Relatório e Contas

Transcrição

Relatório e Contas
Relatório e Contas 2007
Relatório e Contas
2007
ÍNDICE
Relatório e Contas
Visão / Missão / Valores
04
Mensagem do Presidente
06
Principais Indicadores
08
Perfil do Banco
10
Orgãos Sociais
12
Estrutura de Gestão
14
Economia em Angola
18
Análise Financeira
26
Principais Acções Desenvolvidos
34
Proposta da Aplicação de Resultados
41
Demonstrações Financeiras
43
Balanço
44
Demonstração de Resultados
45
Demonstração de Origens e Aplicações de Fundos
46
Notas às Demonstrações Financeiras
47
Parecer do Conselho Fiscal
69
Parecer dos Auditores Externos
71
2007
03
VISÃO
MISSÃO
VALORES
VISÃO - MISSÃO - VALORES
Relatório e Contas
2007
VISÃO
Tornar-se um Banco Angolano Líder.
MISSÃO
A missão do Banco Keve é de criar uma experiência bancária excepcional, na qual os nossos clientes percebam
o Banco como um parceiro indispensável na concretização dos seus negócios; os nossos colaboradores atinjam
um elevado sucesso pessoal e profissional; os nossos accionistas sejam adequadamente remunerados; e as
comunidades em que se encontra inserido beneficiem do nosso envolvimento.
VALORES
Atitude
Eficiência
Integridade
05
MENSAGEM
DO PRESIDENTE
MENSAGEM DO PRESIDENTE
Relatório e Contas
2007
Caros Accionistas,
As decisões tomadas na Assembleia Geral realizada em 30/03/07, em prova de confiança dos accionistas,
marcaram, de forma indelével, uma nova era na actividade do Banco, ultrapassado que foi, com relativo sucesso
e a contento de todos, o primeiro triénio da nossa existência, até então sustentado por pressupostos económicos
que ao longo dos tempos se foram tornando inadequados e desajustados, não correspondendo, às novas
realidades do mercado, impulsionadas de forma irreversível, por uma dinâmica de crescimento económico
sem precedentes.
Pretendemos, com isso, criar capacidades internas financeiras e organizativas, consubstanciadas num aumento
considerável do capital social do Banco e na aprovação dum novo organograma, visando acautelar o seu
futuro, podendo, assim, o Banco, assumir operações e negócios mais diversificados e de outra dimensão,
assentes nas nossas competências distintivas e, suportados por estratégia de crescimento lucrativo, orgânico,
diferenciado e sustentável, que venha a beneficiar os clientes do Banco, o investimento dos seus accionistas
e a premiar o esforço e a dedicação de todos os colaboradores.
Estas tarefas, cujas acuidade e importância tenho vindo a salientar, ocuparam o Conselho de Administração
ao longo do ano, cumprindo-se os prazos no que respeita às fases estipuladas para o aumento do capital social
e iniciaram-se os ajustamentos organizativos que se impunham, e que apenas terminarão em finais de Abril
de 2008.
Por isso, o reflexo das mudanças apenas começará a incidir na actividade do Banco a partir do 2º Semestre
de 2008, espelhando tal facto, o plano de negócios do triénio 2007/09, que esperamos continuar a executar,
exitosamente.
De qualquer forma, o exercício de 2007 tal como os seus precedentes, evidenciou progressos relevantes no
desenvolvimento económico do Banco, com crescimentos a todos os níveis.
O exercício permitiu também evidenciar não apenas a realização do potencial de crescimento da banca
comercial, traduzido, sobretudo, na forte expansão creditícia, mas também na melhoria estrutural dos resultados,
expressos no aumento da margem financeira, gerando lucros acima do que prevíramos, ascendendo os activos
a um crescimento acima dos 70% e situando-se o rácio de solvabilidade, a níveis excelentes, o que nos coloca,
de forma mais confortável, em posição de responder, positivamente, aos novos desafios.
Amílcar dos Santos Azevedo da Silva
Presidente do Conselho de Administração
07
PRINCIPAIS
INDICADORES
PRINCIPAIS INDICADORES
MUSD excepto percentagens
Relatório e Contas
2007
2005
2006
2007
06/07
4,3
4,5
5,9
30%
1. Actividade
Resultados líquidos
Margem financeira
8,0
6,0
11,4
90%
Produto bancário
13,7
14,4
24,6
70%
Margem financeira/Produto bancário
58%
42%
46%
12%
7,2
6,9
13,0
87%
31,7%
23,0%
13,9%
-9 p.p
5,6%
3,9%
3,2%
0,7 p.p
Cash flow operacional
2. Rentabilidade
Rentabilidade dos capitais próprios (ROAE)
Rentabilidade do activo (ROAA)
3. Estrutura
Activo total médio
97,7
115,3
180,8
57%
Recursos totais de clientes
74,6
103,2
144,8
40%
Crédito sobre clientes (líq.)
