arcabouço geólogico geomorfológico da margem continenta
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arcabouço geólogico geomorfológico da margem continenta
ARCABOUÇO GEÓLOGICO GEOMORFOLÓGICO DA MARGEM CONTINENTA SUBDIVISÃO DA PLATAFORMA CONTINENTAL Na Plataforma Interna o fundo sofre a ação das ondas de tempestade, ANTEPRAIA ELEVAÇÃO (m) A Plataforma Externa não esta submetida à ação das ondas sobre o fundo, o fluxo geostrófico se estabelece e duas camadas limites são identificadas Plataforma Interna 0 Plataforma Externa 50 100 PLATAF ORMA INTERNA Ant. Superior até a profundidade onde ocorrem variações mensuráveis na batimetria entre sondagens sucessivas Ant. Inferior – nível de base da onda (L/4) ANTEPRAIA INFERIOR ANTEPRAIA SUPERIOR zona de surf praia zona de arrebentaçã o 0 ELEVAÇÃO (m) A Antepraia é a parte superior da P.I. afetada por processos associados às ondas – extende da zona de espraiamento até a profundidade máxima de transporte de sedimentos pelas ondas. 10 PROFUNDI DADE DE FECHAMENTO DO PERFIL 20 30 40 50 BASE DA ONDA Nível de Base da Onda • A passagem de uma onda resulta em um movimento orbital das partículas na água. • Este movimento apresenta diâmetro progressivamente menor com a profundidade, até que deixa de ser percebido. • A movimentação subentende que existe uma velocidade associada – velocidade orbital. • Se o movimento orbital da onda alcança o fundo, a velocidade de propagação da onda será diminuída por atrito com o fundo. • O atrito pode causar a movimentação do sedimento, caso a velocidade orbital seja maior que aquela necessária para deslocar o sedimento do seu estado de repouso. DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA E TEXTURA SEDIMENTAR JUNTO À COSTA Praia PROFUNDIDADE Uo (cm/s) Uo (cm/s) Uo (cm/s) Uo (cm/s) Dias Dias Dias Velocidade crítica para mover o sedimento Dias DISTÂNCIA DA COSTA Movimentação do leito entre o nível de base de tempestade e o NB de tempo bom nível de base em tempo bom nível de base de tempestade tamanho do sedimento bioturbação DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA E TEXTURA SEDIMENTAR JUNTO À COSTA AREIA LAMA LAMA ARENOSA Sedimentos detritais - sedimentos recentes fornecidos pelos rios, erosão de falésias, ventos e atividade glacial. OUTRAS CLASSES DE SEDIMENTOS ASSOCIADOS À PLATAFORMA CONTINENTAL ¾ orgânicos - derivados de carapaças de organismos ¾ residuais - resultado da erosão da rocha subjacente ¾ relictos - remanescente de um ambiente de sedimentação anterior, podendo se encontrar em discordância com as características do atual ambiente deposicional (ex: depósitos superficiais de cascalho na plataforma externa) Sedimentos na Plataforma Interna de Washington Afloramento rochoso e sedimentos residuais Sedimentos relictos – antigo leito fluvial Sedimentos detritais Sedimentos orgânicos Twichell, D, Cross,V.A e Parolski, K.F. – USGS Sedimentos na Plataforma Central da Bahia Sedimentos detritais Sedimentos orgânicos Freire 2006 Plataforma Continental do Rio Grande do Norte Testa e Bossence 1999 Correntes marinhas podem também transportar sedimentos. Plataforma Continental do Rio Grande do Norte Sedimentos litificados indicam antigos depósitos de praia. Testa e Bossence 1999 Por que tanta variabilidade sedimentar? VARIAÇÕES DO NÍVEL DO MAR EUSTASIA VARIAÇÕES DO NÍVEL DO MAR EM ESCALA GLOBAL FANEROZÓICO CENOZÓICO Componente eustática de longo período 150 a 30 0 m (?) MEZOZÓICO 500 400 300 200 100 Profundidade atual da quebra da plataforma (mais jovens que 200 M anos) 0 200 0 ELEVAÇÃO (m) 100 -50 70 65 60 55 50 45 Modificadao de Haq et al. 1987 40 35 30 25 20 15 10 5 0 I D A D E ( M anos) VARIAÇÕES DO NÍVEL DO MAR 200 0 -50 70 65 60 55 50 Modificadao de Haq et al. 1987 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 I D A D E ( M anos) ELEVAÇÃO (m) 0 -20 -40 -60 -80 -100 dados da Peninsula de Huon (Papua-Nova Guiné) derivado do registro isotópico -120 -140 0 20 40 60 80 IDADE (M. anos) 100 120 Pillans et al. 1998 140 160 ELEVAÇÃO (m) 100 VARIAÇÕES EUSTÁTICAS QUATERNÁRIAS CLIMA TECTONISMO variação do volume dos oceanos variação do volume das bacias oceânicas -60 -80 -100 dados da Peninsula de Huon (Papua-Nova Guiné) derivado do registro isotópico -120 -140 0 20 40 80 60 CENOZÓICO MEZOZÓICO FANEROZÓICO -40 150 a 300 m (?) ELEVAÇÃO (m) 0 -20 100 120 IDADE (M. anos) 140 500 160 400 300 200 100 0 Pillans et al. 1998 GLACIAÇÕES QUATERNÁRIAS Variação da concentração de CO2 em bolhas de ar contidas no gelo. O valor de 230 ppm foi utilizado como limite para inicio ou termino de uma era glacial. Ciclos glaciais repetem- Relação O18 e O16 nas vazas carbonáticas ELEVAÇÃO (m) 21 20 18 17 16 15 ESTÁGIOS ISOTÓPICOS 14 13 12 10 9 8 7 6 5 3 21 0 se a cada 80.000 a 110.000 anos. Outros 3 períodos glaciais são - 50 reconhecidos ate - 100 1.550.000 anos. 700 600 500 400 300 3 ANOS (x 10 ) 200 100 0 Alterações da massa de gelo e afogamento da plataforma continental no Mar do Norte na Última Transgressão Afogamento do Estreito de Bering na Última Transgressão http://www.ncdc.noaa.gov/paleo/parcs/atlas/beringia/lbridge.html SITUAÇÃO DA COSTA NO MÁXIMO REGRESSIVO • Deltas • Extensas planícies costeiras • Linha de costa próximo à quebra da plataforma PLANICIE COSTEIRA DO MÁXIMO TRANSGRESSIVO PLANICIE COSTEIRA DO MÁXIMO REGRESSIVO PLANÍCIE ALUVIAL VALE INCISO DE PIEMONTE VALE INCISO DE PLANÍCIE COSTEIRA SITUAÇÃO DA COSTA DURANTE A TRANGRESSÃO A transgressão causa afogamento da planície costeira, preferencialmente ao longo dos cursos fluviais – que se transformam em estuários – deslocando a linha de costa (com sedimentos não coesivos) para trás e para cima (processo de retrogradação). Regiões com deficiência de sedimentos acabam tendo depósitos sedimentares continentais, ou mesmo o substrato rochoso, expostos na plataforma – estuário SEDIMENTOS RELICTOS E RESIDUAIS sedimentos detritais depósito de delta de maré enchente substrato aflorante depósito de canal de maré sedimentos relictos Morfologia costeira em costa transgressiva – Chesil Beach e Fleet lagoon (UK) Exemplo de Cenário Transgressivo: Costa Leste Norte Americana Baía de Chesapeake Ilhas barreiras DELTAS DE MARÉ ENCHENTE São numerosos em cenários transgressivos. Auxiliam na transferência de sedimentos para o continente, e são incorporados pela barreira em deslocamento. ESTUÁRIOS E LAGUNAS ESTUÁRIOS Definição tradicional / oceanográfica – região interior à linha de costa onde o sal contido na água do mar é diluído pela água continental. A circulação é governada pela maré Definição geológica – região interior à linha de costa, capaz de reter sedimentos marinhos e/ou continentais, evitando que estes últimos contribuam para a sedimentação na linha de costa. LAGUNAS Depressão interna à linha de costa, com água salina ou salobra, geralmente rasa (< 2m), onde a circulação é estabelecida pela ação do ventos. ESTUÁRIOS E LAGUNAS ESTUÁRIOS Rio Região central Delta fluvial Depósito Marinhos mistura ESTUÁRIOS E LAGUNAS LAGUNAS Lagoa de Araruama penetração máxima da maré segmento fechado S=45 células de circulação S=60 direção preferencial do vento S=35 COSTA BRASILEIRA A costa brasileira apresenta características de uma costa sofrendo regressão. A queda do nível relativo do mar (caráter não eustático) nos últimos 6000 anos provocou a progradação (avanço) da linha de costa (construção de largas planícies costeiras), e acelerou o preenchimento sedimentar de estuários. Rio Jequitinhonha Leste dos EUA Leste do Brasil COSTA BRASILEIRA REGRESSIVA x COSTA INGLESA TRANSGRESSIVA Ilha do Mel Paranaguá Estreita planície costeira Lagunas e estuários abundantes Holoceno Extensa progradação Lagunas e pequenos estuários assoreados Litoral Norte de SC Lagunas e pequenos estuários assoreados EROSÃO DA COSTA BRASILEIRA SOB CONDIÇÕES DE BALANÇO NEGATIVO DE SEDIMENTOS Transgressão causa erosão costeira, mas nem toda erosão costeira significa transgressão Caravelas - Bahia continente Nulo – Costa estável - Costa erosiva + + Costa progradante + nulo Depósitos de mangues expostos na praia Zona de progradação EROSÃO DA COSTA BRASILEIRA SOB CONDIÇÕES DE BALANÇO NEGATIVO DE SEDIMENTOS LENÇOIS MARANHENSES COSTA CEARENSE Delta do Parnaíba Zona Econômica Exclusiva O Estado costeiro deve estabelecer o bordo exterior da PCJ, quando a Margem Continental Geológica se estender além das 200 m.m., por intermédio de: i) uma linha unindo pontos nos quais "...a espessura das rochas sedimentares seja pelo menos 1% da distância mais curta entre esse ponto e o pé do talude continental;" ou ii) uma linha unindo "...pontos fixos situados a não mais de 60 milhas marítimas do pé do talude continental.". Os pontos fixos que constituem a linha dos limites exteriores da plataforma continental no leito do mar, devem: 1- estar situados a uma distância que não exceda 350 milhas marítimas da linha de base a partir da qual se mede a largura do mar territorial ou, 2 – situar-se a uma distância que não exceda 100 milhas marítimas da isóbata de 2500 metros, que é uma linha que une profundidades de 2500 metros”. ¾ Incorporação de ~900 mil km² aos 3,5 milhões km² da ZEE, totalizando 4,4 milhões km² (52% da extensão do território terrestre brasileiro). ¾ Prolongamento da PC, excedendo as 200 milhas da ZEE, até um limite de 350 milhas. Projeto LEPLAC