Perder e Manter o Peso na Obesidade

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Perder e Manter o Peso na Obesidade
Perder e Manter o Peso na
Obesidade - Evidência Clínica para
Novas Abordagens
Esta atividade educativa é patrocinada por um subsídio educativo independente concedido
pela Novo Nordisk Global.
www.medscape.org/spotlight/weight-loss
Perder e Manter o Peso na Obesidade - Evidência Clínica para Novas Abordagens
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Esta atividade educativa é destinada a um público internacional de profissionais de cuidados de saúde de fora dos EUA, especificamente endocrinologistas, diabetologistas, médicos de família, cardiologistas e outros profissionais de cuidados de saúde envolvidos na assistência a pacientes com excesso de peso e obesos.
O objetivo desta atividade é examinar o desafio mundial da obesidade, novas perspetivas na fisiologia da regulação do peso e
novas opções de tratamento.
Após a conclusão desta atividade, os participantes estarão aptos a:
•
•
Identificar estratégias adequadas de comunicação, avaliação e tratamento para pacientes com excesso de peso e obesos
Explicar o fundamento de terapias emergentes para perda de peso e as evidências clínicas de perda de peso acentuada e
sustentada com a perspetiva de prevenir as comorbidades associadas à obesidade
Informações sobre o corpo docente e declarações
A WebMD Global exige que todo indivíduo que tenha controle sobre o teor de uma das suas atividades educativas declare quaisquer relações financeiras relevantes ocorridas nos últimos 12 meses que possam criar um conflito de interesses.
Xavier Pi-Sunyer, MD, MPH
Professor de Medicina, Departamento de Medicina; Diretor, New York Obesity Research Center, Columbia University College of
Physicians and Surgeons, New York Presbyterian Hospital, Nova Iorque, Nova Iorque, Estados Unidos da América
Declaração: Xavier Pi-Sunyer, MD, MPH declarou as seguintes relações financeiras relevantes:
•
Atuou como conselheiro ou consultor para: Eli Lilly and Company; Novo Nordisk; Zafgen
Walmir F. Coutinho, MD
Professor Catedrático de Endocrinologia, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro; Diretor de Ensino e Pesquisa, Instituto
Estadual de Diabetes e Endocrinologia, Rio de Janeiro, Brasil
Declaração: Walmir F. Coutinho, MD declarou as seguintes relações financeiras relevantes:
•
•
•
Atuou como conselheiro ou consultor para: AstraZeneca Pharmaceuticals LP; Janssen Global Services LLC; Novo Nordisk
Atuou como palestrante ou integrou o painel de palestrantes para: AstraZeneca Pharmaceuticals LP; Janssen Global Services
LLC; Novo Nordisk
Recebeu subsídios para pesquisa clínica de: Novo Nordisk
Robert F. Kushner, MD
Professor de Medicina, Northwestern University Feinberg School of Medicine; Diretor, Center for Lifestyle Medicine, Northwestern
Medicine, Chicago, Illinois, Estados Unidos da América
Declaração: Robert F. Kushner, MD declarou as seguintes relações financeiras relevantes:
•
•
Atuou como conselheiro ou consultor para: Novo Nordisk; Takeda Pharmaceuticals North America, Inc.; RetroFit Technologies,
Inc.; Weight Watchers International, Inc.; Zafgen
Recebeu subsídios para pesquisa clínica de: Aspire Bariatrics
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PERDER E MANTER O PESO NA OBESIDADE: EVIDÊNCIA CLÍNICA PARA NOVAS ABORDAGENS Moderador Xavier Pi-­‐Sunyer, MD, MPH Professor de Medicina Departamento de Medicina; Diretor, New York Obesity Research Center Columbia University College of Physicians and Surgeons New York Presbyterian Hospital Nova Iorque, EUA F Xavier Pi-Sunyer, MD, MPH: Olá, o meu nome é Xavier Pi-Sunyer. Sou Professor de Medicina no Departamento de Medicina da
Columbia University, College of Physicians and Surgeons e também trabalho no New York Presbyterian Hospital. Bem-vindos a
este programa intitulado Perda de Peso Efetiva e Sustentada na Obesidade – Evidência Clínica para Novas Abordagens.
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Integrantes do painel Walmir F. CouMnho, MD Professor CatedráLco de Endocrinologia na PonLMcia Universidade Católica do Rio de Janeiro; Diretor de Ensino e Pesquisa do InsLtuto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Rio de Janeiro, Brasil Robert F. Kushner, MD Professor de Medicina na Northwestern University Feinberg School of Medicine; Diretor, Center for Lifestyle Medicine Northwestern Medicine Chicago, EUA Juntam-se a mim 2 amigos e colegas de longa data. Primeiro, ao meu lado está o Dr. Robert Kushner que é Professor de Medicina
na Northwestern University, Feinberg School of Medicine, e Diretor do Center for Lifestyle Medicine in Chicago, Northwestern University, e Walmir Coutinho, que é Professor de Endocrinologia na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro no Brasil.
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A Obesidade no Mundo em Adultos com 18 Anos ou Mais: 2014 Prevalência, %
Dados não existentes
Não se aplica
<10,0
10-19,9
20,0-29,9
≥30,0
hQp://www.who.int/en/ Para iniciar esta intervenção deixem-me falar um pouco sobre a prevalência da obesidade na União Europeia e no mundo. A
primeira coisa a dizer é que a epidemia teve início nos EUA. Atualmente, 69% da população dos EUA tem excesso de peso e é obesa. 35% da população é obesa. Trata-se de um enorme problema nos EUA, que implica perdas de produtividade de cerca de 4 mil
milhões de dólares nos Estados Unidos da América. O mesmo acontece em todo o mundo. Muitos países da União Europeia estão
a aproximar-se de nós. O problema tem vindo a crescer na América Latina, de onde vem o Walmir, bem como na China, na Índia e
no Sudoeste da Ásia. É um problema mundial.
