fazer - Via Rápida - Governo do Estado de São Paulo
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g o v e r n o d o e s ta d o d e s ã o pa u l o Operador de Empilhadeira 2 emprego transporte Oper ador de Empilhadeir a 2 GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO Geraldo Alckmin Governador SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO Márcio Luiz França Gomes Secretário Cláudio Valverde Secretário-Adjunto Maurício Juvenal Chefe de Gabinete Marco Antonio da Silva Coordenador de Ensino Técnico, Tecnológico e Profissionalizante Concepção do programa e elaboração de conteúdos Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação Coordenação do Projeto Marco Antonio da Silva Equipe Técnica Cibele Rodrigues Silva, João Mota Jr. e Raphael Lebsa do Prado Fundação do Desenvolvimento Administrativo – Fundap Equipe Técnica Emily Hozokawa Dias e Odair Sthefano Sant’Ana Wanderley Messias da Costa Diretor Executivo Márgara Raquel Cunha Diretora Técnica de Formação Profissional Textos de Referência Beatriz Garcia Sanchez, Clélia La Laina, Dilma Fabri Marão Pichoneri, Maria José Masé dos Santos, Selma Venco e Walkiria Rigolon Coordenação Executiva do Projeto José Lucas Cordeiro Gestão do processo de produção editorial Fundação Carlos Alberto Vanzolini Mauro de Mesquita Spínola Presidente da Diretoria Executiva José Joaquim do Amaral Ferreira Vice-presidente da Diretoria Executiva Gestão de Tecnologias em Educação Direção da Área Guilherme Ary Plonski Coordenação Executiva do Projeto Angela Sprenger e Beatriz Scavazza Gestão do Portal Luis Marcio Barbosa, Luiz Carlos Gonçalves, Sonia Akimoto e Wilder Rogério de Oliveira Gestão de Comunicação Ane do Valle Gestão Editorial Denise Blanes Equipe de Produção Assessoria pedagógica: Egon de Oliveira Rangel Editorial: Airton Dantas de Araújo, Ana Paula Peicher Lisboa, Bruno Meng, Camila Grande, Celeste Baumann, Mainã Greeb Vicente, Olivia Frade Zambone, Priscila Risso, Rogério Cantelli, Stella Mesquita e Tatiana F. Souza Direitos autorais e iconografia: Ana Beatriz Freire, Aparecido Francisco, Fernanda Catalão, José Carlos Augusto, Larissa Polix Barbosa, Maria Magalhães de Alencastro, Mayara Ribeiro de Souza, Priscila Garofalo, Rita De Luca, Roberto Polacov e Sandro Carrasco Apoio à produção: Fernanda Rezende de Queiróz, Luiz Roberto Vital Pinto, Maria Regina Xavier de Brito, Valéria Aranha e Vanessa Leite Rios Diagramação e arte: Jairo Souza Design Gráfico CTP, Impressão e Acabamento Imprensa Oficial do Estado de São Paulo Agradecemos aos seguintes profissionais e instituições que colaboraram na produção deste material: Coparts Com. de Peças e Serviços Ltda, DiCico, Jesus Inácio Bueno, Nacco Materials Handling Group Brasil, Pallets de Paula, Saur Equipamentos, Sest-Senat Santo André e Somov Caro(a) Trabalhador(a) Estamos bastante felizes com a sua participação em um dos nossos cursos do Programa Via Rápida Emprego. Sabemos o quanto a capacitação profissional é importante para quem busca uma oportunidade de trabalho ou pretende abrir o seu próprio negócio. Hoje, a falta de qualificação é uma das maiores dificuldades enfrentadas pelo desempregado. Até os que estão trabalhando precisam de capacitação para se manterem atualizados ou, quem sabe, exercerem novas profissões com salários mais atraentes. Foi pensando em você que o Governo do Estado criou o Via Rápida Emprego. O Programa é coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, em parceria com instituições conceituadas na área da educação profissional. Os nossos cursos contam com um material didático especialmente criado para facilitar o aprendizado de maneira rápida e eficiente. Com a ajuda de educadores experientes, pretendemos formar bons profissionais para o mercado de trabalho e excelentes cidadãos para a sociedade. Temos certeza de que vamos lhe proporcionar muito mais que uma formação profissional de qualidade. O curso, sem dúvida, será o seu passaporte para a realização de sonhos ainda maiores. Boa sorte e um ótimo curso! Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação Caro(a) Trabalhador(a) Dando continuidade aos estudos sobre o trabalho do operador de empilhadeira, neste Caderno você vai estudar mais sobre os principais conceitos e práticas relacionados a essa ocupação. Iniciaremos, na Unidade 6, pelo reconhecimento dos códigos de cargas e demais sinalizações que todo operador de empilhadeira precisa conhecer. Em seguida, na Unidade 7, você conhecerá as rotinas de segurança que envolvem essa ocupação, analisando os procedimentos que devem ser adotados no local de trabalho para evitar acidentes com os equipamentos e, principalmente, com as pessoas. Na Unidade 8, estudaremos outro aspecto essencial relacionado à segurança no trabalho: as avarias em empilhadeiras. E também analisaremos a atuação do operador de empilhadeira no atacado e no varejo. Na Unidade 9, nosso foco será a comunicação e suas repercussões no trabalho. E, por fim, na Unidade 10, você poderá rever os conhecimentos que construiu ao longo deste curso. Esse momento servirá para retomar o que você aprendeu e ver como organizar seu currículo, pois você terá um certificado e estará apto a buscar um emprego como operador de empilhadeira. Boa sorte nessa nova etapa que se inicia! Sumário Unidade 6 9 Reconhecendo os códigos de cargas e demais sinalizações Unidade 7 39 Rotinas de segurança do trabalho Unidade 8 61 Avarias, tecnologia, atacado e varejo Unidade 9 85 Comunicação e suas repercussões no trabalho Unidade 10 97 Revendo seus conhecimentos São Paulo (Estado). Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação. Via Rápida Emprego: transporte: operador de empilhadeira, v.2. São Paulo: SDECTI, 2015. il. - - (Série Arco Ocupacional Transporte) ISBN: 978-85-8312-196-1 (Impresso) 978-85-8312-197-8 (Digital) 1. Ensino Profissionalizante 2. Transporte – Qualificação Técnica 3. Operador de Empilhadeira – Mercado de Trabalho I. Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação II. Título III. Série. CDD: 331.12513884 FICHA CATALOGRÁFICA Tatiane Silva Massucato Arias - CRB-8/7262 Unidade 6 Reconhecendo os códigos de cargas e demais sinalizações Quando você ouve a palavra “carga”, o que lhe vem à cabeça? A palavra carga pode assumir diferentes sentidos. Segundo o dicionário Aulete, ela pode ter significados como: 1. Ação ou resultado de carregar; carregamento: Concluíram tanto a carga quanto a descarga do navio. 2. Aquilo que pode ser transportado; carregamento: Separou a carga no depósito. 3. Quantidade ou volume de alguma coisa: Temos uma grande carga de trabalho. 4. Fig. O que representa grande responsabilidade ou grande fardo. […] 7. Fig. Coisa que oprime, que incomoda. © Dicionário Aulete. <www.aulete.com.br> Com base na acepção 2, carga é toda mercadoria que pode ser transportada. Todas as atividades profissionais realizadas pelo operador de empilhadeira giram em torno da movimentação de cargas. Como já vimos em Unidades anteriores, segundo a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), o operador de empilhadeira prepara e movimenta cargas. As cargas são identificadas por meio de símbolos em suas embalagens e são organizadas e armazenadas segundo suas características específicas e seus prazos de validade. Dessa forma, é importante que o operador de empilhadeira reconheça cada símbolo utilizado nos diferentes tipos de carga. Operador de Empilhadeira 2 A rco O c u pac i on a l T r a n s p o rt e 9 Classificação das cargas • Carga a granel: carga que ainda não foi embalada, ou seja, que será transportada sem nenhum tipo de acondicionamento e, portanto, sem identificação. São exemplos de granéis sólidos (secos) o arroz, o feijão, a soja, o minério de ferro, o carvão e os fertilizantes; e de granéis líquidos o petróleo e os óleos vegetais. • Carga frigorificada: aquela que precisa de refrigeração permanente para que o produto permaneça conservado durante o transporte. Exemplos: carnes, peixes, frutas e alimentos prontos. • Carga perecível: todo tipo de carga que pode sofrer dano, degeneração ou perda da validade; pode conter produto comestível ou não comestível. Exemplos: remédios, peixes e plantas naturais. • Carga frágil: contém produtos que podem se quebrar facilmente. Exemplos: vidros, espelhos, eletrônicos, cerâmicas, porcelanas e alguns tipos de medicamento. • Carga indivisível/carga especial: pode ser peça única ou um conjunto de peças presas umas às outras montado apenas em locais muito específicos. Exemplos: toras de madeira, grandes bobinas de papel e aço, tubos metálicos extensos e peças de avião ou navio. • Carga perigosa: aquela que pode provocar acidentes ou danos de forma geral, inclusive gerando riscos para as pessoas. Exemplo: combustíveis. • Carga viva: seres vivos. Exemplos: porcos, frangos, cavalos, galinhas e bois. • Carga não limpa: aquela constituída por produtos que geram sujeira; deixa muitos resíduos no próprio meio de transporte e em outras cargas que venham a ser transportadas conjuntamente. Exemplos: carvão, lenha e areia. • Carga volumosa: aquela que apresenta grande porte, ou seja, grande volume, e ocupa muito espaço nos locais de armazenamento e nos veículos; seu transporte é planejado de acordo com o espaço (em metros cúbicos) que ela ocupa, pois ela pode apresentar peso pequeno. Exemplos: fogão, freezer, máquina de lavar roupas, geladeira, fardos de papel higiênico e caixas térmicas de isopor. • Carga em embalagem inadequada: aquela que apresenta embalagem em mau estado ou que, por causa de alguma especificidade, necessita ser reembalada pela transportadora; esses procedimentos são cobrados à parte. Exemplo: louças. • Carga valiosa: aquela que contém produtos com valor monetário alto ou com valor agregado; a maioria é acondicionada em embalagem lacrada ou conta com sistema 10 A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e O p e r a d o r de Empilhadeira 2 de segurança. Esse tipo de carga é fiscalizado nos locais de armazenamento e sua movimentação pode envolver normas e procedimentos específicos. Fonte: SERVIÇO SOCIAL DO TRANSPORTE (SEST); SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM DO TRANSPORTE (SENAT). Curso para operador de transporte de cargas. Brasília: Sest/Senat, 2011. Atividade 1 Tipos de carga Ilustrações: Daniel Beneventi 1. Vamos verificar o que você conhece sobre os símbolos que identificam alguns cuidados necessários com as cargas? Relacione os símbolos da coluna da esquerda com os significados descritos na coluna da direita. Mantenha para cima Frágil, mantenha na posição da seta Não empilhe Perigo – cargas suspensas Frágil Não incline Mantenha seco (livre de umidade) Perigo – veículos de movimentação de cargas Operador de Empilhadeira 2 A rco O c u pac i on a l T r a n s p o rt e 11 2.Complete a tabela a seguir indicando quais tipos de carga são encontrados nos setores informados. Setores Tipos de carga Supermercado Frigorífico Indústria farmacêutica Indústria de bebida Pecuária Construção civil 3.Agora, em grupo, listem quais os tipos de carga que um operador de empilhadeira pode movimentar. 12 A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e O p e r a d o r de Empilhadeira 2 Produtos e cargas perigosos Denominamos produto perigoso às substâncias que, por suas características físicas e químicas, podem representar risco à saúde, à propriedade, à segurança pública ou ao meio ambiente. Esses produtos estão listados na Resolução no 420, de 12 de fevereiro de 2004, da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e podemos citar como exemplos gasolina, pesticidas, corrosivos, álcool e solventes. Uma carga é considerada perigosa quando contém qualquer produto que ofereça os riscos citados quando é transportada, mesmo que ele não seja essencialmente perigoso. Perceba que todo produto perigoso consiste em carga perigosa, mas nem sempre uma carga perigosa é composta por produtos perigosos – este último caso é o que acontece com vidros, toras de madeira e chapas de aço. A legislação que trata sobre o transporte de produtos perigosos em nosso país é o Decreto no 88.821, de 6 de outubro de 1983, alterado pelo Decreto no 96.044, de 18 de maio de 1988. Ambos foram complementados pelas instruções aprovadas pela Resolução ANTT no 420, de 12 de fevereiro de 2004, e por alterações posteriores. Todas as operações realizadas com produtos perigosos devem ser sinalizadas conforme prescrito no artigo 2o do Decreto no 96.044, de 18 de maio de 1988: Durante as operações de carga, transporte, descarga, transbordo, limpeza e descontaminação, os veículos e equipamentos utilizados no transporte de produto perigoso deverão portar rótulos de risco e painéis de segurança específicos, de acordo com as NBR-7500 e NBR-8286. BRASIL. Decreto nº 96.044, de 18 de maio de 1988. Disponível em: <http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/Antigos/D96044.htm>. Acesso em: 20 mar. 2015. C uidados Atividade 2 com cargas perigosas 1. Você acabou de ler sobre cargas perigosas, certo? Então, cite alguns produtos que você acredita serem cargas perigosas. Operador de Empilhadeira 2 A rco O c u pac i on a l T r a n s p o rt e 13 2.Que tipo de cuidados você acredita que os trabalhadores envolvidos em transporte de cargas perigosas deveriam ter? Descreva-os. Procedimentos especiais © Rocha Lobo/Futura Press Assim como as operações com cargas perigosas necessitam de procedimentos especiais, os trabalhadores envolvidos no carregamento, no descarregamento e no transbordo desses produtos também devem utilizar traje e equipamento de proteção individual específicos, conforme previsto no artigo 20 do Decreto no 96.044, de 18 de maio de 1988. Classificação dos produtos perigosos A Organização das Nações Unidas (ONU) dividiu os produtos perigosos em nove classes e respectivas subclasses. 14 A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e O p e r a d o r de Empilhadeira 2 Classificação Classe 1 Subclasse 1.1 Substâncias e artigos com risco de explosão em massa. 1.2 Substâncias e artigos com risco de projeção, mas sem risco de explosão em massa. 1.3 Substâncias e artigos com risco de fogo e com pequeno risco de explosão ou de projeção, ou ambos, mas sem risco de explosão em massa. 1.4 Substâncias e artigos que não apresentam risco significativo. 1.5 Substâncias muito insensíveis, com risco de explosão em massa. 1.6 Artigos extremamente insensíveis, sem risco de explosão em massa. 2.1 Gases inflamáveis: são gases que a 20 °C e à pressão normal são inflamáveis. 