Untitled - SHE Programme

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Questões de saúde física, sexual e reprodutiva relacionadas com
as mulheres e raparigas adolescentes a viver com o VIH: Exercícios
687UK11NP010
Objectivo:
Sentirmo-nos mais confiantes ao trabalhar em conjunto com a
nossa equipa de cuidados de saúde para abordar as nossas
questões de saúde sexual e reprodutiva
Resultados da aprendizagem:
No final desta secção, cada uma de nós deverá:
• Ter uma melhor compreensão das questões de saúde
específicas que normalmente são sentidas pelas mulheres que
vivem com o vírus da imunodeficiência humana (VIH);
• Sentirmo-nos mais confiantes sobre a gestão da nossa própria
saúde física e reprodutiva no que respeita ao VIH e sermos
capazes de identificar várias formas através das quais a
poderemos melhorar no futuro;
Guia de facilitação:
• Compreender quais as questões que são particularmente
importantes para as adolescentes e para as mulheres mais
velhas, que se estão a aproximar da menopausa;
• Apresentar a informação das partes 1-7
• Conhecer as opções para prevenir a gravidez e como aceder
aos serviços relevantes;
• Fazer o Exercício 2
• Compreender a importância de planear a gravidez e o que
esperar em termos de intervenções médicas nos cuidados
pré-natais e no parto, de acordo com as linhas de orientação
actuais;
• Fazer o Exercício 1
• Apresentar a informação das partes 8 e 9 inclusive (30 minutos)
• Apresentar o conteúdo da parte 10
• Fazer o Exercício 3
• Continuar a apresentar a informação da parte 11 à parte 15
(30 minutos)
• Sentirmo-nos mais confiantes em trabalhar neste aspecto
da nossa saúde com os profissionais envolvidos nos nossos
cuidados.
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva - 1
O PROGRAMA É DESENVOLVIDO AO CRITÉRIO DOS DOCENTES. FINANCIADO PELA BRISTOL-MYERS SQUIBB
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva relacionadas com
as mulheres e raparigas adolescentes a viver com o VIH: Exercícios
Exercício 1: Podemos fazer imensas coisas para
melhorar a nossa saúde em geral e a nossa saúde
reprodutiva e para as proteger mais a longo prazo.
Vamos debater como...
Objectivos:
• Explorar as questões relacionadas com a concepção para as
mulheres que vivem com o VIH;
• Melhorar os conhecimentos e a confiança relativamente à
concepção segura;
• Partilhar aptidões práticas para realizar a auto-inseminação em
casa;
Materiais necessários: Utilizar o quadro de folhas móveis para
reunir ideias.
Notas para a facilitadora:
Pontos-chave a debater
• Manter uma dieta saudável e equilibrada – comer peixes gordos,
lacticínios, proteínas e hidratos de carbono nas quantidades
adequadas e ainda cinco porções de fruta e vegetais, que irão
ajudar a manter as suas gorduras no sangue em níveis razoáveis,
proteger da doença cardíaca, da diabetes e de alguns cancros.i
• Uma vez que as mulheres são mais susceptíveis à osteoporose,
é essencial para nós ingerir cálcio suficiente. A falta de um
nível adequado de cálcio pode levar a perda de massa óssea.
O cálcio encontra-se nos lacticínios, nos sumos e cereais
enriquecidos com cálcio, nos peixes gordos e nos vegetais
verde-escuros. As mulheres precisam de 1000 mg por dia de
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva - 2
cálcio, 1200 mg no caso das mulheres grávidas e das mulheres
com mais de 50 anos.ii
• O exercício regular pode ajudar a manter a saúde óssea,
incluindo exercícios de sustentação de peso, como por exemplo
andar ou correr (30 minutos pelo menos três vezes por semana).iii
• As actividades de reforço muscular e melhoria do equilíbrio
também são importantes e podem ajudar a prevenir fracturas
quando envelhecemos.iv
• Todas precisamos de exposição solar suficiente para permitir
ao organismo fabricar a sua própria vitamina D; as pessoas com
um tom de pele mais escuro normalmente precisam de uma
exposição mais prolongada.v
• Parar de fumar ou reduzir o número de cigarros, deixar de
consumir opiáceos ou outras drogas duras e beber álcool com
moderação reduz o risco de perda óssea.
• Olhar pela nossa saúde reprodutiva: incluindo utilizar uma
contracepção/protecção dupla, verificar os sintomas e fazer
regularmente o teste de Papanicolau. Levar a vacina contra o
VPH se estivermos no grupo etário mais jovem, etc.
• Descansar, relaxar e dormir o suficiente
Exercício 2: adequado para o trabalho em grupo ou
de um-para-um com qualquer mulher que esteja a
pensar em constituir família
Materiais necessários: Dois quadros de folhas móveis ou um
caderno e uma caneta
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva relacionadas com
as mulheres e raparigas adolescentes a viver com o VIH: Exercícios
Notas para a facilitadora:
• Preocupações relativamente à saúde e à qualidade de vida;
Previamente
• Medo de transmitir o VIH;
Se estiver a trabalhar com um grupo, prepare um quadro de folhas
móveis que mostre os motivos pelos quais as mulheres e as
adolescentes que vivem com VIH podem considerar uma gravidez,
e que podem incluir:
• Ansiedade relativamente a deixar os filhos órfãos;
• Desejo de ter mais filhos;
• Pressão para ter filhos;
• Receio de que os filhos mais velhos possam morrer;
• Preocupações relativas à infertilidade;
• Tranquilização relativamente à transmissão vertical;
• Optimismo relativamente à terapêutica TAR;
• Evitar originar suspeitas relativamente ao estatuto de portadora
do VIH;
• Apreensão relativamente a revelar o estatuto de portadora do
VIH;
• Falta de conhecimento das escolhas para evitar gravidezes
indesejadas.
Preparar um segundo quadro de folhas móveis que mostre os
motivos pelos quais algumas mulheres e adolescentes que vivem
com o VIH querem evitar a gravidez, e que podem incluir:
• Situação económica;
• Dimensão familiar pretendida;
• Espaçamento ideal entre filhos;
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva - 3
• Preocupações sobre o acesso limitado a cuidados para a
família, devido a estigma e discriminação.
Deixe uma ou duas páginas em branco antes das suas páginas
preparadas previamente no quadro de folhas móveis, para escrever
as ideias das participantes à medida que surgem.
(Nota para a facilitadora: não revele as suas folhas preparadas
até que as participantes tenham feito um brainstorming das suas
próprias ideias).
Se estiver a trabalhar numa base de um-para-um, utilize um
caderno em vez de um quadro de folhas móveis.
Introdução deste exercício – Refira que não nos podemos esquecer
de que nem todas as mulheres poderão ter esta opção e os
motivos para tal poder ser o caso..
Passos recomendados:
1.
Comece a actividade pedindo ao grupo ou à mulher que
considere os motivos pelos quais algumas mulheres e
raparigas adolescentes a viver com o VIH consideram a
possibilidade de uma gravidez.
2.
Fazer brainstorming durante cinco minutos.
3.
Escreva as sugestões no papel do quadro.
4.
Em seguida, pergunte ao grupo ou à mulher quais os motivos
pelos quais algumas mulheres e raparigas adolescentes que
vivem com o VIH evitam a gravidez.
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva relacionadas com
as mulheres e raparigas adolescentes a viver com o VIH: Exercícios
5.
Escreva as sugestões numa folha em separado do quadro de
folhas móveis.
6.
Cole as folhas das participantes junto às folhas preparadas e
volte-se para as folhas pré-preparadas do quadro.
7.
Peça ao grupo ou à mulher que compare as respostas com as
respostas preparadas antes da sessão.
8.
Destaque quaisquer semelhanças ou diferenças e facilite um
debate.
P
Pergunte ao grupo
• Sabem como é que uma mulher com VIH pode
engravidar?
• Quais são os riscos do sexo sem protecção?
• No que é preciso pensar? Por exemplo:
Notas para a facilitadora:
Esta é uma sessão para explorar os aspectos práticos da autoinseminação e para debater algumas questões que lhe estão
relacionadas. Seria útil para si,
enquanto facilitadora, já o ter
experimentado, ou se pudesse
descobrir se alguém do seu grupo
Sabe como é que uma
teve alguma experiência sobre o
mulher que vive com o VIH
assunto, e pedir a essa pessoa
pode engravidar?
para co-facilitar.
Esta sessão deve levar cerca de
uma hora, dependendo do tamanho
do grupo
1.Debate (30 minutos)
• E se ambos os parceiros forem positivos?
Exercício 3
Tempo necessário:
Passos recomendados:
Quais são os riscos do sexo
desprotegido?
E se ambos os parceiros
forem HIV-positivos?
Temos de pensar em quê?
Materiais necessários: Quadros de
folhas móveis, marcadores
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva - 4
- Sabem quais são os vossos dias mais férteis?
E que mais?
Respostas possíveis
• Auto-inseminação (se o homem não tiver VIH)vi
• Lavagem do esperma (se o homem também tiver VIH)
• Sexo sem protecção na altura da ovulação, com profilaxia
pré-exposição (Pré) (se disponível)
• Risco de transmitir o VIH durante a gravidez
• A Declaração Suíça sobre o risco de transmissão e a carga
viralvii
• Risco de transmitir outras IST
• Como saber se está a ovular (método da temperatura/
contar os dias desde a menstruação, ver as alterações no
corrimento vaginal, etc.) (consulte o anexo)
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva relacionadas com
as mulheres e raparigas adolescentes a viver com o VIH: Exercícios
2.
Explique que há várias formas de fazer a auto-inseminação.viii
Para mais informações, contactar o médico.