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Risco de Comorbidades Com o Aumento do IMC DM2 Hipertensão arterial DC 7 Risco RelaMvo 6 5 4 3 2 1 0 ≥21 22 23 24 25 26 27 28 29 IMC WilleQ WC, et al. N Engl J Med. 1999;341(6):427-­‐434. Porque é que esta questão nos preocupa? Preocupa-nos porque existe uma relação entre obesidade e comorbidades. A questão é:
qual é a dimensão do problema, Bob?
Robert F Kushner, MD: É um grande problema. As doenças não transmissíveis são a primeira causa de morte em todo o mundo,
doença cardiovascular, cancro, diabetes, e doença das vias respiratórias inferiores. A obesidade está associada a 3 das mais importantes doenças não transmissíveis. Se acrescentarmos problemas como a doença hepática gordurosa não alcoólica, a doença do
refluxo gastroesofágico, a artrite, a qualidade de vida e a depressão, etc. vemos que é um problema significativo e o tratamento da
obesidade permite gerir estas doenças não transmissíveis crónicas.
Dr. Pi-Sunyer: Obrigado. Walmir, de que forma a perda de peso ajuda esta situação das comorbidades?
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Perda de Peso, Metabólico e Outros BeneWcios para a Saúde Prevenção da DM2; com DM2 -­‐ melhor controlo glicémico/ redução da medicação; melhoria da inconLnência urinária de esforço, mobilidade, artralgias, qualidade de vida relaLva ao peso; melhoria dos fatores de risco para DCV (HDL-­‐C, triglicerídeos, PA) ≥5% Melhorias anteriores; melhoria da apneia do sono; remissão da DM2; redução de eventos de DCV; redução da mortalidade por qualquer causa ≥10% Melhorias anteriores; redução adicional de eventos de DCV; redução adicional da mortalidade por qualquer causa e redução do risco de cancro (com perda de peso cirúrgica) ≥15% Sierra-­‐Johnson J, et al. Eur J Cardiovasc Prev Rehabil. 2008 Jun;15(3):336-­‐340; Blackburn G. Obes Res. 1995;3(suppl 2):211s-­‐216s; Foster GD, et al. Arch Intern Med. 2009;169:1619-­‐1626; Greg EW, et al. JAMA. 2012;308:2489-­‐2496; Sjostrom L, et al. J Intern Med.2013;273:219-­‐234; Christou NV,et al. Surg Obes Relat Dis. 2008;4:691-­‐695; Wing RR, et al. J Urol. 2010;184:1005-­‐1010. Walmir F Coutinho, MD, PhD: Essa é a boa notícia já que pequenas perdas de peso podem realmente levar a melhorias significativas na maioria das complicações metabólicas da obesidade. Mesmo perdas de 5 a 10% de peso provocam melhorias no perfil
lipídico, no controlo glicémico em pacientes com diabetes tipo 2, no controlo da hipertensão e em vários aspetos metabólicos da
obesidade com comorbidades.
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Mecanismos Envolvidos no Desenvolvimento da DM2 PA Elevada EsMlo de Vida Sedentário/
InaMvo DM2 Tabagismo Níveis de Gordura e de Colesterol Elevados Excesso de Peso hQp://www.ndep.nih.gov/am-­‐i-­‐at-­‐risk/DiabetesRiskFactors.aspx Dr. Pi-Sunyer: Obrigado, Walmir. Quais são os mecanismos potencialmente envolvidos no desenvolvimento e na progressão
da diabetes? Sabemos que as pessoas comem demais e que são muito sedentárias. Sabemos que isso começa na infância, aliás
já sabemos que começa durante a gravidez. Há dados suficientes que indicam que os filhos de grávidas obesas ou diabéticas e
obesas têm estas mesmas características. Trata-se de uma evolução significativa e as mulheres têm tendência a ganhar peso com
a gravidez e os americanos, pelo menos nos Estados Unidos, apresentam um aumento de peso entre 0,45 e 0,68 kg por ano entre
os 20 e os 60 anos de idade e o mesmo acontece no resto do mundo. O meio ambiente tem impacto nesta questão, mas também
estão envolvidos muitos fatores biológicos. Bob, fale-nos um pouco sobre a ligação entre o trato gastrointestinal e o cérebro e a
forma como esta influencia o apetite e a fome.
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A Ligação Entre o Trato GastrointesMnal, o Cérebro, o Tecido Adiposo e o Peso Corporal Hipotálamo Controlo homeostáLco da alimentação, gasto energéLco e hormonas Grelina Insulina Tecido adiposo LepLna Nutrientes CCK Trato gastrointesMnal Fígado IncreLnas Músculo LepMna GRP NMB GLP-­‐1 PYY OXI Pâncreas Ahima RS, et al. J Clin Invest. 2008;118(7):2380-­‐2383. Dr. Kushner: Sim, você mencionou a biologia da obesidade; eu penso que o estudo das causas da fome é uma área muito entusiasmante que explodiu durante a última década. O que provoca a sensação de se estar cheio?
Sabe-se agora que existe uma ligação entre as hormonas do trato gastrointestinal e o cérebro. Por exemplo, a hormona grelina,
produzida pelo estômago, é responsável pela fome. Quando está elevada, sentimos fome. Quando não comemos há algum tempo
temos a sensação de estarmos esfomeados. Essa sensação é atenuada mal comemos. Isso deve-se em parte à redução dos níveis
de grelina. Para além disso, existem hormonas responsáveis pela sensação de estarmos cheios. Alguns exemplos são o PYY, o
GLP-1 e a oxintomodulina. É sobretudo a interação entre estas hormonas do trato gastrointestinal que controla o centro do apetite (um sistema homeostático) e nos diz quando devemos ou não comer.
O curioso é que à medida que as pessoas começam a perder peso, estas hormonas sofrem uma adaptação que leva a um aumento do apetite quanto mais peso elas perdem e a sentirem-se menos cheias. Isto é em parte desencadeado por estas hormonas
do trato gastrointestinal que querem que voltemos ao peso inicial. É errado pensar que as pessoas voltam a ganhar peso devido
ao seu comportamento, ou seja, por deixarem de aderir ao programa. A monotonia da dieta pode em parte contribuir para isso,
mas igualmente importante é a biologia da obesidade baseada nesta interação entre as hormonas do trato gastrointestinal e o
cérebro.
