FACULDADE DE PARÁ DE MINAS Curso de Administração de

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FACULDADE DE PARÁ DE MINAS Curso de Administração de
FACULDADE DE PARÁ DE MINAS
Curso de Administração de Empresas
Débora Janice Pereira de Faria
ANÁLISE NA APURAÇÃO DOS CUSTOS DE UM BUFÊ
Pará de Minas
2013
Débora Janice Pereira de Faria
ANÁLISE NA APURAÇÃO DOS CUSTOS DE UM BUFÊ
Monografia apresentada à Coordenação do
Curso de Administração de Empresa da Faculdade de Pará de Minas como requisito
parcial para obtenção do título de Bacharel
em Administração de Empresas.
Área de concentração: Custos
Orientador: Prof. Flávio Sérgio Linhares
Pará de Minas
2013
Débora Janice Pereira de Faria
Monografia apresentada à Coordenação do
Curso de Administração de Empresa da Faculdade de Pará de Minas como requisito
parcial para obtenção do título de Bacharel
em Administração de Empresas.
ANÁLISE NA APURAÇÃO DOS CUSTOS DE UM BUFÊ
Aprovada em ___/___/___
______________________________________________________
Orientador: Prof. Flávio Sérgio Linhares
_______________________________________________________
Examinador: Prof. Marcus Vinícius Barbosa de Araújo
Dedico este trabalho à minha família, especialmente, à minha mãe, à minha madrinha, às minhas sobrinhas, à Viviane,
pela colaboração, incentivo e companheirismo fundamental nessa vitória.
AGRADECIMENTOS
Certo dia li, em algum lugar, não lembro onde, que ser grato era reconhecer
que outras pessoas também participaram na produção de algo em nossa vida, o que
me fez pensar que conseguir ser grato dependia muito de conseguir também ser
humilde, de saber reconhecer que precisamos do outro em nossas vidas, nem que
seja apenas para compartilhar uma conquista, uma vitória. Que graça teria lutar,
vencer e não ter com quem comemorar? Por isso, fica muito difícil, praticamente impossível, listar aqui todas as pessoas que participaram desta minha produção ou
conquista – cada um pode interpretar como quiser. Eu prefiro chamar de “parte da
tarefa”
Agradeço à Iracema e a todos os colaboradores do Buffet Iracema, que me
receberam sempre de portas e corações abertos, permitindo-me conhecer cada vez
mais com a convivência e com a prática do dia a dia da empresa.
Sinceros agradecimentos aos meus colegas de estudo, em especial ao
Edmar, pelas piadinhas e histórias contadas, quando tudo parecia que ia ruir, e pelo
silêncio, quando meus pensamentos falavam mais alto.
Obrigada a todos os professores, em especial ao Flávio Linhares, pelos ensinamentos, paciência e dedicação.
Muito obrigada a todos!
É melhor gerenciar os custos do que aumentar o preço de venda para se obter um lucro
maior.
.
RESUMO
O mercado hoje está bastante competitivo, um dos pontos dessa competitividade é a grande variedade dos preços dos produtos que são oferecidos aos clientes. Sendo assim as empresas necessitam recorrer aos menores custos possíveis
para atender à demanda. O presente estudo monográfico apresentou a seguinte
questão: A Apuração dos custos contábeis de uma empresa de bufê ajuda na análise de definição do preço cobrado ao cliente? O objetivo deste estudo é fazer um levantamento de todo o processo contábil e de classificação de gastos da empresa, de
modo a possibilitar que seus gestores conheçam a verdadeira situação econômica
contábil de sua empresa, objeto de estudo. A questão levantada e a análise dos custos do bufê possibilitam à empresa confiabilidade em suas tomadas de decisões,
levantamentos e análises de seus custos e receitas obtidos pelos serviços prestados aos clientes. Através da análise do resultado contábil de um determinado mês,
observa-se, nesse contexto, que o lucro líquido da empresa seja ou não satisfatório.
Palavras-chave: Custos. Controle. Planejamento. Decisão.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 01- Esquema usado pela contabilidade financeira .................................................. 16
Figura 02- Estrutura da contabilidade de custos ................................................................ 17
Figura 03- Classificação geral dos gastos ........................................................................... 19
Figura 04- Modelos para classificação dos custos em função do nível de atividade ...... 22
Figura 05- Divisão dos custos em fixos e variáveis ............................................................. 28
Figura 06- Representação esquemática de um sistema de custos...................................... 29
Figura 07- Expressões para cálculo do ponto de equilíbrio ................................................. 30
Figura 08- Ponto de equilíbrio. ............................................................................................ 30
Figura 09- Empresa vista como um processo. ................................................................... 33
Figura 10- Passos da contabilidade de custos .................................................................... 34
Figura 11- Vista aérea do parque fabril. .............................................................................. 39
LISTA DE TABELAS
Tabela 01 – Etapas que compõem as compras feitas atualmente .......................
44
Tabela 02 – Insumos consumidos em processo de produção no mês de julho....
45
Tabela 03 – Mão de obra direta ............................................................................. 46
Tabela 04 – Mão de obra indireta .......................................................................... 46
Tabela 05 – Mapa de rateio dos custos indiretos .................................................. 47
Tabela 06 – Depreciação ....................................................................................... 48
Tabela 07 – Custo total de produção ..................................................................... 49
Tabela 08 – Despesas mensais ............................................................................
50
Tabela 09 – Receita do mês de junho ................................................................... 51
Tabela 10 – Apuração do resultado mensal .......................................................... 52
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 12
1.1
Considerações Iniciais .................................................................................. 12
1.2
Situação Problemática .................................................................................. 13
1.3
Objetivos ........................................................................................................ 13
1.3.1 Objetivo Geral ................................................................................................. 13
1.3.2 Objetivos Específicos .................................................................................... 13
1.4
Justificativa .................................................................................................... 13
1.5
Caracterização da Empresa .......................................................................... 14
2REFERENCIALTEÓRICO....................................................................................... 15
2.1
Gestão Estratégica de Custos ...................................................................... 15
2.2
Surgimento da Contabilidade de Custos .................................................... 15
2.2 Terminologia Aplicada em Custo ..................................................................... 18
2.2.1 Definição de Gastos ....................................................................................... 18
2.3.2 Definição de Desembolso .............................................................................. 20
2.3.3 Desperdícios ................................................................................................... 21
2.3.4 Investimento ................................................................................................... 23
2.3.5 Perdas ............................................................................................................. 23
2.4 Definição de Custo ............................................................................................ 24
2.4.1 Objetivos do estudo de custos ..................................................................... 24
2.4.2 Gestão de custos e preços ............................................................................ 24
2.4.3 Custo indireto ................................................................................................. 25
2.4.4 Rateio CIF....................................................................................................... 25
2.4.5 Custo direto .................................................................................................... 26
2.4.6 Diferença entre custos diretos e indiretos ................................................... 26
2.4.7 Custo fixo ........................................................................................................ 27
2.4.8 Custo variável ................................................................................................. 27
2.4.9 Diferença entre custos fixos e variáveis ..................................................... 28
2.4.10 Sistemas de custos ...................................................................................... 29
2.5 Ponto de Equilíbrio............................................................................................ 30
2.6 Despesas............................................................................................................ 31
2.6.1 Diferença entre custo e despesa .................................................................. 31
2.7 Subproduto ........................................................................................................ 32
2.8 Matéria - Prima................................................................................................... 32
2.9 Mão de obra direta ............................................................................................ 32
2.9.1 Mão de obra indireta ...................................................................................... 33
2.10 Métodos de Custeio ........................................................................................ 33
2.10.1 Custeio por absorção................................................................................... 34
2.10.2 Custeio direto ou variável............................................................................ 35
2.10.3 Custeio Baseado em Atividades: ABC ....................................................... 36
2.11 Produto em Processo ..................................................................................... 36
2.11.1 Produto acabado .......................................................................................... 38
2.11.2 Custo do produto vendido........................................................................... 39
2.11.3 Apuração de custos para tomada de decisão ........................................... 40
3 METODOLOGIA CIENTÍFICA ............................................................................... 41
3.1 Pesquisa Aplicada ............................................................................................. 42
3.2 Pesquisa Explicativa ......................................................................................... 42
3.3 Quanto aos Meios ............................................................................................. 42
3.3.1 Estudo de caso ............................................................................................... 42
3.3.2 Etapas da pesquisa participante ................................................................... 43
3.4 Quanto à Abordagem do Problema ................................................................. 43
3.4.1 Pesquisa Quantitativa .................................................................................... 43
3.4.2 Coleta de Dados ............................................................................................. 43
4 ANÁLISE DOS DADOS ........................................................................................ 44
4.1 Gestão de Custos ..............................................................................................44
4.2 Apuração do Custos .........................................................................................44
4.3 Insumos no Buffet Iracema ..............................................................................45
4.4 Mão de Obra Direta e Indireta ...........................................................................46
4.5 Rateios dos Custos Indiretos dos Departamentos Auxiliares para os
Departamentos Produtivos .....................................................................................47
4.6 Depreciação .......................................................................................................48
4.7 Custo Total de Produção ..................................................................................49
4.8 Despesas ............................................................................................................49
4.9 Receitas ............................................................................................................. 51
4.10 Apuração do Resultado Mensal .....................................................................51
4.11 Análise para Tomadas de Decisões ..............................................................52
4.11.1 Margem de contribuição ..............................................................................53
4.11.2 Ponto de equilíbrio .......................................................................................54
5 CONCLUSÃO ........................................................................................................56
5.1 Sugestões para a Empresa ...............................................................................56
5.2 Limitações do Trabalho ....................................................................................57
5.3 Sugestões para Trabalhos Futuros .................................................................57
REFERÊNCIAS..........................................................................................................58
12
1 INTRODUÇÃO
1.1 Considerações Iniciais
O controle de custos dentro de uma empresa é um dos fatores mais importantes para se obter lucro líquido melhor. Se ocorrer um prejuízo na empresa, logo vem
a pergunta: qual a melhor tomada de decisão para sair do prejuízo; aumentar o preço dos serviços para os clientes ou implantar um sistema contábil, verificando onde
estão seus maiores custos? Esses custos podem ser o elevado preço da matéria-prima. Vale ressaltar que existem, no mercado, tantos outros fornecedores com oferta de melhores preços.
