promoção maluquinha

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promoção maluquinha
Edição 149
●
Ano 13
●
Seu Jeito de Ler
●
Setembro 2016
PROMOÇÃO MALUQUINHA
Nos dias 24 e 25 de setembro, descontos especiais entre 30% e 50%
em todos os livros do segmento infantojuvenil
LANÇAMENTO
Ziraldo, o “pai” do
Menino Maluquinho,
lança o livro Meninas
ENTREVISTA
Laura Muller fala
sobre Sexo para
adultos
ENCONTRO
Autores brasileiros
e estrangeiros na
Pauliceia Literária
2
ÍNDICE | setembro_2016
16encontros
5editorial
Foto Divulgação
Por Samuel Seibel
Autores brasileiros e
estrangeiros na
Pauliceia Literária
FRADIQUE COUTINHO
18palestras
LORENA
R. Fradique Coutinho, 915
11 3814-5811
...............................................................
Alameda Lorena, 1731
Um ciclo de conversas
sobre permacultura
11 3062-1063
20romance
Av. Moema, 493
Planeta de Leitores com
Marianne Nishihata
21autógrafos
O novo livro de Javier
Arancibia Contreras
6entrevista
NOSSAS LOJAS
...............................................................
MOEMA
11 5052-3540
...............................................................
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PÁTIO HIGIENÓPOLIS
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11 3660-0230
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SHOPPING JK IGUATEMI
Av. Juscelino Kubitscheck, 2041
11 5180-4790
Laura Muller fala sobre
o livro Sexo para adultos
...............................................................
SHOPPING CIDADE JARDIM
Av. Magalhães de Castro, 12000
11 3755-5811
...............................................................
Edição 149
●
Ano 13
●
Seu Jeito de Ler
●
Setembro 2016
Campinas
GALLERIA SHOPPING
Rod. Dom Pedro I, s/nº
19 3706-1200
22retrato
A potência da voz e do
carisma de Freddie Mercury
...............................................................
Curitiba
PÁTIO BATEL
Av. do Batel, 1868
41 3020-3500
Ilustração Ziraldo
...............................................................
24imperdível
PROMOÇÃO MALUQUINHA
Nos dias 24 e 25 de setembro, descontos especiais entre 30% e 50%
em todos os livros do segmento infantojuvenil
LANÇAMENTO
Ziraldo, o “pai” do
Menino Maluquinho,
lança o livro Meninas
ENTREVISTA
ENCONTRO
Autores brasileiros
e estrangeiros na
Pauliceia Literária
Laura Muller fala
sobre Sexo para
adultos
10capa
Superdescontos este mês na
Promoção do Livro Infantojuvenil
14personagem
Ativista da leitura, Ziraldo
lança o livro Meninas
Maria Filomena Gregori
debate Prazeres Perigosos
com Jean Wyllys
25programação
Cursos, teatro, lançamentos
e outras atrações da
agenda de setembro
39nossas dicas
Sugestões para ver, ouvir e ler
Guarulhos
PARQUE SHOPPING MAIA
Av. Bartholomeu de Carlos, 230
11 3728-9110
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A Revista Vila Cultural é uma publicação mensal da Livraria da Vila • Editor-chefe: Samuel Seibel
[email protected] • Editor: Flavio Seibel [email protected] • Jornalista responsável:
Sérgio Araújo MTB - 4422 • Publicidade: Gil Torres [email protected] • Programação: Gil Torres
e Wilson Junior [email protected] • Estagiária de eventos: Beatriz Quina • Revisão: Valéria
Palma • Colaborou: Vinícius Ferreira dos Santos e Gustavo Lima • Estagiária de criação: Izabel
Mendes • Capa & Diagramação: Jonas Ribeiro [email protected]
3
4
EDITORIAL | por Samuel Seibel
O gosto da superação
O
que há em comum entre os atletas
olímpicos Rafaela, Thiago, Robson
e Isaquias? A medalha de ouro,
certamente (Isaquias não foi ouro, mas com
suas três medalhas inéditas é como se fosse). Mas não é essa a principal conexão. O
que chama a atenção em cada um deles é
a história de superação pessoal, das dificuldades em vencer barreiras, preconceitos,
falta de apoio e perspectivas.
Se não fosse a voz interior a lhes dizer
que eram especiais, fora de série e que
precisavam acreditar no próprio taco, provavelmente teriam desistido no meio do caminho, como deve acontecer com milhares
e milhares de jovens por esse País afora.
É evidente que eles foram descobertos
ainda novos, receberam suporte, tiveram
técnicos do ramo, foram treinar fora do
país (caso do Thiago) e colheram os frutos
desse vigoroso plantio.
Mas estamos falando de apenas quatro
atletas. Quantos mais devem existir, em todas as modalidades dos Jogos Olímpicos? Demos, talvez, um passo importante
no árduo caminho de formarmos campeões. Antes, porém, deveríamos enxergar e
assumir de forma definitiva a total relação
entre educação e esporte. Os especialistas
dizem que um atleta surge com 8, 9, 10
anos de idades, quando é descoberto nas
quadras ou pistas da escola.
Assim continua até a universidade. O
objetivo é formar atletas, porém, principalmente no caso do Brasil, é formar cidadãos
também, que possam inclusive enxergar
outra vida fora do esporte, quando a idade
chegar. E idade, nesse caso, é quase sempre
abaixo dos 30 anos, quando ainda lhes
restarão mais 50, 60 ou 70 anos para “contar
histórias”.
Bilhões de pessoas curtem assistir os
jogos olímpicos. Eu sou um deles. É emocionante e vibrante. Pessoas desconhecidas
se tornam heróis e mitos reafirmam a sua
condição de semideuses. É como se o mundo desse uma trégua às
barbaridades que estampam as manchetes
dos jornais todo santo dia.
Neste editorial, não vou abordar os erros
e o superfaturamento de obras, nem vou
questionar se ficará ou não o chamado
legado olímpico.
Quero ficar por mais alguns dias com o
espírito olímpico dentro de mim e torcer para
que no Japão tenhamos bem mais Rafaelas,
Thiagos, Robsons e Isaquias.
Boa leitura. Abraços.
Samuel.
5
ENTREVISTA | Laura Muller
Cada um, cada um
S
exo para adultos – Tudo o
que você sempre quis saber, mas não tinha coragem
de perguntar (Leya) é o nome do
livro que Laura Muller autografa
dia 13 de setembro, terça-feira,
na Livraria da Vila do Shopping
JK Iguatemi, em São Paulo. Em
formato de perguntas e repostas,
com dezenas de questões sobre
vida e educação sexual, o título
registra algumas dúvidas recorrentes que a jornalista, psicóloga
e sexóloga vem acumulando ao
longo das duas últimas décadas.
A trajetória profissional de Laura é
singular e tem a ver, como ela diz,
com os desafios e dificuldades de
tratar, publicamente ou no espaço
privado de seu consultório, de um
assunto que ainda é tabu para a
maioria das pessoas. “Comecei
essa jornada em 1997, como jornalista e editora de sexo da revista
Claudia, da editora Abril. De lá
para cá, lancei livros e escrevi para
inúmeras revistas, bem como para
jornais, sites e outras publicações.
Além disso, me especializei em
educação sexual e me formei psicóloga para tratar em consultório
as dificuldades sexuais de jovens,
adultos e idosos, com atendimentos individuais ou para casais. Em
2007, comecei a falar sobre sexo
na TV, no programa Altas Horas, da
Globo. E durante todo o percurso
dei palestras. Muitas. Centenas
delas. Nem sei mais quantas, pois
faz tempo que já parei de contar.
Nesse contato todo com pessoas
como você emergiram as questões
que trago aqui”, escreve Laura no
6
início da conversa com o leitor, na
introdução do livro.
Lembrando da complexidade
do tema a que se dedica e sem a
pretensão de entrar ou propor discussões “psíquicas-emocionais”
de um assunto tão complexo, mais
adequadas ao espaço do consultório, Laura trata, no livro, da vida
prática que, como escreve, tem o
propósito de ampliar percepções,
inclusive pela naturalidade com
que o assunto sexo merece ser
abordado. “Desejo, sim, que este
livro amplie o olhar de homens e
mulheres e promova reflexões que
possam render uma vida amorosa
e sexual mais saudável, responsável, e, especialmente, mais
prazerosa.” As questões são apresentadas por blocos temáticos,
separadas por assuntos como “O
prazer e as dificuldades sexuais”,
“A região genital do homem e da
mulher”, “A gravidez, a prevenção
e o sexo” e “As doenças sexualmente transmissíveis”.
“A ideia é apenas oferecer algumas possibilidades de resposta a
questões que angustiam, preocupam e trazem imensa curiosidade
às pessoas. E, com isso, favorecer
a reflexão, para que cada um possa decidir qual caminho é o melhor
a seguir para si mesmo. Fazer as
coisas à sua maneira é um dos
segredos para ser feliz na cama”,
argumenta Laura, que sugere “uma
atitude constante de busca de informação” quando a sexualidade
é a pauta. “Sempre há algo novo
a descobrir que pode acrescentar
muito à vida de cada um de nós”.
Com o mesmo tom coloquial
com que ficou conhecida em
suas aparições na TV, Laura ajuda a desmistificar situações tão
corriqueiras quanto delicadas e
que invariavelmente requerem
cuidados, às vezes com tratamentos específicos. Diante da
dúvida de um interlocutor sobre o
porquê da dificuldade de viver o
orgasmo, ela diz o seguinte: “Preocupações das mais variadas
podem causar a dificuldade de
ter orgasmo, seja na mulher ou
no homem. Ficar pensando, na
hora do sexo, coisas do tipo ‘Será
que eu vou conseguir?’ ou ‘Por
que é que eu não consigo logo?’
atrapalha ainda mais a obtenção
do prazer. Não se cobrar tanto
e procurar conhecer o próprio
corpo e seus mecanismos de
prazer são dicas para aprender
o caminho para o orgasmo. Repensar a visão que você tem sobre sexo e sexualidade também
pode auxiliar nesse processo:
será que você encara a prática
como algo errado, sujo ou de
outra forma negativa? Saiba que
somos fruto de uma história da
sexualidade que sempre foi muito
repressora, o que pode deixar
resquícios negativos na hora de
sentir prazer sexual e atingir o
orgasmo. Experiências sexuais
traumáticas, como abusos, sexo
à força, sem vontade ou quando
a pessoa não se sente pronta
para isso também podem impedir
a chegada ao clímax.”
Leia a entrevista que ela concedeu à Vila Cultural.
Foto Divulgação
“Fazer as coisas à sua maneira é um dos segredos
para ser feliz na cama”, diz Laura Muller,
que autografa seu novo livro, Sexo para adultos,
na Livraria da Vila do Shopping JK Iguatemi
Laura Muller faz sessão de autógrafos
de seu novo livro dia 13 de setembro, a
partir das 18h30, na Livraria da Vila do
Shopping JK Iguatemi, em São Paulo
7
ENTREVISTA | Laura Muller
Vila Cultural. Como alguém que
já atuou como jornalista, qual
a sua relação com entrevistas atualmente: você gosta de
concedê-las?
