estudo do impacto da automação em condomínios verticais

Transcrição

estudo do impacto da automação em condomínios verticais
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO
TECNOLÓGICA DO PARANÁ
Departamento Acadêmico de Eletrotécnica
ESTUDO DO IMPACTO DA AUTOMAÇÃO EM
CONDOMÍNIOS VERTICAIS RESIDENCIAIS
Projeto Final de Graduação
Alexandre K. Hukusina
André Luis Sibim
Clewerson A. Pereira
Humberto Schimieguel
Raphael Seifert
CURITIBA
2002
ESTUDO DO IMPACTO DA AUTOMAÇÃO EM
CONDOMÍNIOS VERTICAIS RESIDENCIAIS
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO
TECNOLÓGICA DO PARANÁ
Departamento Acadêmico de Eletrotécnica
ESTUDO DO IMPACTO DA AUTOMAÇÃO EM
CONDOMÍNIOS VERTICAIS RESIDENCIAIS
Alexandre K. Hukusina
André Luis Sibim
Clewerson A. Pereira
Humberto Schimieguel
Raphael Seifert
Projeto Final de Graduação do Curso de
Engenharia Elétrica ênfase Eletrotécnica
do
Centro
Federal
de
Educação
Tecnológica do Paraná, apresentado
como requisito parcial para obtenção do
título de Engenheiro Eletricista.
CURITIBA
2002
ii
Alexandre K. Hukusina
André Luis Sibim
Clewerson A. Pereira
Humberto Schimieguel
Raphael Seifert
ESTUDO DO IMPACTO DA AUTOMAÇÃO EM
CONDOMÍNIOS VERTICAIS RESIDENCIAIS
Este Projeto Final de Graduação foi julgado e aprovado como requisito
parcial para obtenção do título de Engenheiro Eletricista pelo Centro
Federal de Educação Tecnológica do Paraná.
Curitiba, 12 de Agosto de 2002.
Prof. Carlos Alberto Dallabona
Coordenador do curso
Prof. Edson Mancini
Orientador
Prof. Jorge Carlos Corrêa Guerra
Co-orientador
Prof.
Prof.
Prof.
iii
Dedicamos esta obra aos nossos pais que tanto nos
apoiaram ao longo dos anos em que nos dedicamos
para alcançar um dos objetivos principais de nossas
vidas: o de nos tornar Engenheiros.
iv
Agradecimentos
Ao nosso Professor Orientador Edson Mancini Filho e ao nosso
Professor Co-Orientador Jorge Carlos Corrêa Guerra, pela excelente
condução da equipe ao objetivo proposto, bem como pela confiança,
apoio e incentivo prestados nas horas de dificuldades.
Ao CEFET-PR, que durante todos esses anos nos forneceu a
fundamentação teórica para que todo este estudo fosse possível.
À empresa Roque & Correia Ltda, pela disponibilização de sua
infraestrutura que viabilizou a execução teórico-prática deste projeto.
À administradora Localite Ltda, que abriu as portas do condomínio
residencial Tower Club House, dando um voto de confiança para a
equipe.
Aos familiares e amigos de todos os integrantes desta equipe, pelo
apoio, incentivo, amor, e compreensão pela importância que esta obra
representa em nossas vidas.
Aos colegas, que dividiram as dificuldades e ansiedades vividas.
Aos integrantes desta equipe, pela dedicação e força de vontade
empregada com muito suor e empenho para o sucesso da conclusão
desta obra.
Agradecemos à todas as pessoas que direta ou indiretamente nos
apoiaram, incentivaram ou contribuíram de alguma forma, para que
fosse possível a realização deste projeto.
v
"Um edifício inteligente é aquele que oferece um
ambiente produtivo e que é economicamente racional,
ajudando os seus proprietários, gestores e ocupantes
a atingir os seus objetivos sob as perspectivas do
custo,
conforto,
adequação,
segurança,
comercial e flexibilidade a longo prazo"
Intelligent Buildings Institute – Washington, 1987
valor
vi
Sumário
LISTA DE FIGURAS .............................................................................................................XI
LISTA DE TABELAS ..........................................................................................................XIII
RESUMO.............................................................................................................................. XIV
ABSTRACT .......................................................................................................................... XV
1
INTRODUÇÃO.............................................................................................................. 16
1.1
Os Edifícios Inteligentes ................................................................................... 17
1.1.1
A evolução dos edifícios e o seu impacto econômico ............................ 17
1.1.2
A definição de edifício inteligente ............................................................... 18
1.2
As Vantagens da Integração............................................................................ 20
1.3
A Domótica ........................................................................................................... 22
1.4
A Gestão Integrada de Edifícios ..................................................................... 23
1.5
Serviços para Edifícios Inteligentes .............................................................. 25
1.5.1
O conceito de serviço ................................................................................... 25
1.5.2
Exemplos de serviços .................................................................................. 26
1.5.2.1
Serviço de apoio à portaria............................................................................... 28
1.5.2.2
Serviço de manutenção do edifício ................................................................... 28
1.5.2.3
Serviço de detecção de situações de emergência.............................................. 28
1.5.2.4
Serviço de gestão de presenças ....................................................................... 29
1.5.2.5
Serviço de informação ..................................................................................... 29
1.5.3
Exemplos de interações entre serviços..................................................... 29
1.5.3.1
Interações genéricas ....................................................................................... 31
1.5.3.2
Interações específicas ..................................................................................... 32
1.5.3.3
Ilustração de interações múltiplas entre serviços ............................................... 33
2
O CONDOMÍNIO........................................................................................................... 37
3
METODOLOGIA UTILIZADA PARA DEFINIÇÃO DOS SISTEMAS .................. 39
3.1
Análise e Solução dos Problemas ................................................................. 40
3.2
Definição dos Sistemas .................................................................................... 42
3.2.1
3.3
4
Levantamento do custo mensal do condomínio ...................................... 42
Análise dos Macro-Sistemas para Definição dos Sistemas.................... 43
3.3.1
Análise do sistema elétrico.......................................................................... 43
3.3.2
Sistema hidráulico......................................................................................... 52
DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL DO CONDOMÍNIO ............................... 55
4.1
Sistema de Iluminação ...................................................................................... 55
4.1.1
Iluminação externa ........................................................................................ 55
vii
4.1.1.1
Corredores externos ........................................................................................ 55
4.1.1.2
Jardins e acessos a áreas como portaria e parquinho infantil ............................. 56
4.1.1.3
Piscina............................................................................................................ 58
4.1.1.4
Áreas restritas e de circulação nos fundos do condomínio ................................. 58
4.1.1.5
Frente do condomínio...................................................................................... 59
4.1.1.6
Jardins de Inverno........................................................................................... 60
4.1.2
4.2
Iluminação interna ......................................................................................... 61
4.1.2.1
Hall de entrada das torres ................................................................................ 61
4.1.2.2
Hall de entrada dos apartamentos .................................................................... 62
4.1.2.3
Minuteria......................................................................................................... 64
4.1.2.4
Acesso interno entre as torres A e B................................................................. 65
4.1.2.5
Sala de ginástica............................................................................................. 66
4.1.2.6
Saunas ........................................................................................................... 67
4.1.2.7
Churrasqueiras................................................................................................ 67
4.1.2.8
Salão de festas ............................................................................................... 68
4.1.2.9
Escadas.......................................................................................................... 68
4.1.2.10
Garagens .................................................................................................... 69
4.1.2.11
Sala de Squash........................................................................................... 70
4.1.2.12
Salão de jogos ............................................................................................ 70
Sistema de Elevadores...................................................................................... 71
4.2.1
Funcionamento dos elevadores.................................................................. 71
4.2.2
Cálculo do consumo de energia dos elevadores ..................................... 72
4.3
Sistema Hidráulico ............................................................................................. 75
4.3.1
Sistema de recalque de água potável ....................................................... 76
4.3.1.1
Cisternas ........................................................................................................ 76
4.3.1.2
Caixas d’água ................................................................................................. 76
4.3.1.3
Controle de pressão ........................................................................................ 76
4.3.1.4
Bombas .......................................................................................................... 77
4.3.1.5
Controle das bombas....................................................................................... 78
4.3.1.6
Cálculo do consumo de energia das bombas .................................................... 79
4.3.2
Sistema de drenagem de água pluvial ...................................................... 81
4.3.2.1
Poço de drenagem .......................................................................................... 81
4.3.2.2
Bombas .......................................................................................................... 81
4.3.2.3
Controle das bombas....................................................................................... 82
4.3.2.4
Cálculo do consumo de energia das bombas .................................................... 82
4.3.3
Sistema de aquecimento da piscina .......................................................... 84
4.3.3.1
Bomba de calor ............................................................................................... 85
4.3.3.2
Cálculo do consumo de energia da bomba de calor........................................... 86
4.3.4
Sistema de aquecimento da sauna ............................................................ 87
viii
4.3.4.1
4.3.5
4.4
Sistema de distribuição de água versus rateio da conta ........................ 88
4.3.5.1
Descrição do sistema de distribuição de água do condomínio ............................ 88
4.3.5.2
Descrição do sistema de rateio da conta de água do condomínio ....................... 89
Sistema de Segurança....................................................................................... 90
4.4.1
Sistema de acesso ao condomínio ............................................................ 91
4.4.1.1
Controle de acesso de moradores .................................................................... 91
4.4.1.2
Controle de acesso de visitantes ...................................................................... 92
4.4.1.3
Controle de acesso de entregadores ................................................................ 92
4.4.2
Sistema de monitoramento por CFTV ....................................................... 92
4.4.2.1
Descrição do funcionamento do sistema de CFTV ............................................. 94
4.4.2.2
Câmeras de Vídeo........................................................................................... 95
4.4.2.3
Lentes ............................................................................................................ 98
4.4.2.4
Monitores .......................................................................................................101
4.4.2.5
Seqüenciadores .............................................................................................102
4.4.2.6
Divisores ou Quads ........................................................................................103
4.4.2.7
Amplificador de vídeo .....................................................................................104
4.4.2.8
Cabo coaxial ..................................................................................................104
4.4.2.9
Conectores ....................................................................................................105
4.4.2.10
Multiplexador..............................................................................................105
4.4.2.11
Vídeo cassete (Time lapse) .........................................................................107
4.4.3
Sistema de acesso pela garagem ............................................................108
4.4.4
Sistema de incêndio ...................................................................................109
4.4.4.1
4.5
5
Cálculo do consumo de energia das saunas ..................................................... 87
A Prevenção de Incêndios no Brasil.................................................................109
Sistemas de Tarifação de Energia Elétrica ................................................111
PROPOSTA DE MELHORIAS PARA O CONDOMÍNIO .....................................112
5.1
Sistema de Iluminação ....................................................................................114
5.1.1
5.1.1.1
Os halls de entrada dos apartamentos....................................................115
Cálculo da economia no consumo de energia elétrica.......................................119
5.1.2
Os halls de entrada das torres e corredores ..........................................120
5.1.3
Jardins e acessos a áreas como portaria e parquinho infantil ............121
5.1.3.1
Qualidades das lâmpadas fluorescentes compactas .........................................122
5.1.3.2
A proposta .....................................................................................................126
5.1.3.3
Cálculo da economia no consumo de energia elétrica.......................................127
5.1.4
5.1.4.1
5.2
Garagens ......................................................................................................127
Cálculo da economia no consumo de energia elétrica.......................................128
Sistema de Elevadores....................................................................................129
5.2.1
Cabine parada por falha do sistema ou falta de energia......................129
ix
5.2.2
Ventilação da cabine ..................................................................................129
5.2.3
Solavancos no elevador.............................................................................130
5.3
Sistema Hidráulico ...........................................................................................132
5.3.1
Sistema de bombas ....................................................................................132
5.3.2
Sistema de pressão ....................................................................................137
5.3.3
Sistema de aquecimento da piscina e das saunas ...............................138
5.3.4
Sistema de divisão da fatura mensal de água .......................................141
5.4
Sistema de Segurança.....................................................................................145
5.4.1
Sistema de acesso para pedestres..........................................................145
5.4.2
Descrição detalhada dos componentes do sistema de acesso ..........147
5.4.2.1
Controlador de acesso MD-01 .........................................................................147
5.4.2.2
Teclado digital MK-01 .....................................................................................148
5.4.2.3
Leitor de proximidade MAGIC PROX ...............................................................149
5.4.2.4
Gravador de eventos MDL-4: ..........................................................................150
5.4.3
Sistema de acesso pela garagem ............................................................151
5.4.4
Sistema de CFTV ........................................................................................152
5.4.5
Sistema de alarme ......................................................................................154
5.4.5.1
Central de alarme SYSTEM 5000 - CROW ......................................................155
5.4.5.2
Sensores barreira - CAB 30T – Crow ...............................................................156
5.4.5.3
Sensores de presença para áreas externas - D&D - Crow.................................157
5.4.6
5.5
6
7
Sistema de incêndio ...................................................................................158
Correção do Fator de Potência .....................................................................160
5.5.1
Definições.....................................................................................................160
5.5.2
Como especificar o capacitor....................................................................161
5.5.2.1
Quando e como ocorre a necessidade de energia reativa? ...............................161
5.5.2.2
O que significa fator de potência?....................................................................161
5.5.2.3
Quais as causas de um baixo fator de potência? ..............................................161
5.5.2.4
Quais os efeitos que de um baixo fator de potência em instalações elétricas?....163
5.5.2.5
O que os capacitores fazem para corrigir o fator de potência?...........................163
5.5.2.6
Qual o valor do fator de potência para haver a necessidade de capacitores? .....163
5.5.2.7
Onde devem ser localizados os capacitores? ...................................................164
SISTEMA DE SUPERVISÃO....................................................................................168
6.1
Supervisão e controle de processos com mais resultados..................169
6.2
Interface gráfica mais clara, lógica e intuitiva ..........................................171
ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICA-FINANCEIRA ................................174
7.1
Análise de Cenário ...........................................................................................175
7.2
Análise de Viabilidade Econômica-Financeira do Cenário Proposto.177
x
7.2.1
Sistema de Medição de Água ...................................................................177
7.2.2
Sistema de Tarifação de Energia Elétrica...............................................179
7.2.3
Sistema de Iluminação, Motores e Piscina .............................................180
7.2.4
Relação Investimento x Prazo de retorno ...............................................183
7.2.4.1
7.3
Considerações ...............................................................................................184
Cronograma Físico x Financeiro das Propostas......................................185
8
CONCLUSÃO..............................................................................................................188
9
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................189
ANEXOS ..............................................................................................................................193
xi
Lista de Figuras
FIGURA 1 - INTERAÇÕES ENTRE SERVIÇOS...........................................................................................................................30
FIGURA 2 - PDCA.....................................................................................................................................................................40
FIGURA 3 - CICLO PDCA DO PROJETO..................................................................................................................................41
FIGURA 4 - GASTO M ÉDIO M ENSAL.......................................................................................................................................42
FIGURA 5 - DIAGRAMA DE ISHIKAWA PARA O CONSUMO DE ENERGIA ............................................................................45
FIGURA 6 - CONSUMO M ÉDIO POR SISTEMA ........................................................................................................................46
FIGURA 7 - CONSUMO M ÉDIO DOS SISTEMAS DE ILUMINAÇÃO ........................................................................................48
FIGURA 8 - DIAGRAMA DE ISHIKAWA PARA O CONSUMO DE ÁGUA .................................................................................53
FIGURA 9 - CORREDOR DE ACESSO ENTRE AS TORRES B E C .............................................................................................56
FIGURA 10 - JARDINS E ÁREAS ÚTEIS DO PAVIMENTO TÉRREO..........................................................................................57
FIGURA 11 - PISCINA ................................................................................................................................................................58
FIGURA 12 - PLACA DO REFERENCIAL DO EDIFÍCIO .............................................................................................................59
FIGURA 13 - JARDINS DE INVERNO / ENTRADA DO CONDOMÍNIO......................................................................................60
FIGURA 14 - HALL DE ENTRADA DAS T ORRES......................................................................................................................62
FIGURA 15 - HALL DE ENTRADA DOS APARTAMENTOS.......................................................................................................63
FIGURA 16 - M INUTERIA .........................................................................................................................................................64
FIGURA 17 - CORREDOR DE ACESSO ENTRE AS TORRES A E B...........................................................................................65
FIGURA 18 - SALA DE GINÁSTICA...........................................................................................................................................66
FIGURA 19 - ENTRADA PARA AS SAUNAS..............................................................................................................................67
FIGURA 20 - GARAGENS ..........................................................................................................................................................69
FIGURA 21 - INFORMAÇÕES PARA O CÁLCULO DO CONSUMO DE ENERGIA DOS ELEVADORES......................................73
FIGURA 22 - CONSIDERAÇÃO PARA O CÁLCULO DA POPULAÇÃO TOTAL DO CONDOMÍNIO ..........................................74
FIGURA 23 - ENERGIA CONSUMIDA PELOS ELEVADORES DE ACORDO COM O A TECNOLOGIA ......................................74
FIGURA 24 - BOMBA CENTRÍFUGA SCHENEIDER.............................................................................................................78
FIGURA 25 - BOMBA SUBMERSÍVEL SCHENEIDER ..........................................................................................................81
FIGURA 26 - ESQUEMA INTERNO DE UMA BOMBA DE CALOR.............................................................................................85
FIGURA 27 - DIAGRAMA SIMPLIFICADO DO AQUECIMENTO DA P ISCINA ..........................................................................85
FIGURA 28 - BOMBA DE CALOR HELIOTEK .......................................................................................................................86
FIGURA 29 - A QUECEDOR DE SAUNA JACUZZI ..................................................................................................................87
FIGURA 30 - CÂMERA CCD P&B CTM 1201......................................................................................................................96
FIGURA 31 - CÂMERA CCD P&B..........................................................................................................................................96
FIGURA 32 - CÂMERA P&B CTK 1203.................................................................................................................................96
FIGURA 33 - LENTE COM ÍRIS MANUAL ...............................................................................................................................100
FIGURA 34 - LENTE MONOFOCAL.........................................................................................................................................100
FIGURA 35 - LENTE VARIFOCAL ...........................................................................................................................................101
FIGURA 36 - M ONITOR PADRÃO EUROPEU..........................................................................................................................101
FIGURA 37 - SEQÜENCIADOR DE QUATRO CANAIS.............................................................................................................102
FIGURA 38 - QUAD P&B........................................................................................................................................................103
FIGURA 39 - CABO COAXIAL COM CONECTOR BNC..........................................................................................................105
xii
FIGURA 40 - M ULTIPLEXADOR SIMPLEX.............................................................................................................................106
FIGURA 41 - TIME LAPSE .......................................................................................................................................................107
FIGURA 42 - CLP TWIDO TELEMECANIQUE.......................................................................................................................112
FIGURA 43 - SENSOR DE PRESENÇA DE TETO......................................................................................................................116
FIGURA 44- ÂNGULOS DE ABERTURA DO SENSOR .............................................................................................................117
FIGURA 45 - ESQUEMA DE LIGAÇÃO DO SENSOR ..............................................................................................................117
FIGURA 46 - LÂMPADA FLUORESCENTE COMPACTA .........................................................................................................121
FIGURA 47 - ESTRUTURA DA LÂMPADA FLUORESCENTE COMPACTA.............................................................................123
FIGURA 48 - COMPARATIVO ENTRE O AQUECIMENTO DAS LÂMPADAS FLUORESCENTES E INCANDESCENTES.........124
FIGURA 49 - M ANÔMETRO MAN-ZF KOBOLD..................................................................................................................138
FIGURA 50 - COBERTURA PROPOSTA PARA A PISCINA (VISTA EXTERNA ) .....................................................................139
FIGURA 51 - COBERTURA PROPOSTA PARA A PISCINA (VISTA INTERNA).......................................................................140
FIGURA 52 - ESQUEMA DO SISTEMA DE CONTROLE DE A CESSO .....................................................................................147
FIGURA 53 - CONTROLADOR DE A CESSO MD-01 ..............................................................................................................148
FIGURA 54 - TECLADO DIGITAL (A NTI-VANDALISMO – ZINCO) ..................................................................................149
FIGURA 55 - CARTÃO DE PROXIMIDADE EXTRA FINO E CHAVEIRO DE PROXIMIDADE ...............................................149
FIGURA 56 - LEITOR...............................................................................................................................................................150
FIGURA 57- CONTROLADOR DE A CESSO DATA LOGER ....................................................................................................151
FIGURA 58 - GABINETE DOMU .............................................................................................................................................152
FIGURA 59 - SENSOR DE PRESENÇA SRP 100 CROW ......................................................................................................153
FIGURA 60 - DOMU COM BASE GIRATÓRIA PARA ÁREAS EXTERNAS...............................................................................153
FIGURA 61 - CENTRAL E TECLADO SYSTEM 5000 .............................................................................................................155
FIGURA 62 - SENSOR BARREIRA CAB 30T ........................................................................................................................156
FIGURA 63 - SENSOR PRESENÇA PARA ÁREAS EXTERNAS - D&D CROW ...................................................................158
FIGURA 64 - SENSOR DE FUMAÇA MX250T ......................................................................................................................159
FIGURA 65 - T RIÂNGULO DE POTÊNCIAS ............................................................................................................................165
FIGURA 66 - SOFTWARE SUPERVISÓRIO UTILIZADO.........................................................................................................169
FIGURA 67 - ORGANIZER.......................................................................................................................................................170
FIGURA 68 - TELA DE TENDÊNCIAS .....................................................................................................................................171
FIGURA 69 - CRONOGRAMA FÍSICO X FINANCEIRO DAS PROPOSTAS - PARTE 1...........................................................185
FIGURA 70 - CRONOGRAMA FÍSICO X FINANCEIRO DAS PROPOSTAS - PARTE 2...........................................................186
FIGURA 71 - CRONOGRAMA FÍSICO X FINANCEIRO DAS PROPOSTAS - PARTE 3...........................................................187
xiii
Lista de T abelas
TABELA 1 - 5W+2H - SISTEMA DE ELEVADORES ...............................................................................................................49
TABELA 2 - 5W+2H - SISTEMA DE ILUMINAÇÃO................................................................................................................50
TABELA 3 - 5W+2H - SISTEMA DE M OTORES......................................................................................................................51
TABELA 4 - 5W+2H - CONSUMO DE ÁGUA..........................................................................................................................54
TABELA 5 - COMPARATIVO ENTRE O CONSUMO DAS LÂMPADAS FLUORESCENTES E INCANDESCENTES ..................124
TABELA 6 - DESPERDÍCIO DE ÁGUA POR VAZAMENTOS....................................................................................................142
TABELA 7 - POTÊNCIA REATIVA CALCULADA...................................................................................................................166
TABELA 8 - FATOR DE POTÊNCIA CORRIGIDO....................................................................................................................167
TABELA 9 - ECONOMIA NA CONTA DE ÁGUA REAJUSTADA PELO ÍNDICE DA INFLAÇÃO ..............................................178
TABELA 10 - ECONOMIA NA CONTA DE ÁGUA REAJUSTADA PELA VARIAÇÃO DO DÓLAR ...........................................178
TABELA 11 - PROJEÇÃO DOS VALORES PAGOS COM MULTAS POR EXCESSO DE DEMANDA E REATIVOS...................179
TABELA 12 - REDUÇÃO MÉDIA DO CONSUMO DE ENERGIA COM ILUMINAÇÃO – INFLAÇÃO 2.5% A.A......................181
TABELA 13 - REDUÇÃO MÉDIA DO CONSUMO DE ENERGIA COM A PISCINA – INFLAÇÃO 2.5% A.A. ..........................181
TABELA 14 -REDUÇÃO MÉDIA DO CONSUMO DE ENERGIA DAS BOMBAS DE RECALQUE – INFLAÇÃO 2.5% A.A. .....181
TABELA 15 - REDUÇÃO MÉDIA DO CONSUMO DE ENERGIA COM ILUMINAÇÃO – DÓLAR 15% A.A. ...........................182
TABELA 16 - REDUÇÃO MÉDIA DO CONSUMO DE ENERGIA COM A PISCINA – DÓLAR 15% A.A. .................................182
TABELA 17 - REDUÇÃO MÉDIA DO CONSUMO DE ENERGIA COM AS BOMBAS DE RECALQUE – DÓLAR 15% A.A. ....182
TABELA 18 - RELAÇÃO INVESTIMENTO X PRAZO DE RETORNO ......................................................................................183
xiv
Resumo
Apresenta-se inicialmente neste trabalho, o conceito de edifício inteligente de
um ponto de vista funcional, realçando a estrutura dos serviços que o integram, as
suas funções básicas e as suas interações. Em particular, chama-se a atenção para
os enormes potenciais, em termos de valor acrescentado, que podem ser retirados
deste conceito. Uma visão abrangente como a que aqui é apresentada faz ressaltar
como noções fundamentais: a integração, flexibilidade, adaptabilidade e capacidade
de oferecer um suporte eficaz à atividade das organizações sediadas no edifício.
Primeiramente, faremos a descrição do estado tecnológico atual do
condomínio, ou seja, nesse ponto serão apresentadas as condições em que o
condomínio se encontra atualmente; quais são as tecnologias utilizadas, e como
estão sendo utilizadas. Para tal, utilizamos uma metodologia (definida pela equipe
juntamente com os professores orientadores), que nos ajudou a manter o foco do
trabalho.
Após o levantamento de dados feito pela equipe, analisaram-se as
possibilidades de implantação de melhoria que poderiam ser agregadas ao
condomínio, levando-se em conta que o maior complicador trata-se de ser um prédio
já existente, portanto o grande trabalho da equipe está nesse ponto, pois tivemos
que analisar plantas, fazer várias visitas ao condomínio, levantar dados via
questionários, entre outras tarefas bastante trabalhosas.
Com os dados referentes aquilo tudo que já está atualmente instalado no
condomínio e como está sendo utilizado, juntamente com o estudo de novas
tecnologias, realizamos um estudo de “Viabilidade Econômica”, para determinar se
as propostas de melhorias são viáveis economicamente ou não.
Finalmente
apresentamos
os
anexos
com
toda
a
documentação
demonstrativa do estudo feito, ou seja, lista de materiais, plantas que demonstram a
viabilidade de implantação das melhorias e demais documentos necessários à
execução do projeto.
xv
Abstract
It is shown initially in this work, the concept of intelligent building of a
functional point of view, enhancing the structure of the services that integrate him, its
basic functions and its interactions. In particular, it gets himself the attention for the
enormous potentials, in increased terms of value, that can be retired of this concept.
An including vision as the one that here is presented makes to stand out as
fundamental notions: the integration, flexibility, adaptability and capacity to offer an
effective support to the activity of the headquartered organizations in the building.
Firstly, we will make the description of the current technological state of the
condominium, that is to say, in that point the conditions will be presented in that the
condominium meets now; which are the used technologies, and as they are being
used. For such, we used a methodology (defined together by the team with the guide
teachers), that helped us to maintain the focus of the work.
After the rising of data fact for the team, the possibilities of improvement
implantation were analyzed that could be joined to the condominium, being taken into
account that the largest complicator is to be already a building existent, therefore the
great work of the team is in that point, because we had to analyze plants, to do
several visits to the condominium, to lift data through questionnaires, among other
quite difficult tasks.
With the referring data that everything that is already now installed in the
condominium and as it is being used, together with the study of new technologies, we
accomplished a study of “Economic Viability”, to determine the proposals of
improvements they are economically viable or not.
Finally
we
presented
the
enclosures
with
the
whole
demonstrative
documentation of the study fact, that is to say, it lists of materials, plants that
demonstrate the viability of implantation of the improvements and other necessary
documents to the execution of the project.
16
1
INTRODUÇÃO
Nas sociedades modernas, os custos de construção e de manutenção dos
edifícios urbanos são em geral muito elevados, constituindo gastos significativos
para as empresas que os possuem e/ou utilizam. Por isso, não surpreende, que a
tentativa de redução desses gastos tenha por vertente principal a racionalização do
projeto e da exploração dos edifícios. Assim, a partir da década de 80 surge o
conceito de Edifício Inteligente, essencialmente como resposta à necessidade
premente de redução de custos de construção e de exploração. Aparecem então os
chamados Sistemas de Gestão Técnica que dissecam os edifícios em componentes
essencialmente estanques de controle de funções de equipamentos muito
diversificados, pertencentes a fabricantes também muito diferentes.
Com os Sistemas de Gestão Técnica dos edifícios da década de 80 aparecem
essencialmente dois novos fenômenos. Por um lado, surge o conceito de serviço
ligado à função ou funções desempenhadas pelos diversos equipamentos de gestão
técnica: o serviço de iluminação, o serviço de controle de acessos ou o serviço de
detecção de incêndios. Por outro lado, aparece a necessidade de integração dos
serviços, com o objetivo de extrair novas potencialidades resultantes das suas
interações.
Assim, no início da década de 90 surge um conceito mais alargado de edifício
inteligente, onde a integração de serviços começa a desempenhar um papel
primordial. O serviço de controle de acessos dialoga com o serviço de apoio à
portaria; este, por sua vez, recebe informação de e transfere informação para o
serviço de vigilância, e assim por diante. A dificuldade encontrada reside,
naturalmente, na impossibilidade prática de realizar todas as integrações desejáveis:
cada fabricante de equipamentos para edifícios inteligentes especializa-se num
determinado subconjunto de serviços, e os seus equipamentos apenas dialogam
entre si, mas nunca ou quase nunca com os equipamentos de outros fabricantes.
Formam-se soluções fechadas e parciais, por isso incompletas. A pressão
exercida pelos projetistas, construtores e administradores está presentemente a
gerar um movimento cuja finalidade última consiste na exploração de sinergias
novas resultantes da integração de serviços já conhecidos e na criação de novos
serviços nos edifícios inteligentes.
17
Nosso objetivo, nesse ponto inicial, é apresentar a evolução dos edifícios
inteligentes de um ponto de vista funcional, dando ênfase aos serviços e às suas
interações e chamando a atenção para os enormes potenciais em termos de valor
acrescentado que é possível retirar destes conceitos.
1.1
Os Edifícios Inteligentes
1.1.1 A evolução dos edifícios e o seu impacto econômico
Desde que o Homem se tornou sedentário que as habitações foram usadas
como meio de abrigo e de proteção. Com os avanços da civilização surgiram os
edifícios onde grupos de pessoas se reúnem e comunicam, onde são estabelecidas
relações de colaboração formais e informais, onde são realizadas tarefas em grupo e
onde são mantidos repositórios de informação. Os edifícios tornaram-se, assim, o
cerne das atividades de negócio e constituem hoje a base da vida urbana.
À medida que os edifícios foram evoluindo nas suas múltiplas vertentes,
foram se destacando as suas instalações técnicas, cuja complexidade tem vindo
sempre a aumentar. Os vários equipamentos técnicos eram, inicialmente,
controlados individualmente. Foi no início dos anos 60 que sugiram os primeiros
sistemas de controle centralizado nos edifícios, com especial incidência sobre os
equipamentos de climatização.
No princípio da década de 70, a divulgação dos microprocessadores alargou
o domínio de aplicação dos sistemas de controle, os quais passaram a permitir a
automação e a supervisão de equipamentos mais sofisticados e em maior número. A
crise petrolífera de meados da década de 70 contribuiu decisivamente para a
implantação destes sistemas, colocando em primeiro plano todos os aspectos
relacionados com uma gestão energética mais racional.
Já nos anos 80 surgem novos requisitos de conforto, de segurança, de
flexibilidade dos locais de trabalho, e novas e maiores necessidades de serviços de
telecomunicações e de processamento de informação. Isso deu origem ao
aparecimento, nos edifícios, de três sistemas fundamentais:
18
•
O sistema de automação e gestão de edifícios, responsável pelo controle
das instalações técnicas, pela detecção de incêndios, pela gestão
energética, pelo controle da iluminação, pela climatização, etc;
•
O sistema de telecomunicações, envolvendo comunicações de voz e de
dados, a comunicação com o exterior dos edifícios, etc;
•
O sistema computacional, que inclui sistemas de informação, escritório
eletrônico, sistemas de apoio à decisão, automação de procedimentos
administrativos, etc.
Neste ambiente, caracterizado por uma constante evolução, existem aspectos
econômicos que importa realçar. O custo dos edifícios é muito grande. A comproválo aponta-se o custo das construções novas que, nos EUA, ronda os 10 a 13% do
produto nacional bruto [5] , sendo ainda maior o custo associado à renovação de
edifícios já existentes. Globalmente, os edifícios correspondem à cerca de 5 a 30%
do patrimônio das empresas, de acordo com [2] .
Adicionalmente, os custos de exploração de um edifício são, em média, a
segunda maior despesa de um condomínio, logo a seguir aos salários dos seus
trabalhadores, ainda de acordo com a mesma fonte. Em termos de gastos
energéticos, [1] relata que os edifícios são um setor em elevado crescimento, sendo
responsáveis por 28% do total da energia despendida e 38% do consumo de
eletricidade. De notar ainda que um edifício corresponde a um investimento de muito
longo prazo, dado que o seu período de vida útil ronda os 40 anos.
Os fatos indicados apontam para a necessidade premente de gerir bem o
dispendioso patrimônio que os edifícios representam e de tirar o máximo proveito
deles e dos recursos que disponibilizam.
Foram todos os aspectos referidos e também a própria transformação da
sociedade industrial na sociedade informática dos nossos dias, a necessidade de
oferecer flexibilidade, de se adaptar a novas tecnologias e a novos requisitos, que
deram origem ao aparecimento do conceito de Edifício Inteligente.
1.1.2 A definição de edifício inteligente
Em 1986 foi criada nos EUA a organização Intelligent Buildings Institute (IBI),
com o objetivo de promover e apoiar todos os aspectos relacionados com os
19
edifícios inteligentes. Uma das suas primeiras missões foi tentar esclarecer uma
definição para o conceito. Essa definição, pelo consenso que reúne, indica-se de
seguida.
"Um edifício inteligente é aquele que oferece um ambiente produtivo e que é
economicamente racional, através da otimização dos seus quatro elementos básicos
- estrutura, sistemas, serviços e gestão - e das inter-relações entre eles. Os edifícios
inteligentes ajudam os seus proprietários, gestores e ocupantes a atingir os seus
objetivos
sob
as
perspectivas
do
custo,
conforto,
adequação,
segurança,
flexibilidade no longo prazo e valor comercial" [3] .
Com o objetivo de clarificar e complementar a definição apresentada,
descrevem-se em seguida diversos aspectos importantes a ter em atenção.
•
A noção de "inteligência" deve estar presente durante todo o ciclo de vida
do edifício, sendo particularmente importantes às fases de projeto e de
concepção;
•
Os aspectos estruturais e organizacionais do edifício têm um grande
relevo, devendo prever-se formas simples e fáceis de reorganização do
espaço;
•
Um edifício inteligente é um edifício à prova de futuro, no sentido de que
deverá poder adaptar-se a novos padrões de utilização e a novas
necessidades;
•
O conceito de edifício inteligente não se restringe a edifícios de escritórios
e residenciais, podendo (e devendo) ser aplicado a outros edifícios tais
como: hospitais, edifícios educacionais, hotéis, espaços comerciais,
campus universitários, etc;
•
O grau de "inteligência" de um edifício não deve ser encarado como algo
absoluto. A "inteligência" de um edifício está intimamente associada à
forma como são satisfeitos as necessidades e os requisitos das
organizações nele instaladas;
•
No edifício inteligente a ênfase não se deve centrar apenas nos aspectos
do controle, da automação e da supervisão. A era informática em que
vivemos necessita que o edifício dê também um suporte adequado aos
sistemas informáticos e às comunicações;
20
•
Um edifício inteligente deve oferecer local de trabalho que motive as
pessoas e que as apóie fortemente nas suas tarefas criativas ou
administrativas;
•
Um edifício inteligente deve permitir que os trabalhadores intervenham
sobre o seu ambiente de trabalho, adequando-o às suas necessidades e
preferências;
•
Os vários sistemas presentes num edifício inteligente (associados à
automação, às comunicações e ao processamento de informação) devem
poder interatuar e cooperar entre si, possibilitando novos graus de gestão
e supervisão, e um melhor aproveitamento dos recursos disponíveis no
edifício;
A concluir, e procurando sintetizar as diversas noções apresentadas, pode-se
afirmar que um edifício inteligente é aquele que foi concebido e construído (ou
readequado) por forma a oferecer uma grande flexibilidade de utilização, dispondo
da capacidade de evoluir, de se adaptar às necessidades das organizações e de
oferecer, em cada momento, o suporte mais adequado à sua atividade. Por outro
lado, deve possuir sistemas de automação, de computação e de comunicações que
possibilitem, de um modo integrado e coerente, gerir de forma eficaz os recursos
disponíveis no edifício, potenciando aumentos de produtividade, permitindo
poupanças energéticas e oferecendo elevados graus de conforto e de segurança
aos indivíduos que nele trabalham.
1.2
As Vantagens da Integração
À medida que os edifícios se tornam mais caros e complexos, e à medida que
aumenta o número e a sofisticação dos sistemas tecnológicos que neles se
incorporam, torna-se cada vez mais crítico gerir de forma eficaz os edifícios e a sua
tecnologia. Neste contexto, é fundamental a noção de integração. Ela está
associada à capacidade de vários sistemas poderem comunicar entre si, trocarem
informação e colaborarem para atingir objetivos comuns.
Considerando os principais domínios tecnológicos do edifício - automação,
computação e comunicações - a noção de integração necessita ser aplicada no
interior de cada domínio e entre domínios distintos. Dito de outro modo, a integração
21
deve ser o mais abrangente possível. A solução ideal corresponde a uma
sobreposição total dos vários domínios, situação em que, do ponto de vista dos
utilizadores, não seria possível distinguir sistemas específicos isolados, nem funções
particulares, independentes.
