceu a Virgem Maria junto à cruz do
seu filho, oremos, irmãos.
4. Para que todos aqueles que estão em
perigo sintam a proteção da Mãe de misericórdia, oremos, irmãos.
5. Para que as religiosas e as consagradas
ao Senhor exultem por terem escolhido a
48
porção que não lhes será tirada, oremos,
irmãos.
6. Para que todos os discípulos e discípulas de Cristo se alegrem por ter Maria como
co-discípula fiel e mãe amorosa, oremos,
irmãos.
Concedei, Senhor, à vossa Igreja, por
intercessão do Imaculado Coração de Maria, a
graça de acolher, como a Virgem, os dons de
Deus, e ser digna morada do Espírito Santo. Por
Cristo, nosso Senhor.
Oração sobre as oferendas
Acolhei, ó Deus, as preces e oferendas
que vos apresentamos em honra de Maria,
Mãe de Jesus Cristo, vosso Filho. Que elas
vos sejam agradáveis e nos tragam o vosso
perdão.
Prefácio da Virgem Maria, I
A maternidade da Virgem Maria
Na verdade, é justo e necessário, é nosso
dever e salvação dar-vos graças, sempre e em
todo lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e
todo-poderoso, e, na festa do Imaculado
Coração de Maria, sempre Virgem, celebrar os
vossos louvores. À sombra do Espírito Santo,
ela concebeu o vosso Filho único e, permanecendo virgem, deu ao mundo a luz eterna,
Jesus Cristo, Senhor nosso. Por ele, os anjos
cantam vossa grandeza, os santos proclamam
vossa glória. Concedei também a nós associarnos a seus louvores, cantando (dizendo) a uma
só voz:
Oração depois da comunhão
Tendo participado, ó Deus, da redenção
eterna, na festa da Mãe de Jesus, concedei-nos
crescer em vossa graça até a plenitude da
salvação.
om a apresentação de Jesus a Israel, termina a apresentação de Israel aos pagãos, para
que eles – aos quais Lucas escreve – possam entrar no ‘clima’ do Novo Testamento. O
leitor pagão de Lucas está, agora, preparado para acolher, ver, abraçar e louvar a Deus,
identificando-se com as figuras israelíticas de Maria, dos pastores, de Simeão e Ana.
- O primeiro capítulo de Lucas já está povoado de títulos que, aplicados a Jesus, ajudam a
penetrar no seu mistério. Jesus é o Filho de Deus (1,32-35), Filho do Altíssimo (1,32), salvador
(1,11), Cristo Senhor (1,11), luz dos povos e glória de Israel (1,32), sinal de contradição e
espada que corta (1,34.35), consolação e redenção de Israel. A Cristologia não precisa fazer
muito esforço para ter à disposição um rico mostruário de ‘títulos cristológicos’!
- Lucas faz, então, uma espécie de ‘trailer’ antecipatório de como tudo se revelará no
decorrer da vida terrena de Jesus, que o terceiro Evangelho narrará, de forma ordenada e com
mais amplitude, em seguida. A vida de Jesus se desenrolará como uma peregrinação a
Jerusalém – a grande viagem de Lc 9, – para onde a sua “sabedoria” o leva e o segura, para ser e
viver como Filho em obediência ao Pai. A narração do encontro de Jesus menino no Templo com
os doutores antecipa a “viagem pascal” de Jesus adulto a Jerusalém. O evangelista, depois de ter
delineado a pré-história de Jesus por meio das linhas mestras da promessa (a Lei, o Templo e a
Profecia), traça um desenho do seu futuro e revela-nos, assim, a loucura da sua sabedoria, que o
levará à impotência que nos salva. Os três dias – nem mais nem menos – da sua perda em
Jerusalém são o prelúdio da sua morte, sepultamento e ressurreição. O iconógrafo Lucas criou
um belo roteiro!
- Evidentemente, o Lucas que escreve sobre a infância de Jesus é o Lucas, que, pela
pregação da vida, morte e ressurreição de Jesus, conhece o desfecho daquela flor que, em
Belém, em Jerusalém e em Nazaré, mal chegava a um botão querendo abrir. O escritor Lucas,
sabedor da morte de Jesus na cruz e certo da sua ressurreição, lê todo o passado de Jesus –
sobretudo o seu início, a infância (Lc 1-2) – à luz da ressurreição. E esta faz ver aquilo que já
estava, sim, presente nos fatos, mas que a pequenez, a humildade, a naturalidade de Jesus não
deixavam transparecer. A ressurreição lança uma luz poderosíssima sobre a infância de Jesus, e
essa brilha, então, de uma luz nova. A quotidianidade reveste-se de instantaneidade. A penumbra
vira glória. A opacidade transluz de fulgor.
- A esta revelação fulgurante (graças à retroprojeção da ressurreição!) do mistério de Jesus
no Templo, serve de moldura o mistério da sua vida humilde e quotidiana em Nazaré (com menos
retroprojeção da ressurreição!), sua escola de sabedoria. Sabedoria que o Filho trazia em sua
natureza divina, Sabedoria, aliás, que ele próprio era, mas que, em sua condição encarnada, só
podia manifestar-se nas condições e nos limites da natureza humana, sendo captada, como em
toda natureza humana, pela consciência igualmente humana. Sabedoria que Jesus foi também
aprendendo no seio e sobre os joelhos da mãe, na convivência com o pai, na frequentação da
sinagoga, nas idas anuais ao Templo, na leitura da Escritura, da qual ele, como todo ser humano,
aprendeu a discernir os sinais, decifrar as letras, juntar as sílabas, formar as palavras, ler as
frases, captar o sentido. É importante dizer isso, porquanto uma imagem desequilibradamente
divina de Jesus o dispensa de todo esse processo universalmente humano. Há um monofisismo
sempre à espreita!
- No Evangelho de hoje, a sabedoria – tema dominante – aparece no começo (v. 40) e no
fim (v. 50) do relato, sendo descrita no meio (vv. 46.47). É a sabedoria do Filho, oposta à de
Dia 13 de Junho - Sábado - Imaculado Coração de Maria - Memória
C
A Semente na Terra - Lc 2,41-51
49
Dia 14 de Junho - 11º Domingo do Tempo Comum
‘Adam’ e que consiste na obediência ao Pai (v. 59). Jesus fica tres dias em Jerusalém,
respondendo sobre as Escrituras e para responder às Escrituras. Depois, volta a Nazaré, para a
vida quotidiana, a vida familiar, a vida normal de toda criança, adolescente, jovem. É a
encarnação que faz o seu caminho. É a encarnação que continua. O dia a dia de Nazaré o preparou
para a vida pública tanto quanto aquele dia único da encarnação do Verbo!
O Minuto do Concílio
“Algumas delas [Igrejas particulares], notadamente as Igrejas patriarcais,
como mães geraram outras filhas.” (Lumen gentium 23)
Santos do dia: Geraldo de Claraval (+ 1138). Antônio de Pádua (1195 – 1231).
Datas comemorativas: Dia do Turista. Início da Insurreição Pernambucana (1645).
Nascimento de José Bonifácio, Patriarca da Independência (1763). Criação do Jardim Botânico do
Rio de Janeiro, por Dom João VI (1808). Início da Insurreição Pernambucana para expulsar os
holandeses (1645).
14
11º DOMINGO DO TEMPO COMUM
(Cor verde - III SEMANA DO SALTÉRIO - Ofício dominical comum)
ser humano tem acesso. Não define, nem
descreve, só indica, insinua, alude, sugere. Não
separa uma realidade da outra, mas interliga,
relaciona, lança pontes. Está aberta a ser
completada, corrigida, modificada por outra
imagem, aliás, por outras imagens. Passeia
entre um campo e outro da experiência
humana, como a própria vida, que nunca está
fechada num único compartimento. É a
linguagem adequada para se falar do Reino.
Que é como a semente que o lavrador joga na
terra. Depois, dorme e acorda, enquanto a
semente cresce por sua própria energia. Não
importa o tamanho da semente, o que conta é o
espetáculo da colheita, precedido pelos galhos
carregados, que a anunciam. E se o mau tempo
ou a tempestade frustra a colheita este ano, a
esperança do lavrador renasce com a primeira
chuva, certo de que o futuro será melhor.
Comentário inicial - Jesus gosta de falar
com metáforas, usar parábolas, ensinar por
comparações. É a linguagem mais rica a que o
50
Antífona da Entrada
Ouvi, Senhor, a voz do meu apelo: tende
Oração do dia
Ó Deus, força daqueles que esperam em
vós, sede favorável ao nosso apelo, e como
nada podemos em nossa fraqueza, dai-nos
sempre o socorro da vossa graça, para que
possamos querer e agir conforme vossa
vontade, seguindo os vossos mandamentos.
Primeira leitura- Ez 17,22-24
Leitura da Profecia de Ezequiel
22
Assim diz o Senhor Deus: "Eu mesmo
tirarei um galho da copa do cedro, do mais alto
de seus ramos arrancarei um broto e o plantarei
sobre um monte alto e elevado. 23 Vou plantá-lo
sobre o alto monte de Israel. Ele produzirá
folhagem, dará frutos e se tornará um cedro
majestoso. Debaixo dele pousarão todos os
pássaros, à sombra de sua ramagem as aves
farão ninhos. 24 E todas as árvores do campo
saberão que eu sou o Senhor, que abaixo a
árvore alta e elevo a árvore baixa; faço secar a
árvore verde e brotar a árvore seca. Eu, o
Senhor, digo e faço". - Palavra do Senhor.
Rochedo, não existe nele o mal!" R.
Leitura - 2Cor 5,6-10
Leitura da Segunda Carta de São Paulo
aos Coríntios
Irmãos: 6 Estamos sempre cheios de
confiança e bem lembrados de que, enquanto
moramos no corpo, somos peregrinos longe do
Senhor; 7 pois caminhamos na fé e não na visão
clara. 8 Mas estamos cheios de confiança e
preferimos deixar a moradia do nosso corpo,
para ir morar junto do Senhor. 9 Por isso,
também nos empenhamos em ser agradáveis a
ele, quer estejamos no corpo, quer já tenhamos
deixado essa morada. 10 Aliás, todos nós temos
de comparecer às claras perante o tribunal de
Cristo, para cada um receber a devida
recompensa - prêmio ou castigo - do que tiver
feito ao longo de sua vida corporal. - Palavra
do Senhor.
Dia 14 de Junho - 11º Domingo do Tempo Comum
compaixão de mim e atendei-me; vós sois meu
protetor: não me deixeis; não me abandoneis, ó
Deus meu Salvador!
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Semente é de Deus a Palavra, o Cristo é
o semeador; todo aquele que o encontra, vida
eterna encontrou. R.
Evangelho - Mc 4,26-34
Salmo responsorial - Sl 91
R. Como é bom agradecermos ao
Senhor.
1. Como é bom agradecermos ao Senhor
cantar salmos de louvor ao Deus Altíssimo!
Anunciar pela manhã vossa bondade, e o vosso
amor fiel, a noite inteira. R.
2. O justo crescerá como a palmeira,
florirá igual ao cedro que há no Líbano; na casa
do Senhor estão plantados, nos átrios de meu
Deus florescerão. R.
3. Mesmo no tempo da velhice darão
frutos, cheios de seiva e de folhas verdejantes;
e dirão: "É justo mesmo o Senhor Deus: meu
O Evangelho de hoje não nos ensina a
ficarmos passivos e inativos, que Deus faz tudo
e muito mais. A boa notícia é sempre apelo à
conversão, à fé, ao seguimento, à ação.
Conversão, fé, seguimento, ação são, sem
dúvida, ações humanas, plenamente humanas,
nas quais e mediante as quais, porém, Deus
nos liberta para sermos e fazermos o que
corresponde à nossa vocação mais profunda: a
vida e a liberdade em Deus.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Marcos
Naquele tempo: 26 Jesus disse à multidão:
51
Dia 14 de Junho - 11º Domingo do Tempo Comum
"O Reino de Deus é como quando alguém
espalha a semente na terra. 27 Ele vai dormir e
acorda, noite e dia, e a semente vai germinando
e crescendo, mas ele não sabe como isso
acontece. 28 A terra, por si mesma, produz o
fruto: primeiro aparecem as folhas, depois vem
a espiga e, por fim, os grãos que enchem a
espiga. 29 Quando as espigas estão maduras, o
homem mete logo a foice, porque o tempo da
colheita chegou". 30 E Jesus continuou: "Com
que mais poderemos comparar o Reino de
Deus? Que parábola usaremos para representálo? 31 O Reino de Deus é como um grão de
mostarda que, ao ser semeado na terra, é a
menor de todas as sementes da terra. 32 Quando
é semeado, cresce e se torna maior do que
todas as hortaliças, e estende ramos tão
grandes, que os pássaros do céu podem
abrigar-se à sua sombra". 33 Jesus anunciava a
Palavra usando muitas parábolas como estas,
conforme eles podiam compreender. 34 E só
lhes falava por meio de parábolas, mas, quando
estava sozinho com os discípulos, explicava
tudo. - Palavra da Salvação.
Prece dos fiéis
Aqui reunidos no Espírito Santo, oremos
com toda a confiança a Deus Pai, pela mediação
de seu Filho Jesus Cristo, dizendo: R. Atendei,
Senhor, a nossa prece.
1. Pelo papa Francisco, que preside a toda
a Igreja, pela Conferência Nacional dos Bispos
do Brasil e pela coragem de todos os bispos e
presbíteros, oremos ao Senhor.
2. Pelos cristãos que perderam a fé, pelo
A
povo judeu, vinha que Deus plantou com todo o
cuidado, e pelos crentes de todas as religiões,
oremos ao Senhor.
3. Pela semente lançada à terra por Jesus,
pelo crescimento da fé na Igreja de hoje e por
todos os missionários e missionárias, oremos
ao Senhor.
4. Por aqueles que perderam a esperança,
pelos que foram injustamente condenados e
pelos que vivem no exílio, longe da pátria,
oremos ao Senhor.
5. Pela nossa assembleia celebrante, por
toda a nossa comunidade e pelos nossos pais e
irmãos que Deus chamou, oremos ao Senhor.
Pai de misericórdia, que enviastes o vosso
Filho a semear a Palavra no coração dos
homens, fazei que ela germine e dê muito fruto,
para ser recolhido no celeiro do reino dos Céus.
Por Cristo, nosso Senhor.
Oração sobre as oferendas
Ó Deus, que pelo pão e o vinho alimentais a
vida dos seres humanos e os renovais pelo
sacramento, fazei que jamais falte este sustento
ao nosso corpo e à nossa alma.
Oração Eucarística V
Oração depois da comunhão
Ó Deus, esta comunhão na Eucaristia
prefigura a união dos fieis em vosso amor; fazei
que realize também a comunhão na vossa
Igreja.
A Semente na Terra - Mc 4,26-34
palavra-chave do Evangelho de hoje é um tapa na cara do nosso protagonismo: “Ele vai
dormir e acorda, noite e dia, e a semente vai germinando e crescendo, mas ele não sabe
como isso acontece” (Mc 4,27).
- A mensagem é clara: não é a ação do ser humano que produz o Reino, mas o próprio
poder de Deus, invisível e escondido como a vida na semente.
52
Dia 14 de Junho - 11º Domingo do Tempo Comum
- Nossas impaciências pelo bem não só são inúteis, mas prejudiciais. Da mesma forma
que o mal traz em si seu veneno de morte, o bem tem sua própria vida e cresce por si.
- No evangelho de hoje, Jesus mostra o contraste entre a nossa inatividade e a ação de
Deus. Mas este contraste é só aparente, pois ele age exatamente onde somos impotentes e
contamos confiantes com sua ação. Eficácia evangélica e eficácia mundana não são a mesma
coisa!
- Os tentadores insistem para que Jesus aja rápido, com urgência e determinação. Senão,
seus esforços serão frustrados. Ele responde que, se puxamos a planta, a arrancamos, mas ela
não cresce. A vida tem o seu ritmo, que é preciso conhecer e respeitar. A semente, uma vez
lançada na terra, cresce por si, com a mesma calma com que o rio escorre para o mar e a pedra
rola morro abaixo. Não se contraria nem se apressa este ritmo impunemente!
- Na verdade, o Reino de Deus é de Deus. O homem não pode nem fazê-lo nem impedi-lo.
Pode, no máximo, retardá-lo, como alguma depressão na encosta ou alguma represa nalgum
ponto do rio. Ao homem cabe acolher o Reino e deixar-se envolver no seu dinamismo. Ação
divina e ação humana, a partir daí, não se opõem, mas se compõem na insuperável diferença.
- Modelo de nossa ação é Moisés, que se volta confiante para Deus: enquanto seus braços
estão erguidos, o povo vence (cf. Ex 14,13ss.); a nossa força vem do nosso abandono confiante
em seus braços (cf. Is 30,5).
- A agitação, ao invés de nos livrar da areia movediça, pode precipitar nosso engolimento.
Quem nos salva é ele, o Senhor único de tudo e de todos. Quem crê realmente sabe disso e fica
sereno, ainda que cercado de dificuldades. O ímpio, ao contrário, é como “mar agitado, que não
se acalma e cujas águas trazem barro e sujeira” (Is 57,20). Nossas ansiedades em relação ao
bem não vêm de Deus, mas do inimigo. São sinais de pouca confiança – “Senhor, salva-nos
porque perecemos”! – e causa de perdição.
- A parábola do semeador que dorme é a parábola absoluta da fé. Fé que faltará aos
discípulos na noite deste mesmo dia, quando Jesus dormirá tranquilo e os discípulos ‘morrerão’
de medo (cf. Mc 4,35-41).
- Pode-se iluminar a parábola de Jesus com outra, nossa. Um camponês estava sentado à
beira de um terreno limpo, nu de planta nenhuma. Mandou embora as crianças que queriam jogar
bola ali. Fez um transeunte que queria passar pelo meio do terreno desviar seu caminho. Frustrou
um padre que pedia parte do terreno para construir sobre ele alguma capela ou a sede de uma
obra beneficente. Naquele terreno, não tinha nada. Mas o camponês já o contemplava verdejante,
dourado, colhido. Um visionário? Absolutamente. A aparência dava razão aos ‘realistas’. A
realidade, porém, ao camponês, que tinha semeado e sabia que a semente não decepciona!
“Quem não tem a sábia paciência do camponês destrói com duas mãos o que faz com uma”
(Fausti).
SEMEAR COM HUMILDADE E CONFIANÇA
José Antonio Pagola
Jesus se preocupava muito que seus seguidores ficassem, um dia, desanimados ao ver que
seus esforços por um mundo mais humano e feliz não obtivessem o êxito esperado. Esqueceriam
o Reino de Deus? Manteriam sua confiança no Pai? O mais importante é que não esqueçam nunca
como devem trabalhar.
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Dia 14 de Junho - 11º Domingo do Tempo Comum
Com exemplos tomados da experiência dos camponeses da Galileia, anima-os a trabalhar
sempre com realismo, com paciência e com muita confiança. Não é possível abrir caminhos ao
Reino de Deus de qualquer maneira. Têm que prestar atenção em como Ele trabalha.
A primeira coisa é que a tarefa deles é semear, não colher. Não devem viver esperando
resultados. Não devem se preocupar com a eficácia nem com o sucesso imediato. Sua atenção
deve se concentrar em semear bem o Evangelho. Os colaboradores de Jesus devem ser
semeadores. Nada mais.
Depois de séculos de expansão religiosa e de grande poder social, nós cristãos temos que
recuperar na Igreja o gesto humilde do semeador. Esquecer a lógica de quem sai sempre a colher
frutos e entrar na lógica de quem semeia um futuro melhor.
Os inícios de toda semeadura são sempre humildes. Ainda mais se se trata de semear o
Projeto de Deus no ser humano. A força do Evangelho não é nunca espetacular ou clamorosa. De
acordo com Jesus, é como semear algo tão pequeno e insignificante como “um grão de
mostarda” que germina secretamente no coração das pessoas.
Por isso, o Evangelho só pode ser semeado com fé. É o que Jesus quer dizer com suas
pequenas parábolas. O Projeto de Deus de fazer um mundo mais humano carrega dentro de si uma
força salvadora e transformadora que já não depende do semeador. Quando a Boa Nova desse
Deus penetra em uma pessoa ou em um grupo humano, ali começa a crescer algo que nos supera.
Na Igreja, não sabemos nestes momentos como atuar nesta situação nova e inédita, no meio
de uma sociedade cada vez mais indiferente a dogmas religiosos e códigos morais. Ninguém
tem a receita. Ninguém sabe exatamente o que é preciso fazer. O que precisamos é buscar
caminhos novos com a humildade e a confiança de Jesus.
Mais cedo ou mais tarde, nós cristãos sentiremos a necessidade de voltar ao essencial.
Descobriremos que só a força de Jesus pode regenerar a fé na sociedade descristianizada de
nossos dias. Então, a prenderemos a semear com humildade o Evangelho como início de uma fé
renovada, não transmitida por nossos esforços pastorais, mais engendrada por ele.
O Minuto do Concílio
“Esta Igreja de Cristo está verdadeiramente presente em todas as
legítimas assembleias locais de fiéis.” (Lumen gentium 26)
Santos do dia: Metódio I de Constantinopla (790 – 847). Hartwig de Salzburg (955 – 1023).
Gottschalk (1000 – 1066).
Testemunhas do Reino: Maurício Silva (Argentina, 1977). Cosme Spessoto (El Salvador,
1980). Vicente Hordanza (Peru, 1983).
Datas comemorativas: Dia do Solista. Dia Universal de Deus. Dia Nacional das Relações
Públicas. Dia da Manicura.
54
(Cor verde - Ofício do dia de semana)
Antífona da entrada
vivamos; como castigados mas não mortos;
como aflitos mas sempre alegres; como
pobres mas enriquecendo muitos; como quem
nada possui, mas tendo tudo. - Palavra do
Senhor.
10
Ouvi, Senhor, a voz do meu apelo: tende
compaixão de mim e atendei-me; vós sois meu
protetor: não me deixeis; não me abandoneis, ó
Deus meu Salvador!
Salmo responsorial - Sl 97
Oração do dia
R. O Senhor fez conhecer a salvação.
Ó Deus, força daqueles que esperam em
vós, sede favorável a nosso apelo, e como nada
podemos em nossa fraqueza, dai-nos sempre o
socorro da vossa graça, para que possamos
querer e agir conforme vossa vontade,
seguindo os vossos mandamentos.
Leitura - 2Cor 6,1-10
Leitura da Segunda Carta de São Paulo
aos Coríntios
1. Cantai ao Senhor Deus um canto novo,
porque ele fez prodígios! Sua mão e o seu braço
forte e santo alcançaram-lhe a vitória. R.
2. O Senhor fez conhecer a salvação, e às
nações, sua justiça; recordou o seu amor
sempre fiel pela casa de Israel. R.
3. Os confins do universo contemplaram a
salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor
Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai! R.
Dia 15 de Junho - Segunda-feira da 11ª Semana do Tempo Comum
15
SEGUNDA-FEIRA DA 11ª SEMANA DO TEMPO COMUM
Aclamação ao Evangelho
Irmãos: 1 Como colaboradores de Cristo,
nós vos exortamos a não receberdes em vão a
graça de Deus, 2 pois ele diz: "No momento
favorável, eu te ouvi e no dia da salvação, eu te
socorri". É agora o momento favorável, é agora
o dia da salvação. 3 Não damos a ninguém
nenhum motivo de escândalo, para que o nosso
ministério não seja desacreditado. 4 Mas em
tudo nos recomendamos como ministros de
Deus, com muita paciência, em tribulações,
em necessidades, em angústias, 5 em açoites,
em prisões, em tumultos, em fadigas, em
insônias, em jejuns, 6 em castidade, em
compreensão, em longanimidade, em bondade, no Espírito Santo, em amor sincero, 7 em
palavras verdadeiras, no poder de Deus, em
armas de justiça, ofensivas e defensivas, 8 em
honra e desonra, em má ou boa fama; considerados sedutores, sendo, porém, verazes;
9
como desconhecidos, sendo porém, bem
conhecidos; como moribundos, embora
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Vossa palavra é uma luz para os meus
passos, e uma lâmpada luzente em meu
caminho. R.
Evangelho - Mt 5,38-42
Jesus substitui a lei do “talião”* – do tal e
qual – pela lei do amor – que se exprime na
compaixão, na misericórdia, na generosidade,
na doação, na generosidade. É preciso deixar
que esta palavra revolucionária de Jesus mexa
conosco, sobretudo, hoje, quando o individualismo e a vingança gritam mais alto que a
própria lei dos homens.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus
55
Dia 15 de Junho - Segunda-feira da 11ª Semana do Tempo Comum
discípulos: 38 "Ouvistes o que foi dito: 'Olho por
olho e dente por dente!' 39 Eu, porém, vos digo:
Não enfrenteis quem é malvado! Pelo contrário,
se alguém te dá um tapa na face direita,
oferece-lhe também a esquerda! 40 Se alguém
quiser abrir um processo para tomar a tua
túnica, dá-lhe também o manto! 41 Se alguém te
forçar a andar um quilômetro, caminha dois
com ele! 42 Dá a quem te pedir e não vires as
costas a quem te pede emprestado". - Palavra
da Salvação.
oferecidas no dia a dia da vida, rezemos ao
Senhor.
4. Para que os discípulos e discípulas de
Jesus, sem jamais perder sua dignidade nem
abrir mão de seus direitos, sejam capazes de
responder às ofensas, às injúrias e às violências
com o perdão, a indulgência e a mansidão,
rezemos ao Senhor.
5. Para que as famílias de nossa comunidade sejam escolas onde se vivam, respeitem
e transmitam os valores que Jesus viveu e
ensinou, rezemos ao Senhor.
Prece dos fiéis
A escola de Jesus Cristo não é escola de
castigo e de vingança, mas de amor, de
humildade, de perdão e de bondade. Peçamos
ao Senhor que nos aceite como discípulos e
discípulas, dizendo: R. Convertei-nos,
Senhor, ao Evangelho.
Senhor Jesus, mestre bom e verdadeiro,
concedei-nos a graça de acolher as vossas
palavras, na certeza de que o perdão é mais
forte do que a violência e que o amor é mais
forte do que a morte. Vós que sois Deus com o
Pai na unidade do Espírito Santo.
Oração sobre as oferendas
1. Para que os filhos e filhas da Igreja e os
cidadãos e cidadãs de nosso país repudiem
atitudes de vingança e retaliação e se orientem
pelo testemunho de amor e de perdão de Jesus
Cristo, rezemos ao Senhor.
2. Para que os bispos, os presbíteros e os
diáconos se mostrem em tudo servidores do
povo de Deus, na alegria e na tristeza, pela
palavra e pela bondade, rezemos ao Senhor.
3. Para que os ministros do Evangelho
exortem os fiéis a não receberem em vão a
graça de Deus e a salvação que lhes são
D
Ó Deus, que pelo pão e o vinho alimentais a
vida dos seres humanos e os renovais pelo
sacramento, fazei que jamais falte este sustento
ao nosso corpo e à nossa alma.
Oração depois da comunhão
Ó Deus, esta comunhão na Eucaristia
prefigura a união dos vossos fiéis em vosso
amor; fazei que realize também a comunhão na
vossa Igreja.
A Semente na Terra - Mt 5,38-42
e Mt 5,21 a Mt 5,48 temos seis antíteses, ou seja, seis contraposições: “Vocês ouviram
o que foi dito... Eu, porém, lhes digo”. Ao dizer “eu, porém, lhes digo”, Jesus vai
anunciando a justiça “excessiva” do Filho que possibilita a entrada no Reino do Pai (cf.
Mt 5,20). É assim que Jesus cumpre toda a lei: ou melhor, leva à plenitude, quer dizer, realiza
plenamente, isto é, afirma (tese), nega (antítese) e vai além (síntese) da justiça das religiões
naturais e do Antigo Testamento.
- O critério maior do nosso agir é o agir do próprio Pai em relação a nós e em relação ao
Filho: “sejam perfeitos como é perfeito o Pai de vocês que está nos céus” (Mt 5,48).
- O que Jesus ensina, na verdade, não é novo; o que é novo é o modo de cumprir a lei. O
modo do Filho apresentá-la e o modo do Filho vivê-la é que são novos, diferentes,
56
Dia 15 de Junho - Segunda-feira da 11ª Semana do Tempo Comum
revolucionários. A raiz da sua justiça é o amor do Pai e o amor ao Pai. Isso é novo.
- Inaudita e inédita é a autoridade de Jesus, que só se equipara à do Pai, ao dar a Moisés as
Dez Palavras, para que ele, por sua vez, as desse ao povo. Nunca ninguém ousou dizer, diante de
um preceito da Lei: “foi dito [por Deus, evidentemente]... eu, porém, lhes digo”. Os mestres e
doutores da Lei a estudavam, a interpretavam, a ensinavam ao povo, mas jamais lhes passou pela
cabeça mudar uma vírgula, um jota sequer. As pessoas do povo, porém, se admiravam porque,
em Jesus, ouviam um ensinamento dado com autoridade (cf. Mc 1,27par.)!
- Os versículos de hoje dizem respeito à chamada justiça vindicativa. A lei do talião –
palavra que vem de “tal... tal” (tal crime - tal pena: roubou minha vaca - roubo a sua; matou minha
ovelha - mato sua e, assim, vai, até um matar o outro... e a vingança ficar a cargo da geração
seguinte) – é substituída pela ‘lei’ da misericórdia, a única, na verdade, capaz de vencer o mal e
de ganhar o malfeitor.
- João XXIII, ao anunciar o Concílio Ecumênico Vaticano II*, tentou introduzir a lei da
misericórdia no tratamento dos erros que perturbam a Igreja e a humanidade: “Sempre a Igreja se
opôs a esses erros; muitas vezes até os condenou com a maior severidade. Nos nossos dias,
porém, a Esposa de Cristo prefere usar mais o remédio da misericórdia que o da severidade: julga
satisfazer melhor às necessidades de hoje mostrando a validez da sua doutrina que condenando
erros.” (João XXIII, Discurso Gaudet Mater Ecclesia, na abertura do Concílio Vaticano II) A
inovação, porém, não durou muito. Daí a insistência do papa Francisco em insistir na
misericórdia, inclusive anunciando o Ano Santo da Misericórdia!
O Minuto do Concílio
“Os bispos não usam a autoridade senão para edificar o seu rebanho na verdade e na
santidade, recordando que quem é o maior deve portar-se como o menor,
e o que manda como quem serve.” (Lumen gentium 27)
Santos do dia: Vito (297 – 304). Lotário de Sées (685 – 756). Eigil (+ 822). Bernardo de Aosta
(+ 1081). Geraldo de Salzburg (1010 – 1088). Isfrido de Ratzeburgo (+ 1204). Germana Cousin
(1579 – 1601). Aloísio Palazzolo (1827 – 1886). Klara Fietz (1905 – 1937).
Testemunhas do Reino: Víctor Sanabria (Costa Rica, 1952). Teodoro Santos Mejía (Peru,
1989).
Datas comemorativas: Dia do Paleontólogo. Batismo da Pomerânia (1125).
ABC DO CRISTIANISMO
[1] Talião. A chamada “lei do talião” deve ser entendida no contexto mais amplo da evolução da lei
bíblica a respeito da questão da atitude diante da ofensa recebida. Na sociedade israelítica, nos tempos
mais antigos, a vingança privada por parte de um “vingador do sangue” de uma família ofendida era a
regra em casos de violência física e morte (cf. Nm 35,9-28; Gn 4,23-24): matava-se o agressor.
Tendência a moderar esta prática aparece nas instituições do Templo e das “cidades de refúgio”, onde
havia algumas tutelas jurídicas voltadas para a proteção (uma espécie de 'habeas corpus') de pessoa
acusada de homicídio, e no “olho por olho” (= lei do talião”). Com a lei do talião (cf. Ex 21,23-25) –
você me arrancou o olho, eu arranco o seu! – limitava-se a vingança à medida da ofensa recebida. O
57
Dia 16 de Junho - Terça-feira da 11ª Semana do Tempo Comum
Levítico dá um enorme passo à frente quando manda “amar o teu próximo como a ti mesmo” (Lv 19,18)
ao invés de procurar vingança (cf. Pr 25,21). Finalmente, Jesus, ao comentar o “olho por olho” (cf. Mt
5,38-42) – justamente a lei do talião - e Paulo, dirigindo-se a Deus como a um deus de vingança (cf. Rm
12,19), consideram a vingança ilegítima e, como tal, deve ser banida do comportamento humano. A
“lei do talião”, portanto, não é a lei de um 'tal' chamado Talião, mas a lei do “tal e qual”!
[2] Vaticano II. Foi o concílio anunciado pelo Papa João XXIII, em 25 de janeiro de 1959, e
celebrado, no Vaticano, entre 1962 e 1965, do qual tomaram parte mais de 2500 bispos da Igreja
Católica, com a presença de observadores das Igrejas ortodoxas e protestantes e de ouvintes (leigos e
leigas) da Igreja Católica. Seu tema central foi a Igreja, considerada em sua natureza íntima e em suas
relações com o mundo. Seus principais documentos foram a Lumen gentium (sobre a natureza da
Igreja), Dei Verbum (sobre a divina revelação), Sacrosanctum Concilium (sobre a reforma da liturgia) e
Gaudium et spes (sobre a Igreja no mundo contemporâneo). Seu nome é Vaticano II, por ter sido
realizado no Vaticano, onde, em 1869-1870, celebrara-se o I Concílio Vaticano, que tratou,
fundamentalmente, de duas questões: a relação entre fé e razão e o primado e infalibilidade do papa.
Neste ano de 2015, estamos celebrando os 50 anos do encerramento do Concílio Ecumênico Vaticano
II (1962-1965). Ao longo do ano de 2015, o Pão Nosso de Cada Dia está publicando, cada dia, uma
frase do Concílio. É o chamado “Minuto do Concílio”. Uma oportunidade de conhecermos o próprio
texto do Concílio Vaticano II, sem dúvida um dos mais importantes da história do cristianismo.
16
TERÇA-FEIRA DA 11ª SEMANA DO TEMPO COMUM
(Cor verde - Ofício do dia de semana)
Antífona da entrada
Ouvi, Senhor, a voz do meu apelo: tende
compaixão de mim e atendei-me; vós sois meu
protetor: não me deixeis; não me abandoneis, ó
Deus meu Salvador!
Oração do dia
Ó Deus, força daqueles que esperam em
vós, sede favorável ao nosso apelo, e como
nada podemos em nossa fraqueza, dai-nos
sempre o socorro de vossa graça, para que
possamos querer e agir conforme vossa
vontade, seguindo os vossos mandamentos.