Laura Muller. Gosto sim. Acho que
entrevistas são uma oportunidade
para falarmos de sexualidade de
uma forma aberta, esclarecedora,
ou seja, uma chance para tratar
de educação sexual. Por ter trabalhado muito tempo como jornalista, entrevistando, a dinâmica
de perguntas e respostas ficou
bastante natural pra mim. Quando
passei a ser a entrevistada não
tive grandes dificuldades já que
estava bastante familiarizada com
essa situação.
VC. Quanto tempo levou para
fazer o novo livro e que critérios
usou para selecionar as questões que ele traz?
LM. O livro começou no campo
da imaginação, com questões
que acho sempre importantes.
Mas se observo, por exemplo,
que um tema está sendo muito
“perguntado”, vou reservando. A
seleção das perguntas ocorre no
processo do meu trabalho como
um todo, ou seja, minha atuação
no consultório, as participações
no Altas Horas e principalmente
nas palestras apresentadas Brasil
afora. Então, a partir daí, pensei
em um “livro para adultos”. A edição das perguntas também inclui
questionamentos que chegam via
redes sociais.
VC. O livro começa tratando justamente de um comportamento
de época: “desejo” na era digital
e nas redes sociais. Nessa “confusão” entre o que é público e
privado, como agir quando o
assunto é sexo?
LM. O mais importante é saber
que sexo é uma questão de ordem privada e não pública. Essa
intimidade deve ser vivida com
bastante respeito, com muito
cuidado, com uma pessoa especial e isso se vive no campo
do que é privado. É íntimo. Mas
com o processo de globalização
8
O mais importante é saber
que sexo é uma questão de ordem
privada e não pública.
da sociedade, todo o comportamento que veio com acesso
às redes sociais, na era digital,
as pessoas acabam se expondo muito em diversas situações
e o sexo está entrando nesse
território. A dica que costumo
dar é: tente realmente repensar
isso, principalmente entre adultos, e ficar atento quanto aos
limites, avaliando bastante em
que espaços você quer deixar
sua sexualidade.
VC. De onde vem o seu interesse
pela compreensão da sexualidade e o que a levou a apostar nesse tema como escolha
profissional?
LM. Tudo começou com o jornalismo. Foi um processo natural.
Depois de alguns anos trabalhando em jornais, fui trabalhar como
“editora de sexualidade” na revista Claudia. Me interessei bastante
por essa “nova área”, mas, ao assumir minhas funções na revista,
entendi o quanto era difícil falar de
um tema tão complexo. Fui fazer
uma pós-graduação em Educação
Sexual para aprender falar sobre
sexualidade, inicialmente numa
revista, mas acabei me apaixonando pelo tema. Aí, começaram
as palestras, os livros. Aos poucos
fui deixando o jornalismo e me tornando cada vez mais educadora
sexual. A partir de convites após
as palestras, pensei em atender
em consultório. E nesse momento
resolvi me graduar também no
curso de Psicologia. Hoje, além do
trabalho com sexualidade e educação sexual e da minha atuação
no consultório, que é mais ampla,
acredito que trabalho com comunicação social como um todo.
VC . C o m o v o c ê d e f i n i r i a
uma pessoa “bem resolvida
sexualmente”?
LM. Seria aquela que está em
contato com o que a essência dela
pede, levando em consideração
suas possibilidades, seus valores,
seus limites e suas crenças. Ou
seja, a pessoa que se respeita e
que faz o que deseja fazer dentro
dos seus próprios limites. Em relação à maneira como encontra seus
parceiros, cada um deve escolher
e estipular seus critérios. A dica
que dou é que devemos aceitar a
prática sexual somente enquanto
não estamos sendo feridos ou
ferindo alguém. Nem sexualmente
nem emocionalmente. No livro,
em que estamos falando com o
universo dos adultos, precisamos
focar no amadurecimento das relações e da responsabilidade que
cada um tem sobre a própria vida.
Por isso, é essencial pesar os
prós e contras de toda relação. Se
estivermos falando para adolescentes, a recomendação principal
é: não banalize o sexo, nem faça
a fila andar muito rápido. Calma.
O mundo não vai acabar hoje. É
interessante começar a viver as
experiências sexuais com bastante calma para não se machucar.
VC. Que dicas você daria para
evitar julgamentos morais quando o assunto é sexualidade?
LM. Sexo ainda é assunto tabu
na nossa cultura e por isso gera,
além de muitas dúvidas e curiosidades, também muitos julgamentos morais. Então o que eu
diria é que as pessoas precisam
cada vez mais olhar para o significado pessoal – que é único,
de cada um – que dá ao sexo,
para evitar os preconceitos e os
julgamentos. É fundamental estar bastante atento à importância
do sexo como individualidade e
como um todo. Especialmente
na questão do respeito ao outro,
pois cada um tem o direito de viver
As novas gerações vêm mais abertas para
viver a própria sexualidade, incluindo a
bissexualidade ou a homossexualidade.
a sexualidade da forma que se
sentir mais confortável.
VC. Qual a pergunta que mais
se repete quando o assunto é
sexualidade e vida sexual e a
que você atribui a frequência
dessa questão específica?
LM. Se estivermos observando o
público jovem, pensando na fase
de iniciação sexual, há sempre
três “grandes eixos” mais perguntados e eles têm a ver com
a gravidez fora de hora, com as
doenças sexualmente transmissíveis (como evitar e lidar com
elas) e a prática do sexo em si – o
que inclui o afeto, o prazer e a
diversidade. Por outro lado, entre
adultos, as preocupações giram
em torno das dificuldades sexuais,
dos limites e das possibilidades.
Perguntas mais frequentes têm
a ver com questões femininas (a
dificuldade no orgasmo, a dor na
penetração e a falta de desejo, por
exemplo) e masculinas (ereção e
ejaculação precoce, por exemplo). Todas essas “dificuldades”
têm tratamentos, mas é preciso
buscar dois tipos de especialistas: psicólogos, para as questões
emocionais, e os médicos, para
tratar as questões físicas.
VC. O fato de você ser uma mulher bonita é um facilitador ou
dificultador para falar de sexo?
LM. Obrigada pelo elogio, mas
sinceramente não sei se facilita
ou dificulta. O maior desafio não
está relacionado à aparência,
mas a quanto estudamos o assunto e o quão confortáveis estamos para conversar sobre sexo.
O foco é o conteúdo.
VC. Supostamente mais tranquilas em relação a temas difíceis
para outras gerações (a bissexualidade, por exemplo), como, na
sua opinião, as novas gerações
têm lidado com a sexualidade?
VC. As novas gerações vêm mais
abertas para viver a própria sexualidade, incluindo a bissexualidade ou a homossexualidade.
Mas mais uma vez precisamos
ter o cuidado para não cair no
modismo ou na banalização de
comportamento. Se a pessoa tem
um desejo genuíno de experimentar a sexualidade, tudo bem. Mas
é preciso se perguntar se isto
realmente é um desejo íntimo dela.
VC. Dados recentes indicam que
há um aumento de infecções
pelo HIV entre os jovens brasileiros. Como pessoa pública
e formadora de opinião, como
avalia sua atuação ao tratar de
sexo seguro (com camisinha)
e de todo o “peso moral” que a
doença ainda carrega?
LM. Os sexólogos em geral aprendem a importância deste tema e
do uso da camisinha, não apenas
para prevenção da aids, mas de
todas as doenças sexualmente
transmissíveis. Um dado relevante
é que este aumento tem acontecido nas extremidades da população do País, tanto em jovens
quanto em pessoas da terceira
idade. Por isso é essencial que
nós, sexólogos, falemos não
apenas sobre o uso da camisinha na prevenção de doenças,
mas também sobre o prazer, os
desdobramentos de uma gravidez fora de hora etc., abarcando toda a amplitude que o tema
sexo envolve.
VC. Idealmente falando, como
você acha que a “educação sexual” deve acontecer?
LM. Sempre digo que o importante
é que a educação sexual seja feita
pela sociedade como um todo, ou
seja, que os espaços para falar da
sexualidade de uma maneira franca, aberta e esclarecedora sejam
abertos para todas as pessoas.
Para a criança e o adolescente,
principalmente, é importante que
este tema esteja disponível constantemente – seja em casa ou na
escola. Para o adulto, apesar de
não ser tão simples, pois o sexo
ainda é um tabu, a discussão me
parece já estar estabelecida. É
preciso ampliar o diálogo com
nossos filhos também. O que sempre recomendo é que o adulto
vá em busca de informação de
qualidade, em todos os meios de
comunicação possíveis.
VC. Qual é a melhor maneira
para falar de sexo com idosos?
LM. Da mesma maneira como
falamos com qualquer outra faixa
etária. De um jeito franco, aberto e
esclarecedor. Não importa se com
crianças, adolescentes, adultos
ou idosos.
VC. Reproduzindo uma questão do livro, por que a literatura
erótica parece fascinar tanto as
mulheres e não aos homens?
LM. Justamente pelo jeito de cada
um na cama: a literatura erótica
está para as mulheres assim como o vídeo erótico está para os
homens. Isso porque, conforme
sempre dizemos, as mulheres
despertam para o sexo principalmente com a imaginação erótica,
o que pode ser altamente estimulado com esse gênero literário.
Já os homens são mais visuais, e
os vídeos de sexo parecem sob
medida para estimular seu desejo
e prazer.
VC. Quais seus autores e/ou livros
favoritos na literatura erótica?
LM. Não costumo ler literatura
erótica com frequência. O que
cheguei a ler, mais pela movimentação gigantesca entre leitores
e leitoras, foi Cinquenta tons de
cinza. Por questões profissionais,
precisei me inteirar sobre o assunto para conhecer um pouco mais
sobre a temática que o livro trazia
e todo o impacto que causou.
9
CAPA
Promoção do Livro
Infantojuvenil
Nos dias 24 e 25 de setembro, em todas as lojas da
Livraria da Vila, os livros do segmento têm descontos
especiais entre 30% e 50%. Confira alguns títulos que
fazem o maior sucesso entre os leitores
Árvore das estações que vêm e vão
O livro de Patricia Hegarty, lançado pela Publifolhinha, apresenta com delicadeza e
belas ilustrações o ciclo das estações na natureza: das cores suaves do inverno aos
tons vibrantes do verão, e todas as outras mudanças da flora e da fauna que se dão
conforme as temperaturas sobem ou descem.
O BGA – O bom gigante amigo
Da Editora 34, o livro é uma edição especial do clássico de Roald Dahl que inspirou o
filme homônimo. A ideia é comemorar os 100 anos de nascimento do autor, numa “festa”
que inclui as belas ilustrações de Quentin Blake, aqui apresentadas em grande formato.
Confissões de uma garota excluída, mal-amada e (um pouco) dramática
Da editora Arqueiro, o livro de Thalita Rebouças, que faz um tremendo sucesso entre
as adolescentes, trata de bullying, família em crise, confusões de identidade e uma
sequência de temas intensos que costumam despertar identificação imediata entre as
fiéis leitoras da autora.
Contêiner
Título da editora Pequena Zahar, o lindo livro de Fernando Villela também
costuma fazer o maior sucesso entre adultos com as aventuras e confusões
de um cachorro e de uma gata que viajam pelo mundo – de Hong Kong,
na China, ao Rio de Janeiro – dentro de contêineres em navios de carga.
Diários de Pilar
Os livros de Flavia Lins e Silva para a editora Pequena Zahar
criaram a identidade cativante da personagem do título,
autora dos diários em questão, com suas viagens para países
como Grécia e Egito. Junto com a protagonista, o amigo Breno
e o gato Samba embarcam na aventura.
