6a CONSEGURO

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6a CONSEGURO
6a CONSEGURO
Conferência Brasileira de Seguros
Gerais, Previdência Privada e Vida,
Saúde Suplementar e Capitalização
O que o
futuro nos
reserva?
Quem será o consumidor de
seguros
em 2025? Quanto tempo ele viverá? Como
protegerá seus bens materiais das catástrofes naturais
cada vez mais frequentes?
Para tentar responder a essas perguntas,
a consultoria Princewaterhouse Coopers
(PwC) elaborou a pesquisa “0 que o futuro
nos reserva”, apresentado pelo líder global
de seguros da PwC Advisory, Jamie Yoder, em sua palestra.
A última década testemunhou
mudanças sociais, tecnológicas, ambientais, econômicas e políticas profundas. Essas mudanças afetaram globalmente todos os setores da atividade
Realização
Conferência Brasileira de Seguros
Gerais, Previdência Privada e Vida,
Saúde Suplementar e Capitalização
Centro de Convenções Brasil 21
Brasília - 22 e 23 de outubro de 2013
6 CONSEGURO
a
Brasília, 22 de outubro de 2013
Jamie Yoder apresenta sua palestra, observado por Paulo Marraccini, Osvaldo do Nascimento, Marco
Barros, Marco Antonio Rossi e Marcio Coriolano. O debate foi mediado pela jornalista Mara Luquet
seguradora. Em 2014, a quantidade de
usuários de Internet móvel, estimada
em 1,6 bilhão de pessoas, superará a de
usuários de computadores de mesa.
“Embora seja impossível prever o momento exato de tais mudanças na próxima
década e como elas afetarão os diversos se-
tores da atividade seguradora, vemos cinco megatendências básicas nos fatores sociais, tecnológicos, econômicos e políticos
que influenciarão os quatro setores-chave
da área de seguros: seguros gerais, previdência e vida, saúde e capitalização”, diz
Jamie Yoder. (veja box na pág. 3)
A avaliação dos presidentes da CNseg e das quatro Federações:
Marco Antonio Rossi
(CNseg)
Márcio Coriolano
(FenaSaúde)
Marco Barros
(FenaCap)
Osvaldo do Nascimento
(FenaPrevi)
Paulo Marraccini
(FenSeg)
“Vou dormir mais preocupado diante de tantos desafios apresentados pela PwC.
A tecnologia mudou demais
as nossas vidas. O grande
desafio está em como usar
o banco de dados com as
informações que as companhias têm dos clientes, para
ofertar o produto certo, no
canal certo e no momento
certo. Sabemos que temos
inúmeras
oportunidades
somente com a interação
dos produtos.”
“A impressão que fica é
como se estivéssemos
diante de um filme de
ação. Todas as mudanças
afetam a área de saúde. O
consumidor do futuro é
mais exigente. O empoderamento do consumidor
de saúde faz com que ele
discuta os tratamentos
recomendados com todos
os fornecedores da cadeia.
Isso fará com que ele tenha
o domínio sobre as decisões da sua saúde.”
“Ao pensar em 2025 temos
a convicção de que as seguradoras precisam estar
conectadas com todas as
megatendências apresentadas para se atualizem
dia a dia. Principalmente
conectadas com o consumidor. Precisamos aprender com as queixas do consumidor e ter uma resposta
ágil, atitudes que ajudam a
construir uma relação de
confiança no longo prazo.”
“Em 2013, observamos que o
consumidor está dominando
o relacionamento com as empresas, que antes, determinavam o produto mais adequado. Agora, o consumidor é
quem determina. Essa democratização e globalização dos
hábitos de consumo estimularão a internacionalização
das empresas. Temos de investir nesta nova abordagem
dos produtos. De que forma
o big data pode ajudar a criar
novos produtos?”
“Minha maior preocupação com as cinco megatendências é: como podemos
formar os nossos técnicos
e executivos para interpretar todas essas mudanças
nos cálculos? Temos de
pensar nos investimentos
que
disponibilizaremos
para a formação das pessoas que avaliam números
e tendências comportamentais.”
