Plano de Trabalho PCH Areado

Transcrição

Plano de Trabalho PCH Areado
PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA FAUNA
DA UHE SÃO DOMINGOS
Relatório Final
Fase pós-enchimento
Dezembro/2014
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................. 3
1.
EQUIPE TÉCNICA ......................................................................................................... 4
2.
INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 6
3.
OBJETIVOS ................................................................................................................... 8
4.
METODOLOGIA............................................................................................................. 9
4.1
Área de estudo ....................................................................................................... 9
4.2
Procedimentos Metodológicos ............................................................................. 9
4.2.1
Herpetofauna .................................................................................................. 10
4.2.2
Avifauna ......................................................................................................... 17
4.2.3
Mastofauna ..................................................................................................... 21
4.3
5.
Análise de dados ................................................................................................. 25
RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................... 31
5.1
Herpetofauna ....................................................................................................... 31
5.1.1
Resultados do Monitoramento da Fase Pós-enchimento ................................ 31
5.1.2
Comparações com os Resultados do Monitoramento da Fase Pré-enchimento e
com os Estudos do EIA................................................................................................. 35
5.2
Avifauna ............................................................................................................... 51
5.2.1
Resultados do Monitoramento da Fase Pós-enchimento ................................ 51
5.2.2
Comparações com os Resultados do Monitoramento da Fase Pré-enchimento e
com os Estudos do EIA................................................................................................. 78
5.3
Mastofauna........................................................................................................... 98
5.3.1
Resultados do Monitoramento da Fase Pós-enchimento ................................ 98
5.3.2
Comparações com os Resultados do Monitoramento da Fase Pré-enchimento e
com os Estudos do EIA............................................................................................... 115
6.
CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................ 122
7.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 129
ANEXOS ........................................................................................................................... 140
2
APRESENTAÇÃO
O presente relatório apresenta os resultados obtidos durante o Programa de Monitoramento
da Fauna referente à fase de pós-enchimento da Usina Hidrelétrica (UHE) São Domingos,
situada no rio Verde, entre os municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo, região leste
do Mato Grosso do Sul.
O Monitoramento da Herpetofauna, Avifauna e Mastofauna Não Voadora compõe o
“Programa de Monitoramento e Conservação da Fauna Silvestre” que teve início durante a
fase de pré-enchimento da UHE São Domingos. O Programa segue as diretrizes e
determinações do Projeto Básico Ambiental (PBA) da UHE São Domingos e constitui-se
uma das condicionantes da licença de operação do empreendimento.
Esse documento compõe o relatório final referente às oito campanhas de campo realizadas
durante a fase pós-enchimento da UHE São Domingos. As campanhas dessa fase foram
realizadas em intervalos trimestrais e tiveram início em fevereiro de 2013, sendo a última
campanha realizada em outubro de 2014. O presente relatório traz a descrição dos métodos
utilizados para coleta de dados, a análise consolidada dos resultados obtidos durante as oito
campanhas, a comparação com dados anteriores (monitoramento da fase de préenchimento e estudos do EIA) e por fim, as discussões e conclusões acerca das
interferências causadas pelas atividades da fase de operação da UHE sobre a fauna,
ressaltando as espécies que merecem atenção sob o ponto de vista da conservação da
biodiversidade local.
3
1. EQUIPE TÉCNICA
Nome do
Profissional
Registro no
Conselho
Formação
Responsabilidade no Projeto
072522/01-D
Biólogo, Mestre e
Doutorando em Ecologia
e Conservação
PPGEC/UFMS
Responsável pelos estudos de
campo e elaboração do
relatório de Mastofauna
Mauricio Neves
Godoi
_
Bacharel em Ecologia
(UNESP), Mestre e
Doutorando em Ecologia
e Conservação (UFMS)
Responsável pelos estudos de
campo e elaboração do
relatório de Avifauna
Camila Aoki
054178/01-D
Bióloga, Mestre e Doutora
em Ecologia da
Conservação (UFMS)
Corresponsável pelo
monitoramento da Avifauna
Paulo Landgref Filho
047883/01-D
Bacharel e Licenciado em
Ciências Biológicas,
Mestre em Ecologia e
Conservação
Responsável pelos estudos de
campo e elaboração do
relatório de Herpetofauna
José Antônio da Silva
Menezes
_
Auxiliar de campo
Auxílio na campanha de campo
Renato Martins de
Oliveira
_
Auxiliar de campo
Auxílio na campanha de campo
Fernando Henrique
Martin Gonçalves
4
_________________________________________________
Fernando Henrique Martin Gonçalves – Biólogo, CRBio N° 072522/01-D
Coordenador Geral de Campo e Responsável pelo Monitoramento da Mastofauna
5
2. INTRODUÇÃO
Comunidades de diversos organismos podem sofrer mudanças ao longo do tempo através
da perda ou surgimento de espécies e também pela alteração na densidade ou abundância
de suas populações (Hero e Ridgway, 2006). Monitoramentos de comunidades e
populações podem ser entendidos como uma importante estratégia para se averiguar e
compreender as alterações às quais estão submetidas as comunidades de fauna estudadas.
Hartmann et al. (2008) afirmam que o monitoramento das populações em seus habitats são
essenciais para o planejamento e efetivação de ações que visam minimizar os impactos
provocados por qualquer empreendimento. Neste sentido, o monitoramento biológico
constitui um instrumento de grande importância no processo de mitigação de impactos
ambientais provocados por empreendimentos potencialmente impactantes (Yoccoz et al.
2001).
A Usina Hidrelétrica (UHE) São Domingos está instalada no rio Verde no limite dos
municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo, inserida nos domínios do bioma do
Cerrado. Estudos atribuem ao Cerrado o título de maior, mais diversificada e mais
ameaçada savana tropical do mundo (Silva e Bates, 2002). Este bioma, conhecido como um
conjunto de fisionomias campestres, florestais e savânicas presentes no Brasil Central, é o
segundo maior bioma brasileiro, ocupando 21% do território nacional, sendo superado em
tamanho apenas pela Amazônia (Klink e Machado, 2005).
Deve-se destacar ainda que o Cerrado é considerado um hotspot da biodiversidade, que
são áreas de grande relevância ecológica em função da grande diversidade de espécies,
alta proporção de espécies endêmicas e alto grau de ameaça, devendo ser estudados e
conservados em relação à toda a sua diversidade biológica (Myers et al., 2000).
A biodiversidade do Cerrado apresenta números impressionantes. No que diz respeito à
herpetofauna, sabe-se que anfíbios e répteis constituem um dos grupos menos estudados
dentro do bioma, ainda assim, a riqueza de espécies conhecida para seus domínios
corresponde a um número expressivo dentre os biomas brasileiros (Klink e Machado, 2005).
Nas últimas décadas os anfíbios e répteis vêm ganhando destaque mundial devido a sua
alta sensibilidade a alterações ambientais (Feder e Burggren, 1992) e por possuírem
importante posição em cadeias alimentares (e.g. Marques et al. 1998, Bernarde e Machado,
6
2006), sendo considerados indicadores em potencial de alteração ambiental (e.g. Vitt et al.
1990, Heyer et al. 1994, Marques et al. 1998, Bastos et al. 2003, Uetanabaro et al. 2008).
Dessa forma, informações sobre esses grupos podem fornecer respostas eficientes sobre a
situação de determinado ambiente (Vitt et al. 1990, Tocher et al. 1997).
Quanto ao grupo das aves, a riqueza de espécies conhecida para o Cerrado chega a 856
espécies distribuídas em 64 famílias, sendo que 777 destas espécies (90,7%) são
residentes e se reproduzem no domínio (Silva e Santos, 2005). Segundo Silva (1995c), a
alta diversidade de aves do Cerrado se deve à forte influência e às interações bióticas
históricas com domínios fitogeográficos adjacentes, especialmente a Floresta Amazônica e
a Mata Atlântica.
A instalação e operação de Usinas Hidrelétricas (UHE’s) têm um impacto direto sob a
avifauna das regiões afetadas, seja pela perda e fragmentação de habitats naturais
ribeirinhos, tanto florestais quanto abertos, seja pelo aumento na abundância de algumas
espécies em áreas vizinhas não alagadas, já que estas podem receber um contingente
populacional de aves vindas das áreas inundadas.
Em relação à mastofauna, o Brasil é o país com a maior diversidade de mamíferos do
mundo, contendo um valor aproximado de 530 espécies descritas (Costa et al., 2005). A
maior parte das ordens de mamíferos existentes no Brasil é representada por espécies de
médio e grande portes, normalmente com mais de 1kg de massa corporal. Entretanto, mais
de 50% das espécies de mamíferos brasileiros possuem pequeno tamanho corpóreo, sendo
representados especialmente por roedores, marsupiais e morcegos (Eisenberg e Redford
1999).
Pequenos mamíferos não voadores, constituído por pequenos roedores e marsupiais,
representam um dos mais ricos e diversificados grupos de mamíferos em quaisquer
ecossistemas. Embora a fauna de pequenos mamíferos não voadores do Brasil seja
relativamente bem conhecida quando comparada a outros grupos taxonômicos, poucas
áreas têm sido amostradas adequadamente e listas locais de espécies normalmente
encontram-se incompletas (Voss e Emmons, 1996), embora tais informações sejam de
suma importância para o manejo e conservação da fauna local.
7
O estado de Mato Grosso do Sul, por exemplo, se constitui uma lacuna de conhecimento
sobre a presença e distribuição das espécies de pequenos mamíferos não voadores (Vieira
e Palma 2005). Até o momento, no estado em questão, são conhecidos ao menos 34
espécies de pequenos mamíferos não voadores, sendo 12 marsupiais e 22 pequenos
roedores (Alho et al., 2000; Mauro e Campos, 2000; Rodrigues et al., 2002; Cáceres et al.,
2007; Cáceres et al., 2008a).
Estudos de monitoramento da fauna, segundo Alho (2003), tem por função determinar a
composição da comunidade, determinar as abundâncias relativas e identificar as possíveis
alterações de densidade, constituindo assim de uma importante ferramenta para gerar
subsídios para o conhecimento da dinâmica biológica natural das espécies monitoradas e
para o esclarecimento das relações que se estabelecem entre os impactos advindos do
empreendimento e as populações animais existentes em sua área de influência.
3. OBJETIVOS
O objetivo deste estudo foi dar prosseguimento ao levantamento e monitoramento da fauna
silvestre presente nas áreas de influência da UHE São Domingos como parte integrante dos
estudos que visam avaliar e monitorar os potenciais impactos ambientais das atividades da
referida UHE sob a fauna da região.
Dentre os objetivos específicos, destacam-se:

Inventariar a fauna de anfíbios, répteis, aves e mamíferos não voadores na área de
influência do empreendimento;

Complementar dados acerca da distribuição das espécies de vertebrados
registradas;

Registrar os dados de ocorrência, abundância, riqueza e diversidade das espécies
de vertebrados diagnosticadas na área de estudo;

Ressaltar o status de conservação, endemismo, habitat preferencial, estrutura trófica
e interesse econômico das espécies de vertebrados registradas;

Analisar os padrões de diversidade e abundância das espécies para cada ambiente
amostrado, relacionando a ocorrência das mesmas com seus papéis ecológicos;
8

Definir espécies de vertebrados bioindicadoras que permitam detectar modificações
ambientais nos diferentes habitats estudados;

Discutir ações de manejo que visem minimizar e mitigar os impactos ambientais das
atividades da UHE sob a fauna da região, garantindo assim sua conservação no
longo prazo.
4. METODOLOGIA
4.1 Área de estudo
A UHE São Domingos está instalada no rio Verde, na divisa das cidades de Ribas do Rio
Pardo e Água Clara, Mato Grosso do Sul. O rio Verde está sob influência da Bacia do Rio
Paraná e a área onde está instalada a UHE São Domingos está localizada em uma região
naturalmente dominada pelo bioma Cerrado. Atualmente, em grande parte da paisagem da
região predominam atividades agropecuárias e plantações de Eucalyptus, sendo que os
remanescentes de vegetação natural encontram-se fragmentados e isolados.
Na área de influência da UHE São Domingos podem ser observadas diversas fitofisionomias
tais como mata ciliar, mata aluvial, mata estacional semidecidual, veredas, cerradão e
cerrado stricto sensu, além de formações antrópicas como pastagens e açudes. As
fitofisionomias estão em diversos níveis de regeneração e conservação, sendo que maioria
encontra-se comprometida pela ação antrópica e de animais domésticos como bovinos,
equinos e outros.
4.2 Procedimentos Metodológicos
A coleta de dados do monitoramento de fauna foi realizada no decorrer de 8 (oito)
campanhas de monitoramento, conduzidas em intervalos semestrais, sendo 4 (quatro) na
estação seca e 4 (quatro) na estação chuvosa, como pode ser visualizado no Quadro 01.
9
Quadro 01 – Período das campanhas de amostragem e respectiva estação sazonal do
monitoramento da fauna (herpetofauna, avifauna e mastofauna não voadora) realizado durante a fase
pós-enchimento da UHE São Domingos instalada no Rio Verde, municípios de Água Clara e Ribas do
Rio Pardo, MS.
Número da Campanha
Período
Estação
1ª campanha
20 a 25 de fevereiro de 2013
Chuvosa
2ª campanha
5 a 9 de maio de 2013
Seca
3ª campanha
22 a 26 de julho de 2013
Seca
4ª campanha
14 a 18 de outubro de 2013
Chuvosa
5° campanha
20 a 24 de janeiro de 2014
Chuvosa
6° campanha
07 a 11 de abril de 2014
Seca
7° campanha
21 a 25 de julho de 2014
Seca
8° campanha
13 a 17 de outubro de 2014
Chuvosa
Os pontos e os métodos de amostragem empregados foram os mesmos nas oito
campanhas de monitoramento da fase pós-enchimento. A descrição detalhada dos
procedimentos metodológicos é apresentada a seguir para cada grupo da fauna monitorado.
Todas as atividades de captura, manipulação, coleta e transporte de animais silvestres
descritas nesse documento foram licenciadas por meio da Autorização Ambiental para
Captura, Coleta e Transporte de Fauna Silvestre emitida pelo Instituto de Meio Ambiente de
Mato Grosso do Sul (IMASUL) N°. 002/2012 (Processo n°. 23/105014/2012, válida até
24/10/2014). A cópia da referida autorização encontra-se no ANEXO V.
4.2.1 Herpetofauna
Os pontos de amostragem da herpetofauna foram escolhidos no intuito de se contemplar as
principais fitofisionomias, ambientes e microambientes presentes na área de influência do
empreendimento. Foram selecionados nove pontos, os mesmos amostrados durante o
monitoramento da fase de pré-enchimento.
Na região podem ser observadas diversas fitofisionomias tais como mata ciliar, mata aluvial,
mata estacional semidecidual, veredas, cerradão e cerrado stricto sensu, além de formações
10
antrópicas como pastagens e açudes. As fitofisionomias estão em diversos níveis de
regeneração e conservação, sendo que maioria encontra-se comprometida pela ação
antrópica e de animais domésticos como bovinos e equinos.
De forma geral, os ambientes presentes nas áreas de influência da UHE São Domingos
apresentam-se descaracterizados, sendo a maioria convertidos em pastagem, não estando
conservadas as matas ciliares. A maioria dos corpos d’água amostrados é utilizada para
dessedentação do gado, sendo esta a principal causa de assoreamentos, descaracterização
da vegetação marginal e formação de pequenos barramentos.
As coordenadas geográficas, a descrição do ambiente e as metodologias aplicadas em cada
ponto de amostragem selecionado para o monitoramento da herpetofauna são apresentados
no Quadro 02. As Fotos 01 a 09 ilustram tais pontos.
Quadro 02 – Pontos de amostragem do monitoramento da herpetofauna (fase de pós-enchimento)
nas áreas de influência da UHE São Domingos, instalada no Rio Verde, municípios de Água Clara e
Ribas do Rio Pardo, MS. Legenda: Metodologias aplicadas: BALT – Busca Ativa Limitava por tempo;
AQ – Armadilha de queda. Fase: O – Operação; I – Instalação.
Ponto de
amostragem
Procura Ativa 1
Procura Ativa 2
Procura Ativa 3
Procura Ativa 4
Coordenadas
Geográficas
(UTM – 22K)
DATUM - SAD 69
0271803 / 7784476
0271763 / 7781639
0271847 / 7784303
0273635 / 7783997
Altitude
(m)
Descrição do
Ambiente
Metodologias
Aplicadas
Fase
350
Área alagada na
margem direita,
formando um
pequeno brejo
BALT
O/I
339
Mosaico de
ambientes: Mata
aluvial, Mata ciliar,
brejo
BALT
O/I
348
Área alagada na
margem direita,
formando um
pequeno brejo
BALT
O/I
377
Represa em um
córrego com
vegetação
herbácea e
arbustiva bem
estratificada
BALT
O/I
11
Ponto de
amostragem
Coordenadas
Geográficas
(UTM – 22K)
DATUM - SAD 69
Altitude
(m)
Descrição do
Ambiente
Metodologias
Aplicadas
Fase
BALT
O/I
Procura Ativa 5
0271759 / 7784701
351
Represa de
nascente com
vegetação
herbácea e
arbustiva bem
estratificada
Procura Ativa 6
0273792 / 7781898
355
Campo úmido
BALT
O/I
Pitfall 01
0267786 / 7781037
371
Remanescente de
Cerradão
AQ
O/I
Pitfall 02
0273861 / 7783765
388
Remanescente de
Cerradão
AQ
O/I
Pitfall 03
0274162 / 7781689
380
Remanescente de
Cerradão
AQ
O/I
Foto 01 – Ponto de amostragem “Procura Ativa 1”.
Foto 02 – Ponto de amostragem “Procura Ativa 2”.
Foto 03 – Ponto de amostragem “Procura Ativa 3”.
Foto 04 – Ponto de amostragem “Procura Ativa 4”.
12
Foto 05 – Ponto de amostragem “Procura Ativa 5”.
Foto 06 – Ponto de amostragem “Procura Ativa 6”.
Foto 07 – Ponto de amostragem “Pitfall 01”.
Foto 08 – Ponto de amostragem “Pitfall 02”.
Foto 09 – Ponto de amostragem “Pitfall 03”.
Em geral, os estudos da herpetofauna que visam inventariar a comunidade utilizam-se de
diversos métodos de captura conjugados, devido à grande diversidade de formas, tamanho,
hábitos, horários de atividade e preferência de hábitats das espécies de répteis e anfíbios
13
(Heyer et al., 1994). Neste estudo foram conjugados três métodos de amostragens:
Armadilhas de Queda com Cerca-Guia (Cechin e Martins, 2000), Busca Ativa Limitada por
Tempo (Heyer et al., 1994) e Zoofonia (Scott Jr. e Woodwarr, 1994), cada um deles
apresentando maior eficiência para determinados grupos, visando assim uma melhor
caracterização
da
comunidade
herpetofaunística.
Complementarmente
a
estas
metodologias, também foram registradas espécies por encontros oportunísticos. A seguir
estão apresentadas as descrições referentes a cada método.
Armadilhas de Queda com Cerca-guia (Pitfall traps with drift-fences, Cecchin e
Martins, 2000): em cada um dos pontos de amostragem denominados Pitfall 01, 02 e 03
(Quadro 02) foi instalada uma linha de armadilhas composta por cinco baldes (capacidade
de 60 litros) enterrados com a abertura ao nível do solo, arranjados em formato linear e
interligados por cerca de direcionamento de lona plástica de 30 m (5 m entre os baldes e 5
m antes do primeiro e depois do último balde) de comprimento e 80 cm de altura, com a
extremidade inferior enterrada no solo, cerca de 10 cm, para evitar que os animais
pudessem passar por baixo do anteparo (Figura 01; Fotos 10 a 15). Este método é muito
utilizado para amostragem de espécies terrestres, fossoriais e semifossoriais de pequeno e
médio porte, sendo importante na amostragem de lagartos e no complemento das
amostragens de serpentes. No caso de anfíbios, as armadilhas de interceptação e queda
possibilitam o registro de espécies que raramente são encontradas quando outros métodos
empregados são utilizados (Campbell e Christman, 1982). O conjunto de armadilhas ficou
acionado por um intervalo de tempo de cinco dias em cada campanha de campo, sendo
realizadas vistorias para observações e registros a cada 12 horas. O esforço amostral por
campanha foi de 120 horas, totalizando 960 horas para as oito campanhas (24 horas x 5
dias x 8 campanhas).
Figura 01 – Disposição dos baldes e desenho esquemático da armadilha de interceptação e queda.
14
Foto 10 – Abertura das cavidades para enterrar os
baldes durante a 1° campanha do monitoramento
da herpetofauna da UHE São Domingos.
Foto 11 – Abertura da valeta para enterrar a lona
durante a 1° campanha do monitoramento da
herpetofauna da UHE São Domingos.
Foto 12 – Posição que a cerca de lona passa no
balde – 1° campanha do monitoramento da
herpetofauna da UHE São Domingos.
Foto 13 – Armadilha de queda instalada no ponto
de amostragem “Pitfall 01” durante a 1° campanha
do monitoramento da herpetofauna da UHE São
Domingos.
Foto 14 – Armadilha de queda instalada no ponto
de amostragem “Pitfall 02” durante a 1° campanha
do monitoramento da herpetofauna da UHE São
Domingos.
Foto 15 – Armadilha de queda instalada no ponto
de amostragem “Pitfall 03” durante a 1° campanha
do monitoramento da herpetofauna da UHE São
Domingos.
15
Busca Ativa Limitada por Tempo (Heyer et al., 1994): busca ativa ou procura visual
limitada por tempo é um método bastante generalista e amplamente utilizado em
levantamento para amostragem de vertebrados. Esta metodologia permite o registro de
espécies que se deslocam pouco, espécies arborícolas, que raramente descem ao chão e o
registro de espécies que raramente são amostradas em armadilhas de queda.
No estudo da herpetofauna da UHE São Domingos a busca ativa limitada por tempo foi
empregada em seis pontos denominados “Procura Ativa” (Quadro 02). As buscas foram
realizadas durante o período diurno e noturno, através de caminhadas assistemáticas,
vasculhando os ambientes onde os animais habitualmente se abrigam (em cavidades de
árvores, entre frestas de rochas, sob rochas e troncos, no solo, na serrapilheira, nas moitas
de bromélias e ao longo de vegetação marginal dos cursos d’água).
As coletas noturnas tiveram início pouco antes do ocaso e término entre 22:00h e 23:00h. A
primeira metade da noite constitui o período de pico das atividades reprodutivas da maioria
das espécies de anuros (Cardoso e Martins, 1987; Prado e Pombal Jr., 2005). A duração da
coleta em cada ponto foi de 50 minutos em cada período (50 minutos no período diurno e 50
minutos no período noturno, totalizando 1h40) a fim de padronizar o esforço amostral. Além
disso, eram feitos censos de carro no trajeto entre os pontos de coleta, buscando identificar
eventuais espécimes observados nas estradas e suas imediações, para complementação do
trabalho. Durante o dia, as áreas de amostragem foram visitadas a fim de se registrar
qualquer ocorrência de répteis por encontro visual (Heyer et al., 1994).
O esforço amostral pela busca ativa limitada por tempo foi de 1h40 por cada ponto amostral,
totalizando 10 horas por campanha e 80 horas considerando as oito campanhas.
Zoofonia (Scott Jr. e Woodwarr, 1994): este método consiste na identificação das
espécies de anuros através das vocalizações emitidas pelos machos, realizadas em
períodos de atividade reprodutiva. A identificação de todas as espécies foi realizada em
campo. O método foi empregado nos pontos de procura ativa, sítios propícios para a
reprodução, com presença de água em abundância. Este método permite o registro de
espécies de anuros de tamanhos diminutos, que são dificilmente registrados por busca ativa
e também permite inferir a época reprodutiva das espécies.
16
O esforço de amostragem do método de zoofonia foi de 1 hora por cada ponto amostral,
totalizando 6 horas por campanha e 48 horas considerando as oito campanhas.
Encontros oportunísticos (Sawaya, 2003): esse tipo de registro de espécies é
amplamente utilizado em trabalhos herpetofaunísticos, pois contribui consideravelmente
com a listagem de espécies de uma dada área (Sawaya, 2003). São considerados os
registros de espécimes vivos ou mortos que são encontrados durante a realização de outra
atividade que não as outras metodologias supracitadas (por exemplo, durante o
deslocamento pelas estradas que ligam os pontos) e os animais encontrados por
pesquisadores de outras equipes, quando a descrição pelos mesmos permite a identificação
dos espécimes. Quando estes encontros foram realizados nos pontos de monitoramento, o
registro foi dado a este ponto. Porém quando foi realizada fora dos pontos de coleta, mas
dentro da área de influência da UHE, registrou-se somente o dado de presença (sem
localização).
Os espécimes registrados através das metodologias supracitadas foram catalogados em
cadernetas de campo, onde foram anotados os seguintes dados: data do registro,
identificação da espécie, ponto de amostragem, descrição do habitat e microhabitat e
metodologia de registro. Quando possível, os espécimes encontrados também foram
fotografados.
Para o auxílio na identificação taxonômica dos anfíbios foi utilizado o “Guia de Campo dos
Anuros do Pantanal Sul e Planaltos de Entorno” (Uetanabaro et al., 2008) e “Amphibian
Species of the World” (Frost, 2014). Para a determinação taxonômica das espécies de
répteis foi utilizado o guia ilustrado “Serpentes do Pantanal” (Marques et al., 2005) e o
catálogo eletrônico para lagartos do Cerrado de G. Colli e L. O. Oliveira (Universidade de
Brasília – UnB) e Giraudo (2001).
4.2.2 Avifauna
No estudo da avifauna procurou-se manter as áreas de amostragem utilizadas durante o
monitoramento da fase de pré-enchimento da UHE São Domingos, dando continuidade ao
monitoramento destas áreas durante a fase de operação do empreendimento (Quadro 03).
Porém, em função das dificuldades de acesso causadas pelo alagamento do reservatório,
17
não foi possível acessar duas destas áreas, a área A3 e o ponto P4. Além disso, como os
pontos P1 e P2 estavam localizados próximos a área A1, todos estes pontos foram unidos
em uma única estação amostral. Dessa maneira, os pontos amostrados que foram mantidos
desde o monitoramento da fase de pré-enchimento foram: A1, A2, P3 e A4 (Quadro 03).
Foram amostradas diferentes fisionomias vegetais naturais e antrópicas como forma de
aumentar a probabilidade de encontro do maior número possível de espécies de aves
presentes na região. Na área onde foi instalada a UHE ocorrem florestas ripárias na forma
de matas de galeria, matas aluviais e Veredas de Buriti (Mauritia flexuosa), brejos e campos
úmidos adjacentes, manchas de cerradão (savana florestada), cerrado stricto sensu (savana
arborizada) e pastagens ativas e abandonadas em diferentes estágios de regeneração
(Fotos 16 a 19). No Quadro 03 são apresentadas as coordenadas e principais fisionomias
vegetais presentes nas áreas de amostragem utilizadas para o monitoramento da avifauna
da UHE São Domingos.
Quadro 03 – Pontos de amostragem do monitoramento da avifauna (fase de pós-enchimento) nas
áreas de influência da UHE São Domingos, instalada no Rio Verde, municípios de Água Clara e Ribas
do Rio Pardo, MS. Legenda: Fase: O – Operação; I – Instalação. *Pontos não amostrados na fase
pós-enchimento em função das dificuldades de acesso causadas pelo alagamento do reservatório. **
Pontos localizados muito próximos à área A1, por isso foram unidos em uma única estação amostral
(A1).
Pontos
Coordenadas
Geográficas
(UTM) – 22K
Altitude
(m)
Descrição do Ambiente
Metodologias
Aplicadas
Fase
A1
0275050 / 7783550
413
Cerrado s.s., cerradão, mata
aluvial e brejos
Transectos
O/I
A2
0273792 / 7781879
360
Cerrado s.s., mata aluvial e
brejos
Transectos
O/I
A3*
0268873 / 7786349
366
-
Pontos de escuta
I
A4
0274161 / 7781705
382
Cerradão, cerrado s.s. e
pastagens
Transectos
O/I
P1**
0271908 / 7784380
362
Cerrado s.s., cerradão, mata Pontos de escuta (I)
aluvial e brejos
Transectos (O)
O/I
P2**
0273636 / 7784064
376
Cerrado s.s., cerradão, mata Pontos de escuta (I)
aluvial e brejos
Transectos (O)
O/I
P3
0273710 / 7778352
327
Mata ciliar, cerradão, brejos
e pastagens
O/I
Transectos
18
Pontos
Coordenadas
Geográficas
(UTM) – 22K
Altitude
(m)
Descrição do Ambiente
Metodologias
Aplicadas
Fase
P4*
0271164 / 7787019
351
-
Pontos de escuta
I
Foto 16 – Ponto de amostragem “A1”, com
extensas áreas de cerradão, cerrado s.s., além de
brejos e veredas.
Foto 17 – Ponto de amostragem “A2”, com brejos,
matas aluviais e cerrado s.s.
Foto 18 – Ponto de amostragem “P3”, com mata
ciliar, cerradão e brejos.
Foto 19 – Ponto de amostragem “A4”, com
pequeno fragmento de cerrado s.s. e cerradão.
Durante o monitoramento da fase de pré-enchimento foram utilizados dois métodos para
amostragem das aves: Censo por Observação Direta (Transecção) e Pontos de Escuta. Já
no monitoramento pós-enchimento foi aplicado somente o método de Transecção. Essa
mudança ocorreu por dois motivos: (1) algumas áreas onde se estabeleceram pontos de
escuta na fase de pré-enchimento (área A3 e ponto P4) ficaram inacessíveis com a
formação do reservatório e, portanto, não poderiam mais ser acompanhadas; (2) alguns
pontos de escuta estavam dispostos nos mesmos locais dos transectos (pontos P1 e P2), e
portanto, foi escolhido o método mais adequado segundo os objetivos deste estudo
19
(transectos) para amostragens rápidas da avifauna, não havendo necessidade da aplicação
concomitante de ambos os métodos.
O Censo por Observação Direta foi empregado pela manhã e no fim da tarde nas áreas de
amostragem A1, A2, P3 e A4. O método consiste em caminhar ao longo de áreas de
amostragem pré-determinadas, anotando todas as espécies de aves observadas ou
ouvidas, além do número de indivíduos registrados, evitando contar um mesmo indivíduo
duas vezes (Develey, 2004; Rodrigues et al., 2005), o que é garantido pela experiência do
observador. Para as espécies que vivem em grandes bandos, como andorinhas e algumas
espécies de psitacídeos, o número mínimo de indivíduos observados foi anotado.
O esforço amostral para avifauna em cada campanha da fase pós-enchimento foi de pelo
menos 24 horas, totalizando 192 horas de amostragem considerando as oito campanhas. As
amostragens foram realizadas no início das manhãs, das 05:30h – 09:30h, e no fim das
tardes, das 16:00h – 18:00h, já que nestes períodos a maioria das espécies de aves está
ativa, o que facilita o maior número de registros. As aves foram registradas por visualização
e vocalização, com auxílio de binóculos Nikon Monarch 10 x 42 mm, câmera fotográfica
Canon EOS 7D com lente Canon 100-400 mm, gravador digital Olympus LS10 e microfone
direcional Sennheiser ME66 (Foto 20). A identificação das espécies foi feita com o auxílio de
guias de campo (Souza, 2002; Sigrist, 2007; Van Perlo, 2009).
Foto 20 – Condução da metodologia de censo por observação direta durante a 8° campanha do
monitoramento da avifauna nas áreas de influência da UHE São Domingos.
20
4.2.3 Mastofauna
A rede de amostragem para mastofauna não voadora foi composta ao longo da área
diretamente afetada e indiretamente afetada pela UHE São Domingos, abrangendo
estações de monitoramento previamente identificadas como de interesse para a fauna
terrestre (Quadro 04; Fotos 21 a 24). Também foram obtidos registros de forma oportunista
no entorno destas estações em diferentes momentos de deslocamento pela área de estudo.
Foram selecionadas quatro áreas de amostragem, sendo que as Áreas 2 e 3 foram
mantidas como sítio amostral desde o monitoramento da fase de pré-enchimento. Ressaltase que a Área 4 foi contemplada com a metodologia de censos e procura por rastros e
vestígios e os resultados foram analisados separadamente, uma vez que a área em questão
foi utilizada para obtenção de dados complementares. A metodologia específica aplicada
para o grupo dos pequenos mamíferos e dos mamíferos de médio e grande porte é
apresentada a seguir.
Quadro 04 – Pontos de amostragem do monitoramento da mastofauna não voadora nas áreas de
influência da UHE São Domingos, instalada no Rio Verde, municípios de Água Clara e Ribas do Rio
Pardo, MS. Legenda: Fase: O – Operação; I – Instalação.
Área
Área 1
Área 2
Denominação
dos Pontos /
Metodologia
utilizada
Altitude
Coordenadas
Geográficas (UTM)
– 22K
DATUM - SAD 69
Descrição do Ambiente
Fase
O
Ponto 01
392
0267786 / 7781037
Cerrado Strictu Senso
Estrada entre margem
esquerda do Rio Verde
Live trap 1
392
0267786 / 7781037
Cerrado Strictu Senso
O
Pitfall 1
392
0267780 / 7781037
Fragmento de Cerrado em
regeneração
O
Ponto 02
390
0273643 / 7783942
Cerradão
Estrada entre Cerradão e área
alagada
O/I
0273643 / 7783765
Cerradão em estágio de
recuperação
com áreas de pastagens
próximas
O/I
0273861 / 7783765
Cerradão em estágio de
recuperação
com áreas de pastagens
próximas
O/I
Live trap 2
Pitfall 2
390
390
21
Área
Área 3
Área 4
Altitude
Coordenadas
Geográficas (UTM)
– 22K
DATUM - SAD 69
Descrição do Ambiente
Fase
Camera trap 2
390
0271864 / 7784349
Mata ciliar em córrego afluente
ao Rio Verde
O/I
Ponto 3
410
0274109 / 7781640
Campo Sujo - Cerradão
Áreas abertas entre Cerradão,
alagados e Campos Sujos
O/I
Live trap 3
410
0273673 / 7781635
Cerrado
O/I
Pitfall 3
410
0274109 / 7781640
Cerradão
O/I
Camera trap 1
410
0274224 / 7781765
Borda de Cerradão
O/I
Ponto 4
400
267022 / 7796529
Cerradão
O/I
Denominação
dos Pontos /
Metodologia
utilizada
Foto 21 – Área 1: Cerrado “Strictu Senso”.
Foto 22 – Área 2: Cerradão em estágio avançado
de recuperação.
Foto 23 – Área 2: Mata Ciliar.
Foto 24 – Área 3: Cerradão.
22
PEQUENOS MAMÍFEROS NÃO VOADORES
A amostragem de pequenos mamíferos não voadores foi realizada através do método de
captura com armadilhas (Live trap) do tipo chapa de metal fechado (Sherman). Em cada
campanha foram utilizadas 20 armadilhas em cada uma das três estações amostrais, pelo
período de cinco dias.
As armadilhas foram dispostas em duas transecções por estação de amostragem e cada
transecção com cinco postos de captura equidistantes entre si aproximadamente 15 metros.
Cada estação contou com duas armadilhas: uma no solo e outra no sub-bosque (altura em
média de 1,5 a 2 m). As armadilhas foram iscadas com uma mistura de banana, bacon e
óleo de fígado de bacalhau (emulsão Scotti®) (Fotos 25 a 27).
O esforço de amostragem foi calculado a partir do número de armadilhas X número de dias
em que as mesmas permaneceram acionadas. Dessa maneira, em cada campanha foi
empregado um esforço de 100 armadilhas-dia por estação (20 armadilhas x 5 dias).
Considerando todas as estações de amostragem e somando as oito campanhas tem-se um
esforço amostral de 2.400 armadilhas-dia (100 armadilhas-dia x 3 estações x 8 campanhas).
Para complementação do trabalho foi considerada a amostragem com armadilhas de
interceptação e queda (Pitfall traps), instaladas nas estações para amostragem da
herpetofauna (ver metodologia 4.2.1 Herpetofauna).
Foto 25 – Armadilha de metal disposta no solo –
Foto 26 – Armadilha de metal no sub-bosque – 8°
23
8° campanha de monitoramento da mastofauna
não voadora da UHE São Domingos.
campanha de monitoramento da mastofauna não
voadora da UHE São Domingos.
Foto 27 – Verificação das armadilhas – 6ª
campanha de monitoramento da mastofauna não
voadora da UHE São Domingos.
Foto 28 – Captura e Marcação de pequenos
mamíferos – 2° campanha de monitoramento da
mastofauna não voadora da UHE São Domingos.
Os indivíduos de pequenos mamíferos não voadores capturados nas armadilhas foram
identificados quanto à espécie, classe etária, sexo e condição reprodutiva. Foram tomadas
suas medidas morfométricas padrão e massa corporal (obtida com o uso de dinamômetros Pesola®). Cada espécime capturado foi marcado com um brinco numerado (National Band
and Tag Company®) (Foto 28). O anilhamento foi empregado a fim de permitir a
individualização dos espécimes capturados, detectando assim, as recapturas. Após o
anilhamento, os indivíduos capturados foram soltos no próprio local de captura.
Os dados coletados durante a captura dos exemplares foram anotados em fichas individuais
e, posteriormente, informatizados em planilha de dados.
MAMÍFEROS DE MÉDIO E GRANDE PORTE
O monitoramento das espécies de mamíferos de médio e grande porte foi realizado através
de procura ativa de registros diretos, como visualizações (Foto 29), vocalizações e carcaças,
e indiretos, através de pegadas, tocas e fezes. Os animais avistados foram identificados e
quando possível, fotografados. As carcaças, pegadas, tocas e fezes encontradas foram
fotografadas e identificadas ao menor nível taxonômico possível. Os rastros e outros
vestígios foram identificados segundo Borges e Tomás (2004) e Mamede e Alho (2008).
24
Adicionalmente foram utilizadas duas armadilhas fotográficas (camera-traps), que são
equipamentos compostos por uma câmera fotográfica digital e um sensor passivo para
detecção de calor e movimento (passive motion detection), que quando acionado (diante do
movimento de um animal), dispara a câmera. As armadilhas fotográficas foram instaladas
em duas estações de amostragem (Quadro 04; Foto 30) e programadas para funcionamento
durante 24 horas por dia, sem interrupções, durante os cinco dias de cada campanha.
O esforço de amostragem para esse método foi calculado considerando o número de
câmeras instaladas multiplicado pelo número de dias e horas em que estas permaneceram
acionadas. Em cada estação de amostragem foi empregado um esforço de 5 câmeras-dia,
totalizando 10 câmeras-dia por campanha e 80 câmeras-dia considerando as oito
campanhas. O esforço total para as oito campanhas foi de 1.920 horas (2 câmeras x 24
horas x 5 dias x 8 campanhas).
Foto 29 – Lobinho (Cerdocyon thous),
visualizado durante busca ativa – 2° campanha
de monitoramento da mastofauna não voadora
da UHE São Domingos.
Foto 30 – Armadilha fotográfica instalada para
registro de mamíferos de médio e grande porte –
6ª campanha de monitoramento da mastofauna
não voadora da UHE São Domingos.
4.3 Análise de Dados
A nomenclatura utilizada para a classificação taxonômica dos espécimes registrados segue
aquela proposta por Segalla et al. (2014); Bérnils e Costa (2012) para herpetofauna, o
Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO, 2014) para avifauna e Reis et al.
(2011); Paglia et al. (2012) para mastofauna não voadora.
25
Para determinação do status de conservação das espécies foram consultados o Livro
Vermelho de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção do Brasil (MMA, 2008) e a Lista
Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza
- IUCN (Versão 2014.1). Para avifauna, além da lista da IUCN, foi consultada a lista da
organização ambiental Birdlife International (2009).
O reconhecimento de espécies endêmicas do Cerrado segue Colli et al. (2002) para
herpetofauna, Silva (1995b, 1997) para avifauna e Marinho-Filho et al. (2002); Dalponte e
Courtenay (2008) para mastofauna não voadora.
Especificamente para avifauna, foi realizado o reconhecimento de espécies endêmicas da
Mata Atlântica, o qual seguiu Goerck (1997) e Brooks et al. (1999). Adicionalmente, foram
apontadas espécies de aves características da Floresta Amazônica (Silva, 1996) e do Chaco
(Straube et al., 2006), que expandem sua distribuição geográfica até a bacia do Alto Rio
Paraná. A classificação das espécies de aves quanto ao comportamento migratório segue o
CBRO (2014) para as que realizam migrações intercontinentais.
As espécies de aves registradas foram classificadas quanto às categorias tróficas de acordo
com o principal item alimentar consumido, adaptado de Karr et al. (1990) (Quadro 05). As
aves também foram classificadas em três categorias quanto à sensibilidade às perturbações
ambientais (Stotz et al., 1996), considerando-se como “A” as de alta sensibilidade, “M” as de
média sensibilidade e “B” as de baixa sensibilidade. Também foram classificadas em três
categorias quanto à dependência de ambientes florestados, de acordo com Silva (1995a)
(Quadro 06).
Quadro 05 – Categorias utilizadas para classificar as espécies de aves registradas durante o
monitoramento pós-enchimento da UHE São Domingos, quanto ao hábito alimentar.
Categorias de Hábito
Alimentar
Definição/Características
Insetívora (I)
Predomínio de insetos e outros artrópodes.
Onívora (O)
Consumem diversos tipos de alimentos (Insetos/artrópodes e/ou
pequenos vertebrados e/ou frutos e/ou sementes).
Frugívora (F)
Predomínio de frutos.
Granívora (G)
Predomínio de sementes de gramíneas.
Nectarívora (NT)
Predomínio de néctar.
