do e-book

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do e-book
Evaldo Antonio Pinto Junior
Processos para a
implementação do
ENSINO A DISTÂNCIA
na área acadêmica
Editora Sol
São Paulo
2015
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Pinto Junior, Evaldo Antonio
Processos para a implementação do ensino a
distância na área acadêmica / Evaldo Antonio
Pinto Junior. -- São Paulo : Editora Sol, 2015.
Bibliografia.
1. Controle de processos 2. Ensino a distância
3. Ensino auxiliado por computador 4. Moodle
(Programa de computador) 5. Software livre
6. Tecnologia educacional I. Título.
15-07447
CDD-371.334
Índices para catálogo sistemático:
1. Projeto de implantação de softwares :
E-learning : Processos de ensino a distância:
Educação 371.334
A minha familia, meus pais Evaldo
Antonio Pinto e Marly Rondan Pinto, por
sempre terem me incentivado e me
motivado a estudar
SUMÁRIO
1 Introdução ............................................................ 9
1.1 Questão de pesquisa ...................................... 10
1.2 Processos para a implantação de softwares no
ensino a
distância na área acadêmica ................................ 10
2 Conceitos de Processos .................................... 34
2.1 Ensino a Distância .......................................... 38
2.2 Softwares para o ensino a Distância ............... 44
2.2.1 Softwares Open Source ............................... 46
3 Estudo de Caso: Plataforma Moodle – (FGV –
Fundação
Getúlio Vargas) ..................................................... 52
3.1 Cenário ........................................................... 53
3.2 Descrição da situação inicial ........................... 54
3.3 Ações .............................................................. 56
4 Discussão .......................................................... 58
5 Conclusão .......................................................... 60
Bibliografia ............................................................ 62
Biografia ................................................................ 65
RESUMO
PINTO
JUNIOR,
E.
A.
Processos
para
a
implementação do ensino a distância na área
acadêmica. 41 f. Monografia (MBA em Gestão de
Projetos e Processos). Centro Estadual de Educação
Tecnológica Paula Souza, São Paulo, 2015.
O presente trabalho tem por objetivo descrever os
processos para implementação do ensino a distância na
área acadêmica. A metodologia usada foi pesquisa
qualitativa e estudo de caso.
Quais são os processos para a implementação do
ensino a distância na área acadêmica.
Serão descritos os principais processos que são
necessários para a implementação do ensino a
distância na área acadêmica, todos os softwares
envolvidos, principais e secundários, os equipamentos,
sua real capacidade, e como testá-lo.
Entende-se que como objetivo é ter uma pesquisa e
descrição completa de todos os processos necessários
para a implementação de um sistema de ensino a
distância na área acadêmica de forma genérica,
demonstrando que os
processos necessários são os mesmos, o que vai
mudar são os softwares principais e secundários, que
serão utilizados, dependendo do porte da instituição de
ensino e do quanto poderá investir.
Será detalhado no estudo de caso da plataforma
Moodle – (FGV – Fundação Getúlio Vargas), a qual eu
escolhi, e também fiz um curso relacionado á área de
Gestão de Projetos, pois tem maior afinidade com o
curso que faço no Centro Paula Souza.
Palavras-chave:
Estudo
a
Processos de ensino a distância.
Distância.
E-learning.
1. Introdução
Com
o
avanço
constante
das
tecnologias,
sua
popularização e a consequente queda custo do preço
de softwares, e aumento do uso das ferramentas e
aplicações a elas relacionadas têm mudado nossa
sociedade. Entre outras, o domínio da tecnologia é uma
realidade
que
mudou
os
negócios,
a
gestão
(envolvendo os setores público e privado), a produção,
os serviços, as relações sociais e até a educação de
hoje. (http://www.abed.org.br)
Será descrito todos os processos e fases de um projeto
de implantação de softwares de EAD, independente dos
softwares a serem utilizados, podendo ser softwares
gratuitos ou pagos, os processos para a implementação
de uma plataforma de EAD em uma instituição de
ensino são os mesmos.
O que pode variar de um software para outro, são os
custos do software de EAD e dos softwares secundários
necessários para sua utilização. (DOWNES, STEPHEN.
WHAT CONNECTIVISM IS. HALF AN HOUR.)
Hoje em dia, existe muito pouca resistência por parte
dos professores em se utilizar de sistemas de EAD. Mas
ainda existem professores que não aceitam a ideia de
suas
- 9 -
atividades muitas vezes estarem sob supervisão de
administradores
de
sistema,
principalmente
os
professores mais velhos. Além disso, a necessidade de
estruturação adequada da disciplina para aplicação do
EAD acaba por desestimulá-los.
Será utilizado o software livre Moodle como Caso de
Uso, pois é o software de EAD - Ensino a Distância
mais usado no Brasil, por ter uma comunidade de
desenvolvimento
que
dá
suporte
(http://moodle.net/sites/index.php?country=BR).
,
e
como como tem muitas instituições de ensino que o
usam, se torna de fácil manutenção por ter uma farta
mão-de-obra.
1.1 Questão de Pesquisa
Quais são os processos para a implementação do
ensino a distância na área acadêmica ?
1.2. Processos para a implantação de softwares no
Ensino a Distância na área Acadêmica
Para a utilização dessas novas tecnologias, as
empresas vêm
se aprimorando, se adequando, especialmente no
campo da
- 10 -
educação e da formação profissional. Diante de
algumas lacunas e de restrições notadas na preparação
dos brasileiros para a atuação profissional, as empresas
têm ampliado e reforçado sua atuação na área da
educação
corporativa
e
do
treinamento.
(http://www.abed.org.br)
O uso de ferramentas e técnicas de Ensino a Distância
(EAD) - tem contribuído de maneira decisiva para o
sucesso das empreitadas corporativas na capacitação e
atualização dos conhecimentos de seus profissionais.
Grandes empresas (GE
– General Eletric, Philips, Fujitsu) que empregam
consideráveis contingentes, e que muitas vezes estão
presentes em diversas localidades do país (e até fora
dele), são aquelas que mais se beneficiam das
vantagens propiciadas por essa modalidade de ensino.
(http://www.abed.org.br)
O Ensino á Distância (EAD) faz parte da Gestão do
Conhecimento, que refere-se à criação, identificação,
integração, recuperação, compartilhamento e utilização
do conhecimento dentro de empresa. A Gestão do
Conhecimento, como é conhecida, é considerada um
sistema de gerenciamento corporativo. Tendo em vista
as mudanças
- 11 -
ocorridas, como a globalização da economia, o avanço
tecnológico, o conhecimento tornou-se valioso. As
empresas passaram por três etapas: era industrial
clássica, era industrial neoclássica e era da informação.
A Tecnologia da Informação aliada à Gestão do
Conhecimento, torna-se um meio e não um fim, para o
sucesso de uma estratégia. (http://www.sbgc.org.br)
Oferecer um treinamento a dezenas, centenas, ou até
milhares de pessoas, é uma tarefa muito mais fácil,
especialmente pelo uso de redes internas às empresas
(como as intranets), ou externas (como a internet). Além
disso, há a praticidade de o estudante participar de
qualquer lugar em que estiver de um curso de EAD,
fator especialmente vantajoso para empresas que têm
parte de seus profissionais atuando fora de suas
próprias instalações físicas. Até mesmo a profusão dos
equipamentos móveis, como smartphones e tablets, tem
contribuído para os avanços dessa modalidade de
ensino. (http://www.administradores.com.br)
É possível perceber que num artigo de Stephen
Downes,
intitulado
e-Learning
2.0,
publicado
em
Outubro de 2005 na eLearn Magazine, em uma reflexão
de desencanto da realidade do EAD na altura, em um
trecho do livro cita o autor
- 12 -
“In general, where we are now in the online world is
where we were before the beginning of e-Learning”, que
quer dizer “Em geral, onde estamos agora no mundo
on-line é onde estávamos antes do início do EAD”.
