Conferência Internacional | Início da venda de bilhetes (15/07/2010)

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Conferência Internacional | Início da venda de bilhetes (15/07/2010)
 TRIENAL DE ARQUITECTURA DE LISBOA 2010
CONFERÊNCIA INTERNACIONAL
19 E 20 DE NOVEMBRO DE 2010
AULA MAGNA, LISBOA
Curadoria: Claudia Taborda e José Capela
ARQUITECTURA: política + desejo + forma + poder + escala + inclusão = um mundo
solidário, equitativo, inclusivo
A arquitectura é uma inscrição política: a edificação é dependente da capacidade económica
de quem manda construir; as formas veiculam modelos sócio-culturais e formulam desejo; o
poder precisa de se fazer representar e reconhecer-se representado. A acção dos arquitectos
é também politicamente determinada e só o poder é capaz de sustentar experiências de
grande escala.
Qualquer referente de arquitectura democrática (ou democratizante) pode ter a sua génese em
contextos de abundância ou de escassez. A arquitectura é uma operação socializante e
consequentemente argumenta o ideário democrático: um mundo solidário, inclusivo e
equitativo.
A conferência arquitectura [in] ]out[ política surge como uma oportunidade para reflectir e
debater sobre a arquitectura como instrumento orientador de processos democráticos e
como signo temporal e espacial das suas potencialidades.
Arquitectura e política são per se argumento e processo, amplos e abertos. Esta conferência
propõe a discussão destes conceitos de forma transdisciplinar e interdependente, num
enquadramento centrado em quatro vectores: política, cidadania, ambiguidade e dispositivo.
Através destes será analisada a operatividade das práticas arquitectónicas enquanto manifesto,
lugar, factualidade e função.
PROGRAMA
2 BILHETES JÁ À VENDA: Fnac, Worten, C.C. Dolce Vita, El Corte Inglés (Lisboa e Gaia), Lojas
Viagens Abreu, Lojas Megarede e em www.ticketline.sapo.pt (Reservas: 707 234 234).
------------------------------------------PREÇÁRIO
Estudantes e Estagiários
- Primeiras 500 inscrições: 35,00€ (iva incluído)
- Restantes inscrições: 80,00€ (iva incluído)
Público em geral
- Primeiras 200 inscrições: 75,00€ (iva incluído)
- Restantes inscrições: 150,00€ (iva incluído)
------------------------------------------A inscrição garante o acesso aos 2 dias da Conferência, documentação, exposições da Trienal e coffeebreak na 6ªfeira e sábado.
A organização não se responsabiliza por eventuais mudanças de última hora nos nomes dos oradores.
3 ORADORES
Pier Vittorio Aureli Estudou Arquitectura e Urbanismo no Istituto Universitario di Architettura di Venezia
e no Berlage Institute e mais tarde doutorou-se no the Berlage Institute/Delft University of Technology. É
Director do programa de investigação Capital Cities e do programa de doutoramento "The City as a
Project" (A Cidade como um Projecto). O programa de investigação Capital Cities tem como objectivo a
redefinição da cidade como instituição política através da análise das relações entre a forma
arquitectónica, teoria política e história da cidade manifestadas em polémicos projectos urbanos de
grandes dimensões. Com Martino Tattara, foi co-fundador do gabinete DOGMA, que realiza projectos de
arquitectura e urbanismo em várias escalas. Em 2006 partilharam o primeiro prémio no concurso
internacional para a construção de uma nova cidade administrativa de 500 000 habitantes na Coreia.
Receberam ainda em 2006 o primeiro Prémio Iakov Chernikov para Jovens Arquitectos.
Pedro Bandeira Doutorado em Arquitectura pela Universidade do Minho, com a tese "Arquitectura como
Imagem". É Professor no Departamento Autónomo de Arquitectura, Universidade do Minho. Foi editor da
Revista de Cultura Urbana INSI(s)TU. A convite do Instituto das Artes e do Ministério da Cultura
representou Portugal na Bienal de Arquitectura de Veneza (2004) e na Bienal de Arquitectura de São Paulo
(2005).
José António Bandeirinha Arquitecto, formado pela Escola Superior de Belas-Artes do Porto (1983), é
professor associado do Departamento de Arquitectura da Faculdade de Ciências e Tecnologia da
Universidade de Coimbra. Nesta universidade doutorou-se em 2002 com a dissertação O Processo SAAL e a
Arquitectura no 25 de Abril de 1974. Tendo como referência central a arquitectura e a organização do
espaço, tem dedicado o seu trabalho a variados temas – a cidade, o teatro, a cultura. Bandeirinha é
investigador sénior no Centro de Estudos Sociais e coordenador do núcleo de investigação Arquitectura e
Urbanismo. É Pró-Reitor para Cultura da Universidade de Coimbra.