Leitura - 2Cor 8,1-9
Leitura da Segunda Carta de São Paulo
aos Coríntios
1
58
Irmãos, queremos levar ao vosso conhe-
cimento a graça de Deus que foi concedida às
Igrejas da Macedônia. 2 Com efeito, em meio a
grandes tribulações que as provaram, a sua
extraordinária alegria e extrema pobreza
transbordaram em tesouros de liberalidade.
3
Eu sou testemunha de que esses irmãos,
segundo os seus recursos e mesmo além dos
seus recursos, por sua própria iniciativa 4 e com
muita insistência, nos pediram a graça de
participar da coleta em favor dos santos de
Jerusalém. 5 E, indo além de nossas expectativas, colocaram-se logo à disposição do
Senhor e também à nossa, pela vontade de
Deus. 6 Por isso solicitamos a Tito que, assim
como a iniciou, ele leve a bom termo entre vós
essa obra de generosidade. 7 E como tendes
tudo em abundância - fé, eloquência, ciência,
zelo para tudo, e a caridade de que vos demos o
exemplo - assim também procurai ser
abundantes nesta obra de generosidade. 8 Não é
uma ordem que estou dando; mas é para testar
a sinceridade da vossa caridade que eu lembro
Salmo responsorial - Sl 145
R. Bendize, ó minha alma, ao Senhor!
1. Bendirei ao Senhor toda a vida, cantarei
ao meu Deus sem cessar! R.
2. É feliz todo homem que busca seu
auxílio no Deus de Jacó, e que põe no Senhor a
esperança. O Senhor fez o céu e a terra, fez o
mar e o que neles existe. O Senhor é fiel para
sempre. R.
3. Faz justiça aos que são oprimidos; ele
dá alimento aos famintos, é o Senhor quem
liberta os cativos. R.
4. O Senhor abre os olhos aos cegos, o
Senhor faz erguer-se o caído, o Senhor ama
aquele que é justo. É o Senhor quem protege o
estrangeiro. R.
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Eu vos dou novo preceito: que uns
aos outros vos ameis, como eu vos tenho
amado. R.
Evangelho - Mt 5,43-48
Jesus retorna ao tema da “justiça excessiva”. A relação entre os seres humanos deve se
basear na justiça: respeitar o outro e seus
direitos. Mas deve ir além: amar o outro e
acolher a grandiosidade de sua divina dignidade. A perfeição do ser humano passa pela
justiça, mas só pode terminar no amor.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus
discípulos: 43 "Vós ouvistes o que foi dito:
'Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!'
44
Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem!
45
Assim, vos tornareis filhos do vosso Pai que
está nos céus, porque ele faz nascer o sol sobre
maus e bons, e faz cair a chuva sobre justos e
injustos. 46 Porque, se amais somente aqueles
que vos amam, que recompensa tereis? Os
cobradores de impostos não fazem a mesma
coisa? 47 E se saudais somente os vossos
irmãos, o que fazeis de extraordinário? Os
pagãos não fazem a mesma coisa? 48 Portanto,
sede perfeitos como o vosso Pai celeste é
perfeito". - Palavra da Salvação.
Prece dos fiéis
O amor cristão não tem limites, por ser fruto
do amor infinito de Deus por nós. Peçamos ao
Pai que nos ensine a amar como Ele, dizendo:
R. Ouvi-nos, Senhor.
Dia 16 de Junho - Terça-feira da 11ª Semana do Tempo Comum
a boa vontade de outros. 9 Na verdade, conheceis a generosidade de nosso Senhor Jesus
Cristo: de rico que era, tornou-se pobre por
causa de vós, para que vos torneis ricos, por
sua pobreza. - Palavra do Senhor.
1. Para que a Igreja de Roma, que preside
à caridade, dê testemunho de que a lei dos
cristãos é o amor, que os leva a amar os
inimigos e rezar pelos perseguidores, rezemos
ao Senhor.
2. Para que os fiéis privados da liberdade e
perseguidos, que hoje são dezenas de milhares
em todo o mundo, respeitem e amem os
inimigos da fé, manifestando assim que são
filhos e filhas do Pai que está nos Céus, rezemos
ao Senhor.
3. Para que os cristãos e cristãs provados
por toda forma de perseguição e violência
mantenham-se firmes na fé, solícitos na
caridade e alegres na esperança, sabendo que
Deus é fiel e não os abandona, rezemos ao
Senhor.
4. Para que os mais pobres deste mundo
possam vir a conhecer, pela fé, o Filho de Deus,
que Se fez pobre, para nos enriquecer da sua
pobreza, rezemos ao Senhor.
5. Para que os membros da assembleia
aqui reunida sejam perfeitos como é perfeito o
59
Dia 16 de Junho - Terça-feira da 11ª Semana do Tempo Comum
60
Pai celeste e não se limitem a amar só aqueles
que os amam, rezemos ao Senhor.
Senhor, que fazeis nascer o sol sobre bons e
maus e chover sobre justos e injustos, levai-nos
a amar os inimigos, a orar pelos que nos
perseguem e a ser solidários com os que
sofrem. Por Cristo, nosso Senhor.
Oração sobre as oferendas
vida dos seres humanos e os renovais pelo
sacramento, fazei que jamais falte este sustento
ao nosso corpo e à nossa alma.
Oração depois da comunhão
Ó Deus, esta comunhão na Eucaristia
prefigura a união dos vossos fiéis em vosso
amor; fazei que realize também a comunhão na
vossa Igreja.
Ó Deus, que pelo pão e o vinho alimentais a
N
A Semente na Terra - Mt 5,43-48
a Bíblia, o “próximo” (que, literalmente, quer dizer ‘aquele que está mais perto’) é a
própria família, o próprio povo, os do próprio sangue. O “inimigo” (que, literalmente, é
‘aquele que não é amigo’) é o diferente, em relação ao qual me torno indiferente e,
finalmente, tão contrário, que desejo eliminá-lo: “ou você ou eu”!
- O amor não é espontâneo. Na Bíblia, é um mandamento divino. Todos nós sabemos, mas
não paramos para enxergar melhor, que o egoísmo é muito mais espontâneo que o amor. Aliás,
muitas vezes, o egoísmo (a necessidade do outro) é chamado de amor. Reduz-se o outro a
alimento do nosso apetite... e se chama isso de amor. Até a morte passional do outro é ‘justificada’
pelo amor: “Matei por amor”!
- Amor gratuito (querer o bem do outro, buscar o bem do outro, lutar pelo bem do outro) é
coisa rara. Acolher o outro como o outro é, exige renúncia, desprendimento, disciplina,
exercício... graça. Humanamente falando, só quem foi amado gratuitamente torna-se capaz de
amar a si próprio e aos outros como a si mesmo. A morte de nós mesmos, que precisamos
exercitar para nos tornarmos capazes de amar, às vezes, custa uma vida... e ainda não é suficiente!
- “Odiar o inimigo” é mais comum que amar o próximo. A Bíblia – o Antigo Testamento
sobretudo – o testemunha muito bem. A solidariedade, na maioria das vezes, é uma solidariedade
“contra”. Na Bíblia, a própria ideia do amor de Deus por todos só foi entrando muito devagar. O
‘meu’ Deus não pode ser o Deus do ‘outro’!
- Isso não é motivo, porém, para nos escandalizarmos. A Bíblia é palavra de Deus em
palavra humana. Deus, na Bíblia, fala uma linguagem humana. Deus é tão grande que se sujeita às
nossas condições. Por isso, há uma evolução – um progresso mesmo – na revelação. O Deus forte
e tremendo, das religiões naturais, vai se transformando no Deus clemente e misericordioso, que
tem um coração e um amor tão grande que se enchem de compaixão (cf. Gn 4,2). Em Jesus, o
revelador e o revelado se tornaram uma coisa só: “aprendam de mim que sou manso e humilde de
coração” (Mt 11,29).
- Com Jesus, Deus pode dizer: “Amem os seus inimigos” (5,44). Quem não os tem? Jesus
era tão realista que diz: “Os piores inimigos do homem são os de sua própria casa” (Mt 10,36)!
Nenhuma lei vai fazer alguém amar um inimigo. O amor ao inimigo é, porém, a essência do
cristianismo. E só ama o inimigo quem conheceu Deus no Espírito. O amor ao inimigo é pura
graça de Deus, que é amor (cf. 1Jo 4,6). Pois Deus Amor não tem inimigos, só tem filhos e filhas,
O Minuto do Concílio
“Os presbíteros se dedicam com todas as suas energias na palavra e no ensinamento.”
(Lumen gentium 28)
Santos do dia: Quirino de Roma (+ 269). Julita e Círico (+ 305). Cunegunda de Rapperswil
(III – IV século). Tychon de Amathos (IV – V século). Bruno de Meissen (1010 – 1106). Luitgard de
Tongern (1182 – 1246).
Testemunhas do Reino: Aurora Vivar Vásquez (Peru, 1976).
Datas comemorativas: Dia da Unidade Nacional. Excomunhão de Martinho Lutero (1520).
Nascimento de Alexandre G. Bell, Inventor do Telefone (1876). Valentina Terechkova torna-se a
primeira astronauta da história (1963). Massacre de Soweto, África do Sul: 700 meninos
assassinados por se recusar a aprender “afrikaans” enquanto vigia o Apartheid (1976).
17
QUARTA-FEIRA DA 11ª SEMANA DO TEMPO COMUM
(Cor verde - Ofício do dia de semana)
Antífona da entrada
Ouvi, Senhor, a voz do meu apelo: tende
compaixão de mim e atendei-me; vós sois meu
protetor: não me deixeis; não me abandoneis, ó
Deus meu Salvador!
Oração do dia
Ó Deus, força daqueles que esperam em
vós, sede favorável ao nosso apelo, e como
nada podemos em nossa fraqueza, dai-nos
sempre o socorro de vossa graça, para que
possamos querer e agir conforme vossa
vontade, seguindo os vossos mandamentos.
Leitura - 2Cor 9,6-11
Leitura da Segunda Carta de São Paulo
aos Coríntios
Irmãos:
6
Dia 17 de Junho - Quarta-feira da 11ª Semana do Tempo Comum
que para mim são irmãos e irmãs que devem ser amados. Quem não ama o inimigo – pode ter sido
batizado, crismado, ordenado – ainda não tem o Espírito do Senhor. É no perdão ao inimigo que se
revelam a infinitude e a gratuidade do amor de Deus (cf. Rm 5,6-11).
"Quem semeia pouco colherá
também pouco e quem semeia com largueza
colherá também com largueza". 7 Dê cada um
conforme tiver decidido em seu coração, sem
pesar nem constrangimento; pois Deus "ama
quem dá com alegria". 8 Deus é poderoso para
vos cumular de toda sorte de graças, para que,
em tudo, tenhais sempre o necessário e ainda
tenhais de sobra para toda obra boa, 9 como
está escrito: "Distribuiu generosamente, deu
aos pobres; a sua justiça permanece para
sempre". 10 Aquele que dá a semente ao
semeador e lhe dará o pão como alimento, ele
mesmo multiplicará as vossas sementes e
aumentará os frutos da vossa justiça. 11 Assim,
ficareis enriquecidos em tudo e podereis
praticar toda espécie de liberalidade, que,
através de nós, resultará em ação de graças a
Deus. - Palavra do Senhor.
Salmo responsorial - Sl 111
R. Feliz aquele que respeita o Senhor!
61
Dia 17 de Junho - Quarta-feira da 11ª Semana do Tempo Comum
1. Feliz o homem que respeita o Senhor e
que ama com carinho a sua lei! Sua descendência será forte sobre a terra, abençoada a
geração dos homens retos! R.
2. Haverá glória e riqueza em sua casa, e
permanece para sempre o bem que fez. Ele é
correto, generoso e compassivo, como luz
brilha nas trevas para os justos. R.
3. Ele reparte com os pobres os seus bens,
permanece para sempre o bem que fez, e
crescerão a sua glória e seu poder. R.
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Quem me ama, realmente, guardará
minha palavra e meu Pai o amará e a ele nós
viremos. R.
Evangelho - Mt 6,1-6.16-18
O Evangelho de hoje nos oferece três lições
práticas: orar sem aparecer; jejuar sem fazer
alarde; dar esmola sem pôr no jornal. E nos traz
uma revelação: Deus é mistério, não cabe em
nossas representações, estoura nossos cálculos. O ser humano é imagem dEle!
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus
discípulos: 1 "Ficai atentos para não praticar a
vossa justiça na frente dos homens, só para
serdes vistos por eles. Caso contrário, não
recebereis a recompensa do vosso Pai que está
nos céus. 2 Por isso, quando deres esmola, não
toques a trombeta diante de ti, como fazem os
hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem
elogiados pelos homens. Em verdade vos digo:
eles já receberam a sua recompensa. 3 Ao
contrário, quando deres esmola, que a tua mão
esquerda não saiba o que faz a tua mão direita,
4
de modo que, a tua esmola fique oculta. E o teu
Pai, que vê o que está oculto, te dará a
recompensa. 5 Quando orardes, não sejais
62
como os hipócritas, que gostam de rezar em pé,
nas sinagogas e nas esquinas das praças, para
serem vistos pelos homens. Em verdade vos
digo: eles já receberam a sua recompensa. 6 Ao
contrário, quando tu orares, entra no teu quarto,
fecha a porta, e reza ao teu Pai que está oculto. E
o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a
recompensa. 16 Quando jejuardes, não fiqueis
com o rosto triste como os hipócritas. Eles
desfiguram o rosto, para que os homens vejam
que estão jejuando. Em verdade vos digo: Eles
já receberam a sua recompensa. 17 Tu, porém,
quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o
rosto, 18 para que os homens não vejam que tu
estás jejuando, mas somente teu Pai, que está
oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido,
te dará a recompensa". - Palavra da
Salvação.
Prece dos fiéis
O verdadeiro juiz das nossas ações é o Pai
do Céu, que vê o que está oculto e dará a cada
um a sua recompensa. Com humildade,
dirijamo-nos a Ele em oração, dizendo: R.
Socorrei, Senhor, o vosso povo.
1. Com a Igreja, para que se sinta unida a
todos os que oram em segredo ao Pai do Céu e
a todos os que O procuram de coração sincero,
rezemos ao Senhor.
2. Com os que repartem o que têm sem
fazer alarde nem buscar reconhecimento, com
os que realizam o bem sem olhar a quem, e com
os lutam pela vida e liberdade de todos,
rezemos ao Senhor.
3. Com os que jejuam sem tomar um ar
sombrio, com os que o fazem, mas perfumam a
cabeça e com os partilham o que jejuam com os
que passam necessidade, rezemos ao Senhor
4. Com os que semeiam em abundância
boa semente, com os que dão aos outros sem
constrangimento e com os que repartem com
largueza pelos pobres, rezemos ao Senhor
5. Com os jovens que dão vida às
comunidades, com os adultos que as susten-
Senhor, Deus humilde e verdadeiro, que
amais quem é sincero nas suas ações, ensinainos a rezar, a jejuar e a ser solidários. Por Cristo,
nosso Senhor.
Oração sobre as oferendas
vida dos seres humanos e os renovais pelo
sacramento, fazei que jamais falte este sustento
ao nosso corpo e à nossa alma.
Oração depois da comunhão
Ó Deus, esta comunhão na Eucaristia
prefigura a união dos vossos fiéis em vosso
amor; fazei que realize também a comunhão na
vossa Igreja.
Ó Deus, que pelo pão e o vinho alimentais a
O
A Semente na Terra - Mt 6,1-6.16-18
Evangelho de hoje traz a conhecida palavra de Jesus sobre a justiça “escondida” em três
práticas religiosas: a esmola (vv. 2-4), a oração (vv. 5-6) e o jejum (16-18).
- Essas práticas são os três pilares da religião: definem a nossa relação com os outros (a
esmola), com Deus (a oração) e com as coisas (o jejum). A nossa existência – em qualquer
sociedade e cultura – é formada por essas três relações fundamentais. Nelas realizamos o projeto
de Deus para a nossa vida ou fracassamos irremediavelmente.
- As nossas ações podem ser feitas de duas maneiras opostas: ou para nos gratificarmos a
nós mesmos, receber elogios dos outros e, assim, termos o nosso pagamento (primeira maneira)
ou para a glória dAquele que se alegra em nos louvar e nos reconhecer como filhos e filhas
(segunda maneira). Não temos muita escolha: ou escolhemos a nós mesmos até ao desprezo de
Deus, ou escolhemos a Deus até ao desprezo de nós mesmos (Santo Agostinho). Em poucas
palavras: ou o egoísmo ou o amor!
- Precisamos do olhar do outro. Quem não é visto não existe, diz o ditado. Toca, a nós,
porém, escolher o olhar de quem precisamos para viver: o do Outro (Deus) ou o dos outros (as
pessoas, com todos os seus tipos de olhar). Quando escolhemos o olhar de Deus, libertamo-nos
da vanglória e damos glória ao único que é digno dela e que nos dá a verdadeira glória, a única de
que precisamos para nossa realização. Quando fazemos questão do olhar dos outros, somos
como um espelho na frente de outro espelho: só refletimos o vazio... e as molduras, isto é, os
próprios limites!
- Por isso, nossa esmola (= que não é a moedinha que está nos atrapalhando, mas
expressão da nossa solidariedade), nossa oração (= que não é a repetição mais ou menos
mecânica de fórmulas aprendidas de cor, mas reconhecer-me finito e abrir-me ao Infinito) e nosso
jejum (= que não é ficar sem comer um dia para nos fartarmos até fazer mal no outro) devem ser
feitos “em segredo”, diante de Deus, não com alarde, para receber glória das pessoas. O bem só
precisa de um reconhecimento: o de Deus, que aprova a nossa consciência.
- Os pilares da religião – a esmola, a oração e o jejum – estão, por sua própria natureza,
enterrados e escondidos no segredo do nosso coração de filhos e filhas. Não basta que sejam
bons em si. Precisam ser bons também para nós. E só são bons para nós se nos fizerem melhores.
Para tanto, devo praticá-los “diante de Deus”, em amor e humildade. Coisas boas se tornam más
quando feitas “diante dos homens”, por auto-afirmação e vaidade. Há uma doença da vista que só
Dia 17 de Junho - Quarta-feira da 11ª Semana do Tempo Comum
tam e tornam firmes e com as crianças que são
seu futuro amanhã, rezemos ao Senhor
63
Dia 18 de Junho - Quinta-feira da 11ª Semana do Tempo Comum
tem tratamento no coração. Tem um nome estranho: ophtalmodoulía (cf. Ef 6,6), que quer dizer
“escravidão dos olhos”. É a necessidade do olhar dos outros, da aprovação alheia. Só a certeza de
sermos amados por Deus nos liberta desse mal invisível que nos faz escravos do olhar dos outros.
O Minuto do Concílio
Os diáconos sejam “misericordiosos, ativos, caminhem segundo a verdade do Senhor,
o qual se fez servo de todos.” (Lumen gentium 29)
Santos do dia: Ramwold de Regensburg (900 – 1000). Raniero de Pisa (1100 – 1160).
Elisabete de Schönau (1128 – 1164).
Testemunhas do Reino: Nascimento de John Wesley (Inglaterra, 1703). Felipa Pucha e Pedro
Cuji (Equador, 1983).
Datas comemorativas: Dia do Funcionário Público Aposentado. Dia do Serviço de
Veterinária. Dia Mundial de Luta contra a Desertificação e a Seca. Fim do Apartheid na África do Sul
(1991).
18
QUINTA-FEIRA DA 11ª SEMANA DO TEMPO COMUM
(Cor verde - Ofício do dia)
Antífona da entrada
Ouvi, Senhor, a voz do meu apelo: tende
compaixão de mim e atendei-me; vós sois meu
protetor: não me deixeis; não me abandoneis, ó
Deus meu Salvador!
Oração do dia
Ó Deus, força daqueles que esperam em
vós, sede favorável ao nosso apelo, e como
nada podemos em nossa fraqueza, dai-nos
sempre o socorro de vossa graça, para que
possamos querer e agir conforme vossa
vontade, seguindo os vossos mandamentos.
Leitura - 2Cor 11,1-11
Leitura da Segunda Carta de São Paulo
aos Coríntios
Irmãos:
64
1
Oxalá pudésseis suportar um
pouco de insensatez, da minha parte. Na
verdade, vós me suportais. 2 Sinto por vós um
amor ciumento semelhante ao amor que Deus
vos tem. Fui eu que vos desposei a um único
esposo, apresentando-vos a Cristo como
virgem pura. 3 Porém, receio que, como Eva foi
enganada pela esperteza da serpente, também
vossos pensamentos se corrompam, afastando-se da simplicidade e pureza devidas a
Cristo. 4 De fato, se aparece alguém pregando
um outro Jesus, que nós não pregamos, ou
prometendo um outro Espírito, que não
recebestes, ou anunciando um outro evangelho, que não acolhestes, vós o suportais de
bom grado. 5 No entanto, entendo que em nada
sou inferior a esses "super-apóstolos"! 6 Mesmo
que eu seja inábil na arte de falar, não o sou
quanto à ciência: eu vo-lo tenho demonstrado
em tudo e de todas as maneiras. 7 Acaso cometi
algum pecado, pelo fato de vos ter anunciado o evangelho de Deus gratuitamente,
humilhando-me a mim mesmo para vos
Salmo responsorial - Sl 110
R. Vossas obras, ó Senhor, são verdade e são justiça.
1. Eu agradeço a Deus de todo o coração
junto com todos os seus justos reunidos! Que
grandiosas são as obras do Senhor, elas
merecem todo o amor e admiração! R.
2. Que beleza e esplendor são os seus
feitos! Sua justiça permanece eternamente! O
Senhor bom e clemente nos deixou a lembrança de suas grandes maravilhas. R.
3. Suas obras são verdade e são justiça,
seus preceitos, todos eles, são estáveis,
confirmados para sempre e pelos séculos,
realizados na verdade e retidão. R.
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Recebestes um espírito de adoção, no
qual clamamos Aba! Pai! R.
Evangelho - Mt 6,7-15
Pensa que sabe rezar quem sabe o Painosso. Puro engano! Rezar é falar com Deus.
Abrir o coração. Deixar a alma falar. Olhar para
Ele e deixar-se olhar por Ele. As fórmulas até
que ajudam... para a gente ter um critério
objetivo. A melhor fórmula, porém, ainda é o
diálogo vivo, a comunhão de pessoa a pessoa,
o amor namorando.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus
discípulos: 7 "Quando orardes, não useis muitas
palavras, como fazem os pagãos. Eles pensam
que serão ouvidos por força das muitas
palavras. 8 Não sejais como eles, pois vosso Pai
sabe do que precisais, muito antes que vós o
peçais. 9 Vós deveis rezar assim: Pai Nosso que
estás nos céus, santificado seja o teu nome;
10
venha o teu Reino; seja feita a tua vontade,
assim na terra como nos céus. 11 O pão nosso de
cada dia dá-nos hoje. 12 Perdoa as nossas
ofensas, assim como nós perdoamos a quem
nos tem ofendido. 13 E não nos deixes cair em
tentação, mas livra-nos do mal. 14 De fato, se vós
perdoardes aos homens as faltas que eles
cometeram, vosso Pai que está nos céus
também vos perdoará. 15 Mas, se vós não
perdoardes aos homens, vosso Pai também não
perdoará as faltas que vós cometestes".
- Palavra da Salvação.
Dia 18 de Junho - Quinta-feira da 11ª Semana do Tempo Comum
exaltar? 8 Para vos servir, despojei outras
Igrejas, delas recebendo o meu sustento. 9 E
quando, estando entre vós, tive alguma
necessidade, não fui pesado a ninguém, pois
os irmãos vindos da Macedônia supriram as
minhas necessidades. Em todas as circunstâncias, cuidei - e cuidarei ainda - de não ser
pesado a vós. 10 Tão certo como a verdade de
Cristo está em mim, essa minha glória não me
será arrebatada nas regiões da Acaia. 11 E por
quê? Será porque eu não vos amo? Deus o
sabe! - Palavra do Senhor.
Prece dos fiéis
O Pai que está nos Céus conhece bem o que
nos falta, mas quer que peçamos como filhos
que confiam. Com a simplicidade das crianças,
digamos: R. Pai nosso, que estais nos
Céus, ouvi-nos.
1. Pela Igreja católica e apostólica em cada
país, para que ensine os seus filhos a rezar,
como Jesus, por seu exemplo e palavra, o
ensinou aos seus discípulos e discípulas,
rezemos ao Senhor.
2. Pelos cristãos e cristãs que se deixaram
desencaminhar e se afastaram da simplicidade
e humildade de Jesus Cristo, para que possam
reencontrar o estilo do Evangelho, rezemos ao
Senhor.
3. Pelos pastores que apascentam o
rebanho de Cristo com dificuldade, para que o
65
Dia 18 de Junho - Quinta-feira da 11ª Semana do Tempo Comum
66
façam sem ser pesados a ninguém, mas
animando e encorajando a todos, rezemos ao
Senhor.
4. Pelos fiéis que estão tristes por seus
pecados e defeitos, para que, conscientes de
suas faltas, sejam compreensivos com as
limitações e pecados dos outros, rezemos ao
Senhor.
5. Por nós que aqui nos reunimos para
ouvir a Palavra de Deus e ser alimentados com o
Pão da Vida, para que nos empenhemos na
formação de grupos e comunidades em nossa
paróquia, rezemos ao Senhor.
Senhor, nosso Deus, que quereis que Vos
chamemos nosso Pai, ensinai-nos de verdade a
S
ser bons filhos e filhas. Por Cristo, nosso
Senhor.
Oração sobre as oferendas
Ó Deus, que pelo pão e o vinho alimentais a
vida dos seres humanos e os renovais pelo
sacramento, fazei que jamais falte este sustento
ao nosso corpo e à nossa alma.
Oração depois da comunhão
Ó Deus, esta comunhão na Eucaristia
prefigura a união dos vossos fieis em vosso
amor; fazei que realize também a comunhão na
vossa Igreja
A Semente na Terra - Mt 6,7-15
e não devemos rezar para sermos vistos pelas pessoas (cf. Mt 6,5), também não
devemos rezar para sermos vistos por Deus (cf. Mt 6,7-8). Como assim? O que é, então,
rezar? Mateus nos presenteia, aqui, com uma espécie de Decálogo da Oração. Vejamos.
- Primeiro. Rezar é o ato fundamental com o qual reconheço o meu princípio (Deus) como
sendo o meu fim (Deus). Tendo reconhecido os meus limites, conheço a mim mesmo e ao Outro
do qual provenho. Aceito-me como dom desse Outro e esse Outro como alguém que me ama.
“Deus é amor, tudo é graça”, diz São José L. Murialdo.
- Segundo. Rezar é ser eu mesmo, finito e aberto ao Infinito. Animais se ajoelham no
picadeiro do circo, mas só o ser humano se ajoelha no palco da vida perguntando-se pela própria
origem e buscando o próprio destino. Só o homem se ajoelha procurando o porquê da vida. O
“caniço pensante” de Pascal* é o único “caniço orante” sobre a terra!
- Terceiro. Rezar é colocar-me diante de Deus, de quem sou imagem e semelhança.
Distante de Deus posso ser o que não sou, mas diante dele só posso ser o que sou. A oração não é
opcional; é a nossa salvação, o encontro da nossa identidade profunda. Não é um fechar-me em
si mesmo, mas um abrir-me Àquele Outro que me faz ser o que verdadeiramente sou.
- Quarto. Rezar não é falar de Deus, mas a Deus, com Deus. Muitos sabem falar de Deus
(teoricamente, o mais difícil) e não sabem falar com Deus (praticamente, o mais fácil). Rezar é
olhar para Ele e deixar-se olhar por Ele. Não é preciso palavras. A troca de olhares é mais
eloquente que todos os discursos do mundo.
- Quinto. Rezar é dialogar. Respondo Àquele que me chama pelo nome. Saio da minha
casca, pois só existe realização na “saída de si”, no êxtase de si para o outro. Esqueço-me de
mim para recordá-Lo, para colocá-Lo “de novo” (re-) no meu coração (-cordar). Rezar é alegrarse em Deus, festejar em Deus, festejar a Deus. Assim, sempre e aos poucos – que são leis da
oração – Ele se torna a minha vida, vida da minha vida.
- Sexto. Enquanto a oração autêntica é tudo isso e faz isso tudo, a oração inautêntica
Dia 18 de Junho - Quinta-feira da 11ª Semana do Tempo Comum
falsifica a existência. A oração autêntica é o respiro da vida: daí a necessidade de rezar sempre (cf.
1Ts 5,17; Lc 18,1ss.), em todo tempo (cf. Ef 6,18) e lugar (cf. 1Tm 2,8), exprimindo o que
realmente somos. “Ex-primir” significa apertar para sair!
- Sétimo. É preciso rezar com fé (cf. Mt 21,22par.), com insistência (cf. Mt 7,7-11par.),
com a naturalidade de um filho (cf. Mt 7,8) no nome de Jesus (cf. Mt 18,19ss.; Jo 14,13; 15,16;
16,24.26).
- Oitavo. Sendo união com o Pai no Filho, a oração é comunhão com os irmãos e as irmãs
(cf. Gn 18,16-33). Deus, chamado Abbá (= papai, paizinho) (cf. Mc 14,36par.), não pode ser
invocado sem que se façam presentes os irmãos e irmãs (cf. Mt 23,8-9).
- Nono. A oração obtém tudo o que pede (cf. Mt 7,7), porque faz querer o que Deus quer e –
só então – pode, finalmente, dar. Mais do que “todas as coisas”, de que fala Mateus, nos obtém o
“Espírito Santo”, de que fala Lucas (cf. Lc 11,13). O maior teólogo católico do século XX, num
célebre escrito, se perguntava se a oração muda o coração de Deus ou muda o coração do
homem! Na verdade, a oração nos transforma, pois o dom do Espírito (cf. Lc 11,13) nos faz filhos
/ filhas à imagem de Jesus, nos faz viver a sua vida e dar o seu fruto (cf. Gl 5,22)!
- Décimo. Rezar não é fazer ‘algo’. Rezar, em derradeira análise, é “nada fazer”,
antecipação do repouso sabático em que só o Senhor nos faz. Mas atenção! É preciso ‘fazer’
oração. Crer e não rezar não é senão fé demoníaca (cf. Tg 2,19): “Os demônios também
acreditam”! Conhecer a Deus e não experimentá-Lo corresponde àquilo que a teologia
tradicional chamava de “pena do dano”, que é a essência do inferno: estar em Deus e ser dele
privado!
O Minuto do Concílio
Todos cooperem concordemente ao bem comum.”
(Lumen gentium 30)
Santos do dia: Marcos e Marcelino (+ 305). Potentino de Steinfeld e filhos (IV século).
Eufêmia de Altomünster (+ 1180). Maria Dolorosa de Brabante (+ 1290). Hosana de Mântua
(1449 – 1505). Gregório de Barbarigo (1625 – 1697).
Datas comemorativas: Aniversário da Colonização Japonesa. Dia do Imigrante Japonês. Dia
Nacional do Químico.
ABC DO CRISTIANISMO
[1] Pascal. Blaise Pascal (1623-1662) foi um grande matemático e escritor francês. Após a morte
do pai, sua irmã, contra a vontade de Pascal, em 1651, entrou para o mosteiro jansenista de Port-Royal.
Na noite de 23 de novembro de 1654, Pascal viveu uma forte experiência de conversão “ao Deus de
Abraão, Isaac e Jacó, não àquele dos filósofos e sábios”. A partir de então, ele, que já mantinha contatos
com o jansenismo, engajou-se do lado dos jansenistas perseguidos. (O jansenismo é um movimento
rigorista. Convencido da total corrupção da natureza humana, o bispo Jansênio ensina que o ser
humano é salvo só por Deus, que predestina à salvação. Foi condenado várias vezes). Usando um
pseudônimo, escreveu As Provinciais, para defender Antônio Arnaud, jansenista, condenado em 1655
pela Sorbonne. Escreveu também uma apologia do cristianismo, publicada em 1670, na forma de
67
Dia 19 de Junho - Sexta-feira da 11ª Semana do Tempo Comum
fragmentos, que constituem os bastante conhecidos Pensamentos. Pascal distingue e une – como deve
ser – fé e razão: “O coração tem razões que a razão desconhece”. Para ele, o homem vive uma condição
trágica, ora anjo, ora animal, devendo escolher pró ou contra Deus se quiser ser verdadeiramente
humano
19
SEXTA-FEIRA DA 11ª SEMANA DO TEMPO COMUM
(Cor verde - Ofício do dia de semana)
Antífona da entrada
Ouvi, Senhor, a voz do meu apelo: tende
compaixão de mim e atendei-me; vós sois meu
protetor: não me deixeis; não me abandoneis, ó
Deus meu Salvador!
Oração do dia
Ó Deus, força daqueles que esperam em
vós, sede favorável ao nosso apelo, e como
nada podemos em nossa fraqueza, dai-nos
sempre o socorro de vossa graça, para que
possamos querer e agir conforme vossa
vontade, seguindo os vossos mandamentos.
naufraguei. Passei uma noite e um dia no alto
mar. 26 Fiz inúmeras viagens, com inúmeros
perigos: perigos de rios, perigos de ladrões,
perigos da parte de meus compatriotas,
perigos da parte dos pagãos, perigos na
cidade, perigos em lugares desertos, perigos
no mar, perigos por parte de falsos irmãos.
27
Trabalhos e fadigas, inúmeras vigílias, fome e
sede, frequentes jejuns, frio e nudez! 28 E, sem
falar de outras coisas, a minha preocupação de
cada dia, a solicitude por todas as igrejas!
29
Quem é fraco, que eu também não seja fraco
com ele? Quem é escandalizado, que eu não
fique ardendo de indignação? 30 Se é preciso
gloriar-se, é de minhas fraquezas que me
gloriarei! - Palavra do Senhor.
Leitura - 2Cor 11,18.21b-30
Salmo responsorial - Sl 33
Leitura da Segunda Carta de São Paulo
aos Coríntios
Irmãos: 18 Já que muitos se gloriam segundo
a carne, eu também me gloriarei. 21B O que
outros ousam dizer em vantagem própria, eu
também o digo a meu respeito, embora fale
como insensato. 22 São hebreus? Eu também.
São israelitas? Eu também. São da descendência de Abraão? Eu também. 23 São servos de
Cristo? Como menos sensato digo: Eu ainda
mais. De fato, muito mais do que eles: pelos
trabalhos, pelas prisões, pelos açoites sem
conta. Muitas vezes, vi-me em perigo de morte.
24
Cinco vezes, recebi dos judeus quarenta
açoites menos um. 25 Três vezes, fui batido com
varas. Uma vez, fui apedrejado. Três vezes,
68
R. O Senhor liberta os justos de todas
as angústias!