2.2 Gases não inflamáveis, não tóxicos: são gases asfixiantes e oxidantes que não se enquadrem em outra subclasse. 2.3 Gases tóxicos: são gases tóxicos e corrosivos que constituam risco à saúde das pessoas. – Líquidos inflamáveis: são líquidos ou misturas de líquidos que contenham sólidos em solução ou suspensão, que produzam vapor inflamável a temperaturas de até 60,5 °C. 4.1 Sólidos inflamáveis, substâncias autorreagentes e explosivos sólidos insensibilizados: sólidos que, em condições de transporte, sejam facilmente combustíveis, ou que, por atrito, possam causar fogo ou contribuir para tal. 4.2 Substâncias sujeitas à combustão espontânea: substâncias sujeitas a aquecimento espontâneo em condições normais de transporte, ou a aquecimento em contato com o ar, podendo inflamar-se. 4.3 Substâncias que, em contato com água, emitem gases inflamáveis: substâncias que, por interação com água, podem tornar-se espontaneamente inflamáveis, ou liberar gases inflamáveis em quantidades perigosas. Explosivos Classe 2 Gases Classe 3 Líquidos inflamáveis Classe 4 Sólidos inflamáveis Definição Operador de Empilhadeira 2 A rco O c u pac i on a l T r a n s p o rt e 15 Classificação Classe 5 Substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos Classe 6 Subclasse Definição 5.1 Substâncias oxidantes: são substâncias que podem causar a combustão de outros materiais ou contribuir para isso. 5.2 Peróxidos orgânicos: são poderosos agentes oxidantes, periodicamente instáveis, podendo sofrer decomposição. 6.1 Substâncias tóxicas: são substâncias capazes de provocar morte, lesões graves ou danos à saúde humana, se ingeridas ou inaladas, ou se entrarem em contato com a pele. 6.2 Substâncias infectantes: são substâncias que podem provocar doenças infecciosas em seres humanos ou em animais. – Qualquer material ou substância que emite radiação. – São substâncias que, por ação química, causam severos danos quando em contato com tecidos vivos. – São aqueles que apresentam, durante o transporte, um risco [não] abrangido por nenhuma das outras classes. Substâncias tóxicas e substâncias infectantes Classe 7 Material radioativo Classe 8 Substâncias corrosivas Classe 9 Substâncias e artigos perigosos diversos SÃO PAULO (Estado). Departamento de Estradas de Rodagem (DER). Manual de produtos perigosos. Disponível em: <http://200.144.30.103/siipp/arquivos/manuais/Manual%20de%20Produtos%20Perigosos.pdf>. Acesso em: 20 mar. 2015. A inclusão de uma substância em uma das classes de risco é definida por critérios técnicos previstos na legislação do transporte rodoviário de produtos perigosos. Atividade 3 R eparando as sinalizações Você já reparou nas sinalizações dos veículos com os quais cruza nas ruas e nas estradas? Observe as sinalizações a seguir e veja se consegue interpretá-las. Escreva, ao lado de cada uma, o que você acha que ela indica. 16 A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e O p e r a d o r de Empilhadeira 2 Ilustrações: Daniel Beneventi 6 SUBSTÂNCIA INFECTANTE 6 8 Identificação dos produtos perigosos – rótulos de risco Todas as embalagens que contêm produto perigoso devem ser identificadas com rótulo indicativo da classificação do risco daquele produto. Isso também vale para os veículos que transportam esses produtos. Os números das classes e das subclasses são fixados na parte inferior desses rótulos. A Resolução ANTT no 420, de 12 de fevereiro de 2004, determina que os rótulos de risco tenham a forma de um quadrado, colocado num ângulo de 45°. Neles, pode haver símbolos, figuras ou expressões referentes à classe e/ou à subclasse do produto perigoso. Operador de Empilhadeira 2 A rco O c u pac i on a l T r a n s p o rt e 17 Ilustrações: Daniel Beneventi Veja na tabela os modelos usados para os rótulos. Modelos de rótulos de risco Classe 1 – Explosivos Subclasses 1.1, 1.2 e 1.3 Símbolo: bomba explodindo. ** (dois asteriscos): local para indicar a subclasse. * (um asterisco): local para indicar grupo de compatibilidade. Fundo: laranja. 1 Número “1” no canto inferior: indica a classe. Subclasse 1.4 1.4 * (um asterisco): local para indicar grupo de compatibilidade. Fundo: laranja. Número “1” no canto inferior: indica a classe. 1 Subclasse 1.5 1.5 * (um asterisco): local para indicar grupo de compatibilidade. Fundo: laranja. Número “1” no canto inferior: indica a classe. 1 Subclasse 1.6 1.6 * (um asterisco): local para indicar grupo de compatibilidade. Fundo: laranja. Número “1” no canto inferior: indica a classe. 1 18 A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e O p e r a d o r de Empilhadeira 2 Ilustrações: Daniel Beneventi Modelos de rótulos de risco Classe 2 – Gases Subclasse 2.1 – Gases inflamáveis 2 Símbolo: chama, em branco ou preto. Fundo: vermelho. Número “2” no canto inferior, em branco ou preto. 2 Subclasse 2.2 – Gases não inflamáveis, não tóxicos Símbolo: cilindro para gás, em branco ou preto. 2 Fundo: verde. Número “2” no canto inferior, em branco ou preto. 2 Operador de Empilhadeira 2 A rco O c u pac i on a l T r a n s p o rt e 19 Ilustrações: Daniel Beneventi Modelos de rótulos de risco Classe 2 – Gases Subclasse 2.3 – Gases tóxicos Símbolo: caveira, em preto. Fundo: branco. Número “2” no canto inferior. 2 Classe 3 – Líquidos inflamáveis 3 Símbolo: chama, em branco ou preto. Fundo: vermelho. Número “3” no canto inferior, em branco ou preto. 3 Classe 4 – Sólidos inflamáveis; substâncias sujeitas à combustão espontânea; substâncias que, em contato com água, emitem gases inflamáveis Subclasse 4.1 – Sólidos inflamáveis Símbolo: chama, em preto. Fundo: branco com sete listras verticais vermelhas. Número “4” no canto inferior. 4 20 A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e O p e r a d o r de Empilhadeira 2 Ilustrações: Daniel Beneventi Modelos de rótulos de risco Classe 4 – Sólidos inflamáveis; substâncias sujeitas à combustão espontânea; substâncias que, em contato com água, emitem gases inflamáveis Subclasse 4.2 – Substâncias sujeitas à combustão espontânea Símbolo: chama, em preto. Fundo: metade superior branca e metade inferior vermelha. Número “4” no canto inferior. 4 Subclasse 4.3 – Substâncias que, em contato com a água, emitem gases inflamáveis Símbolo: chama, em preto ou branco. Fundo: azul. 4 Número “4” no canto inferior, em preto ou branco. 4 Classe 5 – Substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos Subclasse 5.1 – Substâncias oxidantes Símbolo: chama sobre um círculo, em preto. Fundo: amarelo. Número “5.1” no canto inferior. 5.1 Operador de Empilhadeira 2 A rco O c u pac i on a l T r a n s p o rt e 21 Ilustrações: Daniel Beneventi Modelos de rótulos de risco Classe 5 – Substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos Subclasse 5.2 – Peróxidos orgânicos Símbolo: chama, em preto ou branco. 5.2 Fundo: metade superior vermelha e metade inferior amarela. Número “5.2” no canto inferior. 5.2 Classe 6 – Substâncias tóxicas e infectantes Subclasse 6.1 – Substâncias tóxicas Símbolo: caveira, em preto. Fundo: branco. Número “6” no canto inferior. 6 Subclasse 6.2 – Substâncias infectantes Símbolo: três meias-luas crescentes superpostas em um círculo, em preto. Fundo: branco. SUBSTÂNCIA INFECTANTE 6 22 Inscrição “SUBSTÂNCIA INFECTANTE”, na metade inferior. Número “6” no canto inferior. A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e O p e r a d o r de Empilhadeira 2 Ilustrações: Daniel Beneventi Modelos de rótulos de risco Classe 7 – Materiais radioativos Categoria I – Branco Símbolo: trifólio, em preto. Fundo: branco. Inscrição “RADIOATIVO” em preto, seguida de uma barra vermelha, na metade inferior. RADIOATIVO Especificação de “CONTEÚDO” e “ATIVIDADE” na metade inferior. CONTEÚDO ATIVIDADE 7 Número “7” no canto inferior. Categoria II – Amarela Símbolo: trifólio, em preto. Fundo: metade superior amarela, com bordas brancas; metade inferior branca. Inscrição “RADIOATIVO” em preto, seguida de duas barras vermelhas, na metade inferior. RADIOATIVO Especificação de “CONTEÚDO” e “ATIVIDADE” na metade inferior. CONTEÚDO ATIVIDADE 7 Número “7” no canto inferior. Símbolo: trifólio, em preto. Categoria III – Amarela Fundo: metade superior amarela, com bordas brancas; metade inferior branca. Inscrição “RADIOATIVO” em preto, seguida de três barras vermelhas, na metade inferior. RADIOATIVO Especificação de “CONTEÚDO” e “ATIVIDADE” na metade inferior. CONTEÚDO ATIVIDADE 7 Número “7” no canto inferior. Classe 8 – Corrosivos Símbolo: líquidos pingando de dois recipientes de vidro sobre uma mão e um pedaço de metal, em preto. Fundo: metade superior branca e metade inferior preta com bordas brancas. 8 Número “8” no canto inferior. Operador de Empilhadeira 2 A rco O c u pac i on a l T r a n s p o rt e 23 Ilustrações: Daniel Beneventi Modelos de rótulos de risco Classe 9 – Substâncias perigosas diversas Símbolo: sete listras pretas na metade superior. Fundo: branco. 9 Número “9” (sublinhado) no canto inferior. Fonte: Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Resolução nº 420, de 12 de fevereiro de 2004. Disponível em: <http://www.antt.gov.br/index.php/content/view/1420/Resolucao_420. html>. Acesso em: 20 mar. 2015. Além desses símbolos, também é utilizado aquele que indica que o produto ou carga apresenta temperatura elevada: Sinalização do veículo – painel de segurança Outra maneira de identificar os produtos perigosos para o transporte é um painel de segurança, de cor alaranjada. Os padrões técnicos desse painel também são determinados pela legislação do transporte de produtos perigosos. Ele informa o número de risco e o número de identificação do produto (ou número da ONU). O número de risco tem dois ou três algarismos e indica a natureza e a intensidade dos riscos oferecidos pelo produto ou carga, conforme estabelecido na Resolução ANTT no 420, de 12 de fevereiro de 2004. Número de risco Número da ONU 24 A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e O p e r a d o r de Empilhadeira 2 Ilustrações: Daniel Beneventi 268 1005 Gás tóxico e corrosivo Amônia anidra 63 2783 Número de risco Número da ONU O segundo algarismo representa o risco subsidiário Risco principal 263 Gás tóxico e inflamável Riscos subsidiários Gás Tóxico Inflamável Quando é expressamente proibido o contato do produto com água, aparece uma letra “X” antes do primeiro número de identificação de risco. Classe de risco Característica do produto Reatividade com água X423 2257 Número da ONU (Identificador do produto) X423 Sólido que reage perigosamente com água, desprendendo gases inflamáveis Riscos subsidiários: gases inflamáveis Risco principal: sólido inflamável Reage perigosamente com água Operador de Empilhadeira 2 A rco O c u pac i on a l T r a n s p o rt e 25 Daniel Beneventi Quando o veículo transporta mais de um produto perigoso, o painel de segurança não deve apresentar números: Significado dos números de risco Algarismo Significado 2 Desprendimento de gás devido à pressão ou à reação química 3 Inflamabilidade de líquidos (vapores) e gases ou líquido sujeito a autoaquecimento 4 Inflamabilidade de sólidos ou sólido sujeito a autoaquecimento 5 Efeito oxidante (intensifica o fogo) 6 Toxidade ou risco de infecção 7 Radioatividade 8 Corrosividade 9 Risco de violenta reação espontânea X Substância que reage perigosamente com água (utilizado como prefixo do código numérico) Observações: 1. O risco de violenta reação espontânea, representado pelo algarismo 9, inclui a possibilidade, decorrente da natureza da substância, de um risco de explosão, desintegração ou reação de polimerização, seguindo-se o desprendimento de quantidade considerável de calor ou de gases inflamáveis e/ou tóxicos; 2. Quando o número de risco for precedido pela letra X, isso significa que não deve ser utilizada água no produto, exceto com aprovação de um especialista; 3. A repetição de um número indica, em geral, um aumento da intensidade daquele risco específico; 4. Quando o risco associado a uma substância puder ser adequadamente indicado por um único algarismo, este será seguido por zero. SÃO PAULO (Estado). Departamento de Estradas de Rodagem (DER). Manual de produtos perigosos. Disponível em: <http://200.144.30.103/siipp/arquivos/manuais/Manual%20de%20Produtos%20Perigosos.pdf>. Acesso em: 20 mar. 2015. 26 A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e O p e r a d o r de Empilhadeira 2 O número de risco determina o risco principal (primeiro algarismo) e os riscos subsidiários do produto (segundo e terceiro algarismos). Veja a seguir as combinações de números de risco. Combinações de números de risco Número de risco Significado 20 Gás asfixiante ou gás sem risco subsidiário 22 Gás liquefeito refrigerado, asfixiante 223 Gás liquefeito refrigerado, inflamável 225 Gás liquefeito refrigerado, oxidante (intensifica o fogo) 23 Gás inflamável 239 Gás inflamável, pode conduzir espontaneamente à violenta reação 25 Gás oxidante (intensifica o fogo) 26 Gás tóxico 263 Gás tóxico, inflamável 265 Gás tóxico, oxidante (intensifica o fogo) 268 Gás tóxico, corrosivo 30 Líquido inflamável (23 °C PFg 60,5 °C), ou líquido ou sólido inflamável em estado fundido com PFg > 60,5 °C, aquecido a uma temperatura igual ou superior a seu PFg, ou líquido sujeito a autoaquecimento 323 Líquido inflamável, que reage com água, desprendendo gases inflamáveis X323 Líquido inflamável, que reage perigosamente com água, desprendendo gases inflamáveis* 33 Líquido muito inflamável (PFg < 23 °C) 333 Líquido pirofórico X333 Líquido pirofórico, que reage perigosamente com água* 336 Líquido altamente inflamável, tóxico PFg = ponto de fulgor [temperatura mínima para o vapor de um combustível pegar fogo]. * Não usar água, exceto com aprovação de um especialista. Operador de Empilhadeira 2 A rco O c u pac i on a l T r a n s p o rt e 27 Combinações de números de risco Número de risco Significado 338 Líquido altamente inflamável, corrosivo X338 Líquido altamente inflamável, corrosivo, que reage perigosamente com água* 339 Líquido altamente inflamável, pode conduzir espontaneamente à violenta reação 36 Líquido inflamável (23 °C PFg 60,5 °C), levemente tóxico ou líquido sujeito a autoaquecimento, tóxico 362 Líquido inflamável, tóxico, que reage com água, desprendendo gases inflamáveis X362 Líquido inflamável, tóxico, que reage perigosamente com água, desprendendo gases inflamáveis* 368 Líquido inflamável, tóxico, corrosivo 38 Líquido inflamável (23 °C PFg 60,5 °C), levemente corrosivo, ou