alternativas para controle da estacionalidade reprodutiva de

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alternativas para controle da estacionalidade reprodutiva de
ALTERNATIVAS PARA CONTROLE DA
ESTACIONALIDADE REPRODUTIVA DE CABRAS
LEITEIRAS
V- ENDEC - 23 E 24 DE OUTUBRO DE 1998
Cláudio José Borela Espeschit
Médico-Veterinário, MS em Zootecnia
Departamento de Zootecnia - Universidade Federal de Viçosa
Campus Universitário s/n
36571 000
e-mail: [email protected]
FONES: ( 031 ) 8993326, 8992260, 8992275 ( FAX ), 3350837
1 INTRODUÇÃO
Em caprinos de raças leiteiras na região Sudeste do Brasil têm sido observados
estros principalmente do verão ao inverno (MOUCHEREK e MOULIN, 1987), com
maior incidência no mês de abril, variando de fevereiro a julho (NUNES, 1985).Já em
cabras nativas do Nordeste brasileiro, por exemplo, não se observou qualquer variação
na manifestação dos estros, os quais ocorrem durante todo o ano (SIMPLICIO et al.,
1986).De qualquer forma, na região Centro Sul a criação de cabras leiteiras com
reprodução estacional determina a produção de leite de agosto a março, quando findam
as lactações, que somente se reiniciarão na próxima estação de parição, o inverno. Isso
acarreta numa entressafra de aproximadamente quatro meses, sem lucro para o criador e
trazendo problemas de fornecimento, que geram a perda de mercado por faltar
continuidade na produção de leite e derivados, e assim condições de manter o hábito de
consumo (TRALDI, 1994).
O controle da reprodução vai ocasionar vantagens inerentes à antecipação do
período de reprodução, com diminuição dos períodos improdutivos, aumento da
prolificidade e incremento do progresso genético (CHEMINEAU et al., 1990).Quando a
lactação se inicia no outono, a primeira metade (a mais produtiva) se passa numa época
de pouca disponibilidade de leite, proporcionando assim a perenidade do fornecimento
do produto (TRALDI, 1994).
2 MECANISMOS FISIOLÓGICOS DA ESTACIONALIDADE REPRODUTIVA
Um breve comentário sobre os mecanismos fisiológicos que regulam a atividade
reprodutiva em caprinos vai ser importante para melhor se compreender como controlar
a atividade reprodutiva na espécie caprina visando, principalmente, à indução do estro
fora da estação de reprodução principal.
As cabras de raças leiteiras exóticas, como a maioria dos animais de origem de
zonas temperadas, apresentam variações estacionais no comportamento reprodutivo.
Fatores climáticos como luminosidade e temperatura, além dos interindividuais, são
responsáveis por esta variação individual. Do ponto de vista reprodutivo, caprinos são
chamados de espécie de dia curto, por apresentarem maior manifestação de estros em
razão da diminuição da duração da luz do dia. A duração do fotoperíodo (luz do dia)
parece constituir o principal fator a condicionar a estacionalidade reprodutiva
(PHILLIPS et al., 1943). A luz recebida pela retina dos olhos, e pelo nervo óptico envia
uma mensagem, por meio de estìmulo nervoso, até a glândula pineal. Essa, na ausência
de luz no meio ambiente, produz a melatonina que, por sua vez, estimula o hipotálamo,
a hipófise e os ovários (ou os testículos) ao retorno da atividade reprodutiva (TRALDI,
1994).
O período de anestro estacional (ausência de manifestação de cios) varia de
intensidade e duração em função da latitude, raça, linhagem dentro de uma mesma raça,
dos fatores climáticos, genéticos, sociais, do estádio da lactação e das práticas de
manejo como os níveis nutricionais a que o animal é submetido.
Em algumas regiões tropicais ou subtropicais, as cabras podem comportar-se como
poliéstricas contínuas, e a nutrição e o estado sanitário podem interferir na reprodução.
Na França, tem sido observado que o tamanho do rebanho influencia no início da
estação reprodutiva; assim, em rebanhos grandes os estros iniciam-se no mês de junho
(período pré-estação) e em rebanhos pequenos no mês de novembro, indo a estação de
reprodução de meados de setembro a meados de dezembro. De modo geral para todo o
rebanho, tem início em meados de setembro (HENDERSON, 1987).
Os métodos para indução do estro são, principalmente, com a utilização de homônimos,
manipulação do fotoperíodo, “efeito macho” e, de menos importâcia, no caso atual das
2
cabras leiteiras, o controle da amamentação. Associações entre os métodos de indução
tendem melhorar qualidade da resposta ao tratamento.
3 USO DE PROGESTÁGENOS NA INDUÇÃO DO ESTRO
Progesteronas, natural e sintética, podem ser usadas com sucesso na indução do
estro em cabras em anestro. Com este propósito, várias vias são eficientes, incluindo
injeções intramusculares ou subcutâneas, via oral, esponjas inseridas intravaginalmente
e implantes subcutâneos (FOOTE, 1982). Comercialmente são encontradas esponjas e
dispositivos para uso intravaginal e implantes para uso via subcutânea. Esponjas
intravaginais são produtos usados amplamente e podem ser aplicadas tanto na época do
anestro estacional como na ocasião de transição para a estação de reprodução
(HENDERSON, 1987).