A Gestão de Custos, dentro de uma empresa, é uma importante ferramenta
com a qual se busca o entendimento dos fatores que possam permitir melhores tomadas de decisões. A adequada apuração, a análise, o controle e o gerenciamento
dos custos de produção dos bens e serviços são preocupações empresariais constantes. Essa preocupação é justamente devida à busca contínua da qualidade. A
melhor explicação para isto reside no fato de que o processo de registro e gestão de
custos encontra-se na interseção da contabilidade gerencial, voltada para o fornecimento de informações relevantes ao processo de tomada de decisões.
Desta forma, toda empresa, seja de pequeno, médio ou grande porte, necessita de um sistema contábil eficiente. Assim, ao se apurar, com segurança, os dados de todos os custos da empresa, por meio de planilhas informatizadas e/ou apontamentos manuais, esses dados tornam-se confiáveis e úteis aos gestores aos
quais destinam o controle da tomada de decisão. Com isso, determina- -se o nível
de operações a que a empresa precisa chegar e conservar, para suprir todos os
seus custos e almejar o lucro líquido programado.
Nesta pesquisa, avaliaram-se e analisaram-se os custos, o volume e os lucros relacionados aos eventos realizados por uma empresa, que atua no ramo de
bufê, no período de um mês, partindo do princípio de que os custos, volumes e lucros devem ser aqueles efetivamente ocorridos e registrados semanalmente. Esse
sistema de apuração permite à proprietária tomar as melhores decisões para definir
o melhor preço de seus serviços aos clientes.
13
1.2 Situação Problemática
A apuração dos custos contábeis de um bufê possibilita a análise de definição
do preço cobrado ao cliente?
1.3 Objetivos
1.3.1 Objetivo Geral
Mensurar os custos contábeis dos produtos e serviços em uma empresa de
bufê, para, assim, se ter uma análise da atual margem de lucro líquido.
1.3.2 Objetivos Específicos
•
Estruturar normas e procedimentos na realização de aquisição de insumos
para realização de eventos.
•
Apurar o custo contábil atual da empresa.
•
Apurar o resultado líquido mensal.
•
Analisar a entrada e saída de mercadorias.
•
Analisar a margem de contribuição e o ponto de equilíbrio.
1.4 Justificativa
Esta pesquisa indica fatores que se tornam um diferencial na empresa em
questão, visando mensurar o custo, o volume e o lucro, assim, consequentemente,
obter melhores resultados. Verificando e analisando alguns pontos negativos na
empresa pesquisada, constata-se que ela necessita de um controle imediato para a
movimentação de produtos e serviços, como entrada e saída de mercadorias, para
que tenha um planejamento e possa apurar o lucro contábil dos eventos.
14
1.5 Caracterização da Empresa
A empresa, objeto deste estudo, é uma microempresa prestadora de serviço,
conhecida como Buffet Iracema que iniciou suas atividades em março de 1983, em
Pará de Minas, por meio de um restaurante denominado “Escanteio”. Todavia, devido à alta demanda e qualidade dos produtos, após dez anos, desvinculou-se do restaurante e tornou-se um bufê. Atualmente, a empresa conta com 13 (treze) funcionários registrados e aproximadamente 70 (setenta) terceirizados. Situada na cidade
de Pará de Minas, no centro-oeste mineiro, atende a toda a região, realizando recepções para casamentos, aniversários, bodas e eventos sociais (coffee break, coquetéis, almoços, jantares, salgados, frios, bolos, doces). A empresa conta com uma
administração independente.
15
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Gestão Estratégica de Custos
Segundo George Leone e Rodrigo Leone (2012), a Gestão Estratégica de
Custos é uma atividade de nome tão atraente que faz parte da gestão de custos. Em
primeiro lugar a contabilidade de custos prepara informações de custos para os diversos níveis gerenciais, na empresa são chamados de departamentos. A gestão
de custos usa as informações provenientes da contabilidade, tanto para atender a
uma gestão estratégica, normalmente de uma operação de longo prazo, ou para atender a uma necessidade operacional de curto prazo.
A Gestão Estratégica de Custos é a que, para a realização das atividades do
dia a dia, na busca das metas fixadas, a empresa efetua uma série de gastos que
são devidamente analisados, classificados, codificados e registrados pela controladoria, nos setores de Contabilidade Geral e de Custos. Devido à regra, a primeira
providência da Contabilidade é efetuar a separação dos gastos em três grandes
grupos: investimentos, custos e despesas.
A expressão “Gestão Estratégica de Custos”, para Martins (2010), é a que
designa a integração que deve haver entre o processo de gestão de custos e o processo de gestão da empresa como um todo. Entende-se que essa integração é necessária para que a empresa possa sobreviver num ambiente de negócios crescentemente globalizado e competitivo. Para sobreviver nesses mercados cada vez mais
competitivos, a empresa precisa perseguir e alcançar altos níveis de qualidade, eficiência e produtividade, eliminando desperdícios e reduzindo custos. Assim, é necessário que os gestores recebam informações necessárias para um apoio eficaz ao
processo decisório.
2.2 Surgimento da Contabilidade de Custos
Segundo Bornia (2010), a contabilidade de custos surgiu na época da Revolução Industrial, com o aparecimento das empresas industriais com o objetivo de
determinar os custos dos produtos fabricados. Antes disso, os custos normalmente
16
eram produzidos por artesãos que, via de regra não constituíam pessoas jurídicas,
utilizavam a contabilidade financeira basicamente para a avaliação do patrimônio e
apuração do resultado do período. O resultado era obtido subtraindo-se o custo dos
produtos ( mercadorias ) vendidos da receita obtida pela empresa. Desse lucro (bruto), ainda eram deduzidas as despesas incorridas para o funcionamento da empresa. Assim:
Figura 1 – Esquema usado pela contabilidade financeira
Fonte: Bornia, 2010, p.11.
Ainda para Bornia (2010), o custo dos produtos vendidos não era conhecido,
mesmo com o aparecimento da empresa industrial, pois os produtos não eram mais
comprados prontos, mas fabricados pela empresa a partir de vários insumos. Nessa
situação, em que vários itens são consumidos para a confecção dos produtos, o cálculo dos custos dos produtos fabricados (e vendidos) não é tão simples. Portanto,
após a Revolução Industrial, quando o setor industrial começou efetivamente a se
desenvolver, essa dificuldade na determinação dos custos culminou com o aparecimento da contabilidade de custos, voltada inicialmente para a avaliação dos inventários. Assim, o valor dos insumos consumidos para a produção dos itens vendidos
equivalia ao custo dos produtos vendidos.
Conforme Martins (2010), a contabilidade de custos nasceu da contabilidade
financeira, pois havia a necessidade de avaliar estoques nas indústrias na era do
mercantilismo. Assim, conseguia-se atender esta primeira fase, porém não se conseguia atender completamente a outras duas mais recentes e mais importantes tarefas: controle e decisão. Devido a esses novos campos, deu-se uma nova visão a
17
essa área. Apesar
pesar de já terem
ter
sido criados métodos e técnicas específicas para tal
missão, ainda não se conseguia
consegui mostrar para seus profissionais
onais e usuários que há
três pontos diferentes que precisam ser trabalhados
trabalhad s diferentemente.
Figura 2 – Estrutura da contabilidade de custos
Fonte: Crepaldi,S.A,, 2010, p.230.
18
2.3 Terminologia Aplicada em Custo
Conforme Júnior, Oliveira e Costa (2012), a área de custos possui conjuntos
de termos próprios que, entretanto, muitas vezes são utilizados de forma enganosa.
Assim sendo, é bastante importante a definição dos termos utilizados com maior frequência, de modo a evitar qualquer erro na interpretação dos conceitos apresentados.
Segundo Martins (2010), desde que duas ou mais pessoas comunicam-se, é
necessário que passem a dar aos objetos, conceitos e ideias o mesmo nome, para
que se possa aumentar o nível de entendimento. No meio desse emaranhado todo
de nomes e ideias, o iniciante se vê perdido, e, às vezes, o experiente, embaraçado.
Por isso, sem que se tenha nenhuma pretensão de resolver o impasse ou de
conseguir generalizar a terminologia de custos, foi observada a nomenclatura e a
conceituação a seguir explanadas.
2.3.1 Definição de gastos
Segundo Martins (2010), gasto é o valor dos insumos adquiridos pela empresa, independentemente de terem sido utilizados ou não. Por exemplo, se for efetuada uma compra de mercadorias com 90 (noventa) dias de prazo para o pagamento,
o gasto ocorrerá imediatamente, mas o desembolso só ocorrerá três meses depois.