Dr. Pi-Sunyer: Obrigado, Bob. Walmir, dadas todas estas causas ambientais e biológicas da obesidade, qual tem sido o tratamento
convencional para a perda de peso e manutenção desta nestes indivíduos?
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Intervenções para Perda de Peso em Pacientes com Excesso de Peso e Obesos Diretrizes de Práticas da Associação Europeia para o Estudo da Obesidade
•  Nutrição –  Redução do aporte energéLco em 500-­‐1000 kcal/d •  ALvidade Msica –  Inicialmente 30 min em intensidade moderada 3-­‐5 vezes/sem; eventualmente aumentar para 60 min praLcamente todos os dias •  Intervenções comportamentais •  Prevenção de comorbidades •  Farmacoterapia: –  IMC ≥30 kg/m2 ou IMC ≥27 kg/m2 + fatores de risco –  Adjuvante à modificação da dieta e do esLlo de vida •  Cirurgia bariátrica –  IMC ≥ 40 kg/m2 ou IMC ≥35 kg/m2 + fatores de risco –  Considerar caso outras tentaLvas de perda peso tenham falhado; implica monitorização médica ao longo da vida Tsigos C, et al. Obes Facts. 2008;1(2):106-­‐116. Dr. Coutinho: É muito importante conseguir mudanças significativas no comportamento dos pacientes. É importante estimular
a atividade física ou o exercício físico e é muito importante melhorar os hábitos alimentares de cada paciente mesmo na presença
de medicação para a obesidade. Quanto mais se investe nos problemas relacionados com a perda de peso, na modificação de
comportamentos, mais peso o paciente consegue perder.
Dr. Pi-Sunyer: Bob, quais são os desafios práticos do tratamento? Existe o paradigma tradicional de tratamento e há um esforço
por parte de todos os médicos e dietistas, mas quais são os desafios envolvidos?
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Barreiras e Complicações no Tratamento da Obesidade Mentais Transtorno do humor Transtorno de ansiedade Transtorno de défice de atenção Transtorno do sono Transtorno de personalidade Transtorno de dependência Transtorno psicóLco Transtorno cogniLvo Metabólicas DM2 Dislipidemia Hipertensão arterial DHGNA Doença biliar SOP InferLlidade Cancro Obesidade Mecânicas Osteoartrose Dor Doença do refluxo Síndrome da apneia obstruLva do sono InconLnência urinária Intertrigo Pseudotumor cerebral Fascite plantar Monetárias Escolaridade Emprego Baixos rendimentos Incapacidade Seguro de Vida/Saúde Programas de perda de peso Mobiliário/aparelhos
bariátricos Vestuário de tamanhos
grandes Sharma AM. Obes Rev. 2010;11(11):808-­‐809. Dr. Kushner: Trata-se provavelmente de uma das atividades mais difíceis de um médico na prática clínica. Por um lado, nós, ou a
maioria dos prestadores de cuidados, não temos formação para tratar a obesidade. É esta interação, o conjunto de capacidades
que inclui competências comunicacionais, mudanças comportamentais, a compreensão da ligação entre o trato gastrointestinal e
o cérebro da qual falei, o ambiente e os fatores sociais. Todos estes fatores entram em jogo para ajudar as pessoas a controlar o
peso.
Eu penso que a formação dos médicos está focada no diagnóstico e tratamento do problema, mas não é assim tão simples. Qualquer pessoa com problemas de peso nos diz que o quotidiano dificulta a perda de peso. Eu sei que tenho de reduzir as calorias e
que devo fazê-lo equilibradamente, mas há tantos outros fatores que dificultam esse processo. O maior desafio do médico é
como fazer isso com a sua agenda sobrecarregada? Como rodear-se de uma equipa na qual delegar algumas responsabilidades,
já que não se tem tempo nem formação; colaborar com o dietista, com o psicólogo, com o enfermeiro especializado/assistente do
médico numa abordagem de equipa para ajudar os indivíduos a controlar o peso. Penso que é de facto o dilema mais difícil com
o qual nos deparamos atualmente.
Dr. Pi-Sunyer: Sim. Walmir, não é também um problema o facto de muitos médicos não terem uma equipa de trabalho?
Dr. Coutinho: Sim, essa é uma limitação muito importante. Algumas destas ferramentas comportamentais são subutilizadas,
porque os médicos ou os dietistas pensam que precisam de uma equipa multidisciplinar para implementar algumas ferramentas
de mudança de estilo de vida.
Dr. Pi-Sunyer: Poderiam fazê-lo eles próprios.
Dr. Coutinho: Poderiam fazê-lo eles próprios. É muito importante que todos os profissionais de saúde percebam isso.
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Tratamentos Aprovados pela EMA para Controlo do Peso Anteriores a 2015 Orlistate 60 e 120 mg Naltrexona 32 mg/ Bupropiona 360 mg Aprovado em 23 de outubro de 2008 Aprovado em 22 de dezembro de 2014 Liberação prolongada hQp://www.ema.europa.eu/ema/ Dr. Pi-Sunyer: Os tratamentos atualmente usados na União Europeia incluem o uso do orlistate e da naltrexona/bupropiona e
vamos agora falar um pouco sobre isso. Walmir, pode fazer-nos um pequeno esboço do uso do orlistate e da sua eficácia?
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O Orlistat é um Inibidor Reversível de Lipases do Trato GastrointesMnal Lúmen IntesMnal Célula da Mucosa Lipase Lipase TG Orlistate AG Lipase MG Ácidos biliares Micela Guerciolini R. Int J Obes Relat Metab Disord. 1997;21 Suppl 3:S12-­‐23. Dr. Coutinho: Sim, o orlistate está disponível no mercado a nível mundial há já quase 20 anos. Tem um impacto metabólico muito
significativo mesmo com uma pequena perda de peso.
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XENDOS: Efeito no Peso Corporal do Tratamento a Longo Prazo com Orlistate Semanas 0 Alterações no Peso Corporal (kg) 0
52
104
156
-2
-4
-6
-8
-10
-12
Orlistate + EsMlo de Vida Placebo + EsMlo de Vida Torgerson JS et al. Diabetes Care. 2004;27(1):155–161. O orlistate permite uma perda de peso entre 3 e 5 kg, subtraído o placebo.
