A2 Nós, o lixo e a coleta seletiva No bloco do eu sozinho
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A2 Nós, o lixo e a coleta seletiva No bloco do eu sozinho
A2 SOROCABA • TERÇA-FEIRA • 9 DE SETEMBRO DE 2008 Diário matutino fundado em 1903 DIRETORIA EXECUTIVA Presidente: Ailton Sewaybricker Vice-presidente: Rodolfo Fedeli 1º tesoureiro: Carlos Hingst Corrá 2º tesoureiro: Carlos Alberto Silva Nunes 1º secretário: Luiz Antonio Zamuner 2º secretário: Enio Lara Rodrigues Diretor de patrimônio: Marcos Augusto Rodrigues Diretores editoriais: Paulo Virgílio Guariglia e Hélio Sola Aro CONSELHO SUPERIOR Presidente: José Augusto Marinho Mauad Vice-presidente: João Carlos Wey Secretário: José Francisco Miguel Laino DEPARTAMENTO JORNALÍSTICO Editor Responsável Eugênio Araújo ([email protected]) Endereço Av. Eng. Carlos R. Mendes, 2800. Bairro Alto da Boa Vista, Sorocaba-SP, Cep: 18013-280. www.cruzeirodosul.inf.br Telefone (0-15) 2102-5100 Fax (0-15) 2102-5190. O noticiário nacional e internacional é fornecido pelas agências Estado e France Presse. Os artigos assinados são de inteira responsabilidade do seu autor. 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Este quadro, além de resultar em graves “doenças” sociais, acaba encadeando um problema também preocupante, porém oculto à primeira vista: o prejuízo ambiental. Em conseqüência desta ânsia constante de aquisição de novos objetos ocorre a geração desmedida de resíduos lançados ao meio ambiente. Muitas vezes este cenário se agrava no descuido das indústrias que aderem aos seus produtos embalagens que em muitos casos poderiam ser dispensadas, por exemplo, a caixa externa de papelão das pastas de dente. Resultante desta esta alta rotatividade, de produtos adquiridos e descartados, tem-se uma gigantesca quantia de resíduos que em sua grande maioria não possuem um destino final adequado. No Brasil, muitas são as maneiras de se livrar do lixo, inclusive algumas bastante danosas e agressivas ao meio ambiente tais como os lixões, o descarte em rios ou nos chamados aterros controlados. Embora o nome possa induzir o contrário, estes últimos são muito perigosos, pois não possuem qualquer preparação que impeça, por exemplo, a infiltração do chorume (líquido poluidor resultante da decomposição do lixo) no solo, e este pode atingir lençóis d’água. Por outro lado, há métodos seguros, sendo os aterros sanitários os mais comuns, que fazem com que o lixo que geramos não se torne um problema ambiental nem de saúde pública. No entanto, dentro de um município, por mais que o aterro sanitário seja um método indispensável para a adequada deposição dos resíduos sólidos por possuir a melhor tecnologia de acondicionamento destes detritos em relação ao custo, a reciclagem não pode ser deixada de lado. Por minimizar a extração da matéria prima originária da natureza e reduzir a quantidade e, principalmente, o volume de resíduos dispostos no aterro sanitário - aumentando sua vida útil, a reciclagem é uma das alternativas mais favoráveis ao meio ambiente quando o assunto é lixo. Para que a reciclagem dos resíduos domiciliares que geramos funcione, não basta a existência de empresários dispostos a investir em máquinas que derretam os materiais e os transformem em novos produtos. Essas indústrias precisam de matéria-prima, e esta encontra-se espalhada pela cidade, sendo gerada como lixo diariamente por todos nós. Se considerarmos a média aceita de 700 g de lixo sendo gerados diariamente por cada sorocabano e que cerca de 40% disso são produtos descartados feitos de materiais como papéis, plásticos, vidros e metais, temos que cada um de nós gera, diariamente, 280 g de recicláveis. As indústrias recicladoras têm capacidade de trabalhar toneladas de resíduos diariamente, de modo que juntar os resíduos de vários habitantes é obrigatório. A solução para isso é simples: coleta seletiva. Se cada um separar os resíduos gerados em úmidos (restos de comida, lixo de jardim e de banheiro) e secos (embalagens de um modo geral), a reciclagem tende a ser bem mais simples e melhor. Isso porque haverá uma quantidade mínima de impurezas (um material aderido no outro, por exemplo, resto de comida numa lata de alumínio) e por ficar mais fácil acumular grandes quantidades. Se esses resíduos