Jorge Carvalho Licenciou-se em arquitectura pela Faculdade de Arquitectura do Porto em 1990. De 1988
a 1990 trabalhou em Londres com David Chipperfield, sendo arquitecto coordenador de projectos em
Londres, Nantes e Quioto. Quando regressou a Portugal estabeleceu uma colaboração regular com Álvaro
Siza como arquitecto coordenador do projecto de Reconstrução da Zona Sinistrada do Chiado em Lisboa, e
de diversos edifícios desta área. Fundou no Porto, em 1991, o atelier aNC arquitectos com Teresa Novais.
4 Ricardo Carvalho Licenciou-se em Arquitectura pela Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica
de Lisboa em 1995. Em 1999 fundou o escritório Ricardo Carvalho + Joana Vilhena Arquitectos. É docente
no Departamento de Arquitectura da Universidade Autónoma de Lisboa. Crítico de Arquitectura do Jornal
Público. Entre Setembro de 2005 e Dezembro de 2008 foi co-director do JA – Jornal Arquitectos. Foi
conferencista e/ou professor convidado em diversas universidades e instituições onde se destacam a
Ordem dos Arquitectos, Faculdade de Arquitectura de Lisboa, Instituto Superior Técnico, Museu de Arte
Contemporânea de Serralves, Universidade Autónoma de Lisboa, Universidade Eduardo Mondlane em
Maputo, Moçambique, Universidade de Évora, Universidade Cottbus, Alemanha, Universidade de Coimbra,
Academia de Mendrisio na Suíça e Universidade de Trondheim, Noruega.
Andrea Cavalletti
É actualmente professor de Estética e Literatura Italiana na Universidade Iuav de
Veneza. Foi editor de várias obras e publicou ensaios nas áreas da literatura, filosofia, filosofia política e
urbanismo. Entre outras, é autor de La città biopolitica: Mitologie della sicurezza (A Cidade Bio-política:
Mitologias de Segurança), Bruno Mondadori, Milan: 2005, e Classe, Bollati Boringhieri, Turin (Março 2009).
Santiago Cirugeda Responsável do Recetas Urbanas em Sevilha. Formado em arquitectura pela Escuela
Técnica Superior de Arquitectura em Sevilha, tem vindo a realizar projectos de arquitectura, a escrever
artigos na área e a participar em diversos contextos e iniciativas de âmbito educativo e cultural.
Ocasionalmente lecciona na Escola Javeriana em Bogotá. Nos últimos anos tem vindo a desenvolver
projectos subversivos na realidade urbana. Desde a ocupação sistemática de espaços públicos através de
contentores até à construção prostética em fachadas, pátios, coberturas e vazios, a sua intervenção
negoceia entre zonas legais e ilegais, como um testemunho do controlo omnipresente a que todos estamos
sujeitos.
Monique Eleb É psicóloga e socióloga. É professora na Ecole d'Architecture Paris-Malaquais e dirige o
centro de investigação Arquitectura, Cultura, Sociedade e o programa de doutoramento em Arquitectura e
Urbanismo. A sua especialização centra-se na arquitectura da casa e entre as suas obras publicadas
encontram-se Architectures de la vie privée (Arquitecturas da vida privada), L'invention de l'habitation
moderne (A Invenção da habitação moderna), e Urbanité, sociabilité, intimité (Urbanidade, sociabilidade,
intimidade).
5 Yona Friedman Sediado em Paris, francês de origem húngara, o arquitecto, urbanista e designer Yona
Friedman é um dos mais interessantes teóricos e utopistas da arquitectura do nosso tempo. A sua obra
inclui modelos de planeamento urbano, escritos teóricos e filmes de animação. O seu trabalho já foi por
várias vezes destacado em diversas bienais de arte. Em 1958 publica o manifesto L’Architecture Mobile,
que deve ser também considerado como o documento fundador do Groupe d’Étude d’Architecture Mobile
(GEAM). Nos mesmos anos desenvolveu ainda conceitos relevantes de espaços urbanos, tais como o La Ville
Spatiale. Até aos dias de hoje estas mega-estruturas visionárias, abarcando cidades existentes, cujos
cidadãos seriam encorajados a moldar de forma flexível os seus mundos espaciais e sociais, têm sido
considerados clássicos do urbanismo vanguardista, inspirando várias gerações de arquitectos e urbanistas.
