Relatorio Ciram para PDF
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Relatório de Atividade Epagri/Ciram 2009-2010 Relatório de Atividade Epagri/Ciram 2009-2010 Sumário Apresentação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 Meteorologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 Agrometeorologia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 Ordenamento Ambiental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 Gestão e Saneamento Ambiental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 Geoprocessamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 Zoneamento Agroambiental. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 Tecnologia da Informação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 Número de publicações revela intensa produção científica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 Corpo de funcionários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 Relatório de Atividade Epagri/Ciram 2009-2010 O relatório de atividades da Epagri/Ciram 2009-2010 reúne um pouco da produção científica e operacional dos trabalhadores da instituição. O documento apresenta os principais projetos desenvolvidos em cada setor, revelando uma produção científica profícua e diversificada. Os trabalhos da equipe Epagri/Ciram em 2009 e 2010 foram profundamente marcados pelas fortes chuvas que atingiram os Estado em novembro de 2008. O desastre natural, que teve efeitos devastadores para a população catarinense, teve impacto na pesquisa e na rotina operacional, não somente na meteorologia, mas também nos outros setores do Centro. O relatório de atividades da Epagri/Ciram 2009-2010 é a forma encontrada pela equipe para apresentar à sociedade um pouco do resultado de seu trabalho. Aqui é possível conhecer os principais projetos desenvolvidos, os já encerrados no período e aqueles em desenvolvimento, todos com o foco voltado para a promoção de melhores condições de vida para os catarinenses do campo e da cidade. A variedade de temas das pesquisas feitas no centro reflete a multidisciplinaridade da equipe. Mudanças climáticas, uso de solo, novas ferramentas de previsão do tempo e pagamentos por serviços ambientais são alguns dos que figuram entre os objetos de pesquisa dos anos de 2009 e 2010 da Epagri/Ciram. Além dos projetos de pesquisa, as atividades operacionais também fazem parte da rotina da Epagri/Ciram. Entre os setores que atuam operacionalmente de maneira intensa estão a meteorologia, que produz diariamente boletins e avisos meteorológicos para diversos segmentos, a agrometeorologia, responsável pela captação e pelo armazenamento dos dados ambientais, a tecnologia da informação e o geoprocessamento. A excelência dos serviços que a Epagri/Ciram disponibiliza à sociedade é autenticada pelos mais de 10 milhões de visualizações por ano do site da instituição. Desse total, mais de 1 milhão é proveniente da Argentina, do Uruguai e do Paraguai. Tamanha credibilidade só comprova a qualidade, a utilidade e a segurança que as informações geradas pela Epagri/Ciram representam. Tantos nas atividades operacionais quanto nos projetos de pesquisa tudo é feito visando ao melhor resultado para a sociedade. Trabalhamos juntos para fazer de Santa Catarina, cada vez mais, um Estado de Excelência. Boa leitura! Sergio Zampieri Chefe da Epagri/Ciram 5 Meteorologia Operação e pesquisa para salvar vidas Nos anos de 2009 e 2010 o setor de meteorologia atuou de forma operacional e também em diversas pesquisas. O projeto “Rede integrada de monitoramento e previsão de eventos extremos na região sul”, que está em desenvolvimento, objetiva estudar eventos de sistemas que afetam as condições de mar em Santa Catarina. Já o projeto “Estudo da precipitação em SC: estimativa por sensoriamento remoto e classificação dos sistemas atmosféricos” estuda eventos de chuva, como o de novembro de 2008. No período, foi finalizado o projeto "Desenvolvimento de uma estrutura espacial para a integração das informações referentes a eventos extremos para auxiliar na tomada de decisões", em que o setor auxiliou no desenvolvimento de sistemas automatizados para previsão