universo: físico, químico ou divino?

Transcrição

universo: físico, químico ou divino?
UNIVERSO:
FÍSICO, QUÍMICO OU DIVINO?
FRANCISCO GUERREIRO MARTINHO
NITERÓI - RJ
[email protected]
www.franciscoguerreiro.com.br
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SUMÁRIO (APRESENTAÇÃO)
O presente trabalho, na verdade é uma continuação do trabalho anterior, chamado “O
Espaço – Tempo e a Relatividade”, disponível na página www.franciscoguerreiro.com.br.
No trabalho anterior, o autor apresenta sua visão da inexistência de tempo como grandeza e sua criação dentro da própria estrutura do espaço-tempo, assim como apresenta a forma
de existência desse espaço-tempo, como também discorda do termo “arqueado” aplicado a ele
e propõe o termo “deformado” para o mesmo. Ao final, propõe um modelo alternativo de início de universo fotônico, estável e eterno, em contrapartida ao modelo do Big Bang que, sob a
ótica da termodinâmica viola todas as leis conhecidas.
Já no presente trabalho, o autor começa com o desenvolvimento de um item comentado ligeiramente no anterior, que é em relação ao atraso sideral em que vivemos.
Como o homem só vê comprimentos de onda, e assim mesmo dentro de uma estreita
faixa de tamanhos, em números redondos de 400 a 800 nm (4 a 8 x 10-7 m); fora dessa faixa,
ele não passa de um cego universal. Além disso, o pouco que ele vê é altamente defasado da
realidade, de modo que vivemos em um ponto insignificante nos confins do Universo, praticamente cegos, ou pelo menos, vendo uma minúscula parte do que existe e, além de tudo, esse
pouquinho que consegue ver é tão defasado da realidade que se chega a duvidar dele.
Mesmo com tanta pequenez e insignificância, o homem consegue ser arrogante, autoritário, prepotente, se dividir em castas, com uns se outorgando o direito de mandar, perseguir
e até matar seus irmãos, por se considerarem divinos, filhos a perfeição de um Deus único que
habitava exatamente a Terra, nosso pontinho insignificante, e que criou todo o resto do universo, apenas em função de nós, de nossos interesses e nossas vontades. Dessa forma, todo o
restante do Universo é apenas uma espécie de brinquedo para nós, divinos, nos divertirmos.
Terminada a avaliação das consequências de nossa defasagem em relação ao resto do
Universo, o que é feito com base na constância da velocidade da luz, quando mostramos a
defasagem existente entre os momentos de emissão de um fóton pelo emissor e seu recebimento pelo receptor, defasagem na posição que os corpos celestes se encontram na hora da
emissão e as novas posições ocupadas quando da recepção, com tudo isso sendo também
mostrado graficamente.
Terminado esse capítulo (o terceiro), passamos a fazer no quarto capítulo, um estudo comparativo das características de nosso Sistema Solar, constituído por nossa estrela de
Quinta Grandeza e seus nove planetas, dos quais nossa moradia (e a de Deus também, claro!??) não passa de uma das mais insignificantes. Os resultados do estudo são apresentados
em tabelas de dados como também na forma gráfica, mostrando a forma de variação das diversas características intrínsecas, como massa, gravidade, atração gravitacional, velocidades
de rotação e translação e outros. E encerra com uma apresentação de todas as características
estudadas no capítulo, mas agora não mais distribuídas em função das distâncias dos diversos
planetas em relação ao Sol, mas de forma sequencial crescente, mostrando como se dá a dis2
tribuição dos planetas em função das características e não em função do afastamento do Sol.
A partir daí começa a preparação para a futura avaliação química feita pelo autor sobre
os conhecimentos de hoje, feita mais a frente.
Inicialmente, no capítulo 5 é feita apenas uma transcrição bem sucinta dos principais
conceitos da teoria ondulatória e pequenos comentários sobre a parte material, até onde “onda
era onda e matéria era matéria”.
No capítulo 6 começa o estudo que poderá ser questionado adiante, que diz respeito
ao Relativismo e a dualidade onda – matéria. Inicialmente é feita apenas uma transcrição dos
efeitos fotoelétrico e Compton, obtido na literatura, onde a sequência seguida e os relatos e
opiniões são bastante parecidos e encerra com a apresentação da proposta de De Broglie.
Antes de qualquer avaliação ou qualquer opinião divergente do autor em relação aos
conceitos vigentes, preferimos apresentar no capítulo 7 os conceitos de massa equivalente e
de onda equivalente, apresentando detalhes de sua possível interconversão e a consequência
que isso traria para as massas dos planetas.
A seguir, capítulo 8 é feita uma avaliação da direção tomada por muitos cientistas a
procura de uma equação unificadora do contínuo com o quântico em relação a gravitação. É
só uma apresentação de forma bem humorada, da curiosidade do autor em relação aos conceitos de contínuo e quântico e sua identificação!
Após essa visão global, começa a avaliação QUÍMICA feita pelo autor no capítulo 9.
Este capítulo é o mais longo, cáustico e de difícil leitura pelos possíveis leitores que não pertencem ao ramo das ciências, mas talvez o mais importante do trabalho sob o ponto de vista
científico. Tem bastante citações de conceitos científicos e é feita uma avaliação minuciosa de
todos os conceitos que o autor considera necessários a profunda avaliação, com aceitação ou
rejeição das explicações oficiais dos efeitos foto elétrico e Compton, as quais o autor discorda
frontalmente. Depois de apresentar os conceitos termodinâmicos, segue-se com a avaliação
química do efeito fotoelétrico, para o que foi necessário buscar conceitos básicos de química
atômica, com estudo de orbitais moleculares, ligações metálicas, teoria das bandas, etc. Depois de apresentar todo um aparato científico envolvendo o efeito fotoelétrico, o autor faz
alguns comentários bastante críticos em relação a explicação formal dele, e termina com a
apresentação de sua visão do evento, ou seja, o autor Propõe nova explicação para o fenômeno de forma diametralmente oposta a versão oficial de Einstein, em vigor. No tópico seguinte,
tudo isso é repetido para o efeito Compton, com novos conceitos científicos, é claro, também
terminando com críticas a explicação de Compton e Proposta de nova explicação.
Após confrontar os conceitos explicativos dos efeitos fotoelétrico e Compton originais
e propor novas explicações, o autor mostra que os novos conceitos levam obrigatoriamente a
rejeição da hipótese de De Broglie.
No quinto item desse capítulo, o autor faz uma avaliação também científica e profunda
sobre o fato de se ver tudo azul no céu (e seu porque), inclusive são avaliados o efeito estufa e
uma possível era do gelo.
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No sexto item desse capítulo, o autor avalia os conceitos de partícula e anti partícula
com suas colisões e aniquilamentos, dos quais o autor discorda da nomenclatura usada: matéria e anti matéria e calcula os valores dos frutos da aniquilação, mostrando que esse evento
deve ser refeito e re estudado.
Já no sétimo item desse capítulo, o autor mostra que a equação da massa relativista de
Einstein não passa de um grande equívoco.
No item 9-8, dividido em 5 sub itens, ainda neste capítulo, o autor se estende em algumas avaliações para as PROPOSTAS que irá fazer mais a frente. Começa com algumas
considerações e um questionamento a escolha de Einstein sobre limite de deslocamento.
No terceiro sub item, é apresentado de forma explicativa verbal e gráfica, as possíveis
formas a serem adotadas no caso de troca de referenciais. No quarto sub item, subdividido em
a até i, é tratado do assunto Ondas Eletromagnéticas, onde o autor mostra que a velocidade de
transmissão da luz, é a Velocidade Média da mesma. Propõe a inclusão do parâmetro Amplitude no estudo da Teoria Ondulatória e questiona a validade da amplitude com que o ábaco
usado intensamente, desde ondas de rádio até fótons de raios  de altíssimo conteúdo energético.
Finalmente, no quinto sub item, o último desse capítulo, também subdividido de a até
i, o autor apresenta um estudo sobre o átomo e encerra o capítulo propondo o abandono do
modelo ondulatório atual, de Schroedinger e indica novo modelo a ser considerado.
Nesse ponto, o final do capítulo 9, o capítulo da QUÍMICA, o autor considera terminada a parte científica, onde houve necessidade de apresentar conceitos bastante profundos,
para montar o alicerce para questionar frontalmente vários conceitos atuais vigentes na ciência.
No décimo capítulo, o autor traz a tona um assunto que certamente será bastante gostoso de ler. Trata do Ser Humano e seu Habitat, quando faz uma avaliação bastante crítica do
ser humano, enquanto ser, dito inteligente, em relação a forma como se comporta em relação
a seu habitat, em relação ao seu Deus (!) e como ele cuida da casa que esse Deus lhe cedeu
para morar. Em última análise, o assunto tratado consta basicamente do que é convencionado
chamar de Meio Ambiente, com a atuação do homem sobre ele. Alguns poucos conceitos científicos relativamente simples e fáceis de compreensão por quem não é do ramo, tiveram que
ser usados, mas o autor procurou dar explicações da forma mais simples possível, para tornar
o conteúdo accessível a todos. Nesse capítulo o autor disponibiliza toda a sua vivência de
meio século como profissional da química e meio ambiente, tentando ajudar no que for possível. Dos 6 itens desse capítulo, dois deles (“A Origem do Homem” e “O Homem e a Morte”)
são comentados no final, por terem afetado profundamente o autor.
No décimo primeiro capítulo, encaminho um RECADO aos religiosos de todos os
tipos e matizes, só lembrando quem somos e o nosso comportamento na nossa casa. Não se
trata de nenhuma ofensa a ninguém, nem a tentativa de desacreditar quem quer que seja, mas
somente um desabafo do autor sobre o comportamento incoerente, individualista, prepotente,
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arrogante, autoritário, muitas vezes realmente maligno, tudo isso simultaneamente a seguidas
orações para um possível Criador que ele diz que acredita, que ama e que vive em função dele. Mas só nas palavras e nunca nos atos. Por isso, critico toda essa hipocrisia e, em quem
couber, que vista a carapuça.
No curtíssimo décimo segundo capítulo, antes de passar para as Evidências, Sugestões e Propostas do Autor, com que o trabalho é encerrado, apresento aos leitores um esclarecimento sobre as razões de ter escrito e apresentado um trabalho desse porte, contestando
conceitos estabelecidos por gênios como Einstein, Compton, De Broglie, Schroedinger, etc.
No último capítulo, o décimo terceiro, a necessidade de um encerramento formal tinha que ser com a apresentação de algumas “conclusões do autor”, que incialmente explica
aos leitores o porque de preferir chama-las de “evidências” e não de conclusões.
Embora as principais Evidências do trabalho e que confrontam os conhecimentos atuais tenham sido dados ao final de cada assunto respectivo, faço como que “uma sequência de
rememoração delas”.
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ÍNDICE
1 – INTRODUÇÃO .................................................................................................
2 – OS MOTIVOS...............................................................................
3 – O ATRASO SIDERAL...........................................................................................
3 – 1 – Algumas Comparações...................................................................
3 – 2 – Avaliação das Comparações.................................................
3 – 3 – Efeitos do Atraso Sideral..................................................................
4 – OUTRAS COMPARAÇÕES NO SISTEMA SOLAR.......................................
4 – 1 – Novos Valores para Avaliações.........................................................
4 – 2 – Avaliação Gráfica do Sistema Solar...................................................
4 – 3 – Relações Crescentes Obtidas das Tabelas...........................................
4 – 4 – Observações e Evidências das Avaliações...........................................
5 – DUALIDADE ONDA – PARTÍCULA...............................................................
5 – 1 – A Parte Ondulatória........................................................
5 – 2 – A Parte Material.........................................................................
6 – O RELATIVISMO E A MECÂNICA QUÂNTICA...................................
6 – 1 – Os Efeitos que Geraram o Relat e a Mecânica Quântica.............
6 – 1 – a - O Efeito Fotoelétrico ........................................................................
6 – 1 – b - O Efeito Compton.............................................................................
6 – 2 – A Proposta de De Broglie............................................................
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7 - APLICAÇÃO NUMÉRICA DA RELATIVIDADE
7 – 1 – Conceito de Massa Equivalente e Onda Equivalente .................
7 – 2 – A Interconversão Massa x Onda .................................................
7 – 3 – Possível Variação de Massa de Planetas pelos Fótons................
7 – 4 – Avaliação das Tabelas .................................................................
8 - ESTUDO DA GRAVITAÇÃO.....................................................................
9 – AVALIAÇÃO QUÍMICA DO UNIVERSO ................................................
9 – 1 – Avaliação Termodinâmica.............................................................
9 – 1 – a - Os Princípios da Termodinâmica...............................
9 – 1 – b - Como Avaliar Termodinamicamente um Evento................................
9 – 2 – Avaliação Química do Efeito Fotoelétrico .....................................
9 – 2 – a - Considerações ....................................................................................
9 – 2 – b - Os Orbitais Moleculares.......................................................................
9 – 2 – c - Energia de Ionização............................................................................
9 – 2 – d - Interstícios da Ligação Metálica e a forma do Átomo........................
9 – 2 – e - Ligações Metálicas...............................................................................
9 – 2 – f - Estudo Comparativo das Energias de Ionização...................................
9 – 2 – g - Comparação: Potenciais de Ionização e de Corte.................................
9 – 2 – h - Teoria das Bandas.................................................................................
9 – 2 – i - Semi Condutores e Isolantes..................................................................
9 – 2 – j - Quadro Completo das Energias Envolvidas .........................................
9 – 2 – k - Efeito Fotoelétrico Visto pelo Autor....................................................
9 – 3 – Avaliação Química do Efeito Compton.......................................
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9 – 3 – a - Resumo da Descrição do Efeito Compton ...........................................
9 – 3 – b - Alguns Questionamentos ao Efeito Compton ....................................
9 – 3 – c - Efeito Compton na Visão do Autor............ .........................................
9 – 4 – Teoria de De Broglie......................................................................
9 – 5 – Desvio de Fótons na Atmosfera......................................................
9 – 6 – Matéria e Anti Matéria...................................................................
9 – 6 – a - Considerações Gerais...........................................................................
9 – 6 – b - Considerações da Aniquilação.............................................................
9 – 6 – c - Quantificação da Colisão......................................................................
9 – 7 – A Massa Relativista (em Movimento) .............................................
9 – 8 – Avaliações para futuras Propostas do Autor...................................
9 – 8 – 1 - Algumas Considerações ......................................................................
9 – 8 – 2 - O Porque da Escolha.... ......................................................................
9 – 8 – 3 - Os Referenciais...................................................................................
9 – 8 – 4 - As Ondas Eletromagnéticas...........................................
9 – 8 – 4 - a - Considerações sobre as Ondas Eletromagnéticas...................................
9 – 8 - 4 – b - Características das Ondas Eletromagnéticas...........................................
9 – 8 – 4 – c - Fenômenos Causados pelas Ondas Eletromagnéticas............................
9 – 8 - 4 – d - Velocidade Média e Máxima da Luz.....................................................
9 – 8 - 4 – e - Proposta de Inclusão da Amplitude nas OE...........................................
9 – 8 - 4 – f - Determinação Analítica dos Cruzamentos...............................................
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9 – 8 - 4 – g - Análise dos valores dos Cruzamentos ....................................................
9 – 8 - 4 – h - Os Cruzamentos Através do Som............................................................
9 – 8 - 4 – i - Novas Avaliações dos Cruzamentos Usando o Som.................................
9 – 8 – 5 - Novo Modelo de Átomo ................................................................
9 – 8 - 5 – a - Considerações Gerais................................................................................
9 – 8 - 5 – b - O Átomo de Bohr.....................................................................................
9 – 8 - 5 – c - O Átomo Ondulatório de Schroedinger...................................................
9 – 8 - 5 – d - Considerações para o Novo Modelo.........................................................
9 – 8 - 5 – e - PROPOSTA de um Novo Modelo............................................................
9 – 8 - 5 – f - Avaliação: Novo Modelo e Tabela Periódica............................................
9 – 8 - 5 – g - Velocidade do Elétron..............................................................................
9 – 8 - 5 – h - Considerações Finais do Novo Modelo de Átomo...................................
10 - O HOMEM E SEU HABITAT............................................................................
10 – 1 – Considerações....................................................................................
10 – 2 – O Habitat...........................................................................................
10 – 3 – As Coincidências da Criação ou Evolução........................................
10 – 4 – A Origem do Homem........................................................................
10 – 5 – O Homem e a Morte.........................................................................
10 – 6 – O Trato da Casa e o Meio Ambiente.................................................
11 – RECADO AOS RELIGIOSOS ..........................................................................
12 – ESCLARECIMENTOS DO AUTOR .................................................................
13 - EVIDÊNCIAS, SUGESTÕES E PROPOSTAS ................................................
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UNIVERSO: FÍSICO, QUÍMICO OU DIVINO?
1 - INTRODUÇÃO
A maioria dos estudiosos do Universo e criadores de modelos de seu surgimento e de
sua evolução, são de formação Física. Muitos são materialistas e buscam modelos que possam
ser considerados como possíveis, através de formação e desenvolvimento absolutamente natural, sem nenhuma necessidade da existência de um Criador.
A principal oposição (ou questionamento) aos modelos criados pelos FísicoMatemáticos é feita pelas religiões. Como os religiosos têm formação Teológica e/ou Filosófica, creditam tudo a um possível Criador, que não tem nenhuma regra nem limite de ação,
cujas atitudes aleatórias só são compreendidas pelos seus “representantes”, que consideram
todos os demais homens como simples estranhos nesse Universo que “pertence a eles” e só
eles e Deus conhecem e entendem bem. E consideram impossível que qualquer homem de
ciência possa descobrir algo que eles não saibam, pois só eles conhecem e se comunicam com
Deus e sabem tudo que ele pensa e quer.
Entretanto, enquanto muitos cientistas levam sua vida inteira pesquisando, procurando
explicação para todos os fenômenos que envolvem nossa vida neste insignificante planetinha
do mísero sistema solar, seus oponentes religiosos criam uma redoma inquebrável em torno
dessa “insignificância universal” ser a morada de Deus e de nos ter criado a Sua imagem e
semelhança, sendo todo o resto do Universo simples coadjuvantes nossos.
Alguma evidência para isso? Não. Mas, mesmo assim, os religiosos dogmatizam isso
como uma verdade absoluta e criticam todos os que tenham alguma dúvida a respeito. Mas
nunca apresentam nenhuma evidência que indique que a verdade deles (?) tem alguma chance
(mesmo mínima) de ser realmente verdadeira.
Devo comunicar logo de início que minha formação é química, razão pela qual peço
desculpas a ambos os grupos já que, em princípio, ninguém de fora tem que se meter em brigas dos outros. Entretanto, após pensar muito sobre escrever ou não algo sobre o assunto, me
conscientizei que sou um constituinte do Universo como qualquer outro ser humano em todos
os tempos, logo, o Universo me interessa tanto quanto para qualquer outro.
De outro lado, Deus (se existe) não é propriedade de ninguém. Se ele criou tudo e todos, também criou a mim tanto quanto a qualquer outro, religioso ou não. Assim, a existência
ou não dele me interessa tanto quanto a qualquer um.
Aos Físicos, materialistas ou não, devo dizer que minha formação é Química, logo,
científica, e a pratiquei ao longo de minha vida, já não tão curta aos setenta e três anos de idade. E também que a Física e a Química têm uma longa estrada comum. Nossa formação tem
muito mais coisas em comum do que divergências. Além disso, o Universo é constituído de
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matéria e energia, seja lá o que forem ambos, e a Química estuda exatamente isso. Por essa
razão, e como sempre acreditei que em qualquer assunto, uma visão de fora pode ser salutar,
pois não se está concentrado nos erros sistemáticos que possam estar bloqueando os estudiosos do assunto, para considerações diferentes do foco que formaram a sua frente, e que o seguem obstinadamente em busca de seu entendimento. Assim, se o observador externo, não
intrinsecamente envolvido com o evento, tiver boa visão do assunto, pode talvez enxergar
coisas que o pessoal envolvido poderia deixar passar despercebido.
O assunto Universo sempre me fascinou por envolver uma busca interminável que é
sua origem, que envolve a possibilidade da existência ou não de um Criador, que eu procuro
desde que comecei a pensar e vou morrer procurando. Tenho visto inúmeras sugestões de início do Universo, com e sem a participação de um Criador. Como tudo em relação ao universo,
assim como em relação a existência ou não de um Criador, está sempre acoplado a uma boa
dose de subjetividade, e como eu respeito a opinião de qualquer ser humano, tanto quanto
respeito a minha própria, tenho que considerar todas elas como possíveis. É claro que algumas
são muito mais carregadas de subjetividade do que outras, mas como o subjetivo NÃO é
quantificável, nunca se sabe se o que estamos considerando subjetivo, se de fato o é ou não.
Na consideração do Universo como um todo, sob a ótica do macro e do micro, temos
que lidar com extremos, de um lado algo como a massa da Terra, da ordem de 6 x 1024 Kg e
de outro lado a massa de uma unidade de matéria, que é o elétron, cujo valor é de 9,1 x 10-31
Kg. Isso realmente parece criar uma subjetividade aos nossos neurônios. A primeira vista, a
impressão é de se tratar de dimensões inconciliáveis, e creio que isso realmente possa trazer
insegurança para alguns técnicos e cientistas.
Como expliquei no trabalho “O Espaço- Tempo e a Relatividade”, não sou muito chegado a colocar logo equações matemáticas em tudo. Prefiro primeiro alcançar uma imagem
bastante sólida a respeito do assunto pesquisado, para depois então tentar quantificar matematicamente o evento, que é uma recomendação de um dos mais respeitados cientistas do mundo, o Dr Steven Hawking.
Só resolvi escrever algo sobre o assunto, que escrevi no referido trabalho, depois de ter
me convencido do que era a filosofia do espaço-tempo e sua deformação, da inexistência do
tempo e sua criação dentro da própria estrutura do espaço-tempo, da impossibilidade da coexistência só presencial entre os tipos de matéria e radiação eletromagnética, e me detido numa
incoerência que me incomodou muito, que é saber que nunca vivemos nem vemos o presente.
Depois disso tudo, é que resolvi escreve–lo, apresentando ao final do mesmo, uma proposta
alternativa para o início de nosso Universo. Nele são usados apenas cálculos bastante simples
e objetivos, para mostrar como a comparação da evolução dos eventos com as distâncias percorridas rotacionalmente e/ou translacionalmente pela nossa habitação, a TERRA, pode ser
transferida para qualquer outro corpo celeste que se queira e se conheça algo dele.
Já no presente trabalho, sabendo que para os assuntos abordados os cálculos teriam
que ser mais profundos, como também vão ser usados conceitos de mudança de referenciais,
que são difíceis de aceitação imediata por qualquer ser humano, inclusive por mim, vou seguir
a sequência mais didática possível, para que nenhum conceito novo chegue abruptamente ao
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contexto sem sua prévia apresentação, e vou me restringir ao máximo às explicações das filosofias dos eventos tratados, procurando usar o mínimo possível de qualquer equação matemática.
Dentro do estudo do que se considera o Universo, dois pontos saltam aos nossos olhos
após o primeiro contato:
- o primeiro deles é que só conseguimos ver ondas de determinada faixa de comprimento de
onda; fora disso não passamos de cegos universais. Como todos os fótons que recebemos (alguns dos quais conseguimos ver), foram emitidos quando estávamos em posição sideral diferente daquela que estamos ocupando quando os recebemos, então observa-se que no desenrolar do universo ocorre um atraso (ou adiantamento???) sideral;
- o segundo está relacionado a eterna dualidade: onda x partícula. É verdade que existe uma
equação de Einstein que relaciona os dois parâmetros, mas parece que sua aceitação não é
uma unanimidade. De qualquer forma é preciso questionar profundamente a citada equação
para passarmos a adota-la incondicionalmente ou então rejeita-la.
Dessa forma, no presente trabalho, que faço como complementação ao anterior, que
chamei de O Espaço–Tempo e a Relatividade, vamos fazer algumas considerações sobre esses
dois grandes aspectos, um independentemente do outro. No final, poderemos ou não chegar a
alguma interligação entre eles.
Paralelamente, como não poderia me omitir, vou apresentar uma análise do comportamento dos cientistas e dos religiosos, como também do ser humano como um todo, seus
medos, suas crenças, sua fé e principalmente, seu comportamento.
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2-
OS MOTIVOS
Antes de escrever sobre qualquer coisa, considero importante explicar ao possível leitor, as razões que me levaram a escrever sobre aquele assunto. É claro que o assunto Universo, sua criação, sua evolução, seu possível fim, e outros detalhes com maior importância para
uns do que para outros, mas sempre importantes para todos, já que somos moradores temporários nele, e até hoje não existe um conhecimento satisfatório de tudo que envolve o desenrolar de nossas vidas, muito menos quem somos, o que estamos fazendo e para onde vamos
quando acabar nossa viagem neste planeta que habitamos e que seremos desembarcados dele
de uma hora para outra, sem aviso prévio nem razão específica para tal.
Esta curiosidade não é só minha; parece que todos os seres humanos a têm. Acredito
que a maioria das pessoas não se dedique a pensar profundamente sobre o assunto por alguns
motivos, dos quais o principal é o medo. O homem comum, normalmente tem medo de tudo
que lhe seja desconhecido. Na vida presente, com todo o mal reinante, guerras, maldades,
doenças, mortes violentas, estupros e morte de crianças, etc, ele já tem uma opinião formada e
a aceita, talvez por não ter opção alternativa ou então, porque a conhecendo, mesmo com todos os seus horrores, acredita que sabe como se portar perante ela. Entretanto, quando se trata
de desembarcar de nossa “nave espacial rotativa e translativa”, a grande maioria dos seres
humanos se apavora. Raríssimos homens creem que ao morrermos acaba tudo para nós e os
demais seguem a viagem. A esmagadora maioria dos homens acredita que temos algo não
material que se separa do corpo no ato da morte e esse sim, esse desembarca da viagem e vai
morar num paraíso. Curiosamente quando, por idade ou por doença, sente que está chegando
sua hora de desembarcar dessa viagem aparentemente “sem sentido” ou, pelo menos, se tem
algum sentido, não se sabe qual, aí o homem se apavora!
Ora, aqui já surge um questionamento ao comportamento do ser humano: se ele tem
certeza de que tem uma parte não material que pertence a Deus e que depois de se separar do
corpo material vai para o céu morar com Deus, porque ele fica com medo? Estranho, não!
Muitos seres humanos, que podem ser os mais inteligentes, mas também podem ser os
menos inteligentes e/ou mais medrosos, talvez por acharem muito complexo pensar sobre o
assunto, preferem “criar” sem nenhum amparo de nada, muito menos da razão e do bom senso, um “motivo divino” para estarmos aqui, criados a imagem e semelhança de um possível
Criador, Oni-tudo, de quem ele é um representante. Com isso, ele se torna um “dono da verdade absoluta” e rejeita qualquer alternativa possível ao seu modo de pensar.
Como acho essa forma de pensar uma covardia, passei grande parte de minha vida
procurando todas as coisas que considero importantes, tendo eu capacidade de compreendelas ou não.
Durante todo o desenrolar do trabalho, vamos tentar a compreensão de vários detalhes
que nos parecem, a primeira vista, sem explicação. Costumo pensar em cada assunto de meu
interesse, o mais profundamente que eu puder. E, se mesmo assim continuar não o compreen13
dendo, prefiro abandona-lo por algum tempo e depois tentar retomar a busca, sabendo nesse
caso, que posso não ter competência para entende-lo. Mas, me sinto na obrigação de tentar, e
não considerar como “incompreensível vontade de alguém que nem se sabe ao certo se existe
ou não!”
Essa forma de pensar da maioria das pessoas, as vezes me incomoda um pouco e me
faz refletir muito sobre o porque dela. Algumas vezes me vem a mente alguns possíveis motivos para as pessoas pensarem dessa forma e, cada vez que isso ocorre, aumenta minha convicção de que o homem realmente não quer pensar no assunto.
Entre perder tempo com bobagens como “procurar” a verdade, tentar descobrir se ela
existe ou não, a maioria prefere delegar a alguns que se dizem representantes do Criador, que
falam com ele e que sabem o que Ele pensa e quer, e receber destes durante uma reunião, geralmente semanal, o perdão pelos pecados cometidos na semana e, obviamente, licença para
cometer mais outros tantos até a próxima reunião religiosa, quando comprará o perdão para os
novos pecados.
Isso é uma forma “esperta” de viver; vive seu dia a dia cometendo tudo quanto é tipo
de erros, e em uma hora de reunião semanal e, geralmente, um pagamento adicional de dez
por cento, e está tudo zerado novamente. Com isso sobra mais tempo para ele viver sua vida
material com plenitude, logo, para que gastar tempo em procurar a verdade, ou Deus, ou lá o
que seja. Isso ele paga para que alguém faça por ele, e só precisa gastar uma ou duas horas por
semana para ir a um templo buscar a “verdade” de seu “procurador”, que se comunica com
Deus e retransmite Seu recado e Sua vontade.
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3-
O ATRASO SIDERAL
Em virtude da luz caminhar em linha reta enquanto todos os corpos celestes se deslocam translacionalmente ao longo do Universo, ao mesmo tempo em que giram em torno de
seu próprio eixo, qualquer fóton no Universo, chegará a determinado corpo receptor quando o
mesmo estiver em posição diferente daquela que ocupava no momento da emissão desse fóton
pelo agente emissor.
Como o deslocamento da luz (fóton) se passa sempre no momento em que foi emitido,
ou seja, com as características do conjunto de coordenadas possuídas no momento da emissão, já que na velocidade da luz o tempo não passa, e como todos os corpos celestes, por terem suas velocidades de deslocamento quantificadas em função de suas rotações em torno de
si mesmas, ou em relação ao quanto já caminharam em seus deslocamentos translacionais ao
longo do Universo, pode-se afirmar que o recebedor do fóton só o fará quando estiver fora de
sua posição rotacional e translacional do momento em que o emissor emitiu esse fóton. Essa
quantidade de rotação ou de translação dos corpos celestes, especialmente da nossa moradia, o
planeta Terra, executada enquanto o fóton percorre seu caminho desde sua emissão até sua
recepção, foi considerada pelo homem como uma unidade fundamental, chamando-a de Tempo. A confusão começa a partir do reconhecimento de que Todos os corpos celestes giram em
torno de seu próprio eixo e em torno de sua estrela central, mas o conceito de Tempo ficou
vinculado somente ao movimento da Terra.
Como para cada 300.000 Km percorrido pela luz, a Terra se desloca rotacionalmente
de 464 m e translacionalmente em 30.000 metros, este foi padronizado como unidade de
Tempo (segundo).
Por exemplo, se o observador está em um ponto da região equatorial da Terra e nesse
momento o Sol emite um fóton exatamente na sua direção, quando esse fóton atingir a Terra,
o observador estará rotacionalmente a 231,5 Km a frente, ao longo do perímetro da Terra, já
que o fóton leva 500 segundos para nos atingir, depois de sua emissão pelo Sol.
Já em relação ao Sistema Solar, nesse mesmo ponto de recebimento do fóton, o observador, estará distante translacionalmente em torno do Sol, de 14.860,2 Km a frente em relação a posição que estava quando o fóton foi emitido.
Mais complicada ainda fica a situação quando nos lembramos que os emissores de luz
também se deslocam rotacional e translacionalmente. Assim, os deslocamentos do Sol durante
esse evento foram de 1.000 Km rotacional e 109.780 Km translacionalmente.
Isto significa que no momento da recepção do fóton além do ponto da Terra estar deslocada em relação ao que ocupava no momento da emissão em 231,5 Km Rotacionais e
14.860 Km translacionais em relação ao Sol, também ele se deslocou, nas quantidades de
1.000 Km rotacionalmente e 109.780 Km translacionalmente.
15
Dessa forma, apenas durante a emissão de um fóton de um ponto do Sol até seu recebimento em determinado ponto da Terra, a situação do Universo se altera bastante. E, é claro,
durante todo o “tempo” que estivermos considerando, o Sol continuará emitindo fótons e,
cada um deles vai chegar a seus destinos depois que esse “destino”, ou “corpo receptor”, tiver
se deslocado rotacionalmente e translacionalmente em valores diferentes, mas com significado que pode ser desprezível para a grandiosidade do Universo como um todo, mas certamente
é algo de imenso significado para nossa humilde insignificância em relação ao todo.
É claro que só as pessoas que têm bom senso e equilíbrio, e que respeitam o direito de
pensar de si próprio e dos demais seres humanos, consideram as coisas dessa forma. A grande
maioria das pessoas, enclausurada em sua redoma de vaidade, com a certeza absoluta de que
ele é uma imagem e semelhança de um ser superior que criou tudo e também a ele próprio, e
por isso ele pensa de forma correta e quem pensa diferente dele é que está errado. E ele chega
a dizer que tem pena de quem pensa diferente dele, porque Não conhece a Verdade. Verdade
essa que é absoluta, sem nem um ponto ou vírgula a acrescentar, já que ele é divino, uma imagem e semelhança de quem criou tudo e todos.
Como se sabe, esses seres humanos são os chamados religiosos, e têm certeza que todos, fora eles, estão errados em tudo e nunca vão conseguir esclarecer nada em relação ao
Universo, já que tudo foi criado por Deus e só a eles Deus diz como foi que criou e o que espera que aconteça. Mas eles não esclarecem aos demais seres humanos o que eles sabem (?)
para acabar com a expectativa das pessoas e sua “perda de tempo” em procurar o que eles “já
sabem”.
Minha avaliação equidistante dos físicos materialistas e dos religiosos dogmáticos me
leva a concluir que nenhum deles sabe absolutamente nada, pois se soubessem de fato alguma
verdade e a escondessem a sete chaves dos demais seres humanos, não passariam de “monstruosos canalhas malignos” em atravancar o desenvolvimento dos demais seres humanos.
Por essa razão, parabenizo os físicos, materialistas ou não, que continuam buscando
conhecimento desse Universo que habitamos, tentando esclarecer tudo aquilo que hoje ainda
foge de nossa capacidade de compreensão e divulgando imediatamente tudo que descobrem,
para conhecimento de todos, a fim de dar mais subsídios aos demais que buscam a verdade, se
é que ela existe. Pelo menos, eles tentam.
Critico o papel que o poder religioso tem desempenhado ao longo de tantos milhares
de translações da Terra em torno do Sol, perseguindo, criticando, ofendendo, e até mesmo, em
tempos “felizmente passados”, condenando-os a serem mortos na fogueira para pagarem seus
“pecados” de tentarem descobrir os “mistérios de Deus”.
Felizmente os tempos nebulosos, de ferocidade irracional de homens contra homens
por buscarem evidências da existência de um Pai verdadeiro, em troca de uma mercadoria de
“infinita bondade que perdoa tudo e todos” que lhes era oferecido pelos “donos de Deus e da
verdade absoluta”, já não têm mais sentido nos dias “menos cinzentos” que estamos vivendo
nesses últimos dois séculos.
16
Dessa forma, como hoje se pode perguntar abertamente qualquer questão que nos atormente, e esperar que alguém saiba e possa responder a essas questões com esclarecimentos
e não com fogueiras, vou continuar seguindo meu raciocínio e mostrar os vários aspectos do
conhecimento atual que não conseguem se coadunar e formar uma imagem com razoável bom
senso e sensibilidade para explicar isso tudo, ou seja, como começou e onde vai chegar isso
que chamamos Universo, e que papel nós representamos aqui.
Aproveitando o conceito de atraso sideral, que já tinha aventado de forma rápida no
trabalho “O Espaço-Tempo e a Relatividade”, a seguir vamos fazer uma panorâmica sobre o
minúsculo sistema em que vivemos, o sistema solar. Constituído por uma estrela de quinta
grandeza, o Sol, e circundado por nove planetas, um dos quais o que habitamos, a Terra, cujos
movimentos foram padronizados pelos seres humanos como referência para o entendimento
de tudo o mais que existe no Universo.
3–1-
Algumas Comparações
A seguir vamos fazer algumas comparações que nos mostrem o atraso sideral em que
vivemos. Serão usadas as tabelas com os valores dos raios orbitais dos planetas do Sistema
Solar.
Assim, em todas as tabelas sequenciadas adiante, serão mostrados sempre na mesma sequência as colunas:
- nome dos planetas
- raios orbitais médios (distância ao Sol)
- “tempo considerado”
- deslocamento rotacional
- deslocamento translacional
Na coluna “tempo considerado” está sendo colocado o valor do “Tempo Terrestre” em
segundos de forma progressiva para nos mostrar os efeitos dos deslocamentos sucessivos.
Assim, vamos iniciar mostrando ao leitor com 1 segundo e mostrar o que ocorreu no
sistema solar (deslocamentos rotacionais e translacionais dos planetas) 1 segundo após a emissão de um fóton pelo Sol. É evidente que com o tempo de um segundo, os valores dos
deslocamentos são os de suas velocidades rotacional e translacional.
Nesse estágio, não vamos considerar o deslocamento do SOL, tendo em vista que seu
movimento ARRASTA todo o sistema solar no mesmo sentido, de modo que seu movimento
apresenta uma correção ÚNICA em relação ao momento da emissão.
17
3 – 1 – 1- Assim, primeiramente vamos considerar que em determinado momento, um ponto
do Sol está em determinada posição, assim como cada planeta tem em sua superfície, um observador, e vamos considerar que nesse instante o Sol emita luz em todas as direções. No citado quadro mostrado a seguir, vamos avaliar a posição de cada um desses pontos após cada
fóton percorrer 300.000 Km, equivalente a 1 segundo terrestre.
Distância média
ao Sol (km)
Tempo Gasto pelo Deslocamento
Fóton no Percurso s Rotacional Km
Deslocamento
Translacional Km
Mercúrio
57.910.000
1
0,003025
47,87
Venus
108.200.000
1
0,0009055
35,02
Terra
149.600.000
1
0,464
29,78
Marte
227.940.000
1
0,241
24,08
Júpiter
778.330.000
1
12,56
13,07
Saturno
1.429.400.000
1
10,26
9,64
Urano
2.870.990.000
1
3,65
6,81
Netuno
4.504.300.000
1
2,68
5,48
Plutão
5.913.520.000
1
0,013
4,67
Planeta
ATRASO SIDERAL de ROTAÇÃO e TRANSLAÇÃO APÓS 1 s
em Km
0,003
0,001
0,464
0,241
12,56
10,26
3,65
2,68
0,013
47,87
6
35
11
30
15
24,1
23
13,1
78
9,65
143
6,81
287
5,5
450
4,67
590
1000000
100000
10000
1000
100
10
1
0,1
0,01
0,001
0,001
0,01
M
V
0,1
TT
M
J
1
S
U
N
P Milhares
A figura mostra o deslocamento ROTACIONAL (vermelho) E TRANSLACIONAL
(preto) de todos os planetas do Sistema Solar, um segundo após a emissão do fóton pelo Sol.
A escala é log e foi mantido o mesmo intervalo usado no gráfico comum a ser apresentado após terem sido mostrados os outros três intervalos, para efeito de comparação mais nítida.
18
3 – 1 – 2- Agora vamos fazer a mesma avaliação, só que no momento em que um fóton atingiu a superfície de Mercúrio, o primeiro planeta. Isto ocorre após o fóton percorrer a distância
que separa o Sol da superfície desse planeta, no valor de 57.910.000 Km.
Planeta
Distância média
ao Sol (km)
Tempo Gasto pelo Deslocamento
Deslocamento
Fóton no Percurso s Rotacional Km Translacional Km
Mercúrio
57.910.000
193,033
0,584
9.240
Venus
108.200.000
193,033
0,1747
6.760
Terra
149.600.000
193,033
89,57
5.748
Marte
227.940.000
193,033
46,5
4.648
Júpiter
778.330.000
193,033
2.424,5
2.523
Saturno
1.429.400.000
193,033
1980,5
1.861
Urano
2.870.990.000
193,033
704,6
1.314
Netuno
4.504.300.000
193,033
517,0
1.058
Plutão
5.913.520.000
193,033
2,533
901
3 – 1 - 3 - Agora vamos fazer a mesma avaliação, só que no momento em que um fóton atingiu a superfície de Terra, o nosso planeta.
Planeta
Deslocamento Deslocamento
Distância média ao Tempo Gasto pelo
Fóton no Percurso s Rotacional Km Translacional Km
Sol (km)
Mercúrio
57.910.000
498,67
1,5
23.871
Venus
108.200.000
498,67
0,451
17.464
Terra
149.600.000
498,67
231,4
14.850
Marte
227.940.000
498,67
120,0
12.008
Júpiter
778.330.000
498,67
6.263
6.518
Saturno
1.429.400.000
498,67
5.116
4.807
Urano
2.870.990.000
498,67
1.820
3.396
Netuno
4.504.300.000
498,67
1.336
2.733
Plutão
5.913.520.000
498,67
6,544
2.329
19
3 – 1 – 4Agora vamos observar as posições do sistema solar quando o último fóton chegou a seu destino: Plutão. É claro que enquanto os fótons estão caminhando ao longo do sistema solar, sempre no tempo correspondente ao de sua emissão, todos os corpos estão se movimentando rotacional e translacionalmente.
Planeta
Distância média Tempo Gasto
pelo Fóton no
ao Sol (km)
Percurso
Deslocamento
Rotacional Km
Deslocamento
Translacional Km
Mercúrio
57.910.000
19.711,733
59,63
943.601
Venus
108.200.000
19.711,733
17,85
690.305
Terra
149.600.000
19.711,733
9.146
587.015
Marte
227.940.000
19.711,733
4.750
474.658
Júpiter
778.330.000
19.711,733
247.579
257.632
Saturno
1.429.400.000
19.711,733
202.242
190.021
Urano
2.870.990.000
19.711,733
71.948
134.237
Netuno
4.504.300.000
19.711,733
52.827
108.020
Plutão
5.913.520.000
19.711,733
258,7
92.054
3–2-
Avaliação das Comparações
Os quadros mostrados anteriormente nos permitem fazer algumas observações em relação ao ATRASO SIDERAL em que somos participantes ativos. Neles, só foram colocados
os tempos percorridos de:
- 1 segundo,
- o tempo para atingir o primeiro planeta (Mercúrio),
- o tempo para nos atingir (Terra) usado como padrão Universal pelo homem e
- o tempo para atingir Plutão, o último planeta do sistema solar.
20
Em cada um dos tempos considerados, são mostrados os deslocamentos rotacional e
translacional de todos os planetas do sistema, sempre em relação ao Sol, o emissor dos fótons.
O que se pode concluir é que, mesmo considerando o deslocamento da luz (dos fótons)
como independente de tempo, é fácil entender o quanto os corpos celestes mudam de posição
em relação às recepções dos fótons enviados por um emissor em determinado momento.
Pode-se observar que quando o fóton emitido pelo Sol percorreu 300.000 Km, que
corresponde ao tempo de 1 segundo terrestre, as posições de todos os planetas já se modificou
em relação ao emissor, apesar desse deslocamento ser pequeno. Já ao atingir o primeiro planeta do sistema (Mercúrio), os deslocamentos já começam a ser significativos.
Quando o fóton nos atinge, na nossa insignificante moradia que o homem usa como
referência para quantificar tudo no Universo, já se passaram quase 500 segundos, correspondentes a nosso deslocamento de 231 Km de rotação e 15 mil Km de translação, enquanto o
mais lento e mais distante, Plutão, já se deslocou mais de 2 mil Km.
Ao atingir Plutão, o último do sistema solar, este por ser o mais lento, se deslocou 92
mil Km, enquanto o primeiro deles, Mercúrio, já se deslocou quase 1 milhão de Km. E nós,
padrão universal, já rodamos um quarto da nossa rotação completa e nos deslocamos em quase 600 mil Km; como o diâmetro da Terra é de 12 mil Km, o mesmo já está 50 vezes adiante.
Só para lembrar, enquanto o fóton chega a Plutão e houve esses deslocamentos incríveis em relação ao Sol, não podemos esquecer que o Sol também se deslocou no espaço sideral e o valor de seu deslocamento translacional foi de “apenas” 4 milhões e trezentos mil Km
(220 Km/s) e 40 mil Km rotacionalmente.
Evidentemente, este valor tem que ser acrescido a todos os planetas de nosso sistema,
já que o Sol os arrasta concomitantemente ao seu deslocamento. Isto leva o nosso (Terra) deslocamento, que é de quase 600 mil Km em relação ao sol, ser acrescido desses mais de quatro
milhões de Km quando nos referirmos a nosso deslocamento em relação a outro ponto fixo do
Universo, como por exemplo, em relação ao centro de nossa galáxia.
Uma observação que me parece bastante significativa é que a velocidade de deslocamento translacional dos planetas do sistema solar diminui a medida que o planeta está mais
distante do Sol, enquanto as rotações Não seguem nenhuma regra, tendo distribuição caótica.
Para finalizar o conjunto de comparações, segue um gráfico completo, com todos os
atrasos observados (1, 193, 498 e 19.711 s) tanto de TRANSLAÇÃO quanto de ROTAÇÃO, tudo junto. A nomenclatura e coloração seguirá o seguinte esquema:
- da primeira a quarta linha corresponde aos atrasos ROTACIONAIS e as linhas serão pontilhadas nas cores dos números representativos;
- da quinta a oitava linha correspondem aos atrasos TRANSLACIONAIS, com linhas cheias e
também mantendo as cores dos números correspondentes;
- a nona linha que representa a abcissa, corresponde as distâncias de cada planeta ao sol.
21
ATRASO SIDERAL TOTAL DO SISTEMA SOLAR: ROTAÇÃO e TRANSLAÇÃO
APÓS 19.711,733 s - TEMPO DO FÓTON IR DO SOL A PLUTÃO
0,003
0,001
0,464
0,241
12,56
10,26
3,65
2,68
0,013
0,584
0,17
89,6
46,5
2424,5
1980,5
704,6
517
2,55
1,5
0,451
231,4
120
6263
5116
1820
1336
6,55
59,6
17,9
9146
4750
247580
202242
71948
52827
258,7
47,87
35
30
24,1
13,1
9,65
6,81
5,5
4,67
9240
6760
5748
4648
2523
1861
1314
1058
901
23871
17464
14850
12008
6518
4807
3396
2733
2329
943600
6
690305
11
587015
15
474658
23
257632
78
190021
143
134237
287
108020
450
92054
590
1000000
100000
10000
1000
100
10
1
0,1
0,01
0,001
0,005
M
0,05
V T
M
0,5
J
S
U
N P
Deslocamento ROTACIONAL após 1 s Azul Escuro Linha tracejada marcador redondo
Deslocamento ROTACIONAL após chegar a Mercúrio roxo Linha tracejada marcador redondo
Deslocamento ROTACIONAL após chegar a Terra Laranja Linha tracejada marcador redondo
Deslocamento ROTACIONAL após chegar a Plutão preto tracejado marcador redondo
Deslocamento TRANSLACIONAL após 1 s vermelho linha cheia marcador quadrado
Deslocamento TRANSLACIONAL após chegar a Mercúrio verde oliva cheia marcador quadrado
Deslocamento TRANSLACIONAL após chegar a Terra azul escuro linha cheia marcador quadrado
Deslocamento TRANSLACIONAL após chegar a Plutão Verde agua cheia marcador quadrado
22
3 – 3–
Efeitos do Atraso Sideral
É evidente que esse assunto é de extrema importância para nós que vivemos na Terra,
sabermos que tudo que existe no Universo tem deslocamentos rotacional e translacional, e que
mesmo a luz, que se desloca a velocidade de 300.000 Km durante o intervalo em que um ponto da superfície da Terra se desloca rotacionalmente no valor de 464 metros, convencionado
pelo homem a ser considerado como unidade de “tempo”.
A grande questão que esse atraso vai implicar, vai ser discutida com mais intensidade
mais a frente, depois de avaliarmos o que é matéria e o que é onda, e sua possível inter relação.
Uma questão que já fica formulada para ser discutida mais a frente é em relação a nossa existência na Terra. A esmagadora maioria das pessoas, todos religiosos, tem absoluta certeza de que após nossa morte material, sobreviverá algo não material, que tem vida eterna.
Como nosso corpo material, feito basicamente de matéria orgânica, vai ser decomposto ou
cremado, sendo assim transformado em uma forma de energia chamada calor, sendo emitido
para o Universo em forma de entropia, satisfazendo os princípios da termodinâmica. A isto,
considero nosso desembarque de nossa forma material dessa viagem (eterna?) do nosso planeta ao longo do Universo.
Entretanto, raros homens acreditam que tudo se acaba quando morremos, que são os
materialistas. Quase todos os demais seres humanos acreditam que temos um componente em
nossa constituição que não é matéria, e que ela é que permite a vida da forma como é, em nós,
com nossos corpos materiais. Segundo eles, religiosos de todas as facções religiosas existentes, a essa parte não material que nos compõe, chamam de alma, espírito, espectro, ou lá o que
seja, de acordo com a facção referida.
Quase todos consideram que essa parte não material nossa, é uma forma de energia,
muitos conceituando que nós (não materiais) somos uma forma de energia chamada de luz,
considerando-a uma centelha divina. E é essa centelha que, depois que morrermos e “ela se
separar do nosso corpo” vai direto para o chamado céu, ou paraíso, ou ainda, a morada de
Deus.
A questão que ora levanto, não tem nada a ver com todos esses conceitos emitidos e
defendidos pela maioria dos homens. Na verdade meu questionamento é sobre a viagem que
vamos ter que fazer, em forma não material, depois que sairmos do nosso corpo.
Em primeiro lugar, sendo uma forma de energia (luz), seu deslocamento pelo espaço
sideral até chegar ao céu, terá que ser limitado a velocidade da luz, que é determinada como
300.000 Km por segundo.
Em segundo lugar, onde fica o céu? Não tem nenhum sentido nem lógica racional que
ele seja fora do Universo. Assim, o céu sendo dentro do Universo, nossa alma vai ter que se
deslocar até lá. Mesmo considerando que o céu seja no centro de nossa própria galáxia (a via
23
Láctea), para coloca-lo no local mais próximo e ilógico, mesmo assim, essa viagem do sistema solar para lá, que dista aproximadamente 2,5 x 1020 m, que equivale a 26.000 anos-luz (o
ano-luz é a distância que a luz percorre durante um ano terrestre) levará aproximadamente
26.000 anos terrestres até chegarmos lá.
Assim, se formos formados de uma mistura de matéria e luz, ao nos separarmos no ato
da morte e sair daqui, levaremos vinte e seis mil anos para chegar ao céu, se o mesmo for no
centro de nossa galáxia, que é uma insignificância perante o Universo como um todo. Por
curiosidade, o tempo que se vai levar para chegar a esse céu tão pertinho, permitirá que a Terra, nossa moradia, execute vinte e seis mil translações em torno do sol e gire em torno de seu
próprio eixo nove milhões e quatrocentos e noventa mil vezes.
Se nossa parte constituinte não material for feita de luz ou outra forma de radiação
eletromagnética, parece que o céu não nos é acessível, mesmo considerando-o no centro de
NOSSA GALÁXIA, o que é no mínimo, presunção demais. Claro que se ele existe, deve se
situar nas proximidades do CENTRO DO UNIVERSO, posição em que ficaria equidistante
de todo o restante do Universo, habitado ou não.
Só como curiosidade, se o centro de nossa galáxia, uma mísera entre milhões ou bilhões delas, nos obriga a viajar 26 mil anos até atingi-lo, qualquer cálculo, por mais sub estimado que seja, para o caso do Céu ser no centro do Universo, nos obrigaria a viajar durante a
execução de alguns bilhões (ou trilhões) ou mais, de translações terrestres em torno do Sol,
até chegarmos até ele. Os números são assustadores e nos faz ficar “deprimidos” pois violam
nosso conceito já consolidado de que acabamos de morrer “nosso espírito é recebido no paraíso”.
Claro que se existe tudo que foi citado, o bom senso diz que deve ter algo errado. Entretanto, é bom lembrar aos religiosos que, se considerarem que Deus nos faz viajar muito
mais rápido e que se cubra a distância em tempo bastante reduzido (ou mesmo insignificante,
mesmo em relação a nós e nossa insignificância), mas temos que lembrar que a Terra, o Sol, e
todos os demais corpos que existem no Universo continuam se deslocando nos sentidos rotacional e translacional eternamente, e nas velocidades determinadas pela ciência.
Assim, mesmo na vida espectral (se existir), considerando-se que nela NÃO existe
tempo, tem que ser levada em conta que a sequência da vida material segue seu curso, em
função da rotação dos corpos celestes em torno de seus eixos e ao longo de suas órbitas, independentemente do Céu e de quem esteja em seu caminho para lá.
24
4-
OUTRAS COMPARAÇÕES NO SISTEMA SOLAR
Muitas observações podem ser feitas nos quadros (tabelas) do capítulo anterior. A
principal delas já se analisou com detalhes, que é a visível defasagem nos recebimentos pelos
planetas, dos fótons emitidos simultaneamente pelo Sol. Em princípio, isto é absolutamente
lógico, pois como a velocidade da luz é constante, fica claro que quanto maior a distância do
emissor ao receptor, maior será o “tempo” gasto no percurso do fóton, gerando consequentemente o atraso no recebimento do mesmo.
Este detalhe foi avaliado com razoável profundidade no capítulo anterior. Entretanto,
muitas outras observações podem ser feitas, além de podermos tentar algumas correlações
entre os valores envolvidos.
4 - -1 - Novos Valores para Avaliação
Para avaliação de relações, além dos valores constantes das tabelas anteriores, vamos
utilizar os valores catalogados na tabela a seguir. Os valores de muitas das colunas, como
DISTÂNCIA DO SOL, DIÂMETRO, MASSA, VELOCIDADE TRANSLACIONAL,
GRAVIDADE DOS PLANETAS e outros, são dados colhidos na literatura. Já outras colunas
foram calculadas através dos dados disponíveis, sendo:
- Energia de Atração Gravitacional pela equação de Newton: Eg = - G x m1 x m2 / d
- Energia Cinética de Translação pela equação clássica: Ec = ½ x m1 x v2
e
onde:
- Eg é a energia de atração gravitacional entre o Sol e o Planeta considerado em J;
- Ec é a energia cinética de Translação do Planeta considerado em J;
- G é a Constante Gravitacional, igual a 6,67384 x 10-11 m3/Kg.s2
- m1 é a massa do Sol, igual a 2 x 1030 Kg
- m2 é a massa do planeta considerado, em Kg;
- v é a velocidade translacional do planeta considerado, em m/s;
- d é a distância do Sol ao planeta considerado, em m;
25
Os valores obtidos estão colocados no quadro a seguir, juntamente com valores de
características já conhecidas e obtidas na literatura.
Veloc transl Atr grav En Cinética PeríodoTransl
Planeta Dist ao Sol Diametro Massa
10
6
22
m x 10
m x 10 Kg x 10 m/s x 103 J x 1030 J x 1030
s x 106
Mercúrio 5,791
4,88
33
47,87
76,1
37,8
7,6
Venus
10,82
12,1
486,8
35,02
6.005
2.985
19,4
Terra
14,96
12,8
597,4
29,78
5.326
2.650
31,56
Marte
22,79
6,8
64,2
24,08
376
186
59,35
Júpiter
77,83
143
189.900
13,07
325.329
162.000
374,25
Saturno
142,9
120,5
56.880
9,64
53.060
26.400
917,57
Urano
287,1
51,1
8.681
6,81
4.048
2.013
2.661,04
Netuno
450,4
49,6
10.240
5,48
3.018
1.540
5.200,00
Plutão
591,4
2,3
1,3
4,67
13,6
6,5
7.828.989,5
A seguir, coloca-se novamente o mesmo quadro com novos parâmetros para avaliação.
Planeta
Área
PeríodoRot Veloc Rot PerímTransl Nº Diâmet Densidade Gravidade
2
12
m x 10 s x 104
m/s
m x 1011 em 1 Transl g/cm3
m/s2
Mercúrio
74,8
506,74
3,02
3,64
74.566
5,427
3,7
Venus
460
2.099,7
0,91
6,8
112.344
5,243
8,87
Terra
510
8,64
464
9,4
73.685
5,515
9,78
Marte
144,8
8,85
241
14,3
210.393
3,934
3,69
Júpiter
62.180
3,58
12.560
48,9
34.210
1,326
24,8
Saturno
43.800
3,69
10.260
89,6
74.371
0,687
10,44
Urano
8.115
4,4
3.650
181,2
354.507
1,27
8,69
Netuno
7.650
5,8
2.680
283,0
570.890
1,64
11,0
Plutão
16,5
55,2
13
370,0
16.045.100 2,03
0,658
26
Uma observação importante e que parece óbvia, que já havia sido obtida nos quadros
do item anterior é que, como a distância dos planetas ao Sol aumenta na ordem sequencial
com que estão listados, forma que se mantém nos quadros atuais, é a de que a quantidade de
deslocamento translacional, ou seja, sua velocidade translacional, diminui a medida que os
planetas se afastam do Sol.
Em princípio parece bastante natural que se esperasse isso, já que a diminuição da
velocidade translacional com a distância ao Sol, é aparentemente fácil de ser explicada, tendo
em vista que a atração gravitacional que o Sol exerce sobre o corpo é que equilibra a força
centrífuga, que tende a solta-lo de sua órbita. Como a força gravitacional é inversamente proporcional ao quadrado da distância, ela será tanto menor quanto mais distante o corpo estiver,
o que torna razoável esperar que a energia cinética de translação também seja menor. Entretanto, como ambas as equações (da atração gravitacional e da energia cinética de translação)
levam em conta as massas dos corpos, e como a distribuição dos corpos pela massa ao se afastarem do Sol NÃO segue nenhuma regra, sendo absolutamente caótico, também se obtém
resultados caóticos para ambos os parâmetros.