28,5
54,4
104,0
91%
Fundos próprios
16,8
22,5
61,9
175%
Nº de agências e postos de atendimento
8
13
18
38%
47
96
161
68%
48%
52%
47%
-5 p.p
6
7
9
21%
Custos de estrutura / Act.tot.médio
6,7%
6,5%
6,4%
0 p.p
Activo total médio / Colaboradores
2,1
1,2
1,1
-7%
Nº de colaboradores
4. Eficiência
Cost-to-income *
Colaboradores/Agências e postos
5. Solidez
Crédito vencido s/Crédito total
15%
5%
3%
-49%
Cobertura crédito vencido (Prov/Cred.Venc)
60%
45%
60%
31%
31,7%
24,9%
30,4%
22%
54%
57%
84%
48%
Rácio de solvabilidade - BNA
6. Intermediação financeira
Crédito sobre Depósitos
* Custos de estrutura sobre produto bancário
09
PERFIL
DO BANCO
PERFIL DO BANCO
Relatório e Contas
2007
O Banco Keve é uma instituição angolana de capitais privados fundada em 2003, com um capital realizado
equivalente a USD 50 milhões, e que tem por objectivo oferecer serviços financeiros em todo o território em
Angola.
Gerido por um Conselho de Administração, composto por 3 administradores executivos, sendo um o Presidente,
está estruturado por unidades de negócios - Banca Comercial e Banca de Investimento - e busca aprofundar
os valores de absoluta confidencialidade, integridade, competência, ambição e eficácia.
O Banco Keve é uma instituição bancária flexível e adequada à ocupação de espaços novos no mercado,
cobrindo nichos de negócios de inegável interesse que propiciem a solidez patrimonial das empresas que se
mostrem possuidoras de potencial de crescimento, capazes de absorver técnicas de gestão modernas, tenham
uma visão clara dos seus negócios e que contribuam, de forma decisiva, para a criação de empregos.
Neste contexto, privilegiamos uma grande aproximação ao cliente, conhecendo e satisfazendo as suas
necessidades no domínio das operações de prestação de serviços bancários, da concessão e montagem de
empréstimos domésticos e internacionais, assumindo o compromisso, sempre presente, dum serviço de qualidade
e personalizado. Dedicamo-nos ainda a prestar serviços de seguros, através da Global - Companhia de Seguros,
de quem o Banco é o maior accionista.
Assumimo-nos como um Banco moderno e inovador e, por isso, particular atenção é prestada ao controlo
interno, que inclui o controlo de gestão, auditoria, cumprimento e os processos, assegurando aos seus parceiros
uma marca credível e sólida.
11
ORGÃOS
SOCIAIS
ORGÃOS SOCIAIS
Relatório e Contas
2007
Mesa da Assembleia Geral
Francisco Higino Lopes Carneiro
Mário Henrique da Silva Mello Xavier
Teodoro Bastos de Almeida
Presidente
Vice-Presidente
Secretário
Conselho de Administração
Executivo:
Amílcar dos Santos Azevedo da Silva
Rui Eduardo Leão da Costa Campos
João Cândido Soares de Moura Oliveira Fonseca
Presidente
Vice-Presidente
Administrador
Não executivo:
Luís Pereira Faceira
Hélder Rodrigues Morais
Administrador
Administrador
Conselho Fiscal
Manuel Fernando Correia Victor
Bruno André da Silva e Cruz Inglês
Manuel João Carneiro
João Silva
Presidente
Vogal
Vogal
Suplente
Auditor Externo
UHY (nomeado em Agosto de 2007)
Direcções
Fernanda de Fátima Silva Santos
Maria João Gonçalves de Almeida
Nuno Miguel de Oliveira Marques
Ana Maria Fernandes dos Santos Machado
Comercial
Administrativa e de Contabilidade
Sistemas de Informação
Financeira e de Mercados
Secretária Executiva
Paula Cristina de Paula da Silva
13
ESTRUTURA
DE GESTÃO
ESTRUTURA DE GESTÃO
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2007
ESTRUTURA ACCIONISTA
A distribuição da estrutura accionista por escalões de participação é apresentada na nota nº 19 às demonstrações
financeiras. Os membros do conselho de administração possuem no seu todo 582.345 acções representativas
de 11,65% do capital social.