de geada e tempestade, avisos de temperatura máxima e mínima extrema e de chuva intensa. Todas as ferramentas estão disponíveis no site da Epagri/Ciram. Em 2009 foi firmado contrato com a Celesc, mantendo um serviço prestado desde 1997, de monitoramento e previsão das condições do tempo para as 16 regionais da Empresa, além da elaboração de laudos meteorológicos e emissão de alertas de tempo. O setor realizou curso de treinamento para funcionários da Celesc abordando o uso das informações meteorológicas pelas equipes de Distribuição de Energia Elétrica. Também são realizados boletins de previsão específicos para a Casan. Por meio de uma parceria com a TV Record, meteorologistas da Epagri/Ciram apresentam, diariamente, desde 2009, a previsão de tempo ao vivo, diretamente da sala de meteorologia na sede da Epagri. O setor mantém também atendimento a mais de 70 rádios catarinenses, entre elas a CBN, que transmite boletins diários. Dentro de suas atividades operacionais, a meteorologia manteve a elaboração de previsão de tempo, boletins e divulgação de notícias de monitoramento das condições do tempo para a Defesa Civil, o setor pesqueiro e o público em geral. O setor realizou boletins e notas especiais para divulgar as condições de uma primavera chuvosa em 2009, decorrente do El Niño, fenômeno que levou à formação de tornados e temporais que exigiram intenso trabalho dos meteorologistas. Já na primavera de 2010 foi criado o site especial do La Niña, com previsões, entrevistas, monitoramento e divulgação de notas para atender a agricultura e a população em geral. Interação com a Defesa Civil As enchentes de novembro de 2008 colocaram toda a equipe em grande atividade, não somente no período das chuvas, mas posteriormente, monitorando o tempo durante as buscas e os resgates. Devido a essa atuação, durante os anos de 2009 e 2010 os meteorologistas participaram de diversos eventos, palestrando sobre eventos meteorológicos e desastres naturais em SC e as ações da meteorologia no Estado. Foram realizadas palestras para as defesas civis municipais, intensificandose o contato direto com essas instituições, especialmente as equipes do Vale do Itajaí e do Litoral Sul (Araranguá, Tubarão e Criciúma). 6 7 Agrometeorologia Informações ambientais para pesquisa e segurança O setor de Agrometeorologia do Ciram tem como principal ocupação a coleta, a validação, o armazenamento e a distribuição de dados ambientais. São informações de níveis de chuva e de rios, temperatura, vento, radiação, molhamento foliar, umidade e pressão do ar. Até 2010, a rede de monitoramento ambiental administrada pelo setor contava com 248 estações. O sistema é composto por dois tipos de estações: convencionais, com medição feita pelos observadores meteorológicos três vezes ao dia; e automáticas, que medem os dados e os enviam para a Epagri/Ciram, em Florianópolis, em intervalos horários. Muitas das estações automáticas instaladas foram desenvolvidas com tecnologia da própria Epagri/Ciram, que resultou em preços até dez vezes inferiores às similares do mercado. A agrometeorologia vem desenvolvendo ou participando, nos últimos 2 anos, dos seguintes projetos: alternativas para recuperação dos recursos hídricos na Microbacia Ribeirão Gustavo, em Massaranduba; Monitoramento e difusão de avisos e alertas agrometeorológicos em apoio à agricultura familiar – CNPq; Rede de estações convencionais em SC; Monitoramento e modelagem hidrológica quali-quantitativa da Bacia do Rio Araranguá – Fapesc; Sistema de monitoramento e alerta hidroagrometeorológico para a SDR de Ituporanga – Fapesc; Integração das informações referentes a eventos extremos para auxiliar na tomada de decisões – Finep 14; Assistência técnica e extensão rural na agricultura familiar para a região abrangida pelas chuvas em SC – MDA Reconstrução; Fruplanorte – Ministério do Desenvolvimento Agrário; Monitoramento do clima na cidade de Criciúma; Monitoramento das estações automáticas da ANA; Monitoramento das estações automáticas e convencionais da Casan; Monitoramento climático – PAC Embrapa; Monitoramento climático de Jaraguá do Sul; Monitoramento da Bacia do Araranguá – TSGA; Zoneamento agroclimático para a pupunha. Sistema estadual de monitoramento O Monitoramento on-line é um serviço disponibilizado no site da Epagri/Ciram que funciona graças à atuação do setor de agrometeorologia. A ferramenta apresenta para o público, em tempo real, os dados medidos pelas estações automáticas monitoradas pela Epagri/Ciram. Em dias de forte chuva o índice de acessos a essa ferramenta chega a ultrapassar 50 mil, o que dá a dimensão da importância que ela tem para os catarinenses. Em breve, a ferramenta vai reunir ainda mais informações, com a concretização do projeto “Sistema estadual de monitoramento e alerta hidrometeorológico – Ampliação e modernização da rede de Santa Catarina”, financiado pela SDS. A proposta é implantar o sistema estadual de monitoramento e alerta hidrometeorológico em tempo real em Santa Catarina, formando uma base de dados com ainda mais qualidade para subsidiar estudos hidrológicos. Também serão disponibilizadas, em tempo hábil, mais informações para a tomada de decisões sobre o gerenciamento de recursos hídricos no Estado. Contará também com um sistema de alerta a adversidades climáticas. 8 9 Ordenamento Ambiental Produção científica intensa e diversificada O setor está envolvido em vários projetos de pesquisa. Entre eles, coordena o projeto “Estudo de Alternativas para Recuperação dos Recursos Hídricos na Microbacia Hidrográfica Ribeirão Gustavo”, no município de Massaranduba, com participação de diferentes setores do Ciram, de outras unidades da Epagri, além de outras instituições. A equipe está empenhada na implantação de experimento para medir o balanço hídrico em quadras de arroz, além da análise da qualidade da água ao longo da rede hídrica da microbacia. Participa também na execução do projeto “Avaliação do Uso de Dejetos de Suínos como Fonte Alternativa de Nutrientes e dos seus Impactos no Solo e nas Plantas”, coordenado pela Estação Experimental de Campos Novos. Ao longo de 2 anos foi avaliado o potencial poluidor do nitrato e a produtividade da aveia e do milho adubado com diferentes doses de dejeto líquido de suínos em áreas com diferentes históricos de aplicação de dejetos na Microbacia Coruja/Bonito em Braço do Norte. O setor atuou também junto ao Grupo Técnico Científico de Prevenção a Desastres em SC (GTC), participando de reuniões e apresentando trabalhos referentes à identificação dos riscos de desastres naturais. Técnicos do setor fazem parte da equipe responsável pela elaboração da proposta de Monitoramento e Avaliação Ambiental do Programa SC Rural (MB3) e capacitação dos técnicos nesse tema. Nesse programa elaboraram e aplicaram a metodologia da FAO para captura de carbono, avaliando o potencial de emissão ou sequestro de carbono do Programa. Uma técnica do setor fez parte da equipe de avaliação dos projetos submetidos ao Prêmio Talento Profissional Senac 2010. A equipe também esteve, nos últimos 2 anos, envolvida na elaboração de projetos de pesquisa que foram submetidos a diversos editais em diferentes fontes financiadoras. Outra atividade que teve a atenção dos pesquisadores do setor foi a participação, por meio de apresentação oral ou em pôsteres, de aproximadamente 20 trabalhos científicos em eventos nacionais e internacionais, com destaque para a Conferência Internacional de Classificação de Solos e Recuperação de Terras Degradadas, em Abu Dhabi, e para o Congresso Mundial de Solos, na Austrália. Também foram produzidas cerca de dez publicações técnicas e científicas relacionadas aos projetos desenvolvidos no setor. Aptidão do Uso das Terras por Demanda No ano de 2010 foi concluído o projeto “Aptidão do Uso das Terras por Demanda”, iniciado em 2008, com apoio financeiro do CNPq e sob a coordenação do setor. O projeto ofereceu à sociedade catarinense uma mudança de foco no estudo e na aplicação da metodologia de aptidão de uso das terras, passando a contemplar a participação efetiva dos agricultores, técnicos e lideranças dos três municípios envolvidos, além de instituições parceiras. Foram disponibilizadas informações que possibilitaram a identificação de novas opções de uso e manejo do solo, proporcionando redução de custos de produção, aumento de produtividades e outras opções de renda, análise de conflitos ambientais, apontando áreas para adequação ambiental. Com o sucesso do projeto, o setor está buscando recursos para continuar os trabalhos, também expandindo para outros municípios. 