Alguns países em desenvolvimento tornam-se líderes da
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Alguns países em desenvolvimento tornam-se líderes da
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 www.undp.org/hdr2001 Contactos do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento: Nova lorque: Trygve Olfarnes (212) 906-6606 Fax (212) 906-5364 [email protected] Washington: Sarah Papineau Marshall (202) 331-9130 Fax (202) 331-9363 [email protected] Genebra: Jean Fabre (41-22) 917-8541 Fax (41-22) 979-9005 [email protected] Copenhaga: Rolf Aspestrand (45-35) 46-7000 Fax (45-35) 46-7095 [email protected] Bruxelas: Diana Moli (3-22) 505-4620 Fax (3-22) 503-4729 [email protected] Tóquio: Sukehiro Hasegawa (81-3) 35 467-4751 Fax (81-3) 35 367-4753 [email protected] EMBARGADO ATÉ ÁS 10:00 TMG, 10 DE JULHO DE 2001 Alguns países em desenvolvimento tornam-se líderes da alta tecnologia enquanto outros estão muito atrasados O sucesso depende do encorajamento à inovação, à obtenção de qualificações e do acesso às novas tecnologias Cidade do México, 10 de Julho de 2001 — O Relatório do Desenvolvimento Humano 2001, comissionado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e hoje lançado, inclui uma classificação indicando os principais pólos de inovação tecnológica e de progresso do mundo. Não surpreende que muitos destes pólos estejam nos Estados Unidos, Europa e Japão. Mas existem também pólos de nível mundial em países em desenvolvimento — incluindo São Paulo e Campinas no Brasil; Bangalore na Índia; Kuala Lumpur na Malásia; Gauteng na África do Sul; e El Ghazala na Tunísia. Cada um destes centros de tecnologia reúne institutos de investigação, estabelecimento de novos negócios e de fundos de capital de risco. O Relatório presta particular atenção ao facto de, através das tecnologias da informação e das comunicações, estes centros estarem cada vez mais ligados entre si e, mais em geral, à economia mundial. Por exemplo, os centros tecnológicos usam cada vez mais a Internet para fornecer serviços em tempo real a clientes em todo o mundo. Os negócios orientados para a tecnologia têm, normalmente, instalações de investigação em vários países e disponibilizam a sua produção por todo o mundo. O Relatório deste ano inclui também, pela primeira vez, um Índice de Realização Tecnológica (IRT). O índice classifica 72 países em relação ao progresso global na criação e utilização de tecnologia. A QUADRO 2.5 Investimento na capacidade tecnológica doméstica País ou grupo Coreia do Sul Singapura Suécia Tailândia Estados Unidos Países em desenvolvimento OCDE de rendimento elevado Taxa de escolarização superior bruta (percentagem) 1980 1997 15 8 31 15 56 7 39 68 43 55a 22a 81a 9a 64a Parcela da escolarização superior em ciências (percentagem) 1995–97 Despesas de investigação e desenvolvimento (percentagem do PNB) 1987–97 34,1 62,0 30,6 20,9 17,2 27,6 28,2 2,8 1,1 3,8 0,1 2,6 .. 2,4 a. Refere-se a um ano anterior. Fonte: Cálculos do Gabinete do Relatório de Desenvolvimento Humano baseados em UNESCO 1999 e 2001a e World Bank 2001h. PORT-3-1 MAPA 2.1 A GEOGRAFIA DA INOVAÇÃO E REALIZAÇÃO TECNOLÓGICA Índice de realização tecnológica Líderes Líderes potenciais Seguidores dinâmicos Marginalizados Dados não disponíveis Centros Resultados de inovação tecnológica 16 (máximo) 4 (mínimo) Centros mundiais de inovação tecnológica Em 2000, a revista Wired consultou fontes locais nos governos, indústria e meios de comunicação social, para encontrar as localizações mais importantes na nova