A progesterona exógena prepara o útero para gestação e sensibiliza o hipotálamo, a
hipófise e ovários, para direta ou indiretamente responderem às gonadotropinas
endógenas e exógenas ( FOOTE, 1982 ). Ela não só bloqueia a liberação de
gonadotropinas como também estimula posteriormente sua maior liberação.
Um regime de indução da ovulação na espécie caprina deve ser precedido por um
tratamento com progestágeno para se obter boa fecundação (BRITT & ROCHE, 1982).
3.1 Esponjas Impregnadas com Progestágenos na Indução do Estro
Dois progestágenos são usualmente empregados na impregnação das esponjas: o
acetato de medroxiprogesterona (MAP) e o acetato de fluorogestona (FGA). Quando
comparada a eficácia do MAP e do FGA na indução do estro, verificou-se que tem
efeitos semelhantes sobre os índices de parição, prolificidade e outros parâmetros
reprodutivos (ROBIM et al., 1994). Esponjas impregnadas com 60mg de MAP
aplicadas por 16 dias suprimiram o estro durante o tempo de permanência na vagina da
cabra, sugerindo que a dose de 60mg pode estar superestimada para uso por 10 ou 11
dias (MACHADO et al., 1996). O MAP, na dose de 50mg pode ser usado com
eficiência no bloqueio e na indução do estro (ESPESCHIT, 1986).
A inserção de duas esponjas visando aumentar os níveis de progesterona não
melhorou os índices de fertilidade (FOOTE, 1982) e uma segunda esponja de FGA
aplicada no nono dia provocou diminuição da fertilidade do estro induzido (FREITAS,
1996).
Resultados de indução do estro foram mais favoráveis quando se associaram
gonadotropinas aos tratamentos com progestágenos do que com o uso exclusivo de
progestágenos (PRETORIUS e WESTHUYSEN, 1971; GONZALEZ STAGNARO,
1974; WESTHUYSEN, 1979). Assim, a adição de 600UI da Gonadotropina Coriônica
Eqüina (eCG ou PMSG) apresentou resultados mais satisfatórios do que a não
associação (100 e 40% de estros induzidos, respectivamente) com fertilidade também
superior (67 e 50%, respectivamente, GONZALEZ STAGNARO, 1974).
No período de transição entre a estação de reprodução e a de anestro pode existir
cabras ovulando apresentando e sem apresentar estro. O uso de um rufião pode ajudar a
definir a proporção de fêmeas em estro. Se uma pequena parte das cabras apresenta
atividade reprodutiva, uma menor dose de eCG deve ser administrada (300 a 400 UI
para cabras leiteiras nas condições de país temperado), e dosagens mais elevadas
podem provocar superovulação (HENDERSON, 1987).
A elevação da dosagem do eCG (200, 400 e 600UI) correspondeu a um aumento
linear na taxa ovulatória mesmo quando aplicadas na hora da remoção do implante e 48
horas após (1,7 e 1,8 ; 2,0 e 2,3 ; e 2,9 e 3,0 respectivamente para a hora de retirada da
3
esponja e doses de eCG) e permitiu concluir que a dosagem de 200UI foi suficiente para
estimular a ovulação sem induzir uma taxa ovulatória elevada que pode resultar em alto
índice de mortalidade das crias (RITAR et al., 1984).Entretando, a dose de 400UI de
eCG foi considerada um método efetivo para se obterem gêmeos, e a de 1000UI causou
somente ligeiro aumento na taxa ovulatória, porém resultou em corpos-lúteos que
regrediram precocemente em todos os animais (ARMSTRONG et al., 1982). O
tratamento standard para países de clima temperado consiste na aplicação intravaginal
de uma esponja impregnada com 45mg de FGA durante 11 dias, associada ao
cloprostenol
(50µg) e eCG (500 a 700 UI), aplicados intramuscularmente 48 horas antes da retirada
da esponja (FREITAS, 1996), obtendo-se 63,1% de fertilidade com o uso da
inseminação artificial em horário predeterminado.
De acordo com a produção leiteira, as dosagens de eCG podem ser maiores ou
menores, assim para produção de leite igual ou menor que 3,5 kg de leite recomendavase uma dose de 500UI, e para produções maiores, 600UI (TRALDI, 1983).As dosagens
de eCG utilizadas na Europa (400 a 700UI) mostraram ser excessivas para os rebanhos
nacionais puros e mestiços, resultando em prolificidade indesejável com perda da mãe e
dos fetos (TRALDI, 1994). Sabe-se que o eCG pode resultar em excesso de crias
determinando mortalidade embrionária (GONZALEZ STAGNARO, 1974). Foi
observada alta taxa ovulatória (6,1 ovulações) com o uso de 400UI de eCG em cabras
sem raça definida no Brasil (SILVA e NUNES, 1984). A dose de 400UI em cabras
leiteiras mestiças resultou em abortamentos em média com mais de quatro fetos e
prolificidade mais elevada do que com 200UI, que determinam uma prolificidade mais
próxima do normal, com menos riscos de abortamento (ESPESCHIT, 1986). As doses
de 200 a 300UI permitiram manter bons resultados de fertilidade e prolificidade,
levando a entender que a dosagem ideal está entre 200 e 300UI e deverá ser baseada na
idade da matriz, época do ano, produção leiteira e no peso do animal (TRALDI, 1994).