1. Bendirei o Senhor Deus em todo o
tempo, seu louvor estará sempre em minha
boca. Minha alma se gloria no Senhor; que
ouçam os humildes e se alegrem! R.
2. Comigo engrandecei ao Senhor Deus,
exaltemos todos juntos o seu nome! Todas as
vezes que o busquei, ele me ouviu, e de todos
os temores me livrou. R.
3. Contemplai a sua face e alegrai-vos, e
vosso rosto não se cubra de vergonha! Este
infeliz gritou a Deus, e foi ouvido, e o Senhor o
libertou de toda angústia. R.
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Felizes os humildes de espírito, porque
deles é o Reino dos Céus. R.
Evangelho - Mt 6,19-23
Criado para a vida, o ser humano tem medo
da morte e faz de tudo para afastá-la. Uma das
coisas que faz – a mais comum e a menos
indicada – é o acúmulo de bens, de coisas, de
riquezas. É a falsa esperança de que algo pode
salvar alguém. Só Alguém, contudo, pode
salvar alguém. Este Alguém é o Pai, o Amor
infinito, a Vida sem começo e sem fim. Esta é a
nossa meta; a morte é pedágio!
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus
discípulos: 19 "Não junteis tesouros aqui na
terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e os
ladrões assaltam e roubam. 20 Ao contrário,
juntai para vós tesouros no céu, onde nem a
traça e a ferrugem destroem, nem os ladrões
assaltam e roubam. 21 Porque, onde está o teu
tesouro, aí estará também o teu coração. 22 O
olho é a lâmpada do corpo. Se o teu olho é
sadio, todo o teu corpo ficará iluminado. 23 Se o
teu olho está doente, todo o teu corpo ficará na
escuridão. Ora, se a luz que existe em ti é
escuridão, como será grande a escuridão.
- Palavra da Salvação.
Prece dos fiéis
A palavra do Senhor é luz para os nossos
caminhos e ensina-nos a ver todas as coisas
com os olhos de Deus. Peçamos ao Pai que a
sua Palavra esteja viva dentro de nós: R.
Iluminai-nos, Senhor, com a vossa luz.
santifique, para que a Palavra os faça descobrir
aquele tesouro que não se guarda nos cofres
deste mundo, rezemos, irmãos.
2. Pelos que vivem amarrados aos bens da
terra, para que a Palavra de Jesus sobre as
riquezas possa purificar e iluminar o seu
coração, rezemos, irmãos.
3. Por todos aqueles que só exaltam os
valores humanos e não têm em conta outros
que também são dons de Deus, para que
venham a descobri-los e integrá-los em sua
vida, rezemos, irmãos.
4. Pelos missionários e missionárias,
próximas e distantes, que suportam trabalhos e
canseiras, que sentem fome e sede, e as
preocupações de cada dia, para que a força de
Deus os torne fortes e invencíveis, rezemos,
irmãos.
5. Pelos mais jovens de nossa paróquia e
de nossas comunidades, que guardam em seus
corações tantos sonhos e ideais, para que
possam descobrir a beleza do sonho de Deus
para cada um de nós e para toda a humanidade,
rezemos, irmãos.
Dia 19 de Junho - Sexta-feira da 11ª Semana do Tempo Comum
Aclamação ao Evangelho
Senhor, nosso Deus, luz eterna e dia sem
ocaso, iluminai e conduzi o vosso povo
peregrino até à meta do Reino anunciado e
tornado presente por Jesus. Ele que vive e reina
por todos os séculos dos séculos.
Oração sobre as oferendas
Ó Deus, que pelo pão e o vinho alimentais a
vida dos seres humanos e os renovais pelo
sacramento, fazei que jamais falte este sustento
ao nosso corpo e à nossa alma.
Oração depois da comunhão
Ó Deus, esta comunhão na Eucaristia
prefigura a união dos vossos fiéis em vosso
amor; fazei que realize também a comunhão na
vossa Igreja.
1. Pelos fiéis que pedem a Deus que os
69
Dia 19 de Junho - Sexta-feira da 11ª Semana do Tempo Comum
70
SÃO ROMUALDO, Abade
MEMÓRIA FACULTATIVA (Cor branca - Ofício da memória)
(Missa: Santos - MR, 771ss.)
Oração do dia
Ó Deus, que por São Romualdo renovastes
J
na vossa Igreja a vida eremítica, concedei-nos
renunciar a nós mesmos e, seguindo o Cristo,
chegar com alegria ao reino celeste.
A Semente na Terra - Mt 6,19-23
esus é radical e claro: “Não podeis servir a Deus e ao dinheiro”. Ele o diz em Mt 6,24,
justamente o versículo que falta ao Evangelho de hoje, incompreensivelmente omitido.
(Na verdade, liturgicamente, vai abrir o Evangelho de amanhã).
- Se somos um “nó de relações” – filhos de Deus, irmãos dos irmãos, ‘senhores’ das
coisas – as nossas relações com as coisas devem ser de filhos de Deus e de irmãos dos demais
seres humanos. Só Deus é o nosso tesouro; as coisas são bens secundários para usar para o
nosso bem e partilhar com os outros. As coisas não são deuses, ídolos ou fetiches para adorar,
mas dons do amor de Deus, nosso único Bem.
- Somos sempre “de” alguém. Em muitas línguas – em português também – a pertença se
exprime recorrendo ao “genitivo”, estrito ou lato. O “genitivo” – expresso em português pela
preposição “de” (num de seus usos) – indica a relação que gera e faz existir. (“Genitivo” vem de
“gignere”, que significa “conceber, gerar, gestar”). Essa relação é única: não podemos ter dois
pais ou duas mães. Portanto, quando Jesus diz “não podeis servir a Deus e ao dinheiro”, ele está
dizendo que a nossa vida ou depende de Deus e, então, somos filhos de Deus, ou depende do
dinheiro, e, então, somos seus escravos! Oh! doidura de beleza, sô!
- A paternidade divina - ou, em contrapartida, a filiação humana - é a chave para a
compreensão do mistério da vida com suas múltiplas e complexas relações. Somos chamados a
viver a filialidade (a relação filial) em relação a Deus e, a partir daí, em relação às pessoas e às
coisas. Em relação às pessoas, seu nome é fraternidade; em relação às coisas, seu nome é
liberdade; quando pessoas e coisas se entrecruzam nas nossas relações, seu nome é
solidariedade. A liberdade em relação às coisas se chama ‘desapego’, ‘desprendimento’,
‘pobreza voluntária’... quando possuímos sem sermos escravos e sendo solidários; se chama
‘liberdade interior’, ‘pobreza espiritual’, ‘indiferença’... quando não possuímos e somos livres da
ânsia de possuir! O Evangelho de amanhã falará justamente de “não-preocupação”.
- Seja como for e dê-se o nome que melhor parecer, o espírito filial é que deve informar
tanto as obras religiosas (a esmola, a oração e o jejum de Mt 6,5-18) quanto as relações
econômicas e sociais, miúdas e graúdas.
- Na verdade, quem não se sente filho de Deus faz depender a sua vida das coisas: vive para
acumular tesouros na terra. O seu olho está doente, só tem olho para o ídolo, caiu escravo na rede
do dinheiro. Quem, porém, se sabe e se sente filho, ao contrário, acumula tesouros no céu: o seu
olho é puro, vê em tudo Aquele que o ama e que ele quer amar. A fé em Deus não se esgota em si
mesma, mas se joga na relação com as criaturas (de Deus), que pode ser uma relação filial e
fraterna ou, então, ‘patronal’ e diabólica (cf. Lc 12,13-34; 16,1-13). Se não vivo como filho de
Deus, não posso viver como irmão dos irmãos e senhor-cuidador das coisas e, assim,
sucessivamente e respectivamente.
O Minuto do Concílio
“Por sua vocação é próprio dos leigos buscar o reino de Deus exercendo funções temporais e
ordenando-as segundo Deus.” (Lumen gentium 31)
Santos do dia: Gervásio e Protásio (+ 300). Deodato de Nevers (+ 679). Hildegrim (+ 827).
Rasso de Andechs (900 – 953/954). Romualdo (952 – 1027). Juliana de Falconieri (1270 – 1341).
Miquelina Metelli (1310 – 1356).
Datas comemorativas: Dia Nacional do Cinema. Execução do casal Rosenberg, em 1953,
injustamente acusado de espionagem, como se provou em 1991.
20
SÁBADO DA 11ª SEMANA DO TEMPO COMUM
(Cor verde - Ofício do dia se semana)
Antífona da entrada
Ouvi, Senhor, a voz do meu apelo: tende
compaixão de mim e atendei-me; vós sois meu
protetor: não me deixeis; não me abandoneis, ó
Deus meu Salvador!
Oração do dia
Ó Deus, força daqueles que esperam em
vós, sede favorável ao nosso apelo, e como
nada podemos em nossa fraqueza, dai-nos
sempre o socorro de vossa graça, para que
possamos querer e agir conforme vossa
vontade, seguindo os vossos mandamentos.
Leitura - 2Cor 12, 1-10
Leitura da Segunda Carta de São Paulo
aos Coríntios
Irmãos 1 Será que é preciso gloriar-me? Na
verdade, não convém. No entanto, passarei a
falar das visões e revelações do Senhor.
2
Conheço um homem, unido a Cristo, que, há
quatorze anos, foi arrebatado até ao terceiro
Dia 20 de Junho - Sábado da 11ª Semana do Tempo Comum
- O ‘interesse’ da fé pela sociedade, pela economia e pela política tem uma raiz teológicoantropológica!
céu. Se ele foi arrebatado com o corpo ou sem o
corpo, eu não o sei, só Deus sabe. 3 Sei que
esse homem - se com o corpo ou sem o corpo,
não sei, Deus o sabe – 4 foi arrebatado ao
paraíso e lá ouviu palavras inefáveis que
nenhum homem consegue pronunciar. 5 Quanto
a esse homem eu me gloriarei, mas, quanto a
mim mesmo, eu não me gloriarei, a não ser das
minhas fraquezas. 6 No entanto, se eu quisesse
gloriar-me, não seria insensato, pois só diria a
verdade. Mas evito gloriar-me, para que
ninguém faça de mim uma ideia superior àquilo
que vê em mim ou que ouve de mim. 7 E para
que a extraordinária grandeza das revelações
não me ensoberbecesse, foi espetado na minha
carne um espinho, que é como um anjo de
Satanás a esbofetear-me, a fim de que eu não
me exalte demais. 8 A esse propósito, roguei
três vezes ao Senhor que o afastasse de mim.
9
Mas ele disse-me: "Basta-te a minha graça.
Pois é na fraqueza que a força se manifesta". Por
isso, de bom grado, eu me gloriarei das minhas
fraquezas, para que a força de Cristo habite em
mim. 10 Eis porque eu me comprazo nas
fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas
perseguições e nas angústias sofridas por amor
71
Dia 20 de Junho - Sábado da 11ª Semana do Tempo Comum
a Cristo. Pois, quando eu me sinto fraco, é então
que sou forte. - Palavra do Senhor.
Salmo responsorial - Sl 33
R. Provai e vede quão suave é o
Senhor!
1. O anjo do Senhor vem acampar ao redor
dos que o temem, e os salva. Provai e vede
quão suave é o Senhor! Feliz o homem que tem
nele o seu refúgio! R.
2. Respeitai o Senhor Deus, seus santos
todos, porque nada faltará aos que o temem. Os
ricos empobrecem, passam fome, mas aos que
buscam o Senhor não falta nada. R.
3. Meus filhos, vinde agora e escutai-me:
vou ensinar-vos o temor do Senhor Deus. Qual
o homem que não ama sua vida, procurando ser
feliz todos os dias? R.
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Jesus Cristo, Senhor nosso, embora
sendo rico, para nós se tornou pobre, a fim de
enriquecer-nos, mediante sua pobreza. R.
Evangelho - Mt 6,24-34
Vocês não podem servir a Deus e ao
dinheiro, diz Jesus. Só pode servir a Deus
quem, com dinheiro ou sem dinheiro, serve os
irmãos e as irmãs. O dinheiro feito ídolo
escraviza ao seu possuidor e aos despossuídos
da terra. O possuidor e os despossuídos são
suas vítimas; ambos, seus escravos; ele, ídolo
insaciável!
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus
discípulos: 24 "Ninguém pode servir a dois
senhores: pois, ou odiará um e amará o outro,
ou será fiel a um e desprezará o outro. Vós não
72
podeis servir a Deus e ao dinheiro. 25 Por isso eu
vos digo: não vos preocupeis com a vossa vida,
com o que havereis de comer ou beber; nem
com o vosso corpo, com o que havereis de
vestir. Afinal, a vida não vale mais do que o
alimento, e o corpo, mais do que a roupa?
26
Olhai os pássaros dos céus: eles não
semeiam, não colhem, nem ajuntam em
armazéns. No entanto, vosso Pai que está nos
céus os alimenta. Vós não valeis mais do que
os pássaros? 27 Quem de vós pode prolongar a
duração da própria vida, só pelo fato de se
preocupar com isso? 28 E por que ficais
preocupados com a roupa? Olhai como
crescem os lírios do campo: eles não trabalham
nem fiam. 29 Porém, eu vos digo: nem o rei
Salomão, em toda a sua glória, jamais se vestiu
como um deles. 30 Ora, se Deus veste assim a
erva do campo, que hoje existe e amanhã é
queimada no forno, não fará ele muito mais por
vós, gente de pouca fé? 31 Portanto, não vos
preocupeis, dizendo: O que vamos comer? O
que vamos beber? Como vamos nos vestir?
32
Os pagãos é que procuram essas coisas.
Vosso Pai, que está nos céus, sabe que
precisais de tudo isso. 33 Pelo contrário, buscai
em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua
justiça, e todas estas coisas vos serão dadas
por acréscimo. 34 Portanto, não vos preocupeis
com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã terá
suas preocupações! Para cada dia, bastam seus
próprios problemas". - Palavra da Salvação.
Prece dos fiéis
Após ouvirmos a palavra que Deus nos
dirigiu, elevemos a Ele as nossas súplicas,
unidos a todos aqueles a quem Ele ensina a
servi-Lo e a adorá-Lo, dizendo, com toda a
confiança: R. Ouvi-nos, Senhor.
1. Com as Ordens contemplativas que
adoram o Senhor, com as Congregações
religiosas que O servem nos irmãos e irmãs,
com os Consagrados leigos e leigas que Lhe
entregam o que têm, rezemos.
O
Senhor, nosso Pai, ensinai-nos a viver cada
dia no amor e no louvor do vosso nome. Por
Cristo, nosso Senhor.
Oração sobre as oferendas
Ó Deus, que pelo pão e o vinho alimentais a
vida dos seres humanos e os renovais pelo
sacramento, fazei que jamais falte este sustento
ao nosso corpo e à nossa alma.
Oração depois da comunhão
Ó Deus, esta comunhão na Eucaristia
prefigura a união dos vossos fiéis em vosso
amor; fazei que realize também a comunhão na
vossa Igreja.
A Semente na Terra - Mt 6,24-34
Dia 20 de Junho - Sábado da 11ª Semana do Tempo Comum
2. Com os que procuram o Reino de Deus
e o encontram, com os que se servem do
dinheiro, mas não o adoram, e com os que
semeiam os campos, recolhem seus frutos e
agradecem, rezemos.
3. Com os que não se inquietam pelo dia
de amanhã, com os que não se afligem com o
que hão de comer e com os que não se
preocupam com o que hão de vestir, rezemos.
4. Com os que se alegram nas suas
fraquezas, com os que se entristecem pelo mal
que fizeram e com os que dão graças pelos
bens que recebem, rezemos.
5. Com os que vivem tristes e abatidos,
com os que estão doentes e pelos que cuidam
deles, e com os que choram os seus entes
queridos que já partiram de suas famílias e da
nossa comunidade, rezemos.
estribilho do Evangelho de hoje é “não vos preocupeis”, verbo que Jesus repete seis
vezes (6,25.27.28.31.34.35).
- Receber a vida das mãos do Pai e colocá-la confiantemente nas mãos do Pai significa
libertar-se e ser livre da preocupação. É o Pai que garante a manutenção da vida: ele a dá, ele a
sustenta. Quando compreendemos isso, a ânsia pela pre-vidência cede o lugar para a confiança
na pro-vidência!
- Jesus não ensina que não se deve trabalhar. Seria atacar a própria condição humana, que
necessita do trabalho como do ar, da água, do pão. Mas ensina a não fazer do trabalho o ídolo que
tudo quer e tudo consome. O prático São Jerônimo diz que “o trabalho é para ser feito, a
preocupação é para ser desfeita”! Num plano mais amplo, Santo Inácio de Loyola dizia que
devemos agir como se tudo dependesse de nós, sabendo, porém, que tudo depende de Deus!
Essa atitude desmonta a ansiedade – tudo depende de Deus! – e desata as nossas capacidades –
tudo depende de nós! O fato de que tudo depende de Deus não é álibi para o empenho, o trabalho,
a ocupação, mas é antídoto contra a ansiedade, a busca de todos os ISOs, a preocupação.
- O trabalho é uma exigência antropológica: nasce do estado carencial do ser humano,
que, diferentemente dos animais, não encontra tudo pronto na natureza, mas tudo deve
transformar para adequar à sua natureza. Só o ser humano tem que transformar a “natura” em
“cultura” para sobreviver na primeira e viver na segunda. Mas não deve fazer das suas
necessidades o seu absoluto. Sua própria natureza pede que ele satisfaça suas necessidades
como filho de Deus, colaborando com o Pai e partilhando com os irmãos e irmãs. O trabalho e
todas as demais atividades do ser humano tornam-se, assim, meio que o coloca em comunhão
com Deus e com os outros.
73
Dia 20 de Junho - Sábado da 11ª Semana do Tempo Comum
- “Pre-ocupar” é um ocupar-se antes. “Pre-ocupar” é um ocupar-se além de. “Preocupar-se” é um ocupar-se sem fim. Com efeito, a preocupação rouba energias úteis à ocupação
e, radicalmente, rouba a vida ao invés de conservá-la e construí-la. A preocupação toma conta de
nós quando o meio se torna fim e, portanto, se erra o alvo. Dessa maneira, ao invés de servir-nos,
nos escraviza; ao invés de comunicar-nos a vida filial e fraterna, nos rompe as artérias, duras
como o coração (cf. Ez 36).
- A vida não tem muita escolha: ou aposta em Deus, que tudo dá; ou no ídolo, que tudo
exige e tudo toma.
O Minuto do Concílio
“Assim todos juntos formam um só corpo em Cristo.” (Lumen gentium 32)
Santos do dia: Adalberto de Magdeburgo (910 – 981). Benigna (século X – XI). Mafalda
(século X – século XI). Meinrich (1200 – 1265). Margarete Ebner (1291 – 1351).
Testemunhas do Reino: Manuel Belgrano (Argentina, 1820). Doroteo Arango, “Pancho Villa”
(México, 1923). Rafael Palacios (El Salvador, 1979).
Datas comemorativas: Dia do Revendedor. Dia Mundial dos Refugiados. Dia do Refugiado
Africano.
Amanhã, dia 22, celebra-se o Dia Nacional do Migrante. Por determinação da 17a
Assembleia Geral da CNBB é celebrado no dia 25 de junho, dia civil do migrante, caso caia no
Domingo. Caso contrário, será celebrado no Domingo imediatamente anterior a essa data.
74
(Cor verde - IV SEMANA DO SALTÉRIO - Ofício dominical comum)
Antífona da entrada
O Senhor é a força de seu povo, fortaleza e
salvação do seu Ungido. Salvai, Senhor, vosso
povo, abençoai vossa herança e governai para
sempre os vosso servos.
Oração do dia
Senhor, nosso Deus, dai-nos por toda a vida
a graça de vos amar e temer, pois nunca cessais
de conduzir os que firmais no vosso amor.
Dia 21 de Junho - 12º Domingo do Tempo Comum
21
12º DOMINGO DO TEMPO COMUM
1ª Leitura - Jó 38,1.8-11
Leitura do Livro de Jó
1
Não só de tempestades é feita a vida. A vida
é uma travessia cujo desfecho é absolutamente
certo. O povo diz que a morte é “a coisa mais
certa que Deus deixou”. Essa frase tem pelo
menos dois sentidos. Primeiro: a morte não é
uma coisa possível, provável, mas absolutamente real e universal. Segundo: a morte nos
iguala a todos, bons e maus, justos e injustos,
ricos e pobres. “Mestre, não te importa que nós
morramos?”, perguntamo-nos. Tanto se importa que “se levantou” como um poderoso (cf. Sl
78,65), ameaçou o vento como um exorcista, e
ordenou ao vento que se calasse, ele que agita a
superfície, e os abismos que movimentam as
profundidades. Jesus é o Senhor de tudo –
Criador e Salvador – que faz dos ventos seus
mensageiros (cf. Sl 104,4) e encerra em caixas
os abismos (cf. Sl 33,7). O Evangelho desse
domingo traz, dessa maneira, mais uma resposta à pergunta que atravessa o Evangelho de
Marcos do início ao fim: “Esse Jesus, quem é?”
O Senhor respondeu a Jó, do meio da
tempestade, e disse: 8 Quem fechou o mar com
portas, quando ele jorrou com ímpeto do seio
materno, 9 quando eu lhe dava nuvens por
vestes e névoas espessas por faixas; 10 quando
marquei seus limites e coloquei portas e
trancas, 11 e disse: 'Até aqui chegarás, e não
além; aqui cessa a arrogância de tuas ondas? '
- Palavra do Senhor.
Salmo responsorial - Sl 106
R. Dai graças ao Senhor, porque ele é
bom, porque eterna é a sua misericórdia!
1. Os que sulcam o alto-mar com seus
navios, para ir comerciar nas grandes águas,
testemunharam os prodígios do Senhor e as
suas maravilhas no alto-mar.R.
2. Ele ordenou, e levantou-se o furacão,
arremessando grandes ondas para o alto; aos
céus subiam e desciam aos abismos, seus
corações desfaleciam de pavor. R.
3. Mas gritaram ao Senhor na aflição, e ele
os libertou daquela angústia. Transformou a
75
Dia 21 de Junho - 12º Domingo do Tempo Comum
tempestade em bonança, e as ondas do oceano
se calaram. R.
4. Alegraram-se ao ver o mar tranquilo, e
ao porto desejado os conduziu. Agradeçam ao
Senhor por seu amor e por suas maravilhas
entre os homens! R.
Leitura - 2Cor 5,14-17
Leitura da Segunda Carta de São Paulo
aos Coríntios
Irmãos: 14 O amor de Cristo nos pressiona,
pois julgamos que um só morreu por todos, e
que, logo, todos morreram. 15 De fato, Cristo
morreu por todos, para que os vivos não vivam
mais para si mesmos, mas para aquele que por
eles morreu e ressuscitou.16 Assim, doravante,
não conhecemos ninguém conforme a natureza
humana. E, se uma vez conhecemos Cristo
segundo a carne, agora já não o conhecemos
assim. 17 Portanto, se alguém está em Cristo,
é uma criatura nova. O mundo velho desapareceu. Tudo agora é novo. - Palavra do
Senhor.
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Um grande profeta surgiu, surgiu e entre
nós se mostrou, é Deus que seu povo visita, seu
povo, meu Deus visitou. R.
Evangelho - Mc 4,35-41
A vida é improgramada travessia. Lançados
no mundo, somos tomados pelo medo; nos
peitos quentes da mãe, porém, sentimos que é
possível confiar. A vida transcorre entre essas
duas forças fundamentais: o medo e a
confiança. Deus parece não se importar com
nossas dificuldades. É o medo. O seu sono em
nossa barca é a condição para podermos
crescer em seus braços. A confiança enxerga o
porto!
76
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Marcos
35
Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse
a seus discípulos: "Vamos para a outra
margem!" 36 Eles despediram a multidão e
levaram Jesus consigo, assim como estava na
barca. Havia ainda outras barcas com ele.
37
Começou a soprar uma ventania muito forte e
as ondas se lançavam dentro da barca, de modo
que a barca já começava a se encher. 38 Jesus
estava na parte de trás, dormindo sobre um
travesseiro. Os discípulos o acordaram e
disseram: "Mestre, estamos perecendo e tu não
te importas?" 39 Ele se levantou e ordenou ao
vento e ao mar: "Silêncio! Cala-te!" O ventou
cessou e houve uma grande calmaria. 40 Então
Jesus perguntou aos discípulos: "Por que sois
tão medrosos? Ainda não tendes fé?" 41 Eles
sentiram um grande medo e diziam uns aos
outros: "Quem é este, a quem até o vento e o
mar obedecem?" - Palavra da Salvação.
Prece dos fiéis
A oração dos humilde toca o coração de
Deus. Cheios de fé, invoquemos o Senhor, Pai
justo e misericordioso, e imploremos humildemente: Senhor, vinde em nosso auxílio.
1. Pela santa Igreja, barca sacudida pelos
ventos e tempestades da vida, para que o
Senhor desperte a sua fé e dissipe todos os
seus temores, rezemos ao Senhor.
2. Pelo nosso mundo, afligido por males
sem conta, para que descubra em Jesus, Filho
de Deus, o profeta que renova a vida dos
homens, rezemos ao Senhor.
3. Pelos navegantes e pescadores em
perigo, para que a presença invisível de Jesus
acalme as tempestades e tormentas, rezemos
ao Senhor.
4. Pelos que estão ao serviço do próximo,
para que nem o fracasso nem a incompreensão
os faça desistir de seus propósitos, rezemos ao
Senhor.
Senhor, nosso Deus, que pela palavra do
vosso Filho acalmastes os ventos e as ondas,
aumentai a nossa pouca fé para sabermos
vencer as tempestades da vida. Por Cristo,
nosso Senhor.
Oração sobre as oferendas
Acolhei, ó Deus, este sacrifício de reconciliação e louvor, e fazei que, purificados por
A
ele, possamos oferecer-vos um coração que
vos agrade.
Oração eucarística para diversas circunstâncias VI - B
Oração depois da comunhão
Renovados pelo Corpo e Sangue do vosso
Filho, nós vos pedimos, ó Deus, que possamos
receber um dia, resgatados para sempre, a
salvação que devotamente estamos celebrando.
A Semente na Terra - Mc 4,35-41
Dia 21 de Junho - 12º Domingo do Tempo Comum
5. Pelos membros da nossa comunidade,
para que a Palavra de Deus e o Pão da Vida nos
tornem novas criaturas, rezemos ao Senhor.
noite caiu. Os discípulos estão fazendo a travessia. Vem a borrasca. No fundo do
barco, atirado de um lado para outro pela tempestade, Jesus dorme tranquilo. Os
discípulos, que estão passando pelas mesmas dificuldades que Ele, gritam de
angústia. Não entendem este sono do Senhor, pensam na morte. Dormindo, porém, Jesus põe
em prática e testa a confiança expressa nas parábolas (cf. Mc 4,26-34). Os discípulos, ao
contrário, entregam-se ao desespero.
- Dominados por seus pensamentos e por seus medos, os discípulos ainda não têm fé.
Têm medo de ir ao fundo do mar; não vão fundo, não vão até o fundo com Jesus. Preferem as
margens do lago e a superfície lisa e tranquila das águas às profundidades do encontro com o
Senhor, onde ele nos salva e nos convoca a salvar os irmãos e as irmãs: “farei de vós pescadores
de homens”!
- O batismo – o evangelho de Marcos é o evangelho dos catecúmenos* - consiste em ser
associados a Jesus na sua morte e na sua ressurreição. Esta narração é um exercício batismal
para ver se a Palavra produziu o seu fruto: a confiança para abandonar a própria vida nas mãos
d’Aquele que dorme e desperta – Jesus.
- Os discípulos não passaram na prova. Mas valeu a pena fazê-la. Assim, eles mostraram
as dificuldades que têm. Seu coração é tardo e lento em crer!
- A Palavra, ao longo do processo catecumenal – na verdade, ao longo da breve ou longa
travessia da vida – deverá trabalhar esses medos e essas agitações. Mas esses medos têm que
mostrar a cara, para poderem ser vencidos.
- Nesta noite escura, fica claro que a Palavra, caída “sobre a estrada”, não enraizou. Entrou
muito superficialmente. Debaixo, está ainda a “pedra” do coração dos discípulos, que os impede
de confiar totalmente no Senhor.
- O medo só será vencido quando se responder à pergunta: “Quem é este?” A aparente
inação do sono é a máxima ação em nosso favor. Ele dorme para estar conosco no vale obscuro
onde escorre a nossa vida.
77
Dia 21 de Junho - 12º Domingo do Tempo Comum
POR QUE TANTO MEDO?
José Antonio Pagola
A barca em que vão Jesus e seus discípulos se vê envolvida numa daquelas tormentas
imprevistas e furiosas que se levantam no lago da Galileia ao entardecer de certos dias de verão.
Marcos descreve o episódio para despertar a fé das comunidades cristãs que vivem momentos
difíceis.
O relato não é uma história tranquilizadora para consolar os cristãos de hoje com a promessa
de uma proteção divina que permita à Igreja passear tranquila através da história… É a chamada
decisiva de Jesus para fazer com ele a travessia em tempos difíceis: “Por que tanto medo? Ainda
não creem?”
Marcos prepara a cena a cena desde o princípio. Diz-nos que “era ao entardecer.” Logo cairão
as trevas da noite sobre o lago. É Jesus quem toma a iniciativa daquela estranha travessia: “Vamos
à outra margem.” A expressão não é nada inocente. Convida-os a passar juntos, na mesma barca,
para outro mundo, além do conhecido: a região pagã da Decápolis.
De repente se levanta um forte furação e as ondas batem contra a frágil embarcação
inundando-a de água. A cena é patética: na parte dianteira, os discípulos lutando impotentes
contra a tempestade; na popa, num lugar mais elevado, Jesus dormindo tranquilamente sobre um
travesseiro.
Aterrorizados, os discípulos despertam Jesus. Não captam a confiança de Jesus no Pai. A
única coisa que veem nele é uma incrível falta de interesse por eles. Estão cheios de medo e
nervosismo: “"Mestre, estamos perecendo e tu não te importas?”
Jesus não se justifica. Põe-se de pé e pronuncia uma espécie de exorcismo: o vento cessa de
rugir e se faz uma grande calma. Jesus aproveita esta paz e silêncio grandes para fazer-lhes duas
perguntas que hoje chegam até nós: “"Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?”
O que está acontecendo com os cristãos? Por que são tantos os nossos medos para enfrentar
estes tempos cruciais, e tão pouca nossa confiança em Jesus? Não é o medo de afundar que está
nos bloqueando? Não é a busca cega de segurança que nos impede de fazer uma leitura lúcida,
responsável e confiante dos tempos atuais? Por que resistimos a ver que Deus está conduzindo a
Igreja a um futuro mais fiel a Jesus e a seu Evangelho? Por que buscamos segurança no conhecido
e estabelecido no passado, e não ouvimos o chamado de Jesus a “passar para a outra margem”
para semear humildemente sua Boa Notícia num mundo indiferente a Deus, porém tão
necessitado de esperança.
O Minuto do Concílio
“Comum é a vocação à perfeição.” (Lumen gentium 32)
Santos do dia: Albano de Mogúncia (+ 406). Leutfred (+ 738). Luís Gonzaga (1568 – 1591).
Aloísio Ehrlich (1868 – 1945).
Testemunhas do Reino: Sérgio Ortiz (Guatemala, 1984).
78
22
SEGUNDA-FEIRA DA 12ª SEMANA DO TEMPO COMUM
(Cor verde - Ofício do dia de semana)
Antífona da entrada
O Senhor é a força de seu povo, fortaleza e
salvação do seu Ungido. Salvai, Senhor, vosso
povo, abençoai vossa herança e governai para
sempre os vosso servos.
Oração do dia
Senhor, nosso Deus, dai-nos por toda a vida
a graça de vos amar e temer, pois nunca cessais
de conduzir os que firmais no vosso amor.
ergueu ali um altar ao Senhor, que lhe tinha
aparecido. 8 De lá, deslocou-se em direção ao
monte que estava a oriente de Betel, onde
armou sua tenda, com Betel a ocidente e Hai a
oriente. Ali construiu também um altar ao
Senhor, e invocou o seu nome. 9 Depois, de
acampamento em acampamento, Abrão foi até
o Negueb. - Palavra do Senhor.
Salmo responsorial - Sl 32
R. Feliz o povo que o Senhor escolheu
por sua herança!
Dia 22 de Junho - Segunda-feira da 12ª Semana do Tempo Comum
Datas comemorativas: Início do Inverno. Dia Universal Olímpico. Dia da Música. Dia da
Mídia. Dia Nacional da Academia de Letras. Dia do Intelectual. Dia do Mel. Nascimento de Machado
de Assis (1839).
Leitura - Gn 12,1-9
Leitura do Livro do Gênesis
Naqueles dias, 1 o Senhor disse a Abrão:
"Sai da tua terra, da tua família e da casa do teu
pai, e vai para a terra que eu te vou mostrar.
2
Farei de ti um grande povo e te abençoarei:
engrandecerei o teu nome, de modo que ele se
torne uma bênção. 3 Abençoarei os que te
abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão abençoadas todas as
famílias da terra!". 4 E Abrão partiu, como o
Senhor lhe havia dito, e Ló foi com ele. Tinha
Abrão setenta e cinco anos, quando partiu de
Harã. 5 Ele levou consigo sua mulher Sarai, seu
sobrinho Ló e todos os bens que possuíam,
bem como todos os escravos que haviam
adquirido em Harã. Partiram rumo à terra de
Canaã e ali chegaram. 6 Abrão atravessou o país
até o santuário de Siquém, até o carvalho de
Moré. Os cananeus estavam então naquela
terra. 7 O Senhor apareceu a Abrão e lhe disse:
"Darei esta terra à tua descendência". Abrão
1. Feliz o povo cujo Deus é o Senhor, e a
nação que escolheu por sua herança! Dos altos
céus o Senhor olha e observa; ele se inclina
para olhar todos os homens. R.
2. Mas o Senhor pousa o olhar sobre os
que o temem, e que confiam esperando em seu
amor, para da morte libertar as suas vidas e
alimentá-los quando é tempo de penúria. R.
3. No Senhor nós esperamos confiantes,
porque ele é nosso auxílio e proteção! Sobre
nós venha, Senhor, a vossa graça, da mesma
forma que em vós nós esperamos! R.
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. A palavra do Senhor, é viva e eficaz: ela
julga os pensamentos e as intenções do
coração. R.
Evangelho - Mt 7,1-5
A facilidade que temos de julgar é propor79
Dia 22 de Junho - Segunda-feira da 12ª Semana do Tempo Comum
cional à nossa incapacidade de nos enxergarmos como realmente somos. Quem tem
consciência de ser justo pela graça de Deus e
pecador por sua incapacidade de amar, tem
mais capacidade de tratar os outros com justiça
e perdoar como quer ser perdoado. Somente a
Palavra da infinita Misericórdia pode nos tornar
justos. Deixemos que ela opere este milagre em
nós!