líquido sujeito a autoaquecimento, corrosivo 382 Líquido inflamável, corrosivo, que reage com água, desprendendo gases inflamáveis X382 Líquido inflamável, corrosivo, que reage perigosamente com água, desprendendo gases inflamáveis* 39 Líquido inflamável que pode conduzir espontaneamente à violenta reação 40 Sólido inflamável, ou substância autorreagente, ou substância sujeita a autoaquecimento 423 Sólido que reage com água, desprendendo gases inflamáveis X423 Sólido que reage perigosamente com água, desprendendo gases inflamáveis* 43 Sólido espontaneamente inflamável (pirofórico) 44 Sólido inflamável, em estado fundido numa temperatura elevada 446 Sólido inflamável, tóxico, em estado fundido a uma temperatura elevada 46 Sólido inflamável ou sujeito a autoaquecimento, tóxico 462 Sólido tóxico que reage com água, desprendendo gases inflamáveis X462 Sólido que reage perigosamente com água, desprendendo gases tóxicos* 28 A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e O p e r a d o r de Empilhadeira 2 Combinações de números de risco Número de risco Significado 48 Sólido inflamável ou sujeito a autoaquecimento, corrosivo 482 Sólido corrosivo que reage com água, desprendendo gases inflamáveis X482 Sólido que reage perigosamente com água, desprendendo gases corrosivos* 50 Substância oxidante (intensifica o fogo) 539 Peróxido orgânico inflamável 55 Substância fortemente oxidante (intensifica o fogo) 556 Substância fortemente oxidante (intensifica o fogo), tóxica 558 Substância fortemente oxidante (intensifica o fogo), corrosiva 559 Substância fortemente oxidante (intensifica o fogo), pode conduzir espontaneamente à violenta reação 56 Substância oxidante (intensifica o fogo), tóxica 568 Substância oxidante (intensifica o fogo), tóxica, corrosiva 58 Substância oxidante (intensifica o fogo), corrosiva 59 Substância oxidante (intensifica o fogo), pode conduzir espontaneamente à violenta reação 60 Substância tóxica ou levemente tóxica 606 Substância infectante 623 Líquido tóxico que reage com água, desprendendo gases inflamáveis 63 Substância tóxica, inflamável (23 °C < PFg < 60,5 °C) 638 Substância tóxica, inflamável (23 °C < PFg < 60,5 °C), corrosiva 639 Substância tóxica, inflamável (PFg 60,5 °C), pode conduzir espontaneamente à violenta reação 64 Sólido tóxico, inflamável ou sujeito a autoaquecimento 642 Sólido tóxico que reage com água, desprendendo gases inflamáveis Operador de Empilhadeira 2 A rco O c u pac i on a l T r a n s p o rt e 29 Combinações de números de risco Número de risco Significado 65 Substância tóxica, oxidante (intensifica o fogo) 66 Substância altamente tóxica 663 Substância altamente tóxica, inflamável (PFg 60,5 °C) 664 Sólido altamente tóxico, inflamável ou sujeito a autoaquecimento 665 Substância altamente tóxica, oxidante (intensifica o fogo) 668 Substância altamente tóxica, corrosiva 669 Substância altamente tóxica que pode conduzir espontaneamente à violenta reação 68 Substância tóxica, corrosiva 69 Substância tóxica ou levemente tóxica [que] pode conduzir espontaneamente à violenta reação 70 Material radioativo 72 Gás radioativo 723 Gás radioativo, inflamável 73 Líquido radioativo, inflamável (PFg 60,5 °C) 74 Sólido radioativo, inflamável 75 Material radioativo, oxidante (intensifica o fogo) 76 Material radioativo, tóxico 78 Material radioativo, corrosivo 80 Substância corrosiva ou levemente corrosiva X80 Substância corrosiva ou levemente corrosiva, que reage perigosamente com água* 823 Líquido corrosivo que reage com água, desprendendo gases inflamáveis 83 Substância corrosiva ou levemente corrosiva, inflamável (23 °C PFg 60,5 °C) 30 A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e O p e r a d o r de Empilhadeira 2 Combinações de números de risco Número de risco Significado X83 Substância corrosiva ou levemente corrosiva, inflamável (23°C PFg 60,5 °C), que reage perigosamente com água* 839 Substância corrosiva ou levemente corrosiva, inflamável (23 °C PFg 60,5 °C), que pode conduzir espontaneamente à violenta reação X839 Substância corrosiva ou levemente corrosiva, inflamável (23 °C < PFg < 60,5 °C), que pode conduzir espontaneamente à violenta reação e que reage perigosamente com água* 84 Sólido corrosivo, inflamável ou sujeito a autoaquecimento 842 Sólido corrosivo, que reage com água, desprendendo gases inflamáveis 85 Substância corrosiva ou levemente corrosiva, oxidante (intensifica o fogo) 856 Substância corrosiva ou levemente corrosiva, oxidante (intensifica o fogo), tóxica 86 Substância corrosiva ou levemente corrosiva, tóxica 88 Substância altamente corrosiva X88 Substância altamente corrosiva, que reage perigosamente com água* 883 Substância altamente corrosiva, inflamável (23 °C PFg 60,5 °C) 884 Sólido altamente corrosivo, inflamável ou sujeito a autoaquecimento 885 Substância altamente corrosiva, oxidante (intensifica o fogo) 886 Substância altamente corrosiva, tóxica X886 Substância altamente corrosiva, tóxica, que reage perigosamente com água* 90 Substâncias que apresentam risco para o meio ambiente; substâncias perigosas diversas 99 Substâncias perigosas diversas transportadas em temperatura elevada PFg = ponto de fulgor [temperatura mínima para o vapor de um combustível pegar fogo]. * Não usar água, exceto com aprovação de um especialista. SÃO PAULO (Estado). Departamento de Estradas de Rodagem (DER). Manual de produtos perigosos. Disponível em: <http://200.144.30.103/siipp/arquivos/manuais/Manual%20de%20Produtos%20Perigosos.pdf>. Acesso em: 20 mar. 2015. Operador de Empilhadeira 2 A rco O c u pac i on a l T r a n s p o rt e 31 © Mario Henrique/Latinstock Posicionamento dos rótulos de risco e painéis de segurança para transporte de produtos perigosos. A legislação também determina o posicionamento dos rótulos de risco e painéis de segurança nos veículos que transportam produtos perigosos: • rótulos de risco: nas duas laterais e na traseira; • painel de segurança: em quatro posições – nas duas laterais, na traseira e na frente; • símbolo de temperatura elevada: junto ao painel de segurança, nas quatro posições (nas duas laterais, na traseira e na frente). © Daniel Beneventi Quando o veículo que transporta carga a granel trafegar vazio, mas sem ter passado por processo de descontaminação, ele deve se submeter às mesmas prescrições de veículos carregados. 33 1999 33 1999 33 1999 33 1999 33 1999 33 1999 33 1999 33 1999 Identificação de carga a granel – um produto. 32 A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e O p e r a d o r de Empilhadeira 2 30 2709 Ilustrações: © Daniel Beneventi 33 1203 339 2838 33 1203 30 2709 33 1203 30 2709 339 2838 339 2838 Identificação de carga a granel – mais de um produto com mesmo risco. 3 8 338 1106 X333 3051 4 4 4 4 3 3 3 8 338 1106 338 1106 X333 3051 4 4 8 X333 3051 4 4 8 4 4 3 8 Identificação de carga a granel – mais de um produto com riscos diferentes. 9 99 3257 99 3257 9 9 99 3257 9 99 3257 99 3257 9 99 3257 Identificação de carga a granel – produto transportado a temperatura elevada. Operador de Empilhadeira 2 A rco O c u pac i on a l T r a n s p o rt e 33 99 3257 É importante salientar que todas as classes de risco e suas respectivas subclasses constituem risco em situações de emergência. Conhecer esses riscos e adotar todas as medidas de prevenção necessárias é de suma importância e evita expor seres humanos, animais e meio ambiente às consequências do contato acidental com esses produtos, além de permitir que o profissional saiba como proceder em situações de emergências. Documentação obrigatória para manipulação e transporte de produtos perigosos Para a guarda e movimentação dos produtos perigosos, são obrigatórios alguns documentos de ordem legal e administrativa, tais como: nota fiscal em papel; nota fiscal eletrônica (NF-e); documento auxiliar da nota fiscal eletrônica (Danfe); conhecimento de transporte eletrônico; ordem de coleta; manifesto rodoviário de cargas; ficha de emergência e envelope para transporte; documentos administrativos; romaneio de entrega; relatório diário e planilhas. Vejamos a descrição de alguns desses documentos. • Nota fiscal: documento de ordem legal, que regulamenta as transações comerciais. Todos os fabricantes ao comercializarem seus produtos devem fornecer a nota fiscal, assim como os responsáveis pelo transporte não podem receber o produto sem a emissão desse documento. • Nota fiscal eletrônica (NF-e): documento de ordem legal, mas com emissão eletrônica. Registra uma operação de circulação de mercadorias ou prestação de serviços e possui efeito fiscal. Substitui a nota fiscal de papel. • Documento auxiliar da nota fiscal eletrônica (Danfe): documento simplificado da NF-e. Nele deve constar o número de 44 dígitos denominado chave de acesso, para consulta das informações da NF-e. Fornece informações básicas sobre a operação em curso; auxilia na escrituração das operações documentadas por NF-e (nos casos em que o destinatário não é contribuinte credenciado a emitir NF-e) e a obter a firma do destinatário para comprovação de entrega das mercadorias ou prestação de serviços. • Conhecimento de transporte eletrônico (CT-e): documento eletrônico obrigatório para o transporte de carga. Sua via impressa, que deve acompanhar a carga transportada, é chamada de Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico (Dacte). 34 A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e O p e r a d o r de Empilhadeira 2 Atividade 4 C onhecendo os profissionais 1. Muitas pessoas se envolvem no transporte de produtos perigosos, não apenas o motorista. Que outros profissionais você acha que apoiam essa atividade? 2.Você conhece alguém que trabalha com produtos perigosos? Essa pessoa já lhe contou como é esse trabalho? Quais são os cuidados que ela deve ter? Registre suas respostas nas linhas a seguir e compartilhe-as com o monitor e os colegas. Profissionais envolvidos na operação com produtos perigosos Todas as pessoas envolvidas na manipulação e operação de transporte dos produtos perigosos são corresponsáveis. • O expedidor e o transportador são responsabilizados por atos negligentes, de imprudência e imperícia. • O condutor do veículo é responsável pela guarda e pela conservação de todos os acessórios e equipamentos do veículo de acordo com as normas técnicas de cada produto que transporta. Operador de Empilhadeira 2 A rco O c u pac i on a l T r a n s p o rt e 35 • O arrumador auxilia no carregamento, no descarregamento e no transbordo do produto e também tem o dever de saber todos os cuidados que deve tomar ao manipular os produtos. • O conferente verifica toda a documentação da carga (nota fiscal, conhecimento de transporte, manifesto, ficha de emergência e envelope para transporte) e coordena a guarda conjunta com outros produtos perigosos, pois possui as informações a respeito de todos os produtos. Fonte: SERVIÇO SOCIAL DO TRANSPORTE (SEST); SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM DO TRANSPORTE (SENAT). Curso para operador de transporte de cargas. Brasília: Sest/Senat, 2011. A importância da conferência de carga Podemos classificar a conferência de mercadorias em quantitativa ou qualitativa. A conferência quantitativa tem por objetivo averiguar se a quantidade de produto declarada pelo fornecedor nos documentos fiscais corresponde à quantidade de produto recebida. Uma maneira de realizar esse trabalho é o que chamamos de contagem cega, em que o conferente primeiro faz a contagem dos produtos e, somente depois, checa com a quantidade declarada nos documentos fiscais. Quanto à conferência qualitativa, podemos dizer que ela complementa a quantitativa. Visa a atender às exigências do mercado consumidor na busca pela qualidade dos produtos. Nela, o profissional avalia as dimensões dos materiais, suas características específicas e as restrições de especificação. Símbolos de segurança O manuseio, o transporte e o armazenamento de produtos requerem muito cuidado e, por isso, é necessário respeitar as características de cada um deles. Com o objetivo de garantir mais qualidade ao trabalho e também para que não haja dano aos produtos, as embalagens são identificadas com alguns símbolos, chamados de “símbolos de segurança”. Conhecê-los é essencial para um trabalho seguro, pois, como vimos no Caderno 1, esses símbolos indicam os cuidados e os procedimentos que são necessários de acordo com o conteúdo de cada embalagem. Vamos retomar alguns dos símbolos vistos na Unidade 4 do Caderno 1, para compreendê-los melhor. 36 A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e O p e r a d o r de Empilhadeira 2 Ilustrações: Daniel Beneventi Símbolo Significado Indica que a carga é frágil e deve ser manuseada com cuidado, para evitar quebra do produto ou derramamento de seu conteúdo. Indica que a carga não deve ser suspensa, furada ou movimentada com o auxílio de ganchos. Indica que a carga deve permanecer posicionada de modo que as setas fiquem apontadas para cima. Indica que, em caso de transporte com auxílio de guindaste ou ponte rolante, a carga deve ser envolvida por correntes nos locais indicados na embalagem. Operador de Empilhadeira 2 A rco O c u pac i on a l T r a n s p o rt e 37 Ilustrações: Daniel Beneventi Símbolo Significado Indica o lado onde está concentrado o peso do produto. Indica que a carga deve ser mantida em temperaturas controladas. Fonte: SERVIÇO SOCIAL DO TRANSPORTE (SEST); SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM DO TRANSPORTE (SENAT). Curso para operador de transporte de cargas. Brasília: Sest/Senat, 2011. É importante notar que algumas embalagens não exibem símbolos, mas frases ou palavras, como: “Não vire”, “Manter em lugares secos”, “Cuidado, frágil”, “Empilhar máximo de ____ caixas”, “Este lado para cima”. Outras embalagens não possuem nenhuma simbologia, nem frase. Nessas situações, é de suma importância identificar o conteúdo antes de realizar a movimentação e o transporte, para que o produto seja manuseado com os cuidados necessários. 