Na complementação da análise do quadro acima, vamos tratar apenas da observação
que a Energia Gravitacional calculada pela equação de Newton: E = - G x m1 x m2 / d apresenta sempre como resultado, o dobro do valor obtido para a Energia Cinética de Translação
obtida pela equação clássica: Ec = ½ x m x v2.
Como o Universo vive em equilíbrio, deve-se esperar que todas as forças atuantes sejam contrabalançadas, para evitar a degeneração do mesmo. Assim, como a energia de atração
entre o Sol e o Planeta considerado tem determinado valor, claro que a metade deste valor
pode ser associada a cada um dos componentes do par envolvido na atração considerada.
Assim sendo, a atração gravitacional entre cada par Sol-Planeta, terá a metade de seu
valor como sendo a energia com que o SOL atrai aquele planeta. E este é exatamente o valor
obtido para a energia cinética de cada um dos planetas, indicando um balanceamento equilibrado entre a atração exercida pelo Astro sobre o Planeta, e a força “centrífuga”, que tende a
solta-lo de sua órbita.
Outra observação a ser feita é quanto ao período de Translação, que cresce na medida
em que o planeta se afasta do Sol. Este resultado é absolutamente coerente e esperado, já que
a Velocidade Translacional DIMINUI com o afastamento dos planetas ao mesmo tempo em
que a distância desse afastamento AUMENTA. Como o período de translação é a relação entre o espaço percorrido (crescente) e a velocidade de deslocamento translacional (decrescente), gera um tempo cada vez maior. Já em relação ao Período de Rotação, a situação é o oposto: a distribuição é absolutamente caótica.
Para uma visão conjunta que permita uma avaliação mais consistente, a seguir vamos
apresentar tudo isso em forma gráfica.
27
4 – 2 - Avaliação Gráfica do Sistema Solar
O gráfico a seguir mostra as variações de todos os parâmetros discriminados no quadro abaixo. Para facilitar a avaliação serão usadas as mesmas cores nos números na tabela e
na sua curva no gráfico, que foi feito na escala abrangendo os valores reais, os quais são indicados no quadro, cujos valores seguem os quadros de origem, logo acima.
1 Diâmetro m * 10e7
0,488
1,21
1,28
0,68
2 Massa Kg * 10e22
33
487
598
64
47870
35020
29780 24100 13100
4 Atra Grav J * 10e30
76,1
6005
5326
5 Em Cin J * 10e30
37,8
2985
6 PeriodoTrans s*10e6
7,6
7 Área m2 * 10e12
8 Período Rot s *10e4
3 VelocTrans m/s
4,96
0,23
10240
60
6800
5500
4700
376
325329 53060 4048
3018
13,6
2650
186
162000 26400 2013
1540
6,5
19,4
31,6
59,4
374,2
917,6
2661
5200
7828990
74,8
460
510
145
62180
43800 8115
7650
16,5
506,7
2100
8,6
8,8
3,6
5,8
55,2
3,03
9 Veloc Rot m/s
0,91
464
241
14,3
12,1
5,11
189900 56880 8681
12560
9600
3,7
4,4
10260 3650
2680
13,1
10 PerímTransl m*10e11
3,6
6,8
9,4
14,3
48,9
89,6
181,2
283
370
11 Nº D 1 Transl * 10e3
74,6
112,3
73,7
210,4
34,2
74,4
354,5
570,9
16045,1
3,7
8,87
9,78
3,69
24,8
10,44
8,69
11
0,66
5,427
5,243
5,515 3,934
1,326
0,687
1,27
1,64
2,03
6
11
78
143
287
450
590
12 Gravidade
13 Desnsidade
m/s
2
g/cm
Dist Sol m*10e10
3
15
23
28
M
V
T
M
J
S
U
N P
29
Devido ao acúmulo de curvas e de cores, e devido a ordem no Gráfico Não seguir a
relação acima, necessária para fornecer os dados para a confecção do mesmo, a seguir é apresentada uma sequência com os parâmetros de Cima para Baixo, com indicação do Parâmetro
referido, a cor e estilo da linha e a cor e tipo do marcador.
Primeira = Nº 4: Atração Gravitacional – Linha Preta Cheia e Marcador Preto Redondo Cheio.
Segunda = Nº 5: Energia Cinética Translacional – Linha Vermelha Pontilhada e Marcador
Vermelho Cruz.
Terceira = Nº 2: Massa – Linha Preta Tracejada e Marcador Preto Triangular.
Quarta = Nº 7: Área – Linha Verde Cheia e Marcador Verde Redondo.
Quinta = Nº 10: Perímetro de Translação – Linha Preta Cheia e Marcador Preto Quadrado.
Sexta = Nº 6: Período de Translação – Linha Preta Tracejada e Marcador Vermelho Redondo.
Sétima = Nº 1: Diâmetro – Linha Cinza Cheia e Marcador Cinza e preto.
Oitava = Nº 8: Período de Rotação – Linha Azul Cheia e Marcador Azul Cheio Quadrado
Nona = Nº 11: Número de Diâmetros em 1 Translação – Linha Roxa Tracejada e Marcador
Vermelho com Preto no Enchimento.
Décima = Nº 3: Velocidade de Translação – Linha Vermelha Cheia e Marcador Vermelho
Redondo Cheio.
Décima Primeira = Nº 9: Velocidade de Rotação – Linha Verde Cheia e Marcador Preto Losango Cheio.
Décima Segunda = Nº 12: Gravidade – Linha Preta Cheia e Marcador Preto Triângulo Cheio.
Décima Terceira = Nº 13: Densidade – Linha Cinza Cheia e Marcador Cinza Quadrada Cheia.
30
4–3-
AS Relações Crescentes Obtidas das Tabelas
Como os valores de alguns parâmetros determinados para os diversos planetas estão
distribuídos na sequência de sua ordem de afastamento do Sol de forma absolutamente aleatória, vamos agora repetir o quadro, colocando em cada coluna, os nomes dos Planetas na ordem CRESCENTE de suas características. As características são:
A - Distância ao Sol
1 - Diâmetro
2 - Massa
3 - Velocidade de Translação
4 - Atração Gravitacional pelo Sol
5 - Energia Cinética de Translação
6 - Período de Translação
7 - Área
8 - Período de Rotação
9 - Velocidade de Rotação
10 - Perímetro de Translação
11 - Número de Diâmetros em uma Translação
12 - Densidade Média
13 - Gravidade
Para facilitar a observação e para manuseio posterior, as células de cada coluna, juntamente com o valor “crescente” do parâmetro determinado, conterá também o nome do planeta que apresenta aquele valor.
Como se trata de um total de 14 colunas, fica impossível transcrever tudo em uma só
tabela. Por essa razão, serão colocadas duas tabelas a seguir, cada uma delas com a sequência
dos planetas pela distância ao Sol, seguido das características em cada um.
31
Distância
ao Sol
m x1010
Diâmetro Massa
m x 106 Kg x1022
Veloc de Atração
Translação Gravitac
m/s x103 J x 1030
Energia
Cinética
J x 1030
Período de Densidade
Translação g/cm3
s x 106
Mercúrio
5,791
Plutão
2,3
Plutão
4,67
Plutão
13,6
Plutão
6,5
Mercúrio
7,6
Saturno
0,687
Venus
10,82
Mercúrio Plutão
4,88
60
Netuno
5,48
Mercúrio
76,1
Mercúrio
37,8
Vênus
19,4
Urano
1,27
Terra
14,96
Marte
6,8
Marte
64,2
Urano
6,81
Marte
376
Marte
186
Terra
31,56
Júpiter
1,326
Marte
22,79
Vênus
12,1
Vênus
486,8
Saturno
9,64
Netuno
3018
Netuno
1.540
Marte
59,35
Netuno
1,64
Júpiter
77,83
Terra
12,8
Terra
597,4
Júpiter
13,07
Urano
4048
Urano
2.013
Júpiter
374,25
Plutão
2,03
Saturno
142,9
Netuno
49,6
Urano
8681
Marte
24,08
Terra
5326
Terra
2.650
Saturno
917,57
Marte
3,934
Urano
287,1
Urano
51,1
Netuno
10.240
Terra
29,78
Vênus
6005
Vênus
2.985
Urano
2661
Vênus
5,243
Netuno
450,4
Saturno
120,5
Saturno
56.880
Vênus
35,02
Saturno
53060
Saturno
26.400
Netuno
5200
Mercúrio
5,427
Plutão
591,4
Júpiter
143
Júpiter
189.900
Mercúrio
47,87
Júpiter
325329
Júpiter
162.000
Plutão
7828990
Terra
5,515
Mercúrio
3,3
32
Distância
ao Sol
m x1010
Área
Período de Velocidade Nº Diâme2
12
Rotação
Rotação
tros em 1
m x10
4
Transl x103
s x10
m/s
Perímetro Gravidade
Translação m/s2
m x 1011
Mercúrio
5,791
Plutão
16,5
Mercúrio
3,64
Venus
10,82
Júpiter
3,58
Vênus
0,91
Júpiter
34,21
Plutão
0,66
Mercúrio Saturno
74,8
3,69
Mercúrio
3,02
Terra 73,68 Venus
6,8
Marte
3,69
Terra
14,96
Marte
144,8
Urano
4,4
Plutão
13,1
Saturno
74,37
Terra
9,4
Mercúrio
3,7
Marte
22,79
Vênus
460
Netuno
5,8
Marte
241
Mercúrio
74,57
Marte
14,3
Urano
8,69
Júpiter
77,83
Terra
510
Terra
8,64
Terra
464
Vênus
112,34
Júpiter
48,9
Vênus
8,87
Saturno
142,9
Netuno
7.650
Marte
8,85
Netuno
2680
Marte
210,39
Saturno
89,6
Terra
9,78
Urano
287,1
Urano
8115
Plutão
55,2
Urano
3650
Urano
354,51
Urano
181,2
Saturno
10,44
Netuno
450,4
Saturno
43.800
Mercúrio
506,7
Saturno
10260
Netuno
570,89
Netuno
283,0
Netuno
11,0
Plutão
591,4
Júpiter
62.180
Vênus
2100
Júpiter
12560
Plutão
16045,1
Plutão
370,0
Júpiter
24,8
Os quadros acima permitem um sem número de observações interessantes. Não tem
sentido obter gráficos com os dados em ordem crescente de valores das diversas características, pois a abcissa não teria nenhuma sequência racional.
Para uma visão global dessas distribuições, vamos numerar os planetas e apresentar as
sequências seguidas pelos mesmos quanto às diversas características.
Assim, vamos chamar a sequência numérica de 1 a 9 os planetas na ordem de afastamento do Sol:
33
Mercúrio(1), Vênus(2), Terra(3), Marte(4), Júpiter(5), Saturno(6), Urano(7), Netuno(8) e Plutão(9).
Com essa numeração, vamos dar uma observada na sequência das demais características associadas aos mesmos quanto a:
A) Afastamento do Sol;
1,2,3,4,5,6,7,8,9
1- Diâmetro
9,1,4,2,3,8,7,6,5
2- Massa;
1,9,4,2,3,7,8,6,5
3- Velocidade de Translação;
9,8,7,6,5,4,3,2,1
4- Energia Gravitacional;
9,1,4,8,7,3,2,6,5
5- Energia Cinética de Translação;
9,1,4,8,7,3,2,6,5
6- Período de Translação;
1,2,3,4,5,6,7,8,9
7- Área;
9,1,4,2,3,8,7,6,5
8- Período de Rotação;
5,6,7,8,3,4,9,1,2
9- Velocidade de Rotação;
2,1,9,4,3,8,7,6,5
10- Perímetro de Translação
1,2,3,4,5,6,7,8,9
11- Nº de Diâmetros em 1 Translação;
5,3,6,1,2,4,7,8,9
12- Densidade;
6,7,5,8,9,4,2,1,3
13- Gravidade
9,4,1,7,2,3,6,8,5
A visualização gráfica do quadro acima não tem nenhum sentido prático. A razão é
que para cada parâmetro diferente, temos que mudar os valores do eixo das abcissas e sempre
geraria uma reta igual. Só teríamos referências através da abcissa. Dessa forma, acho mais
razoável, só para uma visão panorâmica, montar um quadro (abaixo) com as séries idênticas
com a mesma cor. Assim, só olhando, sabe-se que as séries de mesma cor seguem a mesma
sequência.
34
VARIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DOS PLANETAS DO SISTEMA SOLAR
Distância do Sol m
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Período Translação s
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Perímetro de Transl m 1
2
3
4
5
6
7
8
9
Atração Gravitac J
9
1
4
8
7
3
2
6
5
Energia Cinética J
9
1
4
8
7
3
2
6
5
Veloc Translação m/s
9
8
7
6
5
4
3
2
1
Diâmetro(Área) m e m2 9
1
4
2
3
8
7
6
5
Massa Kg
1
9
4
2
3
7
8
6
5
Período de Rotação s
5
6
7
8
3
4
9
1
2
Veloc de Rotação m/s
2
1
9
4
3
8
7
6
5
Nº Diâm em 1 Translação 5
3
6
1
2
4
7
8
9
Gravidade m/s2
9
4
1
7
2
3
6
8
5
Densidades
6
7
5
8
9
4
2
1
3
35
4–4-
Observações e Evidências das Avaliações
Os valores constantes dos quadros deste capítulo em conjunto com os dos quadros do
capítulo anterior, permitem que se chegue a um sem número de observações e de evidências.
Primeiro: Como era óbvio, as sequências de Período de Translação e Perímetro de Translação acompanham a sequência da Distância ao Sol.
Segundo: A sequência Velocidade de Translação é a única a ser Decrescente, que era esperado pois, como já foi visto, tem que ter valor justo para equilibrar a atração gravitacional.
Terceiro: As Energias de Atração Gravitacional e Energia Cinética de Translação apresentam
a mesma sequência, o que também era esperado e já foi comentado anteriormente.
Quarto: As características de dimensões, diâmetro (ou área) e de Massa foram colocados
juntos e com mesma cor, porque SÓ apresentam 2 inversões, mantendo todo o resto na mesma sequência. As inversões são de Mercúrio com Plutão e de Urano com Netuno.
Quinto: O Período de Rotação e a Velocidade de Rotação, guardam uma relação sequencial
exatamente inversa uma da outra.
Sexto: O número de diâmetros (ou de perímetros) durante uma Translação inteira, segue uma
sequência completamente aleatória, o mesmo acontecendo com as sequências das Densidades
e da Gravidade.
Sétimo: Em nenhum parâmetro nosso habitat (Terra) é o menor, e o único onde ele é maior é
no parâmetro Densidades (massa por unidade de volume). Em todo o resto ele não passa de
um intermediário comum.
36
5-
DUALIDADE: ONDA x PARTÍCULA
A dualidade onda x partícula foi sempre uma das questões mais difíceis dos cientistas
abordarem. Isso durou desde os trabalhos experimentais de Hertz em 1887 no estudo da natureza eletromagnética da luz, até o início do século XX, quando em 1.905 Albert Einstein, apoiando-se nas conclusões de Plank em 1900 quando “quantificou” as emissões de energia,
apresentou seu trabalho explicando o mecanismo do efeito foto elétrico. A partir desse experimento, Einstein propôs que onda e matéria sejam interconversíveis, atribuindo valor material às ondas eletromagnéticas.
Primeiro vamos apenas citar as relações existentes para relembrar os conceitos de onda
e os de matéria para, mais a frente, tratar dos conceitos relativistas.
5–1-
A Parte Ondulatória
A teoria ondulatória já é conhecida dos cientistas a alguns séculos. A principal característica de uma onda é seu comprimento. A cada onda é atrelado um comprimento de onda: é
como se fosse seu código genético. A outra característica de amarração de uma onda eletromagnética é sua frequência. A frequência é o número de vezes que ela se desloca sucessivamente até completar o percurso correspondente a sua velocidade. Daí surge a primeira relação
ondulatória, chamada equação fundamental da teoria ondulatória:
v = ʋ x ʎ
onde:
- v é a velocidade da onda, em m/s;
- ʎ é o comprimento de onda (sonora ou eletromagnética) em m;
- ʋ é a frequência de vibração da onda, ou seja, o número de vezes que ela se repete até completar o valor de sua velocidade, em Hz ( c/s);
A frequência é o inverso do Período (T), que é o tempo que um ponto qualquer da onda leva para executar uma oscilação completa (vai e vem). Este tempo é o mesmo que uma
fonte gasta para gerar uma onda completa.
ʋ = 1/T
A luz é reconhecida como uma onda eletromagnética, que se desloca na velocidade de
300.000 Km por segundo terrestre (no vácuo), que equivale ao deslocamento rotacional da
superfície da Terra em torno de seu próprio eixo em 464 metros, ou ao deslocamento translacional do eixo da Terra ao longo de sua órbita em torno do Sol, em 30 Km.
37
No caso da luz, a equação se torna:
c = ʋ x ʎ
onde:
c é a velocidade da luz no vácuo, igual a 300.000 Km/s
Cada onda eletromagnética, tem um conteúdo energético intrínseco, sendo seu valor
dado pela equação:
E=h.ʋ
onde:
- E é a energia da onda, em J
- h é uma constante universal, a constante de Plank que vale 6,626 x 10-34 m2 x Kg / s
- ʋ é a frequência de vibração da onda luminosa, ou seja, o número de repetições de seu
comprimento até atingir os 300.000 Km, em Hz ( c/s);
Das duas equações acima, como uma relaciona a energia com a frequência e a outra
relaciona frequência com o comprimento de onda, obtém-se a equação que relaciona diretamente a Energia com o comprimento de onda:
E = h. c
/ʎ:
onde:
- E é a energia da onda, em J
- h é uma constante universal, a constante de Plank que vale 6,626 x 10-34 m2 x Kg / s
- c é a velocidade da luz no vácuo, que equivale a 300.000 Km por segundo;
- ʎ é o comprimento de onda em m;
A amplitude da onda depende somente do seu conteúdo energético.
A luz visível pelo homem apresenta comprimento de onda na faixa de:
- 360 nm a 780 nm (um nano = 10-9 m), ou seja, 3,6 x10-7 a 7,8 x 10-7 m
Valores que correspondem a faixa de frequências de:
- 3,8 x 1014 Hz a 8,3 x 1014 Hz.
Fora dessa faixa, o homem é um cego Universal.
Os raios IR, micro-ondas, ondas de rádio, etc têm frequências inferiores a 3,8 x 1014 Hz. Os
raios UV, RX e raios gama têm frequências superiores a 8,3 x 1014 Hz
38
5–2-
A Parte
Material
É claro que a parte material de qualquer evento é de extrema importância. Antes de
abordar a interconversão de onda x matéria, pode-se avaliar o que pode ser feito em termos de
mudança de parâmetros para entender melhor o comportamento do Universo e, principalmente, o Atraso Sideral em que vivemos, e que vimos anteriormente.
A tabela a seguir, usa as massas dos componentes do sistema solar, quantificadas pela
física clássica e também determina o número de elétrons que constituem cada um desses corpos. Tudo ainda dentro da física clássica, sem a participação da relatividade. Claro que a coluna obtida, NÚMERO DE ELÉTRONS que constitui o corpo sideral, é apenas a divisão da
massa de cada corpo celeste pela massa de um elétron, cujo valor é 9,1 x 10-31 Kg.
CORPO CELESTE
MASSA
Kg
NÚMERO DE ELÉTRONS
ne
SOL
2,000x1030
2,198x1060
LUA
7,300x1022
8,022x1052
MER
3,300x1022
3,630x1053
VEN
4,868x1024
5,350x1054
TER
5,974x1024
6,565x1054
MAR
6,418x1023
7,053x1053
JUP
1,899x1027
2,087x1057
SAT
5,688x1026
6,250x1056
URA
8,681x1025
9,540x1054
NET
1,024x1026
1,125x1056
PLU
6,000x1023
6,590x1053
39
O que se pode observar dos valores acima, é que o maior planeta do sistema solar,
Júpiter, é mil vezes menor que o Sol, que é uma estrela de quinta grandeza. E o menor, que é
Mercúrio, é 6 x 107 (60.000.000) vezes menor que o Sol, logo, 60.000 vezes menor que Júpiter.
A vantagem de expressar o tamanho de todos os corpos em função do número de elétrons que o compõem, é a adaptação ao manuseio das quantidades micro e macro (excessivamente pequenas e excessivamente grandes), o que nos acostuma a lidar com estes disparates,
de uma forma mais familiar.
Nossa moradia, o planeta Terra é apenas um intermediário, bem insignificante. Seu
tamanho é 3,35 x 105 (335.000) vezes menor que o Sol e é apenas 181 vezes maior que o menor deles, que é Mercúrio.
Isto tudo, serve para mostrar o quão NADA somos em relação ao nosso sistema Solar,
e muito menos ainda em relação ao Universo como um todo.
Paralelamente a isso, os seres que habitam essa “insignificância” se consideram divinos, filhos criados a imagem e semelhança, logo, perfeição, de um possível Criador que eles
mesmos “criaram” para fazer dele um escudo, para se defender de seu próprio pânico, causado pelo desconhecimento de tudo em relação a nós mesmos e a nossa moradia. Principalmente em relação ao que vai ocorrer depois que morrermos, se acaba tudo ali ou se temos realmente alguma parte não material acoplada ao nosso corpo e essa parte vai ser desembarcada,
sem data marcada nem aviso prévio, de nossa viagem planetária e, no caso, para onde poderemos ir e fazer o que! Além, é claro, de descobrir quanto “tempo” nosso (terrestre) levaremos
para chegar lá! Ou se seremos apenas mais um conjunto de fótons a caminhar pelo espaço
universal infinito, a espera de um corpo receptor para transferir toda nossa “energia inteligente” para ele!
40
6-
O RELATIVISMO E A MECÂNICA QUÂNTICA
A mecânica quântica é o final de um longo processo, como tudo que é feito pelo ser
humano. O relativismo das coisas já era considerado desde a antiguidade, mas evidentemente
sem o amparo matemático apropriado.
Só em fins do século XlX e início do século XX, é que o descobrimento do efeito foto
elétrico levou Einstein a propor sua teoria da Relatividade. Toda a teoria da relatividade está
calcada na chamada colisão fóton (onda) – elétron (partícula material).
Depois da explicação do efeito fotoelétrico dado por Einstein baseado em trabalho de
Plank, seguiu-se o efeito Compton e, finalmente na década de 1920, De Broglie propôs a dualidade onda x partícula, estendendo o caráter ondulatório as partículas materiais.
Inicialmente vamos transcrever um resumo bem simplificado da sequência de eventos
que culminaram com a explicação do efeito fotoelétrico, base da teoria da relatividade proposta por Albert Einstein em 1905, seguido de uma apresentação do efeito Compton, e finalizando com a proposta de De Broglie.
Logo após, vamos conceituar massa e onda oriundas (ou calculadas) pelos conceitos
relativistas. Só após isso, é que iniciaremos uma avaliação química desse efeito e de suas consequências.
6-1-
Os Efeitos que Geraram o Relativismo e a Mecânica Quântica
6 - 1 – a-
O Efeito Fotoelétrico
Todo o processo que desembocou na definição e quantificação do efeito fotoelétrico é
encontrado na literatura do ramo. Todos seguem a mesma sequência e de modo até bem parecido, com poucas omissões ou alterações na sequência dos fatos. Vamos tentar seguir o mais
próximo possível a sequência cronológica, com as definições em cada ponto do processo e
baseado em que a definição foi amparada. Esta etapa vai ser conduzida em duas partes: a primeira com os estudos puramente ondulatórios, e depois com o efeito fotoelétrico propriamente dito.
Em 1800, Willian Herschel vendo a luz branca se decompor ao atravessar um prisma,
mediu a temperatura de cada cor do espectro e viu que o efeito térmico aumentava a medida
que o termômetro se aproximava do vermelho. E, com espanto, observou que o efeito conti-
41
nuava a aumentar mesmo depois do vermelho, na parte escura do espectro. Essa região é hoje
conhecida como “região do infra vermelho” e todos os corpos irradiam nele.
A continuidade do estudo levou ao conceito que, na segunda metade do século XlX
passou a ser conhecida como “radiação de corpo negro” que basicamente significa que “qualquer corpo, em determinada temperatura emite energia que depende dessa temperatura”, e
como Herschel havia descoberto, cada temperatura está associada a uma frequência, logo, a
uma cor.
Todos os corpos irradiam energia, já que as partículas que o constituem estão em permanente agitação em qualquer temperatura, agitação essa que é tanto maior quanto maior for
a temperatura, pois esta não passa de uma medida (indireta) da energia cinética média das
partículas do corpo. Sendo assim, sempre que as partículas constituintes do corpo (sejam átomos ou moléculas) oscilam, vibram, existe emissão de radiação electromagnética. As frequências e amplitudes das ondas electromagnéticas emitidas dependem das frequências e amplitudes das vibrações das partículas.
A figura a seguir mostra a distribuição espectral da radiação de um corpo negro a
Temperatura de 9.000 ºK, sendo a parte colorida correspondente ao espectro visível. Figura
copiada de trabalho Wikipédia através do Google, na internet, presente na maioria dos trabalhos consultados.
A parte colorida corresponde ao espectro visível. No final do século XIX, várias tentativas foram feitas para explicar essa curva, sendo todas essas tentativas baseavam-se nas teorias clássicas.
Stefan e Boltzman mostraram que a emissão de energia aumenta com o aumento da
temperatura, e propuseram que era proporcional a quarta potência da temperatura (T4), e hoje
é conhecida como Lei de Stefan e Boltzman.
Logo depois Wien demonstrou que, quando a Temperatura aumenta, o máximo da
curva espectral se desloca para a direita, isto é, no sentido crescente dos valores da frequência
(ʋ), logo, dos menores comprimentos de onda (ʎ).
42
Rayleigh-Jeans partiram da premissa que as irradiações provinham da oscilação dos
campos elétrico e magnético. A lei estabelecida por eles ajustava a curva na faixa dos altos
comprimentos de onda, mas divergia na faixa de baixos comprimentos. Ela passou a ser conhecida como a catástrofe do ultravioleta.
Isto só pôde ser resolvido a partir de 1900 com o trabalho de Plank, baseado em trabalhos anteriores, que culminaram com o entendimento do efeito fotoelétrico, como segue.
Em 1887 Heinrich Hertz investigando a natureza eletromagnética da luz, quando estudava a produção de descargas elétricas entre duas superfícies metálicas, em potenciais diferentes, observou que cada faísca produzida por uma superfície, gerava uma faísca secundária
na outra. Para evitar a dificuldade de visualização, ele construiu uma proteção sobre o sistema
para evitar dispersão de luz; entretanto, essa proteção causou diminuição da faísca secundária.
Mais a frente, constatou que esse fenômeno não era de natureza eletrostática por não haver
diferença entre a proteção ser feita com material isolante ou condutor. Finalmente confirmou
sua suspeita de que a luz pode produzir faíscas e que o fenômeno era apenas devido a luz ultravioleta.
Em 1888 apoiado no trabalho de Hertz, Wilhelm Hallwachs descobriu que corpos metálicos irradiados com luz ultra violeta (UV) adquiriam carga positiva.
Para explicar o fenômeno, Lenard e Wolf sugeriram que a luz UV obrigaria a que partículas do metal deixassem a superfície do mesmo.
Em 1889, Thomson postulou que o efeito fotoelétrico consistia na emissão de elétrons
e, para provar determinou experimentalmente que o valor da relação carga/massa (e/m) das
partículas emitidas no efeito fotoelétrico era o mesmo dos elétrons associados aos raios catódicos.
Então, em 1.900 Max Plank propôs que a Lei de Rayleigh-Jeans não estava ajustando
a curva espectral em toda a faixa de comprimentos de onda, porque eles admitiram que os
osciladores emitiam radiação com qualquer quantidade de energia. Plank propôs uma restrição, impondo que os osciladores SÓ podiam emitir energia em determinadas quantidades inteiras de h.ν, onde h é a constante de Plank e ν é a frequência de vibração da onda, logo:
E = n x h x ʋ A partir dessa ideia foi obtida expressão capaz de ajustar totalmente a curva
espectral da radiação de corpo negro.
A equação de Plank deixava claro que quanto maior for a frequência de determinada
luz monocromática, maior será a energia de seus fótons.
Em 1.903 Lenard provou que a energia dos elétrons emitidos não apresentava dependência da intensidade da luz.
Já em 1.904 Schweidler comprovou que a energia do elétron era diretamente proporcional a frequência da luz. Estava sacramentada a equação de Plank.
43
As ondas eletromagnéticas como a luz visível, os raios X e os raios infravermelhos, ao
incidirem em um meio que não lhes seja completamente transparentes, fornecem a esse meio
uma certa quantidade de energia. Assim, quando a luz incide sobre um metal, seus elétrons
absorvem a energia dos fótons de luz. Se a quantidade de energia associada ao fóton for
suficientemente elevada, os elétrons conseguem escapar da atração eletromagnética dos núcleos atômicos. No caso de uma fonte de luz monocromática, quanto maior sua frequência e,
em consequência, sua energia, maior será a quantidade de energia absorvida pelos elétrons.
Estes resultados são o OPOSTO ao esperado quando da descoberta de Hertz, ou seja:
ao aumentarmos a intensidade de uma luz monocromática que consiga remover elétrons da
superfície de um metal, aumenta o número de elétrons removidos, pois aumenta o número de
fótons. Por outro lado, quando se aumenta a intensidade de uma luz monocromática que não
tenha energia suficiente para soltar elétrons da placa, ela continua não sendo capaz de remove-los.
Em 1905, Einstein usou a proposta de 1900 de Plank (que se referia a radiação de corpo negro) e explicou o efeito fotoelétrico. Propôs que a energia do fóton absorvido tem que
ser igual a soma das energias necessárias para remover o elétron do metal com a energia cinética que o elétron adquire. Assim, ele propôs a relação:
E= h.ʋ - 
onde a parte da energia do fóton usada para remover o elétron do átomo ao qual ele pertence
(energia de ligação) ele chamou de Função Trabalho (W ou ), ficando o restante da energia
do fóton na forma de energia cinética do elétron, também chamados de fotoelétrons.
Einstein explicou o efeito fotoelétrico: ao invés de considerar a luz como onda, propôs
que ela seja composta de corpúsculos (fótons). E cada fóton ou quantum de luz transporta
energia de h ʋ. A proposta era que um quantum transfere toda sua energia h ʋ a um só
elétron independente da existência de outros quanta de luz. Segundo ele, a equação vale
para todos os elétrons ejetados e, como os “elétrons são ejetados de diferentes profundidades
do material”, tem-se uma distribuição de energia. “Einstein sugeriu que se usasse somente os
elétrons mais energéticos, ou seja, os que saem da parte mais superficial”. A equação então se
tornou:
Emax = h . ʋ – 
Por meio dessa equação pode-se calcular o menor valor de frequência de um fóton
para que ele possa remover elétrons de uma superfície metálica, conhecendo apenas a energia
de ionização do metal.
Emin = h . ʋ – 
Nesse caso, Emin é nulo (Emin = 0), logo: = h . ʋmin –  = 0
ʋmin =  / h
e dai:
ʋmin = ʋ0 = frequência de corte.
44
Nos metais alcalinos (Na, K, etc) essa frequência de corte é no visível, mas para outros
metais o valor da frequência de corte está na região UV.
Com o exemplo, tomando-se uma placa de sódio (Na) cuja energia de ionização é de
495,8 kJ/mol, a energia mínima necessária para remover um elétron de um átomo de sódio da
placa é de:
E = 495,8 x 1000 / 6,023 x 1023 = 82,318 x 10-20 J/e
ʋmin = 82,318 x 10-20 / 6,626 x 10-34
ʋmin = 1,242 x 1015 Hz
e
ʎ = 2,41 x 10-7
Quanto maior for o trabalho para arrancar o elétron de seu átomo, menor será sua
energia cinética. Existem materiais onde a incidência de luz não consegue extrair elétrons,
mas os torna livres e, em consequência, diminui a resistência elétrica. É o que ocorre com os
resistores LDR (light dependent resistor), em que suas resistências variam conforme a
incidência de luz.
O primeiro pesquisador experimental a apresentar resultados importantes para a comprovação da equação de Einstein foi Arthur Hughes que, em 1912 demonstrou que a inclinação da função E (ʋ) variava de (4,9 a 5,7) x 10-27 erg.s, dependendo da natureza do material
irradiado.
Em 1916, Millikan publicou um trabalho onde os resultados obtidos por ele, comprovavam o perfeito ajuste da equação de Einstein aos experimentos.
6-1- b-
O Efeitos Compton
O efeito Compton é a variação do comprimento de onda da radiação eletromagnética
dispersada por elétrons livres.
Quando fótons de raios X (de comprimento de onda ʎ) colide com matéria, uma parte
da radiação é “espalhada”. Compton observou o espalhamento de raios X monocromáticos
por um alvo de grafite.
45
Em 1923 Compton descobriu que:
- uma parte da radiação possui frequência menor (ʎ’ > ʎ) maior que o RX incidente
- a diferença entre os comprimentos de onda depende do ângulo de espalhamento .
O espalhamento Compton não tem explicação pela teoria eletromagnética clássica, já
que a onda EM possui sempre o mesmo ʎ .
Entretanto, no caso presente tem-se que levar em conta a ocorrência de uma colisão de
duas partículas: o fóton incidente com comprimento de onda ʎ e um elétron, considerado em
repouso.
O fóton inicial é absorvido e parte de sua energia e de seu momento linear são fornecidos para o elétron, que recua. A parte da energia restante é espalhada em um novo fóton (ʎ)
de menor energia, logo, maior ʎ.
Usando o princípio da conservação da energia e do momento, obtém-se a equação do
Espalhamento Compton:
ʎ’ - ʎ = h / m.c (1 – cos )
onde:
ʎ é o comprimento de onda do fóton antes do espalhamento
ʎ’ é o comprimento de onda do fóton após o espalhamento
m é a massa do elétron
h / m.c é chamado de comprimento de onda Compton do elétron
 é o ângulo de mudança da direção do fóton
h é a constante de Plank
c é a velocidade da luz no vácuo
A grandeza h / m.c é chamada de “comprimento de onda Compton do elétron”,
cujo valor é facilmente determinável, a partir dos dados:
h = 6,626 x 10 J.s
ou Kg.m2/s
m = 9,11 x 10-31 Kg
c = 3 x 108 m
Daí, se obtém:
ʎ = h/m.c = 2,43 x 10-12 m
46
O cálculo da energia de um fóton de comprimento de onda ʎ = 10-10 m, sabendo que
1 J = 6,24 x 1018 eV, é fácil:
E = h. ʋ = h.c/ʎ = 1,24 x 104 eV
O valor desta energia é bem superior a energia de ligação dos elétrons de valência nos
átomos que constituem a amostra dispersora, que é de apenas alguns elétron volt.
Pode-se afirmar que no experimento com raios X o efeito Compton se restringe a variação do comprimento de onda da radiação, dispersada por elétrons livres, e que essa diferença não depende das características da substância que formam a amostra dispersora.
6-2-
A Proposta de De Broglie
A teoria ondulatória levou bastante tempo conseguindo explicar todos os fenômenos
ondulatórios ocorridos, com grande facilidade.
Entretanto, a quantização da luz por Plank, a definição do comportamento da radiação
como partícula com propriedades mecânicas bem definidas (fótons) usado por Einstein para
explicar o efeito fotoelétrico, e por Compton para explicar o efeito que leva seu nome, deixaram a teoria ondulatória em situação difícil por não conseguir explicar esses fenômenos.
Em 1924 De Broglie apresentou sua proposta de que, em determinadas condições, as
partículas se comportam como ondas e teriam associado a elas o movimento ondulatório.
Como a luz já tinha sido “materializada” por Einstein, com a nova proposta, passou a ser não
só a luz, mas também toda a matéria passou a apresentar caráter DUAL.
Ele deduziu uma equação que apresentou como sendo de caráter geral. Partiu das duas
relações:
- a quantidade de movimento linear de uma partícula de massa m e velocidade v é dada por:
p=m.v
- a quantidade de movimento linear de um fóton de frequência ʋ e velocidade c é dada por:
p=hʋ /c
Como a equação que relaciona a frequência e o comprimento de uma onda luminosa é:
ʎ ʋ =c
de onde obteve a expressão
p=h/ʎ
47
equação que ele propôs como sendo de caráter geral, aplicável tanto a fótons quanto a partículas materiais.
Das equações p = mv
e p=h/ʎ
obteve a equação
ʎ = h / m.v
onde m é a massa relativista dada pela equação de Einstein:
m = mo / [1 – (v/c)2]1/2
onde:
mo é a massa em repouso
v é a velocidade da partícula e
c é a velocidade da luz no vácuo
Este ponto, a partir da proposta de De Broglie associado aos conceitos de Plank,
Compton e Einstein, mais os trabalhos de Heisenberg e Schrodinger, é considerado como o
início da Mecânica Quântica.
48
7-
APLICAÇÃO NUMÉRICA DA RELATIVIDADE
Pouco se vê sobre aplicações numéricas comparativas envolvendo as equações relativistas de Einstein. A impressão que dá é que “alguns aceitam incondicionalmente como corretas e ponto final” ao mesmo tempo em que outros as “rejeitam formalmente e ponto final”.
Parece que as pessoas temem uma discussão a respeito do assunto. Segundo uma opinião de Steven Hawking em sua bela obra Uma Breve História do Tempo:
“uma teoria aplicada um bilhão de vezes com resultado correto, se na vez um bilhão e
um der errado, a teoria tem que ficar sob suspeita”.
Este motivo tem bastante lógica, além de “ser de quem é”, por isso creio que o pessoal que aceita as equações da relatividade assim como os que as rejeitam, deveriam se expor
mais, mesmo se sujeitando a ficar como comprovadamente errado. Afinal, ninguém é “dono
da verdade”, além de sermos todos iguais (igualmente transportadores ambulantes de coco
fedorento e com aproximadamente o mesmo número de neurônios).
Como Químico e sendo como sou (um enorme poço de dúvidas sobre tudo), tendo
respeito pelas opiniões alheias, mas respeitando meu próprio direito de ter minha própria opinião sobre o assunto que me dispuser a avaliar seriamente, resolvi aceitar meu próprio desafio
e encarar o problema de frente.
Até aqui só fiz transcrições sobre o assunto, mas daqui para a frente vou levar esse
questionamento a sério.
7 – 1- Conceito de Massa e Onda Equivalente
Tendo em vista que a equação que relaciona onda com matéria, não tem seu uso generalizado, principalmente porque a equação que permite essa transformação NÃO é de aceitação geral e inquestionável, também não vamos considera-la aqui.
A barreira antiga, de que onda é onda e matéria é matéria, sempre foi muito forte, e
ainda hoje, se não a maioria das pessoas, pelo menos um grande número deles, ainda não aceita essa interconversão como assunto vencido. Quem propôs essa quantificação foi Albert
Einstein, baseado nos resultados obtidos na experiência da determinação do limiar fotoelétrico. E isso já tem um século.
Essa equação dada por E = m . c2 relaciona a energia de um fóton com a sua massa,
através de um coeficiente que foi estabelecido como o “quadrado da velocidade da luz”. Também ficou convencionado que toda matéria em movimento tem associado a si um comprimento de onda, sacramentado por De Broglie na década de 1920.
49
Entretanto, no presente trabalho, vamos usar a interconversão em ambos os sentidos
para tentar buscar respostas para algumas questões que ainda não são muito claras. Porém, em
respeito a ambas as correntes, os que a consideram correta e os contrários, NÃO usaremos os
termos reais para massa obtida a partir do fóton, nem de comprimento de onda e frequência
os valores obtidos a partir de partículas materiais.
O autor prefere chamar essa equivalência através das equações de Einstein, até que sejam comprovadas de fato, de forma inquestionável, com o termo equivalente. Assim:
- toda massa obtida a partir de ondas, será chamada de ME (Massa Equivalente);
- toda onda obtida a partir de partícula, seus parâmetros serão chamados de OE e FE (Comprimento de Onda Equivalente e Frequência Equivalente)
7–2–
A Interconversão Massa x Onda
Para a transformação citada, a equação usada é a equação relativista de Einstein:
E = m. c2
Geralmente a qualquer partícula é associado um valor de massa, bem conhecido e
determinável com precisão pelos cientistas. É claro que para aplicarmos a equação acima na
transformação de massa em onda, sua aplicação é direta. Já para transformar um fóton, que
geralmente está identificado por valores de comprimento da onda ou de sua frequência,
precisamos inicialmente transformar o valor conhecido, de comprimento ou de frequência no
valor do Conteúdo Energético da onda, para transforma-la em massa equivalente.
Assim, as equações que serão usadas, são:
- primeira: a equação relativista de Einstein E = m . c2
- segunda: a relação clássica da teoria ondulatória
E=h.ʋ
- terceira: a equação fundamental da relação comprimento de onda x frequência ʎ x ʋ = c
E daí m = h / ʎ.c ou m = h. ʋ / c2
- quarta: P = h/ ʎ
onde:
E é a energia do fóton (da radiação eletromagnética) em J
50
c é a velocidade da luz igual a 3 x 108 m/s
h é a constante de Plank igual a 6,626 x 10-34 J.s
ʎ é o comprimento de onda em m
ʋ é a frequência de vibração da onda Hz (ciclos/s)
m é a massa do fóton (da radiação eletromagnética) em Kg
P é a Quantidade de Movimento da onda definida por De Broglie
Pelas equações acima, a partir de uma onda visível, com comprimento de onda em
torno de 500 nm (5 x 10-7 m, já que 1 nano = 10-9 m), cuja frequência (ʋ = c / ʎ ) se situa em
torno de 600 trilhões de ciclos/s (6 x 1014), pela teoria ondulatória calculava-se a energia desse fóton pela expressão E = h . ʋ, de onde se obtém: E = 6,626x10-34 x 6x1014 J, logo,
E= 3,9756 x 10-19 J
É claro que havendo relação direta entre o comprimento de onda e a frequência do fóton, também pode-se calcular sua Energia diretamente a partir do comprimento de onda, pois:
E = h . ʋ e, como: ʎ x ʋ = c obtém-se facilmente: E = h . c / ʎ e daí vem:
E = 6,626 x 10-34 x 3 x 108 / 5 x 10-7m que dá:
E= 3,9756 x 10-19 J
O resultado igual só mostra que os cálculos da teoria ondulatória estão rigorosamente
corretos, mas não é suficiente para calcular a quantidade de massa que isso possa representar,
o que só pode ser feito pela equação de Einstein: E = m . c2 e daí vem que:
m = E / c2
logo: m = 3,9756 x 10-19 / (3 x 108)2
m = ME = 4,417 x 10-36 Kg
Para exercício mental, vamos repetir os cálculos para alguns valores de comprimentos
de onda, múltiplos de 10 para facilitar. Lembrar que as ondas eletro magnéticas podem variar
enormemente, desde valores baixíssimos até valores muito altos, ou seja, teoricamente de zero
a infinito; usaremos nesse caso os limites:
ʎ = 10-14 m (raios )
e
ʎ = 105 m (onda de rádio)
Usaremos as equações acima: na primeira coluna vamos colocar os valores dos comprimentos de onda entre os limites estabelecidos acima. Para o cálculo da ME usaremos a
relação m =h/c. ʎ, que pode ser calculado diretamente, mas vamos dividir em duas colunas
para o leitor observar a forma como ʎ se transforma em massa. Calculada a ME da onda,
apresentamos uma quarta coluna com a relação entre a massa do elétron (9,1 x 10-31 Kg) e a
massa de cada fóton (ME), obtendo-se assim o número de fótons de cada comprimento de
onda, que juntos “equivalem” a massa do elétron.
51
Comprimento de
Onda ʎ
h/c
ME = h/c x ʎ
Relação me/MEf
10-14
2,2087 x 10-42
2,2087 x 10-28
4,12 x 10-3
10-13
2,2087 x 10-42
2,2087 x 10-29
4,12 x 10-2
10-12
2,2087 x 10-42
2,2087 x 10-30
4,12 x 10-1
10-11
2,2087 x 10-42
2,2087 x 10-31
4,12 x 100
10-10
2,2087 x 10-42
2,2087 x 10-32
4,12 x 10
10-9
2,2087 x 10-42
2,2087 x 10-33
4,12 x 102
10-8
2,2087 x 10-42
2,2087 x 10-34
4,12 x 103
10-7
2,2087 x 10-42
2,2087 x 10-35
4,12 x 104
10-6
2,2087 x 10-42
2,2087 x 10-36
4,12 x 105
10-5
2,2087 x 10-42
2,2087 x 10-37
4,12 x 106
10-4
2,2087 x 10-42
2,2087 x 10-38
4,12 x 107
10-3
2,2087 x 10-42
2,2087 x 10-39
4,12 x 108
100
2,2087 x 10-42
2,2087 x 10-42
4,12 x 1011
10
2,2087 x 10-42
2,2087 x 10-43
4,12 x 1012
105
2,2087 x 10-42
2,2087 x 10-47
4,12 x 1016
Pelos valores, calcula-se que o fóton que tenha um comprimento de onda tal que tenha
ME a do elétron é: ʎ = 2,4271 x 10-12 m ou ʎ = 2,4271 x 10-3 nm.
Claro que a segunda coluna, por se tratar da relação entre duas constantes universais,
não tem finalidade na sequência dos cálculos. Mas como disse antes, só a coloquei para o leitor, olhando as duas primeiras colunas, tenha uma visão instintiva da forma como os diferentes comprimentos de onda influem na equivalência da massa do fóton. Da mesma forma podese concluir que:
52
- 1 raio γ (gama) de
ʎ = 10-14 m tem ME de 250 elétrons
- 1 raio γ de
ʎ = 2,43 x 10-12 m tem ME de 1 elétron
- 4 raios X de
ʎ = 10-11 m tem ME de 1 elétron
- 4,12 x 106 raios IR de
ʎ = 10-5 m tem ME de 1 elétron
- 4,12 x 1012 ondas de rádio de
ʎ = 10 m tem ME de 1 elétron
- 4,12 x 1016 ondas de rádio de
ʎ = 105 m tem ME de 1 elétron
O Quadro acima pode ser representado graficamente como abaixo, com os “comprimentos de onda” como eixo das “abcissas” e no eixo das “ordenadas” o valor da relação entre
a massa real de 1 elétron e as MEs dos fótons dos vários comprimentos de onda.
O gráfico permite que se determine o número de fótons com determinado valor de
comprimento de onda (e, claro, frequência) que precisam participar da mesma colisão para
que a massa equivalente (ME) resultante seja correspondente a massa real de um elétron. Estes resultados parecem nos indicar que, se o Universo primordial era realmente um universo
fotônico, então ele seria constituído por ondas de baixíssimo comprimento, ou seja, altíssimas
frequências.
53
Observa-se uma diferença brutal na capacidade dos fótons “produzirem” elétrons: enquanto um raio gama de ʎ = 10-14 produz (equivale, ou tem ME) sozinho a 250 elétrons, são
necessários 4 raios X de ʎ = 10-11 m para “produzir” massa equivalente a um elétron.
Já a probabilidade de que existam elétrons produzidos por poli colisões de fótons de
comprimentos de onda de 1 nm para maiores, é mínima ou nula, porque o número de unidades
para equivaler a um elétron é muito alto. Entretanto, as colisões de fótons de altíssima frequência com fótons de baixíssima frequência seriam bastante prováveis.
Provavelmente, as colisões de fótons de altíssimas frequências com fótons de baixíssima frequência, poderiam vir a ajudar na explicação dos diferentes conteúdos energéticos dos
diversos níveis quânticos dos átomos constituintes da matéria, assim como a capacidade de
alguns núcleos atômicos emitirem “partículas” de altíssimo conteúdo energético. A razão
disso é simples: tendo em vista que o modelo de universo mais aceito atualmente é o do Big
Bang (que viola toda a Termodinâmica, logo o considero equivocado) e o modelo proposto
pelo autor é com o início por um Universo Primordial Fotônico Eterno, e ambos começarem a
possuir matéria através de colisões de fótons e a partir da criação de matéria, através de colisões de fótons primordiais entre si e posteriormente, além de entre si também com a matéria
criada, tendo em vista a possibilidade (que se está avaliando no presente trabalho), através do
efeito fotoelétrico, que impõe que fótons acima de um valor crítico colidem com elétrons.
Claro que se pudermos comprovar que ao fóton seja associado determinada quantidade
de matéria e que na colisão com matéria transfira a sua para o receptor, essa comprovação
permitiria realmente haver um início de Universo puramente fotônico, com a criação da matéria a partir das colisões de fótons, e depois, deles com a matéria já existente, aumentando-a.
Com isso, poderíamos desmembrar todo o conteúdo material do universo em elétrons (
que seriam um tipo de fóton) e com todas as suas características completamente conhecidas.
Dessa forma seria fácil amarrar TUDO em relação aos ELÉTRONS, que facilitaria a mudança
para qualquer outro referencial desejado. Alias, esse conceito seria válido até para o modelo
do Big Bang, se o mesmo tivesse sentido, porque nele o início do universo também teria sido
de fótons.
Assim, com todas as equações enumeradas acima, e a partir dos valores das massas do
Sol, Lua e dos nove Planetas do nosso sistema, procede-se ao cálculo de sua: energia, e daí,
de sua frequência, seu comprimento de onda e o número de elétrons que constitui o respectivo
corpo celeste.
Claro que as massas são reais e não “equivalentes”, pois são determinadas experimentalmente. Assim, o número de elétrons que constitui cada corpo celeste também é o real, já
que é obtido pela relação entre a massa (real) de cada corpo e a massa (real) do elétron.
Já os demais valores, constantes das demais colunas, são todos obtidos a partir da equação relativista de Einstein. Portanto, os valores de Energia, Frequência e Comprimento de
Onda são todos EQUIVALENTES.
54
CORPO CELESTE
MASSA Kg
ENERGIA
J
FRQUÊNCIA ʋ
Nº de ELÉTRONS
Comp ONDA
ʎ em m
SOL
2,000x1030
1,800x1047
2,716x1080
2,198x1060
1,104x10-72
LUA
7,300x1022
6,570x1037
9,910x1072
8,022x1052
3,027x 10-63
MER
3,300x1022
2,972x1040
4,485x1073
3,630x1053
6,689x10-66
VEN
4,868x1024
4,382x1041
6,613x1074
5,350x1054
4,537 x 10-67
TER
5,974x1024
5,376x1041
8,114x1074
6,565x1054
3,697x10-67
MAR
6,418x1023
5,776x1040
8,715x1073
7,053x1053
3,442x10-70
JUP
1,899x1027
1,710x1044
2,579x1077
2,087x1057
1,163 x 10-69
SAT
5,688x1026
5,120x1043
7,730x1076
6,250x1056
3,883 x 10-69
URA
8,681x1025
7,820x1042
1,179x1075
9,540x1054
2,542 x 10-68
NET
1,024x1026
9,210x1042
1,390x1076
1,125x1056
2,158 x 10-68
PLU
6,000x1023
5,400x1040
8,148x1073
6,590x1053
3,681 x 10-66
O quadro acima é apenas ilustrativo e apresenta para comparação, de um lado o conjunto de valores de Massa e Número de Elétrons constituintes do corpo, definidos pela física
tradicional, logo, com seus valores sendo de caráter real, como já apresentado no item 5-2, e
de outro lado os valores de Energia, Frequência e Comprimento de Onda obtidos a partir da
massa real do planeta pela equação Relativista de Einstein.
Os únicos parâmetros que a primeira vista podem chocar o leitor, é a colocação em um
mesmo quadro, a participação de dados REAIS como as massas dos planetas e seus respetivos
números de elétrons constituintes, juntamente com dados puramente relativistas, logo, subjetivos. A equação relativista de Einstein é usada apenas para o cálculo do valor da ENERGIA
de cada corpo celeste em função de suas massas. A partir dos valores das Energias de cada
corpo, sua frequência e seu comprimento de onda são calculados pelas equações da teoria
Ondulatória.
Assim, se a quantificação de Energia para determinada massa, calculada pela equação
de Einstein estiver certa, os demais valores obrigatoriamente também estariam, por serem
obtidos por equações conhecidas e sacramentadas da parte ondulatória. Até ulterior comprovação da equação relativista, os valores da Energia, da Frequência e do Comprimento de Onda dos corpos são EQUIVALENTES.
55
7 – 3 - Avaliação da possível variação da massa dos Planetas pelos fótons
Após as avaliações mais simples feitas anteriormente sobre as tabelas onde são mostrados os valores “Equivalentes” de massa dos fótons e de frequência das partículas materiais,
e da avaliação dos conceitos de termodinâmica aplicadas ao Universo, temos que tentar prever
ocorrências possíveis, no caso das colisões entre onda e partícula realmente transferirem massa para a partícula material, conforme previsto pela equação relativista proposta por Einstein
(E = m.c2). Segundo a relatividade a quantificação de massa nos fótons, implicaria no aumento de massa do corpo receptor da colisão desse fóton.
Para materializar o fenômeno e poder quantifica-lo, temos que fazer algumas operações matemáticas bastante simples. Para o exemplo, vamos considerar o nosso planeta, a nossa moradia, a Terra, da qual mais se conhece dados. E também o nosso Sol, nosso abastecedor
de energia e, no final das contas, de nossas vidas.
Sabe-se que a Terra tem uma área externa de:
- A = 510.000.000 Km2
ou na forma:
A = 5,1 x 108 Km2
Pode-se transformar em unidades menores, tais como:
- A= 5,1x108 (1.000)2 m2
ou
A = 5,1 x 1014 m2
- A = 5,1 x 1014 (1.000 mm)2
ou
A = 5,1 x 1020 mm2
- A = 5,1 x 1020 (1.000 m)2
ou
A = 5,1 x 1026 m2
- A = 5,1 x 1026 (1.000 nm)2
ou
A = 5,1 x 1032 nm2
Assim, os valores calculados indicam que a superfície da Terra pode ser expressa em
qualquer das unidades indicadas, ou seja, em:
- Km2
(Quilômetro quadrado)
- m2
(metro quadrado)
- mm2 (milímetro quadrado)
- m2 (mícron quadrado)
- nm2
(nano quadrado)
A razão de se obter área expressa em unidades tão pequenas, é para facilitar o raciocínio e a manipulação dos valores que vão ser feitos a seguir.
Como os fótons emitidos pelo Sol, pelo menos ao chegar aqui, estão na faixa do visível pelo homem, compreendida entre 400 e 800 nm, ou seja, 4 a 8 x 10-7 m, e como 1 nano
mede 10-9 m, perde o sentido fazer avaliação da recepção de fótons em área de 1 nm2, já que o
56
comprimento de onda da luz que nos chega é bem maior que 1 nm. Assim, podemos avaliar o
recebimento de fótons nessa faixa de comprimentos de onda na área de 1 m2 (mícron quadrado), pois o m mede 10-3 mm, logo, 10-6 m.
Assim sendo, consideremos a emissão de fótons pelo Sol, todos com o mesmo comprimento de onda, e vamos usar o valor médio da faixa visível (550 nm).
daí:
Esse fóton com ʎ = 5,5 x 10-7m vai apresentar ʋ = c / ʎ daí: ʋ = 3.108 /5,5.10-7
: ʋ = 5,454 x 1014 Hz
E = h x ʋ logo: E = 6,626 x 10-34 x 5,454 x 1014
E = 3,6 x 10-19J
Pela Relatividade a “massa” (ME) desse fóton será: m = E / c2 que no caso presente será de:
m = 3,6 x 10-19 / (3 x 108)2
m = ME = 4,0 x 10-36 Kg
Considerando o Sol emitindo fótons na frequência de ʋ = 5,454 x 1014, chegarão a
superfície da Terra o número 5,454 x 1014 fótons por segundo em cada m2. Mesmo considerando a metade da área da Terra a receber os fótons, já que a outra metade estará do lado oposto e só receberá os fótons quando a parte que recebeu estiver lá, teremos que:
Nº de fótons x área = ½ x 5,1 x 1026 x 5,454x1014 = 13,908 x 1040
Se cada fóton colidir e transferir sua massa para a Terra, esta aumentará sua massa em:
m = 13,908 x 1040 x 4,0 x 10-36 = 55,63 x 104 Kg /s
ou seja, a Terra aumentará sua massa em 55,63 x 104 = 556.300 Kg/s, ou seja,
m = 556 toneladas por segundo.
Isto é conseguido com fótons visíveis, com comprimento de onda em torno do valor
médio da faixa de comprimentos visíveis. Claro que com fótons de menor comprimento de
onda, esse aumento será muito mais significativo.
Evidentemente isso tudo é um absurdo. Entretanto, pela relatividade, baseado no efeito
fotoelétrico, deveria acontecer. O não acontecimento de algo que pode ser admitido e previsto
pela relatividade, abre uma séria questão sobre ela.
57
7–4-
Avaliação das Tabelas e Valores Obtidos
A análise dos itens anteriores nos permite obter algumas evidências em relação a conceitos de certo interesse, principalmente no tocante a COMPARAÇÕES.
Inicialmente, ao reduzir tudo a seus equivalentes em ELÉTRONS, podemos dizer que
são números absolutos, pois não foram obtidos através da equação relativista de Einstein já
que os valores utilizados de Massa dos corpos celestes e a massa do elétron são calculados
pela física convencional, não utilizando os conceitos relativistas.
Dessa forma, quando se optou por definir as massas dos corpos em seu respectivo
NÚMERO DE ELÉTRONS, estamos ainda na física clássica.
Acredito estar, a partir de agora, numa situação de cálculos que podem vir a ser altamente
controvertidos em relação a serem ABSOLUTOS ou RELATIVISTAS. Isso porque estou
reduzindo tudo a número de elétrons, que é obtido pela divisão do valor da massa do corpo
(que é ABSOLUTO) pelo valor da massa do elétron (que é ABSOLUTA).