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus
discípulos: 1 "Não julgueis, e não sereis
julgados. 2 Pois, vós sereis julgados com o
mesmo julgamento com que julgardes; e sereis
medidos, com a mesma medida com que
medirdes. 3 Por que observas o cisco no olho do
teu irmão, e não prestas atenção à trave que está
no teu próprio olho? 4 Ou, como podes dizer ao
teu irmão: 'deixa-me tirar o cisco do teu olho',
quando tu mesmo tens uma trave no teu?
5
Hipócrita, tira primeiro a trave do teu próprio
olho, e então enxergarás bem para tirar o cisco
do olho do teu irmão". - Palavra da Salvação.
Prece dos fiéis
Quem somos nós para julgar o próximo?
Não devemos julgar, mas compreender e
perdoar. Julgar só a Deus pertence. Peçamos,
então, com humildade: R. Ouvi-nos, Senhor.
1. Pelos ministros do sacramento da
Reconciliação, para que, ao atenderem os fiéis
em confissão, não os condenem, mas os
acolham com a misericórdia do Pai, rezemos,
irmãos.
2. Pelos que emigram das suas terras,
como Abraão, para que encontrem, nos países
que os recebem, acolhimento, trabalho, vida
digna e amor fraterno, rezemos, irmãos.
3. Pelas famílias que se ajudam umas às
outras, sobretudo nas horas más da vida, para
que cresçam na amizade, na concórdia e na
união, rezemos, irmãos.
4. Por aqueles que têm vergonha de se
confessar, para que encontrem ministros que os
acolham e ajudem a superar a dificuldade,
rezemos, irmãos.
5. Por todos nós aqui reunidos em assembleia, para que, antes de tirar a trave dos olhos
dos outros, tiremos a trave que temos nos
nossos, rezemos, irmãos.
Senhor, Pai de bondade e de perdão, dainos um espírito reto e esclarecido para que
saibamos viver a vossa Lei. Por Cristo, nosso
Senhor.
Oração sobre as oferendas
Acolhei, ó Deus, este sacrifício de reconciliação e louvor, e fazei que, purificados por
ele, possamos oferecer-vos um coração que
vos agrade.
Oração depois da comunhão
Renovados pelo Corpo e Sangue do vosso
Filho, nós vos pedimos, ó Deus, que possamos
receber um dia, resgatados para sempre, a
salvação que devotamente estamos celebrando.
SÃO PAULINO DE NOLA, Bispo
MEMÓRIA FACULTATIVA (Cor branca - Ofício da memória)
(Missa: Pastores [bispos] MR, 754)
Oração do dia
Ó Deus, que fizestes brilhar no bispo São
80
Paulino de Nola o amor à pobreza e o zelo
pastoral, concedei que, celebrando seus
méritos, imitemos sua caridade.
MEMÓRIA FACULTATIVA (Cor vermelha - Ofício da memória)
(Missa: Mártires - MR, 740)
Oração do dia
Ó Deus, que coroastes no martírio a
profissão da verdadeira fé, concedei que,
A
fortificados pela intercessão de São João Fisher
e São Tomás More, confirmemos com o
testemunho de nossa vida a fé que professamos
com os lábios.
A Semente na Terra - Mt 7,1-5
ordem de Jesus é clara: “Não julguem, para não serem julgados” (v. 1). Jesus manda
viver com os irmãos a relação que o Pai vive com cada um de nós. O nome próprio
dessa relação é “misericórdia”.
- Tenho dois motivos muito fortes para não julgar. O primeiro é que o meu julgamento –
normalmente negativo, quando não preconceituoso e falso – condiciona o meu relacionamento
com o outro. Segundo, porque o meu julgamento em relação ao outro se volta contra mim
mesmo. Assim, o meu julgamento prejudica (essa palavra quer dizer “julga antes” e “faz mal”) o
outro e julga a mim mesmo. Nós somos muito o que vemos e como vemos. O outro tende a se
tornar como eu o vejo, e eu sou como vejo o outro (Fausti).
- Na visão de Deus, sou chamado a ver o outro como Deus o vê, isto é, como filho (a) de
Deus e meu irmão (a). Por isso, o meu desprezo pelo outro é grave para ele e para mim, pois,
negando a ele a minha fraternidade, nega em mim a minha filialidade divina. No meu olhar
distorcido, torno o outro o que ele não é e torno a mim mesmo o que também não sou. O pré-juízo
é imenso!
- Um pensador do século passado disse que “os outros são o inferno” (Sartre). A
afirmação pode ser verdadeira do ponto de vista de uma análise dos problemas que o outro –
independentemente de quem seja e como seja – nos coloca. O outro, com efeito, é “outro”,
diverso e estranho, intruso e concorrente, invasor e ameaça. Querendo ou não, o aquilato, avalio,
julgo (em sentido pré-moral). Invejo o que ele tem a mais; desprezo o que ele tem a menos.
Defendo-me do outro para manter a minha diferença; ataco-o para apoderar-me da sua. Procuro
tornar-me superior para não me tornar inferior. Como disse um pensador que já citamos aqui, o
ser humano torna-se “lobo para o homem” (Hobbes).
- Diante desse quadro – tão antigo quanto o andar bípede e em bandos rivais – Jesus
propõe uma revolução, que começa pela mudança do olhar. Os vv. 1-2 proíbem julgar, porque o
meu julgamento negativo do (a) outro (a) reverte-se contra mim mesmo. Preciso ser como o PaiMãe, que aceita incondicionalmente o filho. Os vv. 3-5 convidam-me a julgar a mim mesmo ao
invés de julgar o (a) outro (a). Se julgo mal, é porque meu coração ainda é mau, e tenho que
aprender a ver nos meus maus juízos o que eu mesmo sou. O v. 6 esclarece que o não julgar não
elimina a capacidade de discernir, sempre necessária, sobretudo para amar o outro como irmão.
Dia 22 de Junho - Segunda-feira da 12ª Semana do Tempo Comum
SÃO JOÃO FISHER, Bispo, e SÃO TOMÁS MORE, Leigo, Mártires
O Minuto do Concílio
“Cristo realiza o seu múnus profético também por meio dos leigos, para que a força do
Evangelho resplandeça na vida quotidiana, familiar e social.” (Lumen gentium 35)
81
Dia 23 de Junho - Terça-feira da 12ª Semana do Tempo Comum
Santos do dia: Albino de Roma. Agatão (I – II século). Paulino de Nola (353 – 431). Sighilde
(+ 750). Eberardo de Biburg (1089 - 1164). Inocêncio V (+ 1276). Cristina de Hahm (século XV).
João Fischer (1469 – 1535). Tomás Morus (1478 – 1535).
Testemunhas do Reino: Manuel Larraín (Talca / Chile, 1966). Sérgio Ortiz (Guatemala, 1984).
Arturo Mackinnon (República Dominicana, 1965).
Datas comemorativas: Dia do Orquidófilo. Dia do Aeroviário. Dia Mundial do Fusca.
23
TERÇA-FEIRA DA 12ª SEMANA DO TEMPO COMUM
(Cor verde - Ofício do dia de semana)
Antífona da entrada
O Senhor é a força de seu povo, fortaleza e
salvação do seu Ungido. Salvai, Senhor, vosso
povo, abençoai vossa herança e governai para
sempre os vosso servos.
Oração do dia
Senhor, nosso Deus, dai-nos por toda a vida
a graça de vos amar e temer, pois nunca cessais
de conduzir os que firmais no vosso amor.
Leitura - Gn 13,2.5-18
Leitura do Livro do Gênesis
2
Abrão era muito rico em rebanhos, prata e
ouro. 5 Ló, que acompanhava Abrão, também
tinha ovelhas, gado e tendas. 6 A região já não
bastava para os dois, pois seus rebanhos eram
demasiado numerosos, para poderem morar
juntos. 7 Surgiram discórdias entre os pastores
que cuidavam da criação de Abrão, e os pastores de Ló. Naquele tempo, os cananeus e os
fereseus ainda habitavam naquela terra. 8 Abrão
disse a Ló: "Não deve haver discórdia entre nós
e entre os nossos pastores, pois somos irmãos.
9
Estás vendo toda esta terra diante de ti? Pois
bem, peço-te, separa-te de mim. Se fores para
a esquerda, eu irei para a direita; Se fores para a
direita, eu irei para a esquerda". 10 Levantando os
olhos, Ló viu que toda a região em torno do
82
Jordão era por toda a parte irrigada - isso antes
que o Senhor destruísse Sodoma e Gomorra -,
era como um jardim do Senhor e como o Egito,
até a altura de Segor. 11 Ló escolheu, então, para
si a região em torno do Jordão, e foi para
oriente. Foi assim que os dois se separaram um
do outro. 12 Abrão habitou na terra de Canaã,
enquanto que Ló se estabeleceu nas cidades
próximas do Jordão, e armou suas tendas até
Sodoma. 13 Ora, os habitantes de Sodoma eram
péssimos, e grandes pecadores diante do
Senhor. 14 E o Senhor disse a Abrão, depois que
Ló se separou dele: "Ergue os olhos e, do lugar
onde estás, olha para o norte e para o sul, para o
oriente e para o ocidente: 15 toda essa terra que
estás vendo, eu a darei a ti e à tua descendência
para sempre. 16 Tornarei tua descendência tão
numerosa como o pó da terra. Se alguém puder
contar os grãos do pó da terra, então poderá
contar a tua descendência. 17 Levanta-te e
percorre este país de ponta a ponta, porque é a ti
que o darei. 18 Tendo desarmado suas tendas,
Abrão foi morar junto ao Carvalho de Mambré,
que está em Hebron, e ali construiu um altar ao
Senhor. - Palavra do Senhor.
Salmo responsorial - Sl 14
R. Senhor, quem morará em vosso
Monte Santo?
1. É aquele que caminha sem pecado e
pratica a justiça fielmente; que pensa a verdade
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Eu sou a luz do mundo, aquele que me
segue, não caminha entre as trevas, mas terá a
luz da vida.
Evangelho - Mt 7,6.12-14
Ouviremos Jesus proclamar a chamada
“regra de ouro”: “Tudo quanto quereis que os
outros vos façam, fazei também a eles.”, que
resume “a Lei e os Profetas”, quer dizer, a
essência da Bíblia.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo Segundo Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus
discípulos: 6 "Não deis aos cães as coisas
santas, nem atireis vossas pérolas aos porcos;
para que eles não as pisem com os pés e,
voltando-se contra vós, vos despedacem.
12
Tudo quanto quereis que os outros vos façam,
fazei também a eles. Nisto consiste a Lei e os
Profetas. 13 Entrai pela porta estreita, porque
larga é a porta e espaçoso é o caminho que leva
à perdição, e muitos são os que entram por ele!
14
Como é estreita a porta e apertado o caminho
que leva à vida! E são poucos os que o
encontram"! - Palavra da Salvação.
sua comunidade. Peçamos-Lhe que o ensine a
nós também, dizendo: R. Cristo, ouvi as
nossas preces.
1. Pelos fiéis que valorizam e amam as
coisas santas, pelos que tratam os outros como
gostam de ser tratados e pelos que seguem o
caminho estreito que leva à Vida, rezemos ao
Senhor.
2. Pelos que defendem os valores elevados da humanidade, pelos que se opõem a
tudo aquilo que degrada e pelos que ouvem
Cristo, Palavra eterna de Deus, rezemos ao
Senhor.
3. Pelas pessoas e grupos que frequentemente tomam o caminho da agressão, pelos
que resolvem os seus problemas de modo
pacífico e pelos que ajudam outros a superar os
desentendimentos e os conflitos, rezemos ao
Senhor.
4. Pelos que vivem como peregrinos neste
mundo, e fazem de suas vidas um culto
agradável a Deus no templo de seu corpo e no
altar do seu coração, rezemos ao Senhor.
5. Pelos cristãos que guardam o domingo,
pelos que se alimentam da Palavra viva e do Pão
santo e pelos que se comprometem na vida da
comunidade, rezemos ao Senhor.
Dia 23 de Junho - Terça-feira da 12ª Semana do Tempo Comum
no seu íntimo e não solta em calúnias sua
língua. R.
2. Que em nada prejudica o seu irmão,
nem cobre de insultos seu vizinho; que não dá
valor algum ao homem ímpio, mas honra os
que respeitam o Senhor. R.
3. Não empresta o seu dinheiro com usura,
nem se deixa subornar contra o inocente.
Jamais vacilará quem vive assim! R.
Senhor Jesus, que nos convidais a entrar no
vosso Reino, levai-nos pela mão, como os pais
fazem com seus filhos, para entrarmos pela
porta estreita e não nos desviarmos do
caminho. Vós que sois Deus com o Pai na
unidade do Espírito Santo.
Oração sobre as oferendas
Acolhei, ó Deus, este sacrifício de reconciliação e louvor, e fazei que, purificados por
ele, possamos oferecer-vos um coração que
vos agrade.
Prece dos fiéis
Oração depois da comunhão
Jesus Cristo ensinou os seus discípulos e
discípulas a viverem e a conviverem em paz na
Renovados pelo Corpo e Sangue do vosso
83
Dia 23 de Junho - Terça-feira da 12ª Semana do Tempo Comum
Filho, nós vos pedimos, ó Deus, que possamos
receber um dia, resgatados para sempre, a
O
salvação que devotamente estamos celebrando.
A Semente na Terra - Mt 7,6.12-14
versículo 6 deve ser lido, antes de tudo, em relação aos cinco versículos precedentes,
pois a proibição de julgar (cf. Mt 7,1-5) não elimina a obrigação de discernir. A distinção
pode ser fina como a lâmina de cortar, mas existe. É como cortar um fio de cabelo ao
meio, verticalmente, mas dá pra cortar. O amor não julga, mas é sábio o suficiente para discernir.
O amor tem que ser “discreto”. Deve ser capaz de discernir as situações, as ações e as reações
para encontrar (isso é a sabedoria) o que aqui e agora (isso se chama prudência) ajuda mais e
melhor o irmão. Os maus entendem muito bem de discrição. Sabem direitinho o que fazer e o que
evitar para prejudicar o irmão sem se prejudicarem. Só não dá para aprender com eles porque
eles só falam entre si, não com o irmão, que, para todos os efeitos, sempre protestam pretender
ajudar. A verdade que salva, porém, exige outro tipo de arte em sua proposição. É a fina “arte de
amar”, mais necessária que qualquer outra arte, técnica, método, sistema!
- Santos são os “bens preciosos” de que vive a santa comunidade: a Palavra e o Pão. Não
devem ser dados a qualquer um de qualquer jeito, pois há meios e caminhos para que esses bens
sejam adequadamente disponibilizados a todos. Há uma iniciação aos mistérios, uma disciplina
do arcano, que, por respeito à consciência das pessoas e à natureza dos dons, deve ser respeitada
(cf. 1Cor 3,1ss.). O próprio Jesus, que veio para salvar a todos, insiste em que os discípulos
evangelizem primeiro as ovelhas perdidas da casa de Israel (cf. Mt 10,6). Para o povo da Bíblia,
“cães” e “porcos” – leiam e, depois, rasguem isso! – são os hebreus e os pagãos. Devem ser
bem preparados (se cães, amestrados; se porcos, bem lavados) para receber os dons. Superado
o preconceito – exagero à parte e, agora, sem nenhuma brincadeira – a apresentação da
mensagem que salva deve ser progressiva. Vê-se melhor na penumbra do que olhando
diretamente para o sol. Aliás, olhando diretamente para o sol, não se vê nada, fica-se cego.
- A “regra de ouro” do v. 12 – presente em muitas religiões – toma em Jesus uma
formulação totalmente positiva. Daí a sua excelência. Explicita, concretizando, Mt 5,48: “Sejam
perfeitos...”! A perfeição do Pai é fazer o bem, é ser bom, é ser o Amor amante. Fazendo o bem,
sendo bons, amando, nos tornamos filhos, perfeitos como o Pai-Mãe, que é amor para todos, na
Trindade e além dela. Amor que é amor se concretiza no “fazer”. O egoísta faz para si e quer que
todos façam para ele. É o umbigo do mundo, o centro de tudo e de todas as atenções, o “buraco
negro” que tudo engole. Quem, porém, ama “faz para o outro”, colocando-o – com todos os
demais – no centro de si.
- A palavra de Jesus é a “porta estreita” que nos introduz na vida filial e fraternal. A palavra
de Jesus é o “caminho estreito” que nos conduz à vida eterna (vv. 13-14).
O Minuto do Concílio
“Os sacramentos da nova Lei prefiguram o novo céu e a nova terra.”
(Lumen gentium 35)
Santos do dia: Edeltrudes (635 – 679). Lietbert de Cambrai-Arras (1000 – 1076). Maria de
Oignies (1177 – 1213). José Cafasso (1811 – 1860).
84
Datas comemorativas: Dia do Atleta Olímpico. Dia do Lavrador. Dia Internacional das Aldeias
SOS.
24
QUARTA-FEIRA - NATIVIDADE DE SÃO JOÃO BATISTA
Solenidade
(Cor branca - Glória - Creio - Ofício solene próprio)
Comentário inicial - A Igreja celebra seus
santos e santas no dia de sua morte. João
Batista é exceção. Dele celebramos o martírio e
o nascimento. Desta forma, a Igreja sublinha a
importância única que teve este profeta para a
missão de Jesus. “Dos nascidos de mulher,
ninguém é maior que João”, diz o próprio
Jesus. Celebrar João Batista é entrar na
expectativa de um tempo qualitativamente
novo; é mergulhar nas melhores esperanças de
Israel e de toda a humanidade; é abrir espaço
para o futuro de Deus no contraditório presente
dos indivíduos e das coletividades.
Antífona da entrada
Houve um homem enviado por Deus: o seu
nome era João. Veio dar testemunho da luz e
preparar para o senhor um povo bem disposto a
recebê-lo.
Oração do dia
Ó Deus, que suscitastes São João Batista a
fim de preparar para o Senhor um povo perfeito,
concedei à vossa Igreja as alegrias espirituais
e dirigi os nossos passos no caminho da
salvação e da paz.
Leitura - Is 49,1-6
Leitura do Livro do Profeta Isaías
1
Nações marinhas, ouvi-me, povos
distantes, prestai atenção: o Senhor chamou-
me antes de eu nascer, desde o ventre de minha
mãe ele tinha na mente o meu nome; 2 fez de
minha palavra uma espada afiada, protegeu-me
à sombra de sua mão e fez de mim uma flecha
aguçada, escondida em sua aljava, 3 e disseme: "Tu és o meu Servo, Israel, em quem serei
glorificado". 4 E eu disse: "Trabalhei em vão,
gastei minhas forças sem fruto, inutilmente;
entretanto o Senhor me fará justiça e o meu
Deus me dará recompensa". 5 E agora diz-me o
Senhor - ele que me preparou desde o
nascimento para ser seu Servo - que eu
recupere Jacó para ele e faça Israel unir-se a
ele; aos olhos do Senhor esta é a minha glória.
6
Disse ele: "Não basta seres meu Servo para
restaurar as tribos de Jacó e reconduzir os
remanescentes de Israel: eu te farei luz das
nações, para que minha salvação chegue até
aos confins da terra". - Palavra do Senhor.
Dia 24 de Junho - Quarta-feira - Natividade de São João Batista - Solenidade
Testemunhas do Reino: Chegada ao México dos doze franciscanos apóstolos de Nova
Espanha (1524).
Salmo responsorial - Sl 138
R. Eu vos louvo e vos dou graças, ó
Senhor, porque de modo admirável me
formastes!
1. Senhor, vós me sondais e conheceis,
sabeis quando me sento ou me levanto; de longe penetrais meus pensamentos; percebeis
quando me deito e quando eu ando, os meus
caminhos vos são todos conhecidos. R.
2. Fostes vós que me formastes as
entranhas, e no seio de minha mãe vós me
tecestes. Eu vos louvo e vos dou graças, ó
Senhor, porque de modo admirável me
formastes! R.
85
Dia 24 de Junho - Quarta-feira - Natividade de São João Batista - Solenidade
3. Até o mais íntimo, Senhor me conheceis; nenhuma sequer de minhas fibras ignoráveis, quando eu era modelado ocultamente,
era formado nas entranhas subterrâneas. R.
Leitura - At 13,22-26
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naqueles dias, Paulo disse: 22 Deus fez
surgir Davi como rei e assim testemunhou a seu
respeito: 'Encontrei Davi, filho de Jessé,
homem segundo o meu coração, que vai fazer
em tudo a minha vontade'. 23 Conforme
prometera, da descendência de Davi Deus fez
surgir para Israel um Salvador, que é Jesus.
24
Antes que ele chegasse, João pregou um
batismo de conversão para todo o povo de
Israel. 25 Estando para terminar sua missão,
João declarou: 'Eu não sou aquele que pensais
que eu seja! Mas vede: depois de mim vem
aquele, do qual nem mereço desamarrar as
sandálias'. 26 Irmãos, descendentes de Abraão,
e todos vós que temeis a Deus, a nós foi enviada
esta mensagem de salvação. - Palavra do
Senhor.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Lucas
57
Completou-se o tempo da gravidez de
Isabel, e ela deu à luz um filho. 58 Os vizinhos e
parentes ouviram dizer como o Senhor tinha
sido misericordioso para com Isabel, e
alegraram-se com ela. 59 No oitavo dia, foram
circuncidar o menino, e queriam dar-lhe o
nome de seu pai, Zacarias. 60 A mãe, porém,
disse: "Não! Ele vai chamar-se João". 61 Os
outros disseram: "Não existe nenhum parente
teu com esse nome!" 62 Então fizeram sinais ao
pai, perguntando como ele queria que o menino
se chamasse. 63 Zacarias pediu uma tabuinha, e
escreveu: "João é o seu nome". E todos ficaram
admirados. 64 No mesmo instante, a boca de
Zacarias se abriu, sua língua se soltou, e ele
começou a louvar a Deus. 65 Todos os vizinhos
ficaram com medo, e a notícia espalhou-se por
toda a região montanhosa da Judeia. 66 E todos
os que ouviam a notícia, ficavam pensando: "O
que virá a ser este menino?" De fato, a mão do
Senhor estava com ele. 80 E o menino crescia e
se fortalecia em espírito. Ele vivia nos lugares
desertos, até ao dia em que se apresentou
publicamente a Israel. - Palavra da Salvação.
Aclamação ao Evangelho
Prece dos fiéis
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Serás chamado, ó menino, o profeta do
Altíssimo: irás diante do Senhor, preparandolhe os caminhos. R.
Evangelho - Lc 1,57-66.80
João Batista preparou a entrada de Jesus
entre as massas humanas da Palestina. E Jesus
garantiu o lugar de João Batista na história de
todos os tempos. A história, como a vida, é uma
corrente. Entramos nesta corrente e somos
carregados por ela, enquanto a carregamos. A
menos que se queira ser apenas medíocres
espectadores da vida.
86
Na solenidade do nascimento de São João
Batista, elevemos a nossa oração ao Pai das
misericórdias, pelas necessidades de todos os
homens e mulheres, dizendo: R. Nós Vos
rogamos: ouvi-nos, Senhor.
1. Pela santa Igreja, peregrina em toda a
terra, para que seja animada pelo espírito de
profecia, que animou São João Batista no
deserto, rezemos ao Senhor.
2. Pelos bispos, presbíteros e diáconos,
para que, de acordo com a própria vocação,
anunciem Aquele que está no meio de nós,
rezemos ao Senhor.
3. Pelos cristãos militantes e educadores da
Deus Pai, que nos escolhestes e chamastes
a ser santos e santas, fazei de nós vossos
servidores, a fim de prepararmos os nossos
irmãos para a vinda do vosso Filho Jesus Cristo.
Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito
Santo.
Prefácio de São Batista
A missão do Precursor
Na verdade, é justo e necessário, é nosso
dever e salvação dar-vos graças, sempre e em
todo lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e
todo-poderoso. Proclamamos, hoje, as
maravilhas que operastes em São João Batista,
precursor de vosso Filho e Senhor nosso,
consagrado como o maior entre os nascidos de
mulher. Ainda no seio materno, ele exultou com
a chegada do Salvador da humanidade e seu
nascimento trouxe grande alegria. Foi o único
dos profetas que mostrou o Cordeiro redentor.
Batizou o próprio autor do batismo, nas águas
assim santificadas, e, derramando seu sangue,
mereceu dar o perfeito testemunho de Cristo.
Por essa razão, unidos aos anjos e a todos os
santos, nós vos aclamamos, jubilosos,
cantando (dizendo) a uma só voz:
Oração depois da comunhão
Oração sobre as oferendas
Ó Deus, acorremos ao altar com os vossos
dons, celebrando com a devida honra o
nascimento de São João Batista, que anunciou
a vinda do Salvador do mundo e o mostrou
presente entre os homens.
J
Restaurados, ó Deus, à mesa do Cordeiro
divino, concedei que a vossa Igreja, alegrandose pelo nascimento de São João Batista,
reconheça no Cristo, por ele anunciado, Aquele
que nos faz renascer.
Dia 24 de Junho - Quarta-feira - Natividade de São João Batista - Solenidade
fé, para que, no meio das incompreensões e
dificuldades, não esqueçam que a sua recompensa está em Deus, rezemos ao Senhor.
4. Pelos povos que ainda não conhecem a
Cristo, para que Deus lhes envie missionários e
profetas, e a luz da salvação chegue até aos
confins da terra, rezemos ao Senhor.
5. Pelos lares cristãos onde há a alegria de
um nascimento, para que os pais vejam nos
filhos um dom de Deus e estejam prontos a
educá-los na fé da Igreja, rezemos ao Senhor.
6. Pela nossa comunidade, para que seja
humilde e servidora e se converta sempre mais
a Jesus Cristo, rezemos ao Senhor.
A Semente na Terra - Lc 1,57-66.80
oão Batista pode ser olhado de diversos pontos de vista. Afinal, foi dele, o precursor, que
Jesus disse: “Eu garanto a vocês: de todos os homens que já nasceram, nenhum é maior
do que João Batista” (Mt 11,11).
- O Evangelho de hoje, porém, se fixa na questão do nome que deve ser dado ao fruto da
promessa feita a Zacarias, enquanto este oficiava no Templo (cf. Lc 1,5-25).
- Por quê o nome é tão importante? Porque o nome indica a pessoa, o seu valor único e
irrepetível. Cada um de nós é único: nunca houve e nunca haverá alguém como nós.
Enriquecemos o mundo com nossa presença, e o mundo empobrece com a nossa ausência.
Talvez seja até por isso que, inconscientemente, o nome se transforma em apelido quando é
muito comum, e se inventam novos nomes para chamar aquela pessoa, única justamente por ser
pessoa.
- A pessoa existe se e como é chamada pelas outras. A pessoa não é só um ser-em-si, mas
um ser-em-relação. Um ser-com os outros. Um ser-para os outros. O nome é expressão do ser87
Dia 24 de Junho - Quarta-feira - Natividade de São João Batista - Solenidade
em-si de cada um, mas, muito mais, do ser-com de cada um. Sem os outros, não podemos
nascer, nem viver, nem crescer, nem ser ninguém. Algumas décadas atrás, falava-se dos
“meninos-lobo”. Abandonados por suas mães, acabavam, por ‘sorte’ do destino, sendo criados
por algum animal dócil, que lhes dava de mamar, como se fossem um filhote a mais.
Sobreviviam, mas não se humanizavam; ao invés de crescerem como gente, cresciam como os
bichos com os quais conviviam. O ser humano precisa ser criado e crescer como e com seres
humanos para se tornar gente!
- O verdadeiro nome de cada um de nós é dado por Deus. É o nosso nome interior, o nosso
ser mais íntimo, a nossa ‘vocação’ mais pessoal. Cada um é ele mesmo na sua relação com
Deus. Criado por Ele e para Ele, cada um é chamado e amado por Ele com um amor único. É essa
relação que nos faz ser como somos, à sua imagem e semelhança. A riqueza pessoal de Deus é
tanta que cada ser humano traz em si, junto com a sua humanidade, algum traço único de Deus. É
só diante de Deus que cada ser humano tem o próprio rosto.
- Ao falar da criação do homem – ‘Adão’ não é um indivíduo nem é nome próprio (como
José, Pedro, Rosa), mas o ser humano em geral, a humanidade, se quiser, os primeiros homens e
mulheres a habitarem o nosso planeta – a Bíblia diz que, na brisa da tarde, Deus ‘descia’ para
conversar com ‘Adão’ (cf. Gn 3,8). Uma linguagem simbólica para indicar que o ser humano é
um ser-no-mundo (terra, plantas, animais), um ser-com-os-outros (as pessoas, próximas e não,
que formam a humanidade) e um ser-com-Deus (o Criador que quer ser nosso Pai). No face a
face com Deus, somos nós mesmos, não temos nada a esconder, podemos tirar as máscaras.
Crescemos em nossa identidade mais pessoal. A intimidade com Deus não anula a nossa
personalidade; pelo contrário, a faz desabrochar, deixa que venha à tona, mostra-a a nós mesmos
como num espelho.
- O precursor de Jesus – pode alguém ser tão único como ele? – tinha um nome. “Seu
nome era João” (Jo 1,6). “João” significa justamente “dom de Deus”. Desdobrando: “dom, graça
e amor de Deus”. O fruto de Isabel e Zacarias, como o de quaisquer progenitores, ainda que
produzido por essa terra, é sempre dom do alto, presente do céu. Isabel e Zacarias, na verdade,
fazem as vezes de Deus – que é ao mesmo tempo pai e mãe (cf. João Paulo I) – necessário
princípio de vida e fonte de liberdade. É difícil entender isso, tanto assim que queremos dar ao
menino o nome do pai – Zacarias (cf. Lc 1,59) – quando o seu nome verdadeiro – dado por Deus
– é outro, pois ele é “dom”!
- Nós, na verdade, temos um nome e um sobrenome (ou nome de família, como se diz em
outras línguas). O sobrenome remete à nossa família, mas, em última análise, somos família de
Deus, origem e meta do nosso existir. O primeiro presente de Deus a mim sou eu mesmo; o
último, é ele mesmo, em pessoa, que, pelo dom do Espírito, me transforma em filho ou filha seu
(sua) no Filho Jesus.
O Minuto do Concílio
“É preciso reconhecer que a cidade terrena, a quem são
confiados os cuidados temporais, se rege por princípios
próprios.” (Lumen gentium 36)
Santos do dia: João Batista (século I). Guilherme de Vercelli (1085 – 1142).
88
25
QUINTA-FEIRA DA 12ª SEMANA DO TEMPO COMUM
(Cor verde - Ofício do dia de semana)
Antífona da entrada
O Senhor é a força de seu povo, fortaleza e
salvação do seu Ungido. Salvai, Senhor, vosso
povo, abençoai vossa herança e governai para
sempre os vosso servos.
de todos os seus irmãos". 15 Agar deu à luz o
filho de Abrão; e ele pôs o nome de Ismael ao
filho que Agar lhe deu. 16 Abrão tinha oitenta e
seis anos, quando Agar deu à luz Ismael.
- Palavra do Senhor.
Salmo responsorial - Sl 105
Oração do dia
Senhor, nosso Deus, dai-nos por toda a vida
a graça de vos amar e temer, pois nunca cessais
de conduzir os que firmais no vosso amor.
Leitura - Gn 16,1-12.15-16
Ou: Gn 6b-12.15-16 (mais breve)
Leitura do Livro do Gênesis
Naqueles dias: 6b Sarai maltratou tanto
Agar que ela fugiu. 7 Um anjo do Senhor,
encontrando-a junto à fonte do deserto, no
caminho de Sur, disse-lhe: 8 "Agar, escrava de
Sarai, de onde vens e para onde vais?" Ela
respondeu: "Estou fugindo de Sarai, minha
senhora". 9 E o anjo do Senhor lhe disse: "Volta
para a tua senhora e sê submissa a ela". 10 E
acrescentou: "Multiplicarei a tua descendência
de tal forma, que não se poderá contar".
11
Disse, ainda, o anjo do Senhor: "Olha, estás
grávida e darás à luz um filho e o chamarás
Ismael, porque o Senhor te ouviu na tua aflição.
12
Ele será indomável como um jumento
selvagem, sua mão se levantará contra todos, e
a mão de todos contra ele. E ele viverá separado
R. Dai graças ao Senhor, porque ele é
bom.
Dia 25 de Junho - Quinta-feira da 12ª Semana do Tempo Comum
Datas comemorativas: Dia das Empresas Gráficas. Dia do Observador Aéreo. Dia dos Discos
Voadores. Dia do Cabo. Dia da Comunidade Britânica. Dia Internacional do Leite. Dia do Caboclo.
Rebelião indígena no oeste do México (1541). Batalha de Carabobo (Venezuela, 1821). Morte de
Carlos Gardel (Argentina, 1935). Fundação da Igreja Evangélica Luterana do Brasil (1904).
1. Dai graças ao Senhor, porque ele é bom,
porque eterna é a sua misericórdia! Quem
contará os grandes feitos do Senhor? Quem
cantará todo o louvor que ele merece? R.
2. Felizes os que guardam seus preceitos e
praticam a justiça em todo o tempo! Lembraivos, ó Senhor, de mim, lembrai-vos, pelo amor
que demonstrais ao vosso povo! R.
3. Visitai-me com a vossa salvação, para
que eu veja o bem-estar do vosso povo, e exulte
na alegria dos eleitos, e me glorie com os que
são vossa herança. R.
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Quem me ama, realmente, guardará
minha palavra e meu Pai o amará e a ele nós
viremos. R.
Evangelho - Mt 7,21-29
O centro não é a oração, como não é a lei. O
centro é Deus e os filhos e filhas de Deus.
89
Dia 25 de Junho - Quinta-feira da 12ª Semana do Tempo Comum
Seremos julgados não pela nossa oração e
nossa doutrina, mas por nossa prática e
por nosso amor. Como dizia o místico
espanhol, São João da Cruz: “No fim, no
crepúsculo de nossa vida, seremos julgados
pelo amor”.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus
discípulos: 2l "Nem todo aquele que me diz:
'Senhor, Senhor', entrará no Reino dos Céus,
mas o que põe em prática a vontade de meu Pai
que está nos céus. 22 Naquele dia, muitos vão
me dizer: 'Senhor, Senhor, não foi em teu nome
que profetizamos? Não foi em teu nome que
expulsamos demônios? E não foi em teu nome
que fizemos muitos milagres?' 23 Então eu lhes
direi publicamente: Jamais vos conheci.
Afastai-vos de mim, vós que praticais o mal.
