Terceiro Relatório para a Coesão Económica e Social
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Terceiro Relatório para a Coesão Económica e Social
Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 0 0 Uma nova parceria para a coesão convergência competitividade cooperação Terceiro relatório sobre a coesão económica e social 100 100 95 95 75 75 Comissão Europeia 25 25 5 5 0 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:37 1 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 0 0 Europe Direct é um serviço que o/a ajuda a encontrar respostas às suas perguntas sobre a União Europeia Um novo número verde único: 00 800 6 7 8 9 10 11 Encontram-se disponíveis numerosas outras informações sobre a União Europeia na rede Internet, via servidor Europa (http://europa.eu.int) Uma ficha bibliográfica figura no fim desta publicação Luxemburgo: Serviço das Publicações Oficiais das Comunidades Europeias, 2004 ISBN 92-894-4915-2 100 100 © Comunidades Europeias, 2004 95 Reprodução autorizada mediante indicação da fonte 95 75 75 Printed in Belgium 25 IMPRESSO EM PAPEL BRANQUEADO SEM CLORO 25 5 5 0 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:37 2 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen 100 100 95 95 Prefácio 75 75 25 25 5 5 0 0 O objectivo deste relatório, que é fruto do trabalho realizado durante os últimos três anos, consiste em definir a visão da Comissão Europeia para o futuro da política da Europa, tendo em vista reduzir as disparidades existentes e promover uma maior coesão económica, social e territorial. A sua elaboração não foi um exercício meramente técnico, tendo implicado, pelo contrário, extensas consultas a nível europeu, nacional, regional e local num esforço para assegurar que esta nova visão satisfaz necessidades e as legítimas expectativas dos cidadãos da Europa. No âmbito destas consultas, foram-me frequentemente feitas muitas perguntas perscrutadoras sobre o impacto – o «valor acrescentado» – das intervenções da União Europeia neste domínio. Por exemplo, conseguiu a política de coesão reduzir as disparidades económicas, sociais e territoriais ao nível das condições de vida e das oportunidades? O relatório responde pormenorizadamente a estas importantes questões, confirmando que o valor acrescentado da Europa foi significativo a vários níveis, no que respeita à rápida redução das disparidades de rendimentos entre ricos e pobres, à criação de muitas novas oportunidades frequentemente em actividades inovadoras, e à criação das redes que ligam regiões, empresas e populações em todo o continente. O relatório confirma igualmente o contributo considerável para o modo como, na Europa, resolvemos os nossos problemas económicos. A política europeia de coesão social funcionou como catalisador de novas formas de parceria que envolvem as autoridades regionais e locais, os governos nacionais e a União, no âmbito de uma colaboração dentro das fronteiras nacionais e para além delas, bem como da programação e da execução de estratégias de desenvolvimento comuns. Todas estas actividades fundamentais estão longe de terminar com o fim da actual geração de programas em 2006. O futuro reserva muitos desafios devido ao aumento significativo das disparidades sociais e económicas da União resultantes do alargamento. Mas reserva também uma provável aceleração do ritmo das transformações económicas resultantes do reforço da concorrência causado pela globalização, pelo efeito da revolução proporcionada pelas novas tecnologias e pelo desenvolvimento da economia baseada no conhecimento. A estas alterações económicas globais acrescem o envelhecimento da população e os efeitos da migração de países não pertencentes à União para os seus centros urbanos. Além do mais, os Chefes de Estado e de Governo da União, reunidos em Lisboa em Março de 2000, estabeleceram o ambicioso objectivo de tornar a Europa no 100 95 75 100 95 75 25 25 5 5 0 iii TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:39 0 3 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Prefácio 100 95 75 25 5 0 100 espaço económico mais dinâmico e competitivo do mundo baseado no conhecimento. A fim de responder a estes desafios económicos e políticos, a Comissão propõe uma nova política de coesão para o período compreendido entre 2007 e 2013, que permite a todos os Estados-membros e a todas as regiões colaborarem como parceiros para um crescimento sustentável e uma maior competitividade. No futuro, as iniciativas devem concentrar-se, tal como hoje, na ajuda à melhoria das partes mais pobres da União, especialmente nos novos Estados-membros. Todavia, a Comissão propõe igualmente que sejam abordados os graves problemas que afectam outras partes da União, por exemplo, as dificuldades decorrentes de transformações económicas, da deterioração das zonas urbanas ou de condicionantes naturais permanentes. 95 75 25 5 0 A nova geração de políticas de coesão deve ser executada através de um sistema de gestão mais simples e mais descentralizado. O êxito da Europa só pode ser garantido com a participação de todos e com a mobilização das capacidades e dos recursos de todas as suas regiões e cidadãos. É este o objectivo da proposta da Nova Parceria para a Coesão. Michel Barnier 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 iv 0 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:39 4 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen 100 95 100 Índice 95 75 75 25 25 5 5 0 0 Prefácio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . iii Sintese . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . vii Conclusões: uma proposta para uma política de coesão reformulada . . . . . . . . . . . . . . . . xxv Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento – Situação e tendências Coesão económica e social . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 Coesão territorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 Factores que determinam o crescimento, o emprego e a competitividade . . . . . . . . . . 36 Anexo Estatístico da Parte 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65 Parte 2 — Impacto das políticas dos Estados-membros na coesão Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84 Implicações da despesa pública nas políticas nacionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84 Repercussão regional das despesas do Estado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87 Política fiscal e PIB regional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91 Política de desenvolvimento regional nos Estados-membros . . . . . . . . . . . . . . . . . 96 Anexo Estatístico da Parte 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101 Parte 3 — Impacto das políticas comunitárias: competitividade, emprego e coesão Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 114 O contributo das políticas comunitárias para a coesão à luz da estratégia de Lisboa e de Gotemburgo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 114 A reforma das políticas comuns: a PAC e a política das pescas . . . . . . . . . . . . . . 125 Complementaridade entre auxílio estatal e política de coesão . . . . . . . . . . . . . . . 128 Justiça e os assuntos internos: melhoria das condições de desenvolvimento. . . . . . . . 131 Percepção das políticas comunitárias a nível regional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132 Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 138 Intervenções estruturais em regiões Objectivo 1: crescimento, convergência e integração. 140 Intervenção nas regiões Objectivo 2: reestruturação e criação de empregos . . . . . . . . 150 Apoio à agricultura, desenvolvimento rural e pescas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152 Promoção do emprego, educação e formação através do FSE . . . . . . . . . . . . . . . 154 Iniciativas Comunitárias: promover a cooperação e a constituição de redes . . . . . . . . 156 Melhorar a eficácia dos métodos de gestão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 162 O alargamento e a política de coesão: os desafios para o futuro . . . . . . . . . . . . . . 170 Debate sobre o futuro da política de coesão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 176 Anexo Estatístico da Parte 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 179 100 95 100 95 Principais indicadores regionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 187 75 75 Lista de gráficos, mapas e quadros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 205 25 25 5 5 0 v TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:39 0 5 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Índice 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 0 0 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 vi TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:39 6 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen 100 95 100 95 Sintese 75 75 25 25 5 5 0 0 Introdução: o contexto político e os objectivos da coesão O crescimento económico da UE tem conhecido um abrandamento considerável ao longo dos três últimos anos, desde a publicação do último Relatório sobre a Coesão. Consequentemente, o desemprego voltou a aumentar em várias zonas da União, o que teve diversas implicações sociais. O lento desempenho a longo prazo da economia da UE vem todavia demonstrar que há outros problemas fundamentais que terão de ser ultrapassados para a prossecução de um desenvolvimento sustentável satisfatório nos próximos anos. Estes problemas reflectem-se no baixo aumento da produtividade na UE ao longo dos últimos anos, sobretudo quando se estabelece uma comparação com os EUA. Ao contrário do que se passa na União, o crescimento nos EUA aumentou à medida que a inovação se desenvolveu e que a utilização das Tecnologias da Informação e das Comunicações (TIC) se generalizou. Ao mesmo tempo, até à recessão de 2001, o crescimento do emprego foi, de um modo geral, mais elevado do que o da UE, havendo empregos para um grande número de pessoas em idade activa. Como consequência, o rendimento per capita nos EUA manteve-se cerca de 30% acima do nível da UE. não ignorar as amplas disparidades em termos de rendimento, produtividade e emprego que continuam a existir entre os diferentes países e regiões. Estas disparidades resultam de deficiências estruturais em factores chave da competitividade: a dotação inadequada de capital físico e humano (de infra-estruturas e de qualificações dos trabalhadores), a falta de capacidade de inovação e de um sistema eficaz de apoio às empresas, e um baixo nível de capital ambiental (más condições ambientais a nível natural ou urbano). Os países e as regiões precisam de apoio para ultrapassarem estas deficiências estruturais e para desenvolverem as suas vantagens comparativas, a fim de se tornarem competitivos quer no mercado interno, quer no externo1. Também é fundamental que as pessoas tenham acesso ao ensino e à formação para que possam desenvolver as suas competências onde quer que vivam. A política de coesão da UE foi reforçada há cerca de 15 anos atrás, ao mesmo tempo que se iniciava o projecto do mercado único, criado precisamente para ir ao encontro destas necessidades. Perante o aumento das disparidades que o alargamento acarreta, esse apoio reveste-se agora de uma importância acrescida. O contributo da Política de Coesão 100 95 Para que se alcance um crescimento sustentável na UE assim que se der a retoma, é necessário aumentar o investimento em capital físico e humano, promover a inovação e generalizar o uso das TIC, de forma a reforçar a competitividade e o emprego. Contudo, tal não pode acontecer apenas nas regiões centrais, onde a produtividade e o emprego já são mais elevados e onde há uma maior capacidade de inovação, devendo processar-se em todo o espaço da União Europeia. 75 Ainda que possa ser elucidativo observar o desempenho da economia europeia como um todo, convém 25 para o crescimento da UE Para que a UE realize o seu potencial económico, todas as regiões, onde quer que se encontrem localizadas — nos actuais Estados-membros ou nos países da adesão — terão de participar neste esforço e todas as pessoas deverão ter a possibilidade de prestar o seu contributo. Assim, o custo da não implementação de uma política de coesão forte para diminuir as disparidades não é avaliado apenas em termos de um decréscimo do bem-estar pessoal e social, mas também em termos económicos, numa diminuição do potencial de 5 0 100 95 75 25 5 vii TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:39 0 7 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Sintese 100 95 75 25 100 rendimento real e dos padrões de vida mais elevados. Tendo em conta as interdependências inerentes a uma economia integrada, estas perdas não se restringem às regiões menos competitivas e aos indivíduos desempregados ou com empregos não produtivos, mas afectam todas as pessoas da União. 5 0 Fomentar a competitividade regional em toda a UE e ajudar os indivíduos a aproveitar ao máximo as suas capacidades fará aumentar o potencial de crescimento global da União, com proveito para todas as partes. E, garantindo-se um crescimento mais equilibrado da actividade económica em toda a UE, reduzir-se-á o risco de atrasos à medida que o crescimento se tornar efectivo, passando a haver uma menor probabilidade de a tensão inflacionista travar o crescimento. Também será mais fácil manter o modelo europeu de sociedade e lidar com o número crescente de pessoas acima da idade da reforma, mantendo-se assim a coesão social2. Situação actual e tendências Diminuem as disparidades regionais entre os Estados-membros da UE mas mantêm-se grandes desafios As disparidades respeitantes ao rendimento e ao emprego no espaço da União têm diminuído ao longo da última década, sobretudo desde meados de 1990. Entre 1994 e 2001, o crescimento do PIB per capita nos países da coesão, mesmo excluindo a Irlanda, foi de 1% ao ano acima da média europeia, e a percentagem da população em idade laboral efectivamente empregada registou um aumento muito superior à média em todos os países, com excepção da Grécia. 100 Por outro lado, na Grécia, tal como na Irlanda, a produtividade do trabalho cresceu mais do dobro relativamente à média da UE ao longo deste período, crescendo também acima desta média em Portugal. Assim, nestes dois países, a base produtiva parece ter saído reforçada, aumentando-se o potencial para uma convergência contínua em termos de rendimento nos próximos anos. 95 75 Apesar da diminuição das disparidades, continuam a existir grandes diferenças. Na Grécia e em Portugal, o PIB per capita continua a ser de apenas 70% ou menos relativamente à média da União, e na Grécia e em 25 Espanha, há menos cerca de 6–8% de pessoas em idade laboral empregadas, comparativamente à média. As disparidades no rendimento e no emprego irão aumentar grandemente quando os novos Estadosmembros aderirem à UE, já nos próximos meses. A média do PIB per capita nesses 10 países é inferior a metade da média da União actual, e apenas 56% das pessoas em idade activa nesses países estão efectivamente empregadas, contra os 64% na UE15. 95 75 25 5 0 Ainda que, no conjunto destes países, o crescimento tenha sido superior à média da UE em cerca de 1,5% ao ano desde meados de 1990, tem-se registado um abrandamento desde 2001, à medida que os mercados da União, de que estão dependentes, foram abrandando. O crescimento sustentável nos Estados-membros actuais será determinante para que estes países atinjam as taxas de crescimento elevadas indispensáveis ao seu desenvolvimento. Contudo, dadas as interdependências existentes, um crescimento elevado nos novos países poderá ser um reforço para a economia da restante UE alargada. Mas, para atingirem este objectivo, os novos países terão de contar com ajudas significativas nos próximos anos, a fim de solucionarem os seus profundos problemas estruturais e de realizarem o seu potencial de crescimento. Disparidades a nível regional As regiões que enfrentam uma debilidade estrutural que limita a sua competitividade e que as impede de prestar um contributo integral para o crescimento sustentável da economia da UE são, em regra, as mesmas que enfrentam problemas de baixa produtividade, de exclusão social e de níveis de emprego reduzidos. Contudo, a existência de regiões com problemas de competitividade não está limitada aos países da coesão da actual UE e aos novos Estados-membros. Há diversas regiões que, apesar de contarem com uma dotação adequada de infra-estruturas e de capital humano, têm uma capacidade de inovação diminuta e dificuldades em sustentar o desenvolvimento da economia. O aumento da convergência nas regiões mais desfavorecidas da UE Os problemas de desenvolvimento são particularmente acentuados nas regiões mais desfavorecidas 5 100 95 75 25 5 viii TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:40 8 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Sintese 100 95 75 25 5 0 100 que carecem de infra-estruturas, de qualificações profissionais e de capital social para poderem competir equitativamente com outras zonas da União. Estas regiões, que recebem apoios comunitários ao abrigo do Objectivo 1 dos Fundos Estruturais ou que irão recebê-lo num futuro próximo, concentram-se sobretudo nos países da coesão e nos novos Estados-membros. Desde 1994, quando os fundos estruturais foram reforçados, o PIB per capita nas regiões do Objectivo 1 convergiu em direcção à média da UE. Entre 1994 e 2001, o crescimento do PIB per capita no conjunto destas regiões rondou os 3% ao ano em termos reais, contra os cerca de 2% ao ano no resto da União. No entanto, esse grau de convergência variou marcadamente entre as diferentes regiões, reflectindo em grande medida a sua importância relativa nos Estados-membros a que correspondem. Nas regiões pertencentes aos quatro países da coesão que beneficiaram de apoios consideráveis e de políticas orientadas para o desenvolvimento implementadas a nível nacional, o PIB per capita registou um crescimento muito superior ao da restante UE. O número de pessoas empregadas também aumentou substancialmente nos países da coesão desde meados de 1990. Este aumento fez-se sentir sobretudo na Irlanda e foi ainda superior em Espanha, apesar de a taxa de emprego nestes países se ter mantido muito abaixo da média da União. Esta subida foi menos explícita em Portugal e na Grécia. 100 95 75 Fora dos países da coesão, o crescimento nas regiões do Objectivo 1 foi bastante mais discreto, o que em parte se ficou a dever ao lento crescimento nacional. Nos novos Länder alemães, o aumento do PIB per capita foi muito semelhante ao da média da UE entre 1994 e 2001, ao passo que no Mezziogiorno italiano este aumento ficou abaixo desta média. Contudo, em ambos os casos, a produtividade conheceu um aumento superior ao do resto da União, o que poderá significar um acréscimo da competitividade, ainda que o crescimento do emprego tenha sido escasso ou praticamente nulo. Assim, apenas 43% da população activa do sul de Itália estava efectivamente empregada em 2002, um valor muito inferior ao de qualquer outra região da UE, enquanto que o desemprego continua a ser elevado nos novos Länder. O reforço da competitividade e a criação de empregos 95 75 Há diversas áreas no espaço da União cujos problemas estruturais desencorajam o investimento e restringem o desenvolvimento de novas actividades económicas, não obstante a existência de boas infra-estruturas e de mão-de-obra qualificada. São sobretudo antigas regiões industriais ou com determinadas características, nomeadamente geográficas, que limitam o desenvolvimento. 25 5 0 Existem, por exemplo, 11 regiões NUTS 2 na UE15 nas quais o crescimento do PIB per capita entre 1994 e 2001 foi cerca de metade da média ou ainda menor (apenas cerca de 1% por ano) e onde o PIB per capita em termos de PPC foi superior ao limite de 75% imposto para o apoio de Objectivo 1, mas se situou, ainda assim, muito abaixo da média da União. Estas regiões estão espalhadas por todo o território da UE, desde o nordeste de Inglaterra, passando pelas regiões do norte da Alemanha, até às áreas escassamente povoadas do norte da Suécia. O aumento da produtividade, bem como o do PIB per capita foi, em todas elas, reduzido. Acresce ainda que em algumas destas regiões, há áreas onde o PIB per capita está abaixo dos 75% da média da União. Nestes casos, o desafio para a política da coesão é prestar um auxílio adequado à reestruturação económica e ao desenvolvimento da capacidade de inovação, de forma a travar a quebra da competitividade, a diminuição relativa dos níveis de rendimento e do emprego e o despovoamento. O não cumprimento destes objectivos dentro em breve determinará a existência de problemas ainda mais graves no momento em que forem tomadas medidas. Um aumento significativo das disparidades como consequência do alargamento Cerca de 92% dos habitantes dos novos Estados-membros vivem em regiões cujo PIB per capita é inferior aos 75% da média da UE25, e mais de dois terços vivem em regiões onde o valor do PIB é inferior a metade desta média. 100 Caso a Bulgária e a Roménia, onde o PIB per capita está abaixo dos 30% da média da UE25, aderissem à União, a população existente em regiões com um PIB per capita inferior aos 75% da média da UE mais do que duplicaria relativamente aos valores actuais 95 75 25 25 5 5 0 ix TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:40 0 9 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Sintese 100 95 75 25 5 0 100 (passando de cerca de 73 milhões para mais de 153 milhões). A discrepância entre a média do PIB per capita destas regiões e a média da União também aumentaria para o dobro (passando de cerca de 30% para mais de 60% abaixo da média). Paralelamente, a reestruturação económica foi responsável pela diminuição do número de empregados nos novos Estados-membros, levando a que a percentagem da população em idade activa com emprego registasse valores consideravelmente inferiores à média da UE15. Com o alargamento, o PIB per capita da UE terá um aumento inferior a 5% (em euros), embora a população da União aumente quase 20%. Como consequência, a média do PIB per capita na Europa dos 25 Estados-membros será inferior em cerca de 12,5% relativamente à média na Europa dos 15. Se existem actualmente 18 regiões onde o PIB per capita se encontra abaixo dos 75% da média da UE15, com uma população total de cerca de 19 milhões de pessoas, incluindo Malta, um dos novos Estados-membros, isto significa que o rendimento per capita nestas regiões já não se encontra abaixo da barreira dos 75%. Uma vez que estas regiões apresentam exactamente as mesmas debilidades estruturais que tinham antes do alargamento, terão necessariamente de continuar a receber apoios. A coesão social e o risco de pobreza 100 95 Um número significativo de pessoas, tanto nos actuais como nos novos Estados-membros, tem níveis de rendimento que os colocam em risco de pobreza, no sentido de privação relativa (definida como rendimento abaixo dos 60% do valor mediano do país onde vivem). Em 2000, cerca de 55 milhões de pessoas, quase 15% do total da população, encontravam-se em risco de pobreza, sendo que mais de metade das mesmas obtiveram esses níveis de baixo rendimento ao longo de três anos consecutivos. A percentagem foi relativamente elevada nos países do sul da Europa e na Irlanda, sendo também superior à média da UE15 em muitos países da adesão. (A expressão “países da adesão” emprega-se várias vezes ao longo deste relatório para designar os 10 novos Estados-membros e ainda a Bulgária e a Roménia). 75 Os agregados mais vulneráveis ao risco de pobreza são, por norma, os constituídos por pessoas com 65 ou mais anos, sobretudo se viverem sozinhas, e os agregados mono-parentais (predominantemente femininos), sobretudo no Reino Unido. O risco de pobreza está intimamente relacionado com o desemprego e com a inactividade. Cerca de 40% dos desempregados obtiveram em 2000 um rendimento abaixo da linha da pobreza, continuando a integração das pessoas com deficiência, dos desempregados de longa duração e das minorias étnicas no mundo do trabalho a constituir um desafio fundamental para se reduzir o risco de pobreza e a exclusão social. 95 75 25 5 0 O envelhecimento demográfico e o aumento das taxas de dependência A população em idade activa começará a decrescer ao longo da década actual em todos os quatro países do sul da Europa, na Alemanha e na maioria dos países da adesão. Na próxima década, este decréscimo generalizar-se-á a todos os países, à excepção da Irlanda, do Luxemburgo e de Chipre. De acordo com as últimas previsões, o número de pessoas com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos será 4% mais baixo na UE15 em 2025 do que em 2000 e, nos países da adesão, este número será 10% inferior. Este decréscimo será acompanhado por um aumento significativo do número de pessoas com 65 ou mais anos. Em 2025, haverá mais 40% de pessoas acima da idade da reforma do que as que existem actualmente, tanto na UE15 como nos países da adesão, o que implicará uma relação de menos de três pessoas em idade laboral para cada pessoa com 65 ou mais anos, em oposição à actual relação de mais de quatro pessoas para uma. Se outros aspectos se mantiverem inalterados, o envelhecimento demográfico terá como consequência uma redução gradual da força de trabalho da UE, o que muito provavelmente terá repercussões no potencial de crescimento. No entanto, a verdadeira dimensão destes dados dependerá do rendimento real e do crescimento do emprego nos próximos anos, que irão determinar uma maior ou menor dificuldade no sustento dos reformados. Na prática, apenas 64% das pessoas em idade activa na UE15 e 56% nos países da adesão estão efectivamente empregadas e a gerar receitas. Logo, a verdadeira relação é já de apenas cerca de 2,5 pessoas empregadas para cada reformado na União alargada. Em 2025, se as taxas de emprego se mantiverem 100 95 75 25 25 5 5 x TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:40 10 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Sintese 100 95 75 25 5 0 100 inalteradas, esta relação terá caído para menos de duas pessoas empregadas por cada reformado. Estas previsões reforçam a importância da necessidade de um crescimento sustentável da economia em todo o espaço da União, do aumento das taxas de emprego e de uma menor concessão de reformas antecipadas. Em alguns casos, a imigração pode ser uma importante fonte adicional de mão-de-obra, devendo dar-se grande ênfase à aplicação de políticas de integração eficazes. Redução das disparidades em factores de competitividade regional Como se expôs acima, é necessário responder a dois tipos de exigências para que as regiões da União mantenham o desenvolvimento económico e o emprego num ambiente competitivo. A primeira diz respeito à necessidade de essas regiões disporem de níveis adequados tanto de infra-estruturas físicas (transportes eficientes, redes de energia e de telecomunicações, recursos ambientais, entre outros), como de capital humano (mão-de-obra qualificada e com formação). A segunda tem a ver com o facto de, na nova economia do conhecimento, as regiões terem de possuir capacidade de inovação e terem de conjugar eficazmente o conhecimento já existente com as novas tecnologias, e ainda de promover um desenvolvimento que seja sustentável em termos ambientais. Para cumprir ambas as exigências é necessário um enquadramento institucional e administrativo eficaz de apoio ao desenvolvimento. Melhoria da dotação de infra-estruturas 100 95 75 Ao longo da última década, as conexões de transportes dentro dos países da coesão e entre os restantes países da UE melhoraram significativamente. Sobretudo graças ao apoio dos Fundos Estruturais, a densidade da rede de auto-estradas nestes países aumentou de 20% abaixo da média da UE15 em 1991, para 10% acima desta média em 2001. Contudo, este aumento concentrou-se sobretudo em Portugal e em Espanha. No conjunto das regiões do Objectivo 1, ainda que a rede de auto-estradas tivesse maior densidade do que 10 anos antes, continuou a situar-se apenas em cerca de 80% de média da UE15. Nos países da adesão, a densidade das auto-estradas continua a ser muito inferior (menos de 20% da média da UE15). A construção mantém-se a ritmo acelerado, apesar das necessárias contrapartidas ambientais, mas verifica-se sobretudo nas cidades capitais ou nas estradas de ligação aos actuais Estados-membros. Ao longo da última década procedeu-se a alguma modernização das redes ferroviárias no espaço da União, ainda que a electrificação das linhas e a conversão para linhas de via dupla tenha ocorrido ao mesmo ritmo, tanto nas regiões menos desenvolvidas da EU como em outras partes, continuando, por isso, a existir disparidades consideráveis a este nível. Nos países da adesão, o estado dos caminhos-de-ferro reflecte décadas de esquecimento, sendo agora necessário um investimento considerável quer para a sua modernização, quer para a substituição de linhas-férreas obsoletas. O investimento em estradas não é, porém, menos urgente. Tem-se registado um aumento na construção de estradas, o que reforça a sua crescente utilização por parte de passageiros e mercadorias, em detrimento dos comboios. 95 75 25 5 0 No âmbito das telecomunicações, o número de linhas telefónicas fixas continua a ser muito baixo relativamente à população, tanto nos países da coesão como nos países da adesão. Estes números são, no entanto, compensados por um rápido aumento da utilização de telemóveis, muito embora na Grécia e nos países da adesão esta utilização continue a ser inferior à média da UE15, sendo nestes particularmente reduzida. Paralelamente, o acesso a redes de banda larga, fundamentais para a utilização da Internet e para o desenvolvimento de diversos serviços e aplicações das TIC, continua a ser um indicador de amplas disparidades, reflectindo em grande medida os níveis relativos de prosperidade. A possibilidade de acesso às telecomunicações continua a ser muito limitada em diversas zonas da UE15, bem como em quase todos os países da adesão. Outro tipo de infra-estruturas — escolas, universidades, centos de saúde e diversos tipos de serviços de apoio social — são igualmente importantes, na medida em que poderão dar um grande contributo para a determinação de novos locais de investimento e fixação de empresas. Isto aplica-se sobretudo às actividades ligadas ao conhecimento, que não têm necessariamente de se fixar em locais específicos para estarem próximas de fontes de matérias-primas ou de grandes mercados. No que respeita ao ambiente, a necessidade de investimento continua a ser elevada nos países da coesão e, mais ainda, nos países da adesão, como reflecte, por exemplo, a menor percentagem de habitantes que 100 95 75 25 25 5 5 0 xi TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:40 0 11 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Sintese 100 95 75 25 100 dispõem de ligação a estações de tratamento de águas residuais comparativamente a outras partes da União. Tal necessidade não é, contudo, menos importante no que toca à gestão dos resíduos e ao controlo das emissões, sobretudo se se tiver em conta a crescente utilização das estradas nos países da adesão. 5 0 Reforço do capital humano Ainda que a Estratégia Europeia para o Emprego, iniciada em 1997, tenha contribuído para aumentar a recuperação do emprego num período de abrandamento económico, continuam a existir importantes debilidades estruturais, tanto nos actuais como nos novos Estados-membros. Com o objectivo de travar o desemprego e de promover a integração dos desempregados no mercado de trabalho, há necessidade de disponibilizar serviços personalizados de aconselhamento, formação e novas oportunidades de trabalho a quem procura emprego. Torna-se, pois, essencial desenvolver políticas preventivas e activas para o mercado de trabalho nos novos Estados-membros, de forma a promover a reestruturação económica. Níveis elevados de escolaridade e de qualificações tornam-se cada vez mais importantes quer para o progresso individual, quer para a competitividade económica. O número relativo de pessoas com níveis de escolaridade acima do ensino básico continua a ser muito mais baixo nas regiões do Objectivo 1 do que no resto da UE15, sobretudo em Espanha, Itália e Portugal. A única excepção são os novos Länder alemães, onde o número relativo está mais próximo do dos países da adesão e é muito mais elevado do que a média da UE15 (cerca de 80% ou mais contra a média de 64% da EU15). 100 95 75 As qualificações obtidas através de formação complementar e de formação profissional inicial nos países da adesão não correspondem necessariamente às exigências do mercado de trabalho — os currículos e as estruturas de ensino não estão convenientemente adaptadas à economia moderna. Além disso, comparativamente à média da UE15, há muito menos jovens que completam os estudos universitários, um requisito essencial para um contributo efectivo para o desenvolvimento da economia do conhecimento. Isto verifica-se também nas actuais regiões Objectivo 1 da União, onde continuam a existir discrepâncias em relação ao resto da UE, apesar do aumento que se tem feito sentir sobretudo ao longo da última década. Do mesmo modo, também parece haver muito menos pessoas a participar em acções de formação contínua nos países da coesão e nos países da adesão do que no resto da UE (em 1999 foram menos de 20% das pessoas empregadas em empresas da Grécia, Portugal e todos os países da adesão com excepção da República Checa e da Eslovénia), apesar da necessidade premente de adaptação às transformações da economia. 95 75 25 5 0 Reforço da coesão social As políticas económicas, sociais e do emprego reforçam-se mutuamente. O desenvolvimento económico deve andar a par com os esforços para a redução da pobreza e para o combate à exclusão. A promoção da integração social e o combate à discriminação são aspectos determinantes para travar a exclusão social e para a obtenção de taxas mais elevadas de emprego e de crescimento económico, sobretudo a nível regional e local. A prestação de um apoio integrado aos mais desfavorecidos, tais como as minorias étnicas e aqueles que abandonam precocemente a escolaridade, pode também ser um garante de benefícios económicos e sociais em toda a UE. A prevalência das disparidades na capacidade de inovação Numa economia do conhecimento em expansão, a inovação é a chave para a competitividade regional. Contudo, a capacidade de inovar, de aceder ao conhecimento e de o explorar é variável entre as regiões, quer nos actuais, quer nos novos Estados-membros. Ainda que o objectivo da política não seja o de garantir que todas as regiões tenham os meios para contribuir de igual forma para os avanços das novas tecnologias, elas deverão estar em pé de igualdade para poderem usufruir desses avanços e para os utilizar de forma produtiva. Há, porém, vários indicadores — a escala relativa das despesas de I&D, o emprego em actividades de investigação e, sobretudo, o número de pedidos de registo de patentes — que revelam a existência de profundas discrepâncias em termos de capacidade de inovação entre as regiões mais fortes da parte central da União e as restantes. (De acordo com os últimos dados, 8 das 213 regiões NUTS da actual UE são responsáveis por cerca de um quarto da despesa total em I&D na União e 31 são responsáveis por metade). Constata-se uma 100 95 75 25 25 5 5 xii TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:40 12 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Sintese 100 95 75 100 discrepância igualmente profunda tanto entre os países da adesão e a média da UE15, como, no caso dos primeiros, entre as regiões das cidades capitais e as restantes. 25 5 0 Há um consenso cada vez mais amplo acerca da importância da boa governança na competitividade regional — em termos de instituições eficientes, relações produtivas entre os diversos protagonistas implicados no processo de desenvolvimento, e atitudes positivas perante o comércio e a empresa. Todavia, as regiões continuam a divergir consideravelmente nestas áreas, bem como na aptidão para desenvolverem vantagens competitivas próprias ligadas à especialidade que cada uma delas possui. média a apenas cerca de 2% do PIB, e a menos de 4% do PIB em todos os países com excepção da Irlanda e do Luxemburgo. As verbas gastas pelos governos nacionais em serviços de apoio às empresas, no ensino superior, na inovação e em I&D são igualmente escassas (sendo que o valor destinado às últimas ronda apenas os 0,3% do PIB em toda a UE.) 95 75 25 5 0 Em comparação, portanto, com os montantes atribuídos pelos Estados-membros para despesas estruturais, a escala do orçamento para as políticas da coesão deixa de parecer tão diminuta. Para além disso, ao contrário do primeiro caso, os encargos estruturais da UE concentram-se nas regiões com maiores carências de apoio (o valor das verbas atribuídas à Grécia e a Portugal, por exemplo, rondou, em ambos os casos, os 2,5% do respectivo PIB). O impacto das políticas dos Estados-membros na coesão A despesa pública nos Estados-membros é muito superior ao montante dispendido pela UE nas políticas de coesão. Enquanto que a primeira ronda os 47% do PIB, o orçamento canalizado para as políticas de coesão é um pouco inferior a 0,4% do PIB da União. Ainda assim, apesar da sua dimensão relativamente reduzida, as políticas de coesão da UE desempenham um papel de relevo no ataque às causas subjacentes às disparidades em termos de rendimento e emprego no espaço da União. Enquanto que as políticas dos Estados-membros que implicam encargos públicos estão sobretudo direccionadas para a prestação de serviços básicos e subsídios ao rendimento, as políticas de coesão estão vocacionadas para a redução das disparidades estruturais que afectam directamente a competitividade económica das regiões e a capacidade de gerar empregos. A despesa pública destina-se essencialmente a garantir o acesso a serviços básicos… 100 95 75 Assim, o grosso da despesa pública nos Estados-membros destina-se à prestação de uma série de serviços cujo objectivo é garantir o acesso de todos ao ensino, aos cuidados de saúde e à protecção social. No seu conjunto, estas três áreas absorvem quase dois terços da despesa total do governo na UE. Pelo contrário, os encargos públicos com o investimento em capital físico e humano correspondem em E contribui significativamente para a diminuição das disparidades regionais em termos de rendimento... De um modo geral, a despesa do governo por habitante relativamente ao PNB no que respeita a serviços básicos (como o ensino e os cuidados de saúde) é consideravelmente equilibrada em todas as regiões dos Estados-membros, o que reflecte uma preocupação em garantir às pessoas um determinado nível de condições, independentemente do local onde vivem. Contudo, devido aos diferentes níveis de desemprego e ao número de reformados, as maiores variações registam-se nas despesas com a protecção social, ainda que as despesas com a administração também sejam divergentes como consequência da concentração dos ministérios do governo nas capitais nacionais. O efeito da conjugação destas tendências é uma contribuição da despesa pública para o rendimento de um modo geral mais elevada nas regiões menos desenvolvidas do que nas regiões mais prósperas, ainda que tal se deva sobretudo ao baixo nível de rendimento e não a uma despesa pública mais elevada. Enquanto que as receitas do governo 100 são proporcionais ao rendimento 95 Por outro lado, as receitas do governo parecem ser, na generalidade, proporcionais ao rendimento, sobretudo porque, em todos os Estados-membros, a maioria dos impostos quer sobre o rendimento, quer 75 25 25 5 5 0 xiii TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:41 0 13 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Sintese 100 95 75 25 5 0 100 sobre as despesas, são cobrados a nível central. Daí que não tenda a compensar o contributo positivo da despesa pública para a redução das disparidades no rendimento entre as diferentes regiões. Para além disso, nos países onde uma percentagem significativa da receita é gerada a nível local, existem mecanismos de redistribuição para atenuar as disparidades no rendimento ao dispor das regiões para o financiamento da despesa. A tendência generalizada para a desconcentração de responsabilidades nos serviços públicos para o nível regional e local não tem, pois, sido acompanhada por uma tendência paralela no que diz respeito à capacidade de gerar fundos para financiamento desses serviços. A grande excepção é a Itália, onde se tem vindo a proceder a uma crescente desconcentração de responsabilidades para as regiões no que respeita à criação de receitas, sem que haja um reforço compensatório das transferências regionais. Investimento directo estrangeiro: um factor determinante para o desenvolvimento regional O Investimento Directo Estrangeiro (IDE) pode ter um papel fundamental na redução das disparidades regionais ao nível do desempenho económico, não só enquanto fonte de rendimento e de emprego, mas também como meio de transferência de tecnologia e de conhecimento para as regiões menos desenvolvidas. Ele adquire especial importância no caso dos países da adesão, cujas economias carecem de uma reestruturação substancial e de medidas para aumentar a produtividade e a competitividade. Todavia, independentemente dos estímulos financeiros oferecidos, não é fácil atrair os investidores estrangeiros para locais onde as carências abundam, pelas mesmas razões que desmotivam os investidores nacionais (infra-estruturas deficitárias, falta de mão-de-obra qualificada, entre outras). 100 95 75 Assim, a distribuição do IDE tende a ser desproporcional, sendo canalizado para as regiões mais fortes em detrimento das regiões mais desfavorecidas da União. No período compreendido entre 1999 e 2001, o afluxo de investimento representou cerca de 21% do PIB na Irlanda — o segundo país da UE com o PIB per capita mais elevado, de 15% na Dinamarca (o terceiro país com o PIB mais elevado) e de 13% nos Países Baixos (o quarto país com o nível mais alto). Pelo 25 contrário, o afluxo para Portugal foi de pouco mais de 4% do PIB, enquanto a Espanha (1,5% do PIB), a Itália (1% do PIB) e a Grécia (menos de 1%) registaram os afluxos mais reduzidos. 95 75 25 Dentro dos países, o IDE concentra-se geralmente nas grandes cidades e nas áreas circundantes, sobretudo das capitais nacionais, sendo que apenas uma parcela muito reduzida se destina às regiões mais desfavorecidas. Os novos Länder alemães, à excepção da parte leste de Berlim, receberam apenas 2% do total dos afluxos destinados à Alemanha entre 1998 e 2000, e as regiões do Objectivo 1 de Espanha colheram apenas 10% dos afluxos canalizados para o país em 2000. De igual forma, no sul da Itália havia apenas menos de 4% do total dos empregados em empresas de capital estrangeiro. 5 0 De um modo geral, verifica-se o mesmo nos países da adesão. Em 2001, mais de dois terços dos afluxos do IDE destinados à Hungria foram para a região de Budapeste, mais de 60% dos afluxos para a República Checa foram canalizados para a região de Praga e uma percentagem semelhante dos afluxos para a Eslováquia concentraram-se em Bratislava. O impacto das políticas comunitárias: competitividade, emprego e coesão Ao contrário da política estrutural, há outro tipo de políticas na UE cujo objectivo primeiro não é a diminuição das disparidades regionais ou a atenuação das desigualdades entre os cidadãos. Contudo, tais políticas reflectem-se na coesão e, em muitos casos, têm um impacto específico nas disparidades. A construção da economia do conhecimento As políticas comunitárias empresariais, industriais e de inovação têm como objectivo o reforço da competitividade dos produtores da UE, através da promoção da concorrência, da garantia de acesso aos mercados e da criação de um ambiente favorável à I&D no espaço da União. 100 95 Sabe-se que a falta de capacidade de inovação a nível regional advém não só de uma base da investigação deficitária e dos baixos níveis de investimento em I&D, mas também das debilidades nas 5 75 25 5 xiv TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:41 14 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Sintese 100 95 75 25 5 0 100 interligações entre os centros de investigação e as empresas e da falta de flexibilidade entre a informação e as tecnologias da comunicação. Os Centros de Transferência de Inovação que têm sido instalados e a rede de Regiões Inovadoras da Europa estão assim incumbidos de encorajar as regiões a desenvolverem políticas de inovação e de prestar apoio tecnológico às empresas. As desigualdades no acesso a fundos comunitários para financiamento de programas de investigação continuam a ser evidentes, sobretudo a nível regional, apesar de o Sexto Programa-Quadro estar em parte vocacionado para o estreitamento dos laços entre os centros de investigação científica nas regiões mais centrais da UE e os que se localizam em áreas periféricas. O reforço do ensino e da formação As qualificações da força de trabalho da UE são a sua principal vantagem comparativa em termos de concorrência global. Um bom nível de ensino e a disponibilização de formação de qualidade acessível a todas as pessoas ao longo da sua vida activa são factores determinantes para o reforço da capacidade de inovação em toda a UE e para a prossecução do objectivo estabelecido em Lisboa, que consiste em transformar a União na economia do conhecimento mais dinâmica do mundo. O programa “Educação e Formação 2010" foi implementado com o propósito de alcançar este objectivo, tendo também a finalidade de tornar a educação e o ensino na Europa “numa referência mundial de qualidade em 2010”. O sucesso da implementação da EEE depende de um esforço concertado de todos os Estados-membros para ajudar os trabalhadores e as empresas a aumentarem a sua capacidade de adaptação, atrair mais pessoas para o emprego, investir mais e mais eficazmente em capital humano e melhorar a governança. As medidas levadas a cabo para a promoção da inclusão social contribuem tanto para a redução das desigualdades no acesso ao emprego, como para o aumento do crescimento potencial da economia. De acordo com o que ficou estabelecido em Lisboa, a EU adoptou em 2001 uma estratégia comum para a inclusão social. A segunda geração de planos de acção nacionais elaborados pelos Estados-membros em 2003 reconhece a natureza multifacetada da exclusão social e a necessidade de a combater através da aplicação de diversas medidas que conjuguem as políticas económicas, do emprego e sociais e as tornem complementares. 95 75 25 5 0 O compromisso da União em promover a igualdade entre homens e mulheres tem de ser traduzida em medidas de dimensão global, capazes de assegurar que, tanto no planeamento como na implementação, todas as políticas têm em consideração o seu impacto sobre os sexos. Para se atingir o objectivo estabelecido em Lisboa relativamente ao emprego para 2010, os factores subjacentes ao fosso existente entre os géneros no que toca ao emprego, ao desemprego e à remuneração têm de ser combatidos energicamente. Neste domínio, deverão ser implementadas mais medidas capazes de atrair as mulheres para o emprego, de as encorajar a permanecer por mais tempo no mercado de trabalho e de facilitar a conciliação entre uma carreira profissional e as responsabilidades familiares. Mais e melhores empregos numa sociedade inclusiva 100 95 75 No Conselho Europeu de Lisboa, a UE definiu uma estratégia global orientada para um crescimento económico a longo prazo, para o pleno emprego, para a coesão social e para o desenvolvimento sustentável numa sociedade baseada no conhecimento. A Estratégia Europeia para o Emprego (EEE) foi revista em 2003 a fim de melhor poder responder, numa União alargada, aos objectivos estabelecidos em Lisboa, e foi direccionada para apoiar os esforços dos Estados-membros na reforma dos seus mercados de trabalho, na obtenção do pleno emprego, no aumento da qualidade e da produtividade no trabalho e na redução das desigualdades sociais. Protecção ambiental para um crescimento sustentável e para o emprego A promoção do desenvolvimento económico e a criação de empregos estáveis e duradouros dependem da protecção do ambiente contra os efeitos potencialmente nocivos do crescimento e da prevenção do desgaste excessivo de recursos não renováveis. O Sexto Programa de acção em matéria de Ambiente — O nosso futuro, a nossa escolha, estabelece as acções necessárias a nível ambiental para assegurar a prossecução dos objectivos económicos e sociais da UE. Estas acções envolvem a limitação das alterações climáticas, a preservação do ambiente natural 100 95 75 25 25 5 5 0 xv TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:41 0 15 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Sintese 100 95 75 25 5 100 e da biodiversidade, a redução das emissões nocivas para a saúde e a diminuição do uso de recursos naturais através de uma limitação dos resíduos. Implicam também que as questões ambientais sejam tidas em consideração aquando da implementação de decisões de políticas estruturais que envolvam investimentos. isoladas e os outras zonas da UE, mas também para combater as deficiências nas aplicações e nos serviços TIC. Muito embora a protecção ambiental acarrete custos, que não são mais reduzidos nas regiões menos desenvolvidas onde as necessidades de criação de infra-estruturas são maiores, há também vantagens potenciais consideráveis que poderão ser obtidas através de melhorias a nível da saúde e da criação de postos de trabalho nas eco-indústrias, bem como de um desenvolvimento mais sustentável. Ainda que a despesa efectuada ao abrigo da Política Agrícola Comum (PAC) tenha vindo a diminuir ao longo dos anos, ela continua a representar quase 47% do orçamento comunitário. Desde o início da reforma, em 1992, os auxílios directos aos produtores atingiram os 70% do total da despesa, ainda que se tenham mantido abaixo da média da UE na Espanha, o único país da coesão onde tal se verificou. Em termos médios, os subsídios são mais avultados em termos de rendimento para as médias e grandes explorações do que para as de pequena dimensão. A liberalização dos mercados dos transportes, das telecomunicações e da energia teve como consequência um aumento da eficiência e uma diminuição dos preços. No entanto, implicou também uma ameaça para determinados grupos sociais e regiões que ficaram excluídos do acesso a serviços essenciais. Nesta medida, foram estabelecidas obrigações de prestação por parte de serviços públicos, de forma a garantir que todos possam usufruir de serviços essenciais — ou de “serviços de interesse económico geral” — de qualidade razoável e a preços acessíveis, conforme estipulado pelo Tratado da UE (Artigo16º). Para tal, foram disponibilizados fundos comunitários para garantir que essas obrigações são cumpridas em todo o espaço da União. 75 5 0 O mercado interno e os serviços de interesse económico geral 95 75 25 A reforma das políticas comuns: agricultura e pescas 0 100 95 Paralelamente, a rede transeuropeia de transportes melhorou a acessibilidade das regiões mais remotas e facilitou a expansão dos mercados, sendo previsível que as novas ligações entre os actuais e os novos Estados-membros venham a produzir efeitos semelhantes. As directrizes para a rede transeuropeia de energia, adoptadas em 2003, dão enfoque especial ao investimento em gasodutos e em sistemas de distribuição de electricidade nas regiões isoladas, periféricas e ultra-periféricas ao longo dos próximos anos. Quanto ao programa para a rede transeuropeia de telecomunicações (ou eTEN), não está apenas vocacionado para melhorar as telecomunicações entre as regiões mais Os apoios ao desenvolvimento rural no período compreendido entre 2000 e 2006 são mais elevados nas regiões do Objectivo 1 (56% do total dispendido) do que em outras partes da UE, ainda que apenas 10% dos fundos se destinem a medidas de reforço da economia rural fora da esfera agrícola. No período de programação seguinte, entre 2007 e 2013, a despesa da PAC será, em termos reais, inferior, verificando-se uma dissociação entre os pagamentos directos da produção, uma redução dos subsídios às grandes explorações, preços mais baixos e um maior enfoque tanto no desenvolvimento rural como no ambiente. Com o alargamento, os empregos no sector agrícola na UE irão aumentar em cerca de 60%, havendo também um aumento considerável do número de pequenas explorações. Prevê-se que a quota da despesa total ao abrigo da PAC canalizada para as regiões do Objectivo 1 dos novos e dos actuais Estados-membros registe um aumento próximo dos 10 pontos percentuais, até cerca de dois terços. A Política Comum de Pescas (PCP) destina-se sobretudo à manutenção das reservas piscícolas e à reestruturação da indústria, de forma a garantir a sua sustentabilidade. As medidas de emergência recentemente implementadas terão uma repercussão muito significativa em diversas economias regionais, sobretudo em Espanha e em Portugal. Muito embora, a longo prazo, essa debilitada 100 95 75 25 25 5 5 xvi TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:41 16 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Sintese 100 95 75 25 5 0 100 indústria deva voltar a tornar-se rentável quando as medidas de emergência forem desactivadas, a curto prazo, os Estados-membros têm a responsabilidade de atenuar as consequências sociais e económicas adversas. De entre os países da adesão, apenas a Polónia e os três Estados Bálticos contam com indústrias pesqueiras, sendo que estas já se encontram em declínio. O total das capturas destes países representa menos de 7% das dos Estados-membros actuais. 95 Justiça e assuntos internos: condições mais favoráveis ao desenvolvimento 75 Uma taxa de criminalidade elevada, bem como indícios de crime organizado e de corrupção tendem a travar o desenvolvimento económico e a dissuadir os potenciais investidores. Neste contexto, um reforço das competências no combate ao crime, uma maior cooperação transfronteiriça, um controlo mais apertado das fronteiras externas e uma maior integração social dos cidadãos de países terceiros são alguns exemplos de como se pode promover o desenvolvimento regional. Tal é sobretudo o caso nos países da adesão. 25 5 0 Auxílios estatais e a política de coesão Uma vez que o actual regime permite uma discriminação positiva relativamente às regiões problemáticas, o controlo dos auxílios estatais pode ao mesmo tempo contribuir para e reforçar a política de coesão. Em conformidade com os compromissos assumidos no Conselho de Estocolmo, a despesa global com os auxílios estatais diminuiu significativamente em termos monetários entre 1997 e 2001, tendo decrescido relativamente ao PIB em 12 dos 15 Estados-membros. Paralelamente, os gastos tendem cada vez mais a ser canalizados para objectivos horizontais. Ainda assim, continuam a ser mais elevados nos Estados-membros mais prósperas do que nos países da coesão. No ano de 2001, apenas cerca de 9% do total dos auxílios estatais se destinaram a ajudas para as regiões do Objectivo 1, sendo que os montantes envolvidos foram inferiores a um terço do montante despendido no ano de 1993, quando o valor máximo foi atingido, o que se ficou a dever sobretudo a grandes reduções na ajuda prestada aos novos Länder alemães e ao sul de Itália. O auxílio regional destinado às áreas do Objectivo 2 corresponde a cerca de 6% do total dos auxílios estatais. 100 95 75 25 Dada a influência que exerce sobre a distribuição regional da actividade económica e do rendimento, o controlo dos auxílios estatais continua a revestir-se de uma importância fulcral no contexto do alargamento. Assim, no período pós-2006, continuarão a ser feitos esforços no sentido de modernizar, simplificar e clarificar as regras relativas aos auxílios estatais, tendo em conta as alterações na política da coesão, com o objectivo de se passar a prestar uma ajuda menor, mas mais bem direccionada. A percepção das políticas comunitárias nas regiões Os inquéritos conduzidos por entidades regionais em toda a UE revelam que as políticas Comunitárias tendem a ser associadas a financiamentos comunitários e que os projectos suportados pelos Fundos Estruturais são, por norma, os mais visíveis e considerados como tendo maior impacto. Isto passa-se sobretudo nas regiões do Objectivo 1 e, de forma mais recorrente, nos países da coesão. O impacto positivo da Iniciativa Comunitária INTERREG também obteve reconhecimento devido ao seu alvo, à sua visibilidade e ao seu incentivo à cooperação. Enquanto que, de um modo geral, o efeito da PAC nas regiões onde a agricultura desempenha o papel mais importante foi considerado positivo, também se alegou que foi aplicada de forma desigual nas regiões mediterrâneas, favorecendo quer as explorações mais lucrativas, quer as áreas com maiores índices de desenvolvimento. A ausência de interligação entre a PAC e a política ambiental foi igualmente criticada, muito embora tenha sido considerada positiva a integração de aspectos de teor ambiental nas políticas de desenvolvimento regional, bem como a inclusão nesta última de investimentos em infra-estruturas de I&D, consideradas de especial relevância nas regiões do Objectivo 1. Paralelamente, teceram-se ainda fortes críticas às elevadas despesas com a administração dos actuais programas dos Fundos Estruturais e à crescente complexidade de que se revestem os respectivos procedimentos. Por outro lado, o maior envolvimento das empresas e dos parceiros sociais foi visto como um importante avanço que valerá a pena manter no futuro. 95 75 25 5 0 100 5 xvii TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:41 0 17 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Sintese 100 100 95 O impacto e o valor acrescentado 75 das políticas estruturais 25 A escala e a direcção da intervenção em regiões do Objectivo 1 5 0 Os Fundos Estruturais e o Fundo de Coesão, que representam apenas cerca de 0,4% do PIB da UE, visam prestar apoio às regiões menos prósperas da União. No período compreendido entre 2000 e 2006, o montante transferido para as regiões Objectivo 1 equivale a 0,9% do PIB da Espanha e é superior a 2,5% do PIB da Grécia e de Portugal. Mas mais importante: estima-se que estas transferências acrescentem cerca de 3% ao investimento em Espanha e 8–9% na Grécia e em Portugal, bem como 7% no Mezzogiorno em Itália, e 4% nos novos Länder alemães. Na maioria dos casos, a despesa pública nacional que complementa as intervenções dos Fundos Estruturais foi efectivamente superior no período de programação 1994–1999 do que no anterior, aumentando assim o montante disponível para investimento em 40–50%. A este investimento foi adicionado um financiamento privado complementar, especialmente significativo na Áustria, na Alemanha, nos Países Baixos e na Bélgica, apesar de os montantes “impulsionados” desta forma serem relativamente reduzidos nos países da coesão, em França e no Reino Unido. Presentemente, o efeito de alavanca no investimento privado afigura-se idêntico, ainda que muito mais exíguo na Alemanha. As despesas estruturais são também complementadas pelos empréstimos do Banco Europeu de Investimento (BEI). O crédito a áreas assistidas na UE15 totalizou EUR 20 mil milhões por ano entre 2000 e 2002, mais de metade dos quais canalizados para as regiões Objectivo 1, enquanto que o crédito a países da adesão correspondeu a EUR 3 mil milhões por ano. Mais de um terço dos empréstimos foi direccionado para investimento nos transportes nas actuais regiões Objectivo 1, enquanto nos países da adesão, 90% foi canalizado para os transportes, o ambiente e a energia. 100 95 75 25 Os Fundos Estruturais têm sido distribuídos sobretudo no sentido de reduzir as disparidades nas infra-estruturas e nas dotações de capital humano entre as regiões do Objectivo 1 e outras regiões da UE. Consequentemente, os sistemas de transportes — tanto as redes transeuropeias como as redes secundárias no interior das regiões — melhoraram consideravelmente na passada década. Por outro lado, os desempregados e os trabalhadores em risco de perda de emprego receberam orientação e formação, de modo a aumentar as respectivas qualificações e empregabilidade. Simultaneamente, foi dado apoio à I&D e à inovação para garantir tanto a criação de novas capacidades de pesquisa, como — e igualmente importante — para ajudar a formular estratégias regionais de orientação da I&D para as oportunidades locais de desenvolvimento, bem como para aumentar a difusão das TIC e das competências básicas necessárias ao uso das novas tecnologias. 95 75 25 5 0 Para além disso, uma percentagem significativa dos Fundos Estruturais (14% no período compreendido entre 2000 e 2006) foi canalizada para o financiamento do investimento com vista a melhorar o ambiente, a gestão de resíduos e o tratamento de águas residuais, ao mesmo tempo que são expressamente tidas em conta as preocupações ambientais nas decisões inerentes às intervenções estruturais. O efeito da intervenção na convergência real e na integração económica Uma análise empírica mostra não apenas que o crescimento do PIB, do emprego e da produtividade nas regiões Objectivo 1 excedeu o crescimento na restante UE, sobretudo desde meados dos anos 90, mas também que a convergência foi mais acentuada nas regiões menos prósperas de entre elas. (De notar que esta análise se baseia num conjunto consistente de dados especialmente compilados para o relatório.) Esta análise indica também que as intervenções estruturais impulsionaram o crescimento nos países da coesão, quer aumentando a procura, quer fortalecendo o lado da oferta na economia. Daí que se estime que, em 1999, o PIB em Espanha tenha sido 1,5% mais elevado do que teria sido sem intervenção; na Grécia, mais de 2% superior; na Irlanda, quase 3% superior e em Portugal, mais de 4,5%. Para além disso, estima-se que o PIB nos novos Länder alemães tenha aumentado cerca de 4% como resultado da intervenção. A intervenção estrutural promoveu também o aumento das trocas comerciais entre os países da coesão e outras zonas da União — que mais do que duplicaram na última década — bem como uma maior integração. Consta-se que, em média, cerca de um quarto das despesas estruturais retorna à restante União sob a forma de importações intensificadas, sobretudo de 100 95 75 25 5 5 xviii TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:42 18 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Sintese 100 95 75 25 5 0 100 maquinaria e equipamento. Esta “escoamento” atinge grandes proporções especialmente no caso da Grécia (42% das despesas) e de Portugal (35%). Considerando que grande parte de qualquer aumento nas despesas nos novos Estados-membros vai para as importações, e que cerca de 60% das referidas importações são oriundas dos actuais Estados-membros da UE, as despesas estruturais nestes países tendem a implicar efeitos de escoamento igualmente elevados em benefício do crescimento no resto da União. Tal como sucede nos países da coesão, tais encargos tendem a afluir desproporcionalmente para as importações de maquinaria e equipamento, para benefício da Alemanha, em particular, que representa cerca de 45% de todas as importações efectuadas pela UE15. Uma análise mais pormenorizada indica que o apoio à I&D, inovação e transferência de tecnologia foi particularmente eficaz na criação de novos empregos e na manutenção dos já existentes, muito embora, por norma, a capacidade de inovação da maioria das zonas Objectivo 2 permaneça menos desenvolvida do que em regiões mais bem sucedidas. Por outro lado, os níveis de dotação de infra-estruturas e capital humano parecem comparáveis aos demais. 95 75 25 5 0 Apesar dos efeitos positivos das intervenções, estas poderiam ter atingindo maiores proporções se tanto as zonas elegíveis para apoio, como a escala de operações financiadas tivessem sido maiores e o horizonte de tempo dos projectos (três anos), mais extenso. Tais alterações permitiriam programas de uma importância mais estratégica para que se apoiasse o desenvolvimento regional. Intervenção nas regiões Objectivo 2: reestruturação e criação de empregos Durante o período 1994–1999, 82 regiões em 12 Estados-membros receberam um apoio do Objectivo 2 que totalizou cerca de EUR 2,4 mil milhões por ano (aumentados para EUR 3,3 mil milhões por ano no actual período) devido à presença de zonas de declínio industrial. Este apoio foi complementado por montantes de financiamento idênticos, tanto públicos nacionais, como de fontes privadas, aumentando a despesa geral estrutural nestas zonas para cerca de EUR 7 mil milhões ao ano. Os encargos concentraram-se, sobretudo, na reconversão de antigas zonas industriais e em serviços de apoio ao comércio (representando a soma de ambos cerca de metade do total), enquanto cerca de 20% foram canalizados para o desenvolvimento dos recursos humanos e 10% para o apoio à I&D e às TIC. 100 95 75 Estudos de avaliação sugerem que, de um modo geral, a intervenção estrutural nestas áreas conduziu à criação de cerca de 700 mil postos de trabalho durante esse período e pouco menos de 500 mil em termos líquidos, enquanto que cerca de 300 mil PME receberam assistência para melhorarem os seus métodos de produção e procurarem novos mercados. Paralelamente, cerca de 115 milhões de metros quadrados de terrenos industriais incultos foram limpos e reconvertidos, permitindo o desenvolvimento de novas actividades económicas, nomeadamente as ligadas ao lazer e à cultura. Em parte como resultado destas medidas, deu-se uma queda na taxa de desemprego, que diminuiu um pouco mais nestas zonas do que na restante União Europeia, apesar de o PIB per capita ter aumentado apenas pouco menos. Apoio à agricultura, ao desenvolvimento rural e às pescas Durante o período 1994–1999, as intervenções ao abrigo do Objectivo 5a visaram melhorar a eficácia no domínio agrícola e ajudar a salvaguardar o espaço rural e parecem ter-se revelado relativamente eficazes no apoio à reestruturação de pequenas quintas nas regiões Objectivo 1. As intervenções ao abrigo do Objectivo 5b representaram cerca de EUR 1,2 mil milhões ao ano e foram implementadas em zonas habitadas por de cerca de 9% da população da UE. Estas intervenções parecem ter conduzido a alguma diversificação da produção agrícola e a um crescimento de actividades como o agro-turismo e os serviços ambientais, ajudando, ao mesmo tempo, a renovar aldeias e a desenvolver serviços públicos. No actual período de programação, o apoio ao desenvolvimento rural foi integrado numa estratégia geral única, ainda que dividido entre dois programas diferentes, um sujeito à regulamentação dos Fundos Estruturais e o outro sujeito ao FEOGA-Garantia. Estes últimos são concebidos para dar resposta às políticas de mercado agrícola e não se adaptam bem a programas de acção plurianuais. 100 95 O sector das pescas concentra-se num número limitado de regiões, em zonas periféricas da UE cobertas pelas medidas levadas a cabo para preservar os stocks de peixe e nas quais, consequentemente, as 75 25 25 5 5 0 xix TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:42 0 19 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Sintese 100 95 75 100 intervenções ao abrigo da Política Comum das Pescas podem contribuir significativamente para o desenvolvimento de outras actividades económicas. 25 5 Promover o emprego, o ensino e a formação através do FSE 0 Durante o período 1994–1999, o Fundo Social Europeu (FSE) forneceu um apoio ao desenvolvimento de recursos humanos que representou um terço da totalidade das intervenções de Fundos Estruturais, cerca de metade dos quais canalizados para regiões Objectivo 1. As intervenções ao abrigo do Objectivo 3 visaram a integração no emprego de jovens, de desempregados de longa duração e de pessoas em risco de exclusão, e a promoção de igualdade de oportunidades. As intervenções ao abrigo do Objectivo 4 centraram-se no apoio à adaptação dos trabalhadores à mudança industrial. Constata-se que as medidas mais bem sucedidas foram as que ofereceram um conjunto de apoios, tais como orientação, formação e procura de emprego, adaptados às necessidades individuais. Para além disso, o FSE garante financiamento para emprego, ensino e sistemas de formação tanto ao nível nacional, como regional. Nas regiões Objectivo 1, o FSE promoveu o aumento de níveis de investimento púbico no ensino e na formação. Muito embora a Estratégia Europeia para o Emprego (EEE) tenha sido iniciada quando já se estava em curso o período de programação, esta constituiu um auxílio significativo, a partir de 1997 em diante, às políticas estabelecidas nos Planos Nacionais de Acção para o emprego (PNA), sobretudo nos Estados-membros do sul. No período de 2000–2006, o elo de ligação entre o FSE e a EEE fortaleceu-se consideravelmente. Com um orçamento de cerca de EUR 60 mil milhões, o FSE tornou-se no mais importante instrumento financeiro comunitário subjacente à EEE. A EEE, por seu turno, fornece um quadro político mais forte para as intervenções do FSE e a criação de emprego. 100 95 75 Promover a cooperação e o trabalho em rede As iniciativas comunitárias são concebidas para promover a inovação, a parceria e o desenvolvimento de projectos conjuntos entre países e regiões, dando resposta a necessidades às quais os principais programas implementados ao abrigo dos Objectivos dos Fundos Estruturais raramente dão resposta. No período de 1994–1999, o INTERREG II apoiou três tipos principais de programas: a cooperação transfronteiriça (Vertente A), as redes de energia (Vertente B) e a cooperação em planeamento regional e espacial (Vertente C). A maioria dos fundos foram canalizados para os programas da Vertente A com vista a melhorar o ambiente, dar apoio às actividades culturais, ao turismo e a serviços para as PME, e ainda apoiar o desenvolvimento das ligações de tráfego, especialmente as vias transfronteiriças. Foram conseguidas melhorias significativas, nomeadamente nas passagens fronteiriças de regiões Objectivo 1 na Grécia, Alemanha e Finlândia. Todavia, os principais benefícios surgiram do maior contacto e do melhor entendimento entre as entidades públicas e privadas e as organizações semi-públicas de ambos os lados da fronteira. 95 75 25 5 0 No período de 2000–2006, a iniciativa INTERREG III — dotada de cerca de EUR 5 mil milhões — reforçou a componente transfronteiriça (Vertente A), promoveu a cooperação estratégica a nível transnacional na área do planeamento espacial (Vertente B), e favoreceu a cooperação e o intercâmbio de experiências entre regiões (Vertente C). De futuro, o INTERREG terá de ter em conta o novo contexto no qual as zonas fronteiriças representam uma maior parte da UE em termos de população e superfície de contacto. A iniciativa URBAN cobre os 44% da população da UE que vivem em cidades com uma densidade populacional superior a 50,000 habitantes. No período 1994–1999 o apoio atingiu os EUR 148 milhões por ano e foi repartido por 118 cidades. Presentemente, tal número foi reduzido para EUR 104 milhões por ano, repartidos por projectos em 70 cidades. O principal enfoque vai para bairros e pequenas zonas urbanas e para a promoção do envolvimento local em projectos que afectam directamente a vida das pessoas. Tal facto ajudou a aumentar a visibilidade da política estrutural da UE como um todo, assim como contribuiu para atrair o investimento privado. Por outro lado, a concentração de apoios em áreas pequenas deixa à margem projectos de alcance regional mais vastos, tais como a relação entre áreas urbanas e áreas rurais vizinhas. 100 95 75 25 25 5 5 xx TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:42 20 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Sintese 100 95 75 25 5 0 100 As iniciativas EMPREGO e ADAPT apoiaram cerca de 9.300 projectos no período de 1994–1999, envolvendo cerca de 1,6 milhões de pessoas em programas destinados à integração no mercado de trabalho e em empregos a nível local. Os projectos financiados incluíam medidas que visaram facilitar o acesso ao trabalho e à formação, o apoio a novas fontes de emprego, o apoio às PME de modo a anteciparem a mudança e o apoio aos cuidados infantis para facilitar a prossecução de uma carreira profissional às mulheres. No período de 2000–2006, o EQUAL tem vindo a dar uma ênfase especial a abordagens inovadoras no combate às desigualdades e à discriminação no mercado de trabalho, com especial enfoque na cooperação transnacional, na parceria e no intercâmbio de experiências; bem como nas boas práticas. O LEADER II facultou apoio em áreas rurais em cerca de 900 grupos de acção local durante o período 1994–1999 através de um orçamento de EUR 300 milhões por ano, que através do co-financiamento aumentou para EUR 700 milhões. Apesar de ter sido prestada assistência às PME e ao desenvolvimento de produtos locais, a principal actividade financiada foi o turismo. Com o LEADER+ (2000–2006), que tem a mesma dotação orçamental que a LEADER II, prestou-se especial atenção à natureza piloto dos projectos e a facilitou-se a cooperação. Acções-piloto inovadoras Cerca de uma em cada três entidades regionais por toda a UE15 desenvolveu uma Estratégia Regional de Inovação ou uma Iniciativa da Sociedade da Informação Regional (ISIR). Os efeitos mais visíveis das duas iniciativas consistiram nas parcerias do sector público-privado e no apoio às PME, proporcionando-lhes o acesso às novas tecnologias. 100 95 75 Em 2001 foi introduzido um novo sistema de acções inovadoras, com um apoio dos Fundos Estruturais equivalente a cerca de EUR 400 milhões no total. Este sistema visa encorajar as regiões a desenvolver programas cujo objectivo consiste em aumentar a competitividade regional através da tecnologia e da inovação (a estratégia de Lisboa), aplicando novas formas de TIC (plano de acção e-Europa) e promovendo o desenvolvimento sustentável (Gotemburgo). Até ao presente, três em cada quatro regiões da União candidataram-se a financiamento para programas relacionados com uma destas três áreas. Melhorar a eficácia da gestão do Fundo Estrutural 95 75 25 5 Na última revisão da regulamentação do Fundo Estrutural, em 1999, houve uma tentativa de simplificar o sistema e descentralizar a gestão corrente para os Estados-membros. Apesar da cada vez maior responsabilidade dos Estados-membros pela forma como os Fundos são aplicados, a Comissão permanece, em última análise, responsável como entidade competente em matéria de despesas orçamentais. Antes do novo período de financiamento urge rever a regulamentação de forma a aumentar a eficácia do sistema e reduzir ainda mais a sua complexidade. 0 Princípios fundamentais A programação, a parceria, a concentração e a adicionalidade permaneceram os princípios centrais dos Fundos Estruturais desde a reforma de 1988. A programação, no que toca ao planeamento das despesas ao longo de uma série de anos a fim de atingir objectivos estratégicos, resultou numa certeza mais firme e numa maior estabilidade e coerência na política seguida e nos projectos financiados. Durante o período de programação, à medida que as capacidades de planeamento aumentaram e os objectivos se tornaram mais quantificáveis, as preocupações cresceram, tanto em torno da complexidade e do tempo envolvido na aprovação de documentos de programação, como em torno da necessidade de se assegurar que os programas são suficientemente flexíveis para se adaptarem à mudança. As parcerias na concepção e na implementação de programas tornaram-se mais sólidas e abrangentes, envolvendo uma série de entidades do sector privado, incluindo os parceiros sociais, bem como as entidades locais e regionais. Tal facto conduziu a projectos mais bem dirigidos e mais inovadores, a uma monitorização e avaliação de desempenho melhorada e a uma disseminação mais ampla dos seus resultados, em alguns casos a expensas da complexidade adicional da gestão de programas. 100 95 75 A concentração, no sentido de uma focalização de fundos nas áreas mais carenciadas, aumentou 25 25 5 5 0 xxi TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:42 0 21 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Sintese 100 95 75 25 5 0 100 com o passar do tempo, muito embora os estudos indiquem que os recursos são ainda, por vezes, divididos de forma demasiado ampla e esparsa. No actual período de programação, 41% da população da UE15 vive quer em regiões do Objectivo 1, quer em regiões do Objectivo 2, ainda que o complexo processo de definir estas últimas tenha conduzido a uma fragmentação de regiões e a uma dispersão excessiva de recursos. O princípio da adicionalidade tem sido amplamente respeitado nas regiões do Objectivo 1, na medida em que os Fundos Estruturais vieram complementar e não substituir a despesa pública existente. Porém, a verificação que o mesmo aconteceu nos programas dos Objectivos 2 e 3, sobretudo este último, revelouse mais difícil. A procura de maior eficácia Apesar de a experiência na gestão de Fundos ter aumentado com o passar do tempo, a melhoria da eficácia dos programas continua a constituir o desafio chave. Os procedimentos de controlo necessários são frequentemente tidos, pelos Estados-membros, como desnecessários, devido aos custos envolvidos, e como uma duplicação dos sistemas nacionais. Critica-se o facto de os actuais requisitos terem sido definidos tão tardiamente que conduziram a atrasos na implementação de programas, exercendo pressão no sentido de os fundos serem gastos rapidamente, em prejuízo da qualidade. Os custos da gestão financeira afiguram-se especialmente elevados para os programas do Objectivo 2. Embora a gestão de fundos públicos tenha melhorado, verificou-se ainda que, no último período de programação, apenas um terço dos projectos do Objectivo 1 avaliados foram concluídos a tempo, enquanto que um outro terço sofreu um atraso de um ano. Além disso, dois terços dos projectos excederam o orçamento. A disciplina imposta pela regra N+2 durante o período actual contribuiu para uma melhoria significativa na aplicação de verbas estruturais. Em 2003, a execução financeira dos Fundos Estruturais rondava os 100%. 100 95 75 A monitorização constitui uma parte fulcral do sistema. Todavia, os estudos indicam que esta não resultou tão eficaz como era esperado, em parte devido à dificuldade de recolha de informação relevante. Acresce ainda que o enfoque nas questões financeiras em detrimento das estratégicas conduz a que os fundos sejam gastos onde são mais facilmente absorvidos, ao invés de o serem onde poderiam ser mais eficazes. Apesar das melhorias no processo de identificação de indicadores e de estabelecimento de metas no período actual, os primeiros não são, frequentemente, bem definidos e os últimos tendem a ser demasiado amplos. 95 75 25 5 0 A avaliação também melhorou com o passar do tempo, mas ainda varia consideravelmente na forma como é implementada nos diversos Estados-membros. As avaliações têm hoje de ser levadas a cabo ex ante pelos Estados-membros, num prazo intermédio, em cooperação com a Comissão — a tempo de os resultados influenciarem as decisões acerca do que resta do programa — e ex post pela Comissão, ainda que apenas após dois anos do término do programa. Um maior envolvimento no processo de avaliação por parte de regiões e Estados-membros poderá torná-lo mais útil e relevante. A fim de encorajar uma melhor gestão, introduziu-se no período actual um incentivo financeiro sob a forma de uma reserva de rendimento, com 4% dos recursos do Fundo Estrutural para distribuição em 2004 com base na realização das metas inicialmente estabelecidas para o programa. Os sistemas de gestão tornaram-se, na maioria dos casos, mais descentralizados ao longo do tempo o que, de acordo com as avaliações, tendeu a aumentar a respectiva eficácia, tornando-se mais adequados às necessidades regionais. O desafio do alargamento Os Fundos Estruturais são extremamente importantes para os novos Estados-membros, na medida em que os ajudam a consolidar a sua competitividade. Durante o período 2000–2006, os países da adesão irão receber cerca de EUR 3 mil milhões por ano do ISPA (para projectos de transportes e ambiente), do SAPARD (para o desenvolvimento rural e agrícola) e do PHARE (para reforço da coesão económica e social bem como da capacidade administrativa e institucional). Após a entrada dos 10 novos Estados-membros na UE, estes continuarão, conjuntamente com a Bulgária e a Roménia, a ser elegíveis para apoios do PHARE durante três anos (totalizando EUR 1,6 mil milhões por ano). 100 95 75 25 25 5 5 xxii TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:42 22 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Sintese 100 95 75 25 5 0 100 Em finais de 2003 haviam sido aprovados 324 projectos no âmbito do ISPA, distribuídos de forma bastante equitativa entre os transportes e o ambiente e, no caso do primeiro, entre as estradas e as linhas-férreas. Por outro lado, estão destinados, ao abrigo do SAPARD, recursos equivalentes a EUR 500 milhões por ano para apoiar planos de desenvolvimento para a agricultura e as áreas rurais, formulados pelos próprios países. Os novos Estados-membros serão elegíveis para apoio dos Fundos Estruturais no período 2004–2006. Este apoio, que atinge um total de cerca de EUR 21,8 mil milhões para um período de três anos, concentrar-se-á num número limitado de áreas prioritárias de forma a maximizar o impacto e a minimizar os problemas da implementação dos programas. As áreas prioritárias eleitas pelos países diferem claramente no que toca à importância relativa associada aos encargos em infra-estruturas, em recursos humanos e em investimento produtivo, reflectindo, em parte, as diferenças no estado actual da reserva de capital nestas áreas específicas. Na fase da implementação deverá ser mantida uma abordagem estratégica e uma focalização num número limitado de prioridades, conforme sublinhado durante as negociações. Dever-se-á igualmente garantir a máxima coerência entre os Fundos Estruturais e as políticas nacionais, e os problemas ambientais e a igualdade de oportunidades. Paralelamente, a questão da capacidade administrativa continua a constituir um problema, não obstante o progresso verificado tanto a nível de governo central, como regional. Contudo, a experiência com a real implementação de programas virá certamente a constituir um auxílio no fortalecimento dessa capacidade. – identificar, em cada região, as deficiências estruturais que têm o efeito mais pernicioso na competitividade e no potencial de crescimento e dar prioridade à sua resolução; 95 75 25 – formular uma estratégia de desenvolvimento a longo prazo para cada região, de acordo com as respectivas forças e debilidades comparativas. Tal estratégia deverá reconhecer que não se pode dar resposta a todas as necessidades em simultâneo, e deverá igualmente ordenar os projectos de investimento de acordo com a interacção entre eles e definir o percurso de desenvolvimento a longo prazo; – atribuir o devido valor às questões ambientais nas decisões sobre o investimento, de modo a assegurar que o percurso de desenvolvimento escolhido é sustentável; – evitar a concentração excessiva do investimento nos actuais centros de desenvolvimento, onde o impacto na actividade económica poderia ser maior a curto prazo, mas que o seria à custa de um desenvolvimento equilibrado a longo prazo; – ajudar a fortalecer a capacidade administrativa para a concepção, a implementação e a gestão de programas de desenvolvimento a nível regional. 5 0 O período de 2004–2006 poderá, sob várias perspectivas, ser encarado como um período de transição que permitirá aos novos Estados-membros envolvidos preparem terreno para o próximo — e bem mais longo — período programático. O desafio subsequente para a política estrutural nos novos Estados-membros consiste em: 100 100 1 95 75 2 Veja-se, por exemplo, Padoa-Schioppa, “Efficiency, stability and equity – A strategy for the evolution of the economic system of the European Community”, Oxford University Press 1987, que enfatiza que “há sérios riscos de aumento do desequilíbrio regional no decurso da liberalização dos mercados… (e que) é necessário implementar medidas de acompanhamento adequadas para acelerar o ajustamento nas regiões e nos países com maior fragilidade estrutural… sendo necessárias reformas e a injecção de fundos estruturais comunitários para este fim” (pp. 5-6). A este respeito veja-se “Agenda for a growing Europe”, o relatório de um grupo de estudo independente de alto nível, presidido por André Spair, Julho de 2003. 95 75 25 25 5 5 0 xxiii TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:43 0 23 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Sintese 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 0 0 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 xxiv TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:43 24 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen 100 95 75 100 95 Conclusões: uma proposta para uma política de coesão reformulada 75 25 25 5 5 0 0 A 10 de Fevereiro de 2004 a Comissão adoptou uma proposta de orçamento da União Europeia1 alargada a 27 Estados-membros, para o período de 2007–2013. Estados-membros através do orçamento da União, investindo em pessoas e em capital físico com o intuito de apoiar o crescimento económico e o desenvolvimento sustentável. Esta foi uma decisão importante. A Comissão tomou consciência que a intervenção da União em vários domínios políticos fundamentais precisava de ser reforçada. Mais especificamente, a Comissão decidiu que uma política de coesão ambiciosa deveria ser um elemento primordial de todo o processo. É de salientar que na nova estrutura orçamental, a Comissão defende que à política de coesão deverá ser atribuído um único e claro título orçamental, essencial para garantir a estabilidade necessária à planificação da próxima geração de programas plurianuais regionais e nacionais. Isto significa também que o conceito de coesão que se aplicou a nível europeu não tem sido um conceito passivo que redistribui os rendimentos, mas uma política dinâmica que procura gerar recursos visando os factores de competitividade económica e emprego, especialmente onde o potencial desperdiçado é elevado. A decisão é reflexo do trabalho que tem vindo a ser levado a cabo desde a publicação, em 2001, do Segundo Relatório sobre a Coesão, que lançou o debate sobre o futuro da política de coesão na União alargada, para o período que se inicia em 2007. As conclusões do Terceiro Relatório sobre a Coesão apresentam uma proposta pormenorizada para as prioridades e sistema de gestão dos programas da nova geração ao abrigo da coesão política, em conformidade com as principais directrizes expressas na perspectiva financeira. Na sequência das observações introdutórias, a Parte I expõe as novas prioridades da política de coesão, a Parte II descreve os principais elementos de um novo sistema de gestão, e a Parte III expõe as implicações em termos de recursos. 100 95 75 25 Vale a pena recordar que a política de coesão — um dos pilares da construção europeia, em conjunto com o mercado único e a união monetária — é a única política da União Europeia que se destina exclusivamente às desigualdades económicas e sociais. Constitui, assim, uma política muito específica que envolve a transferência de recursos entre os Os quatro desafios para o futuro A necessidade de maior coesão na União alargada O alargamento da União a 25 Estados-membros, e subsequentemente a 27 ou mais, constituirá um desafio sem precedentes para a competitividade e coesão internas da União. Como se mostra neste relatório, o alargamento conduzirá ao aumento do desnível do desenvolvimento económico, uma mudança geográfica no problema das disparidades em direcção a leste e uma situação de emprego mais difícil: as disparidades económico-sociais duplicarão e o PIB médio da União diminuirá cerca de 12,5%. Ao mesmo tempo, a União enfrenta desafios advindos de uma provável aceleração na reestruturação económica resultante da globalização, da abertura dos mercados, da revolução tecnológica, do desenvolvimento da sociedade e economia do conhecimento, do envelhecimento da população e do aumento da imigração. 95 75 O envelhecimento demográfico na Europa constitui um desafio singular. Neste domínio, as variações 25 5 0 100 5 xxv TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:43 0 25 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Conclusões: uma proposta para uma política de coesão reformulada 100 95 75 25 5 0 100 regionais são consideráveis e reflectem as tendências da fertilidade, da mortalidade e da migração. Equacionar os problemas não é simplesmente uma questão de lidar com o aumento da população dependente. Exige também a garantia de que as estratégias de desenvolvimento regionais e nacionais sejam adaptadas às circunstâncias demográficas e sejam capazes, em especial, de promover políticas de envelhecimento activas e de explorar o muitas vezes subaproveitado potencial da população mais idosa. Finalmente, o crescimento económico na UE abrandou consideravelmente nos três anos que se seguiram à publicação do último Relatório sobre a Coesão. Como consequência desse abrandamento, o desemprego aumentou novamente em muitas partes da União, com todas as implicações sociais que isso acarreta. A União deverá, pois, explorar ao máximo as oportunidades oferecidas pela actual tendência para a recuperação como rampa de lançamento para o futuro. Reforçar as prioridades da União Num esforço para melhorar a eficácia da economia da UE, os Chefes de Estado e de Governo da União, reunidos em Lisboa em Março de 2000, estabeleceram uma estratégia concebida para tornar a Europa na economia do conhecimento mais competitiva e bem sucedida do mundo até 2010. O Conselho de Nice de Dezembro de 2000 traduziu os objectivos de Lisboa de redução da pobreza numa estratégia coordenada da UE para a inclusão social. No Conselho de Gotemburgo, em Junho de 2001, a estratégia de Lisboa foi alargada, tendo sido dado um novo enfoque à protecção ambiental e à obtenção de um padrão de desenvolvimento mais sustentável. 100 95 A política de coesão dá um importante contributo à concretização destes objectivos. Efectivamente, o crescimento e a coesão apoiam-se mutuamente. Ao reduzir as disparidades, a União ajuda a assegurar que todas as regiões e grupos sociais podem contribuir para e beneficiar do desenvolvimento económico global da União. Os artigos 3º e 158º do Tratado reflectem esta visão, que foi reforçada no projecto de Constituição pela introdução de uma evidente referência à dimensão territorial da coesão. 75 A política de coesão é também necessária num contexto de outras políticas comunitárias cujos benefícios se articulam com custos limitados, mas localizados. A política de coesão ajuda a alargar esses benefícios. Antecipando a mudança e facilitando a adaptação, a política de coesão pode ajudar a limitar os impactos negativos. 95 Por este motivo, a política de coesão deve ser vista, em todas as suas dimensões, como parte integrante da estratégia de Lisboa, ainda que a concepção da política que está subjacente a Lisboa precise agora de ser completada e actualizada, tal como a Comissão sublinhou na perspectiva financeira. Por outras palavras, a política de coesão tem de incorporar os objectivos de Lisboa e Gotemburgo e tem de se tornar um veículo fundamental para sua concretização através dos programas de desenvolvimento regionais e nacionais. 5 75 25 0 Aumentar a qualidade para promover um desenvolvimento mais sustentável e equilibrado O presente relatório mostra que as disparidades no rendimento, produtividade e acesso ao emprego que persistem entre países e regiões provêm das carências estruturais em factores chave para a competitividade: investimento inadequado de capital físico e humano, falta de capacidade de inovação e de governança regional e um baixo nível de capital ambiental. O custo da não prossecução de uma vigorosa política de coesão para promover o crescimento e acabar com as disparidades é, assim, medido não só em termos de uma perda do bem-estar colectivo e individual, mas também em termos económicos, numa perda real de rendimento potencial e de melhores padrões de vida. Tendo em conta as interdependências inerentes a uma economia integrada, estas perdas não se limitam às regiões menos competitivas ou aos indivíduos que não trabalham ou que têm empregos não produtivos, mas afectam todos na União. Reforçar a competitividade regional em toda a União através de investimentos bem orientados e facultando oportunidades económicas que auxiliem as pessoas a concretizar as suas aptidões irá, por conseguinte, sustentar o potencial crescimento da economia da UE na sua globalidade, para benefício geral. Ao consolidar um crescimento mais equilibrado da actividade económica na União, a 100 95 75 25 25 5 5 xxvi TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:43 26 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Conclusões: uma proposta para uma política de coesão reformulada 100 95 75 25 5 0 100 política regional ajuda a reduzir as pressões da concentração excessiva, da obstrução e do congestionamento. Uma nova parceria para a coesão A reforma da política de coesão deverá também dar oportunidade a uma maior eficácia, transparência e responsabilidade política. Isto exige, em primeiro lugar e acima de tudo, a definição de uma abordagem estratégica para que a política estabeleça as suas prioridades, assegurando a coordenação com o sistema de governança económica e social, e permitindo uma revisão pública e regular dos progressos obtidos. O corolário do acima descrito é a necessidade de reforçar as capacidades institucionais a todos os níveis de governo por toda a União, com base num dos pontos fortes da política de coesão. Intervenções mais focalizadas No debate público sobre o futuro da política de coesão anteriormente referido, concluiu-se que existem várias matérias que são importantes para a coesão na União como um todo. (…“as questões de competitividade, desenvolvimento sustentável e reestruturação económica e social são relevantes para todos os Estados-membros”2). Estes elementos são cruciais para a compreensão da proposta seguinte sobre as prioridades futuras. 95 75 95 75 25 5 Estas questões prioritárias serão válidas para toda a União, mas é necessário completá-las e ampliá-las de forma a incluírem as necessidades específicas dos Estados-membros e regiões menos desenvolvidos e que têm necessidades acrescidas, por exemplo, em relação à provisão de infra-estruturas e ao desenvolvimento de capacidade institucional. Estes aspectos são analisados adiante (para mais pormenores, ver também a primeira caixa, no final desta secção). 0 Três prioridades comunitárias A prossecução dos temas prioritários será organizada em torno de um modelo mais simplificado e transparente com a futura geração de programas agrupados sob três títulos: convergência; competitividade regional e emprego; cooperação territorial. Uma nova arquitectura para a coesão política da UE depois de 2006 100 implementação de reformas necessárias para se progredir para o pleno emprego, melhorar a qualidade e produtividade no trabalho e promover a inclusão social e a coesão, de acordo com as directrizes e recomendações da Estratégia Europeia para o Emprego. De facto, a Comissão propõe que as acções apoiadas pela política de coesão se devem centrar no investimento num número limitado de prioridades da Comunidade — reflexos das agendas de Lisboa e Gotemburgo — com os quais se espera provocar um efeito de alavanca e significativo valor acrescentado. Assim sendo, no que diz respeito aos programas regionais, a Comissão propõe uma lista essencial que consiste num número limitado de temas chave que são: inovação e economia do conhecimento, ambiente e prevenção de risco, acessibilidade e serviços de interesse económico geral. Para os programas relacionados com o emprego, a tónica será colocada na Convergência: apoio ao crescimento e à criação de emprego nas regiões e Estados-membros menos desenvolvidos Os programas de convergência dizem respeito às regiões e Estados-membros menos desenvolvidos, os quais, de acordo com o Tratado, são a principal prioridade da política de coesão comunitária. O Tratado reclama uma redução das disparidades entre “os níveis de desenvolvimento das diversas regiões e o atraso das regiões e das ilhas menos favorecidas, incluindo as zonas rurais” (Artigo158º). O alargamento irá provocar um aumento sem precedentes das disparidades no seio da União e a redução de tais disparidades exigirá esforços sustentáveis e a longo prazo. Este objectivo dirá respeito, em primeiro lugar e acima de tudo, às regiões3 cujo PIB per capita é inferior a 75% da média comunitária4. Neste contexto, o objectivo principal da política de coesão seria o de promover os factores e condições que favoreçam o crescimento e conduzam a uma convergência real. As estratégias deverão planear o 100 95 75 25 25 5 5 0 xxvii TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:43 0 27 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Conclusões: uma proposta para uma política de coesão reformulada 100 95 75 25 5 0 100 íntegra a legislação comunitária, apoiando o desenvolvimento de eco-industrias, reabilitando parques industriais degradadas, apoiando medidas de prevenção de riscos tecnológicos e naturais, investindo em infra-estruturas ligadas à rede Natura 2000, contribuindo para o desenvolvimento económico sustentável, favorecendo métodos de transporte amigos do ambiente e o desenvolvimento e utilização de energias renováveis; desenvolvimento da competitividade e emprego a longo prazo. A Comissão propõe que o apoio temporário seja aplicado a este título nas regiões onde o PIB per capita tivesse sido inferior a 75% da média comunitária, calculado para a União dos Quinze (o chamado efeito estatístico do alargamento). Estas são regiões onde as circunstâncias objectivas não se alteraram, apesar de o seu PIB per capita vir a ser relativamente superior na União alargada. Para manter a equidade e para permitir que as regiões interessadas concluam o processo de convergência, o apoio será superior ao que foi decidido em Berlim, em 1999, para as chamadas regiões “em fase de conclusão” da geração actual. É de notar que ao elaborar esta proposta, a Comissão opta pela mais rigorosa das quatro opções apresentadas no Segundo Relatório sobre a Coesão, no interesse da concentração e de uma política de coesão global mais eficaz. Entenda-se que este apoio terminará em 2013 e não será seguido de novo período de fase de conclusão. Os programas serão custeados através dos recursos financeiros do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), do Fundo Social Europeu (FSE) e do Fundo de Coesão5, de acordo com os princípios estabelecidos no Tratado. – 100 95 A modernização e diversificação da estrutura económica dos Estados-membros e regiões, dando especial atenção à inovação e empreendimento, nomeadamente estreitando laços entre institutos de pesquisa e a indústria, favorecendo o acesso e a utilização das tecnologias da informação e das comunicações (TICs), desenvolvendo condições favoráveis à investigação e desenvolvimento (I&D), melhorando o acesso a financiamento e ao conhecimento e encorajando novos iniciativas empresariais; O aumento e modernização de infra-estruturas básicas, tais como redes de transportes, telecomunicações e energia, abastecimento de água e instalações ambientais; 75 – A protecção do ambiente, nomeadamente ajudando os Estados-membros a cumprirem na 75 25 5 0 O reforço da capacidade institucional da administração regional e nacional na gestão dos fundos estruturais e do Fundo de Coesão. – O FSE reforçará o seu papel como principal instrumento financeiro comunitário no apoio dado à Estratégia Europeia para o Emprego. Irá apoiar: – A melhoria da qualidade e a capacidade de resposta das instituições do mercado de trabalho, sistemas de educação e formação e serviços de acção social; – O aumento do investimento em capital humano aumentando os níveis educacionais, adaptando as competências dos cidadãos e assegurando o acesso de todos ao mercado de trabalho; – A promoção da adaptação da administração pública à mudança através do fortalecimento da administração e das capacidades. Por exemplo, o FEDER apoiará: – 95 A nova geração de programas relacionados com o emprego deverá também tem em conta a experiência da actual iniciativa EQUAL no espaço da União (que abrange a inovação, a capacitação, a parceria e a cooperação transnacional em questões de emprego). O Fundo de Coesão aplicar-se-á aos Estados-membros com o RNB inferior a 90% da média comunitária6. No que respeita ao período actual, a Comissão propõe manter a avaliação intercalar da elegibilidade ao Fundo de Coesão. De acordo com as prioridades estabelecidas pela perspectiva financeira, o Fundo de Coesão deve fortalecer o seu contributo para o desenvolvimento sustentável. Neste domínio, as redes transeuropeias de transporte, nomeadamente os projectos de interesse europeu, e as infra-estruturas ambientais continuam 100 95 75 25 25 5 5 xxviii TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:43 28 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Conclusões: uma proposta para uma política de coesão reformulada 100 95 75 25 5 0 100 a ser as principais prioridades. Para atingir um equilíbrio adequado que reflicta as necessidades específicas dos novos Estados-membros, considera-se também o apoio a projectos ferroviários, marítimos, de navegação interna e multimodais não abrangidos pela eTEN, transportes urbanos sustentáveis e investimentos importantes em termos ambientais nas áreas chave da eficiência energética ou energias renováveis. Competitividade regional e emprego: antecipar e promover a mudança Se, por um lado, as intervenções nos Estados-membros e regiões menos desenvolvidos continuam a ser a prioridade da política de coesão, por outro, as análises do Terceiro Relatório confirmam a existência, a diferentes níveis, de desafios importantes que dizem respeito a todos os Estados-membros da UE. Mais especificamente, os Estados-membros, regiões e cidadãos terão de se adaptar a um mundo que está a passar por uma reestruturação e uma rápida mudança a nível económico e social, uma globalização do comércio, um avanço em direcção a uma economia e sociedade do conhecimento. Terão também de enfrentar os desafios específicos que uma população envelhecida, crescente imigração, escassez de postos de trabalho em sectores fundamentais e problemas de inclusão social implicam. Neste contexto, a União tem um papel importante a desempenhar. Em primeiro lugar, a implementação da agenda de Lisboa ficou aquém das expectativas. Nestas circunstâncias, o apoio financeiro da Comunidade pode agir como catalizador, ajudando a mobilizar as políticas nacionais e regionais e os recursos e orientá-los de forma mais resoluta face aos objectivos da União. 100 Em segundo lugar, a presença visível das intervenções de coesão no espaço da UE constitui um elemento essencial para a integração social, económica e política da União e a promoção do envolvimento de investidores públicos e privados, fazendo com que estes se empenhem na prossecução dos objectivos da União. 