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Alterações Médias dos Fatores de Risco para Doença Coronária Com Orlistate Estudo Sueco Sobre MulMmorbidade CT (mmol L-­‐1) LDL-­‐C (mmol L-­‐1) HDL-­‐C (mmol L-­‐1) TG (mmol L-­‐1) GJ (mmol L-­‐1) HbA1c (%) † PAS (mmHg) PAD (mmHg) Placebo Semana 52 (% alteração) -­‐0,52±12,4 -­‐1,14±23,5 2,612±14,6 3,79±45,6 -­‐0,14±16,1 -­‐0,51±7,77 -­‐2,1±10,5 -­‐2,6±10,7 Orlistate 120 mg Semana 52 (% alteração) -­‐3,34±13,4 -­‐6,99±26,5 1,55±17,6 3,36±50,9 -­‐5,05±16,3 -­‐2,72±9,79 -­‐2,7±11,7 -­‐2,3±10,4 Valor de P* P<0,05 P<0,05 NS NS P<0,01 P<0,05 NS NS *Diferença de alteração entre grupos desde a semana -­‐2. †Hb1Ac não foi determinada na semana -­‐2 portanto a alteração da HbA1c é entre as semanas 0 e 52. Lindgarde F, et al. J Intern Med. 2000;248(3):245-­‐254. Mas apesar desta modesta perda de peso, o orlistate produz uma melhoria muito significativa em vários perfis metabólicos. Por
exemplo, o colesterol LDL diminui com o uso do orlistate, bem como a pressão arterial, e consegue-se uma melhoria significativa
no controlo glicémico dos pacientes com diabetes tipo 2 mesmo na ausência de perda de peso.
Dr. Pi-Sunyer: Quer dizer alguma coisa sobre questões de segurança?
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Efeitos Adversos NoMficados Decorrentes do Uso de Orlistate Reação ou Evento Adverso Distúrbios do Distúrbios respiratórios, sistema torácicos e mediasLnais nervoso Muito comum Muito comum Comum Distúrbios gastrointesLnais Muito comum Comum Distúrbios Distúrbios do gerais e Distúrbios Distúrbios do sistema Transtornos Infeções e condições do renais e metabolismo e reprodutor e psiquiátricos infestações local de urinários nutrição da mama administração Muito Comum Muito comum Comum Comum Comum comum Dor/desconforto abdominal; excreção de pequenas quanLdades de Dor/desconforto óleo; flatulência retal; fezes moles; Infeção das inconLnência Infeção das com expulsão; vias Infeção do urgência fecal; fecal; distensão vias respiratrato Cefaleia Hipoglicemia abdominal; respiratórias fezes gordurosas/
tórias urinário oleosas; inferiores distúrbio superiores flatulência; fezes dentário; distúrbio gengival líquidas; evacuação oleosa; defecação mais frequente Gripe Fadiga Menstruações Ansiedade irregulares hQp://www.ema.europa.eu/ema/ Dr. Coutinho: Sim, pode causar diarreia e incontinência fecal, mas quando os pacientes são devidamente informados, os riscos de
efeitos secundários podem ser evitados.
Dr. Pi-Sunyer: Obrigado. Bob, e em relação à naltrexona/bupropiona?
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MOA da Naltrexona LP /Bupropiona LP para Iniciar e Manter a Perda de Peso •  Evidências pré-­‐clínicas/clínicas de sinergismo farmacológico –  Aumento da aLvidade da POMC por sinergismo entre naltrexona/
bupropiona α-­‐MSH –  A bupropiona aumenta os níveis de dopamina no hipotálamo Bupropiona através da inibição da recaptação da dopamina, aumentando a aLvidade da POMC –  Diminuição sinergísLca da ingestão de alimentos e do peso corporal Perda de Peso Naltrexona β-­‐endorfina Greenway FL, et al. Obesity. 2009;17:30-­‐39. Dr. Kushner: Estes 2 medicamentos já estão disponíveis no mercado. Já devem ser conhecidos pela maioria dos médicos. A
característica distintiva é que os 2 medicamentos estão juntos numa formulação de liberação prolongada, as doses mudaram. A
combinação dos 2 é um medicamento eficaz na perda de peso. A naltrexona é um antagonista opioide que afeta o recetor mu. É
usado para a dependência de opioides. A bupropiona é um anti-depressivo também usado para a cessação do tabagismo, principalmente através das vias dopaminérgicas. Quando combinados têm um efeito na perda de peso por atuação sobre a POMC e o
centro do apetite.
Eu vejo a eficácia como uma resposta categórica. Penso que os pacientes compreendem. Eles dizem: Dr., qual é a probabilidade de
eu perder peso durante este ano?
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Efeito da Naltrexona LP/Bupropiona LP no Peso Corporal Nos Diversos Ensaios ≥5% Perda de Peso 70 Percentual 45 * 60 50 ≥10% Perda de Peso * 35 * * 30 40 25 30 20 * * * 15 20 10 10 0 * 40 5 COR-­‐I COR-­‐II Placebo COR-­‐BMOD NB32 COR-­‐T2DM 0 COR-­‐I COR-­‐II Placebo COR-­‐BMOD COR-­‐T2DM NB32 mITT-­‐LOCF; *P<0,001 vs. placebo Greenway FL, et al. Lancet. 2010;376(9741):595-­‐605; Apovian CM, et al. Obesity (Silver Spring). 2013;21(5):935-­‐943; Wadden TA, et al. Obesity (Silver Spring). 2011;19(1):110-­‐120; Hollander P, et al. Diabetes Care. 2013;36(12):4022-­‐4029. Os estudos mostram que os indivíduos que tomam este medicamento têm cerca de 50% de probabilidade de perderem cerca de
5% do peso corporal. E 30% de probabilidade de perderem 10% do peso corporal ao fim de 1 ano. Os estudos apenas avaliaram
até 1 ano e por isso este é o tempo máximo que temos no que diz respeito à eficácia. Serão realizados estudos para determinar os
efeitos cardiovasculares a mais longo prazo.