24
Portanto, quem ouve estas minhas palavras e
as põe em prática, é como um homem
prudente, que construiu sua casa sobre a rocha.
25
Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos
deram contra a casa, mas a casa não caiu,
porque estava construída sobre a rocha. 26 Por
outro lado, quem ouve estas minhas palavras e
não as põe em prática, é como um homem sem
juízo, que construiu sua casa sobre a areia.
27
Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos
sopraram e deram contra a casa, e a casa caiu, e
sua ruína foi completa!" 28 Quando Jesus
acabou de dizer estas palavras, as multidões
ficaram admiradas com seu ensinamento. 29 De
fato, ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os mestres da lei. - Palavra
da Salvação.
Prece dos fiéis
A nossa vida como a vida da Igreja é uma
construção cuja solidez lhe vem da fidelidade à
palavra de Deus. Peçamos ao Pai que nos
ensine a construir a nossa vida, dizendo: R.
90
Deus de bondade, ouvi-nos.
1. Para que a Igreja, edificada sobre a
rocha da Palavra de Deus, ponha toda a
confiança no Senhor e cresça ao ouvir e meditar
a sua Palavra, rezemos ao Senhor.
2. Para que no novo milênio em que vivemos, seja eliminado todo tipo de escravidão e
reconhecida a dignidade de todos os homens e
mulheres, rezemos ao Senhor.
3. Para que Deus venha em socorro das
mulheres pobres, maltratadas e ofendidas, as
tome a seu cuidado e as defenda, rezemos ao
Senhor.
4. Para que os fiéis que dizem “Senhor,
Senhor” ponham em prática as palavras que
Jesus ensinou e edifiquem a sua casa sobre a
rocha da palavra e da vida de Jesus, rezemos ao
Senhor.
5. Para que a palavra de Deus que
escutamos ressoe nos corações dos que amam
a Cristo e os leve à verdadeira conversão,
rezemos ao Senhor.
Deus Pai, Deus de bondade, de perdão e de
misericórdia, ajudai-nos a ser sábios e
corajosos na prática do bem. Por Cristo, nosso
Senhor.
Oração sobre as oferendas
Acolhei, ó Deus, este sacrifício de reconciliação e louvor, e fazei que, purificados por
ele, possamos oferecer-vos um coração que
vos agrade.
Oração depois da comunhão
Renovados pelo Corpo e Sangue do vosso
Filho, nós vos pedimos, ó Deus, que possamos
receber um dia, resgatados para sempre, a
salvação que devotamente estamos celebrando.
palavra-chave de hoje está no versículo 24: “quem ouve essas minhas palavras e as
põe em prática, é como o homem prudente que construiu sua casa sobre a rocha”.
Quem ouve a palavra de Jesus (nós nos tornamos aquilo que ouvimos!) e as pratica (a
fé é entrega e adesão da pessoa toda!) faz a vontade de Deus e, assim, constrói no tempo a sua
morada eterna, levantada sobre a rocha que, no Antigo Testamento, é o próprio Deus (cf. 1Sm 2,2;
2Sm 22,2), e, no Novo, é o Cristo Senhor (cf. 1Cor 10,4). Quem, ao contrário, escuta, mas não faz
não está se identificando com a vontade do Senhor e, dessa maneira, constrói sobre a areia do
próprio eu o seu próprio fracasso existencial.
- O Sermão da Montanha – seu sujeito, seu objeto, sua intenção – é decisivo para o
destino do homem e da mulher. Em testemunho dessa importância, são colocadas duas
metáforas sobre o juízo. Na primeira, o juízo é visto na perspectiva do Senhor, que nos reconhece
ou desconhece (vv. 21-23). Na segunda, ele é visto na nossa perspectiva, pois pode significar
salvação ou frustração definitiva. O julgamento, na verdade, não é deixado ao arbítrio de Deus,
mas entregue à nossa liberdade de fazer ou não sua vontade, que visa ao nosso bem.
- O evangelista escreve provavelmente para uma comunidade rica de fé, de entusiasmo e
de dons: adora o Senhor, faz profecias, realiza milagres, faz exorcismos. Mas isso não é tudo.
Aliás, sem amor concreto pelo irmão concreto, tudo é nada (cf. 1Cor 13,1-3). Amar é, antes de
tudo, fazer o que agrada ao amado, que no caso do Amor amante, o Pai, consiste em amar e servir
os irmãos e as irmãs nas coisas do dia a dia. Esta é a vontade do Pai: o bem dos irmãos e das
irmãs. Diante dos olhos, podemos visualizar como que duas cenas.
- Primeira cena. É sempre possível realizar obras religiosas – liturgia, profecias, milagres e
exorcismos – sem ter o coração do Filho. Pode-se agir no nome do Senhor, por amor ao próprio
eu, sem amar ao Pai e aos irmãos e irmãs. Vamos colher o que semeamos (cf. Gl 6,7). Quem tiver
semeado amor, vai ser reconhecido; quem não, será visto como “fazedor do mal” (v. 23), pois
não fez o amor ao irmão.
- Segunda cena. A casa que nós estamos construindo agora resistirá no juízo na medida
em que tiver sido levantada ou não sobre as “palavras” de Jesus no Sermão da Montanha [“essas
minhas palavras”]. Quem as coloca em prática é como um sábio que constrói sobre a rocha;
quem não, é como um tolo que constrói sobre a areia. As dificuldades da vida são as mesmas,
mas o resultado é outro. A casa da rocha permanece; a da areia desmorona.
- As multidões começam, assim, na admiração, a construir uma cristo-logia: Jesus não
interpreta a Lei, nem repete as interpretações dos mestres, mas fala com a mesma autoridade de
Deus (vv. 28-29).
Dia 25 de Junho - Quinta-feira da 12ª Semana do Tempo Comum
A
A Semente na Terra - Mt 7,21-29
O Minuto do Concílio
“Apliquem-se os leigos com diligência a aprofundar a verdade revelada e peçam
incessantemente a Deus o dom da sabedoria.” (Lumen gentium 35)
Santos do dia: Próspero Tiro de Aquitânia (390 – 463). Eurósia de Jaca (+ 714). Henrique
Zdik (1080 – 1150). João da Espanha (1123 – 1160). Eleonora da Inglaterra (1222 – 1291).
Doroteia de Montau (1347 – 1394).
91
Dia 26 de Junho - Sexta-feira da 12ª Semana do Tempo Comum
Testemunhas do Reino: “Os mártires de Olancho” (Honduras, 1975).
Datas comemorativas: Dia do Migrante. Dia do Quilo. Revolta do Quebra-Quilos, na Paraíba,
contra a Lei do Sistema Métrico Decimal (1862). Estabelecimento do Sistema Postal (1875).
Assinatura da Confissão de Augusta, redigida por Filipe Melanchton (Augsburg, 1537). Colóquio
dos sacerdotes e sábios astecas com os “doze apóstolos do México” (1524).
26
SEXTA-FEIRA DA 12ª SEMANA DO TEMPO COMUM
(Cor verde - Ofício do dia de semana)
Antífona da entrada
O Senhor é a força de seu povo, fortaleza e
salvação do seu Ungido. Salvai, Senhor, vosso
povo, abençoai vossa herança e governai para
sempre os vosso servos.
Oração do dia
Senhor, nosso Deus, dai-nos por toda a vida
a graça de vos amar e temer, pois nunca cessais
de conduzir os que firmais no vosso amor.
Leitura - Gn 17,1.9-10.15-22
Leitura do Livro do Gênesis
1
Abrão tinha noventa e nove anos de idade,
quando o Senhor lhe apareceu e lhe disse: "Eu
sou o Deus Poderoso. Anda na minha presença
e sê perfeito. 9 Deus disse ainda a Abraão:
"Guarda a minha aliança, tu e a tua descendência para sempre. 10 Esta é a minha aliança
que devereis observar, aliança entre mim e vós
e tua descendência futura: todo homem entre
vós deverá ser circuncidado". 15 Deus disse
também a Abraão: "Quanto à tua mulher, Sarai,
já não a chamarás Sarai, mas Sara. 16 Eu a
abençoarei e também dela te darei um filho.
Vou abençoá-la, e ela será mãe de nações, e
reis de povos dela sairão". 17 Abraão prostrou-se
com o rosto em terra, e pôs-se a rir, dizendo
consigo mesmo: "Será que um homem de cem
anos vai ter um filho e que, aos noventa anos,
Sara vai dar à luz?". 18 E, dirigindo-se a Deus,
92
disse: "Se ao menos Ismael pudesse viver em
tua presença". 19 Deus, porém, disse: "Na
verdade, é Sara, tua mulher, que te dará um
filho, a quem chamarás Isaac. Com ele
estabelecerei a minha aliança, uma aliança
perpétua para a sua descendência. 20 Atendo ao
teu pedido, também, a respeito de Ismael. Eu o
abençoarei e tornarei fecundo e extremamente
numeroso. Será pai de doze príncipes e farei
dela uma grande nação. 21 Mas, quanto à minha
aliança, eu a estabelecerei com Isaac, o filho
que Sara te dará no ano que vem, por este
tempo". 22 Tendo acabado de falar com Abraão,
Deus se retirou. - Palavra do Senhor.
Salmo responsorial - Sl 127
R. Será assim abençoado todo aquele
que respeita o Senhor.
1. Feliz és tu se temes o Senhor e trilhas
seus caminhos! Do trabalho de tuas mãos hás
de viver, serás feliz, tudo irá bem! R
2. A tua esposa é uma videira bem fecunda
no coração da tua casa; os teus filhos são
rebentos de oliveira ao redor de tua mesa. R
3. Será assim abençoado todo homem que
teme o Senhor. O Senhor te abençoe de Sião,
cada dia de tua vida. R
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. O Cristo tomou sobre si nossas dores,
carregou em seu corpo as nossas fraquezas. R.
A cura da lepra é, essencialmente, a cura do
pecado. Segundo o Antigo Testamento, só Deus
pode perdoar os pecados e, portanto, curar da
lepra. Jesus veio para fazer o que não somos
capazes: perdoar os pecados, ser perdoados
dos pecados, ser colocados em comunhão
com Deus e com os outros. Tudo o mais é pouco
mais que nada.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Mateus
1
Tendo Jesus descido do monte, numerosas multidões o seguiam. 2 Eis que um leproso se aproximou e se ajoelhou diante dele,
dizendo: "Senhor, se queres, tu tens o poder de
me purificar". 3 Jesus estendeu a mão, tocou
nele e disse: "Eu quero, fica limpo". No mesmo
instante, o homem ficou curado da lepra.4 Então
Jesus lhe disse: "Olha, não digas nada a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote, e faze a
oferta que Moisés ordenou, para servir de testemunho para eles". - Palavra da Salvação.
saúde, em especial com doentes graves e
terminais, para que a alegria do bem que fazem
os anime a dedicarem-se da melhor maneira,
oremos, irmãos.
3. Pelos Judeus, Cristãos e Muçulmanos,
que reconhecem Abraão como antepassado
comum na fé, para que andem na presença de
Deus e deem testemunho da misericórdia de
Deus, oremos, irmãos.
4. Pelos casais que se alegram com o
nascimento de um filho ou filha quando as
chances de que isso viesse a acontecer eram
mínimas, para que não cessem de louvar e
bendizer o Deus da vida, oremos, irmãos.
5. Pelos doentes graves de nossa comunidade, para que encontrem na fé a força e
coragem e, junto a nós, muito apoio e amizade,
oremos, irmãos.
Senhor, que nos enviastes o vosso Filho,
que passou pelo mundo anunciando o Reino e
fazendo o bem, abri o coração de todos à sua
mensagem de vida e liberdade. Ele que é Deus
convosco na unidade do Espírito Santo.
Dia 26 de Junho - Sexta-feira da 12ª Semana do Tempo Comum
Evangelho - Mt 8,1-4
Oração sobre as oferendas
Prece dos fiéis
A narração deste milagre de Jesus manifesta o seu poder e o valor da fé daquele
leproso. Rezemos ao Pai por todos os que
sofrem, dizendo: R. Curai, Senhor, os males
do mundo.
1. Pelos bispos chineses cuja fidelidade ao
Papa lhes custa muito sofrimento, para que a
oração da Igreja lhes dê coragem, oremos,
irmãos.
2. Pelos que trabalham no campo da
O
Acolhei, ó Deus, este sacrifício de reconciliação e louvor, e fazei que, purificados por
ele, possamos oferecer-vos um coração que
vos agrade.
Oração depois da comunhão
Renovados pelo Corpo e Sangue do vosso
Filho, nós vos pedimos, ó Deus, que possamos
receber um dia, resgatados para sempre, a
salvação que devotamente estamos celebrando.
A Semente na Terra - Mt 8,1-4
milagre é um “sinal” que tem um “significado”. Mais importante que o sinal,
evidentemente, é o significado. Por isso, não se pode ler um milagre ficando só no sinal.
Quem faz isso é como o cachorro que fica olhando para a mão do dono quando este, com
ela, está fazendo um sinal para indicar a porta. No evangelho de hoje, o leproso curado é sinal da
93
Dia 27 de Junho - Sábado da 12ª Semana do Tempo Comum
vida nova do Filho vencedor da morte.
- Nós nos afastamos de Deus. Voltamo-nos para os ídolos (riqueza, poder, prestígio) e nos
tornamos como eles: sem vida e marcados pela morte (= lepra) (cf. Sl 115,4-8). Essa situação
parece destino inelutável e acabamos por considerá-la normal. O milagre faz emergir aquele
impossível a que, no fundo, sempre aspiramos. Funciona como um espelho e libera em nós o
desejo da nossa verdade última. Mostra que o bem – pelo qual e para o qual somos feitos – é
possível, real e efetivamente dado.
- A palavra de Jesus, que desce do Monte, é o Filho, perfeito como o Pai (cf. Mt 5,48), que
salva os irmãos. Sua palavra, diferentemente da de Moisés, não é Lei, que obriga, denuncia e
condena, mas evangelho (= boa notícia), um rio de água viva. Quem se batiza nela – e “batizar”
quer dizer mergulhar, imergir e emergir – sai purificado, limpo de toda lepra, liberto do pecado e
da morte, novinho em folha como um recém-nascido (cf. 2Rs 5,14). Jesus, a Palavra do Pai, faz
de nós novas criaturas, filhos e filhas do seu Pai!
- Curar alguém da lepra é ação exclusiva de Deus (cf. 2Rs 5,7). Se Jesus, com palavra
pronunciada sobre a montanha, regenera e dá nova vida, é porque é o Senhor. Por isso, esse
milagre – embora o primeiro – compendia e sintetiza todos os outros: o do servo do centurião,
sinal da fé (vv. 5-13); o da sogra de Pedro, que passa a servir (vv. 14-17); o da tempestade
acalmada, sinal da ressurreição (vv. 23-27). Os outros milagres serão des-envolvimentos e desdobramentos desse. Se todo milagre é sinal, a cura do leproso aponta para a lavagem batismal,
para a ressurreição como filhos e filhas que a Palavra opera, na força do Espírito. O leproso é
figura de toda pessoa que vai ao encontro de Jesus para receber gratuitamente o dom de uma vida
livre do pecado e da morte. A cura da lepra indica a graça da purificação e da divinização.
O Minuto do Concílio
“Os fiéis devem reconhecer a natureza íntima de toda a criação.” (Lumen gentium 36)
Santos do dia: João e Paulo de Roma. Vigílio de Trento (360 – 405). Pelágio de Córdoba (912 –
925). Antelmo de Chignin (1107 – 1178). Mártires de Cambrai (+ 1794). Josemaria Escrivá de
Balaguer (1902 – 1975).
Datas comemorativas: Dia Internacional do Combate às Drogas. Dia da Aviação de Busca e
Salvamento. Dia do Ilícito. Criação da Organização das Nações Unidas (1945).
27
SÁBADO DA 12ª SEMANA DO TEMPO COMUM
(Cor verde - Ofício do dia de semana)
Antífona da entrada
O Senhor é a força de seu povo, fortaleza e
salvação do seu Ungido. Salvai, Senhor, vosso
povo, abençoai vossa herança e governai para
sempre os vosso servos.
94
Oração do dia
Senhor, nosso Deus, dai-nos por toda a vida
a graça de vos amar e temer, pois nunca cessais
de conduzir os que firmais no vosso amor.
Leitura do Livro do Gênesis
Naqueles dias: 1 O Senhor apareceu a
Abraão junto ao carvalho de Mambré, quando
ele estava sentado à entrada da sua tenda, no
maior calor do dia. 2 Levantando os olhos,
Abraão viu três homens de pé, perto dele.
Assim que os viu, correu ao seu encontro e
prostrou-se por terra. 3 E disse: "Meu Senhor, se
ganhei tua amizade, peço-te que não prossigas
viagem, sem parar junto a mim, teu servo.
4
Mandarei trazer um pouco de água para vos
lavar os pés, e descansareis debaixo da árvore.
5
Farei servir um pouco de pão para refazerdes
vossas forças, antes de continuar a viagem.
Pois foi para isso mesmo que vos aproximastes
do vosso servo". Eles responderam: "Faze
como disseste". 6 Abraão entrou logo na tenda,
onde estava Sara e lhe disse: "Toma depressa
três medidas da mais fina farinha, amassa
alguns pães e assa-os". 7 Depois, Abraão correu
até o rebanho, pegou um bezerro dos mais
tenros e melhores, e deu-o a um criado, para
que o preparasse sem demora. 8 A seguir, foi
buscar coalhada, leite e o bezerro assado, e pôs
tudo diante deles. Abraão, porém, permaneceu
de pé, junto deles, debaixo da árvore, enquanto
comiam. 9 E eles lhe perguntaram: "Onde está
Sara, tua mulher?" "Está na tenda", respondeu
ele. 10 E um deles disse: "Voltarei, sem falta, no
ano que vem, por este tempo, e Sara, tua
mulher, já terá um filho". Ouvindo isto, Sara
pôs-se a rir, da entrada da tenda, que estava
atrás dele. 11 Abraão e Sara já eram velhos,
muito avançados em idade, e para ela já havia
cessado o período regular das mulheres. 12 Por
isso, Sara se pôs a rir em seu íntimo, dizendo:
"Acabada como estou, terei ainda tal prazer,
sendo meu marido já velho?" 13 E o Senhor disse
a Abraão: "Por que riu Sara, dizendo consigo
mesma: 'Acaso ainda terei um filho, sendo tão
velha?' 14 Existe alguma coisa impossível para o
Senhor? No ano que vem, voltarei por este
tempo, e Sara já terá um filho". 15 Sara
protestou, dizendo: "Eu não ri", pois estava
com medo. Mas ele insistiu: "Sim, tu riste".
- Palavra do Senhor.
Salmo responsorial - Lc 1
R. O Senhor se lembrou de mostrar
sua bondade.
1. A minh'alma engrandece ao Senhor, e
se alegrou o meu espírito em Deus, meu
Salvador, R.
2. pois, ele viu a pequenez de sua serva,
eis que agora as gerações hão de chamar-me
de bendita. O Poderoso fez por mim maravilhas
e Santo é o seu nome! R.
3. Seu amor, de geração em geração,
chega a todos que o respeitam. De bens
saciou os famintos e despediu, sem nada, os
ricos. R.
4. Acolheu Israel, seu servidor, fiel ao seu
amor, como havia prometido aos nossos pais,
em favor de Abraão e de seus filhos, para
sempre. R.
Dia 27 de Junho - Sábado da 12ª Semana do Tempo Comum
Leitura - Gn 18,1-15
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. O Cristo tomou sobre si nossas dores,
carregou em seu corpo as nossas fraquezas. R.
Evangelho - Mt 8,5-17
Pensamos ser a melhor, a mais correta e a
mais completa religião do mundo. Quem vai
discutir isso? “De cores, mulheres, gostos e...
religião não se discute”, diz sábio ditado. Sábio
mesmo é respeitar a diferença, acolher o outro,
vibrar com seus valores, buscar com ele Aquele
que é maior do que todos nós e todas as nossas
representações.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Mateus
Naquele tempo: 5 Quando Jesus entrou em
95
Dia 27 de Junho - Sábado da 12ª Semana do Tempo Comum
Cafarnaum, um oficial romano aproximou-se
dele, suplicando: 6 "Senhor, o meu empregado está de cama, lá em casa, sofrendo
terrivelmente com uma paralisia". 7 Jesus
respondeu: "Vou curá-lo." 8 O oficial disse:
"Senhor, eu não sou digno de que entres em
minha casa. Dize uma só palavra e o meu
empregado ficará curado. 9 Pois eu também sou
subordinado e tenho soldados debaixo de
minhas ordens. E digo a um : 'Vai!', e ele vai; e a
outro: 'Vem!', e ele vem; e digo ao meu escravo:
'Faze isto!', e ele faz". 10 Quando ouviu isso,
Jesus ficou admirado, e disse aos que o
seguiam: "Em verdade, vos digo: nunca
encontrei em Israel alguém que tivesse tanta fé.
11
Eu vos digo: muitos virão do Oriente e do
Ocidente, e se sentarão à mesa no Reino dos
Céus, junto com Abraão, Isaac e Jacó, 12 enquanto os herdeiros do Reino serão jogados
para fora, nas trevas, onde haverá choro e
ranger de dentes". 13 Então, Jesus disse ao
oficial: "Vai! e seja feito como tu creste". E
naquela mesma hora o empregado ficou
curado. 14 Entrando Jesus na casa de Pedro, viu
a sogra dele deitada e com febre. 15 Tocou-lhe a
mão, e a febre a deixou. Ela se levantou, e pôsse a servi-lo. 16 Quando caiu a tarde, levaram
a Jesus muitas pessoas possuídas pelo
demônio. Ele expulsou os espíritos, com sua
palavra, e curou todos os doentes, 17 para que
se cumprisse o que foi dito pelo profeta
Isaías: "Ele tomou as nossas dores e carregou
as nossas enfermidades". - Palavra da
Salvação.
homens e mulheres de hoje que o Reino dos
Céus é universal e que todos são chamados a
entrar nele.
2. Oremos, irmãos em Cristo, para que a fé
do centurião romano, expressa em palavras
simples e claras, seja também a de muitos
batizados e batizadas.
3. Oremos, irmãos em Cristo, para que
todos os trabalhadores e trabalhadoras atingidos por doenças prolongadas, possam ter o
apoio da empresa sentir a amizade dos seus
patrões.
4. Oremos, irmãos em Cristo, para que
haja quem acolha em suas casas os que não
têm casa nem trabalho, e acreditem que é ao
Senhor que servem.
5. Oremos, irmãos em Cristo, para que as
nossas assembleias celebrantes recebam com
alegria os irmãos e irmãs que estão de
passagem e com eles deem glória ao Deus do
Céu.
Deus, nosso Pai, aumentai a fé daqueles que
dizem como o centurião ao vosso Filho
“Senhor, eu não sou digno de que entreis em
minha casa”. Ele que é Deus convosco na
unidade do Espírito Santo.
Oração sobre as oferendas
Acolhei, ó Deus, este sacrifício de reconciliação e louvor, e fazei que, purificados por
ele, possamos oferecer-vos um coração que
vos agrade.
Prece dos fiéis
Oração depois da comunhão
A cura do filho do centurião romano por
Jesus é sinal de que o Reino de Deus é
oferecido a todos. Peçamos ao Pai que ninguém
o rejeite, dizendo: R. Ouvi-nos, Senhor.
1. Oremos, irmãos em Cristo, para que as
Igrejas do Oriente e do Ocidente ensinem aos
96
Renovados pelo Corpo e Sangue do vosso
Filho, nós vos pedimos, ó Deus, que possamos
receber um dia, resgatados para sempre, a
salvação que devotamente estamos celebrando.
o segundo dos dez milagres dessa seção de milagres do Evangelho de Mateus.
Enquanto o primeiro (Mt 8,1-4) revela o resultado último da sua palavra (limpar a nossa
vida da lepra que a contagia mortalmente), este (Mt 8,5-13) revela a sua fonte: a nossa
fé na Sua palavra.
- Os milagres de Jesus são um sinal material que, além de seu valor nesse nível, têm um
significado espiritual. Os milagres, evidentemente, têm um valor em si mesmos, pois restauram
um bem perdido ou acrescem um bem perfectivo. Mas são igualmente importantes como
“sinais”. Os sinais são importantes – aliás, necessários – como as letras do alfabeto para quem
escreve: sem elas, não se pode pôr por escrito o que se tem em mente e não se pode ler o que o
outro gostaria de transmitir.
- Nesse campo, é preciso evitar dois extremos: o dos ‘sobrenaturalistas’, que esvaziam o
milagre de sua materialidade, de sua corporeidade, de sua consistência criatural, como se
fossem meras setas que só apontam para outra coisa fora e além de si; o dos ‘materialistas’, que
roubam ao milagre seu caráter de sinal. Os primeiros só valorizam no milagre o significado, que é
grande e eterno; os segundos só valorizam o sinal, que é efêmero, transitório, caduco.
- Podemos, então, dizer que o milagre é um “sinal” visível (cura da paralisia, da lepra, da
cegueira) de que é sempre preciso ler o “significado” invisível (capacidade de doar, purificação
do pecado, dom da fé). Só o ser humano tem essa capacidade “simbólica”. Essa capacidade nos
distingue dos animais, que são essencialmente “instrumentais”. Se não temos essa capacidade
simbólica, ao invés de nos humanizarmos, estamos nos animalizando.
- Podemos “ler” em vários níveis um milagre: 1) em primeiro lugar, é um “portento”, algo
de insólito e extraordinário, que chama a nossa atenção; 2) em segundo lugar, é “sinal” de um
mundo novo, um raio de luz do sol da ressurreição; 3) em terceiro lugar, um “sinal do amor de
Deus” em nosso favor; 4) em quarto lugar, um “sinal da nossa confiança”: Deus quer dar-nos
tudo, aliás, a Si mesmo, e só espera que o peçamos e o acolhamos com entrega total; 5) em
quinto lugar, toda criatura, por pequena que seja, é um “sinal do amor infinito do Criador”.
- O milagre do Evangelho de hoje mostra com perfeição os dois componentes de todo
milagre: o sinal (que acontece no servo do centurião romano) e o significado (que acontece,
sobretudo, no centurião). O centurião, no NT, – estrangeiro como Abraão – é o pai dos que creem,
figura da Igreja, que acredita e se entrega à Palavra, dita uma vez para sempre a uma distância
espacial e temporal impreenchíveis. Ontem como hoje, para Abraão, para Paulo ou para cada um
de nós, é a fé na promessa de Deus que é creditada em justiça (cf. Gn 15,6).
Dia 27 de Junho - Sábado da 12ª Semana do Tempo Comum
E
A Semente na Terra - Mt 8,5-17
O Minuto do Concílio
“Deve ser rejeitada a funesta doutrina que pretende construir a sociedade sem levar em
nenhuma conta a religião, combatendo e suprimindo a liberdade religiosa dos cidadãos.”
(Lumen gentium 36)
Santos do dia: Cirilo de Alexandria (380 – 444). Crescêncio, Áureo, Teonestes e Máximo (V
século). Sampson (+ 500). Guilherme de Sann (+ 1015). Arialdo (1000 – 1066). Hemma de Gurk
(980 – 1045). Gerhoh de Reichersberg (1093 – 1169).
97
Dia 28 de Junho - 13º Domingo do Tempo Comum - São Pedro e São Paulo Apóstolos - Solenidade - Dia do papa
Testemunhas do Reino: Domingo de Santo Domingo e Tomás de San Martín, dominicanos,
primeiros bispos da Bolívia, defensores dos índios (1552). Juán Pablo Rodríguez Ran (Guatemala,
1982).
Datas comemorativas: Dia Nacional do Progresso. Dia dos Artistas Líricos. Dia Nacional do
Vôlei. Dia da Revolução Espiritual. Dia Mundial do Diabético. Elevação do Brasil a Vice-Reino de
Portugal (1763). Nascimento de João Guimarães Rosa (1908).
ÓBOLO DE SÃO PEDRO
Amanhã, por determinação da VII Assembleia da CNBB, em todas as igr ejas e
oratórios, mesmo dos mosteiros, conventos e colégios, comemora-se o DIA DO PAPA,
com pregações e orações que traduzam amor, veneração, respeito e obediência ao
Vigário de Pedro na terra, Cabeça da Santa Igreja universal, e com piedosas e generosas
ofertas para o Óbolo de S. Pedro.
28
13º DOMINGO DO TEMPO COMUM
SÃO PEDRO E SÃO PAULO APÓSTOLOS - Solenidade
Dia do papa
(Cor vermelha - Ofício solene próprio)
Cristo, por seu ardor missionário, por sua
abertura aos pagãos, por sua comunhão na
comunidade de Jesus. Segundo tradições
muito bem fundamentadas, os dois foram
martirizados em Roma, dando a esta Igreja e a
seus bispos um lugar e uma missão únicos na
comunhão universal das Igrejas. Roma não é
nome de poder, mas de serviço; não é nome de
honra, mas de humildade; não é nome de
privilégio, mas de tremenda responsabilidade
diante das Igrejas locais e do próprio mundo.
Rezemos pelo papa, para que, como pastor da
Igreja de Roma, possa presidir na caridade a
Igreja presente em todos as nações, povos e
culturas.
Comentário inicial - A Igreja celebra, no
mesmo dia, Pedro e Paulo. São diferentes por
origem, cultura, profissão, estado civil. Mas
profundamente unidos por sua fé em Jesus
98
1. Pedro é filho de Jonas (Mt 16,17).
Nasceu em Betsaida (Jo 1,44). Vivia com a
família em Cafarnaum (Mc 1,21; cf. 1Cor 9,5),
onde Jesus curou sua sogra (Mc 1). Foi em
Cafarnaum que Jesus o chamou a ser discípulo
(Mt 4,18). Pedro, João e Tiago formam o grupo
de testemunhas privilegiados de Jesus:
reanimação da filha de Jairo (Mc 5,37);
2. Paulo é um judeu helenista de Tarso, na
Cilícia, da tribo de Benjamin, do partido dos
fariseus, cidadão romano de nascimento. De
formação rabínica, antes de converter-se a
Jesus, foi perseguidor dos cristãos. Depois de
um retiro e de prolongada preparação, torna-se
o apóstolo dos pagãos. Realiza tres grande
viagens missionárias. É preso em Jerusalém e,
após dois anos de prisão em Cesareia, é levado
para Roma. São atribuídas a ele 13 cartas: duas
aos Tessalonicenses, 1 a Filemon, quatro aos
Coríntios, 1 aos Gálatas, 1 aos Romanos, 1 aos
Filipenses, 1 aos Colossenses, 1 aos Efésios, 2
a Timóteo, 1 a Tito, 1 aos Hebreus. Dessas, são
unanimemente consideradas autênticas só
sete, ou seja, a 1Ts, Gl, 1 e 2Cor, Rm, Fl e Fm.
Das quatro cartas aos Coríntios, duas foram
(estão) perdidas. Essas cartas apresentam o
rico panorama de sua vida, atividades,
sucessos e projetos. Em Rm 15,24, por
exemplo, manifesta o desejo de ir para a
Espanha. O término de sua vida de apóstolo
permanece, em grande parte, desconhecido. A
tradição, porém, atesta que ele morreu em
Roma, durante a perseguição de Nero, onde foi
sepultado. Sua personalidade e sua teologia
são tão importantes que há quem fale de Paulo
como de “fundador do cristianismo”.
Antífona da entrada
Eis os santos que, vivendo neste mundo,
plantaram a Igreja, regando-a com seu sangue.
Beberam do cálice do Senhor e se tornaram
amigos de Deus.
Oração do dia
Ó Deus, que hoje nos concedeis a alegria de
festejar São Pedro e São Paulo, concedei à
vossa Igreja seguir em tudo os ensinamentos
destes apóstolos que nos deram as primícias
da fé.
Leitura - At 12,1-11
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naqueles dias, 1 o rei Herodes prendeu
alguns membros da Igreja, para torturá-los.
2
Mandou matar à espada Tiago, irmão de João.
3
E, vendo que isso agradava aos judeus,
mandou também prender a Pedro. Eram os dias
dos Pães ázimos. 4 Depois de prender Pedro,
Herodes colocou-o na prisão, guardado por
quatro grupos de soldados, com quatro
soldados cada um. Herodes tinha a intenção de
apresentá-lo ao povo, depois da festa da
Páscoa. 5 Enquanto Pedro era mantido na
Dia 28 de Junho - 13º Domingo do Tempo Comum - São Pedro e São Paulo Apóstolos - Solenidade - Dia do papa
transfiguração (Mc 9,2); agonia no Horto (Mc
14,33). Duas tradições se referem à mudança
do nome de “Simão” (= aquele que ouve) para
“Pedro” (do grego, ‘petros’, que traduz o
aramaico ‘kepa’ ou ‘kepha’, rocha). Segundo
João, esse nome lhe foi dado quando do
chamamento ao discipulado (Jo 1,42);
segundo Mateus, como confirmação à sua
profissão de fé na messianidade de Jesus (Mt
16,17). Pedro é o primeiro dos apóstolos. O
Novo Testamento, porém, não se cala sobre os
seus pecados, sobretudo a negação do Senhor
(Mc 14,66-72par.). É uma das primeiras
testemunhas da ressurreição (Mc 16,7). E guia
da comunidade primitiva de Jerusalém: eleição
de Matias (At 1), Pentecostes (At 2). Os 12
primeiros capítulos do livro dos Atos falam de
sua pregação e de suas atividades. Destacamse suas viagens missionárias (At 8-9). Em
Cesareia Marítima, batiza o centurião Cornélio,
primeiro romano convertido, e, em Jerusalém,
defende a sua atividade (At 10-11). Foi preso e
milagrosamente libertado (At 12,1-19). Por
ocasião do concílio de Jerusalém, está, de
novo, na Cidade (At 15), intervindo na
discussão sobre a (superação da) circuncisão.
Morreu em Roma no tempo de Nero (64-67).
Duas cartas do Novo Testamento e alguns
apócrifos levam o seu nome. Indícios presentes
no Novo Testamento e testemunhos do Iº e do
IIº século atestam sua presença e martírio em
Roma (cf. J. Gnilka, Pedro e Roma, Paulinas).
99
Dia 28 de Junho - 13º Domingo do Tempo Comum - São Pedro e São Paulo Apóstolos - Solenidade - Dia do papa
100
prisão, a Igreja rezava continuamente a Deus
por ele. 6 Herodes estava para apresentá-lo.