Gasto é o valor arcado pela entidade para obter um produto ou serviço, representado pela entrega ou promessa de entrega de algum ativo (dinheiro, bens). Os
gastos ocorrem a todo o momento e em qualquer setor da empresa. Ou seja, os
gastos são os bens e serviços obtidos por meio do desembolso imediato ou futuro,
como, gastos com matéria-prima consumida no processo produtivo; gastos com mão
de obra, tanto na produção como na distribuição; gastos com honorários da diretoria;
gastos com mercadorias; gastos na compra de um imobilizado; gastos com material
de expediente consumida no processo administrativo; gastos com serviços de frete
consumidos no processo de venda; gastos com energia elétrica consumida na área
industrial.
19
Figura 3 - A classificação geral dos gastos
Fonte: Junior, Oliveira e Costa ( 2012, p.19.)
Conforme Martins (2010), gasto é a compra de um produto ou serviço qualqua
quer, que gera imolação financeira
financeir para a entidade, imolação essa representada por
entrega ou promessa de entrega de ativos. Enfim,
Enfim só existe gasto no ato da passapass
gem para a propriedade da empresa do bem ou serviço, no momento em que existe
o reconhecimento
to contábil da dívida assumida ou da redução do ativo dado em pap
gamento.
20
Conforme Junior, Oliveira e Costa (2012, p. 8), “dependendo da aplicação, o
gasto poderá ser classificado em custos, despesas, perdas ou desperdícios”.
Para Junior, Oliveira e Costa (2012), a separação contábil dos gastos é importante devido à sistemática contábil para o reconhecimento dos resultados de um determinado período. A apuração dos resultados – lucro ou prejuízo – é de bastante
importância na vida de uma empresa e, principalmente, para seus proprietários, diretores, demais executivos, funcionários, fornecedores, auditores e, também, para os
fiscais do Imposto de Renda e de outros tributos.
É a partir da apuração pela contabilidade do resultado – lucro ou prejuízo - de
determinado período que são calculados, como: participação da diretoria e dos demais executivos nos resultados da empresa; remuneração dos acionistas, em forma
de dividendos; Imposto de Renda e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido; índices de lucratividade para fins de análise das demonstrações contábeis, visando à
participação da empresa em processos de concorrência ou captação de recursos na
rede dos bancos. Portanto, o resultado contábil de determinado exercício precisa ser
corretamente calculado, sob pena de sofrer autuação por parte dos fiscais do Imposto de Renda ou questionamento dos principais executivos, demais acionistas, diretores etc.
Nesse sentido, é importante ter em mente que os gastos classificados como
despesas são contabilizados imediatamente nos resultados. Enquanto que os gastos
classificados como custos de produção são contabilizados, em um primeiro momento, nos estoques de produtos acabados, sendo posteriormente transferidos para os
resultados, por ocasião da venda do produto fabricado. Em resumo, enquanto o produto não for vendido, todos os gastos incorridos na sua produção permanecem registrados na contabilidade como um item do ativo circulante da empresa, no seu balanço patrimonial.
2.3.2 Definição de desembolso
Segundo Martins (2010, p. 25), “desembolso é o pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço. Pode ocorrer antes, durante ou após a entrada da utilidade comprada, portanto defasada ou não do momento do gasto”.
Desembolso é o ato do pagamento, que pode ocorrer em momento diferente
do gasto. Ocorre devido ao pagamento de uma compra à vista ou de uma compra
21
realizada anteriormente, mas com a obrigação de pagamento assumida, tais como,
pagamentos de despesas provisionadas no período anterior; compra de matéria-prima à vista; pagamentos de salário aos funcionários e pagamento de empréstimo
bancário.
2.3.3 Desperdícios
Conforme Bornia (2010), desperdícios é algo que não adiciona valor ao produto sob a ótica do consumidor. São gastos que podem ser eliminados sem prejuízo
da qualidade e quantidade da produção de bens, serviços ou receitas.
Segundo Junior, Oliveira e Costa (2012), desperdícios na empresa são gastos
incorridos nos processos produtivos e que possam ser eliminados sem prejuízo da
quantidade ou qualidade dos bens, serviços. No mundo globalizado, o desperdício
está sendo classificado como custo ou despesa e se forem identificados e eliminados são fatores do sucesso ou fracasso da festa. Assim, como se verá mais adiante,
é bastante importante a identificação do desperdício, pois é um dos fatores principais nos benefícios do custeio baseado em atividades, exemplos: retrabalho decorrente de defeitos de fabricação; estocagem e movimentação desnecessária de materiais e produtos; relatórios financeiros, administrativos e contábeis sem qualquer utilidade; cargos intermediários de chefia e supervisão desnecessários.
•
Custo de aquisição ou de produção: é o valor do primeiro pagamento pela
aquisição ou produção de bens e serviços.
•
Custo de aquisição de materiais: são valores incluídos ao valor pago ao
fornecedor, subtraído dos impostos readquiridos e acrescidos dos valores em
que a empresa ficar sujeita para colocar esses materiais em condições de uso
(frete, seguro, armazenagem etc.).
•
Custo de produção: são os custos incluídos para aquisição dos materiais,
acrescentando os demais gastos que ficam sujeitos em condições de uso
(armazenagem, frete, seguro etc.).
•
Custo dos Produtos Vendidos (CPV): é o valor dos gastos que ocorrem no
processo de produção dos bens que foram sacrificados para que a empresa
gerasse receita de vendas de produtos.
22
•
Custo das Mercadorias Vendidas (CMV): é o valor dos gastos que ocorrem
no processo de produção dos bens que foram sacrificados para que a empresa gerasse receita de vendas de mercadorias.
•
Custo dos Serviços Prestados (CSP): é o valor dos gastos que ocorrem no
processo de prestação dos serviços, para que a empresa gere a receita de
prestação de serviços.
•
Preço: é o valor dado na saída pela venda de serviços prestados ou bens
produzidos.
•
Receita: são os produtos utilizados para multiplicação da quantidade de serviços prestados ou bens vendidos pelo respectivo preço unitário.
•
Mercadorias: são produtos adquiridos pela empresa, para serem revendidos.
•
Produtos: são bens produzidos para serem vendidos. Exemplo: a empresa
fabrica produtos avaliados pelo custo de produção, vende-os pelo preço de
venda e apropria o custo dos produtos vendidos (CPV).
•
Insumos: são bens adquiridos para consumo da empresa no processo de
produção de novos bens, como embalagens, matéria-prima, material auxiliar.
•
Centro de custos: é a menor acumulação de custos possíveis, sendo representada por máquinas, homens e equipamentos de características semelhantes para que desenvolvam atividades homogêneas ligadas diretamente ao o
processo produtivo.
•
Centros de despesas: é a menor acumulação de despesas possíveis, sendo
representada por máquinas, homens e equipamentos de características semelhantes para que desenvolvam atividades homogêneas relacionadas com
as atividades comerciais, financeiras e administrativas. Exemplos: cobrança,
contabilidade, faturamento, tesouraria etc.
Figura 4 – Modelo para classificação dos custos em função do nível de atividades
23
Fonte: Bornia, 2010, p. 20.
2.3.4 Investimento
Existem dois tipos de investimentos: temporário e permanente. O primeiro refere-se a aplicações por tempo limitado, em que são classificados no ativo circulante
ou realizável em longo prazo, dependendo do prazo da realização. Os investimentos
de segundo grupo têm características permanentes, como se observa são participações em outras sociedades e outras aplicações, que não se destinam à manutenção
da atividade operacional da empresa. É um subgrupo do ativo não circulante.
Segundo Bornia (2010), a empresa centra atenção em sua lucratividade futura, sendo assim depende de dois fatores, primeiro manter e ampliar sua estrutura de
ativos e segundo gerar e aplicar uma estratégia de sucesso para essa estrutura. As
informações dos investimentos devem ser recolhidas e analisadas, pois, neste fator,
uma questão de descobrir qual dentre as alternativas que se apresentam é a melhor
decisão de investimento de capital. As decisões de investimentos de capital dizem
respeito aos seguintes assuntos: ampliação de leque de atividades da empresa, que
envolva saídas de capital, como um novo produto; investimentos em outros fundos,
dos quais as receitas serão derivadas. Exemplo: ações; poupança; cdc; aquisição de
ativos de longa duração, como imóveis ou maquinários; um projeto especial, que
afeta a capacidade futura de ganho da empresa, com projetos de pesquisa ou uma
campanha promocional.
2.3.5 Perdas
24
Conforme Bornia (2010), a perda, normalmente, é vista na literatura contábil
como o valor dos insumos consumidos de forma anormal. As perdas são separadas
dos custos, não sendo incorporadas nos estoques. Se, por um motivo qualquer,
houver um consumo anormal de matéria-prima, isso é caracterizado como perda.
Segundo Junior, Oliveira e Costa (2012), perdas são gastos anormais, que
não geram um novo produto ou serviço e nem receitas. Esses gastos ocorrem de
fatos não esperados e são apropriados diretamente no resultado do período em que
ocorrem, como: problemas com equipamentos, inundações, greves enchentes, sinistros etc.; gastos incorridos em períodos de paralisação de produção devidos à falta
de insumos; material com prazo de validade vencido; vazamento de materiais líquidos ou gasosos.
