MASTOCITOSE NA CRIAN~A - Estudo Retrospective de 15 Cases
Transcrição
MASTOCITOSE NA CRIAN~A - Estudo Retrospective de 15 Cases
32541 ADPP02J2001 NASCER E CmCER Vol. 6, N’ 1, Marco 1!397 MASTOCITOSE NA CRIAN~A - Estudo Retrospective de 15 Cases Carmen Carvalho, Lurdes tvlorais, Ermelinda ‘esumo: A rnastocitose 6 uma entidade rara Caracterizada pela ~ro[ifem~~o anorm~l de mast6citos em na peiee ‘iferentes tecidos e org~o$,, e~pecialrnerlte Consequence l[be~a$~ode “mediadoresquf~iCOS COrn ‘feitos 10Cais e/ou .siSt~micos A doen~a 6 cr6nlca nOS aduitos sendo frequentemente transit6rla e de ~om Pr09n0StiC0 nas crianpas. ‘s autores faze~ “m estudo retrosp+tivO de qu!nze Cases ‘e maStOcitose cut&nea”d”i~gnosticadOSna cOIISUlta ‘e ‘ermatologia do HoSPital Maria f?ia nurn perf.odo de ‘Uatro anos tendo sid~ava[iadas ascaracterfsticas cliniCOevolutlvas ~iStoPatol~gicaS e a terap&UtiCa instltufda. ‘s ‘anifesta~aes cl~nicasocOrreram Prdominantemente ‘Os ‘ois primeiros anos de Viola Foram identiicadOs oito maStocitomas seis urtiC~~ias pigmerrtcrsas e ‘ma ‘astOcitOSe i~t~nea difusa. A hidroXiSina foi o antihist~mfnlco usado no tratamento do prurido. Cinco acoflicoterapia tbpica. Aexcis~o ‘oentesforam Slrbmetidos ‘0 ‘astoCitoma foi ef=tuada ‘num dos cases. Durante “fO1lO~-uP” nao foi obsemado envolvimentO sist6mlco em parCi~i da$ lesbes ‘e”hum doente tendo havldo regress~o na tiaior parte &os cases. ‘0 nosso estudo concluimos que a mastocitose6 UM8 betiigna na ‘ntidade relativamente frequente ede evo!uq50 ‘nfancia. O diagn~stico precoce e a evicg~o d? faCtores Causadores da desgranuls~~odos rnast6citos e da ‘ibena~~ode histamina s~o fundamentals paraa$rni~ui~ao ‘a frequ~&ciaegravi&ade dossUdosd@ti&nQ~ gu6pder~0 por eti risco a Viola da crianqa. ‘a’avras ~astoci~oma, Chave M~stOCitose na idade pedi~trica, UItiCAria Pi9rnentosa, D&rmogiA]S,mo is a rare disorder ‘Ummary” ‘MastocYtO~ig character~ed by abnormal proljfeWti6n of mast cells in a the skin, and ‘arietY of tissueS and organs, p,atiicUI&y release of chemical .tiediators ~i~h local and/Or &jstemic ‘ffecta. The disease is Chronic” in idults and is often ‘ransient anti of good prognosis in .c~lld~en, ‘h@ authors de~cr[b~ a retrospective study of fift’sen cases of ClitarieouS mastocyt~sis ~iagnosed in tfie ‘@rmat0109Y Congd’itatlon Of Marfa Pla C~ildreri’8 Hospital ‘n a ‘out year period The” C\]rijc~l ~orrn”of “p~esentation? ‘istopathology, tfieraPY ~n~ ~llnical coursawss evaluated. p’r.ed~m[nante!y in the first two C“finicalOnset Ocurred ‘ears Of life. There were eight m~+tocytOrna, six urticarla tiaStOcytosis. ‘igmentosa and one diffuse cutan@oUS —— ‘————_ ‘emi$o de pediatria e lfnidade de Dermato!ogia do Hospital Maria Pia - Patio. ‘e’’’igo Porto. P’ de Dermatolo9ia do Hospital Geral de StO. Ant6nio - S. Silva, Manuela Oliveira, Conceig50 RosArio Hydroxisine was the antihlstamlnic used in treatnient of pruritus. Five patients wera eubmitted to topic steroids. Surgical excision of a mastocytoma was performed in one case. During follow-up syatemlc involvement was observed in none of the patients, and there was partial regression of Ieslons in most. Weconcludedthat mastocytosis is a relatively frequent disease