38 A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e O p e r a d o r de Empilhadeira 2 Unidade 7 Rotinas de segurança do trabalho A linguagem não verbal Verbal: Esse termo tem origem no latim verbalis, que por sua vez surgiu de verbum, que significa “palavra”. Assim, a linguagem “verbal” é aquela que se constitui de palavras, já a linguagem não verbal é aquela que não utiliza as palavras, mas símbolos, sons, imagens, gestos etc. Você já reparou que vivemos cercados de símbolos e sinais e que muitos deles estão relacionados à saúde e à segurança? Esse é o caso dos símbolos que vimos na Unidade anterior, não é mesmo? A maioria dos sinais e símbolos está relacionada a normas de convivência fundamentadas nas leis que vigoram em nosso país. Nas ruas, nos deparamos a todo momento com placas e sinais que orientam o trânsito, avisando o que é permitido e o que é proibido, alertando quais são os locais prioritários a idosos, gestantes, deficientes etc. Ilustrações: Daniel Beneventi © Paulo Savala Fonte: SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (Sdect). Educação de Jovens e Adultos (EJA) – Mundo do Trabalho. Arte, Inglês e Língua Portuguesa: 6º ano/1º termo do Ensino Fundamental. São Paulo: Sdect, 2011. Quando falamos em linguagem, é comum pensarmos logo no uso das palavras faladas ou escritas. Essa é a chamada linguagem verbal. Mas a comunicação humana não se resume apenas a essa linguagem, pois, para nos comunicarmos, utilizamos também recursos como sinais, símbolos, sons, gestos e imagens. Eles são a base da linguagem não verbal. EM CASO DE INCÊNDIO Não use o elevador Operador de Empilhadeira 2 A rco O c u pac i on a l T r a n s p o rt e 39 Nas escolas, hospitais, lojas, farmácias e prédios, encontramos sinais ou avisos como: “Proibido fumar”; “Cuidado com o piso molhado”; “Em caso de incêndio, não use o elevador”; “Escada”; “Silêncio”; “Não buzine”; “Respeite a fila”; “Respeite a faixa de segurança” etc. Atividade 1 L istando sinais Reúna-se com três colegas. Elaborem uma lista com dez sinais ou avisos que vocês lembram já terem visto em cada um dos locais informados a seguir e que estavam relacionados a saúde, segurança e prevenção de acidentes. Empresas Ruas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 40 A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e O p e r a d o r de Empilhadeira 2 Hospitais Depois, todos os grupos poderão compartilhar os sinais e avisos dos quais se lembraram. Com certeza a classe comporá uma lista maior, que evidenciará o quanto a prevenção de acidentes e o respeito à saúde estão presentes em nossas vidas e têm ganhado espaço em nossa sociedade. O Atividade 2 que dizem as fotos? © Charles C. Ebbets/Bettmann/Corbis/Latinstock 1. Observe a imagem a seguir. a) Você já viu essa fotografia? b)Em sua opinião, que tipo de trabalho esses homens realizam? Operador de Empilhadeira 2 A rco O c u pac i on a l T r a n s p o rt e 41 c) O que será que eles estavam fazendo no momento da foto? d)Em que lugar eles estão? Onde estão sentados? Quais elementos podem “comprovar” suas hipóteses? e) Que título você daria à fotografia? Biblioteca do Congresso Americano, Washington, EUA 2.Agora observe esta outra imagem: 42 A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e O p e r a d o r de Empilhadeira 2 a) Que idade você imagina ter a pessoa da foto? b)Essa é uma fotografia atual? Quais evidências podem “confirmar” sua hipótese? 3. Suponha que as fotografias sejam atuais. Com base nos conhecimentos que você já tem, quais aspectos da legislação trabalhista brasileira estariam sendo desrespeitados nas situações apresentadas? Operador de Empilhadeira 2 A rco O c u pac i on a l T r a n s p o rt e 43 4. Agora, com um colega, comparem suas respostas e as discutam. Suas ideias são iguais ou parecidas? Seu colega apresentou algum aspecto da legislação que você não tinha percebido? Você concorda com ele? Você sabia? A Norma Regulamentadora nº 15 (NR 15) define as atividades ou operações insalubres. Se quiser saber mais, visite o site do Ministério do Trabalho e Emprego. Disponível em: <http://portal.mte. gov.br/legislacao/normas-regula mentadoras-1.htm>. Acesso em: 20 mar. 2015. As fotografias e suas histórias A primeira fotografia é conhecida mundialmente. Trata-se de Lunch atop a Skyscraper [Almoço no topo de um arranha-céu], fotografia mais famosa de Charles C. Ebbets. O registro é de 1932 e retrata trabalhadores da construção civil almoçando em condições de segurança muito precárias, atualmente inadmissíveis. Do alto, eles conseguiam avistar Nova Iorque (nos Estados Unidos da América), que, na foto, está ao fundo. Volte e observe a fotografia mais atentamente e veja que os operários não usam cinto de segurança, nem capacete, o que mostra que qualquer queda poderia ser fatal. Insalubre: 1. Que não é saudável. 2. Diz-se de local em que há agentes nocivos à saúde ou em que se dá a exposição a estes acima dos limites de tolerância (cidade insalubre; fábrica insalubre); malsão. [...] 5. Que expõe o trabalhador a agentes nocivos à saúde ou que propicia esta exposição (condições de trabalho insalubres). 6. Que causa doença(s); nocivo, prejudicial à saúde (agentes insalubres). © Dicionário Aulete. <www.aulete.com.br> 44 Já a segunda fotografia retrata uma garota em linha de produção da indústria têxtil Cheney Silk Mills em Manchester do Sul, em Connecticut, nos Estados Unidos. A fotografia foi tirada por Lewis Hine, em 1924. No começo do século XX (20), muitas crianças trabalhavam nas indústrias estadunidenses. Atualmente, o trabalho em condições perigosas ou insalubres é proibido ao menor de 18 anos pela legislação trabalhista brasileira. Fora das áreas de risco à saúde e à segurança, são permitidos apenas os trabalhos técnicos ou administrativos. Ao menor de 16 anos, qualquer tipo de trabalho é proibido, salvo na condição de aprendiz, que pode ser exercida a partir dos 14 anos. A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e O p e r a d o r de Empilhadeira 2 Atividade 3 Roda de conversa Converse novamente com seus colegas e compare as ideias que vocês discutiram com as informações sobre as histórias das fotografias. Em seguida, anotem a que vocês atribuem a ocorrência dos acidentes de trabalho e qual o papel da legislação para a prevenção de acidentes. Prevenção de acidentes – o que cabe a cada um? É fato que em todo e qualquer lugar estamos sujeitos a sofrer acidentes. Você deve conhecer pessoas que já se acidentaram em casa, nas ruas, no local de trabalho ou nas estradas. Vamos tratar agora mais especificamente dos acidentes de trabalho, aprendendo a fazer sua prevenção. Para isso, utilizaremos as seguintes ideias de Leonardo Boff: O grande desafio para o ser humano é combinar trabalho com cuidado. Eles não se opõem, mas se compõem. Operador de Empilhadeira 2 A rco O c u pac i on a l T r a n s p o rt e 45 O que se opõe ao descuido e ao descaso é o cuidado. Cuidar é mais que um ato; é uma atitude. Portanto, abrange mais que um momento de atenção, de zelo e de desvelo. Representa uma atitude de ocupação, preocupação, de responsabilização e de envolvimento afetivo com o outro. BOFF, Leonardo. Saber cuidar: ética do humano – compaixão pela terra. 18. ed. Petrópolis: Vozes, 2012. p. 37 e 111. Quando um acidente acontece, é muito comum que a causa dele seja atribuída ao descuido de alguém, ao local malcuidado ou a uma falha mecânica nos equipamentos. Atividade 4 A cidentes de trabalho Leia a notícia sobre um grave acidente de trabalho ocorrido com um operador de empilhadeira no Estado do Maranhão, em 2013. Operador de empilhadeira morre em acidente de trabalho O acidente ocorreu na área da empresa onde ele trabalhava [...] O operador de empilhadeira D., 22 anos, que morava no Estado do Maranhão, morreu por volta das 9h deste sábado (18), em um acidente de trabalho [...]. Ele tentava retirar uma empilhadeira de cima do caminhão de uma empresa de blocos de concreto quando o equipamento caiu sobre o corpo dele. [...] N. disse que ele e a vítima trabalham há um mês na empresa que presta serviço a construtora R., e que viu o equipamento desabar do caminhão. “Meu colega foi retirar a empilhadeira e ela virou, sendo que ele pulou na mesma direção em que o equipamento caiu e foi atingido”, lamentou. 46 A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e O p e r a d o r de Empilhadeira 2 A. também trabalha na empresa e estava observando D. operar a máquina para retirá-la do caminhão quando o acidente ocorreu. “Não sei como, mas ele perdeu o controle da máquina e ela caiu sobre o corpo dele”, afirmou. De acordo com o funcionário, a máquina deve pesar cerca de 6 toneladas. O sargento B., que comandou a equipe do Corpo de Bombeiros no local do acidente, disse que não poderia fazer o julgamento do caso. Segundo ele, essa avaliação cabe ao Departamento de Polícia Técnica. “O nosso trabalho foi fazer a retirada do corpo que estava embaixo da empilhadeira”, afirmou. O acidente de trabalho que matou D. causou revolta em algumas pessoas que moram [...] próximo à empresa de blocos. Bastante nervosa, a dona de casa M. desabafou: “Esse acidente ocorreu por irresponsabilidade da empresa, que não tem uma equipe de segurança para orientar os trabalhadores”, disse. Ela informou que o caminhão que transportava a empilhadeira não tem condições estruturais para suportar uma máquina tão pesada. Segundo M., momentos antes do acidente o caminhão teria apresentado defeito. Ela observou que a empresa é terceirizada e que não dispõe de equipamentos de segurança do trabalho. O corpo foi levado para o Departamento de Polícia Técnica e o caso deverá ser apurado pela Polícia Civil. SILVA, Ney. Operador de empilhadeira morre em acidente de trabalho. Acorda Cidade, Feira de Santana, 18 maio 2013. 1. Converse com um colega sobre as possíveis causas desse acidente e sobre como ele poderia ter sido evitado. Escreva suas conclusões nas linhas a seguir. Operador de Empilhadeira 2 A rco O c u pac i on a l T r a n s p o rt e 47 A prevenção de acidentes e sua relação com o local de trabalho, os equipamentos e as pessoas Toda empresa com mais de 20 empregados deve ter uma Cipa, formada por trabalhadores eleitos pelos colegas. Você pode se aprofundar no assunto consultando o Caderno do Trabalhador 6 – Conteúdos Gerais – “Saúde e segurança no trabalho”. Disponível em: <http://www.viarapida.sp.gov. br>. Acesso em: 20 mar. 2015. Em primeiro lugar, a segurança nas empresas é responsabilidade da própria empresa, do empregador. As Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (Cipa) também cuidam da segurança, inclusive porque a legislação trabalhista assim determina. E quanto ao trabalhador? Certamente ele precisa ser cuidadoso, observar todas as normas de segurança para cuidar de si e dos outros. Podemos afirmar que pelo menos três aspectos precisam ser observados: • o local de trabalho; • os equipamentos; • as pessoas. Quanto ao local de trabalho Quando o empregado realiza seu trabalho sem que os equipamentos e as instalações apresentem a segurança necessária para os profissionais, pode-se dizer que ele está em um ambiente de risco, em uma condição insegura de trabalho. Algumas medidas podem evitar essa condição: • sinalização de segurança; • prevenção e combate a incêndios. Sinalização de segurança A Norma Regulamentadora no 26 (NR 26) determina: 26.1 Cor na segurança do trabalho 26.1.1 Devem ser adotadas cores para segurança em estabelecimentos ou locais de trabalho, a fim de indicar e advertir acerca dos riscos existentes. [...] 48 A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e O p e r a d o r de Empilhadeira 2 26.1.4 O uso de cores deve ser o mais reduzido possível, a fim de não ocasionar distração, confusão e fadiga ao trabalhador. [...] BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora nº 26. Sinalização de segurança. Disponível em: <http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C 816A350AC88201355DE1356C0ACC/NR-26%20(atualizada%202011).pdf>. Acesso em: 20 mar. 2015. Prevenção e combate a incêndios O combate a incêndios exige conhecimentos específicos que precisam ser compartilhados por todos os profissionais. O operador de empilhadeira também deve estar pronto para combater qualquer foco ou princípio de incêndio em seu equipamento. É preciso saber como evitar que o fogo se inicie, mas, caso isso não seja possível, é necessário combatê-lo com rapidez e eficiência. Em geral, os incêndios iniciam-se em pequenos focos; portanto, controlar os focos iniciais pode evitar acidentes maiores. Para saber a melhor forma de fazer isso, é preciso estar atento às informações presentes a seu redor. Código Símbolo Ilustrações: Daniel Beneventi No seu ambiente de trabalho, você poderá encontrar alguns símbolos com informações relacionadas ao risco de incêndio. Essa sinalização geralmente inclui informações de proibição, de alerta e de orientação e salvamento. Veja esses símbolos a seguir. Significado 1. Informações de proibição 1 Proibido fumar 2 Proibido produzir chama 3 Proibido utilizar água para apagar o fogo Operador de Empilhadeira 2 A rco O c u pac i on a l T r a n s p o rt e 49 Ilustrações: Daniel Beneventi Código Símbolo Significado 1. Informações de proibição 4 Proibido utilizar elevador em caso de incêndio 2. Informações de alerta 5 Alerta geral 6 Cuidado, risco de incêndio 7 Cuidado, risco de explosão 8 Cuidado, risco de corrosão 9 Cuidado, risco de choque elétrico 50 A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e O p e r a d o r de Empilhadeira 2 Símbolo Ilustrações: Daniel Beneventi Código Significado 3. Informações de orientação e salvamento 12 13 Saída de emergência 14 15 Saída de emergência 16 Escada de emergência Operador de Empilhadeira 2 A rco O c u pac i on a l T r a n s p o rt e 51 Ilustrações: Daniel Beneventi Código Símbolo Significado 4. Informações de equipamentos 22 Telefone ou interfone de emergência 23 Extintor de incêndio 24 Mangotinho 25 Abrigo de mangueira e hidrante 26 Hidrante de incêndio Fonte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 13434-2. Sinalização de segurança contra incêndio e pânico. Rio de Janeiro: ABNT, 2004. 