Publicação da Superintendência de Comunicação da CNseg
Produção: Via Texto
Projeto gráfico: Maraca Design
O potencial de negócios
do mercado segurador
A importância do mercado segurador para o
crescimento sustentável do Brasil e seu grande
potencial de negócios foram opiniões unânimes
entre os participantes da solenidade de abertura da 6ª Conseguro, promovida pela CNseg. O
evento discute as oportunidades e desafios para
o mercado em 2025.
Marco Antonio Rossi, presidente da CNseg,
disse que a escolha do tema se deve à agilidade
das mudanças que o mundo atravessa. “Vivemos
um período de grande transformação na última
década e os debates pretendem transformar os
desafios em novas oportunidades para os próximos 12 anos. Afinal, só depende de nós.”
Para o diretor de Desenvolvimento do Ministério das Cidades, Carlos Antonio Fernandes, o setor tem muito a contribuir para o desenvolvimento
das cidades, por meio do seguro garantia. “É um
instrumento que estimula investimentos nos projetos que modernizarão as cidades para que elas
acompanhem o avanço do Brasil”. Bruno Sobral, representante da Agência
Nacional de Saúde, disse que o futuro precisa
ser discutido constantemente, pois a população brasileira envelhece mais a cada dia. “É
preciso criar produtos financeiros que ajudem
os idosos a chegarem em 2025 com proteção e
promoção da saúde”.
O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Diogo Oliveira, disse que o governo tem
buscado contribuir com o setor, com normas estáveis e segurança jurídica. “São mudanças relevantes que ajudarão o setor a ultrapassar suas
projeções para 2025.”
Representando o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, o senador Francisco Dornelles defendeu o seguro garantia como único caminho para agilizar as obras públicas e afirmou:
“O seguros é o setor que tem o maior potencial de
crescimento na economia brasileira”.
Também participaram da solenidade de abertura o superintendente Luciano Portal, da Susep, o
deputado Armando Vergilio, presidente da Fenacor,
e os presidentes das Federações da CNseg: Márcio
Coriolano (FenaSaúde), Marco Barros (FenaCap) e
Paulo Marraccini (FenSeg).
Marco Antonio Rossi,
presidente da CNseg
Reciclagem de
peças de
veículos deve
entrar em
vigor em 2014
Página 2
A experiência
do Reino Unido
em produtos
de vida e
de previdência
Página 3
O que o futuro
nos reserva? As
megatendências
do setor
de seguros
Págin3 e 4
6a CONSEGURO
Conferência Brasileira de Seguros
Gerais, Previdência Privada e Vida,
Saúde Suplementar e Capitalização
Brasil precisa
retornar à rota
de crescimento
Megatendências
para o mercado
mundial de
seguros
A primeira palestra do dia reuniu três diferentes pensamentos
para debater o tema “Brasil em 2015 – um pensamento estratégico”, que discutiu alternativas para que o país possa continuar
trilhando o caminho do crescimento.
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Luis Roberto
Barroso – após elencar disfunções históricas: patrimonialismo, oficialismo e autoritarismo –, afirmou que a cultura brasileira associa o sucesso empresarial exclusivamente a coisas
ruins, como fraudes e corrupção. “Está provado que a iniciativa privada é melhor geradora de riqueza que a empresa estatal,
que deveria focar suas ações na arrecadação justa e no amparo
social”, sugeriu.
Para Armínio Fraga, sócio-fundador da Gávea Investimentos
e ex-presidente do Banco Central (1999/2003), o Brasil terá muito
trabalho para se colocar novamente numa rota de crescimento e
de riqueza. “Estamos adotando alguns modelos errados, de políticas que não deram certo em outros governos”, avaliou.
Segundo ele, nos últimos anos, o Brasil cresceu focado no consumo, mas, a partir de 2006, a economia se tornou mais protecionista, com uma estratégia de integração voltada para o terceiro
mundo, com foco em políticas de subsídio.
O historiador e sociólogo Bolívar Lamonier se disse otimista
em relação à história da política brasileira, mas criticou a falta de
investimento em educação. “Com a disponibilização do crédito e o
aumento da renda, uma nova parcela da população passou a consumir mais, mas o nível educacional desta parcela da população
é aterrorizantemente baixo”, concluiu.
O futuro é agora!
