Jornal de Maio - Paróquia Nossa Senhora da Candelária

Transcrição

Jornal de Maio - Paróquia Nossa Senhora da Candelária
Candelária
em Palavras
Ano 8 / nº 89
Maio/ 2012
Pastoral da Comunicação
Pe. Wanderson Cintra Silva
Maria: uma vida Cristocêntrica
Tudo em Maria nos fala de Jesus. Tudo em Maria nos leva a Jesus. Pág. 3
Maria - modelo
para os cristãos
A verdadeira devoção a Maria se manifesta na
imitação de suas virtudes, praticando os
ensinamentos de Jesus. Reconhece que
Maria é importante, mas é a segunda no
plano da salvação.
Pág. 3
A grande dádiva
A alegria de quem crê vem da certeza de que
todas as nossas dificuldades são passageiras.
Pág. 4
O trabalho da igreja
católica junto aos
povos indígenas
“A política indigenista oficial não é favorável aos povos
indígenas. Lamentamos que embora os índios estejam
ancorados pela lei, ela não seja respeitada”.
Pág. 4
Livro do
Eclesiástico
O sacramento
do batismo
Podemos entender que a experiência
com Deus, que este livro nos aponta
tanto no âmbito pessoal como familiar e
comunitário, poder nenhum pode
eliminar, nem mesmo valores que são
considerados culturais.
Pág. 7
O batismo é a porta da Igreja e o começo
de uma comunhão duradoura com Deus,
lançando o alicerce da vida cristã e
configurando o cristão a Cristo. Pág. 7
Paróquia Nossa Senhora da Candelária - São Caetano do Sul - Tel.: (11) 4221 2853 - www.nscandelaria.org.br
Candelária em Palavras
Editorial
Queridos paroquianos,
O mês de maio nos convida a olharmos
especialmente para a personagem mais bela e
graciosa da história da humanidade: a Mulher.
Isto se dá pelo fato que, neste mês, dedicamos
um dia todo especial a elas. Figura marcante;
anjo que sempre nos acompanha com um
sorriso, com uma palavra amiga, incansável em
noites de oração. Elas são as queridas Mães. Creio
não ser apropriado o pensamento consumista
que se criou em torno deste dia, entretanto, é
maravilhoso termos um dia especial para
agradecermos a Deus por aquela que
cooperando com Sua obra criativa, possibilitounos o maior dos dons: a vida. Dom especial que
tem sido constantemente ameaçado. Neste ano,
um fato interessante acontece. O dia das mães
será 13 de maio. Que feliz coincidência! É o dia
em que, na Igreja e como Igreja, comemora-se a
festa dedicada à mãe de Jesus sob o título de
Nossa Senhora de Fátima, título tão querido e
amado pelo nosso povo brasileiro. Não
podemos, assim, deixar de perceber a unidade
Horários
da Paróquia
Funcionamento da Secretaria:
Segundas às sextas-feiras: das 7h30 às
11h45 e das 14h às 18h30
Sábados: das 8h às 18h
Domingos: das 8h às 12h e das 17h às
18h30
Confissão - Quintas-feiras, das 14h30 às
17h
Missas:
Segundas e Quartas-feiras: apenas às 7h
Terças, Quintas e Sextas-feiras: às 7h e às
19h
Quartas-feiras: missas nas casas do
território paroquial
Sábados: às 7h (1º sábado de cada mês)
e às 15h30
Domingos: às 8h, às 10h e às 18h30
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tão grandiosa e maravilhosa existente nestas
duas comemorações. Unidade que se torna
convite especial feito pelo próprio Deus a nós,
neste ano. Convite a percebermos a Virgem
Maria como exemplo de mãe; e o Cristo, como
modelo de Filho. Além da Virgem Maria,
incontestável protótipo de mulher a todas as
mulheres de todas as épocas, encontramos uma
outra personagem na história da humanidade,
também exemplarmente mulher, esposa, mãe e
religiosa: Santa Rita de Cássia, que
liturgicamente comemoramos no dia 22. É um
mês privilegiado. Queremos com ele olhar
carinhosamente para todas as mulheres de
nossa Paróquia e elevar uma prece a Deus
pedindo que dê a todas elas a verdadeira
dignidade de mulher, de esposa e especialmente
de mãe. Digo especialmente de mãe, pois
vivemos nestes últimos dias um atentado à
genuína maternidade, um atentado às famílias e
certamente um atentado à mulher. A promoção
do aborto das crianças anencéfalas, ao contrário
do que se diz, é uma destruição dos direitos, da
verdadeira liberdade, e uma ampliação dos
sofrimentos da mãe. Digo que se destroem os
direitos, pois não se dá ao ser que está nascendo
sequer a oportunidade de nascer. Assim, onde
estão os reais direitos humanos? Tratam-se de
direitos somente para os adultos, os quais
tornam-se hábeis para optarem e escolherem
quem nasce, quem não nasce e como nasce?
Qual o significado, então, da nomenclatura
direitos humanos? Por outro lado, onde está a
promoção da verdadeira liberdade se, com o
assassinato de um inocente, elimina-se a
liberdade em seu mais alto grau? Lembremos
que não estamos falando da liberdade de ir e vir.
Estamos tratando da liberdade de viver ou não
viver. Por fim, quero somente dizer que, apesar
Expediente
Presidente Administrativo:
Padre Wanderson Cintra Silva
Colaboradores:
Pastoral da Comunicação
Criação/Diagramação:
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Projeto Gráfico:
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Fotolito:
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(11) 4234-1110
Impressão:
Hawaii Gráfica e Editora
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Tiragem:
1 mil exemplares - Distribuição gratuita
Paróquia Nossa Senhora da Candelária
Rua Castro Alves, 781 - Bairro Oswaldo Cruz São Caetano do Sul / SP
de aparentemente o aborto parecer solução, de
aparentemente apontar para um fim de
determinado sofrimento, isso não passa de uma
aparência. O aborto provocado é SEMPRE causa
de mais sofrimento e mais dor. Ele nunca
soluciona nada, só piora as coisas, pois começa a
pesar na consciência o sofrimento de carregar o
assassinato de uma criança indefesa. É, queridas
mulheres, é mês de vocês. É mês das mães. E ser
mãe não é somente por um dia, é por uma vida.