Por outro lado, a partir da massa dos corpos, embora sejam ABSOLUTAS, obtém-se através
da equação relativista o valor da Energia do corpo, o que impõe que esta energia é Equivalente, assim como os valores de frequência e comprimento de onda obtidos a partir do valor
da Energia, obtida pelo Relativismo.
Entretanto, quando se trabalha com a teoria ondulatória, obtém-se a Energia de uma
onda através de seus valores intrínsecos que são frequência e/ou comprimento de onda, cujos
valores são absolutamente reais.
Portanto, a única interrogação em todo esse mar de cálculos e pensamentos, é somente
a definição da validade ou não da equação relativista de Einstein: E = m x c2, que o item anterior acabou de mostrar que a famosa equação parece ser apenas um equívoco.
Outro ponto a ser considerado é que o último quadro de valores deste capítulo, não
deve ser avaliado graficamente, não porque mistura dados reais com dados relativistas, mas
sim porque todas as curvas terão o mesmo formato, já que todas as colunas foram obtidas a
partir da primeira delas sempre com o mesmo fator de transformação.
O não acréscimo de massa nos receptores de fótons emitidos pelo Sol, já deixa a Inter
conversão onda x matéria bastante enfraquecida. Mas até agora estamos nos mantendo somente no campo da Física e prefiro deixar para mostrar todo o conjunto de observações e evidências que puderem ser obtidas, mais para a frente para utilizarmos os conceitos da Física junto
com os da Química.
Após a avaliação Química, a ser feita mais adiante, tentaremos fazer uma análise profunda no sentido de validar ou não a equação relativista, comparando os conceitos atuais (Físicos) com a apresentação de mais alguns questionamentos obtidos através da Química.
58
8-
GRAVITAÇÃO: CONTÍNUA OU QUÂNTICA?
Há mais de meio século, os cientistas ligados ao estudo do Universo, sua origem, seu
desenvolvimento e afins, falam na busca de uma equação unificadora.
A razão disso é muito simples: através dos séculos e séculos, os homens de ciência
sempre lidaram com eventos de todas as naturezas e formas, sempre com tudo sendo considerado CONTÍNUO. Até que em fins do século XlX e início do século XX, começando com
Hertz e concluído por Einstein, apareceu o inesperado DESCONTÍNUO, fenômeno detalhado
no capítulo 6.
O aparecimento do quântico em contraposição ao já sacramentado contínuo, chegou
ao ponto de levar Einstein a pronunciar sua famosa frase: “Deus não joga dados”.
O ser humano não gosta desse tipo de convivência aparentemente paradoxal (ou realmente paradoxal, não sei bem). O próprio Einstein foi o primeiro a tentar se desvencilhar dessa obrigação, apresentando uma equação que inter relaciona onda e matéria, deixando transparecer que o Universo seja UNO, ou seja, tanto matéria quanto ondas acabam sendo a mesma
coisa.
Esse assunto precisa de uma reflexão profunda, detalhada, para não se incorrer no erro
da precipitação. A primeira pergunta a ser feita “é: afinal, o que é o contínuo e o que é realmente quântico?”
A resposta não parece ser simples como pode se pensar de imediato. O homem lida
com determinadas coisas que considero altamente paradoxais, e todos aceitam sem nenhum
questionamento. Por exemplo, vamos lembrar alguns eventos considerados contínuos:
- um trem se deslocando suavemente sobre os trilhos, em sua velocidade de 70 Km/h, que
equivale, em números redondos, a 20 m/s. Evento considerado contínuo por todos.
- um avião se deslocando pelo ar entre dois pontos quaisquer, em sua velocidade cruzeiro de
900 Km/h, que equivale a aproximadamente 250 m/s. Evento também considerado absolutamente contínuo por todos.
- a atração gravitacional do Sol sobre cada planeta do nosso sistema, por exemplo, também é
considerado absolutamente contínuo.
Todos esses exemplos, como quase todos os eventos que ocorrem com matéria e em
baixas velocidades são unanimemente considerados como sendo eventos contínuos.
De outro lado, temos vários outros exemplos que contrastam com eles, deixando uma
nuvem espessa sobre uma possível divisão contínuo versus quântico.
59
Assim, a par dos exemplos “contínuos acima” podemos citar inúmeros outros que todos consideram inquestionavelmente quânticos, sem nenhuma indagação sobre o intervalo de
“tempo” em que ocorrem duas sucessivas ações do mesmo evento.
O primeiro bom exemplo, conhecido por todos, é o funcionamento de uma lâmpada de
filamento, em que a corrente elétrica é consumida para excitar os elétrons da última camada
para um nível energético superior e, como lá ele é instável, cai de volta para seu nível energético estável, emitindo esse quantum de energia em forma de fóton na faixa do visível; este
evento se repete um número de vezes assustadoramente alto durante cada segundo (cada tic
tac do relógio), da ordem de 400 a 800 trilhões de vezes. Isto quer dizer que de cada fóton
emitido, o elétron excitado, retorna a posição original em um tempo correspondente a um trilionésimo de segundo (0,0000000000001 s). E isto todos sabem que é DISCRETO (ou descontínuo).
Emissões de radiações eletromagnéticas de maiores frequências, como raios X e raios
 por exemplo, com frequência da ordem de 1022 Hz (dez sextilhões), ou seja, são emitidos
dez sextilhões de unidades por cada segundo nosso (cada tic tac), o que equivale a um lançamento a cada 0,00000000000000000000001 s. Unanimemente conceituado como um evento
DISCRETO.
Depois dessas avaliações estapafúrdias, me cabe perguntar: o homem realmente tem
capacidade de distinguir entre o contínuo e o quântico?
Se tem, gostaria de tomar conhecimento de qual o valor limite de separação entre as
duas situações, ou seja, até que valor é quântico e a partir de que valor passa a ser contínuo.
Dessa forma, não me parece muito consistente procurar desesperadamente uma equação que liga nada a coisa nenhuma. Afinal, o que seria uma “equação quântica da gravidade”?
Que intervalo entre as emissões das ondas atrativas, sejam os grávitons ou lá o que seja, terão
que ter um intervalo que, por menor que seja, não o qualificaria como quântico? Sinceramente, me parece mais uma discussão acalorada para definir o sexo dos anjos!
No nível em que ocorrem os intervalos entre as emissões, de até sextilhões de vezes
por cada tic tac do relógio, considero preciosismo demais tentar traçar uma linha divisória
entre ambos. Minha opinião pessoal é que “o que não existe é o contínuo”! O que existe é
sempre o quântico, mas com intervalos tão curtos que fogem a capacidade de análise do ser
humano. O mesmo raciocínio foi feito por Einstein com sua equação:
m = mo / [(1- (v/c)2]1/2
tentando mostrar que nada pode se deslocar em velocidade superior a da luz, já que nela a
massa em movimento atinge valor infinito. (Mais adiante mostro que esta equação parece não
ser correta).
60
Entretanto, podemos fazer um raciocínio prático: o infinito não existe, ele é apenas
uma tendência para o qual caminham os valores calculados por determinadas equações matemáticas, que crescem indefinidamente. Por essa razão talvez se possa considerar que o contínuo nada mais é do que o limite para o qual tende o quântico, quando o intervalo entre as
emissões tende para zero.
De qualquer forma, essa busca me parece mais um cão correndo atrás de seu próprio
rabo. Afinal, para quem aceita a equação relativista da interconversão onda-matéria de Einstein, basta saber que a expressão analítica da lei da gravitação universal é:
F = G x M1 x M2 /d2
e nela, trocar os valores das massas dos dois participantes considerados por seus correspondentes valores em função de Energia, Frequência ou Comprimento de Onda, conforme já foi
visto no capítulo 6.
Já para quem não a aceita, utilizará sempre os conceitos separados. Da minha parte,
como descrevi neste capítulo, não acredito na existência do contínuo, e sim que tudo é quântico, sendo a coexistência fruto apenas da incapacidade de análise do homem, que fosse suficiente para saber o valor aproximado, mas real, do limite para o qual o quântico tenderia no
caso do intervalo entre as sucessivas emissões tender a zero.
Pelos valores apresentados no presente capítulo, o bom senso indica que a curva tende
a ser assintótica ao eixo de coordenadas, o que impõe que o realmente contínuo só será alcançado no infinito, logo, na minha opinião, ele Não existe. O que existe na realidade é apenas o quântico com sua curva assintótica ao eixo das abcissas, logo, jamais alcançará o “absolutamente contínuo”, pois isso só é possível quando o intervalo entre as ações do evento for
exatamente ZERO. Como esse valor só pode ser alcançado no infinito, que é apenas um artifício matemático para descrever aquilo que não pode ser atingido, ou seja, não tem existência
real, então isso invalida a possível existência do contínuo.
É claro que para os relativistas, nada disso interessa, pois consideram possível quantificar “massa em onda” e vice verso. Para estes, basta quantificar as massas envolvidas na equação, em suas correspondentes formas de Energia, logo, opcionalmente em frequência ou
comprimento de onda, e substituir na referida equação tradicional, que terão sua tão sonhada
“equação quântica da gravitação”
Como Químico isto até chega a me assustar um pouco. Passei minha vida profissional
já com cinquenta anos (mais os cinco da Faculdade), trabalhando a maior parte do tempo no
meio rodoviário, sempre em laboratório de controle e projetos, fazendo análises químicas de
asfalto etc, ao mesmo tempo que viajava todo o Estado para controlar os traços feitos no labo61
ratório, calibrar usinas de asfalto, etc. Então me acostumei desde cedo, recém formado até a
idade bem madura, a trabalhar simultaneamente com dois extremos: no laboratório fazia análises químicas com amostras de centigramas ou miligramas, separando-o em frações onde se
obtinham frações com bem menos de um miligrama, ou seja, da ordem de micro gramas. Dalí,
duas vezes por semana ia dar uma geral nas obras, calibrar usinas, estabelecer quantitativos
para determinados serviços, quando lidava com quantidades “um pouco diferentes” tais como
mil e quinhentas toneladas por dia, aterros de vinte mil metros cúbicos, e por aí afora. No início do exercício profissional isso até me assustou um pouco, mas como o homem é um animal
de adaptação, logo passei a lidar com micro gramas ou milhares de toneladas com perfeita
distinção entre ambos, descobrindo desde cedo que somos seres de uma vida absolutamente
equidistante do grande e do pequeno, ou seja, do macro e do micro.
Por essa razão, fico ainda hoje um tanto perplexo quando vejo tanto cientista genial se
preocupar com tais coisas. Sempre percebi uma certa dificuldade das pessoas comuns em lidar
simultaneamente com o micro e o macro. Muitas vezes perguntei para diversas pessoas, de
diversas formações (inclusive inclui isso num trabalho que escrevi em 1.991) que era o seguinte:
- sem fazer contas, claro, só no sentimento, quantos segundos (tic tac) do relógio se passaram
desde que Jesus nasceu até hoje? As respostas variavam de trilhões a quintilhões de segundos. Em seguida perguntava:
- uma lâmpada de filamento de tungstênio recebe a corrente que excita o elétron periférico
que é enviado ao nível acima dele; como lá ele é instável, ele retorna ao nível original e, nesse
salto de volta, emite um quantum de luz com esse mesmo valor energético. Essa operação se
sucede quantas vezes a cada segundo? Geralmente as respostas iam de milhares a alguns aventureiros que chegavam a milhões!
Quando sabiam dos resultados certos, a maioria ia conferir por não acreditar que:
- desde que Jesus nasceu até hoje passaram-se pouco mais de sessenta bilhões de segundos
(mais ou menos seis por cento de um trilhão), enquanto,
- a excitação e retorno do elétron do filamento com emissão de fótons, ocorre entre quatrocentos e oitocentos trilhões de vezes por cada segundo.
Concluí que o homem costuma manter o cone de visão raciocinativa de seus neurônios
muito próximos dos limites do seu entendimento das coisas do dia a dia. Daí a dificuldade
com que os seres humanos lidam com coisas tão disparatadas, pois parece que seus neurônios
perdem a capacidade de lidar com essas monstruosas diferenças, e apresentam lentidão demasiada quando tem que pensar entre limites muito fora dos seus limites cotidianos.
Foi só por essas razões que coloquei meu questionamento constante do capítulo 8 que,
com mil perdões de todos, considero a famosa discussão do sexo dos anjos.
62
9-
AVALIAÇÃO QUÍMICA DO UNIVERSO
Até agora o trabalho se referiu muito pouco a parte puramente Química. Creio ser a
química muito importante porque o relativismo é baseado fundamentalmente no efeito fotoelétrico.
A partir da consideração de que onda tem massa e partícula tem comprimento de onda,
foi gerado todo o resto da teoria da relatividade. O efeito fotoelétrico foi mostrado no item 61- a, a partir de vários autores buscados na internet. O resultado é bastante lógico e realmente
leva às conclusões que foram tiradas.
Entretanto, acredito que esse evento precisa ter uma avaliação mais profunda sob o
ponto de vista puramente químico.
Depois de termos avaliado a defasagem em que vivemos em relação a qualquer ponto
de referência que queiramos adotar, e de ter passado uma vista panorâmica sobre matéria e
sobre ondas, quando se buscou algum entendimento da ligação entre eles, proposta por Einstein através de seu relativismo, vamos mais a frente entrar em algumas considerações bastante
subjetivas, que incomodam o desenrolar da vida dos seres humanos.
Podemos fazer uma avaliação com alguma segurança ou, pelo menos, podemos tentar
questionar as coisas de um ponto de vista racional, de tal forma que possa abrir caminho para
outros questionamentos e, quem sabe, mais a frente possa até levar ao esclarecimento de alguns pontos bastante nebulosos de nossas vidas.
É claro que nossa vida, assim como o Universo como um todo, com toda a complexidade que envolve ambos, não podem ser definidos com tanta simplicidade ou através de uma
equação simples e mágica.
Entretanto, depois de cinquenta anos de exercício profissional na área da química,
tendo trabalhado em setores diferentes, e tendo sido sempre um observador da natureza e um
incansável buscador de evidências da existência ou não de um Criador, cheguei aos meus atuais 73 anos como um verdadeiro “poço de dúvidas e questionamentos”. Mas ao mesmo tempo, creio que se algum dia o ser humano conseguir chegar ao esclarecimento de tudo isso que
nos envolve, tenho bastante evidências de isso não se dará através de complicadíssimas equações diferenciais ou integrais, inacessíveis a esmagadora maioria dos homens. As soluções
que já conseguimos encontrar na natureza, são sempre simples e lógicas, passíveis de serem
entendidas por cientistas e por leigos através da explanação simplória de sua filosofia. Sua
quantificação sim, é que poderá ser feita através de cálculos bastante complexos, ficando limitados aos poucos (comparados com a população total) que tiveram a sorte ou privilégio de
adquirir esse nível de conhecimento, infelizmente inacessível a maioria dos seres humanos.
Como este capítulo é o fundamental do trabalho, para exprimir a opinião do autor, ou
seja, procurar saber se ela está certa ou equivocada, vamos procurar desenvolver o capítulo
63
com a maior cautela possível e da forma mais didática que se conseguir para, no final tentar
obter conclusões ou, pelo menos, evidências que tenham amparo científico.
Pelas razões expostas e pela importância da sequência e da didática, este capítulo será
subdividido em itens como mostrado:
- inicialmente (item 9-1)vamos apresentar um pequeno resumo sobre os conceitos de Termodinâmica, especialmente Entropia que afinal de contas é o princípio que regula tudo e que
direciona os eventos;
- o segundo, que na verdade inclui terceiro e quarto questionamentos, abrangidos pelos itens
9-2; 9-3 e 9-4 é o mais longo e provavelmente o mais cáustico, mais polêmico, e que pode ter
causado bastante complicação no andar das coisas, será a avaliação do ponto de vista “químico” sobre os efeitos fotoelétrico e Compton e a Proposta de De Broglie.
- o quinto questionamento é em relação a se ver tudo AZUL quando se olha para o céu e o
efeito Estufa.
- o sexto questionamento é sobre a aniquilação através da colisão de matéria com sua anti
matéria.
- o sétimo questionamento é sobre a determinação do valor da massa relativista proposta por
Einstein.
- o oitavo questionamento é um conjunto de avaliações feitas pelo autor, já com vistas a futuras Propostas a serem feitas mais a frente, e constam de:
- considerações sobre as equações relativistas;
- o porque da escolha da velocidade da luz como limite de deslocamento;
- os referenciais, para possível mudança futura;
- estudo das ondas eletromagnéticas com amplitude;
- avaliação do átomo e proposta de novo modelo.
64
9–1-
O Estudo da termodinâmica
9–1-a-
Avaliação Termodinâmica: Os Princípios
Sabemos que nossa vida e o Universo que habitamos, são governados por inúmeras
Leis, e creio que não existe a menor dúvida que dentre as principais se encontram os Princípios da Termodinâmica.
Deles, o Primeiro Princípio “a Energia do Universo é Constante” é conhecida de qualquer
ser humano, inclusive com outras definições de outros autores, como por exemplo a lei de
Lavoisier “na natureza nada se perde e nada se cria, tudo se transforma”. Esta lei não passa de
outra forma de expressar o primeiro princípio da Termodinâmica.
Quanto ao Terceiro Princípio, embora desconhecido de quem não é do ramo das ciências, é
de uma simplicidade enorme, aceito por todos, inclusive pelos leigos após ouvirem sua explicação. Ele diz que “no zero absoluto a Entropia é zero”.
A explicação é simples, mas vamos deixar para o final do item, porque sua explicação é baseada nos conceitos que vão ser explanados a seguir.
O Princípio da Termodinâmica que causa mais confusão ou polêmica é o Segundo, que diz
que “a entropia do Universo tende para um máximo”.
Sabe-se que quase todas as formas de energia têm algum direcionamento, algum sentido atrativo, alguma forma de organização, por isso são sempre negativas. A única exceção é o calor,
que é a forma de energia desorganizada, que por isso é positiva. A representação gráfica Energia x Entropia é feita como na figura abaixo.
10000
9500
9000
8500
8000
7500
7000
6500
6000
5500
5000
4500
4000
3500
3000
2500
2000
1500
1000
500
0
-500
-1000
-1500
-2000
-2500
-3000
-3500
-4000
-4500
-5000
-5500
-6000
-6500
-7000
-7500
-8000
-8500
-9000
-9500
-10000
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
200
65
A representação desses dois tipos de energia pode ser feito através das duas curvas
mostradas, sendo que a energia organizada, ou de ligação (que é direcionada, atrativa, logo
sempre negativa) que começa com valor infinitamente negativo (- ∞) e termina assintótica ao
eixo das abcissas, enquanto a energia desorganizada, caótica (entrópica) começa na origem
(valor zero no ponto de temperatura 0ºK), e apresenta sempre valores positivos, que começa
em zero e tende ao infinito. O eixo das abcissas é de temperaturas absolutas (Kelvin), e em
cada ponto da abcissa, a soma dos valores é constante, e cada gráfico desses é válido para
cada material existente.
Fica claro que o gráfico para representar o comportamento de qualquer substância
desde 0ºK até o infinito, para estar completo tem que apresentar em ambas as curvas (tanto a
de Energia quanto a de Entropia) dois pontos de interrupção (na mesma temperatura) onde os
dois parâmetros vão subir de forma reta, ou seja, vão variar sem alterar a temperatura, que
correspondem às mudanças de estado (fusão e evaporação) onde é utilizado o calor latente de
cada um. Logo após este ser consumido, volta a variar a temperatura.
É evidente que a contribuição para o caos, desordem, entropia (que são sinônimos) não
é dada somente pela energia desorganizada (calor), mas também por qualquer tipo de movimento. Por essa razão, o abaixamento da temperatura leva até o zero absoluto, onde o grau de
rigidez das ligações é máximo, de tal forma que tudo a 0ºK é considerado um cristal perfeito.
Por não ter nenhuma possibilidade de movimento de qualquer natureza, sua estrutura espacial
é invariável, ou seja, só existe aquele arranjo possível, logo, a probabilidade de estado é 1.
Como a Entropia é o logaritmo da probabilidade, e este é 1, então como log 1 = 0, a entropia é
zero. Nesse ponto, o valor da energia organizada (coesiva) é infinitamente grande, mas com
sinal negativo.
A partir daí, qualquer quantidade de energia desorganizada (calor, movimento, etc)
fornecida ao sistema, faz ao mesmo tempo “diminuir a energia coesiva” chamado normalmente como “aumento da energia” e, por outro lado, aumentar positivamente a entropia.
O fato de se dizer aos alunos que o fornecimento de calor ao sistema “aumenta a energia” e “aumenta a entropia” sem a devida explicação do fato, me parece que sempre gerou
muita confusão entre os alunos. É claro que a afirmação é correta, mas sabendo-se o que significa cada “aumento” desses, se não, causa muita confusão.
Como a energia organizada é negativa, e varia de - ∞ até zero, seu “aumento” na verdade é sua aproximação ao seu valor limite superior que é zero! Assim, como exemplo simplório para os leigos, quando se fornece calor a um sistema que tenha energia de 20 J/mol,
que na verdade seu conteúdo de energia organizada é - 20 J/mol. Assim, fornecendo calor ao
sistema no valor de 15 J/mol, o aumento real operado na energia organizada, leva esse valor
para - 5 J/mol, o que faz com que a coesão do sistema diminua, logo, aumenta sua desorganização.
Contrariamente, se o sistema tem entropia de 10 unidades e você fornece 15 unidades, o valor
da entropia passa de 10 para 25 unidades POSITIVAS, ou seja, fica mais desorganizado.
66
Muitas vezes é feita uma confusão de conceitos no caso do aumento da entropia através dos movimentos. De um modo geral os leigos atribuem ao termo “movimento” o deslocamento da partícula (ou de qualquer sistema) de posição no espaço tridimensional.
Mas é preciso lembrar que no estudo de Termodinâmica torna-se bastante claro que os
movimentos da matéria que contribuem para o aumento da Entropia do Universo são de três
tipos:
Movimento Translacional
Movimento Rotacional
Movimento Vibracional
É claro que a participação de cada um fica amarrado em função dos graus de liberdade
existentes. A conceituação filosófica da Entropia não é difícil de ser compreendida: ela é ligada ao conceito de probabilidade intrínseca do sistema.
Sabe-se que o aumento da temperatura aumenta o conteúdo energético (energia térmica) do sistema, sendo que a partir de determinada temperatura, onde a energia coesiva deixa
de ser importante, passa a importar a energia entrópica, medida pelo caos de posição das partículas do sistema.
Deve ficar claro que quando se fala em mudança aleatória (caos) de posição das partículas do sistema, isto não obriga a uma troca na posição que cada partícula ocupa no espaço
tridimensional em relação às outras partículas: esta é somente uma das formas de manifestação do caos de posição, chamado deslocamento translacional. Mas existem também os movimentos de rotação e de vibração das partículas: o de rotação faz a partícula girar em torno de
um de seus eixos de rotação, o que não envolve mudança de posição no espaço tridimensional
e finalmente o movimento vibracional, pelo qual, cada duas unidades de uma mesma partícula
vibram (movimento de vai e vem) em torno de um ponto médio, sendo que a excitação desse
movimento pode ampliar a frequência dessa vibração ou aumentar sua amplitude. Para o
aumento da desordem (caos) do sistema, a quantidade de calor (q) recebida do universo e que
gera o aumento do conteúdo térmico do sistema, deve ser distribuído às partículas em forma
de pacotes de energia (quanta energéticos) distribuídos ao acaso em função dos graus de liberdade existentes (translacional, rotacional e vibracional) e do espaçamento energético de
cada grau de liberdade. Isto também fica explícito a partir da teoria da capacidade calorífica
de Einstein-Debye, segundo a qual: “a entropia das oscilações é tanto maior quanto menor for
a rigidez do enlace”. Isto significa que se o enlace entre duas partículas (dois átomos) é menos rígido, o par pode vibrar mais livremente, além de uma das partes poder girar em relação
a outra parte. Logo, no mesmo intervalo de tempo considerado, haverá mais variações nas
posições possíveis para o conjunto, o que confere ao sistema uma maior probabilidade intrínseca, logo, uma maior entropia. Portanto, o aumento da rigidez do enlace, seja pela multiplicidade de ligações entre seus constituintes, seja pelo aumento da coesão (gerado pela diminuição da temperatura), além de dificultar a oscilação (vibração), impede a rotação de uma parte
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da partícula (molécula) em relação a outra, diminuindo muito a probabilidade intrínseca do
sistema, logo, diminui muito sua entropia.
Como a 0 0K é atingida a maior rigidez possível entre as ligações, já que elas se tornam tão rígidas que acabam todos os graus de liberdade, fica óbvio que nesse ponto a entropia
será nula.
Logo, pode-se concluir que a entropia de um sistema é tanto maior quanto maior for a
probabilidade de estado desse sistema. E, como se viu, a maior probabilidade intrínseca de um
sistema depende da maior probabilidade de alterações nas posições dos elementos constituintes do sistema, que por sua vez, é tanto maior quanto maior for a agitação térmica do sistema,
logo, maior seu conteúdo térmico.
A influência da temperatura na Entropia pode ser bem compreendida na sequência de
comportamentos da desordem de um gás quando o mesmo baixa a temperatura, conforme
encontrado nos livros texto de físico-química, descrito como segue:
- quando um gás é resfriado, sua entropia diminui. Isto porque, com a diminuição da temperatura a energia a ser distribuída em forma translacional (cujo valor é 3/2. kT) é cada vez menor, logo, a desordem de movimentos diminui, como também há restrição aos graus de liberdade rotacional e vibracional. Em todos três graus haverá cada vez menos estados excitados
ocupados.
- quando um gás se liquefaz, sua entropia diminui drasticamente. Na temperatura onde o gás
se condensa, a translação das partículas é muito mais restrita, diminuindo drasticamente a
desordem de posição; diminuem menos a rotação e a vibração.
- quando um líquido é resfriado, sua entropia diminui. O abaixamento da temperatura restringe mais ainda o movimento molecular do líquido e os estados de energia ocupados é cada vez
menor, diminuindo portanto, a desordem de movimentos.
- quando um líquido se solidifica, sua entropia diminui drasticamente. Na solidificação as
moléculas se distribuem regularmente no retículo cristalino, perdendo mais liberdade de movimento, mantendo tão somente os modos normais de vibração do cristal, mas refletindo a
rigidez e a regularidade do estado sólido.
- quando um sólido se resfria, sua entropia diminui. Como no estado sólido já não existem
mais os graus de liberdade translacional e rotacional, o abaixamento da temperatura vai diminuindo progressivamente o movimento vibracional das moléculas em torno de suas posições
de equilíbrio, diminuindo portanto, a desordem de movimento (a desordem de posição já não
existe no estado sólido). A 00K todo movimento desordenado deve cessar, já que cada molécula adquire posição fixa no retículo cristalino, não havendo nem vibrações caóticas excitadas
e o sistema fica isento de qualquer tipo de desorganização, logo, só existe um arranjo possível, que corresponde ao cristal perfeito. Como a entropia é o logaritmo da probabilidade, com
um só arranjo possível (P=1, logo, lnP=0) a entropia do sistema é zero.
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Esta explicação atende ao início do item, quando do enunciado do Terceiro Princípio
da Termodinâmica
Pelo exposto pode-se entender a importância da vibração das partículas constituintes
de um corpo na sua contribuição para o aumento da Entropia do Universo. Mesmo sistemas
sem nenhuma possibilidade de movimento rotacional nem de movimento translacional, pode
estar contribuindo bastante para a entropia do Universo.
9–1-b-
Como Avaliar Termodinamicamente um Evento
Quando se vai estudar um sistema do ponto de vista da Termodinâmica, para muitos
parece uma coisa muito difícil e complexa. Mas na verdade, a avaliação termodinâmica de um
evento, embora existam casos de grau de dificuldade bem razoável, mas conduzindo o estudo
com consciência e sabendo quais as diretrizes a serem seguidas e que condições o resultado
final tem que atender obrigatoriamente, a condução do estudo pode ser facilitada.
A primeira grande questão no estudo da Termodinâmica é que as leis a serem respeitadas dizem respeito sempre ao Universo, como um todo. Por essa razão, o estudo é conduzido
por uma divisão simbólica, que permite a realização do estudo de forma muito mais accessível.
Dessa forma, conduzimos o estudo de uma maneira bastante simples e objetiva: o evento que se quer estudar (avaliar, quantificar, etc) seja ele qual for, ele faz parte do Universo.
Então DIVIDIMOS o Universo em duas partes: uma delas é o evento a ser estudado e a outra
parte é o RESTO DO UNIVERSO. Claro que a soma do evento mais o resto do Universo,
forma o Universo que, como um todo, é subordinado às leis da Termodinâmica.
Dessa forma, se queremos estudar uma reação química, ela é uma parte e a outra parte
é TUDO do Universo que não ela. Assim:
Evento (reação química) + Resto do Universo = Universo.
Assim, vamos exemplificar com dois tipos de reação química de características opostas e avaliar o comportamento de cada parte do Universo.
Primeiro: Examinemos uma reação química qualquer que seja EXOTÉRMICA. Uma reação
exotérmica é aquela que depois de realizada fica com seu conteúdo de energia coesiva mas
forte, ou seja, aumenta a força de ligação entre as partículas constituintes, logo, seu conteúdo
de energia “organizada” aumenta, o que significa que o sistema passa de um valor inicial para
um valor final maior numericamente mas sem esquecer o sinal negativo. Não nos esqueçamos
que ao aumentar a energia coesiva, diminui a temperatura e o valor da energia passa do valor
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original para um valor entre ele e o infinito negativo (por ex, sai de - 30 unidades para – 55
unidades.
É claro que isso traz uma consequência séria para o Universo: uma parte sua aumenta
a coesão, logo, obrigatoriamente Diminui a Entropia. Mas como vimos antes, quem tem que
obedecer a lei é o Conjunto, o Universo, e pela relação:
Evento (reação química) + Resto do Universo = Universo
basta procurar descobrir o que aconteceu com o resto do Universo. Como a reação “aumentou” negativamente a energia do sistema, significa que essa diferença em forma de calor, ou
seja, de energia desorganizada, foi exportada para o ambiente, ou seja, para o “restante do
Universo”, em forma de entropia.
Assim sendo, o conjunto, ou seja, o Universo como um todo, obtido pela soma de um
sistema que perdeu entropia com o seu restante, que no caso presente recebeu essa entropia,
então o conjunto atende ao segundo princípio da Termodinâmica, que obriga a que o conteúdo
Entrópico do Universo NÃO pode diminuir, é obrigado a se manter ou aumentar. Nos casos
das reações reversíveis, o valor se mantém, enquanto nos casos de reações irreversíveis o valor da Entropia do Universo AUMENTA. As reações são ditas irreversíveis quando há produção de precipitados ou evaporação de produtos da reação, levando-a a consumir todos os participantes da reação.
Segundo: é o caso das reações ditas ENDOTÉRMICAS. Uma reação Endotérmica é aquela
que aumenta seu conteúdo de energia desorganizada, ou seja, aumenta sua Entropia, como por
exemplo, a dissolução de algum precipitado. A energia desorganizada (calor, entropia) necessária para permitir a ocorrência da reação SÓ tem um lugar onde ela pode ser captada. Como
o conjunto é formado pela reação mais o resto do Universo, a reação só pode adquirir a quantidade de Entropia necessária a sua satisfação, no complemento, ou seja, no resto do Universo.
Claro que o fornecimento de Entropia ao sistema, faz DIMINUIR a Entropia do resto
do Universo. Por essa razão, na mesma quantidade ou quantidade maior, o sistema reação
endotérmica tem que elevar seu nível Entrópico, para manter ou aumentar a Entropia do Universo, formado pelo conjunto.
Qualquer sistema pode ser avaliado termodinamicamente. Como curiosidade, a Termodinâmica que permite o estudo de tudo que exista, inclusive o próprio Universo, NÃO
LEVA EM CONTA O PARÂMETRO TEMPO.
Este fato parece ser um indicativo de que realmente o TEMPO NÃO EXISTE, ele não
passa de uma criação da própria estrutura do espaço.
70
9–2-
9–2–a
Avaliação Química do Efeito Fotoelétrico
Considerações
Nas conclusões dos estudiosos do efeito fotoelétrico, fica sacramentado que um fóton
colide com um elétron participante da estrutura de um átomo, e o arranca da superfície da
lâmina metálica onde ele se encontra. A explicação formal para o efeito fotoelétrico foi dado
por Einstein, baseado em recentes descobertas de Plank de que a emissão de radiações eletromagnéticas, incluindo a luz visível, não é contínua, mas se dá em forma descontínua (saltos),
com quantidades definidas de energia em cada emissão.
Dai, em virtude da colisão de cada um desses “pacotes de energia” com a matéria da
lâmina metálica, Einstein propôs que esses pacotes de energia colidiam com matéria (elétrons), então eles também eram portadores de matéria, eram granulares.
Na explicação do efeito fotoelétrico, Einstein afirma categoricamente que “cada fóton
colide com um único elétron”. Isto parece ser uma afirmação típica de quem considera todos
os átomos de um corpo, ligados entre si com sua estrutura completamente íntegra, desde o
núcleo até seus elétrons mais periféricos. O estudo do efeito fotoelétrico foi feito com finas
lâminas metálicas. Para conseguir um bom entendimento desse efeito, creio ser necessário
antes compreender como funcionam as ligações químicas, primeiro em caráter geral, para
depois mais especificamente as chamadas ligações metálicas, especialmente a teoria das bandas. Depois desse entendimento, voltaremos para a avaliação novamente, já com os novos
conceitos.
9–2- b-
Os Orbitais Moleculares
A teoria das ligações químicas evoluiu muito com o tempo. As ligações químicas estanques da teoria clássica, através de simples emparelhamentos de elétrons, ficaram sem explicar inúmeros fenômenos de natureza energética e espectroscópica. Estas explicações só se
tornaram possíveis com a utilização da teoria quântica, que passou a considerar que na união
de dois átomos, o compartilhamento eletrônico se dá pela combinação dos orbitais atômicos
envolvidos na união. Cada orbital atômico é representado por uma função de onda de Schroedinger (), adaptado ao átomo da teoria ondulatória de Maxwell. Dessa forma, quando da
interligação entre dois átomos, de funções de onda (a e b) ocorre a combinação desses orbitais atômicos com formação de novos orbitais, agora estendidos sobre ambos os átomos, e
que são chamados de “orbitais moleculares”, que constitui a base da (TOM) Teoria dos Orbitais Moleculares.
71
O orbital molecular pode ser descrito pela combinação linear (soma ou diferença) entre as funções de onda dos orbitais atômicos dos dois átomos envolvidos na ligação.
Combinação das funções de onda do orbital 1s do hidrogênio
+ = N {1s(A) + 1s(B)}
- = N {1s(A) – 1s(B)}
A combinação de dois orbitais atômicos pode ocorrer em proporções variadas, de modo que na soma ou diferença entre as funções de onda dos átomos, cada um entra com seu
coeficiente equivalente. Quando os orbitais são equivalentes, os coeficientes são iguais, como
por exemplo, os dois orbitais atômicos 1s do hidrogênio na formação da molécula de H2.
Quando a diferença de energia entre os orbitais aumenta, os coeficientes diferem cada
vez mais, de modo que, quando um dos coeficientes é muito maior que o outro, ele é dominante e o orbital molecular se assemelha muito a ele. Ex: (a e b) ocorre que se a>>>>b, a
participação a é dominante de tal forma que o orbital Molecular ab se assemelha muito ao
orbital atômico a. A consequência disso é que nas ligações por emparelhamentos de elétrons,
a distribuição da nuvem eletrônica não é equitativa em relação aos dois participantes da ligação, podendo ficar estatisticamente muito mais tempo mais próximo a um deles; este fato é
diretamente proporcional a afinidade eletrônica (eletronegatividade) entre os elementos. Como exemplo, na molécula de HCl a nuvem do orbital molecular fica estatisticamente muito
mais tempo próximo ao átomo de cloro, o que causa um certo “desnudamento” do átomo de
hidrogênio, logo, forma uma molécula com “polaridade”, ou seja, uma parte com maior concentração de carga negativa e outra parte (a do hidrogênio desnudado) com maior concentração de carga positiva.
A solução da equação de Schroedinger (que só é possível por sucessivas aproximações) conduz sempre a dois valores de energia possíveis (E+ e E-) correspondentes as combinações por soma ou por diferença entre as funções dos orbitais atômicos.
A solução E+ tem valor energético muito mais baixo (mais altamente negativo) por ser
oriunda da soma dos orbitais atômicos, ficando o par eletrônico estatisticamente mais tempo
no espaço entre os átomos constituintes, formando uma nuvem simétrica em torno do eixo
inter-núcleos) e por isso é chamado orbital ligante, já que contribui muito para a aproximação dos componentes do par, enquanto a solução E- provém da combinação oriunda da diferença entre os orbitais atômicos, quando o par eletrônico fica estatisticamente mais tempo dos
lados externos a ligação, deixando os núcleos desnudados e sujeitos a repulsão de seu par, e
por isso é chamado de orbital antiligante.
Neste ponto creio ser necessário lembrar o conceito de energia e entropia explanado
anteriormente.
72
Quando se diz que o orbital tem menor energia significa, como visto, que seu nível de
energia coesiva (atrativa, aproximativa, ligante) está com o valor numérico muito maior, mas
sem nos esquecermos que ela é NEGATIVA, ou seja, quanto mais baixa for a energia, mais
próxima de - ∞ (infinitamente negativo). Quanto maior for o nível energético, mais próximo
ele está de Zero, que nesse caso equivale a uma distância infinita do núcleo, pois nesse ponto,
termina a ação do campo de atração elétrica exercida pelo núcleo sobre o elétron, o que equivale a ionização do átomo, logo, a energia ZERO equivale a distância infinita entre o elétron e
o núcleo do átomo.
Dessa forma, a quantidade de energia necessária para liberar um elétron de um orbital
ligante ou de orbitais mais internos do átomo, são sempre elevadíssimas. Já a energia para
ionizar o átomo pela exclusão de um elétron de um orbital antiligante é muito menor.
por:
A Ordem de Ligação em todas as ligações formadas pela combinação OM é dada
OL = ½ (B-A)
onde:
• B é o número de elétrons presentes em OM ligantes
e
A é o número de elétrons presentes em OM anti-ligantes
Ordem de Ligação e Estabilidade
• Quanto maior OL, mais estável é a molécula ou o íon e mais curta e mais forte (mais energética negativa) é a ligação química;
• OL= 0 implica que existe um número igual de elétrons nos OM ligantes e anti-ligantes;
• OL > 0 implica que há mais elétrons em orbitais moleculares ligantes.
9– 2 - c –
Energias de Ionização
A energia de ionização ou potencial de ionização é definida como a quantidade de energia necessária para arrancar um elétron da estrutura do átomo. A explicação do efeito fotoelétrico se baseia exatamente nisso. As citações são sempre de que o potencial de ionização
dos metais é baixo. Entretanto, é preciso deixar claro para os leigos, o motivo dessa assertiva.
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Como a energia é sempre negativa, enquanto a entropia é positiva, a ionização de um átomo
consiste no fornecimento de “energia positiva” ao elétron, o que faz com que ele (que tem
conteúdo energético com valor negativo), se aproxime energeticamente de zero, ou seja, se
afaste do núcleo o suficiente para sair de sua região de atração elétrica. A perda do elétron faz
o átomo se transformar em um íon positivo, tendo como uma das consequências, a diminuição
do raio, tendo em vista que passou a ter menos carga negativa que positiva, o que aumenta a
energia de atração do núcleo sobre menor número de elétrons.
Quando do átomo já combinado, formando moléculas, vimos que o compartilhamento
dos elétrons de cada par formado por um elétron de cada átomo, apresenta DOIS níveis de
energia bem distintos: o orbital ligante, que tende a fortalecer a união, e outro orbital, o antiligante, que tem nível energético muito superior (bem mais próximo a zero) do que o ligante.
Quando a diferença de nível energético entre os dois orbitais não é muito grande, qualquer
fornecimento de energia positiva (entrópica) ao sistema, o elétron do orbital ligante ascende
ao orbital antiligante, que fica mais próximo a liberdade (ao nível zero de energia). Assim,
tudo nas ligações metálicas depende do espaçamento energético entre as regiões envolvidas.
9–2- d–
Interstícios da Ligação Metálica e a forma dos átomos
Para obter amparo técnico para avaliar corretamente a interpretação dada ao efeito fotoelétrico, principalmente no tocante a lâminas metálicas, não posso deixar de lembrar um dos
pontos de maior importância para a elaboração do modelo atômico atual. Trata-se da experiência da primeira década do século XX, levada a cabo por Rutherford, Geiger e Marsden.
Observaram que partículas alfa (α) equivalentes ao átomo de Hélio ionizado, ou seja, com
massa 4 e 2 cargas positivas, emitidas a uma velocidade de 20.000 Km/s (vinte mil quilômetros por segundo) sobre uma fina lâmina de ouro, a esmagadora maioria das partículas atravessava a lâmina diretamente ou com pequeníssimos desvios. Isso indicava que os átomos
eram de constituição majoritariamente vazio, permitindo as partículas α atravessarem os átomos sem encontrar obstáculos materiais significativos. Somente um pequeno número delas
eram fortemente desviadas (na proporção de uma para cada vinte mil atiradas) e sempre com
os desvios acima de 90º, com vários rechaçados. O experimento foi repetido usando folhas de
outros materiais e observaram que, quanto maior o peso atômico do material, maior número
de partículas eram espalhadas a grandes ângulos. A explicação foi a existência de pontos de
pequeníssimas dimensões mas com fortíssimo campo elétrico positivo, nos pontos onde havia
desvio dos raios α. Daí a proposta do modelo de átomo por Rutherford com o diâmetro dos
núcleos de 10-15 a 10-14 m, enquanto o raio do átomo seria da ordem de 10-10 m. Logo, o átomo tem maioria absoluta de espaço vazio.
O aumento da força de ligação é atribuído ao deslocamento de elétrons, que passam a
ficar sob a influência de vários núcleos vizinhos. Esse deslocamento é possível porque os átomos metálicos têm baixa energia de ionização e orbitais de valência vazios ou parcialmente
preenchidos.
Assim, surgiu o modelo de átomo que é a base do modelo atual. Um pequeno núcleo
onde se encontram os prótons e nêutrons, praticamente toda a massa do átomo, circundado
pelos elétrons, em número suficiente para neutralizar a carga positiva do núcleo. Os elétrons
74
giram em torno do núcleo em diferentes “regiões energéticas”, chamadas orbitais. Embora
cada elétron tenha massa, determinada como: me = 9,1 x 10-31 Kg, sua velocidade é tão grande que é impossível localiza-lo, razão pela qual a região onde ele se desloca, funciona como
se fosse uma “nuvem eletrônica”, e passa a não ter sentido falar em local onde ele se encontra.
Daí, é demarcada no espaço uma região determinada pela função de ondas de Schroedinger
que indica a região onde existe maior probabilidade que ele seja encontrado.
A distribuição dos elétrons em torno do núcleo, dividida em “regiões de determinado
conteúdo energético” segue todas as regras usuais e bem definidas, como a regra de Hund, o
Princípio da Exclusão de Pauli, etc.
9–2- e–
Ligação Metálica
É o tipo de ligação que ocorre entre os átomos de metais. Quando se juntam muitos átomos do metal formando um cristal metálico, ocorre que os átomos do metal perdem seus
elétrons de valência e formam uma rede ordenada de íons positivos, mergulhada num verdadeiro “mar de elétrons” se deslocando livremente ao longo de toda a estrutura, com movimentos absolutamente caóticos. Este foi o primeiro modelo de ligação metálica, chamado “modelo
do gás eletrônico”.
Os metais, devido a sua distribuição de elétrons em torno do núcleo, apresentam valores de potencial de ionização relativamente baixos. A explicação química para o fato, é bastante simples. A estrutura dos metais, especialmente os das duas primeiras famílias da tabela
periódica, é de tal forma que apresenta um ou dois elétrons (um no caso dos metais da Primeira família da Tabela Periódica dos Elementos, e dois no caso dos metais da segunda família
da referida Tabela) em determinado nível quântico imediatamente acima de um nível quântico
COMPLETO (que equivale a um gás nobre). Exemplificando:
Primeira Família da tabela Periódica
Li 1s2 2s1
Na 1s2 2s2 2p6
K
[He] 2s1
[Ne] 3s1
3s1
1s2 2s2 2p6 3s2 3p6
[Ar] 4s1
4s1
Rb 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10 4s2 4p6
[Kr] 5s1
5s1
Cs 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10 4s2 4p6 4d10
5s2 5p6
Fr 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10 4s2 4p6 4d10 4f14
[Xe] 6s1
6s1
5s2 5p6 5d10
6s2 6p6
7s1
[Rn] 7s1
75
Segunda Família da tabela Periódica
Be 1s2 2s2
Mg 1s2 2s2 2p6
[He] 2s2
3s2
Ca 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6
[Ne] 3s2
4s2
Sr 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10 4s2 4p6
[Ar] 4s2
5s2
Ba 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10 4s2 4p6 4d10
[Kr] 5s2
5s2 5p6
Ra 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10 4s2 4p6 4d10 4f14
6s2
5s2 5p6 5d10
[Xe] 6s2
6s2 6p6 7s2 [Rn] 7s2
Os orbitais completos, são altamente eficientes no trabalho de BLINDAGEM do núcleo em relação aos elétrons externos. Por essa razão, os gases nobres que têm os orbitais
completos e são neutros (sem excesso de carga) são absolutamente NÃO reativos.
Primeiro, tomando por exemplo o Argônio, que tem número atômico 18, tendo a estrutura: Ar = 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6. Com essa estrutura o Ar tem os três níveis quânticos
completos. São 18 prótons no núcleo (positivo) e 18 elétrons periféricos distribuídos em 3
níveis quânticos. Assim, ele é eletricamente neutro e com o núcleo perfeitamente blindado em
relação a qualquer elétron extra, pois esse não verá NADA no núcleo, pois as 18 cargas positivas do núcleo estão blindadas com perfeição pelos orbitais completos. Sem nenhuma carga
efetiva do núcleo, o elétron extra não tem como se alojar na nuvem eletrônica existente, pois
violaria todas as regras. Por isso, ele não forma íon negativo.
Segundo porque a energia para sua ionização positiva (perder um elétron) é extremamente alta, já que todos os elétrons da última camada estão sujeitos a atração por uma carga
nuclear efetiva muito elevada, tendo em vista que os elétrons de mesmo orbital não blindam
os demais elétrons desse mesmo orbital em relação ao núcleo. Assim, pode-se garantir que os
2 elétrons do nível quântico 1 blindam perfeitamente dois prótons do núcleo. Os oito elétrons
do nível quântico 2 (completo), blindam perfeitamente mais 8 prótons do núcleo.
A partir daí, a coisa complica: como o nível quântico 3 está completo, ele blinda perfeitamente os restantes 8 prótons do núcleo, razão pela qual, acabamos de ver acima que um
elétron extra não vê nada no núcleo, logo, não é atraído.
Entretanto, apesar de as duas camadas (1 e 2) blindarem perfeitamente o núcleo, e a
terceira camada também o fazer em relação a elétron extra, mas dentro da mesma camada, os
habitantes desse nível quântico NÃO blindam o núcleo em relação a seus “colegas energéticos”. Dentro do nível 3 pode-se admitir que o sub nível 3s que está com a nuvem de seus dois
elétrons ligeiramente mais próxima do núcleo e serve de blindagem (embora não tão eficiente)
em relação aos elétrons ocupantes do sub nível 3p. Mas os orbitais 3p (3px, 3py e 3pz) formam
lóbulos ortogonais entre si. Com os 3 lóbulos completos e justapostos, formam uma “carapaça” que fecha o núcleo para quem está de fora, mas não blindam uns em relação aos outros.
Por essa razão, os 6 elétrons 3p estão presos por uma carga efetiva nuclear muito grande, que
76
é o motivo que faz seu potencial de ionização ser elevadíssimo. Por não se tornarem negativos
nem positivos, são chamados nobres, pois não reagem.
Depois desse esclarecimento, pode-se observar que todos os elementos dessas duas
famílias, sempre apresentam os elétrons externos nos níveis ns1 ou ns2, e todos eles têm todos
os seus orbitais até (n-1) completos, logo, eficientes na tarefa de blindar o núcleo em relação
ao elétron periférico.
Por essa razão, pode-se afirmar que TODOS os elementos da primeira família, têm todos os orbitais até (n-1) completos mais 1 elétron no nível ns. Ora, como todos os orbitais
completos têm blindagem eficiente, anula a visão do elétron externo de todos os prótons do
núcleo, menos um. Isto permite afirmar que todos os elétrons periféricos dos elementos metálicos de valência 1, estão sujeitos a mesma carga atrativa, que é a carga residual do núcleo,
equivalente a 1 próton. A única diferença é que cada um deles sofre a mesma carga atrativa,
mas em distâncias cada vez maiores, já que saltam para o próximo nível quântico. Assim,
atraídos pela mesma carga mas a distâncias cada vez muito maiores, significa que a energia
atrativa vai ser cada vez menor, ou seja, a medida que aumenta o número atômico, a energia
de ligação do núcleo com o elétron periférico vai gradativamente caminhando na direção de
zero, logo, o elétron vai ficando cada vez mais frouxo em relação ao núcleo, o que significa
que necessita cada vez de menor quantidade de energia para solta-lo da atração gravitacional
do núcleo.
Todo o raciocínio utilizado para os metais monovalentes, serve para os da segunda
família, com uma única diferença: enquanto nos monovalente existe 1 elétron no nível n atraído por 1 próton a distâncias crescentes, no caso dos bivalentes a blindagem é a mesma, só
que no nível n passam a ter 2 elétrons e o nível n-1 blinda esses dois elétrons dos prótons do
núcleo menos dois. Assim, a carga nuclear visível pelos elétrons periféricos será de 2, mas
para atrair 2 elétrons. Como esses dois elétrons estão no mesmo nível quântico, um deles
NÃO blinda o outro em relação ao núcleo, logo, cada um deles fica preso ao núcleo por uma
força maior que um próton, já que ambos os elétrons estão “vendo” os dois prótons. Esse
“saldo” que cada elétron vê, ou seja, que está subordinado a ele, é chamado “carga nuclear
efetiva”. Como a atração do núcleo sobre os elétrons periféricos nos metais bivalentes é muito
maior que nos monovalentes, seu raio é menor que aqueles, enquanto a energia de ionização é
bem maior.
Estruturalmente os metais se apresentam na forma de cristais, que podem sofrer compressão até se tornarem com formato de lâminas. Na laminação dos metais, conjuntos de átomos se deslocam em um grande rearranjo para outra posição no cristal. Pancadas fortes capazes de amassar o metal, desarranjam o retículo cristalino existente, quando os átomos que o
formam rolarem sobre os outros. Entretanto, mesmo assim esse conjunto de átomos continuam unidos, em posição deslocada em relação a posição anterior.
Todos os elementos metálicos apresentam propriedades físicas características, tais como: elevada condutividade elétrica e térmica, brilho (refletem a luz), capacidade de sofrer
deformação, dentre outras. Essas propriedades se originam da habilidade que os átomos metálicos têm em compartilhar elétrons com átomos vizinhos, formando ligações químicas deslo77
calizadas através da estrutura dos sólidos metálicos. O número de participantes de unidades
numa ligação metálica é indefinido e as características obtidas são específicas dos elementos
metálicos, e por essa razão é que foram denominadas ligações metálicas.
Nas ligações metálicas, os elétrons são deslocalizados, e por não estarem presos a um
par de átomos em particular, conferem aos metais essas propriedades bem peculiares.
Embora a interação entre dois átomos metálicos resulte em uma ligação fraca, ligações fortes ocorrem quando um conjunto de átomos forma um sólido metálico.
Formação de bandas num sólido. (a) átomo isolado. (b) sistema de alguns átomos. (c) um mol de átomos.
A visualização de uma ligação metálica mostra uma associação de núcleos positivos
em forma de rede, mergulhados num “mar de elétrons”.
As Figuras abaixo mostram como funciona a ligação metálica de alcalinos e de alcalino-terrosos. Figura obtida na Wikipédia, via Google.
9–2- f–
Estudo Comparativo das Energias de Ionização
É importante que se tenha uma visão comparativa dos valores dos potenciais de ionização dos metais em função de sua estrutura, tendo em vista o papel que exercem nas propriedades dos metais como transporte de calor e condução de corrente elétrica, principalmente por
ser o principal protagonista do efeito fotoelétrico.
Vimos acima a forma de distribuição dos elétrons nas diversas camadas das famílias
dos metais alcalinos e alcalino-terrosos da tabela periódica. Ficou claro que a camada externa
78
de cada um, está presa ao núcleo pelo mesmo valor de carga positiva, mas cada vez a uma
distância muito maior, pois pula para o próximo nível quântico orbital.
Para a necessária visão comparativa vamos colocar os valores das energias de ionização das famílias. Para não repetir toda a tabela, e tendo em vista que todos eles têm o orbital n
com um ou dois elétrons e n-1 níveis completos, vamos simplificar colocando somente os
algarismos correspondentes aos níveis completos seguido de sua terminação.
Para a avaliação da estrutura do átomo e do íon resultante, para se ver os efeitos da
energia que prende o elétron ao átomo, vamos colocar os 3 primeiros potenciais.
As energias de ionização serão dadas em eV (elétron Volt) para facilitar a comparação
dos níveis.
Primeira Família da tabela Periódica
Potenciais de Ionização
Li 1 2s1
Na 1 2
3s1
K 1 2 3
4s1
Rb 1 2 3 4
5s1
Cs 1 2 3 4 5
6s1
Fr 1 2 3 4 5 6 7s1
1º
2º
3º
[He]2s1
5,4
75,6
122,4
[Ne] 3s1
5,1
47,3
71,6
[Ar] 4s1
4,3
31,8
46,0
[Kr] 5s1
4,2
27,4
47,0
[Xe] 6s1
3,9
23,4
35,0
[Rn] 7s1
3,9
?
?
Segunda Família da tabela Periódica
Potenciais de Ionização
1º
2º
3º
Be 1 2s2
[He] 2s2
9,3
18,2
153,8
Mg 1 2 3s2
[Ne] 3s2
7,6
15,0
80,1
Ca
1 2 3 4s2
[Ar] 4s2
6,1
11,9
51,2
Sr
1 2 3 4 5s2
[Kr] 5s2
5,7
11,0
?
Ba 1 2 3 4 5
6s2
[Xe] 6s2
5,2
10,0
?
Ra 1 2 3 4 5
6 7s2
[Rn] 7s2
5,3
10,1
?
Pode-se observar que na primeira família, a retirada do elétron ns1 é fraca e diminui a
medida que aumenta o número quântico, já que o elétron do nível ns vai ficando cada vez
mais distante e subordinado a mesma carga nuclear. Depois da saída do elétron ns, resta estrutura orbital n-1 completa, mas com uma carga positiva a mais no núcleo, o que aumenta muito a atração deste pela camada externa de elétrons, o que justifica o grande aumento de energia para retirar o segundo elétron em relação ao primeiro. Da mesma forma que na remoção
79
do primeiro elétron, as energias vão diminuindo a medida que aumenta o número quântico, na
remoção do segundo e terceiro elétrons, embora com valores evidentemente mais altos.
A avaliação é muito semelhante para os elementos da segunda família, com uma única
grande diferença: enquanto os alcalinos, ao perderem 1 elétron ns com valor baixo, já se encontram com a estrutura n-1 completa e descompensada eletricamente, nos alcalino terrosos,
a segunda família, essa situação só ocorre depois da remoção de dois elétrons, já que sua estrutura externa é ns2. Como os dois elétrons externos estão a mesma distância do núcleo, e um
não blinda o outro em relação a seu núcleo, a força que o núcleo exerce sobre o segundo elétron é evidentemente maior (pois a força de atração é maior) porém muito menos distante
energèticamente do que na primeira família. Entretanto, depois da retirada dos dois elétrons
ns a energia de atração do núcleo pela camada n-1 é bem maior, já que a distância núcleoelétrons é menor e o desequilíbrio energético é o dobro.
9–2- g–
Comparações de Potenciais: de Ionização e de Corte
Já que começamos a avaliar alguns metais usados no efeito fotoelétrico, quando observei que os valores de “arrancamento” do elétron são muito diferentes dos seus respectivos
“potenciais de ionização” que é o valor teórico para remover o elétron da camada de valência,
resolvi aprofundar mais a questão. Assim, vamos apresentar uma tabela com alguns dos valores encontrados na literatura com seus valores determinados de seu Primeiro Potencial de Ionização e de seu Potencial de Corte (Função Trabalho), tudo em eV.
ELEMENTO
QUÍMICO
Cs
Na
Li
Ba
Al
Ta
Mo
Zn
Fe
W
Ag
Ni
POTENCIAL
DE CORTE
1,90
2,28
2,30
2,5 0
4,10
4,20
4,22
4,31
4,50
4,50
4,73
4,87
1º POTENCIAL
DE IONIZAÇÃO
3,89
5,10
5,39
5,21
5,98
7,88
7,18
9,40
7,90
7,98
7,57
7,64
Na tabela acima, só são colocados alguns poucos valores de Potencial de Ionização por
equivaler aos elementos cujo Potencial de Corte foram encontrados na literatura. Entretanto,
creio ser mais que suficiente para a finalidade a que se destina: dar uma primeira visão panorâmica ao leitor, da disparidade dos valores entre esses dois potenciais. Mais a frente, depois
de apresentar outro assunto indispensável a comprovação do equívoco que é a explicação atu80
al e a proposta de nova explicação para esse efeito, será apresentada uma tabela mais completa de Potenciais de Ionização, porém, os valores de Potencial de Corte (Função Trabalho) realmente existem poucos valores disponíveis na literatura.