10 11 Gestão e Saneamento Ambiental Aprimorando técnicas para proteger o meio ambiente O setor de Gestão e Saneamento Ambiental foi criado em março de 2010 com o objetivo de desenvolver atividades e pesquisas voltadas à proteção do meio ambiente (solo e água), através do aprimoramento de técnicas relacionadas à gestão e ao saneamento ambiental. O projeto “Previsão de eventos extremos no sul do Brasil” utiliza modelo matemático para fazer a previsão do regime hidrológico em bacias hidrográficas não instrumentadas (Araranguá) e do efeito do uso e da ocupação do solo em função da interação solo-água-planta-atmosfera. No “Estudo de alternativas para a recuperação dos recursos hídricos na Microbacia Hidrográfica Ribeirão Gustavo no município de Massaranduba/SC” espera-se compreender os impactos oriundos da atividade agrícola no ambiente local e aplicar a modelagem matemática para a geração de cenários de uso do solo, identificando seus reflexos no meio ambiente. O setor desenvolve ainda o projeto “Avaliação do uso de dejeto de suínos como fonte alternativa de nutrientes e dos seus impactos no solo e nas plantas”. A análise da solução do solo através do método do lisímetro está sendo aprimorada e estão sendo feitas análises de nitrato e de amônia em sistema de rotação aveia-milho. O “Sistema de monitoramento e modelagem hidrológica quali-quantitativa da Bacia do Rio Araranguá – SC” tem por objetivo ampliar o sistema de monitoramento da rede hídrica existente na bacia hidrográfica do rio Araranguá e avaliar modelos de simulação como ferramentas de gestão em eventos extremos. Essas informações serão disponibilizadas de maneira interativa e gratuita via internet. Entre 2009 e 2010 o grupo do setor de gestão e saneamento ambiental participou de nove eventos científicos, dois dos quais internacionais, realizados no Chile e na Argentina, com destaque para o “Congreso Internacional de Ciencia del Suelo”, realizado em Rosario em 2010. Nos nove eventos foram apresentados e publicados 14 trabalhos científicos, com destaque para as pesquisas desenvolvidas pelos técnicos do setor. Além disso, foram publicados 2 artigos em periódicos internacionais, 1 na Revista Brasileira de Ciência do Solo e 1 na Revista Engenharia Agrícola, além de 2 artigos como capítulos do livro “Tecnologias para o uso sustentável da água em regadio” financiado pela SDS, pelo CYTED e PROCISUR. Impactos das mudanças climáticas no ambiente rural O projeto “Climasul – Estudo de Mudanças Climáticas na Região Sul do Brasil” é desenvolvido por uma rede cooperativa proposta pela Furb, com a participação das seguintes universidades: UFSM, UFRGS, UFSC, UFPR e das empresas Epagri, Embrapa Trigo e Iapar, com a interveniência técnica do Inpe. O foco do projeto é a elaboração de cenários de mudanças climáticas para a Região Sul do Brasil e a avaliação dos efeitos em cenários agrícolas. Atualmente as atividades desenvolvidas envolvem a calibração e a validação do modelo para a bacia Lajeado dos Fragosos, em Concórdia, e a coleta de informações para a construção de cenários futuros e a avaliação dos impactos no ambiente rural. Este projeto constitui a principal demanda do setor e uma importante linha de pesquisa da Epagri/Ciram. 12 13 Geoprocessamento Informações geográficas em benefício da sociedade O setor de Geoprocessamento tem equipe multifuncional e atua em projetos de pesquisas em sistemas e modelagem de dados geográficos, desenvolvimento territorial sustentável e análises geoespaciais aplicadas. Também atua de forma operacional, atendendo as demandas da Epagri e da sociedade catarinense no que se refere à geração de informações geográficas. O Sistema de Informações Georreferenciadas (Sigeo) foi finalizado e implantado em 2009 com o objetivo de apresentar para a sociedade, por meio da internet, dados coletados em diversas pesquisas desenvolvidas