Pet Food Brasil
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Revista Pet Food Brasil Ano 5 / Edição 24 / Jan-Fev de 2013 / www.editorastilo.com.br Máquinas e Equipamentos Entre fabricantes nacionais e importados, a indústria segue em contínuo processo de evolução Editorial 2 Prezado Leitor Um aspecto interessante a ser observado quando analisamos o parque industrial brasileiro de pet food é que tem havido um incremento bastante significativo de fornecedores nacionais de máquinas e a “nacionalização” na fabricação dos equipamentos, muito embora, a presença de multinacionais ainda seja massiva. O know-how brasileiro e vantagens como a qualidade apresentada nos equipamentos, conhecimento do mercado local, facilidades encontradas no pós venda e a diversidade nos fornecedores são fatores que vêm contribuindo para este novo cenário. Porém, nenhum destes aspectos é impeditivo para a atuação das multifuncionais que têm uma forte presença por aqui. Pelo contrário, é um incentivo ainda maior para que abram subsidiárias no País e mantenham estruturas próprias no Brasil para que não só tenham conhecimento sobre as necessidades locais, como também, possam realizar um pós venda com atendimento ágil e eficiente. Conversamos com diferentes fornecedores destes maquinários para conferir os recentes investimentos e as tendências para a indústria de nutrição animal. E, por falarmos em máquinas, o nosso entrevistado deste mês é Antonio Paulo Rubega, diretor da Promep, que iniciou as atividades em 2003. A empresa, que é 100% nacional, completará uma década de existência com muitos motivos para comemorar e presença marcante na indústria brasileira. Os moinhos para a moagem fina foram as primeiras máquinas a serem fabricadas pela empresa, que ao longo dos anos, capacitou-se e passou a oferecer praticamente todos os equipamentos necessários para operar numa planta de Pet Food . Seguindo o propósito que é oferecer maquinários com nível de qualidade semelhante aos fabricados no exterior, a Promep mantém sua atenção voltada para o mercado interno e que tem sido, segundo a diretoria, mais do que suficiente para o crescimento de suas operações. Detalhes da história e trajetória da companhia poderão ser conferidas nas próximas páginas. EXPO PET FOOD 2013 Estamos próximos de mais uma EXPO PET FOOD. Este ano teremos muitas novidades como: o evento será em Campinas (SP); Inscrições Antecipadas Online; e um jantar (dia 24/04) para todos os expositores. Acreditamos que desta forma, além de inovarmos o evento, teremos uma grande presença de público, com qualidade técnica nas palestras e estaremos próximos de centenas de fabricantes de Alimentos Pet que há na região de Campinas. Faça sua inscrição. CAPA ed 24.pdf 1 08/02/13 11:26 Revista Pet Food Brasil Confira! Ano 5 / Edição 24 / Jan-Fev de 2013 / www.editorastilo.com.br Boa Leitura! C M Daniel Geraldes Y CM MY CY CMY K Máquinas e Equipamentos Edição 24 Janeiro/Fevereiro 2013 Entre fabricantes nacionais e importados, a indústria segue em contínuo processo de evolução 3 4 Sumário 6 10 5 Notícias Diretor Daniel Geraldes Informe Publicitáriuo 12 Caderno Científico 14 Capa 24 Entrevista 30 Em Foco 32 Em Foco Publicidade [email protected] 1 Conselho Editorial Aulus Carciofi Claudio Mathias Daniel Geraldes Everton Krabbe Flavia Saad José Roberto Sartori Vildes M. Scussel 2 Fontes Seção “Notícias” Anfal Pet, Pet Food Industry, Sindirações, Valor Econômico, Gazeta Mercantil, Agência Estadão, Cepea/Esalq, Engormix, CBNA Impressão Editora Referência Em Foco 3 38 Em Foco 4 Em Foco Jornalista Colaboradora Lia Freire - MTB 30222 Direção de Arte e Produção Leonardo Piva Denise Ferreira [email protected] 34 40 Editor Chefe Daniel Geraldes – MTB 41.523 [email protected] 5 42 Segurança Alimentar 48 Pet Market 50 Caderno Técnico 1 58 Caderno Técnico 2 Distribuição ACF Alfonso Bovero Editora Stilo Rua Sampaio Viana, 167 - Conj. 61 São Paulo (SP) - Cep: 04004-000 Fone: (11) 2384-0047 A Revista Pet Food Brasil é uma publicação bimestral da Editora Stilo que tem como público-alvo empresas dos seguintes mercados: Indústrias de Pet Food, Fábricas de Ração Animal, Fornecedores de Máquinas e Equipamentos, Fornecedores de Insumos e Matérias Primas, Frigoríficos, Graxarias, Palatabilizantes, Aditivos, Anti-Oxidante, Embalagens, Vitaminas, Minerais, Corantes, Veterinários e Zootecnistas, Farmacologia, Pet Shops, Distribuidores, Informática/Automação Industrial, Prestadores de Serviços, Equipamentos de Segurança, Entidades da cadeia produtiva, Câmaras de Comércio, Centros de Pesquisas e Universidades, Escolas Técnicas, com tiragem de 10.400 exemplares. Distribuída entre as empresas nos setores de engenharia, projetos, manutenção, compras, diretoria, gerentes. É enviada aos executivos e especificadores destes segmentos. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem as opiniões da revista. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias sem expressa autorização da Editora. Notícias 6 Manzoni concretiza parceria com universidade Unesp A Manzoni Industrial, empresa situada em Campinas-SP, doou para a universidade Unesp, campus de Jaboticabal, uma extrusora MEX-250, para produção de ração com capacidade de 250 kg/h. “Com essa parceria, a Manzoni visa incentivar a pesquisa e desenvolvimento de produtos pet food e aquicultura. Além de podermos testar todas as particularidades da extrusora para aprimorar seu desempenho, capacidade e qualidade de extrusão.”, afirmou o diretor técnico Luciano Manzoni. Essa parceria é um marco na história da Manzoni, que se torna a primeira empresa no Brasil a doar uma extrusora para fins de pesquisa e desenvolvimento no segmento de nutrição animal. “Essa etapa vem para consolidar ainda mais a marca Manzoni no mercado de fabricação de equipamentos para ração animal”, afirmou Luciano. A Manzoni produz equipamentos para montagem de fábricas de ração de petfood, peixes e pássaros, para todos os tipos de empresas, desde pequeno porte até grandes fábricas. Está no mercado há quase 50 anos, sendo nos últimos 20 anos focada no segmento de ração animal e alimento humano. www.manzoni.com.br Empresas do agro dominam lista das maiores exportadoras As empresas ligadas ao agro foram a maioria no ranking das 50 principais exportadoras do País em 2012, considerando o valor das vendas. Na lista das 50 primeiras, 22 empresas têm o agro como essência do seu negócio, aponta levantamento feito pelo Sou Agro, com base em números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Maiores exportadoras do agro responderam por 18% das vendas externas do País em 2012, com embarques de US$ 44,5 bilhões São empresas de alimentos (grãos, carnes, suco de laranja, açúcar), combustíveis (etanol), insumos (sementes), produtos como celulose e papel, entre outros. Juntas, estas 22 empresas responderam por 18% das exportações brasileiras no ano passado, com vendas na casa de US$ 44,5 bilhões. Entre as dez primeiras, cinco são do agro: Bunge, Cargill, ADM do Brasil, Louis Dreyfus e JBS. Entre as empresas do agro, a liderança coube a Bunge – que ficou em 3º no ranking geral -, com o valor das exportações alcançando US$ 6,3 bi. Em seguida, aparece a Cargill (5º no ranking geral), com US$ 4,1 bi. A lista traz ainda outros nomes de peso como BRF Foods, Seara, Raízen, Fibria, Suzano, Cutrale, Marfrig, entre outras empresas do agro. Entre as 22 empresas do setor, 12 registraram aumento de suas exportações de 2011 para 2012. Os destaques foram Nidera Sementes, com avanço de 45,64% nas exportações, seguida pela Louis Dreyfus (29,76%), Amaggi (25,42%) e ADM (15,11%). Soja e milho crescem No que diz respeito aos produtos agrícolas, as lavouras de soja e de milho têm registrado avanços sucessivos de produtividade, a ponto de gerar excedentes para exportações equivalentes a US$ 26,11 bilhões e a US$ 5,29 bilhões, respectivamente, no ano passado. Os dados são do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). De acordo com o chefe de Planejamento Estratégico do Mapa, José Garcia Gasques, o consumo de soja e de milho aumentou muito no mercado internacional, por causa de outras destinações, além do consumo humano, como, por exemplo, ração animal e fabricação de combustíveis. Fonte: Sou Agro 7 8 Notícias Por falta de opção, salmão vira vegetariano Os salmões estão ficando vegetarianos. O peixe favorito dos consumidores 9 Paraná deve ser o maior produtor de milho em 2013, diz IBGE europeus e americanos é de longa data conhecido como um carnívoro obstinado, alimentado por piscicultores com peixe processado. Mas uma confluência de fatores econômicos, mercados e fatores ambientais está transformando a atividade Estatística (IBGE) mostra que o Paraná deve ser o maior produtor criadora de salmões em viveiros - que movimenta US$ 11 bilhões por ano -, de milho no Brasil em 2013. A estimativa é de que a primeira safra impondo uma mudança radical de dieta. O preço da farinha de peixe subiu para seja de sete milhões de toneladas. Este é o terceiro prognóstico um nível recorde devido a um enorme declínio no número de anchovas colhidas realizado para a safra de verão. na costa da América Latina, sua principal área de alimentação, em parte devido às temperaturas do mar. A farinha de peixe bateu um recorde histórico de US$ a 19,5% da produção nacional. Minas Gerais, que será o segundo 2,19 mil a tonelada, no mês passado, segundo o Fundo Monetário Internacional, estado com a maior produção, terá a mesma participação no depois que o Peru, um dos principais exportadores da commodity, reduziu a quota de pesca comercial de anchovas em 70% nos últimos três meses. O montante. Entretanto, a produção será 3.260 toneladas menor. esforço para substituir as proteínas de peixe por plantas, como soja e sementes de girassol, começou há cerca de 20 anos, mas acelerou, recentemente, Em todo o país, devem ser colhidas 35,7 milhões de toneladas do devido à alta dos preços da farinha de peixe. Esses preços subiram 60% em relação a um ano atrás, e quase 3,5 vezes em uma década. A proporção de grão. farinha de peixe na dieta do salmão comercial caiu para até 7%, contra 60% há 15 anos. "Nós podemos chegar a 0% de farinha de peixe na ração", disse Magareth Overland, diretora do Centro de Proteínas na Aquicultura, da Universidade Norueguesa de Ciências da Vida. O setor agora está testando o uso redução da área plantada de 12,6%, a produção de milho paranaense será 6,5% maior. De acordo com o IBGE, isso ocorre porque de proteína de levedura biológica e abetos noruegueses, acrescentou ela, para evitar a concorrência com outros setores de criação animal que dependem o rendimento médio esperado será 21,8% maior que a última safra, na qual houve grandes problemas climáticos. de grãos e oleaginosas. Torben Svejgard, executivo-chefe da BioMar, importante empresa internacional produtora de rações com sede na Dinamarca, disse que "muitas pesquisas foram feitas" na última década para aumentar o número de matérias-primas utilizadas como ração em piscicultura. A apresentar o rendimento médio de 21,0%. Este percentual é reflexo de recuperação frente à estiagem ocorrida em 2012. A área empresa gastou mais de 10% de seus lucros anuais em iniciativas de pesquisa e desenvolvimento, disse ele. O setor de piscicultura em todo o mundo, plantada deve diminuir 16,9% devido à concorrência da soja, que possui um preço está mais atrativo. Com relação a soja, a que inclui camarões, trutas e outras espécies, tem crescido rapidamente nos últimos anos devido ao aumento do consumo em países emergentes, como produção deve aumentar 38%. a China. Isso acelerou a necessidade de encontrar fontes alimentares alternativas para peixes criados em viveiros. Experiências comprovam que poucos consumidores podem perceber alguma diferença no sabor de salmões alimentados a farinha de peixe e salmões vegetarianos, diz deputado Svejgard. oleaginosas. De acordo com o IBGE, o Mato Grosso liderou como maior produtor de grãos, com uma participação de 25,0% no A indústria de "aquicultura" - que movimenta US$ 125 bilhões por ano e registrou um salto de 2,5 vezes em valor ao longo da década passada -, está montante nacional. Em seguida esteve o Paraná, 19,1%, e Rio Grande do Sul, 11,8%. Juntos, os três estados representaram 55,9% atendendo parcialmente o forte aumento da demanda mundial por peixes, segundo a Organização para Alimentos e Agricultura (FAO), da ONU. A FAO do total nacional. estima que em 2019 o número de peixes criados em viveiros deverá ultrapassar a quantidade de peixes capturados por métodos tradicionais, em termos Fonte: G1 de tonelagem. O salmão não está sozinho. Pesquisadores franceses conseguiram criar trutas arco-íris vegetarianas, ao passo que nos EUA algumas fazendas tiveram êxito em criar cobias, um peixe carnívoro, sem usar farinha de peixe. Fonte: Seagri – BA Valor de produção do milho bate recorde em 2012 A produção histórica de milho na temporada 2011/12 de 72,98 milhões de toneladas de grãos – superando inclusive a de soja (66 milhões de toneladas) – resultou na mais valiosa produção de milho na história: R$ 34 bilhões. A informação é da Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), baseada nos levantamentos da última safra divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado se deve principalmente ao Centro-Oeste, cujo valor de produção aumentou 83,4% sobre 2011 e foi o maior entre todas as regiões do país, de R$ 14,4 bilhões, seguido pelo Sul (R$ 10,3 bilhões e alta de 1,6 %) e Sudeste (R$ 5,6 bilhões; +15,6%). Entre os estados, os destaques no ano passado foram Mato Grosso (R$ 7,46 bilhões) e Paraná (R$ 7,44 bilhões), com elevações respectivas de 103,1% e 27,1% sobre 2011. Os resultados poderiam ter sido ainda melhores, mas a seca nas regiões Sul e Nordeste afetaram importantes estados produtores, como o Rio Grande do Sul. No entanto, há perspectiva do estado se recuperar na atual safra, já que a Conab prevê aumento na produção do cereal de 40,6% no período 2012/13. Com a recuperação no sul do país, a perspectiva para o valor de produção nacional do milho este ano é de R$ 41,7 bilhões, alta de 22,3% sobre 2012. Fonte: Mapa A perspectiva divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e A participação do Paraná vai corresponder, segundo o IBGE, Ao se analisar os números, percebe-se que, mesmo com uma Feijão - A perspectiva também abrange a produção de feijão. O estado deve ter um aumento de 0,5% na produção, que deve Cereais, leguminosas e oleaginosas - Em 2012, o Paraná apareceu entre os maiores produtores de cereais, leguminosas e Ministro assina portaria de criação de três Comitês Permanentes de Gestão da Pesca O ministro Marcelo Crivella, da Pesca e Aquicultura, assinou, juntamente com o Ministério do Meio Ambiente, a criação de três Comitês Permanentes de Gestão da Pesca e do Uso Sustentável de Recursos, sendo um para a Bacia do Rio São Francisco, outro para os Recursos Demersais (peixes que habitam águas mais profundas) das regiões Norte e Nordeste e o último para a Bacia Amazônica. Cada Comitê envolve representantes de seis Ministérios do Governo Federal, dos órgãos estaduais de meio ambiente e de fomento à pesca e aquicultura, além de representantes da sociedade civil organizada, dos pescadores artesanais e industriais, armadores e o setor de indústria, comércio e exportação. Há também uma estrutura de assessoramento composta por um subcomitê científico e de acompanhamento e câmaras técnicas. Todo esse esforço é feito no sentido de que a exploração dos recursos seja realizada de maneira sustentável para garantir o emprego de milhões de pescadores, a segurança alimentar dos brasileiros e a garantia de que as próximas gerações poderão usufruir do mesmo que a presente. Fonte: Ministério da Pesca e Aquicultura Informe Publicitário 10 11 Kemin Nutrisurance – Preservação inovadora de rações para pets - Natural! E m meados do século dezenove a produção de rações para pets fabricadas nos Estados Unidos em 2013 contém para pets estava na infância. Naqueles tempos não era comum antioxidantes naturais. alimentar um cão ou gato com rações, como nós fazemos hoje. Quando a produção de rações para pets começou nos róis mistos”. A fonte dos tocoferóis mistos é soja e são isolados Estados Unidos no fim de século dezenove, as pessoas que pelo processo de refinação de óleo de soja. Kemin tornou-se desenvolveram esta ideia tinham uma visão. líder na estabilização de rações naturais para pets e transformou Era uma visão incrível, acreditar que as pessoas comprariam “tocoferóis mistos ” em uma palavra conhecida por todos! O rações para seus pets em vez da alimentá-los com restos de produto da Kemin Naturox® é usado por empresas de várias comida. Em 1964, quando o Instituto de Rações para Pets regiões do mundo há mais de 15 anos e provou que as rações começou a avisar as pessoas sobre o perigo de alimentar pets para pets podem ser preservadas naturalmente com sucesso. com restos , tornou-se óbvio que a indústria estava mudando. Hoje, em 2013, não tenho certeza se qualquer um teria em uma fonte nutricionalmente segura para nosso animais imaginado possível a posição da indústria de rações para pets de estimação , Kemin seguiu este crescimento e é uma no presente. Calcula-se que os gastos com produtos para pets das PRIMEIRAS empresas a usar este novo antioxidante no mundo sejam mais de 81 bilhões de dólares . Nos Estados NATURAL no mercado mundial de rações para pets. Unidos, em 2012, os gastos foram de mais de 52 bilhões de novo produto patenteado é uma mistura eficaz de tocoferóis dólares e no Brasil 6,5 bilhões de dólares em 20112. Calcula- mistos e extratos de ervas, oferecendo aos nossos clientes se que no Brasil 69% do total sejam despesas com rações para estabilização natural com componentes “verdes”, sustentáveis, pets2! extraídos de plantas. 1 O crescimento do mercado de rações para pets em O antioxidante predominante na nossa indústria é “tocofe À medida que nossa indústria mudou e se transformou Este 2010 foi de cerca de 0,5 bilhão de dólares 2 . Esperava-se um Verdilox™ teve lançamento mundial e em 2013 será crescimento de 3% na fabricação de rações para pets no Brasil apresentado no Brasil, o mercado de rações para pets com em 20122 e este crescimento deve continuar em 2013. Torna- crescimento mais rápido no mundo! A eficácia comprovada e se nítido que o Brasil está se tornando um mercado muito o suporte ao produto oferecido pela Kemin tornarão este novo importante em termos de rações para pets! produto uma adição valiosa para o mercado de rações para pets da America do Sul. Um fator chave deste crescimento mundial é que as rações para pets podem ser estabilizadas por 12- 18 meses, continuando com vida útil para o consumidor f inal. Na Kemin, nos dedicamos a oferecer a nossos mercados O os melhores produtos possíveis para garantir que as rações uso de antioxidantes ou preservativos cresceu no mundo mais nutritivas e seguras possam ser consumidas pelos nossos inteiro e também mudou. Antes do início da década de animais de estimação. À medida que o mercado de rações 1990 o uso de antioxidantes sintéticos (BHA, BHT e EQ) para pets continua a evoluir e crescer no Brasil e no resto da era predominante em todo o mundo. América do Sul, a Kemin estará ao lado dos líderes da indústria, Mas durante esta década vimos uma mudança para estabilização natural nos apoiando seu sucesso! Estados Unidos. Uma parte considerável desta mudança foi antecipada pelas grandes produtoras de rações para pets em resposta à mudança vista nos alimentos nos Estados Unidos. É uma af irmativa precisa dizer que mais de 90% das rações 1. APPA, 2013. www.americanpetproducts.org 2. Pet Food Market in Brazil – An Experts View about Animal Food in Brazil, May 2012. www.globaltrade.net 12 Caderno Científico 13 Utilização de aditivos nutricionais em alimentos para gatos obesos A Por: Ricardo Souza Vasconcellos da suplementação dietética de polifenóis de citrus e curcumina no estado inflamatório de gatos obesos . Resumo: Baixo grau inflamatório crônico tem sido associado dentre os distúrbios causados pela obesidade. As propriedades terapêuticas dos polifenóis de citrus e curcumina podem ser associados pela sua atividade anti-inflamatória. Duas dietas suplementadas ambas com hesperidina (0,05%) e naringina (0,1%) de extrato cítrico ou com altamente biodisponível curcumina do extrato de Curcuma longa (0,09%) foram oferecidos a oito gatos obesos por dois períodos de oito semanas (delineamento em crossover) enquanto os animais foram mantidos em um estado obeso. Os níveis de proteínas plasmáticas de fase aguda obesidade tem sido um problema crescente em cães e gatos, devido a sua maior proximidade com seres humanos, em que os hábitos de vida destas espécies foram modificados, predispondo ao ganho de peso. Embora sejam conhecidos os malefícios do excesso de peso, a dificuldade dos proprietários em promover a redução do peso dos animais obesos é muito grande, devido a fatores culturais e emocionais. Uma das principais consequências da obesidade em animais de companhia é a redução na expectativa de vida e acredita-se que esta esteja relacionada, dentre outros