3.Demonstração
Utilizar o equipamento
Deite um pouco de sumo de laranja dentro de um
preservativo/recipiente de plástico e, utilizando a seringa de
auto-inseminação, recolha-o.
Mostre como eliminar o ar, a importância de inserir a seringa
profundamente na vagina (o parceiro poderá querer fazer
isto), etc.
Se alguma das pessoas do grupo tiver feito auto-inseminação,
incentive-a a partilhar a experiência.
Documentos informativos:
Resumo do conteúdo da secção
Alguns estudos sugerem que temos tendência para ter cargas
virais inferiores às dos homens, mas a doença relacionada com o
VIH desenvolve-se à mesma velocidadeix. No entanto, os sintomas
nas mulheres com VIH podem ser diferentes dos sintomas
apresentados pelos homens com VIH.
São mais as mulheres que referem fadiga, dor articular, perda
de memória e dificuldades de concentração do que os homens.
Outros sintomas frequentes podem incluir ansiedade, depressão,
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva - 5
dificuldade em dormir e perda de interesse sexualx. As mulheres
também referem mais queixas abdominais e pélvicas que podem
parecer semelhantes às apresentadas pelas mulheres sem VIH,
mas também podem ser um sinal de doença relacionada com o
VIHxi. Uma vez que estas últimas queixas são específicas das
mulheres, são debatidas em maior detalhe nesta secção. A secção
Laranja explora melhor as questões da saúde mental e a secção
Verde concentra-se no sexo e nos relacionamentos.
As mulheres que vivem com VIH também estão mais susceptíveis
a determinadas outras infecções, sobretudo a algumas infecções
sexualmente transmissíveis. Iremos expandir este tópico nesta
secção.
As mulheres com VIH têm questões particulares relacionadas
com a saúde dependendo da fase da vida em que se encontram.
As raparigas adolescentes que cresceram com o VIH podem ter
preocupações particulares ao iniciarem a sua vida sexual. Com
o sucesso da terapêutica anti-retroviral, estamos a viver vidas
mais longas e mais saudáveis. Por conseguinte, é importante que
tenhamos a informação de que necessitamos em cada fase da
vida. Para as mulheres mais velhas, a menopausa e as questões
que lhe estão associadas poderão ser a principal preocupação.
Muitas de nós iremos precisar de informações sobre a
contracepção, a gravidez e o parto.
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva relacionadas com
as mulheres e raparigas adolescentes a viver com o VIH: Exercícios
Mensagens-chave a partilhar
gravidez não planeada.xiii
• Com o sucesso da terapêutica anti-retroviral, que está cada
vez mais à nossa disposição na Europa, há mais mulheres e
raparigas adolescentes com VIH que estão a recuperar a saúde,
a viver mais tempo, a envelhecer e a planear o futuro.
• Começar uma família é uma opção para muitas de nós, e
a gravidez pode ser segura tanto para a mãe como para o
bebé, quando planeada e gerida de acordo com as linhas de
orientação médica actuais.xiv
• Para muitas de nós, isto pode significar redefinir as nossas
prioridades relativamente à saúde em geral e à saúde
reprodutiva, tomar decisões acerca da possibilidade de alargar
uma família, ou pensar na velhice.
Aspectos para apresentação e discussão:
Problemas de saúde frequentes nas mulheres que
vivem com o VIH
• Os nossos sintomas físicos variam, e muitas vezes são
diferentes dos apresentados pelos homens. Muitas das
“queixas” frequentes nas mulheres estão relacionadas com
a saúde reprodutiva. É importante estarmos bem informadas
acerca de alguns destes aspectos e saber quando procurar o
aconselhamento de um profissional de saúde.
• Há muitas coisas que podemos fazer para investir na nossa
saúde futura. Ter este conhecimento pode dar-nos poder.
• Todas as mulheres têm o direito a fazer as suas
próprias escolhas relativamente à fertilidade e ao parto,
independentemente do estatuto de VIH, e devem esperar e
receber o mesmo nível de apoio que qualquer outra pessoa por
parte dos médicos e do pessoal de saúde.xii
• As mulheres e as raparigas adolescentes que vivem com o VIH
podem utilizar vários métodos contraceptivos. Devemos estar
cientes da necessidade de dupla protecção, pois esta irá reduzir
o nosso risco de contrair IST, de transmitir o VIH aos nossos
parceiros, de reinfecção com outra estirpe de VIH e de uma
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva - 6
Parte 1
Sexually Transmitted Infections (STIs)
Os sintomas das infecções sexualmente transmissíveis (IST)
variam, mas muitas vezes incluem náuseas, febre inexplicada,
dores na região abdominal inferior, dores na parte inferior das
costas, dores durante o acto sexual e sangramento entre os
ciclos menstruais.xv Repare que algumas IST podem não produzir
nenhum dos sintomas referidos acima.xvi Todas as mulheres
sexualmente activas se encontram em risco de contrair IST, mas
muitas mulheres acham difícil lidar com a situação se suspeitarem
ter uma IST. Consulte a secção Turquesa, sobre a relação com os
profissionais de saúde e como aceder aos serviços.
As IST observadas com maior frequência em mulheres com VIH
incluem:
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva relacionadas com
as mulheres e raparigas adolescentes a viver com o VIH: Exercícios
Candidíase vaginal
risco de ter dores a longo prazo e de recorrência da DIP.xx
As infecções causadas pelo fungo Candida podem causar uma
sensação de ardor, comichão e secura da vagina. As infecções
fúngicas podem fazer com que urinar ou ter relações sexuais
seja doloroso. Estas infecções fúngicas podem ser tratadas com
sucesso com o uso de cremes antifúngicos, óvulos/supositórios
vaginais e/ou determinados medicamentos.xvii
Vírus do papiloma humano (VPH)
Vaginose bacteriana (VB)
A VB é frequente nas mulheres com VIH. É uma doença na qual
há um crescimento excessivo de bactérias na vagina. Causa
sintomas semelhantes aos das infecções fúngicas. No entanto,
também podemos notar corrimento vaginal. Pode ser tratada
com antibióticos. Para as mulheres grávidas, é particularmente
importante tratar imediatamente a VB.xviii
Doença inflamatória pélvica (DIP)
A DIP é uma doença grave, sobretudo se tiver VIH. Causa a
inflamação das trompas de falópio, do útero e dos ovários. Ainda
que possa não haver sintomas visíveis, a doença danifica os
órgãos internos ao longo do tempo. Pode ser causada por IST não
tratadas, como por exemplo gonorreia e clamídia, bem como outras
bactérias, e por infecções como a tuberculose. A DIP pode fazer
com que fique infértil (não conseguir engravidar).xix
Os sintomas incluem: dores na parte inferior da barriga, dores
durante as relações sexuais, corrimento vaginal ou sangramento
fora do habitual, febre inexplicada e cansaço.
A DIP pode ser tratada com uma combinação de antibióticos. Obter
ajuda e tratamento numa fase precoce é importante para reduzir o
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva - 7
O VPH (por vezes designado vírus das verrugas genitais) é a
infecção viral sexualmente transmitida mais frequente do mundo.
Também pode ser transmitido por contacto de pele com pele e
através de sexo oral. Estima-se que 50% das mulheres sexualmente
activas irão contrair VPH genital ao longo da vida.xxi As mulheres
que vivem com VIH têm maior probabilidade de ter uma infecção
causada pelo VPH com vírus múltiplos, incluindo os que têm maior
probabilidade de causar cancro, predominantemente do colo do
útero. Também podemos demorar mais tempo a eliminar o VPH,
sobretudo se a nossa contagem de CD4 estiver a diminuir e os
níveis da nossa carga viral estiverem a aumentar.xxii
No Reino Unido, todas as mulheres que vivem com VIH devem
fazer um teste de Papanicolau (rastreio de cancro do colo
do útero) pouco depois de serem diagnosticadas com VIH,
outro passados seis meses, e depois todos os anos. Isto para
descobrir a existência de quaisquer células anómalas no colo do
útero enquanto ainda se encontram numa fase pré-cancerosa
precoce, quando podem ser facilmente eliminadas para não se
desenvolverem em cancro. O tratamento para as células cervicais
anómalas é altamente eficaz se estas forem detectadas numa fase
precoce. As células anómalas são retiradas aplicando um creme,
ou congelando-as ou queimando-as com anestesia localxxiii,xxiv
Está agora disponível vacinação contra o VPH, conferindo
protecção contra as estirpes do vírus das verrugas que estão mais
frequentemente relacionadas com o cancro. No Reino Unido,
a vacinação está disponível para todas as raparigas a partir,
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva relacionadas com
as mulheres e raparigas adolescentes a viver com o VIH: Exercícios
aproximadamente, dos 12 anos de idade.
Dos 40 países que contribuíram com dados para um relatório
sobre a vacinação contra o VPH em toda a Europa, apenas nove
(Dinamarca, Alemanha, Grécia, Itália, Luxemburgo, Holanda,
Portugal, Espanha e o Reino Unido) oferecem presentemente
vacinação gratuita contra o VPH a pelo menos uma coorte etária de
mulheres. Outros três países (Bélgica, França e Suécia) oferecem
vacinação contra o VPH com base em co-pagamento.xxv
Parte 2
Alterações menstruais
Muitas mulheres têm alterações menstruais, e estas podem ser
mais frequentes nas mulheres com VIH. Estas alterações podem
incluir períodos irregulares, com mais ou com menos fluxo, o
agravamento dos sintomas da síndrome pré-menstrual ou a
ausência completa de períodos menstruais durante vários meses
de cada vez (ou seja, amenorreia).xxvi
A ausência de períodos e intervalos maiores entre os períodos
são mais frequentes nas mulheres com sistemas imunitários
significativamente suprimidos (ou seja, com contagens de CD4
inferiores a 200 células/mm3). No entanto, ao que parece, o VIH em
si tem pouco efeito no período menstrual das mulheres e há outros
factores mais importantes, como por exemplo uma baixa contagem
de CD4, as alterações hormonais em resultado do envelhecimento,
malnutrição, perda de peso extrema e uso de substâncias.xxvii
Os fibromas no útero podem causar períodos com muito fluxo,
ou prolongados. As infecções do tracto genital podem causar
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva - 8
sangramento anormal, geralmente acompanhado por outros sinais,
como por exemplo dor, corrimento vaginal ou febre. O cancro
ginecológico também pode causar sangramento. Outras doenças,
incluindo anomalias da tiróide e baixas contagens de plaquetas,
também podem interferir nos ciclos menstruais regulares.xxviii
O fluxo menstrual intenso e/ou frequente pode causar anemia, o
que, por sua vez, pode levar a amenorreia. A fadiga é um sintoma
frequente da anemia.xxix
Ajudar a aliviar os sintomas menstruais
Se tiver alterações no fluxo menstrual, deve procurar auxílio médico
para determinar a causa.