A noção de integração assume uma importância vital no contexto dos edifícios
inteligentes. Isso se deve ao importante conjunto de vantagens e potencialidades
que permite oferecer, de que se destacam:
•
Um melhor aproveitamento dos recursos existentes e uma maior eficácia
na sua utilização;
•
Novas funções, como valor acrescentado da interação e cooperação entre
sistemas/aplicações;
•
Reações mais coordenadas e rápidas;
•
A capacidade de correlacionar informação, de a processar e de otimizar
decisões;
•
O acesso aos vários sistemas através de um mesmo ponto, o que se
traduz numa utilização mais simplificada, flexível e eficaz;
•
Aumentos de produtividade, facilitando a execução de tarefas complexas
envolvendo diferentes sistemas; soluções com uma melhor relação
funcionalidade/custo.
Embora as vantagens da integração sejam indiscutíveis, existem alguns
aspectos menos positivos que importa focar:
•
Algumas
situações
poderão
ocorrer
sub-aproveitamento
das
características específicas de certos sistemas;
•
Poderão surgir problemas operacionais relacionados com a interação
entre sistemas, podendo não ser trivial identificar a sua origem e quais as
medidas a tomar;
•
Poderão existir obstáculos legislativos à integração (por exemplo, existem
países que obrigam a que os sistemas de detecção de incêndio sejam
independentes e isolados).
22
1.3
A Domótica
Como foi referido anteriormente, o conceito de Edifício Inteligente apareceu
na década de 80, associado, sobretudo ao setor dos serviços. A principal motivação
era a de realizar economias na gestão da energia e de fornecer novas facilidades
aos seus utilizadores, principalmente nas áreas do conforto, da segurança e das
comunicações.
Cedo se constatou que havia lugar para a aplicação dessas mesmas idéias à
habitação. Isso ocorreu com particular relevância em países como os EUA, o Japão
e a França. Em Portugal, o conceito passou a ser designado por Domótica sob
influência do termo francês Domotique. Em termos da língua inglesa, designações
comuns são Smart House e Intelligent House, sendo esta última a mais usada nos
nossos dias.
Como é óbvio, os conceitos não se aplicam apenas às habitações individuais,
estendendo-se naturalmente aos condomínios residenciais e condomínios mistos
(habitações e escritórios).
Do que foi dito, ressalta que existem grandes semelhanças entre domótica e
edifícios inteligentes. Isso ocorre principalmente ao nível dos objetivos globais e de
um grande número de funções e facilidades oferecidas. No entanto, existem também
diferenças importantes, de que se destacam:
•
Na habitação a ênfase está no utilizador individual e no seu conforto (entre
outros aspectos, isso introduz algumas imposições e especificidades ao
nível da interação com o(s) sistema(s) e respectivas formas de operação,
sendo conveniente recordar que na habitação o gestor do sistema é o
próprio utilizador);
•
Menor custo da solução domótica, de modo a minimizar o investimento
inicial (se num edifício do setor terciário pode ser aceitável um acréscimo
de custo da ordem dos 10% para o tornar "inteligente", na habitação o
limiar de aceitação ronda os 4%);
•
Na habitação as funcionalidades são mais simples e com um âmbito mais
restrito e/ou específico (por exemplo, em termos de iluminação poderá
fazer sentido prever diversos cenários de utilização - repouso, leitura, ver
televisão –a que corresponderão determinados valores pré-fixados,
23
enquanto
questões
tais
como
programações
horárias
sofisticadas
associadas a horários de trabalho, etc, podem não fazer qualquer sentido;
dando outro exemplo, em termos da gestão energética poderão incluir-se
funções de monitorização e programação horária simples do ato de
ligar/desligar cargas, enquanto que aspectos sofisticados de controle de
ponta, prioridades no desligamento de cargas, etc, não são necessárias);
•
Na habitação existe a necessidade/conveniência de algumas funções que
não fazem grande sentido num edifício do setor dos serviços e vice-versa
(na habitação, um aspecto muito importante corresponde à ocupação de
tempos livres e entretenimento, não existindo essas necessidades, em
geral, num edifício de escritórios; pelo contrário, num edifício de escritórios
deve existir um sistema que controle o acesso aos espaços interiores, o
que não tem sentido prático numa habitação).
Prof. Renato Nunes Disciplina: Edifícios Inteligentes e Domótica
1.4
A Gestão Integrada de Edifícios
A complexidade de todos os aspectos relacionados com o assegurar um bom
funcionamento dos edifícios deu origem ao aparecimento de uma nova categoria
profissional: os Gestores de Edifícios (Facility Managers).
A Gestão Integrada de Edifícios (Facility Management) teve as suas origens
na área da manutenção de edifícios. No entanto, à medida que os edifícios foram se
tornando entidades mais sofisticadas e complexas, e em constante mutação, o
número de tarefas e aspectos considerados em conta, aumentaram muito
significativamente, passando a manutenção a ser apenas um deles.
Refletindo a implantação desta nova classe de trabalhadores, existem por
todo o mundo inúmeras associações de caráter profissional que congregam os ditos
Gestores de Edifícios ou quem, efetivamente, desempenha esse tipo de funções ou
está de algum modo associado a elas (por exemplo, em termos de investigação).
Essas associações possuem particular relevância nos EUA, no Japão e na Europa
(de que se destacam a Inglaterra, a Alemanha, a Holanda e a França).
24
Nos EUA a International Facility Management Association (IFMA) foi criada
em Outubro de 1980 e congrega hoje mais de 14 000 pessoas. No entanto, convirá
notar que em muitos países, onde Portugal é um exemplo, essa categoria
profissional não está identificada nem possui associações que a representem. Por
outro lado, não existem formas oficiais (nem outras) de adquirir conhecimentos e
qualificações nesta área. Em contraste, na Inglaterra é hoje possível obter graus de
licenciado, mestrado e até doutorado em Gestão de Edifícios, e é muito diversificada
a oferta de cursos de curta duração sobre diversos temas específicos. O gestor de
edifícios tem a seu cargo um conjunto de atividades que dão suporte e potenciam a
atividade produtiva das organizações de forma a estas usarem da melhor forma os
recursos disponíveis e a possuírem a melhor produtividade e competitividade
possíveis. As áreas de conhecimento envolvidas são a gestão, a administração, as
ciências sociais, a arquitetura e várias vertentes de engenharia (mecânica,
eletrotécnica e informática).
Entre as funções que normalmente lhe competem citam-se as seguintes:
•
Previsão financeira e orçamentação associada às instalações;
•
Planejamento da manutenção de longo e curto prazo;
•
Gestão e distribuição de espaço;
•
Planejamento das instalações e locais de trabalho e antevisão de novas
necessidades;
•
Planejamento e evolução do posto de trabalho;
•
Seleção de equipamento de escritório e mobiliário;
•
Planejamento e gestão de mudanças;
•
Gestão de contratos (aluguéis, arrendamentos, seguros, manutenção de
equipamento, subcontratação, etc);
•
Gestão de reclamações;
•
Gestão do parque imóvel da organização (incluindo os processos de
venda, aquisição ou construção de novos imóveis);
•
Gestão de projetos de construção;
•
Planejamento e gestão de operações de renovação;
•
Supervisão de serviços associados às instalações técnicas, segurança,
telecomunicações, comunicação de dados, gestão de cablagem, etc;
25
•
Supervisão de serviços administrativos gerais (serviços de alimentação,
limpeza, reprografia, transportes, etc);
•
Planejamento de ações e sua coordenação em situações de emergência
ou catástrofe (Disaster Planning and Recovery);
•
Registro de toda a informação relevante para permitir a análise da gestão
dos edifícios da organização ao longo da sua evolução e comparação com
outras organizações similares;
•
Controle das aplicações de normas legislativas no âmbito do edifício
(sinalização, proteção contra fogo, qualidade do ar, regras para evitar
acidentes no trabalho, aspectos ecológicos, políticas de reciclagem, etc);
•
1.5
Coordenação de aspectos de educação e formação contínuas.
Serviços para Edifícios Inteligentes
1.5.1 O conceito de serviço
As capacidades dos sistemas presentes num edifício avaliam-se pelas
funções que executam. No entanto, essas funções, que podem ser bastante
diversificadas, possuem características (tais como a sua natureza, o seu âmbito, ou
os seus objetivos) que as permitem agrupar em conjuntos. É nesta perspectiva que
se introduz a noção de Serviço, a qual corresponde a um conjunto de funções que,
pela sua natureza, pela sua íntima inter-relação e/ou dependência, pela sua partilha
ou intervenção sobre informação comum, pela sua associação a um mesmo tipo de
equipamento físico, justificam o seu agrupamento numa entidade individualizada.
Temos de salientar que as funções desempenhadas por um serviço não
necessitam estar, forçosamente, associadas a dispositivos físicos (envolvendo
interações com sensores e atuadores). Um serviço pode ser constituído apenas por
funções de natureza software. Deste modo, uma base de dados ou um determinado
programa específico podem também ser considerados serviços. Ou seja, a noção de
serviço é bastante genérica, podendo ser aplicada aos mais diversos domínios e não
se restringindo apenas à área da automação e gestão de edifícios.
26
1.5.2 Exemplos de serviços
Vamos em seguida apresentar um conjunto de serviços para edifícios
inteligentes e descrever uma súmula das funções de alguns deles. Pretende-se
deste modo abordar o edifício inteligente sob o ponto de vista funcional, oferecendo
uma visão diversificada e abrangente que cobre múltiplas áreas de interesse e não
apenas as tradicionalmente associadas à Gestão Técnica. Segue-se o conjunto de
serviços para edifícios inteligentes, indicando-se entre parênteses uma designação
abreviada de cada serviço:
•
Apoio à Portaria (Portaria);
•
Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado (AVAC);
•
Comunicações e Distribuição de Áudio e Vídeo (Comunica. Áudio-Vídeo);
•
Controle de Acessos (Acessos);
•
Controle de Estacionamento de Veículos (Estacionamento);
•
Controle de Irrigação (Irrigação);
•
Detecção de Situações de Emergência (Emergência);
•
Diagnóstico de Falhas e Manutenção de Sistemas (Diagnóstico e
Manutenção);
•
Elevadores (Elevadores);
•
Gestão de Cablagem (Cablagem);
•
Gestão de Presenças (Gestão de Presenças);
•
Gestão e Administração de Sistemas (Gestão e Administração);
•
Gestão Energética (Gestão Energética);
•
Iluminação (Iluminação);
•
Informação (Informação);
•
Inventariação e Gestão Patrimonial (Gestão Patrimonial);
•
Localização de Pessoas e Equipamentos (Localização);
•
Manutenção do Edifício (Manutenção);
•
Vigilância e Detecção de Intrusão (Vigilância).
27
Antes de iniciar a descrição de alguns serviços, convém salientar diversas
capacidades que são comuns a todos eles:
•
Configuração e gestão do serviço, permitindo a sua adequação a cada
caso de aplicação (deverá ser possível, por exemplo, definir que
equipamentos estão associados ao serviço e qual o seu tipo, definir quais
as suas identificações, locais do edifício em que estão instalados, etc);
•
Monitorização e teste do estado de funcionamento de dispositivos
mecânicos e respectivos equipamentos de controle, com vista a detectar a
ocorrência de falhas e a registrar tempos de funcionamento (esta
informação será de grande utilidade para a realização de ações de
manutenção);
•
Gestão e controle dos privilégios dos vários tipos de utilizadores;
•
Interação com os utilizadores, possibilitando a realização de tarefas de
configuração, parametrização e gestão do serviço, ou simples consulta de
informação (de notar que determinadas tarefas estarão restringidas
apenas aos utilizadores com os privilégios adequados);
•
Realização de registros de informação relevante e sua gestão (com vista a
possibilitar, por exemplo, a sua análise estatística ou a sua transferência
para outras aplicações).
Seguidamente, e apenas a título ilustrativo, apresenta-se uma descrição muito
sucinta
das
funcionalidades
associadas
a
cinco
dos
serviços
indicados.
Relativamente aos restantes serviços, espera-se que a sua designação seja
suficiente para dar uma indicação do correspondente âmbito de intervenção. Para o
leitor mais interessado nos aspectos funcionais sugere-se a leitura do apêndice um
da referência [4] .
Nele é apresentada uma descrição mais pormenorizada de cada serviço, com
a identificação das funções e capacidades inovadoras que se destacam das
funcionalidades habitualmente disponíveis nos sistemas de automação atuais.
28
1.5.2.1 Serviço de apoio à portaria
Este serviço tem por objetivo tornar mais eficaz e facilitar as tarefas a cargo
das pessoas responsáveis pela(s) portaria(s) de um edifício.
Entre as suas funções destacam-se o controle e registro de entradas e saídas
no edifício por parte de pessoas e de equipamentos, o fornecimento de informação
de encaminhamento de visitas, o registro de mensagens de visitas para visitados e
vice-versa, etc.
1.5.2.2 Serviço de manutenção do edifício
Este serviço tem a seu cargo a supervisão de todas as tarefas relacionadas
com ações de manutenção (preventiva ou corretiva) associadas ao próprio edifício e
às suas instalações técnicas.
Entre as suas funções destacam-se as associadas à supervisão de pedidos
de reparação e indicações de falhas, ao processamento desses pedidos
(agrupamento por especialidades, atribuição de prioridades, estimativa de tempos de
execução), à coordenação e escalonamento de ações de manutenção (incluindo a
atribuição de tarefas às pessoas adequadas, contabilização da duração das
operações executadas, registro das ações realizadas, contabilização de custos), ao
controle e gestão de contratos de manutenção, etc.
1.5.2.3 Serviço de detecção de situações de emergência
Este serviço tem a seu cargo tarefas de detecção e combate de situações de
emergência tais como incêndio, fugas de gases tóxicos e inundações.
Entre as suas funções salientam-se as associadas ao encaminhamento de
pessoas e à previsão da evolução e propagação de sinistros.
29
1.5.2.4 Serviço de gestão de presenças
Este serviço tem como principal missão registrar os tempos de presença dos
funcionários das várias organizações existentes no edifício e fornecer informação
pormenorizada que permita, por exemplo, efetuar o processamento de vencimentos.
Entre as múltiplas funções que desempenha, destacam-se as relativas à
aceitação de justificações de faltas ou ausências, à marcação de férias e ao
processamento estatístico de informação e controle de assiduidade.
1.5.2.5 Serviço de informação
Este serviço conglomera em si múltiplas funções, que se caracterizam, na sua
generalidade, por permitir o acesso a informação útil sobre o edifício e sobre as
organizações que o ocupam, e oferecer facilidades de gestão de determinados
recursos associados ao edifício.
Entre as funções que desempenha referem-se o registro de reclamações e de
sugestões, a recolha de solicitações diversas (por exemplo, pedidos de reparações,
de instalação de equipamentos, de resolução de problemas), o armazenamento e o
acesso à documentação diversa (manuais de equipamentos, procedimentos vários,
estatutos, legislação, contratos de manutenção, etc), a gestão de recursos comuns
do edifício (tais como salas de reuniões, auditórios e áreas de lazer), etc.
1.5.3 Exemplos de interações entre serviços
Uma análise cuidada das funções desempenhadas pelos diversos serviços
permite concluir que a generalidade deles pode beneficiar significativamente da
cooperação com outros serviços.
Na Figura 1 estão ilustrados os vários serviços e as interações mais
representativas. A análise da figura ressalta a existência de dois tipos de serviços:
os que possuem um conjunto de interações específicas (que ocupam a maior parte
da figura e estão interligados através de uma complexa rede de ligações) e aqueles
que interatuam com a generalidade dos restantes serviços (e que, para não
30
complicar excessivamente a figura, foram representados apenas com um conjunto
de ligações para o exterior).
Figura 1 - Interações entre Serviços
Descrevem-se em seguida exemplos de interações para os dois tipos de
serviços identificados anteriormente. Essas interações foram agrupadas em
interações genéricas e específicas.
31
1.5.3.1 Interações genéricas
O Serviço de Gestão e Administração de Sistema e o Serviço de Diagnóstico
de Falhas e Manutenção de Sistema, pela sua própria natureza, interatuam com
todos os restantes serviços. O primeiro deles tem a seu cargo funções relacionadas
com a supervisão e administração do sistema global. Para desempenhar da forma
mais adequada as suas tarefas, é essencial que dialogue com os diversos serviços,
obtendo informação sobre a sua configuração, o seu estado de funcionamento, grau
de utilização, falhas ocorridas, etc. Com essa informação torna-se possível realizar
uma gestão global do sistema muito mais correta e eficaz (fundamentada em
informação que está constantemente a ser atualizada), sendo facilitado todo o
processo relativo a reconfiguração dos vários serviços e, conseqüentemente, do
sistema global.
Relativamente ao Serviço de Diagnóstico de Falhas e Manutenção de
Sistema é também essencial, para as funções que desempenha, que interatue com
os restantes serviços. Assim, ele poderá conhecer detalhadamente o estado de
funcionamento dos diversos componentes (dispositivos físicos ou aplicações
software) que constituem cada serviço e poderá desencadear, com grande
celeridade, as ações mais adequadas com vista à resolução das falhas ou dos
problemas identificados.
Aborda-se em seguida o Serviço de Emergência, o qual interatua com a
generalidade dos restantes serviços. Essa interação visa, fundamentalmente,
informá-los da ocorrência de sinistros e solicitar o desencadear de ações adequadas
à situação. Relativamente a este aspecto, podem ser identificados dois grupos de
serviços: os que desempenham papéis ativos no combate ou prevenção das
situações de emergência e os que desempenham um papel menos interventivo.
No primeiro grupo encontram-se, por exemplo, os serviços de AVAC,
Iluminação, Elevadores, Controle de Acessos e Controle de Estacionamento de
Veículos. Estes serviços, ao serem informados da existência de um incêndio numa
determinada zona do edifício, desencadearão ações tais como: despressurização e
desenfumagem da zona sinistrada (AVAC), pressurização das zonas de evacuação
(AVAC), iluminação adequada das zonas próximas do sinistro e zonas de evacuação
(Iluminação), desativação dos elevadores deslocando automaticamente as cabinas
ocupadas para pisos seguros (Elevadores), impedir o acesso às pessoas comuns a
32
zonas que possam estar em risco de serem afetadas pelo sinistro e permitir a livre
saída dos locais sinistrados (Acessos), bloquear o acesso a zonas de
estacionamento que possam estar em risco (Estacionamento).
Relativamente ao segundo grupo de serviços (com um papel menos
interventivo), pode referir-se os serviços de Comunicação e Distribuição de Áudio e
Vídeo, Informação, Gestão de Presenças, Localização e Inventariação e Gestão
Patrimonial.
Estes serviços, em caso de sinistro, centram os seus esforços na divulgação
de informação sobre o que se está a passar e sobre como as pessoas devem
proceder (Comunica. Áudio-Vídeo e Informação), na indicação de que pessoas se
encontram no local do sinistro e na sua vizinhança (Gestão de Presenças e
Localização) e no fornecimento de informação que auxilie a identificação de
equipamentos ou materiais sensíveis na zona do sinistro e na sua proximidade
(Gestão Patrimonial).
Abordando agora o Serviço de Informação, constata-se que este interatua
com todos os serviços, com vista a recolher informação estatística de cada um
deles. Essa informação, após processamento, permitirá a realização de análises
sobre o sistema global que serão de grande utilidade. Por outro lado, será natural
que diversos serviços recorram ao Serviço de Informação quer para aceder a
informação que ele detém quer para aceder aos recursos que ele gere.
Relativamente ao Serviço de Manutenção do Edifício, ele interatua com a
generalidade dos restantes serviços com vista a recolher informação sobre os
tempos de funcionamento dos vários equipamentos que eles controlam. Deste
modo, as ações de manutenção preventiva podem ser otimizadas. De salientar
também interações com o Serviço de Apoio à Portaria e Serviço de Controle de
Acessos, que serão de grande utilidade sempre que estiverem programados
trabalhos de manutenção a realizar por pessoas estranhas ao edifício.
1.5.3.2 Interações específicas
Seguidamente são apresentados exemplos relativos a interações específicas
entre diversos serviços.Dado o elevado número de interações envolvidas, optou-se
por descrever apenas algumas delas, de forma muito sucinta. Uma descrição mais
detalhada das várias interações pode ser obtida no apêndice um da referência [4] .
33
As interações são identificadas pelas designações abreviadas dos serviços
envolvidos, aparecendo em primeiro lugar o serviço de menor ordem alfabética.
•
Acessos – Iluminação: O primeiro serviço informa o segundo sobre a
presença de pessoas em determinadas áreas, possibilitando o desligar
das iluminações em zonas que ficaram desocupadas e o ligar da
iluminação em zonas que passaram a estar ocupadas;
•
Elevadores – Portaria: O segundo serviço solicita às primeiras funções do
tipo Táxi em situações de visitas importantes;
•
Estacionamento – Gestão de Presenças: O segundo serviço informa o
primeiro sobre que pessoas estão de férias, quais as ausentes por motivo
de doença e as que já concluíram o seu dia de trabalho, permitindo-lhe
efetuar uma melhor gestão dos espaços de estacionamento;
•
Gestão Patrimonial – Portaria: O segundo serviço informa o primeiro sobre
entradas e saídas de equipamentos. O primeiro serviço fornece ao
segundo descrições pormenorizadas sobre equipamentos de modo a
permitir a sua identificação fácil e idônea;
•
Portaria – Localização: O primeiro serviço solicita ao segundo a
localização de determinada pessoa para que possa entrar em contato com
ela. A concluir, é feita uma referência ao Serviço de Gestão de Cablagem
(Cablagem). Embora a Figura 1 possa sugerir que ele não interatua com
outros serviços, tal não é verdade. No entanto, as suas interações ocorrem
apenas com os serviços que possuem um número muito elevado de
interações,
tais
como:
Gestão
e
Administração,
Diagnóstico
e
Manutenção, Informação, etc.
1.5.3.3 Ilustração de interações múltiplas entre serviços
Abaixo são apresentados dois cenários em que se ilustram, com situações
concretas, as ocorrências de múltiplas interações entre serviços. Os exemplos
apresentados demonstram claramente os benefícios da integração.
34
a) Cenário Um
Uma determinada pessoa (a Visita) dirige-se ao responsável pela portaria do
edifício (o Porteiro) e indica que pretende falar com um certo funcionário (o Visitado).
Recorrendo ao Serviço de Apoio à Portaria o Porteiro constata existirem três
pessoas com o nome indicado pela Visita. Recorrendo a informação fornecida sobre
os possíveis visitados (por exemplo, nomes adicionais, organização em que
trabalha, título, cargo desempenhado), o Porteiro inquire a Visita e identifica
univocamente o Visitado.
Em seguida, o Porteiro verifica que não existem mensagens do Visitado para
a Visita e efetua uma chamada telefônica para a extensão indicada pelo serviço.
Após aguardar algum tempo sem haver resposta, o porteiro deduz que o
visitado não se encontra no seu local de trabalho e desencadeia a sua localização.
Para tal, é contatado automaticamente o serviço de localização o qual indicará onde
o Visitado se encontra e qual a melhor forma de contatar com ele.
Nota-se que, se o serviço de localização fosse incapaz de localizar o Visitado,
poderia ser contatado o Serviço de Gestão de Presenças que verificaria se o
Visitado já havia concluído o seu dia de trabalho ou se ele se encontra de férias.
Seguidamente o Porteiro contata o Visitado e confirma se este deseja receber
a Visita. Em caso afirmativo, é solicitada a geração de um cartão de identificação
para a Visita e é pedida (ao Serviço de Controle de Acessos) a autorização de
acesso necessária para que a Visita se possa dirigir ao local em que o Visitado se
encontra (ou, em alternativa, a um local de encontro pré-definido).
Por último, e caso a Visita desconheça o edifício, o Porteiro pode
desencadear o fornecimento de informação de encaminhamento que pode ser
gráfica ou textual.
b) Cenário Dois
O funcionário F necessita marcar uma reunião que irá envolver diversas
pessoas da sua organização e pessoas de outras organizações (externas ao
edifício).
35
Para atingir esse objetivo, F recorre ao Serviço de Informação e seleciona
uma sala de reuniões adequada para o número de pessoas envolvidas. Efetua então
a sua reserva para o dia e hora desejados.
Nota-se que, no caso de a sala já se encontrar reservada para a altura
indicada, o Serviço de Informação pode sugerir alternativas e permitir a consulta de
todas as reservas existentes em torno da data pretendida.
Efetuada a reserva, F indica quais as pessoas que irão estar presentes. A
lista de todos os indivíduos externos ao edifício é automaticamente enviada para o
Serviço de Apoio à Portaria, juntamente com uma mensagem indicando qual o local
da reunião.
Adicionalmente, é também enviada automaticamente informação para os
serviços de Controle de Acessos e AVAC, para que no dia da reunião todas as
pessoas envolvidas possam aceder à sala e para que esta esteja convenientemente
climatizada.
No dia da reunião, e algum tempo antes da hora marcada, F solicita ao
Serviço de Comunicações e Distribuição de Áudio e Vídeo que efetue o
encaminhamento de todas as chamadas telefônicas a ele destinadas, para o local
em que ele se encontrar. Assim, F poderá ultimar os preparativos para a reunião,
deslocando-se livremente pelo edifício, sem ficar incomunicável. À medida que F se
for deslocando pelo edifício a sua posição irá sendo identificada (pelo Serviço de
Localização e, eventualmente, também pelo Serviço de Controle de Acessos) e
fornecida ao Serviço de Comunicações e Distribuição de Áudio e Vídeo, o qual
interatuará com o PPCA de modo a efetuar o encaminhamento automático de
chamadas para a extensão mais próxima do local em que F se encontra.
Algum tempo antes do início da reunião o Serviço de AVAC inicia a
climatização da sala, ajustando os fluxos de ventilação ao número de pessoas que
irão estar presentes.
A primeira pessoa que aceder à sala de reuniões desencadeará o ligar
automático da iluminação (ação realizada pelo Serviço de Iluminação no seguimento
de informação fornecida pelo Serviço de Controle de Acessos).
36
Foi realçada, de forma sucinta, a importância que os edifícios inteligentes
possuem e o forte impacto econômico que lhes está associado. A abordagem
efetuada procurou-se dar uma visão funcional de um edifício inteligente, traduzindo
um conjunto diversificado de conceitos que se manifestam ao nível dos serviços, das
funções que eles desempenham e das suas interações. Foi dada ênfase especial
aos aspectos da integração como requisito imprescindível de um edifício inteligente.
Agora com os conceitos obtidos, daremos início ao tratamento mais apurado
da proposta de nosso projeto final de graduação – O Impacto da Automação em
Condomínios Residenciais Verticais.
O próximo capítulo explicitará qual será a metodologia utilizada para o
desenvolvimento das tarefas, e quais serão as atribuições de cada componente da
equipe, de modo que o estudo não perca o foco da proposta inicial.
37
2
O CONDOMÍNIO
A etapa inicial do projeto, que era conseguir um prédio para desenvolver o
estudo de caso proposto, foi um pouco mais difícil que prevíamos inicialmente, razão
pela qual o cronograma atrasou no seu início.
A equipe planejou fazer uma pré-escolha de quatro condomínios para então
escolher um, porém o que aconteceu foi que, ao invés de quatro condomínios,
fomos obrigados a contatar 16 prédios, para só então ser definido o condomínio
Tower Club House como objeto de nosso estudo.
Entre os principais problemas, destacou-se a grande dificuldade em conseguir
o primeiro contato com uma pessoa no prédio que nos ouvisse e repassasse a
informação para demais moradores ou membros do conselho, na maioria das vezes
nos deparamos com porteiros, que são instruídos para não incomodar moradores,
síndicos, etc. Os condomínios que a equipe conseguiu maior contato foram
condomínios que são controlados por administradoras, sendo que para este primeiro
contato tivemos que gerar uma carta de apresentação da equipe com o estudo
proposto (ver Anexo 1). Dos 16 condomínios abordados, entramos em negociação
direta com seis deles: Edifico Marc Chagal, Edifício Baltimore, Edifício Arthur Santos,
Edifício Caldas da Imperatriz, Edifício Mont Royal e Edifício
Tower Club House.
Desses seis prédios, três abriram as portas para que iniciássemos os estudos, foram
eles: Edifício Arthur Santos, Edifício Caldas da Imperatriz e Edifício Tower Club
House. Fizemos então a pré-análise da disponibilidade técnica de cada um, e
chegamos a conclusão que o Edifício Tower Club House nos dava totais condições
para realizar um projeto com a grandeza e qualidade que estávamos procurando.
Com a definição do condomínio, a burocracia se tornou ainda maior que
aquela do primeiro contato. Participamos de duas reuniões preliminares com o
conselho de moradores do condomínio juntamente com a administradora, para
esclarecer com detalhes o que era nosso trabalho, como seria realizado, prazos e
todas as demais questões.
Exigiram que fizéssemos um termo de responsabilidade de danos físicos que
por ventura pudessem acontecer com os componentes da equipe quando os mesmo
estivessem no interior do prédio (ver Anexo 2), bem como uma declaração de que o
trabalho não traria qualquer ônus para o prédio e administradora (ver Anexo 3).
38
Logo após essa etapa burocrática começamos finalmente colher os dados
pertinentes ao estudo de caso. Porém toda essa burocracia ocasionou um
considerável atraso no início do nosso cronograma, atraso este que conseguimos
recuperar somente com a elaboração de um novo cronograma que pode ser
observado no Anexo 44 e no Anexo 45.
O edifício Tower Club House, é um condomínio residencial de classe média
alta, localizado na Av. Iguaçu 2380. Tem seis anos de idade, possui três torres de 26
andares cada uma, sendo dois apartamentos por andar, que podem ser de 198m2 ou
152m2 .
O condomínio oferece diversas opções aos moradores como por exemplo:
salão de festas (com grande estrutura), piscina aquecida, sauna (úmida e seca),
piscina na sauna, sala de jogos, sala de ginástica (completa), quadras de squash
(duas), quadra poliesportiva, duas churrasqueiras com grande estrutura, dois subsolos de garagem, sendo duas vagas de garagem para cada morador; e demais
áreas comuns.
O sistema de aquecimento de água é individualizado por apartamento, assim
como o sistema de medição de gás. A fatura de água é dividida igualmente entre os
apartamentos, porém é medida por um único hidrômetro. A entrada de energia é em
média tensão (13,8kV). Na subestação existem dois transformadores, um de 500kVA
para atender aos apartamentos, e outro de 225kVA para atender as cargas do
condomínio.
39
3
METODOLOGIA UTILIZADA PARA DEFINIÇÃO DOS SISTEMAS
Inicialmente a principal proposta da equipe, era estudar qual seria o impacto
da automação em condomínios verticais residenciais, se preocupando não apenas
em reduzir custos, mas também em aumentar a segurança e a comodidade dos
condôminos, mesmo que isso trouxesse custos que não pudessem ser recuperados
futuramente com a diminuição de custos de energia.
Com isso, foram definidos pela equipe, quais eram os sistemas que poderiam
trazer sucesso à proposta inicial. Tais sistemas foram definidos de acordo com a
experiência de cada componente da equipe, de seus coordenadores e de dados
estatísticos de consumo de energia publicados em artigos técnicos relacionados ao
assunto.
Esses sistemas, na sua maioria, eram de fácil percepção, como por exemplo,
o sistema de iluminação (maior responsável pelo consumo energético), sistema de
elevadores, sistema hidráulico (bombas de drenagem, bomba de recalque, etc.),
sistemas de segurança, etc.
Então todos os sistemas foram subdivididos gerando assim uma cadeia de
subsistemas, e estes por sua vez foram se expandindo, de forma a nos mostrarem a
imensa quantidade de trabalho que poderia então florescer a partir dos sistemas
principais.
Deu-se então início ao problema para a definição de prioridades, para que
pudéssemos de forma efetiva elaborar o estudo com sucesso. Assim de acordo com
dados coletados (via questionários), observações realizadas durante as visitas,
conversas com moradores e funcionários que trabalham no condomínio, contas de
energia elétrica e de água, verificamos alguns pontos de elevada relevância, e
outros de menor relevância, porém também importantes.
O critério que utilizamos para definir “o que estudar” e o que “não estudar”,
propondo uma melhoria ao final, partiu da tabulação das informações coletadas. Em
seguida, utilizando tais informações tabuladas, juntamente com ferramentas de
qualidade, tais como: PDCA (Brainstorming, Diagrama de Pareto, Diagrama de
Árvore,
Diagrama
de
Ishikawa,
5W+2H);
anteriormente de “relevantes e não relevantes”.
definimos
os
pontos
chamados
40
Logo, percebeu-se claramente onde deveríamos focar nosso estudo para que,
ao final do projeto, chegássemos a resultados que espelhariam nosso anseio inicial,
que era basicamente:
•
Fazer
uso
de
sistemas
automatizados
para
diminuirmos
custos
energéticos, e outros custos que se mostrassem pertinentes ao longo do
trabalho (como foi o caso, como poderemos observar nos capítulos que
seguem deste trabalho);
•
Aumentar a comodidade dos moradores, com um custo “ótimo”, ou seja,
economicamente viável;
•
E por fim provar que tudo seria tecnicamente possível de ser
implementado no prédio já existente.
3.1
Análise e Solução dos Problemas
Para obtermos os resultados esperados na proposta inicial do projeto,
seguiremos o ciclo PDCA exemplificado abaixo :
Figura 2 - PDCA
41
A eficiência do método vem da repetição do ciclo PDCA até atingir o objetivo.
Podemos então dividir esse ciclo em 8 passos desenvolvidos a seguir:
Figura 3 - Ciclo PDCA do projeto
42
3.2
Definição dos Sistemas
3.2.1 Levantamento do custo mensal do condomínio
Tais dados foram coletados, diretamente com a administradora LOCALITE,
responsável por administrar o condomínio Tower Club House.
Pode-se observar na tabela abaixo, a composição mensal (média) dos gastos
do condomínio. Nesta etapa é indispensável hierarquizar os problemas, posto que
por enquanto temos uma grande quantidade de “problemas” (custo mensal aos
moradores), utilizamos então uma ferramenta chamada Diagrama de Pareto ou ABC
para facilitar a escolha dos pontos de maior importância (que possam ser
modificados) para nosso estudo de caso.
A meta dessa ferramenta é de destacar a minoria de problemas que induzem
a maioria das perdas (energia, mão de obra, água, etc...). Pode-se fazer um
Diagrama de Pareto dentro de cada problema para ter as causas que originaram tal
problema.
Figura 4 - Gasto Médio Mensal
43
Analisando as informações passadas pelo gráfico de Pareto, podemos
confirmar nossas primeiras impressões, ou seja, realmente a parcela mais
significativa de gastos, desconsiderando o gasto fixo com funcionários - maior custo
mensal incidente aos moradores, que a princípio não será objeto de nossas
propostas; concentra-se nos sistemas que dependem diretamente de energia
elétrica (iluminação, motores, bombas, elevadores, etc...), e com o sistema hidráulico
(abastecimento de água para os apartamentos, piscina, sauna, jardins, etc...). Um
ponto a ser considerado é a segurança, que apesar de não ter um gasto mensal
significativo, é de suma importância para o condomínio. Definimos assim os “macrosistemas” que terão o foco do nosso estudo de caso.
3.3
Análise dos Macro-Sistemas para Definição dos Sistemas
Identificaremos, agora as causas originárias dos “problemas”. Devemos
lembrar que somente agindo na raiz do problema, faremos com que ele não volte.
Á partir dos macro-sistemas (energia, água, segurança), definimos os
sistemas de maior relevância para nosso estudo, para chegarmos a um ponto que
fosse realmente significativo para o estudo. Então, fizemos uso das ferramentas que
a disciplina de Qualidade nos ofereceu, ou seja; realizamos um Brainstorming
considerando cada macro sistema e a seguir fizemos um diagrama de Ishikawa,
seguido por Pareto e 5W+2H, portanto temos:
3.3.1 Análise do sistema elétrico
a) Brainstorming do sistema elétrico:
•
Iluminação;
•
Lâmpadas incorretas;
•
Reatores incorretos;
•
Tipo de acendimento;
•
Tempo que a lâmpada fica acesa;
•
Interruptores em paralelo
•
Motores;
44
•
Bombas;
•
Chuveiros da sala de ginástica/sauna;
•
Aquecimento da sauna;
•
Piscina descoberta;
•
Sistema de tarifação;
•
Sistema de medição;
•
Demanda contratada;
•
Funcionamento dos motores das bombas;
•
Comando das bombas;
•
Tipo de acionamento dos elevadores;
•
Porteiro não apaga/acende luzes no horário correto;
•
Periodicidade de manutenção do elevador;
•
Administradora do condomínio;
•
Manutenção das bombas;
•
Eletricista;
•
Zelador não efetua troca das bombas no dia certo;
•
Controle da temperatura da piscina ineficiente;
•
Freqüência/horário de utilização da sauna;
•
Freqüência/horário de utilização da piscina;
•
Freqüência/horário de utilização da sala de jogos;
•
Freqüência/horário de utilização do salão de festas;
•
Freqüência/horário de utilização da quadra de squash;
•
Freqüência/horário de utilização da churrasqueira;
•
Horários de maior/menor circulação nas garagens;
•
Chamada dos elevadores “dupla por torre”;
•
Utilização dos elevadores indevida/incorreta;
•
Acendimento prolongado da iluminação dos halls;
•
Baixa eficiência da iluminação externa;
•
Horário de permanência da iluminação ligada.
Agora devemos identificar as causas possíveis que podem ter efeito sobre o
problema. Para isso utilizaremos a técnica dos “6M’s” (Mão-de-obra, Métodos, Meio
Ambiente, Máquina, Material, Meio de Controle), através do diagrama de Ishikawa.
45
b) Diagrama de Ishikawa / Causa-Efeito
Figura 5 - Diagrama de Ishikawa para o consumo de Energia
46
c) Diagrama de Pareto:
Logo após a realização do diagrama de Ishikawa do “macro sistema elétrico”
a equipe dividiu o estudo em sistemas e os analisou, através de levantamento das
cargas instaladas, quais seriam realmente, os pontos de maior relevância para o
estudo.
