os rebentinhos - Centro Social Paroquial de Alfeizerão

Transcrição

os rebentinhos - Centro Social Paroquial de Alfeizerão
Ano V, Nº12
Abril 2015
OS REBENTINHOS
Abertura
A alegria de ser grão de trigo
Assim começa uma bela página do evangelho de
S. João – “se o grão de trigo, lançado à terra,
não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto”(Jo 12, 24). E assim começa a vida de
quem acredita que vale a pena viver. Não simplesmente um viver, mas sim, um viver na força
da ousadia de quem quer ir sempre mais além e
chegar a uma realização plena de sentido, uma
vida a cem por cento.
Acompanhando o percurso do grão de trigo que
é lançado e recebendo toda a informação
sapiencial que nos seja possível colher para
nosso ensinamento, verificamos que o grão lançado pela mão de quem acredita que não serão
em vão os passos dados, e que, portanto, sabe
que aquela semente tem um potencial de vida
que não se pode desperdiçar. Olhar longe e em
profundidade. Ser capaz de ver não o trabalho
que comporta tal ato de semear, mas vislumbrar a sua plenitude que vai frutificar nos
vários grãos que vão aparecer.
Descer à terra, ficar na sombra, no húmus do
solo, que não se deixa ver porque entra no
mundo escondido, oculto, como se de uma nascente se tratasse, donde irá brotar um manancial de vida nova.
A semente leva pois um potencial de energia,
que dentro da terra, não fora, quase em forma
de despojamento e no desnudar-se no seu seio,
donde vai nascer não morrer, ou melhor, nesse
parto, que sendo de dor se abre no florir, qual
passarinho que sai do ovo com nova vida. Vemos
esse potencial, núcleo de vida, que alimentado
pelo grão se desfaz numa explosão de vários
grãos que vão frutificar e furar a crosta da
terra no sair para o novo mundo do exterior, ou
novo sonho que já é realidade nos vários frutos
que aí estão, à espera do maturar com o sol, a
água e os demais cuidados.
Portanto todo este percurso mais do que um
morrer, um deixar de ser, é um trabalho lento,
que está a acontecer numa transformação que
é sinal do mistério de amor, qual marca do
Deus Criador. Todo este itinerário da natureza
empresta a linguagem para “o dizer” do que
pode e deve acontecer no caminho de cada
homem e mulher que é chamado a viver, a
morrer e a nascer na força do Cristo Pascal,
que se fez em tudo igual a nós, mas que com a
nossa humanidade marcada pela fragilidade
ou pela mancha daquela ferida do pecado,
precisa de ser salva e curada nos trabalhos
da sua Divina Paixão.
Mas também o grão de trigo que lançado à
terra, se não morre, fica só. Meditamos
naquele jeito de ser e de viver, que não
fazendo muito barulho, no silêncio de quem
sabe doar a própria vida, e que tantas vezes
até se sabe esquecer de si para deixar que
os outros sejam. É aquela vontade de ser
pequenina, como dizia Sta Teresinha, para
não ser pesada a ninguém. Mas pequenina
sempre e não só às vezes, não no infantil
viver de quem só se busca a si próprio, mas
no viver de quem se sente impelido a sair
para fora de si mesmo por muito amar e muito pensar no bem dos outros.
Quem dá a vida por amor, nunca fica sozinho.
Não pode mesmo ficar só ou sozinho quem a
si mesmo se esquece e sai do seu conforto
para levar ao outro um pedacinho do céu, uma
semente de bondade e uma montanha de ternura. Mas pelo contrário, quem tem um coração frio e seco não é capaz de se alargar em
gestos de afeto, em ondas de sorriso a gerar
comunhão. Assim, quem não desprezar a própria vida, porque vive na afirmação e no
fazer valer a força e a violência, já perdeu a
vida. Pelo contrário, quem procura mais consolar que ser consolado, compreender que
ser compreendido, amar que ser amado, já
ganhou a própria vida. Pois é dando que se
recebe, é perdoando que se é perdoado e é
morrendo que se ressuscita para a Vida Eterna, como assim rezava o santo de Assis.
A alegria maior está nesta sabedoria de viver
que se espelha na hora da cruz de Jesus, que
deu a vida por amor para que tenhamos a vida
em abundância. No Cristo Pascal percebemos
que dar a vida por amor é mais do que morrer. Aleluia.
Edição Páscoa
Instalações
2
Reportagens
3
Noticias das
Salas
4
História
Infantil
8
Entrevista
9
Passatempos
Vitaminas
10
12
DESTAQUE:
“Quem dá a
vida por
amor, nunca
fica sozinho”
Centro Social Paroquial de Alfeizerão
Instalações
Novo jardim exterior
Uma vez que todo o meio envolvente do Centro
Social Paroquial de Alfeizerão é responsável,
direta ou indiretamente, pelo desenvolvimento
cognitivo, afetivo e social de cada criança, é
importante que haja um equilíbrio entre o
espaço interior e o espaço exterior do Jardim
de Infância.
