Barroso - A Outravoz

Transcrição

Barroso - A Outravoz
Director: Carvalho de Moura
Ano XXX, Nº 447
Montalegre, 30.04.2014
Quinzenário
E-mail:[email protected]
0,90 € (IVA incluído)
Barroso
Noticias de
Repartição de Finanças de Montalegre
Segundo instruções emanadas do gabinete da
ministra das Finanças, a Repartição de Montalegre
deve fechar as portas até ao fim de Maio
P2
O Toque das Trindades
Mais uma crónica das Chegas de Bois que, no
século passado, com muita frequência se realizavam
de noite nas aldeias do alto Barroso.
P7
Historias da emigração para a Alemanha
P13
Fernando Teixeira “Frade”
Emigrante
de
Fírvidas
em
Bridgeport
é
embaixador do Benfica nos EUA
P13
Pedro Minhava Reis
Na vila de Montalegre, a primeira quinzena de
junho ficou marcada pela realização da SEXTA FEIRA
13, evento que, sem bater records de qualquer espécie,
se saldou por mais um rotundo êxito. Para isso contribuiu
o grande esforço desenvolvido pela Câmara Municipal
tanto financeiro (150.000 euros) quanto organizativo.
A aposta na publicidade atingiu valores nunca antes
alcançados. Por mais caricato que isto possa parecer,
de tanto dinheiro gasto em publicidade, nem sequer um
cêntimo chegou aos jornais da terra.
Viu-se a repetição do programa com os protagonistas
de sempre mas também houve novidades como
uma passagem de modelos no Castelo e, como não
podia deixar de ser, uma jantarada acastelada para os
convidados do evento.
Bento Monteiro que volta às páginas do nosso jornal,
para satisfação dos nossos leitores, também analisa a
SEXTA e outros assuntos que vale a pena ver com atenção.
Este jovem montalegrense conseguiu alcançar o
2.º prémio no concurso “Czech Clarinet Art 2014”,
realizado na Checoslováquia, um galardão que nos
honra a todos e é um exemplo para as crianças e
jovens barrosões.
P5
2
Barroso
Noticias de
MONTALEGRE
Repartição de Finanças poderá fechar no fim de Maio
Face à notícia recentemente divulgada de que metade das repartições de finanças em
todo o país, até final de Maio, vão fechar, o presidente da Câmara Municipal de Montalegre,
Orlando Alves, voltou a manifestar-se com veemência contra tal medida.
Orlando Alves voltou a referir, tal como fez em Dezembro último, que «fechar serviços
representa um bater de porta, um abandonar de uma parte significativa de Portugal e dos
portugueses à sua sorte». Por outras palavras é «cortar o cordão umbilical do Estado com a
Nação, com o País».
Com efeito, a confirmar-se esta decisão, isto é, fechar 11 das 14 repartições de finanças
do distrito, a medida equivale a 78,58%. As que se devem manter são as de Vila Real, Chaves
e Peso da Régua.
De acordo com o memorando de políticas económicas e financeiras, que acompanha
o relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a 11.ª avaliação ao Programa
de Ajustamento Económico e Financeiro (PAEF), o executivo escreve que pretende
«estabelecer até ao final de 2014 um departamento dedicado aos serviços do contribuinte»,
para «unificar a maioria dos serviços» e «melhorar a relação (dos contribuintes) com a
administração» fiscal. Nesse sentido, Orlando Alves frisou que o Governo continua «cego e
surdo» às necessidades da população do mundo rural, abandonando uma parte significativa
dos portugueses à sua sorte. «O Governo corta a sangue frio os poucos serviços públicos
que temos», declara. O autarca lembrou que no concelho de Montalegre, com 10.000
habitantes e uma extensão superior a 800 quilómetros quadrados, não existem transportes
públicos, obrigando a população a ter custos acrescidos com táxis ou viaturas próprias»,
concluiu.
PARAFITA
Pena de 9 anos e meio por queimar a namorada
Nelson Barbosa, o homem que em Junho de 2013 regou com gasolina a ex-namorada,
Andreia Filipa de Sousa, e lhe pegou fogo, em Celeirós, Braga, foi condenado a nove (9)
anos e meio de prisão.
O colectivo de juizes do Tribunal de Braga deu como provado que o arguido, de 35
anos, agiu movido por ciúmes e condenou-o por homicídio qualificado.
O crime em causa ocorreu num parque de estacionamento do supermercado “Bom Dia”
onde a vítima, então de 28 anos, trabalhava e ficou registado nas câmaras de vídeovigilância
da superfície comercial. Segundo o Tribunal, a mulher teria terminado o relacionamento
devido a comportamentos agressivos de que era vítima e já estaria noutra relação.
O arguido já tinha outros antecedentes criminais por violência sobre a conjuge, mas a
defesa parece que vai recorrer da decisão do Tribunal.
A jovem esteve mais de um mês de coma e já foi submetida a três cirurgias plásticas,
continuando em tratamento.
MEIXIDE
A Estrada num estado lastimável
Uma das estradas de maior movimento senão a de maior movimento rodoviário do
concelho de Montalegre encontra-se num estado lastimável. De nada vale ouvir-se o
presidente da Câmara a falar nas televisões numa ponte construida no monte sem que
previamente fosse assegurado o financiamento da estrada. Já toda a gente percebeu o
embuste que ali aconteceu e que nem sequer devia ser relatado ou divulgado. Aquilo é a
prova de que a Câmara de Montalegre, há anos atrás, executou obras sem planeamento. E
agora é esta vergonha...
O dinheiro gasto na que se pode apelidar de «Ponte da Vergonha» serviria para dar outra
vida à referida estrada de Meixide. De resto, ninguém poderá pensar que esta estrada, após
a execução da obra reclamada entre Meixide e Soutelinho, venha a ser abandonada ou
desprezada porque as populações de Meixide e da freguesia de Sarraquinhos continuarão a
ter esta via como de acesso prioritário.
Mas, o que aqui está em causa é o actual estado da estrada e para o qual a Câmara
de Montalegre deve encontrar soluções como é seu dever. E tão rápido quanto possível. É
isto que reclamam os taxistas, os funcionários de Chaves e Montalegre a trabalhar nestas
localidades, a Auto-viação do Tâmega, os naturais das freguesias do leste do concelho,
desde Montalegre a Vilar de Perdizes a Sarraquinhos e os turistas que têm a infelicidade de
por ali circular de e para Montalegre.
MONTALEGRE
Irene Esteves presidente da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens
(CPCJ)
Em representação do município de Montalegre, Irene Esteves foi eleita, por unanimidade,
presidente da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Montalegre. Este
organismo tem como missão promover os direitos das crianças e dos jovens, bem como
protegê-los em situações de perigo. Para este mandato de dois anos, o rosto desta entidade
pretende «honrar todos os compromissos que sustentam a criação da CPCJ».
A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) é um organismo oficial, não
judicial, que tem como função promover os direitos das crianças e jovens do concelho, a par
de os proteger de situações de perigo: abandono, maus tratos, abusos sexuais, negligência,
entre outros.
O que é a CPCJ?
A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Montalegre é regida pela Lei
de Proteção de Crianças e jovens em Risco, Lei n.º 147/99 de 1 de Setembro. Esta Comissão
é uma instituição oficial não judiciária com autonomia funcional, que visa promover os
direitos da criança e do jovem e prevenir ou pôr termo a situações suscetíveis de afetar
a sua segurança, saúde, formação, educação ou desenvolvimento integral. A sua área de
intervenção estende-se a todo o concelho de Montalegre. A Comissão de Proteção de
Crianças e Jovens de Montalegre foi criada pela portaria de instalação n.º 430/2005 de 18
de Abril.
E atua nas mais variadas situações onde o bem-estar físico está em risco, nomeadamente:
negligência; abandono; maus-tratos físicos e psicológicos; abuso sexual; abandono/
absentismo escolar; prática de facto qualificado; mendicidade; corrupção; trabalho infantil;
exercício abusivo da autoridade; uso de estupefacientes e ingestão de bebidas alcoólicas.
30 de Abril de 2014
A CPCJ está sedeada na J unta de Freguesia de
Montalegre, Av. D. Nuno Álvares Pereira Montalegre
e tem o seguinte horário de atendimento: Quinta-feira
(09h00 – 12h30 e 14h00 – 17h30). Outros contactos:
E-mail: [email protected]
Em situação de emergência: Número de
emergência social – 144, Posto da GNR Montalegre –
276 510 300 e CPCJ Montalegre (permanente) – 962
188 874
In: cmm
Notícias sobre Barrosões
Um Prémio internacional para Pedro
Minhava Reis
O Comércio de Guimarães de 9 do corrente,
publicou uma notícia com o seguinte título:
«Concurso Czech Clarinet Art: Aluno da Academia
ganha prémio na República Checa».
No corpo dessa noticia ilustrada com foto, lêse que «o aluno Pedro Minhava Reis, da Academia
de Música Valentim Moreira de Sá, da classe de
clarinete do Professor Vítor Matos, arrecadou um
brilhante 2º Prémio na 1ª Categoria, até aos 15 anos,
do concurso «Czech Clarinet Art». Pedro Reis, natural
de Montalegre, frequenta o 6º grau de instrumento
na Academia de Música Valentim Moreira de Sá, da
Sociedade Musical de Guimarães».
A notícia diz ainda que «O concurso «Czech
Clarinet Art» é a primeira e única competição de
nível internacional na República Checa, dedicada
exclusivamente ao clarinete. E adianta: «Apesar de
ter sido criada apenas há um ano, em Abril de 2013,
conquistou, de imediato, um lugar de grande destaque
entre as competições musicais europeias, graças não
só aos prémios, mas sobretudo ao elevado nível dos
participantes e ao prestígio e credibilidade do júri
internacional. Por isso, quer o aluno Pedro Reis, quer o
Professor Vítor Matos estão de Parabéns».
A esta nota publicada no mais antigo Jornal
Minhoto: O Comércio de Guimarães que já se publica
há 130 anos, poderia ter acrescentado os Parabéns à
Academia Valentim Moreira de Sá e a Montalegre,
berço do jovem e talentoso Pedro Reis. Recorde-se que
este mais antigo Semanário que se publica no Minho,
foi ressuscitado em 1986, pelo também barrosão ali
residente, Barroso da Fonte que o dirigiu entre 27 de
Março de 1986 (edição: 7.468 e 3 de Setembro de
1994,(edição 7.796) ou seja durante 328 edições.
Câmara de Tondela distingue Associação
Fundada e dirigida por Barroso da Fonte
A Câmara Municipal de Tondela distinguiu com a
medalha de Mérito Municipal a Associação Nacional
dos Combatentes do Ultramar que ali tem sede desde
2002. Esta Associação foi fundada em 1982, em
Guimarães e aí teve a sede até 2002, liderada por este
Barrosão. Nesses 20 anos e por sua proposta foi lançada
a ideia da construção do Monumento Nacional
aos Combatentes, junto ao Forte do Bom Sucesso
inaugurado em Janeiro de 1992 pelo Presidente
da República Dr. Mário Soares. Após vinte anos de
Presidente e da associação instalada em todo o país,
com núcleos em Cascais, em Tondela, em Santa Maria
(Açores) e em Toronto (Canadá), propôs ele próprio a
mudança da sede para onde já funcionava o aquele
núcleo (Tondela). António Ferraz que fora capitão
miliciano e que é ilustre Jurista, assumiu a Direcção,
tendo cumprido mais um objectivo estatutário: criar
a Federação das Associações de Ex-Combatentes.
Paralelamente conseguiu que a Câmara local cedesse
as instalações da antiga Escola Conde de Ferreira
para aí acolher a sede nacional e também o primeiro
Gabinete Nacional do Stress Pós-Traumático.
A mesma Câmara Municipal teve a sensibilidade
que faltou à de Guimarães que nunca teve um gesto de
respeito para com essa instituição que já tem estatuto
de utilidade, que inspirou o Movimento Nacional 10
de Junho que promove anualmente as Comemorações
nacionais em homenagem aos 9 mil mortos que
tombaram ao serviço da Pátria e que passou a gerir a
existência e funcionamento para com os militares dos
três Ramos das Forças Armadas que sofram daquele
doença. Na altura em que o país comemora os 40 anos
do 25 de Abril de 1974 a cidade de Tondela soube
reconhecer a importância dessa Associação Nacional
que depois da Liga dos Combatentes é aquela que
mais impacto teve em relação à realidade que poucos
querem enfrentar: o menosprezo sistemático contra os
Combatentes.
João Pedro Miranda (CP 6950)
CORTEJO CELESTIAL
ANA AFONSO
GONÇALVES, de 83 anos,
viúva de António Gonçalves
da Silva, natural e residente
em Padornelos, faleceu no
dia 16 de Abril, no Lar de
S. José onde ultimamente
residia.
MARIA DE BARROS, de 88
anos, viúva de José António
Antunes, natural de Vila
da Ponte eresidente em
Mourilhe e ultimamente em
casa de familares em França,
faleceu no dia 14 de Abril
em Vitry sur Seine, sendo
enterrada no cemitério de
Mourilhe.
MARIA DA ASSUNÇÃO
COUTINHO DA COSTA
SALVADOR, de 65 anos,
natural de Morgade, faleceu
no passado dia 6 de Abril,
sendo o corpo trnsportado
para os Estados Unidos
onde a família decidiu que
fosse enterrado.
SEBASTIÃO ESTEVES
BRANCO, de 79 anos,
solteiro, natural e residente
em Padroso, faleceu no dia
16 de Abril.
LUCINDA AFONSO, de 89
anos, natural e residente em
Peneda do Meio, freguesia
de Covelo do Gerês, faleceu
no dia 18 de Abril.
JOSÉ ANTÓNIO
BOTELHO GOMES, de 68
anos, natural e residente em
Vilar de Perdizes, faleceu no
passado dia 19 de Abril.
ISAURA LOPESDOS
SANTOS, de 82 anos, viúva
de António Moura Alves,
natural e residente em
Gralhas, faleceu no passado
dia 22 de Abril.
MARIA MENDES ROSA
CORREIA, de 91 anos de
idade, viúva de Manuel
Correia, natural de Cortiço,
freguesia de Cervos,
Montalegre, faleceu em
Bridgeport, Connecticut,
USA, a 10 de Abril de
2014, sendo enterrada em
Barcelos em jazigo de família
donde seu marido era
natural.
ANTÓNIO ALVES GOMES
“Flambó”, de 88 anos,
viúvo de Almerinda Pereira
Martins, natural e residente
em Montalegre, faleceu
no Hospital de Braga no
passado dia 24 de Abril.
ROSA GONÇALVES, de
98 anos, viúva, natural e
residente em Santo André,
faleceu no Centro de Saúde
de Montalegre, no passado
dia 6 de Abril.
MARIA DE FREITAS, de 91
anos, viúva, residente em
Minas da Borralha, freguesia
de Salto, faleceu no dia 13
de Abril.
JOÃO MIRANDA DE
CARVALHO, de 88 anos
de idade, casado, natural e
residente em Ferral, faleceu
no Centro de Saúde de
Montalegre, no dia 1 de
Abril.
PAZ ÀS SUAS ALMAS!
Barroso
Noticias de
30 de Abril de 2014
3
Montalegre festejou 741
anos do seu foral
Valorizando o poder autárquico e os seus recursos naturais
Só depois da revolução de
Abril de 1974, a capital de Barroso institucionalizou o seu feriado
municipal, elegendo a data de 9
de Junho (de 1273) que foi aquela
em que o Rei D. Afonso III, concedeu o I foral à vila de Montalegre.
As Terras valem pela sua
História, pelos seus filhos e pelo
chão que a estes proporcionam.
Esse chão pode ser fértil ou infértil, bem ou mal situado, mais ou
menos atractivo àqueles que nele
nasçam, vivam ou morram.
É, pois, humana e socialmente louvável que os filhos de cada
terra, conheçam o seu passado e
nele tenham orgulho, enquanto
povoadores e beneficiários de um
bem que a natureza colocou ao
seu dispor sem que para isso, os
romeiros de cada geração, tenham
contribuído para nele habitarem
no seu ciclo de vida, seja curto ou
longo.
Habitualmente o chão em
que se nasce, é sempre o melhor
do planeta. Está inscrito na natureza que os filhos despertem para a