2.4 Definição de Custo
Conforme Junior, Oliveira e Costa (2012), os custos são também gastos relativos a bens ou serviços incorridos no processo produtivo, pois não existem despesas de produção, como matéria-prima consumida; materiais auxiliares; serviços de
apoio à produção – manutenção, almoxarifado, engenharia do produto; refeitório;
ambulatório médico.
O custo está inserido na vida de todo ser humano, desde seu nascimento até
sua morte, uma vez que o custo é o valor aceito pelo comprador para adquirir um
bem ou é a soma de todos os valores agregados aos bens desde sua aquisição, até
que ele atinja o ponto de venda.
2.4.1 Objetivos do estudo de custos
Conforme Crepaldi (2010), um bom sistema de custos deve-se compor em
prioridade de qualquer administração, ter ferramentas que o auxiliem nos controles e
nas tomadas de decisões. Um eficiente e eficaz sistema de custos possibilita à empresa ter dados para o estabelecimento de padrões, orçamentos e outras formas de
previsão, estabelecer preços de vendas compatíveis com o mercado em que atua,
reduzir custos, determinar o Ponto de Equilíbrio e avaliar o desempenho.
2.4.2 Gestão de custos e preços
25
Segundo Bornia (2010), verificando o setor produtivo da empresa como um
processo observou que, nesse processo, entram insumos, quantificados pelos custos e saem produtos. Assim sendo o custo unitário dos produtos é calculado dividindo-se os custos totais pela produção do período, como esquematizado abaixo:
Custo unitário = custo total
Produção
Se caso ocorrer algum problema no processo produtivo, haverá aumento nos
custos totais e/ ou redução na produção, em ambos os casos, o custo unitário do
produto vai aumentar. Portanto, o auxílio no controle é muito importante para o sistema de custos.
2.4.3 Custo Indireto
De acordo com Crepaldi (2010), os custos indiretos são todos os custos que
não estão ligados diretamente aos produtos. Só podem ser apropriados, por sua
própria definição, de forma indireta aos produtos, isto é, mediante estimativas, critérios de rateio etc.
Para Junior, Oliveira e Costa (2012), os custos indiretos são os custos que
não se comprovam como perfeitamente apropriados nos produtos ou serviços, sendo assim não podem ser apropriadas de forma direta para as unidades específicas,
ordens de serviço ou produto, serviços executados etc.
Segundo Leone (2012), custos indiretos, são todos os outros custos que dependem do emprego de recursos, de taxas de rateio, de parâmetros para o débito às
obras.
2.4.4 Rateio CIF
Conforme Crepaldi (2010), rateio é um artifício empregado para distribuição
dos custos, ou seja, é o fator pelo qual vamos dividir os CIFs. Para serem incorporados aos produtos, obedecem a uma mecânica de apropriação de um processo de
rateio.
26
Podem-se destacar como exemplos de bases utilizadas as seguintes: unidades produzidas, horas de MOD, horas de uso das máquinas, valor (custo) da MOD,
matéria-prima consumida, horas diretas de serviços prestados, QWH – hora (energia elétrica) ou HP, M3 de ar comprimido e o número de funcionários.
Segundo Junior, Oliveira e Costa (2012), a soma dos Custos Indiretos é chamada de Custos de Fabricação (CIF), e a escolha da base para rateio é feita em
função do recurso mais utilizado na produção.
Para Leone (2012), os custos rateados são sempre custos indiretos, pois o rateio é realizado mediante o emprego de critérios e taxas que resultam na divisão
proporcional de um montante global e comum.
2.4.5 Custo direto
Para Crepaldi (2010) custos diretos são custos que se podem adaptar diretamente aos produtos, e variam com a quantidade que for produzida, pois sem ele o
produto não existiria. Sua adaptação pode ser direta, bastando que exista uma
medida de consumo, como kg, horas máquinas, horas-homens trabalhadas etc. Exemplo: Material Direto (MD) e Mão de obra Direta (MOD).
Segundo Junior, Oliveira e Costa (2012), os custos diretos, de forma geral,
são facilmente identificados com os produtos, pois estão diretamente ligados. Exemplos:
•
Mão de obra direta: é o trabalho aplicado na realização dos produtos.
•
Materiais diretos: matérias-primas, materiais de embalagem, componentes e
outros necessários à produção.
Conforme Leone (2012), os custos diretos são todos os custos que se
conseguem identificar com as obras, do modo econômico e lógico.
2.4.6 Diferença entre custos diretos e indiretos
Conforme Leone (2012) a classificação dos custos da empresa, dos produtos,
das operações, enfim, do produto que está sendo examinado e analisado, em diretos e indiretos destina-se a fornecer informações para a determinação do montante.
Todo o item de custo que é identificado naturalmente ao objeto do custeio é denominado de custo direto. Do outro lado, todo item de custo que necessita de um parâ-
27
metro para ser identificado e debitado ao produto ou objeto do custeio é considerado
um custo indireto.
2.4.7 Custo fixo
De acordo com Junior, Oliveira e Costa (2012), os custos fixos são todos os
que permanecem constantes dentro da empresa. Caso haja alteração no volume de
produção para mais ou para menos, não vai alterar o valor total do custo. Exemplo: o
Aluguel, seguro de fábrica etc.
Para Crepaldi (2010), um aspecto importante a destacar é que os custos são
fixos dentro de determinada faixa de produção e, em geral, não são sempre fixos,
podendo variar em função de grandes oscilações no volume de produção. Sendo
assim, quanto mais produzir, menor será o custo por unidade. Exemplo:
R$ 400,00 imputados a 80 unidades = R$ 5,00/u.
R$ 400,00 imputados a 100 unidades = R$ 4,00/u.
Conforme Junior, Oliveira e Costa (2012), os custos fixos têm as seguintes
principais características: o valor total permanece constante dentro de determinada
faixa da produção; a variação dos valores totais pode ocorrer em função de desvalorização da moeda ou por aumento ou redução significativa no volume de produção; o
valor por unidade produzida varia à medida que ocorre variação no volume de produção. Por tratar de um valor fixo diluído por uma quantidade maior, sua alocação
para os departamentos ou centros de custos necessita, na maioria das vezes, de
critérios de rateios determinados pela administração.
2.4.8 Custo variável
Conforme Leone (2012), os custos variáveis somente aparecem quando a atividade ou a produção é realizada. Sendo assim, eles são evitáveis porque se pode
comandar o volume da atividade ou da produção.
Segundo Crepaldi (2010), o custo variável é também conhecido como custo
direto, pois são proporcionais ao volume da produção, isto é, oscilam na razão direta
dos aumentos ou reduções das quantidades produzidas. Assim, teríamos:
R$100.000,00 para produzir 100 unidades, ou R$200.000,00 para produzir 200 unidades.
28
Quando acerta os custos por unidade de produto, o valor desses custos
reaparece estável ou fixo, pois redundam no mesmo custo unitário de R$1.000,00.
Para Junior, Oliveira e Costa (2012), os custos variáveis são os que mantêm
relação direta com a produção ou serviços. Sendo assim, o valor total dos custos
variáveis aumenta conforme o volume de atividades da empresa aumenta. Esse total
de custos
variáveis aumenta conforme o volume da produção aumenta.
Ainda para Junior, Oliveira e Costa (2012), os custos variáveis têm as seguintes características: seu valor total varia conforme o volume de produção; o valor é
constante por unidade, livre de qualquer dependência da quantidade produzida; a
alocação aos produtos é feita de forma direta, sem necessidade de critérios de
rateios.
Figura 5 - Divisão dos custos em fixos e variáveis
Fonte: Bornia, 2010, p.19.
2.4.9 Diferença entre custos fixos e variáveis
Segundo Crepaldi (2010), a expressão custos fixos designa os custos que,
em valor absoluto, são estáveis, isto é, não sofrem oscilações proporcionais ao volume da produção, dentro de certos limites. Enquanto os custos variáveis, que são
29
proporcionais ao volume da produção, variam conforme a produção aumenta ou
reduz.
Conforme Leone (2012), a análise da variabilidade dos custos escolhidos, bases de volume, pontos de referência, medidas físicas, unidades quantitativas, apresenta alguns comportamentos que podem ser definidos em termos matemáticos,
constituindo relação de controle e tomada de decisões. Nota-se que importante é
aquela que afirma que todo custo, dentro da empresa, instituição, atividade ou processo, observa um comportamento definido diante de uma base de volume (parâmetro). O caso do material direto já possui comportamento bastante bem definido em
relação às unidades produzidas. O material direto é um custo variável, devido à relação ao parâmetro “unidades produzidas”, tomado como referência.
2.4.10 Sistemas de Custos
Segundo Bornia (2010), a empresa tem a necessidade de ter informações
corretas para os objetivos do sistema, pois as informações que podem ser relevantes para uma decisão podem não ser válidas para outra. A análise do sistema, sob
este enfoque, é a denominação princípio de custeio.
Figura 6 – Representação esquemática de um sistema de custos
Fonte: Leone, 2012, p. 32.
Conforme Leone (2012), quando um contador pretende definir custos-padrão,
ele está visando atender às finalidades de controle da empresa. É correto que o sistema de custos-padrão produz, também, informações para as funções de planeja-
30
mento e de decisão, mas apenas por solicitação de ordem didática é que se diz que
os custos padronizados servem para auxiliar os gerentes a controlar as operações.