Procurando em nosso vocabulário, a palavra que
consegui encontrar que traduz mais
perfeitamente uma mãe é DOAÇÃO. Sim, ela é
aquela que, incondicionalmente, se doa. Ela não
olha os defeitos e os erros do filho. Ela ama e a ele
se entrega. Me lembro que cresci aprendendo
que o amor humano que mais se aproxima do
amor de Deus é o amor de mãe, pois é o amor que
morre pelo filho. Assim, queridos paroquianos,
não posso e jamais aceitarei dizerem que é
normal uma mãe... uma mãe... abortar,
assassinar, matar um filho de suas entranhas
porque ele apresenta esse ou aquele “defeito”.
Hoje se diz que se pode matar porque não tem
cérebro. Amanhã se dirá que se pode matar
porque não tem mão, ou porque não tem pé, ou
porque... Deus sabe lá o que vão inventar.
Q u e r i d a s m a m ã e s, t e r m i n o l o u v a n d o
imensamente a Deus pela corajosa aceitação
que vocês fizeram com o plano da criação de
Deus. Obrigado por vocês jamais terem desistido
de nós, frágeis filhos. A vocês um dia é pouco
para agradecer. Portanto, que todos os dias
bendigamos ao nosso Deus por ter dado, à
humanidade, você como Mãe. Parabéns!!!
Pe. Wanderson Cintra Silva
Scio enim cui credidi.
Avisos
18/05 - Missa da Mãe Rainha, bênção e
libertação das famílias às 19h.
28/05 - Missa de Cura e Libertação às 19h30.
Maio 2012
Religiosidade
Maria: uma vida Cristocêntrica
Neste mês em que a religiosidade popular ao
culto de Nossa Senhora ganha destaque,
preparemos nosso coração para o Pentecostes
de mãos dadas com Maria, ela que lá estava
reunida aos apóstolos em oração e que é nosso
exemplo de vida espiritual.
Tudo na vida de Maria gira em torno da pessoa de
Jesus Cristo. Ela é, sem nenhuma dúvida, uma
pessoa de vida cristocêntrica. Tudo em Maria nos
leva ao seu Filho e à salvação. Maria não fez nada
por si mesma, porque sabe que todo o poder
vem do amor de seu Filho Jesus, por toda a
humanidade. Maria sabe exatamente qual é o
seu papel e o seu lugar na história da salvação.
Mas sabe também que, por ser Jesus o centro de
sua existência, ela tudo pode em nosso favor. Por
isso, desenvolvemos a campanha do Santo
Rosário. Acredito que rezando a oração do Terço
ou do Rosário, Maria alcançará de Jesus muitas
graças para todos nós. Você está com problemas
e dificuldades em sua vida? Está doente,
desempregado, endividado; está longe de Deus,
em pecado, levando uma vida vazia? Precisa de
um novo sentido para sua vida? Então peça para
a Mãe que o Filho atente!
Não foi à toa que a Igreja proclamou os dogmas
Marianos: Maternidade Divina, Imaculada
Conceição e Assunção. O dogma da Imaculada
Conceição, que significa que Maria nasceu sem a
mancha do pecado original, foi confirmado por
ela mesma, quando apareceu a santa Bernadete,
em Lourdes, na França, em 1858, quatro anos
depois da proclamação do dogma. Maria disse à
santa: “Eu sou a Imaculada Conceição”. Como não
pedir ajuda e a intercessão da Mãe de Jesus e
nossa Mãe? Nós temos uma Mãe no céu e
podemos contar com ela em nossa caminhada
terrena. E uma maneira profunda de falar com ela
é rezando o Terço ou Rosário, que nada mais é do
que a meditação dos mistérios da vida de seu
Filho Jesus.
Tudo em Maria nos fala de Jesus. Tudo em Maria
nos leva a Jesus. Maria, ao aceitar ser a Mãe do
redentor, trouxe-nos a salvação. O Papa Bento XV
afirma: “a Virgem oferece o filho e pode-se dizer
que, com Cristo, ela resgata o gênero humano”.
Maria é, sim, caminho de salvação. Ela nos
aponta e nos guia para o redentor, seu Filho,
Nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, levar uma
vida cristocêntrica é viver segundo o Evangelho,
é buscar e aceitar a salvação que Cristo já nos
garantiu, é querer levar o salvador a todas as
pessoas que amamos, ou não. Dessa forma,
nosso mundo será muito melhor, mais santo,
mais cristão, mais humano.
Pe. Eduardo Dougherty em artigo à Revista
Brasil Cristão, 2010.
Maria Nossa Mãe
Maria - modelo para os cristãos
O mês de maio é dedicado a Maria. Trata-se de
uma antiga tradição popular, que foi assumida
pela Igreja, homenageando a pessoa da Mãe de
Jesus. Ela merece dos cristãos um carinho todo
especial pelo seu importante papel na história da
salvação. Deus a escolheu para ser a mãe do
Salvador, plenificou-a com sua graça, por isso
proclamamos “Ave, Maria, cheia de graça, o
Senhor é convosco”. Para todos nós, ela é modelo
de fé e de oração, de contemplação do mistério
divino. É a mulher obediente à Palavra de Deus,
de quem Isabel testemunhou: “Bem-aventurada
a que acreditou, porque se hão de cumprir as
coisas que da parte do Senhor te foram ditas”. (Lc
1, 45) É modelo de amor e doação, que se põe a
caminho para servir a prima Isabel, que está a
serviço e preocupada com os noivos nas Bodas
de Caná. É a mãe terna que ampara e protege
seus filhos e sempre nos aconselha para que
sejamos fiéis a Jesus: “Fazei tudo o que Ele vos
disser”. (Jo 2, 5) O carinho do povo por Maria faz
com que ela seja louvada de diferentes maneiras,
com diversos títulos. É o cumprimento da
profecia que fez em seu cântico do Magnificat:
“Todas as gerações me chamarão bemaventurada.” (Lc 1, 48) O importante é que esse
amor não se reduza a devocionismos ou meras
celebrações festivas, mas se concretize na
vivência do evangelho de seu Filho Divino. A
verdadeira devoção a Maria se manifesta na
imitação de suas virtudes, praticando os
ensinamentos de Jesus. A verdadeira devoção,
também, reconhece que Maria é importante,
mas é a segunda no plano da salvação. O
primeiro lugar pertence a Jesus.