Naquela mesma noite, Pedro dormia entre dois
soldados, preso com duas correntes; e os
guardas vigiavam a porta da prisão. 7 Eis que
apareceu o anjo do Senhor e uma luz iluminou a
cela. O anjo tocou o ombro de Pedro, acordou-o
e disse: "Levanta-te depressa!" As correntes
caíram-lhe das mãos. 8 O anjo continuou:
"Coloca o cinto e calça tuas sandálias!" Pedro
obedeceu e o anjo lhe disse: "Põe tua capa e
vem comigo!" 9 Pedro acompanhou-o, e não
sabia que era realidade o que estava
acontecendo por meio do anjo, pois pensava
que aquilo era uma visão. 10 Depois de
passarem pela primeira e segunda guarda,
chegaram ao portão de ferro que dava para a
cidade. O portão abriu-se sozinho. Eles saíram,
caminharam por uma rua e logo depois o anjo o
deixou. 11 Então Pedro caiu em si e disse: "Agora
sei, de fato, que o Senhor enviou o seu anjo
para me libertar do poder de Herodes e de tudo
o que o povo judeu esperava!" - Palavra do
Senhor.
Salmo responsorial - Sl 33
R. De todos os temores me livrou o
Senhor Deus.
Leitura - 2Tm 4,6-8.17-18
Leitura da Segunda Carta de São Paulo
a Timóteo
Caríssimo: 6 Quanto a mim, eu já estou para
ser derramado em sacrifício; aproxima-se o
momento de minha partida. 7 Combati o bom
combate, completei a corrida, guardei a fé.
8Agora está reservada para mim a coroa da
justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará
naquele dia; e não somente a mim, mas
também a todos que esperam com amor a sua
manifestação gloriosa. 17 Mas o Senhor esteve a
meu lado e me deu forças; ele fez com que a
mensagem fosse anunciada por mim integralmente, e ouvida por todas as nações; e eu fui
libertado da boca do leão. 18 O Senhor me
libertará de todo mal e me salvará para o seu
Reino celeste. A ele a glória, pelos séculos dos
séculos! Amém. - Palavra do Senhor.
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Tu és Pedro e sobre esta pedra eu irei
construir minha Igreja; e as portas do inferno
não irão derrotá-la. R.
Evangelho - Mt 16,13-19
1. Bendirei o Senhor Deus em todo o
tempo, seu louvor estará sempre em minha
boca. Minha alma se gloria no Senhor; que
ouçam os humildes e se alegrem! R.
2. Comigo engrandecei ao Senhor Deus,
exaltemos todos juntos o seu nome! Todas as
vezes que o busquei, ele me ouviu, e de todos
os temores me livrou. R.
3. Contemplai a sua face e alegrai-vos, e
vosso rosto não se cubra de vergonha! Este
infeliz gritou a Deus, e foi ouvido, e o Senhor o
libertou de toda angústia. R.
4. O anjo do Senhor vem acampar ao redor
dos que o temem, e os salva. Provai e vede
quão suave é o Senhor! Feliz o homem que tem
nele o seu refúgio! R.
Aquela profissão de fé fez de Pedro, que fala
pelos discípulos, pedra fundamental da comunidade de Jesus, da Igreja. Se Jesus é o
Messias e Filho de Deus, nossa vida tem
sentido; se não, ainda estamos tateando em
nossas trevas. Abraçar a fé de Pedro é fazer
ecoar hoje o que ele professou e proclamou
naquele início fundante insubstituível.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Mateus
Naquele tempo: 13 Jesus foi à região de
Cesareia de Filipe e ali perguntou aos seus
discípulos: "Quem dizem os homens ser o Filho
Prece dos fiéis
Na solenidade dos santos apóstolos Pedro e
Paulo, apresentemos a Deus Pai as nossas
súplicas, pelas necessidades de todo o mundo,
dizendo, cheios de esperança: R. Nós Vos
rogamos: ouvi-nos, Senhor.
1. Pela santa Igreja fundada sobre a fé e a
pregação dos apóstolos Pedro e Paulo, para
que ela sinta, no meio das dificuldades deste
mundo, a força de Deus que conduz as pessoas
e os povos à salvação, rezemos ao Senhor.
2. Pelo papa Francisco, sucessor do
apóstolo Pedro e dos bispos de Roma, para que
confirme na fé os seus irmãos e irmãs e seja
sinal da unidade da Igreja, rezemos ao Senhor.
3. Pelos bispos e presbíteros mais idosos,
e por todos os que estiveram ao serviço do povo
de Deus, para que Jesus Cristo os assista e lhes
dê força, rezemos ao Senhor.
4. Por todos os que, a exemplo de São
Paulo, anunciam o Evangelho de Cristo aos vêm
de culturas e tradições religiosas diferentes da
nossa, para que sejam ao mesmo tempo fiéis a
Cristo e respeitosos dos seus interlocutores,
rezemos ao Senhor.
5. Pelos perseguidos por causa da sua fé,
para que a ação dos responsáveis pelas nações
e a oração perseverante da Igreja lhes
obtenham a paz e a liberdade, rezemos ao
Senhor.
6. Por nossa paróquia e suas comunidades, para que vivam unidas na fé e no amor
e bendigam a Deus por tudo o que Ele realiza de
bom em nosso meio, rezemos ao Senhor.
Deus, misericordioso e compassivo, atendei o povo que Vos suplica e, por intercessão
dos apóstolos Pedro e Paulo, que anunciaram o
Evangelho pela palavra e pela entrega da vida,
concedei-nos o que humildemente Vos
pedimos. Por Cristo, nosso Senhor.
Oração sobre as oferendas
Ó Deus, que a oração de vossos Apóstolos
acompanhe as oferendas que vos apresentamos para serem consagradas, e nos
alcance celebrarmos este sacrifício com o
coração voltado para vós.
Prefácio de São Pedro e São Paulo
A dupla missão de Pedro e Paulo na Igreja
Na verdade, é justo e necessário, é nosso
dever e salvação dar-vos graças, sempre e em
todo lugar, Senhor, Pai Santo, Deus eterno e
todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso.
Hoje, vós nos concedeis a alegria de festejar os
Apóstolos São Pedro e São Paulo. Pedro, o
primeiro a proclamara fé, fundou a Igreja
primitiva sobre a herança de Israel. Paulo,
mestre e doutor das nações, anunciou-lhes o
Evangelho da Salvação. Por diferentes meios,
os dois congregaram a única família de Cristo
e, unidos pela coroa do martírio, recebem hoje,
por toda a terra, igual veneração. Por essa razão,
os anjos celebram vossa grandeza, os santos
proclamam vossa glória. Concedei também a
nós associar-nos aos seus louvores, cantando
(dizendo) a uma só voz:
Dia 28 de Junho - 13º Domingo do Tempo Comum - São Pedro e São Paulo Apóstolos - Solenidade - Dia do papa
do Homem?" 14 Eles responderam: "Alguns
dizem que é João Batista; outros que é Elias;
Outros ainda, que é Jeremias ou algum dos
profetas". 15 Então Jesus lhes perguntou: "E vós,
quem dizeis que eu sou?" 16 Simão Pedro
respondeu: "Tu és o Messias, o Filho do Deus
vivo". 17 Respondendo, Jesus lhe disse: "Feliz
és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um
ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai
que está no céu. 18 Por isso eu te digo que tu és
Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha
Igreja, e o poder do inferno nunca poderá
vencê-la. 19 Eu te darei as chaves do Reino dos
Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado
nos céus; tudo o que tu desligares na terra será
desligado nos céus". - Palavra da Salvação.
Oração Eucarística II
101
Dia 28 de Junho - 13º Domingo do Tempo Comum - São Pedro e São Paulo Apóstolos - Solenidade - Dia do papa
Oração depois da comunhão
Concedei-nos, ó Deus, por esta Eucaristia,
viver de tal modo na vossa Igreja que,
“A
perseverando na fração do pão e na doutrina
dos Apóstolos, e enraizados no vosso amor,
sejamos um só coração e uma só alma.
A Semente na Terra - Mt 16,13-19
quele-que-é” pergunta aos discípulos “quem ele é” para poder introduzi-los no
seu mistério. O que está em jogo não é a sua identidade, mas a identidade deles.
Ele quer ser reconhecido: esse é o desejo fundamental do amor que se revela. A
resposta dos discípulos não vai constituir Jesus, mas vai – ou não – constituir o verdadeiro
discípulo. A gente diz – mas nem sempre com consciência plena – que o cristianismo não é uma
ideologia, uma doutrina ou uma moral. O cristianismo é, na verdade, uma coisa só: a minha
relação com Jesus, o meu amor ao meu Senhor em resposta ao seu amor por mim (cf. Gl 2,20).
- Jesus pergunta, primeiro, a opinião dos outros. Depois, quer saber a opinião dos
próprios discípulos. Com isso, Jesus quer sugerir que a resposta dos discípulos não pode ser a
dos outros nem como a dos outros. A resposta dos discípulos é absolutamente pessoal!
- O ministério público de Jesus está num momento decisivo: Pedro e os demais discípulos
reconhecem Jesus como o Messias e o Filho de Deus. A partir daqui, eles poderão ser iniciados
naquele conhecimento de Jesus que só quem ama pode receber. De fato, só amamos o que
conhecemos, e só conhecemos o que amamos!
- O Evangelho de hoje apresenta o reconhecimento de Jesus (pelos discípulos) e o
conferimento do primado a Pedro (por Jesus). Na primeira parte do Evangelho, a questão é o
reconhecimento de Jesus, que é feito através das perguntas de Jesus aos discípulos. Na segunda
parte, a questão é o reconhecimento da resposta de Pedro por parte de Jesus e, ao mesmo tempo,
o conferimento a Pedro - sempre por parte de Jesus - de uma missão particular na Igreja.
- Reconhecer Jesus como o Messias e o Filho de Deus – títulos, porém, que não são nada
claros, que devem ainda ser aprofundados, que, mesmo depois da ressurreição, alguns parecem
não ter entendido – é o centro da fé. O papel de Pedro, por outro lado, é o de “pedra” sobre a qual
se levanta a comunidade dos discípulos de Jesus. Essa “pedrinha” é a primeira pedra!
- A Igreja precisou de alguns séculos para ligar estavelmente essa palavra de Jesus a Pedro
com a figura do bispo de Roma. Qualquer bom texto de história da eclesiologia ou dos
ministérios mostra isso com objetividade e equilíbrio. Historicamente, o primado de Pedro –
chamado a ser serviço da unidade na fé e na caridade – foi ocasião de muitas separações, no
Oriente e no Ocidente. É difícil discernir em que medida isso se deva às modalidades
inadequadas do servir (cf. João Paulo II, Encíclica Ut unum sint) ou à inevitabilidade do
“escândalo” da própria verdade, que, por sua própria natureza, é sinal de contradição (cf. Lc
2,34).
AS CHAVES DE PEDRO
José Antonio Pagola
Ano passado, ao término da minha permanência na igreja da Imaculada (Nova York), voltei
para a minha paróquia na Espanha. Alguns dias depois, recebi um e-mail da secretária da
102
Uma chave de ouro pode abrir qualquer porta, mas aquelas chaves não eram senão bronze.
O bispo Gerald Walsh costumava dizer-me: “Quando alguém é nomeado pároco, ele precisa
de duas coisas: uma vassoura nova e um novo chaveiro.” E eu penso que, quando um cardeal é
eleito papa, ele precisa de centenas de vassouras e nenhuma chave. Nenhuma chave mesmo. Ele
deve abrir a Igreja para todos os que procuram Deus com um coração sincero.
Hoje, celebramos a festa de São Pedro, o apóstolo que respondeu corretamente à pergunta de
Jesus “Quem vós dizeis que eu sou?” “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.”
Há uma grande diferença entre a primeira questão: “Quem dizem os homens que é o Filho do
Homem?” E aquela com a pequena palavra “vós”. Uma palavrinha de nada pode fazer todas as
diferenças.
Quando se usa a terceira pessoa, nenhum risco está envolvido. A Bíblia diz, o padre diz, meu
catequista diz, as pessoas dizem, muitas opiniões, muitas definições e muitos livros são escritos
todos os dias para responder à pergunta de Jesus, mas a resposta que realmente interessa é a tua
resposta, a minha resposta. Ninguém pode responder por nós. Não precisamos de um
ventríloquo.
Não esgotamos o significado, o poder e a beleza que a vida de Jesus exprime e, assim, a
pergunta atravessa os anos e se dirige à cada geração. Hoje, 29 de junho de 2015, é a nossa vez de
responder a esta inconveniente verdade. “Quem você diz que eu sou?” Não busque refúgio no que
outros cristãos dizem. Tenha a coragem de exprimir sua fé com suas próprias palavras.
A vida de Pedro foi virada de ponta-cabeça por Jesus. Jesus mudou muito a identidade de
Pedro. Simão se tornou Kephas, a rocha, sobre a qual Jesus construiria sua Igreja, embora, de
acordo com os Evangelhos, Kephas, a rocha, parece ser mais um cata-vento do que uma pedra
firme.
Pedro, apesar de suas muitas falhas, foi escolhido e foi abençoado por Jesus. “Bemaventurado és tu, Simão filho de Jonas. Dar-te-ei as chaves do reino dos céus. O que ligares na
terra será ligado nos céus.”
Pedro, na nossa imaginação, é o dono de suas grandes chaves, mas ele é mais do que um
porteiro que pessoalmente entrevista as pessoas na entrada do céu.
Dia 28 de Junho - 13º Domingo do Tempo Comum - São Pedro e São Paulo Apóstolos - Solenidade - Dia do papa
paróquia que dizia: “Por favor, devolva as chaves da reitoria. Obrigada.” Fiquei muito surpreso. O
que eu poderia fazer com aquelas chaves na Espanha? Então, fui ao correio e mandei as chaves ao
seu proprietário.
Onde está Pedro, aí está a Igreja. Ele, e seus sucessores, é o pastor de toda a Igreja. Ser
católico é estar em comunhão com Pedro e, hoje, com o papa Francisco.
Eu não sei como Pedro se sentiu quando Jesus lhe deu as chaves e lhe disse: “Agora você é o
responsável.” O papa Francisco sente o peso da responsabilidade e tem que descobrir o que
fazer com as chaves, que portas abrir e que janelas desbloquear. Imagine se, um desses dias, ele
recebe um e-mail de Jesus que diz: “Por favor, devolva-me as chaves. Elas são minhas.”
103
Dia 29 de Junho - Segunda-feira da 13ª Semana do Tempo Comum
O papa Francisco está todos os dias nos noticiários e eu me pergunto: “ele me causará
alguma surpresa hoje?”
Agradeço a Deus todos os dias por não viver no Vaticano; é tão bonito e tão simples viver
minha fé nesta paróquia de Nova York e na minha paróquia na Espanha.
Preciso de Pedro, preciso de Paulo, o Apóstolo dos gentios e nosso melhor pregador e mestre;
preciso do papa Francisco e, acima de tudo, preciso de Cristo, o verdadeiro alicerce da Igreja, mas
não preciso de Roma. De qualquer maneira, preciso das chaves da reitoria para voltar o próximo
ano.
O Minuto do Concílio
“Os leigos, como todos os fiéis cristãos, têm o direito de receber abundantemente dos sagrados
pastores os bens espirituais da Igreja.” (Lumen gentium 37)
Santos do dia: Ireneu de Lião (130 – 202). Paulo I (700 – 767). Gero de Colônia (900 – 976).
Heimerad (+ 1019). Vicência Gerosa (1784 – 1847).
Datas comemorativas: Dia Internacional contra o Preconceito Sexual. Nascimento de Jean
Jacques Rousseau (1712). Assinatura do Tratado de Paz de Versailles (1919). Último dia de
produção do fusca no Brasil (1996). Brasil abre as portas aos imigrantes europeus; africanos e
asiáticos só poderão entrar mediante autorização do Congresso (1890).
29
SEGUNDA-FEIRA DA 13ª SEMANA DO TEMPO COMUM
(Cor verde - I Semana do SALTÉRIO - Ofício do dia de semana)
Antífona da entrada
Povos todos, aplaudi e aclamai a Deus com
brados de alegria.
Oração do dia
Ó Deus, pela vossa graça, nos fizestes filhos
da luz. Concedei que não sejamos envolvidos
pelas trevas do erro, mas brilhe em nossas
vidas a luz da vossa verdade.
Primeira leitura - Gn 18,16-33
Leitura do Livro do Gênesis
16
104
Os homens levantaram-se e partiram na
direção de Sodoma. Abraão acompanhava-os
para encaminhá-los. 17 E o Senhor disse
consigo: "Acaso poderei ocultar a Abraão o que
vou fazer? 18 Pois Abraão virá a ser uma nação
grande e forte e nele serão abençoadas todas as
nações da terra.19 De fato, eu o escolhi, Para que
ensine seus filhos e sua família a guardarem os
caminhos do Senhor, praticando a justiça e o
direito, a fim de que o Senhor cumpra em favor
de Abraão tudo o que lhe prometeu". 20 Então, o
Senhor disse: "O clamor contra Sodoma e
Gomorra cresceu, e agravou-se muito o seu
pecado. 21 Vou descer para verificar se as suas
obras correspondem ou não ao clamor que
chegou até mim". 22 Partindo dali, os homens
dirigiram-se a Sodoma, enquanto Abraão ficou
na presença do Senhor. 23 Então, aproximando-
Salmo responsorial - Sl 102
R. O Senhor é indulgente, é favorável.
1. Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e
todo o meu ser, seu santo nome! Bendize, ó
minha alma, ao Senhor, não te esqueças de
nenhum de seus favores! R.
2. Pois ele te perdoa toda culpa, e cura
toda a tua enfermidade; da sepultura ele salva a
tua vida e te cerca de carinho e compaixão. R.
3. O Senhor é indulgente, é favorável, é
paciente, é bondoso e compassivo. Não fica
sempre repetindo as suas queixas, nem guarda
eternamente o seu rancor. R.
4. Não nos trata como exigem nossas
faltas, nem nos pune em proporção às nossas
culpas. Quanto os céus por sobre a terra se
elevam, tanto é grande o seu amor aos que o
temem. R.
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Oxalá ouvísseis hoje a sua voz, não
fecheis os corações como em Meriba! R.
Evangelho - Mt 8,18-22
À originalidade de Jesus corresponde a
originalidade dos seus discípulos. É ele que
chama, só ele é o mestre, a meta é a comunhão
de vida e destino, o aprendizado nunca termina.
Assim como não houve matrícula no começo,
não há diploma no fim! Você está disposto a ser
discípulo assim para ser missionário de mestre
assim?
Dia 29 de Junho - Segunda-feira da 13ª Semana do Tempo Comum
se, disse Abraão: "Vais realmente exterminar o
justo com o ímpio? 24 Se houvesse cinquenta
justos na cidade, acaso iríeis exterminá-los?
Não pouparias o lugar por causa dos cinquenta
justos que ali vivem? 25 Longe de ti agir assim,
fazendo morrer o justo com o ímpio, como se o
justo fosse igual ao ímpio. Longe de ti! O juiz de
toda a terra não faria justiça?" 26 O Senhor
respondeu: "Se eu encontrasse em Sodoma
cinquenta justos, pouparia por causa deles a
cidade inteira". 27 Abraão prosseguiu dizendo:
"Estou sendo atrevido em falar a meu Senhor,
eu que sou pó e cinza. 28 Se dos cinquenta
justos faltassem cinco, destruirias por causa
dos cinco a cidade inteira?" O Senhor respondeu: "Não destruiria, se achasse ali quarenta e cinco justos". 29 Insistiu ainda Abraão
e disse: "E se houvesse quarenta?" Ele
respondeu: "Por causa dos quarenta, não o
faria". 30 Abraão tornou a insistir: "Não se irrite o
meu Senhor, se ainda falo. E se houvesse
apenas trinta justos?". Ele respondeu: "Também não o faria, se encontrasse trinta". 31 Tornou
Abraão a insistir: "Já que me atrevi a falar a meu
Senhor, e se houver vinte justos?" Ele
respondeu: "Não a iria destruir por causa dos
vinte". 32 Abraão disse: "Que o meu Senhor não
se irrite, se eu falar só mais uma vez: e se
houvesse apenas dez?" Ele respondeu: "Por
causa dos dez, não a destruiria". 33 Tendo
acabado de falar, o Senhor retirou-se, e Abraão
voltou para a sua tenda. - Palavra do Senhor.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Mateus
Naquele tempo: 18 Vendo uma multidão ao
seu redor, Jesus mandou passar para a outra
margem do lago. 19 Então um mestre da Lei
aproximou-se e disse: "Mestre, eu te seguirei
aonde quer que tu vás". 20 Jesus lhe respondeu:
"As raposas têm suas tocas e as aves dos céus
têm seus ninhos; mas o Filho do Homem não
tem onde reclinar a cabeça". 2L Um outro dos
discípulos disse a Jesus: "Senhor, permite-me
que primeiro eu vá sepultar meu pai". 22 Mas
Jesus lhe respondeu: "Segue-me, e deixa que
os mortos sepultem os seus mortos." - Palavra
da Salvação.
Prece dos fiéis
Esta já breve leitura do Evangelho ainda
pode ser resumida em duas palavras: “Segueme”. Peçamos ao Pai que, pela força do Espírito,
abra nossa mente e nosso coração para nos
105
Dia 29 de Junho - Segunda-feira da 13ª Semana do Tempo Comum
colocarmos no seguimento de Cristo, dizendo:
R. Ouvi, Senhor, as nossas preces.
alimentarem à mesa da palavra e à mesa da
eucaristia, oremos, irmãos.
1. Para que o Pai dê a todos os discípulos e
discípulas de Jesus a graça de O seguirem para
onde quer que vá, sem buscarem comodidades, honrarias nem riquezas, oremos,
irmãos.
2. Para que o Pai dê a todos os homens
públicos a graça de ouvirem Cristo, seu Filho
único, e de buscarem soluções justas para os
conflitos e os problemas, oremos, irmãos.
3. Para que o Pai dê aos descendentes de
Abraão a graça de conhecerem Jesus, o profeta
de Nazaré, e de se abrirem ao Mistério que
envolve sua pessoa e sua missão, oremos,
irmãos.
4. Para que o Pai dê a todos os emigrantes
cristãos a graça de amarem Cristo onde quer
que vivam e de O escutarem, cada domingo, na
Liturgia, oremos, irmãos.
5. Para que o Pai dê às famílias desta
paróquia e de suas comunidades a graça de se
Acolhei, Senhor, as nossas súplicas,
ensinai-nos a escutar o vosso Filho e a segui-Lo
até o fim da nossa vida. Ele que vive e reina
pelos séculos dos séculos.
O
Oração sobre as oferendas
Ó Deus, que nos assegurais os frutos dos
vossos sacramentos, concedei que o povo
reunido para vos servir corresponda à santidade
dos vossos dons.
Oração depois da comunhão
Ó Deus, o Corpo e o Sangue de Jesus
Cristo, que oferecemos em sacrifício e recebemos em comunhão, nos transmitam uma
vida nova, para que, unidos a vós pela caridade
que não passa, possamos produzir frutos que
permaneçam.
A Semente na Terra - Mt 8,18-22
Evangelho de hoje, em que o escriba diz a Jesus “seguir-te-ei” e Jesus diz a outro
“segue-me”, é útil para percebermos a diferença entre o escriba do judaísmo e o
discípulo de Jesus. Enquanto o escriba se matricula livremente na escola de um mestre
que ele mesmo escolhe para aprender a palavra e poder ensiná-la, o discípulo do evangelho é
chamado diretamente por Jesus a segui-Lo.
- Jesus, na verdade, não é um mestre, nem mesmo “o” mestre, mas a própria Palavra, o
Senhor, aquele que vem antes, pois está no princípio de tudo. O que Deus e a sua Lei são para o
escriba, Jesus e o seu caminho são para o discípulo. Jesus é o único tesouro, o primeiro e último
amor de sua vida.
- Um escriba pode tornar-se discípulo; um discípulo tornar-se escriba. O escriba se torna
discípulo quando, tendo encontrado a novidade absoluta, o tesouro, a pedra preciosa, vende tudo
com alegria para possuí-los (cf. Mt 13,52.44-46). O discípulo se torna escriba quando coloca o
seu conhecimento bíblico a serviço da sabedoria do evangelho. É o caso de Mateus, de Paulo, de
Priscila e Áquila, de Apolo, de Silas e de tantos outros que Deus mesmo colocou na Igreja para
crescimento dos fiéis e edificação da Igreja (cf. 1Cor 12,28-30).
- O foco do Evangelho de hoje é o seguimento de Jesus. Os três milagres precedentes nos
mostraram o que a Palavra opera em nós. É o que o seguimento de Jesus realiza: a fé na sua
Palavra nos liberta da lepra e nos torna capazes de trilhar o mesmo caminho de serviço aos irmãos
e irmãs.
- Só quem o segue chega ao “outro lado”, à “outra margem”, levando, assim, a termo a
106
O Minuto do Concílio
“Os leigos têm a faculdade, aliás, às vezes, também o dever, de exprimir o seu parecer sobre o
que diz respeito ao bem da Igreja.” (Lumen gentium 37)
Santos do dia: Pedro e Paulo (século I). Beata (+ 277). Judite e Salomé (século XI). Notker
Labeo (+ 1022).
Dia 30 de Junho - Terça-feira da 13ª Semana do Tempo Comum
travessia que todos somos chamados a fazer. Quem cai na água ou está na água, mas não chega à
outra margem ou se frustra ou naufraga. Frustra-se quando obrigado a voltar à margem de cá;
naufraga ao não conseguir aportar ao lado de lá.
- O discípulo, de fato, é instado a apostar tudo na travessia. De escriba é chamado a tornarse discípulo, investindo tudo Naquele que não é só o mestre, mas o Senhor. Uma vez tornado
discípulo, é chamado a superar toda veleidade, amando a Ele com todo o coração, toda a mente e
toda a alma (cf. Mt 22,37ss.; Dt 6,4ss.). Esta é a vida que o discípulo é chamado a viver; seu fruto é
a Vida, o dom que o Senhor faz ao discípulo ou discípula!
- Aqui reside a identidade mais radical da Igreja, comunidade de discípulos e discípulas.
Enquanto Jesus é o Senhor, a Igreja é aquela comunidade que o reconhece como seu único bem e
o vive como seu primeiro, último e único amor.
Datas comemorativas: Dia do Pescador. Dia do Papa. Dia do Escritor Paulista. Dia da
Telefonista. Nascimento de Antoine de Saint-Exupéry (1900). Condenação dos mandantes do
assassinato do Pe. Josimo Morais Tavares (10 de maio de 1986).
30
TERÇA-FEIRA DA 13ª SEMANA DO TEMPO COMUM
(Cor verde - Ofício do dia de semana)
Antífona da entrada
Povos todos, aplaudi e aclamai a Deus com
brados de alegria.
Oração do dia
Ó Deus, pela vossa graça, nos fizestes filhos
da luz. Concedei que não sejamos envolvidos
pelas trevas do erro, mas brilhe em nossas
vidas a luz da vossa verdade.
Leitura - Gn 19,15-29
Leitura do Livro do Gênesis
Naqueles dias,
15
os anjos insistiram com
Ló, dizendo: "Levanta-te, toma tua mulher e tuas
duas filhas, e sai, para não morreres também
por causa das iniquidades da cidade". 16 Como
ele hesitasse, os homens tomaram-no pela
mão, a ele, à mulher e às duas filhas - pois o
Senhor tivera compaixão dele -, fizeram-nos
sair e deixaram-nos fora da cidade. 17 Uma vez
fora, disseram: "Trata de salvar a tua vida. Não
olhes para trás, nem te detenhas em parte
alguma desta região. Mas foge para a
montanha, se não quiseres morrer". 18 Ló
respondeu: "Não, meu Senhor, eu te peço! 19 O
teu servo encontrou teu favor e foi grande a tua
bondade, salvando-me a vida. Mas receio não
poder salvar-me na montanha, antes que a
calamidade me atinja e eu morra. 20 Eis aí perto
uma cidade onde poderei refugiar-me; é
107
Dia 30 de Junho - Terça-feira da 13ª Semana do Tempo Comum
pequena, mas aí salvarei a minha vida". 21 E ele
lhe disse: "Pois bem, concedo-te também este
favor: não destruirei a cidade de que falas.
22
Refugia-te lá depressa, pois nada posso fazer
enquanto não tiveres entrado na cidade". Por
isso foi dado àquela cidade o nome de Segor.
23
O sol estava nascendo, quando Ló entrou em
Segor. 24 O Senhor fez então chover do céu
enxofre e fogo sobre Sodoma e Gomorra.
25
Destruiu as cidades e toda a região, todos os
habitantes das cidades e até a vegetação do
solo. 26 Ora, a mulher de Ló olhou para trás e
tornou-se uma estátua de sal. 27 Abraão
levantou-se bem cedo e foi até o lugar onde
antes tinha estado com o Senhor. 28 Olhando
para Sodoma e Gomorra, e para toda a região,
viu levantar-se da terra uma densa fumaça,
como a fumaça de uma fornalha. 29 Mas, ao
destruir as cidades da região, Deus lembrou-se
de Abraão e salvou Ló da catástrofe que arrasou
as cidades onde Ló havia morado. - Palavra do
Senhor.
Salmo responsorial - Sl 25
R. Tenho sempre vosso amor ante
meus olhos.
1. Provai-me, ó Senhor, e examinai-me,
sondai meu coração e o meu íntimo! Pois tenho
sempre vosso amor ante meus olhos; vossa
verdade escolhi por meu caminho. R.
2. Não junteis a minha alma à dos
malvados, nem minha vida à dos homens
sanguinários; eles têm as suas mãos cheias de
crime; sua direita está repleta de suborno. R.
3. Eu, porém, vou caminhando na inocência; libertai-me, ó Senhor, tende piedade!
Está firme o meu pé na estrada certa; ao Senhor
eu bendirei nas assembleias. R.
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. No Senhor ponho a minha esperança,
espero em sua palavra. R.
108
Evangelho - Mt 8,23-27
A vida é uma travessia. Às vezes, o vento é
favorável; às vezes, uma calmaria paralisa tudo;
outras, a tempestade parece colocar tudo a
perder. Dois sentimentos extremos tomam
conta de nós: o medo ou a confiança. O medo
bloqueia o coração humano; a confiança o
estimula a caminhar. Cabe a nós estimular a
confiança e controlar o medo. Se o medo
provém da consciência da nossa limitação, a
confiança vem da consciência de que Deus é
Pai e de que podemos sempre contar com Ele.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Mateus
Naquele tempo: 23 Jesus entrou na barca, e
seus discípulos o acompanharam. 24 E eis
que houve uma grande tempestade no mar,
de modo que a barca estava sendo coberta
pelas ondas. Jesus, porém, dormia. 25 Os
discípulos aproximaram-se e o acordaram,
dizendo: "Senhor, salva-nos, pois estamos
perecendo!" 26 Jesus respondeu: "Por que
tendes tanto medo, homens fracos na fé?"
Então, levantando-se, ameaçou os ventos e o
mar, e fez-se uma grande calmaria. 27 Os
homens ficaram admirados e diziam:
"Quem é este homem, que até os ventos e o mar
lhe obedecem?" - Palavra da Salvação.
Prece dos fiéis
Porque Jesus vai na barca da sua Igreja,
nenhuma tempestade a afundará. Peçamos ao
Pai que aumente a nossa fé, dizendo: R. Ouvinos, Senhor.
1. Pela Igreja, para que todos e cada um
dos seus membros creiam firmemente que
Jesus vela sempre pela sua barca, pelo mundo
inteiro e por cada ser humano, oremos, irmãs e
irmãos.
2. Pelos pescadores, que nos perigos
pedem a Jesus que lhes acuda, os liberte e os
Senhor, nosso Pai celeste, acolhei a oração
dos vossos filhos e filhas e de quantos por Vós
clamam nas suas aflições. Por Cristo, nosso
Senhor.
Oração sobre as oferendas
Ó Deus, que nos assegurais os frutos dos
vossos sacramentos, concedei que o povo
reunido para vos servir corresponda à santidade
dos vossos dons.
Oração depois da comunhão
Ó Deus, o Corpo e o Sangue de Jesus
Cristo, que oferecemos em sacrifício e recebemos em comunhão, nos transmitam uma
vida nova, para que, unidos a vós pela caridade
que não passa, possamos produzir frutos que
permaneçam.
Dia 30 de Junho - Terça-feira da 13ª Semana do Tempo Comum
salve, para que O sintam junto deles nas
alergias e tristezas da vida, oremos, irmãs e
irmãos.
3. Pelos cristãos que moram nas grandes
cidades, para que tenham a certeza de que
Deus nelas habita e não cedam à tentação da
indiferença, da descrença e do ateísmo,
oremos, irmãs e irmãos.
4. Pelos jovens que se envolvem no
consumo do álcool e da droga, para que não
sejam abandonados nem estigmatizados, mas
contem com anjos que toquem seus corações,
iluminem suas inteligências e os tomem pela
mão e os ajudem a se libertar, oremos, irmãs e
irmãos.
5. Por todos nós que estamos celebrando
esta Santa Eucaristia, para que creiamos que
Jesus está no meio de nós todas as vezes que
nos reunimos em seu nome, oremos, irmãs e
irmãos.
SANTOS PROTOMÁRTIRES DA IGREJA DE ROMA
MEMÓRIA FACULTATIVA (Cor vermelha - Ofício da memória)
(Missa: mártires - MR, 740)
Oração do dia
Ó Deus, que consagrastes com o sangue
dos mártires os fecundos primórdios da Igreja
A
de Roma, dai que sua coragem no combate nos
obtenha uma força inabalável e a alegria na
vitória.
A Semente na Terra - Mt 8,23-27
travessia de Jesus com os discípulos é um símbolo da nossa existência. A barca
lembra a comunidade, na qual ele está conosco. Enfrenta dificuldades, calmarias,
tempestades. Mais cedo ou mais tarde, todo barco vai a pique. É a morte. Como diz o
povo, é a única certeza, a coisa mais certa que Deus deixou.
- Ao longo da travessia, dois sentimentos opostos brigam pelo comando. São o medo e a
confiança. O medo bloqueia o coração humano; a confiança o estimula a caminhar. Cabe a nós
favorecer a confiança e controlar o medo. Se o medo provém da consciência da nossa limitação,
a confiança vem da consciência de que Deus é Pai e se pode contar com Ele.
- As situações-limite mostram nossa limitação, mas também estimulam o crescimento,
especialmente da fé. É nos momentos de crise que a fé mostra a cara ou tira o corpo fora. Se se
revela, vai-nos preparando para a última crise, a morte; se foge em retirada e nos abandona nos
braços do medo, não nos ajuda a viver uma vida livre e serena nem agora nem na hora da nossa
morte.
109
Dia 30 de Junho - Terça-feira da 13ª Semana do Tempo Comum
- Uma fé que não faz as contas com a morte não está à altura da verdade do ser humano,
que não é só “imagem” de Deus, mas também “húmus” do chão. Se não serve para a morte,
muito menos serve para a vida. A morte se torna um tirano, que governa retroativamente a vida.