2.5 Ponto de Equilíbrio
Pontos de equilíbrio contábil são levados em conta os custos fixos contábeis
da empresa, dessa forma, ponto de equilíbrio é o valor ou a quantidade que a empresa necessita vender para cobrir o custo das mercadorias comercializadas, as
despesas variáveis e as despesas fixas. No ponto de equilíbrio, a empresa não terá
lucro nem prejuízo.
Figura 7 – Expressões para cálculo do ponto de equilíbrio
Fonte: Bornia, 2010, p.58.
Q ₒ= ponto de equilíbrio em unidades físicas
Rₒ = ponto de equilíbrio em unidades monetárias
CF = custos fixos
mc = margem de contribuição
p = preço de venda
Segundo Bornia (2010), o ponto de equilíbrio é representado graficamente
como abaixo: é feita inserindo a receita (p x Q) e os custos totais (cv x Q + CF) num
plano cartesiano, onde a abscissa representa a quantidade vendida.
Figura 8 - Ponto de equilíbrio.
31
Fonte: Bornia,, 2010, p.59.
2.6 Despesas
Para Bornia (2010), despesa é o valor dos insumos consumidos para o funfu
cionamento da empresa e não identificados com a fabricação, sendo assim estão
est
relacionados em Administração Comercial e Financeira.
De acordo com Junior, Oliveira e Costa (2012),, a empresa tem despesas para
gerar receitas e não para produzir seus bens e serviços e também na manutenção
dos negócios da empresa.
2.6.1 Diferença entre custo e despesa
Segundo Bornia (2010), a diferenciação
nciação entre custos e despesas é especialespecia
mente importante na empresa, pois os custos são assimilados aos produtos ( estoest
ques ), ao passo que as despesas são lançadas
lançad s diretamente na Demonstração do
Resultado do Exercício.
32
2.7 Subprodutos
Segundo Crepaldi (2010), os subprodutos surgem durante a produção normal,
mas eles não são produtos normais. Porém sua participação é baixa no faturamento
total da empresa. Exemplo: sobras de Matéria-prima. As características principais
dos subprodutos são: valor de venda; vendas normais e a baixa relevância dentro do
faturamento total.
Conforme Leone (2012), os subprodutos é um produto secundário, obtido no
curso da fabricação, assim tendo um valor relativo pequeno comparado aos produtos
normais.
2.8 Matéria-Prima
Para Junior, Oliveira e Costa (2012), matéria-prima é um dos primeiros custos conhecidos de produção. Quase sempre são custos diretos, ou seja, facilmente
identificáveis para cada produto ou para cada departamento produtivo.
Conforme Crepaldi (2010), as matérias-primas, que são custos diretos no
processo de fabricação será apropriado aos produtos pelo seu custo de aquisição.
Quando a empresa adquire um material direto, a ser usado na fabricação de produtos, se os impostos (IPI e ICMS) são recuperáveis, na escrita fiscal, eles são deduzidos do valor total da nota fiscal de compra. Se não são recuperáveis, passam a fazer
parte do custo do material.
Segundo Bornia (2010), os custos de matéria-prima (MP) estão diretamente
ligados ao produto que podem ser separados em unidades físicas específicas.
2.9 Mão de obra direta
Segundo Crepaldi (2010), mão de obra direta é aquela empregada diretamente na produção. Integram ao custo: os salários e encargos sociais.
Conforme Junior, Oliveira e Costa (2012), a mão de obra direta é o trabalho
que está ligado diretamente na fabricação dos produtos, ou na prestação de serviços. Exemplificando na empresa, objeto de estudo, mão de obra direta é composta
dos gastos incorridos com salários e encargos de funcionários que atuam diretamen-
33
te no processo produtivo e são responsáveis por fazer as massas, montagem, e acabamento dos salgados.
Conforme Bornia (2010), os custos de mão de obra direta são todos os ligados diretamente com a produção do produto, sendo assim, representam o salário
dos operários diretamente envolvidos. Os funcionários que não trabalham diretamente com a fabricação conciliam a mão de obra indireta.
2.8.1 Mão de obra indireta
Segundo Crepaldi (2010), a mão de obra indireta na admissão, o funcionário é
registrado no departamento em que irá desenvolver suas atividades; dessa forma, os
desembolsos com a folha de pagamento já vêm contabilizados por departamento.
Conforme Junior, Oliveira e Costa (2012), a mão de obra indireta é representada pelo trabalho realizado nos departamentos auxiliares da empresa ou
prestadoras de serviços e que não são mensuráveis em nenhum produto, como
gastos com pessoal responsável pela manutenção dos equipamentos, pelo planejamento e controle da produção, pela supervisão da produção dos diversos produtos
etc.
Segundo Crepaldi (2010), quando se consegue medir o tempo de produção
de cada produto por meio de controles, então a mão de obra é direta, se não se
consegue e se tem de utilizar de qualquer critério de rateio para apropriar a mão de
obra aos produtos, então ela é Mão de obra Indireta.
2.10 Métodos de Custeio
Segundo Bornia (2010), outro meio de necessidade da empresa é o método
de custeio, pois é um processo também de objetivos do sistema que diz respeito à
sua parte operacional, analisando o funcionamento da empresa, a qual pode ser vista como um processo que transforma insumos em produtos.
Figura 9 - Empresa vista como um processo.
Insumos
Produtos
Processo
Produtivo
34
(Custos)
Fonte: Bornia, 2010, p.31.
“Existem dois métodos básicos de custeio: Custeio por Absorção e Custeio
Variável ou Direto, e eles podem ser usados com qualquer Sistema de Acumulação
de Custos”. (CREPALDI, 2010, p. 228),
Custeio ou custear são métodos de apuração de custos, são maneiras as
quais efetuam a ação ou efeito de acumular a apuração dos custos. Método de custeio é o método usado para a apropriação de custos.
2.10.1 Custeio por absorção
“Custeio por absorção é o método derivado da aplicação dos princípios fundamentais de contabilidade e é, no Brasil, adotado pele legislação comercial e pela
legislação fiscal”. (CREPALDI,2010, p. 229)
Custeio por absorção são todos os custos de produção que são apropriados
aos produtos do período. Os gastos que não pertencem ao processo produtivo, como as despesas que são excluídas.
Figura 10 – Passos da contabilidade de custos:
35
Fonte: Crepaldi, 2010, p. 230
2.10.2 Custeio direto ou variável
“Custeio direto é um tipo de custeamento que considera como custo de produção de um período apenas os custos variáveis incorridos, desprezando os custos
fixos”. (CREPALDI,2010,p.232)
A expressão custos variáveis representam todos os custos que são proporcionais ao volume da produção, isto é, eles variam conforme a razão direta dos aumentos ou reduções das quantidades produzidas. Esse tipo de custeio direto não é
aceito pelos princípios fundamentais de contabilidade, e também não é aceito pelas
36
autoridades fiscais, sua utilização é limitada à contabilidade para efeitos internos da
empresa.
2.10.3 Custeio Baseado em Atividades: ABC
“O surgimento do custo ABC está ligado à administração científica que usou
para seu desenvolvimento o estudo dos tempos e movimentos que eram observados
diretamente
das
atividades
desempenhadas
pelos
operários
da
época”.
(CREPALDI,2010,p.231)
Conforme Bornia (2010), no início da década de 80 com tanta globalização,
as empresas não estavam sobrevivendo apenas com o método (cálculo dos custos),
elas necessitavam também de princípio (quais informações são obtidas e para que
são utilizadas), foi nesta época que surgiu a implantação ABC, com o objetivo de
melhoria dos processos e redução de desperdícios.
Para Junior, Oliveira e Costa (2012), nesta década do custeio ABC, as empresas foram forçadas a adaptar um novo ambiente de produção. Pois, com a necessidade de modernização para enfrentar a concorrência, ocorreram grandes investimentos na automação e informatização dos processos produtivos. Assim, a participação da mão de obra foi reduzida, substituída por máquinas e robôs.
2.11 Produto em Processo
Segundo Junior, Oliveira e Costa (2012), para sobreviver no mercado atual
globalizado e competitivo, a empresa precisa direcionar seus esforços para satisfazer seus clientes de forma completa. Nesse cenário, destacam-se as empresas que
aplicam a filosofia de excelência empresarial. Para isso é necessário que possuam
cinco dimensões competitivas, como segue:
•
Preço: num mercado de livre concorrência, o consumidor define o melhor
preço analisando o bem ou serviço. A empresa define seus preços de venda
em função do tipo de consumidor que deseja atingir e a parcela de mercado
que deseja ocupar.
•
Qualidade: a qualidade do produto ou serviço prestado constitui elemento
fundamental no sucesso.
37
•
Confiabilidade: condições de garantia, segurança e cumprimento de prazo
de entrega.
•
Produzir em massa: grandes lotes de produção e pouca diversificação de
produtos, possibilitando maior diluição de custos fixos e de setup.
•
Flexibilidade: disposição e agilidade para mudanças possibilitam satisfazer
rapidamente as novas necessidades dos clientes e do mercado.
No processo de globalização da economia, a empresa que deseja competir e
participar desse mercado, precisa estar apta para isso. São as chamadas manufaturadoras de classe mundial. A empresa é reconhecida mundialmente pela qualidade
de seus produtos e pela eficiência e eficácia de sugestão.
Para se enquadrar nessa classificação, as empresas devem possuir algumas
características, como:
•
Forte conjunto de crenças e valores: o modo de pensar e de agir do proprietário são fatores fundamentais para caracterizar o modo como a empresa vai
conduzir suas operações e se relacionar com seus funcionários, fornecedores
e clientes.