geografia digital. Cada uma foi classificada de 1 a 4, em quatro áreas: a capacidade das áreas universitárias e das instalações de investigação para formar trabalhadores qualificados ou desenvolver novas tecnologias, a presença de companhias e de grandes empresas multinacionais para fornecer competências e estabilidade económica, o impulso empresarial da população para iniciar novas aventuras e a disponibilidade do capital de risco para assegurar que as ideias se orientam para o mercado. Quarenta e seis locais foram identificados como centros tecnológicos, identificados no mapa com círculos pretos. Resultados 16 Sillicon Valley, EUA 15 Boston, EUA 15 Estocolmo-Kista, Suécia 15 Israel 14 Raleigh-Durham-Chapel Hill, EUA 14 Londres, RU 14 Helsínquia, Finlândia 13 Austin, EUA 13 São Francisco, EUA 13 Taipé, Taiwan (província da China) 13 Bangalore, Índia 12 Nova Iorque, EUA 12 Albuquerque, EUA 12 Montreal, Canadá 12 Seattle, EUA 12 Cambridge, RU 12 Dublin, Irlanda 11 Los Angeles, EUA 11 Malmo, Suécia Copenhaga, Dinamarca 11 Baviera, Alemanha 11 Flandres, Bélgica 11 Tóquio, Japão 11 Quioto, Japão 11 Hsinchu, Taiwan (província da China) 10 Virgínia, EUA 10 Vale do Tamisa, RU 10 Paris, França 10 Bade-Wurttemberg, Alemanha 10 Oulu, Finlândia 10 Melbourne, Austrália 9 Chicago, EUA 9 Hong Kong, China (RAE) 9 Queensland, Austrália 9 São Paulo, Brasil 8 Salt Lake, EUA 8 8 8 8 8 8 8 7 6 4 4 Santa Fé, EUA Glasgow-Edinburgo, RU Saxónia, Alemanha Sophia Antipolis, França Inchon, Coreia do Sul Kuala Limpur, Malásia Campinas, Brasil Singapura Trondheim, Noruega El Ghazala, Tunísia Gauteng, África do Sul Fonte: Hillner 2000. QUATRO CATEGORIAS DO ÍNDICE DE REALIZAÇÃO TECNOLÓGICA (ver anexo 2.1, p. 46; e quadro anexo A2.1, p. 48) LÍDERES 1 Finlândia (2 centros) 2 Estados Unidos (13 centros) 3 Suécia (2 centros) 4 Japão (2 centros) 5 Coreia do Sul (1 centro) 6 Holanda 7 Reino Unido (4 centros) 8 Canadá (1 centro) 9 Austrália (1 centro) 10 Singapura (1 centro) 11 Alemanha (3 centros) 12 Noruega (1 centro) 13 Irlanda (1 centro) 14 Bélgica (1 centro) 15 Nova Zelândia 16 Áustria 17 França (2 centros) 18 Israel PORT-3-2 LÍDERES POTENCIAIS 19 Espanha 20 Itália 21 República Checa 22 Hungria 23 Eslovénia 24 Hong Kong, China (RAE) 25 Eslováquia 26 Grécia 27 Portugal 28 Bulgária 29 Polónia 30 Malásia 31 Croácia 32 México 33 Chipre 34 Argentina 35 Roménia 36 Costa Rica 37 Chile SEGUIDORES DINÂMICOS 38 Uruguai 39 África do Sul (1 centro) 40 Tailândia 41 Trindade e Tobago 42 Panamá 43 Brasil (2 centros) 44 Filipinas 45 China (2 centros) 46 Bolívia 47 Colômbia 48 Peru 49 Jamaica 50 Irão MARGINALIZADOS 51 Tunísia (1 centro) 52 Paraguai 53 Equador 54 El Salvador 55 República Dominicana 56 Síria 57 Egipto 58 Argélia 59 Zimbabwe 60 Indonésia 61 Honduras 62 Sri Lanka 63 Índia (1 centro) 64 Nicarágua 65 Paquistão 66 Senegal 67 Gana 68 Quénia 69 Nepal 70 Tanzânia 71 Sudão 72 Moçambique QUADRO 2.6 Concorrência nos mercados mundiais: os 30 exportadores líderes de produtos de alta tecnologia País Posição ou área 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 Mil milhões de dólares EUA, Índice 1998–99 (1990=100) Estados Unidos 206 Japão 126 Alemanha 95 Reino Unido 77 Singapura 66 França 65 Coreia do Sul 48 Holanda 45 Malásia 44 China 40 México 38 Irlanda 29 Canadá 26 Itália 25 Suécia 22 Suíça 21 Bélgica 19 Tailândia 17 Espanha 11 Finlândia 11 Dinamarca 9 Filipinas 9 Israel 7 Áustria 7 Hungria 6 Hong Kong, China (RAE) 5 Brasil 4 Indonésia 3 República Checa 3 Costa Rica 3 250 196 206 255 420 248 428 310 685 1.465 3.846 535 297 177 314 231 296 591 289 512 261 1.561 459 172 .. 