Dois vídeos institucionais apresentados na
abertura deram o tom das
discussões do evento. Tudo
vai mudar, frisou a atriz
Fernanda Montenegro, no
primeiro vídeo. “O futuro
se faz com ações presentes,
e 2025 é agora”, afirmou. No
outro vídeo, a plateia conheceu as projeções sobre
as oportunidades de negócios para a indústria brasileira de seguros em 2025.
➜ O mercado pode representar 7% do PIB brasileiro, com um volume de
R$ 11,1 trilhões. No ano
passado, representava 6%.
➜ O crescimento médio
anual no período será de
1,8% acima do PIB.
➜ A arrecadação pode chegar à R$ 768 bilhões, um
crescimento anual médio de
Reciclagem
de peças de
automóveis
A atriz Fernanda Montenegro: “tudo vai mudar”
17% no período. Em 2012,
foram R$ 253 bilhões.
➜ A arrecadação anual
do setor de saúde suplementar deverá alcançar
R$ 215,5 bilhões. No
ano passado foi de
R$ 95,9 bilhões.
➜ A saúde suplementar
deverá pagar R$ 185
bilhões de indenizações, contra R$ 80
bilhões do ano passado.
➜ Estima-se que haverá
16 milhões de residências seguradas. Hoje são
12 milhões.
Social: uma mudança de equilíbrio
que favorece os consumidores, fortalecidos pelo grande poder de comunicação
com a democratização da informação gerada pela explosão das mídias sociais.
Luis Roberto Barroso, Armínio Fraga e Bolívar Lamonier, no debate
mediado pela jornalista Mara Luquet
➜ O segmento de previdência e vida pagará
R$ 27 bilhões em indenizações. No ano passado,
foram R$ 12 bilhões.
➜ Os resgates em capitalização devem chegar
a R$ 36 bilhões, mais
do que o triplo observado de 2012, R$ 11
bilhões.
➜ O Brasil poderá ser a
5ª maior economia
do mundo, à frente de
Alemanha, Reino Unido
e França. Atualmente,
ocupa a 7ª posição.
A reutilização de peças automotivas
deve entrar em vigor em 2014, segundo
afirmou Paulo Marraccini, presidente
da FenSeg, mediador da palestra “Desmontagem de Veículos”. O setor se prepara para atuar com a reciclagem de
peças assim que a Lei dos Desmanches
(23/2011) for aprovada. “Queremos trazer
a experiência argentina para o Brasil”,
afirmou. O projeto que cria regras para o
desmanche de veículos foi aprovado na
Câmara, em junho.
Fabian Pons, do Cesvi Argentina, disse
que a experiência em seu país reduziu em
50% os roubos e furtos de veículos, além
de aumentar a base de carros segurados.
Hoje a Cesvi fatura US$ 5 milhões anuais com a reciclagem de peças. Francisco
Gaetani, do Ministério do Meio Ambiente,
disse que acredita na parceria com o setor
privado para ajudar a reduzir os impactos
ao meio ambiente.
Leopoldo Barreto (SulAmérica), Cláudio Sanches (Itaú Unibanco), Osvaldo do Nascimento (FenaPrevi),
Edson Luis Franco (Zurich) e Ricardo Aguida Geraldes (Bradesco) assistem à palestra de Simon Godsave.
A experiência do Reino
Unido em previdência
O forte impacto do envelhecimento
e do aumento da longevidade da população no Reino Unido, à semelhança do
Brasil, faz com que um número cada vez
menor de pessoas mais jovens arque
com os recursos destinados aos mais
velhos, parcela cada vez maior de indivíduos. Lá, porém, a entrada da mão de
obra de outros países da Comunidade
Europeia no mercado de trabalho vem
ajudando a minimizar o problema – o
que não ocorre por aqui.
As informações foram dadas na palestra “A experiência de suitibility” no
Reino Unido no processo de estruturação
e comercialização de produtos de vida e
previdência, por Simon Godsave, executivo sênior da Divisão de Compliance
da Zurich Insurance Group. “Quem pretende se aposentar hoje em dia precisa
poupar muito mais. Muitas pessoas não
guardam recursos suficientes para garantir o futuro. Acredito que isso se aplique também ao Brasil”.
Para ajudar a reduzir os desequilíbrios
em relação aos fundos de pensão, cabe aos
empregadores elaborar melhor os esquemas dos fundos de pensão para seus funcionários, de modo a evitar a dependência
do estado na aposentadoria.