26
Categorias de Hábito
Alimentar
Definição/Características
Carnívora (C)
Predomínio de vertebrados capturados vivos.
Necrófagos (N)
Consomem animais mortos.
Piscívoros (P)
Alimentam-se de peixes.
Malacófagos (M)
Alimentam-se de moluscos.
Quadro 06 – Categorias utilizadas para classificar as espécies de aves registradas durante o
monitoramento pós-enchimento da UHE São Domingos, quanto à dependência florestal.
Grau de Dependência
Características
Independente
Espécies
que
ocupam,
alimentam-se
e
reproduzem
preferencialmente em vegetação aberta, como fisionomias
naturais de Cerrado (campo limpo, campo rupestre) ou áreas
antropizadas, como pastagens.
Semi-Dependente
Espécies que ocupam, alimentam-se e reproduzem tanto em
ambientes abertos como em ambientes florestais.
Dependente
Espécies
que
ocupam,
alimentam-se
e
reproduzem
principalmente em ambientes florestais (matas de galeria,
cerradão e matas secas).
Com o objetivo de determinar o quão representativas foram as amostragens em relação às
comunidades presentes na área de estudo, foi construída a curva do coletor apresentando a
riqueza observada e a estimada para cada grupo. A curva foi baseada no número
cumulativo de espécies encontradas em função do esforço amostral empregado.
Para herpetofauna, o esforço amostral considerado foi o número de campanhas do
monitoramento pós-enchimento realizadas, enquanto para avifauna foi utilizado o número de
amostras, considerando cada amostragem (campanha de campo) em cada ponto amostral
como uma amostra. Para mastofauna o esforço considerado foi o número de dias de
amostragem das oito campanhas da fase pós-enchimento.
27
A riqueza de espécies foi estimada pela média do estimador Jackknife 1, calculado por meio
do software EstimateS, versão 8.2 (Colwell, 2011). A riqueza estimada por Jackknife 1
segue a seguinte fórmula (Krebs, 1999):
SJack1 = Sobs + L (a -1/a)
Onde:
SJack1 = estimador de riqueza Jackknife de 1ª ordem;
Sobs = número total de espécies observadas em todas as amostras;
L = número de espécies que ocorrem só em uma amostra (espécies únicas);
a = número de amostras.
A análises estatísticas e gráficos apresentados neste estudo foram feitos utilizando os
softwares BioDiversity Pro, Biostat e Microsoft Office Excel.
Para o método de captura, marcação e recaptura, aplicado para o monitoramento de
pequenos mamíferos não voadores, foi calculado o sucesso de captura, através da seguinte
fórmula:
Para todos os grupos foram realizadas as seguintes análises: riqueza, abundância,
diversidade, equabilidade e similaridade. A riqueza (número absoluto de espécies) e
abundância (número de indivíduos por espécie) foram comparadas entre as áreas de
amostragem para destacar o padrão da comunidade local de espécies, apontando os locais
com maior interesse de conservação na área de influência da UHE São Domingos. Também
foram apresentadas as variações temporais da riqueza e abundância nas áreas amostrais
para avaliar se houve redução destes parâmetros ao longo do tempo.
Para diversidade foi utilizado o índice de diversidade de Shannon-Weaver (Shannon e
Weaver, 1949) baseado na seguinte fórmula:
Onde:
S = número de espécies;
28
pi = proporção da amostra contendo indivíduos da espécie i.
Para equabilidade (distribuição dos indivíduos entre as espécies) foi utilizado o Índice de
Equabilidade de Pielou, segundo a fórmula:
J’= H’/H máx
Onde:
J’= equabilidade
H’ = valor obtido para o índice de diversidade de Shannon;
Hmáx = diversidade máxima medida por ln (S), onde ln (S) é o logaritmo neperiano do
número de espécies.
Ressalta-se que o valor máximo (1) para o Índice de Pielou representa máxima uniformidade
e seu valor mínimo (0) a mínima uniformidade entre as espécies.
Para o cálculo da diversidade e equabilidade foram consideradas as quatro campanhas
realizadas na estação seca e as quatro na chuvosa, por ponto de amostragem. Também
foram calculadas a diversidade e equabilidade total para cada ponto de amostragem
considerando as oito campanhas.
A similaridade foi utilizada para análise entre os pontos de amostragem, considerando os
dados agrupados das oito campanhas. Para calcular a similaridade de espécies de anfíbios,
répteis e aves entre as áreas de amostragem foi utilizado o Índice de Similaridade de BrayCurtis. A fórmula utilizada para calcular este índice está apresentada a seguir.
B= ∑|xij-xik|/ ∑(xij+xik)
Onde:
Xij, xik = abundância de espécies em cada área (j,k)
Para mastofauna, utilizou-se o Índice de Similaridade de Sorensen, que é qualitativo. Este
índice dá menos ênfase na ausência de determinadas espécies. Considerando assim, a
presença de determinada espécie é mais informativa do que a ausência. A similaridade de
Sorensen foi calculada por meio da seguinte fórmula:
29
Ss = 2a / (2a + b + c)
Onde:
a = número de espécies encontradas em ambos os locais, A e B,
b = número de espécies no local B, mas que não existem em A;
c = número de espécies no local A, mas que não existem em B.
Para mastofauna utilizou-se ainda o Teste do Qui-Quadrado para comparação do número
de registros entre as estações seca e chuvosa e o Teste T (Zar, 1999) para comparar a
média das diversidades entre as estações sazonais. Utilizou-se o software livre PAST
(Hammer et al., 2001) para o cálculo dos índices.
Foram analisados os relatórios da fase de pré-enchimento e o EIA da UHE São Domingos a
fim de comparar os dados com os resultados da fase pós-enchimento. No monitoramento da
fase pré-enchimento foram realizadas quatro campanhas, duas na estação seca (21 a 28 de
maio e 26 de agosto a 2 de setembro de 2010) e duas na estação chuvosa (3 a 10 de
fevereiro e 9 a 16 de março de 2010).
30
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1 Herpetofauna
5.1.1 Resultados do Monitoramento da Fase Pós-enchimento
Durante as oito campanhas de monitoramento da herpetofauna foram registradas 28
espécies, sendo 23 de anfíbios e cinco de répteis (Quadro 07; Tabela 01).
O baixo número de espécies registradas em alguns meses pode ser resultado,
principalmente, das temperaturas baixas registradas durante os dias de amostragem (14°C
durante a madrugada), já que estes animais são ectotérmicos (a temperatura do corpo varia
de acordo com a temperatura do meio). Quando estes animais estão buscando alimento ou
se reproduzindo é possível melhor observação e captura, porém, essas atividades estão
relacionadas com as temperaturas ambientais. Quanto menor a temperatura ambiente,
menor serão as atividades da herpetofauna, o que dificulta o seu encontro. Sendo assim,
estes animais são mais facilmente encontrados nos meses de verão, período em que as
temperaturas e umidade se encontram altas.
O maior número de espécies de anfíbios em comparação aos répteis pode ser resultado de
características intrínsecas destes grupos. Anfíbios de modo geral são mais fáceis de serem
observados, pois se encontram em grande número na época reprodutiva, momento em que
os machos vocalizam (coaxam) para a atração de fêmeas para o acasalamento (Bastos et
al., 2003), tornando-se mais visíveis e ocasionando a identificação, já que a vocalização é
específica.
Já em relação aos répteis, o que mais pode ter influenciado nas amostragens foi a grande
mobilidade de lagartos e serpentes e a diversidade de substratos que utilizam para suas
atividades, dificultando o registro dos mesmos. Soma-se a isso o fato de não haver métodos
de atração e/ou captura que sejam completamente eficientes e pelo fato da maioria desses
animais não possuírem hábitos ligados diretamente a água (com exceção de quelônios e
jacarés) (Strüssmann et al., 2000).
31
Quadro 07 – Espécies de herpetofauna registradas durante as oito campanhas do Monitoramento da Herpetofauna realizadas nas áreas de influência da
UHE São Domingos, instalada no Rio Verde, municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo, MS. Legenda: Ponto de amostragem: PA - Procura Ativa.
Categoria de Ameaça: Nacional (MMA, 2008), Mundial (IUCN, 2014 e CITES, 2013): LC – Pouco preocupante; CITES: C1 – Listada no apêndice I da CITES;
C2 – Listada no apêndice II da CITES. Hábitat: BR – Brejo; RP – Represamento; CM – Campo úmido; CD – Cerradão. Microhabitat: VA – Vegetação
Arbustiva; VAB – Vegetação Arbórea; NS – Nível do Solo; NA – Nível d’água. Espécie seguida de * indica endêmica do Bioma Cerrado.
Taxa
(ORDEM-SUBORDEM, Família, Espécie)
Nome Popular
Ponto de
Amostragem
Campanha
Categoria de
Ameaça /
CITES
Hábitat
Microhábitat
AMPHIBIA
ANURA
Bufonidae (1)
Rhinella schneideri (Werner, 1894)
sapo-cururu
PA5
8ª
LC
CD
NS
Dendropsophus elianae (Napoli e
Caramaschi, 2000)
perereca
PA3, PA5
1ª, 5ª
LC
RP, BR
NA
Dendropsophus minutus (Peters, 1872)
perereca
PA2, PA4, PA5, PA6
4ª, 5ª, 7ª, 8ª
LC
RP, BR
NA
Dendropsophus nanus (Boulenger, 1889)
perereca
PA1, PA2, PA3, PA4,
PA5, PA6
1ª, 4ª, 5ª, 6ª, 8ª
LC
RP, BR
NA, VA
Dendropsophus rubicundulus (Reinhardt e
Lütken, 1862″1861″)
perereca
PA1, PA3, PA5
1ª, 8ª
LC
RP, BR
VA, NS
Dendropsophus sanborni (Schmidt, 1944)
perereca
PA4, PA6
1ª, 4ª, 5ª, 6ª
LC
RP, BR
VA, NS
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
perereca
PA1, PA2, PA3, PA4,
PA5, PA6
1ª, 2ª, 4ª, 5ª,
6ª, 7ª, 8ª
LC
RP, BR,
CM
VAB, VA
perereca-verde
PA3, PA4, PA5, PA6
1ª, 5ª
LC
RP, BR
VAB, VA
Hylidae (10)
Hypsiboas punctatus (Schneider, 1799)
32
Nome Popular
Ponto de
Amostragem
Campanha
Categoria de
Ameaça /
CITES
Hábitat
Microhábitat
pererecaamarela
PA1, PA2, PA3, PA4,
PA5, PA6
1ª, 4ª, 5ª, 6ª, 8ª
LC
RP, BR
VAB, NS
PA2
5ª
LC
BR
VA
perereca
PA1, PA2, PA3, PA4,
PA5, PA6
1ª, 4ª, 5ª, 7ª, 8ª
LC
RP, BR
VAB, NS
rã-manteiga
PA1, PA2, PA3, PA4,
PA5
1ª, 4ª, 5ª, 6ª, 7ª
LC
RP
NS, NA
rãzinha
PA3, PA4, PA5, PA6
1ª, 4ª, 5ª, 7ª, 8ª
LC
BR
NS, NA
Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799)
rã-bicuda
PA1, PA2, PA3, PA4,
PA5, PA6
1ª, 4ª, 5ª, 8ª
LC
RP, BR
NS, NA
Leptodactylus labyrinthicus (Spix, 1824)
rã-pimenta
PA3, PA4
1ª, 4ª
LC
BR
NS, NA
Leptodactylus mystacinus (Burmeister, 1861)
rã-tijolo
PA3, PA4, PA6
4ª, 5ª
LC
BR
NS, NA
Leptodactylus podicipinus (Cope, 1862)
rã-gota
PA1, PA2, PA3, PA5
1ª, 4ª, 5ª
LC
BR
NS, NA
rã
PA1, PA3, PA5
1ª, 4ª, 5ª, 7ª
LC
RP, BR
NS, NA
rã-cachoro
PA1, PA2, PA3, PA4,
PA5, PA6, Pitfall 3
1ª, 4ª, 5ª
LC
RP, BR
NS, NA
rã-do-cerrado
PA1, PA2, PA3, PA5
5ª
LC
RP, BR,
CM
NS, NA
Pseudopaludicola mystacalis (Cope, 1887)
rãzinha
PA1, PA2, PA3, PA4,
PA5, PA6
1ª, 4ª, 5ª
LC
RP, BR
NS, NA
Pseudopaludicola saltica (Cope, 1887)
rãzinha
PA1, PA3
4ª, 8ª
LC
BR
NS
Taxa
(ORDEM-SUBORDEM, Família, Espécie)
Hypsiboas raniceps (Cope, 1862)
Phyllomedusa azurea (Cope, 1862)
Scinax fuscomarginatus (A. Lutz, 1925)
Leptodactylidae (11)
Leptodactylus chaquensis (Cei, 1950)
Leptodactylus diptyx Boettger, 1885
Physalaemus centralis (Bokermann, 1962)
Physalaemus cuvieri (Fitzinger, 1826)
Physalaemus nattereri (Steindachner, 1863)
33
Taxa
(ORDEM-SUBORDEM, Família, Espécie)
Nome Popular
Ponto de
Amostragem
Campanha
Categoria de
Ameaça /
CITES
Hábitat
Microhábitat
rãzinha
PA2, PA4, PA5
1ª, 4ª, 5ª
LC
BR
NS
Microhylidae (1)
Elachistocleis cesarii (Miranda Ribeiro, 1920)
REPTILIA
SQUAMATA - SAURIA
Gymnophthalmidae (1)
Micrablepharus maximiliani (Reinhardt e
Luetken, 1862)
lagartinho-dorabo-azul
Pitfall 2
1ª
LC
CD
NS
lagartixaescorpião
Pitfall 1, Pitfall 3
6ª, 8ª
_
CD
NS
calango
PA 2, Pitfall 2, Pitfall 3
5ª, 8ª
LC
CD
NS
sucuri-preta
PA4
2ª
C2
RP
NA
jacaré-do-papoamarelo
PA 1, PA5
2ª, 4ª, 7ª, 8ª
LC/C1
RP
NA
Sphaerodactylidae (1)
Coleodactylus brachystoma (Amaral, 1935)*
Teiidae (1)
Ameiva ameiva (Linnaeus, 1758)
SQUAMATA - SERPENTES
Família Boidae (1)
Eunectes murinus (Linnaeus, 1758)
CROCODYLIA
Família Alligatoridae (1)
Caiman latirostris (Daudin, 1802)
34
Tabela 01 – Riqueza e abundância registradas em cada uma das campanhas de monitoramento da
herpetofauna nas áreas de influência da UHE São Domingos, instalada no Rio Verde, municípios de
Água Clara e Ribas do Rio Pardo, MS.
Campanha
Estação Sazonal
Riqueza
Abundância
Primeira
Chuvosa
18
346
Segunda
Seca
3
13
Terceira
Seca
0
0
Quarta
Chuvosa
18
254
Quinta
Chuvosa
20
441
Sexta
Seca
6
74
Sétima
Seca
7
49
Oitava
Chuvosa
14
107
Total
_
28
1284
A comunidade de anfíbios e répteis registrada durante o monitoramento nas áreas de
influência da UHE São Domingos está distribuída em nove famílias, sendo Leptodactylidae a
que apresentou maior riqueza, com 11 espécies, seguida de Hylidae, com 10 espécies no
total. Juntas, estas famílias representam 75% de toda a comunidade (Figura 02). A maior
representatividade específica destas famílias é um padrão para assembleias de anuros da
região Neotropical (Duellman, 1999). Resultados semelhantes foram encontrados em
trabalhos realizados nos Biomas da América do Sul, que também registraram grande
predominância da família Hylidae, por exemplo: na Caatinga (Rodrigues, 2003), no Cerrado
(Strüssmann, 2000; Brandão e Peres-Júnior, 2001; Bastos et al., 2003; Uetanabaro et al.,
2006; 2007; Vaz-Silva et al.; 2007), no Pantanal Mato-grossense (Strüssmann et al. 2000,
Uetanabaro et al. 2008) e Chaco (Bucher, 1980; Brusquetti e Lavilla, 2006).
A maioria das espécies da família Leptodactylidae possui uma maior resistência a alterações
ambientais produzidas pelo homem e os girinos parecem suportar um grau de poluição não
aceitável por espécies de outras famílias de anuros (Izecksohn e Carvalho-Silva, 2001;
Maneyro et al., 2004). Já os hilídeos possuem adaptações evolutivas, discos ou lamelas
adesivas, que lhes permitem ocupar com sucesso um maior número de microhabitats
disponíveis no ambiente (Cardoso et al., 1989), como por exemplo gramíneas e árvores
presentes na margem dos corpos d’água encontradas na área de influência da usina.
Hylidae desponta como a maior família de anuros brasileira com 369 espécies e
35
Leptodactylidae é a segunda com 151, em um total de 19 famílias de anuros reconhecidas
em todo Brasil (Segalla et al., 2014).
Figura 02 – Contribuição relativa de cada família na comunidade de anfíbios e répteis registrada
nas áreas de influência da UHE São Domingos, instalada no Rio Verde, municípios de Água
Clara e Ribas do rio Pardo, MS.
Na última campanha de monitoramento foi encontrada uma espécie que ainda não tinha
sido registrada durante o monitoramento pós-enchimento: o sapo-cururu (Rhinella
schneideri). Esse novo registro fez com que a curva do coletor voltasse a se inclinar após
estabilização verificada na sétima campanha (Figura 03). Considerando as oito campanhas,
a riqueza de espécies de anfíbios e répteis observada foi de 28 espécies e a riqueza
estimada pelo estimador Jacknife 1 foi de 31,43 espécies. Como a riqueza estimada esteve
próxima da observada (90,3%) e a curva apresentou tendência à estabilização pode-se
afirmar que a amostragem durante o monitoramento da fase pós-enchimento foi
representativa.
Ressalta-se, no entanto, que mesmo com a estabilização da curva e proximidade entre os
valores de riqueza observada e estimada é comum a inclusão de novas espécies
principalmente as raras, no caso de novas amostragens. Isso ocorre porque muitas espécies
36
de difícil detecção costumam ser adicionadas após muitas amostragens, sobretudo em
regiões tropicais, onde há grande riqueza de espécies.
Figura 03 – Curva do coletor contendo a Riqueza observada e Riqueza estimada (Jacknife 1),
elaborada com os dados das oito campanhas de monitoramento da herpetofauna realizadas nas
áreas de influência da UHE São Domingos, instalada no Rio Verde, municípios de Água Clara e
Ribas do Rio Pardo, MS.
A Tabela 02 apresenta os parâmetros de riqueza, abundância, diversidade e equitabilidade
para cada ponto de amostragem considerando as oito campanhas (agrupando as
campanhas na seca e chuva e valor total por área de amostragem).
Reunindo os dados das oito campanhas, observa-se que as maiores riquezas foram
registradas nos pontos de Procura Ativa, mais especificamente nos pontos PA3 e PA5
(ambos com 19 espécies). Os outros quatro pontos onde este método foi aplicado ficaram
com valores de riqueza próximos (PA4 – 15 espécies; PA1 e PA2 – 14 espécies; PA6 – 12
espécies). Já nos pontos onde foram instaladas as Armadilhas de Interceptação e Queda,
houve registro de poucas espécies, sendo que o ponto PIT3 foi o que apresentou maior
riqueza (4 espécies), seguido do PIT2 (2 espécies) e do PIT1 (1 espécie) (Tabela 02; Figura
04). Os pontos que apresentaram maior abundância de indivíduos foram PA3, PA4 e PA5,
que possuem em comum a diversidade de microhabitats, uma vez que todos estão inseridos
37
em um mosaico de ambientes, tais como ambientes úmidos (brejo), formações de mata,
pastagens, represamento com presença de poáceas em sua margem (local propício à
reprodução dos anuros). De acordo com Silvano e Pimenta (2003), a diversidade de
microhabitats é um fator importante para determinar o número de espécies ocorrentes em
um determinado ambiente.
O baixo registro de espécies nos pontos em que os Pitfalls foram instalados provavelmente
está relacionado à baixa diversidade de microhabitats, assim como a ausência de corpo
d’água próximo às armadilhas de interceptação e queda, promovendo um local com baixa
umidade relativa, sendo desfavorável para a ocorrência de anfíbios anuros. Por outro lado,
os pontos de Procura Ativa estiveram em locais favoráveis à habitação dos anfíbios, com
presença de corpos d’água e diferentes tipos de vegetação, favorecendo a ocorrência e
reprodução das espécies.
Com exceção dos locais dos Pitfalls, os pontos amostrados, ou seja, pontos de Procura
Ativa, representaram locais com alta diversidade de espécies, onde foram registradas
diversas espécies para cada ponto, não havendo a dominância de uma espécie específica.
Com exceção do ponto PIT1, onde foi registrado apenas um exemplar de uma espécie,
todas as outras áreas amostradas apresentaram uma alta equabilidade com valores
próximos ou iguais a 1, o que significa que o número de indivíduos capturados para cada
espécie apresentou uma distribuição homogênea, ou seja, não houve uma espécie
dominante nas amostragens.
A quinta campanha foi a que apresentou a maior riqueza (20 espécies), seguida da primeira
e quarta campanhas, ambas com 18 espécies, e oitava (14 espécies). Já a segunda e
terceira foram as que apresentaram as menores riquezas (Figura 05).
38
Tabela 02 – Parâmetros calculados a partir dos resultados obtidos durante as oito campanhas de
monitoramento da herpetofauna (fase pós-enchimento) nas áreas de influência da UHE São
Domingos, instalada no Rio Verde, municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo, MS. Legenda:
PA: Procura ativa.
Ponto de
Amostragem
PA 1
PA 2
PA 3
PA 4
PA 5
PA 6
Pitfall 1
Pitfall 2
Pitfall 3
TOTAL
Estação Riqueza
Sazonal observada
Abundância
Diversidade de
Shannon (H')
Equabilidade de
Pielou (J')
Seca
5
17
0.6794
0.972
Chuva
13
120
0.9289
0.8339
Total
14
137
0.9683
0.8448
Seca
3
13
0.2984
0.6254
Chuva
13
115
1.0132
0.9096
Total
14
128
1.0473
0.9137
Seca
2
8
0.301
1
Chuva
19
214
1.1537
0.9022
Total
19
222
1.1596
0.9068
Seca
6
55
0.5685
0.7306
Chuva
14
224
0.9789
0.8541
Total
15
279
0.9478
0.8059
Seca
6
32
0.7499
0.9637
Chuva
19
366
1.1426
0.8935
Total
19
398
1.1444
0.8949
Seca
4
10
0.5558
0.9232
Chuva
11
103
0.9743
0.9355
Total
12
113
0.9855
0.9132
Seca
0
0
0
0
Chuva
1
1
0
0
Total
0
0
0
0
Seca
0
0
0
0
Chuva
2
2
0.301
1
Total
2
2
0.301
1
Seca
2
2
0.301
1
Chuva
2
2
0.301
1
Total
4
4
0.6021
1
28
1284
1.2018
0.8305
39
Figura 04 – Riqueza observada (barras) e abundância (linha) em cada ponto do monitoramento da
herpetofauna nas áreas de influência da UHE São Domingos, instalada no Rio Verde, municípios de
Água Clara e Ribas do Rio Pardo, MS.
Figura 05 – Riqueza observada (número de espécies) e abundância (número de indivíduos)
registrada em cada uma das oito campanhas do monitoramento da herpetofauna na área de
influência da UHE São Domingos, instalada no Rio Verde, municípios de Água Clara e Ribas do Rio
Pardo, MS.
40
As campanhas mais ricas em termos de espécies de anfíbios foram realizadas no período
chuvoso. Este resultado é um padrão comum para a anurofauna neotropical, uma vez que
em regiões com sazonalidade bem marcada (característica da área de estudo) a ocorrência
notável da maioria das espécies é na estação chuvosa (e.g. Bertoluci e Rodrigues, 2002;
Prado et al., 2005), já que a maioria dos anfíbios se reproduz e possui maior atividade
durante os meses com maiores precipitações pluviométricas. Resultados semelhantes foram
encontrados em outras regiões do país tais como na região Sul (e.g. Bernardes, 2007;
Conte e Machado, 2005; Conte e Rossa-Feres, 2006), Sudeste (e.g. Bertoluci e Rodrigues,
2002; Grandinetti e Jacobi, 2005) e no Nordeste (Arzabe, 1999), demonstrando que a
ocorrência dos anfíbios anuros (grupo de maior número de espécies para o monitoramento)
é fortemente afetada por fatores abióticos. Segundo Duellman e Trueb (1986), a influência
do clima na ocorrência de comunidades de anuros de regiões tropicais é determinada
principalmente pela distribuição e volume de chuvas. Já Pombal (1997) afirma que não há
um único fator influenciando na ocorrência das espécies, mas sim um conjunto de fatores
climáticos.
As campanhas menos ricas foram realizadas em épocas de estiagem. Durante este período,
devido à ocorrência de baixas temperaturas e baixa umidade relativa do ar, que pode causar
a desidratação e a morte de muitos indivíduos, muitas espécies podem entrar em estivação
enterrando-se o suficiente na lama de modo a evitar o congelamento, enquanto outras
podem arrastar-se para dentro de troncos em decomposição ou para debaixo de folhas,
sendo ambas as estratégias capazes de providenciar calor suficiente para evitar as
condições adversas.
Comparando-se as estações seca e chuvosa é possível constatar que 89% dos indivíduos
foram registrados durante a estação chuvosa (Tabela 03). Os parâmetros de Diversidade de
Shannon e a Equabilidade de Pielou também foram mais altos na época das chuvas. Esse
resultado demonstra a importância de um monitoramento em longo prazo, evidenciando a
flutuação da população de anfíbios e a importância de se realizar a amostragem ao longo do
ano.
41
Tabela 03 – Parâmetros calculados a partir dos resultados obtidos durante as oito campanhas de
monitoramento da herpetofauna (fase pós-enchimento) considerando as estações seca e chuvosa,
nas áreas de influência da UHE São Domingos, instalada no Rio Verde, municípios de Água Clara e
Ribas do Rio Pardo, MS.
Parâmetros Analisados
Estação Seca
Estação Chuvosa
Riqueza observada
12
27
Abundância
Diversidade de Shannon (H')
137
1138
0.8913
1.2067
Equabilidade de Pielou (J’)
0.8259
0.8431
A análise de similaridade entre os pontos de amostragem mostrou uma clara divisão em
duas grandes chaves, a primeira formada pelos pontos de Pitfall e a segunda formada pelos
pontos de Procura Ativa (Figura 06). Estas chaves apresentam uma semelhança entre si de
apenas 3%. Os pontos mais semelhantes foram os pontos PA2 e PA3 com 64,5% de
semelhança de suas comunidades. Como o esperado, a análise agrupou ambientes com
características estruturais semelhantes, no caso de PA2 e PA3 são um complexo
vegetacional formado por várzeas e matas aluviais. De acordo com Santos (2009), em áreas
que apresentam as mesmas características morfoestruturais, vegetacionais e climáticas, a
composição faunística tende a ser semelhante.
Figura 06 – Similaridade ente os pontos do monitoramento de anfíbios e répteis na área de
influência da UHE São Domingos, instalada no Rio Verde, municípios de Água Clara e Ribas do Rio
Pardo, MS.
42
Durante as oito campanhas foi registrada apenas uma espécie endêmica para o Cerrado, a
lagartixa-escorpião (Coleodactylus brachystoma) (Foto 31), segundo Colli et al. (2002). Esta
espécie foi registrada apenas nas campanhas de monitoramento pós-enchimento (6° e 8°
campanhas) com um indivíduo em cada, podendo ser considerada uma espécie rara.
Nenhuma das espécies registradas durante as campanhas do monitoramento pósenchimento está inserida na Lista Nacional das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de
Extinção (MMA, 2008) e na IUCN (2014). Duas espécies estão inseridas nos apêndices da
Convention on International Trade in Endangered Species of Wild Flora and Fauna – CITES
(2012). No apêndice I está a espécie Caiman latirostris. Esta categoria inclui espécies que
estão em um maior grau de perigo e cujo comércio é proibido, exceto quando a importação
é para fins não comerciais, como por exemplo para a pesquisa científica. No apêndice II
está a espécie Eunectes murinus. Trata-se de uma categoria que inclui todas as espécies
que embora não estejam ameaçadas de extinção no momento, podem vir a ficar, se o
comércio de tais espécies não for regulamentado.
Foto 31 – Coleodactylus brachystoma, espécie endêmica do bioma Cerrado, registrado na oitava
campanha de campanha de monitoramento da herpetofauna nas áreas de influência da UHE São
Domingos, municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo, MS.
43
5.1.2
Comparações com os Resultados do Monitoramento da Fase Préenchimento e com os Estudos do EIA
Considerando os dados do EIA, do monitoramento da fase de pré-enchimento e do
monitoramento da fase de pós-enchimento foi registrado um total de 52 espécies da
herpetofauna, sendo 28 espécies de anfíbios e 24 espécies de répteis (Quadro 08).
Em relação à riqueza de anfíbios nos diferentes estudos, verificou-se que no EIA foram
registradas cinco espécies, sendo que todas foram registradas posteriormente, durante os
monitoramentos pré e pós-enchimento. Durante a fase de pré-enchimento foram registradas
14 espécies de anfíbios sendo três delas exclusivas dessa fase. Já no monitoramento pósenchimento foram registradas 23 espécies de anuros, sendo 12 espécies exclusivas dessa
fase. A diferença de riqueza de anfíbios entre as fases pode ser atribuída ao número de
campanhas que foi menor durante o EIA (duas campanhas) e monitoramento pré-instalação
(4 campanhas).
Algumas espécies de anuros, como por exemplo, das famílias Hylidae e Leptodactylidae,
foram registradas ao longo dos dois monitoramentos: Hypsiboas albopunctatus, Hypsiboas
raniceps, Scinax fuscomarginatus, Leptodactylus fuscus, Physalaemus centralis
e
Physalaemus cuvieri. Esses registros constantes são indícios da capacidade de adaptação
dessas espécies e de certa tolerância a atividades antrópicas.
Já em relação à riqueza de répteis, nos estudos do EIA foram catalogadas 11 espécies,
sendo seis delas exclusivas dessas campanhas. No monitoramento pré-enchimento foram
registradas 17 espécies, sendo oito delas encontradas somente durante essa fase. Durante
o monitoramento pós-enchimento foram encontradas 5 espécies de répteis, sendo que uma
espécie ainda não tinha sido registrada nos estudos anteriores.
Um dos fatores ao qual essa diferença de riqueza pode ser atribuída é que durante o EIA e
monitoramento pré-enchimento foi empregado o método de entrevistas para o registro de
espécies, enquanto que durante a fase pós-enchimento foram considerados apenas os
métodos de registros diretos (Pitfall e busca ativa). Algumas espécies como jiboia (Boa
constrictor), cobra-cipó (Philodryas olfersii) e urutu-cruzeiro (Bothrops alternatus), por
exemplo, foram registradas apenas através de relatos de moradores locais. De fato são
espécies fáceis de serem reconhecidas pela população, no entanto, atribuir temporalidade
44
(quando as espécies foram vistas) e espacialidade (locais de visualização) dos registros é
uma tarefa difícil de ser realizada de maneira fidedigna no método de entrevistas.
Diferenças sazonais ou viés de amostragem (o registro de espécies muitas vezes ocorre ao
acaso) também podem explicar parte da diferença no número de registros de répteis entre
as fases de monitoramento e EIA. Por outro lado algumas espécies registradas apenas
durante os estudos do EIA (por exemplo: Tupinambis sp., Tropidurus sp., Boa constrictor,
Spilotes pullatus, Hydrodynastes gigas, Xenodon merremii e Crotalus durissus) podem ter se
deslocado para áreas mais afastadas do local do enchimento, impossibilitando o registro das
mesmas nos pontos amostrados.
45
Quadro 08 – Espécies da herpetofauna registradas durante os estudos do EIA, Monitoramento Pré-Enchimento e Monitoramento Pós-Enchimento realizados
nas áreas de influência da UHE São Domingos, instalada no Rio Verde, municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo, MS. Legenda: Status de
Conservação: Nacional (MMA, 2008) e Mundial (IUCN, 2014): LC – Pouco preocupante. CITES: C1 – Listada no apêndice I da CITES; C2 – Listada no
apêndice II da CITES. * Espécie endêmica do Cerrado.
Taxa
(ORDEM-SUBORDEM, Família,
Espécie)
Nome Popular
Categoria de
Ameaça/
CITES
Estudos do EIA
Monitoramento Préenchimento
Monitoramento Pósenchimento
AMPHIBIA
ANURA
Bufonidae (1)
Rhinella schneideri (Werner, 1894)
sapo-cururu
LC
Dendropsophus elianeae (Napoli e
Caramaschi, 2000)
perereca
LC
Dendropsophus minutus (Peters, 1872)
perereca
LC
Dendropsophus nanus (Boulenger,
1889)
perereca
LC
Dendropsophus rubicundulus
(Reinhardt e Lütken, 1862″1861″)
perereca
LC
Dendropsophus sanborni (Schmidt,
1944)
perereca
LC
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
perereca
LC
perereca-verde
LC
perereca-amarela
LC
X
X
Hylidae (12)
Hypsiboas punctatus (Schneider, 1799)
Hypsiboas raniceps (Cope, 1862)
Phyllomedusa azurea (Cope, 1862)
LC
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
46
Taxa
(ORDEM-SUBORDEM, Família,
Espécie)
Nome Popular
Categoria de
Ameaça/
CITES
Pseudis bolbodactyla (A. Lutz, 1925)
rã d´água
LC
X
Scinax fuscomarginatus (A. Lutz, 1925)
perereca
LC
X
Scinax fuscovarius (A. Lutz, 1925)
perereca
LC
Leptodactylus chaquensis (Cei, 1950)
rã-manteiga
LC
X
Leptodactylus diptyx (Boettger, 1885)
rãzinha
LC
X
rã-bicuda
LC
X
Leptodactylus labyrinthicus (Spix,
1824)
rã-pimenta
LC
X
Leptodactylus latrans (Steffen, 1815)
rã-manteiga
LC
X
Leptodactylus mystacinus (Burmeister,
1861)
rã-tijolo
LC
X
Leptodactylus podicipinus (Cope, 1862)
rã-gota
LC
X
rã
LC
X
X
rã-cachoro
LC
X
X
Eupemphix nattereri (Steindachner,
1863)
rã-do-cerrado
LC
X
X
Pseudopaludicola mystacalis (Cope,
1887)
rãzinha
LC
X
Pseudopaludicola saltica (Cope, 1887)
rãzinha
LC
X
Pseudopaludicola sp.
rãzinha
LC
Estudos do EIA
X
Monitoramento Préenchimento
Monitoramento Pósenchimento
X
X
Leptodactylidae (13)
Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799)
Physalaemus centralis (Bokermann,
1962)
Physalaemus cuvieri (Fitzinger, 1826)
X
X
X
X
X
47
Taxa
(ORDEM-SUBORDEM, Família,
Espécie)
Nome Popular
Categoria de
Ameaça/
CITES
rãzinha
LC
sapo-guarda
LC
Estudos do EIA
Monitoramento Préenchimento
Monitoramento Pósenchimento
Microhylidae (1)
Elachistocleis cesarii (Miranda Ribeiro,
1920)
Elachistocleis cf. ovalis (Schneider,
1799)
X
X
REPTILIA
SQUAMATA - SAURIA
Gymnophthalmidae (3)
Colobosaura modesta (Reinhardt e
Luetken, 1862)
lagartinho-liso
LC
X
lagartinho-do-rabo-azul
LC
X
lagartinho-do-rabovermelho
LC
X
calango-liso
LC
X
lagartixa-escorpião
-
Ameiva ameiva (Linnaeus, 1758)
calango
LC
X
Cnemidophorus sp.
calango
LC
X
Micrablepharus maximiliani (Reinhardt
e Luetken, 1862)
Vanzosaura rubricauda (Boulenger,
1902)
X
Mabuyidae (1)
Copeoglossum nigropunctatum (Spix,
1825)
Sphaerodactylidae (1)
Coleodactylus brachystoma (Amaral,
1935)*
X
Teiidae (3)
X
48
Taxa
(ORDEM-SUBORDEM, Família,
Espécie)
Tupinambis sp.
Nome Popular
Categoria de
Ameaça/
CITES
Estudos do EIA
Monitoramento Préenchimento
teiu
LC
X
X
calango
LC
X
jiboia
LC
X
X
sucuri-preta
C2
X
X
caninana
LC
X
Cobra-cipó
_
Monitoramento Pósenchimento
Tropiduridae (1)
Tropidurus sp.
SQUAMATA - SERPENTES
Boidae (2)
Boa constrictor (Linnaeus, 1758)
Eunectes murinus (Linnaeus, 1758)
X
Colubridae (1)
Spilotes pullatus (Linnaeus, 1758)
Philodryas olfersii (Lichtenstein, 1923)
Xenodon merremii (Wagler, 1824)
Oxyrhopus sp.
X
Boipeva
X
Falsa-coral
_
X
surucucu-do-pantanal
LC
X
boipeva
LC
X
cobra-cega
LC
jararaca
LC
Dipsadidae (2)
Hydrodynastes gigas (Duméril, Bibron
e Duméril, 1854)
Xenodon merremii (Wagler, 1824)
X
Leptotyphlopidae (1)
Epictia sp.
X
Viperidae (2)
Bothrops moojeni (Hoge, 1966)
X
X
49
Taxa
(ORDEM-SUBORDEM, Família,
Espécie)
Nome Popular
Bothrops alternatus (Duméril, Bibron e
Duméril, 1854)
urutu-cruzeiro
Crotalus durissus (Lineu, 1758)
Categoria de
Ameaça/
CITES
Estudos do EIA
Monitoramento Préenchimento
Monitoramento Pósenchimento
X
cascavel
LC
X
jacaré-do-papo-amarelo
C1
jacaré-coroa
LC
X
cágado-de-barbicha
LC
X
REPTILIA – CROCODYLIA
Alligatoridae (2)
Caiman latirostris (Daudin, 1802)
Paleosuchus palpebrosus (Cuvier,
1807)
X
X
REPTILIA – QUELÔNIOS
Chelidae (1)
Phrynops sp.
50
5.2 Avifauna
5.2.1 Resultados do Monitoramento da Fase Pós-enchimento
Nas oito campanhas de campo do monitoramento da fase pós-enchimento da UHE São
Domingos foram obtidos 3.375 registros de 202 espécies de aves, pertencentes a 25 ordens
e 52 famílias. As famílias com maior riqueza de espécies foram Tyrannidae (28 espécies) e
Thraupidae (20 espécies), e as mais abundantes (número de indivíduos) Thraupidae,
Tyrannidae e Psittacidae (Quadro 09).
51
Quadro 09 – Composição, distribuição e abundância das espécies de aves registradas durante as oito campanhas de monitoramento (fase pósenchimento) nas áreas com influência da UHE São Domingos, instalada no Rio Verde, municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo, MS. Legenda:
*Espécies ameaçadas de extinção, nível nacional e/ou global. Endemismo: CE (endêmicas do Cerrado), MA (endêmicas da Mata Atlântica). CT (Categorias
Tróficas): I (insetívoro), O (onívoro), F (frugívoro), G (granívoro), NT (nectarívoro), C (carnívoro), P (piscívoro), N (necrófago), M (malacófago). SP
(Sensibilidade às perturbações ambientais): B (baixa), M (média), A (alta). DAF (Dependência de ambientes florestados): 1 (independente), 2
(semidependente), 3 (dependente).