Na explicação do efeito fotoelétrico, Einstein afirma categoricamente que “cada fóton
colide com um único elétron”. Isto parece ser uma afirmação típica de quem considera todos
os átomos de um corpo, ligados entre si com sua estrutura completamente íntegra.
A avaliação do quadro acima, foi deixada para mais a frente, quando vai-se completalo com os valores energéticos limites ocupados pelos elétrons em seus átomos, assunto que
ainda vai ser apresentado. Por enquanto, a tabela acima, já nos permite uma observação bastante complicada de ser explicada pelo efeito fotoelétrico, que é o fato dos potenciais de corte
serem sempre em torno da metade do potencial de ionização.
Por enquanto, deixemos em aberto. Einstein explicou o efeito fotoelétrico: ao invés de
considerar a luz como onda, propôs que ela seja composta de corpúsculos (fótons). E cada
fóton ou quantum de luz transporta energia de h.ʋ. A proposta era que um quantum transfere toda sua energia h.ʋ a um só elétron independente da existência de outros quanta de
luz. Segundo ele, a equação vale para todos os elétrons ejetados e, como os “elétrons são
ejetados de diferentes profundidades do material”, tem-se uma distribuição de energia.
“Einstein sugeriu que se usasse somente os elétrons mais energéticos, ou seja, os que saem da
parte mais superficial”. A equação então se tornou:
Emax = h . ʋ – 
Por meio dessa equação pode-se calcular o menor valor de frequência de um fóton
para que ele possa remover elétrons de uma superfície metálica, conhecendo apenas a energia
de ionização do metal.
Emin = h . ʋ – 
Nesse caso, Emin é nulo (Emin = 0), logo: = h . ʋmin –  = 0
ʋmin =  / h
e dai:
ʋmin = ʋ0 = frequência de corte.
Nos metais alcalinos (Na, K, etc) essa frequência de corte é no visível, mas para outros
metais o valor da frequência de corte está na região UV.
Como exemplo, tomando-se uma placa de sódio (Na) cuja energia de ionização é de
495,8 kJ/mol, a energia mínima necessária para remover um elétron de um átomo de sódio da
placa é de:
E = 495,8 x 1000 / 6,023 x 1023 = 82,318 x 10-20 J/e
ou E = 82,318 x 10-20 J x 6,2415 x 1018 eV/J
E = 5,13 eV
ʋmin = 82,318 x 10-20 / 6,626 x 10-34
ʋmin = 1,242 x 1015 Hz
e
ʎ = 2,41 x 10-7 m
81
Quanto maior for o trabalho para arrancar o elétron de seu átomo, menor será sua
energia cinética. Existem materiais onde a incidência de luz não consegue extrair elétrons,
mas os torna livres e, em consequência, diminui a resistência elétrica. É o que ocorre com os
resistores LDR (light dependent resistor), em que suas resistências variam conforme a
incidência de luz.
O primeiro pesquisador experimental a apresentar resultados importantes para a comprovação da equação de Einstein foi Arthur Hughes que, em 1912 demonstrou que a inclinação da função E (ʋ) variava de (4,9 a 5,7) x 10-27 erg.s, dependendo da natureza do material
irradiado.
9–2- h–
Teoria das Bandas
A partir da teoria dos orbitais moleculares (TOM), pode-se compreender a estrutura
das bandas de energia, utilizando-as para explicar a condutividade elétrica nos materiais.
Nos sólidos metálicos, a condutividade elétrica resulta do movimento de elétrons, em
resposta a forças que atuam sobre eles quando um campo elétrico externo é aplicado.
Em processos dessa natureza, uma corrente elétrica tem origem a partir do escoamento
de elétrons, a qual é conhecida por condução eletrônica. A magnitude da condutividade elétrica depende do número de elétrons disponíveis para participar do processo de condução.
Como exemplo: O Li tem seus orbitais 2s semipreenchidos e quando dois deles se unem produzem 2 orbitais moleculares, sendo um ligante e um antiligante. Da mesma forma,
quando 3 se unem, formam-se 3 orbitais: um ligante, um não ligante e um antiligante. Claro
que a união de N átomos de Li produz uma banda contínua de N/2 orbitais ligantes e N/2 orbitais antiligantes.
São necessários 2 N elétrons para preencher a banda. A banda formada pelos OM ligantes é chamada banda de valência, enquanto a banda formada por OM antiligantes é chamada banda de condução.
Nos metais, a condução eletrônica ocorre na banda de valência parcialmente preenchida, por isso, ela é chamada banda de condução e apenas os elétrons que estão próximos ao
nível de Fermi (Ef) podem ser promovidos e conduzir eletricidade. Nesse processo, eles são
os portadores de corrente e são chamados de elétrons livres porque podem se movimentar
com relativa liberdade através do sólido.
O nível de Fermi é definido como sendo o nível acima do qual não há nenhum nível
de energia ocupado, quando o sólido encontra-se à temperatura de 0 ºK. Nessa temperatura
todos os elétrons ocupam a banda de valência, e o nível preenchido com o maior conteúdo
energético (HOMO) é chamado Nível de Fermi.
À medida que a Temperatura começa a subir (T > 0ºK), os elétrons próximos ao nível
de Fermi podem adquirir energia suficiente para saltar para o OM imediatamente superior,
chamado LUMO, que se torna a banda de condução.
82
Representação esquemática dos níveis individuais de energia ocupados por elétrons no zero absoluto,
onde EF é o mais alto nível ocupado.
Outra representação mais detalhada, mostrando inclusive a sobreposição de bandas, segue abaixo.
Deve-se registrar que, na ausência de um campo elétrico, os elétrons de um metal se
movem em qualquer direção. Entretanto, quando um campo é aplicado sobre eles, todos experimentam uma aceleração em uma direção oposta àquela do campo aplicado, em virtude das
suas cargas negativas, dando origem a uma corrente elétrica.Metais e
Nos sólidos metálicos, a banda de condução está parcialmente preenchida e o nível
Fermi encontra-se próximo ao centro da banda, portanto, basta uma pequena quantidade de
energia para perturbar os elétrons próximos ao nível de Fermi e levá-los a ocupar níveis vazios adjacentes aos níveis preenchidos de maior energia.
Geralmente, a energia fornecida por um campo elétrico é suficiente para excitar um
grande número de elétrons próximos ao nível de Fermi para níveis mais elevados.
A diferença de energia entre a banda de valência e a banda de condução é chamada de
“band gap” ou zona proibida.
Se a largura das bandas de valência e condução for grande, pode até haver uma sobreposição entre elas, eliminando o “band gap”.
Quanto mais elétrons o elemento apresentar na banda de condução, melhor condutor
ele será. A condutividade de um metal tende a diminuir com o aumento da temperatura.
( m)-1A explicação para a estrutura das bandas de energia é dada usando a teoria do
orbital molecular (TOM). Por essa teoria, os sólidos são considerados moléculas
constituídas de um número muito grande, N, de átomos. Como consequência, o espaçamento
entre os níveis de energia dos OM formados diminui consideravelmente, tornando-se tão próximos uns dos outros, que, em lugar de níveis discretos de energia, como ocorre em moléculas
pequenas, teremos um conjunto de níveis ou estados de energia, com intervalo virtualmente
contínuo. Tais intervalos são chamados de bandas de energia.
83
9–2- i–
Semi Condutores e Isolantes
Nos sólidos iônicos e covalentes, a banda de valência está preenchida e a de condução
vazia e são separadas por um gap de energia. A largura da banda gap determina a classificação dos sólidos em isolante e semicondutor, e varia em função da força das ligações que unem
os átomos no material. O processo de condução em semicondutores e isolantes pode ser explicado pelo fato de que neles, a banda de valência está preenchida e a banda de condução,
vazia. Como o processo de condução eletrônica decorre do movimento de elétrons livres através da banda de condução, é necessário que os elétrons da banda de valência sejam promovidos para os níveis de “menor” energia da banda de condução vazia. Para isso, os elétrons terão de ser excitados com energia suficiente para ultrapassar o gap e alcançar a banda de condução. Geralmente, a energia de excitação para esses materiais provém de uma fonte não
elétrica, como o calor ou a luz.
Comparação dos hiatos energéticos entre a banda de valência e a banda de condução num metal, num semicondutor
e num isolador.
Este item só foi colocado para o leitor não acostumado ao assunto, tomar conhecimento do “espaçamento energético” que existe entre diversos materiais, segundo sua classificação
na própria figura, e entender o que tem a ver o nível de Fermi com a condutividade dos materiais ou sua capacidade isolante, o que permite o entendimento do efeito fotoelétrico.
9–2- j–
Quadro Completo com as Energias Envolvidas
Nesse item apenas vamos colocar, para comparação, um quadro com todas as energias
envolvidas no fenômeno “efeito fotoelétrico”. Foi dito no texto que a energia de Fermi é o
mais alto nível energético ocupado pelos elétrons no átomo. Portanto, qualquer excitação,
pode levar os elétrons ocupantes da região energética chamada “nível de Fermi” para a banda
superior mais próxima, que será a banda de condução.
A diferença de energia entre a banda de valência e a banda de condução é chamada de
“band gap” ou zona proibida. Se a largura das bandas de valência e condução for grande,
pode até haver uma sobreposição entre elas, eliminando o “band gap”.
84
Nos metais, a condução eletrônica pode ocorrer na própria banda de valência parcialmente preenchida, caso em que ela também é chamada banda de condução.
Portanto, a conclusão a que se chega é que nas placas metálicas, especialmente aquelas
dos metais que têm banda de valência semi preenchida (cujo local é o nível de Fermi), onde
qualquer fornecimento de energia leva os elétrons para a parte mais energética da própria
banda de valência, que passa a ser também a “banda de condução”, ou então, quando a largura
das bandas for grande e houver sobreposição entre elas, elimina a chamada “zona proibida”,
ou seja, elimina a zona energética que teria que ser vencida para que os elétrons pulem da
banda de valência para a banda de condução. Nesses casos, o fornecimento de quantidades até
bem pequenas de energia são suficientes para elevar os elétrons ao nível da “banda de condução”.
O quadro colocado mais a seguir, que será utilizado para comparações e esclarecimentos, é basicamente o quadro apresentado no item 9 -2 - g, onde avaliamos os valores do Potencial de Corte em ralação ao Primeiro Potencial de Ionização do átomo, e concluímos que o
valor do Corte é aproximadamente a metade do valor do Potencial de Ionização. Nele será
acrescida uma coluna, com os valores obtidos na literatura como sendo os valores REAIS do
Nível de Fermi.
Os valores da Energia de Fermi foram obtidos através da internet, pesquisa Google no
trabalho de N.W.Ashcroft e N.D.Mermin. Os valores do Potencial de Ionização foram obtidos a partir da Tabela Dinâmica Ptable Wikipédia e os valores do Potencial de Corte, foram
obtidos através do “Handbook of Chemistry & Phisics Online” e outros trabalhos consultados no Google. Os valores conseguidos são:
A coluna Potencial de Ionização em KJ não é de interesse, pois só a coloquei por ser a
forma apresentada pelas Tabelas consultadas. Ela só serviu como ponte para a transformação
de seu valor em eV e evitar que o leitor acostumado com kJ não tenha que ficar fazendo contas para conferir.
Também foi acrescentada uma nova coluna com os valores dos raios atômicos, obtidos
na Tabela Dinâmica, através do Google. Essa coluna foi incluída para o leitor observar, ao
lado dos valores de Potenciais (de Fermi, de Ionização e de Corte) para mais a frente ter mais
facilidade de entender porque o autor Propõe mudança na forma de calcular o raio em função
do Potencial e/ou vice verso.
85
Elemento Energia de
Químico Fermi eV
Potencial de Pot de IoniIonização KJ zação eV
Potencial de
CORTE eV
Li
4,74
520,2
5,39
2,30
Raio Atômico
Pico (10-12)m
167
Na
3,24
495,8
5,14
2,28
190
K
2,12
418,8
4,34
243
Rb
1,85
403,0
4,18
265
Cs
1,59
375,7
3,89
Cu
7,00
745,5
7,73
Ag
5,49
731,0
7,58
Au
5,53
890,1
9,22
174
Be
14,3
899,5
9,32
112
Mg
7,08
737,7
7,64
145
Ca
4,69
589,8
6,11
194
Sr
3,93
549,5
5,69
219
Ba
3,64
502,9
5,21
Nb
5,32
652,1
6,76
Fe
11,1
762,5
7,90
Mn
10,9
717,3
7,43
Zn
9,47
906,4
9,39
Cd
7,47
867,8
8,99
161
Hg
7,13
1007,1
10,44
171
Al
11,7
577,5
5,98
Ga
10,4
578,8
6,00
136
In
8,63
558,3
5,79
156
Tl
8,15
589,4
6,11
156
Sn
10,2
706,6
7,32
145
Pb
9,47
715,6
7,42
154
Bi
9,9
703,0
7,29
143
Sb
10,9
834,0
8,64
133
Ta
761,0
7,89
4,20
200
Mo
684,3
7,09
4,22
190
W
770,0
7,98
4,50
193
Ni
737,1
7,64
4,87
149
1,90
298
145
4,73
2,50
165
253
198
4,50
156
161
4,31
4,10
142
118
86
Antes do autor emitir sua opinião sobre o efeito fotoelétrico, no qual discorda do Dr
Einstein, mas o que precisa ser analisado no quadro acima é, na visão do autor, uma das coisas mais importantes do ponto de vista químico, como também da ciência como um todo, pois
envolve conceitos que podem abalar bastante os estudiosos do ramo.
Trata-se do seguinte:
a- Já foi verificado anteriormente e comentado por alto, mas que vai ser o principal argumento a ser usado contra a explicação formal do efeito fotoelétrico, que é o fato do
Potencial de Corte ser sistematicamente em torno da METADE do Potencial de Ionização do átomo que constitui a placa metálica.
b- Os valores da Energia de Fermi são considerados “o maior nível energético que os
elétrons de um átomo podem ocupar”. Daí pode-se observar algumas incoerências
(mais provavelmente erros de determinação) tanto no valor do Nível de Fermi quanto
no valor do Potencial de Ionização, que se trata do seguinte:
O elétron ao ocupar o nível de Fermi, está o mais afastado possível do núcleo,
sendo considerado o elétron de maior conteúdo energético no átomo. Esta afirmação,
apesar de ser verdadeira, pode levar a terríveis confusões, porque quando se diz que o
elétron externo é o de maior conteúdo energético, significa ENERGIA TOTAL, incluindo-se aí, a energia entrópica, pois “quanto mais energético ele for, mais próximo a
ZERO ele está. Dessa forma, ao estar mais próximo a zero, ele está MENOS preso ao
núcleo, logo, ele tem valor bem MENOR da energia de coesão que somada com o valor da energia entrópica que ele já tem, lhe fornece o chamado “maior conteúdo energético”, entretanto é preciso saber que os elétrons mais próximos do núcleo, que são
ditos de “menor energia”, na verdade têm menor “energia Total”, mas sua energia coesiva (que é sempre NEGATIVA) é muito maior. Por exemplo, um elétron com energia
– 80 unidades, é considerado ter menos energia que outro elétron com – 20 unidades.
No conjunto energético Total, isso é verdade, mas quanto mais NEGATIVO for o valor da energia do elétron, MAIS PRESO ao núcleo ele está.
c- Esclarecida essa parte, existe um outro problema que causa bastante confusão de conceitos. Trata-se dos valores de Potencial de Ionização e Nível Energético de Fermi.
Como o nível de Fermi é o “maior valor energético ocupado por elétrons”, mas esse
nível ainda é interno, ou seja, esse elétron ainda está preso ao átomo, logo sua energia
é Negativa (atrativa). Por essa razão, me parece que fica bastante claro que o fornecimento de energia “entrópica” nesse mesmo valor, anula a atração do núcleo pelo elétron e leva o conteúdo energético Total ao valor ZERO, o que significa a ionização do
átomo. Dessa forma, o valor do Potencial de Ionização TEM que ter o mesmo valor da
Energia de Fermi, só que oposta, ou seja, Não Atrativa e sim Entrópica.
d- A observação do quadro acima me deixou profundamente confuso, já que os valores
dos Potenciais de Ionização e os da Energia de Fermi estão distribuídos de forma absolutamente caótica.
e- A explicação para os baixos valores da Energia de Fermi para os metais pode ser explicado pela ligação metálica, quando os elétrons periféricos formam um “mar de elé-
87
trons” em bandas que podem ser constituídas por orbitais moleculares ligantes ou anti
ligantes, de muito maior valor energético total.
f- Não consigo imaginar porque um elétron no nível de Fermi com, por exemplo, X eV,
para se ionizar precise ora de valor maior que esse, ora de valor menor que esse.
g- O número de valores de Potencial de Corte (Função Trabalho) constante da Tabela acima é relativamente reduzido em comparação aos outros parâmetros. Isto ocorre porque os dados disponíveis na literatura consultada são realmente reduzidos, mas o autor
considera que isso não tem a menor influência na análise feita, pois o que importa realmente é observar a Tendência dos resultados, e fica claro que todos os valores confirmam essa tendência.
9–2- k-
Efeito Fotoelétrico visto pelo Autor
Depois de ter apresentado aos leitores tudo sobre o efeito fotoelétrico, com todos os
dados que pude obter na literatura, inclusive a explicação formal do Dr Einstein sobre o evento, que tanto pânico causou depois da descoberta de Hertz, e que só foi explicado a partir de
novos trabalhos inéditos, estes feitos por Max Plank, que deram subsídios a Einstein para
formular uma teoria explicativa do fenômeno.
A partir da explicação desse fenômeno, o Dr Einstein elaborou toda sua Teoria da Relatividade. Antes de mais nada, devo esclarecer que a minha opinião formal sobre o assunto,
que passo a descrever, não questiona absolutamente nada sobre a ocorrência do efeito fotoelétrico, claro, mas sim sobre a interpretação dada a ele.
Com o perdão do Dr Einstein, discordo frontalmente da sua explicação. Ele afirma
categoricamente que “cada fóton colide com um único elétron” e também que um quantum
transfere toda sua energia h.ʋ a um só elétron independente da existência de outros
quanta de luz.
Segundo ele, isso valia para todos os elétrons ejetados e, como os “elétrons são ejetados de diferentes profundidades do material”, tem-se uma distribuição de energia. E sugeriu que se usasse somente os elétrons mais energéticos, ou seja, os que saem da parte
mais superficial”.
Na visão química do autor, são vários os pontos questionáveis:
- primeiro, que os elétrons (devido a sua alta velocidade) formam em torno do núcleo uma
“nuvem”, cujo contorno contém a “região energética com maior probabilidade de que o elétron seja encontrado”, de modo que a colisão de cada fóton com um determinado elétron, me
parece violar o princípio da Incerteza de Heizenberg.
- segundo, que ele afirma que cada fóton descarrega toda a sua energia hʋ a um só elétron,
independentemente da existência de outros quanta de luz. Ora, mesmo com feixe de luz den88
tro da faixa visível, digamos 500 nm (5 x 10-7 m) que equivale a uma frequência no valor de
6 x 1014 Hz, ou seja, chega em cada ponto da lâmina, um fóton seguido por outro após intervalo de 1/ 6 x 1014, cujo valor é 1,6666666 x 10-15s que equivale a chegada de um fóton a
cada 0,00000000000000166 s (menos de dois quadrilionésimos do segundo).
- terceiro, que o feixe de luz monocromático aplicado, embora eu não saiba a área total com
que ele atinge a superfície, mas não podemos esquecer que para cada milímetro quadrado de
área de luz aplicada, como 1 mm = 1.000 µm, teremos 106 µm2. Dessa forma, a cada 1,66 x
10-15s, ou seja, a cada 0,00000000000000166 s chegam 106 fótons por cada mm2. Daí, afirmar
que cada fóton colide com um único elétron e transfere para ele toda sua energia independente
da existência de outros quanta de luz, me parece mais uma tentativa de adivinhação do que
ciência.
- quarto é a verificação de um possível equívoco tanto de Einstein quanto dos demais envolvidos nesses fenômenos: é em relação a quantidade de energia transferida pelos fótons ao corpo receptor, seja ele quem for. Todos consideram a chegada de cada fóton ao seu destino com
a energia no valor de: E = h.ʋ. Mas isso é um tremendo equívoco. Quando a onda é formada
por um oscilador, sabe-se que ele gasta um determinado “tempo” para produzir a onda eletromagnética, com determinado comprimento de onda; Esse tempo é chamado de PERÍODO
(T). A cada final de cada período, o comprimento de onda pronto já se desloca e em seu lugar
imediatamente se segue outro período formando nova onda, ou seja, um novo comprimento
de onda que segue o anterior, e assim sucessivamente. Assim sendo, quando chega ao receptor, cada comprimento de onda é correspondente a uma onda, e sua energia, na verdade NÃO
é h. ʋ e sim h.T, isto é, a energia de cada comprimento de onda, onde T é o Período e vale 1/ʋ.
Dessa forma, a quantidade de energia transferida do fóton para o receptor, só tem o valor de
h. ʋ depois de chegarem comprimentos de onda durante ʋ vezes, ou seja, depois de decorrido
1 segundo. Por essa razão, os conceitos de Plank utilizados por Einstein para justificar a colisão com matéria, estão com os valores utilizados de forma equivocada. Ao longo de 1 segundo, o elétron já se deslocou enormemente, logo NÃO PODE TER RECEBIDO h. ʋ. No máximo alguns h.T, mas nunca h. ʋ, pois para isso era necessário que o elétron ficasse “parado”
durante esse tempo (1 s), o que é impossível.
- quinto, que, como os elétrons não estão vinculados cada um a um determinado átomo individual, pois se forma um “mar de elétrons” segundo a teoria das ligações metálicas e a teoria
das bandas, fica difícil aceitar que um fóton acerte um elétron;
- sexto, que é sabido que quanto maior a energia do fóton, maior a energia cinética dos elétrons deslocados; tendo em vista que o potencial de corte, ou seja, a quantidade de energia
para soltar cada elétron do “mar” em que ele está inserido e faze-lo participar da corrente elétrica, é o mesmo para cada elemento da lâmina, fica claro que quanto maior a energia do fóton
incidente, maior a energia transferida para o “mar”, logo, os elétrons vão para local de maior
energia dentro da faixa da “banda de condução” e, portanto, maior a energia cinética dos elétrons conduzidos;
- sétimo, que o quadro colocado acima é bastante elucidativo em relação aos quantitativos
energéticos envolvidos. Sabe-se que os elétrons de um átomo giram velozmente em torno do
89
núcleo para sua energia cinética contrabalançar a atração elétrica exercida pelo núcleo sobre
ele. Dessa forma, a energia do elétron em torno do núcleo, qualquer que seja seu nível orbital,
é sempre NEGATIVA. Isto porque a ionização do átomo consta em fornecer energia positiva
(entrópica) para anular o valor com que o elétron está preso, e leva-lo a um ponto onde essa
energia de atração (negativa) se torne ZERO. A ionização ocorre quando o elétron sai do
campo de atração do núcleo a que estava subordinado. Dessa forma, o autor entende que,
quimicamente o valor do potencial de corte tinha obrigatoriamente que ser o mesmo valor do
potencial de ionização, se o elétron estivesse realmente preso a ele. O valor real se situa em
torno da METADE do valor do primeiro potencial de ionização, o que deixa claro que o aumento de energia do elétron suficiente para se soltar da placa, não é o mesmo necessário para
solta-lo do átomo. Isto comprova que a Teoria da Ligação Metálica está correta e anula a
explicação oficial desse efeito.
- oitavo, que, na visão do autor, a Teoria das Bandas de Valência e de Condução, são bastante
esclarecedoras dos valores completamente defasados. Se o potencial de ionização é a quantidade de energia caótica para levar o elétron a uma distância infinita do núcleo, onde sua energia de atração ao núcleo se anula, ou seja, ele sai do campo de atração do núcleo e, como foi
visto, esse valor é muito menor (aproximadamente a metade) do conteúdo energético desse
elétron no átomo neutro, ou seja, isolado, não participante do “mar de elétrons” formado nas
lâminas metálicas, nos garante que a ligação metálica apresenta seu “mar de elétrons” em um
nível energético bem superior ao nível que cada um dos elétrons participantes desse mar tinha
ao ocupar seu orbital energético quando do átomo isolado. Esta razão justifica um Potencial
de Corte bem abaixo do Primeiro Potencial de Ionização.
- nono, é em relação ao nível energético máximo ocupado pelos elétrons periféricos, nível
esse quantificado por Fermi. A definição é bastante simples e clara: o nível de Fermi é o maior nível energético possível de um átomo, ocupado por elétrons. Deixa claro que, para passar
desse nível para um nível superior a ele, vai depender de inúmeros fatores. Por essa razão, o
caos entre seus valores e seus correspondentes valores de potencial de ionização e de corte.
- décimo, é que na visão do autor, a explicação para o evento é muito mais simples: um fóton
carrega energia e transfere esse conteúdo energético para qualquer obstáculo que encontre.
Assim, ao chegar ao mar de elétrons existente na superfície da lâmina metálica, a transferência do conteúdo energético dos fótons que chegam, sempre em número extremamente alto, se
espalha pelos elétrons desse “mar” levando-os para o nível composto pela soma do conteúdo
energético existente mais o conteúdo recebido. Se o resultado apresentar valor superior ao
nível de Fermi, os elétrons se deslocam na corrente. Se essa energia total for inferior ao nível
de Fermi, não acontece nada, já que os elétrons não atingem a Banda de Condução. O menor
valor de energia de fóton capaz de vencer o nível de Fermi e passar para a banda de condução
é chamado limiar fotoelétrico. E também é claro que quanto maior for o conteúdo energético
dos fótons que chegam, o novo nível energético atingido pela soma do nível existente mais a
quantidade de energia que chegou e se incorporou ao “mar” também será cada vez maior, ou
seja, irá ocupar um nível dentro da “banda de condução” cada vez mais alta, logo, “mais energética total” e como a quantidade de energia para levar o elétron para a banda de condução é a
mesma, sobra mais energia para se transformar em energia cinética.
90
- décimo primeiro e último, é que na visão química, não existe nenhuma razão para conceder
caráter corpuscular ao fóton; o fato dele ter seu conteúdo energético, assim como o “calórico”
proposto por Clausius em 1824, que seria uma unidade de “calor”, logo, de energia, o que não
implica na existência de matéria, que na minha opinião, a consideração de matéria nas ondas é
completamente absurda. As ondas transferem consigo um conteúdo energético, constituído
por calor e movimento (velocidade), ambos fortes contribuintes para o aumento da Entropia, e
o Segundo Princípio da Termodinâmica exige que a Entropia do Universo tenda para o máximo possível. Assim, a absorção de conteúdo energético de qualquer natureza, contribui para o
aumento da Entropia do receptor desse fóton, o que colabora para o aumento da Entropia do
Universo.
9–3-
Avaliação Química do Efeito Compton
9–3- a –
Resumo da Descrição do Efeito Compton
Efeito Compton é a diminuição de energia (aumento de comprimento de onda) de um
fóton de raios X ou de raio gama, quando ele interage com a matéria.
Na verdade, sob o ponto de vista de um químico, o efeito Compton não difere em quase nada do efeito fotoelétrico. A única diferença é que em lugar de uma lâmina metálica atingida por raios visíveis ou ultravioleta, Compton bombardeou uma superfície de grafite com
raios X e raios gama.
Compton desenvolveu a teoria do espalhamento de raios X pela matéria, baseando-se
nas seguintes hipóteses:




o espalhamento pode ser interpretado como uma colisão entre um fóton de raio X e
um elétron do material alvo;
como a energia de um fóton de raio X é muito maior que as energias cinéticas e potenciais de um elétron na matéria, podemos desprezar estas energias e considerar o elétron como livre e inicialmente em repouso;
a energia e o momento linear são conservados na colisão;
o fóton inicial é absorvido e parte de sua energia e de seu momento linear são fornecidos para o elétron, que recua.
91

como a energia inicial do fóton não é muito menor que a energia de massa do elétron,
então é preciso utilizar a cinemática Einsteiniana.
Obteve, a partir dos princípios da conservação da energia e do momento a equação do
chamado Espalhamento Compton:
ʎ’ - ʎ = h / m.c (1 – cos )
onde o termo h / m.c, chamado “comprimento de onda Compton do elétron”, fácil de determinar a partir dos dados: h = 6,626 x 10-34 J.s ou Kg.m2/s
m = 9,11 x 10-31 Kg
c = 3 x 108 m/s
ʎ = h / m.c = 2,42 x 10-12 m
A partir dai, calculou a energia de um fóton com ʎ = 10-10 m obtendo:
E = 1,24 x 104 eV
valor que é muito superior a energia de ligação dos elétrons de valência dos átomos, que é de
apenas alguns eV.
Tudo isso já foi apresentado no Cap 6 item 1 – b. A interação radiação x matéria,
chamada de difusão, consiste na absorção da radiação pela matéria em que incide e, em seguida, emite radiação em todas as direções. A difusão da radiação SEM variação de frequência é
chamada ELÁSTICA e aquela com variação é chamada Efeito Compton.
A interpretação dada por Compton para esse efeito foi supor que o feixe de raios X seja uma corrente de fótons de alta energia e, a partir da avaliação das premissas feitas, interpretou que a interação entre o elétron e o fóton incidente, resulta um fóton de menor energia, ou
seja, um fóton difundido, emitido segundo um ângulo  com a direção da incidência. Já o elétron, que ganha energia através do choque, se move fazendo um ângulo , chamado elétron de
RECUO.
9–3- b –
Alguns Questionamentos ao Efeito Compton
Entretanto, a luz dos conhecimentos químicos, devem ser feitas algumas considerações
a respeito da interpretação desse efeito.
O processo é bastante similar ao efeito fotoelétrico, com os fótons incidentes constituídos por raios X (ou γ), de conteúdo energético alto, mas conhecido. O alvo da incidência dos
92
fótons é o grafite. Os fótons usados já são bem conhecidos por nós, mas precisamos conhecer
melhor o alvo, o GRAFITE.
Além da forma amorfa, são conhecidas mais 4 formas alotrópicas do carbono: grafite,
diamante, fulerenos e nanotubos. Já foi anunciada (em 2004) a descoberta de mais uma
forma alotrópica: a NANOESPUMA.
A forma amorfa é essencialmente grafite, por não formar estrutura cristalina macroscópica. São conhecidas duas formas de grafite: alfa (hexagonal) e beta (romboédrica) que
apresentam propriedades físicas idênticas. Podem ser naturais ou sintéticos; os naturais têm
mais de 30% da forma beta enquanto os artificiais só contém a forma alfa.
A ligação dos átomos de carbono no grafite é formada através da união de cada átomo
a outros três, formando um plano composto de células hexagonais. Para um átomo de carbono
se combinar com outros três e não 4, já que o carbono normal é tetraédrico, com o núcleo do
átomo ocupando o centro e os orbitais se dirigindo para as quatro extremidades, logo, formando ângulos internos de 109º, que é a forma que o carbono realiza suas ligações simples,
onde ele tem 4 orbitais de valência formados pela hibridização tipo sp3 e só efetua ligação
sigma  em número de quatro e dispostas espacialmente na forma de um tetraedro.
A estrutura planar é conseguida com o átomo formando híbrido incompleto, ou seja,
um elétron s mais dois p (sp2) sobrando um orbital p não participante do processo de
hibridização, ficando assim, o átomo no estado (sp2 + p). Os três lóbulos híbridos sp2
apresentam angulos entre si de 120º, logo, são trigonais planares. Nestes, os três orbitais
híbridos sp2 se unem aos lóbulos semelhantes de outros átomos, através de fortes ligações ,
formando uma estrutura plana, em forma de lâminas, que são chamadas de “folhas de
grafeno”. É claro que cada carbono tem um lóbulo p, ortogonal ao plano, e que se encontra
semi cheio.
A existência de dois lóbulos p semi cheios e vizinhos, tendo o eixo de seu lóbulo
individual perpendicular ao plano formado pelo conjunto de hexágonos constituintes da
lâmina, procedem a sobreposição desses lóbulos p atômicos vizinhos, formando um
ORBITAL MOLECULAR .
Devido ao deslocamento dos elétrons dos orbitais , o grafite é condutor de
eletricidade, razão pela qual é usado em processos de eletrólise. É um material frágil e as
diferentes camadas, separadas apenas por átomos intercalados, se mantém unidas por
justaposição através somente das fracas forças de Van der Waals. Por isso, é fácil que umas
lâminas deslizem sobre as outras, principalmente porque a justaposição com ligações feitas
por forças de Van der Waals que além de já não serem fortes, mesmo sendo de curta distância,
fica muito mais enfraquecida ainda, já que os lóbulos moleculares , que são realizados por
sobreposição de lóbulos atômicos p perpendiculares ao plano das lâminas, dificultam muito a
aproximação maior das lâminas, devido a forte repulsão elétrica que ocorre quando da
aproximação desses lóbulos .
93
É claro que, assim como na formação de OM  (sigma), tanto entre orbitais atômicos s
ou p, forma-se sempre o par de orbitais ligante e antiligante, também na formação do OM ,
feito por sobreposição dos lóbulos p livres, também se forma o par OM: ligante  e
*
antiligante  .
Aproveitando a informação da formação dos orbitais  ligante e antiligante mostrado
acima, onde se vê a distribuição de energia entre eles, é bom, pelo menos como curiosidade,
mostrar a comparação das energias  e , tanto ligantes como antiligantes.
Por essa razão, ou seja, pelo fato das lâminas estarem fixadas fracamente umas sobre
as outras, é que ele é usado para escrever ou desenhar sobre papel, pois as lâminas vão se
94
soltando e deixando sua marca. O grafite é combinado com argila para a produção de lápis de
diferentes gráus de dureza.
Estruturas alotrópicas do diamante e grafite.
Grafite
Diamante
Nanotubos
Fulereno
Amorfa
Depois de tudo que foi analisado nesse item o autor, que é químico, se considera na
obrigação de apresentar alguns pontos de total divergência com o conteúdo oficial.
9–3- c –
Críticas e Opinião do Autor
Uma coisa que consta da explicação de Compton e adotada até hoje como correta é
que o fóton (raios X ou γ) é absorvido pela matéria (ELÉTRON) que recua, e ele definiu que
a diferença entre os comprimentos de onda do fóton espalhado e do incidente depende do ângulo de espalhamento.
Ora, essa afirmação é complicada pelo ponto de vista químico. Se todos os fóton que
chegam a superfície estudada são iguais e também se pode garantir que todos os elétrons estão
no mesmo nível energético, passeando através dos orbitais moleculares , além de terem a
mesma massa e se deslocarem com a mesma velocidade, e a explicação oficial é exatamente a
colisão de um fóton com um elétron, o que, sob o ponto de vista químico, não apresenta nenhuma razão lógica para que as quantidades de energia cedidas pelos mesmos fótons aos
mesmos elétrons sejam de valores diferentes, a ponto de produzir fótons espalhados que são
diferentes em comprimento de onda, logo, energia, como também são espalhados sob ângulos
de desvio diferentes.
Na minha visão, como a lâmina externa de grafite, com seu “mar de elétrons” promovidos pelos orbitais , formados pela sobreposição dos orbitais p semicheios ortogonais ao
95
plano formado pelos orbitais ligantes híbridos sp2 trigonal planares, ao receber o conteúdo
energético trazido pelo fóton e distribuído ao “mar” de elétrons existentes, permite que os
elétrons dos orbitais  ligantes, ascendam energeticamente aos orbitais  antiligantes, muito
mais próximos entre si do que os orbitais ϭ.
Devido ao pequeno comprimento de onda dos raios X ou γ incidentes e ao seu enorme
conteúdo energético e, como visto no item anterior o fóton é somente energia e é absorvido
em qualquer obstáculo que encontre, creio ser mais provável que se existir colisão, ela seja
com os núcleos dos átomos de carbono, e dependendo do ângulo de contato gera ângulos diferentes de desvio dos raios espalhados.
Outro ponto onde discordo é “considerar o elétron em repouso”. A rapidez com que
o elétron se desloca em torno do núcleo, em orbitais atômicos ou moleculares é tão alta que é
impossível localizar um, sendo estabelecido pela mecânica quântica, a região do espaço onde
existe maior “probabilidade de que ele seja encontrado”. Nestas condições considera-lo em
“repouso” me parece uma consideração abusiva.
Por isso, seguem os questionamentos a seguir:
- primeiro que os elétrons (devido a sua alta velocidade) formam em torno do núcleo uma
“nuvem”, cujo contorno contém a “região energética com maior probabilidade de que o elétron seja encontrado”, de modo que a colisão de cada fóton com um determinado elétron, me
parece violar o princípio da Incerteza de Heizenberg.
- segundo que ele afirma que cada fóton descarrega toda a sua energia hʋ a um só elétron,
independentemente da existência de outros quanta de luz. É evidente que a explicação foi amplamente amparada pela explicação de Einstein para o efeito fotoelétrico. Ora, conforme já
explicado com detelhes no efeito fotoelétrico,mesmo com feixe de luz dentro da faixa visível,
digamos 500 nm (5 x 10-7 m) que equivale a uma frequência no valor de 6 x 1014Hz, chega
em cada ponto da lâmina, um fóton seguido por outro após intervalo de 1/ 6 x 1014, que equivale a chegada de um fóton a cada 0,00000000000000166 s (menos de dois quadrilionésimos do segundo). Isto para luz visível, pois para o caso de fótons na faixa de raios X ou γ,
sua frequência média para raios X é da ordem de 1018 Hz, o que equivale a uma emissão seguida de outra no intervalo de 1 atto (10-18) s. E se se tratar de raios , sua média é de 1 zepto
(10-21) s, ou seja, chegam ao alvo, 1 sextilhão de fótons em cada segundo em cada ponto.
- terceiro que o feixe de luz monocromático aplicado, da mesma forma que no efeito f.e., para
cada mm quadrado de área de luz aplicada, ele recebe muito mais quantidade do que de fótons
visíveis. Para os raios X com ʋ = 1018 Hz, seu ʎ = 10-10 m e, por isso, pode chegar 1 raio X
em cada nm2; como 1 mm = 103 µm = 106 nm, então 1 mm2 = 1012 nm2. Dessa forma, em
cada ponto chega 1fóton após o outro, em número de 1018 por segundo, logo, em cada mm2,
que tem 1012 nm2, então a cada segundo chegam no receptor o total de 1030 fótons de raios X
por cada mm2. Daí, afirmar que cada fóton colide com um único elétron é ainda mais sem
sentido do que o dito por Einstein no efeito f.e.
96
No caso de raios , piora ainda mais: para ʋ = 1021 Hz, seu ʎ = 10-13 m de modo que
cabe um fóton em cada pico (1 pico = 10-12 m). Assim, 1 mm = 103 µm = 106 nm, = 109 pico
então 1 mm2 = 1018 pico2. Logo, chegam 1039 fótons de raios  por mm2 por segundo.
- quarto que, como os elétrons não estão vinculados cada um a um determinado átomo individual, pois se forma um “mar de elétrons” segundo a teoria das bandas, fica difícil aceitar
que um fóton acerte um elétron;
- quinto, fica claro como não poderia deixar de ser, que a avaliação e as críticas e propostas
em relação ao efeito Compton são bastante semelhantes aos do efeito fotoelétrico, já que ambos são extremamente semelhantes, inclusive sob o aspecto que mais colide frontalmente com
as explicações desses dois fenômenos, que é no tocante a Energia recebida em cada “comprimento de onda” que chega a cada “período” no alvo, pois só chega o valor de h. ʋ após chegarem ʋ comprimentos de onda ʎ, que demora 1segundo para se completar;
- sexto que uma das poucas diferenças entre Compton e efeito f.e. é que Compton fala em
“elétron de recuo”. Ora, aceitar elétron de recuo, é aceitar que o fóton realmente acerte um
elétron, o que me parece altamente improvável, conforme justificado no efeito f.e. e no atual.
E o fato de faze-lo recuar obrigaria a colisão “entre partículas”, o que me parece forçar demais
uma explicação. O fóton, que é energia, passar pela barreira de elétrons é tranquilo, podendo
ir até o núcleo, onde transferiria toda sua energia e de onde sairia outro fóton de muito menor
energia, logo, maior comprimento de onda. Entretanto, o recuo do elétron (recuo significa
recuar, voltar, andar para traz), o que implica em que ele iria caminhar na direção do núcleo.
Como entre ele e o núcleo existe toda a estrutura eletrônica do átomo, obriga a violação das
leis conhecidas, fora a repulsão elétrica que ocorreria. Além disso, o “recuo” obrigaria a que o
elétron penetrasse no nível quântico mais próximo a ele em direção ao núcleo, logo, com
maior energia de coesão, logo, com menor conteúdo energético total, fato que obrigatoriamente levaria a emissão de um quantum com energia dada por: h . ʋ = E2 – E1. Dessa forma, a
energia do fóton emitido seria rigorosamente de valor conhecido, o que faria com que, com o
conhecimento do fóton incidente e, como os níveis quânticos do grafite são conhecidos, todo
o resto seria conhecido a priori, ou seja, mesmo sem precisar fazer experiência nenhuma.
- a última crítica é ao fato de Compton obrigar a utilização da cinemática Einsteniana, mostrando que parte do princípio de que a inter-relação matéria x onda realmente ocorre e até sua
quantificação está correta, pois fala em energia de massa do elétron.
9 – 3 – d - Visão do Autor
A explicação para o fenômeno, do ponto de vista químico do autor, é que o fóton, seja
X ou , tem seu conteúdo energético absorvido pelo “mar” aumentando o nível energético
desse mar  ligante, que forma uma banda de valência e eleva o nível energético total ao valor do mar  antiligante, que forma uma banda de condução; na quantidade de fótons que che97
ga ao mar por unidade de área e de tempo, certamente com frequência ocorrerá excitação de
elétrons que, por apresentarem movimento desordenado, poderá caminhar em qualquer direção.
Entretanto, na visão química do autor, o processo de colisão fóton x elétron Não existe, e sim somente a transferência de todo o conteúdo energético do fóton para o receptor, aumentando o conteúdo energético deste; só quando se tratar da chegada do fóton ao núcleo do
átomo, aí sim, haverá espalhamento de fótons com menor energia, ou seja, com energia correspondente a diferença entre a energia do fóton original e a quantidade de energia cedida
pelo fóton ao receptor (que acredito que seja o núcleo).
9–4 –
Teoria de De Broglie
Em relação a teoria proposta por De Broglie, não há muitos comentários a fazer, já que
ela é apenas a utilização da equação da relatividade de Einstein para quantificar os valores de
comprimento de onda e frequência para qualquer matéria em movimento, como também para
determinar valor de massa nos fótons e, em consequência, poder calcular seu MOMENTO
LINEAR a partir de seu conteúdo de energia, calculado pela teoria ondulatória.
Uma vez que o autor discorda frontalmente das equações relativistas de Einstein, toda
a teoria de De Broglie desmorona.
9 – 5 – Desvio de Fótons na Terra (A TERRA é AZUL!) e o Efeito ESTUFA
Os assuntos avaliados nos itens 2 e 3 deste capítulo, mostram que se deve ter cautela
na interpretação dos eventos, e o atravessar por todos os tipos de questionamentos antes de
considera-lo certo. Em todos os eventos até aqui citados, a observação é sempre a mesma, de
que “na colisão de radiações eletromagnéticas (fótons) com matéria, SEMPRE ocorre
perda de parte da energia do fóton, que transfere essa energia para a matéria e continua
seu caminho com seu comprimento de onda aumentado, ou seja, sua frequência menor,
ou ainda menor conteúdo energético. É isto que ocorre nos efeitos fotoelétrico e Compton.
Nosso habitat, o planeta Terra, recebe diuturnamente fótons de diversos pontos do
Universo, mas em termos práticos, pode-se afirmar que os fótons que recebemos são emitidos
maciçamente pelo Sol, nosso Astro, centro de nosso sistema.
A chegada aqui dos fótons emitidos pelo Sol, é um evento de uma simplicidade singular, respeitando as leis já conhecidas pelo homem. O fóton chega em nossa atmosfera superior
depois de ter percorrido o trajeto de cento e cinquenta milhões de quilômetros, distância que
98
nos separa. Ele viaja a trezentos mil quilômetros por segundo no vácuo (ou seja, enquanto a
Terra se desloca rotacionalmente em 464 m), valor obtido pela expressão: c = 1 / (ɛ0.µ0)1/2,
onde ɛ0 é a permissividade elétrica e µ0 é a permeabilidade magnética. Esse valor já foi determinado experimentalmente e comprovado. As ondas eletromagnéticas não necessitam de
meio material para se propagarem, e sua velocidade será tanto menor quanto maiores forem os
valores de ɛ0 e µ0. Como esses valores praticamente não variam entre os meios vácuo e ar,
sua velocidade nesses meios é a mesma.
Assim, depois de emitido pelo Sol, o fóton gasta 500 segundos para nos atingir, ou seja, nos atinge em um ponto da superfície da Terra que estava distante rotacionalmente 231
Km atrás do ponto onde ele é recebido e translacionalmente 15 mil quilômetros atrás.
No vácuo e sem corpos volumosos nos locais de sua propagação, a luz caminha em linha reta. Ao passar para outros meios, inclusive o ar, devido a presença de matéria nesses
meios, as ondas eletromagnéticas sofrem reações diferentes, como no caso de sua penetração
em nossa atmosfera, onde elas podem ser:
- transmitidas
- refletidas
-refratadas
- difratadas
- absorvidas
- espalhadas
Segue uma resumidíssima explicação de cada evento citado.
- Transmitidas são as ondas que passam pela matéria sem serem absorvidas.
- Refletidas são as ondas que se propagam em determinado meio e, após incidência
de um feixe dessas ondas sobre a interface de separação deste com outro meio, apresentam
retorno total ou parcial.
- Refratadas são as ondas que mudam sua direção de propagação ao mudar de um
meio para outro.
- Difratadas são as ondas que contornam a borda de uma barreira ou passam através
de uma abertura, fenômeno que em geral provoca aumento de seu comprimento de onda e
interferem nas frentes de onda, que criam regiões de maior ou menor intensidade, sendo que a
barreira pode ser formada por fendas óticas ou átomos de uma rede cristalina.
99
- Absorvidas são as ondas que colidem com qualquer obstáculo material e transferem
para a matéria todo o seu conteúdo energético em forma de calor.
- Espalhadas são as ondas que incidem em partículas coloidais e sofrem desvio em
diversos ângulos.
A reflexão e a difração mudam a direção de propagação da onda eletromagnética,
como também modifica sua Amplitude, porém não altera sua frequência.
Alguns raios incidentes são transmitidos, ou seja, atravessam diretamente as camadas
superiores de nossa atmosfera e chegam a superfície terrestre, geralmente com menor conteúdo energético, ou seja, com maior comprimento de onda. Se o raio incidente for na faixa visível, deverá chegar na forma avermelhada. Entretanto, se se tratar de raios cósmicos, de altíssimo conteúdo energético, pode chegar a superfície e nos atingir ainda com conteúdo energético bem acima da nossa capacidade de suportar, de onde vem o risco de doenças como câncer
de pele, e outras.
Entretanto, o mais importante desse item, e que é o que importa agora, é saber que
nossa atmosfera superior é povoada por enorme quantidade de partículas materiais de vários
tipos e tamanhos. O tamanho das partículas que nos interessam para o desenvolvimento desse
item está compreendido na faixa de 1 a 100 nm, ou seja, de 10-9 a 10-7 m, já as partículas de
tamanho molecular NÃO interferem no caminho da luz. Esta faixa corresponde ao chamado
“tamanho coloidal” que tem propriedades específicas. Para não ser repetitivo, não vou transcrever sua conceituação aqui, pois o mesmo está feito com detalhes no capítulo 10 (no item
3), chamado de ‘(As Coincidências da “Criação” ou “Evolução”)’.
As partículas com pelo menos uma dimensão nessa faixa, são chamadas partículas
coloidais, e têm um comportamento sui generis quando atingidas pela luz. Esse comportamento é um questionamento que desejo fazer, pois é exatamente contrário ao primeiro; é que a
maioria dos fótons que chegam, colidem com as partículas coloidais que existem nas nossas
camadas superiores e após a colisão sofrem desvio em diversos ângulos, formando um “espalhamento” da luz, que é intensificado nas tonalidades de azul, logo, nos menores comprimentos de onda. Por essa razão é que vemos tudo azul no “infinito”, embora nada seja azul por lá.
Entretanto, como os menores comprimentos de onda significam maiores frequências e, em
consequência, maior conteúdo energético, fica-se obrigado a aceitar que o fóton GANHOU
ENERGIA DURANTE A COLISÃO.
Pelo princípio da conservação de energia, a energia total antes do choque permanece a
mesma após o choque. Como é evidente que depois da colisão o fóton saiu com maior conteúdo energético do que tinha antes, a conclusão é que aparece um grande questionamento aos
efeitos fotoelétrico e Compton, que impõe que a colisão de fóton com matéria transfere o conteúdo energético deste para a matéria. Entretanto, no caso presente, OCORRE o OPOSTO, ou
seja, o fóton incidente “ganha energia” da partícula coloidal, com consequente aumento de
sua frequência e diminuição de seu comprimento de onda. Como a partícula cede energia para
o fóton, ela fica com menor conteúdo entrópico, logo, diminui seu movimento e/ou sua Temperatura, enquanto essa diferença de entropia passa para o fóton, que chega a superfície terres100
tre mais entrópica. A energia entrópica do Universo se mantém, já que houve só troca de portador, mas o ambiente ocupado pelas partículas coloidais, com certeza ficará menos entrópico,
logo, possivelmente mais frio, enquanto esse calor passado para o fóton irá chegar a nossa
superfície com maior conteúdo energético total, logo, aquecerá e aumentará o caos no local de
seu recebimento.
O fato dos fótons de luz se espalharem ao colidir com partículas de tamanho coloidal,
permite o estudo dessas partículas, tais como determinação de seu tamanho, sua forma etc.
Entretanto, em relação ao recebimento de luz no interior do nosso Planeta, fica uma
questão complexa de resolver, já que podemos ver a luz intensificada no azul por motivos
diferentes:
- o primeiro é o recebimento de fótons de maior conteúdo energético, que seja Transmitido,
logo, diminui seu comprimento de onda e, portanto, dependendo do seu conteúdo energético
original, pode ser refratado, perder energia e seguir seu novo trajeto com energia correspondente ao azul;
- o segundo é o recebimento de fótons de menor conteúdo energético que seja Espalhado por
partículas coloidais e, com isso, tenha seu comprimento de onda diminuído pelo recebimento
de energia da partícula coloidal com quem colidiu e, dependendo do ângulo de desvio, pode
ganhar energia suficiente para se transformar em um fóton com comprimento de onda correspondente ao azul.
Com certeza existem os dois fenômenos, mas não tenho dados para avaliar qual deles
ocorre com maior intensidade.
O estudo de coloides é bastante evoluído atualmente, com grandes contribuições de
Einstein, Smoluchowiski, Debye, e outras “feras”. Estabeleceram equações que permitem
quantificar o fóton desviado, o fóton incidente, sua energia e outros parâmetros através do
valor do ângulo de desvio, e muitas outras coisas importantes. Por isso, esse fenômeno é muito utilizado em medicina, na avaliação de turbidez e em inúmeros outros setores.
Outro ponto a ser discutido, exatamente oposto, é a incidência de fótons sobre as partículas coloidais pretas, como as que saem das chaminés das grandes indústrias tais como fuligem, carbono coloidal, negro de fumo, e outros.
Sabe-se da química coloidal que os coloides com micelas pretas são absorventes totais,
ou seja, NÃO espalham a luz incidente nele; simplesmente absorvem totalmente sua energia e
a incorporam na forma de energia TÉRMICA (calor). Dessa forma, a região ocupada por essas partículas, fica aquecida.
O estudo de coloides é feito através desse fenômeno, o espalhamento dos raios incidentes. Na medicina é usado amplamente no evento chamado nefelometria, que estuda o material através de determinado ângulo de espalhamento.
101
Já o estudo do asfalto é bastante prejudicado pelo fato de não poder ser analisado através da luz, porque suas “micelas” são pretas, logo, absorvem e não espalham a luz.
Para a maioria das pessoas, esse efeito é que é o responsável primeiro pelo caminho de
destruição de nosso planeta através do chamado “efeito estufa”.
Entretanto, como visto acima, sobre colisões de fótons com partículas coloidais, podese afirmar que, do feixe incidente nas partículas coloidais NÃO PRETAS, parte é absorvida
em forma de calor, parte é refletida e retorna com o mesmo conteúdo energético e parte é desviado segundo vários ângulos de espalhamento, sempre com os raios espalhados intensificados nos menores comprimentos de onda.
Não tenho conhecimento dos quantitativos existentes (e nem sei se eles existem) das
partículas coloidais pretas e não pretas na nossa atmosfera, pois existe um grupo de cientistas que afirmam que o planeta está caminhando para uma nova “era do gelo”. Evidentemente
os dois grandes grupos são antagônicos:
- de um lado os que se preocupam com o efeito estufa, que vai nos destruir por excesso de
calor (logo, entropia).
- de outro lado os que consideram que caminhamos para uma nova “era do gelo”.
É evidente que existe motivo de preocupação real em ambos os casos, mas só se pode
se engajar efetivamente em um dos lados, com pleno conhecimento das expectativas para futuro, o que só seria possível com o conhecimento, pelo menos aproximado, dos quantitativos
existentes hoje e sua tendência futura (de aumento ou diminuição) dos quantitativos das partículas coloidais pretas e não pretas na nossa atmosfera, para tentar prever o destino final disso
tudo.
Não gosto de emitir opinião sobre assunto que eu não tenha conhecimento profundo
ou dados confiáveis para me apoiar. Por essa razão não posso defender nem criticar nenhum
dos dois grupos. Entretanto, com a volúpia com que o homem caminha no seu desenvolvimento sem medida de consequências, com o violento aumento com que as últimas décadas
apresentaram do número de indústrias jogando “partículas pretas” de suas chaminés (sem nenhum tratamento), o aumento na produção de combustíveis fósseis, e outros fatores que, embora de menor expressão, se somam aos maiores no total da capacidade de destruição eu, como leigo, optaria pela preocupação maior com o efeito estufa.
Entretanto, por ser químico e conhecer um pouco de Termodinâmica, tenho que me posicionar com equidistância, já que:
- o caminho para nova era do gelo, levaria evidentemente a um ambiente de baixíssimas temperaturas, logo, amplamente favorável a coesão, atração, organização;
- o caminho para a destruição por degeneração através de excesso de calor, de velocidade, de
desorganização, desorientação, levaria ao CAOS total.
102
É evidente que como químico, tenho que ficar equidistante, pois o Segundo Princípio
da Termodinâmica afirma que “a entropia do Universo tende para um máximo”. Bem entendido: a entropia do UNIVERSO. A Terra é parte do Universo. Pequeníssima parte, é verdade, mas é parte do Universo e com isso, a análise tem que levar em conta:
Planeta Terra + Resto do Universo = Universo
o que obrigatoriamente deixa claro que, sendo apenas uma parte do Universo, a Terra tem que
ser avaliada como um sistema qualquer e tem que respeitar a equação, que diz que quem NÃO
pode DIMINUIR a entropia é o Universo, não parte dele.
Assim sendo, dentro da ciência as duas possibilidades têm a mesma probabilidade de
ocorrer, pois se nos aquecermos demais, aumentamos nossa entropia (da Terra), o que pode
manter ou aumentar a entropia do Universo. Entretanto, se esfriarmos até um possível congelamento, estaremos aumentando quase infinitamente nossa energia coesiva, atrativa, organizada, logo, a diferença entre o estado anterior e o futuro libera uma quantidade incomensurável de energia entrópica para o Universo, o que também contribui para o aumento da entropia
do Universo e, portanto, satisfaz plenamente o Segundo Princípio da Termodinâmica.
Uma avaliação não científica, através da observação do comportamento do homem em
relação ao meio ambiente, que vai ser detalhado minuciosamente no capítulo 10, indica maior
probabilidade de irmos para o caos, devido a sanha ensandecida do homem pela riqueza, com
as últimas décadas apresentando um terrível aumento do número de chaminés lançando partículas coloidais pretas na atmosfera sem nenhum tratamento nem proteção.
No capítulo 10 esse assunto será abordado novamente, mas sob outra ótica, a forma
como o homem atua e como ele poderia agir para minimizar os efeitos da destruição que parece já ter dado seu “ponta pé” inicial a bastante tempo.
9–6–
Matéria e Antimatéria
9–6– a
Considerações Gerais
Durante boa parte do trabalho falamos sobre a teoria da relatividade de Einstein. Para
tal, tornou-se necessário transcrever toda a história do efeito fotoelétrico, tendo em vista que
este é o foco central da questão. Isto porque esse efeito só foi considerado ter sido explicado
satisfatoriamente com a intervenção de Einstein, apoiado em recentes descobertas de Plank.
Na avaliação Química que fiz dos conceitos vigentes, que sempre foram obtidos sob o
ponto de vista puramente Físico, já começamos a esbarrar em alguns contratempos. Como o
trabalho se propôs a avaliar o Universo sob os pontos de vista da Física, da Química e tam103
bém do ponto de vista Religioso, não posso me recusar a levar todos os conceitos conhecidos
em consideração, por mais esdrúxulos que sejam e por mais que desagradem ateus ou religiosos.