111 364 1.811 .. 7.324 Fonte: Cálculos do Gabinete do Relatório de Desenvolvimento Humano baseados em dados de Lall 2000 e UN 2001a. Finlândia está em primeiro lugar, seguida dos Estados Unidos, Suécia e Japão. A liderança da Finlândia sobre os Estados Unidos decorre, em grande parte, do facto de possuir uma maior percentagem de pessoas que utilizam a Internet e de indivíduos com formação em ciências avançadas.(O índice não mede o poderio tecnológico nem a liderança mundial.) Países mais recentemente industrializados têm, também, uma posição importante no índice — a República da Coreia (5º) está à frente do Reino Unido (7º), Canadá (8º), Singapura (10º), Alemanha (11º) e Noruega (12º). O México, que estava em 32º, aparece entre os "líderes emergentes" no progresso tecnológico. O IRT mostra, igualmente, que a existência de um pólo tecnológico de nível mundial não é suficiente para assegurar a difusão da tecnologia em todo um país. A Índia, sede de um dos mais dinâmicos centros do mundo, está apenas em 63º lugar no IRT, atrás do Zimbabwe, Síria e Paraguai. Isto acontece porque Bangalore, onde está concentrada a maior parte da nova tecnologia da Índia, é um pequeno enclave num país onde o adulto médio recebe apenas cerca de cinco anos de escolaridade. Mais de 40 por cento dos adultos na Índia são analfabetos, o consumo de electricidade é metade do da China e existem apenas 29 telefones por cada 1.000 pessoas. O Relatório do Desenvolvimento Humano 2001 diz que nesta era das redes, qualquer país que falhe na utilização eficaz da tecnologia acaba, provavelmente, por se atrasar no desenvolvimento humano e ficar marginalizado na economia mundial. O Relatório conclui que todos os países, mesmo os mais pobres, têm de executar políticas que encorajem a inovação, os conhecimentos avançados e o acesso às novas tecnologias. "Nem todos os países podem estar na vanguarda do progresso tecnológico", diz Nancy Birdsall, Conselheira Especial do Relatório. "Mas, no actual mercado mundial baseado no conhecimento, todos os países, independentemente do nível de pobreza, têm de criar a sua própria capacidade para aprender a utilizar e adaptar as tecnologias mundiais às suas necessidades locais. Isso significa investir na educação secundária e na investigação universitária e criar incentivos para as empresas formarem os seus trabalhadores." O Relatório salienta que hoje em todos os países tecnologicamente avançados, os governos têm dado incentivos e financiamentos à educação e à formação. Entretanto, não têm sido mobilizados os recursos suficientes, tanto de fontes nacionais quanto internacionais, para fazer o mesmo em muitos dos países em desenvolvimento. PORT-3-3 SOBRE ESTE RELATÓRIO: Todos os anos, desde 1990, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento tem comissionado o Relatório do Desenvolvimento Humano, através de uma equipa independente de peritos, para explorar as principais questões de interesse mundial. O Relatório não se limita a análise do rendimento per capita enquanto medida do progresso humano, mas também o avalia em relação a factores tais como a esperança média de vida, a alfabetização e o bem-estar geral. Ele defende que o desenvolvimento humano é, em última análise, "um processo de alargamento das escolhas das pessoas". O Relatório do Desenvolvimento Humano é publicado em Português pela Trinova Editora, Rua das Salgadeiras, 36 – 2º Esq., 1200 Lisboa, Portugal. Telefone: (351) 213 242 970, Fax: (351) 213 242 979 PORT-3-4