Taxon
(ORDEM, Família, Espécie)
Nome Popular
Classificação
Pontos de Amostragem
CT
SP
DAF
A1
ema
O
B
1
Crypturellus undulatus
jaó
O
B
3
3
Crypturellus parvirostris
inhambu-chororó
O
B
1
2
perdiz
O
B
1
codorna-amarela
O
B
1
pato-do-mato
O
M
1
ananaí
O
B
1
irerê
O
B
1
A2
Campanhas
P3
A4
1
2
3
2
1
2
4
1
6
1
2
3
3
4
5
6
7
8
2
3
1
1
1
3
RHEIFORMES
Rheidae
Rhea americana*
TINAMIFORMES
Tinamidae
Rhynchotus rufescens
Nothura maculosa
1
1
1
1
1
2
2
1
1
4
4
1
2
2
2
1
1
1
1
ANSERIFORMES
Anatidae
Cairina moschata
Amazonetta brasiliensis
Dendrocygna viduata
3
2
2
2
1
2
14
8
2
3
GALLIFORMES
52
Taxon
(ORDEM, Família, Espécie)
Nome Popular
Classificação
Pontos de Amostragem
CT
SP
DAF
A1
jacupemba
F
M
3
3
mutum-de-penacho
F
A
3
10
tuiuiú
P
M
1
biguá
P
B
1
biguatinga
P
M
1
socó-boi
P
M
1
socozinho
P
B
garça-vaqueira
I
Ardea cocoi
garça-moura
Ardea alba
A2
P3
A4
Campanhas
1
2
3
4
5
6
7
8
2
1
Cracidae
Penelope superciliares
Crax fasciolata
1
5
2
1
3
1
4
5
3
CICONIIFORMES
Ciconiidae
Jabiru mycteria
2
SULIFORMES
Phalacrocoracidae
Phalacrocorax brasilianus
1
1
4
2
1
1
Anhingidae
Anhinga anhinga
1
1
1
1
2
3
1
1
1
2
B
1
3
145
P
B
1
garça-branca-grande
P
B
1
2
garça-branca-pequena
P
B
1
1
maria-faceira
I
M
1
1
1
PELECANIFORMES
Ardeidae
Tigrisoma lineatum
Butorides striata
Bubulcus ibis
Egretta thula
Syrigma sibilatrix
8
2
2
70
4
2
1
1
12
12
2
3
1
1
4
1
1
4
4
8
145
4
1
1
1
1
1
2
6
4
Threskiornithidae
53
Taxon
(ORDEM, Família, Espécie)
Nome Popular
Mesembrinibis cayennensis
Theristicus caudatus
Classificação
Pontos de Amostragem
A1
Campanhas
CT
SP
DAF
A2
P3
A4
1
2
3
4
5
6
7
8
coró-coró
I
M
2
11
6
2
4
2
2
6
2
3
2
2
curicaca
I
B
1
4
23
7
12
2
10
6
9
2
7
9
7
Catharters aura
urubu-de-cabeça-vermelha
N
B
1
1
5
6
1
3
2
3
5
2
3
3
Cathartes burrovianus
urubu-de-cabeça-amarela
N
M
1
3
4
1
1
2
urubu-de-cabeça-preta
N
B
1
1
1
urubu-rei
N
M
2
águia-pescadora
P
M
1
gavião-de-cabeça-cinza
C
M
3
Elanus leucurus
gavião-peneira
C
B
1
Accipiter striatus
gavião-miudo
C
M
2
2
sovi
I
M
2
1
Geranospiza caerulescens
gavião-pernilongo
C
M
2
Heterospizias meridionalis
gavião-caboclo
C
B
1
Urubitinga coronata*
águia-cinzenta
C
A
1
gavião-carijó
C
B
1
6
3
5
6
2
3
2
gavião-de-rabo-branco
C
M
1
1
7
2
6
1
4
1
CATHARTIFORMES
Cathartidae
Coragyps atratus
Sarcoramphus papa
2
2
2
1
1
1
3
1
ACCIPITRIFORMES
Pandionidae
Pandion haliaetus
1
1
Accipitridae
Leptodon cayanensis
Ictinia plumbea
Rupornis magnirostris
Geranoaetus albicaudatus
2
2
1
1
2
1
1
3
1
1
1
1
2
1
2
2
1
1
1
2
3
3
2
3
3
2
3
1
1
2
54
Taxon
(ORDEM, Família, Espécie)
Nome Popular
Classificação
Pontos de Amostragem
A1
A2
P3
2
9
A4
Campanhas
CT
SP
DAF
1
2
saracura-três-potes
I
A
2
2
2
1
Porzana albicollis
sanã-carijó
I
M
1
8
5
4
Laterallus melanophaius
sanã-parda
I
B
2
2
2
saracura-sanã
I
M
2
1
1
quero-quero
I
B
1
8
pernilongo-de-costasbranca
I
M
1
rolinha-caldo-de-feijão
G
B
1
7
3
16
7
5
7
Columbina squammata
fogo-apagou
G
B
1
30
27
29
10
10
19
Claravis pretiosa
pararu-azul
G
M
2
3
Patagioenas picazuro
asa-branca
G
M
2
19
7
10
16
9
pomba-galega
G
M
3
3
3
2
1
2
Zenaida auriculata
pomba-de-bando
G
B
1
2
1
1
Leptotila verreauxi
juriti-pupu
G
B
2
4
1
1
3
4
5
6
7
8
GRUIFORMES
Rallidae
Aramides cajaneus
Pardirallus nigricans
3
1
1
4
2
2
2
6
2
5
5
4
CHARADRIIFORMES
Charadriidae
Vanellus chilensis
16
5
6
7
4
Recurvirostridae
Himantopus melanurus
2
1
COLUMBIFORMES
Columbidae
Columbina talpacoti
Patagioenas cayennensis
5
11
4
7
10
12
10
11
17
6
10
6
5
3
2
5
1
5
1
8
4
4
1
3
3
2
3
2
4
1
1
1
55
Taxon
(ORDEM, Família, Espécie)
Nome Popular
Leptotila rufaxilla
Classificação
CT
SP
DAF
juriti-gemedeira
G
B
3
alma-de-gato
I
B
2
papa-lagarta-acanelado
I
B
anu-preto
I
anu-branco
Pontos de Amostragem
A1
A4
Campanhas
A2
P3
1
1
2
3
1
4
2
1
1
B
1
24
36
62
I
B
1
6
6
34
saci
I
B
1
caburé
C
B
2
coruja-buraqueira
C
M
1
mãe-da-lua
I
B
2
1
1
Chordeiles nacunda
corucão
I
B
1
1
1
Hydropsalis albicollis
bacurau
I
B
2
4
4
Hydropsalis torquata
bacurau-tesoura
I
M
2
1
2
3
4
5
6
7
8
3
CUCULIFORMES
Cuculidae
Piaya cayana
Coccyzus melacoryphus
Crotophaga ani
Guira guira
Tapera naevia
1
1
2
2
2
2
29
21
31
18
20
13
18
21
14
6
12
6
8
6
11
14
5
1
1
STRIGIFORMES
Strigidae
Glaucidium brasilianum
Athene cunicularia
1
1
2
2
8
3
2
2
4
2
2
2
3
2
2
CAPRIMULGIFORMES
Nyctibiidae
Nyctibius griseus
Caprimulgidae
1
2
1
APODIFORMES
Apodidae
56
Taxon
(ORDEM, Família, Espécie)
Nome Popular
Classificação
Pontos de Amostragem
CT
SP
DAF
A1
A2
P3
andorinhão-do-buriti
I
B
1
4
1
6
andorinhão-do-temporal
I
B
2
2
2
beija-flor-de-orelha-violeta
NT
B
2
1
rabo-branco-acanelado
NT
B
2
3
2
Eupetomena macroura
beija-flor-tesoura
NT
B
1
4
2
4
Antracothorax nigricollis
beija-flor-de-veste-preta
NT
B
2
3
1
1
Chrysolampis mosquitus
beija-flor-vermelho
NT
B
1
2
besourinho-de-bicovermelho
NT
B
2
2
beija-flor-tesoura-verde
NT
M
2
beija-flor-dourado
NT
B
2
beija-flor-de-gargante-verde
NT
B
2
surucuá-variado
O
M
3
1
surucuá-de-barrigavermelha
O
M
3
1
martim-pescador-grande
P
B
1
Tachornis squamata
Chaetura meridionalis
A4
Campanhas
1
2
3
4
4
5
1
6
7
8
6
4
Trochilidae
Colibri serrirostris
Phaethornis pretrei
Chlorostilbon lucidus
Thalurania furcata
Hylocharis chrysura
Amazilia fimbriata
13
1
2
1
1
1
2
3
1
1
3
2
1
1
1
1
1
1
2
3
2
4
2
1
3
7
6
1
3
1
7
1
3
1
7
1
7
5
4
1
5
2
1
TROGONIFORMES
Trogonidae
Trogon surrucura MA
Trogon curucui
1
1
CORACIIFORMES
Alcedinidae
Megaceryle torquata
1
2
2
2
1
1
1
1
57
Taxon
(ORDEM, Família, Espécie)
Nome Popular
Classificação
Pontos de Amostragem
CT
SP
DAF
A1
1
Chloroceryle americana
martim-pescador-pequeno
P
B
2
Chloroceryle amazona
martim-pescador-verde
P
B
2
udu-de-coroa-azul
I
M
3
ariramba-de-cauda-ruiva
I
B
rapazinho-do-chaco
I
Nystalus chacuru
joão-bobo
Monasa nigrifrons
A2
P3
A4
1
4
1
4
2
8
2
6
2
4
M
2
2
2
I
M
1
3
6
chora-chuva-preto
I
M
3
4
tucano-toco
O
M
2
18
araçari-castanho
O
A
3
pica-pau-anão-escamado
I
B
2
Melanerpes candidus
bilro
I
B
2
Veniliornis passerinus
picapauzinho-anão
I
B
2
pica-pau-verde-barrado
I
B
2
pica-pau-do-campo
I
B
1
Campanhas
1
2
1
1
3
4
1
1
5
1
6
7
8
1
2
3
Momotidae
Momotus momota
2
3
1
2
2
3
3
3
GALBULIFORMES
Galbulidae
Galbula ruficauda
1
5
2
Bucconidae
Nystalus striatipectus
2
6
3
1
7
2
1
5
2
2
4
PICIFORMES
Ramphastidae
Ramphastos toco
Pteroglossus castanotis
17
15
15
8
3
5
12
14
5
6
2
2
2
3
3
2
1
1
1
15
4
11
6
7
2
4
4
2
3
2
3
4
1
2
1
4
4
3
2
7
5
1
1
2
1
2
2
1
2
8
9
4
7
6
2
2
2
2
4
9
5
9
1
Picidae
Picumnus albosquamatus
Colaptes melanochloros
Colaptes campestris
2
8
2
3
2
4
58
Taxon
(ORDEM, Família, Espécie)
Nome Popular
Classificação
CT
SP
DAF
Pontos de Amostragem
A1
Celeus flavescens
pica-pau-de-cabeçaamarela
I
M
3
Dryocopus lineatus
pica-pau-de-banda-branca
I
B
2
3
pica-pau-de-topetevermelho
I
M
3
7
seriema
C
M
1
17
carcará
C
B
1
carrapateiro
I
B
acauã
C
Falco sparverius
quiriquiri
Falco femoralis
A2
P3
A4
Campanhas
1
2
3
4
5
7
1
6
8
1
1
1
1
4
5
5
8
14
10
4
8
4
9
6
3
9
7
1
7
5
5
1
5
8
5
2
5
5
3
1
1
B
2
2
1
1
2
I
B
1
1
1
2
1
2
falcão-de-coleira
C
B
1
1
1
1
arara-canindé
F
M
2
6
5
8
Orhopsittaca manilatus
maracanã-do-buriti
F
M
2
4
Diopsittaca nobilis
maracanã-pequena
F
M
2
15
Psittacara leucophthalmus
periquitão-maracanã
F
B
2
5
Campephilus melanoleucus
6
1
2
4
2
3
5
1
4
1
6
5
6
6
4
1
4
1
1
1
8
6
CARIAMIFORMES
Cariamidae
Cariama cristata
9
FALCONIFORMES
Falconidae
Caracara plancus
Milvago chimachima
Herpetotheres cachinnans
2
1
2
2
1
PSITTACIFORMES
Psittacidae
Ara ararauna
11
18
23
8
16
5
8
4
2
8
13
13
59
Taxon
(ORDEM, Família, Espécie)
Nome Popular
Eupsittula aurea
Brotogeris chiriri
Classificação
Pontos de Amostragem
Campanhas
CT
SP
DAF
A1
A2
P3
A4
1
2
3
4
5
6
7
8
jandaia-estrela
F
M
1
24
38
22
11
12
7
25
8
6
10
16
11
periquito-de-encontroamarelo
F
M
2
10
17
2
4
10
4
2
6
3
papagaio-galego
F
M
1
9
59
4
6
20
7
10
34
2
3
2
papagaio-verdadeiro
F
M
3
25
22
14
19
8
12
12
8
18
8
14
Thamnophilus doliatus
choca-barrada
I
B
2
6
9
7
4
8
5
2
4
4
2
Thamnophlius pelzeni
choca-do-planalto
I
B
3
40
17
2
18
6
11
10
3
22
10
choró-boi
I
B
2
papa-formiga-vermelho
I
B
1
2
choquinha-lisa
I
M
3
1
chorozinho-de-bicocomprido
I
M
3
10
13
21
arapaçu-verde
I
M
3
6
6
3
arapaçu-do-cerrado
I
M
1
11
5
5
arapaçu-grande
I
M
3
2
1
joão-de-barro
I
B
1
2
4
joão-de-pau
I
M
2
Alipiopitta xanthops* CE
Amazona aestiva
PASSERIFORMES
Thamnophilidae
Taraba major
Formicivora rufa
Dysithamnus mentalis
Herpsilochmus longirostris
CE
1
2
4
2
4
1
6
9
1
5
3
2
6
1
4
8
8
2
1
3
4
11
7
2
1
3
1
4
5
6
6
Dendrocolaptidae
Sittasomus griseicapillus
Lepidocolaptes
angustirostris
Dendrocolaptes platyrostris
3
3
1
4
1
1
2
Furnariidae
Furnarius rufus
Phacellodomus rufifrons
2
2
2
4
2
60
Taxon
(ORDEM, Família, Espécie)
Nome Popular
Classificação
CT
SP
DAF
ui-pí
I
B
1
petrim
I
B
3
Antilophia galeata CE
soldadinho
O
M
3
Neopelma pallescens
fruxu-do-cerradão
O
M
3
anambé-branco-de-rabopreto
O
M
caneleiro-preto
O
caneleiro-de-chapéu-preto
Synnalaxis albescens
Synnalaxis frontalis
Pontos de Amostragem
A1
A2
P3
2
2
A4
Campanhas
1
2
3
4
1
1
3
1
1
2
4
3
1
1
1
17
3
5
1
1
3
2
3
B
2
5
5
O
M
3
1
cabeçudo
I
M
3
bico-chato-de-orelha-preta
I
M
3
ferreirinho-relógio
I
B
2
sebinho-olho-de-ouro
I
M
2
14
12
7
8
4
12
risadinha
I
B
1
7
8
10
7
2
5
guaracava-de-barrigaamarela
I
B
2
6
2
5
6
7
1
8
1
3
Pipridae
2
3
2
2
1
4
1
4
2
1
Tityridae
Tityra cayana
Pachyramphus
polychopterus
Pachyramphus validus
2
2
3
1
4
4
1
Rhynchocyclidae
Leptopogon
amaurocephalus
Tolmomyias sulphurescens
Todirostrum cinereum
Hemitriccus
margaritaceiventer
1
1
1
4
1
1
3
1
1
7
6
2
4
2
4
2
4
4
4
4
7
1
Tyrannidae
Camptostoma obsoletum
Elaenia flavogaster
2
2
3
1
61
Taxon
(ORDEM, Família, Espécie)
Nome Popular
Suiriri suiriri
Classificação
Pontos de Amostragem
CT
SP
DAF
suiriri-cinzento
I
M
1
Myiopagis gaimardii
maria-pechim
I
M
3
1
Myiopagis caniceps
guaracava-cinzenta
I
M
3
4
Myiopagis viridicata
guaracava-de-cristaalaranjada
I
M
3
1
1
Phaeomyias murina
bagageiro
I
B
1
5
5
Legatus leucophaius
bem-te-vi-pirata
I
B
2
1
Myiarchus swainsoni
irré
O
B
2
1
maria-cavaleira
I
B
2
7
7
2
maria-cavaleira-de-raboenferrujado
I
B
2
17
13
8
Casiornis rufus
caneleiro
I
M
3
28
16
Pitangus sulphuratus
bem-te-vi
O
B
1
15
Machetornis rixosa
suiriri-cavaleiro
I
B
1
Myiodynastes maculatus
bem-te-vi-rajado
O
B
3
4
3
Megarynchus pitangua
neinei
O
B
2
5
8
Myiozetetes cayanensis
bentevizinho-de-asaferrugínea
I
B
3
13
9
Tyrannus melancholicus
suiriri
I
B
1
suiriri-de-garganta-branca
I
B
1
tesourinha
I
B
1
1
7
peitica
I
B
2
2
1
Myiarchus ferox
Myiarchus tyrannulus
Tyrannus albogularis
Tyrannus savana
Empidonomus varius
A1
A2
P3
A4
Campanhas
1
2
3
4
4
5
6
2
8
2
1
1
1
1
2
1
4
3
2
1
1
3
1
6
3
1
3
3
3
2
3
3
2
23
5
11
8
6
5
10
8
8
5
26
6
10
9
10
11
9
7
13
16
20
7
7
7
8
8
8
7
6
7
1
2
1
2
2
2
4
9
3
3
2
3
3
6
3
4
2
2
4
4
2
2
5
3
3
6
1
1
3
7
1
6
3
2
5
2
6
13
1
1
1
1
62
Taxon
(ORDEM, Família, Espécie)
Nome Popular
Classificação
Pontos de Amostragem
CT
SP
DAF
A1
A2
P3
A4
1
1
1
4
Campanhas
1
2
3
4
2
3
1
1
4
1
1
3
20
2
7
5
6
4
4
4
6
4
4
1
4
6
1
3
2
3
5
Myiophobus fasciatus
filipe
I
B
1
Pyrocephalus rubinus
verão
I
B
1
tesoura-do-brejo
I
B
1
5
13
guaracavuçu
I
B
3
15
6
maria-preta-de-penacho
I
B
1
3
primavera
I
B
1
2
1
maria-branca
I
M
1
1
2
1
9
1
2
Cyclarhis gujanensis
pitiguari
I
B
2
8
10
5
5
3
2
Vireo chivi
juruviara
I
B
3
1
3
gralha-do-campo
O
M
1
13
10
andorinha-do-campo
I
B
1
2
andorinha-pequena-decasa
I
B
1
Stelgidopteryx ruficollis
andorinha-serradora
I
B
1
Tachycineta leucorrhoa
andorinha-de-sobre-branco
I
B
1
3
corruíra
I
B
1
1
Gubernetes yetapa
Cnemotriccus fuscatus
Knipolegus lophotes
Xolmis cinereus
Xolmis velatus
5
6
7
8
5
1
2
1
1
2
2
1
7
6
1
2
2
2
2
2
3
5
Vireonidae
2
2
Corvidae
Cyanocorax cristatellus CE
7
21
20
2
12
4
8
10
4
2
20
4
13
2
5
2
Hirundinidae
Progne tapera
Pygochelidon cyanoleuca
1
13
3
23
1
2
8
5
2
1
5
10
18
1
2
Troglodytidae
Troglodytes musculus
1
Polioptilidae
63
Taxon
(ORDEM, Família, Espécie)
Nome Popular
Classificação
Pontos de Amostragem
CT
SP
DAF
A1
balança-rabo-de-máscara
I
B
2
20
Turdus rufiventris
sabiá-laranjeira
O
B
1
Turdus leucomelas
sabiá-barranco
O
B
2
sabiá-do-campo
I
B
caminheiro-zumbidor
I
tico-tico-do-campo
Polioptila dumicola
A2
P3
Campanhas
A4
1
2
3
4
5
6
7
8
8
4
2
4
1
2
3
6
6
1
1
Turdidae
4
7
1
2
2
2
2
2
16
13
11
9
2
4
5
10
7
4
7
10
1
3
13
17
13
3
10
4
6
6
5
12
6
B
1
1
G
M
1
1
6
1
9
5
4
4
4
tico-tico-de-bico-amarelo
G
M
3
pia-cobra
I
B
1
1
1
2
2
pula-pula-barriga-branca
I
B
3
10
2
4
6
2
2
2
canário-do-mato
I
M
3
42
8
4
6
5
4
10
pula-pula-de-sobrancelha
I
M
3
2
8
Icterus pyrrhopterus
encontro
O
M
2
4
4
5
2
2
Gnorimopsar chopi
pássaro-preto
O
B
1
9
16
19
6
chopim-do-brejo
O
M
1
15
23
2
chopim
O
B
1
Mimidae
Mimus saturninus
Motacillidae
Anthus lutescens
1
Passerellidae
Ammodramus humeralis
Arremon flavirostris
9
18
10
6
2
2
Parulidae
Geothlypis aequinoctialis
Basileuterus culicivorus
Myiothlypis flaveolus
Myiothlypis leucophrys CE
5
1
12
1
1
2
6
5
6
6
14
4
2
2
1
2
4
2
6
6
4
11
9
6
12
7
6
6
2
6
7
8
2
Icteridae
Pseudoleistes guirahuro
Molothrus bonariensis
4
2
64
Taxon
(ORDEM, Família, Espécie)
Nome Popular
Classificação
CT
SP
DAF
Pontos de Amostragem
A1
A2
P3
A4
Campanhas
1
Molothrus rufoaxillaris
vira-bosta-picumã
O
B
1
4
Sturnella superciliaris
polícia-inglesa-do-sul
O
B
1
4
trinca-ferro
F
B
2
9
bico-de-pimenta
G
M
1
2
10
saíra-de-chapéu-preto
F
B
3
6
2
Cypsnagra hirundinacea
bandoleta
F
A
1
Lanio cucullatus
tico-tico-rei
G
B
2
25
Lanio penicillatus
pipira-da-taoca
F
M
3
1
Tangara sayaca
sanhaçu-cinzento
F
B
2
8
9
11
4
4
sanhaçu-do-coqueiro
F
B
2
1
4
4
1
2
saíra-amarela
F
M
1
8
15
2
4
6
cigarra-do-campo
F
M
1
saí-azul
F
B
2
Cyanerpes cyaneus
saíra-beija-flor
F
B
3
Hemithraupis guira
saíra-de-papo-preto
F
B
3
21
6
canário-da-terra-verdadeiro
G
M
1
4
9
canário-do-campo
G
B
1
tiziu
G
B
1
patativa
G
M
coleirinha
G
M
2
3
4
5
6
7
3
1
8
1
2
3
Thraupidae
Saltator similis
Saltatricula atricollis CE
Nemosia pileata
Tangara palmarum
Tangara cayana
Neothraupis fasciata*
Dacnis cayana
Sicalis flaveola
Emberizoides herbicola
Volatinia jacarina
Sporophila plumbea
Sporophila caerulescens
1
14
14
1
1
3
2
8
8
6
6
4
2
2
2
8
10
3
5
2
2
21
1
11
23
4
7
7
6
5
2
4
2
4
1
6
5
4
6
2
4
2
7
2
13
6
1
6
2
4
4
1
2
2
4
1
4
6
3
1
2
2
1
4
7
6
2
4
2
4
4
2
28
3
4
4
12
7
8
4
3
2
7
1
6
1
3
1
2
1
4
2
22
33
26
8
29
2
1
2
6
1
2
1
1
2
4
29
2
4
9
3
5
1
1
2
65
Taxon
(ORDEM, Família, Espécie)
Nome Popular
Classificação
CT
SP
DAF
Pontos de Amostragem
A1
A2
Sporophila leucoptera
chorão
G
B
1
1
Sporophila angolensis
curió
G
B
1
4
vivi
F
B
2
P3
A4
Campanhas
1
2
3
4
5
6
7
8
2
2
3
4
4
1
2
1
Fringillidae
Euphonia chlorotica
9
8
1
2
6
Abundância
842
1106
939
566
440
481
476
553
492
411
516
406
Riqueza
124
141
135
93
124
102
95
130
112
101
97
121
Diversidade H'
1.871 1.861 1.897 1.784 1.95 1.83 1.71 1.99 1.86 1.89 1.57 1.95
Equabilidade J'
0.894 0.866 0.891 0.906 0.93 0.91 0.87 0.94 0.91 0.94 0.79 0.94
66
A seguir são apresentadas as classificações das espécies registradas quanto à categoria
trófica, dependência florestal e sensibilidade às alterações ambientais.
CATEGORIAS TRÓFICAS
Neste estudo foram obtidos registros de 92 espécies de aves insetívoras, 30 onívoras, 22
frugívoras, 19 granívoras, 14 carnívoras, 12 piscívoras, 9 nectarívoras e quatro necrófagas
(Quadro 09; Figura 07).
O grupo das aves insetívoras normalmente é o mais rico e abundante dentre os diferentes
grupos tróficos de aves do Cerrado, assim como de ambientes florestais fragmentados e
degradados (Motta Júnior, 1990; Marini, 2001). Mesmo em grandes maciços florestais, as
aves insetívoras são as mais abundantes e o grupo mais rico em espécies, como na
Floresta Amazônica (Terborgh et al., 1990) e na Mata Atlântica (Willis, 1979). Na área deste
estudo a alta abundância e riqueza de aves insetívoras ocorrem tanto em função da
presença de espécies de áreas abertas, quanto pela presença de aves insetívoras que
vivem no sub-bosque de ambientes florestais, sendo estas muito sensíveis às perturbações
ambientais, tornando-se menos abundantes e diversas em pequenos fragmentos florestais e
áreas degradadas (Stouffer e Bierregaard, 1995; Canaday, 1997) (Foto 32).
Figura 07 – Riqueza de espécies de aves em cada categoria trófica, UHE São Domingos, instalada
no Rio Verde, municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo, MS.
67
As aves onívoras utilizam diferentes itens alimentares, desde frutos, invertebrados e até
mesmo pequenos vertebrados (Sick, 1997). Desta forma, podem utilizar diferentes tipos de
ambientes para forragear, inclusive aqueles antrópicos e perturbados, onde muitas outras
espécies de aves tornam-se pouco abundantes (Motta-Júnior, 1990; Johns, 1991; Borges e
Stouffer, 1999).
As aves frugívoras normalmente são mais susceptíveis à degradação ambiental,
principalmente por serem mais dependentes de ambientes bem arborizados, onde a riqueza
e abundância de árvores frutíferas são maiores (Bersier e Meyer, 1994; Sick, 1997). As aves
frugívoras destacam-se como importantes agentes no processo de dispersão de sementes
de diversas espécies de plantas, auxiliando na regeneração dos ambientes naturais. Vale
ressaltar, no entanto, que as aves da família Psittacidae são frugívoras predadoras de
sementes, atuando no controle populacional de muitas espécies de plantas (Sick, 1997)
(Foto 33).
As aves granívoras estão representadas principalmente pelas famílias Columbidae,
Thraupidae e Passerellidae. Estas aves alimentam-se principalmente de sementes e grãos,
com algumas espécies podendo tornar-se pragas em campos agrícolas e pastagens (Sick,
1997; Marini, 2001). As aves de hábitos carnívoros (gaviões, falcões e corujas) são
naturalmente raras em comparação com outros grupos de aves, já que predadores tendem
a ocupar grandes territórios e serem menos abundantes que suas presas, enquanto
necrófagos são normalmente abundantes, mas representados por poucas espécies (Sick,
1997). As aves piscívoras, malacófagas e nectarívoras (Foto 34) são normalmente
representadas por poucas espécies, dado o alto grau de especialização em suas dietas,
aliado a natureza concentrada da distribuição dos recursos alimentares utilizados por elas.
68
Foto 32 – Pica-pau-verde-barrado (Colaptes
melanochloros),
espécie
insetívora.
Foto:
Mauricio Neves Godoi. Campanha 8 (outubro de
2014).
Foto 33 – Jandaia-estrela (Eupsittula aurea),
espécie frugívora. Foto: Mauricio Neves Godoi.
Campanha 8 (outubro 2014).
Foto 34 – Beija-flor-de-orelha-violeta (Colibri serrirostris), espécie nectarívora. Foto: Mauricio Neves
Godoi. Campanha 8 (outubro 2014).
SENSIBILIDADE ÀS PERTURBAÇÕES AMBIENTAIS
Neste estudo foram obtidos registros de 123 espécies de baixa sensibilidade, 74 espécies
de média sensibilidade e cinco espécies de alta sensibilidade às perturbações ambientais
(Quadro 09; Figura 08; Fotos 35 e 36). Desta forma, a maioria das espécies de aves
registradas durante o monitoramento pós-enchimento é comum em ambientes alterados,
apresentando baixa sensibilidade às perturbações ambientais. Entre estas, ocorrem muitas
espécies que podem ser consideradas comuns e generalistas, habitando especialmente
áreas abertas, bordas de matas e áreas perturbadas. Destaca-se a ocorrência de um grande
número de espécies na região que apresentam média sensibilidade às perturbações
69
ambientais, muitas das quais associadas a formações florestais estando sujeitas aos efeitos
da perda de habitat e fragmentação florestal. Também ocorrem na região muitas espécies
associadas a campos úmidos e brejos, ambientes ameaçados pela construção de
hidrelétricas por serem frequentemente alagados com a formação de reservatórios. Por fim,
ocorrem na área quatro espécies com alta sensibilidade às perturbações ambientais, o
mutum-de-penacho (Crax fasciolata), águia-cinzenta (U. coronata), araçari-castanho
(Pteroglossus castanotis) e bandoleta (Cypsnagra hirundinacea).
Figura 08 – Riqueza de espécies de aves de baixa, média e alta sensibilidade às perturbações
ambientais, UHE São Domingos, instalada no Rio Verde, municípios de Água Clara e Ribas do Rio
Pardo, MS.
70
Foto 35 – Tesoura-do-brejo (Gubernetes
yetapa), espécie com baixa sensibilidade às
perturbações ambientais: Foto: Mauricio Neves
Godoi. Campanha 8 (outubro 2014).
Foto 36 – Maria-cavaleira-de-rabo-enferrujado
(Myiarchus tyrannulus), espécie com baixa
sensibilidade às perturbações ambientais. Foto:
Mauricio Neves Godoi. Campanha 8 (outubro
2014).
DEPENDÊNCIA DE AMBIENTES FLORESTADOS
Neste estudo foram obtidos registros de 96 espécies independentes de ambientes
florestados, 64 espécies semidependentes e 42 espécies dependentes destes ambientes
(Silva, 1995a) (Quadro 09; Figura 09; Fotos 37 e 38). Segundo Silva (1995a; 1997) a maioria
das espécies de aves encontrada no Cerrado ocorre em ambientes florestais, sendo ao
menos semidependentes de florestas.
Entre as espécies de aves independentes de florestas, ocorrem na área principalmente
aquelas comumente observadas em pastagens e áreas agrícolas, e diversas espécies
associadas a ambientes úmidos, como brejos. Entre as aves semidependentes de florestas
encontram-se muitas espécies que utilizam tanto áreas abertas quanto as bordas de
florestas e cerrados fechados. As espécies dependentes de ambientes florestados
normalmente são mais sensíveis às perturbações ambientais, pois não ocorrem com
frequência fora de florestas e dificilmente atravessam longas distâncias em áreas abertas
para se deslocar entre fragmentos florestais. Em função dessa dependência de habitat por
parte de algumas espécies de aves, se faz necessária a conservação e reconexão das
manchas remanescentes de matas estacionais, de Cerradão, Cerrado stricto sensu e
veredas de buriti da região. Essa medida seria importante não só para as espécies de aves
71
mas também para mamíferos, répteis e anfíbios que possuem baixa capacidade de
dispersão em matrizes inóspitas.
Figura 09 - Riqueza de espécies de aves independentes, semidependentes e dependentes de
ambientes florestados, UHE São Domingos, instalada no Rio Verde, municípios de Água Clara e
Ribas do Rio Pardo, MS.
Foto 37 – Anu-preto (Crotophaga ani), espécie
independente de ambientes florestados. Foto:
Mauricio Neves Godoi. Campanha 8 (outubro
2014).
Foto 38 – Choca-do-planalto (Thamnophilus
pelzeni), espécie dependente de ambientes
florestados. Foto: Mauricio Neves Godoi.
Campanha 8 (outubro 2014).
A curva do coletor tendeu à estabilização (Figura 10) e a riqueza observada (202 espécies)
correspondeu a 83,8% da riqueza estimada (Jack 1 = 241 espécies). Estes resultados
indicam que o esforço amostral empregado foi suficiente para registrar a maior parte da
72
comunidade de aves das áreas com influência da UHE. Porém, sempre podem ser
encontradas novas espécies na medida em que mais esforço amostral é empregado. Nesta
última etapa de campo, por exemplo, foram registradas sete novas espécies para a área de
estudo.
Riqueza observada
300
Riqueza estimada
Riqueza de espécies
250
200
150
100
50
0
1
6
11
16
21
26
31
36
Número de amostras (áreas amostrais x amostragens por área)
Figura 10 – Riqueza observada e estimada da avifauna na fase pós-enchimento nas áreas com
influência da UHE São Domingos, instalada no Rio Verde, municípios de Água Clara e Ribas do Rio
Pardo, MS.
Abaixo são apresentados os dados de abundância e riqueza observada de espécies em
cada área amostral (Tabela 04; Figura 11). Em todas as áreas foram encontrados maiores
valores de riqueza, abundância e diversidade de espécies na estação chuvosa, porém a
equabilidade variou pouco entre as estações (Tabela 04).
As áreas A2 e P3 apresentaram maior abundância e riqueza de espécies, com A1
apresentando valores intermediários e A4 baixos valores de riqueza e abundância. As áreas
A2 e P3 apresentam grande diversidade de habitats, com áreas de Cerrado stricto sensu,
matas aluviais e brejos, permitindo a ocorrência de muitas espécies típicas de florestas e
áreas abertas, tanto secas quanto úmidas. A diversidade de habitats, bem como a grande
extensão de áreas de vegetação nativa preservadas, também explicam a grande
diversidade de aves na área A1. Finalmente, a área A4 apresentou baixa diversidade de
73
aves por se tratar de um fragmento pequeno e com baixa diversidade de habitats, sendo
composto por Cerradão e Cerrado stricto sensu mais fechado.
Tabela 04 – Parâmetros calculados a partir dos resultados obtidos durante as oito campanhas de
monitoramento da avifauna (fase pós-enchimento) nas áreas com influência da UHE São Domingos,
instalada no Rio Verde, municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo, Mato Grosso do Sul.
Áreas
Estação
amostrais
A1
A2
P3
A4
Abundância
Riqueza
Diversidade
(H')
Equabilidade
(J')
CHUVA
447
103
1.86
0.92
SECA
395
81
1.74
0.91
TOTAL
842
124
1.87
0.89
CHUVA
516
122
1.90
0.91
SECA
590
94
1.60
0.81
TOTAL
1106
141
1.86
0.86
CHUVA
484
110
1.85
0.90
SECA
455
101
1.81
0.90
TOTAL
939
135
1.89
0.89
CHUVA
295
79
1.76
0.92
SECA
271
64
1.64
0.91
TOTAL
566
93
1.78
0.90
Figura 11 - Abundância e riqueza observada de espécies nas áreas amostrais utilizadas para o
monitoramento da avifauna na fase pós-enchimento nas áreas com influência da UHE São
Domingos, instalada no Rio Verde, municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo, MS.
74
Em relação à similaridade, o Índice de Bray-Curtis demonstrou a formação de dois grupos:
as áreas A1 e A2 (grupo 1), bem como áreas P3 e A4 (grupo 2) apresentaram maior índices
de similaridade entre si (mais de 50%) (Figura 12). As áreas A1 e A2 formam um grande
bloco na paisagem, com grandes áreas de mata, cerradões, Cerrado stricto sensu, brejos e
veredas. Por ser uma única unidade de habitat natural, estas áreas amostrais podem ter
grande similaridade em suas comunidades de aves. As áreas P3 e A4 também
apresentaram alta similaridade, possivelmente por apresentarem muitas espécies
generalistas em comum, especialmente àquelas que ocupam bordas de mata e Cerrado.
Figura 12 – Similaridade das comunidades de aves entre as áreas amostrais utilizadas para o
monitoramento da avifauna na fase pós-enchimento nas áreas com influência da UHE São
Domingos, instalada no Rio Verde, municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo, Mato Grosso do
Sul.
Apresenta-se a seguir discussão sobre a ocorrência de espécies raras, endêmicas,
ameaçadas de extinção, xerimbabos, cinegéticas registradas em todo monitoramento.
ESPÉCIES AMEAÇADAS E ENDÊMICAS
Quatro espécies registradas na área são consideradas ameaçadas ou quase ameaçadas de
extinção: a ema (Rhea americana), o papagaio-galego (Alipiopsitta xanthops) e a cigarra-docampo (Neothraupis fasciata) constam na categoria “Quase ameaçada” em nível global
(Birdlife International, 2009; IUCN, 2014), enquanto a águia-cinzenta (Urubitinga coronata) é
75
considerada “Em Perigo” em nível global (Birdlife International, 2009; IUCN, 2014) e
“Vulnerável” no Brasil (Silveira e Straube, 2008) (Quadro 09; Fotos 39 e 40). Estas quatro
espécies são habitantes de ambientes savânicos, como campos e cerrados abertos, sendo
a ema e o papagaio-galego abundantes na porção sul-mato-grossense da Bacia do Alto Rio
Paraná, enquanto a cigarra-do-campo e a águia-cinzenta parecem ser regionalmente raras
(Godoi et al., 2012; Godoi et al., 2013). A perda de habitats savânicos, em especial
campestres, pode ser apontada como o principal fator de ameaça para estas espécies no
Cerrado, aliado a coleta de ovos e filhotes, nos casos da ema e papagaio-galego, e abate
por populações rurais em função da predação de animais de criação de pequeno porte, no
caso da águia-cinzenta. Na área da UHE São Domingos a formação do reservatório
acarretou perda de habitats para essas espécies, no entanto, a presença das mesmas
durante o monitoramento pós-enchimento indica que a área de influência da UHE ainda é
utilizada como habitat pelas populações.
Foram registradas seis espécies endêmicas do Cerrado (Silva, 1995b,c, 1997): papagaiogalego (Alipiopsitta xanthops) (Foto 41), chorozinho-de-bico-comprido (Herpsilochmus
longirostris), soldadinho (Antilophia galeata) (Foto 42), gralha-do-campo (Cyanocorax
cristatellus), bico-de-pimenta (Saltatricula atricollis) e pula-pula-de-sobrancelha (Myiothlypis
leucophrys). Uma espécie é considerada endêmica da Mata Atlântica (Goerck, 1997; Brooks
et al., 1999): o surucuá-variado (Trogon surrucura). A presença das espécies endêmicas do
Cerrado aponta a prevalência deste domínio fitogeográfico na região, sendo todas estas
espécies endêmicas relativamente comuns na área de estudo, assim como em outras
regiões de Cerrado no Mato Grosso do Sul (Godoi et al., 2013). A presença de uma espécie
endêmica da Mata Atlântica evidencia a influência deste domínio sob a biogeografia do
Cerrado, em especial sob as florestas estacionais e ripárias do Brasil central.
76
Foto 39 – Águia-cinzenta (Urubitinga coronata),
espécie campestre ameaçada de extinção
registrada na primeira campanha de campo.
Foto: Mauricio Neves Godoi.
Foto 40 – Cigarra-do-campo (Neothraupis
fasciata), espécie savânica quase ameaçada de
extinção registrada na quarta campanha de
campo. Foto: Mauricio Neves Godoi.
Foto 41 – Papagaio-galego (Alipiopsitta
xanthops), espécie endêmica do Cerrado e
quase ameaçada em escala global registrada em
quase todas as campanhas de campo. Foto:
Mauricio Neves Godoi.
Foto 42 – Soldadinho (Antilophia galeata), espécie
endêmica do Cerrado registrada em todas as
campanhas de campo. Foto: Mauricio Neves
Godoi.
ESPÉCIES CINEGÉTICAS E XERIMBABOS
Atenção especial deve ser dada à ocorrência de espécies cinegéticas (utilizadas como
alimento), como o jaó (Crypturellus undulatus), inhambu-chororó (Crypturellus parvirostris),
perdiz (Rhynchotus rufescens), codorna-amarela (Nothura maculosa), pato-do-mato (Cairina
moschata), jacupemba (Penelope superciliares), mutum-de-penacho (Crax fasciolata), ou
visadas como animais de estimação, podendo inclusive, serem vítimas do tráfico de animais
silvestres (xerimbabos), como a arara-canindé (Ara ararauna) (Foto 43), papagaio-galego
(A. xanthops), papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva) (Foto 44), tucano-toco (Ramphastos
77
toco), sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris), canário-da-terra-verdadeiro (Sicalis flaveola) e
curió (Sporophila angolensis) (RENCTAS, 2012). A maioria destas espécies tem sofrido uma
nítida redução populacional em praticamente toda a sua área de distribuição em função de
perda de habitat, mas também devido ao excesso de caça e coleta (Sick, 1997; IUCN,
2012).
Foto 43 – Arara-canindé (Ara ararauna), espécie
comumente capturada e vendida no tráfico de
animais silvestres e registrada em todas as
campanhas de campo na UHE São Domingos.
Foto: Mauricio Neves Godoi.
Foto 44 – Papagaio-verdadeiro (Amazona
aestiva), espécie comumente capturada e
vendida no tráfico de animais silvestres e
registrada em quase todas as campanhas de
campo da UHE São Domingos. Foto: Mauricio
Neves Godoi.
5.2.2 Comparações com os Resultados do Monitoramento da Fase Préenchimento e com os Estudos do EIA
Considerando os estudos do EIA e dos monitoramentos das fases pré e pós-enchimento
foram registradas 226 espécies de aves, pertencentes a 25 ordens e 54 famílias nas áreas
de influência da UHE São Domingos (Quadro 10).
No EIA foram registradas 103 espécies, das quais sete exclusivas a este estudo. No
monitoramento pré-enchimento foram registradas 153 espécies, com 13 amostradas
somente nesta fase, e no monitoramento pós-enchimento 202 espécies, sendo 53
registradas somente neste período (Quadro 10; Figura 13).
78
Quadro 10 - Composição e abundância das espécies de avifauna registradas durante os estudos do EIA, Monitoramento Pré-enchimento e monitoramento
pós-enchimento realizados nas áreas de influência da UHE São Domingos, instalada no Rio Verde, municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo, MS.
Legenda: *Espécies ameaçadas de extinção, nível nacional e/ou global. Endemismo: CE (endêmicas do Cerrado), MA (endêmicas da Mata Atlântica).