(DOWNES, STEPHEN. WHAT CONNECTIVISM IS.
HALF AN HOUR.)
Nota-se que segundo o autor, o EAD tinha-se
burocratizado e aproximado, cada vez mais, dos
modelos tradicionais de ensino, tanto presenciais, como
a distância. Mesmo algo grandemente inovador e com
grande potencial como o conceito de learning objects
(objectos de aprendizagem) tinha-se transformado na
base de um edifício que fornecia um ensino fechado,
inflexível e redutor, fechado em sistemas de gestão da
aprendizagem (Learning Management Systems) como o
Blackboard ou o WebCT que punham todo o controle do
lado das instituições. (DOWNES, STEPHEN. WHAT
CONNECTIVISM IS. HALF AN HOUR.)
Nota-se contudo, que as mudanças em transição na
Internet e nas formas como está era utilizada pelas
pessoas, que deram origem à designação Web 2.0, não
poderiam deixar de ter um forte impacto na educação e
na aprendizagem, fazendo entrever uma transição deste
cenário cinzento para uma outra forma que, seguindo a
movimentação e as
- 13 -
características dominantes da Web 2.0, daria muito
maior autonomia e controle ao aluno. É a essa junção
entre a Web 2.0 e o EAD que Downes chama eLearning 2.0. Na perspectiva deste autor, um dos
aspectos mais relevantes nesta mudança prende-se
com as formas como os novos utilizadores, que
nasceram e cresceram num mundo digital, chamados
digital natives (PRENSKY, 2001) ou
n-gen (net
generation) (TAPSCOTT, 1998), interagem com a
informação e encaram a comunicação e os media.
(DOWNES, STEPHEN. WHAT CONNECTIVISM IS.
HALF AN HOUR.)
Nota-se que em termos reais da aprendizagem, esse
conceito mostra-se por uma transferência do controle
para os estudantes, em abordagens pedagógicas
centradas neles e nas suas expectativas, necessidades
e características. Esta perspectiva permite-lhes uma
autonomia muito maior, por um lado e, por outro, dá
grande destaque a uma aprendizagem ativa, baseada
na criação, na comunicação e na participação. Estes
aspectos, é bom de ver, enquadram-se na perfeição nas
mudanças registradas na população estudantil e numa
cultura que, de certa forma, e em termos gerais, se
centra no consumidor/cliente. (DOWNES, STEPHEN.
WHAT CONNECTIVISM IS. HALF AN HOUR.)
- 14 -
Nota-se que com estas novas realidades, que atenuam,
até, as diferenças entre professor e aluno, entre quem
ensina e quem aprende, trazem também a necessidade
de novas formas de compreender, descrever e explicar
a aprendizagem e os modos como ela se desenvolve. É
nesse quadro que surge o Conectivismo, a teoria da
aprendizagem para a era digital proposta por George
Siemens (12/12/2004), relativamente à qual Downes
tem dado contributos tão significativos que pode
considerar-se hoje, em nossa opinião, um dos maiores
impulsionadores. Em termos simples, o Conectivismo
pede que o conhecimento está distribuído numa rede de
conexões e que, desse modo, a aprendizagem consiste
na capacidade de construir essas redes e circular nelas
(DOWNES, 03/02/2007). De extrema importância para a
construção deste “aprender na rede” de que fala
Siemens
é
que
existam
suportes
e
conteúdos
disponíveis e, neste sentido, a cultura de partilha e de
colaboração de que falamos a propósito da Web2.0, da
mesma forma em movimentos como o Código Livre
(Open Source, os conteúdos abertos, os recursos
educacionais
abertos
ou
as
licenças
Creative
Commons, é um dos grandes pilares do Conectivismo.
(DOWNES, STEPHEN. WHAT CONNECTIVISM IS.
HALF AN HOUR.)
- 15 -
É neste movimento da aprendizagem online de meio (de
suporte/transmissão de informação pré-organizada)
para plataforma, do software de aprendizagem online,
de ferramenta de consumo de conteúdos, em que a
aprendizagem é “fornecida”, para ferramenta de autoria
de conteúdos, em que a aprendizagem é criada, que
nasce uma nova relação entre os alunos e professores,
em que o aluno está no centro, um embrião do que viria,
pouco tempo depois, a ser idealizado como um
Ambiente Pessoal de Aprendizagem (Personal Learning
Environment).
(DOWNES,
STEPHEN.
WHAT
CONNECTIVISM IS. HALF AN HOUR.)
Implantação do Software de EAD – Escopo do
Projeto
Neste tópico descreve-se o resultado pesquisado de um
acompanhamento para implantação de um software de
EAD abordando o planejamento, a definição do escopo
e
a
Estrutura
Analítica
do
Projeto.
(DOWNES,
STEPHEN. WHAT CONNECTIVISM IS. HALF AN
HOUR.)
Planejamento do Escopo
Processo que documenta a definição, verificação e
controle do escopo do projeto e como a estrutura
analítica do projeto será criada e definida, essas
informações
são
descritas
através
gerenciamento do escopo.
- 16 -
do
plano
de
As entrevistas realizadas com as pessoas envolvidas no
projeto,
consideraram
os
seguintes
aspectos:
desenvolvimento, infra-estrutura, políticas de utilização,
marketing, parcerias, capacitação e gestão dos cursos,
além da produção áudio-visual. (DOWNES, STEPHEN.
WHAT CONNECTIVISM IS. HALF AN HOUR.)
Quanto
à
infraestrutura:
Nas
questões
de
infraestrutura de hardware e software, observou-se que
a maioria das instituições de ensino públicas e privadas
possui os requisitos mínimos necessários para a
implantação
da
plataforma
de
EAD.
Além
da
implantação da plataforma, deve-se implementar as
rotinas de cópia de segurança de dados necessárias
para garantir a segurança dos dados no software de
EAD. (DOWNES, STEPHEN. WHAT CONNECTIVISM
IS. HALF AN HOUR.)
Quanto á criação de cursos dentro do software de
EAD:
Um determinado curso foi desenvolvido e está sendo
utilizado por uma determinada instituição, que através
de cooperação cedeu o curso para outra instituição.
Inicialmente, as instituições querem que os alunos
cadastrados no seu seus sistemas de cadastro de
alunos,
sejam
automaticamente
cadastrados
software de EAD. Para isso, a solução pode
- 17 -
no
ser exportar os alunos cadastrados no sistema de
cadastro de alunos para serem cadastrados no software
de EAD, utilizando-se o mesmo código de aluno, e uma
senha padrão para todos os alunos, e essa senha
possa
ser
mudada
pelo
aluno
posteriormente.
(DOWNES, STEPHEN. WHAT CONNECTIVISM IS.
HALF AN HOUR.)
Assim, todas as matérias, devem ser cadastradas como
um curso no software de EAD. Também é necessário
estabelecer as regras de negócio para a situação onde
um aluno pode ser excluído do sistema de cadastro de
alunos.
Da mesma forma, deve-se definir as regras para as
matérias que
eventualmente
sejam excluídas do
sistema de grade de ensino da instituição para que
sejam automaticamente excluídas do software de EAD.
Além da integração do software de EAD com o cadastro
de alunos, e cadastro de matérias é recomendado
definir uma equipe que pode desenvolver e incorporar a
geração
de
certificados
no
software
de
EAD.
(DOWNES, STEPHEN. WHAT CONNECTIVISM IS.
HALF AN HOUR.)
Quanto as políticas de utilização do software de
EAD:
As políticas de utilização do software de EAD envolvem
aspectos gerenciais que devem ser coordenados pelos
- 18 -
coordenadores dos cursos da instituição o de ensino,
bem como pela secretária que controla o sistema de
cadastro de alunos.