95 75 Para a política de coesão fora dos Estados-membros e regiões menos desenvolvidos, a Comissão propõe uma dupla abordagem: 1) Primeiro, através de programas regionais, a política de coesão ajudará as regiões e as autoridades regionais a anteciparem e promoverem a mudança económica nas áreas industriais, urbanas e rurais, reforçando a sua competitividade e atractividade, tendo em consideração as discrepâncias territoriais, sociais e económicas existentes; 95 75 25 5 0 2) Segundo, através de programas nacionais, a política de coesão ajudará as pessoas a anteciparem-se e a adaptarem-se às mutações económicas, de acordo com as prioridades políticas da Estratégia Europeia para o Emprego (EEE), apoiando políticas centradas no pleno emprego, na qualidade e na produtividade laboral e na inclusão social. Antecipar e promover a mudança regional Os programas regionais ajudarão a enfrentar os problemas relacionados com a reestruturação económica e outras desvantagens com que as áreas urbanas e rurais se debatem. Este relatório descreve as dificuldades que muitas áreas enfrentam, por exemplo, as que dependem das indústrias tradicionais, ou as áreas urbanas em declínio, ou, uma vez mais, as áreas rurais muitas vezes confrontadas com uma população muito dispersa ou envelhecida e acessos deficitários. De acordo com os novos programas, a Comissão propõe uma concentração mais rigorosa das intervenções nos três temas prioritários atrás referidos (ver caixa). A única fonte de financiamento para os novos programas será o FEDER. Do um ponto de vista da afectação de recursos, há que distinguir dois grupos de regiões: – As regiões7 da União não abrangidas por programas de convergência, nem pelo apoio “em transição” abaixo descrito. – As regiões actualmente elegíveis para o Objectivo 1 que não preenchem os critérios dos programas de convergência, mesmo na ausência do efeito estatístico do alargamento. Tais regiões beneficiarão de um maior apoio (ao abrigo do título “em transição”) numa base de transitória (a redução seguirá um processo comparável 100 95 75 25 25 5 5 0 xxix TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:43 0 29 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Conclusões: uma proposta para uma política de coesão reformulada 100 100 ao das regiões que já não são elegíveis para o Objectivo 1 no período 2000–06). 95 75 25 5 0 Ajudar as pessoas a antecipar e a responder à mudança As acções neste domínio serão concretizadas através de programas nacionais com o objectivo de reforçar a introdução e implementação de reformas estruturais no mercado de trabalho e reforçar a inclusão social de acordo com os objectivos e orientações da EEE. Para tal, o apoio deverá centrar-se em três políticas prioritárias que são fundamentais para a implementação da EEE e às quais os fundos comunitários podem trazer valor acrescentado: – Aumentar a adaptabilidade dos trabalhadores e empresas, através do investimento nas capacidades e na formação dentro da empresa e apoiar o desenvolvimento de estratégias eficazes de formação ao longo da vida; – Atrair mais pessoas para o emprego e evitar o abandono precoce do mercado de trabalho, especialmente através de políticas de envelhecimento activas e medidas que apoiem a participação das mulheres; – Aumentar o potencial de emprego de pessoas que se deparem com maiores dificuldades de acesso ao mercado de trabalho e em manter o seu emprego, tais como pessoas com incapacidades, minorias étnicas e migrantes. A fonte única de financiamento dos novos programas será o FSE. Cooperação territorial europeia: promover o desenvolvimento equilibrado e harmonioso do território da União 100 95 75 No Segundo Relatório sobre a Coesão Económica e Social8 a Comissão sublinhou que “o elevado nível de valor acrescentado pela União a medidas relacionadas com a cooperação, o intercâmbio de experiências e de boas práticas e o papel desempenhado pelos programas de iniciativa comunitária foi amplamente reconhecido. O reforço dos instrumentos para a cooperação inter-regional, transfronteiriça e transnacional e assistência nas fronteiras externas da União foram os aspectos mais mencionados”. Com base na experiência da actual iniciativa INTERREG, a Comissão propõe a criação de um novo objectivo destinado a facilitar a integração harmoniosa e equilibrada do território da União, apoiando a cooperação entre as suas diferentes componentes nas questões de importância comunitária ao nível inter-regional, transnacional e transfronteiriço. 95 75 25 5 0 A acção será financiada pelo FEDER e irá centrar-se nos programas integrados geridos por uma autoridade única para prossecução das prioridades chave da Comunidade relacionadas com as agendas de Lisboa e Gotemburgo. Em princípio, todas as regiões (definidas a nível NUTS 3) ao longo das fronteiras internas e externas, terrestres e marítimas9 serão abrangidas pela cooperação transfronteiriça. O objectivo será promover soluções conjuntas para problemas comuns entre autoridades vizinhas, tais como o desenvolvimento urbano, rural e costeiro e o desenvolvimento das relações económicas e de redes de PME. Neste contexto, a Comissão tenciona propor um novo instrumento legal sob a forma de estrutura de cooperação europeia (“Autoridade regional transfronteiriça”), para permitir que os Estados-membros, as regiões e as autoridades locais possam lidar, tanto dentro como fora dos programas comunitários, com os tradicionais problemas administrativos e legais encontrados na gestão de projectos e programas transfronteiriços. O objectivo será transferir para esta nova estrutura legal a capacidade de levar a cabo actividades de cooperação em nome de autoridades públicas. Para permitir acções mais eficazes nas fronteiras exteriores da União alargada, a Comissão irá propor um Novo Instrumento de Vizinhança (NIV) no contexto da Estratégia Europeia da Vizinhança. O NIV actuará em ambos os lados da fronteira exterior, incluindo, onde for o caso, as fronteiras marítimas. O NIV irá promover, inter alia, o desenvolvimento económico e social sustentável, e tirar partido da anterior experiência de cooperação transfronteiriça, em especial a nível de parcerias, programas plurianuais e co-financiamento. 100 95 75 25 25 5 5 xxx TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:44 30 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Conclusões: uma proposta para uma política de coesão reformulada 100 95 75 25 5 0 100 No que diz respeito às acções alargadas para promoção da cooperação transnacional, deve seguir-se o exemplo da experiência actual. Mais especificamente, os Estados-membros e as regiões serão convidados a avaliar a utilidade e eficácia das 13 zonas de cooperação transnacional já existentes (definidas pelo INTERREG IIIB) à luz do alargamento. O objectivo será decidir conjuntamente com a Comissão sobre zonas de cooperação transnacional suficientemente coerentes e com interesses e oportunidades comuns de desenvolvimento. Prevê-se que tal cooperação se centrará em prioridades estratégicas de carácter transnacional como I&D, a sociedade da informação, o ambiente, a prevenção de risco e a gestão integrada das águas. mutações de grande escala. A sua revitalização depende da diversificação da actividade económica e do fortalecimento das relações com as áreas urbanas. Finalmente, a Comissão propõe que as regiões deverão de futuro incorporar acções na área da cooperação inter-regional no seio dos seus programas regionais. Para tal, os programas regionais terão de disponibilizar uma determinada quantidade de recursos para intercâmbios, cooperação e trabalho em rede com regiões em outros Estados-membros. Para além disto, a Comissão procurará facilitar a troca de experiências e boas práticas à escala europeia organizando redes que envolvam regiões e cidades. Integrar as carências e a renovação urbana em programas regionais: URBAN+ Uma resposta integrada a características territoriais específicas Uma das características chave de uma coesão política eficaz assenta na sua adaptabilidade às necessidades e características específicas dos territórios. Este relatório mostrou que as desvantagens naturais ou geográficas específicas podem intensificar problemas de desenvolvimento, em especial nas regiões ultraperiféricas da União, muitas ilhas, zonas de montanha e zonas escassamente povoadas no extremo norte da União. 100 95 75 O relatório identificou também o papel que as cidades desempenham na União como centros de desenvolvimento económico, apesar de também enfrentarem problemas relacionados com pressões ambientais, exclusão social e reestruturação económica. Resulta ainda claro nesta análise que as áreas rurais continuam a ser confrontadas com 95 75 25 Muito embora reconheça as diferentes circunstâncias e desafios, a Comissão considera que a próxima geração de programas deverá ser definida de tal forma que os diferentes problemas territoriais (e oportunidades) possam ser abordados sem multiplicar o número de programas ou o número de instrumentos. Qualquer programa deverá, assim, facultar a estrutura para diferentes situações com as quais se possa ter de lidar e para soluções holísticas e integradas para os problemas a abordar. 5 0 O referido anteriormente é relevante para a política urbana. Com base nos pontos fortes da iniciativa URBAN, a Comissão pretende reforçar o posicionamento das questões urbanas através de uma integração total de acções nesta área nos programas. Para atingir tal objectivo, no início do próximo período de programação, cada Estado-membro irá propor uma lista de áreas urbanas que poderão beneficiar de uma acção específica no âmbito dos programas. A extensão dos problemas com que as cidades se vêem confrontadas e o seu papel na promoção do desenvolvimento regional sugere que o número de cidades abrangidas seria superior às 70 actualmente cobertas pela iniciativa URBAN nos UE15. Um factor crítico para o sucesso das acções a nível urbano é o envolvimento das autoridades da cidade, tanto na concepção dos programas como na sua gestão. Considera-se, pois, que um acordo envolvendo a delegação de responsabilidades a estas autoridades seja necessário no âmbito dos programas regionais. A escala de intervenções assim organizada será decidida quando os programas forem estabelecidos, mas é de referir que actualmente mais de 10% do total do contributo da UE para o Objectivo 1 e 2 são directa ou indirectamente destinados ao financiamento de medidas relacionadas com as cidades. 100 95 75 25 25 5 5 0 xxxi TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:44 0 31 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Conclusões: uma proposta para uma política de coesão reformulada 100 95 75 100 Como indicado acima, a cooperação entre cidades — um elemento importante do valor acrescentado da acção europeia — será incluída no capítulo da cooperação territorial. 25 Uma melhor organização dos instrumentos que actuam nas áreas rurais e a favor da reestruturação do sector das pescas 95 75 25 Regiões ultraperiféricas 5 0 A Comissão pretende, de acordo com o objectivo de convergência, estabelecer um programa específico para compensar os constrangimentos específicos das regiões ultraperiféricas, conforme reconhecido pelo Artigo299.2º do Tratado e exigido pelo Conselho Europeu de 21 e 22 de Junho de 2002, em Sevilha. Para além disso, será incluída nos novos programas de “Cooperação territorial europeia” uma acção de “Boa Vizinhança” (Grand Voisinage) orientada para facilitar a cooperação entre os países vizinhos. De acordo com o pedido do Conselho, a Comissão irá apresentar, dentro de pouco tempo, um relatório sobre uma estratégia global para as regiões ultraperiféricas. Na perspectiva financeira da comunicação, a Comissão propõe simplificar e clarificar o papel dos diferentes instrumentos de apoio ao desenvolvimento rural e do sector das pescas. Isso deve ser tido em conta na afectação dos recursos para a competitividade regional e prioridade no emprego através de critérios “territoriais” que reflictam a inferioridade relativa das regiões com desvantagens geográficas. Os Estados-membros devem assegurar que as especificidades destas regiões são tidas em consideração quando se trata de orientar os recursos no âmbito dos programas regionais. 100 95 75 Num esforço para promover mais acção nestas áreas por vezes esquecidas e para ter em atenção o elevado custo de investimento público em termos per capita, propõe-se que, para o próximo período, os territórios com desvantagens geográficas permanentes possam beneficiar de um aumento da contribuição máxima da Comunidade. – Aumentar a competitividade do sector agrícola através de um apoio à reestruturação (por exemplo, apoio ao investimento para jovens agricultores, medidas de promoção e informação); – Melhorar o ambiente e as paisagens através de apoio à gestão territorial, incluindo o co-financiamento de acções de desenvolvimento rural relacionadas com os locais de protecção da natureza do Natura 2000 (por exemplo, agroambiental, florestação e medidas para as Áreas Menos Favorecidas); – Melhorar a qualidade de vida nas áreas rurais e promover a diversificação de actividades económicas através de medidas orientadas para o sector agrícola e outros agentes rurais (por exemplo, reorientação qualitativa da produção, qualidade alimentar, recuperação de aldeias). A actual iniciativa comunitária LEADER+ será integrada na corrente dominante de programação. Do mesmo modo, a acção a favor da reestruturação do sector das pescas será reunida num único instrumento que irá centrar-se em acções para acompanhar as necessidades de reestruturação do sector das pescas e para melhorar as condições de vida e laborais nas áreas onde o sector das pescas, incluindo a aquacultura, desempenha um papel importante. Uma parte importante destas propostas é a de que os recursos financeiros transferidos da política de 25 0 Os actuais instrumentos ligados às políticas de desenvolvimento rural serão agrupados num único instrumento da Política Agrícola Comum concebido para: Debelar os problemas de desenvolvimento persistentes nas regiões com desvantagens geográficas Os problemas de acessibilidade e afastamento dos grandes mercados são particularmente graves em muitas ilhas, algumas zonas de montanha e em regiões escassamente povoadas, em especial no extremo norte da União. 5 5 100 95 75 25 5 xxxii TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:44 32 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Conclusões: uma proposta para uma política de coesão reformulada 100 95 75 25 100 coesão para estes novos instrumentos irão continuar a ser utilizados de forma a que seja obtido o mesmo nível de concentração que se atinge hoje ao ajudar as regiões menos desenvolvidas e os países abrangidos pelos programas de convergência. 5 0 Fora destas intervenções, a política de coesão irá apoiar a diversificação da economia rural e das áreas dependentes das pescas para além das actividades tradicionais, em conformidade com os temas prioritários apresentados em caixa. Coordenação e complementaridade com outras políticas comunitárias A política de coesão fornece um complemento essencial a outras despesas comunitárias no campo da inovação (I&D, empreendimentos, sociedade da informação e tecnologias amigas do ambiente), redes (de transportes, de energia, de comunicações) e educação e cultura. Na verdade, a política de coesão ajuda a assegurar que as capacidades institucionais e físicas necessárias são criadas nos Estados-membros e regiões em toda a Comunidade, permitindo-lhes beneficiar destas outras políticas. A gestão destas políticas, por outro lado, e a política de coesão, por outro, podem ser melhoradas de futuro através do diálogo contínuo, da troca de informação e da melhor coordenação de actividades. A questão da complementaridade diz respeito a várias políticas. Ser-lhe-á dada especial atenção para assegurar a integração de acções a favor da igualdade de oportunidades entre homens e mulheres nos programas regionais e nacionais. 100 95 75 Do mesmo modo, a implementação da política de coesão deverá ajudar a promover o cumprimento das regras do mercado interno, especialmente no que diz respeito à legislação dos contratos de direito público. Uma implementação eficaz e rápida do novo pacote legislativo para esses contratos nos Estados-membros contribuirá para a simplificação dos processos e, consequentemente, para a eficácia da política de coesão. A outro nível, a consonância com as Orientações Gerais da Política Económica e a Estratégia Europeia para o Emprego ajudarão a aumentar a eficácia da política de coesão. 95 75 25 Uma questão fundamental é a da consistência entre as políticas de concorrência e de coesão. As regiões com o PIB per capita inferior a 75% da média deverão permanecer elegíveis para o regime de auxílio estatal conforme definido no Artigo 87.3(a) do Tratado. As regiões afectadas pelo “efeito estatístico” estarão sujeitas a um limite de auxílio estatal semelhante ao previsto no Artigo87.3(a) no início do período. Estas regiões serão assimiladas no regime de auxílio estatal conforme estipulado no Artigo87.3(c), mas estarão sujeitas aos limites inerentes ao volume de auxílio concedido ao abrigo do Artigo87.3(c) no final de 2013, no máximo. 5 0 As regiões ultraperiféricas, conforme o Artigo299º do Tratado, não abrangidas pelo novo objectivo de convergência beneficiarão também de um regime específico de auxílio estatal de transição, que estabelece limites para o auxílio comparáveis, de início, aos definidos pelo Artigo 87.3(a), seguidos de uma redução gradual. Para outros programas regionais, a Comissão propõe abandonar o actual sistema e para isso vai redigir listas pormenorizadas das áreas elegíveis a nível sub-regional (ver abaixo). A consistência será assegurada ao nível das prioridades a serem financiadas, ao invés de ser ao nível das áreas geográficas onde ocorrem as acções. Isto significa que fora do objectivo da convergência, as diferentes áreas de intervenção terão de ser levadas a cabo de forma consistente com as regras do auxílio estatal aplicáveis. Ao mesmo tempo, a Comissão pretende rever as regras de auxílio estatal relevantes, tendo em consideração estas prioridades. A Comissão pretende simplificar as regras tendo em vista outras questões de auxílio estatal que não sejam claramente abrangidas pelos regulamentos, orientações ou modalidades existentes. Isto diz respeito aos casos que envolvem a concessão de quantias limitadas de auxílio estatal. O princípio será o de aplicar o chamado “teste de impacto significativo”. O resultado será proporcionar uma maior segurança legal e maior 100 95 75 25 25 5 5 0 xxxiii TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:44 0 33 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Conclusões: uma proposta para uma política de coesão reformulada 100 95 75 100 flexibilidade, bem acima do que é actualmente possível sob a regra do de minimis, aos Estados-membros e regiões no que toca ao desenvolvimento local e às questões do emprego. 25 5 Um sistema de execução reformulado 0 A forma como as políticas são implementadas tem um efeito decisivo na sua eficácia. O mecanismo de execução da política de coesão já demonstrou ter capacidade para executar projectos de qualidade de interesse europeu mantendo, ao mesmo tempo, elevados padrões de gestão e controlo da despesa pública uma vez que: – Permite que as intervenções sejam planificadas num enquadramento estável a médio prazo (plurianual), necessária para a concretização de grandes investimentos; – Combina, através das suas estratégias integradas de desenvolvimento, o investimento direccionado para equipamento, infra-estruturas, inovação e recursos humanos numa única estrutura coerente, que tem em consideração as circunstâncias específicas das regiões; – – – 100 95 75 Promove uma boa governança através de parcerias público-privado mais estreitas; Serve de alavanca para despesas adicionais de fontes nacionais públicas e privadas, resultantes de acordos de co-financiamento; Encoraja uma maior precisão da despesa pública para que esta seja mais eficaz e ao mesmo tempo seja compatível com o mercado único. Contudo, este relatório sublinha a necessidade de solucionar certas dificuldades encontradas na implementação dos actuais programas. Muito embora devam ser mantidos os princípios fundamentais da política de coesão — programação, parceria, co-financiamento e avaliação, a eficácia da política numa União alargada poderá ser melhorada através da introdução de um certo número de reformas concebidas, em primeiro lugar, para encorajar uma abordagem mais estratégica à programação; em segundo lugar, para introduzir uma maior descentralização das responsabilidades em parcerias no terreno com os Estados-membros e as autoridades regionais e locais; em terceiro lugar, para reforçar o desempenho e qualidade dos programas co-financiados através de uma parceria reforçada e mais transparente e mecanismos de controlo mais rigorosos e claros; e, em quarto lugar, para simplificar o sistema de gestão introduzindo mais transparência, diferenciação e proporcionalidade, assegurando, ao mesmo tempo, uma sólida gestão financeira. 95 75 25 5 0 É de notar que os limites da descentralização resultantes da simplificação são necessários pelo facto de a Comissão ser responsável perante a autoridade orçamental e a opinião pública por uma sólida gestão financeira e pelos resultados das actividades co-financiadas. A reforma do sistema de execução em todos os seus aspectos, como a seguir se constata, será levada a cabo respeitando integralmente o Tratado e os princípios básicos do novo regulamento financeiro (Artigo155º) 10. O organismo legal para a nova política de coesão será apresentado e adoptado em simultâneo para assegurar uma maior coerência e eficácia logo desde o início do período de programação. Orientação mais estratégica nas prioridades da União A Comissão propõe que, antes do novo período de programação e com base em proposta da própria Comissão, o Conselho adopte um documento estratégico global para a política de coesão, após um parecer do Parlamento, que defina claramente as prioridades para os Estados-membros e para as regiões. Esta abordagem estratégica conduzirá a política na sua implementação e torná-la-á politicamente mais responsabilizante. Contribuirá para uma mais firme clarificação do nível de sinergia desejado entre a política de coesão e as agendas de Lisboa e Gotemburgo e aumentará a consonância com as Orientações Gerais da Política Económica e a Estratégia Europeia para o Emprego. 100 95 75 25 25 5 5 xxxiv TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:44 34 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Conclusões: uma proposta para uma política de coesão reformulada 100 95 75 25 5 0 100 As instituições europeias examinarão anualmente os progressos nas prioridades estratégicas e os resultados obtidos com base num relatório da Comissão que sintetizará os relatórios de situação dos Estados-membros. Para fundamentar este trabalho, torna-se necessário redefinir as funções de avaliação para que se tornem mais estratégicas e orientadas para os resultados. Simplificação baseada numa maior subsidiariedade Já durante o actual período, a Comissão deu início a uma avaliação exaustiva de formas para optimizar a gestão da política de coesão. Para o próximo período, a Comissão propõe simplificar ainda mais o sistema em vários aspectos fundamentais. Programação O sistema de programação será simplificado da seguinte forma: – – 100 95 75 A nível político: com base no documento estratégico adoptado pelo Conselho, cada Estado-membro irá elaborar um documento político sobre a sua estratégia de desenvolvimento, que será negociado com a Comissão e servirá de estrutura para preparar os programas regionais e temáticos, mas que não terá o papel (como o actual Quadro Comunitário de Apoio) de um instrumento de gestão; A nível operacional: com base no documento político, a Comissão adoptará os programas regionais e nacionais para cada Estado-membro. Os programas serão definidos apenas a um nível altamente prioritário ou agregado, realçando as medidas mais importantes. Deixariam de figurar aqui pormenores adicionais (actualmente presentes no chamado “complemento do programa”), bem como a gestão por medida. A coordenação e a coerência entre os fundos serão asseguradas tanto a nível político como operacional. O número de fundos será limitado a três (FEDER, FSE e Fundo de Coesão), por oposição aos actuais seis (ver caixa no final desta secção). 95 75 25 Ao contrário dos actuais programas de fundos múltiplos, as futuras intervenções do FEDER e do FSE tentarão aplicar apenas um fundo por programa. A acção de cada fundo será, assim, mais coerente permitindo que o FEDER e o FSE financiem, respectivamente, as actividades residuais relacionadas com o capital físico e humano. Os financiamentos destas actividades serão limitados e estarão directamente ligados às principais áreas de intervenção de cada fundo. Isto irá permitir tanto uma simplificação, como um aumento de eficácia da programação. 5 0 O Fundo de Coesão e o FEDER seguirão um sistema de programação único sempre que se trate de infra-estruturas ambientais e de transportes. Os projectos de maior envergadura serão adoptados separadamente pela Comissão, mas geridos no seio dos respectivos programas. Gestão financeira, co-financiamento Os pagamentos serão efectuados ao nível das principais prioridades e não, como actualmente, ao nível inferior da “medida”. Serão mantidos o sistema de pagamentos (adiantamentos e reembolsos), bem como o princípio essencial da anulação de autorização automática (a regra “N+2”). As regras nacionais irão, em grande medida, determinar a elegibilidade das despesas, à excepção de um número limitado de áreas tais como o IVA, a assistência técnica e os juros passivos 11, onde se continuarão a aplicar as regras comunitárias. Controlo financeiro O princípio da proporcionalidade irá aplicar-se à operação de controlo de sistemas, sendo que o nível de intervenção da Comissão dependerá do nível de co-financiamento comunitário e da adequação dos sistemas de controlo nacionais ou regionais. Abaixo de certos limiares, os Estados-membros terão a opção de utilizar os seus sistemas de controlo nacionais para os 100 95 75 25 25 5 5 0 xxxv TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:44 0 35 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Conclusões: uma proposta para uma política de coesão reformulada 100 95 75 25 5 0 100 programas em questão, e a Comissão vai contar principalmente com a declaração de garantia de um organismo independente de controlo nacional. A Comissão continuará a aplicar procedimentos de apuramento das contas e mecanismos de correcção financeira que lhe permitirão assumir responsabilidade pela implementação do orçamento. A proporcionalidade e a maior simplificação do controlo e de gestão financeira deverão funcionar a par com sanções mais restritas e recuperação imediata no caso de irregularidades ou fraude. reforço da parceria com o Banco Europeu de Investimento e com o Fundo Europeu de Investimento através, por exemplo, do estabelecimento de uma maior ligação entre as taxas de co-financiamento e a viabilidade económica dos programas e projectos. 95 75 25 5 Estas propostas de alteração trarão uma maior transparência à actuação da política e facilitarão o acesso de cidadãos e empresas aumentando, assim, o surgimento de mais projectos e contribuindo para um maior valor do investimento através da maior concorrência entre candidaturas ao apoio financeiro. 0 Adicionalidade Mais concentração A adicionalidade — os recursos da UE deverão acrescentar ao invés de substituir os recursos nacionais — permanecerá o princípio fundamental da política de coesão. Contudo, de acordo com o princípio da proporcionalidade, a Comissão verificará a sua aplicação apenas no contexto do objectivo de “convergência”. Os Estados-membros serão responsáveis por assegurar a aplicação do princípio de adicionalidade no âmbito dos programas de “competitividade regional e emprego” e “cooperação territorial europeia”. Parceria e coordenação A parceria será valorizada pelo reforço da complementaridade e cooperação entre os Estados-membros, regiões e autoridades locais, tanto ao nível da programação como da implementação. Assim, e de acordo com os respectivos acordos institucionais, cada Estado-membro deverá procurar manter a coordenação entre os diferentes níveis de governo através de acordos tripartidos. 100 Para promover uma melhor governança, os parceiros sociais e os representantes da sociedade civil deverão ficar cada vez mais envolvidos, através dos mecanismos adequados, na concepção, implementação e acompanhamento das intervenções. 95 75 Para aumentar o efeito de alavanca será necessária uma ênfase maior em formas de financiamento modernas. Uma possibilidade seria o A maior concentração dos recursos deve permanecer nos Estados-membros e regiões menos desenvolvidas, especialmente nos novos Estados-membros. Ao nível dos programas individuais de desenvolvimento, a concentração será alcançada através da focalização nas prioridades de Lisboa e Gotemburgo bem como, no caso das regiões de “convergência”, na melhoria da capacidade institucional. No que diz respeito aos programas de competitividade regional, a actual ênfase (ao abrigo do Objectivo 2) no zonamento de áreas elegíveis ao nível dos concelhos, municípios e bairros revela que a concentração tem sido entendida quase exclusivamente em termos micro-geográficos. Muito embora a concentração geográfica dos recursos em bolsas ou áreas mais afectadas deva futuramente permanecer como parte essencial do esforço, deve também reconhecer-se que as perspectivas de tais áreas estão intimamente ligadas ao sucesso da região como um todo. Como muitas regiões reconheceram, isso exige o desenvolvimento de uma estratégia coerente para a região na sua totalidade, de forma a enfrentar as necessidades das zonas mais débeis. Nesse sentido, propõe-se que, de futuro, se abandone o actual sistema de micro-zonamento permitindo, assim, que o equilíbrio entre a concentração geográfica e outras formas de concentração seja determinado no momento da concepção dos programas de competitividade regional, em parceria com a Comissão. 100 95 75 25 25 5 5 xxxvi TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:45 36 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Conclusões: uma proposta para uma política de coesão reformulada 100 95 75 25 5 100 Isto não deverá implicar qualquer diluição do nível de esforço na utilização dos recursos financeiros da UE. Como parte da “competitividade regional”, a concentração terá lugar a dois níveis: – 0 – A concentração temática, que será mais forte fora das regiões da “convergência”, no sentido de os programas se dirigirem a um máximo de três temas (ver caixa). Um segundo nível de concentração será assegurado através das regras do volume financeiro mínimo de programas e prioridades. No caso das parcerias, as regiões serão as principais responsáveis por concentrar os recursos financeiros nas áreas necessárias para eliminar as disparidades económicas, sociais e territoriais ao nível regional. A Comissão verificará e confirmará a consistência no momento de decisão dos programas. Finalmente, através do princípio de anulação de autorização de fundos não utilizados (a “regra N+2”), uma disciplina específica da política regional e de coesão, manter-se-á um forte incentivo a favor da concretização rápida e eficaz dos programas. Maior enfoque no desempenho e na qualidade 100 A eficácia exige uma maior concentração no impacto e desempenho, e uma melhor definição dos resultados a serem obtidos. Em termos gerais, a eficácia da política de coesão será melhorada com a implementação de conversações anuais (ver acima) com as instituições europeias para discutir, com base no relatório anual da Comissão acompanhado das respectivas recomendações, o progresso e resultados dos programas nacionais e regionais, de forma a promover a transparência e a responsabilização perante as instituições e os cidadãos. 95 75 A avaliação antes, durante (contínua) e no final dos programas continuará a ser essencial para o esforço global de manutenção da qualidade. Na apreciação dos pontos fortes e das debilidades regionais no início de cada programa, é necessário que todos façam um esforço adicional no seio de cada Estado-membro e região para antecipar os ajustes que poderão ocorrer como resultado da abertura do mercado e da globalização. Além disto, recomenda-se que as avaliações do impacto de mercado passe, de futuro, a incluir sistematicamente uma dimensão territorial para a UE. 95 75 25 5 0 Além disto, a Comissão propõe-se estabelecer uma reserva comunitária de desempenho, cujo principal objectivo será recompensar os Estados-membros e regiões que demonstrem progressos mais significativos face aos objectivos estabelecidos. As regras para a atribuição da reserva serão melhoradas e simplificadas tendo em consideração a experiência com a reserva de desempenho para o actual período de programação. Neste contexto, poderão ser estabelecidas uma complementaridade e uma parceria mais fortes entre os Fundos Estruturais, o Banco Europeu de Investimento e o Fundo Europeu de Investimento. Finalmente, a Comissão propõe que os Estados-membros criem, a nível das suas afectações nacionais, uma pequena reserva que lhes permita responder rapidamente a choques sectoriais ou locais inesperados resultantes da reestruturação industrial, ou aos efeitos de acordos comerciais. Esta reserva será usada para apoiar a reciclagem profissional dos trabalhadores mais afectados e para a diversificação económica das áreas abrangidas, funcionando como complemento dos programas nacionais e regionais, que deverão ser o principal instrumento de reestruturação na antecipação às mutações económicas. A mobilização das reservas será discutida e acordada com a Comissão. É importante relembrar que as novas perspectivas financeiras propõem a criação de um instrumento específico (Fundo de Ajuste ao Crescimento) para complementar os objectivos de coesão e crescimento à luz dos objectivos da União e para reagir a crises provocadas pela conjunturas da economia e do comércio internacionais. A Comissão propõe-se contribuir para este instrumento com fundos destinados ao 100 95 75 25 25 5 5 0 xxxvii TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:45 0 37 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Conclusões: uma proposta para uma política de coesão reformulada 100 100 75 FEDER e ao FSE, mas não utilizados, até ao montante máximo de EUR mil milhões por ano. 25 Recursos financeiros 95 -membros. O limite de absorção das transferências financeiras para a qualquer Estado-membro abrangido pela política de coesão será mantido nos actuais 4% do PIB nacional, tendo em consideração as quantias incluídas no desenvolvimento rural e das pescas. 5 0 95 75 25 5 Os recursos financeiros destinados à política de coesão deverão reflectir a ambição de uma União alargada para promover o crescimento e a criação de empregos nas suas zonas menos favorecidas. Nas perspectives financeiras para o período 2007–2013, a Comissão propôs afectar uma quantia equivalente a 0,41% do RNB da Europa dos 27 (que é equiparada a 0,46% antes das transferências dos instrumentos únicos propostos para as pescas e agricultura) para apoiar as três prioridades da política de coesão reformulada. Esta percentagem corresponde a EUR 336,3 mil milhões durante este período (ou EUR 344,9 mil milhões contando com as despesas administrativas e com o Fundo de Solidariedade). À excepção do Fundo de Solidariedade, estes recursos permanecerão, como actualmente, um objectivo de despesa, embora permaneçam sujeitos às regras relacionadas com anulação de autorização (N+2). A divisão indicativa desta quantia entre as três prioridades da política reformulada será da seguinte forma: 1) Cerca de 78% para prioridade de “convergência” (regiões menos desenvolvidas, fundo de coesão e regiões de “efeito estatístico”), com especial destaque para o auxílio aos doze novos Estados- I A importância relativa do Fundo de Coesão será melhorada para representar um terço das afectações financeiras para os novos Estados-membros envolvidos. Isso servirá para consolidar o esforço iniciado em 2004–2006 à luz das necessidades significativas destes países em termos de infra-estruturas ambientais e dos transportes. A afectação para os países terá em consideração as necessidades de cada Estado-membro e serão estabelecidos limites superiores e inferiores, como actualmente (intervalos financeiros). As regiões abrangidas pelo chamado efeito estatístico irão beneficiar de uma afectação decrescente e específica ao abrigo do objectivo de convergência para facilitar o período “em conclusão”. 2) Cerca de 18% para a prioridade de “emprego e competitividade regional”. Fora das regiões “em transição”, a distribuição entre os programas regionais financiados pelo FEDER e os programas nacionais financiados pelo FSE será de 50–50. Os programas regionais dentro das regiões “em transição” seguirão o mesmo princípio dos fundos Despesa com a política da coesão, 2000-2013 Milhões EUR (preços de 2004) Deduções para desenvolvimento da economia rural (eixo esquerdo) Despesa na UE15 (eixo esquerdo) Despesa nos N12 (eixo esquerdo) 70000 % do RNB da UE27 0,52 0,48 60000 50000 0,44 0,40 0,36 Despesa na UE15 como % do RNB na UE27 (eixo direito) 0,32 0,28 0,24 0,20 40000 30000 100 10000 0,16 0,12 0,08 0 0,04 0,00 20000 Despesa nos N12 como % do RNB na UE27 (eixo direito) 95 75 0 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 100 95 75 2013 Fonte: DG REGIO 25 25 5 5 xxxviii TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:45 38 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Conclusões: uma proposta para uma política de coesão reformulada 100 95 75 25 5 0 100 provenientes de uma única fonte (o FEDER). As intervenções no interior destas regiões para o cumprimento da Estratégia Europeia para o Emprego terão lugar no contexto dos programas nacionais financiados pelo FSE, com as reservas adequadas dos recursos do FSE para assegurar que o perfil para o período de transição é inteiramente respeitado, combinando o FEDER e o FSE. A contribuição de cada fundo nas regiões envolvidas seguirá, em média, as mesmas proporções que nos actuais programas de fundos múltiplos. 95 75 25 5 0 3) Cerca de 4% para prioridade de “cooperação territorial”. Para a distribuição dos recursos financeiros entre os Estados-membros, a Comissão propõe a aplicação do método baseado em critérios objectivos utilizado por ocasião do Conselho de Berlim (1999) para a prioridade de “convergência”, tendo em conta a necessidade de justiça face às regiões afectadas pelo efeito estatístico do alargamento. Os recursos para o objectivo “competitividade regional e emprego” serão repartidos pela Comissão entre os Estados-membros, com base em critérios territoriais, sociais e económicos da Comunidade. Finalmente, o número de pessoas que vive em regiões significativas e as condições sócio-económicas relativas orientarão a distribuição de recursos ao abrigo do objectivo da “cooperação territorial europeia”. ***** A Comissão organizará um fórum a 10 e 11 de Maio de 2004, antes da apresentação das suas novas propostas legislativas. Este fórum reunirá todos aqueles a quem a política de coesão diz respeito, com o objectivo de discutir as propostas constantes do presente relatório. 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 0 xxxix TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:45 0 39 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Conclusões: uma proposta para uma política de coesão reformulada 100 100 95 95 Temas Prioritários 75 75 Prioridade «Convergência» Prioridade «Emprego e competitividade regional» Vertente Competitividade regional 25 5 25 5 FEDER 0 1. Inovação e economia do conhecimento 0 – Investimento produtivo; – Desenvolvimento do potencial endógeno. Inter alia: - Serviços a empresas - Promover a inovação e I&D – Promover a inovação e a I&D através, entre outros, do reforço das ligações das PME com a base do conhecimento, do apoio às redes e núcleos, ou melhorar o acesso das PME a tecnologias avançadas e serviços de inovação empresarial. - Promover o empreendedorismo – Promover o empreendedorismo, através, entre outros, do apoio à criação de novas firmas de universidades e firmas já existentes, ou o estabelecimento de novos instrumentos financeiros e de ninhos de empresas. - Apoio directo ao investimento - Infra-estruturas locais - Sociedade da Informação - Turismo e investimento cultural 2. Acessibilidades e serviços de interesse económico geral – Redes de transportes, telecomunicações e energia, incluindo redes transeuropeias; – Redes secundárias, entre outras, ligações rodoviárias para as TEN-Transporte, mas também nós ferroviários regionais, aeroportos e portos ou plataformas multimodais, vias de navegação interna locais e regionais, secções ferroviárias que assegurem ligações radiais às principais linhas ferroviárias. – Redes secundárias; – Sociedade da informação, entre outros, acesso equitativo e utilização das redes de banda larga e serviços TIC; a promoção do acesso das PME às TIC. – Infra-estruturas sociais 3. Ambiente e prevenção de risco – Ajudar os Estados-membros a cumprir na íntegra o conjunto da legislação da EU – Investimento em infra-estruturas ligadas à Natura 2000 contribuindo para o desenvolvimento económico sustentável – Apoiar o desenvolvimento de eco-indústrias – Promover a integração de tecnologias amigas do ambiente e medidas de prevenção da poluição nas PME 100 95 – Reabilitação de zonas industriais degradadas – Reabilitação de zonas industriais degradadas 100 95 75 75 25 25 5 5 xl TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:45 40 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Conclusões: uma proposta para uma política de coesão reformulada 100 100 95 95 75 25 – Apoiar medidas para prevenir os riscos naturais e tecnológicos – Apoiar medidas para prevenir os riscos naturais e tecnológicos – Favorecer meios de transporte mais amigos do ambiente – Promover o sustentável transporte público 75 urbano 25 – Eficiência energética 5 5 – Desenvolvimento e utilização de energias renováveis 0 – Desenvolvimento e utilização de energias renováveis 0 4. Reforçar a capacidade institucional da administração regional e nacional na gestão dos Fundos Estruturais e do Fundo de Coesão Prioridade «Emprego e competitividade regional» Vertente Emprego FSE 1. Educação, emprego e sistemas de apoio social 1. Adaptabilidade dos trabalhadores – Reforçar as instituições do Mercado de trabalho – Melhorar as estratégias da aprendizagem ao longo da vida, principalmente por parte da administração pública e dos parceiros sociais – Desenvolvimento de sistemas educativos e de formação – Desenvolvimento de serviços de apoio social – Formação na empresa para adaptabilidade dos trabalhadores 2. Capital humano e fornecimento de mão-de-obra 2a. Fornecimento de mão-de-obra e 2b. pessoas desfavorecidas – Medidas de formação inicial e contínua – Melhorar as estratégias de envelhecimento activo e prevenção do abandono precoce do mercado de trabalho – Mercado de trabalho activo para garantir o acesso ao mercado de trabalho a todos – Medidas para aumentar a participação das mulheres na força do trabalho – Medidas de apoio à inclusão social – Medidas para aumentar o emprego potencial, a igualdade de acesso e a inclusão de pessoas com incapacidades, migrantes, minorias étnicas 3. Adaptação da administração pública à mudança através do fortalecimento da administração e das capacidades 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 0 xli TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:45 0 41 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Conclusões: uma proposta para uma política de coesão reformulada 100 100 95 95 Instrumentos e objectivos 75 75 2000–2006 25 2007–2013 Instrumentos financeiros Objectivos Fundo de Coesão Fundo de Coesão Objectivo 1 FEDER Convergência e competitividade Objectivos 5 0 FSE Instrumentos financeiros 25 5 Fundo de Coesão 0 FEDER FSE FEOGA-Orientação IFOP Objectivo 2 FEDER Competitividade regional e emprego FSE Objectivo 3 1 2 3 4 100 5 6 95 75 7 8 9 10 11 FSE INTERREG FEDER URBAN FEDER EQUAL FSE LEADER + FEOGA-Orientação Desenvolvimento rural e reestruturação do sector das pescas fora do Objectivo 1 FEOGA-Garantia 9 objectivos 6 instrumentos – nível regional FEDER – nível nacional: Estratégia Europeia de Emprego FSE Cooperação territorial europeia FEDER 3 objectivos 3 instrumentos IFOP Construir o nosso futuro em comum: Desafios políticos e recursos orçamentais da União alargada, 2007-2013, COM(2004) 101 final. COM(2003) 34 final de 30.1.2003, p.4. Rigorosamente definidas ao nível das NUTS 2. Medido na paridade de poder de compra e calculado com base nos valores da Comunidade dos últimos três anos disponíveis no momento em que a decisão é tomada. Cada um destes Fundos terá à sua disposição recursos para financiar assistência técnica. Medido na paridade de poder de compra e calculado com base nos valores da Comunidade dos últimos três anos disponíveis no momento em que a decisão é tomada. Definidas a nível NUTS 1 ou NUTS 2, conforme o sistema institucional de cada Estado-membro. COM(2003) 34 final de 30.1. 2003, p.27. Serão elegíveis apenas as fronteiras marítimas propostas pelos Estados-membros. Regulamento do Conselho (CE, Euratom), 1605/2002 de 25 de Junho de 2002. Os juros serão pagos pela autoridade gestora ou pelo beneficiário final. 100 95 75 25 25 5 5 xlii TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:45 42 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen 100 95 75 100 95 Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento – Situação e tendências 75 25 25 5 5 0 0 Índice Coesão económica e social . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 Coesão territorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 Factores que determinam o crescimento, o emprego e a competitividade . . . . . . . . . . . . . 36 Anexo Estatístico da Parte 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 0 1 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:45 0 43 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 95 100 Coesão económica e social 75 Introdução 25 5 0 Ao longo da última década, e especialmente desde meados dos anos 90, as disparidades de rendimento e emprego na União Europeia têm vindo a diminuir, quer entre países quer entre regiões. Ao mesmo tempo, a produtividade nos territórios menos prósperos da União subiu em relação à de outras zonas, o que implica um aumento da sua competitividade. Permanecem, contudo, profundas diferenças dos níveis relativos de prosperidade e desempenho económico, o que significa que continuam a existir debilidades estruturais não obstante as melhorias obtidas graças ao apoio dos Fundos Estruturais. As disparidades de rendimento e emprego no seio dos países e das regiões tornar-se-ão ainda mais acentuadas com a entrada dos novos Estados-membros, em Maio de 2004. A partir de meados da década de 90, após as perturbações dos primeiros anos de transição, quase todos estes países registaram níveis de crescimento consideravelmente superiores aos da UE15, mas apresentam níveis de PIB per capita e, na maioria dos casos, de emprego, muito inferiores à média da União. Assim, será necessário manter um crescimento sustentado muito acima da taxa da actual União durante um período de tempo prolongado para que estes países possam atingir níveis de rendimento comparáveis com os da média da UE. Para obter esse crescimento elevado, aliado a altos níveis de emprego, os novos Estados-membros irão necessitar de muito apoio para enfrentar problemas estruturais profundos e realizar o seu potencial económico. Tal como acontece nas zonas da União caracterizadas por um fraco desempenho económico, a superação das fragilidades estruturais nos novos Estados-membros significaria não só elevar os níveis de vida, mas também aumentar a competitividade e o crescimento na economia de toda a União. 100 95 75 São estes os principais aspectos que ressaltam da análise que a seguir se apresenta. Em primeiro lugar, analisa-se o crescimento do PIB e do emprego nos países da coesão ao longo dos últimos anos, por comparação ao resto da UE; em segundo lugar, o nível das disparidades entre as regiões da UE15 e como a situação se foi alterando ao longo desta 25 última década, com particular ênfase nas regiões Objectivo 1 apoiadas através dos Fundos Estruturais; em terceiro lugar, o desenvolvimento económico recente nos países da adesão e a forma como o desempenho económico tem variado nas regiões destes países; em quarto lugar, as taxas de crescimento necessárias para convergir com os níveis de rendimento da actual UE dentro de um período de tempo razoável; e, em quinto lugar, as implicações do envelhecimento da população. Em seguida, são considerados dois aspectos da coesão social, nomeadamente o desemprego e os baixos níveis de rendimento no espaço da União. 95 75 25 5 0 Coesão económica Convergência do PIB per capita nos países da coesão Os quatro países da coesão1 — Grécia, Espanha, Irlanda e Portugal — registaram, entre 1994 e 2001, um crescimento muito acima da média da UE. Este facto traduziu-se num aumento significativo do PIB per capita em relação ao resto da UE, uma vez que, exceptuando a Irlanda, o crescimento demográfico nestes países foi apenas ligeiramente acima da média. Na Irlanda, onde houve um incremento anual da população de mais de 1%, o PIB per capita aumentou em termos reais cerca de quatro vezes a taxa média da UE (8% ao ano contra pouco mais que 2% ao ano, respectivamente). Por consequência, em 2001, o PIB per capita da Irlanda em termos de padrões de poder de compra (PPC) situava-se mais de 17% acima da média da UE15, enquanto que, no começo dos anos 90, tinha sido de 25% abaixo da média. O exemplo irlandês mostra muito claramente a eficácia dos apoios dos Fundos Estruturais quando acompanhados por políticas nacionais orientadas para o crescimento. Nos outros três países da coesão, o crescimento do PIB per capita em termos reais, embora mais modesto, foi ainda assim superior ao do resto da UE desde meados dos anos 90. Desde o fim do período de recessão em 1994 até ao recente abrandamento da economia, o crescimento real do PIB per capita na Grécia, em Portugal e em Espanha situou-se constantemente acima da média da UE, enquanto que, durante os anos da recessão, tinha estado sempre abaixo da média. (Gráfico 1.1). 5 100 95 75 25 5 2 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:46 44 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 100 95 75 1.1 Crescimento do PIB per capita em Espanha, Portugal e Grécia em relação à média UE15, 1992-2002 4,0 Variação % relativa a UE15 Espanha Portugal Grécia 3 da Coesão 4,0 25 3,0 5 2,0 2,0 0 1,0 1,0 0,0 0,0 -1,0 -1,0 -2,0 -2,0 3,0 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Fonte: Eurostat, Contas nacionais Assim, entre 1991 e 1994, o PIB per capita diminuiu quer na Grécia quer em Portugal, enquanto na Espanha registou um aumento mais lento do que a média da UE. De 1994 a 2001, em cada um destes três países verificou-se um aumento semelhante do PIB per capita — acima de 3% ao ano em Espanha e Portugal, e pouco abaixo deste valor na Grécia — em comparação com os pouco mais de 2% ao ano da média da UE. Assim, no decurso destes 7 anos de retoma económica na União, o PIB per capita do conjunto destes três países aumentou, em termos reais, quase 1 ponto percentual ao ano acima da média da UE. (ver Notas Metodológicas no final desta secção). Consequentemente, o PIB per capita nos três países da coesão considerados em conjunto aumentou, em termos de PPC (para ajustamento dos diferentes níveis de preços), para 79% da média da UE15 em 2001, e para 81% em 2002. Em Espanha, o PIB per capita nestes mesmos termos situava-se, em 2002, menos de 15% abaixo da média da UE. Todavia, a Grécia e Portugal registaram ainda um défice significativo, apesar da convergência que se começou a verificar a partir de meados dos anos 90. Em ambos os países, o PIB per capita situou-se ainda apenas nos 71% da média da UE em 2002. Convergência no emprego 100 95 75 Os números relativos ao emprego também registaram, a partir de 1995, um forte aumento nos países da coesão. Entre 1996 e 2002, a taxa de emprego — a proporção da população em idade activa (dos 15 aos 64 anos) que se encontrava empregada na UE15 — aumentou pouco mais de 4 pontos percentuais. Nos quatro países da coesão considerados em conjunto, o aumento foi duas vezes superior, com uma subida da taxa de emprego média para 60% em 2002, apenas 4 pontos percentuais menos do que a média da UE15 (64%), correspondente a metade da disparidade existente 6 anos antes (Quadro A1.1). 95 Na Irlanda, o aumento foi particularmente marcado (10 pontos percentuais), reflectindo a rápida expansão económica do país, com uma subida da taxa de emprego ligeiramente acima da média da UE15. Por outro lado, a Espanha registou um aumento ainda maior (quase 11 pontos percentuais), apesar da taxa de emprego em 2002 (58,5%) se situar muito abaixo da média da UE15. 5 75 25 0 O aumento foi mais modesto em Portugal (6,5 pontos percentuais), onde o emprego já registava valores relativamente elevados, mas claramente acima da média da UE, levando a taxa de emprego a atingir os 68,5%, apenas ligeiramente abaixo do objectivo dos 70% estabelecido em Lisboa para a UE em 2010. O aumento do emprego, por outro lado, foi muito inferior na Grécia: apenas 2 pontos percentuais durante estes 6 anos, apesar de um crescimento económico muito acima da média. Assim, a taxa de emprego em 2002 (57%) situou-se ainda mais abaixo da média da UE15 quando comparada com a registada em meados da década de 90, sendo a Itália o único país com uma taxa ainda mais baixa. Por consequência, um dos objectivos prioritários da política da UE continua a ser o aumento do emprego naquelas zonas da União onde este regista taxas ainda muito inferiores às da média. Aumento da produtividade Em Espanha e, em menor grau, em Portugal, os aumentos do emprego deram um contributo significativo para o crescimento do PIB, situação que ocorreu também na Irlanda, onde o número das pessoas empregadas aumentou cerca de 5% ao ano entre 1996 e 2002. Na Irlanda, o aumento do emprego foi acompanhado por uma maior produtividade da mão-de-obra, que foi de pouco menos de 4% ao ano, três vezes mais do que a taxa média da União. Em Portugal, o aumento da produtividade foi também superior à média da UE, enquanto que em Espanha, que registou uma marcada subida do emprego, foi apenas cerca de metade da média. 100 95 75 Na Grécia, por outro lado, o aumento da produtividade da mão-de-obra aproximou-se dos 3% ao ano 25 25 5 5 0 3 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:46 0 45 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 95 75 25 5 100 entre 1996 e 2002 (muito acima do dobro da taxa média da EU), e constituiu a principal fonte de crescimento do PIB. Na Grécia e em Portugal, onde se situam as regiões menos prósperas da União, a base produtiva parece, assim, ter-se consolidado desde 1995, aumentando o potencial para que a convergência de rendimentos continue nos anos futuros. 0 Recente abrandamento da economia da UE Nos três anos seguintes à publicação do último Relatório sobre a Coesão, verificou-se um abrandamento considerável do crescimento económico. Este fenómeno teve inevitáveis impactos sobre a coesão, não só porque levou a um novo aumento do desemprego em muitas regiões (ver adiante), mas também porque veio a criar um clima pouco favorável à continuação da redução das disparidades regionais em termos de rendimento e de emprego. Em 2003, pelo o terceiro ano consecutivo, o crescimento económico na União continuou deficitário (registando valores inferiores a 1%). O crescimento do PIB poderá subir para 2% em 2004 e aproximar-se dos 2,5% em 2005.2 O abrandamento afectou praticamente todos os Estados-membros. Até na Irlanda se estima que o crescimento tenha diminuído para 1,5% em 2003, e prevê-se que continue abaixo dos 4% em 2004. O impacto tem sido particularmente grave em Portugal, onde o PIB diminuiu quase 1% em 2003, depois de ter subido menos de 0,5% em 2002 e com previsões de aumento de apenas 1% em 2004. A concretizar-se tal previsão, grande parte da convergência com a média da UE na segunda metade dos anos 90 terá sido invertida nos três anos entre 2001 e 2004. 100 95 75 A situação tem sido melhor nos outros dois países da coesão. A Espanha parece ter registado um aumento de PIB de pouco mais de 2% ao ano em 2002 e 2003, e as previsões apontam para um aumento de quase 3% em 2004. A Grécia parece ser o país menos afectado de todos: o crescimento foi de cerca de 4% quer em 2002 quer em 2003, muito acima do que no resto da UE, prevendo-se que se mantenha em 2004. Assim, na Espanha e na Grécia, os apoios dos Fundos Estruturais podem ter ajudado a manter o nível de crescimento económico. O abrandamento do crescimento levou um tempo relativamente longo a afectar o emprego, talvez em parte devido à expectativa inicial por parte dos empregadores de que se trataria de um período mais curto. Em 2003, porém, teve repercussões negativas no aumento do emprego na Irlanda, que se estima se situe em menos de 1%, resultando numa diminuição da taxa de emprego (dado o aumento relativamente elevado da população em idade activa). Teve efeitos igualmente negativos na Espanha, apesar do facto de, neste país, o aumento do número de pessoas empregadas ser ainda de cerca de 1,5% em 2003, o que implica um aumento ulterior da taxa de emprego (de aproximadamente 1 ponto percentual). As estimativas sugerem um aumento semelhante da taxa de emprego também na Grécia. Por outro lado, estima-se que, em Portugal, o número das pessoas empregadas tenha diminuído 1% em 2003 e as previsões apontam para que se venha a manter praticamente inalterado em 2004, o que implica uma diminuição considerável da taxa de emprego. 95 75 25 5 0 Noutras partes da União, a Alemanha e a Itália continuaram a registar desempenhos fracos. Na Alemanha não se verificou praticamente nenhum aumento do PIB em 2002 e 2003, enquanto que na Itália o crescimento se manteve abaixo de 0,5% em ambos os anos. Em França, onde o aumento do PIB era, antes de 2001, semelhante à média da União, estima-se que o crescimento tenha sido apenas marginal em 2003. Nos Países Baixos, que registaram níveis de crescimento anteriores muito acima da média, o PIB aumentou apenas ligeiramente em 2002 e estima-se que tenha diminuído em 2003. Diminuíram também as disparidades regionais do PIB per capita Até ao recente abrandamento, em 2001, a disparidade do PIB per capita entre as regiões menos ricas da União — aquelas onde se tem concentrado a política da coesão — e as outras tem também diminuído ao longo destes últimos anos. Contudo, não é ainda possível especificar o que aconteceu a partir de 20013. Note-se que os valores regionais referidos nesta secção e no resto do relatório são relativos ao crescimento do PIB per capita em termos reais. Pela primeira vez esses valores são calculados com base em indicadores regionais provenientes de uma nova base de dados especificamente criada para manter a consistência temporal para todas as regiões NUTS 2 da UE. Estes valores diferem dos dados geralmentes utilizados em análises e estudos empíricos anteriores, que são relativos ao PIB em termos de PPC ao longo do tempo, e cuja utilização não é adequada 100 95 75 25 25 5 5 4 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:46 46 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 100 95 95 75 75 Canarias (E) 25 25 Guadeloupe Martinique Réunion 5 5 Guyane (F) 0 0 Açores (P) Madeira 1.1 PIB per capita (PPC), 2001 Índice, UE25=100 < 50 50 - 75 100 FR(DOM): 2000 75 - 90 100 90 - 100 95 75 95 100 - 125 Fonte: Eurostat >= 125 0 sem dados 100 500 km 75 © EuroGeographics Association para as fronteiras administrativas 25 25 5 5 0 5 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:46 0 47 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 95 75 25 5 0 100 para este objectivo (ver Notas Metodológicas no final desta secção). As regiões às quais foi concedido estatuto de Objectivo 1, em virtude de o seu PIB per capita ser, em termos de PPC, inferior a 75% da média da UE, registaram uma taxa mais elevada de crescimento em relação a outras zonas da União entre 1988, quando se deu a reforma dos Fundos Estruturais, e 2001. Assim, a análise acima referida mostra que o crescimento tem sido particularmente intenso nas regiões dos países da coesão (que correspondem a mais de metade das regiões Objectivo 1 e onde vive mais de metade da população destes países). No conjunto das regiões Objectivo 1, o PIB per capita em termos reais aumentou quase 3% ao ano entre 1994 e 2001 (o último ano para o qual estão disponíveis dados regionais e que abrangem o período de programação anterior e os primeiros dois anos do actual), em comparação com pouco mais de 2% ao ano no resto da UE. Este valor seguiu-se a um crescimento inferior a 2% ao ano durante os seis anos precedentes, de 1988 a 1994, embora estivesse ainda acima dos níveis de crescimento em outras partes da União (pouco acima de 1% ao ano)4. Assim, desde 1988, quando os Fundos Estruturais foram reformados e alargados, o PIB per capita no conjunto das regiões Objectivo 1 tem registado uma convergência constante com a média da EU. Mas a taxa de convergência tem variado de região para região As taxas de crescimento registadas nas regiões Objectivo 1, todavia, variaram consideravelmente de região para região. Daí que não se verifique o mesmo grau de convergência em todo o espaço da União, que é muito mais significativo nos países da coesão, talvez devido à combinação de apoios estruturais relativamente elevados com políticas nacionais orientadas para o crescimento (Quadro A1.2). 100 95 75 Como anteriormente referido, a partir de meados da década de 90 as regiões Objectivo 1 dos quatro países da coesão registaram um aumento do PIB per capita muito superior à média da UE. Tal foi o caso tanto nas regiões Objectivo 1 de Espanha, onde cerca de 40% da população vive fora destas regiões, como também nos outros três países, onde todas as regiões são elegíveis para apoio. (Em Espanha, a média do crescimento do PIB per capita nas regiões Objectivo 1 foi de 3% ao ano entre 1994 e 2001, um valor apenas ligeiramente inferior ao registado nas outras regiões espanholas.) Fora dos países da coesão, o crescimento das regiões Objectivo 1 tem sido menos marcado, talvez devido, pelo menos em parte, ao abrandamento do crescimento a nível nacional. Sobretudo nos novos Länder alemães, onde o PIB registara um aumento significativo nos primeiros anos da década de 90, após a unificação, o crescimento do PIB per capita manteve-se praticamente igual à média da UE durante o período de sete anos, entre 1994 e 2001 (abaixo de 2,5% ao ano). Contudo, este valor situava-se ainda muito acima da taxa no resto da Alemanha (inferior a 1,5% ao ano). Na Itália, o crescimento no Mezzogiorno (2% ao ano) teve níveis semelhantes aos do resto do país e também inferiores à média da UE. 95 75 25 5 0 Nas regiões Objectivo 1 de outras partes da União, que correspondem a uma parte muito pequena da população nacional, o aumento do PIB esteve em consonância com a média da UE neste mesmo período. (ver Nota Metodológica). Apesar da convergência global do PIB per capita com a média da UE nas regiões desfavorecidas, continuam a existir profundas disparidades. Em 29 regiões, onde habita 13% da população da UE15, o PIB per capita em termos de PPC em 2001 era inferior a dois terços da média. Estas regiões situam-se principalmente na Grécia, em Portugal, no sul da Espanha e da Itália, apesar de incluírem também seis regiões da Alemanha de Leste (Chemnitz, Dessau, Mecklenburg-Vorpommern, Magdeburg, Brandenburg-Nordost e Thüringen), a Cornualha no Reino Unido e três dos quatro DOM franceses. (Mapa 1.1). Também as taxas de emprego e a produtividade convergiram nos espaços regionais A convergência do PIB per capita foi acompanhada por uma redução das disparidades nas taxas de emprego entre as regiões. Embora o emprego tenha registado um aumento significativo na UE a partir de meados dos anos 90, este fenómeno foi mais marcado nas regiões Objectivo 1. Entre 1994 e 2001, o número das pessoas empregadas nestas regiões aumentou pouco menos de 1,5% ao ano, valor ligeiramente acima da média da EU, e em 2002 a taxa de emprego situou-se mais de 5 pontos percentuais 100 95 75 25 25 5 5 6 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:46 48 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 95 75 25 5 0 100 acima da registada 6 anos antes, contra uma subida de 4 pontos percentuais no resto da União. Verificou-se também um maior aumento da produtividade nas regiões Objectivo 1 do que em outras zonas da UE, com uma média anual acima de 1,5% no período de 1994 a 2001, contra cerca de 1% ao ano em todo o espaço da União. De facto, o aumento de produtividade contribuiu mais para a subida do PIB do que o aumento do emprego. Contudo, o aumento do emprego foi caracterizado por profundas variações entre as regiões Objectivo 1. Conforme anteriormente referido, o aumento em Portugal foi pouco acima da média da UE, enquanto na Grécia foi muito abaixo; ao mesmo tempo, o número das pessoas empregadas subiu consideravelmente nas regiões Objectivo 1 da Espanha (cerca de 3% ao ano) — mais do que no resto do país — e ainda mais na Irlanda (5% ao ano). Nas regiões espanholas, o corolário de tal fenómeno foi o modesto aumento da produtividade da mão-de-obra (0,5% ao ano). Por outro lado, nas regiões Objectivo 1 da Alemanha — os novos Länder — verificou-se um decréscimo do emprego (de quase 0,5% ao ano) ao longo do mesmo período, enquanto a produtividade aumentou mais do que em outras zonas do país e até da União em geral (2% ao ano). Da mesma forma, nas regiões Objectivo 1 italianas — no Mezzogiorno — o emprego registou incrementos relativamente baixos (menos de 0,5% ao ano), enquanto o aumento da produtividade foi também superior à média, sem todavia atingir os valores da Alemanha (mais de 1,5% por ano contra 1% no resto da Itália). 100 95 75 Assim, embora a competitividade possa ter melhorado ligeiramente nestas duas zonas, a falta de postos de trabalho continua a constituir um problema grave. Tal é o caso no sul da Itália, em particular, onde apenas 43% da população em idade activa estava empregada em 2002, um valor que se situa muito abaixo do registado em outras regiões Objectivo 1 — ou até em outras zonas da União. A taxa média de emprego no conjunto das regiões Objectivo 1 situava-se ainda em 10 pontos percentuais abaixo da dos outros territórios da UE (56% contra 66,5%) (Mapa 1.2). O aumento da taxa de emprego nas regiões menos favorecida continua, pois, a ser um objectivo central da política europeia da coesão. As regiões problemáticas não são apenas as que registam os valores mais baixos de PIB per capita 95 75 O fraco desempenho económico na UE, aliado a problemas estruturais subjacentes, não afecta apenas as regiões com os mais baixos níveis de PIB per capita. Existem em todo o território da União regiões com problemas, quer a nível de NUTS 2, quer — e em número mais elevado — a nível de NUTS 3. Os problemas que afectam estas regiões resultam de uma série de factores, entre os quais o declínio das indústrias tradicionais, características geográficas que constituem obstáculos ao desenvolvimento, o decréscimo demográfico e do emprego, o declínio de serviços essenciais, bem como a falta de capacidade de inovação e das estruturas de suporte necessárias. Todos estes factores, individualmente ou em conjunto, tendem a desencorajar o investimento e funcionam como um obstáculo ao desenvolvimento empresarial. Tais problemas são descritos em secções subsequentes (ver secções sobre a coesão territorial e os factores de competitividade). Se não forem devidamente resolvidos irão piorar com o decorrer do tempo, levando a uma deterioração progressiva do desempenho económico. 25 5 0 Por exemplo, existem 11 regiões NUTS 2 com níveis comparativamente baixos de PIB per capita, onde o aumento real do PIB entre 1994 e 2001 foi de cerca de metade da taxa média da UE, ou mesmo menor. Todas estas regiões registaram níveis de PIB per capita em termos de PPC consideravelmente inferiores à média da UE, mas ainda assim superiores ao limiar de 75% para elegibilidade ao estatuto de Objectivo 1. Estas 11 regiões estão espalhadas pelo nordeste da Inglaterra, em várias partes da Alemanha (Koblenz e Münster, por exemplo), bem como na Suécia. Em todos os casos, elas registaram um baixo crescimento de produtividade, que aumentou em média apenas cerca de 0,5% ao ano durante o período em análise — apenas ligeiramente acima de um terço da média da UE, bem como um baixo crescimento do emprego (pouco mais de 0,5% ao ano, contra uma média da UE de quase 1,5% ao ano). No seu conjunto, em 2001, o PIB per capita destas regiões em termos de PPC situou-se próximo dos 85% da média da UE, mas quase todas elas incluem áreas nas quais se verificou um nível muito baixo de crescimento nos últimos dez ou mais anos e onde o PIB per capita era 75% da média da UE. 100 95 75 25 25 5 5 0 7 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:47 0 49 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 100 95 95 75 75 Canarias (E) 25 25 Guadeloupe Martinique Réunion 5 5 Guyane (F) 0 0 Açores (P) Madeira 1.2 Taxas de emprego, 2002 Empregados 15-64 anos como % da população 15-64 anos < 56,0 56,0 - 60,2 UE27 = 62,4 Desvio-padrão = 8,4 60,2 - 64,4 100 100 64,4 - 68,6 >= 68,6 95 sem dados 95 Fonte: Eurostat e Institutos Nacionais de Estatística 0 75 100 500 km 75 ©EuroGeographics Association para as fronteiras administrativas 25 25 5 5 8 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:47 50 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 95 75 25 5 0 100 A verificar-se uma continuação de diminuto desenvolvimento económico nestas regiões, o PIB per capita irá a breve prazo descer abaixo do nível dos 75%, altura em que elas poderão tornar-se elegíveis para apoio ao abrigo do Objectivo 1. Contudo, se assim for, os problemas estruturais que necessitam de solução irão muito provavelmente agravar-se ainda mais, exigindo assim acções ainda mais drásticas. Tal facto suscita a questão de saber até que ponto é que a política de coesão deve antever tal agravamento e intervir numa fase mais precoce, no sentido de tentar suster o declínio ao menor custo possível. Aumento do PIB nos países da adesão No período entre 1994 e 2001, o crescimento do PIB per capita nos novos Estados-membros registou médias pouco superiores a 4% ao ano, exceptuando a Hungria (pouco abaixo deste valor) e a República Checa. Neste último país, o crescimento foi pouco superior a 2% ao ano, enquanto na Bulgária e Roménia (os dois países da adesão cuja entrada na UE não se verificará em 2004) o PIB quase não registou nenhum aumento. Contudo, uma vez que os valores demográficos variaram de forma diferente nos diversos países — aumentando consideravelmente em Chipre e Malta, diminuindo cerca de 1% ao ano nos três Países Bálticos, bem como na Bulgária, e não sofrendo grandes alterações nos outros países — o crescimento do PIB per capita variou pouco mais do que o crescimento do PIB. em 2001 e 2002, sendo ainda mais baixa em Malta, devido à quebra do turismo proveniente da UE. Mas pouco aumento do emprego enquanto a reestruturação continua 95 75 25 Ainda antes que se verificasse o recente abrandamento da economia, o crescimento não surtira efeitos grandemente positivos nos problemas de emprego que surgiram nos países da transição no início da década de 90. Em todos os países que tinham taxas de crescimento elevadas, com a excepção da Hungria e da Eslovénia, a produtividade da mão-de-obra aumentou consideravelmente, enquanto o emprego registou incrementos pouco significativos (Letónia) ou diminuiu (em todos os outros casos), reflectindo o processo de reestruturação da economia destes países que, na maioria dos casos, está ainda longe de ser completo. 5 0 Assim, durante a fase de transição, o crescimento nos países da adesão resulta predominantemente do aumento de produtividade por pessoa empregada e não do aumento do emprego. Na maioria dos países, especialmente aqueles com níveis de PIB per capita mais baixos, esta situação tem-se mantido ao longo dos últimos anos. (A expressão ‘países da adesão’ é utilizada ao longo do presente relatório para designar os 10 novos Estados-membros, mais a Bulgária e a Roménia). Entre 1998 (altura em que se tornaram disponíveis os dados relativos à maior parte dos países) e 2002, a taxa de emprego desceu mais de 7 pontos percentuais na Polónia e na Roménia, quase 4 Em linhas gerais, o aumento do PIB per capita em termos reais nos novos Estados-membros situou-se em cerca de 1,5% ao ano acima da média da UE15 ao longo do perío1.2 Taxa de emprego, 1998 e 2002 do em análise. 100 95 75 A partir de 2001, o crescimento abrandou no conjunto destes países, em parte devido à quebra de crescimento na UE, que constitui o seu principal mercado de exportação. Em geral, registou-se um aumento de pouco menos de 2,5%, quer em 2001 quer 2002, e as estimativas apontam para 3% em 2003. O abrandamento foi particularmente acentuado na Polónia, onde a média de crescimento foi pouco superior a 1% Empregados 15-64 anos como % da população 15-64 anos 80 1998 2002 Média UE15 2002 Objectivo de Lisboa 2010 80 70 70 60 60 50 50 40 40 30 30 20 20 10 10 0 100 95 0 75 DK NL SE UK FI AT PT DE IE LU FR BE ES EL IT CY CZ SI EE LT LV RO HU SK PL BG MT: dados não disponíveis; BG e CY: dados para 1998 não disponíveis Fonte: Eurostat, IFT 25 25 5 5 0 9 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:47 0 51 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 95 75 25 5 0 100 pontos percentuais na Estónia e 2 pontos percentuais na República Checa, na Eslováquia e na Lituânia. Por outro lado, a taxa de emprego registou aumentos na Eslovénia, embora inferiores a 1 ponto percentual, na Letónia e Hungria (mais de 3 pontos percentuais neste último país onde, todavia, e como adiante se refere, o nível continua muito abaixo da média da UE15) (Gráfico 1.2). O abrandamento levou a uma ulterior quebra no emprego, especialmente na Polónia, onde o número das pessoas empregadas diminuiu mais de 2% em 2002, enquanto as estimativas para 2003 apontam para valores ainda mais baixos. Para este mesmo ano, está previsto um aumento do emprego superior a 0,5% apenas em dois países, a Lituânia e a Eslováquia. E as taxas de emprego continuam baixas nos países da adesão Como consequência deste crescimento diminuto do emprego, a percentagem da população em idade activa efectivamente empregada nos países da adesão tem vindo a descer constantemente desde o início da fase de transição, enquanto na UE15 registou uma subida. Em 2002, essa percentagem — a taxa de emprego — registava uma média de apenas 56% nos dez novos Estados-membros, valor muito inferior à média da UE15 (pouco mais de 64%), embora comparável com a média das regiões Objectivo 1. Esta semelhança, todavia, dissimula o facto de as taxas de emprego nas regiões Objectivo 1 terem estado a apresentar, como já referido, uma tendência significativa para o aumento até ao recente abrandamento, enquanto nos novos Estados-membros elas tendiam a decrescer. 100 95 75 Em todos os países da adesão, excepto em Chipre, a taxa de emprego manteve-se abaixo dos objectivos estabelecidos para a UE na cimeira de Lisboa, isto é, 67% em 2005 e 70% em 2010. Enquanto na República Checa este valor se aproximou da meta dos 67% (65,5%) e na Eslovénia foi igual à média da UE, nos outros países manteve-se substancialmente distante deste objectivo. Na Hungria e na Eslováquia, a taxa foi de cerca de 56%, análoga à da Grécia e ligeiramente superior à média italiana, e na Polónia foi de pouco menos de 52%, percentagem inferior à de qualquer Estado-membro actual. Disparidades profundas do PIB per capita entre as regiões dos países da adesão Nos países da adesão, o crescimento a nível das várias regiões está longe de ser equilibrado. Em todos os países da transição, ele tem-se concentrado de forma desproporcionada apenas em algumas regiões, nomeadamente nas cidades capitais e zonas adjacentes. O resultado foi um aumento considerável das disparidades regionais do PIB per capita. 95 75 25 5 0 Quer na República Checa quer na Eslováquia, os 20% da população residente nas regiões mais prósperas têm um PIB per capita que é superior ao dobro do dos 20% que reside nas regiões menos prósperas. Esta disparidade é semelhante à que se verifica na Itália ou na Alemanha. Na Hungria, o nível de PIB per capita nas regiões onde residem os 20% da população mais próspera corresponde a 2,4 vezes o nível registado nas regiões menos prósperas, mais do que em qualquer Estado-membro da actual UE. O alargamento levará a um marcado aumento da diferença do PIB per capita no espaço da UE Os dez novos Estados-membros contribuirão muito mais para o aumento da população da UE (pouco menos de 20%) do para o aumento do PIB (em Euros, cerca de 5%). A Bulgária e a Roménia em conjunto acrescentarão 8% à população da EU, mas menos de 1% ao seu PIB. Mesmo considerando os níveis mais baixo do custo de vida, todos estes países são muito menos prósperos do que os actuais Estados-membros, embora em graus muito diferentes. Assim, o alargamento iminente a 25 Estados-membros e, subsequentemente a 27 ou mais, comportará uma mudança fundamental da escala das disparidades no território da União, e a política de coesão — bem como as outras políticas da UE — terão que se adaptar a essa nova situação. Apesar de os novos Estados-membros terem registado, como já foi referido, um crescimento mais rápido do que a UE15 a partir de meados da década de 90, as disparidades do PIB continuam profundas. Em 2002, apenas Malta, Chipre, a República Checa e a Eslovénia registaram um PIB per capita em termos de PPC superior a 60% da média da UE15. Na Polónia, Estónia e Lituânia, este valor foi de cerca de 40% da média, e na Letónia apenas de 35%. Na Bulgária e Roménia, o PIB per capita em termos de PPC equivalia apenas a cerca de 26–27% da média. 100 95 75 25 25 5 5 10 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:47 52 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 100 95 95 1.3 PIB per capita (PPC) por país e extremos regionais, 2001 75 75 300 25 250 5 200 Índice UE25=100 300 Inner London Bruxelles / Brussels Hamburg Île de France Bolzano / Southern Bozen 0 Utrecht Sterea Ellada Antwerpen Madrid Dessau Extremadura Dytiki Guyane Ellada 150 Bratislavský Border, Midland and Calabria Western Flevoland Burgenland Norra Mellansverige Itä-Suomi Cornwall & Isles Açores of Scilly Západné Slovensko Közép-Magyarország DE EL ES FR IE IT LU NL AT PT FI SE UK 100 Mazowieckie Bucureşti 50 Yugozapaden Severozápad ÉszakMagyarország Yuzhen Tsentralen DK 5 0 Praha Berkshire, Bucks & Oxfordshire Lubelskie Nord-Est 0 BE 200 Stockholm Jihozápad Hainaut 50 Åland Lisboa e Vale do Salzburg Tejo Oberbayern 100 25 Wien and Eastern 150 250 BG CY CZ EE HU LT LV MT PL RO Východné Slovensko 0 SI SK Fonte: Eurostat, Contas regionais Por consequência, depois do alargamento, verificar-se-á um enorme agravamento da disparidade de rendimento entre os Estados-membros mais e menos prósperos. A média do PIB per capita na União alargada será inferior à da UE15, e apenas Chipre regista um nível superior a 80% da média de uma UE com 25 Estados-membros. Na Letónia, este nível é de 38% da média da UE25, menos de metade do nível da Grécia ou de Portugal (77–78%), enquanto na Roménia e Bulgária é inferior a 30% da média (Gráfico 1.3). esta disparidade duplicará com a entrada dos novos Estados-membros em 2004 (isto é, a Letónia apresenta um PIB per capita mais de 60% abaixo da média da UE25) e, muito provavelmente, agravar-se-á ainda mais após a adesão da Bulgária e da Roménia. Na UE alargada, os países podem ser divididos em três grupos, de acordo com o PIB per capita em termos de PPC. O primeiro grupo, que inclui 12 dos actuais Estados-membros, apresenta um PIB per capita muito acima da média da UE25 (10% ou mais). O segundo grupo, que inclui sete países, nomeadamente os restantes Estados-membros actuais (Espanha, Portugal e Grécia) e ainda Chipre, a República Checa, a Eslovénia e Malta, regista um PIB per capita entre 68% e 94% da média da UE25. Por outras palavras, enquanto o fosso entre a média do PIB per capita na UE15 e a média nos Estados-membros menos prósperos se situa actualmente apenas abaixo de 30% (a Grécia e Portugal têm níveis de quase 30% abaixo da média), 1.4 PIB per capita (PPC), 2002 Indíce, UE25=100 140 206,7 140 120 120 Média UE25 100 100 80 80 60 60 100 40 40 100 95 20 20 95 75 0 0 LU IE DK NL AT UK BE FR SE FI DE IT ES CY EL PT MT SI CZ HU SK PL EE LT 75 LV RO BG Fonte: Eurostat, Contas nacionais 25 25 5 5 0 11 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:48 0 53 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 95 75 100 O terceiro grupo, que compreende 8 países (incluindo a Bulgária e a Roménia) — todos são novos membros ou candidatos — apresenta um valor inferior a 60% da média (Gráfico 1.4). 25 5 As disparidades entre as regiões aumentarão ainda mais com o alargamento 0 O efeito do alargamento será ainda maior no que respeita às disparidades entre regiões do que às entre países. Segundo às estimativas mais recentes, cerca de 73 milhões de pessoas, ou seja 19% da população da UE15, residem actualmente em regiões cujo PIB per capita era inferior a 75% da média da UE no período 1999–2001; quase outros tantos, isto é, 69 milhões dos 74,5 milhões que se tornarão cidadãos da UE em 2004 (92% do total), residem em regiões de novos Estados-membros onde o PIB per capita é inferior a 75% da média da UE25. Como será discutido mais adiante, isto não significa, todavia, que estes 69 milhões de pessoas se juntarão simplesmente aos actuais residentes de regiões com PIB per capita inferior a 75% da média da EU, uma vez que, na sequência do alargamento, a média em si sofrerá uma redução (de uma média que abrange 15 Estados-membros para uma que abrange 25). Isto levará a uma diminuição de aproximadamente 19 milhões de pessoas que vivem nestas regiões na actual UE15. Assim, o resultado líquido do alargamento será um aumento dos residentes em regiões com PIB per capita inferior a 75% da média para 123 milhões na UE25. Após a adesão da Bulgária e da Roménia, este valor registará um ulterior incremento até acima dos 153 milhões, ou quase 32% da população da UE27, isto é, mais do dobro do número de pessoas que actualmente residem neste tipo de regiões. 100 95 Numa UE com 27 Estados-membros, dois terços dos habitantes das regiões com PIB per capita inferior a 75% da média da UE25 residiriam em novos Estados-membros. Cerca de uma em seis pessoas residiria em regiões onde o PIB per capita equivale a menos de metade da média da UE. Nenhuma das 38 regiões em análise se encontra na actual UE15. O efeito estatístico 75 O alargamento resultará num incremento da população da UE muito maior do que do PIB, levando assim a uma diminuição significativa do PIB per capita. A média do PIB per capita na União com 25 Estados-membros será de cerca 12,5% inferior à média na UE15. Para 17 regiões, isto significará que o rendimento per capita já não equivalerá a um valor inferior ao limiar de 75%, uma vez que este está agora abaixo do que estava anteriormente. Em Malta, onde actualmente é inferior a 75% da média da UE15, atingirá também valores superiores a 75%. 95 75 25 5 0 Como já referido, as estimativas sugerem que quase 19 milhões de pessoas (com mais 400 mil em Malta) residem nessas regiões, a maioria das quais estão actualmente abrangidas pelo estatuto de Objectivo 1 dos Fundos Estruturais. Caso se mantenha inalterado o critério de determinação do estatuto Objectivo 1, as regiões em análise perderão a sua elegibilidade para os apoios estruturais, apesar do seu PIB per capita continuar a ser exactamente o mesmo, e apesar de se manterem inalterados os problemas estruturais subjacentes ao nível relativamente baixo do seu PIB per capita, facto que inicialmente justificou os apoios estruturais. De acordo com as estimativas actuais, quatro destas regiões, por exemplo, encontram-se na Alemanha de Leste, quatro no Reino Unido, quatro em Espanha, uma na Grécia e uma em Portugal (Quadro A1.3). Haverá também marcadas disparidades das taxas de emprego entre as regiões As taxas de emprego na maioria das regiões dos países da adesão são inferiores à média actual da UE15, apesar de, em nenhuma destas regiões, serem tão baixas como no sul da Itália. Apenas em quatro regiões — Chipre, e Støední Èechy, Jihozápad e Praga na República Checa — a taxa de emprego ultrapassou o objectivo de 67% estabelecido em Lisboa para 2005, e somente em Praga foi acima de 70%, o objectivo de Lisboa para 2010. Pelo contrário, 53 regiões (NUTS 2) dos actuais Estados-membros registaram taxas superiores, sendo que a maioria destas regiões se encontram nos Países Nórdicos, no Reino Unido e nos Países Baixos. Assim, numa UE alargada a 25 Estados-membros, haverá 14 regiões onde a taxa de emprego se situará abaixo de 50%, 6 no sul da Itália, uma em Espanha (Ceuta y Melilla) e uma em França (a 100 95 75 25 25 5 5 12 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:48 54 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 95 75 100 Córsega), nos actuais UE15; cinco na Polónia e uma na Hungria (Észak-Alföld), nos novos Estados-membros. (Na Bulgária, existem três outras regiões com taxas inferiores a esta.) 25 5 0 A maioria destas regiões com baixo nível de emprego apresentam níveis de PIB per capita relativamente baixos devido, em grande parte, à sua incapacidade de empregar elevados números de pessoas em actividades produtivas. Contudo, a correlação entre as taxas de emprego e os níveis relativos de PIB per capita não é, de forma alguma, uniforme. Em alguns dos países da adesão, especialmente na Polónia mas também na Roménia, a taxa de emprego está mais ligada à dimensão do sector agrícola que, de certa forma, fornece postos de trabalho de último recurso, do que ao PIB per capita. Tal facto reflecte a persistência de uma agricultura de subsistência e contrasta com a situação da actual UE, onde as taxas de emprego nas regiões agrícolas tendem a ser baixas. Sugere também que, sobretudo nestas regiões, o desenvolvimento económico será provavelmente acompanhado por uma substancial reestruturação e por comutações de emprego entre sectores, embora a necessidade de reestruturação não se limite apenas a estas regiões. A composição sectorial sugere que haverá lugar a um processo significativo de reestruturação nos países da adesão… 100 95 75 Enquanto se desenrola o processo de desenvolvimento económico, pode-se ter uma perspectiva mais aprofundada das possíveis variações futuras da estrutura do emprego comparando a forma como o emprego está repartido por sectores de actividade nos países da adesão e na actual UE15 e, dentro do espaço da União, nas actuais regiões Objectivo 1 e nas outras (Mapa A1.1). Tal comparação é bastante mais profícua se forem introduzidos ajustes explícitos para as diferenças na taxa global de emprego entre as diferentes zonas — por outras palavras, analisando a proporção de pessoas em idade activa empregada nos vários sectores — em vez de comparar simplesmente as quotas que cada sector detém no total do emprego. Isto fornece uma orientação para a possível forma como os recém-empregados serão repartidos entre os diferentes sectores, à medida que vai aumentando o número de pessoas empregadas nos países e regiões menos desenvolvidas. Apesar das descidas registadas em anos recentes, em 2002 a taxa global de emprego nos países da adesão era ainda ligeiramente superior à das actuais regiões Objectivo 1. Isto deve-se sobretudo aos vastos números de pessoas empregadas na agricultura e na indústria, especialmente na indústria têxtil e do vestuário e em outras indústrias de base, facto que é contrabalançado em grande parte pelos níveis inferiores de emprego nos sectores dos serviços e da construção civil (Quadro A1.4). 95 75 25 5 0 O nível relativamente baixo de emprego nos serviços nos países da adesão é muito mais evidente se comparado com as regiões da UE não abrangidas pelo Objectivo 1 e que apresentam números muito mais elevados de pessoas empregadas neste sector. A disparidade é profunda em todos as actividades do sector dos serviços, sendo particularmente significativa no terciário avançado e nos serviços colectivos (serviços empresariais e financeiros; serviços educativos, de saúde e sociais) onde se regista a maior disparidade entre as regiões Objectivo 1 e as outras. Assim, apesar da estrutura do emprego nos países da adesão ter demonstrado uma tendência para a aproximação à estrutura dos países da União durante os anos de transição, o ritmo da mudança tem sido lento. Na maioria das regiões, a perda substancial de postos de trabalho no sector agrícola e nas indústrias de base não tem sido contrabalançada por um aumento suficiente de empregos no sector dos serviços. Para além disso, para os próximos anos prevê-se uma maior redução dos empregos, em particular na agricultura. … principalmente no sector dos serviços, onde se tem concentrado o aumento do emprego na UE Com base na experiência dos actuais Estados-membros, é provável que o futuro crescimento do emprego nos países da adesão — bem como nas actuais regiões Objectivo 1 — se concentre no sector terciário avançado e nos serviços colectivos, embora esteja também prevista uma expansão considerável dos serviços de base (o comércio, os serviços hoteleiros e de restauração, os transportes, as comunicações, e os serviços pessoais e colectivos) onde o nível de emprego se situa ainda muito abaixo do da UE15. 100 95 75 25 25 5 5 0 13 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:48 0 55 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 95 75 25 5 0 100 Ao longo do período de seis anos entre 1996 e 2002, quando a taxa global de emprego na UE15 subiu mais de 4 pontos percentuais, praticamente todo o aumento se concentrou no sector dos serviços, sendo o terciário avançado responsável por cerca de 40% do aumento líquido do emprego e os serviços colectivos por 26% (Gráfico 1.5). Assim, o conjunto destes dois sectores foi responsável pela criação do dobro do número líquido de postos de trabalho adicionais dos criados nos serviços de base, número que foi ligeiramente maior em termos do total de pessoas empregadas. Pelo contrário, o emprego na agricultura, na indústria transformadora de base e nos serviços públicos registou uma descida em relação à população em idade activa, ao mesmo tempo que se verificou um ligeiro aumento do emprego nas indústrias química e de engenharia e um marcado crescimento na construção civil, sector que tende a ser o mais afectado pelas conjunturas económicas. A tendência constante para o crescimento no sector terciário avançado, bem como nos serviços colectivos, põe em evidência a necessidade de elevar o nível de escolaridade, considerando a procura de pessoal altamente qualificado que caracteriza estes sectores, procura que muito provavelmente continuará a aumentar no futuro.5. atingir níveis de produtividade sempre mais elevados, produtividade essa que continua consideravelmente inferior ao nível da UE15 e é ainda mais baixa do que nas regiões mais prósperas. 95 75 25 Muito embora seja importante sublinhar que não existem conflitos a longo prazo entre este objectivo e o aumento do emprego — de facto, a criação de postos de trabalho estáveis a longo prazo depende do aumento da competitividade — tal não acontece necessariamente a curto prazo. A transferência de empregos de sectores de baixa produtividade (sobretudo a agricultura) para sectores de elevada produtividade é essencial para conseguir aumentar o nível de competitividade. Por outro lado, há uma necessidade constante de aumentar a produtividade dos sectores de actividade em geral e de continuar o processo de racionalização e redução do excesso de mão-de-obra que se verificou ao longo do período de transição. (Mapa A1.2). 5 0 O desafio da convergência nos países da adesão Os problemas estruturais que estão subjacentes aos seus baixos níveis de PIB per capita e de emprego nos países da adesão são simultaneamente profundos e substanciais. O desafio para a política da coesão é ajudar estes países a modernizar a suas infra-estruturas, actualizar os sistemas de enO desafio que os países da adesão vão ter que ensino e formação e criar um ambiente empresarial frentar, e que é já visível nas regiões Objectivo 1, é favorável ao investimento, para que possam manreforçar a competitividade a longo-prazo para poter as elevadas taxas de crescimento de que nederem manter taxas elevadas de crescimento cessitam para a convergência com os níveis de económico e, simultaneamente, aumentar as taxas emprego e rendimento da UE a um ritmo razoável. de emprego. O reforço da competitividade significa Para que tal aconteça, as taxas de crescimento na maioria des1.5 Variação nas taxas de emprego sectorial na UE15, 1996-2002 tes países deverão ser de, pelo menos, 5–6% ao ano durante um Variação do emprego como % da população em idade activa período prolongado. (ver Caixa -0,5 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 sobre os cenários de Agric. recuperação). Min., gás, elec., água Indústria transformadora de base Química+refinação Engenharia Construção Serviços de base 100 Serviços avançados Serviços colectivos 95 Admin. Pública Total 75 -0,5 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 Fonte: Eurostat, IFT e Contas regionais 4,0 4,5 Tal não é impossível, como demonstra claramente a experiência da Irlanda, mas será necessário um conjunto de políticas internas eficazes, bem como um apoio efectivo por parte da EU, para garantir que os problemas estruturais nestes países são ultrapassados e que os seus 100 95 75 25 25 5 5 14 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:48 56 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 100 75 níveis de empego e a sua competitividade possam, de facto, melhorar. 25 O contributo da política da coesão para o crescimento da EU 95 5 0 A obtenção de elevadas taxas de crescimento através de melhor desempenho da produtividade e do aumento dos níveis de emprego nos países da adesão não é apenas importante para melhorar o nível de vida destes países e gerar os recursos necessários para a modernização das infra-estruturas e dos serviços colectivos, mas é igualmente importante para os actuais Estados-membros. Tendo em conta que o comércio e o investimento estão cada vez mais interdependentes, o desenvolvimento económico dos novos Estados-membros pode potencialmente gerar dinâmicas para iniciar e manter níveis mais elevados de crescimento em toda a UE. O défice estrutural na dotação de infra-estruturas e de capital humano significa que estes países, bem como muitas regiões desfavorecidas ou com problemas na UE15, não são capazes de contribuir tanto quanto poderiam para a competitividade de toda a UE. Isso resulta em níveis de rendimento e emprego na UE mais baixos dos que os que poderiam ser alcançados, bem como num potencial de crescimento inferior que é prejudicial para todos, e não apenas para os directamente afectados. Daí que a redução das actuais disparidades levaria a um aumento da competitividade económica da União e do seu potencial de desenvolvimento sustentado. Diminuiria também o risco de estrangulamentos e de pressões inflacionistas que se verificam nas regiões mais desenvolvidas quando estão em fase de crescimento e que leva a uma quebra prematura de tal crescimento. 100 95 75 No caso dos países da adesão, a redução das disparidades permitiria um incremento da taxa de crescimento económico e, por consequência, um aumento das importações dos actuais Estados-membros. Neste momento, as importações equivalem a mais de metade do PIB nestes países — muito mais do que nos países da coesão (na Grécia e na Espanha, as importações correspondem apenas a cerca de 30% do PIB e, em Portugal, a 38%) — e têm, em alturas de crescimento, mostrado uma tendência para o aumentar muito mais do que o PIB. Muito provavelmente esta situação manter-se-á ainda durante algum tempo, uma vez que os países adquirem produtos (sobretudo maquinaria e equipamento) não fabricados a nível nacional e que são necessários para dar continuidade ao processo de desenvolvimento. Assim, qualquer aumento do PIB é destinado de forma desproporcional à aquisição de mercadoria do estrangeiro, especialmente dos actuais Estados-membros, de onde provém 60% do total das importações, principalmente da Alemanha (que, por si só, é responsável por cerca de 25% das importações) e da Itália (quase 10%). 95 75 25 5 0 Tornam-se, portanto, evidentes os ganhos consideráveis, em particular para a Alemanha e a Itália, que resultam do estímulo ao crescimento nos novos Estados-membros, muito embora todos os actuais países da União dele beneficiem — bem como do consequente maior crescimento do mercado da UE — da mesma forma que beneficiam também do crescimento dos países da coesão e das regiões Objectivo 1 (ver Parte 4, secção sobre os Fundos Estruturais como instrumentos para a integração económica). População em declínio no espaço europeu Durante muitos anos, o crescimento demográfico da UE foi lento. Desde meados dos anos 90, a população aumentou em média apenas 0,3% ao ano, sobretudo como consequência da taxa líquida de imigração. Se não existisse este factor, a taxa demográfica teria diminuído em vários Estados-membros — especialmente na Alemanha, Itália e Suécia. Prevê-se que se continue a verificar uma diminuição do crescimento natural da população e, a manterem-se taxas de migração análogas às do passado, a população comece a registar um declínio na maioria dos Estados-membros nos próximos vinte anos. Já na segunda metade da década de 90, o decréscimo demográfico constituía uma característica de muitas regiões (55 das 211 regiões NUTS 2 na UE15). Ao longo do mesmo período, a população diminuiu na maioria das regiões dos países da adesão (em 35 das 55 regiões NUTS 2), devido quer ao decréscimo natural quer à emigração. E o declínio deverá manter-se nos anos futuros 100 95 75 De acordo com as projecções demográficas mais recentes6, ao longo da presente década continuará a 25 25 5 5 0 15 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:48 0 57 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 100 95 95 75 25 5 0 Quanto tempo demorará a recuperação nos países da adesão? A dimensão do desafio da coesão colocado pelo alargamento pode ser ilustrada através de “cenários de recuperação”, que indicam o período necessário para que o PIB per capita nos novos Estados-membros, juntamente com a Bulgária e a Roménia, atinja a média da EU, partindo de simples pressupostos sobre as taxas de crescimento destes países comparadas com a taxa média na actual UE15. Consideram-se dois cenários: um no qual o crescimento nestes países se mantém a um nível de 1,5% ao ano acima da média da UE15 — que é a media ao longo de 7 anos, de 1995 a 2002; e um outro, no qual o crescimento é mantido a um nível de 2,5% acima da média da UE15. Ambos os cenários são elaborados com base nas últimas previsões do PIB per capita nos diferentes países em 2004. Se em todos os países se conseguir manter, no futuro, um crescimento de 1,5% acima do resto da UE (i.e. 4% ao ano se o crescimento for de 2,5% ao ano na UE15), a média do PIB per capita nos 12 países permaneceria até 2017 abaixo dos 60% da média da UE alargada a 27 países (Gráficos 1.6 e 1.7). Nesse ano, ultrapassaria 75% da média apenas na Eslovénia, em Chipre, na República Checa, e na Hungria. Se este ritmo de crescimento se mantivesse, a Eslováquia conseguiria atingir 75% da média em 2019, mas o país seguinte, a Estónia, demoraria mais dez anos para obter este mesmo nível. Em 2035 — daqui de 30 anos – a Polónia estaria a aproximar-se desta meta, mas a Letónia demoraria até 2041 para alcançar o mesmo objectivo. Com esta taxa de crescimento a Bulgária e a Roménia continuariam a registar um nível de PIB per capita abaixo de 75% da média em 2050. registar-se um crescimento lento em todos os Estados-membros da UE15, excepto na Itália e na Áustria, onde se verificará uma diminuição. As projecções indicam que, antes de 2015, a população começará a diminuir também na Grécia, Espanha e em Portugal — os três países meridionais da coesão — e na Alemanha, enquanto nos 10–15 anos subsequentes se registará uma quebra também na Bélgica, Finlândia e Suécia. 100 95 75 A população já começou a decrescer em todos os países da adesão, exceptuando Chipre, Malta e Eslováquia, e prevê-se que este último país comece a registar descidas antes de 2020 (Gráfico 1.8). Se o crescimento for mantido a um taxa significativamente mais elevada, isto é 2,5% acima da média da UE15 (o que implicaria um crescimento anual de pouco mais de 5% se o crescimento nos 15 for de 2,5%), a convergência poderia verificar-se dentro um período de tempo mais curto. Contudo, em muitos dos países, este processo continuará a demorar muitos anos. Na Polónia, por exemplo, mesmo com este ritmo de crescimento, o PIB per capita demoraria 20 ou mais anos para atingir 75% da média da UE e muitos mais ainda para alcançar ou aproximar-se da convergência com a média da UE. Na Bulgária e Roménia, o processo demoraria ainda muito mais. Todavia, mantendo-se esta taxa de crescimento, o número de regiões dos países da adesão que precisam de apoio estrutural por o seu PIB per capita se encontrar abaixo de 75% da média da UE diminui muito mais rapidamente do que se o crescimento fosse mais lento. Não seria correcto interpretar estes cenários deduzindo que o máximo que se pode esperar nestes países é um crescimento de 4% ou 5% ao ano. Em primeiro lugar, a experiência da Irlanda ao longo da década passada evidencia o que se pode atingir em termos de crescimento rápido. Em segundo lugar, o potencial de crescimento dos novos Estados-membros será muito aumentado pelas melhorias no stock de capitais resultantes da política da coesão. 75 25 5 0 Ainda que, a longo prazo, se consigam manter taxas de crescimento muito superiores à média na UE15, estes cenários mostram que a maioria dos países demorarão bastante tempo para alcançar a média da UE. A população em idade activa também diminuirá A população em idade activa (entre os 15 e os 64 anos), que constitui um dado mais relevante para o emprego, começará provavelmente a diminuir mais cedo do que o total da população. As projecções indicam que registará uma diminuição durante o restante período da década no sul da Europa, em particular na Grécia, em Portugal e na Itália, mas também na Alemanha. Nos anos que se seguirão a 2010 haverá uma quebra demográfica em todos os países, excepto na Irlanda e no Luxemburgo. No conjunto da UE15, prevê-se que em 2025 as taxas serão cerca de 4% inferiores às verificadas em 2000, excepto nos três países meridionais da coesão (6% inferiores), e na Itália, mais de 14% inferiores. 100 95 75 25 25 5 5 16 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:49 58 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 100 95 1.6 75 Simulação do PIB per capita (PPC) nos países da adesão, 20042040 (hipótese de crescimento relativo de 1,5%/ano) <60% da média UE27 25 <75% da média UE27 <90% da média UE27 >=90% da média UE27 RO BG 5 LV PL 0 LT vez maior de pessoas com idades compreendidas entre os 50 e os 64 anos (muitas das quais já não se encontram a trabalhar em muitos Estados-membros actuais e futuros), enquanto que serão cada vez menos os jovens que ingressam no mercado do trabalho. 95 75 25 5 0 EE SK HU CZ CY SI 40 20 37 20 20 20 34 31 28 20 25 20 22 20 19 20 16 20 20 13 10 20 07 20 20 04 N12 Hipótese de crescimento: 1,5% /ano mais do que a média UE15 N12 = novos Estados-Membros mais BG e RO; MT: dados não disponíveis Fonte: Cálculos DG REGIO baseados no Eurostat, Contas nacionais 1.7 Simulação do PIB per capita (PPC) nos países da adesão, 20042040 (hipótese de crescimento relativo de 2,5%/ano) <60% da média UE27 <75% da média UE27 <90% da média UE27 >=90% da média UE27 RO BG LV Até ao ano 2025, as pessoas com idades entre os 50 e os 64 corresponderão a 35% da população em idade activa na UE15, contra 26% em 2000. Na Itália, esta percentagem atingirá 40% e na Alemanha, Áustria, Grécia e Espanha os 36–37%. Nos países candidatos, são previstos aumentos menores, mas mesmo assim significativos, com uma percentagem média a subir de cerca de 26% para 31%, e até para valores na ordem dos 34% na República Checa e de 36% na Eslovénia. PL LT SI 34 20 31 20 28 20 25 20 22 20 19 20 16 20 13 20 10 20 07 20 20 04 N12 Hipótese de crescimento: 2,5% /ano mais do que a média UE15 Fonte: Cálculos DG REGIO baseados no Eurostat, Contas nacionais Em todos os países candidatos, exceptuando Chipre, Malta, Polónia e Eslováquia, prevê-se que a população em idade activa registe um declínio ao longo do resto da década. Nos anos seguintes, começará a diminuir em todo lado excepto em Chipre. Segundo as últimas projecções, em 2025 o número de pessoas com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos nos países candidatos será 10% inferior ao do ano 2000. Na Bulgária e na Letónia, este número será 20% inferior, e quase 30% na Estónia (Mapa A1.3). 