Ciente deste facto, o Centro Social Paroquial
de Alfeizerão pôs mãos à obra e numa área
anteriormente não utilizada do exterior criou
um novo jardim!
O jardim exterior integra uma área considerável, de superfície plana, em gravilha fina com
zonas arborizadas, toda ela vedada por um
muro para proteção e confinamento e naturalmente apelativo à interação dos seus pequenos
utilizadores,
proporcionando-lhes momentos
únicos de diversão e brincadeira, e encontrando aqui, toda a liberdade que dentro da sala de
atividades não têm.
A área envolvente ao recreio possui dois recintos dedicados respetivamente à jardinagem e
horta pedagógica, para que as crianças possam
interagir e contactar com a natureza, saber o
que ela produz através da realização de pequenas experiências de semear/plantar legumes ou
flores, cuidá-los, vivenciando o processo de
crescimento e desenvolvimento desde a pequena semente até ao florescer, sendo
orientadas no sentido de se responsabilizarem em pequenos grupos pela
rega.
Ano V, Nº12
O objetivo do Centro Social é o de dotar a
criança de um “saber” que a estimule a praticar comportamentos ecológicos e saudáveis, permitindo-lhe viver em harmonia com
a natureza. À medida que as crianças exploram e brincam no exterior, vivenciam muitas experiências importantes, partilhando e
trocando saberes.
As Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar indicam que “o espaço
exterior do estabelecimento de educação
pré-escolar é igualmente um espaço educativo. Pelas suas potencialidades e pelas
oportunidades educativas que pode oferecer, merece a mesma atenção do educador
que o espaço interior.
Neste enquadramento é simples concluir
que espaço exterior é palco de múltiplas
aprendizagens, funcionando como um prolongamento da sala de atividades e permitindo à criança um desenvolvimento mais
equilibrado, mais são e mais completo.
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Reportagens
VISITA PASTORAL
No dia vinte de fevereiro o Sr. D. José Traquina veio visitar a nossa escolinha. Nós ficámos
muito entusiasmados, sentimo-nos muito importantes! O Sr. D. José Traquina visitou as nossas
salas e conversou muito connosco. Ele é muito
simpático! De seguida, visitou os mais pequeninos, os meninos da creche, que com a ajuda das
professoras cantaram uma linda canção; portaram-se tão bem, nem os bebés choraram! Depois
de conversar um pouco com os mais pequeninos
o Sr. Bispo visitou as Senhoras da cozinha e da
limpeza, sempre com muita simpatia e boa disposição. Dirigiu-se depois para o salão onde,
nós, os meninos do pré-escolar, um pouco nervosos, confessamos, o aguardávamos para lhe
apresentar uma canção que ensaiámos com muito cuidado.
Correu muito bem e achamos que o Sr. D. José
gostou muito, pois ficou a conversar connosco
e com as nossas professoras. Nós gostámos
muito da visita do Sr. D. José Traquina e
esperamos que volte em breve.
VISITA PASCAL
Este ano, para nos prepararmos para a Páscoa,
em cada semana, as nossas professoras falaram
connosco sobre um valor especial como: partilhar, respeitar, ajudar, perdoar e amar. Estes
valores foram introduzidos sempre com uma
história, na Sala dos Afetos, explicando-nos que
Jesus também dava muita importância e praticava estes valores. Depois, em todos os dias,
nas nossas salas, as nossas professoras conversavam connosco, faziam atividades e lembravam
-nos como é importante praticar estes valores
com os nossos amigos… Porque às vezes nós
esquecemo-nos um bocadinho! E ao longo destas
semanas, à medida que íamos falando de cada
um dos valores, fomos fazendo enfeites relacionados com a Primavera, para decorar uma árvore chamada “Árvore da Bondade”, que está na
entrada da nossa escola. Já viram como está
bonita? Assim como a Árvore da Bondade ficou
mais bonita, também os nossos corações ficaram por praticarmos estes valores.
Chegada a Páscoa, no dia 8 de abril, o Sr. Padre
Joaquim fez-nos uma visita muito especial, chamada Visita Pascal, para nos lembrar que Jesus
é muito nosso amigo. Começou por visitar os
nossos amigos mais pequeninos, da Creche, conversou com eles e deitou-lhes uns pinguinhos de
uma água especial. As nossas professoras explicaram que esta água se chama água benta.
