Sementinha_16
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02 Revista da Catequese FICHA TÉCNICA: SUMÁRIO: Diretor: Pe. João Paulo Silva Apresentação pág. 3 Redação: Cat. Clara Campos Editorial pág. 5 Composição: Cat. Luís H. Vieira Ao ritmo do tempo pág. 7 Quaresma 2012 pág. 11 Páscoa 2012 pág. 15 Histórias para todos pág. 17 Poesia pág. 21 Culinária pág. 23 Passatempos pág. 25 Humor pág. 27 Sorrisos do Mundo pág. 28 Colaboradores: César Costa, L. Costa, Cat. Sandra Sousa, Daniela Santos 9º ano, Turma 2011B, Gonçalo Oliveira 2º ano, Sofia Oliveira 2º ano, Eduarda Gouveia 7º ano, Cat. Maria da Luz, Cat. 2º ano, Juliana Silva 5º ano, Sílvia Gandullo 7º ano, Rui Rangel, Sara Rodrigues, João Gomes 2º ano, Joel Teixeira 11º ano, Cat. Vanda Vieira, Sorrisos do Mundo Editor: Secretariado da Catequese – Seminário Passionista Av. Fortunato Meneres, 47, 4520-163 Santa Maria da Feira Tel.: 256364656 / 256362171 e-mail: [email protected] Tiragem: 500 exemplares Estou muito feliz!!! Obrigado pelos vossos testemunhos. Contatos úteis Site da catequese: www.querercrer.com E-mail : [email protected] Telefone: 256364656 / 256362171 Linha de apoio ao cristão: [email protected] Site dos Passionistas: www.passionistas.pt jan. / fev. / mar.´12 Ano V - nº 16 A Sementinha 03 Apresentação OLÁ!!!!!!!!!! É hoje que vou conhecer a minha nova amiga! Ai! Como estou ansiosa e feliz! Vou ter uma companheira que vai estar sempre a meu lado… Que bom! Que bom! Que bom! Bem, o grupo de jovens do 11º ano prometeu… Eu confio neles! Oh! Se confio! E sabem porquê? Porque são maravilhosos, muito interessados, com um coração cheiiiiinho de amor para partilhar com todos aqueles que estão sós ou abandonados. Além disso, também já fizeram um grande percurso na catequese, por isso são mais responsáveis e conhecedores de muitas “coisas” sobre Jesus. Foram eles que me contaram tudo o que estou a dizer…mas não pediram segredo. É por isso que eu posso transmitir esta mensagem. - Truz, truz, truz… SEMENTINHA - Tenho que ir ver-me ao espelho! Será que estou apresentável? Ainda bem que mudei de visual e pareço mais jovem! Vou abrir a porta e ver a surpresa que me espera. Olá!! Boa tarde! És tu a minha nova amiga? Entra! Sê bem vinda! AMIGA - Obrigada! Com licença! SEMENTINHA – É para mim um prazer muito grande ter alguém a meu lado, disposto a ajudar-me…… AMIGA – Sem dúvida que devemos unir-nos e trabalharmos com grande afinco para tentarmos transmitir aos nossos leitores algo que lhes possa ser útil para a sua vida! Catequese Missionários Passionistas 04 Revista da Catequese SEMENTINHA -Isso, isso… mas também alguns momentos de diversão e de descontração, não achas? Eu gosto tanto daquela parte em que se contam anedotas… Fico muito divertida e por momentos chego a esquecer alguns problemas. AMIGA – Ora aí está o sentido da nossa proposta – ajudar os leitores de todas as idades a passarem um pouco do seu tempo, divertindo-se, sim, porque a brincar também se aprende, retirando ensinamentos, colocando-lhes dúvidas para que procurem as respostas certas para elas, fazendo reflexões, orações… enfim toda uma panóplia de sugestões que contribuam para um melhor bem estar e sobretudo para se sentirem mais unidos a Jesus. SEMENTINHA – Como dizes “coisas” tão bonitas mas preocupantes para mim, porque ainda sou pequenita e naturalmente que não estou à altura desta responsabilidade. AMIGA – Qual o quê? Já deste provas mais que suficientes das tuas capacidades, quando ainda aparecias um pouco isolada. E o resultado está à vista. Nada de aflições, pois estou pronta a dar-te a “mão”, ou melhor, as minhas raízes, para que unidas possamos ser mais fortes e convincentes. Oh! Que disparate! Com tanto entusiasmo nem me apresentava convenientemente. Pois bem, eu sou a “SEMENTE”e terei muito gosto em receber-te no meu espaço, que afinal também é o teu, onde nos encontraremos muitas vezes, quer para trabalharmos, quer para nos deliciarmos com as tuas maravilhosas receitas. SEMENTINHA – Boa!!! E vamos começar já com uma bela “ morangada”! AtÉ JÁ!!!!!! Desejamos a todos os nossos amigos leitores, UMA SANTA E FELIZ PÁSCOA! jan. / fev. / mar.´12 Ano V - nº 16 A Sementinha 05 Editorial “SINAIS DO ENCONTRO“ Este Tempo da Quaresma que estamos a viver (já na sua reta final) leva-nos ao encontro de Jesus Crucificado e Ressuscitado: é a Páscoa do Senhor! É a nossa Páscoa! Celebrar a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo é dar-se conta de que uma vida vivida na entrega e no serviço aos outros, no amor gratuito e incondicional, não é um caminho de fracasso e de morte mas sim de realização e de autêntica felicidade! A Quaresma ajudou-nos a parar, a refletir… fazendo-nos encontrarmo-nos connosco mesmos e com esse Deus que nos ama e que se faz presente na nossa vida, no nosso coração! Mas fez-nos, também, avançar, reconhecendo que, como discípulos de Jesus, não podemos instalar-nos ou acomodar-nos: há um caminho a percorrer, não se pode inverter a marcha ou escolher caminhos que nos afastem da Luz e da mensagem de Jesus. O caminho não é para todos, é estreito, exige coragem, não está na moda… mas é profundamente recompensador e gratificante para aqueles que se dispõem a percorrê-lo. Vamos viver, então, com toda a alegria a nossa Páscoa! Vamos, também nós, fazer essa passagem para a verdadeira liberdade! Não queiramos mais viver escravos dos nossos interesses mesquinhos, dos nossos vícios, de nós mesmos e daquilo que nos tentam impor como gerador de felicidade mas que é apenas causador de injustiças e de divisões. Aceitemos um caminho diferente de liberdade, ao estilo de Jesus, que nos compromete a viver na autenticidade e na exigência cristãs, pelo respeito da nova lei do amor e da entrega aos outros! Catequese Missionários Passionistas 06 Revista da Catequese Encontrar-se com Jesus Crucificado e Ressuscitado não pode deixar-nos indiferentes! E em cada Eucaristia nós vivemos esse encontro com Jesus! Ele continua presente no meio de nós, oferece-nos a Sua Vida, une-se a nós... para que possamos dar muito fruto, continuando, hoje, a Sua própria missão! Não tenhamos, então, medo de abrir o nosso coração e a nossa vida a Jesus, deixando-nos encontrar e agarrar por Ele. Com Jesus Cristo percorreremos caminhos de felicidade no encontro e no amor aos irmãos! Votos de uma feliz Páscoa para todos vós, amigos da nossa Sementinha, vivida na verdadeira liberdade dos Filhos de Deus! jan. / fev. / mar.´12 Ano V - nº 16 A Sementinha 07 Ao ritmo do tempo... Março ANIVERSÁRIO DO GRUPO DE ACÓLITOS DA CRUZ No passado dia 6 de Março, o nosso grupo de acólitos cumpriu o seu 23º aniversário de existência, e para ti amigo que te encontras a ler a revista decidimos dar-te a conhecer um pouco sobre a nossa história. O Grupo de Acólitos da Cruz foi fundado no dia 6 de março de 1989 pelo passionista Pe. Manuel Henriques, que se encontra atualmente na missão passionista em Uíge, Angola. Desde esse dia o grupo foi crescendo e renovando-se a nível de elementos, mudou de imagem e foi mudando de responsáveis. Atualmente o nosso grupo de acólitos conta com cerca de 80 elementos, e tem como responsável o diácono César Costa, co-ajudado pela Beatriz Cambra, acólita deste grupo desde a sua fundação. Em nome do nosso grupo de acólitos, desejamos a todos os elementos muitos parabéns e obrigado pelo vosso serviço diante do altar do Senhor. E tu, ainda não és acólito? De que estás à espera? Inscreve-te no final de umas das eucaristias... 23 anos servindo o altar nesta comunidade enviado por: César Costa e Luis Henrique Catequese Missionários Passionistas 08 Revista da Catequese DIA INTERNACIONAL DA MULHER Luta, mulher, luta! Luta contra a indiferença de quem tira sem respeito. Luta contra a ganância e o preconceito De quem enche os bolsos a torto e a direito. Luta pela Justiça e pela Dignidade, Luta pela tua Igualdade! Luta, mulher, luta! Luta todos os dias pelo que é teu, por direito. Luta como antes outras como tu lutaram Que em 8 de março com toda a força recusaram Ser escravas de um explorador qualquer. Orgulha-te de ser mulher! Luta, mulher, luta! Porque quem luta sempre alcança! Segue em frente, avança, Sempre com perseverança E leva no peito o cravo da esperança, Que abril trás ventos de mudança. enviado por: L. Costa jan. / fev. / mar.´12 Ano V - nº 16 A Sementinha 09 ENTREGA DO CREDO Eu creio, ou seja, eu acredito é o início da história que os apóstolos, iluminados pelo Espírito Santo, nos ofereceram. Através da oração do Credo, descobrimos algumas etapas importantes da vida do nosso amigo Jesus e percebemos o quanto Deus nos ama. No dia 10 de março, as crianças do 5º ano, recordaram esses ensinamentos na eucaristia da festa do credo e, ao rezarem todos juntos, aceitaram ir ao encontro de Jesus. Para continuarem a sua caminhada no crescimento da fé e não inverterem o sentido da marcha continuamos a acreditar no entusiasmo que predominou na celebração. enviado por: catequista Sandra Sousa Eu creio que Deus existe. Eu creio no amor que Deus tem por nós. Eu creio que as pessoas podem mudar as suas atitudes menos positivas. Eu creio na liberdade que as pessoas precisam. Eu creio que todos conseguem ser amigos e que há amizade e amor no mundo. Eu creio que os homens podem ser muito felizes. Eu creio que os homens se unem e o mundo fica em paz. enviado por: grupo do 5º ano Catequese Missionários Passionistas 10 Revista da Catequese DIA DO PAI Pai, tu és a razão de minha vida. Deus é realmente maravilhoso. Ele criou o mar para encantar o universo com o mistério das suas águas. Ele criou a natureza, para brilhar no nosso amanhecer. Ele colocou estrelas no céu, para que iluminassem os nossos caminhos. E Ele, na obra máxima da Sua criação, me ofereceu este Pai querido que enfeita o meu caminho e alegra os meus dias com o seu sorriso e a sua força. Sem ti Pai, o que poderia eu encontrar?... Caminharia pelo mundo sem ter os braços abertos, de punhos fechados, de olhos cerrados, e coração solitário. Tu representas todos os meus sonhos. É por ti que construo castelos. É para ti que escrevo histórias nas páginas da minha história, da nossa história, do nosso quotidiano. Para mim, basta apenas Pai, que caminhes comigo ajudando-me a contar as estrelas do céu, ensinando-me a traçar novos rumos, porque tu tens o poder de trazer ao meu mundo o brilho da lua, a magia da noite, a suavidade da brisa, o calor do sol. Tu foste o mais maravilhoso presente de Deus. Sem ti não haveria motivo para eu existir... Obrigado, amo-te muito. Autor desconhecido (adaptado) jan. / fev. / mar.