100 95 75 Maior número de pessoas em idade activa com mais de 50 anos Este declínio generalizado da população em idade activa será acompanhado por uma profunda alteração da composição etária. Haverá um número cada 40 CZ CY 20 HU A diminuição do número de pessoas em idade activa em todo o espaço europeu será acompanhada por um aumento constante e marcado do número de pessoas com idade igual ou superior aos 65 anos — tipicamente a idade oficial da reforma. As projecções revelam que, até a 2025, a população desta faixa etária registará um incremento de 1,5% ao ano quer na UE15, quer nos países da adesão. Por consequência, o número de pessoas com idade igual ou superior aos 65 anos será, em 2025, 40% superior ao de 2000 em ambos os conjuntos de países. Numa Europa com 27 Estados-membros, o crescimento apenas será inferior a 1% ao ano nos três Estados Bálticos, na Bulgária e na Roménia. Na Irlanda, nos Países Baixos, na Finlândia, bem como em Chipre, Malta e na Eslovénia, prevê-se um aumento anual igual ou superior a 2% da população com 65 ou mais anos de idade (Mapa A1.4). 37 SK 20 EE Tendo em conta as tendências acima referidas, aumentar o número de pessoas nesta faixa etária que continuam empregadas torna-se não apenas extremamente importante do ponto de vista económico e 100 95 75 25 25 5 5 0 17 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:49 0 59 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 100 95 95 1.8 Previsão de declínio da população em idade activa, 2000-2025 75 75 2,5 Variação % média anual 2,0 2,0 2000-10 25 5 2,5 2010-25 25 1,5 1,5 1,0 1,0 0,5 0,5 0,0 0,0 -0,5 -0,5 -1,0 -1,0 -1,5 -1,5 -2,0 -2,0 0 5 0 -2,5 -2,5 LU IE CY UK FR NL MT BE SK DK UE15 SE PT ES AT EL RO PL DE FI N12 CZ IT SI HU LT BG LV EE Fonte: Projecções UN Demographic 100 95 75 25 social, mas representa também um elemento chave da Estratégia Europeia para o Emprego. Para que tal estratégia seja bem sucedida, serão necessárias mudanças de políticas e atitudes, não só em relação à reforma antecipada, mas também no que respeita à formação das pessoas com idade mais avançada. nas regiões ultraperiféricas com baixos índices populacionais (Açores, Madeira, Ceuta y Melilla), embora também na Ile de France (Paris) e em Londres (Mapa 1.3). Aumento do Índice de Dependência de Idosos As taxas de dependência anteriormente apresentadas são elucidativas mas apenas hipotéticas, no sentido que não revelam o número de pessoas em idade activa que estarão, de facto, empregadas para poder sustentar realmente, e não apenas hipoteticamente, as pessoas com 65 ou mais anos de idade. Como já referido, na UE15, apenas 64% da população em idade activa estava efectivamente empregada em 2002 e nos países candidatos apenas 56%, percentagens que, para além do mais, variam consideravelmente de país para país e de região para região. Estas tendências demográficas divergentes implicam um vasto aumento dos índices de dependência de idosos, isto é, do número de pessoas com idade igual ou superior aos 65 anos em relação ao número de pessoas em idade activa. Na UE15, a faixa etária a partir dos 65 anos equivale a quase 25% da faixa em idade activa — isto é, há quatro pessoas na faixa etária 15–64 para cada pessoa em idade de aposentação. Até 2025, este valor atingirá 36%, ou seja, menos de três pessoas em idade activa para cada aposentado. Prevê-se que nos países candidatos este rácio venha a subir de valores inferiores a 20% para mais de 30% durante o período em análise. As previsões indicam aumentos particularmente marcados na Itália, Finlândia, Suécia e Alemanha, onde a taxa de dependência ascenderá a cerca de 40% até 2025. No que diz respeito aos novos Estados-membros, espera-se um forte aumento na República Checa, em Malta e na Eslovénia, onde, em 2025, se prevêem taxas de 36–38% contra as inferiores a 20% em 2000. As projecções mostram que, até 2025, as taxas de dependência serão superiores a 40% em 42 regiões, 12 das quais na França, correspondendo a 42% da população total do país. Prevê-se que as taxas mais baixas — inferiores a 25% — se venham a registar E as taxas de dependência reais? Por exemplo, a Itália e a Suécia apresentam taxas de dependência semelhantes se calculadas da forma acima mencionada, mas a taxa de emprego muito inferior da Itália implica que a sua taxa de dependência real é 30% superior à da Suécia. Por consequência, na Itália, são apenas duas as pessoas empregadas que sustentam cada pessoa com 65 ou mais anos de idade, enquanto na maioria dos outros Estados-membros são pelo menos três. Contudo, na Grécia e Espanha, bem como na Bélgica, este valor é inferior a 2,5 (o que significa que a taxa de dependência real é superior a 40%). Mesmo que a taxa de emprego se mantenha inalterada nos próximos anos, a taxa de dependência real prevista para 2025 para a Dinamarca, os Países Baixos, Portugal, Reino Unido, Irlanda e Luxemburgo seriam inferiores à taxa actual da Itália. 5 100 95 75 25 5 18 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:49 60 0 100 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:50 95 75 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 61 < 24 sem dados Fonte: Eurostat UE27 = 35,7 Fonte: Eurostat sem dados >= 39 1250 km 34 - 39 >= 39 34 - 39 250 29 - 34 29 - 34 < 24 24 - 29 0 UE27 = 23,2 24 - 29 < 24 100 100 95 95 © EuroGeographics Association para as fronteiras administrativas Fontes: Eurostat e Nações Unidas BG, CZ, HU, PL, RO, SK: NUTS0 UE27 = 34,4 População 65+ / população 15-64 anos (%) 75 >= 39 34 - 39 29 - 34 24 - 29 0 Taxas hipotéticas previstas, 2025 5 População 65+ / população 15-64 anos (%) Taxas hipotéticas, 2000 25 População 65+ / total dos desempregados (%) Taxas reais, 2000 1.3 Índice de dependência de idosos, 2000 e 2025 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 75 25 5 0 100 95 75 25 25 5 5 19 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 95 75 25 5 0 100 Em todos os países da adesão, excepto a Bulgária, a taxa de dependência real situa-se abaixo da média da União, apesar da proporção relativamente baixa da população em idade activa empregada. Todavia, se não se verificar um aumento significativo do emprego nos próximos anos, em muitos países a taxa poderá ultrapassar a da maioria dos actuais Estados-membros da UE. Todos estes aspectos realçam a importância fundamental de conseguir, nos anos futuros, um nível elevado de emprego sustentado pelo crescimento económico, visando assim evitar que as tendências demográfica previstas levem a uma tensão social cada vez maior. Poder-se-ão registar níveis mais elevados de emprego aliados a um menor número de beneficiários de pensões à medida que os padrões de reforma vão mudando e a saúde dos idosos continua a melhorar. Por outras palavras, poderia perfeitamente dar-se o caso de, no futuro, mais pessoas decidirem continuar a trabalhar para além da actual idade da reforma. Neste sentido, será cada vez mais importante explorar o potencial produtivo das pessoas mais velhas. Existe aqui uma dimensão regional considerável, uma vez que a estrutura e as tendências demográficas variam muito entre as diferentes regiões devido a diferentes padrões de mortalidade, fertilidade e migração. Assim, a política regional tem um papel muito claro a desempenhar, por exemplo, na mobilização dos trabalhadores mais velhos, tirando partido das suas competências (empresariais e outras), e garantindo que têm acesso a formação. Coesão Social 100 95 75 25 Manter a coesão social não é apenas importante por si só, mas também para apoiar o desenvolvimento económico suscetível de ser ameaçado por perturbações políticas se existirem disparidades demasiado profundas no seio da sociedade. O acesso ao emprego tem uma relevância fundamental tratando-se, na maior parte dos casos, de um factor determinante para que as pessoas possam gozar de um nível de vida razoável e dar o seu pleno contributo à sociedade onde vivem. Assim, para as pessoas em idade activa, ter um emprego, ou conseguir encontrá-lo num período de tempo aceitável, constitui invariavelmente um requisito para a inclusão social. Como já referido, em anos recentes a percentagem das pessoas em idade activa que têm emprego aumentou na maioria da UE, contribuindo quer para o crescimento económico, quer para a melhoria da coesão social. Por outro lado, os países da adesão registaram uma tendência para a diminuição da percentagem de pessoas empregadas, o que tem levado ao efeito oposto. Portanto, como se verá mais adiante, o desemprego tornou-se um problema grave em muitos destes países, e continua também a constituir um problema em várias zonas da UE15, apesar da diminuição que se verificou a partir de meados dos anos 90 até ao recente abrandamento de crescimento. 95 75 25 5 0 Como também se verá mais adiante, há um número considerável de pessoas, quer nos Estados-membros actuais quer nos novos, cujos níveis de rendimento os colocam em risco de pobreza, não obstante os sistemas alargados de protecção social existentes em todos estes países. Desemprego diminui na maioria da UE mas as disparidades mantêm-se profundas A diminuição generalizada do desemprego que acompanhou o crescimento do emprego desde 1994 até ao actual período de abrandamento foi particularmente marcada em Espanha e Irlanda, dois países da coesão que haviam registo taxas de desemprego bastante elevadas durante muitos anos. Em Espanha, a taxa desceu de 18% da mão-de-obra em 1996, para 11,5% em Setembro de 2003, a última data para a qual existem dados disponíveis, enquanto na Irlanda se verificou uma descida semelhante, que levou a uma redução da taxa de desemprego para níveis inferiores a 5%. Contudo, embora na Irlanda o desemprego esteja agora muito inferior à média da UE15, na Espanha continua muito acima da média (8%), com taxas mais elevadas nas regiões Objectivo 1 deste país (na Extremadura e Andaluzia, era um pouco superior a 19% em 2002). Para além disso, Portugal e Grécia registaram muito poucas alterações dos níveis de desemprego. Em Portugal, a taxa baixou de 7,5% em 1996, para 5% em 2002, mas a partir desta altura voltou a subir, atingindo de novo o nível de 7% à medida que o emprego foi diminuindo, embora se mantenha ainda abaixo da média da UE15. Na Grécia, porém, a taxa de desemprego (10%) permaneceu acima da média, valor que é praticamente igual ao de 1996, apesar de ter vindo a 100 95 75 25 5 5 20 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:50 62 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 100 95 95 75 75 Canarias (E) 25 25 Guadeloupe Martinique Réunion 5 5 Guyane (F) 0 0 Açores (P) Madeira 1.4 Taxas de desemprego, 2002 % da mão-de-obra 100 < 4,75 UE27 = 9,1 4,75 - 7,65 Desvio-padrão = 5,86 7,65 - 10,55 100 10,55 - 13,45 95 >= 13,45 sem dados 95 Fonte: Eurostat e Institutos Nacionais de Estatística 0 75 100 500 km 75 © EuroGeographics Association para as fronteiras administrativas 25 25 5 5 0 21 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:50 0 63 100 95 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:50 75 0 22 64 sem dados >= 15,25 11,75 - 15,25 8,25 - 11,75 4,75 - 8,25 Fonte: Eurostat e Institutos Nacionais de Estatística UE27 = 9,8 Desvio-padrão = 6,94 1250 km >= 56,8 sem dados >= 28,15 sem dados 0 41,6 - 49,2 49,2 - 56,8 250 < 34,0 34,0 - 41,6 15,55 - 21,85 Fonte: Eurostat e Institutos Nacionais de Estatística UE27 = 18,6 Desvio-padrão = 12,52 Fonte: Eurostat UE27 = 45,4 Desvio-padrão = 15,3 100 100 95 95 75 © EuroGeographics Association para as fronteiras administrativas % do total dos desempregados 21,85 - 28,15 9,25 - 15,55 < 9,25 % da mão-de-obra jovem 15-24 anos 0 Desemprego de longa duração 5 < 4,75 Taxas de desemprego dos jovens 25 % da mão-de-obra feminina Taxas de desemprego feminino 1.5 Desemprego, 2002 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 75 25 5 0 100 95 75 25 25 5 5 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 95 75 25 5 0 100 região búlgara, e superior a 20% em outras quatro regiões da Bulgária, bem como em duas da Eslováquia. descer constantemente desde 1999, altura em que atingiu um pico de 12% (Quadro A1.5). No que respeita às outras regiões Objectivo 1, o desemprego registava níveis superiores a 20% na maioria dos novos Länder alemães em 2002, reflectindo uma quebra no emprego desde meados dos anos 90, enquanto na Itália, onde praticamente não houve crescimento do emprego, a taxa se aproximava dos 20% no Mezzogiorno, valor quase três vezes mais elevado do que no resto do país (e quase 25% na Calabria) (Mapa 1.4). Para além disso, no sul da Itália, os valores das taxas revelam só em parte o problema do desemprego, uma vez que um vasto número de pessoas em idade activa, especialmente mulheres, nem sequer entra no mercado de trabalho. O risco de pobreza varia de país para país e consoante os diferentes tipos de agregados familiares 75 25 5 0 De acordo com os dados mais recentes (para o ano 2000), a proporção da população em situação de risco de pobreza, definida em termos das pessoas cujos agregados familiares apresentam rendimentos inferiores a 60% da média nacional após transferências,7 varia de 21% na Irlanda (e apenas pouco menos na Grécia e Portugal) para 10–11% nos Países Baixos, na Suécia, Alemanha, Dinamarca, Finlândia (Gráfico 1.9 e Quadro A1.6). Uma vez que a pobreza está estreitamente relacionada com o desemprego, ter um emprego é, de longe, a forma mais eficaz de evitar o risco de pobreza e exclusão social. Em 2000, apenas 7% da população empregada na UE auferia de rendimentos abaixo do limiar de pobreza, contra 38% dos desempregados e 25% dos não activos. Todavia, apesar das pessoas empregadas estarem menos expostas ao risco de pobreza, elas representam Desemprego: um grave problema nos países da adesão 95 As baixas taxas de emprego nos países da adesão que foram referidas acima reflectem-se nas elevadas taxas de desemprego. De acordo com as estatísticas mais recentes (Setembro de 2003), a Polónia registava uma taxa de desemprego de 20% da força de 1.9 População em risco de pobreza*, 2000 trabalho, a Eslováquia de 16% e a Bulgária de14%, enquanto na Letónia e na Lituânia a taxa se si% da população 25 tuava também muito acima de * População de agregados familiares com rendimento inferior a 60% da 10%. Por outro lado, Chipre remediana no país em apreço como % da 20 pop. total do mesmo país gistava uma taxa ligeiramente superior a 4%, tal como a Roménia, 15 onde a taxa de desemprego era inferior à de qualquer actual 10 Estado-membro, excepto o Luxemburgo e os Países Baixos. 5 A nível regional, em 2002 o desemprego era superior a 25% em quatro regiões polacas e numa 25 20 15 10 100 5 0 95 0 IE EL PT ES 75 Apesar de não se conhecer com exactidão o número de pessoas que, no espaço da UE alargada, vivem em situação de pobreza em termos absolutos, pode-se obter uma indicação do número de pessoas cujo rendimento é suficientemente baixo para que sejam consideradas em risco de se tornarem socialmente desfavorecidas em termos relativos. Nas regiões com níveis elevados de desemprego, os jovens e as mulheres continuam a ser os mais afectados e os que ficam desempregados tendem a permanecer nesta situação durante longos períodos de tempo (isto é, existe uma relação positiva entre a taxa global de desemprego e a taxa de desemprego de longa duração — o número relativo de pessoas desempregadas durante um ou mais anos; Mapa 1.5) 100 95 IT EE UK LT RO BG LV UE15 FR MT PL BE LU AT DK DE NL FI SI SE HU 75 CZ LT, MT, SI: dados de 1999; CY, SK: dados não disponíveis. Fonte: Eurostat, PFCE, 2003 e fontes nacionais 25 25 5 5 0 23 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:51 0 65 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 95 75 25 5 0 100 cerca de um quarto da população com idade igual ou superior a 16 anos que se encontra nesta situação na UE. 95 75 Na maioria dos países, o risco de pobreza é mais elevado no caso de determinados tipos de agregado familiar, sobretudo no caso de pessoas idosas que vivem sozinhas ou de famílias monoparentais8. No conjunto dos Estados-membros da UE, em média, 35% das pessoas que vivem sozinhas com crianças a cargo — na grande maioria mulheres — e quase 30% das pessoas com 65 ou mais anos de idade a viverem sozinhas apresentam rendimentos abaixo do limiar da pobreza. 25 5 0 Existem grandes variações no território da União relativamente à natureza, bem como à escala, do problema dos baixos rendimentos. Nos países do sul, excepto a Grécia, o problema está ligado à presença de crianças no agregado familiar, o que se verifica também nos Países Baixos e no Reino Unido, especialmente no caso das famílias monoparentais. Nos países nórdicos, está principalmente associado ao facto de uma pessoa viver sozinha, embora na Dinamarca, como também na Bélgica, Grécia, Áustria e, em menor grau, na Irlanda e Portugal, atinja sobretudo as pessoas com 65 ou mais anos de idade. (Quadro A1.7). O risco de pobreza e exclusão social assume também particular relevância nos novos Estados-membros, onde poderá vir a atingir maiores proporções se o desemprego se mantiver elevado. O risco de pobreza afecta especialmente as minoria étnicas, que são geralmente desfavorecidas no mercado do trabalho. Em alguns casos, estas minorias enfrentam dificuldades acrescidas em termos de acesso ao ensino, aos serviços colectivos, à habitação e aos cuidados de saúde. A maioria dos países da adesão possui minorias étnicas significativas. Por exemplo, a dimensão da comunidade cigana na UE duplicará com a adesão dos novos 10 Estados-membros em 2004 e duplicará novamente com a adesão da Bulgária e da Roménia. 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 24 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:51 66 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 100 95 95 75 25 5 0 Notas metodológicas – Medir as variações cronológicas do PIB per capita Em anteriores Relatórios da Coesão, o grau de convergência do PIB per capita foi avaliado através de estimativas sucessivas em diferentes países e regiões. Estas foram medidas em termos de padrões de poder de compra (PPC) com o objectivo de ter em conta o ajustamento das diferenças de bens e serviços que podem ser adquiridos com uma unidade específica do PIB. O ajustamento dos PPC é feito anualmente em relação aos padrões de consumo e investimento predominantes em dado momento. Contudo, a possibilidade de estes padrões mudarem ao longo do tempo justifica uma certa cautela quando se comparam os níveis de PIB per capita em dois anos diferentes. O problema é agravado pelo facto que, ao longo do tempo, terem sido introduzidas alterações no método utilizado para as estimativas dos níveis relativos de preços, em parte devido a um constante esforço de melhorar as próprias estimativas. O resultado destas alterações leva à impossibilidade de comparar o PIB em termos de PPC nos diferentes anos. Assim, segundo a Agência de Estatística da UE (Eurostat), “os anos anteriores a 2000 (…) incluem uma multiplicidade de pequenas e grandes interrupções nas séries cronológicas, que afectam negativamente a comparabilidade ao longo do tempo ou até entre países ao longo dum mesmo ano”. (Estatísticas em Foco, Tema 2, 56/2002). Por consequência, embora seja legítimo comparar as estimativas de PIB per capita em termos de PPC num ano recente em diferentes países, torna-se problemático fazer uma comparação destas medidas ao longo do tempo. A abordagem aqui utilizada para avaliar a convergência nacional e regional é a medição das variações do PIB per capita ao longo do tempo em termos reais (isto é, a preços constantes), o que implica um ajustamento explícito das variações de preços entre os diferentes anos. Medir a economia regional 100 95 75 Como foi já descrito no Segundo Relatório da Coesão, o PIB per capita, expresso em termos de padrões de poder de compra (PPC) para ajustar as diferenças nos níveis de preço, é o indicador chave para avaliar o desenvolvimento das economias, quer nacionais quer regionais. É utilizado não apenas pela UE para medir as disparidades entre regiões e identificar as que necessitam dos apoios dos Fundos Estruturais, mas também por outros organismos internacionais (incluindo as Nações Unidas, o Banco Mundial, o FMI, e a OCDE), por governos, bancos centrais e instituições de investigação para levar a cabo semelhantes avaliações do desenvolvimento económico. 75 Conforme explicitado no Segundo Relatório da Coesão, esta medida não é perfeita e apresenta uma série de limitações. Estas limitações incluem, em particular, o problema dos trabalhadores pendulares (que podem contribuir para o PIB produzido numa economia ou região para além dos cidadãos residentes, mas que não estão contabilizados nos “capita” ao qual o PIB é relacionado) e a exclusão das transferências que podem levar a um aumento ou a uma diminuição do rendimento. Incluem também os problemas do ajustamento das diferenças nos níveis de preço, que não se reflectem nas taxas de câmbio, e da degradação do ambiente, bem como a delapidação dos recursos finitos, todos eles factores que não são contabilizados no PIB per capita, expresso em termos de padrões de poder de compra (PPC). Mas apesar de tudo, considerando os dados existentes actualmente e as dificuldades conceptuais que ainda estão por resolver, tal medida permanece, consensualmente, a melhor possível. 25 5 0 As limitações acima referidas, todavia, continuam (e com razão) a estimular economistas e peritos em estatística na procura de outros indicadores, bem como de formas de melhorar a medida existente. Em relação ao Segundo Relatório da Coesão, dois novos factores são agora tidos em consideração: em primeiro lugar, a elaboração, pelos peritos da Eurostat, de estimativas preliminares do rendimento disponível nas regiões da UE; e, em segundo lugar, os esforços no sentido de melhorar o ajustamento dos PPC. Rendimento regional disponível A Eurostat publicou recentemente as estimativas do rendimento disponível para as regiões NUTS 2, resultado dum exercício preliminar levado a cabo com o intuito de comparar as regiões “ricas” com as “pobres”9. Assim, o objectivo é medir o rendimento de que dispõem os residentes das diferentes regiões, o que é não é exactamente o mesmo que medir o PIB ou produção, um indicador talvez melhor do desempenho económico regional. Assim, como referido no Segundo Relatório da Coesão: “uma região com um baixo nível de produção pode muito bem ter um nível (relativamente elevado) de rendimento final devido a grandes transferências de segurança social, mas continuará a ser uma região menos favorecida”. É por esta razão que a UE utiliza o PIB em vez de uma medida de rendimento para estabelecer se uma região necessita ou não de apoio estrutural. Um outro motivo que levou ao esforço de fornecer uma estimativa do rendimento disponível foi para ultrapassar o problema dos pendulares, que representa uma dificuldade inerente às estatísticas regionais do PIB per 100 95 75 25 25 5 5 0 25 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:51 0 67 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 100 95 95 75 25 5 0 capita, embora seja mais um problema relacionado com os dados demográficos utilizados para contabilizar os “capita” do que propriamente o PIB em si. Considerando que o exercício se centrava no rendimento e não na produção, foram também incluídas na medida as transferências de e para as regiões. Em termo práticos, como se torna evidente no exercício da Eurostat, a tentativa de medir o rendimento disponível utilizando os dados actualmente existentes leva a graves problemas de estimativa. Mais especificamente, não existem ainda dados relativos ao rendimento principal dos agregados familiares, um elemento fundamental do indicador, para as regiões NUTS 2 de vários países. Os problemas relativos aos dados disponíveis são especialmente graves no que respeita aos sectores público e privado que, conjuntamente com os agregados familiares, constituem a economia regional. Em ambos os casos, a falta de informação sobre a forma como o rendimento varia de região para região implica formular um conjunto de pressupostos que permitem gerar estimativas globais do rendimento disponível. Os pressupostos adoptados, que o rendimento disponível em ambos os sectores é o mesmo em relação à população em todas as regiões, são as mais simples, mas muito provavelmente não correspondem à realidade. (Relativamente ao sector governamental, os dados da despesa pública nas diferentes regiões apresentados na segunda parte do presente relatório revelam que, na prática, se verificam variações significativas a nível regional). Consequentemente, e como reconhece também a Eurostat, os resultados deste exercício devem ser interpretados com muita prudência, embora possam fornecer indicações sobre as diferenças no rendimento disponível entre as regiões da UE. Apesar de não substituírem o PIB regional per capita, tais estimativas poderiam funcionar como um complemento útil, dado que provêm de bases mais sólidas, especialmente considerando o facto que englobam os efeitos de distorção devidos aos trabalhadores pendulares. O ajustamento do PPC Como anteriormente referido, o ajustamento do PPC tem sofrido alterações, o que significa que os valores do PIB per capita expressos em termos de PPC não podem ser comparados ao longo do tempo. Apesar de se tratar de um problema sempre presente uma vez que os padrões de despesa mudam de ano para ano, existe uma ulterior dificuldade quando o ajustamento do PPC é aplicado às comparações regionais do PIB per capita. A questão é que, actualmente, o ajustamento limita-se a corrigir as diferenças nos níveis de preço entre países, sem ter em conta que as diferenças entre regiões do mesmo país podem ser igualmente, ou até mais, significativas. Assim, alguns preços, especialmente os da habitação, variam muito entre as diferentes regiões do mesmo país, reflectindo níveis relativos de prosperidade, diferentes características de mercado, etc. Por consequência, ter em linha de conta as variações dos preços regionais poderá levar a uma redução das disparidades no PIB em termos de PPC entre as regiões, embora seja preciso aguardar a estimativa dos valores dos PPC regionais para poder avaliar o grau de tal redução. Não obstante a relevância potencial deste exercício, não houve muitos avanços no desenvolvimento de tais estimativas desde a publicação do Segundo Relatório da Coesão. 75 25 5 0 Mudanças nas classificações regionais nos NUTS 2 Em Maio de 2003 o Parlamento Europeu e o Conselho adoptaram o Regulamento (CE) N.° 1059/2003 relativo à instituição de uma classificação comum das unidades territoriais estatísticas (NUTS), que levou à introdução de alterações na classificação de regiões na Finlândia, em Portugal, na Alemanha, Espanha e Itália, e à afirmação específica que “o Estado-Membro em questão transmitirá à Comissão as séries cronológicas para a nova divisão regional”. Os dados do PIB para 2001 nas regiões em questão foram publicados pela Eurostat no começo de 2004, mas faltam ainda outros indicadores estatísticos de nível regional. O presente relatório inclui os dados relativos ao PIB e à população elaborados com base na nova divisão regional, enquanto os dados relativos aos outros indicadores regionais ainda não disponíveis, como os do emprego, são elaborados com base na divisão previamente em vigor. 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 26 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:51 68 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 95 100 território e da população, enquanto que o PIB registará uma subida relativamente pequena; Coesão territorial 75 25 5 0 Um dos objectivos centrais da UE estabelecido no Tratado (Artigo 2º) é a “promoção de um progresso económico e social e de um nível de emprego elevado e a obtenção de um desenvolvimento equilibrado e sustentável, nomeadamente mediante a criação de uma área sem fronteira internas, mediante o reforço da coesão económica e social e o estabelecimento da união económica e monetária”. Significa isto que as pessoas não poderão ser prejudicadas em virtude do lugar da União onde residem ou trabalham. Assim, a coesão territorial foi inserida no projecto de Constituição (Artigo 3º), para complementar os objectivos relativos à coesão económica e social. A importância desta noção está também reconhecida no Artigo 16º (Princípios) do Tratado, que estabelece que os cidadãos devem ter acesso aos serviços essências, às infra-estruturas de base e ao conhecimento, sublinhando assim o significado dos ‘serviços de interesse económico geral para a promoção da coesão social e territorial’. O conceito de coesão territorial vai além da noção de coesão económica e social, alargando-o e consolidando-o. Em termos de políticas, o objectivo é promover um desenvolvimento mais equilibrado reduzindo as disparidades existentes, evitando os desequilíbrios territoriais e conferindo mais coerência quer às políticas regionais, quer às políticas sectoriais que têm impacto territorial. Uma outra preocupação tem também a ver com o melhoramento da integração territorial e a promoção da cooperação entre as regiões. Existe todo um conjunto de factores relacionados com o equilíbrio territorial da UE que ameaçam o desenvolvimento harmonioso da economia da União nos próximos anos, a saber: – 100 95 75 a nível da UE, uma forte concentração demográfica e das actividades económicas na área central ou pentágono (que se estende do norte do Yorkshire na Inglaterra, até Franche-Comté na França, Hamburgo no norte da Alemanha e Milão no norte da Itália), zona que foi identificada no Segundo Relatório sobre a Coesão e que abrange 18% do território total da UE15, 41% da sua população, 48% do PIB e 75% da despesa com I&D. O alargamento implicará apenas um aumento do grau desta concentração devido à expansão do – a nível nacional, a continuação de profundos desequilíbrios entre as principais áreas metropolitanas e o resto do país em termos de desenvolvimento económico, que representa uma característica específica dos países da adesão; – a nível regional, um agravamento ou, pelo menos, a persistência de uma série de disparidades territoriais para além das que são medidas através do PIB ou do desemprego. Em particular, o desenvolvimento económico associado ao aumento do congestionamento e da poluição, bem como à continuação do fenómeno da exclusão social nas principais conurbações, enquanto muitas zonas rurais continuam a sofrer devido a ligações económicas inadequadas com as cidades vizinhas de pequena ou média dimensão, com a consequente fragilização das suas economias. À medida que aumentam as actividade económicas e a população das grandes zonas urbana, estas tendem a expandir-se cada vez mais, acabando por englobar as áreas rurais adjacentes e dando origem às chamadas zonas “rurbanas”; ao mesmo tempo, as zonas rurais onde não existem cidades de qualquer tipo de dimensão estão a passar por uma fase de desertificação e um declínio na disponibilidade de serviços de base. – no seio das regiões e das cidades, o aparecimento de bolsas de pobreza e exclusão social em zonas onde o número de serviços essenciais é frequentemente muito limitado; – em várias zonas específicas caracterizadas por constrangimentos de natureza geográficas (ilhas, territórios com reduzida densidade populacional no norte ultraperiférico, e determinadas zonas de montanha) regista-se uma diminuição e um envelhecimento da população, enquanto a acessibilidade continua a representar um problema e o ambiente permanece em situação de risco, ameaçado, por exemplo, por constantes incêndios, secas e inundações. – nas regiões ultraperiféricas, a acumulação de desvantagens de carácter natural e geográfico (como declarado no Artigo 299.2 do Tratado da UE) e a persistência de graves problemas 95 75 25 5 0 100 95 75 25 25 5 5 0 27 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:51 0 69 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 100 75 25 5 0 e culturais (Londres, as vastas áreas urbanas holandesas e as cidades do noroeste alemão ainda registam incrementos consideráveis da população). Mais de 70 cidades ou conurbações, 44 das quais com mais de 1 milhão de habitantes, detêm todas estas importantes funções estratégicas e podem ser consideradas como “metrópoles” em crescimento de relevância europeia. Entre elas assume particular importância um arco que se extende de Londres até Milão, passando pela conurbação formada pelas cidades ao longo do Reno (Essen e Colónia); sociais e económicos de difícil solução devido à sua perifericidade, isolamento, características topológicas, clima, dimensões limitadas do mercado e dependência de um pequeno leque de produtos. 95 Estas disparidades territoriais não podem ser ignoradas uma vez que, para além das graves dificuldades nas regiões periféricas e ultraperiféricas ou dos problemas de congestionamento de algumas zonas centrais, elas afectam a competitividade global da economia da UE. Cobrir os custos do congestionamento ou tratar as consequências sociais das disparidades implica uma afectação suboptimizada de recursos, bem como um nível mais baixo de eficiência e competitividade económica daquela que se poderia obter nas regiões afectadas, sejam elas zonas atractivas do centro ou zonas carenciadas da periferia. Este conjunto de problemas pode dar origem a um processo cumulativo no qual, por exemplo, as dificuldades de acesso aos centros de investigação e inovação ou às redes de TIC levarão a uma ulterior diminuição do potencial de desenvolvimento económico das regiões que já são menos favorecidas. – nos países da adesão, apesar do decréscimo populacional, regista-se um aumento significativo nas cidades capitais, especialmente Budapest, Praga, Lubliana e as capitais dos Estados Bálticos. A única excepção é a Polónia, onde existem cinco vastas áreas metropolitanas que rivalizam com Varsóvia; – o aparecimento de novas tendências que implicam um desenvolvimento menos polarisado e o crescimento de várias áreas urbanas nas zonas periféricas da UE, incluindo: O combate às disparidades territoriais para alcançar um padrão mais equilibrado de desenvolvimento económico requer a coordenação das políticas de desenvolvimento para que elas apresentem coerência e consistência. Foi por essa razão que em 1999, em Potsdam, o Conselho Europeu adoptou o Plano de Desenvolvimento do Espaço Comunitário. - uma expansão do centro para leste com o crescimento de cidades como Berlim, Munique e Viena; - as cidades capitais da Escandinávia, sobretudo Estocolmo e Helsinkia, adquiriram grande força económica, especialmente no domínio das novas tecnologias; - várias áreas urbanas situadas nas zonas periféricas da UE, como Dublin, Atenas e Lisboa, também registaram aumentos significativos do PIB per capita nesta última década; 95 75 25 5 0 Promover um desenvolvimento equilibrado Desequilíbrios territoriais na distribuição dos centros urbanos 100 95 Os sistemas urbanos constituem o motor do desenvolvimento regional, sendo particularmente evidente o desequilíbrio entre o centro e a periferia no que respeita à sua distribuição geográfica no território da UE. Uma análise destes sistemas, do seu potencial e do grau de cooperação existente entre eles revela as seguintes tendências:10: – – toda uma série de regiões urbanas que se encontram fora da zona central parecem apresentar elementos demográficos e um potencial económico suficientemente fortes para atraírem actividades de investigação e criar ligações, ao longo do tempo, com os maiores centros de decisão europeus e até internacionais. No futuro, estas regiões estarão provavelmente em condições de estimular o crescimento das zonas periféricas, criando assim um desenvolvimento económico mais equilibrado na UE. verifica-se ainda crescimento em zonas principais da Europa e nas cidades capitais onde se concentram as sedes de empresas, a investigação, bem como as infra-estruturas de ensino 75 100 95 75 25 25 5 5 28 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:51 70 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 100 conjunto dos critérios considerados. Em termos globais, entre 1995 e 2000, estas 40 regiões urbanas registaram um aumento do PIB de 3,3% para 4,1% ao ano, contra 3% nas metrópoles em crescimento e 4–5% em várias regiões urbanas periféricas que estão em rápido desenvolvimento, como adiante se constata. 95 75 25 5 0 Disparidades profundas entre e no interior das cidades A Auditoria Urban II, actualmente disponível para 189 cidades dos UE15 (65 no pentágono central e 124 nos territórios periféricos) permite analisar três tipos de disparidades: entre as cidades do centro e da periferia, entre as cidades grandes e médias, e entre diferentes áreas urbanas. Os resultados principais são os seguintes: 25 – uma sólida rede (a nível de comércio, universidades e comunicações) de ‘metrópoles’ principais no centro da Europa, que inclui Londres, Paris, Frankfurt, Amsterdão, Milão e, no futuro próximo, Berlim; – fora deste grupo, uma falta de cooperação estratégica entre os centros urbanos e, nos países da adesão, uma ausência de redes de cidades de pequena e média dimensão, excepto na República Checa e na Eslovénia. O futuro das zonas rurais está cada vez mais ligado ao desenvolvimento da economia rural no seu todo e, em alguns casos, exige uma mudança radical da base económica e social, das infra-estruturas físicas, do acesso às TIC e outras novas tecnologias, do aumento de novas fontes de emprego (como por exemplo nas PME ou no turismo rural) e da manutenção dos serviços públicos. Tal política deve ser integrada no âmbito de uma estratégia regional que envolva o desenvolvimento das relações económicas e a cooperação com as zonas urbanas. É possível identificar 40 regiões urbanas deste tipo, situadas fora do ‘pentágono’ central e classificá-las com base em quatro critérios indicativos dos seus pontos fortes e das suas debilidades — a dimensão e o crescimento demográficos, a competitividade, as redes de comunicação e o envolvimento na economia do conhecimento. Lyon, por exemplo, representa um bom exemplo de uma cidade forte em termos de todos estes critérios, enquanto Bilbao tem uma pontuação elevada apenas num dos critérios (o conhecimento) e Porto e Cracóvia têm apenas uma pontuação média no O desafio que se coloca às regiões rurais varia de acordo com a sua localização em relação às cidades acima identificadas, sendo possível distinguir, em termos latos, três tipos de zonas rurais de acordo com o grau da sua integração no resto da economia e com as suas ligações com os grandes centros de actividade: – zonas integradas na economia global que estão a atravessar uma fase de expansão económica e demográfica. Em geral, estas zonas situam-se próximo de um centro urbano, o emprego está concentrado na indústria e nos serviços, mas a maior parte dos terrenos são utilizados para fins agrícolas (em França, por exemplo, 100 95 75 25 5 0 5 Desequilíbrios intra-regionais – O desemprego, por outro lado, parece estar mais relacionado com factores de carácter nacional do que com o facto de as cidades estarem localizadas no centro ou na periferia da UE, ou com as próprias dimensões das cidades. O mesmo se pode dizer em relação à pobreza (com uma média de 9% da população abaixo do nível de pobreza nas zonas centrais da UE e de 16% nas zonas periféricas). Existem também profundas disparidades entre diferentes áreas da mesma cidade, como ilustrado pelos exemplos do Porto, que tem uma taxa média de desemprego baixa mas regista uma discrepância de 8 para 1, e de Marselha, onde a taxa média é elevada e a discrepância é de 5 para 1. 75 25 0 – No que respeita à poluição, verifica-se um padrão de clara oposição entre o centro e a periferia, uma vez que, por exemplo, as cidades do centro da União registam 14 dias ao ano de níveis máximos de ozono, comparados com apenas menos de um dia ao ano nas cidades da periferia. 95 75 Uma análise das redes de cooperação entre os centros urbanos revela a existência de: – A falta de segurança é mais acentuada nas grandes cidades do que nas médias. No Reino Unido, por exemplo, o número de crimes violentos é duas vezes maior nas grandes cidades e o número de homicídios é três vezes maior. A criminalidade é também mais sentida nas cidades do centro da UE do que nas dos territórios periféricos. 100 95 5 29 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:52 0 71 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 100 um terço das explorações agrícolas encontram-se em zonas deste tipo). O forte aumento demográfico e a pressão da crescente urbanização exigem um melhor ordenamento do território para evitar a degradação ambiental e um desadequado uso do solo. Embora se trate de assuntos cada vez mais relevantes, as políticas urbanas dos Estados-membros, exceptuando o Reino Unido e a Suécia, tendem a não dar suficiente importância às relações entre as zonas urbanas e rurais; 95 75 25 5 0 – zonas rurais intermédias, relativamente distantes dos centros urbanos mas com uma boa rede de transportes e um desenvolvimento razoável das infra-estruturas. São zonas com uma população geralmente estável e que estão em processo de diversificação económica. É aqui que se situam as grandes explorações agrícolas de vários Estados-membros. Trata-se de manter o seu potencial agrícola, acelerar o ritmo da diversificação económica e consolidar as relações com as cidades de pequena e média dimensão; – zonas rurais isoladas, com baixa densidade populacional e frequentemente situadas em territórios periféricos, longe dos centros urbanos e das principais redes de transportes. Muitas vezes, o isolamento é devido a características topográficas (tais como zonas montanhosas) e, em geral, são zonas caracterizadas por terem uma população envelhecida, fracas dotações de infra-estruturas, níveis baixos em termos de serviços de base e de rendimento per capita, uma mão-de-obra pouco qualificada e, enfim, não estarem bem integradas na economia global. A sua população, que se encontra em declínio, depende na maioria dos casos da agricultura. Tais zonas situam-se principalmente no sudoeste de Portugal, no norte e nordeste da Espanha, no centro da França, na Escócia, Finlândia e Suécia. Aqui, o desafio consiste na revitalização, na manutenção da actividade económica e de serviços públicos adequados, bem como na necessidade de desenvolver ligações com as cidades, apesar destas serem relativamente distantes. 100 95 Regiões geograficamente desfavorecidas 75 Como já anteriormente referido, e também sublinhado no Segundo Relatório sobre a Coesão, as regiões cujas características geográficas específicas e permanentes constituem uma limitação ao seu desenvolvimento, tais como as regiões ultraperiféricas, as ilhas, as zonas de montanha e as com baixa densidade populacional do norte remoto da Europa apresentam problemas específicos de acessibilidade e integração no resto da UE. 95 75 25 5 0 As sete regiões ultraperiféricas da UE compreedem 25 ilhas mais a Guiana e, no seu conjunto, têm cerca de 4 milhões de habitantes. Sofrem de toda uma série de desfavorecimentos naturais que tornam difícil o melhoramento das suas condições económicas e socias, sobretudo devido à enorme distância quer dos centros económicos e administrativos, quer dos territórios continentais mais próximos. A região mais remota, Reunião, situa-se a mais de 9.000 km de distância de Paris e a 1.700 km da costa Africana, enquanto as Ilhas Canárias, a região mais próxima, se encontra ainda assim a 250 km da costa. Para além da distância, os problemas são causados também pelas suas características naturais (muitas destas regiões são arquipélagos pequenos em termos quer territoriais, quer demográficos), e um clima e terreno difíceis. Com excepção das Canárias (cuja população representa 45% da população total das sete regiões ultraperiféricas e onde o PIB per capita se situava apenas em cerca de 6% abaixo da média da Espanha) o PIB per capita destas regiões é apenas 57% da média da UE15, enquanto a Reunião, a Guiana e os Açores se encontram entre as 10 regiões menos prósperas. Todas elas sofrem de uma combinação de factores negativos: atraso de desenvolvimento económico, dependência excessiva da agricultura e elevado desemprego. Enquanto a população dos territórios franceses está ainda em franca expansão, a da Madeira e dos Açores, que registam elevadas taxas de emigração, está em declínio. Para além disso, as Ilhas Canárias estão a sofrer a pressão do aumento demográfico e registam uma sobredependência do sector turístico, bem como uma falta de diversificação noutros sectores. Existem ainda 284 ilhas povoadas na UE15, com 9,4 milhões de habitantes (3% do total da UE15) e uma superfície de 95.000 km² (3% do total da UE15). O seu relativo isolamento e os custos adicionais que isso comporta constituem um obstáculo constante ao desenvolvimento económico. Para 100 95 75 25 25 5 5 30 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:52 72 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 95 75 25 5 0 100 além disso, elas são caracterizadas em muitos casos por terrenos montanhosos e/ou estão situadas em regiões periféricas desfavorecidas, como por exemplo no Mezzogiorno italiano, na Grécia e na Escócia. Muitas também fazem parte de arquipélagos, factor que constitui um ulterior motivo de limitação uma vez que os serviços de transporte para o continente e os serviços públicos se encontram na ilha principal. As ilhas estão repartidas de forma bastante equitativa entre o Atlântico, o Báltico e o Mediterrâneo, embora 95% da sua população total resida nas 119 ilhas do Mar Mediterrâneo, 85% da qual na Sicília, Sardenha, Baleares, Creta e Córsega. As outras ilhas, pelo contrário, tendem a ser menores e mais escassamente povoadas. As únicas com dimensões razoáveis são a ilha sueca de Gotland, as ilhas escocesas de Lewis e Harris e a principal ilha do arquipélago Orkney. Em 2001, a média do seu PIB per capita correspondia a 72% da média da UE15 e, na maioria dos casos (sendo as a Baleares a principal excepção) era inferior ao de outras regiões do seu respectivo país. São normalmente zonas vulneráveis em termos económicos devido à concentração de actividade em dois sectores — agricultura e pesca, por um lado, e turismo, por outro. As zonas de montanha estão espalhadas por todo o território da UE15: cobrem 40% da sua superfície e têm uma população de cerca de 67 milhões de habitantes, o que equivale, aproximadamente, a 18% da população da UE15 area. Após o alargamento para a UE25, estas zonas continuarão a representar quase a mesma proporção em termos demográficos, mas uma proporção ligeiramente inferior em termos de superfície, uma vez que nos novos Estados-membros a densidade populacional das regiões montanhosas é um pouco mais elevada do que em outras regiões. As zonas de montanha dependem mais da agricultura, sobretudo nos países da adesão, mas também na UE15. Para além disso, embora muitas delas estejam situadas perto de centros económicos e mercados de vasta dimensão, as características do terreno tendem a agravar os custos de transporte e a tornar desadequadas muitas actividades agrícolas. 100 95 75 O desemprego é geralmente mais elevado nas zonas de montanha mais periféricas, tais como as regiões situadas a norte dos Países Nórdicos, da Escócia, da Irlanda do Norte e do Reino Unido, bem como nas cadeias montanhosas da Espanha, da Córsega, do sul de Itália e da Sicília. Pelo contrário, o desemprego é quase sempre relativamente baixo nas zonas de montanha próximas dos grandes centros urbanos industriais, ou naquelas que dispõem de tais centros no próprio território, como se verifica no País de Gales, nos Apeninos setentrionais na Itália e ao longo das franjas setentrionais e meridionais dos Alpes em França, Alemanha e Itália. Contudo, existem excepções, como por exemplo as Ardenas na Bélgica e as montanhas Ore na República Checa e Alemanha. 95 75 25 5 0 Apesar da necessidade de estudos mais aprofundados, as conclusões das investigações levadas a cabo até agora sugerem que a diversificação económica do sector agrícola para o dos serviços tende a verificar se a um ritmo mais acelerado nas planícies do que nas regiões de montanha; que a existência de cidades de grande dimensão nas zonas montanhosas ou nas suas proximidades constituem um importante estímulo para a actividade industrial (ou, alternativamente, que a riqueza de recursos das zonas de montanha pode levar ao desenvolvimento de grandes centros urbanos em territórios próximos); e que o emprego no sector dos serviços é geralmente elevado nas zonas de montanha mais prósperas, principalmente na área do turismo (como nos Alpes) ou nos serviços públicos nas zonas com baixa densidade populacional (especialmente na Suécia e na Finlândia). Desde a adesão da Finlândia e da Suécia em 1994, as zonas escassamente povoadas assumiram uma certa relevância para a política da coesão. Nestes dois países, algumas zonas sub-árcticas e árcticas apresentam uma densidade populacional média de menos de 5 habitantes por km², muito abaixo do nível registado em qualquer outra zona da União, excepto em Highlands and Islands da Escócia.11. Nestas zonas, a média do PIB per capita equivale a 87% da média da UE, um valor consideravelmente inferior ao de outras partes dos respectivos países. O desemprego tende também a registar valores superiores à média nacional. Na Suécia, uma grande parte do emprego concentra-se, em geral, nos serviços, sobretudo nos serviços públicos, enquanto na Finlândia há mais pessoas a trabalharem no sector agrícola e industrial, especialmente na indústia da madeira, da polpa de madeira e do papel. 100 95 75 Sobretudo nas regiões suecas, a partir de meados dos anos 90, o PIB aumentou muito pouco (sendo a 25 25 5 5 0 31 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:52 0 73 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 0 0 EUROPEAN SPATIAL PLANNING OBSERVATION NETWORK 1.6 Alterações demográficas, 1996-1999: componentes principais Aumento demográfico com saldo migratório positivo e saldo natural positivo AT, CH, DE, FI, EL, MT, NL, PT, SE, UK: NUTS 2 saldo migratório positivo e saldo natural negativo saldo migratório negativo e saldo natural positivo 100 Decréscimo demógrafico com saldo migratório negativo e saldo natural positivo saldo migratório positivo e saldo natural negativo 95 saldo migratório negativo e saldo natural negativo Fonte: base de dados ESPON Origem dos dados: UE15 e países candidatos: Eurostat; Noruega e Suiça: Institutos Nacionais de Estatística 100 Este mapa não reflecte necessariamente a opinião do Comité de Acompanhamento ESPON 95 0 75 sem dados 100 500 km 75 © EuroGeographics Association para as fronteiras administrativas 25 25 5 5 32 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:54 74 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 95 75 25 5 0 100 taxa de crescimento apenas metade da média da UE) e o emprego não recuperou ainda das elevadas perdas de postos de trabalho que se verificaram durante a recessão do princípio dos anos 90. A taxa demográfica está em declínio, e a um ritmo que se encontra, geralmente, apenas em regiões com graves problemas estruturais. Ao longo da década de 90, Kainnu e a Lapónia, na Finlândia, perderam uma média anual de 1% da sua população, enquanto em Norrbotten, na Suécia, a população diminuiu 0,6% ao ano12 (Quadro A1.8). Problemas comuns às zonas geograficamente desfavorecidas Todas estas regiões, onde quer que se situem no espaço da UE, apresentam problemas comuns de acessibilidade e de isolamento dos principais mercados, factores que agravam os custos das deslocações e dos transportes e que limitam o seu desenvolvimento económico. Ao mesmo tempo, a construção de infra-estruturas de todos os tipos e a prestação de cuidados de saúde, de serviços educacionais e de outros serviços de base é normalmente mais cara devido à natureza do seu terreno e à sua perifericidade, e torna-se mais difícil de justificar por causa do pequeno número de pessoas que deles usufruem. Em muitos casos, a população e a dimensão do mercado situam-se abaixo da ‘massa crítica’ necessária para garantir o investimento em termos económicos. Este problema é agravado pelo declínio e envelhecimento da população, consequência do abandono progressivo por parte dos jovens (Mapa 1.6). Nas ilhas, parece existir uma dimensão crítica da população equivalente a cerca de 4–5.000 habitantes — nível acima do qual os números tendem geralmente a aumentar, há uma percentagem relativamente elevada de jovens e bons serviços de ensino e de saúde. Contudo, abaixo deste nível, a taxa líquida de emigração, o envelhecimento da população e as infra-estruturas inadequadas constituem a norma. 100 95 75 Nas zonas de montanha da UE15, a densidade populacional (51 habitantes por km²) é inferior a metade da média da UE, apesar de ser tendencialmente muito mais elevada nas zonas imediatamente adjacentes, o que mostra que estas são zonas relativamente atractivas para se residir e trabalhar. Em média, a população continua a diminuir, mas um certo número de zonas já começaram a atrair novos habitantes e negócios. Nos países da adesão a situação é 25 95 Acessibilidade das regiões montanhosas 75 Um estudo recente sobre os territórios de montanha levou à elaboração de um índice que os classifica de acordo com a sua acessibilidade, tendo em conta a distância de avião das capitais e outras cidades, bem como de universidades e infra-estruturas de saúde, e considerando também a densidade das redes de transportes (rodovias, vias férreas e aeroportos). 5 0 As regiões de montanha com acessibilidade “muito boa” ou “boa” encontram-se, por exemplo, no norte da Inglaterra, na Sicília e na Eslováquia. Entre elas contam-se também os Alpes, os Cárpatos, os Sudetos, todas as áreas alemãs e as Ardenas, bem como três regiões da Espanha e duas de Portugal. Territórios com acessibilidade “razoável” encontram-se à volta dos primeiros dois grupos e situam-se na Grécia, Espanha, País de Gales, Finlândia e no Maciço Central em França. Zonas com “fraca” acessibilidade encontram-se a norte do terceiro grupo, e são nomeadamente Highlands e Islands da Escócia e a maioria das zonas montanhosas da Suécia e Finlândia. semelhante, embora a densidade populacional de tais regiões seja quase o dobro da da UE15 e apenas ligeiramente inferior à média de outras áreas. Acesso mais igualitário aos Serviços de Interesse Económico Geral Apesar das dificuldades enfrentadas por algumas regiões, a igualdade de acesso a infra-estruturas de base, serviços essenciais e conhecimento — os chamados ‘Serviços de Interesse Económico Geral’ — para todos, onde quer que seja o seu local de residência, representa um requisito fundamental para a coesão territorial. A possibilidade de aceder a um sistema de transportes eficiente e com boas ligações à zona central da União é o primeiro aspecto a determinar a perifericidade de uma região. É natural que as regiões com melhor acesso aos mercados sejam mais produtivas e competitivas. Actualmente, a rede rodoviária é, em geral, muito mais desenvolvida nas zonas centrais da UE do que nas zonas periféricas e, embora em anos recentes tenham sido construídas mais auto-estradas, o grau de acessibilidade das regiões periféricas às centrais (onde estão concentrados os mercados) permanece muito inferior 5 0 25 100 95 75 25 5 33 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:54 0 75 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 95 75 100 em relação ao de outras zonas. A acessibilidade é particularmente fraca na maioria das regiões Objectivo 1 em Portugal, na Grécia, no oeste da Irlanda e nos Estados Bálticos (Mapa A1.5). pertencem. Contudo, excluindo estas últimas regiões, quer o PIB per capita, quer o emprego são inevitavelmente influenciados pelo desempenho da economia nacional da qual fazem parte. A mesma situação se verifica em relação aos acessos ferroviários, uma vez que, de uma maneira geral, nas regiões periféricas o melhoramento das redes ferroviárias não se manteve ao ritmo do das redes rodoviárias. Os acessos ferroviários às zonas mais centrais da UE são especialmente escassos na Roménia, na Bulgária, na parte meridional e central da Itália e no norte da Dinamarca, bem como na Grécia e em certas zonas da Espanha longe da linha TGV Madrid-Sevilha (Mapa A1.6). O desfavorecimento geográfico nem sempre implica uma situação económica desfavorável. De facto, como ilustrado por inúmeros exemplos, ele pode ser transformado num bem positivo capaz de abrir novos caminhos para o desenvolvimento. Para além disso, muitas destas regiões representam uma parte importante do património natural da UE e são o local de muitas actividades recreativas e culturais, entre outras. Esta razão é, por si só, suficientemente importante para as preservar e as manter habitadas, o que, por sua vez, significa que é importante melhorar a sua acessibilidade e preservar ou desenvolver os serviços essenciais. 25 5 0 Embora a construção das redes transeuropeias leve a melhorias da acessibilidade, em particular nos países da adesão — sobretudo Bulgária e Roménia — o efeito na periferia irá variar significativamente de região para região, consoante o grau mais ou menos elevado de ligação às rotas principais, que por sua vez depende do estado das redes secundárias. O acesso às novas tecnologias, sobretudo às TIC, é particularmente importante no caso das regiões periféricas e das geograficamente desfavorecidas. Isso deve-se não apenas ao facto que tais tecnologias ajudarem a reduzir as distâncias físicas e o tempo necessário para chegar às zonas centrais da UE, mas também, e de forma mais significativa, ao facto que qualquer tipo de limitação à sua disponibilidade ter repercussões negativas óbvias nas perspectivas de desenvolvimento destas regiões e afastar as empresas que aí desejem estabelecer-se. Prioridades de desenvolvimento 95 75 75 25 Em termos de acessibilidade aérea às regiões centrais, a situação é francamente melhor devido à presença de aeroportos internacionais até nas regiões mais periféricas, embora seja necessário considerar o verdadeiro significado deste tipo de melhoramento de ligações dada a quantidade geralmente limitada de mercadorias transportada por via áerea (Mapa A1.7). 100 95 Apesar das grandes diferenças de condições económicas e sociais que as regiões geograficamente desfavorecidas apresentam, tratam-se geralmente de regiões menos prósperas e com uma taxa de desemprego mais elevada do que a do país onde estão situadas ou, como no caso das regiões ultraperiféricas, do país ao qual 5 0 É igualmente relevante que o percurso de desenvolvimento económico destas regiões respeite o seu património natural e não ponha em risco aquelas mesmas características geográficas que representam, ou podem vir a representar, um aspecto chave da sua vantagem comparativa enquanto lugares onde não só as pessoas queiram viver, mas onde as empresas também queiram operar. Assim, à medida que se vai alargando a economia baseada no conhecimento, a proximidade das matérias-primas ou até dos grandes mercados está a tornar-se cada vez menos determinante na escolha de localização, enquanto a beleza da paisagem física e natural assume uma importância cada vez maior — juntamente, é claro, com a disponibilidade dos serviços e equipamentos essenciais acima referidos. Assim, o desenvolvimento económico destas zonas sensíveis deve ter em consideração, mais ainda do que em outras áreas, a necessidade de salvaguardar o ambiente, não apenas integrando esta prioridade no processo de tomada de decisão relativo aos investimentos, mas também, e sempre que possível, procurando opções que melhorem o ambiente, ao mesmo que reforçam a competitividade regional. Exemplos de tais opções duplamente vencedoras incluem a reabilitação de zonas degradadas pela actividade industrial e a sua reconversão em áreas para o desenvolvimento de novas empresas; a modernização das ligações ferroviárias para melhorar os acessos em vez da construção de novas auto-estradas; ou o desenvolvimento de fontes de energia amiga do ambiente e renovável em substituição das centrais eléctricas a carvão ou petróleo, que levam à delapidação dos já escassos recursos e à poluição do ambiente. 100 95 75 25 25 5 5 34 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:54 76 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 100 95 95 75 75 Canarias (E) 25 25 Guadeloupe Martinique Réunion 5 5 Guyane (F) 0 0 Açores (P) Madeira 1.7 Diversidade territorial – grau de fragmentação das áreas naturais menos de 20% das áreas naturais entre 20% e 50% das áreas naturais; fragmentação elevada entre 20% e 50% das áreas naturais; fragmentação moderada entre 20% e 50% das áreas naturais: baixa fragmentação 100 mais de 50% das áreas naturais áreas construídas 95 sem dados Áreas naturais = todas as áreas (nível NUTS 3) excepto as áreas construídas e agrícolas 100 Fonte: CORINE Landcover 95 0 75 100 500 km 75 © EuroGeographics Association para as fronteiras administrativas 25 25 5 5 0 35 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:55 0 77 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 95 75 25 5 0 100 Embora nem sempre seja possível encontrar tais opções duplamente vencedoras, o lema central da política de desenvolvimento quer nas zonas mais sensíveis, quer em outras zonas, deveria ser sempre o de prosseguir estratégias que minimizem quaisquer danos ambientais, garantindo assim uma sustentabilidade a longo prazo, em vez de simplesmente estimular o crescimento a curto prazo. Os problemas ambientais são particularmente graves no espaço da EU, tanto em zonas onde existe uma elevada concentração demográfica e, por consequência, actividades económicas de vários tipos, como em zonas onde os recursos naturais estão sob pressão devido à agricultura, bem como à exploração mineira e actividades congéneres. Estas zonas não estão distribuídas de maneira uniforme no território da União, mas, pelo contrário, concentram-se em lugares específicos (Mapa 1.7) onde é necessário melhorar a qualidade do ambiente e evitar ulteriores danos. Contudo, é igualmente importante evitar que a deterioração ambiental se agrave em zonas naturais ou semi-naturais que estão a ser progressivamente invadidas pela actividade humana, ou que estão a ser abandonadas, tornando-se, desta forma, cada vez mais fragementadas ou sem protecção dos seus recursos naturais. Assim, tais objectivos devem constituir parte integrante da estratégia de desenvolvimento económico em toda a UE para garantir que este desenvolvimento é sustentável. Factores que determinam o crescimento, o emprego e a competitividade Na Cimeira de Lisboa que teve lugar em Março de 2000, a União Europeia propôs-se o objectivo de se tornar a economia do conhecimento mais competitiva e dinâmica a nível mundial, capaz de um crescimento económico sustendado e sustentável, caracterizado por mais e melhores postos de trabalho e por uma maior coesão social. Nesse sentido, foram identificadas várias prioridades: – dar prioridade à inovação e à iniciativa, nomeadamente através da promoção de ligações mais estreitas entre os centros de investigação e a indústria, do desenvolvimento de condições favoráveis à I&D, da facilitação do acesso às fontes de financiamento e ao know-how e do encorajamento de novos projectos empresariais; 100 95 75 – – garantir o pleno emprego, realçando a necessidade de criar novas oportunidades de emprego, de aumentar a produtividade e a qualidade no trabalho, e de promover a aprendizagem ao longo da vida; 95 garantir um mercado de trabalho inclusivo, no qual sejam reduzidos o desemprego bem como as disparidades sociais e regionais no que respeita ao acesso ao emprego; 5 – ‘interligar’ a Europa, especialmente através de uma maior integração e melhorando os transportes, as telecomunicações e as redes de energia; – proteger o ambiente, sobretudo porque isso representa um estímulo para a inovação, e introduzir novas tecnologias, por exemplo, nos sectores da energia e dos transportes. 75 25 0 A política da coesão europeia fornece um importantíssimo contributo para alcançar estes objectivos, particularmente naquelas regiões onde existe um potencial económico e de emprego ainda inexplorado e que pode ser dinamizado graças a políticas de coesão focalizadas, contribuindo, dessa forma, para o crescimento de toda a economia da UE. Do ponto de vista político, a sustentabilidade do desenvolvimento regional exige a criação de condições favoráveis a nível nacional, sobretudo um ambiente macroeconómico que promova o crescimento, o emprego e a estabilidade, e um regime fiscal e normativo que encoraje a criação de empresas e de postos de trabalho. A nível regional, é necessário preencher dois conjuntos complementares de condições. O primeiro prende-se com a existência de dotações adequadas quer em termos de infra-estruturas de base (redes de transportes, telecomunicações e energia eficientes, bons serviços de abastecimento de água e saneamento, etc.), quer em termos de uma mão-de-obra com níveis adequados de competências e formação. O reforço do capital físico e humano, juntamente com o melhoramento das actuais infra-estruturas de apoio institucional e de enquadramento administrativo, assume particular relevância nas regiões Objectivo 1 e nos países da adesão, que são as zonas onde aqueles domínios apresentam actualmente graves deficiências. 100 95 75 O segundo conjunto de condições, que está directamente relacionado com os factores de 25 25 5 5 36 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:55 78 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 95 75 25 5 0 100 95 75 100 competitividade regional importantes para a economia do conhecimento, prende-se com a inovação, que deve ser considerada como uma prioridade; com as tecnologias de informação e comunicações (TIC), que devem estar amplamente acessíveis e devem ser utilizadas de forma eficaz; e com o desenvolvimento, que deve ser sustentável em termos ambientais. Este conjunto de condições tem a ver sobretudo com factores ‘intangíveis’, que estão mais directamente ligados à competitividade empresarial do que o primeiro conjunto de condições. Eles compreendem, entre outros, a capacidade que uma economia regional tem para gerar, divulgar e utilizar conhecimento, mantendo, desta forma, um sistema de inovação regional eficaz; uma cultura empresarial que promova o espírito de iniciativa, e a existência de redes de cooperação e núcleos de actividades específicas. criadores de conhecimento (de novas técnicas, etc.) não podem receber todos os benefícios gerados pela inovação em causa, existe uma tendência para o sub-investimento. Estes dois conjuntos de condições, que estão estritamente interligados, precisam ambos de ser integrados, em graus variáveis, numa estratégia de desenvolvimento de longo prazo, com objectivos acordados e claramente definidos, e com um empenhamento político que apoie a sua implementação. O enfoque exacto e a combinação de factores a atingir dependerão da situação de partida, das características da região interessada, das circunstâncias predominantes, do processo de desenvolvimento em curso, etc. Com o decorrer deste processo e à medida que as circunstâncias se vão alterando, estes elementos terão também necessariamente que mudar. Não existe, portanto, uma receita única ou pré-estabelecida para o êxito do desenvolvimento regional. Assim, para prosseguir na via do desenvolvimento, cada região terá que encontrar a justa combinação de políticas com base nas suas caractéristicas específicas a nível económico, social, cultural e institucional. Por último, é importante realçar dois factores. Em primeiro lugar, a fundamental importância que o capital humano e a capacidade institucional e administrativa assumem para o desenvolvimento regional, sendo que isso determina o apoio dado às empresas e a natureza e o grau das parcerias público-privadas e da cooperação de todas as entidades envolvidas no processo de desenvolvimento. Este aspecto será aprofundado adiante. A intervenção do Estado pode ser justificada, em ambos os conjuntos de condições, pela falha do mercado. Isso é manifesto no caso do capital humano, dos transportes e de outras infra-estruturas cuja natureza está próxima à dos bens públicos, nos quais o investimento tem efeitos tanto sociais como financeiros, e onde nem sempre é fácil ou economicamente viável para os investidores obterem receitas (como no caso de empregadores que investem na formação dos seus funcionários). O mesmo se aplica ao saber tecnológico, que apresenta também algumas características de um bem público, uma vez que os custos envolvidos em torná-lo disponível a muitos utilizadores são baixos se comparados com o custo do seu densenvolvimento. Assim, dado que os 25 75 25 Uma das funções essenciais da política de coesão da UE é a de ajudar as regiões, particularmente as menos favorecidas, a consolidar e desenvolver o seu potencial económico e de emprego, inclusive o que está ainda latente, de acordo com as suas vantagens comparativas. É neste sentido que, uma vez alcançado um nível suficiente de dotações de infra-estruturas físicas e de capital humano, o desenvolvimento da competitividade regional depende da modernização e diversificação da estrutura produtiva. Isto significa, entre outras coisas, promover a expansão da economia do conhecimento e da inovação. 5 0 Em segundo lugar, e como já evidenciado, a importância igualmente fundamental de ter efectivamente em conta a necessidade de salvaguardar o ambiente para que o processo de desenvolvimento seja realmente sustentável. Esta necessidade está presente na implementação de todas as medidas que visem melhorar o desenvolvimento, mas aplica-se particularmente ao investimento nas infra-estruturas físicas, onde o conflito potencial entre o aumento das dotações (especialmente das redes de transportes) e a protecção do ambiente se faz sentir com maior intensidade. O resto desta parte do relatório concentra-se na análise do grau das disparidades apresentadas por ambos os conjuntos de condições acima referidos no espaço de uma UE alargada. Infra-estruturas de transporte 100 Um sistema de transportes eficiente é um requisito fundamental para o desenvolvimento económico regional, embora o melhoramento dos transportes não seja, por si só, suficiente para garantir o crescimento: se é certo que, por um lado, aumentam o grau de 5 0 95 95 75 25 5 37 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:55 0 79 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 95 75 25 5 0 100 acesso a outros mercados, por outro, tornam mais fácil para os produtores de fora virem satisfazer a procura local. Em todo o espaço da UE15, o transporte de passageiros e de mercadorias aumentou consideravelmente ao longo da última década: o de mercadoria (medido em toneladas-quilómetro) quase um terço, mais uma vez cerca de metade do crescimento do PIB; o de passageiros (passageiros-quilómetro) aproximadamente 16%. Os fluxos de transportes O carro constitui o meio de transporte de passageiros predominante. No ano 2000, 78% de todas as viagens na UE15 (em termos de total de quilómetros percorridos) foram feitas de carro. Contudo, apesar deste valor ser superior ao de 1970, quando era de 74%, é mesmo assim ligeiramente inferior à percentagem registada em 1990, tal como também a proporção das viagens de autocarro, que desceu para menos de 9% desse total. Em contrapartida, registou-se um aumento das viagens de avião, apesar destas corresponderem ainda apenas a 6% do total das viagens de passageiros. As viagens de comboio registam praticamente a mesma percentagem, apenas pouco mais de 6% do total, um valor que se manteve quase inalterado desde 1990, mas inferior em relação à percentagem de mais de 10% registada em 1970. O grande aumento do transporte de mercadorias (excluindo o transporte marítimo) na década de 90 (32%) foi devido especialmente ao transporte rodoviário, que registou um incremento de 38%. Hoje em dia cerca de 75% do total das mercadorias é transportado por estrada, e apenas 14% por ferrovia, um valor que tem vindo a decrescer sistematicamente de 30% em 1970 e 18% em 1990. 100 95 75 Em todos os países da coesão, o transporte rodoviário de mercadorias regista percentagens mais elevadas do que no resto da UE, com valores que vão de 85% em Espanha até 98% na Grécia (embora seja importante referir que estes valores são semelhantes aos da Itália e do Reino Unido). Para além disso, o transporte de carga por estrada tem aumentado a um ritmo mais acelerado nestes países do que no resto da UE, o que reflecte, em parte, o maior aumento do PIB, mas também a falta de uma alternativa eficaz, não obstante os elevados investimentos nas redes de transportes feitos ao abrigo dos Fundos Estruturais. No que respeita aos países da adesão, o transporte de mercadorias registou um decréscimo significativo ao longo do período de transição na Roménia e na Bulgária, reflexo da quebra do PIB e da reestruturação das actividades económicas com o consequente afastamento da indústria pesada, bem como na Eslováquia e na Eslovénia, embora em menor grau. Na maioria dos outros países, este tipo de transporte aumentou, especialmente na Estónia e Letónia. 95 75 25 5 0 Mesmo assim, a quantidade total de carga transportada nos países da adesão equivale apenas a metade do nível registado na UE em relação ao PIB. Em 2000, quase metade de toda a carga transportada nos países da adesão foi por estrada, enquanto 38% foi por ferrovia, valor significativamente mais elevado do da actual UE. Na Bulgária e na República Checa, todavia, a proporção de mercadorias transportadas por rodovia está próxima da média da UE, enquanto nos Estados Bálticos e na Eslováquia equivale apenas a um terço ou menos. Contudo, as percentagens relativas estão a mudar rapidamente, com uma passagem do transporte ferroviário para o rodoviário. De facto, apenas quatro anos antes de 2000, a proporção de carga transportada por ferrovia era praticamente igual à transportada por rodovia. A manutenção futura desta tendência depende não apenas do ritmo do crescimento económico, mas também da sua composição — o nível do aumento da procura de serviços em relação à procura de mercadorias — e da existência de sistemas de transportes alternativos, como os caminhos-de-ferro ou as vias navegáveis. Não existem dados comparáveis em relação ao transporte de passageiros nos países da adesão, embora se consigam obter valores indicativos do aumento da utilização das rodovias através do número de proprietários de carros e do número de autocarros em relação à população. Entre 1996 e 2000, o número de carros no conjunto dos países da adesão aumentou mais de 20% em relação à população, com incrementos de mais de 50% na Letónia e Lituânia e mais de 30% na Roménia. Contudo, este aumento foi apenas ligeiramente superior ao registado na UE. Assim, em 2000, o número de proprietários de carros em relação à população era ainda pouco mais de metade da média da UE, o que indica um crescimento substancial nos anos futuros à medida que os rendimentos forem também aumentando. 100 95 75 25 25 5 5 38 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:56 80 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 100 95 95 75 75 Canarias (E) 25 25 Guadeloupe Martinique Réunion 5 5 Guyane (F) 0 0 Açores (P) Madeira 1.8 Densidade de auto-estradas, 2001 Índice, km de autoestradas relativos a território e população 100 0 UE15 = 100 0 - 75 LT, LV, EE: NUTS "0 75 - 150 100 150 - 250 95 > 250 sem dados 95 Fonte: Eurostat 0 75 100 500 km 75 © EuroGeographics Association para as fronteiras administrativas 25 25 5 5 0 39 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:56 0 81 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 95 75 25 5 0 100 Ao mesmo tempo, a relação entre rendimento per capita e a propriedade de carros depende de outros factores, tais como o estado dos transportes públicos e o padrão dos núcleos populacionais. Assim, em Portugal, o parque automóvel situa-se acima da média da UE e aumentou de forma especialmente rápida nos últimos anos. Na Itália é mais elevado do que em qualquer outro lugar da União, enquanto na Dinamarca é muito abaixo da média, o que se verifica também na República Checa. Por essa razão, o aumento futuro do número de proprietários de carros e, por consequência, da sua utilização, nos países da adesão depende não apenas do rendimento, mas também das decisões políticas relativas ao desenvolvimento dos meios de transportes. Nos países da adesão, a densidade rodoviária tende a ser mais baixa do que na UE15, e a densidade da rede de auto-estradas é ainda mais baixa. Na UE15 a densidade da rede de auto-estradas é seis vezes mais elevada do que no conjunto dos países da adesão, o que reflecte, em grande parte, a presença de um número muito limitado de auto-estradas nos países com maior superfície territorial. Assim, em 2001 existiam apenas cerca de 400 km de auto-estradas na Polónia, menos do que na Lituânia ou na Eslovénia (435 km), e apenas 113 km na Roménia. Na Estónia, este valor situava-se abaixo dos 100 km, enquanto na Letónia não existia nenhuma auto-estrada. Mesmo na República Checa, a extensão da rede de auto-estradas era apenas pouco superior a 500 km, e na Hungria rondava os 450 km. 95 75 25 5 0 Redes Rodovias Qualquer comparação das dotações de infra-estruturas rodoviárias ou ferroviárias entre os vários países deve ser feita com muita cautela devido às diferenças de métodos de classificação. Enquanto que a extensão total da rede rodoviária na UE15 se tem mantido basicamente inalterada desde 1991, a extensão das auto-estradas aumentou 27%. Muitas das novas auto-estradas foram construídas nos países da coesão, sobretudo em Portugal e Espanha. Apesar disso, a densidade rodoviária global13 em Espanha e na Grécia continua inferior a metade da média da UE, e situa-se abaixo desta média, embora apenas ligeiramente, também em Portugal. Na Irlanda, pelo contrário, situa-se muito acima da média. 100 95 75 No conjunto das regiões Objectivo 1, a densidade manteve-se a um nível de cerca dois terços da média da UE15. Por outro lado, a densidade da rede de auto-estradas nos países da coesão registou um aumento de cerca de 80% da média da UE15 em 1991, para 10% acima da média em 2001. Este incremento, todavia, concentrou-se sobretudo em Espanha e Portugal, enquanto a densidade permanence muito abaixo da média na Grécia e na Irlanda. Nas regiões Objectivo 1, a densidade da rede de auto-estradas equivalia a cerca de 80% da média da UE15 em 2001, um aumento em relação aos dois terços da média registados em 1991 (Mapa 1.8). Embora o ritmo de construção de novas estradas esteja a avançar com relativa rapidez em alguns países (a estensão da rede de auto-estradas na Polónia registou um aumento de mais de 50% nos três anos entre 1998 e 2001), as rodovias tendem a concentrar-se num número limitado de zonas, geralmente nas imediações das cidades capitais ou nas rotas de ligação para oeste. Assim, na Polónia, cerca de 75% das auto-estradas estão localizadas em apenas três regiões — Dolnoslaskie, na fronteira com a Alemanha, Opolskie, na fronteira com Dolnoslaskie e a República Checa, e Mazowieckie, a zona onde se situa Varsóvia. Na República Checa, existe uma concentração semelhante em Stredni-Cechy, à volta de Praga, e em Jihovychod, no sul, que faz fronteira com a Áustria e a Eslováquia. No caso da Roménia, praticamente todas as auto-estradas estão situadas nas imediações de Bucareste. Por outro lado, exceptuando as auto-estradas, as rodovias não se encontram geralmente em boas condições. Na melhor das hipóteses, quase todas as estradas são de duplo sentido e sofreram invariavelmente com a falta de manutenção durante muitos anos, antes e após o início do processo de transição. Este facto pode ajudar a compreender os dados alarmantes relativos às mortes nas estradas que, em 2001, se situavam consideravelmente acima, por milhão de carros, das na maioria dos Estados-membros. Na Letónia, registaram-se quase 900 mortes por milhão de carros, mais de 500 na Lituânia e na Polónia, enquanto na Hungria, Estónia, Bulgária e Eslováquia este valor foi ligeiramente inferior quando comparado com o de pouco mais de 300 em Espanha, Portugal e Irlanda, e somente 100 95 75 25 25 5 5 40 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:56 82 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 95 75 25 100 cerca de 150 no Reino Unido. (Não existem dados para a Grécia e a Itália). Por outro lado, os valores são semelhantes aos de algumas regiões Objectivo 1, particularmente em Espanha, onde foram registadas mais de 600 mortes por milhão de carros em Castilla y León e Castilla-la Mancha e mais de 450 na Extremadura. 5 0 Infra-estruturas ferroviárias A extensão total das linhas de caminho-de-ferro na UE15 é cerca de 3% inferior à existente em 1991, uma vez que várias linhas foram fechadas, e 10% inferior à registada em 1970. No conjunto dos 4 países da coesão, a densidade da rede ferroviária (isto é, em relação à superficie territorial e à população) situa-se apenas à volta de 55% da média da UE, apesar de ser mais elevada na Irlanda (80% da média) do que nos outros três países. Nas regiões Objectivo 1 a densidade ferroviária equivale a 75% da média da UE15, tendo sofrido poucas alterações desde 1991. Ao longo da década passada, a rede ferroviária foi modernizada com a electrificação de mais linhas (de 40% do total em 1991, para 47% em 2001), mas a passagem das linhas de via única para as de via dupla foi limitada (de 39% para 41%). Nos países da coesão e nas regiões Objectivo 1, as mudanças introduzidas foram análogas às do resto da UE, permanecendo assim a disparidades entre estes dois conjuntos de territórios. Em 2001, uma média de cerca de 40% das linhas eram electrificadas nos países da coesão e nas regiões Objectivo 1; apenas 24% das linhas ferroviárias eram de via dupla nos países da coesão e apenas pouco mais de 13% nas regiões Objectivo 1. Contudo, existem diferenças marcadas entres os países da coesão: na Grécia não existe nenhuma linha electrificada; na Irlanda apenas cerca de 2% das linhas são electrificadas, enquanto que em Portugal esta percentagem duplicou entre 1991 e 2001, atingindo mais de 30%. O nível geral das redes ferroviárias nos países da adesão é muito deficitário e reflecte décadas de investimentos insuficientes. A proporção das linhas electrificadas e de via dupla situa-se abaixo da média da UE, apesar de ser semelhante à que se regista nos países da coesão e mais elevada do que nas regiões Objectivo 1. alimentação eléctrica, tornando difícil a interoperabilidade. Por consequência, as velocidades máximas permitidas são geralmente na ordem dos 90–110 km/hora e podem atingir minímas de 40–60 km/hora em grandes extensões das linhas principais. 95 O aumento do parque automóvel está já a verificar-se a um ritmo mais acelerado do que os melhoramentos das redes rodoviárias, o que leva a um trânsito cada vez mais intenso e a um nível de poluição cada vez maior. Os decisores políticos vêem-se, assim, confrontados com o dilema: por um lado, os melhoramentos das redes de estradas que são, sem dúvida, necessários; por outro eles tenderão a encorajar ainda mais esse aumento. Muito provavelmente resultarão também num menor investimento no melhoramento, igualmente necessário, das ferrovias e dos transportes públicos, facto que poderia diminuir a ênfase no transporte automóvel e, por consequência, mitigar os problemas ambientais que isso pode causar. 5 75 25 0 Apesar de se ter verificado um declínio na utilização dos comboios de passageiros e de carga paralelamente ao aumento da utilização das rodovias, o transporte por caminho-de-ferro continua substancialmente maior que na UE. A questão que se coloca é por quanto tempo ainda. A construção de novas linhas ferroviárias e o melhoramento das linhas existentes é um elemento chave das redes transeuropeias que já estão a ser construídas ou estão em fase de planeamento. É, porém, compreensível que os países da adesão pareçam dar mais importância à construção de novas estradas. Ao mesmo tempo, a necessidade de melhorar a rede ferroviária destes países vai muito mais além do simples estabelecimento de novas e melhores ligações com os actuais Estados-membros. Projecções recentes sugerem que a carga transportada por rodovia na UE15 será 67% maior em 2020 do que em 2000, enquanto as previsões relativas aos países da adesão indicam um aumento do dobro deste valor. Para além disso, se o PIB destes países aumentar mais rapidamente do que nos actuais Estados-membros, facto essencial para a convergência, o transporte de carga por rodovia poderá aumentar ainda mais. 100 95 75 100 As redes ferroviárias são geralmente obsoletas do ponto de vista técnico, com uma capacidade de carga ferroviária inadequada, muitas linhas antigas e danificadas, com bitolas de via que diferem de lugar para lugar, o que acontence também com os sistemas de Transporte marítimo de curta distância e redes de navegação interna 95 75 Tendo em conta o previsível aumento do tráfego rodoviário nos próximos anos e o maior congestionamento 25 25 5 5 0 41 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:56 0 83 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 95 75 25 100 daí resultante, a promoção da utilização dos transportes marítimos de curta distância e das redes de navegação internas parece constituir uma alternativa interessante, especialmente porque estes meios de transporte são muito menos poluentes, são mais seguros e gastam menos energia. estabelecer ligações eficazes com as redes existentes nos actuais Estados-membros; melhorar as ligações às redes transeuropeias para que todas as regiões possam obter o máximo de benefícios destas mesmas redes; – 5 0 75 25 5 Em 2000, cerca de 28% do comércio interno da UE15 era transportado por mar. Ao longo da última década, o movimento total de carga nos portos europeus, incluindo o movimento para países terceiros, aumentou mais de 20% e o tráfego de contentores mais do que duplicou. Os portos de contentores no Mediterrâneo registaram um crescimento mais elevado do que os portos do norte da Europa e, no ano 2000, 3 dos 8 maiores portos de contentores na UE estavam localizados nesta zona (Gioia Tauro, Algeciras, Genova). O desenvolvimento do transporte marítimo de curta distância nos países da adesão, sete dos quais possuem litoral, pode ajudar a revitalizar dos portos nas regiões periféricas e o seu crescimento económico e, ao mesmo tempo, solucionar em parte os problemas de transportes, embora, para que isso possa acontecer, seja necessário também melhorar os acessos a esses portos. Cerca 4% da carga na UE15 é transportada através das vias de navegação internas mas, apesar do aumento na sua utilização, a percentagem deste tipo de transporte relativamente ao total diminuiu nos últimos dez anos. A sua importância, contudo, varia significativamente nas diferentes zonas da União. Enquanto nos Países Baixos, na Alemanha e na Bélgica estas vias são largamente utilizadas (43% da carga total), nos países da coesão elas nunca são utilizadas. Nos países da adesão, a utilização deste meio de transporte limita-se, em grande parte, ao Danúbio, que atravessa vários países. Existe, contudo, toda uma série de obstáculos ao incremento deste meio de transporte, um dos quais é o facto de o Danúbio ser demasiado baixo em certos troços para permitir cargas pesadas. Acresce ainda que os portos de carga estão mais dispersos do que na Áustria ou Alemanha e muitas vezes não estão preparados para satisfazer os padrões de capacidade de carga. 100 95 95 Em conclusão, os desafios principais dos próximos anos são: 75 – integrar e modernizar as redes rodoviárias e ferroviárias nos países da adesão, de forma a 25 – melhorar as rotas transfronteiriças e as ligações, especialmente entre os novos Estados-membros e entre estes e os actuais Estados-membros, para promover e facilitar o aumento das trocas comerciais entre eles, do qual quase seguramente depende o seu desenvolvimento económico a longo prazo; – desenvolver o transporte marítimo de curta distância, que é particularlmente importante para as regiões periféricas e para as ilhas e, ao mesmo tempo, reforçar as ligações entre os diferentes meios de transporte; – canalizar os investimentos da UE para uma mudança do transporte de carga e passageiros das rodovias para as ferrovias e as vias navegáveis e para um afastamento do trânsito dos itinerários congestionados. – desenvolver uma estratégia para melhorar a acessibilidade das regiões ultraperiféricas e a sua ligação ao continente Europeu, domínio que não consta das prioridades da rede transeuropeia de transportes. 0 Energia O acesso a fontes de energia limpa, fiável, e a preços competitivos representa um factor importante da competitividade regional. A produção de energia primária, todavia, fica muito aquém do consumo na maior parte dos Estados-membros. Isto acontece particularmente nos países da coesão, que conseguem apenas satisfazer uma pequena parte das suas necessidades energéticas a partir de fontes nacionais e importam 80%, ou mais, do que consomem (Gráfico 1.10). O Reino Unido e a Dinamarca são os únicos países da UE que são exportadores líquidos de energia. A maioria dos países da adesão são mais auto-suficientes em termos energéticos, mas mesmo assim são todos importadores líquidos. Em particular, a Polónia e a Roménia importam menos de 12% das suas necessidades energéticas. Por outro lado, os combustíveis 5 100 95 75 25 5 42 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:56 84 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 LV 5 0 RO MT LT PL PT BG DE 25 UE15, DE, ES, IT, NL: dados provisórios para 2001 Fonte: Eurostat, Estatística da Energia e Contas Nacionais em Portugal e na Áustria verificou-se um aumento marginal (Gráfico 1.11). 1.11 As fontes de energia primária consumidas na UE diferem significativamente das fontes de produção, sendo que especialmente o petróleo (que é em grande parte importado) corresponde a uma fatia muito maior de consumo do que de produção quer nos actuais, quer nos novos Estados-membros (Gráfico 1.12). O desenvolvimento das fontes renováveis de energia (tais como a biomassa, a energia solar e eólica, e a energia hidro-eléctrica) representa um objectivo comum da política da UE e a Comissão estabeleceu a meta de, até 2010, duplicar para 12% a quota das fontes renováveis no consumo global de energia da UE. Contudo, a utilização de tais fontes neste momento varia consideravelmente de país para país, o que Variação do consumo interno bruto de energia por unidade do PIB, 1995-2001 Variação em % 5 5 0 0 100 95 75 PL RO EE IE LT HU LU BG LV MT SI DK -40 SE -40 NL -35 UK -35 SK -30 FI -30 CZ -25 DE -25 UE 15 -20 FR -20 IT -15 BE -15 EL -10 ES -5 CY -5 -10 AT 75 HU 0 IT 0 EL 1 SI 2 1 ES 2 SK 3 CY 4 3 EE 4 IE 5 DK 5 AT 6 UK 6 CZ UE 15 7 PT 95 9 7 Em termos gerais, o consumo per capita na UE aumentou entre 1995 e 2001, em particular nos países da coesão e também na maioria dos países da adesão, exceptuando a Pólonia, Malta, a Bulgária e a Roménia. 100 2001 8 O consumo de energia varia quase tanto quanto a sua produção devido, especialmente, às diferenças de estrutura das actividades económicas, às condições climáticas, ao carácter da regulamentação, ao comportamento social e às decisões políticas relativas à tributação. O consumo global de energia per capita nos países da adesão é semelhante aos níveis da Grécia e Portugal e muito inferior à média da UE. Apesar do consumo per capita relativamente baixo, os países da coesão consumiram entre 17% e 35% mais energia em relação ao PIB do que a média da UE15, enquanto no conjunto dos países da adesão o consumo foi quase quatro vezes mais elevado (note-se que, neste caso, o PIB é medido em Euros e não em PPC). Entre 1995 e 2001, o consumo de energia diminuiu em relação ao PIB em todos os países da adesão, em muitos casos de forma bastante marcada, enquanto na UE a quebra foi relativamente pequena, e 1995 8 NL Pelo contrário, a energia nuclear corresponde a 30% da produção primária na UE (mais de 80% na Bélgica e França), contra 16% nos países da adesão (embora mais de 70% na Lituânia e na Eslováquia). Tonelada equivalente de petróleo (TEP) por pessoa 9 FR 0 75 BE 5 Consumo interno bruto de energia, 1995 e 2001 FI 25 95 1.10 SE 75 sólidos, que são geralmente os mais poluentes, equivalem a quase 60% da energia primária produzida nos países da adesão, contra apenas 13% na UE15. Na Polónia, pouco menos de 90% da produção de energia primária provém dos combustíveis sólidos, na República Checa cerca de 85% e na Estónia mais de 75%. LU 95 100 Fonte: Eurostat, Estatística sobre a energia 25 25 5 5 0 43 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:57 0 85 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 25 5 0 Em 2001, as fontes renováveis de energia forneciam apenas 6% do total da energia utilizada na UE, um valor pouco superior ao de 1995. Nos países da adesão, a sua importância (5% do total) era pouco menor. Todavia, em vários países da UE alargada, este valor era muito mais elevado. Na Letónia e na Suécia, equivalia a 30% ou mais, na Áustria e na Finlândia, a mais de 20%, e na Estónia, Roménia e Eslovénia, a cerca de 11%, pouco abaixo do valor registado em Portugal (14%). Em todos os países da adesão, a utilização relativa das energias renováveis aumentou entre 1995 e 2001, sendo que este aumento foi mais significativo na Letónia, Lituânia e Roménia. A Finlândia e a Suécia também registaram subidas, enquanto na Áustria e em Portugal o valor diminuiu nos seis anos em apreço. 60 100 40 95 20 75 Fonte: DG TREN EE HU CZ CY BG UK UE 15 FI SE PT NL AT IT LU IE FR EL ES DE BE DK 0 MT 80 LT % do total 25 5 0 A importância das infra-estruturas colectivas e, em particular, das instituições de ensino e dos hospitais não pode ser subestimada enquanto factor que afecta a competitividade regional. A disponibilidade de infra-estruturas colectivas de qualidade elevada pode influenciar decisões relativas aos locais de investimento e de criação de empresas, particularmente quando os interessados têm uma ampla margem de manobra em relação a onde moram e trabalham e podem, por isso, tomar em consideração as preferências pessoais e os interesses da família. Assim, estas infra-estruturas estão a tornar-se um elemento importante da política de desenvolvimento das regiões que desejam atrair actividades com elevado valor acrescentado e baseadas no conhecimento. As infra-estruturas sociais são também importantes para fixar a população. Cada vez mais, a presença de boas escolas representa um factor determinante para a escolha de onde morar, como demonstrado Energias renováveis pelas variações dos preços dos Energia nuclear imóveis. Ao mesmo tempo, a exisGás natural Petróleo tência de instituições de cuidados Combustíveis sólidos pré-escolares é um elemento 100 chave para que as mulheres com 80 crianças ainda pequenas possam prosseguir as suas carreiras pro60 fissionais e, por consequência, é parcialmente responsável pela 40 baixa taxa de emprego feminino em certas zonas da UE, especial20 mente nas menos prósperas, bem como pelas elevadas taxas de em0 prego a tempo parcial em outras zonas.14. A disponibilidade de LV 100 Composição do consumo interno bruto de energia de combustíveis, 2001 75 Outras infra-estruturas para melhorar a atractividade das regiões Todas as quatro principais vertentes da política energética da UE — segurança do abastecimento, realização do mercado interno, integração da componente ambiental, e promoção das energias renováveis — podem ter repercussões positivas na coesão. Com a diminuição da quantidade de energia consumida por unidade de produção e com uma maior utilização das fontes renováveis, todos os Estados-membros podem reduzir a sua dependência das importações evitando, desta forma, o perigo potencial para as suas economias devido a uma possível crise do abastecimento proveniente do exterior (como, por exemplo, um aumento repentino 1.12 95 100 95 75 SI SK 75 dos preço do petróleo). O desenvolvimento das fontes renováveis pode igualmente, se devidamente planeado, mitigar os efeitos ambientais negativos resultantes da produção de energia (apesar da crescente preocupação com os danos ecológicos causados pelos projectos de centrais hidro-eléctricas) e, ao mesmo tempo, oferecer uma solução potencialmente eficaz em termos de custo-benefício, sobretudo no que respeita às zonas periféricas. reflecte, por um lado, a facilidade de exploração das diversas fontes e, por outro, as políticas adoptadas neste domínio. PL RO 95 100 25 25 5 5 44 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:57 86 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 95 75 25 5 0 100 serviços deste tipo poderá ajudar a evitar que as pessoas abandonem algumas das zonas mais periféricas e rurais, onde a criação de postos de trabalho para as mulheres tem sido indentificada como uma das formas de encorajar a fixação das populações. A esse respeito, os resultados da primeira auditoria Urban levada a cabo em 58 cidades europeias, que, em conjunto, correspondem a uma média de 15% da população dos países onde estão situadas, indica que a população das regiões mais prósperas tem ao seu dispor um número mais elevado de infantários por habitante do que as cidades das zonas menos favorecidas. Para os idosos, o acesso a cuidados de saúde de boa qualidade representa um factor de vital importância à medida que vão envelhecendo. Para alguns, a existência de cuidados pode determinar se eles viverão a sua aposentação no mesmo lugar onde costumavam viver ou se deverão mudar-se para outro lugar. Ao mesmo tempo, infra-estruturas de saúde de boa qualidade são igualmente essenciais nas regiões turísticas, especialmente nas do sul da Europa, caracterizadas por climas amenos e que querem atrair um número cada vez maior de reformados que tiram férias mais prolongadas ou mais frequentes, e cuja escolha do local de férias é influenciada pelo tipo de cuidados disponíveis. Neste sentido, é relevante notar que, se por um lado os números per capita de médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde são semelhantes no sul e no norte da UE, por outro o número de camas de hospital tende geralmente a ser inferior em relação à população. 100 95 Assim, enquanto na Alemanha e na França o número de camas por 1000 pessoas é 8–9, na Grécia é 5, e ainda menos nas zonas turistícas, e esse número baixa para 3 em Kentriki Ellada e Peloponnisos e para menos de 2 em Sterea Ellada. Da mesma forma, em Portugal, a média é de 4 camas para 1000 pessoas, mas é apenas 2,5 no Alentejo e 2 no Algarve. Em Espanha, onde o número médio é também 4 por 1000 pessoas, é de apenas 3 em Valencia e Andalucía; na Itália, existem menos camas de hospital na Campania, Basilicata e Sicília (cerca de 4 por 1000 habitantes) do que nas regiões setentrionais (na maioria dos casos, mais de 5 por 1000 habitantes). os idosos, que impõem maiores exigências ao sistema de saúde, representarem uma percentagem muito mais pequena da população no sul do que no norte15. Por outro lado, é quase certo que os números disfarçam a disparidade existente entre as regiões meridionais e setentrionais, uma vez que, nas primeiras, a população residente aumenta significativamente durante longos períodos do ano devido à presença de turistas. 75 25 5 0 Nos países da adesão a situação é bastante mais favorável. O número de médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde em relação à população não só é comparável com os valores da UE ou até mais elevado, como também o número de camas hospitalares é também relativamente elevado — à excepção de Chipre, com 4 camas por 1000 habitantes. Assim, na República Checa há cerca de 11 camas por 1000 pessoas, em prática mais do que no resto da UE15, na Lituânia e Letónia cerca de 9, mais do que na Alemanha ou na França, enquanto nos países com os valores mais baixos — a Polónia e a Estónia — existem, mesmo assim, cerca de 7 camas por 1000 habitantes, valor superior à média da UE. As infra-estruturas sociais, em conjunto com as condições ambientais, são elementos chave para a qualidade de vida em qualquer região e revestem-se da mesma importância para a competitividade regional que têm os sistemas de transporte e outras infra-estruturas mais tradicionais. Os recursos humanos A Estratégia Europeia para o Emprego, lançada em 1997, parece ter contribuído para uma maior capacidade de resistência do emprego num período de abrandamento económico. Entre 1999 e 2002, o número das pessoas empregadas registou um aumento de 6 milhões e o desemprego de longa duração desceu de 4% para 3% da força de trabalho. Contudo, apesar de se terem verificado melhorias consideráveis no funcionamento dos mercados de trabalho da UE, permanecem ainda marcadas debilidades estruturais quer nos actuais, quer nos futuros Estados-membros. 100 95 A crescente importância do ensino 75 75 Especialmente na Itália, esta diferença é reflexo da estrutura etária da população regional e do facto de 25 Os níveis de escolaridade desempenham um papel determinante para o desempenho e a competitividade da economia europeia 16, para além de 5 0 95 25 5 45 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:57 0 87 100 95 75 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:58 0 46 88 sem dados >= 45,6 36,8 - 45,6 28,0 - 36,8 19,2 - 28,0 Fonte: Eurostat Baixo = ensino preparatório ou inferior UE27 = 32,4 Desvio-padrão = 17,7 >= 26,55 1250 km 17,95 - 22,25 22,25 - 26,55 sem dados 250 < 13,65 13,65 - 17,95 >= 59,95 0 Médio = ensino secundário UE27 = 47,5 Desvio-padrão = 16,59 sem dados 61,65 - 59,95 43,35 - 51,65 35,05 - 43,35 Superior = ensino superior UE27 = 20,1 Desvio-padrão = 8,57 100 100 95 95 75 © EuroGeographics Association para as fronteiras administrativas % da população 25-64 anos 5 < 35,05 Superior 0 % da população 25-64 anos Médio 25 < 19,2 % da população 25-64 anos Baixo 1.9 Níveis de escolaridade, 2002 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 75 25 5 0 100 95 75 25 25 5 5 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 95 75 25 5 0 100 constituirem um factor chave para as oportunidades de emprego que se abrem às pessoas. Isto aplica-se não apenas ao leque de empregos disponíveis, mas (e o que é mais importante) também à capacidade de encontrar um emprego. As pessoas com habilitações superiores — isto é, com um diploma universitário ou habilitações equivalentes — têm mais probabilidades de estarem empregadas do que as que completaram o ensino secundário, que, por sua vez, têm mais probabilidades de ter emprego do que as que apenas concluíram o ensino básico. Esta tendência, que certamente continuará a acentuar-se no futuro devido à constante evolução da economia do conhecimento, é muito evidente nos actuais Estado-membros, particularmente entre as mulheres, mas é até mais marcada nos países da adesão tanto nos homens como nas mulheres. Enquanto no conjunto dos países da adesão cerca de 86% dos homens com idades entre os 25 e os 64 anos e com habilitações superiores tinham emprego em 2002, a percentagem relativa aos com o ensino secundário era de 74% e a relativa aos que tinham apenas o ensino obrigatório era de 51%. No que diz respeito às mulheres, estavam empregadas 79% das com habilitações superiores, 61% das com o ensino secundário e apenas 38% das com níveis de escolaridade mais baixos do que este. A nível regional manifestam-se diferenças semelhantes, mas muito mais marcadas. A disparidade das taxas de emprego entre as pessoas com nível de escolaridade elevado e as com nível baixo tende a ser maior nas regiões onde a taxa de emprego global é relativamente baixa do que naquelas onde esta taxa é mais elevada. Por isso, é muito mais provável que estejam desempregadas as pessoas com pouca escolaridade que residem em regiões com baixos níveis de emprego. Os níveis de escolaridade dos países da adesão são comparáveis com os dos actuais Estados-membros… 100 95 75 Segundo os dados mais recentes (2002), nos países da adesão cerca de 78% da população com idades entre os 25 e os 64 anos completaram pelo menos o ensino secundário. A proporção varia de pouco mais de 70% na Bulgária e Roménia, para mais de 85% na República Checa e na Eslováquia, e situa-se muito acima da média da UE (64%) e ainda acima da média das actuais regiões Objectivo 1 (apenas cerca de 40% nestas regiões da Espanha e Itália e somente 20% nas de Portugal). A única excepção é constituida pelos novos Länder alemães, onde a proporção se situa acima de 90%, mais elevada do que no resto do país e mais parecida com a registada nos países da adesão do que na UE, facto que reflecte a história recente que estes países têm em comum (Map 1.9). 