Ressalte-se, também, que Maria é uma mulher
que viveu plenamente sua feminilidade. Muitas
vezes os louvores que lhe tributamos parecem
ofuscar esta verdade: ela é uma mulher simples,
humilde, engajada na vida do povo. Mulher
pobre, da periferia, que viveu a migração e a
exclusão. Mãe zelosa, que cuidou de Jesus com
afeto e dedicação, trocando suas fraldas,
ajudando-o a dar os primeiros passos, cuidando
de sua roupa e alimentação, ensinando as lições
da vida, enfim, fazendo o mesmo que nossas
mães fazem. Mulher forte aos pés da cruz e ao
receber em seus braços o corpo exangue de seu
Filho querido. Ela nos convida a rezar e a louvar:
“Minha alma glorifica o Senhor e exulta meu
espírito em Deus meu Salvador”. (Lc 1, 46-47)
Mas também nos convida a empenhar na luta
pela justiça, pela construção de um mundo
novo, numa clara opção pelos pobres e
marginalizados, os seus filhos prediletos. Pois no
seu cântico nos recorda de que lado Deus e ela
estão: “Derruba do trono os poderosos e eleva os
humildes; aos famintos enche de bens, e
despede os ricos de mãos vazias.” (Lc 1, 52-53)
Maria é muito importante na vida de Jesus e
deve ser também em nossa vida. Ela é a cristã
autêntica, comprometida com o Reino de Deus,
sempre dócil e obediente à vontade do Senhor.
Modelo de Igreja, modelo para todos os cristãos.
Muitos já falaram das maravilhas espirituais de
Maria. É preciso, também, que lembremos suas
outras dimensões. O fundamental é proclamá-la
mãe de Deus, da Igreja e de toda a humanidade.
Proclamá-la como imaculada, pura, santa, mas
também como pessoa forte, corajosa, que
assumiu plenamente seu papel de mulher e de
mãe.
Fonte:
http://www.catequisar.com.br/texto/maria/reflexao/31.htm
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Candelária em Palavras
Igreja no Mundo
O sentido do trabalho da igreja católica junto
aos povos indígenas
Dom Erwin Krautler pede a sensibilização da sociedade
19 de abril é o dia da luta em defesa dos povos
indígenas no Brasil. “Precisamos sensibilizar a
sociedade, pois só envolvendo as pessoas com
os sofrimentos desse povo vamos conseguir
conscientizar que temos uma grande dívida com
os povos indígenas”, afirmou o bispo da Prelazia
do Xingu (PA) e presidente do Conselho
Indigenista Missionário (CIMI), Dom Erwin
Krautler, em notícia divulgada pela CNBB.
O CIMI é um organismo vinculado à CNBB
(Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) que,
em sua atuação missionária, conferiu um novo
sentido ao trabalho da igreja católica junto aos
povos indígenas.
“Acredito que não exista uma pastoral que tenha
gerado tantos mártires quanto esta. O sangue
derramado dos mártires é a semente dessa luta
pela ressurreição dos povos indígenas”,
prossegue a notícia divulgada pela CNBB.
Os princípios que fundamentaram a ação do
CIMI são: o respeito a alteridade do índio em sua
pluralidade étnico-cultural e histórica e a
valorização dos conhecimentos tradicionais; o
protagonismo dos povos indígenas sendo o Cimi
um aliado nas lutas pela garantia dos direitos
históricos e a opção e o compromisso, dentro de
uma persperctiva mais ampla de uma sociedade
democrática, justa, solidária, pluriétnica e
pluricultural. O Cimi Regional Maranhão
lembrou neste dia as contribuições e
proposições do indio no estado, dentre elas: a
criação de um Grupo de Trabalho sobre
educação escolar indígena, visando a
implementação e o fortalecimento de uma
Política Estadual de Educação Indígena no
Maranhão. Dom Erwin afirmou ainda que “a
política indigenista oficial não é favorável aos
povos indígenas. Lamentamos que embora os
índios estejam ancorados pela lei, ela não seja
respeitada”.
Índio os dados oficiais indicam que 460 mil vivem
hoje em todas as regiões do país. O Brasil tem uma
das maiores diversidades indígenas do mundo,
com 225 povos que falam 180 línguas diferentes.
Essa população nativa, que chegou a 10 milhões
de indivíduos, vive em sua maior parte, nas
regiões Norte e Centro-Oeste, principalmente na
área da Amazônia Legal.
Em 2008 no relatório da ONU (Organização das
Nações Unidas) a população indígena mundial
somava mais de 5 mil etnias diferentes, porém os
problemas são os mesmos: extrema pobreza,
c a rê n c i a d e te r ra s, d e s n u t r i ç ã o, b a i x a
escolaridade, menor acesso a serviços de saúde e
preconceito dentro da sociedade onde vivem.