vida e a aceitem com a normalidade com que nela entram. Não
valerá a pena a quem nasce protestar por nascer aqui ou acolá,
no oriente ou no poente, no pólo
norte ou no pólo sul, na terra ou
no mar. Como de nada valeria reclamar por nascer em Janeiro ou
em Agosto, num dia de semana
ou em dia festivo, saber se foi de
noite ou durante o dia. Seria inútil
questionar a ordem que cada um
encontra na estrutura existencial,
quando abre os olhos e conhece
o mistério da vida.
Com este preâmbulo pretendo dizer que os Barrosões nunca
protestaram com os seus pares por
terem vindo ao mundo em terra
fria, planáltica e distante do poder
central. Ao invés, sempre respeitaram as calamidades, as injustiças e
os atropelos, com fé de procissão,
como sentenciou Miguel Torga.
Anualmente aproveitam, aqueles
que os representam, o ensejo para
enaltecerem os mais esforçados,
para apelarem aos bons costumes
que receberam dos seus maiores e
que devem preservar, ensinando-os naquilo que dizem, que praticam e que legam dentro do maior
respeito ancestral.
Orlando Alves, presidente da
Câmara recordou esta dádiva com
que os barrosões foram bafejados
pela sorte de aqui terem nascido
e pelo muito que têm feito em termos fidelidade comunitária.
«Não há homens grandes em
terras pequenas»
É dele esta afirmação. Com
ela pretendeu dizer que os Barrosões não se colocam em bicos
de pés para darem nas vistas, mas
que, em igualdade de condições
com outros, de outras regiões, são
tão capazes como os nascidos em
zonas mais produtivas, onde não
se vivem dramas tão sensíveis, por
estarem mais perto dos órgãos de
decisão e chão ser mais fecundo.
Elogiou o poder local e distinguiu, com medalhas de mérito
todos os presidentes de Junta que
completaram dois, três ou mais
mandatos. Zurziu forte e feio no
actual poder central, responsabilizou-o por promessas não cumpridas e pela alteração de critérios
distributivos. Apelando ao poder
local para ressuscitar práticas decadentes que tiveram o selo desta
região e que hoje será difícil recuperar, com êxito, como a cooperativa da batata de semente, o
matadouro regional, o gado de
raça barrosã. Fiel a uma série de
propostas eleitorais, Orlando Alves insiste em fixar os filhos à terra,
através da exploração de terrenos
e de produtos que já serviram de
tábua de salvação a varias gerações que nos antecederam e que
fazem hoje sentido, face ao abandono sistemático que a adesão à
política comunitária provocou,despovoando as aldeias e deixando as terras a dar mato.
Durante a sessão solene foi
agraciado com a medalha de honra do Município o Prof. Esteves de
Moura, pelo relevante papel, enquanto Presidente da Assembleia
Municipal. Muito bem!
Após o almoço decorreu no
Multiusos um seminário sobre o
tema - «que futuro para o mundo
rural», moderado pelo economista
António Chaves e com três técnicos de nível superior, representando a UTAD, o ISA e o INIAV,
respectivamente: Alexandra Marques, Fernando Oliveira Baptista
e Vítor Barros. Este seminário decorreu em tom animado, a condizer com o nome do programa
«Ruranimar» (Valorização e Articulação de Políticas e práticas de
Animação em Contexto Rural).
Os palestrantes prometeram voltar
sempre que seja preciso por essa
nobre causa.
A Orquestra do Norte encerrou com chave de ouro
Este 741ºaniversário do Foral
de D. Afonso III, mereceu encerrar, aos acordes da Orquestra do
Norte, sob a regência do Maestro
que a fundou e dirige, José Ferreira Lobo. Deslocou-se à Capital da
Terra Fria com armas e bagagens.
Mais de uma hora de música de
altíssima qualidade que as Gentes
de Barroso souberam escutar, com
o silêncio que nalguns meios, seria impossível manter, como este
tipo de arte exige. As gentes de
Barroso gostam de receber bem
e de respeitar as normas aceites
universalmente. Uma Orquestra
como esta faz bem ao corpo e à
alma. E foi de muito bom gosto
convidá-la, colocando a cereja em
cima do bolo desta quase milenar
efeméride Barrosã.
Início do campeonato das
«chegas» de bois de raça barrosã
Do programa do 9 de Junho
– dia maior dos Barrosões - constou a abertura do campeonato das
chegas de bois de raça barrosã. O
«chegodromo» (recinto resguardado ao ar livre, onde os touros
se debatem dois a dois), foi ponto
de encontro dos aficionados deste
tipo de desporto, genuinamente,
barrosão. Poderia ter sido uma
justa homenagem ao desaparecimento do principal obreiro da
Associação «O Boi do Povo» Fernando Moura - que faleceu já
depois do último campeonato. Fizeram história os seus relatos e os
seus desejos e preocupações para
que as «chegas» não desapareçam definitivamente, como tantas
e tão gratificantes usos e costumes.
Uma das «chegas» salvou aquela
que menos tempo durou. Quem
ali foi não deu por perdido o esforço. E nos dois próximos meses
haverá dominicalmente novos
espectáculos até que se apure o
campeão do ano de 2014. Mais
uma iniciativa de aplaudir neste
dia festivo.
XVI Feira do Livro
Palmas para a organização
A responsável da Biblioteca
Municipal, Drª Gorete Afonso,
tem vindo a marcar pontos, ora
como professora no ensino superior, ora como consultora e bibliotecária, ora como dirigente de reconhecido mérito local e regional.
Em actos similares temos escutado
testemunhos de grande apreço
pela sua dinâmica: Guimarães, Famalicão, Barcelos, Cabeceiras já
beneficiaram dos seus sortilégios.
É grato ouvir esses testemunhos.
Sinal de que na «sua» Biblioteca
tudo gira em esferas.
Ali foram apresentados livros
de vários autores. Nada a opor.
Mas uns regressaram radiantes por
terem tido tratamento vip. Outros
nem por isso. Para que não haja
remoques e tudo saia mais transparente, talvez pudesse deixar
aqui uma aposta: um regulamento extensivo aos autores da Terra
e no qual se regulamentassem os
critérios de aquisição. Quem viu
as fotos que o Gabinete de imprensa distribuiu, reparou que os
presentes levaram, de um autor
de fora do concelho, pelo menos
um exemplar, como oferta. Noutros casos foram com as mãos a
abanar. E houve ali livros e livros.
O que se passa com a imprensa,
continua a passar-se com esta importante valência cultural. Mas
este é um reparo que nada tem a
ver com a responsável da Biblioteca.
“LUIS, Y EL DESAMOR”
Dr José Manuel
=PRIMERA PARTE=
-III (...CONTINUACIÓN)
Tertulias ha habido, y habrá,
en el Brasileiro, en el América, en
el Snack, o en tantos otros cafés,
en las que unos ven en el cambio
climático la perniciosa mano del
hombre, y otros que defienden
que la historia es cíclica:
siempre hubo glaciaciones a las
que siguió el deshielo, sequías
desoladoras trabadas un día por
lluvia correctora, etc.; incluso
hay montañas que antes estaban
en el fondo del mar! No deja de
ser éste un argumento más para
los que dicen que el tiempo, y
la tierra, y la gente, siempre ha
andado todo un poco revuelto y
algo loco, por eso no conviene
alarmarse con las noticias sobre
la actual crisis climática.
Bueno, eso dicen...
Al lado de la gente
campesina, puede apreciarse en
Montalegre “gente de ciudad”,
con un estilo de vida muy similar
al de cualquier pequeña urbe.
Antes los llamaban, un poco
despectivamente, aunque con
cierta envidia, todo hay que
decirlo, “fidalgos da vila”. Los
señoritos, vamos.
En los últimos lustros
han proliferado como setas
los bloques de apartamentos
y
algunas
urbanizaciones
en los arrabales de la villa.
Paralelamente,
la
actividad
económica experimentó una
notoria deriva de la agricultura
hacia los servicios – públicos y
privados.
La patata de siembra, pilar
básico de la riqueza de esta
comarca en décadas pasadas,
hoy no tiene salida. Habría
que preguntarles a los cerebros
de la capital en qué consiste
la gran mejora de calidad de
vida que pronosticaron para
el interior rural, cuando lo que
perciben nuestros ojos son
tierras abandonadas, ausencia de
vacas, ovejas y cabras, que antes
inundaban los campos hasta
donde la vista alcanzaba, ferias
otrora lucrativas y bulliciosas,
hoy desiertas, con transacciones
comerciales insignificantes; sí, lo
que nuestros ojos perciben son
cada vez más jóvenes haciendo
la maleta.
Con todo, lo que es la propia
villa aún se va aguantando,
gracias a que la emigración
aprovechó los buenos tiempos,
cuando se ahorraba dinero,
y se invertía en el terruño.
También el turismo deja aquí sus
buenos dineros. Sería injusto no
reconocer el trabajo desarrollado
a lo largo de los años por aquellos
a los que hemos encargado velar
por nuestro futuro a nivel local,
en este ámbito. Durante el año
se organizan varios eventos de
tipo cultural o comercial, que
congregan visitantes de todo el
país, y de la vecina España. Es lo
que nos va sosteniendo. Tampoco
hay que olvidar los dos meses
principales del verano, Julio y
Agosto, en los que la población
se multiplica por cinco, cuando
los emigrantes regresan a casa
y muchos veraneantes eligen
Montalegre como destino. Sí,
nadie se extrañe! A pesar de
interior rural, olvidado en muchos
aspectos por quienes piensan que
Portugal se acaba en O Porto, este
nuestro pequeño trozo de tierra
en el que nos ha tocado vivir,
atrae a miles de viajeros. Los que
lo descubren, vienen luego con
más gente, y ya no es la primera
ni la décima vez que escucho a
forasteros “me quedaría aquí a
vivir”.
Por algo será. Es una tierra
que tiene mucho que ofrecer.
Luego, en el día a día, es como
las demás, tiene de todo: bueno
y malo.
4
Barroso
Noticias de
30 de Abril de 2014
Dia Mundial da Criança
No passado dia 2 e 3 de
Junho, o Ecomuseu – Casa do
Capitão abraçou o Dia Mundial
da Criança, com diversas
actividades para e com as
crianças desde do Jardim de
Infância até ao 4º ano da Escola
de Salto.
Esta actividade começou no
dia 2 logo pela manha com o
1º e 2º ano com a visualização
de um filme “O Gru – mal
disposto 2” e posteriormente a
realização de um desenho da
personagem favorita de cada
um. Na parte da tarde, realizou
– se uma prova de Pedy-Peiper
com os mais crescido 3º e 4º
ano. Esta prova teve como
objectivo os alunos conhecerem
e aprenderam sobre a cultura de
Salto e suas aldeias. Esta prova
começou com a divisão dos
alunos em grupos de 5, onde
eles se escolhiam alternando
os grupos com alunos do 3º
e 4º ano. Cada grupo tinha
um estagiário da Ecomuseu
como seu responsável, que os
acompanhava e ajudava durante
a prova. Esta prova realizou
dentro do edifício da Casa do
Capitão como também fora,
fazendo os alunos conhecer
sobretudo o Salto Velho.
Depois da prova terminada,
elas foram corregidas, havendo
uma equipa vencedora que
receberam um miminho pelo
esforço e vitória. Os restantes
alunos também receberam um
miminho de participação e pelo
esforço.
Este dia terminou com
lanche no Parque do Terrão da
Veiga.
No dia 3 foi a vez do
Jardim de Infância de Salto,
com a visualização de um filme
animado “O Zé Colmeia”.
Foi assim que terminou as
atividades do dia da Criança!!!!
Joana Fernandes
Casa do Capitão
Empreendedorismo EDP alargado a Montalegre e Vieira do Minho
A parceria foi realizada em conjunto com as duas autarquias e a Universidade do Minho
A Universidade do Minho é
o novo parceiro da EDP e dos
municípios de Montalegre e
Vieira do Minho no desenvolvimento de um programa de
empreendedorismo
naquela
região, onde estão em curso
obras de reforço de potência
das centrais hidroelétricas de
Salamonde e Venda Nova.
A parceria foi formalizada
a 6 de junho na cerimónia de
lançamento da UMinho-Exec,
a área de Formação Executiva
daquela instituição.
O acordo marca o alargamento territorial do apoio dado
pela EDP a programas de empreendedorismo.
Recorde-se que a empresa lançou o Prémio EDP Empreendedor Sustentável nos
concelhos abrangidos pelas
novas barragens do Sabor e
Tua e é um dos parceiros do
Prémio Douro Empreendedor.
Um conjunto de iniciativas que
abrange já grande parte da região de Trás-os-Montes.
Esta associação à Universidade do Minho reflete também
a estratégia da EDP de criação
de redes com entidades chave
no desenvolvimento das regiões onde opera. A cooperação com instituições de ensino,
autarquias, associações reforça
o impacto das ações de responsabilidade social desenvolvidas
pela EDP em benefício das comunidades locais.
Um outro exemplo recente
desta abordagem é o acordo
assinado com a Universidade
de Trás-os-Montes e Alto Douro
(UTAD). A parceria EDP/UTAD
contempla ações no âmbito do
empreendedorismo, a defini-
ção de uma estratégia para a
reorganização do espaço rural,
a implementação de programas
de monitorização ambiental e
Gestão de habitats prioritários,
diagnóstico de potencialidades/recursos de base territorial
e ainda o apoio na elaboração
e desenvolvimento de projetos
com foco social.
Fonte: Intranet EDP
Barroso
Noticias de
30 de Abril de 2014
5
Podem nove crianças salvar o Concelho de Montalegre?
Os dados são aterradores: em
2013 terão sido registadas na Conservatória de Montalegre apenas
nove crianças e entre os dias 1 de
janeiro e 30 de abril do presente
ano terão sido registados apenas
dois nados vivos. Em contraponto,
morreram no Concelho de Montalegre, nos primeiros quatro meses
de 2014, cerca de 70 pessoas. A
situação é dramática, exigindo
medidas rápidas e eficazes, sob
pena de, mais rápido do que se espera, sermos confrontados com o
desaparecimento de Montalegre,
enquanto Concelho. Pior cenário
do que aquele com que nos deparamos era muito difícil imaginar!
Nos últimos vinte anos, Montalegre derreteu os seus recursos
em festas, comezainas e obras de
fachada, esquecendo que o primado de qualquer gestão responsável é o bem-estar das pessoas
que serve.
Em 30 de maio último, o Instituto Nacional de Estatística, divulgou no seu endereço eletrónico
(www.ine.pt), sendo amplamente
difundido pela comunicação social de referência, mais alguns dados relativos aos censos de 2011.
Numa informação de onze páginas à comunicação social, com o
título “Em 50 anos a percentagem
de crianças na população residen-
te caiu para cerca de metade”,
ficamos a saber que a maior diminuição de crianças, no período de
2001 a 2011, ocorreu nos municípios de Manteigas, Montalegre e
Torre de Moncorvo. Assim mesmo:
preto no branco e ilustrado com
um gráfico a cores, pode ler-se na
página seis da referida comunicação que o Município de Montalegre foi o segundo pior Concelho
do País, em matéria de natalidade.
Depois do último lugar, entre os
concelhos do continente, obtido
no ranking da transparência, eis
que o anterior autarca junta mais
um título ao seu vastíssimo currículo: o segundo pior, em termos
de nascimentos. É obra!
É certo que não é a autarquia
“que faz os meninos”. A natalidade depende exclusivamente da
vontade individual do casal. Mas
cabe ao poder autárquico, em primeiro lugar, criar as condições elementares para a fixação de jovens.
E Montalegre, claramente, nos
últimos vinte anos não o fez. Não
é, repito, derretendo o dinheiro
dos contribuintes em festarolas e
jantaradas, que se desenvolve um
Concelho. Aliás, isso, qualquer
mordomo sabe fazer. O que o poder autárquico tem de fazer é criar
incentivos ao empreendedorismo,
no nosso caso, centrado na agri-