Há várias formas de aliviar muitos dos sintomas que vêm associados
aos problemas menstruais frequentes. As dores abdominais antes e
durante o período geralmente respondem bem a medicamentos para
alívio da dor não sujeitos a receita médica.
Algumas de nós podemos escolher tratar os nossos sintomas com
terapêutica de substituição hormonal ou com terapêuticas à base de
plantas ou de suplementos nutricionais, mas é importante informarmos
o nosso especialista em VIH e verificarmos com um farmacêutico
se há interacções medicamentosas. A pílula contraceptiva também
pode ajudar-nos em alguns casos (ver mais adiante nesta secção).
Por último, reduzir os nossos níveis de stress, fazer exercício ligeiro e
regular, e manter uma boa nutrição podem ajudar.
Parte 3
Mulheres mais velhas a viver com o VIH
A idade pode afectar-nos de pelo menos duas maneiras
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva relacionadas com
as mulheres e raparigas adolescentes a viver com o VIH: Exercícios
relativamente ao VIH:
• Algumas de nós somos diagnosticadas com VIH quando somos
mais velhas.
• Aquelas de nós que foram diagnosticadas há algum tempo e
estão agora a envelhecer mais do que alguma vez imaginámos
que poderíamos, apesar do nosso VIH.
casa, e depois terem decidido ter relações sexuais com uma nova
pessoa, mas terem presumido que, uma vez que já não estavam em
idade fértil, não precisavam de utilizar métodos-barreira e, portanto,
terem contraído o VIH.
Se formos diagnosticadas quando somos mais velhas, isso pode
ser um choque enorme, mas não está sozinha. Há muitas mulheres
com VIH que só descobrem a infecção numa fase mais tardia da
vida. Algumas mulheres tiveram problemas de saúde “misteriosos”
durante algum tempo até que alguém se lembrou de as testar quanto
ao VIH. Há dois motivos em particular para tal: o aumento na taxa
de divórcios e o facto de as mulheres acharem que já não precisam
de utilizar nenhuma forma de contracepção se já tiverem passado a
menopausa e já não tiverem períodos menstruais. xxxi
Ambos os exemplos anteriores são histórias bastante frequentes.
Em ambos os casos, as mulheres envolvidas podem sentir-se
envergonhadas, chocadas e terrivelmente sós. Este sentimento
pode ser exacerbado pelas opiniões da sociedade relativamente
às mulheres mais velhas e à sexualidade em geral. Por exemplo,
muitas mulheres podem achar muito difícil partilhar com os filhos
que alguma vez tiveram relações sexuais, quanto mais dizer-lhes
que (ainda) são sexualmente activas! Dizer aos filhos que agora
têm VIH pode ser extraordinariamente difícil, sobretudo se também
implicar o pai dos filhos de alguma forma. Algumas mulheres mais
velhas também expressaram receios de que, se contarem aos
filhos que têm VIH, estes já não as deixem dar mimos aos netos.
Outras mulheres expressaram choque por se terem apercebido
pela primeira vez de que poderiam de todo contrair o VIH. Esta
reacção pode muitas vezes ser seguida por raiva devido à falta de
informação do domínio público sobre o VIH e as mulheres em geral.
Para algumas mulheres mais velhas, o choque de um diagnóstico de
VIH pode ocorrer por diferentes motivos. Em alguns casos tal devese a darem-se conta de que se passam mais coisas na vida do seu
parceiro de longo prazo do que se tinham apercebido anteriormente.
Isto pode dar origem a emoções muito intensas e – sobretudo se o
parceiro já tiver falecido – muitas perguntas podem, infelizmente,
ficar sem resposta.
Claro que há outras situações nas quais as mulheres mais velhas
podem contrair o VIH – não apenas estas, mas o importante
é apercebermo-nos de que há outras mulheres em situações
semelhantes à nossa. Consulte o site SHE para ver mais
informações sobre o VIH, as mulheres e o envelhecimento e sobre
como pode entrar em contacto com outras mulheres que também
tenham contraído o VIH numa idade mais avançada.
Outras mulheres mais velhas poderão ter-se separado de um
companheiro de longo prazo depois de os filhos terem saído de
Para aquelas de nós que fomos diagnosticadas com o VIH quando
éramos mais novas e agora estamos a entrar na velhice, também
O número de mulheres mais velhas com VIH no Reino Unido está a
aumentar. Presentemente, no Reino Unido, 20% do total de pessoas
com VIH e com mais de 50 anos são mulheres. Isto significa
2000 mulheres, e este número está a aumentar.xxx
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva - 9
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva relacionadas com
as mulheres e raparigas adolescentes a viver com o VIH: Exercícios
não estamos sós e estamos a “entrar num clube” que tem cada
vez mais gente todos os dias. Para aquelas de nós com mais de
50 anos, ainda que a nossa esperança de vida possa agora ser
tão boa quanto a de qualquer outra mulher sem VIH, podemos
aperceber-nos de que a nossa oportunidade de ter (mais) filhos
já passou. Podemos olhar com inveja para as nossas amigas em
redor de nós, com os seus filhos e netos a crescer. Podemos ter
um sentimento de luto e perda, de que o nosso VIH actuou como
um obstáculo a termos “alguém significativo” nas nossas vidas.
Podemos sentir-nos tristes por nunca termos alcançado aquilo por
que ansiávamos durante a nossa vida de trabalho devido à enorme
energia que tivemos de investir para lidar com o nosso VIH. Por
vezes podemos sentir-nos avassaladas pela sensação de perda dos
“anos roubados” das nossas vidas, ao vivermos com o VIH como
o nosso companheiro e parceiro de cama que não é bem-vindo
mas é constante. Podemos sentir-nos tristes por muitas coisas.
Estes sentimentos podem ser particularmente intensos por ocasião
de encontros familiares. Uma coisa que podemos fazer para nos
ajudarmos a nós próprias consiste em apercebermo-nos de que os
nossos sentimentos serão mais intensos nessas ocasiões – e que
irão provavelmente voltar a acalmar assim que esses momentos
tiverem passado. Saber que os nossos sentimentos podem ir e
vir pode ajudar-nos a aceitá-los e a lidar com eles até que a parte
aguda da dor tenha acalmado novamente.
A idade mais avançada também é agora uma oportunidade para
crescermos para sermos nós próprias e fazermos aquilo que
quisermos, quando quisermos, de uma forma que nunca sentimos
poder ou ser-nos permitido quando éramos mais novas. Outras
mulheres que têm filhos ou netos para cuidar, ou com horários de
trabalho mais exigentes do que os nossos, poderão não ter tanta
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva - 10
flexibilidade de horários como nós. Duas mulheres mais velhas com
VIH conheceram-se durante o seu diagnóstico e agora tornaramse muito boas amigas, partilhando as férias e o tempo livre na
companhia uma da outra e apoiando-se uma à outra e a outras
mulheres mais velhas com VIH na sua vizinhança. Outras mulheres
mais velhas tornaram-se madrinhas ou tomam conta dos netos mais
novos das suas amigas, tornando-se parte das suas vidas – mas
também podem ir para casa quando acham que já chega! Também
há outras mulheres mais velhas com VIH que agora estão a observar
os seus filhos e netos a crescer sem VIH – algo que nunca tinham
imaginado, nem nos seus sonhos mais absurdos, quando foram
inicialmente diagnosticadas.
O que é importante é estar sempre ciente de que há outras mulheres
em situações semelhantes à nossa. Consulte o site SHE para ver
mais informações sobre o VIH, as mulheres e o envelhecimento e
sobre como pode entrar em contacto e partilhar com outras mulheres
que também estão a envelhecer com o VIH.
P
Coisas que podemos pensar em perguntar aos nossos
médicos
• Qual é o meu risco de doença cardiovascular?
• Como está a minha pressão arterial?
• Tenho problemas de memória; acha que pode estar
relacionado com o VIH? (se for relevante para si)
• Verificou os meus níveis de vitamina D?
• Verificou os meus ossos?
• Estou na menopausa, acha que devo fazer uma
densitometria óssea?