A situação dos índios no Brasil melhorou com a
implantação do Proesi (Programa de Educação
Superior Indígena Intercultural) que é dedicado a
formação de professores indígenas que atuam nas
aldeias, a primeira turma ingressou em 2001 e
desde então são 186 acadêmicos formados e 140
frequentam os cursos, porém apesar disso a saúde
e a educação de base são deficientes.
Fonte:
http://www.zenit.org/article-30119?=portuguese
http://emiliaeiko.wordpress.com/2011/04/16/
a-situacao-atual-dos-indios-no-brasil/
A situação atual dos índios no Brasil
Apesar dos 500 anos de história, ainda é difícil
expressar em números a identidade do índio no
Brasil, segundo a Funai, Fundação Nacional do
Juventude
A grande dádiva
“Alegrai-vos sempre no Senhor! Repito, alegraivos!” (Fl 4, 4)
Um colega meu chegou esses dias triste. Contoume a razão: tudo por causa daquela prova, muito
difícil, em que ele tinha ido muito mal. “Eu tinha
estudado tanto!”. Era tão decepcionante para ele
o tamanho esforço ter sido em vão. Todo
estudante sabe que, às vezes, além de estudar, é
preciso ter um “estalo” na mente para conseguir
responder uma questão desafiadora.
Porém, isso não justifica toda a sua melancolia.
Era apenas uma prova. Quantas vezes não é
assim com cada um de nós? Aumentamos
nossos problemas, pioramos nossos
sofrimentos, colocamo-nos lá no fundo do poço,
onde ninguém jamais esteve. Será que estamos
tão mal assim? Ou é apenas um problema
pequeno que só está parecendo tão grande
porque insistimos em olhar apenas para o nosso
próprio umbigo?
Precisamos tomar uma atitude diferente:
otimismo, por que não? Mais ainda, contentar-se
com como somos, com o que temos, como
vivemos. Poderia ser melhor? Claro que sim, e
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não devemos deixar de buscar a melhoria. Mas,
graças a Deus, como cristãos devemos ter em
mente: tudo já é bom, muito bom! Apesar das
dificuldades, das nossas misérias, de tudo o que é
uma “pedra no sapato”, temos tanto mais a
agradecer, com o que nos alegrar.
Você pode estar pensando que é fácil falar
quando não se tem muitos problemas. Mas é aí
que entra o segredo desse otimismo. Somos
alegres porque temos uma certeza no coração: a
certeza de sermos filhos de Deus, e por sinal,
muito amados! A alegria de quem crê vem da
certeza de que todas as nossas dificuldades são
passageiras. Vemos que é tudo tão pequeno,
frente ao que nos foi concedido: viver junto de
Deus eternamente!
Tudo nesse mundo passa, tanto as coisas boas
quanto as ruins. Aquela fonte, porém, que jorra a
Água Viva, nos sacia toda a sede que temos.
Somos completados em tudo o que buscamos lá
no fundo do coração: Deus. E, ao contrário da
prova do meu amigo, nossos esforços são
recompensados, pois “todas as coisas concorrem
para o bem dos que amam a Deus”. (Rm 8,28)
Não há mais motivo para se lamentar, reclamar
de tudo. A vida já é o grande dom que recebemos.
E depois veio nossa família, os estudos, a comida
(ainda que simples), os recursos financeiros
(mesmo que tão poucos). Tanto nos foi dado! Por
que se lamuriar do que não se tem? Continuemos
tentando resolver nossos problemas, mas vendo
agora do jeito que realmente são: tão pequenos
comparados ao sofrimento de muitos, que Deus
nos permite que os soframos, pois sabe que somos
capazes de enfrentá-los. E assim, quando
passamos a enxergar desse jeito, encontraremos a
maior dádiva que poderíamos receber: a alegria
eterna e verdadeira.
Tiago C. Kruk
Maio 2012
Candelária para Crianças
Moisés se despede
Olá, amiguinho!
Será que depois de tantos ensinamentos, o povo
de Israel já confiava em Deus? Será que Moisés
havia conseguido convencê-los sobre o amor de
Deus em suas vidas?
O povo de Israel teve uma grande jornada no
deserto... Empacotavam suas tendas e seguiam
viagem. Quando cansados, armavam
acampamento, montando novamente suas
tendas... E nunca se esqueciam da tenda de Deus,
que estava sempre ao centro das demais. Lá era o
lugar onde se reuniam para suas orações.
Finalmente estavam chegando à Terra
Prometida, Canaã. Quanta alegria! Era o fim da
jornada. Então, Moisés disse: “A Terra prometida
por Deus, está logo à frente”.
Felizes, decidiram que antes de tomarem a terra
com suas famílias, enviariam alguns homens
para observarem como era aquele lugar. Foram
escolhidos 12 homens, um de cada tribo, que
partiram para conhecer Canaã.
Após seis semanas, quando todos já estavam
ansiosos, os homens voltaram... Correndo, todo o
povo se amontoou em volta deles para ouvir a
grande notícia:
“Esta é uma terra maravilhosa!” Mas, em seguida,
deram a má notícia... “Esta terra nunca será nossa.
Nossos homens são fracos... Os homens desta
cidade são fortes, nunca nos deixarão ficar!”
Neste momento, muitos daquele povo
começaram a chorar... E chorando, reclamaram a
Moisés: “Saímos do Egito para morrermos no
Atividade:
deserto... Deus nos odeia”.
Josué, um dos 12 homens, finalmente disse: “Não
podemos desistir! Precisamos confiar em Deus...
Se Ele nos trouxe até aqui, é porque nos quer
nessa terra”.
Mas mesmo assim, o povo estava revoltado...
Pegaram pedras para jogar em Moisés e Josué...
Que triste, não é amiguinho? Novamente, aquele
povo duvidava do amor de Deus!
De repente, uma luz intensa brilhou. Era Deus,
que triste, falou com Moisés: “Essas pessoas não
acreditam que Eu posso dar a terra que prometi...
Novamente duvidam de mim... Por esse motivo,
todos vocês ficarão por mais 40 anos no deserto”.