•
Filosofia própria da empresa: a empresa em conformidade com suas crenças e valores define sua filosofia, isto é, seu modo de operação e formula sua
missão e propósitos básicos.
•
Contínuo aperfeiçoamento:
sempre está buscando o melhoramento, os
programas de qualidade são desenvolvidos e acompanhados de forma permanente.
•
Eliminação de desperdícios: para oferecer seus produtos a preços competitivos e com qualidade perante o mercado, é necessário eliminar gastos que
não contribuam para a melhoria do produto.
Conforme Bornia (2010), o conhecimento do processo da produção da em-
presa possibilita, ainda, o acompanhamento da produção com uso de medidas físicas. Três indicadores que podem ser utilizados para essa finalidade são: eficiência,
eficácia e produtividade horária.
A eficiência representa o nível de produção alcançado (em UEPs) em comparação com a produção que seria normalmente conseguida no expediente:
Eficiência= Produção real
Capacidade normal
38
A eficácia está ligada diretamente à excelência do trabalho, e é calculada relacionando-se a produção obtida com a produção que teoricamente se deveria obter
no período realmente trabalhado:
Eficácia=
Produção real
Capacidade utilizada
A produtividade horária é a produção do período dividida pelo tempo de trabalho:
Produtividade= Produção real
Horas trabalhadas
Observa-se que uma das características mais importantes da empresa moderna é a constante busca pela melhoria de seus produtos e processos. Sendo assim, os postos operativos estão continuamente se modificando.
2.11.1 Produto acabado
Antes do lançamento de qualquer produto é realizado um teste, para testar o
produto e fazer os ajustes iniciais. Isso implica construir protótipos do produto para
que os clientes possam ver, tocar, experimentar, ou seja, executar a degustação,
emitir sua opinião e apresentar sugestões. Os produtos acabados podem ser classificados em: bens não duráveis, bens duráveis, serviços, etc..
•
Bens não duráveis: desaparece ou não existe mais após o uso. Exemplo: alimentos, etc.
•
Bens duráveis: duram após muito tempo. Exemplo: carro, celular, computador.
•
Bens de uso especial: aqueles que têm características únicas. Exemplo:
joias.
•
Bens de compra comparada: aqueles que exigem esforços do consumidor,
no sentido de comparar qualidade e preço. Exemplo: roupas, móveis.
39
•
Bens de conveniência: adquiridos com frequência e cuja comparação não
exige muitos esforços. Exemplos: cigarros, creme dental.
•
Serviços: atividades e benefícios colocados à venda e que não ocorre transferência de propriedades. Exemplo; consertos, entrega de jornais etc.
Na formação do preço do produto acabado, na qual é necessária a posição
da empresa no que diz respeito a seu faturamento e rentabilidade, precisa ser considerada a sua participação no mercado. Não existem apenas teorias que indiquem
qual a melhor maneira para se determinar o preço de venda de um produto, mas
todos os fatores citados anteriormente devem ser considerados.
2.11.2 Custo do produto vendido
Segundo Leone (2012), para fabricar um determinado produto, há muitas fases, vários departamentos, como: pessoal, materiais, equipamentos, instalações e
organização que constituem os recursos necessários para a produção. O consumo
desses recursos, traduzido em unidades monetárias, dá a medida dos custos e das
despesas. Na empresa, objeto deste estudo, para que funcione um dos departamentos, por exemplo, a administração (A), é necessária a utilização de pessoas, de
materiais, de instalações e de organização, e essa utilização não é
gratuita, custa
dinheiro, envolve os departamentos B,C,D,E,F conforme a figura abaixo:
Figura 11 – Vista aérea do bufê.
Fonte: Elaborada pela autora (2013)
A fórmula do custo dos produtos vendidos é:
CPV = EI + (In + MO + GGF) - EF
40
Onde
CPV = Custo dos Produtos Vendidos
EI = Estoque Inicial
In = Insumos (matérias-primas, materiais de embalagem e outras) aplicados nos
produtos vendidos.
MO = Mão de Obra Direta aplicada nos produtos vendidos
GGF = Gastos Gerais de Fabricação (aluguéis, energia, depreciações, mão de obra
indireta, etc.) aplicada nos produtos vendidos.
EF = Estoque Final (inventário final)
A composição dos custos de produção: está no § 1° do art. 13 do Decreto-Lei
1.598/77 que dispõe que o custo de produção dos bens ou serviços vendidos compreende, obrigatoriamente:
•
O custo de aquisição de matérias-primas e quaisquer outros bens ou serviços
aplicados ou consumidos na produção, observado o disposto neste artigo;
•
O custo do pessoal aplicado na produção, inclusive de supervisão direta,
manutenção e guarda das instalações de produção;
•
Os encargos de exaustão dos recursos naturais utilizados na produção;
•
Os encargos de amortização diretamente relacionados com a produção;
•
Os custos de locação, manutenção e reparo e os encargos de depreciação
dos bens aplicados na produção.
2.11.3 Apuração de custos para tomada de decisão
Segundo Bornia (2010), as informações geradas pelo sistema de custos têm
como objetivo auxiliar na tomada de decisões da empresa. Pois as mesmas informações que auxiliam no controle podem fornecer importante ajuda para o processo
de planejamento da empresa. Além disso, decisões como terceirização de produtos,
retirada de produtos do mercado e compra de equipamentos, entre muitos outros,
encontram grande apoio nas informações de custos.
Custos definidos em relação à tomada de decisões: custos incrementais, custos de oportunidade, custos evitáveis e não evitáveis, custos relevantes, custos empatados.
41
A margem de contribuição é o montante da receita diminuído dos custos variáveis. A análise de custo – volume – lucro está extremamente relacionada aos conceitos de margem de contribuição marginal e razão de contribuição.
A margem de contribuição unitária é o preço de venda menos os custos variáveis unitários:
Margem de Contribuição Unitária = Preço De Venda – Custos e Despesas Variáveis Unitários
Um dos maiores interesses das empresas quando praticam qualquer tipo de
controle de estoques está relacionado a custos. Por saberem que grande parte do
capital está investida em seus estoques, é que se percebe a necessidade de que
eles sejam bem controlados, e que seus custos devem ser conhecidos pela empresa. Essas informações, quando certas e bem esclarecidas, auxiliam na tomada de
decisão evitando ou diminuindo o risco de grandes somas de dinheiro empacado nas
prateleiras dos estoques.
Martins e Alt (2000), classificam em três categorias os custos para se manter
estoques:
a) Custos diretamente proporcionais ao estoque: quando a quantidade média
estocada faz os custos aumentarem. Também quanto mais estocados mais
espaço se faz necessário e os custos continuam aumentando
b) Custos inversamente proporcionais aos estoques: são os custos que
diminuem devido a uma produção maior, que faz com que os custos sejam
diluídos pela quantidade total ou também pode-se usar o exemplo do setor
compras que num determinado momento pode optar por comprar uma
quantidade maior para aproveitar uma promoção;
c) Independentemente da quantidade estocada: são valores fixos que
independentemente do nível dos estoques têm de ser pagos pela empresa,
como um aluguel de galpão, por exemplo.
3 METODOLOGIA CIENTÍFICA
42
A metodologia tem por objetivo demonstrar os caminhos científicos utilizados
para alcançar os resultados através de vários tipos de pesquisa.
De acordo com Vergara (2000), o leitor deve ser informado sobre os procedimentos seguidos e pesquisados na realização da pesquisa, sua conceituação e
justificativa à luz da investigação específica.
Também é seu objetivo apresentar conceitos e exemplos sobre população,
amostra e seleção dos sujeitos.
3.1 Pesquisa Aplicada
De acordo com Vergara (2000), a pesquisa aplicada se refere à procura motivada pela necessidade de resolver problemas concretos e melhores decisões. Sendo assim, portanto, tem finalidade prática.
3.2 Pesquisa Explicativa
O trabalho também se refere à pesquisa explicativa, pois procura entender de
fato os fatores que levam a determinado procedimento.
Para Gil (2007), a pesquisa explicativa procura encontrar informações que
expliquem algum fato ou circunstância, determinando os motivos que apontam para
o resultado em questão.
3.3 Quanto aos Meios
Através de consulta em materiais diversos, realiza-se o trabalho balizando-se
em materiais já publicados anteriormente de forma secundária. Diversas fontes foram utilizadas, constituídas principalmente de livros e artigos científicos, para o aprimoramento do trabalho em si.
3.3.1 Estudo de caso
43
Segundo Gil (2007), o estudo de caso se dá quando a pesquisa é realizada
sem limites concretos na definição de qualquer processo ou objeto dentro da empresa.
3.3.2 Etapas da pesquisa participante
Ainda de acordo com Gil (2007), uma vez que não se limita apenas ao pesquisar, ou seja, mais etapas estão envolvidas na pesquisa, como: montagem institucional; estudo preliminar e provisório da região e da população pesquisadas; análise
crítica dos problemas e programação e aplicação de um plano de ação.
3.4 Quanto à Abordagem do Problema
3.4.1 Pesquisa quantitativa
Basicamente, a pesquisa quantitativa é aquela que procura a avaliação descritiva e exploratória através de uma pesquisa bibliográfica e documental. Segundo
Roesh (1999), a avaliação nada mais é que uma verificação de diferenças em determinadas situações.