cultura e na pecuária, ser capaz de
atrair industria e, como tal, a tão
necessária criação de emprego,
que vai levar à fixação de jovens.
Montalegre bateu no fundo,
correndo o sério risco de vir a
acontecer ao Concelho, usando
os mesmíssimos argumentos, o
mesmo que aconteceu às escolas
que tínhamos espalhadas pelas aldeias ou à repartição de finanças,
que pelos vistos já tem o destino
traçado. Não podemos cruzar os
braços: com os atuais índices de
natalidade, o desaparecimento do
Concelho de Montalegre é mais
do que certo. São de louvar as
recentes iniciativas da autarquia
de Montalegre em relação aos
incentivos à natalidade, plasmados no regulamento municipal de
concessão de apoio financeiro à
família, recentemente aprovado.
Mas são, de todo, insuficientes.
Não é com a atribuição de 20 a 30
euros por mês, a casais com mais
de dois filhos, ou a atribuição do
“abono de família” a agregados familiares que tenham três ou mais
filhos, que o problema se resolve.
Também não é atribuindo 100
euros por mês “para suportar despesas com creche”, que lá vamos,
até porque só existe uma creche
em todo o vastíssimo Concelho de
Montalegre. É preciso muito mais.
Montalegre precisa, urgentemente, de aumentar, e muito, os
índices de natalidade. Sabemos
que é difícil encontrar políticas
que sejam eficazes para todos os
casais, mas também sabemos que
as condições económicas são determinantes para todos eles. Por
isso, a somar às medidas recentemente aprovadas, proponho que
se atribua um subsídio de 500 €/
mês por cada filho que nasça, até
um limite de três filhos casal, sob
o compromisso de viverem em
Montalegre durante vários anos
(dez, no mínimo). E antes de criticarem a medida, façam as contas,
analisem o custo de cada sexta-feira 13 (no próximo ano, vamos
ter três), da feira do fumeiro, da
“ponte do diabo” ou do multiusos,
e interroguem-se sobre o que é
melhor para futuro do Concelho,
muito particularmente dos nossos
jovens.
Se nascessem 60 crianças
por ano no Concelho de Montalegre, o futuro ficaria assegurado,
custando aos cofres do município
360 000 €/ano. Recordo que só a
inútil “ponte do diabo”, construída
em 2010, custou 450 000€. Dava
para subsidiar 75 crianças durante
um ano.
A última sexta-feira 13 foi
um sucesso. Sendo sempre uma
questão muito subjetiva, estou em
crer que foi a melhor de sempre,
trazendo a Montalegre milhares
e milhares de pessoas. Houve
muita alegria, muita animação,
muita festa. Mas para além disso
e dos breves minutos “de fama”
passados na TV, o que é que isso
contribuiu para o futuro da nossa
Terra? Já agora: quem terá lucrado
mais? A hotelaria de Montalegre
ou a dos Concelhos vizinhos, sem
terem gasto um só cêntimo?
Que não haja confusões.
Aprecio, tanto a sexta-feira 13
como a Feira do Fumeiro. Temos
é de pensar o futuro e definir prioridades. Eu próprio gostaria de
convidar dezenas de pessoas para
minha casa e dar-lhes do bom e
do melhor. Que festa que eu faria!
Não tenho é dinheiro para isso. O
futuro dos meus filhos está em primeiro lugar.
Urge definir prioridades. Não
podemos continuar a errar e depois culpar os outros, leia-se governo, qualquer que ele seja, pelos
nossos próprios erros.
Orlando Alves tem dado muitos sinais de querer imprimir uma
nova dinâmica no Concelho de
Montalegre. Mas luta contra o
tempo e contra “a areia espalhada
na engrenagem”.
São tempos convulsos. Ao longo da
História, desde que o homem pôs o pé na
Terra,sejaláporquemotivofor,nãovamos
aqui entrar em teorias sobre criação ou
evolução, pois não é o objetivo primordial
da presente reflexão, mas o certo é que
situações de conflito o acompanharam
desde os primeiros passos.
Ânsia de poder? De mandar? Consciência de estar mais capacitados que
os outros para organizar o dia-a-dia (o
próprio e o dos outros)? Certeza de que
há pessoas mais aptas que outras, e que
aquelas devem dirigir e estas obedecer? É
essencial ao homem estabelecer normas
de convivência, organizar-se, como dizíamos.Noentanto,éprecisohierarquizar-se?
Reconhecer e mesmo criar leis que digam
quenãosomostodosiguais?Edentrodisso
tudo, qual é o critério válido?
Estaríamos aqui todo o dia abrindo
interrogantes, porque cada pergunta gera
automaticamente outras mil, e cada uma
delas poderia obter um milhão de respostas diferentes e justificadas.
O homem, talvez como o próprio
deus, foi experimentando e provando,
através das idades, vários critérios – perfeitamente válidos todos eles, em relação ao
espaço e ao tempo em que vigoraram -,
que ora ditavam que quem devia mandar
era o mais forte e o mais valente, ora impunham que o rei fosse o filho do rei, ou
bem que o chefe era aquele que assim se
instituía,semoposição,comapoiosvoluntários ou forçosos, ou, como ultimamente,
nos nossos lados, quem manda é aquele
que é eleito pela maioria.
Quero dizer que os modelos de organização da sociedade mudaram muito
com o decorrer da vida do homem na
Terra. Já se experimentou quase tudo.Aqui
caberia começar a falar das vantagens e
desvantagens de todos e cada um dos
possíveis modelos (monarquia, nas suas
variantes, aristocracia, nas suas variantes,
democracia,nassuasvariantes,oumesmo
anarquia), mas não vamos por aí, porque
não é o que nos ocupa.
Repito: são tempos convulsos.
Como supra quis dar a entender,
sempre o foram. Não houve época da
humanidade, que se saiba, que se possa
considerar como “época sem conflitos”.
Muito dificilmente a nível local ou de país,
e sem qualquer dúvida a nível mundial.
Quer-me parecer que ninguém seria capaz de assegurar: em tal ano, houve paz
em todo o mundo!
Vamos restringir o nosso campo
visual, para não nos perdermos em divagações que, embora interessantes, não são
sobre o que hoje queria refletir.
e, de norte a sul, de nascente a poente,
como se diz na matriz predial, os cimentos da Casa Europa abanaram um bocadinho. Primeiras páginas dos jornais com
fotos da ultra direita e da ultra esquerda a
brindar com champanhe. Partidos recém
nascidos a celebrar com pompa. E os
partidos tradicionais, os contemporâneos
dos tempos de estabilidade relativa que vivemos nos últimos lustros, a tentar debruar
a ouro os poucos bezerros que não se afogaram. Da abstenção, que é o maior partido, obviamente, fala-se pouco (o que nos
faz pensar se o sistema é mesmo o ideal,
como dizia ali mais acima).
Causou-me graça um membro do
Governo a celebrar a importantíssima
vitória de não ter perdido por tantos golos
como os outros prognosticavam.
Mas não assegurava, até ao dia anterior, que iam ganhar mesmo? Então, se
perderam, porque é que encontram na
mesma motivo para celebrar? Porque é
que, sempre, quase todos, têm motivo
para celebrar, mesmo perdendo?
Se nos tratam assim, depois estranham que percamos o respeito por eles.
nalgumas das notas que gatafunhei pelas
margens das folhas, a modo de comentários, aquiescências ou dúvidas, como é
meu costume: “Ideia clara.” “Ideia válida”.
“Boa intenção.” “Para executar as ideias é
necessário o poder.” “Como pode alguém
conseguir manter-se no poder? – Apoios.
Interesses. ...”
Há ainda outras reflexões, que se
adequariam a um hipotético momento
posterior a ter alcançado o poder, mas fico-me por estas, que têm a sua piada, pois
constituem como que a modo de premonição: uma pessoa que não entende de
política, encontrando-se a ler um tratado
elaborado por um político que conseguiu
despertar – muito positivamente - o seu
interesse, arranjou forma de enxergar que
tudo deve passar pelo filtro dos apoios e
dos interesses. Neste ponto seria de preceito entrar a considerar se as ideias terão
a mesma natureza do chá ou do café, que
saem melhor depois de filtrados; ou então
entraraanalisar,maisdoqueanaturezada
substância, a do filtro, e especular sobre a
qualidade daquela uma vez transposto
este...
A meu entender, algum motivo de
festejo, embora sem ter de chegar a esbanjar em foguetório, teve o Partido Socialista,
pois, afinal de contas, obteve o apoio da
maioria dos que votaram.
Fiquei gratamente surpreendido
quando assim foi. O seu líder,António José
Seguro, falou, mas não alardeou. Ficou
tudo em aberto para a próxima batalha.
E, com o devido respeito, no pouco que
entendo de como funciona isto, acho que
com algumas garantias de chegar ao Governo.
Devo dizer que li o seu livro “Compromissos para o Futuro”, logo que saiu
publicado. Não preciso de o reler, porque
otenhocheiodesublinhadoseanotações.
Foi numa altura em que me achava interessado e ilusionado com a vida política,
pois surgiram figuras, tanto em Portugal
como em Espanha, que me fizeram, talvez, acreditar de novo...
Posso resumir o que achei do escrito,
E falei de premonição pois, qual não
é o meu espanto quando, poucos dias depois das eleições, um destacado membro
do PS, António Costa, manifesta que quer
“mudar o Seguro”, como diz a anedota
que logo recebi no correio eletrónico. Diz
que quer ser ele o líder do PS.
Eunãoseisenapolíticasãoválidosos
mesmos princípios que vigoram no resto
dos âmbitos nos que se insere o ser humano. Mas há uma coisa que é o sentido da
responsabilidade. Outra, embora não tão
importante, o da oportunidade. Também
há algo que se chama lealdade, que vai
muito unida ao espírito de sacrifício.
É por isto que ao início refleti sobre
o que poderá levar os homens a querer
mandar uns nos outros.
É por isso que falei de convulsão, de
conflitos.
É por isso que mencionei alguns dos
experimentos feitos ao longo da História
paranosorganizarmos,edequeachoque
o que nós temos será, eventualmente, um
dosmenosmaus,emboraestejaademandar retoques.
É por isso que mencionei o António José Seguro, porque as ideias que ele
plasmou no seu livro chegaram, como
digo, a devolver-me muita da ilusão perdida (já Aristóteles dizia que o homem é
irremediavelmente um animal político), e
porque vejo que uma pessoa – neste caso
ele-podechegaraganharumadifícilbatalha contra um inimigo forte e corajoso, ao
contrário de muitos dos seus camaradas
europeus, mas há de vir quem menos te
esperas, alguém de dentro, a tentar gorar
tanto trabalho, mesmo que isso acabe por
beneficiar mesmo só àquele adversário.
Não discuto a legitimidade de António Costa para se prontificar a dirigir o PS,
como a legitimidade de qualquer outro,
aqui ou em Espanha, ou onde seja, pois é
essa, pelo menos na teoria, uma das premissas das democracias. Mas não agora,
por favor! Com tanto caminho andado e
tanto ainda por andar, arriscar-se a deitar
tudo pela água abaixo.
Eu tinha a esperança e a confiança
de ver o António José Seguro, uma vez
chegado ao poder, demonstrar coragem
bastante para fazer vingar aquelas ideias,
muitas das quais me agradaram, e fazer
recuperar o respeito de muita gente pela
política e pelos que a exercem, tarefa que
nestes tempos caóticos não se me antolha
fácil.
O que tocava agora era apoiá-lo. E
antes de mais, os de casa. Puxar todos do
mesmo lado. Pode ser que ainda não esteja tudo perdido. O António Costa esteve
emMontalegreháváriosanos,naqualidade de Ministro da Justiça.Tive ocasião de o
cumprimentar, e pareceu-me boa gente. É
bem capaz de ponderar e recapacitar.
Se assim não for, remeto-me, sem
vergonha, ao título:
NÃO ENTENDO DE POLÍTICA
Portugal. Junho de 2014. Há convulsão? Há conflitos?
Respondo: há!
Na rua a gente manifesta temor perante o futuro – o próprio e o dos filhos.
Ninguém é capaz de assegurar que vai
encontrar ou manter um emprego; pelo
menos um emprego digno. Os direitos,
liberdades e regalias diversas estão a sofrer
umdecréscimosempausa:encarecimento ou privação de serviços considerados
básicos, sentimento de desproteção perante a crescente pressão fiscal, perante o
controlo e a intromissão na privacidade,
inerente ao próprio sistema e à tecnologia,
eperanteacorrupçãoeaimpunidadedos
ricos e os poderosos.
Sim, há convulsão no nosso tempo e no nosso espaço. Ninguém a pode
ignorar. Espelho muito fiel disto foram as
últimas eleições ao Parlamento europeu. E
pensávamos que não serviam para nada!
Pois revolucionaram o panorama político
em Europa.
Como dizíamos há bocado, a nós
tocou-nos viver em democracia, que não
significa, por muito que se diga, que é o
povo quem manda. Não. O povo, como
muito, elege os que vão mandar de verdade. O sistema daria para um volume
inteiro sobre pros e contras acerca das suas
engrenagens, peças e lubrificantes. E sobre
se é o sistema ideal, tal e como funciona.
Noutro dia...
Mas é o que temos, e sempre será,
isso sim, menos mau que outros.
Pois bem, chegaram as “europeias”
Eu não entendo de Política!
José Manuel Rodríguez
6
Barroso
Noticias de
30 de Abril de 2014
Atividade física pode
ajudar a prevenir doenças
crónicas não transmissíveis
De acordo com um novo estudo desenvolvido pelo Comité Olímpico
Internacional (COI) e publicado na prestigiada revista British Journal of
Sports Medicine, a atividade física pode ajudar a prevenir e tratar doenças
crónicas não transmissíveis (DCNT) uma vez que estas estão fortemente
associadas e estilos de vida individuais, dietas pouco saudáveis e uso excessivo de substâncias como o álcool e o tabaco.
Para o Prof. Manuel Carrageta, Presidente da Fundação Portuguesa de
Cardiologia, “devido a estas limitações que a vida moderna nos impõe,
temos de compensar as necessidades do corpo humano dedicando algum
tempo diário ao exercício. Os exercícios aeróbios são particularmente importantes para a prevenção e até melhoria de todas as doenças crónicas,
em particular as cardiovasculares. Este tipo de exercícios mobiliza grandes
massas musculares, em movimentos repetidos e contínuos, como a marcha, o ciclismo, a corrida, a natação, o remo e a dança, etc., levando por
adaptação recorrente do treino (aeróbio) o coração a bater de forma mais
eficaz, isto é, necessitando de bombear menos para produzir o mesmo
trabalho, já que a circulação periférica lhe facilita o aporte sanguíneo”.
UM PARÁGRAFO
Um Parágrafo # 30 – Bruxarias
Ao contrário dos nossos irmãos galegos, que afirmam a existência de bruxas apesar
de nunca as terem visto, confirmo eu próprio a sua existência porque eu, em inúmeras
ocasiões, tive já a oportunidade de as ver. Garanto. São substancialmente diferentes da
imagem transmitida pelo imaginário folclórico, não vivendo isoladas em vetustas cabanas
rodeadas de seculares limos, perdidas no meio de um bosquedo emerso em penumbras
eternas. Habitam, por outro lado, em edificações robustas, urbanamente enquadradas e com
os confortos adequados à vivência terrena num século cujo tempo passa a galope. Não
passam o seu tempo de labor na produção das horrendas poções em torno do velho caldeirão
pendurado na cremalheira, optando pelas mais sofisticadas placas de vitrocerâmica ou
micro-ondas, não se tendo desfeito, contudo, do fiel fogão a gás. Não têm o apêndice nasal
absurdamente protuberante e acorcovado, nem estando o mesmo enfeitado pela inestética
e famigerada verruga. Pelo contrário, atarefam-se em cuidados primários (ou secundários)
de beleza, usando e abusando de milagrosas poções e emplastros pespegados por feiticeiros