fatores, com a resistência à ação da insulina e stress oxidativo. Atualmente existem muitos alimentos comerciais específicos para a perda de peso, com eficácia comprovada no tratamento da obesidade. As principais características destes alimentos são o baixo teor lipídico, elevadas concentrações de fibra e proteína e amido de digestão lenta. Além disto, muitos aditivos nutricionais podem contribuir com a melhora nas respostas metabólicas nestes animais, tais como a l-carnitina, os ácidos graxos da família ômega-3, os triglicerídeos de cadeia média, os antioxidantes, o cromo e os prebióticos, embora careçam ainda de comprovações científicas. Desta forma, considerando a existência de bons produtos no mercado, seria de se imaginar que o problema da obesidade O ligofrutose E feitos estaria resolvido. No entanto, de acordo com os estudos existentes, apenas cerca de 40-60% dos animais que são atendidos em Hospitais Veterinários para serem introduzidos em programas de perda de peso alcançam a meta estabelecida de peso. O restante se mantém obeso devido à desistência dos proprietários. Além disto, estes estudos se referem apenas aos animais cujos proprietários frequentam Hospitais Veterinários, sendo o restante dos animais obesos mantidos em casa, sem a busca de auxílio profissional. Neste sentido, conhecer melhor as alterações metabólicas do excesso de peso e empregar nutrientes nas dietas que favoreçam uma melhoria nesta resposta metabólica do animal, mesmo enquanto ele ainda permaneça obeso, pode trazer benefícios à saúde, ainda que este esforço seja muito menos eficiente do que promover o emagrecimento por meio da restrição alimentar. Tendo isto em vista, nesta edição foram selecionados dois artigos publicados pela Revista British Journal of Nutrition, sobre a suplementação com antioxidantes e prebióticos em dietas de gatos obesos e avaliação dos seus benefícios, mesmo que os animais tenham mantido a condição corporal. e inulina modulam o metabolismo de glicose e aminoácidos através da produção de propionato em gatos com peso normal e obesos . Resumo: O efeito da suplementação dietética de oligofrutose e inulina no metabolismo glicêmico de gatos obesos e nãoobesos foi avaliado. Duas dietas foram testadas em um delineamento em crossover; uma dieta controle rica em Proteína (46% na MS), moderada em gordura (15% na MS), baixa em carboidratos (27% na MS), mas sem fibras solúveis adicionadas; e uma dieta contendo prebióticos, com 2,5% de uma mistura de oligofrutose e inulina adicionadas à dieta Controle. Oito gatos obesos e oito não-obesos receberam cada uma das dietas por um período de quatro semanas. Ao final de cada período teste, um teste intravenoso de tolerância à glicose foi realizado. A área abaixo da curva de glicose (AACglic) foi aumentada (p=0,022) e o segundo pico de insulina foi retardado (p=0,009) em gatos obesos comparados aos animais não-obesos. A dieta não afetou a concentração basal plasmática de glicose, a resposta de glicose no sangue em cada ponto da curva após administração de glicose, AACglic, concentrações séricas de insulina em jejum, AAC da insulina e a amplitude de resposta a insulina. No entanto, a análise de acilcarnitina revelou maiores concentrações propionilcarnitina (p=0,03) quando os animais foram alimentados com a dieta prebiótica, sugerindo fermentação colônica e a absorção de propionato. Suplementação de prebiótico reduziu as concentrações de methylmalonylcarnitine (p=0,072) e aspartato aminotransferase (p=0,025), indicando ambos gliconeogênese reduzida a partir de aminoácidos. Este estudo evidencia a tolerância à glicose e alteração na resposta da insulina à administração de glicose em obesos quando comparados com gatos não-obesos, independentemente da intervenção dietética; também pode ser sugerida a modulação do metabolismo glicêmico por gluconeogênese a partir do propionato de reforço e a inibição do catabolismo de aminoácidos. British Journal of Nutrition,106: S198-S201, 2011. Autores: Adronie Verbrugghe; Myriam Hesta; Kris Gommeren; Sylvie Daminet; Birgitte Wuyts; Johan Buyse; Geert P. J. Janssens. (PPFA; glicoproteína ácida alfa-1 (GAA), amilóide-A sérico, haptoglobina) foram mensurados no início e final de cada período experimental. As expressões de mRNA para TNF-a, IL-1b, IL-2, IL-4, IL-5, IL-10, IL-12, IL-18 e interferon gamma (IFN-g) em células polimorfonucleares de sangue periférico (PMNC) foram determinadas por PCR-RT. Comparados com os valores iniciais, a suplementação com polifenóis de citrus resultou em menores concentrações plasmáticas de GAA e haptoglobina, enquanto a curcumina resultou em menores concentrações de GAA. Não houve diferença entre as suplementações. As concentrações de mRNA para TNF-a, IL-1b, IL-4, IL-5, IL-10, IL-12 e IL-18 não foram afetadas pela suplementação dietética. Em contraste, IFN-gamma e IL-2 foram inferiores ao final do estudo para os tratamentos com citrus e curcumina, respectivamente. Não houve diferença entre as suplementações. Os resultados do presente estudo mostram um leve efeito do citrus e curcumina sobre a expressão de citocinas por PMNC e redução na GAA, a qual é principalmente expressa pelo fígado. Estes achados confirmam que a hesperidina e naringina ou extrato altamente biodisponível curcumina tem efeitos benéficos, principalmente no fígado e poderiam melhorar os efeitos inflamatórios da obesidade em gatos. British Journal of Nutrition,106: S198-S201, 2011. Autores: Véronique Leray; Benjamin Freuchet; Jérôme Le Bloc’h; Isabelle Jeusette; Celina Torre; Patrick Nguyen. 14 Capa Máquinas e Equipamentos As opções para o setor de nutrição animal Por: Lia Freire O 15 know-how brasileiro e vantagens como a qualidade para produção de diferentes tipos de snacks, um complemento apresentada nos equipamentos, conhecimento do mercado local, natural à linha de rações. “Temos a maior gama de extrusoras facilidades encontradas no pós venda e a diversidade nos fornecedores mono roscas disponíveis no mercado e somos o único fabricante são fatores que vêm contribuindo para este novo cenário. “Nosso nacional de duplas roscas. Destaco ainda que detemos a tecnologia desafio está em continuar evoluindo na produção de equipamentos para a produção de “nuggets” (ração com recheio) nas máquinas de e periféricos, com opções mais eficientes e melhores, combinado ao roscas duplas”, enfatiza o diretor. menor custo de produção e manutenção, assim como disponibilizar processos de automação e controle mais avançados. O objetivo é oferecer soluções que possibilitem aos clientes incrementarem seu portfólio, sempre com valor agregado”, destaca José Luiz Martinez Ferraz, diretor da Ferraz Máquinas e Engenharia Ltda, empresa 100% nacional, fundada na década de 70. Em 2012, a companhia investiu na ampliação de suas instalações, em novas máquinas operatrizes e na contratação de funcionários. Além disso, aumentou a estrutura de prestação de serviços de apoio ao cliente, tanto para a fase de construção das fábricas, como também para o pós venda. “Pretendemos aumentar as visitas técnicas nos clientes, oferecendo treinamentos mais intensivos aos funcionários das indústrias de ração, com o intuito de orientá-los no sentido de conseguir melhor produtividade e menores custos. Desejamos ainda criarmos um departamento para desenvolver novos produtos que possam ser produzidos em nossos equipamentos, possibilitando que os clientes consigam produzir rações com maior valor agregado”, almeja José Luiz. Continuar evoluindo na produção de equipamentos, tornando-os mais eficientes e melhores, com menores custos de produção e manutenção é o desafio da Ferraz. No último ano, a Ferraz lançou uma linha completa de misturadores para incorporar líquidos às rações, com possibilidade de trabalhar sob atmosfera de vácuo. Um aspecto interessante a ser observado quando analisamos o parque industrial brasileiro de pet food é que tem havido um incremento bastante significativo de fornecedores nacionais de máquinas e a “nacionalização” na fabricação dos equipamentos, muito embora, a presença de multinacionais ainda seja massiva As recentes novidades levadas pela Ferraz para a indústria de nutrição animal foram uma linha completa de misturadores para incorporar líquidos às rações, com possibilidade de trabalhar sob atmosfera de vácuo; além de diferentes modelos de moinhos de alta rotação e várias inovações nos equipamentos já existentes. Destaque também para a extrusora E-62 destinada às universidades e microprodutores de ração. A Ferraz sinaliza a sua intenção em aumentar a linha de extrusoras para produções entre 80 e 500 Kg/h, como também desenvolver equipamentos A extrusora E-62, da Ferraz, é destinada às universidades e microprodutores de ração. Capa 16 17 Outro importante fornecedor nacional é a Manzoni, O equipamento que a Promep/Tekinox oferece há mais tempo ordem de R$0,80 a R$ 0,85 por tonelada extrusada. Esses valores dão que tem como carro-chefe as extrusoras, desenvolvidas e que tem representado um grande sucesso é o moinho destinado ideia do seu baixo custo de operação. Todos esses fatores se traduzem para proporcionar o menor gasto de energia Kw/H e altas à moagem fina, graças à característica em proporcionar equilíbrio em vantagens competitivas num mercado tão disputado como o de produções, além de apresentar facilidades na manutenção. O entre capacidade produtiva, potência consumida e resultado pet food”, observa Rubega. ano de 2013 começa para a empresa bastante positivo, com granulométrico. “Os clientes que utilizam em suas plantas os a consolidação de uma ampla linha da marca, que também moinhos Promep têm obtido grande aceitação de seus produtos, acaba de colocar em operação o secador vertical, que segundo pela qualidade de acabamento. Além disso, a combinação de melhor o fabricante, tem apresentado além de ótimos resultados como moagem e pré condicionamento adequado, tem proporcionado às de que a indústria nacional de equipamentos nem sempre oferece produção uniforme e padronizada, facilidades na operação e extrusoras Promep custos de consumo de peças dos canhões na soluções que concorram em qualidade com as de fabricantes do ALTO PADRÃO Não há como negar que ainda existe no mercado a falsa impressão exterior. Além disso, com a valorização da nossa moeda frente ao dólar economia de custo. americano, ocorrida nos últimos tempos, a indústria nacional deparase com mais uma dificuldade. Na opinião do executivo da Promep/ Tekinox, Rubega, mediante este cenário, a indústria nacional deve voltar-se para a oferta de produtos de elevado nível de qualidade e, adicionalmente, oferecer um excelente serviço e atendimento. “Esse é um trabalho que exige dos fornecedores de máquinas e equipamentos, O carro-chefe da Manzoni é a extrusora. O principal benefício é a estabilidade na produção, mantendo um padrão contínuo de extrusão. grandes esforços em termos de investimentos, desenvolvimento de pessoal técnico, novos produtos e forte empenho na prestação de Com importante atuação no parque industrial brasileiro de serviços.” pet food, a Promep/Tekinox está focada em complementar a sua linha de equipamentos, em virtude do aumento na capacidade produtiva percebido na indústria nacional, seja em virtude das consequentemente leva a uma incessante busca por alto padrão tanto necessidades atuais das empresas ou pelo fato de que novas companhias vêm manifestando a intenção de participar deste setor. “As nossas linhas de extrusão passarão a apresentar diversos modelos para atender a demanda de novas capacidades. Será um sistema completo de automação e controle da operação A Manzoni doou à UNESP de Jaboticabal uma extrusora MEX-250 para fins de estudos e desenvolvimentos. Em 2012, a Manzoni firmou parceria com a Universidade UNESP de Jaboticabal e doou uma extrusora MEX-250 para estudos e desenvolvimentos. “Essa iniciativa nos permite aprimorar conhecimentos e realizar o desenvolvimento de novos produtos com mais embasamento em informações técnicas”, explica Luciano Manzoni, diretor técnico da Manzoni. A novidade da empresa para este ano é o sistema para a de extrusão. Vamos também oferecer diferentes modelos de secadores, tendo em vista um atendimento customizado às necessidades”, afirma Antonio Paulo Rubega, diretor da Promep/Tekinox, que também disponibiliza soluções como as peneiras vibratórias em diferentes capacidades para a separação de pó e de partículas fora de padrão, além de sistemas de aplicação de cobertura de palatabilizantes líquidos e em pó, com diferentes graus de automação (para garantir uma operação padronizada). produção de ração do tipo “nuggets”, utilizando uma extrusora mono rosca. “Com isso, evita-se a necessidade do fabricante realizar grandes investimentos para adquirir uma extrusora dupla rosca”, justifica o diretor. Extrusoras com menores capacidades como as linhas de 250kg/h, 500kg/h e 1.000 kg/h também se destacam no portfólio da marca e foram desenvolvidas após uma solicitação do mercado. “No entanto, nos deparamos ainda com importantes desafios como a mão-de-obra. O governo tem dado incentivos para adquirir equipamentos, tem demanda por parte do mercado, porém qualquer aumento na produção esbarra na capacitação de funcionários. Investimos em pessoas, fornecemos treinamentos e cursos, porém num piscar de olhos eles trocam de empresa”, desabafa Manzoni. “Os clientes que utilizam os moinhos Promep têm obtido grande aceitação de seus produtos, devido à qualidade que apresentam no acabamento”, Antonio Paulo Rubega, da Promep/Tekinox. Por parte dos fabricantes nacionais de pet food tem-se verificado um grande esforço em desenvolver produtos de alta qualidade, o que A Promep/Tekinox complementa a sua linha e está preparada para atender possíveis aumentos na demanda por equipamentos. nas instalações, equipamentos, quanto nos processos produtivos. “Este comportamento gera, na nossa opinião, uma consolidação da indústria Capa 18 dedicado atenção também aos pequenos e novos produtores nacional, tornando-a mais sólida. Para nós, fabricantes de equipamentos, tem realizado ações no sentido de dar maior suporte, como pôde na produtividade, o que levou à liderança mundial em sistemas de de rações, que geralmente não possuem muitas opções seja de esse movimento é muito importante, transferindo para a nossa indústria ser constatado com a abertura das filiais e construção da unidade extrusão. “No mercado brasileiro não é diferente, os fabricantes de fornecedores, de assessoria e, principalmente, de financiamentos a responsabilidade de fornecer equipamentos que atendam às novas industrial, o que é importante num país de dimensões continentais ponta - que já são nossos clientes - estão satisfeitos e partindo agora aos negócios. “Criamos recentemente uma divisão específica necessidades. Desse modo, toda a cadeia cresce e se desenvolve”, opina como o Brasil”, observa Maciel. para ampliação de suas linhas de produções.” para o desenvolvimento de projetos e para linhas de pequenas Rubega, complementado por José Luiz, da empresa Ferraz: “O Brasil Mais um importante tecnologia fornecida pela empresa ao ramo produções - capacidades de 100, 200, 300 e 500 kgs por hora possui indústrias de ração extremamente modernas e com processos de de pet food está nos sistemas de secagem Bühler/Aeroglide. De máquina. Vejo que há um grande potencial, porém com grandes produção e de controle de qualidade bastante avançados, similares aos acordo com a Bühler, trata-se de uma verdadeira revolução em termos dificuldades operacionais no setor de pisicultura, por exemplo. encontrados nos países mais adiantados do mundo.” de eficiência e performance, aumentando as margens de ganho para Temos auxiliado no que podemos para facilitar as compras de os clientes. “Estes sistemas têm seu principal diferencial na secagem maquinários em parcelas. Ajudamos na assessoria e nos projetos precisa e com segurança para o produto final, além do baixo consumo sem cobrar a mais por isso. Hoje, a linha de extrusão mais vendida de energia. Em extrusão há novas versões, mais flexíveis e facilmente é a de 6 t/h. São equipamentos robustos, versáteis e esteticamente adaptáveis às necessidades de cada cliente”, acrescenta Maciel. bonitos. Os produtos por eles produzidos são e têm que ser de boa FABRICAÇÃO NO BRASIL Com operações em mais de 140 países, a Bühler, especialista e parceira tecnológica mundial para instalações e serviços de qualidade, assegurando a tranquilidade e a satisfação para quem processamento de grãos e alimentos, inaugurou em 2012 uma TECNOLOGIA E SUPORTE TÉCNICO: PRIORITÁRIOS fábrica no Brasil, de 14.000 m . Com a fabricação local os seus 2 clientes poderão usar linhas de crédito atrativas, como é o caso do produz e para o consumidor final que compra as rações”, afirma Hernando Constança, diretor presidente da Greenpeças. A fornecedora de extrusoras, Wenger, tem na tecnologia e O executivo lembra que um importante desafio a ser enfrentado FINAME – linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a aquisição de máquinas e no suporte técnico seus diferenciais. A companhia conta com um é conviver e ser competitivo, enfrentando equipamentos. Em se tratando da área pet food, a companhia tem centro tecnológico em Sabetha, no Kansas (EUA) onde há seis internacional de chineses, americanos e outros, com a altíssima a possibilidade de atuar com liderança tecnológica basicamente nos linhas de extrusão para testes e desenvolvimento de produtos, além carga tributária brasileira. “Eu não tenho dúvidas de que a maioria seguintes processos: moagem fina das matérias-primas, mistura, do suporte de uma equipe de engenharia. Seus equipamentos são extrusão e secagem. A empresa iniciou a fabricação local dos em escala, portanto, o que se desenvolve no centro tecnológico será secadores Bühler/Aeroglide, que se destacam mundialmente pelo seu reproduzido em equipamentos maiores e com maior produção. Com “No Brasil, fabricamos as extrusores de rosca simples em várias capacidades, além dos secadores. Todos estão cadastrados no FINAME”, José Mauricio Bernardi, da Wenger. diferencial tecnológico, estando presentes nos principais players do isso, os clientes da Wenger não necessitam parar suas linhas de Nos últimos seis meses a empresa investiu em várias inovações, o segmento com todas as suas contradições, vem evoluindo e tem setor. “Ademais de sua performance em termos de produto final, estes alta produção para realizar testes. Além disso, seu suporte técnico tais como: novo sistema de extrusor SX1480, desenvolvido um grau de competência respeitável mundialmente. O que deve ser equipamentos também se destacam pela alta redução do consumo de é considerado um dos pontos altos. Com uma equipe treinada e com um novo conceito de pré-condicionamento, alinhado com feito é justiça com as indústrias do segmento. Como uma companhia energia. Também temos fornecido soluções em sistemas de moagem preparada para atender prontamente as necessidades dos clientes. a concorrência dos fabricantes de equipamentos no Brasil ganha para pagar seus impostos, porém não fatura tanto quanto o montante de impostos que pagam. O governo não tem que ajudar o setor de máquinas, pois inovações do canhão extrusor; extrusora térmica de rosca dupla, chinesa consegue comprar nosso aço, produzir máquinas e exportá- fina, feitas localmente e que têm possibilitado excelentes ganhos aos com alguns dispositivos inovadores que propiciam o trabalho las para o próprio Brasil a custos até 60% inferiores ao nosso? A nossos clientes”, cita Amarildo Maciel, responsável pelas vendas do com altos índices de carne fresca nas formulações de pet food, Greenpeças hoje enfrenta este desafio, apostando em sua qualidade setor de extrusão da Bühler da América do Sul. além do baixo consumo de energia; medidores on line de umidade, com uma administração enxuta, profissional e eficaz! Se não for densidade, temperatura, tamanho e cor do produto, obtendo maior assim não sobrevivemos!”, desabafa Hernando. controle do produto final; novo design de recobridores para pet food, a fim de obter cobertura homogênea e exata do produto final; isto baseado em um conjunto de ações que vão desde a implantação dentre outras inovações. Atenta à tendência mundial que destaca a das Normas ISO até ações coordenadas de marketing para os segurança na fabricação dos alimentos, a Wenger realizou várias mercados nacional e internacional. A Greenpeças ainda estuda a mudanças em seu secador sanitário, a fim de elevar ainda mais possibilidade da fusão com um grupo internacional para atuação a sua eficácia, atendendo às novas necessidades. Já na linha de conjunta, tanto no Brasil quanto na América do Sul, para onde já extrusores há design novo e totalmente focado nesta questão exporta atualmente. sanitária, assim como nos novos recobridores. “O ano de 2012 foi Especialista em sistemas de extrusão, a Wenger tem destaque em mercados como o asiático, americano, europeu e cada vez mais se faz presente na indústria brasileira. “A Bühler inaugurou 5 novos escritórios regionais de serviços no país, como parte de sua estratégia global de estar mais próxima dos clientes”, Amarildo Maciel. Em 