Ao próximo utilizador deste computador
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Ao próximo utilizador deste computador
Ao próximo utilizador deste computador Por favor leia antes de ligar o computador, ou antes de perder a cabeça. Olá, Este computador veio com o Windows instalado, tal como a maioria dos computadores que hoje se compram, mas por força de implementação do projecto “GNU à janela” que pode consultar (deve) e que consta do projecto curricular de turma, instalei-lhe o sistema que utilizo – o Debian GNU/Linux (sarge). O Windows continua instalado como segunda opção e poderá mesmo utiliza-lo como escolha por defeito se assim o entender (continue a ler) Não fazendo ideia do nível de conhecimentos nesta área por parte do próximo utilizador do computador, julguei importante deixar escritas as seguintes linhas que poderão ser esclarecedoras e evitar algumas dores de cabeça. O GNU/Linux é um sistema operativo (tal como o Windows) que está disponível na internet de forma gratuita para quem quiser utilizar e permite operar o computador – faze-lo realizar as tarefas que pretendemos. No arranque do computador a bios (aquelas letras que passam no ecran preto que costumam aparecer assim que ligamos qualquer computador) chama o “boot loader” (que neste caso se chama grub) e este dá-nos um menu onde podemos escolher que sistema operativo queremos arrancar. Tem 5 segundos para escolher qual o sistema operativo que quer arrancar, se o não fizer o sistema operativo Debian GNU/Linux que será automaticamente escolhido. Deixando o processo continuar até ao fim chegará ao ecran de login do Debian GNU/Linux onde poderá entrar no sistema. Entre com o username prof1 e a password blablabla (Repare que são tudo minúsculas). Após a entrada no sistema é-lhe apresentado um ecrã com uma área de trabalho que tem muitas semelhanças com aquela a que os utilizadores de Windows estão habituados. A partir daqui penso que os procedimentos são em tudo semelhantes a qualquer outro sistema operativo no que toca à utilização simples do sistema. Quanto à configuração e à manutenção já existem algumas diferenças. De seguida passaremos os olhos por algumas. Contas: Cada utilizador tem uma conta (uma espécie de identidade) no sistema (por isso é que teve de se autenticar utilizando o username e password que lhe dei lá em cima) e não é permitido a qualquer utilizador mexer nas configurações do sistema, por isso deve utilizar sempre a sua conta de utilizador (garantindo que nada do que possa fazer vá estragar as configurações do sistema) e não permitir que mais ninguém a use. Todas as configurações que fizer serão apenas válidas para a sua conta e ficarão guardadas para quando entrar de novo (no dia seguinte, por exemplo). Por via da concretização do projecto GNU à Janela, forma criadas contas para todos os alunos, 2 professores (prof1 e prof2), para a auxiliar (auxiliar) e para a biblioteca (biblioteca). Consulte o programa, tem lá as passwords originais e mais informação importante. Mas e então se quiser configurar alguma coisa? Bom nesse caso existe uma conta especial em todos os sistemas do estilo do unix (como o GNU/Linux) que se chama root e que é o administrador do sistema. Evite a todo o custo entrar na conta do root. Qualquer acção que tenha será efectiva e nada o protegerá de estragar as configurações que estão feitas. Não deve, no entanto, ter medo de a utilizar para administrar o sistema. Lembre-se: o root pode fazer tudo no sistema, incluindo mudar as passwords dos outros utilizadores, ver os seus ficheiros, alteralos... enfim, um big brother! As passwords para todas as contas dos adultos na escola é blablabla. Ou seja: se, por exemplo, a auxiliar quiser entrar na sua conta será com o username auxiliar e com a password blablabla. O mesmo para os restantes adultos. Desta forma é fácil para mim passar-lhe a si o testemunho. Os alunos têm outras contas em que a password é outra e em que o username é algo relacionado com o nome de cada aluno. Já deve imaginar onde procurar o resto da informação. Certo? Repare que qualquer utilizador pode mudar a sua password, incluindo o root, pelo que estas passwords devem ser mudadas