Para se chegar ao outro lado com a Vida, é preciso exorcizar o medo do mar, do abismo e da
morte. É o que faz Jesus na barca: encostou a cabeça no “travesseiro” duro da barca e dormiu. Ele
dorme e acorda – morre e ressuscita – para derrubar o muro que separa a nossa realidade de
morte do seu (e do nosso) desejo de vida!
- Trata-se, no fundo, de uma cena batismal. O batismo* é imersão (mergulho) e emersão
(vir à tona). Morremos para ressuscitar. Somos mergulhados na morte para sermos
ressuscitados para a Vida. O batismo não é apenas um momento, um gesto ritual cumprido na
vasca do batistério. O batismo é a aventura de toda uma vida – 20, 30, 50, 70, 90 anos – e de toda
uma história – pessoal, comunitária e social. Se vivemos de fé, o batismo deve mergulhar-nos
sempre mais no Senhor, até quando Ele nos faça, finalmente, entrar – com Ele, que “dorme” – na
sua própria morte, para dela sair com a sua própria vida (Rm 6,1-11),
- Jesus é aquele a quem o vento e o mar obedecem. Ele “dormiu” conosco para “acordar”
para nós. Seu sono é a confiança de quem pousa a cabeça (como o “discípulo amado” de João)
no colo do Pai. Graças à sua fé, Ele acorda pelo poder de Deus, Senhor de tudo e de todos.
Podemos repousar a cabeça no seu colo também, pois ele é o Senhor que nos salva. Ele, porém,
não nos salva “da” morte – não o fez nem em favor de si mesmo – mas “na” morte – fazendo-nos
desabrochar nele para a plenitude da Vida.
O Minuto do Concílio
“De boa vontade utilizem-se (os pastores) do prudente conselho dos leigos e deixem-lhes
liberdade e espaço de ação, encorajando-os a empreender obras por iniciativa própria.”
(Lumen gentium 37)
Santos do dia: Marçal de Limoges (século III). Erentrudes de Salzburg (+ 718). Teobaldo de
Provins (1017 – 1066). Otão de Bamberg (1061 – 1139). Otão de Riedenburg (1090 – 1150).
Adolfo de Osnabrück (1185 – 1224). Ernesto de Praga (1300 – 1364). Guilherme Janauschek
(1859 – 1926).
Testemunhas do Reino: Dionísio Frias (República Dominicana, 1975). Hermógenes López
(Guatemala, 1978).
Datas comemorativas: Dia do Caminhoneiro. Dia do Economiário.
ABC DO CRISTIANISMO
[1] Batismo. A palavra “batismo” vem do verbo “baptizein”, que quer dizer “mergulhar, imergir”.
Batismo não significa, em primeiro lugar, lavar ou purificar, mas mergulhar a pessoa numa realidade
outra, no caso do batismo cristão, Cristo, a salvação, a comunidade dos discípulos e discípulas.
110
1.1 - SAUDAÇÃO
Pr. - Em nome do Pai e do Filho e do
Espírito Santo.
AS. - Amém.
Pr. - A graça de nosso Senhor Jesus
Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito
Santo estejam convosco!
AS. - Bendito seja Deus que nos reuniu no
amor de Cristo.
1.2 - ATO PENITENCIAL
Pr. - O Senhor Jesus, que nos convida à
mesa da Palavra e da Eucaristia, nos chama à
conversão. (Pausa).
Confessemos os nossos pecados:
AS. - Confesso a Deus todo-poderoso e a
vós, irmãos e irmãs, que pequei muitas vezes
por pensamentos e palavras, atos e omissões,
por minha culpa, minha tão grande culpa. E
peço à Virgem Maria, aos anjos e santos e a vós,
irmãos e irmãs, que rogueis por mim a Deus,
nosso Senhor.
Pr. - Deus todo-poderoso tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos
conduza à vida eterna. (Pausa).
AS. - Amém.
Seguem as invocações:
Pr. - Senhor, tende piedade de nós.
AS. - Senhor, tende piedade de nós.
Pr. - Cristo, tende piedade de nós.
AS. - Cristo, tende piedade de nós.
Pr. - Senhor, tende piedade de nós.
AS. - Senhor, tende piedade de nós.
ou
Pr. - Senhor, que viestes salvar os
corações arrependidos, tende piedade de nós.
AS. - Senhor, tende piedade de nós.
Pr. - Cristo, que viestes chamar os
pecadores, tende piedade de nós.
AS. - Cristo, tende piedade de nós.
Pr. - Senhor, que intercedeis por nós
junto do Pai, tende piedade de nós.
AS. - Senhor, tende piedade de nós.
Pr. - Deus todo-poderoso tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos
conduza à vida eterna.
AS. - Amém!
Rito da Missa da Comunidade
1. Ritos iniciais
1.3 - HINO DE LOUVOR
Pr. - Glória a Deus nas alturas,
AS. - e paz na terra aos homens por ele
amados. Senhor Deus, rei dos céus, Deus Pai
todo-poderoso: nós vos louvamos, nós vos
bendizemos, nós vos adoramos, nós vos
glorificamos, nós vos damos graças por vossa
imensa glória. Senhor Jesus Cristo, Filho
unigênito, Senhor Deus, Cordeiro de Deus,
Filho de Deus Pai. Vós que tirais o pecado do
mundo, tende piedade de nós. Vós que tirais o
pecado do mundo, acolhei a nossa súplica. Vós
que estais à direita do Pai, tende piedade de
nós. Só vós sois o Santo, só vós, o Senhor, só
vós, o Altíssimo, Jesus Cristo, com o Espírito
Santo, na glória de Deus Pai. Amém.
1.4 - ORAÇÃO DO DIA (própria do dia)
Pr. = presidente.
AS. = assembleia.
111
Rito da Missa da Comunidade
2.1 - LEITURA (s) (próprias do dia)
2.2 - EVANGELHO (próprio do dia)
2.3 - PROFISSÃO DE FÉ
Símbolo apostólico
Pr. - Creio em Deus
AS. - Pai, todo-poderoso, criador do céu e da
terra; e em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso
Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito
Santo; nasceu da virgem Maria, padeceu sob Pôncio
Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu à
mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia;
subiu aos céus; está sentado à direita de Deus Pai
todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e
mortos. Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja
Católica, na comunhão dos santos, na remissão dos
pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna.
Amém.
Creio Niceno-Constantinopolitano
Pr. - Creio em um só Deus
AS. - Pai todo-poderoso, criador do céu e da
terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis. Creio
em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho unigênito de
Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos: Deus
de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus
verdadeiro; gerado, não criado, consubstancial ao
Pai. Por ele todas as coisas foram feitas. E por nós,
homens, e para nossa salvação, desceu dos céus:
(reverência) e se encarnou pelo Espírito Santo, no seio
da virgem Maria, e se fez homem. Também por nós foi
3.1 - PREPARAÇÃO DAS OFERENDAS
Pr. - Bendito sejais, Senhor, Deus do universo,
pelo pão que recebemos de vossa bondade, fruto da
terra e do trabalho do homem, que agora vos
apresentamos, e para nós se vai tornar pão da vida.
AS. - Bendito seja Deus para sempre!
Pr. - Bendito sejais, Senhor, Deus do universo,
pelo vinho que recebemos de vossa bondade, fruto
da videira e do trabalho do homem, que agora vos
apresentamos e para nós se vai tornar vinho da
salvação.
AS. - Bendito seja Deus para sempre!
Pr. - Orai, irmãos, para que o nosso sacrifício
seja aceito por Deus Pai todo-poderoso.
AS. - Receba o Senhor por tuas mãos este
sacrifício, para glória do seu nome, para nosso bem
e de toda a santa Igreja.
112
crucificado sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi
sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as
Escrituras, e subiu aos céus, onde está sentado à
direita do Pai. E de novo há de vir, em sua glória, para
julgar os vivos e os mortos; e o seu reino não terá fim.
Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e
procede do Pai e do Filho; e com o Pai e o Filho é
adorado e glorificado: ele que falou pelos profetas.
Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica.
Professo um só batismo para remissão dos pecados.
E espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo
que há de vir. Amém.
3.2 - ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS
(própria do dia)
3.3 - ORAÇÃO EUCARÍSTICA
Pr. - O Senhor esteja convosco!
AS. - Ele está no meio de nós.
Pr. - Corações ao alto!
AS. - O nosso coração está em Deus.
Pr. - Demos graças ao Senhor, nosso Deus.
AS. - É nosso dever e nossa Salvação.
Pr. - (Reza o prefácio adequado).
Ao fim do prefácio, todos cantam (rezam):
AS. - Santo, Santo, Santo, Senhor, Deus do
universo! O céu e a terra proclamam a vossa glória.
Hosana nas alturas! Bendito o que vem em nome do
Senhor! Hosana nas alturas!
1 - Prefácio dos Domingos do Tempo
Comum, II
O mistério da salvação
Na verdade, é justo e necessário, é nosso
dever e salvação dar-vos graças, sempre em
todo o lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e
todo-poderoso, por Cristo Senhor nosso.
Compadecendo-se da fraqueza humana, ele
nasceu da Virgem Maria. Morrendo no lenho da
Cruz, ele nos libertou da morte. Ressuscitando
dos mortos, ele nos garantiu a vida eterna. Por
ele, os anjos celebram a vossa grandeza, os
santos proclamam a vossa glória. Concedei
também a nós associar-nos aos seus louvores,
cantando (dizendo) a uma só voz:
2 - Prefácio da Virgem Maria, I
A maternidade da Virgem Maria.
Na verdade, é justo e necessário, é nosso
dever e salvação dar-vos graças, sempre em
todo o lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e
todo-poderoso, e, na festa (...) de Maria,
sempre Virgem, celebrar os vossos louvores. À
sombra do Espírito Santo, Ela concebeu o
vosso Filho único e, permanecendo virgem,
deu ao mundo a luz eterna, Jesus Cristo, Senhor
nosso. Por ele, os anjos cantam vossa
grandeza, os santos proclamam vossa glória.
Concedei-nos também a nós associar-nos a
seus louvores, cantando (dizendo) a uma só
voz:
3 - Prefácio dos Apóstolos, I
Os Apóstolos, pastores do povo de Deus.
Na verdade, é justo e necessário, é nosso
dever e salvação dar-vos graças, sempre em
todo o lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e
todo-poderoso e cheio de bondade. Pastor
eterno, vós não abandonais o rebanho, mas o
guardais constantemente pela proteção dos
Apóstolos. E, assim a Igreja é conduzida pelos
mesmos pastores que pusestes à sua frente
como representantes de vosso Filho, Jesus
Cristo, Senhor nosso. Por ele, os anjos
celebram a vossa grandeza e os santos
proclamam vossa glória. Concedei também a
nós associar a seus louvores, cantando
(dizendo) a uma só voz:
Prefácios do Mês
PREFÁCIOS DO MÊS
4 - Prefácio dos Mártires
O testemunho do martírio.
Na verdade, é justo e necessário, é nosso
dever e salvação dar-vos graças, sempre em
todo o lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e
todo-poderoso. Pelo (a) mártir S. N., que
confessou o vosso nome e derramou seu
sangue como Cristo, manifestais vosso
admirável poder. Vossa misericórdia sustenta a
fragilidade humana e nos dá coragem para
sermos as testemunhas de Jesus Cristo, vosso
Filho e Senhor nosso. Enquanto esperamos a
glória eterna, com todos os vossos anjos e
santos, nós vos aclamamos, cantando
(dizendo) a uma só voz:
5 - Prefácio dos Pastores
A presença dos santos Pastores na Igreja.
Na verdade, é justo e necessário, é nosso
dever e nossa salvação dar-vos graças, sempre
e em todo lugar, Senhor, Pai Santo, Deus eterno
e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso. Vós
nos concedeis a alegria de celebrar a festa de S.
N., e fortaleceis a vossa Igreja com o exemplo
de sua vida, o ensinamento de sua pregação e o
auxílio de suas preces. Enquanto a multidão dos
anjos e dos santos se alegra eternamente na
vossa presença, nós nos associamos a seus
louvores, cantando (dizendo) a uma só voz:
6 - Prefácio comum, IV
O louvor, dom de Deus.
Na verdade, é justo e necessário, é nosso
113
Orações Eucarísticas
dever e salvação dar-vos graças, sempre em
todo o lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e
todo-poderoso. Ainda que nossos louvores não
vos sejam necessários, Vós concedeis o dom
de vos louvar. Eles nada acrescentaram ao que
sois mas nos aproximam de vós, por Jesus
Cristo, vosso Filho e Senhor nosso. Por essa
razão, Os anjos do céu, as mulheres e os
homens da terra, unidos a todas as criaturas,
proclamamos, jubilosos, vossa glória,
cantando (dizendo) a uma só voz:
7 - Prefácio Comum, V
Proclamação do mistério de Cristo
É nosso dever e salvação dar-vos graças,
sempre em todo o lugar, Senhor, Pai santo,
Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo,
Senhor nosso. Unidos na caridade, celebramos
a morte do vosso Filho, proclamamos com fé a
sua ressurreição e aguardamos, com firme
esperança, a sua vinda gloriosa, no fim dos
tempos. Enquanto a multidão dos anjos e dos
santos se alegra eternamente na vossa presença, nós nos associamos aos seus louvores,
8 - Prefácio dos Santos, II
O exemplo dos Santos.
Na verdade, é justo e necessário, é nosso
dever e salvação dar-vos graças, sempre em
todo o lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e
todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso. Pelo
testemunho admirável de vossos Santos e
Santas, revigorais constantemente a vossa
Igreja, provando vosso amor para conosco.
Deles recebemos o exemplo, que estimula na
caridade, e a intercessão fraterna, que nos ajuda
a trabalhar pela realização de vosso Reino.
Unidos à multidão dos anjos e dos santos,
proclamamos vossa bondade, cantando
(dizendo) a uma só voz:
9 - Fiéis Defuntos, I
A esperança da ressurreição em Cristo
Na verdade, é justo e necessário, é nosso
114
dever e salvação dar-vos graças, sempre em
todo o lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e
todo-poderoso, por Cristo, senhor nosso. Nele
brilhou para nós a esperança da feliz
ressurreição. E, aos que a certeza da morte
entristece, a promessa da imortalidade
consola. Senhor, para os que creem em vós, a
vida não é tirada, mas transformada. E, desfeito
o nosso corpo mortal, nos é dado, nos céus, um
corpo imperecível. E, enquanto esperamos a
realização de vossas promessas, com os anjos
e com todos os santos, nós vos aclamamos,
cantando (dizendo) a uma só voz:
ORAÇÃO EUCARÍSTICA II
Pr. - Na verdade , é justo e necessário, é
nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre
e em todo o lugar, Senhor, Pai santo, Deus
eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor
nosso.
Ele é a vossa palavra viva, pela qual tudo
criastes. Ele é o nosso Salvador e Redentor,
verdadeiro homem, concebido do Espírito
Santo e nascido da Virgem Maria.
Ele, para cumprir a vossa vontade, e reunir
um povo santo em vosso louvor, estendeu os
braços na hora da sua paixão, a fim de vencer a
morte e manifestar a ressurreição.
Por ele, os anjos celebram vossa grandeza e
os santos proclamam vossa glória. Concedeinos também a nós associar-nos a seus
louvores, cantando (dizendo) a uma só voz:
AS. - Santo, Santo, Santo...
Pr. - Na verdade, ó Pai, vós sois santo e
fonte de toda santidade. Santificai, pois, estas
oferendas, derramando sobre elas o vosso
Espírito, a fim de que se tornem para nós o
Corpo e + o Sangue de Jesus Cristo, vosso
Filho e Senhor nosso.
AS. - Santificai nossa oferenda, ó Senhor!
Pr. - Estando para ser entregue e abraçando
livremente a paixão, ele tomou o pão, deu
graças, e o partiu e deu a seus discípulos,
dizendo:
TOMAI, TODOS, E COMEI: ISTO É O MEU
AS. - Concedei-lhe contemplar a vossa
face!
Pr. - Lembrai-vos também dos (outros)
nossos irmãos e irmãs que morreram na
esperança da ressurreição e de todos os que
partiram desta vida: acolhei-os junto a vós na
luz da vossa face.
AS. - Lembrai-vos, ó Pai, dos vossos filhos!
Pr. - Enfim, nós vos pedimos, tende piedade
de todos nós e dai-nos participar da vida eterna,
com a Virgem Maria, Mãe de Deus, com os
santos Apóstolos e todos os que neste mundo
vos serviram, a fim de vos louvarmos e
glorificarmos por Jesus Cristo, vosso Filho.
AS. - Concedei-nos o convívio dos eleitos!
Pr. - Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a
vós, Deus Pai todo-poderoso, na unidade do
Espírito Santo, toda a honra e toda a glória,
agora e para sempre.
AS. - Amém.
Orações Eucarísticas
CORPO, QUE SERÁ ENTREGUE POR VÓS.
Pr. - Do mesmo modo, ao fim da ceia, ele
tomou o cálice em suas mãos, deu graças
novamente, e o deu a seus discípulos, dizendo:
TOMAI, TODOS, E BEBEI: ESTE É O CÁLICE
DO MEU SANGUE, O SANGUE DA NOVA E
ETERNA ALIANÇA, QUE SERÁ DERRAMADO
POR VÓS E POR TODOS PARA REMISSÃO DOS
PECADOS. FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM.
Pr. - Eis o mistério da fé!
AS. - Anunciamos, Senhor, a vossa morte e
proclamamos a vossa ressurreição. Vinde,
Senhor Jesus!
Ou:
AS. - Todas as vezes que comemos deste
pão e bebemos deste cálice, anunciamos,
Senhor, a vossa morte, enquanto esperamos a
vossa vinda!
Ou:
AS. - Salvador do mundo, salvai-nos, vós
que nos libertastes pela cruz e ressurreição.
Pr. - Celebrando, pois, a memória da morte
e ressurreição do vosso Filho, nós vos
oferecemos, ó Pai, o pão da vida e o cálice da
salvação; e vos agradecemos porque nos
tornastes dignos de estar aqui na vossa
presença e vos servir.
AS. - Recebei, ó Senhor, a nossa oferta!
Pr. - E nós vos suplicamos que,
participando do Corpo e Sangue de Cristo,
sejamos reunidos pelo Espírito Santo num só
corpo.
AS. - Fazei de nós um só corpo e um só
espírito!
Pr. - Lembrai-vos, ó Pai, da vossa Igreja que
se faz presente pelo mundo inteiro: que ela
cresça na caridade, com o papa N., com nosso
bispo N. e todos os ministros do vosso povo.
AS. - Lembrai-vos, ó Pai, da vossa Igreja!
Nas missas pelos fiéis defuntos pode-se
acrescentar:
Pr. - Lembrai-vos do vosso filho (da vossa
filha) N., que (hoje) chamastes deste mundo à
vossa presença. Concedei-lhe que, tendo
participado da morte de Cristo pelo batismo,
participe igualmente da sua ressurreição.
ORAÇÃO EUCARÍSTICA III
Pr. - Na verdade, vós sois santo, ó Deus do
universo, e tudo o que criastes proclama o
vosso louvor, porque, por Jesus Cristo, vosso
Filho e Senhor nosso, e pela força do Espírito
Santo, dais vida e santidade a todas as coisas e
não cessais de reunir o vosso povo, para que
vos ofereça em toda parte, do nascer ao pôr-dosol, um sacrifício perfeito.
AS. - Santificai e reuni o vosso povo!
Pr. - Por isso, nós vos suplicamos:
santificai pelo Espírito Santo as oferendas que
vos apresentamos para serem consagradas, a
fim de que se tornem o Corpo e + o Sangue de
Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nosso, que
nos mandou celebrar este mistério.
AS. - Santificai nossa oferenda, ó Senhor!
Pr. - Na noite em que ia ser entregue, ele
tomou o pão, deu graças, e o partiu e deu a seus
discípulos, dizendo:
TOMAI, TODOS, E COMEI: ISTO É O MEU
CORPO, QUE SERÁ ENTREGUE POR VÓS.
Pr. - Do mesmo modo, ao fim da ceia, ele
tomou o cálice em suas mãos, deu graças
115
Orações Eucarísticas
116
novamente, e o deu a seus discípulos, dizendo:
TOMAI, TODOS, E BEBEI: ESTE É O CÁLICE
DO MEU SANGUE, O SANGUE DA NOVA E
ETERNA ALIANÇA, QUE SERÁ DERRAMADO
POR VÓS E POR TODOS PARA REMISSÃO DOS
PECADOS. FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM.
Eis o mistério da fé!
AS. - Anunciamos, Senhor, a vossa morte e
proclamamos a vossa ressurreição. Vinde,
Senhor Jesus!
Ou:
AS. - Todas as vezes que comemos deste
pão e bebemos deste cálice, anunciamos,
Senhor, a vossa morte, enquanto esperamos a
vossa vinda!
Ou:
AS. - Salvador do mundo, salvai-nos, vós
que nos libertastes pela cruz e ressurreição.
Pr. - Celebrando agora, ó Pai, a memória do
vosso Filho, da sua paixão que nos salva, da sua
gloriosa ressurreição e da sua ascensão ao céu,
e enquanto esperamos a sua nova vinda, nós
vos oferecemos em ação de graças este
sacrifício de vida e santidade.
AS. - Recebei, ó Senhor, a nossa oferta!
Pr. - Olhai com bondade a oferenda da
vossa Igreja, reconhecei o sacrifício que nos
reconcilia convosco e concedei que,
alimentando-nos com o Corpo e o Sangue do
vosso Filho, sejamos repletos do Espírito Santo
e nos tornemos em Cristo um só corpo e um só
espírito.
AS. - Fazei de nós um só corpo e um só
espírito!
Pr. - Que ele faça de nós uma oferenda
perfeita para alcançarmos a vida eterna com os
vossos santos: a Virgem Maria, Mãe de Deus,
os vossos Apóstolos e Mártires, N.(o santo do
dia ou o padroeiro) e todos os santos, que não
cessam de interceder por nós na vossa
presença.
AS. - Fazei de nós uma perfeita oferenda!
Pr. - E agora, nós vos suplicamos, ó Pai,
que este sacrifício da nossa reconciliação
estenda a paz e a salvação ao mundo inteiro.
Confirmai na fé e na caridade a vossa Igreja,
enquanto caminha neste mundo: o vosso servo
o papa N., o nosso bispo N., com os bispos do
mundo inteiro, o clero e todo o povo que
conquistastes.
AS. - Lembrai-vos, ó Pai, da vossa Igreja!
Pr. - Atendei às preces da vossa família,
que está aqui, na vossa presença. Reuni em vós,
Pai de misericórdia, todos os vossos filhos e
filhas dispersos pelo mundo inteiro.
AS. - Lembrai-vos, ó Pai, dos vossos filhos!
Pr. - Acolhei com bondade no vosso reino
os nossos irmãos e irmãs que partiram desta
vida e todos os que morreram na vossa
amizade. Unidos a eles, esperamos também
nós saciar-nos eternamente da vossa glória, por
Cristo, Senhor nosso.
AS.- A todos saciai com vossa glória!
Pr. - Por ele dais ao mundo todo bem e toda
graça.
Pr. - Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a
vós, Deus Pai todo-poderoso, na unidade do
Espírito Santo, toda a honra e toda a glória,
agora e para sempre.
AS. - Amém.
ORAÇÃO EUCARÍSTICA V
Pr. - É justo e nos faz todos ser mais santos
louvar a vós, ó Pai, no mundo inteiro, de dia e de
noite, agradecendo com Cristo, vosso Filho,
nosso irmão.
Pr. - É ele o sacerdote verdadeiro que
sempre se oferece por nós todos, mandando
que se faça a mesma coisa que fez naquela ceia
derradeira.
Pr. - Por isso, aqui estamos bem unidos,
louvando e agradecendo com alegria, juntando
nossa voz à voz dos anjos e à voz dos santos
todos, pra cantar (dizer):
AS.- Santo...
Pr. - Senhor, vós que sempre quisestes
ficar muito perto de nós, vivendo conosco no
Cristo, falando conosco por ele, mandai vosso
Espírito Santo, a fim de que as nossas ofertas se
mudem no Corpo + e no Sangue de nosso
Senhor Jesus Cristo.
AS. - Esperamos entrar na vida eterna!
Pr. - A todos que chamastes pra outra vida
na vossa amizade, e aos marcados com o sinal
da fé, abrindo vossos braços, acolhei-os. Que
vivam para sempre bem felizes no reino que pra
todos preparastes.
AS. - A todos dai a luz que não se apaga!
Pr. - E a nós, que agora estamos reunidos e
somos povo santo e pecador, dai força para
construirmos juntos o vosso reino que também
é nosso.
Pr. - Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a
vós, Deus Pai todo-poderoso, na unidade do
Espírito Santo, toda a honra e toda a glória,
agora e para sempre.
AS. - Amém.
Orações Eucarísticas
AS. - Mandai vosso Espírito Santo!
Pr. - Na noite em que ia ser entregue,
ceando com seus apóstolos, Jesus, tendo o pão
em suas mãos, olhou para o céu e deu graças,
partiu o pão e o entregou a seus discípulos,
dizendo:
TOMAI, TODOS, E COMEI: ISTO É O MEU
CORPO, QUE SERÁ ENTREGUE POR VÓS.
Pr. - Do mesmo modo, no fim da ceia,
tomou o cálice em suas mãos, deu graças
novamente e o entregou a seus discípulos,
dizendo:
TOMAI, TODOS, E BEBEI: ESTE É O CÁLICE
DO MEU SANGUE, O SANGUE DA NOVA E
ETERNA ALIANÇA, QUE SERÁ DERRAMADO
POR VÓS E POR TODOS, PARA REMISSÃO DOS
PECADOS. FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM.
Tudo isto é mistério da fé!
AS. - Toda vez que se come deste Pão, toda
vez que se bebe deste Vinho, se recorda a
paixão de Jesus Cristo e se fica esperando sua
volta.
Pr. - Recordamos, ó Pai, neste momento, a
paixão de Jesus, nosso Senhor, sua
ressurreição e ascensão; nós queremos a vós
oferecer este Pão que alimenta e que dá vida,
este Vinho que nos salva e dá coragem.
AS. - Recebei, ó Senhor, a nossa oferta!
Pr. - E quando recebermos Pão e Vinho, o
Corpo e Sangue dele oferecidos, o Espírito nos
una num só corpo, pra sermos um só povo em
seu amor.
AS. - O Espírito nos una num só corpo!
Pr. - Protegei vossa Igreja que caminha nas
estradas do mundo rumo ao céu, cada dia
renovando a esperança de chegar junto a vós,
na vossa paz.
AS. - Caminhamos na estrada de Jesus!
Pr. - Dai ao santo Padre, o Papa N., ser bem
firme na Fé, na Caridade, e a N., que é Bispo
desta Igreja, muita luz pra guiar o seu rebanho.
AS. - Caminhamos na estrada de Jesus!
Pr. - Esperamos entrar na vida eterna com a
Virgem, Mãe de Deus e da Igreja, os apóstolos e
todos os santos, que na vida souberam amar
Cristo e seus irmãos.
ORAÇÃO EUCARÍSTICA VI-B
Deus conduz sua Igreja pelo
caminho da salvação
Pr. - Na verdade, é justo e necessário, é
nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre
e em todo o lugar, Senhor, Pai santo, criador do
mundo e fonte da vida. Nunca abandonais a
obra da vossa sabedoria, agindo sempre no
meio de nós. Com vosso braço poderoso,
guiastes pelo deserto o vosso povo de Israel.
Hoje, com a luz e a força do Espírito Santo,
acompanhais sempre a vossa Igreja, peregrina
neste mundo; e por Jesus Cristo, vosso Filho, a
acompanhais pelos caminhos da história até a
felicidade perfeita em vosso reino. Por essa
razão, também nós, com os Anjos e Santos,
proclamamos a vossa glória, cantando
(dizendo) a uma só voz:
AS. - Santo...
Pr. - Na verdade, vós sois santo e digno de
louvor, ó Deus, que amais os seres humanos e
sempre os assistis no caminho da vida. Na
verdade, é bendito o vosso Filho, presente no
meio de nós, quando nos reunimos por seu
amor. Como outrora aos discípulos, ele nos
revela as Escrituras e parte o pão para nós.
AS. - O vosso Filho permaneça entre nós!
Pr. - Nós vos suplicamos, Pai de bondade,
117
Orações Eucarísticas
118
que envieis o vosso Espírito Santo para
santificar estes dons do pão e do vinho, a fim de
que se tornem para nós o Corpo e + o Sangue
de nosso Senhor Jesus Cristo.
AS. - Mandai o vosso Espírito Santo!
Pr. - Na véspera de sua paixão, durante a
última Ceia, ele tomou o pão, deu graças e o
partiu e deu a seus discípulos, dizendo:
TOMAI, TODOS, E COMEI: ISTO É O MEU
CORPO, QUE SERÁ ENTREGUE POR VÓS.
Pr. – Do mesmo modo, ao fim da ceia,
ele, tomando o cálice em suas mãos, deu
graças novamente e o entregou a seus
discípulos, dizendo:
TOMAI, TODOS, E BEBEI: ESTE É O
CÁLICE DO MEU SANGUE, O SANGUE DA
NOVA E ETERNA ALIANÇA, QUE SERÁ
DERRAMADO POR VÓS E POR TODOS PARA
REMISSÃO DOS PECADOS. FAZEI ISTO EM
MEMÓRIA DE MIM.
Eis o mistério da fé!
AS. - Anunciamos, Senhor, a vossa morte
e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde,
Senhor Jesus!
Ou:
AS. - Todas as vezes que comemos deste
pão e bebemos deste cálice, anunciamos,
Senhor, a vossa morte, enquanto esperamos a
vossa vinda!
Ou:
AS. - Salvador do mundo, salvai-nos, vós
que nos libertastes pela cruz e ressurreição.
Pr. - Celebrando, pois, ó Pai santo, a
memória de Cristo, vosso Filho, nosso
Salvador, que pela paixão e morte de cruz
fizestes entrar na glória da ressurreição e
colocastes à vossa direita, anunciamos a obra
do vosso amor até que ele venha, e vos
oferecemos o pão da vida e o cálice da bênção.
Olhai com bondade para a oferta da vossa
Igreja. Nela vos apresentamos o sacrifício
pascal de Cristo, que vos foi entregue. E
concedei que, pela força do Espírito do vosso
amor, sejamos contados, agora e por toda a
eternidade, entre os membros do vosso Filho,
cujo Corpo e Sangue comungamos.
AS. - Aceitai, ó Senhor, a nossa oferta!
Pr. - Fortalecei, Senhor, na unidade os
convidados a participar da vossa mesa. Em
comunhão com o nosso Papa N. e o nosso
Bispo N., com todos os Bispos, presbíteros,
diáconos e com todo o vosso povo, possamos
irradiar confiança e alegria e caminhar com fé e
esperança pelas estradas da vida.
AS. - Tornai viva nossa fé, nossa
esperança!
Pr. - Lembrai-vos dos nossos irmãos e
irmãs (N. e N.), que adormeceram na paz do
vosso Cristo, e de todos os falecidos, cuja fé só
vós conhecestes: acolhei-os na luz da vossa
face e concedei-lhes, no dia da ressurreição, a
plenitude da vida.
AS. - Concedei-lhes, ó Senhor, a luz
eterna!
Pr. - Concedei-nos ainda, no fim da nossa
peregrinação terrestre, chegarmos todos à
morada eterna, onde viveremos para sempre
convosco. E em comunhão com a bemaventurada Virgem Maria, com os Apóstolos e
Mártires, (com S.N.: Santo do dia ou patrono) e
t o d o s o s S a n t o s , v o s l o u v a re m o s e
glorificaremos, por Jesus Cristo, vosso Filho.
Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a vós,
Deus Pai todo-poderoso, na unidade do
Espírito Santo, toda honra e toda a glória, agora
e para sempre.
AS. - Amém.
Oração Eucarística VI-D
Jesus que passa fazendo o bem
Pr. - Na verdade, é justo e necessário, é
nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre
e em todo lugar, Pai misericordioso e Deus fiel.
Vós nos destes vosso filho, Jesus Cristo, nosso
Senhor e redentor. Ele sempre se mostrou
cheio de misericórdia pelos pequenos e
pobres, pelos doentes e pecadores,
colocando-se ao lado dos perseguidos e
marginalizados. Com a vida e a palavra
anunciou ao mundo que sois Pai e cuidais de
todos como filhos e filhas. Por essa razão, com
que pela paixão e morte de cruz fizestes entrar
na glória da ressurreição e colocastes à vossa
direita, anunciamos a obra do vosso amor até
que ele venha e vos oferecemos o pão da vida e
o cálice da bênção. Olhai com bondade para a
oferta da vossa Igreja. Nela vos apresentamos o
sacrifício pascal de Cristo, que vos foi
entregue. E concedei que, pela força do Espírito
do vosso amor, sejamos contados, agora e por
toda a eternidade, entre os membros do vosso
filho, cujo Corpo e Sangue comungamos.
AS. - Aceitai, ó Senhor, a nossa oferta!
Pr. - Senhor Deus, conduzi a vossa Igreja à
perfeição na fé e no amor, em comunhão com o
nosso papa (...), o nosso bispo (...), com todos
os bispos, presbíteros e diáconos e todo o povo
que conquistastes.
AS.- Confirmai o vosso povo na unidade!
Pr. - Dai-nos olhos para ver as necessidades e os sofrimentos dos nossos irmãos e
irmãs; inspirai-nos palavras e ações para
confortar os desanimados e oprimidos; fazei
que, a exemplo de Cristo e seguindo o seu
mandamento, nos empenhemos lealmente no
serviço a eles. Vossa Igreja seja testemunha
viva da verdade e da liberdade, da justiça e da
paz, para que toda a humanidade se abra à
esperança de um mundo novo.
AS. - Ajudai-nos a criar um mundo novo!
Pr. - Lembrai-vos dos nossos irmãos e
irmãs (...), que adormeceram na paz do vosso
Cristo, e de todos os falecidos, cuja fé só vós
conhecestes: acolhei-os na luz da vossa face e
concedei-lhes, no dia da ressurreição, a
plenitude da vida.
AS. - Concedei-lhes, ó Senhor, a luz
eterna!
Pr. - Concedei-nos, ainda, no fim da nossa
peregrinação terrestre, chegarmos todos à
morada eterna, onde viveremos para sempre
convosco. E em comunhão com a bemaventurada virgem Maria, com os apóstolos e
mártires (santo do dia ou padroeiro) e todos os
santos, vos louvaremos e glorificaremos, por
Jesus Cristo, vosso filho.