2012, a Wenger concluiu mais uma etapa no aumento de sua unidade brasileira localizada em Valinhos (SP). “Aqui no Brasil Para 2013, a empresa estima um crescimento de 12% a 15%, PARCERIAS PARA INCREMENTAR O PORTFÓLIO excelente para nós, já que ultrapassamos os objetivos de vendas e, principalmente, tivemos a satisfação dos clientes. Mais avanços tecnológicos virão em 2013, proporcionando aos nossos parceiros aos clientes, alta produção, baixo consumo e custos operacionais Sem perder o foco, traçado há 76 anos, a Lucato atua para oferecer vantagens competitivas, possibilitando que estejam na vanguarda reduzidos. Além da companhia apresentar os seus próprios do mercado de pet food”, comemora Bernardi. equipamentos e lançamentos, vem fortalecendo a parceria com a fabricante chinesa de máquinas e equipamentos, ZCME, fundada em estamos preparados para a manutenção e assistência técnica das 1918, visando incrementar o seu portfólio com avançada tecnologia, equipamentos para a expansão de linhas de produção e de novos FOCO NOS PEQUENOS E NOVOS PRODUTORES DE RAÇÕES clientes”, observa José Mauricio Bernardi, diretor de vendas da Embora disponibilize soluções completas para grandes e responsabilidade local. “Lançaremos em conjunto com a ZCME, estão localizadas nas cidades de Cascavel (PR), Porto Alegre (RS), Wenger – América Latina. produtores de ração farelada, a Greenpeças, que tem na linha a extrusora SPHS218 com capacidade de produção de até 14 t/h e Recife (PE), Rondonópolis (MT) e São Paulo (SP). “A Bühler não Segundo Bernardi, os equipamentos da marca são destaques nos de extrusão o seu carro-chefe e disponibiliza equipamentos consumo de energia de 22 kWh/t. Para revestimento e incorporação só visa propiciar diferencial tecnológico aos seus clientes, mas mercados asiático, americano e europeu, por proporcionarem lucros modulares, atendendo com isso diferentes necessidades, tem de líquidos, óleos, gordura líquida e vitaminas em alta quantidade A Bühler ainda inaugurou cinco novos escritórios regionais de máquinas já em funcionamento e ao atendimento de vendas de novos serviços no país, como parte de sua estratégia global de estar mais próxima dos clientes, para um melhor suporte. Estas unidades assegurando o atendimento, peças, engenharia, assistência técnica 19 Capa 20 21 (até 35%) no pelete pronto, apresentamos o sistema SYPZ-1000, nos projetos de nossos clientes, procuramos ajustar uma Para 2013, a WiDi pretende continuar aumentando o que opera à vácuo e automaticamente. Também introduzimos a solução ideal e apropriada para cada caso”, explica Jeremias, seu volume de vendas, mas sem descuidar da qualidade no peletizadora SZLH1068 com capacidade de até 55 t/h, alta eficiência destacando que o ano de 2012 pode ser considerado razoável atendimento, suporte de vendas e peças de reposição. “Apesar e totalmente automática. Oferecemos secadores e resfriadores com para a empresa, com os setores de suínos e aves “travados”, de das turbulências em 2012, foi um bom ano para nós, com excelente performance (muito próximo à temperatura ambiente; até pet sem grandes sobressaltos e a piscicultura com crescimento diversos negócios e resultados positivos. Na realidade, o que 5° C acima) com baixo consumo energético e, por último, lançamos bem acentuado. “A expectativa para 2013 é de um crescimento realmente nos prejudica são as taxas inseridas pelo governo equipamentos para moagem fina e ultrafina”, cita Cesar Jeremias, superior a 20 % e isso em função de nossos lançamentos e ação brasileiro no momento da importação, que incidem em cascata, do departamento de vendas da Lucato/ZCME. comercial”, almeja Jeremias. o que gera uma carga tributária bastante elevada. A nosso ver, o governo poderia dar mais incentivos para os fabricantes de ração que adquirissem equipamentos importados de ultima geração, o que forçaria também os fabricantes nacionais se atualizarem e assim tornar o mercado mais competitivo, não só no quesito preço, como também na qualidade das máquinas oferecidas”, opina o executivo da WiDi Tecnologia & Muyang Group. SOLUÇÕES EM SECAGEM A empresa holandesa Geelen Counterf low, especialista em soluções de secagem e resfriamento para o processo de fabricação da alimentação animal e bastante conhecida pelo seu secador vertical, diz estar em perfeita sintonia com os empresários brasileiros, atendendo as suas atuais necessidades que se concentram em: soluções de alta tecnologia e qualidade, “As nossas máquinas atingem a produtividade indicada/necessária pelo cliente e conferem alto padrão de qualidade nos produtos produzidos”, Thiago B. Maneira da Silva, da WiDi Tecnologia & Muyang Group. A chinesa Muyang, que tem no Brasil, a parceria da WiDi Tecnologia, tem buscado constantemente prover aos seus clientes as melhores soluções e os equipamentos mais eficientes para atender a todas necessidades. A companhia conta com uma nova e moderna fábrica localizada na cidade de Yangzhou, Além da fabricação de suas próprias máquinas, a Lucato em parceria com a chinesa ZCME, incrementa o mercado brasileiro com avançada tecnologia. na China, avaliada em 160 milhões de dólares, com 330.000 Jeremias destaca que dentre os equipamentos de grande fábricas de equipamentos para área de ração animal na China, procura no portfólio está a unidade de dosagem, que permite o que proporciona além de nossos altos padrões de qualidade e alta precisão, rapidez e excelente performance. Em conjunto acabamento dos equipamentos, também uma maior capacidade com a ZCME disponibiliza uma diversidade de equipamentos, e velocidade de produção”, analisa Thiago B. Maneira da Silva, atendendo com isso a múltiplas necessidades. Há por exemplo, coordenador de vendas e marketing da WiDi Tecnologia & moinhos de até 80 t/h com separação automática de metais, Muyang Group. pedras e areia; extrusoras de 0,2 até 14 t/h com sistema especial Em sua gama de equipamentos, os mais procurados de condicionamento, de simples até totalmente automatizadas e pelo mercado brasileiro são os moinhos de martelos, os peletizadoras de 0,1 até 55 t/h, para qualquer tipo de aplicação. misturadores simples e duplos e, desde 2012, tem se destacado O executivo afirma que o principal gargalo entre a indústria o pulverizador e o robô paletizador. “Nossos pontos fortes são de pet food e os fabricantes de máquinas está na capacidade máquinas robustas, de ótima qualidade e acabamento, todas de investimento. “As indústrias têm interesse em avançar com componentes renomados internacionalmente e de fácil na produção e qualidade, porém, as margens de lucro atuais localização em caso de reposição. Outro fator importante é dificultam os seus investimentos e o sistema financeiro, apesar que todos os equipamentos atingem a produtividade indicada/ de estar com o acesso um pouco mais fácil, ainda é bastante necessária pelo cliente, além de proporcionarem alto padrão de rigoroso, seletivo e demorado. Visando driblar esta situação, qualidade nos produtos produzidos”, enumera Silva. metros quadrados de área construída e produtiva e 4.000 funcionários. “Esta promete ser uma das maiores e melhores Em 2012 a WiDi lançou o pulverizador e o robô paletizador. Ambos têm obtido uma ótima procura entre os clientes brasileiros. aliado a baixo consumo, resultando em excelentes produtos finais, por isso, segue investindo na automatização das suas 22 Capa 23 TECNOLOGIAS QUE AGREGAM ALTA PERFORMANCE A empresa mantém uma estreita relação com os seus clientes, disponibilizando um atendimento pós venda que se estende por 10 anos, sem cobranças extras. Também são oferecidos treinamentos na fábrica da Holanda. “Embora os de produção em virtude da aquisição de mais uma empresa na custos com a importação dificultem os negócios, os benefícios Ásia, a Andritz Fb está esperançosa com a demanda em 2013. Em pleno processo de expansão, com o aumento na capacidade oferecidos pelas nossas soluções prevalecem, possibilitando com que tenhamos uma importante representatividade na indústria brasileira de alimentação animal. O nosso desejo é que houvesse no país facilidades na importação de soluções de alta tecnologia que ainda não estivessem disponíveis localmente”, afirma Diego. A empresa obteve em 2012 um recorde em suas vendas mundiais e o setor de pet food teve uma importante participação nestes resultados. Para este ano, a empresa pretende repetir o êxito nos negócios. A Andritz Fb adota sofisticados sistemas de automação e controle. No portfólio da WiDi também se destacam os moinhos de martelos e os misturadores simples e duplos. máquinas, visando o mínimo de risco de contaminação nos alimentos. O resultado são soluções como o “Santiry Design Cooler”, um resfriador de alto nível sanitário, que contém um filtro para salmonella e outros componentes que minimizam os possíveis riscos de contaminações, um aspecto de grande importância para o setor de pet food. “Estes diferenciais que oferecemos se traduzem em um excelente retorno do investimento e a certeza de que foi feita a melhor escolha em termos de soluções para secagem e resfriamento de alimentos”, pontua Diego Clivio, gerente de vendas da Geelen Counterf low. “O nosso desejo é que houvesse no país facilidades na importação de soluções de alta tecnologia que ainda não estão disponíveis localmente”, Diego Clivio, da Geelen Counterflow. A holandesa Geelen Counterflow é especialista em soluções de secagem e resfriamento para o processo de fabricação da alimentação animal. Cobrindo um amplo espectro de equipamentos, a Andritz Fb atende praticamente todas as áreas da indústria de nutrição animal. Claudio Mathias, gerente comercial técnico da divisão de extrusão da Andritz Fb. A empresa está em processo de consolidação de lançamentos e Mesmo com os obstáculos consequentes dos custos-Brasil serviços, cobrindo um amplo espectro de equipamentos, atendendo e da complexidade fiscal e tributária, Mathias afirma que praticamente todas as disciplinas da indústria de nutrição animal. hoje o cenário está bem melhor para a fabricação no Brasil Hoje, a Andritz Fb oferece linhas de moinhos, extrusoras e e a competição com fabricantes estrangeiros é um desafio secadores, que respondem pela maior parte de suas vendas. “São que deve ser encarado como estímulo à criatividade, o que a máquinas de tecnologia diferenciada, que agregam performance médio e longo prazo, qualifica o segmento. “Via de regra, o aos processos produtivos das fábricas”, observa Claudio Mathias, custo do capital é um impeditivo para evolução do nosso setor. gerente comercial técnico da divisão de extrusão. Além disto, dispõe Mas agora, com as novas taxas de juros, esta questão vai se de recobridores, especialmente a vácuo, bem como misturadores, atenuando e encorajando um dispêndio maior em ativo fixo, dosadores e outros elementos complementares. “Tudo isto dotado que produza redução nos custos operacionais e melhorias na de sofisticados sistemas de automação e controle.” qualidade do produto final”, finaliza Mathias. 24 Entrevista 25 “O ano de 2012 foi importante, com atuação junto a novos clientes e projetos expressivos na área de pet food.” Revista Pet Food - Nos apresente a Promep. Antonio Paulo Rubega - A empresa iniciou as suas atividades em maio de 2003, em Campinas (SP), onde está localizada até hoje. Ao longo destes 10 anos, construímos uma sólida e importante história no setor de máquinas e equipamentos voltados para a nutrição animal. Atualmente, a Promep é administrada por mim e Rogério Franco. Juntos somamos mais de cinco décadas de experiência neste mercado. Na área comercial, a empresa conta com a colaboração de José Augusto Queirós Júnior, que atua na indústria de alimentos balanceados para animais há mais de 36 anos. A proposta da Promep se fundamenta em participar desde a concepção dos projetos de nossos clientes até a partida dos equipamentos que fornecemos, já que temos pleno conhecimento quanto à carência, neste ramo de por parte das empresas fabricantes de pet food, um atividade, de uma assistência pós venda. grande interesse em máquinas que oferecessem uma Naquele momento, havia e ainda continua existindo moagem bastante fina, necessária à obtenção de um “Neste ano, vamos atuar forte no setor de produção de alimentos para peixes, que também utiliza o processo de extrusão”. Antonio Paulo Rubega Por: Lia Freire Uma empresa 100% nacional, a Promep que atua desde 2003 no fornecimento de máquinas e equipamentos voltados para a nutrição animal, completará uma década de existência com muitos motivos para comemorar e uma presença marcante na indústria brasileira. Os moinhos para a moagem fina foram as primeiras máquinas a serem fabricadas pela Promep, que ao longo dos anos, capacitou-se e passou a oferecer praticamente todos os equipamentos necessários para operar numa planta de pet food ou de alimentos para animais de produção. A linha de moinhos impulsionou o crescimento da empresa, que atualmente tem perto de uma centena de máquinas operando em várias empresas do ramo de fabricação de pet food e também alimentos humanos. Mantém parceria com a Tekinox - empresa que desenvolve equipamentos fabricados em aço inoxidável, atendendo indústrias que utilizam reatores, tanques, estruturas, equipamentos para a produção de alimentos humanos, além de fabricar máquinas especiais para substituir equipamentos importados em operação. O negócio trouxe a possibilidade de acelerar a atuação por parte da Promep, utilizando recursos e know-how já existentes e disponíveis na Tekinox. Seguindo o propósito que é oferecer maquinários com nível de qualidade semelhante aos fabricados no exterior, a Promep mantém sua atenção voltada ao mercado interno e que tem sido, segundo a diretoria, mais do que suficiente para o crescimento de suas operações. Conversamos com o diretor da Promep, Antonio Paulo Rubega, que nos conta com detalhes sobre a trajetória da empresa, suas conquistas, objetivos e propostas. Confira! Revista Pet Food – Conte-nos como funciona a bom acabamento no processo de extrusão. Além desse parceria com a Tekinox. acabamento, a moagem fina traz outros benefícios em Rubega - A Tekinox é uma empresa que atua no paralelo, como melhor absorção de água e vapor no mercado de equipamentos, especialmente aqueles processo de cozimento da mistura de alimentos, redução fabricados em aço inoxidável, atendendo indústrias que de pós e partículas finas no produto final, menor utilizam reatores, tanques, estruturas, equipamentos desgaste das peças no interior da extrusoras e melhor para a produção de alimentos humanos, além de fabricar gelatinização do amido, contido nos produtos. máquinas especiais para substituir equipamentos Essa linha de moinhos impulsionou o crescimento da importados em operação. É uma empresa com 25 anos empresa, pois temos perto de uma centena de máquinas de história e vasta experiência nesta área de atuação. operando em várias empresas do ramo de fabricação de A parceria trouxe a possibilidade de acelerar a pet food e também alimentos humanos. atuação por parte da Promep, utilizando recursos e know-how já existentes e disponíveis na Tekinox. As Revista Pet Food - Atualmente, o portfólio da Promep atividades das duas são complementares e permitem um é composto por quais máquinas e para quais setores? grau de ocupação dos recursos, de maneira mais intensa, Rubega - Os moinhos foram as primeiras máquinas otimizando os mesmos. a serem fabricadas pela Promep, mas ao longo do Os projetos e os contatos comerciais na área de tempo nos capacitamos a fabricar praticamente todos equipamentos para a indústria de alimentos para animais os equipamentos necessários para operar numa planta são efetuados pela Promep, que desenvolve ainda novos de pet food ou de alimentos para animais de produção produtos ou a atualização dos equipamentos atualmente (como frangos, gado de corte e leite, equinos e peixes). em sua linha de fabricação. Na realidade, temos atuado mais junto ao setor dessa indústria que utiliza o processo de extrusão, ou seja, Revista Pet Food - Inicialmente, quais eram as para a indústria de pet food e para a produção de rações máquinas fabricadas pela Promep e atendiam quais para alimentar peixes. setores da economia? Rubega - A Promep sempre se propôs a atuar no Revista Pet Food - Quais os aspectos diferenciam os fornecimento de projetos e equipamentos destinados à seus equipamentos da concorrência? indústria de alimentos para animais. O equipamento Rubega - Os integrantes da Promep atuaram por longo que abriu nossa linha de produtos foi o moinho para período como usuários de equipamentos em várias moagem fina, para produtos a serem em seguida empresas de produção de alimentos para animais, processados por processo de extrusão (basicamente os tendo sentido as dificuldades e as lacunas existentes no alimentos para cães e gatos). mercado de máquinas para essa indústria. A proposta 26 Entrevista 27 “Até o momento, o mercado interno tem ocupado o centro de nossas atenções e tem sido mais do que suficiente para o crescimento de nossas operações.” da Promep é oferecer soluções que atendam o mercado, no setor de produção de alimentos para peixes, que cujas necessidades nós tivemos a oportunidade de também utiliza o processo de extrusão. conhecer bem de perto. Revista Pet Food - Qual é o conceito dos seus Revista Pet Food - O que levou a empresa a atuar equipamentos? Qual é a especialidade da Promep? no mercado pet food? Há novos maquinários Rubega - A Promep tem os seus projetos voltados às apresentados por sua empresa? reais necessidades do mercado, utilizando para isso a Rubega - Dentre os mercados de fabricação de experiência dos integrantes do corpo de profissionais alimentos para animais, o de pet food foi o que da empresa. São pontos importantes na concepção dos experimentou maior crescimento nos últimos 10 anos, equipamentos: o custo e a facilidade de manutenção, período em que a Promep passou a atuar. Desde o o rendimento energético, o consumo de peças de advento do Plano Real, em 1994, com a redução das desgaste e a confiabilidade das máquinas. Procuramos taxas elevadíssimas de inflação da época, a população oferecer peças de alto nível de inovação e qualidade, passou a ter ganhos em sua renda, houve melhora no aliado a um forte trabalho de pós venda e assistência nível de vida e, entre outros, o segmento de animais a nossos clientes. de estimação recebeu maior aporte de recursos. Houve uma busca de melhorias na qualidade e na sofisticação Revista Pet Food - Qual o posicionamento empresarial dos produtos, o que consequentemente elevou a adotado pela companhia? procura por equipamentos de melhor qualidade e Rubega - Queremos que a Promep, uma empresa mais eficiência. nacional, seja uma alternativa aos equipamentos Nestes 10 anos de existência da Promep, lançamos importados. No caso dos moinhos de martelos para os moinhos de alta rotação que ainda não eram moagem fina, temos absoluta certeza de que já podemos oferecidos pela indústria nacional com a finalidade oferecer máquinas cujo desempenho para a finalidade com que passamos a oferecer, lançamos secadores a que se destina é superior às que são ofertadas por com elevado desempenho de secagem uniforme fornecedores internacionais. (uniformidade de secagem com desvio padrão abaixo de 0,5 %) e apresentamos também a linha de extrusoras Revista Pet Food - Como a empresa está estruturada de capacidades de 3 a 10 ton/hora. Neste momento, e preparada para atuar no mercado? estamos lançando um novo moinho, de 1.400 mm de Rubega - A empresa tem se valido da parceria com largura, que neste porte é inédito no país. a Tekinox, o que nos auxilia muito na fabricação de equipamentos. Os integrantes da Promep, com Revista Pet Food - Qual é a representatividade perfil técnico, podem atuar com mais intensidade no do setor pet food para os negócios da Promep? desenvolvimento de novos projetos, o que é demonstrado Poderia mensurá-lo? pela oferta de novas máquinas, de diferentes capacidades. Rubega - Como a Promep tem-se confirmado como um fornecedor de equipamentos para fabricação de Revista Pet Food - Para quais áreas foram direcionados alimentos extrusados, naturalmente o setor de pet food os últimos investimentos da empresa? tem uma importância significativa em nossa atuação. Rubega - Sem dúvida, as nossas atenções estão Digamos que cerca de 80% de nossos negócios dirigem- voltadas para a consolidação na qualidade dos se a esse mercado. Neste ano de 2013, vamos atuar forte produtos, em melhorar a disponibilidade e conseguir A proposta da Promep é oferecer equipamentos com níveis de desempenho similares às máquinas importadas, com a vantagem de um atendimento pós venda mais efetivo. menores prazos de fabricação. Nossos últimos Revista Pet Food - A empresa exporta? investimentos foram na área de usinagem de materiais, Rubega - Até o momento, o mercado interno tem para a qualidade das partes integrantes de nossas ocupado o centro de nossas atenções e tem sido mais do máquinas, ao mesmo tempo procuramos trabalhar que suficiente para o crescimento de nossas operações. com prazos de entrega mais curtos. Como parte de nossos objetivos está