Os meninos e as professoras da Creche entregaram ao Sr. Padre uma Cruz pintada com as
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suas mãos. Depois, o Sr. Padre Joaquim continuou a visita no Pré-Escolar, onde também conversou com os meninos de cada sala, ensinou
uma canção e deitou também uns pinguinhos de
água benta. Depois, as três salas do Pré-Escolar
seguiram atrás do Sr. Padre, a cantar canções
sobre Jesus, até à Sala dos Afetos. Os meninos
do Pré-Escolar levaram uma árvore, que tinham
decorado e que representa a Árvore da Bondade, para em conjunto com a Cruz e uma maçã
decorada por todas as professoras da escola,
ficarem a decorar a nossa sala especial. Na Sala
dos Afetos, o Sr. Padre Joaquim falou connosco
sobre os valores que as nossas professoras nos
falaram, disse-nos o quanto Jesus é nosso amigo, nos ama e ajuda e que é Ele quem melhor nos
ensina a partilhar, respeitar, ajudar, perdoar e
AMAR!
No final, todos recebemos uma amêndoa de chocolate, muito deliciosa!
Foi uma Visita muito especial!
OS REBENTINHOS
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Noticias das Salas:
BERÇÁRIO 1
Os meninos do berçário 1 estão cada vez mais
crescidos, alguns de nós começaram a andar e
os outros gatinham por todo o lado… Ninguém
pára sossegado nesta sala, a Cláudia e a Ana
andam sempre a colocar uma pomada na nossa
testa quando caímos e ficam muito aflitas mas
cair faz parte…
Agora é só novidades, começámos a comer numa
salinha nova para nos habituarmos a comer à
mesa. Achamos que repararam que já não somos
bebés! Já dizemos muitas coisas: Olá, não,
mamã, papá, etc… Brincamos com os amigos com
a Cláudia e a Ana e cantamos muito, somos muito alegres e bem dispostos.
BERÇÁRIO 2
O tempo vai passando e vamos crescendo, por
isso nós, os maiorzinhos já não precisamos de
cadeirinhas, sentamo-nos no chão.
Gostamos muito de rebolar em cima da mantinha, dançamos ao ritmo da música, batemos palminhas e alguns de nós já sabemos fazer estalinhos com a boca.
Somos muito divertidos mas quando nos zangamos, choramos a valer.
Com a chegada da Primavera, juntaram-se a
nós mais duas florinhas para embelezar ainda
mais o nosso jardim!!!...
SALA MISTA
Dia do Pai
na
Sala Mista
carros (rodas) para decorar o papel!
Dia 19 de Março celebra-se a solenidade de S.
José, ou seja o dia do Pai. “Pai é estar presente, ser paciente e saber perdoar”, diz-nos o
Papa Francisco. Na sala mista não deixamos
passar este dia em “branco” como se costuma
dizer!
É tão bom ter um papá
Que nos leva pela mão
Melhor coisa não há
Para alegrar o coração
Um papá nosso amigo
Que nos ama a valer
É o tesouro mais querido
Que um filho pode ter!
Os meninos ouviram a história: “Eu e o meu
Papá”, arregaçaram as mangas e pintaram as
mãos para decorar um suporte para as canetas.
Com os dedinhos pintaram uma gravata, onde
se escreveu este lindo poema:
A alegria foi ainda maior quando pintaram o
papel de embrulho , pois utilizaram tintas e os
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Noticias das Salas:
SALA 2 ANOS
Olá, nós somos os meninos da sala 1 da creche,
somos pequenos e reguilas mas também somos
muito simpáticos e meiguinhos. Sabem, aqui na
escolinha aprendemos muitas coisas novas,
aprendemos jogos, canções, histórias… e como
estamos a ficar muito crescidos já sabemos que
chegou a primavera! Já fizemos muitas atividades divertidas, plantámos flores no nosso jardim e fizemos flores para enfeitar a nossa sala,
até já fizemos passarinhos e arvores muito
coloridas! Somos uns verdadeiros artistas, não
acham?
A Márcia e a Andreia estão muito orgulhosas de
nós! Tal como a primavera traz o desabrochar
das flores também nós estamos a crescer todos
juntos aprendendo uns com os outros e tornando-nos cada vez mais amigos!
Claro que às vezes desentendemo-nos, mas não
há nada que um beijinho e um abraço não resolva. Aproveitamos para dar também um beijinho
muito grande para todos vós.
SALA 3ANOS
Olá, nós somos os meninos da sala dos 3 anos,
já estamos mais crescidos e fazemos muitos
trabalhinhos engraçados. Querem saber uma
novidade?
Na nossa escolinha para comemorar o Dia Mundial da Árvore e a chegada da primavera, plantámos umas flores para o nosso jardim ficar
ainda mais bonito.