superiores que, através do éter e da caixa mágica, as impelem a mercar desenfreadamente.
Não lançam os seus feitiços numa linguagem ininteligível para o comum dos mortais,
optando por um linguajar bastante mais simples, apesar de nem sempre cumpridor das mais
elementares regras gramaticais. Escolhem as alturas mais propícias para lançar o seu veneno,
respeitando a tendência que têm em se agrupar, nomeadamente no término da sempre
concorrida eucaristia dominical. Apresentam características auto-imunes ao veneno, já que
não há registo de qualquer fatalidade por alguma delas ter mordido a própria língua. São
diferentes, efectivamente. Muito diferentes das histórias da carochinha…
João Nuno Gusmão
Cartas dos Leitores
Senhor diretor do jornal «Notícias de
Barroso»
Cruz Quebrada, 12 de Junho,
Sr. Director
1) Sou um dos assinantes do jornal
que dirige, desde o tempo do padre Fontes
e tenho vontade em continuar , porque
gosto do seu conteúdo e da maneira como
é editado.
2) Há uns anos atrás, aproveitando a
informação de ter feito o pagamento da
minha quota, sugeri ao senhor diretor,que
, para não ferir susceptibilidades, o jornal
deveria ser indiferente e isento de qualquer
conotação política ou religiosa. Vinha isto a
propósito de alguns artigos publicados, que
me pareciam tendenciosos, politicamente.
3) Hoje, a minha opinião sobre este
assunto, é de que tem havido, da sua
parte, muito cuidado ao abordar temas
desta natureza, mas alguns comentários ou
artigos de opinião, não seus, deixam sinais
de alguma tendência, embora ténue, para
inclinar só para um dos lados.
4) Há poucos meses, veio publicado no
Notícias de Barroso, uma polémica entre
o presidente da CMM e uma vereadora
da oposição em que esta vinha dotada
de toda a razão. Através das redes sociais
e com um vídeo partilhado pelo nosso
amigo Domingos Chaves, de Gralhas,
vimos e ouvimos os dois protagonistas e,
embora um deles reconhecesse que usou
um vocabulário impróprio e excessivo, os
argumentos da cada um, isoladamente,
deixaram a ideia de que ambos tinham
razão.
Mas isto é apenas um “aparte”, porque
a principal razão deste meu E-mail, prende-
se com o artigo escrito no jornal Notícias
de Barroso nº449 de 31.05.2014, pelo
senhor Dr. Barroso da Fonte, com o título
“ A PROPÓSITO DE HOMENAGENS”.
A sugestão citada no segundo parágrafo
deste E-mail, tinha por base, um
comentário deste ilustre escritor, que
enaltecia o trabalho de algumas câmaras
duma determinada cor e rebaixava outras
de cor diferente, falando mesmo no tempo
de Salazar, o que me levou a tecer um
comentário que o relacionava com os filhos
dos grandes lavradores do meu tempo. A
sua resposta a este meu comentário, veio
esclarecer-me que fui mal interpretado,
já que aquelas considerações tinham sido
feitas pela escritora Lídia Jorge e ele só
estava a reproduzi-las. Aproveitou para me
informar um pouco da sua biografia que
nada tinha a ver com a descendência de
famílias abastadas. Desde então, fiquei a
ser um admirador confesso dos escritos
deste vosso colaborador, fazendo mesmo
questão em me apresentar e conversar
um pouco com ele na FNAC do Centro
Comercial COLOMBO, aquando da sua
deslocação a Lisboa, junto dos também
ilustres escritores, Padre Fontes e Dr.
Bento da Cruz, para apresentação das
suas últimas obras. Agora, ao ler o seu
comentário com o título acima, despertoume uma grande vontade de mandar um
apertado abraço de parabéns por mais uma
homenagem que lhe foi feita, desta vez,
pela Associação dos antigoa alunos do
Seminário de Vila Real. Como penso que o
Sr. Diretor, tem o endereço eletrónico deste
vosso colaborador, peço-lhe faça chegar
esta minha felicitação, certo de que o estou
a fazer a um dos elementos que constituem
o grupo dos ilustres Barrosões.
Manuel Ferreira Martins
NR – Meu caro e estimado leitor,
O jornal tem como seu principal
objectivo ser independente, dando
assim voz a todos os que aqui a queiram
expressar. É para nós gratificante ler as suas
considerações de que a tal isenção se tem
conseguido manter apesar de não ser fácil.
Um jornal regional, como é o NB, terá,
em nosso entender, de estar atento a tudo
e denunciar o que palpita na sociedade e
quando a crítica aparece, as interpretações
são por vezes deturpadas. Mas, é assim a
realidade.
… … ...
Toronto, ONT, Canadá, 11 Jun
Sr Director e Caros Amigos
Recebi hoje mesmo (11/6) o Notícias
de Barroso.
Francamente, chateia-me ler que
mais uma vez alguém do governo foi a
Boticas e não foi a Montalegre. Porque? Eu
sei que há cores e linhas políticas yha…
ha… ha…mas, sinceramente, que devia
alguém informar estes tipos que, depois
de eleitos, seja pela cor que for, e neste
caso, o Sr. Primeiro Ministro foi eleito para
governar todos os Portugueses. Pelo que eu
sei, Montalegre ainda é Portugal e fala a
mesma lingua de Boticas que é o Barrosão.
Senão há que eleger o Portas porque
pelo menos esse vai a todas e eu já o vi na
feira do fumeiro.
Cumprimentos
Joe Pinto, CFP Financial Planner
MAPC
--- --- --Braga, 12 Junho
«Não há homens grandes em terras
pequenas»
No dia do município, houve festa
em Montalegre. Não estive lá, mas pelo
que ouvi na rádio e depois na net, não
faltou nada: sessão solene com algumas
caras stressadas, falatório ao desbarato,
e sobretudo comesainas. É de louvar a
celebração do Dia maior de Montalegre
mas haverá que criticar a propaganda
barata e as comesainas para as quais
não falta dinheiro e ainda dizem que as
Câmaras estão falidas.
Mas, o que me leva a escrevinhar estas
duas letras que peço ao ilustre Director
que lhe dê saida quando julgar oportuno
foi ouvir do Sr. Presidente a seguinte
bombástica afirmação: «Não há homens
grandes em terras pequenas». Ou seja,
segundo o «sabetudo» de Montalegre
que agora aparece nas Tvs (e não só), os
homens medem-se pelo tamanho das
terras onde nasceram ou vivem. Nas terras
pequenas não há homens grandes.
Não sei se ria se chore. Se o presidente
de Montalegre conhecesse (tal como devia
conhecer) a história de Barroso, não diria
publicamente uma atoarda deste calibre.
É isto que se me oferece dizer além
de cumprimentar e felicitar todos os que
foram homenageados.
J. A. Costa da Silva
Barroso
Noticias de
30 de Abril de 2014
7
O Toque das Trindades
Fazer carvão na serra da Lomba
Uma das imagens dos
tempos antigos que me ficou
na memória é o espectáculo
das fumaradas que, cá de longe
do povoado de Meixedo, se
viam no monte da Lomba, de
Gralhas. Um, dois, três e mais,
a espaços uns dos outros, os
pontos de fumo que subia,
lento, até aos céus, tinha
lugar no baldio cheio de mato
rasteiro onde predominava a
urzeira.
As
tais
fumaradas
resultavam de covas circulares
nas quais se depositavam
pequenos torgos. Estes, quando
começavam a arder, expeliam o
fumo durante algum tempo até
que os carvoeiros abafassem o
lume.
Naqueles tempos, ir ao
carvão era usual nas terras de
Barroso por parte de algumas
famílias mais pobres. Gralhas,
aldeia situada no sopé da
serra do Larouco, para além
duma rica história ainda
por descrever, tinha mais de
três centenas de pessoas. E,
dentre estas, se havia famílias
abastadas, não menos eram
aquelas que viviam com
dificuldades. Daí o recurso ao
carvão como um dos meios de
sobrevivência.
Juntavam-se dois ou três,
tanto homens como mulheres,
e, arreados os burros, galgavam
o monte na procura do carvão.
E como se fazia o carvão?
A primeira tarefa era a de
arrancar torgos no monte para
o que se tornava necessário
a utilização dum enxadão ou
dum sacholo que de urze em
urze os partia e arrancava.
Trabalho duro que as tais
pessoas se viam obrigadas a
fazer.
Depois de arrancados
os torgos em quantidade
considerável, com a enxada
fazia-se uma cova redonda
com mais ou menos 1,5 (metro
e meio) de diâmetro na qual
se depositavam esses mesmos
torgos arrancados.
Na tarefa seguinte, o
carvoeiro dava uma volta ao
redor na procura de choças
(torgos e pedaços de lenhas
secos), com a finalidade de
lhes pegar o fogo e, assim,
começar a arder todo o material
depositado na cova.
Logo que o lume estivesse
a pegar e a alastrar nos torgos,
tapava-se tudo com lascas
(pedras delgadas, compridas
e largas), e outras pedras e
bastante terra. Todo o trabalho,
nessa cova, tinha chegado ao
fim não sem que, na despedida,
o carvoeiro fizesse uma cruz
em cima daquele amontoado,
dizendo:
Na albufeira do Alto
Rabagão decorreu, durante
um período de quatro dias,
um concurso de pesca à carpa,
organizado pela Associação
Portuguesa “Carp Fishing”.
Como se sabe, a carpa é
a espécie lançada nas águas
da Albufeira, não se sabe por
quem, há alguns anos atrás,
que diminuiu muito a visita de
pescadores à região. Entre os
residentes à volta da barragem,
existe o preconceito de que a
carpa é um peixe nocivo, que
mata todos os outros peixes e
sobretudo que não é boa para
comer.
Como temos que viver com
esta realidade, a questão que
agora se coloca é como tirar
partido do que o presente nos
oferece.
Há organizações exteriores
à região que descobriram as
potencialidades da terra que
os naturais têm dificuldade em
admitir.
A Associação Portuguesa
“Carp Fishing” que organizou
o concurso e que já esteve
envolvida nalgumas acções
de recolha de lixo, nesta
barragem, pratica uma pesca
desportiva, sem morte dos
animais (retirados da água,
são fotografados e pesados,
tratados se necessário, e em
seguida devolvidos à água).
A “Carp Fishing” é a
modalidade mais aliciante do
momento, em toda a Europa,
ganhando também cada vez
mais adeptos em Portugal e
transformou-se numa indústria
turística muito rentável, em
muitos lugares. Defende que
a Barragem dos Pisões é a
eleita em todo o país, quer
nesta modalidade, quer na
envolvente paisagística e que a
pesca selectiva, tecnicamente
desenvolvida, pretende apenas
alcançar recordes, somente
pelo prazer desportivo, pela
fotografia e pelo convívio
entre todos os participantes,
em estreito convívio com a
natureza.
Sendo certo que, no interior
do nosso país, é já possível
encontrar carpas com tamanhos
impressionantes, com mais
de 20 kg de peso e que na
- S. Romão guarde o carvão
S. Vicente te acrescente.
Pela Virgem Maria
Um Pai Nosso e uma Ave
Maria!
No dia seguinte, o carvão
era recolhido em sacos tapados
com carquejas e atados com
baraços. Carregado em burros,
numa média de dois a três
sacos por cada animal, seguia
em caravana para Chaves onde
era vendido, às vezes, de porta
a porta pelas ruas da cidade.
O carvão era utilizado
como combustível em caldeiras
e fogões de lenha e outros fins
industriais.
Desde há meio século a
esta data que, nas serranias
de Barroso, deixou de se fazer
carvão. A população local
abandonou esta prática que, em
tempos passados, fazia parte da
rotina caseira dos cabaneiros e
doutras famílias mais pobres.
Duas notas mais: Nos
coutos era proibido fazer carvão
por causa de se salvaguardar os
pastos para os animais.
Naqueles tempos, apesar
do enorme risco de se provocar
incêndios nos montes onde
se fazia o carvão, nunca tal
acontecia. O monte da Lomba
e os Campelos, de Gralhas, as
Mós e as touças de Meixedo e
o Coto Ferronho, de Codeçoso,
nunca foram pasto das chamas
até à data de 1980 ou mesmo
depois. Daqui em diante,
alguns destes referidos montes
já arderam umas quantas vezes.
Caso para se concluir que
a origem dos incêndios não
pode ser outra que não seja a
criminosa mão do homem que,
a seu bel prazer ou influenciado
por agentes externos com fins
inconfessáveis, pega o fogo
aos montes causando prejuizos
enormes no meio ambiente
próprio das terras de Barroso.
Carvalho de Moura
Pesca de CARPA na
Albufeira dos Pisões
França já foi capturada uma
carpa com 40 kg, é de admitir
que este tipo de desporto trará
vantagens consideráveis.
Por exemplo, é possível
realizar
nesta
barragem
c o n c u r s o s
internacionais
de
carpa que podem
atrair
centenas
de
participantes
de várias partes
do mundo e com
acompanhantes,
por
vários
dias,
o que além das
receitas
geradas
em alojamentos e
refeições é também
uma aprendizagem
de como podem
ser aproveitados os
recursos locais de
que dispomos.
A
“Carp
Fishing”
tem-se
dedicado
também
à
realização
de
acções de formação,
nomeadamente
junto dos alunos das
escolas e do público em geral e
pode levá-las a efeito também
aqui, em colaboração com a
autoridade local.
A pesca, como actividade
lúdica, com respeito integral da
natureza, ainda não é conhecida
na nossa terra, devido aos maus
exemplos de pesca utilitária e
de turismo selvagem que por
aqui tem frutificado. O que é
preciso é mentalizar as pessoas
para este novo conceito de
pesca. Segundo nos foi dado
saber, estará para breve uma
exposição de fotografias no
átrio da Câmara Municipal da
responsabilidade desta referida
Associação que já se prestou
a colaborar com a Câmara de
Montalegre nesse sentido.
A “Carp Fishing” tem-se
dedicado também à realização
de acções de formação,
nomeadamente
junto
dos
alunos das escolas e do público
em geral e poderá levá-las a
cabo entre nós em colaboração
com os responsáveis locais.
8
Barroso
Noticias de
30 de Abril de 2014
Manteiga
artesanal na
Casa do Capitão
No dia 12 de Junho, os alunos do 7º
ano da escola do Baixo Barroso, vieram
até à Casa do Capitão para aprender a
fazer e provar a célebre manteiga de Barroso que, em tempos idos, era petisco de
deuses em casa dos lavradores.
Estes alunos tiveram o privilégio de
visitar todos os cantos do Ecomuseu, com
uma visita guiada presidida por duas funcionárias da mesma entidade. Depois de
terminada a visita, os alunos tiveram o privilégio de ver fazer a manteiga tradicional
pelas mãos sábias da Dona Rosinha que
se disponibilizou para partilhar os seus
conhecimentos e experiências. Os alunos
tiveram oportunidade de observar todas as
fases do processo, que foram sendo explicitadas pela própria D. Rosinha, contando
também com a colaboração dos estagiários presentes e professores responsáveis.
Por fim todos tiveram oportunidade
de provar o produto final, ficando deliciados com o sabor e com a rapidez com
que pode ser feita esta tão saborosa iguaria.
Joana Fernandes
Ecomuseu - Casa do Capitão
Ricardo Moura
Festa de
Finalistas
No passado dia 11 de Junho, o Ecomuseu – Casa do Capitão - recebeu a
Festa de Finalistas dos alunos da Escola de Salto. Todos os alunos da Escola,
mesmo não sendo finalistas, participaram nesta Festa e nas diversas atividades.
Os alunos do Jardim-de-infância
realizaram várias danças ao som de
músicas bastante animadas. Os alunos
do 1º ciclo realizaram várias peças de
teatro onde participaram todos os alunos, tendo todos representado um personagem. Mas a supressa da tarde foi
a representação da peça de teatro, “A
carochinha limpinha”, feita por algumas
encarregadas de educação dos alunos.
Esta peça tinha como objetivo ensinar
os mais pequenos a reciclar o lixo.
Já próximo do final da festa, dois
alunos de cada ano entregaram um
ramo de flores a cada professora e a
cada funcionária da escola.
No fim, houve um lanche com miminhos trazidos pelos pais dos alunos.
Joana Fernandes (Ecomuseu - Casa
do Capitão)
Barroso