Algumas das questões envolvidas com essas políticas
são descritas a seguir:
O software de EAD, instalado para nas instituições,
deve permitir o acesso de visitantes ?
O que acontece quando um participante termina o
curso ? Ele é eliminado e não terá mais acesso?
Devem ser cadastrados no software de EAD os cursos
nas modalidades presencial, semi-presencial ou a
distância ? Preferencialmente, todos os cursos
presenciais devem utilizar o software de EAD, ainda que
seja para dispor materiais e realizar a avaliação final do
curso pelos participantes. Dessa forma, os professores
e alunos familiarizam-se com o recursos, possibilitando
que o curso seja, posteriormente, ofertado na
modalidade semi-presencial. Nesse caso, um professor
que participou do curso presencialmente, poderá dar
apoio ao curso semi-presencial.
Da mesma forma, para que um curso seja ofertado a
distância é necessário que os alunos e professores
estejam familiarizados com os recursos e tenham
desenvolvido uma
- 19 -
cultura
de
participação
pró-ativa,
não
apenas
“recebendo” material, mas respondendo as atividades.
Todos os professores das instituições de ensino onde
acontecem os cursos são automaticamente professores
dos cursos online ?
Ou seja, ele pode contribuir, no software de EAD, para
as discussões, etc.?
Para que os professores possam evoluir suas atividades
para serem professores online, deveriam poder acessar
e contribuir nos cursos ofertados via plataforma de EAD.
Dessa forma, podem atuar como Mediadores de
discussões
e
acompanhamento
de
atividades
presenciais, semi-presenciais ou a distância. Para isso,
e necessário que eles reconheçam que podem ser
professores das instituições de ensino, resolvendo
questões
tecnológicas
e
professores
de
cursos,
apoiando na realização das atividades via plataforma de
EAD.
Licença dos Cursos: E preciso definir licenças para os
conteúdos dos cursos e oficinas ministrados via
plataforma de EAD, de forma que esses conteúdos
possam ser utilizados em cursos de larga escala.
- 20 -
Uma sugestão, que é muito difundida, e que é similar
aos conteúdos produzidos e disponibilizados pela Rede
Interativa Virtual de Educação do MEC, os conteúdos e
cursos devem ser, gradativamente, licenciados pela
licença Creative Commons.
Dessa forma, garante-se os direitos autorais dos
conteúdos, planos de aula e materiais didáticos diversos
e viabiliza-se o aperfeiçoamento desses materiais por
outros autores, desde que os mesmos atribuam o
crédito aos autores originais.
Quanto a customização do software de EAD, é
necessário criar as imagens e produtos audiovisuais
que contribuam para identificar o software de EAD como
sendo parte da instituição de ensino. Além da
customização da plataforma, que deve ser adequada ao
contexto da instituição de ensino, deve-se definir a
estrutura de cursos e matérias no software de EAD.
A estrutura do software de EAD define como acontece a
navegação no sistema, ou seja, como organizar os
cursos, matérias, etc.
- 21 -
Quanto á capacitação para utilização e gestão da
plataforma software de EAD, é necessário definir uma
agenda para capacitar administradores do software de
EAD, gestores de conteúdo e professores que sejam
participantes da instituição de ensino.
Quanto a produção Áudio-Visual, é necessário definir
uma equipe de produção multimídia para acompanhar
alguns momentos das oficinas que serão ofertadas.
Os produtos audiovisuais são essenciais para dar
escala aos cursos oferecidos.
A equipe deve estar preparada para filmar, editar e
catalogar
os
produtos
desenvolvidos.
Deve
ser
orientada a elaborar um termo para os professores
assinarem dando plenos direitos a instituição de ensino
em utilizar esses conteúdos.
Quanto a atuação da equipe de Marketing, deve estar
articulada com a equipe de produção audiovisual.
Eventualmente alguns conteúdos de cursos podem ser
divulgados nos sites da PRODEPA ou SEDECT.
Quanto a realização de Parcerias, vários grupos,
instituições, organizações em âmbito nacional já se
utilizam de um software de EAD.
- 22 -
Nessa direção, varias oficinas e cursos podem ser
ofertados em parceria, sem ônus de produção de
material.
Para isso, é necessário articular os convênios e buscar
os
cursos
que
estão
dentro
da
proposta
de
desenvolvimento da instituição de ensino.
Quanto
ao
acompanhamento
e
avaliação
das
participações, faz parte das tarefas dos administradores
acompanhar as participações através de relatórios de
participação de tutores, monitores e participantes. Os
relatórios
permitem
identificar
potenciais
disseminadores da tecnologia e apontar dificuldades no
processo que podem remeter a novas capacitações
para uso da ferramenta.
Além de acompanhar as participações, deve-se definir
uma equipe para avaliar as oficinas ofertadas via
plataforma de EAD. Para isso, deve-se estabelecer os
requisitos de avaliação dos cursos e oficinas ofertados
via plataforma de EAD para elaboração de questionário
de avaliação padrão que deve fazer parte de todos os
cursos e matérias ofertadas. A avaliação pode resultar
na identificação de novos multiplicadores ou de
demandas
para
novas
capacitações.
(DOWNES,
STEPHEN. WHAT CONNECTIVISM IS. HALF AN
HOUR.)
- 23 -
Definição do Escopo
Prepara-se nesse processo uma declaração de escopo
considerando as entregas, as premissas e as restrições
relacionadas com o desenvolvimento do projeto.
Objetivos e produto do projeto: A implantação da
plataforma de EAD nas instituições de ensino tem por
objetivo ofertar cursos online atingindo a inclusão digital,
levando oportunidades geradoras de novas ideias,
informações
básicas
sobre
diversos
assuntos,
beneficiando os alunos, que possuem mais difícil
acesso a instituição de ensino. No início do projeto será
ofertado cursos on-line para apoio a cursos presenciais
para despertar o interesse dos multiplicadores e dos
alunos
da
instituição
de
ensino
para
usar
as
ferramentas de apoio a educação disponíveis na
plataforma de EAD, ou seja, desenvolver a cultura de
consultar matérias postados e participar de atividades
virtuais, além de despertar para a mudança de
paradigma na educação. Com isso prevasê politic para
implantação e uso, adequar o design e a estrutura da
plataforma, realizar parcerias, produção de material
audiovisual e atuação da equipe de marketing. Outros
benefícios podem ser encontrados a partir da efetiva
utilização
- 24 -
dessa plataforma, conforme poderão ser observados
com o monitoramento da participação e interesse dos
alunos nos cursos ofertados. (DOWNES, STEPHEN.
WHAT CONNECTIVISM IS. HALF AN HOUR.)
Riscos iniciais do Projeto
Não ter suporte para implantação dessa plataforma por
alguém,
pessoa
física
ou
jurídica,
que
possua
conhecimentos teóricos e práticos para auxiliar a
realizar todos os processos necessários para alcançar o
sucesso do projeto.
Sofrer imprevistos internos ou externos que impeçam a
realização do projeto, pois envolve um cenário tão
complexo e inovador, por motivos não identificados no
contexto dos stakeholders.
Premissas do projeto
Por
ser
um
projeto
de
cenário
complexo,
há
informações que no momento da criação do plano do
projeto não foram obtidas e que precisarão de outras
reuniões para serem negociadas.
- 25 -
Estrutura Analítica do Projeto
EAP
consistem
em
uma
representação
gráfica
hierárquica da organização do projeto, denominada de
Work Breakdowm Structure (WBS) no PMBOK.