´12 Ano V - nº 16 A Sementinha 11 Quaresma 2012 “QUERES JEJUAR NESTA QUARESMA ?” Deixa de julgar os outros e descobre Jesus que vive neles. Deixa de dizer palavras ofensivas! Enche a boca de frases que curam. Deixa a insatisfação! Enche o coração de gratidão. Deixa atos de raiva! Enche-te de paciência. Deixa o pessimismo! Enche-te de esperança cristã. Deixa as excessivas preocupações! Enche-te de confiança em Deus. Deixa de te queixar! Enche-te de admiração pelas maravilhas da vida. Deixa o stress! Enche a vida de oração. Deixa o ressentimento! Enche-te de perdão. Deixa de aparecer! Enche-te de compaixão pelos outros. Deixa a preocupação pelas tuas coisas! Compromete-te na difusão do Reino de Deus. Deixa o desânimo! Enche-te do entusiasmo da fé. Deixa os pensamentos mundanos! Enche-te da verdade que é fundamento da santidade. Deixa o que te separa de Jesus! Enche-te de tudo o que te aproxima dele. (Trad. Pe António) enviado por: Daniela Santos 9º ano Catequese Missionários Passionistas 12 Revista da Catequese “A QUARESMA” A Quaresma é o tempo litúrgico de conversão, que a Igreja Católica, a Igreja Anglicana e algumas protestantes marcam para preparar os crentes para a grande festa da Páscoa. Durante este período, os seus fiéis são convidados a um período de penitência e meditação, por meio da prática do jejum, da esmola e da oração. Na Quaresma, é comum encontrarmos imagens veladas: sentido de penitência. Começa na quarta-feira de Cinzas e termina na tarde de quinta-feira santa, antes da Missa da Ceia do Senhor, que inicia o Tríduo Pascal. Ao longo deste período, sobretudo na liturgia do domingo, é feito um esforço para recuperar o ritmo e o estilo de verdadeiros fiéis que pretendem viver como filhos de Deus. A Quaresma dura 47 dias, embora para o calendário litúrgico os domingos não contem, perfazendo então 40 dias. A duração da Quaresma está baseada no simbolismo do número quarenta que na Bíblia que significa provação. Nesta, fala-se dos quarenta dias do dilúvio, dos quarenta anos de peregrinação do povo judeu pelo deserto, dos quarenta dias de Moisés e de Elias na montanha, dos quarenta dias que Jesus passou no deserto antes de começar sua vida pública, dos 400 anos que durou o exílio dos Judeus no Egito. A Igreja católica propõe, por meio do Evangelho proclamado na quarta-feira de cinzas, três grandes linhas de ação: a oração, a penitência e a caridade. Não somente durante a Quaresma, mas em todos os dias de sua vida, o cristão deve buscar o Reino de Deus, ou seja lutar para que exista justiça, paz e amor em toda a humanidade. Os cristãos devem então recolher-se para a reflexão para se aproximarem de Deus. Esta busca inclui a oração, a penitência e a caridade, esta última como uma consequência da penitência. in Wikipedia enviado por: Gonçalo Pinho Oliveira 2º ano jan. / fev. / mar.´12 Ano V - nº 16 A Sementinha 13 “NÃO TE CONTENTES” Não te contentes em receber a cinza na cabeça. Lembra-te que és pó! Não te contentes em arrepender-te. Acredita no Evangelho! Não te contentes em converter os outros. Converte-te! Não te contentes em mudar a cor das coisas. Muda as coisas! Não te contentes em ser feliz. Faz feliz alguém! Não te contentes em esperar a Terra Prometida. Aceita o Reino que já chegou! Não te contentes em ler este poema de boas intenções. Faz o teu de realidades! (Autor desconhecido) Catequese Missionários Passionistas 14 Revista da Catequese “TEMPO DA QUARESMA” A quaresma tem o seu início na quarta-feira de cinzas e o seu término ocorre na quinta-feira santa, até à celebração da Missa da Ceia do Senhor Jesus Cristo com os doze apóstolos… os católicos realizam a preparação para a Páscoa. O período é reservado para a reflexão, a conversão espiritual. Ou seja, o católico deve aproximar-se de Deus visando o crescimento espiritual. Os fiéis são convidados a fazerem uma comparação entre as suas vidas e a mensagem cristã expressa nos Evangelhos. Esta comparação significa um recomeço, um renascimento para as questões espirituais e de crescimento pessoal. O cristão deve intensificar a prática dos princípios essenciais da sua fé com o objetivo de ser uma pessoa melhor e proporcionar o bem para os demais. A quaresma vai até á Páscoa quando o Senhor ressuscita. Essencialmente, o período é um retiro espiritual voltado à reflexão, onde os cristãos se recolhem em oração e penitência para preparar o espírito para o acolhimento do Cristo Vivo, Ressuscitado no Domingo de Páscoa. Assim, retomando questões espirituais, simbolicamente o cristão renasce com Cristo. Todas as religiões têm períodos voltados à reflexão, eles fazem parte da disciplina religiosa. Cada doutrina religiosa tem seu calendário específico para seguir. A cor litúrgica deste tempo é o roxo, que significa penitência. O roxo no tempo da quaresma não significa luto mas a preparação espiritual da igreja para a grande festa da Páscoa, a ressurreição de Jesus Cristo. Cerca de duzentos anos após o nascimento de Cristo, os cristãos começaram a preparar a festa da Páscoa com três dias de oração, meditação e jejum. Por volta do ano 350 d. C., a Igreja aumentou o tempo de preparação para quarenta dias. Assim surgiu a Quaresma. in Wikipedia enviado por: Sofia Costa Oliveira 2º ano jan. / fev. / mar.´12 Ano V - nº 16 A Sementinha 15 Páscoa 2012 “TRADIÇÕES EM PORTUGAL” A Páscoa no Norte: O norte tem várias tradições como o “compasso” que anda de porta em porta à espera do anúncio da “aleluia”, ao som do toque da sineta (e o olhar sempre caído nas doçarias tradicionais…). No Minho a Páscoa é vivida com muita alegria, estreia-se a roupa , espera-se pelo “compasso”, que já anda na rua, visita-se a casa do vizinho para beijar a Cruz, trocam-se dois dedos de conversa enquanto se prova o pão de ló típico da época. Em Serdedelo, Ponte de Lima, as raparigas solteiras esperam o padre à entrada da porta, para lhe oferecerem um “raminho” que deverá transportar até outra casa onde lhe entregam um novo “raminho”, mas as “ofertas” podem ser também açúcar, arroz e até mesmo ovos… Em Braga, do Domingo de Ramos ao Domingo de Páscoa, a cidade dedica-se totalmente às cerimónias da Semana Santa e no domingo de Páscoa decorre a visita pascal. Na região de Bastos as tradições da região passam pelo compasso pascal e pela gastronomia, onde nesta época do ano o cabrito ganha um especial destaque… Em Trás-os-Montes, o folar de carne substitui qualquer iguaria. É uma bola feita de farinha, fermento, ovos, leite, azeite ou manteiga, carne de porco, entre outras carnes… A Páscoa no Centro e no Sul: A região das beiras não é diferente das outras regiões do país. São feitas as limpezas na véspera e feitos os tradicionais bolos da Páscoa. Em Covilhã as empadinhas são a iguaria típica. Noutras regiões do centro as broinhas e os bolos de azeite marcam a diferença! Na Beira Litoral, o leitão assado é o prato preferido… No Alentejo o cordeiro é o prato principal. Catequese Missionários Passionistas 16 Revista da Catequese No Alto Alentejo, em Castelo de Vide, o folar assume a forma de um “duplo coração de ovos… Próximo de Elvas, os folares apresentam formas de animais, como borregos, lagartos, pintainhos, pombos…! E assim são as tradições da Páscoa em Portugal…! enviado por: Eduarda Gouveia 7º ano “A PÁSCOA VISTA PELOS MAIS NOVOS” Foram feitas algumas questões aos meninos de uma turma do 1º ano de catequese, sobre alguns temas desta edição da revista sementinha. Eis as suas respostas: O que é a Páscoa? É quando Jesus ressuscita. É comer ovos da Páscoa. É uma época para estar com a família. É felicidade! É dar os ramos aos nossos padrinhos. Quem é Jesus? É o Senhor que está lá em cima no céu. E a Quaresma? O tempo para chegar à Páscoa, 40 dias. enviado pela: turma 2011 B 1º ano jan. / fev. / mar.´12 Ano V - nº 16 A Sementinha 17 Histórias para todos “A MENINA QUE NÃO GOSTAVA DE MISSA” Num país distante, havia uma menina muito especial que se chamava Miriam. Ao domingo, ela adorava ficar em casa a dormir ou sair com as amigas, mas a mãe chamava-a para ir à missa. Miriam resmungava sempre que não queria ir. Então, a mãe respondia que se não fosse à missa não poderia sair com as amigas. A menina saía de casa sempre a resmungar, mal encarada e a bocejar. Chegava à igreja e via jovens da sua idade que colaboravam na missa sempre contentes e a sorrir. Porém, ela estava tão desanimada que não prestava atenção àquele grupo. Um domingo, ao começar a missa, ouviu uma voz que a chamou baixinho: - Hei, hei! Anda cá! Miriam saiu do lado da sua mãe e foi ver o que aquela vozinha queria. Viu uma menina do grupo e perguntou: - Chamaste? A menina disse-lhe: - Olha, preciso da tua ajuda. Será que podias fazer a leitura por mim? Não me estou a sentir nada bem e não tenho quem me substitua. Miriam, meio atrapalhada, respondeu: - Mas eu nunca fiz isso e nem sei por onde começar. A menina insistiu tanto dizendo que estava doente que Miriam acabou por aceitar e pediu que lhe mostrasse o que fazer. Na hora de fazer a leitura subiu ao ambão, começou a proclamar as belas palavras escritas naquele lindo livro. A mãe estava sentada e não entendia o que se estava a passar. Ao terminar a leitura, Miriam não sabia o que tinha acabado de fazer e nem sabia o que iria acontecer a partir daquele momento. Ao sair da igreja, procurou a menina que lhe fez o pedido. Não conseguiu encontrá-la. Pegou a mão da mãe e comentou: - Que pena a missa já ter acabado! Olhava em todas as direções na esperança de ver a menina que tinha acabado de conhecer e de quem nem sequer sabia o nome. - Mãe, viste aquela menina que me chamou para fazer a leitura? Catequese Missionários Passionistas 18 Revista da Catequese Apesar de nada entender, a mãe respondeu: - Não filhinha, mas eu pensei que a tinhas feito por vontade própria. Miriam respondeu: - Não tem problema. Eu gostei de ler aquele livro - Filha, aquele livro chama-se Bíblia. É lá que está a palavra de Deus. Miriam não disse nada e retirou-se para o seu quarto onde ficou a pensar quem seria aquela menina. Gostava tanto de saber o seu nome... Passou a semana ansiosa que chegasse domingo. Parecia que o tempo não passava e ela queria ler novamente aquele livro. No sábado, as amigas foram lá a casa convidá-la para ir com elas no domingo à praia. Miriam olhou para elas e retorquiu: - Gostaria de ir mas vou à missa com a minha mãe. As amigas ficaram espantadas. Não percebiam o que estava a acontecer. -“Será que tem novas amigas?” – interrogavam-se. Claro que não! Miriam apenas queria saber mais sobre aquilo que tinha lido. As amigas despediram-se sussurrando: - Ela é falsa, está mas é com outras amigas e não nos quer dizer. No domingo, logo ao amanhecer, apressava a mãe. . Calma, filha. Ainda faltam duas horas para a missa. Miriam não parava de olhar para o relógio. - Vamos mamã, não quero chegar atrasada. Hoje vou pedir para fazer a leitura Procurou a nova amiga, mas não a encontrou. Resolveu então perguntar às jovens colaboradoras. - Bom dia! Procuro a vossa colega que me pediu para ler no domingo passado. Vocês viram-na? Ela tinha uma camisola igual a essa que usam. As meninas responderam: - Só se foi uma de nós pois o grupo é formado apenas por nós (dez meninas). Miriam agradeceu e retirou-se, cabisbaixa e com expressão de quem não entendeu nada. Foi até ao padre e pediu para ler mais uma jan. / fev. / mar.