52 A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e O p e r a d o r de Empilhadeira 2 Ilustrações: Daniel Beneventi Classes de incêndio, métodos de extinção e extintores Classe e símbolo Tipo de material Exemplos Sólidos que queimam e deixam resíduos Madeira, papel, tecido, borracha, carvão Líquidos que queimam e não deixam resíduos Método de extinção Extintores Resfriamento Água, espuma química e espuma mecânica Gasolina, álcool, diesel, tíner, tinta, graxa, acetona Abafamento Gás carbônico, pó químico seco, espuma mecânica Elétricos que estão ligados a uma rede elétrica Quadros de distribuição, equipamentos elétricos, fios sob tensão Abafamento Gás carbônico, pó químico seco Metais pirofóricos Magnésio, zircônio, titânio, alumínio em pó, antimônio Abafamento Pó químico seco especial Materiais radioativos Césio, urânio, cobalto, tório, rádio Acionar Corpo de Bombeiros 193 Gordura animal e óleo vegetal em estado líquido ou sólido Óleo de cozinha comercial e industrial Abafamento Base alcalina Fonte: SERVIÇO SOCIAL DO TRANSPORTE (SEST); SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM DO TRANSPORTE (SENAT). Curso para operador de transporte de cargas. Brasília: Sest/Senat, 2011. Quanto aos equipamentos Existem equipamentos de proteção de uso coletivo e de uso individual. Os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) são destinados à proteção dos trabalhadores nos locais de trabalho, por exemplo: circuladores de ar, hidrantes, mangueiras e detectores de fumaça. Operador de Empilhadeira 2 A rco O c u pac i on a l T r a n s p o rt e 53 Daniel Beneventi De acordo com o item 6.1 da Norma Regulamentadora no 6 (NR 6), Equipamento de Proteção Individual (EPI) é todo dispositivo ou produto de uso individual, utilizado pelo trabalhador, para proteção de riscos que podem ameaçar sua segurança e saúde no trabalho. Para o operador de empilhadeira, os EPI utilizados são: © Denys Prokofyev/123RF • capacete: equipamento para a proteção dos trabalhadores que atuam em lugares com risco de queda de materiais, como armazéns onde produtos podem cair; © homestudio/123RF • óculos de segurança: sempre que houver algum risco de ferir os olhos com estilhaços ou com grande luminosidade, deve-se utilizar esses óculos como proteção; 54 A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e O p e r a d o r de Empilhadeira 2 © Nikola Cvetanovski/123RF • protetores auriculares: são equipamentos colocados nos ouvidos para protegê-los em locais de trabalho onde os ruídos estejam acima de 85 decibéis; eles evitam que a audição dos trabalhadores seja prejudicada; © Paulo Savala • máscara respiradora: os trabalhadores devem utilizar essas máscaras nos locais onde há grandes concentrações de poeira, gases e tintas; © Paulo Savala • botinas ou sapatos: o uso desses equipamentos visa proteger os pés do trabalhador; existem vários tipos e modelos específicos para cada tipo de piso no qual se exerce a atividade profissional; Operador de Empilhadeira 2 A rco O c u pac i on a l T r a n s p o rt e 55 © Serghei Velusceac/123RF • luvas de segurança: protegem as mãos durante a execução de atividades como a transferência de paletes, arrumação ou manuseio de cargas; © Mario Henrique/Latinstock • cinto de segurança: sempre que a empilhadeira estiver em uso, é necessária sua utilização. Com o objetivo de se prevenir acidentes, a Norma Regulamentadora no 11 (NR 11) determina os requisitos de segurança que devem ser observados nos locais de trabalho, em relação ao transporte, à movimentação, ao armazenamento e ao manuseio de materiais, tanto de forma mecânica quanto manual. Veja o que a NR 11 estabelece para a atividade do operador de empilhadeira: 11.1 – Normas de segurança para operação de elevadores, guindastes, transportadores industriais e máquinas transportadoras. [...] 11.1.3 – Os equipamentos utilizados na movimentação de materiais, tais como ascensores, elevadores de carga, guindastes, monta-carga, pontes rolantes, talhas, empilhadeiras, guinchos, esteiras rolantes, 56 A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e O p e r a d o r de Empilhadeira 2 transportes de diferentes tipos, serão calculados e construídos de maneira que ofereçam as necessárias garantias de resistência e segurança e conservados em perfeitas condições de trabalho. [...] 11.1.3.2 – Em todo o equipamento será indicado, em lugar visível, a carga máxima de trabalho permitida. [...] 11.1.5 – Nos equipamentos de transporte com força motriz própria, o operador deverá receber treinamento específico, dado pela empresa, que o habilitará nessa função. 11.1.6 – Os operadores de equipamentos de transporte motorizado deverão ser habilitados e só poderão dirigir se durante o horário de trabalho portarem um cartão de identificação, com nome e fotografia, em lugar visível. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora nº 11. Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais. Disponível em: <http://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080812BE914E6012BEF1FA6256B00/ nr_11.pdf>. Acesso em: 20 mar. 2015. Quanto às pessoas Não bastam locais seguros e equipamentos adequados para que os acidentes não ocorram. É fundamental que as pessoas estejam capacitadas, orientadas e aptas para o desenvolvimento das funções que lhes competem. Primeiro, todos os operadores de empilhadeira têm de ser submetidos a exames médicos periódicos, atendendo às solicitações de exames complementares quando necessário. Em relação à aquisição, à utilização e à manutenção dos EPI, a NR 6 estabelece as responsabilidades do empregado e do empregador: 6.6.1 Cabe ao empregador quanto ao EPI: a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade; b) exigir seu uso; c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho; Operador de Empilhadeira 2 A rco O c u pac i on a l T r a n s p o rt e 57 d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação; e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada; h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico. 6.7 Responsabilidades do trabalhador. 6.7.1 Cabe ao empregado quanto ao EPI: a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina; b) responsabilizar-se pela guarda e conservação; c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora nº 6. Equipamento de proteção individual – EPI. Disponível em: <http://portal.mte.gov.br/data/files/ 8A7C816A47594D04014767F2933F5800/NR-06%20 (atualizada)%202014.pdf>. Acesso em: 20 mar. 2015. Para conhecer as leis do Código Civil e do Código Penal brasileiros, você pode consultar o Portal da Legislação. O Código Civil completo está em <http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/Leis/2002/L10406.htm> e o Código Penal, em <http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/ Decreto-Lei/Del2848.htm> (acessos em: 20 mar. 2015). 58 A importância do conhecimento legal em nossas atitudes Todo trabalho implica responsabilidades, inclusive legais. Aquele que não cumpre essas responsabilidades pode sofrer punições previstas em lei. O artigo 21 do Código Penal prevê que o descumprimento da lei não pode ser A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e O p e r a d o r de Empilhadeira 2 justificado pelo seu desconhecimento: dizer que não conhecia a lei não tira a responsabilidade de quem cometeu um ato contra ela. As penalidades para o descumprimento da legislação trabalhista valem tanto para o empregador quanto para o empregado. Para o empregador, descumprir a lei pode resultar em pena que vai desde o pagamento de multa até a interdição da empresa. Para o empregado, os atos faltosos previstos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) podem ser punidos com medidas que vão desde advertência oral e escrita até demissão por justa causa, dependendo do caso. Atividade 5 A nalisando a charge AVISO Clay Bennett/© 1999 The Christian Science Monitor (www.CSMonitor.com). Reprinted with permission. Observe a charge e leia o texto a seguir, procurando estabelecer uma relação entre os dois. NORMA SEGUR S DE NO LOCANÇA A TRABA L DE LHO TE XXX SOMEN SX A PESSO X IXXX AUTOR ADMIN ISTRA DE SE ÇÃO DOS S GURA ERVIÇ NÇA E OS SAÚD E Tradução: Eloisa Tavares As qualidades ou virtudes são construídas por nós no esforço que nos impomos para diminuir a distância entre o que dizemos e o que fazemos. Este esforço, o de diminuir a distância entre o discurso e a prática, é já uma dessas virtudes indispensáveis – a da coerência. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. p. 65. Operador de Empilhadeira 2 A rco O c u pac i on a l T r a n s p o rt e 59 1.Escreva, nas linhas a seguir, sobre a importância da coerência, do cuidado e do exemplo nas atitudes e ações das pessoas, quando se trata da segurança e da prevenção de acidentes no trabalho. 2. Reúna-se com mais três colegas e compare sua resposta com as deles. Registrem as conclusões do grupo. 60 A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e O p e r a d o r de Empilhadeira 2 Unidade 8 Avarias, tecnologia, atacado e varejo Segurança no trabalho com empilhadeiras Para iniciar esta Unidade, vamos falar de outro aspecto essencial relacionado à segurança no trabalho: as avarias em empilhadeiras. Não há dúvidas de que as condições do equipamento e de seu uso são fundamentais para garantir a segurança daqueles que operam as empilhadeiras. Avaria: 1. Qualquer dano, prejuízo, estrago. 2. Falha, dano, defeito ou mau funcionamento causado por desgaste, colisão etc. © Dicionário Aulete. <www.aulete.com.br> Além disso, há a questão da proteção do investimento e do patrimônio como forma de controle de custos. Nesse caso, isso significa que o empregador exige que o trabalhador zele pelos equipamentos, a fim de evitar gastos desnecessários. Atividade 1 P revenindo acidentes No Caderno 1, você conheceu alguns tipos de empilhadeira e as partes que as compõem. 1.Com base nos conhecimentos que você já possui sobre as empilhadeiras e o funcionamento delas e pensando nas possíveis causas de avarias nesses equipamentos, elabore uma lista com dez possíveis motivos de acidentes ocasionados pelo descuido do empregador com a manutenção de empilhadeiras ou pela má utilização do equipamento por parte dos empregados. Operador de Empilhadeira 2 A rco O c u pac i on a l T r a n s p o rt e 61 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 2.Agora, compare os itens que você relacionou com a lista de um colega. Em seguida, reflitam juntos sobre a questão proposta e registrem suas conclusões: O mau uso das empilhadeiras pode ser evitado? Como? É preciso respeitar as regras de segurança: somente pessoal fisicamente qualificado e treinado deve ser autorizado a operar as empilhadeiras; o uso de EPI e de roupas adequadas é indispensável; antes de operar qualquer empilhadeira, faça a inspeção diária. 62 Regras para segurança Apresentamos a seguir algumas das causas mais frequentes de avaria em empilhadeiras e instalações e as formas de evitá-las. A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e O p e r a d o r de Empilhadeira 2 Má condição do piso Pisos malconservados ou sujos representam perigo e risco de acidentes em qualquer lugar onde haja circulação de pessoas e veículos. É muito comum presenciarmos quedas de pessoas e acidentes com veículos em pisos esburacados ou com resíduos. No caso do operador de empilhadeira, passar por cima de restos de madeira, embalagens plásticas, cordas e cintas pode causar grande dano ao radiador ou ao eixo do equipamento. O motor pode ser danificado, o pneu pode ficar comprometido e o sistema de arrefecimento pode ser destruído caso esses componentes sejam atingidos por resíduos. Arrefecimento: Diminuição de temperatura, perda de calor; esfriamento. © Dicionário Aulete. <www.aulete.com.br> Como evitar? • Mantenha os pisos sempre limpos e livres de resíduos para que as empilhadeiras possam ser operadas com segurança. • Trabalhe somente nas áreas destinadas à circulação de empilhadeiras, conservando esses locais desobstruídos. Obedeça a todas as placas de sinalização de tráfego e aos avisos de precaução. • Não deixe ferramentas ou outros equipamentos sobre a empilhadeira. Para maior segurança, mantenha desobstruído o acesso para os pedais e nunca opere com pés ou mãos molhados ou sujos de óleo ou graxa. Práticas de operação indevidas Quando a empilhadeira sofre algum impacto contra equipamentos, produtos ou instalações, as consequências podem ser muito sérias. Partes importantes podem ser danificadas: pneus, garfos, rodas etc. Mesmo os operadores que têm mais experiência estão sujeitos a acidentes caso tenham de manobrar a empilhadeira ao redor de produtos. Embora tenha sido projetada para carregar, suspender e transportar cargas pesadas, os impactos são uma frequente causa de avarias. Operador de Empilhadeira 2 A rco O c u pac i on a l T r a n s p o rt e 63 Outro dano ocasionado por operações indevidas ocorre quando o operador empurra ou reboca paletes. Isso pode provocar desgaste prematuro dos pneus, avarias onerosas na transmissão e até perda do controle da empilhadeira, com acidentes graves. Como evitar? • Mantenha o local de operação livre do congestionamento de produtos, retirando tudo o que não for necessário para a realização das tarefas. • Se possível, utilize sistemas monitores de impacto, limitadores de velocidade e para acesso sem chave, que ajudam a reduzir as avarias por impacto. • Não use os garfos para empurrar cargas, pois isso pode danificar a carga e a máquina. Existem acessórios específicos para puxar e empurrar cargas com empilhadeiras. • Nunca use a empilhadeira para empurrar ou rebocar outra. Caso ela pare de funcionar de repente, avise imediatamente a pessoa encarregada pela manutenção. • Tome cuidado ao baixar os garfos, pois pode haver algo embaixo deles. • Não permita a permanência ou a passagem de pessoas sob ou sobre os garfos ou em qualquer outro acessório instalado na torre de elevação da empilhadeira. Levantamento inseguro e excesso de velocidade © Daniel Beneventi O excesso de velocidade constitui prática irresponsável também no caso das empilhadeiras. A situação é ainda mais grave quando se combina excesso de velocidade e trabalho com carga pesada ou elevada. 