Para cabras leiteiras no Brasil, as doses de 300UI para as lactantes e 250UI para as
não-lactantes resultaram em 100% de manifestação do estro e 70% de prenhez
(PAVANI e BICUDO, 1995). A experiência prático-técnica permite sugerir as dosagens
de 100 a 150UI para cabras e 50 a 100UI para cabritas (HAAS, 1994), sugerindo ainda
a necessidade de se pesquisar as dosagens adequadas para o Brasil, que devem ser
ajustadas a cada condição.
O eCG deve ser aplicado 48 horas antes da retirada da esponja, pois aplicação de
diversas dosagens de eCG nesta ocasião concentrou mais as ovulações induzidas tanto
na estação de repouso sexual como fora dela (RITAR et al., 1984).
A associação do eCG ao progestágeno é fator de elevação dos custos da técnica,
podendo ultrapassar os benefícios (GONZALES STAGNARO, 1974).
A Gonadotropina Coriônica Humana (hCG) é de menor custo e de maior
disponibilidade no mercado. Associada ao eCG e progestágenos resultou em aumento
da taxa ovulatória quando a dose utilizada foi de 500UI (RENSBURG, 1964;
PRETORIUS e WESTHUYSEN, 1971). Na indução da ovulação foi indicada a dose de
300UI em substituição ao eCG associado ao tratamento com progestágeno e
cloprostenol (GONZALEZ et al., 1991). O hormônio liberador de gonadotropinas
(GnRH) em substituição ao eCG (400UI) no tratamento com esponjas impregnadas com
MAP não foi eficiente em reativar a atividade reprodutiva em cabras em anestro,
mesmo quando se administrou duas doses de 125µg (ROBIM, 1994).
A associação de estilbestrol aumentou a indução do estro, porém não foi
acompanhado de ovulação (WESTHUYSEN, 1979). Inicialmente, as esponjas
impregnadas com progestágenos eram utilizadas por períodos similares à duração do
ciclo estral (GONZALEZ STAGNARO, 1974). Quando se reduziu o tempo de
4
permanência da esponja para períodos inferiores ao da vida do corpo-lúteo (CORTELL,
1975) melhores índices reprodutivos foram obtidos. A permanência da esponja por
tempo mais longo parece perturbar a fisiologia cervical pela maior impregnação com o
progestágeno, prejudicando a subida dos espermatózoides. Resulta ainda em corposlúteos de pior qualidade, sobretudo em época de intenso calor, quando eleva a taxa de
reabsorção embrionária (HAAS, 1994). Entretanto, como o ”status” reprodutivo das
fêmeas não é conhecido, com o uso do tratamento com progestágeno por período menor
que o da duração do corpo-lúteo é necessário associar-se ao tratamento uma
prostaglandina, pois em cabras cíclicas pode haver a presença de um corpo-lúteo
funcional, e o estro só será manifestado após a sua lise natural. Desta forma o
aparecimento dos estros vai ocorrer de maneira dispersa e imprevisível. Assim, torna-se
necessário associar ao tratamento de curta duração uma substancia capaz de lisar
prováveis corpos lúteos. A prostaglandina F-2 alfa natural
(PGF-2 α) e o cloprostenol (um análogo sintético da PGF-2 α) são efetivos na lise do
corpo-lúteo nas cabras. A PGF-2 α foi utilizada com eficiência desde a dose de 15mg
(SERNA et al., 1978) até com menores como 1,25mg (BRETZLAFF et al., 1981).
O cloprostenol também vem sendo empregado na lise do corpo-lúteo em doses cada vez
mais baixas e sem perder, contudo, a eficácia. Assim, doses inicialmente usadas de
250µg (COSTA et al., 1982) foram substituídas por de 62,5µg, pela via submucosa
vulvar, com a mesma função da dose de 125µg aplicada pela via intramuscular
(MGONGO, 1987). Foi demonstrado ainda ação luteolítica do cloprostenol na dose de
50µg, aplicada via intramuscular vulvar (HÉVILA, 1996).
Pode-se sugerir um esquema de indução do estro com o uso de MAP ou FGA, com
o tempo de permanência da esponja de 10 a 12 dias, associada ao eCG (200UI para
não-lactantes e 300UI para lactantes), ou hCG (300UI) e como agentes luteolíticos, o
cloprostenol (50µg) ou PGF-2 α (1,25 mg) , aplicados 48 horas antes da retirada da
esponja para as cabras a nível nacional (Figura 1).
eCG (200 a 300UI), ou
hCG (300UI),
+
50µg de cloprostenol, ou
1,25mg de PGF-2 α
Observação
⇓
dos estros
I______________________I________I←-------------→I
Dia 0
Dia 9
Dia 11
Dia 16
⇑
⇑
Inserção da
Retirada da
esponja
esponja
FIGURA 1 - Esquema de aplicação da esponja impregnada com progestágeno, por
11 dias, associado à prostaglandina e gonadotropina
Algumas considerações devem ser feitas:
- Estros são esperados entre 12 e 48 horas após a retirada da esponja (TRALDI,1994),
5
podendo considerar-se estros induzidos os que se manifestam até cinco dias após a
retirada da esponja.
- Os anestros pós-parto e lactacional, principalmente na época do anestro estacional, são
fatores que, combinados, levam a uma baixa fertilidade quando na indução do estro e da
ovulação (HENDERSON, 1987).
- Quanto mais próximo do parto forem feitas as induções, piores serão os resultados.
Assim é recomendável que as induções por processo hormonal em cabras leiteiras sejam
feitas após 120 dias decorridos do parto (TRALDI, 1994).