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Naltrexona LP/Bupropiona LP: EAs Emergentes do Tratamento Mais Comuns COR-­‐I COR-­‐II Placebo N=569 NB16 N=569 NB32 N=573 Placebo N=492 NB32 e NB48 N=992 Náusea 5,3% 27,2% 29,8% 6,9% 29,2% Cefaleia 9,3% 16,0% 13,8% 8,7% 17,5% Prisão de ventre 5,6% 15,8% 15,7% 7,1% 19,1% Tontura 2,6% 7,7% 9,4% 3,7% 6,9% Vómitos 2,5% 6,3% 9,8% 2,0% 8,5% Boca seca 1,9% 7,4% 7,5% 2,6% 9,1% 9,8% 21,4% 19,5% 13,8% 24,3% Náusea 0,4% 4,6% 6,3% 0,2% 6,0% Tontura 0,5% 2,3% 1,2% 0,2% 1,0% Cefaleia 0,7% 1,6% 0,9% 0,8% Vómitos 0,2% 0,7% 0,9% 0% 2,6% 0,8% Insónia 0,2% 0,7% 0,7% 1,0% 0,8% Eventos Adversos Pacientes que interrompem o tratamento devido a EAET Greenway FL, et al. Lancet. 2010;376(9741):595-­‐605; Apovian CM, et al. Obesity (Silver Spring). 2013;21(5):935-­‐943. O perfil dos efeitos secundários do medicamento inclui náusea gastrointestinal, vómitos e prisão de ventre. O aumento lento da
dose parece abater ou diminuir esses efeitos secundários. O tempo dirá qual o efeito a longo prazo do medicamento mas, como
com todas as drogas, ele funciona quando o paciente adere à terapêutica. Se o doente parar de tomar o medicamento é provável
que volte a ter fome novamente. É mesmo necessário utilizar as intervenções comportamentais e de outros tipos para ajudar na
manutenção da perda de peso.
Dr. Pi-Sunyer: Um dos problemas parece ser a incapacidade de manter a perda de peso depois de se ter tomado o medicamento.
Em geral, as pessoas perdem peso e atingem o nadir aproximadamente aos 6 meses e depois começam a ganhar peso novamente. Algumas ganham peso mais depressa do que outras. Claramente, como você diz, se pararem de tomar o medicamento
voltam ao nível do placebo, mas não conseguem manter isso durante muitos anos. O que você faz quanto a isso com os seus
pacientes?
Dr. Kushner: Muitos pacientes não querem ficar a tomar medicação para controlar o peso toda a vida. Se o paciente perguntar se
tem de tomar um medicamento para o resto da vida, a minha resposta é talvez. Não digo sim nem não, digo talvez. Digo-lhes que
devemos utilizar esse tempo em que estão a tomar o medicamento como uma janela de oportunidade para reforçar a alteração
da dieta, a atividade física, os estímulos comportamentais e o controlo ambiental para que quando deixarem a medicação, por
uma razão qualquer, estejam comprometidos o mais possível com essa mudança de estilo de vida. No entanto existem os desafios
relacionados com a biologia da obesidade, ou seja, mecanismos internos ou adaptações que lutam contra o paciente fazendo-o
voltar a ganhar peso. É por essa razão que os medicamentos servem para o controlo biológico a longo prazo.
Dr. Pi-Sunyer: Tem mais alguma coisa a acrescentar, Walmir?
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Dr. Coutinho: Sim, eu penso que uma característica muito importante dos medicamentos para a perda de peso é o facto de que
apesar de levarem à perda de peso e ajudarem os pacientes a manter essa perda de peso, não permitem a perda de peso que os
pacientes normalmente desejam. É aproximadamente 30 a 35% a perda de peso que o doente espera mas a medicação para a
perda de peso não tem por objetivo a perda de tanto peso.
Dr. Kushner: Devo apenas acrescentar uma coisa, e concordo com você e julgo ser muito importante falar com os pacientes sobre
a média ou sobre os resultados dos estudos, mas acho que ambos sabemos que existe uma grande heterogeneidade ou diferenças de desfechos. Temos pacientes nos nossos consultórios que apresentam resultados melhores do que os obtidos no estudo,
pois não se trata de um estudo. Estamos a usar medicamentos e intervenções que são específicos para um determinado paciente.
Eu penso que é importante os pacientes terem expetativas razoáveis, mas sabendo que existe uma grande variabilidade nos desfechos.
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Dr. Pi-Sunyer: Recentemente, os esforços científicos de muitos investigadores resultaram numa nova classe de medicamentos
para a perda de peso, os agonistas do recetor do peptídeo tipo-glucagon 1 (GLP-1), ou seja, atuam sobre o recetor do GLP-1. O
peptídeo semelhante ao glucagon é um peptídeo que se encontra no trato gastrointestinal e quando é liberado são enviados
sinais para o cérebro. Também são enviados sinais para o estômago que estão relacionados com a capacidade que esta classe de
medicamentos tem de diminuir o peso. Bob, você quer desenvolver esta ideia um pouco mais?
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Aprovação da LiragluMda para o Controlo do Peso •  Aprovação pela FDA: 23 de dezembro de 2014 •  Aprovação pela EMA: 22 de janeiro de 2015 •  Aprovação pelo Health Canada: 26 de fevereiro de 2015 •  Aprovação pelo México: Outubro de 2015 •  Indicado como adjuvante à dieta e exercício para ajudar a controlar o peso em adultos: –  Obesos (30 kg/m2 ou acima); –  Com excesso de peso (cujo IMC fica entre 27 e 30 kg/m2) e têm complicações relacionadas com o peso como diabetes, níveis anormalmente elevados de lípidos no sangue, hipertensão arterial, ou apneia obstruLva do sono. hQp://www.ema.europa.eu/ema/ Dr. Kushner: Eu penso que, como o outro medicamento que mencionei, a naltrexona/ bupropiona, a liraglutida é um dos agentes
GLP-1 bem conhecidos dos médicos. É usada para a diabetes; claro, tem muitos outros mecanismos de ação que a tornam eficaz
no tratamento da obesidade.
Dr. Pi-Sunyer: Quer acrescentar alguma coisa? Você já a usou?