Assim sendo, depois de tudo isso, inclusive com as avaliações Químicas, que é a minha especialidade, sempre procurando manter os conceitos o mais possível afastado de agressões ou de provocações, tanto aos religiosos quanto aos não religiosos, procurei sempre colocar as explicações dos conceitos vigentes da forma mais fiel possível às explanações feitas
pelos autores que consultei, sempre através do Google, via Internet.
Mesmo quando a explicação de alguns autores não me agradava muito, mas se eram
concordantes, eu as utilizava literalmente para não cair na tentação de “conduzir” para alguma
posição previamente formada em meu subconsciente, já que nunca bloqueei meus neurônios.
Sempre procurei dissecar aquilo que me proponho a pensar sobre, até o âmago da questão, ou
pelo menos, até o ponto máximo que eu tenha competência para ir. Faço isto quer os resultados que vou encontrando no caminho da busca sejam de meu agrado ou sejam passíveis de
meu repúdio. Nunca fui dono da verdade e, como sei que todos os seres humanos que existiram, que existem e que venham a existir no futuro, são todos exatamente iguais, todos “transportadores ambulantes de coco fedorento”, além do que, o número de neurônios, fabulosamente alto como é, quase não difere de um ser humano para outro. Assim, considero que todos têm que ter suas opiniões respeitadas, pois nunca se sabe se o autor de uma determinada
opinião foi um dos que bloqueou seus neurônios ou não. E também porque o assunto carrega
intrinsecamente uma grande dose de subjetividade e este não é quantificável, o que impõe que
nunca se sabe se as opiniões alheias são mais ou menos subjetivas que as nossas opiniões.
Dito isso, que achei necessário por considerar que já analisamos conceitos que me
parecem muito subjetivos e, o assunto daqui para a frente, ao tratar de Matéria e ANTIMATÉRIA, para a maioria das pessoas soa como de alta subjetividade.
Antes de entrar nesse estudo, vamos dar uma panorâmica no assunto, com tópicos extraídos das fontes consultadas na internet.
9– 6 - b
Considerações sobre a Aniquilação
Procurando na literatura, este assunto não é dos mais fartos de se encontrar, talvez exatamente por ser bastante complexo e altamente subjetivo.
A colisão das partículas com suas respectivas antipartículas, levam à imediata aniquilação de ambos, gerando em seu lugar fótons com determinado conteúdo energético. Em princípio todas as partículas existentes possuem suas respectivas antipartículas.
Uma experiência clássica e bastante difundida é a colisão de um elétron com sua antimatéria, o Pósitron, gerando dois fótons com determinado conteúdo energético.
104
Existem autores que propõem que esse tenha sido o motivo do aparecimento de fótons
no Universo primordial.
A consideração feita por muitos autores, é de que toda partícula material tem como sua
antipartícula, a antimatéria. O termo antipartícula é mais fácil de aceitar, pois partícula está
atrelada a alguns números, e seu antônimo é possível imaginar. Entretanto, conseguir entender
o que seja a antimatéria, que pelo dicionário significa o oposto, fica muito difícil imaginar o
“oposto da matéria”.
Sendo P = m.v o momento do elétron, que tem matéria, como calcular o momento do
pósitron que, no caso, tem antimatéria? Seria P = 1/m x v?
Creio que o conceito de “antimatéria” seria semelhante a aceitação de “antitempo” ou
de “antimovimento (entropia negativa)”, coisas que não consigo visualizar, logo, não consigo
imaginar sua existência. Por essa razão, só vou me referir a “antipartícula” por não aceitar a
existência de antimatéria.
9– 6 – c -
A Quantificação da Colisão
Encontramos várias citações a este fenômeno: a colisão entre um elétron e sua antipartícula, o pósitron, leva a aniquilação dos dois e geram dois fótons com energia de 0,511MeV
cada um.
Dessa forma, podemos esquematizar a situação na forma química:
Elétron (-) + Pósitron (elétron +)
fóton 1 + fóton 2
O valor calculado pela ciência é de que cada fóton tem energia de 0,511 MeV. Assim, o que se pode garantir é que a reação químico-energética indicada NÃO é reversível, ou
seja, é uma reação completamente irreversível onde os reagentes são totalmente consumidos
na reação e os produtos adquirem vida própria a partir de sua formação (ou criação).
Assim, pela lei da conservação de energia e de momento, pode-se garantir que:
- o conteúdo energético dos produtos é de 1,022 MeV
- logo, o conteúdo energético dos reagentes também é de 1,022 Mev
- o momento dos reagentes é P = mv (para os dois componentes, na minha opinião, pois não
sei como é considerado pelos que aceitam a existência de ANTIMATÉRIA).
- o momento do produto tem que ser igual ao momento dos reagentes
- obrigatoriamente o produto (os dois fótons) têm que ter entropia igual ou maior que os regentes (elétron e pósitron).
105
Como temos o valor da energia dos fótons, vamos calcular suas demais características
diretamente a partir do valor conhecido de sua energia, usando somente as equações da teoria
ondulatória, já que a interconversão relativista matéria x onda é equivocada.
E = 0,511 x 106 x 1,6022 x 10-19 J
E=hxν
ν =
E = 0,511 Mev = 8,187 x 10-14 J
E = 6,626 x 10-34 x ν
8,187 x 10-14 / 6,626 x 10-34
ν=
1,2356 x 1020 Hz
Assim, cada fóton tem:
E = 0,511 Mev = 8,187 x 10-14 J
e
ν=
1,2356 x 1020 Hz
A partir daqui, não podemos determinar corretamente o valor do comprimento de
onda dos fótons, já que pelo valor da frequência, trata-se de raios gama e a correlação entre a
frequência e o comprimento de onda é feito pela velocidade da luz visível no vácuo e a utilização de seu valor (c) para todo o intervalo de frequências está, na minha opinião pessoal,
pelo menos sujeito a investigação mais profunda (sob suspeita).
Só como exercício de divagação (que pode até estar correto, embora eu ainda discorde dessa amplitude de validade da relação) fazendo a determinação do Comprimento de onda
usando a relação ʎ.ʋ = c, seu valor é:
ʎ = 3 x 108 / 1,2356 x 1020
de onde se obtém: ʎ = 2,428 x 10-12 m, que é exatamente o chamado “comprimento de onda Compton do elétron”, que por sua vez é igual a h / m.c.
Entretanto, sem a relatividade, em relação aos reagentes só podemos definir que:
a) Pela Lei da Conservação da Energia, a Energia Total dos Reagentes (elétron + pósitron) é 1,022 MeV. Não podemos sequer considerar com absoluta segurança esse valor repartido igualmente entre a partícula e sua antipartícula.
b) Pela lei da conservação dos momentos, o momento dos reagentes é o mesmo dos
produtos. Entretanto, não sabemos o valor do momento dos fótons, logo, nem dos
reagentes.
No caso dos Reagentes, o momento é dado por: P = m x v. Sabemos o valor da massa
do elétron (m = 9,1 x 10-31 Kg), mas não sabemos sua velocidade real.
No caso dos Produtos, os fótons, não temos como calcular diretamente seu momento
sem a utilização da equação de Einstein, o que levaria ao resultado previamente estabelecido.
106
Entretanto, como os dois fótons obtidos são iguais, e como o pósitron é a antipartícula
do elétron, e sua aniquilação mútua gera dois produtos exatamente iguais, pode-se considerar
as massas dos dois como iguais, só com cargas opostas.
Assim sendo, tendo em vista as Leis da Conservação da Energia e do Momento, pode-se garantir que a energia do elétron (e do pósitron) é igual a de um dos fótons, logo, seu
valor é de:
E = 0,511 Mev = 8,187 x 10-14 J
Os resultados mostram que cada elétron, assim como sua antipartícula (o pósitron),
têm energia correspondente a um raio gama, o que indica claramente que esse evento tem que
ser revisto, por apresentar resultado aparentemente absurdo.
Embora o evento satisfaça o segundo Princípio da Termodinâmica, já que os dois
raios gama com certeza apresentam maior entropia do que dois elétrons, mas é impossível a
existência de elétron com energia de raio gama. Dessa forma, quimicamente a reação esquematizada anteriormente NÃO pode estar correta. O balanço de energia até pode satisfazer,
mas e o balanço de massa? O evento pressupõe como correta a interconversão matéria x onda, que já foi mostrada em outros tópicos como equivocada.
Portanto, na minha opinião, este evento deve ser refeito e reanalisado.
9–7–
A Massa Relativista (variação da massa em movimento)
Mesmo sem ter ainda conseguido qualquer pista ou indício que levasse a uma razão
plausível para um gênio como Einstein estabelecer um valor finito e mensurável pelo homem,
a velocidade da luz visível, como o limite máximo de rapidez de deslocamento de qualquer
coisa no Universo, continuo procurando.
O ponto da relatividade que me deu bastante evidências de que ele tinha certeza em
relação a existência de um limite da rapidez de deslocamento, e de que esse limite era a velocidade da luz visível, foi a equação proposta por ele para provar esse limite imaginável pelo
homem. A equação proposta é:
m = m0 / [1 – (v/c)2]1/2
A análise da equação é simplória: a medida que a velocidade do corpo se aproxima da
velocidade da luz (c), o denominador tende a zero, o que matematicamente conduz o valor da
massa em movimento para o infinito.
Entretanto, resolvi fazer uma maquiagem na equação, como segue:
m = m0
/ [1 – (v/c)2]1/2
[1 – (v/c)2]1/2 = mo/m
107
[(c2 – v2)/c2]1/2 = mo/m
c2 – v2 = c2.(mo/m)2
(c2 – v2)1/2 = c.mo/m
v2 = c2 - c2.(mo/m)2
v2 = c2 [1 – (mo/m)2]
A avaliação da equação nesta forma, mostra que quando a massa relativista tende
ao infinito, a velocidade v se torna igual a c, ou seja, a equação apresenta resultado finito e
real, mesmo com massa relativista infinita, ou seja, a equação mostra que massa infinita tem
velocidade finita.
A simples manipulação da equação leva a esses resultados diametralmente opostos,
razão pela qual, creio que se pode colocar a equação original sob suspeita. Esta equação também mostra outras curiosidades: se a massa em repouso for nula, que é o caso dos fótons, independentemente do valor finito que possa ser atribuído a massa relativista, também nesse
caso, v = c.
Após isso, só me resta considerar as equações da Relatividade como não corretas e,
portanto, não devem ser usadas.
9–8–
9–8-1–
Avaliações para Futuras PROPOSTAS do Autor
Algumas Considerações
Desde que comecei a pensar mais seriamente sobre o Universo como um todo, como
parte de minha eterna busca pela existência ou não de um Criador, começaram a me aparecer
pontos de interrogação.
Como Químico, me incomodava a explicação do efeito fotoelétrico, como também do
efeito Compton. E muito mais ainda a generalização proposta por De Broglie, sacramentando
a existência de matéria nas ondas eletromagnéticas e comprimentos de onda associados a
qualquer tipo de massa em movimento, além, é claro, da possibilidade da existência de uma
parte não material na nossa constituição (seria energia ou o que?).
Comecei a pensar profundamente nas razões que levaram Einstein a propor sua explicação para o efeito fotoelétrico. As descobertas de Plank, que o antecederam e lhe deram subsídios para sua explicação, na verdade não mudaram praticamente nada. O fato das radiações
eletromagnéticas não serem emitidas continuamente e sim em saltos, não leva a se pensar que
ela seja “granular”, ou seja, que seja feita de matéria.
108
Em 1824 Clausius já tinha sugerido que o calor não era uma coisa inteira, contínua,
mas era constituído por “unidades de calor” que ele chamou de “calórico”. Mas não sugeriu
que ele tivesse massa, mas seria uma unidade de energia. Na época não havia a ligação com o
conceito de probabilidade de estado, etc. Mas, se pensarmos com imparcialidade e isenção, o
“quantum” nada mais é do que o “calórico” explicado com base mais científica, que não existia na época.
Por essa razão, como químico, me causou estranheza que Einstein propusesse que
“cada um fóton colide com um único elétron”, quando se sabe que sempre existiu luz e ela
sempre foi acolhida por anteparos de qualquer natureza ou espécie. A colisão de “raios de
luz”, hoje conhecidos como fótons, com matéria, sempre existiu e sempre foi de conhecimento do homem. A única diferença que ocorreu em relação a isso em todo esse tempo, foi imaginar que a energia não é contínua e sim quântica, em saltos ou pacotes energéticos, começando com Clausius e recebendo tratamento científico mais apurado por Plank, muito embora
eu continuo curioso em que alguém consiga estabelecer um valor (uma linha divisória) entre o
contínuo e o quântico, como explicado no capítulo 8, onde objetos andando a alguns metros
por segundo são considerados contínuos, enquanto emissões de radiações sendo emitidas (ou
sendo recebidas) sextilhões de vezes por segundo são rigorosamente descontínuos.
Entretanto, daí a considerar que esse “pedaço de Energia” passe a ter “matéria” é uma
distância que me assusta. A Proposta de “energia granular” foi feita por Einstein, que ainda a
quantificou ao estabelecer sua famosa equação: E = m x c2. Dessa forma, como cada “pedaço
de Energia” teve seu valor energético quantificado por Plank, logo a seguir passou a ter associado a si também valor de massa.
Creio que essa necessidade que Einstein teve de propor valor material para as ondas
era para justificar “colisões” delas com elétrons, já sabidamente possuidores de massa, embora em quantidade tão pequena e desenvolvendo velocidades tão absurdamente altas em espaço
disponível mínimo, que lhe foi atribuído se comportar como “ondas” já que era impossível
localizar um elétron sozinho, tendo-se que determinar a região do espaço onde existe “maior
probabilidade de que ele seja encontrado”, que tomou o nome de “orbital”, que significa a
região energética do espaço onde é mais provável encontra-lo.
Daí a quantificar “massa em ondas” e dar caráter ondulatório a massas em movimento,
vai uma distância que não creio que possa ser interligada, razão pela qual, discordo completamente dela.
9 – 8 - 2 – O Porque da Escolha
Um outro ponto que muito me intrigou ao longo desse estudo, foi tentar descobrir alguma razão lógica para que um gênio do porte de Einstein escolhesse como limite de velocidade de qualquer coisa, a velocidade da luz “que vemos”.
109
Para o cidadão comum, especialmente os religiosos, que se consideram uma imagem e
semelhança de um possível Criador de tudo, perfeito e divino, oni-tudo, logo ele também o é,
até faz sentido. Até aí nada de mais, pois estamos falando de pessoas comuns, mas quando se
chega ao nível de um Einstein, Newton, Plank, Bohr e outros tantos, grandes interpretadores
de eventos, com capacidade de elaborar soluções de alta complexidade, acho que devemos ter
cautela ao avaliar o que eles fizeram, disseram, pensaram ou equacionaram, e nos legaram
esse acervo.
Por essa razão, fiquei um tanto chocado ao rever, agora maduro e com a sensatez que a
idade nos traz, o problema do efeito fotoelétrico, com a assertiva de Einstein (cada fóton colide com um único elétron), deixando transparecer que ele já tinha em sua mente essa necessidade para justificar uma possível inter conversão entre onda eletromagnética e partícula material. Da mesma maneira, passei a buscar algum motivo lógico que ele teria para considerar a
velocidade da luz como limite imaginável para rapidez de deslocamento pelo ser humano,
pois até então, não tinha me questionado ainda sobre essas razões.
Esse conceito fica bem claro quando ele propôs uma equação que calculava o valor da
massa em movimento, conhecida como “massa relativista”, já devidamente analisada no capítulo anterior.
Entretanto, uma coisa me incomoda nisso tudo: Einstein não era ateu; ele era judeu,
logo, religioso. Em algumas frases dele, célebres como não poderiam deixar de ser, não fosse
ele o gênio que era, deixa transparecer que acreditava na existência de Deus, logo, também
deveria crer na existência da alma (ou espírito, ou espectro, ou qualquer outro nome que queiram dar). Conhecedor como era, do Universo imenso, com as distância medidas em anos-luz e
até em unidades maiores ainda, como ele poderia considerar a velocidade da luz como o maior valor de rapidez de deslocamento possível? Sabendo que, na velocidade da luz, o “tempo”
gasto para ir da Terra ao centro de “nossa mísera e minúscula galáxia” era de vinte e seis mil
anos. Por isso eu me questiono sobre ele: “onde ele acreditava que fosse o céu?
Por todas essas razões me dispus a fazer algumas propostas, por mais absurdas que o
leitor possa achar delas, o que será feito a seguir. Antes, nesse capítulo, vamos fazer um estudo minucioso de alguns pontos que considero importantes e sobre os quais já vou fazer algumas PROPOSTAS que poderão afetar os leitores.
9–8-3–
A Questão dos Referenciais
Ao escrever o capítulo 7, Aplicações Numéricas da Relatividade, quando passo a testar
a equação de Einstein no tocante a interconversão onda x matéria, onde chamei ambos de “valores equivalentes” no qual coloquei até um gráfico, basicamente tirado do ábaco encontrado
em inúmeros trabalhos disponíveis, onde coloco como abcissas os comprimentos de onda em
grande intervalo de valores e nas ordenadas, coloquei uma relação que calculei pela equação
relativista de Einstein, a qual nos diz quantos fótons de determinado comprimento de onda
110
são necessários para equivaler a massa de um elétron. Claro que isso é baseado na equivalência determinada por Einstein na sua equação: E = m x c2.
Uma coisa que fica claro na avaliação do ábaco, é que em toda a amplitude imaginável
de frequências (ou de comprimentos de onda), essas duas características são intercambiadas a
partir do mesmo fator de conversão: a velocidade da luz no vácuo (c).
No estudo de ondas, o produto da frequência pelo comprimento de onda é igual a VELOCIDADE da onda. Na faixa de comprimentos de onda visíveis pelo ser humano, que varia
de 360 a 780 nm (nano = 10-9m), essa velocidade é determinada como sendo de trezentos mil
quilômetros por “segundo”, quer dizer, enquanto a Terra caminha 464 m em movimento de
rotação.
Não sei definir a amplitude de validade dessa relação, ou seja, se a correspondência
entre frequência e comprimento de onda da luz na faixa visível, vale para quaisquer outros
comprimentos de onda, desde os muito grandes, como as ondas de rádio até os raios gama de
altíssimo conteúdo energético.
As ondas sonoras, por exemplo, que têm sua velocidade definida como 344 m por segundo, constam do ábaco com a correspondência feita através do mesmo parâmetro que nos
demais casos. Entretanto creio que os cientistas experimentais deveriam procurar avaliar com
cautela a amplitude de validade dessa relação, pois pode-se estar cometendo graves equívocos
nos cálculos. Fica a sugestão.
A mudança de parâmetros a que me refiro, não chega a ser uma proposta direta, mas
um indicativo de uma futura homogeneização de valores.
Até hoje a referência de TEMPO é o segundo, que na verdade significa a rotação da
Terra no valor de 464 metros, ou seja, enquanto um fóton visível caminha 300.000.000 m,
nosso habitat gira 464 m em torno de seu eixo. Esta é uma referência pelo menos esdrúxula,
já que 464 m não é unidade de nada.
Por essa razão, me parece ter algum sentido para atender o SI, que seria a velocidade
da luz em metros, referente a cada metro rodado pela Terra. Assim:
300.000.000 m / 464 m = 646.552 m por m de rotação da terra. Isto para os fótons enquadrados na faixa do visível pelo homem. Uma alternativa seria usar a translação em lugar
da rotação, mas isso é a mesma coisa.
Creio que no sistema solar, apesar de sua insignificância em relação ao todo, o padrão
deveria ser o Sol, que pelo menos é o nosso astro.
Para uma visão panorâmica de como poderia ser essa MUDANÇA DE PARÂMETROS, a seguir vamos apresentar um quadro com os valores correspondentes a QUANTOS
METROS UM FÓTON DE LUZ CAMINHA ENQUANTO O SOL E OS PLANETAS SE
DESLOCAM APENAS 1 METRO ROTACIONAL OU TRANSLACIONALMENTE.
111
Planeta
Distância Tempo Velocidade Velocidade
média ao Fóton no Rotação Translação
m/s
m/s
Sol (km) Percurso
7
s
X 10
SOL
Deslocamento Deslocamento
da LUZ (m) da LUZ (m) por
por metro Ro- metro Translatacional
cional
0
1
2.000
220.000
150.000
1364
Mercúrio
5,8
1
3,025
47.870
99.173
6.267
Venus
10,8
1
0,9055
35.020
331.308.670
8.566
Terra
15,0
1
464
29.780
646.550
10.074
Marte
22,8
1
241
24.080
1.244.813
12.458
Júpiter
77,8
1
12.560
13.070
23.885
22.953
Saturno
142,9
1
10.260
9.640
29.240
31.120
Urano
287,1
1
3.650
6.810
82.192
44.053
Netuno
450,4
1
2.680
5.480
111.940
54.744
Plutão
591,3
1
13
4.670
23.076.923
64.240
QUANTIDADE DE DESLOCAMENTO DA LUZ PARA CADA UM METRO DE DESLOCAMENTO
ROTACIONAL E TRANSLACIONAL DE CADA CORPO CELESTE DO SISTEMA SOLAR
150000
99170000 3,31E+08
1365
1
SOL
6267
6
MERC
8566
11
VENUS
646550
1244813
23885
29240
10074
15
TERRA
12458
23
MARTE
22953
78
JÚPITER
31120
143
SATUR
82192
111940
2,3E+07
44053
54744
64240
287
450
590
URANO NETUNO PLUTÃO
1E+09
100000000
10000000
1000000
100000
10000
1000
0,001
SOL
0,01
M
0,1
V
T
M
J
1
S
S
U
N
P
112
O gráfico mostra a quantidade de deslocamento da LUZ após o Sol e todos os planetas
do Sistema Solar, terem se deslocado ROTACIONALMENTE (verde) E TRANSLACIONALMENTE (preto) em exatamente 1 m (um metro).
Durante essa avaliação me ocorreu fazer uma comparação com os gráficos do capítulo
3 e encontrei algo pelo menos bastante curioso. Nos gráficos citados o interesse do autor era
quantificar o atraso sideral, ou seja, descobrir o quanto vivemos “a reboque” de nossa própria
rotação e translação.
Como no item anterior foi mostrado um gráfico indicando outros parâmetros cujos
valores podem ser tomados como referencial para o Universo, em lugar de determinada quantidade de rotação de nossa própria moradia, juntei novamente os gráficos em um só e o apresento a seguir para avaliação dos possíveis leitores.
ATRASO SIDERAL TOTAL DO SISTEMA SOLAR: ROTAÇÃO e TRANSLAÇÃO
220000
2000
150000
47870
3,1
9,9E+07
1365
1
SOL
6267
6
M
35000
30000
24100
0,9
464
241
3,3E+08 646550 1244813
8566
11
V
10074
15
T
12458
23
M
13100
12560
23885
9650
10260
29240
6810
3650
82192
5500
2680
111940
4670
13
2,3E+07
22953
78
J
31120
143
S
44053
287
U
54744
450
N
64240
590
P
500000000
50000000
5000000
500000
50000
5000
500
50
5
0,5
0,0005
0,005
0,05
0,5
Milhares
SOL
M
V
T
M
J
S
U
N
P
Desloc TRANSLACIONAL após 1 s vermelho marcador quadrado vermelho
Desloc ROTACIONAL após 1 s - Verde Oliva marcador redondo Oliva
Desloc APÓS 1 METRO ROTACIONAL - Verde marcador Verde Losango
Desloc APÓS 1 METRO TRANSLACIONAL- Preto - marcador preto Triangular
113
O gráfico mostra como variam as posições dos Planetas do Sistema Solar durante o
“tempo” de 1 s (um segundo, que corresponde a 464 metros de rotação e trinta quilômetros
translacionais da Terra) em comparação a variação das posições dos mesmos planetas durante
o “tempo” que cada um deles se desloca de 1 m (UM METRO) rotacional e translacionalmente. Não sei se existirá algum interesse na troca de referenciais, já que essa troca por algum
parâmetro já enraizado nos nossos neurônios, sempre traz certo mal estar inicial. Mas como o
homem é um animal de hábito, certamente se for vantajoso, acabará se acostumando com o
novo referencial. De qualquer maneira, na opinião do autor, o referencial mais lógico para o
sistema solar seria o SOL, que apesar de sua quinta grandeza, é o nosso astro central, em torno do qual vivemos girando e dependendo de seu abastecimento de energia.
9–8-4–
A Questão das Ondas Eletromagnéticas
9 – 8 - 4 - a - Considerações sobre as Características das Ondas Eletromagnéticas
Na literatura encontramos assertivas que chegam a nos assustar. Uma delas é a que
diz textualmente que: “a amplitude de uma onda NÃO depende da frequência, nem do comprimento de onda nem de sua velocidade; SÓ depende da quantidade de Energia transportada
pela onda”.
Não sei como as várias fontes consultadas podem afirmar uma coisa destas. As mesmas fontes confirmam que a frequência, o comprimento da onda e sua velocidade DEPENDEM da energia. Como algo pode depender de um fator (no caso, a energia) e não depender
de outros fatores que são intimamente dependentes dela? O bom senso indica que deve haver,
pelo menos, uma interligação entre eles.
Creio que os estudiosos do assunto devem dar mais atenção a este parâmetro que parece ser de fundamental importância já que, “é a amplitude da onda que perturba o caminho
por onde passa”. Como quanto maior for a perturbação maior a contribuição para o caos (entropia) do Universo, concluí que um campo oscilante, que gera as ondas eletromagnéticas,
NÃO pode produzir ondas com qualquer valor de amplitude. Eles são obrigados a produzir
sempre as ondas com A MAIOR AMPLITUDE POSSÍVEL, pois é a forma de atender ao
Segundo Princípio da Termodinâmica.
Dessa forma, vamos fazer um pequeno resumo dos principais conceitos encontrados
na literatura do ramo para, em seguida, tentar encontrar alguma relação contendo o parâmetro
Amplitude da onda, e avaliar se ela é viável.
A energia eletromagnética é transportada através das chamadas ondas eletromagnéticas. Ela é obtida a partir de cargas elétricas oscilantes e são constituídas por dois campos ortogonais entre si (campo elétrico e campo magnético), já que segundo Maxwell a variação de
114
um campo elétrico gera um campo magnético e vice verso. Esses campos ortogonais evoluem
no espaço na direção ortogonal a ambos (regra dos três dedos) transportando energia.
A característica mais importante das ondas eletromagnéticas é que sempre são descritas por funções sinusoidais, ou seja, seus padrões se repetem no espaço e no tempo.
9 – 8 - 4 - b - Principais Características das Ondas Eletromagnéticas
A seguir vão ser apresentadas e definidas as principais características das ondas eletromagnéticas:
- comprimento de onda é o padrão sinusoidal que se repete no espaço durante a propagação
da onda;
- período é o tempo que a fonte gasta para produzir uma onda completa ou o tempo gasto
para que cada comprimento de onda se desloque no valor de seu próprio comprimento;
- frequência, que é o inverso do período, representa o número de ciclos de cada onda no espaço durante uma unidade de tempo, no nosso caso, de 1 segundo;
- amplitude é a medida da intensidade dos campos elétrico e magnético, sendo que essa intensidade não depende somente da amplitude, mas também da frequência da onda, logo, quanto maior for amplitude maior será a energia da onda, ocorrendo o mesmo com a frequência:
quanto maior ela for, maior a energia da onda;
- velocidade da onda é a rapidez com que ela se desloca no espaço na unidade de tempo,
sendo que as ondas eletromagnéticas na faixa visível se deslocam no vácuo a 300.000 Km/s
(trezentos mil Km por segundo), calculada pela expressão: c = 1/(µ0.ɛ0)1/2.
- a velocidade de uma onda é obtida pelo produto do seu comprimento de onda pela sua frequência (que é o número de vezes que esse comprimento de onda se repete na unidade de
tempo), logo : v = ʋ.ʎ;
9-8–4- c-
Os Fenômenos Causados pelas Ondas Eletromagnéticas
Agora vamos apresentar um resumo das principais fenômenos causados pelas ondas
eletromagnéticas e suas consequências:





Absorção
Refração
Reflexão
Transmissão
Espalhamento
115
Estes fenômenos foram analisados com detalhes no item 5 desse capítulo, de modo
que não considero necessário repetir aqui suas definições nem suas consequências, mas apenas aplica-las onde couber, no desenvolvimento do restante do capítulo.
9 – 8 - 4 - d - As Velocidades Média e Máxima das Ondas Eletromagnéticas
Em todos os estudos sobre as ondas eletromagnéticas consultados, sempre encontrei
que o valor da velocidade da luz no vácuo é de trezentos mil quilômetros por segundo, ou
seja, durante o período em que a Terra gira 464 metros em torno de seu eixo.
Entretanto, o valor atribuído a velocidade da luz, medido e comprovado experimentalmente, nunca foi questionado sob nenhum ponto de vista. Inclusive esse valor foi adotado
por Einstein em sua teoria da Relatividade como sendo o limite possível para o deslocamento
de qualquer coisa imaginável pelo homem.
Embora no presente trabalho procurei apresentar bastante evidências dos equívocos
que são as equações relativistas, que considero que devem ser abandonadas por não corresponderem a realidade, mas existe um fato ainda mais grave, pelo menos na minha opinião.
Como já foi visto, a luz (todas as ondas eletromagnéticas) são obtidas através de um
sistema pulsante, ou seja, através de um campo oscilante. Sendo a onda um padrão sinusoidal
que se repete no espaço e no tempo durante a sua propagação, apresenta algumas características próprias, específicas delas. Acima vimos o significado das principais características de
uma onda, tais como:
- período; - frequência; - comprimento de onda;
camento.
- amplitude;
- velocidade de deslo-
Dessa forma, como os parâmetros são interligados nas formas apresentadas no capítulo
5 que são: (v = ʋ x ʎ ; ʋ = 1/T;
c = ʋ x ʎ;
E = h . ʋ;
E = h. c
/ʎ
).
A energia total de uma onda é dada pela soma de sua energia cinética com sua energia
potencial (E = Ec + Ep), sendo que a Energia Potencial da onda pode ser calculada em função
da Amplitude, e é dada por:
E = ½ . k. A2
e daí:
A = (2.E/k)1/2
Como foi definido anteriormente, “é a amplitude da onda que perturba o caminho por
onde passa”. Por isso, tendo em vista os Princípios da Termodinâmica, o campo oscilante, que
gera as ondas eletromagnéticas NÃO pode produzir ondas com qualquer valor de amplitude.
Eles são obrigados a produzir sempre as ondas com A MAIOR AMPLITUDE POSSÍVEL,
pois é a forma de atender ao segundo Princípio da Termodinâmica, ou seja, contribuir o máximo possível para o aumento da Entropia do Universo.
116
Com os dados mostrados até aqui, pode-se fazer uma proposta bastante razoável, levando em conta, é claro, o respeito ao Segundo Princípio da Termodinâmica. Para tal, a onda
eletromagnética tem SEMPRE que ter a maior amplitude possível, para perturbar o máximo
possível o trajeto por onde passa. Para tal, precisamos estabelecer relações da Energia da onda
com sua frequência, seu comprimento, seu período, mas também com sua Amplitude.
A representação típica de uma onda eletromagnética é dado a seguir, pelo exemplo obtido em trabalho na Wikipédia, através do Google, via Internet. O gráfico é:
Representação esquemática da oscilação dos campos elétrico e magnético de uma onda eletromagnética .
A avaliação do gráfico nos permite tirar mais conclusões discordantes do conhecimento oficial, inclusive do Dr Einstein. É sabido que a fonte gasta “um período” para produzir um
“comprimento de onda” inteiro. Também é sabido que as ondas eletromagnéticas são de
transmissão SINUSOIDAL, ou seja, se repetem no espaço e no tempo sincronizadamente, ou
seja, repetitivamente até atingir determinado valor.
Dessa forma, cada onda ao se propagar oscilatoriamente , a passagem de um comprimento de onda entre dois pontos sucessivos, obrigatoriamente passa por um pico, com a Amplitude atingindo seu valor máximo, logo, sua energia potencial (E = 1/2 x k A2) é máxima,
mas onde a onda muda sua direção e, em consequência, seu momento e sua energia cinética se
anulam, logo, atinge velocidade zero (v = 0). A partir daí acelera e ao cruzar com o eixo de
transmissão, onde a cota é zero, atinge sua velocidade máxima, logo, sua energia é toda Energia Cinética, e seu valor é o mesmo da Energia Potencial no pico. Isso se repete duas vezes a
cada período, ou seja, a cada passagem de um comprimento da onda por determinado ponto.
Assim, em cada ciclo (período) da onda, seu comprimento passa por dois picos com energia
potencial e amplitude máximos e velocidade zero e duas vezes cruza com o eixo da direção da
propagação, onde a energia potencial se anula e velocidade de transmissão da onda é máxima.
Como cada comprimento de onda se propaga passando, em cada ciclo, por dois pontos
de velocidade nula e dois pontos de velocidade máxima, pode-se afirmar que a velocidade de
propagação da onda é de: v + 0 + v + 0 = Velocidade Real de Transmissão. Como a velocidade de propagação da luz tem valor medido e confirmado pela ciência como trezentos mil quilômetros por segundo, e sabendo-se que essa é a velocidade MÉDIA obtida após cada ciclo,
então apesar de não se ter meios de determinar diretamente a energia cinética da onda, devido
a mesma não possuir massa, mas sabe-se seu valor através da energia potencial nos picos,
pode-se determinar a velocidade da onda nos cruzamentos com o eixo da propagação:
(v+0+v+0) /4 = 300.000 Km/s
117
2 x v = 4 x 300.000 Km/s
v máx = 600.000 Km/s
Assim, pode-se garantir que a velocidade de transmissão das ondas eletromagnéticas
(pelo menos as visíveis) é de 300.000 Km/s, medida e comprovada pela ciência através de
diferentes medidas e autores. Entretanto, por ser sinusoidal e essa velocidade ser a média de
sua velocidade máxima e zero, o valor atingido pela velocidade da onda nos cruzamentos com
o eixo de propagação, é de 600.000 Km/s.
Este resultado contraria mais uma assertiva do Dr Einstein, de que NADA pode se
deslocar mais rápido que a velocidade de propagação da luz (c), cujo valor comprovado é de
300.000 Km/s.
9 – 8 – 4 - e - Necessidade da Inclusão da Amplitude nas Ondas Eletromagnéticas
Nesse ponto acredito ser necessário procurar estabelecer novas relações entre os parâmetros que amarram uma onda eletromagnética. As expressões existentes e que foram apresentadas no capítulo 5, só para relembrar, são as que seguem:
(v = ʋ x ʎ ; ʋ = 1/T;
c = ʋ x ʎ;
E = h . ʋ;
E = h. c
/ʎ
).
Apesar da clareza e importância do Segundo Princípio da Termodinâmica, usualmente
não há referência a determinação da Amplitude da onda, que afinal é quem garante o cumprimento dele. A energia potencial nos picos, onde a velocidade de transmissão da luz é zero, é
máxima, logo, corresponde a Amplitude Máxima da Onda.
E = ½ . k. A2
de onde se obtém:
A = (2.E/k)1/2
A partir dai, pode-se estabelecer novas relações entre os parâmetros, agora incluindo a
Amplitude da onda, sem usar as equivocadas relações relativistas.
E = h . ʋ = ½ . k. A2
A = (2.h.ʋ/k)1/2
ou
A = (2.h /k)1/2 x ʋ1/2
Pode-se perceber que no cálculo lançamos mão do valor TOTAL da Energia, ou seja,
vinculamos ½ . k. A2 não a um Período onde ocorrem dois picos (e dois cruzamentos com o
eixo de transmissão) e sim a Energia Total da onda h.ʋ durante 1 segundo. Por essa razão, o
valor que esta equação nos fornece é a soma de todos os picos ocorridos durante os 300.000
Km caminhados pela onda, que pode ser chamada de Amplitude Total. Na verdade, esse valor
não tem nenhum interesse prático, pois o que queremos é o valor do pico individual, sabendose que ele ocorre duas vezes em cada período, logo, 2 vezes ʋ por segundo.
A = (2.h / k)1/2 x ʋ1/2 e como foi visto, dividindo por 2x ʋ vamos obter o
valor do Pico Individual da Amplitude da Onda. Assim:
A = (2.h / k)1/2 x ʋ1/2 / 2. ʋ
vem:
A = (2.h / k)1/2 /2. ʋ1/2 m
118
A expressão acima permite calcular o valor da Amplitude da onda diretamente em
função da Frequência, como também da Energia, assim como do seu comprimento de onda.
E, como h e k são constantes universais, e relação pode ser escrita na forma:
A = [( 2 x 6,626 x 10-34 ) / 1,38065 x 10-23 ]1/2 /2 x ʋ1/2
A = (9,6 x 10-11)1/2 /2 x ʋ1/2
A = (96 x 10-12)1/2 /2x ʋ1/2
ou
A = (9,8 x 10-6 ) /2 x ʋ1/2
ou na forma:
A = (4,9 x 10-6 ) / ʋ1/2 m
Esta é a forma de se calcular a Amplitude de uma onda, ou seja, seu pico que se repete
duas vezes por período.
Entretanto, pelas relações da teoria ondulatória, também se pode calcular a Amplitude
através do comprimento de onda (ʎ ) ou da energia (E= h. ʋ). Pela Energia é só usar a equação
original: E = h . ʋ = ½ . k. A2 como soma de todos os picos de amplitude durante
1segundo ou então, E = h . T = ½ . k. A2 para um comprimento de onda, onde T
é o período gasto pela fonte para produzi-lo, e vale T = 1/ ʋ.
Já para calcular por ʎ, basta substituir ʋ pela relação:
A = (4,9 x 10-6 ) / ʋ1/2
A / ʎ1/2 = 2,83 x 10-10
A = (4,9 x 10-6 ) / (c/ ʎ )1/2
dai
A / ʎ1/2 = (4,9 x10-6 ) / (3x108)1/2
c = ʋ x ʎ
A/ʎ1/2 = (4,9 x 10-6 ) / 1,732 x104
ou na forma:
A = 2,83 x 10-10 x ʎ1/2 m
Como já foi dito no trabalho, as relações obtidas, o foram com a utilização da relação
clássica c = ʋ x ʎ. Claro que essa relação é indiscutível, pois a repetição de um número ʋ
de vezes de um comprimento de onda ʎ durante um segundo atinge a distância total de c Km,
esta é sua velocidade.
Entretanto, o questionamento que faço não é em relação a equação em si, mas sim a
validade de sua amplitude. No ábaco encontrado em inúmeros trabalhos do ramo (o mesmo é
apresentado um pouco mais a frente), as retas em contra corrente, correspondentes a ʋ e a ʎ,
não apresentam limites de validade, seguindo indefinidamente em ambas as direções. No próprio ábaco, é feita a divisória com os limites de qual o tipo de radiação se encontra em determinada faixa, inclusive mostra que ʋ abaixo de certo valor, correspondente ao ʎ acima de
certo valor, correspondem a energia sonora, fazendo a interconversão ʋ x ʎ pelo mesmo valor
c. Mas, a velocidade do som não é c e sim 344 m/s, como encontrado em outros trabalhos,
como mostrado mais a frente.
A luz visível que se encontra na faixa 360 a 780 nm, tem a citada relação com validade
indiscutível, pois seu valor é determinado experimentalmente pela ciência. Meu questiona119
mento, apoiado no fato dos grandes comprimentos de onda (baixas frequências) apresentarem
características diferentes e não se subordinarem a dita relação, então me cabe procurar saber
se para baixíssimos comprimentos de onda, logo, altíssimas frequências, como raios X e raios
gama, se a relação continua valendo.
A seguir é apresentada uma Tabela com os valores de a ʋ e ʎ correlacionados pela
clássica relação em função de c, juntamente com suas correspondentes Amplitudes.
COMPRIMENTO
DE ONDA ʎ em m
3 x 1010
3 x 109
3 x 108
3 x 107
3 x 106
3 x 105
3 x 104
3 x 103
2
3 x 10
1
3 x 10
0
3 x 10
-1
3 x 10
-2
3 x 10
-3
3 x 10
-4
3 x 10
-5
3 x 10
-6
3 x 10
-7
3 x 10
-8
3 x10
-9
3 x 10
-10
3 x 10
-11
3 x 10
-12
3 x 10
-13
3 x 10
-14
3 x 10
-15
3 x 10
-16
3 x 10
-17
3 x 10
-18
3 x 10
-19
3 x 10
-20
3 x 10
-21
3 x 10
-22
3 x 10
-23
3 x 10
-24
3 x 10
FREQUÊNCIA
ʋ em Hz
10-2
10-1
100
101
102
103
104
5
10
6
10
7
10
8
10
9
10
10
10
11
10
12
10
13
10
14
10
15
10
16
10
17
10
18
10
19
10
20
10
21
10
22
10
23
10
24
10
25
10
26
10
27
10
28
10
29
10
30
10
31
10
32
10
AMPLITUDE
em m
4,9x10-5
1,5484 x10-5
4,9 x10-6
1,5484 x 10-6
4,9 x 10-7
1,5484 x 10-7
4,9 x 10-8
-8
1,5484 x 10
-9
4,9 x 10
-9
1,5484 x 10
-10
4,9 x 10
-10
1,5484 x 10
-11
4,9 x 10
-11
1,5484 x 10
-12
4,9 x 10
-12
1,5484 x 10
-13
4,9 x 10
-13
1,5484 x 10
-14
4,9 x 10
-14
1,5484 x 10
-15
4,9 x 10
-15
1,5484 x 10
-16
4,9 x 10
-16
1,5484 x 10
-17
4,9 x 10
-17
1,5484 x 10
-18
4,9 x 10
-18
1,5484 x 10
-19
4,9 x 10
-19
1,5484 x 10
-20
4,9 x 10
-20
1,5484 x 10
-21
4,9 x 10
-21
1,5484 x 10
-22
4,9 x 10
No quadro, usou-se sempre os valores de ʎ tais que, dividindo c por ele, desse valores
de ʋ múltiplos simples de 10 para facilitar o gráfico.
120
Esse item mostra uma coisa interessante que é: “quanto menor for o comprimento de
onda e, consequentemente maior a frequência, MENOR será a Amplitude”. Entretanto, existe
um cruzamento de valores, tanto entre as curvas “comprimento de onda versus frequência”,
quanto nas curvas “comprimento de onda versus Amplitude” como mostrado no gráfico
abaixo. Também existe um cruzamento, não visível no quadro, que se dá entre Amplitude
versus Frequência.
1E+32
1E+30
1E+28
1E+26
1E+24
1E+22
1E+20
1E+18
1E+16
1E+14
1E+12
1E+10
100000000
1000000
10000
100
1
0,01
0,0001
1E-06
1E-08
1E-10
1E-12
1E-14
1E-16
1E-18
1E-20
1E-22
1E-24
0,001
1
1000 1000000 1E+09
1E+12
1E+15
1E+18
1E+21
1E+24
1E+27
1E+30
1E+33
No gráfico percebe-se claramente os dois cruzamentos, embora preferi determinar esses dois pontos com precisão, e recorri ao método analítico.
9–8-4– f-
Determinação Analítica dos Valores dos Cruzamentos
■- o primeiro cruzamento avaliado é o dos valores de Comprimento de Onda e Frequência,
que se cruzam onde c = ʋ x ʎ e dai vem que: c = ʋ2 = ʎ2
ʋ = ʎ = c1/2
ʋ = ʎ = 1,732 x 104
Nesse ponto o valor da Amplitude é:
A = (4,9 x 10-6) / (1,732 x 104)1/2
(Hz e m)
Amplitude:
A = (4,9 x 10-6) /ʋ1/2
A = (4,9 x 10-6) / (1,32 x 102)
A = 3,72 x 10-8m
■- o segundo cruzamento avaliado é o dos valores do Comprimento de Onda com os da Amplitude, que se cruzam onde:
A / ʎ1/2 = 2,83 x 10-10
e como
A=ʎ
121
A2 = (2,83 x 10-10)2 x A
A = 8,01 x 10-20 m
e o valor da frequência é:
ʎ = 8,01 x 10-20 m
e
ʋ = (3 x 108) /(8,01 x10-20)
ʋ=c/ʎ
ʋ = 3,745 x 1027 Hz
■- o terceiro cruzamento nem é visível no gráfico, mas da para perceber que haverá um cruzamento da Amplitude com a Frequência, que pode ser calculado analiticamente por:
A = (4,9 x 10-6 ) / ʋ1/2
A x ʋ1/2 = (4,9 x 10-6 )
fazendo A = ʋ
ou
A2 x ʋ = (4,9 x 10-6 )2
A3 = 24,01 x 10-12
A = 2,885 x 10-4
A = ʋ = 2,885 x 10-4 (m Hz)
Neste ponto, o valor do comprimento de onda é:
ʎ = (3 x 108) / 2,885 x 10-4
ʎ=c/ʋ
ʎ = 1,04 x 1012m
Assim, os pontos de cruzamento nas curvas são:
1-
ʎ = 1,732 x 104 m
ʋ = 1,732 x 104 Hz
A = 3,72 x 10-8m
2-
ʎ = 8,01 x 10-20 m
ʋ = 3,745 x 1027 Hz
A = 8,01 x 10-20 m
3-
ʎ = 1,04 x 1012 m
ʋ = 2,885 x 10-4 Hz
A = 2,885 x 10-4 m
9–8-4– g-
Análise dos Valores dos Cruzamentos
Os valores determinados nos pontos de cruzamento das curvas, apresentados acima,
servem para observarmos algumas curiosidades, que podem nos ajudar a entender melhor
como as relações entre os parâmetros caracterizam e quantificam as ondas.
As curvas e seus cruzamentos são bastante claros. Entretanto, alguns dos valores dos
cruzamentos são bastante complicados de se aceitar.
122
▲
A primeira intercessão avaliada, foi entre Comprimento de Onda e Frequência. O cruzamento é visível no gráfico, em posição aparentemente tranquila, mas os resultados obtidos
causaram enorme impacto depois de avaliados. Os valores encontrados foram:
1-
ʎ = 1,732 x 104 m
ʋ = 1,732 x 104 Hz
A = 3,72 x 10-8 m
Me é difícil aceitar (ou entender) a produção de uma onda de ʎ = 1,732 x 104 m (
17.320 m), e que se repete 17.320 vezes em cada segundo, ou seja, ʋ =1,732 x 104 Hz, e com
uma Amplitude de A = 3,72 x 10-8 m, isto é, 37,2 nm.
Embora tudo esteja matematicamente correto, inclusive com o valor da Amplitude
bastante razoável para uma onda eletromagnética, a minha primeira impressão foi tratar-se de
um terrível absurdo. Uma onda de 17 Km de comprimento, se repetindo 17 mil vezes em cada
segundo, completando os 300.000 Km, e com uma Amplitude de apenas 3,72 x 10-8m.
▲ A segunda intercessão avaliada foi entre as curvas Comprimento de onda versus Amplitude. Esta se apresenta com resultado aparentemente coerente, com seus valores em:
2-
ʎ = 8,01 x 10-20 m
ʋ = 3,745 x 1027Hz
A = 8,01 x 10-20 m
Entretanto, uma avaliação mais profunda já começa a criar dificuldade em sua coerência ou veracidade, apesar de matematicamente correto. Pelos valores apresentados, fica difícil
visualizar uma onda desse tipo, tendo em vista que são considerados Raios Gama as ondas
eletromagnéticas que apresentem Frequências acima de 1020 Hz e Comprimentos de Onda
abaixo de 10-12 m.
Esse cruzamento, Comprimento de Onda versus Amplitude, mostra algo curioso e interessante. A partir desse ponto, a Amplitude é maior que o comprimento de onda, enquanto
para valores inferiores, a Amplitude é sempre menor que o comprimento de onda. Isto parece
significar que realmente os osciladores que geram as ondas, não podem variar comprimentos
de Onda ou Amplitudes com a mesma Frequência, ou seja, é tudo amarrado.
▲ A terceira intercessão avaliada, o cruzamento da Frequência com a Amplitude, que nem
é visto diretamente no gráfico pois ocorre antes da escala usada, mas foi determinado analiticamente como os demais:
3-
ʎ = 1,04 x 1012 m
ʋ = 2,885 x 10-4 Hz
A = 2,885 x 10-4 m
Da mesma forma que no caso anterior (cruzamento comprimento de onda versus amplitude), no cruzamento das curvas Amplitude versus Frequência, acontece uma inversão
também interessante: a partir do cruzamento, o aumento de Frequência gera Amplitudes menores. Para valores anteriores ao cruzamento, embora não esteja visível no gráfico, as posições se invertem: para obter valores maiores de Amplitude é preciso usar Frequências cada
vez menores. Como no cruzamento o valor da frequência já é de ʋ = 2,885 x 10-4 ou seja,
123
ʋ= 0,0002885 Hz, isto é, o oscilador tem que gastar 3.466 segundos por período, justificável já que o comprimento de onda é de ʎ = 1,04 x 1012 ou 1.040.000.000.000 m. Isto
significa que o comprimento dessa onda produzida seria 3.466 vezes o percurso da luz
(300.000 Km) durante 1 segundo.
Apesar de tudo matematicamente e fisicamente correto, o autor considera os resultados
como, se não um absurdo, pelo menos bastante estranhos e inesperados. Por essa razão, o autor relembra um ponto que já questionou antes e o responsabiliza por ser a causa de tamanhas
incoerências. Na ocasião anterior, por ainda não ter motivos nem conhecimento para propor a
rejeição de uma relação de amplo uso na ciência, agora penso ter munição para atirar contra
ela. Trata-se do ábaco que transforma Comprimentos de Onda em Frequência e vice verso, do
qual coloco a seguir uma cópia , que consta da maioria dos trabalhos consultados, e que critiquei a amplitude de sua validade, ou pelo menos, de sua utilização.
O que disse antes, reitero agora, já com base na figura acima e nos conceitos já emitidos: As tabelas correlacionam Frequência e Comprimento de Onda, em Todo o intervalo imaginável através da expressão: c = ʋ x ʎ
124
Assim, para qualquer valor imaginável de frequência ou de comprimento de onda, seu
produto tem que ser igual a velocidade da luz no vácuo.
9 – 8 - 4 - h - Os Cruzamentos de SOM
Entretanto, agora ao observar os resultados absurdos obtidos, e procurando na bibliografia sobre ondas sonoras, encontrei trabalhos que na faixa sonora não usam a relação para o
caso de ondas eletromagnéticas, ao mesmo tempo em que observei que no ábaco citado, essa
relação é indefinida, e inclui valores correspondentes aos das ondas sonoras .
O quadro a seguir, mostra claramente o respeito ao valor do produto da frequência
pelo comprimento de onda, no valor da VELOCIDADE DO SOM, que é de 344 m/s.
As colunas apresentam os valores da frequência e do comprimento de onda, satisfazendo a relação: Vs = ʋ x ʎ onde Vs é a Velocidade do Som, igual a 344 m/s.
10
ʎ (m) (vel. do
som = 344 m/s)
34,4
500
ʎ (m) (vel. do
som = 344 m/s)
0,688
20
17,2
750
0,458
30
11,46
1000
0,344
40
8,6
1500
0,229
50
6,88
2000
0,172
60
5,73
2500
0,137
70
4,91
5000
0,0688
90
3,82
7500
0,0458
100
3,44
10000
0,034
250
1,376
15000
0,0229
500
0,688
20000
0,0172
ʋ(Hz)
ʋ(Hz)
9 – 8 - 4 - i - Novas Avaliações dos Cruzamentos Usando Som
O quadro mostrado acima, deixa evidente que a interconversão das ondas são feitas
através do valor da velocidade do Som no ar, já que o mesmo não se propaga no vácuo. Nesse
125
caso, também é usada a relação clássica da teoria ondulatória: ʋ x ʎ = v. A diferença consiste apenas no valor da velocidade da onda, que nesse caso é de: v = 344m.
A partir dai, pode-se tentar avaliar os resultados obtidos com a relação do ábaco clássico, fazendo a correção do valor do cruzamento das curvas ʋ x ʎ.
Nesse caso, em lugar de ʋ x ʎ =c vamos repetir os cálculos, mas agora fazendo: ʋ x ʎ =344m
●
No primeiro caso, cruzamento de Frequência e Comprimento de Onda com ʋ = ʎ
vem:
ʋ2 = ʎ2 = 344
ʋ = ʎ = (344)1/2
ʋ = ʎ = 18,55 (Hz
m)
Como o coeficiente de ʋ ou ʎ no cálculo do valor da Amplitude é obtido em função de constantes Universais (h e k), o valor para as ondas sonoras deve ser o mesmo. Assim:
A = (4,9 x 10-6 ) / ʋ1/2
A= (4,9 x 10-6 ) / ʋ1/2
A = 4,9 x 10-6 / 4,31
A = 1,14 x 10-6 m
Para uma avaliação do leitor, vamos colocar os dois resultados juntos:
1-
ʎ = 1,732 x 104 m
ʋ = 1,732 x 104 Hz
A = 3,72 x 10-8 m
1-
ʎ = 18,55
ʋ = 18,55
A = 1,14 x 10-6 m
●
No segundo caso, cruzamento de Amplitude e Comprimento de Onda com A = ʎ vem:
m
A / ʎ1/2 = 2,83 x 10-10
2-
e como
ʎ = 8,01 x 10-20 m
A=ʎ
Hz
A = 2,83 x 10-10 x A1/2
ʋ = 3,745 x 1027Hz
A = 8,01 x 10-20 m
Neste caso, na minha opinião, os resultados não apresentam nenhuma anormalidade,
pois são absolutamente coerentes com os raios Gama. Portanto, não tem sentido mudar para
valores em relação ao som. Poderia haver mais precisão no caso da inter relação dos valores
do ábaco citado não ser mais válida para os números apresentados, mas a correção possível,
seria em direção oposta.
●
No terceiro caso, cruzamento de Amplitude e Frequência com A = ʋ vem:
A = (4,9 x 10-6 ) / ʋ1/2
fazendo A = ʋ
A x ʋ1/2 = (4,9 x 10-6 )
ou
A2 x ʋ = (4,9 x 10-6 )2
126
A3 = 24,01 x 10-12
A = 2,885 x 10-4
A = ʋ = 2,885 x 10-4(m Hz)
Neste ponto, o valor do comprimento de onda é:
ʎ = (344) / 2,885 x 10-4
ʎ=c/ʋ
ʎ = 119,24 x104m
Para a avaliação do leitor, novamente vamos colocar os dois resultados juntos:
3-
ʎ = 1,04 x 1012
ʋ = 2,885 x 10-4
A = 2,885 x 10-4
3-
ʎ = 119,24 x 104
ʋ = 2,885 x 10-4
A = 2,885 x 10-4
Pelos resultados apresentados com a utilização da relação ʋ x ʎ = c, foi observado
que houve casos de resultados estranhos, principalmente em se tratando de frequências baixas
e/ou comprimentos de onda muito altos. No tocante a valores de altas frequências e baixíssimos comprimentos de onda, os resultados foram mais compatíveis.
Quando os cálculos foram refeitos usando a correlação através da velocidade do Som e
não da Luz, os resultados ficaram mais palatáveis.
Por essa razão, encerro este item sugerindo estudos experimentais no sentido de avaliar a validade do ábaco apresentado, como também traçar as divisórias correspondentes, especialmente no tocante a Som, além do que, Proponho a inclusão das relações da Amplitude
no conjunto de relações da teoria ondulatória.
9 - 8 - 5 - Novo Modelo de Átomo: Cálculo dos Níveis Quânticos.
9 – 8 – 5 - a – Considerações Gerais
Depois de tudo que foi visto, das interpretações equivocadas dos efeitos fotoelétrico e
Compton, assim como a generalização de De Broglie, concedendo caráter ondulatório à matéria em movimento e valor finito de massa a ondas eletromagnéticas, é necessário uma pausa
para meditação.
Depois de se ver que o potencial de corte é muito mais baixo que a primeira energia de
ionização do metal, e de ter observado uma significativa diferença entre os valores do nível da
Energia de Fermi para o Potencial de Ionização e de forma alternada, ou seja, ora para mais
127
ora para menos, fica claro que alguma coisa tomou um rumo que tende a ir afastando cada vez
mais os valores encontrados dos valores reais.
O átomo proposto por Rutherford era considerado como tendo um núcleo onde se encontra a massa quase total do átomo, e é circundado por elétrons em número suficiente para
tornar o conjunto eletricamente neutro. O núcleo mede da ordem de 10-15 a 10-14 m (1 a 10
fentos) (1 fento = 10-15 m) enquanto o átomo completo mede da ordem de 10-10 m (1 Å ou 100
Picos). Este fato foi o que permitiu que Rutherford observasse que o átomo, proporcionalmente, tem mais espaço vazio que o universo. Entretanto, o átomo de Rutherford deixava sem
resposta algumas questões, como por exemplo, que os trabalhos de Maxwell sobre eletromagnetismo previam que partículas carregadas em movimento deveriam emitir continuamente
ondas eletromagnéticas, logo, os elétrons circulando em torno do núcleo teria que emitir radiação continuamente, logo, iam perdendo energia e cairiam sobre o núcleo. Mas isso não acontecia.
9 – 8 – 5 - b – O Átomo de Bohr
Quem resolveu esse problema foi Bohr, que para satisfazer as questões levantadas, ele
propôs três postulados que regeriam o modelo atômico definitivo:
- O Primeiro diz que o elétron em movimento em uma órbita fechada, não absorve nem emite
radiação. Neste postulado Bohr contraria frontalmente a teoria clássica por admitir que o elétron pode possuir aceleração sem irradiar energia, desde que permaneça na mesma órbita.