with a benign evolution In childhood. The early diagnosis and avoidance of potential mast cell degranulators and histamine Liberators are essential to dacreasethefrequency and sevarityof outbreak of disease, that can jeopardise the child’s life. Key-words: Pediatric mastocytosis, Lfrticaria pigmentosa, Mastocitoma, Dermografism. lNTFiQDtJ~Ao O espectro cllrrico da mastocitose na criarr~a inclui fundamentalmente tr6sformas: les~es isoladas (mastocitomas), uma forma generalizada (urticAria pigmentosa) e uma variante rara (mastocitose cut~nea difusa). A telangiectasia macularis perstans 4 uma entidade praticamerrte exclusiva do adulto 1-8. 0s mastocitomas s~o placas ou n6dulos, redondos ou ovais, de 1 a 5 cm de di~metro, acastanhados ou de cor de r6sea, com consist~ncia de “pele laranja” e que urticarizam quando traumati?ados (sinal de Darier), podendo produzir ~nto’mas de ~lushing”. A urtic~ria pigmentosa 6 a forma mais comum de mastocitose cut~nea (dois ter~os dos cases). Consist@ em m~culas, p~pulas ou n6dulos, mtiltiplos, acastanhados ou avermelhados, envolvando predominantemente o tronco de forma simetrica e com sinal de Darier positivo. Dermografismo da pe[e aparentamente normal ocorre em urn ter~o a metade dos “doanlas. A mastocitose cut~nea difusa & uma variante rara, caracterizada pela exist~ncia de grande Areas de derme infiltradas por mast6citos, em que a pele desenvolve uma apar~ncia espessada e por vezes Iiquenificada. Poole haver r)tirido aeneralizado, “flushing”, fabre, sintomas gastrointestinais e respir;tr5rios e estados de “shock-life” ‘“’. Qualquerdaktasformas pode apre”sentar-secom variances vesiculosas ou bolhosas, mais frequantes antesdos dois anos de idade 1,2.4”. A evolug~o clfnica depende da forma de apresenta;~o e _.—. da idade de ‘in(cio. Nas cdan$as com menos de 10 anos de idade a doenqa 6 quase sempre exclusivamente cut~nea e com tend~ncia para a remis$~o espont~nea. O envolvimento sistbmico, mais frequente na adolesc6ncia e idade adulta e nas formas cutAneas difusas, 6 minimo quando a doen;a surge antes dos dois anos de idade. Poole atingir qualquer org~o ou Material may be protectedby copyrightlaw (Title 17, U.S. Code) Vol. 6, N’ 1. Marco 1997 NASCER E CRESCER tecido; mais ffequentemente OSSOS,flgado, baqo, g~nglios e sangue perif&rico 148. ,Qs,,autores fazem uma revis~o de quinze cases de rilastocitose cut~nea diagn’osticados na Consults de “qernlat,oiocj’ia do Hospital de CrianFas Maria Pia nos ultimos quatro at~os. MAT~RIAf. E METODOS Foi ef~ctuada a revi$~o das fichas do arquivo clfnico da “Consults de ~ermatologia relativas aos doentes obsewados no perio~o ,eompre.endido entre Abril de 1992 e Abril de 1996, tendo sido identificados quinze cases de mastocitose cut~nea. O dia”gn6stico foibaieado em crit4rios clinicos e confirmado por bi6psia de pele nos cases duvidosos. No exame histo16gico foram efectuadas coloraq~es pela hematoxilina-eosins (H-E) e pelo Giernsa emtodos os cases. Foram examinadososseguintes dados: sbxo, ra$a, idade, antecedences familiars e pessoais, forma clinics de apresentag~o, terap@utica e evoluq~o. RESULTADOS A analise da distribuig~o porsexos revelou urn predominio do sexo masculino (n=l