relacionado a um contato bastante próximo com os clientes, ao dirigirmos Revista Pet Food - Quais os desafios em atuar neste nossos esforços com mais ênfase aos que estão mercado de máquinas para nutrição animal? estabelecidos no país, estaremos atuando conforme a Rubega - A Promep é uma empresa brasileira nossa diretriz básica. que tem como proposta oferecer ao mercado, produtos com nível de qualidade semelhante ao Revista Pet Food - dos fabricantes internacionais. Dependendo das Promep? Pretende ocupar qual posição no mercado tendências, do câmbio nacional e internacional? no país, esse objetivo se Quais as projeções futuras da torna, às vezes, mais difícil, pela facilidade que Rubega - Temos o objetivo de tornar a Promep uma as empresas nacionais tem em adquirir bens do opção de equipamentos de qualidade e eficiência, exterior. De qualquer forma, se buscarmos eficiência tantos aos fornecedores nacionais, quanto aos que e outros diferenciais que nos possibilitem melhores estão fora do país. condições de competição, essas dificuldades podem ser superadas. Esse é um dos nossos grandes Revista Pet Food - Qual é a meta para 2013? desafios. Rubega - O ano de 2012 foi importante, com atuação junto a novos clientes e projetos expressivos na área Revista Pet Food - Quais as principais contribuições de pet food. Este ano também está se apresentando da empresa para o mercado brasileiro de nutrição de maneira promissora. O que sentimos é que há uma animal? grande ocupação de mão-de-obra no país, talvez em Rubega - Na medida em que a busca por parte função dos projetos de porte em andamento (projetos da indústria de pet food por produtos de melhor do nosso governo ou devido aos grandes eventos que qualidade se intensifica, entendemos que estamos se aproximam) e que, em última análise, se traduz contribuindo ao oferecer equipamentos que atendam em maior poder aquisitivo por parte da população. a essas novas necessidades, a custos que sejam Reflexo desse aumento de poder aquisitivo é o maior e acessíveis às empresas nacionais de menor porte. A melhor trato aos animais de estimação, com aumento nossa proposta é oferecer equipamentos de níveis de consumo de alimentos. Acreditamos que essa de desempenho similares às máquinas importadas, situação se mantenha pelos próximos anos, trazendo com a vantagem de um atendimento pós venda mais perspectivas de crescimento no mercado em que efetivo. atuamos. Informe Técnico 28 29 A preferência dos gatos por pirofosfatos e a busca por um receptor de paladar nos felinos, utilizando a biologia molecular O Joseph Brand and Bruce Bryant, Monell Chemical Senses Center, Philadelphia, USA; Cécile Niceron, Anne Levesque and Isabelle Guiller, SPF, Elven, France isolado dos hidrolisados de carne. Recentes ensaios de palatabilidade demonstram que os pirofosfatos agem melhor quando associados a hidrolisados que contêm aminoácidos livres (depósito de patente pendente). Por conseguinte, temos como hipótese que o receptor de paladar (T1R1/T1R3), que reconhece os aminoácidos, pode estar envolvido no reconhecimento de PP em gatos. Assim, o objetivo deste estudo, realizado em colaboração com o Monell Chemical Senses Center, foi o de investigar o efeito do pirofosfato trissódico no receptor de paladar felino T1R1/T1R3. O estudo molecular e bioquímico está sendo baseado na expressão heteróloga do receptor de paladar felino umami (T1R1 / T1R3) transferido dentro da linha celular renal embrionária humana (HEK 293). Esta linha celular foi transfectada com os polinucleotídeos codificando o s Pirofosfatos (PP) são compostos por um íon negativo P207 receptor felino T1R1/T1R3 e a proteína G, G-α15. (fig.1). Estes ânions detém numerosos usos comuns às diversas soluções, Ex.: As células contendo os receptores T1R1 / T1R3 foram carregadas e Gα15 propiciou uma resposta fraca a 20 mM de pirofosfato entre os quais podemos destacar seu uso na formulação do petfood • O dímero T1R1 / T1R3 reconhece os aminoácidos (a sensação de com um corante indicador sensível ao cálcio que mede sua concentração trissódico e uma resposta nula a 25 mM de L-lisina (sozinha). No em função da melhoria na palatabilidade dos alimentos destinados aos umami em humanos) intracelular (figura-2). Com ele pôde-se quantificar as respostas entanto, houve uma resposta intensificada para a mistura de 20 mM gatos ou à regulação de seu pH urinário. Os PP estão disponíveis como • O dímero T1R2 / T1R3 responde aos estímulos doces destas células à estimulação utilizando a determinação raciométrica de pirofosfato trissódico e 25 mM de L-lisina. 100 µM isoproterenol fluorescente de cálcio intracelular. serviu como controle positivo. sais di-, tri- e tetra-sódico (Na2H2P2O7, Na3HP2O7 e Na4P2O7, Os gatos são obrigatoriamente carnívoros, e sua dieta resultou na A célula HEK293 expressando o receptor T1R1 / T1R3 felino respectivamente), bem como várias formas não-sódicas. A SPF, líder mundial em palatabilidade, inclui compostos de fosfato perda da capacidade de detectar o gosto doce através dos receptores foi indicado por um sinal de coloração, onde a ativação dos receptores e Gα15 deu respostas nulas a 50mM de L-prolina, 10 mM e inorgânico em algumas de suas soluções (conforme depósito de patente: gustativos (T1R2 / T1R3) utilizado por outras espécies, incluindo os foi medida através da visualização do fluxo do cálcio na presença de 20 mM de pirofosfato trissódico apresentados isoladamente, WO 2003/039267 e WO 2007/118876). Até o momento, a forma de ação cães. Esta falta de sensibilidade é explicada por uma mutação genética, diferentes soluções saborosas/palatáveis (aminoácidos, PP sozinho mas uma resposta robusta à mistura de dois compostos 20 mM do PP não está totalmente compreendida, porém, este estudo demonstra na qual o receptor felino T1R2 foi identificado como um pseudogene que ou uma associação de ambos). Ao final, as células expressaram uma de pirofosfato trissódico e 50 mM de L-prolina. 100 µM de a possibilidade do pirofosfato em agir como um modulador da atividade não é expresso, conduzindo assim à impossibilidade de ter um receptor resposta robusta ao isoproterenol, utilizado como um controle positivo, isoproterenol serviu como controle positivo. do receptor de aminoácidos de gatos (T1R1 / T1R3). funcional para o paladar doce (Li et al, 2005). As recentes descobertas mostrando a confiabilidade do método. Quando um receptor é ativado, um aumento na atividade de cálcio A célula HEK293 expressando o receptor T1R1 / T1R3 CONCLUSÃO relacionadas ao receptor de paladar doce dos gatos fornece um exemplo O paladar do gato evoluiu de um modo específico de como um gene pode estar ligado ao comportamento e também alterar O paladar apresenta diferentes características sensoriais (doce, o metabolismo dos nutrientes. O comportamento alimentar do gato é Estímulos diferentes, tais como os causados por aminoácidos compostos e a determinação do seu potencial como agentes umami, amargo, azedo e salgado) e para cada uma delas há receptores impulsionado, principalmente, pela sua sensibilidade aos aminoácidos. e pirofosfato trissódico, foram testados. Os receptores felinos de palatabilidade para os gatos. Este método patenteado (WO únicos, responsáveis por sua identificação. Os receptores gustativos para O consumo alimentar depende dos principais receptores de paladar, T1R1 / T1R3 expressados mostraram sensibilidade a vários 2012/013480) permite determinar se dois ou mais compostos de os paladares doce e umami assemelham-se em algumas características. T1R1 / T1R3, induzindo ao gosto específico umami. Enquanto vários aminoácidos, apresentando estímulos a soluções também um ensaio possuem um efeito intensificado no receptor T1R1 / Por exemplo, eles estão ligados a uma proteína regulatória "G", para a aminoácidos parecem doces para nós, são percebidos diferentemente enriquecidas com pirofosfatos. T1R3 onde cada composto do ensaio provoca uma pequena ou geração de segundo mensageiros intracelulares, proporcionando um pelos gatos, já que interagem com os receptores T1R1/T1R3. O centro moderada resposta. receptor acoplado à proteína G (GPCR). Convenção que agora assegura de estudos avançados em pesquisa básica dos sentidos químicos Monell do aminoácido e à concentração dos compostos testados. Várias células que os receptores dessa família são chamados de receptores "T1R" Chemical Senses Center, localizado na Filadélfia - EUA, já identificou exibiram pouca ativação a um aminoácido e/ou ao PP, quando utilizados (receptor de paladar de estrutura de classe 1). a codificação das subunidades do receptor de paladar do gato T1R1 e de forma isolada, mas a combinação de alguns aminoácidos com PP T1R3, usando transcrição reversa / reação em cadeia de polimerase demonstraram um elevado grau de intensificação, o que sugere um (RT / PCR) do cDNA obtido a partir da papila clavada e valada do gato mecanismo de superatividade ou sinergismo. Isto é, uma Lys + mistura (depósito de patente WO 2005/005480). de PP foi capaz de induzir uma maior ativação do que a soma aritmética das respostas aos compostos individuais. Resultados semelhantes foram Um possível mecanismo de atuação demonstra como os pirofosfatos A intensificação da resposta registrada esta relacionada à natureza aumentam a palatabilidade de alimentos para gatos através de um obtidos para L-alanina e L-prolina misturados com PP. efeito direto na intensificação do sabor, gerado por uma interação com receptores gustativos específicos. PP (sozinho) ou a qualquer aminoácido testado, sugerindo recrutamento de células que estavam fracamente responsivas ou não responsivas a Há também uma sinergia entre os sais de fosfato e os hidrolisados de carne. O resultado obtido através desta associação «PP + Figura 1: Molécula de pirofosfato (P207 4-) RESULTADOS hidrolisados de carne» é significativamente melhor do que o uso Mais células responderam à mistura de PP + aminoácido do que ao qualquer um dos compostos isoladamente (fig. 2 e 3). O método desenvolvido pode permitir a triagem de diferentes Em Foco 1 30 31 Redução prevista do estoque mundial de milho e soja em 2012/13 deve manter preços aos níveis atuais, dizem analistas M ilho os números da soja. O USDA elevou a perspectiva para a colheita Diferentemente do que os analistas suspeitavam, o USDA mundial em 0,63%, a 269,4 milhões de toneladas, e a americana elevou, para 273,83 milhões de toneladas, sua projeção para a safra em 1,48%, para 82,06 milhões de toneladas. O Brasil segue como o de milho nos EUA, alta de 0,51% ante o relatório de dezembro, principal fornecedor, já que a safra 2012/13 do país foi elevada em apesar da pior seca em décadas que atingiu o país. 1,85%, a 82,50 milhões de toneladas. Contudo, a maior demanda por pecuaristas americanos deve A oferta mundial de soja só não é maior em função do declínio fazer com que os estoques finais do grão recuem mais 6,8%, a previsto na Argentina, onde o excesso de chuvas não deve deixar 15,3 milhões de toneladas. a safra passar de 54 milhões de toneladas. Em Chicago, os papéis Segundo Stefan Tomkiw, analista do Jefferies Bache, em de soja para março fecharam em baixa de 0,47% na sexta-feira, a Nova York, a situação do milho está delicada em relação ao nível US$ 13,7325 por bushel. de estoque, mas a demanda de um modo geral vem dando sinais de arrefecimento (há semanas, os EUA reportam baixas vendas acima de US$ 20 por bushel na bolsa de Chicago, após a maior seca semanais). “O mercado deve se estabilizar um pouco nos níveis dos últimos 50 anos ter castigado as lavouras americanas, fez os atuais, até pela entrada da safra sul-americana, e depois ter uma importadores mundiais da oleaginosa, principalmente a China, escalada antes do verão no Hemisfério Norte”, prevê. adiantarem suas compras de maneira nunca vista na história americana. O USDA também revisou para cima a estimativa para a colheita Do total de 36,6 milhões de toneladas estimadas para a de milho no Brasil em 1,42%, para 71 milhões de toneladas, e elevou exportação na temporada 2012/13, 84,94% foram negociadas de em expressivos 9,37%, ou 1,5 milhão de toneladas, a expectativa para a setembro (início da safra) até 3 de janeiro. Na mesma data do ciclo exportação do grão pelo país na temporada 2012/13 2011/12, os americanos haviam comprometido 66,24% da produção. Trigo O receio de que os preços da soja disparassem para um patamar Entretanto, com o preço da oleaginosa em queda desde outubro, as compras feitas pelos chineses estão recuando e alguns cancelamentos foram No caso do trigo, o corte no estoque mundial foi relativamente feitos. “A China está abastecida e percebeu que a correria era exagerada”, leve (de 0,2%, para 176,6 milhões de toneladas), mas chegou a quase disse o analista da Newedge Daniel D´Avila. Porém, Steve Cachia, analista 5% para os EUA, que devem passar para a safra seguinte com 19,5 da Cerealpar, pondera que os cancelamentos não significam que o país não milhões de toneladas. precise se abastecer de soja no momento. Segundo ele, a China tende a Soja O que, definitivamente, não surpreendeu os agentes foram realocar suas compras para a América do Sul. Fonte: jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint. 32 Em Foco 2 33 Via Rápida Aquicultura e Plano Safra são as novas apostas do setor para o aumento da produção nacional de pescados O consumo nacional per capita anual de pescados passou aplicada. As regularizações dos empreendimentos são as maiores de 6,66 quilos em 2005 para 9,75 quilos em 2010, de acordo com dificuldades enfrentadas pelos aquicultores e o pré-requisito dados do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA). O Brasil possui fundamental para a obtenção de crédito. O governador Geraldo 8.350 km de costa, 5,3 milhões de hectares de águas represadas em Alckmim assinou um decreto criando o Via Rápida da Aquicultura reservatórios de hidrelétricas, as quais somadas aos rios, lagoas e Paulista, desburocratizando o processo e baixando o valor das lagos representam 12% da água doce mundial. O país possui esta taxas para os produtores. O Estado de São Paulo neste sentido deu enorme riqueza e, infelizmente, pouco explorada na aquicultura. um avanço e espera-se que seja seguido por outros estados. Em São Estudos da Organização das Nações Unidas para a Agricultura Paulo o licenciamento isentará os custos de pequenos criatórios e a Alimentação (FAO) mostram que o Brasil tem condições de e, os de médio e grande porte terão os valores reduzidos. Antes produzir, de maneira sustentável, 20 milhões de toneladas de o processo custava ao empreendedor R$19.362,00. Hoje, estes pescados por ano. A produção aquícola nacional em 2010 foi de 479 valores giram em torno de R$1,8 mil para porte médio e R$5,5 mil toneladas. A grande dificuldade enfrentada pelo setor em 2012 mil para grande porte. Este incentivo visa licenciar os criatórios foi a alta das commodities, que fez o preço das rações subirem, numa para garantir o apoio e o desenvolvimento da cadeia produtiva de velocidade maior que o valor do peixe. As margens caíram para forma sustentável e econômica. Já o Plano Safra tem disponível todos os elos da cadeia, já que a nutrição é o principal componente R$4,1 bilhões para a expansão da aquicultura, modernização da no custo da produção. As fábricas de ração tiveram dificuldade para pesca, fortalecimento da indústria e do comércio pesqueiro. O atender o mercado por dois motivos: pela elevação nos preços dos objetivo é profissionalizar a atividade. Linhas especiais de crédito ingredientes e falta de disponibilidade dos produtos. Os valores serão concedidas. A ideia é gerar renda e emprego para milhares de das commodities e das rações se estabilizaram. O preço do pescado brasileiros que vivem da pesca e aquicultura e ofertar um alimento reagiu no final de 2012 e melhorou a margem de lucro do produtor. saudável à população. As expectativas para 2013 são otimistas. O Governo Federal anunciou o Plano Safra da Aquicultura. Projetos como este já foram Fonte: João Manoel Cordeiro Alves, zootecnista e gerente de produtos de realizados em anos anteriores, mas pouco da verba disponível foi aquicultura do Grupo Guabi. Em Foco 3 34 35 Para a China, estima-se uma ampliação de 21 milhões de ton no consumo de milho na comparação com 2011/12, registrando resultado da forte quebra na safra. Para a Argentina, o relatório registrou um aumento de um volume recorde de 209 milhões de ton em 2012/13. consumo mundial Para os estoques chineses, o USDA manteve a estimativa do 8º levantamento. Este cenário também se aplica aos demais 11/12 12/13 Abs. para os EUA, U.E.27 e países da América do Sul os estoques EUA 279,0 262,1 -17,0 -6,1 foram revisados para baixo, na comparação entre o 8º e 9º China 188,0 209,0 21,0 11,2 relatório. U.E.27 67,3 64,0 -3,3 -4,9 Brasil 52,5 55,0 2,5 4,8 Os estoques brasileiros devem fechar 2012/13 com uma Demais 276,8 278,0 1,2 0,4 milhões de ton. 863,7 868,1 4,4 0,5 exportações mundiais fim do período. Pelo terceiro mês consecutivo, o USDA (United States Consumo/Estoque produção mundial de milho na safra 2012/13, contabilizando 852 milhões de toneladas (ton), com um acréscimo de 3,2 de toneladas no consumo mundial do grão em relação ao milhões de ton em comparação ao relatório divulgado em relatório anterior, atingindo 868,1 milhões de toneladas. dezembro. Para os estoques, o USDA reduziu a expectativa entre o 8º e o 9º levantamento, devendo encerrar o ciclo 2012/13 em 116 É prevista uma produção de 273,8 milhões de ton para O 9º levantamento registrou um aumento de 5,6 milhões os EUA em 2012/13, com um aumento de 1,4 milhão de ton milhões de toneladas. frente à estimativa de dezembro. Esta melhora nas estimativas O consumo dos EUA e da U.E.27 deve reduzir 5,9% para o país se deve às chuvas que ocorreram no final da fase entre 2011/12 e 2012/13. Este quadro é ref lexo da quebra na de desenvolvimento da cultura, minimizando os efeitos da seca produção e dos estoques apertados em seus países. Destaque severa que atingiu o país no 2º semestre de 2012. para os EUA, que podem fechar o ciclo atual com um consumo de 17 milhões de ton inferior ao verificado em 2011/12. O USDA espera uma redução de 2,7% na produção brasileira 11/12 12/131 Abs. (%) 39,2 24,1 -15,1 -38,4 17,5 19,5 2,0 11,4 de ton nas estimativas de exportação de milho norte-americano, Brasil 21,5 17,5 -4,0 -18,6 na comparação com o relatório anterior. Segundo o USDA, os Ucrânia 15,2 12,5 -2,7 -17,5 O 9º levantamento apresentou uma redução de 5,1 milhões EUA devem fechar 2012/13 com embarques de 24,1 milhões de Demais 21,3 16,1 -5,1 -24,1 ton, o que significa uma queda de 38,4% em relação a 2011/12, Mundo 114,6 89,8 -24,8 -21,7 (milhões de t) Safras Department of Agriculture) revisou para cima a estimativa de países EUA produção mundial Variação Argentina de ton, em razão, principalmente, do avanço da soja. (milhões de t) Safras Em 2012/13, as exportações mundiais devem diminuir 1,5 milhão t em relação a 2011/12, totalizando 89,8 milhões de t no Produção (%) Mundo de milho entre 2011/12 e 2012/13, devendo somar 71 milhões 1 queda de 6,9% em comparação a 2011/12, totalizando 9,4 Exportações M ilho Variação países países da Ásia, África do Sul, Egito e Canadá. Por outro lado, Brasil será maior produtor e exportador mundial de soja em 2013, segundo USDA (milhões de t) Safras países estoques mundiais Variação (milhões de t) Safras Variação 11/12 12/131 Abs. (%) países 11/12 12/131 Abs. (%) EUA 313,9 273,8 -40,1 -12,8 China 59,3 60,1 0,8 1,3 China 192,8 208,0 15,2 7,9 EUA 25,1 15,3 -9,8 -39,1 Brasil 73,0 71,0 -2,0 -2,7 Brasil 10,1 9,4 -0,7 -6,9 U.E.27 66,2 54,7 -11,5 -17,4 U.E.27 6,7 4,4 -2,3 -34,8 Demais 237,6 244,8 7,2 3,0 Demais 30,6 26,8 -3,7 -12,3 Mundo 883,5 852,3 -31,2 -3,5 Mundo 131,8 116,0 -15,8 -12,0 Em Foco 3 36 37 S oja consumo mundial Produção (milhões de t) Safras Em seu 9º relatório, o USDA elevou em 1,7 milhão de ton a estimativa para a safra mundial de soja, devido principalmente à ampliação na produtividade norte-americana e ao incremento na área plantada do Brasil. Espera-se uma produção recorde de 269,4 milhões de ton, um aumento de 30,7 milhões em relação à safra 2011/12. O aumento na estimativa da produção mundial foi impulsionado principalmente pelo Brasil e pelos EUA, que Variação países 11/12 12/13 Abs. (%) China 72,1 76,8 4,8 6,6 1 EUA 48,8 46,9 -1,9 -3,8 Argentina 37,5 39,9 2,3 6,3 Brasil 40,0 40,1 0,1 0,2 Demais 57,8 59,0 1,2 2,0 Mundo 256,2 262,7 6,5 2,5 juntos acrescentaram 2,7 milhões de ton à previsão divulgada pelo USDA em dez/12. A expectativa para a safra brasileira (milhões de t) exportações mundiais é 1,5 milhão de ton superior a divulgada no mês passado, em Safras razão da área recorde de 27,5 milhões de ha e da perspectiva de Variação uma produtividade maior do que a safra passada. países 11/12 12/13 O USDA diminuiu em 1 milhão de ton a produção esperada Brasil 36,3 38,4 2,1 5,7 para a Argentina, na comparação com o relatório de dezembro, EUA 37,1 36,6 -0,5 -1,2 devido a uma diminuição da área plantada. Argentina 7,4 11,0 3,6 49,3 Paraguai 3,2 5,1 1,9 59,4 Para a Argentina, apesar do crescimento em relação ao ciclo 1 