universidade paulista - unip

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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
CAMPUS JUNDIAÍ
ADMINISTRAÇÃO
CURSOS SUPERIORES TRADICIONAIS
MERCANTILISMO E LIBERALISMO
JUNDIAÍ
2011
UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
CAMPUS JUNDIAÍ
ADMINISTRAÇÃO
CURSOS SUPERIORES TRADICIONAIS
ACADÊMICO
CURSO
RA
ELITON MAURO NACHBAR
ADMINISTRAÇÃO
BO32AH-4
FERNANDA POMIGLIO
ADMINISTRAÇÃO
A76750-9
LÍVIA CRISTINA ORLANDINI
ADMINISTRAÇÃO
A7810G-1
MERCANTILISMO E LIBERALISMO
Trabalho apresentado referente ao
curso de Administração a disciplina de
Economia e Negócios para obtenção de
nota parcial do Primeiro semestre de 2011,
a professora Roseli Gaeta.
JUNDIAÍ
2011
INTRODUÇÃO
Conceito de Mercantilismo
Conjunto de teorias e praticas econômicas adotadas e desenvolvidas pelos governos europeus
durante a fase do capitalismo comercial da idade moderna. Características básicas:
- concentração de poder na mão dos reis;
- falta de liberdade;
- total controle social.
Sistema econômico utilizado pelos monarcas absolutistas tinha como objetivo principal
enriquecer os cofres das cortes.
O governo absolutista interferia muito na economia dos países, alimentando a ideia de que a
riqueza e a pátria estava no acumulo de metais preciosos, como ouro e prata, afirmando que esses se
atrairiam por meio do aumento das exportações e da limitação da importação, caracterizando a
balança comercial favorável. Na época, o estado utilizava medidas para diminuir as importações,
geralmente, através de incentivo a produção industrial externa e implantação de taxas alfandegárias,
fiscalizando os gastos internos de determinados produtos melhorando ainda a infra-estrutura e
promovendo a colonização de novos territórios, caracterizando monopólio, compreendido com a
maneira de garantir o acesso as matérias primas e o escoamento de produtos manufaturados.
A disputa pelo mercado deu origem a uma situação de grande rivalidade, onde cada um dos
estados nacionais buscavam constante crescimento de seus lucros e fortalecimento da sua economia.
Esse aspecto da teoria da balança comercial favorável, estabelecia que uma economia nacional forte
dependeria de um volume de exportações superior ao das importações. Outra pratica comum é a
constituição de monopólios comerciais que privilegiavam a entrada de seus produtos em uma região
colonizada ou em países que tivessem grande procura de um determinado produto de uma forma
geral. A economia mercantilista deu a criação de um estado intervencionista capaz de atender as
demandas de sua própria economia.
As Características da Politica Econômica Mercantilista
Figura 1 : Tapeçaria mostrando Luís XVI em visita à manufatura de tapeçarias de Gobelins.
Metalismo
O metalismo era a acumulação de metais como o ouro e a prata dentro do país. Acumulavam
as moedas dentro do país, pois elas indicavam riquezas, por isso evitavam que as moedas saíssem do
Estado. As riquezas adquiridas com os metais eram investidas na produção agrícola, industrial e
comercial, estimulando as exportações e aumentando a renda do Estado sobre os direitos
alfandegários.
Pacto Colonial
As colônias européias deveriam fazer comércio apenas com suas metrópoles. Era uma
garantia de vender caro e comprar barato, obtendo ainda produtos não encontrados na Europa.
Dentro deste contexto histórico ocorreu o ciclo econômico do açúcar no Brasil Colonial.
Balança Comercial Favorável
A balança comercial é considerada como um termômetro que controla o desenvolvimento
econômico de um país. Esse sistema evitava que houvesse distúrbio monetário, e consequentemente
uma crise na produção.
O enriquecimento de um Estado significava o empobrecimento dos outros. O funcionamento
dessa balança consiste na comparação do desenvolvimento econômico de um Estado com outro.
Protecionismo
É uma teoria que consiste em medidas econômicas que protegem as atividades econômicas
internas, ou seja, favorece a exportação e dificultando a importação. Existem várias formas de
manifestação do protecionismo da economia nacional.
Monopólio
O monopólio é um elemento fundamental do protecionismo. Os produtos coloniais podiam
ser comprados exclusivamente pela burguesia, e esses produtos eram revendidos no mercado europeu
pelos comerciantes da metrópole, bem como a burguesia podia vender seus produtos europeus para o
consumo da colônia.
A burguesia mercantil usava o exclusivo ou monopólio do comércio colonial para enriquecer.
Tipos de Mercantilismo
Existem vários tipos de mercantilismo, suas doutrinas e práticas variam de Estado para
Estado, conforme as condições específicas de cada Estado.
Espanha: Metalismo ou Bulionismo
O bulionismo ou metalismo é caracterizado pela quantidade de riqueza obtida através de
metais ou materiais preciosos. Tornou-se a forma mais tradicional e antiga do mercantilismo. Os
praticantes dessa teoria foram os espanhóis que possuíam colônias produtoras de metais na América,
e isso lhes condicionava a importação de produtos manufaturados, e até mesmo os alimentícios, em
oposição à exportação de metais.