Táxon
(ORDEM, Família, Espécie)
Nome Popular
EIA
Monitoramento Pré-Enchimento
Monitoramento Pós-Enchimento
ema
X
X
X
Crypturellus undulatus
jaó
X
X
X
Crypturellus parvirostris
inhambu-chororó
X
X
X
X
X
RHEIFORMES
Rheidae
Rhea americana*
TINAMIFORMES
Tinamidae
Rhynchotus rufescens
Nothura maculosa
perdiz
codorna-amarela
X
X
X
pato-do-mato
X
X
X
ananaí
X
X
X
X
X
ANSERIFORMES
Anatidae
Cairina moschata
Amazonetta brasiliensis
Dendrocygna viduata
irerê
GALLIFORMES
Cracidae
Penelope superciliares
Crax fasciolata
jacupemba
X
X
X
mutum-de-penacho
X
X
X
79
Táxon
(ORDEM, Família, Espécie)
Nome Popular
EIA
Monitoramento Pré-Enchimento
Monitoramento Pós-Enchimento
CICONIIFORMES
Ciconiidae
Jabiru mycteria
tuiuiú
X
SULIFORMES
Phalacrocoracidae
Phalacrocorax brasilianus
biguá
X
X
Anhingidae
Anhinga anhinga
biguatinga
X
X
socó-boi
X
X
socozinho
X
X
garça-vaqueira
X
PELECANIFORMES
Ardeidae
Tigrisoma lineatum
Butorides striata
Bubulcus ibis
X
X
Ardea cocoi
garça-moura
X
X
Ardea alba
garça-branca-grande
X
X
Egretta thula
garça-branca-pequena
X
maria-faceira
X
X
X
Mesembrinibis cayennensis
coró-coró
X
X
X
Theristicus caudatus
curicaca
X
X
X
Syrigma sibilatrix
X
Threskiornithidae
CATHARTIFORMES
80
Táxon
(ORDEM, Família, Espécie)
Nome Popular
EIA
Monitoramento Pré-Enchimento
Monitoramento Pós-Enchimento
Catharters aura
urubu-de-cabeça-vermelha
X
X
X
Cathartes burrovianus
urubu-de-cabeça-amarela
X
X
X
X
Cathartidae
Coragyps atratus
Sarcoramphus papa
urubu-de-cabeça-preta
X
urubu-rei
X
águia-pescadora
X
gavião-de-cabeça-cinza
X
ACCIPITRIFORMES
Pandionidae
Pandion haliaetus
Accipitridae
Leptodon cayanensis
Elanoides forficatus
gavião-tesoura
X
Elanus leucurus
gavião-peneira
X
Accipiter striatus
gavião-miudo
Ictinia plumbea
gavião-caramujeiro
Geranospiza caerulescens
gavião-pernilongo
Heterospizias meridionalis
gavião-caboclo
Urubitinga coronata*
águia-cinzenta
Rupornis magnirostris
Geranoaetus albicaudatus
X
sovi
Rosthramus sociabilis
gavião-carijó
gavião-de-rabo-branco
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
GRUIFORMES
81
Táxon
(ORDEM, Família, Espécie)
Nome Popular
EIA
Monitoramento Pré-Enchimento
Monitoramento Pós-Enchimento
saracura-três-potes
X
X
X
X
X
Rallidae
Aramides cajaneus
Porzana albicollis
sanã-carijó
Laterallus melanophaius
sanã-parda
X
saracura-sanã
X
Pardirallus nigricans
CHARADRIIFORMES
Charadriidae
Vanellus chilensis
quero-quero
X
X
X
Recurvirostridae
Himantopus melanurus
pernilongo-de-costas-branca
X
Jacanidae
Jacana jacana
cafezinho
X
X
rolinha-caldo-de-feijão
X
X
X
Columbina squammata
fogo-apagou
X
X
X
Columbina picui
rolinha-picui
Claravis pretiosa
pararu-azul
Patagioenas picazuro
asa-branca
X
X
X
pomba-galega
X
X
X
X
X
COLUMBIFORMES
Columbidae
Columbina talpacoti
Patagioenas cayennensis
Zenaida auriculata
pomba-de-bando
X
X
82
Táxon
(ORDEM, Família, Espécie)
Leptotila verreauxi
Leptotila rufaxilla
Nome Popular
EIA
juriti-pupu
Monitoramento Pré-Enchimento
Monitoramento Pós-Enchimento
X
X
juriti-gemedeira
X
CUCULIFORMES
Cuculidae
Piaya cayana
Coccyzus melacoryphus
Crotophaga ani
Guira guira
Tapera naevia
alma-de-gato
X
X
papa-lagarta-acanelado
X
X
anu-preto
X
X
X
anu-branco
X
X
X
saci
X
STRIGIFORMES
Strigidae
Megascops choliba
Glaucidium brasilianum
Athene cunicularia
corujinha-do-mato
X
caburé
coruja-buraqueira
X
X
X
X
CAPRIMULGIFORMES
Nyctibiidae
Nyctibius griseus
mãe-da-lua
X
Caprimulgidae
Antrostomus rufus
joão-corta-pau
Chordeiles nacunda
corucão
Hydropsalis albicollis
bacurau
X
X
X
X
X
X
83
Táxon
(ORDEM, Família, Espécie)
Hydropsalis torquata
Nome Popular
EIA
Monitoramento Pré-Enchimento
Monitoramento Pós-Enchimento
bacurau-tesoura
X
X
taperuçu-velho
X
andorinhão-do-buriti
X
APODIFORMES
Apodidae
Cypseloides senex
Tachornis squamata
Chaetura meridionalis
X
andorinhão-do-temporal
Trochilidae
Colibri serrirostris
beija-flor-de-orelha-violeta
X
X
rabo-branco-acanelado
X
X
X
Eupetomena macroura
beija-flor-tesoura
X
X
X
Antracothorax nigricollis
beija-flor-de-veste-preta
X
Chrysolampis mosquitus
beija-flor-vermelho
X
Phaethornis pretrei
Chlorostilbon lucidus
Thalurania furcata
Hylocharis chrysura
Amazilia fimbriata
besourinho-de-bico-vermelho
X
beija-flor-tesoura-verde
X
beija-flor-dourado
beija-flor-de-gargante-verde
X
X
X
X
X
X
TROGONIFORMES
Trogonidae
Trogon surrucura MA
Trogon curucui
surucuá-variado
X
surucuá-de-barriga-vermelha
X
CORACIIFORMES
84
Táxon
(ORDEM, Família, Espécie)
Nome Popular
EIA
Monitoramento Pré-Enchimento
Monitoramento Pós-Enchimento
martim-pescador-grande
X
X
X
X
X
Alcedinidae
Megaceryle torquata
Chloroceryle americana
martim-pescador-pequeno
Chloroceryle amazona
martim-pescador-verde
X
X
X
udu-de-coroa-azul
X
X
X
ariramba-de-cauda-ruiva
X
X
X
Momotidae
Momotus momota
GALBULIFORMES
Galbulidae
Galbula ruficauda
Bucconidae
Nystalus striatipectus
rapazinho-do-chaco
Nystalus chacuru
joão-bobo
Monasa nigrifrons
chora-chuva-preto
X
X
X
X
X
PICIFORMES
Ramphastidae
Ramphastos toco
tucano-toco
X
X
X
araçari-castanho
X
X
X
pica-pau-anão-escamado
X
X
Melanerpes candidus
bilro
X
X
Veniliornis passerinus
picapauzinho-anão
X
X
Pteroglossus castanotis
Picidae
Picumnus albosquamatus
X
85
Táxon
(ORDEM, Família, Espécie)
Colaptes melanochloros
Colaptes campestris
Nome Popular
pica-pau-verde-barrado
pica-pau-do-campo
Celeus flavescens
pica-pau-de-cabeça-amarela
Dryocopus lineatus
pica-pau-de-banda-branca
Campephilus melanoleucus
EIA
X
X
pica-pau-de-topete-vermelho
Monitoramento Pré-Enchimento
Monitoramento Pós-Enchimento
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
CARIAMIFORMES
Cariamidae
Cariama cristata
seriema
X
X
X
carcará
X
X
X
carrapateiro
X
X
X
acauã
X
X
falcão-relógio
X
FALCONIFORMES
Falconidae
Caracara plancus
Milvago chimachima
Herpetotheres cachinnans
Micrastur semitorquatus
Falco sparverius
quiriquiri
Falco femoralis
falcão-de-coleira
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
PSITTACIFORMES
Psittacidae
Ara ararauna
arara-canindé
Orhopsittaca manilatus
maracanã-do-buriti
Diopsittaca nobilis
maracanã-pequena
X
X
86
Táxon
(ORDEM, Família, Espécie)
Nome Popular
EIA
periquitão-maracanã
X
Eupsittula aurea
jandaia-estrela
X
X
X
Brotogeris chiriri
periquito-de-encontro-amarelo
X
X
X
papagaio-galego
X
X
X
papagaio-verdadeiro
X
X
X
Thamnophilus doliatus
choca-barrada
X
X
X
Thamnophlius pelzeni
choca-do-planalto
X
X
Psittacara leucophthalmus
Alipiopitta xanthops* CE
Amazona aestiva
Monitoramento Pré-Enchimento
Monitoramento Pós-Enchimento
X
PASSERIFORMES
Thamnophilidae
Taraba major
Formicivora rufa
Dysithamnus mentalis
Herpsilochmus longirostris CE
choró-boi
X
papa-formiga-vermelho
X
X
choquinha-lisa
X
X
chorozinho-de-bico-comprido
X
X
arapaçu-verde
X
X
X
X
arapaçu-grande
X
X
arapaçu-beija-flor
X
Dendrocolaptidae
Sittasomus griseicapillus
Lepidocolaptes angustirostris
Dendrocolaptes platyrostris
Campylorhamphus trochilirostris
arapaçu-do-cerrado
X
Furnariidae
Furnarius rufus
Phacellodomus rufifrons
joão-de-barro
joão-de-pau
X
X
X
X
87
Táxon
(ORDEM, Família, Espécie)
Monitoramento Pré-Enchimento
Monitoramento Pós-Enchimento
ui-pí
X
X
Synnalaxis frontalis
petrim
X
X
Certhiaxis cinnamomeus
curutié
X
Antilophia galeata CE
soldadinho
X
X
Neopelma pallescens
fruxu-do-cerradão
X
X
Synnalaxis albescens
Nome Popular
EIA
Pipridae
Tityridae
Tityra cayana
Pachyramphus polychopterus
Pachyramphus validus
anambé-branco-de-rabo-preto
X
caneleiro-preto
X
X
caneleiro-de-chapéu-preto
X
cabeçudo
X
Rhynchocyclidae
Leptopogon amaurocephalus
Tolmomyias sulphurescens
Todirostrum cinereum
Hemitriccus margaritaceiventer
bico-chato-de-orelha-preta
ferreirinho-relógio
X
X
X
X
sebinho-olho-de-ouro
X
X
risadinha
X
X
X
X
Tyrannidae
Camptostoma obsoletum
Elaenia flavogaster
guaracava-de-barriga-amarela
X
Suiriri suiriri
suiriri-cinzento
X
Myiopagis gaimardii
maria-pechim
X
Myiopagis caniceps
guaracava-cinzenta
X
X
88
Táxon
(ORDEM, Família, Espécie)
Nome Popular
EIA
Monitoramento Pré-Enchimento
Monitoramento Pós-Enchimento
Myiopagis viridicata
guaracava-de-crista-alaranjada
Phaeomyias murina
bagageiro
Legatus leucophaius
bem-te-vi-pirata
X
Myiarchus swainsoni
irré
X
Myiarchus ferox
X
X
X
maria-cavaleira
X
X
maria-cavaleira-de-raboenferrujado
X
X
Casiornis rufus
caneleiro
X
X
X
Pitangus sulphuratus
bem-te-vi
X
X
X
Myiarchus tyrannulus
Philohydor lictor
bentevizinho-do-brejo
Machetornis rixosa
suiriri-cavaleiro
Myiodynastes maculatus
bem-te-vi-rajado
X
X
X
X
X
X
X
Megarynchus pitangua
neinei
X
X
X
Myiozetetes cayanensis
bentevizinho-de-asa-ferrugínea
X
X
X
Tyrannus melancholicus
suiriri
X
Tyrannus albogularis
Tyrannus savana
Empidonomus varius
Colonia colonus
suiriri-de-garganta-branca
X
X
X
tesourinha
X
peitica
X
viuvinha
Myiophobus fasciatus
filipe
Pyrocephalus rubinus
verão
X
X
X
X
89
Táxon
(ORDEM, Família, Espécie)
Nome Popular
EIA
Monitoramento Pré-Enchimento
freirinha
X
X
Gubernetes yetapa
tesoura-do-brejo
X
X
Lathrotriccus euleri
enferrujado
X
guaracavuçu
X
Arundinicola leucocephala
Cnemotriccus fuscatus
Knipolegus lophotes
Xolmis cinereus
Xolmis velatus
maria-preta-de-penacho
primavera
Monitoramento Pós-Enchimento
X
X
X
X
maria-branca
X
X
X
X
X
Vireonidae
Cyclarhis gujanensis
pitiguari
Vireo chivi
juruviara
X
X
Corvidae
Cyanocorax cristatellus CE
gralha-do-campo
X
X
X
andorinha-do-campo
X
X
X
Hirundinidae
Progne tapera
Pygochelidon cyanoleuca
andorinha-pequena-de-casa
Stelgidopteryx ruficollis
andorinha-serradora
Tachycineta albiventer
andorinha-do-rio
Tachycineta leucorrhoa
andorinha-de-sobre-branco
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Troglodytidae
Troglodytes musculus
corruíra
Cantorchilus leucotis
garrinchão-de-barriga-vermelha
X
90
Táxon
(ORDEM, Família, Espécie)
Nome Popular
EIA
Monitoramento Pré-Enchimento
Monitoramento Pós-Enchimento
Donacobiidae
Donacobius atricapilla
japacanim
X
Polioptilidae
Polioptila dumicola
balança-rabo-de-máscara
X
X
X
Turdus rufiventris
sabiá-laranjeira
X
X
X
Turdus leucomelas
sabiá-barranco
X
X
X
X
Turdidae
Turdus amaurochalinus
sabiá-poca
X
sabiá-do-campo
X
Mimidae
Mimus saturninus
Motacillidae
Anthus lutescens
caminheiro-zumbidor
X
Passerellidae
Ammodramus humeralis
Arremon flavirostris
tico-tico-do-campo
X
X
tico-tico-de-bico-amarelo
X
X
Parulidae
Setophaga pitiayumi
mariquita
Geothlypis aequinoctialis
pia-cobra
Basileuterus culicivorus
Myiothlypis flaveolus
Myiothlypis leucophrys CE
X
X
pula-pula-barriga-branca
X
X
canário-do-mato
X
X
pula-pula-de-sobrancelha
X
91
Táxon
(ORDEM, Família, Espécie)
Nome Popular
EIA
Monitoramento Pré-Enchimento
Monitoramento Pós-Enchimento
xexéu
X
Icterus pyrrhopterus
encontro
X
Gnorimopsar chopi
pássaro-preto
X
X
X
chopim-do-brejo
X
X
X
X
X
Icteridae
Cacicus cela
Pseudoleistes guirahuro
X
Molothrus bonariensis
chopim
Molothrus rufoaxillaris
vira-bosta-picumã
X
Sturnella superciliaris
polícia-inglesa-do-sul
X
Thraupidae
Coereba flaveola
cambacica
Saltator similis
trinca-ferro
X
X
bico-de-pimenta
X
X
Saltatricula atricollis CE
Nemosia pileata
Cypsnagra hirundinacea
saíra-de-chapéu-preto
X
X
X
bandoleta
X
X
X
Tachyphonus rufus
pipira-preta
Ramphocelus carbo
pipira-vermelha
X
Lanio cucullatus
tico-tico-rei
X
Lanio penicillatus
pipira-da-taoca
Tangara sayaca
sanhaçu-cinzento
X
X
X
sanhaçu-do-coqueiro
X
X
X
saíra-amarela
X
X
X
Tangara palmarum
Tangara cayana
X
X
X
X
92
Táxon
(ORDEM, Família, Espécie)
Neothraupis fasciata*
Nome Popular
cardeal
Dacnis cayana
saí-azul
Cyanerpes cyaneus
saíra-beija-flor
Hemithraupis guira
saíra-de-papo-preto
Emberizoides herbicola
Volatinia jacarina
Sporophila plumbea
Sporophila caerulescens
Monitoramento Pré-Enchimento
cigarra-do-campo
Paroaria coronata
Sicalis flaveola
EIA
canário-da-terra-verdadeiro
X
X
X
X
X
X
canário-do-campo
tiziu
Monitoramento Pós-Enchimento
X
patativa
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
coleirinha
X
Sporophila leucoptera
chorão
X
Sporophila angolensis
curió
X
Fringillidae
Euphonia chlorotica
Riqueza Total
vivi
X
103
X
153
202
93
Figura 13 - Riqueza de espécies e número de espécies exclusivas de aves registradas no Estudo de
Impacto Ambiental (EIA) e nos estudos de monitoramento pré-enchimento e pós-enchimento do
reservatório da UHE São Domingos, instalada no Rio Verde, municípios de Água Clara e Ribas do
Rio Pardo, MS.
Não houve variações significativas na riqueza de espécies de aves registradas por
campanha de campo durante todos os estudos realizados com a avifauna da UHE São
Domingos (Figura 14). Aparentemente, a riqueza de espécies apresentou apenas pequenas
flutuações temporais, sendo que estas podem ser decorrentes tanto de diferenças na
detectabilidade das aves em função dos estudos terem sido conduzidos por diferentes
pesquisadores, quanto em função de variações naturais da comunidade, decorrentes de
aspectos bióticos ou abióticos. Dentre os aspectos abióticos destaca-se o aspecto climático.
O menor valor de riqueza observado, por exemplo, ocorreu na 3ª campanha do
monitoramento pós-enchimento, quando as temperaturas pela manhã caíram abaixo dos
10°C, fazendo com que muitas espécies de aves reduzissem sua atividade, impossibilitando
a detecção.
94
Figura 14 - Riqueza de espécies de aves registradas no Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e nas
campanhas de monitoramento pré-enchimento (PRÉ) e pós enchimento (PÓS) do reservatório da
UHE São Domingos, municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo, MS.
Nos estudos realizados nas áreas de influência da UHE São Domingos antes do enchimento
do reservatório foram registradas 20 espécies que não foram registradas posteriormente nos
estudos pós-enchimento (Quadro 10). Estas espécies são: gavião-tesoura (Elanoides
forficatus), gavião-caramujeiro (Rosthramus sociabilis), cafezinho (Jacana jacana), rolinhapicui
(Columbina
(Antrostomus
picui),
rufus),
corujinha-do-mato
taperuçu-velho
(Megascops
(Cypseloides
senex),
choliba),
joão-corta-pau
falcão-relógio
(Micrastur
semitorquatus), arapaçu-beija-flor (Campylorhamphus trochilirostris), cuturié (Certhiaxis
cinnamomeus), bentevizinho-do-brejo (Philohydor lictor), viuvinha (Colonia colonus),
freirinha (Arundinicola leucocephala), enferrujado (Lathrotriccus euleri), andorinha-do-rio
(Tachycineta albiventer), garrinchão-de-barriga-vermelha (Cantorchilus leucotis), japacanim
(Donacobius atricapilla), sabiá-poca (Turdus amaurochalinus), mariquita (Setophaga
pitiayumi), xexéu (Cacicus cela), cambacica (Coereba flaveola), pipira-preta (Tachyphonus
rufus), pipira-vermelha (Ramphocelus carbo) e cardeal (Paroaria coronata).
A maioria destas espécies é comum na Bacia do Alto Rio Paraná (Godoi et al., 2013) e
podem não ter sido registradas na área após o enchimento da barragem por apresentarem
comportamento errático e/ou migratório (E. forficatus, C. colonus e T. amaurochalinus) ou
por não terem sido amostrados habitats adequados para sua ocorrência, como lagoas (J.
95
jacana e R. sociabilis) ou até mesmo viés de amostragem (presença da espécie X presença
do observador no mesmo espaço e tempo). Algumas espécies não foram registradas apesar
de a região possuir grandes manchas de matas, cerrados e cerradões, que são ambientes
propícios para sua ocorrência (C. trochilirostris, L. euleri, S. pitiayumi, C. flaveola, T. rufus e
R. carbo). Da mesma forma, algumas espécies comuns de brejos e campos úmidos não
foram registradas após o enchimento da barragem, embora estes ambientes tenham sido
amostrados (C. cinnamomeus, A. leucocephala e D. atricapilla). Dessa maneira, há uma
dificuldade em eleger uma só causa para a ausência de registro dessas espécies durante o
monitoramento pós-enchimento, uma vez que flutuações populações, migrações, viés de
amostragem podem agir cumulativamente ou sinergeticamente junto aos impactos causados
pela formação do reservatório, afetando o registro das espécies.
De qualquer maneira, merecem menção especial àquelas espécies não mais registradas
que podem ter sido afetadas pela instalação da UHE São Domingos, em especial pela perda
de habitat. O falcão-relógio (M. semitorquatus) é uma ave de rapina florestal de grande porte
que necessita de grandes territórios com florestas e cerrados para manter suas exigências
ecológicas, em especial seu alto requerimento de presas. A perda de habitat florestal na
região para a formação do reservatório pode ter afetado esta espécie dependente deste tipo
de ambiente. No entanto, como o falcão utiliza grandes áreas de vida e geralmente
apresenta-se em pequenas densidades, suas populações podem ainda utilizar as formações
florestais remanescentes nas áreas de influência da UHE São Domingos, sobretudo para se
movimentar entre diferentes áreas.
Da mesma forma, o garrinchão-de-barriga-vermelha (C. leucotis), espécie altamente
associada com matas ripárias, pode ter sido afetada pela perda destes ambientes, que são
extremamente susceptíveis ao alagamento quando ocorre a formação do reservatório. O
taperuçu-velho (C. senex) é uma espécie de andorinhão que vive e nidifica em paredões
rochosos de cachoeiras, sendo muito seletivo e dependente deste tipo de microhabitat (Sick,
1997). Por esse motivo as populações desta espécie são muito afetadas por hidroelétricas,
uma vez que seu habitat é completamente descaracterizado quando da formação de
represas, suprimindo locais de abrigo e nidificação. O fato desta espécie não ter sido
registrada após a formação do reservatório da UHE São Domingos não implica que ela não
ocorra mais na região, até porque ainda ocorrem paredões rochosos nas quedas d´água
próximas da UHE. Entretanto, certamente houve impactos sobre suas populações, dado o
grau de perturbação em seu microhabitat para a construção da barragem.
96
Das quatro espécies ameaçadas de extinção que ocorrem na área, a ema (Rhea americana)
e o papagaio-galego (Alipiopsitta xanthops) foram registradas tanto na fase de préenchimento quanto na fase de pós-enchimento. Já a cigarra-do-campo (Neothraupis
fasciata) e a águia-cinzenta (Urubitinga coronata) foram registradas somente durante a fase
pós-enchimento. A ema e o papagaio-galego foram registradas em sete das oito campanhas
de campo do monitoramento pós-enchimento, o que representa 87,5% das campanhas de
campo, demonstrando que são espécies comuns na área de estudo. A cigarra-do-campo e a
águia-cinzenta foram registradas em apenas uma campanha de campo (12,5% das
campanhas), demonstrando que são espécies raras na área de estudo. Estes dados
corroboram o status de ocorrência destas espécies em toda a Bacia do Alto Rio Paraná no
estado de Mato Grosso do Sul (Godoi et al., 2013).
Em relação às espécies endêmicas do Cerrado, o papagaio-galego (A. xanthops),
chorozinho-de-bico-comprido (Herpsilochmus longirostris), gralha-do-campo (Cyanocorax
cristatellus) e bico-de-pimenta (Saltatricula atricollis), foram registradas tanto durante a fase
de pré-enchimento quanto após o enchimento. Nesta última fase foram registrados em pelo
menos 87,5% das campanhas de campo, indicando que são comuns na área. O pula-pulade-sobrancelha (Myiothlypis leucophrys), também endêmico do Cerrado (Silva, 1995b,c,
1997), foi registrado somente na fase pós-enchimento (50% das campanhas) em veredas
não afetadas pela formação do reservatório. Já o surucuá-variado (Trogon surrucura),
espécie endêmica da Mata Atlântica (Goerck, 1997; Brooks et al., 1999), foi registrada
somente na fase pós-enchimento, e somente em uma campanha de campo (12,5% do total).
As espécies cinegéticas foram registradas tanto nas fases pré quanto pós-enchimento,
como o jaó (Crypturellus undulatus), inhambu-chororó (Crypturellus parvirostris), perdiz
(Rhynchotus rufescens), codorna-amarela (Nothura maculosa), pato-do-mato (Cairina
moschata), jacupemba (Penelope superciliares) e mutum-de-penacho (Crax fasciolata). A
maioria delas foi comum na região, sendo registradas em mais de 50% das campanhas de
campo. Porém, algumas aves como a jacupemba e o pato-do-mato foram registradas com
menor frequência, não sendo comuns na área de estudo. Dentre as espécies consideradas
como xerimbabos, nenhuma foi registrada somente durante a fase de pré-enchimento, e a
maioria delas foi comum na área de estudo, sendo registradas em mais de 50% das
campanhas de campo, como a arara-canindé (Ara ararauna), papagaio-galego (A.
xanthops), papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva), tucano-toco (Ramphastos toco), araçaricastanho (Pteroglossus castanotis), sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris), trinca-ferro (Saltator
97
similis) e canário-da-terra-verdadeiro (Sicalis flaveola). Uma delas, o curió (Sporophila
angolensis), foi registrada em apenas duas campanhas de campo, indicando não ser uma
espécie comum na região.
A instalação e operação da UHE São Domingos certamente causou impactos ambientais na
avifauna local, em especial nas populações de espécies de aves típicas de matas ripárias e
brejos, que são ambientes ribeirinhos diretamente afetados pela inundação e formação do
reservatório. Espécies naturalmente raras que ocorrem nestes ambientes podem ter sido
especialmente afetadas com supressão da vegetação e alagamento de seus habitats, da
mesma forma que aquelas especializadas em microhabitats próximos de quedas d´água,
como o taperuçu-velho.
As medidas mitigadoras adotadas no âmbito do licenciamento da UHE São Domingos
podem reduzir ou compensar os impactos ambientais sobre a avifauna local. Dentre estas
medidas destacam-se os projetos de reflorestamento e recuperação de áreas degradadas
que podem recuperar áreas suprimidas que não foram alagadas, aumentando a
disponibilidade de habitat para os animais. Além disso, esses projetos podem conectar
manchas remanescentes de ambientes naturais através de corredores ecológicos. Os
corredores recuperados ou formados por estes programas podem reconectar as manchas
de ambientes naturais, ajudando a manter a diversidade local da avifauna.
Também é necessário que se mantenham preservadas as manchas remanescentes de
brejos da região do entorno da UHE São Domingos para a conservação da avifauna típica
destes ambientes. O zoneamento do entorno do reservatório, por meio da implementação
do PACUERA (Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno do Reservatório
Artificial), deverá destinar áreas para a conservação da fauna, restringindo o uso e entrada
de gado. Tais medidas, possibilitarão, em médio e longo prazo, o reestabelecimento da
comunidade de aves nas áreas de influência da UHE São Domingos.
5.3 Mastofauna
5.3.1 Resultados do Monitoramento da Fase Pós-enchimento
Nas oito campanhas de monitoramento da fase pós-enchimento foram registradas 26
espécies (161 registros) de mamíferos não voadores nas áreas sob influência da UHE São
98
Domingos, pertencentes a 14 famílias e sete ordens, sendo três espécies de pequenos
mamíferos e 23 espécies de médio e grande porte (Quadro 11).
Observa-se que houve variação no número de espécies durante o monitoramento pósenchimento (Quadro 11), porém as diferenças não foram significativas. Destacam-se as
últimas campanhas (7ª e 8ª) do monitoramento por terem sido as que apresentaram maior
diversidade entre todas. Inúmeros fatores podem influenciar as amostragens, tais como
variações naturais e sazonais. Especialmente para mamíferos de médio e grande porte, a
detecção é difícil, pois além de serem animais crípticos, a maioria possui ampla área de vida
e ocorre em baixas densidades. Dessa maneira, a ausência de determinada espécie no
decorrer das campanhas não exclui a possibilidade de a mesma estar presente na área.
99
Quadro 11 - Espécies de mamíferos não voadores registrados durante as oito campanhas do monitoramento (pós-enchimento) nas áreas de influência da
UHE São Domingos, instalada no Rio Verde, municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo, MS. Legenda: Status de Conservação: Nacional (MMA, 2008)
e Mundial (IUCN, 2014): LC – Pouco preocupante; NT – Quase ameaçada; VU – Vulnerável; EN – Em perigo; CR – Criticamente em Perigo. Métodos de
amostragem: S (armadilhas tipo Sherman), V (registros visuais), P (pegadas), C (carcaças), F (fezes), T (tocas), VO (vocalização), PI (armadilhas de
interceptação e queda), CT (câmera traps). *Espécies endêmicas do Cerrado.
Táxon
(ORDEM, Família, Espécie)
Áreas Amostrais
Nome Popular
Status de
Conservação
Campanhas
Gracilinanus agilis
cuíca
LC
1,2,3
Micoureus constantiae
catita
LC
3
tatu-peba
LC
1,2,7,8
tatu-canastra
VU
4
tatu-galinha
LC
8
1
Leopardus pardalis
Jaguatirica
VU
1,5,6,8
1
Leopardus tigrinus
gato-do-mato-pequeno
VU
1
onça-parda
VU
6,7
1
1
lobinho
LC
1,2,3,4,5,6,7,8
6
7
ÁREA 1 ÁREA 2 ÁREA 3 ÁREA 4
Métodos
DIDELPHIMORPHIA
Didelphidae
2
2
PI,S
1
S
CINGULATA
Dasypodidae
Euphractus sexcinctus
Priodontes maximus
Dasypus novemcinctus
2
2
2
1
1
3
P, T, C,V
CT, V
T,P
CARNIVORA
Felidae
Puma concolor
2
P
1
P
P
Canidae
Cerdocyon thous
8
7
P, V, CT
100
Táxon
(ORDEM, Família, Espécie)
Áreas Amostrais
Nome Popular
Status de
Conservação
Campanhas
logo-guará
VU
1,2,4,5,6,7,8
raposinha-do-campo
LC
6,7,8
mão-pelada
LC
2,3,5,7
quati
LC
3,4
Lontra longicaudis
lontra
DD
3
Eira barbara
irara
LC
5,7,8
anta
VU
1,2,3,4,5,6,7,8
6
veado-catingueiro
LC
1,2,3,4,5,6,7,8
1
veado-mateiro
LC
1,4,5
Tayassu pecari
queixada
VU
1,8
Tayassu tajacu
cateto
LC
2,3,4,5,6,7,8
capivara
LC
1,2,3,4,5
Chrysocyon brachyurus
Lycalopex vetulus*
ÁREA 1 ÁREA 2 ÁREA 3 ÁREA 4
3
1
5
2
Métodos
P, V
2
P
3
3
P
2
1
P
Procyonidae
Procyon cancrivorus
Nasua nasua
Mustelidae
2
V
1
3
V
7
8
7
P,V
5
5
P
3
P
1
1
P,CT
1
4
5
1
P
1
3
1
2
F, P,V,CT
PERISSODACTYLA
Tapiridae
Tapirus terrestris*
ARTIODACTYLA
Cervidae
Mazama gouazoubira
Mazama americana
Tayassuidae
RODENTIA
Caviidae
Hydrochoerus hydrochaeris
101
Táxon
(ORDEM, Família, Espécie)
Áreas Amostrais
Nome Popular
Status de
Conservação
Campanhas
camundongo-do-mato
LC
4
1
cutia
LC
7,8
1
1
V
paca
LC
8
1
1
P
tamanduá-bandeira
VU
1,2,4,5,6,7
1
2
5
tamanduá-mirim
LC
5,6,7,8
2
3
1
ÁREA 1 ÁREA 2 ÁREA 3 ÁREA 4
Métodos
Cricetidae
Oligoryzomys fornesi
S
Dasyproctidae
Dasyprocta azarae
Cuniculidae
Cuniculus paca
PILOSA
Myrmecophagidae
Myrmecophaga tridactyla
Tamandua tetradactyla
1
V, P
P, CT
102
A ordem mais rica em espécies foi Carnivora (n = 10), seguida por Artiodactyla e Rodentia (n
= 4), Cingulata (n = 3), Didelphimorphia e Pilosa (n = 2) e Perissodactyla (n = 1) (Figura 15).
Quanto maior o tempo de monitoramento, maior é a precisão nas conclusões a respeito das
espécies de mamíferos na área da UHE São Domingos, porém o predomínio de espécies da
ordem Carnivora (n =10) e Rodentia (n = 4) neste monitoramento, indica que a cadeia
alimentar está instalada, com predadores e presas.
Figura 15 – Número de espécies por ordens de mamíferos não voadores nas áreas sob influência da
UHE São Domingos, instalada no Rio Verde, municípios de Água Clara e Ribas do rio Pardo, MS.
As 26 espécies amostradas nas áreas sob influência da UHE São Domingos representam
30,1% da riqueza de mamíferos não voadores listada para todo o Mato Grosso do Sul. As
23 espécies de médios e grandes mamíferos registradas representam 52,13% da riqueza
deste grupo conhecida no Estado, enquanto as três espécies de pequenos mamíferos
registradas nas campanhas constitui cerca de 4,8% da riqueza de marsupiais e pequenos
roedores de Mato Grosso do Sul (Cáceres et al., 2008b).
Em relação ao desempenho dos diferentes métodos empregados verificou-se que a busca
ativa foi mais eficiente para registro das espécies, uma vez que 23 das 26 espécies
registradas nas oito campanhas foram detectadas durante as buscas ativas (88,6% da
riqueza total), sendo 19 exclusivas deste método. As armadilhas fotográficas contribuíram
para o registro de cinco espécies (19,2% da riqueza total), que também foram detectadas
durante as buscas. As armadilhas de metal (Live trap) contribuíram para a captura de três
103
espécies de pequenos mamíferos (11,5 % da riqueza total) e as armadilhas de interceptação
e queda (Pitfall trap) contribuíram para a captura de uma espécie (3,8%) (Fotos 45 a 50).
Foto 45 – Cuíca (Gracilinanus agilis) capturado,
marcado e solto na área da UHE São Domingos
a
(2 campanha).
Foto 46 – Toca de tatu-galinha (Dasypus
novemcinctus) registrada durante busca-ativa na
área da UHE São Domingos (8ª campanha).
Foto 47 – Queixada (Tayassu pecari) registrado
pela armadilha fotográfica (8ª campanha).
Foto 48 – Pegada de veado-mateiro (Mazama
americana) durante busca-ativa (1ª campanha).
104
Foto 49 – Pegada de raposinha (Lycalopex
vetulus) registrada durante busca-ativa (3ª
campanha).
Foto 50 – Lobinho (Cerdocyon thous) registrado
pela armadilha fotográfica (6ª campanha).
A diferença no desempenho dos métodos de amostragem para mamíferos de médio e
grande porte se deve ao fato de que o registro por armadilhas fotográficas depende da
presença dos animais naquele local e no período em que as mesmas permanecerem
acionadas. Animais com grandes áreas de vida e que ocorrem em baixas densidades (como
carnívoros, por exemplo) são ainda mais difíceis de serem amostrados por câmeras-trap,
especialmente quando a densidade de equipamentos instalados é baixa e as mesmas
permanecem acionadas por poucos dias. Portanto, em monitoramentos com campanhas de
curto prazo, trata-se de uma ferramenta de função complementar. Por outro lado, nas
buscas ativas o observador percorre a área à procura de registros, fazendo com que a
cobertura da área seja maior. Além disso, são considerados os vestígios deixados pelos
animais, que podem permanecer durante dias após a passagem dos mesmos por um
determinado local.
Em relação aos pequenos mamíferos não voadores a baixa taxa de captura tanto nas
armadilhas live trap quanto em pitfalls pode ser devido à diversos fatores, ou até mesmo
uma combinação ou sinergia entre eles.
As armadilhas do “tipo gaiolas”, tradicionalmente utilizadas para captura de pequenos
mamíferos não voadores, podem ter o sucesso de captura reduzido devido às influências
extrernas, como disponibilidade de alimentos nas taxas de captura (Adler e Lambert 1997),
preferência das espécies por determinados tipos de iscas (Laurance 1992) e remoção de
iscas por formigas ou outros animais (McClearn et al. 1994). Os pitfalls, da mesma forma
105
que as armadilhas fotográficas, dependem da presença dos animais durante os dias de
amostragem.
Por outro lado, em termos ambientais, é possível que a fragmentação de habitat e a matriz
pouco permeável para animais de pequeno porte pode ter contribuído para a baixa
diversidade de pequenos mamíferos registrada na área de estudo.
A fragmentação do habitat, aliada à redução da heterogeneidade de ambientes e
microambientes, constitui atualmente uma das maiores ameaças à conservação da
biodiversidade (Laurance et al. 1998). Outro fator que pode influenciar a diversidade de
pequenos mamíferos é a matriz que circunda os fragmentos amostrados. Estudos recentes
teóricos e alguns empíricos (Morais Júnior, 2003; Prevedello, 2009; Forero-Medina & Vieira,
2009; Leal, 2013; Assis, 2014) sugerem que a matriz exerce um papel fundamental para a
manutenção da diversidade de pequenos mamíferos em paisagens fragmentadas,
funcionando como um mosaico de unidades com diferentes graus de permeabilidade ao
deslocamento ou à ocorrência de diferentes espécies.
A curva cumulativa de espécies referente às oito campanhas do ciclo de monitoramento
pós-enchimento apresenta ascensão com tendência à estabilização (Figura 16). A riqueza
de espécies estimada pelo Jackknife 1 ficou pouco acima da riqueza observada (Jack 1 =
30,5 ± 1,9). Esses resultados demonstram que a amostragem das oito campanhas foi
relativamente representativa. É válido ressaltar a dificuldade em se amostrar a riqueza total
em levantamentos realizados na região Neotropical, devido à grande riqueza e diversidade
presentes em seus ecossistemas.
106
Figura 16 – Curva do coletor: número cumulativo de espécies X esforço amostral em dias de campo
referente às oito campanhas de monitoramento de mamíferos não voadores nas áreas sob influência
da UHE São Domingos, instalada no Rio Verde, municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo,
MS.
Os valores de riqueza registrados nos pontos amostrais variaram de 16 a 18 espécies e
abundância de 29 a 54 indivíduos, sendo que a Área 3 apresentou maior valor de riqueza (n
= 18) e abundância (n = 54) (Figura 17).
107
Figura 17 – Abundância (n° de registros) e riqueza (n° observado de espécies) de mamíferos não
voadores nas estações amostrais da UHE São Domingos, instalada no Rio Verde, municípios de
Água Clara e Ribas do Rio Pardo, MS.
Em relação à riqueza de espécies nos diferentes ambientes amostrados deve-se destacar a
importância das manchas de Cerrado sensu stricto (s.s.), como as Áreas 2 e 3, como
detentoras da maior parte da diversidade local de mamíferos não voadores. O Cerrado s.s. é
o ambiente natural historicamente dominante na paisagem e as manchas remanescentes
desta fisionomia se constituem como os maiores refúgios para a fauna nesta região. Desta
forma, espera-se uma alta riqueza nestas áreas tanto pela presença de espécies típicas de
Cerrado s.s., como pela presença de espécies que encontraram refúgio neste ambiente,
108
uma vez que atualmente a paisagem da região é dominada por atividades pecuárias
(observação pessoal).
Nas áreas 2 e 3, onde a riqueza e abundância foram altas, registraram-se tanto espécies
generalistas e com baixa sensibilidade a alterações no ambiente, como Cerdocyon thous e
Hydrochoerus hydrochaeris, como também mamíferos com alta sensibilidade a alterações
antrópicas, incluindo espécies ameaçadas de extinção, como Leopardus pardalis,
Leopardus tigrinus, Myrmecophaga tridactyla, Tapirus terrestris, Chrysocyon brachyurus,
Priodontes maximus, Puma concolor e Tayassu pecari.
O Ìndice de Diversidade (estimado para cada estação amostral) foi maior na Área 2 (2,69),
seguida da área 3 (2,60) e área 1 (2,48). Segundo Magurran (1988), o índice de diversidade
de Shannon-Wiener varia de 1,5 a 3,5, podendo raramente ultrapassar o valor de 4,5. Krebs
(1972) diz que valores de diversidade entre um e dois caracterizam a mastofauna não
voadora das florestas temperadas, enquanto valores em torno de três são obtidos em
ambientes tropicais. As espécies apresentaram distribuição equilibrada, pois os índices de
Equitabilidade de Pielou ficaram próximos e acima de 80%, não havendo, portanto,
dominância de nenhuma espécie (Tabela 05).
Não houve diferença significativa (p > 0,05, qui-quadrado) em relação ao efeito da
sazonalidade, uma vez que 53,4% dos indivíduos foram registrados na estação seca e
46,6% na estação chuvosa. Também não houve diferença significativa (p > 0,05, teste t) na
diversidade de espécies entre as estações seca e chuvosa, uma vez que 21 espécies foram
registradas na estação chuvosa e 19 espécies na estação seca (Tabela 06). Machos de
Gracilinanus agilis e Micoureus constantiae com escroto desenvolvido foram mais
capturados na estação seca, isso pode ser devido ao fato desta estação ser o “gatilho
hormonal” para a reprodução desses animais. Em função desse “pico hormonal” os machos
ficam mais ativos e mais suscetíveis a captura nesse período.
109
Tabela 05 – Parâmetros calculados por área amostral, a partir dos dados das oito campanhas do
monitoramento da mastofauna não voadora da fase pós-enchimento da UHE São Domingos,
instalada no Rio Verde, municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo, MS.
Parâmetro
ÁREA 1
ÁREA 2
ÁREA 3
ÁREA 4
Riqueza observada
16
18
18
9
Abundância
29
50
54
28
Diversidade de Shannon (H')
2,482
2,693
2,603
1,975
Equabilidade de Pielou (J')
1
1
1
0,899
Tabela 06 – Parâmetros calculados por estação sazonal, a partir dos dados das oito campanhas do
monitoramento da mastofauna não voadora da fase pós-enchimento da UHE São Domingos, rio
Verde, municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo, MS.
Parâmetro
SECA
CHUVOSA
TOTAL
Riqueza observada
19
21
26
Abundância
86
75
161
Diversidade de Shannon (H')
2,595
2,775
-
Equabilidade de Pielou (J')
0,8815
0,8851
-
Com relação à similaridade entre as estações (par a par), de acordo com Kent e Coker
(1992), valores maiores ou iguais a 0,5 indicam alta similaridade. Com base nesse conceito,
as Áreas 2 e 3 foram as mais similares entre si (0,73), o que se deve ao fato dessas áreas
serem mais parecidas em termos de estrutura de vegetação, proximidade e tamanho. Já as
Áreas 1 e 3 foram as menos similares (0,48), provavelmente pelo fato da Área 3 possuir
tamanho aproximadamente cinco vezes maior do que a área 1 (observação pessoal)
(Tabela 07).