- A indução do estro e a fertilidade são melhores à medida que são feitas próximas da
época de maior atividade sexual (CARMENATE, 1979).
- Alguns animais podem não responder ao tratamento hormonal, assim o número de
animais tratados deve exceder o numero de partos desejados durante a entressafra
(TRALDI, 1994).
- Após os estros induzidos com os progestágenos as fêmeas voltam ao anestro
(HENDERSON, 1987).
-Tendo-se em vista a diversidade do comportamento das cabras nativas e mestiças,
recomenda-se que se faça a observação e o monitoramento do estro para se proceder à
inseminação artificial, em vez de fazê-la em horário pré-programado (TRALDI, 1994).
- A inseminação artificial é ideal para se usar nas cabras cujo estro foi induzido pelo
método da esponja, já que alguns bodes podem se recusar a realizar a monta por
pertencerem a linhagens que sofrem mais influência estacional (TRALDI, 1994).
- O tratamento deve ser feito com lotes de cabras, de acordo com a disponibilidade de
bodes (TRALDI, 1994).
- Descarga vaginal mucopurulenta ao se retirar a esponja parece não interferir na
fertilidade, revelando-se a presença de enterobacterias não-patogênicas (GONZALEZ
STAGNARO, 1974).
- Tratamentos hormonais como eCG tendem a diminuir a capacidade de resposta
quando utilizados em uma mesma cabra, devido a capacidade do eCG de desenvolver
anticorpos. As cabras passam a não apresentar o estro ou ele aparece tardiamente.
Aqueles que chegam a ser induzidos são de fertilidade baixa (HAAS, 1994).
- Quando se utiliza o tratamento standard na França, a inseminação artificial pode ser
programada levando em conta o horário de retirada da esponja. Para a raça Alpina o
momento da inseminação é de 43 ± 2 horas, e para a raça Saanen, de 45 ± 2 horas;
entretanto, para as condições tropicais bons resultados foram obtidos quando uma única
inseminação foi feita 38 horas após a retirada da esponja para cabras nativas e mestiças
(TRALDI,1994).
- Tratamentos com progestágenos podem resultar em estros silenciosos (PRETORIUS
& WESTHUYSEN, 1971, e WESTHUYSEN, 1979), sendo interessante o auxilio de um
rufião para auxiliar no diagnóstico do estro.
3.2 O uso do dispositivo intravaginal modelo CIDR na indução do estro
O CIDR (Controlled Internal Drug Release) é um dispositivo para uso intravaginal
impregnado com progesterona natural, que é liberada, absorvida pela mucosa vaginal e
lançada na corrente sangüínea. É uma alternativa para o uso da esponja (WHEATON et
al., 1993) e como no caso delas, os níveis sangüíneos são suficientes para inibir a
liberação de gonadotropinas hipofisárias. Estes níveis baixam em seis horas após a
retirada do dispositivo, sendo o estro e a ovulação então desencadeados (EAZI-BREED
CIDR).
O dispositivo contém 0,3g de progesterona, dosagens contendo cerca da terça parte, a
mais ou a menos, foram comparativamente efetivas em manter elevados os níveis de
6
progesterona exógena circulantes (WHEATON et al., 1993) e desta forma bloquear a
liberação de gonadotropinas.
Para indução do estro o fabricante recomenda que o dispositivo deva permanecer na
vagina da cabra por 14 dias, embora bons resultados tenham sido obtidos utilizando o
produto por períodos de 18 a 21 dias (WHEATON et al., 1993) ou mesmo cinco, sete ou
12 dias (RUBIANES, 1998).
O eCG deve estar associado ao CIDR, para se estimular a ovulação não só na estação
de reprodução, como fora dela, não havendo manifestação de estros quando não está
associado (RUBIANES, 1998).
Associa-se de 400 a 600UI, aplicados 48 horas antes da retirada (tratamento longo)
(WHEATON et al., 1993) ou 200 a 500 UI de eCG, ministradas no momento da
remoção (tratamento curto). Menor dosagem deve ser usada em raças menores (EAZIBREED CIDR).
Foi observado contudo, que como no caso das esponjas, ocorreu um aumento da taxa de
ovulação quando se elevou a dose de 200 (1,7 e 2,2 ovulações) para 400UI (2,6 e 3,1
ovulações), sendo as maiores taxas de ovulações observadas quando a aplicação do eCG
foi feita 48 horas antes da retirada do CIDR (RITAR et al. 1989).
Para tratamentos de curta duração (cinco, sete e 12 dias) a dose de 300UI resultou em
em estros cuja fertilidade variou de 84 a 64%. Nas condições do Brasil deve-se usar
dosagens menores, de maneira a evitar excesso de fetos.
Embora o CIDR seja para uso único, foi demonstrado que fica progesterona residual no
dispositivo (WHEATON et al., 1993) o que faz com que sejam reutilizados (EAZIBREED CIDR). O uso do CIDR é um método promissor e ainda pouco usado no País.
3.3 Implantes de progestágenos na indução do estro
Os implantes contendo progestágenos (progesterona e norgestomet) são aplicados
em locais do corpo de pequena vascularização e de fácil acesso, como a região
subcutânea dorsal da orelha (face convexa) dos caprinos. No caso das esponjas
intravaginais, a liberação do progestágeno contido no implante é lenta. Dentro do
mesmo princípio, o bloqueio do eixo hipotálamo-hipófise-ovário cessa após a retirada
do implante, advindo o estro e a ovulação.