95 75 25 5 0 Coloca, porém, a questão de saber até que ponto o ensino secundário e a formação profissional inicial nos países da adesão preparam os jovens para as exigências do mercado de trabalho ou para se poderem adaptar às novas necessidades que vão surgindo. Os planos de estudo e as estruturas de ensino parecem estar particularmente desajustados da economia moderna. Apenas com algumas excepções, estes jovens geralmente obtêm fracos resultados em testes internacionais de língua e matemática. … mas não tanto ao nível do ensino superior A proporção da população com habilitações superiores tende a ser baixa nas regiões Objectivo 1 da União. Em todos os países, excepto na Alemanha, onde os novos Länder apresentam níveis de escolaridade particularmente elevados, a percentagem média de pessoas com diplomas universitários ou habilitações equivalentes é mais baixa nas regiões Objectivo 1 do que em outras regiões. Na Grécia e em Portugal, onde todas as regiões são Objectivo 1, esta percentagem situa-se abaixo da média da UE. Para além disso, embora se esteja a verificar uma melhoria geral dos níveis de escolaridade, no sentido em que um maior número de jovens possuem habilitações superiores em relação às pessoas de faixas etárias mais avançadas, existem poucos sinais de eliminação da disparidade entre as regiões Objectivo 1 e as outras. O número relativo da população em idade activa com níveis superiores de escolaridade é também pequeno na maioria dos países da adesão. Em termos gerais, apenas 14% das pessoas entre os 25 e os 64 anos de idade têm diplomas universitários ou habilitações equivalentes, valor que se situa muito abaixo da média da UE (22%). Valores acima desta média registavam-se apenas na Estónia e na Lituânia, enquanto na República Checa e na Eslováquia, bem como na Polónia e na Roménia, a proporção era apenas cerca de 10–12%. Mesmo assim, esta percentagem é superior à de Portugal ou das regiões Objectivo 1 na Itália. 100 95 75 25 25 5 5 0 47 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:59 0 89 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 95 75 25 5 0 100 Na maioria dos países da adesão, exceptuando os três Estados Bálticos, a percentagem das mulheres entre os 25 e os 64 anos de idade com escolaridade de nível secundário era inferior à dos homens, mas na maior parte dos países havia mais mulheres com habilitações superiores. Na UE, as mulheres desta faixa etária normalmente têm menos habilitações do que os homens — apesar de tal não ser o caso de Portugal — mas a situação está a mudar rapidamente devido ao facto de haver cada vez mais mulheres nas faixas etárias mais jovens que continuam a estudar para além do ensino básico e que ingressam na universidade. Apesar de, ao longo do tempo, se ter registado um aumento do número de pessoas que obtêm habilitações de nível superior nos países da adesão, a proporção de pessoas entre os 25 e os 29 anos com diplomas universitários ou habilitações equivalentes (17%) pemanece ainda substancialmente inferior à da UE (27%). do conhecimento. Assim, a redução do número de pessoas que se encontra nesta situação nas regiões Objectivo 1 pode constituir um contributo importante não apenas para diminuir as disparidades de desemprego entre as regiões, mas também para reforçar as suas perspectivas de desenvovimento17 (Mapa A1.8). Os níveis de escolaridade variam de região para região nos países da adesão e no seio da actual União. Em geral, os níveis são, em média, consideravelmente mais elevados nas regiões das cidades capitais do que no resto do país e, até certo ponto, também nas regiões mais prósperas do que nas menos prósperas. Aprendizagem ao longo da vida Nível mais elevado de abandono escolar precoce nas regiões menos prósperas 100 95 75 95 75 25 5 0 Nos países da adesão, a taxa de abandono escolar é, na maioria dos casos, muito inferior à da UE15. A percentagem dos jovens entre os 18 e os 24 anos de idade com nível básico de escolaridade e que não frequentam nenhum tipo de ensino ou formação situa-se acima da média europeia apenas na Bulgária, Letónia e Roménia (cerca de 20% ou pouco acima nestes três casos), mas, mesmo nestes países, era ainda inferior à média registada nas regiões Objectivo 1. Na Hungria é de cerca 12%, na Polónia 8% e na República Checa, Eslováquia, e Eslovénia somente cerca de 5%. A capacidade da mão-de-obra e das empresas para se adaptarem às mutações do mercado representa um factor chave para a competitividade regional, e pressupõe acesso à formação para actualizar e alargar as competências. Por essa razão, a formação profissional contínua é tão importante quanto a formação de base, tanto para a potencial carreira de um indivíduo, como para a competitividade das economias em geral. O número de jovens que abandonam a escola tendo completado apenas o ensino básico é consideSegundo os últimos dados disponíveis18, o número ravelmente mais elevado nas regiões Objectivo 1 relativo de pessoas empregadas que participam em do que em outras zonas da UE. Nestas regiões, em 2002, cerca 1.13 Taxa de participação na formação profissional contínua, 1999 de 26% das pessoas com idades entre os 18 e os 24 anos não pos% de empregados em empresas suía habilitações para além do 70 70 ensino básico e não se encontra60 60 va a frequentar nenhum tipo de formação: o dobro da percenta50 50 gem registada nas regiões 40 40 Objectivo 1. Embora muitas des30 30 tas pessoas estivessem a trabalhar, é muito provável que, à 20 20 medida que forem envelhecendo 10 10 e que os requisitos de formação 0 0 forem aumentando, tenham cada SE DK FI UK FR CZ BE IE NL LU DE SI AT IT ES EE PT PL EL BG HU LV LT RO vez mais dificuldade em encon* PL = refere-se apenas à região de Pomorskie Fonte: Eurostat, Segundo Inquérito à Formação Profissional Contínua nas trar emprego dentro da economia 100 95 75 Empresas (CVTS2) 25 25 5 5 48 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:59 90 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 95 75 25 5 0 100 formação contínua é muito menor nos países da coesão, excepto na Irlanda, do que no resto da EU. Na Espanha, a proporção era apenas de 25% em 1999, contra uma média europeia de 40%, enquanto em Portugal era de 17% e na Grécia apenas de 15%. (Note-se que estes valores se referem apenas às empresas particulares e não à administração pública, aos serviços colectivos ou à agricultura) (Gráfico 1.13). Nos países da adesão, a formação contínua é particularmente importante devido à reestruturação da economia e às óbvias limitações do sistema de ensino e formação de base. Apesar da existência de uma percentagem relativamente elevada de jovens que acabam o ensino secundário, a maioria deles formam-se numa área profissional específica, o que não lhes garante necessariamente um futuro a longo prazo no mercado de trabalho uma vez que a procura de competências vai mudando. Na maior parte dos casos, porém, a participação em programas de formação contínua parece consideravelmente mais fraca nos países da adesão do que na UE. Em média, apenas 17% das pessoas empregadas na economia de mercado receberam formação profissional em 1999, menos de metade do valor registado na UE, mas semelhante ao valor em Portugal e ligeiramente superior ao da Grécia. Apenas a República Checa (42%) ultrapassava ligeiramente a média da UE. Nos outros países da adesão, exceptuando a Eslovénia (32%), a percentagem era inferior a 20%. Assim, torna-se evidente que nestes países existe a necessidade de aumentar os programas de formação contínua e alargar o acesso à aprendizagem ao longo da vida. A dificuldade principal será encontrar os meios financeiros necessários para atingir este objectivo. Participação das mulheres no mercado de trabalho 100 95 75 O contributo potencial das mulheres para a actividade económica da UE não foi ainda explorado ao máximo. Enquanto a taxa de emprego feminino nos Países Baixos, no Reino Unido, na Áustria e nos países Nórdicos já ultrapassa o objectivo de 60% estabelecido em Lisboa, na Espanha, Grécia e Itália encontra-se muito abaixo de tal meta. 95 A imigração e a integração dos cidadãos de países terceiros 75 As perspectivas de uma diminuição da população em idade activa na UE nos próximos anos e a falta de mão-de-obra em muitos sectores de actividade fazem com que a imigração assuma uma nova relevância. 25 5 0 A boa integração dos imigrantes na sociedade é importante, quer para a coesão social, quer para a eficiência económica, especialmente no contexto das agendas de Tampere e Lisboa. O facto de continuarem a existir altos níveis de desemprego e exclusão do mercado de trabalho entre os não cidadãos da UE (muitos dos quais são imigrantes de países terceiros, mas também filhos de imigrantes que já nasceram na UE) demonstra a necessidade de maiores esforços no sentido da integração. As políticas para melhorar a integração social dos imigrantes de países terceiros, bem como das minorias étnicas, têm de ter em conta não apenas os aspectos económicos e sociais, mas também a diversidade cultural e religiosa, a cidadania e os direitos políticos. Para além disso, devem ser também consideradas as consequências, a nível regional e local, da entrada dos imigrantes. Apesar de as prioridades variarem de país para país, as políticas de integração devem ser planeadas a longo prazo, dando resposta às necessidades específicas dos diferentes grupos. O que é necessário não é apenas uma maior coerência entre as políticas a todos os níveis, mas também uma colaboração mais estreita entre os diferentes sectores governamentais e entre os organismos públicos e os Parceiros Sociais, a comunidade de investigação, os fornecedores de serviços locais, as ONG e, sobretudo, os próprios imigrantes. As mulheres recebem menos do que os homens pelo mesmo trabalho e a disparidade entre os sexos em termos de salários é de 16% desde 1998. A segregação sexual no mercado de trabalho persiste, com um número muito maior de homens a ocupar lugares de chefia e quadros superiores. A organização do emprego é o principal factor subjacente à fraca participação das mulheres no mercado de trabalho. Para além disso, quase um terço das mulheres empregadas trabalham a tempo parcial, contra menos de 5% dos homens, em muitos casos devido à ausência de infra-estruturas de apoio à criança. 100 95 75 25 25 5 5 0 49 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:59 0 91 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 95 75 25 5 0 100 Em todos os novos Estados-membros, a participação das mulheres no mercado de trabalho registou uma quebra significativa durante os primeiros anos da fase de transição. Em 2002, em Chipre e na Eslovénia, a taxa de emprego feminina situava-se ligeiramente abaixo do objectivo de Lisboa, enquanto na Polónia esta percentagem era de apenas 47% e em Malta de apenas 32%. Os principais desafios a enfrentar para se conseguir atingir uma maior produtividade e os objectivos de emprego estabelecidos na cimeira de Lisboa são: Prevenção do desemprego e políticas laborais activas – aumentar a participação laboral e fazer do trabalho uma opção real para todos — especialmente em face das perspectivas de declínio da população em idade activa — através da remoção das barreiras que impedem o acesso ao mercado de trabalho, do incremento da empregabilidade e da prevenção do desemprego, tornando as estruturas laborais mais atractivas e garantindo que o trabalho compensa; – investir mais e mais eficazmente no capital humano de forma a assegurar que, principalmente os trabalhadores pouco qualificados, consigam adquirir e actualizar as suas competências para poderem permanecer e progredir nos postos de trabalho, e aumentar os níveis de escolaridade e de participação em acções de formação ao longo da sua vida activa, para que a educação ao longo da vida seja, de facto, uma realidade. Para que se possa tirar o máximo partido do potencial da força de trabalho europeia, são necessárias medidas preventivas e políticas laborais activas. Em muitos Estados-membros, têm sido envidados esforços no sentido de garantir que quem vai para o desemprego tenha, logo desde início, um acompanhamento e orientação individuais na busca de um posto de trabalho. De facto, existe uma tendência generalizada para o aumento do apoio personalizado e para uma maior eficiência destes tipos de programa, nomeadamente através da identificação das necessidades de quem procura emprego e da adopção de soluções personalizadas em vez de medidas de carácter geral. Estão igualmente a ser desenvolvidos esforços no sentido de garantir que os jovens tenham acesso a formação, experiência laboral ou qualquer outra medida de promoção da empregabilidade nos primeiros 6 meses de desemprego, ou nos primeiros 12 meses no caso dos jovens com mais de 24 anos de idade. Contudo, não se dá ainda a devida atenção às pessoas inactivas em relação às que estão registadas como desempregadas, facto que pode limitar especialmente o acesso das mulheres a programas laborais. Da mesma forma, o grau de eficácia das políticas laborais activas é diferente nas diferentes zonas da União, tornando-se necessário reforçá-las sobretudo nas regiões que apresentam elevados níveis de desemprego e que crecem de reestruturação. 100 95 75 Esta necessidade estende-se também aos novos Estados-membros, onde a despesa com as políticas activas parece relativamente baixa tendo em conta os elevados níveis de desemprego — e de desemprego de longa duração — mesmo em relação aos níveis da Grécia e de Portugal, que são os mais baixos da União. 25 promover a adaptabilidade de trabalhadores e empresas através do aumento das respectivas capacidades de antever, estimular e absover a mudança; – 95 75 25 5 0 A inovação e a economia do conhecimento O conhecimento e o acesso a ele transformaram-se nos verdadeiros motores do crescimento das economias avançadas como a da UE. O know-how e o capital intelectual, muito mais do que os recursos naturais ou a capacidade de explorar vastas reservas de mão-de-obra a baixo custo, são hoje factores determinantes para a competitividade económica, uma vez que é através destes factores que as economias podem não apenas aumentar a sua eficiência produtiva, mas também desenvolver novos produtos. Assim, a inovação representa a chave para manter e consolidar a competitividade que, por sua vez, é essencial para obter um desenvolvimento económico sustentado. A capacidade de inovação, todavia, varia muito de região para região e estas variações serão ainda mais marcadas depois do alargamento. Tal facto reflecte disparidades igualmente grandes no que respeita ao acesso ao conhecimento e à capacidade de o explorar, e se elas não forem atenuadas será difícil, se não mesmo impossível, atingir o objectivo 5 100 95 75 25 5 50 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:59 92 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 95 75 25 5 0 100 definido em Lisboa de a UE se tornar a mais dinâmica economia do conhecimento a nível mundial. A dificuldade com a qual se deparam os decisores políticos empenhados em eliminar a disparidade na capacidade de inovação é a de medir quer as causas que lhe estão subjacentes, quer os seus efeitos na competitividade. Os indicadores actualmente disponíveis são parciais e devem ser complementados com informações mais qualitativas sobre a situação regional, os vários agentes envolvidos nas actividades inovadoras — instituições de investigação, empresas e entidades públicas — e a relação entre eles. Em seguida são apresentados vários indicadores que mostram um panorama que, apesar de não constituir uma novidade, confirma o grau de desvantagem relativa das regiões dos países da adesão, bem como das regiões actualmente designadas como Objectivo 1. As actividades de I&D e de alta tecnologia concentram-se principalmente nas regiões centrais da actual UE. Em 1999, mais de um quarto da despesa total com I&D era feita em apenas 8 regiões da actual UE e 30 regiões eram responsáveis por cerca de metade desta despesa. Como seria de esperar, existe uma concentração semelhante de patentes — um indicador, ainda que parcial, da produção de inovação — sendo que metade de todos os pedidos de patentes de alta tecnologia apresentados ao Instituto Europeu de Patentes provêm de apenas 13 regiões centrais (Mapa A1.9). 100 95 As disparidades entre as regiões são ainda maiores no que respeita a despesa em I&D empresarial, que provavelmente constitui o factor mais relevante para avaliar o contributo potencial para a competitividade resultante do esforço de inovação. Enquanto que a despesa empresarial média em I&D na Alemanha correspondia a 1,7% do PIB, na Finlândia a 2,2% e na Suécia a 2,7%, em todas as regiões de Portugal e da Grécia, exceptuando Lisboa, Attika e Pelopponisos, este valor equivalia a 0,2% do PIB regional, isto é, menos de um décimo dos outros valores. Nas regiões Objectivo 1 de todo o território da UE, a despesa empresarial não atingia sequer 0,3% do PIB — apenas pouco superior a um quinto do nível médio da UE (1.3%) (Mapa 1.10). 75 A despesa pública em I&D apresenta valores muito mais semelhantes nas várias regiões. Contudo, em 1999, era ainda ligeiramente menor em relação ao PIB nas regiões Objectivo 1 do que em outras zonas (entre 0,15% na Espanha e Grécia e 0,21% em Portugal, contra uma média de 0,27% da UE) e, por consequência, não consegue compensar a enorme diferença registada a nível da despesa empresarial. O mesmo se aplica, mas em maior grau, à despesa com o ensino superior, que era praticamente a mesma nas regiões Objectivo 1 e nas outras (cerca de 0,4% do PIB). 95 75 25 5 0 Apesar de se ter verificado um certo aumento na despesa empresarial em I&D nas regiões Objectivo 1 entre 1995 e 1999, este foi ligeiramente menor em relação ao PIB do que o aumento registado nas regiões não-Objectivo 1 (mesmo considerando que, em termos percentuais, a despesa aumentou mais nas primeiras regiões). Por outro lado, a despesa pública subiu em relação ao PIB nas regiões Objectivo 1, mas registou uma quebra em outras zonas. … auxílios estatais aumentam as disparidades entre os Estados-membros… É igualmente importante sublinhar os diferentes níveis de apoio que os Estados-membros fornecem às empresas sob a forma de auxílios estatais para I&D19. Os governos dos países mais prósperos, com algumas notáveis excepções, fornecem apoios consideravelmente maiores para as despesas das empresas do que os governos dos países menos ricos. Segundo os dados mais recentes, o grau de apoio variava entre níveis muito superiores a EUR 300 por pessoa empregada na indústria transformadora na Finlândia e na Áustria, e apenas EUR 28 em Portugal e EUR 12 na Grécia (Quadro A1.9). A pequena dimensão das empresas enfraquece mais a capacidade de inovação nas regiões mais débeis As empresas situadas em regiões menos favorecidas sofrem as consequências do isolamento das melhores redes internacionais de I&D e dos centros de investigação que estão a desenvolver novas tecnologias.20. As PME destas regiões têm particular dificuldade em obter informações sobre os mais recentes avanços tecnológicos e como utilizá-los e em estabelecer contactos com parceiros adequados em outras regiões. 100 95 75 25 25 5 5 0 51 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:09:59 0 93 95 75 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:00 0 52 94 sem dados >= 1,95 1,15 - 1,95 0,82 - 1,15 Fonte: Eurostat DE, EL, FR, PT, SE, UK: 1999 AT: 1998 UK: NUTS 1 BE, IE, SE, RO: NUTS 0 UE27 = 1,86 < 0,16 sem dados 1250 km 0,52 - 0,81 0,36 - 0,52 sem dados 250 < 0,21 0,21 - 0,36 >= 0,81 0 DE, EL, FR, PT, SE: 1999 AT: 1998 BE, UK: NUTS 1 IE, RO: NUTS 0 UE27 = 1,21 % do PIB regional >= 1,22 0,66 - 1,22 0,41 - 0,66 0,16 - 0,41 0 0,52 - 0,82 5 100 100 95 95 © EuroGeographics Association para as fronteiras administrativas DE, EL, FR, PT, SE, UK: 1999 AT: 1998 UK: NUTS 1 BE, IE, SE, RO: NUTS 0 UE27 = 0,65 Despesa pública e do ensino superior 25 % do PIB regional Despesa do sector comercial 75 < 0,52 % do PIB regional Despesa total 1.10 Despesa com I&D, 2000 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 75 25 5 0 100 95 75 25 25 5 5 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 95 75 25 5 0 100 Como resultado de recentes estudos empíricos levados a cabo pela OCDE, a inovação dos produtos é predominantemente um processo colectivo, que envolve a interacção entre as empresas, bem como entre estas e as instituições de investigação que formam a base de conhecimento regional. As empresas com sede em regiões mais débeis encontram-se frequentemente isoladas, não têm contactos com outras empresas e centros de pesquisa e, por consequência, são menos inovadoras do que as situadas em outras zonas21. A actividade de I&D tende a variar consoante a dimensão da empresa, sobretudo na indústria transformadora. Regiões com uma elevada concentração de emprego em pequenas indústrias de transformação, situadas sobretudo no sul da UE, apresentam geralmente baixos níveis de depesa em I&D. Em 2000, a quota de emprego em empresas de transformação com menos de 50 funcionários correspondia a 47% em Portugal, 53% em Espanha e 56% na Itália (não existem dados disponíveis para a Grécia), contra apenas 27% no resto da UE. Para além disso, nestes países a quota de emprego nas pequenas empresas é ainda maior nas regiões mais desfavorecidas — mais de 60% nas regiões Objectivo 1 no sul da Itália e 65% nas regiões Objectivo 1 da Espanha, de acordo com as estimativas22. Esta disparidade entre as regiões em termos de dimensões das empresas é igualmente evidente no resto da UE. Na Alemanha, por exemplo, um terço do emprego na indústria transformadora concentra-se nas pequenas empresas dos novos Länder, contra cerca de 20% no resto do país. 100 95 75 Ao contrário das grandes empresas, que normalmente possuem capacidade interna de investigação, as PME dependem, em grande parte, da própria capacidade de aceder à tecnologia e ao saber externos, especialmente provenientes das zonas mais próximas. Segundo uma sondagem recente, os empresários das PME consideram a aquisição de equipamentos avançados e a cooperação com os fornecedores e os clientes como as duas maneiras mais importantes de aceder às novas tecnologias, muito mais do que o levar a cabo I&D no seio das próprias empresas23. Para além disso, dois em cada três gestores entrevistados em toda a UE consideraram a constituição de redes, sob a forma de parcerias no desenvolvimento de novos produtos, a partilha de conhecimentos entre as firmas, etc., como importantes ou muito importantes para a inovação. A composição sectorial da actividade económica tende igualmente a funcionar como factor negativo nas regiões mais fracas. A indústria de tecnologia de ponta e os serviços empresariais com uma forte componente de conhecimento concentram-se, na maioria dos casos, nas regiões centrais, facto que só por si leva a um aumento da actividade inovadora, uma vez que se gasta muito mais em I&D neste tipo de actividades do que em actividades de base, onde se concentra o emprego nas regiões menos favorecidas (Mapa 1.11). 95 75 25 5 0 Para além disso, o crescimento do emprego na UE tende a concentrar-se em actividades com grande exigência de conhecimentos, o que significa que as regiões com tais tipos de actividades não se encontram apenas numa situação mais favorável do ponto de vista do aumento da competitividade, mas também em termos de criação de novos postos de trabalho. Com o passar do tempo, isso poderá levar a uma concentração cada vez maior destas actividades nas regiões mais fortes e a um agraveamento das disparidades entre estas e outras regiões24. Actividade inovadora nos países da adesão Nos países da adesão, a despesa em I&D em relação ao PIB é muito menor do que na maioria dos actuais Estados-membros, mas pouco mais baixa do que nas regiões Objectivo 1. Em 2001, esta despesa equivalia, em média, a menos de 1% do PIB (0,8%), menos de metade da média da UE15. A despesa das empresas correspondia apenas a pouco mais de 45% deste valor, muito menos do que na UE (65%), enquanto o resto era repartido de forma bastante proporcional entre o sector público e o ensino superior. Assim, nos países da adesão, a despesa empresarial em I&D em relação ao PIB era de apenas cerca de um terço do nível médio da UE, mas ligeiramente superior ao do conjunto das regiões Objectivo 1. A despesa pública em relação ao PIB nos países da adesão era praticamente igual à média quer para a UE, quer para as regiões Objectivo 1, enquanto a despesa do ensino superior em I&D era apenas cerca de metade da média da UE e das regiões Objectivo 1. 100 95 75 Verificou-se uma menor variação da despesa entre os países da adesão do que na actual UE. A 25 25 5 5 0 53 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:00 0 95 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 100 95 95 75 75 Canarias (E) 25 25 Guadeloupe Martinique Réunion 5 5 Guyane (F) 0 0 Açores (P) Madeira R e g io GI S 1.11 Emprego nos sectores de alta tecnologia, 2002 % do emprego total < 7,45 7,45 - 9,55 Média = 10,6 Desvio-padrão = 4,30 9,55 - 11,65 100 100 11,65 - 13,75 >= 13,75 95 sem dados 95 Fonte: Eurostat 0 75 100 500 km 75 © EuroGeographics Association para as fronteiras administrativas 25 25 5 5 54 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:01 96 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 95 75 25 5 0 100 República Checa e a Eslovénia registaram os níveis mais elevados de despesa, o que reflecte a sua relativa prosperidade, mas estes foram apenas de cerca de 1,5% do PIB, menos do que na maioria dos Estados-membros, mas mais do que nos quatro países da coesão e na Itália. A Bulgária, a Roménia e a Letónia registaram os níveis mais baixos (cerca de 0,5% do PIB), semelhantes aos de Portugal, mas ligeiramente inferiores aos da Grécia. Nos outros países, a despesa esteve bastante próxima da das actuais regiões Objectivo 1 fora da Alemanha. Tal como na UE, a principal causa da variação da despesa total em I&D é a diferença da despesa empresarial. Enquanto esta correspondia a cerca de 60% da despesa total na República Checa e na Eslovénia, em 6 dos outros 8 países equivalia a 40% ou menos. Mais uma vez como na UE, ao longo da segunda metade da década de 90, o nível de despesa em I&D relativamente ao PIB registou poucas alterações no conjunto dos países da adesão. Em termos gerais, verificou-se uma ligeira quebra e a percentagem da despesa efectuada por empresas diminuiu em vez de aumentar, como na União. A despesa global em I&D em relação ao PIB registou incrementos apenas na República Checa, Hungria e Lituânia no período entre 1995 e 2001, enquanto na Roménia e Eslováquia desceu de forma acentuada. I&D mais concentrado nas regiões mais prósperas, como na UE15 100 95 75 A despesa em I&D tende claramente a concentrar-se, de forma desproporcional, nas regiões mais prósperas de cada um dos países da adesão, situação que se verifica também na UE. Isto torna-se particularmente evidente na Bulgária, onde 80% de toda a despesa ocorreu em Yugozapaden, a zona de Sófia, e quase tão evidente na Hungria e na República Checa, países nos quais mais de 60% da despesa se concentrou na cidade capital e região circundante. De facto, o nível de despesa em relação ao PIB no conjunto da região de Praga e da circunvizinha Stredny Cechy equivalia a quase 2,5% do PIB, valor consideravelmente mais elevado do registado em qualquer outra região da Espanha ou Itália e superior ao nível de todas as regiões da França, exceptuando Île de France e Midi-Pyrénées. Da mesma forma, na Polónia, a despesa em Mazowieckie, a região de Varsóvia, correspondia a 1,5% do PIB, mais do que o dobro do nível em todas as outras regiões polacas, exceptuando uma (Malopolskie). 95 Contudo, esta concentração relativa da despesa nas regiões mais prósperas fica a dever-se muito menos à localização da despesa empresarial do que no espaço da UE. (A única excepção é representada por Stredny Cechy, na República Checa, onde o nível elevado de despesa é inteiramente devido à escala da despesa das empresas.) Em Praga, a despesa empresarial em I&D em relação ao PIB situava-se abaixo da média nacional e o elevado nível da despesa global resulta da despesa por parte do estado e dos estabelecimentos de ensino superior. Da mesma forma, quer na Hungria quer na Polónia, o nível da despesa púbica em I&D foi substancialmente maior nas regiões das cidades capitais do que em outras zonas do país, apesar do facto de, em ambos os casos, este ter sido acompanhado por uma despesa empresarial igualmente elevada (embora não tanto) nestas regiões. 5 75 25 0 TIC oferecem novas oportunidades às empresas e às regiões As tecnologias da informação e das comunicações (TIC) trouxeram novas oportunidades e desafios e representam um factor novo no âmbito da competitividade regional. Para as regiões, as TIC aumentaram o ritmo de mudança, com fortes efeitos potenciais nas condições de vida e trabalho das pessoas e na distribuição territorial das actividades económicas. … mas as disparidades de acesso regional às TIC permanecem … Do ponto de vista da coesão, as TIC parecem oferecer uma excelente oportunidade para reduzir ‘o atrito da distância’ e os problemas de isolamento que afligem muitas regiões periféricas e, ainda mais, as ultraperiféricas. Ao mesmo tempo, porém, aumentam as preocupações relativas à dimensão territorial da chamada ‘divisória digital’ e o receio que o acesso restrito às redes de TIC ou as limitadas capacidades de utilização das novas tecnologias por parte das empresas e dos agregados familiares poderão agravar ainda mais as disparidades dos desempenhos regionais. 100 95 75 25 25 5 5 0 55 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:01 0 97 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 95 75 100 Apesar da variação nos padrões de desenvolvimento dos diferentes aspectos das TIC, sobressai desde logo todo um conjunto de disparidades regionais: 25 existe na actual UE uma separação norte-sul no que respeita ao desenvolvimento da maior parte das novas tecnologias, que grosso modo corresponde à separação entre os países da coesão e os países que não pertencem a esse grupo; – 5 0 – existe uma separação este-oeste entre os actuais Estados-membros e os países da adesão relativamente à taxa de penetração de todas as novas tecnologias. É, todavia, manifesta uma certa recuperação, uma vez que a adopção de várias tecnologias essenciais tem registado um aumento mais rápido nos países da adesão do que na UE15; – há diferenças significativas entre os países da adesão no que respeita ao ritmo de desenvolvimento das TIC, embora, como acontece também na UE, esta situação varie dependendo dos aspectos considerados; por exemplo, em 2001, o número de utilizadores da Internet na Estónia e na Eslovénia era apenas pouco inferior à média da UE, enquanto que na Roménia equivalia a menos de um quinto dessa média; No que respeita às telecomunicações, o número de linhas telefónicas fixas em relação à população continua relativamente baixo nos países da coesão, exceptuando a Grécia, se comparado com o resto da UE, e não tem mostrado muita tendência para o aumento em termos relativos. Assim, em 2001, o número de linhas por cada 100 pessoas em Espanha e Portugal era 44, contra uma média de 55 na UE, e situava-se também abaixo da média tanto na Irlanda (49) como na Itália (47). 95 75 25 5 0 Nos países da adesão, o número de linhas fixas é ainda menor. Exceptuando Chipre e Malta, onde o número de linhas em relação a população se situa em torno da média da UE, em todos os países da adesão, em 2001, existiam em média 40 ou menos linhas por cada 100 pessoas, um valor que podia variar de 40 na Eslovénia e 38 na República Checa para 30 na Polónia, 29 na Eslováquia e apenas 19 na Roménia. Ao contrário da UE, todavia, estes números aumentaram consideravelmente desde meados dos anos 90, embora estudos mais recentes sugiram que esse incremento terminou em vários países devido ao desenvolvimento da RDIS e das redes móveis (Gráfico 1.14). O número comparativamente baixo de linhas telefónicas fixas em relação à população nos Estado-membros meridionais é até certo ponto contrabalançado pela maior utilização dos telemóveis. Assim, na Itália e em Portugal, o número de – no interior dos países existem disparidades entre adesões a serviços de redes móveis em 2001 era as regiões, sendo que, geralmente, o ritmo de desuperior à média da UE (respectivamente 84 e 78 senvolvimento das áreas metropolitanas, particupor cada 100 pessoas, contra uma média de 74). larmente nas grandes cidades, ultrapassa o das Em Espanha, este número era igual à média da UE, outras áreas e as zonas rurais registam atrasos. mas na Grécia era mais baixo (68), inferior a qualquer outro 1.14 Número de linhas telefónicas fixas e taxa de penetração das país da UE15, exceptuando a redes móveis, 2001/2002 França e a Alemanha. % da população 100 Linhas telefónicas fixas, 2001 Taxa de penetração das redes móveis, 2002 100 80 80 60 60 40 40 100 20 95 20 0 75 0 EL LU DK DE SE NL FR CY FI MT UK BE IE IT AT ES PT SI CZ BG EE HU LT LV PL SK RO Fonte: Eurostat, Serviços de Telecomunicações, para redes fixas; DG Sociedade da Informação, Oitavo Relatório sobre a Aplicação do Pacote Regulamentar das Telecomunicações e 3º Relatório de Monitorização dos Países Candidatos à UE, para a penetração das redes móveis 25 Em 2001, nos países da adesão, o número de adesões a serviços móveis em relação à população era, em quase todos os casos, mais baixo do que na UE. As duas únicas excepções foram a República Checa, onde o número por 100 habitantes era o mesmo que na Grécia (ou na Alemanha), e a Eslovénia, onde era o mesmo que em Portugal e acima da média UE15. Nos outros países, o 100 95 75 25 5 5 56 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:01 98 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 95 75 25 5 0 100 número variava entre 54 na Estónia e 49 na Hungria e 25 na Polónia e apenas 20 na Bulgária e Roménia. De qualquer das formas, os valores têm vindo a aumentar constantemente em todos os países. Apesar da importância dos telemóveis e dos serviços que fornecem para a eficiência empresarial, o acesso a este equipamento tem-se tornado um dado adquirido até nas zonas menos desenvolvidas da UE. O mesmo não se pode dizer das linhas de banda larga, que podem dar um contributo muito maior à eficiência das empresas, em particular, proporcionando acessos de alta velocidade à Internet, permitindo a transferência de vastas quantidades de dados, e abrindo o caminho para o desenvolvimento de novas aplicações online. Para além disso, a utilização da banda larga pode levar a uma drástica redução dos custos e, desta forma, reforçar o incentivo à competitividade. Contudo, o acesso à banda larga na UE varia muito de país para país e de região para região do mesmo país, sendo que as regiões menos prósperas têm o menor grau de acesso, uma situação que parece destinada a manter-se no futuro. Assim sendo, a banda larga parece já ser responsável pelo aumento, e não pela redução, da divisória digital. provável que continue a haver problemas de acesso ainda durante algum tempo em toda uma série de zonas periféricas.26 A difusão da banda larga está intimamente ligada à utilização da Internet, que também varia no espaço da União, e segue, em grande medida, a par e passo com os níveis de prosperidade. Em 2002, cerca de 40% dos agregados familiares na UE15 tinham acesso à Internet, mas enquanto na Dinamarca, nos Países Baixos e na Suécia o nível de acesso era cerca de 65%, em Espanha e Portugal era cerca de 30% e na Grécia apenas 9%. 95 75 25 5 0 Nos países da adesão, há geralmente menos famílias com acesso à Internet do que na UE15. Em 2002, a proporção aproximava-se da média da UE apenas na Eslovénia (38%), embora em Chipre e Malta (pouco mais de 30% em ambos os casos) seja quase a mesma de Espanha e Portugal. Em outros países, a proporção varia entre 21% na Estónia e 17% na República Checa e apenas 7% na Letónia, 4% na Eslováquia e 2% na Bulgária (não existem dados relativos à Roménia). Contudo, exceptuando este último conjunto de países, os valores eram, ainda assim, mais elevados do que na Grécia (Gráfico 1.15). De acordo com os dados disponíveis mais recentes Estas percentagens relativamente baixas reflec(relativos a 2002), o número de linhas de banda lartem, em parte, as dificuldades técnicas de ter acesga em relação a população é mais elevado na Dinaso à Internet nestes países e sem dúvida tenderão marca e na Bélgica, onde atinge 7–8 por cada 100 a aumentar enquanto tais dificuldades não forma pessoas, e mais baixo na Grécia e na Irlanda, onde ultrapassadas. Contudo, o nível deste aumento poequivale a menos de 1 linha por 100 pessoas, enderá depender da difusão da banda larga, bem como dos serviços disponíveis na Internet; e quanto os valores relativos a Itália e Portugal são apenas ligeriamente superiores. Na Espanha, por outro lado, era 1.15 Nível de acesso à Internet dos agregados familiares, 2002 de 2 em cada 100 pessoas, o mesmo valor registado na França % de todos os agregados familiares e no Reino Unido25. 100 95 75 Nos países da adesão, o acesso à banda larga é, na maioria dos casos, ainda mais restrito do que nos países da coesão, exceptuando a Estónia e a Eslovénia. Nestes países, como na UE, a rapidez com a qual se consegue obter a instalação da banda larga ou o mero facto de conseguir que seja instalada depende da localização central ou periférica. É 70 70 60 60 50 50 40 40 30 30 20 20 100 10 10 95 0 0 75 NL DK SE LU FI AT IE UK DE BE SI FR IT CY MT PT ES EE CZ LT PL HU EL LV SK BG Fonte: Eurostat, Estatística sobre a Sociedade da Informação 25 25 5 5 0 57 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:02 0 99 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 95 75 25 5 0 100 embora a proporção de famílias com acesso à Internet possa não ter um efeito directo sobre o desempenho económico, indirectamente tende a reflectir quer a competência técnica das pessoas, quer a sua receptividade às novas tecnologias — ambos factores importantes para o desenvolvimento económico. É, porém, a adesão e utilização da Internet e outras novas tecnologias por parte das empresas que terá um impacto mais directo na competitividade. Como seria de esperar, o nível de acesso à Internet por parte das empresas é de longe mais elevado do que por parte das famílias, tanto que, na maioria dos Estados-membros, quase todas as firmas acima da dimensão mínima têm acesso a ela. Em 2002, quase 80% das empresas da UE15 com mais de 10 empregados tinha ligação à Internet, com uma variação relativamente pequena de país para país. Assim a percentagem era apenas ligeiramente inferior à média da UE na Grécia, que registava o valor mais baixo da União, com 74%, e aproximadamente igual à média em Espanha e Portugal. (Não existem dados disponíveis para os países da adesão). Segundo os dados do mais recente inquérito27, a maioria das empresas dessa dimensão também possuía um sítio web. Todavia, a pergentagem que utilizava a Internet para vender os seus produtos ou serviços apresentava variações maiores em relação às com acesso à Internet, com apenas 10% a terem serviços de venda online em Espanha, Grécia e Portugal, contra cerca de 30% na Alemanha e no Reino Unido. Nos próximos anos, é necessário prestar particular atenção: – ao desenvolvimento de novas políticas de promoção da inovação muito mais centradas na prestação de serviços empresariais e tecnológicos colectivos a conjuntos de empresas, por forma a influnciar o seu comportamento inovador, em vez dos subsídios directos a empresas específicas, que apenas temporariamente reduzem os custos; 100 95 – à elaboração de novas políticas que visem a consolidação das capacidades de inovação das PME atráves de redes de empresas e sectores, bem como o melhoramento das ligações com a 75 base de conhecimento, inclusive com as universidades e centros de investigação; à promoção do desenvolvimento do potencial local de I&D nas regiões mais fracas e da capacidade de adaptação dos avanços tecnológicos às circunstâncias e necessidades locais; – 95 75 25 5 0 à facilitação do acesso a redes internacionais de excelência, fontes de novas tecnologias e potenciais parceiros I&D por parte de investigadores, empresas e outras entidades das regiões menos favorecidas. – Governança regional e desempenho institucional na economia do conhecimento É consabido que uma boa governança e uma estrutura institucional eficaz constituem fontes importantes de competitividade regional, uma vez que facilitam a cooperação entre os vários agentes envolvidos quer no sector privado, quer no público. Mais especificamente, levam a melhorias dos processos colectivos de aprendizagem, bem como à criação, transferência e difusão de conhecimento, elementos críticos para a inovação. Para além disso, ajudam a consolidar as redes e as parcerias público-privadas, promovendo, assim, o sucesso dos sectores regionais de actividade, bem como as estratégias e as políticas regionais de inovação. São factores importantes sobretudo no caso das regiões menos favorecidas, que geralmente apresentam sistemas de governança deficitários e uma compreensão inadequada das questões políticas ligadas à ciência e tecnologia, mas que, ao mesmo tempo, enfrentam alterações significativas a nível económico, tecnológico e social. Os resultados de pesquisas e acções-piloto a nível político28 indicam que as políticas públicas podem contribuir para a boa governança através da promoção de parcerias públicas e privadas e de redes de empresas, bem como através da melhoria da capacidade institucional dos poderes regionais responsáveis pela inovação. 100 A criação de um quadro regional para a cooperação inter-empresas assume uma importância primordial para a promoção da inovação, nomeadamente a nível das PME. Tal cooperação, e as redes que assim se formam, ajudam a transformar 95 75 25 25 5 5 58 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:02 100 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 95 75 100 conhecimentos em oportunidades económicas e, ao mesmo tempo, permitem o estabelecimento de relações entre pessoas e organizações que podem funcionar como catalizadores para a inovação. 25 5 0 A experiência demonstra que a boa governança exige uma mudança da abordagem tradicional — do topo para a base — para uma abordagem mais aberta, que envolva todos os actores importantes de uma região específica. Tais parcerias devem abranger todas as políticas relevantes para o desenvolvimento económico, científico e social (abordagem integrada) e, idealmente, devem estabelecer horizontes de longo prazo (abordagem estratégica). É manifesto que “as vantagens comparativas que levam à inovação e ao investimento são simultaneamente uma característica regional e nacional. Para serem bem sucedidas, as regiões devem tirar partido do conjunto específico de bens, competências e ideias próprios que lhes permita competir no mercado global e desenvolver potencialidades ainda inexploradas.”29. As autoridades regionais estão numa posição estratégica para levar a cabo tal desígnio, nomeadamente para estabelecer redes de cooperação público-privadas, que são importantes para o desenvolvimento económico baseado no conhecimento, e para criar um clima favorável à inovação eficaz, adaptada às necessidades das PME locais. Estão igualmente bem colocadas para coordenar os diversos elementos politícos e institucionais do sistema de inovação regional, começando por uma análise das necessidades de desenvolvimento das empresas locais e dos principais obstáculos com que estas se deparam, e para promover uma maior sensibilização para a importância da inovação. 100 95 Uma política nacional de inovação para as PME torna-se difícil de implementar se não existir uma estreita relação entre as autoridades regionais, possuidoras de um conhecimento aprofundado, a nível regional, tanto da base produtiva como dos diferentes parceiros chave envolvidos em I&D. Ao mesmo tempo, as políticas de inovação regional devem ser coordenadas com as principais redes de I&D nacionais e internacionais, incluindo universidades e centros de investigação. 75 Da mesma forma, tais políticas não podem ser eficazmente desenvolvidas sem a participação directa do sector privado no respectivo planeamento e implementação e sem o acordo e apoio activo dos outros agentes envolvidos em I&D e na inovação regional — entidades semi-públicas, centros tecnológicos, universidades e sindicatos. 95 75 25 5 Protecção do ambiente: alcançar os objectivos de Gotemburgo 0 Em 2001, o Conselho Europeu de Gotemburgo colocou o ambiente como o terceiro pilar da estratégia de Lisboa para o desenvolvimento económico e social, confirmando assim o empenhamento em relação à sustentabilidade. Neste sentido, a política da UE visa criar um “círculo virtuoso” no seio do qual o desenvolvimento regional leva quer à redução das disparidades económicas e sociais, quer a um melhoramento das condições ambientais. Contudo, existem diferenças substanciais entre os Estados-membros e as regiões no que respeita à qualidade do ambiente, à natureza e escala dos problemas que a ameaçam e à capacidade local de os combater. Apesar dos dados a nível regional estarem incompletos, os indicadores que podem ser elaborados tendem a mostrar uma relação positiva entre o estado do ambiente e o desempenho económico e social. Água O acesso a água limpa e à conservação dos recursos hídricos constituem factores de competitividade a nível regional. Muitas actividades económicas, tais como a agricultura, a produção de energia eléctrica e o turismo, consomem vastas quantidades de água mas, ao mesmo tempo, estão dependentes da manutenção dos recursos hídricos, bem como da preservação do ambiente, para poderem continuar a funcionar. Os recursos hídricos, todavia, escasseiam em muitas regões onde a quantidade anualmente produzida se situa a níveis iguais ou superiores aos considerados críticos (20% ou mais dos recursos totais), ameaçando os eco-sistemas locais. As secas periódicas, como no verão de 2003, podem constituir um ulterior elemento de pressão, sendo que as regiões do sul da UE, especialmente as 100 95 75 25 25 5 5 0 59 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:02 0 101 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 95 75 25 5 0 100 ilhas, são geralmente as mais afectadas, de tal forma que muitas dependem, em grande medida, da importação de água ou da água do mar. O consumo de água é particularmente elevado no sul de Europa, nos países da coesão e nas regiões Objectivo 1 da Itália. Em muitas regiões da Espanha e da Grécia, este ultrapassa os 270 litros por pessoa por dia e constitui um grande desafio para as autoridades públicas. Nos países da adesão — com relativa excepção da Bulgária e Roménia — o consumo é geralmente inferior à média da UE15. A gestão sustentável dos recurso hídricos deve basear-se no princípio da gestão integrada das bacias fluviais — de acordo com a Directiva que estabelece um quadro de acção comunitária no domínio da política da água — o que implica limitar a extracção consoante a disponibilidade, garantir preços razoáveis e envolver as pessoas no processo de resolução de problemas. Na sequência da adopção, em 1991, da Directiva relativa ao tratamento de águas residuais urbanas, foram feitos investimentos consideráveis na UE na construção e manutenção de infra-estruturas e, por consequência, a recuperação das águas residuais registou um forte aumento ao longo da década passada. Contudo, continuam a existir diferenças acentuadas entre países e regiões. A percentagem da população ligada a estações de tratamento de águas residuais é ainda relativamente baixa nas regiões Objectivo 1 e nos países da coesão, com níveis apenas de cerca de 50% contra os de 80–90% dos países nórdicos. Esta percentagem é também relativamente pequena em muitos dos países da adesão. Resíduos Todos os anos, a UE produz 1,3 mil milhões de toneladas de resíduos, o que leva não apenas a uma perda de recursos, mas também a graves problemas ambientais se tais resíduos forem depositados em aterros ou incinerados em vez de reciclados, como preconiza a política comunitária. 100 95 75 Apesar das actividades agrícolas e as indústrias continuarem a produzir grandes quantidades de resíduos, ao longo da década passada a UE 15 registou um aumento constante do nível dos resíduos municipais, embora tal nível tenha diminuído em alguns Estados-membros. Na UE, todos os anos se recolhe em média cerca de 480 kg de resíduos municipais por habitante. No conjunto das regiões Objectivo 1, este valor é quase igual mas nos países da coesão é significativamente mais elevado (550 kg por pessoa). Por outro lado, nos países da adesão, tal valor é mais baixo (pouco menos de 400 kg), o que reflecte, em parte, níveis de rendimento inferiores. 95 75 25 5 0 Metade dos resíduos produzidos na UE são depositados em aterros, contribuindo assim para os gases de efeito estufa e outros tipos de emissões. A média de resíduos que vão para os aterros na UE15 é inferior a 300 kg por pessoa, enquanto que nos países da coesão é de cerca 340 kg e, no conjunto das regiões Objectivo 1, 380 kg. Nos países da adesão registam-se níveis mais elevados. A reciclagem, que é benéfica para o ambiente (e pode ter um impacto positivo real no emprego e nas actividades económicas) e tem sido promovida por várias Directivas, tem ainda uma importância marginal (Mapa 1.12). A política comunitária relativa aos resíduos visa promover a prevenção, a reciclagem e a re-utilização em detrimento da eliminação final. Alterações climáticas As alterações climáticas são causadas pelos gases de efeito estufa, entre os quais predominam as emissões de dióxido de carbono resultantes da utilização dos combustíveis fósseis. Os efeitos mais visíveis das alterações climáticas são as ondas de calor, que podem causar fogos florestais e devastar as colheitas, bem como aumentar a taxa de mortalidade (de que é um infeliz exemplo o verão de 2003). Podem também aumentar a frequência de condições metereológicas extremas, tais como secas, inundações e tempestades violentas. As medidas introduzidas ou propostas a nível comunitário, como a Directiva relativa à prevenção e controlo integrados da poluição e a lei-quadro relativa aos valores máximos de emissão nacionais, permitem aos decisores políticos tomar em consideração as variações das condições locais. Dez dos 15 Estados-membros actuais estão muito longe de atingir a respectiva quota de emissões para poderem cumprir as metas do Protocolo de Kyoto (redução, até 2010, de 8% das emissões em relação aos valores de 1990). Entre eles estão todos os países da coesão (na Irlanda, em particular, as emissões em 2001 foram 31% mais elevadas do 100 95 75 25 25 5 5 60 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:02 102 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 100 95 95 75 75 Canarias (E) 25 25 Guadeloupe G Martinique Réunion 5 5 Guyane (F) 0 0 Açores (P) Madeira 1.12 Resíduos municipais em aterro Kg per capita < 150 150 - 250 100 250 - 350 UE14* = 291 * Com base em BE, DE, FR: 1996; DK, EL, LU, AT, PT, FI: 1999; ES: 2000; IE, IT, SE: 1998; NL:1997 BG, DK: NUTS 0 BE: NUTS 1 100 350 - 450 95 > 450 sem dados 95 Fonte: Eurostat 0 75 100 500 km 75 © EuroGeographics Association para as fronteiras administrativas 25 25 5 5 0 61 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:03 0 103 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 95 75 25 5 0 100 que em 1990, contra o aumento de 13% permitido entre 1990 e 2008–2012 — Quadro A1.10). e, ao mesmo tempo, melhorar a qualidade de vida dos seus habitantes. Ao longo da década de 1990, os países da adesão registaram uma diminuição de emissões consideravelmente maior do que a UE, fenómeno que fica a dever-se, principalmente, ao declínio da indústria pesada. No passado, a UE15 dava tendencialmente prioridade aos objectivos económicos em prejuízo dos ambientais e, apesar das variações marcadas na importância relativa destes últimos, a política da coesão teve, regra geral, efeitos mais marcados nos indicadores sociais e económicos do que no ambiente. As diferenças entre países no que respeita às principais fontes de emissões são muito reveladoras. Enquanto nos países da adesão mais de metade das emissões totais resulta da produção de energia (devido à maior dependência dos combustíveis fósseis), nos países da coesão e no resto da UE este valor é inferior a um terço. Por outro lado, os transportes são responsáveis por 21% das emissões quer nos países da coesão, quer em toda a UE15 (um valor que registou subidas na década passada), mas apenas por 8% nos países da adesão, embora se preveja que esta percentagem venha a aumentar rapidamente como consequência da maior utilização de carros e dos transportes rodoviários (Quadro A1.11). 95 75 25 5 0 Contudo, a política da coesão ajudou os Estados-membros menos prósperos a cumprir as exigências ambientais (especialmente as directivas relativas à gestão de resíduos, ao aprovisionamento de água e às águas residuais, que implicam fortes investimentos em infra-estruturas) e pode continuar a fazê-lo nos próximos anos, quando a atenção se centrar na prevenção da poluição atmosférica. Neste sentido, o aumento dos transportes constitui um factor de especial preocupação, uma vez que, se não houver uma mudança para meios mais amigos do ambiente, o crescimento económico continuará a ser acompanhado pelo aumento das emissões. Biodiversidade Cerca de dois terços das zonas húmidas que existiam na Europa há cem anos desapareceram. A expansão das zonas urbanas, por um lado, e o abandono das terras devido à reestruturação económica nas regiões periféricas e nos países da adesão, por outro, representam uma ameaça constante à biodiversidade. A Natura 2000 tem como objectivo a preservação dos habitats e da vida das aves na Europa mediante a criação de uma rede de reservas naturais que inclui mais de 20.000 zonas designadas ou propostas. Estas cobrem quase 15% do território total da UE15 e o seu número aumentará após o alargamento. Tudo isso é particularmente relevante no caso dos países da adesão, onde a procura tanto tempo reprimida de automóveis e as condições precárias das ferrovias ameaçam levar a um aumento significativo da utilização das rodovias e, consequentemente, da quantidade de emissões. Nos próximos anos, será premente centrar as atenções no desenvolvimento sustentável, especialmente: – ajudando os Estados-membros a transpor o acervo comunitário para as respectivas legislações nacionais, particularmente no que diz respeito às Directivas relativas à gestão de recursos, ao aprovisionamento de água, às águas residuais urbanas e à qualidade do ar, que comportam investimentos consideráveis; – apoiando o desenvolvimento das eco-indústrias e a utilização de tecnologias mais limpas, sobretudo nas PME; Padrões ambientais: uma parte integrante da coesão económica, social e territorial 100 95 75 A diversidade das normas ambientais pode criar novas disparidades entre os que vivem num ambiente limpo e saudável e os que não vivem neste tipo de ambiente. O respeito das normas pode tornar as regiões mais atractivas para os investidores 100 95 – reabilitando parques industriais degradados em vez de criar novos espaços; 75 25 25 5 5 62 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:03 104 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 95 100 – 75 25 – dando incentivos para a utilização de veículos e meios de transporte mais limpos, bem como para a utilização de energia renovável; 95 75 ajudando as regiões mais expostas aos riscos naturais a desenvolver medidas de prevenção; 25 5 0 5 – estimulando o investimento na promoção da biodiversidade e protecção da natureza; – garantindo a gestão adequada dos recursos hídricos e dos resíduos em zonas com limitações geográficas, bem como a protecção dos recursos naturais nestas zonas, de forma a torná-las mais atractivas para empresas e investimentos do exterior. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 100 95 20 21 22 75 23 24 25 0 Os países onde, nos primeiros anos da década de 90, o PNB per capita se situava abaixo de 90% da média da UE. Cf. Previsões económica da Comissão Europeia, Outono 2003. Os dados do PIB per capita a nível regional estão disponíveis apenas até 2001. Estes valores não incluem o efeito da unificação alemã e o aumento significativo do PIB per capita nos novos Länder entre 1991 e 1994. Cf. Comissão Europeia, Emprego na Europa 2002 e Relatório sobre a Competitividade Europeia 2002. Nações Unidas, Projecções Demográficas, 2002 A definição de risco de pobreza abrange as pessoas que têm um “rendimento equivalente“ (que considera o tamanho e a composição do agregado familiar) inferior a 60% do nível mediano nacional. Neste caso, as transferências sociais não incluem as reformas ou as pensões de sobrevivência, que são consideradas como direitos adquiridos resultantes de contributos prévios e calculadas como rendimento antes das transferências. È importante lembrar as limitações dos dados quando se compara o risco relativo de pobreza por tipo de agregado familiar. Em particular, é preciso ter em conta que os valores relativos ao rendimento não incluem rendas imputadas – a poupança decorrente do facto de se ser proprietário da própria habitação – e recebimento de juros. Ambos os itens tenderão a diminuir o risco relativo de pobreza das pessoas idosas, que mais frequentemente possuem a sua própria habitação (apesar deste dado variar de país para país) e que muitas vezes têm poupanças das quais recebem juros. Cf. em particular, Regiões: Anuário estatístico, 2003, Comissão Europeia, Luxemburgo, ‘Contas dos agregados familiares’. Foram analisadas, na UE alargada, um total de 1.595 áreas urbanas com mais de 50.000 habitantes em termos de demografia, da sua capacidade de atrair empresas e dos seus sectores de actividade económica. Highlands and Islands, com pouco mais de 9 habitantes por km2 é a única região fora da Suécia e da Finlândia onde se regista uma densidade populacional abaixo de 10. O aumento do PIB foi também relativamente baixo durante este período em Highlands and Islands, onde quer o emprego, quer a população registaram um declínio. A densidade mede-se através de um índice composto que indica a dotação de uma região (média aritmética dos rácios de extensão das estradas em relação à superfície territorial e à população), expressa relativamente à média da UE. As orientações da Estratégia Europeia de Emprego recomendam a existência de um número suficiente de jardins de infância e instituições de ensino pré-escolar convenientemente localizados de forma a permitir que todas as mulheres que queiram trabalhar o possam fazer. Cf. Parte 2 adiante. Cf O Emprego na Europa 2002, pág 115-133. O objectivo estabelecido na Cimeira de Lisboa é o de, até 2010, reduzir para metade o número de pessoas com idades compreendidas entre os 18 e os 24 anos com baixa escolaridade que não estão em formação. Do Inquérito sobre a Formação Profissional Contínua, Eurostat, 2002. Os auxílios estatais são considerados transferências directas para as empresas sob a forma de subsídios, isenções fiscais, participação no capital fixo, empréstimos bonificados, adiamento de impostos e garantias calculadas de forma a harmonizar os dados da componente de auxílios estatais num indicador comum comparável nos diversos países. COM(2001) 549 final, A dimensão regional do Espaço Europeu de Investigação. Segundo um recente inquérito de conjuntura levado a cabo na Grécia, Espanha e Portugal, a maioria dos gestures era da opinião que as tecnologias avançadas das quais poderiam necessitar estavam mais disponíveis em outros países do que nos seus próprios. Estimativas baseadas nos dados do Inquérito às Forças de Trabalho sobre a dimensão de unidade local, que foram conjugados com dados das Estatísticas da Estrutura Empresarial sobre a dimensão de empresa. Innobarometer 2001, Flash Eurobarometer 100, 2002. Cf. “Produtividade: a chave para a competitividade das economias e das empresas europeias”, COM(2002) 262 final, que mostra que, entre 1995 e 2000, a criação líquida de emprego na UE se concentrou nos sectores da tecnologia de ponta e do ensino superior (p.13). 5 0 100 95 75 25 5 63 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:03 0 105 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 100 95 25 75 26 25 5 0 27 28 29 Dados da Comissão Europeia, VIII Relatório da Comissão sobre a aplicação do Pacote Regulamentar das Telecomunicações – Annexo 1, Dezembro 2002. Uma vez que é manifestamente improvável que as ofertas de ADSL competitivas se alarguem a regiões periféricas ‘não lucrativas’ da Europa, os governos e as autoridades regionais debatem-se com o problema de como garantir o acesso à banda larga a estas regiões. Há quem sugira que a tecnologia sem fios, também conhecida por Wi-Fi, pode ser a solução em zonas mais remotas, uma vez que não envolve custos elevados de engenharia. Contudo, esta tecnologia não é gratuita, já que tem que dispor de uma base de redes terrestres ou de satélite, que implicam custos tanto iniciais, como de manutenção contínua. Ainda assim, a tecnologia sem fios pode, pelo menos potencialmente, ajudar a diminuir a divisória digital entre regiões. COM(2002) 62 final, Relatório de avaliação do desempenho da iniciativa eEurope 2002 Estratégia Regional de Inovação financiada pelos Fundos Estruturais. Conclusões do Presidente, Reunião de alto nível OCDE, Martigny, Suiça, Julho de 2003. 95 75 25 5 0 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 64 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:03 106 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen 100 95 100 95 Anexo Estatístico da Parte 1 75 75 25 25 5 5 0 0 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 0 65 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:03 0 107 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 95 100 95 A1.1 Emprego na UE15, 1996 e 2002 75 75 % da pop. em idade activa 25 5 0 1996 2002 UE15 59,9 64,2 Outros Estados-membros 61,7 65,1 Países da coesão 51,5 60,2 Grécia 54,9 56,9 Espanha 47,6 58,4 Irlanda 54,9 65,0 Portugal 62,3 68,6 25 5 0 Fonte: Eurostat, IFT A1.2 Alterações do PIB, emprego, produtividade e população em grupos de regiões Objectivo 1, 1994-2001 Variação percentual média anual PIB Pessoas empregadas PIB/pessoa empregada População PIB per capita Todas as regiões Objectivo 1 3,0 1,4 1,6 0,0 2,8 PT e EL 3,5 1,2 2,3 0,4 3,1 IE 9,3 5,0 4,0 1,0 8,2 ES Objectivo 1 3,4 2,9 0,5 0,4 3,0 ES não-Objectivo 1 3,6 2,6 1,0 0,4 3,2 DE Objectivo 1 1,7 -0,3 2,0 -0,5 2,2 DE não-Objectivo 1 1,6 0,8 0,8 0,3 1,3 IT Objectivo 1 1,9 0,3 1,6 0,0 1,9 IT não-Objectivo 1 2,1 1,2 0,9 0,3 1,8 Outras regiões Objectivo 1 2,4 1,7 0,6 0,1 2,2 UE15 2,5 1,3 1,2 0,3 2,2 Fonte: Eurostat, cálculos regionais e da DG REGIO A1.3 O efeito estatístico nas regiões Objectivo 1 (com base no PIB per capita em PPC, média 1999-2001) Na UE15 Todas as variáveis relativas ao PIB per capita médio na UE15 ou UE25 como especificado: 100 95 Na UE15 Na N10 Na UE25 UE15 UE25 UE25 UE25 Número de regiões com valores inferiores a 75% do PIB médio per capita 50 33 36 69 População nestas regiões (milhões) 73 54 69 123 19,2 14,2 92,4 11,9 15,2 27,1 69,3 46,0 56,2 População como % da UE15/N10 População como % da UE25 100 95 75 75 PIB médio per capita (PPC) destas regiões como % da média UE15/UE25 65,1 N10: novos Estados-membros Fonte: Eurostat, cálculos regionais e da DG REGIO 25 25 5 5 66 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:03 108 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 100 95 95 75 75 % da população empregada com idades 15-64 anos A. Países da adesão 25 Agricultura B. Regiões Obj. 1 C. Regiões não Obj. 1 Diferença B-A Diferença C-A 10,7 5,2 1,9 -5,5 -8,8 Explor. mineira, gás, eléctr., água 1,9 0,7 0,7 -1,2 -1,2 Indústria de base 8,9 6,5 7,8 -2,4 -1,1 Ind. química e de refinação 0,6 0,4 1,0 -0,2 0,4 Indústria ligada à engenharia 2,8 1,7 4,5 -1,1 1,7 Construção Civil 3,4 6,4 4,8 3,0 1,4 Serviços de base 5 0 25 5 14,2 17,4 20,5 3,2 6,3 Serviços avançados 3,3 4,3 9,1 1,0 5,8 Serviços colectivos 6,9 7,4 11,4 0,5 4,5 Administração Pública 3,4 4,8 4,9 1,4 1,5 Taxa de emprego total 56,2 54,9 66,7 -1,3 10,5 Agricultura 10,7 5,2 1,9 -5,5 -8,8 Indústria 17,7 15,8 18,8 -1,9 1,1 Serviços 27,8 34,0 45,9 6,2 18,1 0 Fonte: Eurostat, IFT A1.5 Taxas de desemprego na UE15, 1996 e 2002 % da mão-de-obra 1996 UE15 2002 10,7 7,8 9,5 7,5 17,0 9,6 9,7 10,0 Espanha 22,3 11,4 Irlanda 11,9 4,3 7,4 5,1 Outros Estados-membros Países da coesão Grécia Portugal Fonte: Eurostat, IFT 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 0 67 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:03 0 109 100 95 75 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:04 7,0 10,0 4,9 4,0 8,0 25,0 8,9 15,0 3 adultos 3 adultos Casal 11,0 11,0 11,0 36,0 5,0 8,0 7,0 19,0 18,8 20,0 23,0 14,0 37,0 18,0 17,0 36,0 38,0 15,0 19,0 18,0 24,7 42,0 8,0 14,0 24,0 43,0 21,0 15,0 14,0 14,4 35,0 12,0 11,0 16,0 27,0 17,7 FR 21,0 10,0 26,2 42,0 8,0 14,0 37,0 79,0 33,0 IE 19,0 24,0 21,7 23,0 15,0 12,0 14,0 29,0 16,0 IT * Agregados familiares com rendimento per capita inferior a 60% do rendimento mediano por agregado familiar no país em análise. Fonte: Eurostat, ECHP, Novembro 2003 11,0 5,0 8,0 Casais - ambos <65 13,0 22,0 26,0 Casais - pelo menos um membro do casal >64 Adultos solteiros 40,0 27,0 Adultos solteiros >64 Todos os agregados familiares Com filhos 35,0 14,6 ES 12,0 26,0 16,2 35,0 5,0 6,0 8,0 7,0 10,2 LU 11,0 18,0 11,2 45,0 9,0 4,0 5,0 3,0 18,9 NL 0 Adultos solteiros 30-64 EL 5 Sem filhos DE 25 DK 75 12,0 9,0 10,2 23,0 7,0 10,0 18,0 35,0 12,7 AT 20,0 23,0 20,2 39,0 10,0 13,0 32,0 46,0 28,0 PT 11,0 7,0 5,0 11,0 10,0 5,0 8,0 45,0 30,7 FI 10,0 : 7,2 16,0 : 5,0 4,0 17,0 24,1 SE 17,0 13,0 15,8 50,0 5,0 9,0 17,0 35,0 21,2 UK 15,0 16,0 15,7 35,0 9,0 10,0 16,0 29,0 17,8 UE15 % dos agregados familiares dentro de cada tipo 95 BE A1.6 População em risco de pobreza, 2000* Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen 100 Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 95 75 25 5 0 100 95 75 25 25 5 5 0 68 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 110 0 100 95 75 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:04 9,9 7,0 3 adultos 3,0 16,0 100,0 13,0 29,0 7,0 8,0 6,0 8,0 13,0 2,0 100,0 16,7 24,5 2,9 18,6 20,6 5,9 8,8 3,0 100,0 26,0 37,0 3,0 9,0 11,0 5,0 6,0 100,0 7,8 41,2 7,8 8,8 11,8 7,8 7,8 6,9 FR 100.0 13,0 45,0 5,0 5,0 9,0 3,0 14,0 6,0 IE 100.0 21,2 38,4 1,0 19,2 7,1 4,0 7,1 2,0 IT 100,0 25,0 43,0 4,0 7,0 6,0 7,0 3,0 5,0 LU * Agregados familiares com rendimento per capita inferior a 60% do rendimento mediano por agregado familiar no país em análise. Fonte: Eurostat, ECHP, Novembro 2003 100,0 10,0 100,0 18,8 30,0 5,0 2,0 7,0 6,0 3 adultos Adultos solteiros Casal 24,8 24,0 Casais - ambos <65 Casais - pelo menos um membro do casal >64 Adultos solteiros >64 19,8 16,8 5,0 11,0 Adultos solteiros 30-64 Todos os agregados familiares Com filhos Sem filhos Agregados familiares em risco de pobreza ES 0 EL 5 DE 25 DK 75 100,0 11,0 39,0 15,0 7,0 4,0 7,0 2,0 15,0 NL 100,0 15,0 26,0 5,0 10,0 10,0 9,0 17,0 8,0 AT 100,0 31,3 32,3 3,0 10,1 12,1 4,0 6,1 1,0 PT 100,0 4,0 18,0 3,0 7,0 6,0 6,0 23,0 33,0 FI 100,0 0,0 31,7 12,9 0,0 4,0 7,9 10,9 32,7 SE 100,0 7,1 29,6 17,3 4,1 11,2 8,2 14,3 8,2 UK 100,0 14,0 34,0 7,0 9,0 10,0 7,0 10,0 9,0 UE15 % de todos os agregados familiares em risco de pobreza 95 BE A1.7 Composição dos agregados familiares da população em risco de pobreza, 2000* Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen 100 Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 95 75 25 5 0 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 111 100 95 75 25 25 5 5 69 0 100 95 75 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:04 0 70 112 19,4 75,3 20,8 68,7 29,3 20,1 5,3 2,5 2,9 10,5 16,1 78,4 141,6 16,1 48,2 60,0 343,3 336,5 68,4 2,0 8,5 71,7 39,6 99,8 99638 94466 69,0 24,6 6,4 14,1 5,9 10,4 96,8 75,7 87,6 9,7 3,3 5,0 424022 2122 67,7 28,2 4,0 29,3 2,5 7,8 263,4 48,2 100,0 8648,1 2,0 117,0 3243415 379604 62,8 28,2 9,0 29,3 2,5 14,2 94,7 48,2 67,1 4571,0 2,0 80,7 1027018 82912 60,1 34,3 5,6 : : 8,9 : : : : : 50,5 1322910 66789 UE 15 (3, 4) 47,0 37,2 15,8 : : 12,1 : : : : : 76,9 240960 18541 N12 (5) Regiões de Montanha (3) 100 100 95 95 (1) ilha NUTS 2 ou regiões NUTS 3 (2) definida a nível NUTS 2 (3) os dados do desemprego não incluem a EL, os dados do emprego não incluem EL e ES (4) os dados do emprego não incluem os Departamentos Ultramarinos Franceses (5) os dados do emprego e desemprego incluem apenas BG, CZ, HU, RO, SI, SK Fonte: todos os dados são da Eurostat, excepto os das 'Regiões de Montanha' (do estudo 'Zonas de Montanha', desenvolvido a nível das NUTS 5) ajustados para serem comparáveis com os dados Eurostat Serviços Indústria Agricultura Emprego por sector (% do tot. das pessoas empr.) Máximo Mínimo Média Taxa de desemprego (%) Máximo Mínimo Média PIB per capita (PPC) (UE15=100) Máximo Mínimo Média Densidade populacional (hab./km²) Superfície (km²) 3943 Regiões Objectivo 1 (2) 0 9423 Média da UE15 (2) 5 População total (1000 hab.) Regiões com baixa densidade populacional (2) 25 Regiões ultraperiféricas 75 Ilhas (1) A1.8 Zonas com limitações geográficas: principais indicadores, 2001 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 75 25 5 0 100 95 75 25 25 5 5 0 100 95 75 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:04 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 113 30077 652 436 8105 605 2914 3779 302 5161 33 1059 672 966 452 768 4173 4513 152 81 1500 7 286 830 18 710 7 176 219 27 154 67 279 23460 639 770 8733 490 1100 3898 498 3842 35 651 454 231 391 405 1323 Fonte: DG COMP, Painel de Avaliação dos Auxílios Estatais UK SE FI PT AT NL LU IT IE FR ES EL DE DK BE UE15 1000 Milhões de EUR 317 527 865 239 676 615 1066 745 1650 1032 378 809 1077 1766 979 780 EUR/pessoas empregadas 41 68 111 31 87 79 137 95 212 132 48 104 138 226 125 100 Índice, UE15=100 0 67 87 341 28 326 166 225 138 59 220 98 12 185 186 234 150 EUR/pessoas empregadas 45 58 228 19 217 111 150 92 40 146 65 8 123 124 156 100 Índice, UE15=100 Auxílios estatais para I&D por pessoa empregada na indústria transformadora 5 Milhões de EUR Auxílios estatais à indústria transformadora por pessoa empregada no sector 21,1 16,5 39,5 11,7 48,2 27,0 21,1 18,5 3,6 21,3 25,9 1,4 17,2 10,5 23,9 19,2 % Auxílios estatais à I&D como % do total dos auxílios estatais para a ind. transformadora 25 Emprego na indústria transformadora 75 Auxílios estatais para I&D na indústria transformadora 95 Auxílios estatais à indústria transformadora A1.9 Auxílios estatais a I&D e indústria transformadora, média 1999-2001 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen 100 Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 95 75 25 5 0 100 95 75 25 25 5 5 71 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 95 75 25 5 0 100 A1.10 Emissões de gases com efeito de estufa, 2000 Índice, ano base 1990=100* Objectivo de Kyoto 96,0 92,0 BE 106,0 92,5 DK 99,0 79,0 DE 81,0 79,0 EL 124,0 125,0 UE15 ES 135,0 115,0 FR 98,0 100,0 IE 124,0 113,0 IT 104,0 93,5 LU 55,0 72,0 NL 103,0 94,0 AT 103,0 87,0 PT 130,0 127,0 FI 96,0 100,0 SE 98,0 104,0 UK 87,0 87,5 N10 69,0 : BG 49,4 92,0 CY 140,0 : CZ 76,4 92,0 EE 45,4 92,0 HU 82,4 92,0 LT 46,3 92,0 LV 34,1 92,0 MT 129,0 : PL 68,1 92,0 RO 61,9 94,0 SI 99,3 94,0 SK 66,9 92,0 A1.11 Emissões de gases com efeito estufa por grandes sectores de actividade, 2001 95 75 % das emissões totais N10 Países da coesão UE15 Energia e áreas relacionadas 53,0 31,0 29,0 Indústria 17,0 21,0 21,0 Transportes 8,0 21,0 21,0 Agricultura 9,0 13,0 10,0 Resíduos 4,0 4,0 3,0 Resíduos 9,0 10,0 16,0 25 5 0 Fonte: Agência Europeia do Ambiente * Com base em equivalentes de CO2; os valores em itálico correspondem a estimativas provisórias Eurostat Fonte: Agência Europeia do Ambiente e Eurostat 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 72 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:04 114 0 95 75 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:05 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 115 3,18 - 5,28 sem dados >= 9,96 5,28 - 9,96 Fonte: Eurostat UE27 = 7,0 1250 km < 56,2 62,44 - 67,89 67,89 - 73,54 >= 73,54 sem dados 26,49 - 30,58 30,58 - 33,85 >=33, 85 sem dados 56,2 - 62,44 250 UE27 = 28,9 22,73 - 26,49 < 22,73 % do emprego total 0 UE27 = 64,1 100 100 95 95 75 © EuroGeographics Association para as fronteiras administrativas Serviços 5 1,97 - 3,18 % do emprego total Indústria 25 < 1,97 % do emprego total Agricultura A1.1 Emprego por sector, 2002 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 75 25 5 0 100 100 95 75 25 25 5 5 73 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 100 95 95 75 75 Canarias (E) 25 25 Guadeloupe Martinique Réunion 5 5 Guyane (F) 0 0 Açores (P) Madeira A1.2 PIB por pessoa empregada (EUR), 2001 Índice, UE25=100 < 25 25 - 50 BE, NL: NUTS 0 50 - 100 100 100 100 - 120 95 95 120 - 130 >= 130 75 Fonte: Eurostat e Institutos Nacionais de Estatística 0 sem dados 100 500 km 75 © EuroGeographics Association para as fronteiras administrativas 25 25 5 5 74 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:05 116 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 100 95 95 75 75 Canarias (E) 25 25 Guadeloupe Martinique Réunion 5 5 Guyane (F) 0 0 Açores (P) Madeira A1.3 Variações na população em idade activa (15-64 anos), 2000-2025 Mudança percentual total < -8,1 UE27 = -3,5 -8,1 – -3,42 BG, CZ, HU, PL, RO, SK: NUTS 0 -3,42 – 0,48 100 100 0,48 – 3,97 95 >= 3,97 sem dados 95 Fontes: Eurostat e Nações Unidas 0 75 100 500 km 75 © EuroGeographics Association para as fronteiras administrativas 25 25 5 5 0 75 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:05 0 117 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 100 95 95 75 75 Canarias (E) 25 25 Guadeloupe Martinique Réunion 5 5 Guyane (F) 0 0 Açores (P) Madeira A1.4 Alterações na população idosa (65+), 2000-2025 Mudança percentual total < 27,41 UE27 = 40,5 27,41 - 36,9 BG, CZ, HU, PL, RO, SK: NUTS 0 36,9 - 44,97 100 100 44,97 - 57,49 >= 57,49 95 sem dados 95 Fontes: Eurostat e Nações Unidas 0 75 100 500 km 75 © EuroGeographics Association para as fronteiras administrativas 25 25 5 5 76 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:06 118 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 0 0 EUROPEAN SPATIAL PLANNING OBSERVATION NETWORK A1.5 Acessibilidade rodoviária potencial, 2001 Índice de acessibilidade, UE27=100 100 95 75 0 < 20 20 < 40 40 < 60 60 < 80 80 < 100 100 < 120 120 < 140 140 < 160 160 < 180 180 ou mais Fonte: base de dados ESPON Fonte dos dados: Spiekerman & Wegener (S&W) 100 Este mapa não reflecte necessariamente a opinião do Comité de Acompanhamento ESPON 95 0 100 500 km 75 © EuroGeographics Association para as fronteiras administrativas 25 25 5 5 0 77 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:09 0 119 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 0 0 EUROPEAN SPATIAL PLANNING OBSERVATION NETWORK A1.6 Acessibilidade ferroviária potencial, 2001 Índice de acessibilidade, UE27=100 0 < 20 20 < 40 40 < 60 60 < 80 80 < 100 100 < 120 120 < 140 140 < 160 160 < 180 180 ou mais 100 95 75 Fonte: base de dados ESPON Fonte dos dados: Spiekerman & Wegener (S&W) 100 Este mapa não reflecte necessariamente a opinião do Comité de Acompanhamento ESPON 95 0 100 500 km 75 © EuroGeographics Association para as fronteiras administrativas 25 25 5 5 78 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:12 120 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 0 0 EUROPEAN SPATIAL PLANNING OBSERVATION NETWORK A1.7 Acessibilidade áerea potencial, 2001 Índice de acessibilidade, UE27=100 100 95 75 0 < 20 20 < 40 40 < 60 60 < 80 80 < 100 100 < 120 120 < 140 140 < 160 160 < 180 180 ou mais Fonte: base de dados ESPON Fonte dos dados: Spiekerman & Wegener (S&W) 100 Este mapa não reflecte necessariamente a opinião do Comité de Acompanhamento ESPON 95 0 100 500 km 75 © EuroGeographics Association para as fronteiras administrativas 25 25 5 5 0 79 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:14 0 121 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 100 95 95 75 75 Canarias (E) 25 25 Guadeloupe Martinique Réunion 5 5 Guyane (F) 0 0 Açores (P) Madeira A1.8 Abandono escolar precoce, 2002 % da população 18-24 anos < 7,7 7,7 - 11,1 11,1 - 14,3 100 14,3 - 21 UE27 = 16,4 População 18-24 anos com ens. preparatório e não frequência de formação 100 >= 21 95 sem dados 95 Fonte: Eurostat 0 75 100 500 km 75 © EuroGeographics Association para as fronteiras administrativas 25 25 5 5 80 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:14 122 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 100 95 95 75 75 Canarias (E) 25 25 Guadeloupe Martinique Réunion 5 5 Guyane (F) 0 0 Açores (P) Madeira R e gi o GI S A1.9 Pedidos de patentes IEP, média 1999-2001 Pedidos por milhão de habitantes UE27 = 120,5 BG, CZ, HU, PL, RO, SK: NUTS 0 < 10,89 10,89 - 63,28 100 IEP: Instituto Europeu de Patentes 63,28 - 111,29 100 111,29 - 200,24 95 >= 200,24 95 Fonte: Eurostat 0 75 100 500 km 75 © EuroGeographics Association para as fronteiras administrativas 25 25 5 5 0 81 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:15 0 123 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 1 — Coesão, competitividade, emprego e crescimento 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 0 0 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 82 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:15 124 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen 100 95 75 100 95 Parte 2 — Impacto das políticas dos Estados-membros na coesão 75 25 25 5 5 0 0 Índice Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84 Implicações da despesa pública nas políticas nacionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84 Repercussão regional das despesas do Estado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87 Política fiscal e PIB regional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91 Política de desenvolvimento regional nos Estados-membros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96 Anexo Estatístico da Parte 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 0 83 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:15 0 125 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 2 — Impacto das políticas dos Estados-membros na coesão 100 95 100 Introdução 75 25 5 0 O primeiro objectivo da presente secção é, antes de mais, discutir a incidência regional das políticas nacionais relacionadas com a despesa pública e a forma como são financiadas em diferentes locais da União. Em segundo lugar, é analisar as medidas levadas a cabo em diferentes países na redistribuição dos rendimentos entre as várias regiões e na redução das disparidades no desempenho económico regional. Um terceiro propósito, tendo em conta o efeito potencialmente marcante do investimento directo estrangeiro (IDE) no reforço das economias locais, é rever a sua escala relativa no espaço da UE e nos países candidatos e perceber até que ponto os governos nacionais e regionais terão capacidade para influenciar a sua aplicação. Implicações da despesa pública nas políticas nacionais Praticamente todas as funções do governo relacionadas com a despesa pública têm repercussões no equilíbrio regional, na medida em que a despesa é canalizada para uma determinada região sem que haja necessariamente uma intenção política de direccionar os gastos para um local específico. Do mesmo modo, importa salientar que também se repercutem em áreas específicas dessas regiões, uma vez que os mecanismos autónomos empregues a este nível são os mesmos que operam nos países, como um todo. 100 95 75 As verbas empregues nestas políticas são consideravelmente superiores às despesas financiadas pelos Fundos Estruturais, sendo que o seu efeito potencial ao nível da coesão económica e social dentro dos Estados-membros é substancialmente maior. Como adiante se verá, as políticas nacionais relativas à despesa pública e a forma como os gastos são financiados têm uma grande influência na manutenção dos níveis de rendimento nas áreas mais desfavorecidas. Contudo, na maior parte dos casos, estas políticas não estão directamente voltadas para as regiões, ainda que possam repercutir-se no equilíbrio regional. Tendem a estar mais vocacionadas para problemas sociais imediatos e para apoios ao rendimento do que para o reforço da competitividade. Há, assim, uma complementaridade entre estas políticas e a política de coesão da UE, que centra a sua atenção em fragilidades estruturais mais profundas, e não uma incompatibilidade entre ambas. De facto, apesar de relativamente diminutos, os Fundos Estruturais desempenham um papel fundamental no combate às assimetrias regionais e no reforço da coesão. 95 75 25 5 0 Despesa pública e coesão Mesmo as políticas que não envolvem encargos directos, tendem a repercutir-se nas despesas e, através disso, na coesão. No seio da UEM, enquanto o Banco Central Europeu é responsável pelas políticas monetárias, os governos nacionais são responsáveis pelas políticas fiscais. Um dos objectivos das políticas fiscais é o auxílio à manutenção da estabilidade económica, apoiando a política monetária para que esta possa suportar o crescimento. A filosofia subjacente ao Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC), implementado aquando da unificação monetária, é permitir que os estabilizadores automáticos operem livremente no ciclo económico, mantendo em simultâneo uma disciplina orçamental noutras áreas, como uma marca característica da UEM. Na parte do orçamento respeitante à despesa, ao contrário do que sucede com as receitas, apenas se espera uma reacção imediata às flutuações cíclicas por parte dos gastos relacionados com o desemprego. Ao longo das próximas décadas, o envelhecimento progressivo da população terá um impacto muito significativo na despesa pública. Uma vez que mantém o aumento da despesa geralmente controlado, a contenção financeira é uma forma de garantir a sustentabilidade fiscal nos próximos anos. O comportamento macroeconómico geral não é uma questão fulcral desta Parte do relatório, ainda que esteja na base das tendências recentes na globalidade das despesas e receitas públicas nos Estados-membros, bem como das alterações à composição da despesa pública. Não há um conhecimento profundo acerca dos efeitos da consolidação fiscal nas diferentes regiões ou em diferentes grupos sociais. Se por um lado a consolidação fiscal conduziu a reduções no pagamento de juros de dívida à medida que os empréstimos diminuíram, libertando recursos financeiros para programas mais vantajosos numa 100 95 75 25 25 5 5 84 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:15 126 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 2 — Impacto das políticas dos Estados-membros na coesão 100 95 75 25 5 0 100 vertente social e económica, por outro aliviou a pressão no nível global das despesas. notório (quase 6 pontos percentuais), toda a redução se reflectiu numa menor despesa. Ainda que, de uma forma geral, a despesa tenha sido reduzida relativamente ao PIB como consequência desta pressão, uma maior contenção poderá traduzir-se num maior incentivo para melhorar a qualidade dos programas de investimento. Contudo, o saber se tal se tem repercutido em políticas mais eficazes para a coesão regional continua a ser uma questão em aberto. Além disso, o reajustamento orçamental poderá ter restringido a actividade económica a curto prazo, com prejuízo das regiões mais desfavorecidas. Não obstante, mesmo a curto prazo, a consolidação fiscal pode revelar-se benéfica para o crescimento, se for convenientemente conduzida e acompanhada por uma reforma estrutural. A longo prazo, um ambiente macroeconómico estável proporcionado pela UEM e políticas afins, poderá ser favorável ao crescimento. Todas as regiões esperam beneficiar com esta situação, ainda que, até ao momento, com o abrandamento actual, esta não se tenha traduzido em taxas de crescimento mais elevadas. Enquanto que as despesas do Estado sofreram um decréscimo considerável em toda a UE, as receitas do Estado provenientes dos impostos e de outras fontes caíram apenas ligeiramente em relação ao PIB, o que implicou a manutenção global das taxas de imposto. À excepção da Irlanda, onde o crescimento do PIB foi excepcionalmente elevado, em nenhum outro Estado Membro se registou uma redução das receitas superior a 2% do PIB e, em seis outros países, registou-se um aumento. Os défices orçamentais foram, portanto, reduzidos em toda a União e, em alguns casos, convertidos em excedentes. Nos últimos anos, a totalidade das despesas do Estado decresceu significativamente em toda a UE. Entre 1995 e 2002 caiu, em média, de cerca de 51% do PIB dos Estados-membros para apenas cerca de 47%, sendo Portugal o único país onde se registou um aumento (de apenas um ponto percentual) (Gráfico 2.1 e Quadro A2.1). Este decréscimo ultrapassou em larga medida a redução nos pagamentos de juros de dívida em toda a UE (em 2 pontos percentuais). Na Itália, onde estes pagamentos atingiram os 12% do PIB em 1995 e onde o decréscimo foi particularmente 2.1 70 100 95 75 95 75 25 5 0 Alterações na composição das despesas do Estado Para além do decréscimo no pagamento de juros de dívida, as despesas do Estado em transferências a favor de pessoas individuais ou empresas também baixaram nos últimos anos em relação ao PIB. Entre 1995 e 2002, os gastos com a segurança social (cerca de 16% do PIB do conjunto da UE) sofreram uma redução média de quase 1% do PIB, apesar do envelhecimento demográfico e do número crescente de pensionistas. Este decréscimo ficou a dever-se, em parte, à diminuição do desemprego, reflectindo também a tendência generalizada para limitar, sempre que possível, os aumentos em benefícios sociais. Contudo, a redução nos benefícios sociais não se manifestou, de forma alguma, em toda a UE, sendo Despesa pública nos Estados-membros, 1995 e 2002 1995 % do PIB 2002 70 60 60 50 50 40 40 30 30 20 20 10 10 0 0 SE DK FR AT BE FI IT NL UE15 EL DE PT LU UK ES 100 95 75 IE Fonte: Eurostat, contas do sector da administração pública 25 25 5 5 0 85 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:16 0 127 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 2 — Impacto das políticas dos Estados-membros na coesão 100 95 75 25 5 0 100 que a Alemanha, a Grécia e Portugal registaram aumentos significativos e que a Itália registou uma ligeira subida. Enquanto a parcela dos encargos em benefícios sociais canalizados para pensões de reforma na UE tem vindo a aumentar nos últimos anos à medida que o número de reformados sobe, a parcela destinada aos desempregados tem, de uma forma geral, registado um decréscimo, uma vez que o seu número também diminuiu consideravelmente. De acordo com os últimos dados disponíveis (para o ano 2000), as pensões de reforma (neste caso, as que incluem prestações de sobrevivência) correspondem a pouco mais de 46% do total das transferências sociais na UE e a valores significativamente inferiores aos 40% apenas nos três países nórdicos, onde a protecção social é mais abrangente do que em qualquer outro local, e na Irlanda, onde o número de pessoas acima da idade de reforma é relativamente baixo (Quadro A2.2). A Itália é, ainda assim, o único país onde estes valores ultrapassam os 50% (63%). Por outro lado, os subsídios de desemprego representam apenas pouco mais de 6% do total das transferências sociais na UE e menos de 10% em todos os Estados-membros, com excepção da Bélgica, da Espanha, da Finlândia e da Dinamarca, sendo que nos primeiros três países reflectem o número relativamente alto de desempregados e nos últimos reflectem os níveis elevados de gastos per capita. Noutro tipo de transferências, que não os benefícios sociais, incluindo os subsídios e apoio às empresas, registou-se uma maior descida, na ordem dos 2,5% do total do PIB, verificando-se um declínio particularmente acentuado na Alemanha (de quase 7% do PIB) e nos Países Baixos (de mais de 4% do PIB). Por outro lado, na maioria dos restantes países, ou se registou um decréscimo muito mais ligeiro ou não se registou qualquer alteração, ao passo que na Áustria e em Portugal os gastos nesta área aumentaram. 100 95 75 Pelo contrário, as despesas correntes em bens e serviços permaneceram, em média, praticamente inalteradas relativamente ao PIB (pouco abaixo de 21% do PIB). Neste cenário, diminuiu a parcela das despesas destinada aos salários e ordenados dos trabalhadores do sector público, o que em parte se deve ao regime de subcontratações — ou à privatização — de alguns serviços. Apesar de a redução dos fundos para salários do sector público relativamente ao PIB não se ter verificado em todos os Estados-membros, 25 registaram-se reduções significativas (superiores a 1% do PIB) na Alemanha, na Espanha, na Irlanda, na Áustria e na Finlândia. Por outro lado, em Portugal, os fundos para salários do sector público tiveram um aumento significativo em relação ao PIB. 95 Em comparação com a escala de despesas com o emprego no sector público e com aquisições correntes, o montante da despesa pública em investimentos, na construção de infra-estruturas de diversa ordem, é relativamente baixo por toda a UE. Em 2002 situava-se, em média, pouco acima dos 2% do PIB na UE e era superior a 4% do PIB apenas na Irlanda e no Luxemburgo. Para além disso, nos últimos anos, este montante tem vindo a decrescer em relação ao PIB. Entre 1995 e 2002, apenas registou um aumento significativo na Grécia, na Irlanda e nos Países Baixos. Não obstante, a parcela da despesa total canalizada para o investimento fixo permaneceu virtualmente inalterada durante este período. Este quadro pode sugerir que, na maior parte dos Estados-membros, a infra-estrutura do sector público não conheceu um grande desenvolvimento nos últimos anos e que as reservas de capital público podem não ter crescido conforme o pretendido. Todavia, ao longo deste período, registou-se um investimento crescente na infra-estrutura pública, através de uma acção concertada de cooperação entre os sectores público e privado em vários Estados-membros. A substituição do investimento privado pelo público, que tal cenário pode implicar, poderá não transparecer necessariamente nas contas do sector público. 5 A repartição da despesa pública por todas estas categorias é o reflexo das funções desempenhadas pelos Estados, dos serviços que disponibilizam e do tipo de sistemas em curso utilizados para os garantir, que variam de país para país de acordo com as conjunturas nacionais. Deste modo, muitos dos gastos em bens e serviços são canalizados para o ensino e para a saúde e para os serviços sociais. A forma como a prestação destes serviços se encontra organizada — quer seja através do emprego directo de pessoal ou através da compra de serviços — reflecte-se no valor da massa salarial no emprego público em relação a outras aquisições correntes públicas de bens e serviços. 75 25 0 100 95 Encargos do Estado e Coesão Social 75 Uma parcela considerável da despesa pública nos Estados-membros, nomeadamente a que se destina 25 5 5 86 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:16 128 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 2 — Impacto das políticas dos Estados-membros na coesão 100 95 75 25 5 0 100 à protecção social e aos serviços sociais, está relacionada com o Modelo Social Europeu e, de forma intencional ou não, contribui grandemente para restringir a desigualdade dos níveis reais de rendimento e das oportunidades. Em 2001 (os dados de 2002 ainda não se encontram disponíveis), cerca de 40% das despesas totais do Estado em toda a União foram canalizadas para a protecção social, enquanto outros 24% se destinaram ao ensino e aos cuidados de saúde. Como adiante se verá, todas estas despesas também se repercutem numa repartição mais eficaz da despesa pública entre as regiões, uma vez que o montante gasto numa determinada região é quase sempre determinado em função do número de habitantes, da sua estrutura demográfica e das suas necessidades de apoio social. Nos últimos anos, paralelamente à quebra da despesa pública global, também se registou uma quebra nas despesas em grande parte das funções e serviços do Estado, incluindo nos programas sociais. Entre 1995 e 2001, a despesa com a protecção social na UE (englobando os custos administrativos e os benefícios sociais) caiu, em média, cerca de 1% relativamente ao PIB, enquanto que os gastos com a saúde e com o ensino se mantiveram praticamente inalterados (Quadro A2.3). Ainda assim, estes dados continuam a reflectir que a parcela da despesa destinada a estas três áreas sofreu um aumento nos últimos 6 anos, passando de 59% a 64% do total dos gastos, sendo que a fatia aplicada na protecção social registou por si só um aumento dos 38% para os 40%. Apesar da quebra generalizada nos gastos com a protecção social relativamente ao PIB entre 1995 e 2001, a percentagem que ocupam no total das despesas registou uma subida em todos os Estados-membros, com excepção dos Países Baixos, da Finlândia e da Suécia, sendo que nos dois últimos países o nível dos gastos foi significativamente superior à média em 1995. 100 Ao longo deste período, as despesas com os cuidados de saúde aumentaram relativamente ao PIB na maioria dos Estados-membros, sendo que apenas o Luxemburgo, a Áustria e a Finlândia registaram uma descida. Ainda assim, a parcela da despesa canalizada para os cuidados de saúde aumentou em todos os países mencionados, à excepção da Áustria. 95 75 Houve uma quebra mais generalizada na despesa com a educação relativamente os PIB nos últimos 6 anos, o que reflecte, em parte, o menor número de 25 crianças em idade escolar, ainda que a despesa tenha aumentado na Dinamarca, na Suécia, na Itália, em Portugal e no Reino Unido. No entanto, uma vez mais, a fatia da despesa destinada à educação ao longo deste período aumentou em quase todos os Estados-membros, à excepção da Irlanda e da Finlândia, onde diminuiu ligeiramente. 75 25 5 0 O aumento da parcela das despesas do Estado canalizadas para a educação, para os cuidados de saúde e para os serviços sociais tem como contrapartida uma diminuição da quota-parte destinada aos serviços gerais do Estado (administração, por exemplo) e de outras despesas, incluindo o pagamento de juros de dívida, subsídios e transferências fora do âmbito dos benefícios sociais, que incluem gastos com o apoio industrial e regional, cujas reduções já foram mencionadas. Repercussão regional das despesas do Estado A maior parte da despesa do Estado aplicada a nível regional ou local é consequência directa de decisões políticas nacionais relacionadas com a prestação de serviços ou com a atribuição de subsídios de rendimento a pessoas carenciadas. Tal verifica-se independentemente do sistema de governo vigente, quer seja federal ou unitário. Ainda que o grau de desconcentração das responsabilidades para as entidades locais ou regionais, no que respeita à prestação de serviços, seja substancialmente variável no espaço da União, reflectindo o grau de descentralização do poder político — o que pode demonstrar, mas não em todos os casos, se o sistema de governo é federal ou unitário — os Estados-membros partilham a preocupação de assegurar que a qualidade da prestação desses serviços não é muito discrepante nas diferentes localidades. No que toca à protecção social, este objectivo é normalmente atingido através da fixação, a nível central, do valor dos benefícios e dos critérios de atribuição dos subsídios, mesmo no caso de sistemas com administração local, para que o direito ao subsídio e a quantia atribuída não dependam, ou não tenham de depender, da zona do país em que a pessoa reside1. Da mesma forma, na maior parte dos serviços, tanto na educação, como nos cuidados de saúde e no policiamento, os padrões mínimos tendem a ser estabelecidos a nível central, mesmo nos casos em que a responsabilidade operacional e o fornecimento de serviços está a 5 0 95 100 95 75 25 5 87 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:16 0 129 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 2 — Impacto das políticas dos Estados-membros na coesão 100 95 75 25 5 0 100 cargo das entidades locais ou regionais. Em vários Estados-membros, também se procuram ter em consideração as diferenças respeitantes à composição demográfica e a outros factores que possam influenciar as necessidades de determinada área devido a uma prestação inadequada de serviços públicos, quando se pretendem alcançar padrões comuns na segurança social. Isto aplica-se sobretudo à educação, onde a percentagem da população em idade escolar ou universitária é claramente relevante, e também à saúde e aos serviços sociais, onde o número relativo de idosos é um dado importante para a determinação das necessidades. Diferenças nos sistemas de governo Os sistemas de governo e o grau de descentralização da responsabilidade política são marcadamente diferentes no espaço da UE. Nos Estados federais, como a Alemanha, a Áustria ou a Bélgica, as entidades regionais e estatais detêm uma grande parcela de responsabilidade na implementação de políticas em diversas áreas. Ainda que a formulação das políticas seja, regra geral, menos descentralizada, ou ainda que seja uma responsabilidade partilhada entre diferentes níveis do governo, as entidades regionais desses países tendem a ter alguma autonomia relativamente às medidas implementadas para a obtenção de objectivos comuns e poderão decidir sobre o grau de prioridade a atribuir a diferentes metas. As diferentes circunstâncias regionais e locais podem, deste modo, ser tidas em conta aquando da repartição das despesas. Paralelamente, como se verá adiante, há mecanismos activados nesses países cuja função é prevenir o aumento das discrepâncias regionais ao nível dos gastos nos serviços públicos. São padrões e normas estabelecidos a nível central e mecanismos estabilizadores que asseguram que os recursos financeiros a que as regiões têm acesso não sejam muito discrepantes entre si. 100 95 75 25 Na sequência das medidas de descentralização do governo levadas a cabo nos últimos vinte anos, as entidades regionais têm também cada vez mais responsabilidades em diferentes áreas da política em Espanha e Itália, sendo que em Itália estão a ser aplicadas alterações ainda mais profundas. Actualmente, a sua capacidade de gerar receitas é relativamente limitada se comparada aos Länder da Alemanha ou aos países nórdicos, não se verificando o mesmo na comparação com a Bélgica, onde as três regiões financiam apenas uma pequena parcela das suas despesas com as receitas geradas a nível local. As entidades locais têm responsabilidades políticas acrescidas nos três países nórdicos, Dinamarca, Finlândia e Suécia. Os impostos sobre o rendimento a nível local representam uma parcela significativa das receitas para o financiamento destas regiões, embora sejam complementados através de planos nacionais cuja função é equilibrar a capacidade contributiva ou fornecer recursos complementares. 95 75 25 5 0 Por outro lado, na França, no Reino Unido e em outros Estados-membros, a elaboração das políticas é muito mais centralizada, apesar de em ambos os países ter havido alguns esforços no sentido da delegação de poderes. Ainda que as entidades regionais e locais estejam incumbidas de implementar políticas e de fornecer serviços a nível local, a sua capacidade de gerar receitas é limitada, bem como a sua autonomia relativamente à forma como aplicam as verbas para prestação de serviços cedidas pelo governo central. Ainda que se verifique uma tendência generalizada no sentido de uma maior descentralização de responsabilidades para o nível regional e local, na maior parte dos casos verifica-se também um reforço de medidas que garantam que as áreas menos desenvolvidas não serão prejudicadas pelo facto de terem de disponibilizar mais serviços. A única excepção é talvez a Itália, onde as entidades regionais estão a ter cada vez mais autonomia nas despesas que contraem, sem que até ao momento se tenha verificado um aumento proporcional das receitas com que as regiões mais desfavorecidas contam para financiar os seus gastos. Variações regionais nas despesas do Estado Enquanto estas diferenças de sistemas de governo no espaço da UE se repercutem tanto na repartição regional da despesa pública, como na quantidade das receitas para financiamento dos gastos que são obtidas a nível local em vez de central, na prática, as despesas reais per capita apenas se revelam ligeiramente discrepantes entre as regiões no seio dos países. Do mesmo modo, como a seguir se verá, não parecem haver diferenças significativas dentro dos países no que respeita ao valor dos impostos e aos encargos a que estão sujeitas as pessoas que vivem e trabalham em regiões diferentes. 100 95 75 O facto de as políticas serem estabelecidas a nível nacional tendo em conta as necessidades das 25 5 5 88 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:16 130 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 2 — Impacto das políticas dos Estados-membros na coesão 100 95 75 25 100 populações revela a tendência para uma maior concentração da despesa do Estado nas regiões menos desenvolvidas relativamente aos rendimentos aí gerados, em detrimento das regiões mais desenvolvidas, tal como nas áreas mais pobres de determinada região, em detrimento das mais ricas. 