10
O escaravelho do diabo
Publicado pela Ática, o livro de Lúcia Machado de Almeida propõe mistério e suspense sob
medida para leitura na adolescência, quando “vítimas ruivas” recebem um escaravelho antes
de serem assassinadas. É a única pista de que o protagonista Alberto dispõe para tentar
chegar ao criminoso da história.
Extraordinário
Da Intrínseca, o livro de J.R. Palacio conta a história de August Pullman, o Auggie. Por
causa de uma síndrome genética, ele tem uma deformidade facial. Auggie começa
a frequentar uma escola onde precisa provar que, apesar da sua aparência, é um
garoto como outro qualquer.
O grande livro da Clara e do Gabriel
De Ilan Brenman e Silvana Rando, o título da Brinque-Book reúne quatro das “mais
queridas” histórias criadas pelos dois autores, entre elas, Gabriel, As botas do Gabriel,
Clara e A tiara da Clara, que revela o fascínio da personagem pelo acessório que ela
se recusa a tirar dos cabelos.
Harry Potter e a Pedra Filosofal
Da editora Rocco, a edição ilustrada do best-seller de J.K Rowling é item indispensável
para os fãs do personagem cujos livros criaram o maior fenômeno editorial da história.
De traços precisos e minuciosos, Jim Kay assina as ilustrações do título, o primeiro
dos sete livros da série.
Lua de vinil
O livro de Oscar Pilagallo, publicado pela editora Seguinte, coloca o adolescente Giba
diante de um dilema moral que acaba por “desconstruir” sua inocência na São Paulo do
começo da década de 1970, com a ditadura militar como cenário político e o som do
Pink Floyd como trilha sonora.
Os Marvels
Da SM editora, o livro de Brian Selznick traz duas narrativas aparentemente desconexas. Numa delas, em 1766, durante a encenação de uma peça, um navio naufraga
e deixa como únicos sobreviventes o garoto Billy Marvel e seu cão. O jovem então
reinicia sua vida trabalhando no Teatro Real de Londres.
11
CAPA
O menino maluquinho
Da Melhoramentos, o livro de Ziraldo, com o personagem mais carismático da literatura
brasileira para crianças (e que está na capa desta Vila Cultural) é item indispensável.
Sempre pronto para muita confusão, o Maluquinho lidera a garotada, sabe de tudo e é
um amigão que qualquer um queria ter.
O Menino e o Monstro
Da Panda Books, o livro de Henrique Sitchin também aposta na ideia de transformação
de sentimentos, impressões e “vínculos” com história que junta os personagens do título,
um garoto tímido que adora futebol e um monstro que vivia na floresta, onde a história
ganha mais cores e emoção.
Minha professora é um monstro
O livro de Peter Brown, publicado pela Intrínseca, é protagonizado por Beto e propõe,
pelas descobertas, a compreensão de que a antipatia que ele alimenta pela professora
do título pode tranquilamente ser reavaliada em circunstâncias diferentes das que ele
vive na escola, onde é preciso ter disciplina.
O que é o que é?
Da Salamandra, a série O que é o que é?, com a assinatura da escritora
Ruth Rocha, é título fundamental para a garotada ao propor, como indica
o título, adivinhas das mais engraçadas e amalucadas. Em cada tirinha há
uma charada para divertir e, ao mesmo tempo, treinar raciocínios rápidos.
O que são classes sociais?
O livro é dos títulos de uma coleção superbacana, originalmente lançada na Espanha,
em que o selo Boitatá propõe temas “adultos” em “compreensão infantil”. Há ainda, na
mesma série, A ditadura é assim, A democracia pode ser assim e As mulheres e os
homens, sobre diferenças de gênero.
Star Wars
Publicados no Brasil pela editora Aleph, livros como Academia Jedi - O retorno de Padawan,
de Jeffrey Brown, seguem fazendo o maior sucesso com a “moçada” – de idades variadas.
De apelo colecionista, contemplam com propriedade os incontáveis fãs da série.
Um ano inesquecível
Do selo Gutenberg, trata da adolescência em quatro contos inspirados nas estações do ano
e escritos por autoras best-seller: Paula Pimenta narra a viagem de inverno, Babi Dewet vive
outono de mudanças, Bruna Vieira escreve sobre primavera e Thalita Rebouças narra um
intenso amor de verão.
12
13
ESPECIAL
As meninas de Ziraldo
“Alice tem todas as características do mistério
feminino. Então, pensei: vou fazer um livro não
para me explicar sobre as meninas, mas para
explicar as meninas”, diz o escritor
A
edição 2016 da Promoção do Livro Infantojuvenil, que anualmente movimenta a Livraria
da Vila em suas ações de
incentivo à leitura e ao apreço pelos livros na infância e
na adolescência, celebra a
obra e a trajetória de Ziraldo,
um dos mais importantes
autores do País, um legítimo “ativista” da leitura. Pela
constância do trabalho que
inclui mais de uma centena
de livros publicados, pela
presença frequente em lugares longínquos para falar
de literatura e sobretudo pelo
“luta” em favor da leitura, Ziraldo é referência como autor
e cidadão brasileiro.
Às vésperas de completar 84 anos – ele faz aniversário no
dia 24 outubro –, sempre de bom
humor, Ziraldo lança este mês o
livro Meninas (Melhoramentos),
inspirado em Alice no país das
maravilhas, o clássico de Lewis
Carroll (1832-1898). E continua
repetindo, como um mantra, sua
frase mais famosa: “Ler é mais
importante do que estudar”. “É a
coisa mais importante do mundo”,
diz, atribuindo à leitura toda a base para percepção da vida, para a
construção do conhecimento e de
uma visão do mundo que permita
experiências mais enriquecedoras
e íntegras.
Ao apresentar Alice à sua maneira, Ziraldo se concentra em
explicar quem é a menina, um ser
encantado que “dura” apenas dos
14
para desmentir quem afirma que
dois corpos não podem ocupar o
mesmo espaço ao mesmo tempo.
O novo livro traz lindas ilustrações
de Ziraldo, originalmente feitas
em preto e branco, coloridas por
Renato Aroeira.
O ilustre “pai” do Menino Maluquinho, cuja personalidade se
confunde com a de seu criador,
também se diverte com o “diálogo” de gênero. “Há alguns anos,
no lançamento de um dos livros
da na coleção O menino e os planetas, uma menina me abordou e
me perguntou: ‘Por que o senhor
só escreve sobre menino?’ Eu
falei: ‘Porque menino eu
7 aos 11 anos. São as
meninas, afinal, ele reforça, que inventam amigos imaginários, transformam
lágrimas em rios de esperança,
perseguem coelhos brancos,
enfrentam rainhas loucas e se
apaixonam por gatos luminosos.
Além da narrativa onírica, Ziraldo entende e reverbera o livro
do autor inglês como uma homenagem à menina. Para
o escritor brasileiro,
Carroll traz à mostra
um pequeno ser de
tão curta permanência em nossas vidas
que, ao final do seu
tempo, se divide em
duas e, juntas, menina e
mulher, seguem em frente
Ilustração Ziraldo / Cores Renato Aroeira
sei como é que funciona, menina
eu não sei’. Ela retrucou e argumentou: ‘Acho que não é isso,
não. É porque meninos são dos
planetas e meninas são das estrelas’. Que danadinha, pensei.
Voltei para casa e, ao invés de
fazer o livro da série, resolvi, na
época, escrever um livro chamado
Menina das estrelas. Agora volto,
cinco anos depois, a falar com
elas”, ele diz, revelando o fascínio
pela obra de Lewis Carroll.
“Minha neta mais velha se
chama Alice. E eu sempre a presenteei com edições do livro de
Carroll. Ela deve ter mais de cem
edições de Alice, vindas de todos
países em que já estive. Tem livros
até em japonês e chinês, em vários idiomas. Nessa brincadeira,
também comecei a me interessar
pela obra de Carroll. Fui penetrando muito no universo dele para
entender o sucesso da Alice, que
é um dos livros mais vendidos e
traduzidos no mundo, depois da
Bíblia. Então, pensei: ‘esse cara
conhece muito da alma humana’.
Para revelar a alma humana num
livro infantil, pensei, tem algum
mistério aí? Descobri que a Alice
talvez seja literariamente o famoso
‘eterno feminino’, ainda que isso já
não se deva mais dizer porque é
uma expressão meio velha. Mas
ela descreve o que é ser feminino
na natureza humana. É o símbolo
que sintetiza todas as questões.
Ela tem todas as características
do mistério feminino, naquilo que
você quer conhecer. Então, pensei: vou fazer um livro não para me
explicar sobre as meninas, mas
para explicar as meninas. Nunca
na minha vida eu gostei de me
explicar ou explicar o que estou
fazendo, mas me entusiasmei nesse livro”, declara Ziraldo.
“A menina é o único ser no
mundo que contraria até a matemática, que é capaz de fazer
duas coisas ocuparem um só
um espaço, uma dualidade
perfeita. Outra coisa que
acho interessante é a que
menina e a mulher são
a mesma coisa. O homem nem sempre é
o futuro do menino,
mas a mulher é o
futuro da menina. A essência
feminina vai
da menina até
a velhinha. Ela
se mantém
de um ponto ao outro”,
afirma Ziraldo.
15
FESTIVAL
Pauliceia literária
Entre os dias 15 e 17, a terceira edição do encontro
realizado pela Associação dos Advogados de São Paulo
reúne escritores brasileiros e estrangeiros, homenageia
Luis Fernando Verissimo e tem entrada gratuita
S
16
Luis Fernando Verissimo
suas edições anteriores, o autor
no foco agora é Verissimo, que fez
fama sobretudo pelo seu talento
para crônicas.
Escritor, humorista, cartunista,
tradutor, roteirista, autor teatral e
romancista, Verissimo tem mais
de 60 títulos publicados. Também
por sua atuação na imprensa,
transformou-se em um dos mais
populares autores brasileiros contemporâneos. O escritor encontra
o também cronista Antonio Prata
na estreia do Pauliceia.
Outra presença de destaque é
a do escritor Cristovão Tezza, convidado para falar especialmente
sobre Os fantasmas da escrita.
Dos mais premiados e traduzidos
da literatura brasileira, Tezza nasceu em Lages, em Santa Catarina,
e vive em Curitiba, a cidade que,
de alguma forma, também se
transformou em personagem de
sua obra. O romance mais conhecido e celebrado do escritor é O
filho eterno (Record), ganhador
de diversos prêmios e já traduzido
para pelo menos outros 15 países.
Como cronista, Tezza reuniu textos
originalmente publicados no jornal paranaense Gazeta do Povo
em livros como Um operário em
férias e A máquina de caminhar.
Seu romance mais recente é O
professor, que ganhou edição em
italiano este ano.
Entre os convidados, nomes
que invariavelmente geram conversas e ideias sempre muito bem-vindas, como o do argentino Alan
Pauls. Sempre prestigiado pelos
Foto Bruno Veiga/Divulgação
ão Paulo fica ainda mais
interessante em setembro
com a realização, entre os
dias 15 e 17, da terceira edição
do festival Pauliceia Literária, uma
iniciativa da Associação dos Advogados de São Paulo. Durante
três dias, vários encontros e conversas reúnem autores dos mais
prestigiados, entre brasileiros e
estrangeiros. Com dois detalhes
que fazem a maior diferença: a
entrada é gratuita e a Livraria da
Vila é a livraria oficial do evento.