64 A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e O p e r a d o r de Empilhadeira 2 Como consequência, podem ocorrer danos no equipamento e acidentes graves com pessoas, pois a empilhadeira pode oscilar e tombar com o deslocamento acelerado. Antes de levantar cargas, é preciso conferir o nivelamento dos garfos para assegurar que a operação será efetuada com segurança e equilíbrio da carga. Como evitar? • Nunca exceda os limites de peso especificados na placa de identificação da empilhadeira. • Para manter o equilíbrio, centralize a carga no palete e posicione os garfos junto às extremidades laterais do palete. Isso facilita o deslocamento da máquina e pode evitar desperdícios. • Certifique-se de que a carga está bem empilhada e balanceada entre os dois garfos e nunca tente levantar cargas com apenas um deles. O equilíbrio e o balanceamento da carga na empilhadeira são fundamentais. • Nunca faça acrobacias, corridas ou brincadeiras enquanto estiver operando a empilhadeira. • Nunca permita passageiros nos garfos ou em qualquer outra parte da empilhadeira. O único assento é o do operador. Equipamentos ou acessórios incorretos A utilização de equipamentos ou acessórios incorretos pode ocasionar falhas e desgaste prematuro nos componentes da empilhadeira. Um exemplo é o uso de pneus gastos ou inadequados, que contribui bastante para os prejuízos relacionados à manutenção. Como evitar? • Escolha corretamente os equipamentos, pois isso é vital para a eficiência e o bom desempenho no trabalho com empilhadeiras, além de reduzir os custos de manutenção. • Substitua pneus gastos ou cortados que possam causar impactos capazes de abalar a roda, os componentes do eixo, a carga e o operador. • Lembre-se de que, diferentemente de um automóvel, as empilhadeiras não são equipadas com molas de suspensão que amorteçam os movimentos. Operador de Empilhadeira 2 A rco O c u pac i on a l T r a n s p o rt e 65 Desgaste prematuro dos garfos Uma consequência do trabalho com pneus gastos é o desgaste prematuro da parte inferior dos garfos. Garfos desgastados põem em risco a capacidade de levantamento da empilhadeira e criam um ambiente de trabalho inseguro. Como evitar? • Realize inspeções de rotina para que possa trabalhar sempre com garfos seguros. • Ajuste os garfos para que haja contato entre a carga transportada e a empilhadeira propriamente dita, mantendo a carga o mais estável possível. • Mantenha os garfos o mais longe possível um do outro dentro das aberturas dos paletes. Esse posicionamento é importantíssimo para o equilíbrio da carga. • Antes de erguer uma carga, certifique-se de que os garfos estão sob toda a extensão dela. Antes de transportá-la, veja se ela está estável sobre os garfos. Falha da transmissão Uma causa muito comum de avarias é utilizar o pedal de aproximação ou de avanço lento para descanso e apoio dos pés. Esse procedimento ocasiona falhas em componentes importantes e pode contribuir para aumentar as despesas com avarias na transmissão e a ocorrência de acidentes. Como evitar? Utilize o pedal de aproximação somente quando estiver se aproximando de uma prateleira e quiser aplicar os freios sem aumentar a rotação do motor. Quando o sistema hidráulico não estiver em uso, o pedal do freio (intermediário) pode ser usado a fim de parar a empilhadeira. P esquisa Atividade 2 sobre acidentes de trabalho Em dupla, façam uma pesquisa sobre acidentes de trabalho com empilhadeiras. Procurem descobrir se o operador de empilhadeira pode prevenir acidentes e como ele poderia fazer isso. Para realizar a pesquisa e responder à questão problematizadora, vocês deverão seguir estes passos: 66 A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e O p e r a d o r de Empilhadeira 2 1. Pesquisar em sites de busca na internet textos informativos a respeito da ocorrência de acidentes envolvendo empilhadeiras. 2.Ler e selecionar, em comum acordo, pelo menos dois textos pesquisados. 3.Registrar, na tabela a seguir, os dados do site em que as notícias selecionadas foram encontradas, o dia e horário da pesquisa. 4. Identificar o local em que os acidentes ocorreram e suas possíveis causas e registrá-los na tabela a seguir. 5. Discutir se, nos casos apresentados nos textos selecionados, o operador de empilhadeira poderia ter evitado o acidente ou a existência de vítimas. Notícia 1 Notícia 2 Site do qual a notícia foi retirada Local do acidente Possíveis causas do acidente Medidas que poderiam ter evitado o acidente ou a existência de vítimas Qual é a responsabilidade do operador na prevenção de acidentes com empilhadeiras? Operador de Empilhadeira 2 A rco O c u pac i on a l T r a n s p o rt e 67 S ete situações , sete Atividade 3 erros : interpretando situações do cotidiano do operador de empilhadeira © Daniel Beneventi © Daniel Beneventi A seguir, você encontrará sete imagens que representam experiências equivocadas no cotidiano do operador de empilhadeira. Considerando o que você já sabe sobre a segurança e a prevenção de acidentes, descreva o “equívoco” retratado em cada uma das imagens. 68 A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e O p e r a d o r de Empilhadeira 2 © Daniel Beneventi © Daniel Beneventi Operador de Empilhadeira 2 A rco O c u pac i on a l T r a n s p o rt e 69 © Daniel Beneventi © Daniel Beneventi 70 A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e O p e r a d o r de Empilhadeira 2 © Daniel Beneventi Agora, com a ajuda do monitor, você e seus colegas contarão seus registros uns para os outros. Aproveite para anotar pontos interessantes levantados por seus colegas. Operar empilhadeiras requer preparação, cuidado e atenção A seguir, veremos uma lista com itens que todo operador deve observar em relação às normas de segurança. 1. Antes de ligar a empilhadeira, verifique sempre se a marcha está desengatada. 2.Antes de levantar a carga, verifique seu peso e centro de gravidade. 3. Transite sempre com os garfos um pouco acima do chão (15 a 20 cm). 4.Se for andar de marcha a ré: observe com cuidado o piso, as pessoas e os obstáculos que estiverem nas proximidades. 5. Tire o pé do freio e acelere devagar. 6.Levante a carga da pilha e incline cuidadosamente para trás, o suficiente para estabilizá-la. 7. Posicione a empilhadeira frontalmente à carga até que esta se encoste à grade de proteção; em seguida, levante os garfos. Operador de Empilhadeira 2 A rco O c u pac i on a l T r a n s p o rt e 71 8. Ao inclinar a torre para trás, avalie o tipo de carga que será transportada. 9. Verifique se o piso tem capacidade para suportar o peso da máquina e da carga. 10. Não faça curvas em alta velocidade. 11. Diminua a marcha quando o piso tiver ondulações ou estiver molhado. 12.Quando estiver transportando tambores, evite parar ou ultrapassar os obstáculos, pois uma parada brusca pode fazer que os tambores se movimentem e caiam. 13.Buzine sempre que se aproximar de pessoas que estejam andando, movimentando algum carrinho ou carregando algo, evitando assustá-las. 14. Ao dirigir em rampas, siga sempre com a carga voltada para cima. 15. Nunca deixe a empilhadeira em uma rampa, a menos que o freio de estacionamento esteja acionado e as rodas, devidamente calçadas. 16.Não estacione a empilhadeira em lugares em que ela possa obstruir extintores ou hidrantes. 17. Mantenha distância segura em relação a outros veículos. 18. Nunca conduza com parte do seu corpo fora da posição normal. 19.Durante as descargas, não permita a permanência de pessoas ao redor da empilhadeira. 20.Olhe sempre para trás na hora de dar marcha a ré. 21. Comunique imediatamente ao supervisor ou ao responsável pela manutenção qualquer defeito verificado na empilhadeira. 22.Sempre que não tiver visão de frente, dirija a máquina em marcha a ré. 23.Com a empilhadeira descarregada, conduza-a sempre de frente. 24.Em nenhuma circunstância acrescente contrapeso na empilhadeira para aumentar sua capacidade de transporte de carga. 25. Nunca faça reversão (para frente ou para trás) com a máquina em movimento. 26.Não dirija a empilhadeira com a perna esquerda para fora. 27. Nunca transporte pessoas na empilhadeira, qualquer que seja o local e motivo alegado. 72 A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e O p e r a d o r de Empilhadeira 2 28.Observe rigorosamente todos os regulamentos e sinalizações de trânsito estabelecidos internamente. 29. Não execute meia-volta em rampas ou em plano inclinado, pois há possibilidade de tombamento. 30.Certifique-se de que as rodas e as extremidades da carroceria do caminhão estão devidamente calçadas antes de entrar nela com a empilhadeira. 31. Verifique o extintor de incêndio. 32.Use luvas, sempre que necessário, para mexer na carga. 33. Nunca solte os garfos no chão, nem mesmo para chamar a atenção de pedestres. 34.Cuidado ao passar embaixo de pontes rolantes: utilize a faixa de segurança. 35. Nunca levante ou transporte carga em uma só lança do garfo da empilhadeira. 36.Não dirija com as mãos molhadas ou sujas de graxa. 37. Tambores devem ser transportados apenas em paletes. 38.Cargas colocadas em carroceria de caminhão devem ser carregadas e descarregadas pelo mesmo lado. 39.Antes de sair da empilhadeira, certifique-se de que os garfos estão completamente abaixados. 40.Empilhe somente materiais iguais. 41. No caso de tambores, empilhe no máximo três camadas e, entre elas, utilize chapa de madeira. 42.Quando empilhar paletes com sacos, tome cuidado para que a pilha não fique inclinada por causa de má arrumação. 43.Quando movimentar paletes no sentido longitudinal (lado maior), coloque alongadores de garfos, para atingir o centro de carga. 44.Redobre a atenção nos empilhamentos a partir de 2 m de altura, pois os equilíbrios da máquina e da pilha se tornam muito instáveis. 45. Sempre suba na empilhadeira pelo lado esquerdo. 46.Nunca permita a permanência de pessoas debaixo de uma carga suspensa. 47. Antes de iniciar o serviço com a empilhadeira, verifique sempre a tabela de observações diárias (checklist – fala-se “tchéklist”) deixada pelo outro operador. Operador de Empilhadeira 2 A rco O c u pac i on a l T r a n s p o rt e 73 48.Observe o alinhamento da pilha, na horizontal e na vertical. 49. Não utilize os garfos para empurrar ou puxar qualquer tipo de objeto. 50.Inicie o carregamento de carrocerias de caminhão pela parte da frente e o descarregamento, pela parte de trás. Fonte: SERVIÇO SOCIAL DO TRANSPORTE (SEST); SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM DO TRANSPORTE (SENAT). Curso para operador de transporte de cargas. Brasília: Sest/Senat, 2011. Atividade 4 C onhecendo a ocupação © Masé Santos 1. Leia a entrevista a seguir. Ela traz o depoimento de um operador de empilhadeira que atua em uma empresa no interior de São Paulo. Entrevistador: Qual seu nome? Adaire: Adaire Alves Vicente. E.: Adaire, há quanto tempo você atua como operador de empilhadeira? A.: Nesta empresa, há quatro anos, mas antes eu trabalhei em outra empresa por dois anos e meio. E.: Para começar a atuar como operador de empilhadeira, qual a formação que você teve? A.: Eu trabalhava em uma empresa e daí surgiu a oportunidade de trabalhar como operador, mas eu não tinha o curso. Então, eles ofereceram o curso, eu fiz e, no final, fiz uma prova. Daí eu comecei a trabalhar com a empilhadeira. 74 A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e O p e r a d o r de Empilhadeira 2 E.: Precisa ter a carteira de motorista ou não? A.: Sim, tem de ter antes a carteira de motorista. E.: E como é, em geral, a sua rotina de trabalho? A.: Eu chego às seis da manhã e antes de trabalhar a gente faz a ginástica laboral. Depois vou até a empilhadeira para fazer o checklist dela, para ver se está tudo [certo], se não tem nenhum defeito. E.: E se você chegar e tiver algum defeito? A.: Daí eu vou marcar no checklist e chamo o encarregado para passar para ele estar ciente. E.: Quem são os outros profissionais que trabalham diretamente com você? A.: Trabalham os outros operadores de empilhadeira, que a gente trabalha em conjunto, e tem o pessoal da parte de separação e carregamento, que trabalha separando os produtos. A gente [os operadores de empilhadeira] trabalha abastecendo os pickings (fala-se “piquins”) para eles [o pessoal da separação e carregamento] pegarem esses produtos e também os paletes fechados. E.: O que seria o picking? A.: Os pickings são as áreas de separação dos produtos picados, como, por exemplo, dez caixas, vinte caixas. E ficam sempre no nível 1, na parte térrea para facilitar a retirada. Mas os paletes fechados aqui têm cem caixas e ficam nas partes altas, [em] que a gente pega com a empilhadeira e deixa no picking. O picking é a área térrea. E.: Você já sofreu algum acidente com a empilhadeira? A.: Não, eu não. Eu já vi uma empilhadeira quase tombar porque o operador subiu com ela numa rampa. E daí ela quase tombou, mas não chegou a tombar, não. E.: Se você fosse dar um conselho para uma turma que está fazendo o curso para operador de empilhadeira, o que você diria? A.: Bom, é uma responsabilidade muito grande, porque você está lá trabalhando tanto com equipamento que é muito caro, com produtos que você está movimentando que têm valor e tem vidas de pessoas, que é mais importante. Porque às vezes você está operando a empilhadeira e tem pessoas à sua volta, o paleteiro, por exemplo, que está andando com carrinho. Então, você tem de estar sempre muito atento ao Operador de Empilhadeira 2 A rco O c u pac i on a l T r a n s p o rt e 75 que está fazendo e não fazer nada se não tiver certeza do que está fazendo, como no caso de alguma manobra mais arriscada. Você tem de ter certeza do que vai fazer, para evitar acidente. O operador de empilhadeira precisa ter responsabilidade e tem de ter muita atenção no que você faz, se você não estiver concentrado no que está fazendo, pode causar um acidente. E.: E você gosta dessa atividade? A.: Vixe, eu gosto bastante, eu gosto! Quando eu entrei aqui, foi difícil procurar uma vaga, tinham seis operadores esperando e me falaram que era melhor eu procurar outra função dentro da empresa porque ia ser muito difícil, mas graças a Deus chegou a oportunidade. E.: Quando você entrou nesta empresa o que você fazia? A.: Quando eu entrei aqui eu carregava caminhão, carregava carga. Daí eu trabalhei um bom tempo, depois trabalhei no recebimento também, até que chegou a minha oportunidade. E.: Você acha que o operador precisa desenvolver quais capacidades? A.: Tudo que você faz no seu dia a dia tem de fazer com segurança e responsabilidade, isso vai lhe promover, para que você tenha outras oportunidades dentro da empresa. Porque, se você não faz as coisas direito, como vai ter outra função mais exigente, se a primeira você não fez direito? E.: Você faz outros cursos aqui na empresa ou não? A.: A gente faz outros cursos de reciclagem. E.: E você também faz exames de saúde? A.: Sim, a gente faz exame do coração e eletroencefalograma, anualmente. E.: As empilhadeiras são diferentes, tem vários tipos. Isso diferencia o manejo? A.: Sim, tem diferença. Mas aqui a gente só trabalha com a elétrica. Aqui não usamos outro tipo de empilhadeira, como a gás, porque polui e estamos em ambiente fechado. E.: E o uso do coletor de dados, como funciona? A.: De manhã, quando entro, cada operador tem uma senha. Então, todas as operações que eu faço de movimentação dos produtos ficam armazenadas. Se eu fizer algum procedimento errado, vai ficar marcado ali. Cada operador tem sua senha. 