Pr. - Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a
Orações Eucarísticas
todos os anjos e santos, nos vos louvamos e
bendizemos, e proclamamos o hino de vossa
glória, cantando (dizendo) a uma só voz:
AS. - Santo, santo, santo...
Pr. - Na verdade, vós sois santo e digno de
louvor, ó Deus, que amais os seres humanos e
sempre os assistir no caminho da vida. Na
verdade, é bendito o vosso filho, presente no
meio de nós, quando nos reunimos por seu
amor. Como outrora aos discípulos, ele nos
revela as Escrituras e parte o pão para nós.
AS. - O vosso filho permaneça entre nós!
Pr. - Nós vos suplicamos, Pai de bondade,
que envieis o vosso Espírito Santo para
santificar estes dons do pão e do vinho, a fim de
que se tornem para nós o Corpo † e o Sangue
de nosso Senhor Jesus Cristo.
AS. - Mandai o vosso Espírito Santo!
Pr. - Na véspera de sua paixão, durante a
última ceia, ele tomou o pão, deu graças, e o
partiu e deu a seus discípulos, dizendo:
TOMAI, TODOS, E COMEI: ISTO É O MEU
CORPO, QUE SERÁ ENTREGUE POR VÓS.
Pr. - Do mesmo modo, ao fim da ceia, ele,
tomando o cálice em suas mãos, deu graças
novamente e o entregou a seus discípulos,
dizendo:
TOMAI, TODOS, E BEBEI: ESTE É O CÁLICE
DO MEU SANGUE, O SANGUE DA NOVA E
ETERNA ALIANÇA, QUE SERÁ DERRAMADO
POR VÓS E POR TODOS, PRA REMISSÃO DOS
PECADOS. FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM.
Pr. - Eis o mistério da fé!
AS. - Anunciamos, Senhor, a vossa morte e
proclamamos a vossa ressurreição. Vinde,
Senhor Jesus!
Ou:
AS. - Todas as vezes que comemos deste
pão e bebemos deste cálice, anunciamos,
Senhor, a vossa morte, enquanto esperamos a
vossa vinda!
Ou:
AS. - Salvador do mundo, salvai-nos, vós
que nos libertastes pela cruz e ressurreição.
Pr. - Celebrando, pois, ó Pai santo, a
memória de Cristo, vosso filho, nosso salvador,
119
Orações Eucarísticas
120
vós, Deus Pai todo poderoso, na unidade do
Espírito Santo, toda a honra e toda a glória,
agora e para sempre.
AS. - Amém!
Pr. - Obedientes à palavra do Salvador e
formados por seu divino ensinamento,
ousamos dizer:
AS - Pai nosso que estais nos céus....
Pr. - Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e
dai-nos hoje a vossa paz. Ajudados pela vossa
misericórdia, sejamos sempre livres do pecado
e protegidos de todos os perigos, enquanto,
vivendo a esperança, aguardamos a vinda do
Cristo salvador.
AS. - Vosso é o reino, o poder e a glória
para sempre!
Pr. - Senhor Jesus Cristo, dissestes aos
vossos apóstolos: eu vos deixo a paz, eu vos
dou a minha paz. Não olheis os nossos
pecados, mas a fé que anima vossa Igreja; dailhe, segundo o vosso desejo, a paz e a unidade.
Vós, que sois Deus, com o Pai e o Espírito
Santo.
AS. - Amém.
Pr. - A paz do Senhor esteja sempre
convosco.
AS. - O amor de Cristo nos uniu.
Pr. - Irmãos e irmãs, saudai-vos em
Cristo Jesus.
AS. - Cordeiro de Deus, que tirais o
pecado do mundo, tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do
mundo, tende piedade de nós. Cordeiro de
Deus, que tirais o pecado do mundo, dai-nos a
paz.
Pr. - Felizes os convidados para a ceia do
Senhor. Eis o Cordeiro de Deus. que tira o
pecado do mundo.
AS. - Senhor, eu não sou digno (a) de que
entreis em minha morada, mas dizei uma
palavra e serei salvo (a).
4.2 - ORAÇÃO APÓS A COMUNHÃO
(própria do dia)
5.1 - BÊNÇÃO FINAL
Pr. - O Senhor esteja convosco.
AS. - Ele está no meio de nós.
Pr. - Abençoe-vos Deus todo-poderoso,
Pai e Filho + e Espírito Santo.
AS. - Amém.
Pr. - Ide em paz, e o Senhor vos
acompanhe.
AS. - Demos graças a Deus.
ABC da Liturgia
LITURGIA DAS LAMENTAÇÕES DOS PECADOS
C
ada domingo, três milhões de católicos reúnem-se, na Alemanha, país com quase 100
milhões de católicos) para a celebração da Eucaristia. Alguns, além disso, vão
diariamente às igrejas para participar da missa. Todos eles, evidentemente, seguem, no
seu modo de rezar, o que prescreve o Missal.
Partindo da premissa que a lei da oração corresponde à lei da fé (“lex orandi, lex credendi”),
podemos nos perguntar se a oração da Liturgia realmente exprime e traduz o que os fiéis creem e
sentem no seu íntimo. Podemos perguntar se a linguagem universal da Liturgia realmente é
verdadeira e autêntica, e se aquilo que nela é acentuado vem da mensagem bíblica. (...)
Se é verdade que, na Igreja, deve valer o axioma “salus animarum suprema lex” (o bem das
almas deve ser a lei suprema), deveríamos, no que se refere à grande riqueza acumulada durante
séculos na tradição litúrgica da Igreja, adotar o que está escrito em 1Ts 5,21: “Examinai tudo e
guardai o que é bom”. Será que textos litúrgicos que outrora expressavam perfeitamente o que o
povo sentia, resistiriam a um exame e a questionamentos a partir da mentalidade totalmente
mudada do nosso povo católico de hoje?
O que o povo procura na celebração litúrgica
Não podemos fechar os olhos diante do fato de que, nas orações litúrgicas, aparece uma
ideia e imagem de Deus e do homem que não correspondem à ideia que nosso povo de hoje tem
de si mesmo e, o que é pior, não corresponde à imagem de Deus que nos anuncia o Novo
Testamento.
Durante toda a celebração eucarística, aparecem orações que fazem os fiéis se sentirem
grandes pecadores, doentes e fracos. Deus é sempre invocado como aquele que deve ter
compaixão. O desenrolar da liturgia, do começo ao fim, está marcado pela relação do pecador
para com seu Deus perdoador. Mas será que, domingo após domingo, milhões de pessoas se
reúnem pelo motivo de se sentirem grandes pecadores e querendo ser tratadas como tais? Será
que Deus é rancoroso e implacável? (...)
Aparece um grande leque de motivações – apontam as pesquisas – que fazem as pessoas
participarem da Liturgia. Mas e o perdão dos pecados? O atual peregrino da pós-modernidade
está mais propenso a desejar felicidade do que a religião teria para lhe proporcionar, em vez de
perdão dos pecados, para o qual não conhece critérios e que não está motivando sua
aproximação ao mistério de Deus.
121
ABC da Liturgia
Este fiel chega à igreja desejoso de participar de uma celebração festiva, mas, logo após a
acolhida, é convidado a tomar consciência de ser pecador, a confessar os pecados, a pedir e
receber perdão. As várias fórmulas do ritual expressam sua situação calamitosa: “Confesso...
que pequei... por minha culpa, minha grandíssima culpa”. Segue o “Senhor, tende piedade”,
mais uma vez um pedido de misericórdia. O que o “Glória”, a oração de louvor, diz sobre Cristo,
mais uma vez se centraliza sobre o “Cordeiro que tira os pecados”, que ele tenha piedade.
Várias orações do dia (oficialmente chamadas "coletas), partindo da indignidade do fiel, pedem
que nossos pecados não inibam a salvação, que o pecador volte arrependido e receba a graça
da inocência. Assim também muitas orações finais, nas quais se pede que o sacramento
recebido nos liberte da culpa e nos guarde do pecado.
A veneração ao Evangelho - após sua proclamação, o presbítero ou o diácono beija a página
do evangeliário - está acompanhada pelo pedido que as palavras do santo Evangelho apaguem
os nossos pecados. Será esta a resposta espiritual à mensagem de uma Boa Nova? Na recitação
do Creio, o batismo é apresentado apenas para a remissão dos pecados.
Depois da preparação das oferendas, o sacerdote lava as mãos e pede que seus pecados
sejam perdoados. Um ritual de lavar as mãos não seria mais lógico antes da preparação das
oferendas ou mesmo antes do início da Liturgia?
Na celebração da Nova Aliança, o sangue de Cristo é derramado “para o perdão dos
pecados”. Esta expressão, no centro da Eucaristia, une a salvação conseguida através da morte
de Cristo com o perdão da culpa. Este é o agir de Deus, proclamado pela Igreja. Eis o mistério da
fé! O povo responde: “Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa
ressurreição”. O teor, neste momento da liturgia, é bem diferente de muitos outros textos da
celebração.
Também uma das petições do Pai-Nosso se refere ao perdão dos pecados. Mas, neste caso,
não figura em primeiro lugar. O perdão de Deus é medido pela nossa disposição de perdoar.
A oração pela paz pede que Jesus Cristo não olhe “nossos pecados”, mas sim a fé da Igreja.
Sugere que Cristo, olhando para nós, fixa seu olhar antes de tudo nos nossos pecados, apesar
da fé da Igreja. Todos os participantes da celebração sabem que pecado é causa de falta de paz.
Mas aqui se trata da confiança no poder de Cristo de trazer a paz.
Deus é mesmo implacável?
A oração do “Cordeiro de Deus”, antes da Comunhão, continua reforçando a ideia da
situação pecaminosa depois da oração pela paz. O Cordeiro, assumindo nosso lugar, tira os
pecados. A repetição tripla do pedido de perdão ao Cordeiro de Deus constata mais uma vez
fortemente a situação miserável do pecador, apesar de o sacerdote já ter oferecido à
comunidade a paz de Cristo.
122
ABC da Liturgia
O rito da comunhão está envolvido na experiência de que “sou pecador”. Jesus é visto
como o Cordeiro que tira o pecado. E eu, na hora de receber o dom eucarístico, devo-me sentir
como indigno e pedir salvação para minha alma doente: “Senhor, eu não sou digno...”. Será
que seria errado pedir, na hora de comungar: “Senhor, eu já sou digno de que entreis na minha
morada, porque creio que sou vosso irmão, vossa irmã, a filha, o filho do vosso Pai – apesar de
tudo?”
Estas reflexões sobre a oração da Igreja na celebração da Eucaristia partem do pressuposto
de que o fiel quer vivenciar as palavras que está rezando e que estas palavras expressem
realmente o que ele está sentindo.
Ninguém nega que seja significativo e necessário pedir perdão. Como filhos de Deus
redimidos, continuamos pecando, mas sem perder nossa condição de filhos de Deus. Somos
realmente filhos de Deus e não apenas chamados assim.
A celebração eucarística poderia reforçar a profunda alegria cristã e o louvor – inclusive a
alegria de caminharmos na promessa da Vida Eterna. Não estamos anunciando a ressurreição e
a vinda do Senhor na sua glória? Se realmente continuamos, mesmo sendo cristãos batizados,
pecadores, seria uma questão a ser estudada novamente. Foi a questão levantada por Martinho
Lutero. A Liturgia, nos anos passados, encontrou uma resposta que não pode ser ignorada.
Se, no decorrer de uma celebração, pedimos perdão e nos é anunciada a misericórdia de
Deus, só pode ser considerada desconfiança ou mesmo grave falta de fé o fato de, mesmo
depois de várias proclamações de perdão, continuarmos sempre de novo pedindo piedade e
perdão. Como explicar isso a um nosso contemporâneo? Deus deve ser entendido como o
Deus implacável sem dó e piedade cuja palavra de perdão diante do pecador indigno
permanece sem efeito. Pobre Pai! Isto não corresponde à imagem de Deus e do homem
revelado por Jesus Cristo.
Precisamos de uma nova Liturgia
Esta consciência de sermos pecadores, permanentemente reforçada na celebração mais
central da Igreja, celebração que deve estar a serviço da fé, da esperança e da caridade dos fiéis,
faz suspeitar que esteja se tratando de uma grande tentativa de inculcar e reforçar uma
consciência pesada, se levarmos as palavras a sério.
Não dá para fugir do pensamento que aqui se trata também da relação entre sacerdote e
leigo. Também isto deveria ser refletido de novo, uma vez que todo mundo quer elaborar um
novo entendimento sobre autoridade e paternidade – inclusive sobre a identidade do presbítero
(cujo ministério não se reduz à dimensão sacerdotal).
Relembrar páginas da história da Liturgia não ajuda muito, uma vez que a Liturgia deve
servir à vida dos participantes da Liturgia dentro do horizonte de sua vida de cada dia e da sua
123
ABC da Liturgia
linguagem. Não deve facilitar a permanência de monumentos linguísticos (que a toda hora
estejam precisando de explicação) ou de símbolos bíblicos não mais apropriados. Uma
renovação da oração na celebração eucarística é urgente e necessária.
Cinquenta anos atrás, o Concílio Vaticano II, na Constituição sobre a Sagrada Liturgia,
queria facilitar a oração litúrgica e a experiência de Deus dentro do horizonte da vida do cristão
neste mundo de hoje. Por isso, se lê, na Sacrosanctum Concilium, que a Liturgia é o “cume”
para o qual se dirige o agir da Igreja e, ao mesmo tempo, a “fonte” da qual emana toda sua força.
Os cristãos, na sua busca de Deus, do Deus muitas vezes “desconhecido” (cf. discurso de
Paulo em Atenas segundo o livro dos Atos dos Apóstolos), deveriam se encontrar e se
identificar na oração da Liturgia. Deveriam se sentir encorajados e fortificados na sua esperança
da plenitude na Ressurreição, como a anuncia cada Celebração Eucarística.
Franz Johannes Brügger, em: Christ in der Gegenwart. 7/2013.
Tradução: Pe. Cristiano Muffler, “Fidei Donum” em Manaus, AM.
Bibliografia
Agenda Latino-americana 2015. Direitos humanos.
CENTRO EVANGELIZZAZIONE E CATECHESI "DON BOSCO". I quattro vangeli commentati: strumenti
di lavoro per i gruppi biblici e per la preparazione della liturgia. Torino: Elledici, 2002.
Comissão Nacional de liturgia, Oração universal ferial. Anos pares, Gráfica de Coimbra Ltda., Coimbra,
2009.
CNBB, Diretório da Liturgia e da organização da Igreja no Brasil. 2015 – Ano B – São Mateus, Edições
CNBB,
Brasília, 2014.
S. FAUSTI, I quattro Vangeli. Traduzione di Silvano Fausti, EDB, Bologna, 2010.
S. FAUSTI, Ricorda e racconta il Vangelo. La catechesi narrativa di Marco, EDB - Bologna, Ancora Milano, 1994.
S. FAUSTI, Una comunità legge il Vangelo di Luca, EDB, Bologna, 1994.
S. FAUSTI, Una comunità legge il Vangelo di Matteo I, EDB, Bologna, 1998.
S. FAUSTI, Una comunità legge il Vangelo di Matteo II, EDB, Bologna, 1999.
S. FAUSTI, Una comunità legge il Vangelo di Giovanni I, EDB - Ancora, Bologna – Milano, 2002.
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A. GRABNER – HAIDER, Prontuario della Bibbia, EDB, Bologna, 2000.
N. LEMAITRE, M.-T. QUINSON, V. SOT, Dicionário cultural do cristianismo, Loyola, São Paulo, 1999.
E. PEPE, Mártires e santos do calendário romano, Ave-Maria, São Paulo, 2008.
G. RAVASI, Questioni di fede. 150 risposte ai perché di chi crede e di chi non crede, Mondadori,
Milano, 2010.
G. RAVASI, La Bibbia in un frammento, Mondadori, Milano, 2013.
A. RICHOMME, Un amico per ogni giorno. I santi del calendário, Queriniana, Brescia, 1986.
V. SCHAUBER – H. M. SCHINDLER, Heilige und Namenspatrone im Jahreslauf, Pattloch Verlag,
München, 2001.
M. SGARBOSSA – L. GIOVANNINI, Il santo del giorno, Edizioni Paoline, Roma, 1981.
124
Reuniões de Núcleo Ambiental
O (a) animador (a) do Núcleo Ambiental de Evangelização deve preparar a reunião. O roteiro abaixo foi
pensado para uma reunião semanal. O ideal seria que os funcionários e a empresa combinassem uma dia na
semana em que a reunião seria feita. Em alguns lugares, os funcionários chegam meia hora mais cedo e a
firma abre meia hora mais tarde do que o horário costumeiro. Onde a reunião é mais curta e diária, pode-se,
dentro de um planejamento, aproveitar – cada vez – elementos do roteiro previsto para uma reunião semanal
maior. Neste caso, é muito difícil não perder a sequência e não prejudicar o aproveitamento.
1. Acolhida – Preparar com antecedência o local da reunião. Receber as pessoas com
alegria e simplicidade. Deixar todo mundo à vontade. Incentivar com jeito a participação de todos,
sobretudo dos novos participantes e visitantes.
2. Oração inicial – Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei
neles o fogo do vosso amor. Enviai, ó Pai, o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da
terra. OREMOS. Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo,
fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre de
sua consolação. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém.
3. Jornal da semana – O (a) animador (a) convida a todos a contarem os fatos da última
semana que consideram mais importantes. Podem ser fatos da vida pessoal, da família, da
comunidade e outros, mas, sobretudo, do próprio ambiente de trabalho. O Núcleo Ambiental tem o
objeto de colocar espírito e critérios evangélicos na realidade do trabalho. O importante é não
desligar a reunião do Núcleo da vida concreta de todos os dias.
4.
4.1.
4.2.
4.3.
4.4.
4.5.
4.6.
4.7.
“O que caiu em terra boa são os que, ouvindo de coração bom e generoso...”
Alguém do grupo lê o Evangelho do domingo anterior à reunião
Todos ficam em silêncio
Todos respiram lentamente
Cada um se convence de que encontrará o Senhor
Cada um (em silêncio) pede perdão pelas ofensas feitas
Cada um (em silêncio) perdoa de coração as ofensas recebidas
Cada um se coloca na presença de Deus
SEMANA DE 7 A 13 DE JUNHO DE 2015
Mc 3,20-35
5. “Conservam a palavra...” - Mc 3,20-35
- Os parentes de Jesus, de uma maneira ou de outra, mais cedo ou mais tarde, se
envolveriam ou se veriam envolvidos com a 'carreira' do parente 'famoso'.
125
Reuniões de Núcleo Ambiental
-
São 'de fora' ou são 'de dentro'?
São família de Jesus ou não são?
Como se definem em relação a Jesus?
Como Jesus se define em relação a eles?
6.
-
E dão fruto na perseverança
Quem são os 'familiares' de Jesus hoje?
Quem está 'fora', quem está 'dentro'?
Jesus é 'propriedade' de alguém ou de algum grupo?
E o nosso grupo aqui reunido... está entre os de 'fora' ou entre os de 'dentro'? Por que?
7. Intimidade e missão
- Cada um pede a Deus o que para ele (a) é mais importante. (Em silêncio ou em voz alta,
para que todos participem).
- Cada um pede o presente que esta passagem do evangelho lhe quer dar. Hoje, esse
presente é a palavra que Jesus pronuncia para chamar-nos à reflexão: “Quem são minha mãe e
meus irmãos?”
O grupo apresente espontaneamente suas preces. Senão, recorra a esta ajuda:
- A Igreja pode pensar que seja proprietária de Jesus. Para que ela se coloque sempre de
novo atrás dele, debaixo de seus pés, a seu serviço, rezemos ao Senhor.
- É muito grande o risco de pensarmos que, por estarmos ligados à Igreja, sejamos
automaticamente de 'dentro'. Para que nos lembremos sempre da palavra de Jesus: “Aqueles que
fazem a vontade do Pai, estes são minha mãe e meus irmãos”, rezemos ao Senhor.
- Muitas vezes, mais atrapalhamos que ajudamos as pessoas a se encontrarem com
Jesus. Para que tomemos consciência de que o testemunho é de longe a melhor forma de
evangelização, rezemos ao Senhor.
SEMANA DE 14 A 21 DE JUNHO DE 2015
Mc 4,26-34
5. “Conservam a palavra...” - Mc 4,26-34
- Jesus gosta de fazer comparações. Ao invés de ideias abstratas, usa parábolas. Fala do
reino de Deus a partir da vida. Fala do reino de Deus dentro da vida. O que as imagens falam toca o
mais profundo das pessoas. Entra no coração.
- No Evangelho de hoje, compara o reino de Deus com a semente. Se vocês prestaram
bem a atenção, conta duas pequenas parábolas (vv. 26-29; 31-32).
- Cada una dessas parábolas tem uma mensagem diferente. A parábola usa uma
linguagem simbólica, mas é coisa bem distinta e clara também.
- Qual a mensagem da primeira? (Vamos conversar um pouco para captá-la bem).
- E qual a mensagem da segunda? (Vamos conversar mais um pouco).
- Será porque que Jesus precisava explicar o sentido das parábolas em particular aos
discípulos? As parábolas eram muito difíceis? Os discípulos eram muito broncos? Ou Jesus está
pensando longe?
126
“E dão fruto na perseverança”.
Posso fazer alguma coisa para o reino de Deus vir ou devo simplesmente acolhê-lo na
O que estou fazendo para acolher o reino de Deus?
O que devo fazer para crer na força própria do reino de Deus?
Será que há alguma contradição entre acolher e agir?
7. Intimidade e missão
- Cada um pede a Deus o que para ele (a) é mais importante. (Em silêncio ou em voz alta,
para que todos participem).
- Cada um pede o presente que esta passagem do evangelho lhe quer dar. Hoje, esse
presente é a confiança na força própria do reino de Deus. (Em silêncio, mas, de preferência, em
voz alta, pois é importante que todos participem).
Reuniões de Núcleo Ambiental
6.
vida?
-
O grupo apresente espontaneamente suas preces. Senão, recorra a esta ajuda:
Para que sempre acreditemos na força própria do reino de Deus, rezemos ao Senhor.
- Para que não nos enganemos colocando nossa confiança só nas coisas grandes e
poderosas, rezemos ao Senhor.
- Para que, em nossos trabalhos de evangelização, não fiquemos só no testemunho e no
anúncio, mas também no aprofundamento da mensagem com os irmãos e as irmãs, rezemos ao
Senhor.
SEMANA DE 21 A 27 DE JUNHO DE 2015
Mc 4,35-41
5. “Conservam a palavra...”
- Vale a pena reconstruir a cena em nossa imaginação. O próprio grupo vai reconstruí-la.
Cada um vai colocar um 'tijolinho' nessa reconstrução. Ninguém tenha tanta vontade de falar que
conte tudo sozinho. Cada um conta um pedacinho. Em ordem. Devagarzinho.
- Depois da reconstrução, podemos explorar a imagem da 'travessia', ou seja, o atravessar
de um lado para outro.
- Pense que há o lado de cá e o lado de lá. Os dois são diferentes.
- Pense nas pessoas que estão aqui. E nas pessoas que estão no outro lado.
- Preste atenção nas coisas que temos aqui. Nas coisas que existem do outro lado.
- Lembre-se da sua posição aqui. Na sua posição lá.
- Já lhe aconteceu experimentar alguma travessia em sua vida?
- De que travessia você está falando? A pé, de barco, balsa, ferry-boat, ponte, navio,
avião...?
- Mas, na vida, há outras travessias. Fale de algumas. (Algumas pessoas falam
sinteticamente).
- Será que a vida não é uma travessia?
- Foi para Jesus também?
127
Reuniões de Núcleo Ambiental
6. “E dão fruto na perseverança”.
- O que se passa em mim quando ouço Jesus me dizer: “Vamos para o outro lado?” (v.
35)
- O que estou fazendo para ser como os discípulos que deixam a multidão e partem com
Jesus? (v. 36)
- O que fazer quando, na travessia, parece que a tempestade vai acabar com tudo?
- Afinal, Jesus dorme ou está conosco? (Na primeira parábola da semana passada, o
semeador dormia ou ficava remexendo a semente?) (A semente crescia no seio da terra ou não?)
7. Intimidade e missão
- Cada um pede a Deus o que para ele (a) é mais importante. (Em silêncio ou em voz alta,
para que todos participem).
- Cada um pede o presente que esta passagem do evangelho lhe quer dar. Hoje, esse
presente é o que Filipe, André e Jesus fizeram nessa narração. (Em silêncio, mas, de preferência,
em voz alta, pois é importante que todos participem).
O grupo apresente espontaneamente suas preces. Senão, recorra a esta ajuda:
- Para que a gente aprenda que a vida é travessia, rezemos ao Senhor.
Para que sejamos como os discípulos, que, no momento certo, são capazes de deixar a
multidão e ir com Jesus no barco, rezemos ao Senhor.
- Para que, nas tempestades, tenhamos sempre a certeza de que Jesus está conosco,
rezemos ao Senhor.
SEMANA DE 28 DE JUNHO A 4 DE JULHO DE 2015
Mt 16,13-19
5. “Conservam a palavra...”
- Jesus, quando pergunta aos discípulos a opinião do povo e, em seguida, dos próprios
discípulos, a Seu respeito, está preocupado com que? Qual a Sua intenção?
- Jesus pergunta, primeiro, a opinião dos discípulos. Depois, quer saber dos discípulos a
opinião dos outros. Com isso, Jesus quer sugerir que a resposta dos discípulos não pode ser a
dos outros nem como a dos outros. A resposta dos discípulos é absolutamente pessoal! Você já
pensou alguma vez que o cristianismo não é nem Jesus nem nós, mas uma coisa só, essencial: a
minha relação com Jesus, o meu amor ao meu Senhor em resposta ao seu amor por mim (cf. Gl
2,20). Então, qual é a minha (a sua, a nossa) relação com Jesus?
6. “E dão fruto na perseverança”
- O que pensamos da resposta dos “uns”, dos “outros” e “dos outros ainda” a respeito de
Jesus (cf. Mt 16,14)?
- Qual a nossa opinião pessoal a respeito de Jesus? Na sua opinião, quem é, de verdade,
Jesus de Nazaré?
- Como interpretamos a resposta de Pedro?
128
O grupo apresenta espontaneamente suas preces. Senão, recorra a esta ajuda:
- Que o Pai nos dê a mesma graça que deu a Pedro e aos discípulos: reconhecer Jesus
como o Messias e o Filho de Deus, nosso Salvador definitivo e imagem única do Pai, rezemos ao
Senhor.
- Que o Pai nos dê a graça de reconhecer a missão também única que Jesus lhe conferiu:
o de “pedra” sobre a qual se edifica a comunidade dos discípulos e discípulas de Jesus, rezemos
ao Senhor.
- Que o Pai nos dê a graça de nem aumentar nem diminuir o primado dos sucessores de
Pedro: serviço à unidade da Igreja na fé e no amor, rezemos ao Senhor.
Reuniões de Núcleo Ambiental
7. Intimidade e missão
- Cada um (a) pede a Deus o que é mais importante. (Em silêncio ou em voz alta, para que
todos participem).
- Cada um pede o presente que esta passagem do Evangelho lhe quer dar. Hoje, este
presente é “a graça de considerar Jesus de Nazaré como o Messias, o Filho do Deus vivo”.(Em
silêncio, mas, de preferência, em voz alta, pois é importante que todos participem).
PARA O FINAL DE CADA REUNIÃO
-
Pai nosso...
Ave Maria...
Glória ao Pai...
Santo Anjo do Senhor...
O descanso eterno / (ou: A alegria eterna) dai-lhes, Senhor, ...
Louvado seja nosso Senhor, Jesus Cristo!
Para sempre seja louvado!
Paramentos e
Objetos Litúrgicos
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129
Cantos para Liturgia
01) O SENHOR É MINHA LUZ
(Canto inicial - 10º Dom. Comum)
Ref.: O Senhor é minha luz, Ele é minha
salvação, que poderei temer? Deus, minha
proteção!
1. O Senhor é minha luz, Ele é minha
salvação. O que é que eu vou temer? Deus é
minha proteção. Ele guarda minha vida: eu não
vou ter medo, não. (bis)
2. Quando os maus vêm avançando,
procurando me acuar, desejando ver meu fim,
querendo me matar, inimigos opressores é que
vão se liquidar. (bis)
3. Se um exército se armar contra mim, não
temerei. Meu coração está firme, e firme ficarei.
Se estourar uma batalha, mesmo assim confiarei.
(bis)
4. Sei que eu hei de ver, um dia, a bondade
do Senhor: lá na terra dos viventes, viverei no seu
amor. Espera em Deus! Cria coragem! Espera em
Deus que é teu Senhor. (bis)
02) Ó SENHOR, OUVE O MEU GRITO
(Canto inicial - 11º Dom. Comum)
Ref.: Ó Senhor, ouve o meu grito, tu és
minha proteção; Senhor, não me abandones, Deus, minha proteção!
1. O Senhor é minha luz, Ele é minha
salvação. O que é que eu vou temer? Deus é
minha proteção. Ele guarda minha vida: eu não
vou ter medo, não. (bis)
2. Quando os maus vêm avançando,
procurando me acuar, desejando ver meu fim,
querendo me matar, inimigos opressores é que
vão se liquidar. (bis)
3. Se um exército se armar contra mim, não
temerei. Meu coração está firme, e firme ficarei.
Se estourar uma batalha, mesmo assim confiarei.
(bis)
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4. Sei que eu hei de ver, um dia, a bondade
do Senhor: lá na terra dos viventes, viverei no seu
amor. Espera em Deus! Cria coragem! Espera em
Deus que é teu Senhor. (bis)
03) DO SEU POVO ELE É A FORÇA
(Canto inicial - 12º Dom. Comum)
Ref.: Do seu povo Ele é a força, salvação
do seu ungido; salva, Senhor, teu povo,
socorre os teus queridos!
1. O Senhor é minha luz, Ele é minha
salvação. O que é que eu vou temer? Deus é
minha proteção. Ele guarda minha vida: eu não
vou ter medo, não. (bis)
2. Quando os maus vêm avançando,
procurando me acuar, desejando ver meu fim,
querendo me matar, inimigos opressores é que
vão se liquidar. (bis)
3. Se um exército se armar contra mim, não
temerei. Meu coração está firme, e firme ficarei.
Se estourar uma batalha, mesmo assim confiarei.
(bis)
4. Sei que eu hei de ver, um dia, a bondade
do Senhor: lá na terra dos viventes, viverei no seu
amor. Espera em Deus! Cria coragem! Espera em
Deus que é teu Senhor. (bis)
04) COM PEDRO E COM PAULO
(Canto inicial - São Pedro e São Paulo)
Ref.: Toda a Igreja, unida, celebra a
memória pascal do Cordeiro, irmanada com
Pedro e com Paulo, que seguiram a Cristo
por primeiro!
1. Publicai em toda terra os prodígios do
Senhor, reuniu seu povo amado para o canto do
louvor.
2. Bendizei, louvai por Pedro, pela fé que
professou: essa fé é a rocha firme da Igreja do
Senhor.
05) BENDITO E LOUVADO SEJA
(Oferendas - Tempo Comum e São Pedro e São
Paulo)
1. Bendito e louvado seja o Pai, nosso
Criador, o Pão que nós recebemos é prova do seu
amor. O pão que nós recebemos, que é prova do
seu amor, é fruto de sua terra e do povo
trabalhador. O fruto de sua terra e do povo
trabalhador, na Missa é transformado no Corpo
do Salvador.
Ref.: Bendito seja Deus, bendito o seu
amor, bendito seja Deus, Pai onipotente,
nosso criador! (bis)
2. Bendito e louvado seja o Pai, nosso
Criador, o vinho que recebemos é prova do seu
amor. O vinho que recebemos, que é prova do seu
amor, é fruto de sua terra e do povo trabalhador. O
fruto de sua terra e do povo trabalhador, na Missa
é transformado no Sangue do Salvador.
06) A FORÇA DA EUCARISTIA
(Comunhão - 10º ao 12º Dom. Comum)
1. Quando te domina o cansaço, e já não
puderes dar um passo, quando o bem ao mal
ceder, e tua vida não quiser ver um novo
amanhecer: Levanta-te e come! (bis) Que o
caminho é longo, caminho longo!
Ref.: Eu sou teu Alimento, ó caminheiro!
Eu sou o Pão da Vida verdadeiro! Te faço
caminhar, vale e monte atravessar, pela
Eucaristia, Eucaristia!
2. Quando te perderes no deserto, e a morte
então sentires perto, sem mais forças pra subir,
sem coragem de assumir o que Deus de ti pedir:
Levanta-te...
3. Quando a dor, o medo, a incerteza,
tentam apagar tua chama acesa, e tirar do
coração a alegria e a paixão, de lutar, não ser em
vão: Levanta-te...
4. Quando não achares o caminho, triste e
abatido, vais sozinho, o olhar sem brilho e luz,
sob o peso de tua cruz, que a lugar nenhum
conduz: Levanta-te...
5. Quando a voz do anjo então ouvires, e o
coração de Deus sentires, te acordando para o
amor, renovando o teu vigor - água e pão, o bem
maior: Levanta-te...
Cantos para Liturgia
3. Bendizei, louvai por Paulo, pelo empenho na missão: o seu zelo do Evangelho leva ao
mundo a salvação.
4. Alegrai-vos neste dia que o martírio
iluminou: o triunfo destes santos nos confirme no
amor.
07) EU VIVO NA FÉ DO FILHO DE DEUS
(Comunhão - São Pedro e São Paulo)
Ref.: Eu vivo na fé do filho de Deus, Ele
me amou e por mim se entregou! (bis)
1. Eu agradeço a quem me chamou; eu, que
era blasfemo e da Igreja perseguidor.
2. Quem és, Senhor, que queres que eu
faça? Sou Jesus, a quem buscas, persegues com
tal rancor.
3. Eu não mereço o nome de apóstolo, mas
a graça de Deus triunfou gloriosa em mim.
4. Eu me glorio em minhas fraquezas, para
que sua graça e poder resplandeçam em mim.
5. O meu passado eu deixo pra trás e me
lanço à frente, para o alvo, o Senhor Jesus.
08) TEMPO DE SER IGREJA
(Canto final - Tempo Comum e São Pedro e São
Paulo)
Ref.: Agora é tempo de ser Igreja,
caminhar juntos, participar! (bis)
1. Somos povo escolhido e na fronte
assinalado com o nome do Senhor, que caminha
ao nosso lado.
2. Somos povo em missão, já é tempo de
partir; é o Senhor que nos envia, em seu nome a
servir.
3. Somos povo esperança, vamos juntos
planejar: ser Igreja a serviço e a fé testemunhar.
Maestro Adenor Leonardo Terra
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