A2 Nós, o lixo e a coleta seletiva No bloco do eu sozinho

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A2 Nós, o lixo e a coleta seletiva No bloco do eu sozinho
A2
SOROCABA • TERÇA-FEIRA • 9 DE SETEMBRO DE 2008
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Há 100 anos
DORA KRAMER
Fabíola Corradini Proença e
Sandro Donnini Mancini
Numa sociedade intensamente capitalista
onde o consumo desenfreado influencia até
mesmo o comportamento das pessoas e, muitas vezes, determina premissas e condicionantes para se participar de grupos sociais, acaba
ocorrendo uma preocupante inversão de valores. Banalizou-se o fato de se avaliar uma pessoa apenas pelo o que ela tem ou, ao menos, pelo o que ela se esforça em demonstrar ter. Em
alguns casos isto ganhou uma relevância muito maior do que a moral, a ética, o caráter, a
consciência ambiental ou o próprio indivíduo.
Este quadro, além de resultar em graves
“doenças” sociais, acaba encadeando um problema também preocupante, porém oculto à
primeira vista: o prejuízo ambiental. Em conseqüência desta ânsia constante de aquisição de
novos objetos ocorre a geração desmedida de resíduos lançados ao meio ambiente. Muitas vezes este cenário se agrava no descuido das indústrias que aderem aos seus produtos embalagens que em muitos casos poderiam ser dispensadas, por exemplo, a caixa externa de papelão das pastas de dente.
Resultante desta esta alta rotatividade, de
produtos adquiridos e descartados, tem-se
uma gigantesca quantia de resíduos que em
sua grande maioria não possuem um destino
final adequado. No Brasil, muitas são as maneiras de se livrar do lixo, inclusive algumas
bastante danosas e agressivas ao meio ambiente tais como os lixões, o descarte em rios ou nos
chamados aterros controlados. Embora o nome possa induzir o contrário, estes últimos são
muito perigosos, pois não possuem qualquer
preparação que impeça, por exemplo, a infiltração do chorume (líquido poluidor resultante
da decomposição do lixo) no solo, e este pode
atingir lençóis d’água. Por outro lado, há métodos seguros, sendo os aterros sanitários os
mais comuns, que fazem com que o lixo que geramos não se torne um problema ambiental
nem de saúde pública.
No entanto, dentro de um município, por
mais que o aterro sanitário seja
um método indispensável para a adequada
deposição dos
resíduos sólidos
por possuir a
melhor tecnologia de acondicionamento destes
detritos em relação ao custo, a
reciclagem não
pode ser deixada
de lado.
Por minimizar a extração da
matéria prima
originária da natureza e reduzir
a quantidade e,
principalmente,
o volume de resíduos dispostos
no aterro sanitário - aumentando sua vida útil, a reciclagem é uma das alternativas mais favoráveis ao meio ambiente quando o assunto é lixo. Para que a reciclagem dos
resíduos domiciliares que geramos funcione,
não basta a existência de empresários dispostos a investir em máquinas que derretam os
materiais e os transformem em novos produtos.
Essas indústrias precisam de matéria-prima, e
esta encontra-se espalhada pela cidade, sendo
gerada como lixo diariamente por todos nós.
Se considerarmos a média aceita de 700 g de
lixo sendo gerados diariamente por cada sorocabano e que cerca de 40% disso são produtos
descartados feitos de materiais como papéis,
plásticos, vidros e metais, temos que cada um
de nós gera, diariamente, 280 g de recicláveis.
As indústrias recicladoras têm capacidade de
trabalhar toneladas de resíduos diariamente, de
modo que juntar os resíduos de vários habitantes é obrigatório.
A solução para isso é simples: coleta seletiva. Se cada um separar os resíduos gerados em
úmidos (restos de comida, lixo de jardim e de
banheiro) e secos (embalagens de um modo geral), a reciclagem tende a ser bem mais simples
e melhor. Isso porque haverá uma quantidade
mínima de impurezas (um material aderido no
outro, por exemplo, resto de comida numa lata
de alumínio) e por ficar mais fácil acumular
grandes quantidades. Se esses resíduos secos
chegarem aos catadores, boa parte do problema estará resolvido, pois eles farão uma separação bem mais detalhada, de acordo com os
clientes potenciais.
Nesse processo, o difícil é convencer 600 mil
pessoas que sempre misturaram seus resíduos,
a incorporarem no seu comportamento a coleta
seletiva. Sorocaba possui cerca de 120 mil residências e fazer com que os catadores e os moradores de cada casa se acertem com relação à coleta seletiva pode demorar. Com educação ambiental, principalmente para as crianças, isso
pode ser acelerado, sem contar que será formada uma base sólida, capaz de produzir bons resultados por muito tempo.