Já recortamos papéis com uma tesoura e quando damos por isso, há papelinhos por todo o
lado e de vez em quando lá está a Cila ou a Carla de vassoura e pá na mão para apanhar os
pedacinhos de papel.
E assim passamos uns dias divertidos na nossa
escola, beijinhos para todos dos meninos dos 3
anos.
Um dia deste fomos para o jardim da nossa
escolinha, sabem fazer o quê? Semear uns feijões para isso, enchemos um vaso com terra e
fizemos uns buracos com os nossos dedos,
onde semeámos os feijões, depois regámos
com um regador. A Cila e a Carla disseram- nos
que para o feijão crescer precisa de sol e
água, por isso de vez em quando vamos regálos.
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OS REBENTINHOS
Centro Social Paroquial de Alfeizerão
Noticias das Salas:
SALA 4 ANOS
Olá a todos! No dia 1 deste mês, tivemos uma tarde
muito especial e divertida, da qual gostámos muito e
por isso mesmo queremos partilhá-la convosco! Como
este ano temos andado a falar sobre os alimentos, na
nossa sala, as nossas professoras prepararam-nos
uma visita à vacaria e queijaria Flor do Vale, no Valado de Sta. Quitéria, para podermos aprender de
onde vem e como é tratado o leite e também como é
produzido o queijo. O Sr. Jorge foi muito simpático,
recebeu-nos muito bem e fez-nos uma visita guiada
com muita dedicação, a todos os espaços da vacaria.
Começámos por ver a queijaria, onde estavam a fazer
queijinhos frescos e o Sr. Jorge explicou-nos todo o
processo (de onde o leite vem, que passa por uma
máquina para o pasteurizar, que lhe é adicionado coalho e depois que é moldado o queijo). Vimos que é
preciso muito trabalho para termos queijinhos! A
seguir fomos ver as vacas na ordenha e em grupos de
3, fomos com o Sr. Jorge e com uma das professoras, mesmo junto das vaquinhas onde pudemos experimentar ordenhá-las para vermos o leite a sair. Portámo-nos muito bem, não tivemos medo porque as
vacas também estavam muito sossegadinhas! Sabiam
que as vacas usam uns brincos com um número que é
como se fosse o nome delas? Também aprendemos
isso!
Depois fomos visitar os vitelos (aprendemos que
esse é o nome dos filhotes das vacas) e pudemos
fazer-lhes festinhas e abraçá-los. Divertimo-nos
muito para tirarmos uma fotografia de grupo com os
vitelos porque eles não paravam quietos! Depois
fomos ver as vacas grandes no sítio onde costumam
estar, onde comem e dormem. Estava lá uma escova
gigante para elas se coçarem quando têm comichão!
Aprendemos que as vacas são muito comilonas e que
bebem mesmo muita água todos os dias!
No final da nossa visita, fomos todos, muito gulosos,
comer queijinhos! E tão deliciosos que eles eram. Foi
uma tarde mesmo muito divertida e aprendemos
imensas coisas! Gostámos muito! Aproveitamos para
desejar a todos uma Feliz e Santa Páscoa!
SALA 5 ANOS
Quando eu for grande quero ser… Bombeiro!
Esta é uma profissão que a maioria das crianças diz
querer ser quando forem grandes. Nós educadores
que estamos com as crianças diariamente, e que já
conhecemos um bocadinho da sua maneira de ser, dos
seus medos e preocupações, quando ouvimos esta
resposta, pensamos “será que um dia será mesmo
Bombeiro?”. Quem sabe!!! Para já o que nós podemos
fazer é proporcionar-lhe um conhecimento e uma
vivência deste mundo que tanto os encanta…o carro
dos bombeiros, as fardas, os capacetes, as motas de
água, o quartel, etc. E foi assim que surgiu a visita ao
Quartel dos Bombeiros Voluntários de S. Martinho
do Porto no dia 11 de Março.
Fomos recebidos pelo Comandante daquela corporação, que depois de uma visita guiada pelo quartel, nos
fez sentir uns pequenos bombeiros. Dividiu-nos em
equipas e lá fomos nós num autotanque com as sirenes a tocar dar a volta ao quartel como se fossemos
para algum incêndio algures aí no meio de uma serra
(até porque ao lado do quartel tem uma estrada a
subir). Chegados ao local da ocorrência, é preciso
desenrolar a mangueira e… abrir a água, mas atenção,
a pressão da água é muito forte e nós somos…
pequenos bombeiros. De seguida era preciso fazer
um salvamento no mar. Colocamos a vítima numa
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prancha, para ser transportada numa mota de água
até á ambulância, aqui foram prestados os primeiros
cuidados e fez-se o suporte básico de vida antes de
seguir para o Hospital. Foi um salvamento mesmo a
sério!! A vítima nunca abriu os olhos! Os pequenos
bombeiros que seguravam a prancha com o colega
em cima já iam aflitos! E o chefe da segurança também estava com dificuldade em afastar os olhares
dos curiosos que nem deixavam a vítima respirar!