5 0 Infelizmente, tendo em conta os dados disponíveis, não é possível estabelecer a escala relativa da despesa pública em diferentes regiões em todos os Estados-membros. Do mesmo modo, também não é possível estabelecer comparações a este nível entre os diferentes países, uma vez que as informações existentes tendem a ser parciais e específicas de um determinado país. Assim sendo, o que se pretende aqui é demonstrar a forma como a despesa pública e o regime fiscal contribuem de forma distinta para o PIB e, dessa forma, mantêm o equilíbrio entre o rendimento nas regiões menos desenvolvidas e nas mais desenvolvidas, e ainda fornecer indicações acerca da escala de contribuição que tal implica. Para tal, examinar-se-á a incidência regional da despesa pública em alguns países seleccionados, relativamente aos quais há dados disponíveis, e tomar-se-á em consideração a forma como as receitas são geradas no espaço da União. Reino Unido No Reino Unido, bem como no resto da UE, a maior parte da despesa pública que é possível diferenciar a nível local (cerca de 85% do total) é canalizada para a protecção social, para a saúde, para os serviços sociais e para a educação. Estes sectores representaram, em média, 75% dos encargos do Estado com as regiões no ano fiscal de 2000–01 (Gráfico 2.2 e Quadro A2.4). A despesa per capita nas diferentes 2.2 Despesa pública por região no Reino Unido, média 2000-2001 55 Despesa (% do PIB regional) 55 50 45 40 45 North Wales N West Yorks 35 100 30 95 40 S West Scotland W Mids E Mids 35 30 England 25 S East 75 25 East London 20 20 20 25 30 35 PIB per capita (EUR 000) 40 Fonte: ver Quadro A2.4 95 75 25 5 0 Ainda que se tenha observado uma certa variação entre as regiões no que respeita aos gastos per capita com a educação e com os cuidados de saúde, esta variação é limitada, pelo menos quando se comparam regiões de Inglaterra, tal como também são limitadas as variações das despesas com o ambiente e com os transportes. Os valores da despesa per capita implicam que os gastos em relação ao PIB variem substancialmente nas diferentes regiões do Reino Unido. Mesmo que não se considere o caso da Irlanda do Norte, que se encontra em circunstâncias especiais devido à história recente e a um cenário político conturbado, a despesa em 2000–01 oscilou entre pouco mais de 41% do PIB no País de Gales e no norte de Inglaterra e 21–22% em Londres e no sudoeste. Neste sentido, a despesa pública contribui quase duas vezes mais para o rendimento nas primeiras duas regiões mencionadas, que são as menos prósperas do Reino Unido, do que para as últimas duas, o que se deve sobretudo ao seu nível muito inferior de PIB per capita e, de certa forma, à sua maior necessidade de investimento social. Ao mesmo tempo, convém referir que uma parte significativa destes encargos adicionais consistem em despesas correntes e não em despesas de capital — isto é, é canalizada para o consumo e não para o investimento — e que, como tal, muito provavelmente apenas terá um pequeno impacto no reforço da competitividade. Por exemplo, uma média de apenas 1% do PIB foi aplicada em estradas e transportes, e os valores não ultrapassaram o 1,5% do PIB em nenhuma região. Por outro lado, também se verifica que alguma da despesa classificada como corrente, como a que se destina ao ensino e à formação, ao I&D ou ao apoio à criação de empresas se aproxima mais do N Ireland 50 regiões foi de um modo geral mais elevada nas regiões menos desenvolvidas, tais como a Irlanda do Norte, a Escócia, o País de Gales e o norte e noroeste de Inglaterra, em parte devido aos gastos elevados com a protecção social, o que reflecte o grande número de desempregados e de população não activa, ainda que tal também se deva aos gastos adicionais com os cuidados de saúde e com a administração nas primeiras três regiões. Também em Londres a despesa per capita foi superior à média nacional, reflectindo uma vez mais os gastos com a administração devido ao elevado número de organismos governamentais aí existentes, a despeito do esforço que se tem vindo a fazer ao longo dos anos para os descentralizar. 100 95 75 25 25 5 5 0 89 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:17 0 131 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 2 — Impacto das políticas dos Estados-membros na coesão 100 95 75 25 100 investimento e pode, à partida, contribuir significativamente para o aumento do potencial produtivo de determinada região. Todavia, mesmo nesta perspectiva, considera-se que a maior parte da despesa regional tem mais objectivos de índole social do que económica. 5 0 Itália Na Itália passa-se praticamente o mesmo, ainda que a variação na escala relativa da despesa pública das diferentes regiões se revele um pouco menos sistemática do que no Reino Unido e que as diferenças no contributo real da despesa para o PIB sejam menores, apesar de se registar uma maior variação regional no PIB per capita. Contudo, importa referir que os dados referentes à despesa pública são mais completos do que os do Reino Unido, onde 15% da despesa total não é distribuída pelas regiões, o que pode influenciar a comparação no caso desses gastos se concentrarem em Londres e noutras regiões mais prósperas. Não obstante, estes factores são muito semelhantes entre os dois países. 100 95 75 Se as despesas per capita com a protecção social variam entre as regiões de Itália, isso deve-se menos às diferenças nas taxas de desemprego do que à percentagem da população acima da idade da reforma, sendo que enquanto os desempregados recebem subsídios baixos, as pensões de reforma são substancialmente mais elevadas. Para além disso, a percentagem de pessoas acima da idade da reforma é consideravelmente maior nas regiões mais desenvolvidas do norte da Itália do que nas regiões menos desenvolvidas do sul, ao contrário do que sucede no Reino Unido, onde as diferenças regionais em números são relativamente pequenas. Para além disso, as pensões de reforma tendem a estar mais próximas do rendimento anterior na Itália do que no Reino Unido, onde há um valor mínimo para as pensões de reforma concedidas pelo Estado. Assim, em 2000, a despesa per capita com a protecção social foi quase 85% mais elevada na Liguria, onde cerca de 25% da população tem 65 ou mais anos, do que na Campania, onde há apenas 14% da população nesta faixa etária (Gráfico 2.3 e Quadro A2.5). Enquanto que os gastos per capita com a protecção social foram superiores à média nacional na maioria das regiões do norte, estes foram significativamente inferiores em todas as regiões do sul (ainda que, como percentagem do PIB, tenham sido superiores à média neste último grupo, como se verá adiante). No que se refere à educação e aos cuidados de saúde, as diferenças na despesa per capita foram menos notórias, ainda que em todas as regiões do sul, com excepção da Sardenha, se tenha verificado que os gastos per capita com o ensino foram inferiores à média nacional e que na saúde todas estas regiões registaram valores abaixo da média. No entanto, estas diferenças podem reflectir salários mais baixos e de um custo de vida diferente entre o sul e o norte do país e não qualquer diferença ao nível dos serviços prestados. 95 75 25 5 0 A despesa per capita nos transportes, no ambiente e noutras áreas também foi quase sempre inferior nas regiões do sul do que nas regiões do norte. Não obstante, a diferença da despesa nestas áreas, bem como na protecção social, na saúde e no ensino, foi de um modo geral inferior à do PIB per capita, sendo que os encargos globais do Estado foram, na maior parte das vezes — mas nem sempre, como se verá — mais elevados em relação ao PIB per capita nas áreas mais desfavorecidas de Itália do que nas regiões mais desenvolvidas. Assim sendo, a despesa em relação ao PIB oscilou entre os 35% acima da média nacional na Sardenha, os 30% acima da média na Calábria, a região com o mais baixo valor de PIB per capita, e os 25% abaixo da média em Veneto, uma diferença ligeiramente mais estreita entre os extremos do que no Reino Unido2. Paralelamente, enquanto todas as regiões do sul apresentam uma despesa pública acima da média relativamente ao PIB, nem todas as regiões do norte apresentam um nível inferior a esta média, apesar de gozarem de valores superiores à média do PIB per capita. De facto, em Vale d’Aosta e em Lazio, os 2.3 Despesa pública* por região na Itália, 2000 80 Despesa (% do PIB regional) 80 Sardegna Calabria Basilicata Sicilia 70 Puglia Campania Molise Lazio Valle d'Aosta Umbria 60 Abruzzo Friuli Venezia Giulia Marche Toscana Piemonte 50 70 Liguria Trentino Alto Adige Lombardia 60 100 50 Emilia Romagna 95 Veneto 40 40 10 15 20 25 PIB per capita (EUR 000) 30 75 * inclui empresas públicas e administração pública Fonte: ver Quadro A2.5 25 25 5 5 90 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:17 132 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 2 — Impacto das políticas dos Estados-membros na coesão 100 95 75 25 5 0 100 gastos em relação ao PIB foram superiores à média em mais de 20% em 2000 e superiores aos de Puglia e Campania. Também na Liguria a despesa foi consideravelmente alta em relação ao PIB, o que se ficou a dever, em grande medida, ao elevado nível de despesas com a protecção social (dado o grande número de pessoas em idade de reforma), que perfez mais de 23% do PIB regional em 2000, um número superior ao de todas as regiões do sul, à excepção da Calabria. Assim, tanto em Itália como no Reino Unido, as despesas do Estado contribuem, regra geral, para estreitar as disparidades no PIB per capita, ainda que o seu efeito possa parecer menor (mas é necessário ter em conta o que atrás foi dito). Também à semelhança do Reino Unido, a quantia despendida no apoio ao consumo é muito superior à do investimento, como em estradas ou transportes, perfazendo em média pouco mais de 2% do PIB e menos de 5% do PIB em todas as regiões. Foi superior à do Reino Unido, mas continuou relativamente reduzida. Espanha Em Espanha, os factores que determinam a incidência da despesa regional são exactamente os mesmos do Reino Unido e da Itália, ainda que os dados existentes relativamente aos gastos sejam mais restritos do que nestes dois países. Neste caso, tal como em Itália, não existe uma relação directa (em sentido inverso) entre a despesa per capita em serviços colectivos e o nível da prosperidade regional, ou a falta dela, ainda que a intervenção dos Fundos Estruturais, que é significativa e se concentra em grande medida nas regiões mais pobres do Objectivo 1, possa servir para estreitar esta relação. Não obstante, o contributo da 30 Despesa (% do PIB regional) 100 30 Asturias Ceuta y Melilla Andalucia Castilla-la Galicia 20 25 Canarias Mancha Castilla y León Cantabria Murcia Aragón 95 15 75 10 Valencia 20 Pais Vasco Navarra La Rioja Madrid Cataluña Illes Balears 14 16 18 20 22 PIB per capita (EUR 000) 24 25 Desta forma, em Espanha, entre 1992 e 1999, a despesa com a saúde e com os serviços sociais foi mais elevada relativamente ao PIB na maioria das regiões do Objectivo 1 do que nas restantes (Gráfico 2.4 e Quadro A2.6) o que reflecte, em parte, o elevado número de desempregados3. Contudo, houve algumas excepções. Por exemplo, a despesa com a saúde e com os serviços sociais foi inferior à média nacional em Valencia, uma região do Objectivo 1, e superior à média em Navarra, que detém o segundo valor mais elevado do PIB per capita entre todas as regiões de Espanha. 5 0 Os encargos em infra-estruturas também foram, de um modo geral, relativamente elevados nas regiões do Objectivo 1, ainda que, uma vez mais, algumas regiões não Objectivo 1 também tenham registado níveis acima da média. Contudo, em Espanha, tal como no Reino Unido e em Itália, as verbas canalizadas para o investimento em infra-estruturas foram invariavelmente baixas em relação ao PIB, sendo que os únicos valores acima dos 3% do PIB, todos eles muito ligeiros, se registaram na Estremadura e em Ceuta y Melilla. De um modo geral, considerando a despesa financiada pela UE, a média dos encargos neste período oscilou entre os 31% do PIB na Estremadura (a região de Espanha com o PIB per capita mais baixo) e os 25% nas Canarias até aos 13% em Madrid e na Cataluña e a apenas 12% nas Baleares. 100 A questão fundamental é saber até que ponto a despesa nas regiões menos desenvolvidas, mais elevada relativamente ao PIB, é acompanhada por uma tributação também mais elevada e por outros encargos que financiem esse maior nível de despesas — ou, 15 10 12 75 Apesar de incompletos, os dados existentes relativos às despesas dos governos nos Estados-membros mostram claramente que a despesa pública tem, em todas as regiões, um contributo diferencial para o PIB, o que ajuda a reduzir as disparidades e promove a coesão social. 35 Extremadura 25 95 Política fiscal e PIB regional 2.4 Despesa pública por região em Espanha, média 1992-1999 35 despesa pública tende a ser mais significativo para o PIB nas regiões mais desfavorecidas do que nas regiões mais prósperas, o que se repercute num reforço da coesão social. 26 Fonte: ver Quadro A2.6 95 75 25 25 5 5 0 91 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:17 0 133 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 2 — Impacto das políticas dos Estados-membros na coesão 100 95 75 25 5 0 2.5 100 É difícil determinar até que ponto o sistema de impostos nos Estados-membros é progressivo ou proporcional, o que dependerá da interacção dos impostos sobre o rendimento, que normalmente são progressivos, dos impostos sobre a despesa, que são por norma proporcionais, mesmo que Receitas dos impostos e contribuições sociais por nível administrativo, 2001 % das receitas totais 100 80 80 60 60 40 40 100 20 Gov. regional+local Segurança social Gov. central 0 20 95 0 75 UE 15 100 75 FI SE UK Nos locais onde as taxas de tributação, ou as contribuições sociais, são estabelecidas a nível central, o problema não é que os habitantes das regiões mais desfavorecidas — ou até mesmo os habitantes das áreas mais pobres dentro das regiões mais prósperas — paguem automaticamente um menor volume de impostos comparativamente aos habitantes das outras regiões pelo facto de terem um menor rendimento total. Se há taxas de tributação comuns e contribuições que se aplicam às receitas e às despesas, e se, desta forma, as receitas fiscais em relação ao PIB atingem nestas áreas valores idênticos às restantes regiões, o sistema de impostos terá um efeito nulo sobre as receitas destinadas ao financiamento das despesas e, logo, não poderá equilibrar a contribuição das despesas e o PIB. Se as taxas de tributação forem progressivas e não proporcionais, ou seja, se subirem à medida que o rendimento aumenta, o sistema de impostos irá reforçar o efeito diferencial da despesa do PIB a nível regional. 95 Na prática, na maioria dos Estados-membros da UE, quase todos os impostos são deduzidos a nível central e a receita proveniente dos impostos regionais e locais apenas representa uma pequena parcela do total das verbas acumuladas para custear a despesa pública. Em toda a UE, no ano de 2001, apenas 15% das verbas provieram de fontes regionais e locais, sendo que apenas nos Estados federais da Alemanha e Áustria, nos três países nórdicos, onde as autoridades locais contribuem significativamente para a despesa e em Espanha, onde as regiões são importantes, se registaram valores superiores (Gráfico 2.5 e Quadro A2.7). Para além disso, com excepção de alguns países, a proporção da receita gerada a partir de fontes regionais e locais permaneceu praticamente inalterada nos últimos anos, pelo que a maior alteração na composição das receitas do Estado tem consistido numa mudança de contribuições sociais para impostos, em parte com o objectivo de se reduzir os encargos fiscais sobre o emprego. AT PT 0 IT LU NL 5 Ainda que com os dados disponíveis seja difícil encontrar uma resposta para esta questão, as informações relativas à divisão dos impostos entre os governos central e regional ou local dão-nos uma visão da incidência regional do sistema de financiamento utilizado. Assim, em princípio, quanto mais essas regiões forem responsáveis pela cobertura das despesas contraídas a nível regional ou local, por meio da dedução de impostos ou encargos aos habitantes locais e às empresas aí estabelecidas, mais provável será que uma despesa maior relativamente ao PIB produza efeitos positivos4. Como é óbvio, mesmo essa tributação mais elevada pode ser compensada através de uma decisão política que vá no sentido de aumentar as transferências dos governos centrais, ou de implementar fundos de estabilização capazes de atenuar o grau das discrepâncias entre as regiões no que respeita aos rendimentos disponíveis para financiamento das despesas. IE 25 possam variar na composição dos gastos, e das contribuições sociais, que também são quase sempre proporcionais, pelo menos até um certo nível de rendimentos5. Os dados mostram que, na maioria dos países da UE, os sistemas de impostos são ligeiramente progressivos e que em outros países são amplamente proporcionais, ou quando muito, ligeiramente regressivos6. Como tal, em alguns casos, podem contribuir para o efeito diferencial das regiões como consequência de políticas para a despesa pública. Noutros casos, muito provavelmente não representarão uma compensação significativa, ou até mesmo nenhuma compensação. EL ES FR 75 por outras palavras, em que medida o efeito dessas despesas é compensado através de uma maior dedução sobre os rendimentos nessas mesmas regiões. BE DK DE 95 100 Fonte: Eurostat, Contas do sector público 25 25 5 5 92 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:17 134 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 2 — Impacto das políticas dos Estados-membros na coesão 100 95 75 25 5 0 100 Os únicos países onde se tem observado um acréscimo significativo no valor dos impostos regionais e locais são a Dinamarca, a Espanha e a Itália, sendo que no último a percentagem das receitas quase duplicou entre 1995 e 2001. Este facto reflecte a aplicação de uma política, em Itália, que delega mais responsabilidades às regiões na obtenção de receitas para custear as despesas do Estado, política esta que tem sido contínua desde então, contribuindo para um aumento da quantidade de impostos colectados a nível local, e não central, e criando cada vez mais condições para que as taxas de tributação efectivas possam ser mais elevadas nas regiões menos desenvolvidas, onde há menores capacidades contributivas. Em Itália, tal como em outros países onde as entidades regionais e locais têm um grau de responsabilidade acrescido na criação de receitas fiscais, há necessidade de criar um mecanismo de transferências bem definido das áreas mais prósperas para as mais desfavorecidas, caso estas últimas não venham a sair prejudicadas, quer por terem de aplicar impostos mais elevados ou por terem de aceitar níveis inferiores da despesa pública e, consequentemente, serviços de menor qualidade. Contudo, na maioria dos Estados-membros, a percentagem relativamente baixa das receitas geradas a nível regional e local, aliada às características do sistema de impostos, fazem com que as diferenças regionais na contribuição da despesa pública para o PIB não sejam neutralizadas pela forma como a despesa é financiada. Medidas discricionárias para a canalização de rendimentos para as regiões 100 95 75 A conclusão a que se chegou acima pode ser reforçada através da observação de todos os meios utilizados pelo governo central para a gestão global da despesa contraída a nível regional ou local e para determinar o valor das receitas empregues no seu financiamento. Em todos os Estados-membros se têm feitos grandes esforços para aumentar as receitas disponíveis nas áreas onde a base dos impostos locais é considerada insuficiente para fazer face a todas as despesas ou onde o custo dos serviços a prestar é mais elevado do que o normal em consequência, por exemplo, das características topográficas ou por outros motivos. Para além disso, podem conceder-se apoios específicos para fins de desenvolvimento económico a algumas regiões. A escala das transferências do Estado para regiões distintas ou áreas locais é estabelecida de forma ligeiramente diferenciada nos vários países, ainda que todos eles tenham princípios de base comuns, nomeadamente no que se refere à avaliação das necessidades e das capacidades contributivas locais. Para além disso, as entidades regionais e locais de todos os países, independentemente da quantidade de fundos provenientes do governo central e da forma como as necessidades são avaliadas, têm algum espaço de manobra para decidir como vão aplicar as transferências que lhes cabem. 95 75 25 5 0 Na Alemanha, o processo de estabilização está concebido para ajustar as receitas disponíveis para os Länder, ainda que haja algum espaço de manobra para necessidades especiais, como no caso das cidades-estados. No entanto, uma vez que os Länder têm um grau elevado de autonomia, não gastam necessariamente as mesmas quantias nos diversos serviços públicos como se presume no cálculo da despesa média per capita. Na Áustria, a situação é semelhante. Nos três países nórdicos, tal como em vários outros Estados-membros, o sistema tem objectivos aproximados aos da Alemanha, ainda que tudo se processe entre entidades de menor dimensão — nos municípios ou nos condados e não nos Länder. Na Suécia, a principal fonte de receitas para as administrações locais são os impostos sobre o rendimento a nível local e o sistema de transferências está orientado para levantar as receitas nos municípios onde o rendimento e a capacidade contributiva são relativamente inferiores com transferências das regiões mais desenvolvidas. Para além disso, também tem havido uma política de deslocação de determinados órgãos do governo nacional para municípios mais desfavorecidos, como forma de monitorar o seu desenvolvimento futuro — e de aumentar o valor base dos seus impostos. Na Dinamarca podem observar-se mecanismos de estabilização semelhantes, ainda que se cinjam a entidades locais de dimensões ainda menores. Neste país há 14 condados, duas regiões com um estatuto especial (Copenhaga e Frederiksberg) e 271 municípios, todos eles com impostos próprios sobre o rendimento e sobre a propriedade e, logo, com um grau relativamente elevado de autonomia7. 100 95 75 25 25 5 5 0 93 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:18 0 135 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 2 — Impacto das políticas dos Estados-membros na coesão 100 95 75 25 5 0 100 Na Finlândia, os municípios contam com um valor base de impostos bastante elevado, mas não têm autoridade para estabelecer as taxas de tributação. Do mesmo modo, as regiões mais prósperas geram receitas superiores às necessidades de despesa que apresentam, pelo que estas são transferidas para as regiões menos desenvolvidas e com receitas de impostos inferiores. Critérios de avaliação das necessidades de despesas locais e regionais A necessidade de consumo a nível local e regional é estabelecida essencialmente, em todos os Estados-membros, como forma de determinar o montante de transferência que as entidades envolvidas deveriam receber. Conquanto haja diferenças na forma — e no grau de sofisticação — como estas estimativas são efectuadas, os métodos usados são bastante análogos, implicando, na maioria dos casos, a estimativa de um nível padronizado de serviços per capita da população. Nos Países Baixos, por exemplo, as transferências do governo central para províncias e municípios representam a maioria das suas receitas e são determinadas por uma série considerável de indicadores (tais como: a superfície, a densidade populacional, a qualidade do solo, a estrutura social e o grau de urbanização bem como a capacidade contributiva local). Porém, o único intuito do sistema consiste em equilibrar as receitas de que cada local poderá dispor, atendendo às respectivas necessidades. 100 95 75 Em Portugal, um fundo geral atribui recursos às três regiões de nível NUTS 1, geralmente numa base per capita, mas com critérios adicionais que beneficiam as duas regiões insulares (ver adiante). Este fundo geral aplica também uma série de critérios a fim de determinar as atribuições para municípios no interior de cada região. Um outro fundo, cuja meta é claramente a coesão, é limitado a municípios menos desenvolvidos, enquanto dois fundos adicionais visam assegurar a existência de recursos adequados nos municípios. De um modo geral, as transferências são correlacionadas inversamente com o rendimento per capita. A região de Lisboa e Vale do Tejo — a mais rica — recebe menos de um terço do montante per capita direccionado para o Alentejo — a região mais pobre (atendendo ao PIB, o primeiro montante de transferências mal atinge os 1%, correspondendo o último a 6%.). Em vários Estados-membros, tal como sucede com os Länder alemães, regiões específicas ou áreas locais recebem um tratamento especial no momento em que as transferências são atribuídas. Por motivos históricos ou culturais, a Itália, a Espanha e o Reino Unido chegaram a acordo relativamente a um estatuto especial para determinadas regiões, provocando uma maior descentralização de poderes e, na maioria dos casos, diferentes fórmulas de financiamento (para a Irlanda do Norte, a Escócia e o País de Gales, no caso do Reino Unido). Esta é também a situação vigente, a uma menor escala, na Finlândia, onde a região Åland possui um estatuto e um tratamento especiais relativamente ao resto do país; em Portugal, no caso dos Açores e da Madeira; e em França, no caso de Corse e dos “DOM-TOM”. Algumas destas regiões detentoras de um estatuto especial recebem transferências mais avultadas, por parte do governo central do que outras áreas, ainda que proporcionalmente mais ricas. Exemplos disso são Trentino Alto Adige, em Itália, e Åland, na Finlândia. Se, por um lado, estes pagamentos não parecem justificáveis no que toca à coesão económica e social, por outro, eles podem desempenhar um papel preponderante na preservação da coesão política. 95 75 25 5 0 Os orçamentos das entidades regionais francesas são financiados sobretudo através de transferências do Estado. Nos territórios ultramarinos franceses, as despesas públicas per capita rondam três vezes a média da França metropolitana e em Corse, 3,5 vezes a média. As transferências para a maior parte das restantes regiões variam relativamente pouco. Muito embora as regiões mais pobres tendam, em média, a receber mais, de acordo com a população, existem inúmeras irregularidades e a correlação entre o rendimento per capita e as despesas públicas mostra-se débil. A Ile de France, em particular, recebe um bónus acima da média nacional — possivelmente devido a custos de distribuição de serviços mais elevados — enquanto em Lorraine o consumo per capita se encontra muito abaixo da média. Alinhar as transferências com o apoio comunitário Em países que recebem montantes avultados dos Fundos Estruturais, algumas políticas nacionais estão intimamente ligadas ao financiamento da UE. Por conseguinte, em Espanha, o fundo de 100 95 75 25 25 5 5 94 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:18 136 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 2 — Impacto das políticas dos Estados-membros na coesão 100 100 95 95 75 25 5 0 Equilíbrio na Alemanha 75 Na Alemanha, o principal veículo de transferência de verbas, tanto entre os próprios Länder como entre o Governo Federal e os Länder, é o sistema de compensação financeira, o Länderfinanzausgleich. No seu modelo actual, estabelecido em 1995 aquando da fusão dos sistemas independentes da Alemanha de Leste e da Alemanha Federal sob o Solidarpakt, conjuga uma estabilização horizontal pura e o apoio federal. A avaliação das posições relativas a cada Land baseia-se na capacidade contributiva relativa aos impostos, quer sejam exclusivos do Land ou partilhados com o governo federal. A primeira etapa consiste na atribuição de impostos sobre o rendimento, lucros e volume de negócios. Cerca de 75% das receitas assim geradas são distribuídos entre os Länder de acordo com a população, podendo fazer-se alguns reajustamentos no caso dos Länder mais “debilitados a nível financeiro”. Assim, garante-se que as receitas de cada Land registem um aumento até pelo menos 92% da média. Há uma segunda etapa na consolidação financeira para corrigir a primeira distribuição dos impostos, no sentido de assegurar uma distribuição per capita mais equilibrada entre os Länder. Contudo, uma vez que se considera que as cidades Länder (Berlim, Bremen e Hamburgo) têm necessidades especiais, acabam por receber mais 35% per capita. Uma etapa posterior consiste em transferências do governo federal concebidas para levantar as receitas disponíveis nos Länder, que têm rendimentos abaixo da média ou que enfrentam circunstâncias especiais. Estas transferências são de três tipos: – subsídios de apoio (Fehlbedarfsbundesergänzungszuweisungen) que fazem subir as receitas nas regiões menos prósperas dos Länder até pelo menos 99,5% da média; garantia interterritorial atribui um financiamento complementar apenas a regiões do Objectivo 1 (apesar de existir também um fundo especial “Teruel”, que fornece apoio a essa parte da Região Autónoma de Aragão, embora Aragão não seja organizado, na sua totalidade, com base em regulamentos comunitários). 100 95 75 Na Grécia, o principal instrumento nacional que visa promover a coesão económica e social é o Programa de Investimento Público (PIP), que financia projectos de grande envergadura nos ramos dos transportes, da educação, da saúde, da – compensação para encargos especiais (Sonderbedarfsbundesergänzungszuweisungen) que cobrem os custos da gestão política nos pequenos Länder e os custos da unificação nos novos Länder (teilungsbedingte Sonderkosten), concedendo também receitas adicionais a Bremen e a Hamburgo devido aos seus problemas de endividamento; 25 5 0 – subsídios transitórios (Übergangsbundesergänzungzuweisungen) concedidos às regiões menos desenvolvidas dos Länder da Alemanha ocidental desde 1995, ainda que tenham sido concebidos com o objectivo de serem reduzidos gradualmente a uma taxa de 10% ano. As transferências são consideráveis. Em 2000, Berlim recebeu um total de transferências equivalente a 6,4% do seu PIB, ao passo que as transferências líquidas para os Länder de leste rondaram em média os 5% do PIB. Contudo, as transferências para Bremen atingem os 6,5% do PIB, uma vez que beneficia largamente com um programa suplementar para a recuperação. Para Hesse – o Land que, proporcionalmente, mais contribui para o Finanzausgleich – o efeito é a redução da capacidade fiscal dos 126% da média nacional, para os 106%, uma redução equivalente a 1,5% do seu PIB. No entanto, estas transferências líquidas não podem ser directamente comparadas com os dados acima apresentados relativamente à despesa pública das regiões do Reino Unido, de Itália e de Espanha, uma vez que não consideram um elemento importante das despesas suportadas directamente pelo Governo Federal ou pelo plano de seguro para a protecção social. Estas transferências, como se viu no caso dos países referidos, poderão influenciar em larga medida a contribuição diferencial das despesas públicas para o PIB regional. cultura e noutros ramos chave da economia a nível nacional e regional. Grande parte dos fundos atribuídos pelo PIP passa pelo Quadro Comunitário de Apoio (QCA) III. Essas regiões que recebem as maiores transferências comunitárias per capita, de acordo com o QCA actual (Dytiki Makedonia e Voreio Aigaio), recebem 5 a 6 vezes mais do que a região Attica. O mesmo acontece na Irlanda, onde é atribuída uma fatia proporcionalmente maior do orçamento nacional às regiões fronteiriças, centrais e ocidentais do que às regiões sul e leste, de forma a alcançar a contrapartida nacional para financiamento dos programas dos Fundos Estruturais. 100 95 75 25 25 5 5 0 95 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:18 0 137 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 2 — Impacto das políticas dos Estados-membros na coesão 100 100 95 Política de desenvolvimento 75 regional nos Estados-membros 25 5 0 Políticas que visam promover o desenvolvimento económico são aplicadas por todos os níveis de governo, nos Estados-membros, através de uma série de meios e com fins diversos. Estas abrangem, entre outras coisas, assistência para tecnologia e inovação, apoio na reestruturação de indústrias que enfrentam dificuldades ou contracções a longo prazo, apoio a PME e incentivos ao investimento interno. Algumas destas políticas são explicitamente classificadas como auxílios estatais e, consequentemente, sujeitas a restrições legais impostas pela UE a fim de evitar a competição desleal. (Esta temática é retomada na Parte 3 do presente relatório). Existem outras medidas que são controladas de forma diferente, desde que não forneçam apoio financeiro directo a empresas específicas. Os subsídios pagos a indivíduos ou a organismos públicos, os subsídios gerais e a assistência fornecida de um organismo privado para outro, estão excluídos da presente definição. Além disso, algumas formas de assistência a entidades privadas são permitidas ao abrigo do Tratado, especialmente para serviços de interesse geral e visam estimular o desenvolvimento das regiões elegíveis. A abordagem ao desenvolvimento territorial difere de Estado-membro para Estado-membro, reflectindo em parte factores institucionais, sobretudo o grau de descentralização da responsabilidade pelas políticas de desenvolvimento económico, bem como os panoramas variáveis dos factores que determinam esse mesmo desenvolvimento. 100 95 75 Muito embora a descentralização tenha sido um tema corrente em toda a UE, existem diferenças fulcrais entre países no respeitante à autonomia outorgada nos patamares mais baixos do governo. Na Áustria, na Dinamarca e na Bélgica, enquanto o governo central exerce alguma fiscalização, os níveis infranacionais de governos são responsáveis pelo planeamento e financiamento de políticas regionais. Deste modo, o consumo está sobretudo ligado à capacidade financeira global de cada governo provincial, de modo a que a redução das disparidades entre regiões (províncias, condados ou municípios) não represente necessariamente um objectivo primordial. Pelo contrário, no Reino Unido e em França, a atribuição de recursos é amplamente determinada de forma central, embora a implementação de política seja, cada vez mais, responsabilidade de organismos regionais como agências de desenvolvimento regional em Inglaterra e entidades competentes na Escócia, no País de Gales, na Irlanda do Norte, e regiões em França. 95 75 25 5 0 Nem sempre se verifica uma boa correspondência entre as designações nacionais e da UE de “territórios” para formas de assistência a desenvolvimento económico regionais e outras. Em França, as regiões favorecidas pela política interna são bastante diferentes daquelas que beneficiam da política comunitária, enquanto na Alemanha a correspondência é aproximada. Em Espanha, tal como nos outros países da coesão, o quadro dos Fundos Estruturais é amplamente adoptado para a política nacional. Contudo, no Reino Unido e nos Países Baixos, as áreas urbanas — sobretudo — são designadas, com base em diferentes critérios, pela política comunitária. Nos Países Baixos, por outro lado, os assuntos relativos ao desenvolvimento regional são dirigidos com base nas necessidades percepcionadas do país na sua globalidade. As despesas na política regional mostram-se, por isso, modestas, assumindo especial relevância em pequenas áreas com problemas económicos específicos (mormente as áreas urbanas com uma elevada taxa de desemprego). Nos últimos anos, o apoio à inovação e às novas tecnologias emergiu numa série de áreas como instrumento primário. A região flamenga, na Bélgica, foi especialmente proeminente neste âmbito, tal como sucedeu com os Länder austríacos, com o seu crescente ênfase na inovação a fim de estimular o desenvolvimento regional endógeno, e com o apoio federal para o I&D. Tais estratégias são frequentemente direccionadas para as PME e incluem políticas horizontais que encorajem de cooperação entre institutos de investigação e o sector comercial, no lugar de subsídios explícitos. 100 O enfoque na criação de emprego e os atractivos de projectos de investimento de grande alcance têm sido característica de uma série de áreas nas quais a taxa de desemprego é elevada. Wallonie é um exemplo disso e a Irlanda centrou-se durante muito tempo no 95 75 25 25 5 5 96 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:18 138 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 2 — Impacto das políticas dos Estados-membros na coesão 100 95 75 25 5 0 100 recurso ao IDE a fim de estimular o desenvolvimento económico. A “nuclearização” é uma característica da política em diversos países. Em Steiermark, na Áustria, o governo provincial reformulou a sua estratégia de desenvolvimento em 1996 e criou uma rede de núcleos que unem uma série de ramos da indústria automóvel, que se revelou eficaz. A Alta Áustria seguiu o exemplo através de uma estratégia provincial polivalente e de aumentos crescentes de subsídios às tecnologias e às redes. Na Suécia, a política de governo foi alterada nos últimos anos com vista a apoiar o desenvolvimento de pólos e de núcleos de crescimento em diferentes regiões, ao passo que antigamente ela se centrava na manutenção de um nível elevado de actividade do sector público das regiões pouco povoadas do norte a fim de combater a migração. Em Itália, foram efectuadas recentemente reformas significativas nas políticas territoriais. Estas são geridas e financiadas pelo governo central e concentram-se agora grandemente na construção de capacidade através de investimento público e não em incentivos empresariais, como sucedia no passado. Embora os incentivos regionais a empresas ainda sejam desproporcionadamente direccionados para o sul, os programas de investimento público favorecem frequentemente as regiões do norte, dando azo a um eventual conflito entre política nacional e política de coesão da UE. Investimento Directo Estrangeiro 100 95 75 25 As políticas que visam atrair o Investimento Directo Estrangeiro (IDE) constituem, regra geral, uma parte importante da estratégia de desenvolvimento regional. De facto, um objectivo significativo de apoio regional consiste precisamente em aumentar a atractividade das regiões problemáticas aos olhos dos investidores estrangeiros. O IDE não só acarreta receitas e emprego para as regiões, como também, em muitos casos, representa um mecanismo de transferência de tecnologia e experiência. Apesar dos efeitos induzidos, este poderá ter um impacto expressivo na produtividade e na competitividade das empresas residentes na região em causa. Por conseguinte, uma fatia substancial do IDE assume a forma de multinacionais que investem na região, quer através da compra de um negócio existente e dos respectivos meios de produção — e, claro, da respectiva clientela — quer através da introdução de novos meios. De qualquer modo, especialmente quando investem em regiões menos desenvolvidas, as multinacionais tendem a trazer consigo técnicas actualizadas de produção e métodos de trabalho. 75 25 5 0 Muito embora os benefícios associados ao IDE assumam maiores proporções nas regiões menos favorecidas, as vantagens comparativas para as multinacionais de se investir em tais regiões nem sempre são suficientes para induzir à sua implantação nesses locais. Neste contexto, muito depende do principal motivo do investimento no que toca à multinacional, seja para abastecer o mercado local ou regional, ainda que amplamente definido (confinado a uma área reduzida, num extremo, e a toda a UE, no outro), seja para tirar proveito de factores de produção específicos de que se dispõe — tais como o baixo custo da mão-de-obra, capacidades específicas ou certos recursos naturais. Se o motivo se prende com o abastecimento de um grande mercado em termos geográficos, então a multinacional pode estar aberta a persuasão quando decide fixar-se num país específico ou numa região geográfica abundante. Um governo nacional poderá então ter alguma dificuldade em persuadir uma multinacional a fixar-se numa área menos favorecida. Se o motivo se prende, porém, com a atractividade específica de um local em particular, então pode ser difícil para um governo nacional persuadir a multinacional em causa a fixar-se noutro local se o local em questão não está de acordo com a política de desenvolvimento regional na sua plenitude. Neste caso, correr-se-á o risco de se desencorajar a multinacional de investir no país em causa. Trata-se de um dilema específico para os governos nos países da coesão ou, ainda mais, nos países da adesão, onde há um equilíbrio potencial entre a vontade de se investir em regiões menos desenvolvidas para lhes proporcionar um estímulo e as ajudar a recuperar, e o facto de o investimento tender a afluir naturalmente para as regiões mais dinâmicas. 100 Apesar de os dados acerca da localização regional de investimento directo para a UE estarem incompletos, estes sugerem que o afluxo de IDE terá sido conduzido de forma desproporcional para as regiões economicamente mais fortes, tanto no seio dos 95 75 25 5 0 95 5 97 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:18 0 139 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 2 — Impacto das políticas dos Estados-membros na coesão 100 Ao longo dos três anos entre 1999 a 2001, o IDE nos 15 Estados-membros da UE representou, em média, cerca de 7% do PIB (caso os afluxos de outras partes da União estejam incluídos) e menos de 2% do PIB (caso não estejam). Porém, na Irlanda o afluxo de investimento rondou, em média, os 20% do PIB no decorrer destes três anos (Gráfico. 2.6). Os valores mais elevados de IDE imediatamente a seguir, correspondentes a mais de 13% do PIB, foram detectados na Dinamarca, nos Países Baixos e na Suécia, nos primeiros dois dos quais o PIB per capita foi o terceiro e o quarto mais elevado na UE, atrás da Irlanda e do Luxemburgo que, com a Bélgica, também apresentaram um nível de IDE relativamente ao PIB muito acima da média da EU. 5 0 IT 25 20 15 10 100 5 95 0 EL SI ES FR AT LT RO HU LV PT FI PL DE CZ NL SE DK IE 75 25 A mesma tendência torna-se evidente, tanto nos países candidatos, como na UE, pelo menos para as regiões destes países, muito embora a distribuição do investimento pelos países varie menos directamente com o PIB per capita do que na UE, apesar de aparentemente ser o contrário. De acordo com os dados mais recentes, quase 70% dos afluxos de IDE para estes países são direccionados para apenas três deles — a Polónia, que sozinha representa 35% do total, a República Checa e a Hungria (Quadro A2.9) (Estes 70% incluem uma De entre todos estes países, tal como no resto da União, os dados disponíveis sugerem que o investimento do 2.6 Afluxo de IDE para os Estados-membros e países da adesão, exterior terá sido desproporciomédia 1999-2001 nalmente conduzido para as regi% do PIB ões prósperas, tendo sido 25 direccionado relativamente pouco para as áreas mais desfavore20 cidas. Apesar de os dados regionais não serem os ideais, 15 uma vez que os afluxos são frequentemente atribuídos na regi10 ão onde a sede de uma empresa 5 está fixada ao invés de o serem no local para o qual o investimen0 to efectivamente vai, os dados são, ainda assim, surpreendenBE/LU: dados de 1998; DK: dados de 1999-2000; ES: dados de 1998-1999; HU e SK: dados de 2000-2001; RO: dados de 1997-1999 tes. Na Alemanha, o investimento Fonte: Eurostat, Estatística sobre a balança dos pagamentos MT 95 75 IDE nos países candidatos Nos países da coesão, com excepção da Irlanda, o IDE foi muito mais baixo, correspondendo neste período a uma média de pouco mais de 4% do PIB em Portugal, e apenas a 1,5% em Espanha, o nível mais baixo da UE, sem contar com a Itália, onde este correspondia a 1% do PIB (não existem dados disponíveis para a Grécia). 100 95 Em Espanha, cerca de 70% dos afluxos de IDE nos anos 1999 a 2001 direccionaram-se para Madrid e outros 14% para a Cataluña, enquanto as regiões do Objectivo 1 representaram muito menos de 10% entre elas (e muito pouco fora de Valencia e das Canarias). De forma idêntica, em Itália, onde os dados dizem respeito ao emprego nas empresas de capital estrangeiro e não aos afluxos de IDE, as multinacionais estão concentradas no norte do país e menos de 4% do emprego nos países com capital estrangeiro fixava-se, em 2000, nas regiões sul do Objectivo 1. CY 0 BG 5 UK 25 EE UE 15 75 concentrou-se num número limitado de Länder, com a Nordhein-Westphalia, Hesse e a Baden-Württemberg a representar 71% de todos os afluxos de IDE nos anos 1998 a 2000, e a Bayern e Hamburg a representar mais 17% (Quadro 2.8). Por outro lado, as 5 regiões do Objectivo 1 no leste do país representaram cerca de apenas 2% do total de afluxos entre eles. países como no espaço da UE. A Irlanda representa, de algum modo, uma excepção, na medida em que atraiu afluxos de larga escala ao longo da década de 90, apesar do seu baixo PIB per capita, pelo menos inicialmente, ainda que os afluxos se tenham dirigido de forma desproporcional para o sul do país — Dublin e zona circundante. À medida que o PIB aumentou, a Irlanda permaneceu um destino primordial para o investimento. SK BE /LU 95 100 75 25 25 5 5 98 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:19 140 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 2 — Impacto das políticas dos Estados-membros na coesão 100 95 75 25 5 0 100 estimativa para a Roménia, para a qual não existem dados relativos aos anos que subsequentes a 1999.) 95 75 Todavia, quando relacionada com o PIB, esta aparente concentração deixa de ser tão evidente. Por esse motivo, na Polónia, o IDE representa uma média de 4,5% do PIB nos três anos compreendidos entre 1999 e 2001, e na Hungria mais de 4 %, logo, menos do que na maioria dos países. Embora na República Checa o IDE tenha sido mais elevado do que em qualquer outro local relativamente ao PIB (acima dos 9%), com excepção de Malta (16%), este também foi relativamente elevado na Estónia e na Hungria, países com níveis de PIB per capita relativamente baixos, mesmo no interior da região. Paralelamente, na Eslovénia, onde o PIB per capita é relativamente elevado, o IDE mostrou-se algo baixo. 25 5 0 Porém, os dados disponíveis em todos estes países indicam um grau de concentração do IDE relativamente elevado, dentro e fora das capitais, como sucede nos países da coesão. Assim, em 2001, na Hungria, mais de dois terços do investimento do exterior foram direccionados para a região onde se localiza Budapeste. No mesmo ano, na República Checa, 60% do investimento foi conduzido para Praga e a região circundante (Støední Èechy). Na Eslováquia, cerca de 63% do investimento foi canalizado para Bratislava (Quadro A2.10). Por outro lado, na Polónia, onde existem várias metrópoles para além de Varsóvia, os afluxos de IDE estão menos concentrados. Contudo, a região da capital (Mazowieckie) representou cerca de um quarto do total de afluxos em 1998, e duas outras regiões (£ódzkie e Wielkopolskie), ambas contendo grandes cidades (Lodz e Poznan), somaram mais um quarto do total. 1 2 3 4 100 5 95 6 75 7 Contudo, importa referir que, nos países do sul, a atribuição de um nível mínimo de rendimento é, regra geral, uma tarefa de responsabilidade regional e que o acesso ao mesmo é variável entre as regiões. Além disso, os dados em Itália referem-se a regiões NUTS 2, mais pequenas, e não a regiões NUTS 1, maiores, como acontece no Reino Unido, o que por si só tenderia a acentuar as diferenças e não a diminuí-las. Ao contrário da Itália, não há uma tendência generalizada para o número relativo de pessoas acima da idade da reforma ser mais elevado nas regiões mais prósperas do que nas regiões mais desfavorecidas, ou vice-versa. Tal, claro está, não tendo em conta os benefícios que possam advir do lançamento dos impostos a nível local, para financiamento das despesas locais, no sentido de uma maior responsabilização fiscal e de uma repartição mais eficaz dos gastos. Na prática, em países onde é fixado um limite máximo nos pagamentos as contribuições sociais têm um efeito regressivo sobre o nível de rendimentos, o que tende a equilibrar o plano progressivo das taxas de tributação sobre o rendimento. Paralelamente, importa referir que a tendência generalizada para passar de impostos sobre o rendimento para impostos sobre as despesas tem normalmente como consequência a redução da natureza progressiva da globalidade do sistema de impostos. Na Dinamarca, o sistema sofrerá alterações a curto prazo devido à possibilidade de se registarem grandes transformações tanto na estrutura do sector público, como na repartição das responsabilidades entre os diferentes níveis do governo. 100 95 75 25 25 5 5 0 99 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:19 0 141 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 2 — Impacto das políticas dos Estados-membros na coesão 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 0 0 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 100 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:19 142 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen 100 95 100 95 Anexo Estatístico da Parte 2 75 75 25 25 5 5 0 0 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 0 101 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:19 0 143 100 95 75 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:19 0 102 144 19,6 27,3 22,8 18,6 20,4 24,0 18,4 17,9 16,4 23,9 18,1 15,3 19,8 25,8 21,4 20,7 11,1 11,9 17,3 9,0 11,3 11,3 13,7 10,2 11,2 9,7 10,8 12,6 13,6 15,2 16,7 8,3 20,6 22,3 26,3 19,2 15,8 17,6 23,9 15,1 18,8 18,1 24,5 18,6 21,1 21,7 28,0 20,0 7,6 16,3 13,5 15,4 9,7 10,5 8,6 10,7 8,3 13,7 10,3 11,9 7,9 17,6 15,4 20,6 22,1 11,8 19,5 15,3 16,5 16,7 11,8 18,5 13,9 15,1 18,1 20,4 16,6 17,2 10,4 12,0 1995 2002 13,5 17,6 16,8 13,0 18,6 11,8 15,7 17,1 8,3 18,1 12,5 16,4 19,4 17,5 16,1 16,4 2002 3,7 6,6 4,0 6,3 4,4 5,9 0,4 11,5 5,4 3,6 5,2 11,7 3,7 6,4 9,3 5,4 1995 2,1 3,2 2,2 3,0 3,6 3,1 0,3 5,8 1,4 3,1 2,8 5,5 3,1 3,7 6,1 3,4 2002 3,8 6,4 5,2 4,4 7,6 8,1 6,4 4,9 4,7 4,4 4,4 3,4 11,5 5,2 4,6 6,7 1995 3,8 3,9 4,0 5,4 8,3 3,8 6,2 3,8 3,9 4,0 3,9 3,4 4,8 5,2 4,7 4,2 2002 2,0 4,0 2,8 3,7 3,1 3,0 4,6 2,1 2,3 3,3 3,7 3,2 2,3 1,8 1,8 2,6 1995 1,3 3,2 2,9 3,4 1,3 3,3 4,7 1,8 4,4 3,1 3,4 3,8 1,6 1,8 1,6 2,2 2002 FBCIF* 44,6 67,7 59,6 45,0 57,3 51,4 45,5 53,4 41,5 55,1 45,0 49,4 49,6 60,3 52,8 51,3 1995 40,7 58,5 50,0 46,1 51,7 47,5 44,4 47,7 33,3 53,5 39,8 46,9 46,3 55,5 50,3 47,4 2002 Despesa total 38,9 60,3 55,7 39,6 52,0 47,3 47,6 45,8 39,4 49,6 38,4 39,3 46,1 58,0 48,5 46,1 1995 95 95 39,4 59,5 54,2 43,3 51,3 45,9 46,8 45,2 33,1 50,3 39,9 45,6 45,0 57,4 -5,7 -7,4 -3,9 -5,4 -5,3 -4,1 2,1 -7,6 -2,1 -5,5 -6,6 -10,1 -3,5 -2,3 -4,3 -1,3 1,0 4,2 -2,8 -0,4 -1,6 2,4 -2,5 -0,2 -3,2 0,1 -1,3 -1,3 1,9 0,1 -1,9 -5,2 45,5 50,4 2002 1995** Saldo orçamental 2002 Receita total 100 * FBCIF = Formação Bruta de Capital Interno Fixo ** DE: não inclui as hipóteses, feitas pelo Governo Federal, de dívidas e activos relacionados com a reunificação (Threuhand, habitação social de Leste e Deutsche Kreditbank) equivalentes a EUR 116,3 mil milhões NL: não inclui um montante líquido de EUR 14,9 mil milhões de despesas extraordinárias relativas à reforma do financiamento das associações de habitação social Fonte: Eurostat, contas do sector da administração pública UK SE FI PT AT NL LU IT IE FR ES EL DE DK BE UE15 1995 Outras transferências + subsídios 5 2002 Juros de dívida 25 1995 Prestações sociais 0 dos quais: compensação de funcionários (ordenados + descontos) 100 % do PIB 75 Bens e serviços A2.1 Despesas públicas por categoria económica, 1995 e 2002 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 2 — Impacto das políticas dos Estados-membros na coesão TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 75 25 5 0 100 95 75 25 25 5 5 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 2 — Impacto das políticas dos Estados-membros na coesão 100 95 100 95 A2.2 Despesas públicas com pensões de velhice e subsídios de desemprego, 1995 e 2000 75 75 % da despesa total com prestações sociais Pensões de velhice* 25 Subsídio de desemprego 1995 2000 Variação pontos percentuais 1995 2000 Variação pontos percentuais UE15 44,8 46,4 1,6 8,4 6,3 -2.1 BE 43,1 43,8 0,7 13,0 11,9 -1.1 DK 37,7 38,1 0,4 14,8 10,5 -4.2 5 0 25 5 DE 42,7 42,2 -0,4 9,0 8,4 -0.6 EL 52,1 49,4 -2,7 4,5 6,2 1.6 ES 43,9 46,3 2,4 16,5 12,2 -4.3 FR 43,5 44,1 0,5 7,9 6,9 -1.0 IE 26,5 25,4 -1,1 15,3 9,7 -5.7 IT 63,4 63,4 0,0 3,0 1,7 -1.4 LU 45,1 40,0 -5,1 3,1 3,3 0.2 NL 38,0 42,4 4,4 9,9 5,1 -4.8 AT 48,4 48,3 -0,1 5,6 4,7 -0.9 PT 41,7 45,6 3,9 5,4 3,8 -1.6 FI 32,8 35,8 3,0 14,4 10,4 -3.9 SE 37,5 39,1 1,6 10,9 6,5 -4.4 UK 43,1 47,7 4,5 5,6 3,2 -2.4 0 * As pensões de velhice incluem os subsídios de sobrevivência Nota: Exceptuando DK, IE, LU, AT, todos os dados relativos a 2000 são provisórios ou estimativas Fonte: Eurostat, SEEPROS 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 0 103 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:19 0 145 100 95 75 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:19 0 104 146 52,9 43,5 67,7 59,6 45,0 57,3 56,4 45,5 53,4 41,5 55,1 : 51,0 56,1 60,3 52,8 4,6 10,0 9,3 8,7 7,0 11,9 5,7 46,6 51,8 46,2 49,1 57,1 39,2 6,3 52,5 39,1 : 7,3 16,8 47,8 39,4 14,1 6,7 48,3 48,5 10,8 55,3 33,9 8,2 12,1 46,9 49,5 4,3 8,8 6,4 6,7 8,5 8,2 4,7 9,6 3,8 1,3 0,7 0,4 0,7 0,3 0,3 0,5 0,8 1,4 0,4 0,3 0,2 0,3 1,1 6,4 1,5 1,3 : 5,5 : 0,6 0,9 0,5 10,9 0,9 0,6 1,0 6,3 0,7 : 0,0 8,6 0,0 0,7 0,8 10,2 0,8 2001 1995 0,7 6,8 2001 5,6 6,4 6,2 5,3 7,6 3,9 5,6 5,5 6,2 7,9 : 3,4 6,4 5,1 6,2 6,2 1995 Nota: Não existem dados disponíveis para ES para 1995; a UE15 inclui uma estimativa para a ES Fonte: Eurostat, contas do sector da administração pública UK SE FI PT AT NL LU IT IE FR ES EL DE DK BE UE15 1995 2001 Ambiente Saúde 18,8 6,1 6,8 6,0 6,8 6,1 4,1 4,9 6,4 6,3 4,5 7,1 7,3 6,5 6,5 5,1 5,0 4,9 5,1 4,6 7,3 6,5 7,0 5,7 4,8 4,7 5,0 4,3 6,0 17,3 27,2 26,0 12,5 22,6 20,7 19,2 18,7 13,6 21,5 16,0 23,8 20,6 13,6 21,5 17,5 17,1 17,8 9,5 20,4 : 6,3 19,4 13,4 18,3 3,1 21,8 24,0 17,2 4,3 7,9 5 5 0 0 2001 : 21,3 26,8 18,6 20,0 1995 3,3 4,2 8,3 6,2 5,0 2001 3,7 4,5 7,7 6,4 5,2 1995 Protecção social 5,3 6,4 5,4 6,6 6,3 2001 Ensino 9,6 9,3 10,1 7,7 12,8 14,9 10,1 11,3 15,9 11,4 6,4 9,6 9,9 8,8 9,5 11,6 10,1 9,1 8,7 10,5 10,1 16,2 12,0 9,0 9,6 10,0 9,0 8,8 : 9,3 8,5 12,5 2001 Outras 1995 25 1995 Serviços gerais 100 100 95 95 % do PIB 75 Total A2.3 Despesas públicas por função, 1995 e 2001 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 2 — Impacto das políticas dos Estados-membros na coesão 75 25 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 100 95 75 25 25 5 5 0 100 95 75 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:19 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 147 1117 8012 14,1 5,4 8,6 0,9 1,3 4,9 35,3 1157 8406 17,2 6,0 9,7 1,4 1,6 5,7 41,6 20,2 Saúde Rodovias + transportes Total PIB per capita (EUR 000) 23,0 33,3 5,4 1,1 0,8 8,1 5,3 12,6 7653 1233 253 193 1866 1216 24,5 28,7 4,2 0,9 0,9 6,9 4,7 11,1 7028 1028 232 232 1682 1149 2706 24,0 30,6 4,4 1,0 0,9 7,4 5,1 12,0 7346 1054 235 208 1762 1217 2870 23,7 30,0 4,3 0,9 1,0 7,5 4,7 11,5 7108 1013 225 245 1781 1112 2732 S West 27,1 25,2 3,9 0,7 1,0 6,2 4,2 9,2 6829 1049 196 262 1672 1148 2502 East 38,3 21,9 4,0 0,7 0,8 6,0 3,3 7,1 8397 1524 284 314 2293 1270 2712 London 28,8 22,8 3,3 0,7 0,8 5,9 3,8 8,3 6575 944 214 240 1695 1097 2384 S East * Ano fiscal 2000-01 Fonte: cálculos da DG REGIO baseados na Análise Estatística das Despesas Públicas (PESA) 2002-03 e Eurostat, Contas regionais Outras Ambiente Ensino Segurança social Total Outras 22,7 299 324 Ambiente 210 1950 1953 281 Rodovias + transportes Saúde 1225 1218 2891 W Mids 26,7 27,9 4,2 0,9 0,9 7,0 4,4 10,4 7446 1130 249 243 1861 1183 2781 England 25,3 36,0 6,3 1,3 1,2 8,7 6,0 12,4 9120 1606 328 304 2210 1523 3150 Scotland N Ireland UK 100 100 95 95 21,0 41,3 6,6 2,0 1,2 10,2 5,7 15,7 8698 1383 424 248 2138 1203 3303 1911 248 2105 222 7740 10539 29,6 26,1 20,2 4,7 1,0 0,9 75 52,1 14,0 1,3 1,1 7,3 4,7 8,4 10,4 10,9 16,8 % do PIB regional 1232 2837 265 1227 1695 272 2856 3408 Despesa per capita (EUR) Wales 5 Ensino 3212 3472 E Mids 75 Segurança social Yorks 0 N West 25 North A2.4 Despesas públicas por região no Reino Unido, 2000-01* Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 2 — Impacto das políticas dos Estados-membros na coesão 25 5 0 100 95 75 25 25 5 5 105 0 100 95 75 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:20 0 106 148 1947 377 258 6922 14299 15,2 2,7 7,3 1,4 1,0 25,9 53,5 26,7 2224 1056 631 7964 17391 18,1 4,5 9,1 4,3 2,6 32,7 71,4 24,4 743 1553 558 267 4646 12070 18,2 3,1 6,6 2,4 1,1 19,7 51,1 23,6 3530 27,1 54,8 25,0 1,9 2,7 7,8 5,4 12,1 14854 6766 526 720 2121 1455 23,6 44,0 16,9 0,9 1,7 6,5 3,1 14,9 10395 3998 207 399 1531 730 22,6 61,2 24,6 1,3 2,6 7,4 4,5 20,7 13823 5564 301 591 1680 1009 4678 21,3 65,8 25,4 1,6 3,8 7,3 4,4 23,4 13997 5391 340 801 1556 933 4976 Liguria Emilia 25,7 48,5 18,3 0,9 1,6 6,8 3,1 17,7 12440 4705 229 414 1742 804 4546 Romagna 22,5 52,4 18,7 1,4 2,2 7,2 4,2 18,8 11791 4198 312 503 1623 939 4216 Toscana 20,0 62,5 21,5 2,6 3,1 8,9 4,6 21,7 12473 4302 529 610 1785 920 4327 Umbria 20,3 54,5 19,9 1,5 2,1 7,5 3,8 19,8 11049 4028 294 423 1517 777 4009 Marche 22,4 70,7 32,7 1,3 3,4 7,1 5,9 20,3 15858 7341 287 774 1586 1321 4550 Lazio 16,5 59,9 21,6 1,6 2,8 7,2 4,8 21,8 9910 3581 266 470 1190 802 3601 Abruzzo 15,5 65,1 22,5 2,4 4,1 9,0 5,1 22,0 10096 3489 376 631 1395 784 3420 Molise 12,9 67,3 24,2 2,0 3,2 10,7 6,2 21,0 8680 3119 254 414 1375 805 2713 Campania 13,3 68,4 24,7 1,7 3,0 10,3 5,7 23,0 9067 3278 221 404 1359 751 3054 Puglia 14,5 72,9 29,5 2,1 3,7 9,9 5,6 22,1 10540 4271 302 538 1426 803 3200 Sicilia Sardegna Itália 12,2 75,8 26,5 2,0 4,6 11,1 6,3 25,4 9267 3243 244 560 1354 766 3100 436 256 11742 11797 4827 275 489 1589 848 3769 12,9 72,8 28,2 2,0 3,2 11,1 5,8 22,7 14,9 79,0 34,5 2,9 3,2 10,4 6,0 22,0 20,2 58,4 23,9 1,4 2,4 7,9 4,2 18,7 % do PIB regional 9389 5125 469 408 3635 1548 888 743 1426 3276 2920 Despesa per capita (EUR) Basilicata Calabria Nota: A despesa pública inclui as despesas das empresas públicas bem como da Administração Pública; os valores em negrito são relativos às regiões Objectivo 1. Fonte: cálculos da DG REGIO com base no MEF-DPF (2002), Base de dados TPA e Eurostat, contas regionais PIB per capita (EUR 000) Total Outras Ambiente Rodovias + transportes Saúde Ensino Segurança social Total Outras Ambiente Rodovias + transportes Saúde 725 1103 4302 3265 Giulia Adige Friuli Venezia 5 Ensino 4070 4413 Veneto Alto Trentino 75 Segurança social Lombardia 0 Valle 25 d’Aosta 95 Piemonte A2.5 Despesas públicas por região na Itália, 2000 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen 100 Parte 2 — Impacto das políticas dos Estados-membros na coesão 100 95 75 25 5 0 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 100 95 75 25 25 5 5 0 100 95 75 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:20 187 Ordem e segurança, habitação, transportes TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 149 2635 15,8 2,5 4,1 24,4 2091 17,0 1,8 1,9 1,0 21,7 14,6 Total Saúde, serviços sociais, fianciamentos territoriais de base Infra-estruturas Ordem e segurança, habitação, transportes UE + outros auxílios regionais Total PIB per capita (EUR 000) 18,1 19,8 0,4 0,4 18,2 23,8 19,9 22,9 2,0 0,4 2,5 1,2 1,3 2,8 1,8 14,6 15,8 2773 2890 2274 14,8 60 51 303 189 183 358 2221 2298 48 207 323 1695 20,6 15,5 0,3 2,4 1,0 11,8 2147 36 332 144 1635 19,9 17,6 0,4 2,1 2,0 13,1 2339 53 278 267 1741 24,9 12,8 0,1 2,0 1,0 9,8 2026 9 314 158 1545 17,2 21,0 0,8 2,5 2,1 15,6 2367 95 286 232 1755 15,1 22,6 0,9 2,4 2,9 16,5 2273 88 242 287 1656 12,0 31,2 2,5 2,9 3,1 22,7 2502 204 235 247 1816 Castilla Castilla- Extrey León madura la Mancha 22,5 13,2 0,2 1,7 0,9 10,4 1953 24 250 133 1546 Cataluña Nota: Os valores em negrito são relativos às regiões Objectivo 1 Fonte: cálculos da DG REGIO com base na Intervención General de la Administración del Estado (IGAE) e Eurostat, contas regionais 16,0 2,0 442 95 UE + outros auxílios regionais 272 172 Infra-estruturas 218 1703 1637 Saúde, serviços sociais, fianciamentos territoriais de base Madrid 17,9 16,1 0,4 1,7 1,6 12,5 1883 46 193 187 1458 Valencia 22,2 12,2 0,1 1,6 1,4 9,0 1850 16 249 220 1365 Illes Balears 13,8 24,1 1,8 2,3 2,3 17,7 2169 164 204 209 1592 Andalucía 358 240 3,5 2,3 23,4 15,4 15,5 0,7 19,4 0,5 4,7 14,6 15,0 1,6 2413 67 2024 52 489 1499 171 Canarias Espanha 2195 105 246 196 1648 17,5 24,8 5,2 2,1 1,7 15,8 18,6 18,1 0,9 2,0 1,6 13,6 % do PIB regional 2907 611 244 201 1850 Despesa per capita (EUR) Ceuta y Melilla 1560 Murcia 0 Navarra La Rioja Aragón 5 Pais Vasco 25 Cantabria 75 Asturias 95 Galicia A2.6 Despesas públicas por região em Espanha, média 1992-1999 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen 100 Parte 2 — Impacto das políticas dos Estados-membros na coesão 100 95 75 25 5 0 100 95 75 25 25 5 5 107 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 2 — Impacto das políticas dos Estados-membros na coesão 100 95 100 95 A2.7 Receitas fiscais e contribuições sociais por nível administrativo, 1995 e 2001 75 75 % das receitas totais Gov. central 25 5 Segurança social Administração local e regional 1995 2001 1995 2001 1995 2001 UE15 49 52 36 34 15 15 BE 60 60 34 33 7 7 DK 66 62 3 4 31 34 DE 30 29 43 42 27 28 EL 66 67 33 32 1 1 ES 51 48 36 36 13 16 FR 43 42 46 48 10 9 IE 83 84 15 14 3 2 IT 60 56 32 29 8 15 LU 67 67 27 27 6 6 NL 57 61 40 36 3 4 AT 45 49 35 32 20 19 PT 64 63 31 31 5 6 FI 46 51 32 27 22 22 SE 43 43 27 27 30 29 UK 79 79 17 17 4 4 0 25 5 0 Nota: Os dados para Portugal para 2001 são relativos a 2000. A administração central inclui tributação UE. Fonte: Eurostat, contas do sector da administração pública 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 108 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:20 150 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 2 — Impacto das políticas dos Estados-membros na coesão 100 95 100 95 A2.8 Distribuição de IDE do exterior por região em países UE seleccionados 75 75 % dos totais dos países Alemanha 25 5 1998-2000 Espanha 1999-2001 Itália 2000 Nordrhein-Westfalen 37,5 Madrid 69,5 Lombardia 43,5 Hessen 21,6 Cataluña 13,6 Piemonte 14,9 Baden-Württemberg 11,7 País Vasco 5,5 Lazio 8,4 0 25 5 0 Bayern 9,0 Outras 3,0 Emilia-Romagna 7,8 Hamburg 7,7 Com. Valenciana 2,7 Veneto 4,7 Niedersachsen 3,3 Canarias 2,7 Toscana 4,3 Berlin 2,8 Andalucía 1,2 Friuli-Venezia-Giulia 4,0 Rheinland-Pfalz 1,9 Galicia 0,5 Abruzzo 3,3 Schleswig-Holstein 1,6 Baleares 0,4 Liguria 1,9 Sachsen-Anhalt 1,0 Aragón 0,3 Trentino Alto Adige 1,5 Bremen 0,5 Navarra 0,3 Umbria 1,2 Brandenburg 0,3 Asturias 0,1 Campania 1,2 Sachsen 0,3 Castilla-La Mancha 0,1 Puglia 0,8 Saarland 0,3 Castilla y León 0,1 Sicilia 0,8 Thüringen 0,3 Murcia 0,1 Marche 0,7 Mecklenburg-Vorpommern 0,2 Extremadura 0,0 Sardegna 0,4 Rioja 0,0 Valle d’Aosta 0,4 Cantabria 0,0 Basilicata 0,2 Ceuta y Melilla 0,0 Molise 0,0 Calabria 0,0 Notas: Os dados para a Itália referem-se ao número de pessoas empregadas em sociedades filiais de indústrias transformadoras estrangeiras; é necessário notar que o emprego é atribuido às regiões consoante a localização das sedes e não das filiais. Por isso, são meramente indicativos da verdadeira distribuição regional. Os valores são relativos à média 1998-2000 para a Alemanha e à média 1999-2001 para a Espanha. Fonte: DE Bankgesellschaft Berlin com base na Deutsche Bundesbank; ES – Registo do Investimento Estrangeiro; IT – CNEL, base de dados do IED (R&P - Politecnico di Milano) 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 0 109 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:20 0 151 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 2 — Impacto das políticas dos Estados-membros na coesão 100 95 75 100 % do PIB 25 5 0 95 A2.9 IDE do exterior para a UE15 e os países da adesão, média 1999-2001 75 % do PIB UE15 6,9 BG 5,4 BE/LU 8,5 CY 5,8 DK 14,6 CZ* 9,2 DE 4,9 EE 7,8 EL 0,9 HU 4,2 ES 1,5 LT 3,9 FR 3,5 LV 4,4 IE 20,7 MT 15,8 IT 1,1 PL* 4,4 NL 13,2 RO 3,8 AT 3,1 SI 1,7 PT 4,3 SK 8,8 FI 4,6 SE 13,0 UK 5,9 25 5 0 BE/LU: dados relativos a 1998; DK: dados relativos a 1999-2000; ES: dados relativos a 1998-1999; RO: dados relativos a 1997-1999 HU, SK: dados relativos a 2000-2001 * CZ e PL são responsáveis, respectivamente, por 23% e 35% de todo o IDE nos países da adesão. Fonte: Eurostat, Estatística da balança de pagamentos; CNUCED para a Grécia 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 110 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:20 152 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 2 — Impacto das políticas dos Estados-membros na coesão 100 95 100 95 A2.10 Distribuição de IDE do exterior por região NUTS 2 em novos Estados-membros seleccionados 75 75 % dos totais dos países República Checa 25 5 2001 Hungria 2001 Praha 49,3 Közép-Magyarország 67,7 Støední Èechy 10,7 Közép-Dunántúl Jihozápad 7,6 Severozápad Polónia 1998 Eslováquia 2001 Mazowieckie 24,3 Bratislavský 63,2 9,4 Œl¹skie 13,5 Východné Slovensko 18,8 Nyugat-Dunántúl 7,5 Wielkopolskie 11,6 Západné Slovensko 10,3 8,2 Eszak-Magyarország 6,2 Dolnoœl¹skie 8,4 Stredné Slovensko 7,7 Severovýchod 6,6 Dél-Alföld 4,0 Pomorskie 7,3 Jihovýchod 8,4 Eszak-Alföld 3,5 £ódzkie 5,9 Støední Morava 5,2 Dél-Dunántúl 1,8 Ma³opolskie 5,6 Moravskoslezko 4,0 Kujawsko-Pomorskie 4,1 Zachodniopomorskie 3,9 Lubelskie 2,8 Podkarpackie 2,5 Œwiêtokrzyskie 2,3 Warmiñsko-Mazurskie 2,3 Lubuskie 2,2 Opolskie 1,8 Podlaskie 1,6 0 25 5 0 Fonte: Fontes estatísticas nacionais 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 0 111 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:20 0 153 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 2 — Impacto das políticas dos Estados-membros na coesão 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 0 0 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 112 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:20 154 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen 100 95 75 100 Parte 3 — Impacto das políticas comunitárias: competitividade, emprego e coesão 95 75 25 25 5 5 0 0 Índice Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 114 O contributo das políticas comunitárias para a coesão à luz da estratégia de Lisboa e de Gotemburgo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 114 A reforma das políticas comuns: a PAC e a política das pescas . . . . . . . . . . . . . . . . . 125 Complementaridade entre auxílio estatal e política de coesão . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128 Justiça e os assuntos internos: melhoria das condições de desenvolvimento . . . . . . . . . . 131 Percepção das políticas comunitárias a nível regional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 0 113 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:20 0 155 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 3 — Impacto das políticas comunitárias: competitividade, emprego e coesão 100 95 100 Introdução 75 25 5 0 O Segundo Relatório sobre a Coesão apresentou uma análise do contributo das políticas comunitárias para a coesão. Não se trata agora de reproduzir essa análise, mas sim analisar as principais alterações dessas políticas desde 2001, à luz dos objectivos da UE, principalmente os que foram aprovados em Lisboa e em Gotemburgo. O relatório refere também duas áreas relativas às políticas comunitárias não incluídas no anterior relatório, nomeadamente a política comercial e a justiça e assuntos internos. Há ainda uma secção em que se analisam as políticas relativas aos auxílios estatais, que têm importantes relações com a política de coesão. A secção final apresenta os resultados de um inquérito levado a cabo em 28 regiões da UE sobre a percepção dos efeitos das diferentes políticas comunitárias. O contributo das políticas comunitárias para a coesão à luz da estratégia de Lisboa e de Gotemburgo A construção da economia baseada no conhecimento O conhecimento é o aspecto central da estratégia de Lisboa. A produção, difusão e utilização do conhecimento é essencial para o funcionamento e crescimento das empresas. A facilitação do acesso ao financiamento e aos mercados, a promoção de serviços de apoio às empresas e o reforço das relações entre as empresas e a base científica, a dotação de competências profissionais adequadas através da educação e da formação, o incentivo à adopção de novas tecnologias e um cada vez maior investimento em I&D constituem pontos chave para o desenvolvimento do ambiente empresarial e para o incentivo à inovação. 100 95 exemplo, dos Centros de Transferência de Inovação e da Rede de Regiões Inovadoras da Europa), estimulando assim o intercâmbio de conhecimentos e experiências. De igual modo, os centros de informação e aconselhamento, estabelecidos em toda a UE na última década, com o apoio, entre outros, dos Fundos Estruturais, desempenham um importante papel, em paralelo com outros serviços de apoio às empresas, no estabelecimento de relações entre empresas de diferentes regiões e prestando-lhes assistência na resolução de problemas práticos. 75 25 5 0 A política empresarial tem igualmente por objectivo incentivar o empreendedorismo, facilitando o estabelecimento e o funcionamento de novas empresas, aspecto extremamente importante no que se refere a grupos desfavorecidos e a regiões menos desenvolvidas3. Para tal, será adoptada uma nova definição europeia de micro, pequena e média empresa a partir do início de 20054. Porque abrange empresas de maior dimensão do que a definição actual, a medida reduzirá efectivamente a carga administrativa dessas empresas, possibilitando-lhes simultaneamente o acesso a apoios financeiros. Conforme referido na Parte 1 do presente relatório, as disparidades entre regiões no que se refere à inovação têm origem não só nas diferenças de despesas em IDT, mas igualmente na debilidade das ligações entre as empresas, centros de investigação, e outros, que compõem o sistema de inovação regional. Por conseguinte, as políticas de inovação centram-se agora mais directamente em estratégias para a melhoria do ambiente em que funcionam as empresas, e já não tanto em medidas de expansão de I&D e da capacidade tecnológica5. Neste âmbito, são três as áreas que merecem especial atenção: – com base na experiência do trabalho pioneiro financiado pelos Fundos Estruturais (Estratégias Regionais de Inovação (RIS), pretende-se que as regiões adoptem políticas de inovação participativas e baseadas na procura (ver adiante). Este aspecto reveste-se de especial importância no que se refere aos países da adesão, nos quais existe um deficit de políticas coerentes a nível regional. Foi estabelecida a RIS-NAC (Estratégia Regional de Inovação nos Países Recém-Associados), com um orçamento de EUR 5,25 milhões, tendo 16 regiões de 9 países iniciado projectos no início de 2002 ao abrigo do Quinto Programa-Quadro; As políticas empresariais, industriais e de inovação têm por objectivo reforçar a competitividade da indústria e dos serviços da UE através do estímulo ao empreendimento e através do estabelecimento de um ambiente conducente à inovação e ao desenvolvimento económico, bem como à facilitação de acesso aos mercados1. 75 25 95 A política empresarial incentiva as parcerias público-privadas e as redes de empresas2 (através, por 100 95 75 25 5 5 114 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:20 156 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 3 — Impacto das políticas comunitárias: competitividade, emprego e coesão 100 95 100 – 75 25 5 0 – para utilizar mais eficazmente o conhecimento existente e maximizar a sua divulgação, é necessário proporcionar mais serviços às empresas, bem como melhorar a sua qualidade. A rede de Centros de Transferência de Inovação, em especial, centra-se especificamente nas necessidades de regiões menos desenvolvidas, ajudando as empresas locais no acesso à tecnologia e identificando as tecnologias adequadas para transferência para outras regiões ou para outros sectores; a falta de acesso ao financiamento constitui, em muitos casos, um importante constrangimento ao crescimento e desenvolvimento das empresas e, em regiões em que o financiamento é limitado, uma parte importante da política empresarial consiste no apoio à procura de alternativas aos empréstimos bancários, tais como fundos de capital de risco. Os meios criados através do Fundo Europeu de Investimento (FEI) para aumentar o financiamento disponível para as PME englobam o Mecanismo de Garantia às PME, o fundo de Arranque ETF (European Technology Facility) e a Acção de Capital-semente. Para o mesmo efeito, o FEI está presentemente a estabelecer contactos com pelo menos uma instituição financeira em cada país candidato à adesão. O principal ponto da política comunitária para a sociedade da informação é a Iniciativa eEuropa, lançada em Junho de 2000, com uma segunda fase, o Plano de Acção eEuropa 2005, iniciada dois anos depois. O principal objectivo é o de proporcionar “serviços públicos modernos online (administração pública, ensino e saúde electrónicos), um ambiente dinâmico para o comércio electrónico e, como factor potenciador desses elementos, a disponibilização do acesso de banda larga a preços competitivos e uma infra-estrutura de informação segura”6. 100 95 75 O Plano de Acção define uma estratégia para tornar acessível a infra-estrutura de banda larga às empresas e às populações de toda a UE a preços acessíveis. Chama também a atenção para a necessidade de se estabelecerem conteúdos e serviços adequados, com particular ênfase em áreas nas quais o governo pode ter um papel importante, apoiando a utilização efectiva da banda larga em regiões menos favorecidas. Os resultados podem resumir-se do seguinte modo: – a Iniciativa contribuiu para incentivar a concorrência entre plataformas e operadores alternativos e para a concentração dos esforços dos Estados-membros e da Comunidade na resolução das grandes disparidades no espaço da União. Contudo, apesar de as linhas de banda larga terem duplicado na UE entre Julho de 2002 e Julho de 2003, a sua disponibilização em diversas áreas continua a ser extremamente desigual; – o volume geral de transacções online não é ainda significativo, persistindo ainda diferenças entre os Estados-membros, nomeadamente devido às diferenças entre as taxas de acesso à Internet; – verifica-se que existe uma expansão continuada da disponibilização online dos 20 serviços públicos básicos identificados na eEuropa, sendo que a proporção dessa disponibilidade conheceu um aumento de 45% em Outubro de 2001 para 60% em Outubro de 2002; além disso, apesar da existência de diferenças entre os Estados-membros, aqueles em que se verifica maior atraso estão a ultrapassar rapidamente essa diferença; – verifica-se um rápido desenvolvimento dos serviços governamentais online em todos os países candidatos a membros, alguns dos quais se encontram mais avançados em determinadas áreas do que outros Estados-membros da UE; – a proporção de escolas da UE online aumentou de 89% em Março de 2001 para 93% em Março de 2002, não se verificando grandes diferenças entre os Estados-membros, com a excepção da Grécia, onde apenas 59% das escolas se encontravam ligadas à rede. O número de computadores ligados à Internet aumentou de 4 por cada 100 alunos, para quase 6 por 100 alunos no mesmo período de tempo. No Conselho Europeu de Barcelona de 2002, foi fixado o objectivo de aumento do investimento em investigação e desenvolvimento tecnológico (IDT) na UE do equivalente a quase 2% do PIB verificado em 2000, para 3% do PIB (e dois terços deste valor no sector privado) até 2001. Neste sentido, foi lançado a nível comunitário o Sexto Programa-Quadro sobre IDT7, em conjunção com a Iniciativa sobre o Espaço Europeu de Investigação (EEI)8, a qual tem como objectivo reduzir a fragmentação das actividades de investigação no espaço comunitário, aumentar o 95 75 25 5 0 100 95 75 25 25 5 5 0 115 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:21 0 157 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 3 — Impacto das políticas comunitárias: competitividade, emprego e coesão 100 95 75 25 5 100 investimento em investigação e proporcionar melhores condições para a concretização dos benefícios potenciais da investigação. A participação dos países da Coesão e das regiões desfavorecidas no Quinto Programa-Quadro (1998–2002) ocorreu nos moldes seguintes: 0 – – – 100 95 as actividades de inovação ao abrigo do Quinto Programa-Quadro (com um orçamento de EUR 119 milhões), apoiaram a ligação em rede de empresas e outras organizações a nível regional, em articulação com as acções de inovação dos Fundos Estruturais; – as organizações dos países da Coesão foram responsáveis por 17,8% dos participantes nos contratos de IDT assinados entre Janeiro de 2002 e Março de 2003, percentagem um pouco superior à que corresponde à respectiva população em termos da população geral da UE (17,1%) e que aumentou em relação a 2002, ano em que se situava em 16%. Contudo, em termos de financiamentos, receberam uma percentagem inferior relativamente à população (14,6%), mas que foi, no entanto, superior à de 2001 (12,2%). Para além disso, um pouco mais de 31% das relações de cooperação estabelecidas entre organizações da UE em 2002 incluíram participantes dos países da Coesão; as disparidades entre regiões são mais marcadas, reflectindo a concentração da investigação em comparativamente poucas áreas. Cerca de 14% das organizações que participaram no Quinto Programa-Quadro estavam localizadas em regiões Objectivo 1, as mesmas do Quarto Programa (1994–1998). Das 64 regiões Objectivo 1, apenas 8 (Irlanda, Berlim, Lisboa e Vale do Tejo, Attiki, Kriti, Comunidad Valenciana, Andalucía e South Yorkshire) foram responsáveis por mais de metade dos projectos. As três primeiras já não são propriamente consideradas regiões Objectivo 1; no que se refere à participação das PME, mais de 4.600 dessas empresas assinaram contratos em 2001. Cerca de 77% dos projectos eram originários de empresas com menos de 50 empregados e 42% de empresas com menos de 10. Algumas dessas empresas localizavam-se em países da adesão ou países associados. Embora os contratos assinados com as PME tenham sido uma pequeníssima parte do número total de contratos da União, englobaram mais de 23% dos participantes nos quatro programas temáticos e receberam mais de 15% do financiamento total. 75 Foram lançadas algumas iniciativas com o objectivo de reforçar o papel das regiões na criação do EEI: 95 75 25 5 – o Programa financiou também a Iniciativa relativa à rede “Regiões Inovadoras da Europa”9 (IRE), com o objectivo de facilitar o intercâmbio de experiências e de boas práticas entre regiões, nomeadamente entre regiões mais favorecidas e regiões menos favorecidas, tanto nos países da adesão como na actual UE15; – no mesmo contexto, foi lançada em 2003 uma nova iniciativa-piloto10 com um orçamento de EUR 2,5 milhões, tendo como objectivo o desenvolvimento de actividades experimentais envolvendo redes de regiões europeias (com o envolvimento activo de universidades, centros de investigação e da comunidade empresarial) a fim de criar “Regiões de Conhecimento”, as quais poderiam servir de modelo para a implementação da estratégia de Lisboa ao nível regional; – no âmbito das acções STRATA do programa Desenvolver o Potencial Humano (DPH) (orçamento global de EUR 25 milhões), foram apoiados alguns projectos para o desenvolvimento da “capacidade de previsão” regional, a fim de promover o pensamento estratégico a longo prazo, bem como suprir a lacuna existente entre a política regional e a política de IDTI. Foi dada atenção especial aos países da adesão. 0 Em termos de futuro, o Sexto Programa-Quadro (2002–2006), através de duas novas iniciativas — Redes de Excelência e Projectos Integrados — tem potencial para melhorar as ligações entre os centros científicos mais centrais e os periféricos, aumentar a capacidade de iniciativa geral da UE e combater a “fuga de cérebros” das regiões menos favorecidas para as regiões mais prósperas. Os fundos para o desenvolvimento dos recursos humanos do Sexto Programa-Quadro foram duplicados em termos financeiros, o que potenciará o respectivo efeito sobre as regiões menos favorecidas através de esquemas de transferência de tecnologia. Além disso, foi fixado como meta o dispêndio de pelo menos 15% do orçamento das Prioridades Temáticas em PME. 100 95 75 25 25 5 5 116 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:21 158 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 3 — Impacto das políticas comunitárias: competitividade, emprego e coesão 100 95 75 25 100 Para além disso, foi estabelecida uma nova cooperação entre a política de coesão e a política de I&D, permitindo a quem se candidatou com êxito ao Sexto Programa-Quadro e pertença a regiões Objectivo 1 solicitar financiamento extra dos Fundos Estruturais através das autoridades regionais competentes. 5 de formação em articulação com as necessidades das pessoas e com os planos de desenvolvimento regionais. 5 0 A importância chave da educação e da formação As competências e habilitações das populações da UE constituem o recurso essencial e o elemento chave para que a União se torne a economia baseada no conhecimento mais dinâmica e competitiva do mundo. O programa “Educação e Formação 2010” foi implementado com vista a atingir esse desiderato, fixando 13 objectivos11 que têm por finalidade tornar a educação e a formação na Europa “numa referência mundial de qualidade até 2010”12 Uma recente Comunicação13 da Comissão apela aos Estados-membros no sentido de intensificarem os respectivos esforços a todos os níveis, especialmente no que se refere ao investimento na educação e na formação, por forma a garantir o êxito da Estratégia de Lisboa. No Conselho Europeu de Bruxelas14, em finais de 2003, os Estados-membros acordaram no propósito de “reforçar a cooperação estruturada para apoio ao desenvolvimento do capital humano”. Embora muitos Estados-membros tenham feito esforços consideráveis no sentido da reforma e adaptação dos seus sistemas de aprendizagem ao longo da vida à economia baseada no conhecimento, as mudanças efectuadas não são ainda suficientes para dar resposta ao desafio colocado. Há fortes indícios de que, para atingir e manter um nível mínimo de emprego com grande exigência de conhecimentos, qualquer região tenha, em primeiro lugar, que constituir uma massa crítica de trabalhadores dotada de uma ampla variedade de competências. Há vários anos que a Comunidade organiza redes de ligação entre universidades, institutos de formação e empresas, duma mesma região e entre regiões diferentes, tendo mais recentemente procurado estabelecer redes de “regiões de aprendizagem”. 95 75 75 25 Mais e melhores empregos numa sociedade inclusiva 0 100 95 Ao mesmo tempo, a crescente descentralização da responsabilidade relativa à educação e formação no sentido do nível regional em toda a União abre caminho para uma melhor organização da disponibilização A Estratégia Europeia de Emprego foi lançada em finais de 1997, tendo como objectivo primordial o combate ao desemprego através de métodos preventivos e de medidas activas de empregabilidade. Desde 2000, a Estratégia pretende atingir os objectivos fixados em Lisboa: emprego total, melhores postos de trabalho e uma maior coesão social e económica. A Estratégia foi avaliada em 2002, sendo revista e afinada no Conselho de Bruxelas, na Primavera de 2003, a fim de melhor apoiar, numa União alargada, os objectivos estabelecidos em Lisboa. A avaliação apontou clara melhorias estruturais no mercado de emprego da UE. Em 2002, a média do desemprego na UE correspondia a 7,7% dos trabalhadores, contra os 10% registados cinco anos antes, enquanto, o que é igualmente relevante, a proporção da população em idade activa empregada aumentou de 60,7% para 64,3%. Apesar da existência de diferenças consideráveis entre os Estados-membros e a dificuldade do estabelecimento de relações causais entre os resultados relativos ao emprego e as políticas específicas, é possível verificar alguma convergência das políticas de emprego nacionais no sentido dos objectivos e das orientações definidas pela Estratégia Europeia de Emprego. Em praticamente toda a UE continuam a ser feitos esforços no sentido de assegurar um recomeço a todas as pessoas desempregadas antes de atingirem os seis meses de desemprego, no caso de jovens, ou 12 meses, no caso de pessoas com mais de 24 anos, oferecendo-lhes formação, reciclagem de formação, prática de trabalho, postos de trabalho ou outras medidas de empregabilidade. É necessário disponibilizar serviços concebidos “à medida” de cada caso, bem como apoio à activação e à prevenção, Serviços Públicos de Emprego eficazes e dotados das competências suficientes. Por essa razão, os Estados-membros estão empenhados em modernizar os Serviços Públicos de Emprego, avançando também no sentido da cooperação com o sector privado. Na maior parte dos Estados-membros, os 100 95 75 25 25 5 5 0 117 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:21 0 159 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 3 — Impacto das políticas comunitárias: competitividade, emprego e coesão 100 100 95 95 75 25 5 0 As políticas comerciais e o impacto no emprego e na coesão A liberalização do comércio é geralmente uma fonte de benefícios para as economias, uma vez que leva a alterações na repartição dos factores de produção para usos mais produtivos, a ganhos em termos de eficiência e economias de escala, a um maior nível de concorrência, mais transferências de tecnologia e conhecimentos, bem como a benefícios para os consumidores sob forma de um mais vasto leque de escolha e preços mais baixos. Ao mesmo tempo, porém, esta abertura pode resultar em custos que são o reverso da medalha destes benefícios. Assim, apesar dos ganhos a longo prazo, as alterações na repartição dos factores de produção podem significar custos de ajustamento a curto prazo para as empresas e funcionários afectados pelo aumento das importações. Várias características dos custos que tais alterações comportam devem ser tomadas em consideração: – os custos concentram-se normalmente em determinados sectores e regiões, o que significa que podem ser substanciais para certos segmentos da população e, consequentemente, ter efeitos mais negativos do que se fossem uniformemente distribuídos em toda a economia; – em geral, os que ganham não pagam nenhuma contrapartida aos que perdem, em parte devido à dificuldade em calcular dos custos em questão; por isso, algumas pessoas (e regiões) estarão em pior situação, pelo menos a curto prazo (um argumento que justifica a assistência aos afectados por este fenómeno); 100 95 75 – a diferença entre custos e benefícios tende a aumentar ao longo do tempo: os custos tendem a ser mais elevados nos primeiros anos (a concorrência estrangeira tem efeitos normalmente muito rápidos nos sectores não competitivos), mas é necessário que passe algum tempo até que a maioria dos benefícios possam ser sentidos (devido à maior eficiência resultante da melhor afectação dos factores de produção). Assim, os estudos empíricos mostram que, geralmente, nos anos imediatamente após a abertura das trocas comerciais, os custos podem corresponder a 10–15% dos ganhos, um valor duas ou três vezes mais elevado do que no longo prazo; se encontram numa região, do grau de concentração territorial das actividades (especialmente os bens comercializados) e do grau de especialização das regiões na produção de determinados bens e serviços. Assim, enquanto algumas regiões serão afectadas de forma muito negativa pela abertura do comércio, outras registarão ganhos substanciais. 75 25 5 0 Existe também uma forte tendência para uma percepção assimétrica dos custos e benefícios, naturalmente com consequências políticas inevitáveis. Se, por um lado, os custos são muito visíveis – e assustadores, não apenas devido à sua concentração, mas também à sua natureza mais tangível (fábricas que encerram, despedimentos, etc.), por outro lado, os ganhos tendem a ser menos visíveis e mais diluídos, em parte por serem intangíveis — ou, pelo menos, mais difíceis de medir (o maior leque de escolha para os consumidores, por exemplo). Assim, apesar dos custos de ajustamento tipicamente baixos, as medidas concomitantes tomadas aquando da abertura do comércio assumem uma importância fundamental do ponto de vista tanto económico, como político. A importância de tais medidas é tanto maior porquanto as políticas focalizadas podem conter os custos de ajustamento, antecipando-os tanto quanto possível e facilitando o processo de ajustamento que irá necessariamente ter lugar. Por consequência, a identificação precoce dos sectores e trabalhadores mais vulneráveis poderá mitigar os custos. Ao mesmo tempo, quando surgem os problemas, a assistência prestada aos indivíduos afectados para facilitar a sua adaptação pode acelerar a mudança e minimizar os custos desse ajustamento. Está no interesse da UE ajudar a facilitar quaisquer processos de ajustamento que sejam necessários e contribuir para cobrir os custos das políticas implementadas, como se verificou durante muitos anos no seio da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço. O desenvolvimento do mesmo tipo de política para facilitar a mudança será ainda mais importante nos anos futuros, quando muitos acordos comerciais terminarão ou terão que ser renovados (o Acordo Multi-Fibra, o acordo UE-Chile) e outros mais terão que ser negociados (a Agenda de Doha para o Desenvolvimento, o acordo UE-Mercosur), e que, quase seguramente, terão como consequência geral um aumento significativo das importações de bens sensíveis. 100 95 – os custos e benefícios também diferem entre lugares diferentes: o efeito nas regiões depende da competitividade internacional dos sectores de actividade que 75 25 25 5 5 118 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:21 160 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 3 — Impacto das políticas comunitárias: competitividade, emprego e coesão 100 95 75 25 5 0 100 Serviços Públicos de Emprego, estabelecidos no início da década de 90, encontram-se também num processo contínuo de reforma e modernização. As políticas de emprego dos Estados-membros coordenam-se com base em objectivos e prioridades comuns, através da EEE. A Estratégia exige o envolvimento de todas as partes implicadas, no sector público e privado, incluindo os parceiros sociais, de acordo com a configuração institucional do respectivo país. As Directrizes da EEE especificam que a estratégia deve ser implementada eficazmente aos níveis regional e local, bem assim como ao nível nacional, tendo a Comissão apelado a um maior envolvimento dos actores implicados. Em 2002 e 2003, foi analisada em pormenor a situação do emprego em todos os países da adesão, a fim de se definirem políticas de emprego adequadas, como preparação para a implementação da EEE aquando da adesão e para a elaboração de planos de despesas ao abrigo do FSE no período entre 2004 e 2006. A revisão da EEE efectuada em 2003 teve como resultado a simplificação das Directrizes, as quais abrangem agora três objectivos primordiais: 100 95 75 – a obtenção das taxas de emprego fixadas em Lisboa; – qualidade e produtividade no trabalho, comprovada por mais e melhor emprego; – um mercado de trabalho inclusivo, no qual o desemprego seja reduzido e as disparidades sociais e regionais do acesso ao mercado de trabalho diminuam. Inclusão social e igualdade de género 95 75 O Tratado de Amesterdão atribuiu à UE um mandato no sentido de combater a exclusão social. Assim, a Cimeira de Lisboa estabeleceu como objectivo a tomada de medidas decisivas com vista à eliminação da pobreza e da exclusão social na UE até 2010. Essa meta foi ainda aperfeiçoada na Cimeira de Nice, tendo sido desde então implementada uma estratégia comum para a inclusão social, com o mesmo método de coordenação aberta utilizado na política de emprego, com excepção do facto de que a participação dos Estados-membros é voluntária e não obrigatória. Na prática, todos os Estados-membros se envolveram no processo, tendo os primeiros planos de acção nacionais contra a exclusão social sido apresentados em Junho de 2001, dando maior visibilidade às políticas relativas a essa área. 25 5 0 Os planos permitiram a identificação de 8 desafios principais para a futura política: desenvolver um mercado de trabalho conducente à inclusão e que permita conceder a todas as pessoas o direito e oportunidade de emprego; assegurar-se de que todas as pessoas possuem um nível de remuneração adequado por forma a proporcionar-lhes um nível de vida aceitável; procurar resolver o problema das desvantagens ao nível da educação; preservar a família e proteger os direitos das crianças; assegurar a todos uma habitação condigna; garantir o acesso a serviços de qualidade; melhorar a disponibilização de serviços e regenerar as áreas sujeitas a factores de privação múltiplos. Além disso, existem 10 directrizes específicas para a reforma estrutural. O êxito da implementação da EEE dependerá do aumento da adaptabilidade dos trabalhadores e das empresas, da atracção de um maior número de pessoas para o emprego, de um investimento em capital humano maior e mais bem direccionado, e de melhor governança. Em finais de Julho de 2003, uma segunda geração de planos de acção nacionais deverá dar novo ímpeto ao processo. Com base em propostas de Estados-membros, serão efectuados 8 exercícios anuais de avaliação relativos a temas específicos desta política, envolvendo entre 3 e 6 Estados-membros, especialistas independentes, representantes dos parceiros sociais e autoridades locais e regionais, bem como pessoas que estão efectivamente sujeitas a situações de pobreza ou exclusão social. A nova EEE articula-se intimamente com as políticas para a coesão económica e social e os três objectivos primordiais, bem como as directrizes específicas, têm como objectivo comum a redução das desigualdades sociais e das disparidades de emprego ao nível regional. Paralelamente, está já a ser preparada a cooperação com os países da adesão no sentido da sua participação na estratégia quando se tornarem Estados-membros. Em conjunto com a Comissão, esses países produziram já memorandos sobre a inclusão social, identificando os principais problemas e 100 95 75 25 25 5 5 0 119 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:21 0 161 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 3 — Impacto das políticas comunitárias: competitividade, emprego e coesão 100 95 75 25 5 0 100 desafios e propondo medidas políticas que consideram prioritárias. A lista de indicadores adoptada em finais de 2001 deverá permitir uma melhor avaliação da situação em cada país. Essa lista compreende 7 indicadores estruturais utilizados pela Comissão como base para o respectivo relatório anual de síntese sobre a situação económica e social na União e precisa de ser alargada por forma a que a próxima geração de planos possa incluir tanto indicadores regionais, como indicadores não financeiros. Relativamente a outras actividades englobadas no Programa Comunitário sobre a Exclusão Social, a que corresponde um orçamento de EUR 75 milhões para o período de 2002 a 2006, contam-se o intercâmbio de experiências entre países (64 projectos apoiados na primeira fase e quase 30 na segunda) e estudos sobre questões específicas, devendo essas actividades reforçar a cooperação e um entendimento comum, bem como impulsionar novas abordagens. Está, assim, em marcha uma nova estratégia para tentar solucionar o problema da exclusão social, com o envolvimento cada vez maior de todos os Estados-membros, apesar de esse envolvimento ter um carácter voluntário, o que dá uma nova dimensão à convergência e reforça o modelo social Europeu, contribuindo também para um maior equilíbrio entre as políticas sociais e económicas da UE. O tratamento igual para mulheres e homens constitui um princípio fundamental da UE. Desde 1996, tem havido uma abordagem integrada da igualdade de género, tendo todas as políticas tomado em conta o impacto do género no seu planeamento e implementação. Protecção ambiental para o crescimento sustentável 100 95 75 A nova iniciativa a nível ambiental mais importante dos últimos dois anos foi a adopção, pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho15, do 6º Programa Comunitário de Acção em Matéria de Ambiente O Nosso Futuro, A Nossa Escolha (6º PAA). Este programa encara o ambiente numa perspectiva ampla, levando em conta as condições económicas e sociais, e dá especial importância aos objectivos de Lisboa e de Gotemburgo. O Programa assenta sobre quatro eixos globais: implementação e aplicação eficazes da legislação ambiental (acervo comunitário); integração de preocupações ambientais noutras políticas, incluindo a política de infra-estruturas; utilização de um conjunto de diversos meios para conseguir atingir fins da forma mais eficaz; amplo envolvimento das partes interessadas na preparação e implementação das políticas. 95 75 25 5 0 O Programa identifica quatro áreas de acção: as alterações climáticas; a natureza e a biodiversidade; o ambiente e a saúde; os recursos naturais e os resíduos. Introduz também um novo conceito de “estratégias temáticas” como forma de solucionar determinados problemas ambientais mais complexos16 e de determinar as prioridades para intervenção comunitária, incluindo medidas financiadas pela política de coesão. Propõe ainda que sejam gradualmente retirados os subsídios com efeitos ambientais negativos, os quais são incompatíveis com um desenvolvimento sustentável. Uma vez que, de início, os países menos prósperos têm normalmente uma menor quantidade de infra-estruturas ambientais, a escala de despesas necessárias para satisfazer os requisitos das Directivas é, de uma forma geral, também maior e corresponde a uma percentagem maior do PIB (dado este ser relativamente pequeno). Daí que os Fundos Estruturais tenham um papel potencial muito claro em termos da ajuda a esses países para que possam cumprir a política ambiental da EU. Apesar dos elevados custos directos que implica, a política ambiental pretende reduzir, a longo prazo, tanto os custos financeiros como os custos sociais, através da redução dos riscos para a saúde e da redução da necessidade de medidas de limpeza da poluição. A Organização Mundial de Saúde, por exemplo, divulgou recentemente uma estimativa segundo a qual, na Europa, a causa de 100.000 mortes prematuras pode ser atribuída à emissão de partículas17. Prevê-se que nos países da adesão as emissões de partículas transportadas pelo ar tenham um decréscimo de entre 1,8 e 3,3 milhões de toneladas até 2010, em consequência do cumprimento das Directivas da UE, reduzindo assim em 15.000 as mortes prematuras. O cumprimento da legislação comunitária significa igualmente que a água potável será mais limpa nos países da adesão, com especial incidência na Bulgária e na Estónia (bem como na Turquia), onde 100 95 75 25 25 5 5 120 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:22 162 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 3 — Impacto das políticas comunitárias: competitividade, emprego e coesão 100 95 75 25 5 100 20 a 30% dos lares não têm ligação às principais redes de fornecimento de água. Espera-se também que a implementação da Directiva relativa ao Tratamento das Águas Residuais Urbanas faça reduzir a poluição de nutrientes em valores situados entre os 33% (na República Checa) e os 67% (na Polónia). 0 Apesar do previsto aumento de 2% na produção de resíduos, estima-se que a Directiva Aterros dê origem a uma redução dos resíduos assim tratados de cerca de 59 milhões de toneladas em 1998, para um valor situado entre os 20 e os 35 milhões de toneladas em 2020, enquanto se estima também que a Directiva relativa a resíduos de embalagem faça aumentar a quantidade de resíduos reciclados para 3,7 milhões de toneladas no mesmo ano. O investimento na protecção ambiental pode também gerar emprego. Consideradas no seu todo, as eco-indústrias são directamente responsáveis por cerca de 1% do emprego total na UE15, enquanto se verifica uma expansão do emprego na gestão de resíduos (recuperação e reciclagem) totalizando entre 200.000 e 400.000 postos de trabalho. Verificam-se tendências semelhantes nos países da adesão. A maior parte do investimento associado às Directivas já teve lugar na UE15 (cerca de 63% antes de 2001), embora a proporção varie dependendo dos diferentes domínios ambientais. No caso do tratamento de resíduos, o investimento está praticamente concluído, enquanto que no que se refere ao aprovisionamento de água, cerca de 72% já tinha sido efectuado antes desse ano. A única área em que ainda vai ser efectuada a maior parte do investimento tem a ver com os controlos da poluição do ar, embora em termos da escala de despesas, o tratamento das águas residuais seja provavelmente mais importante. No entanto, vai certamente ser necessário um grande investimento no controlo de emissões aéreas em consequência da Directiva relativa à Prevenção e Controlo Integrados da Poluição e dos acordos sobre as alterações climáticas do Protocolo de Kyoto. 100 95 75 As disposições ambientais da política de coesão foram sendo reforçadas ao longo dos últimos 15 anos, e as actuais regras dos Fundos Estruturais tornam a protecção do ambiente num princípio horizontal e a conformidade com o acervo comunitário ambiental numa prioridade máxima18. É, por esse motivo, importante que se tenham em conta os objectivos do Programa de Acção Ambiental e os requisitos da legislação ambiental nas intervenções estruturais em toda a UE. 95 75 25 5 Mercado interno e serviços de interesse geral 0 O desenvolvimento de redes transeuropeias de transportes, telecomunicações e energia tem como finalidade ajudar a tornar o mercado interno numa realidade e reforçar a coesão económica e social. O objectivo da política da UE a este respeito é o de assegurar a inter-conexão e a interoperabilidade das redes nacionais e o acesso às mesmas no contexto de mercados abertos e competitivos. Tem especialmente em conta a necessidade de ligar regiões insulares, isoladas e periféricas a áreas centrais da União. Estas políticas têm um efeito directo ao nível da competitividade da economia da UE no seu todo e influenciam a localização da actividade económica. Devido a esse efeito territorial, a coesão deverá constituir um dos maiores objectivos das políticas de rede. Este aspecto torna-se igualmente importante à luz da abertura desses sectores à concorrência. Apesar de estas políticas terem tido como resultado a redução de custos e aumentado a eficácia dos serviços fornecidos, torna-se evidente que a liberalização das forças de mercado pode levar à exclusão de determinados grupos sociais ou partes da UE do acesso a serviços essenciais. Por esse motivo, a liberalização está a ser acompanhada por uma cada vez maior exigência de estabelecimento de obrigações de fornecimento de serviços públicos, a fim de preservar e reforçar a coesão económica e social. As políticas de rede tornam-se, portanto, primordiais entre aquelas que têm a ver com a questão dos serviços de interesse económico geral, cuja importância foi sublinhada nos Conselhos de Barcelona e de Laeken. Num mundo em mudança, os serviços de interesse geral constituem um elemento chave do modelo de sociedade europeu. Este aspecto encontra-se consagrado no Artigo 16º do Tratado da UE e no Artigo 36º da Carta dos Direitos Fundamentais, que colocam o cidadão individual no cerne das prioridades da União. Daí que a Comissão tenha 100 95 75 25 25 5 5 0 121 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:22 0 163 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 3 — Impacto das políticas comunitárias: competitividade, emprego e coesão 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 0 0 3.1 Projectos da Rede Transeuropeia de Transporte de interesse europeu Projecto ferroviário "Essen" Projecto de vias navegáveis internas (2001) Projecto ferroviário (2001) Projecto de vias navegáveis internas (2003) Projecto ferroviário (2003) Auto-estrada do mar (2003) Projecto rodovário "Essen" Projecto aeroportuário Projecto rodovário (2001) 100 Projecto rodovário (2003) 100 Projecto portuário 95 95 75 Fonte: DG TREN 0 250 500 km 75 © EuroGeographics Association para as fronteiras administrativas 25 25 5 5 122 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:36 164 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 3 — Impacto das políticas comunitárias: competitividade, emprego e coesão 100 95 75 25 5 0 100 publicado, num Livro Verde datado de Maio de 2003, as suas reflexões sobre os modos possíveis de implementação eficaz desses serviços, passando sobretudo pelo envolvimento das organizações não governamentais e da sociedade civil em geral. 1996 foram revistas no final de 2001, tendo sido anunciados novos projectos prioritários. Essa lista de projectos de interesse europeu foi alargada em Outubro de 2003, por forma a incluir os países da adesão (Mapa 3.1). 