Noticias de
30 de Abril de 2014
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Barroso
Noticias de

30 de Abril de 2014
Tito Cruz Gonçalves de Freitas
NOTÁRIO CONSTANÇA AUGUSTA BARRETO OLIVEIRA
NOTÁRIO CONSTANÇA AUGUSTA
BARRETO OLIVEIRA

Certifico, para fins de publicação que, por escritura exarada hoje, no Cartório da Notária Constança Agusta Barreto Oliveira, situado na Rua Paixão Bastos, n.º 114, Póvoa de Lanhoso, no livro de escrituras diversas n.º 142-A, a
fls. 9 e seguintes CÉLIA SUSANA MARQUES DUARTE e marido DOMINGOS JOÃO FIDALGO DE SOUSA
ANTUNES, casados em comunhão de adquiridos, naturais ela da freguesia da Chã, concelho de Montalegre e
ele da freguesia de Ferral, concelho de Montalegre, residentes na Rua Conde Dom Henrique, n.º 13, 1.º dtº, em
Braga, declararam:
- Que é dona com exclusão de outrem do seguinte bem imóvel:
Prédio urbano, situado na Rua da Deveza ou Travassos da Chã, freguesia da Chã, concelho de Montalegre,
composto de casa destinada a habitação, com a superfície coberta de sessenta e quatro vírgula oitocentos e trinta
e oito metros quadrados e logradouro, com a área de setenta e nove vírgula duzentos e setenta e seis metros
quadrados, a confrontar do norte e poente com herdeiros de Manuel Gonçalves, nascente com Avelino Gonçalves
e sul com Rua Pública, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 1618
Que este prédio não está descrito na Conservatória do Registo Predial de Montalegre.
Que não tem qualquer título de onde resulte pertencer-lhe o direito de propriedade do referido prédio, mas iniciou
a sua posse, em mil novecentos e oitenta e seis, ano em que o adquiriu, ainda menor, por doação meramente
verbal de seus pais Avelino Pereira Duarte e Maria Madalena Fernandes Marques Duarte, casados em comnhão
de adquiridos, residentes em Travassos da Chã, na referida freguesia da Chã.
Que, desde aquela data, por si ou por intermédio de alguém, sempre tem usado e fruído o prédio, nele guardando
os seus haveres, efetuando algumas obras de manutenção, pagando todas aaas contribuições por ele devidas e
fazendo essa exploração com a consciência de ser a sua única dona, à vista de todo e qualquer interessado, sem
qualquer tipo de oposição há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua
e de boa fé, razão pela qual adquiriu o direito de propriedade sob o prédio por USUCAPIÃO, que expressamente
invoca para efeitos de ingresso do seu direito no registo predial.
Está conforme.
Póvoa de Lanhoso, 16 de junho de 2014.
Certifico, para fins de publicação que, por escritura exarada hoje, no Cartório da Notária Constança Agusta Barreto Oliveira, situado na Rua Paixão Bastos, n.º 114, Póvoa de Lanhoso, no livro de escrituras diversas n.º 142-A,
a fls. 11 e seguintes ANDREIA SOFIA PIRES REGO, solteira, maior, natural da freguesia de São Sebastião da

 
 

 
Pedreira, concelho de Lisboa,
reside na
Rua 
da Azóia,
lote 10, 1.º direito, 
Urbanização
Tágides 
Parques,
Póvoa
de Santa Iria, declara: 

- Que é dona com exclusão
de outrem do seguinte bem imóvel:


Prédio urbano, situado na
Rua da Deveza ou Travassos da Chã, freguesia 
de 
Chã, concelho
de Montalegre,
com
 
  
posto de casa destinada a habitação, com a superfície coberta de cento e dez metros quadrados, a confrontar do

    
norte com Manuel Dias, nascente, sul e poente com caminho, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 1612.

Que este prédio não está
descrito 
na Conservatória
do
Registo Predial de 
Montalegre.
título
de
pertencer-lhes o direito de propriedade do préQue, a sua representada,
não tem qualquer
onde 
resulte
dio, mas iniciou a sua posse
em mil novecentos e noventa, ano em que o adquiriu,
por doação meramente verbal


de Ana Gonçalves, casada
que foi com Avelino Gonçalves, residente nos Estados
Unidos da América, Maria


Gonçalves, casada com António Joaqyuim Gonçalves Pires, residentes em Travassos da Chã, na dita freguesia da


Chã, Helena Gonçalves Costa, casada com Fernando Coutinho da Costa, residentes nos Estados Unidos da Amé
residente
  

rica, Fernanda Gonçalves Afonso, casada como José Joaquim da Silva Afonso,
nos Estados
Unidos da

com


América, e João Gonçalves,
casado
Maria de
Lurdes Gonçalves,
residente
nos Estados Unidos da América.
Que, desde aquela data, 
por si ou por intermédio de alguém, sempre a sua
representada tem usado e fruído o
prédio, nele guardando os seus haveres, efetuando obras de manutenção, pagando
todas as contribuições por ele

devidas e fazendo essa exploração com a consciência de ser a sua única dona, à vista de todo e qualquer interes

sado, sem qualquer tipo de oposição há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica,

contínua e de boa fé, razão
pela qual adquiriu o direito de propriedade sob
o mencionado prédio por USUCA
PIÃO, que expressamente invoca para efeitos de ingresso do seu direito no
registo predial.
Está conforme.


Póvoa de Lanhoso, 16 de
junho de
2014.   



24.05.1948 - 25.02.2008
“Bom filho, bom marido, doença que o obrigou a deixar e coração, ao seu marido Tito.
Asua esposa Mariana e as
excelente pai, bom amigo e colega” o emprego com 54 anos de
Vítima
de
doença idade, passou a viver na sua casa filhas Alexandra e Ana Maria e
prolongada desde o dia 5 de de Vila da Ponte sob os restante família vêm por este
Junho de 2002 faleceu no cuidados da extremosa esposa, meio agradecera todos quantos
passado dia 25 de Fevereiro o Mariana, funcionária da Zona se dignaram assistir ao funeral
Tito. Tina 59 anos de idade. Agrária de Barroso que, por sua e missa de sétimo dia ou que de
outra forma lhe manifestaram
Funcionário das Finanças de
o seu pesar e solidariedad.
Montalegre, por isso conhecido
Agradecem de modo especial
em todo o concelho, o Tito era
aos seus dois médicos de
natural de Sabuzedo. Casou


A
colaboradora
com
autorização
para
este
ato
A colaboradora
para este ato
família, Drs António
Sousa ecom autorização
com Mariana Francisca Anjo


nos termos do nº 1, art. 8.º do DL 26/2004 de 4 de fevereiro
nos termos do nº 1, art. 8.º do DL 26/2004 de 4 de fevereiro
      

Carlos Reis, pessoas muito
Afonso Freitas, da Vila da
Ana Cristina Veloso Sampaio
Ana Cristina Veloso Sampaio

      
humanas, dedicadas e sempre
Ponte, de quem teve duas filhas,


Registada sob o n.º 84/3
Registada sob o n.º 84/3

disponíveis, bem como aos
a Alexandra e a Ana Margarida

registada sob o n.º 1316
Conta/Recibo registada 
sob o n.º 1318
senhores enfermeiros
e pessoal
queConta/Recibo
ajudou
criar e educou

Emitida
facturaarecibo
Emitida
factura recibo       
A autorização para a prática de atos pelos colaboradores foi publicada em www.notarios.pt em 26/02/2013
A autorização para a prática
de atos pelos colaboradores foi publicada em
www.notarios.pt em 26/02/2013

auxiliar do Centro de Saúde que
com muita dedicação, não se
     
Notícias
de
Barroso,
n.º
450,
de
17
de
junho
de
2014
Notícias
de Barroso, n.º 450, de 17 de junho de 2014
com carinho o trataram
durante
poupando a sacrifícios para que
    



os últimos 5 dias da sua vida.
nada lhes faltasse. Conseguiu

     

O Tito foi bom filho, bom
dar a cada uma delas um
    

marido, excelente pai, bom
estatuto social para enfrentarem

amigo e colega.
a vida com mais facilidade, uma


vez, se viu obrigada a pedir a
enfermeira e a outra analista.
     


Devido às fragilidades com reforma antecipada para se

que vivia em consequência da dedicar a tempo inteiro, de alma
Barroso
Noticias de


GABINETE DE APOIO AO EMIGRANTE
Vendem-se
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
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
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
Espanha
= 30,00 €uros

Resto da Europa
= 35,00 €uros
Resto do Mundo
= 35,00 €uros

2-Pagamentos


EM MONTALEGRE
a) Na sede do jornal, Rua Miguel Torga, 492 (B.º da Corujeira)
b) No Quiosque de Augusto Flambó (Traseiras da Câmara de Montalegre)

c) No Quiosque da Madalena, Av. D. Nuno Álvares Pereira
d) Na Agência de Seguros IMPÉRIO de Lúcia, à esquina do Mercado Municipal

e) Na LOJA 4, Papelaria CHICO, Rua Dr Vítor Branco
f) Na Agência FIDELIDADE, Rua Polo Norte, de José Pereira Alves
g) Na Agência de Seguros GLOBAL, de Joaquim
Fontes

EM SALTO
Papelaria Milénio, R. Central, 77 5470-430
SALTO
As assinaturas podem ainda ser liquidadas através do envio de cheque ou vale postal em €UROS
passados à ordem do Notícias de Barroso ou por transferência Bancária para a CO em nome de Maria Lurdes
Afonso Fernandes Moura, usando as referências seguintes:
Nacionais - NIB: 0079 0000 5555 1489101 27
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Na etiqueta da sua direcção pode ver a data de pagamento (PAGO ATÉ…) do jornal. Se entender que
não está certo, contacte-nos (+351 91 452 1740).
3. Prestação de serviços
Atenção aos srs. Assinantes que optarem por fazer transferências bancárias dos valores das assinaturas

ou outros. Do pagamento efectuado devem avisar a administração do jornal ou através do próprio Banco ou
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por
mail [email protected] ou por telefone.
Isto porque o Banco que transfere o dinheiro e até o próprio talão comprovativo da transferência que
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dá o Banco não indicam dados do assinante pagador. Como consequência, não se registam os pagamentos

desses
assinantes.
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
Ajude-nos a fazer um jornal ainda melhor.