´12 Ano V - nº 16 A Sementinha 19 vez a palavra do Senhor. Com um sorriso, o padre respondeu que sim e mostrou qual a leitura que devia ler. Mais uma vez proclamou a palavra e ficou muito contente. A mãe, ali sentada, escutava com muito orgulho. Mal chegou a casa começou a ler a Bíblia. Estava tão entusiasmada que queria aprender tudo sobre o Pai Todo-Poderoso e Seu filho, Jesus Cristo. A mãe ensinava o que sabia. Começou pelo Pai-Nosso, a Avé-Maria, estendendo para outras orações. Agora, todos os domingos estava na missa muito feliz. Um certo domingo, encontrou as suas amigas junto à igreja e abraçou-as. Elas tinham sentido a sua falta e foram ao seu encontro. - Já não brincas connosco ao domingo. Estás mudada! Miriam respondeu: - Eu quero brincar, porém só depois da missa. E convidou as amigas para assistirem a uma missa. Aos poucos, Miriam tornou-se colaboradora do grupo da igreja e dedicava muito tempo e amor a aprender tudo sobre o Senhor. O seu comportamento tinha mudado, ela via o mundo de maneira diferente. Sabia que o nome de Jesus tinha poder, era o seu escudo, a sua segurança, pois Ele tinha realizado a coisa mais importante que era saber amar o próximo. Não mais se preocupou em encontrar a menina da igreja pois tinha entendido que o Espírito Santo lhe abriu o caminho para Jesus. enviado por: catequista Maria da Luz (adaptado) Catequese Missionários Passionistas 20 Revista da Catequese “VEM DANÇAR COMIGO” Ontem fomos almoçar a um restaurante. Num dado momento, uma menina de uns 6 ou 7 anos de idade chamou a minha atenção. Ela dançava sozinha ao lado da mesa onde os pais almoçavam. Sem música, sem coreografia, sem vergonha… Apenas se mexia com os olhos fechados. Ora meio desengonçada, ora como se estivesse a apresentar-se para dezenas de pessoas, ela fazia o showzinho dela sem sequer se preocupar em ter espetadores. Naquele instante, ela apenas expressava tudo que sentia que vinha de dentro de si. Não estava ABSOLUTAMENTE nada importada com o que os outros pudessem pensar. Imediatamente eu imaginei um adulto a fazer o mesmo que ela. Já pensaste, se de repente, logo após o almoço, sentisses uma vontade incontrolável de te mexeres e te colocasses de pé junto à tua mesa a mexeres-te desordenadamente, ao sabor dos teus impulsos? Esquisito, não? A primeira pergunta que nos colocaríamos seria: “Os OUTROS iriam pensar que eu sou louco(a)”. Pois é, os outros… Mais uma vez os outros ditando o que devemos e o que não devemos, o que é razoável e o que não é sensato fazer. Sim, eu seria o primeiro a dizer que tu és louco(a). Acho que se fosse o pai dela, seria o primeiro a dizer: “Senta-te e sossega, menina”. Que vergonha para mim! Não é à toa que muitos e muitos adultos vivem uma vida infeliz. Somos muito mais limitados do que podemos imaginar. Se queremos ser felizes, deveremos observar e consultar as crianças antes que apaguemos em nós a chama da espontaneidade que brilha intensamente em todas elas. Autor desconhecido enviado por: catequista Maria da Luz jan. / fev. / mar.´12 Ano V - nº 16 A Sementinha 21 Poesia A CRUZ DA GLÓRIA A cruz é o abraço com espaço onde cabe o mundo, Todo e com tudo, criado e unido pelo amor mais profundo! A cruz é a escada lançada entre a terra e o Céu! Distância infinita… escada bendita que o Senhor desceu! A cruz é o sinal universal de Nosso Senhor! Nova linguagem soberba imagem de Perdão e Amor! A cruz é a grande contradição: Nela pregaram o Pregador e do ódio brotou Amor! O que era fim… tornou-se princípio! A terra firme tremeu forte! O dia fez-se noite e na noite morreu a morte! A noite fez-se dia e o dia foi de Glória! Glória! Glória! Aleluia! enviado por: catequista 2º ano A VIDA INTERIOR Bem pobre tu ficarás enquanto não tiveres descoberto que não é com os olhos abertos que tu vês melhor. Bem ingénuo tu ficarás enquanto não tiveres aprendido que, de lábios fechados, há silêncios mais ricos que a profusão da palavra. Bem incapaz tu ficarás enquanto não tiveres aprendido que, de mãos erguidas, tu podes fazer mais do que agitando as mãos. (D. Helder Câmara) Catequese Missionários Passionistas 22 Revista da Catequese ORAÇÃO Deus quando criou o Mundo fez o Céu, fez as estrelas, e fez o homem para habitar o que tinha criado. Deu-nos os frutos, a água, tudo que precisávamos para viver. Deu-nos o Sol para nos aquecermos, a chuva para regar os campos e fazer as flores crescer e florirem. Que lindo Mundo que Deus fez. Obrigado, meu Deus, por isto tudo que nos deste. enviado por: Juliana Alexandra Castro e Silva 5º ano. AO DEUS DA SINCERIDADE Salva-nos, Senhor, porque a lealdade está a acabar e a sinceridade a desaparecer do mundo onde vivemos. Não fazem mais que mentir uns aos outros, as suas palavras são enganosas e duvidosas, falam com segundas intenções em seu coração. Têm a sua força na língua, confiam nos seus lábios e querem escravizar-nos. Mas tu, Senhor, vês a opressão dos humildes e ouves o lamento dos pobres indefesos. Livra-nos, Senhor, da escravidão e da mentira, não deixes que nos enganem promessas mentirosas. As tuas palavras, sim, as tuas palavras é que são autênticas e verdadeiras, como a prata limpa e refinada. Guarda-nos, Senhor! Queremos caminhar na verdade, para que a verdade nos faça livres, no amor em que queremos viver, livres, no convívio com os outros e contigo, Senhor. enviado por: Sílvia Gandullo 7º ano jan. / fev. / mar.´12 Ano V - nº 16 A Sementinha 23 Culinária MORANGADA (feita com base na receita “Morangada”, do Rik & Rok, alterada a gosto pelo Rui Pedro) Ingredientes: ·5/6 palitos la reine; ·Chantilly; ·3 ovos; ·250 gr. açúcar; ·Leite; ·Chocolate em pó; ·500gr. de morangos. Preparação: Começa por preparar um leite morno com bastante chocolate para ficar com sabor mais forte e uma textura um pouco mais espessa. Mergulha os palitos la reine no leite para ficarem ligeiramente amolecidos e com sabor a chocolate e, depois, coloca-os no fundo de uma travessa. Com uma varinha de mão, bate as gemas juntamente com o açúcar até ficarem com uma cor mais esbranquiçada. Numa outra taça grande, transforma, com a varinha mágica, as claras líquidas em claras em castelo e junta à mistura anterior. Alternativamente, podes usar chantilly de lata. Chama um ajudante e pede-lhe que corte os morangos em tiras, ou ao meio, após os teres lavado. Coloca uma camada de morangos por cima da camada dos palitos e, em cima, espalha uma camada de creme. Para enfeitares, espalha, pelo topo, morangos fatiados fininho, e um maior no topo. Leva ao frigorífico por duas horas. Se usares chantilly de lata, enfeita com fios as laterais do prato antes de servires. Se usares chantilly feito em casa, podes cobrir com o mesmo antes de levares ao frigorífico. Um apetite devorador é o nosso desejo enviado por: Rui Pedro Rangel e Sara Rodrigues (prima ajudante) Catequese Missionários Passionistas 24 Revista da Catequese BOLO LÊVEDO DA PÁSCOA Ingredientes: ·250 g de farinha 25 g de fermento de padeiro 1,75 dl de leite de soja 3 ovos 40 g de açúcar 65 g de manteiga de soja 1 pitada de sal ½ limão ( raspa) Manteiga, farinha e açúcar q.b. Preparação: Coloque 65 g de farinha numa tigela. Dissolva o fermento no leite de soja morno e adicione-o à farinha. Junte 2 ovos e amasse bem. Acrescente o açúcar e a manteiga amolecida. Continue a amassar e junte o sal e a raspa de limão. Adicione a restante farinha, aos poucos e amasse bem. Deixe levedar até dobrar de volume. Unte um tabuleiro com manteiga e polvilhe-o com farinha. Ligue o forno a 180º C. Coloque a massa sobre uma superfície de trabalho polvilhada com farinha. Retire um pouco desta, reservando-a, e molde a restante em forma de bola. Coloque-a sobre o tabuleiro. Faça um rolo com a restante massa e coloque-a no tabuleiro em volta da bola. Pincele com o restante ovo batido e polvilhe com açúcar. Deixe levedar novamente, até dobrar de volume. Leve ao forno a cozer, durante 40 minutos. Desenforme o bolo morno e sirva-o com geleia de pêra. enviado por: João Pedro Trindade Gomes 2º ano jan. / fev. / mar.´12 Ano V - nº 16 A Sementinha 25 Passatempos SOPA DE LETRAS Descobre as seguintes palavras: ENCONTRO SINAIS PENITÊNCIA QUARESMA ANUNCIAR CELEBRAÇÕES PÁSCOA PARAGEM IGREJA Soluções: ORAÇÃO R Z A P A P A R A G E M C O C U Q N O H A D F G T G A G T G P S U R S I N A I S E D O U I I D N T H K C L I T A R S D G E E C O G H O F E C A H B I C S R I C K V M E F Ç D Y U H V P D A C L T P D Ã D R H B U V Á R R E P O R O W E U R E T G S T M L L P E N I T Ê N C I A C Y N E A A N H V N H V X E L O G B B M S C Q E G K U A I I A U V R N C O S U Q S F H V F A A C A V I N F F A G G N H H Q T X Ç V G T G H V R K K H R X O Z Õ H R R J V V Q E B D G M M A E N E O D B U E W S X C W G O S J J A F F S H X D M P E C S O L A D Ã O M S I T A A enviado por: Joel Teixeira 11º ano Catequese Missionários Passionistas 26 Revista da Catequese PARA COLORIR: jan. / fev. / mar.´12 Ano V - nº 16 A Sementinha 27 Humor - "Stora", alguém pode ser castigado por uma coisa que não fez? - Não. - Fixe. É que eu não fiz os trabalhos de casa. - Manuel, diga o presente do indicativo do verbo caminhar. - Eu caminho... tu caminhas... ele caminha... - Mais depressa! - Nós corremos, vós correis, eles correm! Professor: Chovia que tempo é? Aluno: É tempo muito mau, senhor professor. Professor: De onde vem a eletricidade? Aluno: Do Jardim Zoológico! Professor: Do Jardim Zoológico? Aluno: Pois! O meu pai, quando falta a luz em casa, diz sempre: "Aqueles camelos...". Professor: Quantos corações temos nós? Aluno: Dois, senhor professor. Professor: Dois!? Aluno: Sim, o meu e o seu! enviado pelas catequistas: Sandra Sousa e Vanda Vieira Catequese Missionários Passionistas 28 Revista da Catequese Sorrisos do Mundo Olá amiguinho!!! Depois de uma época iluminada pelo nascimento de Jesus, estamos de volta para te apresentarmos mais uma canção para poderes cantar durante este tempo em que somos convidados a anunciar a sua morte e ressurreição. Esperamos e convidamos-te a participar nas celebrações deste tempo litúrgico em que a eucaristia faz todo o sentido, pois foi na noite anterior à morte de Jesus que este instituiu a eucaristia em conjunto com os seus apóstolos. Até à próxima edição. “RESSUSCITOU, RESSUSCITOU” 1. NA SUA DOR OS HOMENS ENCONTRARAM UMA PURA SEMENTE DE ALEGRIA O SEGREDO DA VIDA E DA ESPERANÇA RESSUSCITOU O SENHOR JESUS! RESSUSCITOU, RESSUSCITOU RESSUSCITOU, ALELUIA! RESSUSCITOU, RESSUSCITOU RESSUSCITOU, ALELUIA! 