95 A própria natureza dos serviços de interesse geral inclui-os nas obrigações de prestação de serviços públicos introduzidas em simultâneo com a liberalização dos sectores em causa. O seu objectivo, dependendo do tipo de serviço em questão, é o de garantir a disponibilização universal do serviço, a continuidade dos serviços oferecidos, a manutenção da respectiva qualidade e a acessibilidade dos preços, tendo em consideração todos os aspectos relativos à necessidade de proteger os interesses dos consumidores e de salvaguardar a oferta. A Comunidade concede apoio financeiro aos Estados-membros para assegurar que aqueles sejam respeitados e utiliza os Fundos Estruturais para, por exemplo, garantir a cobertura territorial total de redes telefónicas móveis e de redes de banda larga. Face ao considerável volume de financiamento necessário para essas redes, cujo custo se estima em quase EUR 600 mil milhões até 2020, a Comissão adoptou igualmente uma Comunicação, em Abril de 2003, sobre novas formas possíveis de financiar o desenvolvimento de TENs na Europa, a fim de garantir uma melhor coordenação de financiamentos públicos e privados. Paralelamente, em Julho, a Comissão adoptou uma proposta de revisão da Directiva Eurovignette sobre a fixação de preços da infra-estrutura e de uma ligação dos preços aos utilizadores mais próxima dos custos. No entanto, a proposta limita o número de cobranças de taxa de portagem possível, com a finalidade de evitar que as taxas excessivas reduzam os efeitos benéficos sobre a acessibilidade e o desenvolvimento económico. Neste domínio, a análise de impacto da revisão das orientações da TEN-T revela um ganho substancial (20%) em acessibilidade a favor das regiões periféricas e dos países da adesão, bem como um aumento considerável (170%) do tráfego internacional para esses países19. 5 Política de transportes Desde o Tratado de Maastricht que a política de redes transeuropeias de transportes (TEN-T) se tem dedicado à integração do “espaço” europeu, bem como a reduzir o isolamento das áreas periféricas, evitando um desenvolvimento fragmentado das redes nacionais. A construção de vias transfronteiriças e o melhoramento das já existentes permite que o “efeito de fronteira”, impeditivo do crescimento comercial, se reduza progressivamente. Ao mesmo tempo, as orientações da Rede TEN-T pretendem promover cada vez menor utilização de meios de transporte ambientalmente nocivos. 100 95 A política TEN-T melhorou claramente a acessibilidade desde 1991, dela se esperando nos próximos anos efeitos ainda mais importantes, especialmente nos países da adesão. Contudo, o investimento nessa política terá que ser acompanhado de despesas substanciais a fim de melhorar a rede secundária e as suas ligações à TEN-T. Este aspecto torna-se especialmente importante no que se refere às áreas rurais do leste desses países, áreas em que por vezes se pode demorar três horas até chegar a uma auto-estrada. 75 Na sequência do Livro Branco sobre a Política de Transportes, de 2001, as directrizes da TEN-T de 75 25 0 Na prática, os efeitos da liberalização são mais mensuráveis no que se refere ao transporte aéreo. O número de cidades com ligações internacionais aumentou 70% desde 1992, enquanto que as tarifas económicas desceram numa média de 15% entre 1997 e 2000 (embora as tarifas da classe executiva tenham aumentado) 20. Além disso, foram impostas obrigações de serviços públicos no que se refere às áreas periféricas e às que possuem um volume de tráfego baixo, a fim de apoiar o respectivo desenvolvimento económico. Em muitos casos, essas obrigações são combinadas com a concessão de subsídios. Política energética A política energética da UE tem três objectivos principais: atingir uma maior segurança do aprovisionamento, criar um mercado energético interno e proteger melhor o ambiente. O Livro Verde: Para uma Estratégia Europeia de Segurança do Aprovisionamento Energético, de 2002, identifica a gestão da procura como prioridade chave para o 100 95 75 25 25 5 5 0 123 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:36 0 165 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 3 — Impacto das políticas comunitárias: competitividade, emprego e coesão 100 95 75 25 5 0 100 futuro, sublinhando as melhorias na eficiência energética e o desenvolvimento de fontes de energia internas, especialmente as renováveis. Na sequência da Directiva relativa à Electricidade, de 1996, e da Directiva relativa ao Gás, de 1998, os mercados de energia foram liberalizados, introduzindo-se assim uma maior concorrência e dando origem à reestruturação do fornecimento, beneficiando em especial os grandes consumidores de energia, com o risco, no entanto, de trazer desvantagens para as regiões mais periféricas e menos populosas. Contudo, esse risco foi mitigado através da imposição de obrigações de serviço público. Prevêem-se novas medidas regulamentares para apoiar essas regiões, entre as quais a obrigação de manutenção do aprovisionamento energético, a regulação das tarifas para os consumidores finais e a imposição de normas mínimas de qualidade. Em conformidade com o Tratado, a política de redes transeuropeias de energia (TEN-E) tem os mesmos objectivos que a política dos transportes e de outras redes, a fim de garantir a interligação das várias redes em toda a UE e de assegurar que todas as regiões têm acesso a elas, e ainda que as redes são geridas a nível europeu e não ao nível nacional21. As dimensões e aspectos regionais da coesão económica e social foram tomadas em linha de conta nas primeiras directrizes comunitárias relativas à TEN-E22. Fizeram-se progressos significativos na construção dessas redes, com apoio dos Fundos Estruturais. Cinco gasodutos entraram em funcionamento antes de terminado o ano de 2001, tendo sido concluídos vários projectos importantes de distribuição de electricidade, com um investimento substancial nas regiões periféricas. As últimas orientações TEN-E, adoptadas em Junho de 2003, dão ênfase ao desenvolvimento de redes de distribuição de electricidade e à introdução de gás natural em áreas encravadas e em regiões periféricas e ultra-periféricas. 100 95 75 A promoção do desenvolvimento sustentável constitui uma das maiores prioridades da política energética, de acordo com os compromissos decorrentes da Convenção de Kyoto. Foram fixadas metas no sentido de aumentar a quota de energias renováveis relativamente ao consumo total de energia para 12% até 2010 e a respectiva quota de produção de electricidade para 22%, com um objectivo de utilização de bio-carburantes nos transportes correspondente a 5,75%. Por esse motivo, a TEN-E precisa de ser acompanhada de apoio para investimento ao nível local na produção de energia a partir de fontes eólicas, solares e geotérmicas23. 95 75 25 5 O desenvolvimento de novas fontes de energia, tais como o gás natural e a electricidade produzida a partir de fontes renováveis, permitiria às regiões periféricas não só a diversificação das suas fontes de energia — e, desse modo, a redução da sua vulnerabilidade face à ruptura de fontes exteriores de fornecimento — como também a melhoria da qualidade de vida. 0 Política de telecomunicações A existência de redes eficazes de telecomunicações a preços acessíveis é um factor importante tanto para a competitividade como para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Os avanços tecnológicos e a liberalização dos mercados levaram a uma descida importante dos preços das chamadas, especialmente no que se refere a chamadas inter-urbanas, regionais e internacionais, o que beneficiou as regiões mais remotas, em especial, embora acompanhados de um aumento das tarifas fixas. A Directiva relativa ao Serviço Universal, de Março de 2002, definiu as obrigações correspondentes que terão que ser futuramente respeitadas em toda a região. Depois de anos de liberalização, são óbvias as falhas graves na cobertura geográfica de serviços, mesmo aqueles que se referem a uma tecnologia já bem desenvolvida como é a dos telefones móveis. O Programa TEN-Telecom, que se tornou no Programa eTEN em 2002, tem como objectivo fortalecer a coesão económica e social, ligando as ilhas e as regiões mais remotas às áreas centrais da UE24. O maior problema que o programa pretende resolver não é tanto o da “falta de ligações” da rede, mas sim a falta de aplicações e serviços para as empresas, o governo e os indivíduos. Por esse motivo, as actividades subsidiadas têm por objectivo apoiar o desenvolvimento de uma Sociedade da Informação aberta a todos e facilitar a inclusão social de, por exemplo, os idosos e as pessoas portadoras de deficiências. 100 95 75 25 25 5 5 124 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:36 166 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 3 — Impacto das políticas comunitárias: competitividade, emprego e coesão 100 95 75 25 5 0 100 Como foi já referido, em 2002, foi lançado o plano de acção e-Europa, o qual incluía uma estratégia para tornar as redes de banda larga acessíveis a todos na Europa a um preço também ele acessível. O objectivo para 2005 é ampliar a disponibilidade da banda larga a metade das ligações à Internet da Europa. Contudo, é evidente que, na ausência de um nível suficiente de rentabilidade, o investimento necessário para a cobertura completa de todas as áreas da Europa não será assegurado apenas pelo mercado, necessitando também de financiamento público. Para esse efeito, a Comissão estabeleceu novas orientações em 2003 para desenvolvimento de redes de banda larga e para cobertura de áreas ainda não servidas pela telefonia móvel com o apoio dos Fundos Estruturais. para a consolidação do desenvolvimento rural, em conjunto com o segundo pilar da PAC, bem como para a criação de um enquadramento coerente para a adaptação da PAC às características da agricultura dos países da adesão. Além disso, reformulou os objectivos da política agrícola da UE: 95 75 25 5 – melhorar a competitividade agrícola da UE sem o recursos excessivo a subsídios; – preservar o nível do rendimento dos agricultores e a respectiva estabilidade; – respeitar o ambiente e a diversidade da paisagem rural; – melhorar a qualidade dos produtos agrícolas; – simplificar e descentralizar a PAC. 0 A reforma das políticas comuns: a PAC e a política das pescas Política Agrícola Comum Em 2003, a PAC absorveu cerca de 46,5% do Orçamento da UE, com as despesas globais a ultrapassarem um pouco os EUR 47 mil milhões, sendo que 90% se destinaram ao primeiro pilar, para apoio e ajuda directa ao mercado, e 10% ao segundo pilar, para o desenvolvimento agrícola. As despesas da UE na agricultura desceram progressivamente em relação ao PIB, de 0,57% do PIB da EU12 em 1990–1992 para 0,47% do PIB da UE15 em 2000–2002. A Agenda 2000 aprofundou e ampliou a reforma da PAC iniciada em 1992, reduzindo os preços oficiais e as ajudas directas. Contribuiu também 3.1 Despesa da secção Garantia do FEOGA, 2002 Milhares de EUR por Unidade Anual de Trabalho (UAT) 20 20 Uma UAT é equivalente às horas de trabalho a tempo integral durante um ano de uma pessoa 16 100 95 16 12 12 8 8 4 4 0 0 BE UK SE DE IE FR LU FI UE15 AT ES NL EL IT Em 2001, 4 Estados-membros receberam 64% dos pagamentos do FEOGA-Garantia, nomeadamente a França (22%), a Espanha (15%), a Alemanha (14%) e a Itália (13%). Desde 1990, os pagamentos à Bélgica, Dinamarca, Grécia, Holanda, Itália, Irlanda e Alemanha foram reduzidos, tendo o contrário acontecido relativamente ao Reino Unido, Espanha, Portugal e França. Sendo os pagamentos referidos ao número de hectares, a Bélgica, a Holanda e a Grécia são os países que recebem mais, embora os dois primeiros sejam os únicos que registam uma redução nesses termos desde 1995. No que diz respeito ao emprego, o montante dos pagamentos é mais elevado na Dinamarca, no Reino Unido, na Suécia e na Bélgica (Gráfico 3.1). Na Suécia, Finlândia e Irlanda, a quota de transferências do FEOGA em valor acrescentado agrícola bruto foi de mais de 50% em 2000–2001, situando-se abaixo de 20% apenas na Itália, Luxemburgo e 75 DK Devido à redução dos preços de mercado oficiais e ao aumento das ajudas directas aos produtores, em vez das que se relacionavam com o apoio aos preços, as ajudas directas (excluindo os pagamentos directos para o desenvolvimento rural) perfizeram 70% das despesas da PAC em 2000–2002. Pelo contrário, as medidas tradicionais da PAC, tais como ajudas à exportação ou à formação de stocks, representaram apenas 14,5% da despesa em 2000–2002, tendo a mesma correspondido a 22% no período de 1995–1997. PT Fonte: DG Agricultura e Eurostat 100 95 75 25 25 5 5 0 125 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:37 0 167 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 3 — Impacto das políticas comunitárias: competitividade, emprego e coesão 100 95 75 25 5 0 100 Holanda. De uma forma geral, a quota aumentou entre 1995–1996 e 2000–2001, embora tenha diminuído na Bélgica. O aumento foi particularmente importante no Reino Unido, na Áustria e em Espanha. Aumentou também na Alemanha, na Grécia e em França relativamente ao emprego e ao número de hectares, tendo contudo descido em relação ao valor acrescentado agrícola. Os pagamentos a Portugal e a Espanha aumentaram também, embora o primeiro continue a ser o único país da coesão onde o nível de apoio é menor do que a média da UE, quer os pagamentos sejam feitos por referência ao emprego, aos hectares ou ao valor acrescentado agrícola. Em 2001, o mais importante efeito directo da PAC sentiu-se no rendimento de propriedades médias a grandes (representando 40% do rendimento) e não no rendimento de grandes (28%) ou pequenas (24%) propriedades. Ao mesmo tempo, cerca de 5% dos beneficiários das propriedades maiores recebeu metade do total dos pagamentos, sendo os produtores especializados de cereais e os produtores de gado os principais beneficiários. Fora das regiões Objectivo 1, as medidas para o desenvolvimento rural são financiadas pelo FEOGA-Garantia. Nas regiões Objectivo 1, essa secção financia as três acções de acompanhamento introduzidas como parte integrante da reforma da PAC — o agro-ambiente, a reforma antecipada dos agricultores e a florestação de terrenos agrícolas — bem como o apoio a zonas montanhosas e desfavorecidas. Todas as medidas são dirigidas a prioridades específicas para o desenvolvimento rural, nomeadamente o desenvolvimento de um sector agrícola competitivo que respeite o ambiente, a diversificação das actividades agrícolas e a promoção de áreas rurais multi-funcionais, apoio à competitividade das áreas rurais no seu todo e a preservação do património rural europeu. 100 95 75 Do total do financiamento para o desenvolvimento rural do FEOGA (cerca de EUR 49,5 mil milhões no período de 2000–2006, excluindo o LEADER+, que representa mais EUR 2 mil milhões), EUR 32 mil milhões provêm do FEOGA-Garantia. Destes, 10,4 mil milhões são destinados às regiões Objectivo 1. Incluindo o financiamento do FEOGA-Orientação (num total de EUR 17,5 mil milhões), a soma global para o desenvolvimento rural em regiões Objectivo 1 totaliza EUR 27,9 mil milhões, ou seja, 56% do total destinado a esse fim em toda a UE. Estes números revelam a forte ligação entre a política de desenvolvimento rural e os objectivos prioritários da coesão económica e social. 95 Contudo, a análise das medidas implementadas mostra que, da soma total de EUR 49,5 mil milhões, apenas cerca de 10% são gastos em medidas para reforço da economia rural que não estão ligadas a actividades agrícolas (tais como a diversificação no sentido do turismo e artesanato, serviços e desenvolvimento das aldeias). Uma grande parte dos fundos para o desenvolvimento rural (EUR 23,4 mil milhões, 47% do total das duas secções do FEOGA ou 73% do FEOGA-Garantia) é destinada às acções de acompanhamento atrás referidas. 5 75 25 0 Quanto ao futuro da PAC, o Conselho de Bruxelas de Outubro de 2002 estabeleceu a quantia nominal de gastos em gestão de mercado e pagamentos directos para cada um dos anos entre 2007 e 2013, baseando-se num crescimento anual de 1%. Tal implica uma redução das despesas em termos reais nos termos do primeiro pilar. As despesas referentes ao segundo pilar da PAC não foram ainda determinadas, embora fosse reafirmado que, de acordo com os objectivos da Agenda 2000, a PAC deveria, de futuro, salvaguardar os interesses dos produtores das regiões desfavorecidas da actual UE, em especial, mantendo um sector agrícola multi-funcional em todas as regiões da UE. Em Junho de 2003, o Conselho de Ministros da Agricultura, reunido no Luxemburgo, acordou numa reforma da PAC para os períodos de 2004 a 2006 e de 2007 a 2013. Os quatro elementos principais dessa reforma são os seguintes: – a separação entre as ajudas directas e a produção através da introdução de um pagamento único por propriedade, o qual se referirá ao respeito pelo ambiente, à segurança alimentar e ao bem-estar dos animais. A regra geral será que os Estados deverão separar os pagamentos para cereais e para animais a partir de 2005, embora seja possível continuar a pagar alguns subsídios ao abrigo do sistema antigo até 2006; 100 95 – uma redução progressiva de pagamentos directos a propriedades maiores (designada “modulação”); 75 25 25 5 5 126 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:37 168 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 3 — Impacto das políticas comunitárias: competitividade, emprego e coesão 100 95 100 – 75 25 5 0 – uma série de medidas sectoriais destinadas aos mercados agrícolas e tendentes à redução dos preços; o reforço do segundo pilar, através da introdução de novas medidas para a promoção do ambiente, da qualidade e do bem-estar dos animais, bem como para ajudar os agricultores a cumprir as normas comunitárias, financiadas em parte pelas poupanças provenientes da modulação, ou seja, pela transferência de alguns dos montantes obtidos a partir da redução de pagamentos directos a grandes propriedades. Os potenciais efeitos futuros da PAC sobre a coesão dependerão, mais do que no passado, dos objectivos definidos pelos Estados-membros e pelas regiões, se for esse o caso, que terão uma maior amplitude para determinar a forma dos pagamentos directos. Ao mesmo tempo, os agricultores terão uma maior flexibilidade de decisão quanto à produção, a qual deverá ser mais orientada para o mercado e garantir um rendimento mais estável, bem como aumentar a eficácia das transferências de rendimentos. 100 95 75 O desenvolvimento rural ocupa um lugar de maior destaque na nova PAC. Haverá lugar a uma efectiva transferência de fundos do primeiro pilar para o segundo, através de uma redução dos pagamentos directos de 3% em 2005, 4% em 2006 e 5% de 2007 até 2013 (um processo designado por “modulação”, como foi já referido). Uma transferência de 5% significará mais EUR 1,2 mil milhões por ano para financiamento do desenvolvimento rural e da protecção ambiental, melhoria da qualidade e do bem-estar animal, e ainda apoio aos agricultores na aplicação das novas normas comunitárias. A distribuição dos montantes adicionais ao abrigo do segundo pilar, como consequência do processo de “modulação”, será efectuada tendo como base os critérios de coesão ao nível dos Estados-membros (área agrícola, emprego agrícola e PIB per capita). Além disso, a taxa do co-financiamento comunitário das medidas agro-ambientais foi elevada para 85% nas regiões Objectivo 1 e para 60% nas outras. O alargamento levará a um significativo agravamento das disparidades na agricultura e a um aumento da sua natureza dúplice, devido ao grande número de pequenas propriedades nos países da 25 adesão com maior emprego do que na UE15. O número de empregados no sector agrícola na UE aumentará de cerca de 6,5 milhões para 10,5 milhões, elevando a quota de emprego total de 4% para 5,5%, que seriam 7,5% se a Bulgária e a Roménia também fizessem parte da UE. O valor acrescentado agrícola aumentará menos de 8%. 75 25 5 0 Com bases nos números apresentados, 9 dos 10 novos Estados-membros terão o estatuto de Objectivo 1em todas ou quase todas as respectivas regiões, estimando-se que cerca de dois terços do financiamento das duas secções do FEOGA para o desenvolvimento rural sejam canalizadas para essas regiões da futura UE25. Pescas O principal objectivo da Política Comum das Pescas é o de reforçar a competitividade do sector. A política integra quatro elementos: a conservação dos stocks de peixe, a reestruturação das pescas e da piscicultura, a organização do mercado do peixe e de produtos associados e os acordos de pescas com países terceiros. A reforma de 2002 incidiu essencialmente nos dois primeiros elementos, tendo introduzido um sistema de planeamento a mais longo prazo, com o objectivo de manter os stocks de peixe e reabastecer os que atingiram níveis graves de empobrecimento. Foram, portanto, introduzidas medidas de emergência para protecção dos stocks e dos eco-sistemas marinhos. No que se refere ao elemento reestruturante desta política, introduziu-se um novo sistema de limitação da capacidade da frota pesqueira, dando mais responsabilidade aos Estados-membros para equilibrar a respectiva capacidade em relação aos stocks existentes. Além disso, para reorientar as medidas estruturais comunitárias é necessária uma redução progressiva dos auxílios estatais às empresas privadas que desejem modernizar as suas frotas, mantendo-se, no entanto, os apoios para a melhoria das condições de segurança e de trabalho. Essas medidas serão apoiadas pela criação de um novo Fundo de emergência para incentivar a desactivação dos barcos de pesca. Foi recentemente lançado um plano de acção da Comissão para resolver as questões decorrentes 5 0 95 100 95 75 25 5 127 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:37 0 169 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 3 — Impacto das políticas comunitárias: competitividade, emprego e coesão 100 95 75 25 100 que os stocks se encontrem muito ameaçados, a fim de possibilitar um nível de rendimento razoável a longo prazo, e para apoio à conversão desses barcos para outros fins; das consequências sociais, económicas e regionais da reestruturação. Nesta fase, é difícil identificar quais as regiões e as áreas que serão mais afectadas pelas quotas pesqueiras que foram estabelecidas. 0 Serão estabelecidos, no futuro próximo, alguns planos para reposição dos stocks das espécies mais ameaçadas. Esses planos incluirão normas para o cálculo da taxa anual de captura das referidas espécies, bem como medidas para a redução da respectiva pesca e ainda para monitorização e controlo. No curto prazo, as reduções das capturas levarão inevitavelmente a uma redução dos rendimentos das pescas, cuja extensão será variável no âmbito da UE. As actividades ligadas às pescas (construção naval, fornecedores, processamento e venda de peixe e produtos piscícolas) serão afectadas em graus diferentes, dependendo da respectiva articulação com a indústria pesqueira. O efeito do alargamento na Política Comum das Pescas será, por esse motivo, limitado. Por outro lado, tornar-se-ão necessárias medidas estruturais significativas para que a reestruturação e a modernização do sector seja possível. – Como reconheceram sucessivos Conselhos Europeus, é necessário um controlo firme dos auxílios estatais para que se atinjam os objectivos de Lisboa. Neste sentido, foi solicitado aos Estados-membros que reduzissem a quantia total de auxílios e que a reorientassem para áreas horizontais de interesse comum, incluindo os objectivos da coesão. 3.2 Auxílios estatais nos Estados-membros, 2001 % do PIB 100 1,6 Total dos auxílios 1,6 1,4 Total dos auxílios, excluindo agricultura, pescas e transportes 1,4 1,2 1,2 1,0 1,0 0,8 0,8 0,6 0,6 0,4 0,4 0,2 0,2 95 75 0,0 0,0 FI DK BE LU IE DE FR PT EL IT UE15 AT NL Fonte: DG COMP, Painel de Avaliação dos Auxílios Estatais 25 ES SE UK 5 0 Dez dos países da adesão possuem costas marítimas, embora apenas a Polónia e os três Estados Bálticos tenham um sector de pescas significativo. No entanto, a captura total desses três países equivale a menos de 7% da captura total da UE (embora equivalha a 17% se incluirmos a Turquia), mesmo tendo em conta a piscicultura. Desde o início da transição que estes países tiveram uma quebra substancial da captura de peixe, consequência da exploração excessiva dos stocks e da perda de mercados na antiga União Soviética. No prazo mais longo, a reposição dos stocks, o aumento das capturas e a menor concorrência entre navios de pesca em actividade numa dada área deverão permitir um aumento da rentabilidade, o qual poderá compensar muito favoravelmente a redução da actividade nos períodos de recuperação dos stocks. Por esse motivo, os Estados-membros deverão estar preparados para dar resposta às consequências sociais e económicas da necessária reestruturação do sector: através da concessão de subsídios para a desactivação de barcos de pesca nos casos em 75 25 através de compensações pela perda de rendimentos durante períodos temporários de suspensão de pesca, dentro dos limites e nos termos das condições especificadas na Política Comum das Pescas. – 5 95 Complementaridade entre auxílio estatal e política de coesão O controlo dos auxílios estatais pode dar um contributo muito positivo para a coesão. Concedendo ajudas apenas às regiões e sectores que dela mais necessitam e em que a mesma ajuda tenha um efeito menor em termos da distorção da concorrência, o controlo servirá para concentrar o auxílio nas regiões que mais precisam de ser estimuladas, contribuindo assim para reduzir as disparidades regionais dentro da UE. Ao mesmo tempo, a disciplina exercida pelo controlo incentivará os 5 100 95 75 25 5 128 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:37 170 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 3 — Impacto das políticas comunitárias: competitividade, emprego e coesão 100 95 100 95 3.1 Auxílios estatais per capita nos Estados-membros, 1997-2001 75 75 Auxílio total per capita (PPC) Auxílios totais per capita excluindo agricultura, pescas e transportes (PPC) 1997-1999 1999-2001 Variação % 1997-1999 1999-2001 Variação % EU15 251,0 226,0 -10,0 123,0 97,0 -21,1 BE 322,0 325,0 0,9 83,0 80,0 -3,6 DK 274,0 360,0 31,4 144,0 186,0 29,2 DE 313,0 288,0 -8,0 179,0 157,0 -12,3 EL 185,0 155,0 -16,2 73,0 61,0 -16,4 ES 178,0 154,0 -13,5 112,0 90,0 -19,6 FR 286,0 263,0 -8,0 145,0 109,0 -24,8 IE 320,0 329,0 2,8 226,0 188,0 -16,8 IT 284,0 231,0 -18,7 132,0 84,0 -36,4 LU 450,0 578,0 28,4 108,0 82,0 -24,1 NL 207,0 246,0 18,8 43,0 44,0 2,3 AT 265,0 251,0 -5,3 65,0 61,0 -6,2 PT 252,0 177,0 -29,8 190,0 133,0 -30,0 FI 439,0 396,0 -9,8 89,0 78,0 -12,4 SE 169,0 169,0 0,0 48,0 48,0 0,0 UK 112,0 115,0 2,7 53,0 42,0 -20,8 25 5 0 25 5 0 IE: Os dados abrangem o período 1998-1999 em vez de 1997-1999. Fonte: DG COMP, Painel de Avaliação dos Auxílios Estatais Estados-membros no sentido de subsidiarem esquemas que dão resultados tangíveis, tanto para os próprios Estados como para a UE na sua globalidade e, por esse motivo, irá certamente melhorar a eficácia da intervenção pública. A despesa geral em auxílios estatais em toda a UE teve uma redução de EUR 102 mil milhões em 1997 para EUR 86 mil milhões em 2001. Essa redução foi devida a uma quebra significativa dos auxílios aos serviços financeiros, à indústria do carvão, à agricultura e à indústria, bem como às regiões assistidas (Gráfico 3.2). indústria e que a diferença entre o respectivo nível nos Estados-membros mais prósperos e nos quatro países da coesão pouco se alterou no mesmo período. Os países da coesão (11,5% do PIB da UE em 2001) continuaram a ser responsáveis por 10% da despesa total em auxílio estatal ao sector da indústria em 1999–2001, enquanto que a quota-parte relativa às quatro grandes economias (Alemanha, França, Itália e Reino Unido — 72% do PIB da UE em 2001) sofreu uma redução de 79% em 1997–1999 para 76% em 1999–2001. Auxilio às regiões desfavorecidas 100 95 75 O nível dos auxílios estatais em relação ao PIB teve uma redução em 12 dos 15 Estados-membros da UE entre 1997–1999 e 1999–2001 (Quadro 3.1), em termos do compromisso assumido no Conselho de Estocolmo no sentido de uma redução dos auxílios, no máximo até 2003. Além disso, a percentagem dos auxílios para apoio de objectivos horizontais aumentou em dez pontos entre os dois períodos. Contudo, o Quadro dos Auxílios Estatais mostra que há ainda disparidades significativas entre Estados-membros no que se refere aos auxílios à Em 2001, cerca de EUR 8 mil milhões relativos a auxílios estatais, aproximadamente 9% do total25, destinaram-se a regiões da UE classificadas como regiões de tipo “a”26, que correspondem quase precisamente às regiões Objectivo 127. Esta quantia foi muito menor do que o máximo de EUR 27 mil milhões em 1993, quando a Alemanha (EUR 17 mil milhões) e a Itália (EUR 7 mil milhões) representaram cerca de 90% do total. Em 2001, os mesmos dois países foram ainda responsáveis por mais de metade dos auxílios regionais, embora em termos 100 95 75 25 25 5 5 0 129 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:37 0 171 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 3 — Impacto das políticas comunitárias: competitividade, emprego e coesão 100 95 75 25 5 0 100 absolutos a quantia gasta tivesse sido muito menor do que fora 8 anos antes (EUR 2,5 mil milhões na Alemanha e EUR 2,1 mil milhões na Itália). Essa redução máxima correspondeu a auxílios aos novos Länder Alemães, que receberam quantias substanciais imediatamente a seguir à unificação. Contudo, entre 2000 e 2001, o valor global dos auxílios de tipo “a” permaneceram sem grandes alterações. Apoio a outras regiões problemáticas Em 2001, cerca de EUR 800 milhões de auxílios estatais (excluindo a agricultura, as pescas e os transportes) foram canalizados para regiões totalmente intervencionadas de tipo “c”28, coincidindo estas praticamente com as regiões elegíveis para apoio do Objectivo 2 dos Fundos Estruturais. Além disso, quase EUR 4,5 mil milhões foram canalizados para as regiões de tipo “c” da nomenclatura NUTS 2 que eram parcialmente intervencionadas. Lamentavelmente, a ausência de dados abaixo do nível NUTS 2 significa que não é possível determinar a proporção desses auxílios canalizada para partes intervencionadas das regiões 29, nem comparar a quantidade de auxílio entre Estados-membros. Embora a maior parte dos Estados-membros tenha reduzido o auxílio estatal e o tenha re-canalizado para objectivos horizontais, de acordo com a estratégia da UE, a reorientação desse auxílio é menos evidente no sentido dos objectivos da coesão, uma vez que se verificou uma quebra nos apoios regionais. Auxílios estatais e os objectivos de Lisboa-Gotemburgo 100 95 75 As políticas sobre a coesão e sobre os auxílios estatais são complementares: ambas têm por objectivo contribuir para a agenda de Lisboa e Gotemburgo, procurando o crescimento, a competitividade e o desenvolvimento sustentável em toda a UE. Nas regiões menos desenvolvidas, o desafio que significa atingir os objectivos de Lisboa-Gotemburgo é, por definição, muito maior do que em quaisquer outras regiões. Daí a necessidade de ajuda acrescida (para investimento em bens públicos e promoção de capacidade institucional), de maiores intensidades de ajuda (para estimular o investimento interno) e de apoio substancial do Orçamento da UE (o elemento de “convergência”/”solidariedade” da política de coesão). A tarefa comum dessas políticas é a de estabelecer um contexto no qual os Estados-membros e as regiões possam, com níveis adequados de apoio da UE, organizar e implementar estratégias eficazes de crescimento e desenvolvimento, sem que haja efeitos adversos no desenvolvimento económico, quer ao nível regional ou nacional, quer ao nível da UE, e sem provocar uma atribuição errada de recursos orçamentais escassos. 95 75 25 5 0 Recentemente, a Comissão iniciou uma análise aprofundada das orientações existentes sobre ajudas regionais, as quais necessitam de ser revistas, para que os Estados-membros possam planear para o período após 2006, altura em que os mapas de ajuda actuais atingem o seu termo. Essa revisão terá em linha de conta o desenvolvimento da política de coesão ao nível da UE, bem assim como aos níveis das políticas nacionais e regionais que têm como alvo atingir os objectivos de Lisboa e Gotemburgo. Deverá ainda reflectir objectivos mais vastos no que se refere à política de auxílios estatais, com origem na agenda de Lisboa. O objectivo principal, confirmado pelos Conselhos de Estocolmo e Barcelona, será o de conseguir um auxílio “menor mas mais bem direccionado”, o que possivelmente implica uma abordagem mais temática fora das regiões menos desenvolvidas, bem como controlos mais firmes relativamente às formas de auxílio menos focalizadas e menos adequadas às necessidades. Em 2002, a Comissão adoptou também uma nova norma de isenção em bloco para os auxílios estatais para o emprego30, a qual, ao eliminar a necessidade de notificação prévia da ajuda para criação de empregos ou para promover a contratação de trabalhadores desfavorecidos, levará a uma simplificação dos procedimentos comunitários de co-financiamento relativamente a alguns esquemas de ajuda. Além disso, as novas normas têm explicitamente em consideração as características particulares das regiões mais fracas, providenciando no sentido de um aumento da intensidade da ajuda para a criação de empregos nessas regiões. 100 95 75 No que se refere a medidas de auxílio estatal não explicitamente cobertas pelos enquadramentos, 25 25 5 5 130 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:38 172 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 3 — Impacto das políticas comunitárias: competitividade, emprego e coesão 100 95 75 25 5 0 100 orientações e normas existentes, a Comissão irá continuar a considerar a possibilidade de introdução de um mecanismo para determinar se essas medidas distorcem a concorrência. Essa nova abordagem poderá dotar os Estados-membros da flexibilidade necessária para a intervenção em todas as regiões no sentido do apoio ao emprego, à competitividade e à coesão, de forma a alcançar os objectivos de Lisboa. Justiça e os assuntos internos: melhoria das condições de desenvolvimento Problemas como os altos níveis de criminalidade e a existência de crime organizado e de corrupção contribuem para a inibição do desenvolvimento económico das áreas por eles afectadas, em especial porque desencorajam o investimento, principalmente o investimento externo. A percepção de que a aplicação da lei não tem a capacidade de solucionar adequadamente estes problemas é mais um factor de desencorajamento. Um ambiente seguro no qual a lei é predominantemente respeitada constitui, por esse motivo, um requisito essencial para o desenvolvimento económico sustentável. Há três aspectos da política da UE especialmente relevantes para a política de coesão: – o reforço da capacidade judicial e administrativa, a cooperação transfronteiriça e a luta contra o crime organizado e a corrupção são importantes para a manutenção de um ambiente económico e político estável, que é, por seu turno, importante para o desenvolvimento. Este aspecto será ainda mais relevante na sequência do alargamento da União; – o envolvimento das autoridades locais e regionais no desenvolvimento e implementação de políticas de imigração e asilo. Essas autoridades, em conjunto com os parceiros sociais, as ONG e outros agentes locais, têm um papel cada vez mais primordial na integração de cidadãos de países terceiros na sociedade e na vida económica; 100 95 75 – a gestão das fronteiras externas, complementando assim as medidas transfronteiriças apoiadas pelos Fundos Estruturais. Apesar de haver necessidade de um melhor entendimento da geografia do crime e da vulnerabilidade de determinadas regiões relativamente ao crime organizado, é possível, ainda assim, dar particular destaque a certas regiões e áreas que têm um alto nível de criminalidade que pode afectar o respectivo desenvolvimento. 95 75 25 5 0 Embora haja grandes diferenças entre os diversos países, as taxas de crime organizado são especialmente elevadas em alguns dos países da adesão e revelam tendência para um aumento31. A forma de que se revestem as redes criminosas nesses países afecta directamente não apenas o respectivo desenvolvimento económico e o seu potencial, mas também a própria segurança na União. Por exemplo, a exploração de empresas legais (hotéis e outros sectores da indústria do turismo, equipamentos de cuidados de saúde, imobiliárias e a banca) como meio de penetrar numa região tem constituído um aspecto do modus operandi de grupos do crime organizado nesses países. Além disso, as organizações criminosas procuram aproveitar-se das debilidades dos sistemas administrativos e legais, constituindo a corrupção e a utilização de influências práticas relativamente importantes nos países da adesão. Os procedimentos relativos a aprovisionamentos e concursos públicos são especialmente vulneráveis à corrupção, sendo particularmente susceptível a combinação de grandes transferências de activos com instituições fracas. Os países da adesão fizeram esforços consideráveis, com o apoio do Programa PHARE, no sentido de desenvolverem estratégias anti-corrupção e de reforçarem as entidades responsáveis pelo cumprimento da lei. No entanto, a percepção da corrupção é maior do que nos Estados-membros actuais da UE, sendo em alguns casos marcadamente maior, e há por isso ainda muito a fazer na maioria dos países. As áreas urbanas, especialmente aquelas em que se concentram os sectores da população com mais problemas, que vivem em condições de habitação difíceis e com ausência de comodidades, são outro exemplo. A auditoria URBAN, levada a cabo pela Comissão, chamou a atenção para a ligação entre a urbanização e o crime. Quase todas as cidades entre as quais se podem estabelecer comparações têm taxas de crime mais elevadas do que o resto do país. Essas taxas são mais altas nas cidades do norte da UE e nas capitais de toda a União. Além 100 95 75 25 25 5 5 0 131 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:38 0 173 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 3 — Impacto das políticas comunitárias: competitividade, emprego e coesão 100 95 75 25 5 0 100 disso, segundo os últimos valores, essas mesmas taxas mostram tendência para aumentar na maioria das cidades. É significativo que a política estrutural da UE, especialmente no que se refere ao desenvolvimento urbano, inclua a taxa de crime nos critérios de dotação de fundos e também inclua o crime, em paralelo com a cooperação entre o poder judicial e a polícia, nas suas orientações de acção32. Outro exemplo ainda refere-se às regiões do sul de Itália, nas quais foram levados a cabo dois programas específicos do FEDER nos períodos compreendidos entre 1994 e 1999 e entre 2000 e 2006, tendo como objectivo o combate ao crime, a criação de um ambiente mais seguro e o aumento da confiança na lei, a fim de quebrar o círculo vicioso do atraso do desenvolvimento, das altas taxas de crime e da insegurança. O combate eficaz ao crime, organizado ou outro, na UE implica a necessidade de estabelecer os meios de concessão de apoio da UE aos esforços das regiões e das comunidades locais no sentido da resolução de tradições de crime enraizadas, as quais atrasam o desenvolvimento económico. Esse aspecto é especialmente importante no que se refere aos países da adesão, que não possuem os recursos necessários para o financiamento de medidas eficazes de combate ao crime organizado. Como atrás referido (Parte 1), torna-se necessária uma abordagem coordenada para a integração dos imigrantes na sociedade e na economia, o que implica que seja assegurado o acesso à educação e à formação, aos serviços sociais e de saúde, à habitação condigna, etc. Percepção das políticas comunitárias a nível regional 100 95 75 25 Por solicitação da Comissão, foram efectuados estudos de caso em 28 regiões no espaço da UE para análise da forma como as políticas comunitárias e os seus efeitos eram percepcionados por quem tem a responsabilidade de os implementar no terreno. As regiões seleccionadas abrangiam a quase totalidade dos Estados-membros e incluíam regiões Objectivo 1, bem como outras regiões com áreas elegíveis para o Objectivo 2 ou de todo não elegíveis para qualquer apoio dos Fundos Estruturais33. As políticas comunitárias a que foi dado maior relevo no estudo foram a PAC, a política da concorrência (auxílios estatais) e a política de I&D. A análise baseia-se nos dados de cada região e em entrevistas a funcionários regionais. Deve sublinhar-se que as opiniões que em seguida se apresentam correspondem aos pontos de vista desses mesmos funcionários, não representando necessariamente a opinião da Comissão. Mesmo não sendo possível generalizar os resultados do estudo, as conclusões que se podem retirar sobre o contributo das políticas comunitárias para a coesão económica e social revestem-se da maior utilidade. 95 75 25 5 0 Na maioria dos casos, a expressão “política comunitária” é entendida como equivalente a “fundos comunitários” e, em quase todos os casos, é dada atenção sobretudo aos montantes recebidos da PAC, dos Fundos Estruturais e dos auxílios estatais. Frequentemente, quando se referiam outras políticas comunitárias, como por exemplo a política ambiental, era dado maior realce ao contributo da PAC ou dos Fundos Estruturais para os aspectos em questão do que às políticas propriamente ditas. A grande maioria dos estudos de caso considerou que a política comunitária de coesão, especialmente sob a forma de projectos financiados pelos Fundos Estruturais, é a mais visível e aquela que tem mais impacto na respectiva região (ver Caixa na Parte 4). Esse aspecto deve ser sublinhado, uma vez que a política de coesão não era uma das áreas consideradas como prioritárias para os estudos de caso em termos de referência. O efeito positivo do mercado único e da união económica e monetária foi implicitamente reconhecido na maioria dos casos. Em alguns estudos de caso relativos a regiões Objectivo 1, verificou-se uma percepção mais reduzida do impacto positivo do mercado único na convergência e na coesão, reflexo de um reconhecimento do respectivo efeito em termos do decréscimo da importância de elementos deficitários na competitividade regional, tais como elos de comunicação inadequados ou a natureza periférica da zona. Nas regiões em que se verificava uma reestruturação industrial radical (West Midlands, Astúrias, Magdeburg e Saarland), concluiu-se que a conclusão do mercado interno tinha servido para 100 95 75 25 5 5 132 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:38 174 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 3 — Impacto das políticas comunitárias: competitividade, emprego e coesão 100 95 75 25 100 acelerar o processo de ajustamento estrutural iniciado anteriormente, dando origem a efeitos adversos ao nível do emprego. Simultaneamente, reconheceu-se e valorizou-se o importante papel desempenhado pelos Fundos Estruturais no acompanhamento desta política. 5 0 Todas as regiões se reconheceu o impacto significativo da Política Agrícola Comum (PAC), variando as observações relativas às suas consequências consoante o tipo de região. Nas regiões em que a agricultura constitui um sector primordial, reconheceu-se o efeito positivo dessa política em termos da melhoria do nível de vida dos agricultores, bem como na reestruturação, modernização e diversificação do sector. Por outro lado, esse aspecto revelou-se menos típico no que se refere às regiões de tipo mediterrânico ou com floresta, devido à percepção de que a PAC seria menos importante em termos do apoio à cultura em que essas regiões se especializam. A esse respeito, alguns dos entrevistados de regiões não incluídas no Objectivo 1 (em West Midlands, Irlanda e Nord-Pas-de-Calais, por exemplo) referiram que os financiamentos da PAC eram canalizados sobretudo para as empresas mais rentáveis e para as áreas mais desenvolvidas da região, o que poderá contribuir para o aprofundamento das disparidades, tanto no seio da própria região como entre regiões. O segundo pilar da PAC — o desenvolvimento rural — foi considerado como tendo efeitos mais limitados, dada a sua menor dimensão em termos de financiamento, embora seja reconhecido o respectivo contributo para a diversificação das áreas rurais. Foram generalizadas as apreciações positivas relativamente à Iniciativa Leader, nomeadamente no que se refere ao impulso dado às parcerias a nível regional. 100 95 Em algumas áreas rurais (Andalucía, Kentriki Makedonia), os estudos de caso sublinharam em especial os efeitos multiplicadores no que se refere à melhoria da capacidade de acesso dos produtos agrícolas aos mercados urbanos, resultado da conjunção do sector FEOGA-Orientação e do FEDER. 75 No geral, reconheceu-se o contributo positivo da integração de preocupações ambientais nas políticas de desenvolvimento regional, sendo também especificamente apontada a necessidade de normas mais rigorosas. No entanto, em algumas regiões, as normas europeias foram consideradas menos restritivas do que as próprias normas nacionais (especialmente nas regiões austríacas, suecas e finlandesas). Foi ainda afirmado que aquelas normas introduzem procedimentos que são simultaneamente inadequados às circunstâncias regionais e demasiado burocráticos. 95 75 25 5 0 Em quase todos os casos, foi sublinhada não só a estreita relação entre a política ambiental e a politica de coesão, como também a respectiva sinergia positiva. Na quase totalidade das regiões Objectivo 1, a política ambiental foi considerada mais como sendo o conjunto dos projectos financiados pelos Fundos Estruturais do que o conjunto das directivas e normas comunitárias. Ao mesmo tempo, algumas regiões referiram a necessidade de uma maior ligação entre a política ambiental e a PAC. (em Nord-Pas-de-Calais, Sardenha e Algarve). A situação relativa aos auxílios estatais foi objecto de algumas considerações especialmente fora dos países da coesão. De um modo geral, existe a percepção de que a ajuda concedida nem sempre correspondeu à gravidade dos problemas estruturais existentes. Em alguns casos, a opinião foi que esses apoios se concentraram mais em sectores em declínio do que se traduziram em esforços no sentido da modernização da capacidade produtiva das regiões em causa. Noutros casos, terá havido alguma confusão devida aos diferentes tipos de auxílios concedidos às PME, incluindo os diversos mecanismos financeiros. Foi também expressa uma preocupação relativa ao potencial “efeito de fronteira” que o auxílio estatal poderia ter relativamente às regiões vizinhas, se aplicado com intensidades diferentes. Em algumas regiões, foram reconhecidos os benefícios resultantes do financiamento proporcionado pelos Programas-Quadro I&D (especialmente em regiões do Reino Unido e da Alemanha, bem como em Creta). Tal como sucedeu no caso da política ambiental, verificou-se um grau significativo de sinergia entre I&D e a política de coesão. A maior parte dos estudos de caso, especialmente em regiões Objectivo 1, deram especial relevância à importância do investimento em infra-estruturas 100 95 75 25 25 5 5 0 133 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:38 0 175 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 3 — Impacto das políticas comunitárias: competitividade, emprego e coesão 100 95 75 25 5 100 e equipamento financiados pelos Fundos Estruturais. No entanto, em alguns casos, os Fundos Estruturais contribuíram até 10 vezes mais para as despesas regionais nesta área do que o Programa-Quadro, o que origina, a nível regional, a tendência para uma menor preferência por este último. 95 75 25 5 0 0 A política de inovação foi referida em vários casos, especialmente nas regiões Objectivo 2, sendo reconhecido o seu contributo para a diversificação e modernização da base produtiva e bem acolhidas as redes de inovação regionais34. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 100 95 75 27 Uma política de protecção dos consumidores sólida constitui igualmente um factor importante para o bom funcionamento dos mercados. COM(2002) 714 final, Política industrial numa Europa alargada. Livro Verde “Empreendedorismo na Europa’, COM(2002) 27 final. A Carta Europeia para as Pequenas Empresas foi aprovada pelo Conselho Europeu em Santa Maria da Feira, Portugal, em 18-19 de Junho de 2000 e pelos países candidatos em Maribor, Eslovénia, em Abril de 2002. cf. terceiro Relatório de Implementação, COM(2003) 21 final. Recomendação da Comissão de 6 de Maio 2003, C(2003)1422. Política de inovação: actualização da abordagem da União no contexto da estratégia de Lisboa, COM(2003) 112 final. Plano de Acção eEuropa 2005, COM(2002) 263 final. Investir na investigação: um plano de acção para a Europa, COM(2003) 226 final. Para um Espaço Europeu de Investigação, COM(2000) 6 final. http://www.innovating-regions.org Regiões de Conhecimento (KnowREG). Ver também http://www.cordis.lu/era/regions.htm Programa de trabalho detalhado sobre o acompanhamento dos objectivos dos sistemas de educação e formação da Europa (OJ C 142 de 14.6.2002). Conclusões do Conselho Europeu de Barcelona, que teve lugar a 15 e 16 de Março de 2002. “Educação & Formação 2010”: o sucesso da Estratégia de Lisboa depende de reformas urgentes. (Proposta conjunta de relatório intermédio da implementação do programa de trabalho detalhado sobre o acompanhamento dos objectivos dos sistemas de educação e formação da Europa.) COM(2003) 685 final. Conclusões do Conselho de 25 de Novembro de 2003 sobre o “Desenvolvimento do capital humano para a coesão social e para a competitividade na sociedade do conhecimento” (JO C 295 de 5 de Dezembro 2003). Decisão 1600/2002/EC, OJ L 242 de 10/9/2002. Como, por exemplo, a protecção dos solos; a protecção e a preservação do ambiente marinho; o uso sustentável de pesticidas; a poluição do ar; o ambiente urbano; a utilização e gestão sustentável de recursos; a reciclagem dos resíduos (Decisão 1600/2002/EC). OMS, Relatório Mundial de Saúde 2002, Genebra, 2002. Comissão Europeia, Os Fundos Estruturais e a sua Coordenação com o Fundo de Coesão: orientações para programas no período 2000-2006, EUROP, Luxemburgo 1999, e Mais Directrizes Indicativas para Países Candidatos, COM(2003) 110 final. SEC(2003) 106. Reforma Económica: Relatório sobre o funcionamento dos mercados de produtos e capitais da Comunidade, COM(2002) 743 final (“relatório Cardiff”). O black-out de Setembro de 2003 em Itália, por exemplo, que ocorreu numa altura de baixo consumo, foi devido não a qualquer falta de capacidade do sistema nem a qualquer acontecimento isolado, mas sim a uma falha na cadeia de tomada de decisões e a uma coordenação inadequada da rede europeia. Decisão 1254/96/EC. O Programa Plurianual “Energia Inteligente para a Europa” foi adoptado pelo Conselho em Novembro de 2002, atribuindo EUR 190 milhões em quatro anos para a promoção da utilização de fontes de energia renováveis e para conseguir uma redução dos gases de efeito de estufa, conforme acordado em Kyoto em 1997. Decisão 1336/97/EC Este montante representa menos de um quarto dos auxílios totais, excluindo a agricultura, as pescas e os transportes, em relação aos quais não existe informação sobre a repartição das quantias gastas por região. Nos termos do Artigo 87º, parágrafo 3, do Tratado, certas áreas têm uma derrogação do princípio de que os auxílios estatais são incompatíveis com o mercado comum. O ponto “a” do parágrafo estabelece que os auxílios destinados ao incentivo da desenvolvimento económico em regiões onde o nível de vida é anormalmente baixo ou em que se verifica um nível grave de sub-emprego podem ser considerados compatíveis com o mercado comum. Em 2000, o estatuto da região de Lisboa e Vale do Tejo mudou de “a” para “c”. Uma vez que os dados actualmente disponíveis não permitem que se distingam os dois períodos, todos os auxílios para essa região são incluídos no estatuto “a”. Para os países da coesão, certos tipos de auxílio não se destinam a uma região precisa e sim ao país no seu todo. 100 95 75 25 25 5 5 134 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:38 176 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 3 — Impacto das políticas comunitárias: competitividade, emprego e coesão 100 95 100 28 75 29 25 5 0 30 31 32 33 34 Nos termos do Artigo 87º, parágrafo 3, do Tratado, o ponto c afirma que os auxílios destinados a apoiar o desenvolvimento de actividades ou regiões económicas específicas pode considerar-se compatível com o mercado comum desde que não distorça as condições do comércio de forma a que se oponha ao interesse comum. Não estão disponíveis dados sobre os auxílios estatais relativos a regiões abaixo do nível NUTS 2, o que não apresenta problemas para a avaliação da ajuda às regiões de tipo “a”, que são todas regiões NUTS 1 ou NUTS 2. Contudo, no que se refere às regiões de tipo “c”, acontece muitas vezes ser elegível apenas uma parte de uma região NUTS 2. Há, por isso, regiões de intervenção total, como Berlim, ou parcial, como Bayern. NOJ L 337, de 13.2.2002. Fontes: Relatórios anuais da Europol, relatórios da Transparency International Global sobre a corrupção, relatórios do Banco Mundial. Para uma agenda urbana na União Europeia, COM (1977) 197 final. As regiões incluídas no estudo foram: Hainault, na Bélgica, Oberbayern, Saarland e Magdburg, na Alemanha, Kentriki Makedonia e Kriti, na Grécia, Asturias, Cataluña e Andalucía, em Espanha, Bretagne, Nord-Pas-de-Calais e Limousin, na França, Border, Midland and Western and Southern, na Irlanda, Campania, Toscana e Sardegna, em Itália, Flevoland, nos Países Baixos, Steiermark, na Áustria, Algarve e Açores, em Portugal, Itä-Suomi e Estelä-Suomi, na Finlândia, Norra Mellansveriga e Övre Norrland, na Suécia, West Midlands, Highlands & Islands e Irlanda do Norte, no Reino Unido. Para outras reflexões sobre a questão geral, ver Comité Económico e Social Europeu, Parecer Exploratório sobre o contributo de outras políticas comunitárias para a coesão económica e social, Setembro 2003, documento que engloba a PAC, a política económica sob a forma do Pacto de Estabilidade e Crescimento, as políticas sobre a concorrência, o mercado interno, os transportes, a educação e a formação profissional. 95 75 25 5 0 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 0 135 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:38 0 177 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 3 — Impacto das políticas comunitárias: competitividade, emprego e coesão 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 0 0 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 136 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:38 178 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen 100 95 75 100 95 Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 75 25 25 5 5 0 0 Índice Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 138 Intervenções estruturais em regiões Objectivo 1: crescimento, convergência e integração . . . 140 Intervenção nas regiões Objectivo 2: reestruturação e criação de empregos . . . . . . . . . . 150 Apoio à agricultura, desenvolvimento rural e pescas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152 Promoção do emprego, educação e formação através do FSE . . . . . . . . . . . . . . . . . 154 Iniciativas Comunitárias: promover a cooperação e a constituição de redes . . . . . . . . . . . 156 Melhorar a eficácia dos métodos de gestão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 162 O alargamento e a política de coesão: os desafios para o futuro . . . . . . . . . . . . . . . . . 170 Debate sobre o futuro da política de coesão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 176 Anexo Estatístico da Parte 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 179 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 0 137 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:38 0 179 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 100 95 100 Introdução – um enquadramento económico sólido e estável; – uma escolha judiciosa de prioridades estratégicas (certos programas, tais como redes de transporte ou investimento em capital humano, dão um maior contributo que outros); 75 25 5 0 75 Esta secção do relatório analisa os resultados e o valor acrescentado das intervenções efectuadas ao abrigo da política de coesão da UE para o período 1994–1999. Tem igualmente em conta as principais alterações introduzidas no período 2000–2006, bem como os resultados preliminares relativos à implementação dos programas durante o mesmo período. A análise baseia-se sobretudo em avaliações ex post de quase todos os tipos de intervenções levadas a cabo durante o período 1994–1999. Foram obtidos bons resultados no que se refere à quantificação do impacto da intervenção, especialmente em grandes regiões Objectivo 1, onde os efeitos gerais podem ser medidos através de modelos macroeconómicos. Apesar das dificuldades de identificação do impacto da política de coesão fora das regiões Objectivo 1, há estudos de avaliação recentes que fornecem provas quantitativas dos efeitos positivos dos apoios da EU, em termos, por exemplo, de postos de trabalho salvos, criados ou redistribuídos. No entanto, como demonstra a experiência, há ainda uma série de dificuldades relativamente à quantificação dos efeitos da intervenção, devido a ausência de uma recolha sistemática de dados por parte dos sistemas de acompanhamento. 100 Contudo, a maior parte dos efeitos da política de coesão não pode ser expressa facilmente em termos quantitativos. Para lá do impacto líquido desta política sobre o PIB ou o emprego, o seu valor acrescentado decorre de outros aspectos, tais como o contributo dado ao desenvolvimento regional através de factores como o planeamento estratégico, as políticas de desenvolvimento integrado, as parcerias, a avaliação e o intercâmbio de experiências, de know-how e de boas práticas entre as diferentes regiões. Esses aspectos são também aqui analisados, a partir de dados fornecidos por estudos de avaliação, bem como a partir das opiniões da Comissão relativamente à forma como os Fundos Estruturais são actualmente implementados. 95 75 25 95 Deverá desde já sublinhar-se que a eficácia da intervenção depende também de se conseguirem condições favoráveis no terreno, especialmente no que se refere a: 25 5 – a taxa de absorção financeira , que depende da capacidade administrativa e funcional; – a qualidade os projectos, o que implica a necessidade de sistemas de selecção e implementação eficazes. 0 Analisam-se de seguida seis aspectos principais da política comunitária de coesão: em primeiro lugar, o contributo das políticas estruturais no apoio ao crescimento em regiões desfavorecidas e no reforço do seu desempenho, ajudando também a obter uma integração económica e social mais forte; em segundo lugar, os efeitos dessas políticas fora das regiões Objectivo 1; em terceiro lugar, o papel específico do Fundo Social Europeu (FSE) na promoção do emprego, da educação e da formação; em quarto lugar, o papel das políticas estruturais em termos do estímulo à cooperação e constituição de redes, incluindo ao nível local; em quinto lugar, os métodos utilizados para a implementação dos Fundos Estruturais e o seu contributo para a modernização da gestão das políticas administrativas; e, em sexto e último lugar, os êxitos referentes ao apoio pré-adesão nos novos Estados-membros e as primeiras lições a retirar para o período programático 2004–2006 — (Mapa 4.1). 4.1 Fundos Estruturais (todos os objectivos) por país, 2000-2006 3,0 % do PIB Outros Objectivo 1 2,5 3,0 2,5 2,0 2,0 1,5 1,5 1,0 1,0 100 0,5 0,5 95 0,0 75 0,0 PT EL ES IE IT FI DE UK FR AT SE NL BE DK LU Fonte: DG REGIO 25 5 5 138 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:39 180 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 100 100 95 95 75 75 Canarias (E) 25 25 Guadeloupe Martinique Réunion 5 5 Guyane (F) 0 0 Açores (P) Madeira R e g i o GI S 4.1 Fundos Estruturais, 2004-2006: zonas elegíveis ao Objectivos 1 e 2 Objectivo 1 Objectivo 2 Objectivo 1 100 Objectivo 2 Em conclusão (até 31/12/2005) Objectivo 2 (em parte) Em conclusão (até 31/12/2006) Em conclusão (até 31/12/2005) Programa especial Em conclusão (em parte) (até 31/12/2005) 100 95 95 75 Fonte: DG REGIO 0 100 500 km 75 © EuroGeographics Association para as fronteiras administrativas 25 25 5 5 0 139 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:39 0 181 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 100 100 95 Intervenções estruturais em 75 regiões Objectivo 1: crescimento, convergência e integração 25 5 0 A escala das transferências e a sua mobilização entre 2000 e 2006, as transferências atinjam um montante de cerca de 9% do investimento total em Portugal, 8% na Grécia, 7% no Mezzogiorno italiano, 4% nos novos Länder alemães e 3% em Espanha. 95 Adicionalidade: medir a despesa pública global 5 75 25 0 Apesar dos esforços feitos no sentido de consolidar as respectivas finanças públicas no final da década de 90 como preparação para a união económica e monetária (UEM), de um modo geral os Estados-membros continuaram a respeitar o princípio da adicionalidade, em termos do qual são obrigados a manter a despesa pública, ou equivalente, em políticas estruturais nas regiões em causa no mesmo nível geral da média relativa ao período programático anterior — excluindo, como é óbvio, a contribuição dos Fundos Estruturais (Gráfico 4.2). Embora a dimensão global dos Fundos Estruturais seja modesta relativamente ao PIB da UE (abaixo de 0,5%), os recursos estão concentrados na ajuda às regiões menos prósperas, com o PIB per capita mais baixo. No período 2000–2006, quase três quartos dos Fundos vão, portanto, para regiões que albergam um quarto da população da UE. No período de 2000 a 2006, as transferências para regiões Objectivo 1 da UE15 são equivalentes a EUR 127,5 mil milhões (ou EUR 18,2 mil milhões por ano), equivalendo a 0,9% do PIB em Espanha, 2,1% em Portugal e 2,4% na Grécia. O montante médio de auxílios per capita às regiões desfavorecidas é, no referido período, igual a 1999, o último ano do período programático anterior (Gráfico 4.1 e Quadro A4.1). Nos países total ou maioritariamente elegíveis para apoio ao abrigo do Objectivo 1 houve um aumento considerável do investimento público — de 66% na Irlanda, 24% na Grécia e 18% em Portugal. Noutras regiões Objectivo 1 ou Objectivo 6, o aumento variou entre 36%, na Áustria, e 14% na Suécia1. Essas transferências têm o efeito de possibilitar que os Estados-membros menos ricos atinjam níveis mais altos de investimento em capital humano e físico em regiões desfavorecidas do que os que seriam possíveis sem as referidas transferências, ajudando assim a melhorar a sua competitividade a longo prazo. Estima-se que, no período Em três casos, Alemanha, Espanha e Itália, as despesas relativas ao período compreendido entre os anos de 1994 e 1999, ficaram abaixo do nível do período anterior. Na Alemanha e na Espanha, no entanto, onde a despesa pública desceu 20% e 2%, respectivamente, entre os dois períodos, a redução não infringiu o princípio da adicionalidade, uma vez que o nível 4.2 Adicionalidade – Variação na despesa nacional média por fora excepcionalmente elevado ano com os programas dos Fundos Estruturais, 1989-93 no período anterior. até 1994-99 Variação % AT 26,8 FI 24,3 NL 23,5 EL 19,6 FR 18,1 PT 17,7 BE 100 O efeito de alavanca como meio de aumento dos fundos de desenvolvimento 35,8 13,8 SE -2,4 ES 95 75 DE -19,9 IT -20,2 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 50 60 SE: média 1991-92; DE: média 1991-93; AT, FI: média 1993-94 Fonte: DG REGIO 70 A exigência de os subsídios comunitários serem co-financiados por fontes nacionais, que, segundo revelam as análises efectuadas, é em grande medida respeitada, faz também aumentar o financiamento disponível para investimento. Embora esse 100 95 75 25 25 5 5 140 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:40 182 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 100 100 95 95 75 25 5 0 Efeito de alavanca das parcerias público-privadas As parcerias público-privadas (PPP) podem constituir um método adequado para financiar o investimento sempre que haja margem significativa para envolver o sector privado por forma a fornecer serviços não só mais eficazes, mas também mais eficientes em termos de custo-benefício. Apesar das PPP estarem bastante desenvolvidas em vários países, especialmente no Reino Unido e na França, esta experiência tem sido até agora limitada, em parte devido às restrições decorrentes do quadro de regulamentação actualmente em vigor. Se houver projectos com perspectivas de uma taxa de rentabilidade razoável, a intervenção pública torna-se totalmente desnecessária. De facto, há casos em que os subsídios governamentais a projectos de PPP podem diminuir o custo do capital para o sector privado, levando assim a um sobre-investimento. Quando se põe a hipótese de levar a cabo um determinado projecto através de uma parceria público-privada, é preciso considerar os custos potenciais decorrentes da subcontratação do fornecimento de bens e serviços. No caso de infra-estruturas de grande porte, onde não há certezas em relação à procura futura, os custos de um contrato a longo prazo podem ser elevados, se tal contrato não for flexível. Se, por exemplo, as previsões de utilização futura forem demasiado baixas, contratos inadequados poderão levar o operador privado a sub-investir em capacidade adicional no futuro. Nos actuais programas co-financiados pelos Fundos Estruturais, as PPP podem assumir múltiplas formas: 100 95 75 1. Nos transportes rodoviários e vias navegáveis, regista-se uma aceitação cada vez maior das PPP enquanto método eficiente de financiamento da construção. Em projectos como a Ponte Vasco de Gama em Portugal, ou a auto-estrada Drogheda na Irlanda, o sector privado é geralmente responsável pela concepção, a construção, o funcionamento e o financiamento, enquanto que os custos de construção são recuperado ao longo do tempo através das portagens pagas pelos utilizadores. O papel do sector público é o de supervisionar o projecto mediante a conclusão de um contrato com cláusulas adequadas. 2. Os modelos PPP podem também ser aplicados a contratos para prestação de serviços específicos, onde o governo remunera directamente a entidade privada que fornece os serviços, sem qualquer tipo de custo para o utilizador final. Este conceito está a ser utilizado cada vez mais em 75 I&D e na transferência de tecnologias entre as universidades e as empresas. Por exemplo, o projecto Octopus na região de Oulou, um programa Objectivo 2 no norte da Finlândia, estabeleceu uma PPP visando estimular a inovação e a criação de empresas. O projecto, com duração de dois anos (2002–2004) constituiu uma rede de cooperação sob a direcção da cidade de Oulou, um centro de aplicações para telemóveis, com muitas empresas de alta tecnologia, operadores de telecomunicações e centros de ensino e investigação. 3. 25 5 0 Para além disso, os modelos PPP podem ser utilizados em situações onde se justifica o envolvimento do sector público para que determinada política alcance objectivos mais vastos. Nestes casos, as PPP podem ser uma forma de garantir não só financiamentos, mas também maior eficiência, por exemplo, acelerando a implementação. No Reino Unido, por exemplo, o acesso a novas fontes de capital permitiu que os promotores levassem a cabo projectos de forma mais rápida, eliminando os constrangimentos impostos pelos ciclos orçamentais do governo. Um caso ilustrativo é o Fundo Especial de Investimento de Merseyside, um programa Objectivo 1 criado em 1995 e que fornece capitais próprios, financiamentos intermédios e pequenos empréstimos às PME da região. As PPP parecem particularmente interessantes para os países da adesão devido às necessidades de co-financiamento, aos constrangimentos orçamentais e à necessidade de serviços públicos eficientes, de uma maior estabilidade do mercado e do processo de privatização. No passado, o BEI e o BERD já estiveram envolvidos em tais parcerias para fornecer empréstimos ao sector privado. Contudo, as PPP funcionam somente quando existe um empenhamento político explícito por parte dos governos nacionais no sentido de envolver o sector privado em projectos do sector público. É necessário um enquadramento claro para a aplicação das PPP às diferentes políticas, uma vez que os modelos variam de caso para caso dependendo, por exemplo, da quantidade de custos que podem ser recuperados através de taxas de utilização e do grau dos objectivos sociais a atingir. Qualquer enquadramento de PPP aplicado no contexto dos Fundos Estruturais deveria, para todos os projectos que ultrapassem uma certa dimensão, obrigar a uma avaliação da possibilidade de utilizar um modelo de PPP. O BEI e o FEI poderiam oferecer um precioso contributo neste sentido. 100 95 75 25 25 5 5 0 141 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:40 0 183 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 100 95 75 25 5 0 100 facto possa não ser adicional da mesma forma que o são as dotações financeiras comunitárias, na medida em que o montante em questão provavelmente terá sido de qualquer modo gasto nesta área, os Fundos Estruturais contribuíram para a deslocação do investimento para as áreas em que a despesa poderá ter o máximo impacto e valor acrescentado. Por cada Euro atribuído através dos Fundos Estruturais a regiões Objectivo 1 no período 1994–1999, o efeito de alavanca sobre a despesa pública nacional foi em média de 0,6 Euros, variando entre 2,5 nos Países Baixos e 0,4 na Alemanha. Além disso, as intervenções dos Fundos Estruturais asseguraram nalguns casos um investimento significativo do sector privado, embora as expectativas iniciais sobre a escala a que tal poderia suceder não se tenham confirmado nas regiões Objectivo 1. No período 1994–1999, os efeitos de alavanca foram mais fortes na Áustria, na Alemanha, nos Países Baixos e na Bélgica, onde, por cada Euro atribuído pelos Fundos Estruturais, a despesa pública variou entre 3,8 e 1,2 Euros. Nos países da Coesão, bem como em França e no Reino Unido, os efeitos de alavanca foram menos significativos. (Quadro A4.2). Complementaridade entre os Fundos Estruturais e os empréstimos do BEI Nos últimos 15 anos, o Banco Europeu de Investimento (BEI) ultrapassou o dobro dos empréstimos para desenvolvimento regional2. No período de 2000 a 2002, a média dos empréstimos para esse efeito foi de cerca de EUR 20 mil milhões por ano, ao passo que os empréstimos nos países da adesão perfizeram cerca de EUR 3 mil milhões por ano. O conjunto desses dois empréstimos representou cerca de dois terços do montante total de empréstimos do Banco. Mais de 50% dos empréstimos concedidos às áreas beneficiárias de auxílios da UE nesse mesmo período beneficiaram regiões Objectivo 1, incluindo as que receberam apoio transitório (Quadro A4.3). 95 75 25 5 0 Cerca de 35% dos empréstimos individuais beneficiaram os transportes, a área principal subsidiada nas regiões Objectivo 1, tendo cerca de 16% beneficiado empresas privadas da indústria, serviços e agricultura, e o restante sido repartido entre a energia, as telecomunicações, o ambiente e a saúde e a educação. Embora tenha havido um montante relativamente pequeno para apoio ao investimento em capital humano, através de empréstimos para saúde e educação, o montante envolvido aumentou significativamente entre 2000 e 2002, ajudando à solução das disparidades da oferta de educação e formação nas áreas de intervenção. Essas diferenças reflectem também a natureza das intervenções, as quais, nos países da coesão, foram mais dirigidas às infra-estruturas e recursos humanos, que atraem contribuições privadas menores do que as intervenções que têm como objectivo o apoio ao desenvolvimento das empresas. Em Os principais sectores beneficiados nos países da média, o investimento privado totalizou 18% da adesão são os transportes, o ambiente e a energia, despesa total em regiões Objectivo 1, ao contrário no seu conjunto responsáveis por 90% dos dos cerca de 40% em áreas Objectivo 2, reflectindo em 4.3 Repartição da afectação dos Fundos Estruturais nas regiões grande parte o maior interesse Objectivo 1: todos os Estados-membros, 2000-2006 das últimas no desenvolvimento Outros das empresas (apoio a serviços 2% Ambiente produtivo para empresas, financiamento 34% para investimento de PME, etc.). Infra-estruturas 41% 100 95 75 A despesa prevista para o período entre 2000 e 2006 indica que o efeito de alavanca sobre o investimento público é semelhante ao do período anterior em termos da escala relativa em países diferentes, embora pareça ser menor no que se refere ao investimento privado. 100 95 75 Recursos humanos 23% Fonte: DG REGIO 25 25 5 5 142 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:40 184 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 100 95 75 25 100 empréstimos individuais no período entre 2000 e 2002, embora o apoio à educação e formação tenha sido o que mais aumentou (em 2002, o triplo de 2001). Além disso, cerca de 14% dos empréstimos beneficiam PME e projectos locais de infra-estruturas, através de intermediários financeiros. 5 0 Nos anos mais recentes, foram iniciadas várias operações inovadoras com o objectivo de melhorar a eficácia dos empréstimos do BEI para apoio da coesão, através, por exemplo, do co-financiamento directo de projectos individuais. O BEI esteve igualmente envolvido no apoio à estratégia de Lisboa, por exemplo através da concessão de empréstimos para investimento em educação e cuidados de saúde e ainda em sectores de alta tecnologia, especialmente nos países da adesão, ajudando na solução do problema das disparidades regionais no que se refere às competências e à capacidade de inovação, bem como na melhoria da capacidade de atracção das regiões relativamente ao investimento por parte das empresas. 95 75 25 Prioridades financiadas: contributo para a realização dos objectivos da UE 5 0 Como foi referido na Parte 1 do presente relatório, as disparidades verificadas em muitos dos mais importantes factores estruturais que afectam a longo prazo a competitividade das regiões foram reduzidas nos últimos 10–15 anos. As deficiências na dotação de infra-estruturas inscritas nos objectivos dos Fundos Estruturais diminuíram significativamente, enquanto os níveis de educação aumentaram em toda a UE, mas mais acentuadamente nas regiões mais desfavorecidas, aumentando assim o Melhorar a accessibilidade em Espanha Leipzig: Empresas e ciência sob o mesmo tecto As políticas de coesão em Espanha durante o período 1994–1999 concentraram-se principalmente nas infra-estruturas, cuja falta era considerada como o maior obstáculo ao desenvolvimento regional. Um caso particular foram os transportes, que absorveram cerca de 40% dos apoios estruturais, tendo como resultado um melhoramento considerável das comunicações. Ao abrigo dos Fundos Estruturais (incluindo o Fundo da Coesão) foram co-financiados aproximadamente 2400 km de auto-estradas e 3400 km de itinerários principais construídos em regiões Objectivo 1 durante este período. No actual período 2000–2006, estão a ser construídos outros 2500 km de auto-estradas e cerca de 700 km de outras rodovias. Estará assim assegurada uma melhoria significativa da acessibilidade, com uma redução da duração dos percursos de 20% e uma diminuição dos acidentes rodoviários de 40% até ao ano 2006. 100 95 75 Em Maio de 2003, a cidade de Leipzig inaugurou um centro biotecnológico único no seu género – “Biocity” – que coloca à disposição dos investigadores da Universidade de Leipzig e das empresas uma superfície de 20000 metros quadrados de modernas instalações. O FEDER contribuiu com EUR 17 milhões dos EUR 50 milhões do custo total do investimento. Seis professores da Universidade de Leipzig ligados à biotecnologia transferiram as suas actividades para o novo complexo. Biocity teve sucesso imediato, considerando que em Dezembro de 2003, poucos meses após a abertura, 60% do espaço disponível já estava ocupado. O centro fornece amplos serviços de consultoria e acompanhamento a novas empresas em áreas como as finanças e os direitos de patentes. Quatro importantes empresas de biotecnologia de Leipzig mudaram as suas instalações para este centro com o objectivo de estarem mais perto das investigações em curso e de potenciais parceiros. Os investimentos na rede ferroviária visaram melhorar as linhas existentes, mais do que expandir a rede. Entre 1989 e 1999, os aumentos da electrificação e a construção de linhas em via dupla afectaram mais de um terço da rede ferroviária. Graças a estes melhoramentos, o número de passageiros tem registado um constante aumento desde 1989. No actual período de programação, a rede ferroviária de alta velocidade será ulteriormente alargada, de 623 km para 1140 km até 2006, enquanto cerca de EUR 6 mil milhões provenientes do Fundo da Coesão serão utilizados para melhorar a linha ferroviária Madrid-Barcelona-fronteira francesa. O projecto Leipzig faz parte da política de apoio a núcleos de biotecnologia implementada pela Saxónia e que prevê, como próximo passo, a abertura de um “Centro de Bio-inovação” em Dresden, na Primavera de 2004. O plano de longo prazo contempla a criação de um eixo de desenvolvimento biotecnológico que englobará as cidades de Dresden, Leipzig, Halle e Jena. 100 95 75 25 25 5 5 0 143 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:40 0 185 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 100 95 75 25 5 0 100 capital humano. Foram também registadas melhorias a nível do ambiente (Gráfico 4.3 e Quadro A4.4). Melhorar a acessibilidade Os Fundos Estruturais apoiaram o desenvolvimento de redes transeuropeias de Transportes (TEN-T) nas regiões Objectivo 1 e nos países da coesão. No período actual, de 2000 a 2006, serão utilizados para esse efeito cerca de EUR 1,3 mil milhões por ano do Fundo de Coesão e entre EUR 850 milhões e 1,4 mil milhões por ano do FEDER, de um total do montante de financiamento dos Fundos para os transportes que ascendem a cerca de EUR 4,1 mil milhões, cerca de um terço do qual é destinado a construção de estradas e auto-estradas (Quadro A4.5). Foi melhorado o acesso às regiões através da construção ou melhoramento de, pelo menos, 4.100 km de auto-estradas e 32.000 km de outras estradas. Os Fundos Estruturais contribuíram, por exemplo, para a construção de mais de 500 km de auto-estradas na Grécia durante a década de 90, enquanto em Espanha estão já em funcionamento quase 400km de caminhos-de-ferro para comboios As comunidades educativas online na Grécia O projecto rede de escolas Gregas (Greek schools network — GSN), financiado pela UE, visa tirar partido das mais avançadas tecnologias de informação e comunicação e aplicações de e-learning para criar uma nova rede de educação. Com uma dotação de EUR 35 milhões (75% dos quais ao abrigo dos Fundos Estruturais), a rede abrange escolas primárias e secundárias bem como os gabinetes administrativos do Ministério da Educação e engloba um total de mais de 8000 ligações. 100 95 75 O projecto articula-se em quatro fases diferentes. Em primeiro lugar, as escolas obtêm computadores e hardware de rede local (os “laboratórios escolares”). Num segundo momento, estes laboratórios são ligados a uma rede de comunicações. Em seguida, o projecto GSN fornece aos utilizadores serviços telemáticos para o ensino, a colaboração e a comunicação. Finalmente, os utilizadores GSN têm acesso a conteúdos educativos através de um portal construído especificamente para este projecto. de alta velocidade que ligam Sevilha e Madrid, encontrando-se em construção mais cerca de 1.100 km de via, o que se traduzirá numa substancial redução dos tempos de viagem e numa maior acessibilidade das regiões periféricas em causa. 95 A utilização eficaz dos Fundos Estruturais relativamente à TNT-E baseia-se numa abordagem de longo prazo integrada numa estratégia coerente para o transporte e para o desenvolvimento regional no seu todo. Torna-se assim possível a coordenação com outras medidas e com o desenvolvimento de redes secundárias. Permite-se também uma atenção especial à inter-conectividade entre diferentes meios de transporte e modos alternativos às estradas, favorecendo assim o desenvolvimento sustentável. 5 75 25 0 O valor acrescentado comunitário do apoio aos transportes poderia ser maior se as prioridades fossem mais bem coordenadas e se houvesse mais financiamento para programas do tipo INTERREG, que aplicam o princípio do planeamento transfronteiriço, evitando assim as quebras nas redes transeuropeias quando estas chegam às fronteiras nacionais. O túnel rodoviário de Somport, que atravessa os Pirinéus e foi aberto no início de 2003, constitui um exemplo dessa ausência de planeamento transfronteiriço, uma vez que a nova auto-estrada, financiada pelo Fundos de Coesão no lado espanhol, se transforma numa velha estrada nacional ao chegar a França. Reforço do Espaço Europeu de Investigação Na última década, as políticas estruturais contribuíram significativamente para o aumento da capacidade de investigação, especialmente nas regiões Objectivo 1. Para o período 2000–2006 foram atribuídos cerca de EUR 1,2 mil milhões por ano, com o objectivo de financiar programas de I&D e inovação. O valor acrescentado dos Fundos Estruturais tem consistido no apoio ao desenvolvimento de novas capacidades de investigação nas regiões mais desfavorecidas, aumentando assim as possibilidades de sustentar o crescimento. Contudo, em alguns casos, parece ter existido um investimento excessivo em centros de investigação em relação tanto às necessidades como ao potencial, o que levou à sua subutilização. No entanto, há também 100 95 75 25 25 5 5 144 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:40 186 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 100 95 75 25 5 0 100 exemplos de sucesso, especialmente na Irlanda e nos países nórdicos. nacionais e regionais e contribui para a prossecução dos objectivos de Lisboa e da Iniciativa eEuropa. Uma vez reconhecido o facto de que o investimento em infra-estruturas e equipamento não é por si só suficiente para desenvolver a economia baseada no conhecimento, as políticas estruturais apoiaram também a introdução de estratégias regionais de I&D e inovação que vão ao encontro das necessidades e das oportunidades de desenvolvimento locais. A escala de despesas dos Fundos Estruturais nesta área é determinada por factores como o grau de maturidade do mercado de TIC, a densidade populacional, a existência de competências para a utilização da tecnologia e a capacidade de planear esse tipo de desenvolvimento. As 20 regiões principais, ordenadas em termos da despesa em TIC per capita, incluem 6 regiões gregas e duas espanholas; 7 são ilhas ou maioritariamente insulares, e uma grande proporção regiões Objectivo 1, que consideram as TIC estrategicamente importantes para o respectivo desenvolvimento. Os Fundos Estruturais como meio de desenvolver a Sociedade da informação Em termos globais, são atribuídos cerca de EUR 700 milhões por ano de financiamento proveniente dos Fundos Estruturais, ou seja, pouco menos de 4% do total, para desenvolvimento da Sociedade da Informação nas regiões Objectivo 1, o que reflecte a prioridade dada a esta questão pelas autoridades Estações eólicas na costa portuguesa 75 25 5 0 Em termos da formulação das políticas, as prioridades regionais nesta área são amplamente consistentes com as que foram estabelecidas no Plano de Acção eEuropa 2002. Contudo, nas regiões Objectivo 1, dá-se normalmente maior ênfase ao desenvolvimento de competências em TIC e dos serviços administrativos online. No período programático 2000–2006, são atribuídos através do Fundo Social Europeu (FSE) cerca de EUR 9 mil milhões para o desenvolvimento do capital humano e promoção do emprego. Desse montante, um pouco mais de metade (EUR 4,5 mil milhões por ano) é destinado às regiões Objectivo 1, representando a Espanha cerca de 28%, os novos Länder alemães, 19% e a Grécia e Portugal 12–13% cada. As medidas financiadas consistem especialmente em programas para o mercado de trabalho activo, que têm por objectivo promover a empregabilidade de grupos desfavorecidos, de jovens à procura de ingressar no mercado de trabalho e de desempregados de longa duração, e ainda facultar educação e formação para desempregados e empregados, especialmente os que trabalham em SME e são vulneráveis à perda dos seus postos de trabalho. Essas medidas incluem também o apoio para melhoria dos sistemas de educação e de formação nacionais e serviços públicos de emprego. Hoje, a estação eólica é constituída por 12 turbinas Wind World W-2800 de fabrico dinamarquês, que terão uma duração de pelo menos 20 anos. Cada turbina tem uma altura de 31 metros e um diâmetro de rotação de 28 metros. As turbinas são repartidas em 3 conjuntos de 4 e interligadas através de um sistema de fibras ópticas que permite o seu controlo à distância. 95 75 Promoção do emprego e das competências através do investimento no capital humano A ideia de construir uma estação eólica em Portugal ocorreu, em 1990, a um grupo de empresários dinamarqueses, um dos quais visitara Melides. A zona litoral, exposta aos ventos provenientes de oeste, parecia ideal para tal projecto. Foi seleccionado um terreno de sete hectares em Monte Chãos, uma colina de 100 metros de altitude situada a 3 km da costa de Sines. As obras tiveram início em Abril de 1991 e as primeiras turbinas eólicas estavam prontas seis meses depois. 100 95 A estação gera uma corrente de 380 volts captada por três postos de transformação onde a voltagem é convertida em 15000 volts e distribuída na rede eléctrica nacional. A potência máxima de cada gerador é de 150 kWh, valor obtido quando o vento atinge uma velocidade de 40 km por hora. A produção anual é de cerca de 2,5 milhões de kWh, o que equivale à energia consumida para uso doméstico na cidade de Sines. 100 95 No período de 1994–1999, em que o volume total de financiamentos às regiões Objectivo 1 totalizou cerca de EUR 3,1 mil milhões por ano, o FSE 75 25 25 5 5 0 145 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:41 0 187 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 100 100 95 95 75 75 Resultados econométricos relativos à convergência 25 5 0 A análise econométrica confirma que se tem verificado alguma convergência no PIB per capita no espaço da União. Se considerarmos o crescimento em termos reais do PIB per capita em 197 regiões (NUTS 2) entre 1980 e 2001 e dividirmos este valor em três períodos (1980–88, 1988–94 e 1994–2001), o crescimento manifesta uma tendência significativa para ser inversamente proporcional ao PIB per capita inicial. Esta tendência, conhecida tecnicamente por convergência beta, é manifesta em cada período, o que significa que as regiões com os mais baixos níveis de PIB per capita no ano de base tiveram, em media, o maior crescimento do PIB per capita. Para além disso, o ritmo de convergência definido nestes termos (conforme indica o valor do coeficiente beta) aumentou em cada período sucessivo desde que os apoios dos Fundos Estruturais para as regiões Objectivo 1 foram inicialmente introduzidos (em 1988) e depois reforçados (em 1994). Por outro lado, entre as regiões Objectivo 1, as com os mais baixos níveis iniciais de PIB per capita geralmente registaram os crescimentos mais rápidos especialmente nos períodos 1988–1994 e 1994–2001 (novamente, segundo o coeficiente beta). Assim, a convergência beta verificou-se quer no interior do conjunto Objectivo 1, quer entre estas regiões e o resto da União. (A convergência beta no conjunto das regiões Objectivo 1 foi particularmente forte no período 1988–94, reflectindo em parte as elevadas taxas de crescimento dos novos Länder alemães.) 25 5 0 Uma análise deste período indica também que as disparidades regionais do PIB per capita diminuíram entre 1980 e 2001 (medidas mediante a variância do logaritmo do PIB per capita no espaço regional), de forma que, no mesmo período, verificou-se igualmente o que em termos técnicos é designado por convergência sigma. O grau de convergência neste sentido, todavia, foi relativamente baixo entre 1994 e 2001. (Note-se que a convergência beta não implica necessariamente a convergência sigma, uma vez que é possível que as regiões com o mais baixo PIB per capita registem um crescimento mais rápido sem que se verifique uma diminuição geral das disparidades regionais.) Convergência regional Nº de regiões PIB per capita (% da taxa de crescimento) Convergência beta taxa por ano (%) R-Quadrado 197 2,0 0,5 0,94 55 1,9 0,4 0,87 142 2,0 2,1 0,92 197 1,3 0,7 0,97 55 1,4 3,1 0,94 142 1,2 0,8 0,95 197 2,3 0,9 0,97 1980–88 Todas as regiões UE15 Regiões Objectivo 1 Outras regiões 1988–94 Todas as regiões UE15 Regiões Objectivo 1 Outras regiões 1994–2001 Todas as regiões UE15 Regiões Objectivo 1 Outras regiões 55 2,6 1,6 0,92 142 2,1 0,0 0,96 Fonte: DG REGIO 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 146 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:41 188 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 100 95 75 25 5 0 100 forneceu um apoio substancial às medidas referentes ao mercado de trabalho activo, financiando cerca de 40–50% das medidas desse tipo em Espanha e em Portugal em 1998, por exemplo. Ajudou também a financiar a reestruturação e a expansão de serviços públicos de emprego na Grécia, Irlanda e Portugal. Além disso, em Portugal, o FSE contribuiu para o aumento da proporção de estudantes do ensino superior de 26% do total para 34% durante o período programático. Em Espanha contribuiu também para incentivar um grande número de empresas a oferecer pela primeira vez formação contínua. Crescimento e convergência real entre as regiões… Os estudos de avaliação do actual período programático efectuados estimam que as intervenções estruturais em regiões Objectivo 1 possam levar à criação de cerca de 700.000 postos de trabalho, acrescentando quase 4% ao emprego em Portugal (187.000 postos de trabalho) e 2,5% na Grécia (100.000 postos de trabalho). Prevê-se ainda que os efeitos sobre o emprego sejam também significativos nos novos Länder alemães, no sul de Itália e em Espanha (acrescentando 1–2% em cada caso). A conclusão principal a retirar da análise econométrica é a de que houve uma recuperação significativa por parte das regiões Objectivo 1 em termos do PIB per capita, bem como uma redução das disparidades entre elas. Verificou-se, ao mesmo tempo, uma redução consistente das diferenças de produtividade entre as regiões Objectivo 1 e o resto da UE15 nos últimos 20 anos, especialmente nas regiões mais desfavorecidas dos países da coesão, o que sugere que a recuperação em PIB per capita tem uma base sólida, permitindo que se espere a continuação da convergência no futuro. A redução das diferenças de produtividade foi mais marcada nos anos de crescimento do final da década de 80, em parte devido aos novos países que entraram na UE e que beneficiaram da remoção das barreiras comerciais. Contributo para o desenvolvimento sustentável A sustentabilidade ambiental é essencial para a manutenção do desenvolvimento regional no longo prazo. A geração actual de Programas do Fundo Estrutural foi adoptada antes do lançamento da actual estratégia comunitária para o desenvolvimento sustentável. Apesar disso, as intervenções estruturais encaram o desenvolvimento como prioridade horizontal e integram explicitamente as questões ambientais nos objectivos de coesão económica e social que têm por meta atingir. Segundo uma avaliação recente, a eficácia da intervenção poderia, em muitos casos, ser melhorada se se tornassem mais explícitas as compensações potenciais entre os três objectivos, e ainda se se procurasse uma melhor articulação com as políticas sectoriais e nacionais. 100 95 75 A melhoria do ambiente e a sua protecção de danos maiores constituem objectivos integrais das intervenções estruturais. Daí que uma grande parte dos Fundos Estruturais tenha sido destinada ao investimento financeiro em infra-estruturas ambientais, nomeadamente para a gestão dos resíduos e tratamento das águas residuais, sobretudo no sul da UE. 95 75 Como foi referido na Parte 1, verificou-se um crescimento significativo desde 1989 no PIB per capita no conjunto das regiões Objectivo 1 em relação à média da UE15, enquanto o emprego e a produtividade cresceram comparativamente aos aumentos verificados noutras regiões. Esses desenvolvimentos favoráveis são apoiados por estudos empíricos recentes que analisaram a extensão da convergência regional verificada3 (ver Caixa sobre comprovação econométrica). A mesma análise indica igualmente que existe alguma relação entre os montantes de ajudas estruturais disponibilizados e o crescimento real do PIB. As regiões que receberam mais ajuda por pessoa tiveram geralmente um maior crescimento, e vice-versa. Muitas dessas regiões situavam-se na Grécia e em Portugal. Simultaneamente, em de várias regiões gregas e portuguesas o PIB cresceu, em termos médios, menos do que se esperaria em relação ao montante dos apoios estruturais recebidos. Foi também o que sucedeu na maior parte das regiões Objectivo 1 da Alemanha e da Itália, onde, como se refere na Parte 1, o crescimento parece ter sido deprimido pelo baixo nível de crescimento do resto do país. Por outro lado, na maior parte das regiões espanholas, o crescimento foi maior do que os montantes de apoio estrutural recebidos implicariam, o que possivelmente reflecte a influência da vitalidade da economia nacional (Gráfico 4.4). 25 5 0 100 95 75 25 25 5 5 0 147 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:41 0 189 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 100 100 95 75 4.4 Afectação dos Fundos Estruturais e aumento do PIB por região Objectivo 1, 1995-2001 80 Aumento real do PIB 1995-2001 80 IE 70 70 25 60 5 0 60 IE 50 50 40 NL ES EL 30 EL EL ES PT Obj. 1 ES EL EL FR AT EL ES não Obj.1 DE UK ES EL IT UK EL IT BE DE UK DE R = 0.15 PTEL 10 0 0 20 PT 1 2 3 4 5 Afectação anual (% do PIB regional em 1995) 10 0 6 … e os Estados-membros Como já referido, na totalidade dos quatro países da coesão, o crescimento do PIB foi superior ao resto da UE no período 1991–2002. Embora a diferença fosse relativamente pequena no caso de Portugal (2,2% ao ano em comparação com a média de 2% da EU15), ela excedeu um pouco o 0,5% ao ano tanto na Grécia como em Espanha, ao passo que na Irlanda foi substancialmente mais elevada (uma média de cerca de 4,5% ao ano superior). Algumas simulações efectuadas4 indicam que as intervenções estruturais5 estimularam o crescimento, tanto através do aumento da procura como através do reforço da oferta da economia (por via da melhoria das infra-estruturas e do capital humano), contribuindo assim para a convergência. Em resultado dessas intervenções, calcula-se que, em 1999, o PIB em termos reais foi cerca de 2,2% mais elevado na Grécia do que teria sido sem as referidas intervenções, enquanto que, em Espanha, a percentagem correspondente foi de 1,4%, na Irlanda 2,8% e em Portugal 4,7%. Essas diferenças reflectem claramente o alto grau de abertura das economias irlandesa e portuguesa em comparação com a Grécia e a Espanha, especialmente a última, devido à maior dimensão do respectivo mercado interno (Quadros A4.6 e A4.7). 95 75 75 25 5 0 PT PT Fonte: Eurostat, Contas regionais e cálculos DG REGIO 100 95 30 ES 20 40 2 PT EL transformação radical do sector, tal como aconteceu na Irlanda em finais dos anos 80. A intervenção esteve também associada a um aumento significativo do investimento — que, em consequência disso, se calcula ter sido 24% mais elevado em Portugal e 18% na Grécia em 1999 — que assumiu especialmente a forma de um aumento de infra-estruturas e de capital humano. O crescimento do PIB esteve ligado em grande parte à indústria, sector sobre o qual o efeito da intervenção foi mais pronunciado em Portugal do que nos outros países, provocando um “efeito de arrastamento” sobre os serviços mercantis, e onde os fluxos de investimento directo estrangeiro levaram a uma O crescimento do PIB está também ligado ao crescimento da produtividade laboral, cujas disparidades mostraram, naquele período, uma tendência para se reduzirem. Em Portugal, onde o sector industrial ainda se concentra em unidades industriais de mão-de-obra maioritariamente intensiva, calcula-se que o ganho em produtividade devido à intervenção estrutural tenha correspondido ao dobro do aumento verificado ao nível do emprego. Em Espanha, os aumentos da produtividade laboral (2%) e emprego (1,5%) contribuíram em proporção semelhante para o crescimento do produto industrial. Calcula-se que, nos novos Länder alemães, o efeito da intervenção do Fundo Estrutural sobre o PIB foi significativo (tendo o respectivo nível aumentado cerca de 4% em 1999), em parte devido à maior depressão das condições iniciais. No sector industrial, o crescimento dos primeiros três anos que se seguiram à unificação esteve associado, tal como em Portugal, a um forte aumento do emprego, seguido depois por ganhos de produtividade, devido à introdução de novas tecnologias substanciadas no investimento acrescido, financiado em parte pelos Fundos Estruturais. Na Irlanda do Norte, as estimativas indicam que o efeito da intervenção estrutural foi modesto, elevando o nível do PIB apenas um pouco acima de 1% em 1999. Os efeitos são mais visíveis ao nível dos serviços mercantis (especialmente em serviços para as empresas e formação profissional), e parecem quase não ter surtido impacto na indústria. Existe uma solução de compromisso entre a convergência nacional e a regional? Afirma-se muitas vezes que as disparidades internas, em termos das diferenças de PIB per capita entre regiões, têm, nas primeiras fases da convergência, uma tendência inicial para se agravarem, uma vez que o 100 95 75 25 25 5 5 148 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:41 190 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 100 95 75 25 5 0 100 crescimento ao nível nacional aumenta para um nível relativamente alto. Nessa perspectiva, considera-se que o crescimento da economia nacional é impulsionado como consequência de a actividade económica se concentrar em algumas áreas, especialmente grandes cidades e conurbações. Assim, as primeiras fases de recuperação de uma economia parecem ser caracterizadas por um conflito entre a convergência nacional e regional. Esse conflito potencial é relevante não apenas para os países da coesão, mas também para a estratégia de desenvolvimento que os países da adesão da Europa central deveriam seguir. À excepção da Bulgária, a dispersão regional do PIB per capita é maior em todos os maiores países da adesão do que nos países da coesão, tendo, além disso, aumentado significativamente desde meados da década de 90, principalmente devido à alta taxa de crescimento das maiores cidades, que constituem os principais pólos de crescimento. Pelo contrário, como se afirmou na Parte 1, as disparidades regionais nos países da coesão — os principais beneficiários dos apoios estruturais — não tiveram grandes alterações, apesar de o crescimento nacional ser superior à média da UE. A única excepção é a Irlanda, cuja actividade económica se centralizou ainda mais em Dublin. A possibilidade de haver uma “solução de compromisso” entre a convergência nacional e a convergência regional leva a crer que os países da adesão têm que optar, a curto prazo, entre um maior crescimento nacional do PIB per capita e a redução das disparidades regionais. Em alguns casos, o apoio estrutural parece ter favorecido a convergência nacional (Irlanda), enquanto que noutros mostrou uma tendência para contrariar os efeitos da polarização da actividade económica (Espanha). No entanto, a experiência indica que a existência de uma solução de compromisso desse tipo depende em parte da distribuição espacial da actividade económica e dos núcleos populacionais do país em questão. Os Fundos Estruturais como meio de integração económica 100 95 75 As economias europeias estão a tornar-se mais integradas, o que se reflecte no crescimento do comércio e nos fluxos de investimento entre elas. As políticas da UE promoveram activamente o estreitamento dessa integração, especialmente em termos da realização do mercado interno, da introdução de uma moeda comum e do alargamento futuro. Com o apoio das políticas de coesão — que estimularam os fluxos comerciais e influenciaram a localização da actividade económica — essa integração mais estreita levou a uma diminuição das disparidades entre as economias. 95 75 25 5 0 As trocas comerciais entre os países da coesão e resto da UE aumentaram mais do dobro na última década. Parte desse aumento reflecte os ganhos para outros países obtidos a partir dos apoios estruturais às regiões menos favorecidas. Assim, as estimativas das tabelas de entradas-saídas indicam que cerca de um quarto dessas despesas regressam ao resto da UE, sob a forma de aumento de exportações, especialmente em maquinaria e equipamento, como PIB e aumento do investimento. Essa “fuga” é particularmente grande para a Grécia (42% do apoio estrutural) e para Portugal (35%) (Quadro A4.8). Uma proporção substancial dos Fundos Estruturais destina-se a infra-estruturas de transportes, que afectam tanto a localização da indústria, aumentando o interesse das regiões em causa, como estimula a respectiva actividade económica, aumentando os ganhos e os rendimentos reais. As simulações efectuadas sobre os efeitos de uma série de projectos de transporte financiados pelo Fundo de Coesão sugerem que os ganhos de rendimentos poderão ser significativos (calcula-se que o efeito combinado dos projectos de auto-estrada de Egnathia e Pathe, por exemplo, tenha feito aumentar cerca de 9% o rendimento na Macedónia Oriental). Tendo em conta os efeitos mais amplos da intervenção estrutural na redução dos custos de produção na região em questão, não só através da redução dos tempos de viagem, mas também através da maior produtividade que resulta do reforço da oferta da economia, os efeitos no PIB (que se calcula vir a ser 3% mais elevado em Andalucía e cerca de 2% mais elevado no Mezzogiorno em 2006, como consequência dos programas co-financiados da UE). Segundo um estudo recente, as intervenções do Fundo Estrutural podem também afectar a localização de actividades com grande intensidade de I&D, incentivando-as a estabelecer-se em regiões assistidas e possibilitando, assim, uma distribuição mais equitativa de oportunidades de crescimento em toda a UE. 100 95 75 25 25 5 5 0 149 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:41 0 191 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 100 100 95 75 25 5 0 Revitalização económica em Wolverhampton, Reino Unido Em Wolverhampton, têm, há já alguns anos, vindo a ser desenvolvidos esforços no sentido de gerar novos postos de trabalho para substituir os que se perderam na siderurgia e em outras indústrias. A UE tem desempenhado um papel fundamental na facilitação da mudança. No início dos anos 90, a UE promoveu uma abordagem mais estratégica à regeneração económica muito diferente do mero financiamento de projectos de infra-estruturas isoladas, como havia sido feito nos anos 80. Após auditorias e consultas aprofundadas com a comunidade e as empresas locais, foi elaborado um plano detalhado de revitalização urbana. Os fundos da UE foram canalizados para duas zonas principais da cidade: – o Bairro Cultural: o edifício Chubb, onde antigamente se fabricavam fechaduras e cofres, é agora sede de uma série de PME ligadas à área dos multimedia e representa o ponto fulcral do Bairro. Os projectos para melhorar a Art Gallery, o Grand Theatre e o Arena Theatre da Universidade, juntamente com iniciativas de formação e de apoio às empresas, estão a criar um conjunto de oportunidades a nível económico nas áreas da cultura e dos media; – o Bairro All Saints: o projecto Urban Village é uma abordagem baseada na comunidade local que visa melhorar as condições de vida numa das áreas mais pobres da região, através da criação de empresas comunitárias, o apoio aos grupos mais desfavorecidos e a promoção de empresas na área da cultura e dos media. Entre 1993 e 1998, o programa de reanimação económica levou à criação de 1500 postos de trabalho e de 75 PME, das quais 32 são especialmente vocacionadas para as actividades culturais. Intervenção nas regiões Objectivo 2: reestruturação e criação de empregos 100 95 75 25 Para além do apoio às regiões Objectivo 1, os Fundos Estruturais ajudam também a apoiar o desenvolvimento económico noutras áreas da UE que se debatem com problemas estruturais e não tanto com um menor desenvolvimento. Segue-se uma análise dos principais efeitos dessa intervenção durante o período entre 1994 e 1999 revelados por estudos de avaliação recentes: Durante o período entre 1994 e 1999, um total de 82 regiões com 62 milhões de habitantes (17% da população da UE15) recebeu apoios do Objectivo 2 destinados a ajudar áreas afectadas pelo declínio industrial, menos do que os 73 milhões que viviam nas áreas apoiadas no período anterior. O montante da despesa aumentou de EUR 1,2 mil milhões por ano para EUR 2,8 mil milhões por ano — 11,5% do total dos Fundos Estruturais — o que significa um aumento de ajuda por pessoa nessas áreas de EUR 16 por ano para EUR 44 por ano. No período 2000–2006, esse montante tinha sido fixado em EUR 3,2 mil milhões por ano (a preços de 1999), sendo destinado a áreas rurais e industriais em declínio (cobertas pelo Objectivo 5b no período 1994–1999), o que implica um montante médio de ajuda por pessoa um pouco menor (EUR 41). 