O difícil é
convencer
600 mil pessoas
que sempre
misturaram
seus resíduos, a
incorporarem
no seu
comportamento
a coleta
seletiva
Fabíola Corradini Proença é aluna do curso de graduação em
Gestão Ambiental da Uniso e do curso de Especialização em
Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Unesp-Sorocaba e Sandro Donnini Mancini é professor da Unesp-Sorocaba (www.sorocaba.unesp.br/professor/mancini
No bloco do eu sozinho
Se as urnas confirmarem as pesquisas atuais, o
presidente Luiz Inácio da Silva sai do pleito municipal
com prefeitos aliados em 20 das 26 capitais. Se não
confirmarem, ou se por hipótese absurda fossem todos derrotados, ainda assim Lula sairia vitorioso.
Eleger prefeitos de ponta a ponta acrescenta, como diria Ibrahim Sued, “um plus a mais” ao cardápio das performances do presidente. Mas, na atual
conjuntura, Lula poderia dispensar tal façanha sem
perder um centímetro da dianteira na cena política,
comparativamente aos adversários.
Ademais, diante de uma eventual contabilidade
negativa, bastaria atribuir ao eleitor o interesse por
assuntos exclusivamente municipais, Lula adotaria uma agenda mais recolhida e estaria feito o distanciamento entre a figura do presidente e o rol de
prefeitos eleitos.
Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa,
seria o argumento bem preparado para explicar o cenário. Mas, como o quadro é favorável, se diz que as
duas coisas são a mesma coisa:
a popularidade do presidente e
a preferência do eleitorado.
Da mesma forma, em caso
de numerosas derrotas de candidatos de legendas governistas
a oposição certamente buscaria
atribuir o resultado a um hipotético “julgamento” do governo
federal.
Seria uma conclusão correta ou o vice-versa é que estaria certo?
É o tipo da questão impossível
de ser destrinchada com rigor
científico. Primeiro, porque tendo
15 partidos aliados, entre eles o
gigantesco PMDB, contra dois
grandes oficialmente de oposição,
o governo de saída é favorecido
pela lei das probabilidades.
Em segundo lugar, como dizer se este ou aquele eleito o foi por influência de Lula se, em função da popularidade do presidente e do
fato de ser a única referência nacional em tela, ninguém quer briga com ele? Ao contrário, todos - e
desta não escapam nem oficiais da linha de frente
oposicionista - se mostram “de bem” com Lula.
O mais perto de uma conclusão que se pode chegar é que, briga com presidente no momento não dá
camisa a ninguém e, portanto, ninguém comprou
ações dessa companhia. Ora, se não há em capital
ou cidade importante ninguém fazendo campanha
em oposição ao governo federal, não é possível imputar vitórias ou derrotas municipais ao presidente. Por ausência de parâmetro.
Nem mesmo se em São Paulo os eleitores de Gilberto Kassab e Geraldo Alckmin, juntos, derrotarem Marta Suplicy no segundo turno. Lula é o principal cabo eleitoral de Marta, marcou presença explícita na campanha.
Se a candidata do PT perder, ninguém em sã
consciência poderá espetar essa derrota na conta
de Lula. Terá sido uma vitória da rejeição da ex-prefeita e não o produto do repúdio do eleitorado paulista ao presidente. Ou essa afirmativa também carece de fundamento?
Pois é. Simplesmente não dá para saber. Com habilidade, o presidente “nacionalizou” a campanha
municipal sem pôr seu governo em jogo. Assim, não
desperdiçou a vantagem. Os adversários também pisaram com leveza a fim de não expor a desvantagem
antes da hora marcada para a onça beber água.
GIRAMUNDO
H
á 100 anos, o Cruzeiro do Sul noticiava em sua
sessão “Registro Social” - “Dr.
Candido Motta - Acompanhado de sua exma. familia
regressou hontem para São
Paulo o sr. dr. Candido Motta, illustre deputado estadoal. S. s. esteve residindo, por
algum tempo, entre nós, para tratamento de uma pessoa
da familia. Muitos amigos de
s. s. foram até à estação assistir ao seu embarque.”
Em 2006 era contra Lula, mas agora, contra Gilberto Kassab, a campanha de Geraldo Alckmin sofre do mesmo mal: não sabe se morde ou assopra e,
na dúvida, fica na dúvida.