2. OS QUE CHORAVAM CESSARÃO O PRANTO BRILHARÁ NOVO SOL NOS CORAÇÕES PODE CANTAR O HOMEM O SEU TRIUNFO: RESSUSCITOU O SENHOR JESUS! 3. OS QUE NOS DUROS CAMPOS TRABALHARAM VOLTARÃO ENTRE VOZES DE ALEGRIA ERGUENDO AO ALTO OS FRUTOS DA COLHEITA RESSUSCITOU O SENHOR JESUS! segue-nos em: contacta-nos: facebok.com/coralsorrisosdomundo jan. / fev. / mar.´12 [email protected] Ano V - nº 16 32 Revista Juvenil da Catequese pessoa independente se é rico ou pobre. As pessoas têm que olhar p'ra esse lado. Daqui a uns dias…nós estamos num país que uma criança já começa a diferenciar outra por causa da roupa. Se nós não começarmos dentro de casa, não vamos conseguir nunca mudar isso. Semente – Ficávamos aqui mais tempo a conversar com toda a certeza… Desejamos-lhe as maiores felicidades quer para si como profissional de futebol, quer para a sua bebé que vai nascer, quer para a sua esposa e que Deus vos ajude a criar essa menina com muito amor e carinho. E que Deus lhe dê aquilo que precisa. Foi um prazer enorme realizar esta entrevista. Mais uma vez, obrigado Luciano! (A entrevista foi realizada a um jogador brasileiro daí o fato das suas respostas se apresentarem em português do Brasil.) Catequese Missionários Passionistas A Semente 31 esse lado de convivências independente se é pobre, se é rico, ser humano para ser humano. Saber lidar, saber dividir, saber rezar uns pelos outros. Hoje em dia cada um só reza p'ra si mesmo, esquecemos o nosso irmão do lado. Eu acho que a catequese é fundamental! Semente – Estamos encantados com o que disse e com o fato de valorizar a catequese. Luciano – Eu valorizo as mínimas coisas da vida, eu saio de casa e saio dando bom dia. Eu dou valor às coisas simples da vida, eu não gosto de ser tratado diferente, eu gosto de ser tratado como qualquer outra pessoa. Sou discreto, me escolhem e eu estou pronto p'ra servir, estou pronto p'ra ajudar mas não gosto de querer ser melhor que alguém, somos todos iguais só mudamos de endereço. Semente – Mas nós agradecemos-lhe do fundo do coração, pela forma simpática como nos acolheu e por esta maravilhosa conversa. Para terminar só queríamos pedir que deixasse uma mensagem para as nossas crianças e para os nossos jovens. Luciano – Primeiramente eu quero agradecer a vocês por me terem escolhido, muito obrigado. Quero dizer a todos os catequistas que primeiramente creiam em Deus. Aos jovens que prestem atenção ao que os catequistas falam. Que todos tenham felicidade, muita saúde e que Deus os ilumine a todos. Aos mais pequeninos que obedeçam ao pai e à mãe e que deem valor às mínimas coisas da vida, à sua família, aos seus amigos. O mundo precisa disso, de paz, de amor, de amizade. Semente – Os mais pequeninos podem realmente desenvolverem-se nesse sentido para que a sociedade seja outra e possamos ter uma vida com mais sentido. Luciano – Hoje em dia, é como eu disse, o sentido de muitas pessoas é ter o melhor carro, ter a melhor casa, o melhor sapato, as calças de ganga com marca. Isso não leva a nada, a vida não é isso. Deus não quer isso, quer o coração da jan. / fev. / mar. 12 Ano I- nº1 30 Revista Juvenil da Catequese Semente – O que acaba de dizer é uma verdadeira catequese… Estamos a viver a quaresma e queríamos saber se para si esta época tem um significado especial? Luciano – Eu não costumo comer carne na quaresma. Mas eu acho que é uma época p'ra refletir em tudo o que Deus fez por nós.. Semente – E o fato de não comer carne durante esse período não interfere na sua performance profissional? Luciano – Não, não! Semente – No Brasil também se vivem as mesmas tradições que em Portugal? A visita pascal ou compasso para beijar a cruz? Luciano – Sim, há. Semente – Da vida de Jesus, quais são os ensinamentos que guarda, o que é que o marcou mais? Luciano – Eu recordo muita coisa… Mas há uma coisa que tinha na casa da minha mãe, era aquele quadro da santa ceia que ela deixava lá. Hoje em dia, dificilmente chega na casa de alguém e vê um quadro daqueles, ou o quadro está na despensa ou está deitado no lixo. O mundo evoluiu muito e hoje todos têm uma vida muito corrida. É importante os pais educarem não só para a catequese mas ter princípios, dar uma base. Semente – Com a sua filha terá essa responsabilidade também... Luciano –Eu esperei muito esse momento e o meu maior prazer é explicar p'ra minha filha o que se passa, o que significa, p'ra que ela possa ter uma base. O conhecimento ninguém cobra, é seu p'ró resto da vida. Semente – Pretende acompanhá-la, transmitir-lhe valores e, na altura própria batizá-la, dar-lhe a “função” de cristã e depois acompanhá-la na catequese? Não sabemos mas gostaríamos de perguntar, frequentou catequese? Luciano – Sim. Sim. Semente – Acha que a catequese pode ajudar em alguma coisa as pessoas a terem outro tipo de atitudes? Luciano – Sim. Outra visão. É aquele alicerce que nós não temos muitas vezes dentro de casa com a correria do dia a dia. Acho que cobre esse lado espiritual, esse lado de ser humano, Catequese Missionários Passionistas A Semente 29 Luciano – Bom, eu fui criado na Igreja Católica. Eu não sou tão velho assim, tenho 32 anos mas eu sou do tempo ainda em que às 6h da tarde a minha mãe reunia os filhos p'ra rezar. E hoje em dia dificilmente se vê uma família fazer isso. Então, eu sou de uma família católica apesar de que hoje tenho irmão crente, tenho irmão… mas não interessa, os meus princípios é na Igreja Católica. E respeito a Igreja Católica, vou na Igreja p'ra conversar com Deus, ali uma hora, 40 minutos, meia hora, mas vou lá p'ra conversar com Deus. Lá em casa somos 10 filhos, 5 homens e 5 mulheres e a minha mãe sempre pegou os 10, mas chega uma certa altura da vida que os filhos começam um vai p'ra cá, outro p'ra lá. A minha maior vontade era reunir os dez p'ra pelo menos fazer uma vez aquilo que a minha mãe fazia há uns anos atrás, às 6h da tarde ou na hora do almoço. Semente – E como alimenta a sua fé? Já disse que vai uma vez à eucaristia mas que outros momentos tem para conversar com Deus, na sua casa, no seu quarto? Luciano – Em casa tenho uma santinha, está lá a Nossa Senhora. Às vezes peço mais do que agradeço, outras vezes agradeço mais do que peço mas sempre onde eu vou rezo, faço a minha oração, agradeço por cada dia de vida, cada minuto. Depois de alguns problemas, hoje a minha filha está aí, vai nascer amanhã. É mais uma prova que Deus existe. Eu sempre falei p'ra minha mulher que Deus ia dar p'ra nós um filho na hora certa. Semente– Quem se entrega mais nas mãos de Deus vive de uma forma diferente dos outros. Luciano – Deus é p'ra todos, não é só p'ró branco, não é só pr'ó preto, é p'ra todos. E eu sou otimista, eu creio sempre que consigo. Semente – Naturalmente vai buscar essa força à igreja, à Palavra de Deus, à Eucaristia… Luciano – Por isso é que eu vou lá uma vez por semana agradecer, eu não costumo pedir muito, eu agradeço. Às vezes a gente pede, pede, pede e nunca vai lá agradecer. A gente nunca está bom, a gente pede uma coisa, alcança e pede outra, mas nunca para p'ra agradecer. Quando eu vou lá eu procuro agradecer mais do que pedir. jan. / fev. / mar. 12 Ano I- nº1 28 Revista Juvenil da Catequese num país que está e teve com as portas, os braços abertos p'ra mim. A vila da Feira me acolheu de braços abertos, as pessoas que convivem com o Feirense, os verdadeiros sócios do Feirense, aqueles que vêm todos os dias cá, aqueles que entra inverno, acaba inverno, entra verão, estão connosco. É a essas pessoas que eu tenho que agradecer e é gratificante você ter a confiança de todos. Eu tenho a confiança de todos mas eu tenho uma responsabilidade muito grande não só no Feirense mas perante a cidade, perante as pessoas, muito grande… Semente – Até quando anda na rua, quando vai ao supermercado, continua a ser um exemplo para os jovens. E se o virem a ter comportamentos menos próprios tem de ser, independentemente do local, um exemplo. Luciano – É verdade! Eu não vou dizer que… como é que eu posso explicar… que é uma vida difícil, não é. O que eu passo hoje, eu trabalhei muito p'ra viver esse momento que é as pessoas reconhecerem e o respeito das pessoas, mas eu também devo à população, à sociedade. Semente – Uma questão mais pessoal… o que gosta de fazer nos seus tempos livres? Luciano – Eu adoro ficar em casa, adoro, adoro. Quando não tenho treinos a minha vida é em casa, vou na igreja uma vez por semana e às vezes convido amigos p'ra irem lá em casa almoçar, jantar, esse tipo de coisas. Semente – Prefere estar em casa para compensar a família ou pela sua maneira de ser? Luciano – É maneira de ser. Não gosto de aparecer muito, prefiro ficar em casa quieto no meu canto. Semente – Quando arriscámos fazer a entrevista, pelo que conhecemos de si, achámos que iria ficar envergonhado. Luciano – Olha, estou até suando. Semente – Escolhemo-lo a si porque achamos que é especial e também porque podemos conversar consigo sobre dois aspetos da sua vida, a profissão e a sua religião. Já referiu que vai à eucaristia uma vez por semana. Como é que Deus entra na sua vida? Catequese Missionários Passionistas A Semente 27 Luciano – Muitas das vezes algumas coisas que não estão bem antes de chegar neles chegam em mim e eu procuro gerir isso da melhor forma possível. Semente – Todas as pessoas são um ser individual mas funcionando como um grupo têm que se submeter às regras. Por muitas vezes que lhe possa custar chamar à atenção tem de o fazer, faz parte e tudo tem de funcionar mesmo. Luciano – Nós funcionamos como uma engrenagem, quando um falha, falham todos. Não tem como direcionar para A, B ou C. É lógico, o Feirense hoje está com uma nova geração e às vezes um ou outro sente um pouquinho mais e esse jogador a gente procura resguardar ele mais, mostrar o caminho certo p'ra que as coisas possam andar da melhor forma possível. Semente – E como é que um jogador, em específico o Luciano, como é que se prepara mentalmente para ter esse tipo de atitude, como é que se inspira para gerir essas questões no balneário? É a experiência, apoio psicológico? Luciano – Eu acho que primeiramente tem que ter uma base em casa, a educação é tudo na vida. Lógico que eu não posso chegar dentro do relvado e falar faz favor, dá licença, você pode fazer isso? Não. Lá é trabalho! Da mesma forma que eu sou cobrado, eu tenho que cobrar. Mas eu acho que o alicerce de tudo é a família. Você tem uma boa família, tem princípios na vida, acho que é o fundamental. Semente – Veio para Portugal e essa opção esteve relacionada com a proximidade da língua ou circunstâncias