durante o decorrer do ano lectivo pelos respectivos utilizadores (“blablabla” é manifestamente uma péssima password) que sairão definitivamente do seu controle enquanto utilizador prof1 (não sairão do controle do root). seria boa prática, penso eu, que no final do ano deixasse um documento como este para o próximo professor (agora é no fim de 3 anos!...) e que mudasse de novo as passwords para “blablabla” ou outra palavra de fácil memorização. Se precisar mesmo de utilizar a conta do root (e precisará ocasionalmente para configuração do sistema – acrescentar contas para os novos utilizadores, mudar a password do root...) abra uma consola (escolher no menu mostrado na imagem acima a consola. Pode também escolher logo a que diz “root terminal”) e execute o seguinte comando: prof1@sala101[~]$ su Password: sala101:~# Repare que depois de introduzir a password do root (não se vê nada no ecrã, mas o computador está a tomar atenção às teclas que está a pressionar ;-) acredite. Proceda como se estivesse tudo a correr bem) o último caracter do prompt mudou de $ para um #, o que quer dizer que está a trabalhar como root. Tenha cuidado. A partir da conta de root pode fazer tudo no sistema, como por exemplo mudar a password de qualquer utilizador com a seguinte sequência de comandos: sala101:~# passwd auxiliar Enter new UNIX password: Retype new UNIX password: passwd: password updated successfully sala101:~# Assim que terminar de usar o programa (o comando) que precisava de correr como root deve sair da conta do root escrevendo: sala101:~#logout Para ter ajuda acerca de cada comando que quer executar, escreva man comando, experimente por exemplo: prof1@sala101[~]$ man passwd E já que vão entrar alguns alunos novos experimente: prof1@sala101[~]$ man adduser Em vez de lhe estar a gastar mais preciosas horas, permita-me que o remeta para a internet. Na internet encontra inúmeros sites sobre linux, inclusive em português, que o poderão ajudar a descobrir o mundo de comandos com que pode brincar. Além de inúmeras páginas web (google is your friend) pode ainda aceder a canais de irc (tente o #linuxhelp) e a newsgroups como o pt.comp.so.linux. Configurações As configurações que estão feitas neste computador foram as seguintes: O boot loader chama por defeito o linux porque as crianças ainda têm conta neste computador e estão habituadas a utiliza-lo. Se por ventura pretender que que o sistema a ser chamado seja por defeito o windows edite o ficheiro /boot/grub/menu.lst com o seguinte comando (tem que o fazer como root conforme explicado acima – ainda se lembra como entra na conta do root, não lembra? Por brincadeira didática experimente faze-lo sem estar como root :D ): sala101:~#nano /boot/grub/menulst repare que os sinais de separação de directorias são / e não \ como no dos ou no windows. altere a linha que diz: default 0 para: default 1 Grave as alterações com <ctrl><o> (quer dizer: pressionar a tecla Ctrl e a tecla o ao mesmo tempo) e saia do programa com <ctrl><x>. Não se esqueça: saia imediatamente da conta de root (experimente com <ctrl><d> ;-) ). O sistema está configurado de forma a que o root não possa entrar na sua conta em modo gráfico. Se quiser utilizar a conta do root faça-o a partir de uma consola conforme explicado acima. É mais seguro, assim não tentará ir ver páginas web como root ou fazer outras tolices do género. As contas dos adultos têm, como já vimos a password blablabla. Em sistemas exteriores ao nosso, como no servidor de mail da rcts ao qual nos ligamos para receber o mail, foram criadas também contas para os utilizadores prof1, prof2, auxiliar além da já existente conta info. Assim, o programa de mail de cada um destes utilizadores está configurado para receber o seu próprio mail e o do prof1 está também configurado para receber o mail de info – o “mail oficial” da escola e que deve ser recebido e tratado sempre pela mesma pessoa e no mesmo computador para não se virem a perder mensagens (a não ser que saiba exactamente o que está a fazer). Foi criada uma conta de instant messaging (ao estilo do msn) no sistema jabber – melhor e mais livre que o msn para as contas prof1 e prof2 no servidor