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva relacionadas com
as mulheres e raparigas adolescentes a viver com o VIH: Exercícios
Considerações especiais de saúde para as mulheres mais velhas a
viver com o VIH
Peça à sua equipa de saúde que lhe dê aconselhamento detalhado
sobre como o fazer.xxxv
Nas pessoas com 40 anos e mais, são frequentes os relatos de
sintomas relacionados com a idade, mas as mulheres em particular
parecem relatar alterações relacionadas com a idade, como por
exemplo níveis de energia reduzidos, alterações na pele e problemas
articulares.xxxii
A investigação recente sugere que muitos dos problemas de saúde
das pessoas mais velhas podem progredir mais depressa nas
pessoas com VIH. Não é claro se o VIH “acelera” o envelhecimento ou
se as doenças normais do envelhecimento interagem entre si e com o
VIH e se tornam mais graves.xxxiii
Os problemas de saúde a considerar, sendo mulheres a viver com
VIH, incluem a doença cardiovascular, redução da densidade mineral
óssea, diabetes, problemas neurocognitivos e lipodistrofia.xxxiv
Além disso, como mulheres, temos de pensar em exames regulares
de rastreio à mama. No Reino Unido, se tiver mais de 50 anos,
deverá ser chamada a fazer um exame da mama (mamografia) a
cada três anos, para verificar a eventual presença de anomalias na
mama e de cancro da mama. Também deve fazer regularmente o
auto-exame da mama. Para as mulheres que ainda têm o período,
a maioria dos métodos sugerem que o auto-exame seja realizado
sempre na mesma altura do ciclo menstrual, pois as flutuações
hormonais normais podem causar alterações no peito. A altura mais
recomendada é logo a seguir ao final do período menstrual, pois
nessa altura é menos provável que o peito esteja inchado e sensível.
Se estiver a passar, ou já tiver passado, pela menopausa, ou se tiver
ciclos irregulares, deve fazer um auto-exame uma vez por mês.
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva - 11
Os diagramas acima dão um exemplo de auto-exame da mama em
seis passos. Os passos 1-3 envolvem a inspecção do peito com os
braços pendentes junto ao corpo, com as mãos atrás da cabeça
e com as mãos na anca. O passo 4 é a palpação da mama. O
passo 5 é a palpação do mamilo. O passo 6 é a palpação da mama
estando deitada.
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva relacionadas com
as mulheres e raparigas adolescentes a viver com o VIH: Exercícios
Menopausa
A menopausa, ou o final da menstruação, é uma fase natural
para as mulheres. A produção reduzida da hormona estrogénio
significa que o revestimento do seu útero não pode ficar mais
espesso para se preparar para uma gravidez. A produção de
óvulos pára, tal como a menstruação, ou seja, o seu período
menstrual. Normalmente, as mulheres têm a menopausa entre os
45 e os 55 anos, e a maioria entra na menopausa por volta dos 50.
Existem algumas sugestões de que as mulheres com VIH poderão
ter a menopausa mais cedo, sobretudo se tiverem contagens de
CD4 mais baixas (ou seja, menos de 200 células/mm3). Se não
for muito activa fisicamente também poderá ter a menopausa mais
cedo.xxxvi
As mulheres que vivem com VIH relatam mais sintomas de
menopausa do que as restantes mulheres, incluindo períodos com
maior fluxo, irregulares ou em falta, afrontamentos, secura vaginal
e outras alterações da vagina. Estes sintomas podem dever-se a
muitos factores, como por exemplo anemia, produção hormonal
mais baixa, doença crónica, perda de peso, medicamentos antiVIH, drogas de rua e tabagismo.xxxvii A depressão está fortemente
associada aos sintomas da menopausa.xxxviii
É importante notar que a diminuição de espessura das paredes
vaginais e a redução nos fluidos que lubrificam a vagina significa
que as paredes vaginais podem rasgar mais facilmente, colocando
as mulheres mais velhas em maior risco de contrair novas estirpes
de VIH e outras IST durante relações sexuais não protegidas. Após
a menopausa, o uso do preservativo para o controlo da natalidade
torna-se desnecessário, mas não utilizar preservativos irá colocarnos em risco acrescido, pois estaremos desprotegidas contra estas
infecções durante o acto sexual.
Os sintomas graves costumam melhorar por si à medida que as
alterações hormonais vão passando. No entanto, algumas de
nós podem decidir, juntamente com o médico, utilizar terapêutica
de substituição hormonal (TSH) para substituir o estrogénio
perdido durante a menopausa. Tal como acontece com qualquer
terapêutica, a TSH tem riscos e benefícios. Para as mulheres
que vivem com VIH, há ainda muitas questões relativamente ao
impacto da TSH e à respectiva interacção com a TAR. Infelizmente,
ainda não foi concluída investigação suficiente para examinar os
possíveis perigos relativamente aos benefícios.xxxix
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva - 12
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva relacionadas com
as mulheres e raparigas adolescentes a viver com o VIH: Exercícios
As alternativas à TSH para tratamento dos afrontamentos
incluem certos antidepressivos, conhecidos como ISRS. Algumas
mulheres utilizam produtos de soja ou tomam remédios à base
de plantas, como por exemplo o óleo de onagra, que contêm
compostos semelhantes ao estrogénio para ajudar a aliviar os
afrontamentos, a barriga inchada e as alterações de humor. No
entanto, há evidências contraditórias, provenientes dos ensaios
clínicos, relativamente à eficácia das terapêuticas à base de
plantas, e é essencial que fale com a sua equipa de saúde antes
de tomar quaisquer suplementos deste tipo, pois alguns produtos
à base de plantas e produtos dietéticos podem interagir com os
medicamentos anti-retrovirais e com outros medicamentos.xl
Uma solução possível para a secura e diminuição da espessura
das paredes vaginais é a utilização de cremes de estrogénio de
uso tópico para aplicar durante o acto sexual, pois estes não estão
associados aos mesmos riscos que a TSH tomada por via oral.xli
As boas notícias são que, para aquelas de nós que ainda não
começaram ou estão prestes a começar a TAR, o tratamento
deve ter a mesma eficácia, independentemente de qual a fase da
menopausa em que se encontre.xlii
É importante notar que alguns sintomas relacionados com o VIH
muitas vezes são semelhantes aos associados ao envelhecimento
(fadiga, perda de peso, demência, erupções cutâneas), e isto
pode significar que podemos ignorar sintomas, ou que os sintomas
sejam incorrectamente diagnosticados pelos nossos médicos.
Se tiver dúvidas acerca dos sintomas da menopausa, ou de
possíveis interacções entre os tratamentos, fale com a sua equipa
de cuidados de saúde. Também pode perguntar como pode ir
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva - 13
a uma clínica especializada na menopausa para obter apoio e
aconselhamento adicionais.
Osteoporose
A osteoporose é um enfraquecimento dos ossos devido à perda
de densidade óssea. É mais frequente em todas as mulheres que
passaram pela menopausa, devido ao elevado nível de alterações
hormonais que ocorrem durante a mesma. Também é frequente
nas mulheres com mais de 50 anos. A probabilidade ao longo da
vida, para todas as mulheres na menopausa, de sofrerem uma
fractura devido à osteoporose, é elevada, ou seja, de 40% ou mais
nos países desenvolvidos.xliii
Um estudo concluiu que as pessoas com VIH, de ambos os
sexos, tendem a ter uma densidade óssea inferior ao normal. O
motivo para tal não está inteiramente esclarecido, mas parece
provável que seja causado quer pelo próprio VIH quer pelos efeitos
do tratamento, pois a investigação sugere que determinados
medicamentos anti-VIH podem causar perda óssea.xlv
Um estudo de comparação do risco de osteopenia (ou seja,
diminuição da espessura dos ossos, um quadro clínico que leva
à osteoporose) nas mulheres verificou que as mulheres com VIH
têm uma maior probabilidade de apresentar este quadro clínico. No
entanto, não se verificou que tal estivesse relacionado com tomar
TAR. O estudo verificou ainda que as mulheres que mantinham
um peso estável tinham uma maior probabilidade de manter a
sua resistência óssea, em comparação com aquelas que tinham
perdido peso devido ao VIH não controlado (ou seja, aquelas que
não estavam a tomar uma TAR eficaz).xlvi
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva relacionadas com
as mulheres e raparigas adolescentes a viver com o VIH: Exercícios
A densidade mineral óssea pode ser medida, de forma indolor, com
um exame chamado densitometria óssea. Talvez este exame lhe
tenha sido proposto como parte da sua monitorização de saúde
devido ao VIH.
A maior parte dos médicos recomenda que todas as mulheres
a viver com VIH e que tenham chegado à menopausa sejam
submetidas a uma densitometria óssea a cada dois a cinco anos,xlvii
mas o acesso a este exame poderá ser limitado devido aos recursos
disponíveis no seu país. Se estiver em idade menopáusica, pergunte
à sua equipa de cuidados de saúde por este exame.
Caso se detecte perda óssea, o seu médico irá procurar outras
causas secundárias possíveis, para além do VIH e o respectivo
tratamento, como por exemplo o tabaco, álcool, café ou alterações
hormonais. Independentemente de estar ou não ciente das
alterações na densidade dos seus ossos, há várias coisas que pode
fazer para prevenir problemas no futuro. Fazer uma alimentação rica
em cálcio e em vitamina D, tomar suplementos vitamínicos, obter
uma exposição adequada ao sol e fazer regularmente exercícios
com sustentação de peso podem ajudar.xlviii Estas estratégias serão
debatidas em maior detalhe no exercício A.
Parte 4
As mulheres jovens e o VIH
A definição de “jovem” varia. Geralmente refere-se às pessoas
entre os 16 e os 24 anos, mas também pode alargar-se para incluir
jovens até aos 30 anos.xlix
Algumas de nós podemos ter contraído o VIH através dos
nossos pais, por transmissão vertical, enquanto outras poderão
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva - 14
tê-lo contraído através de sexo sem protecção ou da partilha de
equipamento para injecção.