- O Segundo estipula que cada órbita corresponde a um determinado nível energético, porém
as órbitas não podem variar continuamente, e só são permitidas as órbitas nas quais o momento angular (mvr) seja um múltiplo inteiro de h/2., ou seja, as órbitas têm que satisfazer a
relação:
m.v.r = n. h/2.
- O Terceiro determina que o elétron pode saltar de um nível energético para outro, mas toda
vez que passar de um estado Estacionário para outro, o evento tem que ser acompanhado de
absorção ou emissão de energia radiante, cujo valor energético é dado pela diferença de energia entre os dois estados estacionários envolvidos. A energia é absorvida ou liberada na forma de radiação eletromagnética e é calculada pela expressão:
h. ʋ = E2 – E1
onde
h é a constante de Plank
ʋ é a frequência da onda eletromagnética (luz)
E1 e E2 correspondem, respectivamente, às energias do elétron nos estados de energia inicial e
final.
Analisando o modelo de Bohr para o átomo de hidrogênio, concluímos que o estado de
menor nível de energia corresponde a n = 1, chamado de estado fundamental.
128
O tratamento dado por Bohr obriga a que a Força Centrífuga m.v2 /r tem que ser contrabalançada pela força de Atração entre o Próton (núcleo) e o Elétron, que é dado pela Lei de
Coulomb: Z.e2 /r2 , logo: m.v2 /r = Z.e2 /r2
Eliminando v obtemos a relação do raio de Bohr:

Pela expressão do raio rn, descobre-se que o raio para a órbita no nível n = 1, chamado
de raio de Bohr, é de r1 ≅ 0,52.10-10 m ou 0,52 Å, e que os raios para as demais órbitas podem ser generalizadas pela expressão: rn = n2 . r1.
Quando o próprio Bohr e outros cientistas tentaram aplicar esse modelo a outros átomos com mais de um elétron, verificaram que este falhava totalmente. A conclusão é que deveria haver outros fatores a influenciarem átomos com mais de um elétron. De qualquer forma, esse modelo teve grande importância, pois introduziu a ideia de “quantização de energia”
no estudo do átomo.
9 – 8 - 5 – c – O Átomo Ondulatório
A solução para esse problema foi encontrada por um físico alemão, Erwin Schroedinger, que apoiado na teoria da relatividade, considerou o elétron girando em torno do núcleo
como uma onda e adaptou da equação de Maxwell, uma equação para quantificar o movimento ondulatório do elétron.
A distribuição de energia em um átomo, atualmente é estudada através da “função de
onda de Schroedinger”, através do átomo de hidrogênio, ou seja, um único próton no núcleo e
um único elétron ocupando sucessivamente os vários níveis energéticos e obtendo-se os valores correspondentes a cada nível quântico pela solução das equações.
A equação proposta por Schroedinger, adaptada a partir da equação ondulatória de
Maxwell, é uma equação diferencial de segunda ordem incompleta; por isso, é extremamente
complexa e só é passível de solução através de aproximações sucessivas, o que já indica alguma imprecisão nas determinações dos valores medidos.
Através dos valores obtidos dessa maneira, é que está montada a tabela periódica com
os valores de cada elemento químico. Como vai ser mostrado adiante, esses valores de energias de ionização e de raios, são altamente conflitantes.
9–8–5-d–
Considerações para um Novo Modelo
Nesse ponto, o autor parou para reflexões mais profundas a respeito desse fato, depois
de ter dedicado bastante tempo ao estudo do “GRANDE ÁTOMO” que é o nosso Sistema
Solar, com seu Núcleo Sol atraindo os elétrons planetários em seu redor. Como no sistema
129
solar, do qual o átomo é uma miniatura bastante semelhante, quando se consegue calcular a
energia cinética translacional do planeta e a energia gravitacional sol-planeta, onde todos
os dados são conhecidos e determinados com precisão pela ciência, de forma absolutamente
independente, quem contrabalança a Energia de Atração Gravitacional que o SOL exerce
sobre o respectivo planeta, é a Energia Cinética de Translação. Não se cogita da utilização da
Energia Potencial para traze-lo do infinito à órbita do mesmo. Também se considerou que o
valor obtido para a Energia de Atração Gravitacional é entre o Sol e o referido Planeta. Assim, a Energia se distribui entre os dois, pois segundo Newton, “dois corpos se atraem......”.
Dessa forma, o autor considerou que a Energia com que o Sol puxa o Planeta é a METADE
da Energia Gravitacional entre os dois, pois a energia cinética do planeta, calculada independentemente, apresenta SEMPRE como resultado a METADE do valor calculado para a energia de atração gravitacional.
A energia cinética rotacional não foi incluída por ser desprezível em relação a translacional. Pode-se observar que:
- en. translacional = ½.m.v2
- en. Rotacional = m.v2 /r
Em relação a Terra, pode-se ver que:
m é a massa da Terra que é igual nas duas expressões; mas as velocidades não. Enquanto a
rotacional é de 464 m/s, a translacional é de 30.000 m/s. Além disso, na translacional o denominador é 2, enquanto na rotacional o denominador é maior que 12.000.000 m (raio da Terra).
Pelas razões expostas, a consideração da energia rotacional é absolutamente insignificante,
logo, não deve ser usada.
Na minha opinião, este foi o erro de Bohr, ao considerar a igualdade entre duas expressões de valores completamente disparatados.
Depois de muito questionamento comigo mesmo, acabei por considerar errada ou,
pelo menos, incorreta, a equação ONDULATÓRIA de Schroedinger, uma vez que como o
elétron tem massa real, mensurável (me = 9,1 x 10-31 Kg), não vejo nenhuma razão para que a
determinação da distância de suas órbitas e do conteúdo energético de cada uma, ser determinado por uma EQUAÇÃO DE ONDA, que rege o comportamento ONDULATÓRIO. E ainda
por cima, isto é feito com a utilização dos conceitos relativistas na adaptação da equação de
Maxwell feita por Schroedinger, conceitos esses que já vimos não serem corretos.
9–8–5-e–
Visão do Autor para um novo Modelo de Átomo
O que o autor propõe é simples: usar o mesmo raciocínio de Isaac Newton na formulação da lei da gravidade: a Lua gira em torno da Terra e não se afasta porque está presa através
de uma “corda invisível” chamada atração gravitacional! E é exatamente isso que ocorre com
130
todos os planetas do nosso sistema: eles são atraídos pela “energia de atração gravitacional” e
equilibram essa energia através da “energia cinética translacional”
Da mesma forma, por coerência, o autor considera que a atração coulombiana se dá
entre DUAS cargas opostas, de modo que a Energia com que o núcleo prende o elétron é a
METADE da Energia de Atração entre os dois corpos com cargas opostas, como também
considera que a Energia Total do elétron ser a soma da Energia cinética com a Energia Potencial é totalmente equivocada. Esse valor nada mais é do que o Potencial de Ionização daquele
elétron, esteja ele no nível energético que estiver.
De forma semelhante o autor considera que seja válido raciocinar exatamente da mesma maneira para o caso dos átomos: os elétrons giram em torno do núcleo e não se afastam
porque estão presos por uma força invisível chamada “atração elétrica”. Assim, pode-se afirmar que o que prende um elétron no átomo é a energia de atração elétrica dada pela equação:
E = k . q1.q2 / d
onde:
E é a energia com que o núcleo positivo “puxa” o elétron;
k é a constante de Coulomb
q1 e q2 são as cargas do próton e do elétron;
d é a distância que os separa, que na verdade é o “raio do átomo” ou seja, é o raio do orbital
energético considerado.
Assim sendo o autor, por similitude, propõe que seja abandonado o modelo Ondulatório de Schroedinger e volte a se estudar o átomo de forma semelhante àquela proposta por
Bohr, só que através de equações simplíssimas. Considerando o núcleo do átomo como medindo 10-14 m, existem inúmeras regiões entre o núcleo e a periferia “máxima” do átomo que
o elétron pode habitar, fazendo seus velocíssimos giros em torno do núcleo, formando o que
se chama “nuvem eletrônica”, cuja região de habitação é chamada “orbital”.
Assim, a partir dos dados:
k – constante =
9 x 109 N .m2 / C2
q1 carga do próton = + 1,6022 x 10-19 C
q2 carga do elétron = - 1,6022 x 10-19 C
d distância do núcleo ao elétron = raio do átomo (do orbital considerado) = r
O cálculo da equação E = k . q1.q2 / d
fornece:
131
E = 9 x 109 N.m2/C2 x (+) 1,6022 x 10-19 C x (-) 1,6022 x 10-19 C / r m
E = - 2,31 x 10-28 N.m / r
E = - 2,31 x 10-28 J / r
E=-
J
É preciso observar que a unidade obtida, Joule, que equivale a N.m, já inclui a unidade
de r (raio do átomo), que portanto tem que ser usado em metro para a energia obtida ser corretamente expressa em J (Joule).
Esta é a Energia de Atração com que os dois corpos de cargas opostas se atraem, logo,
por coerência, a Energia com que o núcleo prende seu elétron é a METADE desse valor, logo:
E = - ½ x 2,31 x 10-28 J / r
E=-
E=Daí para a frente, os cálculos são primários: basta atribuir valores para os raios e saber
o valor energético daquela região. Como Rutherford definiu que o núcleo atômico, onde se
concentram os prótons e nêutrons, logo, praticamente toda a massa do átomo, mede da ordem
de 10-15 a 10-14 , vamos considerar o maior valor (10-14 ) como pertencente ao núcleo e estabelecer níveis energéticos para os raios posteriores, até 10-10 m, equivalente a 1 angstron, considerado o maior tamanho de átomo por ele. Por exemplo:
a)
b)
c)
d)
e)
Para r = 10-13m, a energia do elétron é:
Para r = 10-12m
Para r = 10-11m
Para r = 10-10m
Para r = 10-9 m
E = - 1,155 x 10-15 J
E = - 1,155 x 10-16 J
E = - 1,155 x 10-17 J
E = - 1,155 x 10-18 J
E = - 1,155 x 10-19 J
=
=
=
=
=
-7.200 eV
-720 eV
-72
eV
- 7,2 eV
- 0,72 eV
Os resultados deixam claro que a medida que o elétron se afasta do núcleo seu conteúdo de energia coesiva (atrativa) vai diminuindo, o que se retrata a partir do “aumento” do conteúdo energético total do mesmo, ou seja, vai gradativamente se aproximando de zero.
De forma idêntica, pode –se saber a que distância média o elétron está do núcleo, se
for conhecido sua energia de ionização.
E=-
J
daí, vem:
r=-
m
132
9–8–5-f–
Avaliação do novo Modelo de Átomo e da Tabela Periódica
É claro que o estudo mostrado acima é somente para a estimativa do valor energético
de um único elétron situado a determinada distância do núcleo. No estudo real dos átomos, as
equações vão complicar um pouco porque vai ser necessário a introdução dos demais prótons
existentes no núcleo, assim como a interferência dos demais elétrons ocupantes dos níveis
inferiores já ocupados.
Dessa forma, já se mostrou acima, os valores MÉDIOS dos conteúdos energéticos dos
elétrons em alguns números inteiros potências de 10, desde o mais próximo possível do núcleo (10-13 m) até o raio mais externo possível do elétron no átomo (10-10 m), como definiu
Rutherford.
Ao invés de alguns exemplos individuais, vou colocar os valores de RAIO e POTENCIAL DE IONIZAÇÃO, obtidos na tabela dinâmica consultada através do Google
A tabela a seguir consta de quatro colunas:
abcd-
A primeira identifica o elemento
A segunda apresenta o Raio obtido na Tabela
A terceira apresenta o valor do potencial de Ionização obtido na Tabela
A quarta apresenta os valores dos raios que o autor determinou através da fórmula da
atração Coulombiana.
A razão de ter optado por colocar os raios constantes da Tabela Periódica (em vigor) e
os valores obtidos pela determinação através da equação de atração Coulombiana, é porque creio que os cálculos dos potenciais de ionização devem ser mais precisos que os valores dos raios atômicos. Claro que as diferenças encontradas, não são apenas nos valores
dos RAIOS, já que se observa discrepâncias nos valores das ENERGIAS DE IONIZAÇÃO também, mas creio que menores do que os dos raios.
Isto foi feito propositalmente, para melhor avaliarmos as possíveis origens de tamanhas diferenças de valores.
133
Elemento Raio(Pico) Energia KJ RAIO por
Químico da Tabela da Tabela Coulomb
H
53
1312,0
53
Li
167
520,2
134
Na
190
495,8
140
K
243
418,8
166
Rb
265
403,0
173
Cs
298
375,7
185
Fr
380,0
183
Be
Mg
Ca
Sr
Ba
Ra
112
145
194
219
253
899,5
737,7
589,8
549,5
502,9
509,3
77
94
118
127
138
137
B
Al
Ga
In
Tl
87
118
136
156
156
800,6
577,5
578,8
558,3
589,4
87
120
120
125
118
C
Si
Ge
Sn
Pb
67
111
125
145
154
1066,5
786,5
762,0
708,6
715,6
65
88
91
98
97
F
Cl
Br
I
At
42
79
94
115
127
1681,0
1251,2
1139,9
1008,4
890,0
41,4
55,6
61,0
69,0
78,2
N
P
As
Sb
Bi
56
98
114
133
143
1402,3
1011,8
947,0
834,0
703,0
50
69
73
83
99
He
Ne
Ar
Kr
Xe
Rn
31
38
71
88
108
120
2372,3
2080,7
1520,6
1350,8
1170,4
1037,0
29,3
33,4
45,7
51,5
59,4
67,1
Elemento
Químico
O
S
Se
Te
Po
Raio(Pico) Energia KJ RAIO por
da Tabela da Tabela Coulomb
48
1313,9
52,9
88
999,6
69,6
103
941,0
73,9
123
869,3
80,0
135
812,1
85,7
TRANSIÇÃO D
Elemento Raio(Pico) Energia KJ RAIO por
Químico da Tabela da Tabela Coulomb
Sc
184
633,1
109,9
Y
212
600,0
115,9
Elemento Raio(Pico) Energia KJ RAIO por
Químico da Tabela da Tabela Coulomb
Ti
176
658,8
105,6
Zr
206
640,1
108,7
Hf
208
658,5
105,6
Rf
580,0
119,9
134
Elemento Raio(Pico) Energia KJ RAIO por
Químico da Tabela da Tabela Coulomb
V
171
650,9
106,9
Nb
198
652,1
106,7
Ta
200
761,0
91,4
Db
Elemento Raio(Pico) Energia KJ RAIO por
Químico da Tabela da Tabela Coulomb
Cr
166
652,9
106,5
Mo
190
684,3
101,7
W
193
770,0
90,3
Sg
Elemento Raio(Pico) Energia KJ RAIO por
Químico da Tabela da Tabela Coulomb
Mn
161
717,3
97,0
Tc
183
702,0
99,1
Re
188
760,0
91,5
Bh
Elemento Raio(Pico) Energia KJ RAIO por
Químico da Tabela da Tabela Coulomb
Fe
156
762,5
91,2
Ru
178
710,2
98,0
Os
185
840,0
82,8
Hs
Elemento Raio(Pico) Energia KJ RAIO por
Químico da Tabela da Tabela Coulomb
Co
152
760,4
91,5
Rh
173
719,7
96,7
Ir
180
880,0
79,1
Mt
Elemento Raio(Pico) Energia KJ RAIO por
Químico da Tabela da Tabela Coulomb
Ni
149
737,1
94,4
Pd
169
804,4
86,5
Pt
177
870,0
80,0
Ds
Elemento Raio(Pico) Energia KJ RAIO por
Químico da Tabela da Tabela Coulomb
Cu
145
745,5
93,3
Ag
165
731,0
95,2
Au
174
890,1
78,2
Rg
Elemento Raio(Pico) Energia KJ RAIO por
Químico da Tabela da Tabela Coulomb
Zn
142
906,4
76,7
Cd
161
867,8
80,2
Hg
171
1007,1
69,1
Cn
A avaliação dos valores colhidos na Tabela Periódica, nos leva a alguns sérios questionamentos. Na tabela acima, mostramos cada elemento com os valores oficiais de raio externo (onde se localiza o elétron mais “energético” total), ou seja, mais próximo a zero, seguido
do valor de seu Potencial de Ionização.
Na coluna extra, a terceira, coloquei os valores dos raios externos calculados pela equação coulombiana, mas usando os valores da energia de ionização constantes da própria
tabela. Mesmo usando os valores energéticos oficiais, dá para perceber uma série de questionamentos que serão avaliados.
Antes de apresentar os questionamentos, deve ser lembrado que os valores dos raios na
Tabela são dados em Pico, que equivale a 10-12 m. A unidade mais usada para tamanhos de
átomos é o Angstron (10-10 m). Assim, um Å equivale a 100 Picos. (1 Å = 100 P).
135
◙ O Primeiro é que o cálculo do valor da Energia de Ionização pela equação coulombiana para 100 P = 1 Å, ou seja, para o raio de valor 10-10 m, é de:
E = - 1,155 x 10-18 J = - 7,2 eV
ou
E = 696 kJ/mol,
que podemos afirmar que esse é o valor esperado para a energia de ionização de todos os elétrons que estejam gravitando em torno do núcleo atômico a uma distância aproximada de 1Å,
ou seja, 100 picos (10-10 m).
◙ O Segundo é que o cálculo do valor da Energia de Ionização indicado no item anterior, de 696 kJ/mol teria obrigatoriamente que aumentar para distâncias (raios) menores (os
elétrons estão mais fortemente atraídos) e diminuir para raios maiores. A observação da Tabela mostra inúmeros casos do átomo com raio Menor e PI também bem Menor, o que é um
evidente erro, assim como átomos com raio Maior e PI também Maior, o que vem a corroborar o erro.
◙ O Terceiro é a observação de que os valores muito baixos de raio, comparados os
obtidos da tabela com os calculados por Coulomb, quando são próximos, as energias de ionização também são bastante próximas.
◙ O Quarto é que as diferenças entre os potenciais de ionização em FAMÍLIAS não
me parecem coerentes com os valores energéticos atribuídos aos níveis quânticos. Por exemplo, se pegarmos os elementos da primeira família, os chamados alcalinos, teremos a situação
mostrada a seguir.
Primeira Família da tabela Periódica
Li 1s2 2s1
Na 1s2 2s2 2p6
K
[He] 2s1
[Ne] 3s1
3s1
1s2 2s2 2p6 3s2 3p6
[Ar] 4s1
4s1
Rb 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10 4s2 4p6
[Kr] 5s1
5s1
Cs 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10 4s2 4p6 4d10
5s2 5p6
Fr 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10 4s2 4p6 4d10 4f14
[Xe] 6s1
6s1
5s2 5p6 5d10
6s2 6p6
7s1
[Rn] 7s1
Depois de observer as diferenças previstas na família, podemos usar a tabela do
mesmo item trocando os segundo e terceiro potenciais de ionização em eV por seu valor em J
e pelo raio obtido na tabela.
136
Primeira Família da tabela Periódica
1º PI eV
Li 1 2s1
Na 1 2
K
3s1
1 2 3
4s1
Rb 1 2 3 4
Cs 1 2 3 4 5
5s1
6s1
PI kJ/mol
Raio P
[He]2s1
5,4
520
167
[Ne] 3s1
5,1
496
190
[Ar] 4s1
4,3
418
243
[Kr] 5s1
4,2
403
265
[Xe] 6s1
3,9
376
298
A avaliação da tabela acima nos mostra algumas complicações (na visão do autor), que
são difíceis de entender.
a- O Li tem 1 orbital completo e 1 elétron externo, que está afastado do núcleo 1,7 x
10-10 m e é removido com 520 kJ
b- O Na tem 2 orbitais completos e 1 elétron externo, que está afastado do núcleo 1,9
x 10-10 m e é removido com 496 kJ
c- O K tem 3 orbitais completos e 1 elétron externo, que está afastado do núcleo 2,4
x 10-10 m e é removido com 420 kJ
d- O Rb tem 4 orbitais completos e 1 elétron externo, que está afastado do núcleo 2,6
x 10-10 m e é removido com 400 kJ
e- O Cs tem 5 orbitais completos e 1 elétron externo, que está afastado do núcleo 3,0
x 10-10 m e é removido com 376 kJ
Realmente, como químico, me assustei com essas observações. O elétron que só tem
entre si e o núcleo o primeiro orbital com dois elétrons (1 s2) fica afastado 1,7 Å enquanto o
Cs, com 5 orbitais completos, blindando perfeitamente o núcleo, seu elétron externo no nível
quântico 6 (6s1) fica distante do núcleo 3,7 Å. O espaço entre 1,7e 3,7 Å comporta 5 orbitais
completos?
E os valores das quantidades de energia para soltar esse elétron me incomodou mais
ainda: enquanto o do Li sai com 5,4 eV, o Na com mais um número quântico inteiro sai com
5,1 eV. Será que só 0,3 eV a mais que para o Na consegue tirar o elétron do Li?
Realmente a avaliação dos valores da tabela periódica me assustaram. Os elementos
que iniciam as famílias, apresentam valores de raio e de energia de ionização bastante próximos ao calculado pela equação de Coulomb. A medida que o número quântico aumenta (au137
menta o número de camadas completas entre o núcleo e o elétron a ser removido) os valores
vão ficando mais discrepantes.
Claro que como químico sei que a presença de vários outros elétrons interfere nos resultados, razão pela qual já deixei bem claro ao propor a substituição da equação de Schroedinger pela de atração coulombiana, que o aumento do número de elétrons traria mais dificuldade a solução da simplíssima equação proposta.
9–8–5-g–
Os Níveis Quânticos Internos do Átomo
Os valores encontrados na Tabela Periódica são os valores do Potencial de Ionização,
logo, a quantidade de energia entrópica a ser fornecida ao átomo para que a energia total de
seu elétron MAIS EXTERNO, atinja o valor zero, que significa sair do campo de atração do
núcleo. Juntamente com o Potencial de Ionização, é fornecido o valor do “raio” ocupado por
esse elétron. Esse raio é a maior distância do núcleo onde existe elétron, e o valor de seu conteúdo energético é chamado Nível de Fermi.
Entretanto, como previsto por Rutherford, o núcleo mede de 1 a 10 fentos (1fento =
10 m), ou seja, 10-15 a 10-14 m, enquanto o átomo mede em torno de 1Å (10-10 m). Verificando a Tabela Periódica, observa-se os átomos têm seus raios na faixa 0,5 a 3,0 Å.
-15
Esses valores, previstos por ele, foram obtidos também por Bohr, como também pelo
modelo ondulatório de Schroedinger. Embora tenha utilizado um valor equivocado para o
cálculo do raio, Bohr propôs uma relação que quantificava os valores dos demais raios orbitais em função do valor do raio mais interno, ou seja, dos elétrons mais próximos do núcleo.
Utilizando o mesmo raciocínio dele, que também foi aceito pelo modelo ondulatório, vem
que: rn = n2 . r1.
A partir dessa relação pode-se determinar os raios dos demais níveis orbitais do átomo,
só tendo o cuidado de lembrar que o raio disponível, medido experimentalmente pela ciência
é o mais externo. A partir dele, calcula-se os demais.
Exemplo 1 a): Li tem o nível 1s completo e o elétron removível no nível 2s. Dai:
rn = 167 P ou 1,67 Å (da Tabela Periódica)
n= 2
Logo, vem: rn = n2 . r1
r1 = rn / n2
r1 = 41,75 Picos = 0,4175 Å
r1 = 167 / 4
r1= 4,175 x 10-11 m.
b): Já se for utilizado o valor obtido pela equação de Coulomb, vem:
rn = 134 P ou 1,34 Å (da Equação de Coulomb)
138
n= 2
Logo, vem: rn = n2 . r1
r1 = rn / n2
r1 = 134 / 4
r1 = 3,35 x 10-11 m.
r1 = 33,5 Picos = 0,335 Å
Exemplo 2: Cs tem completos os níveis 1, 2, 3, 4 e 5 e o elétron removível no nível
6s . Dai vem:
1
rn = 298 P ou 2,98 Å (da Tabela Periódica)
n= 6
Logo, existem 5 níveis quânticos internos completos. Seus valores são:
r1 = rn / n2
r1 = 298 / 36
r1 = 8,28 P
= 0,0828 Å
= 8,28 x 10-12 m
r1 = 8,28 P
A partir daí, pode-se calcular os demais raios orbitais, só variando n.
r2 = 4 x 8,28 P
r3 = 9 x 8,28 P
r4 = 16x 8,28 P
r5 = 25 x 8,28 P
A distribuição dos elétrons no átomo de Cs será:
1
r =
8,28 P
1 2
r=
33,12 P
1 2 3
r = 74,52 P
1 2 3 4
r = 132,50 P
1 2 3 4 5
r = 207,00 P
1 2 3 4 5 6s1
r = 298,00 P
Assim, os raios orbitais foram calculados pelos valores do raio externo obtidos na Tabela Periódica. Abaixo, vamos fazer os mesmos cálculos só que com o valor do raio orbital
externo do átomo calculado pela equação de Coulomb; logo, da mesma forma, calculando os
raios a partir da equação coulombiana:
rn = 185 P ou 1,85 Å (da Equação)
n= 6
Logo, existem 5 níveis quânticos internos completos. Seus valores são:
r1 = rn / n2
r1 = 185 / 36
r1 = 5,14 P
= 0,0514 Å
= 5,14 x 10-12 m
139
r1 = 5,14 P
A partir daí, pode-se calcular os demais raios orbitais, só variando n.
r2 = 4 x 5,14 P
r3 = 9 x 5,14 P
r4 = 16x 5,14 P
r5 = 25 x 5,14 P
A distribuição dos elétrons no átomo de Cs será:
1
r =
1 2
r = 20,6 P
1 2 3
r = 46,3 P
1 2 3 4
r = 82,2 P
1 2 3 4 5
r = 128,5 P
1 2 3 4 5 6
r = 185,0 P
9–8–5-h–
5,1 P
Velocidade do Elétron
Para calcular a velocidade do elétron, a proposta é utilizar o mesmo raciocínio do sistema planetário: nele, depois de conhecida a energia de atração gravitacional entre o Sol e o
planeta, quando se definiu que a METADE do valor encontrado é referente a atração feita
pelo SOL sobre o planeta. Assim, para não ser atraído pelo Sol, o planeta tem que girar em
torno dele com tal velocidade que a força centrífuga, que tenderia a afasta-lo do Sol, medida
pela sua energia cinética translacional, iguale a força de atração.
A energia de cada nível quântico sendo conhecida, a determinação da velocidade do
elétron fica fácil de calcular, através da expressão:
E = ½. m x v2
Em virtude de cada nível energético (orbitais) ter valor diferente de seu conteúdo de
energia, fica evidenciado que a velocidade do elétron também vai ser diferente em cada nível
quântico.
Como exemplo, para os elétrons do raio 10-13 cuja energia é:
E = 1,155 x 10-15 J
a velocidade do elétron será:
E = 2.½ x 9,1 x 10-31 x v2
v2 = 1,155 x 10-15 / 9,1 x x 10-31
v2 = 0,1269 x 1016
v = 0,356 x 108
v = 35.600.000 m/s
140
Enquanto para os elétrons do raio 10-10 m, cuja energia é: E = 2,31 x 10-18 J
a velocidade será:
E = 2,31 x 10-18 J
= ½ x 9,1 x 10-31 x v2
v2 = 2,31 x 10-18 / 9,1 x x 10-31
v2 = 0,25385 x 1013
v2 = 2,5385 x 1012
v = 1,5933 x 106
v = 1.593.300 m/s
Uma vez calculada a velocidade do elétron de determinado orbital, a partir de seu potencial de ionização, e do conhecimento de seu raio (distância que o elétron mantém do núcleo), pode-se determinar com extrema facilidade o número de voltas que o elétron dá em
torno do núcleo, através de seu perímetro (2x  x r).
9–8–5-i–
Considerações finais do novo Modelo de Átomo
É claro que sei que quem se dispôs a ler esse item, deve ter ficado chocado. Afinal o
modelo Ondulatório está em vigor já caminhando para um século, e agora aparece um qualquer para questiona-lo. Procurei me amparar o mais possível sobre qualquer item que resulte
em mudança ou modificação de qualquer coisa em vigor, pois sei que tudo que altera alguma
coisa vigente já é previamente vista com maus olhos ou má vontade.
Também sei que o modelo proposto poderá ser aceito ou descartado, mas isso não me
preocupa porque coloquei em cada ponto tudo o que sei de química a respeito do assunto,
embora sei que posso estar raciocinando de forma equivocada (embora realmente considere
isso pouco provável).
Entretanto, continuo convicto na necessidade da mudança. A equação de Schroedinger
é uma EQUAÇÃO ONDULATÓRIA, mas o elétron é massa em movimento, e não uma onda.
Além disso, a citada equação é uma equação diferencial de segunda ordem incompleta, o que
matematicamente é pelo menos dificílima de resolver, e assim mesmo através de sucessivas
aproximações. E foi adaptada a partir das equações de Maxwell, que são puramente ondulatórias, pois na época nem o relativismo existia (que na opinião do autor não adiantaria nada por
estar equivocado).
Percebe-se claramente que os valores dos raios para os elementos mais leves, estão rigorosamente em acordo. Mas, a medida que o número de camadas eletrônicas aumenta, os
valores obtidos pela equação de Schroedinger são muito mais altos que aqueles obtidos pela
equação proposta.
141
Os valores de PI constantes da Tabela Periódica, não apresentam (na visão do autor)
coerência com os valores já consolidados. Por exemplo, para um raio de 10-10 m (100 P) o
valor do conteúdo energético é de - 696 kJ (ou –7,2 eV). É claro que a medida que o raio
aumenta, esse conteúdo energético diminui e vice verso. Entretanto o que se observa na tabela
é que a maioria dos raios, bem maiores que 1 x 10-10 m também apresentam valores de Pot. de
Ionização muito maior, o que aparentemente está errado.
Já a comparação com os raios calculados pelo autor, embora tenham sido determinados a partir dos Potenciais de Ionização das próprias Tabelas, apresentam valores muito mais
compatíveis.
Pelas razões expostas, creio e Proponho que o modelo de Schroedinger seja realmente
abandonado e passe a se usar o modelo coulombiano, tanto para cálculo dos níveis energéticos dos orbitais, quanto para o cálculo de suas distâncias ao núcleo atômico.
142
10 -
O HOMEM E O SEU HABITAT
10– 1 - Considerações
É claro que depois de ver tanta coisa sobre ciência, Física e Química, e um pouco sobre a parte Divina, que será completada no próximo capítulo, creio ser importante avaliar o
comportamento do ser humano, enquanto espécie, qual seu comportamento, principalmente
frente ao seu habitat já que, como mostramos antes, o homem quantifica tudo no Universo em
função dos movimentos de rotação e translação de sua própria moradia, o planetinha Terra.
O homem sempre considerou que, antes de existir qualquer coisa, só existia evidentemente Deus e seu habitat que, por acaso, era a Terra, apesar de ser “sem forma e vazia e havia
trevas sobre a face do abismo” (Gênesis, Bíblia). Lá também diz que Deus criou TUDO em
função de nós, os seres criados a Sua imagem e semelhança, logo, perfeição.
No livro chamado O Apocalipse (também na Bíblia), o que vemos é um relato de um
Céu (ou Paraiso) onde moram Deus e os homens que já passaram pela Terra e agora estão
sem matéria, logo, lá com seu Criador a sua imagem e semelhança. Durante o relato, observase que os habitantes do Céu não têm nenhuma tarefa, nem obrigações, nem absolutamente
nada, a não ser “adorar o Cordeiro” e passar todo o resto do tempo em função da Terra e dos
homens. Vigiam diuturnamente cada ato dos homens, cada praga ocorrida, o comportamento
das pessoas, tudo com o maior interesse. A eles nada interessa do que esteja ocorrendo na
imensidão das milhões ou bilhões de galáxias de todos os tipos e tamanhos. Afinal, tudo isso
só foi criado para nos nortear a noite, e o Sol, apesar de quinta grandeza, é o único astro importante, por ser o nosso, logo, divino.
Fica óbvio que para Deus e os demais habitantes do Céu, todo esse Universo sem fim
em grandiosidade e, talvez, perfeição, não vale absolutamente nada. A única coisa dentro do
Universo que interessa a eles é esse planetinha insignificante e fedorento, mas onde morava
Deus e onde hoje moram os seres criados a Sua imagem e perfeição. Para não tomar conhecimento de um Universo tão grande, complexo, quase (ou?) divino, para viver a eternidade em
função só de nós, é porque “devemos ser seres perfeitos (sic duplo!)”.
Entretanto, vamos colocar os pés no chão, acordar para a realidade e começar a avaliar
como é o comportamento desse ser “divino” que é o homem, que habita a morada de Deus, e
que mede tudo no Universo a partir da “casa de Deus”, que por acaso, também é a sua.
Tendo em vista que raros seres humanos são ateus, descrentes de qualquer coisa superior que tenha nos criado etc, esperar-se-ia que a esmagadora maioria dos homens, certos da
existência desse Deus Criador de tudo, inclusive dele próprio (homem) a Sua imagem e semelhança, e exatamente no local em que esse Deus morava, cuidasse do seu (e de Deus) habitat
com o mais profundo amor e respeito a TUDO, especialmente às demais Criações de quem o
criou com tanto amor e perfeição. Então, estaríamos realmente no Paraiso, pois além do ho143
mem ser uma imagem de Deus, também passou a morar junto com Ele no Seu habitat eterno,
o planeta Terra. Isto justifica porque os religiosos adotam como parâmetro medidor e regulador, ou seja, quantificador de tudo no Universo, em função de sua moradia, com a defesa de
que não o fez pela moradia ser sua, mas sim de Deus. E parece lógico que o local que seja a
moradia de Deus, seja realmente o parâmetro identificador e quantificador de tudo que possa
existir.
Assim sendo, temos o homem, com todo esse paraíso chamado Terra, morada eterna
de Deus e temporariamente sua também, com a incumbência de mantê-la nos moldes em que
lhe foi concedido o direito de Utilização dela. Pelo transcorrer dos eventos ligados a criação,
pode-se deduzir que a Terra continua sendo de Deus, tendo o homem o direito de habita-la
enquanto estiver aqui, com direito inalienável ao usufruto de tudo que tenha sido colocado a
sua disposição.
Neste capítulo vamos fazer uma análise o mais imparcial possível de como é esse habitat e da forma como ele é cuidado pelos homens criados a “imagem e semelhança de Deus”.
10 – 2 -
O Habitat
Não se pode negar que a Terra seja um planeta simpático. Sua massa é de 6 x 1024 Kg,
sua densidade média é de 5,515 g/cm3, logo, seu volume é de 1,083 x 1012 Km3. É o terceiro
planeta em afastamento do Sol, sua superfície mede aproximadamente 510.072.000 Km2, dos
quais três quartos (382.554.000 Km2) é constituída por água, com belas praias, e o restante
um quarto (127.518.000 Km2) é constituído pela parte sólida, com desertos, florestas tropicais, e uma parte dessa área total coberta com camada orgânica (húmus), apropriada para
plantar vegetais que servem de alimento. Sua atmosfera é constituída por uma mistura de dois
gases, um inflamável (o oxigênio) e o outro não, sendo inerte (o nitrogênio).
Como nesse capítulo o assunto é o homem, seu habitat, e como ele cuida e mantém sua
moradia, logo, trata-se do que se convencionou chamar de “meio ambiente”. Como o homem
se comporta em relação a manutenção e proteção da Casa de Deus, que ele como Sua imagem
e semelhança tem o direito de usufruir dela também.
Claro que este assunto pode ocupar um sem número de páginas, com trechos enaltecendo Deus e o amor dos homens por Ele, como também outros tantos mostrando tantos erros
e incoerências observadas no nosso dia a dia, que pode tanto comprometer a Divindade de
Deus ou mostrar o lado puramente maligno do ser humano.
Não quero me estender demais nesse assunto, razão pela qual só estou preparando o
caminho para uma análise mais equilibrada do nosso comportamento em relação ao meio am-
144
biente de nosso habitat. Por isso, vou apenas fazer pequenas citações para lembrar os leitores
do que já foi dito anteriormente.
Pertencemos ao sistema solar, cujo astro SOL é uma estrela de QUINTA grandeza.
Somos o terceiro planeta em afastamento do nosso astro (Sol), mais distante apenas do que
Mercúrio e Vênus. Somos 335.000 vezes menor que o Sol e somos maiores apenas 181 vezes
que Mercúrio, o menor de todos. Nossa massa total é de 6 x 1024 Kg e giramos em torno do
Sol a uma velocidade translacional de 30 Km/s, logo com uma energia cinética de 2,65 x 1033
J, preso a sua órbita pela atração gravitacional do Sol sobre nós, metade da atração gravitacional Sol-Terra, que é de 5,325 x 1033 J. Também apresentamos movimento de rotação, ou
seja, “rodamos” em torno de nosso próprio eixo na velocidade de 464 m/s.
Curiosamente, apesar de ter sido a moradia exclusiva de Deus e de ter se tornado também o nosso habitat, já que somos imagem e semelhança Dele, não somos o maior em nada
nem o menor em nada, apenas o de maior densidade, ou seja, massa por unidade de volume.
Somos um planetinha intermediário em TUDO e participantes de um sistema de uma estrela
de apenas QUINTA grandeza. E lembrar que todo o resto desse imenso Universo foi criado
somente em função somente de nós e de nossos interesses (?).
10 – 3 -
As Coincidências da “Criação” ou “Evolução”
O planeta Terra é constituído por três quartos de agua, logo, pode-se dizer com absoluta certeza que o planeta é “majoritariamente agua”. Curiosamente, quer seja propositalmente
ou não, o Homem é constituído por TRÊS QUARTOS DE AGUA. Assim, o Planeta Agua é
habitado por um ser humano constituído basicamente por Agua.
Só por curiosidade, para quem nunca pensou no assunto, se desidratarmos completamente um homem de oitenta quilos, a agua vai para a atmosfera e o que sobra dele não passa
de vinte quilos, que cabe num pequeno balde de obras. O homem nunca consegue imaginar
que cabe dentro de um pequeno balde de obra, muito menos que a mistura dessa matéria insignificante com mais três partes iguais de agua (constituinte básico do Planeta) se transforma
nessa “maravilhosa imagem e semelhança de Deus”. Muita gente pode até duvidar que esse
ser robusto, forte, que anda, corre, pensa, e faz tudo que fazemos no nosso dia a dia, possa ser
na verdade uma solução de 1/4 de matéria sólida em 3/4 de agua.
Entretanto, a explicação Química para o fato é extremamente simples. Pode-se dividir
todas as substâncias existentes em função de suas dimensões. Existem substâncias que medem
menos de um nano (1 nano = 10-9 m), que pelas suas dimensões têm sempre energia cinética o
suficiente para vencer a força de gravidade e se manter em solução. Por outro lado existem
substâncias que medem mais de um micron (1 micron = 10-6 m), que pelas suas dimensões
têm sempre energia cinética insuficiente para vencer a força de gravidade, de forma que não
145
conseguem se manter em solução, precipitando e separando o sistema em macro fases distintas.
O sistema coloidal é de constituição micro heterogênea, sendo que as partículas com pelo menos uma de suas dimensões dentro da faixa de tamanhos citada, é chamada de “fase dispersa”
(ou micelas) e a fase contínua que as mantém em solução é o meio de dispersão, ou a fase
dispersante.
Entre esses valores, ou seja, de 1 nano a 1 micron encontramos um conjunto de substâncias que são altamente dependentes da Temperatura, isto é, enquanto os solutos (que fazem
as soluções verdadeiras) apresentam as mesmas características em longo intervalo de temperaturas, o mesmo ocorrendo com as suspensões grosseiras, as substâncias que ocupam este intervalo coloidal têm propriedades altamente dependentes da temperatura. Pelo tamanho das
partículas, até determinados valores de temperatura a energia cinética dessas partículas é pequena e não consegue vencer a força da gravidade e precipita, fazendo geralmente com estruturação total abrangendo todo o volume do sistema, formando uma estrutura chamada de coagulação. Numa pequena faixa de temperaturas, o sistema sai da condição de aglomerado (coagulado) e se se solta, já que as partículas, com leve aumento de temperatura, já adquirem suficiente energia cinética para vencer a força da gravidade e se soltarem, formando um outro tipo
de coloide, o coloide fluido. Os coloides do tipo fluidos, soltos, são chamados do “tipo SOL”
e aqueles aglomerados, coagulados, são chamados do “tipo GEL”.
É bom deixar o aviso para que não digam que errei nos valores, que o limite superior
do tamanho coloidal tem divergência na ciência. Inicialmente era realmente 1 micron, mas
atualmente a maioria adota para tamanho coloidal a faixa 1 a 100 nanos, ou seja, 10-9 a 10-7
m. Eu compartilho da maioria que adota esse valor, mas só coloquei o limite de 1 micron para
ser mais abrangente e esclarecer a todas as correntes de pensamento.
Outro ponto que deve ser esclarecido é que as estruturações citadas acima, sistema
disperso livre (SOL) e sistema disperso ligado ou coagulado (GEL), não são os únicos tipos
de coloide existentes. Na verdade existem inúmeros tipos de coloides, e são muitas as classificações deles, cada uma em função de determinado parâmetro ou finalidade etc. Aqui preferi
SÓ colocar esses dois tipos de situação coloidal por uma razão simples: eles são as formas de
constituição do homem, com seu um quarto de matéria sólida e três quartos de agua líquida.
O homem é uma mistura de tipos de estruturação coloidal, pois varia desde sistemas
altamente estruturados como ossos e tendões (os ossos têm o meio de dispersão sólido e a fase
dispersa líquida), passando por sistemas geleificados como fígado, indo até sistemas coloidais
fluidos, como liquor, sêmen e sangue.
Assim, como disse certa vez um cientista, o Prof. Zukov: “o homem é um coloide andante”, serve para mostrar que somos apenas isso, um conjunto coloidal que anda, corre, fala,
pensa, se reproduz e tem sentimentos, igual a todos os mamíferos. A única coisa que o homem tem a mais que os demais mamíferos, e que o distingue deles, é a parte do cérebro chamada neo cortical, com seus neurônios vibrando e que dá a quem os possui, a capacidade de
avaliar e entender as coisas em que ele pensa. Em suma, dá a seus possuidores a capacidade
146
de discernimento das coisas. Se o homem, mesmo com o neo cortical, não tem a capacidade
de saber exatamente o que é certo e o que é errado, pelo menos permite avaliar e distinguir o
que o bom senso indica como certo e como errado.
Só o homem tem a parte neo cortical do cérebro, logo é o único animal que tem capacidade de distinguir tudo que o bom senso indica como certo, logo, deveria ser o único a saber
que matar ou prejudicar qualquer outro ser vivo é errado, e pior ainda, para quem crê na existência de Deus, além de crime deveria considerar um pecado sem perdão! Se matar outro ser
vivo já é um crime hediondo e um pecado sem perdão, imagine-se matar um semelhante seu,
que é tão filho de Deus quanto ele. Ele mata um filho de Deus e depois reza para Deus! Gostaria de saber o que ele diz para Deus nesse momento. Como seu neo cortical justifica tal ato
perante Deus?
Infelizmente, na minha opinião, o homem conseguiu bloquear seu neo cortical, pois o assunto
morte ainda apavora o ser humano, embora seja a única coisa certa nessa nossa “vida”.
No planeta Agua, não existe somente o ser humano. O planeta é habitado por um sem
número de espécies animais e vegetais, todos convivendo com o ser humano. São formas de
vida que se distribuem em tamanhos desde minúsculos seres unicelulares até seres da complexidade dos animais superiores, com seus ciclos de vida, de reprodução, de respiração, de
digestão, etc. Dentre eles o mais complexo é considerado o ser humano. Apesar do homem ter
seus ciclos exatamente igual ao de seus pares mamíferos, é o único dos seres vivos que tem a
parte neo cortical do cérebro, única coisa que o distingue dos demais.
Tirando o homem, tudo no Planeta funciona como um relógio; cada espécie tem seu
predador natural, justo para manter o equilíbrio delas. Existem espécies que vivem dentro da
agua, dentre os quais alguns mamíferos, mas a maioria tem estrutura apropriada para sua condição, que permita respirar dentro da agua, escamas, etc. Esses seres são apropriados para a
vida submarina, logo, são aptos a enfrentar todos os desafios inerentes a vida aquática, neste
planeta com três quartos de agua.
Fora da agua, existem inúmeras espécies que se deslocam somente na parte sólida do
planeta, e alguns que possuem estrutura para voar, com asas apropriadas em função de seu
peso, etc.
A evaporação da agua, que existe nessa imensidão, forma acúmulos de agua no ar,
chamados nuvens que, de quando em quando, caem de volta a superfície, no fenômeno chamado chuva. A chuva é o retorno da agua que evaporou. Isto mantém a relação agua/terra
constante.
Devido a esses fenômenos, todos os habitantes do planeta são sujeitos a ação da água,
já que a constituição dos seres vivos, curiosamente segue a mesma proporção, ou seja, todo
ser vivo que habita o planeta é constituído por mais quantidade de agua do que por partículas
sólidas. A estruturação desses seres todos, inclusive dos seres humanos, sempre com predominância de agua, é uma forma de estruturação um pouco diferente do que certamente a maioria das pessoas conhece, chamado coloide, explicado acima.
147
Só para esclarecer aos leigos como é possível a estruturação do homem com uma parte
sólida para três partes de agua líquida, e formar essa estrutura forte, robusta, de conformação
bem definida, basta lembrar o que todos já sabem, mas não correlacionam, e que é um alimento gostoso, que qualquer pessoa no mundo sabe fazer: a GELATINA.
A gelatina é uma molécula de tamanho relativamente grande, com suas dimensões se
enquadrando na faixa de tamanho coloidal. Sua forma é alongada e cheia de ramificações tipo
“sovacos”, que têm a capacidade de prender moléculas de agua. Seria, por exemplo, como
uma lacraia, ou mesmo uma centopeia, com aquela enorme quantidade de sovacos por cabeça.
Por isso a molécula tem grande capacidade de reter agua, presa dentro de sua estrutura. Por
acaso, a molécula de gelatina é a que mais aumenta seu volume em relação a sua matéria seca
(centenas de vezes, em condições especiais, claro).
Em condições ideais, com agua destilada ou deionizada, a gelatina pode adquirir consistência com uma parte do pó para noventa e nove partes de agua. Mas na prática usual, isso
não funciona perfeitamente. Mas como comparação com os seres vivos, basta considerar cinco ou dez por cento de pó para noventa ou noventa e cinco por cento de agua. É só dissolver o
pó da gelatina, comprado em qualquer mercado, em noventa (ou noventa e cinco) vezes seu
volume em agua. Como a molécula é grande, sua energia cinética a frio não é suficiente para a
dissolução total. Recorre-se então ao pequeno aquecimento, justo para dissolver completamente a gelatina na agua. Assim pode-se garantir que a molécula já está estruturada completamente com agua presa em seus sovacos tridimensionais, só que ainda em movimento devido
a energia cinética.
A seguir basta colocar a solução na geladeira para baixar a energia cinética das partículas o suficiente para a formar a estruturação das moléculas com participação de todo o volume de meio de dispersão, que no caso é a agua. Forma-se um sistema coloidal “ligado”,
logo, do tipo GEL (que é exatamente a origem do nome GEL: da gelatina).
Esse sistema com cinco por cento de matéria sólida e noventa e cinco por cento de
agua líquida forma um sistema estável (e gostoso de se comer). Com tanto líquido, claro que
ele não pode ter uma estrutura rígida (rochosa). É maleável, e sacudido lembra muito (e que
lembrança boa) o bumbum das maravilhosas mulatas das escolas de samba. Essa estruturação
se dá com cinco por cento de matéria sólida. Lembrar que o homem tem da ordem de vinte e
cinco por cento (e as mulatas das escolas de samba também!).
10 – 4 -
A Origem do Homem
Antes de entrar no assunto principal que é a relação do homem com o Meio Ambiente,
ou seja, como ele se comporta e como cuida da moradia de Deus da qual ele tem direito a usufruir enquanto estiver por aqui, preciso fazer uma breve análise sobre uma questão bastante
cáustica e, certamente criadora de arestas, seja com um seja com o outro grupo, dentre os que
defendem cada facção. Trata-se da origem do homem: fruto da Criação ou fruto da Evolução!
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Vou me ater apenas no presente item, a fazer um resumo de um capítulo chamado O
Evolucionismo, que escrevi no Trabalho POR QUE DEUS NÃO REPONDE, disponível para
quem se interessar na página www.franciscoguerreiro.com.br.
Sempre deixei claro em tudo em minha vida, que sou um poço de dúvidas, já que considero que a evolução é uma busca e só busca algo quem tem dúvidas. Tenho opinião formada
e consolidada de que todo aquele que tem certeza de alguma coisa é digno de profunda piedade, porque creio que a certeza é a principal consequência da Vaidade, que dominou inteiramente o ser humano, tornando-o uma máquina de competição e não de amor e convivência.
Quando o homem é vencido pelo mal, ao passar a ter vaidade, a esquecer que todos os
seres humanos são absolutamente iguais, simples transportadores ambulantes de coco fedorento, então ele passa a ter certeza de tudo e é levado a cometer qualquer erro ou crime, pois
ele é divino e tudo que ele faz é a vontade de Deus. Até matar seus irmãos, filhos do mesmo
Deus, é a vontade de Deus, porque ele assim o quer que seja.
Espero que um dia o homem, se não conseguir parar sua desesperada corrida a lugar
nenhum, pelo menos que consiga diminuir a velocidade e comece a pensar em si mesmo e nos
demais seres vivos, principalmente seus semelhantes humanos. Talvez ele comece a perceber
que se for virado do avesso fede igual a uma latrina cheia. Alias, a latrina fede exatamente por
causa dele mesmo. Só que ele não tem inteligência para observar isso, porque bloqueou seu
neo cortical, para não ter que pensar no seu fim, pois o homem não entende nem admite seu
próprio fim.
Se o homem, vaidoso como é, tentar tomar uma lavagem intestinal para se livrar da
sua parte que mais fede, ele vai desidratar e terá que ir a um hospital ficar atrelado a um soro
para se re hidratar e começar a comer comida sólida que vai virar coco fedorento dentro dele.
Aí, quando ele estiver novamente cheio de coco fedorento por dentro, ele pode levantar e ir
embora porque voltou a ser um homem normal, ou seja, um transportador ambulante de coco
fedorento. Mas nem assim o homem acorda, se julga uma imagem e semelhança de um Deus
Todo poderoso, divino e sempre se acha mais querido por Deus do que seus irmãos humanos.
O dia que o homem descobrir isso, ele saberá o que é ser feliz e realista, e descobrirá onde
está e como age o mal, do qual ele deveria estar se defendendo.
Voltando ao assunto desse item, sempre fui cético quanto a aparecer alguma coisa do
nada. A ciência atualmente aceita como modelo inicial do universo físico (não divino) o modelo da grande explosão térmica, conhecido como Big Bang. Não vou comentar aqui a impossibilidade de sua existência por já ter trabalho para isso, também disponível na página
www.franciscoguerreiro.com.br.
O que me deixa curioso é tanto cientista inteligente achar possível uma compressão de
fótons até volume zero, violando a termodinâmica e depois gerar uma explosão tão violenta.
De qualquer forma, o insumo na explosão era o mesmo, os fótons. Só com fótons explodindo
pode-se gerar um Universo tão grande, tão complexo, que até hoje sequer o conhecemos totalmente? Me é difícil aceitar que do nada (volume zero) ou mesmo de grande quantidade do
mesmo insumo aparecerem tantas espécies, e tão diferentes entre si, como minerais, vegetais e
149
até animais, inclusive o homem! E qual a explicação para o mesmo insumo gerar produtos tão
diferentes? Houve sequência lógica ou foi tudo ao acaso? A partir da Grande Explosão Térmica (???) todos os fótons saíram à mesma velocidade formando esferas cada vez mais amplas, logo, sempre sujeitas às mesmas condições energéticas. Porque não seguiram todas o
mesmo destino? Porque tanta diversidade no universo a partir do mesmo insumo seguindo
sempre com as mesmas condições energéticas?
A evolução das espécies vivas, em si, é coisa comum e sem nada passível de dúvida e
sem nada a se acrescentar. É apenas uma adaptação dos seres vivos às novas condições que
vão aparecendo com o tempo. E isso é fruto de um período longo de evolução quando atingiu
as características que consideramos como definidas e definitivas para os seres atuais. Mas
quem garante que a evolução já atingiu sua meta?
Sempre haverá a pergunta: o homem atual já é o definitivo ou vai continuar evoluindo? Porque o homem evoluiu tanto no sentido de andar de pé e não de quatro, criou musculaturas
próprias para esse fim, ao invés de evoluir no sentido de criar asas e poder voar, já que desde
os primórdios o homem sempre sonhou em voar, então porque sua evolução foi em outro sentido? Ou será que nesse caso não houve evolução e sim involução?
Porque algumas espécies não evoluíram no sentido de adquirir capacidade de correr como os
felinos, deixando de ser presa fácil deles? Porque os felinos evoluíram tanto em termos de
velocidade, garras para pegar suas vítimas e presas para as dilacerar, e não evoluiu no sentido
de se tornar herbívoro? Afinal, a quantidade de verde que existe em nosso planeta seria suficiente para abastecer todos os felinos por toda a eternidade, além do que eles não necessitariam
emboscar e matar outros animais para sobreviver. O que fica muito difícil de fazer quando ele
envelhece e talvez isso acelere sua morte. Isto também é evolução?
Entretanto, minha dificuldade maior está em entender o evolucionismo como ele é considerado pelos seus defensores, todos só se referindo a evolução de seres vivos, mas não para os
seres inanimados. Porque um conjunto de fótons conseguiu evoluir a ponto de se tornarem
animais com ciclo vital perfeito etc, e outros não conseguiram passar de inanimados minerais?
Pelo exposto, pode-se perguntar qual o final da evolução? Tudo vai continuar evoluindo até
que ponto? A evolução caminha para um ponto de equilíbrio ou continua até reduzir tudo a
pó? Nós também? Já chegamos ao ponto de máxima evolução possível ou estamos em um
estágio primitivo, passível de todas as mudanças imagináveis (ou inimagináveis) ainda por
vir? Nesse caso como seríamos no futuro? Voltaríamos ao bom senso e andaríamos de quatro
ou continuaríamos de pé? E os demais mamíferos conseguirão adquirir o neo cortical ou se
limitarão para sempre com o lumbical? Da mesma forma pode-se inquirir dos evolucionistas
porque com o mesmo tempo de evolução os répteis e ofídios não adquiriram o lumbical (a
parte do cérebro que dá o conceito de sentimento) como os mamíferos? E porque a cobra não
evoluiu no sentido de criar asas ou pernas para se deslocar com mais facilidade? É claro que
isso tudo é assunto com boa dose de subjetividade e é passível de questionamentos acalorados
para sempre.
150
Entretanto tem uma coisa que considero ponto de honra e não aceito parecer contrário de nenhum ser, mesmo com pouca inteligência, é que tem que manter a coerência:
“Num processo evolutivo as coisas sempre evoluem. Pode haver ocasionalmente curtos ou
longos períodos estacionários (platôs), para depois continuar a evolução, fato que pode se
repetir tantas vezes quanto se queira. Mas, depois de cada platô, OBRIGATORIAMENTE o
sistema tem que continuar evoluindo”.
Assim sendo, a evolução, intercalada ou não por platôs, SÓ pode conter períodos estacionários e evolutivos. Jamais meus neurônios aceitarão que a parte INVOLUTIVA possa fazer
parte do processo EVOLUTIVO. Seria a negação de tudo, da razão, do bom senso, da inteligência e de tudo o mais que o homem conseguir coordenar.
E é aí que o Evolucionismo esbarrou nos meus neurônios: “o ser humano”.
Frente aos demais mamíferos, o homem é visivelmente um estágio acima, sem nenhuma dúvida. Mas isso é realmente fruto da Evolução?
A evolução (ou desenvolvimento) do homem chegou a beira do inimaginável!
Uma simples molécula, invisível a olho nu, chamada DNA detém o código genético e todas as
características que o futuro ser humano vai ter.
Sai de uma simples molécula, consegue evoluir até criar carne, ossos, cabelos etc. Depois
evolui aumentando o volume inicial, enrijecendo os ossos, os tendões, consegue se estruturar
em forma coloidal com um volume de água mais de três vezes superior ao de sólidos, e aí
manter a configuração atual de um sistema coloidal íntegro, composto por várias formas de
estruturação coloidal deferentes, desde sóis líquidos a géis consistentes e até mesmo sistema
coloidal com o meio de dispersão sólido, como os ossos, aumentar sua resistência às intempéries, chegar ao ápice da força, do conhecimento, da capacidade de discernimento, de reprodução, da utilização racional da força, etc. Enfim, o homem sai de uma simples molécula, se
encorpa, aumenta, evolui material e espiritualmente, se reproduz, chega ao ápice. Realmente
um processo evolutivo digno de elogio e inveja.
De repente, a partir daí começar a decair, a degenerar, a perder tudo que conseguiu amealhar
durante o fabuloso processo evolutivo, e culmina por chegar ao seu fim através da morte. Da
molécula (DNA) ao ápice, foi realmente uma evolução.
Mas aí cabe uma pergunta: o período de decaimento, enfraquecimento, degeneração e morte
também faz parte da evolução? Por que um sistema que sai de uma simples molécula, cria um
ser vivo, que nasce, evolui até a condição do ser adulto, com vigor, capacidade de locomoção,
de pensar, de andar, correr, nadar, etc, e depois que tudo isso é conseguido, começa tudo a
andar para trás, começando a desfazer tudo que foi feito antes, culminando com o desaparecimento de tão bela obra da evolução? Será que do nada (um conjunto de fótons) já seria possível estabelecer um sistema evolutivo tão inteligente que previsse que depois de tanto tempo
necessário para produzir uma obra tão perfeita, que ela, tão logo produzida, iniciaria seu declínio e destruição?