Afinal tudo acabou bem!!
E se alguma destas crianças um dia chegar a ser
Bombeiro, devemo-nos sentir orgulhosos, pois quem
sabe se nós não contribuímos de alguma forma para
que tomasse essa decisão de abraçar uma missão de
defender e de proteger as pessoas, a comunidade e
a natureza.
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Centro Social Paroquial de Alfeizerão
Noticias das Salas:
SALA DO C.A.T.L.: Visita a Leiria
No dia 30 de março os meninos do A.T.L. foram a
Leiria visitar … o seu Castelo
e o museu
.
Começamos pelo castelo. Recebeu-nos uma menina
que estava vestida de princesa Zara, que nos acompanhou durante a visita. Enquanto fazíamos a visita, fomos jogando um jogo que se chamava “Olha os
mouros” e quando chegamos onde a princesa Zara
queria, paramos de jogar e fomos explorar o castelo. No final, numa sala do palácio, os meninos e as
meninas fizeram escudos ou coroas.
Fomos almoçar… e quando acabamos… de
almoçar…fomos brincar até a um parque da
cidade, junto a um rio que se chamava Liz.
Há tarde fomos visitar o museu M/I/M/O
(museu da imagem em movimento) onde vimos
objetos e técnicas relacionadas com as imagens em movimento. Assistimos a um teatro
de sombras e numa sala construímos fantoches.
No final de tudo, lanchamos e voltamos ao
A.T.L.
Esta foi a visita que gostamos de fazer a Leiria.
Maria Rita e Maria Inês
Centro de Convívio, no Centro Comunitário Pastoral José Nazário
Visita das crianças do Centro Social Paroquial de
Alfeizerão aos utentes do Centro Comunitário
Pastoral José Nazário
No dia 28 de Janeiro as crianças dos 5anos do Centro Social Paroquial de Alfeizerão vieram visitar os
utentes do Centro Comunitário Pastoral José Nazário.
Os meninos alegraram a nossa tarde com canções e
os idosos realizaram uma dramatização sobre as
profissões onde cada utente explicou o que cada
profissional realizava na sua profissão. Tivemos as
seguintes profissões: mecânico, cozinheira, lavadeira, pastor, pasteleiro, padeiro, vendedeira, carteiro
e no final até apareceu o cantor Quim Barreiros com
o seu acordeão e as suas cabritinhas!
Os utentes aderiram e as crianças também se divertiram com este pequeno convívio entre gerações.
Visita Pastoral do Sr. Bispo José Traquina
No dia 20 de Fevereiro,
estávamos todos reunidos,
Com muita alegria,
Para darmos as boas vindas
Ao nosso Bispo o Sr. D. José Traquina.
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Como já somos velhinhos,
Esquecemo-nos da nossa concertina.
Foi um momento inesquecível para toda a comunidade.
Esperamos que se volte a repetir!
Intercâmbio na Semana da Leitura do Agrupamento de Escolas de S. Martinho do Porto
Para celebrar a Semana da Leitura os meninos do
Jardim Infantil do Casal Pardo e da Escola do 1º
Ciclo do Casal Velho no dia 17 de Março dramatizaram a História da Carochinha e do João Ratão.
Os utentes do Centro Comunitário Pastoral José
Nazário representaram o conto da famosa sopa da
pedra, ensinando aos meninos os ingredientes necessários para a sua confeção. Todos os artistas estiveram muito bem representando o seu papel com
muita alegria.
Foi uma tarde divertida, com gargalhadas à mistura
e no fim terminámos com um delicioso lanche elaborado pelos utentes do Centro, salame de chocolate e
sumo de laranjas biológicas! Com laranjinhas da nossa terra!
OS REBENTINHOS
Centro Social Paroquial de Alfeizerão
História
A ÁRVORE DA BONDADE
A árvore, que muitos conhecem, está triste
porque sente que os seus ramos não são bonitos. Um dia começa a pensar: - como é que eu
posso mudar? Os meus ramos estão secos,
não tenho flores nem folhas…Eu quero dar
frutos bons, ser uma árvore boa...
Eu quero ser a árvore da bondade!
Como vai ser possível?