Abs. (%) 2011/12, a expectativa foi revisada para baixo em 1,0 milhão de Demais 6,5 7,8 1,3 20,4 ton, quando comparada à anunciada em dezembro, ref lexo da Mundo 90,4 98,9 8,5 9,4 queda prevista para a produção do país. Consumo/Estoque estoques mundiais (milhões de t) Safras Na comparação com o relatório divulgado no mês passado, Variação o USDA ampliou em 1,4 milhão de ton a previsão para o países consumo mundial. Com isso espera-se um novo recorde de Argentina 18,1 21,3 3,2 17,4 262,7 milhões. Já os estoques permaneceram estáveis e devem Brasil 13,0 17,2 4,3 32,8 encerrar a safra 2012/13 em 59,5 milhões de ton. China 15,9 14,4 -1,5 -9,6 EUA 4,6 3,7 -0,9 -20,4 EUA e China foram os principais responsáveis pelo pequeno 11/12 12/131 Abs. (%) incremento de 1,4 milhão de ton do consumo mundial no Demais 3,5 2,9 -0,6 -16,5 levantamento atual. Para os EUA, a ampliação na expectativa Mundo 55,1 59,5 4,4 7,9 de consumo está relacionada a um aumento na produção de carnes, principalmente de aves e de suínos, que puxou a Fonte: DEAGRO/Fiesp, adaptada pela Equipe Beef Point. demanda por rações. O volume divulgado pelo USDA é 1,1 O USDA não apresentou alterações significativas nos milhão de ton superior ao do relatório anterior. volumes estocados para os países analisados. Algumas O destaque continua sendo a China, que após uma modificações foram feitas apenas em relação aos valores sequência de 5 anos com uma recomposição dos estoques, divulgados para a safra 2011/12, devido às correções do deve diminuir em 1,5 milhão de ton o volume armazenado em período. relação ao ciclo anterior. produção mundial (milhões de t) Safras Variação países 11/12 12/131 Abs. (%) Brasil 66,5 82,5 16,0 24,1 EUA 84,2 82,1 -2,1 -2,5 Argentina 40,1 54,0 13,9 34,7 China 14,5 12,6 -1,9 -13,0 Demais 33,5 38,3 4,8 14,4 Mundo 238,7 269,4 30,7 12,9 Exportações mundiais A estimativa para as exportações também permaneceram estáveis em relação ao relatório anterior, apontando para um recorde de 98,9 milhões de ton em 2012/13, o que representa uma ampliação de 9,4% em comparação a 2011/12. O relatório do USDA manteve a estimativa de exportações recordes para o Brasil em 2012/13, totalizando 38,4 milhões de ton. Essa previsão supera em 1,0 milhão a apresentada no levantamento passado, o que posiciona o país como maior exportador mundial. Em Foco 4 38 39 Parceria Universidade Pública & Empresa A escala o sistema de produção convencional de máquinas mais trabalharem neste segmento é complicada, devido à carência robustas, gerando parâmetros que podem posteriormente ser de locais de ensino e de prática, de maneira a capacitar mais extrapolados para equipamentos de grande produção”. adequadamente os alunos para trabalharem nas empresas. Por isso a capacitação de um laboratório de pesquisa em extrusão vem Apresenta cinco sensores de temperatura ao longo de sua rosca e um de pressão e temperatura na extremidade de seu canhão, permitindo preencher uma lacuna importante que havia no Brasil. se estudar os efeitos de formulações, parâmetros e configurações da rosca sobre a geração de temperatura, pressão e tempo de retenção A capacitação de um laboratório de pesquisa em da ração em processamento. O equipamento é produtivo do ponto de extrusão vem preencher uma lacuna importante que vista comercial, estando disponível para aquisição por empresas que desejam equipamentos com esta produtividade. havia no Brasil O equipamento foi inaugurado em dezembro de 2012 e já foi empregado no VI Curso Teórico - Prático sobre Nutrição O equipamento é produtivo do ponto de vista comercial , estando disponível para aquisição de Cães e Gatos. Durante as aulas práticas, em rodízio os alunos tiveram oportunidade de dar a partida na máquina, UNESP Campus de Jaboticabal - SP começa 2013 em nutrição e nutrição clínica de cães e gatos, coordenado pelo por empresas que desejam equipamentos com esta aprender a controlar uma extrusora. Cada grupo de alunos com empolgação: no final de 2012, em um contrato de pesquisa médico veterinário prof. Dr. Aulus C. Carciofi já ocorre há 4 anos. produtividade produziu três formulas diferentes para cães, uma padrão, outra que demorou quase dois anos para ser concretizado, a empresa A universidade possui uma extrusora mais antiga e a Manzoni O grupo coordenado pelo prof. Aulus tem interesse tanto no com alta gordura e outro com alta fibra. Produzindo as três Manzoni Industrial, sediada em Campinas (SP), cedeu à Unesp já vinha colaborando doando peças e fazendo atualizações e estudo de alimentos e formulações como no de equipamentos e rações, puderam por em prática informações que adquiriram uma extrusora, extrusora do modelo MEX-250, monorosca melhorias deste equipamento. “A Manzoni nos ajudou na reforma processamento. Entretanto a Unesp/Jaboticabal tem interesse no curso teórico, verificando as implicações da fórmula no completa, com capacidade para 250 kg/h. O equipamento foi do precondicionador, recuperação da rosca e confecção de novas não só na pesquisa, mas no ensino e prática profissionalizante processo e parâmetros de produção. Este tipo de experiência colocado na fábrica de rações da fazenda de ensino e pesquisa da matrizes. Desta forma, nossa parceria já é antiga e com o novo que o novo equipamento propiciará. só foi possível a estas pessoas devido à parceria estabelecida Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV). Além do equipamento iremos ampliá-la, tendo mais recursos para a condução O país é o segundo maior produtor de Pet Food do mundo entre a empresa e a universidade. Essa parceria é um marco na equipamento, a Manzoni ficara responsável pela manutenção e de estudos e desenvolvimentos em extrusão” explicou o professor. e tem expressiva produção de alimentos extrusados para peixe e história da Manzoni, que se torna a primeira empresa no Brasil atualização da extrusora e pelo co-desenvolvimento, junto com a A extrusora pode produzir alimentos com largura entre camarões. No entanto, as universidades não se encontram ainda a doar uma extrusora para fins de pesquisa e desenvolvimento Unesp, de peças, processos e controles que venham a melhorar a 2 cm e menos que um milímetro. Foi dimensionado um preparadas para atuar em pesquisa e ensino nesta área, em função no segmento de nutrição animal. produção de alimentos extrusados e permitir o desenvolvimento condicionador amplo e com controles, possibilitando o estudo do custo elevado tanto do equipamento quanto da operação da de estudos em processamento de diferentes tipos de formulações das implicações do condicionamento sobre a qualidade do extrusora, que necessita de vapor e de um secador eficiente. Temos para cães, gatos e organismos aquáticos. extrusado, produtividade e custo de produção, dentre outros. dependido de multinacionais e de professores e técnicos formados Segundo o professor: “O equipamento reproduz em pequena fora do país nesta área. Mesmo a formação de profissionais para O relacionamento entre a empresa e o grupo de pesquisa Cristiana Prada médica veterinária, Ms. Diretora do nutrição.VET www.nutricao.vet.br 40 Grupo BC Em Foco 5 41 Organizações Empresariais Baltazar de Castro J Por Saul Jorge Zeuckner- Diretor Comercial: Rações Algomix /Ki-Tal Alimentos Ltda Atendimento de telefone á imaginou como seria nossa vida sem o Celular, ou sem um aliado indispensável. Fazemos negócios, compramos, o telefone? Isso parece impossível, mas poderíamos viver sem vendemos, administramos nossas empresas, administramos eles, no entanto, teríamos imensa dificuldade de nos comunicar nossas famílias, tudo a distância, com uma eficiência incrível. e nos tornaríamos lentos e ineficientes, seriamos engolidos Basta um click, mas precisamos ter cuidados com o uso pela concorrência. Esse instrumento de comunicação se dessa ferramenta: podemos ter um atendimento ótimo, tornou indispensável até para crianças de 5-6 anos de idade. mas podemos também ter um péssimo atendimento se não Todos nós temos celulares; ricos, pobres, adultos, crianças, soubermos usar o telefone, em especial o celular. idosos, etc. Como melhoramos nossas vidas a partir da criação Temos pessoas que não sabem usar esse equipamento CY desse equipamento, lembro-me do meu primeiro aparelho, adequadamente e se tornam insuportáveis. Ligam diversas CMY um Motorola PT 650, com uma antena, tinha que estacionar vezes, sem que se tenha realmente uma necessidade de ligar, K meu carro em locais altos, sair do veículo, levantar a antena e ou um assunto de importância. Liga para qualquer assunto, fazer a ligação. Não conseguiríamos carregar algo parecido sem significância alguma e isso é um erro imenso. Temos nos dias de hoje, pesado, grande e com pouco eficiência, mas que nos policiar, ligar somente para assuntos relevantes mesmo assim, foi uma revolução no mundo da comunicação. e importantes e acima de tudo, precisamos ser breves, não Os negócios ficaram mais fáceis, passamos a fazer ligações de podemos ficar “lavando tripa” (expressão usada no sul para lugares inimagináveis, hoje, porém, nos tornamos escravos quem fica prolongando assuntos). desses equipamentos, não nos separamos deles nem para dormir. Estão na cabeceira da cama e a qualquer hora, pode tocar até cair na caixa postal e em seguida ligam novamente tocar, ficam 24 horas ao nosso dispor e funciona em qualquer e são capazes de repetir mais uma vez a ligação. Hora, se nos lugar. Algo muito especial realmente, uma ferramenta primeiros 3-4 toques a pessoa não atendeu, porque atenderia extraordinária para nos comunicar com o mundo em tempo após as insistentes ligações? Precisamos ser mais educados, real, mas estamos também tendo alguns problemas graves, não adianta ligar várias vezes, apenas uma tentativa, deixe como, por exemplo, o vicio. Tem pessoas que não conseguem tocar 3-4 vezes e desligue, não insista mais. Se a pessoa se desligar sequer 5 minutos/dia desse equipamento, tem não atendeu é porque não foi possível, assim que ela puder, gente que vai com a família jantar em algum restaurante e retornará a você à ligação, não seja inconveniente. todos fica teclando. Ninguém conversa mais pessoalmente, fica o tempo todo plugado e postando mensagens nas redes que retornar sem falta, esse é um dos erros mais comuns ao sociais, isso é grave, perdemos os contatos, não nos falamos telefone, coloque-se no lugar do seu interlocutor que esta mais, se não cuidarmos, enviamos mensagens para alguém aguardando essa ligação, como se sente quando alguém que está a nossa volta. promete algo a você e não cumpre! Pense nisso, boas vendas! Para as vendas e atendimento aos clientes, o telefone é E aquelas pessoas que ligam para alguém e deixam C Higiene e Limpeza Nutrição Animal Gordura Animal Produtos de Higiene e Limpeza Sabão e Derivados Farinha de Carne Esterilizada Farinha de Sangue Farinha de Ossos Calcinado Farinha de Penas Farinha de Vísceras Farinha de Peixe Sebo Industrial Óleo de Frango e Óleo de Peixe M Y CM MY BC Participações e Empreendimentos Goiânia (GO) - Administração Geral Fone: (62) 3243-5100 Transportadora Sta Edwiges Sempre que prometermos retornar a uma ligação, temos Reciclagem - Amiga da Natureza [email protected] [email protected] Repar [email protected] [email protected] ReBras - Reciclagem Brasileira de Resíduos Animais [email protected] [email protected] Sabao Geo [email protected] [email protected] [email protected] Nordeste Industrial [email protected] AR Nutrição Animal [email protected] [email protected] [email protected] Segurança Alimentar 42 43 Tabela 1. Cromo Contaminantes orgânicos e sintéticos Resíduos de metais pesados - cromo 1. INTRODUÇÃO lesão renal e hepática. O estado (III) é a forma predominante, mais O cromo (Cr) (número atômico: 24; massa atômica: 52 u) é um estável, menos tóxica e de baixa mobilidade no solo, em razão de sua metal pesado com densidade de 7,14 g/cm3. Apresenta cor brilhante, precipitação como ácidos e hidróxidos em pH superior a 5,0, sendo que prateado metálico. É um material duro e muito resistente a corrosão, a forma (VI) é mais instável, solúvel em ampla faixa de pH e com um que em temperatura ambiente não oxida facilmente. É insolúvel na grau de toxicidade maior (RAI et al., 1989, RUSSEL, 2004). água, mas solúvel em ácidos fortes. O Cr dentre as formas encontradas na natureza pode existir em vários estados de oxidação (RUSSEL, químicas, o Cr e seus produtos, são bastante utilizados no ramo da 2004, CAS, 2012, SCUSSEL et al, 2012.a). metalurgia para se obter um acabamento brilhante de maior resistência Estados de oxidação: o Cr trivalente (III) é um mineral essencial a corrosão. Compostos contendo o Cr são utilizados na indústria para no metabolismo de açúcares e gorduras. É importante na prevenção oxidação de materiais orgânicos, purificação de químicos, oxidação da intolerância à glicose e diabetes, pois é um co-fator da insulina. inorgânica, revestimentos, curtimento de couros, na produção de O déficit de Cr está relacionado ao aumento de patologias cardíacas pigmentos, entre outras aplicações. A Tabela 1 apresenta o Cr e alguns e obesidade. Já a forma hexavalente (VI) é tóxica e pode causar compostos contendo Cr utilizados na indútria (FELCMAN, 1985). Uso na metalurgia e indústrias: por suas características físicas e e alguns compostos contendo cromo utilizados na indústria Segurança Alimentar 44 2. CONTAMINAÇÃO POR CROMO NO AMBIENTE E ALIMENTOS 45 pesquisas do Instituto de Geociências da Universidade Federal Cromo (VI): é geralmente produzido por processos há tendência ao acúmulo. de Minas Gerais (UFMG) no meio-ambiente, águas (do Rio São industriais, principalmente, na fabricação de ligas metálicas. O Cr é um metal pesado que ocorre naturalmente e pode ser Francisco em Três Marias, cerca de 250 km da cidade de Belo É tóxico quando ingerido e altamente carcinogênico. Causa sistema específico denominado transporte de ânions (Figura 3). O encontrado em rochas, animais, plantas, solo, poeira vulcanica Horizonte), já foram encontradas contaminadas por metais pesados, irritação nos olhos, pele e mucosas. Os compostos de Cr (VI) não ânion cromato, CrO4-2, composto carcinogênico, quando dentro da e gases, podendo também formar uma grande variedade de incluindo o Cr e cádmio (Figura 2). A origem da poluição tem mais são naturais, sendo que, estes penetram através das membranas célula, é reduzido e liga-se a um componente intracelular, e então é compostos altamente tóxicos. de 40 anos e é devido a substâncias lançadas por metalúrgicas em biológicas e causam danos à estrutura celular. Neste caso, são difundido para o meio. Quando o Cr é celularmente internalizado, Os rejeitos contendo Cr emitidos pelas indústrias são córregos que desembocam nesse rio (UFMG, 2011). reduzidos para Cr (III) e ocorre um aumento da concentração ele reage com a glutationa (GSH), um peptídeo intracelular. Nesta produtores, tanto de emissões gasosas como de efluentes líquidos, deste Cr acima do normal, causando um desequilíbrio e reação com GSH o ânion cromato é reduzido a Cr (V) e Cr (IV), os quais são transferidos para o solo e água, sendo absorvido pelas tolerável, para peixes, em termos de concentração de Cr (III) na transformando o Cr (III) em tóxico (RUSSEL, 2004). e forma-se uma ligação Cr – S com o grupo sulfidril do resíduo plantas e entrando na cadeia alimentar. A Figura 1 apresenta uma água: 42 mg/L. Como o Cr (VI) é muito tóxico para algas, peixes Legislação: A portaria nº 19, de 15 de março de 1995 da de cisteína da GSH. O íon metálico é então difundido para dentro representação dos rejeitos formados por indústrias que utilizam Cr, e daphnias, os valores para peixes de água doce (LC50=250 à Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA), dispõe de valores de do plasma, onde se liga ao DNA e sofre uma redução para Cr (III) os quais através de suas formas (solubilidade): (a) gasosa e (b) liquida 400 mg/L) e peixes de mar (LC50=170 à 400 mg/L) são bastante doses diárias recomendadas de complementos alimentares, sendo (HOSTINEK, 2003). chegam até os alimentos e animais – contaminando-os por emissoes diferentes (BOSNIR et al., 2010). Além de peixes, outros alimentos que para o Cr é de 50 à 200 mg (BRASIL, 1995). A Organização gasosas e atraves de efluentes liquidos (FERREIRA, 2002). como vegetais, frutas, cereais e carnes já foram encontrados Mundial da Saúde recomenda que os níveis de concentração máxima presentes no organismo em quantidades maiores, o Cr, assim No ar, os compostos de Cr estão presentes como poeiras, podendo contendo o elemento Cr em grandes quantidades (REILLY, 1980; aceitáveis de Cr na água potável seja de 0,05 mg/L (WHO, 1958). como outros íons metálicos são captados e absorvidos (em permanecer por até 10 dias. Quando se deposita no solo o Cr não é NOEL et al., 2012). Muitos destes alimentos estão presentes como Cabe enfatizar que não existe legislação para alimentos pets. Esses pequenas quantidades) pelas células dos animais e vegetais, onde facilmente dissolvido e é carreado pela água: (a) os peixes podem estar ingredientes para alimentos pets. Peixes, carnes e vegetais são os limites são (acima) para seres humanos. vão desempenhar papéis principais como cofatores enzimáticos expostos ao Cr pela contaminação do ambiente aquático. (b) Já os animais ingredientes muito comuns nessas rações úmidas e secas. Levando terrestres e seres humanos são expostos através da inalação de ar, ingestão em consideração que pets alimentam-se diariamente com a ração e 4. MECANISMO DE AÇÃO DO CROMO de água, contato com solo, ingestão de alimentos e através da pele. esta pode apresentar metais pesados, torna-se importante o controle A absorção ocorre por via oral pela ingestao de ração Ingestão/eliminação/distribuição: o Cr pode se depositar e monitoramento desse metal no alimento para que quantidades contaminada bem como pelas vias respiratória e dérmica quando nos pulmões, e, quando chega nas vias aéreas inferiores, pode ser superiores à permitida não seja ingerida diariamente pelos animais. por intoxicacao ambiental e/ou acidental. O Cr armazena- se nos pulmões, pele, músculos e tecido adiposo. As maiores não são convenientemente tratados e simplesmente abandonados (em concentrações estão nos pêlos e pulmões do animal, porém não reservatorios d’água, aterros industriais ou mesmo lixeiras clandestinas), Peixes, carne, vegetais e ração: Herfeld (1974) fornece um limite absorvido e carreado para a corrente sanguínea. Posteriormente 3. CLASSIFICAÇÃO E LEGISLAÇÃO pode ser eliminado pelos rins em alguns dias. A maioria do Cr que é ingerido não é absorvido pelo intestino, sendo eliminado através Embora o Cr seja considerado um mineral essencial ao homem, das fezes. Uma pequena quantidade, cerca de 0,4 à 2,1%, passa pode ser tóxico dependendo da forma como é encontrado, sendo que através da membrana intestinal para a circulação sanguínea. O Cr o grau de toxicidade varia de acordo com seu estado de oxidação pode ser dosado nos pêlos, urina e sangue do animal (ACPO, 2004). (Sessão 1). As formas oxidadas mais encontradas (Cr-III) e Cr-VI) são, Residuos ambientais X água &, alimentos: segundo ambas utilizadas na indústria. O Cr (III) e Cr (VI) são utilizados para cromagem, corantes, pigmentos, curtimento de couro e preservação de madeira (FERREIRA, 2002; RUSSEL, 2004). Cromo (III): é natural no meio ambiente e compostos de Cr (III) são elementos essenciais para o oranismo animal para processar certos açúcares, proteínas e gorduras, porém em altas concentrações são tóxicos. Figura 1. Esquema da contaminação por cromo no ambiente (FERREIRA, 2002). Figura 2. Rio contaminado com metais pesados: cromo e cadmio. Cr e compostos contendo esse metal entram na célula por um Embora possam catalisar reações citotóxicas, quando estão (HOSTINEK, 2003; BENITE et al., 2007). 5. RESÍDUOS DE CROMO EM ALIMENTOS PARA PETS Como resíduos de Cr possuem alto poder de contaminação, quando Segurança Alimentar 46 47 com facilidade atingem o lençol freático ou mesmo reservatórios ou rios relatam a presença de adenocarcinoma em pulmões desses animais Nutricional. Brasília, DF, 1995. que são as fontes de abastecimento de água das industrias e/ou cidades. contaminados com o composto cromato de cálcio (LASKIN et al., 5. BOŠNIR, J.; PUNTARIĆ, D.; CVETKOVIĆ, Ž.; BARUŠIĆ, L.; POLLAK Se o resíduo é degradado no solo, o Cr permanece e pode ser absorvido 1970; KUSCHNER; LASKIN, 1971). Em estudo realizado por L. Influence of Mg, Cr, Fe and Zn from food supplements on selected types of por plantas que posteriormente servirão de alimento diretamente ao TANDON e colaboradores (1978), os autores encontraram alterações aquatic organisms. Toxicology Letters, v. 196, p. 126, 2010.6. CAS. www.cas.orf. animais e homem (FERREIRA, 2002). histopatológicas, demonstrando células do fígado de coelho intoxicado por Cr, com hiperplasia das células e proliferação de fibroblastos. Na alimentação, animais pets podem estar recebendo diariamente rações, possivelmente contaminadas com metais pesados como o Cr, Visitado em janeiro de 2012. 7. FELCMAN, J. Elementos químicos importantes para a vida. ICROMO, Rebizzi S/A Gráfica e Editora, 1985. 