Então, aquele povo, ainda no deserto, estava
triste e desanimado. Não tinham nem água para
beber. Estavam morrendo de sede... E
continuavam reclamando a Moisés: “Por que nos
tirou do Egito? Lá, éramos mais felizes.”
Moisés também já estava cansado, afinal, já era
um senhor de idade... Além disso, estava muito
triste com aquele povo. Deus nunca havia
deixado faltar nada... Mas mesmo assim, ainda
não confiavam Nele.
Foi então, que Deus falou novamente com
Moisés: “Não desista! Esse povo precisa de você...
Vá até uma pedra e bata seu bastão. Da pedra,
sairá água... Assim, o povo verá novamente o
meu poder.”
Moisés, ao bater na pedra, fez com que dali
jorrasse água. O povo, satisfeito, matou sua sede.
E agradeceram a Deus.
E assim, passaram-se 40 anos. Foi então, que
aquele povo finalizou sua caminhada.
Finalmente poderiam adentrar a cidade de
Canaã, a terra tão esperada. Moisés então reuniu
todo o povo de Israel e falou longamente com
eles. Lembrou novamente aquele povo, da
bondade e amor de Deus... E de como Deus
nunca havia os abandonado. Moisés pediu
àquele povo: “Sempre, em todos os momentos, e
em qualquer situação, confiem em Deus”.
Como aquele povo estava feliz! Tinham uma
terra, um grande presente de Deus.
Foi então que Deus falou com Moisés: “Suba até o
monte Pisga. Lá terá uma visão de como é
maravilhosa a terra que prometi e que o povo de
Israel está recebendo. Você, Moisés, ajudou e
conduziu este povo nesta grande jornada. Muito
obrigado!” E então, enquanto Moisés apreciava
aquele lindo lugar, olhando fixamente aquelas
maravilhas, Moisés morreu... Deus o levou para
junto Dele. Afinal, já havia cumprido sua especial
missão.
Como é linda a história de amor, confiança e
perseverança de Moisés, não é? Em nenhum
momento, ele deixou aquele povo desistir...
Afinal, Deus estava a frente de tudo. Vamos, a
exemplo de Moisés, deixar Deus à frente da
nossa vida?
Até mais, amiguinho!
Tatiana Cítero Di Grazia
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Candelária em Palavras
Perfil
Os Santos
Cultura
São Félix de Nicósia
31 de maio
A nossa dica de leitura é um romance, também
considerado uma literatura fantástica, Um coração cheio
de estrelas, de Alex Rovira e Francec Miralles.
O livro conta a história de Michel, um garoto órfão que
nunca conheceu os pais e vive no orfanato municipal de
Selonsville. Sua melhor amiga é Erin, que também mora
no orfanato desde bebê.
Michel tem um segredo: O sorriso de Erin, sua melhor
amiga, por quem ele é apaixonado. Em uma noite fria,
Erin dorme e não acorda mais. Uma doença que os
médicos não conseguem diagnosticar tomou conta da
menina e ela está em coma profundo.
Arrasado, Michel sai desesperado em busca de ajuda... No
caminho encontra uma estranha e velha sábia que revela
que o motivo da doença de Erin é a falta de amor, e a dor
por ter sido abandonada.
Para salvar a amiga, Michel precisa encontrar nove tipos diferentes de amor entre as pessoas,
cortar um pedaço da roupa dos amantes em forma de estrela para que no final, a velha sábia,
possa tecer um grande coração.
Nessa jornada, ele busca o amor pelo feio; pela diferença, o mais que perfeito e o
incondicional…
Um coração cheio de estrelas é um livro emocionante que nos faz descobrir o poder ilimitado
do amor e descobri-lo nas pequenas coisas da vida.
Ana Cristina S. Ribeiro
Rádio Imaculada Conceição 1490 AM
Em uma época em que o respeito ao próximo já é algo tão raro no mundo, ler um livro como
esse é praticamente olhar para dentro de si e analisar tudo o que você não faz e que poderia
tornar seus dias melhores e o das pessoas que te cercam. Enquanto Michel, vivendo em plena
época pós-guerra, nos mostra a sua luta em busca de 10 tipos de amores diferentes em uma
época com menos recursos, em sua cidade completamente entristecida pela guerra, para
poder salvar a vida do seu grande amor. A intensidade com que o livro foi escrito e em tão
poucas páginas, não foi por uma simples inspiração. Um dos autores passou por uma situação
difícil com sua filha que nasceu com alguns problemas de saúde, e ele foi acolhido por várias
pessoas que lhe passaram mensagens de fé e amor. E é exatamente isso que o livro transmite,
o poder da fé e do amor. A cada pessoa especial que Michel encontra, que tem um amor
especial dentro de si, ele aprende mais sobre a vida; e o leitor também aprende, afinal pelo
menos um dos tipos (senão mais) você já sentiu ou sente, e nessas páginas você encontra
formas de alimentar cada dia mais seu amor. Um livro para ser lido e também vivido a cada
página, uma estória que poderia certamente ser real.
Fonte: http://leitoraincomum.blogspot.com.br/2012/04/resenha-um-coracao-cheio-de-estrelas.html
Rua Visconde de Inhaúma, 332
B. Oswaldo Cruz - S. C. do Sul
Félix nasceu em Nicósia, na Itália, em 5 de
novembro de 1715, filho de Filipe Amoroso e
Carmela Pirro, de origem humilde e analfabeto.
Diz o postulador de sua causa de canonização,
padre Florio Tessari: "Órfão de pai desde seu
nascimento, era proveniente de uma família
que conseguia sobreviver com muita
dificuldade". Vivia próximo ao convento dos
frades capuchinhos. Freqüentava a comunidade
dos frades e admirava o seu modo de viver.