O diagrama de pareto abaixo foi feito baseado nos dados obtidos após
análise da situação atual do condomínio. Tendo em mãos, as informações sobre os
tipos de lâmpadas/luminárias que estão sendo utilizadas, o seu tipo de acionamento,
os tipos e consumos de cada bomba, e demais gastos (como foi definido no
diagrama de Ishikawa) podemos estabelecer então o consumo total do condomínio:
Figura 6 - Consumo Médio por Sistema
47
Analisando as informações passadas pelo diagrama de Pareto da Figura 6,
pode-se verificar que ao valores consumidos pela iluminação correspondem a 67%
do consumo mensal total do condomínio, assim como os elevadores consomem
8.5%, as bombas de recalque 8.2%, o aquecimento da piscina 11%, etc. Desse
modo,
como
os
sistemas
de
iluminação,
bombas
e
elevadores,
juntos
corresponderem à aproximadamente 94.7% do consumo total, focaremos nosso
estudo nesses pontos considerados chaves pela equipe, bem como no sistema de
segurança que, apesar de não representar um grande consumo, é de fundamental
importância para os condôminos.
Como no sistema de iluminação a gama de subsistemas criada foi muito
grande, foi feito um rastreamento dos ambientes de maior consumo, que são
apresentados no diagrama de pareto a seguir, na Figura 7.
Conforme pode ser verificado no diagrama de pareto, a maioria do consumo
da iluminação concentra-se nas garagens, com 53% do consumo, seguido pelas
áreas de lazer com 13,8% , halls dos apartamentos com 12,5%, etc. Sendo, portanto
tais ambientes, foco de nossa atenção no estudo de caso, por juntos representarem
76% do consumo total da iluminação.
48
Figura 7 - Consumo Médio dos Sistemas de Iluminação
49
Assim para um melhor desenvolvimento e entendimento por parte dos
membros da equipe, apresentaremos a seguir um diagrama de 5W+2H, de cada um
dos sistemas que serão estudados.
Tabela 1 - 5W+2H - Sistema de Elevadores
50
Tabela 2 - 5W+2H - Sistema de Iluminação
51
Tabela 3 - 5W+2H - Sistema de Motores
52
3.3.2 Sistema hidráulico
a) Brainstorming do Sistema Hidráulico:
•
Elevado consumo;
•
Falta de conscientização dos moradores;
•
Dificuldade na detecção de vazamentos;
•
Cobranças desproporcionais ao consumo (em alguns casos);
•
Sistema de medição única;
•
Lavagem das calçadas externas;
•
Lavagem das garagens;
•
Situação da caixa d’água;
•
Consumo elevado nas áreas comuns (piscina, sauna, sala ginástica...);
•
Problemas com as bombas de recalque;
•
Número elevado de manutenções nos medidores/controladores de
pressão;
•
Falta de entendimento dos funcionários, em relação ao controle de
pressão das prumadas de água;
•
Existência de sistema de controle de pressão de água;
•
Pouca eficiência dos medidos da pressão;
•
Baixa confiabilidade do sistema de rateio da água;
•
Consumo na sauna desconhecido;
•
Desperdício pelos moradores;
•
Desperdício pelos empregados do condomínio;
•
Falta de interesse em economizar, por parte dos moradores;
•
Falta de interesse em economizar, por parte dos empregados;
•
Desconhecimento dos pontos de desperdício;
•
Existência de jardins de inverno;
•
Desconhecimento dos moradores, da forma exata de cobrança mensal;
•
Utilização de água de forma desordenada;
•
Falta de interesse dos moradores, em economizar;
53
b) Diagrama de Ishikawa/Causa-Efeito:
Figura 8 - Diagrama de Ishikawa para o consumo de Água
54
Assim para um melhor desenvolvimento e entendimento por parte dos
membros da equipe, apresentaremos a seguir um diagrama de 5W+2H.
Tabela 4 - 5W+2H - Consumo de Água
55
4
4.1
DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL DO CONDOMÍNIO
Sistema de Iluminação
Atualmente, pudemos observar que este sistema é composto por lâmpadas
incandescentes, fluorescentes, Vapor de Mercúrio e PL’s, sendo que esta última,
pode ser considerada uma exceção, pois inicialmente, haviam sido projetadas
somente lâmpadas incandescentes e fluorescentes, conforme observado no projeto
elétrico.
Basicamente podemos subdividir a iluminação do condomínio em dois
subsistemas: a iluminação externa e a iluminação interna; cada um deles possuindo
características distintas, que poderão ser observadas mais adiante.
4.1.1 Iluminação externa
A Iluminação externa é composta por um sistema de iluminação que
atualmente necessita da ajuda de pessoas (zeladores e porteiros) para ser ativada,
sendo que, esta também é utilizada em horários pré-agendados, basicamente, em
horários noturnos. As luminárias empregadas para iluminar as áreas externas são na
sua maioria do tipo poste e arandelas que servem para iluminar as áreas úteis
utilizadas para tráfegos de pessoas e veículos, as áreas restritas que servem para a
segurança dos condôminos e também para a iluminação dos jardins, que envolvem
a iluminação de arbustos e canteiros de flores que também fazem parte do projeto
arquitetônico do condomínio.
4.1.1.1 Corredores externos
Na planta elétrica, podemos encontrar um corredor externo que serve para o
acesso às torres B e C, onde estão instaladas lâmpadas incandescentes em spot’s
embutidos em forro de madeira. Conforme indicado na tabela do Anexo 9.
56
Esta iluminação serve para clarear um local de circulação dos condôminos
que queiram ir para a torre C, como também para a piscina, salão de jogos, sauna,
sala de squash e churrasqueira.
A partir dos dados colhidos acima e observando a Figura 9, notamos que está
área é necessária para a locomoção dos condôminos a várias dependências, sendo
que necessariamente precisa ser claro e ter um sistema prático de acionamento das
luzes, que neste caso é acionado por um sistema de interruptores em paralelo.
Figura 9 - Corredor de acesso entre as torres B e C
4.1.1.2 Jardins e acessos a áreas como portaria e parquinho infantil
Os jardins possuem uma iluminação de acordo com aquilo que o projeto
previu inicialmente, sendo que é utilizado um conjunto de luminárias especialmente
desenhadas para este fim, onde fora previsto uma boa reprodução de cores
57
acentuando a beleza do cenário e eliminando as áreas escuras, sendo também
previsto, que estas fossem a prova d’água por serem instaladas ao tempo, caso que
fora resolvido instalando-as estas dentro de globos.
Através da análise do projeto e confirmado em uma das visitas ao
condomínio, pode-se observar que esta área externa possui circuitos em 220 e
127V, sendo que estes foram separados em circuitos de jardim com três luminárias e
circuitos de iluminação de trânsito de veículos com uma iluminação decorativa. Mas
na prática fora observado que houve uma alteração em projeto que não fora
atualizado nas plantas, que seria uma diferença nas luminárias, pois todas as
luminárias, vislumbradas nestas áreas são do tipo poste com duas luminárias cada,
protegidas por globos transparentes. Também com relação à área de acesso de
veículos, hoje esta área é utilizada como área de lazer, com brinquedos para
crianças, o que pode ser observado na Figura 10.
Figura 10 - Jardins e áreas úteis do pavimento térreo
A utilização destas lâmpadas e também a sua distribuição podem ser
analisadas com mais detalhes na tabela do Anexo 9, onde estão descritos os dois
ambientes que no caso seriam a iluminação decorativa de acesso aos veículos e a
iluminação dos jardins.
58
4.1.1.3 Piscina
Por se tratar de um local de diversão e descontração dos condôminos, estes
necessitam de uma iluminação mínima que lhes proporcione comodidade e
segurança, em horários em que a iluminação solar não esteja mais disponível, ou já
estiver com grande deficiência luminosa. Para tanto foram colocadas ao redor da
piscina algumas arandelas que fazem com que está seja propícia a banhos
noturnos, conforme mostrado na Figura 11.
Figura 11 - Piscina
4.1.1.4 Áreas restritas e de circulação nos fundos do condomínio
Nesta parte do condomínio existem áreas restritas, onde somente pessoas
autorizadas podem se locomover, por se tratar de um lugar de risco, onde estão
instalados os tanques de Ultragás, que distribuem gás a todos os moradores.
Somente em determinados pontos é que se possui acesso geral, devido ao fato de
existirem nestes locais, áreas para a prática de esportes, como a quadra de futebol,
basquete e o acesso à sala de squash. Estes locais exigem fluxo luminoso maior
59
que as áreas restritas, por se tratarem de áreas de esportes e de circulação, pois
nas áreas restritas necessita-se apenas de um certo grau de claridade, suficiente
para a segurança. A iluminação destes locais, assim como o modo de instalação
destas, está descrita na tabela do Anexo 9.
4.1.1.5 Frente do condomínio
Para haver um melhor destaque, foi-se observado que existem lâmpadas
instaladas em refletores que servem para destacar a placa com o nome do
condomínio.
Fazendo-se novamente uma analogia com o projeto realizado pela projetista,
esta havia dimensionado duas lâmpadas de 100W, onde na realidade, estão
instaladas duas lâmpadas de 250W conforme indicado na tabela do Anexo 9.
Figura 12 - Placa do referencial do edifício
60
4.1.1.6 Jardins de Inverno
Por motivos arquitetônicos analisados juntamente com a síndica e a zeladora
do condomínio, as torres do condomínio possuem no total seis jardins de inverno,
que são áreas úteis do condomínio existentes entre os andares das torres, sendo
que a torre A possui três jardins, a torre B possui dois jardins e a torre C possui um
jardim. Estes jardins de inverno podem ser melhor observados na figura abaixo:
Figura 13 - Jardins de inverno / Entrada do condomínio
Cada jardim de inverno possui uma iluminação especifica que serve para dar
uma boa reprodução de cores acentuando desta maneira o cenário que é composto
de flores a algumas plantas cujas folhas são ornamentadas de maneira a compor o
61
jardim, destacando-o neste local. E para os demais pontos foram especificados
circuitos de iluminação através de sancas, que dão uma beleza maior para o local
quando visto a uma certa distância, dando um destaque maior ao prédio, frente às
outras colossais edificações construídas a sua volta.
A iluminação do jardim e das sancas está descrito na tabela do Anexo 9 que
indica os equipamentos utilizados para este específico fim.
4.1.2 Iluminação interna
O sistema de iluminação interno possui na sua maioria áreas em que a
locomoção das pessoas pode ser considerada como primordial para a sua utilização,
pois estas áreas necessitam de uma iluminação que deixe claro o ambiente, sem
deixar pontos escuros que possam gerar acidentes.
Dentro da iluminação interna podemos também inserir a iluminação de
ambientes fechados, donde provém boa parte do consumo de energia elétrica.
Atualmente este sistema é composto, em sua maioria, por lâmpadas
incandescentes de 100W para locais de uso não contínuo, e de 60 Watts para os
locais que possuem uma grande utilização. Estas lâmpadas são utilizadas devido ao
grande número de acionamentos que sofrem, pois em locais onde há a necessidade
de iluminação na maior parte do dia, são utilizadas lâmpadas fluorescentes, como é
o caso das garagens, onde toda a iluminação fica acesa 24h por dia.
A seguir é apresentado um demonstrativo de como está distribuída a
iluminação pelo condomínio, lembrando que o condomínio é constituído por três
torres de 26 andares cada e diversas áreas de uso comum.
4.1.2.1 Hall de entrada das torres
As torres possuem halls de entrada independentes para cada torre que se
interligam através de corredores internos e externos, de maneira a possibilitar a
passagem entre torres com uma boa visibilidade, existindo nestes locais pontos de
iluminação compostos por lâmpadas incandescentes, instaladas em spot embutido
em forro de gesso. Estas lâmpadas foram previamente (arquitetonicamente)
definidas em projeto para dar uma boa iluminação geral, e um bom visual do ponto
62
de vista de decoração, conforme mostrado na Figura 14. As lâmpadas utilizadas
para esta iluminação estão descritas mais detalhadamente na tabela do Anexo 10.
Tanto em projeto como na prática pode-se observar que foi definido o modo
de acendimento das lâmpadas através de interruptores paralelos nas extremidades
do hall, que são a porta de entrada do bloco, os elevadores e o corredor de
interligação dos blocos.
Figura 14 - Hall de entrada das torres
4.1.2.2 Hall de entrada dos apartamentos
Os halls de entrada dos apartamentos são os espaços aonde chegam os dois
elevadores sociais que levam aos apartamentos, bem como onde é localizado o
acesso às escadas.
A iluminação deste local consiste em duas lâmpadas incandescentes do tipo
spot que estão instaladas em forro de gesso e são acionadas cada qual por uma
minuteria, instalada próxima a saída do elevador de cada apartamento, fato que,
através dos questionários, descobrimos que descontenta a maioria dos moradores.
Tal sistema de iluminação poderá ser melhor visualizado na Figura 15.
63
Do ponto de vista elétrico, os circuitos dos halls de entrada dos apartamentos
se encontram divididos em diferentes andares, possuindo num mesmo andar dois
circuitos diferentes, ou seja, a lâmpada da direita é atendida por um circuito que
sobe do andar inferior e vai para o superior e a da esquerda da mesma maneira, se
estendendo por três ou quatro andares acima. As lâmpadas utilizadas para esta
iluminação estão descritas mais detalhadamente na tabela do Anexo 10.
Figura 15 - Hall de entrada dos apartamentos
64
4.1.2.3 Minuteria
A minuteria é um dispositivo elétrico que permite manter acesas, por um
período definido de tempo, as lâmpadas de ambientes como: corredores de andares,
garagens etc. A minuteria utilizada no condomínio é mostrada na figura a seguir:
Figura 16 - Minuteria
Esse sistema pode ser instalado nas versões coletivas ou individuais. Ao
acionar os botões de comando da minuteria, o modelo coletivo liga as lâmpadas de
alguns (ou todos) os andares ao mesmo tempo. No modo individual, cada lâmpada
recebe um comando separado e são ligadas individualmente.
Segue um exemplo de economia de energia elétrica na iluminação de halls e
corredores, utilizando-se minuteria de forma coletiva ou individual, tomando-se como
base um prédio de 10 andares, com duas lâmpadas incandescentes de 60 Watts por
andar, funcionando 12 horas por dia, no período noturno:
•
Minuteria Coletiva: Após as 22h, quando o movimento do condomínio
decresce, não se justifica manter acesas todas as lâmpadas. O mais
racional é acendê-las somente no momento em que as pessoas chegam
ou saem do condomínio e, em seguida, apagando-se automaticamente.
Nesse caso, a instalação de uma minuteria coletiva permite uma economia
de cerca de 67% na conta de energia;
•
Minuteria Individual: Esse sistema é mais econômico que o coletivo, pois
permite ligar a iluminação dos andares separadamente. A economia
mensal é de cerca de 83%.
65
4.1.2.4 Acesso interno entre as torres A e B
Conforme descrito no item 4.1.1.1, entre as torres A e B existe um corredor
que interliga os respectivos halls, onde a iluminação foi feita com spot embutidos em
forro de gesso, que dão uma estética e boa qualidade de iluminação para esta área
de circulação de pessoas. Neste corredor as paredes foram pintadas com cores
claras para favorecer a iluminação do local, porém o piso é escuro.
Em relação aos equipamentos utilizados, foi seguido o mesmo padrão dos
halls de entrada, onde também estão sendo utilizadas lâmpadas incandescentes do
tipo spot, que são acionadas através de interruptores em paralelo, nas extremidades
do corredor.
Figura 17 - Corredor de acesso entre as torres A e B
66
4.1.2.5 Sala de ginástica
A sala de ginástica pode ser considerada como um local de tarefas, onde os
moradores além de utilizar os equipamentos de ginástica, como por exemplo, a
bicicleta, ao mesmo tempo podem estar lendo um jornal ou revista, portanto devendo
este ambiente possuir uma iluminação localizada, de modo que não ocasione
problemas de visibilidade aos moradores, iluminação esta, feita através de lâmpadas
fluorescentes.
Este ambiente possui atualmente, lâmpadas tipo PL instaladas em spot fixado
em forro de gesso. Os spots utilizados nesta iluminação são os mesmos que foram
utilizados pelas lâmpadas incandescentes especificadas no projeto elétrico.
Nos banheiros desta dependência a iluminação é composta por duas
lâmpadas incandescentes em cada um dos dois banheiros (masculino e feminino).
Figura 18 - Sala de ginástica
67
4.1.2.6 Saunas
Para a iluminação das saunas podemos dizer que é feita através de lâmpadas
incandescentes que geram uma iluminação agradável às pessoas que freqüentam
este recinto. Todos os condôminos têm acesso às saunas, tanto à sauna seca, como
à sauna úmida.
Figura 19 - Entrada para as saunas
4.1.2.7 Churrasqueiras
As
churrasqueiras
são
utilizadas
com
reservas
de
horário,
onde
freqüentemente são utilizadas nos fins de semana. Possuindo para tanto, lâmpadas
incandescentes em cada uma das duas churrasqueiras, que geram um certo grau de
iluminação necessário para garantir uma boa reprodução de cores e uma boa
visibilidade.
68
Estas lâmpadas são acesas com a ajuda de interruptores que ficam
instalados internamente, próximos a porta de entrada. Sendo que na tabela do
Anexo 10 possuímos mais detalhes desta iluminação.
4.1.2.8 Salão de festas
Este recinto é utilizado para festas internas em horários pré-estabelecidos,
determinados no momento em que são feitas as reservas. São utilizadas para
iluminar este recinto, várias lâmpadas incandescentes, instaladas em spot embutidos
em forro de madeira.
O ambiente é bem claro, pois as paredes foram pintadas de cores claras e o
recinto possui janelas que proporcionam uma boa claridade tanto em horários
diurnos como em horários noturnos, quando se aproveita a iluminação externa.
4.1.2.9 Escadas
As escadas servem para a locomoção das pessoas que não gostam de andar
de elevador ou em caso de incêndio ou falta de energia, fazendo com que nenhum
dos dois elevadores funcionem.
Por esses motivos as escadas devem ser bem iluminadas. Para tanto, elas
possuem dois tipos de iluminação: uma acesa através de minuteria (situação
normal), para iluminar de forma homogênea e segura sem provocar o ofuscamento
de todo o local de locomoção; e outra que é um circuito de iluminação de
emergência alimentada por um circuito independente do primeiro. Ambos estão
descritos na tabela do Anexo 10.
A Iluminação de emergência é um dispositivo especial que acende as
lâmpadas no caso de falta de energia elétrica no condomínio, por qualquer que seja
o motivo. A finalidade principal é permitir a iluminação nas vias de acesso ao
condomínio, tais como entradas, saídas, escadas, halls, entre outros, durante um
tempo que não deve ser inferior a duas horas.
69
4.1.2.10
Garagens
Para a entrada das garagens existem dois circuitos de iluminação, um para a
primeira rampa que dá acesso a rua e outro para a segunda rampa que oferece
acesso ao segundo subsolo. As duas possuem um conjunto de arandelas que ficam
instaladas nas paredes da rampa, propiciando uma iluminação mínima para que os
motoristas possam visualizar do inicio ao fim da rampa, aumentando dessa forma a
segurança destes.
Todos os elevadores possuem como ponto final as garagens que se
encontram no primeiro e no segundo subsolo do condomínio. Como se encontram
no subsolo, os locais necessitam de uma iluminação mínima que propicie o
monitoramento das câmeras de segurança, bem como para que os moradores
possam visualizar por onde se movimentam. Esta iluminação é feita por meio de 64
luminárias em cada garagem, com uma lâmpada fluorescente cada, e está descrita
na tabela do Anexo 10. Nestas dependências a iluminação permanece acesa por 24
horas diárias, sem nenhum controle de claridade, ou mesmo através de sensores.
Figura 20 - Garagens
70
4.1.2.11
Sala de Squash
Antes da sala de squash propriamente dita, existe uma ante-sala que é
iluminada por lâmpadas incandescentes.
No interior de cada quadra de squash existem três luminárias com duas
lâmpadas fluorescentes cada. Diferentemente do que foi projetado, pudemos
observar que cada sala de squash possui o dobro da iluminação calculada.
Dentre todas as áreas internas de esportes e lazer disponíveis para os
condôminos, somente a sala de squash pode ser disponibilizada para que os
moradores tragam companheiros para desfrutar tal esporte.
4.1.2.12
Salão de jogos
Esse local deve ser considerado, assim como a sala de ginástica (item
4.1.2.5), como um local de trabalho, pois requer uma iluminação focada para as
atividades exercidas nas mesas de jogos.
Por causa disso foram instaladas lâmpadas fluorescentes compactas tipo PL,
nos locais que, originalmente, foram dimensionados para lâmpadas incandescentes
tipo spot. O acionamento destas lâmpadas é feito através de interruptores, próximos
aos locais de entrada.
71
4.2
Sistema de Elevadores
Atualmente os elevadores existentes no condomínio são da marca KONE, e
são controlados por drivers específicos e dedicados, como todos os elevadores,
sejam eles atuais ou antigos. Estes elevadores não possuem comunicação externa e
nem mesmo entre eles próprios. Cada elevador possui um painel de comando e de
alimentação independentes. Os dados de placa do motor do elevador são os
seguintes:
•
Rotação = 1640/360rpm;
•
Corrente = 9.8/6A;
•
Tensão = 220V;
•
Freqüência = 60Hz;
•
Potência = 12/3kW;
•
Cos ϕ = 0.75/0.60;
Os elevadores também não são dotados de display de visualização de
andares, em cada andar, exceto na garagem e no térreo.
Logo, como os elevadores não possuem comunicação entre si, uma vez que
um dos elevadores é chamado, o outro também poderá ser solicitado se o usuário
assim o fizer, tornando ineficaz o transporte para os outros moradores, uma vez que
o percurso é significativamente aumentado, assim também causando desperdício de
energia elétrica.
4.2.1 Funcionamento dos elevadores
Quando o usuário do elevador se localiza em qualquer andar e deseja chamar
o elevador, ele precisa apenas pressionar uma única vez o botão para chamar o
elevador, botão este que se encontra em uma caixa metálica e que possui um led
para indicar a atuação deste botão, e que será apagado assim que o elevador
chegar e parar no andar em que o botão de chamada foi pressionado. Ao entrar no
elevador o morador deverá escolher entre ir para um andar superior ou inferior.
No caso da escolha de um andar inferior, o usuário deverá pressionar uma
única vez o andar desejado e aguardar o inicio do movimento do motor do elevador.
No caso da escolha de um andar superior, o usuário deverá manter
pressionado o botão do andar desejado até que o motor do elevador inicie o
72
movimento, caso contrario o mesmo não sairá do lugar. Isto ocasiona um problema,
não só para o próprio morador, como também para aquelas pessoas que possam
estar visitando o condomínio. O mesmo ocorre quando o usuário está no andar
térreo e deseja ir para um andar inferior a este pavimento, ou seja, ele deverá
manter pressionado o botão do pavimento escolhido até que o motor do elevador
inicie o movimento, caso contrario o mesmo não sairá do lugar.
Verificou-se através de visitas e dos questionários o descontentamento dos
moradores devido à demora de atendimento dos elevadores e a impossibilidade de
saber onde o mesmo está situado após ter sido chamado devido à falta do display
que informa por qual andar o elevador está passando. Ainda segundo os dados
conseguidos, esses pequenos minutos, às vezes até mesmo segundos, depois de
um certo tempo podem causar stress para os usuários devido à indisponibilidade do
mesmo no momento em que é solicitado.
4.2.2 Cálculo do consumo de energia dos elevadores
O consumo de energia elétrica de um elevador depende de muitos fatores
como: tipo de equipamento, número de partidas, percurso percorrido em cada
viagem, capacidade e velocidade da cabina, potência e rendimento do motor,
corrente nominal e de partida do motor, local de aplicação, entre outros. Muitos
destes fatores são variáveis conforme o regime de uso do elevador.
A empresa de elevadores OTIS desenvolveu uma ferramenta muito útil para o
cálculo do consumo de energia de elevadores, e que pode ser encontrada no site
www.otis.com.br. É um software capaz de avaliar o consumo aproximado de cada
elevador, ou de um conjunto deles, e é baseado nas seguintes considerações:
1. Para elevadores aplicados a apartamentos:
•
Cada morador realiza duas viagens por dia (duas descidas e subidas);
•
Cada viagem, em média, corresponde à metade do percurso total do
elevador;
•
Cada andar tem, em média, 3m de altura;
•
Parte das viagens não consome energia.
73
2. Para elevadores aplicados a edifícios comerciais:
•
Cada passageiro realiza seis viagens por dia;
•
Cada viagem, em média, corresponde à metade do percurso total do
elevador;
•
Cada andar tem, em média, 3m de altura;
•
Parte das viagens não consome energia;
•
Estes cálculos são definidos para elevadores comerciais de escritório.
Estes valores não são aplicáveis para shoppings e lojas.
3. Considerações gerais:
•
Cálculo válido somente para equipamentos OTIS, mas que pode ser
aproximado para outros elevadores de marcas concorrentes;
•
O resultado do consumo é determinado em função do número de viagens
realizadas pelos usuários.
Levando em conta as considerações que acabaram de ser feitas, segue a
primeira tela do software para o cálculo do consumo de energia dos elevadores do
condomínio Tower Club House:
Figura 21 - Informações para o cálculo do consumo de energia dos elevadores
Vale destacar que os dados da tela acima foram preenchidos levando-se em
conta mais uma consideração feita pela OTIS, que é a seguinte:
74
Figura 22 - Consideração para o cálculo da população total do condomínio
Logo, com os dados fornecidos ao programa, é só efetuar o cálculo e
obtemos o consumo mensal dos elevadores, de acordo com a tecnologia utilizada
para o seu funcionamento, como ilustrado a seguir:
Figura 23 - Energia consumida pelos elevadores de acordo com o a tecnologia
No caso do condomínio Tower Club House, os elevadores utilizam a
tecnologia de corrente alternada e máquina com engrenagem, ou seja, o consumo
total de energia devido aos elevadores é de 1767 kWh/mês.
75
4.3
Sistema Hidráulico
O estudo do sistema hidráulico do condomínio foi baseado tanto na
diminuição do consumo energético como na diminuição do consumo de água. Além
é claro, dos outros benefícios que podem ser agregados ao sistema através de uma
possível automação, como por exemplo, maior segurança durante o funcionamento
das bombas através do uso de mais proteções, que podem ser adicionadas apenas
com o uso de softstart ou inversores; ou ainda a interligação destas bombas a um
sistema supervisório, o que possibilitará não só a monitoração destas bombas, como
também o seu controle.
O sistema hidráulico do Condomínio Edifício Tower Club House, foi
subdividido em subsistemas da seguinte forma:
•
Sistema de recalque de água das cisternas para as caixas d’água;
•
Sistema de drenagem de água pluvial;
•
Sistema de aquecimento, filtragem e circulação da piscina;
•
Sistema de aquecimento, filtragem e circulação da sauna;
•
Sistema de distribuição de água versus rateio da conta de água.
76
4.3.1 Sistema de recalque de água potável
4.3.1.1 Cisternas
O condomínio tem duas cisternas no segundo subsolo, uma com volume de
70.60m3 e a outra com 70.47m3. Estas cisternas são interligadas entre si através de
vasos comunicantes, assim sendo sempre mantêm o mesmo nível. Porém, a
comunicação entre ambas as cisternas pode ser interrompida através de uma
válvula, no caso da necessidade de limpeza, conserto, ou qualquer outro motivo pelo
qual seja preciso isolar uma das cisternas. Existe ainda em cada cisterna uma chave
bóia de nível mínimo, que será usada para desligar as bombas, caso atue.
O detalhe da cisterna está no Anexo 10.
4.3.1.2 Caixas d’água
Sobre cada uma das três torres existem duas caixas d’água, uma com volume
de 26.58m3 e a outra com 20.13m3. Ambas as caixas são interligadas da mesma
maneira que as cisternas. O projeto do edifício contempla a existência dessas duas
caixas com o propósito de estar preparado para um eventual problema em alguma
das caixas, bem como para facilitar a manutenção ou limpeza dessas caixas.
Existem também em cada caixa d’água duas chaves-bóia, uma de nível mínimo e
outra de nível máximo.
O detalhe da caixa d’água está ilustrado do Anexo 12 ao Anexo 15.
4.3.1.3 Controle de pressão
Fazendo parte também do sistema hidráulico existem no segundo subsolo de
cada torre do condomínio, duas válvulas redutoras de pressão “NIAGRA” que
regulam as pressões das tubulações de água que descem da caixa d’água para os
apartamentos, dividindo cada torre do condomínio em três zonas de pressão, a
primeira com uma pressão diferencial de 27mca para atender do 27o até o 17o
andar, a segunda com 23mca para atender do 16o até o 8o andar, e a terceira com
77
32mca, para atender do 7o andar até o 2o subsolo. Para medir essas pressões
existem três manômetros, um para cada zona de pressão de cada torre do
condomínio, porém todos estão localizados próximos às válvulas. A regulagem da
pressão é feita casualmente quando algum funcionário do condomínio nota alguma
pressão muito “estranha”, ou no ato da manutenção das bombas.
O detalhe do sistema redutor de pressão está no Anexo 16.
4.3.1.4 Bombas
Com respeito às bombas do condomínio, existem três conjuntos de duas
bombas cada, um conjunto para cada uma das torres do condomínio. Essas bombas
estão numa sala logo ao lado das cisternas e recalcam água de ambas as cisternas,
pois existe uma tubulação equipada com uma válvula, que sai de cada uma das
cisternas e vai para cada uma das bombas, tanto para a principal, como para a
reserva, conforme o esquema representado no Anexo 11. Sendo assim, temos
saindo de cada cisterna três tubulações, uma para cada bomba, que se encontram
cada qual com a tubulação da outra cisterna correspondente àquelas bombas de
cada torre, e só então se separam para abastecer ou à bomba principal ou à
reserva.
Cada bomba consiste de um conjunto moto-bomba centrífuga, onde a bomba
é da marca SCHENEIDER – modelo B2E-245D, e o motor da marca WEG – modelo
0784. Os dados de placa das seis bombas estão relacionados a seguir:
•
Potência = 5CV;
•
Cosö = 0.85;
•
Rotação = 3500rpm;
•
FS = 1.15.
•
Freqüência = 60Hz;
•
hmáx = 128m;
•
Ip/In = 8.3A;
•
hmín = 95m;
•
η = 83.2%;
•
Vmáx = 7.8m3/h;
78
Segue uma ilustração da bomba centrífuga instalada no condomínio:
Figura 24 - Bomba centrífuga SCHENEIDER
4.3.1.5 Controle das bombas
As bombas têm os seus comando feitos através de um painel, onde estão
localizadas seis chaves de duas posições, duas para cada bomba. Uma destas
chaves serve para fazer a escolha de qual bomba que irá funcionar, e qual será a
reserva; enquanto a outra serve para escolher se aquela bomba irá funcionar em
modo automático ou manual.
O acionamento manual é feito diretamente, uma vez que a chave automáticomanual é passada para a posição manual, variando apenas a bomba que partirá,
dependendo da posição da chave que seleciona uma bomba ou outra.
O acionamento automático é feito através das chaves bóias de nível mínimo
localizadas nas caixas d’água de cada torre do condomínio, desde que as chaves
bóias de nível mínimo das cisternas não estejam atuadas. Quando o nível mínimo da
caixa d’água é atingido, o contato da bóia é acionado e a bomba selecionada é
ligada. Esta bomba irá funcionar até que o nível máximo das caixas d’água ou o
mínimo das cisternas sejam atingidos, abrindo os seus respectivos contatos das
bóias. O diagrama comando destas bombas estão no Anexo 18.
Todas as bombas funcionam com partida direta e à velocidade máxima o
tempo todo, e têm apenas proteção contra sobreaquecimento, feito através do relé
térmico 3UA5200-2C da Siemens, e contra curto circuito, através dos fusíveis diazed
de 35A.
79
A seleção de qual bomba irá funcionar, como já foi dito anteriormente, é feita
através de três chaves localizadas no painel de comando (uma chave para cada
conjunto de duas bombas), por uma pessoa encarregada disto. A troca é feita uma
vez por semana, de forma que as bombas teoricamente funcionam por um mesmo
número de horas, durante os intervalos entre manutenções.
Atualmente não existe nenhum tipo de manutenção preventiva nas bombas. A
manutenção é feita apenas quando alguma bomba apresenta defeito. Também não
existe nenhuma proteção específica contra o rompimento das tubulações que saem
das bombas e sobem até as caixas d’água.
4.3.1.6 Cálculo do consumo de energia das bombas
Uma vez que no condomínio não existe nenhum tipo de controle ou estatística
relativa ao funcionamento das bombas, como por exemplo, número de partidas e
tempo de funcionamento. Para o cálculo do consumo mensal de energia das
bombas, usamos a seguinte seqüência de cálculos:
•
Primeiro, para obtermos o número de partidas das bombas no período de
um mês (np), usamos o consumo médio de água do condomínio neste
período (CM = 2952.71m 3), e dividimos pelo volume da caixa d’água
destinado para o consumo (VC = 66% da capacidade total de cada caixa =
31.14m 3, a outra parte, 33% da capacidade total de cada caixa = 15.57, é
destinada ao combate contra incêndios no condomínio, como mostrado do
Anexo 21):
np =
•
CM
2952,71m3
∴ np =
∴ n p ≈ 84 partidas / mês
VC
31,14 m3
Em seguida, para obtermos o tempo total de funcionamento das bombas
durante um mês (tf), usamos o mesmo volume para o consumo que
usamos no item anterior (VC), e dividimos pela vazão que a bomba
proporciona funcionando à rotação máxima para a tubulação instalada (VB
= 7.8m 3/h - dado de placa da moto-bomba centrífuga):
80
VC
31.14 m3
tf =
∴ tf =
∴ t f ≈ 4horas
VB
7.8m3 / h
•
Multiplicando-se então o número de partidas das bombas (np), pelo tempo
que a bomba ficará ligada para completar o nível da caixa d’água (tf),
obtemos o número de horas total de funcionamento das bombas no
período de um mês (Th):
Th = n p × t f ∴ Th = 84 × 4h ∴ Th ≈ 336horas / mês
•
O próximo passo é calcular a potência da moto-bomba centrífuga (PW ) em
W:
PW =
•
PCV × 736W × FS
5CV × 736W ×1.15
∴ PW =
∴ PW ≈ 5086W
η
0.832
100
Finalmente, multiplicando-se o tempo total de funcionamento das bombas
(Th), pela potência em Watts das mesmas (PW ), obtemos a potência total
consumida (PTC) em kW das bombas no período de um mês:
PTC = Th × PW ∴ PTC =
336h × 5086W × k
∴ PTC ≈ 1709 kWh / mês
1000
Percebemos então que as bombas de recalque são responsáveis por,
aproximadamente, 8.8% do consumo mensal de energia do condomínio.
81
4.3.2 Sistema de drenagem de água pluvial
4.3.2.1 Poço de drenagem
O condomínio tem um poço de acumulação no segundo subsolo com um
volume de 9.05m3. É este poço que recebe não só toda a água pluvial, como
também a água provinda da limpeza das áreas comuns como garagens, quadra,
sauna e outras. E é deste poço que a água será bombeada para a rede de esgoto
público. Esse poço contém também quatro chaves bóias, três de nível máximo e
uma de nível mínimo.
O detalhe do poço de drenagem está no Anexo 17.
4.3.2.2 Bombas
O sistema de drenagem de água pluvial é composto por duas bombas
submersíveis da marca SCHNEIDER, cujos dados seguem abaixo:
•
Potência = 0.5CV;
•
Cosö = 0.83;
•
Rotação = 3450rpm;
•
FS = 1.25;
•
η = 78%;
•
VB = 4m3/h.
Segue uma ilustração da bomba submersível instalada no condomínio:
Figura 25 - Bomba submersível SCHENEIDER
82
4.3.2.3 Controle das bombas
As bombas têm os seus comandos feitos através de um painel, onde estão
localizadas três chaves de duas posições. Uma destas chaves serve para selecionar
o funcionamento automático ou manual das bombas, enquanto as outras duas
chaves são para ligar ou desligar as bombas quando estas estiverem em manual.
A entrada em funcionamento das bombas, quando automático, acontece
através de duas chaves bóias localizadas no poço de drenagem, uma a 1.20m, a
outra a 0.70m. Quando o nível do poço atingir 0.70m a bomba 1 será acionada, e
quando o nível atingir 1.20m a bomba 2 será acionada. Ambas as bombas
permanecerão em funcionamento até que o nível atinja 0.20m, desligando ambas as
bóias anteriores, desligando assim as duas bombas. Caso em algum momento o
nível atinja 1.40m, será acionada uma lâmpada alarmando esta condição no painel
de comando destas bombas, que será desligada somente quando o nível atingir
novamente 1.2m. Em manual o acionamento das bombas é feito diretamente através
da chave liga/desliga de cada bomba e não depende de nenhum nível. No Anexo 19
podemos ver o diagrama de comando destas bombas.
Ambas as bombas funcionam com partida direta, à velocidade máxima o
tempo todo e têm apenas proteção contra sobreaquecimento, feita através dos relés
térmicos 3UA5200 – 1J da Siemens, e a proteção feita através de fusíveis de 16A.
Atualmente não existe nenhum tipo de manutenção preventiva nas bombas. A
manutenção é feita apenas quando alguma bomba apresenta defeito.
4.3.2.4 Cálculo do consumo de energia das bombas
Uma vez que no condomínio não existe nenhum tipo de controle ou estatística
relativa ao funcionamento das bombas, como por exemplo, número de partidas e
tempo de funcionamento, é extremamente difícil determinar o consumo de energia
dessas bombas, pois devemos fazer diversas suposições e considerações, como por
exemplo, número de dias de chuva médio mensal, e a quantidade média de chuva.