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Os administradores da sociedade são nomeados trienalmente pela Assembleia Geral. Para cada mandato é
aprovado pelos accionistas um plano de negócios cuja implementação é da responsabilidade do conselho de
administração. As atribuições e competências do conselho de administração encontram-se definidas no art.º
24 dos Estatutos, que incluem, entre outras:
i) Propor à assembleia geral as linhas de acção e os objectivos de médio e longo prazo;
ii) Definir as linhas de acção e objectivos de curto prazo;
iii)Implementar as deliberações da assembleia geral;
iv)Exercer a gestão dos negócios da Sociedade;
v) Elaborar os documentos previsionais e os respectivos relatórios de execução;
O conselho de administração é composto por cinco membros, sendo a gestão executiva do banco
assegurada por três administradores cujos pelouros e qualificações são os seguintes:
Amílcar Silva (66 anos de idade) - É Presidente do Conselho de Administração desde a fundação do banco.
Coordena as direcções comercial e de recursos humanos. Iniciou a sua carreira profissional no Banco Nacional
de Angola (BNA) em 1967, onde desempenhou várias funções até chegar a Vice-Governador, cargo que ocupou
no período 1989-1990. Foi nomeado em 1991 Director Geral do Banco Popular de Angola (BPA). Com a
transformação deste em Banco de Poupança e Crédito (BPC), foi nomeado presidente do conselho de
administração onde desempenhou funções no período 1992-2000.
Rui Campos (48 anos de idade) - É Vice-Presidente desde a fundação do banco. Coordena as unidades de
negócio de banca de investimento e private, e a direcção de sistemas de informação. Iniciou a sua carreira
profissional em 1982 como controlador financeiro na Shering-Plough (Portugal). No período 1985-1990
desempenhou funções de director financeiro na Imoleasing (Portugal). Desempenhou funções na área financeira
em outras duas empresas no período 1990-1995, antes de ingressar na Heineken International NV, onde esteve
até 2003. Possui a licenciatura em Gestão e Organização de Empresa pelo Instituto Superior de Economia e
Gestão (Portugal) e fez o IMAC - International Management Advanced Course no INSEAD (França).
João Fonseca (38 anos de idade) - Foi nomeado administrador executivo em Março de 2007. Para além de
ter a responsabilidade do planeamento e controlo do Banco, coordena duas direcções: administrativa e
contabilidade e, financeira e mercados. A sua carreira começou em 1993 como auditor, tendo passado pela
Deloitte & Touche, KPMG e Ernst & Young. Foi controlador financeiro em dois bancos em Angola nos períodos
1999-2001 e 2001-2002, tendo depois feito parte da direcção de uma holding em Portugal. De regresso a
Angola em 2004 foi director numa holding de uma empresa internacional, onde esteve mais de três anos. Tem
o curso superior de economia na Universidade de Évora (Portugal), e a certificação em auditoria interna
(Certified internal auditor).
15
ESTRUTURA DE GESTÃO
Relatório e Contas
2007
COMITÉS
As remunerações dos órgãos sociais são definidas por uma comissão de remunerações, do qual fazem parte
três accionistas. O Banco, não tem uma política de bónus definida, nem tem atribuído bónus aos seus
administradores e colaboradores.
Foi constituído em 2007 um comité de controlo interno que, dada a dimensão do banco, reúne as funções de
coordenação da auditoria externa, e das funções de auditoria interna, processos e cumprimento (compliance).
O comité é coordenado pelo Presidente do Conselho de Administração e coadjuvado pelo administrador
executivo.
Para a decisão das operações de crédito de clientes o Banco tem um comité de crédito, coordenado pelo
Presidente do Conselho de Administração, e do qual fazem parte o Vice-Presidente e a Directora Comercial.
De acordo com a legislação em vigor, os auditores externos não poderão permanecer por um período superior
a quatro anos. Tendo a KPMG terminado em 2006 o período de quatro anos, foi seleccionada a UHY para o
exercício de 2007, tendo em conta a sua ligação a uma rede internacional (que assegura o controlo de
qualidade) e a longa experiência específica no sector financeiro da equipa proposta (obtida numa das big four).
O organigrama dispõe ainda de um comité de gestão de riscos, cujo principal âmbito é a gestão do risco de
liquidez. Todas as direcções fazem parte do comité, sendo coordenado por um administrador. Este comité
funciona semanalmente e, pelas suas características, constitui um mecanismo de interacção e cooperação
privilegiado entre a administração e as direcções.