Aceder aos serviços de saúde
Aquelas de nós que nasceram com o VIH e cresceram a utilizar
os mesmos serviços de saúde que os nossos pais poderão achar
difícil consultar os médicos e enfermeiros que também estão a
tratar outros membros da família. Falar sobre o sexo, as relações e
a contracepção com os mesmos médicos que consultámos quando
éramos crianças pode causar algum embaraço. Uma ansiedade
profunda relativamente a quebras de confidencialidade, sobretudo
com os membros da nossa família, também nos pode impedir de
aceder aos serviços de saúde.l
Passar dos serviços pediátricos para os serviços de adultos pode
ser um desafio. Uma clínica pediátrica costuma ser um ambiente
informal e amigável. Em comparação, as clínicas para adultos
podem parecer intimidantes, com material sexualmente explícito
visível e por vezes uma atmosfera bastante mais formal.li
Considerações especiais de saúde para as mulheres jovens a viver
com o VIH
O desenvolvimento de tratamentos para o VIH e a melhoria da
esperança de vida que isso comporta alteraram as perspectivas
para todos os jovens com VIH, que podem agora ter a expectativa
de iniciar relações sexuais e de constituir família.
Em muitos países europeus, tem havido uma redução no número
de gravidezes na adolescência na última década, mas essas taxas
continuam a ser elevadas. Em 2008, o Reino Unido tinha uma taxa
de gravidez de 40,6 por cada 1000 raparigas com idade entre os 15
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva relacionadas com
as mulheres e raparigas adolescentes a viver com o VIH: Exercícios
e os 17 anos, com quase metade a terminar em aborto.lii
Esta era a taxa mais elevada da Europa. Uma auditoria realizada
pela HYPNET encontrou ainda uma elevada taxa de gravidezes
não planeadas nas raparigas adolescentes que tinham crescido
com VIH no Reino Unido e na Irlanda, e um outro estudo também
registou um número significativo de gravidezes não planeadas
em raparigas que estão a viver com o VIH e com idade inferior a
20 anos, na Europa.liii,liv
No Reino Unido, 50% do total de IST ocorreram em mulheres
jovens, de 16-24 anos, e os novos diagnósticos de clamídia nas
raparigas de 16-19 anos duplicaram ao longo dos últimos 10 anos.lv
Como rapariga adolescente/mulher jovem, o que podes fazer para
cuidar da tua saúde reprodutiva?
• Se fores uma rapariga adolescente que sofreu transmissão
vertical durante o parto, podes transmitir o VIH, engravidar ou
apanhar uma IST na primeira vez que tiveres relações sexuais.
• É importante que disponhas das informações e da oportunidade
de falar destas questões de saúde sexual e de relacionamentos
quando, ou, esperemos, antes, de te tornares sexualmente activa.
• Algumas IST, ou seja a clamídia e o VPH, podem não
apresentar sintomas. Se deixadas sem diagnóstico e
tratamento, podem levar a doenças graves e afectar a fertilidade
futura. Recomenda-se a realização de testes de Papanicolau a
partir do momento em que te tornares sexualmente activa.
Se tiveres até 26 anos, inclusive, recomenda-se que leves a
“vacina quadrivalente para o VPH”. Esta é administrada sob
a forma de uma injecção e foi concebida para te proteger de
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva - 15
contraíres os tipos de vírus do papiloma humano (VPH) associados
à maioria dos cancros do colo do útero e verrugas genitais. Se
a tua contagem de CD4 for inferior a 200, ou se tiveres estado
exposta anteriormente ao VPH através do contacto sexual (uma
análise ao sangue pode detectar se tal aconteceu), podes não
beneficiar da vacinação nesta altura. Conversa mais sobre isto, e
em maior detalhe, com a tua equipa médica.lvi
Podes achar difícil ou embaraçoso conseguir obter preservativos
e/ou outros recursos contraceptivos. Muitos jovens sentem
relutância em ir aos serviços de saúde locais e/ou em admitir que
são sexualmente activos, devido a receios relacionados com a
confidencialidade. Isto pode dever-se a imensos factores, a falta
de confiança, a não saber onde e como aceder aos serviços, por
exemplo. Os adolescentes tendem a adiar tanto quanto possível a
procura de aconselhamento médico para problemas de saúde. Isto
tem implicações importantes para a prevenção de uma gravidez
indesejada e para a tua saúde em geral, portanto tenta encontrar
um amigo ou um adulto em quem confies para conversar e talvez
para ir contigo quando procurares aconselhamento médico sobre
estes assuntos.
Sexo e relacionamentos
Como mulheres jovens com VIH, temos tanto direito quanto as
outras mulheres jovens a ter relações sexuais felizes, plenas e
seguras. Temos o direito de decidir quando queremos começar a
ser sexualmente activas e ninguém nos deve pressionar antes de
estarmos prontas. Há todo o tipo de formas de estarmos próximas
de alguém sem ter relações sexuais com penetração.
Por exemplo, abraçar e fazer massagens um ao outro podem fazer-
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva relacionadas com
as mulheres e raparigas adolescentes a viver com o VIH: Exercícios
nos sentir próximos. Se, e quando, nos sentirmos prontas para nos
tornarmos mais activas sexualmente, temos o direito de ter o apoio
activo de serviços de saúde sexual e reprodutiva amigáveis para os
jovens, para garantir que estamos inteiramente protegidas contra
gravidezes indesejadas e IST. Isto normalmente significa utilizar
uma “protecção dupla”.
Aceder ao apoio
As mulheres jovens e as raparigas que vivem com VIH irão
beneficiar extremamente com o apoio entre pares. Muitas vezes,
pode ser difícil para nós saber como ou quando revelar o nosso
estatuto de portadoras de VIH aos amigos e potenciais parceiros
sexuais. Se estivermos a tomar medicação para o VIH, podemos
sentir ansiedade relativamente a tomá-la a horas sem ter de
explicar aos nossos amigos a importância de o fazer. Podemos ter
problemas com as dormidas em casas dos amigos, por exemplo,
como levar a medicação connosco e tomá-la a horas, sem os
nossos amigos nos perguntarem para que é? Podemos ficar
incomodadas por termos VIH quando os nossos amigos ou irmãos
não têm. Podemos ficar incomodados por a educação sexual na
nossa escola partir do princípio de que todos os jovens são VIHnegativos, por não explicar como deve ser que qualquer pessoa
pode contrair o VIH e que o VIH não é uma questão moral.
Se alguma destas questões estiver relacionada com a tua própria
experiência, lembra-te que não estás só. Há muitas mulheres
jovens que estão a crescer com o VIH e o apoio entre pares pode
realmente ajudar a falar sobre estas questões e a desenvolver
estratégias para lidarmos com elas nas nossas vidas.
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva - 16
Parte 5
Considerações especiais para as mulheres que têm
relações sexuais com mulheres
Por vezes, diz-se às mulheres que só têm relações sexuais com
mulheres que não precisam ser testadas quanto a DST e estas
pensam que não há o risco de transmitir o VIH nem de contrair uma
outra estirpe do vírus. Não é assim.
O herpes, as verrugas genitais e a clamídia podem ser transmitidos
na troca de fluidos corporais. Qualquer contacto de um-para-um,
como por exemplo o sexo oral, ou utilizar a mesma mão para se
tocar e em seguida tocar na parceira, pode causar a transmissão
destas doenças. Quando ambas as mulheres estão menstruadas, o
risco de transmitir estas IST, bem como o VIH, fica aumentado.lvii
Para as mulheres que vivem com VIH, o risco de transmitir o VIH
através do sexo oral com outra mulher é baixo, mas aumenta se
uma de vós tiver cortes ou aftas na boca ou nos órgãos genitais,
ou se estiver com o período. O sexo oral é mais seguro se utilizar
uma “barragem dentária” (um quadrado de látex ou de película
aderente) para impedir que qualquer fluido vaginal ou sangue
menstrual entre na boca. Um preservativo cortado e aberto ao meio
pode ser utilizado para este fim.lviii
A partilha de brinquedos sexuais (por exemplo, vibradores) pode
ser arriscada se estes tiverem fluidos (líquidos) vaginais , sangue
ou fezes. Limpe-os sempre bem e tenham um para cada uma.
Qualquer actividade sexual que possa levar a sangramento ou a
cortes/interrupções no revestimento da vagina ou do ânus também
aumenta o risco.lix
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva relacionadas com
as mulheres e raparigas adolescentes a viver com o VIH: Exercícios
Recurso
Pregnant Pause: A guide for lesbians on how to get pregnant http://
www.stonewall.org.uk/at_home/parenting/3463.asp
Parte 6
Dieta e nutrição
Ter VIH não significa que tenha de fazer uma alimentação especial;
no entanto, uma alimentação saudável e equilibrada irá ajudá-la a
proteger e a melhorar a sua saúde e a dar-lhe mais energia.
A sua saúde relacionada com o VIH e o seu estado nutricional
estão intimamente relacionados. É importante tentar manter um
peso corporal saudável e o índice de massa corporal dentro do
intervalo normal (visite www.nhs.uk/Livewell para calcular este
valor). É amplamente aceite que a perda de peso desnecessária
é um forte indicador de doença nas pessoas com VIH; no entanto,
mais recentemente, verificou-se que perder apenas 3-5% do peso
corporal que tinha anteriormente, dentro do intervalo normal,
aumenta significativamente o risco de que a sua saúde piore,
mesmo que esteja a tomar TAR.lx
Os motivos para a perda de peso podem incluir:
• Ingestão insuficiente de alimentos devido a “dietas” inadvertidas
por causa de falta de acesso a alimentos, andar distraída;
ansiosa ou deprimida, ou devido a náuseas ou a má absorção;
• Uso de álcool e drogas;
• Deficiências nutricionais;
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva - 17
• Aumento do gasto de energia devido a exercício e/ou a stress
psicológico;
• Agravamento da saúde devido ao VIH ou à presença de
outras doenças, como por exemplo infecções gástricas e/ou
tuberculose (TB).