Identifica as partes de um projeto e as tarefas
associadas, ou seja, permite um melhor gerenciamento
devido
a
subdivisão
das
partes,
diminuindo
a
complexidade na execução das tarefas. Sendo que a
decomposição em níveis excessivos ocasiona um
gerenciamento inútil o ideal é conseguir equilíbrio no
momento da elaboração dos níveis da EAP, evitando
níveis muito baixos, sem informações suficientes. Em
consoante com a abordagem feita no PMBOK sobre o
Gerenciamento de Escopo, realizou-se a elaboração da
EAP do Projeto de Implantação de EAD nas instituições
de ensino com três níveis detalhados.
O primeiro nível, o topo, identifica o projeto que trata
esse artigo científico, no segundo nível observa-se as
cinco fases do projeto e o terceiro nível os componentes
estão relacionadas as tarefas a serem executas em
cada fase.
- 26 -
A seguir descreve-se a Estrutura Analítica do Projeto,
com o objetivo de mostrar quais resultados devem ser
esperados em cada fase do projeto.
A fase Planejamento implica em um conjunto de tarefas
que preveem as atividades que serão realizadas nas
fases de desenvolvimento, implantação, integração e
treinamento.
Depois temos de definir o Escopo, que consiste em
documentar através da EAP os níveis controlados
considerando o detalhamento das principais entregas,
premissas e restrições;
Depois temos de identificar os Stakeholders, que
significa reconhecer os envolvidos e interessados no
projeto. Nesse projeto mensuramos os seguintes
stakeholders: comunidades próximas a instituição de
ensino,
equipe
de
projeto,
professores,
e
administradores, além do mantenedor da instituição de
ensino.
Depois temos de definir a Equipe do Projeto, os
responsáveis por realizarem a implantação do projeto.
Depois temos de definir o Plano de Comunicação, para
definir os meios de comunicação que serão usados.
Depois temos de Projetar Estrutura Física, para verificar
e configurar o hardware desse sistema.
- 27 -
Depois temos de Projetar a Estrutura Lógica, para
verificar o que será necessário para inclusão de
software.
Depois temos de definir a Logística, para identificar a
equipe do projeto e quando poderão trabalhar, tendo em
vista que executam outros serviços da empresa.
Depois temos de definir as Políticas de Implantação do
Moodle, para restringir o que será necessário para
atingir o resultado esperado.
Depois temos de elaborar o Projeto Customização do
software de EAD, para definir cores, temas, como será
a interface do software de EAD.
Depois temos de elaborar o Projeto de Parcerias, para
identificar e contatar os futuros parceiros.
Depois temos de elaborar o Projeto de Marketing, para
definir mídias, onde serão realizadas as propagandas.
Depois temos de elaborar o Projeto de Produção
Audiovisual, para detalhar com a equipe o que poderão
realizar para usar esses recursos de aprendizagem.
Depois temos de elaborar a Agenda de Capacitação
para definir uma agenda para capacitar os motivadores
do uso do software de EAD.
- 28 -
Depois temos de elaborar o Plano de Acompanhamento
e Avaliação dos Alunos, para definir como serão
acompanhados e monitorados os alunos.
Depois temos de elaborar um Plano de Atualização de
escopo,
que
prevê
o
momento
de
controle
e
acompanhamento de mudanças.
Depois vem a fase de Desenvolvimento.
Depois temos de Customizar o software de EAD, para
criar modelos regionalizados do layout para serem
selecionados. Depois temos de Implementar o Módulo
de
Certificados,
para
desenvolvimento
de
outros
softwares para serem incluídos no sistema do EAD.
Depois temos de Produzir o Curso Piloto, para reunir
objetos de aprendizagem montando um determinado
curso como o de informática básica.
Depois temos de Implementar Novos Módulos, tarefas
de novos módulos sem previsão ou detalhamento do
mesmo. Depois temos de fazer a Produção de Recurso
Audiovisual, para criar matérias para aprendizagem.
Depois temos de Produzir Material de Divulgação, que
seja referente ao lançamento do projeto.
- 29 -
Depois vem a fase de implantação.
Depois temos de Montar Servidor, para montar o
hardware desse contexto.
Depois temos de Configurar o Servidor, para adicionar o
sistema operacional, os softwares e sistemas como a
linguagem de programação que vai ser utilizada, o
servidor web, o banco de dados, necessários para a
implantação da plataforma de EAD.
Depois temos de Instalar a plataforma de EAD, para
depois de pronto o servidor instalar a plataforma de
EAD.
Depois temos de Aplicar as Políticas de Utilização, para
configurar na plataforma de EAD as políticas de
utilizações. Depois temos de atualizar a versão da
plataforma de EAD, que prevê que durante o projeto
pode haver disponibilização de versões atualizadas no
site do fornecedor.
Depois temos de criar um Curso Piloto, para realizar as
capacitações previstas na fase de treinamento terá um
curso piloto.
Depois
temos
de
definir
o
uso
de
Recursos
Pedagógicos, para usar produções audiovisuais ou
objetos de aprendizagem para interagir com os alunos.
- 30 -
Depois temos de testar o Curso Piloto, para verificar
funcionamento das ferramentas.
Depois temos de disponibilizar o acesso, para definir
acesso pela internet.
Depois temos de fazer o Lançamento do Projeto, para
realizar um marco inicial das ofertas dos cursos on-line
para os alunos. Depois temos de monitorar o uso da
plataforma de EAD, onde o administrador deverá
realizar
esse
procedimento
para
buscar
novos
resultados e pesquisar o interesse dos alunos. Depois
vem a fase de Integração implica em relacionar a
plataforma EAD com outros softwares.
Depois tem de se integrar ao Sistema de Cadastro de
Alunos, onde esse sistema já é usado para gerenciar os
alunos da instituição de ensino, será necessário
relacionar os bancos de dados do Sistema de Cadastro
de Alunos e da plataforma de EAD.
Depois tem de se integrar o Módulo de Certificados,
para que com a formação de cursos os alunos tem
direito a certificados, que comprovam as atividades e
participações realizadas nas instituições de ensino, com
isso a necessidade de integrar aos sistemas um modulo
de certificado que poderá ser impresso nos locais
públicos de acesso a internet.
- 31 -
Depois temos de integrar Novos Módulos, com a
previsão de que haja alterações e sujam novos módulos
para serem integrados, essa atividade prevê as
integrações de módulos ainda não definidos, mas
poderão surgir durante a execução do projeto.
Depois vem a fase de Testes Integrados, onde deverão
ser realizados testes mais específicos com a aplicação
(que serão descritos posteriormente em detalhes quais
são).
Depois vem a fase de Treinamento e composta pela
previsão
de
capacitação
dos
multiplicadores
e
motivadores para usarem a plataforma de EAD.
Depois temos de capacitar os Professores, apresentar
aos professores como utilizar a plataforma de EAD,
recursos pedagógicos e atividades.
Depois temos de capacitar os Administradores, para
apresentar como administrar a plataforma de EAD e as
ferramentas.
(DOWNES,
STEPHEN.
WHAT
CONNECTIVISM
IS. HALF AN HOUR).
Progresso da Implantação
Algumas reuniões foram realizadas com o objetivo de
esclarecer os papeis, as expectativas dos stakeholders e
- 32 -
execução das tarefas para implantação do sistema. Um
dos papeis bem definidos e o da equipe de TI que será
responsável pela customização do layout, administração
da rede, administração da plataforma de EAD e
postagem de cursos. Apesar da complexidade do
contexto do projeto algumas fases definidas na EAP, já
estão em andamento.
Na fase de Planejamento é definido o nome que vai ser
dado para o projeto de implantação da plataforma de
EAD no contexto da instituição de ensino. Mas ainda
será produzido uma logomarca pelo setor de marketing
da instituição de ensino. Já na fase de Implantação
foram realizadas as tarefas de montar e configurar
servidor, instalar a plataforma de EAD e criar um curso
piloto para treinamento.