E quando se fala de estado, o governo
Simon Godsave: é preciso evitar a dependência do
estado na aposentadoria
do Reino Unido também tem um papel
fundamental nessa questão. A começar
pelos gastos que chegam a até 1,6 bilhão de
libras anualmente no financiamento das
aposentadorias do funcionalismo público.
Na busca por minimizar o problema,
o governo inglês tem procurado reduzir
os encargos para estimular o aumento da
poupança, além de empreender diversas
outras iniciativas, como o fornecimento
de uma série de opções de investimentos
para os fundos de pensão, alguns mais
arriscados e outros menos, adaptando-se
melhor ao perfil de cada investidor.
Tecnológica: os avanços farão surgir
softwares e hardwares que transformam os
"grandes dados" em conhecimentos utilizáveis. Essa tendência afetará o segmento de
bens, de acidentes, de vida e previdência,
pois a informação consolidada dos hábitos
ajudará a inovar produtos e serviços com
base nas necessidades dos clientes.
Clima: a severidade e a frequência
de eventos catastróficos fariam surgir
modelos de risco e estruturas de compartilhamento de risco mais sofisticados
para solucionar esses eventos. Entre 1990
e 2009, furacões e tempestades tropicais
foram responsáveis por 45,2% das perdas
totais com catástrofes.
Econômico: o aumento do poder político e econômico dos mercados emergentes também deve provocar alterações
no mercado segurador mundial. O Brasil
integra essa lista, de acordo com o estudo
da PwC. Os países emergentes do BRIC
(Brasil, Rússia, Índia e China) no PIB
global vêm aumentando nos últimos 20
anos. Enquanto os prêmios de seguros
como um todo caíram 1,9% nos países desenvolvidos, aumentaram 7,1% nas economias em desenvolvimento.
Político: a harmonização e a padronização do mercado segurador, motivada por
um maior diálogo entre autoridades regulamentadoras americanas e europeias e de
mercados emergentes, podem criar uma
maior padronização de produtos e contratos de seguro. O aspecto negativo é que os
países emergentes poderão impedir a entrada de participantes de mercados desenvolvidos ou limitar suas atividades.
6a CONSEGURO
Conferência Brasileira de Seguros
Gerais, Previdência Privada e Vida,
Saúde Suplementar e Capitalização
Brasil precisa
retornar à rota
de crescimento
Megatendências
para o mercado
mundial de
seguros
A primeira palestra do dia reuniu três diferentes pensamentos
para debater o tema “Brasil em 2015 – um pensamento estratégico”, que discutiu alternativas para que o país possa continuar
trilhando o caminho do crescimento.
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Luis Roberto
Barroso – após elencar disfunções históricas: patrimonialismo, oficialismo e autoritarismo –, afirmou que a cultura brasileira associa o sucesso empresarial exclusivamente a coisas
ruins, como fraudes e corrupção. “Está provado que a iniciativa privada é melhor geradora de riqueza que a empresa estatal,
que deveria focar suas ações na arrecadação justa e no amparo
social”, sugeriu.
Para Armínio Fraga, sócio-fundador da Gávea Investimentos
e ex-presidente do Banco Central (1999/2003), o Brasil terá muito
trabalho para se colocar novamente numa rota de crescimento e
de riqueza. “Estamos adotando alguns modelos errados, de políticas que não deram certo em outros governos”, avaliou.
Segundo ele, nos últimos anos, o Brasil cresceu focado no consumo, mas, a partir de 2006, a economia se tornou mais protecionista, com uma estratégia de integração voltada para o terceiro
mundo, com foco em políticas de subsídio.
O historiador e sociólogo Bolívar Lamonier se disse otimista
em relação à história da política brasileira, mas criticou a falta de
investimento em educação. “Com a disponibilização do crédito e o
aumento da renda, uma nova parcela da população passou a consumir mais, mas o nível educacional desta parcela da população
é aterrorizantemente baixo”, concluiu.
O futuro é agora!
Dois vídeos institucionais apresentados na
abertura deram o tom das
discussões do evento. Tudo
vai mudar, frisou a atriz
Fernanda Montenegro, no
primeiro vídeo. “O futuro
se faz com ações presentes,
e 2025 é agora”, afirmou. No
outro vídeo, a plateia conheceu as projeções sobre
as oportunidades de negócios para a indústria brasileira de seguros em 2025.