O festival, que tem curadoria de Manuel da Costa Pinto,
homenageia este ano o escritor
gaúcho Luis Fernando Verissimo,
presença confirmada na cena
de abertura, na noite do dia 15,
quinta-feira. “Um evento dessa
natureza na maior cidade do país
e com entrada franca evidencia
que a AASP sabe da importância
de disseminar cultura para a população”, comemora o curador.
“Mesmo com a crise, definimos a
programação sem qualquer prejuízo, incluindo autores brasileiros e
internacionais que foram escolhidos pelo equilíbrio entre demanda
e formação do público,” declara
Costa Pinto.
“A Pauliceia Literária é um
presente da Associação dos Advogados para São Paulo, para
todos, não só para os advogados.
O evento está inserido na agenda
cultural da cidade e já é um sucesso”, diz Leonardo Sica, presidente
da entidade. Depois de homenagens aos escritores Patricia Mello
e Luiz Alfredo Garcia-Roza em
Fotos Aranxta Díez (Milena Busquets), Ricardo B Labastier (Alan Pauls) e Cristovão Tezza (autorretrato)
leitores brasileiros, o escritor ficou
conhecido ao escrever a famosa
trilogia sobre a Argentina dos anos
de 1970, que começou com História do pranto e teve sequência
com História do cabelo (2010) e
História do dinheiro (2013).
Autoras como Ana Cássia Rebelo, que nasceu em Moçambique
e vive em Portugal, prometem
destacar criações literárias com
assinaturas de mulheres. Advogada, ela começou a escrever o
blog “Ana de Amsterdam”, numa
referência à canção de Chico
Buarque e Ruy Guerra (para a
peça Calabar, o elogio da traição) em 2006. O blog acabou se
transformando num híbrido que
mescla diário íntimo com pequenos contos e narrativas ficcionais,
com textos que posteriormente
foram reunidos em livro. Ana Luisa
Escorel, autora Anel de vidro, romance que recebeu o Prêmio São
Paulo de Literatura de melhor livro
do ano em 2014, e Ana Miranda,
autora do premiado Boca do Inferno, também marcam presença
no Pauliceia. A espanhola Milena
Busquets, filha da também escritora Esther Tusquets Guillén, é
outra estrangeira convidada. Sua
obra de estreia, Hoy he conocido
a alguien (2008), ainda inédita no
Brasil, projetou-a na cena literária
espanhola, preparando a ampla
recepção internacional de Isso
também vai passar, seu segundo
romance, traduzido para mais de
30 idiomas. A escritora e desenhista Elvira Vigna e a escritora
e crítica de arte Verônica Stigger completam o time de autoras
convidadas.
O escritor e cronista Antonio
Prata, o jornalista e escritor Bernardo Kucinski, autor do romance
K. – Relato de uma busca, que
narra a busca de um pai pela filha
desaparecida durante a ditadura
militar brasileira e já foi publicado
em vários idiomas, o dramaturgo e escritor Fernando Bonassi,
o escritor português José Luís
Peixoto, o jornalista e crítico literário Julián Fuks, os escritores
Marcelo Rubens Paiva e Moacir
Milena Busquets, Alan Pauls e CristovãoTezza
Amâncio e o poeta coreano Oh
Sae-Young, que tem mais de
vinte livros publicados em vários
idiomas, são outros participantes do evento. A programação
completa do Pauliceia Literária,
as biografias dos convidados e
as inscrições para posterior retirada dos ingressos estão no site
www.pauliceialiteraria.com.br.
17
PERMACULTURA
Por uma vida positiva
Ciclo de palestras que tem a “ecologia prática”
como tema principal reúne especialistas para
uma série de encontros semanais entre setembro
e outubro na loja da Lorena
A
palestra O que é permacultura com o arquiteto e
bioconstrutor Tomaz Lotufo
abre no dia 13 de setembro, às
19h, na Livraria da Vila da Lorena,
o ciclo de palestras Como tornar
sua vida mais positiva. Com outros
cinco encontros programados
para acontecer até o dia 18 de
outubro, sempre às terças-feiras,
a série é organizada pela Positiv.A
– Soluções Ambientais Integradas e, além de reunir alguns dos
nomes da maior credibilidade
quando a discussão é sobre alternativas ecológicas para dia a
dia com base na permacultura,
o ciclo prima por disponibilizar
informação de qualidade para o
público leigo interessado na área
e nos métodos propostos (veja a
programação na página ao lado).
“A gente vive uma crise que
é generalizada. Ela é política, é
social, é de toda ordem. Desde a
corrupção até o uso inadequado
do solo, a poluição, a distribuição de alimentos, o excesso de
desperdícios. Tudo isso tem uma
questão central que é a cultura,
que depende sempre de uma
educação que seja justamente
fundada na experiência cultural.
Não basta, por exemplo, construir escolas e dizer que se está
educando. É preciso ‘educar culturalmente’, educar por meio de
uma cultura que proponha um
jeito positivo de viver, ou seja,
com valores que possibilitem que
tudo melhore, que tudo tenha mais
qualidade, não quantidade”, diz
Lotufo, que também fala sobre
18
Arquitetura de impacto positivo na
palestra programada para a terça,
27 de setembro.
O termo Permacultura, o tema
central dos encontros propostos
pela Positiv.A, foi criado na década de 1970 pelo ex-professor universitário australiano Bill Mollison
ao definir “ambientes humanos
sustentáveis e produtivos em equilíbrio e harmonia com a natureza”.
Se, há quarenta anos, a definição
tinha, além do vigor revolucionário
e libertador de época, incontáveis argumentos para o discurso
ativista, agora ganha o viés da
praticidade como foco principal.
“De um jeito simplificado, permacultura é ecologia prática que
tem como ferramenta o design.
Você desenha o seu modo de
vida baseado em princípios da
ecologia. Se utilizo um carro, vou
desenhá-lo de maneira que ele
seja ecologia prática. Se preciso
de uma casa, vou projetá-la para
que ela seja ecologia prática. Então, o objetivo é criar um sistema
o mais sustentável possível e o
mais positivo possível. Para isso, é
preciso definir ciclos. Um exemplo
que uso muito é que permacultura
não é você ter uma composteira doméstica em casa, pura e
simplesmente. Permacultura é
quando você pega o seu lixo orgânico, coloca nessa composteira
doméstica, transforma o lixo em
adubo, usa o adubo na sua horta,
colhe o alimento, cozinha e se alimenta dele. Aí você fecha o ciclo.
Permacultura não define coisas
e ações isoladas. É um ciclo de
ações integradas”, afirma Lotufo.
“O que a gente procura fazer
neste tipo de encontro, com as
palestras, é sensibilizar as pessoas para questões importantes, porque no dia a dia, com a
vida tão corrida, às vezes elas
passam despercebidas. É uma
oportunidade de conversar sobre
exemplos, imagens, de contar
causos. Isso ajuda a buscar coisas novas, novos caminhos”, diz
Guilherme Castagna, especialista
no desenvolvimento de sistemas
ecológicos de manejo de água,
convidado para a palestra do dia
4 de outubro, quando falará sobre Uma cultura de cuidado com
a água.
“Não sabemos lidar com a
água, que exploramos de uma maneira estúpida e inconsequente.
Hoje vivemos a escassez simplesmente por incapacidade de enxergar ao nosso redor e trabalhar a
favor dela. Por que se a água tem
essa capacidade de autopurificação – de chover, por exemplo, e
a água ‘voltar’ o tempo inteiro –,
então, na verdade, não falta água.
O que falta é uma capacidade de
nos inserirmos melhor no ciclo da
água. E eu encaro isso como um
desafio”, afirma Castagna, que se
autoapresenta como “projetista e
ativista”. “São coisas muito simples que você pode fazer. Se você
parar para pensar, por exemplo,
que a gente usa água potável
para absolutamente tudo dentro
de casa, inclusive para dar descarga no vaso sanitário –, e que
essa água vem de um lugar muito
longe e distante, e que já vivemos
a falta que nos faz ter que usar
menos água, isso começa a trazer
reflexões que levam a ações bem
práticas. Neste caso, se for para
reduzir o consumo, dá para trocar
os aparelhos de descarga, usar
redutores de vazão – que você
compra por R$ 3. Em uma casa
com dez torneiras, por exemplo,
é possível ter uma redução de
consumo de até 30% ao mês”, ele
exemplifica.
“Precisamos de uma massa
crítica de peso, que as pessoas, os cidadãos, as instituições,
a sociedade, os intelectuais, os
empresários, os formadores de
opinião e todos os agentes influentes na nossa sociedade optem
por um novo caminho cultural. No
momento em que isso acontece,
começamos a mudar a sociedade
por uma vida de mais qualidade,
mais abundante, mais equilibrada
do que essa que a gente está vendo hoje”, afirma Lotufo, indicando
uma trilha irreversível se a ideia é,
como propõe o ciclo de palestras,
tornar a vida mais positiva.
A programação
13 de setembro
O que é Permacultura,
com Tomaz Lotufo
20 de setembro
Energia: Novas tendências,
com Nilson Dias
27 de setembro
Arquitetura de impacto positivo,
com Tomaz Lotufo
Fotos Divulgação
4 de outubro
Uma cultura de cuidado com a
água, com Guilherme Castagna
11 de outubro
Sistemas agroflorestais,
com Peter Webb
18 de outubro
Alimentação funcional orgânica,
com Renato Caleffi
Os convidados
Guilherme Castagna
Sócio-fundador da Fluxus Design Ecológico, onde
integra sua formação de engenheiro civil aos princípios
de design ecológico no desenvolvimento de projetos de
sistemas inovadores de gestão de água. Ganhou, entre
outros, os prêmios von Martius 2013 e Saint-Gobain de
Arquitetura – Habitat Sustentável 2014, com o projeto de
manejo integrado de águas pluviais do Estádio Nacional
de Brasília.
Nilson Dias
Com pós-graduação em gerenciamento de projetos pela
Fundação Getúlio Vargas, optou por se especializar em
outras áreas de conhecimento e hoje é referência nas
áreas de permacultura e sustentabilidade. É fundador
do Instituto Pindorama, que promove a educação para
sustentabilidade, e autor do livro Permacultura para
casas e organizações ecológicas.
Peter Webb
Formado em Horticultural Science na Austrália e em
Agricultura Biodinâmica na Inglaterra, estudou permacultura com Bill Mollison. Desde o final dos anos de
1990 vive em São Paulo, comanda cursos e desenvolve
projetos de agroflorestas, agricultura autossustentável,
paisagismo, cirurgia em árvores e reflorestamento.
Renato Caleffi
Chef e sócio-proprietário do restaurante Le Manjue
desde setembro de 2007, Caleffi aperfeiçoou seus conhecimentos culinários nos Estados Unidos, Argentina
e Canadá. É professor, pesquisador, pioneiro na gestão
e consultoria em alimentos orgânicos, numa atuação
que fez seu nome e seu trabalho se transformarem em
referência nacional em gastronomia funcional orgânica.