Os implantes podem permanecer por períodos de 9, 10, 14 ou 21 dias (GUIDO et
al., 1997; FONSECA & SILVA, 1995; PENDLETON et al., 1992; FOOTE et al., 1982,
respectivamente) (Quadro1), mas o período de 21 dias pode diminuir a eficiência dos
tratamentos, existindo a necessidade de se associar o eCG (FOOTE et al., 1982).
O implante de norgestomet é encontrado comercialmente no Brasil, com indicação
para fêmeas bovinas nas doses de 6 e 3 mg.
A dose de 3,0mg foi eficiente em induzir o estro em cabras em anestro, contudo a
associação com o hCG diminuiu a eficiência de 100 para 43,75%, além dos estros
aparecerem de forma mais dispersa, com menor fertilidade e ocorrerem ciclos estrais de
curta duração (FONSECA & SILVA, 1995).
Quando se comparou o efeito das doses de 3 , 2 e 1,5mg de norgestomet em fêmeas
em anestro lactacional, verificou-se que estatisticamente têm ação semelhante quanto à
indução do estro (53,3; 46,7; e 33,3% para as três doses, respectivamente), contudo a
menor dose resultou em estros mais dispersos e menos sincronizados (GUIDO et al.,
1997). Porém a aplicação de um ou dois implantes não afetou a fertilidade (FOOTE,
1982).
Implantes de norgestomet (6 mg) quando comparados com esponjas intravaginais
impregnadas com FGA (45mg) tiveram eficiência igual na indução do estro em cabras
em anestro (94%) comportando de maneira semelhante ainda quanto aos outros
7
parâmetros reprodutivos (PENDLETON et al., 1992). O hormônio Folículo Estimulante
(FSH) associado ao norgestomet, demonstrou ser uma alternativa ao tratamento
convencional da esponja impregnada com o FGA associada com o eCG (PENDLETON
et al., 1992).
QUADRO 1 - Alguns resultados de pesquisas utilizando implantes de
progestágenos na indução do estro em cabras em anestro
Dose
Permanência
Tipo de
Estros/
(mg)
(dias)
Associação
fertilidade (%)
FOOTE et al.
(1982)
PENDLETON
et al. (1992)
FONSECA e
SILVA,(1995)
GUIDO et al.
(1997)
6
21
eCG
96/24
6
14
FSH
94/ -
Prolificidade
crias/partos
3
10
hCG + Clopr*
43,7/25,0
1,75
3
10
Clopr
100,0/68,7**
1,72
53,3
Estradiol
9
3
46,7
+
9
2
33,3
Clopr
9
1,5
______________________________________________________________________
Clopr* ; Cloprostenol .
** ; Grupo controle.
Para o uso dos implantes na indução do estro pode-se sugerir o esquema proposto na
Figura 2.
eCG (200 a 300UI)
+
50µg de cloprostenol ou
1,25mg de PGF-2 α
Observação
⇓
dos estros
I______________________I________I←-------------→I
Dia 0
Dia 8
Dia 10
Dia 15
⇑
⇑
Aplicação do
Retirada do
implante
implante
FIGURA 2 - Esquema de aplicação do implante de norgestomet associado ao
cloprostenol
Devido à possibilidade de transmissão da doença Artrite e Encefalite Caprina Viral,
cuidados especiais devem ser tomados na aplicação dos implantes.
Pesquisa entre criadores revelou resistência ao uso dos implantes pela forma como é
administrado e removido dos animais (WHEATON et al., 1993).
4 O FOTOPERÍODO ARTIFICIAL NA INDUÇÃO DO ESTRO
Dias curtos estimulam a atividade sexual nas cabras, mas por um período longo a
atividade pode cessar pela refratariedade ao estímulo dos dias curtos. Essa perda da
capacidade de responder ao estímulo é temporária e pode ser readquirida pela exposição
8
dos animais novamente aos dias longos. Da mesma forma, quando foram expostas ao
fotoperíodo artificial de dias longos por mais que sete meses, as cabras reassumiram a
atividade reprodutiva espontaneamente (HENDERSON, 1987).
Alternar dias curtos com dias longos parece ser essencial para que o fotoperíodo
controle a reprodução. Os dias longos podem ser simulados artificialmente na forma de
16 horas de luz artificial e oito horas de escuro ou o fornecimento de uma a duas horas
de luz (“flash”) fornecidas entre 15 e 18 horas depois da aurora, que pode inclusive ser
fixada artificialmente (CHEMINEAU et al., 1990). Fornecimento de luz artificial por 17
horas (RODRIGUES, 1992 , NEVES et al., 1997), 20 horas (ANDRADE et al., 1994)
(ou a adição de oito horas de luz ao fotoperiodo natural, ASHBROOK, 1982) também
foram eficientes, embora o uso de 24 horas de luz artificial não seja recomendado, por
não ser mais efetivo e apresentar custo adicional. Da mesma forma, não é indicado
acréscimo ou decréscimo gradual do fotoperíodo (ASHBROOK, 1982 e FAO, 1987).