Muitas de nós, sobretudo quando somos mais novas, temos
tendência a dar prioridade à imagem corporal em vez de a uma
alimentação saudável, e esforçamo-nos por atingir a “forma
corporal ideal” percepcionada. Isto pode significar que pense em
fazer uma dieta de redução do peso para conseguir essa forma
física. Peça ao seu profissional de saúde para determinar se
está com excesso de peso e peça o encaminhamento para um
nutricionista para obter aconselhamento se for o caso. Fale com
outras mulheres sobre este assunto e provavelmente irá verificar
que muitas de nós temos opiniões, experiências e conselhos
semelhantes para partilhar consigo.
Uma dieta equilibrada deve conter o seguinte:lxi
• Alimentos ricos em hidratos de carbono complexos, como o
pão, cereais, batatas, massas e arroz. Estes alimentos devem
constituir a base da sua alimentação e irão fornecer-lhe hidratos
de carbono para a energia, bem como vitaminas, minerais e
fibras. Deve comer alimentos com amido em todas as refeições.
• Frutas e legumes. Estas irão fornecer vitaminas, minerais, fibras
e energia. Deve tentar comer cinco porções por dia. Uma porção
equivale a uma peça de fruta inteira ou a uma colher de servir
bem cheia de legumes.
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva relacionadas com
as mulheres e raparigas adolescentes a viver com o VIH: Exercícios
• Proteínas da carne, aves, peixe, ovos,
leguminosas e frutos secos. Tente comer duas
porções. Uma porção equivale a dois ovos de
tamanho médio, a 100 g de carne, a 150 g de
peixe ou a uma lata pequena de feijão.
• Lacticínios, como o leite, o queijo e o iogurte.
Estes irão fornecer-lhe vitaminas, minerais e
cálcio. Devem comer-se três porções por dia. Uma
porção equivale a 250 ml de leite, a um boião de
iogurte ou a um pedaço de queijo do tamanho de
uma caixa de fósforos pequena.
The eatwell plate is based on 5 food groups
lxii
Bread, rice,
potatoes, pasta
and other starchy
foods
Fruit and
vegetables
• Gorduras, como o óleo de cozinha, manteiga,
margarina, gorduras da carne e de outros
alimentos proteicos. Estas fornecem energia,
ácidos gordos essenciais e as vitaminas
lipossolúveis A, D, E e K. Também fornecem
cálcio e fósforo. A sua ingestão diária de calorias
provenientes das gorduras não deve corresponder
a mais de um terço do total.
Este diagrama ilustra a proporção de cada grupo
alimentar para a nossa ingestão diária total.
Se o nosso peso for calculado como estando dentro
dos limites saudáveis recomendados e estivermos
de boa saúde, em geral as linhas de orientação
alimentares são muito semelhantes às das outras
pessoas, o que significa fazer uma alimentação
saudável e equilibrada, conforme ilustrado à direita.
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva - 18
Meat, fish,
eggs, beans
and other non-dairy
sources of protein
Milk and dairy
foods
Food and drinks high in fat
and/or sugar
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva relacionadas com
as mulheres e raparigas adolescentes a viver com o VIH: Exercícios
No entanto, também vale a pena notar que:
• Se NÃO estamos a tomar TAR e/ou temos uma carga viral
detectável, temos tendência a gastar mais energia. Neste
caso, o número de calorias consumidas deve ser cerca de
10% superior às quantidades habituais indicadas nas linhas
de orientação, e até 30% mais elevado se estivermos a
recuperar de uma doença. O equilíbrio recomendado de
gorduras, proteínas e hidratos de carbono na nossa alimentação
permanece igual.lxiii
• Os efeitos benéficos de tomar suplementos de vitaminas B, C
e ácido fólico foram firmemente estabelecidos. Os suplementos
de selénio, N-acetil-cisteína, prebióticos e probióticos têm
benefícios potenciais mas precisam de ser investigados
em maior detalhe. Os suplementos de vitamina A, ferro e
zinco foram associados a efeitos adversoslxiv e não devem
ser tomados sem consultar o seu farmacêutico ou médico
especializado em VIH.
• Se sofrer de fluxo menstrual intenso, o seu médico irá verificar
a eventual presença de anemia e aconselhá-la relativamente a
tomar ou não suplementos de ferro.
Como acontece com todas as mulheres, se estiver grávida, deve
procurar obter todos os nutrientes necessários a partir de uma
dieta equilibrada. Não há “quantidades diárias recomendadas”
específicas para mulheres grávidas com VIH. É provável que um
multivitamínico concebido especificamente para uso na gravidez
seja benéfico, mas debata isso primeiro com o seu farmacêutico ou
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva - 19
com o seu médico. Se aconselhável, a suplementação vitamínica
deve começar tão cedo na gravidez quanto possível e deve
continuar durante três meses após o nascimento do seu bebé.lxv
Para aquelas de nós que sofrem de problemas menstruais, vale a
pena considerar algumas alterações alimentares. Se tiver fluxos
muito intensos e baixos níveis de ferro, combine alimentos ricos
em ferro com alimentos ricos em vitamina C, para aumentar a
absorção de ferro a partir dos alimentos. Se sofre de síndrome
pré-menstrual (SPM), pode ser tranquilizador saber que é frequente
para nós ingerir mais 300-500 calorias nos dias anteriores ao
período, mas escolha estes alimentos de forma sensata e retome
a sua ingestão calórica normal após o final do período, para evitar
um ganho de peso significativo.lxvi,lxvii
Todas as mulheres na menopausa perdem cálcio ósseo. À medida
que envelhecemos, temos tendência também para comer mais
e fazer menos exercício. Assegure uma dieta equilibrada, com
proteínas e uma fonte de cálcio em todas as refeições. Muitas de
nós com famílias reconheceremos que muitas vezes cuidamos das
necessidades nutricionais das nossas famílias e negligenciamos
a nossa própria saúde nutricional. Ao dar resposta às nossas
necessidades nutricionais básicas, podemos ajudar a apoiar os
nossos sistemas imunitários, agir como bons exemplos para os
nossos filhos e manter a energia de que necessitamos para ter
uma vida activa e plena.
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva relacionadas com
as mulheres e raparigas adolescentes a viver com o VIH: Exercícios
Parte 7
Exercício
A maioria de nós sabe que o exercício pode tornar-nos mais
fortes, dar-nos resistência e reforçar o nosso coração. Há
muitas vantagens do exercício que são particularmente úteis se
estivermos a viver com VIH.
Uma rotina de exercício regular pode fazer o seguinte::
• Aumentar a massa muscular;
• Reduzir a gordura em volta da cintura;
Faça o que puder. Tente incorporar 20-30 minutos de exercício
na sua rotina diária. Fazer exercício com outras pessoas pode
ajudar a motivá-la. Andar é um exercício aeróbico fantástico,
que a maioria de nós consegue fazer e incorporar na nossa vida
quotidiana. No Reino Unido, os médicos de clínica geral podem
prescrever “exercício por receita médica”, o que inclui um custo
reduzido para se juntar a um ginásio. Peça aconselhamento ao seu
prestador de cuidados de saúde quanto ao acesso a instalações de
desporto e exercício na sua área local.
Parte 8
• Baixar o colesterol total e o LDL (o colesterol “mau”);
Fertilidade
• Aumentar a HDL (o colesterol “bom”);
Muitos casais têm dificuldade em conceber, independentemente
do estatuto de portadores do VIH. Vários estudos mostraram
que o VIH pode reduzir a fertilidade.lxx No entanto, a gravidez é
perfeitamente possível, e não há indícios de que cause qualquer
progressão da doença causada pelo VIH. O VIH não parece
agravar os resultados da gravidez (que não em termos do risco de
transmitir o VIH ao bebé).lxxi
• Baixar os triglicéridos (outras gorduras “más” do sangue);
• Ajudar a controlar o açúcar no sangue;
• Reforçar os ossos;
• Reduzir o stress;
• Dar-lhe mais energia.
Faça exercício aeróbico. O exercício aeróbico pretende melhorar
o fluxo de oxigénio para os músculos e envolve fazer exercício de
intensidade moderada, como correr ou nadar, ao longo de um período
de cerca de 30 minutos. Isto em contraste com o exercício anaeróbico,
que se destina a aumentar a força muscular através do levantamento
de pesos ou da corrida em velocidade, por exemplo. O primeiro
mostrou ser benéfico para a qualidade de vida das mulheres que
vivem com VIHlxviii e também para reduzir os sintomas de depressão.lxix
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva - 20
Num estudo de grande dimensão, as taxas de gravidez foram
quase 80% mais elevadas para as mulheres que iniciaram
terapêutica anti-retroviral do que para aquelas que não estavam
em tratamento.lxxii Ainda que o estudo referisse que a ligação não
era clara, mostrou que as mulheres a fazer TAR tinham maior
probabilidade de engravidar do que aquelas que não estavam a
fazer tratamento.lxxiii
Se anda a tentar engravidar há vários meses sem sucesso, você e
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva relacionadas com
as mulheres e raparigas adolescentes a viver com o VIH: Exercícios
o seu parceiro devem considerar fazer um exame de fertilidade.
Preservativos (um método-barreira)
O stress, a má nutrição, infecções, tabagismo, álcool e alguns
medicamentos podem baixar a fertilidade em ambos os sexos.
Portanto, tanto você como o seu parceiro devem ser examinados.
Por vezes, algum relaxamento e um estilo de vida mais saudável
podem ajudar a melhorar a fertilidade.Se as causas da infertilidade
forem mais complicadas, há opções para a ajudar a engravidar.
Estes tratamentos podem ser muito stressantes, e quase sempre
são necessárias várias tentativas para conseguir engravidar. Mesmo
assim, o sucesso não é garantido. No Reino Unido: As clínicas de
fertilidade tratam as mulheres com VIH. No entanto, em muitas
áreas, não é provável que este tratamento continue a ser gratuito no
Serviço Nacional de Saúde (NHS). Isto deve-se a cortes financeiros
e não está relacionado com o estatuto de portador de VIH.