Tomaz Lotufo
Formado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da
Universidade de São Paulo, o bioconstrutor e educador
atua no escritório 2 Bio + Arquitetura, onde tem como
foco arquitetura de baixo impacto ambiental e projetos
comunitários. Lotufo é professor de disciplinas como
Construções Sustentáveis e Arquitetura, Cidade e
Sustentabilidade em cursos de pós-gradução.
ENCONTROS
O que: Ciclo de palestras Como tornar sua vida mais positiva, com Guilherme Castagna, Nilson Dias, Renato Caleffi, Tomaz Lotufo e Peter Webb
Loja: Lorena
Quando: início dia 13 de setembro, a partir das 19h, com encontros
semanais até 18 de outubro
Inscrições e ingressos: ciclopalestrapositiva.eventbrite.com.br
ou pelo email:[email protected]
19
ENCONTRO
História de amor
Projeto Planeta de Leitores promove encontro com
Marianne Nishihata, autora do romance inspirado no
“amor impossível” entre uma brasileira e um japonês que
lutou na 2ª Guerra Mundial
20
O que mais chamou a atenção
dele, relata Marianne, foram os
cachos quase loiros, embalados
pelo vento, da moça pela qual
se apaixonou. Ilma, por sua vez,
já simpatizava com homens “de
olhos puxados”. “Mas, recatada e
religiosa, não deu muita bola para
os olhares instigantes daquele
desconhecido bem apessoado.
Alguns dias se passaram e eles se
reencontraram na Missa do Galo e,
a partir daí, foram muitos encontros e desencontros na pequena
cidade do interior de São Paulo”.
Apaixonados à primeira vista e depois separados pelo ciúme, pelas
diferenças culturais e, por fim, pelo
horror da guerra, os dois vivem a
situação, real ou imaginária, de
que o amor vence tudo.
No caso do preconceito, diz
Marianne, ele vinha da família
Tomiyo, que não aceitava o noivado dele com uma gaijin, uma
mulher não japonesa. É outro dos
elementos que, no pano de fundo
histórico de um dos momentos de
maior turbulência da geopolítica
mundial do século passado, dinamiza histórias pessoais e reais
que sempre fascinam o leitor.
“Conheci a dona Ilma porque
o primeiro pracinha descendente
de japoneses que entrevistei foi o
Satsuki Nakasone, que também
é de Mogi das Cruzes. Ele me
disse que um dos companheiros
que lutou na guerra com ele também era de Mogi e se chamava
Alberto Tomiyo Yamada. A partir
daí, descobri que Yamada era
tio de uma amiga de minha mãe,
que me passou os contatos da
dona Ilma. Tive uma afinidade à
primeira vista com ela, sempre
atenciosa e disposta a conversar
comigo. Quando percebi, já conversávamos como se fôssemos
amigas. Ela era aquela pessoa
que segura na sua mão e olha nos
seus olhos para conversar, tinha
um coração enorme”, declarou
Marianne sobre o encontro que
inspirou o livro.
PLANETA DE LEITORES
O que: conversa com a jornalista
e escritora Marianne Nishihata,
autora do livro Amor entre guerras
(Editora Planeta)
Loja: Lorena
Quando: 14 de setembro, entre
19h e 21h
Foto Divulgação
O
projeto Planeta de Leitores, parceria da Editora
Planeta e da Livraria da
Vila que tem o objetivo de aproximar leitores e autores, apresenta
dia 14 de setembro, a partir das
19h, na loja da Lorena, uma escritora em seu momento de estreia: a
jornalista Marianne Nishihata, que
lançou Amor entre guerras, seu
primeiro livro, no ano passado.
Misturando ficção e realidade,
ela escreveu um romance sobre
a história de amor entre uma
carioca e um japonês que lutou
pelos aliados na Segunda Guerra
Mundial.
A ideia e a trajetória do livro
são peculiares. Quando concluía
o curso de jornalismo, no começo
dos anos 2000, Marianne investiu
numa grande reportagem-pesquisa sobre a história de 43 nisseis
que vestiram a farda da Força
Expedicionária Brasileira (FEB)
para ir à Europa lutar na Segunda
Guerra Mundial. Entre os soldados, estava Alberto Tomiyo Yamada, cuja família emigrou do Japão
para o Brasil em 1921. É a vida
dele que inspira o romance de
Marianne, que já viveu em Tóquio,
onde trabalhou como jornalista da
revista Made in Japan.
O livro foi escrito com base
nas cartas trocadas entre Tomiyo
Yamada e a carioca Ilma Faria,
que Marianne conheceu, durante
o tempo em que ele esteve na
guerra. Yamada viu Ilma pela
primeira vez na estação de trem
de Mogi das Cruzes, numa tarde
ensolarada de dezembro de 1940.
LANÇAMENTO
De tragédias e comédias
Apaixonado confesso pela história latino-americana,
o escritor Javier Arancibia Contreras autografa
seu novo romance, Soy loco por ti, América
dia 13 de setembro na loja da Fradique
Foto Renato Parada/Divulgação
O
escritor Javier Arancibia
Contreras autografa Soy
loco por ti, América (Companhia das Letras) dia 13 de setembro a partir das 19h, na Livraria
da Vila da Fradique. Apaixonado
confesso pela história latino-americana e igualmente avesso a “livros
de literatura com apelo didático”,
conforme já declarou, Contreras
mescla, no novo romance, “tragédia pessoal e comédia política” ao
contar histórias independentes que
definem “o contundente cenário de
uma America Latina que parece
estar condenada aos seus vícios
históricos”.
Os personagens do livro, com
histórias aparentemente distintas
entre si, são o jornalista Sergio Vilela, que vivia em um quarto-e-sala
chinfrim no Méier a quilômetros
da praia até se mudar para um
apartamento de alto padrão em
Brasília; Santiago Lazar, que se
exilou em Londres, trocou de nome
e usa um tapa-olho de couro negro;
e o jovem Marlon, que empreende
uma missão suicida para varrer a
escória do mundo. Díspares ao
primeiro olhar, eles são “unidos
por uma atmosfera tragicômica
em que há vencedores apenas na
aparência”, conforme o material de
divulgação do livro.
Ex-repórter policial, autor do
livro Imóbile, que foi finalista do
Prêmio Sao Paulo de Literatura,
Contrera integra a lista que a prestigiosa revista Granta publicou em
2012 relacionando vinte nomes como “os melhores jovens escritores
brasileiros”. Lançada originalmente
Javier Arancibia Contreras
em Cambridge, Inglaterra, em
1882, a revista começou, quase
um século depois, em 1983, uma
edição dos vinte melhores jovens
escritores britânicos. O mote foi
adotado também pela Granta
norte-americana e pela Granta em
língua espanhola. Os números com
estas seleções são publicados
uma vez a cada dez anos e nomes
como os dos escritores Michael
Laub, Daniel Galera e João Paulo
Cuenca, entre outros, aparecem na
lista dos autores brasileiros.
Sobre o novo romance, Contrera declarou que, mesmo que as
histórias se passem em cidades
diferentes, cria-se um painel da
América Latina dos anos de 1960
até os tempos atuais. “Foi ali que
tudo começou. Naquele pedaço de
mundo bucólico e pouco habitado,
dividimos os dias entre os passeios
cinzentos e gelados à beira-mar,
as inúmeras garrafas de vinho, a
marijuana que eu ainda não havia
experimentado e de que passei a
gostar, o sexo rápido e constante
da juventude, a leitura de passagens de livros que Ana trouxera na
bagagem e as muitas conversas
intermitentes sobre um futuro no
qual nem ela nem eu gostaríamos
de pensar, mas pensávamos”, escreve Contrera no trecho do livro
divulgado pela editora.
LANÇAMENTO
Livro: Soy loco por ti, América
(Companhia das Letras), de Javier
Arancibia Contreras
Loja: Fradique
Quando: 13 de setembro, a partir
das 19h
21
RETRATO | Freddie Mercury (1946-1991)
A voz do rock
Estrela absoluta do Queen, autêntico “encantador de
multidões” e dono de uma voz tão potente quanto seu
carisma, Freddie Mercury compôs hinos que dão mais
relevância e alcance ao repertório da música pop
O
rock star Freddy Mercury, ilustre e inesquecível vocalista do Queen
e intérprete de canções como
Bohemian rhapsody, We are the
champions e Love of my life, que
ecoam mundo afora há pelo menos três décadas, completaria 70
anos no dia 5 setembro. Mercury
morreu, aos 45 anos, em novembro de 1991, em decorrência da
aids, quando o mundo ainda não
sabia como enfrentar a doença,
mas seu talento e sua imagem
tiveram tamanho impacto na música e na cultura pop mundial que
o cantor jamais saiu de cena.
De voz potente e fôlego incomum, Mercury tem sua trajetória
automaticamente associada à
cena londrina da época em que
começou a fazer sucesso, os enlouquecidos anos de 1970. Mas
ele nasceu em Stone Town, Zanzibar, então uma colônia britânica
– hoje pertencente à Tanzânia –,
na África. Foi educado em uma
escola inglesa, a St. Peter Boarding School, onde estudou piano
e já dava pistas de seu talento
musical. Seu nome de nascimento
é Farrokh Bulsara, mas já na escola virou Freddie (o Mercury viria
mais tarde, ao assumir os vocais
do Queen).
Por causa de uma revolução
no país natal, Freddie, que tinha
18 anos na época, e sua família
foram para Inglaterra em 1964.
Ele estudou design gráfico no Ealing Art College, onde conheceu o
baixista Tim Staffell, líder de uma
banda de nome Smile. Brian May
22
era o guitarrista e Roger Taylor, o
baterista. Freddie foi convidado
a participar dos ensaios e, em
1970, com a saída de Tim, Freddie virou vocalista do grupo,
que mudou de nome. Agora era
o Queen. O resto é história.
Mercury compôs vários sucessos da banda, músicas como
Somebody to Love, Killer Queen e
Crazy little thing called love, que
se transformaram em autênticos
hinos inclusive pelo carisma com
que o vocalista dominava multidões. Com seus impensáveis
improvisos vocais, as turnês bem-sucedidas dos primeiros anos da
banda passaram a lotar estádios
em diferentes lugares do mundo.
Primeiro de cabelão, maquiagem preta, unhas pintadas no
típico visual glam daquele momento, depois se transformou
na imagem mais masculina, de
bigode e força artística que, de
alguma forma, também traduzia
a ambiguidade sugerida pela bissexualidade que vinha a público,
numa trajetória que, além de momentos memoráveis, já inspirou
incontáveis pesquisas, análises
e biografias.
Em Freddie Mercury: A biografia (Record), por exemplo, lançado em português no ano passado
– também para marcar 30 anos
do primeiro Rock in Rio, em que o
Queen fez apresentações históricas –, a escocesa Laura Jackson,
que, entre outros, já escreveu sobre Bon Jovi, Steven Tyler e Bono
Vox, percorre a trajetória do astro
desde a infância em Zanzibar
até a consagração mundial no
auge da indústria pop do mundo
pré-globalização.
A história de amor e amizade de Mercury com a namorada
Mary Austin, que teria inspirado
a canção Love of my life, e a
parceria de vida inteira com a
amiga-confidente Barbara Valentin são destacadas no livro, que
traz depoimentos de músicos,
amigos, encarte de fotos e todos
os elementos que convêm a uma
biografia de superstar.