Após o fim do fornecimento do fotoperíodo artificial, os animais são expostos ao
fotoperíodo natural independentemente da estação do ano em que estão. Os estros são
esperados dentro dos períodos de sete a 10 semanas (ASHBROOK, 1982 e NEVES et
al., 1997); próximos, portanto, do que ocorre em condições naturais quando as cabras
leiteiras começam a apresentar estros, ou seja, mais ou menos de oito a 10 semanas
depois do maior dia do ano (FAO, 1987). As respostas porém podem ser variadas e
ocorrerrm em períodos de 15 a 100 dias, em função da categoria da fêmea, sendo menor
para as jovens (15 a 45 dias) e maior para as em lactação (60 a 100 dias; CORDEIRO,
1991).
Embora o mais recomendado seja o fornecimento de luz por 60 dias, quando se
comparou o fornecimento de fotoperíodo artificial por períodos de 30, 60 ou 90 dias não
foram observadas diferenças quanto ao intervalo entre o final dos tratamentos e o
aparecimento dos estros , fertilidade ou prolificidade dos estros induzidos
(RODRIGUES,1992) (Quadro 2).
A manipulação do fotoperíodo é uma técnica simples, podendo ser utilizada em
criatórios com um mínimo de investimentos (RODRIGUES, 1992). Quando se
compararam os custos da indução por fotoperíodo artificial com duração de quatro
meses e esponjas de progestágenos associadas a hormônios, verificou-se vantagem
econômica para o tratamento com luz, cujo custo por cabra foi de R$8,49, e do uso de
hormônios, de R$ 15,25 (CORDEIRO, 1998). Como vantagens podem-se citar ainda a
possibilidade de repetição do método em um mesmo animal sem diminuição da
fertilidade, ausência de seqüelas e efeitos colaterais, prolificidade normal e suporte
técnico desnecessário (CORDEIRO, 1998).
Recomenda-se o uso de lâmpadas fluorescentes, por serem consideradas mais
econômicas do que as incandescentes (ASHBROOK, 1982). São eficientes ainda as
mistas (ANDRADE, 1994), associações de incandescentes e mistas (CORDEIRO,
1991) e de fluorescentes , mistas e incandescestes (BACELAR e BACELAR Jr., 1994).
As lâmpadas são controladas por relógio eletromecânico automático (timer), que é
programado para as operações de acender e apagar as luzes.
A iluminância (fluxo luminoso por área de superfície) pode ser medida por
luxímetro aos 100 e 40cm do piso, ou à altura relativa aos olhos do animal em pé e
deitado (NEVES et al., 1997), ou calculada (RODRIGUES,1992). Embora recomendase que não seja menor do que 200 luxes (TRALDI, 1994) bons resultados também
foram obtidos com o uso de 98 e 148 luxes (Quadro 2). A duração do estro induzido por
manipulação do fotoperíodo é menor (oito a 10 horas) podendo ser pouco evidente e
de difícil diagnóstico, sendo aconselhado o uso de um bode ou rufião para auxiliar na
detecção (ASHBROOK, 1982).
9
Manter os animais no escuro, permitindo sair para o pastejo no período de oito às 16
horas (TREJO GONZÁLEZ, 1986), é uma forma de manipular o fotoperíodo, que pode
ser usada para prolongar a estação de monta, mas implica contudo em instalações à
prova de luz que são de custo elevado (HENDERSON, 1987), não é uma prática
comum no nosso meio.
A produção do leite pode estar diminuída em 7 a 15% (ASHBROOK, 1982) ou
permanecer inalterada (RODRIGUES, 1992) embora em países de clima temperado as
lactações induzidas hormonalmente e que têm início no outono apresentam maior
persistência e produção leiteira final (TRALDI, 1994). Mesmo quando cabras gestantes
foram submetidas ao fotoperíodo artificial, observou-se antecipação da estação de
reprodução, diminuindo-se ainda o intervalo de partos (RODRIGUES, 1992). Os bodes
também são influenciados pelo fotoperíodo e necessariamente também serão
submetidos ao regime de luz artificial (TRALDI, 1994). Uma das vantagens do uso do
fotoperíodo, quando comparado com a indução por meio de hormônios, é que os bodes
também respondem a esse tratamento, evitando-se assim a necessidade do uso da
inseminação artificial, o que acontece quando outros métodos são empregados, já que
fora da estação de atividade sexual a libido e a produção espermática são baixas.
QUADRO 2 - Alguns métodos utilizados para manipulação do
fotoperíodo no Brasil e a influência sobre a manifestação dos estros e a
fertilidade dos animais
CORDEIRO
(1991)
RODRIGUES
(1992)
Duração
(horas)
+4
17
Luxes*
(lx)
>200
Período
(dias)
136
30
60
90
90
60
316
TRALDI(1994)
24
MONREAL et
20
98
al. (1997)
NEVES et al.
17
30
142 a 246
(1997)
*LUXES, unidades de medida de iluminância.
Estros/
Partos(%)
83,9/80,7
Carência
(dias)
15-100
100/95,2
100/73,7
81,8/68,1
70
100/92,5
61,9
60,3
62,9
60/-
59
58
Com base nas observações do Quadro 2, alguns esquemas poderão ser adaptados
para cada situação, por exemplo, considerando que pode existir uma carência de cerca
de 60 dias entre o final do fotoperíodo artificial e a manifestação dos estros, o
tratamento luminoso deve terminar no final de junho para a região Sudeste do Brasil
(NEVES et al., 1997).