Os preservativos, quer os masculinos quer os femininos (Femidoms)
são altamente eficazes na prevenção da gravidez e da transmissão
do VIH e da maioria das infecções sexualmente transmissíveis. No
entanto, precisam de ser utilizados adequadamente para serem
eficazes. Qualquer pessoa que não tenha a certeza como utilizá-los
pode pedir o auxílio da equipa de saúde.
Parte 9
Contracepção
Independentemente do seu estatuto de portadora do VIH, todas
as mulheres têm o direito a fazer as suas próprias escolhas
relativamente à fertilidade e ao parto, e devemos esperar e receber
o mesmo nível de apoio por parte dos médicos e do pessoal de
saúde que qualquer outra pessoa.
Lembre-se de que apenas os métodos-barreira conseguem impedir
a transmissão de outras IST e impedir que sejamos reinfectadas
com uma estirpe diferente de VIH, o que pode complicar a nossa
saúde e o tratamento futuro do VIH.
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva - 21
Se um preservativo se romper durante a relação sexual, no Reino
Unido a pílula contraceptiva de emergência está disponível para
compra nas farmácias. Também pode obter contracepção de
emergência gratuita junto de um médico, num serviço genitourinário ou nas urgências do seu hospital local.
Se o seu parceiro não tiver VIH ou não tiver sido testado e um
preservativo se romper durante a relação sexual, ele deverá dirigirse a um serviço genito-urinário ou às urgências assim que possível,
e sem falta no prazo de 72 horas. Pode ser-lhe prescrita profilaxia
pós-exposição (PPE), que é uma série curta de medicamentos antiVIH que podem conseguir impedir que ele contraia o VIH.
É importante informar o médico ou farmacêutico de que está a
fazer tratamento para o VIH, pois alguns medicamentos anti-VIH
interferem com a forma como a pílula contraceptiva de emergência
funciona. Precisa de tomar a pílula no prazo de 72 horas após a
relação sexual, de preferência mais cedo.
Uma vez que é necessário utilizar os preservativos adequadamente
de cada vez que há um acto sexual, para prevenir a gravidez e a
transmissão de VIH e outras IST, pode querer utilizar também uma
forma de contracepção de suporte para proteger contra a gravidez.
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva relacionadas com
as mulheres e raparigas adolescentes a viver com o VIH: Exercícios
No entanto, nem todas as formas de contracepção de suporte
protegem contra a transmissão do VIH.
Dispositivos intra-uterinos (DIU)
Ter um pequeno dispositivo inserido no útero (um DIU) impede
que o esperma chegue ao óvulo e o fertilize. É um método eficaz
de contracepção de emergência e impede até 99% das gravidezes
de continuarem para além do ponto da fertilização.lxxiv Este método
não liberta hormonas na corrente sanguínea, pelo que não há
interacções com os medicamentos da TAR. Os DIU são escolhas
adequadas para algumas mulheres como forma de contracepção a
longo prazo.
A pílula contraceptiva
Há vários medicamentos anti-VIH e antibióticos que interferem
com a forma como os contraceptivos hormonais actuam, e o
contraceptivo poderá não ser tão eficaz quanto habitualmente.
Como resultado, alguns tratamentos não são recomendados
com a pílula contraceptiva como único método contraceptivo. É
importante obter aconselhamento sobre as possíveis interacções
medicamentosas junto do seu médico ou farmacêutico, pois estes
contraceptivos hormonais são frequentemente menos eficazes
consoante o tratamento para o VIH que está a tomar.
Diafragmas e capas cervicais
São dispositivos em borracha flexível ou em silicone, em forma de
cúpula, que são colocados na vagina de cada vez que tem relações
sexuais. Não são ideais para utilização por mulheres que têm VIH,
pois destinam-se a ser utilizados com uma substância chamada
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva - 22
“espermicida”, que pode irritar a vagina e aumentar o risco de
transmitir o VIH. No entanto, para muitas de nós que acham
difícil negociar o uso consistente de preservativos com os nossos
parceiros, o diafragma oferece uma alternativa potencial.
Outros tipos de prevenção da gravidez
• Esterilização feminina. Envolve cortar as trompas de falópio
para o óvulo não se conseguir deslocar até ao útero. É muito
eficaz para prevenir a gravidez, embora habitualmente não seja
reversível.
• Esterilização masculina. Há um pequeno tubo no pénis que é
cortado para prevenir a transferência de esperma. Este é um
método muito eficaz nas relações monogâmicas.
• Monitorização/tabela de temperatura. Uma tabela diz-lhe em
que dias do mês, ou seja, nos seus dias férteis, deve evitar ter
relações sexuais (um método muito menos fiável).lxxv
Obter contracepção
Em Portugal: O Serviço Nacional de Saúde fornece acesso gratuito
à contracepção. A contracepção está disponível junto dos médicos
de clínica geral e dos serviços de saúde sexual ou de planeamento
familiar.
Os centros de tratamento do VIH e os serviços de saúde sexual
oferecem gratuitamente fornecimentos pessoais de preservativos
masculinos e femininos. Estão largamente disponíveis para compra
em bares e pubs, supermercados, farmácias, locais de desporto e
lazer, etc.
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva relacionadas com
as mulheres e raparigas adolescentes a viver com o VIH: Exercícios
Parte 10
Terminar uma gravidez indesejada
Algumas mulheres com VIH tomam a decisão informada de
terminar a sua gravidez (o que se designa medicamente como
“interrupção voluntária da gravidez”) pois tal é o mais correcto
nessa altura das suas vidas. No entanto, há casos em que as
mulheres foram forçadas ou se sentiram pressionadas para
fazer interrupções cirúrgicas ou médicas da sua gravidez.
Algumas podem ter “escolhido” fazer um aborto porque foram mal
informadas sobre o possível impacto da gravidez na sua saúde e
na saúde do seu filho por nascer. Nunca deve ser pressionada a
tomar uma decisão por outros, seja a favor ou contra interromper
a sua gravidez, incluindo por parte dos profissionais de saúde. No
entanto, se estiver grávida e achar que não consegue lidar com
isso, tente encontrar alguém em quem confie e fale com essa
pessoa imediatamente. Quanto mais cedo se dirigir aos serviços de
saúde, mais opções terá à sua disposição.
Parte 11
Planear e tentar ter um bebé
Para as mulheres com VIH, o planeamento bem informado
relativamente à gravidez, ao trabalho de parto, ao parto e à
alimentação do bebé é realmente importante para prevenir a
transmissão de VIH a um bebé antes de nascer, o que se designa
normalmente como “transmissão vertical”. Sem intervenções
médicas e aconselhamento, cerca de um terço das mulheres irão
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva - 23
fazer a transmissão vertical.
A boa notícia é que o tratamento para o VIH consegue reduzir
drasticamente o risco de transmissão vertical. Com um tratamento
eficaz para o VIH, a redução da carga viral para um nível
indetectável e um parto planeado e gerido clinicamente, o risco
de transmissão vertical é muito baixo. As linhas de orientação no
Reino Unido recomendam iniciar o tratamento às 28 semanas
para diminuir o risco de transmissão vertical para as mulheres que
não estão a fazer tratamento quando engravidam.lxxvi Num estudo
credível e de grande dimensão, a taxa global de transmissão
vertical foi de 1,2%, e de apenas 0,8% para as mulheres que
receberam pelo menos 14 dias de terapêutica anti-retroviral.lxxvii
O tratamento para o VIH reduz o nível de vírus no sangue, de
forma que o seu bebé fica exposto a uma menor quantidade de
vírus enquanto está no útero e durante o nascimento. Além disso,
alguns medicamentos anti-VIH também conseguem atravessar a
placenta e entrar no organismo do seu bebé, onde podem impedir
que o vírus tome o controlo. É por isso que aos bebés recémnascidos de mães a viver com o VIH também é administrada
uma série curta de medicamentos anti-VIH (a isto chama-se PPE,
profilaxia pós-exposição) depois de nascerem.lxxviii
Para aquelas de nós que estão grávidas ou a planear a gravidez, é
muito importante saber como reduzir o risco de transmissão vertical
e assegurar que os seus medicamentos são os melhores para a
gravidez. Converse sobre os seus planos com os membros da sua
equipa de cuidados de saúde, para que estes possam aconselhá-la.
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva relacionadas com
as mulheres e raparigas adolescentes a viver com o VIH: Exercícios
Se tem VIH e o seu parceiro não tem
Pode engravidar de forma segura através de auto-inseminação, por
vezes designada como “faça você mesma”. Antes de experimentar
este método, terá de se assegurar de que nem você nem o seu
parceiro têm uma infecção sexualmente transmissível. Resulta
melhor quando está a ovular (ou seja, quando os seus ovários
estão a libertar um óvulo), pois este é o seu período mais fértil.lxxix
A equipa de cuidados de saúde irá dar-lhe informações sobre como
calcular e reconhecer quando está a ovular, e como realizar este
procedimento para ter as melhores probabilidades de sucesso. Os
métodos para determinação da ovulação podem variar e incluem
aspectos como medir a consistência dos fluidos vaginais.