Já em Freddie Mercury (Best
Seller), autointitulado “a biografia
definitiva”, a jornalista inglesa
Lesley-Ann Jones apresenta sua
versão e suas impressões para
um personagem que, por baixo,
já deve ter rendido pelo menos
duas dezenas de outras biografias. No caso, a fluidez do texto
(para um livro de 500 páginas)
vem da combinação da narrativa de uma trajetória artística
fascinante com ingredientes de
uma vida pessoal bem animada,
no melhor estilo “sexo, drogas e
rock’n’roll”. Literalmente.
A insistência para comprovar
a tese de que o “monstro” do
palco era uma pessoa ansiosa-insegura, com insinuações
psicanalíticas meio rasas, não
chega a ser demérito capaz de
desvalorizar a extensa pesquisa
de “reportagem” de Jones, que
faz um paralelo entre a ascensão
eletrizante como ídolo de rock
e a obsessão pelo sexo casual.
Tudo, bom lembrar, na década
de liberdade sexual recentemente
conquistada (depois dos tempos
hippies de paz e amor) e quase
“interrompida” pelo furor da aids,
que, se não traumatizou, pelo menos marcou a sexualidade de uma
geração. O livro traz histórias de
amigos de Mercury, como Elton
John, Rick Wakeman e David Bowie, e é leitura bem agradável para
quem se interessa por personagens, ou melhor, por ídolos que
deixaram as melhores lembranças
e saudades.
Ilustração Jonas Ribeiro
SOB CONTROLE
“É maravilhoso. A luz do sol faz a diferença.
As pessoas estão autorizadas a deixar aflorar aqui. O público é maravilhoso e amo as
demonstrações de emoção. Eles recebem
a música de um jeito mais animado, mas
posso mostrar-lhes quem está no controle.
Não sei por que ficam tão animados por
eu me vestir como uma mulher. Há muitas travestis aqui. Parece uma segunda
natureza para um monte de gente. Basta
ir e olhar em qualquer esquina e você vai
encontrá-las. O Rio é um lugar interessante,
mas eu ainda não fiz muita coisa. É preciso
ter alguns dias para se familiarizar com
uma nova área, mas eu tenho um pequeno
círculo de amigos por aqui. Sem falar que é
um mercado enorme. Se você quebrar por lá, a
quantidade de dinheiro que você faz aqui é enorme.
Abrimos a América do Sul para o resto do mundo.
Nós viemos originalmente porque fomos convidados. Eles queriam quatro rapazes saudáveis para
tocar um pouco de música agradável. Agora, gostaria de comprar todo o continente e instalar-me
como presidente. E o Queen não estaria susceptível
de estar de volta a Grã-Bretanha até 1986 pelo
menos. Mas há sempre o álbum solo de Freddie
para olhar para frente. É uma batida orientada,
com algumas coisas que eu queria fazer há muito
tempo. Acho que é um álbum muito natural e
espero que as pessoas gostem de minha voz.
Mas eu não estaria em turnê sozinho. Sem os
outros, eu não seria nada. A imprensa sempre
diz que eu sou selvagem e que todos os outros
são tranquilos, mas isso não é verdade.”
Freddie Mercury, em janeiro de 1985, sobre sua
participação no Rock in Rio, em entrevista
a Robin Smith para a revista Mirror Record
DEBATE
Prazeres perigosos
Para lançar o livro em que discute erotismo,
gênero e os limites da sexualidade, a antropóloga
Maria Filomena Gregori debate o tema com
o deputado Jean Wyllys na loja da Lorena
A
24
Maria Filomena Gregori
jogo as distinções sociais entre
norma e transgressão, consentimento e abuso, deleite e dor,
elegendo como foco um campo
de polaridades que supõe interrogações sobre os “limites da
sexualidade”.
Na fronteira entre a pesquisa
etnográfica, os estudos de gênero, a teoria social e o ensaio, o
livro atualiza o debate em torno
do erotismo, do sadomasoquismo,
das relações das pessoas com os
objetos e ilumina as forças que
atuam na conexão de cada um
com aquilo que existe de mais seu,
o próprio corpo.
“Discutir as articulações entre
prazer e perigo em algumas manifestações do erotismo contemporâneo” é o desafio do trabalho,
escreve Maria Filomena. “Prazer
está associado à sensação de
bem-estar, ao deleite, e indica
uma inclinação vital. Perigo sugere
uma circunstância que prenuncia
um mal a alguém ou a algo. Para
além disso, a ideia de associar
prazer e perigo surgiu da análise
da literatura feminista, em que há
uma das convenções que, a meu
ver, ilustra bem as possibilidades
e os paradoxos da conexão entre
esses termos: a noção de que o
erotismo, olhado da perspectiva
de gênero, é formado por prazer e
perigo”, argumenta Maria Filomena na apresentação do livro.
DEBATE
O que: debate sobre erotismo e
gênero com a antropóloga Maria
Filomena Gregori, que lança autografa o livro Prazeres Perigosos
(Companhia das Letras), e o deputado Jean Wyllys.
Loja: Lorena
Quando: 16 de setembro, a partir
das 19h.
Foto Renato Parada/Divulgação
antropóloga Maria Filomena
Gregori autografa Prazeres perigosos – Erotismo,
gênero e limites da sexualidade
(Companhia das Letras) dia 16 de
setembro na Livraria da Vila da Lorena, a partir das 19h. Para marcar
o lançamento do livro, a escritora e
pesquisadora participa de um debate com o deputado Jean Wyllys,
numa discussão que promete.
Estudo pioneiro sobre o erotismo contemporâneo ao articular discussão sobre gênero e
pesquisa etnográfica, o livro de
Maria Filomena parte de algumas
questões intrigantes: “O que é o
erotismo? Como homens e mulheres consomem pornografia em
suas diversas modalidades? Como
isso muda de acordo com as classes sociais? Como o mercado se
transformou nos últimos anos com
a entrada em cena do ‘erotismo
politicamente correto’? Quais as
articulações entre prazer e perigo
nas manifestações do erotismo
contemporâneo?”
Aos buscar suas respostas,
Maria Filomena, que é professora da Unicamp, conduz o leitor
a espaços do mercado erótico,
começando pelas sex shops
de São Francisco, nos Estados
Unidos, até chegar a São Paulo,
onde “boutiques eróticas” exibem
cremes e cosméticos sexuais lado
a lado com dadinhos, bonecos
infláveis de todo tipo e fantasias
de colegial, tiazinha, empregada,
bombeira ou coelhinha.
A ideia da pesquisadora é examinar as práticas que colocam em
PROGRAMAÇÃO | setembro_2016*
Muitos sabores
Foto Divulgação
Às vésperas da Primavera, a agenda cultural de setembro
promete: há cursos, workshops, teatro e lançamentos
como Azeite de oliva – Olivicultura e gastronomia, um livro
para saborear com os olhos
Da editora Olhares, Azeite de oliva – Olivicultura e gastronomia, que traz as assinaturas
da chef Flávia Quaresma, do sommelier de azeite de oliva Paulo de Abreu e Lima e do
químico agrícola espanhol César Cólliga Martínez, tem sessão de autógrafos dia 12 de
setembro, na Livraria da Vila da Lorena, em São Paulo, a partir das 18h30
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PROGRAMAÇÃO | setembro_2016*
Lançamentos
15/9, QUINTA, das 18h30 às 21h30
Pequena Londres
De Maria Angélica Constantino
Ed. Novo Século
Pátio Batel
1/9, QUINTA, das 19h às 21h30
Em cantos contados
De Ana Luisa Rossival Preto
Independente
3/9, SÁBADO, das 19h às 21h30
Bar & Bat Mitzvah
De Baruch Plavnik
Independente
Fradique
1/9, QUINTA, das 18h30 às 21h30
Diálogos sobre a clínica
psicanalítica
De Marion Minerbo
Ed. Blucher
2/9, SEXTA, das 18h às 21h30
O poema que eu não escrevi
De Célio Conrado Rodrigues
Vox Editora
3/9, SÁBADO, das 15h às 18h
Gestão da manutenção/ Reflexões
de docência do ensino superior/
Esfacelados
De Renato Nogueirol Lobo/Karel
Henricus Langermans/ Victor Martins
Ed. Alexa Cultural
10/9, SÁBADO, das 15h às 18h
Psicodrama: Apontamentos e
criação
De Liana Gottlieb e Sergio Perazzo
Ed. FiloCzar
10/9, SÁBADO, das 15h30 às 18h30
Samadhi − Vértebras em que
versos correm
De Juliano do Amaral Carvalho
Ed. Confraria do Vento
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7/9, QUARTA, das 15h às 18h
Manual de reabilitação aquática
De Fabio Jakaitis
Ed. Manole
13/9, TERÇA, das 19h às 21h30
Soy loco por ti, América
De Javier Arancibia Contreras
Ed. Companhia das Letras
12/9, SEGUNDA, das 18h30 às 21h30
Novas faces da vida nas ruas
De Taniele Rui, Mariana Martinez e
Gabriel Feltran
Ed. EdUFSCar
14/9, QUARTA, das 18h30 às 21h30
Guia brasileiro de produção
cultural: Ações que transformam
a cidade
De Cristiane Olivieri e
Edson Natale (Orgs.)
Ed. Sesc
13/9, TERÇA, das 18h30 às 21h30
Mila Zeiger – Estampas de uma
vida
De Marleine Cohen
Independente
15/9, QUINTA, das 18h30 às 21h30
Gordos, magros e obesos
De Denise Bernuzzi de Sant’Anna
Ed. Estação Liberdade
17/9, SÁBADO, das 16h às 20h
Uma proposta indecente e
Plano B
De Luis Carlos Buggeli
Veraarte Editorial
20/9, TERÇA, das 18h30 às 21h30
Os signos na cozinha
De Graziella Marraccini
Ed. Ibep
23/9, SEXTA, das 18h30 às 21h30
A amizade em tempos de
tecnologia
De Bárbara Garcia Ribeiro Soares da
Silva
Paco Editorial
23/9, SEXTA, das 18h30 às 21h30
Pelos caminhos do belo
De Fernando Antônio Ferreira de Barros
Independente
29/9, QUINTA, das 19h às 21h30
Amores anônimos
De Daniela Arrais
Independente
Shopping
Pátio Higienópolis
3/9, SÁBADO, das 15h às 18h
Três amores
De Roberta Martins
Ed. Jaguatirica
14/9, QUARTA, das 18h30 às 21h30
A venda nossa de cada dia
De Marcelo G. Coutinho
Independente
15/9, QUINTA, das 19h às 21h30
Compêndio de oftalmologia geral
De José Ricardo de Abreu Reggi, Maria
Cristina Nishiwaki Dantas e Paulo Elias
Correa Dantas
Ed. Atheneu
17/9, SÁBADO, das 15h às 18h
Ritos da oralidade: Tradição
messiânica de protestantes no
regime militar brasileiro
De Leandro Seawright Alonso
Ed. Paco Editorial
20/9, TERÇA, das 18h30 às 21h30
Na verdade a paz/A paz é possível
De Wagner Balera
Ed. Lumen Juris
23/9, SEXTA, das 18h30 às 21h30
Manual de nutrição para o
exercício físico
De Sueli Longo
Ed. Atheneu
26/9, SEGUNDA, das 18h30 às 21h30
40 Sonetos
De Cássio Junqueira
Ed. Edicon
28/9, QUARTA, das 18h30 às 21h30
Teatro de reprise: Improvisando
com e para grupos
De Rosane Rodrigues
Ed. Summus
* Programação sujeita a alteração.