Tabela 07 – Similaridade (par a par) entre as estações considerando abundância e riqueza de
espécies obtidas durante as oito campanhas do monitoramento da mastofauna não voadora da fase
pós-enchimento da UHE São Domingos, instalada no Rio Verde, municípios de Água Clara e Ribas
do Rio Pardo, MS.
ÁREA 1
ÁREA 2
ÁREA 3
ÁREA 1
1
0,65823
0,48193
ÁREA 2
0,65823
1
0,73077
ÁREA 3
0,48193
0,73077
1
110
Dentre as espécies registradas, oito encontram-se ameaçadas de extinção segundo MMA
(2008) e/ou IUCN (2014) (Quadro 11), são elas: a jaguatirica (Leopardus pardalis), o gatodo-mato-pequeno (Leopardus tigrinus), o tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla), a
anta (Tapirus terrestris), o lobo-guará (Chrysocyon brachyurus), o tatu-canastra (Priodontes
maximus), a onça-parda (Puma concolor) e o queixada (Tayassu pecari). Em relação às
espécies endêmicas, de todas as espécies de mamíferos registadas durante o
monitoramento, apenas a raposinha (Lycalopex vetulus) é considerada endêmica do
Cerrado.
Todas as espécies ameaçadas de extinção registradas neste estudo necessitam de grandes
áreas de vida para manutenção de seus requerimentos ecológicos, sendo que algumas
delas ainda possuem certo grau de dependência de ambientes florestados como os felinos
do gênero Leopardus. A presença dessas espécies na área de estudo é importante, pois
indica certo nível de conservação dos habitats remanescentes, possibilitando a permanência
das mesmas após a implantação e operação da UHE São Domingos.
A “jaguatirica” (Leopardus pardalis), que está enquadrada na categoria “Vulnerável” no Livro
Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção (MMA, 2008), sofre ameaças com a
perda e fragmentação de habitat e consequente diminuição da abundância de presas, o que
afeta diretamente as suas populações, já que a redução de alimento disponível diminui a
densidade das populações existentes. Portanto, a principal ameaça a esta espécie é o
desmatamento e a consequente fragmentação das áreas florestadas, assim como a
destruição/alteração da cobertura original. Medidas para a conservação das populações
devem envolver a proteção de habitats, procurando manter sempre a conectividade entre as
áreas preservadas. O monitoramento das populações naturais também deveria ser uma
prioridade, assim como a recuperação de habitats, já que esta espécie ocorre nos biomas
mais seriamente impactados do país (MMA, 2008).
O “gato-do-mato-pequeno” (Leopardus tigrinus) consta na categoria “Vulnerável”, tanto na
lista de espécies ameaçadas nacional (MMA, 2008) quanto na mundial (IUCN, 2014). A
maior ameaça à sobrevivência desse pequeno felino é a perda e a fragmentação de
habitats. A captura de exemplares para animal de criação, tanto em escala local quanto para
o tráfico, também se constitui uma ameaça. Medidas conservacionistas devem incluir a
proteção e fiscalização tanto nas unidades de conservação quanto nos ecossistemas
naturais localizados em áreas não protegidas. Como os conhecimentos acerca da sua
111
biologia/ecologia são extremamente limitados, pesquisas científicas nessa área tornam-se
prementes para melhor conhecer a espécie e, dessa forma, traçar estratégias de ação mais
eficazes. O monitoramento das populações naturais também é importante (MMA, 2008).
O tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) é listado como "Vulnerável" tanto pela
IUCN quanto pelo Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção (MMA, 2008).
Apesar de ser encontrado em inúmeras Unidades de Conservação, essa espécie foi extinta
em algumas partes de sua distribuição geográfica. As principais ameaças à sobrevivência
da espécie são a caça, destruição de habitat e os atropelamentos (Miranda e Medri, 2010).
A anta (Tapirus terrestris) é considerada “Vulnerável” pela IUCN e embora não conste no
Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção (MMA, 2008), suas populações
apresentam sinais de declínio ao longo de sua área de distribuição geográfica no Brasil,
devido à contínua destruição de seu habitat, principalmente áreas de matas próximas a rios
e lagos (Naveda et al., 2008). A caça, particularmente em pequenos fragmentos de floresta,
é capaz de extinguir a espécie em nível local, visto que a mesma possui uma baixa taxa de
reprodução. A conservação de florestas úmidas, a inibição da caça e ações que levem à
redução dos atropelamentos em rodovias que passam perto de áreas florestadas são
medidas que contribuem para se evitar declínios populacionais e até mesmo extinções
locais de Tapirus terrestris (Naveda et al., 2008).
O “logo-guará” (Chrysocyon brachyurus) é considerado raro para a porção sul do estado do
Mato Grosso do Sul (Cáceres et al., 2008b) e corre risco de extinção na natureza em função
do declínio populacional e da extrema fragmentação de sua área de ocupação (Rodden,
2008). Esse canídeo está enquadrado nas categorias “Vulnerável” no Brasil (MMA, 2008) e
“Quase Ameaçado” no mundo (IUCN, 2014). As principais ameaças ao lobo-guará vêm da
perda de habitat decorrente da conversão de terras para agricultura, do fato de ser
susceptível a doenças de cães domésticos, e de acidentes, como atropelamentos
em estradas (Cheida et al., 2011).
O “tatu-canastra” (Priodontes maximus), também conhecido como tatuaçu, é uma espécie
de tatu de grandes dimensões, encontrado na maior parte da América do Sul. Chegam a
medir mais de 1 metro de comprimento. Tem o corpo coberto por poucos pelos e patas
anteriores dotadas de garras enormes, que auxiliam na escavação de buracos (Medri et al.,
2011). A espécie está classificada como “Vulnerável” nas listas nacional (MMA, 2008) e
112
mundial (IUCN, 2014) de espécies ameaçadas principalmente devido à caça para obtenção
de carne e pelo desmatamento do seu habitat. Hoje é raríssimo nas diversas regiões
brasileiras onde ocorria (Medri et al., 2011). Dessa maneira, a caça, bem como as
alterações de seus habitats, com consequente redução da disponibilidade de presas, são as
principais ameaças à sobrevivência desta espécie (Medri et al., 2011). Segundo Nowak
(1999) as populações de tatu-canastra declinaram cerca de 50% na ultima década devido à
pressão de caça e desmatamento. P. maximus também está listado no Apêndice I da CITES
havendo, portanto, a necessidade de diminuir a pressão de caça e conservar habitats onde
populações viáveis ocorrem.
A “onça-parda” (Puma concolor) é o felídeo de maior distribuição no continente americano,
ocorrendo do oeste do Canadá ao extremo sul do continente sul-americano. Possui
adaptação a diversos tipos de ambientes, desde desertos quentes até altiplanos alpinos, e
florestas tropicais e temperadas (Cheida et al., 2011). Provavelmente por este motivo, bem
como devido à sua ampla distribuição geográfica, consta como “Pouco Preocupante” na lista
mundial de espécies ameaçadas (IUCN, 2014). No entanto, no Brasil P. concolor é
classificada como “Vulnerável” pelo Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de
Extinção (MMA, 2008). Embora este grande felino esteja presente em todos os biomas e
estados brasileiros, sofre ameaças principalmente devido à caça e alterações de seus
habitats, com consequente redução da disponibilidade de presas (Cheida et al., 2011).
O queixada (Tayassu pecari) possui ampla distribuição geográfica, ocorrendo do México até
a Argentina. Inicialmente, ocorria por todo o Brasil, mas dado ser uma espécie que exige
amplos territórios e é muito sensível à caça, provavelmente já está extinta em alguns locais,
como nos estados de Pernambuco, Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte (Tiepolo e
Tomas, 2011). De hábitos diurnos e terrestres, possui cerca de 1 metro de comprimento e
pelagem negra com o queixo branco. Vive em bandos que chegam a somar mais de
trezentos indivíduos. Alimenta-se de frutas, sementes, brotos, raízes e folhas, e também de
pequenos invertebrados e presas como sapos, lagartos e filhotes de aves (Tiepolo e Tomas,
2011). Essa ampla gama de alimentos lhe confere uma grande importância na manutenção
e estruturação de comunidades florestais, sendo considerado entre os vertebrados um
grande predador e dispersor de sementes (Keuroghlian, 2009).
Os queixadas podem ser considerados indicadores de qualidade ambiental, uma vez que
não suportam viver em áreas alteradas ou fragmentadas. Esta é uma razão de seu rápido
113
desaparecimento em grandes extensões do Brasil. Além deste fator, soma-se como causa
do declínio das populações de queixadas, a caça intensiva, muitas vezes predatória. Outro
fator de declínio a ser considerado é a transmissão de doenças transmitidas por ungulados
domésticos. Os queixadas estão entre os mamíferos ameaçados em grandes áreas dos
neotrópicos (Tiepolo e Tomas, 2004; Keuroghlian, 2009).
Dentre as ações mitigadoras propostas para amenizar os impactos sobre a fauna de
mamíferos terrestres ameaçada de extinção, destaca-se o Programa de Educação
Ambiental que realizou palestras e cursos de curta duração com a comunidade local e
trabalhadores da UHE São Domingos sobre a preservação da fauna e combate à caça. O
mesmo Programa também realizou palestras de conscientização sobre atropelamentos de
animais da fauna silvestre e implantou placas sinalizando aos motoristas trechos utilizados
pela fauna.
Além disso, está sendo implantado o PACUERA, que prevê o zoneamento adequado das
áreas do entorno do reservatório, bem como a criação de áreas destinadas à preservação
da diversidade da fauna e flora da região. O Programa de Recomposição da Flora e
Implantação da Faixa de Proteção Ciliar que vem recompondo as APP’s e conectando
fragmentos na paisagem, também são de suma importância para preservação da fauna na
região.
Algumas espécies que foram registradas durante este monitoramento, tais como os
carnívoros Chrysocyon brachyurus, Leopardus pardalis, Leopardus tigrinus e Puma concolor
são indicadores de que a região ainda mantém ao menos um grau de preservação da
paisagem natural suficiente para suportar uma parte de sua fauna nativa. Vale ressaltar que
foram encontrados vestígios de onça parda em mais de uma área, evidenciando a presença
desse grande felino em diferentes fragmentos ao longo do entorno da UHE São Domingos.
Outras espécies, como veado-catingueiro (Mazama gouazoubira), veado-mateiro (Mazama
americana), anta (Tapirus terrestris), cutia (Dasyprocta azarae), tatu-canastra (Priodontes
maximus) e tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) possuem ampla distribuição,
porém apresentam susceptibilidade considerável a alterações ambientais antrópicas (Alho et
al., 2003), de forma que sua presença também pode ser interpretada como um indicador de
maior grau de preservação e qualidade ambiental na área de estudo.
114
Com relação às espécies de pequenos mamíferos, embora muitas espécies desse grupo
mostrem grande capacidade de colonização, a maioria dos pequenos roedores e marsupiais
pouco se dispersa, sendo incapazes de atravessar limites estreitos de barreiras ambientais
(Carmignotto, 2004). O pequeno tamanho corpóreo reduz seu potencial de dispersão, com
isso, as áreas necessárias para manter populações viáveis podem também ser reduzidas.
5.3.2 Comparações com os Resultados do Monitoramento da Fase
Pré-enchimento e com os Estudos do EIA
Considerando todos os estudos realizados nas áreas de influência da UHE São Domingos
(Estudo de Impacto Ambiental, Monitoramento da Fase Pré-enchimento e Monitoramento da
Fase Pós-enchimento) foram reportadas para a região 41 espécies de mamíferos não
voadores, distribuídos em nove ordens e 17 famílias (Quadro 12). Os estudos do EIA
apresentaram 30 espécies de mamíferos, o monitoramento da fase de pré-enchimento
registrou 27 espécies e o monitoramento da fase de pós-enchimento 26 espécies.
115
Quadro 12 – Espécies de mamíferos não voadores registradas durante os estudos do EIA, Monitoramento Pré-enchimento e Monitoramento Pós-enchimento
realizados nas áreas de influência da UHE São Domingos, instalada no Rio Verde, municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo, MS. Legenda: Status de
conservação: Nacional (MMA, 2008) e Mundial (IUCN, 2014): LC – Pouco preocupante; NT – Quase ameaçada; VU – Vulnerável; EN – Em perigo; CR –
Criticamente em perigo. * Espécies endêmicas do Cerrado.
Taxón
(ORDEM, Família, Espécie)
Nome Popular
Status de Conservação
EIA
Monitoramento PréEnchimento
gambá
LC
X
X
Monitoramento PósEnchimento
DIDELPHIMORPHIA
Didelphidae
Didelphis albiventris
Gracilinanus agilis
cuíca
Micoureus constantiae
catita
LC
Marmosops incanus
cuíca
LC
tatu-canastra
VU
Dasypus novemcinctus
tatu-galinha
LC
X
X
X
Euphractus sexcinctus
tatu-peba
LC
X
X
X
mico-estrela
LC
X
X
Macaco-prego
LC
X
X
X
X
X
CINGULATA
Dasypodidae
Priodontes maximus
X
PRIMATES
Cebidae
Callithrix penicillata
Sapajus cay
Atelidae
116
Taxón
(ORDEM, Família, Espécie)
Monitoramento PréEnchimento
Monitoramento PósEnchimento
Nome Popular
Status de Conservação
EIA
bugiu
LC
X
Leopardus tigrinus
gato-do-mato-pequeno
EN
X
Leopardus pardalis
Jaguatirica
EN
X
Leopardus sp.
gato-do-mato
EN
Puma concolor
onça-parda
EN
X
gato-mourisco
VU
X
cachorro-do-mato
LC
Chrysocyon brachyurus*
lobo-guará
Lycalopex vetulus
Alouatta caraya
CARNIVORA
Felidae
Puma yagouaroundi
X
X
X
X
X
X
EN
X
X
X
raposinha
LC
X
X
X
irara
LC
X
X
X
jaratataca
LC
lontra
LC
Canidae
Cerdocyon thous
Mustelidae
Eira barbara
Conepatus semistriatus
Lontra longicaudis
Procyonidae
Nasua nasua
Procyon cancrivorus
ARTIODACTYLA
X
X
X
X
LC
quati
LC
X
mão-pelada
LC
X
X
X
X
LC
117
Taxón
(ORDEM, Família, Espécie)
Nome Popular
Cervidae
Mazama americana
Status de Conservação
EIA
Monitoramento PósEnchimento
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
LC
veado-matero
LC
Mazama gouazoupira
veado-catinguero
LC
X
Ozotoceros bezoarticus
veado-campeiro
NT
X
Tayassuidae
Pecari tajacu
Monitoramento PréEnchimento
LC
cateto
LC
queixada
NT
anta
EN
X
rato-do-mato
LC
X
camundongo-do-mato
LC
Cerradomys subflavus
rato-do-mato
LC
X
Nectomys squamipes
rato-dagua
LC
X
Calomys tener
rato-d-mato
LC
X
capivara
LC
X
preá
LC
X
Tayassu pecari
X
PERISSODACTYLA
Tapiridae
Tapirus terrestris
RODENTIA
Cricetidae
Necromys lasiurus
Oligoryzomys fornesi
X
Caviidae
Hydrochoerus hydrochaeris
Cavia aperea
X
X
118
Taxón
(ORDEM, Família, Espécie)
Nome Popular
Status de Conservação
EIA
paca
LC
X
ouriço-caxeiro
LC
X
Monitoramento PréEnchimento
Monitoramento PósEnchimento
Cuniculidae
Cuniculus paca
X
Erethizontidae
Coendou prehensilis
Dasyproctidae
Dasyprocta azarae
LC
cotia
LC
X
X
X
tamanduá-bandeira
EN
X
X
X
tamanduá-mirim
LC
tapiti
LC
PILOSA
Myrmecophagidae
Mymercophaga tridactyla
Tamandua tetradactyla
X
LAGOMORPHA
Leporidae
Sylvilagus brasiliensis
X
119
O EIA foi o estudo que apresentou maior número de espécies e dentre os registros as
espécies Sapajus cay (registrado como Cebus apella), Alouatta caraya, Puma yagouaroundi
(registrado como Felis yagouaroundi), Ozotoceros bezoarticus, Necromys lasiurus
(registrado como Bolomys lasiurus), Cavia aperea, Coendou prehensilis e Sylvilagus
brasiliensis foram reportadas exclusivamente neste estudo. Ao passo que, Marmosops
incanus, Conepatus semistriatus, Cerradomys subflavus, Nectomys squamipes e Calomys
tener foram registradas exclusivamente no monitoramento da fase de pré-enchimento. No
Monitoramento pós-enchimento, as espécies exclusivas foram Priodontes maximus,
Leopardus tigrinus, Leopardus pardalis e Oligoryzomys fornesi.
As espécies Didelphis albiventris e Callithrix penicillata foram registradas nos estudos do
EIA e no monitoramento de pré-enchimento, porém não foram registrados no monitoramento
pós-enchimento. Trata-se de espécies generalistas, de ampla distribuição geográfica e
adaptadas a ambientes com alterações antrópicas, podendo inclusive, serem encontradas
em ambientes urbanos. O não registro dessas espécies durante a fase de pós-enchimento
não indica que as mesmas foram extintas do local, especialmente pelo fato de não
possuírem grandes requerimentos ecológicos.
Apenas duas espécies foram registradas nos estudos do EIA e no monitoramento pósenchimento e não foram registradas no monitoramento da fase de pré-enchimento, são elas:
Nasua nasua e Cuniculus paca. Já os monitoramentos pré e pós-enchimento registraram 19
espécies em comum. As espécies mais abundantes nos três estudos foram: Cerdocyon
thous, Chrysocyon brachyurus, Mazama gouazoupira, Tapirus terrestris, Hydrochoerus
hydrochaeris e Mymercophaga tridactyla.
Com relação às 11 espécies ameaçadas de extinção registradas nos três estudos, o
monitoramento pós-enchimento foi o que registrou o maior número de espécies (9), seguido
pelo monitoramento da fase de pré-enchimento e o Estudo de Impacto Ambiental (6). No
EIA, foi registrada a presença do veado-campeiro (Ozotoceros bezoarticus) e do gatomourisco (Puma yagouaroundi), porém estas espécies não foram registradas nos
monitoramentos pré e pós-enchimento. Já o tatu-canastra (Priodontes maximus), o gato-domato-pequeno (Leopardus tigrinus) e a jaguatirica (Leopardus pardalis) foram registrados no
monitoramento pós-enchimento, mas não foram registrados nos outros estudos. As espécies
ameaçadas com maior número de registros foram a anta (Tapirus terrestris), o tamanduábandeira (Mymercophaga tridactyla) e o lobo-guará (Chrysocyon brachyurus).
120
A única espécie endêmica do Cerrado registrada em todos os estudos foi a raposinha
(Lycalopex vetulus). A espécie considerada cinegética de maior registro foi a anta (Tapirus
terrestris) e a que menos foi registrada foi a paca (Cuniculus paca). O maior número de
registros de espécies em extinção no monitoramento pós-enchimento pode ser pelo maior
esforço realizado neste estudo (oito campanhas) e também pelo reestabelecimento da fauna
local após a implantação do reservatório.
É válido ressaltar, no entanto, que não se pode atribuir essas diferenças na listagem de
espécies entre as fases do monitoramento exclusivamente como uma mudança na
composição da mastofauna resultante da implantação do empreendimento, pois a presença
de espécies exclusivas em ambas as fases é um indício da dificuldade em se amostrar toda
a riqueza de espécies da região, devido à diversidade e às variações populacionais naturais
e sazonais, como já discutido anteriormente. O principal impacto das hidrelétricas sobre a
fauna de mamíferos não voadores é, em geral, a perda e fragmentação de habitat
decorrente da supressão da vegetação e formação do reservatório. Isso pode ser mais
incisivo para espécies arborícolas, como o bugio e o macaco prego, que são espécies muito
sensíveis e altamente dependentes de ambientes florestados (observação pessoal).
Excluindo as variações sazonais e naturais, uma hipótese para a diferença da riqueza
encontrada nos estudos do EIA e monitoramento da fase de pré-enchimento é que durante
as obras e enchimento do reservatório ocorreu afugentamento dos animais, que deixaram
seus abrigos. Durante esse período a fauna se movimenta mais, em busca de novos
habitats e territórios, o que aumenta a possibilidade de detecção por parte dos biólogos.
Após a implantação do reservatório, cessados os distúrbios causados pelas obras e com a
implementação dos programas de reflorestamento, a comunidade da fauna local começa a
se reestabelecer. Especula-se ainda que a fauna remanescente volte e comece a recompor
a comunidade nos fragmentos diretamente afetados pela implantação da UHE.
121
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nas oito campanhas do monitoramento da fauna realizadas durante a fase pós-enchimento
da UHE São Domingos foram registradas 28 espécies de anfíbios e répteis, 202 espécies de
aves e 26 espécies de mamíferos não voadores na área abrangida pelo estudo, que
somadas às listas de espécies pré-existentes (formuladas durante os estudos do EIA e o
monitoramento pré-enchimento), eleva para 47 o número de espécies da herpetofauna, para
226 o número de espécies da avifauna e para 41 o número de espécies da mastofauna para
toda a área do empreendimento.
No que diz respeito à herpetofauna, durante a oitava campanha houve o registro de uma
espécie nova para o monitoramento da fase pós-enchimento, o sapo cururu (Rhinella
schneideri). Durante todo o monitoramento dessa fase foram registradas 12 novas espécies
para o estudo, ou seja, espécies que não foram registradas no EIA, nem no monitoramento
pré-enchimento. São elas: Dendropsophus elianae, Dendropsophus nanus, Dendropsophus
sanborni,
Hypsiboas
Leptodactylus
diptyx,
punctatus,
Phyllomedusa
Leptodactylus
azurea,
mystacinus,
Leptodactylus
Leptodactylus
chaquensis,
podicipinus,
Pseudopaludicola saltica, Coleodactylus brachystoma e Caiman latirostris.
Ainda para herpetofauna, comparando as riquezas obtidas durante os estudos do EIA, do
monitoramento da fase de pré-enchimento e do monitoramento da fase pós-enchimento,
observa-se que na fase pós-enchimento registrou-se um número maior de espécies (28). No
entanto, 18 espécies que haviam sido observadas nos estudos do EIA e no monitoramento
da fase de pré-enchimento não foram novamente registradas, como é o caso das espécies
Pseudis bolbodactyla, Scinax fuscovarius, Leptodactylus latrans, Pseudopaludicola sp,
Colobosaura modesta, Vanzosaura rubricauda, Copeoglossum nigropunctatum, Tupinambis
sp., Tropidurus sp., Boa constrictor, Spilotes pullatus, Hydrodynastes gigas, Xenodon
merremii, Epictia sp., Bothrops moojeni, Crotalus durissus, Paleosuchus palpebrosus e
Phrynops sp. Essa variação pode ser resultado de uma sinergia entre a perda de habitat
decorrente da formação do reservatório, flutuação natural das comunidades e viés de
amostragem. Ressalta-se ainda que a ausência de determinadas espécies durante as
amostragens não indica necessariamente sua eliminação no habitat. Afinal, alcançar a
riqueza total de uma área e conseguir a estabilização da curva do coletor é muito difícil,
especialmente nos ecossistemas da região Neotropical. No presente estudo, a tendência de
crescimento da curva do coletor e a riqueza estimada (34) maior que a observada (28)
122
indicam que ainda existem espécies na área que não foram inventariadas, o que é uma
evidência de que a riqueza da herpetofauna local é relativamente alta.
Ressalta-se que foi registrada nas áreas de influência da UHE São Domingos uma espécie
endêmica para o Cerrado: a lagartixa-escorpião (Coleodactylus brachystoma). Por ter sido
registrada apenas nas campanhas de monitoramento pós-enchimento, durante a 6° e 8°
campanhas, com um indivíduo em cada, esta espécie pode ser considerada rara.
Com relação ao status de conservação, é importante salientar que nenhuma das espécies
de anfíbios e répteis registradas durante os estudos do EIA e monitoramentos pré e pósenchimento está inserida no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção
(MMA, 2008) ou na Lista Vermelha da IUCN de espécies ameaçadas (IUCN, 2014). No
entanto, destaca-se que duas espécies estão inseridas nos apêndices da Convention on
International Trade in Endangered Species of Wild Flora and Fauna – CITES (2012): Caiman
latirostris (apêndice I) e Eunectes murinus (apêndice II).
Dentre os pontos amostrados para herpetofauna, os que mostraram maior riqueza de
anfíbios foram os pontos PA3 e PA5 com 19 espécies e PA4 com 15 espécies. Isso indica
que estes locais possuem os microhabitats ideais para os hábitos de vida dos anfíbios
anuros, sendo ambientes importantes para a reprodução das espécies e, com isso, locais
interessantes para se preservar (ANEXO III).
Com relação ao grupo das aves, observou-se que a maioria das espécies registradas
durante os três estudos (EIA, monitoramento pré-enchimento e monitoramento pósenchimento) é comum na região, sendo consideradas generalistas e resistentes às
perturbações ambientais. Porém, algumas são menos comuns e especialistas no uso do
habitat, e por isso podem ter sido mais afetadas pela instalação da UHE. Dentre estas
destacam-se principalmente espécies de aves típicas de florestas ripárias, de brejos e que
se associam fortemente aos paredões de quedas d´água, como o taperuçu-velho
(Cypseloides senex).
Foram registradas 103 espécies no EIA, 153 espécies durante o monitoramento da fase de
pré-enchimento e 202 espécies no monitoramento pós-enchimento. Nesta última fase do
monitoramento foram acrescentadas 53 espécies não registradas anteriormente, enquanto
123
20 espécies registradas nos primeiros estudos na UHE não foram mais observadas após o
enchimento do reservatório.
Os dados do monitoramento da avifauna indicaram que a riqueza de espécies permaneceu
estável ao longo do tempo, desde os estudos do EIA até o fim do monitoramento pósenchimento. Foram registradas na área três espécies consideradas “quase ameaçadas” em
âmbito global (IUCN, 2014), a ema (Rhea americana), o papagaio-galego (Alipiopsitta
xanthops) e a cigarra-do-campo (Neothraupis fasciata) e uma ameaçada de extinção no
Brasil, a águia-cinzenta (Urubitinga coronata). As duas primeiras foram comuns na região,
enquanto as duas últimas foram raras, assim como em toda a Bacia do Alto Rio Paraná.
Foram encontradas seis espécies endêmicas do Cerrado: o papagaio-galego (A. xanthops),
chorozinho-de-bico-comprido (Herpsilochmus longirostris), soldadinho (Antilophia galeata),
gralha-do-campo (Cyanocorax cristatellus), bico-de-pimenta (Saltatricula atricollis) e pulapula-de-sobrancelha (Myiothlypis leucophrys), além de uma da Mata Atlântica, o surucuávariado (Trogon surrucura). Muitas espécies cinegéticas e xerimbabos também foram
registradas na área, a maioria sendo comum na região, porém com algumas espécies que
parecem ser raras, como a jacupemba (Penelope superciliares) e curió (Sporophila
angolensis).
Muitas espécies registradas na área são independentes de ambientes florestados e
apresentam baixa sensibilidade às perturbações ambientais. Porém, um grande número de
espécies apresenta média ou alta sensibilidade e algum grau de dependência de ambientes
florestados. A conservação local das espécies florestais em longo prazo depende da
existência de florestas, cerradões e cerrados minimamente conectados na paisagem. Como
houve grande redução na disponibilidade de florestas na área, o estabelecimento dos
programas que incluem reflorestamento, incluindo as faixas de vegetação ciliar, poderão
auxiliar na aceleração e no direcionamento da formação de corredores ecológicos ligando as
manchas de florestas, principalmente matas ripárias e savanas remanescentes no entorno
do reservatório. Também recomenda-se a proteção dos brejos e campos úmidos
remanescentes, já que estes ambientes são especialmente afetados pela formação de
reservatórios de UHE’s e apresentam grande diversidade de espécies de aves, muitas das
quais raras e sensíveis às perturbações ambientais.
Recomenda-se que zoneamento do entorno do reservatório realizado através da
implementação do PACUERA inclua a preservação de manchas de florestas, cerrados,
124
cerradões e brejos na área da UHE São Domingos, delimitando-as e cercando-as para
evitar a invasão e degradação pelo gado. Também recomenda-se a preservação dos
paredões de cachoeiras para a conservação das populações do taperuçu-velho (C. senex),
caso estas ainda ocorram localmente ou para que estas possam se recuperar e recolonizar
seus sítios de nidificação.
Dentre as áreas amostradas, destacam-se como um importante refúgio para a avifauna os
pontos amostrais A1 e A2, que se constituem como a principal mancha de cerradão e
cerrado da área de estudo. Esta área também é circundada em boa parte por manchas de
brejos e veredas, propiciando à região uma grande diversidade de avifauna. A área A3, que
é formada pela mata ciliar do rio Verde e por brejos, também é um importante refúgio para a
avifauna, bem como importante corredor ecológico que certamente permite a movimentação
das diferentes espécies de aves florestais pela paisagem. O ponto 4, embora seja um
fragmento de cerradão de pequena extensão, se constitui em habitat adicional para a
avifauna e pode ser utilizado para conectar e expandir as manchas de habitat natural na
região.
Recomenda-se o estabelecimento de conexão por meio de reflorestamento, do ponto 4 ao
fragmento onde foram alocadas das estações A2 e A1 até as áreas de remanescentes nas
margens do rio Verde (A3). Desta forma, seria formado um grande corredor ecológico
ligando todos os pontos amostrais utilizados no monitoramento, garantindo maior área
disponível
de
habitat
para
a
avifauna
local
(ANEXO
III).
Ressalta-se
que
o
reestabelecimento de conexão entre tais fragmentos aumentaria o habitat disponível não só
para a avifauna, mas também para toda comunidade da fauna e flora da região.
Quanto à mastofauna não voadora, considera-se que os dados registrados durante o
monitoramento na fase pós-enchimento foram satisfatórios, levando em consideração o
número de pontos, tipo de fitofisionomia e as condições climáticas durante os trabalhos de
campo. Somando as oito campanhas de monitoramento da fase pós-enchimento foram
registradas 26 espécies (161 registros) de mamíferos não voadores nas áreas sob influência
da UHE São Domingos, pertencentes a 14 famílias e sete ordens, sendo três espécies de
pequenos mamíferos e 23 espécies de médio e grande porte. Ressalta-se que foram
registradas espécies extremamente importantes para a qualidade do ambiente, como
espécies sensíveis a perturbações ambientais e consideradas bioindicadoras.
125
O fato de não terem sido detectadas diferenças significativas de riqueza de espécies entre
as campanhas de monitoramento da fase pós-enchimento indica certa regularidade no uso
do habitat pela comunidade de mamíferos silvestres. Por outro lado, as diferenças na
composição de espécies entre as campanhas podem ser resultado de variações naturais e
sazonais, não sendo possível determinar com certeza a ausência de determinada espécie
em determinada época. De fato, muitos indivíduos podem utilizar a área, mas não serem
detectados durante as amostragens, que são descontínuas. Dessa maneira, o registro de
espécies é sujeito ao acaso. Soma-se à isso o fato de mamíferos de médio e grande porte
serem crípticos (maioria das espécies), possuírem ampla área de vida e ocorrerem em
baixas densidades, o que dificulta a detecção. Há ainda variações sazonais, como
ocorrência de chuvas, baixas temperaturas e época de reprodução, que podem favorecer ou
desfavorecer a movimentação dos animais e consequentemente seu registro.
Houve uma redução no número de espécies registradas entre os estudos do EIA (30
espécies), do monitoramento pré-enchimento (27 espécies) e do monitoramento pósenchimento (26 espécies), embora essas diferenças não sejam significativas. È valido
ressaltar ainda que, como a riqueza de espécies ao longo das campanhas no
monitoramento na fase de pós-enchimento apresentou-se em ascensão, espera-se um
aumento a médio e longo prazo na riqueza total de espécies de mamíferos não voadores no
local, principalmente após a execução do Programa de Recomposição da Flora e
Implantação da faixa de Proteção Ciliar.
É válido ressaltar que algumas das espécies registradas durante os estudos, tais como:
Leopardus pardalis, Leopardus tigrinus, Myrmecophaga tridactyla, Tapirus terrestris,
Chrysocyon brachyurus, Priodontes maximus, Puma concolor e Tayassu pecari encontramse ameaçadas de extinção segundo a IUCN e o Livro Vermelho da Fauna Brasileira
Ameaçada de Extinção (MMA, 2008). Muitas das ameaças relacionadas a essas espécies
são decorrentes da perda e fragmentação de habitat, caça e atropelamentos (Cáceres et al.,
2008a). A presença dessas espécies na área de estudo é importante, pois indica que esses
animais estão se mantendo no local, mesmo depois da implantação da UHE São Domingos.
Apesar de não ser possível inferir dados quantitativos acerca da viabilidade populacional
das espécies de mamíferos nas áreas de influência da UHE São Domingos em longo e
médio prazo, acredita-se que durante o desenvolvimento dos Programas Ambientais que
envolvem o reflorestamento, algumas populações comecem a se reestabelecer nos
126
próximos anos. Isso porque as ações desses Programas auxiliam no direcionamento da
formação de corredores ecológicos ligando as manchas de florestas, principalmente matas
ripárias e savanas remanescentes no entorno do reservatório, aumento a extensão de
habitat disponível e possibilitando o fluxo gênico entre as populações.
De acordo com os registros de espécies endêmicas, ameaçadas de extinção e cinegéticas,
a Área 3 pode ser considerada um ambiente importante para refúgio da mastofauna
(ANEXO III). Esse local foi onde houve registro de maior diversidade de espécies e possui
uma fitofisionomia heterogênea, com espécies vegetais pioneiras e de clímax, além de
lagoas artificiais. Por ser uma área de maior tamanho e estar próxima ao Rio Verde, esta
área, ao conectar-se com a mata ciliar do rio, além de servir como abrigo para várias
espécies, pode funcionar como corredor para a fauna da região.
Desde a formação do reservatório da UHE São Domingos as comunidades da fauna
presentes na região estão se reestabelecendo nos habitats remanescentes. O sucesso no
reestabelecimento das comunidades, bem como a conservação da biodiversidade local
pode ser subsidiada pela recuperação e conservação do mosaico de florestas aluviais,
matas de galeria, áreas de várzea e Cerradão presentes nas áreas sob influência da
hidrelétrica.
Acredita-se que, com o desenvolvimento dos Programas Ambientais que envolvem o
reflorestamento, recomposição da faixa de APP e recuperação das áreas degradadas, seja
possível o reestabelecimento dos habitats suprimidos e a recolonização dos mesmos por
parte das comunidades de anfíbios, répteis, aves e mamíferos nos próximos anos.
Posteriormente, com formação de corredores ecológicos ligando as manchas de florestas,
principalmente matas ripárias e savanas remanescentes no entorno do reservatório, haverá
maior disponibilidade de habitat, aumentando o equilíbrio das comunidades.
Em longo prazo, após a consolidação das medidas de mitigação, bem como a ordenação do
entorno do reservatório por meio do PACUERA, com a devida destinação de áreas de
proteção, é provável que a fauna já esteja novamente reestabelecida na região, com
populações viáveis. Essas previsões se baseiam no fato de que mesmo a região sofrendo
um processo histórico de conversão de vegetação nativa em áreas de pastagens e
plantações resultando na perda e fragmentação de habitat, muitas espécies ainda
permanecem no local, indicando que a comunidade possui certa resiliência. A implantação
127
dos Programas que envolvem reflorestamento tende a aumentar o habitat disponível,
recuperando áreas que já estavam degradadas mesmo antes da implantação da UHE São
Domingos. Tais medidas favorecerão o reestabelecimento das comunidades faunísticas da
região.
128
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ADLER, G. H., LAMBERT T.D. 1997. Ecological correlates of trap responce of a
neotropical forest rodent, Proechimys semispinosus. Journal of Tropical Ecology 13: 5968.
ALHO, C. 2003. Conservação da biodiversidade da Bacia do Alto Paraguai. Campo
Grande: UNIDERP. 449p.
ALHO, C. J. R., STRÜSSMANN, C. e L. A. S. VASCONCELLOS. 2000. Indicadores da
magnitude da diversidade e abundância de vertebrados silvestres do Pantanal num
mosaico de habitats sazonais. III Simpósio sobre Recursos Naturais e Sócioeconômicos
do Pantanal – Os desafios do Novo Milênio. Corumbá – MS.
ARZABE, C. 1999. Reproductive activity patterns of anurans in two different altitudinal
sites within the Brazilian Caatinga. Revista Brasileira de Zoologia.
ASSIS, T.O. 2014. Utilização de matriz de pasto e matriz de café por pequenos
mamíferos em uma paisagem fragmentada no sul de Minas Gerais. Dissertação de
Mestrado. Universidade Federal de Lavras. 84p.
BASTOS. R.P, MOTTA J.A.O, LIMA L.P e GUIMARÃES L.D. 2003. Anfíbios da Floresta
Nacional de Silvânia, estado de Goiás. 82 pp.
BERNARDE, P. S.; MACHADO, R. A.; MACEDO-BERNARDE, L. C.; MONÇÃO, G. R.;
SANTOS, W. V. e SILVA, M. O. 2006. Amphibia, Anura, Centrolenidae, Allophryne
ruthveni: distribution extension for Rondônia, Southeastern Amazonia, Brazil. Check
List 2(3):5-6.
BERNARDES, P.S. 2007. Ambientes e temporada de vocalização da anurofauna no
Município de espigão do Oeste, Rondônia, Sudoeste da Amazônia – Brasil (Amphibia:
Anura). Biota Neotropica 7:87-92.
BÉRNILS, R. S. e COSTA, H. C. (org.). 2014. Brazilian reptiles – List of species.
Accessible at http://www.sbherpetologia.org.br/. Sociedade Brasileira de Herpetologia.
Captured on 11/11/2014.
BERSIER, L.F. e MEYER, D. 1994. Bird assemblages in mosaic forest: the relative
importance of vegetaton structure and floristic composition along the successional
gradient. Acta Oecologica 15: 561-576.
BERTOLUCI, J. e RODRIGUES, J. T. 2002. Seasonal patterns of breeding activity of
Atlantic Rain forest anurans at Boracéia, Southeastern Brazil. Amphibia Reptilia. 23:
161-167.
129
BIRDLIFE INTERNATIONAL. 2009. The BirdLife checklist of the birds of the world, with
conservation status and taxonomic sources. Versão 2. Disponível em
http://www.birdlife.org/datazone/speciessearchresults. php. Acesso em 2014.
BOONSTRA, R., KREBS, C. J. 1978. Pitfall trapping of Microtus townsendii. Journal of
Mammalogy 59: 136-148.
BORGES, S.H. e STOUFFER, P.C. 1999. Bird communities in two types of
anthropogenic successional vegetation in central Amazonia. Condor 101: 529-536.
BRANDÃO, R. A. e PERES-JÚNIOR, A. K. 2001. Levantamento da herpetofauna na área
de influência do Aproveitamento Hidroelétrico da UHE Luis Eduardo Magalhães
(Palmas, TO). Humanitas, Palmas, TO, v. 3, n. 1, p. 35-50.
BROOKS, T., TOBIAS, J. e BALFORD, A. 1999. Deforestation and Bird Extinction in the
Atlantic Forest. Animal Conservation 2: 211-222.
BRUSQUETTI, F. e LAVILLA, E.O. 2006. Lista comentada de los anfíbios de Paraguay.
Cuadernos de Herpetología 20(2):3-79.
BUCHER, H. 1980. Ecología de la fauna Chaqueña. Una revisón. Ecosur 7(4):111-159.
CÁCERES, N. C., BORNSCHEIN, M. R., HANNIBAL, W. e A. R. PERCEQUILLO. 2007.
Mammal of the Bodoquena Mountains, southeastern Brazil – An ecological and conservation
analysis. Revista Brasileira de Zoologia, 24(2) – 426-435.
CÁCERES, N. C., BORNSCHEIN, M. R. e W. H. LOPES. 2008a. Uso do hábitat e a
conservação de mamíferos no sul do bioma Cerrado. In: REIS, N. R., PERACCHI, A. L. e
SANTOS, G. A. S. D. Ecologia de mamíferos. Londrina: Technical Books Editora. p.123-132.
CÁCERES, N. C.; CARMIGNOTTO, A. C.; FISCHER, E. e C. F. SANTOS. 2008b. Mammals
from Mato Grosso do Sul, Brazil. Check List 4 (3): 321-335.
CAMPBELL, H.W. e CHRISTMAN, S.P. 1982. Field techniques for herpetofaunal
community analysis. In: N. J. Scott Jr. (ed.), Herpetological Communities, p.93-200. Wildl.
Res. Rept.13, US. Fish and Widl. Serv. Washington, DC.
CANADAY, C. 1997. Loss of insectivorous birds along a gradient of human impact in
Amazonia. Biological Conservation 77: 63-77.
CARDOSO, A. J.; ANDRADE, G. V. e HADDAD, C. F. B. 1989. Distribuição espacial em
comunidades de anfíbios (Anura) no sudeste do Brasil. Revista Brasileira de Biologia, n.
49, p. 241-249.
130
CARDOSO, A.J. e MARTINS, J.E. 1987. Diversidade de anuros durante o turno de
vocalizações em comunidade neotropical. Papéis Avulsos de Zoologia, 36(23): 279-285.
CBRO – COMITÊ BRASILEIRO DE REGISTROS ORNITOLÓGICOS. 2014. Listas das
aves do Brasil. 11a Edição – Disponível em: http://www.cbro.org.br/CBRO. Acesso em
2014.