Após a implantação serão realizados os testes na
plataforma de EAD.
Testando a quantidade de usuários na plataforma de
EAD
Deve ser realizado um tipo de teste de software,
chamado de “Teste de Carga”. Esse teste é realizado
para verificar o volume de dados que um sistema
consegue processar, no
- 33 -
caso a plataforma de EAD, ou seja, permite monitorar o
comportamento do sistema diante de uma situação
onde há um grande número de acessos simultâneos.
Através desses testes é possível ter relatórios de
métricas sobre a plataforma de EAD. Os tipos de teste
são:
- Teste de Carga (Tipos de teste de carga: Constante,
Por etapa, Baseado em meta);
- Teste de Stress;
- Teste de Desempenho;
(DOWNES, STEPHEN. WHAT CONNECTIVISM IS.
HALF AN HOUR.)
2 Conceitos de Processos
O cenário mercadológico atual condiciona as empresas
à
preocuparem-se continuamente
pela busca
de
otimização dos processos organizacionais, bem como
da sua adequação e funcionamento, visando garantir a
estabilidade no segmento de mercado e diferenciais
competitivos
que
destaquem-nas
concorrentes.
(http://www.administradores.com.br)
- 34 -
dos
demais
A área empresarial tem apresentado um interesse
acentuado sobre a mudança organizacional e vem
desenvolvendo
e
aprimorando
abordagens
e
metodologias destinadas ao realinhamento estratégico
entre
sua
estrutura,
objetivos
e
processos
organizacionais.
(http://www.administradores.com.br)
Nesta concepção, este artigo tem por finalidade tratar
de forma ímpar os aspectos principais relacionados a
processos organizacionais, no âmbito teórico e prático,
penetrando na raiz que favoreceu ao seu surgimento e
permeando até a sua aceitação, consolidação estrutural
e importância no atual, flexível e turbulento contexto
empresarial,
sem,
contudo,
pretender
esgotar
o
assunto.
(http://www.administradores.com.br)
Nos dias de hoje, ainda é comum encontrar empresas
sem
qualquer
organização
ou
entendimento
do
processo e do seu real significado. Isso tem causado
grandes estragos, principalmente às pequenas e
médias, que tendo sido formadas e desenvolvidas pelos
próprios donos, raramente tiveram a oportunidade de
crescer de forma organizada, com
- 35 -
todos os processos entendidos e adequadamente
documentados. (http://www.administradores.com.br)
É possível notar que um dos erros mais frequentes é
confundir procedimentos com processo, do qual eles
fazem parte por meio das atividades que formam o
processo. Assim, a afirmação de que uma determinada
empresa possui dezenas de processos pode não ser
verdadeira. Outro erro comum é confundir método de
produção com processo, pois enquanto o primeiro
define a técnica pela qual se produz algo, o segundo
define a forma como esta técnica é empregada.
(http://www.administradores.com.br)
Todo trabalho realizado faz parte, obrigatoriamente, de
algum processo organizacional, visto que não existe um
produto ou serviço oferecido por uma empresa sem um
processo. Da mesma forma, não faz sentido existir um
processo organizacional que não ofereça algum produto
ou serviço.
(http://www.administradores.com.br)
Então, o que são realmente processos organizacionais?
Dentre inúmeros conteúdos que conceituam o termo
“processo”, acredita-se que as melhores definições
sejam:
- 36 -
•
uma série de tarefas ou etapas que recebem
insumos
(materiais,
informações,
pessoas,
máquinas, métodos) e geram produtos (produto
físico,
informação,
serviço),
usados
para
fins
específicos, por seu receptor;
•
uma introdução de insumos (entradas) num
ambiente, formado por procedimentos, normas e
regras,
que,
ao
processarem
os
insumos,
transformam-nos em resultados que serão enviados
(saídas) aos clientes do processo;
•
uma sequência de tarefas e atividades utilizadas
na entrada (input), que agrega determinado valor e
gera uma saída (output) para um cliente específico
interno ou externo, utilizando os recursos da
organização para gerar resultados concretos.
(http://www.administradores.com.br)
De uma forma abrangente, mas realista, há quem diga
que processos são os instrumentos da implementação
das estratégias da empresa, isto é, das ações que a
empresa
precisa
tomar
para
aproveitar
as
oportunidades e evitar as ameaças identificadas no
ambiente de negócios.
(http://www.administradores.com.br)
- 37 -
Tais definições podem ser perfeitamente aplicadas em
empresas de qualquer segmento (serviço, indústria e
comércio) e porte (micro, pequeno, médio e grande),
haja visto o sentido de abrangência à qual transmitem.
Assim, pode-se consolidar que a compreensão de
processos é essencial, pois é a chave para o sucesso
em qualquer negócio, visto que através destes irão
resultar uma estrutura adequada para fornecer produtos
e/ou serviços de qualidade ao cliente.
(http://www.administradores.com.br)
2.1 Ensino a Distância
Na maioria dos profissionais da educação já existe a
consciência de que cada pessoa é diferente das outras,
que cada uma tem as suas necessidades próprias, seus
objetivos um estilo cognitivo determinado, que cada
pessoa usa as estratégias de aprendizagem que lhe são
mais positivas, possui um rítmo de aprendizagem
específico, etc. Além disso, quando se trata de
estudantes
adolescentes
e
adultos,
é
preciso
acrescentar novos elementos, como as diferentes
disponibilidades de horários, as responsabilidades
adquiridas
ou
o
aumento
determinação pessoal de
- 38 -
da
capacidade
de
necessidades e objetivos. Assim parece óbvio que é
preciso adaptar o ensino a todos estes fatores.
(http://www.abed.org.br)
Esta reflexão não é nova. As diferenças sempre têm
sido reconhecidas. Mas, antes, eram vistas como um
problema a ser eliminado, uma dificuldade a mais para
o professor. Em uma fase posterior, considerava-se que
esta diversidade devia ser considerada e isso já
bastava. No entanto, agora se considera que é a partir
daí que devemos organizar a formação e é nos traços
diferenciais que devemos fundamentar a tarefa de
formação: as capacidades de cada pessoa representam
uma grande riqueza que é conveniente aproveitar.
(http://www.abed.org.br)
Parece que, neste caso, na inovação que isto tudo
representa, agirão em conjunto, tanto aqueles que se
dedicam à pesquisa dos aspectos mais teóricos como
aqueles que têm responsabilidades diretas na atividade
de formação. Estes dois grupos, às vezes com pouca
comunicação entre si, começam a mostrar um interesse
- 39 -
convergente no trabalho dirigido a proporcionar uma
formação cada vez mais adaptada a cada pessoa em
particular.
A educação a distância pode ser usada em cursos
técnicos, de especialização, graduação, pós-graduação,
curso de idiomas, etc.
É muito importante hoje em dia se levar o conhecimento
o mais longe possível do território nacional, e de forma
barata,
pois
fica
barato
para
a
instituição
e
consequentemente para o aluno, torna-se a educação
mais
acessível,
usando-se
o
EAD.