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Barroso
Noticias de
30 de Abril de 2014
11
A indiferença religiosa
Pe Vítor Pereira
Sobretudo na Europa, vivemos
tempos de grande indiferença
religiosa. Instalou-se a convicção
de que se pode viver perfeitamente
sem uma referência divina e
sem qualquer relação com o
transcendente. A religião é uma
perda de tempo ou até um adorno
desnecessário, ainda assim útil,
dirão alguns, para se ir enterrando
os mortos e para se ir tendo algum
consolo nas agruras da vida. Sinais
dessa indiferença é a facilidade
com que hoje muitos se dizem
agnósticos ou católicos não
praticantes, que são a esmagadora
maioria da sociedade. Há o
agnóstico que anda à procura, e por
este tenho um grande respeito, mas
há o agnóstico que habilmente usa
a palavra para não dizer que não
se importa nada com Deus nem
com a religião. É o caso da maioria
dos ditos agnósticos. Quanto aos
BOTICAS
Comemorações
do
43º Aniversário dos BVB +
Comemorações dos BVB
A Associação Humanitária
dos Bombeiros Voluntários de
Boticas comemorou, no passado
dia 8 de maio, o 43º Aniversário
da sua fundação, numa cerimónia
muito participada e que este
ano contou com a presença de
representantes do Município
geminado de Gond-Pontouvre.
A cerimónia iniciou-se com
o hastear das bandeiras ao som
do Hino Nacional e a romagem
ao cemitério para homenagear os
bombeiros e diretores já falecidos,
realizando-se logo depois a
formatura e a guarda de honra
junto ao quartel, onde foram
condecorados os bombeiros
com cinco, dez e quinze anos de
serviço prestado aos Bombeiros
Portugueses e à comunidade. De
seguida foi cumprida a habitual
sessão solene, realizada no
Auditório da Corporação, com o
Presidente da Câmara Municipal
de Boticas e também Presidente
da Direção dos Bombeiros
Voluntários de Boticas, Fernando
Queiroga, a presidir à mesa
de abertura, da qual fizeram
ainda parte o Comandante dos
BV.B, Arnaldo Machado, o VicePresidente do Município de GondPontouvre, Magnagnon Bertrand,
o Presidente da Assembleia Geral,
Fernando Campos, o Presidente da
Assembleia Geral dos BVB, Nuno
Almeida, o Representante da
Liga dos Bombeiros Portugueses,
José Requeijo e o Representante
da Federação dos Bombeiros
do Distrito de Vila Real, António
Fonseca.
Na sequência dos discursos
de agradecimento de alguns
católicos não praticantes, é uma
fórmula cómoda e incoerente que
se criou para se dizer o mesmo,
mas mais grave ainda, porque
não se vive aquilo que se professa.
Para que é que serve uma fé num
Deus a quem não dou importância
nenhuma na minha vida do diaa-dia? Enfim, está aí a indiferença
religiosa.
São muitas as causas que
apontam para a indiferença
religiosa: as más práticas das
religiões,
que,
por
vezes,
parecem contribuir mais para o
obscurantismo e a escravidão
do que para a liberdade e
a verdadeira realização das
pessoas; o contratestemunho e
as ações imundas das religiões;
o seu imobilismo, resistência à
mudança e desfasamento face à
evolução; o pensamento débil e o
comodismo do mundo atual, que
não quer saber de grandes ideais
e compromissos, nem de grandes
inquietações e destinos; a ligação
das religiões com a violência,
entre outras. Aceito que tudo isto
gere alguma resistência à religião
e não convide muito à vivência
religiosa. Mas não justifica tudo. Os
clubes de futebol têm muitos maus
exemplos e muitos atos reprováveis
e não param de ter adeptos.
Bem pelo contrário. Os partidos
políticos fartam-se de acumular
incoerências e imoralidades e não
deixam de ter seguidores. Se as
pessoas deixam de ser católicas
por causa das desonestidades e
das incongruências do catolicismo,
então têm de deixar de ser muita
coisa, mas, pelos vistos, selecionam
sem grande racionalidade.
A questão é que a causa para
muita indiferença religiosa é bem
mais profunda. O homem é um
ser religioso. Sente a necessidade
de procurar e de se relacionar
com alguém que o sacie e lhe
mate as suas sedes e as suas fomes.
Alguém totalmente outro que dê
consistência à vida e que a torne
uma experiência plena, eterna e
fecunda. Tem vida interior que
apela para vivências mais profundas
e para a busca de sentido e de
espirito. O homem atual deixou
de sentir isto? É claro que não. Isto
está é anestesiado e adormecido
nas pessoas. A religião seguiu
um caminho errado, caminho
que ainda está muito longe de
ser corrigido. O ser humano tem
tendência a fabricar materialismos
religiosos e religiões materialistas.
Com o tempo, contagiando tudo
e todos, o ser humano é levado
a materializar a sua religião e a
sacralizar os seus materialismos.
Repare-se, por exemplo, segundo
o que ouvimos, no que as pessoas
vão buscar a Fátima: cura de
uma doença, sucesso de um
empreendimento, triunfo nos
exames, vitória do seu clube,
sucesso na vida e nos negócios,
emprego, entre outros. Como dizia
D. António Ferreira Gomes, bispo
do Porto, «para muitos cristãos
católicos a religião não tem nada
de transcendente». É útil para
resolver problemas e dificuldades.
Só andamos de roda de Deus para
termos proveitos materiais. É o
que é mais frequente na vivência
religiosa. Pouco a pouco, fomos
limitando a religião a esta prática
materialista e interesseira. Muitos
católicos, possivelmente, rezam
porque têm interesse em obter
coisas de Deus. Sinal claro disto
mesmo é que quando há guerra,
as igrejas estão cheias de fiéis, que
esquecem imediatamente esse
caminho logo que regressa a paz
ou a abundância, a prosperidade e
a riqueza.
O facto de a religião se
apresentar como conquistadora
e distribuidora de vantagens
materiais contribuiu muito para
a indiferença religiosa. Alguns
perguntarão: mas então Deus não é
Pai e não tem prazer em dar coisas?
Certamente que tem. Mas abusouse e abusa-se desta prática, de tal
forma que a religião se impôs pelo
seu carácter utilitário e a prática
religiosa tornou-se um fazer isto
para ter aquilo ou dar tanto para
ter tanto, uma negociata e jogo de
interesses, em que só se busca a
realização dos interesses materiais.
Só que a religião não pode reduzirse nem degenerar num conjunto
de pedidos materiais, fazendo-se
de Deus um grande distribuidor
sobrenatural
de
vantagens
materiais. A oração torna-se, assim,
um discurso interesseiro. A busca
de aspirinas celestes. Foi este
caminho errado que as religiões
trilharam. Ora, adquirindo-se as
vantagens materiais, Deus tornase um Deus inútil, um Deus que
sabemos estar ali, mas ao qual não
damos nenhum lugar, nenhuma
atribuição na nossa vida. Um Deus
a quem já não se reza ou quase
já se não reza. Depois que se
desenvolveram os meios técnicos,
o homem pede aos técnicos
muitas coisas que outrora pedia
a Deus. Repentinamente, deixou
de se ocupar com Deus. Parecelhe desnecessário para a sua vida
quotidiana, a não ser para quando
todos os meios técnicos falhem.
As religiões, têm, assim, de
sanar este grande equívoco, esta
grave deturpação da vivência
religiosa, têm de proceder à
desmaterialização do seu discurso
e das suas promessas e da sua
configuração utilitária, que as
desfigura, e que, infelizmente,
ainda aí anda muito na pregação
religiosa. A grandeza da religião
está na relação mística com Deus
que ela oferece aos crentes, onde o
homem verdadeiramente se realiza
e satisfaz, porque o homem realizase no seu estar e ser e não no seu
ter.
dos membros desta Mesa, o
Representante da Liga dos
Bombeiros
Portugueses,
José Requeijo, distinguiu o
Comandante dos BVB, Arnaldo
Machado, com a entrega do
Crachá de Ouro da Liga, pelos
relevantes serviços prestados
aos Bombeiros Portugueses, um
serviço ao qual ele se dedicou
durante mais de 35 anos. E,
apesar de a idade o obrigar a
abandonar o atual cargo que
ocupa, por solicitação da Direção
da Associação Humanitária dos
BVB, ficou decidido que até ao
final do DECIF 2014, Arnaldo
Machado continuará a cumprir
funções como Comandante.
Ainda
no
decorrer
desta
sessão solene, o Presidente do
Município, Fernando Queiroga,
recebeu simbolicamente a chave
da nova viatura da corporação dos
bombeiros de Boticas, gentilmente
oferecida pelo Município de
Gond-Pontouvre, através de
um peditório de angariação
de fundos pela população, aos
representantes deste município.
As comemorações do 43º
Aniversário dos Bombeiros de
Boticas prosseguiram com a
habitual Missa Solene, finda
a qual se procedeu à bênção
e respetivo “batismo” da nova
ambulância, consumada pelo
pároco Domingos Santos. Seguiuse o tradicional desfile apeado e
motorizado pelas ruas de Boticas,
sob o olhar atento dos muitos
populares que se associaram a este
momento de festa, que terminou
com a colocação de um ramo
de flores junto ao monumento de
homenagem aos bombeiros.
Este dia de comemorações
terminou com um almoço
convívio no Pavilhão Multiusos,
onde foi cortado o bolo de
aniversário e cantados os parabéns
à Associação, num resto de
tarde recreativo onde não faltou
animação nem boa disposição.
região
evento pelo Presidente da Câmara
Municipal, Fernando Queiroga,
a oportunidade de poder dar
a conhecer publicamente este
trabalho literário, uma narrativa
que fala não só de afetos e
partilhas, mas também de um
tempo histórico e político que
marcou fortemente as gerações
que o vivenciaram. A narrativa
acaba por ser assim uma
reflexão profunda do Portugal
do Estado Novo, sobretudo dos
anos 60, onde se revelam os
constrangimentos resultantes do
ambiente psicológico e cultural
do regime daquela época, através
dos encontros e desencontros das
personagens que compõem este
romance.
A
ação
da
história,
desenrolada em vários planos,
entre os quais a cidade de Chaves
e o Barroso, permite não só
viajar pela memória e história
de um tempo que condicionou
durante várias décadas o espírito
português, como também permite
conhecer um pouco melhor a
maneira de estar das “nossas
gentes”, “um hino à identidade
e grandeza de alma do povo
transmontano”.
Orquestra da Esproarte, de
Mirandela + Orquestra Esproarte
Tal como tem vindo a
acontecer nos últimos anos, o
Agrupamento de Escolas Gomes
Monteiro de Boticas voltou a
promover o concerto didático
pedagógico da Orquestra da
Escola Profissional de Arte de
Mirandela – Esproarte, uma
iniciativa que procura despertar os
mais jovens para a vida musical,
dando-lhes a oportunidade de
conhecer de perto os instrumentos
que constituem uma orquestra e
os seus respetivos sons.
A iniciativa, dirigida às
crianças do Agrupamento de
Escolas Gomes Monteiro, decorreu
durante a tarde do passado dia 11
de junho, no Auditório Municipal,
e teve o apoio do Município de
Boticas, aqui representado pela
Vereadora da Educação, Maria
do Céu Fernandes. À semelhança
dos anos anteriores, a orquestra
tocou um conjunto de músicas
de compositores reconhecidos
nacional e internacionalmente,
presenteando o público com um
belíssimo espetáculo musical.
A Esproarte nasceu em
1990, fruto do projeto nacional
de lançamento das Escolas
Profissionais pelo Ministério
da Educação, e com o apoio
da Câmara Municipal de
Mirandela. Esta Escola tem como
principal objetivo promover a
formação profissional e artística,
contribuindo, desta forma, para
o desenvolvimento cultural da
Boticas na XV edição da Feira
do Livro de Montalegre+ Boticas
na Feira Montalegre
A Biblioteca Municipal e a
Biblioteca Escolar do Agrupamento
de Escolas Gomes Monteiro
estiveram presentes da XV edição
da Feira do Livro de Montalegre,
que este ano decorreu entre os
dias 5 e 9 de junho. A participação
do Município e do Agrupamento
de Escolas neste evento aconteceu
no âmbito da Rede Interconcelhia
de Bibliotecas do Barroso, um
protocolo de cooperação entre
as duas autarquias que visa
essencialmente facilitar a partilha
de projetos cuja matriz é comum –
a região do Barroso e a sua cultura.
Estes dois stands fizeram
pois a divulgação das atividades
desenvolvidas ao longo deste
ano letivo pelos alunos do
Agrupamento de Escolas, e dos
eventos promovidos pela Câmara
Municipal de Boticas, tendo sido
também feita a divulgação de
monografias e literatura acerca do
concelho e da região.
Apresentação do livro “
Neste Cais Para Sempre” + Bot
apresentação do livro
No passado dia 6 de junho,
o Salão Nobre da Câmara
Municipal de Boticas acolheu a
apresentação do livro “Neste Cais
Para Sempre”, do flaviense Ernesto
Salgado Areias.
Na breve introdução que
fez àquele que é o seu primeiro
romance,
Ernesto
Salgado
Areias aproveitou a ocasião
para agradecer ao Município
de Boticas, representado neste
O autor revelou ainda o
prazer desta apresentação poder
ter sido realizada em Boticas,
um concelho que, a par com
Montalegre e Chaves, constitui
uma tríade de fortes memórias e
afetos na alma deste orgulhoso
transmontano.
No final, os presentes
puderam ainda assistir a uma
atuação da Tuna Académica da
Universidade Sénior do Rotary de
Chaves.
12
Barroso
Noticias de
ALTO TÂMEGA + Cimeira Ibérica
CIM do Alto Tâmega reúne com
Primeiro-ministro
No âmbito da realização da
27ª Cimeira Luso-Espanhola,
que reuniu ontem (04 de junho) em Vigado, concelho de