Dr. Coutinho: Sim, como você descreveu, Xavier, no início as pessoas pensavam que a perda de peso era sobretudo causada por
um efeito periférico e agora é evidente que a droga atua sobre o sistema nervoso central. Foi mostrado em roedores que atua
efetivamente nas áreas mais relevantes de controlo do apetite do sistema nervoso central, como a eminência mediana e o núcleo
do trato solitário.
Dr. Pi-Sunyer: Estamos a começar a obter dados satisfatórios sobre a eficácia e a segurança do agonista do recetor do GLP-1.
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Estudo SCALE para Obesidade e Pré-­‐
diabetes: Efeito da LiragluMda Sobre o Peso Depois de 56 Semanas 70 P < 0,001 9 63% 8 50 7 40 P < 0,001 30 27% 20 10 P < 0,001 5 4 33% 3 2 1 10% 0 Alteração no peso corporal em % 6 kg Percentual 60 10 Perda de ≥ 5% de peso corporal Perda de > 10% de peso corporal 0 Alterações no peso corporal (kg) LiragluLda 3 mg (N=2437) Placebo (N=1225) Pi-­‐Sunyer X, et al. N Engl J Med. 2015;373:11-­‐22. Os resultados do Estudo SCALE, que foi um estudo de 56 semanas realizado em todo o mundo com esta droga para a perda de
peso, mostraram uma boa resposta ao medicamento. Houve uma redução de peso de 7,1% relativamente à linha de base nos
indivíduos que tinham um IMC de cerca de 38. A resposta foi eficaz.
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LiragluMda: EAETs NoMficados em Ensaios na Fase 3 Classes de Distúrbios do Distúrbios do Distúrbios sistemas de Distúrbios Transtornos sistema metabolismo do sistema orgãos cardíacos psiquiátricos nervoso imunológico e nutrição MedDRA Distúrbios gastrointesMnais Distúrbios hepato-­‐ biliares Muito comum Náusea; vómitos; diarreia; prisão de ventre Comum Hipoglicemia Boca seca; dispepsia; gastrite; doença do refluxo gastroesofágico; dor na região abdominal superior; flatulência, eructação; distensão abdominal Colelizase Incomum Desidratação PancreaMte ColecisMte Raro Insónia Tontura, disgeusia Taquicardia Reação anafiláMca Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo Distúrbios renais e urinários Distúrbios gerais e condições do local de administração Reações no local de injeção; astenia; fadiga UrMcária Mal-­‐estar Insuficiência renal aguda, disfunção renal hQp://www.ema.europa.eu/ema/ Não temos apenas os dados importantes sobre a eficácia mas também sobre a segurança, porque a questão da segurança surgiu
quando os agonistas do recetor do GLP-1 apareceram para a diabetes tipo 2. Havia algumas questões sobre isso. Primeiro, o medicamento provocava alguma náusea e vómitos. Depois, aumentava ligeiramente o risco de colecistite, doença da vesícula biliar.
Também aumentava ligeiramente o risco de pancreatite.
A questão foi, o uso da liraglutida para perda de peso e não como anti-diabético, com o respetivo aumento da dose, pode acarretar mais problemas de segurança? O resultado foi: não. O perfil de segurança do estudo sobre perda de peso, o SCALE, foi muito
semelhante ao perfil de estudos anteriores, os estudos LEADER com agonistas do recetor do GLP-1. Há de facto um ligeiro aumento de pancreatites, uma condição que desaparece quando se pára de tomar o medicamento, ou seja, desaparece rapidamente. Há
um aumento dos níveis de lipase no sangue. No início há alguma náusea e vómitos que têm tendência a desaparecer com a toma
continuada do medicamento ou com uma ligeira redução da dose. Funciona muito bem.
Bob, como você utiliza este tipo de terapias baseadas na incretina nos seus doentes?
Dr. Kushner: Ainda estamos a descobrir o caminho. Ainda estamos nos primórdios no que diz respeito ao tratamento da obesidade e ao medicamento que deve ser usado; no tratamento da diabetes já temos algoritmos. Xavier, esta é já a quinta droga que foi
aprovada, pelo menos nos Estados Unidos, para a perda de peso e para a manutenção da perda de peso. Na UE e noutros países
do mundo, é talvez a 3ª droga a ser aprovada. Para mim, trata-se de um medicamento adicional no arsenal de drogas para tratar
pacientes que têm problemas com o peso e a obesidade.
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Perder e Manter o Peso na Obesidade - Evidência Clínica para Novas Abordagens
A terapia com incretina é um tratamento muito atrativo para pacientes com diabetes e obesidade devido aos seus efeitos únicos
no controlo da glicemia e porque agora tenho uma droga que trata ao mesmo tempo a diabetes e a obesidade. Outros pacientes
poderão ter um histórico de doença cardiovascular ou um ritmo cardíaco aumentado; nestes casos, alguns medicamentos podem
ser prejudiciais enquanto esta droga pode ser vantajosa quando há doença cardiovascular subjacente. Ainda não é certo, mas trata-se de mais um medicamento que vou considerar e discutir com os pacientes num processo partilhado de tomada de decisão.
Dr. Pi-Sunyer: Walmir, você já experimentou este medicamento? Já o utilizou como novo agente terapêutico?
Dr. Coutinho: Sim. Na América Latina, onde a prescrição para fins não indicados (off-label) é muito usual, muitos médicos têm
experiência clínica com pacientes obesos que não têm diabetes tipo 2.
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Os estudos têm mostrado que é muito eficaz e muito atrativo. Como disse o Bob, é mais uma ferramenta importante para abordarmos estes pacientes.
Dr. Kushner: Devo acrescentar, Xavier, que ainda não dissemos que se trata de um medicamento que se injeta diariamente. Dos
medicamentos disponíveis, este é aquele cuja administração é por injeção e não oral. Este é um ponto importante quando falamos com os nossos pacientes.
Dr. Pi-Sunyer: Certo. Felizmente, está disponível uma caneta muito boa.
Dr. Kushner: É verdade. É verdade.