8. FERREIRA, A.D.Q. Impacto do cromo nos sistemas biológicos. Química legislação específica para o limite máximo permitido deste metal em 6. SINAIS CLÍNICOS DA INTOXICAÇÃO POR CROMO EM PETS alimentação animal, pouco se conhece da contaminação deste metal nesses tipos de produtos destinados a pets. Materias primas que são severos atribuídos a eles - sua ação é semelhante ao Cr (VI) porém com 25, p. 134-141, 1974. utilizadas para a produção de rações já foram encontradas com resíduos menor intensidade, provavelmente devido a sua menor absorção. Já o 10. HOSTINEK, J.J. Factors determining percutaneous metal absorption. Food de Cr em grandes quantidades. Entretanto, como a intoxicação por Cr (VI) é bastante tóxico e são descritos na literatura casos letais em ingestão de alimentos contaminados, possam ser crônica, muitos humanos com doses de 1,5 g de dicromato de potássio e para o ácido problemas de saúde que estes animais podem apresentar devido a crômico 3,0 g como dose letal. alimentação, muitas vezes ou a maioria das vezes,, não são relacionados a este contaminante alimentar. persistentes, hemorragia intestinal grave - provocada pelas ulcerações 8. COMO EVITAR E REDUZIR A CONTAMINAÇÃO DE PETS COM CROMO? A longo prazo, devido a intoxicação crônica, o Cr e compostos consequentes da ação cáustica do metal. Posteriormente ocorre necrose contendo Cr podem causar sérios problemas de saúde aos animais. No tubular renal e hepática, além de uma redução drástica das plaquetas de águas, solos, plantas, proveniente do descarte incorreto de estômago, o Cr (VI) tem uma absorção de 2 a 6% enquanto o Cr (III) circulantes (ATSDR, 2012). resíduos industriais que utilizam estes metais: o Cr, tanto ele é de 1%. Portanto, a absorção gastrointestinal do Cr é dependente do Nas exposições ocupacionais, mesmo a curto prazo ocorrem quanto os seus compostos, entram na cadeia alimentar dos animais pH do meio e, consequentemente do estado funcional do trato intestinal. dermatites de contato, eczema alérgico e ulcerações característcas na pele e humanos levando a intoxicações, principalmente crônica, O Cr apresenta alta ligação com as proteínas plasmáticas (86-90%), é exposta. No globo ocular ocorrem conjuntivites e queratites do epitélio foodstuffs from the Second French TDS. Food Chemistry, v. 132, p. 1502-1513, 2012. resultando em sérios problemas, como a câncer. 15. RAI, D.; EARY, L.J.; ZACHARA, E. Environmental Chemistry of armazenado nos pulmões, na pele, músculo e tecido adiposo. A excreção superficial da córnea. As exposições repetidas do metal podem levar a Desta forma, é importante a necessidade de monitoramento Chromium. Science Total Environmental, v. 86, p. 15-23, 1989. é principalmente pela urina. A excreção fecal representa a fração não perfuração do septo nasal, sendo normalmente precedida por alterações ambiental em rios e córregos para averiguar a presença de metais 16. REILLY, C. Metal Contamination of food. London: Applied Science, absorvida (ATSDR, 2012). no olfato e sangramento. A nível do sistema respiratório ocorrem pesados, assim como em alimentos (principalmente peixes – materia p. 227, 1980. Estudos experimentais realizados em animais mostraram que sintomas crônicos como rinite, laringite, pneumoconiose provocadas por prima para as rações: secas/umidas/semi-umidas), e seguir os limites 17. RUSSEL, J.B. Química Geral. São Paulo: Makron Books, 2004. o Cr (VI) produz sarcomas locais em ratos/hamsters. Também poeiras de cromita e asma brônquica provocada por poeiras de cromato máximos estabelecidos de seus resíduos em alimentação animal 18. SCUSSEL, VM; de SOUZA KOERIH, K, SAVI, GD; BEBER, M; ou névoa de ácido crômico. (recomendação de cientistas/pesquisas) e humana (legislação). atraves de ingredientes tais como pescado e/ou vegetais. Como não há Nova, v. 25, p. 572, 2002. 9. HERFELD, H. Können und müssen die behördlichen Vorschriften Os compostos de Cr (III) tem baixa toxicidade e não há efeitos Na intoxicação aguda, por via oral ocorrem vômitos, diarréias Nas exposições prolongadas ocorre a diminuição de hemáceas hinsichtlich des Chromgehalts im Abwasser eingehalten werden? Leder, v. Figura 4. Células do fígado de coelho intoxicado por cromo, mostrando hiperplasia das células e proliferação de fibroblastos (TANDON et al., 1978). Como o Cr é introduzido no meio ambiente pela contaminação Para proteção da saúde animal e humana, órgãos ambientais 11. KUSCHNER, M.; LASKIN, S. Experimental models in environmental carcinogenesis. American Journal Pathology, v. 64, p. 183-191, 1971. 12. LASKIN, S.; KUSCHNER, M.; DREW, R. T. Studies in pulmonary carcinogenesis, in “Inhalation Carcinogenesis” (M. G. Hanna, Jr., P. Nettesheim, and J. R. Gilbert, Eds.). pp. 321-351, Atomic Energy Commission, Washington, D. C., 1970. 13. LOPES, A.C. Diagnóstico e Tratamento. Barueri, SP: Manole, v.3, 2007. 14. NOËL, L.; CHEKRI, R.; MILLOUR, S.; VASTEL, C.; KADAR, A.; SIROT, V.; LEBLANC, J.C.; GUÉRIN, T. Li, Cr, Mn, Co, Ni, Cu, Zn, Se and Mo levels in GARCIA, LP;VITORINO, V.; BITENCOURT, S.; da COSTA, K.A. Contaminantes organicos e sinteticos - residuos de metais pesados chumbo. Rev. Pet Food Brasil, v. set-out, p.36-41, 2012.a. resultando uma anemia severa, além de comprometimento e de saúde devem propor medidas preventivas para evitar e/ou renal e hepático por necrose (Figura 4). As poeiras de cromita diminuir acidentes decorrentes da emissão de compostos contendo e de cromatos insolúveis (como de chumbo) são consideradas Cr no meio-ambiente. Assim como, descartar corretamente os potencialmente carcinogênicas ao homem e aos animais, inclusive resíduos químicos que são gerados, para que recebam tratamento nos limites de tolerância recomendados (TANDON et al., 1978, específico, evitando prejudicar o meio-ambiente. Em pets, mais SCUSSEL et al, 2012.b). Toxicity of Trivalent and Hexavalent Chromium Alterations in Blood and Liver. estudos devem ser realizados para conhecimentos dos riscos de Environmental Research, v. 15, p.90-99, 1978. contaminação por meio da alimentação e assim alertar órgãos 21. UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais. Pesquisas mostram públicos para necessidade de medidas preventivas e de fiscalização contaminação por metais pesados no Rio São Francisco. 2011. Disponível: http:// destes resíduos, tanto nos alimentos quanto no meio-ambiente. www.ecodebate.com.br/. 7. DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO O diagnóstico pode ser realizado por meio de manifestações clínicas: a intoxicação aguda é esperada nas ingestão, enquanto a 9. REFERÊNCIAS RECOMENDADAS PARA LEITURA por alimentos/agua/etc. 1. ACPO (Associação de Combate aos Poluentes). Estudos da avaliação de risco por resíduos perigosos no condomínio Barão de Mauá. Prefeitura Detecção da presença de Cr e seus compostos: em espécies biológicas o Cr pode ser determinado usando cromatografia e Municipal de Mauá, São Paulo, 2004. Disponível: <http://www.acpo.org/br. técnicas colorimétricas. 2. ATSDR - Agência de Substâncias Tóxicas e Registro de Doenças. Declaração de Saúde Pública para o cromo. Disponível: www.atsdr.cdc.gov/tfacts7.html. O tratamento é de suporte e sintomático, com descontaminação da pele e avaliando lesões digestivas por meio de endoscopia nos casos indicados. Exsanguinitransfusão e uso de quelante BAL (2,3 dimercaptopropanol) pode trazer algum benefício ao paciente, avaliando o risco e benefício de cada caso (LOPES, 2007). 19. SCUSSEL, V.M.; SAVI, G.D.; de SOUZA KOERICH, K.; BITTENCOURT, K.; da ROSA, R. Contaminantes organicos e sinteticos - residuos de metais pesados - mercurio.. Rev. Pet Food Brasil, v. nov-dez, p.42-49, 2012.b. 20. TANDON, S.K.; SAXENA, D.K.; GAUR, J.S.; CHANDRA, S.V. Comparative 22. WHO (World Health Organization). Chromium. Geneva, 1958. intoxicação crônica ocorre principalmente nas inalações e exposição Figura 3 . Modelo para captação celular do íon cromato CrO4-2 (BENITE et al., 2007). Chemistry Toxicology, v. 41, p. 327–345, 2003. 3. BENITE, A.M.C.; MACHADO, S.P.; BARREIRO, E.J. Uma visão da química bioinorgânica medicinal. Química Nova, v. 30, p. 2062-2067, 2007. 4. BRASIL, Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Portaria Nº 19, de 15 de março de 1995. Norma Técnica para Complemento No próximo exemplar será abordado outro metal pesado que pode contaminar pet food – o Cadmio Profa. Vildes M Scussel, Geovana Dagostim Savi e Karina Koerich de Souza Laboratório de Micotoxicologia e Contaminantes Alimentares - LABMICO, www.labmico.ufsc.br Depto de Ciência e Tecnologia de Alimentos, Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC – Brasil. 48 Pet Market 49 Ô abre alas, meu gato quer passar D Limma Júnior Diretor da Nutridani Alimentos esculpe-me a brincadeira carnavalesca com já fazem a festa. Vale a lei da seleção natural. o título do meu artigo desta edição, mas não posso deixar passar a oportunidade de homenagear os pedaço e ainda devem continuar por cima por vários anos. felinos. Queridos por muitos, rejeitados por outros, o Mas segundo estimativas levantadas pela Veja, a virada na gato tem origem no mundo egípcio. Bem mais recente proporção de cães-gatos deve ocorrer em 2022. que os cães no convívio humano, eles serviam, na antiguidade, para comerem os ratos que entravam Banhos semanais ou quinzenais fazem parte da sua rotina, nos depósitos de alimentos. Ou seja, tinham a função assim como exercícios e caminhadas diárias. Contudo, com de exterminar as pragas da época. Hoje, muito mais a redução no número de crianças nas famílias e o avanço domesticados e calmos, eles começam a virar o das mulheres no mercado de trabalho, as quais antigamente jogo e passam a ganhar a preferência das pessoas e, eram responsáveis pelos cuidados com os cães, cria-se a conseqüentemente, a tirar espaço dos cães nos lares. cultura da falta de tempo para realizar tarefas importantes para os cachorros. Por conta disso, opta-se pelo gato na Abordo esse tema por conta de um artigo da revista No Brasil, os cães ainda são soberanos. Dominam o Os cães necessitam de mais cuidados que os gatos. Veja do dia 2 de janeiro deste ano. No texto, o repórter hora de escolher um animal de estimação. associa o crescimento da população felina ao pregresso econômico de um país. Ou seja, quanto mais desenvolvido como já comentei em textos anteriores. Gosto deles e o país, maior o número de pessoas que optam por cuidar fui responsável por cultivar a mesma paixão em minha de gatos, o que faz com que a quantidade de cães diminua. esposa. A Margot (persa), Molie (sem raça definida ) e Esse fenômeno tem até um nome: Índice Big Cat, uma Kit (sem raça definida) fazem parte do nosso dia a dia. referência ao índice econômico Big Mac, o que mede a Acostumadas ao nosso convívio, elas passam a maior valorização das moedas de um país. parte do tempo junto a nós. Sabem, inclusive, identificar o Sou suspeito em falar de gatos. Tenho três em casa, O Índice Big Cat mostra que em cidades dos Estados nosso humor. Quando estamos doentes, gostam de dormir Unidos, França e Alemanha, por exemplo, com maior colados ao nosso corpo. Quando estamos felizes, correm poder aquisitivo, o número de gatos já ultrapassa o de e pulam pela casa com toda energia. E quando estamos cães. A preferência por gatos ocorre devido a mudança nervosos, por algum problema, acompanham de longe. de hábitos das pessoas. Com o desenvolvimento das cidades, as casas com grandes quintais, espaços perfeitos cães não serão extintos. Sempre haverá espaço para para atividades caninas, deixarão de existir. Tudo será que eles babem em nossos sapatos, rasguem nossos vertical. Com menos jardins e mais apartamentos, os jornais e nos esperem no portão de casa com aquela cara gatos passam a ter vantagem na adaptação ao ambiente. de alegria. Nada vai acabar com esses momentos tão Basta uma geladeira ou mesmo um armário e os felinos especiais para todos nós, amantes dos animais. Mas não se preocupem, meus queridos leitores. Os Caderno Técnico 1 50 51 Nutrientes essenciais para cães e gatos Parte V – Minerais Bruna Ponciano Neto Introdução A classificação geral dos minerais os divide em dois grandes Uma nutrição balanceada é um dos aspectos mais importantes grupos (macrominerais e microminerais), de acordo com a participação para a manutenção da saúde e do bem estar de cães e gatos. Para a na composição corporal e nas necessidades nutricionais do animal. formulação de alimentos completos, que forneçam o correto suprimento Os macrominerais são aqueles encontrados em maior concentração dos nutrientes é importante conhecer as exigências nutricionais, assim no organismo animal e incluem cálcio, fósforo, magnésio, enxofre como as consequências da deficiência e excesso dos nutrientes presentes e os eletrólitos sódio, potássio e cloro. Os microminerais, também nas dietas, suas interações e biodisponibilidade. denominados elementos traço, incluem um grande número de minerais Além das moléculas orgânicas (C, N, H, O) que constituem os presentes em baixas concentrações no organismo, porém, igualmente aminoácidos, lipídeos, carboidratos e vitaminas, cerca de 1 a 3% do importantes, destacando-se o manganês, ferro, zinco, cobre, selênio e peso corporal total dos animais é constituído de elementos inorgânicos. iodo. Todos estes elementos são considerados essenciais ao organismo. Os minerais desempenham diversas funções no organismo dentre elas: 1) componentes estruturais de órgãos e tecidos; 2) constituintes metabólicas, sinais de deficiência e excessos dos minerais para cães e dos líquidos e tecidos corporais (eletrólitos); 3) regulação do balanço gatos e também as principais fontes empregadas em petfood. Nesta revisão serão abordadas as exigências nutricionais, funções hídrico e ácido-base; 4) cofatores enzimáticos e catalisadores de reações Macrominerais metabólicas; 5) reguladores da liberação de neurotransmissores e de contrações musculares 6) absorção e transporte de nutrientes (Gross et al., 2010). Deste modo os minerais são elementos inorgânicos essenciais Cálcio e Fósforo para o metabolismo animal. O cálcio é o mineral mais abundante no organismo animal e 99% deste mineral se encontra depositado no esqueleto como fosfato de minerais pelas células do epitélio. cálcio, sendo o restante encontrado nos fluidos corporais. Dentre as funções do cálcio no organismo estão a formação de ossos e dentes; secundário nutricional, perda óssea, problemas locomotores, queda processo de coagulação sanguínea; contração muscular; transmissão na produção de leite, falhas na transmissão dos impulsos nervosos e do impulso nervoso; regulação enzimática; mensageiro hormonal e contrações musculares. Seu excesso, comum em dietas ricas em farinha constituinte do leite. de carne e ossos de baixa qualidade e outras farinhas de origem animal, O fósforo no organismo encontra-se em processo dinâmico, em como a de peixe e de vísceras de aves, pode gerar fezes ressecadas e constante intercâmbio entre tecidos e órgãos. Participa do metabolismo constipação; calcificação dos tecidos moles; osteopetrose; dermatoses animal na formação dos ossos e dentes; componentes de fosfoproteínas, resultantes da interferência da absorção de zinco; eclampsia em fêmeas, fosfolipídios e ácidos nucleicos; metabolismo energético (ATP, GTP); principalmente de raças pequenas; dentre outros. componente estrutural e ativador de enzimas (NAD, NADP). A deficiência de cálcio causa raquitismo, hiperparatireoidismo Os sinais mais comuns de deficiência de fósforo são o raquitismo e Estes minerais são considerados em conjunto, pois o metabolismo está a perda de apetite. Estes sinais podem se desenvolver em cães e gatos intimamente ligado. A relação cálcio e fósforo é tão importante quanto alimentados com dietas contento elevados teores de cálcio ou de ácido os valores absolutos destes elementos. Altos níveis de cálcio prejudicam fítico. A intoxicação por fósforo é rara, pois do ponto de vista prática a a absorção de fósforo, podendo promover a hipofosfatemia. Além disso, inclusão de elevados níveis de fósforo na dieta é antieconômico, porém a homeostase do cálcio e fósforo no organismo é regulada pelos mesmos quando relatada na literatura indicam deficiências na mineralização mecanismos hormonais. Basicamente o paratormônio secretado pela óssea, problemas locomotores e diarréia. paratireóide atua no rim aumentando a excreção de fósforo, ao mesmo tempo em que aumenta a reabsorção de cálcio, elevando a concentração além das fontes inorgânicas, calcário calcitico e fosfato bicálcico, este de cálcio e diminuindo a de fósforo plasmático. A calcitonina diminui último também empregado como fonte de fósforo. Considerando as os níveis de cálcio e fósforo circulantes diminuindo a mobilização óssea recomendações de cálcio e fósforo pelo NRC (2006) para cães e gatos, em destes minerais, além de diminuir a reabsorção de cálcio e fósforo nos crescimento (0,8% e 0,72% para gatos; 1,2% e 1,0% para cães) e manutenção rins. O terceiro hormônio é a vitamina D3 que aumenta o cálcio e fósforo (0,29% e 0,26% para gatos; 0,4% e 0,3% para cães), os alimentos sanguíneo estimulando principalmente a absorção intestinal destes comerciais costumam apresentar níveis superiores aos mínimos e muitas As fontes de cálcio na dieta são as farinhas de origem animal, Caderno Técnico 1 52 53 vezes, teores excessivos destes elementos, especialmente do cálcio, uma em pet food são o cloreto de sódio (NaCl) e o cloreto de potássio (KCl). elétrons e componente da miosina e actinomiosina muscular. metaloenzimas. O mineral atua como cofator enzimático, em enzimas vez que as fontes deste elemento são relativamente baratas. Outros ingredientes, como as farinhas de origem animal, possuem Ingredientes de origem animal possuem maior concentração de responsáveis pela produção de melanina e, também, em enzima que quantidades consideráveis de sódio e cloro e a soja e outros grãos Fe comparativamente com ingredientes de origem vegetal. garante a integridade do tecido conjuntivo e nervoso. O Cu é constituinte apresentam elevadas concentrações de potássio. Magnésio O magnésio está amplamente distribuído em todo organismo Os filhotes são mais predispostos à deficiência de Fe devido à baixa da enzima citocromo oxidase que catalisa a redução de oxigênio em concentração de Fe no leite. Por outro lado, nos alimentos comerciais água, passo final da respiração celular. É cofator da enzima superóxido animal, sendo o terceiro mineral em concentração, precedido Enxofre este elemento encontra-se em concentrações mais elevadas, sendo as dismutase, importante para o combate de radicais livres. O cobre pode apenas pelo cálcio e fósforo. Este mineral também está envolvido no O enxofre é constituinte de várias moléculas biologicamente principais fontes as farinhas de origem animal, uma vez que possuem ser armazenado no fígado ligado a ceruloplasmina, local onde se encontra metabolismo ósseo e juntamente com o potássio é um dos cátions mais importantes como a tiamina, biotina e coenzima A, além dos ferro proveniente do sangue presente nestes subprodutos. Os sinais a maior concentração deste mineral, seguido de pâncreas, músculo e pele. importantes do líquido intracelular. Seu metabolismo está relacionado aminoácidos sulfurados cistina, cisteína e taurina. A condroitina de deficiência incluem palidez de mucosa, anemia, baixa concentração com o metabolismo do cálcio e fósforo e sua absorção também é também apresenta enxofre na sua estrutura. Assim, o enxofre, esta de transferrina no sangue, letargia e fraqueza. Seu excesso na forma de Cu além de anemia, hemorragia, distúrbios locomotores e falhas mediada pela vitamina D. ligado ao metabolismo protéico e energético de cães e gatos. de Fe livre é catalisa reações oxidativas provocando danos aos tecidos, na reprodução. Zentek e Meyer (1991), forneceram uma ração As funções de maior relevância do magnésio são constituintes A falta de pigmentação é a principal manifestação da deficiência A deficiência de enxofre é difícil de ser diagnosticada. Com entretanto existem poucos estudos sobre a toxidade do Fe para cães contendo 0,2mg de Cu/1000 kcal de energia digestível a um grupo da matriz óssea e metabolismo energético nos quais atuem o ATP. a diminuição do enxofre via dieta os animais catabolizam os e gatos. O excesso de ferro no alimento pode catalisar reações de de cães com aproximadamente cinco semanas de idade. Após quatro A deficiência deste mineral inclui anorexia, aumento da salivação e aminoácidos sulfurados a fim de compensá-lo. Os sinais mais peroxidação lipídica e rancidez oxidativa do alimento. Por outro lado, semanas de consumo do alimento, foi observada baixa pigmentação contrações musculares prejudicadas. O excesso provoca diarreias evidentes são a perda de massa magra e anorexia. A intoxicação por o ferro, juntamente com o cobre, são cofatores de enzimas do sistema do pelo dos animais, demonstrando a necessidade de Cu para a e estupor. Sua suplementação é indicada para cães de trabalho ou enxofre é rara, porque a absorção de S inorgânico é muito baixa. antioxidante do organismo e essenciais para o transporte de elétrons produção de melanina. atletas