Aurora
12/9, SEGUNDA, das 18h30 às 21h30
Nazistas entre nós
De Marcos Guterman
Ed. Contexto
Galleria Shopping
Lorena
10/9, SÁBADO, das 15h às 18h
Ética e direito dos animais
De Luiz Paulo Rouanet e Maria C.
Maringoni de Carvalho
Ed. UFSC
10/9, SÁBADO, das 15h às 18h
O autor da minha história
De Maria Vidal de Souza
Ed. Independente
24/9, SÁBADO, das 15h às 18h
Contos jurídicos: Um dedo de
prosa e um gole de justiça
De Schleiden Nunes Pimenta
Ed. Lumen Juris
12/9, SEGUNDA, das 18h30 às 21h30
Azeite de oliva − Olivicultura e
gastronomia
De Flávia Quaresma, Paulo de Abreu e
Lima César Cólliga Martínez
Ed. Olhares
Shopping
JK Iguatemi
13/9, TERÇA, das 18h30 às 21h30
Sexo para adultos – Tudo o que
você sempre quis saber, mas não
tinha coragem de perguntar
De Laura Muller
Ed. Leya
15/9, QUINTA, das 18h30 às 21h30
Operações imobiliárias –
Estruturação e tributação
De Renato Vilela Faria e Leonardo
Freitas de Moraes e Castro (Coords.)
Ed. Saraiva
15/9, QUINTA, das 18h30 às 21h30
Solidariedade e abuso do Direito:
A urgente necessidade de
retomada dos valores morais/
O que é a inteligência? − Filosofia
da realidade em Xavier Zubiri
De Tatiana Bonatti/Felipe Cherubin e
José Fernández Tejada
Ed. Lumen Juris
19/9, SEGUNDA, das 18h30 às 21h30
Pedra bruta
De Paulo Levy
Ed. Sesi-SP
27/9, TERÇA, das 18h30 às 21h30
Interpretação da sentença cível
De Jorge Eustácio da Silva Frias
Ed. Juruá
Haverá bate-papo com o autor.
29/9, QUINTA, das 18h30 às 21h30
Direito de regresso nos contratos
de factoring
De Thiago do Amaral Santos
Ed. Juruá
16/9, SEXTA, das 19h às 21h30
Prazeres perigosos – Erotismo,
gêneros e limites da sexualidade
De Maria Filomena Gregori
Ed. Companhia das letras
Haverá bate-papo com a autora e o
deputado Jean Wyllys.
17/9, SÁBADO, das 15h às 18h
Infertilidade para casais e não
especialistas
De vários autores
Ed. Doc
20/9, TERÇA, das 18h30 às 21h30
Cristaleira de lembranças
De Monica Mehler
Ed. Miró
21/9, QUARTA, das 18h30 às 21h30
Bens culturais e cidades
sustentáveis
De Flávio Ahmed
Ed. Lumen Juris
21/9, QUARTA, das 18h30 às 21h30
O crime de corrupção no setor
privado
De Conrado Almeida Corrêa Gontijo
Ed. LiberArs
27/9, TERÇA, das 18h30 às 21h30
Psicologia do cotidiano – Como
vivemos, pensamos e nos
relacionamos hoje
De Cristiano Nabuco de Abreu
Ed. GrupoA
29/9, QUINTA, das 18h30 às 21h30
Tem dia que dói
De Flávia Mont Serrath
Ed. Volpi & Gomes
Cursos e Workshops
Educacuca
O objetivo primordial do Educacuca é promover o desenvolvimento, a
aprendizagem e a socialização das
crianças em seus primeiros anos de
vida, além de instrumentalizar o adulto
cuidador, orientando-o e enriquecendo seu repertório de brincadeiras.
Para agendamento de aula experimental e informações sobre horários para cada grupo, consulte o site
www.educacuca.com.br
Idade Permitida: 3 a 30 meses.
Terças e quintas – Loja: Lorena
Quartas – Loja: Fradique
26/9, SEGUNDA, das 18h30 às 21h30
Workshop: No universo do café
gourmet
Com Silvia Magalhães e
Fernando Santana
Os responsáveis pela elaboração do
café Afrodite oferecem um workshop
para mostrar aos amigos e clientes
do Café Afrodite/Livraria da Vila as
principais diferenças entre os cafés
tradicionais e o novo blend. Esperamos
vocês!
Evento Gratuito
Loja: Galleria Shopping
Clube de leitura
12/9, SEGUNDA, das 20h às 21h
Clube de Leitura:
Matusalém de flores
Com Jéssica Carvalho
Apoio Boitempo
Loja: Fradique
16/9, SEXTA, das 19h30 às 21h30
Clube de Leitura: Os Espanadores
Com Os Espanadores
Loja: Fradique
14/9, QUARTA, das 19h às 21h
Clube de Leitura:
Planeta de Leitores
Com Marianne Nishihata
Apoio: Ed. Planeta de Livros
Loja: Lorena
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PROGRAMAÇÃO | setembro_2016*
5/9, SEGUNDA, das 19h30 às 20h30
Felicidade: A chave para o
sucesso profissional
Com Nicole Tomazella
Inscrições:
http://nicoletomazella.com.br/palestra
Evento Gratuito
Loja: Aurora Shopping
13/9, TERÇA, das 18h30 às 21h30
1º Ciclo de Palestras: Como
tornar sua vida mais positiva – O
que é permacultura?
Com Tomaz Lotufo
Ingressos: http://www.eventbrite.com.br
Valor: R$ 50
Loja: Lorena
9/9, SEXTA, das 14h às 18h
Fashion Friday: Conexões
Com Fabio Uehara, Adriana Barbosa,
Juliana Silva, Bruna Guadaim e Camila
Dalla Costa
Chegou a hora de discutirmos como
criar e potencializar relacionamentos que
ajudem a construir negócios de moda
cada vez mais saudáveis e duradouros.
Inscrições no local, das 13h às 14h.
Evento Gratuito
Loja: Galleria Shopping
14 e 28/9, QUARTAS, das 16h às 17h
Palestra + aula: Língua solta –
Conversação em inglês
Apoio: Infor mation Planet e Inter
Americano
Evento Gratuito
Loja: Pátio Batel
10/9, SÁBADO, das 14h30 às 16h30
Café, Literatura e História
Com Marco Moretti e João Carlos Lema
Evento Gratuito
Loja: Lorena
10/9, SÁBADO, das 10h30 às 13h30
Diálogos do Lacaneando:
O que é um homem?
Com Patrizia Corsetto, Pedro Ambra e
Paul Kardous
Em meio a uma já consolidada tradição
de pesquisa sobre a feminilidade e a
sexualidade feminina, o debate trará a
abordagem do que é um homem para
a filosofia e o que é um homem para a
psicanálise traçando um panorama da
masculinidade no Ocidente.
Inscrições: [email protected]
Evento Gratuito
Loja: Pátio Higienópolis
13/9, TERÇA, das 19h30 às 21h30
Mais Ainda: A transferência na
clínica psicanalítica
Com Patrizia Corsetto, Niraldo dos
Santos e Rita Vogelaar
Debate sobre a transferência na clínica
psicanalítica, a resistência em análise,
tanto do analista como do analisador, e
o manejo transferencial. A transferência
se apresenta como uma faca de dois
gumes: se por um lado é o que permite
que o paciente se sinta confiante e
queira falar, por outro pode ser o local
das mais obstinadas resistências ao
progresso da análise.
Inscrições: [email protected]
Evento Gratuito
Loja: Pátio Higienópolis
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15/9, QUINTA, das 18h30 às 21h30
Encontro Literatura Africana
Com Natasha Magno e Alfredo Cesar
Melo
Um bate-papo sobre a literatura do
continente, seus principais nomes,
caminhos e história.
Evento Gratuito
Loja: Galleria Shopping
17/9, SÁBADO, das 11h às 13h30
Diálogos do Lacaneando: Criança
– Objeto ou sujeito?
Com Patrizia Corsetto, Ana Laura
Prates Pacheco e Beatriz Oliveira
O que é a criança para a psicanálise?
Quais os desafios que a contemporaneidade lança aos psicanalistas que
atuam na clínica com crianças? Qual o
lugar dos pais na análise de crianças?
Inscrições: [email protected]
Evento Gratuito
Loja: Pátio Batel
17/9, SÁBADO, das 11h às 13h00
Café Lacaniano:
Psicopatologia do ódio cotidiano
Com Miriam Debieux & João Angelo
Fantini
Evento Gratuito
Loja: Fradique
20/9, TERÇA, das 18h30 às 21h30
1º Ciclo de Palestras: Como
tornar sua vida mais positiva –
Energia: Novas tendências
Com Nilson Dias (Instituto Pindorama)
Ingressos: http://www.eventbrite.com.br
Valor: R$ 50
Loja: Lorena
24/9, SÁBADO, das 11h às 13h
Sócrates ao Café: EX-CLUÍDAS
– A tocha olímpica com Preta
Pretinha
Com Ber nadette Biaggi e Joyce
Venâncio
Prateleiras de lojas, propagandas televisivas, campanhas publicitárias: você
se encontra nelas? Um diálogo sobre
o brincar com a diversidade através
de bonecas de todas as etnias e deficiências.
Evento Gratuito
Loja: Fradique
26/9, SEGUNDA, das 19h30 às 21h
Direito autoral & Direito de
imagem
Com Dr. Darcio Augusto Júnior
A próxima edição da Série Encontros
promovida pela Associação de Repórteres Fotográficos e Cinematográficos
do Estado de São Paulo (Arfoc-SP)
em parceria com a Livraria da Vila
vai tratar de uma questão tão atual
quanto polêmica: o direito do autor
sobre sua obra e o direito do uso de
imagem de qualquer cidadão publicamente. Apesar de serem distintos em
si, ambos pretendem proteger autores
e retratados, no sentido de preservar
sua autenticidade e intimidade. Mas
até onde é possível estabelecer limites
em um universo em expansão? Com a
internet veio a revolução digital, e com
ela a liberdade de expressão. O desafio hoje é definir parâmetros em um
ambiente compartilhado, onde postar e
curtir são palavras de ordem.
Evento Gratuito
Loja: Lorena
26/9, SEGUNDA, das 19h às 21h30
Direito e Cinema:
filme Coisas belas e sujas
Com Alexandre Nicoletti Hedlund,
Marco Antonio Lima Berberi, e
Rui Carlos Sloboda Bittencourt
Temas: Direitos humanos, imigração e
biodireito
Apoio: Centro Europeu
Loja: Batel
27/9, TERÇA, das 18h30 às 21h30
1º Ciclo de Palestras: Como
tornar sua vida mais positiva –
Arquitetura de impacto positivo
Com Tomaz Lotufo
Ingressos: http://www.eventbrite.com.br
Valor: R$ 50
Loja: Lorena
* Programação sujeita a alteração.