CECHIN, S. Z. e MARTINS, M. 2000. Eficiência de armadilhas de queda (pitfalltraps) em
amostragens de anfíbios e répteis no Brasil. Revista Brasileira de Zoologia 17: 729-740.
CHEIDA, C. C.; NAKANO-OLIVEIRA, E.; FUSCO-COSTA, R. ROCHA-MENDES, F. e
QUADROS, J. 2011. Ordem Carnivora. Pp. 235-288. In: REIS, N. R.; PERACCHI, A. L.;
PEDRO, W. A. e LIMA, I. P. (Eds.). Mamíferos do Brasil. Londrina: Nélio R. dos Reis. 439 p.
CITES. 2013. Convention on International Trade in Endangered Species of Wild Fauna
and Flora. Disponível em: http://www.cites.org/. Acesso em 2014.
COLLI, G.R., BASTOS, R.P. e ARAÚJO, A.F.B. 2002. The character and dynamics of the
Cerrado herpetofauna. In The Cerrados of Brazil: Ecology and Natural History of a
Neotropical Savanna. (P.S. Oliveira e R.J. Marquis, eds.). Columbia University Press, New
York, p. 223-241.
COLWELL, R. K. 2011. EstimateS, Version 8.2: Statistical Estimation of Species Richness
and Shared Species from Samples (Software and User's Guide).
CONTE, C.E. e MACHADO R.A. 2005. Riqueza de espécies e distribuição espacial em
comunidade de anuros (Amphibia, Anura) em uma localidade de Tijucas do Sul,
Paraná, Brasil. Revista Brasileira de Zoologia 22: 940–948.
CONTE, C.E. e ROSSA-FERES, D.C. 2006. Diversidade e ocorrência temporal da
anurofauna (Amphibia, Anura) em São José dos Pinhais, Paraná, Brasil. Revista
Brasileira de Zoologia 23(1): 162-175.
COSTA, L. P.; LEITE, Y. L. R.; MENDES, S. L. e A. D. DITCHFIELD. 2005. Mammal
Conservation in Brazil. Conservation Biology, vol. 19, n. 3, págs. 672-679.
DEVELEY, P.F. 2004. Métodos para estudos com aves. Pp. 153-168. In: Cullen, L. et al .
(Eds.). Métodos de Estudos em Biologia da Conservação e Manejo da Vida Silvestre.
Editora Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, Paraná.
DUELLMAN, W. E. e TRUEB, L. 1986. Biology of Amphibians. McGraw-Hill Publ. Co., New
York. 670p.
131
DUELLMAN, W. E. 1999. Distribution Patterns of Amphibians in South America. In
Patterns of Distribution of Amphibians (W. E. Duellman, ed.). The Johns Hopkins University
Press, Baltimore and London, p. 255-327.
EISENBERG, J. F. e K. H. REDFORD, 1999. Mammals of the Neotropics – The Central
Neotropics. vol. 3. The University of Chicago Press. 609 p.
FROST, D.R. 2014. Amphibian Species of the World: an Online Reference. Electronic
Database
accessible
at
16/11/2014
http://research.amnh.org/herpetology/amphibia/index.php. American Museum of Natural
History, New York, USA).
GIRAUDO, A. 2001. Serpientes de la Selva Paranaense y del Chaco Húmedo. Buenos
Aires, L. O. L. A. 328 p.
GODOI, M.N., MORANTE-FILHO, J.C., FAXINA, C., MÓDENA, E.S., PIVATTO, M.A.C.,
MANÇO, D.D.G., BOCCHESE, R., TERIBELE, R., ROSA, A.L.M. e STAVIS, V.K. 2012.
Aves da rapina raras no estado de Mato Grosso do Sul, Brasil. Atualidades
Ornitológicas 170: 41-47.
GODOI, M.N., MORANTE-FILHO, J.C., MÓDENA, E.S., FAXINA, C., TIZIANEL, F.A.T.,
BOCCHESE, R., PIVATTO, M.A.C., NUNES, A.P.e POSSO, S.R. 2013. Birds of Upper
Paraná River Basin in the State of Mato Grosso do Sul, Brazil. Revista Brasileira de
Ornitologia. 21 (3): 176-204.
GOERCK, J.M. 1997. Patterns of rarity in the Birds of the Altantic Forests of Brazil.
Conservation Biology 11:112-118.
GRANDINETTI, L. e JACOBI, C.M. 2005. Distribuição estacional de uma taxocenose de
anuros (Amphibia) em uma área antropizada em Rio Acima, MG. Lundiana 6(1) 21-28.
HAMMER, O.; HARPER, D. A. T. e RIAN, P. D. 2001. Past: Palaeonthological statistics
software package for education and data analysis. Version. 1.37.
HEYER, W.R., DONNELLY, M.A., MCDIARMID, R.W., HAYEK, L.C. e FOSTER, M.S. 1994.
Measuring and monitoring biological diversity. Standard methods for Amphibians.
Smithsonian Institution Press, Washington.
IUCN 2014. The IUCN Red List of
<http://www.iucnredlist.org>. Acesso em 2014.
Threatened
Species.
Version
2014.3.
IZECKSOHN, E. e CARVALHO-E-SILVA, S.P. 2001. Anfíbios do Município do Rio de
Janeiro. Editora UFRJ, Rio de Janeiro.
132
JOHNS, A.D. 1991. Responses of Amazonian rain forest birds to habitat modification.
Journal of Tropical Ecology 7: 417-437.
KARR, J.R., ROBINSON, S.K., BLAKE, J.G. e BIERREGAARD, R.O. 1990. Bird of four
Neotropical rainforests. In: Gentry, A.H. (Ed). Four Neotropical Rainforests. 237-268. Yale
University Press, New Haven.
KENT, M. e COKER, P. 1992. Vegetation description and analyses: a pratical approach.
John Wiley e Sons, London
KEUROGHLIAN, A.; EATON, D. P. 2009. Removal of palm fruits and ecosystem
engineering in palm stands by white-lipped peccaries (Tayassu pecari) and other
frugivores in an isolated Atlantic Forest fragment. Biodiversity and Conservation, v. 18,
p. 1733-1750.
KLINK, C. A.; MACHADO, R. B. (2005). A conservação do Cerrado brasileiro. Belo
Horizonte, Megadiversidade, v. 1, n. 1, jul. 2005, p. 148-155.
KREBS, C. J. 1999. Ecological Methodology. Addison Wesley Educational Publishers,
Menlo Park.
KREBS, C.J. 1972. Ecology - The Experimental Analysis of Distribution and Abundante.
New York, Harper e Row, 694p.
LAURANCE, W. F., BIERREGAARD, R.O. 1992. Tropical forest remmants. The University
of Chicago Press, Chicago and London.
LAURANCE, W.F., FERREIRA, L.V., RANKIN-DE MERONA, J. M., LAURANCE, .S.G.
HUTCHINGS, R.W AND LOVEJOY, T.E. 1998. Effects of forest fragmentation on
recruitment patterns in central Amazonia. Conservation Biology 12:460-464.
LEAL, K.P.G. 2013. Uso do espaço por Didelphis aurita (Wied-Neuwied, 1826) emu ma
area fragmentada do sul de Minas Gerais. Dissertação de Mestrado. Universidade
Federal de Lavras, 81p.
LIMA BORGES, P. A. e W. M. TOMÁS. 2004. Guia de rastros e outros vestígios de
mamíferos do Pantanal. Corumbá Embrapa Pantanal.
MAC CLEARN, D., J. KOHLER, K. J. MAC GOWAN, E. CEDRENO, L. G. CARBONE.,
MILLHER. D. 1994. Arboreal and terrestrial mammal trapping on Gigante Peninsula,
Barro Colorado Nature Monument, Panama. Biotropica: 208-213.
MAGURRAN, A. E. 1988. Ecological Diversity and Its Measurement. Princeton University
Press, New Jersey.
133
MAMEDE, S. B. e C. J. R. ALHO. 2008. Impressões do Cerrado e Pantanal – subsídios
para a observação de mamíferos silvestres não-voadores. 2ª Ed. Editora Uniderp. 192
pag.
MANEYRO, R., NAYA, D.E., ROSA, I., CANAVERO, A., CAMARGO, A. 2004. Diet of South
American frog Leptodactylus ocellatus (Anura, Leptodactylidae) in Uruguay. Iheringia,
94: 57 – 61.
MARINI, M.A. 2001. Effects of forest fragmentation on birds of the cerrado region,
Brazil. Bird Conservation International 11: 13-25.
MARQUES, O.A.V., A.S. ABE e M. MARTINS. 1998. Estudo diagnóstico da diversidade
de répteis do estado de São Paulo. In: Biodiversidade do estado de São Paulo: síntese do
conhecimento ao final do século XX. Editora FAPESP, São Paulo.
MARQUES, O.A.V., ETEROVIC, A., STRÜSSMANN, C. E e SAZIMA, A. 2005. "Serpentes
Do Pantanal: Guia Ilustrado" 184pp.
MAURO, R.A. e Z. CAMPOS. 2000. Fauna. In: Zoneamento Ambiental – Borda oeste do
Pantanal: Maciço do Urucum e Adjacências. J.S.V. da SILVA (Ed.). Embrapa Pantanal.
Corumbá.
FORERO-MEDINA, G., VIEIRA, M. V. 2009. Perception of a fragmented landscape by
neotropical marsupials: effects of body mass and environmental variables. Journal of
Tropical Ecology, 25 (01): 53-62.
MEDRI, I. M.; MOURÃO, G. M. e F. H. G. RODRIGUES. 2011. Ordem Cingulata. In: Nelio
R. dos Reis; Adriano L. Peracchi; Wagner A. Pedro; Isaac P. de Lima. (Org.). Mamíferos do
Brasil. 2ed.Londrina: p. 75-90.
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE - MMA. 2008. Livro vermelho da fauna brasileira
ameaçada de extinção / editores Ângelo Barbosa Monteiro Machado, Gláucia Moreira
Drummond, Adriano Pereira Paglia. - 1.ed. - Brasília, DF: MMA; Belo Horizonte, MG:
Fundação Biodiversitas, 2008.
MIRANDA, F. e MEDRI, I. M. 2010. Myrmecophaga tridactyla (em Inglês). IUCN 2012.
Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN de 2012.
MYERS, N., MITTERMEIER, R. A., MITTERMEIER, C. G., FONSECA, G. A. B. e J. KENT.
2000. Biodiversity hotspots for conservation priorities. Nature 403: 853-858.
MORAES JÚNIOR, E.A.M. 2003. Área de uso, deslocamento e padrão de atividade de
Micoureus demerarae (Thomas, 1905) (Mammalia: Didelphidae) na Reserva Biológia
União, estado do Rio de Janeiro, Brasil, Dissertação de Mestrado. Pontifícia Universidade
Católica de Minas Gerais, 73 p.
134
NAVEDA, A., DE THOISY, B., RICHARD-HANSEN, C., TORRES, D.A., SALAS, L.,
WALLANCE, R., CHALUKIAN, S. e S. DE BUSTOS. 2008. Tapirus terrestris (em Inglês).
IUCN 2012. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN de 2012. Versão 2. Página
visitada em 2014.
NOWAK, R. M. Walker's Mammals of the World. v. 1. 6. ed. Baltimore and London: The
Johns Hopkins University Press, 1999, 836 p.
POMBAL JR., J. P. 1997. Distribuição espacial e temporal de anuros (Amphibia) em
uma poça permanente na Serra de Paranapiacaba, sudeste do Brasil. Revista Brasileira
de Biologia 57: 583-594.
PRADO, C.P.A.; UETANABARO, M. e HADDAD, C.F.B. 2005. Breeding activity patterns,
reproductive modes, and habitat use by anurans (Amphibia) in a seasonal
environment in the Pantanal, Brazil.Amphibia-Reptilia 26: 211-221.
PRADO, G. M. e POMBAL Jr, J. P. 2005. Distribuição espacial e temporal dos anuros
em um brejo da Reserva Biológica de Duas Bocas, sudeste do Brasil. Arquivos do
Museu Nacional, Rio de Janeiro, 63(4): 685-705.
PREVEDELLO, J.A. 2009. Efeitos da heterogeinidade da matriz sobre a capacidade
perceptual e movimentos de marsupiais (Mammalia, Didelphimorphia) em uma
paisagem fragmentada da Mata Atlântica. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal
do Rio de Janeiro. 150p.
REIS, N. R., PERACCHI, A. L., PEDRO, W. A. e I. P. LIMA. 2011. Mamíferos do Brasil.
Londrina – PR. 2. ed. 437 páginas.
RODDEN, M., RODRIGUES , F. e BESTELMEYER, S. 2008. Chrysocyon brachyurus (em
Inglês). IUCN . Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN de 2012 Versão 2. Página
visitada em 03 de março de 2013.
RODRIGUES, F. H. G., MEDRI, I. M., TOMAS, W. M. e G. M. MOURÃO. 2002. Revisão do
conhecimento sobre ocorrência e distribuição de Mamíferos do Pantanal. Embrapa
Pantanal. Documentos 38. Corumbá.
RODRIGUES, M., CARRARA, L.A., FARIA, L.P. e GOMES, H.B. 2005. Aves do Parque
Nacional da Serra do Cipó, Minas Gerais, Brasil. Revista Brasileira de Zoologia 22: 326338.
RODRIGUES, M.T. 2003. Herpetofauna da Caatinga. In Biodiversidade, ecologia e
conservação da Caatinga. (M. Tabarelli e J.M.C. Silva, eds.). Universidade Federal de
Pernambuco, Recife, p. 181-236.
135
SANTOS, S.P.L. 2009. Diversidade e distribuição temporal de anfíbios anuros na RPPN
Frei Caneca, Jaqueira Pernambuco. Monografia apresentada ao Centro de Ciências
Biológicas, da Universidade Federal de Pernambuco.
SCOTT JR., N. J e WOODWARD, B. D. 1994.Survey at breeding sites. In: W. R. Heyer, M.
A. Donnelly, R. W. Mcdiarmind, L. A. C. Hayece M. S. Foster. (Eds). Measuring and
monitoring biological diversity – standard methods for amphibias. Washigton, Smithsonian
Institution Press, XIX+364p.
SEGALLA, MAGNO V.; CARAMASCHI, ULISSES; CRUZ, CARLOS A. G.; GARCIA, PAULO
C. A.; GRANT, TARAN; HADDAD, CÉLIO F. B e LANGONE, JOSÉ. 2014. Brazilian
amphibians – List of species. Accessible at http://www.sbherpetologia.org.br. Sociedade
Brasileira de Herpetologia.
SICK, H. 1997. Ornitologia Brasileira. Editora Nova Fronteira S. A., Rio de Janeiro – RJ.
SIGRIST, T. 2007. Guia de Campo: Aves do Brasil Oriental. 1° Edição, Vol. 1. São Paulo
– SP. 448 pgs.
SILVA, J.M.C. e BATES, J.M. 2002. Biogeographic Patterns and Conservation in the
South American Cerrado: a Tropical Savanna Hotspot. BioScience 52 (3): 225-233.
SILVA, J.M.C. e SANTOS, M.P.D. 2005. A importância relativa dos processos
biogeográficos na formação da avifauna do Cerrado e de outros biomas brasileiros. In:
Scariot, A., Souza-Silva, J.C. e Felfili J.M. (Org). Cerrado: Ecologia, Biodiversidade e
Conservação. Brasília, DF. 439 pág.
SILVA, J.M.C. 1995a. Avian inventory of the Cerrado Region, South America:
Implications for biological conservation. Bird Conservation International 5: 15-28.
SILVA, J.M.C. 1995b. Biogeographic analysis of the South American cerrado avifauna.
Steenstrupia 21: 49-67.
SILVA, J.M.C. 1995c. Birds of the Cerrado Region, South America. Steenstrupia 21: 6992.
SILVA, J.M.C. 1996. Distribution of Amazonian and Atlantic birds in gallery forests of
the Cerrado region, South America. Ornitologia Neotropical. 7:1-18.
SILVA, J.M.C. 1997. Endemic bird species and conservation in the Cerrado Region,
South America. Biodiversity and Conservation 6: 435-450.
SILVA, M.B., ZUCCA, C.F., SOUZA, C.R., MAMEDE, S., PINA, P.I. e OLIVEIRA, I.R. 2006.
Inventário da Avifauna no Complexo Aporé - Sucuriú. In: Pagotto, T.C.S. e De Souza,
136
P.R. (Org). Biodiversidade do Complexo Aporé – Sucuriú: Subsídios à conservação e
manejo do Bioma Cerrado. Editora UFMS. 308 páginas. Campo Grande – MS.
SILVANO, D. L. e PIMENTA, B. V. S. 2003. Diversidade de anfíbios na Mata Atlântica do
Sul da Bahia. In Corredor de Biodiversidade na Mata Atlântica do Sul da Bahia (P. I.
PRADO, E. C. LANDAU, R. T. MOURA, L. P. S. PINTO, G. A. B. FONSECA e K. ALGER,
orgs.). CD-ROM, Ilhéus, IESB/CI/CABS/UFMG/UNICAMP.
SILVANO, D.L. e SEGALLA, M.V. 2005. Conservação de anfíbios no Brasil.
Megadiversidade1(1): 79-86.
SILVEIRA, L.F. e STRAUBE, F.C. 2008. Aves ameaçadas de extinção no Brasil. In:
Machado, A.B.M., Drummond, G.M. e Paglia, A.P. (Eds.). P.379- 666. Livro Vermelho da
Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. Ministério do Meio Ambiente/Fundação
Biodiversitas, Brasília.
SOUZA, D. 2002. All the Birds of Brazil: An Identification Guide. 1° edição. Editora Dall.
Salvador – BA. 356 páginas.
STOTZ, D.F., FITZPATRICK, J.W., PARKER, T.A. e MOSKOVITS, D.K. 1996. Neotropical
Birds: Ecology and Conservation. The University of Chicago Press, Chicago.
STOUFFER, P.C. e BIERREGAARD, R.O.Jr. 1995. Use of Amazonian forest fragmentens
by understory insectivorous birds. Ecology 76: 2429-2445.
STRAUBE, F.C., URBEN-FILHO A., ROCHA, M. C. V., NUNES, A.P. e TOMAS, W.M. 2006.
Nova contribuição à Ornitologia do Chaco Brasileiro (Mato Grosso do Sul, Brasil).
Atualidades Ornitológicas 134: 1-27.
STRÜSSMANN, C. 2000. Herpetofauna. In: Fauna silvestre da região do rio Manso, MT.
Edições IBAMA/ELETRONORTE. Mato Grosso.
STRÜSSMANN, C., PRADO, C.P.A., UETANABARO, M. e FERREIRA, V. L. 2000.
Levantamento de anfíbios e répteis de localidades selecionadas na porção sul da
planície alagada do Pantanal e Cerrado do entorno, Mato Grosso do Sul, Brasil. In Uma
avaliação ecológica dos ecossistemas aquáticos do Pantanal, Mato Grosso do Sul, Brasil
(P.W. Willink, B. Chernoff, L.E. Alonso, J.R. MontambaulteR. Lourival, eds.). Conservation
International. Washington, DC, p. 219-223.
TERBORGH, J., ROBINSON, S.K., PARKER lll, T. A., MUNN, C. A. e PIERPONT, N. 1990.
Structure and organization of amazonian forest bird community. Ecological Monographs
60: 213-238.
137
TIEPOLO, L. M. e TOMAS, W. M. 2011. Ordem Artiodactyla. In: Nélio R. dos Reis; Adriano
L. Peracchi; Wagner A. Pedro; Isaac P. de Lima. (Org.). Mamíferos do Brasil. 2ed.Londrina:
Cap.10, p. 293-313.
TIEPOLO, L. M., TOMAS, W. M.; FERNANDEZ, F. A. S. e LIMA BORGES, P. A. 2004.
Conservação a população do cervo-do-pantanal Blastocerus dichotomus (Illiger, 1815)
(Mammalia, Cervidae) no Parque Nacional de Ilha Grande e entorno (PR/MS). Natureza
e Conservação.2(1),56-66.
TOCHER, M. D.; GASCON, C.; ZIMMERMAN, B. L. 1997. Fragmentation effects on a
central Amazonian frog community: a ten-year study. In: LAURENCE, W.F.;
BIERREGAARD, O. JR. Tropical Forest Remnants: Ecology, Management, and
Conservation of Fragmented COMMUNITIES. THE UNIVERSITY OF CHICAGO PRESS,
ILLINOIS, P. 124-137.
UETANABARO, M.; GUIMARÃES, L.D.; BÉDA, A.F.; LANDGREF FILHO, P.; PRADO,
C.P.A.; BASTOS, R. P. e Ávila, R.W. 2006. Inventário da herpetofauna do Complexo
Jauru. In: T.C.S. Pagotto e P.R. Souza (orgs.). Biodiversidade do Complexo Jauru,
subsídios à conservação e manejo do Cerrado. Campo Grande, MS: Editora UFMS.
UETANABARO, M.; SOUZA, F.L.; LANDGREF FILHO, P.; BÉDA, A.F. e BRANDÃO, R.A.
2007. Anfíbios e répteis do Parque Nacional da Serra da Bodoquena, Mato Grosso do
Sul Brasil Biota Neotropica, Vol.7 (number 3): 2007; p. 279-289.
UETANABARO, M; PRADO, C.P.A.; RODRIGUES, D.J.; GORDO, M. e CAMPOS. Z. 2008.
Guia de Campo dos Anuros do Pantanal Sul e Planaltos de Entorno.
VAN PERLO, B. 2009. A field guide to the Birds of Brazil. Oxford University Press. 465
páginas.
VAZ-SILVA, W., GUEDES, A. G., AZEVEDO-SILVA, P L., GONTIJO, F. F., BARBOSA, R.
S., ALOÍSIO, G. R. e OLIVEIRA, F. C. G. 2007. Herpetofauna, Espora Hydroelectric
Power Plant, state of Goiás, Brazil. Check List 3(4): 338-345.
VIEIRA, E. M. e A. R. T. PALMA. 2005. Pequenos mamíferos de Cerrado – distribuição
dos gêneros e estrutura das comunidades nos diferentes habitats. In – SCARIOT, A., J.
C. SOUZA-SILVA e J. M. FELFILI. Cerrado – Ecologia, Diversidade e Conservação. MMA.
Brasília – DF.
VITT, J.P., WILBUR, H.M. e SMITH, D.C. 1990. Amphibians as harbingers of
decay.BioScience40:418.
138
VOSS, R. e L. H. EMMONS. 1996. Mammalian diversity in neotropical lowland
rainforest: a preliminary assessment. Bulletin of the American Museum of Natural History.
230: 1-115.
WILLIS, E.O. 1979. The composition of avian communities in remanescent woodklots
in southern Brazil. Papéis Avulsos de Zoologia 33: 1-25.
YOCCOZ, N. G.; NICHOLS, J. D. eBOULINIER, T. 2001.Monitoring of biological diversity
in space and time.Trends in ecologyandevolution 16(8): 446-453.
ZAR, J.H. 1999. Biostatistical analysis. 4ªed. New Jersey, Prentice-Hall, Inc., 663p.
139
ANEXOS
140
ANEXO I
Documentação Fotográfica
141
Foto 01 – Registro de pegada de tamanduámirim (Tamandua tetradactyla) durante a 7°
campanha do monitoramento da fauna nas áreas
de influência da UHE São Domingos.
Foto 02 – Registro de pegada de onça-parda
(Puma concolor) durante a 7° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
Foto 03 – Registro de pegada de mão-pelada
(Procyon cancrivorus) durante a 7° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
Foto 04 - Cutia (Dasyprocta azarae) registrada
durante a 7° campanha do monitoramento da
fauna nas áreas de influência da UHE São
Domingos.
Foto 05 - Fruxu-do-cerradão (Neopelma
pallescens) registrado durante a 7° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
Foto 06 - Araçari-castanho (Pteroglossus
castanotis) registrado durante a 7° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
142
Foto 07 - Pitiguari (Cyclarhis gujanensis)
registrado durante a 7° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
Foto 08 - Pica-pau-de-banda-branca (Dryocopus
lineatus) registrado durante a 7° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
Foto 09 - Periquitão (Psittacara leucophthalmus)
registrado durante a 7° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos
Foto 10 – Registro de pegada de onça-parda
(Puma concolor) durante a 6° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
Foto 11 - Sanhaçu-do-coqueiro (Tangara
palmarum) registrado durante a 6° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
Foto 12 - Lobinho (Cerdocyon thous) registrado
durante a 6° campanha do monitoramento da
fauna nas áreas de influência da UHE São
Domingos.
143
Foto 13 - Bico-de-pimenta (Saltatriculla atricollis)
registrado durante a 6° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
Foto 14 - Bandoleta (Cypsnagra hirundinacea)
registrado durante a 6° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
Foto 15 - Lagartixa-escorpião (Coleodactylus
brachystoma) registrada durante a 6° campanha
do monitoramento da fauna nas áreas de
influência da UHE São Domingos.
Foto 16 - Sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris)
registrado durante a 6° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
Foto 17 - Lobinhos (Cerdocyon thous)
registrados durante a 5° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
Foto 18 - Tamanduá-bandeira (Myrmecophaga
tridactyla) registrado durante a 5° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
144
Foto 19 – Águia-pescadora (Pandion haliaetus)
registrado durante a 5° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
Foto 20 – Bagageiro (Phaeomyias murina)
registrado durante a 5° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
Foto 21 – Saíra-amarela (Tangara cayana)
registrada durante a 5° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
Foto 22 – Canário-da-terra (Sicalis flaveola)
registrado durante a 5° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
Foto 23 – Lagarto (Ameiva ameiva) registrado
durante a 5° campanha do monitoramento da
fauna nas áreas de influência da UHE São
Domingos.
Foto 24 – Arapaçu-do-cerrado (Lepidocolaptes
angustirostris) registrado durante a 5° campanha
do monitoramento da fauna nas áreas de
influência da UHE São Domingos.
145
Foto 25 – Tatu-canastra (Priodontes maximus)
registrado durante a 4° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
Foto 26 – Leptodactylus mystacinus registrada
durante a 5° campanha do monitoramento da
fauna nas áreas de influência da UHE São
Domingos.
Foto 27 – Lobo-guará (Chrysocyon brachyurus)
registrado durante a 4° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
Foto 28 – Camundongo-do-mato (Oligoryzomys
fornesi) registrado durante a 4° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
Foto 29 – Beija-flor-tesoura (Eupetomena
macroura) registrado durante a 4° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
Foto 30 – Registro de pegada de quati (Nasua
nasua) durante a 4° campanha do monitoramento
da fauna nas áreas de influência da UHE São
Domingos.
146
Foto 31 – Capivara (Hydrochoerus hydrochaeris)
registrada durante a 3° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
Foto 32 – Filipe (Myiophobus fasciatus)
registrado durante a 4° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
Foto 33 – Registro de pegada de anta (Tapirus
terrestris) durante a 3° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
Foto 34 – Registro de pegada de cateto
(Tayassu tajacu) durante a 3° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
Foto 35 – Cachorro-do-mato (Cerdocyon thous)
registrado durante a 3° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
Foto 36 – Catita (Micoureus constantiae)
registrada durante a 3° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
147
Foto
37
–
Choca-do-planalto
macho
(Thamnophilus pelzeni) registrado durante a 3°
campanha do monitoramento da fauna nas áreas
de influência da UHE São Domingos.
Foto
38
–
Choca-do-planalto
fêmea
(Thamnophilus pelzeni) registrado durante a 3°
campanha do monitoramento da fauna nas áreas
de influência da UHE São Domingos.
Foto 39 – Beija-flor-dourado (Hylocharis
chrysura) registrado durante a 3° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
Foto 40 – Guaracavuçu (Cnemotriccus fuscatus)
registrado durante a 3° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
Foto 41 – Jandaia-estrela (Aratinga aurea)
registrada durante a 3° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
Foto 42 – Soldadinho (Antilophia galeata)
registrado durante a 3° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
148
Foto 43 – Fezes de capivara (Hydrochoerus
hydrochaeris) registradas durante a 2° campanha
do monitoramento da fauna nas áreas de
influência da UHE São Domingos.
Foto 44 – Verão ou príncipe (Pyrocephalus
rubinus) registrado durante a 3° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
Foto 45 – Cuíca (Gracilinanus agilis) registrada
durante a 2° campanha do monitoramento da
fauna nas áreas de influência da UHE São
Domingos.
Foto 46 – Tatu-peba (Euphractus sexcinctus)
registrado durante a 2° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
Foto 47 – Registro de pegada de veado
catingueiro (Mazama gouazoubira) durante a 2°
campanha do monitoramento da fauna nas áreas
de influência da UHE São Domingos.
Foto 48 – Registro de pegada de lobinho
(Cerdocyon thous) durante a 2° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
149
Foto 49 - Cuíca (Gracilinanus agilis) registrada
durante a 2° campanha do monitoramento da
fauna nas áreas de influência da UHE São
Domingos.
Foto 50 – Registro de pegadas de cateto (Pecari
tajacu) durante a 2° campanha do monitoramento
da fauna nas áreas de influência da UHE São
Domingos.
Foto 51 - Biólogo realizando marcação do animal
capturado durante a 2° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
Foto 52 - Registro de carcaça de tatu-peba
(Euphractus sexcinctus) durante a 2° campanha
do monitoramento da fauna nas áreas de
influência da UHE São Domingos.
Foto 53 - Pica-pau-do-campo (Colaptes
campestris) registrado durante a 2° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
Foto 54 - Gavião-miúdo (Accipiter striatus)
registrado durante a 2° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
150
Foto 55 - Canário-do-mato (Basileuterus
flaveolus) registrado durante a 2° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
Foto 56 - Tesoura-do-brejo (Gubernetes yetapa)
registrado durante a 2° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
Foto 57 - Maria-cavaleira-de-rabo-enferrujado
(Myiarchus tyrannulus) registrada durante a 2°
campanha do monitoramento da fauna nas áreas
de influência da UHE São Domingos.
Foto 58 - Chopim-do-brejo (Pseudoleistes
guirahuro) registrada durante a 2° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
Foto 59 - Papagaio-galego (Alipiopsitta xanthops)
registrado durante a 2° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
Foto 60 - Papagaio-verdadeiro (Amazona
aestiva) registrado durante a 2° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
151
Foto 61 - Choca-do-planalto (Thamnophilus
pelzeni) registrada durante a 2° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
Foto 62 - Saíra-amarela (Tangara cayana)
registrada durante a 2° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
Foto 63 - Tamanduá-bandeira (Myrmecophaga
tridactyla) registrado durante a 1° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
Foto 64 - Anta (Tapirus terrestris) registrada
durante a 1° campanha do monitoramento da
fauna nas áreas de influência da UHE São
Domingos.
Foto 65 - Tatu-peba (Euphractus sexcinctus)
registrado durante a 1° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
Foto 66 – Registro de pegadas de lobinho
(Cerdocyon thous) durante a 1° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
152
Foto 67 – Registro de fezes de veado mateiro
(Mazama americana) durante a 1° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
Foto 68 – Registro de pegadas de veado
catingueiro (Mazama gouazoubira) durante a 1°
campanha do monitoramento da fauna nas áreas
de influência da UHE São Domingos.
Foto 69 - Biólogo realizando marcação de cuíca
(Gracilinanus agilis) durante a 1° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
Foto 70 - Biólogo realizando o procedimento de
pesagem do animal capturado durante a 1°
campanha do monitoramento da fauna nas áreas
de influência da UHE São Domingos.
Foto 71 - Pica-pau-de-banda-branca (Dryocopus
lineatus) registrado durante a 1° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
Foto 72 - Caneleiro (Casiornis rufus) registrado
durante a 1° campanha do monitoramento da
fauna nas áreas de influência da UHE São
Domingos.
153
Foto
73
Pica-pau-de-topete-vermelho
(Campephilus melanoleucus) registrado durante
a 1° campanha do monitoramento da fauna nas
áreas de influência da UHE São Domingos.
Foto 74 - Patativa (Sporophila plumbea)
registrada durante a 1° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
Foto 75 - Suiriri-de-garganta-branca (Tyrannus
albogularis) registrado durante a 1° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
Foto 76 - Tucano-toco (Ramphastos toco)
registrado durante a 1° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
Foto 77 - Socó-boi (Tigrisoma lineatum)
registrado durante a 1° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
Foto 78 - Gralha-do-campo (Cyanocorax
cristatellus) registrada durante a 1° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
154
Foto 79 - Canário-da-terra-verdadeiro (Sicalis
flaveola) registrado durante a 1° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
Foto 80 - Saíra-de-papo-preto (Hemithraupis
guira) registrado durante a 1° campanha do
monitoramento da fauna nas áreas de influência
da UHE São Domingos.
Foto 81 - Scinax fuscomarginatus registrada
durante a 1° campanha do monitoramento da
fauna nas áreas de influência da UHE São
Domingos.
Foto 82 - Hypsiboas raniceps registrada durante
a 1° campanha do monitoramento da fauna nas
áreas de influência da UHE São Domingos.
Foto 83 - Leptodactylus fuscus registrada
durante a 1° campanha do monitoramento da
fauna nas áreas de influência da UHE São
Domingos.
Foto 84 - Physalaemus centralis registrada
durante a 1° campanha do monitoramento da
fauna nas áreas de influência da UHE São
Domingos.
155
Foto 85 - Elachistocleis cesarii registrada durante
a 1° campanha do monitoramento da fauna nas
áreas de influência da UHE São Domingos.
Foto 86 - Leptodactylus labyrinthicus registrada
durante a 1° campanha do monitoramento da
fauna nas áreas de influência da UHE São
Domingos.
156
ANEXO II
Imagem de Satélite dos Locais de Amostragem
157
Locais de amostragem do monitoramento da fauna da UHE São Domingos. Herp: pontos da herpetofauna; Aves: pontos da avifauna; Masto: pontos da
mastofauna.
158
ANEXO III
Imagem de satélite das áreas identificadas como refúgio da fauna e
áreas que podem funcionar como corredores de fauna
159
Pontos de amostragem do monitoramento da herpetofauna da UHE São Domingos com destaque para os pontos com maior riqueza de espécies. Ressaltase que áreas próximas a estes pontos destacados com retângulos vermelhos representam importantes locais para a manutenção das espécies de anfíbios e
répteis.
160
Áreas identificadas como refúgio da avifauna (A1, A2 e A3) e áreas que podem funcionar como corredores de fauna (A4, F1).
161
Área identificada como refúgio da mastofauna e que pode funcionar como corredor de fauna.
162
Áreas indicadas como refúgio ou corredores ecológicos para a fauna. Fragmento contornado de vermelho: grande fragmento de Cerrado. Área indicada
como refugio pela diversidade da herpetofauna, avifauna e mastofauna. Área contornada de amarelo: indicada como refúgio da herpetofauna, pela presença
de micro ambientes e corpos d’água. Área contornada de verde-escuro: indicada como refúgio para avifauna. Fragmentos contornados de verde-água e
azul: áreas indicadas para o estabelecimento de conexão com os demais fragmentos.