Sempre que visitava o convento, sentia-se
fortemente atraído por aquela vida: alegria na
a u s te r i d a d e, l i b e rd a d e n a p o b re z a ,
penitência, oração, caridade e espírito
missionário. Aos 18 anos de idade, em 1735,
bateu à porta do convento, pedindo para ser
acolhido como irmão leigo, por ser analfabeto. A
resposta foi negativa. Porém insistiu muitas
vezes, sem se cansar. Após dez anos de espera, foi
acolhido na Ordem dos Frades Menores
Capuchinhos com o nome de irmão Félix de
Nicósia. Depois do noviciado e da profissão
religiosa, foi destinado a Nicósia, onde
permaneceu durante toda a vida, tornando-se,
na cidade, uma presença de espiritualidade
radicada no meio do povo. Afirma o padre Florio
Tessari: "Analfabeto, mas não de Deus e de seu
Espírito, Félix entendeu que o segredo da
vida não consiste em indicar, com força, a
Deus, a nossa vontade, mas em fazer sempre
alegremente a vontade dele. Essa simples
descoberta lhe permitiu ver sempre, em tudo
e apesar de tudo, Deus e seu amor;
particularmente onde é mais difícil identificálo. Deixando-se somente invadir e preencherse de Deus, ia imediatamente ao coração das
coisas, à raiz da vida, onde tudo se recompõe
na sua originária harmonia. Para fazer isso
não precisa muita coisa, não precisa tantas
palavras. Basta a essencial sabedoria do
coração onde habita, fala e age o Espírito".
Morreu no dia 31 de maio de 1787. Foi
beatificado pelo papa Leão XIII em 12 de
fevereiro de 1888 e proclamado santo pelo papa
Bento XVI no dia 23 de outubro de 2005.
Fonte: http://www.derradeirasgracas.com
06
Maio 2012
Liturgia
O sacramento do batismo
O Catecismo da Igreja Católica (CIC) ensina que
os sacramentos são um encontro pessoal com
Cristo, este encontro é, no fundo, o sacramento
original. Eles são sinais sensíveis e eficazes da
graça, instituídos por Cristo e confiados à Igreja,
mediante os quais nos é concedida a vida divina.
São sete os sacramentos: batismo, confirmação –
crisma, Eucaristia, penitência – confissão, unção
dos enfermos, ordem e matrimônio; todos eles
estão ordenados para a Eucaristia, como para o
seu fim, segundo São Tomás de Aquino. A partir
do CIC os sacramentos são categorizados em três
formas. 1) Sacramentos da iniciação cristã
(batismo, confirmação – crisma e Eucaristia); 2)
Sacramentos de cura (penitência – confissão,
unção dos enfermos); 3) Sacramentos a serviço
da comunhão e da missão (ordem e
matrimônio). Os sacramentos de iniciação cristã
lançam os alicerces da vida cristã: os fiéis,
renascidos pelo batismo, são fortalecidos pela
confirmação e alimentados pela Eucaristia. O
primeiro dos sacramentos de iniciação cristã é o
batismo, ele é o caminho do reino da morte para
a vida, a porta da Igreja e o começo de uma
comunhão duradoura com Deus. Nesse
sacramento o homem une-se a Cristo, pois ele é
uma aliança com Deus, e a condição prévia para
receber os outros. No Antigo Testamento
encontram-se várias prefigurações do batismo: a
água, fonte de vida e de morte; a arca de Noé, que
salva por meio da água; a passagem do Mar
Vermelho, que liberta Israel da escravidão do
Egito; a travessia do Jordão, que introduz Israel
na Terra Prometida, imagem da vida eterna. O
próprio Jesus Cristo se fez batizar por João
Batista no Jordão. Na cruz, do seu lado
trespassado, derramou Sangue e Água, sinais do
batismo e da Eucaristia, e depois da Ressurreição
confia aos apóstolos esta missão: “Ide e ensinai
todos os povos, batizando-os no nome do Pai e
do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28, 19-20). A
Igreja, desde o dia de Pentecostes, administra o
batismo a quem crê em Jesus Cristo. Batizar
significa imergir na água. O batizado é imerso na
morte de Cristo e ressurge com Ele como nova
criatura. Por isso, o batismo também é chamado
de banho da regeneração e da renovação no
Espírito Santo e iluminação, porque o batizado se
torna filho da luz. Porque tendo nascido com o
pecado original, ele tem necessidade de ser
libertado do poder do maligno e de ser
transferido para o reino da liberdade dos filhos
de Deus. Entre os efeitos do batismo se destacam
o perdão do pecado original e de todos os
pecados pessoais e das penas devidas ao
pecado, fazendo o homem participar na vida
divina trinitária mediante a graça santificante,
confere as virtudes teologais – fé, esperança,
caridade e os dons do Espírito Santo. O rito
essencial deste sacramento consiste em imergir
na água o candidato ou em derramar a água
sobre a sua cabeça, enquanto é invocado o
Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, sendo
capaz de receber o batismo toda pessoa ainda
não batizada. Do batizando é exigida a profissão
de fé, expressa pessoalmente no caso do adulto,
ou então por parte dos pais e da Igreja no caso da
criança. Também o padrinho ou madrinha e toda
a comunidade eclesial têm uma parte de
responsabilidade nisso. Sendo ele necessário
para a salvação daqueles a quem foi anunciado o
Evangelho e que têm a possibilidade de pedir
este sacramento.
Portanto, dentre os sacramentos de iniciação
cristã, destaca-se o batismo como o primeiro, a
porta da Igreja e o começo de uma comunhão
duradoura com Deus, lançando o alicerce da vida
cristã, configurando o cristão a Cristo. Sendo
assim, no batismo, o homem para sempre
pertence a Cristo.