A pesquisa exploratória, segundo Acevedo (2006), objetiva proporcionar
maior entendimento dos dados investigados, permitindo que se delineie mais precisamente o problema.
3.4.2 Coleta de dados
De acordo com Vergara (2000), na coleta de dados, o leitor deve ser
informado como se pretende observar para obter os dados de pesquisa de que se
precisa para solucionar ao problema. Deve-se, portanto, correlacionar os objetivos
aos meios para alcançá-los, bem como justificar a adequação de um a outro. Existem vários meios para a coleta de dados como: formulação de questões, pesquisa
de campo, por exemplo. Esses meios podem ser a observação, o questionário, o
formulário e a entrevista, os dados podem ser coletados também por meio de técnicas interativas, como os workshops, por exemplo.
44
Foi repassado para a equipe todo o funcionamento, histórico e aplicação da
ferramenta de custos e alguns casos de sucesso e a viabilidade em outras empresas, a fim de que todos os participantes conheçam esta ferramenta e não fiquem
com nenhum tipo de dúvida sobre o assunto abordado.
Para se ter todas as informações necessárias, foi disponibilizada uma planilha
excel na empresa desde primeiro de abril, na qual todas as informações seriam observadas e os resultados compilados dariam o resultado dos custos das festas que
são realizadas pela empresa. Assim, nessa análise também é possível medir as melhores decisões.
4. ANÁLISE DOS DADOS
45
A coleta dos dados para realização deste trabalho foi por pesquisa, realizada
através de estudos feitos de livros, teses, dissertações, trabalho de campo e
também em planilhas implantadas na empresa, priorizaram-se soluções viáveis para
o trabalho ajudar a empresa no seu objetivo.
4.1 Gestão de Custos
A gestão de custos é uma atividade que se assemelha a um centro
processador de informações, que recebe ou obtém dados, que mede, registra e relata, produzindo informações de custos para os diversos níveis gerenciais. Sendo assim, os custos são classificados quanto à fonte de compras e prestação de serviços
da empresa.
4.2 Apuração dos Custos
Com a apuração dos custos no Buffet Iracema, inicialmente, apresentam-se
as finalidades: classificar, registrar, alocar, organizar e relatar custos correntes. Observa-se no quadro abaixo, a descrição detalhada que identifica as etapas que
compõem as compras de insumos consumidos em um processo de produção.
Tabela 1- Etapas que compõem as compras feitas atualmente
Fonte: Elaborado pela autora, 2013
Observa-se na tabela acima, que as etapas que compõem o processo de
compras é realizado manualmente, entretanto esse processo não deve ser mais
utilizado. O que ocorre em grandes empresas, por exemplo, é a implantação de um
46
sistema informatizado, cientificando-se da entrada, saída e sobra de materiais dos
eventos já realizados.
4.3 Insumos no Buffet Iracema
Os insumos no Buffet Iracema representam o início da cadeia produtiva dos
serviços de um evento. Os eventos exigem que nenhum detalhe seja esquecido,
pois o momento sonhado pelo cliente não pode virar pesadelo. Logo, é uma atividade que requer planejamento compartilhado com clientes e com execução impecável
pela empresa. Realizar eventos especiais envolve uma série de itens, seja o tema
da festa, a produção do ambiente, as atividades de entretenimento para os convidados, as guloseimas, o prato de entrada, o prato de saída, as bebidas, os coquetéis
etc.
A empreendedora deve decidir entre uma grande variedade de especializações com as características da clientela, tais como, festas infantis, festas teens, eventos para empresas, formaturas, recepções etc.
Tabela 2 – Insumos consumidos em processo de produção no mês de junho
Fonte: Elaborado pela autora,2013
Extrai-se da tabela 2 um elevado custo dos insumos, pois, não existe um sistema de orçamento com o qual se compra os insumos. Percebe-se que, existe grande compra de mercadorias, não existindo um padrão a ser adotado. A partir do mo-
47
mento que existe compra de mercadorias frequentemente, o caminho adotado no
mercado de quem trabalha assim, é através de orçamentos. Assim, a empresa tem a
oportunidade de adquirir produtos pelo menor preço e ainda com qualidade.
4.4 Mão de Obra Direta e Indireta
A mão de obra é a denominação do trabalho manual empregado geralmente
em produção de empresas, indústrias, comércios etc. Entretanto pode ser apropriada em bens ou serviços.
A mão de obra pode ser dividida em mão de obra direta, que é quando está
ligada diretamente à produção, como cozinheiras, garçons, supervisores etc. E a
mão de obra indireta é quando não está ligada diretamente à produção, como auxiliar de limpeza, secretária, motorista etc.
Tabela 3 – Mão de obra direta
Fonte: Elaborado pela autora, 2013
Tabela 4 – Mão de obra indireta
Fonte: Elaborado pela autora,2013
Conforme as tabelas acima, a empresa tem um custo muito alto com mão de
obra, pois ela tem um funcionário para determinada função. No mercado atualmente,
com aperfeiçoamento das organizações, observa-se que não existe tanta mão de
48
obra, pois foram e são substituídas por maquinário com o qual se pode garantir o
aumento da produção e redução dos custos.
4.5 Rateios dos Custos Indiretos dos Departamentos Auxiliares para os Departamentos Produtivos
Os custos dos departamentos auxiliares são apropriados primeiramente aos
custos dos departamentos produtivos e depois ao departamento administrativo.
Sendo assim, custos indiretos é aquele custo que não pode ser apropriado diretamente a cada tipo de produto ou função de custo no momento de sua ocorrência. Os
custos indiretos são apropriados aos portadores finais mediante o emprego de critérios pré-determinados e vinculados às causas correspondentes. Necessitam de taxas, critérios de rateio ou parâmetros para atribuição ao objeto custeado.
Tabela 5 – Mapa de rateio dos custos indiretos
Fonte: Elaborado pela autora, 2013
Diante do contexto apresentando na tabela acima, verificam-se os custos discriminados da empresa – Buffet Iracema - desde a manutenção até aos impostos.
Dessa forma, foi realizado o rateio dos custos indiretos de 25% (vinte e cinco por
49
cento) para a área administrativa e 75%(setenta e cinco por cento) para a produção.
Pode-se dizer que esse rateio é subjetivo, isso é, podendo apresentar distorções ou
impactos desfavoráveis aos custos de alguns produtos relacionados acima.
4.6. Depreciação
A depreciação é a perda do valor dos bens em função do seu uso em relação
à sua vida útil, ou seja, do prazo de utilização pela empresa, levando-se em conta o
período em que ele pode proporcionar a geração de benefícios. “Perda do valor de
um bem em função do seu uso.” (Ricardo Lucio Santos Silva 19/08/2013, Pará de
Minas/MG.)
Tabela 6 – Depreciação
Fonte: Elaborado pela autora, 2013
Como foi visualizado na tabela acima, foram discriminados todos os bens na
empresa, com preço de mercado, vida útil, e o valor residual. Para encontrar o valor
depreciado, colocou-se o valor do bem, subtraído pelo valor residual, assim o valor
50
da depreciação mensal foi dividido pelo tempo de vida utilizado por 12 meses. Hoje
se observa que empresas do mesmo porte, equipadas com maquinários industriais
modernos, ganham mais tempo e maior lucro.
4.7 Custo Total de Produção
O custo total de produção é o verdadeiro custo que tem o material que chega
do fornecedor e é transformado em produto acabado. É o custo necessário para as
finalidades de controle, planejamento e tomada de decisões, é composto apenas
dos insumos, custos de mão de obra direta e dos custos indiretos de fabricação.
Tabela 7 – Custo total de produção
Fonte: Elaborado pela autora, 2013
A tabela acima apresenta a importância de R$ 117.945,35 (cento e dezessete
mil, novecentos e quarenta e cinco reais e trinta e cinco centavos), como custo total
de produção do bufê mensal. Assim, concluí-se que são gastos totais com os
in-
sumos, mão de obra direta e os custos indiretos de produção.
4.8. Despesas
As despesas estão relacionadas aos valores gastos tanto com a estrutura
administrativa como com a comercial da empresa.
51
Tabela 8 – Despesas mensais
Fonte: Elaborado pela autora, 2013
As despesas mensais da empresa apresentadas na tabela foram todas coletadas através de planilhas implantadas no escritório do Buffet, assim, possibilitando
que todas as boletas e promissórias que eram pagas fossem sendo registradas. Observa-se que, existem despesas fixas: serviço de segurança, telefones, contador,
impostos, gráfica e também cursos, que a própria empresaria faz durante o ano para
aperfeiçoamento das suas culinárias e administração. Sendo assim, foram coletados
todos os valores gastos com os cursos de capacitação realizados pela administradora juntamente com os colaboradores da empresa, chegando ao final a uma média do
custo com cursos.
Observam-se, também na tabela acima, as despesas do custo indireto, pois
foi coletado o total de cada custo, assim, calhou a divisão da empresa em suas duas
partes distintas – produção e administração – de acordo com as atividades em cada
área. É exposta acima a área de administração. Nesse departamento não ocorre
uma ação direta sobre produtos acabados. Mas existem sim, as despesas, que,
mesmo ocorrendo flexibilidade da produção, elas permanecem.
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4.9 Receitas
Receita é a renda apurada na empresa, proveniente de venda de produtos e
na prestação de serviço.