E se eu pedir à nuvem que mande chuva para
me molhar? – Se as minhas raízes tiverem
água, posso voltar a ter vida…
E a árvore viu uma nuvem cinzenta, ainda distante, no céu azul e disse à nuvem: - Olá
nuvem, tu vais trazer água para nos molhar? A nuvem respondeu: - Sim, há outras nuvens
que estão a chegar e o céu vai ficar mais cinzento. Nós transportamos muita água e a chuva começa a cair.
- Essa água vai chegar às minhas raízes? Sim mas leva algum tempo, tens de ter
paciência. A árvore ficou feliz quando sentiu
nos seus troncos a frescura da água que caía
e esperava, esperava...
Enquanto esperava, continuou a pensar no seu
sonho: Eu quero ser a árvore da bondade!
Enquanto pensava a chuva caía e formou-se
um rio. O rio descia da montanha fazia curvas
por entre os montes… As raízes da árvore
recebiam a água, engrossavam e enviavam a
humidade pelo tronco acima até chegar às
pontinhas dos ramos.
E árvore continuava a pensar: vão começar a
rebentar as flores, e as folhas…
Então passou um agricultor e a árvore disselhe: Olá! - Como é que te chamas?
Eu sou o Chico. - E que árvore és tu? - Eu sou
a árvore da bondade!
A árvore da bondade? - nunca ouvi esse nome.
Sabes Chico, vem aí a Páscoa é uma festa
bonita, eu quero convidar toda a gente a
encher a terra de bondade.
Eu posso ajudar-te: queres que eu corte os
teus ramos secos?
- Claro que sim, não servem para nada.
- E agora Chico quem me pode ajudar a ser
uma árvore que dá e recebe bondade?
- Há alguém que nos pode ajudar? – Sim.
Ano V, Nº12
Quem te pode ajudar a dar frutos
de bondade é Jesus.
Um dia, quando vinha do trabalho,
vi um grupo de meninos a brincar e lembrei-me
de como Jesus gosta das crianças e lhes dá
alegria. Sabes!...existe um livro que conta as
histórias de Jesus. Um dia os meninos queriam
falar com Ele e as pessoas crescidas não queriam que elas chegassem ao pé d`Ele. Ele contrariou-as a todas e disse: Meninos venham ter
comigo. Eles foram. Uns foram para o colo de
Jesus, outros puseram-se às cavalitas…todos
contentes! As mães que estavam lá descobriram como Jesus é bom. E sabes mais? Ele disse
que se nós tivermos um coração simples como
as crianças, podemos dar frutos de bondade.
- Chico, como sabes tanto!...
- E, há mais, o girassol também já descobriu
como Jesus e o Pai de Jesus o ajudam a ser
bonito, a dar alegria, e a dar frutos de bondade.
Sabes aquela canção que conta a história do
girassol que procura a luz de Deus?
Canta comigo:
Um girassol florindo no jardim
Buscando a luz do sol, olhou para mim
Eu também sou um pequeno girassol
Procuro a luz de Deus e sou feliz assim
Tenho mil sementes de bondade para te dar…
Tenho mil sementes de sorrisos para te dar…
Tenho mil sementes de ternura para te dar…
Tenho mil abraços de amizade para te dar…
Adeus, árvore da bondade, eu vou tenho de ir
para casa, passo por cá outro dia para ver
como estás.
Passados uns dias o Chico voltou e saudou a
árvore.
- Vês Chico!... eu já não estou sozinha tenho
estas crianças todas para espalharem a bondade na terra. Comecei a ficar mais bonita! Os
amigos de Jesus estão a ajudar-me…
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Centro Social Paroquial de Alfeizerão
Série de Entrevistas:
Centro Social Paroquial
28 Funcionários
1 - Dados em forma de apresentação
que considera importantes:
Olá! Eu sou a Patrícia Dias dos Santos,
tenho 35 anos e moro no Vale do Paraíso. Sou casada há 4 anos e tenho um
filhote, o Santiago, que tem 2 anos e
meio e é, sem dúvida, o meu bem mais precioso. Tive
a sorte de nascer numa família fantástica e de ter
um maninho 9 anos mais novo do que eu e de quem eu
gosto imenso.
Após concluir o 12º ano, frequentei um curso de
Formação Profissional de Técnica Intermédia de
Educação Infantil, com a duração de dois anos e
meio com estágio incluído. Esta foi uma experiência
muito enriquecedora, que me ajudou a crescer imenso quer a nível profissional, quer pessoal.
E, assim, cá estou eu a fazer o que sempre sonhei!
2 - Há quantos anos trabalha nesta Instituição?
Trabalho nesta instituição há 14 anos. Contudo,
anteriormente já havia feito o estágio do meu curso
e posteriormente um estágio profissional, também
nesta instituição. Depois então foi feito contrato e
este é que já dura há 14 anos.