Para um homem que vive com VIH e uma mulher que não tem o
vírus
A lavagem de esperma é um procedimento realizado num
laboratório, que separa o fluido seminal, que contém o VIH, do
esperma, que não contém VIH. O esperma restante é colocado
num líquido e introduzido na sua vagina quando está a ovular, ou
seja, na altura em que se encontra mais fértil. Ainda que não possa
garantir-se absolutamente que não resta nenhum VIH, a lavagem
de esperma é considerada muito segura. Um estudo de lavagem
de esperma, efectuado em várias clínicas diferentes, demonstrou
que este método é eficaz a conduzir à gravidez e também reduz
significativamente o risco de transmitir o VIH do homem para a
parceira.lxxx
Infelizmente, a lavagem de esperma não é um método largamente
disponível, e poderá ter de pagar por este serviço. O seu médico
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva - 24
ou médico de família podem dar-lhe mais informações ou
responder a quaisquer dúvidas que possa ter relativamente à
lavagem de esperma.
Mulheres em relacionamentos do mesmo sexo, que vivem com VIH
e querem engravidar
Algumas mulheres nesta situação querem começar uma família
sua e portanto deparam-se com decisões relativamente aos
dadores de esperma. Algumas escolhem usar o esperma de
alguém que conhecem, em vez de recorrer a um banco de
esperma. Se uma mulher estiver a pensar em usar um dador de
esperma para engravidar, precisa de ter conhecimento da história
médica detalhada do potencial dador e de quaisquer possíveis
factores de risco, incluindo o uso de drogas e a história sexual.
Também é importante que o dador tenha feito um teste ao VIH.
Concepção para os casais que vivem ambos com VIH
Aspectos que alteram a saúde e o estado da vagina, como por
exemplo determinadas infecções genitais, tomar a “pílula” (ou seja,
contraceptivos orais) e a gravidez podem estar associados a uma
presença acrescida de VIH nos fluidos vaginais.lxxxi
A sua carga viral e a saúde do seu sistema imunitário também
terão impacto. A natureza variada e imprevisível da “perda
(shedding) no tracto genital” (mesmo para as pessoas com cargas
virais de VIH indetectáveis) faz com que seja difícil avaliar o risco
real de transmitir o VIH.lxxxi
Se ambos têm VIH e tiverem relações sexuais sem protecção,
há a possibilidade de que tal possa resultar na transmissão de
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva relacionadas com
as mulheres e raparigas adolescentes a viver com o VIH: Exercícios
uma estirpe diferente do vírus, ou de uma estirpe resistente aos
medicamentos. No entanto, há evidências crescentes que sugerem
que o risco pode ser mínimo se ambos os parceiros estiverem a
tomar TAR adequadamente e tiverem cargas virais indetectáveis
há muito tempo.lxxxii
Se ambos estiverem a tomar TAR e tiverem cargas virais
consistentemente indetectáveis, sem outras IST, e estiverem numa
relação monogâmica, o risco de transmitir o VIH e/ou diferentes
estirpes fica significativamente reduzido, mas não é zero (consulte
a folha informativa da Avert.org, disponível em http://www.avert.
org/media/pdfs/HIV-transmission-and-antiretroviral-therapy-Briefingsheet.pdf). Quando está disponível, a “lavagem de esperma”
também pode ser utilizada por casais que querem engravidar, se
ambos tiverem VIH e quiserem eliminar o risco.
Debata as suas opções e os riscos aprofundadamente com o
seu médico e equipa de saúde antes de tomar a decisão de ter
relações sexuais sem protecção.
Part 12
Reduzir o risco de transmissão do VIH ao seu bebé
assim que engravidar
Há vários factores que podem ajudar a reduzir a probabilidade de
que transmita VIH ao seu bebé. Estas incluem:
• Manter-se saudável em geral, tomar a TAR quando e como
prescrita, e ter uma carga viral indetectável durante a gravidez.
(Consulte a secção Vermelha deste programa para ver mais
detalhes).
• Se tem uma boa contagem de células CD4, uma carga
viral baixa e não está bem, as linhas de orientação, quer
as europeias quer as do Reino Unido, recomendam que
comece a tomar a TAR às 28 semanas de gravidez.lxxxiii,lxxxiv
Podem recomendar-lhe que comece mais cedo, por volta das
22 semanas, se tiver uma carga viral moderada ou elevada.
• Se lhe for diagnosticado VIH mais tarde na gravidez (às 32
semanas ou mais tarde), terá de começar a tomar o tratamento
para o VIH imediatamente. Da mesma forma, se tiver uma
carga viral elevada ou se o VIH tiver afectado significativamente
o seu sistema imunitário, ser-lhe-á aconselhado que inicie o
tratamento para o VIH assim que possível.lxxxv
• Tratar e prevenir quaisquer outras doenças sexualmente
transmissíveis. Deverá fazer um rastreio de saúde sexual numa
fase precoce da gravidez e outro às 28 semanas.lxxxvi
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva - 25
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva relacionadas com
as mulheres e raparigas adolescentes a viver com o VIH: Exercícios
• Pare de usar drogas recreativas, sobretudo drogas injectáveis, e
de fumar. Estas drogas têm o potencial de aumentar o risco de
transmitir o VIH ao seu bebé, mesmo nas mulheres que estão a
tomar TAR.lxxxvii
• Reduza a ingestão de álcool ao mínimo. No Reino Unido,
actualmente, o conselho do Departamento de Saúde consiste
em que também deve evitar beber álcool se estiver a tentar
ter um bebé. As mulheres grávidas são aconselhadas a evitar
o álcool nos primeiros três meses em particular, devido ao
risco acrescido de aborto espontâneo. Se escolher beber, para
minimizar o risco para o seu bebé em desenvolvimento, não
deve beber mais de 1-2 unidades de álcool uma ou duas vezes
por semana.lxxxviii
Parte 13
Dar à luz
Fale com o seu médico ou parteira sobre as suas opções, para
poder tomar uma decisão informada sobre a melhor forma de dar
à luz.
Em muitos países europeus, pode escolher como será o parto
do seu bebé, se por parto natural ou por cesariana planeada
(“electiva”).
A cesariana electiva foi associada a uma redução muito
significativa (ou seja, 93%) no risco de transmissão vertical, em
comparação com o parto vaginal ou a cesariana de emergência
nas mulheres que não tomaram TAR durante a gravidez. lxxxix
No entanto, se estiver a tomar a TAR como prescrito e tiver uma
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva - 26
carga viral “indetectável” (menos de 50 cópias/ml), a investigação
mostrou não haver benefício numa cesariana relativamente a
um parto vaginal. Nas doentes que também estão a viver com
VHC, é recomendada a cesariana electivaxc A investigação
apoia a estratégia de oferecer às mulheres que vivem com VIH
e têm gravidezes não complicadas a opção de um parto vaginal
planeado.xci
Algumas de nós fomos circuncisadas quando éramos meninas ou
mulheres jovens. Tal pode causar danos e cicatrizes que podem
levar a dificuldades durante o acto sexual, a gravidez e o parto. É
importante debater isto com a sua equipa obstétrica, que poderá
considerar a cesariana uma opção mais segura.xcii
Em todos os casos, o seu bebé irá receber medicação TAR (em
forma de xarope) durante quatro semanas após o nascimento.xciii
Parte 14
A amamentação e o VIH
A amamentação comporta o risco de transmitir o VIH ao seu
bebé e não é recomendada nas linhas de orientação actuais.xciv O
risco de tal acontecer depende do seu próprio estado de saúde,
de quanto tempo amamentou e se o seu bebé recebe outros
alimentos ou água para além do leite materno.xcv No Reino Unido
e em outros países onde estão disponíveis alternativas seguras ao
leite materno, é aconselhada a alimentar o seu bebé com leite de
substituição desde o nascimento.
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva relacionadas com
as mulheres e raparigas adolescentes a viver com o VIH: Exercícios
Pergunte à sua equipa de saúde ou organização de apoio se tiver
dificuldade em suportar o custo do leite em pó e do equipamento
necessário. Para obter ajuda e apoio a explicar a outros por que
motivo não está a amamentar, se quiser manter o seu estatuto
de portadora de VIH confidencial, poderá querer falar com outras
mães com VIH sobre como elas o conseguiram fazer com sucesso.
Parte 15
O que esperar dos serviços de saúde durante a sua
gravidez
Na maioria dos países europeus, é provável que seja tratada por
uma equipa multidisciplinar durante a gravidez. Isto significa que,
para além da sua equipa habitual para o VIH, é provável que
consulte um obstetra, uma parteira e um pediatra. Idealmente, o
seu médico de cuidados de saúde primários/médico de família
também irá estar envolvido.
A sua equipa de cuidados de saúde poderá apoiá-la para tomar
qualquer tratamento que lhe tenha sido prescrito e responder a
quaisquer perguntas sobre a sua saúde e a saúde do seu bebé.
Também podem dar-lhe apoio e aconselhamento relativamente
a quaisquer outras questões que possa ter, como por exemplo
alojamento, preocupações financeiras, dificuldades nos
relacionamentos, ou uso de álcool e de drogas recreativas.
A sua saúde relacionada com o VIH, e sobretudo a sua carga viral,
serão atentamente monitorizadas ao longo de toda a gravidez e,
a menos que surja uma complicação, não há a necessidade de
aumentar o número de deslocações aos serviços de saúde.
Questões de saúde física, sexual e reprodutiva - 27
Deve receber informações sobre como fazer uma alimentação
saudável, sobretudo sobre como prevenir as deficiências em ferro
ou em vitaminas e a perda de peso.
O rastreio de doenças sexualmente transmissíveis ou outras
infecções (como por exemplo infecções do tracto urinário, TB
ou infecções respiratórias) também deve fazer parte dos seus
cuidados de rotina na gravidez.
Além disso, a equipa médica fará o melhor possível para evitar
realizar quaisquer procedimentos invasivos desnecessários,
como por exemplo a amniocentese, um teste de diagnóstico
realizado durante a gravidez, que pode avaliar se o bebé em
desenvolvimento tem alguma anomalia ou problema de saúde
grave, num esforço de reduzir ainda mais o risco de transmitir o
VIH ao bebé.
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