95 75 25 5 0 No período 1994–1999, a ajuda concentrou-se num grande número de pequenas áreas de 12 Estados-membros, sendo que o Reino Unido recebeu quase um terço do total e a França cerca de um quarto, o que significa que, em conjunto, os dois países representaram um pouco menos de 60% do número total de habitantes de regiões Objectivo 2. Em conjunto, a Espanha e a Alemanha receberam também um quarto do total, tendo 8 outros países beneficiado dos restantes 20%. As contribuições do Fundo Estrutural totalizaram quase um terço da despesa global elegível para programas do Objectivo 2, tendo as fontes dos governos nacionais disponibilizado um montante equivalente e o sector privado o restante. Em termos dos tipos de projectos apoiados, as despesas em infra-estruturas perfizeram 27% do total no período 1994–1999 (menos do que os 36% do período anterior). Esse montante destinou-se em especial à reconversão de antigas unidades industriais e construção de novos edifícios. Mais 25%, representando mais do dobro do montante relativo ao período anterior, destinou-se a apoio às empresas e, em especial, a medidas estratégicas tais como a facilitação de acesso das PME a serviços empresariais avançados e a consultadoria, promovendo a engenharia financeira e dando apoio ao ingresso das empresas no comércio internacional, ao estabelecimento de empresas, e ainda a apoiar 100 95 75 25 5 5 150 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:42 192 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 100 100 firmas individuais. Um pouco menos de 20% dos apoios destinou-se a formação e desenvolvimento das competências da mão-de-obra, sobretudo com financiamento do FSE. Além disso, um pouco menos de 10% da despesa foi dedicada ao apoio a I&D e TIC (Quadro A4.9). 95 75 25 5 0 NOVI, Dinamarca Quando o norte da Dinamarca se tornou elegível para os apoios estruturais ao abrigo do Objectivo 2, registavam-se naquela zona elevados níveis de desemprego resultantes do declínio da actividade piscatória e de outras indústrias tradicionais. Apesar disso, todavia, em vez de aplicar os financiamentos da UE nestes sectores, tomou-se a decisão de desenvolver actividades baseadas no conhecimento. 75 25 5 Essa despesa teve o importante efeito de ajudar a reestruturar as indústrias tradicionais e a diversificar a actividade económica em áreas Objectivo 2. Com base em estudos de avaliação detalhados, calcula-se que a intervenção dos Fundos Estruturais tenha levado à criação de 700.000 postos de trabalho em áreas assistidas durante o período 1994–1999 — ou um pouco menos de 500.000 em termos líquidos, se tomarmos em linha de conta os efeitos de deslocação (ou seja, os novos postos de trabalho criados que substituíram alguns dos existentes)6. Ao mesmo tempo, cerca de 300.000 PME receberam ajuda para melhoria dos respectivos métodos de produção e procura de novos mercados, para além do reforço dos serviços de apoio às empresas disponíveis. NOVI representa uma combinação única no seu género: é ao mesmo tempo um parque científico, um ambiente de inovação e um fornecedor de capital de risco. Criado em 1989, NOVI tem actuado como catalizador para o desenvolvimento de empresas baseadas no conhecimento no norte da Dinamarca, em estreita colaboração com a Universidade de Aalborg. Enquanto centro de tecnologia e inovação, tem desempenhado um papel importante na expansão empresarial e contribuído substancialmente para a criação de emprego na região. O NOVI Science Park acolhe um dos conjuntos mais vastos de empresas I&D na Dinamarca. Para além disso, a NOVI Innovation tem promovido uma cooperação activa entre centros de investigação, empresas e mercados de capitais, garantindo assim a exploração comercial de novas ideias. Desde 1989, NOVI está envolvido no investimento de capital de risco, tendo-se transformado num recurso nacional considerável, com uma base financeira que ultrapassa os EUR 67 milhões. Ajudou também a criação da NorCOM, um conjunto de empresas industriais da região especializadas no desenvolvimento e produção de instrumentos para a comunicação móvel e a navegação, que atrai cada vez mais investimentos estrangeiros. Estes efeitos reflectem-se numa redução do desemprego nas áreas em questão que é superior ao resto da UE relativamente ao período programático (em média, 3,1% da mão-de-obra entre 1996 e 2000, comparado com a quebra de 2,3% no total da UE7. A redução foi sobretudo importante em áreas com forte preponderância de indústrias tradicionais em processo de reestruturação, não raro representando perto de 40% do emprego total, o que indica que a perda de postos de trabalho nessas indústrias foi largamente compensada pelo crescimento de novos postos de trabalho, especialmente no sector dos serviços. Embora o crescimento em termos de PIB per capita nessas regiões tenha sido menor do que no total da UE durante o período em apreço (2,1% entre 1995 e 2000, representando a UE 2,4%), a diferença foi pequena, o que sugere que o declínio a longo prazo foi de algum modo travado. Por outro lado, o crescimento um pouco mais lento do PIB, em conjunto com um maior aumento do emprego, implica que a produtividade laboral aumentou nas áreas Objectivo 2 menos do que em outras áreas da UE. A despesa total da NOVI até agora é de aproximadamente EUR 35 milhões, EUR 21,5 milhões dos quais foram financiados pelo sector privado e EUR 12,5 milhões pelos Fundos Estruturais. 100 95 Os Fundos Estruturais constituíram um elemento essencial para o sucesso da NOVI, tornando possível a criação e desenvolvimento, a médio e longo prazo, de uma experiência onde a cooperação entre empresários, indústria e pesquisa tem sido extremamente frutífera. 95 A análise pormenorizada indica que o apoio às despesas em I&D, inovação e transferência de tecnologia parece ter sido muito eficaz no que respeita à criação de novos postos de trabalho, bem como na 75 0 100 95 75 25 25 5 5 0 151 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:42 0 193 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 100 95 75 25 5 0 100 salvaguarda de postos de trabalho já existentes. Contudo, exceptuando alguns casos dignos de nota (tais como Nordhein-Westfalen ou o Nordeste de Inglaterra), a capacidade de inovação da maior parte das áreas Objectivo 2 continua muito menos desenvolvida do que nas regiões com maior sucesso da UE, e a respectiva base de investigação parece não estar em sintonia com a estrutura regional de produção. Por isso, na maior parte dos casos, elas não ocupam um lugar central no espaço tecnológico europeu. Essa situação contrasta com as condições de infra-estruturas e de capital humano dessas áreas. Na maioria das regiões Objectivo 2, os sistemas de transporte e comunicações, em especial, têm um nível relativamente elevado, facultando boas ligações tanto ao nível interno, como em relação ao resto da UE, sendo a população em idade activa detentora de um bom nível de escolaridade. Além disso, as competências profissionais da mão-de-obra foram melhoradas e ampliadas com o apoio dos Fundos Estruturais, o que ajudou a acelerar o processo de reestruturação e a abrandar o processo de perda de postos de trabalho. Assim, foram organizados programas de formação com o objectivo de combater as deficiências ao nível das competências e a rápida obsolescência das habilitações. Foram também tomadas medidas específicas, nomeadamente no Reino Unido, para ajudar os grupos em situação de desvantagem a ter acesso a programas de formação e a ingressar no mercado de trabalho. No cômputo geral, cerca de 3,6 milhões de pessoas em toda a UE tiveram acesso a formação em áreas Objectivo 2 entre 1994 e 1999, através de ajudas comunitárias. 100 95 Além disso, com o apoio dos Fundos Estruturais, fizeram-se esforços substanciais para a limpeza de áreas industriais, a reconversão de antigas unidades e edifícios industriais (calcula-se que tenham sido reconvertidos cerca de 115 milhões de metros quadrados de terra em áreas industriais em consequência dos programas relativos ao Objectivo 2) e, de um modo geral, a melhoria do ambiente, especialmente em áreas urbanas. Esse facto alterou radicalmente o aspecto de muitas áreas industriais, habilitando-as para novas funções produtivas, tais como os tempos livres e as actividades culturais. 75 Contudo, as indústrias tradicionais, embora em declínio, causam ainda danos ambientais em muitas áreas, estando ainda por tratar algumas áreas que foram abandonadas pelas indústrias. Portanto, a reestruturação está longe de estar completa em muitas zonas da UE. Segundo indicam os estudos de avaliação, o alcance da reestruturação nas áreas Objectivo 2 variou muito de região para região, reflectindo os diferentes potenciais de desenvolvimento e a eficácia com que foram utilizados os fundos públicos, tanto de fontes comunitárias como de fontes nacionais. Enquanto nas áreas do carvão e do aço, em especial, as actividades económicas se reestruturaram e modernizaram, há um conjunto de áreas em que as indústrias tradicionais continuam a ser importantes e onde terá ainda que ocorrer uma mudança estrutural significativa, com efeitos potencialmente importantes sobre o emprego e os níveis reais dos rendimentos. 95 75 25 5 0 No entanto, há lições a retirar da experiência das intervenções de Objectivo 2. Os efeitos positivos, que são evidentes, têm de ser considerados em relação a dois grandes constrangimentos à eficácia dos programas apoiados e que decorrem da forma como foi aplicada a política. Primeiro, a pequena dimensão de muitas das áreas elegíveis para apoio tornou difícil seguir uma estratégia integrada eficaz no que se refere ao desenvolvimento dos recursos financeiros nas regiões em causa. Devido à reduzida dimensão das operações financiadas, foi em muitos casos difícil conseguir um montante suficiente para financiar projectos que poderiam ter um efeito decisivo sobre o desenvolvimento regional. Em segundo lugar, o período de tempo limitado durante o qual foi concedido o financiamento (devido à subdivisão em dois períodos de três anos) teve como efeito o favorecimento de projectos de curto prazo (para apoio de postos de trabalho em épocas de recessão, por exemplo) em detrimento de projectos de importância estratégica para o desenvolvimento regional. Apoio à agricultura, desenvolvimento rural e pescas 100 As medidas tomadas ao abrigo dos programas Objectivo 5a (Regulamentos (EC) nºs 950/97 a 951/97) e Objectivo 5b no período entre 1994 e 1999 foram recentemente objecto de avaliação, seguindo-se um resumo das respectivas conclusões. 95 75 25 25 5 5 152 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:42 194 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 100 95 100 Intervenção no Objectivo 5a 75 25 5 0 O objectivo geral da intervenção ao abrigo do Regulamento 950/97 foi o de melhorar a eficácia global e a competitividade das explorações agrícolas, mantendo uma comunidade agrícola viável e ajudando a salvaguardar o ambiente e a preservar o meio rural. Foi adoptada uma série de medidas destinadas a realizar esse objectivo: – – – 100 95 75 a medida de investimento para as propriedades agrícolas facultava aos agricultores a possibilidade de escolha de entre um leque de opções de apoio. No sul da UE, zona incluída principalmente no Objectivo 1, a opção foi a de aumentar a eficácia dos métodos agrícolas e promover a mudança estrutural, enquanto que noutras zonas foi dada mais importância à diversificação, ao bem-estar animal e ao ambiente. A medida revelou-se mais eficaz nas áreas em que a reestruturação era um dos elementos principais, como por exemplo em pequenas explorações agrícolas das regiões Objectivo 1; a medida para os jovens agricultores tinha como objectivo ajudá-los a iniciar a actividade. Foi implementada de formas diferentes em toda a UE e revelou-se mais eficaz quando articulada com formação ou medidas de apoio complementares. No entanto, há muitas vezes outros factores que têm mais influência na decisão de montar uma empresa, tais como o direito sucessório, a disponibilidade de quotas leiteiras, as taxas de juro e o sistema fiscal. Verificou-se, porém, um aumento no número de proprietários de explorações agrícolas com menos de 45 anos em 10 Estados-membros; a medida para as áreas menos favorecidas pretendia estimular a actividade agrícola nessas áreas, compensando os constrangimentos naturais, sociais, económicos ou de outra natureza. Essa medida permaneceu praticamente inalterada a partir de meados da década de 70 e, em grande parte, nunca foi completamente integrada em estratégias de desenvolvimento rural. Dado que os pagamentos eram pré-fixados, possivelmente terá havido compensações insuficientes nas áreas mais gravemente desfavorecidas (por exemplo, nas áreas montanhosas Objectivo 1 onde a capacidade de co-financiamento é reduzida). 25 A intervenção ao abrigo do Regulamento 951/97 foi mais directamente dirigida para o aumento da competitividade do sector agro-alimentar. A avaliação do investimento financiado no período de 1994 a 1999 sugere ter havido alguma melhoria na cadeia de valor acrescentado em 4 Estados-membros, a abertura de novos mercados em metade dos Estados-membros, a aquisição de nova maquinaria e a utilização de tecnologias mais eficazes, que contribuíram para limitar as emissões poluentes, e ainda uma melhoria nos canais de comercialização em 5 Estados-membros. 75 25 5 0 O efeito da medida referente aos produtores primários foi limitado devido à crescente concentração de estruturas de comercialização e processamento em grandes empresas e ao poder de mercado dos comerciantes retalhistas e grossistas. Verificaram-se maiores ganhos para os produtores primários quando as actividades de comercialização e transformação foram organizadas por associações de produtores. Intervenções em áreas Objectivo 5b As áreas Objectivo 5b abrangiam 26% da área da UE no período entre 1994 e 1999, incluindo 9% da população total (cerca de 32,7 milhões de pessoas). O montante global de financiamento ascendeu a de cerca de EUR 1,1 mil milhões por ano (42% do FEOGA, 44% do FEDER e 14% do FSE), sendo dividido entre o desenvolvimento de actividades não-agrícolas e criação de postos de trabalho (46%), o aumento do rendimento dos agregados familiares rurais (23%), a melhoria da capacidade de atracção de determinadas áreas e da qualidade de vida (17%) e a florestação (4%). Os efeitos da ajuda ao abrigo do Objectivo 5b no período 1994 a 1999 pode ser dividido nos seguintes três níveis: – – na agricultura, não havendo provas de um efeito positivo sobre o rendimento, embora seja claro ter havido algum reforço do sector agrícola, bem como alguma diversificação (a alteração no sentido de uma produção de maior valor-acrescentado especialmente no agro-turismo e serviços ambientais); em actividades não-agrícolas. Os programas relativos ao Objectivo 5b contribuíram para a 5 0 95 100 95 75 25 5 153 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:42 0 195 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 100 100 modernização da infra-estrutura e do potencial produtivo das empresas, para a expansão do turismo e para um crescimento do emprego maior do que em outras regiões; 95 75 25 – 5 0 em termos da capacidade de atracção das regiões e da qualidade de vida, os programas ajudaram a renovar as aldeias, a desenvolver os serviços públicos e a proteger o ambiente. Pesar de os efeitos do Objectivo 5b terem sido globalmente positivos, podem apontar-se alguns pontos fracos: – embora seja adequado ter uma abordagem territorial neste tipo de intervenções, algumas áreas Objectivo 5b não se adequavam ao processo de desenvolvimento económico em curso ou com a estratégia seguida; – a intervenção deveria ter-se baseado mais na promoção e divulgação de boas práticas a fim de melhor concretizar o potencial das áreas assistidas. Em termos gerais, nas áreas Objectivo 5b, e na medida em que estas podem distinguir-se com base nos dados disponíveis, a população aumentou ao mesmo nível de outras regiões da UE durante o período programático (ou seja, 0,3% por ano entre 1995 e 2000) e o desemprego diminuiu em menor escala (1,9% da mão-de-obra, em comparação com 2,3%). No entanto, em 2000, a taxa média de desemprego nessas áreas manteve-se abaixo da média da UE (6,5%, em comparação com 8,3%). O período programático 2000–2006 100 95 A adopção de um novo Regulamento Comunitário ((EC)Nº 1257/99) permitiu que fosse reunida numa única norma jurídica uma série de medidas até então avulsas, o que facilitou a integração de diferentes medidas de desenvolvimento rural numa estratégia global, quer em regiões Objectivo 1 ou Objectivo 2, quer relativamente a uma aplicação horizontal. Esse facto deu maior coerência e complementaridade às medidas em questão (Quadro A4.10). FEOGA-Garantia, foi muitas vezes vista como uma fonte de complicação e de rigidez e como de difícil entendimento por parte dos Estados-membros, especialmente os que abarcavam regiões Objectivo 1 e regiões não-Objectivo 1. As normas do FEOGA-Garantia, concebidas para políticas para os mercados agrícolas, foram muitas vezes consideradas inadequadas e demasiado restritivas para uma programação plurianual. 75 25 5 0 Intervenções nas pescas Embora o sector das pescas tenha um contributo diminuto em termos do PIB nos Estados-membros, nas regiões onde se concentra é, regra geral, uma importante fonte de rendimento e de emprego. As regiões em causa situam-se predominantemente em zonas periféricas da UE, nas quais há normalmente poucas oportunidades de emprego. As intervenções ao abrigo do Programa Comum das Pescas podem, por esse motivo, contribuir significativamente para o rendimento regional e para o desenvolvimento de outras actividades económicas, incluindo a piscicultura. Promoção do emprego, educação e formação através do FSE O impacto do FSE no emprego, formação e educação Durante o período programático 1994–1999, o Fundo Social Europeu (FSE), que representava um terço da despesa dos Fundos Estruturais, apoiou o desenvolvimento de recursos humanos com cerca de EUR 22,1 mil milhões, ou 49% do total do período, em regiões Objectivo 1, enquanto as intervenções ao abrigo do Objectivo 3, no valor de EUR 13 mil milhões, tinham por objectivo a integração de jovens, desempregados de longa duração e pessoas em risco de exclusão, promovendo ainda a igualdade de oportunidades no mercado de trabalho. Além dessas, as intervenções ao abrigo do Objectivo 4, no montante de EUR 2,2 mil milhões, destinaram-se a ajudar os trabalhadores a adaptar-se às mudanças no sector da indústria. 75 25 95 100 95 75 No entanto, a coexistência de dois sistemas de programação, gestão e controlo, um baseado no regulamento do Fundo Estrutural e o outro no do O FSE concedeu apoios importantes para a implementação de políticas activas para o mercado de 25 5 5 154 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:42 196 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 100 95 75 25 5 0 100 trabalho, especialmente nos países da adesão, sobretudo em formação (46% das despesas do FSE), vias de integração e medidas semelhantes (20%), incentivos ao emprego (7%), aconselhamento (4%) e estágios (3%), embora a importância relativa destas medidas variasse consideravelmente consoante os países. Foi dado apoio a desempregados de longa duração, especialmente nas regiões Objectivo 1 (21% do orçamento), a jovens desempregados (17%), vítimas de exclusão social (15%), trabalhadores mais velhos (6%), empregados em PME (3%) e pessoas portadoras de deficiências (2%). Os dados de avaliações efectuadas indicam que, no geral, as medidas de maior sucesso foram as que consistiam numa combinação de factores de ajuda, como por exemplo orientação, formação e procura de emprego à medida das necessidades individuais. Para além de ajudar directamente as pessoas, o FSE contribuiu para a modernização dos sistemas de educação e formação dos Estados-membros, tanto a nível nacional como a nível regional, aumentando o acesso à formação por parte de empregadores e empregados e ajudando a aumentar o montante de investimento público nessas áreas. As intervenções do FSE nas regiões Objectivo 2 e ao abrigo do Objectivo 4 deram nova atenção à importância da adaptabilidade da mão-de-obra às mudanças no sector industrial e apoiaram medidas inovadoras que incentivaram um maior compromisso relativamente à formação e à aprendizagem ao longo da vida. Ajudaram também a reforçar a relação entre a necessidade de formação e a respectiva oferta, através da introdução de mecanismos de antecipação das tendências de emprego. 100 95 Essas intervenções ajudaram também a reforçar a base de capital humano para I&D nas regiões Objectivo 1 e Objectivo 2, sendo nestas últimas cada vez mais utilizadas para apoiar actividades baseadas no conhecimento em SME, através da formação em competências de gestão, tecnologias avançadas e TIC, incentivando novos métodos de organização do trabalho e financiando estágios destinados a licenciados em áreas científicas e tecnológicas. 75 Embora faltem os dados estatísticos, pode ser confirmado que os programas do FSE influenciaram as políticas nacionais relativamente ao género e as intervenções ao abrigo do Objectivo 3, em especial, parecem ter tido um papel importante, ajudando mulheres em situação de desvantagem no mercado de trabalho a encontrar emprego. 95 75 25 5 Para além disso, o FSE incentivou a adopção de uma abordagem de longo prazo mais forte relativamente às medidas para o mercado de trabalho dos Estados-membros, através da sua programação plurianual e da descentralização das políticas de emprego e formação. Desse modo, cerca de 30% ou mais dos programas do FSE são geridos a nível regional, tendo a aplicação do princípio da parceria levado ao aumento do envolvimento dos parceiros sociais e das ONG, bem como das autoridades regionais e locais, tanto na composição dos Comissões de Acompanhamento como nos programas operacionais. 0 O período programático 2000–2006: uma ligação mais próxima entre o FSE e a Estratégia Europeia de Emprego (EEE) No período programático 2000–2006, a ligação entre o FSE e a Estratégia Europeia de Emprego tornou-se mais estreita. Com um orçamento de EUR 60 mil milhões, o FSE é o principal meio financeiro de apoio da EEE, sendo que esta fornece o enquadramento das políticas para as intervenções do FSE. Cerca de 60% do FSE (EUR 34 mil milhões durante o período em referência) é destinado à formação e à modernização dos sistemas de educação e formação, a fim de melhorar a adequabilidade de quem procura emprego para as novas oportunidades de emprego. Cerca de 14% (EUR 8 mil milhões) é canalizado para apoio ao desenvolvimento de competências empresariais, abertura de empresas, estabelecimento de redes de empresas, etc., com o objectivo de promover a competitividade. 19% (EUR 11 mil milhões) destinam-se a apoiar empresas e empregadores na adaptação às tecnologias e às novas condições do mercado. Os restantes cerca de 7% (um pouco menos de EUR 4 mil milhões) são destinados a medidas para apoio à igualdade de género, combinadas com um compromisso mais amplo de inclusão do princípio de igualdade de oportunidades em todos os programas e actividades. 100 95 75 25 25 5 5 0 155 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:43 0 197 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 100 95 75 25 5 0 100 A reforma da Estratégia Europeia de Emprego em 2003 deverá ajudar a atingir de forma mais eficaz os objectivos de Lisboa numa União alargada. As Orientações para o Emprego foram simplificadas tendo em vista três objectivos estratégicos: o pleno emprego, a qualidade e produtividade no trabalho e a coesão e inclusão sociais e regionais. Algumas das prioridades específicas dão uma maior atenção ao desenvolvimento dos recursos humanos, à integração das pessoas desfavorecidas no mercado de trabalho e à redução das disparidades regionais, bem como uma maior adaptabilidade, aprendizagem ao longo da vida e igualdade entre homens e mulheres. Além disso, dá-se uma maior atenção à importância da participação dos parceiros sociais e à necessidade de os Estados-membros implementarem a EES aos níveis local e regional, bem assim como ao nível nacional. Iniciativas Comunitárias: promover a cooperação e a constituição de redes Há uma série de Iniciativas Comunitárias baseadas na parceria e na cooperação transfronteiriça que complementam o apoio à coesão ao abrigo dos diferentes Objectivos. Muitas delas foram mantidas, por vezes sob uma forma modificada, durante o período 2000 a 2006. INTERREG A cooperação entre países e regiões constitui um elemento essencial da política de coesão da UE. As actividades que envolvem essa cooperação são muito diversas, reflectindo as diferenças existentes relativamente a níveis de desenvolvimento e a contextos institucionais e administrativos. São também de implementação mais complicada do que outros programas do Fundo Estrutural. 100 95 75 Comparando com os programas de abrangência global, o montante financeiro total dos programas INTERREG II foi relativamente limitado, situando-se em cerca de EUR 400 milhões por ano (embora os recursos tivessem sido substancialmente aumentados no período 2000–2006 com o Programa que lhe sucedeu, o INTERREG III). No período 1994 a 1999, foram apoiados 75 programas INTERREG II, abrangendo três vertentes: a cooperação transfronteiriça (Vertente A), a conclusão de redes de energia (Vertente B) e a cooperação para o ordenamento do território (Vertente C). No âmbito da Vertente A, foram implementados 59 programas ao longo de fronteiras internas e externas, numa extensão de mais de 15.000 km. As zonas elegíveis cobriram cerca de 36% do total do território da UE, com cerca de 27% do total da sua população. Onze programas INTERREG IIA receberam, só por si, mais de dois terços do apoio total. 95 75 25 5 0 Alguns programas INTERREG de maior vulto produziram resultados significativos sob a forma de extensão de redes viárias, melhorias em pontos de entrada fronteiriços, e reclassificação de ligações ferroviárias e, tal como os programas INTERREG IIB, criação de novas ligações de transportes e desenvolvimento de fontes de energia alternativas. Esses projectos contribuíram para uma maior integração económica na UE. Principais resultados e valor acrescentado As Vertentes A e B cobrem um número significativo de programas diversos em termos do montante de financiamento, da área geográfica em causa e do objectivo. Os resultados da avaliação do INTERREG II revelam efeitos muito relevantes no caso da Vertente A, de longe a de maior dimensão. Esses programas terão tido efeitos benéficos em termos da qualidade de vida, através da melhoria do ambiente e do apoio às actividades culturais. Beneficiaram também o turismo, estabeleceram serviços para as PME e melhoraram a educação, a formação e os cuidados de saúde, bem como os transportes. Contudo, a participação directa das empresas nos programas e a cooperação entre empresas foram muito mais limitadas. Os resultados em termos da redução do isolamento foram variados. No caso dos programas que abrangeram regiões Objectivo 1 mais isoladas, a maior parte do financiamento foi destinada aos transportes. Numa série de áreas fronteiriças, especialmente na Grécia, na Alemanha e na Finlândia, as ligações viárias nas fronteiras, passagens fronteiriças e instalações portuárias beneficiaram de melhorias significativas, sendo o efeito muito menos significativo nas áreas ao longo da fronteira entre Portugal e Espanha e na Áustria. 100 95 75 Em parte, o valor acrescentado dos programas INTERREG IIA consiste no respectivo contributo 25 25 5 5 156 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:43 198 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 100 95 75 25 5 0 100 para o estabelecimento e o reforço de uma cultura de cooperação transfronteiriça tanto no âmbito da UE, como entre a UE e os países vizinhos. Os principais benefícios decorreram do aumento dos contactos diários e do estabelecimento de uma base de confiança mútua e entendimento entre diversas entidades, incluindo as autoridades públicas e as organizações semi-públicas e privadas. Houve muitos casos em que o contributo específico do INTERREG consistiu na possibilidade de resolução de algumas questões que não poderiam ser tratadas com base noutros programas de apoio. É por esse motivo que a Iniciativa constituiu o estímulo inicial para o estabelecimento de uma cooperação transfronteiriça alargada, tornando possível a consecução de outros programas. O número relativamente pequeno de projectos de grande escala subsidiados ao abrigo da Vertente B (na Grécia, Itália, Espanha e Portugal) foi destinado à expansão e integração de redes de gás e de electricidade, embora confinados a países individuais8. O INTERREG II teve também por objectivo estimular o estabelecimento de redes entre países, o intercâmbio de experiências entre regiões e a difusão do conhecimento para a divulgação de boas práticas em toda a UE. Uma característica chave dos projectos da Vertente C é a sua natureza experimental, tendo estes incluído estudos, o desenvolvimento de bases de dados e cartografia, metodologias de planeamento integrado e projectos-piloto. Embora seja difícil determinar o efeito desses projectos em termos quantitativos, decerto ajudaram a definir métodos e estruturas de cooperação. 100 95 No entanto, a continuidade e a sustentabilidade das actividades merecem uma atenção muito especial. Embora existam exemplos evidentes de actividades auto-sustentadas na maior parte dos programas INTERREG IIA, é necessário o apoio comunitário para garantir a viabilidade e a estabilidade de muitos dos projectos, especialmente os que envolvem o estabelecimento de redes. Factores que influenciam a eficácia 75 95 Exemplos do INTERREG 75 Reduzir o isolamento e eliminar os estrangulamentos ao longo da fronteira entre a Irlanda e a Irlanda do Norte 25 5 O Programa Irlanda/Irlanda do Norte atribuiu EUR 30 milhões dos Fundos Estruturais para o esquema de “Infra-estruturas rodoviárias e de transporte”, o que ajudou a financiar 69 projectos de melhoramento de 110 km de estradas secundárias considerados como “estrangulamentos” ou “ligações em falta”. Outros 104 projectos, cobrindo cerca de 166 km de rodovias, visaram promover o desenvolvimento económico nas regiões de fronteira e melhorar as oportunidades económicas de zonas mais vastas em ambos os lados da fronteira. Alguns destes projectos levaram também a uma melhoria do acesso aos mais importantes eixos internacionais de transporte, entre os quais a Rede Transeuropeia de Transportes (TEN-T). 0 O programa contribuiu igualmente para melhorar os transportes públicos. Entre 1994 e 2000, três projectos de renovação de estações rodoviárias contribuíram para o incremento do número de serviços locais e transfronteiriços, bem como o aumento do número de passageiros. Desenvolvimento empresarial transfronteiriço e cooperação entre PME na Escandinávia Os programas INTERREG IIA que abrangem as regiões fronteiriças entre a Dinamarca, a Suécia, e a Finlândia, e as fronteiras externas com a Noruega, e que se tem concentrado na criação de redes, na organização de exposições, na construção de bases de dados e na promoção das empresas, são exemplos de boas práticas na área do desenvolvimento das actividades empresariais transfronteiriças e da consolidação das PME. Na região de Øresund, na fronteira entre a Dinamarca e a Suécia, os apoios às actividades empresariais transfronteiriças levaram a criação de um conjunto de novas indústrias biotecnológicas (e.g. Medicon Valley) e agro-alimentares (e.g. the Øresund Food Network). Os 41 projectos de criação de redes de empresas foram responsáveis para 300 novos postos de trabalho nesta região. Os programas ao longo da fronteira entre a Suécia e a Noruega envolveram mais de mil empresas de várias redes de desenvolvimento empresarial, incluindo uma para empresárias. 100 95 75 Os programas com mais êxito ao abrigo da Vertente A foram os que tiveram um desenvolvimento 25 25 5 5 0 157 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:43 0 199 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 100 95 75 25 5 100 conjunto, com um número limitado de objectivos e de prioridades com uma perspectiva estratégica de longo prazo. De uma maneira geral, envolviam também parcerias transfronteiriças fortes e de âmbito considerável e que podiam ser formais, instituídas em colaboração institucional de gestão para a programação em causa, ou informais. 0 A capacidade de gestão (incluindo um secretariado eficaz) é essencial, embora muitas vezes a sua importância não seja reconhecida. O apoio pró-activo aos potenciais beneficiários do financiamento e aos promotores do projecto é essencial para o desenvolvimento e continuidade de bons e genuínos projectos de cooperação e para que sejam aproveitados ao máximo os resultados obtidos. Em algumas áreas de fronteira com países terceiros, a complexa organização das normas específicas dos diferentes organismos financiadores envolvidos (especialmente Phare, Tacis, Cards e Meda) levaram a uma diminuição da eficácia dos programas. O problema fundamental da gestão de programas de natureza transfronteiriça e transnacional tem a ver com a existência de normas legais e administrativas que são muitas vezes diferentes nos Os benefícios de uma acção coordenada a nível urbano Em Magdeburgo-Cracau, o projecto URBAN deu apoio a microempresas financiando um plano que não seria normalmente elegível ao abrigo do FEDER. O mesmo aconteceu no bairro Hackney em Londres, onde, sempre no âmbito do URBAN, foram abordados problemas — em particular as necessidades de grupos socialmente excluídos — que não são abrangidos pelo programa Objectivo 2 da zona Este de Londres. 100 95 75 Em Espanha, cerca de metade dos programas URBAN tiveram objectivos paralelos aos programas Objectivos 1 e 2, e em 6 cidades espanholas estabeleceram-se ligações estratégicas com outras Iniciativas Comunitárias. Em Portugal, todos os seis programas URBAN foram elaborados para apoiar investimentos Objectivo 1, principalmente na área das rodovias, do ambiente e das infra-estruturas sociais. diversos países envolvidos, para além ainda das diferenças linguísticas. O INTERREG tem em parte o objectivo de ultrapassar exactamente essas diferenças (por exemplo, com a criação de estruturas comuns de gestão e de secretariados técnicos conjuntos). As dificuldades encontradas necessitam de soluções legais ad-hoc por parte dos Estados-membros envolvidos. Muitos Estados-membros têm recorrido a essas soluções, algumas das quais tomam a forma de acordos bilaterais ou multilaterais e algumas recorrendo à abordagem do Agrupamento Europeu de Interesse Económico. No entanto, nenhuma dessas soluções consegue resolver na totalidade o problema da implementação da cooperação transfronteiriça em toda a Europa. 75 25 5 0 URBAN A Iniciativa URBAN abrange 44% da população da UE que vive em áreas urbanas com mais de 50.000 habitantes. Foi introduzida em 1994, na sequência de uma série de projectos-piloto e das Orientações da Comissão Europeia para o período programático 2000–2006, que solicitavam aos Estados-membros uma especial atenção à política urbana nos seus programas dos Objectivos 1 e 2. No período 1994–1999, a Iniciativa URBAN disponibilizou o montante de EUR 148 milhões por ano para projectos-piloto urbanos em 118 cidades, havendo cerca de EUR 104 milhões por ano disponíveis para o período 2000 a 2006 para projectos em 70 cidades. O principal foco de intervenção da Iniciativa é constituído por pequenos bairros urbanos, com uma concentração de fundos numa série de programas integrados que envolvem a participação das comunidades locais. Os estudos de avaliação indicam que os projectos deram origem a alguma melhoria da qualidade de vida nos 118 bairros que neles participaram, como resultado do investimento nos transportes públicos, educação e instalações culturais e do aumento do acesso a serviços públicos, o que reduziu a exclusão social. Ajudaram também a concretizar o potencial económico próprio das áreas em causa, o que não raro beneficiou igualmente as áreas adjacentes. A iniciativa URBAN deu particular atenção à criação e melhoramento do capital social local, em 25 95 5 100 95 75 25 5 158 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:43 200 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 100 95 75 25 5 0 100 parte através da inclusão de medidas activas de aprendizagem como parte integrante dos seus programas. Além disso, a participação das comunidades locais ajudou a tornar a política estrutural da UE mais visível em muitas cidades do espaço comunitário e os tipos de projectos empreendidos tiveram um impacto directo na vida das pessoas 9. A iniciativa URBAN ajudou também a estruturar as políticas urbanas nacionais em toda a UE. Além disso, a iniciativa URBAN funcionou como agente catalizador de regeneração e, em alguns casos, teve um importante efeito de alavanca sobre o investimento. Calcula-se que em Rostock, na Alemanha, por exemplo, por cada Euro investido na renovação da área URBAN, foram gerados mais 3,9 Euros dentro e à volta da zona. Ao mesmo tempo, a concentração do apoio em pequenas áreas poderá ter limitado o impacto da Iniciativa, uma vez que esta deixa de lado os projectos destinados ao tratamento de problemas de âmbito nacional ou regional, incluindo os que têm a ver com a relação entre as áreas urbanas e as áreas rurais circundantes ou com a criação de núcleos de indústrias específicas, nos casos em que as mesmas se estendem para além da área imediata. Uma vez que os programas dos Objectivos 1 e 2 dedicam recursos substanciais à procura de soluções para os problemas urbanos, o apoio que concedem deverá ser mais bem coordenado com esses mesmos problemas, de modo a fazer aumentar a participação das autoridades locais na concepção e 4.5 Estimativas de despesas urbanas nos programas Objectivo 1 e 2, 2000-2006 50 % do FEDER 50 Objectivo 1 Objectivo 2 40 40 30 30 100 20 20 95 10 10 75 0 UK ES DE UE15 BE LU EL FR FI IT PT IE AT SE ADAPT, EMPLOYMENT e EQUAL DK Fonte: Cálculos DG REGIO 25 Em 1995 foram lançadas duas Iniciativas Comunitárias, ADAPT e EMPLOYMENT para apoio às políticas de recursos humanos. No actual período programático foi introduzida também uma nova Iniciativa, EQUAL, que tem por objectivo o combate à descriminação e ao tratamento desigual no mercado de trabalho. As duas primeiras Iniciativas receberam 7,5% do orçamento total do FSE, tendo sido sobretudo co-financiadas pelos governos nacionais, atraindo embora algum financiamento privado, especialmente o ADAPT. Em conjunto, as duas Iniciativas disponibilizaram financiamento para cerca de 9.300 projectos individuais, envolvendo à volta de 1,6 milhões de pessoas. 75 5 0 As Iniciativas ADAPT e EMPLOYMENT pretendiam envolver as populações e as organizações locais de diferentes países em programas inovadores que tinham como objectivo: – estabelecer parcerias locais e regionais que envolvessem os agentes relevantes, tanto do sector público como do privado, a fim de facilitar a integração no mercado de trabalho e a criação de postos de trabalho; – incentivar um intercâmbio internacional de ideias e de experiências a fim de melhorar os programas e estimular a inovação; – servir de agentes catalizadores de mudança, trazer novas ideias para a política e para a prática, tanto no sector público como no privado, através da divulgação dos resultados dos projectos e da demonstração da respectiva relevância em termos da resposta às necessidades do mercado de trabalho. 5 0 95 25 Os projectos financiados incluíam medidas para facilitar o acesso ao trabalho e à aprendizagem para todos através de programas de “acesso” concebidos em termos das necessidades individuais, apoiar novas fontes de emprego, tais como a economia social, ajudar as PME na antecipação e adaptação às mudanças do mercado, proporcionar formação, incentivar regimes de trabalho flexíveis e apoiar as mulheres, ajudando-as a concretizar o 0 NL gestão de programas e projectos que afectam as áreas urbanas10 (Gráfico 4.5). 100 95 75 25 5 159 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:43 0 201 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 100 95 75 100 seu potencial no mercado de trabalho através da desagregação das actividades laborais e dos sectores de actividade e tornando-lhes mais fácil a conciliação do trabalho e da vida familiar. 25 5 0 Estas iniciativas foram eficazes relativamente a uma série de aspectos. Na Finlândia, o “Modelo Integrado de Emprego”, desenvolvido com o apoio da Iniciativa EMPLOYMENT, está agora a ser aplicado em programas do Objectivo 3. Na Itália, algumas autoridades regionais adoptaram políticas baseadas em abordagens da mesma Iniciativa. Na Bélgica, o projecto “Youthstart”, serviu de inspiração para a introdução de uma abordagem modular da formação profissional no sistema educativo flamengo, tendo no Reino Unido servido de elemento “mentor” da Iniciativa “New Start”. Na Grécia, houve uma série de projectos inovadores que influenciaram a concepção da política relativa a pessoas portadoras de deficiências. No caso da Iniciativa ADAPT, em Portugal, desenvolveu-se um projecto-piloto sobre rotatividade de tarefas, que levou à instituição de um sistema de substituição temporária de funcionários em licença para frequência de cursos de formação integrado na política relativa ao mercado de trabalho. Na Suécia, os programas nacionais adoptaram as abordagens ao desenvolvimento de competências iniciadas com o apoio da Iniciativa ADAPT. Outros projectos ao abrigo da mesma iniciativa levaram a que agências regionais se envolvessem nas questões do emprego na Áustria e na Itália, bem como a uma melhor coordenação das actividades de diversas organizações em França e na Irlanda. Com base na experiência adquirida através destas duas Iniciativas Comunitárias, a Iniciativa EQUAL pretende promover novos modos de combate a todas as formas de descriminação e desigualdade no mercado de trabalho, dando especial relevância à instituição de parcerias e de cooperação transnacional, bem como à inclusão de abordagens inovadoras na política. 100 95 75 25 LEADER A Iniciativa LEADER II abrangeu mais de 36% da área terrestre da UE e 12% da população durante o período programático 1994–1999. Foram quase 1.000 as organizações que receberam apoio para o desenvolvimento rural ao abrigo desta Iniciativa, mais de 90% das quais eram Grupos de Acção Local (GAL). Os Fundos Estruturais contribuíram para a Iniciativa LEADER com cerca de EUR 300 milhões por ano, de um total de EUR 700 milhões por ano, utilizados para apoiar o turismo rural (a actividade principal que recebeu apoios), as PME, o desenvolvimento de produtos locais e o apoio técnico dos GAL Para além do apoio directo concedido, a Iniciativa surtiu efeitos positivos através: – da criação de parcerias locais, especialmente sob a forma de GAL, que se estabeleceram numa área ou num campo de actividade; – de uma abordagem da base para o topo, implementada colectivamente no âmbito de uma estratégia de desenvolvimento local inovadora, coordenada e multi-sectorial; – da ajuda no sentido de aprofundar a cooperação e o estabelecimento de redes entre as diferentes áreas; – da descentralização da gestão dos financiamentos disponíveis (tanto a partir dos Fundos Estruturais como de fontes nacionais). 95 75 25 5 0 O número de beneficiários de apoio da Iniciativa LEADER II, bem como as áreas abrangidas, foi quatro vezes superior aos da Iniciativa LEADER I no período programático anterior. Ambas as Iniciativas ajudaram a criar uma cultura de parceria e incentivaram as pessoas e as organizações no terreno a perspectivarem o desenvolvimento como uma questão que lhes diz respeito, sentindo-se responsáveis pelo que acontece na respectiva área. A abordagem LEADER conseguiu fazer com que as estratégias de desenvolvimento local se adaptassem com flexibilidade a diferentes condições e circunstâncias territoriais. Em termos da Iniciativa LEADER II, a ênfase foi dada à inovação, aplicada desde então amplamente como método comum de procura de soluções para os problemas colocados pelo desenvolvimento rural. As pessoas apoiadas ao abrigo dessa Iniciativa reagiram, de uma forma geral, positivamente ao apelo de se envolverem no estabelecimento de redes, embora a troca de experiências tenha sobretudo acontecido entre as pessoas que já se encontravam activamente envolvidas nessas actividades. Por outro lado, a ênfase dada à 100 95 75 25 5 5 160 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:44 202 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 100 95 75 100 cooperação deu origem a projectos conjuntos numa série de áreas rurais, levando a que cerca de 600 desses projectos tivessem participantes de diferentes países. 25 5 0 A Iniciativa incentivou também a formação de redes informais e de actividades locais, ajudando a abrir novas áreas e a melhorar a governação local, sendo a última estimulada através da descentralização da gestão dos projectos LEADER. Além disso, ajudou a desenvolver o know-how local nas áreas apoiadas em termos da definição de objectivos, métodos de planeamento, gestão e avaliação. No entanto, a gestão do financiamento foi muitas vezes considerada como sendo pesada e burocrática, em grande parte devido à coexistência de três Fundos Estruturais, cada um com os seus regulamentos próprios. A Iniciativa LEADER +, introduzida no actual período programático (2000 a 2006), com EUR 300 milhões por ano, foi elaborada tendo como base a experiência das Iniciativas anteriores. Sem que os princípios básicos fossem alterados, dá-se agora uma ênfase especial à natureza piloto dos projectos, com a formulação de estratégias de desenvolvimento local baseada sobretudo num número limitado de temas de interesse comunitário. Os métodos de parceria foram mais bem definidos e as condições de cooperação simplificadas, provindo o financiamento comunitário apenas do FEOGA. Acções inovadoras piloto: que lições? 100 95 75 As primeiras actividades experimentais de apoio à inovação relativamente às políticas regionais e sociais foram lançadas pela Comissão em 1993–94, sendo efectivamente medidas pioneiras para o desenvolvimento da economia baseada no conhecimento ao nível regional. Hoje em dia, perto de uma em cada três autoridades regionais da UE15 já formularam uma Estratégia Regional de Inovação (RIS11) ou uma RISI (Iniciativa para a Sociedade da informação Regional12) com o objectivo de desenvolver sistemas de inovação eficazes e expandir o know-how relativo às TIC ao nível regional. As acções-piloto iniciais, que, na maioria dos casos, decorreram durante vários anos, basearam-se num processo de planeamento ascendente, criando parcerias público-privadas fortes que envolviam empresas, universidades, centros tecnológicos e autoridades públicas das regiões em causa. 95 Lançar os alicerces da economia do conhecimento na região espanhola de Castilla y León através dos apoios dos Fundos Estruturais 75 25 Castilla y León, uma região Objectivo 1 espanhola, foi escolhida em 1997 pela Comissão Europeia para elaborar um Plano de Tecnologia Regional. Foram utilizados recursos do programa dos Fundos Estruturais Objectivo 1 para financiar as prioridades das políticas e as acções resultantes deste Plano nos domínios da I&D e da inovação. O propósito subjacente a este Plano era o de envolver o maior número possível de entidades interessadas e de criar um vasto consenso entre elas. Os primeiros resultados são deveras encorajadores: a despesa pública aumentou mais de 11% ao ano e as despesas empresariais com a inovação registaram um aumento superior a 15% na segunda metade dos anos 90. Actualmente, cerca de 1400 empresas (95% das quais são PME) estão activamente envolvidas em programas de inovação que recebem apoios públicos, enquanto que em 1995 eram apenas cerca de 600. 5 0 O total da despesa em I&D na região aumentou de 0,6% do valor acrescentado bruto não agrícola em 1995 para 0,9% em 2000, enquanto as despesas globais com a inovação registaram um aumento de 1,4% para 1,7% no período entre estes dois anos. Ao mesmo tempo, o número de investigadores a tempo inteiro e técnicos equiparados subiu de 3,5 para 5 por cada 1000 funcionários. Actualmente, a região ocupa o segundo lugar entre as regiões Objectivo 1 com os mais elevados níveis de despesa per capita em I&D e o oitavo lugar entre todas as regiões espanholas, apesar da prevalência das PME e da importância da agricultura e outras indústrias tradicionais. Como parte dos respectivos planos de acção, cerca de 30 regiões concederam apoio a núcleos e redes de empresas, tendo sido desenvolvida uma série de medidas de apoio às empresas dirigidas às PME. Em muitos casos, foram incorporadas em Programas dos Objectivos 1 e 2 acções prioritárias de apoio à inovação identificadas pela RIS, dando origem a melhores projectos e mais financiamento para investimento público, enquanto que a Iniciativa RISI fez aumentar a consciencialização dos efeitos sociais e económicos da Sociedade da informação e a expansão das TIC e incentivou o 100 95 75 25 25 5 5 0 161 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:44 0 203 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 100 95 75 25 5 0 100 desenvolvimento de projectos relacionados com o plano de acção eEuropa. As acções inovadoras financiadas pelo FSE tiveram também efeitos positivos no que se refere ao emprego e à inclusão social. O projecto-piloto Capital Social Local (financiamento do FSE de EUR 3,5 milhões por ano) apoiou 3.350 micro-projectos, recebendo cada um deles um subsídio médio de EUR 8.000 e abrangendo um amplo leque de pessoas que teriam dificuldade em obter outros tipos de apoio. Foi introduzido em 2001 um novo sistema para as acções inovadoras do FEDER, visando o apoio às prioridades comunitárias de aumento da competitividade, tecnologia e inovação regionais (segundo o acordado em Lisboa em 2000), aplicando novas formas de tecnologias de informação (o plano de acção eEuropa) e promovendo o desenvolvimento sustentável. O objectivo é o de garantir que todas as regiões da UE possuem os meios para explorar as novas políticas de desenvolvimento da economia baseada no conhecimento, a fim de aumentar a importância da inovação nos programas do Objectivo1 e Objectivo 2. Ao abrigo dessa medida, as autoridades regionais puderam candidatar-se a apoios até ao montante de EUR 3 milhões de co-financiamento do FEDER para programas de dois anos, que teriam que se basear numa forte parceria público-privada, ter um efeito de alavanca substancial no que se refere à obtenção de financiamento privado e incorporar uma abordagem estratégica relativamente à inovação. Actualmente, três de cada quatro regiões da União Europeia desenvolvem programas desse tipo, com um orçamento total de quase EUR 1 mil milhões e financiamento do FEDER de cerca de EUR 400 milhões. Além disso, foram estabelecidas redes separadas referentes a cada um dos três temas estratégicos envolvendo mais de 40 regiões e que funcionam em cooperação com a Comissão, com o objectivo de promover a aprendizagem colectiva e o intercâmbio de boas práticas. 100 95 Melhorar a eficácia dos métodos de gestão 75 25 Na última revisão dos regulamentos dos Fundos Estruturais, em 1999, houve uma tentativa de clarificar os papéis respectivos e as responsabilidades da Comissão e dos Estados-membros. O objectivo era o de simplificar o sistema, garantindo também uma maior descentralização da responsabilidade a favor dos Estados-membros. Paralelamente, a Comissão tentou assumir um papel menos activo na gestão corrente. 95 75 25 5 Persiste, no entanto, ainda uma certa tensão. Enquanto que a Comissão permanece responsável perante o Parlamento e o Conselho Europeus relativamente às despesas dos Fundos, a forma como os Fundos são gastos é cada vez mais da responsabilidade dos Estados-membros. Devido a esta tensão, tornou-se evidente que o sistema de gestão dos Fundos não se tornou mais simples nem mais racionalizado. 0 O recente exercício de simplificação13 procurou reduzir a complexidade e os aspectos confusos no âmbito dos limites dos actuais regulamentos dos Fundos Estruturais, tentando também melhorar a coordenação e a flexibilidade. A atenção deve voltar-se agora para as alterações dos regulamentos que são necessárias para maximizar a eficácia, garantir a proporcionalidade e reduzir a complexidade desnecessária. Essas alterações dos requisitos administrativos devem basear-se numa análise dos pontos fortes e das debilidades do actual sistema e terão que ser decididas muito antes de planeado o sistema de implementação do novo período de financiamento. Para tal, a Comissão organizou um seminário em 2003, que congregou mais de 600 participantes, incluído no debate mais amplo sobre o futuro da política lançada pela Comissão em 200114. Os princípios essenciais Programação, parceria, concentração e adicionalidade foram os princípios unificadores dos Fundos Estruturais estabelecidos pela reforma de 1988, mantendo-se como princípios essenciais da gestão dos Fundos, com o objectivo de aumentar a eficácia e o impacto dos mesmos. Foi surgindo, assim, uma diversidade de práticas de gestão que respeitam esses princípios fundamentais, tendo no entanto em conta o contexto institucional e a capacidade administrativa dos Estados-membros em termos individuais, os quais mudam também com a passagem do tempo. 100 95 75 25 5 5 162 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:44 204 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 100 95 75 25 5 0 100 Parceria torna-se mais forte e mais inclusiva Programação leva à estabilidade e à coerência mas precisa de ser racionalizada 75 A programação plurianual tem sido um dos maiores sucessos da metodologia dos Fundos Estruturais e os aspectos positivos dessa abordagem tornaram-se cada vez mais evidentes à medida que se desenvolve a capacidade dos Estados-membros de planear programas para uma série de anos. A consistência e coerência relativas da programação desde 1989 facilitou o planeamento mais estratégico e a mais longo prazo. De um ponto de vista financeiro, a programação plurianual dá origem a um maior grau de certeza e estabilidade no que se refere à disponibilidade de financiamento do que a orçamentação anual. Esse aspecto é particularmente importante no contexto de um grande investimento em infra-estruturas, o qual leva anos a concluir-se. A parceria aumentou e aprofundou-se nos 15 anos da política de coesão, tendo, em alguns casos, ultrapassado o âmbito dos Fundos Estruturais, extravasando para outras áreas da administração regional e regional. Enquanto que em 1988 a parceria era concebida primordialmente como a relação vertical entre a Comissão e as autoridades nacionais, regionais ou locais, a dimensão horizontal da parceria, incluindo um leque mais amplo de partes interessadas aos níveis local, regional e nacional, tornou-se mais forte com o passar do tempo. Quando funciona eficazmente, a parceria traz valor acrescentados de muitas formas diferentes: – na concepção dos programas, ajuda a focalizar as intervenções em termos das necessidades da região ou de grupos-alvo específicos; – estimula o aparecimento de novas ideias para projectos, através das oportunidades de comunicação entre parceiros em relação aos requisitos do Fundo Estrutural; – traz dados importantes para o processo de acompanhamento, através do conhecimento do funcionamento do programa no terreno, ajudando a identificar soluções para os problemas de implementação; – significa a presença de uma ampla gama de perspectivas no processo de avaliação; – ajuda a difundir informação sobre os Fundos e o seu impacto nas áreas em causa de forma mais ampla. Ao longo do tempo foram surgindo diversos aspectos relativos ao processo de programação: – – – 100 95 75 95 a inclusão nos documentos de programação de dados de referência para apoio da análise sócio-económica e de objectivos quantificados, levando a uma maior transparência na implementação do programa; a maior duração do período programático, o que reflecte uma maior capacidade de programação plurianual, dando no entanto origem ao desafio de garantir uma flexibilidade suficiente dos processos que permita que, em face das mudanças, os programas possam ser adaptados; aspecto menos positivo, surgiram preocupações relativamente ao período de tempo e à complexidade envolvida na aprovação dos documentos de programação e que têm origem em parte na introdução do complemento de programa. Conseguir o equilíbrio perfeito entre a necessidade de transparência e a responsabilização dos programas (o que exige informações mais detalhadas e mecanismos de acompanhamento), a necessidade de flexibilidade no âmbito dos programas e de a necessidade tornar as parcerias com a Comissão mais num exercício estratégico do que um exercício de micro-gestão, é ainda um desafio difícil para a política de coesão. A parceria continua a ser um princípio essencial da gestão, acompanhamento e avaliação dos Fundos e pode trazer muito valor acrescentado, em especial quando as funções e as responsabilidades dos parceiros se encontram definidas com clareza. Os Pactos Territoriais para o Emprego são um bom exemplo de como pode funcionar a parceria. Esses pactos trouxeram valor acrescentado ao desenvolvimento local e ao emprego através de: – – uma maior disponibilização de recursos aos níveis local e regional; 25 5 0 100 95 75 o equilíbrio entre a oferta e a procura; 25 25 5 5 0 163 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:44 0 205 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 100 95 100 – a redução das sobreposições administrativas; – o incentivo para que as políticas tenham uma definição mais clara. 75 25 5 0 Com o passar do tempo, os programas principais do Fundo Estrutural passaram a implicar um maior envolvimento por parte dos parceiros sociais ao nível da programação e da gestão. Em Setembro de 2003, o Comité Económico e Social Europeu adoptou um parecer exploratório sobre A Parceria para a Implementação dos Fundos Estruturais, que recomendava que houvesse um reforço da parceria, uma vez que ela contribui para o êxito dos programas porque lhes dá uma maior legitimidade, torna mais fácil a sua coordenação e aumenta a sua eficácia e transparência. Os benefícios da parceria são particularmente evidentes em programas do FSE em que muitos agentes ao nível local se envolveram directamente em programas financiados da UE. Apesar do consenso existente relativamente ao facto de a parceria trazer valor acrescentado à eficácia e ao impacto dos Fundos Estruturais, ela introduz também novos níveis de complexidade no processo de concepção e difusão das políticas, o que pode atrasar a tomada de decisões. Há, portanto, uma necessária solução de compromisso entre a complexidade maior que resulta da parceria e as melhorias que ela traz para a concepção e implementação. Concentração A concentração tem por objectivo garantir que o impacto dos Fundos Estruturais não desapareça através de uma distribuição demasiado parca dos recursos, seja em termos geográficos, financeiros ou de prioridades das políticas, ao mesmo tempo que assegura a ajuda a todas as regiões com problemas estruturais graves. 100 95 75 A abordagem geográfica foi orientada através da definição da elegibilidade das áreas ao abrigo dos objectivos dos Fundos Estruturais. Houve algum avanço neste aspecto, uma vez que o período programático 2000–2006 teve um nível de concentração superior ao dos dois períodos anteriores, com 41% da população da UE a ser abrangida pelos Objectivos 1 e 2. No entanto, o processo de identificação das regiões Objectivo 2 no actual período foi muito complexo, tendo levado em alguns casos à fragmentação de regiões e à dispersão de recursos. No período entre os anos 2004 e 2006 todas as regiões dos dez novos Estados-membros serão abrangidas pelo Objectivo 1, excepto Praga, Bratislava e Chipre, onde 31% da população será abrangida pelo Objectivo 2. 95 75 25 5 0 A concentração nas prioridades das políticas reflecte-se nas directrizes da Comissão, as quais definem prioridades em relação ao transporte, energia, competitividade, recursos humanos, desenvolvimento rural e, cada vez mais, a atenção ao ambiente. Contudo, a natureza não vinculativa e por vezes demasiado ampla dessas directrizes reduz o respectivo impacto. Efectivamente, apesar dos progressos conseguidos, as avaliações indicam que os Fundos Estruturais são por vezes distribuídos de forma demasiado ampla e demasiado escassa. Os programas que englobam toda e qualquer acção elegível não têm grande hipótese de conseguir um impacto eficaz, sendo embora a respectiva gestão complexa e pesada, envolvendo inúmeros organismos de implementação e um sistema de indicadores demasiado extenso. Adicionalidade A adicionalidade, ou seja, o princípio segundo o qual os Fundos Estruturais não devem ser utilizados para substituir o investimento público que já existe, fez com que os mesmos Fundos tenham aumentado efectivamente o financiamento injectado para estimular o desenvolvimento regional. Este princípio demonstrou ser respeitado nas regiões Objectivo 1, onde, apesar das complexidades envolvidas, é possível identificar o montante dos recursos investidos. No entanto, foi mais difícil estabelecer o mesmo princípio da adicionalidade no que se refere aos programas dos Objectivos 2 e 3, especialmente os últimos, o que põe em causa o seu valor enquanto princípio essencial de todos os Objectivos dos Fundos. 100 Evolução da política estrutural e procura de eficácia 95 75 O conhecimento especializado sobre a implementação dos programas do Fundo Estrutural 25 25 5 5 164 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:44 206 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 100 95 75 25 5 0 100 aumentou com o acumular de experiência. Com a passagem do tempo, os requisitos foram sendo especificados com maior clareza nos regulamentos, com uma definição mais pormenorizada dos papéis e das responsabilidades da Comissão, dos governos nacionais e das autoridades regionais. Conseguir o equilíbrio ideal entre uma gestão rigorosa, com os custos administrativos envolvidos, por um lado, e a eficácia dos programas, por outro, constitui um desafio fundamental para o futuro. Além disso, a adopção tardia do regulamento por parte da Comissão, muito depois do início do período programático, agravada ainda pela sobreposição do fecho do período anterior, causou grandes dificuldades à eficácia da entrada em vigor das medidas exigidas. Se ao problema referido se juntar ainda a introdução de novas regras sobre autorizações e pagamentos15, tornar-se-á mais fácil entender a grande acumulação de montantes ainda por pagar no final de 2002. Controlo e gestão financeira — o equilíbrio certo? A despesa global em intervenções estruturais aumentou significativamente em 2003, ultrapassando pela primeira vez o nível de 2000, com os pagamentos totais a atingir os EUR 28,6 mil milhões. Essa situação parece reflectir: As disposições relativas à gestão e controlo financeiro foram consideravelmente reforçadas no decorrer do tempo. A Comissão continua a ser responsável perante a autoridade orçamental e está sujeita ao controlo externo do Tribunal de Contas relativamente à despesa dos Fundos Estruturais, mesmo no contexto de uma maior descentralização de responsabilidades a favor dos Estados-membros, o que cria alguma tensão entre a função dos últimos e a da Comissão. Ao abrigo do Tratado, a Comunidade e os Estados-membros têm responsabilidade conjunta no que se refere à salvaguarda da finanças da UE e a Comissão tem poderes para combate à fraude, à corrupção e às actividades ilegais que prejudiquem os interesses da Comunidade. A introdução de requisitos de controlo mais detalhados a meio do período 1994–1999 teve como resultado um regime de controlo mais eficaz e rigoroso nos Estados-membros, embora — como comprovam os problemas encontrados no fecho dos programas — tenha sido difícil para os Estados-membros dar certezas satisfatórias sobre a regularidade das despesas declaradas relativamente à totalidade do período de implementação. 100 95 75 Para o período 2000–2006, a Comissão trabalhou com os Estados-membros no sentido da elaboração de requisitos de controlo mais desenvolvidos e de tornar claras as responsabilidades das autoridades administrativas, por um lado, e as das autoridades pagadoras, por outro. A estrutura organizada para garantir uma gestão e um controlo adequados e os princípios estabelecidos são amplamente aceites, embora haja ainda espaço nos requisitos para uma aplicação mais intensa do princípio da proporcionalidade. – em relação ao período 2000–2006, o efeito conjunto da disciplina financeira imposta pela regra “N+2”, as medidas de simplificação introduzidas e um verdadeiro lançamento de programas no terreno; – no que se refere ao período 1994–1999, uma redução significativa das autorizações de despesas ainda por gastar. 95 75 25 5 0 Os gastos em relação aos compromissos foram mais elevados para o Fundo de Coesão, 100% do qual foi gasto, e para o FEDER, 96,5% do qual foi gasto. Enquanto que as autoridades regionais reconhecem que as verificações e os controlos pretendem melhorar a gestão e a governança, o âmbito dessa exigência é muitas vezes considerado um fardo cujo ganho não justifica os custos administrativos envolvidos. Parece haver a percepção de uma falta de flexibilidade no período programático actual, especialmente se se considerar a regra “N+2” (em termos da qual se as dotações orçamentais não forem gastas, caducarão no prazo de dois anos). Há também uma preocupação relativa à duplicação desnecessária de processos relativamente aos sistemas nacionais. Outra crítica específica refere-se ao facto de os novos requisitos terem sido aprovados numa fase tardia, o que obrigou as regiões a modificar sistemas que tinham sido já definidos. Esse facto levou a atrasos na implementação dos programas, com efeitos de arrastamento por causa da regra “N+2”, criando pressão para gastar, em prejuízo da qualidade e da inovação. Segundo 100 95 75 25 25 5 5 0 165 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:44 0 207 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 100 95 75 25 5 0 100 alguns Estados-membros e regiões, o custo da implementação de todos os processos de controlo financeiro exigidos pela Comissão é demasiado elevado quando comparado com os benefícios conseguidos. A questão do custo é particularmente importante no que se refere às intervenções do Objectivo 2. Há elementos, no caso dessas intervenções, que comprovam que os custos de implementação constituem uma elevada proporção das despesas totais. Selecção e implementação de projectos À excepção dos grandes projectos (mais de EUR 50 milhões de custos totais no período 2000–2006), a selecção de projectos é da responsabilidade do Estado-membro ou da região em causa. Segundo avaliações efectuadas, os processos de selecção de projectos foram geralmente considerados formais, mas robustos, utilizando sistemas quer competitivos, quer de arrastamento. Em alguns casos, a opinião foi de que os processos seriam demasiado complexos, o que poderá fazer desanimar os potenciais promotores. No que respeita aos programas do Objectivo 1, foi referida uma certa falta de transparência em alguns casos, enquanto que no que se refere às regiões Objectivo 2 foi comprovada a utilização cada vez mais generalizada de critérios formais, bem como a presença de cada vez mais profissionalismo e transparência. Nas regiões Objectivo 6, contudo, a selecção de projectos foi por vezes confusa e envolvia normalmente apenas um pequeno número de participantes, em muitos casos dando-se pouca atenção, talvez devido à novidade do sistema, ao desenvolvimento dos projectos. 100 95 75 Apesar do aumento do nível da gestão de fundos públicos, há ainda muito a fazer, especialmente no que se refere à selecção e implementação de grandes projectos de investimento. Segundo a avaliação ex-post dos programas relativos ao Objectivo 1, apenas um terço dos projectos revistos foram concluídos dentro do prazo de tempo previsto inicialmente e um terço foram concluídos com um ano de atraso, enquanto que dois terços dos projectos analisados excederam o orçamento, tendo 20% custado mais 30% do que o que tinha sido originalmente orçamentado. Entre as causas identificadas para esses excessos conta-se um planeamento inadequado, que inclui por exemplo não terem sido previstos problemas relativos à propriedade de terrenos, estimativas de custos inadequadas e atrasos administrativos. Desenvolver um papel mais estratégico para os sistemas de monitorização Embora a monitorização seja uma componente essencial do sistema, a experiência sugere que a atenção das comissões de acompanhamento se centra fundamentalmente em questões de gestão financeira e, muito em especial, na preocupação de garantir a absorção dos recursos do Fundo Estrutural, em vez de se concentrar na gestão estratégica. Essa abordagem influencia o processo de tomada de decisões, contribuindo para que haja uma tendência no sentido de os recursos serem dispendidos onde a respectiva absorção é experimentada e testada, e opondo-se a que sejam seguidas outras direcções e adoptadas abordagens mais inovadoras. O desenvolvimento de uma função mais estratégica para as comissões de acompanhamento é um dos desafios necessários para a melhoria do funcionamento da política de coesão. A esse respeito, é importante que o papel de parceria das comissões de acompanhamento seja reconhecido pelas autoridades administrativas e que aquelas não sejam ser meros mecanismos cuja função é apenas “pôr o carimbo” nas decisões tomadas por outrem. 95 75 25 5 0 Apesar das evidentes melhorias, as avaliações dos programas do Fundo Estrutural chamaram a atenção para a má qualidade do acompanhamento durante o período 1994–1999, tendo sublinhado a necessidade de as comissões de acompanhamento terem acesso a informações importantes sobre a evolução da implementação dos programas. No entanto, os problemas persistem ainda, apesar de o acompanhamento ter sido reforçado para o período 2000–2006, com incidência especial no uso de indicadores e na fixação de objectivos. Em termos específicos, os indicadores não são geralmente definidos com clareza e são em número excessivo, em especial no caso dos programas de abrangência muito ampla. Além disso, em muitos casos, os sistemas de acompanhamento não se encontram ainda completamente operacionais, apesar de decorridos já três anos sobre o início do período programático, sendo ainda complicados pelos diferentes requisitos do FEDER, do FSE e do FEOGA. 100 95 75 25 25 5 5 166 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:45 208 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 100 95 100 A avaliação 75 25 5 0 A avaliação dos programas do Fundo Estrutural foi desenvolvida e melhorada durante a década de 90, levando a uma maior transparência e responsabilização da gestão dos Fundos. Enquanto que, em 1988, a ênfase era colocada sobretudo na auditoria do funcionamento dos Fundos, com o decorrer do tempo a avaliação passou a centrar-se no aspecto mais amplo dos resultados obtidos a partir das despesas efectuadas. Apesar de todos os Estados-membros cumprirem o requisito de efectuar a avaliação da utilização dos Fundos e de, em alguns casos, terem introduzido a mesma prática noutras áreas da política, a forma como é implementada varia significativamente, como reflexo das diferentes tradições e culturas dos Estados-membros. No passado, as avaliações tinham pouco impacto, uma vez que eram concluídas demasiado tarde para poderem ter influência nas decisões chave que deveriam informar. No sentido de resolver esse problema, os actuais regulamentos do Fundo Estrutural especificam prazos de avaliação que estão ligados à reserva de eficiência. Durante o ano de 2004, a Comissão emitirá uma comunicação sobre os resultados das avaliações intermédias e a dotação da reserva de eficiência. As avaliações devem agora ser realizadas pelos Estados-membros numa fase ex ante, pelos Estados-membros em cooperação com a Comissão numa fase intermédia, e ex post pela Comissão. A avaliação intermédia, cujo prazo é agora fixado para garantir a utilidade prática dos resultados, é considerada por alguns como sendo demasiado rígida16. Foi também afirmado que o facto de a avaliação ex post ser efectuada dois anos depois do fim do período programático torna difícil a utilização efectiva dos resultados. Um maior envolvimento das regiões e dos Estados-membros deverá certamente melhorar a avaliação, tornando-a mais útil e relevante, o que implica que se torna necessário dar mais atenção à preparação de programas de avaliação mais adaptados às necessidades regionais e nacionais. 100 95 Primeiros resultados das avaliações de médio prazo 75 Todos os programas do Fundo Estrutural para o período 2000–2006 foram sujeitos a uma avaliação intermédia, que foi concluída antes do final de 2003. A análise preliminar dos resultados obtidos sugere as seguintes observações: – fica confirmada a relevância das opções estratégicas feitas em 2000, especialmente no que se refere à importância dada às prioridades estabelecidas em Lisboa (inovação, sociedade da informação e redes), tendo a despesa respectiva ascendido a cerca de EUR 60 mil milhões, ou seja, 30% dos Fundos Estruturais. Contudo, há ainda necessidade de uma concentração ainda maior nessas prioridades, especialmente no que se refere à inovação e às ligações em falta nas redes; – apesar do início lento, a taxa de absorção financeira aumentou e a regra N+2 parece ter estimulado uma implementação mais rápida dos programas. Contudo, nalguns casos, a aplicação demasiado mecânica dessa regra parece ter tido um efeito negativo relativamente à qualidade e à inovação; – os sistemas de selecção e implementação de projectos são considerados melhores do que eram no passado, embora em certos casos os processos burocráticos tivessem gerado alguma falta de eficiência; – a modernização administrativa, incentivada em parte pelos Fundos Estruturais, terá que ser acompanhada por sistemas de informação “inteligentes”, a fim de permitir aos gestores e responsáveis pelas tomadas de decisão avaliar as intervenções numa base de continuidade, bem como accionar medidas correctivas sempre que necessário. Os sistemas de acompanhamento baseados numa extensa gama de indicadores terão que ser simplificados, concentrando-se numa utilização estratégica da informação; – o grau de concretização dos objectivos é relativamente alto em certos programas, especialmente os que têm a ver com a infra-estrutura de transportes. Embora seja demasiado cedo para identificar o efeito em termos da totalidade do período 2000–2006, em Espanha, o impacto do investimento efectuado entre 2000 e 2002 ao abrigo do Quadro de Apoio Comunitário (Fundos Estruturais mais despesa pública nacional) está calculado em 0,4% do PIB (e prevê-se que atinja os 2,4% em 2006). 95 75 25 5 0 100 95 75 25 25 5 5 0 167 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:45 0 209 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 100 95 75 25 5 0 100 A reserva de eficiência — recompensar o sucesso A reserva de eficiência combina vários aspectos da prática de boa gestão, nomeadamente o controlo financeiro, a eficácia da implementação, monitorização e avaliação. Trata-se de uma inovação ao abrigo da qual, no actual período programático, 4% dos recursos do Fundo Estrutural são reservados para dotação até 31 de Março de 2004, no máximo, na base da concretização de alvos inicialmente definidos nos documentos programáticos. Esses alvos têm a ver com eficácia (produção e resultados obtidos), aspectos financeiros e gestão. Embora o funcionamento da reserva tenha ainda que ser testado na prática, ela constitui um primeiro passo no sentido da gestão por objectivos e introduz pela primeira vez um incentivo financeiro para a boa gestão, objectivo esse que os Estados-membros e as regiões têm interesse em alcançar. Apesar das preocupações que foram expressas relativamente ao mecanismo em si, especialmente no que toca à rigidez e complexidade, a reserva chamou a atenção para importantes questões referentes ao desempenho, tais como a absorção financeira e a qualidade dos dados utilizados na monitorização. Ao mesmo tempo, houve também alguma preocupação relativamente ao facto de a Alguns resultados preliminares nas regiões espanholas Objectivo 1 para 2000–2002 – Melhoramento da acessibilidade: construção ou melhoramento de 476 km de estradas e auto-estradas e 173 km de vias-férreas; construção de 810 km de redes de abastecimento de energia; construção de 250 km de conduta de gás; – apoio ao meio produtivo: apoios a 4.600 PME, com um efeito de alavanca no investimento estimado em cerca de EUR 12,2 mil milhões; 100 95 75 – desenvolvimento da sociedade do conhecimento: apoio fornecido a 1.503 centros de investigação e 48.199 investigadores; instalação de 26.864 linhas ADSL; – recursos humanos: cerca 7 milhões de pessoas a receber apoio ao abrigo do FSE, dos quais 57% receberam formação. 95 A percepção da política estrutural da UE nas regiões Nos estudos de caso referidos na Parte 3, onde foi pedido aos funcionários regionais que se manifestassem relativamente às políticas da UE, foram também recolhidas opiniões sobre o funcionamento dos Fundos Estruturais. Os inquiridos foram unânimes em definir de forma positiva o impacto dos Fundos nas regiões Objectivo 1, particularmente no que respeita às infra-estruturas e sobretudo nos países da Coesão, onde a convergência do PIB per capita com a média da União foi um dos objectivos prioritários da política nacional. 75 25 5 0 Mesmo em outras regiões Objectivo 1 receptoras de financiamentos menores (Flevoland e Highlands e Islands, por exemplo) foi também reconhecido que a elegibilidade para os apoios no quadro do Objectivo 1 tinha implicado uma maior atenção por parte das políticas regionais nacionais. No que respeita às regiões Objectivo 2, os estudos de caso confirmam a dificuldade em encontrar dados adequados a nível regional capazes de explicitar cabalmente o desenvolvimento obtido e o facto de que os montantes em causa não terem, de uma maneira geral, sido suficientes para inverter a deterioração da situação nessas regiões. Contudo, é nas zonas Objectivo 2 que muitas vezes se acumulam os problemas das regiões onde estas se inserem, problemas que têm a ver com as tendências demográficas, os níveis de escolaridade, a reestruturação das indústrias tradicionais, o desemprego, o ambiente, etc. O investimento por parte das empresas tende a concentrar-se em outras partes da região ou em regiões adjacentes, sendo assim os Fundos Estruturais a única fonte de apoio. Em muitos casos, os inquiridos frisaram o efeito qualitativo dos Fundos Estruturais e não tanto o quantitativo, especialmente naquelas regiões onde as receitas dos Fundos foram relativamente baixas, quer em relação ao PIB, quer ao investimento ou ao orçamento nacional. Nestes casos, os benefícios da abordagem comunitária mais frequentemente citados foram as parcerias em conjunto com a programação, bem como a aplicação de uma estratégia integrada a nível regional. Considerou-se que a abordagem comunitária levou não só a um reforço das capacidades institucionais mas também a uma consolidação da perícia necessária para fazer avaliações, em 100 95 75 25 25 5 5 168 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:45 210 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 100 100 95 95 75 25 5 0 particular relativamente a temas horizontais, tais como a igualdade de oportunidades, o desenvolvimento sustentável e a inovação. Exceptuando as regiões com um elevado nível de autonomia, em geral não parece que a aplicação das políticas comunitárias seja formalmente coordenada. Por outro lado, a falta de uma sólida estrutura de gestão regional impede uma melhor coordenação. A opinião quase unânime foi que, devido à experiência adquirida até agora, no actual período de programação existe um maior grau de coordenação em relação aos períodos anteriores. Contudo, o aumento significativo dos custos de gestão, avaliação e controlo no período de programação 2000–2006 foi alvo de duras críticas (um dos estudos referiu um incremento dos custos totais de 5% para 20%). Os inquiridos manifestaram igualmente o seu descontentamento em relação à complexidade dos procedimentos de gestão da política da coesão, que tem vindo a aumentar em cada novo período de programação. Por outro lado, a cooperação com os parceiros sociais, as empresas e outras entidades foi geralmente considerada como um avanço importante que deve ser ulteriormente desenvolvido. Com base num vasto inquérito junto das autoridades responsáveis pela administração dos Fundos Estruturais no terreno, foi solicitada ao Comité das Regiões a elaboração de um relatório sobre possíveis formas de simplificar a gestão das políticas da coesão após o 95 75 25 25 5 – maior coerência e coordenação, quer internamente (entre os diferentes Fundos, os diferentes serviços da Comissão e as administrações públicas), quer externamente (entre a Comunidade e os programas nacionais e regionais); 0 – melhor aplicação dos princípios de subsidiariedade e proporcionalidade, com o reconhecimento de que as entidades locais e regionais são normalmente as mais apropriadas para tomar decisões relativamente às políticas e para executá-las de forma eficiente; – continuação de uma abordagem regional baseada na Comunidade; – manutenção dos recursos, uma vez que uma política de coesão com financiamentos reduzidos é inconcebível; – maior simplificação dos procedimentos e aumento do grau de co-responsabilidade; – maior reconhecimento da importância da cooperação regional como forma para alcançar a integração. importância dada à absorção financeira poder desviar a atenção da qualidade onde se gasta. Existem três tipos principais de abordagem à gestão dos Fundos Estruturais: Diversidade das práticas de gestão – uma abordagem altamente centralizada, envolvendo principalmente programas sectoriais; – um misto de programas centralizados e programas descentralizados; – uma abordagem descentralizada, que tem a ver com programas mais regionais. Apesar de os processos dos Fundos Estruturais terem sido descritos como sendo “de tamanho único”, as conclusões da avaliação e outros estudos efectuados demonstram a grande diversidade de práticas de gestão existente, bem como a crescente capacidade de gestão dos Fundos por parte das autoridades. O regulamento consagra as melhores práticas, as quais foram sendo clarificadas e melhoradas em cada período programático. Ao mesmo tempo, cada Estado-membro passou pelo seu próprio ciclo de desenvolvimento, aumentando progressivamente a capacidade de implementação mais eficaz dos Fundos. 100 Com o tempo, os sistemas evoluíram, muitas vezes a partir de uma abordagem centralizada, passando por uma abordagem mista e tomando finalmente a forma de uma abordagem mais descentralizada. Os resultados das avaliações revelam que, quer as abordagens centralizadas, quer as 5 0 75 – maior contributo para a coesão por parte das políticas sectoriais; As propostas do Comité das Regiões para melhorar a gestão dos Fundos Estruturais 100 ano 2006. Os resultados foram objecto de discussão numa conferência que teve lugar em Leipzig em Maio de 2003 e apresentados à Comissão Europeia em Julho de 2003. As recomendações feitas pelo Comité foram as seguintes: 95 75 25 5 169 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:45 0 211 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 100 95 75 100 descentralizadas, são mais eficazes, embora as últimas o sejam tendencialmente ainda mais, uma vez que tornam mais fácil a resposta às necessidades regionais. 25 5 0 A abordagem centralizada parece ser mais eficaz devido ao facto de o processo de tomada de decisões ser mais rápido e de haver uma maior flexibilidade; no entanto, para além de não estar tão atenta às necessidades regionais, os processos que utiliza são geralmente mais tradicionais, o que pode ser um factor impeditivo da inovação. Enquanto que a maioria dos países da Coesão e das regiões do sul de Itália funcionou na base de sistemas centralizados durante o primeiro período programático, tornou-se evidente uma maior descentralização nos períodos subsequentes, embora menos em Portugal, tendo a Itália, a Espanha e a Grécia começado a descentralização dos seus sistemas no período de 1994–1999 e a Irlanda em 2000–2006. Noutros países, as regiões Objectivo 1 da Alemanha de Leste e as de outros países têm sistemas descentralizados, os quais, embora por vezes complexos, funcionam também eficazmente. Experiência dos fundos de pré-adesão 95 75 Durante o período 2000–2006, a UE disponibiliza cerca de EUR 3 mil milhões por ano para apoio financeiro aos países da adesão. Esse montante é proveniente de três fontes diferentes: o ISPA (Instrumento Estrutural de Pré-Adesão), que financia projectos nas áreas dos transportes e ambiente, o SAPARD (Programa Especial de Adesão para a Agricultura e o Desenvolvimento Rural), definido pela própria designação, e o PHARE, que financia o reforço da capacidade administrativa e institucional como preparação para a adesão. 25 5 0 O apoio à pré-adesão pretendia funcionar em parte como um exercício de aprendizagem para os países preocupados com a forma de utilização eficaz dos financiamentos antes de receberem montantes muito mais avultados depois da adesão. Esperava-se, assim, preparar processos institucionais capazes de reflectir adequadamente as circunstâncias e as necessidades locais, e de respeitar as normas da UE para a gestão dos fundos públicos. PHARE A gestão dos Fundos Estruturais nas regiões Objectivo 2 é geralmente descentralizada. Mesmo nos países com uma tradição de centralização, tais como a França e o Reino Unido, tem havido uma devolução crescente dos poderes de decisão e de autonomia administrativa a favor das regiões Objectivo 2. De forma mais geral, os programas do Objectivo 2 têm sido cada vez mais integrados nas estruturas de política regional. O alargamento e a política de coesão: os desafios para o futuro 100 95 75 Os apoios dos Fundos Estruturais revestir-se-ão de uma importância fundamental para os novos Estados-membros no sentido do reforço da respectiva competitividade económica e para que possam alcançar o resto da UE em termos de PIB per capita. Segue-se uma análise da experiência actual dos vários fundos de pré-adesão e das lições a retirar das negociações dos Planos Nacionais de Desenvolvimento e dos programas para implementação dos Fundos Estruturais no período 2004–2006. 25 Desde 2000 que o programa PHARE tem como objectivo ajudar os países da adesão na sua preparação para a mesma, sendo o orçamento aumentado para EUR 1,6 mil milhões por ano e tendo em vista três prioridades principais: – a criação de instituições (30%), – o investimento na infra-estrutura reguladora necessária para garantir o cumprimento do acervo comunitário (35%), – o apoio à coesão económica e social (35%). Depois da adesão à UE, em Maio de 2004, os 10 novos Estados-membros continuarão a receber apoio do PHARE durante um mínimo de três anos, sendo que na Bulgária e na Roménia o programa poderá continuar para além desse prazo. 100 95 ISPA 75 O ISPA corresponde, em termos gerais, ao Fundo de Coesão e apoia o investimento nos sistemas de 25 5 5 170 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:45 212 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 100 95 75 25 5 0 100 transporte e na infra-estrutura ambiental, ambas áreas negligenciadas durante décadas antes de ter sido iniciado o processo de transição, sendo que nenhuma delas corresponde às exigências de uma economia moderna. No que se refere aos transportes, a prioridade vai para as vias principais, definidas no estudo de Avaliação das Necessidades de Infra-estruturas de Transporte (TINA), que ligam os países da adesão aos actuais Estados-membros. O apoio para a melhoria ambiental, por seu turno, centra-se no aprovisionamento de água e no tratamento de águas residuais e de resíduos sólidos. O apoio, que atinge o montante de um pouco mais de EUR 1 mil milhões por ano, é concedido apenas a projectos superiores a EUR 5 milhões. Em 2000 e 2001, os primeiros dois anos de implementação, fizeram-se grandes esforços no sentido de preparar projectos elegíveis bem como estabelecer as estruturas administrativas necessárias para a implementação. Em finais de 2002, a Comissão tinha aprovado 249 projectos com compromissos ISPA no montante de EUR 3,2 mil milhões, divididos de forma equitativa entre o transporte e o ambiente, e, no âmbito dos transportes, entre o viário e o ferroviário, sendo a maioria dos projectos dedicados à renovação e modernização das infra-estruturas existentes. Os países seleccionaram tendencialmente projectos de acordo com as respectivas estratégias nacionais de transporte e ambiente para que pudessem ser aproveitados ao máximo os limitados recursos existentes. O ISPA contribuiu também para a criação de know-how e de capacidade administrativa, apoiada por ajuda técnica sobre formação em processos de contratos, gestão financeira, preparação de projectos, preparação de documentação técnica, análise custo-benefício e sobre como utilizar o sistema EDIS (Sistema Alargado de Execução Descentralizada) SAPARD 100 95 75 25 O SAPARD atribui EUR 500 milhões por ano para ajuda aos países da adesão na implementação do acervo comunitário no que se refere à PAC e para a reestruturação dos respectivos sectores agrícolas e áreas rurais. O apoio baseia-se nos planos de desenvolvimento concebidos pelos países e que incluam um número limitado de medidas, tais como a melhoria dos processos de garantia da qualidade, a aplicação de controlo de saúde animal e vegetal ou o estabelecimento de grupos de produtores e cadastros de propriedades. A relação do apoio concedido às diferentes medidas varia conforme os países, embora uma grande parte seja canalizada para investimento em tratamento e comercialização (26% do total) e ainda em explorações agrícolas e infra-estruturas rurais (cerca de 20%). 75 25 5 0 Apesar de a execução ser lenta17 , o SAPARD teve um efeito positivo nos países da adesão, incentivando-os a estabelecer estruturas financeiras e sistemas de controlo semelhantes aos que existem nos actuais Estados-membros, ajudando assim no desenvolvimento da capacidade administrativa. Lições dos Planos de Desenvolvimento Regional O desafio da transição Para os países da adesão, o primeiro período programático, em que serão já elegíveis para ajuda dos Fundos Estruturais, é relativamente curto — de 2004 a 2006. Esse período representa uma oportunidade para definir uma estratégia de desenvolvimento regional coerente e é um desafio para a integração dos princípios da política estrutural da UE nos respectivos quadros de políticas nacionais e ainda para o estabelecimento dos mecanismos de implementação adequados. Foi acordado que, relativamente a esse primeiro e curto período programático, a intervenção estrutural deveria concentrar-se num número limitado de áreas prioritárias, a fim de conseguir um impacto máximo e de simplificar a execução. Nos quatro maiores novos Estados-membros (Polónia, Hungria, República Checa e Eslováquia) a ajuda será implementada através de um Quadro de Apoio Comunitário acompanhado por Programas Operacionais e, nos outros países, através de um Documento Programático Único. 100 95 O montante total do apoio, incluindo o que é disponibilizado pelo Fundo de Coesão, é de um pouco mais de EUR 7,3 mil milhões por ano, a preços de 1999. Esse montante aumenta ainda com o 75 25 5 0 95 5 171 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:46 0 213 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 100 95 75 25 100 co-financiamento dos governos nacionais, o que representa um acréscimo significativo em relação aos níveis existentes e coloca novos desafios aos orçamentos públicos, já deprimidos em muitos países nos anos mais recentes devido a um crescimento relativamente lento (Quadro A4.11). 5 0 Estratégias emergentes O objectivo maioritário de todos os países da adesão é o de atingir e sustentar altas taxas de crescimento económico, a fim de poderem melhorar os níveis de vida e de emprego. Os planos de desenvolvimento nacional desses países são muito diferentes em termos da distribuição de apoio às áreas de intervenção, o que reflecte as diversas circunstâncias sociais e económicas e aquilo que é entendido em cada um deles como prioridade. Assim, a percentagem de financiamento dedicada a infra-estruturas situa-se entre os 19%, na Eslovénia, e os 78%, em Chipre, enquanto a percentagem referente à educação, formação e outros programas varia entre 14%, em Malta, e 28%, na Eslovénia; quanto ao investimento na produção, as percentagens oscilam entre 14%, na República Checa, e 54%, na Eslovénia, sendo uma grande parte destinada às PME. Os documentos programáticos produzidos pelos países da adesão identificam e analisam as principais necessidades de desenvolvimento, o que se torna importante dado que, em conjunto, os Fundos Estruturais e o co-financiamento nacional deverão representar 25% das despesas públicas em investimento estrutural. A abordagem global do crescimento que é estabelecida nos documentos está de acordo com a estratégia de Lisboa. Na Polónia, Hungria e República Checa, foram já preparados Programas Operacionais para o desenvolvimento regional, sendo que as autoridades locais e regionais partilham a responsabilidade de implementação, pelo que uma parte significativa do orçamento geral lhes foi atribuída. 100 95 75 No entanto, os programas da maior parte dos países identificam um grande número de áreas de intervenção diferentes, notando-se, em muitos casos, a ausência de visão estratégica e de uma concentração específica nas questões essenciais. A experiência dos actuais Estados-membros leva a crer que, a não ser corrigido, esse problema poderá complicar a execução dos programas e reduzir o respectivo impacto e sustentabilidade. Os próprios métodos analíticos e as fontes de informação utilizadas precisam também de ser aprofundados, a fim de garantir programas de mais alta qualidade depois de 2006. Em muitos dos programas, existe apenas uma análise limitada da interacção entre os Fundos Estruturais e as políticas nacionais, enquanto que os temas horizontais, tais como o ambiente e a igualdade de oportunidades, não se encontram suficientemente integrados. 95 75 25 5 0 A formulação dos programas foi apoiada em todos os países por avaliações ex ante, efectuadas sobretudo por equipas de peritos externas. Segundo essas avaliações, os Quadros Comunitários de Apoio deverão aumentar o PIB em cerca de 4% na Hungria e um pouco acima dos 3% na Polónia, uma vez tido em conta o efeito multiplicador (ou seja, o PIB acabará por ser mais alto por essa percentagem), enquanto que o investimento na Hungria, segundo se calcula, será aumentado em 8% do PIB e o desemprego na Polónia será reduzido em quase 2% da mão-de-obra em 2007. O desafio da implementação Os Fundos Estruturais exigem uma preparação cuidadosa em termos do estabelecimento da estrutura e dos processos administrativos necessários para a gestão dos montantes recebidos. Tal preparação iniciou-se há já algum tempo, durante as negociações dos Tratados de Adesão. Durante a fase preparatória, os países avançaram muito em termos do estabelecimento de uma cooperação mais eficaz entre os diferentes níveis das respectivas autoridades administrativas, o que possibilitou o surgimento de programas mais coordenados e eficazes. Foram também feitos esforços consideráveis para a formação de pessoas, especialmente nos ministérios e nas agências de implementação envolvidos no processo, tendo-se também efectuado melhorias ao nível de muitas autoridades regionais e locais. Contudo, a implementação dos Fundos Estruturais vai afectar muitas estruturas da administração dos países em questão, das unidades de planeamento estratégico da administração central às autoridades locais responsáveis pela selecção dos projectos individuais. A questão da capacidade administrativa deverá continuar a constituir uma das preocupações durante todo o período 2004–2006 e mesmo depois dele. O reforço dessa capacidade, que resultará 100 95 75 25 25 5 5 172 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:46 214 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 100 95 75 25 5 0 100 em parte da própria experiência, será uma condição essencial para uma maior descentralização da implementação de programas depois de 2006. 95 75 Como conclusão geral, os documentos programáticos e as actividades agendadas reflectem o estatuto de transição do período 2004–2006, preparando o terreno para as estratégias a seguir e as estruturas que as deverão implementar no próximo período programático. 25 5 0 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 0 173 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:46 0 215 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 100 100 95 95 75 25 5 0 Os desafios futuros para os países da adesão Muito embora haja a tendência para olhar para os países da adesão como uma entidade única, com características e problemas uniformes, tal perspectiva está longe de reflectir a realidade. Apesar de os problemas estruturais serem simultaneamente graves e abrangentes em quase todos esses países — nomeadamente o desgaste, a decadência, ou inexistência de parte substancial das infra-estruturas de base — a escala e natureza de tais problemas diferem consideravelmente entre países e regiões. Tal facto reflecte-se nas variações do PIB per capita, que são maiores do que as registadas na UE15 tanto entre países, como entre as respectivas regiões. Mais manifesto ainda: todos os tipos de disparidades tendem a ser muito maiores do que as existentes nas regiões Objectivo 1, o que tem implicações importantes na concepção das políticas estruturais. O objectivo deverá, para cada região, ser o de tentar identificar as principais limitações à competitividade e ao investimento do exterior, para que elas possam ser rapidamente ultrapassadas e, assim, se atingir uma taxa de crescimento elevada. Além disso, as disparidades regionais tendem a aumentar em vez de diminuir, com o desenvolvimento a concentrar-se nas e em torno das grandes cidades, especialmente as capitais, que se constituem como ponto fulcral para o crescimento de novas actividades, nomeadamente nos serviços. Tal tendência tem vindo paralelamente a ser reforçada pela concentração de investimento directo estrangeiro, atraído pelos serviços, capacidade instalada e competências laborais disponíveis nesses mesmos lugares. 100 95 A maioria das vias de comunicação é, todavia, inadequada em todos os países. Consequentemente, o número de pessoas que diariamente se desloca para trabalhar, mesmo para as capitais, é significativamente menor (cerca de um terço) do que nos actuais Estados-membros. A prioridade deve, pois, ser o melhoramento das comunicações, não só para permitir o desenvolvimento, mas também para facilitar a expansão das trocas comerciais entre regiões e países. O comércio entre os novos Estados-membros mantém-se, actualmente, em baixa, não obstante eles serem parceiros comerciais naturais, e necessita de uma grande expansão de forma a estabelecer bases conjuntas de crescimento. Embora venham a beneficiar da prevista expansão da rede transeuropeia de transportes, os novos projectos de vias de comunicação irão, na maior parte dos casos, permitir a sua ligação aos actuais Estados-membros mais do que a ligação entre eles. 75 A relativamente baixa densidade populacional em muitas regiões e a ausência de cidades, de qualquer que 75 seja a dimensão, que possam atrair investimentos e funcionar como centros de desenvolvimento económico, constituem uma barreira à criação de um padrão mais disperso de crescimento. Apenas a Polónia conta com várias cidades de grande dimensão (mais de 250 mil habitantes) que poderiam servir como pólos de crescimento para além da capital. Em 8 das 41 regiões NUTS 2 nos novos Estados-membros (cinco na Polónia, dois na Eslováquia e uma na República Checa), não existem outras cidades com mais de 100 mil habitantes e a maioria da população reside em vilas ou cidades com menos de 20.000 habitantes. Este padrão dos núcleos populacionais, em conjunto com a estrutura predominante de actividade económica, será a causa provável de limitações ao crescimento, a menos que haja transportes de boa qualidade entre as cidades que permitam às pessoas viajar facilmente de umas para as outras, quer como pendulares para o trabalho, quer para aceder a serviços e equipamentos que poderão ser partilhados por várias pequenas cidades. 25 5 0 Embora o melhoramento das redes de transportes seja fundamental para o desenvolvimento sustentado, esta deve ser levada a cabo sem prejudicar excessivamente o ambiente, particularmente considerando que os danos provocados durante décadas de actividade industrial deixaram já um legado de zonas degradadas. Uma vez que não existem auto-estradas e que as condições das estradas em geral deixam muito a desejar, qualquer política que vise melhorar os transportes deverá incluir uma programa de escala relativamente abrangente para a construção de novas rodovias e o alargamento das já existentes. Contudo, a preocupação com o ambiente — e com o congestionamento — significa que existe uma necessidade paralela de reforçar a rede ferroviária de forma a limitar a mudança dos transportes ferroviários para os rodoviários. Isto implica o melhoramento das condições das linhas-férreas, a electrificação e o aumento do número de linhas com via dupla, bem como a garantia da interoperabilidade entre países (através da completa padronização das bitolas de via e dos sistemas de distribuição eléctrica). Implica também dar a devida atenção às diversas situações locais para poder elaborar uma política de transportes coordenada — que falta em muitos Estados-Membros actuais — que consiga alcançar os objectivos de desenvolvimento da região em apreço, ao mesmo tempo que minimiza os danos ambientais. 