Chaves, os líderes dos governos
de Portugal e Espanha, o Presidente da Câmara de Chaves e
também Presidente da Comunidade Intermunicipal do Alto
Tâmega (CIM-AT), António
Cabeleira, esteve reunido com
o Primeiro-Ministro português
para debater as principais preocupações dos municípios do
Alto Tâmega.
Na ordem de trabalhos da reunião com Pedro Passos Coelho,
constaram, entre outros assuntos, a permanente desclassificação de serviços, a reforma do
mapa judiciário, o encerramento de escolas, o ensino superior
e o sistema multimunicipal de
água. Temas a que o Primeiro-ministro respondeu positivamente, garantindo a sua intervenção de forma objetiva.
No encontro, que teve lugar ao
final da tarde, no Vidago Palace Hotel, estiveram também
presentes o Primeiro Secretário da CIM, João Batista, bem
como os restantes autarcas dos
30 de Abril de 2014
concelhos do Alto Tâmega e da
qual saiu o seguinte comunicado:
Entendemos a criação da Comunidade Intermunicipal do
Alto Tâmega como muito relevante e capaz de alavancar
o desenvolvimento desta sub-região transmontana. Mas,
uma região só se consegue desenvolver e ser competitiva se
mantiver a presença adequada
do estado. A nossa principal
preocupação é a sistemática
e persistente perda de população. Estamos a chegar a um
limiar quase irreversível para
se poder garantir a regeneração
populacional. Precisamos urgentemente que se criem postos de trabalho para mantermos
um nível mínimo de população
jovem.
Reorganização administrativa
do Estado em torno das comunidades intermunicipais.
Entendemos que é tempo de
por fim aos distritos e de se
reorganizar toda a estrutura da
administração pública em torno das CIM, nomeadamente os
círculos eleitorais.
Alteração da Lei Eleitoral - Criação do Círculo Eleitoral do Alto
Tâmega;
Saúde. A sub-região do Alto Tâ-
mega tem assistido a uma permanente desqualificação dos
serviços:
Hospital de Chaves. Com a integração do Hospital de Chaves
no Centro Hospitalar de Vila
Real temos assistido a uma permanente desqualificação dos
serviços prestados. O número
de médicos foi reduzido em
50% e perderam-se especialidades e serviços. Quando há
falta de médicos em Vila Real
são mobilizados os médicos de
Chaves, o inverso nunca acontece. (Exemplo: Chaves tem três
médicos anestesistas e Vila Real
possui doze. Um dos médicos
de Chaves está atualmente
Metamorfoses de Ovídio - 7
Nesta história fala-se de ódio, de vingança, mas fala-se
também de fidelidade e de recompensa.
O enquadramento é próprio de um mundo de trevas,
de um subconsciente perturbado onde não há fissuras que
deixem entrar luz que outra cor à vingança.
Tisífone
Logo a implacável Tisífone
agarra uma tocha embebida
em sangue, põe sobre si um
manto rubro de sangue, que
escorre, cinge-se com uma
serpente, que se enrosca, e
sai de casa. Acompanham-na
Luto, Pavor, Terror e, de aspecto
inquietante, a Loucura. Detevese à entrada. Consta que as
ombreiras das portas do filho
de Éolo tremeram, a palidez
atingiu as aceráceas portas e
o sol se afastou desse lugar. A
esposa apavorou-se com os
prodígios. Aterrorizado ficou
também Átamas. Preparavamse para de casa fugirem. A
funesta Erínia atravessou-se
à frente, barrou a passagem
e, estendendo os braços
entrelaçados com os nós das
víboras, sacudiu a cabeleira.
Perturbadas,
as
serpentes
sibilam. Ficam umas sobre os
ombros, pendem outras sobre
o peito. Soltam silvos, vomitam
peçonha, fazem dardejar as
línguas.
Depois,
dos
cabelos
arranca duas, atira-as com sua
pestífera mão. Erram elas pelo
regaço
de Ino e Átamas, exalam
pestíferos odores, mas nos
corpos não provocam ferida
nenhuma.
É a mente que sofre os
duros golpes. Consigo trouxera
também a monstruosidade de
um veneno líquido: baba da
boca de Cérbero, peçonha de
Equidna, estranhos desvarios,
olvidos que cegam a mente,
crime, lágrimas, raiva e a ânsia
de carnificina. Tudo moído a
um tempo, que, misturado a
sangue fresco, havia cozido
em fundo caldeirão de bronze
e polvilhado de sicuta verde.
E, à medida que eles entram
em pânico, verte-lhes no peito
o atroz veneno e move-lhes as
entranhas mais fundas. Fazendo
voltear então várias vezes o
facho no mesmo sentido, o
fogo segue o fogo velozmente
agitado. Assim vitoriosa, tendo
cumprido até ao limite a ordem
superior, retorna ao reino de
Dite e depõe a serpente com
que se havia cingido.
Tomado logo pelo furor
em seu palácio, o filho de Éolo
grita: “Eia, companheiros meus,
armai as redes nesta floresta!
Acabo de aí ver uma leoa com
duas crias.”
E enquanto, enlouquecido,
segue no encalço da esposa,
que toma por fera, do colo da
mãe
arranca Learco, que ri e lhe
estende os pequenos braços.
Fá-lo rodar, o cruel, duas ou
três vezes no ar, a modo de
funda, e esmaga contra rocha
dura a cabeça do filho. Então
a mãe, excitada, por fim, seja
pela dor, ou porque o veneno se
havia espalhado, solta furiosos
gritos e, de cabelos no ar, corre
enlouquecida. E, levando-te nos
braços desnudos, a ti, pequeno
Melicertes, grita: “Evoé, Baco!”
Ao nome de Baco, Juno sorri
e comenta: “Que aquele que
criaste te retribua os favores!”
Ergue-se do mar um
rochedo. A base é escavada
pelas ondas e protege das
chuvas as águas que abriga.
Inteiriça, eleva-se a parte de
cima e avança mar dentro
a sua frente. Ino instala-se
aí. Dera-lhe o delírio forças.
E, sem ser retida por temor
nenhum, lança-se nas ondas
com a sua carga. Ao ser batida,
a onda cobre-se de espuma.
Entretanto, compadecida das
não merecidas canseiras da
neta, Vénus dirige a seu tio
lisonjeiras palavras: “Neptuno,
Senhor das águas, a quem coube
um poder próximo do celeste,
é, na verdade, grande o que te
peço, mas tu compadece-te dos
meus, a quem vês açoitados no
imenso Jónio e associa-os às
tuas deidades.
Também eu tenho no
mar alguma influência, se
na verdade fui um dia no
abismo criada da espuma e
dela me vem o nome grego
que ostento.” Neptuno acedeu
ao pedido e, retirando-lhes o
que era mortal, concede-lhes
majestade augusta e alteralhes nome e aspecto. Com a
mãe Leucótea, considerou a
Palémon um deus.
As companheiras sidónias,
quanto possível lhes foi,
seguiram-lhe as marcas dos
passos e viram as últimas junto
ao rochedo. Convencidas da
certeza da morte, choram
a família de Cádmo e, com
as próprias mãos, rasgam as
vestes e arrancam os cabelos,
e consideram a deusa odiosa,
pouco justa e muito cruel com
sua rival. Juno não suporta os
ultrajes e afirma: “De vós farei
o monumento supremo da
minha crueldade”.
Os factos seguem as
palavras. Pois, a que mais fiel
fora, proclama:
“No mar seguirei a minha
rainha”.
E, preparando-se para
saltar, não pôde mover-se
para parte nenhuma e ficou
cosida ao rochedo. Enquanto
outra tenta ferir o peito com os
golpes habituais, sente que os
braços que tentam lhe ficam
hirtos. Quando outra estendia
as mãos para as ondas do
mar, transformada em pedra,
fica de mãos estendidas para
as mesmas ondas. Vêem-se
de outra os dedos de súbito
mudados em pedra junto aos
cabelos, quando, agarrada a
eles, da cabeça os arrancava.
Fica cada uma presa ao gesto
em que foi surpreendida.
Outras são mudadas em aves,
Isménides que ainda hoje,
com a ponta da asa, roçam
levemente as águas desse
mesmo mar.
Domingos Lucas Dias,
Doutor
em
Línguas
Clássicas
Barroso
Noticias de
30 de Abril de 2014
13
Dos Estados Unidos (USA)
Portugal está no coração dos
Domingos Dias
Os
emigrantes
deixam
o nosso querido país com a
intenção de regressar um dia. Eles
e elas emigram, não pelo motivo
de não gostar da sua terra natal,
mas sim por necessidade e com
ficar no país que os acolheu e
lhes proporcionou uma vida mais
confortável.
Uma coisa é certa, os
emigrantes têm sempre Portugal
no coração e nunca o esquecem.
Quando podem, lá vão de
férias para visitar os familiares,
amigos, e matar saudades. Muitos
aproveitam para melhorar as casas
que lá deixaram, mandar construir
ou comprar uma casa nova.
Os
emigrantes
gostam
de manter as suas tradições e
de conviver com a sua gente.
Celebram
festas
religiosas,
de folclore, de desporto e de
patriotismo.
Recentemente,
em
quases todas as Comunidades
grande número de associações
luso-americanas e nas quais
participaram milhares de pessoas.
Este ano, tivemos a honra de
ter a Seleção Nacional de Futebo
a fazer parte das celebrações do
Dia de Portugal. A 6 de Junho,
jogou contra o México, em
Foxboro, Boston, Massachusetts,
tendo Portugal vencido por 1-0.
Em 10 de Junho, Portugal jogou
contra a Irlanda, no Meadowlands
– Giants Stadium, New Jersey,
com um resultado favorável
à nossa Seleção por 5-1. Foi
bonito ver tantos portugueses e
luso-americanos juntos, muitos
vestidos com as camisolas da
nossa Seleção, gritando: Força
Portugal.
portuguesa muito numerosa
da qual faz parte o Portuguese
American Club, a equipa de
futebol Mineola Portuguese Soccer
Club, restaurantes portugueses e
outros negócios.
O vice president da Câmara
Municipal é o português Paulo
Ferreira, natural de Vieiros,
Estarreja, sendo também professor
de história no liceu local. Ainda
há pouco tempo , foi president
desta Câmara durante oito anos o
luso-americano Jack Martins, que
em 2010 passou a ser senador da
assembleia do Estado de Nova
Iorque.
No dia 8 de Junho, realizouse em Mineola, pela primeira vez
em mais de 20 anos, uma parada
alusiva ao dia de Portugal, que
teve cerca de 2.000 participantes.
Domingos Dias
12 de Junho de 2014
Do BRASIL
ambição de melhorar suas vidas.
Durante o percurso árduo de
adaptação gradual: aprendizagem
de nova lingua, nova profissão,
compra de residência, estudar
os filhos, etc., o pensamento e
os sentimentos vão mudando.
Como é do conhecimento de
todos nós, a maioria acaba por
Portuguesas dos Estados Unidos,
o Dia de Portugal foi celebrado de
forma especial. Uma das maiores
celebrações ocorreu em Newark,
New Jersey. Aqui teve lugar, no dia
8 de Junho, uma grandiosa parada
com carros alegóricos e grupos
a marchar representando um
PORTUGAL é nome de rua
em Mineola, New York
Recentemente, a Jericho
Turnpike passou a chamar-se
Portugal Boulevard. Nesta vila de
Mineola existe uma comunidade
Nova Casa de Portugal em
Paraíba (PB)
O assinante e grande barrosão
de Covelães, Armando Ramos
Alves, dá-nos conta que vai surgir,
em breve em Paraíba, estado de
Pernanbuco, uma Associação
Euro-lusofona.
O objectivo é juntar os luso
descendentes desta parte do
nordeste brasileiro para assim
melhor exercerem actividades
sociais e culturais dependentes das
tradições das terras de Portugal.
O pretexto poderá ter sido
o Mundial 2014 que decorre no
grande Brasil, do qual os jogos
de Portugal constituem uma
oportunidade de união entre todos
e um estímulo muito forte sob a
bandeira de Portugal. Será uma
espécie de «Casa de Portugal» do
nordeste brasileiro a proclamar
bem alto a cultura e as tradições
da nossa querida pátria.
Do Reino Unido
Festa do Sócio FCPorto of
London
No próximo dia 21 de junho,
terá lugar uma Festa organizada
pelos sócios, amigos, atletas,
familiares e simpatizantes do
FCPorto of London que contará
com a presença do famoso artista
LUIS MANUEL e outros artistas e
conjuntos que darão lugar a um
animado baile sob a direcção do
DJ Kabecas.
Pelo meio, entrega de troféus
às equipas, sardinha assada e
churrasco variado.
O evento terá lugar no York
Gardens Community Centre 34
Lavender Road (Opposite Candle
Factory) Battersea
No dia seguinte, 22, será
a vez de celebrar a Festa de São
João no Moinho Restaurant
com espectáculo, muita música
e ementa especial. O artista
convidado será Luís Manuel
Finalmente, no dia 28,
sábado, é a Festa de Watford, no
Laurance Haines Primary School,
que começa de manhã com
Missa Campal e que, da parte da
tarde, conta com a actuação de
vários grupos e artistas dos quais
se destaca Fernando Correia
Marques. A animação do baile
também aqui estará a cargo do DJ
KABECAS.
Instituto Politécnico de Viana do Castelo
Nas 10 melhores instituições de ensino superior do país
O Instituto Politécnico de
Viana do Castelo [IPVC] ficou
posicionado entre as dez melhores instituições de ensino
superior [IES] a nível nacional,
a par de outras universidades e
politécnicos, num ranking promovido pela Comissão Europeia.
Trata-se de uma nova ferramenta de avaliação das instituições do ensino superior
mundiais, o “Multirank, que
arrancou em 2011, envolve 850
instituições, e que está agora a
divulgar os primeiros resultados.
A ferramenta pretende incorporar elementos relativos ao
desempenho das IES, como por
exemplo o seu impacto nas regiões em que se inserem, dados
que não figuram habitualmente
em tabelas de outros rankings
standard.
As classificações, estabelecidas de “A” a “E”, “Muito
Bom” a “Mau”, posicionaram
as 10 melhores instituições a
nível nacional e internacional,
abrangendo critérios de avaliação como “a capacidade de
captar investimentos de diferentes fontes de financiamento” e a
“da integração dos seus diplomados no mercado de trabalho
das regiões onde se inserem”. O
ranking foi elaborado com base