Como provavelmente outras pesquisas em andamento ainda serão publicadas sobre
este tema e embora seja mais atrativo usar o período de 30 dias de fornecimento de luz
artificial, aconselha-se fazer o uso de 60 dias, levando em conta que o ideal pode estar
entre 30 e 60 (RODRIGUES, 1992). O fornecimento deve ser diário e terminar de forma
abrupta. O período de fornecimento de luz artificial pode ser de 16 a 17 horas fixas de
luz artificial ou o “ flash” de uma ou duas horas de luz ministrada entre 15 e 18 horas
após uma aurora fixada. O “timer” pode ser programado para se proporcionarem16
horas de luz e oito horas de escuro (FIGURA 3), da seguinte forma:
- acender as luzes às 17h 30min
- apagar às 20h
10
- acender às luzes às 4h
- apagar às 7h
17h30min
20h
4h
7h30min
_______ I____ I xxxxxxxxx I _____ I _______
⇑
L
⇑
D
⇑
L
⇑
D
L = ligar as lâmpadas;
D = desligar as lâmpadas; e
x = escuro
FIGURA 3 - Fornecimento diário de 16 horas de luz artificial
Para a iluminação distribuir nas instalações uma lâmpada fluorescente de 40 Watts para
cada 2,6 m2 de piso (RODRIGUES, 1992) colocada a uma altura entre 2,4 e 2,7m
(FAO, 1987). A estação de monta dura geralmente 60 dias (2-3 ciclos; FAO, 1987).
5 USO DA MELATONINA NA INDUÇÃO DO ESTRO
Há um ritmo diário na atividade secretória da glândula pineal. A melatonina, o
hormônio da glândula pineal, é mais secretada à noite, e pequena ou nenhuma secreção
ocorre durante o dia. A melatonina tem ainda a sua produção influenciada pelo
fotoperíodo (LINCON, 1987). A interrupção da noite pela luz artificial pode simular os
dias longos, e a administração de melatonina pode simular os dias curtos
(CHEMINEAU et al., 1993), desta maneira pode-se influênciar a atividade reprodutiva
dos caprinos, particularmente induzindo estros fora da estação de reprodução.
A melatonina pode ser administrada diariamente como injeção, na alimentação ou
em forma mais simples de dispositivos de liberação constante como o“ bolus” intrarumenal e de implante subcutâneo (CHEMINEAU et al., 1993). O implante de
melatonina deve ser aplicado 30 a 40 dias antes dos acasalamentos. As cabras devem ser
isoladas dos machos para se permitir associar o “efeito macho”.
Rufiões devem ser introduzidos 30 a 40 dias após a implantação da melatonina e
substituidos por reprodutores 14 dias após (SCHERING Agrochemicals) .
Embora seja uma técnica promissora, a melatonina ainda não está disponível em nosso
mercado.
6 “EFEITO MACHO” NA INDUÇÃO DO ESTRO
Nos animais, os feromônios liberados pela urina, muco cervical, fezes e glândulas
de diversas regiões do corpo como pescoço, região anogenital e ao redor dos chifres
estimulam os sistemas olfatório e oral que, somados aos sistemas visual, auditivo e tátil,
levam a alterações nos sistemas reprodutivo e endócrino. Desta forma o forte odor do
bode, que é acentuado pela estação de reprodução, associado à visualização do macho
pela fêmea, poderá desencadear o aparecimento do estro nas cabras adultas e mesmo da
puberdade nas fêmeas jovens (TRALDI, 1994).O “efeito macho” consiste na indução do
11
estro em cabras em anestro que se encontravam separadas dos machos. Esse efeito
ocorre logo após a reintrodução súbita dos bodes.
O isolamento, entretanto, deve ser completo, não se permitindo qualquer contato, como
tocar, ver, ouvir ou sentir o cheiro dos bodes por um período de pelo menos 30 dias
(CHEMINEAU et al., 1990). Foi observado que na resposta à introdução do bode
apenas o odor do macho foi menos eficiente do que o contato direto (22,5 e 68,7% de
resposta) e a estimulação máxima ocorre quando todos os fatores sensitivos estão
envolvidos (SHELTON, 1980). A introdução de bodes no rebanho de fêmeas após dois
meses de separação determinou alta sincronização dos estros, que ocorreram em 85%
durante 20 dias (DEBENEDETTI et al., 1982), embora seja recomendado que ao
introduzir o macho, as fêmeas não devam estar em anestro profundo, ou seja, pelo
menos 50% delas deverão estar ciclando (CHEMINEAU et al., 1990), em cabras sem
atividade ovariana (final de primavera) foi demonstrado que no dia seguinte a
reintrodução do macho foram induzidas ovulações na quase totalidade dos animais,
sendo às vezes acompanhadas de estro (33%) porém não-resultantes em gestações. As
ovulações deram origem a ciclos curtos (3 a 9 dias de duração), cujos níveis de
progesterona estavam sempre abaixo de 0,5 µg/ml, que são resultados de baixa
atividade do corpo-lúteo. Todos os animais apresentaram estros após estes ciclos curtos,
que resultaram em gestações em 79% das cabras (FOLCH et al., 1993; Quadro 3).