➜ O mercado pode representar 7% do PIB brasileiro, com um volume de
R$ 11,1 trilhões. No ano
passado, representava 6%.
➜ O crescimento médio
anual no período será de
1,8% acima do PIB.
➜ A arrecadação pode chegar à R$ 768 bilhões, um
crescimento anual médio de
Reciclagem
de peças de
automóveis
A atriz Fernanda Montenegro: “tudo vai mudar”
17% no período. Em 2012,
foram R$ 253 bilhões.
➜ A arrecadação anual
do setor de saúde suplementar deverá alcançar
R$ 215,5 bilhões. No
ano passado foi de
R$ 95,9 bilhões.
➜ A saúde suplementar
deverá pagar R$ 185
bilhões de indenizações, contra R$ 80
bilhões do ano passado.
➜ Estima-se que haverá
16 milhões de residências seguradas. Hoje são
12 milhões.
Social: uma mudança de equilíbrio
que favorece os consumidores, fortalecidos pelo grande poder de comunicação
com a democratização da informação gerada pela explosão das mídias sociais.
Luis Roberto Barroso, Armínio Fraga e Bolívar Lamonier, no debate
mediado pela jornalista Mara Luquet
➜ O segmento de previdência e vida pagará
R$ 27 bilhões em indenizações. No ano passado,
foram R$ 12 bilhões.
➜ Os resgates em capitalização devem chegar
a R$ 36 bilhões, mais
do que o triplo observado de 2012, R$ 11
bilhões.
➜ O Brasil poderá ser a
5ª maior economia
do mundo, à frente de
Alemanha, Reino Unido
e França. Atualmente,
ocupa a 7ª posição.
A reutilização de peças automotivas
deve entrar em vigor em 2014, segundo
afirmou Paulo Marraccini, presidente
da FenSeg, mediador da palestra “Desmontagem de Veículos”. O setor se prepara para atuar com a reciclagem de
peças assim que a Lei dos Desmanches
(23/2011) for aprovada. “Queremos trazer
a experiência argentina para o Brasil”,
afirmou. O projeto que cria regras para o
desmanche de veículos foi aprovado na
Câmara, em junho.
Fabian Pons, do Cesvi Argentina, disse
que a experiência em seu país reduziu em
50% os roubos e furtos de veículos, além
de aumentar a base de carros segurados.
Hoje a Cesvi fatura US$ 5 milhões anuais com a reciclagem de peças. Francisco
Gaetani, do Ministério do Meio Ambiente,
disse que acredita na parceria com o setor
privado para ajudar a reduzir os impactos
ao meio ambiente.
Leopoldo Barreto (SulAmérica), Cláudio Sanches (Itaú Unibanco), Osvaldo do Nascimento (FenaPrevi),
Edson Luis Franco (Zurich) e Ricardo Aguida Geraldes (Bradesco) assistem à palestra de Simon Godsave.
A experiência do Reino
Unido em previdência
O forte impacto do envelhecimento
e do aumento da longevidade da população no Reino Unido, à semelhança do
Brasil, faz com que um número cada vez
menor de pessoas mais jovens arque
com os recursos destinados aos mais
velhos, parcela cada vez maior de indivíduos. Lá, porém, a entrada da mão de
obra de outros países da Comunidade
Europeia no mercado de trabalho vem
ajudando a minimizar o problema – o
que não ocorre por aqui.
As informações foram dadas na palestra “A experiência de suitibility” no
Reino Unido no processo de estruturação
e comercialização de produtos de vida e
previdência, por Simon Godsave, executivo sênior da Divisão de Compliance
da Zurich Insurance Group. “Quem pretende se aposentar hoje em dia precisa
poupar muito mais. Muitas pessoas não
guardam recursos suficientes para garantir o futuro. Acredito que isso se aplique também ao Brasil”.
Para ajudar a reduzir os desequilíbrios
em relação aos fundos de pensão, cabe aos
empregadores elaborar melhor os esquemas dos fundos de pensão para seus funcionários, de modo a evitar a dependência
do estado na aposentadoria.