Mesmo que o cálculo fosse viável, o consumo destas bombas é muito pequeno em
relação ao consumo total do condomínio, como veremos na exemplificação a seguir:
83
•
Primeiro, sabendo-se que na cidade de Curitiba chove, em média, 120
dias por ano (dado retirado do site www.brasgreco.com), e supondo-se
que chova, em média, durante três quartos do dia, podemos dizer que em
um mês chove durante 180 horas. Para determinarmos quantas vezes as
bombas irão partir neste período, vamos supor que a cada duas horas a
bomba 1 parte, ou seja, teremos um acúmulo de 3.2m3 em duas horas, e
que a cada seis horas a bomba 2 parte, ou seja, um acúmulo de 5.4m3,
teremos um total mensal de 60 partidas da bomba 1 (np1=60) e 30 da
bomba 1 e 2 juntas (np12=30).
•
Em seguida, precisamos obter o tempo de funcionamento em cada partida,
tanto da bomba 1 sozinha (tf1), como junto com a bomba 2 (tf12). Para
tanto, utilizamos o volume acumulado para partir somente a bomba 1 (Va1),
que é de 3.2m3, e dividimos pela sua vazão horária (VB = 4m 3/h, dado de
placa da bomba). Fazemos o mesmo para a partida da bomba 2, porém
dividimos a vazão necessária para parti-la (Va12) pela soma das vazões da
bomba 1 e 2 (2xVB), pois a bomba 2 somente funcionará como reforço da
bomba 1, portanto ambas sempre funcionarão juntas neste caso.
tf 1 =
t f 12 =
•
Va1
3.2m3
∴t f1 =
∴ t f 1 ≈ 0.8horas / mês
VB
4 m3 / h
Va12
5.4m3
∴ t f 12 =
∴ t f 1 ≈ 0.675horas / mês
2 × VB
2 × 4 m3 / h
Multiplicando-se então o número de partidas das bombas (np1), pelo tempo
que esta bomba ficará ligada para esvaziar o poço de drenagem (tf1), e
repetindo para a bomba 2, com np1 e tf1, obtemos o número de horas total
de funcionamento das bombas no período de um mês (Th):
Th = ( n p 1 × t f 1 ) + ( n p12 × t f 12 ) ∴ Th = ( 60 × 0.8h) + (30 × 0.675h ) ∴ Th ≈ 68horas / mês
84
•
O próximo passo é calcular a potência da bomba submersível (PW ) em W:
PW =
•
PCV × 736W × FS
0.5CV × 736W × 1.25
∴ PW =
∴ PW ≈ 590W
η
0.78
100
Finalmente, multiplicando-se o tempo total de funcionamento das bombas
(Th), pela potência em Watts das mesmas (PW ), obtemos a potência total
consumida (PTC) em kW das bombas no período de um mês:
PTC = Th × PW ∴ PTC =
68h × 590W × k
∴ PTC ≈ 40kWh / mês
1000
Percebemos então que as bombas de drenagem são responsáveis por,
aproximadamente, apenas 0.2% do consumo mensal de energia do condomínio,
levando-se em conta nossa exemplificação.
Ainda, conforme levantamento através dos questionários repassado ao
condômino, levando-se em conta que as áreas comuns são lavadas apenas uma
vez por mês, podemos afirmar, com segurança, que o consumo destas bombas não
ultrapassa 0.5% do consumo total de um mês, pois as considerações anteriores já
foram superdimensionadas.
4.3.3 Sistema de aquecimento da piscina
O condomínio tem uma piscina de uso coletivo, descoberta, no primeiro
pavimento que tem um volume de 52.2m3. O aquecimento desta piscina é realizado
através de uma bomba de calor (Figura 26), que tem como princípio de
funcionamento, a utilização do calor ambiente como parte da energia para aquecer a
água, como ilustrado no esquema a seguir:
85
Figura 26 - Esquema interno de uma bomba de calor
O aquecimento da piscina é realizado 24h por dia, durante todos os dias do
ano, independentemente da temperatura ambiente e da piscina ser usada ou não.
Um diagrama simplificado do sistema de aquecimento é ilustrado a seguir:
Figura 27 - Diagrama simplificado do aquecimento da piscina
4.3.3.1 Bomba de calor
A bomba de calor utilizada para aquecer a piscina é da marca HELIOTEK
(Figura 28), e seus dados estão a seguir:
86
•
Potência = 3.2kW;
•
Potência térmica = 65000BTU/h (17100kcal/h);
•
Tensão de alimentação = 220V;
•
Freqüência = 60Hz;
•
Volume máximo = 65m3.
Figura 28 - Bomba de calor HELIOTEK
4.3.3.2 Cálculo do consumo de energia da bomba de calor
Sabendo-se, através dos questionários, que a piscina é aquecida 24h por dia
(Th), e tendo o consumo em kW da bomba de calor (PkW ), podemos fazer o cálculo
do consumo mensal de energia máximo deste equipamento (PTCmáx):
PTCmáx = Th × PkW ∴ PTCmáx = ( 24 × 30) × 3.2kW ∴ PTCmáx ≈ 2300 kWh / mês
O consumo de energia da bomba não é necessariamente o calculado, pois
esta seria a pior condição possível, onde o equipamento funcionaria o tempo todo a
plena carga. Porém, na realidade, o consumo pode ser reduzido até quase pela
metade, dependendo das condições climáticas, da temperatura ambiente e da água,
pois o consumo de energia da bomba de calor pode ser reduzido em até 40%,
dependendo das condições acima citadas.
87
Percebemos então que o sistema de aquecimento da piscina pode ser
responsável por até 11.8% do consumo mensal de energia do condomínio, porém é
claro que fazendo as mesmas considerações anteriores, sabemos que este
consumo pode cair até pela metade, ou seja, aproximadamente 6%.
4.3.4 Sistema de aquecimento da sauna
O condomínio tem duas saunas de uso coletivo no pavimento térreo, uma
úmida e a outra seca, e ambas medem aproximadamente 6m2 e têm um ambiente
com o volume de 12m3. O aquecimento de cada sauna é realizado através de um
aquecedor da marca JACUZZI de consumo (PkW ) de 12kW, alimentado em 220V
trifásico. A ilustração do equipamento este logo abaixo:
Figura 29 - Aquecedor de sauna JACUZZI
4.3.4.1 Cálculo do consumo de energia das saunas
Com os dados retirados dos questionários sabemos que as saunas funcionam
em média 3h por dia de uso, sendo que é usada em média 15 dias por mês, o que
resulta em um total de uso (Th) de 45h por mês. Logo, é fácil calcular o consumo das
saunas no período e um mês (PTC), como segue abaixo:
PTC = Th × PkW ∴ PTC = 2 × (45h × 12kW ) ∴ PTC ≈ 1080 kWh / mês
Percebemos então que o sistema de aquecimento das saunas é responsável
por cerca de 5.5% do consumo mensal de energia do condomínio.
88
4.3.5 Sistema de distribuição de água versus rateio da conta
4.3.5.1 Descrição do sistema de distribuição de água do condomínio
Fazendo uma breve descrição do que existe hoje em termos de distribuição
de água no condomínio, podemos iniciar pela entrada de água vinda da rede da
concessionária da cidade, que se dá através de uma tubulação de 2.1/3” de PVC, e
passa por um hidrômetro de 2”, com vazão máxima de 50m3/h. Esta tubulação de
PVC segue diretamente para as cisternas, bem como tem duas derivações, uma
para a piscina externa e outra para a piscina da sauna do condomínio.
Das cisternas a água é elevada para as caixas d’água de cada uma das três
torres do condomínio pelas bombas de recalque (item 4.3.1.4, página 77), através de
uma tubulação de ferro galvanizado de 1.1/2”.
Uma vez nas caixas d’água de cada torre, como poderemos observar no
detalhe das caixas d’água no Anexo 13, a água é distribuída em cada torre através
de seis tubulações principais, como descrito a seguir:
•
Uma tubulação de ferro galvanizado com 2.1/2” para o sistema de
hidrantes;
•
Duas tubulações principais de cobre com 1.1/3”, uma para os
apartamentos do lado esquerdo da torre e outra para os apartamentos do
lado direito da torre. Estas duas tubulações são para a distribuição de
água para os aquecedores de cada apartamento, do 27o andar até o 17o;
•
Duas tubulações principais de cobre com 1.2/3”, uma para os
apartamentos do lado esquerdo da torre e outra para os apartamentos do
lado direito da torre. Estas duas tubulações se dividem, cada uma em
outras quatro, descendo para cada um dos apartamentos do 27o até o 17o
andar;
•
Uma tubulação de ferro galvanizado com 2.1/2” que desce até o 2o
subsolo, onde é feito o controle da pressão para distribuição da água do
17o andar até o 2o subsolo, como descrito no item 4.3.1.3, página 76.
Portanto, do subsolo, sobem duas tubulações principais de cobre com 2”,
sendo que cada uma delas é derivada em cinco menores e uma delas vai
89
diretamente aos aquecedores de cada apartamento, como descrito no item
anterior, enquanto as outras são levadas a quatro pontos diferentes de
cada apartamento.
4.3.5.2 Descrição do sistema de rateio da conta de água do condomínio
Uma das maiores preocupações de administradores de condomínios e
síndicos é com o desperdício de água. Não somente pelo alto custo nas contas
mensais, como também pela necessidade de se economizar.
Na grande maioria dos edifícios existentes no Brasil a medição do consumo
de água dos apartamentos é feita coletivamente. Assim as administradoras e os
síndicos não têm como saber qual apartamento gasta mais ou gasta menos.
As possibilidades são muitas, por exemplo, no condomínio existem casos em
que, em uma unidade mora uma família de sete pessoas e, em outra, apenas um
casal. Podem existir ainda, como houve casos em outros condomínios no Brasil, até
mesmo a possibilidade de que algumas pessoas optem por obter um ganho extra
com serviços feitos em casa como, por exemplo, trabalhar com congelados, lavar
roupas para terceiros, cuidar de crianças, entre outras atividades que consumam
água.
Atualmente, no condomínio em questão, a leitura do consumo mensal de
água é feita da maneira convencional para esse tipo de edificação, ou seja, existe
apenas o hidrômetro principal, instalado na entrada de água vinda da rede da
concessionária local, onde esta concessionária faz a leitura do consumo mensal e,
baseada nesta leitura emite a conta de água a ser paga pelo condomínio.
Esta conta de água, hoje, é rateada igualitariamente entre todos os 144
apartamentos, independentemente de quantos moradores há em cada apartamento.
Com a medição coletiva de água nos condomínios, é impossível saber quanto
cada apartamento gasta, o que, como dito acima, dificulta qualquer tentativa de
economia no consumo de água.
Através dos questionários, pudemos verificar um alto grau de insatisfação
(94%) com este sistema de divisão da conta de água, pois os apartamentos que têm
menos moradores, inadvertidamente acabam por pagar mais água do que
consomem.
90
4.4
Sistema de Segurança
Em particular o sistema de segurança é o único sistema que não se baseou
em diminuição do consumo energético para definição dos subsistemas (não
utilizando assim a mesma metodologia descrita no item 2), devido ao fato do
principal fator agregado à esse sistema ser a segurança patrimonial e a comodidade
oferecida aos condôminos; e não à diminuição do consumo energético, ou qualquer
outro custo agregado. No entanto poderemos observar no transcorrer do trabalho
que a implementação de um novo sistema de segurança também será responsável
pela diminuição de custos.
Contratar serviços ou comprar equipamentos de segurança não é uma tarefa
fácil, principalmente se o consumidor não tiver qualquer conhecimento sobre o
assunto. A possibilidade de adquirir produtos desatualizados, gastando uma fortuna,
é grande. Algumas das aplicações de soluções em segurança realizadas no
condomínio Tower Club House, foram provenientes de projetos nem sempre
adequados à real necessidade do ambiente a ser segurado, devido ao fato de
muitas vezes pessoas com conhecimentos técnicos insuficientes terem realizado a
venda do projeto.
Os condomínios residenciais são os alvos preferidos dessas empresas, cujo
objetivo principal, é realizar a venda a qualquer custo, sem muitas preocupações da
real funcionalidade do sistema, estas empresas acabam por “empurrar” os seus
produtos ao consumidor desavisado.
Quase sempre a escolha desses consumidores onera ainda mais os custos
do condomínio com a segurança, pois os equipamentos adquiridos não resultam na
tão esperada sensação de tranqüilidade. Síndicos e zeladores estão no topo da lista
dos
consumidores
desinformados
(segundo
informação
coletada
no
site:
http://geocities.yahoo.com.br/drakmam1/cuidado.htm).
Como
a
grande
maioria
desses
profissionais
não
possui
qualquer
conhecimento técnico sobre o assunto acaba optando pela empresa que apresentou
o menor custo ou pelo vendedor que melhor soube fazer o marketing do produto, e
não pelo projeto mais eficiente de segurança.
No caso das administradoras de condomínios a situação não é muito
diferente. São raríssimas as exceções de compras realizadas com total
conhecimento do negócio. Essas empresas dificilmente contam com a ajuda de
91
algum especialista na área de segurança na hora de efetuar uma compra de
sistemas de proteção. Com isso, quem sai na vantagem são as pessoas mal
intencionadas que se aproveitam das brechas deixadas nos sistemas de proteção,
para realizar atos ilícitos livremente.
O sistema de segurança do Condomínio Edifício Tower Club House, foi
subdividido em subsistemas da seguinte forma:
•
Sistema de acesso ao condomínio;
•
Sistema de monitoramento por CFTV;
•
Sistema de acesso pela garagem;
•
Sistema de alarmes de incêndio;
4.4.1 Sistema de acesso ao condomínio
O sistema de acesso ao condomínio pela portaria principal e pela secundária
por pedestres é controlado por um portão eletrônico comandado por um porteiro,
que fica localizado em uma guarita que proporciona ao porteiro total visão frontal do
condomínio (conforme a Figura 13 do item 4.1.1.6).
O controle de acesso é dividido em 3 categorias:
•
Acesso de moradores;
•
Acesso de visitantes;
•
Acesso de entregadores (pizzas, mercado, farmácia, etc...).
4.4.1.1 Controle de acesso de moradores
Para o acesso de moradores ao condomínio, a abertura do portão principal e
da entrada secundária (porta que dá acesso do pátio ao hall de elevadores) é feita
pelo porteiro. No entanto, a grande distância entre a guarita e o portão principal não
permite ao porteiro auxiliar os moradores, caso estes necessitem de auxílio pelo fato
de algumas vezes estarem com “as mãos carregadas”. Sendo assim, a única função
do porteiro nesse sentido é, literalmente, abrir o portão.
92
4.4.1.2 Controle de acesso de visitantes
O acesso de visitantes é feito logo após a identificação do mesmo no portão
principal através de interfone, onde os visitantes indicam à qual torre e apartamento
irão visitar. No entanto para entrar no hall de elevadores, que dá acesso aos
apartamentos, o visitante deve se anunciar ao morador via interfone localizado na
entrada secundária.
O interfone é do tipo telefone, onde o visitante digita o número do
apartamento identificando-se, e só então o próprio morador abre a porta. Portanto,
novamente o porteiro não é o responsável pela abertura da porta que dá acesso ao
hall de elevadores.
4.4.1.3 Controle de acesso de entregadores
O acesso de entregadores é muito semelhante ao de visitantes, no entanto,
no caso dos entregadores o acesso se limita até a entrada secundária, onde os
mesmos utilizam o interfone anunciando a sua encomenda ao morador, através do
interfone localizado na frente do hall da entrada, e os moradores, por sua vez, têm
que descer até o hall de entrada para apanhá-la. Portanto não é permitido aos
entregadores adentrarem ao condomínio. Uma das alegações, além da segurança, é
que existiam muitos problemas de entregas em apartamentos errados, ou seja, o
morador do apartamento 84 do bloco A, fez um pedido e o mesmo é levado até o
apartamento 84 do bloco B, causando transtornos aos morados. Com o sistema de
acesso via interfone, onde o próprio morador libera a entrada, não existem mais
tantos problemas de pessoas batendo em portas erradas.
4.4.2 Sistema de monitoramento por CFTV
O sistema de CFTV encontrado no condomínio se trata de um sistema
simples, composto basicamente por câmeras, monitor, multiplexador e sistema de
gravação de imagens (videocassete) conhecido como time-lapse.
93
O controle do sistema de CFTV se localiza na guarita, onde o porteiro faz a
monitoração das imagens e o controle das gravações. As câmeras funcionam em
regime contínuo, ou seja, funcionam ininterruptamente, independentes de presença
de pessoas, ou não, no local. Existe um total de 16 câmeras localizadas em pontos
de maior circulação de pessoas, um multiplexador, um monitor de 14” preto e
branco, um vídeo-cassete de 360horas de gravação, um divisor de tela conhecido
como QUAD.
Os equipamentos de CFTV são dispostos da seguinte maneira:
•
Uma câmera de vídeo em frente a cada elevador nos subsolos (total de
três câmeras);
•
Uma câmera de vídeo na piscina;
•
Três câmeras de vídeo nas áreas externas;
•
Cinco câmeras de vídeo localizadas em pontos da garagem;
•
Um Multiplexador, localizado na guarita;
•
Um Monitor, localizado na guarita;
•
Um divisor QUAD, localizado na guarita;
•
Um Gravador Time Lapse de 960h, localizado na guarita;
•
Uma câmera no interior de cada elevador.
Observou-se durante as visitas ao condomínio que existem algumas câmeras,
que não estão desempenhando plenamente seu papel na segurança, devido ao fato
de estarem sendo usadas de maneira incorreta, ou seja, não estão utilizando o tipo
de lentes mais adequadas, ou não estão instaladas nos melhores pontos, tanto em
relação à iluminação quanto à abrangência da sua área de proteção.
Dificilmente será possível identificar uma cena específica de um assalto que,
porventura, possa ocorrer no condomínio. A opção dos responsáveis pelo
condomínio em fazer uma gravação prolongada ocasiona tal problema, pois essa
modalidade de gravação dificilmente consegue reproduzir a cena do crime com
perfeição porque o tempo entre a gravação de um quadro e outro é muito longo,
conforme o funcionamento especificado abaixo.
Outra questão importante é a pouca eficácia da câmera que vigia a região da
piscina (ponto de grande importância, devido não só ao fato de proteção contra
pessoas mal intencionadas, mas também contra “sabotadores” da administração),
94
pois como foi observado pela equipe durante o trabalho, houve alguns incidentes
que não foram registrados pela câmera. Tais incidentes, inclusive, foram pautas de
várias reuniões do conselho do condomínio, sendo objeto de grande discussão pelos
conselheiros juntamente com a administradora LOCALITE - empresa contratada que
controla todo o condomínio. Tal fato nos levou ao questionamento da total eficiência
do sistema de CFTV.
As áreas externas são vigiadas em pontos de menor importância, onde o
porteiro pode observar. Enquanto isso, nas áreas isoladas do condomínio, entre
elas: a região da divisa lateral, onde fica o abastecimento principal de GLP; a região
da quadra de esportes; e a região de acesso à quadra de SQUACHE; não existem
sequer sensores de presença (não existe sistema de alarme patrimonial). Portanto,
esses são os pontos de maior falha no sistema de segurança do condomínio.
4.4.2.1 Descrição do funcionamento do sistema de CFTV
Um circuito fechado de TV (CFTV) é um sistema privado que permite a
observação remota de um ou mais ambientes através de dispositivos que trabalham
com sinais de áudio e vídeo.
As imagens captadas pela câmera são levadas através de um cabo coaxial,
até o multiplexador e este, então, direcionada para o vídeo e para o time-lapse. O
multiplexador possui 16 entradas para câmeras.
O condomínio utiliza um sistema de CFTV multiplexado com gravação
contínua de imagens. A principal vantagem de se utilizar um sistema de CFTV
multiplexado, é a possibilidade de se gravar simultaneamente até 16 câmeras em
um único videocassete, o que ocorre atualmente. O modo como isto é obtido, é
simples de ser entendido.
Quando utilizamos um sistema de gravação comum, a imagem proveniente de
uma única câmera é gravada trinta vezes por segundo, ou seja, trinta quadros por
segundo, o que nos dá a sensação de movimento. Porém, no caso de um sistema
multiplexado, as imagens provenientes de todas as câmeras são gravadas
interpoladamente, isto é, será gravado um quadro de cada câmera seqüencialmente
(daí o fato da baixa nitidez dos detalhes). Quando da reprodução da fita o
multiplexador separará todos os quadros mostrando as imagens de todas as
câmeras individualmente. Ao mesmo tempo em que as imagens estão sendo
95
gravadas, elas podem ser simultaneamente vistas e monitoradas e, além disso,
diversas combinações de imagens podem ser geradas no monitor, como por
exemplo:
•
Uma única câmera ou de várias em seqüência;
•
Quatro câmeras ao mesmo tempo ou em seqüência de quatro;
•
Nove câmeras ao mesmo tempo;
•
Dez câmeras ao mesmo tempo (oito pequenas e duas grandes);
•
Dezesseis câmeras ao mesmo tempo;
Não existe nenhum tipo de interligação do sistema de CFTV com o sistema
interno de TV coletiva, portanto, não possibilitando que os moradores tenham
acesso ao sistema interno de CFTV, ou a qualquer uma de suas câmeras.
4.4.2.2 Câmeras de Vídeo
As câmeras utilizadas atualmente no condomínio são compostas por um
sistema eletrônico que converte imagens visuais em sinais elétricos transmitidos,
através de cabo elétrico, para receptores que reproduzem as imagens em uma tela
(monitor).
As câmeras possuem um sensor chamado “CCD”, o qual, através da luz,
produz os impulsos elétricos para a transmissão de imagem. Tal fato explica a
grande necessidade da correta instalação da câmera, pois se for instalada em locais
onde os níveis de iluminação forem inferiores ao indicado, a mesma não funcionará
corretamente. No condomínio, a maioria das câmeras está colocada em locais
adequados, quando os mesmos não estão sob influência de nenhuma anomalia.
Existem algumas câmeras na garagem que talvez estejam com iluminação abaixo do
indicado, porém não se pode comprovar tal fato, pois a equipe não conseguiu um
aparelho para medir a intensidade de luz (luxímetro). No entanto, na análise de
algumas imagens coletadas pelo gravador pode-se perceber a baixíssima qualidade.
96
Abaixo seguem as câmeras utilizadas no condomínio:
•
Câmera CCD Preto e Branco CTM 1201: 1/3" de transferência de interline;
330 linhas de TV por 270kPixels; alta sensibilidade em baixa iluminação; e
íris eletrônica adaptável;
Figura 30 - Câmera CCD P&B CTM 1201
•
Câmera Preto e Branco: Compatível com lentes C/CS; controle automático
de ganho, alta sensibilidade à luminosidade mínima de 0.1 Lux;
Figura 31 - Câmera CCD P&B
•
Câmera Preto e Branco CTK 1203: Imagem ultraclara e definida; 420
linhas; TV de resolução e sensibilidade em baixa iluminação de 0.05
Lux/F, 2.0 ou 0.01 Lux/F; velocidade de obturador linear: 256 passos.
Figura 32 - Câmera P&B CTK 1203
A alimentação das câmeras é feita através de fontes estabilizadas de 110V 9,9VDC.
97
a) O dispositivo CCD
O “CCD” (Charged Coupled Device) é o dispositivo responsável pela
conversão das imagens visuais em sinais elétricos, é o CCD que recebe a luz
através da lente e a transporta para a câmera, para que ela possa trabalhar. O CCD
é composto por milhares de elementos sensíveis à luz, desta forma a imagem
formada sobre o CCD é dividida em vários elementos de imagem, chamados de
“Pixel”. Cada pixel contém as informações correspondentes àquela área de imagem.
Assim, o CCD funciona como um filme de uma máquina fotográfica (com a diferença
de poder ser lido), capturando imagem, apagado e usado novamente. O ciclo de
leitura é repetido rapidamente (60 vezes por segundo), e faz com que o sistema atue
como uma filmadora.
O CCD tem o formato de elementos de imagem dispostos numa área cuja
proporção entre altura e largura é de três para quatro. A medida desta área
corresponde ao formato do CCD e é tomada na diagonal, em frações de polegada,
podendo ser de 1/3” ou 1/4”. (no condomínio, as câmeras utilizam o formato do CCD
de 1/3”). A grande maioria das câmeras utilizada para segurança atualmente utiliza o
CCD
b) Resolução
A resolução de uma câmera é medida em linhas horizontais de TV, e
corresponde à qualidade de imagem gerada. Quanto maior a resolução, melhor será
a definição de detalhes que a câmera pode captar e melhor a imagem gerada.
c) Sensibilidade
A sensibilidade à luz Indica a quantidade mínima de luz necessária na
iluminação da cena para que a câmera possa captar uma imagem e vai determinar a
sensibilidade da câmera. Quanto menor a quantidade de luz necessária na
iluminação da cena, mais sensível será a câmera. Esta medida (especificada em lux)
é determinada em relação a uma abertura de lente (número F). A utilização de lentes
98
com aberturas diferentes da especificada para uma iluminação mínima altera a
sensibilidade da câmera.
A seguir serão descritas algumas funções básicas de sensibilidade,
encontradas no modelo das câmeras que são utilizadas no condomínio:
•
Controle Automático de Ganho: Este controle permite um ajuste
automático do sinal de vídeo entregue pela câmera, em relação à variação
de luminosidade da cena captada;
•
Compensação da luz de fundo (BLC): A definição da imagem de um objeto
fica prejudicada quando temos uma fonte de luz muito forte ou luz solar
incidindo atrás deste objeto (o que ocorre na garagem quando os carros
apontam os faróis em direção as câmeras). Esta fonte de luz prevalece na
cena, tornando o objeto escuro. O recurso de compensação de luz de
fundo permite a atenuação desta fonte de luz, melhorando a iluminação do
objeto a sua frente e, portanto, a definição da imagem captada.
4.4.2.3 Lentes
Um dispositivo que é muito importante para o correto funcionamento do CFTV
são os tipos de lentes utilizadas nas câmeras. Uma lente, nada mais é, que um
pedaço de vidro ou outro material transparente com um ou ambos os lados
encurvados para refratar (curvar) os raios de luz, utilizada especialmente nos
instrumentos ópticos.
Lentes simples são utilizadas em lupas ou óculos, enquanto os sistemas de
lentes, que contém mais de uma lente, são utilizados em instrumentos como
câmeras, microscópios e telescópios.
A espessura e a curvatura de uma lente determinam o seu comprimento focal,
enquanto o diâmetro determina seu poder de aglutinar a luz. Os tipos mais simples
combinam uma lente côncava e uma convexa em dispersões diferentes (a dispersão
mede o grau de separação das cores). Seguem algumas definições:
99
•
Distância Focal: É o comprimento entre o segundo ponto principal do eixo
ótico da lente e o plano do dispositivo de imagem. Quanto maior a distância
focal, mais estreito será o ângulo de visão e vice-versa.
f =
•
L× D
O
Ângulo de Visão: É o ângulo formado pelo cruzamento de dois raios de luz
entre o segundo ponto principal do eixo ótico da lente e o dispositivo de
imagem. O ângulo de visão é determinado pela distância focal da lente e pelo
tamanho do dispositivo de imagem.
D

A = 2 × tan −1  × f 
2

•
Formato das lentes: Ex.: Uma lente de formato 1/2” e curvatura de 4mm numa
câmera de 1/3”. A distância focal, neste caso, teria 4mm x 1,33 = 5,32mm.
Portanto, a imagem mostrada na tela do monitor seria equivalente ao campo
de visão de uma lente de 5,32mm numa câmera de 1/2”.
•
Tipo de Montagem: As lentes estão disponíveis em dois tipos de montagem,
dependendo da distância entre a borda de fixação da lente e o plano do
dispositivo de imagem. Na lente tipo C esta distância é de 17,526mm e no tipo
CS, é de 12,5mm. As câmeras utilizadas no condomínio aceitam os dois tipos
de montagem, mas é importante ter certeza se a lente e a câmera são
compatíveis e apropriadas (aparentemente todos os conjuntos lentes/câmeras
utilizados são apropriados). Uma lente tipo C pode ser usada numa câmera
tipo CS com a adição de um anel adaptador de 5mm, para reduzir a distância
para 12,5mm. Existem atualmente cinco câmeras com essa configuração;
•
Distância mínima do objeto: Para se permitir um ajuste de foco (nitidez da
imagem) é necessário que o objeto focalizado esteja situado a uma distância
mínima da lente ou maior. Esta mínima distância vai depender da distância
100
focal da lente. Quanto menor a distância focal, menor será a distância mínima
que permite focar um objeto;
•
Ajuste de Foco: Este controle permite ajustar a nitidez da imagem formada
sobre o CCD. De acordo com o objeto que se deseja focar, deve-se ajustar o
anel de foco para infinito (tal configuração é utilizada na câmera da piscina);
ou para uma distância mais próxima (caso das demais câmeras). Quando
este ajuste não for satisfatório, devemos proceder a um ajuste de foco
posterior (Back focus). Neste caso posicionamos o anel de foco numa posição
central e ajustamos o anel de fixação da lente situado na câmera. Algumas
câmeras permitem o deslocamento do CCD para se efetuar este ajuste.
a) Classificação das lentes
•
Íris fixa: Lente sem ajuste de íris;
•
Íris manual: Lente com ajuste manual da íris. Neste tipo de lente é possível
ajustar a abertura da íris da câmera, otimizando sua visualização:
Figura 33 - Lente com íris manual
•
Monofocal: Nestes casos o foco da câmera é fixo, não há como alterar a
abertura da lente. Só a distância em relação ao objeto a ser focado:
Figura 34 - Lente monofocal
101
•
Auto-íris: Lente com controle automático de íris. Pode ser do tipo vídeo, ou
tipo DC;
•
Pin Hole: Lente usada em aplicações onde a câmera e a lente necessitam
estar escondidas. Também chamada de “cabeça de alfinete”.
•
Varifocal: Lentes com duas distâncias focais. É permitindo um grande
ajuste entre angular e teleobjetiva, sem alterar a distância da câmera em
relação ao objeto focado:
Figura 35 - Lente varifocal
•
Zoom: Lente do tipo varifocal que permite uma variação ampla entre
grande angular e teleobjetiva. Podem ser manual ou motorizada;
Atualmente, no condomínio, são utilizadas as lentes do tipo monofocal, nas
câmeras da garagem; varifocal, na piscina; e íris manual, nas áreas externas.
4.4.2.4 Monitores
São aparelhos receptores de sinais de vídeo compostos e áudio (em nosso
caso somente vídeo). Permite a observação da imagem de uma câmera ou outro
equipamento de vídeo.
A tela é medida na diagonal, em polegadas. Sua qualidade de imagem é
proporcional ao número de linhas de resolução horizontal, medida no centro da tela.
Monitores de boa qualidade possuem geralmente mais de 700 linhas. A tela do
sistema de CFTV do condomínio é de 14”, preto e branco, sistema PAL/NTSC
automático, áudio opcional, e padrão europeu, como ilustrado a seguir:
Figura 36 - Monitor padrão europeu
102
Tecnicamente os monitores monocromáticos (tipo utilizada no condomínio)
oferecem maior nível de detalhes finos, porém as imagens em monitores coloridos
parecem melhores devido ao modo com que o cérebro processa as imagens.
Existem dois padrões de vídeo P&B no mundo, o americano e o europeu. Em
ambos as imagens são entrelaçadas, isto é, uma imagem é formada por dois
campos. Um campo é formado pelas linhas ímpares e outro pelas pares. Mantendo
uma compatibilidade nos padrões de vídeo P&B, foram elaborados os padrões de
TV a cores. Em um CFTV profissional, usualmente são suportados os padrões
NTSC/EIA (Americano = 525 linhas horizontais, 30 imagens por segundo, 484 linhas
ativas) e PAL/CCIR (Europeu = 625 linhas horizontais, 25 imagens por segundo, 575
linhas ativas). No Brasil, em CFTV usa-se apenas NTSC.
4.4.2.5 Seqüenciadores
O seqüenciador de vídeo é um tipo de chave seletora eletrônica, controlada
manualmente ou por um oscilador interno, permitindo a visualização seqüencial de
vários sinais de vídeo, ou seja, pode-se mudar de uma câmera para outra,
manualmente, ou deixar que esta mudança ocorra automaticamente após um tempo
determinado. Como não existe nenhum processamento de sinal de vídeo, o
seqüenciador pode trabalhar tanto com sinais preto e branco como sinais a cores.
Comercialmente encontramos seqüenciadores com 4, 6, 8 e 10 entradas de
vídeo, com uma ou duas saídas de vídeo, e com ou sem áudio. Existe somente um
seqüenciador utilizado no CFTV do condomínio, que possui quatro entradas de
vídeo sem áudio, reconhecimento automático das câmeras existentes, alarme
sonoro em caso de perda de câmera, com funcionamento automático ou manual:
Figura 37 - Seqüenciador de quatro canais
103
4.4.2.6 Divisores ou Quads
Também conhecido como “Quad”, o divisor é um aparelho que permite
observar simultaneamente até quatro imagens captadas câmeras distintas. Para isto
a tela do monitor fica dividida em quatro partes, colocando-se uma imagem em cada
uma delas.
Este equipamento faz um processamento das imagens inseridas em suas
quatro entradas e gera um único sinal de vídeo composto combinando todos os
sinais de entrada, podemos visualizar uma única câmera em tela cheia, uma
seqüência de câmeras ou as quatro câmeras simultaneamente.
O “Quad” utilizado pelo condomínio possui duas saídas de vídeo. Na saída
principal (Vídeo out), temos um sinal de vídeo de acordo com a seleção realizada no
painel frontal do equipamento. Na saída para VCR (ligada ao time lapse), teremos
sempre um sinal de vídeo com as quatro câmeras, independente da seleção
efetuada para a saída principal. Além deste processamento de sinal de vídeo, o
quad utilizado possui entradas de alarme, para conexão de sensores de presença ou
outro tipo de sensor e uma saída de alarme para acionamento de um anunciador ou
conexão com um sistema de alarme maior. No entanto, tal recurso não é utilizado no
CFTV em questão.
Figura 38 - Quad P&B
104
4.4.2.7 Amplificador de vídeo
Dependendo da distância entre a câmera e o monitor de vídeo ou outro
equipamento, temos que amplificar o sinal de vídeo para que o mesmo tenha um
valor padrão de 1Vpp, proporcionando uma boa recepção do sinal.
No condomínio existe apenas uma câmera que necessita de amplificador, a
câmera da piscina utiliza um amplificador e equalizador de vídeo entre a câmera e o
equipamento de recepção do sinal de vídeo.
4.4.2.8 Cabo coaxial
É um condutor elétrico utilizado para transmissão do sinal de vídeo composto
ou sinal de RF. Os cabos coaxiais são constituídos por dois condutores cilíndricos
concêntricos (em forma de cilindro ou tubo de seção reta circular) e são separados
por um dielétrico (ou isolante).
O condutor central conduz o sinal em direção à impedância de terminação ou
de carga, enquanto o condutor externo ou malha age como condutor de retorno.
O dielétrico é encarregado de manter a distância radial que separa o condutor
interno do externo; esta distância precisa ser constante para que a impedância
característica do cabo seja invariante ao longo de todo o seu comprimento. De
acordo com o tipo de dielétrico alteram-se propriedades tais como a impedância, a
velocidade de propagação relativa percentual e outros parâmetros.
O cabo é protegido do meio externo por intermédio da capa (também
conhecida como encamisamento, jaqueta ou camisa) que pode ser constituída de
poliestireno preto, cinza ou branco ou ainda outros materiais.
Os cabos coaxiais utilizados em CFTV têm impedância de 75ohms. A
distância máxima recomendada para o cabo RG59 é de 250m e para o RG11 é de
500m. No caso da câmera da piscina a distância máxima é de aproximadamente de
300m, então foi utilizado o cabo RG11 para essa câmera e cabo RG59 para as
demais câmeras.
105
Figura 39 - Cabo coaxial com conector BNC
4.4.2.9 Conectores
Existem vários tipos de conectores que podem ser utilizados em CFTV. A
utilização de um modelo ou outro vai depender do tipo de cabo que estamos
utilizando e do conector instalado no equipamento. No condomínio existem os
seguintes tipos de conectores:
•
Conector BNC: São utilizados normalmente em conexões de vídeo,
câmeras, divisores, time lapses, monitores e multiplexadores com cabo
coaxial de 75 ohms (RG59 ou RG11);
•
Conector F: Utilizados normalmente em conexões de vídeo de minicâmeras, seqüenciadores, amplificadores e distribuidores de sinal e com
cabo coaxial celular de 75 ohms (RGC59 ou RG59 celular);
•
Conector RCA: É utilizado normalmente em conexões de vídeo e áudio em
aparelhos de TV monitor e vídeo cassete doméstico ou nas conexões de
vídeo e áudio de sistemas de observação.
4.4.2.10
Multiplexador
É um equipamento que permite a conexão de até 16 câmeras distintas, e a
gravação simultânea de todas estas imagens numa única fita de vídeo, oferecendo
ainda a possibilidade de exibir 4, 9 ou 16 câmeras simultaneamente na tela, em
modo “multiscreen”, tanto na gravação, quanto na reprodução de uma fita
multiplexada.
106
Da mesma forma que o quad, se pelo menos uma das câmeras for colorida,
necessitamos de um multiplexador colorido para visualizarmos uma imagem a cores.
A conexão com o time lapse é feita através de dois conectores (Vídeo in e
Vídeo out). Na saída para o time lapse (Vídeo out) temos uma seqüência de quadros
de vídeo, de cada câmera respectivamente. Devemos programar esta seqüência de
acordo com o tempo de gravação escolhido ou sincronizar o multiplexador com o
time lapse, se houver uma conexão disponível para este fim no multiplexador
(Trigger in). Na entrada para o time lapse (Vídeo In) é injetado o sinal multiplexado
que vem da saída de vídeo do time lapse, quando se reproduz uma fita previamente
gravada através do multiplexador.
Os multiplexadores possuem também entradas e saída para alarme, que se
comportam como as conexões de alarme de um quad. Possuem ainda gerador de
caracteres para identificação das câmeras e relógio de tempo real para
visualizarmos na tela a data e hora, no entanto nenhuma dessas funções está
habilitada. Alguns multiplexadores possuem também uma saída “spot”, onde
podemos observar, em tela cheia, o sinal de uma câmera previamente selecionada,
dentre as câmeras conectadas.