com a participação da Epagri/Ciram. O projeto Inventário Florístico Florestal (IFFSC) é financiado pela Fapesc. Consiste na obtenção de dados qualitativos e quantitativos dos recursos florestais. A partir do aplicativo Sigeo web a comunidade tem acesso às informações na forma de mapas, gráficos e tabelas referentes a cada meta do projeto: genética, socioeconomia, remanescentes florestais e herbários. Possibilita consulta e análise espacial simplificada dos levantamentos realizados pelo projeto IFFSC. O Plano Local de Desenvolvimento da Maricultura (PLDM) é um projeto desenvolvido em conjunto com a Epagri/Cedap, que resultou na elaboração de um método de geocodificação a ser adotado nacionalmente pelo Ministério da Pesca e Aquicultura. Os PLDMs são instrumentos de planejamento participativo para a identificação de áreas propícias à delimitação de parques aquícolas marinhos e estuários, bem como de faixas ou áreas de preferência para comunidades tradicionais, com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável da maricultura. No âmbito do Projeto Finep 14, o setor esteve envolvido em duas metas: a) a equipe foi responsável pela criação de uma base de dados geográficos para o Estado, integrando informações meteorológicas, pedológicas, topográficas, hidrográficas, de uso e cobertura do solo e de produção; b) o Geoprocessamento também teve participação na produção de um modelo que indica, sobre um mapa, os pontos vulneráveis a chuvas intensas em Santa Catarina. Os profissionais do setor também desenvolveram um cadastro técnico, elaborado a partir do georreferenciamento de 42 viticultores da Associação Catarinense de Produtores de Vinhos Finos de Altitude (Acavits). O trabalho foi apresentado durante o Seminário Técnico de Cadastramento Vitícola, evento nacional que busca desenvolver um projeto único de cadastro vitícola no Brasil. Entre as diversas atividades operacionais do setor, destaque para os treinamentos técnicos no uso de GPS, oferecidos a profissionais da Epagri de todo o Estado. Após aulas práticas e teóricas aplicadas durante dois dias o profissional está apto a tratar os dados em computadores e até construir mapas. Pagamento de Serviços Ambientais é proposta inovadora do Estado Com a aprovação da Lei 0423/2009, que instituiu a Política Estadual de Serviços Ambientais, foi criado um grupo de trabalho na Epagri, coordenado pelo setor de Geoprocessamento, para discussão do tema e atuação na regulamentação dessa lei. A equipe também já elaborou um projeto de estruturação de um modelo piloto de Pagamento de Serviços Ambientais (PSA) como estratégia de desenvolvimento sustentável para a comunidade rural do Rio da Prata, em Anitápolis, SC. 14 15 Zoneamento Agroambiental Pesquisas climáticas para o campo e a cidade O setor de Zoneamento esteve envolvido em diversos projetos de pesquisa nos últimos dois anos. No projeto “Desenvolvimento de uma estrutura espacial para a integração das informações referentes a eventos extremos para auxiliar na tomada de decisões”, coordenado pelo setor e encerrado em dezembro de 2010, foram criadas seis novas ferramentas de previsão e avisos de eventos extremos disponibilizadas no site da Epagri/Ciram. Elas geram, todos os dias, de forma automática, as previsões e os avisos fundamentais para os agricultores e para a sociedade urbana (previsão de geada; previsão de tempestades; aviso de temperaturas extremas máxima e mínima, previsão de vazão da bacia do Araranguá, risco de chuvas intensas). A geração automática dispensa a ocupação de profissionais da meteorologia e oferece outras informações que podem apoiar a confecção dos boletins meteorológicos. Por outro lado, o projeto propiciou a instalação de 30 novas estações hidrológicas em Santa Catarina e outras 60 no Paraná e no Rio Grande do Sul, resultando no adensamento da rede de estações monitoradas pela Epagri/Ciram. O setor também participa ativamente do Grupo Técnico Científico de Prevenção a Desastres Naturais em SC (GTC), formado em dezembro de 2008 após as fortes chuvas que atingiram o Estado no mês anterior. O GTC vem desenvolvendo um processo inovador, tendo como pano de fundo