O;66,6%) com uma rela$~o entre sexes 2:1. Todos os doentes cram de raqa caucasiana, com idades compreendidas entre 5 e 40 meses (idade mediana 22,5 meses) tendo 9 idade inferior a 2 anos. Foram identificados oito cases de mastocitoma, seis de urtic~ria pigmentosa e urn de mastocitose cut~rrea dlfusa. O diagn6stico foi confirmado por exame histo16gico em cinco doentes. Em todos os cases foi utilizada com sucesso a hidroxisina no tratamento do prurido e foram dadas indicap~es para evicq~o de estfmulos f[sicos, alimentos e farmacos causadores da desgranula~~o dos mastocitos. Cincodoentesforam submetidos a corticoterapia t6pica por curtos periodos de tempo (quatro doentes com uflicaria pigmentosa e o doente com mastocitose cuthnea difusa) com resultados favoraveis. A excis50 cirurgica do maslocitoma foi efectuada numa crian~a que teve urn epis6dio de “flushing” com taquicardia e sudorese ap6s fricq~o do n6dulo. O tempo de “follow-up” variou entre 4 meses e 4 anos, tendo-se obsewado regress~o partial das les~es na maior parte dos cases e curs no caso em que o mastocitoma foi excisado. DISCUSSfiO Embora a maior parfe da Iiteratura refira a urfic~ria pigmentosa (fig, 1) como forma de apresenta~~o mats comum de mastocitose na criarrqa 1.z,4*.10<1~, nests s~rie a forma cl[nica mais frequente foi o mastocitoma (fig. 2), o que tamb6m 6 descrito por alguns autores 3, VerificAmos urn predomlnio de criarrgas dosexomasculino, o que n~o encontr~mos descrito na Iiteratura que refere igual atingimento de ambos os sexes “. O tamanho Iimitado da amostra n~o permite no entanto valonzar este dado. A maior parte dos cases sSo esporadicos, tal como aconteceu com os nossos doentes, embora sejam referidos raros cases familiars ‘-’o”n’o,”. Figura 1- Criarrqado sexo masculine, observada pela 1svez na consults aos 5 M apresentando rn~culas, p~pulas e nodulosde colora;~o acastanhada, cujo tarnanho variava entre alguns mm a v~rios cm, alguns com vesicula~~o, de bordos bem defenidos e irregulars dispersas por todo o tegumento cut~neo de modo grosseiramente sim~trico. Tratava-se de uma urticaria pigmentosa. Figura 2- Mastocitoma nurna c;ianqa do sexo masculine, 3,5 anosde idade, caracterizado por uma les~o nodular acastanhada com 2,5 cm no seu maior di~metro, focafizado na regi~o lateral esquerda do pescoqo. A les~o surgiu peto ano de idade e evoluiu com surtos de eritema e vesicula~~o acompanhadas de prurido. O diagnostic de mastocitose 6 essencialmente clinico. O sinal de Darier (fig 3) (presente em cerca de 907. dos cases) 0 patognom6nico desta errtidade l’. Nos cases em que o diagnbstico n~o 6 evidente 6 fundamental a realiza~~o de bi6psia cut~nea ‘.2-6.10. Coloragbes especiais COfl10Azul de Metileno 6, Azul de Toluidina ou Giemsa pbe em evidarrcia os gr~nulos metacromaticos no citoplasma dos mastocitos que Materialmay be protectedby copyrightlaw (Title 17, U.S. Code) 55 Vol. 6, N’1, E C=SCER NASCER Figura 3- Sinal de Darier - urticariza$~o do n6dulo quando friccionado ,nfil~ram a derme 1,35,10, f.J~sta Marqb 1997 Figura 5- A coloraqao pelo Giemsa permitiu por em evidencia o aspecto granuloso do citoplasma que corou metacromaticamente. s~rie houve necessidade de confirmaro diagn6stico