Dr. Pi-Sunyer: É uma agulha bastante pequena, o que é uma ajuda para os pacientes. Falemos um pouco sobre as diretrizes e os
posicionamentos. Bob, nós os dois fizemos parte da longa reunião que visou escrever as diretrizes para os Estados Unidos. Você
quer comentar um pouco sobre o processo e o resultado final?
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Dr. Kushner: Existem certamente muitas diretrizes na UE, na Austrália, nos Estados Unidos, etc. A Sociedade de Endocrinologia
também apresentou diretrizes recentemente. Deixe-me dizer que penso que, comparando as diretrizes dos vários países, elas são
mais semelhantes do que diferentes.
Diretrizes e Recomendações para o Tratamento de Pacientes Obesos •  IdenMficar pacientes com um IMC ≥25 kg/m2 (excesso de peso) •  Prevenir ganho de peso adicional •  Modelo médico – 
– 
– 
– 
Gestão do esLlo de vida Dieta ALvidade Msica Mudança de comportamentos •  Intensificar o tratamento com farmacoterapia se indicado –  IMC ≥30 kg/m2, ou ≥27 kg/m2 com uma comorbidade •  Cirurgia bariátrica se indicado –  IMC ≥40 kg/m2, ou ≥35 kg/m2 com uma comorbidade Tsigos C, et al. Obes Facts. 2008;1(2):106-­‐116. Penso que a principal diretriz geral para os médicos consiste em identificar os indivíduos com um IMC superior a 25 e tentar prevenir
um ganho de peso adicional e intervir atempadamente; quando o IMC é superior a 30, ou seja, na presença de obesidade, deve-se
intervir. Deve usar-se um modelo médico que começa com a gestão do estilo de vida, da dieta, da atividade física e das mudanças
comportamentais. Intensificar a farmacoterapia caso seja indicado. Falámos sobre farmacoterapia, mas não mencionámos a indicação para ela. Isso é praticamente universal. A indicação é IMC acima de 30 ou um IMC de 27 ou mais com uma comorbidade.
Finalmente, no caso de ser necessária cirurgia bariátrica, um IMC de 40 ou mais ou de 35 ou mais com uma comorbidade. A
conclusão é: use um modelo médico, use informação baseada na evidência e seja proativo.
Dr. Pi-Sunyer: Walmir, sei que você viaja muito pelo mundo inteiro. Como vê as diretrizes dos diferentes países, em particular na
América Latina que você conhece tão bem?
Dr. Coutinho: Penso que tendem a produzir as mesmas recomendações, mas com adaptações locais. No Brasil, ainda temos a
sibutramina no mercado, ainda não foi retirada. Recomendação de outras drogas que não são aceites noutras diretrizes. Por exemplo, os ISRSs podem ser recomendados de acordo com as diretrizes da América Latina nos casos em que a obesidade está associada à depressão ou ao distúrbio da compulsão alimentar.
Dr. Pi-Sunyer: Walmir, quanto peso recomenda que os seus pacientes percam de forma a beneficiarem do tratamento?
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ObjeMvos PráMcos de Perda de Peso em Pacientes Com Obesidade •  Estabelecer objeLvos e propor alterações no esLlo de vida que sejam realistas, individualizadas e para manter a longo prazo •  Uma perda de peso de 5%-­‐15% (ou 0,5-­‐1 kg por semana) durante um período de 6 meses é realista e tem beneMcios comprovados para a saúde •  Uma maior (20% ou mais) perda de peso pode ser considerada para aqueles com um maior grau de obesidade (IMC ≥ 35 kg/m2) •  A manutenção da perda de peso e a prevenção e o tratamento das comorbidades são os 2 principais critérios para o sucesso Tsigos C, et al. Obes Facts. 2008;1(2):106-­‐116. Dr. Coutinho: É muito difícil convencê-los a ficarem satisfeitos com perdas de 5 a 10%. Existe evidência clara de que perdas de
peso entre 5 e 10% produzem um efeito benéfico na maioria das complicações metabólicas associadas à obesidade.
Dr. Pi-Sunyer: Bob, o que podem os pacientes fazer para manter o peso? Temos facilidade em perder peso mas temos muita
dificuldade em manter esse peso por muito tempo. O que diz aos seus pacientes? Quando os pacientes voltam no final de um ano,
você altera a sua dieta? Recomenda mais exercício? Prescreve um medicamento? O que você faz?
Dr. Kushner: Como vimos, é um grande desafio. Começamos por dizer aos pacientes que, segundo várias organizações, se trata
de uma doença para a vida. Eu realço que, como em qualquer problema de saúde, há altos e baixos, a doença pode exacerbar-se,
pode piorar e melhorar, mas é importante focar no longo prazo, controlar o micro-ambiente que é a sua casa. Ter em consideração
o seu local de trabalho, ser proativo na sua própria monitorização. Existe informação sólida e importante baseada na evidência
sobre auto-monitorização: calorias, porções de comida controladas, consultas e contacto frequentes, ter o peso controlado para
que, caso ganhe algum peso, possa voltar ao peso de base. Na verdade concentramo-nos em muitas estratégias, táticas e métodos
para controlar o peso. Afastamo-nos da determinação, da motivação, etc. Tentamos ensinar aos pacientes o conjunto de competências necessárias para o controlo a longo prazo.
Dito isso, é um grande desafio. Como disse o Walmir, os pacientes desejam perder mais peso do que aquele que provavelmente
conseguirão sem recorrer à cirurgia bariátrica. Na verdade, é uma conversa e uma discussão constante com os pacientes.
Dr. Pi-Sunyer: Walmir, você usa iPhones, smartphones, acelerómetros ou outras ferramentas para incentivar a aderência e continuidade do tratamento por parte dos pacientes?
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Dr. Coutinho: Sim, qualquer uma dessas armas que você mencionou é válida e alguns pequenos estudos mostraram que podem
de facto contribuir para uma gestão do peso bem sucedida a longo prazo. Podemos usar tudo. É muito difícil dizer a um paciente
obeso na primeira consulta, na primeira vez que se vê o paciente e que se prescreve um medicamento, uma dieta e exercício, que
este medicamento anti-obesidade deve ser tomado para o resto da vida. É muito difícil, mas podemos pelo menos tentar evitar
que o paciente abandone a medicação dizendo que o seu uso visa não apenas ajudar a perder peso mas também a manter a
perda de peso.