163
ANEXO IV
Dados brutos dos registros
164
DADOS BRUTOS – MONITORAMENTO DA HERPETOFAUNA
Ponto
Abundância
Método de
registro
Data
Campanha
Estação
Coordenadas
Coletado
Marcação
Depósito
em
Coleção
Procura
ativa 5
5
Zoofonia
21/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Dendropsophus nanus (Boulenger, 1889)
Procura
ativa 5
16
Busca ativa
limitada por
tempo
21/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Dendropsophus rubicundulus (Reinhardt e
Lütken, 1862″1861″)
Procura
ativa 5
8
Zoofonia
21/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Procura
ativa 5
5
Zoofonia
21/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Hypsiboas raniceps (Cope, 1862)
Procura
ativa 5
7
Busca ativa
limitada por
tempo
21/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Scinax fuscomarginatus (A. Lutz, 1925)
Procura
ativa 5
24
Zoofonia
21/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Physalaemus cuvieri (Fitzinger, 1826)
Procura
ativa 5
2
Zoofonia
21/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Pseudopaludicola mystacalis (Cope, 1887)
Procura
ativa 5
16
Zoofonia
21/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Leptodactylus chaquensis (Cei, 1950)
Procura
ativa 5
3
Zoofonia
21/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Leptodactylus diptyx (Boettger, 1885)
Procura
ativa 5
6
Busca ativa
limitada por
tempo
21/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799)
Procura
ativa 5
2
Zoofonia
21/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Leptodactylus podicipinus (Cope, 1862)
Procura
ativa 5
8
Zoofonia
21/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Espécie
Dendropsophus
elianae
Caramaschi, 2000)
(Napoli
e
165
DADOS BRUTOS – MONITORAMENTO DA HERPETOFAUNA
Espécie
Ponto
Abundância
Método de
registro
Data
Campanha
Estação
Coordenadas
Coletado
Marcação
Depósito
em
Coleção
Elachistocleis cesarii (Miranda Ribeiro, 1920)
Procura
ativa 5
3
Zoofonia
21/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Hypsiboas raniceps Cope, 1862
Procura
ativa 1
12
Zoofonia
21/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0271803/
7784476
Não
Não
Não
Physalaemus centralis Bokermann, 1962
Procura
ativa 1
6
Zoofonia
21/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0271803/
7784476
Não
Não
Não
Physalaemus cuvieri Fitzinger, 1826
Procura
ativa 1
10
Zoofonia
21/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0271803/
7784476
Não
Não
Não
Pseudopaludicola mystacalis (Cope, 1887)
Procura
ativa 1
13
Busca ativa
limitada por
tempo
21/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0271803/
7784476
Não
Não
Não
Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799)
Procura
ativa 1
4
Zoofonia
21/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0271803/
7784476
Não
Não
Não
Procura
ativa 3
1
Zoofonia
22/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0271847/
7784303
Não
Não
Não
Dendropsophus nanus (Boulenger, 1889)
Procura
ativa 3
7
Zoofonia
22/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0271847/
7784303
Não
Não
Não
Dendropsophus rubicundulus (Reinhardt e
Lütken, 1862″1861″)
Procura
ativa 3
3
Zoofonia
22/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0271847/
7784303
Não
Não
Não
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Procura
ativa 3
15
Busca ativa
limitada por
tempo
22/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0271847/
7784303
Não
Não
Não
Hypsiboas raniceps Cope, 1862
Procura
ativa 3
13
Busca ativa
limitada por
tempo
22/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0271847/
7784303
Não
Não
Não
Scinax fuscomarginatus (A. Lutz, 1925)
Procura
ativa 3
15
Zoofonia
22/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0271847/
7784303
Não
Não
Não
Dendropsophus
elianae
Caramaschi, 2000)
(Napoli
e
166
DADOS BRUTOS – MONITORAMENTO DA HERPETOFAUNA
Ponto
Abundância
Método de
registro
Data
Campanha
Estação
Coordenadas
Coletado
Marcação
Depósito
em
Coleção
Physalaemus cuvieri Fitzinger, 1826
Procura
ativa 3
7
Zoofonia
22/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0271847/
7784303
Não
Não
Não
Pseudopaludicola mystacalis (Cope, 1887)
Procura
ativa 3
4
Zoofonia
22/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0271847/
7784303
Não
Não
Não
Leptodactylus chaquensis (Cei, 1950)
Procura
ativa 3
4
Busca ativa
limitada por
tempo
22/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0271847/
7784303
Não
Não
Não
Leptodactylus diptyx Boettger, 1885
Procura
ativa 3
2
Zoofonia
22/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0271847/
7784303
Não
Não
Não
Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799)
Procura
ativa 3
6
Zoofonia
22/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0271847/
7784303
Não
Não
Não
Leptodactylus podicipinus (Cope, 1862)
Procura
ativa 3
8
Busca ativa
limitada por
tempo
22/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0271847/
7784303
Não
Não
Não
Dendropsophus sanborni (Schmidt, 1944)
Procura
ativa 4
2
Zoofonia
23/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0273635/
7783997
Não
Não
Não
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Procura
ativa 4
7
Zoofonia
23/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0273635/
7783997
Não
Não
Não
Hypsiboas punctatus (Schneider, 1799)
Procura
ativa 4
2
Zoofonia
23/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0273635/
7783997
Não
Não
Não
Hypsiboas raniceps Cope, 1862
Procura
ativa 4
5
Zoofonia
23/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0273635/
7783997
Não
Não
Não
Scinax fuscomarginatus (A. Lutz, 1925)
Procura
ativa 4
16
Zoofonia
23/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0273635/
7783997
Não
Não
Não
Physalaemus cuvieri Fitzinger, 1826
Procura
ativa 4
3
Zoofonia
23/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0273635/
7783997
Não
Não
Não
Espécie
167
DADOS BRUTOS – MONITORAMENTO DA HERPETOFAUNA
Ponto
Abundância
Método de
registro
Data
Campanha
Estação
Coordenadas
Coletado
Marcação
Depósito
em
Coleção
Leptodactylus chaquensis (Cei, 1950)
Procura
ativa 4
1
Busca ativa
limitada por
tempo
23/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0273635/
7783997
Não
Não
Não
Leptodactylus labyrinthicus (Spix, 1824)
Procura
ativa 4
1
Zoofonia
23/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0273635/
7783997
Não
Não
Não
Dendropsophus sanborni (Schmidt, 1944)
Procura
ativa 6
7
Zoofonia
23/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0273792/
7781898
Não
Não
Não
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Procura
ativa 6
2
Zoofonia
23/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0273792/
7781898
Não
Não
Não
Scinax fuscomarginatus (A. Lutz, 1925)
Procura
ativa 6
9
Zoofonia
23/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0273792/
7781898
Não
Não
Não
Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799)
Procura
ativa 6
2
Busca ativa
limitada por
tempo
23/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0273792/
7781898
Não
Não
Não
Pitfall 2
1
Busca ativa
limitada por
tempo
23/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0273861/
7783765
Não
Não
Não
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Procura
ativa 2
3
Zoofonia
24/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0271763/
7781639
Não
Não
Não
Hypsiboas raniceps Cope, 1862
Procura
ativa 2
11
Zoofonia
24/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0271763/
7781639
Não
Não
Não
Scinax fuscomarginatus (A. Lutz, 1925)
Procura
ativa 2
17
Zoofonia
24/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0271763/
7781639
Não
Não
Não
Physalaemus cuvieri Fitzinger, 1826
Procura
ativa 2
4
Zoofonia
24/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0271763/
7781639
Não
Não
Não
Pseudopaludicola mystacalis (Cope, 1887)
Procura
ativa 2
9
Zoofonia
24/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0271763/
7781639
Não
Não
Não
Espécie
Micrablepharus
Luetken, 1862)
maximiliani
(Reinhardt
e
168
DADOS BRUTOS – MONITORAMENTO DA HERPETOFAUNA
Ponto
Abundância
Método de
registro
Data
Campanha
Estação
Coordenadas
Coletado
Marcação
Depósito
em
Coleção
Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799)
Procura
ativa 2
7
Zoofonia
24/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0271763/
7781639
Não
Não
Não
Elachistocleis cesarii (Miranda Ribeiro, 1920)
Procura
ativa 3
2
Zoofonia
24/02/2013
1ª de
Operação
Chuvosa
0271763/
7781639
Não
Não
Não
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Procura
ativa 1
2
Zoofonia
05/05/2013
2ª de
Operação
Seca
0271803/
7784476
Não
Não
Não
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Procura
ativa 5
2
Zoofonia
06/05/2013
2ª de
Operação
Seca
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Caiman latirostris (Daudin, 1802)
Procura
ativa 5
2
Busca ativa
limitada por
tempo
06/05/2013
2ª de
Operação
Seca
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Procura
ativa 4
4
Zoofonia
07/05/2013
2ª de
Operação
Seca
0273635/
7783997
Não
Não
Não
Eunectes murinus (Linnaeus, 1758)
Procura
ativa 4
1
Busca ativa
limitada por
tempo
07/05/2013
2ª de
Operação
Seca
0273635/
7783997
Não
Não
Não
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Procura
ativa 2
3
Zoofonia
08/05/2013
2ª de
Operação
Seca
0271763/
7781639
Não
Não
Não
Pseudopaludicola mystacalis (Cope, 1887)
Procura
ativa 3
15
Zoofonia
14/10/2013
4ª de
Operação
Chuvosa
0271847/
7784303
Não
Não
Não
Pseudopaludicola saltica (Cope, 1887)
Procura
ativa 3
9
Zoofonia
14/10/2013
4ª de
Operação
Chuvosa
0271847/
7784303
Não
Não
Não
Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799)
Procura
ativa 3
6
Zoofonia
14/10/2013
4ª de
Operação
Chuvosa
0271847/
7784303
Não
Não
Não
Leptodactylus labyrinthicus (Spix, 1824)
Procura
ativa 3
2
Zoofonia
14/10/2013
4ª de
Operação
Chuvosa
0271847/
7784303
Não
Não
Não
Dendropsophus nanus (Boulenger, 1889)
Procura
ativa 3
5
Zoofonia
14/10/2013
4ª de
Operação
Chuvosa
0271847/
7784303
Não
Não
Não
Espécie
169
DADOS BRUTOS – MONITORAMENTO DA HERPETOFAUNA
Ponto
Abundância
Método de
registro
Data
Campanha
Estação
Coordenadas
Coletado
Marcação
Depósito
em
Coleção
Physalaemus centralis Bokermann, 1962
Procura
ativa 3
3
Zoofonia
14/10/2013
4ª de
Operação
Chuvosa
0271847/
7784303
Não
Não
Não
Leptodactylus diptyx Boettger, 1885
Procura
ativa 3
7
Zoofonia
14/10/2013
4ª de
Operação
Chuvosa
0271847/
7784303
Não
Não
Não
Hypsiboas raniceps Cope, 1862
Procura
ativa 3
4
Zoofonia
14/10/2013
4ª de
Operação
Chuvosa
0271847/
7784303
Não
Não
Não
Leptodactylus mystacinus (Burmeister, 1861)
Procura
ativa 3
2
Zoofonia
14/10/2013
4ª de
Operação
Chuvosa
0271847/
7784303
Não
Não
Não
Scinax fuscomarginatus (A. Lutz, 1925)
Procura
ativa 3
2
Zoofonia
14/10/2013
4ª de
Operação
Chuvosa
0271847/
7784303
Não
Não
Não
Elachistocleis cesarii (Miranda Ribeiro, 1920)
Procura
ativa 3
2
Zoofonia
14/10/2013
4ª de
Operação
Chuvosa
0271847/
7784303
Não
Não
Não
Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799)
Procura
ativa 1
8
Zoofonia
14/10/2013
4ª de
Operação
Chuvosa
0271803/
7784476
Não
Não
Não
Hypsiboas raniceps Cope, 1862
Procura
ativa 1
3
Zoofonia
14/10/2013
4ª de
Operação
Chuvosa
0271803/
7784476
Não
Não
Não
Leptodactylus podicipinus (Cope, 1862)
Procura
ativa 1
1
Busca ativa
limitada por
tempo
14/10/2013
4ª de
Operação
Chuvosa
0271803/
7784476
Não
Não
Não
Caiman latirostris (Daudin, 1802)
Procura
ativa 5
1
Busca ativa
limitada por
tempo
14/10/2013
4ª de
Operação
Chuvosa
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799)
Procura
ativa 5
14
Zoofonia
14/10/2013
4ª de
Operação
Chuvosa
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Dendropsophus nanus (Boulenger, 1889)
Procura
ativa 5
8
Zoofonia
14/10/2013
4ª de
Operação
Chuvosa
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Physalaemus centralis Bokermann, 1962
Procura
ativa 5
3
Zoofonia
14/10/2013
4ª de
Operação
Chuvosa
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Espécie
170
DADOS BRUTOS – MONITORAMENTO DA HERPETOFAUNA
Ponto
Abundância
Método de
registro
Data
Campanha
Estação
Coordenadas
Coletado
Marcação
Depósito
em
Coleção
Scinax fuscomarginatus (A. Lutz, 1925)
Procura
ativa 5
7
Zoofonia
14/10/2013
4ª de
Operação
Chuvosa
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Hypsiboas raniceps Cope, 1862
Procura
ativa 5
6
Zoofonia
14/10/2013
4ª de
Operação
Chuvosa
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Pseudopaludicola mystacalis (Cope, 1887)
Procura
ativa 5
9
Zoofonia
14/10/2013
4ª de
Operação
Chuvosa
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Leptodactylus chaquensis (Cei, 1950)
Procura
ativa 4
1
Busca ativa
limitada por
tempo
15/10/2013
4ª de
Operação
Chuvosa
0273635/
7783997
Não
Não
Não
Dendropsophus sanborni (Schmidt, 1944)
Procura
ativa 4
30
Zoofonia
15/10/2013
4ª de
Operação
Chuvosa
0273635/
7783997
Não
Não
Não
Hypsiboas raniceps Cope, 1862
Procura
ativa 4
28
Zoofonia
15/10/2013
4ª de
Operação
Chuvosa
0273635/
7783997
Não
Não
Não
Scinax fuscomarginatus (A. Lutz, 1925)
Procura
ativa 4
15
Zoofonia
15/10/2013
4ª de
Operação
Chuvosa
0273635/
7783997
Não
Não
Não
Dendropsophus minutus (Peters, 1872)
Procura
ativa 4
2
Zoofonia
15/10/2013
4ª de
Operação
Chuvosa
0273635/
7783997
Não
Não
Não
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Procura
ativa 4
16
Zoofonia
15/10/2013
4ª de
Operação
Chuvosa
0273635/
7783997
Não
Não
Não
Physalaemus cuvieri Fitzinger, 1826
Procura
ativa 4
6
Zoofonia
15/10/2013
4ª de
Operação
Chuvosa
0273635/
7783997
Não
Não
Não
Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799)
Procura
ativa 4
4
Zoofonia
15/10/2013
4ª de
Operação
Chuvosa
0273635/
7783997
Não
Não
Não
Leptodactylus diptyx Boettger, 1885
Procura
ativa 4
5
Zoofonia
15/10/2013
4ª de
Operação
Chuvosa
0273635/
7783997
Não
Não
Não
Hypsiboas raniceps Cope, 1862
Procura
ativa 6
4
Zoofonia
16/10/2013
4ª de
Operação
Chuvosa
0273792/
7781898
Não
Não
Não
Espécie
171
DADOS BRUTOS – MONITORAMENTO DA HERPETOFAUNA
Ponto
Abundância
Método de
registro
Data
Campanha
Estação
Coordenadas
Coletado
Marcação
Depósito
em
Coleção
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Procura
ativa 6
7
Zoofonia
16/10/2013
4ª de
Operação
Chuvosa
0273792/
7781898
Não
Não
Não
Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799)
Procura
ativa 6
3
Zoofonia
16/10/2013
4ª de
Operação
Chuvosa
0273792/
7781898
Não
Não
Não
Leptodactylus diptyx Boettger, 1885
Procura
ativa 6
7
Zoofonia
16/10/2013
4ª de
Operação
Chuvosa
0273792/
7781898
Não
Não
Não
Pseudopaludicola mystacalis (Cope, 1887)
Procura
ativa 6
6
Zoofonia
16/10/2013
4ª de
Operação
Chuvosa
0273792/
7781898
Não
Não
Não
Leptodactylus mystacinus (Burmeister, 1861)
Procura
ativa 6
2
Zoofonia
16/10/2013
4ª de
Operação
Chuvosa
0273792/
7781898
Não
Não
Não
Physalaemus cuvieri Fitzinger, 1826
Pitfall 3
1
Armadilha de
queda
16/10/2013
4ª de
Operação
Chuvosa
0274162/
7781689
Não
Sim
Não
Eupemphix nattereri Steindachner, 1863
Procura
ativa 1
4
Zoofonia
21/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0271803/
7784476
Não
Não
Não
Eupemphix nattereri Steindachner, 1863
Procura
ativa 2
8
Zoofonia
23/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0271763/
7781639
Não
Não
Não
Eupemphix nattereri Steindachner, 1863
Procura
ativa 3
6
Zoofonia
21/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0271847/
7784303
Não
Não
Não
Eupemphix nattereri Steindachner, 1863
Procura
ativa 5
3
Zoofonia
21/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Leptodactylus chaquensis (Cei, 1950)
Procura
ativa 1
1
Busca ativa
limitada por
tempo
21/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0271803/
7784476
Não
Não
Não
Leptodactylus chaquensis (Cei, 1950)
Procura
ativa 3
2
Busca ativa
limitada por
tempo
21/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0271847/
7784303
Não
Não
Não
Espécie
172
DADOS BRUTOS – MONITORAMENTO DA HERPETOFAUNA
Ponto
Abundância
Método de
registro
Data
Campanha
Estação
Coordenadas
Coletado
Marcação
Depósito
em
Coleção
Leptodactylus chaquensis (Cei, 1950)
Procura
ativa 4
1
Busca ativa
limitada por
tempo
22/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0273635/
7783997
Não
Não
Não
Leptodactylus chaquensis (Cei, 1950)
Procura
ativa 5
4
Busca ativa
limitada por
tempo
21/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Leptodactylus diptyx Boettger, 1885
Procura
ativa 3
3
Zoofonia
21/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0271847/
7784303
Não
Não
Não
Leptodactylus diptyx Boettger, 1885
Procura
ativa 4
5
Busca ativa
limitada por
tempo
22/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0273635/
7783997
Não
Não
Não
Leptodactylus diptyx Boettger, 1885
Procura
ativa 5
1
Zoofonia
21/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Leptodactylus diptyx Boettger, 1885
Procura
ativa 6
8
Busca ativa
limitada por
tempo
23/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0273792/
7781898
Não
Não
Não
Leptodactylus podicipinus (Cope, 1862)
Procura
ativa 2
9
Zoofonia
23/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0271763/
7781639
Não
Não
Não
Leptodactylus podicipinus (Cope, 1862)
Procura
ativa 3
15
Zoofonia
21/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0271847/
7784303
Não
Não
Não
Leptodactylus podicipinus (Cope, 1862)
Procura
ativa 5
22
Zoofonia
21/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799)
Procura
ativa 1
7
Zoofonia
21/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0271803/
7784476
Não
Não
Não
Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799)
Procura
ativa 2
6
Zoofonia
23/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0271763/
7781639
Não
Não
Não
Espécie
173
DADOS BRUTOS – MONITORAMENTO DA HERPETOFAUNA
Ponto
Abundância
Método de
registro
Data
Campanha
Estação
Coordenadas
Coletado
Marcação
Depósito
em
Coleção
Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799)
Procura
ativa 3
4
Busca ativa
limitada por
tempo
21/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0271847/
7784303
Não
Não
Não
Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799)
Procura
ativa 5
13
Zoofonia
21/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Leptodactylus mystacinus (Burmeister, 1861)
Procura
ativa 4
3
Zoofonia
22/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0273635/
7783997
Não
Não
Não
Leptodactylus mystacinus (Burmeister, 1861)
Procura
ativa 6
2
Zoofonia
23/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0273792/
7781898
Não
Não
Não
Physalaemus centralis Bokermann, 1962
Procura
ativa 1
6
Zoofonia
21/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0271803/
7784476
Não
Não
Não
Physalaemus centralis Bokermann, 1962
Procura
ativa 5
13
Zoofonia
21/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Physalaemus cuvieri Fitzinger, 1826
Procura
ativa 2
6
Zoofonia
23/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0271763/
7781639
Não
Não
Não
Physalaemus cuvieri Fitzinger, 1826
Procura
ativa 3
9
Busca ativa
limitada por
tempo
21/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0271847/
7784303
Não
Não
Não
Physalaemus cuvieri Fitzinger, 1826
Procura
ativa 4
4
Busca ativa
limitada por
tempo
22/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0273635/
7783997
Não
Não
Não
Physalaemus cuvieri Fitzinger, 1826
Procura
ativa 5
14
Zoofonia
21/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Physalaemus cuvieri Fitzinger, 1826
Procura
ativa 6
5
Zoofonia
23/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0273792/
7781898
Não
Não
Não
Pseudopaludicola mystacalis (Cope, 1887)
Procura
ativa 1
5
Zoofonia
21/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0271803/
7784476
Não
Não
Não
Espécie
174
DADOS BRUTOS – MONITORAMENTO DA HERPETOFAUNA
Ponto
Abundância
Método de
registro
Data
Campanha
Estação
Coordenadas
Coletado
Marcação
Depósito
em
Coleção
Pseudopaludicola mystacalis (Cope, 1887)
Procura
ativa 4
9
Zoofonia
22/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0273635/
7783997
Não
Não
Não
Pseudopaludicola mystacalis (Cope, 1887)
Procura
ativa 6
5
Zoofonia
23/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0273792/
7781898
Não
Não
Não
Elachistocleis cesarii (Miranda Ribeiro, 1920)
Procura
ativa 2
3
Zoofonia
23/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0271763/
7781639
Não
Não
Não
Elachistocleis cesarii (Miranda Ribeiro, 1920)
Procura
ativa 5
7
Zoofonia
21/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Dendropsophus
elianae
Caramaschi, 2000)
Procura
ativa 5
13
Zoofonia
21/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Dendropsophus minutus (Peters, 1872)
Procura
ativa 4
8
Busca ativa
limitada por
tempo
22/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0273635/
7783997
Não
Não
Não
Dendropsophus minutus (Peters, 1872)
Procura
ativa 5
17
Zoofonia
21/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Dendropsophus nanus (Boulenger, 1889)
Procura
ativa 1
14
Zoofonia
21/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0271803/
7784476
Não
Não
Não
Dendropsophus nanus (Boulenger, 1889)
Procura
ativa 4
16
Zoofonia
22/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0273635/
7783997
Não
Não
Não
Dendropsophus nanus (Boulenger, 1889)
Procura
ativa 5
24
Zoofonia
21/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Dendropsophus nanus (Boulenger, 1889)
Procura
ativa 6
6
Zoofonia
23/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0273792/
7781898
Não
Não
Não
Dendropsophus sanborni (Schmidt, 1944)
Procura
ativa 4
7
Zoofonia
22/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0273635/
7783997
Não
Não
Não
Dendropsophus sanborni (Schmidt, 1944)
Procura
ativa 6
9
Zoofonia
23/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0273792/
7781898
Não
Não
Não
Espécie
(Napoli
e
175
DADOS BRUTOS – MONITORAMENTO DA HERPETOFAUNA
Ponto
Abundância
Método de
registro
Data
Campanha
Estação
Coordenadas
Coletado
Marcação
Depósito
em
Coleção
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Procura
ativa 4
1
Zoofonia
22/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0273635/
7783997
Não
Não
Não
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Procura
ativa 5
3
Zoofonia
21/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Procura
ativa 6
5
Zoofonia
23/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0273792/
7781898
Não
Não
Não
Hypsiboas punctatus (Schneider, 1799)
Procura
ativa 3
8
Busca ativa
limitada por
tempo
21/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0271847/
7784303
Não
Não
Não
Hypsiboas punctatus (Schneider, 1799)
Procura
ativa 5
11
Zoofonia
21/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Hypsiboas punctatus (Schneider, 1799)
Procura
ativa 6
5
Zoofonia
23/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0273792/
7781898
Não
Não
Não
Hypsiboas raniceps Cope, 1862
Procura
ativa 1
3
Zoofonia
21/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0271803/
7784476
Não
Não
Não
Hypsiboas raniceps Cope, 1862
Procura
ativa 4
2
Zoofonia
22/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0273635/
7783997
Não
Não
Não
Scinax fuscomarginatus (A. Lutz, 1925)
Procura
ativa 3
15
Zoofonia
21/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0271847/
7784303
Não
Não
Não
Scinax fuscomarginatus (A. Lutz, 1925)
Procura
ativa 4
17
Zoofonia
22/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0273635/
7783997
Não
Não
Não
Scinax fuscomarginatus (A. Lutz, 1925)
Procura
ativa 5
26
Zoofonia
21/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Scinax fuscomarginatus (A. Lutz, 1925)
Procura
ativa 6
9
Zoofonia
23/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0273792/
7781898
Não
Não
Não
Phyllomedusa azurea Cope, 1862
Procura
ativa 2
8
Zoofonia
23/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0271763/
7781639
Não
Não
Não
Espécie
176
DADOS BRUTOS – MONITORAMENTO DA HERPETOFAUNA
Ponto
Abundância
Método de
registro
Data
Campanha
Estação
Coordenadas
Coletado
Marcação
Depósito
em
Coleção
Ameiva ameiva (Linnaeus, 1758)
Pitfall 2
1
Encontro
oportunístico
22/01/2014
5ª de
Operação
Chuvosa
0273861/
7783765
Não
Não
Não
Leptodactylus chaquensis (Cei, 1950)
Procura
ativa 2
2
Busca ativa
limitada por
tempo
08/04/2014
6ª de
Operação
Seca
0271763/
7781639
Não
Não
Não
Leptodactylus chaquensis (Cei, 1950)
Procura
ativa 3
1
Busca ativa
limitada por
tempo
09/04/2014
6ª de
Operação
Seca
0271847/
7784303
Não
Não
Não
Leptodactylus chaquensis (Cei, 1950)
Procura
ativa 4
1
Busca ativa
limitada por
tempo
10/04/2014
6ª de
Operação
Seca
0273635/
7783997
Não
Não
Não
Dendropsophus nanus (Boulenger, 1889)
Procura
ativa 1
3
Zoofonia
09/04/2014
6ª de
Operação
Seca
0271803/
7784476
Não
Não
Não
Dendropsophus nanus (Boulenger, 1889)
Procura
ativa 2
1
Zoofonia
10/04/2014
6ª de
Operação
Seca
0271763/
7781639
Não
Não
Não
Dendropsophus nanus (Boulenger, 1889)
Procura
ativa 5
8
Zoofonia
09/04/2014
6ª de
Operação
Seca
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Dendropsophus nanus (Boulenger, 1889)
Procura
ativa 6
1
Zoofonia
10/04/2014
6ª de
Operação
Seca
0273792/
7781898
Não
Não
Não
Dendropsophus sanborni (Schmidt, 1944)
Procura
ativa 4
15
Zoofonia
10/04/2014
6ª de
Operação
Seca
0273635/
7783997
Não
Não
Não
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Procura
ativa 1
1
Zoofonia
09/04/2014
6ª de
Operação
Seca
0271803/
7784476
Não
Não
Não
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Procura
ativa 2
4
Zoofonia
08/04/2014
6ª de
Operação
Seca
0271763/
7781639
Não
Não
Não
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Procura
ativa 6
3
Zoofonia
10/04/2014
6ª de
Operação
Seca
0273792/
7781898
Não
Não
Não
Espécie
177
DADOS BRUTOS – MONITORAMENTO DA HERPETOFAUNA
Ponto
Abundância
Método de
registro
Data
Campanha
Estação
Coordenadas
Coletado
Marcação
Depósito
em
Coleção
Hypsiboas raniceps Cope, 1862
Procura
ativa 1
2
Zoofonia
09/04/2014
6ª de
Operação
Seca
0271803/
7784476
Não
Não
Não
Hypsiboas raniceps Cope, 1862
Procura
ativa 4
26
Zoofonia
10/04/2014
6ª de
Operação
Seca
0273635/
7783997
Não
Não
Não
Hypsiboas raniceps Cope, 1862
Procura
ativa 5
5
Zoofonia
09/04/2014
6ª de
Operação
Seca
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Coleodactylus brachystoma (Amaral, 1935)
Pitfall 3
1
Armadilha de
queda
11/04/2014
6ª de
Operação
Seca
0274162/
7781689
Não
Sim
Não
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Procura
ativa 5
4
Zoofonia
21/07/2014
7ª de
Operação
Seca
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Caiman latirostris (Daudin, 1802)
Procura
ativa 5
1
Busca ativa
limitada por
tempo
21/07/2014
7ª de
Operação
Seca
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Physalaemus centralis Bokermann, 1962
Procura
ativa 5
3
Zoofonia
21/07/2014
7ª de
Operação
Seca
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Scinax fuscomarginatus (A. Lutz, 1925)
Procura
ativa 5
7
Zoofonia
21/07/2014
7ª de
Operação
Seca
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Leptodactylus chaquensis (Cei, 1950)
Procura
ativa 3
3
Busca ativa
limitada por
tempo
21/07/2014
7ª de
Operação
Seca
0271847/
7784303
Não
Não
Não
Leptodactylus diptyx Boettger, 1885
Procura
ativa 3
4
Zoofonia
21/07/2014
7ª de
Operação
Seca
0271847/
7784303
Não
Não
Não
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Procura
ativa 1
2
Zoofonia
22/07/2014
7ª de
Operação
Seca
0271803/
7784476
Não
Não
Não
Scinax fuscomarginatus (A. Lutz, 1925)
Procura
ativa 1
3
Zoofonia
22/07/2014
7ª de
Operação
Seca
0271803/
7784476
Não
Não
Não
Physalaemus centralis Bokermann, 1962
Procura
ativa 1
4
Zoofonia
22/07/2014
7ª de
Operação
Seca
0271803/
7784476
Não
Não
Não
Espécie
178
DADOS BRUTOS – MONITORAMENTO DA HERPETOFAUNA
Ponto
Abundância
Método de
registro
Data
Campanha
Estação
Coordenadas
Coletado
Marcação
Depósito
em
Coleção
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Procura
ativa 4
5
Zoofonia
23/07/2014
7ª de
Operação
Seca
0273635/
7783997
Não
Não
Não
Scinax fuscomarginatus (A. Lutz, 1925)
Procura
ativa 4
3
Zoofonia
23/07/2014
7ª de
Operação
Seca
0273635/
7783997
Não
Não
Não
Dendropsophus minutus (Peters, 1872)
Procura
ativa 6
2
Zoofonia
24/07/2014
7ª de
Operação
Seca
0273792/
7781898
Não
Não
Não
Scinax fuscomarginatus (A. Lutz, 1925)
Procura
ativa 6
4
Zoofonia
24/07/2014
7ª de
Operação
Seca
0273792/
7781898
Não
Não
Não
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Procura
ativa 2
3
Zoofonia
24/07/2014
7ª de
Operação
Seca
0271763/
7781639
Não
Não
Não
Leptodactylus diptyx Boettger, 1885
Pitfall 3
1
Armadilha de
queda
24/07/2014
7ª de
Operação
Seca
0274162/
7781689
Não
Não
Não
Dendropsophus rubicundulus (Reinhardt e
Lütken, 1862″1861″)
Procura
ativa 1
2
Zoofonia
13/10/2014
8ª de
Operação
Chuvosa
0271803/
7784476
Não
Não
Não
2
Zoofonia
13/10/2014
8ª de
Operação
Chuvosa
0271803/
7784476
Não
Não
Não
Espécie
Pseudopaludicola saltica (Cope, 1887)
Procura
ativa 1
Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799)
Procura
ativa 1
8
Zoofonia
13/10/2014
8ª de
Operação
Chuvosa
0271803/
7784476
Não
Não
Não
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Procura
ativa 1
3
Zoofonia
13/10/2014
8ª de
Operação
Chuvosa
0271803/
7784476
Não
Não
Não
Hypsiboas raniceps Cope, 1862
Procura
ativa 1
5
Zoofonia
13/10/2014
8ª de
Operação
Chuvosa
0271803/
7784476
Não
Não
Não
Caiman latirostris (Daudin, 1802)
Procura
ativa 1
3
Busca ativa
limitada por
tempo
13/10/2014
8ª de
Operação
Chuvosa
0271803/
7784476
Não
Não
Não
Scinax fuscomarginatus (A. Lutz, 1925)
Procura
ativa 2
8
Zoofonia
14/10/2014
8ª de
Operação
Chuvosa
0271763/
7781639
Não
Não
Não
179
DADOS BRUTOS – MONITORAMENTO DA HERPETOFAUNA
Ponto
Abundância
Método de
registro
Data
Campanha
Estação
Coordenadas
Coletado
Marcação
Depósito
em
Coleção
Dendropsophus nanus (Boulenger, 1889)
Procura
ativa 2
13
Zoofonia
14/10/2014
8ª de
Operação
Chuvosa
0271763/
7781639
Não
Não
Não
Dendropsophus minutus (Peters, 1872)
Procura
ativa 2
2
Zoofonia
14/10/2014
8ª de
Operação
Chuvosa
0271763/
7781639
Não
Não
Não
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Procura
ativa 3
4
Zoofonia
14/10/2014
8ª de
Operação
Chuvosa
0271847/
7784303
Não
Não
Não
Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799)
Procura
ativa 3
4
Zoofonia
14/10/2014
8ª de
Operação
Chuvosa
0271847/
7784303
Não
Não
Não
Ameiva ameiva (Linnaeus, 1758)
Pitfall 3
1
Encontro
oportunístico
15/10/2014
8ª de
Operação
Chuvosa
0274162/
7781689
Não
Não
Não
Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799)
Procura
ativa 4
6
Zoofonia
15/10/2014
8ª de
Operação
Chuvosa
0273635/
7783997
Não
Não
Não
Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799)
Procura
ativa 4
1
Busca ativa
limitada por
tempo
15/10/2014
8ª de
Operação
Chuvosa
0273635/
7783997
Não
Sim
Não
Rhinella schneideri (Werner, 1894)
Procura
ativa 5
1
Busca ativa
limitada por
tempo
15/10/2014
8ª de
Operação
Chuvosa
0271759/
7784701
Não
Sim
Não
Ameiva ameiva (Linnaeus, 1758)
Pitfall 3
1
Encontro
oportunístico
16/10/2014
8ª de
Operação
Chuvosa
0274162/
7781689
Não
Sim
Não
Leptodactylus diptyx Boettger, 1885
Procura
ativa 5
3
Zoofonia
16/10/2014
8ª de
Operação
Chuvosa
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799)
Procura
ativa 5
5
Zoofonia
16/10/2014
8ª de
Operação
Chuvosa
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Procura
ativa 5
1
Zoofonia
16/10/2014
8ª de
Operação
Chuvosa
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Leptodactylus podicipinus (Cope, 1862)
Procura
ativa 5
11
Zoofonia
16/10/2014
8ª de
Operação
Chuvosa
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Espécie
180
DADOS BRUTOS – MONITORAMENTO DA HERPETOFAUNA
Ponto
Abundância
Método de
registro
Data
Campanha
Estação
Coordenadas
Coletado
Marcação
Depósito
em
Coleção
Dendropsophus minutus (Peters, 1872)
Procura
ativa 5
8
Zoofonia
16/10/2014
8ª de
Operação
Chuvosa
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Procura
ativa 5
10
Zoofonia
16/10/2014
8ª de
Operação
Chuvosa
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Procura
ativa 5
3
Busca ativa
limitada por
tempo
16/10/2014
8ª de
Operação
Chuvosa
0271759/
7784701
Não
Não
Não
Espécie
Ameiva ameiva (Linnaeus, 1758)
Procura
ativa 2
1
Encontro
oportunístico
17/10/2014
8ª de
Operação
Chuvosa
0271763/
7781639
Não
Não
Não
Coleodactylus brachystoma (Amaral, 1935)
Pitfall 1
1
Armadilha de
queda
17/10/2014
8ª de
Operação
Chuvosa
0267786/7781
037
Não
Sim
Não
DADOS BRUTOS – MONITORAMENTO DA AVIFAUNA
NOME
POPULAR
CLAS.
ETAPA 1
ETAPA 2
ETAPA 3
ETAPA 4
ETAPA 5
ETAPA 6
ETAPA 7
ETAPA 8
E
M
I
I
C S D A
A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R
T P F
1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O
ema
O B 1
X X
Crypturellus
undulatus
jaó
O B 3
X X
Crypturellus
parvirostris
inhambuchororó
O B 1
X X
Rhynchotus
perdiz
O B 1
X
NOME CIENTÍFICO
RHEIFORMES
Rheidae
Rhea americana*
2
4
1
1
1
3
1
1
TINAMIFORMES
Tinamidae
1
1
1
1
1
1
1
2
1
2 1
2
1
1
1
1
2
1
1
1
1
181
DADOS BRUTOS – MONITORAMENTO DA AVIFAUNA
CLAS.
NOME
POPULAR
ETAPA 1
ETAPA 2
ETAPA 3
ETAPA 4
ETAPA 5
ETAPA 6
ETAPA 7
ETAPA 8
E
M
I
C S D A I A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R
T P F
1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O
codornaamarela
O B 1
X X
Cairina moschata
pato-domato
O M 1
X X
Amazonetta
brasiliensis
ananaí
O B 1
X X
O B 1
X
NOME CIENTÍFICO
rufescens
Nothura maculosa
1
1
1
1
ANSERIFORMES
Anatidae
Dendrocygna viduata irerê
3
1
4
2
8
2
2
1
GALLIFORMES
Cracidae
Penelope
superciliares
jacupemba
F M 3
X X
Crax fasciolata
mutum-depenacho
F A 3
X X
tuiuiú
P M 1
biguá
P B 1
biguatinga
P M 1
X
socó-boi
P M 1
X
1
2
1
3
1
4
3
1
2
2
1
CICONIIFORMES
Ciconiidae
Jabiru mycteria
2
SULIFORMES
Phalacrocoracidae
Phalacrocorax
brasilianus
X
1
1
4
2
Anhingidae
Anhinga anhinga
1
1
1
PELECANIFORMES
Ardeidae
Tigrisoma lineatum
1
1
1
1
1
1
182
DADOS BRUTOS – MONITORAMENTO DA AVIFAUNA
CLAS.
NOME CIENTÍFICO
NOME
POPULAR
ETAPA 1
ETAPA 2
ETAPA 3
ETAPA 4
ETAPA 5
ETAPA 6
ETAPA 7
ETAPA 8
E
M
I
C S D A I A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R
T P F
1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O
Butorides striata
socozinho
P B 1
X
Bubulcus ibis
garçavaqueira
I
B 1
X X
Ardea cocoi
garçamoura
P B 1
X
Ardea alba
garçabrancagrande
P B 1
X
Egretta thula
garçabrancapequena
P B 1
X
Syrigma sibilatrix
mariafaceira
I
M 1
X X
Mesembrinibis
cayennensis
coró-coró
I
M 2
X X
Theristicus caudatus
curicaca
I
B 1
X X
Catharters aura
urubu-decabeçavermelha
N B 1
X X
Cathartes
burrovianus
urubu-decabeçaamarela
N M 1
X
1
Coragyps atratus
urubu-decabeçapreta
N B 1
X X 2
1
Sarcoramphus papa
urubu-rei
N M 2
1
1
1
7
0
1
1
2
1
4
5
3
1
1
1
1
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
4
1
1
1
2
4
1
2
2
2
2
2
2
Threskiornithidae
2
2
6
2
2
2
2
2
7
4
2
2
2
1
2
2
1
2
2
2
2
2
7
3
2
2
CATHARTIFORMES
Cathartidae
2
1
1
1
3
5
1
1
1
2
2
1
3
3
1
1
2
1
ACCIPITRIFORMES
183
DADOS BRUTOS – MONITORAMENTO DA AVIFAUNA
CLAS.
NOME
POPULAR
ETAPA 1
ETAPA 2
ETAPA 3
ETAPA 4
ETAPA 5
ETAPA 6
ETAPA 7
ETAPA 8
E
M
I
C S D A I A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R
T P F
1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O
águiapescadora
P M 1
gavião-deLeptodon cayanensis cabeçacinza
C M 3
Elanoides forficatus
MR
gaviãotesoura
C M 1
X
Elanus leucurus
gaviãopeneira
C B 1
X
Accipiter striatus
gaviãomiudo
C M 2
Ictinia plumbea
sovi
I
Rosthramus
sociabilis
gaviãoM B 1
caramujeiro
Geranospiza
caerulescens
gaviãopernilongo
C M 2
Heterospizias
meridionalis
gaviãocaboclo
C B 1
Urubitinga coronata*
águiacinzenta
C A 1
Rupornis
magnirostris
gaviãocarijó
C B 1
X X 1
Geranoaetus
albicaudatus
gavião-derabobranco
C M 1
X
1
saracura-
I
X X
2
NOME CIENTÍFICO
Pandionidae
Pandion haliaetus
VN
1
Accipitridae
2
1
1
M 2
1
X
2
1
1
2
X
1
X X
2
1
1
2
2
1
2
1
1
1
1
1
1
2
1
1
1
1
1
3
1
2
1
2
1
1
1
1
1
1
2
GRUIFORMES
Rallidae
Aramides cajaneus
A 2
1
1
184
DADOS BRUTOS – MONITORAMENTO DA AVIFAUNA
CLAS.
NOME CIENTÍFICO
NOME
POPULAR
ETAPA 1
ETAPA 2
ETAPA 3
ETAPA 4
ETAPA 5
ETAPA 6
ETAPA 7
ETAPA 8
E
M
I
C S D A I A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R
T P F
1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O
três-potes
Porzana albicollis
sanã-carijó
I
M 1
X 1
2
2
2
Laterallus
melanophaius
sanã-parda
I
B 2
2
Pardirallus nigricans
saracurasanã
I
M 2
1
queroquero
I
B 1
pernilongode-costasbranca
I
M 1
cafezinho
I
B 1
X X
Columbina talpacoti
rolinhacaldo-defeijão
G B 1
X X
1
2
2
3
Columbina
squammata
fogoapagou
G B 1
X X 1
3
5
1
9
Columbina picui
rolinhapicui
G B 1
X
Claravis pretiosa
pararu-azul
G M 2
Patagioenas
picazuro
asa-branca
G M 2
2
1
2 2
2
1
1
2
2
2
CHARADRIIFORME
S
Charadriidae
Vanellus chilensis
X X
4
2
2
3
2
2
2
2
2
2
2
2
1
2
1
2
2
Recurvirostridae
Himantopus
melanurus
2
1
Jacanidae
Jacana jacana
COLUMBIFORMES
Columbidae
4
2
2
2
4
6
5
3
4
4
4
1 1
1
5
4
3 2
1
1
2
1
7
2
3
3
3
2
6
2
2
2
4
2
4
5
2
4
2
2
1
2
3
X X 6
1
1
1
2
1
2
3
1
1
2
2
1
3
1
1
1
2
185
DADOS BRUTOS – MONITORAMENTO DA AVIFAUNA
CLAS.
NOME CIENTÍFICO
NOME
POPULAR
ETAPA 1
ETAPA 2
ETAPA 3
ETAPA 4
ETAPA 5
ETAPA 6
ETAPA 7
ETAPA 8
E
M
I
C S D A I A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R
T P F
1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O
Patagioenas
cayennensis
pombagalega
G M 3
X X 1
Zenaida auriculata
pomba-debando
G B 1
X
Leptotila verreauxi
juriti-pupu
G B 2
X 1
Leptotila rufaxilla
juritigemedeira
G B 3
Piaya cayana
alma-degato
I
B 2
Coccyzus
melacoryphus
papalagartaacanelado
I
B 2
Crotophaga ani
anu-preto
I
B 1
X X 7
Guira guira
anu-branco
I
B 1
X X
Tapera naevia
saci
I
B 1
Megascops choliba
corujinhado-mato
C B 2
Glaucidium
brasilianum
caburé
C B 2
Athene cunicularia
corujaburaqueira
C M 1
1
1
2
1
1
1
1
3
1
1
1
1
1
2
1
1
1
2
4
1
1
1
2
CUCULIFORMES
Cuculidae
X X
1
1
1
1
4
1
0
1
2
6
8
5
4
6
5
8
1
3
1
1
1
1
1
2
6
1
7
1
1
5
5
4 4
7
3
6
5
6
6
1
1
6
9
6
9
5
8
5
1
STRIGIFORMES
Strigidae
X
1
X X
2
2
1
1
4
2
1
1
1
1
2
1
2
2
CAPRIMULGIFORM
ES
Nyctibiidae
186
DADOS BRUTOS – MONITORAMENTO DA AVIFAUNA
CLAS.
NOME CIENTÍFICO
NOME
POPULAR
ETAPA 1
ETAPA 2
ETAPA 3
ETAPA 4
ETAPA 5
ETAPA 6
ETAPA 7
ETAPA 8
E
M
I
C S D A I A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R
T P F
1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O
Nyctibius griseus
mãe-da-lua
I
B 2
Antrostomus rufus
joão-cortapau
I
B 2
Chordeiles nacunda
corucão
I
B 1
1
Hydropsalis albicollis
bacurau
I
B 2
X X 4
Hydropsalis torquata
bacurautesoura
I
M 2
X
Cypseloides senex
taperuçuvelho
I
M 1
X
Tachornis squamata
andorinhão
-do-buriti
I
B 1
X 4
Chaetura
meridionalis
andorinhão
-dotemporal
I
B 2
Colibri serrirostris
beija-florde-orelhavioleta
N
B 2
T
X X
Phaethornis pretrei
rabobrancoacanelado
N
B 2
T
X X
1
Eupetomena
macroura
beija-flortesoura
N
B 1
T
X X 1
1
Antracothorax
nigricollis
beija-florde-vestepreta
N
B 2
T
1
1
Chrysolampis
beija-flor-
N B 1
2
1
Caprimulgidae
X X
1
2
1
APODIFORMES
Apodidae
1
6
2
2
Trochilidae
1
1
2
1
1
1
1
1
1
1
1
1
2
1
1
1
187
DADOS BRUTOS – MONITORAMENTO DA AVIFAUNA
CLAS.
NOME CIENTÍFICO
NOME
POPULAR
ETAPA 1
ETAPA 2
ETAPA 3
ETAPA 4
ETAPA 5
ETAPA 6
ETAPA 7
ETAPA 8
E
M
I
C S D A I A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R
T P F
1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O
mosquitus
vermelho
T
Chlorostilbon lucidus
besourinhoN
B 2
de-bicoT
vermelho
Thalurania furcata
beija-flortesouraverde
N
M 2
T
Hylocharis chrysura
beija-flordourado
N
B 2
T
X
Amazilia fimbriata
beija-flordegarganteverde
N
B 2
T
X X
Trogon surrucura MA
surucuávariado
O M 3
Trogon curucui
surucuáde-barrigavermelha
O M 3
Megaceryle torquata
martimpescadorgrande
P B 1
X X 1
1
1
Chloroceryle
americana
martimpescadorpequeno
P B 2
X
1
1
Chloroceryle
amazona
martimpescadorverde
P B 2
X X
X
1
1
1
2
1
1
2
1
2
2
2
1
2
1
1
3
2
1
1
2
1 1
1
1
1
1
1
1
2
1
1
1
1
1
1
TROGONIFORMES
Trogonidae
1
1
CORACIIFORMES
Alcedinidae
1
1
1
1
1
1
3
188
DADOS BRUTOS – MONITORAMENTO DA AVIFAUNA
CLAS.
NOME
POPULAR
ETAPA 1
ETAPA 2
ETAPA 3
ETAPA 4
ETAPA 5
ETAPA 6
ETAPA 7
ETAPA 8
E
M
I
C S D A I A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R
T P F
1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O
udu-decoroa-azul
I
M 3
X X
3
arirambade-caudaruiva
I
B 2
X X 1
1
Nystalus striatipectus
rapazinhodo-chaco
I
M 2
Nystalus chacuru
joão-bobo
I
M 1
Monasa nigrifrons
chorachuva-preto
I
M 3
NOME CIENTÍFICO
Momotidae
Momotus momota
1
2
1
1
2
2
2 1
2
1
1
1
1
GALBULIFORMES
Galbulidae
Galbula ruficauda
2
1
1
1
Bucconidae
2
X
3
2
1
2
1
2
2
3
2
X
2
4
PICIFORMES
Ramphastidae
Ramphastos toco
tucano-toco O M 2
X X 2
1
4
Pteroglossus
castanotis
araçaricastanho
O A 3
X X
2
2
pica-pauanãoescamado
I
B 2
X
Melanerpes candidus bilro
I
B 2
X
4
Veniliornis
passerinus
picapauzin
ho-anão
I
B 2
X X
Colaptes
melanochloros
pica-pauverdebarrado
I
B 2
X
1
1
1
1
1
2
1
1
7
3
2
2
2
2
4 4
4
5
1
1
2
1
2
2
2
5
2
2
1
Picidae
Picumnus
albosquamatus
2
2
1
1
3
4
1
1
1
1
1
2
1
1
1
4
1
4
2
2
2
1
2
1
1 1
1
1
2
2
1
2
2
1
1
2
2
1
1
2
189
DADOS BRUTOS – MONITORAMENTO DA AVIFAUNA
CLAS.