(http://www.abed.org.br)
Dado o fato de que o EAD usa tecnologias de
comunicação tanto simultâneas como não simultâneas,
não resta dúvida de que, no caso das últimas, tanto os
professores como os alunos têm maior flexibilidade para
determinar o tempo e o horário que vão dedicar, uns ao
ensino, os outros à aprendizagem. Recursos como
páginas web, bancos de dados, correio eletrônico, etc.
estão disponíveis 24 horas por dia sete dias por
semana, e, por isso, podem ser usados segundo a
conveniência do usuário. (http://www.abed.org.br)
- 40 -
No Brasil existe a ABED - Associação Brasileira de
Educação a Distância, que não fica a dever nada para
instituições educacionais de outros países, ela tem uma
estrutura,
e
organização
simples
que
atende
a
necessidade de incentivo a plataforma de EAD no
Brasil. É uma sociedade científica sem fins lucrativos,
criada na metade da década de 90, precisamente em 21
de junho de 1995 por um grupo de educadores
interessados em novas tecnologias de aprendizagem e
em educação a distância, que tem por objetivos:
- Estimular a prática e o desenvolvimento de projetos
em educação a distância em todas as suas formas;
- Incentivar a prática da mais alta qualidade de serviços
para alunos, professores,
instituições e empresas que utilizam a educação a
distância;
- Apoiar
a
“indústria
do
conhecimento”
do
país
procurando reduzir as desigualdades causadas pelo
isolamento e pela distância dos grandes centros
urbanos;
- Promover o aproveitamento de “mídias” diferentes na
realização de educação a distância;
- Fomentar o espírito de abertura, de criatividade,
inovação, de credibilidade e de experimentação na
prática da educação a distância.
- 41 -
O
escopo
principal da
ABED inclui instituições,
empresas, universidades e pessoas interessadas em
discutir e aprofundar conhecimentos em educação a
distância.
Com esta finalidade, a ABED organiza congressos,
seminários, reuniões científicas e cursos voltados para
a sistematização e difusão do saber em EAD.
A ABED é membro da Sociedade Brasileira para o
Progresso da Ciência – SBPC e filiada a instituições
internacionais entre as quais o International Council For
Open and Distance Education – ICDE.
A página da ABED na Internet traz a “Revista Brasileira
de Aprendizagem Aberta e a Distância”, trilingue,
dedicada a estudiosos de EAD, textos e trabalhos sobre
EAD, calendário de eventos, clipping de notícias dos
principais
jornais,
links
relacionados
a
EAD,
e
endereços de cursos a distância. Está em constante
atualização, tendo sempre como foco os associados e
as pessoas que pretendem se envolver com esta área
do saber pedagógico (www.abed.org.br).
Tendo como seu atual presidente o Prof. Dr. Fredric
Michael Litto, que é referência nacional em EAD.
- 42 -
Mas porque colocar Curso a Distância na Instituição
XYZ ? Não dá pra aprender esse curso longe da sala
de aula e do professor !
Realmente, o ensino de determinadas matérias deve
ser presencial em sua maioria, não há discussão sobre
isso. Contudo, a fixação de conteúdo e exploração de
conteúdos extras pode muito bem ser reforçada longe
da sala - afinal, a carga horária presencial é limitada, e
não sobra tempo para fixação de conteúdo - e muitas
vezes, terminada a carga horária de uma disciplina, ela
nunca mais é vista pelo aluno, levando ao seu
esquecimento. Estes problemas podem ser resolvidos
pelo Ensino a Distância, visto que nada impede que
sejam criados módulos opcionais de revisão pelo
Software de EAD e durante ou após o término da
disciplina regular. Algumas universidades, em certas
disciplinas, cobram dos alunos que o conteúdo do EAD
seja visto antes das aulas regulares, como forma de
prepará-los para elas.
Vários estudos, de várias universidades, mostram maior
fixação de conhecimento em estudantes que tiveram
Ensino a Distância complementando o ensino regular,
especialmente em estudantes que tiveram maior
interatividade no EAD.
- 43 -
Mas é complicado criar isso! Não sei tanto de
informática!
Quem é da área de TI e implanta um sistema de Ensino
à Distância tem a missão de disseminar o uso desta e
de outras ferramentas de ensino virtual, para a
complementação e melhoria do ensino presencial da
FCM, assim como de seus grupos de estudo e
pesquisa.
2.2 Softwares para o ensino a Distância
Existem diversos softwares para o EAD, pagos e
gratuitos, muitos bons, cito alguns:
- Saba - http://www.saba.com/us/;
- BlackBoard - http://blackboard.grupoa.com.br/;
- Adobe Captivate - https://www.adobe.com/resources/
elearning/
- Storyline - https://www.articulate.com/
Pelo item preço, Captivate da Adobe é o mais acessível
de U$ 899,00, com um modelo de assinatura que é
ainda mais acessível, se você só usa Captivate da
Adobe ocasionalmente ou se você atualizar a cada ano.
Storyline estão geralmente à venda por cerca de U$
1.400,00 cada. Dentre os software para EAD existentes
a melhor relação custo/benefício/
- 44 -
usabilidade, é sem dúvida o Storyline da Articulate, não
é tão fácil de instalar para a equipe de TI, mas é bem
fácil de usar pelo usuário. Tanto o Saba quanto o
BlackBoard, tem valores de licença acima de U$
1.500,00 cada.
Pelo item facilidade de uso, o StoryLine da Articulate
ganha fácil dos concorrentes. Muito do que você está
fazendo é PowerPoint, que você provavelmente já sabe.
O resto é principalmente formulários e modelos padrão.
Storyline da Articulate é extremamente útil e não fica
muito atrás do Saba. Captivate é fácil de aprender e
usar, mas não é tão intuitivo como alguns dos outros.
Captivate da Adobe, na minha opinião, sofre de recurso
de tradução. Assim, muitos recursos foram adicionados
ao longo dos anos que ele se sente um pouco
deslocado para mim. Eu sinto que há algumas coisas
que me fazem pensar de comparar três softwares
diferentes, e existem muitas coisas que as pessoas
nunca vão descobrir por pesquisa, mas só por conta
própria. Mas as pessoas se beneficiariam mais de
treinamento de Captivate da Adobe, com relação a
alguns outros softwares dos concorrentes pois a Adobe
é uma empresa de renome mundial e tem uma enorme
estrutura atrás dela, e se ela também melhorasse a
- 45 -
usabilidade de seu software, ou esperar que a Microsoft
lance algum software de EAD no mercado.
2.2.1 Softwares Open Source
Existem alguns softwares para EAD no mercado que
são gratuitos e de código-fonte livre, são eles:
- ATutor – site: http://atutor.ca/;
- Claroline – site: http://www.udemy.com/
- RCampus – site:http://www.rcampus.com/
- P2PU – site: https://p2pu.org/en/
- Learnopia – site: http://www.learnopia.com/search/
- Moodle – site: https://www.moodle.org/
Desses softwares o mais conhecido e utilizado no Brasil
é o Moodle.
O Moodle é um software internacional, criado por
universidades para universidades, com o intuito de
fornecer uma plataforma única para o ensino virtual em
todas as áreas. Ele é de código aberto, podendo ser
usado ou modificado por qualquer pessoa. Para ser
usado pelos alunos, requer apenas um navegador de
internet comum.
- 46 -
A maioria das escolas e universidades que utilizam o
Moodle, mantém uma cópia do Moodle em seu servidor,
traduzida para o português e a disponibiliza para uso de
sua Comunidade Acadêmica, para fins do uso do
Ensino a Distância na Graduação, Pós-Graduação e
Grupos de Estudo e Pesquisa de todas as áreas das
Faculdades e Universidades.
Há
uma
comunidade
colaboradores
e
(http://www.moodle.org)
usuários de
de
vários países que
cooperam e interagem no desenvolvimento dessa
plataforma através de discussões em fóruns, trocas de
experiências, novas soluções, utilizando a própria
plataforma
como
meio
para
evolução,
nessa
comunidade são disponibilizadas as versões para
instalação ou atualização da plataforma Moodle.