Essa prática quase abalou com as atividades agrícolas e manufatureiras espanholas, e, além
disso, a Europa também sofreu com a subida dos preços - fato que ficou conhecido como a
Revolução dos Preços (1540-1640) – devido a ampliação do meio circulante na Europa.
Como os espanhóis tinham um grande acúmulo de moedas e metais preciosos em seu país e
o consumo europeu era muito grande, os demais países da Europa se adaptaram para tirar proveito
dessa situação.
Figura 2 : Felipe II, Rei da Espanha (1556-1598)
Inglaterra: Mercantilismo Comercial
Inicialmente o mercantilismo na Inglaterra foi considerado comercial, e por fim considerado
como industrial. Os ingleses possuíam uma completa marinha mercante e de guerra, além de
contarem com o apoio de corsários, devido a esses excelentes provimentos a Inglaterra conseguiu
ampliar as suas riquezas através do comércio internacional de mercadorias.
Em 1651 foi promulgado o Ato de Navegação na Inglaterra, o qual estabelecia que o
comércio de mercadorias européias fosse realizado por navios ingleses ou por seus próprios países.
Isso garantia a posição inglesa no comércio mundial, estimulando o capitalismo inglês, e
privilegiando a indústria naval e a burguesia mercantil.
França: Colbertismo (Mercantilismo Industrial)
As atividades comerciais da França eram baseadas na produção agrícola, e em artigos
luxuosos destinados à exportação. O mercantilismo francês é denominado como colbertismo, este foi
considerado um mercantilismo industrial.
CONCEITO DE LIBERALISMO
Liberalismo pode ser definido como um conjunto de princípios e teorias políticas, que
apresenta como ponto principal a defesa da liberdade política e econômica. O pensamento liberal teve
sua origem no século XVII, através dos trabalhos sobre política publicados pelo filósofo inglês John
Locke. Já no século XVIII, o liberalismo econômico ganhou força com as ideias defendidas pelo
filósofo e economista escocês Adam Smith.
Princípios Básicos do Liberalismo
•
Defesa da propriedade privada;
•
Liberdade econômica (livre mercado);
•
Mínima participação do Estado nos assuntos econômicos da nação (governo limitado);
•
Igualdade perante a lei (estado de direito)
Na década de 1970 surgiu o neoliberalismo, que é a aplicação dos princípios liberais numa
realidade econômica pautada pela globalização e por novos paradigmas do capitalismo. A teoria do
liberalismo econômico surgiu no contexto do fim do mercantilismo, período em que era necessário
estabelecer novos paradigmas, já que o capitalismo estava se firmando cada vez mais. A ideia central
do liberalismo econômico é a defesa da emancipação da economia de qualquer dogma externo a ela
mesma, ou seja, a eliminação de interferências provenientes de qualquer meio na economia.
Tal teoria surgiu no final do século XVIII, tendo em François Quesnay um dos seus
principais teóricos. Quesnay afirmava que a verdadeira atividade produtiva estava inserida na
agricultura. Outro pensador que contribuiu para o desenvolvimento da teoria do liberalismo
econômico foi Vincent de Gournay, o qual dizia que as atividades comerciais e industriais deveriam
usufruir de liberdade, para assim se desenvolverem e alcançarem a acumulação de capitais.
No entanto, o principal teórico e pai da teoria do liberalismo econômico foi Adam Smith
(Vide Figura 3). O economista escocês confrontou as ideias de Quesnay(Vide Figura 4) e Gournay
(Vide Figura 5), afirmando em seu livro “A Riqueza das Nações” as principais ideias do liberalismo
econômico: a prosperidade econômica e a acumulação de riquezas não são concebidas através da
atividade rural e nem comercial, mas sim, através do trabalho livre, sem nenhum agente regulador ou
interventor.
Para Smith, não eram necessárias intervenções na economia, visto que o próprio mercado
dispunha de mecanismos próprios de regulação da mesma: a chamada “mão invisível”, que seria
responsável por trazer benefícios para toda a sociedade, além de promover a evolução generalizada.
Os liberalistas defendem a livre concorrência e a lei da oferta e da procura. Estes teóricos foram os
primeiros a tratar a economia como ciência.
Para Smith o elemento de geração de riqueza está no potencial de trabalho, trabalho livre sem
ter, logicamente, o estado como regulador e interventor.
Outro ponto fundamental é o fato de que todos os agentes econômicos são movidos por um
impulso de crescimento e desenvolvimento econômico, que poderia ser entendido como uma ambição
ou ganância individual, que no contexto macro traria benefícios para toda a sociedade, uma vez que a
soma desses interesses particulares promoveria a evolução generalizada, um equilíbrio perfeito.
A ideia central do liberalismo econômico é a defesa da independência da economia de
qualquer interferência proveniente de outros meios. Ainda segundo esta doutrina econômica, deve ser
colocada a ênfase na liberdade de iniciativa econômica, na livre circulação da riqueza, na valorização
do trabalho humano e na economia de mercado (defesa da livre concorrência, do livre cambismo e da
lei da procura e da oferta como mecanismo de regulação do mercado), opondo-se assim ao
intervencionismo do Estado e às demais medidas restritivas e protecionistas defendidas pelo
Mercantilismo.
Figura 3: Adam Smith
Figura 4: Quesnay
Figura 5: Gournay

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