NOME PRÓPRIO
Se a candidata do PT
perder, ninguém em sã
consciência poderá
espetar essa derrota na
conta de Lula. Terá sido
uma vitória da rejeição
da ex-prefeita e não o
produto do repúdio do
eleitorado paulista
ao presidente
Márcio Lacerda, produto da
união “informal” entre PSDB e
PT na eleição para prefeito de
Belo Horizonte, é apresentado
no horário gratuito como o candidato da aliança entre “a prefeitura, o governo Aécio e o governo federal”.
Fernando Pimentel, o prefeito petista, e Luiz Inácio da Silva, o presidente da República,
entram apenas com os cargos,
mas o governador Aécio Neves
entra com o posto e o nome.É a
tal da propaganda subliminar.
Por essa e algumas outras incluindo o fato de Aécio ser o
“dono” do candidato - é que o PT
nacional e parte do estadual ficaram oficialmente contra a
aliança.Acham, com toda razão, que nesse bonde o
tucano sai de condutor e o PT de passageiro.
PARECER
A sugestão do presidente Lula de pôr fim às
transmissões ao vivo dos julgamentos do Supremo
Tribunal Federal pela TV Justiça, não prospera,
mas revela o quanto o lema “faça o que eu digo, mas
não faça o que eu faço” está presente no raciocínio
de sua excelência presidencial.
Segundo Lula, as transmissões diretas influenciam
o comportamento dos magistrados e transformam as
sessões em “espetáculos”. Por essa lógica, seriam extintas as programações ao vivo das TVs Câmara e Senado. E, por uma questão de isonomia, deveria ser abolida também (e em primeiro lugar, para dar o exemplo) no
Executivo a prática de televisionar as cerimônias oficiais comandadas pelo presidente da República.
HOJE
Nesta terça-feira uma
frente fria se afasta para alto-mar. O sol predomina e a
temperatura sobe na Região.
No centro-sul do Rio de Janeiro, no Sul de Minas e no
sul, no leste e no nordeste de
São Paulo ocorrem algumas
pancadas isoladas de chuva
à tarde, resultado do tempo
abafado. Em Sorocaba, sol e
aumento de nuvens de
manhã. Pancadas de chuva
à tarde e à noite. A temperatura oscila entre 15 e 28ºC.
(Fonte: Climatempo)
“Essa questão vai ser
resolvida pelo
inquérito da Polícia
Federal. É um assunto
exclusivamente para o
inquérito. O ministro
da Defesa não tem
nada a dizer sobre
isso”
Ministro da Defesa, Nelson
Jobim, sobre o episódio dos
grampos telefônicos supostamente efetuados por espiões da
Agência Brasileira de Inteligência
(Abin). (8/9/2008)
“Vocês não precisam
provar nada a
ninguém, são
vencedores em seus
clubes e são, acima de
tudo, homens que têm
de ser respeitados.
Podem criticar, falar
tudo, mas só não
podem duvidar da
hombridade de cada de
um de vocês”
Técnico Dunga, da seleção
brasileira de futebol, respondendo às críticas do presidente
Lula. (8/9/2008)
PRÓXIMOS DIAS
“Além das questões
humanitárias, tem o
retorno da economia
do Estado, com
pensões, com
internações
hospitalares, saúde.
Mas o mais importante
é a integridade física
do cidadão”
Em Sorocaba
amanhã
Sol com algumas nuvens.
Não chove
quinta-feira
Sol com algumas nuvens.
Não chove
Secretário de Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, sobre a
operação Direção Segura, que
combate o uso do álcool ao volante. (8/9/2008)
sexta-feira
Sol e aumento
de nuvens de
manhã. Pancadas de chuva à
tarde e à noite
(Fonte: Climatempo)
FASES DA LUA
CRESCENTE
Começou dia 7/9,
às 11h05
INFRAÇÃO
DE TRÂNSITO
Infrações de trânsito são comuns em todas
as cidades, como mostra o flagrante feito pelo
repórter fotográfico Adival B. Pinto, na rua
Cel. Eugênio Mota, centro de Boituva.
O carro pára em fila dupla, criando
dificuldades para o fluxo de veículos em uma
das ruas mais movimentadas do
município. São esses abusos que atrapalham
a fluidez do tráfego e muitas vezes acabam
ocasionando acidentes.
CHEIA
Começa dia 15/9,
às 6h15
MINGUANTE
Começa dia 22/9,
às 2h06
ADIVAL B. PINTO
Nós, o lixo e a
coleta seletiva
NOVA
Começa dia 29/9,
às 5h13

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