O multiplexador possui detecção de movimento independente para cada
câmera (não habilitado para o condomínio em estudo). É possível definir uma área
dentro da imagem onde esta detecção irá atuar e a forma como o multiplexador irá
sinalizar qualquer alteração na imagem que está sendo analisada.
Existem dois modelos básicos de multiplexadores:
•
Simplex: Possibilita a gravação ou reprodução, utilizando somente um
VCR (modelo utilizado atualmente):
Figura 40 - Multiplexador simplex
•
Duplex: Possibilita a gravação e/ou reprodução simultânea de imagens
multiplexadas, quando utilizamos dois VCR’s.
107
4.4.2.11
Vídeo cassete (Time lapse)
Consiste em um gravador de vídeo, geralmente no padrão VHS, registrando
imagens no sistema NTSC.
São classificados pelo tempo máximo de gravação que aceitam em uma fita
VHS de duas horas (T120). Normalmente serão classificados como 24, 168 ou 960
horas (no condomínio é utilizado um modelo de gravação de até 960h).
Para gravar uma quantidade de informação maior do que a suportada por
uma fita T120 (máximo de seis horas em um vídeo comum no modo EP), a gravação
de vídeo é efetuada por lapsos de tempos. Um quadro de vídeo é gravado a cada
tempo, num intervalo pré-determinado, de acordo com a velocidade escolhida.
Para termos a sensação de continuidade dos movimentos, devemos
selecionar um tempo de gravação não superior a 24 horas. Tempos de gravações
maiores requerem espaçamentos maiores entre a gravação dos quadros de vídeo, o
que
provoca
lacunas
na
gravação
das
imagens,
e
conseqüentemente,
descontinuidade de movimentos.
O time-lapse possui entrada e saída para alarme, saída para sincronizar um
multiplexador e permite também a gravação quadro a quadro. Podem mostrar data e
hora na tela do monitor e possuem uma memória que registra falta de alimentação.
Permitem ainda, a gravação de vídeo de acordo com uma programação prévia,
como nos vídeo cassetes comuns ou quando recebem um pulso de alarme.
Figura 41 - Time Lapse
108
4.4.3 Sistema de acesso pela garagem
Em condomínios residenciais o aspecto da segurança é sempre o primeiro a
ser considerado. A necessidade de controlar o acesso e a movimentação de
veículos no interior das edificações é uma realidade. Desta forma, é neste tópico que
o projeto se torna mais complexo na medida que as soluções devem ser tomadas
sem afetar o bem-estar dos condôminos e dentro de uma relação custo x benefício
que deve ser muita bem estudada.
A segurança é um ponto crítico na automação do acesso pela garagem do
condomínio, essa é uma preocupação constante tanto dos moradores, como dos
síndicos que ficam sempre na expectativa de assaltos, comuns nas grandes cidades.
A violência transforma profundamente o comportamento das pessoas que ficam tão
assustadas como se estivem vivendo uma guerra, o que justifica a instalação de
sistemas de segurança que monitorem todos os sensores, detectores, alarmes e o
circuito fechado de televisão nos condomínios que coordenam toda a comunicação.
O acesso à garagem é feito sob a guarita do porteiro, portanto, o porteiro
possui visão privilegiada tanto de carros que entram tanto dos que saem. Este
acesso é feito de maneira convencional (utilizada pela maioria dos condomínios),
cada morador possui o seu controle remoto e ele próprio abre o portão, através de
controle remoto, não tendo o porteiro responsabilidade em liberar acesso, a não ser
é claro, que o morador não esteja com o controle por algum motivo. A entrada ou
saída do morador pelo portão é monitorada por uma câmera (já descrita no item
4.4.2).
Existe ainda, na entrada um sensor que aciona duas lâmpadas quando
passam carros por ele. O portão é temporizado e se fecha após alguns segundos.
Não existe, atualmente nenhum tipo de registro de acesso.
Em virtude da entrada e saída da garagem ter uma largura suficiente para
passar dois carros ao mesmo tempo, não há necessidade de espera caso ocorra a
coincidência de acesso à garagem.
Inicialmente foi previsto e instalado um sensor para que o portão (tipo
basculante) não fechasse caso alguém quisesse aproveitar a abertura do portão por
algum morador, e acabasse sendo “prensado” pelo portão. No entanto, atualmente
tal função encontra-se desabilitada, por motivos técnicos desconhecidos (mau
funcionamento).
109
4.4.4 Sistema de incêndio
No condomínio Tower Club House, existe somente o controle de incêndio
previsto em norma, ou seja, um hidrante em cada andar e extintores. Não existe
sistema de detecção de fumaça, ou vazamento de gás.
Abaixo apresentaremos uma nota do Sr. Sérgio Tômas Ceccarelli, presidente
da ABPI - Associação Brasileira para Prevenção de Incêndios, enfatizando a grande
necessidade da implantação de sistemas preventivos a incêndios.
4.4.4.1 A Prevenção de Incêndios no Brasil
As autoridades governamentais de nosso país deveriam estar mais atentas à
prevenção de incêndios em nossa sociedade antes que seja tarde demais.
O nosso país é, sem dúvida, um dos mais atrasados do mundo em relação à
prevenção de incêndios. Nossos governos, municipais, estaduais e o federal, quase
nada fazem para melhorar esta situação; são omissos em relação a este problema
que é seriíssimo e que provoca a perda de várias vidas.Os poderes públicos,
legislativo, judiciário e executivo não têm se empenhado como deveriam na
apresentação de leis, decretos e portarias para resolver a questão.
O Corpo de Bombeiros não recebe as verbas necessárias para o treinamento
adequado de seus componentes e para a efetiva prevenção de incêndios. Dinheiro
para a aquisição de veículos então, nem pensar.
Recentemente, estive em Porto Alegre e alguns bombeiros da Brigada Militar
perguntaram-me, em tom de brincadeira, se eu poderia interceder junto ao
comandante do Corpo de Bombeiros de São Paulo, para doação de algumas das
viaturas da coleção histórica da corporação que estão em melhores condições do
que muitas em uso no Rio Grande do Sul.
O Contru de São Paulo - órgão da prefeitura outrora mais rica do país - não
tem em seu quadro funcionários suficientes para fiscalizar as edificações da cidade.
E o pessoal que lá está, em sua maioria, padece do mal crônico comum a outras
entidades brasileiras: a "má vontade".
110
As seguradoras só preocupam-se em receber o prêmio do seguro, pouco se
importando em cobrar dos clientes as condições ideais de proteção exigidas pelas
poucas leis vigentes.
Mesmo grandes hospitais que propagam aos seus clientes serem instituições
sérias e seguras, escolas famosas e grandes shoppings centers são verdadeiras
"arapucas" prontas para, em caso de incêndio, "torrar" seus ocupantes. Esses
estabelecimentos cobram diárias ou mensalidades exorbitantes e não oferecem, em
contrapartida, a segurança que seus pacientes, alunos ou clientes merecem.
No mundo todo existem 32 universidades que oferecem curso de graduação
em Engenharia de Incêndio, ao passo que no Brasil não temos nenhuma. A escola
padrão da América Latina para formação e treinamento de bombeiros, pertencente
ao Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, em Franco da Rocha, está
abandonada há anos.
Estas constatações nos levam a refletir sobre a gravidade deste problema e a
falta de atenção que é dispensada a tão relevante assunto. Estamos lidando com
vidas e mesmo assim, nem as autoridades nem a iniciativa privada se sensibilizam,
não encaram a prevenção de incêndios como prioridade. Estamos nos deparando
com uma triste realidade e não fazemos nada para mudá-la. Até quando
conviveremos com este descaso?
111
4.5
Sistemas de Tarifação de Energia Elétrica
Para realizar a análise do sistema de tarifação, a equipe teve acesso às
contas de energia elétrica dos últimos dois anos do condomínio Tower Club House.
Tais contas nos trouxeram informações fundamentais, enriquecendo em muito o
poder de propostas de redução de custos do condomínio.
Ao analisarmos as faturas de energia elétrica do condomínio, percebemos
que algo não estava correto, pois mês a mês o condomínio vinha pagando multas de
ultrapassagem de demanda e de excesso de reativo. Diante deste fato a equipe se
propôs a procurar auxílio do professor Ayres Francisco da Silva Soria, do
departamento de eletrotécnica (especialista em sistema de tarifação) e apresentar a
ele as faturas. Após uma rápida verificação por parte do professor, ele confirmou
nossas suspeitas, o condomínio paga, mensalmente, cerca de 30% de sua conta de
luz em forma de multa (excesso de reativos e ultrapassagem de demanda
contratada), tal percentual pode ser confirmado analisando as contas que estão
apresentadas no Anexo 40.
Com essa constatação a equipe ganhou mais um aliado que a princípio não
era esperado, pois conforme informação do próprio professor Ayres Francisco da
Silva Soria, “não são comuns situações como essa”, afirma.
Pode-se perceber, analisando a tabela do Anexo 40, que o condomínio
consome em média uma demanda de 60 kW, enquanto que a demanda contratada é
de 30kW, ou seja, está se consumindo em média o dobro da demanda que é
contratada. Outro ponto importante são os valores pagos por excedentes reativos
que chegam em média a R$350.00, estando seu fator de potência médio em 0,8234.
112
5
PROPOSTA DE MELHORIAS PARA O CONDOMÍNIO
Após fazer o minucioso estudo da tecnologia atualmente empregada no
condomínio, apresentaremos a seguir as propostas de soluções e melhorias, seja de
equipamento ou de processo, para trazer maior conforto, comodidade, controle dos
processos ou economia, de energia, água, ou até mesmo de pessoal, para os
moradores e administradores do condomínio Tower Club House.
Proporemos as melhorias e justificaremos não nos baseando apenas na
questão de economia de energia, mas principalmente no monitoramento de todas as
variáveis que possam futuramente formar estatísticas para que, aí sim, seja possível
a proposição de melhorias mais efetivas, pois com dados reais essa possibilidade é
muito maior, uma vez que os dados estatísticos da nossa proposta foram retirados
dos questionários, e podem não representar a situação atual precisa.
Portanto, mesmo naqueles sistemas onde não for possível obter economia,
outros benefícios serão propostos, como a integração de todo os sistemas do
condomínio, anteriormente descritos, a um sistema supervisão que será baseado no
software supervisório Elipse SCADA, interligado através de rede RS485, com os
equipamentos de controle e aquisição de dados.
Deste modo, existirá uma rede RS485 que comunicará através do protocolo
de comunicação Modbus, com os CLP’s da linha Twido da Telemecanique (Figura
42), que serão utilizados em todo o condomínio onde haverá tanto a monitoração e
aquisição de dados, bem como o controle de dispositivos, seja de uma lâmpada,
bomba ou qualquer outro passível de acionamento como, por exemplo, nas
garagens, onde existe a possibilidade de se comandar as bombas, câmeras e
sistema de iluminação.
Figura 42 - CLP Twido Telemecanique
113
A determinação da utilização de CLP’s para a formação da rede interna de
aquisição de dados e controle dos dispositivos do condomínio foi baseada não só na
questão econômica, mas também na questão técnica operacional, pois os CLP’s têm
um custo baixo em relação a sua capacidade e confiabilidade.
Vale constar que foram pesquisadas outras formas de aquisição remota de
dados, até mesmo mais baratas, como os dispositivos da LR Informática Industrial,
porém todo e qualquer processamento teria que ser feito no sistema de supervisão,
que não é específico para isso como um CLP. Este tipo de equipamento é vantajoso
para a utilização em sistemas apenas de aquisição de dados, sem acionamentos.
114
5.1
Sistema de Iluminação
Para atender às necessidades de iluminação existe uma relação correta entre
a quantidade e a qualidade de luz necessária, a fonte de luz utilizada, a tarefa visual
a ser executada, a produtividade exigida e as condições de segurança do trabalho.
No Brasil, aproximadamente 20% da energia elétrica consumida é destinada à
iluminação, ultrapassando os 40% no setor terciário. Tais valores, aliados ao fato de
que tecnologias de iluminação ineficientes ainda são largamente empregadas,
indicam a existência de um grande potencial de redução do desperdício, não
restringindo apenas a economia proporcionada pela substituição de equipamentos
antiquados por mais eficientes, mas abrangendo também a redução da carga
térmica em ambientes climatizados e aumentando a produtividade. Podendo-se
fazer isso de diversas maneiras tais como:
•
Maximização do uso da luz natural;
•
Adequação do sistema de iluminação às tarefas desenvolvidas no
ambiente;
•
Utilização de lâmpada mais adequada para cada aplicação;
•
Utilização de lâmpadas, reatores e luminárias eficientes;
•
Uso de dispositivos de controle como sensores de presença, fotocélulas,
timers, entre outros;
•
Realização de campanhas de uso racional de energia.
Ações de economia resultam em diminuição de consumo e interferem
diretamente nas despesas, contudo, sem diminuir o conforto e os benefícios.
Eliminar desperdícios e melhorar a eficiência do uso da energia através da
substituição de alguns equipamentos e instalar dispositivos de controle são alguns
dos meios necessários para alcançar essa economia. Sensibilizar os condôminos,
também pode ser uma das ações práticas para o uso eficiente da energia elétrica.
Para essa visualização prática iremos demonstrar como poderá ser realizada
a melhoria dos sistemas de iluminação como um todo, mostrando os pontos mais
importantes onde ocorrem os maiores desperdícios de energia e conseqüentemente
115
poderemos obter um retorno satisfatório mais rápido. Dentre estes locais podemos
definir como importantes:
•
Halls dos Elevadores;
•
Halls Sociais e Corredores;
•
Jardins e acessos a áreas como portaria e parquinho infantil;
•
Garagens.
Através do gráfico de Pareto indicado na Figura 7, avaliada no item 3.3.1,
pudemos observar que estes ambientes são aqueles que gastavam mais energia, de
modo que podemos baixar este custo, sem prejudicar de maneira alguma os
condôminos, somente vindo a agregar a eles um maior conforto, comodidade e
segurança, bem como um menor consumo de energia elétrica.
5.1.1 Os halls de entrada dos apartamentos
Este ambiente, conforme demonstrado no item 4.1.2.2, não possui problemas,
porém pode ser melhorado, oferecendo assim maior comodidade e praticidade aos
seus usuários. Isto pode ser feito apenas com a modificação da maneira de ligar e
desligar as lâmpadas, pois estudos comprovam que o tipo de luminária e a lâmpada
mais indicada para este tipo de ambiente são, sem sombra de dúvidas, as lâmpadas
incandescentes já utilizadas, por causa da quantidade de acionamentos que a
lâmpada sofre durante toda a sua vida útil.
A melhoria deste ambiente será feita a partir da implementação de sensores
de presença que serão integrados ao sistema de supervisão e controle através de
CLP’s Twido TWDLCAA10DRF, que serão instalados dois a cada quatro andares,
um para o circuito do lado direito e outro para o circuito do lado esquerdo da
prumada, como pode ser visualizado no Anexo 42. Serão estes CLP’s que (através
da lógica interna desenvolvida para isso), funcionarão como uma minuteria para
cada lâmpada, porém com a vantagem de que o tempo de permanência da lâmpada
ligada poderá ser ajustado individualmente, remotamente através do supervisório,
sem a necessidade que se teria de um eletricista somente para regular o tempo de
uma minuteria comum, trazendo maior conforto ao condomínio. Além desta
116
vantagem o sensor será também utilizado para detectar a presença de pessoas
nestes locais, sendo integrado ao sistema de segurança, descrito no item 5.4.
Com este acionamento proposto, o tempo de atuação de cada lâmpada será
diminuído, e junto com ele os gastos com essa parte da iluminação do condomínio.
Esta economia está indicada no Anexo 33 e Anexo 34.
O sensor de presença que melhor se adaptou a essas nossas necessidades
para essa aplicação foi o sensor de teto, indicado na figura abaixo:
Figura 43 - Sensor de presença de teto
Este sensor possui a mais avançada tecnologia aplicável a sistemas de
iluminação automática, sinalização, automação e segurança. Sendo um aparelho
moderno capaz de monitorar uma área sem o auxilio de sensores adicionais.
A área monitorada é dividida em zonas, fazendo com que possua baixa
vulnerabilidade, pois quaisquer movimentos ativam o sensor.
Este sensor será instalado no teto próximo a lâmpada, onde a fiação será
ocultada através de tubos canaflex brancos da mesma cor do teto, ficando quase
que imperceptível a sua presença naquele ponto. O sensor ficará fixado de maneira
a abranger toda a área entre as porta do elevador e a porta de entrada do
apartamento referente àquele elevador e mais uma parte do corredor, pois caso a
pessoa deseje pegar o outro elevador, não precisará acender a luz na transição de
um ponto de luz para outro.
O campo de visão está diretamente relacionado com as lentes posicionadas
estrategicamente na parte frontal do aparelho, de modo a oferecer o campo de
detecção, indicado na Figura 44.
117
Figura 44- Ângulos de abertura do sensor
Obs.: O plano horizontal está no sentido dos parafusos da tampa
Este modelo foi desenvolvido especialmente para ser instalado no hall do
elevador. O funcionamento se baseia na presença e no movimento de uma pessoa,
de maneira que, se alguém entrar no hall do elevador, a iluminação acenderá
automaticamente e assim permanecerá até no máximo o tempo programado no CLP
pelo supervisório, sendo que este tempo será resetado toda vez que o sensor for
atuado. Tudo isso acontecerá automaticamente, proporcionando conforto e
segurança ao usuário.
Para a sua instalação podemos observar o esquema de ligação da figura
abaixo, que nos mostra a sua praticidade na instalação integrada a sistemas com
maiores índices de automação.
Figura 45 - Esquema de Ligação do Sensor
118
O comando da atual minuteria continuará existindo em paralelo ao comando
do sensor, pois uma vez que toda a estrutura já está instalada não mudaremos o
que hoje está funcionando. Além disso, o acionamento manual será necessário em
caso de falha tanto do sensor, como do próprio CLP.
Como dito anteriormente, para fazer a automação destes pontos de luz em
todas as torres, optamos pela utilização de CLP’s para receber os dados dos
estados e enviar os comandos de acionamento das lâmpadas.
Através do levantamento do número de entradas e saídas necessárias para a
supervisão e controle das lâmpadas, verificamos que serão necessários dez CLP’s
modelo TWDLCAA10DRF possuindo uma configuração básica de seis entradas e
quatro saídas digitais, e mais dois CLP’s modelo TWDLCAA16DRF possuindo uma
configuração de nove entradas e sete saídas.
Os CLP’s serão instalados da maneira mostrada no Anexo 42, de modo que
os dez CLP’s menores comandarão as lâmpadas a cada quatro andares
respectivamente de cima para baixo, e os dois maiores comandarão os seis
primeiros andares.
A instalação do CLP será feita próxima ao interruptor da minuteria, no andar
onde ele for instalado, pois é através das minuterias que a alimentação segue para a
lâmpada, portanto toda a tubulação existente será aproveitada na instalação.
Os eletrodutos hoje utilizados para a passagem dos fios de controle derivam
da caixa de distribuição do andar térreo, ou seja, os respectivos circuitos de
alimentação dos halls dos elevadores sobem por eletrodutos independentes, onde
cada circuito alimenta nove lâmpadas de um dos lados do andar e outro circuito
alimenta o outro lado do hall, ficando desta maneira bem mais fácil controlar as
lâmpadas do andar através de dois circuitos independentes, uma vez que não existe
nenhuma interligação entre os pontos de luz atualmente instalados.
É esta separação que impede o comando de ambas as lâmpadas do mesmo
andar através do mesmo CLP, pois teríamos que modificar a planta civil do prédio
ocasionando transtornos aos moradores. Assim sendo, do modo proposto não
necessitaremos mexer na parte civil do prédio, pois utilizaremos os eletrodutos
existentes no mesmo, somente sendo necessário aumentar a quantidade de fios
passando por estes eletrodutos que em prancha estão dimensionados em 1” com
somente dois fios de 2,5mm², contendo espaço suficiente para a passagem dos 16
fios de 0,75mm², necessários para os CLP’s que serão instalados.
119
Dentre as vantagens da automação destes pontos de luz, podemos
considerar como primordiais:
•
Economia no consumo de energia elétrica através da diminuição do tempo
de acionamento das lâmpadas;
•
Redução da quantidade de manutenções do sistema, bem como o
aumento da vida útil dos equipamentos;
•
Comodidade aos moradores;
•
Registro no supervisório da quantidade de acionamentos que cada
lâmpada sofrerá, sendo possível apurar exatamente a sua vida útil;
5.1.1.1 Cálculo da economia no consumo de energia elétrica
Em nosso estudo, verificamos que as lâmpadas são operadas durante todo o
dia, chegando a um valor aproximado de 3.15 horas de operação no período das
0:00 às 23:59 horas, totalizando como indicado no Anexo 33 e Anexo 34, um total de
885.6kWh/mês.
Considerando a instalação dos sensores individuais, podemos estimar que as
lâmpadas fiquem acesas por aproximadamente 2.5 horas. Este valor é obtido
através da estimativa da quantidade de vezes que as pessoas ligam as lâmpadas no
período das 0:00 às 23:59h e o tempo em que as mesmas ficam acesas
(considerado um minuto). O consumo de energia elétrica será então:
ConsumoMensal =
156lâmpadas × 60W × 2,5h / dia × 30 dias
= 702kWh / mês
1000
Ou seja, em relação ao sistema existente, esta alternativa possibilitará uma
redução no consumo de 183,6 kWh/mês, equivalente a uma economia de 21% .
120
5.1.2 Os halls de entrada das torres e corredores
Os halls dos elevadores, assim como os corredores, não geram um gasto tão
grande de energia e como, através dos questionários, descobrimos que os
moradores não se importam muito com o modo de acendimento destes locais, a
nossa alternativa para melhorar este ambiente, diminuindo o consumo de energia, é
propor a substituição dos interruptores paralelos por minuterias, pois normalmente
após as 22 horas, quando o movimento no condomínio decresce, não se justifica
manter as lâmpadas acesas. O mais racional é mantê-las acesas somente no
momento em que as pessoas chegam ou saem do condomínio, apagando-se
automaticamente pouco depois. A instalação deste sistema pode utilizar a estrutura
atual dos interruptores.
O número de lâmpadas a serem comandadas dependerá do comando de
cada interruptor. Depois da análise feita, pudemos observar que esse número não
passará de 15 lâmpadas, quantidade esta que a minuteria suporta, uma vez que a
possui capacidade de 10A sob uma tensão de 127 volts, podendo controlar assim,
no máximo (sem sobrecarga) uma potência total de 1270 Watts (10A x 127 volts), o
que corresponde a aproximadamente 12 lâmpadas incandescentes de 100 Watts ou
21 lâmpadas de 60 Watts ou 31 lâmpadas de 40 Watts.
Em nosso estudo verificamos que as lâmpadas ficam permanentemente
ligadas por aproximadamente durante 6 horas (período das 18:00 às 6:00 horas),
consumindo energia elétrica durante quase toda a madrugada. Totalizando como
indicado no Anexo 33 e Anexo 34, um total de 1296kWh/mês.
Agora, considerando-se a instalação de minuteria coletiva, podemos estimar
que as lâmpadas fiquem acesas por três horas no período das 18:00h às 23:59h e
por uma hora no período das 0:00h às 6:00 h, totalizando 4 horas de iluminação
plena. O consumo de energia elétrica será:
ConsumoMensal =
120lâmpadas × 60W × 4h / dia × 30dias
= 864kWh / mês
1000
Em relação ao sistema existente esta alternativa possibilita uma redução de
432 kWh/mês ou uma economia de energia elétrica da ordem de 33% .
121
5.1.3 Jardins e acessos a áreas como portaria e parquinho infantil
Nestes setores, observamos que o modo de acendimento e o tipo das
lâmpadas utilizadas podem ser melhorados.
Quanto ao tipo das lâmpadas, observamos que poderia ser melhorado
através da utilização de lâmpadas fluorescentes compactas de 25W conforme
indicado na Figura abaixo:
Figura 46 - Lâmpada fluorescente compacta
Diminuindo o consumo de cada lâmpada e atuando no seu modo de
acionamento, através da energização setorizada durante os horários noturnos
(quando esta iluminação é de pequena utilização, sendo usada apenas para a
segurança), economizar-se-á o indicado no Anexo 33 e Anexo 34.
Nestes locais não são necessários acendimentos freqüentes das lâmpadas
fluorescentes compactas eletrônicas, o que também influencia na sua vida útil, assim
como em todas as lâmpadas de descarga, fluorescentes tubulares, vapor de
mercúrio, vapor de sódio, entre outras. Para as fluorescentes, é definido em normas
técnicas o seguinte ciclo de acendimento para determinação da sua vida útil: 2 horas
e 45 minutos ligada e 15 minutos desligada. Este ciclo se repete 24 horas por dia, e
daí obtêm-se a vida útil destas lâmpadas. Se esta condição de acendimento for
modificada fica muito difícil determinar precisamente a vida útil a ser alcançada pelas
lâmpadas. Na prática vale dizer que, se a pessoa se ausentar do ambiente por mais
de 15 minutos, é vantajoso desligar estas lâmpadas.
Por estes motivos, não recomendamos a sua utilização em sistemas de
minuterias, pois o número de acendimentos poderá ultrapassar 200 por dia, e ainda
assim, a lâmpada ficará tão pouco tempo acessa que a economia de energia não
será tão grande, não tendo assim uma relação custo/benefício viável quando
comparada com a incandescente.
122
Estas lâmpadas consomem muito pouca energia durante o acendimento, pois
só necessitam de mais energia empregada na partida do reator.
As lâmpadas fluorescentes compactas, quando acesas, demoram um pouco
para atingir a quantidade de luz total. Como ocorre com qualquer tipo de lâmpada
fluorescente, elas necessitam de algumas dezenas de segundos para atingir a
temperatura ideal de funcionamento e somente a partir daí, estarão emitindo 100%
da luz, fato este que, por não se tratar de um ambiente que necessite de uma
resposta muito rápida da iluminação, poderá ocorrer sem problemas.
O fator de potência das lâmpadas fluorescentes compactas eletrônicas gira
em torno de 0.50, e não existe nenhum meio economicamente viável de corrigi-lo.
Sendo assim, esta linha de lâmpadas não é recomendada para grandes instalações
comerciais ou industriais, onde se utiliza uma grande quantidade de pontos de luz.
Nestas situações recomendamos que utilizem outros modelos de fluorescentes
compactas, e neste caso temos as seguintes opções:
•
Com a utilização de reatores magnéticos: lâmpadas DULUX S(simples),
DULUX D(dupla) e DULUX T(tripla). Nesta opção deve-se utilizar em
conjunto com os reatores magnéticos, capacitores específicos para a
correção do fator de potência;
•
Com a utilização de reatores eletrônicos não incorporados: lâmpadas
DULUX D/E(dupla) e DULUX T/E(tripla), conjuntamente com reatores
eletrônicos QUICKTRONIC. Esta opção é a mais eficiente e traz vários
benefícios, sendo um deles: o próprio reator eletrônico possui fator de
potência em torno de 0,97.
5.1.3.1 Qualidades das lâmpadas fluorescentes compactas
a) Economia em forma compacta
Com design moderno e compacto, oferecem excelente qualidade de luz, alta
eficiência energética, longa durabilidade (até 15 vezes maior), excelente distribuição
de luz e uma diversidade capaz de atender às mais diferentes necessidades de
aplicação, sejam elas comercial, industrial ou residencial.
123
b) Grande economia e tamanho reduzido
As lâmpadas fluorescentes compactas possuem a mesma tecnologia das
lâmpadas fluorescentes tubulares, porém ocupam menos espaço devido ao seu
tamanho reduzido, como podemos observar na figura a seguir:
Figura 47 - Estrutura da lâmpada fluorescente compacta
São lâmpadas compactas com reatores eletrônicos incorporados à base de
rosca, ideais para a substituição imediata de incandescentes comuns. Podem ser
utilizadas em qualquer luminária e, principalmente, em locais que necessitam de
iluminação econômica, com acendimento por tempo prolongado. Para uso
residencial, comercial ou industrial.
Representam um novo conceito de iluminar ambientes, com tamanho
reduzido e design arrojado, permitindo a utilização de luminárias mais compactas e
atrativas.
Essas lâmpadas apresentam um elevado pacote de luz e têm a sua utilização
na substituição de lâmpadas fluorescentes tubulares.
124
c) Vantagens em relação às incandescentes comuns
•
Consumo de energia 80% menor, resultando daí uma drástica redução na
conta de luz, como mostrado na tabela a seguir:
Tabela 5 - Comparativo entre o consumo das lâmpadas fluorescentes e incandescentes
•
Durabilidade até 15 vezes maior, implicando uma enorme redução nos
custos de manutenção e reposição de lâmpadas;
•
Design moderno e compacto;
•
Aquecem menos o ambiente, representando uma forte redução na carga
térmica
das
grandes
instalações,
proporcionando
conforto
e
sobrecarregando menos os sistemas de ar condicionado, como podemos
observar na figura a seguir, que mostra a comparação termográfica entre
que a lâmpada incandescente, que converte 95% de sua energia elétrica
em calor e apenas 5% em luz, Enquanto a DULUX
®
EL produz a mesma
quantidade de luz com consumo de energia 80% menor:
Figura 48 - Comparativo entre o aquecimento das lâmpadas fluorescentes e incandescentes
125
•
Excelente reprodução de cores, com índice de 85, o que garante seu uso
em locais onde a fidelidade e a valorização dos espaços e produtos é
fundamental;
•
Tonalidade de cor adequada para cada ambiente, obtida graças à
tecnologia do pó trifósforo, com opções de:
ü 2700K, com aparência de cor semelhante às incandescentes e,
portanto, indicada para ambientes onde se deseja uma atmosfera
aconchegante e tranqüila, como residências, hotéis, restaurantes
refinados, etc.;
ü 4000K, com aparência de cor mais branca, indicada para ambientes
ativos onde se pretende estimular a produtividade ou o consumo, como
em restaurantes do tipo "fast food", lojas, shopping centers, escritórios,
clubes, academias de ginástica, escolas, hospitais, etc.
d) Funcionamento
Elas emitem luz pela passagem da corrente elétrica através de um gás. Esta
descarga emite quase que totalmente radiação ultravioleta (invisível ao olho
humano) que, por sua vez, será convertida em luz pelo pó fluorescente que reveste
a superfície interna do bulbo. É da composição deste pó fluorescente que resultam
as mais diferentes alternativas de cor de luz adequadas a cada tipo de aplicação.
Podem
ser
utilizadas
com
reatores
magnéticos+starter
ou
reatores
eletrônicos, oferecendo o mesmo pacote de luz das fluorescentes tubulares de 40W,
porém com apenas 1/3 e 1/6 de seu comprimento respectivamente. E com isso, elas
se tornam ideais para locais onde se necessita elevada quantidade de luz e pouco
espaço, ou ainda em ambientes onde se deseja luminárias mais decorativas, sem
abandonar a eficiência e o elevado nível de iluminação.
126
e) Estrutura
•
®
DULUX
S (simples), DULUX
®
D (dupla) e DULUX
®
T(tripla): São
lâmpadas fluorescentes compactas de dois pinos para operação em
conjunto com reatores magnéticos, pois já possuem na sua própria base
um starter embutido. Com formato simples, duplo e triplo, respectivamente,
estas
lâmpadas
abrem
novas
perspectivas
para
uma
iluminação
econômica na substituição de lâmpadas incandescentes. Em 3 formatos
distintos, com duas tonalidades de cor e potências que variam de 5W a
26W, suas aplicações apresentam vantagens indiscutíveis nos mais
variados ambientes;
•
DULUX
®
S/E, DULUX
®
D/E, DULUX
mesma linha de lâmpadas DULUX
®
®
T/E: Trata-se basicamente da
S, D e T, porém com quatro pinos
(sem starter), permitindo assim a sua operação com reatores eletrônicos
discretos. Estas novas lâmpadas proporcionam sistemas de iluminação
ainda mais modernos e econômicos. Por utilizarem tecnologia eletrônica,
oferecem diversos benefícios, dentre eles: economia, conforto, praticidade
e flexibilidade às instalações. Adicionalmente, existem alternativas de
maior potência em 32W e 42W, extremamente úteis em instalações com
alturas mais elevadas.
5.1.3.2 A proposta
Após observar e analisar através do estado da arte atual o modo como estas
lâmpadas são acionadas, pode-se observar o quanto estavam consumindo
desnecessariamente, pois em determinados horários noturnos e até diurnos estas
ficam ligadas de maneira a iluminar áreas com altas porcentagens de lumens, coisas
que não são necessárias.
Esta área é constituída por dois ambientes agrupados, somente se alterando
a tensão das lâmpadas e o comando destas sendo realizado de maneira setorizada
através de disjuntores que ficam instalados no quadro de luz QL-8 (ver Anexo 35) do
andar térreo do bloco B.
A proposta para melhorar este sistema será fazer o controle através de um
CLP Twido, o mesmo que será instalado no térreo para fazer a aquisição das vazões
127
o bloco B (ver item 5.3.4), que será instalado próximo ao quadro de comando das
luzes,
juntamente
com
relés
auxiliares
da
marca
Phoenix
modelo
PLCRSC24DC/21AU, não sendo necessária grandes quantidades de cabos por
causa da pequena distância.
A idéia é que o CLP comande de modo a prever os horários de operação e
desligamento de cada circuito, fazendo com que em horários diurnos, não fique
acionada nenhuma lâmpada, somente ligando-as à noite a partir das 18:00h ou de
outro horário determinado pelo condomínio, através do supervisório. Assim, após as
00:00h estas luzes ficariam ligadas somente em alguns setores, alternando-se os
setores de um dia para o outro, através de lógicas programáveis. Dessa forma,
aumenta-se a vida útil de todas as lâmpadas igualmente, diminuindo assim a
manutenção das mesmas.
5.1.3.3 Cálculo da economia no consumo de energia elétrica
ConsumoMensal =
76lâmpadas × 25W × 9h / dia × 30dias
= 513kWh / mês
1000
Em relação ao sistema existente esta alternativa possibilita uma redução de
546.52kWh/mês ou uma economia de energia elétrica da ordem de 52%.
5.1.4 Garagens
Através da análise dos questionários e dos valores calculados dos custos do
sistema de iluminação das garagens (Anexo 33 e Anexo 34), sugerimos a troca dos
reatores eletromagnéticos, para o eletrônico e a implementação de um sistema de
controle de acionamento para as mesmas, que será descrito a seguir.
Com base nos questionários, grande parte dos moradores acessa estes locais
nos horários das 7:00h às 9:00h e das 18:00h às 21:00h, ou seja, nos horários de
pico, apenas 18% vai até estes locais fora desses horários, por isso optamos em
criar o(s) horário(s) alternativo(s), com a simples função de fazer com apenas 25%
do sistema fique 24h funcionando e a outra parte seja acesa somente quando
128
houver necessidade, ou seja, quando os sensores instalados na entrada da garagem
e na entrada dos elevadores sejam atuados.
Serão usados quatro sensores por nível de garagem, três nas saídas dos
elevadores de cada torre que dão acesso a garagem, e outro na entrada de acesso
dos carros a estes níveis, totalizando oito sensores.
No segundo subsolo, estes sinais serão enviados para o mesmo CLP
instalado para o controle das bombas, que está detalhado no item 5.3.1 e ilustrado
na prumada do Anexo 42, sendo necessária apenas a adição de dois módulos de
saída a relé TWDDRA16RT. No primeiro subsolo será instalado outro CLP Twido da
Telemecanique, modelo TWDLMA20DUK com 12 entradas e 8 saídas digitais, mais
dois cartões de saídas à relé TWDDRA16RT. Este CLP fará o controle de todas as
lâmpadas que serão acesas nestes níveis, através do comando do sistema de
supervisão encontrado na sala da portaria.
No sistema de supervisão o operador poderá selecionar o grupo de lâmpadas
que ascendera no horário alternativo de acordo com as necessidades de
luminescência, existirá uma tela que fará a programação deste(s) horário(s)
alternativo(s) e outra tela onde se poderá habilitar/desabilitar conjuntos de lâmpadas.
A troca de lâmpadas fluorescentes tubulares por fluorescentes compactas não
é viável, pois as fluorescentes tubulares possuem praticamente a mesma eficiência
das lâmpadas compactas. É muito comum a utilização de lâmpadas fluorescentes
tubulares de 20W ou 40W nas cozinhas das residências e garagens de
condomínios. Nestas situações a troca por uma fluorescente compacta não é
vantajosa, pois este tipo de lâmpada também economiza energia, quando
comparamos com as incandescentes.
5.1.4.1 Cálculo da economia no consumo de energia elétrica
ConsumoMensal =
[(30 × 7 h / dia ) + (120 × 9h / dia ) + (90 × 10h / dia )]× 26W × 30dias
1000
ConsumoMensal = 1708.20 kWh / mês
Em relação ao sistema existente esta alternativa possibilita uma redução de
7551kWh/mês ou uma economia de energia elétrica da ordem de 83% .
129
5.2
Sistema de Elevadores
5.2.1 Cabine parada por falha do sistema ou falta de energia
Baseado nos questionários, com relação ao problema de ficar preso na
cabine: devido à falha do sistema ou falta de energia elétrica, sugerimos o uso do
Sistema de Iluminação e Alarme de Emergência desenvolvido pela Otis, pois caso
acabe a energia do edifício enquanto alguma pessoa estiver no elevador, os
usuários não ficarão no escuro dentro da cabine e quem está de fora não ficará no
escuro tentando descobrir em que andar o elevador parou.