em cinco cases que inclufram o caso de mastocitose cut~nea difusa (fig 4 e fig 5), urn mastocitoma e tr6s cases de urtic~ria pigmentosa. QUADRO I %~ i: r- Est~mulosfislcos (banhos e bebidas quantes, exposi~o ao frio, fric~ao) Pollpeptfdeos bio16gicos (Iibertados por Ascaris, alforrecas, caranguejos, Iagostas) Toxinas bacterianas FAmacos (Acidoacetilsaficflico, morfina, codeina, polimixina B, anfotericina B, tiamina, quinine, tubocuranino, escopolamina, opiacios, anti-i nflamatbrios n~o esteroldes, galamina, decametonio) Produtos de contraste icdados * ~s Iibertadores de ~ n: * Queijo, morangos, bananas, conservas Figura 4- A colora$~o pela H-E &videnciou a presen$a de infiltrados difusos na derme, de c61ulascom nucleos ovtis ou redondos, hipercromaticos, de citoplasma claro ou eosinofflico. O tratamento da mastocitose consiste na evic~~o de factores que condicionam a desgranula$~o dos masttidos e a ingest~o de alimentos Iibetiadores de histamina (quadro 1). O controlo do prurido geralmente 6 conseguido com anti histamfnicos HI, patitcularmente a hldroxisina, tendo sido este o f~rmaco usado nos nossosdoentes. Se existemsintomas gastrointestinais pode usar-se a cimetidina. O cromoglicak de s6dio e o ketotifeno, como agentes estabilizadores dos mast6citos, s~o uteis em alguns cases 1“8,S0,11. Foram utilizados corticbides t6plcos por curtos periodos de tempo com bons resultados em quatro doentes com urfic~ria pigmentosa e no doente com mastocitose cut~nea difusa. A efic~cia dos 56 cortic6ides topicos e intralesionais nas Iesfies papulosas efou nodulares de urtic~ria pigmentosa est~ bem demonstrada, com uma red~=o do numero de mast6citos infiltrates na Pete. Por6m os riicos de uma corticoterapia a Iongo prazo dever~o ser sempre ponderados, e o seu uso ser restrito aos cases severos com aparecimerrto contfnuo e progressive de Iesbes bolhosas extensas e resistentes a outros tratamentos l“. A corticoterapia intravenosa est~ indicada nos cases com envolvimento sist6mico e choque de forma a corrigir a desgranu[aq~o maci~a dos mastocitos’’s””. A fotoqulmioterapia (puvoterapia) 6 referida por alguns autores como tendo indicaq50 nos cases de mastocitose cut~nea difusa, principalmente quando resistentes aos antihistaminicos 1~,8.10,1Z,13 Apenas o doente que teve urn epis6dio de “flushing” apes frtc$~o do mastocitoma foi submetido A ex6rse do mesmo, pois tal procedimento S6 esta indicado nos cases sintom~ticos (1A6,11). A principal complicaq=o da mastrocitose 6 a infec$~o, no caso das Iesdes bolhosas, podendo mesmo condicionarsepsis. As les6es cicatriciais s50 raras 2’011. Material may be protected by copyright law (Title 17, U.S. Code) NASCER E CRESCER vol. 6, NQ 1, IVlar~O 1997 Embora a mastocitose cut~nea difusa evolua na maioria dos cases para a remiss~o espont~nea at6 aos cinco anos de idade e uma forma de mastocitose potencialrriente grave, pela possibilidade de envolvimento sist6mico e pela gravidade que podem assumir os surtos induzidos por estimulantes da desgranula~~o dos mast6citos. Odesenvolvimento deves(culas e bolhas 6 mais frequente antes dos dois anos de idade. Embora a causa de vesiculaq~o neste grupo et~tio permanega desconhecida, presumfvelmente