Embora ele seja gratuito e de código-fonte livre, ele
possui diversas funcionalidades:
- Ferramentas Administrativas (Controle online de notas,
Monitoração e Relatórios, Inserção e controle de
Alunos, Inativação de cadastro de aluno inadimplente,
Senha para
- 47 -
cada Curso, Metodologia de Ensino flexível, Login e
senha para cada professor, Login e Senha para cada
aluno);
- Ferramentas Administrativas (Controle
online
de
notas, Monitoração e Relatórios, Inserção e controle de
Alunos, Inativação de cadastro de aluno inadimplente,
Senha para cada Curso, Metodologia de Ensino flexível,
Login e senha para cada professor, Login e Senha para
cada aluno);
- Ferramentas Interativas (Inclusão de Textos ou Links,
Inserção
de
Áudio,
Vídeos,
Imagens,
Fórum,
Calendário, Enquetes, Glossário, Wiki, Inserção de
Slides, Certificado de conclusão automático, Suporte a
vários Softwares- Word, Excel, Power Point, Arquivos
PDF e muitos outros).
Para garantir a comunicação padrão define como
devem ser registradas e lidas, algumas informações
importantes:
•
O aluno começou o curso;
•
Quando o aluno começou o curso;
•
Percentagem de leitura do curso;
•
Pontuação;
- 48 -
•
O aluno terminou o curso;
•
O aluno saiu do curso na pagina tal;
•
Etc.
Moddle - Vantagens de seu uso:
• É um software livre, portanto é gratuito, seguro e
estável;
• Pode ser usado, copiado, estudado, modificado e
redistribuído sem nenhuma restrição;
• Possui uma grande comunidade, com milhares de
membros em todo o mundo envolvidos nos
testes, correções e melhorias da ferramenta;
• Foi desenvolvido para ajudar os professores a criar
cursos online de forma simples;
• Permite
realizar
interativas
com
vários
tipos
os
alunos,
de
atividades
sejam
elas
assíncronas ou síncronas, com ferramentas de
interatividade (bate-papo, fórum, wiki etc.);
• É uma ferramenta de suporte online para cursos
presenciais, onde o professor pode publicar os
materiais de apoio ou complementares, em
formato de texto, vídeo ou áudio;
- 49 -
• A unidade de informação integrada é a disciplina,
que pode ser organizada como grupo de
discussão, módulos semanais ou tópicos sem
data limite;
• Funciona
nos
navegadores
Firefox,
Internet
Explorer, Safari, Google Chrome ou Opera.
Moddle - Desvantagens de seu uso:
• Software livre não é sinônimo de custo zero. Há
custos
com
pessoal
especializado
(programadores), tempo para a customização e
de infraestrutura (servidor);
• É necessário montar ou terceirizar uma estrutura
de hardware e software básico e de técnicos que
deem suporte e manutenção;
• Não existe uma equipe técnica à disposição. É
necessário ter desenvolvedores na equipe ou
contratar
uma
empresa
especializada
para
formatá-lo. Os programadores envolvidos na
implantação do Moodle precisam saber PHP e
MySQL;
• A interface não é muito amigável para o aluno. Não
há uma iconografia para facilitar a identificação e
acesso aos recursos. A navegação é feita por
menus verbais e não intuitivos. O layout é
semelhante a um blog
- 50 -
simples, com três colunas e boxes que podem ser
alterados de lugar ou “escondidos” dos alunos.
Para melhorar essa estrutura, é necessário contar
com
um
webdesigner,
que
mesmo
assim
encontra restrições;
• Apesar de ter uma página brasileira, a língua oficial
da comunidade é o inglês. Os fóruns, notícias,
releases das versões, help desk e FAQ estão
todos em inglês, além de serem bem técnicos;
• Dependendo da hospedagem e do número de
acessos, a plataforma tem muita instabilidade,
impedindo o acesso dos alunos, professores,
tutores
e
gestores,
causando
transtorno
e
adiamento nos prazos das atividades;
• Não permite a criação de segmentos para agrupar
pessoas com características comuns. Há apenas
a possibilidade de criar subgrupos dentro das
turmas para realização de trabalhos;
• A cada nova turma é necessário replicar o
conteúdo do curso (Restore), mesmo que o
conteúdo seja idêntico ao da turma anterior. Com
isso, há um aumento desnecessário de consumo
de espaço em servidor;
• Não permite a alteração da estrutura do curso após
sua publicação;
- 51 -

Não possui controle para determinar que um curso
é pré-requisito para outro.
3 Estudo de Caso: Plataforma Moodle – (FGV –
Fundação Getúlio Vargas)
Escolheu-se a pesquisa bibliográfica, como o método de
pesquisa, tendo em vista a principal questão envolvida
nesta pesquisa, que requer o entendimento de como se
dão as ações e decisões na área de educação de uma
escola ou universidade, privada ou pública.
Serão citados algumas instituições que se utilizam de
plataforma de EAD como o caso da USP no site
http://moodle.eesc.usp.br/,
UNIPAR
no
site
http://moodle.unipar.br/, CENTRO PAULA SOUZA no
site http://www.moodle.cpscetec.com.br/salavirtual/,
FGV no site http://www5.fgv.br/fgvonline/, se afirma que
se utiliza o estudo de caso quando se deseja obter
dados sobre questões contemporâneas, que envolvem
o estudo de como e por que ações e decisões foram
realizadas e quando não se tem controle sobre os
eventos pesquisados, o que torna este tipo de método
aos propósitos aqui colocados.
- 52 -
O
estudo
de
caso
a
ser
realizado
pode
ser
caracterizado como uma pesquisa exploratória, com a
obtenção de dados qualitativos, a partir de duas fontes
de evidência: Análise Documental e Observação
Participante.
A pesquisa bibliográfica dará o embasamento teórico
necessário ao assunto pesquisado, além de permitir a
escolha das variáveis a serem consideradas no estudo
de caso.
3.1 Cenário
O objeto de estudo de caso foi a plataforma de EAD da
FGV (Fundação Getúlio Vargas), o FGV ONLINE.
Numa primeira etapa serão analisados documentos do
software sobre os processos da área de Ensino a
Distância e por meio destes dados e da observação
direta do funcionamento do mesmo, será definido um
mapeamento com a finalidade de se definir a como
acontecem os processos do Ensino a Distância em
escolas, faculdades e empresas. O Treinamento para
professores e Administradores deve ser feito pela
equipe de TI da instituição.
A FGV - Fundação Getúlio Vargas – através da
FGVONLINE, sua ramificação para ensino a distância,
ela oferece cursos gratuitos e pagos, online nas mais
diversas áreas do
- 53 -
conhecimento como parte do programa OCWC –
OpenCourseWare
Consortium,
um
consórcio
de
instituições de ensino de diversos países que oferecem
conteúdos e materiais didáticos sem custo, pela
internet. Os cursos fornecem certificados após a
realização de uma prova também online, e tais
certificados
podem
ser
usados
como
horas
complementares na faculdade. Antes os interessados
devem
verificar
em
suas
instituições
se
essa
modalidade de certificação é aceita.
3.2 Descrição da situação inicial
Eu me inscrevi em um curso da FGVONLINE, para
testar e descrever melhor a plataforma de EAD da
Fundação Getúlio Vargas, sendo um usuário do
sistema.
Eles se utilizam do software Open Source Moodle para
sua plataforma.
O curso escolhido foi o curso de “Gerenciamento do
Escopo de Projetos”, na área de “Gestão de Projetos”
com duração de 5 horas.