151
Na minha opinião, que me desculpem os evolucionistas, o decurso do ciclo vital está parecendo muito mais ser atrelado a algum modelo previamente estabelecido para ser cumprido dessa
forma (na verdade uma curva de Gauss), do que ser o produto de uma evolução que, de repente estaciona, “involui” e acaba morrendo, com tudo isso fazendo parte de um processo evolutivo (??).
É claro que todos esses questionamentos e suas possíveis respostas vão continuar caminhando
juntas para sempre e no campo da pura subjetividade. Talvez essa seja a coisa mais importante para o ser humano racional: tudo ser sempre no campo subjetivo, pois se houvesse alguma
evidência objetiva, as respostas seriam obvias e de consenso e então o homem não teria mais
sobre o que pensar e procurar. Será que o homem continuaria existindo a partir do momento
em que tudo fosse esclarecido de forma objetiva? O que ele procuraria dali para a frente? Que
motivos ele teria para continuar vivo?
Evidentemente o assunto não se esgota por aqui. Claro que, como me considero racional e
honesto, e como a avaliação do modelo Evolucionista, que é o único contraponto conhecido
hoje ao modelo Criacionista, sou obrigado a reconhecer que, se o modelo Evolucionista tem
mais furos do que queijo suíço, o modelo Criacionista que, apesar de apresentar enorme número de falhas, o faz menos que o Evolucionista, então sou obrigado a dar mais crédito ao
modelo Criacionista.
É evidente que no estágio atual do conhecimento humano, não se pode garantir que o único
contraponto possível ao modelo Criacionista seja o Evolucionista, razão pela qual, daqui para
a frente, vou continuar buscando a existência de algum outro contraponto mais razoável. Mas,
enquanto não o encontrar, sou obrigado a dar mais crédito ao modelo Criacionista do que ao
modelo Evolucionista Darwiniano, pelas evidências apresentadas.
10 – 5 -
O Homem e a Morte
Após ter falado tanto sobre a origem do homem, por Criação ou por fruto de Evolução,
e depois dos conceitos emitidos anteriormente sobre a Termodinâmica, que na minha opinião
é o balizador final de tudo que ocorre, tenho que colocar aqui uma análise do assunto que
mais incomoda a maioria dos homens: seu fim, ou seja, sua morte.
No item anterior deixei bem clara a minha opinião pessoal sobre os modelos possíveis
de surgimento de tudo, do Universo ao homem. Muito me incomodou o fato de considerar
sem sentido nenhum alguma possibilidade de escolha, por mais improvável que seja, pois
sempre preferi ter como possibilidade a alternativa da opção, para o que é sempre necessário
existirem soluções alternativas possíveis, mesmo com probabilidades muito diferentes.
152
Quanto ao evento morte, ou seja, o fim do homem, que ele não aceita e por isso, com o
inerente medo do desconhecido, bloqueia seu neo cortical, que é a parte do cérebro que fornece a razão, logo, o possível entendimento para este ou qualquer outro fato de nossas vidas.
Pela honestidade de propósitos de meus estudos, no item anterior terminei embasbacado e o
pior, neste item que vou transcrever como segui o raciocínio de início ao fim e mostrar no
final, que acabei neste, talvez mais embasbacado ainda. Mas acho que a evolução é assim
mesmo; ora achamos uma coisa, e depois a reconhecemos absurda e assim sucessivamente.
Mas vamos ao estudo, sua sequência e as conclusões a que cheguei.
Conforme foi visto detalhadamente no primeiro item do capítulo 9, a avaliação termodinâmica de um evento é sempre feita dividindo o Universo em duas partes: a primeira constituída pelo sistema que se quer estudar e o segundo, o resto do Universo, de tal forma que a
soma das duas partes recompõe o Universo íntegro.
No caso presente, o evento que me propus a estudar é o homem, ou seja, o ser humano. Dessa forma temos o seguinte conjunto em equilíbrio:
Homem + Resto do Universo = Universo
O princípio e o mecanismo de análise é exatamente o mesmo, já que o homem constitui um sistema e somado ao resto do Universo, reconstitui o Universo. Todas as trocas eventuais tem que seguir as mesmas leis, ou seja, a Entropia do Universo tem que aumentar (em
alguns casos, como em reações em equilíbrio, pode se manter). Mas, sob hipótese alguma a
Entropia do Universo pode diminuir.
No caso dos seres vivos, como no caso do homem, aparece um dado novo, que não
impede nem atrapalha a avaliação Termodinâmica, mas que vai causar um incômodo mais
adiante.
Trata-se do fato do homem ser um “ser vivo”, com auto suficiência de locomoção,
pensamento, respiração, reprodução, etc. Por essa razão vou considerar essa situação como:
Homem VIVO + Resto do Universo = Universo
É claro que a introdução da palavra vivo não afeta em nada a continuidade do estudo,
tendo-se sempre em mente que as trocas entre os dois lados participantes têm obrigatoriamente que manter ou aumentar a Entropia do conjunto (Universo). É evidente que durante a vida
do homem, ele vive trocando Energia e Entropia com seu parceiro (o resto do Universo),
sempre respeitando as leis vigentes.
Entretanto, no caso dos seres vivos, principalmente no caso presente por se tratar do
homem, ocorre um evento desconhecido e imprevisível: de repente o homem MORRE.
É claro que no ato da morte mudam muito os parâmetros analisados, de forma que a
condição de estudo passa a ser:
Homem MORTO + Resto do Universo = Universo
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Daí para a frente, é só definir os parâmetros e suas variações e continuar fazendo a
análise termodinâmica. Entretanto, o ponto crucial da questão não é esse, pois se sabe que
ambas as situações vão atender as leis termodinâmicas. O grande problema, e que me pegou
desprevenido, foi a grande mudança que ocorre nos balanços energético e entrópico feitos
antes e depois do evento MORTE, que se pode até chamar de SINGULARIDADE. É como os
dois cones representativos do passado absoluto do evento e do futuro absoluto do evento, definidos por Einstein.
Para ele, os dois cones eram ligados pelo bico e representava para ele a chamada singularidade, que ele considerou como sendo o evento presente e definiu que as ocorrências
contidas no cone de eventos passados não poderiam ter nenhuma influência nas ocorrências
do cone de eventos futuros. Ou seja, a singularidade era uma ruptura brusca e total entre os
acontecimentos passados e os acontecimentos futuros.
Sempre me incomodou muito essa conclusão dele, ou seja, dois cones ligados mas
desvinculados pelo bico comum.
Em trabalho anterior já fiz minha crítica a esse conceito, que como é curto, vou descrever aqui. O exemplo que usei foi de um médico atender a uma criança com febre. Se o médico lhe der um antitérmico, vai baixar a febre por um período, e voltará em seguida. Porque a
febre não é um evento auto suficiente; ela é consequência de uma infecção que gera o cone de
eventos futuros, chamado febre. Assim, se o médico só lhe der antitérmicos vai acabar matando a criança. O que o médico precisa fazer é pesquisar para descobrir o local, a natureza e a
intensidade da infecção. Curando a infecção acaba a febre.
Dessa forma pode-se considerar que a infecção é o evento presente ou singularidade e
a febre é a constituição do cone de eventos futuros. Assim, em princípio me parece mais lógico considerar que o bico tem influência direta no cone de eventos futuros.
Geralmente, depois de certo tempo, a infecção volta. Nesse caso, o procedimento do
médico tem que ser ainda mais profundo. Não basta confirmar os dados da infecção e trata-la,
pois fará com que ela volte mais a frente. Assim, o médico tem que fazer uma pesquisa dos
eventos passados que desembocaram na infecção. Evitando os eventos que causaram a infecção, ele cura o paciente de forma definitiva.
Este foi o exemplo que eu dei; na verdade trata-se do modelo de um acontecimento
bastante semelhante ao que utilizaram para a elaboração do modelo do Big Bang. A condição
impositiva de que nada do que ocorreu no cone de eventos passados pode influir nos acontecimentos do cone de eventos futuros, passou a me incomodar um pouco, por ser aparentemente descabida.
Uma outra avaliação que fiz em torno disso, é que seus promotores, provavelmente
estudando uma possível existência de vida após sairmos daqui, de nossa viagem planetária em
forma material, certamente acreditavam que existe realmente uma vida NÃO material quando
desembarcarmos de nossa nave em movimento eterno (Terra), porém não tendo encontrado
nenhuma forma, por mais subjetiva que seja, de contato, preferiram considerar que o ato da
154
morte, que é um evento singular, seja uma ruptura TOTAL entre o cone de eventos passados
(nossa vida material) e o cone de eventos futuros (nossa vida não material, se ela existir, é
claro). Acho válido a busca, como qualquer pesquisa teórica ou experimental que alguém se
disponha a fazer, pois isso é que faz o homem evoluir. A única coisa que critico veementemente é a assertiva de que a singularidade acaba com qualquer vínculo possível entre os cones
de eventos passado e futuro. É mais um exemplo da arrogância, consciente ou inconsciente
do homem, que não encontrando resposta ao que procura, define como “verdade absoluta” a
conclusão a que ele chegou. Deve-se sempre respeitar o direito de qualquer outro homem
também pensar no mesmo assunto e chegar a conclusões totalmente opostas, sem que se possa
afirmar que ele esteja errado, pois a verdade é uma busca, e só sabe “a verdade absoluta” os
pobres de espírito dignos de profunda piedade por parte de quem pensa com seus neurônios. É
isso que realmente eu sinto de todos os que “sabem a verdade”, pois estão no chão da escada
do conhecimento da vida. Alias, no chão bastante elameado.
Depois disso, vamos voltar ao evento morte e as duas situações criadas:
-
Homem VIVO + Resto do Universo = Universo
-
Homem MORTO + Resto do Universo = Universo
A avaliação fria das duas situações, mostra realmente um hiato entre elas. Mesmo com
as duas situações independentemente uma da outra estarem atendendo as leis, mas o fato é
que não são DOIS sistemas, duas situações independentes. Estes dois cones são ligados entre
si pelo evento MORTE, que é a singularidade do evento estudado.
Antes da morte, o homem tinha determinado conteúdo entrópico, já que ele tem todos
os tipos de movimento: mexer as pernas, mexer os braços, executar o ciclo respiratório, o ciclo reprodutivo, o ciclo digestivo, todos os órgãos se movimentando, especialmente o coração, o sangue circulando ao longo de vários metros dentro de artérias e veias, os neurônios
vibrando, mantendo todo esse sistema coloidal complexo a uma temperatura em torno de trinta e sete graus, e por aí afora.
No ato da MORTE, todo o sistema perde seus movimentos, o coração para de bater, o
sangue fluente deixa de ser um sistema coloidal livre, solto, do tipo SOL e coagula, passando
a ser um sistema coloidal do tipo GEL (coagulado, aglomerado, com retenção de todo o volume de meio que o constitui, o que diminui drasticamente a entropia) e, finalmente, diminui
violentamente o maior contribuinte para a Entropia: a Temperatura. Claro que a diminuição
da entropia no homem morto em relação ao homem vivo, que é devido a coagulação do sangue, diminuição de temperatura, e outros, onde tudo favorece o aumento da coesão, energia
coesiva ou atrativa. Essa diferença em forma de entropia é enviada ao resto do Universo. Só
que é fácil perceber que a quantidade de entropia contributiva para a entropia do Universo
promovida pelo Homem Vivo é visivelmente maior do que a promovida pelo Homem morto.
155
Nesse ponto parei para pensar profundamente em quaisquer alternativas possíveis.
Depois de tudo que mostrei antes, não posso me negar a aceitar que o evento morte realmente
modificou bastante a condição reinante: vivo x morto. A aceitar que o bico (evento presente
ou singularidade) que no caso presente é a morte, seja uma interrupção total entre os dois cones de eventos passado e futuro, pode ser até aceito, mas precisa primeiro justificar como essa
enorme quantidade de energia e entropia sumiu! Se o sistema VIVO tinha toda aquela quantidade de energia entrópica, através dos movimentos e do calor, e de repente vem a MORTE e
acaba com tudo isso sem uma compensação do parceiro do sistema, que é o “resto do Universo”, então eu seria obrigado a reconhecer que a Termodinâmica está errada: não passa de um
blefe!
Mas admitir que ela atende TUDO que ocorre no Universo inteiro, e só erra em um
único caso: a Morte do ser vivo, é difícil de aceitar. Sinceramente, para aceitar isso, eu ficaria
na obrigação moral de acreditar em Papai Noel, Chapeuzinho Vermelho, etc.
Usando a razão, pelo menos que eu penso ter, a Termodinâmica não pode ser tão perfeita para tudo menos para esse caso específico, que permite que o Universo como um todo,
Diminua muito seu conteúdo entrópico. Seria a ÚNICA exceção ao Segundo Princípio da
Termodinâmica. Assim, tem que haver alguma explicação que localize essa quantidade de
energia entrópica que “sumiu”.
De todas as alternativas que me vieram a cabeça, a única que faz algum sentido, é a
possibilidade de realmente termos na nossa constituição, uma parte Não Material, cujo conteúdo tenha mais Entropia do que a quantidade diminuída no ato da Morte.
Esta possibilidade satisfaz a Termodinâmica, mas fica faltando identificar o tipo e
quantifica-la além, é claro, de descobrir sua origem e que papel ela desempenhava dentro do
organismo vivo, e porque sai com a ruptura pela morte. Da identificação e sua compreensão,
vai depender a definição de um dos pontos que mais me incomoda, conforme mostrei no item
c do capítulo 3, sobre as consequências do atraso sideral, em relação a rapidez do deslocamento dessa forma não material até seu destino final.
10 – 6 -
O Trato da Casa e o Meio Ambiente
Depois de tudo que foi avaliado e comentado sobre o Homem, a morada de Deus (e do Homem), nosso sistema em relação ao restante do Universo, nossa vida temporária na casa de
Deus, etc, vamos avaliar o comportamento do homem em relação ao seu (e de Deus) lar. Como o homem cuida de si, de seus irmãos, das demais criações de Deus, enfim do meio ambiente e da preservação da casa que ele usufrui.
156
Inicialmente, como já vimos, sabemos que nosso planeta é constituído por três quartos de agua. Coincidência ou não, o homem também o é, e a maioria dos animais e vegetais do planeta também são constituídos primordialmente por agua.
Em princípio parece um pouco de covardia, todos os habitantes formados majoritariamente
por agua e largados num planeta constituído basicamente por agua. Seria um fim rápido e
trágico para todos os seres vivos desse planeta. Além disso, outra covardia era colocar nossa
atmosfera com oitenta por cento de um gás inerte, sabendo que após o consumo dos vinte por
cento respirável pelo homem, transformando-o em outro gás irrespirável pelo homem (gás
carbônico), cuja mistura com nitrogênio levaria todos os seres vivos a dolorosa morte por asfixia.
Entretanto, nada disso aconteceu nem acontece, e isso por algumas razões que vamos começar
a analisar, como por exemplo, como as coisas da natureza se equilibram e onde e como o homem entra nesse circuito, como morador temporário deste “lar divino”.
Os assuntos ligados a ecologia e meio ambiente, assim como o comportamento médio do ser
humano em relação a eles, são tantos e tão vastos que daria para escrever vários compêndios
sobre o assunto. No caso presente, esse assunto é apenas um tópico do que é a finalidade do
trabalho. Por essa razão, vou avaliar alguns assuntos o mais sucintamente possível, e para não
me alongar demais em nenhum deles nem perder a sequência que me propus, vou identificar
cada um deles como um sub item.
10 – 6 – 1 - O primeiro ponto de abordagem é a aparente covardia de seres vivos constituídos primordialmente por água terem que sobreviver em um planeta com maioria absoluta de
agua.
Como os seres vivos precisam se defender da agua para sobreviver, é só ter um pouco de percepção para verificar que todos foram muito bem protegidos, quer seja por Criação quer seja
por Evolução. Todos os seres vivos são protegidos por uma fina camada de “repelente a agua”.
Explicando: só existem dois tipos de substâncias, em uma visão genérica, que são as POLARES e as APOLARES. As Polares são aquelas que apresentam alguma polaridade e são representadas por sua forma mais geral: a água ou hidro. De outro lado existem aquelas que
não têm nenhuma polaridade, ou seja, são absolutamente Apolares, cuja representação mais
geral é o óleo.
Assim temos que a agua (hidro) é POLAR e o óleo é APOLAR. Os dois tipos são absolutamente antagônicos, opostos. Quem tiver afinidade por um deles, obrigatoriamente terá aversão pelo outro.
A afinidade é definida pelo termo FILIA e a aversão é definida pelo termo FOBIA. Assim,
todos os produtos polares, têm afinidade (filia) pela agua (hidro) e por isso são considerados
como tendo HIDROFILIA e são classificados como HIDRÓFILOS. Tendo filia pela hidro
157
(polar) obrigatoriamente terá aversão (FOBIA) pelo óleo, logo, são portadores de OLEOFOBIA e são chamados de OLEÓFOBOS.
O oposto segue o mesmo raciocínio: quem tem FILIA por óleo é chamado OLEÓFILO, logo,
obrigatoriamente um HIDRÓFOBO.
Dessa forma, podemos observar que os seres vivos foram muito bem preparados para enfrentar os desafios da vida no planeta agua. Todos têm uma fina proteção HIDRÓFOBA, o que
obriga que seja OLEÓFILA. O homem mergulha o braço na agua, ao tirar basta sacudir um
pouco ou passar um pano (toalha) e está novo em folha. Entretanto, se ele mergulhar o braço
no óleo (petróleo, querosene, gasolina, etc) ou seja, qualquer produto Hidrófobo, logo, oleófilo, que portanto tem afinidade pela superfície atingida, a aderência é de tal forma que dá imenso trabalho para remover e voltar ao normal. Isso, o homem, que tem inteligência e todos
os recursos disponíveis para tais ações. Mas, e os demais seres vivos? Estão protegidos pela
natureza porque nela Não existe óleo disponível, que possa lhes causar danos. Alguns tipos de
óleo, em pequenas quantidades, como parte de frutos, que depuramos para usarmos como
comestíveis. Nada afeta aos demais seres vivos porque o óleo que existe em abundância, não
tem a menor chance de incomodar ninguém. Está a inúmeros quilômetros de profundidade, a
maioria abaixo do fundo do mar. É uma forma de garantir a segurança dos seres vivos que
têm proteção hidrofóbica, logo ficam vulneráveis aos produtos oleosos. O equilíbrio e a segurança estão garantidos pela Natureza, pelo meio ambiente, por Deus, ou seja lá pelo que for.
Cada um que credite a proteção e segurança àquilo em que ele acredite.
Infelizmente, aí entra a única coisa maligna que existe no planeta: o homem. Consegue furar
um sem número de quilômetros abaixo do fundo de quilômetros de lâmina d’agua, para buscar óleo em quantidade suficiente para lhe dar conforto e riqueza.
Com grande frequência ocorrem enormes vazamentos de petróleo em diversos pontos do planeta. Os seres vivos, por terem proteção contra a agua, que poderia destruí-lo, se tornam altamente vulneráveis, porque para se defender da agua, tem que ter um produto que abre sua
guarda para o óleo. A fauna e a flora atraem o óleo por terem estrutura de mesma natureza e
se tornam vítimas fatais porque o óleo molha bem as superfícies hidrófobas, por terem que ser
oleófilas. E lhes conduz a um triste fim.
Tristes vítimas do tresloucado maligno ser humano, que sequer diminui seu ritmo de destruição. Mas reza para Deus e considera que Deus está de acordo e ponto final.
Assim, as vítimas deixam de ser problemas seus, passam a ser de Deus.
10 – 6 – 2 - O segundo aspecto que desejo abordar é sobre a respiração.
O ciclo de respiração do ser humano é a inspiração de oxigênio e a consequente expiração de
gás carbônico. Assim, o que se deveria esperar é que nossa atmosfera fosse constituída de
oxigênio. Entretanto, o oxigênio é o comburente natural. Se a atmosfera fosse só dele, bastava
158
riscar um fósforo que o planeta explodiria. A natureza é sábia: ele existe na proporção de uma
parte dele para quatro partes de um outro gás, este inerte, o nitrogênio, que impede isso.
Mas ao respirarmos, vamos inspirar o nitrogênio junto com o oxigênio. Certo, vamos, mas o
nitrogênio é inerte, entrará em nossos pulmões e sairá da mesma forma que entrou. Não participa de nada nem interfere no serviço do oxigênio. Equilíbrio perfeito.
Entretanto, nosso ciclo de respiração completo consta da inspiração do oxigênio junto com o
nitrogênio e, após a realização do ciclo, expiramos o nitrogênio intacto (entrou e saiu sem
participar de nada). Por outro lado, o oxigênio inspirado, após a realização do ciclo, é expirado na forma de gás carbônico. Dessa forma, gradativamente vamos transformando a mistura
inicial de nosso equilíbrio e condição de vida, a mistura de oxigênio com nitrogênio, para uma
nova mistura constituída por nitrogênio e gás carbônico. Com essa mistura, o homem não
sobrevive, é condenado a morte por asfixia.
Mais uma vez a natureza mostra que não precisa de nós, de nossos favores para nada. Ela é
auto suficiente em tudo. Inclusive nesse caso, que solução simples, tranquila e objetiva da
natureza: os VEGETAIS respiram ao contrário de nós, ou seja, enquanto os animais inspiram
oxigênio e expiram gás carbônico, os vegetais inspiram gás carbônico e expiram o oxigênio
puro, renovado. Animais e vegetais vivendo juntos e compartilhando a mesma atmosfera, ou
seja, um dando respaldo às condições de vida do outro. Equilíbrio simples e perfeito.
Os vegetais nos devolvem o oxigênio que destruímos formando gás carbônico, transformando-o novamente em oxigênio, puro, independentemente de ter sido utilizado antes por outros
seres com qualquer tipo de doença, contagiosa ou não, não importa: ele sempre volta limpo e
puro, como se nunca tivesse sido usado antes. Assim, os vegetais nos equilibram, nos ajudam
a viver com saúde e tranquilidade.
Infelizmente, novamente entra em cena o mal do planeta, o ser humano, que destrói os vegetais para amealhar o maldito dinheiro, a custa da eliminação de quem nos garante vida e saúde.
10 – 6 – 3 - O terceiro aspecto que desejo avaliar é o radicalismo de muitos ambientalistas
(ou ecologistas) no sentido de defender o meio ambiente.
Agem e querem que todos participem desse tipo de ação, como se o meio ambiente fosse um
retardado mental que não sabe o que faz e muito menos se defender. É bom que os que desconhecem o assunto com certa profundidade, não caiam na esparrela dos desesperados defensores de um mongoloide indefeso. A verdade não é bem essa. O meio ambiente não precisa de
nossa ajuda, por uma razão muito simples e que eu tenho inteligência suficiente para saber e
reconhecer com toda humildade: o meio ambiente (ou, a natureza) é muito mais inteligente do
que nós todos juntos. Ela sabe se defender, tem todos os mecanismos de defesa, se não, já
tínhamos ido todos “para o brejo”.
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Digo isso conscientemente porque sou um observador da natureza e já trabalhei em controle
de poluição, na Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (FEEMA), hoje INEA.
Para ficar mais didático vou subdividir.
10 – 6 – 3 a- O Oceano
O oceano sabe se defender bem; se vocês nunca repararam, tudo que se joga no oceano e que
não presta, ele devolve, jogando nas praias. Os interceptores oceânicos despejam todo o esgoto orgânico bem longe da rebentação. A agua do mar depura toda a massa atirada, retém
aquilo que precisa, como os coliformes, por exemplo, que servem de alimentos para micro
organismos marinhos. O restante, em forma de bolo fecal mas já seco, inservível para ele, é
jogado de volta para as praias. Se nós morrermos afogados, em tempo reduzido o oceano devolve para as praias, ou seja, o oceano se livra de tudo que não presta, inclusive nosso corpo.
É com tristeza que temos que reconhecer que sanha maligna do homem é infinita. Ele não dá
tempo para o oceano se limpar, tal a velocidade com que ele o agride. Assim, creio que os
ecologistas deviam parar de se preocupar com o oceano e se preocupar com o mal, que é o
homem.
10 – 6 – 3 - b - Os Rios
Os rios são formados por agua corrente, o que, por si só, já mostra que ele não precisa de ajuda. Quando trabalhei na Feema, eu próprio, com minha equipe, fiz esse teste no Rio Paraiba
do Sul. Na beira de uma pequena cidade de interior, onde o esgoto era lançado ao vivo no rio,
medimos a velocidade da agua e marcamos outro ponto mais distante cerca de duzentos metros.
Claro que a quantidade de coco não era como de uma cidade grande. Mas no momento do
lançamento fizemos coleta de material ali, e depois do tempo que garantia que aquela mesma
massa de agua estava passando no ponto posterior, repetimos a coleta.
Resultados do Laboratório:
- agua do local do lançamento: Nº de coliformes: incontáveis
- agua do local 200 metros adiante: Nº de coliformes: zero
A conclusão é que o esgoto orgânico (coliformes) serve de alimento para os micro organismos
(cujos nomes são de conhecimento dos biólogos, zootecnistas etc). O que não for consumido
no caminho, será lançado ao mar, que devolverá tudo a terra.
160
A poluição que realmente acaba com a saúde dos rios e de seus habitantes marinhos, quer
sejam micro ou macroscópicos é o despejo industrial, contendo metais pesados, letais até para
os humanos, detergentes etc.
Novamente me entristece o fato de saber que os malditos que cometem esses crimes são os
homens, com o desespero de aumentar cada vez mais o lucro, e contam com a conivência dos
servidores públicos venais que, em troca de propinas, permitem esse crime de lançamento
diretamente nos rios, não obrigando às indústrias a remover todos os materiais nocivos no
despejo.
10 – 6 – 3 – c - Baia de Guanabara
Só vou relatar este fato porque pode servir de base para alguma investigação que possa vir a
ajudar aos abnegados que atuam no combate a poluição.
Todas as baías apresentam as mesmas características, visíveis para quem observa de fora dela:
durante a enchente, observa-se nitidamente a agua entrando na baía, e durante a maré vazante,
é visível a agua saindo da baía em direção ao mar. Esta é a principal característica de uma
baía e é exatamente o que a distingue de um rio, onde a agua corre sempre para o mar, quer
seja na enchente quanto na vazante, com pequenas exceções onde a agua do mar adentra no
rio, mas em pequeníssimas distâncias, para logo retornar seu trajeto natural para o mar.
A Baia de Guanabara tem uma característica que parece ser única no mundo. Talvez devido
ao seu formato de um útero, ela apresenta a seguinte característica: na vazante a agua realmente SAI da baia para o mar. Entretanto, curiosamente, durante a enchente a agua continua
saindo para o mar, embora seja visível o aumento de volume do interior dela.
A explicação parece ser simples: devido a seu formato, durante a vazante a agua sai para o
mar como qualquer outra baía. Entretanto, durante a enchente, a agua entra em grande volume
por baixo (correntes inferiores), o que faz com que, devido as correntes de marés, parte da
agua continua saindo pela superfície. Desse modo, para um observador externo, a agua está
SEMPRE saindo, logo, parece se tratar de um rio e não de uma baía. Isto já era sabido pelos
Portugueses há quinhentos anos. Só depois de adentrar no “rio” é que se vai descobrir que se
trata de uma baía.
Mas o que quero apresentar não é isso. Quando lá trabalhei, havia um convênio da Marinha de
Guerra (Governo Federal) e a Feema (Governo Estadual), convênio esse no qual fui secretário
durante algum tempo. Era o Convênio de Controle de Poluição da Baía de Guanabara.
Haviam os “feras” que comandavam o controle, a partir de modelo matemático, com dezenas
de pontos de coleta de agua, em três profundidades (superfície, meio e fundo), feitos sistematicamente (não me lembro mais se a frequência era mensal ou quinzenal).
161
As amostras eram levadas ao laboratório, ensaiadas e os resultados fornecidos ao grupo encarregado da execução do modelo. Não sei o resultado final desse estudo porque na mudança de
Governo do Estado saí e fui trabalhar em outro órgão.
Mas o importante é que, enquanto estive lá, responsável e participante das coletas das amostras, e muito amigo de dois excelentes profissionais da área da Química, o Dr Marcos K. Barreto, chefe geral da Divisão de Laboratório, e seu assessor científico, o saudoso Dr Hélio Ramos da Costa.
Estes dois, com suas excelentes cabeças de cientistas, observadores dos eventos químicos,
responsáveis pelo abastecimento de dados aos “modeladores”, claro que tinham a obrigação
de fazer uma avaliação prévia, para detectar possíveis erros de amostragem, de resultados de
ensaios ou qualquer indício de equívoco, para não levar problemas sobre assunto de tal seriedade. Nas avaliações, começaram a perceber que os resultados de cada ponto de coleta, não
mudavam demasiadamente com o tempo. E, o pior, os resultados eram uma verdadeira “salada de frutas”. Começaram a detectar pontos extremamente próximos entre si apresentando
valores altamente divergentes, ao mesmo tempo em encontravam pontos muito distantes um
do outro, com características bem mais próximas.
Claro que, com a capacidade intelectual dos dois, aliado ao profundo conhecimento profissional, começaram a montar planilhas e conduziram uma avaliação paralela a modelatória oficial. Depois de longo e penoso estudo, conseguiram unir graficamente os pontos de mesmas
características, e obtiveram um conjunto de curvas que faziam como que contornos reduzidos
bastante semelhante ao formato da Baía de Guanabara.
Ao procurarem o esclarecimento dos resultados obtidos, descobriram que o conjunto de curvas que obtiveram eram exatamente as curvas da Carta de Marés da Baía de Guanabara fornecida pela Marinha.
Não sei qual o resultado final disso tudo, pois saí de lá e fui para outro órgão, logo depois Dr
Hélio faleceu e o Dr Marcos deixou de ser o diretor após a mudança do Governo.
Só citei isso para mostrar ao leitor como as coisas funcionam, pelo menos por aqui. Da mesma forma como conversei muito com ambos sobre esse assunto, concluímos que era bastante
óbvio o resultado: você joga o esgoto em determinado ponto, que a corrente marinha se encarrega em distribui-lo ao longo do circuito que ela perfaz.
A minha conclusão, que me valeu alguns xingamentos, é de que “controlar a poluição da baia
de Guanabara” é “jogar dinheiro fora”. E por que disse isso? Ora, se em determinado ponto,
como por exemplo, no desembocadouro do canal do mangue, fétido, que só tem coco e despejo industrial, a corrente o distribui por toda a área de circulação dela. Daí, para mim, não precisa nem ser inteligente para saber que, basta jogar agua limpa nesse ponto, que a corrente se
encarregará de distribui-la, ou seja, a baia não precisa de nossa ajuda, ela sabe se defender
sozinha: basta que parem de jogar esgoto e despejo nela. Claro que a despoluição total, ou sua
limpeza completa não é somente isso. Seria simples demais. Acontece que isso serve para
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mostrar que a limpeza dela poderia custar pequeníssima parte do que é gasto anualmente, e
com a baia sempre com as mesmas fétidas condições.
Claro que sei porque fui xingado por alguns colegas, por toda pecha de ofensas; o controle de
poluição, não só da baia, como também todos os outros tipos, se transformaram numa espécie
de “indústria”. Hoje se vê tanta gente ganhando muito dinheiro a custa de controlar a poluição, que por seu lado está cada vez maior. Atualmente está como a “indústria da seca do nordeste brasileiro”, cantada em verso e prosa desde a época do Império, no século XlX. Até hoje
a seca leva grande parte da riqueza nacional, majoritariamente nas mãos da “coronelidade” da
região. Nenhum projeto sério para solução do problema consegue sair do papel.
10 – 6 – 4 - O quarto ponto que tenho experiência e posso colaborar falando da minha tentativa frustrada de ajudar, é no tocante a proteção de animais silvestres.
Trabalho há bastante tempo na área de pavimentação. Quando se faz uma estrada, que vai
cortar uma área de terreno, o usuário observa que o asfalto fica bem elevado em relação ao
terreno natural, normalmente mais de um metro. Isto é feito por detalhes técnicos, que não
cabem aqui comentar. O que importa é que, antes de passar a rodovia, o terreno como um
todo, plano ou não, já era habitado por animais silvestres, que andavam de um lado para outro
com segurança e tranquilidade. Geralmente existem trilhas preferenciais pelas quais eles se
deslocam.
Quando se faz a estrada, o terreno fica “dividido em dois”, os dois lados da estrada e os animais para irem de um lado para o outro, têm que subir a “rampa” de um lado, atravessar a
rodovia e descer do outro lado. Isto leva a dois problemas sérios: o primeiro é o risco a que
ficam os motoristas, principalmente a noite, de perder o controle do carro ao tentar se desviar
dos animais, pelo menos os que ainda têm algum respeito aos animais dentro de si, pois a
maioria se lixa e passa por cima e pronto; o segundo é que, antes da estrada, os animais viviam sua vida em seu habitat natural, com paz, tranquilidade e segurança. Nós, homens, por
interesse nosso, é que fomos levar desconforto e insegurança a vida deles.
Por essas razões, sempre considerei que era obrigação moral nossa (infelizmente o homem,
com seu desespero pelo maldito dinheiro nem se lembra mais do que seja a tal de “moral”)
tentar minimizar nossa violência contra eles. Antes da construção da estrada, eles caminhavam livremente, passando de um lado para o outro de onde ela seria construída. Claro que eles
usam trilhas preferenciais, então minha sugestão era no sentido de, antes da abertura da estrada, fazer um levantamento para descobrir os pontos de trilha preferencial dos “moradores”
daquela área.
Durante a construção da rodovia, principalmente quando cortava ou tangenciava alguma reserva, minha sugestão era fazer nesses pontos uma “travessia” para eles. Coisa simples e barata. Simplesmente nesses pontos, atravessar a estrada, no nível do terreno natural, com um bueiro celular, um tubo armco, ou mesmo manilhas armadas. O local deveria ser revestido pelo
piso e pelos lados, com material e vegetação natural do local. Claro que deveria haver um
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cuidado inicial dos animais, mas certamente com o tempo, se sentindo seguros, voltariam a
fazer a travessia sem passar pela rodovia (da morte). Era o mínimo que eu achava que tínhamos obrigação moral de fazer para minimizar o mal que fizemos a eles.
Claro, para quem conhece o ser humano, isso nunca foi aceito, porque “não tem recurso destinado para isso”. Talvez não influa no custo da obra nem 0,1%. Mas não pode. Também é claro que pode sair valores centenas ou milhares de vezes maior para propinas, para caixas de
campanha de partidos políticos, etc. Mas, para preservar a vida de “seres vivos criados por
Deus” nem pensar! Mas, os causadores direta ou indiretamente pelas mortes dos animais (e
até de seres humanos em acidentes ocasionais) não se preocupam, porque a culpa não é deles:
afinal ele acredita em Deus, segue alguma religião e semanalmente dedica uma ou duas horas
de seu precioso tempo para rezar para esse Deus Todo Poderoso, que ele ama, como ama e
respeita tudo que esse Deus fez e faz. E continua feliz com sua fé e seu amor a Deus.
10 – 6 – 5 - O quinto aspecto que precisa ser avaliado é a questão do lixo.
O lixo é um problema crônico em nossas cidades. O chorume produzido contamina o solo e,
muitas vezes atinge o lençol freático, causando danos muito mais sérios.
Não sou especialista em lixo, como não conheço a tecnologia para produzir energia a partir
dele. Portanto, por não conhecer os quantitativos envolvidos, não devia dar opinião nem sugestões a respeito. Entretanto, como me considero um homem preocupado com o meio ambiente e com o futuro do planeta, como também trabalhei alguns anos em meio ambiente, e tendo trabalhado minha vida quase toda em usina de asfalto, creio que minha opinião pode ser
um ponto de partida para algum especialista avaliar melhor.
Uma usina de asfalto é composta de um sistema de silos e correias para abastecimento dosado
dos materiais frios. Tudo é transportado para dentro de um tambor rotativo, que é um secador,
alimentado por um maçarico que eleva a temperatura o suficiente para secar totalmente o material que tem sua umidade natural ou oriundo de chuva, orvalho, etc, e elevar a temperatura
desse material seco até determinado valor adequado para a mistura com o asfalto, formando a
mistura que será transportada e aplicada nas estradas de rodagem e em vias urbanas.
O tambor secador de uma usina de asfalto, mede em torno de dez metros, não muito mais, e o
maçarico é programado para elevar a temperatura do material até pouco mais de duzentos
graus.
Claro que tecnicamente tanto o tambor como o maçarico podem ser projetados para alcançar
temperaturas muito superiores e produção muito maior. É evidente que o aquecimento remove
a agua do material, assim como queima toda a matéria orgânica presente (contaminando os
materiais frios) formando gás carbônico e ocasionalmente fuligem, partículas de tamanho
coloidal pretas (negro de fumo, etc) O tambor tem acoplado um exaustor que suga isso tudo
para uma chaminé, que joga tudo para o ar (para o meio ambiente).
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É uma violência contra o meio ambiente, com certeza. E isso foi assim durante décadas. Até
que começaram a fabricar os chamados “filtros de mangas”. É um equipamento implantado ao
lado da usina de asfalto, e todo o material (vapor d’agua, gás carbônico, fuligem, negro de
fumo, e demais impurezas) que contaminavam os materiais, são puxados por um exaustor e
lançados por dentro de longas mangas feitas com tecido especial, que retém todas as partículas, só deixando passar para a atmosfera o vapor d’agua e o gás carbônico. Todo o material
sólido fica aderido as paredes das mangas e intervalados pulsos (sacudidelas) faz todo esse
material sólido ser despejado em um silo (depósito localizado abaixo do filtro). Este material,
muito fino, é reutilizado na própria massa asfáltica, como material de enchimento.
Porque citei tudo isso antes de dar alguma sugestão para o caso do lixo? Foi porque a solução
apresentada acima, para as usinas de asfalto podem ser ampliadas para uma solução ambiental
de grande porte.
Em primeiro lugar vamos falar do lixo. Acredito que seja possível a instalação de equipamentos idênticos às usinas de asfalto, com produção e queimadores dimensionados por especialistas para atender a demanda de cada caso particular, que poderia ser em cada Município ou em
cada conjunto de municípios próximos, desde que estudos mostrassem sua viabilidade econômica. O lixo é constituído basicamente por matéria orgânica, como papel, plásticos, restos
de alimentos, tudo junto com latas e vidros. Qual é a ideia principal: esse material todo seria
transportado por correias para dentro do sistema tambor-maçarico dimensionado para tal, e
teria seu funcionamento de forma absolutamente idêntica a produção de massa asfáltica.
O resíduo sólido depositado no silo, seria submetido a análise química para saber sua composição e descobrir se ele tem finalidade nobre para seu uso. Se não tiver finalidade nobre, esse
pó seria adicionado ao pó de pedra com que se faz tijolos de cimento, ou mesmo ao barro com
que se faz tijolos e telhas. Assim teríamos os produtos que estão começando a destruir o planeta passando a nos ajudar a viver melhor, barateando custo de material de construção, que
favoreceria muito os pobres.
Deixei propositalmente para o final o destino a ser dado a fumaça que sai da chaminé dos filtros de manga. Essa fumaça é constituída por vapor d’agua e gás carbônico.
10 – 6 – 6 - A Fumaça das Chaminés
Deixei a avaliação da fumaça das usinas de lixo para o final, porque aqui entra o sexto
ponto a ser comentado e avaliado, que é a questão das emissões das chaminés das dezenas ou
centenas de milhões de indústrias que jogam diuturnamente sua fumaça para a atmosfera,
emitindo as partículas coloidais pretas, absorvente de energia que, se alojando nas camadas
superiores da atmosfera, recebem os fótons de luz que aqui chegam, principalmente do Sol.
Nas colisões, o coloide preto não espalha a luz, ele é absorvente integral, logo ele recebe a
energia trazida pelo fóton e aumenta seu conteúdo energético, logo, aumenta sua temperatura,
causando o famoso “efeito estufa”, para muitos o iniciador do fim da vida no planeta.
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Então, qual seria a sugestão do autor? Que todas as chaminés do planeta recebessem o mesmo
tratamento de uma usina de asfalto, que também foi proposta para a caso do lixo urbano, qual
seja, ser acoplada a um filtro de mangas (ou algo mais eficaz), que captasse toda aquela fumaça preta que vai para a atmosfera e a filtrasse, produzindo o pó residual no silo abaixo dos
filtros, com destino em função de sua composição química ou na fabricação de tijolos e telhas, e terminando da mesma forma que nas usinas de asfalto e de lixo, só jogando pelas chaminés dos filtros, a mistura de vapor d’agua e gás carbônico.
Livres do efeito estufa, o planeta já agradeceria, mas para os homens que utilizam seu neo
cortical, isso ainda é muito pouco. Podemos ajudar mais, é só se dedicar mais um pouco.
O gás carbônico, que muitos dizem ser culpado pelo efeito estufa, não é verdade. Ele não tem
tamanho de micela coloidal e sim de molécula, e molécula não retém os fótons, logo não aumenta seu conteúdo energético. Isso é específico dos coloides. Além disso, o gás carbônico
expelido pelas chaminés NÃO nos traria nenhum problema se quem foi colocado pela natureza para nos proteger, transformando-o novamente em oxigênio puro, NÃO tivesse sido já destruído em um nível altamente comprometedor da nossa integridade: os VEGETAIS. Infelizmente o homem, em sua sanha desesperada de destruição de tudo que puder ser destruído, o
que satisfaz sua malignidade íntima, AINDA continua destruindo o que resta de “nossos parceiros de vida”.
Com a violenta diminuição de nossos equilibradores vegetais, o gás carbônico passa a ser nocivo, primeiro porque quanto mais dificuldade de elimina-lo, mais difícil vai ficando a recomposição do oxigênio que nos permite a vida, e segundo porque ele vai saturando toda a
agua do planeta, que com sua dissolução, vai diminuindo a dissolução do oxigênio na agua,
para permitir a vida dos seres marinhos.
Este é o triste quadro que o homem criou e continua alastrando cada vez mais e com mais
intensidade, parecendo que realmente o que ele quer é a rápida destruição do planeta.
Mas, ainda tem solução? Claro que sim! Infelizmente depende do homem! E o pior é que depende do par que tem mais FILIA nesse planeta, e uma filia insana e maldita: o homem e o
dinheiro. É preciso que haja determinação dos homens para tal, mas também é necessário recursos financeiros para tal. E conseguir fazer com que os ricos diminuam sua riqueza para
salvar o planeta é uma utopia impensável.
Como exemplo é só lembrar o passado bem recente: em 2001 a OMS apresentou um relatório
mostrando que a quantia de duzentos e vinte bilhões de dólares acabaria com a fome no continente africano. Claro que ninguém, governos, multinacionais, bancos, todos coitadinhos, no
momento estão em sérias dificuldades e não podem fazer nada, mas desejam boa sorte às vítimas (qualquer semelhança com Pilatos terá sido coincidência?).
No entanto poucos anos depois anunciou-se uma crise no mundo financeiro do capitalismo, e
todos já devem saber o que é uma catástrofe para os ricos, não sabem? É quando eles deixam
de ganhar um milhão por dia e passam a ganhar SÓ novecentos mil. Isto é uma desgraça inadmissível! Imediatamente o Sistema Reinante deu seu jeito de arranjar quase três trilhões
166
de dólares para recompor o nível anterior de riqueza dos ricos e repor seus lucros ao nível
desejado.
Dessa forma, esperar que dirigentes de grandes corporações, banqueiros, grandes industriais e
outros bilionários se dignem diminuir seu lucro, por mínimo que seja, para “salvar o planeta”
é de uma infantilidade a toda prova. Temos que ter os pés no chão e saber que “quem aceita
dinheiro em quantidade que sacrifique a vida de seus semelhantes, não o gasta, só o investe
para receber mais, logo a frente”. Eles se tornaram muito ricos porque sofreram uma mutação:
os olhos de todos eles perderam a retina e foi criado no lugar dela um enorme e maligno cifrão! Dessa forma, eles tanto compram vidas e consciências como vendem as suas também. O
único objetivo da vida deles é aumentar o tamanho do cifrão que ocupa o lugar de sua retina.
Então o que eu proponho é muito simples: compra-los! Como? É muito simples.
A colocação de filtros em todas as chaminés do mundo, vão custar um pouco de cada um, mas
eles preferem morrer a fazer isso. Então os governos dos países podem ajudar ao próprio planeta e aos pobres de um modo geral tomando uma atitude extremamente simples.
Todos sabem que o solo disponível para plantio é ácido. O ideal para o plantio é fazer uma
correção dessa acidez. Essa correção é feita com um produto chamado calcário (que é o carbonato de cálcio). E como se obtém o calcário? Pode ser obtido diretamente a partir das chaminés das usinas de asfalto e de lixo e de TODAS as chaminés do planeta.
Depois de depurado, todas ela emitem o que? Agua e gás carbônico. O gás carbônico mergulhado em um tanque de soda cáustica produz o carbonato de sódio. Este, reagindo com cloreto
de cálcio, forma o carbonato de cálcio, o famoso e indispensável CALCÁREO.
É essa a minha proposta: instalar filtros de manga (ou um sistema mais eficiente) que separe
as partículas sólidas (inclusive as coloidais) que serão usadas em tijolos e telhas, e deixe sair
pela chaminé somente agua a gás carbônico. Ao invés dessa mistura ir para a atmosfera, ela
seria sugada por um exaustor e mergulhada num tanque de soda cáustica, que com a adição de
uma quantidade apropriada de cloreto de cálcio, produz o calcário, que seria ensacado e fornecido aos agricultores, gratuitamente ou a preço de custo.
Os governos comprariam das grandes corporações toda a produção de calcário, por um preço
que desse a eles o reembolso do investimento mais um lucro (sem o qual eles não vivem).
Resultado: o plantio ia melhorar no planeta inteiro, os pequenos agricultores iriam deixar de
gastar boa parte de sua produção para aquisição desse adubo imprescindível, e planeta teria
uma vida bem melhor. E, claro, nós também.
Os dirigentes das grandes corporações iriam passar o resto de suas vidas rindo de orelha a orelha, felizes com o aumento do seu “cifrão retínico”. O único inconveniente é que isto
obrigaria aos que vêm TV com frequência (que felizmente não é o meu caso) a passar a ver
todos os dias matéria paga por eles com pequena parte do lucro auferido, enfiando goela abaixo dos espectadores que eles são maravilhosos, que estão “investindo pesado na vida do planeta para ajudar aos pobres, etc e etc”. Nunca dizem que estão ganhando com isso. Todo esse
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bla, bla, bla, que já estamos saturados de ouvir e, mesmo todos sabendo que é mentira, somos
obrigados a engolir as mentiras deles, cantadas e declamadas por artistas muito bem pagos
para tentar nos convencer que são verdades e que eles realmente são bonzinhos. Ainda bem
que já estou próximo do meu fim. Tenho é muita piedade dos que hoje são crianças ou jovens
e, principalmente, daqueles que ainda estão por chegar.
168
11 -
UM RECADO AOS RELIGIOSOS
Nada tenho contra religiosos de um modo geral. Claro que muito me incomoda a existência de dogmáticos, de qualquer origem e de qualquer natureza.
Durante toda a minha vida, busquei a existência ou não de Deus, da existência ou não
de algum lugar diferente do nosso, onde não imperasse a vaidade, o ódio, a destruição, a morte pela fome de uns para que outros jogassem fora o que poderia matar a fome deles, onde os
seres criados por alguma inteligência superior, divina ou não, não matassem fria e covardemente seus próprios irmãos, tão filhos de quem os criou quanto criou a eles próprios, e tantas
outras coisas que me mostraram ao longo de minha vida, já não tão curta, apenas que, se existe conhecimento, amor, sabedoria, iluminação, etc, isto não passou nem perto de nós. Nós,
habitantes da Terra, na avaliação de nosso conjunto ao longo do que nossa memória permite
captar, sempre fomos os mesmos, anormais executores de nós mesmos e de todas as demais
espécies que convivem conosco. O homem nunca desconfiou que existe o amor, que nós somos tão filhos de um Criador (se Ele existe) quanto todos os demais homens. Mas os homens
matam seus irmãos em nome Dele, e depois rezam para Ele e Lhe oferecem o sangue daqueles
que eles executaram, com absoluta certeza de que esse Deus, tão insano quanto ele, recebe e
agradece a oferenda e ainda o abençoa por tal ato.
Infelizmente não posso deixar de registrar que os religiosos sempre tiveram papel preponderante nessa forma de pensar e de agir, que para mim só mostrou que o homem nunca foi
“alguém” e sim “algo” que existe na natureza, nesse Universo que parece não ter limites, nem
começo nem fim, tal sua grandiosidade.
Enfim, somos algo que não significa nem representa absolutamente nada para o todo
onde estamos inseridos. Felizmente o poder maligno de destruição do homem não tem capacidade de ultrapassar os limites do insignificante e fedorento pontinho universal onde estamos
concentrados. Pontinho esse que, apesar de insignificante e fedorento, é considerado pelos
seres humanos como o local da moradia de Deus e de Sua Criação, por acaso, ele próprio,
chamado homem.
Claro que as religiões sempre contribuíram muito para que isso se tornasse uma “verdade absoluta” e se perpetuasse para sempre. Os seres humanos do futuro vão continuar se
matando, uns acumulando o que não têm condição de usar e de gastar, e isso a custa da falta
de muitos outros que continuarão morrendo de fome, de inanição, com os ossos furando a
pele, cheios de inúmeros tipos de doenças, que não importam absolutamente nada aos que
estão do covarde lado dos que têm demais, sempre de forma ilegal, e se lixam para a saúde e
até para a vida dos menos favorecidos.
A única coisa que muito me intriga e me deixa perplexo é que os seres humanos nunca
fizeram opção por pensar profundamente sobre seu comportamento, como também pensar se
existe alguma “possibilidade de ele estar certo” pensando em algo superior a nós, de caráter
divino, que nos criou, nos conduz e nos receberá depois de sairmos daqui. Não, o homem
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nunca se preocupou em pensar de fato, pois no sub consciente ele parece saber que se procurar vai achar algum lampejo de iluminação, mas também descobre que essa “revelação” que
ele pode buscar e encontrar lhe obrigará a atitudes e comportamentos que ele repudia violentamente, como abrir mão da vaidade, da sabedoria “absoluta”, do direito de matar seus “irmãos”, do direito de ter mais que eles, de mentir, de trair, de jurar falso, de acumular o que
não pode usar, e tantas outras coisas ligadas as “benesses materiais” a que só ele tem direito e
muitos de seus irmãos não. Por isso ele prefere bloquear seu neo cortical, que é a parte do
cérebro onde habitam os neurônios com suas frequências de vibração, que lhe dão condição
de entender tudo a sua volta. No fundo, parece que a maioria dos homens sente, intuitivamente que, se procurar vai encontrar algo superior a ele, ao qual ele deve se subordinar. Mas, ele
se questiona: para que procurar algo que pode lhe tirar os fabulosos prazeres materiais a que
tem direito! Por isso, a maioria bloqueia seu neo cortical e inclui no seu lumbical, a parte do
cérebro que fornece o “sentimento”, que os mamíferos possuem e os répteis não, uma coletânea de condições imaginadas com o auxílio do mal, e por isso se torna um “espelho de Deus”.
E até mata quem questionar isso.
Por essa razão, o homem vive enclausurado em sua redoma inquebrável e impenetrável para todos, onde ele é o “eixo motriz da lei de Deus” e só ele sabe a verdade e a vontade
de Deus, e tem certeza que ao morrer vai para o paraíso morar com Deus. Mas quando fica
velho, ou contrai uma doença fatal e sabe que está em estado terminal, se apavora, fica com
medo, mostrando que sua redoma sempre foi de vidro fino, só ele não percebeu.
Mas, para quem pensa com o neo cortical, ou seja, de forma ampla, geral e irrestrita,
avaliando a si próprio como qualquer ser vivo, sente profunda piedade dos infelizes (esmagadora maioria dos seres humanos) que agem dessa forma. E, pior ainda, ele tem pavor de ir
para um lugar onde só haja “choro e ranger de dentes”, como afirmado por quem de direito,
não tendo nem mais capacidade de raciocinar, já que seu neo cortical foi devidamente bloqueado por ele mesmo, por interesse material, para olhar a sua volta e ver que o lugar para onde
ele tem pavor de ir é exatamente o lugar onde ele está! E, o pior, que ele é um dos promotores
do “choro e ranger de dentes de muitos infelizes”.
Nem assim o homem acorda. E creio que nunca vai acordar. As benesses materiais
oferecidas pela “casa” satisfazem plenamente a vaidade da grande maioria dos homens.
Meu pai me disse certa vez, já pouco tempo antes de sua morte, em 1.981 a frase que
nunca esqueci: “meu filho, quando se consegue entender como tudo isso funciona e descobre
que não se pode interferir no curso das coisas, chega-se a conclusão que é muito melhor ir
embora daqui”.
Durante algum tempo isso só me assustou um pouco, mas hoje entendo perfeitamente
e compartilho cem por cento com a opinião dele. O mal está tão enraizado nos seres humanos,
que a luta contra ele é impossível de ser ganha sem extermina-los. Como isso não é tarefa
nossa, é que compreendi bem a assertiva dele e compartilho dela.
O trabalho que acabaram de ler foi provavelmente minha última tentativa de colaboração na difícil tarefa de entender nossa estadia aqui, nos confins do Universo, presos por uma
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grade fortíssima chamada Gravidade e, se realmente existe a tal parte não material constituinte do ser humano, pode-se afirmar que a parte material nada mais é do que a nossa “cela” com
direito a pequeníssimas locomoções dentro do cativeiro onde estamos.
Mas, mesmo assim, muitos vão continuar pelo tempo afora a se considerar “divinos”,
feitos a imagem e perfeição de um Deus OniTudo. Tenho muita pena dos seres humanos.
Creio que, se existe realmente um Criador desse Universo, tão grande e complexo, não
deve ter sido sem razão que nos colocou aqui. O bem e o mal são duas faces de uma mesma
moeda sem espessura, o que significa que para ser do bem ou do mal, basta optar. Infelizmente nosso lar que poderia ser um paraíso de convivência fraterna e de amor, existindo ou não o
Criador, foi transformado pelo próprio homem na famosa “geena”.
A sanha de destruição do homem é tanta que ele já está começando a realizar a única
obra que pode realmente salva-lo: “a sua própria destruição”. A erradicação do homem fatalmente vai conseguir fazer com que este planetinha insignificante passe a ter algum valor: será
um lugar onde não existirá ódio e sim amor, convivência de diferentes tipos de seres vivos
que se mantém em alto padrão de equilíbrio, cada espécie com seu predador natural, sem nenhum predador total, capaz de destruir a si próprio e seus semelhantes.
Claro que já não mais estarei por aqui quando isso ocorrer, mas tenho pena dos muitos
seres vivos que vão passar por aqui, partilhar de várias rotações da Terra em torno de seu eixo, como também participar de, poucas ou muitas, nunca se sabe, translações da terra em torno de seu astro Sol. Os que não bloquearem seu neo cortical sofrerão muito, como tantos que
nos antecederam e nós, que atualmente deixamos ele funcionar normalmente, e que acabamos
percebendo que para vivermos no paraíso é só uma questão de opção. Infelizmente vence a
maioria e, a maioria sendo vaidosa, dona da verdade, aceita todas as benesses materiais oferecidas e nos obriga a compartilhar dessa fedorenta geena onde estamos.
Creio que o motivo fundamental pelo qual o homem bloqueia seu neo cortical é realmente a Primeira e Grande consequência da VAIDADE. Essa é que estragou tudo, fez o homem se virar contra o próprio homem, cada um querendo ser mais que seus semelhantes, mas
não através de atitudes, de amor, de confraternização, mas sim através do TER. A única coisa
que interessa ao homem é TER, quanto mais, melhor. O fato de ele acumular aquilo que não
vai conseguir gastar, que sempre causa falta a semelhantes seus, que vão sofrer por isso, passar necessidades, não interessam em nada aos que acumulam muito. Para eles, basta saber que
ele TEM mais que a maioria de seus semelhantes, que isso já lhes satisfaz plenamente. E o
pior de tudo é que parece que nunca vão modificar sua forma de pensar e de agir, exatamente
pela principal consequência da Vaidade, que é a CERTEZA.
Na minha humilde opinião o ser humano nunca vai mudar porque, sendo vaidoso e
aceitando as benesses materiais oferecidas pelo luxo e riqueza, com a certeza de que está certo, ele esquece que seus semelhantes têm as mesmas necessidades que ele, e o pior, que as
necessidades de seus irmãos não são culpa deles. A culpa é de quem eles dizem que creem,
que amam, que idolatram, que vivem em função dele, e todas as demais baboseiras que você
já deve estar saturado de ouvir. A culpa pela necessidade que os homens têm de comer, beber,
171
morar, respirar e tantas outras, são impostas pela Criação, e eles que sempre dizem que acreditam e aceitam esse Criador como Superior, Divino, Justo e tantas outras Virtudes, mas cada
um se considera “filho único” desse Pai Celestial. Ele dá sua “colaboração” para os “representantes” desse Deus Todo Poderoso e dispensa uma ou duas horas por semana para ir a um
suntuoso templo “rezar para Deus”, mas não quer saber se esse mesmo Deus é o que criou os
seus semelhantes. Basta que o tenha criado, já chega. O problema dos outros que não têm nada, não é dele nem desse seu Deus Único, e sim deles com o Deus deles. E eles todos que se
danem.