do futebol? Portugal foi e é um país acolhedor, os adeptos cobram mais, a adaptação foi difícil? Jogou noutros países? Luciano – Não, só em Portugal. Eu tenho de agradecer a duas pessoas que são o Henrique Nunes e o Rodrigo que me apoiaram bastante quando cheguei cá. São duas pessoas a quem vou ficar grato p'ró resto da vida e o que eu puder fazer por eles não vou pagar o que eles fizeram por mim. E a questão futebolística é uma questão de tempo, de adaptação, eu cheguei jan. / fev. / mar. 12 Ano I- nº1 26 Revista Juvenil da Catequese Mas nós estamos numa nova geração, no século XXI. Temos e já provámos que temos condições p'ra jogar de igual para igual. E foi bom! É um jogo diferente p'ra a vida de todos nós. E ainda mais da forma que foi! A gente demonstrar o nosso valor, demonstrar p'ra a nossa cidade o que representa o Feirense, o que representam os jogadores do Feirense. E não só aqui em Portugal mas em todo o mundo. O meu pai vê lá no Brasil. E isso é bem gratificante! Semente– Há pouco referiu que em termos classificativos não estamos no lugar que desejaríamos. Como se animam os colegas no balneário? Em campo ouvimos os seus “berros” mas como se motivam os colegas para dar a volta? Luciano – Eu acho que primeiramente, no futebol, o bom do futebol é que você não tem tempo de se lamentar. Quando se ganha, ganhou, tem de ganhar o próximo jogo. E aqui no Feirense nós somos uma família, os pontos positivos conversamos no balneário e os pontos negativos conversamos no balneário. E nós sabemos que somos capazes, nós sabemos a qualidade da nossa equipa. E também sabemos que nós temos um apoio muito grande da direção que convive connosco 24 horas por dia, dia e noite pensando no que tem de fazer de melhor p'ra todos nós. Eu vivo mais tempo aqui do que vivo com a minha esposa em casa. Nós somos realmente uma família. E dentro dessa família que nós construímos no decorrer da época vêm as cobranças, temos de fazer golos, temos de defender golos, temos de ganhar. E nós chegamos a uma conclusão que é ganhar jogos, sair da situação o quanto antes. E eu tenho a certeza que vamos sair. Com muito trabalho, nós vamos sair. Semente – Num grupo há naturalmente um líder, alguém que guia, e por vezes há características individuais que podem perturbar o bem estar do grupo. E o líder tem que ser uma voz forte e não calma como está agora connosco aqui… Catequese Missionários Passionistas A Semente 25 Repórter Semente “Luciano Alexandre Silva” Semente – Boa tarde Luciano! Agradecemos desde já a sua disponibilidade. Em primeiro lugar, já conhece a revista da catequese, a Sementinha? Luciano – Ainda não! Semente – Temos aqui a última que saiu e que lhe podemos oferecer. Luciano – Obrigado! Vou ler quando chegar em casa. Semente – Agora uma pergunta difícil… Que sentimentos dominaram em si nos jogos contra o Benfica e o Porto? Ansiedade? Luciano – Não, ansiedade não. Nós trabalhámos muito p'ra que chegasse esse momento. Com muito trabalho chegou e foi uma semana diferente com, sem dúvida alguma, muita tensão em nosso redor mas a sensação foi como jogar contra o Leiria, o Guimarães, contra qualquer outra equipa. Semente – Todos os jogadores dizem isso mas não acreditamos que seja a mesma coisa. Mas é verdade que estão em igualdade de circunstâncias por estarem na Primeira Liga… Luciano – Pois é! A diferença p'ra nós é a cor da camisola. Porque se nós estamos lá é porque nós também temos condições p'ra jogar de igual p'ra igual. Às vezes dá, às vezes não dá mas tentamos. Semente – E jogaram sempre bem contra os ditos grandes, Benfica, Porto e Sporting. Há uma motivação maior? É que alguns adeptos esperavam que com as chamadas equipas ditas mais acessíveis os jogadores demonstrassem essa mesma motivação. Luciano – P'ra começar, ninguém esperava, de todos nós, o campeonato que estamos fazendo. Apesar de que nós estamos agora a três pontos da linha de água. Mas essa expectativa surgiu porque anteriormente a equipa sofria sete golos contra o Porto, não sei quantos contra o Benfica… jan. / fev. / mar. 12 Ano I- nº1 24 Revista Juvenil da Catequese está dependente das situações. Tendo em conta o envolvimento desportivo que cada vez mais é notório nas camadas jovens, já foram identificadas algumas consequências positivas dessa participação social. É irrefutável o fato de que o Desporto transmite uma série de valores, quer sejam próprios da sociedade em que está inserido ou por outro lado, pré-estabelecidos pelas sociedades antecedentes. De fato, o Desporto reflete os valores culturais básicos do meio em que se desenvolve e, portanto, atua como "transmissor de cultura". Os valores que a sociedade transmite ao Desporto, tais como a honestidade, a lealdade, a sinceridade, a limpidez de processos, a correção de atitudes, o respeito mútuo entre quem participa na competição desportiva e o respeito inequívoco por regras de conduta cívicas e desportivas por parte de quem é responsável pela orientação desportiva, tendem cada vez mais a serem irrelevantes e a estarem em vias de extinção. Assim, Desporto e sociedade caminham de mãos dadas ao logo do processo de formação dos jovens e adolescentes. Ambos são fundamentais, ambos influenciam os outros e as características de um são aquilo que o outro lhe deu. Através do Desporto, os jovens e os adolescentes adquirem regras e normas de saber estar em sociedade e passam-nas aos outros elementos de forma a todos construirmos uma sociedade melhor. enviado por: Rui Moreira treinador de voleibol de jovem do 11ºano Catequese Missionários Passionistas A Semente 23 Estar em grupo, respeitar os outros, respeitar a liderança de um treinador, trabalhar para um objetivo comum, respeitar diferentes pontos de vista de opinião, ter de ceder perante uma tomada de decisão coletiva ainda que esta não vá totalmente em direção aos gostos pessoais são alguns dos valores que o desporto nos ensina. A aquisição de valores e princípios não se faz por imposição, por "decreto", pela simples leitura de documentos. É algo que se constrói, implicando, por isso, o seu "ensino" e a sua "prática". O desporto faz parte da nossa sociedade, ambos são regidos pelos mesmos sistemas de normas e valores. O desporto é uma atividade cultural que se caracteriza intrinsecamente por possuir um valor educativo inestimável e a estimar. Com efeito, o desporto, pelas suas regras, objetivos e exigências, implica, na sua prática, o respeito por valores éticos e morais, tais como: solidariedade, honestidade, disciplina, paciência, compreensão, respeito pelo outro e pela regra, superação, trabalho.. A validade positiva da função social que o desporto desempenha, tanto no plano formativo como no educativo, obriga os vários responsáveis ao adequado tratamento dos efeitos perversos consequentes da sobrevalorização dos aspetos negativos do seu universo, geradores de atitudes e comportamentos opostos às finalidades de um Desporto são e salutar.. Na Escola, os professores tendem a esquecer, com frequência, os aspetos relacionados com a educação sócio desportiva dos seus alunos adotando uma atitude passiva e concordante com o que consideram ser a pressão da realidade social envolvente e os valores nela preferentemente difundidos e, como tal, não consideram ser útil lutar contra tal situação que os transcende. E assim, pouco a pouco, com o esquecimento de uns, a demissão de outros e a indiferença quase generalizada, chegamos a uma situação que quem acompanha com assiduidade competições desportivas de diferentes modalidades nos escalões de formação não pode deixar de considerar preocupante, tal o comportamento frequentemente evidenciado pelos jovens praticantes. Como referenciado anteriormente, a prática desportiva pode proporcionar uma correta transmissão de valores, pelo que a sua qualidade jan. / fev. / mar. 12 Ano I- nº1 22 Revista Juvenil da Catequese “O Desporto como forma de construção de uma sociedade melhor” Olá a todos! Hoje, vou falar-vos do desporto, dos valores que este nos transmite, da sua associação direta à forma de estar em sociedade, da forma de estar em grupo e em competição e da importância das características individuais. Para além de professor de Educação Física, sou também treinador de voleibol de uma equipa Juvenil Feminina (15 a 17 anos) e enquanto ainda tenho vontade e ambição continuo a jogar Voleibol. Estar no desporto, enquanto desporto, é essencialmente isso, vontade, ambição, dedicação, muito empenho e entrega em prol de um objetivo comum. De certeza que já todos vocês praticaram uma modalidade desportiva, muitos provavelmente ainda praticam. É importante, no entanto, definir que Jogo é diferente de Desporto. Jogos são atividades estruturadas praticadas com fins recreativos, com poucas regras onde apenas é fundamental definir o princípio e o fim. Desporto possui todas as características do jogo. No entanto, há uma coisa muito importante que os difere, o desporto tem um objetivo final, o objetivo da obtenção de um resultado final da conquista de um prémio, uma marca ou uma classificação. Quem está no Desporto, com o objetivo da obtenção de resultados, rapidamente compreende que apenas e só existe uma forma de os alcançar, trabalho, muito trabalho. E associado ao trabalho aparecem todos os outros pressupostos como a dedicação, a entrega, a ambição e a vontade porque o somatório das partes é que nos dará o produto do trabalho final. Muitos de vocês e, principalmente muitos dos vossos encarregados de educação não compreendem o valor que o Desporto tem para a vossa formação pessoal e profissional. Catequese Missionários Passionistas A Semente 21 Há um alfabeto emocional que devemos todos seguir pois “cada pensamento gera uma emoção e cada emoção mobiliza um circuito hormonal que terá um impacto nos triliões de células que formam um organismo”. Assim, “as condutas S”: serenidade, silêncio, sabedoria, sono, sorriso promovem a secreção de SEROTONINA” Serotonina, como se sabe, é uma molécula responsável pela comunicação entre os neurónios. A falta de serotonina está diretamente relacionada com sentimentos de irritabilidade, crises de choro, alterações de sono e muitos outros problemas emocionais. Seguindo a mesma lógica, “As condutas R” ressentimento, raiva, rancor repressão, resistência, facilitam a secreção de CORTISOL, um hormônio corrosivo para as células, que acelera o envelhecimento. As condutas “S” geram atitudes “A”: ânimo, amor, apreço, amizade, aproximação. As condutas “R” pelo contrário geram atitudes “D”: depressão, desânimo, desespero, desolação. Ora, sejamos amigos de nós próprios, façamos as escolhas certas, pois muito cortisol e pouca serotonina favorecem as doenças, acelera o envelhecimento, deteriora a saúde. Ao