a Prevenção e Mitigação de Desastres Naturais em Santa Catarina, e permitiu a organização articulada de áreas do conhecimento incipientes, dispersas e insuficientes em passado recente. Mais de 20 instituições participam ativamente das ações propostas, com mais de 180 profissionais de todas as formações técnicas e acadêmicas. No período também foram feitas supervisões de estágios de conclusão de curso, em parceria com a UFSC, com o objetivo de estimular o interesse para a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico em estudantes do nível superior em consonância com os projetos desenvolvidos no setor. Mudanças do clima são foco de estudo O “Climasul – estudo de mudanças climáticas na Região Sul do Brasil” tem por objetivo a formação de uma rede cooperativa em pesquisa na área de agrometeorologia e recursos hídricos visando incrementar o monitoramento hidrometeorológico com foco na evaporação e evapotranspiração, elaborar cenários de mudanças climáticas para a Região Sul do Brasil e estudar os impactos das mudanças climáticas na agricultura e no regime hidrológico através de modelos de simulação numérica. Envolve instituições universitárias e centros de pesquisas em hidrologia, meteorologia e agrometeorologia dos Estados do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. 16 17 Tecnologia da Informação Apoio estratégico nos projetos, produtos e serviços A renovação e a ampliação do quadro de pessoal desde meados de 2008 permitiram que o Banco de Dados Agrometeorológicos, um acervo riquíssimo que conta com mais de 100 milhões de registros desde 1911, pudesse ganhar uma nova sistemática de validação de seus registros, envolvendo o conhecimento desde o mapeamento dos processos de aquisição, instalação e manutenção de estações, até a implantação de regras baseadas em metodologias utilizadas pelos melhores institutos de pesquisa do gênero. Os dados coletados pelas estações espalhadas no Estado são o insumo dos mais diversos estudos e aplicações em todas as Unidades de Pesquisa e Centros Especializados da Epagri. No ano de 2009, uma capacitação em Mapeamento de Processos permitiu que os colaboradores da Tecnologia da Informação (TI) multiplicassem esse conhecimento nas áreas envolvidas com o Banco Agrometeorológico e concluíssem a etapa de mapeamento da situação atual. Em 2010, o mapeamento e uma visita ao Simepar deram início à construção de um protótipo para a gestão do ciclo de vida das estações, bem como aplicação das regras de consistência dos dados. Para apoio estratégico das atividades, o setor orientou a criação de um comitê gestor, responsável pelas políticas de acesso e parâmetros de qualidade das informações. A renovação trouxe a troca de experiências entre os colaboradores. A vivência do mercado possibilitou capacitações internas de nivelamento, como o desenvolvimento de sistemas em Java. Por fim, as atividades operacionais gerenciadas pelo sistema HelpDesk permitiram a execução dos projetos acima citados e outros que não envolviam diretamente a TI. As atividades mais executadas referem-se a serviços de rede (autenticação de usuários e compartilhamento de arquivos), banco de dados, portal do Ciram, sistemas de apoio à previsão do tempo, migração de sistemas/serviços e manutenção de equipamentos. No ano de 2009, foram aproximadamente 1.500 atendimentos e em 2010 foram cerca de 1.000. O uso do sistema foi melhorado com a migração de versão e a capacitação de todos os colaboradores do Ciram. Além disso, o sistema permitiu que a coordenação de TI identificasse demandas que podem se caracterizar como projetos futuros. Novo foco em pesquisa aplicada O setor de TI colaborou na divulgação dos resultados de projetos como o de Previsão de Eventos Extremos no Sul do Brasil, financiado pela Finep, e com parcerias da UFRGS, UFSM, Fepagro, Simepar e Fundagro, e do Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, financiado pela Fapesc, e com parcerias de Furb e UFSC. Esses projetos, aliados ao projeto de Uso da Realidade Aumentada como Ferramenta de Suporte à Previsão do Tempo, mostram o novo foco do trabalho em pesquisa aplicada, que o setor pretende incrementar nos próximos anos, de forma a qualificar os serviços oferecidos à sociedade catarinense. 