Palestras
Vila da Criança
FRADIQUE
BATEL
15/9, QUINTA, das 18h30 às 21h30
A lenda do Patinho Azul
De Esteban Rey Fontan
Ed. Versus
HIGIENÓPOLIS
11/9, DOMINGO, das 15h às 18h
O mundo de Arturo
De Roberto Parmeggiani
Ed. Nós
17/9, SÁBADO, das 16h às 17h
Oficina de chapéu: Como
apavorar piratas
Idade indicada: a partir de 3 anos
Apoio: Ed.Vergara & Riba
24/9, SÁBADO, das 16h às 17h
I want to be
De Yvette Pais
Ed. Mercado de Livros
17/9, SÁBADO, das 15h às 18h
O campinho
De Luis Pontes
Ed. Giostri
24/9, SÁBADO, das 15h às 18h
No mundo da lua e dos planetas
De João Paulo Guerra
Independente
24/9, SÁBADO, das 16h às 17h
Oficina de colar:
Meu livro de formas
Idade indicada: a partir de 3 anos
Apoio: Ed. Vergara & Riba
LORENA
3/9, SÁBADO, das 16h às 17h
Oficina de chapéu:
Como apavorar piratas
Idade indicada: a partir de 3 anos
Apoio: Ed. Vergara & Riba
MOEMA
10/9, SÁBADO, das 16h às 17h
Oficina de marcadores:
Procura-se! Carlinhos Coelho, o
ladrão de livros
Idade indicada: a partir de 3 anos
Apoio: Ed. Vergara & Riba
GALLERIA
17/9, SÁBADO, das 15h às 18h
Eu e as sementinhas
De Aparecida Diniz
Ed. Adonis
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PROGRAMAÇÃO | setembro_2016*
Teatro Infantil
De 2/7 a 25/9, SÁBADOS e DOMINGOS, às 15h
O Mágico de Oz
Na clássica história, Dorothy vive em uma fazenda com seus tios
quando um tornado atinge a região. Ela se abriga dentro de casa, é
carregada pelo ciclone e vai parar na Terra de Oz, caindo em cima
da Bruxa Má do Leste. Dorothy é vista como uma heroína, mas o
que ela quer é voltar para Kansas. Para isso, precisará da ajuda do
Poderoso Mágico de Oz que mora na Cidade das Esmeraldas. No
caminho, ela encontra três companheiros: um Espantalho que quer
ter um cérebro, um Homem de Lata que anseia por um coração e
um Leão covarde que precisa de coragem. Será que o Mágico de
Oz conseguirá ajudar todos eles?
Local: Shopping JK Iguatemi
Valor: R$ 30 inteira | R$ 15 meia-entrada
De 6/8 a 25/9, SÁBADOS E DOMINGOS, às 16h
O Gato de Botas
Em meio a tanta tristeza devido a uma grande perda, o atencioso
pai precavido não deixou os filhos desamparados: a um filho deu um
moinho, ao outro um lindo burrinho e ao caçula deixou um gato. O
que será que essa história trará no final, depois de muita confusão,
aventura e uma linda lição? Aventura musical, com trapalhadas e tal!
Local: Pátio Batel de Curitiba
Valor: R$ 30 inteira | R$ 15 meia-entrada
De 4/9 a 25/9, DOMINGOS, às 16h
Mogli, o Menino Lobo
De um acidente de barco resulta a estória envolvente de carinho,
amor e amizade, em que um “filhote de homem” é colocado junto
a uma ninhada de lobos. A Pantera Baghera encontra o bebê e
o coloca junto aos lobos. O bebê é Mogli, que cresce e encontra
os perigos e alegrias de viver solto em uma floresta exuberante.
Mogli, o Menino Lobo é certeza de momentos de alegria e emoção
recortado de humor e música. O espetáculo conta com cenário que
reproduz uma floresta perfeita, o que leva as crianças a imaginarem
fazer parte da história.
Local: Galleria Shopping de Campinas
Valor: R$ 30 inteira | R$ 15 meia-entrada
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* Programação sujeita a alteração.
De 3/9 a 24/9, SÁBADOS, às 16h
Teatro para bebês – Um baú de barulhinhos
Lili é uma menina muito curiosa que a cada dia escuta um
barulho diferente saindo de seu baú mágico. Será que você
é capaz de adivinhar cada um? Uma história cheia de sons,
cores, movimentos, texturas e poesia. Venha descobrir cada
barulhinho e se encantar com este espetáculo cuidadosamente
criado para uma plateia pra lá de especial: os bebês entre seis
meses e três anos!
Local: Galleria Shopping de Campinas
Valor: R$ 30 inteira | R$ 15 meia-entrada
Teatro Jovem
De 3/9 a 29/10, SÁBADOS, às 17h30 (Exceto dia 1/10)
Espartanos
Um grupo de quatro amigos, moradores do mesmo
condomínio de classe média de São Paulo, faz parte
de um “clã” dentro do famoso jogo ESPARTANOS, que
virou uma febre entre os jovens. O jogo (fictício) consiste
em uma série de batalhas sangrentas travadas por
clãs de escravos guerreiros, dentro de um anfiteatro
romano. Tendo um de seus integrantes como um jogador
habilidoso e de extremo destaque, o clã passou a virar
coisa séria quando eles ganharam o direito de disputar
o campeonato nacional do jogo, e, assim, tiveram que
começar a treinar pra valer. Acontece que, em paralelo aos
treinos, um ocorrido no condomínio que envolve uma cena
de violência grave, filmada e espalhada pelos celulares
através dos grupos de WhatsApp, acaba mudando o jeito
como eles veem a violência e colocando a perder a chance
de ganhar o campeonato.
Local: Shopping JK Iguatemi
Valor: R$ 50 inteira | R$ 25 meia-entrada
Teatro Adulto
Fotos Divulgação
De 3/9 a 28/9, SÁBADOS às 20h e DOMINGOS às 18h
Espelho
Em um espaço vazio, duas atrizes contam suas histórias.
Cada uma formando um complexo caleidoscópio com
fragmentos de sua própria vida e da personagem que
representa. Ambas as personagens encontram-se em
situações limites, à espera de decisões que mudarão
profundamente as suas vidas.
Com foco na potência imagética e narrativa das palavras,
a encenação baseia-se na presença do ator. Quase não
há cenário nesse espaço suspenso, fora do tempo, onde
o ar se faz denso e a respiração é difícil.
Local: Shopping JK Iguatemi
Valor: R$ 60 inteira | R$ 30 meia-entrada
TEATRO DA LIVRARIA DA VILA
Mais informações e ingressos: www.ingressorapido.com.br
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NOSSAS DICAS
LI E GOSTEI
Vinícius Ferreira dos Santos
Aurora Shopping
A amiga genial
Elena Ferrante
Muitos leitores verão em
A amiga genial uma metáfora sobre a crise política atual da Itália e, por
que não, da Europa, mas
ainda assim a leitura vai
muito além. Isso porque
o romance parece dialogar com o seu
momento presente a partir da difícil
reconciliação com o passado, uma vez
que a narradora desenha personagens
que são fruto de uma memória privada.
Nápoles é por vezes retratada como
uma cidade em ruínas tanto nas fachadas dos prédios e das casas quanto
no interior dos personagens, como se
estes estivessem ainda à sombra da
Segunda Guerra Mundial. Por isso, a
linguagem é fluida, pontual e objetiva,
com capítulos curtos, sem deixar que
a leitura se perca em aforismos e verborragias. É uma escrita brutal, mas
que em muitas passagens, incluindo
algumas memoráveis, mostra-se de
extrema delicadeza e sensibilidade,
nuance pouco vista na literatura atual.
Biblioteca Azul
VI E GOSTEI
Gustavo Lima
Fradique
Cabra marcado
para morrer
Eduardo Coutinho
A obra-prima de Eduardo Coutinho é um documentário sobre um filme
inacabado, baseado
na vida de João Pedro
Teixeira, líder da liga
camponesa de Sapé,
na Paraíba, assassinado em 1962
por policiais militares. O filme foi interrompido no período do golpe de
1964 e acabou se tornando um dos
documentários mais importantes da
história do Brasil. O filme se constrói
a partir de três pilares dentro do tema:
o primeiro mostra o período das filmagens e a vida de João Pedro Teixeira,
o segundo mostra o retorno a Sapé,
mostrando a situação dos trabalhadores após o final das filmagens, e o
terceiro mostra a vida de perseguida
política de Elizabeth Teixeira, esposa
de João Pedro Teixeira.
Mapa Filmes
MAIS VENDIDOS | agosto_2016
Ficção
Não Ficção
1º Trinta e poucos
Antonio Prata
(Companhia das
Letras)
2º A amiga genial
Elena Ferrante
(Biblioteca Azul)
3º Noite sobre as águas
Ken Follett (Arqueiro)
4º Depois de você
Jojo Moyes (Intrínseca)
5º Como eu era antes de você
Jojo Moyes (Intrínseca)
Infantil
1º O grande livro da Clara e do
Gabriel
Ilan Brenman (BrinqueBook)
2º O bom gigante amigo
Roald Dahl (Editora 34)
3º A revolta dos gizes
de cera
Drew Daywalt (Salamandra)
4º Darth Vader e filho
Jeffrey Brown (Aleph)
5º Diário de um Zumbi do Minecraft 7
Zack Zombie (Sextante/GMT)
1º Depois da tempestade
Ricardo Amorim (Prata)
2º Felicidade ou morte
Clóvis de Barros Filho e
Leandro Karnal (Papirus)
3º Trópicos utópicos
Eduardo Giannetti
(Companhia das Letras)
4º Lava Jato
Vladimir Netto (Primeira Pessoa)
5º Ted Talks
Chris Anderson (Intrínseca)
Juvenil
1º O diário de Larissa
Manoela
Larissa Manoela
(HarperCollins Brasil)
2º Lua de vinil
Oscar Pilagallo (Seguinte)
3º Diário de uma garota
nada popular 10
Rachel Renée Russel
(Verus)
4º Princesa das águas
Paula Pimenta (Galera Record)
5º A coroa
Kiera Cass (Seguinte)
Importados | adulto
Importados | infantojuvenil
CDs
DVDs
1º Harry Potter and the cursed child
– Parts I & II
J. K. Rowling (Scholastic)
2º Niemeyer
Philip Jodidio (Taschen)
3º Perfume de sonho
Sebastião Salgado (Paisagem)
4º Genesis
Sebastião Salgado (Taschen)
5º Caleidociclos de M. C. Escher
Doris Schattscheneider e Wallace
Walker (Taschen)
1º Era domingo
Zeca Baleiro (Som Livre)
2º Xangai
Xangai (Kuarup Discos)
3º O samba em mim – Ao vivo na
Lapa
Maria Rita (Universal Music)
4º Samba 100 – De Cartola a Caetano
Vários artistas (Universal Music)
5º The getaway
Red Hot Chili Peppers (Warner Music)
1º The very hungry caterpillar
Eric Carle (Penguin Books)
2º Hop on Pop by Dr. Seuss
Theodor Seuss Geisel Geisel
(Random House)
3º Where Wally? The great picture hunt
Martin Handford (Walker & Company)
4º Fantastic Mr. Fox
Roald Dahl (Puffin USA)
5º Room on the broom
Julia Donaldson (Penguin Books USA)
1º Zootopia – Essa cidade é o bicho
(Disney Home)
2º Batman – O cavaleiro das trevas
ressurge – DVD duplo
(Warner Pictures)
3º Ivete Sangalo – Acústico em
Trancoso
(Universal Music)
4º O samba em mim – Ao vivo na Lapa
(Universal Music)
5º Batman vs Superman – A origem
da justiça
(Warner Pictures)
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