após a atividade física. No entanto, os alimentos comerciais O enxofre participa ainda do equilíbrio ácido-básico dos animais durante a síntese de ATP na mitocôndria. já apresentam quantidades relativamente elevadas deste elemento, (balanço cátion-aniônico), sendo os sais de enxofre, juntamente com proveniente também das farinhas de origem animal. os de fósforo, importantes na acidificação do pH urinário em cães Zinco que promovem excessivo acúmulo de Cu no fígado, devido a uma Cães das raças Pinschers, Dálmatas, West highland White terrier e Cocker spaniel, podem apresentar anomalia genética e gatos. O enxofre participa ainda de importantes componentes A versatilidade das características físico-químicas do Zn, como deficiência de eliminação do Cu pela bile (Case, 1998) Diminuição Sódio, Cloro e Potássio (Eletrólitos) antioxidantes, tais como a glutationa, a n-acetilcisteína, a a capacidade de participação em reações de óxido-redução, conferem da taxa de crescimento, hemorragia e danos ao fígado são os Sódio, cloro e potássio são considerados em conjunto devido ao s-adenosil-metionina e outros componentes os quais apresentem a este mineral extensa participação no metabolismo animal. O Zn é principais sinais de toxicidade. O cobre na forma de óxido cúprico seu metabolismo e funções relacionadas. O sódio e o cloro são os íons grupamentos tióis. Considerando que a metionina é também uma atua como cofator em mais de 200 enzimas que participam das mais apresenta biodisponibilidade muito baixa e por isto não é usado mais abundantes do líquido extracelular. Juntos apresentam funções fonte de enxofre para o organismo e que suas concentrações em diferentes funções fisiológicas, destacando o metabolismo dos ácidos como fonte deste elemento, sendo mais empregados em petfood o que dizem respeito à regulação da pressão osmótica e equílibrio muitos ingredientes geralmente encontram-se baixas em relação nucleicos, carboidratos, ácidos nucleicos, replicação e diferenciação sulfato de cobre e o cobre na forma orgânica (ligados a proteínas, ácido-básico, assim como o K. O potássio é o mais importante íon do aos demais aminoácidos, a suplementação deste aminoácido em celular, imunidade, antioxidante, equilíbrio hídrico e eletrolítico, aminoácidos e leveduras). espaço intracelular, exercendo por essa razão um papel fundamental alimentos comerciais muitas vezes é justificada. crescimento e reprodução, dentre outras. Está distribuído no corpo na manutenção de algumas das funções básicas da célula como a Microminerais manutenção do volume intracelular. principalmente no fígado, rim, músculos, pele e pelo (Suttle, 2010). Selênio O Zn pode exercer efeito protetor antioxidante e estabilizar as O Se é um componente essencial da enzima glutationa peroxidase, Manganês membranas lipídicas, impedindo a peroxidação dos lipídeos por radicais que combate os radicais livres presentes no organismo. A glutationa pela modulação da concentração de H+ e HCO3- pelos rins. O íon livres. Pode ainda, induzir a síntese do metalotioneína, proteínas ricas peroxidase está presente em todos os tecidos com alta atividade no H+ pode ser trocado no Na+ e o HCO3- por Cl- dependendo das suas desenvolvimento ósseo, síntese de mucopolissacarídeos da cartilagem, em grupos sulfidril que agem contra os radicais livres. fígado e hemácias. O Se controla as enzimas que regulam a conversão de concentrações plasmáticas e das variações do pH no sangue. O objetivo metabolismo dos carboidratos (formação e ativação da insulina), A deficiência do Zn, pode ser causada por sua baixa estocagem, T4 em T3, apresentando importante papel no metabolismo. Ovo o fígado é manter o pH do sangue dentro dos limites fisiológicos, evitando um metabolismo de lipídeos e desenvolvimento neurológico (NRC, rápida mobilização das reservas, aporte insuficiente na dieta e são boas fontes de Se, seguidos de peixes como atum e sardinha e cereais. quadro de acidose ou alcalose. 2006). Está distribuído no organismo em pequenas quantidades, antagonismos com outras frações do alimento. Nos cães e gatos os Os Estes minerais também apresentam função primordial na principalmente no fígado e ossos. primeiros sintomas de deficiência refletem na pele e pelagem levando insuficiência reprodutiva, anorexia e depressão. A toxicidade de manutenção do equilíbrio hídrico e pressão osmótica (sistema renina- a perda de brilho, paraqueratose e hiperqueratinização, sendo definida caracteriza por vômitos, espasmos, salivação excessiva, paralisia, angiotensina-aldosterona); são cofatores enzimáticos; participam da e gatos, porém dados com outras espécies indicam prejuízo das como dermatose responsiva ao Zn (NRC, 2006). anemia e atrofia do coração. absorção de nutrientes através das membranas plasmáticas e impulsos funções reprodutivas, esteatose hepática e problemas articulares. nervosos (bomba de Na/K); o cloro também é necessário para a Também não existem relatos na literatura sobre sua toxidade. Nos são mais susceptíveis à dermatose responsiva ao Zn. Segundo Iodo produção de HCl no estômago. alimentos comerciais, embora seja um elemento pouco analisado, Colombini & Dunstan (1997), estes animais são acometidos por geralmente encontra-se em concentrações muito acima das um problema genético que resulta em interferência na absorção exercem funções no metabolismo intermediário, reprodução, controle mínimas recomendadas. ou metabolismo do Zn. Scott el at. (1996) sugerem uma dose da taxa de oxidação celular, reprodução, crescimento e desenvolvimento, O controle do equilíbrio ácido-básico é realizado basicamente A deficiência de sódio e potássio leva a perda de apetite e queda na qualidade da pelagem e, para o potássio, ainda fraqueza muscular e O Mn é um constituinte e ativador de várias enzimas ligadas no Existem poucos estudos sobre a deficiência de Mn para cães letargia. Para o cloro foi verificado diminuição da taxa de crescimento sinais de deficiência incluem fraqueza muscular, Animais das raças Huskie Siberiano e Malamute do Alaska O I é um constituinte dos hormônios T3 e T4. Estes hormônios terapêutica diária de 10mg/Kg de sulfato de Zn ou 1,7 mg/kg de termorregulação entre outros. A necessidade de I é afetada pelo estado e disfunções neurológicas. O excesso destes minerais é agravado Ferro Zn metionina a estes animais por toda a vida, evitando assim a fisiológico e pela dieta, os animais necessitam de mais I durante a quando o animal não possui água de boa qualidade disponível. Cães e É o micromineral de maior prevalência no organismo. ocorrência da deficiência deste mineral. lactação, pois 10% do iodo ingerido é secretado no leite. gatos sadios conseguem regular de maneira eficiente as concentrações Está presente em numerosas enzimas ligadas ao transporte destes elementos e o excesso de sódio do organismo e a hipertensão de oxigênio pelo sangue como oxidases e oxigenases, além do Cobre glândula tireóide (bócio) e hipotireoidismo, acarretando em não é uma doença que acomete com frequência estas espécies, como transporte de oxigênio (hemoglobina e mioglobina). Também é O cobre (Cu) detém grande capacidade em participar de reações diminuição do metabolismo basal. Alopecia e pelos ásperos, ocorre com humanos. As fontes mais empregadas para este minerais cofator enzimático em enzimas responsáveis pelo transporte de de oxiredução, assim, faz parte da composição química de várias deformidades esqueléticas e apatia também são descritos como O principal sintoma de deficiência do I é o aumento da 54 Caderno Técnico 1 55 sinais de deficiências para cães e gatos. Sinais de excesso são: Exigências a ação da insulina na célula, facilitando sua ligação com seus receptores celulares. salivação, secreção nasal, lagrimas em excesso e decréscimo As recomendações dietéticas de minerais para cães e gatos Deste modo possui um papel importante no controle da glicemia, por este motivo dos hormônios tireoideos. encontram-se nas tabelas 1 e 2 respectivamente. o cromo tem sido suplementado em dietas terapêuticas formuladas para animais diabéticos (diabetes Mellitus). Apesar disto, alguns resultados de estudos sugerem Tabela 1 – Recomendações de minerais para cães por 1000 kcal de energia metabolizável Mínimo Recomendado Minerais Unidade Adulto Crescimento¹ M áximo Legal (L)2 Nutricional (N) Cálcio g 1,25 2,0a-2,5b Fósforo Ca/P Potássio Sódio Cloro Magnésio Cobre Iodo Ferro Manganês Selênio Zinco g 1,00 1/1 – 2/1 1,25 0,25 0,38 0,18 1,80 0,26 9,00 1,44 75,0 18,0 1,7 1/1 – 1,6/1b ou 1,8/1a 1,50 0,55 0,83 0,10 2,75 0,38 22,0 1,40 87,5 25,0 Adulto: 6,25 (N) 4,0a (N) ou 4,5b (N) Adulto: 4,0 (N) g g g g mg mg mg mg µg mg 1000 7,1 (L) 2,8 (L) 355 (L) 42,6 (L) 142 (L) 71 (L); crescimento: 250 (N) kcal de energia metabolizável Mínimo Recomendado Minerais Unidade Adulto Cálcio Fósforo Ca/P Potássio Sódio Cloro Magnésio Cobre Iodo Ferro Manganês Selênio Zinco g g 1,48 1,25 1/1 – 2/1 1,50 0,19 0,29 0,10 1,24 0,125 20,0 1,25 75,0 18,8 g g g g mg mg mg mg µg mg Crescimento¹ M áximo Legal (L)1 Nutricional (N) 2,5 2,10 1/1 – 1,5-1 1,50 0,40 0,60 0,13 2,50 0,45 20,0 2,50 87,5 18,8 Adulto: 4,0 (N) Outros minerais uma melhoria do controle glicêmico em animais diabéticos ou mesmo em animais predispostos à diabetes como obesos. O FEDIAF não aponta um nível mínimo de cromo na dieta para cães ou gatos, entretanto os estudos anteriormente citados As principais fontes de cromo empregadas em pet food é o tripicolinato, uma fonte orgânica. As fontes inorgânicas apresentam baixa biodisponibilidade e sua suplementação como fonte de cromo em dietas não é recomendada. Fontes alimentares de minerais Os cereais são uma boa fonte de minerais, porém a concentração dos minerais varia de acordo com o tipo de solo, cultivar do grão, manejo, clima, pH do solo, adubação e estágio de maturação da planta e também devido à presença de fatores antinutricionais como o ácido fítico e fibras. Um dos critérios para a avaliação das farinhas de origem animal como ingrediente para pet food é a relação proteína:mineral. Quanto mais matéria mineral presente na farinha maior a inclusão de ossos. Farinhas com excesso de matéria mineral possuem grande quantidade de cálcio, fósforo e magnésio e apresentam limitações de inclusão na fórmula. Os microminerais são suplementados aos animais nas formas inorgânica e orgânica, sendo estas últimas consideradas mais biodisponíveis. Os microminerais comercialmente definidos como inorgânicos são aqueles ligados a sulfatos, carbonatos, cloretos ou óxidos; aqueles definidos como orgânicos estão ligados a aminoácidos, açucares, ácido 2 hidróxi-4-metil-tio-butanóico (HMTBa) ou peptídeos. Adulto: 4,5(N) Estudos em diversas espécies, incluindo cães e gatos indicam que os minerais orgânicos apresentam maior biodisponibilidade comparativamente aos inorgânicos. O micromineral orgânico tende a se dissociar em pH ácido em metal e sal. Ao passar pelo 7,1 (L) 2,8 (L) 355 (L) 42,6 (L) 142 (L) 71 (L); crescimento: 250 (N) 1 Não se aplica a legislação brasileira. Além dos macro e microminerais, existem os minerais Estudos de Schachter et al., (2001) e Appleton et al., (2002) para cães e gatos, respectivamente, sugerem que a suplementação com o cromo pode proporcionar estresse podem elevar a necessidade. Adulto: 4,5 Adulto: 5,6(N) Adaptado de FEDIAF (2011) de minerais para gatos por apontam 0,3mg/kg para animais adultos em mantença. Exercícios físicos intensos ou ¹ Animais com idade igual ou superior a 14 semanas. 2 Não se aplica a legislação brasileira. a Para raças pequenas e médias durante toda a fase de crescimento. b Para filhotes de raças grandes e gigantes até a idade de seis meses. Após seis meses o cálcio pode ser reduzido para 2g/1000Kcal e a relação Ca:P aumentada para 1,8/1. Tabela 2 – Recomendações que a suplementação em cães diabéticos do tipo I não é efetiva. Adaptado de FEDIAF (2011) fisiológicas apresentaram efeitos benéficos à saúde dos cães e gatos e são apresentados a seguir. chamados de ultraoligoelementos, destacando o cromo, boro, estômago o metal livre pode interagir com outros componentes da dieta como fibras indigestíveis e outros minerais. Assim, o metal torna-se indisponível metabolicamente sendo excretado. O micromineral orgânico de boa qualidade apresenta ligações fortes e estáveis entre o metal e o ligante, chegando intacto ao intestino, sem ser dissociado. Em contato com seu transportador na mucosa é absorvido para então ser metabolizado. O ligante também é absorvido e pode ser utilizado pelo metabolismo animal como exemplo o HMTB que pode ser convertido em L-metionina. Interações Mesmo que as deficiências, excessos e funções dos minerais tenham sido explanados separadamente, para uma correta suplementação deve-se considerar as vanádio, molibdênio, níquel e silício. Não se determinaram os níveis Cromo e Diabetes Mellitus interações do mineral com os outros componentes da dieta, visando garantir um de exigências destes minerais para cães e gatos, porém baseando-se O mineral cromo tem sido reconhecido como um nutriente correto aporte de minerais para o organismo animal. Essas interações podem ser em estudos com outras espécies é provável que suas essencialidades essencial para o metabolismo da glicose em mamíferos. O cromo sinérgicas ou antagônicas e afetam diretamente na biodisponibilidade do mineral nutricionais sejam descritas em pesquisas futuras. Alguns estudos trivalente atua como um componente estrutural e biologicamente Interações entre minerais ocorrem principalmente durante a absorção na avaliando a suplementação de cromo, em certas circunstâncias ativo do fator de tolerância à glicose (GTF). Este fator potencializa mucosa intestinal. Os minerais com valências semelhantes competem pelo mesmo Caderno Técnico 1 56 57 transportador (Fe, Mn, Zn e Cu). Baixos níveis de manganês e estruvita se associam com um pH urinário alcalino e os urólitos de se baseiam em trabalhos realizados com outras espécies que são to sugars by salts. Journal of General Physiology. v.95, p. 1007-1018, 1990. cobalto, associados a elevados níveis de cálcio, fósforo prejudicam oxalato de cálcio, em pH urinário ácido. Este pode ser calculado a utilizadas pela indústria pet food. Dados específicos para cães e PUTAROV, T. Avaliação de fontes de selênio e seus efeitos no perfil metabólico a absorção de iodo. Competição pelo transportador no sangue, a partir da determinação da composição de macroelementos contidos gatos poderiam aumentar a eficiência de utilização dos minerais e condição reprodutiva de cães. Dissertação. Universidade Estadual Paulista, exemplo do cobre e ferro no qual um excesso de cobre pode diminuir na dieta em miliequivalentes. Os minerais empregados no cálculo para estes animais além de fornecer uma base de dados mais a assimilação de ferro porém, em contrapartida o cobre possui são os cátions Ca, Mg, Na e K e ânions P, S e Cl. Normalmente consistente para o formulador. um papel importante na absorção e mobilização do ferro. Outro rações para cães e gatos apresentam uma concentração excessiva de exemplo de interação entre minerais é a substituição de um cofator bases, que levam a uma alcalinização da urina. Estudos de Jeremias ReferênciasA enzimático por um metal inativo. A troca do zinco pelo chumbo em (2009) demonstram que a manipulação do equilíbrio mineral da PPLETON, D.J.; RAND, J.S.; SUNVOLD, G.D et al. Dietary chromium SCOTT, D.N.; MILLER, W.H.; GRIFFIN, C.E. Doenças cutâneas enzimas ligadas a síntese de hemoglobina podem causar anemia nos dieta com base no calculo de seu excesso de base é um meio efetivo tripicolinate supplementation reduces glucose concentrations and improves glucose nutricionais. In: SCOTT, D.N; MULLER & KIRK, Dermatologia de pequenos animais. O mesmo ocorre entre o zinco e o cobalto no sítio ativo de se ajustar o alimento visando modulação metabólica e do pH tolerance in normal-weight cats. Journal of Feline Medicine & Surgery. v. 4, p.13- animais. Rio de Janeiro: Interlivros edições, 5ed, 1996, p. 832-842 da enzima carboxipeptidase. Sua atividade é reduzida na presença urinário de gatos. 25, 2002 CASE, L. P.; CAREY, E. P.; HIRAKAWA, D.A. Nutrição canina e SUTTLE, N. F. Mineral nutrition of livestock. London: BRITISH do cobalto como metal ligante prejudicando consequentemente a felina: manual para profissionais. Madrid: Harcourt Brece, 1998. 424p. LIBRARY. 4 ed. 2010. 579p digestibilidade da proteína alimentar. (>45 kg) devem apresentar teores reduzidos de cálcio e fósforo para COLMBINI, S. DUNSTAN, R. Zinc-responsive dermatosis in northern-breed dogs: TRYFONIDOU, M.A.; HOLL, M.S.; VASTENBURG, M. Hormonal O ácido fítico, também conhecido como fitato é um composto se controlar a ingestão destes minerais. O excesso de cálcio leva a 17 cases (1990-1996). Journal of Animal Veterinary Assn. V. 211, p. 451-453, 1997 regulation of calcium homeostasis in two breeds dogs during growth at different FEDIAF. European Pet Food Industry Federation. Nutritional guidelines for utilizado pelos vegetais para o armazenamento de fósforo, mineralização precoce, causando má formação óssea e problemas rates. Journal of animal Science. v. 81, p. 1568-1580, 2003. complete and complementary pet food for cats and dogs. Bélgica, 2011. 75p. locomotores irreversíveis. Ao contrário do que se recomendava ZENTEK, J.; MEYER, H.; Investigations on Cooper deficiency in growing é encontrado em vários ingredientes utilizados em pet food FÉLIX, A.P.; OLIVEIRA, S.G.; MAIORKA, A. Fatores que interferem no consumo dogs. Journal of Nutrition v. 121(suppl), p. 83S-84S, 1991. principalmente os cereais que contêm o cotilédone juntamente com a anos atrás, estudos recentes indicam que a suplementação de cálcio de alimentos em cães e gatos. In: Sérgio L. Vieira. (Org.). Consumo e preferência casca, local onde se encontra grande concentração de fitato no grão. não é necessária para estes animais (Tryfonidou et al., 2003) alimentar dos animais domésticos. 1 ed. Londrina: Phytobiotics, 2010, v.1, p. 162-199. O fitato se complexa com o ferro, zinco, cobre, cálcio e manganês, Rações destinadas à cães filhotes de raças grandes e gigantes No mercado encontram-se rações destinadas a raças específicas. tornando estes minerais indisponíveis para o organismo. Neste caso é interessante considerar as particularidades de cada uma Fibras insolúveis presente na dieta afetam a biodisponibilidade no metabolismo dos minerais. A exemplo da deficiência de absorção dos minerais pois podem formar complexos insolúveis impedindo de Zn por Huskies e o acumulo excessivo de Cu por Pinchers e sua absorção. Elevados níveis de gordura e cálcio podem promover Cockers spaniel, o formulador poderá procurar estratégias para a formação de sabões de cálcio insolúveis no organismo animal. amenizar o problema. Também encontram-se no mercado rações Um exemplo de sinergismo é a interação dos minerais com as destinadas a animais em reprodução. Putarov (2010) avaliando vitaminas. Na presença de ácido ascórbico ocorre um incremento da fontes de selênio observou que o Se orgânico (0,33ppm/kg) absorção de ferro. Para a absorção, assimilação e metabolismo do melhorou a qualidade espermática do sêmen para cães beagles. cálcio no organismo é necessário a presença da vitamina D. Ressalta-se que muitas vezes o equilíbrio homeostático lança em níveis terapêuticos para proporcionar melhoria da resposta mão destes efeitos para a manutenção do funcionamento normal do imune e também como antioxidante, como é o caso do Se, Zn, Mn organismo, principalmente em situações de estresse, enfermidades e Cu, mas os estudos ainda são insuficientes para se definir as ou dietas mal balanceadas. exigências destes minerais para tais funções. Alguns minerais são suplementados na dieta para cães e gatos Normalmente os microminerais são suplementados como Aspectos Práticos premix minerais ou premix minerais e vitamínicos previamente Na prática é comum por parte dos formuladores adicionar formulados. Sabe-se que são formulados diferentes produtos de NaCl nas rações para gatos e, principalmente para cães, como acordo com o segmento de mercado a que se destinam (econômica, palatabilizante. No entanto, Kumazawa & Kurihara (1990) premium, super premium). Porém independente do tipo de estudando a preferência alimentar de cães, não identificaram segmento o, premix de boa qualidade, deverá fornecer a quantidade unidades sensíveis ao cloreto de sódio no nervo facial desses animais. mínima de minerais biodisponíveis necessários para atender as Os mesmos resultados foram encontrados por Bradshaw (1991), necessidades do animal. As recomendações de uso dos fabricantes citados por Felix (2010). Este autor salienta que possivelmente os sempre deverão ser seguidas, respeitando a quantidade de produto ancestrais desses animais encontravam quantidades suficientes a ser incluído proporcionalmente à ração. Deve-se sempre lembrar de sal na carne de caça, e assim evoluíram sem a necessidade de que alimentos para animais obesos, os quais serão submetidos à identificar alimentos na natureza para suprir suas necessidades de restrição alimentar, deverão apresentar maiores concentrações de sódio, como onívoros e herbívoros. Deste modo a inclusão de NaCl minerais. Considerações finais como palatabilizante é controversa e carece de mais estudos. A composição mineral da dieta influencia as características da Para um balanceamento adequado da dieta, estudos sobre as urina de gatos, estando envolvida no desenvolvimento e prevenção exigências de minerais para cães e gatos ainda são necessários, de urolitíases. O excesso de bases (EB) do alimento possui alta principalmente considerando-se as diversas fases fisiológicas e correlação com o pH urinário (Jeremias, 2009). Os urólitos de suplementação clínica. Diversos dados encontrados na literatura GROSS, K, L.; WEDEKIND, K.J.; COWELL, C. S.; et al. Nutrients. In: Small Animal Nutrition 5 ed. Topeka Kansas: Mark Morris Institute, p. 23 – 124, 2010. JEREMIAS, J. T. Relação entre excess de bases do alimento e o pH urinário de Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Zootecnia, Botucatu-SP, 2010. 