18 19 Número de publicações revela intensa produção científica Uma das características da Epagri/Ciram é o caráter operacional, mas o número de publicações é um importante índice para se verificar a produção científica de uma equipe. Na Epagri/Ciram não é diferente. Além das diversas atividades operacionais e dos projetos desenvolvidos rotineiramente, os pesquisadores também se empenham em publicar artigos, resumos, capítulos de livros e outros documentos em eventos e publicações nacionais e internacionais, visando democratizar o conhecimento produzido. O comparativo da produção científica da equipe da Epagri/Ciram entre 2007 e 2010 revela números promissores. O número de resumos apresentados em eventos internacionais foi um dos que mais evoluíram, passando de apenas um em 2009 para nove em 2010. A publicação de artigos em periódicos internacionais também vem num crescente nos últimos 4 anos. Os pesquisadores da Epagri/Ciram foram autores de dois artigos em 2008 e três em 2009 e 2010. Outro número que chama a atenção é a quantidade de capítulos publicados em livros, que chegou a cinco em 2010, contra apenas um em anos anteriores. Considerando os totais é possível ter uma visão geral da produção de publicações e perceber o empenho dos pesquisadores da Epagri/Ciram. Na qualidade de primeiro autor, o grupo foi responsável por nada menos que 40 publicações em 2010, o maior volume desde 2007. Também as coautorias tiveram um salto expressivo nos 4 anos analisados, totalizando 77 ao final de 2010, número que não chegou a três dezenas nos anos anteriores. Acessos ao site prova credibilidade O índice de acessos ao site também é revelador da credibilidade de que a Epagri/Ciram desfruta na sociedade. A página da instituição na internet manteve a média de mais de 10 milhões de páginas visualizadas a cada ano em 2009 e 2010, com público proveniente inclusive de outras nações, como Argentina, Uruguai e Paraguai. Do total de visitantes do site em 2010, nada menos que 20,3% eram novos. 20 21 Gustavo Becker Ventura Hamilton Justino Vieira Hugo José Braga Iria Sartor Araújo Ivete Maria Dalpaz Ivan Luiz Zilli Bacic Joelma Miszinski José Augusto Laus Neto Juliana Mio de Souza Kellen de Cássia B. Kruscinski Lais Gonçalves Fernandes Lucas Balsini Garcindo Luis Fernando Viana Luis Hamilton Pospi'ssil Garbossa Maikon Passos A . Alves Mara Cristina Benez Marcelo Fabricio de Mello Marcelo Martins Marcos Zarbatto Maria de Lourdes Mello Maria Laura Rodrigues Mariana Liberato Ramos Marilene de Lima Marísia Schmitz de Paula Matias Boll Patrick Padilha Paulo Celso Pelucio de Andrade Almada Paulo Cesar Martins Paulo Roberto Ananias Bezerra Rafael Canan Rafael Censi Borges Roberto Carlos Silveira Ronaldo de Rosso Sergio Zampieri Suely Carrião Valci Francisco Vieira Vera Lúcia da Silva Vera Magali Radtke Thomé Yara Chanin Zélia Andriolli Diretoria da Epagri Presidente Luiz Ademir Hessmann Diretores Ditmar Alfonso Zimath Edson Silva Luiz Antonio Palladini Nelso Figueiró Chefia e coordenadores da Epagrr/Ciram Chefia: Sergio Zampieri Gestão e Saneamento Ambiental: Luis Hamilton Garbossa Geoprocessamento: Everton Vieira Ordenamento Ambiental: Ivan Bacic Meteorologia: Maria Laura Rodrigues Agrometeorologia: Eduardo Pértile Zoneamento Agroambiental: Cristina Pandolfo Tecnologia da Informação: Bruno Schmitt Filho Corpo de funcionários da Epagri/Ciram Adilson de Freitas Zamparetti Adriano Régis Álvaro Simon Anderson da Rosa Gonçalves Anderson Nascimento Monteiro Anelise Cristina Newbery Antonio Renê Angelo Mendes Massignam Argeu Vanz Bruno Schmitt Filho Carlos Eduardo de Lima Carlos Eduardo Salles de Araújo Clóvis Roberto Levien Corrêa Cristina Pandolfo Denilson Dorzbach Dilce Juttel Eduardo Nathan Antunes Eduardo Pértile Elaine Canonica Elisângela Benedet da Silva Emanuela Salum Everton Blainski Everton Vieira Fabricio Vidal Felipe Mendes Silva Fernanda Maraschini Gerson Conceição Gilsânia de Souza Cruz Gisele Dias Doutores: 10 Mestres: 17 Especialistas: 5 Graduados: 19 22 23
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