NOME CIENTÍFICO
NOME
POPULAR
ETAPA 1
ETAPA 2
ETAPA 3
ETAPA 4
ETAPA 5
ETAPA 6
ETAPA 7
ETAPA 8
E
M
I
C S D A I A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R
T P F
1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O
Colaptes campestris
pica-paudo-campo
I
B 1
X X
Celeus flavescens
pica-paude-cabeçaamarela
I
M 3
X
Dryocopus lineatus
pica-paude-bandabranca
I
B 2
X X
Campephilus
melanoleucus
pica-paude-topetevermelho
I
M 3
X 1
seriema
C M 1
X X 2
2
2
Caracara plancus
carcará
C B 1
X X
1
2
Milvago chimachima
carrapateir
o
I
X X 2
1
1
Herpetotheres
cachinnans
acauã
C B 2
X
Micrastur
semitorquatus
falcãorelógio
C M 2
X
Falco sparverius
quiriquiri
I
B 1
X X
1
Falco femoralis
falcão-decoleira
C B 1
X
1
araracanindé
F M 2
X X 2
2
2
2
3
2
2
2
2
2
2
2
2
1
1
2
1
2
2
3
2
1
1
2
2
1
1
2
2
2
2
1
2
1
1
2
1
CARIAMIFORMES
Cariamidae
Cariama cristata
2
2
2
4
4
1
2
3
1
1
1
2
2
2
3
2
1
3
2 2
2
2
2
2
4
2
FALCONIFORMES
Falconidae
B 1
2
3
1
2
1
1
2
2
1
2
1
2
1
1
1
2
1
1
1
2
1 1
2
1
1
1
1
PSITTACIFORMES
Psittacidae
Ara ararauna
2
2
3
2
2
2
2
2
2
1
2
2
2
2 1
2
4
2
2
4
2
2
2
2
190
DADOS BRUTOS – MONITORAMENTO DA AVIFAUNA
CLAS.
NOME CIENTÍFICO
NOME
POPULAR
ETAPA 1
ETAPA 2
ETAPA 3
ETAPA 4
ETAPA 5
ETAPA 6
ETAPA 7
ETAPA 8
E
M
I
C S D A I A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R
T P F
1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O
Orhopsittaca
manilatus
maracanãdo-buriti
F M 2
X
Diopsittaca nobilis
maracanãpequena
F M 2
X X
Psittacara
leucophthalmus
periquitãomaracanã
F B 2
X
Eupsittula aurea
jandaiaestrela
F M 1
X X 8
Brotogeris chiriri
periquitodeencontroamarelo
F M 2
X X
Alipiopitta xanthops*
CE
papagaiogalego
F M 1
X X
2
0
Amazona aestiva
papagaioverdadeiro
F M 3
X X 2
4
2
Thamnophilus
doliatus
chocabarrada
I
B 2
X X 2
2
2
Thamnophlius
pelzeni
choca-doplanalto
I
B 3
X
4
Taraba major
choró-boi
I
B 2
Formicivora rufa
papaformigavermelho
I
B 1
Dysithamnus
mentalis
choquinhalisa
I
M 3
Herpsilochmus
longirostris CE
chorozinhode-bicocomprido
I
M 3
4
1
3
2
5
2
2
2
2
2
1
2
1
2
8
2
2
4
1
4
6
2
2
4
4
2
4
2
1
2
2
2
3
4
2
2
2
2
2
3
8
4
4
2
2
2
2
4
2
4
6
2
5
2
2
6
1
1
2
2
1
3
2
0
2
6
4 4
4
2
2
1
0
2
6
4
2
2
4
3
2
4
3
1
2
4
2
2
5
2
2
5
PASSERIFORMES
Thamnophilidae
2
2
6
2
2
X
1
X
2
1
2
1
0
6
1
2
2
6
7
1
2
1
2
3
2
1
X
2
6
2
4
2
4
4
1
2
2
3 2
2
4
2
2
4
191
DADOS BRUTOS – MONITORAMENTO DA AVIFAUNA
CLAS.
NOME
POPULAR
ETAPA 1
ETAPA 2
ETAPA 3
ETAPA 4
ETAPA 5
ETAPA 6
ETAPA 7
ETAPA 8
E
M
I
C S D A I A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R
T P F
1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O
Sittasomus
griseicapillus
arapaçuverde
I
M 3
X
1
1
Lepidocolaptes
angustirostris
arapaçudo-cerrado
I
M 1
X X
2
1
Dendrocolaptes
platyrostris
arapaçugrande
I
M 3
X
Campylorhamphus
trochilirostris
arapaçubeija-flor
I
A 3
X
Furnarius rufus
joão-debarro
I
B 1
X X
Phacellodomus
rufifrons
joão-depau
I
M 2
Synnalaxis
albescens
ui-pí
I
B 1
X
Synnalaxis frontalis
petrim
I
B 3
X
Certhiaxis
cinnamomeus
curutié
I
M 1
X
Antilophia galeata
CE
soldadinho
O M 3
X
Neopelma
pallescens
fruxu-docerradão
O M 3
X
Tityra cayana
anambébranco-derabo-preto
O M 3
Pachyramphus
polychopterus
caneleiropreto
O B 2
NOME CIENTÍFICO
Dendrocolaptidae
1
2
1
1
1
1
1
1
2
1
1
1
1 1
3
1 1
1
3
1
3
1
2
1
1
1
2
Furnariidae
2
2
2
2
2
1
1
1
1
1
2
3
Pipridae
2
4
2
1
1
2 1
2
1
2
3
1
3
1
1
Tityridae
2
X
2
1
1
2
2
1
1
1
2
2
192
DADOS BRUTOS – MONITORAMENTO DA AVIFAUNA
CLAS.
NOME CIENTÍFICO
NOME
POPULAR
ETAPA 1
ETAPA 2
ETAPA 3
ETAPA 4
ETAPA 5
ETAPA 6
ETAPA 7
ETAPA 8
E
M
I
C S D A I A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R
T P F
1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O
Pachyramphus
validus
caneleirode-chapéupreto
O M 3
Leptopogon
amaurocephalus
cabeçudo
I
M 3
Tolmomyias
sulphurescens
bico-chatode-orelhapreta
I
M 3
Todirostrum
cinereum
ferreirinhorelógio
I
B 2
Hemitriccus
margaritaceiventer
sebinhoolho-deouro
I
M 2
X 1
Camptostoma
obsoletum
risadinha
I
B 1
X
Elaenia flavogaster
guaracavade-barrigaamarela
I
B 2
X X
Suiriri suiriri
suiriricinzento
I
M 1
Myiopagis gaimardii
mariapechim
I
M 3
Myiopagis caniceps
guaracavacinzenta
I
M 3
Myiopagis viridicata
guaracavade-cristaalaranjada
I
M 3
Phaeomyias murina
bagageiro
I
B 1
Legatus leucophaius
bem-te-vi-
I
B 2
1
Rhynchocyclidae
1
X
1
X
1
1
1
1
1
1
1
1
1
3
4
2
3
3
1
1
1
2
1
1
1
2
2
3
1
1
1
1
1
2
1
2
1
2
1
1
1
1
1
1
2
2
Tyrannidae
2
1
2
1 1
1
1
1
1
2
1
1 2
2
1
3
1
2
2
1
X
1
1
X
1
2
1
1
1
2
1
1
2
1
2
1
1
193
DADOS BRUTOS – MONITORAMENTO DA AVIFAUNA
CLAS.
NOME CIENTÍFICO
NOME
POPULAR
ETAPA 1
ETAPA 2
ETAPA 3
ETAPA 4
ETAPA 5
ETAPA 6
ETAPA 7
ETAPA 8
E
M
I
C S D A I A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R
T P F
1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O
pirata
Myiarchus swainsoni
irré
O B 2
3
Myiarchus ferox
mariacavaleira
I
B 2
X X 1
1
1
Myiarchus tyrannulus
mariacavaleirade-raboenferrujado
I
B 2
X X 1
1
1
Casiornis rufus
caneleiro
I
M 3
X X 2
2
Pitangus sulphuratus
bem-te-vi
O B 1
X X 2
1
Philohydor lictor
bentevizinh
o-do-brejo
I
B 3
X
Machetornis rixosa
suiriricavaleiro
I
B 1
X X
1
1
Myiodynastes
maculatus
bem-te-virajado
O B 3
Megarynchus
pitangua
neinei
O B 2
X X
1
Myiozetetes
cayanensis
bentevizinh
o-de-asaferrugínea
I
B 3
X X 2
2
Tyrannus
melancholicus
suiriri
I
B 1
X
Tyrannus albogularis
suiriri-degargantabranca
I
B 1
Tyrannus savana
tesourinha
I
B 1
Empidonomus varius
peitica
I
B 2
Colonia colonus
viuvinha
I
B 3
Myiophobus
filipe
I
B 1
1
1
2
2
3
1
1
3
3
3
1
2
2
2
2
1
1
1
2
4
2
1
1
4
1
2
4
3
2
2
2
4
2
2
1
2
4
1
2
2
2
1
1
1
1
3
2
1
2
4
2
1
3
3
1
2
4
4
4
3
4
1
1
3
3
1
1
2
3
2 3
2
2
2
1
2
2
2
1
2
2
2
2
2
5
1
1
3
2
1
2
1
1
2
2
2
2
2
2
1
2
1
1
2
2
2
2 1
1
1
3
1
1
1
1
2
2
1
3
7
3
1
1
1
2
1
1
2
1
2
1
1
1
X
2
1
3
4
1
2
2
2
2
9
1
1
1
1
X
1
1
1
1
1
194
DADOS BRUTOS – MONITORAMENTO DA AVIFAUNA
CLAS.
NOME
POPULAR
ETAPA 1
ETAPA 2
ETAPA 3
ETAPA 4
ETAPA 5
ETAPA 6
ETAPA 7
ETAPA 8
E
M
I
C S D A I A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R
T P F
1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O
Pyrocephalus
rubinus
verão
I
B 1
X
Arundinicola
leucocephala
freirinha
I
M 1
X X
Gubernetes yetapa
tesoura-dobrejo
I
B 1
X X 2
Lathrotriccus euleri
enferrujado
I
M 3
X
Cnemotriccus
fuscatus
guaracavuç
u
I
B 3
X
Knipolegus lophotes
mariapreta-depenacho
I
B 1
Xolmis cinereus
primavera
I
B 1
Xolmis velatus
mariabranca
I
M 1
X
Cyclarhis gujanensis
pitiguari
I
B 2
X X 1
Vireo chivi
juruviara
I
B 3
gralha-docampo
O M 1
X X 2
Progne tapera
andorinhado-campo
I
B 1
X X
Pygochelidon
cyanoleuca
andorinhapequenade-casa
I
B 1
Stelgidopteryx
ruficollis
andorinhaserradora
I
B 1
NOME CIENTÍFICO
fasciatus
1
2
3
2
1
3
2
3
3
1
1
3
5
2
1
2
2 2
1
1
2
2
2
1
1
2
2
2
3
3
2
3
2
1
1
2
1
1
2
1
1
X
1
1
2
1
1
1
2
1
1
1
1
1
2
1
2
Vireonidae
1
1
1
1
2
2
1
2 1
2
1
1
1
1
1
2
1
2
1
1
1
1
Corvidae
Cyanocorax
cristatellus CE
4
6
4
4
4
4
2
4
2
2
1
1
2
4
1
2
7
2
Hirundinidae
2
0
1
X X
8
3
2
2
2
2
1
5
3
2
2
1
1
5
2
2
195
DADOS BRUTOS – MONITORAMENTO DA AVIFAUNA
CLAS.
NOME CIENTÍFICO
NOME
POPULAR
ETAPA 1
ETAPA 2
ETAPA 3
ETAPA 4
ETAPA 5
ETAPA 6
ETAPA 7
ETAPA 8
E
M
I
C S D A I A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R
T P F
1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O
Tachycineta
albiventer
andorinhado-rio
I
B 1
X
Tachycineta
leucorrhoa
andorinhade-sobrebranco
I
B 1
X X
Troglodytes
musculus
corruíra
I
B 1
X
Cantorchilus leucotis
garrinchãode-barrigavermelha
I
M 3
japacanim
I
M 1
X
balançarabo-demáscara
I
B 2
X X 2
Turdus rufiventris
sabiálaranjeira
O B 1
X X
Turdus leucomelas
sabiábarranco
O B 2
X
Turdus
amaurochalinus MR
sabiá-poca
O B 2
X
sabiá-docampo
I
B 1
X X 1
caminheiro-
I
B 1
1
5
1
2
Troglodytidae
1
X
Donacobiidae
Donacobius
atricapilla
Polioptilidae
Polioptila dumicola
2
2
2
2
1
2
3
6
4
2
Turdidae
2
1
2
1
2
1
2
2
2
1
1
1
1
2
2
2
2
3
2
1
1
2
3
2
2
2
1
2 3
1
1
3
1
3
1
1
1
2
4
2
6
3
3
2
2
2
2
Mimidae
Mimus saturninus
4
2
2
2 2
2
1
1
3
2
Motacillidae
Anthus lutescens
196
DADOS BRUTOS – MONITORAMENTO DA AVIFAUNA
CLAS.
NOME CIENTÍFICO
NOME
POPULAR
ETAPA 1
ETAPA 2
ETAPA 3
ETAPA 4
ETAPA 5
ETAPA 6
ETAPA 7
ETAPA 8
E
M
I
C S D A I A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R
T P F
1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O
zumbidor
Passerellidae
Ammodramus
humeralis
tico-tico-doG M 1
campo
Arremon flavirostris
tico-tico-deG M 3
bicoamarelo
X X
4
2
2
4
1
1
5
3
2 2
1
1
3
2
2
3
1
4
4
2
Parulidae
Setophaga pitiayumi
mariquita
I
M 3
X
Geothlypis
aequinoctialis
pia-cobra
I
B 1
Basileuterus
culicivorus
pula-pulabarrigabranca
I
B 3
X 2
Myiothlypis flaveolus
canário-domato
I
M 3
X 2
2
Myiothlypis
leucophrys CE
pula-puladesobrancelh
a
I
M 3
2
2
Cacicus cela
xexéu
O M 2
X
Icterus pyrrhopterus
encontro
O M 2
X
Gnorimopsar chopi
pássaropreto
O B 1
X X
Pseudoleistes
guirahuro
chopim-dobrejo
O M 1
X X
Molothrus
bonariensis
chopim
O B 1
X
Molothrus
vira-bosta-
O B 1
1
1
4
2
2
4
1
0
2
2
2
1
2
2
2
1
4
4
2
2
2
6
2
1
2
2
2
1
2
1
0
4
2
Icteridae
1
4
6
2
6
5
2
3
2
2
2
3
2
2
2
7
2
2
2
4
3
4
2
6
7
2
2
6
4
8
2
3
1
197
DADOS BRUTOS – MONITORAMENTO DA AVIFAUNA
CLAS.
NOME CIENTÍFICO
NOME
POPULAR
rufoaxillaris
picumã
políciaSturnella superciliaris inglesa-dosul
ETAPA 1
ETAPA 2
ETAPA 3
ETAPA 4
ETAPA 5
ETAPA 6
ETAPA 7
ETAPA 8
E
M
I
C S D A I A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R
T P F
1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O
O B 1
1
2
3
Thraupidae
Coereba flaveola
cambacica
O B 2
X X
Saltator similis
trinca-ferro
F B 2
X
Saltatricula atricollis
CE
bico-depimenta
G M 1
X
Nemosia pileata
saíra-dechapéupreto
F B 3
Cypsnagra
hirundinacea
bandoleta
F A 1
X
Tachyphonus rufus
pipira-preta
O B 3
X X
Ramphocelus carbo
pipiravermelha
O B 3
X
Lanio cucullatus
tico-tico-rei
G B 2
X
Lanio penicillatus
pipira-dataoca
F M 3
Tangara sayaca
sanhaçucinzento
F B 2
X X
Tangara palmarum
sanhaçudo-coqueiro
F B 2
X X
Tangara cayana
saíraamarela
F M 1
X X 2
Neothraupis fasciata*
cigarra-docampo
F M 1
Paroaria coronata
cardeal
G B 1
Dacnis cayana
saí-azul
F B 2
1
1
X
2
2
2
2
2
4
2
1
4
2
2
2
4
1
2 2
2
2
2
2
2
3
3
2
2
1
2
2
2
1
3
8
4
8
4
7
4
4
3
2
3
2
3
5
1
2
2
4
2
2
2
2
2
1
2
2
1
2
2
2
1
1
2
2
2
2
3
1 1
2
1
2
2
2
2
2
2
2
2
4
1
2
X
X 2
2
2
2
2
2
2
2
1
1
2
2
198
DADOS BRUTOS – MONITORAMENTO DA AVIFAUNA
CLAS.
NOME CIENTÍFICO
NOME
POPULAR
ETAPA 1
ETAPA 2
ETAPA 3
ETAPA 4
ETAPA 5
ETAPA 6
ETAPA 7
ETAPA 8
E
M
I
C S D A I A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R A A P A R
T P F
1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O 1 2 3 4 O
Cyanerpes cyaneus
saíra-beijaflor
F B 3
Hemithraupis guira
saíra-depapo-preto
F B 3
Sicalis flaveola
canário-daterraverdadeiro
G M 1
X X
2
Emberizoides
herbicola
canário-docampo
G B 1
X
1
Volatinia jacarina
tiziu
G B 1
X X
4
Sporophila plumbea
patativa
G M 1
X
1
Sporophila
caerulescens
coleirinha
G M 1
Sporophila
leucoptera
chorão
G B 1
Sporophila
angolensis
curió
G B 1
vivi
F B 2
1
X 3
2
2
2
2
2
2
2
4
4
2
2
1
1
1
1
4
1
0
1
5
2
1
0
2
2
2
2
3
2
2
2 4
4
2
2
2
2
1
1
1
1
4
2
1
1 1
0 8
2
2
3
2
7
2
1 2
3
1
4
1
2
1
2
2
Fringillidae
Euphonia chlorotica
X
2
4
2
1
2
2
Abundância
9
6
1
4
0
1
3
0
5
1
1
2
2
1
1
8
9
5
1
1
0
8
5
1
5
9
1
1
6
2
5
1
2
5
1
2
2
1
2
0
1
3
0
Riqueza
4
7
7
0
6
0
3
1
5
2
5
4
4
6
4
2
3
4
5
4
5
4
1
1
6
4
6
3
5
2
Diversidade H'
1
,
5
9
1
,
7
1
1
,
6
9
1
,
4
3
1
,
6
2
1
,
6
7
1
,
5
6
1
,
4
9
1
,
4
5
1
,
5
7
1
,
6
1
0
,
9
5
1
,
7
4
1
,
7
4
1
,
6
2
2
1
2
5
6
1
3
4
1 1
3 4
3 5
6
3
1
7
8
7
8
6
1
2
9
7
5
3
4
1
0
1
2
2
7
1
1
5
6
1
1
2
9
2
1
2
1
8
9
5
1
5
3
5
7
1
8
5
8
5 6
2 3
2
9
8
4
0
4
5
5
3
3
6
1
6
4
0
3
7
5
5
2
9
7
3
8
7
1
4
1
2
2
2
5
1
,
6
8
1
,
0
9
1
,
6
8
1 1
, ,
5 6
1
,
3
6
0
,
8
1
1
,
5
5
1
,
6
0
1
,
5
7
1
,
4
9
1
,
1
8
1
,
5
3
0
,
8
1
1
,
6
4
1
,
3
7
0
,
8
1
1
,
4
7
1
,
8
1
1
,
5
2
1
,
2
8
1
,
3
3
199
DADOS BRUTOS – MONITORAMENTO DA MASTOFAUNA (MÉDIOS E GRANDES MAMÍFEROS)
PONTO
DATA
DATUM
LONGITUDE
LATITUDE
ORDEM
FAMÍLIA
ESPÉCIE
MÉTODO
1
1
1
2
2
3
3
3
3
3
3
3
3
4
4
4
1
3
3
3
3
3
3
3
2
2
2
20/02/2013
20/02/2013
20/02/2013
22/02/2013
22/02/2013
23/02/2013
23/02/2013
23/02/2013
23/02/2013
23/02/2013
23/02/2013
23/02/2013
23/02/2013
23/02/2013
23/02/2013
23/02/2013
08/05/2013
06/05/2013
06/05/2013
07/05/2013
07/05/2013
07/05/2013
08/05/2013
08/05/2013
06/05/2013
08/05/2013
09/05/2013
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
7781037
7781037
7781037
7783942
7783942
7781640
7781640
7781640
7781640
7781640
7781640
7781640
7781640
7796529
7796529
7796529
7781037
7781640
7781640
7781640
7781640
7781640
7781640
7781640
7783942
7783942
7783942
267786
267786
267786
273643
273643
274109
274109
274109
274109
274109
274109
274109
274109
267022
267022
267022
267786
274109
274109
274109
274109
274109
274109
274109
273643
273643
273643
CARNIVORA
PERISSODACTYLA
RODENTIA
PERISSODACTYLA
ARTIODACTYLA
CINGULATA
CARNIVORA
CARNIVORA
CARNIVORA
PERISSODACTYLA
ARTIODACTYLA
ARTIODACTYLA
PILOSA
CINGULATA
CINGULATA
CARNIVORA
CINGULATA
CARNIVORA
ARTIODACTYLA
CARNIVORA
CINGULATA
PERISSODACTYLA
PILOSA
CARNIVORA
ARTIODACTYLA
CARNIVORA
PERISSODACTYLA
Felidae
Tapiridae
Caviidae
Tapiridae
Tayassuidae
Dasypodidae
Felidae
Canidae
Canidae
Tapiridae
Cervidae
Cervidae
Myrmecophagidae
Dasypodidae
Dasypodidae
Canidae
Dasypodidae
Procyonidae
Cervidae
Canidae
Dasypodidae
Tapiridae
Myrmecophagidae
Canidae
Cervidae
Canidae
Tapiridae
Leopardus pardalis
Tapirus terrestris
Hydrochoerus hydrochaeris
Tapirus terrestris
Tayassu pecari
Euphractus sexcinctus
Leopardus tigrinus
Cerdocyon thous
Chrysocyon brachyurus
Tapirus terrestris
Mazama gouazoubira
Mazama americana
Myrmecophaga tridactyla
Euphractus sexcinctus
Euphractus sexcinctus
Cerdocyon thous
Euphractus sexcinctus
Procyon cancrivorus
Mazama gouazoubira
Cerdocyon thous
Euphractus sexcinctus
Tapirus terrestris
Myrmecophaga tridactyla
Chrysocyon brachyurus
Mazama gouazoubira
Cerdocyon thous
Tapirus terrestris
pegada
pegada, visual
pegada, visual, fezes
pegada, visual
pegada
pegada, toca
pegada
pegada, visual
pegada
pegada, visual
pegada
pegada
pegada, visual
toca, visual
toca, visual
pegada, visual
toca, visual
pegada
pegada
pegada, visual
pegada, toca, carcaça
pegada, visual
pegada, visual
pegada
pegada
pegada, visual
pegada, visual
200
DADOS BRUTOS – MONITORAMENTO DA MASTOFAUNA (MÉDIOS E GRANDES MAMÍFEROS)
PONTO
DATA
DATUM
LONGITUDE
LATITUDE
ORDEM
FAMÍLIA
ESPÉCIE
MÉTODO
2
2
2
4
1
1
2
2
2
09/05/2013
09/05/2013
09/05/2013
09/05/2013
22/07/2013
22/07/2013
23/07/2013
23/07/2013
23/07/2013
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
7783942
7783942
7783942
7796529
7781037
7781037
7783942
7783942
7783942
273643
273643
273643
267022
267786
267786
273643
273643
273643
ARTIODACTYLA
RODENTIA
CARNIVORA
CARNIVORA
PERISSODACTYLA
CARNIVORA
ARTIODACTYLA
ARTIODACTYLA
PERISSODACTYLA
Tayassuidae
Caviidae
Canidae
Canidae
Tapiridae
Canidae
Tayassuidae
Cervidae
Tapiridae
Tayassu tajacu
Hydrochoerus hydrochaeris
Chrysocyon brachyurus
Chrysocyon brachyurus
Tapirus terrestris
Cerdocyon thous
Tayassu tajacu
Mazama gouazoubira
Tapirus terrestris
2
23/07/2013
UTM (22K)
7783942
273643
RODENTIA
Caviidae
Hydrochoerus hydrochaeris
2
24/07/2013
UTM (22K)
7783942
273643
CARNIVORA
Canidae
Cerdocyon thous
2
2
3
3
3
3
3
4
4
4
4
4
4
4
1
24/07/2013
25/07/2013
25/07/2013
25/07/2013
25/07/2013
26/07/2013
26/07/2013
26/07/2013
26/07/2013
26/07/2013
26/07/2013
26/07/2013
26/07/2013
26/07/2013
15/10/2013
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
7783942
7783942
7781640
7781640
7781640
7781640
7781640
7796529
7796529
7796529
7796529
7796529
7796529
7796529
7781037
273643
273643
274109
274109
274109
274109
274109
267022
267022
267022
267022
267022
267022
267022
267786
CARNIVORA
CARNIVORA
CARNIVORA
PERISSODACTYLA
CARNIVORA
CARNIVORA
ARTIODACTYLA
ARTIODACTYLA
CARNIVORA
PERISSODACTYLA
CARNIVORA
PERISSODACTYLA
RODENTIA
RODENTIA
PERISSODACTYLA
Procyonidae
Procyonidae
Procyonidae
Tapiridae
Canidae
Procyonidae
Tayassuidae
Tayassuidae
Canidae
Tapiridae
Mustelidae
Tapiridae
Caviidae
Caviidae
Tapiridae
Nasua nasua
Procyon cancrivorus
Procyon cancrivorus
Tapirus terrestris
Cerdocyon thous
Nasua nasua
Tayassu tajacu
Tayassu tajacu
Cerdocyon thous
Tapirus terrestris
Lontra longicaudis
Tapirus terrestris
Hydrochoerus hydrochaeris
Hydrochoerus hydrochaeris
Tapirus terrestris
pegada
pegada, visual, fezes
pegada
pegada
pegada, visual
pegada, visual
pegada
pegada
pegada, visual
pegada, visual, fezes,
armadilha fotográfica
pegada, visual, armadilha
fotográfica
pegada
pegada
pegada
pegada, visual
pegada, visual
pegada
pegada
pegada
pegada, visual
pegada, visual
visual
pegada, visual
pegada, visual, fezes
pegada, visual, fezes
pegada, visual
201
DADOS BRUTOS – MONITORAMENTO DA MASTOFAUNA (MÉDIOS E GRANDES MAMÍFEROS)
PONTO
DATA
DATUM
LONGITUDE
LATITUDE
ORDEM
FAMÍLIA
ESPÉCIE
MÉTODO
1
1
2
2
2
2
2
2
2
3
3
3
3
3
4
4
4
1
1
1
1
2
15/10/2013
15/10/2013
16/10/2013
16/10/2013
16/10/2013
16/10/2013
16/10/2013
16/10/2013
16/10/2013
17/10/2013
17/10/2013
17/10/2013
17/10/2013
17/10/2013
18/10/2013
18/10/2013
18/10/2013
21/01/2014
21/01/2014
21/01/2014
21/01/2014
22/01/2014
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
7781037
7781037
7783942
7783942
7783942
7783942
7783942
7783942
7783942
7781640
7781640
7781640
7781640
7781640
7796529
7796529
7796529
7781037
7781037
7781037
7781037
7783942
267786
267786
273643
273643
273643
273643
273643
273643
273643
274109
274109
274109
274109
274109
267022
267022
267022
267786
267786
267786
267786
273643
ARTIODACTYLA
CARNIVORA
CARNIVORA
CINGULATA
ARTIODACTYLA
ARTIODACTYLA
RODENTIA
CARNIVORA
PERISSODACTYLA
PILOSA
CARNIVORA
CARNIVORA
ARTIODACTYLA
PERISSODACTYLA
PILOSA
CARNIVORA
PERISSODACTYLA
PERISSODACTYLA
ARTIODACTYLA
PILOSA
CARNIVORA
PERISSODACTYLA
Tayassuidae
Canidae
Procyonidae
Dasypodidae
Tayassuidae
Cervidae
Caviidae
Canidae
Tapiridae
Myrmecophagidae
Canidae
Canidae
Cervidae
Tapiridae
Myrmecophagidae
Canidae
Tapiridae
Tapiridae
Cervidae
Myrmecophagidae
Canidae
Tapiridae
Tayassu tajacu
Cerdocyon thous
Nasua nasua
Priodontes maximus
Tayassu tajacu
Mazama gouazoubira
Hydrochoerus hydrochaeris
Cerdocyon thous
Tapirus terrestris
Myrmecophaga tridactyla
Cerdocyon thous
Chrysocyon brachyurus
Mazama americana
Tapirus terrestris
Myrmecophaga tridactyla
Cerdocyon thous
Tapirus terrestris
Tapirus terrestris
Mazama gouazoubira
Tamandua tetradactyla
Cerdocyon thous
Tapirus terrestris
2
22/01/2014
UTM (22K)
7783942
273643
PILOSA
Myrmecophagidae
Myrmecophaga tridactyla
2
2
2
2
22/01/2014
22/01/2014
22/01/2014
22/01/2014
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
7783942
7783942
7783942
7783942
273643
273643
273643
273643
CARNIVORA
CARNIVORA
CARNIVORA
ARTIODACTYLA
Canidae
Canidae
Felidae
Cervidae
Cerdocyon thous
Chrysocyon brachyurus
Leopardus pardalis
Mazama gouazoubira
pegada
pegada, visual
pegada
armadilha fotográfica
pegada
pegada
pegada, visual, fezes
pegada, visual
pegada, visual
pegada, visual
pegada, visual
pegada, visual
pegada
pegada, visual
pegada, visual
pegada, visual
pegada, visual
pegada, visual
pegada
pegada
pegada, visual
pegada, visual
pegada, visual, armadilha
fotográfica
pegada, visual
pegada
pegada
pegada
202
DADOS BRUTOS – MONITORAMENTO DA MASTOFAUNA (MÉDIOS E GRANDES MAMÍFEROS)
PONTO
DATA
DATUM
LONGITUDE
LATITUDE
ORDEM
FAMÍLIA
ESPÉCIE
MÉTODO
2
3
3
3
3
3
22/01/2014
23/01/2014
23/01/2014
23/01/2014
23/01/2014
23/01/2014
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
7783942
7781640
7781640
7781640
7781640
7781640
273643
274109
274109
274109
274109
274109
CARNIVORA
PERISSODACTYLA
RODENTIA
ARTIODACTYLA
CARNIVORA
CARNIVORA
Procyonidae
Tapiridae
Caviidae
Tayassuidae
Canidae
Procyonidae
Procyon cancrivorus
Tapirus terrestris
Hydrochoerus hydrochaeris
Tayassu tajacu
Cerdocyon thous
Procyon cancrivorus
3
23/01/2014
UTM (22K)
7781640
274109
PILOSA
Myrmecophagidae
Myrmecophaga tridactyla
4
4
1
1
1
1
2
24/01/2014
24/01/2014
08/04/2014
08/04/2014
08/04/2014
08/04/2014
09/04/2014
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
7796529
7796529
7781037
7781037
7781037
7781037
7783942
267022
267022
267786
267786
267786
267786
273643
CARNIVORA
CARNIVORA
PILOSA
PERISSODACTYLA
CARNIVORA
CARNIVORA
PILOSA
Mustelidae
Canidae
Myrmecophagidae
Tapiridae
Canidae
Felidae
Myrmecophagidae
Eira barbara
Chrysocyon brachyurus
Tamandua tetradactyla
Tapirus terrestris
Cerdocyon thous
Puma concolor
Tamandua tetradactyla
2
09/04/2014
UTM (22K)
7783942
273643
PILOSA
Myrmecophagidae
Myrmecophaga tridactyla
2
2
2
3
3
3
3
3
3
4
4
09/04/2014
09/04/2014
09/04/2014
10/04/2014
10/04/2014
10/04/2014
10/04/2014
10/04/2014
10/04/2014
11/04/2014
11/04/2014
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
7783942
7783942
7783942
7781640
7781640
7781640
7781640
7781640
7781640
7796529
7796529
273643
273643
273643
274109
274109
274109
274109
274109
274109
267022
267022
PERISSODACTYLA
CARNIVORA
ARTIODACTYLA
PERISSODACTYLA
CARNIVORA
CARNIVORA
ARTIODACTYLA
CARNIVORA
ARTIODACTYLA
PERISSODACTYLA
CARNIVORA
Tapiridae
Canidae
Cervidae
Tapiridae
Canidae
Canidae
Tayassuidae
Canidae
Cervidae
Tapiridae
Canidae
Tapirus terrestris
Cerdocyon thous
Mazama gouazoubira
Tapirus terrestris
Chrysocyon brachyurus
Cerdocyon thous
Tayassu tajacu
Lycalopex vetulus
Mazama gouazoubira
Tapirus terrestris
Cerdocyon thous
pegada
pegada, visual
pegada, visual, fezes
pegada
pegada, visual
pegada
pegada, visual, armadilha
fotográfica
visual
pegada
pegada
pegada, visual
pegada, visual
pegada
pegada
pegada, visual, armadilha
fotográfica
pegada, visual
pegada, visual
pegada
pegada, visual
pegada
pegada, visual
pegada
pegada
pegada
pegada, visual
pegada, visual
203
DADOS BRUTOS – MONITORAMENTO DA MASTOFAUNA (MÉDIOS E GRANDES MAMÍFEROS)
PONTO
DATA
DATUM
LONGITUDE
LATITUDE
ORDEM
FAMÍLIA
ESPÉCIE
MÉTODO
1
1
1
1
2
2
2
2
2
2
2
3
3
3
3
3
3
3
3
3
4
4
4
4
4
4
1
22/07/2014
22/07/2014
22/07/2014
22/07/2014
23/07/2014
23/07/2014
23/07/2014
23/07/2014
23/07/2014
23/07/2014
23/07/2014
24/07/2014
24/07/2014
24/07/2014
24/07/2014
24/07/2014
24/07/2014
24/07/2014
24/07/2014
24/07/2014
25/07/2014
25/07/2014
25/07/2014
25/07/2014
25/07/2014
25/07/2014
14/10/2014
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
7781037
7781037
7781037
7781037
7783942
7783942
7783942
7783942
7783942
7783942
7783942
7781640
7781640
7781640
7781640
7781640
7781640
7781640
7781640
7781640
7796529
7796529
7796529
7796529
7796529
7796529
7781037
267786
267786
267786
267786
273643
273643
273643
273643
273643
273643
273643
274109
274109
274109
274109
274109
274109
274109
274109
274109
267022
267022
267022
267022
267022
267022
267786
CARNIVORA
CINGULATA
PERISSODACTYLA
PILOSA
CARNIVORA
RODENTIA
CARNIVORA
CINGULATA
CARNIVORA
ARTIODACTYLA
PILOSA
CARNIVORA
PILOSA
PILOSA
CARNIVORA
ARTIODACTYLA
ARTIODACTYLA
CARNIVORA
PERISSODACTYLA
CINGULATA
CINGULATA
CARNIVORA
CARNIVORA
CARNIVORA
PERISSODACTYLA
PERISSODACTYLA
CARNIVORA
Canidae
Dasypodidae
Tapiridae
Myrmecophagidae
Felidae
Caviidae
Canidae
Dasypodidae
Procyonidae
Tayassuidae
Myrmecophagidae
Canidae
Myrmecophagidae
Myrmecophagidae
Canidae
Tayassuidae
Cervidae
Canidae
Tapiridae
Dasypodidae
Dasypodidae
Canidae
Canidae
Mustelidae
Tapiridae
Tapiridae
Canidae
Cerdocyon thous
Euphractus sexcinctus
Tapirus terrestris
Myrmecophaga tridactyla
Puma concolor
Dasyprocta azarae
Cerdocyon thous
Euphractus sexcinctus
Procyon cancrivorus
Tayassu tajacu
Tamandua tetradactyla
Lycalopex vetulus
Tamandua tetradactyla
Myrmecophaga tridactyla
Chrysocyon brachyurus
Tayassu tajacu
Mazama gouazoubira
Cerdocyon thous
Tapirus terrestris
Priodontes maximus
Euphractus sexcinctus
Cerdocyon thous
Cerdocyon thous
Eira barbara
Tapirus terrestris
Tapirus terrestris
Cerdocyon thous
pegada, visual
pegada, toca
pegada, visual
pegada, visual
pegada
pegada, visual
pegada, visual
pegada, toca
pegada
pegada
pegada
pegada
pegada
pegada, visual
pegada
pegada
pegada
pegada, visual
pegada, visual
visual
pegada, toca
pegada, visual
pegada, visual
visual
pegada, visual
pegada, visual
pegada, visual
204
DADOS BRUTOS – MONITORAMENTO DA MASTOFAUNA (MÉDIOS E GRANDES MAMÍFEROS)
PONTO
DATA
DATUM
LONGITUDE
LATITUDE
ORDEM
FAMÍLIA
ESPÉCIE
MÉTODO
1
1
1
1
2
2
2
2
2
2
2
3
3
3
3
3
3
3
4
4
4
4
14/10/2014
14/10/2014
14/10/2014
14/10/2014
15/10/2014
15/10/2014
15/10/2014
15/10/2014
15/10/2014
15/10/2014
15/10/2014
16/10/2014
16/10/2014
16/10/2014
16/10/2014
16/10/2014
16/10/2014
16/10/2014
17/10/2014
17/10/2014
17/10/2014
17/10/2014
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
UTM (22K)
7781037
7781037
7781037
7781037
7783942
7783942
7783942
7783942
7783942
7783942
7783942
7781640
7781640
7781640
7781640
7781640
7781640
7781640
7796529
7796529
7796529
7796529
267786
267786
267786
267786
273643
273643
273643
273643
273643
273643
273643
274109
274109
274109
274109
274109
274109
274109
267022
267022
267022
267022
CINGULATA
RODENTIA
RODENTIA
CARNIVORA
CARNIVORA
PERISSODACTYLA
PILOSA
CARNIVORA
CINGULATA
CARNIVORA
RODENTIA
PERISSODACTYLA
CARNIVORA
ARTIODACTYLA
ARTIODACTYLA
ARTIODACTYLA
ARTIODACTYLA
CARNIVORA
CARNIVORA
CARNIVORA
CARNIVORA
PERISSODACTYLA
Dasypodidae
Caviidae
Cuniculidae
Canidae
Felidae
Tapiridae
Myrmecophagidae
Canidae
Dasypodidae
Canidae
Cuniculidae
Tapiridae
Canidae
Tayassuidae
Cervidae
Cervidae
Tayassuidae
Mustelidae
Mustelidae
Canidae
Canidae
Tapiridae
Dasypus novemcinctus
Dasyprocta azarae
Cuniculus paca
Lycalopex vetulus
Leopardus pardalis
Tapirus terrestris
Tamandua tetradactyla
Cerdocyon thous
Euphractus sexcinctus
Chrysocyon brachyurus
Cuniculus paca
Tapirus terrestris
Cerdocyon thous
Tayassu tajacu
Mazama gouazoubira
Mazama americana
Tayassu pecari
Eira barbara
Eira barbara
Cerdocyon thous
Chrysocyon brachyurus
Tapirus terrestris
toca
pegada, visual
visual
pegada
pegada
pegada, visual
pegada
pegada, visual
toca, visual
pegada
visual
pegada, visual
pegada, visual
pegada
pegada
pegada
armadilha fotográfica
visual
visual
pegada, visual
pegada
pegada, visual
205
DADOS BRUTOS – MONITORAMENTO DA MASTOFAUNA ( PEQUENOS MAMÍFEROS)
Camp.
Data
Estação
Ponto
1 (L.O.)
25/0213
chuvosa
2
2 (L.O.)
09/05/13
seca
1
3 (L.O.)
24/07/13
seca
1
3 (L.O.)
26/07/13
seca
2
3 (L.O.)
26/07/13
seca
3
4 (L.O.)
18/10/13
chuvosa
1
Espécie
Gracilinanus
agilis
Gracilinanus
agilis
Gracilinanus
agilis
Gracilinanus
agilis
Micoureus
constantiae
Oligoryzomys
fornesi
Comp.
Total
(mm)
Orelha
(mm)
Pé
(mm)
Faixa
Etária
Condição
Reprod.
Recaptura
Coletado
119
92
18
13
Jovem
Jovem
não
não
13
117
90
18
12
Jovem
Jovem
não
não
M
20
120
95
19
14
Adulto
ativo
não
não
10
M
22
120
94
19
14
Adulto
ativo
não
não
11
M
70
186
140
22
15
Adulto
ativo
não
não
12
F
17
117
90
18
14
Adulto
Adulto
não
não
Peso Cauda
(g)
(mm)
Marcação
Sexo
001
M
16
002
M
9
206
ANEXO V
Licenças de Coleta, Captura e Transporte de Animais Silvestres
207
208
209
210
ANEXO VI
Cartas de Aceite de Depósito de Material Biológico
211
212
ANEXO VII
Anotações de Responsabilidade Técnica
213
214
215
216