est~ relacionada com a liberta~~o de mediadoresquimicos (histamina, prostaglandinas, Ieucotrienos, heparina e factores quimiot~ticos dos neutr6filos e eosinofilos) induzindo transuda~~o num grupo susceptfvel h forma~~o de veslculas pela uni~o frAgil da epiderme a derme subjacent ‘“4,6.8,’012. O tinico caso @estas~rie refere-se a urn Iactente com manifestaqbes gastrointestinais e les6escut~neas desde o primeiro m6s de viola, evoluindo por sudos frequented de maculo-papulas generalizadas acompanhadas de “flushing” e dermografismo. Aos 14 meses e no decurso de uma intercorr6ncia febril medicada com acido acptilsatic[lico, desencadeou uma extensa erup~~o vesicobolhosa associada a prurido e dermografismo intenso que motivou internamento. Foi mantido em rigorosas condi$~es de ass6psia e isolamento, nao tendo havido complica~bes infecciosas. Actualmente com 4 anos de idade n~o tern evid~ncia clinics ou Iaboratorial de envolvimento sist6mico nem apresenta les6es cicatriciais. Em resume, a mastrocitose na idade pediatric 6 uma entidade relativamente frequente e quase sempre de evolu;~o benigna, em que o diagn6stico 6 na maior parte das vezes clinico. Odiagnr5stico precoce edecrucial im~rt~nciaperrnitindo a evic$~o de factores causadores da desgranuia$~o dos mast6citos e de Iibetiadores de histamina, atitude fundamental para a diminui$~o da frequ6ncia e gravidade dos surtos da doen~a, que poder~o por em risco a viola do doente. BIBLfOGRAFIA 1. Stein, DH: astocyfosis: A Review. Pediatr Derrnatol 1986; 3 (5): 365-375 2. Miralles MR, Cambazara F, Rodellas AC: Mastocitosis Ampollosa (mastocltosis cut~nea difusa): a prop6sito de un caso y revisi6n de la Iiteratura: An. Esp. Pediatr 1993; 39, 1:6973 3. Kettelhut BV, Metcalfe DD: ‘~efiatric mastocytosys: Ann Allergy 1994:73:197-202 4. Kettelhut BV Metacalfe DD: Pediatric mastocytosis: J Invest Dermatol 1991:96: 15S-18S 5. Greaves MW Mastocytosis In: Ebling FyG. Textbook of Dermatology. Oxford Blackweil Scientific Publication 1992:20652072 6. Hurvitz S: Unclassified disorders In: Clinical Pediatric Dermatology. A Textbook of Skin Disorders of Childhood and Adolescence. Philadelphia. WB Saunders Company 1993:663693 7. Annamaria O, Andreina C, Oriana S et al: Urticaria Pigmentosa in Monozygotic Twins. Arch Dermatol 1994130: 935-936 8. Bateman HE, Shroff V, Centeno LV et al: Systemic mastoc~osis: a diagnostic challenge. Annals of Allergy, Asthma and Immunology 1995; 74:379-386 9. Metcalfe D~ Thetreatmrnt of mastocytosis: an overview J Invest Dermatol 1991; 96: 55 S-56S 10. Azana JM, Torrelo A, Mediero IG et al: Urticaria pigmentosa: a review of 67 pediatric cases: Pediatric Dermatology 199411 (2): 102-6 11, Joel C, McLean S; Eleanor S: Bullous Matocytosis in an Infant Associated with the Use of a Nonprescription Cough Suppressant: Pediatric Dermatology 1996: vol. 13nQ5:410-41 4 12, Mallory SB. Infiltrative Disease. In: Schachner, Pediatric Dermatology, 2nd ed. Churchill Livingstone 1996; 852-858 13. Smith ML, Orton PW, Chu H et al: Photochemotherapy of Dominant, Diffuse, Cutaneuos Mastocyfosis 1990; VOI7 nQ4: 251-255 Corri?spohd@ncia: Carmen Caivalho Hospital de Crian~as Maria Pia Ftuada Boavista, 827 4050Porto