Seguem algumas características técnicas do sistema:
•
Iluminação é mantida dentro da cabina por mais de uma hora, em caso de
falta de energia;
•
Sirenes no topo da cabina e na portaria indicam sua posição
imediatamente;
•
Pode ser instalado em qualquer modelo de elevador;
•
Vem acompanhado de uma bateria de 6 Vcc que dispensa manutenção,
recarregada automaticamente em 24 horas;
•
Atende à Norma NBR 7192/95;
•
Garantia de um ano;
•
110 / 220 Vca e 50 / 60 Hz selecionável por chave;
•
Consumo de 3,5 W (carregando a bateria) ou 1,5 W (bateria em flutuação);
•
Lâmpadas 2 x 9 W fluorescentes e compactas, tipo Dulux S/E;
•
Buzzer local: sonalarme SA-06/30 V.0.1;
•
Buzzer remoto: para 6 Vcc, com consumo de 200 mA.
5.2.2 Ventilação da cabine
Com relação ao problema de falta ou ineficácia do sistema de ventilação da
cabine, sugerimos o Sistema de Ventilação da Otis, pois o elevador deve sempre ser
um ambiente tranqüilo e agradável, muito mais arejado e confortável.
130
Seguem algumas características técnicas do sistema:
•
Localizado no subteto, não fica visível nem altera o design da cabina;
•
O ar circula pelas laterais da cabina, proporcionando uma ventilação
constante;
•
Ventila silenciosamente durante a viagem;
•
Motor 110 / 220 Vca, 50 / 60 Hz;
•
Rotação de 1600 rpm;
•
Vazão de 10 m3/min.
5.2.3 Solavancos no elevador
Com relação ao problema de barulho e solavancos no inicio e fim do
deslocamento, sugerimos o Sistema de Lubrificação e Limpeza automático de Guias
da Otis. Este produto é específico para elevadores que utilizam o sistema de patins
deslizantes (corrediças) e mantêm as guias das cabinas e contrapesos sempre
limpas e lubrificadas.
Seguem algumas características técnicas do sistema:
•
Proporciona conforto no transporte dos usuários;
•
Agiliza a manutenção de guias de elevadores que utilizam patins
deslizantes (corrediças);
•
Propicia maior tempo de funcionamento do elevador, principalmente em
cidades litorâneas, onde o ressecamento de guias ocorre com maior
freqüência;
•
Autolubrificação de guias, que possibilita a eliminação de ruídos e
vibrações provocados por guias secas;
•
Material: caixa plástica fabricada em polipropileno injetado, com um
conjunto de filtros limpador e lubrificador;
•
Cor branca;
•
Dimensões: 125 mm x 125 mm x 450 mm;
•
Suportes: fabricados em chapa de aço ABNT 1020 e acabamento em
pintura eletrostática a pó, na cor amarela.
131
Sugerimos também o Sistema de Controle Ecotronic IP da Otis. Estes
controles aplicam-se à modernização de elevadores com controle microprocessado
em corrente alternada, com motores de uma ou duas velocidades. Sua instalação
transforma o controle convencional em controle de acionamento por variação de
freqüência e tensão. Estes tipos de controle trarão inúmeras vantagens para o
elevador, entre elas:
•
Segurança: Viagem mais segura e suave, sem vibrações e paradas
bruscas.
Alta
precisão
de
nivelamento,
nunca
forma
degraus,
independente da carga. Observância das mais modernas normas e
padrões internacionais;
•
Desempenho e Conforto: Aceleração e desaceleração suaves, garantindo
maior conforto, independente da carga;
•
Funcionamento silencioso e com baixo nível de ruído dentro do edifício;
•
Reduz em até 30% do tempo médio de espera do elevador;
•
Software ajustável, permitindo rápido atendimento às necessidades dos
usuários.;
•
Economia de Energia: Reduz em até 40% o consumo de energia elétrica
do elevador, quando comparado aos sistemas eletromecânicos.
•
Reduz a corrente média do sistema, pois elimina os picos de corrente na
partida dos motores;
•
Confiabilidade;
•
Os sistemas microprocessados contam com um reduzido número de
peças móveis, apresentando um menor índice de defeitos e chamados;
•
O autodiagnóstico, obtido através da URM (Unidade Remota de
Monitoração), facilita a manutenção preventiva, permitindo que o elevador
seja avaliado sem ser desligado;
•
O freio eletromecânico só é acionado após a parada do elevador,
resultando num menor desgaste do equipamento;
•
Instalação Rápida: Essa linha de controles conta com gabinetes
compactos, proporcionando fácil acesso à casa de máquinas, minimizando
o tempo de paralisação dos elevadores;
•
Capacidade de Interface: Não há a necessidade de substituição dos
componentes já existentes do elevador.
132
5.3
Sistema Hidráulico
Para a análise das melhorias que serão propostas para o sistema hidráulico,
que foi detalhadamente descrito anteriormente no item 4.3, dividiremos este sistema
em quatro “módulos”, usando como critério itens como disposição física e custo,
pois com esta separação poderemos isolar facilmente pontos não desejados pelo
condomínio, no caso da aprovação da proposta.
•
Sistema de bombas: tanto as bombas de recalque, como as bombas de
drenagem formam este sistema, pois se tratam de equipamentos próximos
fisicamente e semelhantes no aspecto de controle e supervisão;
•
Sistema de monitoração e controle de pressão: alto custo;
•
Sistema de aquecimento da piscina e da sauna; funcionalidade parecida;
•
Sistema de divisão da fatura mensal de água.
5.3.1 Sistema de bombas
Para o controle e supervisão das bombas, tanto da bomba de recalque como
da bomba de drenagem, será proposta a instalação apenas de um CLP, além é
claro, dos dispositivos necessários para enviar ao CLP os seus sinais de entrada.
A não instalação de um inversor de freqüência ou de um softstart para o
acionamento das bombas de recalque, é justificada pelos próprios motivos pelos
quais esse equipamentos geralmente são instalados em alguns sistemas, ou seja,
devido às suas vantagens, que são as seguintes:
•
Melhor controle do processo, em se tratando de controle de velocidade de
bombas ou motores;
•
Aumento da vida útil do equipamento, mancais e vedações;
•
Redução de ruídos e vibrações;
•
Melhoria do fator de potência;
•
Eliminação da alta corrente de partida e redução do pico de demanda;
•
Proteções adicionais dos motores.
133
O que pesou na decisão pela não instalação destes dispositivos (contrariando
nossas expectativas inicias, pois esperávamos encontrar bombas de maior porte),
foram principalmente os seguintes fatos:
•
As correntes de partida dos motores são baixas e de curta duração;
•
Não é necessário o controle de velocidade no processo, pois mesmo
funcionando a plena carga com vazão máxima, as bombas, por serem de
uma potência reduzida, funcionam por bastante tempo até completar o
volume da caixa d’água de cada torre do condomínio, como observamos
nos cálculos do consumo de energia destas bombas no item 4.3.1.6;
•
Como veremos mais adiante no item 5.5, será feita uma proposta para a
colocação de um banco de capacitores para a correção do fator de
potência de todo o condomínio, ou seja, se faz desnecessária a melhora
individual de cada bomba através da utilização de um inversor ou softstart,
até porque isso introduziria harmônicas na rede, podendo até mesmo
prejudicar o banco de capacitores;
•
Com relação à proteção dos motores, será adicionado um relé de falta de
fase na entrada do painel de comando, pois os motores já possuem relés
térmicos, não necessitando de softstart ou inversor, por este motivo;
•
O custo destes equipamentos é alto, e pelo pouco benefício que trariam
para este sistema, a sua utilização se torna inviável.
Como dito anteriormente, o ponto forte da proposta para o sistema hidráulico
é a economia com a conta de água e não de energia, pois mesmo que fossem
utilizados inversores, a economia de energia seria insignificante, pois sabemos
através dos cálculos dos itens 4.3.1.6 e 4.3.2.4, que as bombas são responsáveis
por menos de 10% do consumo total de toda a energia consumida pelo condomínio.
Além da economia na conta de água, pretendemos também proporcionar ao
condomínio, total monitoração das estatísticas do funcionamento das bombas, bem
como acionamentos remotos automáticos.
A economia na conta de água a princípio é algo intangível, pois como hoje a
tarifação de condomínios ainda é normal, fica difícil de comprovar esta economia.
134
Porém daqui a alguns anos a tarifação de água para grandes consumidores,
como condomínios residenciais e comerciais será horosazonal, como hoje já é para
algumas grandes empresas consumidoras de água em Curitiba, como a Ambev,
Todeschini, Nutrimental, entre outras. Assim sendo, a economia será alcançada
através da partida das bombas em horários pré-programados, fora dos horários de
pico do consumo de energia e água. Para tanto, será necessária a utilização de um
CLP integrado a um sistema de supervisão.
Para a implementação do CLP, como já foi citado, serão necessárias algumas
mudanças, tanto no painel elétrico de comando das bombas de recalque, como das
bombas de drenagem, pois alguns dos sinais necessários como entradas do CLP
não tem contatos sobrando em seus contatores auxiliares, como por exemplo, a
chave de manual/automático e o contato da chave-bóia que é único e já está sendo
usado na linha de comando automático, como podemos observar no diagrama de
comando das bombas no Anexo 18.
As mudanças necessárias estão ilustradas nos diagramas funcionais de
comando no Anexo 36 para as bombas de recalque e Anexo 37 para as bombas de
drenagem. Através destes diagramas, podemos observar que serão necessários
alguns contatores e relés auxiliares, bem como alguns blocos de chaves a mais, que
estão relacionados na lista de matérias no Anexo 38 e no Anexo 39, juntamente com
os demais materiais necessários para a implementação da automação deste
sistema.
A seguir temos a lista de entradas e saídas necessárias ao CLP para que
sejam feitos uma supervisão e controle da maneira mais completa e eficiente, bem
como
os
itens
necessários
para
que
estas
entradas
sejam
fisicamente
disponibilizadas para o CLP, como novos relés e contatores auxiliares.
Primeiramente a lista para o quadro das bombas de recalque:
•
Uma entrada (para cada torre) para a chave manual/automático, que será
disponibilizada através da adição de um novo bloco X36-CD225B da
Telemecanique, com um contato NA e um NF para esta chave, porém o
contato utilizado será apenas o NA, que quando estiver aberto indicará
que as bombas estão em manual e quando estiver fechado indicará que
as bombas estão em automático;
135
•
Uma entrada (para cada torre) para indicar qual a bomba que está
selecionada para funcionar, 1 ou 2. Esta entrada será disponibilizada
através da adição de um contator auxiliar CA3DN22 da Telemecanique,
que será responsável pela seleção da bomba, tanto no modo automático
como no manual, como podemos observar no desenho do Anexo 36;
•
Duas entradas (para cada torre) para indicar a atuação dos relés térmicos
de cada bomba. Este sinal será disponibilizado através do contato NA
existente em cada relé térmico 3UA5200-2C da Siemens já existente;
•
Duas entradas (para cada torre) para indicar quando cada bomba do
conjunto está ligada. Este sinal será disponibilizado pelos contatos
auxiliares NA, já existentes do contator 3TF42 da Siemens;
•
Uma entrada (para cada torre) para indicação de quando o nível máximo
da caixa d’água da torre foi atingido. Este sinal será disponibilizado pela
chave-bóia
existente
combinada
com
um
relé
auxiliar
Phoenix
PLCRSC24DC/21AU, com um contato NA para o CLP e um NF para o
intertravamento elétrico. Esta indicação será necessária para o ligamento
das bombas em horários pré-determinados pelo sistema de supervisão.
Caso este sinal não existisse, possibilitaria o vazamento da caixa d’água,
na ocasião deste acionamento horosazonal, porque como a chave atual é
fechada somente quando atinge o nível inferior e aberta somente quando
o nível superior é atingido, poderia acontecer dela já estar aberta no caso
de um nível intermediário;
•
Uma entrada (para cada torre) para a indicação de nível mínimo da caixa
d’água da torre, que será disponibilizado pela bóia existente;
•
Uma entrada para indicar o nível baixo da cisterna, que será
disponibilizado pelo contato NA excedente do contator auxiliar 3TH8022
da Siemens já existente;
•
Uma entrada para indicar falta de fase ou de energia no painel de
comando destas bombas, que será disponibilizado através da colocação
de um relé de falta de fase RN4TU da Telemecanique, acompanhado de
um relé auxiliar Phoenix PLCRSC24DC/21AU com contatos NA e NF;
•
Uma saída (para cada torre) para fazer a escolha da bomba (1 ou 2) que
irá funcionar;
•
Uma saída (para cada torre) para ligar a bomba escolhida para operar;
136
Totalizando, chegamos a um total de 26 entradas e 6 saídas somente para o
controle e supervisão das bombas de recalque das três torres.
Agora, nos estendendo para o monitoramento das bombas de drenagem,
teremos mais a seguinte lista de entradas digitais:
•
Três entradas para os níveis de acionamentos das bombas, ou seja, uma
entrada para o nível que liga a bomba 1, uma para o nível que liga a
bomba 2, e outra para o nível de alarme. Para tanto serão necessários
também três relés auxiliares Phoenix PLCRSC24DC/21AU, com um
contato NA e um NF;
•
Duas entradas para indicar a atuação dos relés térmicos de cada bomba.
Este sinal será disponibilizado através do contato NA existente em cada
relé térmico 3UA5200-1J da Siemens, já existente;
•
Duas entradas para indicar quando cada bomba está ligada. Este sinal
será disponibilizado pelos contatos auxiliares NA, já existentes em cada
contator 3TF42 da Siemens;
•
Uma entrada para indicar falta de fase ou de energia no painel de
comando destas bombas, que será disponibilizado através da colocação
de um relé de falta de fase RN4TU da Telemecanique, acompanhado de
um relé auxiliar Phoenix PLCRSC24DC/21AU com contatos NA e NF;
Desta forma, totalizando novamente, temos 34 entradas e 6 saídas digitais
para o controle e supervisão tanto das bombas de recalque das três torres, como
das bombas de drenagem do condomínio. Portanto, esta é a configuração mínima
do CLP para atender as exigências deste sistema, além é claro, da porta de
comunicação RS485, necessária para conectá-lo ao sistema de supervisão.
As vantagens proporcionadas pela instalação de um CLP integrado ao
sistema supervisório para o controle e supervisão do sistema de bombas são
inúmeras. A seguir citamos algumas delas:
•
Possibilidade de acionamento por comando remoto ou até mesmo
automático, através de horários programados no supervisório ou situações
previamente determinadas, como a troca da bomba reserva pela principal
137
pelo tempo de funcionamento da primeira, tornando desta maneira
desnecessário que alguém execute esta rotina que é repetitiva;
•
Contagem do número de partidas e tempo de funcionamento acumulado,
de modo que se possa prever manutenções corretivas, com maior
precisão, ou até mesmo programar manutenções preventivas das bombas;
•
Troca automática de bombas em caso de falha daquela que estiver
funcionando, bem como o desligamento do circuito de comando do painel
elétrico na ocorrência deste problema, assim como na atuação de alguma
proteção externa, como um relé térmico ou de falta de fase, de maneira a
evitar que a bomba fique sendo ligada e desligada várias vezes
consecutivas até o ponto de ser danificada, aumentando assim a vida útil
das bombas;
•
Sinalização total do sistema através das telas do supervisório, bem como
a possibilidade da geração de histórico de alarmes, gráficos de tendência,
senhas para usuários, entre outras.
5.3.2 Sistema de pressão
Fazendo parte do sistema hidráulico de distribuição de água do condomínio,
temos ainda, o sistema de controle de pressão que fica também no segundo
subsolo. Este sistema também pode ser monitorado, porém como terá um custo um
pouco mais elevado, foi isolado porque caso não haja interesse do condomínio por
ele, poderemos retirá-lo facilmente da proposta, sem precisar fazer mudanças
profundas no projeto.
Como o sistema precisa de monitoração, uma vez que a pressão medida
pelos manômetros atualmente é monitorada casualmente por algum funcionário
responsável pela manutenção que passa pelo local (como descrito no item 4.3.1.3),
é possível a troca dos manômetros atuais por outros equivalentes, porém com
saídas analógicas de 4 a 20mA da marca Kobold, modelo MAN-ZF (Figura 49), para
que esses sinais analógicos sejam enviados para um CLP com entradas analógicas,
para que este por sua vez, envie para o supervisório que, além de mostrar os
valores atuais em tempo real, poderá sinalizar alarmes de pressão alta ou baixa, de
acordo com valores desejados pelo operador do sistema, bem como gerar gráficos
de tendência das pressões e históricos de alarmes. Para tanto será necessário um
138
CLP com nove entradas analógicas de 4 a 20mA (uma para cada manômetro), além
é claro da possibilidade de integração na rede RS485. Porém ainda é possível (ao
invés de utilizar outro CLP para isso), adicionar as nove entradas analógicas aos
CLP’s já existentes, barateando o custo.
Figura 49 - Manômetro MAN-ZF Kobold
5.3.3 Sistema de aquecimento da piscina e das saunas
Tendo como base os cálculos realizados, e levando em conta o
funcionamento
do
aquecedor,
bem
como
os
dados
obtidos
através
dos
questionários, e das opiniões dos freqüentadores da área da piscina, comprovamos
que o equipamento de aquecimento das piscinas funciona o tempo todo a plena
carga, mesmo sem a visita dos freqüentadores.
Sendo assim, detectamos que o consumo mensal de energia, na parte de
aquecimento da piscina (calculado no item 4.3.3.2), pode ser reduzido em até 40%
(920kWh/mês) se houver um controle da temperatura ambiente, através da simples
utilização de uma cobertura de policarbonato para a piscina.
Sendo um dos mais avançados polímeros no campo dos plásticos, o
policarbonato reúne a transparência do vidro, a resistência do aço e a flexibilidade
semelhante à do acrílico, que facilita seu manuseio. Entre as principais vantagens do
uso do policarbonato ao invés de vidro em coberturas estão:
•
Transparência: aproveita a luz natural, dando sensação de amplitude a
ambientes reduzidos;
•
Segurança: é praticamente inquebrável (250 vezes mais resistente que o
vidro) e capaz de suportar o impacto de uma bola de futebol, de um
martelo e até de uma bala de arma de fogo (LEXGARD ®);
139
•
Menor peso: o policarbonato compacto tem 50% do peso do vidro e o
alveolar, apenas 10%;
•
Estética: As chapas de policarbonato possuem proteção contra raios UV,
mantêm a transparência e a resistência ao impacto mesmo expostas
diretamente ao sol. A garantia do policarbonato é de 10 anos;
•
Versatilidade para projetos: As chapas podem ser utilizadas em formas
planas (janelas, tetos) ou curvas, com raios menores que o permitido pelo
acrílico. Em projetos sofisticados, como o de uma pirâmide em peça única,
o policarbonato pode submeter-se ao processo de termoformagem a
quente e manter suas propriedades originais. Isto dá ao arquiteto a
possibilidade de realizar projetos inovadores, complexos e ousados;
•
Economia: a chapa de policarbonato necessita uma estrutura muito mais
leve que a do vidro (oferece grande economia para projetos), a
necessidade de manutenção é mínima (tem grande resistência ao
impacto), é fácil de manusear (já que as chapas podem ser manipuladas
no mesmo lugar da instalação), e é mais eficiente do que o vidro no
aspecto térmico (tem baixa condutibilidade térmica).
Segue abaixo a ilustração de uma cobertura equivalente a que será proposta
para o condomínio, pois será diferente apenas no formato da piscina que é diferente,
como se pode visualizar na Figura 11do item 4.1.1.3.
Figura 50 - Cobertura proposta para a piscina (Vista Externa)
140
Figura 51 - Cobertura proposta para a piscina (Vista Interna)
Outra solução em conjunto com a cobertura de policarbonato seria o controle
através de um sistema de supervisão dos horários de funcionamento do aquecedor
da piscina. Através dos questionários constatamos que podem ser programados
alguns horários específicos para que se ligue o aquecedor e para que seja desligado
fazendo com que o consumo seja reduzido sem afetar a comodidade dos usuários.
Tendo em vista que grande parte dos usuários freqüenta a piscina durante a
manhã deve-se programar para que o aquecedor seja ligado a 7:00h (Considera-se
que devemos ligar o aquecedor uma hora antes para pré-aquecimento), e assim o
fique até aproximadamente 12:00h. Sabendo que o material de policarbonato possui
baixa condutividade térmica a piscina se encontrará isolada do ambiente mantendo
assim a temperatura para a qual foi programada durante o resto do dia aproveitando
ainda a luz solar. Antes do horário de pico por volta das 16:00h deve-se ligar
novamente o aquecedor para que os usuários da noite encontrem a piscina na
temperatura programada e desliga-se por volta das 18:00h. Com este reforço do
aquecimento a piscina manterá sua temperatura constante até as 22:00h, que é o
horário limite para se freqüentar a piscina (regimento interno do condomínio).
Seguindo estas sugestões a piscina manterá as condições de temperatura de
conforto aos usuários que a utilizam. Somente em casos extremos em que a
temperatura ambiente esteja muito baixa (faixa do zero grau), deve-se manter o
aquecedor ligado por mais tempo a fim de manter a temperatura constante.
Em relação ao aquecimento das saunas, tendo como base os cálculos feitos
no item 4.3.4.1, resolvemos não propor melhorias para o sistema de aquecimento
das saunas, pois este sistema já está funcionando de maneira ótima, só podendo
ser melhorado com a redução dos horários de uso, o que hoje é inviável.
141
5.3.4 Sistema de divisão da fatura mensal de água
Como hoje a divisão da tarifa de água do condomínio é feita igualmente pelo
número de apartamentos, independentemente do número de pessoas que moram
em cada unidade, unidades aonde moram até sete pessoas, pagam a mesma tarifa
que aquelas em que moram apenas duas. Isso comprovadamente faz com que os
condôminos, tanto aqueles apartamentos que têm mais pessoas, como aqueles com
menos, gastem muito mais água que o normal, pois “sempre haverá mais pessoas
para dividir a conta que nós gastamos” (palavras de depoimentos verbais recolhidos
no condomínio, no caso de uma unidade com mais moradores), ou então “não
adianta economizar, pois vamos pagar a mesma taxa que as pessoas que gastam
mais” (depoimento de várias pessoas, dos apartamentos com menos moradores).
Inicialmente a nossa idéia para o sistema de rateio da conta de água era
individualizar a medição do consumo de água por unidade de apartamento,
justamente para inibir a prática de pessoas como aquelas citadas acima, instalando
um medidor de vazão da marca Meinecke, com saída pulsada, interligado a um CLP
Twido da Telemecanique e este por sua vez interligado ao sistema de supervisão
Elipse, através da rede Modbus RS485. Isso comprovadamente pode diminuir o
consumo de água do condomínio em até 30%, conforme dados divulgados pela
própria SANEPAR, porém em nosso caso, por não termos a possibilidade de
individualizarmos por apartamento a tarifa de água, por razões que veremos mais
adiante, consideraremos uma redução de 15%. Essa redução no consumo de água
causará diretamente a redução no consumo de energia, pois consumindo menos
água, as bombas de recalque precisarão recalcar menos água, logo funcionarão
menos tempo e, portanto, consumirão menos energia, como veremos num exemplo
que daremos a seguir.
Além do desperdício de água, a falta de reparos nos vazamentos existentes
em torneiras, bóias, registros, chuveiros e torneiras, é responsável por uma parcela
significativa do consumo de água, além de um maior consumo de energia elétrica
para o conjunto moto-bomba. Isto, sem dúvida, acarreta uma maior despesa com a
conta de água e de energia elétrica do condomínio.
Em nosso condomínio, se supormos que atualmente exista vazamento em
pelo menos seis vasos sanitários (dois por torre) e seis torneiras (duas por torre),
sendo que os vazamentos dos vasos sejam de um milímetro, assim como de três
142
das torneiras, e as demais torneiras estejam apenas gotejando. Isso nos daria,
conforme a Tabela 6 ilustrada a seguir, que foi retirada do Manual de Economia de
Energia Elétrica da Copel, um consumo mensal excedente em torno de 562.50m3.
Tabela 6 - Desperdício de água por vazamentos
Refazendo então os cálculos realizados no item 4.3.1.6, apenas diminuindo o
consumo de água considerado ocasionado por vazamentos, temos uma redução no
número de partidas das bombas no mês para 77, e o consumo de energia elétrica
pelas bombas de recalque diminui aproximadamente 142kWh/mês.
Baseados nesses fatos e possibilidades optamos pela individualização da
medição de água, pois assim além de “estimular” a economia no consumo de água
através da cobrança pelo real consumo dos apartamentos, será possível a detecção
de vazamentos no condomínio.
O que nos forçou a mudar um pouco de trajetória na questão do rateio da
conta d’água, foi a prumada da planta hidráulica (Anexo 20 ao Anexo 32), que tem a
143
descida de cinco tubulações de água, sendo que destas, três são dentro do
apartamento, impossibilitando a nossa atuação, pois além de fugir da nossa
proposta inicial que visa somente a intervenção em partes comuns do condomínio, a
individualização se tornou inviável devido à necessidade da instalação de cinco
medidores de vazão por apartamento.
Mesmo não sendo possível a individualização da conta por apartamento,
proporemos a setorização da medição de água por grupos de apartamentos,
diminuindo pelo menos um pouco a desigualdade hoje existente na divisão da tarifa
de água, e possibilitando a detecção de vazamentos em tempo real.
A divisão da medição de água será feita de acordo com a disposição da
prumada de água (Anexo 20 ao Anexo 32), que nos permite dividir da seguinte
forma:
•
Cinco grupos de dez apartamentos (50), cuja medição será feita através
de dois medidores de vazão (para cada grupo), instalados nas tubulações
de cobre de 1.1/3” e 1.2/3”, próximas à saída das caixas d’água (ver
detalhe no Anexo 13), diminuída da medida realizada pelos medidores que
serão instalados nas duas saídas exclusivas para o 26o andar, uma para a
torneira da churrasqueira e a outra para a piscina (ambas de cobre 3/4”).
Portanto, desta forma a vazão medida pelos dois medidores diminuída da
vazão medida pelos outros dois medidores, retratará o consumo dos dez
apartamentos pertencentes a esta distribuição, porém o último andar será
acrescido do consumo dos dois últimos medidores;
•
Três grupos de nove apartamentos (27), cuja medição será feita através
de um medidor de vazão (para cada grupo), instalados nas tubulações de
cobre 2” que ficam no andar térreo (Anexo 26 ao Anexo 32), sendo que
para dois desses grupos, das torres A e C, essa vazão será diminuída da
medida realizada pelos medidores de vazão destinados à água consumida
por dois dos banheiros de uso comum a todo o condomínio (tubulação de
cobre 3/4”). Portanto, para as unidades da torre B a conta será a divisão
por nove da vazão medida, enquanto para as torres A e C, haverá a
diminuição
do
consumo
dos
banheiros
de
uso
comum
que,
posteriormente, juntamente com o consumo das demais áreas comuns,
será dividido igualmente entre os 144 apartamentos;
144
•
Um grupo de oito apartamentos (08); que terá a sua medição feita através
de dois medidores de vazão, instalados nas tubulações de cobre de 1.1/3”
e 1.2/3”, próximas à saída das caixas d’água (ver detalhe no Anexo 13),
diminuída da medida realizada pelos medidores que serão instalados nas
duas saídas exclusivas para o 26o andar, uma para a torneira da
churrasqueira e a outra para a piscina. Portanto, desta forma a vazão
medida pelos dois medidores diminuída da vazão medida pelos outros
dois medidores, retratará o consumo dos oito apartamentos pertencentes
a esta distribuição, porém o último andar será acrescido do consumo dos
dois últimos medidores;
•
Sete grupos de sete apartamentos (49), cuja medição de quatro destes
grupos será realizada pelos medidores de vazão instalados no andar
térreo em tubulação de cobre 2”, e dividida igualmente entre as sete
unidades de cada grupo, enquanto nos outros três grupos antes da divisão
será descontada a medição realizada pelos medidores instalados (também
no térreo) nas saídas de água para os banheiros de uso comuns, em
tubulações de cobre 3/4” (um medidor para dois grupos e um para o
terceiro grupo);
•
Dois grupos de cinco apartamentos (10), que terão a sua medida feita por
dois medidores de vazão instalados no térreo, porém um dos grupos antes
de ter o consumo dividido entre as cinco unidades, terá o desconto de um
medidor de vazão instalado em tubulação de cobre 3/4”, na torre B;
Além dos grupos acima descritos, serão instalados três medidores para as
tubulações de incêndio (um para cada torre), próximos à saída das caixas d’água,
para a detecção de possíveis vazamentos nos hidrantes do condomínio, visto que
são dispositivos que até hoje nunca foram usados e a possibilidade de o serem é
remota e indesejada, a sua manutenção também é inexistente.
Assim sendo, o total de medidores de vazão que serão instalados será de 46,
e os CLP’s que receberão estes sinais serão três, instalados um em cada torre, no
andar térreo, próximo aos quadros de iluminação da área externa, como pode ser
visualizado na prumada do Anexo 42.
145
5.4
Sistema de Segurança
No item 4.4, podemos observar como se constitui o funcionamento atual do
sistema de segurança (quais os equipamentos utilizados, e de que maneira são
utilizados). Podemos observar também que o projeto de segurança foi concebido
junto ao projeto elétrico do prédio.
Analisando então de maneira crítica, podemos concluir que não foi uma
empresa especializada em projetos de segurança quem projetou este sistema, pois
o responsável não tomou todos os cuidados necessários à instalação do CFTV e dos
demais componentes do sistema de segurança. Afirmamos isso baseados nas
observações realizadas, até porque nenhum componente da equipe é especialista
em segurança. Tudo que aqui iremos propor foi retirado de informações coletadas
junto a empresas tradicionais do ramo de segurança, especializadas em instalações
de sistemas como o que lá foi encontrado.
Acreditamos que a filosofia do sistema de segurança é boa, no entanto ela
não funciona com a eficácia máxima, devendo para isso ter que passar por
modificações, ou até mesmo implementações.
A seguir iremos propor alguns pontos (dentre muitos outros passíveis de
implementação) que consideramos básicos para que o sistema implantado
realmente corresponda às necessidades dos moradores.
5.4.1 Sistema de acesso para pedestres
O sistema de acesso ao condomínio como ocorre atualmente, não oferece
grande segurança aos moradores, o fator determinante para isso é a grandiosidade
de sua estrutura, e a grande quantidade de pessoas (funcionários, visitantes,
prestadores de serviço, moradores, etc.) que circulam por ele diariamente.
Ocorre que, quando uma pessoa entra no condomínio, ninguém mais sabe
exatamente seu paradeiro, pois não existe registro da sua entrada, destino ou saída,
portanto não se sabe se a pessoa já saiu ou ainda está no interior do condomínio.
146
Para resolver esse gravíssimo problema sugerimos a implementação de uma
nova filosofia de acesso, ou seja, um novo sistema que registre cada acesso, onde
se saiba exatamente quem está dentro e quem já saiu do prédio, tal opção poderá
auxiliar futuramente na “gestão de pessoas”, para um melhor controle de energia.
Para isso, será necessária a implantação de um sistema de acesso
controlado. Existem no mercado diversas empresas que possuem tal solução à
venda, com características comuns e outras exclusivas. Procuramos então uma
empresa que fornecesse um dispositivo com as seguintes características:
• O acesso ao portão principal deve ser feito através de senha, para os
moradores;
• Deve existir a opção de senha de liberação com característica de “abertura
sob coação” para o morador, caso este esteja acompanhado por alguém
com má intenção;
• Para o visitante ou entregador, deve ser feito um cadastro com seus dados
pessoais e um registro de sua entrada e saída;
• O cadastro deve ser feito na primeira visita e utilizado em todas as demais;
• Deve ser feito o registro de todas as entradas e saídas com data, horário e
destino do visitante (no caso de morador, qual apartamento);
O fato de se ter que fazer um registro do visitante na primeira vez que ele for
entrar no condomínio pode se tornar um incômodo para o visitante e para o morador,
no entanto, essa é uma precaução que pode evitar diversos problemas futuros, há a
possibilidade também de não se fazer o cadastro do visitante. É apenas uma
questão de consenso entre os moradores, se julgarem desnecessário tal precaução,
basta não realizar o cadastro.
Foram vários os sistemas encontrados que desempenhavam tais funções,
buscamos então um que nos oferecesse uma relação custo benefício “ótimo”, foi
então que encontramos na empresa BETATRONIC – Importação e Exportação de
Componentes Eletrônicos, representante exclusiva para o Brasil dos produtos
CROW, marca de uma empresa Israelense fabricante do sistema de acesso com as
características descritas a seguir:
O sistema de acesso deverá conter os seguintes equipamentos: Controlador
de portas (especificado como MD-01), um controlador de eventos, dispositivo
147
responsável pela armazenagem e tratamento dos dados de acesso (especificado
como MDL-4), teclado digital (especificado como MK-01), leitor de proximidade
(especificado como MAGIC PROX), mais os cartões de proximidade (especificado
como ISOCARD). Abaixo apresentamos um esquema simplificado da configuração
no sistema de controle de acesso, com todos os componentes, na nova
configuração, utilizando os equipamentos acima descritos.
Figura 52 - Esquema do Sistema de Controle de Acesso
5.4.2 Descrição detalhada dos componentes do sistema de acesso
5.4.2.1 Controlador de acesso MD-01
O MD-01 controla uma porta e até 400 usuários (como no condomínio existem
144 apartamentos, será possível disponibilizar até duas senhas para cada unidade).
Este controlador de portas Magic utiliza a última tecnologia em processador. Cada
controlador pode operar com uma combinação de teclados da Linha Magic ou Leitor
de Proximidade, tudo por simples utilização de fios sem necessidade de serem
blindados e a uma distância superior a 1.000 metros. Oferece a máxima segurança
devido à sua arquitetura de construção, ficando impossível de ser sabotado através
do teclado ou do leitor de proximidade.
148
a) Características Técnicas:
•
Suporta até 10 teclados;
•
Detector de porta forçada;
•
Avisa quando porta aberta por longo tempo;
•
Travamento automático após a porta aberta;
•
Fácil programação usando teclado Magic.
Figura 53 - Controlador de Acesso MD-01
5.4.2.2 Teclado digital MK-01
Teclado resistente a vandalismo e a água, é compatível com toda a linha de
produtos Magic e pode ser acoplado a outros MK-01 ou leitores de proximidade
MAGIC PROX. Por ter os números iluminados, é ideal para ser usado em ambientes
de baixa luminosidade, externos e áreas com alto risco de vandalismo.
a) Características Técnicas:
•
Teclas iluminadas;
•
Mais de 19 milhões de combinações;
•
Aceita dígitos repetidos (ex.: 1234321);
•
Confirmação audiovisual das operações;
•
Resistente a intempéries.
149
Figura 54 - Teclado Digital (Anti-Vandalismo – ZINCO)
5.4.2.3 Leitor de proximidade MAGIC PROX
O leitor de proximidade MAGIC PROX foi desenhado para operar com os
controles de acesso Magic, em combinação com os teclados Magic ou com outros
controles de acesso que aceitam o formato "Wiegand". Quando utilizado com a linha
Magic, pode ser utilizado com cabos de baixo custo, com quatro fios sem blindagem,
a uma distância superior a 1.000 metros.
a) Característica Técnicas:
•
Distância da Leitura até 13cm;
•
Resistente a água;
•
Tamanho pequeno e slim;
•
Momentâneo e com trava;
•
LED multifunção para indicação visual da seqüência de operação;
•
Trabalha em temperaturas entre –35°C a 70°C;
•
Pode ser acionado com cartão de proximidade extrafino.
Figura 55 - Cartão de Proximidade Extra Fino e Chaveiro de Proximidade
150
Figura 56 - Leitor
5.4.2.4 Gravador de eventos MDL-4:
O gravador de eventos MDL-4, armazena eventos quando eles ocorrem e os
disponibiliza para serem visualizados quando for solicitado com o pressionar de um
simples botão. O MDL-4 tem três níveis de segurança de acesso do operador. Toda
programação pode ser realizada pelo teclado ou remotamente via PC. Cada MDL-4
vem com bateria backup e display LCD de duas linhas. O MDL-4 pode gravar os
eventos de até oito portas.
a) Características técnicas:
•
128KB de RAM para gravar até 6.800 eventos de 400 usuários, com
detalhes.;
•
Nomes até 12 caracteres;
•
Bateria de backup que, no caso de falta de luz, preserva por 20 dias
códigos, nomes, eventos e ajustes;
•
Saída para PC ou impressora serial.
151
Figura 57- Controlador de Acesso Data Loger
Sugerimos a instalação de um teclado e de um leitor de cartão de
proximidade como opção aos moradores que consideram a utilização de senha
inconveniente.
Para a instalação do sistema descrito acima, não existirá nenhum problema
físico, pois o mesmo utilizará toda a estrutura de tubulação, e fiação existentes,
sendo que toda a instalação se dará entre o portão de acesso da rua até a portaria,
onde já existe a estrutura atual instalada.
Sendo assim acreditamos que tal sistema acarretará num acréscimo de
segurança aos moradores, com um custo que pode ser considerado atraente, como
pode ser observado na análise de viabilidade econômica (item 7).
5.4.3 Sistema de acesso pela garagem
Para melhorar o sistema de acesso pela garagem, sem fazer grandes
investimentos, a nossa proposta se limita basicamente em recolocar em
152
funcionamento o sistema de travamento automático do portão para evitar problemas
de fechamento sobre os carros (atualmente desabilitado por problemas técnicos).
As demais melhorias ficam somente a cargo do sistema de CFTV. Outras
soluções poderiam ser aplicadas, no entanto, um registro de acesso e controle de
utilização de garagens, se tornaria inviável para um edifício residencial, com a
conjuntura do Tower Club House.