No entanto, a minha história nesta instituição começou há muito tempo atrás, como utente. Foi com 3
anos que entrei pela primeira vez nesta casa, que
também considero minha, pois passei cá toda a
minha infância e aqui criei alicerces para a vida.
Recordo-me de muitas brincadeiras, de muitas zangas mas, principalmente, de muita atenção, disponibilidade, carinho, tolerância e muito amor que recebi, por parte de quem tomou conta de mim. Fui muito
feliz e por isso hoje também o sou!
E agora, estando eu do outro lado, é também essa a
minha preocupação e também esses os sentimentos
que procuro deixar nas crianças que me são confiadas.
3 - Num olhar de memória, conte-nos algum acontecimento que mais a marcou ao longo destes anos
de trabalho.
É difícil escolher um acontecimento que tenha sido
mais marcante quando temos o privilégio de trabalhar com crianças todos os dias, e onde todas elas
dão tanto de si e são tão espontâneas nas suas atitudes e comentários que nos surpreendem diariamente. O primeiro ano de trabalho foi, sem dúvida,
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o mais marcante, mas eu gostava de partilhar convosco não uma experiência com as crianças como
têm feito (e muito bem) as minhas colegas, mas
sim com os pais. O final do ano chegou e, com ele,
a reunião de pais. Graças a Deus existem muitos
pais que valorizam o nosso trabalho e agradecem
todo o amor e atenção que disponibilizamos aos
seus bens mais preciosos, mas também existem,
embora poucos, pais insatisfeitos. Então, nessa
reunião, quando um pai se queixava das instalações
que não possuíam condições, entre outras coisas,
uma mãe pediu autorização para contar a sua história. Inicialmente, mesmo sendo ela de Alfeizerão, tinha colocado os filhos numa outra instituição, justamente por ser um local de sonho para
qualquer pai que lá entrasse. Contudo, com o passar dos dias, a adaptação não havia meio de se
fazer e todos os dias era uma aflição quando ela
tinha de deixar os filhotes que tinham apenas 2
anos. Então, essa mãe, já muito aflita e sem saber
muito bem o que fazer, resolveu inscrevê-los na
nossa instituição e a adaptação não demorou mais
de 4/5 dias, dizia ela. Ou seja, o que ela explicou
naquele momento, àquele outro pai, é que como
muitas coisas da nossa vida, o embrulho
(instituição) tem o seu valor mas o conteúdo é,
sem dúvida, o mais importante. Estas crianças que
já são crescidas, sempre que nos veem lembramse de nós com muito carinho! É comovente o facto
de termos noção que também nós fizemos parte
da sua caminhada e que, embora estivesse no início, a nossa contribuição foi tão importante e
positiva para elas. Tudo isto para dizer que tenho
muito orgulho em fazer parte desta instituição e,
principalmente, desta equipa que tão bem me soube receber. Obrigada!
4- Neste tempo de crise, partilhe uma mensagem
de esperança:
Nós, como profissionais de educação, temos o
dever de, através das nossas palavras e testemunhos, transmitir uma mensagem de confiança,
esperança e principalmente, de partilha, uma vez
que estas crianças serão o nosso futuro. Acredito
que crianças sãs, positivas e bem formadas se
tornarão adultos plenos e felizes e esta é a nossa
missão!
OS REBENTINHOS
Centro Social Paroquial de Alfeizerão
Passatempos:
Liga os números impares e no final de teres a
tua forma, pinta-a a teu gosto.
Ajuda o coelhinho a chegar ao ovo da páscoa.
ALGUMAS ADIVINHAS PARA TE DIVERTIRES:
Procura a resposta para cada uma das adivinhas.
Toda a gente a pode ver
E causar
Ninguém a pode vender
Ou trocar.
Meu tio tem um irmão
E até irmão carnal
Esse irmão não é meu tio
Quem é ele, afinal?
Ano V, Nº12
Dentro de uma lapinha
Está uma cachopinha
Chove, não chove
Está sempre molhadinha.
Altos castelos
Lindas janelas
Abrem e fecham
Ninguém mora nelas.
Sou filho de pais cantantes
E minha mãe não tem dentes
Nem nenhum dos meus parentes
Uma caixinha
De bem-querer
Não há carpinteiro
Que a saiba fazer.
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Centro Social Paroquial de Alfeizerão
Mensagem:
BOAS FESTAS E SANTA PÁSCOA
Páscoa
no viver,
no descer,
no esquecer-se,
no morrer e
no desnudar-se
com Cristo na Cruz,
para vivermos o êxodo em terra
que frutifica no - “dar até doer”.
Votos de Boas Festas
e Santa Páscoa!