87p. SCHACHTER, S.; NELSON, R.W.; KIRK, C.A. et al. Oral chromium picolinato and control of glycemia in insulin-treated diabetic dogs. Journal of Veterinary Internal Medicine. v.15, p.379-384, 2001 Bruna Ponciano Neto é Zootecnista e doutoranda do Programa de pós-graduação em Zootecnia pela Universidade Estadual de Maringá (PPZ-UEM) gatos. Dissertação. Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Departamento de Medicina Veterinária, Jaboticabal-SP, 2009. 83p. KUMAZAWA, T.; KURIHARA, K. Large enhancement of canine taste responses Continuação na próxima edição Caderno Técnico 2 58 59 resíduos de incubatórios e de outras matérias estranhas à sua composição, como cascas de ovos. Deve conter, no máximo, 8% de umidade, 15% de matéria mineral e 5% de cálcio e apresentar, no mínimo, 55% de proteína, 10% de extrato etéreo e 1,50% de fósforo. Em relação às suas características qualitativas, pode apresentar até 3 mg NaOH/g de acidez, 10 mEq/kg de índice de peróxido e deve ser ausente em Salmonella spp. (Compêndio Brasileiro de Alimentação Animal, 2009). Para cães e gatos, de forma geral, ingredientes proteicos de origem animal apresentam melhor balanço de aminoácidos essenciais quando comparados às matérias-primas de origem vegetal (Neirinck et al., 1991; Clapper et al., 2001). Contudo, variações nas proporções empregadas de diferentes tecidos animais e na qualidade destes, bem como no processamento adotado na indústria de farinhas, tornam bastante distintas as características qualitativas e de composição química, o que implica em diferenças importantes no valor nutricional dos subprodutos de origem animal fabricados por diferentes indústrias processadoras e mesmo entre partidas de uma mesma empresa. Destaca-se que subprodutos de origem animal são ingredientes chaves na indústria de alimentos para cães e gatos há décadas. Entretanto, observou-se que na Europa e América do Norte, a relação entre o setor petfood e tais ingredientes estreitou-se nos últimos anos em virtude de alterações nas demandas de mercado, particularmente, aquelas relacionadas à qualidade dos produtos. A indústria de alimentos para animais de companhia mostrou-se disposta a pagar valores diferenciados por matérias-primas com determinados padrões de qualidade. Logo, fabricantes de subprodutos de origem animal que pretendiam atender ao setor petfood responderam por meio de alterações em determinados procedimentos e critérios, o que favoreceu a segmentação do mercado e resultou na oferta de ingredientes com ampla diversidade quantitativa e qualitativa (Woodgate, 2007). Farinha de vísceras de aves na alimentação de cães Iris Mayumi Kawauchi2,3, Nilva Kazue Sakomura2, Aulus Cavalieri Carciofi2, Cristiana Fonseca Ferreira Pontieri3 A No Brasil, tal tendência também foi verificada, embora, determinados atributos ainda não estejam bem estabelecidos. Observa-se, portanto, que a FVA é uma fonte de proteína de grande expressividade em dietas para cães, porém, informações acerca do valor nutricional do ingrediente ainda são escassas. Além da dificuldade relacionada à diversidade na natureza dos materiais que compõem o ingrediente e no processamento a que o mesmo é submetido, soma-se a isto o fato de que diferente do que ocorre na nutrição de animais de produção, para cães e gatos os grupos de pesquisa, sobretudo, os internacionais, concentram seus esforços em determinar o aproveitamento de dietas contendo a matéria-prima de interesse e não se preocupam em avaliar o ingrediente em si. pós grande expansão inicial em volume produzido, com nutricionais das rações. Neste cenário, a demanda por matérias- crescimento de mais de 8% em produção ao ano, o mercado petfood primas de qualidade tem crescido e apesar dos esforços na busca quantidade e qualidade das fontes proteicas utilizadas em suas dietas. Características encontra-se hoje mais amadurecido e com maior competitividade por novos ingredientes, a farinha de vísceras de aves (FVA) nutricionais como teor de proteína, sua digestibilidade e composição ou perfil em entre as empresas. Nos últimos anos, em função da dificuldade de continua a ser a fonte de proteína primordial na formulação de aminoácidos essenciais biodisponíveis são determinantes na eficiência de utilização expansão em volume de vendas, as empresas têm sido obrigadas rações para cães e gatos. da proteína do alimento (Case et al., 2000). a direcionar seus esforços de crescimento em faturamento por meio da criação e diferenciação de novos produtos, que tenham resultante da cocção, prensagem e moagem de vísceras de vista de atendimento das necessidades nutricionais de cães, como de cumprimento maior valor agregado. Além disso, a implantação de Boas Práticas aves, sendo permitida inclusão de cabeças e pés. Não deve da legislação vigente para produção e comercialização de alimentos completos de Fabricação e a especialização e competitividade do mercado conter, porém, penas, exceto aquelas que podem ocorrer não e balanceados. Logo, verifica-se que muitas são as causas de variação, a iniciar têm proporcionado resultados positivos sobre as características intencionalmente, e, tampouco, é permitida utilização de Conceitualmente, a FVA é definida como sendo o produto Além disso, é importante considerar que cães e gatos são exigentes em relação à Este conjunto de fatores dificulta a formulação de dietas, tanto do ponto de Caderno Técnico 2 60 61 pela natureza e proporções distintas dos constituintes que por Salmonella spp. por parte de algumas amostras, boa darão origem à FVA. Por outro lado, é de suma importância o digestibilidade dos nutrientes e adequada densidade energética conhecimento da composição química e do valor nutricional dos para utilização em alimentos industrializados para cães. ingredientes a partir dos quais serão formulados os alimentos Destaca-se que as informações obtidas no referido estudo completos e balanceados. Este desencontro entre características auxiliarão e otimizarão o processo de formulação de dietas, e intrínsecas do ingrediente e carência de informações acerca quiçá, em um futuro breve integrarão, juntamente com outros do mesmo motivou o grupo de pesquisa em nutrição de cães e estudos de ingredientes já desenvolvidos pelo mesmo grupo gatos da UNESP de Jaboticabal a realizar um estudo no qual de pesquisa, uma tabela de composição e valor nutricional dos foram avaliadas FVA de diversas procedências no intuito de alimentos, à semelhança do que ocorre na nutrição de animais determinar suas características qualitativas, sua composição de produção. química e seu valor nutricional médios. Agradecimentos Para tanto, procedeu-se à amostragem de diversas FVA comercializadas por empresas processadoras de subprodutos de À FAPESP pelo financiamento da pesquisa, ao CNPq origem animal localizadas no Estado de São Paulo e que atendem e à Capes pela concessão de bolsa de estudos, à Grandfood à indústria petfood. Foi determinada a composição química Indústria e Comércio Ltda (Premier Pet) pela colaboração nas de 15 amostras e verificou-se que a FVA comercializada no análises laboratoriais e à Mogiana Alimentos S/A (Guabi) pela Estado de São Paulo caracterizou-se por apresentar, em média, manutenção do Laboratório de Pesquisa em Nutrição de Cães e 952±13,5 g/kg de matéria seca, 797±26,3 g/kg de matéria Gatos. orgânica, 637±35,7 g/kg de proteína bruta, 36,46±8,21 g/kg R eferências de cálcio, 23,65±4,25 g/kg de fósforo, 123±27,7 g de colágeno por kg de proteína, 143,2±13,8 g/kg de extrato etéreo hidrólise ASSOCIATION OF AMERICAN FEED CONTROL ácida e 4946±208 kcal/kg de energia bruta. Em relação às OFFICIALS (AAFCO). Official Publication 2009. Association of características qualitativas a FVA apresentou, em média, American Feed Control Officials, Oxford, 2009. 1,54±1,30 mg NaOH/g de acidez, 0,355±0,091 de atividade CASE, L.P.; CAREY, D.P.; HIRAKAWA, D.A. Carbohydrates. In: de água, as amostras foram negativas para peróxido, porém, CASE, L.P.; CAREY, D.P.; HIRAKAWA, D.A. Canine and feline constatou-se, em média, 3,47±1,45 mg/kg de TBA, 30,75±11,02 nutrition: a resource for companion animal professionals. St. Louis: mg/100 g de aminas totais e presença de Salmonella spp. em Mosby-Year Book, 2000. p. 17-94. 20% das FVA avaliadas. CLAPPER, G.M.; GRIESHOP, C.M.; MERCHEN, N.R.; O valor nutricional médio de oito amostras de FVA foi RUSSET, J.C.; BRENT-JR., J.L.; FAHEY-JR., G.C. Ileal and determinado em ensaio de digestibilidade com cães pelo total tract nutrient digestibilities and fecal characteristics of dogs as método da substituição. Para tanto, formulou-se uma dieta affected by soybean protein inclusion in dry, extruded diets. Journal basal e oito dietas teste foram obtidas pela mistura de 70% of Animal Science, v.79, p.1523-1532, 2001. da dieta basal e 30% de cada uma das oito FVA avaliadas. COMPÊNDIO BRASILEIRO DE ALIMENTAÇÃO ANIMAL, Dezoito cães adultos da raça beagle foram distribuídos em São Paulo: Sindirações, 3.ed. 2009. delineamento em blocos casualizados, com três blocos, nove NEIRINCK, K.; ISTASSE, L.; GABRIEL, A.; EENEEME, C.V.; dietas e duas repetições por dieta. O ensaio de digestibilidade BIENFAIT, J.M. Amino acid composition and digestibility of four foi realizado de acordo com o procedimento de coleta total de protein sources for dogs. Journal of Nutrition, v.121, p.S64-S65, fezes e urina seguindo as recomendações da AAFCO (2009). Os 1991. coeficientes médios de digestibilidade aparente da FVA foram: WOODGATE, S.L. Animal by-product use in foods for companion 0,758±0,0507 para matéria seca, 0,848±0,0270 para matéria animals: the European rendering industry – a critical review. 2007. orgânica, 0,846±0,0263 para proteína, 0,750±0,0863 para Disponível em: http://en.engormix.com/MA-pets/articles/animal- extrato etéreo hidrólise ácida e 0,845±0,0248 para energia byproduct-use-foods_427.htm. Acesso em 09 de junho de 2012. bruta. A energia digestível e metabolizável média da FVA foi 1 de, respectivamente, 4344±335 e 4111±309 kcal/kg. Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias – UNESP, Campus de Jaboticabal, [email protected] Verificou-se, portanto, que a FVA apresenta, de forma geral, características qualitativas adequadas, exceto pela contaminação 2 Parte da tese de doutorado do primeiro autor desenvolvida na Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias – UNESP, Campus de Jaboticabal 3 Grandfood Indústria e Comércio Ltda 62 Caderno Técnico 3 63 coletado, 48 (75%) amostras eram destinadas a cães e 16 (25%) destinados a gatos, sendo 20% das amostras destinadas a f ilhotes, 69% para animais adultos e 11% para seniores. Os rótulos foram avaliados quanto ao atendimento à legislação brasileira, conforme descrito na Tabela 1. Os itens avaliados foram baseados na: impressão, localização e disposição das informações obrigatórias, classif icação do produto, descrição da composição básica, símbolos de inspeção federal e transgênicos, níveis de garantia, indicações de uso, especif icação de validade e lote indicando claramente o dia/mês/ano, cuidados e restrições, apelos comerciais, dizeres equivocados e outros aspectos previstos nas normas citadas. As Figuras 1 e 2 apresentam (a) os itens que serão avaliados na embalagem de alimentos para cães e gatos e (b) o f luxograma do estudo da avaliação de rotulagem de alimentos completos para cães e gatos comercializados no Brasil quanto à legislação brasileira, respectivamente. Tabela 1. Legislações Figura 1. Identificação de alguns itens do layout de rotulagem a serem avaliados nas embalagens do de alimentos para cães e gatos quanto à adequação com as normas oficiais (a) frente; (b) verso. brasileiras que regulamentam as informações e aspectos de rotulagem de alimentos para animais de companhia Tipo Instrução Avaliação de rotulagem de alimentos completos destinados a cães e gatos comercializados no brasil Koerich de Souza1, K., Tonon. K.M.2, Scussel. V.M.3 1. INTRODUÇÃO companhia (BRASIL, 2003, 2009). Considerando a diversidade Nas últimas décadas tem se observado um aumento de tipos, composição e informações atrativas presentes nas considerável na comercialização de alimentos completos (rações) embalagens de alimentos completos existentes no mercado, para animais de companhia. Os produtos desenvolvidos para o foi realizado um estudo para comparar as informações mercado de animais de companhia se tornou um investimento contidas na rotulagem de alimentos completos destinados a muito promissor, devido principalmente à grande população cães e gatos comercializados em diferentes regiões do Brasil e de cães e gatos. Estima-se que no Brasil há 37,1 e 21,4 milhões informações obrigatórias exigidas pela legislação brasileira. de cães e gatos, respectivamente (ABINPET, 2012). No Brasil, 2. MATERIAL E MÉTODOS o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) é responsável pela regulamentação da inspeção e Foram avaliadas 64 embalagens de alimentos completos f iscalização dos produtos destinados à alimentação animal, para cães e gatos de diferentes marcas comercializadas no padronizando as informações de rotulagem e obrigações das Brasil, sendo 41 unidades coletadas no Sul, 19 unidades empresas fabricantes de alimentos destinados aos animais de coletadas no Norte e 4 unidades no Sudeste. Do total Legislação N° Data Área de aplicação 26/05/2009 Alimentação animal Procedimentos para registro de estabelecimentos e dos produtos 30 05/08/2009 Animais de Critérios e procedimentos para o registro de produtos, para a companhia rotulagem e a propaganda e isenção de registro de produtos Normativa Instrução Atendimento 15 destinados à alimentação animal Normativa destinados à alimentação de animais de companhia Decreto 4.680 24/04/2003 Alimentação humana Informação quanto aos alimentos e ingredientes alimentares e animal destinados ao consumo humano ou animal que contenham, ou seja, produzidos a partir de organismos geneticamente modificados Portaria 2.658 22/12/2003 Alimentação humana Regulamenta o emprego do símbolo transgênico e animal Fonte: autor Caderno Técnico 3 64 65 regulamentação, enquanto que 14 (21,8%) dos rótulos indicavam disponibilizadas em diferentes locais da embalagem, com difícil agricultura.gov.br. Acesso em: 10 jul. 2011. adição de nutrientes em destaque na composição básica, mas visualização, além de priorizar figuras e apelos comerciais, e 24 BRASIL. MJ. Portaria nº 2.658, de 22 de dezembro de 2003. não informaram o nível de inclusão. Todos os aditivos devem rótulos (37,5%) não facilitavam a visualização das informações D.O.U., Brasília, 26 de dezembro de 2003b. Disponível em: http:// ser declarados na composição básica do produto no final da obrigatórias (letras pequenas, localizadas em dobras e costuras sistemasweb.agricultura.gov.br. Acesso em: 10 jul. 2011. lista de ingredientes, mas em 4 (6,25%) dos rótulos foram da embalagem). BRASIL. MAPA. Instrução Normativa nº 15, de 26 de maio de 2009. D.O.U., Brasília, 28 de maio de 2009. Disponível em: http:// incorretamente descrita no campo de enriquecimento. 4. CONCLUSÃO Níveis de garantia: 9 (14%) não relataram níveis mínimos de garantia no campo enriquecimento, mesmo com a adição de As não-conformidades nos rótulos dos alimentos secos vitaminas e microminerais e 19 (15,6%) dos rótulos indicavam completos para cães e gatos demonstram deficiência das adição, mas sem quantificação dos valores mínimos de inclusão. empresas fabricantes quanto à adequação da rotulagem às Em 9,4% dos rótulos não indicavam as vitaminas A, D e E em legislações vigentes e falta de rigor dos órgãos fiscalizadores. IU/Kg e vitamina B12 em µg/Kg. É necessário que os fabricantes de alimentos para animais de Informações do fabricante: 13 (20%) rótulos não estavam companhia aderem aos novos regulamentos, a fim de evitar em conformidade com os critérios para registro e identif icação desinformação e / ou ambiguidade de entendimento por parte de unidades fabris com letras em estabelecimento de dos consumidores (proprietários). identif icação escrito após a data de fabricação para identif icar 5. REFERÊNCIAS completos secos para cães e gatos comercializados no Brasil e a localização da fábrica onde o produto foi fabricado e 8 (12,5%) ABINPET (Associação Brasileira das Indústrias de Produtos para comparação com legislação brasileira. não tinha incluído a frase: "estabelecimento de fabricação é Animais de Estimação). São Paulo, SP, 2012. identif icado pela letra correspondente junto com a data de 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO fabricação". Das 64 embalagens avaliadas, 100% da rotulagem Modelo do carimbo oficial da inspeção e fiscalização: apresentaram não conformidades para pelo menos um dos itens 19 rótulos (15,6%) estavam incorretos com o exigido pela avaliados (Tabela 2 e Figura 3), como seguem: legislação (IN n°30). Expressões obrigatórias: 8 (12.5%) dos rótulos não Classif icação do alimento: 8 (12,5%) rótulos indicaram continham a expressão "Indústria Brasileira". incorretamente o tipo de alimento, classificando como alimento específico em vez de alimento completo para cães. Para efeitos transgênico nos alimentos destinados ao consumo animal da IN n° 30, alimento específico é um produto composto que sejam produzidos a partir de organismos geneticamente por ingredientes ou matérias-primas ou aditivos destinado modificados, como também a obrigação de informar ao exclusivamente à alimentação de animais de companhia consumidor sobre a espécie doadora do gene no local reservado com finalidade de agrado, prêmio ou recompensa e que não para a identificação dos ingredientes (BRASIL, 2003a). Cabe se caracteriza como alimento completo, podendo possuir avaliar se todos os produtos que não possuem esses símbolos na propriedades específicas. rotulagem realmente não utilizam produtos transgênicos em sua composição, o que somente poderá ser obtido através de Garantias de uso: clara indicação de uso, espécie, estágio Símbolo transgênico: 10 (15.6%) não continham o símbolo de vida e instruções de uso do produto. Apenas uma amostra análises. não indicava o estágio de vida no qual o alimento foi destinado. Mal entendido ou confusão: em relação às exibições de expressões que possam induzir o consumidor a equívoco, Prazo de consumo e condições de conservação: 100% das rotulagens indicaram condições de conservação. erro, confusão, falso entendimento ou engano, 30 (46.8%) das Data de fabricação e validade: 11 (17%) amostras não embalagens continham ilustrações (desenhos) que induziam indicavam a data de validade em algarismos arábicos e uma o uso do produto com falsas garantias de segurança na saúde amostra indicou duas formas de validade. Sobre a identificação do animal e 10 (15,6%) continham frases dúbias induzindo o do lote de identificação do produto, 12 (18,7%) amostras não consumidor ao falso entendimento. indicaram essa informação. Composição e níveis de garantia: 2 (3%) rótulos não padronização na distribuição das informações obrigatórias, não apresentaram os níveis de garantia expressos em mg/Kg seguindo o agrupamento das informações conforme previsto ou g/Kg, apenas em percentagem (%), em desacordo com a na legislação. As informações de 8 rótulos (12,5%) estavam Distribuição e visualização das informações: falta de BRASIL. MAPA. Instrução Normativa nº 30, de 05 de agosto de 2009. D.O.U., Brasília, 07 de agosto de 2009. Disponível em: http://sistemasweb.agricultura.gov.br. Acesso em: 10 jul. 2011. DE SOUZA, K.K.; TONON, K.M.; SCUSSEL, V.M. Labels layout of cats and dogs food sold in Brazil and their national regulation adequacy. Ciência Rural. In Laboratorio de Micotoxicologia e Contaminantes Alimentares – www. labmico.ufsc.br, Departamento de Ciências e Tecnologia de alimentos, fabricação com plantas diferentes, 7 (11%) não tinham letra de Figura 2. Fluxograma de avaliação da rotulagem de alimentos sistemasweb.agricultura.gov.br. Acesso em: 10 jul. 2011. BRASIL. Decreto nº 4.680, de 24 de abril de 2003. D.O.U., Brasília, 28 de abril de 2003a. Disponível em: http://sistemasweb. Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal de Santa Catarina, Rod. Admar Gonzaga, 1346, Itacorubi – Florianópolis, SC, Brasil. 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