5.4.4 Sistema de CFTV
O sistema de CFTV possui uma quantidade de câmeras satisfatória, porém o
que não é satisfatória é a localização e o posicionamento das mesmas. As medidas
que se devem tomar para melhoria do sistema de CFTV são as seguintes:
•
Deve-se instalar uma luminária atrás de cada câmera da garagem;
•
Deve-se colocar um DOMU (proteção) nas câmeras da garagem, pois ela
fica a uma altura baixa, ficando susceptível a mudanças de foco;
Figura 58 - Gabinete Domu
•
Deve-se instalar um sensor de presença acoplado a cada câmera para
que ela somente seja acionada, quando o sensor detectar movimentação
em sua proximidade;
a) Características do Sensor:
•
Três pulsos de sensibilidade ajustáveis;
•
Duplo sensor piroelétrico;
•
Lente especial;
153
•
Proteção à R.F.I. e E.M.I.;
•
Compensação automática de temperatura;
•
7,8 a 16 VDC;
•
88° de abertura horizontal;
•
15 m de alcance;
•
Potenciômetro para ajuste fino de sensibilidade;
•
Design hi-tech;
Figura 59 - Sensor de presença SRP 100 CROW
•
A câmera da piscina deverá continuar gravando ininterruptamente;
•
Deve-se implementar uma base giratória na câmera da piscina para que a
mesma possa vasculhar uma área maior (já que está em uma posição
privilegiada);
Figura 60 - Domu com base giratória para áreas externas
•
Deve-se mudar o tipo de lente utilizada na câmera da piscina, deve-se
utilizar uma lente varifocal;
•
Deve-se implementar as funções que o time-lapse disponibiliza: mostrar
número de cada câmera/localização na gravação;
•
Deve-se ativar a saída de alarme do Quad, quando alguma câmera for
acionada;
154
A questão da instalação de sensores para acionamento das câmeras torna-se
importante, pois com o acionamento via sensor somente será gravado efetivamente
o que interessa, a presença de pessoas, economizando assim tempo de gravação
podendo-se mudar a configuração do Time-Lapse para uma quantidade de gravação
menor, hoje ele grava na velocidade de 360h. O que aconselhamos é que a
gravação seja feita em 24h para que se tenha maior detalhe das imagens.
Um ponto importante no sistema de CFTV seria a integração de algumas
câmeras (principalmente a de entrada nos Halls) ao sistema de TV coletiva, onde os
moradores, dentro de seus apartamentos poderiam verificar, por sua TV um visitante
que o aguarda na portaria ou quer subir.
Para que esse propósito seja atingido totalmente será necessária a mudança
de uma das câmeras internas, de modo que fique apontada para o portão de acesso
da rua, onde os moradores poderiam verificar o visitante antes mesmo da entrada
até o hall de entrada.
Um ponto importante do sistema de CFTV é a sua integração com um sistema
de alarme, hoje inexistente. O sistema de alarme seria responsável pela monitoração
do perímetro do condomínio e áreas externas isoladas (parte de trás do
condomínio), utilizando sensores barreira e sensores para áreas externas.
Outro fator importante com a implantação de uma central de alarme seria a
possibilidade de se contratar um sistema de monitoramento remoto, o que
aumentará muito a segurança, pois o fato do controle ser externo, facilitará ao
porteiro ou a qualquer outra pessoa, em uma situação de risco, a chamar a central
de monitoramento com um simples “botão de pânico”.
5.4.5 Sistema de alarme
Tanto o sistema de alarme, como o sistema de acesso, possui diversos
fabricantes e funcionalidades. O sistema aqui apresentado, também é da marca
CROW (marca Israelense - distribuída exclusivamente pela empresa Betatronic para
o Brasil). A vantagem em se utilizar o equipamento desse fornecedor, é a ótima
qualidade dos produtos, aliado ao melhor preço do mercado. O fato de o produto ser
importado torna-o um pouco mais caro que os nacionais, no entanto a qualidade é
muito superior. Serão apresentados a seguir os equipamentos a serem instalados
com maiores detalhes técnicos.
155
5.4.5.1 Central de alarme SYSTEM 5000 - CROW
Será utilizada essa central devido a grande possibilidade de implementação
que ela possui, caso futuramente se queira implementar. Esta central será instalada
na guarita do porteiro, ou na administração local, que se localiza no Hall da torre A.
a) Características da central:
•
Possui 16 zonas, mais duas zonas de violação (tamper);
•
Mostrador (até quatro números de telefone);
•
Comunicador com central de monitoramento;
•
Vários modos de ligar e desligar, como por exemplo, teclado, interruptor
momentâneo, controle remoto e telefone;
•
Dois tipos de controle e teclado mostrador;
•
Amplo teclado LCD, teclado digital e mostrador c/ lâmpadas e duplo dígito;
•
Diversos modos de operação (total e parcial);
•
Capacidade de divisão por zonas (até dois sistemas independentes);
•
Armação e memória de eventos importantes (40 de cada tipo);
•
Operação por meio de diversos códigos: principal, quatro usuários, restrito
(sob coação durante roubo ou assalto a mão armada), temporário;
•
Programação para armar automática e diariamente;
•
Controle remoto via telefone;
•
Desvio temporário de zonas (setores);
•
Tons diferenciados para cada setor, por exemplo, para monitorar uma
porta de entrada na posição "desarmada";
•
Revezamento do código de ativação (por exemplo, abrir uma porta ou
portão elétrico), etc.
Figura 61 - Central e Teclado System 5000
156
5.4.5.2 Sensores barreira - CAB 30T – Crow
Sensores de barreira de infravermelho deverão ser instalados sobre os muros
do condomínio, como a maior distância dos muros é na parte de trás do condomínio
com 40 metros, será necessária a instalação de quatro pares de sensores (emissor e
receptor), devido ao fato do formato do terreno do prédio.
Serão instalados nos muros laterais e de trás do prédio, no entanto existe um
muro lateral que tem um formato, tal que se torna necessário no mesmo muro dois
pares de sensores.
O sistema consiste em um transmissor e um receptor, sendo que o primeiro
transmite um feixe de raios infravermelhos, com velocidade de transmissão de 50 a
100ms, criando entre o transmissor e o receptor uma área de alarme. Quando há a
interrupção desta área o receptor mandará um sinal para a central de alarme.
a) Especificações técnicas:
•
Feixe duplo;
•
Alcance de 60m interno e 40m externo;
•
Com circuito A.G.C. (controle de ganho automático);
•
Período de interrupção ajustável (50ms - 700ms);
•
Lentes criadas para a mais clara e precisa detecção;
•
Com desenho anticongelamento para proteger o detector dos efeitos da
neve e poeira;
Figura 62 - Sensor Barreira CAB 30T
157
Para a instalação dos sensores barreira serão utilizadas canaletas (tipo duto
X) para conduzir os cabos sinais de detecção e de alimentação até a central System
5000, que ficará localizada na guarita (ou na sala da administração localizada no
Hall de elevadores).
5.4.5.3 Sensores de presença para áreas externas - D&D - Crow
Os sensores de presença deverão ser instalados para aumentar a segurança
nas áreas localizadas na parte de trás do prédio (região da piscina, região do
recipiente de gás, área da sala de Squash), é importante que seja controlada essa
região, pois se trata de uma região isolada por cadeado no período da noite, então
os moradores não têm acesso, portanto ficam realmente isoladas, e se algum
invasor se aproveitar desse ponto falho pode até mesmo invadir os apartamentos
mais baixos pelo lado externo. A utilização de sensores de presença é um fator
aliado aos sensores de barreira localizado nos muros, caso esse falhe, ou o invasor
consiga “passar por cima dos feixes”.
Os sensores de presença utilizarão as mesmas canaletas (duto X) dos
sensores de barreira para enviarem seu sinal até a central.
O passivo D&D da Crow é tão eficiente que pode diferenciar entre um
pequeno animal e um invasor. Ele possui detecção double dual ™, um sistema
óptico que simula a visão 3D espacial, permitindo ao passivo "ver" a área de
proteção e focar somente o intruso real. Desenvolvido com tecnologia ASIC que
controla o elemento double dual ™ de alta resolução e confiabilidade.
É especialmente recomendado para ambientes agressivos (áreas externas).
a) Características Técnicas:
•
Não dispara falsos alarmes;
•
Foco em invasores - não detecta animais pequenos;
•
Ignora gatos, ratos, pássaros e insetos;
•
Desenvolvido para ambientes agressivos;
•
Resistente a água;
•
Adaptação automática a mudanças de vento, temperatura e ruídos;
158
Figura 63 - Sensor Presença para Áreas Externas - D&D CROW
Deve-se prever também a utilização de sirenes para indicação sonora, caso
ocorra invasão de um setor protegido. Deve-se instalar junto a central de alarme um
discador, para efetuar chamadas em caso de disparo do sistema de alarme.
5.4.6 Sistema de incêndio
Para o sistema de incêndio, o que se propõe é a instalação de sensores de
fumaça nos halls dos apartamentos (um por andar), nas garagens, e próximo à
instalação de GLP externa deve ser colocado um sensor de gás.
A principal vantagem de se usar um sistema de detecção de fumaça, será a
infra-estrutura já instalada para o sistema de iluminação, comandada pelo
supervisório, portanto dispensando uma central dedicada a incêndio.
Este sistema pode também, sob análise da seguradora baratear o custo do
seguro contra incêndio do condomínio.
Para a aquisição dos sinais dos sensores de fumaça, será utilizada a mesma
infra-estrutura do sistema de iluminação, utilizando apenas duas entradas de cada
CLP destinado ao controle da iluminação dos halls de entrada dos apartamentos,
como descrito no item 5.1.1, sendo necessário apenas fazer a ligação do sensor de
fumaça até o CLP, através de dois fios.
159
Utilizaremos os sensores de fumaça MX250TH (Detector de Fumaça
Fotoelétrico Endereçável) e suas características estão descritas a seguir:
•
Para área aberta;
•
Um sensor térmico de 57°C +/- 2.7°C;
•
Um sensor de baixa temperatura de 45°C;
•
Base separada;
•
Requer AFB base de dois fios;
•
Led com flashes de três a oito segundos para verificar se o detector está
alimentado e se o circuito do detector está funcionando;
•
Exclusivo "Chamber Check", teste automático de sensibilidade.
Figura 64 - Sensor de Fumaça MX250T
Deve-se salientar que com a implantação do sistema supervisório, as
possibilidades de melhoria do sistema de segurança são muitas, podendo ter
aplicações específicas, até mesmo monitorar cada unidade.
As implementações do sistema de registro de acesso às garagens, podem se
tornam atraentes, na medida que o sistema de supervisão for desempenhando seu
papel de controle total.
160
5.5
Correção do Fator de Potência
5.5.1 Definições
•
Potência é a capacidade de produzir trabalho na unidade de tempo;
•
Potência
Ativa
é
aquela
que
efetivamente
produz
trabalho
útil,
normalmente expressa em quilowatt (kW);
•
Potência Reativa é aquela utilizada para criar o fluxo magnético
necessário ao funcionamento dos equipamentos tais como motores,
transformadores e reatores. É normalmente expressa em quilovoltampére-reativo (kvar);
•
Potência Aparente é a potência total absorvida por uma instalação elétrica,
usualmente expressa em quilovolt-ampére (kVA);
•
Energia é a utilização da potência num intervalo de tempo Energia Ativa É
a utilização da potência ativa durante qualquer período de tempo,
usualmente expressa em quilowatt-hora (kWh). Na conta de energia
elétrica a energia ativa aparece sob a denominação de consumo (kWh);
•
Energia Reativa é a utilização de potência reativa durante qualquer
período de tempo, usualmente expressa em quilovolt-ampére-reativo-hora
(Kvarh);
•
Demanda é a utilização de potência ativa durante um determinado
intervalo de tempo, mensurada por aparelho integrador (medidor de
demanda), durante um intervalo de tempo de 15 minutos. É expressa em
quilovolt-ampére (kVA).
161
5.5.2 Como especificar o capacitor
5.5.2.1 Quando e como ocorre a necessidade de energia reativa?
Sabe-se que todos os motores, transformadores e reatores dependem do
magnetismo para sua operação. O magnetismo é uma força e, portanto não pode
ser
consumida
no
sentido
físico.
Nos
motores
de
corrente
alternada,
transformadores e reatores, existe a necessidade periódica da força magnética. A
energia elétrica necessária para produzir esta força magnética é chamada de
energia reativa, que apesar de não necessária para produção do trabalho útil impõe
uma carga ao sistema elétrico de distribuição e à fonte de suprimento de energia
elétrica.
5.5.2.2 O que significa fator de potência?
A potência reativa bem como as potências ativas fluem através de motores,
transformadores e reatores. A adição geométrica destas duas potências determina o
que chamamos de potência aparente. A divisão de potência ativa pela potência
aparente determina o que chamamos de fator de potência:
FP = cos j =
kWh
kW
=
kVAh kVA
5.5.2.3 Quais as causas de um baixo fator de potência?
Muitos equipamentos que necessitam de energia elétrica para o seu
funcionamento consomem também energia reativa. Quanto maior o consumo de
energia
reativa
menor
será
o
fator
de
potência
do
equipamento
e,
conseqüentemente, do sistema elétrico em questão. A seguir temos as principais
causas de um baixo fator de potência:
162
a) Motores operando em vazio
O consumo de energia reativa necessária à geração do campo magnético de
um motor elétrico é o mesmo tanto para operação em vazio quanto à plena carga.
Porém a energia ativa é diretamente proporcional à carga mecânica aplicada no eixo
do motor. Assim temos que, quanto menor a carga mecânica aplicada, menor a
energia ativa consumida, portanto menor será o fator de potência.
b) Motores superdimensionados
As conseqüências de aplicação de um motor de potência nominal acima da
que for submetida são as mesmas do caso anterior, resultando em um baixo fator de
potência.
c) Transformadores operando em vazio ou com pequena carga
Quando há superdimensionamento dos transformadores para as cargas a que
estão ligados, há um maior consumo de energia reativa em relação à energia ativa,
acarretando assim um baixo fator de potência.
d) Lâmpadas de descargas com reatores de baixo fator de potência
Os reatores utilizados em lâmpadas de descarga consomem energia reativa
para seu funcionamento, provocando baixo fator de potência. Nesse caso
recomenda-se a utilização de reatores com alto fator de potência, aos quais são
associados capacitores para a compensação de reativos.
e) Nível de tensão da instalação acima da nominal
Quanto maior a tensão aplicada além da nominal às cargas indutivas, maior
será o consumo de energia reativa e menor o fator de potência.
163
f) Grande número de motores de pequena potência
Devido à oscilação de cargas e à dificuldade de um correto dimensionamento
dos motores em função das cargas a eles ligadas, há grande probabilidade de um
consumo significativo de reativos, resultando um fator baixo de potência.
5.5.2.4 Quais os efeitos que de um baixo fator de potência em instalações elétricas?
•
Sobretaxa na conta de energia elétrica;
•
Redução da capacidade do sistema elétrico;
•
Quedas de tensão em circuitos de distribuição de energia elétrica;
•
Aumento das perdas elétricas nas linhas de distribuição.
5.5.2.5 O que os capacitores fazem para corrigir o fator de potência?
Instalando-se capacitores junto aos motores ou transformadores limita-se o
fluxo de energia reativa através dos circuitos elétricos. A energia reativa necessária
à magnetização de motores, transformadores e reatores, passa a ser fornecida pelos
capacitores ao invés de ficar fluindo através dos circuitos de alimentação das
referidas cargas.
5.5.2.6 Qual o valor do fator de potência para haver a necessidade de capacitores?
As companhias fornecedoras de energia elétricas exigem que o fator de
potência tenha valor mínimo conforme a legislação. Contudo aconselha-se trabalhar
com valores próximos a 0,95 (95%), para um aproveitamento correto de energia, e a
eliminação dos riscos de multa.
164
5.5.2.7 Onde devem ser localizados os capacitores?
A localização dos capacitores deve obedecer a vários critérios, dependendo
da finalidade para a qual estão sendo aplicados. O ponto fundamental é que estejam
instalados do lado da carga, tomando como base o ponto de medição. Citaremos
alguns tipos de localização dos capacitores para correção do fator de potência:
a) Capacitores instalados junto a motores de indução
A potência do capacitor (em kvar) deve ser aproximadamente a potência
aparente (em KVA) do motor trabalhando em vazio.
b) Capacitores instalados junto a transformadores
Estes valores dependem muito das perdas dos transformadores, visto que os
capacitores neste caso estão indicados somente para suprir os VA reativos dos
transformadores operando em vazio.
c) Capacitores instalados junto a agrupamentos de cargas
Com o método de correção centralizado todos os motores e transformadores
são corrigidos em conjunto. O valor da potência reativa a ser fornecida pelos
capacitores pode ser determinado utilizando-se dados mencionados nas contas de
energia elétrica. É aconselhável utilizar a média dos dados obtidos em contas de
energia de vários meses.
d) Correção aplicando-se bancos automáticos de capacitores
Quando todas as alternativas anteriores forem insuficientes para a correção
adequada do fator de potência, ou mesmo por razões de comodidade e
confiabilidade, a utilização de bancos de capacitores controlados automaticamente
pode ser a solução mais prática.
165
e) Correção geral aplicando-se capacitores em um sistema industrial
A correção geral envolve os diversos tipos de aplicação citados nos itens
anteriores.
Alguns cuidados importantes devem ser observados quando da aplicação de
capacitores em sistemas industriais, pois os mesmos não devem operar com valores
excessivos de tensão e corrente, conforme especificado na norma IEC831-1. Sabese que os capacitores produzem um aumento de tensão no ponto onde se
encontram instalados. Como conseqüência, os capacitores podem ser levados a
funcionar numa tensão superior àquela medida antes da ligação dos mesmos. A
tensão nos terminais do capacitor pode ser particularmente elevada nos períodos de
baixa carga. Neste caso, uma parte ou a totalidade dos capacitores deve ser
colocada fora de funcionamento, de modo a evitar que os mesmos sejam
submetidos a esforços excessivos e que apareçam sobretensões anormais ao
sistema.
Os capacitores não devem jamais funcionar com correntes superiores ao valor
máximo especificado na IEC 831-1. As correntes de sobrecarga podem ser
produzidas por uma tensão excessiva na freqüência fundamental ou por harmônicos,
ou por ambos. As principais fontes de harmônicos são os variadores de velocidade
tiristorizados
para
motores,
retificadores,
núcleos
ferromagnéticos
dos
transformadores, reatores e outros equipamentos, principalmente quando saturados.
Sempre que necessário, consulte o fabricante para dimensionamento correto dos
capacitores em seu sistema industrial. Em sistemas com problemas de harmônicos,
é aconselhada a instalação de capacitor tipo “MP”.
A correção do fator de potência foi obtida tomando-se por base as relações
trigonométricas do triângulo de potências.
Figura 65 - Triângulo de Potências
166
Os valores de potência ativa foram adquiridos das faturas da COPEL, cujos dados
podem ser observados na tabela do Anexo 40. Nesta tabela temos tabulados os
valores do consumo de kWh, os valores de kvar excedente, assim como o fator de
potência e os valores de demandas contratadas e faturadas.
As fórmulas utilizadas são as seguintes:
cos ϕ =
P
S
e
tan ϕ =
Q
⇒ Q = P × tan (cos ϕ−1 )
P
Onde o valor de cosϕ utilizado foi o fornecido pela fatura da COPEL.
Os valores calculados de potência reativa foram os seguintes:
Mês
Consumo (kW)
kW
FP
kvar
05/00
19434
26.99
0.8494
16.77
06/00
22714
31.54
0.8487
19.66
07/00
18942
26.30
0.8356
17.29
08/00
17958
24.94
0.8218
17.29
09/00
21730
30.18
0.8446
19.13
10/00
20910
29.04
0.8350
19.13
11/00
21812
30.29
0.8350
19.96
12/00
20172
28.01
0.8321
18.67
01/01
19024
26.42
0.8396
17.09
02/01
20664
28.70
0.8206
19.98
03/01
19270
26.76
0.8248
18.35
04/01
20746
28.81
0.9190
20.19
05/01
18450
25.62
0.8072
18.74
06/01
17466
24.26
0.7893
18.87
07/01
16236
22.55
0.7879
17.63
08/01
20910
29.04
0.8159
20.58
09/01
17548
24.37
0.8166
17.23
10/01
17384
24.14
0.8077
17.63
11/01
20828
28.93
0.8192
20.25
12/01
19532
26.88
0.8212
18.68
01/02
16072
22.32
0.8211
15.52
Média
19410.54
26.96
0.8234
18.576
Tabela 7 - Potência Reativa Calculada
167
Calculando-se o novo fator de potência com a aplicação de banco de
capacitores existentes no mercado, chegou-se aos seguintes resultados:
Mês
FP atual
Banco
FP
Banco
FP
Banco
FP
05/00
0.8494
15.0
0.9979
17.5
0.9996
20.0
0.9929
06/00
0.8487
15.0
0.9893
17.5
0.9977
20.0
0.9999
07/00
0.8356
15.0
0.9962
17.5
1.0000
20.0
0.9948
08/00
0.8218
15.0
0.9958
17.5
1.0000
20.0
0.9942
09/00
0.8446
15.0
0.9908
17.5
0.9985
20.0
0.9996
10/00
0.8350
15.0
0.9900
17.5
0.9984
20.0
0.9996
11/00
0.8350
15.0
0.9868
17.5
0.9967
20.0
1.0000
12/00
0.8321
15.0
0.9915
17.5
0.9991
20.0
0.9989
01/01
0.8396
15.0
0.9969
17.5
0.9999
20.0
0.9940
02/01
0.8206
15.0
0.9852
17.5
0.9963
20.0
1.0000
03/01
0.8248
15.0
0.9923
17.5
0.9995
20.0
0.9981
04/01
0.9190
15.0
0.9842
17.5
0.9957
20.0
1.0000
05/01
0.8072
15.0
0.9895
17.5
0.9988
20.0
0.9988
06/01
0.7893
15.0
0.9875
17.5
0.9984
20.0
0.9989
07/01
0.7879
15.0
0.9933
17.5
1.0000
20.0
0.9945
08/01
0.8159
15.0
0.9820
17.5
0.9944
20.0
0.9998
09/01
0.8166
15.0
0.9959
17.5
0.9999
20.0
0.9936
10/01
0.8077
15.0
0.9941
17.5
1.0000
20.0
0.9952
11/01
0.8192
15.0
0.9839
17.5
0.9955
20.0
1.0000
12/01
0.8212
15.0
0.9908
17.5
0.9990
20.0
0.9988
01/02
0.8211
15.0
0.9997
17.5
0.9961
20.0
0.9804
Média
0.8234
0.9913
0.9992
0.9986
Tabela 8 - Fator de Potência Corrigido
Com estes dados conclui-se que a melhor opção é a utilização de um banco
de capacitores de 20,0kvar. Este capacitor proporcionará uma correção do fator de
potência para aproximadamente 1,00. Isto implica em uma folga, pois o fator de
potência exigido pela concessionária atualmente é de 0,92. Esta folga poderá ser
utilizada quando da substituição das lâmpadas incandescentes pelas fluorescentes,
sejam elas compactas ou convencionais.
168
6
SISTEMA DE SUPERVISÃO
A instalação do sistema supervisório de automação proposto ao condomínio é
composto de:
•
CLP’s;
•
Micro computador PC;
•
Software supervisório.
Conforme mostrado nos capítulos anteriores, os CLP’s já estão previamente
especificados e inseridos nos lugares, por nós analisados e considerados
importantes e necessários para a aquisição dos dados.
O microcomputador já existe, e possui a configuração necessária para o bom
funcionamento do supervisório. Conforme observado em uma das visitas ao prédio,
o micro está instalado na guarita e é utilizado somente para guardar os dados dos
sensores que indicam a entrada de determinado carro que está previamente
cadastrado com a sua garagem, possuindo espaço suficiente para o novo software.
A guarita também foi determinada como o melhor lugar para a instalação do
supervisório, pois existem eletrodutos de circuitos de CFTV chegando até ela, que
servirão para a passagem dos cabos de conexão do sistema com os CLP’s, bem
como por possuir um sistema já existente que poderá ser adequado ao nosso sem a
necessidade de alteração física, não ocasionando transtornos aos moradores.
O software supervisório que melhor se adequou a nossa necessidade, foi o
Elipse Scada, pois é ao mesmo tempo, acessível, amigável e totalmente flexível. Por
isso é a ferramenta ideal para a automação, pois elimina a necessidade de soluções
demoradas e caras, garantindo competitividade, eficiência e qualidade ao processo.
A pesquisa constante da Elipse Software (que tem o seu logotipo mostrado na
Figura 66), garante a seus produtos constante atualização e a introdução de novas
tecnologias. Sendo uma empresa brasileira estabelecida há mais de 10 anos no
mercado, desenvolvendo soluções em software para automação e interfaces para os
mais variados sistemas.
169
Figura 66 - Software Supervisório Utilizado
Uma das aplicações que mais têm crescido é a automação predial. Os
chamados “Prédios Inteligentes” já não são mais considerados de luxo, fazendo-se
necessários no nosso dia a dia. Por mais simples que pareça um elevador ou motor,
existe uma nova tecnologia trabalhando por trás de tudo, principalmente na
economia de energia e, conseqüentemente, na redução de custos. Até mesmo a
iluminação pode ser controlada, com horários preestabelecidos para o desligamento
e ligamento automáticos. O consumo de água e energia elétrica passam a ser
monitorados, evitando-se assim, o desperdício e multas das concessionárias.
O Elipse SCADA é a ferramenta ideal para este tipo de aplicação, permitindo
dentre algumas das qualidades a monitoração por vídeo (Elipse Watcher), o controle
de incêndio e o controle de acesso.
6.1
Supervisão e controle de processos com mais resultados
O Elipse SCADA permite a criação e a execução de aplicativos HMI e SCADA
para processos de qualquer natureza. Através da coleta de informações dos CLP’s,
os operadores podem monitorar e controlar com precisão todos os sistemas do
edifício, bem como lâmpadas e recursos, gerenciando de forma rápida e eficiente
todos os sistemas. Dados em tempo real são apresentados de forma gráfica,
permitindo
o
tratamento
das
informações
de
várias
maneiras,
como
o
armazenamento histórico, a geração de relatórios e a conexão remota, entre outras
possibilidades. Análises precisas e um rápido tempo de resposta resultam em menos
perdas e altos níveis de qualidade.
170
Figura 67 - Organizer
O Elipse SCADA conta com o exclusivo Organizer (Árvore do Aplicativo)
mostrada na Figura 67 – que é uma maneira muito simples e fácil para a criação,
organização e documentação dos aplicativos. O usuário acessa todos os elementos
do sistema e suas propriedades navegando em uma árvore hierárquica que fornece
uma visão geral do aplicativo, "organizando" naturalmente o trabalho de
configuração e documentação. Mais do que isso, você pode modificar qualquer
parâmetro da aplicação, em tempo de execução, já que todos os atributos de objeto
são abertos ao usuário, desde um limite de alarme ou nome de arquivo até a cor e
posição de um objeto na tela. O Elipse SCADA também permite a edição através da
ferramenta de configuração on-line, onde você altera o seu aplicativo sem a
necessidade de interromper a execução.
171
6.2
Interface gráfica mais clara, lógica e intuitiva
A criação da interface com o usuário é feita de maneira simples e rápida.
Vários recursos estão disponíveis, como animações, displays, botões, gráficos de
tendência (linhas, área, barras, XY, etc.) e outros, que são ligados diretamente com
as variáveis de campo (Tags), uma destas aplicações pode ser observada na Figura
68. Também podem ser utilizados desenhos de qualquer editor gráfico. Além disso,
o Elipse SCADA conta com uma extensa biblioteca gráfica de desenhos, de modo a
facilitar a criação de telas. O usuário ainda pode escolher entre utilizar o mouse,
teclado ou touchscreen para operar o sistema de supervisão.
Figura 68 - Tela de Tendências
O software será utilizado para monitorar e controlar os sistemas de bombas,
iluminação e água, de modo a eliminar desperdícios de energia elétrica e água,
diminuindo os custos operacionais e tendo um sistema que permita a centralização
das informações facilitando a operação, visualização e otimizando o custo
operacional.
O operador pode desabilitar o sistema de supervisão, desta forma a
iluminação passa a funcionar de maneira convencional, como se não houvesse
sistema de supervisão.
172
Através do sistema supervisório, foram criados três setores de controle para a
iluminação, onde há a indicação nas telas de qual setor está ligado, desligado ou
com defeito, podendo integrar todo o sistema de iluminação de maneira a solucionar
e aumentar a gama de benefícios do sistema. O sistema liga e desliga cada setor de
maneira à:
•
Eliminar a necessidade de um funcionário ter que, ao final de toda a tarde,
andar por todo o condomínio, conforme indicado no item 4.1.1, ligando
toda a iluminação externa e após determinado horário desligando alguns
setores para se poder economizar energia, já que não há a necessidade
de se possuir uma claridade de tão alto grau nos horários após a meia
noite. Todo este controle será realizado através de comandos, que estarão
inseridos no supervisório através de scripts, botões e caixas de diálogo,
pré-definidos na tela de onde este comando será enviado ao CLP, que por
sua vez acionará ou desligará a determinada área parcialmente ou
totalmente em determinados horários, conforme escolha do próprio
operador;
•
Monitorar as lâmpadas e os sensores de incêndio dos halls dos
apartamentos, onde os CLP’s estão instalados, conforme indicado no
4.1.2.2. Estes CLP’s poderão enviar para o computador, sinais prédefinidos da quantidade de vezes que a lâmpada de cada hall fora ligada e
a duração do tempo que está ficou ligada, assim gerando uma base de
dados que poderá ser utilizada para verificar a vida útil dos equipamentos,
bem como para programar o tempo através de caixas de diálogo
previamente configuradas no supervisório, de uma maneira prática e fácil.
Este mesmo CLP servirá para receber os estados dos sensores de
incêndio e enviar ao supervisório um sinal que acionará um alarme de
incêndio sonoro e visual na própria tela;
•
Supervisionar as luminárias instaladas nas garagens, de maneira a propor
uma maior redução no consumo de energia elétrica, pois através de
estudos mostrou-se a não necessidade delas permanecerem ligadas 24hs
por dia. Portanto, poderemos ligar as lâmpadas em setores e horários prédefinidos.
173
Com relação ao sistema de bombas, o sistema supervisório poderá receber
os estados destas bombas de recalque, fazendo com que estas funcionem em
determinadas pré-condições referidas no item 4.3.1.5, minimizando os custos e
oferecendo diversos outros benefícios comentados anteriormente.
O sistema de água, poderá também ser supervisionado, gerando também
grandes benefícios já citados no item 4.3.5 a fim de diminuir o consumo de água e
melhorar a divisão desta no custo de cada condômino.
Além dos sistemas indicados acima, é importante salientar que o supervisório
após instalado poderá supervisionar outros sistemas, aumentando a qualidade e
reduzindo outros custos, onde podemos citar o sistema de entrada de energia que é
em média tensão, havendo dois transformadores um de 500kVA e outro de 225kVA,
no qual poderia-se instalar dois transdutores de multigrandezas, com transmissão de
dados em rede Modbus ou outra existente no software. Tendo como qualidades:
•
Monitorar o consumo da edificação;
•
Indicar se algum dos dispositivos de proteção foi desligado;
•
Emiter relatórios de consumo e grandezas elétricas;
•
Visualização para cada transformador, das grandezas elétricas a saber:
tensão, corrente, fator de potência, freqüência, entre outras.
As estatísticas geradas pelo sistema supervisório poderão futuramente ajudar
no controle de acesso, como por exemplo, horário de funcionamento da sauna, ligar
e desligar a sauna automaticamente, ligar e desligar aquecimento da piscina,
monitorar pressão dos canos da prumada de água, monitorar consumo de energia e
água, monitor intensidade da iluminação por horários, avisar previamente a
ocorrência de alarmes, acionar a central de segurança remota, contatar o sistema de
abastecimento de gás. Também futuramente poderá ser facilmente implementado
sistema de medição remota de gás, controlar o funcionamento dos elevadores
(carga, desgaste, período de funcionamento), avisar do período de manutenção de
bombas, elevadores, etc.
174
7
ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICA-FINANCEIRA
Após a apresentação do estudo das condições técnicas atuais do condomínio,
juntamente com as propostas de melhorias, iremos analisar se as mesmas se
mostrarão atraentes para uma possível implementação futura.
Devemos salientar que tal estudo foi orientado e dirigido pelo professor coorientador de nosso Projeto Final de Graduação – Jorge Carlos Corrêa Guerra, MSc.
Utilizamos na realização desta análise, ferramentas fornecidas pelo mesmo, tal
como seu livro: “Análise de Viabilidade Econômica-Financeira ou o “Caldeirão do
Alquimista”, Você Decide!?”.
Num projeto como o aqui apresentado, torna-se fundamental questioná-lo em
relação à variável “custo”, não apenas à variável técnica, já mostrada no Capítulo 4.
Isto pelo simples fato de o condomínio em questão “já existir”, ou seja, o projeto de
automação não surgiu juntamente com o projeto civil e arquitetônico, sendo então
esse o maior obstáculo encontrado.
A questão dos “Edifícios Inteligentes” está em evidência nos dias atuais,
sendo esse um nicho de mercado que as grandes empresas/indústrias estão
começando a explorar, com o lançamento de produtos específicos para condomínios
residenciais e principalmente comerciais. Na maioria dos casos, não é possível
aplicar essas novas tecnologias (conhecidas como “Estado da Arte”) em edificações
já existentes, porque para implementar as soluções da tecnologia de ponta é
necessária grande infra-estrutura (cabeamento estruturado, pontos para instalação
de sensores, sala de supervisão, etc.), que necessariamente tem que ser previstas
na fase de projeto, além do alto custo.
Porém, não existem empresas/indústrias no mercado que fabriquem
equipamentos, ou que ofereçam produtos e serviços para automação de edificações
já existentes. Tornando-se assim, muito importante verificar a sua viabilidade, pois
na maioria das propostas apresentadas, as melhorias foram baseadas em sistemas
utilizados nas indústrias, adequando-as para o caso residencial.
Tivemos então que adequar as soluções técnicas para o condomínio, sendo
que um ponto fundamental para a exeqüibilidade de uma futura implementação é a
de não interferir na qualidade de vida do morador, tendo que efetuar grandes obras
civis (quebras de paredes para passagem de novas tubulações, implantação de
medidores, etc.), e não modificar a arquitetura do condomínio.
175
Esses foram os pontos fundamentais que limitaram nossa proposta,
principalmente em relação à implantação de medidores individuais de água. Esse
ponto deve ser levantado juntamente aos engenheiros civis e arquitetos, pois com
toda certeza chegará o momento em que mudanças deverão ser feitas em relação
ao rateio da água, por motivos já apresentados.
Um ponto importante para se atentar, é que neste tipo de projeto existem dois
tipos de resultados: Resultados Tangíveis e Resultados Intangíveis, sendo que
ambos devem ser considerados, pois segundo o Professor Jorge Carlos Corrêa
Guerra [7] “O termo subjetivo, principalmente para profissionais de áreas exatas
carrega conotações de irrelevante e/ou que isto não afeta a decisão...
O fato de
não ser quantificável não é motivo para deixarmos fora da modelagem do
investimento fatores subjetivos, pois poderemos aumentar nosso risco e/ou termos
uma realidade distorcida.”
Os resultados intangíveis, são aqueles que oferecem ao morador maior
comodidade e conforto, ou seja, aumento na qualidade de vida, sendo que para isso
não haja necessariamente uma redução de consumo ou redução de algum custo (na
maioria das vezes, o custo se eleva), ou que se tenha previsão de recuperar o
investimento à algum prazo. Geralmente os resultados se tornam intangíveis nos
sistemas que interagem ou que estejam ligados diretamente à segurança (sistemas
de acesso, CFTV, etc.).
Os tangíveis por sua vez, são aqueles que de alguma forma pretendem
diminuir ou acabar com algum tipo de desperdício energético ou de outra natureza,
com a implantação de novas tecnologias e soluções, onde o investimento pode ser
recuperado (ou não, caso não seja viável sua implantação) com a economia gerada.
7.1
Análise de Cenário
O termo “cenário” foi introduzido na gestão por Hermann Kahn, no final dos
anos 60, em estudos militares e estratégicos para o governo americano. Para ele e
Wierner, no livro The Year 2000, cenários são “uma seqüência hipotética de
acontecimentos, construída com o objetivo de fixar a atenção em processos causais
e centros de decisão”.
176
O conceito de cenário está ligado a uma visão interna e consciente das
condições e circunstâncias que definem o ambiente em que a organização ( no caso
o nosso condomínio) estará operando no futuro.
Para Terre e Millán (1984), as etapas no processo de elaboração de cenários
são os seguintes:
a) Identificação das variáveis chaves que a empresa deve considerar:
•
Período de tempo que é preciso analisar;
•
Variáveis relevantes.
b) Atribuição de valores e variáveis a cada uma das variáveis relevantes:
•
Intervalo de valores possíveis;
•
Probabilidade de ocorrência.
c) Elaboração dos futuros mais prováveis.
Devido aos ambientes turbulentos em que vivemos, deve-se utilizar o método
de elaboração de cenários múltiplos, para se poder fazer frente a um amplo espectro
de acontecimentos e tendências e não apenas a uma seqüência particular. A partir
destes cenários os investidores devem perguntar-se quais são as possíveis
implicações e o impacto em sua estratégia.
A matéria prima básica para a construção de cenários é a informação, e esta
à medida que é mais exclusiva, privilegiada e relevante, mais valor tem.
A partir dos cenários múltiplos, podem ser traçadas alternativas em função
dos recursos (não só financeiros), dos investidores. Como boa parte do cenário, não
está sob controle, as estratégias devem ter flexibilidade para adaptações. O
planejamento estratégico tem como características o longo prazo, que as decisões
são de altos níveis da organização e que os impactos são significativos para o
futuro dos investidores e da própria estrutura organizacional.
A análise de cenários múltipla, pressupõe monitoramento constante, para
detectar sinais de mudanças tanto dos fatores, como desvios executivos. Isto
permite uma minimização considerável dos riscos.