secos chegarem aos catadores, boa parte do problema estará resolvido, pois eles farão uma separação bem mais detalhada, de acordo com os clientes potenciais. Nesse processo, o difícil é convencer 600 mil pessoas que sempre misturaram seus resíduos, a incorporarem no seu comportamento a coleta seletiva. Sorocaba possui cerca de 120 mil residências e fazer com que os catadores e os moradores de cada casa se acertem com relação à coleta seletiva pode demorar. Com educação ambiental, principalmente para as crianças, isso pode ser acelerado, sem contar que será formada uma base sólida, capaz de produzir bons resultados por muito tempo. O difícil é convencer 600 mil pessoas que sempre misturaram seus resíduos, a incorporarem no seu comportamento a coleta seletiva Fabíola Corradini Proença é aluna do curso de graduação em Gestão Ambiental da Uniso e do curso de Especialização em Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Unesp-Sorocaba e Sandro Donnini Mancini é professor da Unesp-Sorocaba (www.sorocaba.unesp.br/professor/mancini No bloco do eu sozinho Se as urnas confirmarem as pesquisas atuais, o presidente Luiz Inácio da Silva sai do pleito municipal com prefeitos aliados em 20 das 26 capitais. Se não confirmarem, ou se por hipótese absurda fossem todos derrotados, ainda assim Lula sairia vitorioso. Eleger prefeitos de ponta a ponta acrescenta, como diria Ibrahim Sued, “um plus a mais” ao cardápio das performances do presidente. Mas, na atual conjuntura, Lula poderia dispensar tal façanha sem perder um centímetro da dianteira na cena política, comparativamente aos adversários. Ademais, diante de uma eventual contabilidade negativa, bastaria atribuir ao eleitor o interesse por assuntos exclusivamente municipais, Lula adotaria uma agenda mais recolhida e estaria feito o distanciamento entre a figura do presidente e o rol de prefeitos eleitos. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa, seria o argumento bem preparado para explicar o cenário. Mas, como o quadro é favorável, se diz que as duas coisas são a mesma coisa: a popularidade do presidente e a preferência do eleitorado. Da mesma forma, em caso de numerosas derrotas de candidatos de legendas governistas a oposição certamente buscaria atribuir o resultado a um hipotético “julgamento” do governo federal. Seria uma conclusão correta ou o vice-versa é que estaria certo? É o tipo da questão impossível de ser destrinchada com rigor científico. Primeiro, porque tendo 15 partidos aliados, entre eles o gigantesco PMDB, contra dois grandes oficialmente de oposição, o governo de saída é favorecido pela lei das probabilidades. Em segundo lugar, como dizer se este ou aquele eleito o foi por influência de Lula se, em função da popularidade do presidente e do fato de ser a única referência nacional em tela, ninguém quer briga com ele? Ao contrário, todos - e desta não escapam nem oficiais da linha de frente oposicionista - se mostram “de bem” com Lula. O mais perto de uma conclusão que se pode chegar é que, briga com presidente no momento não dá camisa a ninguém e, portanto, ninguém comprou ações dessa companhia. Ora, se não há em capital ou cidade importante ninguém fazendo campanha em oposição ao governo federal, não é possível imputar vitórias ou derrotas municipais ao presidente. Por ausência de parâmetro. Nem mesmo se em São Paulo os eleitores de Gilberto Kassab e Geraldo Alckmin, juntos, derrotarem Marta Suplicy no segundo turno. Lula é o principal cabo eleitoral de Marta, marcou presença explícita na campanha. Se a candidata do PT perder, ninguém em sã consciência poderá espetar essa derrota na conta de Lula. Terá sido uma vitória da rejeição da ex-prefeita e não o produto do repúdio do eleitorado paulista ao presidente. Ou essa afirmativa também carece de fundamento? Pois é. Simplesmente não dá para saber. Com habilidade, o presidente “nacionalizou” a campanha municipal sem pôr seu governo em jogo. Assim, não desperdiçou a vantagem. Os adversários também pisaram com leveza a fim de não expor a desvantagem antes da hora marcada para a onça beber água. GIRAMUNDO H á 100 anos, o Cruzeiro do Sul noticiava em sua sessão “Registro Social” - “Dr. Candido Motta - Acompanhado de sua exma. familia regressou hontem para São Paulo o sr. dr. Candido