contrário, o bom humor é a chave para a longevidade saudável. Aproveitemos esta época especial de reflexão, e tentemos seguir os ensinamentos de Jesus. Perdoemos, amemos muito e sejamos felizes, pois só desse modo conseguiremos fazer feliz quem está ao nosso lado. O momento de mudança é AGORA. enviado por: Carolina Santos (tia de uma jovem do 11º ano) jan. / fev. / mar. 12 Ano I- nº1 20 Revista Juvenil da Catequese Escrevem os leitores Escreva-nos... Conte-nos alguma experiência... Partilhe connosco... [email protected] “Despertar para a mudança” Este texto que me propus escrever tem por base leituras feitas em livros orientados para o crescimento pessoal, cujos principais autores são LouiseHay, EckhartTolle e Anthony de Mello. Já há algum tempo que procuro orientar a minha vida neste sentido e acredito que este é o caminho a seguir. Não é fácil e, exige um trabalho diário, que nem sempre acontece, mas os resultados só podem ser positivos. Por vezes damos connosco a maldizer a nossa vida, a pensar que não temos sorte nenhuma, tudo parece estar mal connosco, o nosso relacionamento, o nosso trabalho, a situação económica, a saúde, etc. Olhamo-nos ao espelho e autocriticamo-nos, não gostamos de quem somos e carregamos connosco um grande sentimento de culpa. Ora, estes pensamentos carregam uma carga negativa enorme e, cada pensamento que concebemos cria o nosso futuro. As nossas experiências não são mais do que efeitos exteriores de pensamentos interiores. Cada pensamento negativo afasta o bem, coloca-o fora de alcance. Ao contrário, cada pensamento positivo traz o bem para a nossa vida. Um pensamento pode ser alterado, a autoaprovação e a autoaceitação são a chave de alterações positivas. A Quaresma é tempo de mudança, de libertação, de recomeço de um novo ciclo. É importante largarmos o passado, perdoarmos toda gente, principalmente a quem é mais difícil perdoar, é necessário deixar ir. Basta somente estarmos dispostos a fazê-lo. Outro dia recebi um Email extremamente interessante e que dizia o seguinte: Catequese Missionários Passionistas A Semente 19 Jovens: Já teve algum livro que o marcou? Qual? P. Silva: Gosto de ler, mas não posso dizer que tenha havido um livro que me marcou especialmente. Gostei muito, por exemplo, de “Os palhaços de Deus” de Morris West. Jovens: Onde gostava de ir passar férias, que país gostava de conhecer? Talvez o Brasil. P. Silva: Jovens: Pertence a algum partido político ou apoia algum? Se sim, qual? Não pertenço a nenhum partido. P. Silva: Jovens: O que responderia a um jovem que lhe perguntasse se Deus deixava existir o sofrimento? P. Silva: Jesus também sofreu connosco… mas se tiverem Deus convosco serão capazes de suportar o sofrimento causado pelos homens. Jovens: Que dificuldades encontra como responsável da catequese em relação aos catequistas, catequizandos e pais? P. Silva: Em relação aos catequistas, é o facto de haver poucos e de terem pouca disponibilidade. Quanto aos catequizandos é a sua falta de vontade de virem à catequese e à igreja e a falta de disciplina de alguns. Em relação aos pais, gostaria que houvesse uma maior participação não só na igreja como também em casa com os filhos. Costuma sair à noite? Jovens: Não. P. Silva: Alguma vez sonhou em ter outra profissão? Jovens: P. Silva: Sim, para ir a reuniões e, uma vez por outra, para estar com amigos ou com a família. Jovens: Como foi a reação dos seus pais quando disse que queria ser padre? P. Silva: Sentiram muita felicidade, deram-me todo o apoio. jan. / fev. / mar. 12 Ano I- nº1 18 Revista Juvenil da Catequese O outro lado de... Os adolescentes do 11º ano quiseram conhecer melhor o dia a dia do Pe Silva e resolveram fazer-lhe uma entrevista. Ei-la. Jovens: Qual é o seu prato favorito? Sou tão bom garfo que é difícil de nomear um; talvez… bacalhau com natas. P. Silva: Jovens: O que é que gosta de fazer nos tempos livres? Ir ao cinema, sair com os amigos, jogar futebol, andar de bicicleta… P. Silva: Jovens: Qual é a sua música favorita? Que tipo de música gosta? P. Silva: Não tenho preferência, mas gosto de ouvir música pop rock. Jovens: Utiliza muito as novas tecnologias? Computador, internet, telemóvel. P. Silva: Não tenho. P. Silva: Tem facebook? Se sim, com que frequência utiliza? Jovens: Jovens: Qual é o seu clube? O Glorioso, claro! - SLB. P. Silva: Jovens: Que área estudou no secundário? Humanidades. P. Silva: Telemóvel (para me virem buscar!), a Palavra de Deus e um mp3 P. Silva: Se fosse para uma ilha deserta o que levaria? Jovens: Não vejo muita televisão; gosto de ver alguns filmes. P. Silva: Qual é o seu programa de televisão favorito? Jovens: Catequese Missionários Passionistas A Semente 17 experiências, isto deve-seinteiramente a esses jovens. Quando pergunto a amigos que deixaram a catequese quais os motivos que os levaram a fazer isso, reparo muitas vezes que não têm motivos específicos ou justificados, mas ouço com frequência coisas do género ”se Deus realmente existe, porque deixa Ele que haja sofrimento no mundo?”. Talvez eu não seja a pessoa indicada para responder, mas a meu ver, esta é apenas a desculpa mais fácil para disponibilizar os sábados ou domingos para sair, dar uma volta, e um passeio de bicicleta. Atos como este são de fato lamentáveis. Talvez esta seja a consequência de uma ideologia de produção onde apenas se dispõe de tempo, atenção e compreensão se no fim (e de preferência a curto prazo) se obtiver algo que pode estar facilmente à vista de todos, algo físico, uma ideologia que incentiva as pessoas a fazerem apenas aquilo que lhes der uma recompensa material. Talvez porque seguem esta ideologia, alguns jovens já não se querem incomodar com questões de fé, ou simplesmente não encontram a recompensa que lhes é dada pela fé, uma recompensa espiritual, ensinamentos, que é algo muito mais valioso do que algo material ou que possa estar facilmente à vista. Concluindo, não tenho nenhuma solução fácil para este problema, se queremos mudança, temos de fazer uma introspetiva e corrigirmo-nos. Apelo aos jovens que encontrem a verdadeira fé, não procurando algo que nos possam oferecer em troca, mas procurando neles próprios, a razão e respostas. enviado por: André Almeida 11º ano jan. / fev. / mar. 12 Ano I- nº1 16 Revista Juvenil da Catequese Diário do Jovem “Questões de Fé” Nos dias que correm, considero notório o abandono da catequese e, por vezes, até mesmo da fé, ou de quaisquer outras formações religiosas por parte dos jovens. Algo que, não deixando de ser lamentável, faz-me refletir, pois acredito que instrução espiritual e as crenças são uma parte fundamental para a planificação dos valores e para a compreensão dos Direitos Humanos. Eu frequentei a catequese até ao último ano, o 10º, e continuo a encontrar-me com a minha turma e com a minha catequista para a realização de atividades em prol da comunidade, como esta revista, e tenho que admitir que me sinto orgulhoso de participar nesta jornada. Também o Padre António Vieira, século XVII, afirmava que os Homens não pareciam querer aceitar a fé, e disse “ou é porque o sal não salga, ou porque a terra não se deixa salgar” sendo os pregadores os sal e a terra os ouvintes. Por outras palavras, ele perguntava-se se a culpa seria de quem prega não estar a pregar corretamente, ou se seria dos Homens que não praticavam o que lhes era dito. Trata-se de uma pergunta que também pode ser colocada nos dias de hoje, mas eu não vejo como se pode dizer que é responsabilidade do sal, como pode ser responsabilidade da Igreja, já que estão à vista todos os passos dados por esta para cativar os jovens. Por exemplo, as missas planeadas para os mais pequenos, a Via-Sacra em Hip-Hop, slogans mais apropriados e familiares para os jovens como “mantém-te online” e até mesmo esta revista. Parece-me evidente que se há jovens que desistem destas FÉ ? Catequese Missionários Passionistas A Semente 15 Destaques VIA SACRA EM DANÇA Um dos momentos altos e novidade da Semana Santa 2012 em Santa Maria da Feira acontece com a Via-Sacra em Dança, dinamizada pela Associação da Juventude Passionista, no dia 31 de março, no Cine Teatro António Lamoso, pelas 21:30h. Uma nova e diferente perspetiva da Via Sacra que associa fé, religião, cultura e beleza, num ambiente que proporciona acompanhar Jesus até ao Calvário, através dos gestos, dos sentimentos, das emoções, da dança, em suma: da expressão da Verdade, da Beleza, da Arte. CONCERTO DE GOSPEL Também inserido na Semana Santa 2012, haverá outra novidade: no dia 4 de abril, pelas 21.30h, a Igreja dos Passionistas recebe o St. Dominic's Gospel Choir, um dos mais reputados coros de música Gospel do país que, em em plena Semana Santa, pretende trazer a todos os cristãos o “Evangelho”, a “Boa-Notícia” (tradução de “Gospel”) de que Jesus Cristo, por Amor, Se entregou na Cruz, mas Deus ressuscitou-O, dando-lhe e dando a todos os que n'Ele acreditam, Vida em abundância. O St. Dominic's Gospel Choir já atuou com, Tó Cruz, Marco Paulo, Lúcia Moniz, Rui Drummount, Vanda Stuwart, Pedro Abrunhosa, Sara Tavares, Dzrt entre outros, além de já ter atuado nas mais emblemáticas salas de concertos e Igrejas de Portugal. jan. / fev. / mar. 12 Ano I- nº1 14 Revista Juvenil da Catequese REVISTA PASSIO LIFE "Uma vida luminosa e tremendamente atual, que se repete numa multidão de corações generosos com vontade de amar, porque S. Gabriel continua vivo!" Para comemorar os 150 anos da Morte de S. Gabriel, os Missionários Passionistas em Portugal lançaram um novo livro - Passio Life. Este livro é uma tradução e adaptação, feita pelo passionista César Costa, da versão original espanhola. Numa linguagem simples e jovem, com uma imagem inovadora e atrativa, pretende dar a conhecer o Santo do Sorriso - S. Gabriel de Nossa Senhora das Dores, padroeiro da Juventude Passionista... Está já à venda, pelo preço de 3.5€, nas nossas Edições em Santa Maria da Feira, ou através do nosso site, na galeria Edições Passionistas (www.passionistas.pt) ou através do e-mail [email protected]. Catequese Missionários Passionistas A Semente 13 A partilha de vida, a dinâmica que imprimem no seu dia-a-dia, a sua espiritualidade e a forma como transmitem aos outros, na sua especificidade, a Vida em abundância que vem de Deus, foram alguns dos temas abordados nesta noite, que no final foi coroada com a apresentação do Livro "Passio Life", que retrata a vida de S. Gabriel, numa linguagem e imagem jovem (tradução e adaptação do original espanhol, feita pelo Passionista César Costa). No Domingo, pela 10h, a igreja dos Passionistas encheu para um dos momentos altos da Festa de S. Gabriel, a eucaristia, que foi presidida pelo P. Paulo Gomes e contou a com a presença de mais alguns