E quando se fala de estado, o governo
Simon Godsave: é preciso evitar a dependência do
estado na aposentadoria
do Reino Unido também tem um papel
fundamental nessa questão. A começar
pelos gastos que chegam a até 1,6 bilhão de
libras anualmente no financiamento das
aposentadorias do funcionalismo público.
Na busca por minimizar o problema,
o governo inglês tem procurado reduzir
os encargos para estimular o aumento da
poupança, além de empreender diversas
outras iniciativas, como o fornecimento
de uma série de opções de investimentos
para os fundos de pensão, alguns mais
arriscados e outros menos, adaptando-se
melhor ao perfil de cada investidor.
Tecnológica: os avanços farão surgir
softwares e hardwares que transformam os
"grandes dados" em conhecimentos utilizáveis. Essa tendência afetará o segmento de
bens, de acidentes, de vida e previdência,
pois a informação consolidada dos hábitos
ajudará a inovar produtos e serviços com
base nas necessidades dos clientes.
Clima: a severidade e a frequência
de eventos catastróficos fariam surgir
modelos de risco e estruturas de compartilhamento de risco mais sofisticados
para solucionar esses eventos. Entre 1990
e 2009, furacões e tempestades tropicais
foram responsáveis por 45,2% das perdas
totais com catástrofes.
Econômico: o aumento do poder político e econômico dos mercados emergentes também deve provocar alterações
no mercado segurador mundial. O Brasil
integra essa lista, de acordo com o estudo
da PwC. Os países emergentes do BRIC
(Brasil, Rússia, Índia e China) no PIB
global vêm aumentando nos últimos 20
anos. Enquanto os prêmios de seguros
como um todo caíram 1,9% nos países desenvolvidos, aumentaram 7,1% nas economias em desenvolvimento.
Político: a harmonização e a padronização do mercado segurador, motivada por
um maior diálogo entre autoridades regulamentadoras americanas e europeias e de
mercados emergentes, podem criar uma
maior padronização de produtos e contratos de seguro. O aspecto negativo é que os
países emergentes poderão impedir a entrada de participantes de mercados desenvolvidos ou limitar suas atividades.
6a CONSEGURO
Conferência Brasileira de Seguros
Gerais, Previdência Privada e Vida,
Saúde Suplementar e Capitalização
O que o
futuro nos
reserva?
Quem será o consumidor de
seguros
em 2025? Quanto tempo ele viverá? Como
protegerá seus bens materiais das catástrofes naturais
cada vez mais frequentes?
Para tentar responder a essas perguntas,
a consultoria Princewaterhouse Coopers
(PwC) elaborou a pesquisa “0 que o futuro
nos reserva”, apresentado pelo líder global
de seguros da PwC Advisory, Jamie Yoder, em sua palestra.
A última década testemunhou
mudanças sociais, tecnológicas, ambientais, econômicas e políticas profundas. Essas mudanças afetaram globalmente todos os setores da atividade
Realização
Conferência Brasileira de Seguros
Gerais, Previdência Privada e Vida,
Saúde Suplementar e Capitalização
Centro de Convenções Brasil 21
Brasília - 22 e 23 de outubro de 2013
6 CONSEGURO
a
Brasília, 22 de outubro de 2013
Jamie Yoder apresenta sua palestra, observado por Paulo Marraccini, Osvaldo do Nascimento, Marco
Barros, Marco Antonio Rossi e Marcio Coriolano. O debate foi mediado pela jornalista Mara Luquet
seguradora. Em 2014, a quantidade de
usuários de Internet móvel, estimada
em 1,6 bilhão de pessoas, superará a de
usuários de computadores de mesa.
“Embora seja impossível prever o momento exato de tais mudanças na próxima
década e como elas afetarão os diversos se-
tores da atividade seguradora, vemos cinco megatendências básicas nos fatores sociais, tecnológicos, econômicos e políticos
que influenciarão os quatro setores-chave
da área de seguros: seguros gerais, previdência e vida, saúde e capitalização”, diz
Jamie Yoder. (veja box na pág. 3)
A avaliação dos presidentes da CNseg e das quatro Federações:
Marco Antonio Rossi
(CNseg)
Márcio Coriolano
(FenaSaúde)
Marco Barros
(FenaCap)
Osvaldo do Nascimento
(FenaPrevi)
Paulo Marraccini
(FenSeg)
“Vou dormir mais preocupado diante de tantos desafios apresentados pela PwC.