Motta, illustre deputado estadoal. S. s. esteve residindo, por algum tempo, entre nós, para tratamento de uma pessoa da familia. Muitos amigos de s. s. foram até à estação assistir ao seu embarque.” Em 2006 era contra Lula, mas agora, contra Gilberto Kassab, a campanha de Geraldo Alckmin sofre do mesmo mal: não sabe se morde ou assopra e, na dúvida, fica na dúvida. NOME PRÓPRIO Se a candidata do PT perder, ninguém em sã consciência poderá espetar essa derrota na conta de Lula. Terá sido uma vitória da rejeição da ex-prefeita e não o produto do repúdio do eleitorado paulista ao presidente Márcio Lacerda, produto da união “informal” entre PSDB e PT na eleição para prefeito de Belo Horizonte, é apresentado no horário gratuito como o candidato da aliança entre “a prefeitura, o governo Aécio e o governo federal”. Fernando Pimentel, o prefeito petista, e Luiz Inácio da Silva, o presidente da República, entram apenas com os cargos, mas o governador Aécio Neves entra com o posto e o nome.É a tal da propaganda subliminar. Por essa e algumas outras incluindo o fato de Aécio ser o “dono” do candidato - é que o PT nacional e parte do estadual ficaram oficialmente contra a aliança.Acham, com toda razão, que nesse bonde o tucano sai de condutor e o PT de passageiro. PARECER A sugestão do presidente Lula de pôr fim às transmissões ao vivo dos julgamentos do Supremo Tribunal Federal pela TV Justiça, não prospera, mas revela o quanto o lema “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço” está presente no raciocínio de sua excelência presidencial. Segundo Lula, as transmissões diretas influenciam o comportamento dos magistrados e transformam as sessões em “espetáculos”. Por essa lógica, seriam extintas as programações ao vivo das TVs Câmara e Senado. E, por uma questão de isonomia, deveria ser abolida também (e em primeiro lugar, para dar o exemplo) no Executivo a prática de televisionar as cerimônias oficiais comandadas pelo presidente da República. HOJE Nesta terça-feira uma frente fria se afasta para alto-mar. O sol predomina e a temperatura sobe na Região. No centro-sul do Rio de Janeiro, no Sul de Minas e no sul, no leste e no nordeste de São Paulo ocorrem algumas pancadas isoladas de chuva à tarde, resultado do tempo abafado. Em Sorocaba, sol e aumento de nuvens de manhã. Pancadas de chuva à tarde e à noite. A temperatura oscila entre 15 e 28ºC. (Fonte: Climatempo) “Essa questão vai ser resolvida pelo inquérito da Polícia Federal. É um assunto exclusivamente para o inquérito. O ministro da Defesa não tem nada a dizer sobre isso” Ministro da Defesa, Nelson Jobim, sobre o episódio dos grampos telefônicos supostamente efetuados por espiões da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). (8/9/2008) “Vocês não precisam provar nada a ninguém, são vencedores em seus clubes e são, acima de tudo, homens que têm de ser respeitados. Podem criticar, falar tudo, mas só não podem duvidar da hombridade de cada de um de vocês” Técnico Dunga, da seleção brasileira de futebol, respondendo às críticas do presidente Lula. (8/9/2008) PRÓXIMOS DIAS “Além das questões humanitárias, tem o retorno da economia do Estado, com pensões, com internações hospitalares, saúde. Mas o mais importante é a integridade física do cidadão” Em Sorocaba amanhã Sol com algumas nuvens. Não chove quinta-feira Sol com algumas nuvens. Não chove Secretário de Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, sobre a operação Direção Segura, que combate o uso do álcool ao volante. (8/9/2008) sexta-feira Sol e aumento de nuvens de manhã. Pancadas de chuva à tarde e à noite (Fonte: Climatempo) FASES DA LUA CRESCENTE Começou dia 7/9, às 11h05 INFRAÇÃO DE TRÂNSITO Infrações de trânsito são comuns em todas as cidades, como mostra o flagrante feito pelo repórter fotográfico Adival B. Pinto, na rua Cel. Eugênio Mota, centro de Boituva. O carro pára em fila dupla, criando dificuldades para o fluxo de veículos em uma das ruas mais movimentadas do município. São esses abusos que atrapalham a fluidez do tráfego e muitas vezes acabam ocasionando acidentes. CHEIA Começa dia 15/9, às 6h15 MINGUANTE Começa dia 22/9, às 2h06 ADIVAL B. PINTO Nós, o lixo e a coleta seletiva NOVA Começa dia 29/9, às 5h13
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