sacerdotes passionistas. Numa celebração simples, preparada e dinamizada pelos jovens, carregada de sentido, com simbologias e dança contemplativa, que envolveu de uma forma estupenda toda a assembleia, o Diácono César Costa, Responsável pela Associação da Juventude Passionista, na homilia, ressaltou que "Este jovem, tão querido da Família Cristã e Passionista, considerado o Santo do Sorriso de Deus, continua a acender nos corações o fogo do amor de Deus e do próximo. (…) É um amigo que nunca falha: Gabriel foi, é e continuará a ser um tipo porreiro. Deixemo-nos inundar pelo seu sorriso..." e como apelo final, citando S. Gabriel deixou o mote para uma vida em grande: “Se fazes o que sempre tens feito, nunca chegarás para além de onde tens chegado”. Pelas 14.30h, com um pequeno filme da vida de S. Gabriel, iniciou-se o XX Sarau, que este ano contou com a presença de 15 grupos participantes. Assim, por volta das 18h e cantando todos juntos o Hino de S. Gabriel, encerrou-se a Festa da Juventude Passionistas - S. Gabriel '12. Um bem-haja a todos quantos organizaram, participaram e contribuíram para a realização desta festa dedicada a S. Gabriel. enviado por: Diácono César Costa - resp. da AJP (adaptado) jan. / fev. / mar. 12 Ano I- nº1 12 Revista Juvenil da Catequese queijo e fiambre. O convite dirigido aos pais dos jovens foi feito para que pudessem também eles participar e seguir de perto o desempenho dos seus filhos. O objetivo desta ação era o ato solidário, mas ao mesmo tempo mostrar aos jovens que devem valorizar e respeitar a vida que têm podido desfrutar e recordar que é importante ter cuidado com os excessos e os desperdícios que cometem.Foi possível presenciar situações de muita necessidade... Como pai, não pude ficar indiferente ao ver uma criança de cinco anos acompanhada dos seus pais a escolher um agasalho nas roupas levadas. Não pude deixar de reparar que estava a ter dificuldades em vestir o casaco que tinha escolhido. Foi então que me ofereci para o ajudar e após ter-se vestido e sentido o conforto e aconchego do agasalho, deu-me um grande sorriso e disse-me “obrigada”. Esta situação pôs-me a fervilhar de emoção pois denotei muita humildade e pureza naqueles gestos numa criança com tão tenra idade. Este foi para mim um gesto que me encheu de muita alegria e gostaria de o partilhar por todas as pessoas que contribuíram e possibilitaram este ato de solidariedade... O meu muito obrigado ao Padre Pires e à Rosto Solidário pela sua grandiosa ajuda, ao Padre Silva pela sua disponibilidade e empenho em ajudar os nossos jovens, aos proprietários das áreas comerciais que nos doaram os alimentos, aos catequistas do décimo primeiro ano e como não poderia deixar de ser a toda a comunidade que nos ajudou! Enviado por Rufino Pereira (pai de uma jovem do 11º ano) FESTA DA JUVENTUDE PASSIONISTA No passado fim-de-semana, dias 25 e 26 de Fevereiro, no Seminário dos Passionistas em Santa Maria da Feira, realizou-se a anual Festa da Juventude Passionista - S. Gabriel 2012, este ano com um sabor diferente e unidos a todos quantos celebram os 150 anos da Morte de S. Gabriel de Nossa Senhora das Dores, padroeiro da Juventude Passionista. No Sábado à noite, pelas 21.30h, na Cripta do Seminário, realizou-se o "Café ConVida", uma espécie de tertúlia acompanhada com café. Catequese Missionários Passionistas A Semente 11 IDA AOS SEM ABRIGO NO PORTO Neste grupo de jovens, temos tido a felicidade de viver experiências que nos ajudam a abrir espaço para os outros na nossa rotina e no nosso coração. E queremos partilhar convosco algumas delas aqui... O primeiro testemunho relata a nossa ida ao Porto para distribuir roupas, alimentos e uma palavra de conforto a um grupo específico de pessoas que vive com dificuldades financeiras e, algumas delas no limiar da pobreza. Esse momento foi possível graças à colaboração de muitos que quiseram contribuir direta ou indiretamente e, a esses o nosso sincero obrigado!!" A nossa ida aos sem abrigo, fez-me perceber que existem cada vez mais pessoas no nosso país a passarem por muitas dificuldades. Aprendi que se todos nós contribuíssemos de alguma forma para ajudar os mais pobres, o país poderia não ter caído na miséria. Aconselho a todos aqueles que gostam de ajudar os outros, a ingressar neste tipo de atividades visto que nos revelam uma realidade completamente diferente daquela que a maioria das pessoas imagina que vivemos. Eu continuarei a ajudar os outros, seja neste grupo de jovens ou como um cidadão do nosso país que apenas pretende melhorar as condições de vida dos que mais precisam. Por último faço um apelo a todos os leitores para que neste tempo de preparação para a Páscoa não se esqueçam dos mais pobres, porque também eles merecem uma Páscoa feliz. enviado por: Renato Castro 11º ano Testemunho de um pai No passado mês de fevereiro, o grupo de jovens do décimo primeiro ano foi solicitado para mais uma iniciativa de solidariedade. Esta iniciativa tinha como objetivo ajudar os sem abrigo da cidade do Porto. Nesse sentido, foram feitas algumas campanhas para a angariação de fundos e, uma delas foi a tômbola que permitiu à comunidade contribuir ao comprar os produtos doados pelos pais dos adolescentes. Foram feitas ainda algumas diligências em alguns estabelecimentos comerciais com o intuito de obter produtos alimentares, como por exemplo pão, leite, jan. / fev. / mar. 12 Ano I- nº1 10 Revista Juvenil da Catequese Ao abrirmo-nos ao Pai, uma profunda sensação de integridade e descanso toma conta de nós. Como cristãos, fazer a vontade do Pai é tão importante para o nosso espírito quanto o alimento é para nosso corpo. O Pai Nosso, não é apenas uma simples fórmula de oração, nem um ensinamento teórico de doutrina. Antes de ser ensinado por Jesus, o Pai-Nosso foi vivido plenamente pelo mesmo Cristo. Portanto, deve ser vivido também pelos seus discípulos. Esta belíssima oração é a síntese do Evangelho. Para rezarmos bem o Pai Nosso, precisamos entrar no pensamento de Jesus e na vontade do Pai. Portanto, para comungarmos o Corpo do Senhor na Eucaristia, precisamos de estar em "comunhão" com nossos irmãos, que são membros do Corpo Místico de Cristo. Permitam-me que deixe aqui um desabafo em tom de perguntas: ·Se, por exemplo, na Eucaristia, somos convidados a rezar o Pai Nosso de mãos dadas, símbolo da nossa unidade como irmãos em Cristo; ·Se o Pai Nosso é a oração por excelência do cristão que se quer relacionar e entregar ao outro; ·Se ao rezar o Pai Nosso se pensa em Deus como Pai, no Seu Reino de paz e amor; Porque o rezamos sem sequer olharmos para quem está ao nosso lado, limitando-nos a estender uma mão fria, cheia de nada e de coisa nenhuma? Já refletimos no profundo mistério que envolve estas mãos que se unem, ou unimo-las somente porque é “costume”, é “hábito” ou porque o sacerdote a isso nos convida? (Este artigo teve por base informações recolhidas no Retiro, pesquisa tratada e reflexão pessoal) enviado por: catequista M.C.C. Catequese Missionários Passionistas A Semente 09 Na meditação pomos em prática os ensinamentos de Jesus sobre a oração: humildade, interioridade, silêncio, confiança, espiritualidade, paz, atenção. “Não vos inquieteis com o dia de amanhã”, diz-nos Jesus. Na meditação, cessamos de pensar no passado ou no futuro e aprendemos a viver intensamente o momento presente. Infelizmente, Deus parece-nos muitas vezes ausente, porque nós não estamos no momento presente, que é o “aqui e o agora”. Passamos uma boa parte das nossas vidas fechada em pensamentos que se reportam ao passado e ao futuro. É unicamente no momento do presente que podemos encontrar Deus, o Deus que diz “EU SOU”. A experiência da contemplação é simplesmente: estar consciente do momento presente. Não pretendemos alcançar o domínio de técnicas ou de teorias complexas e difíceis para poder meditar. Temos apenas de “voltar a casa” e de “acordar”. Podemos, com toda a confiança e ousadia, afirmar que a oração do Pai Nosso é de todas a mais bela e significativa. Jesus ensinou a Seus discípulos em Mateus 6:9-13 e Lucas 11:2-4. Mateus 6:9-13 diz: “Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu…..” oração do Pai Nosso como uma oração que devemos fazer palavra por palavra. Alguns tratam a oração do Pai Nosso quase como uma fórmula mágica, como se as palavras por si só tivessem algum poder específico ou influência sobre Deus. A oração do Pai Nosso não é uma oração para memorizarmos e recitar a Deus. É apenas um exemplo de como devemos orar. Há algo de errado em memorizar a oração do Pai Nosso? Claro que não! Há algo errado em fazer a oração do Pai Nosso a Deus? Não, se o nosso coração está nela e verdadeiramente sentimos as palavras que dizemos. Lembremo-nos: em oração, Deus está muito mais interessado na nossa comunhão com Ele e na sinceridade dos nossos corações do que em palavras específicas que possamos usar. Jesus ensinou -nos a chamar a Deus, “ Pai”. Esta é uma oração de relacionamento e de entrega. jan. / fev. / mar. 12 Ano I- nº1 08 Revista Juvenil da Catequese e a absoluta segurança de ser escutado. b) Jesus ensina a orar. Jesus ensinou os seus discípulos a orar: Pai nosso; para rezá-lo bem faz falta ter um coração limpo, uma fé viva e perseverante e audácia filial. O cristão reza como filho de Deus e reforça as suas petições com a intercessão de Cristo, em cujo nome as apresenta ao Pai. Jesus não ensinou nenhum método de oração. No entanto, apercebemo-nos, através da sua palavra sobre a oração no “Sermão da montanha”, que a meditação é um meio de o encontrar e de o seguir. 1. Ele diz que a oração, as boas ações não devem ser apenas exteriores (Mt 6, 1-4). Não se trata de parecer santo ou de suscitar a admiração dos outros, nem de nos sentirmos santos e por isso Mateus diz “...não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita...” (Mt 6, 3). A nossa oração deve ser humilde e não centrada em nós mesmos. 2. A oração deve ser interior. Jesus diz-nos para irmos para “o nosso quarto” (Mt 6, 5-6) e para rezarmos em silêncio nesse “lugar secreto”. A palavra secreto significa misterioso e o quarto significa metaforicamente o interior do nosso próprio coração. 3. Enquanto oramos, devemos evitar as “vãs repetições” (Mt 6, 7), pois não é por muito falarmos, que Deus nos ouve melhor. 4. A oração não tem por objetivo pedir coisas a Deus, pois Ele sabe o que nos é necessário muito antes de Lho pedirmos (Mt 6, 8). 5. É preferível procurar os tesouros espirituais do reino, do que o bem-estar material (Mt 6, 20) 6. Devemos aprender a não nos inquietarmos com o futuro e ter confiança em Deus (Mt 6, 25). A inquietação é inimiga da oração e faz com que nos centremos demasiadamente em nós, impedindo-nos de ter consciência do dom que sempre esteve depositado com amor no nosso coração. 