76 A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e O p e r a d o r de Empilhadeira 2 E.: No curso de operador de empilhadeira que você fez, você aprendeu a usar o coletor de dados? A.: Não, isso eu aprendi foi aqui na empresa. No curso só aprendi a operar a empilhadeira mesmo, mas é no dia a dia que você pega a prática. Eu operei empilhadeira no curso, mas lá foi em espaços maiores, era diferente. 2.Em grupo de quatro pessoas, respondam às questões a seguir, levando em conta a entrevista que vocês acabaram de ler e os conhecimentos que adquiriram até aqui. a) Qual é a importância do checklist na rotina de trabalho do operador de empilhadeira? b)Como a formação continuada do operador de empilhadeira pode contribuir para sua qualificação? Citem exemplos. Operador de Empilhadeira 2 A rco O c u pac i on a l T r a n s p o rt e 77 c) Vocês identificam a presença de recursos tecnológicos na prática do operador de empilhadeira? Quais? Tecnologia – vilã ou aliada do emprego? A tecnologia tem se mostrado uma ferramenta útil, principalmente entre os jovens, na busca por uma vaga no mercado de trabalho. Por outro lado, muita gente acredita que a tecnologia é a grande culpada pelo desemprego no mundo. Esse é um tópico polêmico. O que você pensa sobre ele? Será que o desemprego existe porque os trabalhadores não estão qualificados? Um ponto indiscutível é que as novas tecnologias exigem novos conhecimentos e habilidades, requerem de todos nós um pensamento mais abstrato. E a escola tem um importante papel para que esses novos conhecimentos cheguem a todos. O Atividade 5 avanço tecnológico 1. A universalização do acesso à tecnologia e os impactos que ela gera no mercado de trabalho são assuntos muito discutidos atualmente. Leia a matéria de jornal a seguir, que trata desse tema. 78 A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e O p e r a d o r de Empilhadeira 2 Mais da metade da população não tem acesso à internet Dados da pesquisa Pnad do IBGE mostram que a proporção de pessoas que utilizaram a internet passou de 20,9% em 2005 para 46,5% em 2011 O aumento da renda, o acesso ao de mercado de trabalho, o crédito fácil e a perda do “medo” da tecnologia entre os mais velhos foram fatores decisivos para a inclusão digital no País, entre 2005 e 2011, porém mais da metade da população de 10 anos ou mais de idade ainda não tem acesso à internet. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2011 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a proporção de pessoas que utilizaram a internet passou de 20,9% para 46,5%. Em seis anos, houve um aumento de 45,8 milhões de internautas – média de quase 21 mil por dia. Utilizaram a internet no período de três meses antes da data da entrevista 77,7 milhões de brasileiros com 10 anos ou mais de idade, em 2011. Embora ainda sejam as mais resistentes à rede mundial de computadores, as pessoas de 50 anos em diante tiveram peso decisivo no aumento da legião de internautas: passaram de 7,3% para 18,4% do total da população nesta faixa etária. Em números absolutos, foi o maior crescimento, passando de 2,5 milhões de usuários nesta faixa etária para 8,1 milhões – crescimento de 222%. Outro crescimento significativo aconteceu no outro extremo, com os internautas de 10 a 14 anos. Em 2005, 24,3% das crianças acessavam a internet, proporção que saltou para 63,6% em 2011. A pesquisa levou em consideração apenas os acessos à internet por computador, não houve perguntas sobre acesso por meio de telefones celulares e tablets. “A inclusão digital se dá sem medo entre os jovens. Entre os mais velhos, demora um pouco, mas é crescente, inclusive para acesso a banco, para declarar imposto de renda”, diz o coordenador de trabalho e rendimento do IBGE, Cimar Azevedo. Operador de Empilhadeira 2 A rco O c u pac i on a l T r a n s p o rt e 79 Embora a renda seja um fator importante de acesso à internet, é interessante notar que as mulheres jovens, que têm renda menor que os homens, porém maior escolaridade, estão mais na rede mundial de computadores do que os homens. E há mais usuários da internet na população com renda de 3 a 5 salários mínimos do que entre os que ganham mais de 5 salários mínimos. A explicação é que a faixa mais rica da população é também a faixa mais velha, ainda “engatinhando” no mundo virtual. Os técnicos do IBGE chamam atenção para o grande salto entre os alunos da rede pública que passaram a ter acesso à internet no espaço de seis anos. A pesquisa não investigou o local de acesso (se o trabalho, a residência, a escola ou locais públicos como bares e lan houses) e por isso não é possível associar o crescimento à distribuição de computadores nas escolas públicas, mas, para Cimar Azevedo, é um forte indicativo da inclusão digital entre os mais pobres. Em 2005, apenas 24,1% dos alunos da rede pública usavam a internet, proporção que cresceu para 65,8% em 2011. MAIS da metade da população não tem acesso à internet. O Estado de S. Paulo, 16 maio 2013. Negócios. Disponível em: <http://economia.estadao.com.br/noticias/ economia-brasil,mais-da-metade-da-populacao-nao-tem-acesso-ainternet,153863e>. Acesso em: 20 mar. 2015. 2. Com ajuda do monitor, a classe deve ser organizada em quatro grupos. Cada um deles deve debater uma das questões a seguir. • Grupo 1: O desenvolvimento das tecnologias ajuda ou atrapalha os empregos? • Grupo 2: “Não haverá melhorias enquanto apenas um pequeno grupo tiver acesso a todos os meios possíveis de tecnologias em detrimento dos demais excluídos.” Vocês concordam com essa afirmativa? Justifiquem a resposta. 80 A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e O p e r a d o r de Empilhadeira 2 • Grupo 3: Como a tecnologia poderia ser uma aliada do emprego? • Grupo 4: Qual a importância da educação para o emprego nesse contexto de desenvolvimento das tecnologias? Se necessário, retomem a leitura do texto. Anotem as conclusões do grupo. Os grupos devem apresentar suas conclusões. Compartilhem ao máximo suas reflexões, para que toda a classe debata o assunto. Operador de Empilhadeira 2 A rco O c u pac i on a l T r a n s p o rt e 81 Atividade 6 Trabalhando com charges Observe as charges a seguir e atribua um título a cada uma delas, justificando sua escolha. © Randy Glasbergen - glasbergen.com Randy Glasbergen. www.glasbergen.com “Temos aqui todos os equipamentos tecnológicos de última geração. Você gostaria de enviar um email pra ele?” © Alcy Tradução: Eloisa Tavares Sob a orientação do monitor, compartilhe suas respostas com os colegas. 82 A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e O p e r a d o r de Empilhadeira 2 Atividade 7 Atacado e varejo Você sabe a diferença entre atacado e varejo? Escreva o que sabe a respeito de cada um deles nas linhas a seguir. Atacado: Varejo: Diferenças entre a função de atacadista e a de varejista O operador de empilhadeira atua em grandes e pequenos armazéns nos setores atacadista e varejista. Vejamos as principais diferenças entre os dois setores. O foco principal do setor atacadista é o atendimento aos varejistas, ou seja, a revenda. O setor varejista, por sua vez, se ocupa da venda ao consumidor final. Geralmente, o atacadista realiza compras em quantidades maiores do que os varejistas e, assim, consegue obter preços melhores junto aos fabricantes. Além disso, é comum que os atacadistas possuam áreas de armazenamento mais amplas do que os varejistas e, por isso, suas empresas se localizam em áreas mais periféricas. Já os varejistas instalam-se em regiões mais centrais das cidades, afinal, seu alvo é o consumidor final. Essas diferenças influenciam no tipo de empilhadeira que deverá ser adquirida pela empresa, bem como nos mecanismos de controle de estoque e transporte de mercadorias. A maior ou menor capacidade do armazém e a quantidade de mercadorias estocadas implicam a utilização de diferentes empilhadeiras para o transporte, de acordo, por exemplo, com o peso das cargas. Operador de Empilhadeira 2 A rco O c u pac i on a l T r a n s p o rt e 83 Atividade 8 E ntrevistas Visite duas empresas, uma do setor atacadista e outra do setor varejista, e entreviste um operador de empilhadeira em cada uma delas. Antes disso, organize um roteiro de perguntas com o objetivo de descobrir as diferenças e as semelhanças dessas empresas em relação a: • capacidade de transporte de cargas das empilhadeiras utilizadas; • número de operadores e de empilhadeiras que existem na empresa; • atividades diárias desenvolvidas pelos operadores; • outros profissionais que frequentam o local de trabalho. Feitas as entrevistas, registre como funciona cada setor e, depois, as semelhanças e as diferenças encontradas. Características do setor atacadista: Características do setor varejista: Semelhanças: Diferenças: 84 A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e O p e r a d o r de Empilhadeira 2 Unidade 9 Comunicação e suas repercussões no trabalho Você já parou para pensar sobre a importância da comunicação em sua vida? Foi por causa da nossa capacidade de pensar e de expressar os nossos pensamentos, planos, ideias, dúvidas, emoções, saberes, impressões etc., por meio da linguagem, que conseguimos produzir e compartilhar os conhecimentos que a humanidade foi construindo ao longo de sua história. Sem a comunicação nada disso seria possível. Neste curso de operador de empilhadeira você já aprendeu muitas coisas, não é mesmo? Conheceu diferentes setores nos quais poderá trabalhar, aprendeu sobre códigos, sinais e itens de segurança no trabalho, sobre os tipos de empilhadeira, conheceu um pouco mais da história do trabalho, entre muitas outras coisas. © Jetta Productions/Alamy/Latinstock Mas será que esses conhecimentos técnicos serão suficientes para realizar bem as atividades dessa ocupação? E as relações entre as pessoas no ambiente de trabalho, será que dependem apenas desses saberes? Nossas atitudes não contam? Operador de Empilhadeira 2 A rco O c u pac i on a l T r a n s p o rt e 85 Atividade 1 D iscutindo as relações Responda às questões a seguir e depois compartilhe as respostas com o monitor e os colegas. 1. Para você, qual é a importância da comunicação no ambiente de trabalho? 2. Na sua opinião, quais atitudes favorecem um bom ambiente de trabalho? 3. E quais atitudes dificultam as relações no trabalho? Jeitos de falar Precisamos constantemente refletir sobre nossas atitudes, formas de agir e de nos relacionarmos no trabalho, pois elas podem fazer muita diferença no ambiente profissional. Manter uma boa comunicação pode ajudá-lo a ser mais autoconfiante, a estabelecer uma boa relação com colegas, empregadores e clientes, se for o caso. Assim, da mesma forma que você se mantém atento às suas atividades no que diz respeito a operar a empilhadeira, precisa também tomar alguns cuidados na forma como se comunica. A cordialidade, a gentileza e o respeito no trato com todos tornam o ambiente de trabalho mais agradável e amistoso. 86 A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e O p e r a d o r de Empilhadeira 2 Atividade 2 Tem palavra Leia, a seguir, um poema de Alice Ruiz. Tem palavra tem palavra que não é de dizer nem por bem nem por mal © Vilma Slomp tem palavra que não se conta nem prum animal tem palavra louca pra ser dita feia bonita e não se fala tem palavra pra quem não diz pra quem não cala pra quem tem palavra tem palavra que a gente tem e na hora H falta RUIZ, Alice. Tem palavra. Disponível em: <http://www.aliceruiz.mpbnet.com.br/ discografia/paralelas/tem_palavra.htm>. Acesso em: 20 mar. 2015 Operador de Empilhadeira 2 A rco O c u pac i on a l T r a n s p o rt e 87 1. Do que trata o poema? 2.A autora diz que há palavra que não se conta nem para um animal. Como você entendeu esses versos? 3. Como você interpreta o seguinte trecho: “tem palavra que a gente tem e na hora H falta”? Você já se sentiu assim, sem palavra? Em que situação? 4.Você já se arrependeu por ter dito algo sem pensar? O que você considera que lhe faltou nessa situação? 88 A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e O p e r a d o r de Empilhadeira 2 Comunicar é preciso Existem inúmeras formas de se dizer algo a alguém, mas precisamos escolher bem as palavras para que a comunicação flua de maneira eficiente, para que sejamos bem compreendidos. Quando estamos conversando com uma pessoa, é importante termos claro o que queremos transmitir. Também devemos manter uma atitude respeitosa com nosso interlocutor, ou seja, com quem estamos conversando. Tão importante quanto a clareza do que se pretende dizer, é a escolha das palavras, o tom e o jeito de dizer. É sempre indicado evitar falar com a voz alta sem necessidade ou utilizar um tom agressivo ou irônico. Outra atitude recomendada é respeitar a todos com os quais você convive em seu ambiente de trabalho, afinal, o respeito mútuo é essencial. Atividade 3 R efinando o olhar Leia a crônica “Vista cansada”, de Otto Lara Resende, e depois responda às questões. Vista cansada Acho que foi o Hemingway quem disse que olhava cada coisa à sua volta como se a visse pela última vez. Pela última ou pela primeira vez? Pela primeira vez foi outro escritor quem disse. Essa ideia de olhar pela última vez tem algo de deprimente. Olhar de despedida, de quem não crê que a vida continua, não admira que o Hemingway tenha acabado como acabou. Fugiu enquanto pôde do desespero que o roía – e daquele tiro brutal. Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse o poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não vendo. Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. Operador de Empilhadeira 2 A rco O c u pac i on a l T r a n s p o rt e 89 O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio. Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Se alguém lhe perguntar o que é que você vê no seu caminho, você não sabe. De tanto ver, você não vê. Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom-dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer. Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima ideia. Em 32 anos, nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser que também ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem. Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos. Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de tão visto, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam no dia a dia, opacos. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença. © Luciana Whitaker/Folhapress © by herdeiros de Otto Lara Resende RESENDE, Otto Lara. Vista cansada. Folha de S. Paulo, 23 fev. 1992. Opinião, p. 1-2. © by herdeiros de Otto Lara Resende 90 A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e O p e r a d o r de Empilhadeira 2 1. Do que trata o texto? 2.Por que você acha que o título do texto é “Vista cansada”? 3. Você acha que é comum as pessoas não se conhecerem, mesmo depois de conviverem por muito tempo, como no texto? 4.Reflita sobre como você tem agido ao conversar com sua família, amigos e colegas. Costuma olhar as pessoas nos olhos? Fica atento à conversa? Costuma ser gentil e solícito? Ou age com indiferença? Operador de Empilhadeira 2 A rco O c u pac i on a l T r a n s p o rt e 91 5. Como você interpreta o trecho final do texto: “É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença”? 6. Em grupo, discutam quais atitudes todos devem ter no dia a dia, não apenas no ambiente de trabalho. 7. Quantas vezes você ouviu falar ou teve de conviver com pessoas grosseiras que se sentem superiores às demais? É horrível, não é mesmo? Em grupo, compartilhem experiências nas quais vivenciaram ou presenciaram situações como essa. Depois, listem as atitudes que, segundo o grupo, favorecem as boas relações, considerando que no ambiente de trabalho várias pessoas convivem e o trabalho de uma depende e interfere na atividade da outra. Ao final, compartilhem com o monitor e com a classe a lista de atitudes que favorecem as boas relações elaborada pelo grupo. 92 A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e O p e r a d o r de Empilhadeira 2 Igualdade na diversidade Todas as pessoas são diferentes umas das outras e essas diferenças podem ser físicas, no modo de pensar, no modo de agir, na idade, na orientação sexual. Há ainda diferenças de classe social, de valores, crenças e religião, entre muitas outras. Contudo, não podemos nos esquecer de que a única coisa que temos de semelhante é o fato de sermos diferentes. A diferença deve ser compreendida como algo positivo, não como um problema, pois a diversidade nos fortalece e nos humaniza. Além de as pequenas regras de civilidade ajudarem a manter o ambiente de trabalho equilibrado, respeitar as diferenças e reconhecer a todos como iguais é uma questão de cidadania. Gestos e expressões também comunicam Nossa forma de agir e de comunicar diz muito sobre nós. É importante reconhecer que em diferentes contextos nos comunicamos de diferentes formas, ou seja, quando estamos em casa ou entre amigos, podemos ficar mais à vontade no modo de nos vestir e a conversa também pode ser informal. Por conta de nossa intimidade, podemos utilizar gírias e, se for o caso, até fazer certas brincadeiras. Bem diferente de quando estamos no trabalho ou em outra situação formal, como em uma comemoração, um casamento ou uma entrevista de trabalho. Lembre-se de que não nos comunicamos apenas com palavras ditas ou escritas, que nossas expressões e gestos também comunicam. Por isso, é importante estarmos atentos a esses aspectos. Isso não quer dizer que não podemos ficar à vontade ou sermos espontâneos, mas que temos de ter cuidado para não constrangermos as pessoas a nossa volta. Integração entre a linguagem verbal e a linguagem não verbal Na Unidade 7, falamos sobre as linguagens verbal e não verbal. Agora vamos falar um pouco mais sobre como essas duas formas de comunicação interagem. Operador de Empilhadeira 2 A rco O c u pac i on a l T r a n s p o rt e 93 Pense em uma cena de novela ou de filme que você tenha visto. Certamente você ouviu a fala dos personagens e, em alguns momentos, a música de fundo; viu o cenário, a iluminação do ambiente, as vestimentas, a movimentação dos atores, seus gestos e suas expressões. Todo esse conjunto contribuiu para que você, assim como todos os telespectadores, atribuísse um significado à história e conseguisse dar sentido à cena. Esse é um exemplo em que a linguagem verbal e a não verbal se integram, uma influenciando a outra. U ma Atividade 4 imagem vale mais do que mil palavras? © Bridgeman Images/Keystone 1. Observe com atenção a imagem a seguir. Jean-François Millet. As respigadeiras, 1857. Óleo sobre tela, 83,5 cm × 110 cm. a) Qual é a sua impressão sobre a obra? 94 A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e O p e r a d o r de Empilhadeira 2 b)Quais são as cores que predominam nela? c) O que se destaca na cena? d)Agora, observe bem as vestimentas das mulheres. O que essas roupas podem nos indicar? e) Por que as mulheres que aparecem na obra estão curvadas? A leitura nos ajuda a aprimorar nossa comunicação. Com ela podemos experimentar sentimentos, sensações e situações que jamais viveríamos na realidade e esse conhecimento nos torna melhores, amplia nosso repertório cultural. Contudo, Paulo Freire, educador brasileiro, lembra que “a leitura do mundo precede a leitura da palavra”. Freire, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 51. ed. São Paulo: Cortez, 2011. p. 20. Operador de Empilhadeira 2 A rco O c u pac i on a l T r a n s p o rt e 95 f) Respigar quer dizer catar os restos do que sobrou da colheita. No século XIX (19), na França, camponesas dependiam dessa atividade para sobreviver. Essas mulheres recebiam autorização para passar rapidamente, antes do pôr do sol, pelos campos ceifados para recolher espigas que sobravam depois da colheita. Essas informações mudaram sua primeira interpretação da obra? Por quê? g)Segundo o dito popular, “uma imagem vale mais que mil palavras”. Você concorda com isso? A análise da obra lhe ajuda a responder a essa questão? 96 A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e O p e r a d o r de Empilhadeira 2 U n i d a d e 10 Revendo seus conhecimentos Com esta Unidade, chegamos ao fim do curso. Por isso, este é um momento de balanço, de rever o que você aprendeu no período em que se dedicou à formação básica de operador de empilhadeira. É importante que consiga identificar tudo o que aprendeu sobre essa ocupação e que se sinta preparado para buscar uma vaga no mercado de trabalho. Quando encontrá-la, você certamente continuará construindo novas aprendizagens. Mas, neste momento, queremos que você saiba com clareza o quanto já aprendeu. Para isso, vamos retomar uma atividade do início do curso (Unidade 2 do Caderno 1), em que você fez um levantamento do que já sabia e do que ainda precisa desenvolver na área de atuação do operador de empilhadeira. Agora é o momento de atualizá-lo. R evisite Atividade 1 seus conhecimentos Lembre-se do início deste curso e liste o que aprendeu no decorrer dele. Essa será a base para você fazer um novo currículo e buscar uma vaga no mercado de trabalho. É também uma maneira de identificar lacunas, ou seja, os aspectos que você ainda não domina, e procurar novas formas de se aprimorar. Você pode consultar diretamente o site da CBO, para ver com detalhes os conhecimentos necessários à ocupação. Depois de refletir, preencha a tabela a seguir. Operador de Empilhadeira 2 A rco O c u pac i on a l T r a n s p o rt e 97 O que já sabia fazer O que aprendi no curso O que ainda preciso aprender Analise a última coluna da tabela com atenção. Ainda há coisas que você considera necessário aprender? Isso é normal e você não deve desanimar, pois o conhecimento é um processo contínuo. Por mais que conheçamos algo, sempre há novas concepções para aprendermos. Agora, procure elaborar um planejamento das suas próximas ações para dar sequência à construção da sua formação e da sua carreira. Por exemplo: • continuar a estudar; • procurar novo curso de aperfeiçoamento na área; • ler revistas ou livros especializados; • procurar na internet mais informações sobre temas relacionados à ocupação de operador de empilhadeira. 98 A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e O p e r a d o r de Empilhadeira 2 P laneje Atividade 2 seus próximos aprendizados Nossos planejamentos devem ser revistos frequentemente para não se tornarem ultrapassados. Ações e prazos precisam ser sempre atualizados. Neste momento, você não precisa prever ações de difícil concretização. A formação que acaba de realizar já é um trunfo para se candidatar às vagas nessa área. Para fazer o seu planejamento, utilize a tabela a seguir. Você pode revê-lo de tempos em tempos, para atualizar seu currículo e o próprio planejamento. O que fazer Por quê Operador Como de Empilhadeira 2 Quando A rco O c u pac i on a l T r a n s p o rt e 99 Prepare-se para o mercado de trabalho Além de aprimorar seus conhecimentos, é importante preparar-se para obter um lugar no mercado de trabalho. Para iniciar a procura, você deve organizar seus documentos e elaborar seu currículo. Comece organizando seus documentos pessoais e aqueles que comprovam sua escolaridade (diplomas e certificados de cursos). Coloque-os em uma pasta, que você vai apresentar nos locais onde procurar emprego. Ela deve conter: • comprovação da sua escolaridade formal – diplomas; • certificados de cursos que você fez, inclusive este; • comprovação de suas experiências de trabalho, que podem incluir registros informais, declarações e fotos; • cartas de recomendação. Para o currículo, você vai elaborar um resumo de tudo o que já fez e tudo o que sabe fazer. Antigamente, os currículos eram longos e com informações bastante detalhadas. Hoje, eles são mais objetivos e claros, por isso, mais curtos. Vão direto ao ponto e, de preferência, ressaltam os conhecimentos e as práticas relacionados à ocupação ou ao cargo pretendido. As informações indispensáveis em um currículo para tornar sua apresentação mais adequada são: • dados pessoais – nome, endereço, telefone e email; • indicação de seu grau de escolaridade; Nem sempre os anúncios de vagas para operador de empilhadeira especificam o salário inicial. A maioria dos contratantes prefere combiná-lo na entrevista de emprego. Por isso, para saber a estimativa de salário inicial, o melhor é realizar uma pesquisa em centros de distribuição, supermercados, magazines, grandes lojas de departamentos e de materiais de construção, transportadoras, aeroportos, indústrias e fábricas de sua região. Você também pode fazer uma busca na internet ou solicitar informação no sindicato. 100 • objetivo – a vaga em que você está interessado; • conhecimentos e práticas adequados ao trabalho pretendido; • experiência profissional – os trabalhos que já teve. Relacione suas experiências em ordem cronológica inversa: do mais atual até o mais antigo. Se você não teve emprego formal, escreva: “Principais experiências”. A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e O p e r a d o r de Empilhadeira 2 Atividade 3 E labore seu currículo 1. Com base nas informações anteriores, crie uma primeira versão de seu currículo, escrevendo os dados principais. 2.Troque ideias com os colegas e com o monitor do curso, verificando se há alguma mudança a fazer. 3.No laboratório de informática, digite e formate seu currículo no computador, deixando-o com uma boa apresentação e com as informações bem claras. 4.Não se esqueça de revisar seu currículo. É essencial que não haja nenhum erro de ortografia, de concordância, nem mesmo de digitação. Você pode pedir a um colega ou mesmo ao monitor para checar a sua revisão, isso é muito importante! Operador de Empilhadeira 2 Você pode recordar como preparar arquivos no computador voltando ao Caderno do Trabalhador 3 – Conteúdos Gerais – “ABC da informática”. Disponível em: <http://www.viarapida.sp.gov.br>. Acesso em: 20 mar. 2015. A rco O c u pac i on a l T r a n s p o rt e 101 Última etapa A última etapa é a entrevista ou a seleção para o emprego que você pretende. Para muitos, essa etapa causa certa ansiedade, outros a encaram como mais um desafio ou obstáculo a transpor. É importante lembrar que, na entrevista, tanto o entrevistador quanto o candidato ficam, de início, mais comedidos, mas, à medida que ela vai transcorrendo, ambos vão se sentindo mais confortáveis. Hoje em dia, os entrevistadores são mais acessíveis, demonstrando uma atitude mais acolhedora, pois o mercado de trabalho tem apresentado maior demanda por profissionais qualificados. Quando você for selecionado para uma entrevista, procure manter a calma e a autoconfiança. Se você foi chamado é porque, entre tantos outros, seu currículo apresentou as qualificações de que a empresa precisa. No entanto, outros candidatos também foram selecionados e será escolhido aquele que preencher mais adequadamente as condições requeridas pela empresa e pelo posto de trabalho oferecido. Veja a seguir algumas dicas que os especialistas dão aos candidatos. • Prepare-se para a entrevista planejando tudo antecipadamente, reunindo os documentos em uma pasta. Leve também uma cópia do currículo; o entrevistador nem sempre tem uma consigo e pode solicitar a sua. • Verifique o endereço e calcule o tempo para chegar ao local com antecedência mínima de 15 minutos. • Seja sincero e coerente com as informações que colocou no currículo, pois elas sempre podem ser checadas. • Exponha com clareza o que sabe fazer na área e, caso lhe perguntem, fale sobre suas atitudes e seu jeito de ser. • Mostre-se confiante com relação ao que sabe. Contudo, seja honesto se lhe for perguntado sobre algum procedimento que não domina. Chegamos ao fim deste curso de qualificação de operador de empilhadeira. Nele, você teve a chance de aprimorar seus conhecimentos e de praticar algumas técnicas específicas dessa ocupação. Agora confie em você! Boa sorte! 102 A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e O p e r a d o r de Empilhadeira 2 Referências bibliográficas BARAT, J. Globalização, logística e transporte aéreo. São Paulo: Senac, 2012. BOFF, Leonardo. Saber cuidar: ética do humano – compaixão pela terra. 18. ed. Petrópolis: Vozes, 2012. BRASIL. Código Civil. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ Leis/2002/L10406.htm>. Acesso em: 20 mar. 2015. _______. Código Penal. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ Decreto-Lei/Del2848.htm>. Acesso em: 20 mar. 2015. _______. Constituição da República Federativa do Brasil. Texto constitucional promulgado em 5 de outubro de 1988, com as alterações adotadas pelas Emendas Constitucionais. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ constituicaocompilado.htm>. Acesso em: 20 mar. 2015. _______. Decreto no 96.044, de 18 de maio de 1988. Disponível em: <http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/Antigos/D96044.htm>. 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