177
Apesar de nossa proposta apresentar apenas um cenário, devido à grande
complexidade do sistema, o estudo de caso realizado oferece o “ingrediente” mais
importante para que outros cenários possam ser propostos: a informação. Pois os
dados por nós coletados são muito ricos em detalhes, muito privilegiados e
altamente relevantes, pois foram quase 10 meses
de “espionagem do
funcionamento do prédio”.
Abaixo apresentaremos então o cálculo para verificar a viabilidade de
implantação do nosso cenário, deve-se atentar ao fato de que o cenário por nós
proposto foi o cenário considerado mais eficiente e com o menor custo (a melhor
relação custo-benefício encontrada), na visão do grupo e de seus professores
orientadores.
7.2
Análise de Viabilidade Econômica-Financeira do Cenário Proposto
7.2.1 Sistema de Medição de Água
Para realizar os cálculos de redução do consumo de água com a implantação
do sistema de medição de água por grupo de moradores (como foi visto no item
5.3.4) faremos algumas considerações importantes.
Existem vários estudos, teses de mestrado, artigos, levantamentos que
garantem que, com a individualização da medição da água em grandes
condomínios, o consumo pode diminuir até 30%. A própria SANEPAR – Companhia
Paranaense de Saneamento do Paraná, afirma tal redução percentual, pois se
acredita que o consumidor não se preocupa tanto em economizar, quando ele sabe
que o gasto está sendo dividido com mais moradores, é uma questão puramente
psicológica, que quando tratada de maneira adequada pode reduzir o consumo.
Outro fator importante para reafirmar a importância da redução do consumo é
o fato de que, durante esse ano, o aumento médio da tarifa de água está
acompanhando a valorização do dólar americano. Outro fato, é que a água terá
certamente seu preço aumentado, pois vai passar a ser cobrada como Comoditis,
além de outros fatores que podem ser mais bem analisados no 5.3.4.
Levaremos em consideração o fato de que o consumo não será totalmente
individualizado, devido a restrições técnicas para implantação dos medidores visto
178
no item 5.3.4, assim consideraremos para efeito de redução de consumo o
percentual de 15% para a medição individualizada por grupos de cinco, sete, oito e
nove apartamentos.
Atualmente o consumo médio mensal, pode ser observado no Anexo 41, é de
2952.71 m3, a um custo médio de R$ 7385.73.
Com uma redução percentual de 15%, conforme considerações feitas acima
teremos um novo consumo médio de R$ 6.277,88, o que significa uma economia
mensal ao condomínio de R$ 1107.85, e um consumo de 2509m3.
a) Corrigido pelo índice de inflação
Considerando
uma
previsão
de
inflação
de
2.5%
a.a.,
isto
sendo
“superotimistas”, teremos:
Tabela 9 - Economia na conta de água reajustada pelo índice da inflação
b) Corrigido pelo índice de variação do dólar americano
Fazendo o mesmo cálculo, agora para um cenário menos otimista, corrigindo
a tarifa, de acordo com a variação do dólar, a uma taxa percentual de 15% a.a.,
teremos:
Tabela 10 - Economia na conta de água reajustada pela variação do dólar
179
Pode-se verificar, analisando a Tabela 9 e a Tabela 10, que em um período
de três anos, a economia média de água em R$, corrigindo a tarifa a uma taxa de
2.5% a.a. é de R$40887.97, e corrigindo a tarifa de acordo com a variação da taxa
do dólar a um percentual de 15% a.a. obtemos uma economia média de
R$46164.11. Podemos verificar na Tabela 11, os investimentos necessários para o
sistema, e também o prazo para retorno do investimento.
7.2.2 Sistema de Tarifação de Energia Elétrica
O sistema de tarifação de energia elétrica, conforme pode ser observado no
item correspondente de proposta de melhorias, está com valores de demanda
contratada fora da faixa de consumo, ou seja, a demanda contratada é atualmente
de 30 KW e a demanda média mensal faturada é de 66,33 KW, além de excedentes
de reativos, que estão provocando uma multa mensal por excesso de reativos e de
excesso de demanda, em média de R$1.222,30.
Assim considerando um período de três anos, sem pagar tais multas
poderemos chegar a uma economia de R$45.112,04, considerando um reajuste por
uma taxa de inflação de 2,5%a.a., e uma economia de R$50.933,24 se fosse
reajustado pela taxa de variação do dólar de 15%a.a., conforme pode ser observado
nas tabelas abaixo.
Tabela 11 - Projeção dos valores pagos com multas por excesso de demanda e reativos
180
a) Investimentos do Sistema de Tarifação de Energia Elétrica
Para resolver os problemas com o sistema de tarifação, se faz necessária a
implantação de um banco de capacitores, para acabar com os excedentes de
reativos causados pelos motores e pelas lâmpadas fluorescentes, o banco deve ser
de 20 Kvar (conforme cálculos realizados no item 5.5), no valor de R$400, 00, mais
R$100,00 de mão de obra para instalação do mesmo.
Com relação às multas pagas de excedente de demanda, basta que seja
enviada uma carta para a COPEL – Companhia Paranaense de Energia Elétrica,
solicitando mudança da faixa de demanda contratada (readequação do contrato),
conforme modelo apresentado no Anexo 43.
7.2.3 Sistema de Iluminação, Motores e Piscina
Para os sistemas de iluminação, motores e para a piscina, a maior redução
percentual alcançada foi com o sistema de iluminação chegando a uma redução
total de 9111,6KWh/mês, ou seja, uma redução percentual de 74% (como pode ser
observado no item 5.1), seguida da redução energética na piscina de 40%
(1380KWh/mês) e dos motores das bombas de recalque de 69Kwh/mês (esse valor
pode ser maior, levando-se em conta as considerações feitas no item 5.3.4 podendo
chegar a uma redução de 142 KWh/mês). Deve-se notar que a redução do consumo
dos motores é devido ao fato da redução do consumo de água percentual (esses
cálculos podem ser observados também no item 5.3.4).
Dessa forma apresentaremos abaixo a economia total, após a implantação
das melhorias, num período de três anos, utilizando as mesmas considerações
anteriormente feitas.
181
a) Considerando primeiramente o reajuste da fatura de energia elétrica, baseado na
taxa de inflação média do período de 2.5% a.a. , teremos o seguinte panorama:
Tabela 12 - Redução média do consumo de energia com iluminação – inflação 2.5% a.a.
Tabela 13 - Redução média do consumo de energia com a piscina – inflação 2.5% a.a.
Tabela 14 -Redução média do consumo de energia das bombas de recalque – inflação 2.5% a.a.
182
b) Considerando primeiramente o reajuste da fatura de energia elétrica, baseado na
taxa de valorização média do dólar do período de 15% a.a. , teremos o seguinte
panorama:
Tabela 15 - Redução média do consumo de energia com iluminação – dólar 15% a.a.
Tabela 16 - Redução média do consumo de energia com a piscina – dólar 15% a.a.
Tabela 17 - Redução média do consumo de energia com as bombas de recalque – dólar 15% a.a.
183
7.2.4 Relação Investimento x Prazo de retorno
Após análises dos cenários anteriores, podemos fazer a comparação com o
custo de implantação, para então definir o prazo para retorno dos investimentos.
Chegou-se então aos resultados apresentados na tabela abaixo:
Tabela 18 - Relação Investimento x Prazo de Retorno
184
7.2.4.1 Considerações
Deve-se notar que o custo com o sistema que fará a comunicação com o
supervisório Elipse, incidiu todo sobre o sistema de iluminação, no entanto outros
sistemas serão interligados nessa mesma rede, como por exemplo, o sistema de
incêndio e de medição de água individualizada.
De maneira geral o projeto nos parece muito atraente, apesar de se pagar
num prazo de três anos. Não devemos esquecer que o sistema de segurança,
apesar de não ter nenhum retorno direto programado – por se tratar de um sistema
intangível, entrou na análise como fator importante do projeto, como foi exposto no
início deste capítulo.
O fator de maior encarecimento da obra é com certeza o sistema de
comunicação implantado (equipamentos + mão-de-obra), não devemos nos
esquecer que com o sistema supervisor as possibilidades de implementação,
controle e estatísticas se tornam inúmeras, portanto com esse controle maior dos
gastos do condomínio que o supervisório oferecerá, poderão aparecer novos pontos,
aqui não previstos, onde se possa diminuir ainda mais o custo mensal, podendo
então diminuir o prazo de três anos para retorno dos investimentos.
Devemos lembrar ainda que a implementação de “partes” da proposta se
tornam altamente viáveis, conforme pode ser observado na Tabela 1, algumas
implementações possuem retorno do investimento em até um ano.
Outro ponto importante de ressaltar, é que a economia prevista no sistema de
tarifação elétrica, é o ponto mais crítico, pois para realizar a mudança da faixa de
demanda contratada é simples, bastando seguir os procedimentos descritos no item
4.5, não tendo nenhum tipo de gasto para realizar tal mudança. Em relação ao
banco de capacitores, para acabar com as multas de excesso por reativos, sua
implantação deve ocorrer o quanto antes, pois o “Pay Back” para esse tipo de
serviço é de 15 dias, portanto, tempo é dinheiro perdido nesse caso.
185
7.3
Cronograma Físico x Financeiro das Propostas
Figura 69 - Cronograma Físico x Financeiro das Propostas - Parte 1
186
Figura 70 - Cronograma Físico x Financeiro das Propostas - Parte 2
187
Figura 71 - Cronograma Físico x Financeiro das Propostas - Parte 3
188
8
CONCLUSÃO
Uma das principais lições que pudemos retirar deste projeto foi a grande
dificuldade em conseguirmos “vender” um serviço no mercado, pois, apesar da
proposta parecer atraente para a maioria das pessoas a quem foi inicialmente
apresentada, não foi bem recebida pelos que deveriam ser os maiores interessados,
os condomínios. Oferecíamos um serviço que mesmo sem nenhum tipo de ônus,
não era bem interpretado ou até bem visto, pela maioria das pessoas responsáveis
pela administração dos condomínios. Estes tinham receio em ter pessoas estranhas
circulando pelo condomínio, principalmente pelo fato do serviço ser gratuito, pois
como diz o velho ditado “Quando a esmola é demais até o santo desconfia”.
O fato do prédio já existir, trouxe-nos situações onde fomos obrigados a
flexibilizar nossas idéias com relação ao tipo de solução que estávamos
anteriormente dispostos a propor, tendo muitas vezes que adequá-las as
possibilidades de implantação que a edificação oferecia e outras vezes adequar os
produtos ofertados à área industrial para o residencial, pois os produtos que as
empresas especializadas em automação predial oferecem na maioria das vezes, não
se adequam à uma edificação já existente, ou seja, a implementação em prédios já
existentes é muito complicada, no entanto possível, bastando encontrar a solução
correta para cada tipo de aplicação, levando em consideração as restrições para
cada caso.
A automação predial não só se provou possível em edificações já existentes,
como também de suma importância, pois como pode ser constatado no transcorrer
do trabalho pode-se observar o grande desperdício existente não só de energia, mas
também de água. O condomínio fica totalmente vulnerável ao desperdício sem
automação dos seus sistema, não só por descaso dos moradores, mas também por
problemas de manutenção, vazamentos, segurança, etc.
Por fim, pode-se verificar na análise de viabilidade econômica-financeira, que
a implementação das propostas realizadas são totalmente viáveis, se pagando num
prazo de três anos, além de proporcionar maior conforto, segurança e comodidade.
189
9
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Alan Miller: "Energy Efficiency", Future/Build 2002 Conference, October 1992.
[2] Nelson Bakewell: "Extracting Real Value from Your Property", AFM newsletter,
No. 41, p. 12, April 1993.
[3] Intelligent Buildings Institute: "Intelligent Building Definition", Intelligent Buildings
Institute, Washington, 1987.
[4] Renato Nunes: "Integração de Serviços para Edifícios Inteligentes", Tese de
Doutoramento em Engenharia Electrotécnica e de Computadores, Instituto
Superior Técnico, Julho 1995.
[5] Richard Geissler: "Open Protocols - The Missing Link", Facilities Management
International Conference, Glasgow, April 1990.
[6] SILVEIRA, Paulo R. da; SANTOS, Winderson E.. Automação e Controle Discreto
– 2a Edição, Editora Érica 1999.
[7] GUERRA, Jorge Carlos Corrêa, Análise de Viabilidade Econômica-Financeira ou
“O Caldeirão do Alquimista”, você decide!?, Curitiba; MIME/CEFET-PR,
2001.(artigo)
[8] Manual de Economia de Energia Elétrica em Condomínios Residenciais -
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE ESTADO DE ENERGIA.
[9] Companhia Paranaense de Energia – COPEL NTC 9-00600 - Instruções Para
Cálculo Da Demanda Em Edifícios Residenciais De Uso Coletivo.
[10]
Síater, Anthony 1.: Boyce, Peter R. iluminance uniformity on desks: Where is
the limit Lighting Research & technology, CIBSE, Vol.22, nº4, pp. 165-174, 1990.
190
[11]
Lynes, J. A. The CIBSE applications manual of window design. Ashare
Transactions, Vol.96, Part 1, pp. 9-13, 1990.
[12]
Crisp, V. H. C.: Photoeletric control of lighting — case studies. Experience of
energy conservation in buildings.. Construction lndustry. Conference Centre
LtdlLongman House, EUA, 1981.
[13]
Hunt, D. R. G.: Simple expressions for predicting energy savings from photo-
electrie control oflighting. Lighting Research & Technology, CIBSE, Vol.9. n92,
pp.913-lO2, 1977.
[14]
Gillette, Gary: A daylighting model for building energy simulation. NBS
Building Science Series 152, março, 1983.
[15]
ASHRAE — American Society of Heating, Refrigerating and Air-conditionong
Engineers. Handbook of Fundamentaís. ASH RAE, Atlanta, 1989.
[16]
Prado, Racine T. A.: Efeito de sombreamento automático no desempenho
energético de sistemas prediais. São Paulo, Tese de Doutorado, escola
Politécnico da Universidade de São Paulo, 1996,
[17]
Stoecker Wilbert F.; Jones, Jerold W.: Refrigeração e ar condicionado.
McGraw- Hill, São Paulo, 1985.
[18]
Lamberts, Roberto; Dutra, Luciano; Ruttkay, Pereira Eficiência energética na
arquitetura.
Referências de Artigos:
[19]
Eletricidade Moderna, fevereiro de 1998; “De Jaule em Jaule a conta fica
alta”.
[20]
Eletricidade Moderna, julho de 1998; “Readequação tecnológica de edificios
para a conservação de energia”.
191
[21]
Eletricidade Moderna, dezembro de1999; “Análise de desempenho de
reatores eletrônicos e eletromagnéticos”.
[22]
Eletricidade Moderna, abril de 1999; “Diagnóstico energético e redução de
custos com energia nas empresas”.
[23]
Eletricidade Moderna, agosto de 1998; “Nova abordagem da luz: a tecnologia
como ponte para o futuro”.
[24]
Eletricidade Moderna, setembro de 1998; “A iluminação e o desempenho
energético global de edificios comerciais
[25]
PROCEL; “Manual de Conservação de Energia”.
Referências da Internet:
http://www.padraoseguranca.com.br/mogiforte/cftv/utilizacao.htm
http://www.energia.sp.gov.br
http://www.cepel.br
http://www.tecto.com.br
http://www.pipesystem.com.br
http://www.brasgreco.com/weather/climatologia.html
http://www.betatronic.com.br
http://www.heliotek.com.br
http://www.geocities.com/eletromecânica/aquecimento.html
http://www.palhagua.pa-net.pt
http://www.tecnopiscinas.com
http://www.sapo.pt/empresas/obras/piscinas
http://www.jacuzi.com.br
http://www.atlas.schundler.com
http://www.otis.com.br
http://www.dvtron.com.br
http://www.philips.com.br
192
http://www.demape.com.br
http://www.osram.com.br
http://www.weg.com.br
193
Anexos
194
Anexo 1 Carta de apresentação
Ministério da Educação
Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná
Departamento Acadêmico de Eletrotécnica
Projeto Final de Graduação
Venho através desta solicitar aos senhores, uma visita técnica ao condomínio
Edifício Calda da Imperatriz ou à sua Administradora.
O caráter de nossa visita, é a apresentação ao síndico/administradora do
condomínio e posteriormente (se for o caso) aos morados (ou membros do conselho
do edifício), uma proposta de estudo
do impacto da automação em
Condomínios Verticais Residenciais. Acreditamos que o Condomínio citado
possui os requisitos necessários para que se possa fazer um estudo desse porte,
sendo necessário então uma pré-análise técnica das condições atuais do prédio,
para sabermos se nossa proposta se enquadra nas “necessidades” dos condôminos
do edifício.
De forma sintética , pode-se dizer que os objetivos fundamentais do nosso
projeto são proporcionar maior segurança, maior conforto e maior funcionalidade,
otimizando os custos (energéticos, operacionais, manutenção , etc...) que serão
definidos ao longo do estudo de viabilidade econômica financeira; aos condôminos
do edifício em questão.
Queremos deixar claro também que se trata puramente de um estudo de caso
de âmbito acadêmico não tendo o condomínio quaisquer tipo de custo, a não ser
que haja interesse, de posteriormente à consultoria realizada, implantação de
alguma das soluções por nós proposta, de todo material por nós elaborado
(diagnósticos energéticos, soluções encontradas, etc...) será repassada uma cópia
ao condomínio sem custos.
Atenciosamente
Clewerson Andrei Pereira
Matrícula : 61948
Fone: 41-9622-0789
Acadêmico Formando de Engenharia Industrial Elétrica - Enf. Eletrotécnica
Curitiba , 14 de Fevereiro de 2002
195
Anexo 2 Termo de responsabilidade
Ministério da Educação
Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná
Departamento Acadêmico de Eletrotécnica
Projeto Final de Graduação
TERMO DE RESPONSABILIDADE
Os alunos do CEFET-PR abaixo relacionados, executantes do Projeto
Final de Graduação do Curso de Engenharia Elétrica - Ênfase Eletrotécnica,
denominado: Impacto da Automação em Condomínios Verticais Residenciais,
declaram ter total responsabilidade por quaisquer tipos de danos físicos que os
mesmos possam sofrer durante o período de permanência no interior do condomínio
Tower Club House, que estará sendo por nós estudado durante o período de
execução do projeto.
Acadêmicos:
Alexandre K. Hukusina
58670
André Luis Sibim
59021
Clewerson A. Pereira
61948
Humberto Schimieguel
57282
Raphael Seifert
57428
Curitiba, março de 2002.
196
Anexo 3 Declaração de isenção de ônus
Ministério da Educação
Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná
Departamento Acadêmico de Eletrotécnica
Projeto Final de Graduação
DECLARAÇÃO
Os alunos do CEFET-PR abaixo relacionados, executantes do Projeto
Final de Graduação do Curso de Engenharia Elétrica - Ênfase Eletrotécnica,
denominado: Impacto da Automação em Condomínios Verticais Residenciais,
declaram que ao término do Projeto, será entregue uma cópia do projeto realizado a
Administradora Localite, para que a mesma repasse ao condomínio.
Ressaltamos ainda que se trata de um trabalho acadêmico, sem
interesses financeiros, portanto não tendo o condomínio quaisquer tipos de custos
no transcorrer do projeto.
Acadêmicos:
Alexandre K. Hukusina
58670
André Luis Sibim
59021
Clewerson A. Pereira
61948
Humberto Schimieguel
57282
Raphael Seifert
57428
Curitiba, março de 2002.
197
Anexo 4 Questionário do sistema de segurança
1. Você está satisfeito(a) com o nível de conforto e comodidade que o condomínio
oferece aos moradores?
( ) Satisfeito
( )Pouco Satisfeito
( ) Insatisfeito
Respostas:
55% Pouco Satisfeito
33% Insatisfeito
12% Satisfeito
2. Você considera o sistema de acesso dos moradores ao condomínio:
seguro: ( )Pouco
( )Médio
( )Muito seguro
eficiente: ( )Pouco
( )Médio
( )Muito eficiente
prático: ( )Pouco
( )Médio
( )Muito prático
Respostas:
60% Pouco Seguro / 37% Médio / 3% Muito Seguro
55% Pouco eficiente / 22% Médio / 23% Muito Eficiente
75% Pouco prático / 20% Médio / 5% Muito Prático
3. Você considera o sistema de controle de acesso ao condomínio a entregadores
em geral, e também visitantes; realizado pelos porteiros:
seguro:
( )Pouco
( )Médio
( )Muito seguro
eficiente: ( )Pouco
( )Médio
( )Muito eficiente
prático: ( )Pouco
( )Médio
( )Muito prático
Respostas:
45% Pouco Seguro / 40% Médio / 15% Muito Seguro
82% Pouco eficiente / 10% Médio / 8% Muito Eficiente
90% Pouco prático / 2% Médio / 8% Muito Prático
198
4. Você considera o sistema de vigilância efetuado pelas câmeras de vídeo
instaladas em seu prédio?
( ) Eficiente
( )Pouco Eficiente ( ) Ineficiente
Respostas:
45% Pouco eficiente
32% Médio
23% Muito Eficiente
5. Você se sente seguro (em relação a assaltos) quando vai entrar ou sair de carro
da garagem do condomínio?
( )Pouco
( )Médio
( )Muito seguro
Respostas:
25% Pouco Seguro
65% Médio
10% Muito Seguro
6. Você confia no Sistema de Segurança Contra Incêndio do condomínio?
( ) Confia plenamente ( )Confia parcialmente ( ) Não confia ( )não sabe dizer
Respostas:
70% não confia
25% confia parcialmente
5% não sabe dizer
7. Você considera o(s) porteiro(s) suficientemente capazes para enfrentar uma
situação de emergência (acionar bombeiros, polícia, etc...)?
( ) Confia plenamente ( )Confia parcialmente ( ) Não confia
Respostas:
60% não confia
25% confia parcialmente
15% não confia
199
8. Você estaria disposto a pagar mensalmente uma taxa para uma empresa de
segurança especializada fazer o monitoramento eletrônico do condomínio?
( ) Sim ( )Não ( ) Depende do custo
Respostas:
85% depende do custo
10% sim
5% não
9. Você já viu alguma vez como é feito o monitoramento das câmeras instaladas no
condomínio?
( ) Sim ( ) Não ( ) Já ouvi falar como funciona
Respostas:
53% não
40% já ouviu falar como funciona
7% não
10. Você acha necessária a implantação de mais câmeras, em outros locais? Quais?
Favor descrever locais no verso.
( ) Sim ( ) Não ( )Não sei dizer
Respostas:
77% não
12% não sei dizer
11% sim (na maioria dos casos, acharam que devia ter câmera monitorando o
portão de acesso principal da rua)
200
11. Você considera a colocação de senhas para realizar a chamada (ou viagem) do
elevador, aumentaria a segurança dos moradores?
( ) Sim ( ) Não ( )Não sei dizer
Respostas:
85% sim
15% não
12. Você se sentiria incomodado se tivesse, que a cada chamada (ou viagem) com o
elevador, tivesse que digitar uma senha?
( ) Sim ( ) Não ( )Não sei dizer
Respostas:
74% sim
26% não
201
Anexo 5 Questionário do sistema de elevadores
1. Quando você necessita do elevador, você geralmente chama um ou os dois
elevadores?
( ) Chama os dois elevadores
( ) Chama somente um dos elevadores
( ) N.D.A
Respostas:
76% - Chama os dois elevadores
24% - Chama somente um dos elevadores
2. Porque você chama os dois elevadores?
(
) Porque o mesmo não e equipado com display indicador de andar, portanto
não se pode saber onde ele realmente se encontra
( ) É costume chamar os dois elevadores, aproveitando o que vier primeiro
( ) N.D.A
Respostas:
89% - Porque o mesmo não e equipado com display indicador de andar, portanto
não se pode saber onde ele realmente se encontra
9%- É costume chamar os dois elevadores, aproveitando o que vier primeiro
2%- N.D.A
3. Seu elevador possui dispositivo que resgata os passageiros automaticamente,
quando estes ficam presos dentro da cabina por causa da falta de energia ?
( ) Sim, quando falta energia um sistema auxiliar resgata os passageiros
( ) Não, tem que ser pressionado o botão de alarme dentro da cabine para
chamar o zelador a fim de prestar socorro
( ) Não, não existe qualquer sistema de resgate ou alarme
Respostas:
100% Não, tem que ser pressionado o botão de alarme dentro da cabine para
chamar o zelador a fim de prestar socorro
202
4. Você acha a viajem de seu elevador é confortável? há boa circulação de ar?
existem solavancos no inicio e fim do deslocamento?
( ) A viagem é confortável
(
) A viagem é relativamente confortável, mas falta circulação de ar em dias
quentes ou com o elevador lotado
( ) A viagem é relativamente confortável, mas existem solavancos no inicio e fim
do deslocamento
( ) A viagem não e confortável
( ) Outra resposta. Qual ?
Respostas
49% - A viagem é confortável
48% - A viagem é relativamente confortável, mas falta circulação de ar em dias
quentes ou com o elevador lotado e existem solavancos no inicio e fim do
deslocamento
3% - Outra resposta: a viajem seria mais confortável se o espaço da cabine fosse
maior
5. Na sua opinião, o seu elevador funciona sempre, principalmente na hora que
você mais precisa dele ?
( ) Sim, sempre atendeu muito bem as necessidades dos usuários
( ) Sim, mas poderia ser feita alguma melhoria
( ) Sim, mas deveriam ser feitas algumas melhorias
( ) Não, é totalmente inadequado e não atende as necessidades dos usuários
Respostas:
66% - Sim, mas poderia ser feita alguma melhoria
24% - Sim, mas deveriam ser feitas algumas melhorias
10% - Sim, sempre atendeu muito bem as necessidades dos usuários
203
6. Os usuários do seu prédio estão satisfeitos com o tempo que eles gastam no
elevador ou reclamam que perdem muito tempo com ele ?
( ) Não, principalmente nos horários de pico
( ) Não, em qualquer horário do dia
( ) Sim, atende relativamente bem
( ) N.D.A
Respostas:
89% - Não, principalmente nos horários de pico
8% - Sim, atende relativamente bem
3%- N.D.A
7. Seu elevador já tem o sistema de segurança que permite que a porta não toque
no passageiro ? você acha isso necessário?
( ) Sim, é muito útil principalmente para as pessoas mais idosas e crianças
( ) Não, é inútil e serve somente para encarecer o sistema de elevadores
Respostas:
100% Sim, é muito útil principalmente para as pessoas mais idosas e crianças
8. Seu elevador pára sem fazer degrau ?
( ) Não, nunca faz degrau
( ) Sim, pelo menos uma vez
( ) Sim, mais de uma vez
( ) Nunca reparou neste detalhe
Respostas:
54% - Sim, pelo menos uma vez
35% - Sim, mais de uma vez
6% - Não, nunca faz degrau
5%- Nunca reparou neste detalhe
204
9. Na sua opinião, o seu elevador incomoda na hora em que inicia o deslocamento,
faz muito barulho?
( ) Sim, faz muito barulho
( ) Sim, faz um pouco de barulho, mas não chega a incomodar
( ) Não, não faz barulho algum
( ) N.D.A
Respostas:
46% - Sim, faz um pouco de barulho, mas não chega a incomodar
48% - Sim, faz muito barulho
4% - Não, não faz barulho algum
2% - N.D.A
205
Anexo 6 Questionário do sistema de aquecimento da piscina
1. Com que freqüência você utiliza ou freqüenta o ambiente da piscina?
( ) Somente durante uns três meses, no verão
( ) De quatro a seis meses durante o ano
( ) De seis a oito meses durante o ano
( ) De oito a dez meses durante o ano
( ) Praticamente o ano inteiro
( ) Não freqüenta a piscina
Respostas:
86% - Somente durante uns três meses, no verão
7% - De quatro a seis meses durante o ano
4% - De seis a oito meses durante o ano
3% - Não freqüenta a piscina
2. Quando você vai a piscina, em que horário costuma ir ?
( ) Durante a manhã
( ) Durante à Tarde
( ) Durante a manhã e/ou à tarde
( ) Durante a noite
Respostas:
73% - Durante a manhã
21% - Durante a manhã e/ou à tarde
5% - Durante à Tarde
1% - Durante a noite
3. Qual é o horário do dia que você prefere ir a piscina ou que gostaria de ir ?
( ) Durante a manhã
( ) Durante à Tarde
( ) Durante a manhã e/ou à tarde
( ) Durante a noite
Respostas:
206
54% - Durante a manhã
24% - Durante a manhã e/ou à tarde
12% - Durante à Tarde
12% - Durante a noite
4. Entre os motivos pela qual você não freqüenta a piscina no horário que gostaria,
pode-se dizer que:
(
) Não freqüenta no horário que gostaria por falta de uma estrutura adequada de
aquecimento que tornasse o ambiente mais agradável e atrativo
(
) Não freqüenta no horário que gostaria por outros motivos que nada tem haver
com as instalações.
Respostas:
68% - Não freqüenta no horário que gostaria por falta de uma estrutura adequada de
aquecimento que tornasse o ambiente mais agradável e atrativo
32% - Não freqüenta no horário que gostaria por outros motivos que nada tem haver
com as instalações.
5. Qual é sua opinião quanto à forma de aquecimento da piscina ?
( ) É muito boa, pois mantém a temperatura da água sempre agradável
( ) É relativamente boa, pois muitas vezes a temperatura da água não condiz com
que está sendo mostrado no display do aquecedor
( ) É ruim, pois geralmente a água está fria
( ) É totalmente ineficaz, pois nunca consegue esquentar a água
Respostas:
61% - É relativamente boa, pois muitas vezes a temperatura da água não condiz
com que está sendo mostrado no display do aquecedor
23% - É ruim, pois geralmente a água está fria
13% - É muito boa, pois mantém a temperatura da água sempre agradável
3% - É totalmente ineficaz, pois nunca consegue esquentar a água
207
Aos administradores de condomínio:
a) Durante quantas horas por dia o aquecedor da piscina fica ligado ?
( ) De 2 às 4h por dia
( ) De 4 às 6h por dia
( ) De 6 às 8h por dia
( ) De 8 às 10h por dia
( ) De 10 às 18h por dia
( ) 24h por dia
Resposta: 24h por dia
b) Durante quantos dias por semana o aquecedor da piscina fica ligado ?
( ) De 5 a 10 dias
( ) De 10 a 15 dias
( ) De 15 a 20 dias
( ) De 20 a 25 dias
( ) Todos os dias do mês
Resposta: Todos os dias do mês
c) Durante quantos meses por ano o aquecedor da piscina fica ligado ?
( ) De 2 a 4 meses por ano
( ) De 4 a 6 meses por ano
( ) De 6 a 8 meses por ano
( ) De 8 a 10 meses por ano
( ) O ano todo
Resposta: O ano todo
208
Anexo 7 Questionário do sistema de hidráulico
1. Quantas vezes por mês são lavadas as áreas em comum do condomínio ?
Resposta: Apenas uma vez por mês
2. Quantas horas você permanece na sauna quando a freqüenta ?
( ) 1 a 2 horas por dia
( ) 2 a 3 horas por dia
( ) 3 a 4 horas por dia
( ) Não freqüenta a sauna
Respostas:
72% - 2 a 3 horas por dia
22% - 1 a 2 horas por dia
6% - Não freqüenta a sauna
3. Quantos dias por semana você costuma ir a sauna ?
( ) 1 a 2 dias por semana
( ) 3 a 4 dias por semana
( ) 5 a 6 dias por semana
( ) todos os dias
Respostas:
76% - 3 a 4 dias por semana
21% - 1 a 2 dias por semana
2.5% - 5 a 6 dias por semana
0.5% - todos os dias
4. Você concorda e/ou está satisfeito com o atual sistema de medição da água ?
( ) sim, eu concordo
( ) não, eu não concordo
( ) prefiro não opinar
209
Respostas:
94% - não, eu não concordo
6% - sim, eu concordo
5. Você acharia interessante implementar um novo sistema de medição de água,
para que se pudesse analisar o consumo individual para cada apartamento?
( ) sim, eu acho interessante
( ) não, eu não acho interessante
( ) prefiro não opinar
Respostas:
91% - sim eu acho interessante
8% - não, eu não acho interessante
1% - prefiro não opinar
210
Anexo 8 Questionário do sistema de iluminação
1. O que você acha da iluminação das garagens?
( ) eficiente
( ) pouco eficiente
( ) ineficiente
Respostas:
55% Pouco eficiente
25% Eficiente
20% Ineficiente
2. Em que horários você costuma ir às garagens?
( ) Das 07:00h às 09:00h e/ou das 18:00h às 21:00h
( ) Outros horários
Respostas:
82% Das 07:00h às 09:00h e/ou das 18:00h às 21:00h
18% Outros horários
3. Qual sua opinião sobre o grau de iluminação dos hall’s sociais? (Entrada dos
elevadores no pavimento térreo)
( ) Ótimo
( ) Bom
( ) Poderia ser melhor
( ) Ruim
Respostas:
49% Poderia ser melhor
39% Bom
08% Ótimo
04% Ruim
211
4. A iluminação das escadas funciona de modo racional?
( ) Sim
( ) Razoavelmente
( ) Não
Respostas:
49% razoavelmente
28% Sim
23% Não
5. Como classificaria o grau de iluminação das áreas externas?
( ) Ótimo
( ) Bom
( ) Poderia ser melhor
( ) Ruim
Respostas:
57% Poderia ser melhor
18% Bom
14% Ruim
11% Ótimo
6. Concordaria com a implantação de sensores para o acionamento da iluminação
de áreas de circulação comum onde hoje o acionamento é feito por meio de
interruptores?
( ) Sim, pois é uma comodidade
( ) Sim, dependendo do custo
( ) Não, pois o sistema atual é muito bom
( ) Não, isto é supérfluo
Respostas:
64% Sim, pois é uma comodidade
18% Sim, dependendo do custo
13% Não, isto é supérfluo
212
05% Não, pois o sistema atual é muito bom
7. Concordaria com a implantação de sensores para o acionamento da iluminação
de áreas de circulação comum onde hoje o acionamento é feito por meio de
minuterias?
( ) Sim, pois é uma comodidade
( ) Sim, dependendo do custo
( ) Não, pois o sistema atual é muito bom
( ) Não, isto é supérfluo
Respostas:
53% Sim, dependendo do custo
25% Sim, pois é uma comodidade
13% Não, isto é supérfluo
09% Não, pois o sistema atual é muito bom
8. Você acharia bom se fossem feitas alterações na iluminação da piscina?
( ) Sim, a iluminação é ineficiente
( ) Não, a iluminação existente é satisfatória
( ) Não, poucas pessoas a usam em período noturno
( ) Não, nunca uso a piscina
Respostas:
37% Não a iluminação existente é satisfatória
33% Sim, a iluminação é ineficiente
28% Não, poucas pessoas a usam em período noturno
02% Não, nunca uso a piscina.
213
Anexo 9 Tabela de cargas da iluminação externa
214
Anexo 10 Tabela de cargas da iluminação interna
215
Anexo 11 Detalhe da cisterna
216
Anexo 12 Detalhe da caixa d’água (parte 1)
217
Anexo 13 Detalhe da caixa d’água (parte 2)
218
Anexo 14 Detalhe da caixa d’água (parte 3)
219
Anexo 15 Detalhe da caixa d’água (parte 4)
220
Anexo 16 Detalhe do sistema redutor de pressão
221
Anexo 17 Detalhe do poço de drenagem
222
Anexo 18 Diagrama de comando das bombas de recalque
223
Anexo 19 Diagrama de comando das bombas de drenagem
224
Anexo 20 Prumada hidráulica (parte 1)
225
Anexo 21 Prumada hidráulica (parte 2)
226
Anexo 22 Prumada hidráulica (parte 3)
227
Anexo 23 Prumada hidráulica (parte 4)
228
Anexo 24 Prumada hidráulica (parte 5)
229
Anexo 25 Prumada hidráulica (parte 6)
230
Anexo 26 Prumada hidráulica (parte 7)
231
Anexo 27 Prumada hidráulica (parte 8)
232
Anexo 28 Prumada hidráulica (parte 9)
233
Anexo 29 Prumada hidráulica (parte 10)
234
Anexo 30 Prumada hidráulica (parte 11)
235
Anexo 31 Prumada hidráulica (parte 12)
236
Anexo 32 Prumada hidráulica (parte 13)
237
Anexo 33 Tabela para o cálculo final do kWh – Dia de Semana
238
Anexo 34 Tabela para o cálculo final do kWh – Fim de Semana
239
Anexo 35 Diagrama unifilar dos QL’s 05, 06 e 08
240
Anexo 36 Novo diagrama de comando das bombas de recalque
241
Anexo 37 Novo diagrama de comando das bombas de drenagem
242
Anexo 38 Lista de materiais (parte 1)
243
Anexo 39 Lista de materiais (parte 2)
244
Anexo 40 Tabulação das faturas de energia elétrica
245
Anexo 41 Tabulação das faturas de água
246
Anexo 42 Prumada da rede de comunicação Modbus RS485
247
Anexo 43 Carta de solicitação da alteração de demanda
À EMPRESA PARANAENSE DE ENERGIA ELÉTRICA – COPEL
O edifício “TOWER CLUB HOUSE” situado à Av. Iguaçu 2380 nesta cidade,
aqui representado por “LOCALITE ADMINISTRADORA DE CONDOMÍNIOS” solicita
alteração de sua demanda contratada de 30kVA para 60kVA.
Esta alteração é fundamentada nas faturas de energia elétrica, cujos dados
cadastrais estão dispostos abaixo:
⇒ Proprietário - Condomínio Edifício Tower Club House.
⇒ Endereço - Rua Comendador Fontana nº22 - CEP 80030-070 - Curitiba - PR.
⇒ Identificação - 3.377.557-5.
⇒ Local - 81880.
⇒ DU - 01.
⇒ Rota - 728.
⇒ Conta - 081218.
ATENCIOSAMENTE
LOCALITE ADMINISTRADORA DE CONDOMÍNIOS
248
Anexo 44 Cronograma Previsto x Realizado (parte 1)
249
Anexo 45 Cronograma Previsto x Realizado (parte 2)

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