7. Finalmente, Jesus ensinou-nos que a oração consiste em primeiro lugar em centrar o nosso espírito no Reino de Deus (Mt 6, 33). Por outras palavras, a estar atento ao que é essencial. Catequese Missionários Passionistas A Semente 07 ·Orar, significa uma repetição contínua de palavras? ·Como iniciamos normalmente a nossa oração? ·Se tivéssemos que definir Jesus só com uma palavra, qual escolheríamos? Pois bem, para além destas, muitas outras se fizeram, todas elas com o mesmo objetivo: Como orar? A oração é algo tão sublime que podemos correr o risco de tentar defini-la de uma forma rebuscada, quando podemos dizer qualquer coisa tão simples quanto isto: “orar é falar com Deus, um diálogo de confiança e de amor”, como nos ensina o Papa João Paulo II, para O adorarmos, dar-Lhe graças, implorar o perdão e pedir o que precisamos. De facto, se movidos pela fé, humildade e confiança, nos pomos a falar com Deus, com ou sem palavras, estamos a fazer oração. Grande parte do que aprendemos sobre a oração limita-se ao nível mental. Em criança, ensinam-nos a proferir orações, a pedir a Deus aquilo que necessitamos para nós e para os outros. Isto é apenas uma parte do mistério da oração. A outra parte é a oração do coração. Nesta oração não procuramos pensar em Deus, nem falar-Lhe, nem mesmo pedir-Lhe o que quer que seja. Estamos pura e simplesmente com Deus, que habita em nós, no Espírito Santo que Jesus nos deu. A oração do coração é a nossa união com a oração de Jesus no Espírito. Isto significa que não nos devemos deixar simplesmente ficar ao nível da oração mental. Devemos mergulhar nas profundezas do nosso coração, onde o próprio Espírito de Jesus reza em nós, no silêncio da Sua união com o Pai no Espírito Santo. A oração contemplativa não se destina apenas aos monges, às religiosas ou aos místicos. Trata-se de uma dimensão da oração, à qual todos nós somos chamados. . A oração de Jesus O Verbo encarnado, Filho único de Deus, faz os seus discípulos entrarem na intimidade do Pai com o Espírito Santo, sendo modelo perfeito de oração. Jesus ensina a tratar a Deus com o exemplo e com a pedagogia de uma instrução precisa: “Pai nosso...”. a) Jesus ora. O Evangelho conta com frequência que Jesus se entregava à oração, e às vezes na solidão, em segredo. Na oração de Jesus transparecia a identificação com a vontade do Pai até à cruz jan. / fev. / mar. 12 Ano I- nº1 06 Revista Juvenil da Catequese FESTA DAS BEM - AVENTURANÇAS No sábado, dia 28 de janeiro, durante a eucaristia das 16h30, os adolescentes do 7º ano celebraram a Festa das Bem-Aventuranças. Nesta sociedade em que cada um procura orientar-se pela sua consciência e liberdade, procura a felicidade por caminhos que nunca lá o conduzirão, confunde a felicidade com momentos de diversão e de prazer, desejamos que todos os adolescentes descubram que Deus quer que todos nós sejamos felizes. É nas Bem-Aventuranças que encontramos o “Código da Felicidade”, o caminho que nos conduz à nossa realização pessoal como homens e cristãos. Esta “Proposta de Felicidade”, só Jesus a pode oferecer. Que estes jovens estejam atentos aos sinais e que os seus passos sejam verdadeiros avanços para a felicidade plena. enviado por: catequista do 7º ano Fevereiro RETIRO VICARIAL “A oração do coração” No passado dia 18 de fevereiro, os catequistas da Vigararia de Santa Maria da Feira foram agraciados com um retiro, dinamizado pelo Diácono Valentim, subordinado ao tema “Oração”, que os levou a refletir mais profundamente sobre a importância e a necessidade de orar, apontando sobretudo para a forma de como a fazer. Tal como fomos questionados, também aqui ficam lançadas algumas perguntas para ajudarem os leitores a pensarem sobre o tema: ·Que tempo da nossa vida dedicamos à oração? ·Qual o valor que ela tem para nós? Catequese Missionários Passionistas A Semente 05 incutida, são obrigadas a olhar para todos os lados para verem se descobrem quem as interpelou… Pergunto: por que se associaram ao ato? Viveram no silêncio e na intimidade a homenagem a S. Sebastião? Enfim é assim que o nosso povo vive, hoje em dia, “estes passeios de Nosso Senhor”. A falta de respeito, de seriedade com que encaram as manifestações públicas da fé, fazem-me refletir e perguntar a mim mesma “ não fariam melhor se ficassem em casa?....” enviado por: catequista M.C.C PROCISSÃO Tocam os sinos da torre da igreja, Há rosmaninho e alecrim pelo chão. Na nossa aldeia que Deus a proteja! Vai passando a procissão. Mesmo na frente, marchando a compasso, De fardas novas, vem o solidó. Quando o regente lhe acena com o braço, Logo o trombone faz popó, popó. Olha os bombeiros, tão bem alinhados! Que se houver fogo vai tudo num fole. Pelas janelas, as mães e as filhas, Trazem ao ombro brilhantes machados, As colchas ricas, formando troféu. E os capacetes rebrilham ao sol. E os lindos rostos, por trás das mantilhas, Parecem anjos que vieram do Céu! Olha os irmãos da nossa confraria! Muito solenes nas opas vermelhas! Ninguém supôs que nesta aldeia havia Tantos bigodes e tais sobrancelhas! Ai, que bonitos que vão os anjinhos! Com que cuidado os vestiram em casa! Um deles leva a coroa de espinhos. E o mais pequeno perdeu uma asa! Com o calor, o Prior aflito. E o povo ajoelha ao passar o andor. Não há na aldeia nada mais bonito Que estes passeios de Nosso Senhor! Tocam os sinos na torre da igreja, Há rosmaninho e alecrim pelo chão. Na nossa aldeia que Deus a proteja! Já passou a procissão. António Lopes Ribeiro enviado por: catequista M.C.C jan. / fev. / mar. 12 Ano I- nº1 04 Revista Juvenil da Catequese início e regresso à mesma Igreja agora dedicada a S. Nicolau – patrono religioso da Feira. Nas procissões observam-se duas diferenças substanciais a primeira, pela manhã, é composta essencialmente por dignitários do poder profano e pelas fogaceiras; - a segunda, a meio da tarde, engloba todas as representações religiosas e civis de todas as instituições e freguesias do Concelho e as fogaceiras. É essencialmente esta segunda que chama mais visitantes a esta localidade. As ruas e artérias por onde passa a referida procissão enchem-se de pessoas que pretendem associar-se à efeméride e talvez elas próprias prestarem a sua homenagem ao Santo, curiosos e ainda outros que melhor fariam se ficassem em casa pois a sua presença é um pouco, para não dizer bastante, incomodativa para quem quer na realidade associar-se ao evento, com dignidade e respeito. Acontece que todos se empurram e acotovelam para ficarem em primeira fila e assim assistirem ao espetáculo mais comodamente. Depois de assumirem a sua posição e durante a passagem da procissão, falam uns com os outros sobre todas as coisas, desde futebol até o recordar momentos hilariantes de férias, campismo, furos nos pneus, etc, etc, etc… E ainda o mais grave é que transmitem as suas mensagens em alto tom de voz e aplicando as palavras mais obscenas, que hoje em dia e por via da mudança dos tempos “agora o tempo é outro, já não é como antigamente…” são perfeitamente desculpáveis, na sua parca maneira de entender as coisas. Pergunto: por que quiseram ficar à frente? O que viram? Que sentimento os uniu àquela manifestação de fé? E já agora que dizer dos que integram a referida procissão? É absolutamente inacreditável o que se passa… Só visto! É certo que um dia muito quente, chuvoso ou demasiado ventoso possa ser difícil de suportar para quem tem a “obrigação” ou se ofereceu para fazer parte e dar mais solenidade ao ato, poderão comentar. Pessoalmente não acredito que o sacrifício seja assim tão grande sobretudo depois de apreciar o comportamento de determinadas pessoas. Juntam-se aos pares para conversarem, riem, mastigam pastilhas elásticas e fazem com elas grandes bolas para terem o prazer de as rebentar como se de foguetes se tratasse, passam pelo meio dos outros para se deslocarem ao lado contrário onde viram alguém conhecido, acenam adeuses, gritam pelo nome de crianças que muito compenetradas da sua função e responsabilidade que lhes foi Catequese Missionários Passionistas A Semente 03 Ao ritmo do tempo Janeiro FESTA DAS FOGACEIRAS Celebrou-se no dia 20 de janeiro a tradicional festa das fogaceiras, cuja história, todo aquele que se considera bom feirense conhece e que já ultrapassou as fronteiras do concelho. No entanto apesar das suas origens e historial permanecerem ainda um tanto ou quanto obscuros, não só por falta de documentação mas também porque esta festividade foi realizada ao longo dos tempos por entidades distintas, sabe-se que a “Festa das Fogaceiras” - denominação popular da festa do Mártir S. Sebastião – remonta a meados do séc. XVI, tempo em que muitas localidades eram assoladas devastadoramente pela peste. Ora, o povo das terras de Santa Maria e os Condes da Feira, dolorosamente castigados, recorrem fervorosamente a S. Sebastião, alcançam a extinção da peste e sentem-se devedores de tão miraculosa proteção. Em sinal de agradecimento, fazem voto coletivo de festejar anualmente o Mártir. Neste voto estava incluído o oferecimento de três boroas de pão doce de trigo ou Fogaças de um alqueire cada uma. Ora, esta tradição milenar que coloca esse pão a servir de oferta aos deuses, presente aos senhores das terras e ainda forma de pagamento de foros e arrendamentos, apresenta-se hoje ainda com algumas das caraterísticas de então. A procissão que antecede a Missa solene com sermão na Igreja Matriz tinha um percurso de saída conforme os promotores da festa: Condes da Feira, Santa Casa da Misericórdia, Câmara Municipal; a procissão solene, de fecho da festa percorreu e ainda percorre as principais artérias da sede do Concelho, com jan. / fev. / mar. 12 Ano I- nº1 02 Revista Juvenil da Catequese Ficha Técnica: Diretor: Pe. João Paulo Silva Sumário: Ao ritmo do tempo pág. 3 pág. 25 Repórter Semente pág. 20 Escrevem os leitores pág. 18 O outro lado de.... Colaboradores: Cat. M.C.C., Cat. do 7º ano, Renato Castro, Rufino Pereira, Dc. César Costa, André Almeida, Jovens do 11º ano Carolina Santos, Prof. Rui Moreira Diário do Jovem Composição: Cat. Luís H. Vieira Destaques Redação: Cat. Sandra Sousa Editor: Secretariado da Catequese – Seminário Passionista Av. Fortunato Meneres, 47, 4520-163 Santa Maria da Feira Tel.: 256364656 / 256362171 e-mail: [email protected] pág. 15 pág. 16 Com a vossa colaboração vou crescer cada vez mais... Obrigado pela vossa partilha!!! Tiragem: 500 exemplares Contatos úteis Site da catequese: www.querercrer.com E-mail : [email protected] Telefone: 256364656 / 256362171 Linha de apoio ao cristão: [email protected] Site dos Passionistas: www.passionistas.pt Catequese Missionários Passionistas