Tabela 9 - Receita no mês junho
Fonte: Elaborado pela autora,2013
O Buffet Iracema realiza eventos na cidade de Pará de Minas e demais regiões, conforme se pode verificar na tabela acima. Sendo assim, no mês de junho foi
desenvolvida uma planilha e implantada no escritório da empresa, para apuração
das receitas mensais.
4.10 Apuração do Resultado Mensal
As apurações do Resultado Contábil de cada empresa podem ser mostradas
como uma relação simples, depois que todas as informações necessárias foram coletadas. O lucro líquido é a Receita total mensal do mês, menos os custos totais.
53
Tabela 10 - Apuração do Resultado Mensal
Fonte: Elaborado pela autora, 2013
A tabela acima expõe imposto simples nacional, a contabilidade calcula 6%
nas notas fiscais e todas as planilhas apresentadas anteriormente no presente trabalho, nas quais foram coletados minuciosamente todos os dados (custos) da empresa
necessários para apuração do lucro líquido da empresa no mês de junho.
4.11 Análise para Tomadas de Decisões
Segundo Martins,
devido ao crescimento das empresas, com o consequente aumento da distância entre administrador e ativos e pessoas administradas, passou a Contabilidade de Custos a ser encarada como uma eficiente forma de auxílio no
desempenho dessa nova missão, a gerencial.(MARTINS,2010,p.21)
Uma decisão fazer ou comprar não é qualquer decisão da empresa para adquirir um produto ou serviço interna ou externamente. Bufês geralmente servem produtos ou serviços que podem ser preparados na própria empresa, mas que podem
também ser adquiridos de terceiros. A decisão vai depender de fontes externas para
o fornecimento de quantidade do produto ou serviço, envolve a consideração não
somente de custos diferenciados, mas também de outros fatores não quantitativos,
como confiabilidade do fornecedor e controle de qualidade.
4.11.1 Margem de contribuição
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Conforme Junior, Oliveira e Costa (2012, p.207), “é um controle de extrema
importância para o custeio variável e para tomada de decisões gerenciais. Em termos de produto, a margem de contribuição é a diferença entre o preço de venda e a
soma dos custos e despesas direta (ou variável).”
A margem de contribuição é a quantia com que as unidades vendidas contribuem primeiro para cobrir os custos fixos e depois para gerar lucro operacional. Às
vezes, é considerada por seu valor por unidade, e outras vezes, por seu valor total.
O trabalho do contador de custos é definir, sempre considerando os recursos da
empresa e suas exigências por informações, quais os segmentos que são estabelecidos para analisar a atividade comercial.
A margem de contribuição unitária é dada pela fórmula:
MC = PV – ( CV + DV )
Onde
MC = margem de contribuição;
PV = preço de venda;
CV = soma dos custos variáveis ( ou direto);
DV = soma das despesas variáveis ( ou direto).
Na empresa, aplicando-se a fórmula, tem-se a margem de contribuição de
R$ 56.190,53 como segue:
MC = 173.164,00 – (27.666,240 + 56.844,00 + 32.463,23) = 56.190,53
Razão de Contribuição = Margem de Contribuição Unitária/Preço
RC = 56.190,53
173.164,00
RC = 32,45 Porém em termos percentuais
A margem de contribuição indica quanto que determinado produto está contribuindo para suportar os custos e despesas fixas e assim tem sua consequente influência no lucro. Esse método incorpora que o aumento da produção aumenta apenas
os custos variáveis, e não influencia os custos fixos aos produtos ou serviços, assim
facilita o processo de tomada de decisão, pois desde que tenha capacidade a produção pode aumentar.
55
A razão de contribuição é a margem de contribuição dividida pela receita. Representa a parte das vendas que cobre os custos fixos e origina o lucro, pois em
termos percentuais, isto é, representa a parcela com que cada unidade monetária
obtida com a venda dos produtos contribui para cobrir os custos fixos ou para formar
o lucro.
4.11.2 Ponto de equilíbrio
Conforme Junior, Oliveira e Costa (2012 p. 208), é a tradução do termo em
inglês break-even point, refere-se ao nível de venda em que não há lucro nem prejuízo, ou seja, no qual os gastos totais (custos totais + despesas totais) são iguais às
receitas totais.
O Ponto de Equilíbrio da empresa (que é o nível de fabricação, em que os
custos se igualam às receitas) é rapidamente calculado pelo emprego da margem de
contribuição. No ponto de equilíbrio, o lucro deve ser nulo. Efetuando os cálculos
necessários, dessa maneira:
Ponto de Equilíbrio = Custo Fixo Total
Margem de Contribuição
PE = 2.686,73 + 7.628,89 + 12.013,00
0, 3245
PE = 68.809,31
O Ponto de Equilíbrio é o ponto de atividade da empresa em que é a marca
de produção e venda de quantidade mínima, que possa gerar receita total capaz de
cobrir os custos totais (variáveis e fixos).
Com a apuração do Ponto de Equilíbrio do Buffet Iracema, determinou-se o
nível de operações que a empresa precisa manter para cobrir todos os seus custos
operacionais, com este resultado avaliou-se que o lucro da empresa poderia ter sido
melhor e que o PE também é instrumento de análise que auxilia no processo de
56
tomada de decisão, pois se pode negociar preços ou é melhor criar um nível de
controladoria dos custos operacionais variáveis e fixos?
5 CONCLUSÃO
O trabalho realizado evidenciou a necessidade da apuração dos custos contábeis do Buffet Iracema, pois, de início foi evidenciado na pesquisa de campo que a
empresa não possuía ferramentas de controle com objetivo de prever obtenção de
lucro ou prejuízo de cada evento realizado, ficando dessa forma, sem saber qual foi
o resultado contábil de cada festa realizada.
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Sendo assim, foram desenvolvidas diversas planilhas que posteriormente foram aplicadas na administração da empresa, apontando todas as ocorrências contábeis com relação aos custos de insumos, mão de obra, custos indiretos, depreciação, despesas ocorridas no dia a dia durante um mês. Com o decorrer da pesquisa,
novos métodos de controladoria de avaliação foram apresentados, visando a resultados com menores custos e maiores lucros.
Após a apuração do resultado de um período determinado (um mês) no
Buffet Iracema, realizou-se a apuração de todos os custos na parte operacional e as
despesas da administração, subtraindo pela receita da empresa, alcançando um resultado final de apenas nove por cento (9%).
Dessa maneira, conforme levantamentos de dados contábeis realizados, apurou-se, no fechamento do período pesquisado, um lucro insatisfatório, por se tratar
de uma empresa de prestação de serviços de grande porte. Todas essas ferramentas desenvolvidas, aplicadas e analisadas na empresa, têm o escopo de auxiliar no
processo de tomada de decisão. Pois se a empresa produz e vende mais de um
produto, a diversidade de vendas é um fator ponderável de influência no ponto de
equilíbrio, em virtude das diferentes margens de lucro de cada um dos seus eventos.
5.1 Sugestões para Empresa
•
Determinar a função de verificação de sobras para uma determinada funcionária;
•
Verificar e aplicar um sistema para orçamentos, e assim existirem fornecedores fixos com menor preço;
•
Diminuir o custo em mão de obra, sendo assim investindo em maquinário,
com o qual se vai ter um aumento de produção, redução dos custos com
mão de obra e um lucro maior;
•
Adquirir um terreno próprio, isso vai gerar mais um investimento e custo a
menos: aluguel;
•
Avaliar os custos de cada tipo de evento, pois assim
prevê-se um lucro
maior ou até mesmo um prejuízo;
•
Coletar todas as informações necessárias e fazer uma controladoria, para ter
as melhores decisões;
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•
Contratar um administrador ou funcionário neste nível para fornecer condições de análise para a direção da empresa, a partir de qual quantidade de
vendas pode-se negociar o preço, objetivando aumentar as vendas e assim
gerar melhores resultados do lucro líquido.
5.2 Limitações do Trabalho
•
Livros voltados mais para produtos industrializados do que para alimentícios;
•
Impossibilidade de avaliar alguns custos mais detalhadamente;
•
Não existia nenhum controle dos gastos, despesas e custos na empresa.
5.3 Sugestões para Trabalhos Futuros
As sugestões para trabalhos futuros é a necessidade de dimensionar a necessidade dos custos de cada produto da empresa, visando, prioridade para melhores decisões, à importância de um gestor financeiro.
REFERÊNCIAS
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Paulo: Atlas, 2006.
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Atlas 2010.
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JUNIOR, J. H. P.; OLIVEIRA, L. M.; COSTA, R. G. Gestão estratégica de custos.
8° Ed., São Paulo: Atlas 2012.
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LEONE, G. S. G.; Custos planejamento, implantação e controle. 3° Ed., São Paulo: Atlas 2012.
LEONE, G. S. G.; LEONE, R. J. G.; Curso de contabilidade de custos. 4° Ed, São
Paulo: Atlas, 2010.
LUDÍCIBUS, S.; MARION, J. C., Contabilidade comercial. 9° Ed. São Paulo: Atlas,
2010.
MAHER M., Contabilidade de custos criando valor para a administração. 1° Ed.,
São Paulo: Atlas, 2001.
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MARTINS,P.G.,ALT,P.R.C. Administração de Materiais e Recursos Patrimoniais.
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ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projetos de Estágio e de Pesquisa em Administração.
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SANTOS, J. J. ; Contabilidade e análise de custos. 6° Ed. São Paulo, 2011.
VERGARA, S.; Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 8. ed. São Paulo:
Atlas, 2007.
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