As ideias que deram origem a estes manifestos foram de facto visionárias e bastante à frente do seu
tempo; o ponto de partida de Yona Friedman para o conceito da Ville Spatiale foi a convicção de que a
tarefa da arquitectura seria apenas a de fornecer aos seus habitantes um enquadramento, uma estrutura,
sobre a qual estes fossem chamados a agir e a implementar as suas próprias ideias.
Jonathan Hill Professor de Arquitectura e Teoria Visual na Bartlett School of Architecture da UCL, onde é
Director do Programa de Mestrado e Doutoramento em Desenho de Arquitectura. É o autor de The Illegal
Architect (1998), Actions of Architecture (2003) e Immaterial Architecture (2006). Jonathan Hill é o
editor de Occupying Architecture: Between the Architect and the User (1998), Architecture – the Subject
is Matter (2001) e Research by Design (2003), e co-editor de Critical Architecture (2007) e Pattern (2007).
Thomas Hirschhorn Estudou design gráfico na Schule fur Gestaltung, em Zurique, onde obteve uma
formação centrada nos princípios da Bauhaus. Depois de terminar os seus estudos em 1984, instala-se em
Paris, cidade onde toma contacto com o colectivo “Grapus”, constituído por um grupo de designers
gráficos que fazia cartazes para o partido comunista. Hirschhorn afasta-se progressivamente do trabalho
como designer, face à pressão “comercial” desta actividade. Em 1986 realiza a sua primeira exposição
individual no Bar Floréal, em Paris. A sua obra já foi apresentada em instituições como a Tate Modern, o
Centro Georges Pompidou, o Art Institute of Chicago, o Museu de Arte Contemporânea de Barcelona, e
eventos como a Bienal de Veneza (1999) e a Documenta de Kassel (2002).
Jeffrey Inaba É mestre em Arquitectura e MA em Filosofia da Arquitectura pela Universidade de Harvard,
tendo feito o BA na Universidade de Califórnia em Berkeley. É director do C-Lab, uma “think tank” de
arquitectura, políticas e comunicações no GSAPP da Universidade de Columbia, bem como Editor de
Redacção da Volume Magazine. Com Rem Koolhaas, co-dirigiu o “Project on the City” de Harvard, um
programa de investigação que se dedica ao urbanismo contemporâneo e ao planeamento urbano a nível
global. É o fundador do atelier de arquitectura INABA, especializado em design e desenvolvimento de
conteúdos. O processo criativo deste gabinete destaca-se por envolver um singular método de análise
para, depois de definir primeiro os objectivos de um projecto, supervisionar todos os aspectos da sua
produção.
6 Jorge Mário Jáuregui É arquitecto e projectista urbano sediado no Rio de Janeiro, onde trabalha em
projectos de interesse público com entidades públicas e privadas. Como consequência da sua profissão,
tem vindo a desenvolver pensamento teórico-crítico relativamente à base de temas da arquitectura e do
urbanismo contemporâneo que tem vindo a publicar regularmente nos media da especialidade. Estudou
Arquitectura na Universidade Nacional em Rosario, onde foi docente de 1973 a 1976. Pós-graduou-se em
Arquitectura e Planeamento Urbano na Universidade Federal no Rio de Janeiro em 1991. Foi galardoado
com o Grande Prémio na Quarta Bienal Internacional de Arquitectura em São Paulo em 1991 pelo trabalho
desenvolvido no âmbito do programa Favela-Bairro, uma iniciativa de colaboração que veio a transformar
favelas depauperadas no Rio de Janeiro em bairros funcionais.
Rem Koolhaas Co-fundador, em 1975, do OMA - Office for Metropolitan Architecture, com Elia e Zoe
Zenghelis e Madelon Vriesendorp. Formou-se na Architectural Association em Londres e em 1978 publicou
Delirious New York: A Retroactive Manifesto for Manhattan. Em 1995, o livro S, M, L, XL condensava o
trabalho realizado pelo OMA ao mesmo tempo que estabelecia relações entre sociedade e arquitectura
contemporâneas. Dirige simultaneamente o trabalho do OMA e do seu departamento conceptual, o AMO,
centrado no desenvolvimento social, económico e tecnológico e em explorar temas que vão para além dos
âmbitos da arquitectura e do urbanismo. É professor na Universidade de Harvard onde coordena o “Project
on the City”.