Creio firmemente que o homem tem que finalmente DESCOBRIR que ele não passa
de um “transportador ambulante de coco fedorento”, igual a todos os demais homens do passado, do presente e do futuro. Somos todos absolutamente iguais. E o que mais me espanta
nessa vida é ver que os homens dizem que acreditam em Deus, rezam para Ele, etc. Acham
que Ele é único e criou tudo e todos, logo, no mínimo o que se deveria esperar de um ser racional, que sabe que tudo foi criado por um Deus Divino, era amar e respeitar tudo que esse
Deus Divino criou e, consequentemente, ama. Mas no comportamento o homem na realidade
age exatamente ao contrário: destrói Tudo que foi criado por esse seu “Deus maravilhoso”,
sonha em morrer e ir finalmente morar com Ele, mas entra em pânico quando em situação de
possibilidade de realmente morrer (e seu Deus?), mata outros seres criados por este mesmo
“Deus”, mas com certeza de que agiu certo e fez a vontade desse “Deus assassino e covarde
que aprova isso”. Mas ele continua com certeza da existência e divindade desse Deus Onitudo e que ele, com cem por cento de certeza, irá morar com Ele quando “sair do corpo e for
para a verdadeira vida”.
Todo esse comportamento me assusta e me espanta. Ou o homem é um animal profundamente doente física e mentalmente ou, se realmente existe um Criador, o homem certamente foi “uma experiência fracassada, quer dizer, que não deu certo”.
Como já disse, não sou religioso nem ateu absolutista, sou apenas um completo poço
de dúvidas. Duvido até da existência de matéria e de luz (e sou químico), quanto mais de
Deuses, Paraísos, Céus, vida depois da morte, e tantas outras coisas. Mas tenho respeito por
todas as opiniões de meus semelhantes, pois não sou melhor que nenhum deles (nem pior
também), já que tenho tanto coco fedorento dentro de mim quanto qualquer outro ser humano.
Só que eu já descobri isso há muito tempo, e a grande maioria das pessoas vai morrer sem
nem desconfiar disso.
Nesta minha vida, não tão curta pois já passei de setenta e três voltas da Terra em torno do Sol, logo participei de quase vinte e sete mil rotações da Terra em torno de seu eixo, a
única coisa que me assustou, me assusta e vou morrer altamente assustado, é com o SER
HUMANO. Que coisa ruim e esquisita é esse tal de ser humano!
Apesar de não ser religioso nem ateu, sempre li muito e, dentre tudo que li, muita coisa foi sobre religiões; inclusive já li a Bíblia toda. As conclusões a que cheguei são todas indutivas ao questionamento e a dúvida. E como já li tanto, cheguei a ser esse poço de dúvidas
que sou.
172
Da mesma forma que tenho opinião própria a respeito de tanta coisa na ciência, também tenho opiniões sobre a existência e a pregação das religiões. De tudo que li cheguei a
uma conclusão que, de início, me aterrorizou: “Ninguém acredita de fato em Deus e nas coisas pregadas pelas religiões”. O homem imaginou um Deus a sua imagem, e dando-lhe o caráter de todo poderoso, oni tudo e perfeito, pois com isso ele também passou a sê-lo. O porque
disso, na minha opinião, é o MEDO. O homem tem medo do desconhecido e, como não existe
contato real e verdadeiro com quem já morreu e, se houver vida depois, ele não sabe como ela
é e por isso é que se apavora. Então se imagina filho desse Deus oni tudo que o receberá de
braços abertos quando ele não puder mais se manter aqui na “sua verdadeira casa”.
Se o homem usasse realmente seu neo cortical, poderia pensar em ter mais cuidado
com o Deus que ele compra nos botequins templários encontrados em cada esquina do planeta. Um Deus que, sendo Todo Poderoso, moraria na Terra, único local existente fora Ele. Um
Deus que tem capacidade de Criar um Universo quase inimaginável pelo ser humano, tal sua
grandiosidade e perfeição de movimentos, sincronização de efeitos e eventos, e tantas outras
maravilhas, só dentro do espaço que o homem consegue observar, o que dá para imaginar as
maravilhas que podem existir fora do alcance do conhecimento do ser humano, esse ser quase
um cego absoluto, pois só consegue ver comprimentos de onda numa faixa de 360 a 780 nanos, num Universo com possibilidade de ter comprimentos de onda de tamanhos de zero a
infinito, mas um Deus que não consegue sequer evitar as atrocidades cometidas pelos malignos seres humanos contra seus próprios irmãos, um Deus que não impede que uma inocente
criança, pura e imaculada, seja estuprada e morta por anormais travestidos de ser humano, um
Deus que não consegue evitar as guerras, todas por interesses comerciais, onde dezenas ou
centenas de milhares de inocentes são friamente executados só para alguns poucos malditos
ganharem mais riqueza. Enfim, um Deus que vivia na Terra e cria todo esse monstruoso aparato de perfeição que é o Universo, mas quando cria algo semelhante a si próprio, sai a “merda” que saiu! Procurem pensar.
Vou deixar meu último recado a todos que quiserem pensar sobre ele: nada do que é
subjetivo é passível de comprovação, logo, não existe nenhum ser humano do passado ou do
presente e, provavelmente também do futuro, que possa provar que Deus existe nem que Deus
não existe. Por isso, você tem que começar a fazer uma coisa que é profundamente dolorosa,
mas é necessário: você precisa começar a PENSAR!
Quando começar a pensar, que significa caminhar para dentro de si próprio, você vai
se deparar com coisas apavorantes e monstruosas, muitas que vão dar gosto de sangue amargo
na boca. Mas é preciso, portanto, mãos a obra. Você vai descobrir tanta coisa que nunca pensou que pudesse existir, que vai se sentir mal. Mas lembre-se, não adianta passar a noite toda
olhando para o céu e de manhã dizer que o céu é lindo e tem muitas estrelas, mas que o chão
onde você pisa não tem poças d’agua. Você pode estar com os dois pés dentro de uma e continuar com convicção de que elas não existem. Por isso, não olhe para o local onde você já
sabe o que vai ver. Olhe em todas as direções e sentidos, e poderá ver coisas terríveis, mas
REAIS, então você precisa saber da existência delas. Lembre-se de que a dúvida mostra que
você se interessa pelas coisas, mostra que você pensa, busca, quer esclarecimentos sobre o
que a grande maioria das pessoas nem se preocupa, pois simplesmente tem CERTEZA de que
173
está certo, que Deus o ama e que, quando morrer vai morar no paraíso com Ele! Estes talvez
tenham tanta decepção!
Quando você ver nascer uma criança linda e saudável e ouvir todos dizerem que aquilo
só foi possível pela intervenção de Deus, oni tudo, de infinita bondade , etc, pergunte a todos
onde se encontrava esse mesmo Deus quando nasceu um outro ser puro e imaculado com um
grave defeito que o fará se arrastar pela vida afora. O Deus é o mesmo ou existem outros?
Talvez você comece a sentir o chão se abrir debaixo de seus pés, ter angústia, etc. Mas
só assim você poderá evoluir. Você que tem certeza que ao morrer vai ser recebido de braços
abertos por esse Deus oni tudo e ir para o paraíso, releia o cap 3 e lembre-se que se você tiver
realmente uma parte não material que seja constituída por luz, levará vinte e seis mil anos até
chegar ao centro de nossa galáxia. E se o Céu não for lá e você tiver de continuar viajando
mais bilhões de anos até chegar ao tão aguardado Céu?
Pense nisso tudo, pois mesmo passando mal agora, é possível que lhe ajude a não se
surpreender com o que pode encontrar pela frente depois.
Pense na grandiosidade do Universo, tão complexo que seu começo e seu fim são inimagináveis pela sabedoria humana, e procure avaliar se um Deus a imagem e semelhança do
homem pode ter competência para sequer imaginar isso, quanto mais, cria-lo. O Deus que
você adquire em qualquer esquina do planeta é SÓ um escudo contra o medo do desconhecido, por isso o homem, enquanto não está com medo, o achincalha todos os dias. Só quando o
medo chega é que se agarra a ele. Tente avaliar se é a Este Deus que você tem que procurar e
amar!
Para encerrar, desejo fazer um pedido ao leitor: se você tem uma opinião realmente
sua, pensada e repensada, e tem convicção dela, então me diga o que acha do Universo: ele é
Físico, Químico ou Divino?
Se você tem opinião formada e sacramentada sobre isso, por favor, mande sua opinião
para o email: [email protected]. Eu agradeço desde já. Isso pode me ajudar a clarear
mais o meu caminho, que vou continuar trilhando. Pretendo chegar a meu fim (morrer) buscando a verdade, mesmo sabendo que ela não existe, pois creio que a evolução é a dúvida e a
busca! E vou até o túmulo seguindo meu caminho opcional, com absoluta consciência de que,
se existe um Criador, Seu caminho é esse!
174
12 –
ESCLARECIMENTOS DO AUTOR
Nesse ponto do trabalho, que apresentou conceitos científicos bastante profundos, onde o autor se expõe abertamente ao propor mudanças em tópicos definidos por “monstros sagrados” da ciência, o que pode ser considerado por muitos como uma “petulância” de um
simples desconhecido do terceiro mundo questionar publicamente conceitos propostos por
gênios como Einstein, De Broglie, Compton e outros.
Tentei fazer o trabalho o mais auto explicativo possível. Minha explicação (ou defesa?) para a apresentação dessa obra é que ela não diminui em nada o profundo amor e respeito
que tenho por todos os cientistas aqui citados, além de outros tantos não citados aqui.
O motivo principal pelo qual me atrevi a tomar essa decisão foi minha formação química, que me permite uma visão dos eventos citados sob um ângulo de visão nem sempre
coincidente com os desses gênios, além do que, E PRINCIPALMENTE, porque já se passou
UM SÉCULO da elaboração dessas teorias, feitas pela genialidade de seus autores, mas com
os conhecimentos sacramentados à época.
Assim, as questões que citei ao longo do trabalho, a medida que foram sendo encontradas ao me aprofundar quimicamente nos eventos, principalmente nos efeitos fotoelétrico e
Compton, me levava a dar uma parada (pausa) para refletir mais ainda sobre os conceitos oficiais.
À medida que os ia encontrando, fui me convencendo cada vez mais que, de certa
forma, a ciência tem caminhado um pouco como a religião. As grandes figuras religiosas têm
sempre razão e ninguém se atreve a questiona-los por temer represálias. E realmente é o que
tem acontecido a todos os questionadores de pontos considerados indiscutíveis pelos chefes
religiosos. Entretanto, por tudo que li e que aprendi ao longo de minha vida, a ciência nunca
“queimou” ninguém por discordar de seus princípios básicos. Sempre foi mais liberal e mais
racional, se curvando quando o crítico às verdades de então, consegue comprovações do que
está propondo. É claro que em todas as ciências, existem grupos que se consideram “divinos e
inquestionáveis” naquele ramo, e sempre que são contrariados ou ameaçados, os “vaidosos”
do grupo tentam desacreditar, desmoralizar, e até humilhar publicamente o questionador. Mas
nunca os questionadores foram mandados para a masmorra nem para a fogueira.
Se o que é proposto por algum questionador não passa de uma bobagem, simplesmente
o autor é achincalhado publicamente durante algum tempo e depois vai para o ostracismo.
No entanto, creio piamente que quem tem algum conhecimento de determinado assunto e discorda da forma oficial de seu entendimento, tem obrigação moral de expor publicamente suas ideias e opiniões, pois é isso que sempre levou a ciência para a frente. Na ciência,
jamais alguém será mais que um degrau da escada do conhecimento. Mas só será esse degrau
se souberem da existência dele. Por isso, estou me expondo desse jeito.
175
13 -
EVIDÊNCIAS, PROPOSTAS E SUGESTÕES DO AUTOR
Creio que deu para os possíveis leitores perceberem, em alguns pontos do trabalho,
que confessei abertamente minha dificuldade de tirar “conclusões”.
Só consigo aceitar alguma evidência, por mais clara que ela seja, como possível conclusão, depois de atravessá-la por todo tipo de questionamentos e, se ela conseguir satisfazer a
todos os questionamentos, aí sim, aí considero essa evidência “com grande possibilidade de
ser verdadeira”.
É claro que para atravessar uma evidência forte por todos os tipos de questionamentos,
é uma tarefa difícil para quem acabou de elaborar o trabalho, logo, está com seus neurônios
com certo direcionamento positivo nas evidências a que chegou. Por isso, creio que uma avaliação profunda requer algum tempo e necessita que alguns abnegados se disponham a ler e
criticar a obra.
Entretanto, uma obra desse porte, com a variedade de assuntos abordados, chegando
ao final parece ter sido um trabalho bastante dispersivo, o que não me parece correto. Por essa
razão, me sinto na obrigação de enumerar as principais observações significativas e evidências plausíveis para funcionar como uma espécie de resumo das observações feitas, ao invés
da pomposa “conclusões” como faz qualquer “dono da verdade” e me soa um tanto fascista.
Devido ao fato do trabalho ser muito “pesado” para muitos leitores que não são do
ramo, vou procurar colocar essas observações e evidências na ordem mais cronológica possível, para evitar mistura de assuntos. Claro que nem sempre isso é possível, porém tentarei o
mais que puder.
Ao longo desse encerramento, vou entremear Evidências com Sugestões, e destacar,
quando houver, algumas PROPOSTAS feitas pelo Autor.
PRIMEIRA:
A primeira parte do trabalho, os cap. 3 e 4, trata primordialmente do assunto referente
ao nosso sistema solar em relação ao Universo como um todo.
Fica Evidente neste estudo, o quanto somos insignificantes em relação ao Universo
como um todo, além de sermos quase cegos universais e vivermos uma irrealidade, ou seja,
vivemos com grande defasagem em relação ao restante do Universo.
Fica como PROPOSTA aos religiosos fazerem avaliações sinceras e profundas dos
seus conceitos em relação ao Universo como um todo e ao Deus que morava na Terra sem
forma e vazia (?).
176
SEGUNDA:
Terminado o estudo em relação ao nosso atraso sideral, começamos a entrar no campo
real do trabalho. No cap. 5 é feita uma breve apresentação aos leitores que não são do ramo,
quais são os principais conceitos e relações de Onda e de Matéria. Em seguida, no cap 6, é
feita uma apresentação de forma didática e a mais cronológica possível, dos desenvolvimentos que desembocaram nos efeitos fotoelétrico, Compton e na Proposta de De Broglie, que
consolidou a dualidade onda-partícula. Estes dois capítulos foram só de “apresentação dos
assuntos aos leitores” e não cabia nenhuma recomendação nem evidência plausível.
TERCEIRA:
No cap. 7 que chamei de Aplicações Numéricas da Relatividade, apesar de tedioso,
com um sem número de contas e resultados, mas achei necessário para mostrar ao leitor como
funciona numericamente a aplicação de alguns conceitos relativistas. Apesar de tedioso, foi
importante por apresentar inúmeros cálculos e resultados da interconversão onda-matéria, que
muito ajudaram ao autor a mostrar ao leitor o quão equivocada ela é.
O item deixa Evidente que a interconversão NÃO existe e muito menos, fóton tem
massa agregada, se não a massa dos planetas cresceria indefinidamente.
Minha PROPOSTA é que a equação da interconversão onda x matéria: E = m.c2 seja
abolida por estar errada.
QUARTO:
Antes de entrar na parte QUÍMICA das avaliações, que é a especialidade do autor,
optei por colocar um capítulo, o 8º, como uma forma de chamar bastante a atenção dos cientistas envolvidos no estudo da Gravitação Universal. Já li e ouvi inúmeras vezes sobre a incessante procura dos cientistas por uma equação unificadora, que correlacione o CONTÍNUO
com o QUÂNTICO, que seria através da elaboração de uma Equação Quântica da Gravidade.
Fica Evidente a falta de coerência e faço uma Sugestão aos cientistas que repensem o
assunto.
QUINTO:
No cap 9 o autor entra forte na sua área que é a parte Química. Procurei apresentar os
assuntos numa sequência a mais didática que pude. Durante a explanação, iam ficando claras
as discordâncias que iam se delineando; por isso, no final de cada item, já fui colocando claramente minha opinião a respeito do evento, mesmo discordando frontalmente da versão oficial de cada um. A sequência é longa, pois todos os assuntos foram abordados do ponto de
vista químico, e são elencados a seguir:
177
◙
no primeiro item, apenas coloco didaticamente os conceitos de Termodinâmica, especialmente o Segundo Princípio, como também a Forma como se Avalia Termodinamicamente
um evento, do qual sempre lancei mão, tanto na avaliação dos efeitos citados, quanto em tópicos mais adiante e que me abalaram bastante. A única evidência desse item é que a Termodinâmica tem que ser considerada em todos os setores e aspectos do Universo.
◙
no segundo item, a questão do efeito fotoelétrico, depois de explanar todos os conceitos químicos que de alguma forma serviam para demonstrar que a colisão fóton x elétron não
passa de um equívoco, o autor mostra a forma como o fóton é absorvido, como funcionam o
mar de elétrons, o nível de Fermi, os potenciais de Ionização e de Corte (função Trabalho) e
as bandas de valência e de condução e, a partir disso tudo, mostrar como a explicação dada
por Einstein sobre o referido efeito está completamente equivocada quimicamente. Creio ter
ficado bastante Evidente que não existe colisão fóton x matéria, simplesmente porque onda
não tem matéria nem matéria tem frequência nem comprimento de onda.
Dessa forma, como a quantificação de matéria nos fótons foi criada para conseguir
explicar a única coisa que a teoria ondulatória clássica não explicava, que era como haver
“colisão onda x matéria”, então Einstein criou a interconversão para justificar o comportamento “material (granular) da onda” que explicaria a “colisão” do fóton com o elétron. Com
as novas explicações, baseadas nos conhecimentos advindos da enorme evolução dos conceitos químicos descobertos “depois da explicação de Einstein”, pode-se dizer que as evidências
mudaram de direção, de tal modo que a explicação atual é somente químico-energética, para a
qual não há nenhuma necessidade de considerar existência de matéria em onda e vice verso.
Assim, as Evidências que tenho e que submeto aos leitores é de que não existe interconversão
onda x matéria.
Minha PROPOSTA é abandonar esse conceito e voltar a considerar ondas regidas
apenas pela teoria ondulatória.
◙
no terceiro item, em relação ao efeito Compton, depois de reapresentar um pequeno
resumo, passo a apresentar os conceitos químicos que conduzem às fortíssimas evidências de
que ele não passa de mais um equívoco. Aliás, já era esperado, pois a explicação do efeito
Compton foi dada através de conceitos amplamente apoiados nos conceitos de interconversão
onda x matéria, além do que, o fenômeno em si guarda enorme semelhança com o efeito fotoelétrico e, em consequência, a explicação também se tornou bastante semelhante.
Dessa forma, como seria esperado, os conceitos e justificativas de seu equívoco, não
poderiam deixar de ser bastante semelhantes ao anterior. E realmente, durante os questionamentos a explicação de Compton, ficou patente que são semelhantes. Mudam alguns detalhes,
como o tipo de onda eletromagnética usada e o receptor, que deixa de ser metálico e passa a
ser orgânico (grafite), mas é usado na forma de lâminas deslizantes composta de unidades
hexagonais, com bastante ligações  (sobreposição de lóbulos p ortogonais ao plano das lâ178
minas deslizantes), que facilitam esse deslizamento por repulsão elétrica se contrapondo as já
fracas ligações de Van der Waals que unem as lâminas. As nuvens formadas pelos orbitais ,
tanto ligante quanto antiligante, funcionam de forma não tão diferente do “mar de elétrons”
das lâminas metálicas. Também deve ser lembrado que a “distância energética” entre os orbitais  ligante e anti ligante são muito menores que aquela entre os orbitais ϭ (sigma) ligante e
antiligante. No final do item correspondente, o autor já deixou lá sua opinião a respeito do
efeito, mostrando as fortes Evidências de que se trata de um grande equívoco.
Minha PROPOSTA é que a explicação original do efeito Compton seja abandonada e
seja adotada a explicação químico-energética apresentada no trabalho.
◙
no quarto item, que tratava da Proposta de De Broglie, não há muito o que acrescentar
nem comentar. A proposta dele consta tão somente de generalizar os efeitos da interrelação
onda x matéria, dando caráter material às ondas e estender isso a matéria, ou seja, dar frequência e comprimento de onda a partículas materiais em movimento. Com as Evidências
apresentadas nos efeitos fotoelétrico e Compton, de que essa interconversão não passou de um
grande equívoco, a Proposta de De Broglie se desmorona sozinha.
PROPONHO, pois, que ela seja abandonada.
◙
no quinto item foi avaliado o comportamento das ondas que chegam no planeta Terra,
principalmente o porque de vermos tudo azul quando olhamos para o céu. É feita uma avaliação do efeito causado nos fótons que chegam em nossa atmosfera superior, utilizando somente os conceitos da Teoria Ondulatória. Também é avaliada a possibilidade de estarmos já em
processo de destruição através caminharmos para o efeito estufa completo ou caminharmos
para uma nova era do gelo.
◙
no sexto item o autor enfrenta um problema cáustico, se não tão grande pelo seu teor,
pelo menos em relação a Nomenclatura. Trata-se da tão badalada “colisão da matéria com sua
anti matéria”. O vocábulo “anti” significa o oposto, o contrário. Alguns autores se referem a
“anti partícula”, que eu nada tenho a opor e aceito completamente. Toda partícula tem sua anti
partícula, como o elétron que tem carga negativa) e existe o seu oposto, o pósitron, tudo igual
ao elétron, só que com carga positiva. Até aí, tudo bem. Uma partícula é amarrada por alguns
parâmetros (números, caracteres, ou lá o que seja), de modo que a inversão de algum ou alguns deles torne a nova partícula o oposto dela.
Entretanto, aceitar isso como “anti matéria” me chocou profundamente. Cansei de me
perguntar: o que é anti matéria? Só conhecemos matéria (massa) e energia (ondas), então de
que seria feita a anti matéria?
179
O exemplo mais encontrado na literatura, até quantificado, é o da colisão do elétron
com sua “anti partícula (tudo bem)”. Sabe-se que a colisão do elétron com o pósitron, leva a
aniquilação dos dois, com o aparecimento de dois fótons com energia de 0,511 MeV cada um.
Como os cálculos mostraram, a energia do fóton de 0,511 Mega eV corresponde a uma onda
com frequência ʋ = 1,2365 x 1020 Hz e comprimento de onda ʎ = 2,428 x 10-12 m. O valor
de ʎ obtido, é o mesmo obtido por Compton, e que foi chamado de “comprimento de onda
Compton do elétron”, obtido através da relação h/m.c. Como a equação: elétron + pósitron =
fóton 1 + fóton 2, e como os fótons são iguais, seríamos obrigados a aceitar que elétron e pósitron são iguais (evidentemente de sinais contrários) e com a energia de raios .
Essas razões são Evidências indicativas de que esse evento deve ser refeito e analisado com mais detalhes, pois o resultado aparenta ser um absurdo. Lembrando que, isto tudo é
para a colisão partícula com sua anti partícula, que é fácil de aceitar, mas se tiver que falar em
anti matéria, logo perguntarei: Se o momento da matéria é P = m.v, obrigatoriamente o momento da anti matéria teria que ser: P = (1/m) . v. Isto existe?
Minha PROPOSTA é abandonar o termo anti matéria e usar somente o termo anti
partícula, além de reavaliar o tipo e os valores da energia obtida.
◙
no sétimo item para fechar o assunto sobre a tão controversa inter relação onda x matéria, o autor avalia o segundo conceito básico da interconversão onda x matéria proposta por
Einstein: m = mo / [(1 –(v/c)2]1/2, que é a equação da massa em movimento (massa relativista), já que a equação primeira E= m.c2 já está abarrotada de Evidências de sua não validade.
Na forma apresentada sempre igual em todos os trabalhos, a aproximação da velocidade real
com a velocidade da luz, faz a massa tender ao infinito. Entretanto, após fazer uma “maquiagem” na equação e explicitar a Velocidade em função das massas em repouso e relativista, o
que se obtém é o oposto: quando a massa em movimento atinge valor INFINITO, sua velocidade tende a “c”, ou seja, a equação apresenta resultado real, finito e mensurável para valor
infinito de massa.
A Evidência é que se trata de mais um grande equívoco e minha PROPOSTA é que a
equação seja abandonada por ser errada.
◙
no oitavo item, o autor sub dividiu em sub itens para melhor poder esclarecer os impactantes assuntos tratados, e embora ao final de cada tópico já foi colocada a opinião do autor, mas vamos resumir a seguir:
◙ ◙ no primeiro sub item do oitavo item, o autor apenas faz algumas considerações de caráter
mais geral ao fato de Einstein ter definido que “cada fóton colide com um elétron” dando ca-
180
ráter material ao fóton e ainda o quantificando pela equação E = m.c2, já comprovadamente
equivocada e com PROPOSTA para ser abandonada.
◙ ◙ no segundo sub item do oitavo item, o autor faz algumas considerações e fortes críticas
ao fato do Dr Einstein ter escolhido a velocidade de propagação da luz visível pelo homem
como limite de rapidez de deslocamento para qualquer coisa (“nada pode se deslocar mais
rápido que a luz”), baseado na sua equação de massa relativista, que já vimos estar errada e
apresentou-se PROPOSTA para que seja abandonada.
◙ ◙ no terceiro sub item do oitavo item, o autor apresenta em forma de tabela e também em
forma gráfica, os dados para uma possível futura Mudança de Referenciais, já que NÃO existe Tempo e nossa unidade de referência, batizada pelo homem com o termo “segundo”, na
verdade não passa de uma simples equivalência a ROTAÇÃO DA TERRA em torno de seu
próprio eixo em um total de 464 metros (ou também, equivalente a seu deslocamento translacional em torno do Sol em 30 Km). Como 464 m não é unidade de nada, apenas um número
esdrúxulo, o autor correlaciona a velocidade da luz com o valor de 1 metro de rotação e de
translação do Sol e dos seus nove planetas. A PROPOSTA do autor é correlacionar a velocidade da luz com a rotação do Sol que, apesar de quinta grandeza, é o nosso Astro.
◙ ◙ no quarto sub item do oitavo item, o autor apresenta um detalhado estudo sobre Ondas
Eletromagnéticas, onde chega a algumas Evidências que, com toda certeza, vão causar muito
espanto quando os possíveis leitores chegarem àquele tópico. Dentre os assuntos confrontantes com os conhecimentos atuais, pode-se enumerar:
a) O autor mostra que a velocidade de 300.000 Km/s é a Velocidade Média de Transmissão
da luz, mas não sua velocidade máxima; como em um comprimento de onda existem
dois picos onde a velocidade é nula (e a amplitude é máxima) e dois cortes no eixo de
transmissão onde a amplitude é nula e a velocidade é máxima, e tendo em vista que a resultante, média entre zero e v máx é de 300.000 Km/s, logo, a velocidade máxima é de
600.000 Km/s. Isso já anula a assertiva de Einstein de que nada se desloca com velocidade superior a 300.000 Km/s.
b) O autor PROPÕE a inclusão das relações da Amplitude Máxima da Onda no conjunto de
relações que avaliam e caracterizam uma onda eletromagnética, para atender a termodinâmica, já que “é a amplitude da onda que perturba o espaço por onde ela passa”.
c) O autor discute amplamente, durante todo o desenrolar do item, um ponto que considera
um tremendo equívoco, causa de muitos erros cometidos nos cálculos ondulatórios: é a
amplitude da validade do ábaco que correlaciona frequência (ʋ) com comprimento de
onda (ʎ) através da velocidade de transmissão da luz no vácuo. No citado ábaco, os dois
sentidos são ilimitados, de modo que se transforma ondas com valores de ʎ desde cente181
nas ou milhares de metros até ondas com valores de ʎ da ordem fento (10-15 m) ou mesmo zepto (10-21 m), já tipicamente correspondentes a raios  de altíssimo conteúdo energético, através do mesmo parâmetro, que é a velocidade da luz no vácuo. Procurando na
literatura, encontrei autores no estudo de som, que inter relacionam frequência e comprimento de onda não pela velocidade da luz, mas sim pela velocidade do som, que é de
344 m/s.
d) Finalmente, o autor levanta uma questão de profunda seriedade: quando um oscilador
cria ondas eletromagnéticas, ele as cria apenas através de um PERÍODO (T), durante o
qual ele cria um “comprimento de onda”. Após sua criação, esse comprimento de onda
segue correndo a 300.000 Km/s em média, alternando velocidades zero e máxima ao
longo de cada comprimento de onda percorrido, ao mesmo tempo em que o oscilador
cria outro comprimento de onda, e mais outro, e mais outro, e assim por diante, produzindo ondas em número de unidades muito alto, sendo na faixa visível pelo homem, da
ordem de 400 a 800 trilhões de unidades por cada segundo. Se se tratar de raios  as
quantidades produzidas chegam a sextilhões de unidades por segundo. Quando Plank determinou a Energia de cada fóton, estabelecendo que E = h.ʋ, que foi usado por Einstein
e todos os demais, mas sempre como “colidiu, transferiu h.ʋ para o receptor”, o que
NÃO corresponde a realidade, pois o valor total h.ʋ só é transferido para o corpo receptor após 1 s de contato, quando chegam as trilhões ou quadrilhões (ou até mesmo, sextilhões) de unidades emitidas durante esse 1 s. Dessa forma, o autor mostra as fortes Evidências de que as transferências de energia das ondas para os receptores estão sendo mal
interpretados. Motivo pelo qual PROPONHO que os quantitativos de energia transferidos, passem a ser computados pela unidade h.T vezes o tempo do contato, e não mais diretamente o valor h.ʋ, pois esse corresponde a um tempo muito longo quando se fala em
fótons ou em elétrons.
◙ ◙ no quinto sub item do oitavo item, o autor apresenta um novo modelo de átomo, para ser
avaliado pela comunidade. O autor faz uma avaliação do que considera ter sido o equívoco de
Bohr na elaboração de seu modelo. Também faz severas críticas a aceitação do modelo ondulatório de Schroedinger, já que se apresentou bastante Evidências do equívoco que é a interrelação onda x matéria, e sendo o elétron matéria, não pode ser regido por equação ondulatória. Dessa forma, o autor PROPÕE um novo modelo, basicamente a partir do modelo de Bohr, mas eliminando o equívoco deste e mostra todas as incoerências observadas nos valores
obtidos na Tabela Periódica dos elementos, calculados a partir da errônea equação de Schroedinger, tanto dos valores de Potencial de Ionização, quanto dos valores dos raios atômicos
apresentados na citada Tabela. O autor também Sugere que os valores dos níveis energéticos
de cada orbital e seus respectivos raios sejam recalculados, mas através da equação coulombiana proposta no trabalho.
182
SEXTO:
No capítulo 10 é feita uma avaliação completa do Homem e de seu Habitat, especialmente sendo seu habitat o local onde morava (?) Deus, o Criador de tudo, inclusive dele à
Sua imagem e semelhança. A avaliação começa com algumas Considerações de caráter geral
(item 1) seguido de uma transcrição desse habitat (item 2) com os dados já conhecidos nos
capítulos 3 e 4.
No item 3 apresento uma série de fatos, que chamei de “coincidências da Criação ou
Evolução”. Não sei realmente se são coincidências ou não. Trata-se de nosso habitat, o Planeta Terra, ser constituído por três quartos de água e, curiosamente, os seres vivos também serem constituídos por três quartos de água. Explico como se dá quimicamente essa associação
em forma coloidal, de forma simples e objetiva, inclusive com alguns dados hilariantes. E
mostro como nossa estrutura é apropriada para sobreviver nessas condições desfavoráveis.
Já no item 4, A Origem do Homem, começa minha própria cruz. Antes, eu já tinha levado
um baque que me deixou um tempo sem ler nem escrever nada. Foi quando escrevi o trabalho
“Porque Deus não Responde” (disponível na pagina www.franciscoguerreiro.com.br), quando
minha avaliação imparcial do duelo Criacionismo versus Evolucionismo, não consegui
manter a equidistância que sempre tive em relação a tudo. Na ocasião, apesar da minha posição prévia e já longamente consolidada avessa a possibilidade de uma Criação, que continuo
vendo inúmeras falhas primárias nela, mas a avaliação mais profunda do Evolucionismo,
mesmo eu que li a obra de Darwin, além de inúmeros outros autores maravilhosos, defensores
do Evolucionismo como Desmond Morris, Richard Dawkin e outros, fiquei chocado ao
chegar a algumas conclusões a que cheguei e mostrei nesse item. Meu apoio era o Darwinismo, já que o modelo Criacionista em certos pontos chega a parecer historinha para fazer criança dormir e não aparenta ser coisa séria.
Entretanto, depois de ler tanto opositores, logo, defensores do Evolucionismo, parei
para meditar profundamente sobre ambos, dando chance a ambos, considerando os dois como
coisas sérias e dignas de se perder bastante tempo para tentar entende-las. Depois de alguns
meses de concentração e meditação, considerei minha tarefa “por enquanto” concluída. Mas
minha situação interna se tornou bem pior e mais aflitiva que antes.
Em relação ao modelo Criacionista, como sempre está na pauta de assuntos do dia a
dia de inúmeros locais, familiares, de trabalho, em reuniões sociais, etc, devo dizer que NADA mudou em relação ao que eu pensava. Principalmente depois que estudei mais um pouco
de Universo, ver esse infinito onde estamos inseridos nos confins dele, me levou a concluir
que uma possível Criação não tem NADA A VER com esse Deus “que morava na Terra sem
forma e vazia, vive no Céu em função de nós (sic), sequer conhece a imensidão do Universo”
e tantas outras baboseiras que não se coadunam com um ser humano inteligente e muito menos com um Deus verdadeiro. Minha opinião não mudou. Infelizmente sou obrigado a confessar que minha enorme decepção foi com o Darwinismo, o Evolucionismo. Como explanei no
trabalho acima citado, do qual apresento um resumo nesse item que estou avaliando agora, fui
descobrir que o modelo Evolucionista tem “mais furos que queijo suíço”. O ponto crítico é ter
que aceitar que a Involução seja parte da Evolução.
183
Enquanto viver, vou continuar buscando. Até porque como racional, tenho obrigação
de fazer isso, já que minhas avaliações foram sobre Criacionismo versus Evolucionismo, sendo este, o ÚNICO contraponto ao Criacionismo conhecido pelo homem. Mas como o homem
é um animal primitivo, com sua mente nas trevas, refugiado nas cavernas do medo, tenho que
esperar que de repente algum iluminado apresente um contraponto ao Criacionismo com mais
alicerce do que o Evolucionismo Darwiniano.
Depois disso tudo, fiz no item 5 “O Homem e a Morte” uma avaliação Termodinâmica da morte. Sem medo, sem pre concepções, sem acusar nem defender previamente nenhum
conceito, só indo em frente, seguindo o fluxo, quer os resultados a que ia chegando me agradassem ou eu os repudiasse, continuava seguindo a trilha. Enquanto fazia a avaliação Termodinâmica é que fui dar conta de que nunca tinha pensado séria e tão profundamente antes sob
essa ótica. Realmente, como detalhado no item, o homem vivo está sempre em equilíbrio
termodinâmico com o Universo. Mas, o homem morto também está em equilíbrio com o Universo. Só que, avaliando com pureza e imparcialidade, descobri que realmente ambas as afirmativas são verdadeiras, ou seja, o H vivo está em equilíbrio com o Universo e, por outro
lado, o H morto está em equilíbrio com o Universo. Só que, analisando as condições de equilíbrio com o Universo em ambas as situações, pude concluir termodinamicamente que essas
duas situações NÃO são iguais entre si. A quantidade de Entropia trocada pelo homem vivo
com o resto do Universo é bem superior a quantidade de Entropia trocada pelo homem morto
com o resto do Universo. Então me dei conta de que entre as duas situações houve um evento
chamado MORTE, uma singularidade, com seus dois cones de eventos: o de eventos passados
é a vida e o de eventos futuros, que seria o envio de entropia para o Universo oriundo da coagulação do sangue, perda de movimentos e abaixamento da temperatura, que faz com que a
energia coesiva fique muito mais negativa, tudo isso gera um conteúdo entrópico enviado ao
Universo, acrescentando-se a isso, mais os efeitos da cremação ou deterioração biológica do
cadáver até desfaze-lo totalmente. Claro que o valor entrópico contribuído pelo homem morto
para a entropia total do Universo, é algo significativo. Entretanto, a contribuição do homem
vivo é visivelmente muito maior, por todos os seus movimentos, circulação do sangue, movimento dos órgãos, ciclos de respiração, de digestão e tantas outras coisas inerentes a esse
complexo ser chamado homem. Parece bem claro que o conteúdo entrópico do par homem
vivo + resto do Universo é bem maior que o par homem morto + resto do Universo.
Nesse ponto, me senti como se o chão se abrisse debaixo de meus pés. Entre essas
duas situações só houve um evento: a Morte. Se o homem vivo passa para a condição de homem morto através de uma singularidade, que é o ato da morte, onde está a diferença de conteúdo entrópico entre as duas situações? Concluí que o ato da morte envolve uma quantidade
significativa de energia entrópica, equivalente a diferença entre as entropias do homem vivo e
do homem morto. Mas que energia é essa? Onde ela estava e para onde foi?
Essa situação me obrigou, pela primeira vez a aventar a possibilidade de existência de
uma parte NÃO material na nossa constituição.
184
No intervalo entre o término do item acima, e antes de entrar no assunto Meio Ambiente propriamente dito, tive que fazer uma pausa para pensar sobre o que pude entender dos
itens “A Origem do Homem” e “O Homem e a Morte”. Sei que isso me afetou profundamente, e o assunto se encaminha para a parte não científica, nem física nem química. Entretanto,
quando me propus a escrever o trabalho, considerando a solidez de meus conhecimentos de
química e minhas convicções a respeito das religiões, de Deus, etc, resolvi fazer a análise
completa do que eu pensava, daí o título dado: Universo: Físico, Químico ou Divino?
Como sempre disse, e nunca escondi isso de ninguém, jamais fui ateu convicto, como
também jamais tive qualquer indicativo que fosse da existência ou da não existência de um
Criador. Sempre fui cético em relação a tudo, e uma das coisas que mais me irrita nessa vida é
ouvir a palavra “provar” sobre qualquer situação religiosa, divina ou não. Tudo que está fora
do nosso mundo material, seja lá o que for a matéria (se ela e a luz existem, pois tenho sérias
dúvidas disso) é puramente SUBJETIVO. E o subjetivo não é quantificável nem passível de
comprovação. Por isso já afirmei e assino com meu sangue como estou certo, de que jamais
um homem comprovará a existência de Deus, assim como também jamais comprovará a Não
existência dele. Por isso fico altamente irritado quando ouço alguém dizer que Deus ou alguma outra coisa subjetiva, como “milagres” por exemplo, foi “comprovada”. Considero isso
uma tremenda falta de respeito para com seus semelhantes, coisa que não admito. Quem tem
certeza de alguma coisa, não é mais inteligente ou mais iluminado do que seus semelhantes, e
sim mais medíocre e digno de piedade. Talvez tão idiota que nem saiba que é um transportador ambulante de coco fedorento.
Se esse desabafo ofender alguém, me desculpe, pois a intenção do trabalho é só expor
e confrontar ideias, avalia-las e fazer opção entre elas, embora sei que com a maioria dos religiosos Não é assim que a coisa funciona: eles estão certos, com absoluta certeza disso e quem
for contra deve morrer! Para mim, morrer é o de menos, pois com a idade que estou e com a
pouca saúde que tenho, se me matarem estão antecipando por tão pouco tempo o que vai ocorrer naturalmente. Além disso, a morte é um evento que só me assustou um pouco na juventude, quando era imaturo e não tinha quase nenhum conhecimento que tenho agora. Mas agora, na idade que estou e, como falei no capítulo 13, a frase dita por meu pai em 1981, acho
que morrer é realmente muito mais um alívio do que sofrimento.
Depois disso tudo é que entrei no item 6 do cap 10, ou seja, finalmente entrei propriamente no assunto Meio Ambiente. Nele coloquei a disposição do leitor, uma vida dedicada a
pensar e tentar ajudar aos demais seres humanos, como aos demais seres vivos, principalmente animais domésticos e silvestres, tudo que aprendi em relação ao chamado Meio Ambiente,
a atuação do homem sobre ele e sobre os demais seres vivos.
Esse item, sub dividido em seis tópicos, mostra vários ângulos do comportamento do
homem, como ele pensa que “ilude” Deus que ele imaginou a sua própria imagem, e faz Ele
ter um comportamento absolutamente humano, O achincalha a todo momento no seu dia a
dia, e só recorre a ele nos momentos de desespero, quando ele sente que vai morrer e ir “morar junto com esse Deus Maravilhoso”, coisa que ele diz que passa sua vida sonhando, mas
quando o evento se aproxima, curiosamente ele se agarra é com esse mesmo Deus que ele
185
imaginou para tentar “evitar” que ocorra o que ele “sonhou a vida toda e aguardou ansiosamente esse bendito dia” de sair da matéria e ir morar com ele. Com tanto show de incoerência,
incompetência, cinismo, hipocrisia, falta de caráter, falta de honestidade e tantas outras faltas,
que daria para encher um livro inteiro, o homem segue sua trilha auto definida como o eixo
motriz da lei desse mesmo Deus que ele imaginou, mas que se desespera quando sente que
está próximo a ir morar com Ele. A grande Evidência que isso conduz o autor é que realmente
a grande maioria dos homens realmente BLOQUEIA seu neo cortical e só usa o seu Lumbical, devidamente recheado de alguns conceitos acoplados a imensos prazeres materiais, que
lhe tomam tanto tempo que ele não tem mais tempo sequer de usar seu neo cortical. Esse é o
infeliz morador do insignificante e fedorento pontinho do Universo, chamado homem e que é
divino e mora na casa de Deus.
Claro que com tudo isso, pode-se garantir que a “máquina de mandar e de destruir e
matar” em que o homem se tornou, está em condição absolutamente irreversível. Assim, não
há necessidade de PROPOR nada, pois o homem e seu Deus Todo Poderoso Oni Tudo que ele
criou à sua própria imagem e semelhança e está com ele e o obedece cegamente, são divinos e
só têm satisfação a dar a si próprios. É muito triste ver que o homem conseguiu chegar a esse
ponto de deterioração, baixeza e imundície, mas infelizmente foi o que ocorreu.
Entretanto, como sou teimoso e ainda acredito que existam pessoas que se contrapõem
a essa forma maligna de agir como o homem médio alcançou, vou continuar lutando ao lado
deles, como por exemplo, os grandes abnegados do Greenpesce, e outros semelhantes. Claro
que somos minoria, mas David venceu Golias, o que já é um alento.
Foi por essa razão que fiz o citado item onde mostro como o meio ambiente funciona,
os mecanismos que se tem para tentar desviar o comportamento dos “ricos e poderosos” no
sentido de faze-los agir em defesa do planeta e do meio ambiente, mesmo tendo que “compralos”, dando-lhes mais e mais riquezas, com as quais vão ter sucessivos “orgasmos anormais”
até saírem daqui, e usarão sua riqueza para tentar se limpar do sangue dos que sofreram e
morreram por sua causa. E isto, junto com esse Deus que imaginaram a sua imagem e semelhança, que custa somente dez por cento do que ganham, mesmo que seja a custa do sangue e
da vida de seus “irmãos”.
De qualquer forma, ao longo do item, ficam explícitas as PROPOSTAS que o autor
vai fazendo, em relação aos animais, ao lixo, aos rios, ao oceano e as possibilidades de se reverter o problema do efeito estufa.
SÉTIMO:
No cap 11, que chamei de “Um Recado aos Religiosos”, quero reiterar aqui que não
teve por finalidade o sentido de briga ou de ofensas. Nada disso. O que procurei passar como
recado para eles é exatamente aquilo que me assusta no comportamento do ser humano.
Realmente, depois de todas as avaliações feitas com o comportamento do homem,
tenho medo de ter chegado a uma evidência que para mim está tão forte, que talvez possa vir a
186
ser uma possível conclusão. Minhas evidências indicam que o ser humano NÃO crê em Deus,
coisa nenhuma, o que ele tem é medo, medo do desconhecido, medo de morrer sem saber o
que vai acontecer. Por isso ele criou um Deus a sua própria imagem e semelhança para fazer
dele um escudo contra esse medo.
É apavorante tomar conhecimento do comportamento do ser humano no dia a dia.
Verbaliza maravilhas de um Deus OniTudo, que o criou a Sua imagem e semelhança, que é
Perfeito, é só Amor, Perdoa tudo dele e de seus irmãos, reza para Ele, prega Seu nome e outras tantas Maravilhas a Seu respeito e a tudo que Ele criou. Isso tudo ao mesmo tempo em
que é vaidoso, prepotente, acumula riqueza deixando outros filhos desse Deus maravilhoso
morrerem de fome, desnutridos, com os ossos furando a pele, mente, trai, jura falso e até mata
seu semelhante, mas sem nunca deixar de rezar para Ele. A certeza de que esse Deus que ele
imaginou é real e pensa exatamente como ele, é que realmente acabou com o pouco que se
poderia esperar de “amor e fraternidade” do ser humano. O ser humano é medroso, tem medo
de tudo, até de morrer sem saber o que vai encontrar, por isso creio que se as religiões quisessem realmente conduzir o homem para o bem, bastava dar bastante força a esse mesmo Deus
e criminalizar todos os seus seguidores que fizessem mal a algum ser vivo, e o excomungasse.
Com o medo que o homem tem, ele certamente começaria a pensar em seus atos e pararia de
ser o grande predador de tudo, até dele mesmo. Se as religiões excomungassem quem participasse de uma guerra, fosse qual fosse o motivo de sua participação, ele relutaria em ir para a
guerra com medo das consequências futuras.
Infelizmente, ao longo das rotações e translações da Terra, o que a história conta é
exatamente o oposto. Existe um número incontável de facções religiosas, todas dizendo que
amam e cultuam o “mesmo Deus único”, criador de tudo e de todos os homens a Sua imagem
e semelhança, mas nunca conseguiram sequer se entender entre si e vivem brigando e se matando, exatamente em nome Dele. Ao invés de excomungarem quem vai para um campo de
batalha matar seus próprios irmãos, as religiões “benzem as armas dos soldados do seu lado”,
desejando que eles “matem todos aqueles infiéis do outro lado”. E no seu retorno agradecem a
Deus por eles estarem de volta e vivos, ou seja, agradecem a Deus por eles terem matado tantos dos seus outros filhos que estavam do outro lado!
Perdão, mas isso tudo me assusta e me dá calafrios de saber que quem faz isso são
semelhantes meus. Que dizem que acreditam em Deus, sua divindade, etc etc. Realmente a
única opção que meus neurônios encontraram para esse comportamento dos “filhos de Deus”
é que de fato eles BLOQUEARAM seu neo cortical e ainda digo mais, creio que comprimiram bastante seu lumbical e só deixaram aflorado, comandando tudo´, o seu “repteliano”, que
é a parte do cérebro que move os repteis (só têm ele), e só tem o conceito de sobrevivência a
qualquer custo. Para isso, quando sentem perigo, comem seus próprios filhotes, seus ovos, seu
próprio rabo (que se recompõe com o tempo). Pelo menos eles não têm discernimento, alias,
não têm sequer sentimento, pois não têm o lumbical. Mas o homem tem o lumbical, tem o neo
cortical e age exatamente como eles, ou melhor “como eles, não”, agem de forma muito pior,
mais cruel, mais insana e depois rezam para o seu Deus de infinita bondade, que ama a todos
e perdoa a todos. E se mantém alerta e preparado para fazer tudo outra vez, no momento que
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algum ensandecido achar necessário, mas com convicção de que está agindo conforme a vontade desse seu “maravilhoso Deus de infinita bondade e perfeição que perdoa tudo”!
OITAVO:
No cap 12 dedico algumas palavras aos que devem me chamar de idiota, sem desconfiômetro e coisas que tais, por apresentar publicamente um trabalho científico discordando de
monstros sagrados da área, onde explico o porque de ter tomado tal atitude. Em primeiro lugar os conhecimentos de hoje são bastante diferentes de tudo que se conhecia de um certo
tempo para trás, exatamente porque sempre que algum conceito novo é considerado acertado,
é porque o autor do conceito anterior estava errado. Não considero isso demérito para ninguém. Muitas vezes, talvez a esmagadora maioria delas, o autor de um conceito só conseguiu
elabora-lo por ter tido conhecimento do conceito anterior, tê-lo estudado e, com nova visão,
pode propor as modificações que tornariam esse conceito mais adequado. Talvez não conseguisse fazer isso se o autor do conceito anterior fosse covarde, tivesse medo de ser achincalhado e não tivesse publicado sua visão do assunto. Como me considero consciente do conhecimento que tenho e do bom senso que acredito ter pelo menos um pouco, achei que não me
expor a um possível achincalhe temporário, seria me comportar como um Pilatos, lavar as
mãos e deixar, se eu estiver certo, que todos continuem agindo errado. Seria uma covardia e
falta de caráter. Tenho conhecimento e decência suficiente para apresentar meus conhecimentos publicamente e estou pronto a defender todos os meus pontos de vista em qualquer lugar e
situação. Claro que a comprovação de que meu conceito está errado, imediatamente o refaço,
pois sou tão transportador ambulante de coco fedorento como qualquer outro ser humano, e
nada desmerece alguém Propor o que quer que seja com honestidade, com convicção de que
aquilo está certo. Não fazer isso é que é covardia e mediocridade. Lembrem-se sempre que a a
ciência e o conhecimento tem forma de degraus, e ninguém passa de um degrau dessa escada,
inclusive muitos conceitos equivocados permitiram que dele, outros avaliassem melhor e concluíssem corretamente, logo, mesmo errado, também passou a ser um degrau da escada do
conhecimento e da sabedoria.
NONO:
Tenho que confessar que o trabalho me deixou sequelas. Uma delas é que nunca aceitei a existência de alma, espírito, ou lá que nome tenha. Para aceitar tal coisa, fica implícito
que precisa antes, acreditar na existência de um Deus Criador de tudo. Como já disse, desde
que comecei a pensar, busco alguma evidência forte da existência ou da não existência desse
Criador, que me abriria o resto do caminho a frente.
Infelizmente, sou obrigado a confessar que NUNCA encontrei nenhuma Evidência
séria, digna de ser levada em conta, nem da existência nem da não existência desse Criador. É
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claro que sei que somos materiais e esse assunto é fundamentalmente subjetivo. Mas de uma
coisa minha vida de pensamentos e pesquisas me deixou de EVIDÊNCIAS:
- Realmente é difícil imaginar um Universo tão grande e tão diversificado, saindo do nada (só
um conjunto de fótons, quentes ou frios), e evoluíssem dessa forma, criando coisas tão disparatadas, desde minerais, vegetais e até seres vivos, do nível de complexidade dos mamíferos,
especialmente o homem;
- O Universo NÃO é UNO: ele é DUO, ou seja, não existe interconversão onda x matéria (seja lá o que forem ambos, quer existam ou não); a matéria, através de diversos processos químicos e físico-químicos, se transforma em energia, geralmente na forma de calor (a energia
desorganizada) para atender os Princípios da Termodinâmica.
- A existência de um hiato entre a vida e a morte, com o sumiço de enorme quantidade de
energia entrópica, me deixou com uma enorme interrogação: de onde essa energia veio, qual
seu quantitativo, como ela funcionava, para onde ela vai, e como vai ser seu comportamento?
DÉCIMO:
Chegou o momento de pedir desculpas aos leitores que se dignaram ler o meu último
trabalho, chamado “O Espaço Tempo e a Relatividade” que está disponibilizado na página
www.franciscoguerreiro.com.br. Nesse trabalho o autor apresenta sua visão do espaço-tempo
e da inexistência do tempo como parâmetro, como também coloca no anexo, um resumo de
um trabalho anterior onde mostra a impossibilidade do modelo conhecido como Big Bang e,
como consequência, apresenta um modelo de início de Universo como alternativa ao anterior.
Como é meu feitio, minha forma de agir, não gosto de situações onde não exista a possibilidade de opção, ou seja, situações onde não existam alternativas a disposição para serem
analisadas e uma delas escolhida. Por isso, o modelo que propus, de Universo Primordial Fotônico e Eterno, com existência integral só de fótons frios, e que em determinado momento, a
múltipla colisão de fótons, produziu matéria (elétron) que começou a girar e em consequência,
passou a ser referência para os fótons em relação a posição da matéria em função de sua rotação (e translação, claro). A partir daí, as futuras colisões de novos fótons com a matéria existente, iam aumentando essa matéria, e assim sucessivamente. Acontece que na ocasião do
trabalho, eu aceitava a existência de matéria nos fótons e na colisão fóton matéria com transmissão da matéria do fóton para a matéria, aumentando seu valor.
Desse modo, o autor estava em paz por seu modelo, tendo em vista que, a partir de um
Universo Primordial Eterno e somente Fotônico, já que na velocidade do fóton o tempo não
passa, o aparecimento da massa e o consequente aparecimento de matéria rotativa para funcionar como referência, que posteriormente foi batizada pelo homem com o nome de “tem189
po”, na visão do autor era uma forma ideal, tendo em vista que o aparecimento da massa a
partir só de fótons, tanto poderia ser um evento natural, a partir da colisão ao acaso de vários
fótons, como também poderia ter sido a partir da intervenção de um Criador, que criou matéria ao seu critério.
Entretanto, depois de bastante busca e profundas divagações para a elaboração do presente trabalho, o autor chegou às conclusões já relatadas de que NÃO EXISTE COLISÃO DE
FÓTONS COM MATÉRIA, MUITO MENOS DE FÓTON COM FÓTON SE TRANSFORMANDO EM MATÉRIA.
Dessa forma, o autor deixou seu próprio Modelo SEM alternativa, ou seja, sem possibilidade de escolha pelo leitor. Tendo em vista que onda não tem matéria, a partir de um Universo Primordial Eterno Fotônico fica impossível o aparecimento da matéria através puramente de colisões fotônicas, de forma que, a partir do presente trabalho, onde uso os conceitos
químicos para comprovar a impossibilidade de tal ocorrência, o modelo passa obrigatoriamente a ter tido início material a partir da intervenção de um Criador. Claro que os religiosos, que
são a maioria dos homens, vão considerar que “agora é que o modelo faz sentido e pode ser
aceito”. Respeito a opinião deles, mas também tenho obrigação de respeitar a opinião dos que
não creem na existência de um Criador.
O pior foi que quem tornou meu modelo proposto como “sem opção” fui eu mesmo,
mas não me recrimino pois acho que é exatamente isso que se considera evolução. Mais grave
ainda fica a situação quando penso que me recrimino por bloquear o direito de opção dos que
não creem, no mesmo trabalho onde confesso os duros golpes que levei ao me decepcionar
com modelo Evolucionista de Darwin, e pior ainda, após fazer uma análise termodinâmica do
evento Morte, onde descobri que na passagem da condição de Homem Vivo para Homem
Morto, através de uma Singularidade chamada Morte, desaparece uma enorme quantidade
de entropia do Universo, que por ser termodinamicamente impossível, me conduz a um caminho que não aceitava antes, que é a possibilidade de termos uma parte na nossa constituição
que seja não material, somente energia pura e que se liberta depois do ato da morte.
Claro que nem desconfio que tipo de material essa energia pode ser, a não ser que ela
deve ter conteúdo entrópico e com quantitativo igual ou superior a diferença entre as energias
das condições entre homem vivo e homem morto. Nem o valor mesmo aproximado desse
quantitativo, faço a mínima ideia. Em sua busca, que vou continuar perseguindo, a única diretriz que tenho é que se essa energia for algo relacionado com o que os homens consideram
alma, espírito, ou lá que nome tenha, com certeza NÃO é luz ou algo semelhante a uma onda
eletromagnética, pois se fosse, seu deslocamento seria limitado a velocidade da luz, logo, se
existe o Céu, ele não chegaria lá antes de dezenas ou centenas de milhares ou milhões de anos, o que se tornaria uma coisa inviável. Se existir realmente o espectro (alma, espírito, etc)
deve haver alguma forma em outras dimensões que os desvincule da amarração aos movimentos de rotação ou translação dos corpos celestes.
Mas até o presente momento, nem desconfio do tipo de “coisa” que possa ser.
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25 - REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
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Mir, Moscou, l988.
2 - SHAW, D.J., “Introdução à Química dos Colóides e de Superfícies”, Edgard Blücher,
1975.
3 - OHLWEILER, O.A., “Introdução à Química Geral”, Editora Globo, Porto Alegre, 1971.
4 - ANDREWS, D.H. e KOKES, R.J., “Química Geral”, Ao Livro Técnico/Editora da Univer sidade de São Paulo, São Paulo, l968.
6 - PIMENTEL, G.C. e SPRATLEY, R.D., “Química, um Tratamento Moderno”, Edgard
Büchler, São Paulo, l974.
7 - WEBB, F.C., “Ingenieria Bioquímica”, University College, Londres, 1983.
8 - MORRISON, R.T. e BOYD, R.N., “Química Orgânica”, Fundação Calouste Gulbenkian,
Lisboa, 1981.
9 - PERRY, J.H., Chemical Engineers’ Handbook, McGrow-Hill Book Co. Inc., 1970.
10 - PARANHOS, C.A.S., “Separação Química dos Componentes dos Asfaltos”, 1o Congreso Latino Americano de Asfalto, Rio de Janeiro, 1981.
11 - PARANHOS, C.A.S., “Tecnologia dos Ligantes Betuminosos”, 7o Encontro de Asfalto,
IBP, l984.
12 – Google, Wikipedia, a Enciclopédia Livre.
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