Fonte:
http://www.cancaonova.com/portal/canais/
formacao/internas.php?e=12666
Escritura
Livro do Eclesiástico
Este escrito teve sua origem por volta dos anos
190-180 a.C. Seu autor parece ter sido um certo
Jesus Bem Sirac, e provavelmente este livro
chegou aos nossos dias por tradução grega
deste escrito, feita pelo seu neto nos meados do
ano 132 a.C. Por volta do século II a.C., o território
da Palestina, que havia sido invadido pelos
ptolomeus de origem egípcia, passou a ser
controlado por outro grupo sírio chamado
selêucidas, tudo isso sempre dentro do contexto
da cultura grega. Esse grupo de domínio sírio,
com a pretensão de unificar o poderio do
império exposto a conflitos de caráter interno,
veio a promover uma política de assimilação, e
procurou impor aos povos sofridos e
escravizados pelos seus domínios, suas culturas,
seus costumes e sua religião, isto é, costumes e
religião gregos, uma imposição cultural e
religiosa que ameaçava destruir a identidade
cultural e a experiência religiosa dos povos
sofridos e dominados. Entre os israelitas, alguns
cederam à pressão. Houve correntes dispostas a
acolher a imposição grega, buscando adaptar a
experiência judaica a certa civilização universal.
Em contrapartida, houve uma forte corrente no
judaísmo que buscava preservar a identidade e
lutar pela fé dos israelitas, buscando salvar a
vocação do povo de Israel, testemunha do Deus
vivo para todas as nações. É neste contexto que o
autor escreve sua obra, como uma espécie de
longa meditação a respeito da fidelidade do
povo hebreu. Este autor procura reavivar a
memória e a consciência histórica da vida do seu
povo, buscando apontar sua identidade própria
e o valor de suas antigas tradições, sendo que as
mesmas não podem ser violadas. A composição
didática do livro é formada por 51 capítulos. A
parte central do livro do Eclesiástico é o capítulo
24. Neste capítulo, seu autor procura identificar a
sabedoria com a lei da tradição de Moisés (Eclo
24,23). Deixemos claro que lei neste contexto
não significa legislação, mas os cinco livros do
Pentateuco, que para os judeus se chamam torá,
que é igual à lei. Do ponto de vista do autor do
livro do Eclesiástico, a lei para o povo de Israel
constitui a verdadeira sabedoria para a
caminhada do povo. No entanto, a narração toda
do Pentateuco aponta a experiência básica de
toda humanidade de qualquer época da história:
a sabedoria que nasce de uma experiência
concreta e conduz à vida. Podemos entender
que a experiência com Deus, que este livro nos
aponta tanto no âmbito pessoal como familiar e
comunitário, poder nenhum pode eliminar, nem
mesmo valores que são considerados culturais.
Assim os israelitas, que não cederam ao medo, à
imposição cultural opressora, aos costumes que
desqualificavam a vida do seu povo, podem
servir de exemplo e estímulo também para nós.
A fidelidade a Deus é fundamental. Nossa
fidelidade não deve ser dirigida à lei, mas sim ao
seguimento de Jesus, que é a plenitude da lei
para nós.
Fonte: Pe. Fernando Figueiredo de Sousa
Revista “O Mílite”
07
Candelária em Palavras
Saúde
Obesidade Infantil – Parte II
No ano passado, a página da internet
http://glo.bo/HSN6NN mostrou que a obesidade
infantil aumentou 239% em 20 anos. Foi
realizado um estudo no Rio de Janeiro com 1857
alunos da 1ª a 4ª série de seis escolas públicas e
86 alunos do ensino particular: 9,7% estavam
obesos e 12,5% com sobrepeso; 12,2% estavam
com colesterol ruim elevado (LDL).
Outro estudo feito com 150 crianças da primeira
à quarta série mostrou que 36% tinham excesso
de peso; sendo 20% obesas e 12% com colesterol
alto. A página http://glo.bo/Hui1v1, mostra que
quase metade da população está acima do peso.
Dados assustadores mostram um aumento de
400% na obesidade infantil nos últimos 30 anos
segundo o site http://tinyurl.com/bsb2c37.
Mas, o que fazer?
Na verdade, não existe milagre. Devemos
orientar pais, responsáveis, escola e todos que
rodeiam a criança para que hábitos que levem a
obesidade sejam reduzidos gradativamente e
que hábitos saudáveis possam fazer parte da
vida dessa criança para que esse problema do
nosso século seja, se não eliminado, reduzido.
Tal pai, tal filho
Se no lar que essa criança vive não existe uma
atenção ao que se come, com certeza teremos
crianças com sérios problemas de saúde. Alguns
são beneficiados pela genética e não engordam;
ou não engordam tanto quanto outras, mas já
apresentam alterações no seu colesterol ruim e
também em sua glicemia. Pais que comem mal,
não praticam atividades físicas e possuem
hábitos pouco saudáveis no convívio com os
filhos, não poderão orientá-los a terem
qualidade de vida.
Vejam o que deve ser evitado:
1. Comer muitos produtos industrializados, ricos
em açúcar refinado e/ou farinha refinada e deixálos disponíveis facilmente tornam o hábito de
“beliscar” mais frequente.
2. Tomar muito refrigerante e não tomar água e
sucos naturais
3. Comer a qualquer hora sem uma rotina de
horários
4. Comer enquanto assiste TV, não se prestando
atenção no que se come
5. Não praticar nenhuma atividade física e
mesmo quando se pode caminhar para ir a um
local próximo de casa, usa-se um veículo para
se locomover.
6. Comer fast-food e outros alimentos
gordurosos, cheios de calorias vazias (sem
vitaminas e sais minerais) como salgadinhos,
por exemplo.
Basicamente, todos sabem disso, mas poucos
tentam mudar, ou mudam por um curto
período de tempo. Pais que têm hábitos
saudáveis promovem isso em casa e fora dela.