jabber.3gnt.org. Os programas para aceder a isso já estão configurados em cada uma das contas (o programa é o gaim). Na sala 2 instalei também um programa para o mesmo no windows, o que fará com que o prof2 apareça online se ligar o computador. Assim pode perder o tempo a falar animadamente com uma pessoa que dista de si apenas alguns passos. ;-) As passwords para tudo isto são sempre blablabla... Adivinhe por quê. No canto inferior esquerdo tem dois menus, onde pode escolher as aplicações que quer utilizar () ou a acção que quer tomar, como sair da conta, por exemplo (), tem um ícone que lhe lançará uma consola, um para o programa de mail e de news e o browser (). No canto inferior direito aparece-lhe uma área de notificação dentro da qual podem aparecer vários icones com acontece com a barra do canto infrior direito do windows. Dentro desta barra aparece-lhe o ícone que indica que o programa de instant messaging está a correr e o estado em que está (), aparece-lhe também uma cartinha que indica que tem mail (dá um jeitaço!). Além desta área aparece-lhe uma espiral que é um programita que verifica se há software ao qual deva fazer o update (). Este programa liga-se à colecção de software que está disponível na net e verifica se não haverá versões novas ou programas novos. caso exista algo de novo ele informa-o e pede-lhe a password do root para que possa abrir o programa que depois lhe permitirá fazer o update ao software. O programa que lhe permite fazer updates, instalar e desistalar software é o synaptic (em modo gráfico). Quando abrir este programa aparecer-lhe-ão dois softwares que figurarão na lista de “locais ou obsoletos”. Estes são: shfsmodule e Sun-j2re. não são obsoletos. Apenas foram instalados localmente e não constam dos repositórios oficiais, o primeiro permite-lhe montar directorias remotas através de ssh e o segundo é o java da sun – precisa dele para ver a página da eb23, por exemplo. Não os deve desinstalar a não ser que saiba exactamente o que está a fazer. Os quatro quadraditos que aparecem a seguir () são 4 ecrãs virtuais. Pode trabalhar com vários... é como se tivesse vários ecrans ligados ao computador e pudesse por o browser num, o office no outro... experimente. Por fim tem um relógio () que serve para... não faço ideia de para que servirá um relógio! Este relógio tem uma característica especial: experimente abrir o evolution, marcar no calendário uma coisa qualquer a fazer para hoje e reparará que ela aparece marcada no relógio se carregar nele. Porreiro, não é?! ;-) Ligar Carregar no botão. Desligar Carregar no botão (Convém sair de todas as contas primeiro). mais alguma coisa nº1? Remember: google is your friend! Este documento não passa senão pela rama do que há a dizer, o resto do trabalho deverá ser feito investigando na net. Foi escrito de uma só vez (em passo de corrida) e é muito provável que nem seja o documento mais bem feito do mundo. No início poderá parecer desencorajador, mas verá que em pouco tempo perceberá mais do que o que se costuma ver por aí. E aí perceberá que valeu a pena (espero eu). Isto é tudo muito mau. Detesto linux. Não percebo nada disto. Os meus superiores querem isto como estava. Quero o meu windows de volta. Sou fan da microssoft. Quero a minha mãaaaeee!... Se quiser retirar definitivamente o linux do computador existe um programa para mexer nas partições do disco que é livre (e gratuito – diferença subtil) e que pode utilizar para retirar as partições de linux (hda1, hda2 e hda3) e depois expandir a do windows (hda4) para ocupar o disco todo. Chama-se gparted e pode inclusivamente descarregar uma iso de um live cd, arranca com o cd e faz as alterações que quiser. Lamento qualquer inconveniente. mais alguma coisa nº2? Tomei a liberdade de juntar o meu contacto de jabber à sua conta (e vice-versa). eventualmente. Poderá contactar-me por este meio... Esta carta é estritamente pessoal e não deverá ser tomada como um documento oficial ou ser “oficializada” sob qualquer forma, pelo que sugiro que a guarde em sua casa para referência futura (para se por acaso se vier a ver à rasca). Votos de bons três anos nesta escola. Felicidades para todos. Escola, data.