Dr. Pi-Sunyer: Bob, e quanto aos macronutrientes? Toda esta constante discussão na comunicação social, alimentos baixos em
gorduras, baixos em hidratos de carbono. O que diz aos seus pacientes?
Dr. Kushner: Trabalhámos juntos nas diretrizes e, como você já disse, essa foi uma das questões analisadas de forma científica.
Penso que essa foi também uma das áreas chave das diretrizes. Verificámos que a composição em macronutrientes não é tão
importante como o controlo das calorias. Quando falo com os pacientes tento que se concentrem no controlo das calorias com
a utilização de aparelhos de monitorização de que já falámos, como os smartphones e os tablets, para que percebam o que são
as calorias. Primeiro é preciso controlar as calorias e depois passamos para aquilo a que chamo a matriz combustível, ou seja, a
composição em macronutrientes, mas as diretrizes indicam que a composição é menos importante do que o controlo das calorias
totais.
Dr. Pi-Sunyer: Walmir, o que você diz a um paciente quando ele diz que não tem dinheiro para uma dieta correta?
Dr. Coutinho: É complicado, porque para fazer uma dieta correta não é preciso assim muito dinheiro. É possível introduzir muitas
adaptações na dieta de forma a que qualquer paciente possa aderir à prescrição.
Dr. Pi-Sunyer: Vou resumir a questão. Agradeço a ambos os meus colegas por se juntarem a mim neste painel. Ouvimos um
pouco sobre os medicamentos que se encontram disponíveis na União Europeia e sobre uma nova classe de drogas, as incretinas,
os agonistas do recetor do GLP-1. Estes medicamentos atuam aumentando a atividade do GLP-1, o peptídeo-1 tipo-glucagon, que
inibe o apetite e aumenta a saciedade através de um mecanismo central. Há sinais diretos que são enviados para o cérebro, para
os centros do apetite do cérebro que ajudam a inibir a ingestão de alimentos nestes indivíduos.
Espero que estes 3 medicamentos que estão disponíveis na Europa e uma boa estratégia, que esperamos ter apresentado relativamente ao tratamento e à gestão dos vossos pacientes e à manutenção da sua perda de peso, vos permitam melhorar as suas
comorbidades. Muito obrigado aos dois.
Dr. Kushner: Obrigado.
Dr. Coutinho: Obrigado.
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Abreviaturas
AG = ácido gordo
CCK = colecistocinina
COR-BMOD = CONTRAVE Obesity Research - behavior modification (Pesquisa sobre Obesidade CONTRAVE - modificação de comportamento)
COR-I = CONTRAVE Obesity Research-I (Pesquisa sobre Obesidade CONTRAVE I)
COR-II = CONTRAVE Obesity Research-II (Pesquisa sobre Obesidade CONTRAVE II)
COR-T2DM = CONTRAVE Obesity Research - type 2 diabetes mellitus (Pesquisa sobre Obesidade CONTRAVE - diabetes
mellitus tipo 2)
CT = colesterol total
DAC = Doença das artérias coronárias
DC = doença coronária
DCV = doença cardiovascular
DHGNA = doença hepática gordurosa não alcoólica
DM2 = diabetes mellitus tipo 2
EA = evento adverso
EAET = evento adverso emergente do tratamento
EMA = European Medicines Agency (Agência Europeia de Medicamentos)
FDA = United States Food and Drug Administration (Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos
da América)
GI = gastrointestinal
GJ = glucose em jejum
GLP-1 = peptídeo tipo-glucagon 1
GRP = peptídeo liberador da gastrina
HbA1c = hemoglobina glicada
HDL-C = colesterol lipoproteína de alta densidade
HTN = hipertensão
IMC = índice de massa corporal
LDL-C = colesterol lipoproteína de baixa densidade
LIRA = liraglutida
LOCF = última observação avançada
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LP = liberação prolongada
MC4R = recetor da melanocortina-4
MG = monoglicerídeo
mITT = intenção de tratar modificada
MOA = mecanismo de ação
MSH = hormona estimuladora de melanócitos
NMB = neuromedina B
OXI = oxintomodulina
PA = pressão arterial
PAD = pressão arterial diastólica
PAS = pressão arterial sistólica
POMC = pró-opiomelanocortina
PYY = peptídeo YY
SCALE = Satiety and Clinical Adiposity -- Liraglutide Evidence in Non-Diabetic and Diabetic People (Saciedade e Adipose Clínica -- Evidência para a Liraglutida em Indivíduos Com e Sem Diabetes)
SOP = síndrome do ovário policístico
TG = triglicerídeo
XENDOS = XENical in the Prevention of Diabetes in Obese Subjects (XENical na Prevenção da Diabetes em Indivíduos
Obesos)
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Isenção de responsabilidade
Este documento tem apenas fins educativos. Nenhum crédito será concedido como formação médica contínua (Continuing
Medical Education, CME) apenas com a leitura do conteúdo deste documento. Para participar desta atividade, visite
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Para perguntas relacionadas com o teor desta atividade, entre em contato com o fornecedor desta atividade educativa no
endereço: [email protected]
Caso precise de assistência técnica, envie um e-mail para [email protected]
A atividade educativa apresentada acima pode envolver situações simuladas baseadas em casos. Os pacientes apresentados
nestas situações são fictícios e nenhuma associação com um paciente real é pretendida ou deve ser inferida.
O material apresentado aqui não reflete necessariamente as opiniões da WebMD Global, LLC ou das empresas que apoiam o
programa educativo no site medscape.org. Estes materiais podem discutir produtos terapêuticos que não foram aprovados
pela Agência Europeia de Medicamentos para utilização na Europa e utilizações fora das indicações terapêuticas para produtos
aprovados. Um profissional de cuidados de saúde qualificado deve ser consultado antes de usar qualquer produto terapêutico
discutido. Os leitores devem verificar todas as informações e dados antes de tratar os pacientes ou empregar quaisquer terapias
descritas nesta atividade educativa.
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