em 5 categorias internacional-
mente aceites, como “Ensino e
Aprendizagem”, “Investigação”,
“Transferência de Conhecimento”, “Orientação Internacional”
e “Envolvimento Regional”, divididas em 30 subcategorias.
O IPVC obteve a classificação de cinco “A” – Muito Bom
em parâmetros como a produção relacionada com a Arte (categoria Investigação), na mobilidade dos seus alunos e no staff
académico internacional (categoria Orientação Internacional),
nos “Licenciados a trabalhar na
região” e nos “Mestres a trabalhar na região” (categoria Envolvimento Regional).
O Politécnico de Viana ob-
teve ainda a classificação “B”
– Bom nas subcategorias de
“conclusão de licenciaturas no
prazo” e “conclusão de mestrados no prazo” (categoria Ensino
& Aprendizagem), e ainda no
que concerne as “produções
interdisciplinares” (categoria Investigação).
A classificação de “C” – Suficiente, foi atribuída ao IPVC
nas subcategorias “rácio de conclusão de licenciaturas” (categoria Ensino & Aprendizagem),
“rácio de citações”, “receitas
externas para Investigação” e
“publicações com muitas citações” (categoria Investigação),
“publicações conjuntas interna-
cionais” (categoria Orientação
Internacional) e “rendimento
obtido de fontes locais” (categoria Envolvimento Regional).
Para Rui Teixeira, presidente do IPVC, este é o resultado
de “todos os nossos alunos, de
todos os nossos funcionários,
de todos os nossos docentes,
de todos os nossos parceiros,
institucionais,
empresariais”.
“Fazemos todos parte da mesma realidade e todos somos
responsáveis pelos resultados
que obtemos. Estes resultados
trazem uma grande e honrosa
responsabilidade e um enorme
desafio”, considerou ainda a
propósito destes resultados.
14
Barroso
Noticias de
30 de Abril de 2014
Informações úteis
SOS - Número nacional 112
Protecção à Floresta117
Protecção Civil118
Câmara Municipal de Boticas
276 410200
Câmara Municipal de Montalegre
276 510200
Junta de Freguesia de Boticas
Junta de Freguesia de Montalegre
276 512831
Junta de Freguesia de Salto
253 750082
Bombeiros Voluntários de Boticas
276 415291
Bombeiros Voluntários de Montalegre
276 512301
Bombeiros Voluntários de Salto
253 659444
GNR de Boticas
276 510540
GNR de Montalegre
276 510300
GNR de Venda Nova
253 659490
Centro de Saúde de Boticas
276 410140
Centro de Saúde de Montalegre
276 510160
Extensão de Saúde de Cabril
253 652152
Extensão de Saúde de Covelães
276 536164
Extensão de saúde de Ferral
253 659419
Extensão de Saúde de Salto
253 659283
Extensão de Saúde de Solveira
276 536183
Extensão de Saúde de Tourém
276 579163
Extensão de Saúde de Venda Nova
253 659243
Extensão de saúde de Viade de Baixo
276 556130
Extensão de saúde de Vilar de Perdizes
276 536169
Hospital Distrital de Chaves
Agrupamento de Escolas G. M. de Boticas
Agrupamento de Escolas de Montalegre
Agrupamento de Escolas do Baixo Barroso
Escola Profissional de Chaves
Centro de Formação Profissional de Chaves
Tribunal Judicial de Boticas
Tribunal Judicial de Montalegre
Instituto de Emprego de Chaves
Região de Turismo do Alto Tâmega e Barroso
ADRAT (Chaves)
ACISAT (Chaves) Direcção Regional de Agricultura (Chaves)
EDP - Electricidade de Portugal
Cruz Vermelha Portuguesa Boticas
Cruz Vermelha Portuguesa Montalegre
APAV - Apoio à Vítima
SOS - Criança
SOS - Grávidas
SOS - Deixe de Fumar SOS - Voz Amiga
Linha SIDA
Intoxicações
NOTÍCIAS DE BARROSO NOTÍCIAS DE BARROSO
276 300900
276 415245
276 510240
253 659000
276 340420
276 340290
276 510520
276 090000
276 340330
276 340660
276 340 920
276 332579
276 334359
276 333225
276 410200
276 518050
707 200077
800 202651
800 201139
808 208888
800 202669
800 266666
808 250143
91 4521740
276 512285
30 de Abril de 2014
DESPORTO
MOTOR
MONTALEGRE+ Almoço
de homenagem às equipas 1,
2e3
Autarquia oferece almoço
de homenagem às equipas
campeãs do concelho
do trabalho que temos feito
durante estas épocas. Este
grupo de trabalho merece.
Os jogadores têm feito um
excelente trabalho. No ano
passado estivemos muito perto
de alcançar o objetivo. Este
ano perdemos o Campeonato
mas não troco o Montalegre
por projetos incertos. Tem
que ser um projeto que valha
a pena. Não vou sair para
um projeto mais pequeno.
Eu quero continuar mais um
ano no Montalegre, a não ser
que os sócios não queiram.
Já estou a preparar a próxima
época. Já falei com alguns
jogadores e o meu objetivo é
subir de divisão. O primeiro
jogo da Taça de Portugal será
no primeiro fim de semana de
setembro. Nós vamos começar
a treinar no inicio da agosto.
Estou confiante e espero que
este troféu nos dê o ânimo e
a coragem para enfrentar esta
época para cumprimos o nosso
objetivo que é a subida de
divisão».
A vitória do Centro
Desportivo e Cultural de
Montalegre, na final da Taça
A.F. Vila Real, e o triunfo inédito
da Associação “A Colmeia”, no
campeonato distrital de futsal
(Infantis), foram os motivos que
para o Vila Real mas ganhamos
a Taça. Não é fácil chegarmos
todos os anos a fases decisivas
e para isso é preciso trabalhar
durante oito ou nove meses
levaram a Câmara Municipal
de Montalegre a promover
um almoço de homenagem a
estas duas coletividades. Uma
confraternização que ocorreu
numa unidade hoteleira da vila
barrosã, perante a satisfação
geral dos grupos de trabalho.
Para Orlando Alves «faz todo o
sentido que o município preste
esta singela homenagem, como
tributo da excelente época que
conseguiram desenvolver e que
culminou nestas vitórias». Na
mesma linha, o presidente da
Câmara Municipal sublinhou:
«o que tem significado não é o
almoço mas sim a oportunidade
de estarmos aqui a conviver
com dois clubes de níveis
etários tão diferenciados».
José Manuel Viage Treinador CDC Montalegre
«É um reconhecimento
Barroso
Noticias de
António Manuel Mesquita Treinador “A Colmeia”
«Foi
uma
época
desgastante, de muito trabalho
mas foi excelente. Para estes
jovens serem reconhecidos é
muito bom. Já temos inscrições
para as duas equipas, Iniciados e
Infantis, e vamos apenas aceitar
20 inscrições por escalão.
Estamos ansiosos para começar
a próxima época, em setembro.
Temos muitos talentos e está
tudo encaminhado para que
seja uma excelente época».
Paulo Viage - Presidente
CDC Montalegre
«Agradecemos e ficamos
muito satisfeitos pelo facto
do município de Montalegre
nos ter feito esta homenagem,
proporcionando-nos
este
almoço. Desde já os meus
parabéns à associação “A
Colmeia” pelo título que
arduamente e é o que estes
jogadores têm feito ao longo
destes últimos anos. É um
prémio justo e esta homenagem
do município é merecida. Estou
focado no Montalegre, quero
estabilizá-lo nos Nacionais.
Fui jogador e capitão deste
clube. Quero colocar este
clube nos Nacionais e quero
concretizar esse sonho o mais
rápido possível. Sabemos que
atravessamos uma crise, que
não há muito dinheiro, mas
vamos tentar que o clube
cresça em todos os sentidos.
Tenho convites de outros clubes
conseguiram.
É
fantástico
ver estes miúdos tão novos
ganharem já um título. Esta é
uma homenagem que muito
nos honra e demonstra que o
município apoia o desporto e as
instituições do concelho. Falar
do futuro é sempre complicado.
A disponibilidade de todos é
cada vez menor. Eu sei o quanto
é difícil lidar com associações
e clubes diariamente. Perde-se
muito tempo, é desgastante e as
pessoas acabam por se cansar.
Gostava que aparecessem
novos colaboradores para
ajudarem todas as associações
e clubes do concelho, para
podermos dar um futuro a
estes jovens desportistas. Tudo
irei fazer para que o futuro do
Montalegre esteja assegurado.
Durante a próxima semana
marcamos a Assembleia Geral.
Como é sabido, o Montalegre
também vai participar na Taça
de Portugal na próxima época
e tem que se organizar o mais
rápido possível.
Fonte:
cm-montalegre
fotos: Ricardo Moura
MOTOR + Encontro Nac
Lancia Delta Integrale 1, 2 e 3
IV
Encontro
Nacional
Lancia Delta HF Integrale
passou por Montalegre
O concelho de Montalegre
acolheu o IV Encontro Nacional
Lancia Delta HF Integrale sendo
ao mesmo tempo o primeiro
encontro ibérico. Mais de 30
participantes percorreram um
percurso realizado na zona
Norte. Uma das paragens foi
Montalegre para contento da
comitiva.
15
O evento teve início com o
agrupamento dos participantes
e simpatizantes em Braga
(Avenida da Liberdade) dando
início ao habitual alegre
e saudável convívio entre
participantes. De Braga toda a
comitiva seguiu em direção ao
Gerês com paragem obrigatória
na barragem da Paradela,
sem antes sido efetuada uma
pausa para descanso/café e
reagrupamento. O almoço,
gastronomicamente típico das
terras barrosãs, ocorreu em
pleno Gerês.
Depois do almoço a
caravana seguiu em direção
a Montalegre com paragem
no Circuito de Montalegre,
gentilmente
cedido
pela
Câmara de Montalegre para
o efeito. Aí os participantes
puderam usufruir do prazer
de condução proporcionado
pelos seus Lancia Integrale
em segurança. O descanso
teve lugar ao final do dia no
Hotel de Montalegre, assim
como o jantar onde não faltou
animação musical.
Depois
do
pequeno
almoço de domingo, a comitiva
estacionou os seus Integrale
nos Paços do Concelho para a
habitual foto de grupo a que se
seguiu um agradável passeio
pedonal em visita ao Castelo
de Montalegre e Ecomuseu de
Barroso.
O evento terminou, mais
tarde, com almoço e meeting
em Pitões das Júnias.
O Clube Lancia Delta HF
Integrale Portugal registou
um acréscimo significativo
no
número
previsto
de
participantes vindos da visita
Espanha (seis inscritos) num
total de 31 Delta Integrale
As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para
Alerta-se
para
a
possibilidade
de
ocorrência
de
situações em que a oferta de emprego publicada já foi
preenchida
devido
ao
tempo
que
medeia
a
sua
disponibilização e a sua publicação.
Nome do Centro de Emprego
Nome da Profissão
50/54
5400 303 Chaves
Telefone: 276340330
E-mail: [email protected]
Nome da Freguesia/Concelho a que
respeita o Posto Trabalho a ser
preenchido
588409507
CONTRATO A TERMO POR 6 MESES (A TEMPO
COMPLETO)
MOTORISTA DE VEÍCULOS PESADOS DE
MERCADORIAS
588428051
CONTRATO A TERMO POR 6 MESES (A TEMPO
COMPLETO)
VILA VERDE DA RAIA/CHAVES
COZINHEIRO
588421772
CONTRATO A TERMO POR 6 MESES (A TEMPO
COMPLETO)
SANTA MARIA MAIOR / CHAVES
VENDEDOR EM LOJA(ESTABELECIMENTO)
588421788
CONTRATO A TERMO POR 6 MESES (A TEMPO
COMPLETO)
SANTA MARIA MAIOR / CHAVES
VIDAGO /CHAVES
CABELEIREIRO
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO
PROFISSIONAL DE ALTO TRÁS-OSMONTES SERVIÇO DE EMPREGO DE
Rua Bispo Idácio nº
CHAVES
Indicação do Regime de Trabalho ( a tempo parcial ou
completo) e Informações Complementares
Nº Oferta
MOTORISTA DE VEÍCULOS PESADOS DE
MERCADORIAS
VALPAÇOS / SANFINS
588421532
CONTRATO A TERMO POR 6 MESES (A TEMPO
COMPLETO)
ESPECIALISTA EM VENDAS DE TECNOLOGIAS
DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
588421567
CONTRATO A TERMO POR 6 MESES (A TEMPO
COMPLETO)
SANTA MARIA MAIOR / CHAVES
OPERADOR DE CAIXA
588424394
CONTRATO A TERMO POR 6 MESES (A TEMPO
COMPLETO)
SANTA MARIA MAIOR / CHAVES
588411118
CONTRATO A TERMO POR 6 MESES (A TEMPO
COMPLETO)
MADALENA/CHAVES
PINTOR À PISTOLA DE SUPERFÍCIES
OPERADOR CONTROLO DE EXPLORAÇÃO DE
TELECOMUNICAÇÕES
ORGANIZADO(A) E COM ESPÍRITO DE EQUIPA. FLUENTE
EM FRANCÊS ESCRITO E ORAL (FATOR ELIMINATÓRIO).
AMPLITUDE HORÁRIA: DE SEGUNDA A SÁBADO , DAS
7H00 ÀS 22H00
588143172
PORTO (TRINDADE)
Barroso
1
Noticias de
Sede: Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tel: +351 276 512 285 e 91 452 1740 email: [email protected] http://omontalegrense.blogspot.com
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Registo no ICS: 108495
Impressão: Empresa Diário do Minho, Lda Rua de Santa Margarida, 4 A, 4710-306 Braga email: [email protected] http://www.diariodominho.pt
Colaboradores: António Chaves, António Pereira Alves, Barroso da Fonte, Carlos Branco, Custódio Montes, Dias Vieira, Domingos Cabeças (Inglaterra), Domingos Dias (USA), Duarte Gonçalves, Fernando Moura,
Fernando Rosa (USA), Francisco Laranjeira, João Soares Tavares, José dos Reis Moura, José Manuel Vaz, José João Moura, Hélder Alvar, Lita Moniz (Brasil), João Adegas, José Duarte (França), José Rodrigues (USA), Lobo
Sentado, Manuel Machado, Maria José Afonso, Norberto Moura, Nuno Carvalho, Ricardo Moura, Sérgio Mota e Victor Pereira
Assinaturas: Nacionais: 20,00 € Estrangeiros: 35,00 €
Tiragem: 2.000 exemplares por edição
(Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores não vinculando necessariamente a orientação do jornal ou da sua direcção)
Mundial de Rallycross 2014 – 2, 3 e 4 de Maio
MEL DO LAROUCO
O mel do Larouco é produzido nas encostas da serra com o mesmo
nome e resulta das florações
da urze, sargaço, sangorinho,
carvalho e outras espécies vegetais da região de Barroso
Apicultor nº 110796
J. A. Carvalho de Moura
Rua Miguel Torga, nº 492
5470-211MONTALEGRE
Tels: +351 91 452 1740 e 276
412 285
Fax: +351 276 512 281
Mail:
carvalhodemoura@
sapo.pt

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