Páscoa 2015
A Direção do Centro Social Paroquial deseja a todas as crianças que frequentam a nossa
Instituição, seus pais e Encarregados de Educação, bem como a todos os amigos, benfeitores e funcionários uma Santa Páscoa.
Receita:
Amêndoas caramelizadas
1 chávena de chá de amêndoas inteiras, sem
pele
1 chávena de chá de açúcar
1 chávena de chá de água
Numa frigideira anti-aderente coloca-se a
água, o açúcar e as amêndoas, e deixa-se cara-
vegetal) e separa-se as amêndoas freneticamente com uma colher de pau (pois está muitíssimo quente, está em ponto caramelo).
Depois de separadas, deixe arrefecer completamente.
Guarde em caixas hermeticamente fechadas.
melizar, depois mexe-se sempre em lume brando até fazer ponto areia e deixa-se o açúcar
pegar ás amêndoas.
Em seguida, coloca-se as amêndoas num tapete
de silicone (ou coloque um pouco de margarina /
manteiga derretida na pedra de cozinha / papel
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OS REBENTINHOS
Centro Social
Paroquial de
Alfeizerão
Rua
Rua da
da Alegria,
Alegria, nº2
nº2
2460-151
ALFEIZERÃO
2460-151 ALFEIZERÃO
Tel: 262 999 341
Fax: 262 980 470
Correio electrónico:
[email protected]
www.centrosocialparoquialalfeizerao.com
Publicação quadrimestral
PREÇO:
1,00 SONHO
Vitaminas
A PÁSCOA NA HISTÓRIA
Entre pastores e
camponeses
A festa da Páscoa
, na sua origem,
era uma festa de
nómadas, que se
pastores
celebrava na lua
ch
ei
a
da
Primavera, na oc
sião dos novos
anascimentos no
re
ba
nh
o: para proteger
família, imolavaa
se um animal e
com o sangue as
entrada da tenda.
pergia-se a
Com Moisés a Pá
scoa foi associad
tação de Israel da
a à liberescravidão do Eg
ipto.
Depois, quando o
povo se estabele
ce na Terra Prom
festa absorve ta
etida, a
mbém a festivid
ad
e
ag
rícola dos ázimos
(pão sem fermen
,
to), celebrada na
qu
el
a
altura, na Primav
por ocasião da pr
era,
imeira colheita. N
os sete dias ante
ta não se comia
s da fesnada que tivesse
fermento, para ex
espera do pão no
primir a
vo, feito com o tr
igo novo da colhei
ta.
Por esses motivos
os sinais da Pásc
oa antiga eram o
ro, o sangue e o
cordeipão ázimo. Os cr
istãos retomaram
sinais, reinterpre
estes
tando-os: Jesus
é o novo Cordeiro
gue liberta da es
; o sancravidão do mal
e do pecado; o pã
a Eucaristia que
o ázimo é
realiza a união en
tre os crentes.
A T RADIÇÃO P ASCAL
O OVO. O ovo representa simbolicamente a vida: de facto ele nasce de uma vida e dá
origem a uma nova vida. Ligado às festas da Primavera (quando os ovos das aves se
abrem), com o Cristianismo tornou-se o símbolo de Cristo ressuscitado da morte. Em muitas catedrais, em tempo, era hábito colocar-se um ovo de avestruz no tabernáculo, juntamente com a Eucaristia, na Quinta-Feira Santa, para se retirar no domingo, cantandose: «O Senhor ressuscitou verdadeiramente: Aleluia!» Abstinham-se dos ovos durante
toda a Quaresma, em sinal de jejum e de penitência. Os ovos eram cozidos, pintados e
levados para a igreja em pratos, no Sábado Santo. Aqui os párocos benziam-nos antes de
serem comidos em família no Domingo de Páscoa.
A POMBA. Símbolo de amor, de paz e do Espírito Santo, a pomba recorda os dons do
Ressuscitado e as primeiras palavras que Ele dirigiu aos discípulos. Com o tempo tornouse usual preparar para a Páscoa um bolo chamado “pomba” que, segundo a lenda, foi oferecido por um artesão, em sinal de paz, ao rei lombardo Alboino, que cercava Pavia, precisamente na vigília da Páscoa.
OS SINOS. Desde a Antiguidade o som dos sinos era interpretado como a voz de Deus
que ressoa na alma dos que os escutam. Depois da celebração da morte de Jesus, na Sexta-Feira Santa, em muitas cidades os sinos eram “atados”, não tocavam, em sinal de luto.
Eram “desatados” e ecoavam de modo grandioso na noite da Ressurreição, quando Deus
fala, no modo mais eloquente através da Ressurreição do Seu Filho.

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