A tecnologia mudou demais
as nossas vidas. O grande
desafio está em como usar
o banco de dados com as
informações que as companhias têm dos clientes, para
ofertar o produto certo, no
canal certo e no momento
certo. Sabemos que temos
inúmeras
oportunidades
somente com a interação
dos produtos.”
“A impressão que fica é
como se estivéssemos
diante de um filme de
ação. Todas as mudanças
afetam a área de saúde. O
consumidor do futuro é
mais exigente. O empoderamento do consumidor
de saúde faz com que ele
discuta os tratamentos
recomendados com todos
os fornecedores da cadeia.
Isso fará com que ele tenha
o domínio sobre as decisões da sua saúde.”
“Ao pensar em 2025 temos
a convicção de que as seguradoras precisam estar
conectadas com todas as
megatendências apresentadas para se atualizem
dia a dia. Principalmente
conectadas com o consumidor. Precisamos aprender com as queixas do consumidor e ter uma resposta
ágil, atitudes que ajudam a
construir uma relação de
confiança no longo prazo.”
“Em 2013, observamos que o
consumidor está dominando
o relacionamento com as empresas, que antes, determinavam o produto mais adequado. Agora, o consumidor é
quem determina. Essa democratização e globalização dos
hábitos de consumo estimularão a internacionalização
das empresas. Temos de investir nesta nova abordagem
dos produtos. De que forma
o big data pode ajudar a criar
novos produtos?”
“Minha maior preocupação com as cinco megatendências é: como podemos
formar os nossos técnicos
e executivos para interpretar todas essas mudanças
nos cálculos? Temos de
pensar nos investimentos
que
disponibilizaremos
para a formação das pessoas que avaliam números
e tendências comportamentais.”
Publicação da Superintendência de Comunicação da CNseg
Produção: Via Texto
Projeto gráfico: Maraca Design
O potencial de negócios
do mercado segurador
A importância do mercado segurador para o
crescimento sustentável do Brasil e seu grande
potencial de negócios foram opiniões unânimes
entre os participantes da solenidade de abertura da 6ª Conseguro, promovida pela CNseg. O
evento discute as oportunidades e desafios para
o mercado em 2025.
Marco Antonio Rossi, presidente da CNseg,
disse que a escolha do tema se deve à agilidade
das mudanças que o mundo atravessa. “Vivemos
um período de grande transformação na última
década e os debates pretendem transformar os
desafios em novas oportunidades para os próximos 12 anos. Afinal, só depende de nós.”
Para o diretor de Desenvolvimento do Ministério das Cidades, Carlos Antonio Fernandes, o setor tem muito a contribuir para o desenvolvimento
das cidades, por meio do seguro garantia. “É um
instrumento que estimula investimentos nos projetos que modernizarão as cidades para que elas
acompanhem o avanço do Brasil”. Bruno Sobral, representante da Agência
Nacional de Saúde, disse que o futuro precisa
ser discutido constantemente, pois a população brasileira envelhece mais a cada dia. “É
preciso criar produtos financeiros que ajudem
os idosos a chegarem em 2025 com proteção e
promoção da saúde”.
O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Diogo Oliveira, disse que o governo tem
buscado contribuir com o setor, com normas estáveis e segurança jurídica. “São mudanças relevantes que ajudarão o setor a ultrapassar suas
projeções para 2025.”
Representando o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, o senador Francisco Dornelles defendeu o seguro garantia como único caminho para agilizar as obras públicas e afirmou:
“O seguros é o setor que tem o maior potencial de
crescimento na economia brasileira”.
Também participaram da solenidade de abertura o superintendente Luciano Portal, da Susep, o
deputado Armando Vergilio, presidente da Fenacor,
e os presidentes das Federações da CNseg: Márcio
Coriolano (FenaSaúde), Marco Barros (FenaCap) e
Paulo Marraccini (FenSeg).
Marco Antonio Rossi,
presidente da CNseg
Reciclagem de
peças de
veículos deve
entrar em
vigor em 2014
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A experiência
do Reino Unido
em produtos
de vida e
de previdência
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O que o futuro
nos reserva? As
megatendências
do setor
de seguros
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