Reinhold Martin É professor associado de Arquitectura na Graduate School of Architecture, Planning, and
Preservation na Columbia University. É o fundador e co-editor do publicação periódica Grey Room e sócio
no atelier Martin/Baxi Architects. Tem vindo a publicar sobre história e teoria da arquitectura moderna e
contemporânea. É autor de The Organizational Complex: Architecture, Media, and Corporate Space (MIT
Press, 2003), e co-autor, com Kadambari Baxi, de Entropia (Black Dog, 2001) e Multi-National City:
Architectural Itineraries. Esta última obra centra-se em três formações urbanas —Silicon Valley, no norte
da Califórnia, Nova Iorque e os seus subúrbios “internos” e Gurgaon, nas imediações de Deli— onde os
processos históricos, novas formas de urbanização e padrões de inclusão/exclusão associados à
globalização económica se encontram cristalizados em exemplos específicos de arquitectura.
Markus Miessen Arquitecto, consultor de espaço e escritor, em migração entre Berlim, Londres e o Médio
Oriente. Em 2002 instalou o Studio Miessen, uma agência colaborativa dedicada à prática espacial e à
análise cultural, e em 2007 foi sócio-fundador do gabinete de arquitectura nOffice, sediado em Berlim.
Miessen estudou Arquitectura e Urbanismo na Glasgow School of Art (BArch), graduou-se na Architectural
Association em Londres e concluiu o Mestrado em Investigação no London Consortium (MRes). Como
escritor, Miessen é colaborador, editor e consultor global, tendo contribuído com artigos em vários
jornais, revistas e selecções. Em colaborações, Miessen tem vindo a publicar uma grande quantidade de
obras, tais como Did Someone Say Participate, seleccionada pelo jornal britânico The Independent como
um dos Dez Melhores livros de arquitectura de todos os tempos. O seu trabalho tem sido vastamente
7 exposto e tem recebido uma quantidade de prémios e concursos. Miessen tem vindo ainda, um pouco por
todo o mundo, a leccionar, a dar palestras, a desenvolver curadoria e a organizar conferências em
diversas instituições. De 2004 a 2008 foi “Unit Master” na Architectural Association.
Antanas Mockus Obteve o bacharelato em Matemática em 1972 na Université de Dijon, França, e em
1988 o Mestrado em Filosofia na Universidad Nacional de Colombia. É professor e investigador na
Universidad Nacional de Colombia desde 1975. Em 1995 foi eleito presidente da câmara da cidade de
Bogotá, onde desenvolveu um projecto governativo baseado na implementação de políticas e programas
para a construção de uma cultura cívica (Cultura Ciudadana). Este projecto significava a promoção de
certas regras para a convivência cívica, através da mudança de comportamentos culturalmente aceites e
através de dinâmicas pedagógicas em vez de medidas exclusivamente coercivas ou de policiamento. Em
2000 foi eleito novamente para a Câmara de Bogotá, tendo ficado conhecido por presentear os cidadãos
com iniciativas surpresa e de carácter humorístico, que tendiam a envolver obras de beneficência e a
incluir artistas locais ou a participação do próprio presidente da câmara. A 14 de Março de 2010 foi eleito
por sondagem como candidato pelo Partido Verde Colombiano para as eleições presidenciais de 2010, que
deram a vitória, em Junho de 2010, a Juan Manuel Santos.
Joaquim Moreno Formou-se na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto e é mestre pela
Escola Técnica Superior de Arquitectura de Barcelona da Universidade Politécnica da Catalunha. É
secretário do Programa em Media e Modernidade na Escola de Arquitectura da Universidade de Princeton e
Assistente Adjunto da Escola de Arquitectura, Planeamento e Preservação da Universidade de Columbia.
Além da prática de arquitectura, correntemente suspensa pela dedicação à actividade académica, tem
trabalhado como editor e curador. arquitecto, autor de Desenho Projecto de Desenho (Ministério da
Cultura, IAC: 2002). Vive e trabalha em Nova Iorque.
Sarah Whiting Reitora da Escola de Arquitectura da Rice University. Concluiu o B.A. na Universidade de
Yale e o Mestrado em Arquitectura na Universidade de Princeton, tendo prosseguido para a obtenção do
doutoramento no MIT - Massachusetts Institute of Technology. Anteriormente, já tinha trabalhado nos
ateliers de Peter Eisenman e no OMA - Office for Metropolitan Architecture, onde foi projectista para o
master plan do Euralille, entre outros projectos. Presentemente está a concluir o projecto residencial
Golden House, em Princeton, bem como o projecto de reconfiguração do Departamento de Teatro da
Juilliard School no Lincoln Center. Whiting é também autora amplamente publicada e encontra-se a
concluir um manuscrito sobre o “superblock”.
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