- 54 -
Características dessa plataforma:
- Cursos idealizados e formatados somente com vídeoaulas;
- O desempenho de um estudante pode ser falsificado
porque existe a possibilidade dele colar nas provas ou
colocar outra pessoa para fazer o seu teste, como esse
é um curso gratuito isso não importa muito, mas se o
curso for pago para ter maior veracidade ele deveria
fazer uma prova presencial;
- Não é necessário ter um computador muito bom para
acompanhar um curso na plataforma de EAD;
- É muito bom para quem não tem tempo de estudar, ou
está localizado muito longe de uma instituição de
ensino, ou ainda para quem não tem horário fixo de
estudo;
- O curso propicia aos alunos autonomia na gestão do
aprendizado, e capacidade crítica e criativa;
- O foco dos cursos são mais voltados as áreas de
Economia, Administração Pública e Privada, Direito e
História
do
Brasil, e
voltados
para
corporativo
customizados com o conteúdo da FGV;
- Ambiente colaborativo;
- Tutoria especializada
- Projeto acadêmico específico;
- Linguagem que transmite conhecimento;
- 55 -
o
mercado
- Segundo informações da instituição a plataforma EAD
suporta até 7.000 alunos simultaneamente;
- Segundo informações da instituição ela possui quase
500 professores-tutores capacitados;
- Segundo a instituição ela possui mais de 18.000
documentos na biblioteca virtual;
- O curso se fundamenta na participação de diferentes
autores e de equipes interdisciplinares que realizam
uma atividade cooperativa, avalia nossa leitura em
ambiente de mídia web;
- Processo
de
integração
recíproca
entre
várias
disciplinas e campos de conhecimento, na construção
de conhecimento e capital humano;
- Tem a EAD como política para expansão de seu
ensino no Brasil.
3.3 Ações
- Ela permite dois tipos de cadastro de alunos para
fazer o curso, um anônimo, e um nominal que você faz
um breve cadastro e insere seus dados pessoais;
- O acesso ao curso tem uma velocidade regular, tem
uma estabilidade no ar também regular, o site
dificilmente trava;
- 56 -
- Material
didático
estruturado,
as
matérias
são
dispostas de uma forma bem clara e objetiva;
- Cada assunto relacionado ao “Gerenciamento do
Escopo de Projetos” é detalhado ao máximo, posso
falar isso com experiência de estar cursando o curso de
Gestão de Projetos aqui no Centro Paula Souza, e o
conteúdo
é
quase
idêntico,
quanto
ao
assunto
abordado;
- A usabilidade não é muito boa, caso você pause o
curso, para descansar e retomar mais tarde, você não
retoma o curso do ponto em que parou, tem de marcar
por conta própria a matéria em que estava e depois
voltar nela, mas fui informado que essa é uma
característica dos cursos gratuitos, os cursos pagos tem
essa funcionalidade;
- Possui testes de múltipla escolha que são corrigidas
automaticamente pelo sistema de EAD.
O resultado obtido foi que eu aprendi o conteúdo
passado pelo curso, o curso online gratuito, embora
bem mais superficial comparado com um curso pago ou
em um curso presencial, que no caso possa tirar
dúvidas com o professor estando fisicamente no local.
Mas também parece ser é uma forma de marketing para
difundir os cursos da Fundação Getúlio Vargas, pois se
você
- 57 -
gostar dos gratuitos, é muito provável que fará outros
cursos que são pagos, mas mesmo assim há benefícios
em se ter feito o curso gratuito, a aquisição de
conhecimento.
4. Discussão
A plataforma Moodle permite dois tipos de cadastros.
De acordo com informações da comunidade Moodle
(http://
moodle.net/sites/index.php?country=BR),
é
importante que haja mais de um tipo de cadastro para
atender perfis de públicos diferentes. Portanto permite
uma maior controle por parte do administrador do
sistema, e poder ter vários tipos de usuários, para
clientes, para demonstrações ou visitantes do sistema.
Por ser um software livre, ele é gratuito, porém é seguro
e
estável,
pode
ser
usado,
copiado,
estudado,
modificado e redistribuído sem nenhuma restrição,
possui uma grande comunidade, com milhares de
membros em todo o mundo envolvidos nos testes,
correções e melhorias da ferramenta, e foi desenvolvido
para ajudar os professores a criar cursos online de
forma simples.
É
segundo
o
site
do
Moodle
(https://docs.moodle.org/all/pt_br/ Sobre_o_Moodle), o
software gratuito de ensino a distância
- 58 -
mais usado no mundo, e por ter sua comunidade (http://
moodle.net/sites/index.php?country=BR),
com
desenvolve-dores pelo mundo todo, para dar suporte ao
software, ele se torna também o mais estável e seguro
software gratuito de ensino a distância. Embora não
tenha muitos recursos visuais e funcionalidades que
tornem mais fácil de se criar e publicar um curso de
ensino a distância, é muito utilizado, por poder ter essas
funcionalidades implementadas nele, por parte da
instituição de ensino que o utiliza.
Por ser um software livre e gratuito, seu tempo de
repostas não é como um software pago, a uma
solicitação de uma nova implementação ou um erro de
elaboração do software, pois quem dá o suporte é a
comunidade Moodle, de forma gratuita sem obrigação
de cumprir prazos, se é utilizada uma equipe de
desenvolvimento interna ou se contrate uma empresa
que preste esse serviço, pode-se utilizar do conceito
atendimento a uma solicitação de serviço, como um
chamado ou uma ordem de serviço, tendo um prazo
para atendimento, o chamado sla de uma ordem de
serviço. Se uma empresa tem uma equipe de
desenvolvimento de software interno, ou contratar uma
empresa que preste esse serviço, ela baixa muito o
custo de aquisição e manutenção, de um software
- 59 -
de ensino a distância, só que se não tiver uma dessas
duas alternativas, o barato pode e vai sair caro, pois
quando precisar do suporte emergencial, vai ter de
recorrer e se sujeitar a qualquer empresa que encontrar
e que preste esse tipo de serviço.
5. Conclusão
Quais são os processos para a implementação do
ensino a distância na área acadêmica.
Entende-se querer saber de todos os processos que
são necessários para a implementação do ensino a
distância na área acadêmica, todos os softwares
envolvidos, principais e secundários, os equipamentos,
a capacidade de alcance, a capacidade de usuários, a
capacidade ideal de usuários sem sobrecarregar o
sistema ou os servidores onde está o sistema.
Processos para a implementação de softwares no
Ensino a Distância na área Acadêmica.
Os processos e fases de um projeto de implantação de
softwares de EAD são descritos a seguir, não será
tomado nenhum software como exemplo, independente
do software os processos são os mesmos, o que vária
são os custos do
- 60 -
software
de
EAD
e
dos
softwares
secundário
necessários para sua utilização. (DOWNES, STEPHEN.
WHAT CONNECTIVISM IS. HALF AN HOUR.)
Entende-se que como objetivo é ter uma pesquisa e
descrição completa de todos os processos necessários
para a implementação de um sistema de ensino a
distância na área acadêmica de forma genérica,
demonstrando que os processos necessários são os
mesmos, o que vai mudar são os softwares principais e
secundários, que serão utilizados, dependendo do porte
da instituição de ensino e do quanto poderá investir.
Segundo o Estudo de Caso da Plataforma Moodle –
(FGV), em que escolhi e fiz o curso de Gerenciamento
do Escopo de Projetos, que é na área de Gestão de
Projetos, por ele se utilizar de vídeo-aulas com
desenhos e gravações, pode repetir infinitamente o
curso, sem ter custos adicionais por direitos autorais, da
criação do material didático, para o mesmo. O curso é
bem estruturado, as matérias são dispostas de uma
forma bem clara e objetiva.
Tendo uma possibilidade de se ter esse suporte, podese afirmar que o Moodle é a melhor opção gratuita de
software de ensino a distância.
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Biografia
Evaldo Antonio Pinto Junior, é Analista de Sistemas, tem formação superior
como tecnólogo na área de informática, pós-graduado em MBA em Gestão de
Projetos, pelo Centro Paula Souza, do estado de São Paulo, nasceu na cidade
de São Paulo, estado de São Paulo, Brasil, atua há 13 anos na área de
informática, sendo os últimos 9 anos como Desenvolvedor Java, e também é
entusiasta Java.
Obs.: Oracle e Java são marcas registradas da Oracle Corporation.
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