100 Os melhoramentos nas redes de transportes, contudo, não são por si só suficientes, mas devem fazer parte de uma política coerente de desenvolvimento que ponha a tónica na reforma dos sistemas de ensino e formação, adequando-os às necessidades do mercado de trabalho 95 75 25 25 5 5 174 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:46 216 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 100 95 75 25 5 0 100 que, como no caso dos transportes, variam geralmente de região para região, reflectindo o padrão de actividade económica. Apesar do nível de escolaridade claramente elevado, uma vez que o número de pessoas em idade activa com um nível para além do ensino básico é maior do que na UE15, os programas de ensino e formação não preparam os jovens para os empregos da nova economia emergente. Além disso, são relativamente poucas as pessoas que completam o ensino superior e, quando encontram emprego, não têm muitas oportunidades de frequentar cursos de formação contínua — para uma aprendizagem ao longo da vida. Igualmente importante é o apoio ao investimento produtivo, especialmente considerando que se verificarão transformações de vasta escala das estruturas económicas e que tais mudanças serão diferentes nos vários países, reflectindo o padrão predominante. (A agricultura é responsável por 19% do emprego na Lituânia e na Polónia, e 5% na República Checa; as empresas e os serviços financeiros fornecem 17% do emprego em Praga e Bratislava, e 3% em algumas zonas da Polónia.). Todavia, torna-se difícil organizar, de forma eficaz, o apoio ao investimento empresarial num contexto onde a maioria das empresas nos sectores de serviços em expansão é ainda muito pequena (menos de 10 pessoas) e onde existe uma falta generalizada de serviços empresariais. Esta situação é particularmente grave nas regiões onde o sector dos serviços é mais atrasado e onde, por consequência, existe uma necessidade mais premente de reestruturação. As ajudas para a consolidação da capacidade de inovação devem constituir um aspecto importante dos apoios às empresas, juntamente com a criação de serviços de consultoria e de assistência financeira para o desenvolvimento empresarial. Também aqui as exigências variam de região para região, o que reflecte a variação da escala de despesa em I&D, a presença de centros de investigação e o grau de ligação entre estes e as empresas locais. (a despesa em I&D, por exemplo, varia de 1,5% do PIB na Eslovénia, e quase 4% em Stredni Cechy, a região que circunda Praga, para menos de 0,5% do PIB na Letónia, Bulgária e Roménia e apenas cerca de 0,2% ou menos num certo número de regiões da Polónia, Hungria e Bulgária.) estratégias de desenvolvimento regional, não sendo possível tratar de todas estas necessidades ao mesmo tempo. De igual importância se reveste a identificação de uma lista de domínios prioritários de acção, que permita determinar a ordem de execução dos projectos de investimento à luz de um caminho de desenvolvimento económico de longo prazo a seguir na respectiva região e que tenha em devida conta às interacções entre os dois, maximizando, assim, o seu efeito no crescimento. 95 75 25 5 0 Um dilema central para os decisores políticos, que se verifica em todos os países mas sobretudo nos países maiores, é o grau de concentração dos apoios estruturais nos centros principais de crescimento, onde os proveitos dos investimentos são provavelmente mais imediatos, e nas diferentes regiões de acordo com as suas necessidades. Se, por um lado, reforçar as regiões que são já as mais competitivas poderá ser a melhor forma de alcançar um elevado nível de crescimento no curto prazo, por outro, atribuir apoios com base nas necessidades resultará provavelmente numa maior coesão interna, garantindo um desenvolvimento equilibrado a longo prazo. O que complica a escolha é o facto de as regiões mais fracas, para conseguirem tirar partido do primeiro tipo de estratégia no longo prazo, necessitam de níveis mínimos de infra-estruturas e outras formas de capital, o que implica que as suas necessidades não podem ser postas de lado nem no curto prazo. Por outro lado, é preciso ter em conta as limitações administrativas vigentes quando se injectam vastos montantes de apoios nas regiões menos desenvolvidas. Este último ponto não pode ser ignorado, tornando-se necessário reconhecer que a política de desenvolvimento regional está a ser executada num contexto no qual o grau de capacidade administrativa para elaborar e gerir tal política é questionável, a experiência e perícia para resolver os problemas estruturais é inadequada e faltam os meios de coordenação entre as diferentes autoridades. Tudo isso impõe inevitáveis limitações aos programas que podem ser levados a cabo e implica que os financiamentos para os investimentos estruturais devam ser aliados a um apoio contínuo para a melhoria da administração no terreno, para a formação do pessoal e para o desenvolvimento de métodos eficazes de gestão, coordenação, monitorização e avaliação de programas, especialmente a nível regional. A identificação das necessidades estruturais representa, contudo, apenas o primeiro passo na formulação das 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 0 175 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:46 0 217 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 100 100 95 Debate sobre o futuro 75 da política de coesão 25 5 0 No início de 2001, a Comissão lançou um debate sobre o futuro da política de coesão. O Colégio de Comissários integrou também esse debate. O Presidente da Comissão e alguns dos Comissários estiveram presentes em várias conferências. O Colégio tem-se mantido ao corrente de todas as questões levantadas no debate, através do conjunto de relatórios que aprovou durante este período. A 31 de Janeiro de 2001, a Comissão aprovou o Segundo Relatório sobre a Coesão Económica e Social [COM(2001) 24 final]. O documento analisa pela primeira vez os desafios colocados pelo alargamento, abrindo uma discussão sobre os contornos da política de coesão depois de 2006. A 21 e 22 de Maio de 2001, a Comissão organizou o segundo Fórum europeu sobre a coesão, com um grande número de participantes (quase 2000 inscritos e mais 1700 presentes) e participação política de muito alto nível. No Conselho sobre “Assuntos Gerais”, a 11 de Junho de 2001, a Comissão tomou nota da preocupação expressa por actuais e futuros Estados-membros, e em especial do memorando apresentado pela delegação espanhola relativo aos efeitos do alargamento sobre a coesão económica e social. A Comissão declarou também que continuaria a trabalhar, informando regularmente o Conselho, e que iria elaborar o Terceiro Relatório sobre a Coesão, com o objectivo de apresentar propostas adequadas para a política de coesão depois de 2006. 100 95 75 Alguns Estados-membros e representantes das regiões, cidades e agregados urbanos, bem como os parceiros sociais intervieram, dando as respectivas opiniões sobre as questões em debate. De acordo com o compromisso assumido em Junho de 2001, a Comissão aprovou dois relatórios de situação sobre a coesão económica e social, a 30 de Janeiro de 2002 [COM(2002) 46 final] e a 30 de Janeiro de 2003 [COM(2003) 34 final]. Esses documentos actualizavam os dados do Segundo Relatório sobre a Coesão (Janeiro 2001), especialmente os que tinham a ver com as disparidades económicas e sociais entre regiões. A Comissão organizou uma série de reuniões de discussão, em que estiveram envolvidos muitos dos responsáveis pela política nesta área pertencentes aos Estados-membros, regiões, cidades e centros urbanos: a 26 e 27 de Maio de 2003, um seminário sobre as prioridades da União para as regiões, com cerca de 600 participantes; – – a 8 e 9 de Julho de 2002, um seminário sobre áreas urbanas; – a 30 de Setembro de 2002, um seminário sobre prioridades para o emprego e coesão social; – a 9 de Outubro de 2002, um encontro dos ministros responsáveis pela política regional, onde se chegou a um amplo consenso sobre a simplificação da implementação dos Fundos Estruturais para o período 2000–2006. – a 17 e 18 de Outubro de 2002, um seminário sobre áreas de montanha; – a 3 e 4 de Março de 2003, um seminário sobre a gestão futura dos Fundos Estruturais; – a 8 de Julho de 2003, uma conferência sobre “Coesão e Constituição: o papel e as responsabilidades das regiões”, em que participaram mais de 180 presidentes de diferentes regiões, bem como representantes locais e regionais eleitos de Estados-membros e de países da adesão; – a 13 de Novembro de 2003, uma conferência sobre o futuro da política de desenvolvimento rural em Salzburg. 95 75 25 5 0 Mais recentemente, a Direcção-Geral para a Política Regional publicou na respectiva página da Internet todos os contributos recebidos de Instituições Comunitárias, Estados-membros, novos Estados-membros, regiões, centros urbanos, organizações regionais, parceiros sociais e institutos de investigação: 100 http://europa.eu.int/comm/regional_policy/debate/reflex_en.htm 95 75 A página inclui mais de uma centena de contributos, que podem ser facilmente acedidos, e que são 25 25 5 5 176 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:46 218 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 100 95 75 25 5 0 100 sobretudo provenientes de debates, seminários, subcomissões inter-ministeriais e vários estudos. Esses documentos, no seu conjunto, representam um esforço colectivo sem precedentes para o debate sobre uma área da política da União. Alguns representantes da Comissão participaram em centenas de encontros, conferências e seminários que tiveram lugar em toda a União e onde foi tratado o tema em questão. A Comissão também recebeu centenas de delegações para discussão das várias questões que se prendem com esse tema. Foram organizados três encontros informais de Ministros responsáveis pela política regional: pela Presidência Belga (Namur, 13 e 14 de Julho de 2001), pela Presidência Grega (Halkidiki, 16 de Maio de 2003) e pela Presidência Italiana (Roma, 20 de Outubro de 2003). Numa iniciativa da Presidência Irlandesa tem lugar um outro encontro ministerial a 27 e 28 de Fevereiro de 2004. Teve lugar também no Parlamento Europeu um vivo debate, que terminou com a aprovação de várias resoluções sobre a política de coesão, incluindo: – – 1 2 3 4 100 5 95 6 75 7 a 7 de Novembro de 2002, uma resolução sobre o relatório Schroedter (Partido Os Verdes, Alemanha) Grécia) e sobre o relatório Pomes Ruiz (Partido Popular Europeu, Espanha). O Comité das Regiões aprovou uma declaração, em Leipzig, a 5 e 6 de Maio de 2003, apelando às instituições europeias para que reforcem a política da UE para o desenvolvimento regional. A mesma Comissão aprovou também, a 2 de Julho de 2003, dois importantes pareceres sobre a mesma matéria: – o relatório Schneider sobre o Segundo Relatório de Situação sobre a Coesão Económica e Social; – o relatório de prospectiva conjunto do Sr. Fitto (Partido Popular Europeu, Itália) e do Sr. Van Cauwenberghe (Partido Socialista Europeu, Bélgica) sobre a governança e a simplificação dos Fundos Estruturais após 2006. 95 75 25 5 0 O Comité Económico e Social Europeu contribuiu também para o debate sobre o futuro da política de coesão aprovando pareceres sobre os dois relatórios de situação e dois pareceres exploratórios, a 25 de Setembro de 2003, sobre: – o relatório Barros-Vale sobre “Parceria para a implementação dos Fundos Estruturais”; – o relatório Dassis sobre “O contributo de outras políticas comunitárias para a coesão económica e social”. a 3 de Setembro de 2003, resoluções sobre o relatório Mastorakis (Partido Socialista Europeu, Excluindo a Dinamarca e o Luxemburgo e ainda o Reino Unido, relativamente aos quais ainda se aguardam informações satisfatórias. O principal meio através do qual o BEI apoia o desenvolvimento regional é através de empréstimos para projectos ou programas de grande escala e através da concessão de empréstimos globais a intermediários financeiros para projectos mais pequenos. O Fundo Europeu de Investimentos (FEI) para desenvolvimento de PME investe em fundos de capital de risco e concede garantias de portfolio através de crédito bonificado, seguros de crédito ou transacções estruturadas. As actividades principais do BEI complementam normalmente subsídios dos Fundos Estruturais, tendo como objectivo maximizar o impacto dos recursos orçamentais e do mercado de capitais. Esses estudos propuseram uma série de explicações para a convergência e produziram algumas estimativas relativas aos efeitos das políticas de coesão, dependentes em parte do período de tempo, dos países ou regiões analisados, ou ainda dos dados disponíveis, bem como de especificações técnicas relativas ao modelo utilizado. A maioria segue a abordagem “normal” da medição da convergência regional em relação à média nacional ou da UE. O modelo seguido foi o modelo macroeconómico de Hermin, concebido no início dos anos 90 e que tem sido amplamente utilizado na estimativa dos efeitos das políticas de apoio comunitárias. Aqui definidas como intervenções ao abrigo do Quadro Comunitário de Apoio que coordena as actividades regionais da UE que envolvem os Fundos Estruturais e as despesas públicas de co-financiamento. Enquanto que a estimativa referente ao total ilíquido de postos de trabalho criados tem bases relativamente sólidas, o cálculo dos postos de trabalho líquidos é inevitavelmente incerto, dada a dificuldade de calcular os efeitos de deslocação e de substituição. Existe também alguma dificuldade em destrinçar os efeitos dos programas comunitários dos que têm a ver com medidas políticas nacionais implementadas em simultâneo. Devido a problemas de dados, é difícil obter números fiáveis referentes ao período programático 1994-1999. 100 95 75 25 25 5 5 0 177 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:47 0 219 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 100 95 100 8 75 9 25 5 10 0 11 12 13 14 15 16 17 No período 2000-2006, foi lançado o programa MEDOC (“Méditerranée occidentale”), ao abrigo do INTERREG IIIB, cobrindo regiões de Portugal, Espanha, França, Itália e Grécia (a partir de 2003), bem como Gibraltar, com um contributo global do FEDER de cerca de EUR 119 milhões. O objectivo geral consiste em incentivar a cooperação entre essas regiões em quatro grandes áreas (desenvolvimento económico, ordenamento do território, transportes e TIC, e protecção ambiental), reforçar as relações com outros países mediterrânicos e inclui-los nos projectos levados a cabo. Os resultados de inquéritos relativos a uma amostra de áreas cobertas pelos programas em toda a UE revelaram que 68% dos inquiridos eram de opinião de que o ambiente urbano tinha melhorado ou mesmo melhorado consideravelmente nos 10 anos anteriores, tendo 49% considerado que as áreas alvo da Iniciativa URBAN tinham agora mais atractivos enquanto lugares para viver. Cerca de EUR 16 mil milhões destinam-se explicitamente à política urbana no período 2000-2006 (cerca de 24% dos Fundos Estruturais). Mais de EUR 15 mil milhões desse montante são fornecidos ao abrigo dos programas principais dos Objectivos 1 e 2, tendo como principal objectivo a regeneração dos centros urbanos. Para além destas medidas específicas, quase todos os programas são implementados em grande parte em cidades, mesmo não sendo designados por medidas “urbanas”, e cobrem todos os aspectos do desenvolvimento urbano, incluindo o investimento em infra-estruturas, apoio às PME e actividades de inclusão social. Em 1993-94, foram lançados 6 planos de tecnologia regional, em 1996, 33 estratégias regionais de inovação (RIS), seguidas de 25 RIS+ (implementação de RIS) em 1999, baseados numa metodologia proposta pela Comissão. Trinta desses projectos encontram-se descritos e analisados em “Estratégias Regionais de Inovação ao abrigo das Acções Inovadoras do FEDER 2000-2002”, Comissão Europeia, DG para a Política Regional, 2002. Em 1994, foram lançadas 6 regiões RISI, seguidas de 22 acções-piloto RISI em 1996 e 12 acções RISI+ em 1999. Comunicação “Acerca da simplificação, clarificação, coordenação e gestão flexível das políticas estruturais 2000-2006”, C(2003) 1255. “A gestão futura dos fundos estruturais: que divisão de responsabilidades?”, Bruxelas, 3-4 de Março de 2003. No período 2000-2006, depois de um adiantamento de 7%, os pagamentos são feitos apenas depois de as despesas terem tido lugar, enquanto que, no período precedente, os Estados-membros podiam receber pagamentos antecipados até um certo limite, desde que pudessem comprovar que os adiantamentos anteriores já se encontravam saldados. Debate havido na 5ª Conferência sobre a Avaliação dos Fundos Estruturais, Budapeste, 26/27 de Junho 2003. O número de projectos para os quais haviam sido feitos contratos com beneficiários aumentou de 2100 no final de 2002, para mais de 4300 no final de Abril de 2003. O orçamento comunitário afectado a estes projectos corresponde a mais de 80% do montante disponibilizado aos países para o primeiro ano. No final de 2002, apenas 40% deste montante estava atribuído aos beneficiários finais. O montante total dos pagamentos havia atingido mais de EUR 201 milhões no final de Maio de 2003. 95 75 25 5 0 Fontes 100 95 75 Ex post evaluation of Objective 1 1994–1999, 2003 Ex post evaluation of 1994–99 Objective 2 programmes, June 2003 Ex post evaluation URBAN Community Initiative (1994–1999), August 2003 Ex post evaluation of the INTERREG II Community Initiative (1994–99), 2003 Efficiency of Structural Funds Implementation Methods, 2003 An examination of the ex-post macroeconomic impacts of CSF 1994–99 on Objective 1 countries and regions: Greece, Ireland, Portugal, Spain, East Germany and Northern Ireland, December 2002 Assessing the Regional Economic Effects of Structural Funds Investments, September 2003 The Socio Economic Impact of Cohesion Fund Interventions, 1987 (3 volumes) The economic impact of objective 1 interventions for the period 2000–2006, May 2002 Thematic Evaluation of Information Society, October 2002 The Thematic Evaluation on the Contribution of the Structural Funds to Sustainable Development, December 2002 Thematic Evaluation of the Territorial Employment Pacts, October 2002 Human capital in a global and knowledge based economy, Angel de La Fuente and Antonio Ciccone, May 2002 A study on the impact of Member State policies on social and economic cohesion at regional level, London School of Economics, December, 2003 A study on regional factors of competitiveness, Cambridge Econometrics, November 2003 Impact of Community policies on social and economic cohesion, LABOR, October 2003 A study on the needs of regions in current Member States and the candidate countries in areas that are eligible for Structural Funds, Alphametrics, November, 2003 Relocation and European Integration. Is Structural Spending justified? K.Midelfart-Knarvik, H. Overman, Economic Policy October 2002 Regional Policy in the European Union, R. Leonardi, 2003. 100 95 75 25 25 5 5 178 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:47 220 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen 100 95 100 95 Anexo Estatístico da Parte 4 75 75 25 25 5 5 0 0 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 0 179 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:47 0 221 100 95 75 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:47 0 180 222 * Iniciativas comunitárias, não Obj. 1 IFOP, Peace Fonte: DG REGIO Objectivo 3 Objectivo 2 Em fase de conclusão Objectivo 1 Afectação por ano por habitante (EUR) Objectivo 3 Objectivo 2 Em fase de conclusão 100,0 87,4 : 41,4 9,9 69,5 41,4 11,9 : 10,2 12,5 : 0,0 12,6 0,0 9,8 41,4 80,2 194,1 81,1 12,6 1,6 17,3 0,2 29797 29797 1748 4581 525 2984 729 19229 : : : 285,8 0,0 0,0 0,0 100,0 2,9 19,2 41,4 95,3 232,2 40,2 22,2 1,3 58,5 1,4 56297 11160 3060 24880 45137 2250 2140 98 2553 352 37744 21820 858 0 0 0 0 20961 11,3 41,4 70,7 282,7 95,4 31,3 1,9 2,7 0,2 15669 15669 1273 4540 612 5439 551 3254 FR : : 95,2 194,7 0,0 0,0 73,4 26,6 0,6 3803 556 3247 159 0 0 0 1773 1315 IE 14,2 41,4 80,7 162,3 65,8 12,9 0,6 33,6 0,4 29636 29636 1247 3744 377 2145 187 21935 IT 13,0 41,4 : : 100,0 28,3 0,0 0,0 0,1 92 92 15 38 6 34 0 0 LU 15,8 41,4 63,2 : 98,2 15,0 1,8 0,0 0,1 3223 3223 620 1686 119 676 123 0 NL 9,7 41,4 : 135,3 96,6 24,8 0,0 3,4 0,1 1848 1848 379 528 102 578 0 261 AT : : 125,3 348,2 0,0 0,0 33,4 66,6 2,9 22822 3060 19762 733 0 0 0 2905 16124 PT 0,1 0,2 14,2 41,4 : 121,1 79,0 30,9 0,0 12,3 41,4 : 104,1 89,4 13,0 0,0 10,6 2223 2120 21,0 2223 375 720 52 354 0 722 SE 2120 316 403 30 459 0 913 FI 25 Objectivo 1 População abrangida (% do total) 0,0 0,1 Total (% do PIB em 2000 a preços de 1999) 0,1 822 2038 Fundo da Coesão Total 274 245 822 365 737 2038 27 65 156 368 0 0 0 625 ES 5 Total dos Fundos Estruturais Outros* Objectivo 3 Em fase de conclusão Objectivo 2 Em fase de conclusão EL UE15 11552 24050 2718 19735 8411 12,6 41,4 81,9 143,0 87,9 23,4 3,5 8,6 0,2 12,3 41,4 93,6 217,4 74,3 18,1 3,4 22,3 0,0 16576 212010 17836 16576 194010 1061 4568 706 3989 1167 5085 127544 UK 75 Objectivo 1 Afectação 2000-2006 (milhões de EUR aos preços de 1999) DE 0 DK 95 BE A4.1 Afectação dos Fundos Estructurais por objectivo e país, 2000-2006 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen 100 Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 100 95 75 25 5 0 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 100 95 75 25 25 5 5 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 100 95 75 100 95 A4.2 Efeito de alavanca dos Fundos Estruturais sobre a despesa pública e privada no âmbito do Objectivo 1, 1994-1999 e 2000-2006 75 EUR 1994-1999* 25 25 Fundos nacionais públicos por euro dos FE Fundos privados por euro dos FE Fundos nacionais públicos por euro dos FE Fundos privados por euro dos FE 5 BE 0,77 1,18 1,02 1,43 0 DE 0,37 1,53 0,58 0,02 EL 0,52 0,28 0,50 0,48 ES 0,51 : 0,52 0,04 FR 0,54 0,23 0,88 0,33 IE 0,43 0,34 0,76 0,25 IT 1,40 : 0,89 0,45 NL 2,49 1,42 2,15 0,55 AT 1,59 3,79 0,33 1,76 PT 0,42 0,30 0,60 0,46 UK 0,53 0,24 0,85 0,43 Total UE11 0,62 0,36 0,63 0,29 5 0 2000-2006 * com base nas despesas reais 1994-2000 ES, IT: para 1994-1999, os fundos públicos nacionais incluem os fundos privados UE11: excluindo FI, SE Fonte: DG REGIO A4.3 Empréstimos BEI, 1989-2002 EUR mil milhões 1989-93 1994-99 2000-02 Total dos empréstimos na UE15 70,9 128,9 95,3 Desenvolvimento regional, do qual 47,2 86,7 59,3 37,8 66,6 40,7 9,4 20,1 18,6 9,4 14,4 19,8 Objectivo 1 5,0 6,8 10,5 Objectivo 2 3,4 5,5 6,6 Mistos e outros 1,0 2,1 2,7 1,7 9,3 9,2 Empréstimos individuais 1,3 8,4 7,8 Empréstimos globais 0,4 0,9 1,4 0,3 1,6 3,1 Empréstimos individuais Empréstimos globais Média anual, da qual 100 Total dos empréstimos nos países da adesão, dos quais 95 75 Média anual 100 95 75 Fonte: BIE e Comissão Europeia 25 25 5 5 0 181 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:47 0 223 100 95 75 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:47 0 0 0 30 3 8 2 Silvicultura Desenvolvimento rural 96 ITD 0 182 224 0 0 0 0 0 0 0 9 6 43 5 0 5 625 0,5 Transportes Sociedade da informação e telecomunicações TOTAL Quota das dotações totais para regiões Obj.1 (%) Fonte: DG REGIO Outros Social & Saúde Energia Ambiente 0,0 0 62 Infra-estruturas 0 99 Espírito empresarial 0 61 0 0 27 0 0 4 Ensino e formação profissional Acção positiva no mercado de trabalho para as mulheres Inclusão social Política do mercado de trabalho Recursos humanos 0 0 40 190 0 152 Apoio às PMEs & Artesanato Turismo 0 38 Apoio a grandes empresas Pescas 0 0 0 368 Agricultura 14,7 19959 353 0 11 2373 177 15,4 28,0 38096 182 559 20961 1740 287 6405 802 9128 18363 2678 1248 240 531 4162 8858 1940 546 2368 1084 0 2328 884 1543 10693 1247 411 2190 1496 6497 11841 5664 3102 724 1411 345 729 766 3975 410 585 953 133 293 1099 127 985 4587 1209 935 546 1218 1994 5902 1524 235 2370 602 0 2343 98 869 8041 2,8 2,3 3088 15 54 3805 0 44 218 104 954 1319 165 409 10 210 50 844 252 56 306 0 99 42 32 122 910 IE 189 43 451 94 439 1216 120 787 25 206 99 1237 87 152 231 80 68 380 55 244 1298 FR 16,3 0 0 0 809 22122 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 LU 243 269 2721 1103 3134 7470 722 1552 384 208 1140 4005 2501 1404 2103 235 185 1552 249 1609 9838 IT 0,1 123 3 3 1 18 7 3 30 3 1 1 11 17 31 6 8 22 3 6 11 0 1 57 NL 0,7 261 7 0 4 4 8 0 16 12 1 2 3 29 48 19 36 76 23 1 14 5 17 190 AT 0,2 19029 360 1827 469 2429 496 3211 8433 273 2473 51 673 397 3868 678 389 2638 123 210 773 391 1165 6368 PT 0,5 913 14 8 7 7 11 11 44 89 65 19 19 67 259 119 8 201 75 6 80 23 83 596 FI 4,6 722 14 4 3 6 56 33 102 77 21 19 18 13 149 94 42 179 0 11 53 6 72 457 SE 100,0 14,0 17433 569 135955 4723 6252 26986 465 363 2504 1,2 56169 1608 130 12,8 6701 530 1663 3,5 9473 510 5363 19,8 1737 96 109 41,3 4237 384 102 6,8 9231 493 100,0 1,8 3,9 4,9 7,0 1,3 3,1 23,1 8138 31378 6,0 2,7 412 3706 206 9,5 1,9 0,7 6,5 2014 12849 984 102 1248 8892 205 2553 1905 33 157 5,1 6874 1,4 33,8 45903 135 % Milhões de EUR 2500 Total por categoria UK Total UE 0 Ambiente produtivo ES 5 EL 25 DE 75 DK 95 BE A4.4 Objectivo 1: repartição indicativa dos Fundos Estruturais por categoria de despesa, 2000-2006 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen 100 Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 100 95 75 25 5 0 100 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 95 75 25 25 5 5 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 100 95 75 100 95 A4.5 Despesas do Fundo Estrutural com os transportes no âmbito do Objectivo 1, 2000-2006 75 % do total 25 5 0 Rodovias 33,1 Ferrovias 29,4 Auto-estradas 16,5 Transportes urbanos 6,1 Portos 6,1 Transportes multimodais 3,9 Aeroportos 2,4 Outros 2,0 Vias navegáveis 0,4 Sistemas de Transportes Inteligentes 25 5 0 0,3 Total 100,0 Fonte: DG REGIO A4.6 Efeitos macroeconómicos ex post da política estrutural 1994-1999: resultados da simulação HERMIN 'Diferença % da base de referência sem política em 1999 Grécia Espanha Irlanda Portugal Alemanha de Leste Irlanda do N. PIB 2,2 1,4 2,8 4,7 3,9 1,3 Produção da indústria transformadora 3,4 3,7 4,7 10,6 3,2 0,6 Produção de serviços mercantis 2,4 1,2 2,4 4,8 4,4 2,2 Investimentos em capital fixo* 18,1 9,1 12,1 24,8 7,8 1,2 Produtividade da mão-de-obra* 2,3 2,1 2,2 6,6 1,2 0,5 Emprego* 1,0 1,5 4,7 3,7 2,0 0,1 * apenas o sector da indústria de transformação Fonte: DG REGIO 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 0 183 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:48 0 225 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 100 95 75 100 A4.7 Efeito da política estrutural nas infra-estruturas físicas e no capital humano, 1994-2010: resultados da simulação HERMIN 95 75 Diferença % da base de referência sem política em 2010 25 Anos 5 0 Grécia Espanha Irlanda Portugal Alemanha de Leste Irlanda do Norte Físico Humano Físico Humano Físico Humano Físico Humano Físico Humano Físico Humano 1993 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1994 1,1 1,0 1,2 0,7 1,1 1,5 3,5 3,8 0,9 0,4 0,1 0,3 1995 2,7 1,9 2,3 1,4 2,3 2,9 6,3 7,2 1,6 0,8 0,2 0,5 1996 3,9 2,7 3,3 2,0 3,3 4,1 8,8 11,0 2,3 1,2 0,4 0,8 1997 4,9 3,5 4,3 2,6 4,3 5,5 11,0 14,2 2,9 1,5 0,5 1,0 1998 6,0 4,1 5,4 3,4 5,1 6,6 13,2 17,4 3,5 1,8 0,6 1,2 1999 7,0 4,8 6,5 4,0 5,8 7,6 15,3 20,5 4,0 2,1 0,7 1,4 2010 4,8 2,8 4,6 2,1 2,5 4,1 8,7 11,5 2,0 1,2 0,6 0,8 25 5 0 Fonte: DG REGIO A4.8 Efeitos comerciais da intervencão Objectivo 1, 2000-2006 Fuga para países UE* (% da intervenção Obj. 1) Fuga para países não-UE* (% da intervenção Obj. 1) Grécia 42,6 3,8 Espanha 14,7 13,2 Irlanda 26,7 11,1 Portugal 35,2 6,7 Novos Länder 18,9 9,4 Mezzogiorno 17,4 8,6 Total 24,3 9,1 * Importações como % das despesas ao abrigo dos Fundos Estruturais Fonte: Eurostat, Quadros de entradas-saídas 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 184 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:48 226 0 100 95 75 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:48 25 0 14 3 Desenvolvimento rural 0 0 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 227 20 8 4 3 0 32 822 94 73 7 9 21 55 1414 2,4 Sociedade da informação e telecomunicações TOTAL Quota das dotações totais para regiões não Obj.1 (%) Fonte: DG REGIO Outros Outros Social & Saúde Energia 1,4 5 22 Ambiente 41 225 166 105 54 Transportes Infra-estruturas Espírito empresarial 84 108 Acção positiva no mercado de trabalho para as mulheres Ensino e formação profissional 142 222 Inclusão social 0 235 165 Política do mercado de trabalho Recursos humanos 597 35 73 Outros ITD 683 43 103 Apoio às PMEs & Artesanato Turismo 39 41 159 Apoio a grandes empresas 11 0 28 Pescas 0 29 Silvicultura 153 451 16,9 9838 334 22 15 34 662 74 191 998 1046 542 581 1145 2387 5700 0 467 344 1489 158 0 317 3 28 2806 1,5 858 32 0 36 14 68 40 169 327 63 48 20 30 45 206 0 11 30 50 3 8 144 3 45 294 12,1 7041 61 0 130 32 792 68 501 1523 1300 216 298 441 1025 3280 0 832 58 621 58 0 560 17 30 2177 20,4 11864 414 114 72 70 1123 287 593 2259 1373 1545 342 1496 1074 5831 30 511 785 1324 196 18 443 13 42 3361 FR 0,3 159 4 0 0 1 7 3 21 32 11 18 2 14 7 53 0 6 1 7 0 2 51 1 3 70 IE 12,9 7514 429 0 40 28 696 98 251 1113 1030 1191 451 266 1429 4367 25 104 328 867 9 3 247 5 18 1605 IT 0,2 92 2 0 0 5 16 1 1 24 6 5 2 15 18 46 0 10 3 3 3 0 2 0 0 21 LU 5,3 3101 38 0 15 0 228 58 38 340 71 505 21 745 808 2149 0 21 92 265 7 1 187 0 0 573 NL 2,7 1587 38 0 6 11 29 15 8 69 121 102 83 140 264 710 0 132 137 265 147 0 84 1 3 770 AT 1,3 733 18 2 46 11 60 11 73 203 62 60 19 53 10 204 0 15 9 60 3 5 182 9 26 309 PT 2,1 1208 42 0 1 2 65 32 29 130 187 136 41 81 149 594 0 103 40 202 10 1 71 3 11 442 FI 2,6 1501 49 0 6 4 35 40 52 136 349 152 63 146 193 902 0 56 56 222 2 2 63 1 12 414 SE 3,7 2168 2594 53 139 219 0 4343 478 1981 58055 100,0 10324 17,8 159 424 435 0 45 229 1006 165 8 3,5 100,0 3,4 0,3 0,7 0,4 7,5 1,7 14,1 8198 11,8 6843 954 2037 10,5 6076 1418 82 4,1 779 11,3 6571 2398 366 15,6 9075 1269 1634 53,3 30963 5641 0,1 4,5 14,6 8456 1,1 0,1 4,5 2884 662 46 5 13 2601 211 0,1 0,4 83 246 0 0 29,1 16913 % Milhões de EUR 3469 Total por categoria UK Total UE 0 Agricultura Ambiente produtivo ES 5 EL 25 DE 75 DK 95 BE A4.9 Não-Objectivo 1: repartição indicativa dos Fundos Estruturais por categoria de despesa, 2000-2006 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen 100 Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 100 95 75 25 5 0 100 95 75 25 25 5 5 185 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Parte 4 — Impacto e valor acrescentado das políticas estruturais 100 95 100 95 A4.10 Dotações dos Fundos Estruturais para o desenvolvimento rural, 2000-2006 75 75 FEOGA – Secção de orientação Milhões de EUR % do total Agricultura 6786 39,1 88 6,3 Silvicultura 1842 10,6 27 1,9 Promover a adaptação do desenvolvimento das zonas rurais 8712 50,2 1276 91,8 dos quais fora da Agricultura e Silvicultura 2588 14,9 664 47,8 25 5 0 FEDER Milhões de EUR % do total 25 5 0 Fonte: DG REGIO A4.11 Dotações de autorização ao abrigo dos Fundos Estruturais nos novos Estados-membros, 2004-2006* Milhões de EUR, preços 1999 CY CZ EE HU LT LV MT PL SI SK % do total Objectivo 1 0 1286 329 1765 792 554 56 7321 210 921 61,0 Objectivo 2 25 63 0 0 0 0 0 0 0 33 0,6 Objectivo 3 (fora do Obj. 1) 20 52 0 0 0 0 0 0 0 40 0,5 Instrumento Financeiro de Orientação das Pescas (IFOP) 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,0 Interreg 4 61 9 61 20 14 2 196 21 37 2,0 Equal 2 28 4 27 11 7 1 119 6 20 1,0 48 836 276 994 544 461 20 3733 169 510 35,0 101 2328 618 2847 1366 1036 79 11369 405 1560 21708 Fundo da Coesão Total * O desdobramento por país é indicativa Fonte: DG REGIO A4.12 Desdobramento indicativo das dotações de autorização ao abrigo dos Fundos Estruturais nos novos Estados-membros, 2004-2006 % do total CY CZ EE HU LT LV Infra-estruturas de base 16,9 37,2 16,4 39,4 32,6 Competitividade/Indústria e Empresa 17,9 19,7 21,5 25,3 25,0 60,0 15,2 57,5 14,5 Desenvolvimento dos recursos humanos 21,9 20,5 28,2 18,3 21,2 17,0 17,8 31,9 27,2 12,0 18,7 15,9 15,3 18,5 11,0 16,7 9,9 17,7 10,0 35,9 Agricultura, Desenvolvimento rural e Pescas 67,5 Desenvolvimento regional Revitalização urbana 100 95 75 Outros* Total 31,2 18,0 MT PL SI 14,1 SK 40,5 30,0 2,5 100,0 3,9 100,0 100,0 100,0 1,7 2,7 2,0 0,3 0,8 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100 100,0 * Inclui a Assistência Técnica Fonte: DG REGIO 95 75 25 25 5 5 186 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:48 228 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen 100 95 100 95 Principais indicadores regionais 75 75 25 25 5 5 0 0 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 0 187 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:48 0 229 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Principais indicadores regionais 100 100 95 95 Principais indicadores regionais Região * 75 População Economia PIB per capita (PPC) Taxa de emprego (15-64 anos como % da pop. com idades 15-64 anos), 2002 Serviços Total Mulheres 117,0 2,5 100,0 100,0 109,7 4,0 28,2 67,7 153,6 64,2 55,6 72,9 101,7 4,8 46,1 45,5 50,5 13,2 32,1 54,7 6,9 55,9 50,1 61,9 UE25 454349 114,2 2,6 91,1 91,0 100,0 5,4 28,8 65,8 128,6 62,8 54,6 71,1 N12 105066 96,9 4,2 39,9 39,3 43,8 18,5 31,6 50,0 5,3 55,9 50,3 61,6 UE27 484670 112,0 2,6 87,0 86,8 95,4 7,0 28,9 64,1 120,5 62,4 54,4 70,4 10281 336,9 2,4 106,9 106,4 117,3 1,7 25,4 72,9 151,5 59,9 51,4 68,2 Belgique-België Homens Indústria 0 74745 N10 971 6015,5 2,6 217,3 217,8 238,5 0,1 13,1 86,9 161,4 54,5 48,2 61,0 Vlaams Gewest 5960 441,0 2,5 105,5 104,9 115,8 1,8 28,1 70,2 163,2 63,5 55,1 71,6 Antwerpen 1648 574,8 2,1 123,8 123,9 135,9 1,2 29,7 69,2 190,8 61,6 52,4 70,5 796 328,8 2,3 89,9 89,4 98,7 1,6 32,9 65,5 84,8 61,1 51,3 70,5 Reg. Bruxelles-Cap./Brussels Hfdst. Gew. Limburg Oost-Vlaanderen 1365 457,5 2,2 92,5 91,8 101,5 1,8 28,2 70,0 140,0 64,3 56,3 72,1 Vlaams Brabant 1020 484,3 3,7 112,5 110,5 123,4 1,6 18,4 80,0 259,7 66,5 59,6 73,3 West-Vlaanderen Région Wallonne Brabant Wallon 1131 360,7 2,5 99,4 98,7 109,1 3,0 31,3 65,8 119,1 64,4 56,5 72,1 3351 198,9 1,9 77,3 77,1 84,9 2,1 23,5 74,4 79,5 54,8 45,6 64,1 68,3 353 324,0 4,3 103,1 100,8 113,1 1,7 18,9 79,4 460,1 59,5 50,9 Hainaut 1280 338,0 1,4 69,1 69,1 75,9 1,7 25,4 72,9 65,8 52,0 42,6 61,5 Liège 1022 264,5 1,4 80,3 80,5 88,1 1,8 25,0 73,3 112,4 54,7 45,4 63,9 70,4 Luxembourg 250 56,2 1,7 74,8 75,9 82,1 4,6 22,4 73,0 116,8 60,5 50,2 Namur 447 121,8 2,5 75,2 74,8 82,5 2,2 20,0 77,8 85,2 56,4 47,5 65,2 Danmark 5357 124,3 2,5 115,3 115,8 126,5 3,3 24,2 72,5 192,9 75,9 71,7 80,0 Deutschland Baden-Württemberg 82339 230,6 1,6 100,4 102,0 110,2 2,5 32,4 65,2 296,2 65,4 58,8 71,8 10561 295,4 2,2 114,0 115,9 125,2 2,1 39,9 58,0 536,7 69,9 62,8 76,8 Stuttgart 3950 374,1 2,4 125,6 127,1 137,8 2,1 41,7 56,2 655,8 70,7 63,2 78,0 Karlsruhe 2692 389,1 1,8 115,9 118,1 127,1 1,1 36,5 62,4 464,8 68,1 61,6 74,6 Freiburg 2146 229,4 2,3 99,4 100,9 109,1 2,7 39,2 58,1 475,0 69,6 62,7 76,5 Tübingen 1772 198,7 2,0 103,3 105,5 113,4 2,6 42,0 55,4 455,6 71,2 64,1 78,1 12280 174,1 2,5 117,3 118,8 128,7 3,3 35,3 61,3 480,1 70,7 63,4 77,9 Oberbayern 4112 234,6 3,6 147,9 148,7 162,3 3,1 30,6 66,3 781,6 72,3 65,0 79,5 Niederbayern 1181 114,3 1,9 93,7 94,6 102,8 4,0 38,8 57,2 181,3 71,2 63,8 78,4 Oberpfalz 1082 111,7 2,5 100,0 102,6 109,8 5,0 38,9 56,1 376,3 69,2 61,5 76,7 Oberfranken 1113 154,0 1,1 96,7 98,6 106,2 3,0 42,0 55,0 241,6 69,2 64,2 74,1 75,7 Bayern Mittelfranken 1694 233,8 2,2 117,7 119,6 129,2 2,3 34,8 63,0 486,7 68,6 61,5 Unterfranken 1338 156,9 1,9 97,2 98,8 106,6 2,9 37,8 59,3 330,5 69,4 60,5 78,1 Schwaben 1760 176,1 1,4 100,2 103,2 109,9 3,9 37,2 58,9 309,0 71,5 64,1 78,7 Berlin 3386 3798,0 -1,0 89,9 92,5 98,6 0,6 19,3 80,1 193,0 60,1 57,6 62,6 Brandenburg 2597 88,1 2,2 67,0 68,3 73,5 4,2 28,4 67,4 72,7 61,9 58,8 64,9 68,4 66,5 Brandenburg - Nordost 1177 76,0 2,3 62,4 63,6 Brandenburg - Südwest 1420 101,6 2,2 70,9 72,1 77,8 Bremen 660 1633,6 1,5 135,7 136,5 149,0 1,1 25,2 73,7 92,4 60,7 55,0 Hamburg 1721 2278,6 1,8 170,7 173,3 187,3 0,9 20,5 78,5 203,5 64,9 60,2 69,6 Hessen 6073 287,6 2,0 123,6 125,2 135,7 1,6 30,3 68,1 362,9 67,5 61,0 73,8 Darmstadt 3742 502,7 2,2 142,3 143,9 156,1 1,4 28,9 69,8 477,1 68,5 61,9 74,9 Gießen 1064 197,7 1,8 91,1 92,0 100,0 2,0 32,9 65,1 259,5 66,4 59,8 73,0 Kassel 1267 152,8 1,4 95,9 98,1 105,2 2,2 32,7 65,1 115,5 65,4 59,4 71,2 Mecklenburg-Vorpommern 1768 76,3 1,2 65,9 67,3 72,3 7,4 25,8 66,8 39,7 58,9 55,8 61,9 Niedersachsen 100 75 25 5 Agricultura 2001, UE25=100 Média 1999-2000-2001, UE15 = 100 Emprego por sector (% do total), 2002 379604 UE15 95 2001, UE15=100 0 Crescimento do PIB (percentagem anual) 1995-2001 5 Densidade populacional (hab./km2), 2001 1000 habitantes, 2001 25 Mercado do trabalho Pedidos de patentes OEP por milhão de hab., média 1999-2000-2001 75 7940 166,7 1,6 90,7 92,3 99,6 3,4 30,9 65,7 202,5 64,6 57,0 72,0 Braunschweig 1667 205,9 2,2 99,1 100,7 108,7 2,1 36,4 61,5 337,4 63,1 55,1 70,9 Hannover 2161 238,9 0,6 97,6 100,8 107,1 2,3 28,5 69,2 233,6 64,9 58,9 70,9 100 95 75 25 25 5 5 188 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:48 230 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Principais indicadores regionais 100 100 95 95 75 75 Região * Mercado de trabalho Estrutura etária Escolaridade Taxa de desemprego (%) % da população da faixa etária: (2000) Nível de escolaridade das pessoas da faixa etária 25-64 anos (% do total), 2002 25 25 5 < 15 15-64 65 + Básico Médio Superior Jovens, 2002 0 Mulheres, 2002 Total, 2002 Total, 1992 0 Desempregados de longa duração, 2002 (% do total de desempregados) 5 8,9 7,8 40,2 8,8 15,2 16,8 66,9 16,3 35,4 42,9 21,8 UE15 : 14,9 54,5 15,6 32,4 18,3 68,7 12,9 18,9 66,3 14,8 N10 : 9,0 44,3 10,0 18,1 17,1 67,2 15,7 32,6 46,7 20,6 UE25 : 13,7 55,5 14,0 30,6 18,2 68,6 13,2 21,8 64,0 14,2 N12 : 9,1 45,4 10,0 18,6 17,1 67,3 15,6 32,4 47,5 20,1 UE27 6,9 7,5 48,8 8,6 17,7 17,6 65,6 16,8 39,2 32,6 28,1 Belgique-België 9,3 14,5 55,1 14,4 32,9 17,8 65,4 16,8 36,8 25,9 37,3 Rég. Bruxelles-Cap./Brussels Hfdst. Gew. 4,9 4,9 35,2 5,7 11,6 17,1 66,2 16,7 37,9 34,3 27,9 Vlaams Gewest 5,7 5,5 44,0 6,2 10,8 17,2 65,9 16,9 37,4 35,3 27,4 Antwerpen 7,1 5,3 32,5 6,7 13,2 17,4 68,8 13,8 42,4 33,4 24,2 Limburg 4,7 5,5 31,8 6,2 14,5 16,6 66,3 17,1 39,0 33,1 27,9 Oost-Vlaanderen 3,8 4,0 31,0 4,5 10,4 17,1 66,1 16,8 31,5 33,9 34,6 Vlaams Brabant 3,8 3,8 29,8 5,0 9,0 17,0 64,9 18,1 39,9 35,2 25,0 9,8 10,5 58,6 12,6 26,5 18,6 64,6 16,8 42,5 31,7 25,8 West-Vlaanderen Région Wallonne 5,8 7,0 40,5 8,4 20,7 19,7 65,6 14,7 26,6 31,8 41,5 Brabant Wallon 12,1 12,6 63,6 15,1 32,5 18,2 64,6 17,3 46,1 32,4 21,5 Hainaut 10,0 10,8 58,1 12,6 22,0 18,1 64,6 17,2 44,6 29,4 25,9 Liège 5,2 6,5 38,3 8,7 18,7 20,4 63,4 16,2 42,9 31,0 26,1 Luxembourg 8,8 9,4 61,0 11,6 27,4 19,0 64,7 16,3 39,4 35,3 25,2 Namur 8,3 4,6 19,1 5,0 7,4 18,4 66,8 14,8 19,4 52,6 28,0 Danmark 6,3 9,4 47,9 9,1 10,7 15,7 68,1 16,3 17,0 60,7 22,3 Deutschland 2,7 4,7 37,5 4,6 6,0 16,8 67,7 15,5 20,6 55,6 23,8 2,5 4,5 38,3 4,3 5,9 16,8 68,0 15,3 21,0 55,2 23,8 Baden-Württemberg Stuttgart 3,0 5,4 37,5 4,8 7,5 15,9 68,1 16,0 19,3 56,7 24,0 Karlsruhe 2,8 4,5 40,7 4,4 5,9 17,1 67,0 15,9 20,2 57,5 22,4 Freiburg 2,5 4,5 31,7 4,9 4,6 18,0 67,2 14,8 22,1 52,7 25,2 2,8 5,0 37,3 5,0 5,7 16,4 67,6 16,0 19,4 59,4 21,3 2,3 3,8 31,0 3,8 3,9 15,7 69,0 15,4 17,2 56,6 26,2 Oberbayern 3,1 5,1 38,4 4,8 7,2 17,1 67,0 15,9 20,4 62,6 16,9 Niederbayern 3,7 5,5 39,7 5,5 6,1 17,2 67,0 15,9 20,7 63,9 15,5 Oberpfalz 3,4 7,8 40,3 7,8 8,3 16,1 66,4 17,4 22,3 60,3 17,4 Oberfranken 3,1 6,1 43,6 6,0 6,5 16,0 67,7 16,4 21,0 56,9 22,0 Mittelfranken 3,0 5,7 41,6 6,0 6,8 17,1 66,8 16,1 19,0 61,9 19,1 Unterfranken 2,5 4,4 31,8 4,5 5,0 17,5 66,5 16,1 19,9 61,1 19,0 9,9 18,7 50,8 15,9 24,7 13,8 72,1 14,2 16,0 53,6 30,4 Berlin 13,8 20,4 53,8 21,3 20,7 14,1 71,1 14,9 6,4 65,6 28,0 Brandenburg Tübingen Bayern Schwaben Brandenburg - Nordost Brandenburg - Südwest 7,1 100 95 75 11,2 46,6 8,7 19,3 14,0 67,9 18,1 21,9 59,9 18,1 Bremen 5,2 9,0 44,4 7,8 10,9 13,5 69,8 16,7 19,8 57,0 23,2 Hamburg 3,5 6,3 45,1 5,6 8,5 15,5 68,3 16,2 18,2 58,7 23,2 Hessen 3,0 6,0 46,0 5,4 7,9 15,1 69,3 15,7 18,9 56,0 25,1 Darmstadt 4,1 5,9 36,5 5,0 8,0 16,4 67,4 16,2 17,9 61,5 20,6 Gießen 4,6 7,9 48,3 6,8 10,4 16,0 66,1 17,8 16,1 64,6 19,3 Kassel 17,6 23,6 52,2 23,7 18,0 14,5 71,0 14,5 10,5 62,5 27,0 Mecklenburg-Vorpommern Niedersachsen 5,0 7,9 51,1 6,9 10,3 16,6 66,8 16,6 17,1 64,0 18,9 5,9 10,0 59,9 9,8 11,3 15,5 66,8 17,7 17,8 63,5 18,7 Braunschweig 4,8 8,0 49,5 6,4 10,4 15,4 67,1 17,5 16,0 64,9 19,2 Hannover 100 95 75 25 25 5 5 0 189 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:49 0 231 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Principais indicadores regionais 100 100 95 95 Principais indicadores regionais Taxa de emprego (15-64 anos como % da pop. com idades 15-64 anos), 2002 Homens 0 Lüneburg 1677 108,2 1,3 75,2 76,6 82,5 4,0 28,2 67,7 165,4 66,4 58,5 74,2 Weser-Ems 2434 162,7 2,2 89,6 89,8 98,3 4,8 31,3 63,9 106,8 64,0 55,5 72,3 71,5 18027 529,0 1,2 101,5 103,3 111,3 1,4 32,8 65,8 284,3 63,2 55,0 Düsseldorf 5254 993,2 1,5 114,2 115,1 125,3 1,4 31,4 67,2 338,9 63,4 55,1 71,9 Köln 4295 583,2 1,1 107,3 110,3 117,8 1,0 29,2 69,8 361,5 63,4 54,8 72,1 Nordrhein-Westfalen Münster 2615 378,7 0,9 82,6 84,4 90,7 2,0 32,7 65,4 200,2 62,9 54,4 71,4 Detmold 2059 315,9 1,4 97,6 99,8 107,2 1,9 38,0 60,2 231,5 65,5 58,0 73,1 Arnsberg Rheinland-Pfalz Koblenz Trier Rheinhessen-Pfalz Saarland Sachsen Chemnitz 3804 475,3 1,0 92,2 94,0 101,2 1,2 36,1 62,8 208,6 61,7 53,7 69,7 4041 203,6 1,3 90,0 91,6 98,7 2,5 32,5 65,0 315,7 67,0 58,8 75,0 1522 188,5 1,2 84,0 85,8 92,1 2,1 32,8 65,1 189,2 67,2 58,4 75,8 512 104,1 1,1 80,9 82,0 88,7 3,2 28,6 68,2 91,9 66,5 58,8 73,7 2007 292,9 1,3 96,8 98,7 106,2 2,7 33,2 64,1 468,4 67,0 59,0 74,8 1067 415,3 0,8 92,7 93,7 101,7 1,4 33,0 65,6 153,5 61,9 53,5 70,1 4405 239,2 1,0 67,3 68,1 73,9 2,4 32,8 64,9 99,4 61,0 57,8 64,0 1612 264,5 1,3 63,9 64,5 70,1 2,3 38,1 59,6 57,6 61,1 56,7 65,5 Dresden 1704 214,9 1,3 68,4 68,9 75,1 2,6 31,0 66,4 173,1 61,3 59,0 63,5 Leipzig 1088 248,1 0,3 70,6 72,0 77,4 2,1 27,7 70,2 45,7 60,1 57,6 62,6 2598 127,1 1,6 65,3 65,9 71,7 4,0 31,0 65,0 47,8 59,5 56,2 62,7 539 125,8 0,8 60,1 60,5 66,0 3,3 33,8 62,9 28,0 57,6 54,2 60,9 Sachsen-Anhalt Dessau Halle 858 193,6 1,4 68,3 68,8 74,9 3,0 31,5 65,5 63,1 56,9 53,6 60,1 1202 102,4 2,1 65,6 66,3 72,0 4,9 29,5 65,7 45,8 62,2 58,9 65,5 Schleswig-Holstein 2796 177,4 1,3 92,1 94,2 101,1 4,0 23,5 72,5 147,6 65,8 59,1 72,4 Thüringen 2421 149,7 2,1 66,2 66,9 72,6 3,1 35,1 61,9 88,2 62,5 58,3 66,6 10938 83,1 3,5 67,1 66,3 73,7 16,1 22,5 61,5 7,3 56,7 42,5 71,4 Magdeburg Ellada 3516 62,3 3,8 63,4 63,1 69,6 22,8 23,4 53,8 4,8 55,2 40,5 70,8 600 42,3 2,9 53,4 52,9 58,6 35,5 20,0 44,5 0,6 58,6 46,6 71,4 1881 100,0 4,2 67,1 66,5 73,6 16,2 24,9 58,9 8,3 54,2 39,3 70,1 294 31,1 3,5 68,7 68,1 75,4 20,4 33,5 46,1 1,1 53,6 39,0 68,4 Thessalia 741 52,8 3,4 60,2 60,5 66,1 29,7 18,8 51,5 0,9 55,9 38,9 72,8 Kentriki Ellada 2425 45,0 3,2 66,0 62,8 72,4 30,3 19,7 50,0 2,4 57,7 42,2 73,2 Ipeiros 336 36,5 5,0 54,0 50,6 59,3 25,8 21,1 53,1 0,4 56,1 41,0 71,9 Ionia Nisia 210 91,1 4,6 59,9 58,9 65,8 23,2 12,5 64,4 0,0 57,7 43,6 72,3 Dytiki Ellada 723 63,7 2,3 52,7 51,7 57,8 32,8 17,0 50,2 5,5 55,0 38,9 71,6 Voreia Ellada Anatoliki Makedonia, Thraki Kentriki Makedonia Dytiki Makedonia Sterea Ellada 558 35,9 2,1 94,9 86,7 104,2 24,8 29,9 45,3 0,5 55,7 38,4 72,4 Peloponnisos 598 38,6 4,3 63,9 61,2 70,2 36,5 15,7 47,8 2,8 63,5 50,1 76,7 Attiki 3904 1025,1 3,4 71,2 71,3 78,1 1,2 24,5 74,3 14,0 57,0 44,1 70,7 Nisia Aigaiou, Kriti 1094 62,7 4,1 67,2 67,2 73,8 25,5 17,1 57,4 4,8 58,0 43,4 73,2 Voreio Aigaio 202 52,7 4,8 62,0 61,8 68,1 22,4 18,0 59,6 0,0 51,9 34,2 69,8 Notio Aigaio 296 56,1 4,9 76,5 76,6 83,9 7,1 21,8 71,2 2,4 55,5 38,0 74,4 Kriti 595 71,4 3,4 64,4 64,3 70,7 34,9 14,7 50,4 7,4 61,6 49,7 73,8 España 40266 79,8 3,7 84,2 83,9 92,4 5,9 31,2 62,9 24,1 58,4 44,1 72,6 Noroeste 4307 95,1 2,9 69,9 69,5 76,7 10,8 32,6 56,6 3,2 55,7 42,9 68,6 Galicia 2726 92,6 2,8 66,5 66,3 73,0 12,9 32,8 54,3 5,0 57,1 45,0 69,3 Principado de Asturias 1052 99,5 2,4 72,4 71,9 79,4 7,2 31,4 61,4 9,3 51,5 38,2 65,0 100 Cantabria 95 Noreste 75 Pais Vasco Comunidad Foral de Navarra 25 5 Total 2001, UE25=100 Média 1999-2000-2001, UE15 = 100 2001, UE15=100 Crescimento do PIB (percentagem anual) 1995-2001 0 Densidade populacional (hab./km2), 2001 1000 habitantes, 2001 5 Emprego por sector (% do total), 2002 Pedidos de patentes OEP por milhão de hab., média 1999-2000-2001 PIB per capita (PPC) 25 Mercado do trabalho Mulheres Economia Serviços População Indústria Região * 75 Agricultura 75 530 100,0 4,2 82,7 81,3 90,7 6,6 33,9 59,5 7,5 56,7 41,3 72,0 4044 57,5 3,6 100,5 99,3 110,3 4,5 37,3 58,2 27,0 61,8 47,5 75,8 2068 284,9 3,9 105,1 103,6 115,4 2,0 37,9 60,1 35,4 61,1 48,1 74,0 541 51,9 3,6 106,2 106,2 116,5 6,6 37,5 55,9 49,6 64,4 50,0 78,2 100 95 75 25 25 5 5 190 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:49 232 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Principais indicadores regionais 100 100 95 95 75 75 Região * Mercado de trabalho Estrutura etária Escolaridade Taxa de desemprego (%) % da população da faixa etária: (2000) Nível de escolaridade das pessoas da faixa etária 25-64 anos (% do total), 2002 25 25 5 100 95 75 Total, 2002 Jovens, 2002 < 15 15-64 65 + Básico Médio Superior Mulheres, 2002 0 Total, 1992 0 Desempregados de longa duração, 2002 (% do total de desempregados) 5 4,3 6,9 46,7 6,3 12,0 17,1 66,8 16,1 15,8 63,1 21,0 5,0 7,1 47,3 6,0 8,4 18,3 66,5 15,2 18,5 64,3 17,2 5,3 7,9 45,5 6,8 9,5 16,3 67,1 16,6 20,1 61,2 18,7 5,8 8,0 46,5 6,8 9,3 15,5 67,3 17,2 20,9 61,1 18,0 5,1 7,0 47,1 6,2 8,0 16,1 68,2 15,7 19,9 58,0 22,1 Köln 5,0 7,4 53,6 6,5 9,5 17,6 66,6 15,9 19,4 61,2 19,4 Münster Lüneburg Weser-Ems Nordrhein-Westfalen Düsseldorf 4,2 8,2 34,0 7,5 11,7 17,6 65,6 16,8 17,9 64,7 17,4 Detmold 5,6 8,8 44,1 7,6 10,3 16,1 66,8 17,1 21,1 62,9 16,0 Arnsberg 3,5 5,9 38,0 5,5 9,2 16,4 66,6 17,0 18,9 60,8 20,4 3,2 5,5 42,0 5,5 9,9 16,8 65,7 17,5 18,0 62,7 19,3 Koblenz 3,4 4,9 39,8 3,4 4,5 16,5 65,8 17,7 18,2 61,6 20,2 Trier 3,7 6,3 34,7 6,1 9,9 16,1 67,4 16,5 19,6 59,2 21,1 5,9 8,3 45,7 7,1 12,3 15,0 67,2 17,8 20,8 62,7 16,5 Saarland 13,7 21,3 53,2 21,8 17,7 13,0 69,1 18,0 4,7 66,4 28,9 Sachsen 13,7 20,6 56,5 23,6 13,7 12,7 68,2 19,1 3,9 69,1 27,1 Chemnitz 13,7 20,8 50,3 20,3 20,9 13,4 69,2 17,4 5,0 64,1 30,9 Dresden 13,7 23,1 52,8 21,4 19,0 12,8 70,0 17,2 5,3 66,2 28,4 15,5 23,5 59,9 26,1 18,4 13,5 69,7 16,9 8,2 66,4 25,3 : 25,9 62,3 28,4 24,1 13,1 69,8 17,1 10,1 65,3 24,6 Dessau : 27,1 61,0 31,0 22,7 13,1 69,6 17,3 7,5 65,0 27,6 Halle : 20,2 57,5 22,0 13,4 13,8 69,7 16,5 8,0 68,1 24,0 4,4 8,5 44,7 7,7 12,7 16,1 67,6 16,4 16,0 53,2 30,9 15,2 17,6 47,9 19,8 13,7 13,5 70,3 16,3 6,6 64,8 28,6 7,8 10,0 51,2 15,0 26,5 15,2 67,6 17,3 47,3 35,1 17,6 6,7 11,3 52,8 17,6 29,5 15,4 67,6 17,0 53,6 30,1 16,3 6,9 10,4 53,6 15,4 24,5 16,0 66,2 17,9 62,5 24,9 12,7 Anatoliki Makedonia, Thraki 6,4 11,5 48,6 17,5 29,4 15,3 68,6 16,1 48,4 33,1 18,5 Kentriki Makedonia 7,4 14,7 63,1 23,3 36,8 15,8 66,3 17,9 58,1 29,2 12,7 Dytiki Makedonia 7,3 10,6 58,3 17,6 32,4 15,2 66,7 18,2 58,4 27,0 14,5 Thessalia 8,0 9,3 57,1 14,5 29,7 14,0 66,6 19,4 60,3 28,5 11,2 Kentriki Ellada 7,4 10,6 54,4 16,9 36,4 13,2 67,2 19,6 58,8 26,2 15,0 2,5 9,0 22,7 10,9 21,5 14,8 64,7 20,5 63,1 26,4 10,5 Ionia Nisia 8,6 10,5 67,6 16,8 32,6 15,5 67,1 17,4 61,1 27,0 11,9 Dytiki Ellada 10,8 9,8 67,5 17,1 28,8 13,2 67,7 19,1 63,1 29,1 7,8 Sterea Ellada 7,3 7,3 44,5 10,1 26,0 13,2 65,3 21,5 56,7 31,5 11,8 Peloponnisos 9,7 9,2 51,9 13,3 22,5 15,3 68,8 15,9 33,7 43,3 23,0 Attiki 3,6 9,7 31,3 14,4 27,2 16,8 65,6 17,6 56,4 30,8 12,8 Nisia Aigaiou, Kriti 4,8 9,2 46,2 13,5 29,0 15,4 61,6 23,0 54,7 34,4 10,9 Voreio Aigaio 3,5 14,2 21,6 21,3 30,6 17,5 67,5 15,0 59,2 31,5 9,3 Notio Aigaio 3,3 7,7 34,7 11,5 24,3 16,9 66,1 17,1 55,5 29,1 15,5 Kriti 17,5 11,4 34,2 16,4 22,2 14,9 68,4 16,8 58,3 17,3 24,4 España 16,2 11,4 42,7 16,5 24,2 12,0 68,2 19,8 60,3 17,4 22,4 15,9 12,2 40,5 17,5 24,6 12,3 68,0 19,7 62,5 15,9 21,6 Galicia 17,4 9,8 46,9 13,8 23,1 10,9 68,3 20,8 56,6 20,2 23,1 Principado de Asturias 16,0 10,1 49,7 15,1 23,4 12,7 68,8 18,6 56,1 19,0 24,9 15,0 7,7 36,5 12,0 17,9 12,6 68,8 18,6 51,4 17,3 31,2 18,6 9,4 41,2 14,2 22,1 12,1 70,7 17,2 48,2 17,7 34,1 Pais Vasco 10,3 5,6 25,9 9,5 12,9 13,7 68,3 18,0 50,4 15,6 34,0 Comunidad Foral de Navarra Rheinland-Pfalz Rheinhessen-Pfalz Leipzig Sachsen-Anhalt Magdeburg Schleswig-Holstein Thüringen Ellada Voreia Ellada Ipeiros Noroeste 100 Cantabria 95 Noreste 75 25 25 5 5 0 191 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:50 0 233 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Principais indicadores regionais 100 100 95 95 Principais indicadores regionais 0 La Rioja 267 53,1 3,7 96,9 94,7 106,3 9,1 40,4 50,5 10,5 61,3 44,8 77,0 Aragón 1168 24,5 2,9 90,5 89,6 99,3 7,2 35,2 57,6 30,8 62,0 45,9 77,6 Comunidad de Madrid 5218 652,6 4,2 112,4 112,3 123,3 0,8 24,5 74,7 39,8 62,8 49,9 76,0 Centro 5265 24,5 2,8 69,4 69,4 76,2 10,0 30,9 59,1 7,2 56,1 38,9 72,6 2465 26,2 2,4 78,0 77,5 85,6 9,2 30,9 59,9 9,9 57,4 41,4 72,9 75,9 Castilla y León Castilla-la Mancha 1722 21,7 3,1 67,1 67,5 73,7 9,5 33,6 56,9 6,0 57,6 38,5 Extremadura 1078 25,9 3,5 53,5 53,8 58,7 13,3 25,7 61,0 2,7 50,7 33,7 67,0 11123 184,6 3,7 93,8 93,7 103,0 3,0 36,8 60,2 42,2 63,3 50,2 76,3 Este Cataluña 6220 194,8 3,3 100,7 101,2 110,5 2,5 38,5 58,9 57,5 64,7 52,0 77,2 Comunidad Valenciana 4094 175,7 4,3 81,1 80,8 89,0 4,1 36,7 59,2 27,0 60,8 46,9 74,6 Illes Balears 810 161,6 5,3 105,4 102,4 115,7 2,0 24,3 73,7 15,6 65,8 53,9 77,3 8573 86,9 4,0 64,3 63,7 70,5 10,3 25,6 64,1 5,6 50,7 34,6 66,7 Andalucía 7291 83,6 3,9 63,1 62,5 69,2 10,5 25,3 64,3 6,6 49,6 33,6 65,6 Región de Murcia 1140 100,8 4,4 71,2 70,5 78,2 10,7 28,9 60,4 11,7 57,8 41,4 74,0 142 4571,0 3,9 68,0 69,6 74,7 0,8 7,7 91,5 0,0 49,7 31,5 65,8 75 3952,6 : : : : Sur Ceuta y Melilla Ciudad Autónoma de Ceuta Ciudad Autónoma de Melilla 67 5550,0 : : : : 1737 239,8 4,8 79,1 79,6 86,8 4,6 21,3 74,1 8,9 57,6 44,1 70,7 60912 96,2 2,6 104,8 104,4 115,0 4,1 25,4 70,5 140,3 62,9 56,4 69,6 Île de France 11055 920,3 2,8 164,6 163,7 180,7 0,3 17,3 82,4 309,1 66,4 61,7 71,2 Bassin Parisien 10486 72,0 1,9 92,4 92,5 101,4 5,6 30,3 64,0 90,4 63,2 56,0 70,5 Champagne-Ardenne 1339 52,3 2,0 96,1 97,1 105,4 8,9 28,7 62,4 70,0 62,6 54,5 70,9 Picardie 1866 96,2 1,5 84,1 84,6 92,3 5,1 32,0 62,9 88,3 62,3 54,5 70,1 Haute-Normandie 1786 145,0 2,4 98,6 97,5 108,2 3,0 31,9 65,1 106,2 61,1 53,9 68,6 Centre 2455 62,7 1,7 93,3 93,4 102,4 4,7 32,0 63,3 108,0 63,8 56,7 71,2 Basse-Normandie 1431 81,4 2,0 87,1 87,2 95,6 7,9 26,3 65,9 58,2 65,0 59,0 71,1 Bourgogne 1609 51,0 2,1 95,5 95,9 104,8 6,1 28,6 65,4 94,3 65,0 58,5 71,6 Nord - Pas-de-Calais 4014 323,3 2,2 83,0 82,4 91,1 2,4 29,7 67,9 46,3 54,1 44,2 64,1 Est 5202 108,3 1,8 94,1 93,9 103,3 3,1 33,4 63,5 121,9 64,8 57,2 72,4 Canarias France Lorraine 2316 98,3 1,2 85,6 85,6 94,0 2,8 29,6 67,6 78,0 63,2 54,6 71,7 Alsace 1762 212,8 2,2 105,9 106,0 116,2 2,3 35,2 62,5 176,0 67,1 60,6 73,4 72,2 Franche-Comté 1124 69,4 2,4 93,1 92,3 102,2 4,9 38,5 56,6 128,2 65,0 57,8 7884 92,6 3,0 90,6 89,8 99,4 6,5 29,0 64,5 69,4 64,9 59,3 70,4 3277 102,1 3,1 93,4 92,7 102,5 6,4 32,2 61,5 62,2 65,9 60,1 71,5 Bretagne 2950 108,4 3,2 90,2 89,3 99,0 6,3 26,8 66,9 84,3 63,9 58,8 69,1 Poitou-Charentes 1657 64,2 2,3 85,6 85,3 93,9 7,2 26,9 65,9 57,2 64,8 58,7 70,9 69,9 Ouest Pays de la Loire 6267 60,5 2,8 92,2 91,6 101,1 6,4 23,8 69,8 71,3 62,9 56,0 Aquitaine 2956 71,5 3,0 94,5 93,9 103,6 7,4 22,5 70,1 48,6 61,4 53,6 69,3 Midi-Pyrénées 2602 57,4 2,7 91,3 90,8 100,1 4,8 25,5 69,8 103,3 64,5 57,9 71,0 Sud-Ouest Limousin 710 41,9 2,2 86,0 85,2 94,4 8,7 22,8 68,5 48,8 64,1 60,3 68,1 Centre-Est 7055 101,2 2,8 103,1 103,2 113,2 4,7 28,6 66,7 210,0 64,8 58,6 71,0 Rhône-Alpes 5743 131,4 2,9 106,6 106,6 116,9 4,1 28,6 67,3 233,7 64,8 58,7 71,0 Auvergne 1312 50,4 2,4 88,1 88,3 96,6 7,8 28,3 63,9 107,4 64,6 58,3 71,0 Méditerranée 7226 107,1 2,9 90,0 89,5 98,8 5,2 17,4 77,4 88,1 56,5 49,8 63,8 100 95 75 Languedoc-Roussillon 2361 86,2 3,2 80,2 80,5 88,1 7,7 17,7 74,6 60,7 54,8 47,7 62,4 Provence-Alpes-Côte d'Azur 4602 146,6 2,8 95,6 94,7 104,9 3,9 17,4 78,7 106,6 57,9 51,5 64,9 264 30,4 3,4 79,9 79,5 87,7 7,5 12,2 80,2 9,3 44,8 34,5 55,0 1724 19,3 3,5 58,0 58,2 63,8 3,0 12,9 84,1 0,0 44,3 38,0 50,9 Corse Départements d'Outre-Mer 25 5 Total 2001, UE25=100 Média 1999-2000-2001, UE15 = 100 2001, UE15=100 Crescimento do PIB (percentagem anual) 1995-2001 0 Densidade populacional (hab./km2), 2001 1000 habitantes, 2001 5 Taxa de emprego (15-64 anos como % da pop. com idades 15-64 anos), 2002 Homens Emprego por sector (% do total), 2002 25 Pedidos de patentes OEP por milhão de hab., média 1999-2000-2001 PIB per capita (PPC) Mercado do trabalho Mulheres Economia Serviços População Indústria Região * 75 Agricultura 75 100 95 75 25 25 5 5 192 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:50 234 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Principais indicadores regionais 100 100 95 95 75 75 Região * Mercado de trabalho Estrutura etária Escolaridade Taxa de desemprego (%) % da população da faixa etária: (2000) Nível de escolaridade das pessoas da faixa etária 25-64 anos (% do total), 2002 25 25 Mulheres, 2002 Jovens, 2002 < 15 15-64 65 + Básico Médio Superior 5 Desempregados de longa duração, 2002 (% do total de desempregados) 5 12,7 6,9 37,4 10,3 14,6 13,3 67,4 19,3 58,3 15,7 26,0 La Rioja 10,7 5,5 26,0 9,1 13,8 12,8 65,9 21,4 56,4 17,8 25,8 Aragón Total, 2002 Total, 1992 0 0 12,3 7,1 39,7 10,3 15,0 14,6 70,1 15,4 45,9 20,1 34,0 Comunidad de Madrid 18,1 11,9 33,3 19,1 23,3 14,5 65,4 20,1 62,2 16,5 21,3 Centro 16,9 10,4 37,2 16,9 24,3 12,4 66,0 21,6 56,9 18,2 24,8 Castilla y León 15,0 9,4 30,8 16,4 17,4 16,1 64,7 19,2 66,9 15,2 18,0 Castilla-la Mancha 25,8 19,2 30,4 28,5 31,7 16,6 65,3 18,1 67,3 14,4 18,3 14,6 9,7 31,3 13,3 19,4 14,5 68,7 16,8 59,4 17,7 22,8 Extremadura Este 12,8 9,6 37,1 13,1 19,5 13,9 68,6 17,5 56,6 18,4 25,0 18,3 10,3 24,9 14,4 20,1 15,1 68,9 16,1 63,7 15,9 20,4 Cataluña Comunidad Valenciana 10,5 7,3 16,7 9,3 14,9 16,4 68,3 15,3 59,6 21,8 18,7 Illes Balears 25,4 18,3 32,6 26,6 30,0 17,9 68,1 14,1 64,4 15,4 20,2 26,4 19,6 33,1 28,5 31,5 17,8 68,1 14,1 65,1 15,1 19,9 Andalucía 19,0 11,3 27,1 16,6 22,2 18,0 67,8 14,3 61,8 16,0 22,2 Región de Murcia 25,0 5,3 41,3 8,5 13,1 21,4 66,5 12,2 53,4 26,4 20,2 Sur Ceuta y Melilla Ciudad Autónoma de Ceuta Ciudad Autónoma de Melilla 100 95 75 24,3 11,1 32,1 15,4 19,8 17,1 71,0 11,9 60,9 17,1 22,0 Canarias 9,8 8,7 32,7 9,8 18,9 18,9 65,1 16,0 35,9 40,6 23,5 7,9 8,1 33,5 7,9 15,0 19,8 68,1 12,1 31,4 33,6 35,0 Île de France 10,0 8,6 32,7 10,0 19,6 19,2 64,4 16,4 41,3 40,9 17,7 Bassin Parisien 9,7 9,3 36,5 11,0 27,0 19,2 65,1 15,7 43,2 41,3 15,5 Champagne-Ardenne 10,1 8,5 30,6 9,9 20,6 20,6 65,2 14,2 44,8 38,9 16,3 Picardie 12,0 10,1 37,6 10,8 22,2 20,3 65,2 14,5 41,4 38,0 20,6 Haute-Normandie 9,7 8,6 27,2 10,4 16,0 18,4 63,8 17,8 41,0 42,4 16,6 Centre 9,4 7,9 25,1 9,4 15,9 19,1 63,6 17,3 38,5 41,7 19,7 Basse-Normandie 9,1 6,9 41,5 8,4 16,7 17,7 63,4 18,9 38,1 43,5 18,3 12,5 13,4 39,7 16,0 29,4 21,3 64,8 13,9 44,3 38,2 17,5 Nord - Pas-de-Calais 7,4 7,5 24,0 8,7 18,0 19,1 65,9 15,0 34,9 45,3 19,8 Est 8,8 7,8 27,1 9,2 19,9 19,0 65,6 15,4 35,9 45,9 18,2 5,4 6,7 21,4 7,0 13,4 19,2 66,8 13,9 32,0 45,6 22,4 Alsace 8,0 8,3 21,3 10,0 21,8 19,1 65,0 15,9 36,9 43,7 19,3 Franche-Comté 10,1 7,4 27,6 9,0 15,6 18,4 63,9 17,7 33,5 45,4 21,1 10,1 7,7 28,5 9,6 14,6 19,2 64,4 16,4 34,9 44,7 20,4 9,6 6,7 23,4 8,2 16,0 18,3 63,8 18,0 30,9 45,8 23,2 Bretagne 11,2 8,0 33,0 9,4 17,0 17,0 63,1 19,9 35,8 46,0 18,1 Poitou-Charentes France Bourgogne Lorraine Ouest Pays de la Loire 9,8 8,5 31,6 10,3 18,3 16,6 63,8 19,6 33,5 44,0 22,4 11,5 9,2 30,7 11,5 18,8 16,9 64,0 19,1 36,0 43,5 20,4 Sud-Ouest Aquitaine 8,4 8,1 32,1 9,9 17,6 16,7 64,1 19,2 30,1 43,4 26,5 Midi-Pyrénées 8,8 6,4 35,6 7,0 19,2 14,6 62,4 23,0 34,9 48,4 16,7 Limousin 9,5 6,9 25,5 7,8 16,5 18,9 65,3 15,8 32,3 42,1 25,6 Centre-Est 9,3 6,9 24,9 7,9 17,0 19,5 65,5 15,0 31,8 41,2 27,0 Rhône-Alpes 10,5 6,9 28,0 7,6 13,6 16,2 64,3 19,6 34,4 46,3 19,3 Auvergne 13,4 12,0 41,2 13,4 24,9 17,8 63,5 18,7 40,3 39,5 20,2 Méditerranée 14,9 13,1 42,7 15,0 31,3 17,5 63,2 19,3 40,7 39,4 19,9 Languedoc-Roussillon 12,9 11,4 39,9 12,4 21,4 18,0 63,7 18,4 39,4 40,1 20,6 Provence-Alpes-Côte d'Azur 10,8 13,3 56,6 18,3 44,2 16,9 64,4 18,7 58,9 26,1 15,0 Corse : 26,5 76,1 29,4 51,3 27,6 64,3 8,1 : : : 100 95 75 Départements d'Outre-Mer 25 25 5 5 0 193 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:50 0 235 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Principais indicadores regionais 100 100 95 95 Principais indicadores regionais Região * 75 População Economia PIB per capita (PPC) Média 1999-2000-2001, UE15 = 100 2001, UE25=100 Agricultura Indústria Serviços Total Mulheres Homens 0 433 253,7 4,4 60,8 60,9 66,7 2,8 12,8 84,4 6,7 45,9 40,3 52,1 387 343,3 3,6 67,8 67,9 74,5 5,7 12,5 81,9 0,6 48,2 43,6 53,2 Guyane 170 2,0 -0,4 48,2 48,9 52,9 2,4 13,9 83,7 0,7 44,0 35,2 52,8 735 291,5 4,4 53,5 53,8 58,7 1,7 12,9 85,4 2,6 41,3 34,2 48,7 3853 54,8 9,2 117,6 114,9 129,1 6,9 27,8 65,3 83,6 65,0 55,2 74,7 Border, Midland and Western 1016 30,5 8,1 85,4 83,8 93,7 11,4 31,4 57,3 62,1 62,2 51,7 72,4 Southern and Eastern 2837 76,7 9,5 129,2 126,2 141,8 5,5 26,6 67,9 91,3 65,9 56,4 75,5 57927 192,2 1,9 100,1 101,3 109,9 5,0 31,8 63,2 73,2 55,5 42,0 69,1 Nord-Ovest 15180 262,0 1,8 124,2 125,9 136,3 Nord Ovest 6030 176,9 1,5 113,4 115,1 124,5 3,5 34,0 62,5 98,9 61,1 50,4 71,7 Piemonte 4291 168,9 1,3 115,1 117,5 126,3 3,4 38,1 58,4 115,9 62,0 51,6 72,2 75,9 Italia Valle d'Aosta/Vallée d'Aoste 121 37,0 0,6 123,9 124,7 136,0 4,9 25,6 69,5 43,2 66,3 56,1 Liguria 1619 298,7 2,1 108,2 108,2 118,7 3,7 22,7 73,7 61,7 58,2 46,8 69,8 Lombardia 9150 383,4 1,9 131,3 133,1 144,0 1,9 40,1 58,0 158,5 63,2 51,8 74,5 Nord-Est 10715 172,9 1,9 120,9 122,9 132,7 Nord Est 6692 167,9 1,9 117,7 119,7 129,1 4,4 37,2 58,4 100,3 63,4 51,4 75,2 Trentino-Alto Adige 947 69,6 2,4 133,0 134,8 146,0 7,8 27,3 64,9 62,7 66,4 54,7 77,8 Provincia Autonoma Bolzano/Bozen 467 63,1 2,7 143,4 144,9 157,4 Provincia Autonoma Trento 480 77,3 2,1 123,0 125,0 135,0 Veneto 4556 247,7 1,9 115,8 118,0 127,1 4,0 40,2 55,7 106,2 63,2 50,7 75,4 Friuli-Venezia Giulia 1190 151,5 1,4 112,5 114,3 123,5 3,1 33,5 63,3 107,9 62,0 51,7 72,2 4023 181,8 1,9 126,2 128,3 138,5 5,4 35,6 59,1 163,0 67,5 58,9 76,0 11191 191,8 2,0 108,9 110,1 119,5 Emilia-Romagna Centro Centro Toscana 5870 142,7 2,2 106,6 107,6 116,9 4,0 35,0 61,0 60,1 61,5 50,7 72,2 3553 154,6 2,2 111,1 112,0 121,9 3,9 33,0 63,2 64,2 61,5 50,6 72,6 Umbria 843 99,7 2,0 97,9 99,4 107,4 4,6 33,0 62,4 38,2 59,0 47,8 70,2 Marche 1473 152,0 2,2 100,7 101,7 110,5 4,1 40,7 55,2 62,9 62,7 52,7 72,6 Lazio 5322 309,2 1,8 111,4 112,9 122,2 3,3 19,9 76,7 44,2 55,0 41,1 69,3 Sud 14123 192,7 2,1 66,9 67,5 73,4 1609 105,6 1,7 82,8 83,0 90,9 6,6 31,1 62,3 48,5 54,8 40,2 69,5 1282 118,8 1,6 84,0 84,3 92,2 5,8 31,6 62,6 58,6 55,6 41,1 70,1 Molise 327 73,6 2,2 78,1 78,1 85,7 10,0 29,1 60,9 9,1 51,8 36,8 66,8 Campania 5783 425,5 2,3 65,1 65,4 71,5 6,4 24,4 69,3 10,9 41,9 24,1 60,1 Sud 6731 151,4 2,0 64,6 65,5 70,9 10,9 25,5 63,6 8,5 44,4 27,3 61,8 4087 211,0 1,9 65,0 66,1 71,3 10,3 26,9 62,8 9,1 45,3 27,5 63,7 Basilicata 604 60,4 2,1 70,5 72,5 77,3 10,4 33,2 56,4 8,7 46,1 29,4 62,8 Calabria 12,4 19,9 67,7 7,1 41,9 26,4 57,5 60,2 Abruzzo-Molise Abruzzo Puglia 2040 135,3 2,2 62,1 62,2 68,1 Isole 6717 134,9 2,1 67,9 68,0 71,5 Sicilia 5071 197,3 2,1 65,3 65,4 71,6 9,3 20,4 70,3 14,2 41,9 24,2 Sardegna 1646 68,3 2,2 76,0 76,1 83,4 8,7 23,5 67,8 11,2 46,7 31,2 62,2 442 170,9 6,1 194,0 194,4 212,9 2,0 20,1 77,9 203,5 63,6 51,5 75,5 Luxembourg (Grand-Duché) Nederland Noord-Nederland Groningen 95 16043 473,6 3,3 113,3 111,5 124,3 3,0 20,8 76,2 222,9 74,4 66,2 82,4 1678 201,1 2,8 105,9 102,1 116,3 4,1 23,8 72,1 76,8 72,1 63,7 80,1 568 242,9 2,8 133,2 125,1 146,1 2,8 21,3 75,9 87,1 70,8 63,2 78,2 Friesland 633 188,6 3,2 93,8 91,9 103,0 4,3 25,6 70,1 64,6 72,7 64,3 80,7 Drenthe 477 179,9 2,4 89,5 87,9 98,3 5,4 24,5 70,2 80,8 72,8 63,5 81,8 3367 345,6 3,2 95,5 94,1 104,8 3,6 22,7 73,7 131,3 74,5 65,9 82,7 1090 326,7 3,1 96,1 94,3 105,5 4,2 26,1 69,7 139,9 73,4 64,9 81,5 Oost-Nederland Overijssel 25 5 Martinique Réunion 75 Taxa de emprego (15-64 anos como % da pop. com idades 15-64 anos), 2002 Guadeloupe Ireland 100 Emprego por sector (% do total), 2002 2001, UE15=100 0 Crescimento do PIB (percentagem anual) 1995-2001 5 Densidade populacional (hab./km2), 2001 1000 habitantes, 2001 25 Mercado do trabalho Pedidos de patentes OEP por milhão de hab., média 1999-2000-2001 75 100 95 75 25 25 5 5 194 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:51 236 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Principais indicadores regionais 100 100 95 95 75 75 Região * Mercado de trabalho Estrutura etária Escolaridade Taxa de desemprego (%) % da população da faixa etária: (2000) Nível de escolaridade das pessoas da faixa etária 25-64 anos (% do total), 2002 25 25 Desempregados de longa duração, 2002 (% do total de desempregados) Mulheres, 2002 Jovens, 2002 < 15 15-64 5 Total, 2002 5 : 26,0 77,2 28,6 57,8 25,2 65,2 9,6 : : : Guadeloupe : 22,9 79,7 26,0 55,2 23,5 65,1 11,5 : : : Martinique : 24,4 74,6 29,0 46,5 35,6 60,6 3,8 : : : Guyane : 29,3 74,4 32,1 48,6 29,5 64,2 6,3 : : : 15,3 4,3 29,3 3,8 7,8 21,9 66,9 11,2 39,7 34,9 25,4 15,1 5,5 31,2 5,5 9,6 22,3 64,9 12,8 46,8 33,5 19,6 Border, Midland and Western 15,4 3,8 28,3 3,2 7,1 21,7 67,7 10,6 37,3 35,3 27,4 Southern and Eastern 9,0 59,6 12,2 27,2 14,4 67,6 18,0 55,9 33,9 10,2 5,4 50,0 7,6 17,0 11,5 67,0 21,5 56,5 33,7 9,8 Superior Médio Básico 0 65 + Total, 1992 0 Réunion Ireland Italia Nord-Ovest Nord Ovest 5,1 47,5 7,3 15,5 11,9 67,7 20,4 57,6 33,0 9,4 Piemonte 3,6 19,3 5,5 10,6 12,6 68,7 18,7 58,6 33,8 7,7 Valle d'Aosta/Vallée d'Aoste 6,3 57,4 8,6 23,0 10,4 64,9 24,7 53,4 35,5 11,1 Liguria 3,8 36,5 5,6 11,4 13,0 69,5 17,5 53,7 35,2 11,0 Lombardia 3,3 26,2 5,1 7,5 13,3 68,5 18,2 55,6 35,5 8,9 2,6 11,7 3,8 5,0 15,9 67,5 16,6 52,4 38,5 9,1 Nord-Est Nord Est Trentino-Alto Adige Provincia Autonoma Bolzano/Bozen Provincia Autonoma Trento 3,4 28,6 5,2 7,6 13,3 69,0 3,7 25,8 5,6 9,4 11,2 67,7 3,3 25,5 4,6 9,0 11,2 66,7 4,8 38,6 7,3 14,6 12,0 66,2 4,8 38,8 7,3 16,2 11,5 5,7 44,9 8,9 16,5 4,4 33,8 6,4 8,6 68,7 11,9 17,8 57,4 33,9 8,7 Veneto 21,1 51,3 39,0 9,7 22,1 51,9 36,6 11,5 21,8 55,0 34,5 10,5 66,6 21,9 56,5 33,3 10,2 12,2 65,6 22,2 48,1 40,4 11,5 Umbria 10,5 12,9 65,8 21,3 55,1 34,1 10,7 Marche 32,0 14,2 68,8 17,0 48,3 38,9 12,8 Friuli-Venezia Giulia Emilia-Romagna Centro Centro Toscana Lazio Sud 7,5 56,5 11,7 23,0 14,4 65,7 19,9 52,6 36,6 10,8 6,2 54,1 10,0 20,1 14,4 65,9 19,8 52,2 36,9 10,9 Abruzzo-Molise Abruzzo 12,6 61,0 18,7 34,3 14,7 64,8 20,5 54,4 35,2 10,4 Molise 21,1 73,7 30,6 59,5 19,3 67,2 13,6 59,8 31,0 9,1 Campania 17,4 63,8 25,8 44,4 17,2 67,1 15,7 60,6 30,2 9,1 Sud 14,0 65,8 20,6 37,8 17,3 67,7 15,1 62,1 28,8 9,1 15,3 60,3 23,8 43,4 16,3 66,0 17,8 58,6 33,3 8,1 Basilicata 24,6 62,2 35,6 58,2 17,4 66,3 16,3 58,2 32,2 9,6 Calabria 20,1 69,3 28,4 51,2 18,0 65,9 16,1 61,7 29,2 9,2 18,5 58,5 26,4 48,3 14,6 70,2 15,3 62,8 29,0 8,2 2,6 27,4 3,6 7,0 18,9 66,8 14,3 38,4 43,0 18,7 Luxembourg (Grand-Duché) 5,4 2,8 26,5 3,1 5,0 18,6 67,9 13,6 32,2 42,8 25,0 Nederland 7,3 3,5 27,7 4,3 7,3 18,2 67,2 14,7 34,0 45,8 20,2 7,8 4,2 29,2 5,2 8,3 16,8 68,7 14,5 32,2 43,6 24,2 Groningen 7,1 3,2 27,0 4,0 6,7 19,0 66,7 14,3 33,8 46,8 19,4 Friesland 7,0 3,1 26,0 3,6 6,6 18,6 66,1 15,3 36,4 47,1 16,5 Drenthe 5,1 2,7 24,6 3,2 4,6 19,6 67,3 13,2 32,6 44,7 22,6 5,2 2,9 23,4 3,1 4,8 19,5 66,9 13,7 34,1 45,7 20,2 Puglia Isole 2,0 100 95 75 Sicilia Sardegna Noord-Nederland 100 95 75 Oost-Nederland Overijssel 25 25 5 5 0 195 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:51 0 237 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Principais indicadores regionais 100 100 95 95 Principais indicadores regionais Região * 75 População Economia PIB per capita (PPC) Taxa de emprego (15-64 anos como % da pop. com idades 15-64 anos), 2002 Média 1999-2000-2001, UE15 = 100 2001, UE25=100 Agricultura Indústria Serviços Total Mulheres Homens 0 1941 389,6 3,0 97,4 96,1 106,9 3,1 21,9 75,0 148,0 74,9 66,6 83,1 Flevoland 335 235,9 5,8 82,4 81,3 90,4 4,0 16,8 79,2 107,8 75,1 65,5 84,6 7473 859,6 3,4 125,8 123,9 138,0 2,5 16,2 81,3 117,7 74,9 67,0 82,8 Utrecht 1124 824,0 4,5 142,8 140,9 156,7 1,1 14,8 84,1 184,4 76,2 68,9 83,7 Noord-Holland 2542 956,7 3,5 132,5 131,4 145,5 2,0 15,3 82,7 130,8 76,1 68,5 83,6 Zuid-Holland 3431 1196,8 3,3 118,5 116,0 130,0 3,0 16,4 80,6 148,1 73,8 65,6 81,8 376 208,3 0,8 95,4 95,6 104,7 4,8 26,1 69,1 102,4 73,1 62,5 83,3 3525 497,0 3,3 107,3 106,3 117,7 3,3 27,4 69,2 535,2 74,4 65,9 82,6 Zeeland Zuid-Nederland Noord-Brabant 2383 483,4 3,6 111,5 110,4 122,3 3,2 27,6 69,3 697,8 75,9 67,6 83,9 Limburg 1143 528,2 2,7 98,5 97,8 108,1 3,7 27,2 69,2 199,9 71,3 62,4 79,8 Österreich 8032 95,8 2,4 111,9 113,5 122,8 5,7 29,4 65,0 157,6 69,0 61,5 76,5 3395 144,1 2,2 119,0 121,2 130,6 4,8 25,2 70,0 65,6 68,4 62,1 74,7 76,2 Ostösterreich Burgenland 276 69,5 3,1 76,2 76,3 83,6 5,3 30,1 64,7 69,2 67,9 59,3 Niederösterreich 1531 79,9 2,9 92,3 94,5 101,3 8,8 30,6 60,6 133,3 70,0 62,2 77,7 Wien 1588 3827,5 1,7 152,2 154,7 167,0 0,9 19,1 80,0 146,0 67,0 62,5 71,6 1744 67,3 2,6 96,2 97,0 105,6 8,0 32,6 59,4 141,5 67,5 58,7 76,4 556 58,3 2,3 96,3 97,5 105,6 6,5 30,6 62,9 124,4 66,9 56,9 77,1 Steiermark 1188 72,5 2,7 96,2 96,8 105,5 8,7 33,5 57,8 149,6 67,8 59,5 76,2 Westösterreich 2893 84,1 2,6 113,1 114,4 124,1 5,3 32,3 62,4 192,2 70,6 62,4 78,8 1367 114,1 2,7 108,2 108,9 118,7 6,8 35,3 57,9 189,7 70,9 62,9 78,8 Salzburg 513 71,7 2,0 123,6 126,5 135,7 4,5 24,9 70,7 139,5 71,8 65,1 78,8 Tirol 667 52,7 2,7 113,4 114,8 124,4 4,6 27,8 67,7 136,0 69,5 61,0 78,1 Vorarlberg 347 133,5 2,6 116,2 117,8 127,5 2,1 40,4 57,5 387,8 69,6 58,9 80,2 10293 112,0 3,5 70,7 70,6 77,6 12,4 33,9 53,8 4,7 68,2 60,8 75,9 Continente 9811 110,5 3,5 70,9 70,8 77,8 12,3 34,1 53,6 4,7 68,5 61,3 75,9 Norte 3646 171,3 2,6 56,9 57,3 62,5 11,4 43,3 45,4 4,3 67,8 59,9 76,0 Centro 1784 75,4 3,4 56,9 56,8 62,5 26,9 30,8 42,3 4,8 73,6 67,3 80,1 Centro 2402 83,5 3,7 57,9 57,7 63,5 Lisboa e Vale do Tejo 3462 290,1 4,1 94,7 94,4 103,9 4,5 29,1 66,5 6,3 67,1 60,7 73,8 Lisboa 2603 1011,2 3,9 105,1 105,0 115,4 14,6 23,4 62,0 1,2 65,2 56,5 74,0 Südösterreich Kärnten Oberösterreich Portugal Alentejo 526 19,5 2,1 56,9 56,5 62,5 Alentejo 766 24,6 3,2 60,7 59,8 66,6 Algarve Açores 394 78,9 5,4 72,4 71,4 79,4 9,7 21,3 69,0 3,1 68,6 60,0 77,1 238 101,9 3,9 55,8 54,5 61,2 13,7 29,1 57,2 0,0 61,5 44,5 78,3 244 313,6 5,0 78,4 77,4 86,0 12,8 27,4 59,8 2,7 65,1 56,5 74,5 Suomi/Finland 5188 17,0 4,1 103,9 103,4 114,1 5,4 27,0 67,6 325,2 68,1 66,2 70,0 Manner-Suomi 5162 17,0 4,1 103,7 103,2 113,8 5,4 27,1 67,6 326,2 68,0 66,1 69,9 Itä-Suomi 679 9,7 2,0 75,7 75,5 83,0 10,3 25,6 64,1 80,0 59,9 57,7 62,0 Väli-Suomi 704 16,4 3,1 85,8 86,0 94,1 9,7 29,7 60,6 171,9 65,9 62,4 69,3 Pohjois-Suomi 557 4,3 3,0 90,2 89,4 99,0 7,3 27,0 65,8 292,4 62,0 61,1 62,8 1401 153,8 5,9 140,3 139,4 153,9 1,1 20,6 78,4 588,0 75,3 74,4 76,2 5,5 32,5 62,0 291,4 67,7 65,1 70,3 Madeira Uusimaa (Suuralue) 100 95 Etelä-Suomi 1821 34,8 3,6 97,2 97,0 106,7 Etelä-Suomi 2537 62,1 5,0 121,5 120,9 133,3 Länsi-Suomi 1319 22,6 3,5 91,1 91,0 99,9 628 4,7 3,1 89,0 88,2 97,7 26 17,0 5,4 141,6 140,8 155,4 5,2 17,2 77,6 108,0 77,6 73,8 81,4 8896 21,6 2,9 106,1 107,8 116,5 2,5 23,0 74,5 345,5 73,6 72,2 74,9 1831 282,1 4,7 144,9 148,2 159,0 0,6 13,7 85,8 582,1 78,4 77,5 79,4 Pohjois-Suomi Åland Sverige Stockholm 25 5 Gelderland West-Nederland 75 Emprego por sector (% do total), 2002 2001, UE15=100 0 Crescimento do PIB (percentagem anual) 1995-2001 5 Densidade populacional (hab./km2), 2001 1000 habitantes, 2001 25 Mercado do trabalho Pedidos de patentes OEP por milhão de hab., média 1999-2000-2001 75 100 95 75 25 25 5 5 196 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:52 238 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Principais indicadores regionais 100 100 95 95 75 75 Região * Mercado de trabalho Estrutura etária Escolaridade Taxa de desemprego (%) % da população da faixa etária: (2000) Nível de escolaridade das pessoas da faixa etária 25-64 anos (% do total), 2002 25 25 5 Total, 2002 Mulheres, 2002 Jovens, 2002 < 15 15-64 65 + Básico Médio Superior 0 Total, 1992 0 Desempregados de longa duração, 2002 (% do total de desempregados) 5 5,0 2,4 23,6 2,9 4,0 19,0 67,5 13,6 32,3 43,5 24,1 Gelderland 6,2 3,7 30,8 5,4 7,4 23,8 67,3 8,9 29,7 48,5 21,8 Flevoland 5,2 2,6 27,3 2,8 4,7 18,4 68,0 13,6 30,1 41,3 28,6 4,5 2,2 23,1 2,4 4,3 19,0 68,6 12,5 26,6 38,7 34,7 Utrecht 5,5 2,6 25,3 2,6 3,9 17,8 68,8 13,5 27,4 41,8 30,8 Noord-Holland 5,1 2,9 30,3 3,2 5,4 18,6 67,6 13,8 33,0 41,2 25,8 Zuid-Holland 5,7 2,3 22,0 2,8 4,2 18,5 65,2 16,4 33,9 46,9 19,1 5,0 2,7 25,9 3,1 5,0 18,2 68,5 13,4 35,2 42,8 21,9 5,0 2,4 23,0 2,8 4,3 18,6 68,6 12,8 34,0 42,9 23,0 5,2 3,3 30,4 4,0 6,6 17,3 68,2 14,6 37,7 42,7 19,6 3,3 4,0 28,1 3,9 6,2 16,8 67,7 15,5 21,7 62,6 15,7 3,5 5,4 33,3 4,9 8,1 15,8 67,9 16,3 21,2 62,0 16,9 2,4 4,2 21,2 4,8 7,1 15,2 66,7 18,1 27,5 61,0 11,6 Burgenland 2,6 3,5 27,3 3,7 5,7 16,8 66,6 16,5 20,1 66,2 13,7 Niederösterreich 4,4 7,2 37,1 6,0 11,1 15,0 69,3 15,7 21,1 58,4 20,6 3,8 3,4 26,9 3,5 5,7 16,5 67,2 16,4 19,6 65,9 14,5 3,8 2,7 24,6 3,2 5,5 16,9 66,9 16,2 14,2 70,9 14,9 3,8 3,8 27,6 3,7 5,8 16,2 67,3 16,5 22,0 63,6 14,3 Steiermark 2,7 2,7 17,0 2,9 4,7 18,2 67,7 14,0 23,7 61,3 15,1 Westösterreich 2,5 3,1 21,1 3,4 5,1 18,0 67,1 14,9 24,8 60,3 14,9 Oberösterreich 2,6 2,8 12,4 2,8 5,4 17,9 68,6 13,5 19,9 65,0 15,1 Salzburg 3,6 2,0 11,7 1,8 3,4 18,4 68,2 13,4 21,7 62,9 15,4 Tirol 2,3 2,5 12,6 2,8 4,4 19,2 68,4 12,4 28,7 56,3 15,0 4,1 5,1 34,5 6,1 11,6 16,0 67,6 16,4 79,6 11,1 9,3 4,1 5,2 34,5 6,2 11,8 15,8 67,7 16,5 79,3 11,2 9,5 Continente 3,4 4,9 37,0 5,9 10,0 17,5 68,5 14,0 84,1 8,7 7,2 Norte 2,7 3,0 27,4 3,8 11,2 14,9 65,5 19,6 82,6 8,7 8,8 Centro 5,2 6,5 36,9 7,6 13,6 14,9 68,8 16,3 72,8 14,8 12,4 West-Nederland Zeeland Zuid-Nederland Noord-Brabant Limburg Österreich Ostösterreich Wien Südösterreich Kärnten Vorarlberg Portugal Centro Lisboa e Vale do Tejo Lisboa 8,0 6,6 21,0 9,2 16,9 13,6 62,9 23,5 79,8 10,1 10,1 Alentejo Alentejo 3,0 5,3 28,2 6,7 14,3 14,7 66,6 18,7 80,4 12,9 6,7 3,7 2,5 38,6 4,3 7,9 21,9 65,8 12,4 86,3 8,9 4,9 3,3 2,5 33,4 3,0 5,2 19,4 67,2 13,4 85,9 9,3 4,8 9,1 24,9 9,1 21,0 18,2 66,9 14,8 25,0 42,6 32,4 Algarve Açores Madeira Suomi/Finland 9,1 25,0 9,1 21,0 18,2 66,9 14,8 25,0 42,6 32,4 Manner-Suomi 13,3 26,4 13,7 29,3 17,6 65,4 17,0 27,0 46,6 26,3 Itä-Suomi 9,3 27,4 10,4 20,4 18,8 64,9 16,4 26,7 43,8 29,4 Väli-Suomi 14,1 19,7 13,1 28,0 20,7 66,2 13,2 24,4 47,4 28,2 Pohjois-Suomi 5,8 22,6 5,0 14,7 18,6 69,9 11,5 22,3 37,2 40,5 Uusimaa (Suuralue) 9,1 27,1 9,6 22,0 17,3 66,3 16,4 26,0 43,6 30,3 Etelä-Suomi Etelä-Suomi 100 100 Länsi-Suomi 95 95 Pohjois-Suomi 75 2,9 0,0 2,8 17,7 18,8 65,2 16,0 31,0 43,0 26,1 Åland 5,1 19,9 4,6 12,8 18,5 64,2 17,3 18,5 55,1 26,4 Sverige 4,0 12,1 3,7 11,5 18,6 67,0 14,4 13,5 51,8 34,7 75 Stockholm 25 25 5 5 0 197 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:52 0 239 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Principais indicadores regionais 100 100 95 95 Principais indicadores regionais Região * 75 População Economia PIB per capita (PPC) Densidade populacional (hab./km2), 2001 Crescimento do PIB (percentagem anual) 1995-2001 2001, UE15=100 Média 1999-2000-2001, UE15 = 100 2001, UE25=100 Agricultura Indústria Serviços Total Mulheres Homens Taxa de emprego (15-64 anos como % da pop. com idades 15-64 anos), 2002 Östra Mellansverige 1495 38,9 2,1 91,1 92,5 99,9 2,9 26,1 71,0 315,3 72,2 70,1 74,2 Sydsverige 1283 91,9 3,3 98,3 99,7 107,9 2,8 23,7 73,6 402,5 70,7 68,6 72,8 Norra Mellansverige 831 13,0 0,4 89,3 91,8 98,0 3,7 27,0 69,3 200,3 69,7 68,4 70,9 Mellersta Norrland 375 5,3 0,8 98,8 98,7 108,4 3,8 21,2 75,0 132,6 68,9 69,0 68,7 5 0 0 511 3,3 0,5 92,6 93,7 101,6 3,2 23,7 73,1 207,7 68,6 68,4 68,7 Småland med Öarna 797 24,0 2,1 95,8 97,3 105,1 4,1 30,7 65,2 127,0 75,2 73,3 77,1 Västsverige 1774 60,3 3,2 102,5 103,5 112,5 2,4 25,3 72,3 339,3 75,5 74,2 76,7 United Kingdom 58837 241,3 3,0 105,4 103,1 115,7 1,4 24,3 74,3 124,4 71,7 65,3 78,0 2517 292,2 0,8 80,3 78,6 88,1 0,9 27,2 71,9 72,6 65,6 61,0 70,1 Tees Valley & Durham 1133 371,9 0,0 76,1 75,0 83,5 0,8 30,8 68,4 66,1 64,0 58,6 69,4 Northumberland and Tyne & Wear 1384 248,6 1,4 83,7 81,5 91,8 0,9 24,4 74,8 78,0 66,9 63,1 70,6 6732 475,2 2,3 94,8 92,4 104,0 0,8 26,0 73,2 96,0 69,4 63,8 74,9 488 71,5 -0,9 79,1 80,0 86,8 3,6 30,9 65,5 75,7 69,3 62,6 76,0 North West (inc. Merseyside) Cumbria Cheshire 984 422,0 2,8 117,7 113,6 129,1 0,9 27,7 71,4 204,6 72,9 67,9 77,7 Greater Manchester 2483 1930,8 3,2 102,6 99,3 112,6 0,3 25,4 74,3 68,7 69,4 63,7 75,0 Lancashire 1416 461,1 1,8 90,0 87,9 98,8 1,0 28,1 70,8 69,2 72,1 66,6 77,4 Merseyside 1362 2078,3 1,9 74,5 73,7 81,8 0,2 21,8 78,1 104,5 64,2 58,7 69,6 4967 319,1 2,1 90,8 89,2 99,7 1,2 27,1 71,7 81,1 70,5 63,8 77,0 869 237,6 0,3 87,1 86,3 95,6 2,0 29,5 68,5 63,3 68,6 60,7 76,5 Yorkshire & the Humber East Riding & North Lincolnshire North Yorkshire 751 90,4 3,1 96,2 93,6 105,6 2,5 24,2 73,3 130,3 75,6 68,7 82,5 South Yorkshire 1267 812,2 2,0 77,1 75,4 84,6 0,6 28,6 70,9 52,7 67,9 61,1 74,4 West Yorkshire 2080 1022,6 2,5 98,7 97,4 108,3 0,6 26,5 72,9 88,5 71,1 64,9 77,0 4175 267,2 2,5 96,6 95,6 106,0 1,4 30,3 68,3 104,9 73,5 66,8 80,1 Derbyshire & Nottinghamshire 1972 411,9 2,5 95,8 93,9 105,1 0,5 31,8 67,6 111,3 71,3 65,3 77,3 Leicestershire, Rutland & Northants 1555 316,2 3,0 104,4 104,4 114,6 1,3 29,8 69,0 139,1 76,6 68,7 84,3 Lincolnshire 648 109,4 1,6 80,7 79,3 88,5 4,4 26,8 68,8 42,2 73,0 66,7 79,2 West Midlands East Midlands 5267 405,0 2,3 95,2 93,6 104,5 1,0 30,6 68,5 94,4 71,2 64,1 78,1 Herefordshire, Worcestershire & Warks 1223 207,3 3,3 96,6 94,0 106,0 1,6 30,0 68,4 172,4 76,3 69,0 83,6 Shropshire & Staffordshire 1489 240,1 1,4 79,7 81,0 87,4 1,5 30,6 67,9 73,6 74,2 67,6 80,3 West Midlands 2554 2842,3 2,2 103,6 100,8 113,7 0,3 30,9 68,8 70,2 67,1 59,7 74,2 5395 282,2 3,3 101,4 98,8 111,3 1,5 25,0 73,5 238,6 76,1 69,0 83,1 East Anglia 2177 173,2 2,0 95,7 92,8 105,1 2,6 25,3 72,1 310,9 75,5 68,4 82,5 Bedfordshire, Hertfordshire 1601 557,0 4,8 122,6 119,3 134,5 0,6 23,8 75,6 213,7 78,3 71,5 84,8 Essex 1616 439,8 3,2 88,2 86,4 96,7 1,0 25,9 73,1 165,2 74,9 67,5 82,2 7188 4538,8 4,6 164,7 159,5 180,7 0,3 13,9 85,8 102,3 68,7 61,5 75,6 Inner London 2772 8648,0 5,2 263,4 251,4 289,1 0,1 11,4 88,5 131,1 63,4 56,9 69,7 Outer London 4416 3496,2 3,8 102,7 102,0 112,7 0,4 15,4 84,3 84,1 72,3 64,7 79,6 8007 419,0 4,1 115,9 112,9 127,2 1,4 22,4 76,2 209,8 77,0 70,0 83,8 Eastern London South East Berkshire, Bucks & Oxfordshire 2093 364,5 5,2 149,0 146,4 163,5 1,5 22,7 75,8 318,8 79,4 72,9 85,6 Surrey, East & West Sussex 2555 467,9 3,8 113,6 110,5 124,6 1,3 19,6 79,2 151,7 76,4 69,4 83,4 Hampshire & Isle of Wight 1778 426,1 3,9 103,0 100,4 113,0 1,0 24,4 74,6 233,5 78,1 71,2 84,8 Kent 1581 423,3 3,0 90,3 86,4 99,1 2,2 24,3 73,5 133,0 73,4 65,8 81,1 4934 205,8 2,7 93,8 92,4 103,0 2,0 23,7 74,3 132,9 76,2 70,4 81,9 Gloucestershire, Wiltshire & N Somerset 2163 284,5 3,3 112,1 110,4 123,0 1,3 23,0 75,6 228,8 78,3 72,5 84,0 Dorset & Somerset 1192 195,3 2,1 82,8 83,0 90,9 2,1 24,3 73,6 80,6 76,6 70,9 82,2 502 141,1 1,9 59,5 57,1 65,3 3,0 22,5 74,5 65,5 71,3 64,2 78,2 1077 160,6 1,9 85,3 82,0 93,6 2,9 25,0 72,1 57,1 73,6 68,4 78,8 2903 139,8 1,8 83,0 81,5 91,1 2,6 26,2 71,2 69,7 66,3 59,4 73,2 South West 95 Cornwall & Isles of Scilly 75 Devon Wales 25 5 Övre Norrland North East 100 Emprego por sector (% do total), 2002 1000 habitantes, 2001 25 Mercado do trabalho Pedidos de patentes OEP por milhão de hab., média 1999-2000-2001 75 100 95 75 25 25 5 5 198 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:52 240 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Principais indicadores regionais 100 100 95 95 75 75 Região * Mercado de trabalho Estrutura etária Escolaridade Taxa de desemprego (%) % da população da faixa etária: (2000) Nível de escolaridade das pessoas da faixa etária 25-64 anos (% do total), 2002 25 25 5 Superior Médio Básico 65 + 15-64 < 15 23,0 4,9 13,6 18,7 64,0 17,3 19,8 55,9 24,3 Östra Mellansverige 6,2 25,1 5,9 15,2 18,2 63,9 18,0 19,9 53,7 26,3 Sydsverige 6,3 19,1 5,7 13,7 18,0 62,3 19,7 20,4 59,4 20,2 Norra Mellansverige 5,9 19,3 4,5 13,7 17,5 62,5 20,0 20,2 58,5 21,3 Mellersta Norrland 6,1 17,6 4,6 13,1 18,4 64,2 17,4 13,8 61,6 24,6 Övre Norrland : 3,9 18,1 4,1 9,6 18,8 62,3 18,9 23,4 56,3 20,3 Småland med Öarna : 4,9 21,7 4,3 12,9 18,9 63,8 17,3 19,6 54,1 26,3 Västsverige 9,6 5,1 21,9 4,5 12,0 19,1 65,4 15,6 18,1 52,4 29,5 6,8 27,0 5,2 14,2 18,8 65,2 16,1 21,2 55,7 23,0 7,2 24,6 6,0 16,6 19,3 65,2 15,5 22,5 55,9 21,6 6,4 29,1 4,5 12,4 18,3 65,2 16,5 20,2 55,6 24,3 5,3 26,6 4,3 12,6 19,4 65,0 15,6 20,7 54,1 25,2 8,5 10,3 7,4 North East Tees Valley & Durham Northumberland and Tyne & Wear North West (inc. Merseyside) 28,0 4,1 11,7 17,7 64,3 17,9 17,1 58,5 24,4 Cumbria 4,2 20,3 3,2 11,8 19,0 65,6 15,5 14,4 54,9 30,6 Cheshire 5,6 27,4 4,6 12,2 20,1 65,4 14,5 22,1 52,3 25,6 Greater Manchester 4,4 21,7 3,7 12,4 19,3 64,3 16,4 20,1 55,9 24,0 Lancashire 6,6 31,6 5,4 14,3 19,4 64,5 16,1 24,5 53,3 22,3 5,2 21,3 4,3 12,6 19,2 65,0 15,8 20,2 54,9 24,9 6,3 26,3 5,2 15,5 19,3 64,2 16,5 19,0 58,1 22,9 3,7 18,6 3,6 7,6 17,8 64,4 17,8 15,1 55,1 29,8 North Yorkshire 5,2 24,6 3,7 12,4 18,9 65,3 15,8 21,5 56,2 22,3 South Yorkshire 5,4 17,9 4,5 13,1 19,9 65,4 14,7 21,7 52,8 25,5 4,5 22,9 4,4 10,6 18,8 65,3 15,9 19,7 55,7 24,6 5,1 28,9 4,5 11,2 18,6 65,4 16,0 20,7 55,7 23,6 4,0 17,5 4,6 10,4 19,6 65,9 14,5 19,1 53,9 27,0 Leicestershire, Rutland & Northants 4,3 13,2 3,4 9,5 17,7 63,3 19,0 17,7 60,1 22,2 Lincolnshire Merseyside Yorkshire & the Humber East Riding & North Lincolnshire West Yorkshire East Midlands Derbyshire & Nottinghamshire 5,6 20,7 5,2 14,2 19,5 64,9 15,6 21,4 53,3 25,2 3,5 13,1 4,1 8,9 18,3 65,2 16,5 16,7 53,6 29,7 Herefordshire, Worcestershire & Warks 4,6 21,8 4,0 11,2 18,7 65,8 15,6 18,0 56,6 25,5 Shropshire & Staffordshire 7,4 22,1 6,7 18,2 20,5 64,2 15,3 26,1 51,2 22,8 3,7 18,2 3,5 9,4 18,9 65,1 16,0 15,8 57,0 27,2 West Midlands West Midlands Eastern 3,7 16,5 3,3 9,8 18,4 64,4 17,2 16,6 56,9 26,5 East Anglia 3,5 17,6 3,2 8,4 19,9 66,0 14,2 12,3 54,9 32,8 Bedfordshire, Hertfordshire 4,0 20,8 4,0 10,0 18,7 65,0 16,3 18,2 59,1 22,7 6,7 23,6 6,0 14,2 19,3 68,2 12,5 17,5 41,1 41,4 : 9,0 27,1 7,7 18,4 19,2 69,8 10,9 20,4 31,6 48,0 : 5,3 19,9 4,9 11,6 19,4 67,1 13,6 15,5 47,4 37,0 3,7 14,9 3,5 8,9 18,8 65,2 16,0 12,7 53,3 34,0 8,8 United Kingdom 5,1 11,9 Essex London Inner London Outer London South East 3,4 11,4 3,0 8,6 19,6 67,5 12,9 13,4 49,3 37,4 Berkshire, Bucks & Oxfordshire 3,8 17,9 3,6 7,8 17,9 63,7 18,4 11,8 52,7 35,5 Surrey, East & West Sussex Hampshire & Isle of Wight 3,5 9,5 3,7 9,9 18,6 65,4 16,0 10,5 55,8 33,7 4,2 19,7 3,9 9,8 19,3 64,4 16,4 15,9 57,3 26,8 3,7 14,0 3,3 9,1 18,0 63,6 18,4 12,8 57,1 30,1 3,6 9,2 3,3 8,5 18,7 65,2 16,1 12,5 55,1 32,4 Kent South West 100 Gloucestershire, Wiltshire & N Somerset 3,6 13,3 3,4 8,5 17,4 61,9 20,7 13,1 57,0 29,9 Dorset & Somerset : 4,2 20,9 3,2 11,0 17,4 62,6 20,0 13,8 58,3 27,9 Cornwall & Isles of Scilly : 4,2 20,7 3,2 10,6 17,5 62,6 19,9 12,7 60,8 26,6 Devon 9,4 5,6 20,1 5,0 14,0 19,0 63,8 17,3 21,4 51,5 27,1 95 75 Jovens, 2002 5,2 9,5 100 0 Mulheres, 2002 Total, 2002 Total, 1992 0 Desempregados de longa duração, 2002 (% do total de desempregados) 5 95 75 Wales 25 25 5 5 0 199 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:53 0 241 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Principais indicadores regionais 100 100 95 95 Principais indicadores regionais Região * 75 População Economia PIB per capita (PPC) Taxa de emprego (15-64 anos como % da pop. com idades 15-64 anos), 2002 Agricultura Indústria Serviços Total Mulheres Homens 0 1853 141,2 0,9 69,6 66,4 76,4 2,9 25,9 71,3 47,9 64,0 57,6 70,4 East Wales 1050 137,3 3,1 106,7 102,7 117,1 2,2 26,7 71,1 107,8 70,2 62,5 77,7 5064 64,8 1,5 99,5 98,3 109,2 1,9 23,5 74,6 85,5 70,3 65,8 74,8 North Eastern Scotland 503 68,6 1,6 136,6 138,7 149,9 3,2 30,9 65,9 220,1 76,0 67,6 84,5 Eastern Scotland 1904 105,9 1,6 101,2 100,4 111,0 1,9 23,1 75,0 103,6 72,2 67,7 76,8 South Western Scotland 2287 175,5 1,5 94,3 91,9 103,5 0,9 23,1 76,0 52,0 66,5 62,5 70,7 369 9,3 0,4 72,4 72,1 79,4 4,2 19,8 76,0 41,8 73,5 70,7 76,3 1689 119,3 2,7 82,4 81,2 90,4 4,5 26,0 69,5 35,4 64,8 57,5 72,2 Highlands & Islands Northern Ireland Bãlgarija Severozapadjen 7913 71,3 0,0 26,0 24,9 28,6 9,6 32,7 57,7 3,1 50,6 47,5 53,7 535 50,5 -0,2 23,7 22,2 26,0 12,5 34,6 52,9 : 43,7 42,2 45,1 Severen Tsentralen 1201 67,0 0,2 22,4 21,5 24,6 10,0 37,2 52,9 : 49,3 46,5 52,1 Severoiztochen 1309 65,5 0,0 22,7 21,8 24,9 15,1 27,6 57,3 : 47,7 43,3 52,2 Yugozapaden 2097 103,4 1,0 36,3 33,9 39,9 3,3 31,4 65,2 : 56,4 53,9 58,9 Yuzhen Tsentralen 1975 71,8 -1,7 21,7 20,7 23,8 12,3 35,0 52,7 : 49,9 47,5 52,4 796 54,4 0,0 22,1 23,9 24,3 11,4 31,6 57,0 : 47,4 42,0 52,9 706 119,7 3,8 77,8 76,1 85,4 5,3 23,2 71,6 11,9 68,5 59,0 78,8 74,0 Yugoiztochen Kypros Èeská Republika 10219 129,6 1,5 60,6 59,8 66,5 4,8 39,9 55,3 11,3 65,5 57,1 Praha 1164 2348,1 4,4 135,5 129,8 148,7 0,5 21,3 78,2 : 72,0 65,8 78,5 Støední Èechy 1124 102,0 3,0 50,0 49,6 54,9 5,1 38,9 56,0 : 68,6 58,1 79,0 Jihozápad 1175 66,7 0,9 55,1 55,0 60,5 8,1 41,6 50,3 : 68,0 59,5 76,5 Severozápad 1124 129,9 -1,2 47,9 48,6 52,6 3,6 41,4 55,0 : 62,4 53,8 70,9 Severovýchod 1486 119,5 1,0 50,8 50,6 55,7 5,0 46,3 48,8 : 67,0 57,9 76,1 Jihovýchod 1645 117,6 1,3 53,4 52,3 58,6 7,5 40,2 52,3 : 64,7 56,2 73,1 Støední Morava 1233 135,5 0,4 48,1 47,8 52,8 5,0 46,3 48,6 : 63,2 54,8 71,7 Moravskoslezsko 1268 228,4 -0,7 50,6 50,3 55,5 2,8 43,9 53,3 : 59,2 51,2 67,1 Eesti 1367 30,2 5,2 38,5 37,1 42,3 7,0 31,3 61,7 9,4 62,0 57,9 66,5 10188 109,5 4,0 51,5 49,5 56,5 6,0 34,2 59,8 17,1 56,6 50,0 63,5 Közép-Magyarország 2830 409,1 5,2 81,3 76,3 89,2 1,8 26,3 71,9 : 61,3 54,6 68,8 Közép-Dunántúl 1121 99,5 4,6 48,0 46,8 52,7 5,7 44,6 49,6 : 60,6 54,0 67,3 Nyugat-Dunántúl 1003 89,7 4,3 53,6 54,8 58,8 5,5 42,0 52,5 : 64,1 56,5 71,5 996 70,3 2,6 38,7 37,6 42,5 9,8 33,8 56,3 : 51,9 46,1 58,0 1300 96,8 2,3 33,7 32,4 37,0 4,3 39,9 55,8 : 50,1 44,3 56,1 56,2 Magyarország Dél-Dunántúl Eszak-Magyarország Eszak-Alföld 1561 87,9 3,0 34,2 32,1 37,5 7,5 33,8 58,8 : 49,5 42,8 Dél-Alföld 1377 75,2 1,6 36,9 36,0 40,5 14,2 33,0 52,8 : 54,7 47,5 62,1 Lietuva 3481 53,3 5,1 37,2 35,6 40,8 17,9 27,5 54,6 1,4 59,9 57,2 62,7 Latvija 2355 36,5 5,7 33,4 31,8 36,6 15,3 25,8 58,9 5,4 60,4 56,8 64,3 Malta 393 1182,4 4,8 69,5 70,7 76,2 2,3 31,2 66,5 13,0 53,7 33,1 74,1 38641 123,6 6,3 40,9 41,1 44,9 19,3 28,6 52,0 2,3 51,5 46,2 56,9 2971 148,9 5,8 41,6 42,1 45,6 9,5 32,4 58,2 : 47,6 43,9 51,4 Kujawsko-Pomorskie 2100 116,9 4,7 37,0 36,8 40,6 19,1 29,4 51,4 : 50,6 45,0 56,3 Lubelskie 2230 88,8 4,5 28,6 28,6 31,4 39,4 18,1 42,5 : 56,1 51,6 60,7 Lubuskie 1024 73,2 4,7 36,3 37,0 39,9 10,2 31,3 58,5 : 45,9 41,4 50,5 £ódzkie 2638 144,8 5,8 36,9 37,2 40,5 19,8 30,6 49,7 : 52,8 47,8 58,1 Ma³opolskie 3238 213,8 6,2 35,3 36,3 38,8 23,7 27,0 49,3 : 54,6 50,2 59,3 Mazowieckie 5075 142,6 10,4 63,7 62,2 69,9 20,4 21,6 58,0 : 57,1 52,9 61,4 Opolskie 1083 115,1 2,7 33,2 34,1 36,4 18,5 32,9 48,7 : 50,3 44,3 56,5 Polska Dolnoœl¹skie 100 95 75 25 5 2001, UE25=100 Média 1999-2000-2001, UE15 = 100 Emprego por sector (% do total), 2002 West Wales & the Valleys Scotland 2001, UE15=100 0 Crescimento do PIB (percentagem anual) 1995-2001 5 Densidade populacional (hab./km2), 2001 1000 habitantes, 2001 25 Mercado do trabalho Pedidos de patentes OEP por milhão de hab., média 1999-2000-2001 75 100 95 75 25 25 5 5 200 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:53 242 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Principais indicadores regionais 100 100 95 95 75 75 Região * Mercado de trabalho Estrutura etária Escolaridade Taxa de desemprego (%) % da população da faixa etária: (2000) Nível de escolaridade das pessoas da faixa etária 25-64 anos (% do total), 2002 25 25 5 Jovens, 2002 < 15 15-64 65 + Básico Médio Superior 5,9 19,1 5,6 14,6 18,8 63,3 17,9 23,2 51,7 25,1 West Wales & the Valleys : 5,1 21,9 4,1 13,0 19,4 64,6 16,1 18,5 51,2 30,3 East Wales 95 75 Total, 2002 : Total, 1992 100 0 Mulheres, 2002 0 Desempregados de longa duração, 2002 (% do total de desempregados) 5 9,4 6,5 23,5 5,2 14,5 18,3 66,3 15,4 18,7 48,6 32,7 : 3,6 10,0 4,1 7,2 18,4 67,4 14,2 17,8 45,8 36,4 Scotland : 5,8 21,4 4,9 13,7 18,0 66,4 15,7 15,3 49,4 35,2 Eastern Scotland : 7,9 28,8 6,1 17,0 18,5 66,3 15,2 22,4 47,6 30,1 South Western Scotland North Eastern Scotland : 5,9 11,9 4,0 15,0 18,6 64,8 16,6 17,0 51,9 31,1 15,1 5,8 37,5 5,0 11,8 22,5 64,5 13,0 27,2 47,8 25,0 Highlands & Islands : 18,2 66,0 17,3 37,2 15,9 67,9 16,2 28,4 50,5 21,2 : 26,9 77,8 25,3 53,6 15,3 63,4 21,3 29,3 54,2 16,5 Severozapaden : 18,1 62,1 16,9 36,5 14,8 66,5 18,7 25,7 53,4 20,8 Severen Tsentralen : 22,3 63,2 22,6 40,0 16,9 68,6 14,5 37,6 45,1 17,3 Severoiztochen : 13,3 65,2 12,4 28,3 14,9 69,6 15,5 18,0 52,5 29,5 Yugozapaden : 17,2 67,1 15,7 38,5 16,4 68,2 15,4 32,7 49,5 17,8 Yuzhen Tsentralen : 22,3 65,8 23,0 44,8 17,4 67,5 15,1 33,3 49,5 17,2 : 3,3 20,1 4,2 7,7 23,2 65,5 11,3 33,5 37,4 29,1 Kypros : 7,3 50,3 9,0 16,9 16,6 69,6 13,8 12,1 76,0 11,9 Èeská Republika : 3,6 28,1 4,5 9,4 13,9 69,8 16,3 4,4 68,4 27,1 : 5,0 45,1 7,4 8,5 16,3 69,3 14,4 13,7 77,8 8,5 : 4,9 44,1 5,9 8,9 16,6 69,6 13,8 12,1 77,1 10,7 : 11,4 58,5 13,3 26,2 17,3 70,7 12,0 17,5 75,3 7,2 : 5,4 43,3 7,1 13,0 17,1 69,1 13,9 11,9 78,7 9,3 : 6,8 47,1 7,9 17,0 16,9 69,0 14,1 11,1 76,0 12,9 Northern Ireland Bãlgarija Yugoiztochen Praha Støední Èechy Jihozápad Severozápad Severovýchod Jihovýchod : 8,8 51,1 10,8 21,4 17,0 69,5 13,6 13,1 77,4 9,5 Støední Morava : 13,4 58,8 16,3 29,1 17,6 70,2 12,2 13,5 76,8 9,7 Moravskoslezsko : 10,3 52,4 9,7 17,6 18,0 67,5 14,5 12,4 57,1 30,5 Eesti : 5,9 43,6 5,4 12,4 17,1 68,3 14,6 28,4 57,3 14,3 Magyarország : 4,0 51,1 3,9 8,8 15,5 69,3 15,2 20,7 57,8 21,5 Közép-Magyarország : 5,0 39,6 4,7 10,3 17,4 69,5 13,2 28,9 59,2 12,0 Közép-Dunántúl : 4,1 38,6 4,2 8,8 16,3 68,9 14,8 26,9 60,8 12,2 Nyugat-Dunántúl : 7,9 44,9 7,1 15,9 17,1 68,3 14,7 32,7 56,5 10,8 Dél-Dunántúl : 8,9 45,9 7,6 19,4 18,2 67,0 14,8 32,4 56,3 11,3 Eszak-Magyarország : 7,9 42,2 7,0 14,9 19,4 67,1 13,5 34,3 54,2 11,5 Eszak-Alföld : 6,3 35,5 6,5 13,9 17,1 67,5 15,5 32,4 57,0 10,5 : 13,7 53,5 12,9 23,0 19,8 66,9 13,4 15,1 40,1 44,8 : 12,1 45,3 11,0 20,8 17,8 67,5 14,7 17,8 63,0 19,3 : 5,2 : 6,1 11,0 20,8 67,2 12,0 : : : Dél-Alföld Lietuva Latvija Malta : 19,9 54,8 20,9 42,5 18,8 68,9 12,3 19,1 68,3 12,5 : 26,1 52,7 25,6 50,2 17,2 70,4 12,4 17,8 69,6 12,6 Polska Dolnoœl¹skie : 21,5 53,3 22,0 43,2 19,4 69,1 11,4 19,8 69,8 10,4 Kujawsko-Pomorskie : 16,6 46,7 16,5 37,8 19,8 66,6 13,6 22,4 63,9 13,8 Lubelskie : 26,3 47,7 26,7 50,1 19,4 69,8 10,8 16,7 72,7 10,5 Lubuskie : 20,3 62,5 21,4 42,1 17,0 68,7 14,3 23,0 64,0 13,0 £ódzkie : 16,2 58,6 16,5 37,5 20,0 67,7 12,3 16,8 69,2 14,0 Ma³opolskie : 17,0 56,0 17,5 36,9 17,8 68,3 14,0 18,2 65,2 16,6 Mazowieckie : 19,7 53,0 21,0 45,3 18,1 70,2 11,7 19,0 69,3 11,7 Opolskie 100 95 75 25 25 5 5 0 201 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:53 0 243 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Principais indicadores regionais 100 100 95 95 Principais indicadores regionais População Economia PIB per capita (PPC) Emprego por sector (% do total), 2002 Taxa de emprego (15-64 anos como % da pop. com idades 15-64 anos), 2002 5,1 29,2 29,5 32,0 30,8 28,2 41,1 : 53,2 47,9 58,3 60,5 6,3 31,0 30,5 34,0 36,5 18,6 45,0 : 54,8 50,0 59,6 Pomorskie 2202 120,4 6,5 40,6 41,3 44,6 9,5 31,1 59,4 : 50,2 42,9 57,9 Œlaskie 4840 393,7 3,9 44,6 45,2 49,0 4,1 39,5 56,4 : 46,9 40,1 54,0 Œwiêtokrzyskie 1321 113,2 5,5 31,2 31,8 34,3 31,0 24,9 44,2 : 50,3 45,6 55,0 Warmiñsko-Mazurskie 1469 60,7 4,8 29,6 30,8 32,5 17,9 28,1 54,0 : 46,0 40,9 51,0 Wielkopolskie 3363 112,8 7,8 43,4 43,5 47,6 20,3 32,7 47,0 : 52,9 46,0 59,9 Zachodniopomorskie 1735 75,8 5,8 40,5 41,1 44,5 8,3 29,6 62,2 : 45,8 41,2 50,7 22408 94,0 -0,1 24,4 23,7 26,8 36,8 29,7 33,5 0,9 57,6 51,8 63,6 3836 104,1 -1,8 17,2 18,8 18,9 51,3 23,6 25,1 : 59,1 55,3 62,9 Nord-Est Total Homens Agricultura 118,8 1221 Mulheres 2001, UE25=100 2130 Podlaskie Serviços Média 1999-2000-2001, UE15 = 100 0 Podkarpackie România Sud-Est 2935 82,1 -2,0 21,3 20,8 23,4 38,1 26,1 35,9 : 54,7 46,3 63,4 Sud 3463 100,5 -2,3 20,6 19,5 22,6 44,3 28,0 27,7 : 57,9 51,0 65,0 Sud-Vest 2397 82,0 -1,6 21,6 20,5 23,7 51,3 23,2 25,5 : 61,3 56,4 66,2 Vest 2032 63,4 -0,4 26,4 25,3 29,0 27,9 34,7 37,4 : 57,5 50,5 64,8 62,4 Nord-Vest 2839 83,1 -1,2 21,6 21,3 23,7 34,2 32,3 33,5 : 57,8 53,2 Centru 2640 77,4 -2,0 23,5 24,0 25,8 26,1 41,1 32,8 : 55,8 50,5 61,2 Bucureºti 2269 1245,7 7,4 52,3 46,5 57,3 2,7 35,0 62,4 : 56,9 51,0 63,4 Slovenija 1992 98,3 5,1 67,8 67,1 74,4 9,2 38,7 52,1 30,5 63,4 58,6 68,2 Slovenská Republika 5403 110,2 3,9 44,7 43,9 49,0 6,2 38,5 55,4 5,7 56,8 51,4 62,4 Bratislavský 25 5 2001, UE15=100 0 Crescimento do PIB (percentagem anual) 1995-2001 5 Densidade populacional (hab./km2), 2001 1000 habitantes, 2001 25 Mercado do trabalho Pedidos de patentes OEP por milhão de hab., média 1999-2000-2001 Região * 75 Indústria 75 602 293,0 5,7 101,8 97,4 111,7 2,3 23,1 74,7 : 67,2 62,7 72,1 Západné Slovensko 1878 125,3 3,4 40,9 41,0 44,9 7,3 42,4 50,3 : 57,2 51,6 62,9 Stredné Slovensko 1360 83,7 3,2 36,9 36,1 40,5 6,5 40,7 52,8 : 55,4 50,0 60,8 Východné Slovensko 1564 99,3 3,5 34,0 33,1 37,3 6,5 39,4 54,1 : 53,2 47,4 59,2 N10: novos Estados-Membros; N12: novos Estados-Membros mais Bulgária e Roménia * regiões NUTS nível 1 (sublinhadas) e nível 2. As novas regiões introduzidas em Maio de 2003 estão assinaladas a vermelho, as regiões antigas em itálico. Foram introduzidas as seguintes alterações: na Alemanha, Brandenburgo foi dividida em duas regiões NUTS 2; na Espanha, Ceuta y Melilla também foi dividida em duas regiões; na Itália, a região NUTS 1 Nord Ovest foi redefinida para incluir a Lombardia, previamente uma região NUTS 1, a região Nord Est para incluir a Emilia-Romagna, Centro para incluir o Lácio e Sud para incluir Abruzzo-Molise e Campania, enquanto se constituiu uma nova região NUTS 1, denominada Isole, que inclui a Sardenha e a Sicília; em Portugal, a antiga região NUTS 2 Lisboa e Vale do Tejo foi dividida entre o Centro, uma nova região de Lisboa e o Alentejo; na Finlândia, quatro antigas regiões NUTS 1 na região NUTS 1 Manner-Suomi (todas excepto Itä Suomi) foram reclassificadas para formar três novas regiões NUTS 2. Crescimento do PIB: F(DOM): 1995-2000; PIB per capita: F(DOM): 2000 e média 1999-2000 Emprego por sector: F (DOM): estimativas; MT: fonte nacional Desemprego de longa duração: excl. MT Taxas de emprego: MT: fonte nacional População por faixa etária: F (DOM): 1998; MT: 1999 Fonte: Eurostat (REGIO, IFT) Gabinetes Nacionais de Estatística e cálculos DG REGIO 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 202 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:54 244 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Principais indicadores regionais 100 100 95 95 75 75 Região * Mercado de trabalho Estrutura etária Escolaridade Taxa de desemprego (%) % da população da faixa etária: (2000) Nível de escolaridade das pessoas da faixa etária 25-64 anos (% do total), 2002 25 25 5 Superior Médio Básico 65 + 15-64 < 15 Jovens, 2002 0 Mulheres, 2002 Total, 2002 Total, 1992 0 Desempregados de longa duração, 2002 (% do total de desempregados) 5 : 18,2 67,5 19,2 45,7 21,4 66,8 11,8 20,0 68,8 11,1 Podkarpackie : 16,8 58,0 17,1 37,9 20,1 66,4 13,5 23,9 62,4 13,6 Podlaskie : 21,5 39,5 23,7 45,1 19,8 69,4 10,7 19,4 67,5 13,1 Pomorskie : 20,1 62,3 23,2 42,0 17,3 71,2 11,5 15,0 74,4 10,6 Œlaskie : 18,8 53,9 19,4 48,7 18,8 67,4 13,8 20,2 67,1 12,6 Œwiêtokrzyskie : 25,9 59,2 27,7 52,2 20,7 69,0 10,4 25,9 63,2 10,9 Warmiñsko-Mazurskie : 18,2 45,3 20,2 38,0 19,8 68,9 11,3 17,9 71,5 10,6 Wielkopolskie : 26,0 52,7 26,3 54,6 18,7 70,4 10,9 20,7 68,0 11,3 : 8,4 54,0 7,7 23,2 18,5 68,3 13,2 28,9 61,2 9,8 Zachodniopomorskie România : 7,8 50,8 7,1 19,6 21,2 66,2 12,6 32,8 60,2 7,0 Nord-Est : 10,6 52,8 11,2 26,7 18,8 68,7 12,6 32,2 58,5 9,3 Sud-Est : 9,8 53,4 9,1 29,8 18,2 67,0 14,7 31,1 61,8 7,1 Sud : 6,7 55,6 6,2 22,4 18,5 67,0 14,5 27,5 64,0 8,5 Sud-Vest : 7,2 51,5 6,8 18,6 17,7 69,4 12,9 28,7 60,8 10,5 : 7,6 55,2 6,6 19,4 19,0 68,6 12,4 31,7 58,9 9,4 Nord-Vest : 8,4 53,7 7,0 22,8 18,5 69,2 12,3 26,5 65,6 7,9 Centru Vest : 8,8 61,3 7,3 26,1 14,3 72,1 13,6 16,9 60,9 22,1 : 6,3 55,6 6,8 16,5 16,1 70,0 13,9 23,0 61,8 15,3 Slovenija Bucureºti : 18,7 65,2 18,7 37,7 19,8 68,8 11,4 14,0 75,1 10,9 Slovenská Republika : 8,7 53,3 9,2 18,4 16,4 71,6 12,0 9,1 66,6 24,3 : 17,5 69,8 18,1 35,5 18,5 69,5 12,0 15,5 76,0 8,5 Západné Slovensko : 21,4 61,9 21,3 40,6 20,2 68,4 11,5 15,2 75,2 9,7 Stredné Slovensko : 22,2 65,7 21,7 44,4 22,4 67,2 10,4 13,2 77,6 9,2 Východné Slovensko Bratislavský 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 0 203 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:54 0 245 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen Principais indicadores regionais 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 0 0 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 204 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:54 246 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen 100 95 100 95 Lista de gráficos 75 75 I 1.1 25 5 0 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 1.10 1.11 1.12 1.13 1.14 1.15 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 3.1 3.2 4.1 4.2 4.3 4.4 4.5 Despesa com a política da coesão, 2000-2013 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .xxxviii Crescimento do PIB per capita em Espanha, Portugal e Grécia em relação à média UE15, 1992-2002 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 Taxa de emprego, 1998 e 2002 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9 PIB per capita (PPC) por país e extremos regionais, 2001 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 PIB per capita (PPC), 2002 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11 Variação nas taxas de emprego sectorial na UE15, 1996-2002. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 Simulação do PIB per capita (PPC) nos países da adesão, 2004-2040 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 Simulação do PIB per capita (PPC) nos países da adesão, 2004-2040 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 Previsão de declínio da população em idade activa, 2000-2025 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 População em risco de pobreza*, 2000 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .24 Consumo interno bruto de energia, 1995 e 2001 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .43 Variação do consumo interno bruto de energia por unidade do PIB, 1995-2001. . . . . . . . . . . . . 43 Composição do consumo interno bruto de energia de combustíveis, 2001 . . . . . . . . . . . . . . . . . 44 Taxa de participação na formação profissional contínua, 1999 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48 Número de linhas telefónicas fixas e taxa de penetração das redes móveis, 2001/2002 . . . . . . 56 Nível de acesso à Internet dos agregados familiares, 2002 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57 Despesa pública nos Estados-membros, 1995 e 2002 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85 Despesa pública por região no Reino Unido, média 2000-2001 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89 Despesa pública* por região na Itália, 2000 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .90 Despesa pública por região em Espanha, média 1992-1999 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91 Receitas dos impostos e contribuições sociais por nível administrativo, 2001 . . . . . . . . . . . . . . 92 Afluxo de IDE para os Estados-membros e países da adesão, média 1999-2001 . . . . . . . . . . . 98 Despesa da secção Garantia do FEOGA, 2002 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .125 Auxílios estatais nos Estados-membros, 2001 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .128 Fundos Estruturais (todos os objectivos) por país, 2000-2006. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 138 Adicionalidade – Variação na despesa nacional média por ano com os programas dos Fundos Estruturais, 1989-93 até 1994-99. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .140 Repartição da afectação dos Fundos Estruturais nas regiões Objectivo 1: todos os Estados-membros, 2000-2006 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .142 Afectação dos Fundos Estruturais e aumento do PIB por região Objectivo 1, 1995-2001 . . . . 147 Estimativas de despesas urbanas nos programas Objectivos 1 e 2, 2000-2006 . . . . . . . . . . . . 159 25 5 0 Lista de mapas 100 95 75 25 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 1.10 1.11 1.12 A1.1 A1.2 A1.3 A1.4 A1.5 A1.6 A1.7 A1.8 PIB per capita (PPC), 2001 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 Taxas de emprego, 2002. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 Índice de dependência de idosos, 2000 e 2025 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .19 Taxas de desemprego, 2002. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .21 Desemprego, 2002 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .22 Alterações demográficas, 1996-1999: componentes principais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 Diversidade territorial – grau de fragmentação das áreas naturais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35 Densidade de auto-estradas, 2001 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .39 Níveis de escolaridade, 2002 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .46 Despesa com I&D, 2000 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .52 Emprego nos sectores de alta tecnologia, 2002 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .54 Resíduos municipais em aterro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .61 Emprego por sector, 2002 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .73 PIB por pessoa empregada (EUR), 2001 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .74 Variações na população em idade activa (15-64 anos), 2000-2025 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75 Alterações na população idosa (65+), 2000-2025 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .76 Acessibilidade rodoviária potencial, 2001 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .77 Acessibilidade ferroviária potencial, 2001 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .78 Acessibilidade áerea potencial, 2001 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .79 Abandono escolar precoce, 2002 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .80 5 0 100 95 75 25 5 205 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:54 0 247 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen 100 95 75 25 5 0 100 A1.9 3.1 4.1 Lista de quadros A1.1 A1.2 A1.3 A1.4 A1.5 A1.6 A1.7 A1.8 A1.9 A1.10 A1.11 A2.1 A2.2 A2.3 A2.4 A2.5 A2.6 A2.7 A2.8 A2.9 A2.10 3.1 A4.1 A4.2 A4.3 A4.4 A4.5 A4.6 A4.7 A4.8 A4.9 A4.10 A4.11 A4.12 100 Pedidos de patentes IEP, média 1999-2001. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .81 Projectos da Rede Transeuropeia de Transporte de interesse europeu . . . . . . . . . . . . . . . . . . 122 Fundos Estruturais, 2004-2006: zonas elegíveis ao Objectivos 1 e 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 139 95 75 25 Emprego na UE15, 1996 e 2002. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .66 Alterações do PIB, emprego, produtividade e população em grupos de regiões Objectivo 1, 1994-2001 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .66 O efeito estatístico nas regiões Objectivo 1 (com base no PIB per capita em PPC, média 1999-2001) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .66 Estrutura das taxas de emprego nos países da adesão e na UE, 2002 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67 Taxas de desemprego na UE15, 1996 e 2002 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .67 População em risco de pobreza, 2000 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .68 Composição dos agregados familiares da população em risco de pobreza, 2000 . . . . . . . . . . . 69 Zonas com limitações geográficas: principais indicadores, 2001 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70 Auxílios estatais a I&D e indústria transformadora, média 1999-2001 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71 Emissões de gases com efeito de estufa, 2000 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .72 Emissões de gases com efeito estufa por grandes sectores de actividade, 2001 . . . . . . . . . . . . 72 Despesas públicas por categoria económica, 1995 e 2002 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102 Despesas públicas com pensões de velhice e subsídios de desemprego, 1995 e 2000 . . . . . 103 Despesas públicas por função, 1995 e 2001 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .104 Despesas públicas por região no Reino Unido, 2000-01 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105 Despesas públicas por região na Itália, 2000 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .106 Despesas públicas por região em Espanha, média 1992-1999 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107 Receitas fiscais e contribuições sociais por nível administrativo, 1995 e 2001 . . . . . . . . . . . . . 108 Distribuição de IDE do exterior por região em países UE seleccionados . . . . . . . . . . . . . . . . . 109 IDE do exterior para a UE15 e os países da adesão, média 1999-2001 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110 Distribuição de IDE do exterior por região NUTS 2 em novos Estados-membros seleccionados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .111 Auxílios estatais per capita nos Estados-membros, 1997-2001 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129 Afectação dos Fundos Estructurais por objectivo e país, 2000-2006. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 180 Efeito de alavanca dos Fundos Estruturais sobre a despesa pública e privada no âmbito do Objectivo 1, 1994-1999 e 2000-2006 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .181 Empréstimos BEI, 1989-2002 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .181 Objectivo 1: repartição indicativa dos Fundos Estruturais por categoria de despesa, 2000-2006 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .182 Despesas do Fundo Estrutural com os transportes no âmbito do Objectivo 1, 2000-2006 . . . . 183 Efeitos macroeconómicos ex post da política estrutural 1994-1999: resultados da simulação HERMIN . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .183 Efeito da política estrutural nas infra-estruturas físicas e no capital humano, 1994-2010: resultados da simulação HERMIN . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .184 Efeitos comerciais da intervencão Objectivo 1, 2000-2006 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 184 Não-Objectivo 1: repartição indicativa dos Fundos Estruturais por categoria de despesa, 2000-2006 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .185 Dotações dos Fundos Estruturais para o desenvolvimento rural, 2000-2006 . . . . . . . . . . . . . . 186 Dotações de autorização ao abrigo dos Fundos Estruturais nos novos Estados-membros, 2004-2006 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .186 Desdobramento indicativo das dotações de autorização ao abrigo dos Fundos Estruturais nos novos Estados-membros, 2004-2006 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .186 Principais indicadores regionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .188 5 0 100 95 95 75 75 25 25 5 5 206 TERCEIRO RELATÓRIO SOBRE A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:54 248 0 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen 100 100 95 95 75 Comissão Europeia 75 Terceiro relatório sobre a coesão económica e social — COM(2004) 107 de 18 de Fevereiro de 2004 25 25 Luxemburgo: Serviço das Publicações Oficiais das Comunidades Europeias 5 0 5 2004 — 248 p. — 21 x 29,7 cm 0 ISBN 92-894-4915-2 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 207 0 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:54 249 Color profile: Generic CMYK printer profile Composite Default screen 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 0 0 100 100 95 95 75 75 25 25 5 5 208 0 0 co_pt_2003_03.ps C:\co_pt_2003\co_pt_2003_03.vp lundi 19 avril 2004 17:10:54 250