Ciclos estrais de curta duração estão associados a situações em que os requerimentos
para um ciclo normal não são encontrados, a ovulação pode ou não ocorrer e a
fertilização tem sido descrita no primeiro estro que deu origem ao ciclo curto
(HENDERSON, 1987). O método poderá ser utilizado a partir de dezembro para as
raças Saanen e Alpina e a partir de outubro, para as raças Anglo Nubiana e fêmeas
mestiças leiteiras. É recomendado que se façam os acasalamentos somente no segundo
estro, pois o primeiro estro induzido é de fertilidade inconstante (TRALDI, 1994). Os
machos deverão ainda ser ativos e representar entre 5 e 10% das fêmeas.
As cobrições deverão ocorrer num período de três a 35 dias após a introdução dos
machos (CHEMINEAU, 1983), sendo recomendável limitar entre 45 a 50 dias
(CHEMINEAU et al., 1990). A grande vantagem está em ser uma técnica de custo
baixo, simples e eficaz.
O uso do “efeito macho” pode ainda minimizar os custos da indução com esponjas
ou CIDR, substituindo o eCG associado ao progestágeno, reduzindo, entretanto, a
possibilidade de ocorrência de partos múltiplos, o que pode favorecer a sobrevivência
das crias (VIEIRA, 1990) (RITAR, 1993). Com este método verificou-se uma
fertilidade de 80% para as cabras submetidas ao efeito macho e 40% para aquelas que
receberam aplicação de 500UI de eCG (WESTHUYSEN, 1976).
Alguns resultados do uso da técnica, podem ser observados no Quadro 3.
QUADRO 3 - Alguns resultados obtidos pela aplicação do “efeito macho”
Tempo p/
ovulação (dias)
Ovulação
(%)
12
Óvulos
(n)
Estros
(%)
SHELTON (1960)
SHELTON (1980)
CHEMINEAU (1983)
RESTALL (1988)
OTT et al. (1980)
FOLCH et al. (1993)
8 a 10
8 a 10
2,8
3a5
5,5
1
88,2
80,0
97,0
88,0 a 91,3
92
1,47
1,25
1,57
1,2 a 1,3
1,3
68,0
94,0
33,0
O efeito macho pode ser indicado para antecipar ou prolongar a atividade reprodutiva
estacional (FOOTE, 1982).
6.1 Associações entre fotoperíodo, “efeito macho” e melatonina na indução do
estro
O fornecimento de 60 dias de luz durante os dois últimos meses de inverno, seguido
posteriormente por dias curtos ou um tratamento à base de melatonina durante o verão,
pode ser usado com sucesso para indução do estro no final do verão. O efeito macho
favorece a resposta
(Quadro 4) (CHEMINEAU et al., 1990).
QUADRO 4 - Efeito da associação do fotoperiodo artificial e da melatonina
em cabras submetidas ao “efeito macho”.
Controle
Melatonina
Luz
Luz + Melatonina
Ovulação (%)
10
46
63
91
Fertilidade (%)
10
39
63
86
(Adaptado de CHEMINEAU et al., 1990).
Para se obter o máximo de atividade sexual em cabras leiteiras fora da estação
reprodutiva é aconselhável associar a melatonina ao tratamento prévio de fotoperiodo
artificial (CHEMINEAU et al., 1986)
O melhor esquema seria associar o fotoperíodo artificial ao “efeito macho” e à
melatonina (Figura 4, TRALDI, 1994).
Inicio
Implante de melatonina
Retirada do implante
21/06
21/08
31/10 acasalamentos
I_________________________I_________________________I________________
← Fotoperíodo artificial
→
Introdução dos
machos
13
FIGURA 4 - Esquema para indução do estro associando fotoperiodo artificial,
“efeito macho” e melatonina
6.2 Associação do “Efeito macho” e esponja na indução do estro
O ”efeito macho” pode ter seus índices melhorados quando associado à utilização
prévia com esponjas impregnadas com progesterona. A manifestação dos estros passou
de 50% para 100% e o numero de animais com corpos-lúteos de curta duração foi
reduzido de 80 para 5%, havendo, ainda um aumento na fertilidade do primeiro estro
induzido de 15 para 78% (CHEMINEAU, 1985). Estes resultados confirmam a
importância dos tratamentos à base de progesterona para a espécie caprina, que requer
um período de exposição elevados níveis desse hormônio, para estimular os centros
cerebrais superiores, a fim de desencadear os sintomas de cio antes da ovulação (BRITT
e ROCHE, 1982).
7 EFEITOS “FÊMEA” E OUTROS NA INDUÇÃO DO ESTRO
Como “efeito fêmea” poderia ser chamado o fenômeno que ocorre quando fêmeas
em estro estimulam fêmeas em anestro a apresentar cio. Embora pouco descrito, tem
sido sugerido em situações experimentais quando lotes de fêmeas induzidas ao estro
estimulam outras devido à proximidade (RODRIGUES, 1992 e MONREAL et al.,
1997) ou por estarem em baias comuns (NEVES et al., 1997).
Técnicos e criadores relatam que o transporte para outros criatórios e a mistura de
animais de baias diferentes podem induzir estro em fêmeas caprinas, fatos conhecidos
em suínos (SOBESTIANSKY et al., 1985) e que precisam ser comprovados sob
condições controladas em caprinos.
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Quando se escolhe uma época para estabelecer uma nova estação de reprodução devese levar em conta alguns fatores como:
- disponibilidade de alimentação e mão-de-obra;
- condições climáticas, evitando, por exemplo, partos na época de chuvas, no caso de
animais que vão a campo;
- mercado consumidor para o produto final;
- necessidade de acompanhamento técnico; e
- necessidade de compra de equipamentos.
9.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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