Ficam de olho no que a escola que seu filho
frequenta oferece, o que os amiguinhos
consomem e como os filhos podem evitar
esses alimentos sem deixar seus amiguinhos
chateados. No último caso, eles podem
orientar os próprios amiguinhos a criarem
hábitos saudáveis e melhorarem a qualidade
de vida. No próximo jornal veremos: como
motivar as crianças a mudar os seus hábitos
auxiliando assim toda a família e seus amigos
também. Até a próxima!
Armando L. S. Corujeira Jr.
Prof. Educação Física - CREF – 019754-G/SP
saber que vão "apenas" dormir abraçadinhos,
sem se preocuparem com as posições
cabalisticas. Sabe essas coisas simples, que
perdemos nessa marcha de uma evolução cega.
Pode fazer tudo, desde que não interrompa a
carreira, a produção. Tornamo-nos máquinas, e
agora estamos desesperados por não saber
como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples
que a cada dia fica tão distante de nós. Quem
duvida do que estou dizendo, dá uma olhada nos
sites de relacionamentos "ORKUT", "PARPERFEITO" e tantos outros, veja o número de
comunidades como: "Quero um amor pra vida
toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada
"Nasci pra viver sozinho!". Unindo milhares, ou
melhor, milhões de solitários, em meio a uma
multidão de rostos cada vez mais estranhos,
plásticos, quase etéreos e inacessíveis, se
olharmos as fotos de antigamente, pode ter
certeza de que não são as mesmas pessoas,
mulheres lindas se plastificando, se mutilando
em nome da tal "beleza". Vivemos cada vez mais
tempo, retardamos o envelhecimento, e
percebemos a cada dia mulheres e homens com
cara de bonecas, sem rugas, sorriso preso e cada
vez mais sozinhos. Sei que estou parecendo o
solteirão infeliz, mas pelo contrário... Pra chegar a
escrever essas bobagens? (Mais que
verdadeiras) é preciso ter a coragem de encarar
os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de
cara limpa. Todo mundo quer ter alguém ao seu
lado, mas hoje em dia isso é julgado como feio,
démodê, brega, familias preconceituosas. Alô
gente!!! Felicidade, amor, todas essas emoções
fazem-nos parecer ridículos, abobalhados... Mas
e daí? Seja ridículo, mas seja feliz e não seja
frustrado. "Pague mico", saia gritando e falando o
que sente, demonstre amor... Você vai descobrir
mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz
é curto, e cada instante que vai embora não
volta mais... Perceba aquela pessoa que passou
hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a
vê-la, ou talvez a pessoa que nada tem haver
com o que imaginou mas que pode ser a
mulher da sua vida. E, quem sabe ali estivesse a
oportunidade de um sorriso a dois... Quem
disse que ser adulto é ser ranzinza ? Um ditado
tibetano diz: "Se um problema é grande
demais, não pense nele... E, se ele é pequeno
demais, pra quê pensar nele?" Dá pra ser um
homem de negócios e tomar iogurte com o
dedo, assistir desenho animado, rir de
bobagens e ou ser um profissional de sucesso,
que adora rir de si mesmo por ser estabanado.
O que realmente, não dá é para continuarmos
achando que viver é out ou in. Que o vento não
pode desmanchar o nosso cabelo, que temos
que querer a nossa mulher 24 horas maquiada,
e que ela tenha que ter o corpo das frutas tão
em moda, na TV, e também na Playboy e nos
banheiros. Eu duvido que nós homens
queiramos uma mulher assim para viver ao
nosso lado, para ser a mãe dos nossos filhos,
gostamos sim de olhar e imaginar a gostosa,
mas é só isso, as mulheres inteligentes
entendem e compreendem isso. Queira do seu
lado a mulher inteligente: "Vamos ter bons e
maus momentos e uma hora ou outra, um dos
dois, ou quem sabe os dois, vão querer pular
fora, mas se eu não pedir que fique comigo,
tenho certeza de que vou me arrepender pelo
resto da vida". Porque ter medo de dizer isso,
porque ter medo de dizer: "Amo você", "fica
comigo"... Então não se importe com a opinião
dos outros, seja feliz! Antes ser idiota para as
pessoas que infeliz para si mesmo!
Reflexão
A doença da alma humana está tão grave, que
até um jornalista tão enraizado nos valores do
mundo, como veremos a seguir, começa a
escrever sobre o vazio das relações atuais.
Como o amor puro está fazendo falta! Como a
prática dos ensinamentos de Cristo faz falta!
Quem dera fôssemos fortes, e conseguíssemos
persuadir pessoas para o exercício do amor...
Muitos concordarão com o texto do jornalista,
que como é de sua característica, fala bastante
sobre amor e sexo. O que nos faz refletir, no
entanto, é: se o amor verdadeiro faz falta para
tanta gente, porque ninguém começa a
praticá-lo? Vamos, então, começar? Se
sozinhos somos pequenos, juntos
conseguiremos bons resultados!
O que temos visto por ai???
Baladas recheadas de garotas lindas, com
roupas cada vez mais micros e transparentes.
Com suas danças e poses em closes
ginecológicos, cada vez mais siliconadas,
corpos esculpidos por cirurgias plasticas,
como se fossem ao supermercado e pedissem
o corte como se quer... mas??? Chegam
sozinhas e saem sozinhas. Empresários,
advogados, engenheiros, analistas, e outros
mais que estudaram, estudaram, trabalharam,
alcançaram sucesso profissional e, sozinhos.
Tem mulher contratando homem para dançar
com elas em bailes, os novíssimos "personal
dancer", incrível. E não é só sexo não! Se fosse,
era resolvido fácil, alguém dúvida? Sexo se
encontra nos classificados, nas esquinas, em
qualquer lugar, mas apenas sexo! Estamos é
com carência de passear de mãos dadas, dar e
receber carinho, sem necessariamente, ter que
depois mostrar performances dignas de um
atleta olímpico na cama... Sexo de academia.
Fazer um jantar pra quem você gosta e depois
08
Arnaldo Jabor