SUPERVISÃO E FUNCIONAMENTO DAS DIRECÇÕES
O organigrama do Banco é caracterizado por uma estrutura funcional e essencialmente plana. Esta estrutura
permite simultaneamente uma clara segregação das funções de cada direcção e linhas de comunicação directas
e rápidas quer entre as próprias direcções quer entre as direcções e a administração.
Organigrama (estrutura de topo)
Conselho de
Administração
Comité de Controlo
Interno
Jurídico e
Legal
Comité de Crédito
Comunicação
e Imagem
Comité de Risco
Global
Banca Comercial
Banca de
Investimento
Private
(em fase de
Implementação)
Recursos Humanos
(em fase de
Implementação)
Financeira
e Mercados
Sistemas
de Informação
Administrativa
e Contabilidade
Nota: A Banca de investimento e o Private são unidades de negócio, não constituindo Direcções.
16
ESTRUTURA DA GESTÃO
Relatório e Contas
2007
Cada direcção dispõe de um conjunto de funções e atribuições bem definidas, que inclui a própria gestão dos
sistemas de gestão da informação relacionados com a sua actividade. As principais decisões correntes de cada
direcção são sempre tomadas por mais do que uma pessoa (normalmente, o director e o administrador do
pelouro).
Para assegurar a coerência entre a estratégia e a gestão corrente, as direcções elaboram planos de actividade
anuais que são analisados e aprovados pelo conselho de administração. As direcções apresentam ainda um
conjunto de relatórios periódicos sistematizados para acompanhamento da sua actividade pelo conselho de
administração.
COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL
A comunicação com os accionistas é feita através da Assembleia Geral, cuja forma de funcionamento se
encontra descrita nos artigos 14º a 22º dos Estatutos. A Assembleia Geral Ordinária é realizada no final de
Março de cada ano.
A comunicação para o mercado em geral é feita através da publicação do Relatório e Contas anual. O Banco
começou em 2007 a divulgar resultados trimestrais para os bancos com os quais mantém relações de
correspondência. A partir de 2008 o Banco irá divulgar no seu website a síntese das contas trimestrais (conforme
disposições do Aviso nº15/07 de 12 de Setembro).
O Conselho de Administração tem uma política de divulgação anual do desempenho do Banco a todos os
colaboradores. Para 2008, será adoptada uma política de divulgação abrangente dos planos, orçamentos e
resultados do Banco com as direcções, quadros das actividades de suporte (back-office) e de gerência, assim
como o desempenho individual de cada agência e unidade de negócio.
CÓDIGO DEONTOLÓGICO
O Banco dispõe de um código deontológico que se aplica a todos os colaboradores, incluindo a administração.
17
A ECONOMIA
EM ANGOLA
A ECONOMIA EM ANGOLA
Relatório e Contas
2007
A ECONOMIA EM ANGOLA
De acordo com a projecção do Orçamento Geral do Estado (OGE), o PIB deverá crescer 24,4%, correspondente
a um aumento de 6 pontos percentuais face a 2006. O crescimento do PIB do sector não petrolífero deverá
ser superior ao do sector petrolífero (27,9% contra 21,8). Os sectores de agricultura, silvicultura e pescas, de
construção e de energia eléctrica são os que apresentam maior dinâmica de crescimento.
Síntese
2006
2007
12,2
11,8
Produção petrolífera (milhões de barris)
514,6
626,6
22%
Preço médio exportação petróleo (fiscal)
61,37
64,5
5%
Valor nominal (mil milhões de Kwanzas)
3990,3
4006,9
18,6
24,4
Inflação
Taxa de crescimento real (%)
Var.%
5,8 p.p
Sector petrolífero
13,1
21,8
Sector não petrolífero
25,7
27,9
Reservas internacionais líquidas
8.143
11.191
37%
Vendas de USD (leilões do BNA)
5.533
6.705
21%
Taxa de câmbio (fim de período)
80,19
75,02
-6%
Fonte: OGE, BNA e dados elaborados pelo Banco Keve
A inflação homóloga demonstrou ligeiras persistências de aumento até Julho, tendo atingido 12,45%. No final
do ano a inflação foi de 11,8% (o objectivo do OGE era de 10%). Entre os factores identificados como podendo
estar subjacentes a tal comportamento encontram-se a expansão da procura agregada, por um lado, e a
existência de constrangimentos do lado oferta, por outro.
A expansão da procura agregada pode ser justificada pelo aumento dos meios de pagamento induzidos pela
expansão do crédito (ao Tesouro e ao sector privado), enquanto os constrangimentos do lado da oferta estão
relacionados com problemas de limitação das infra-estruturas (por exemplo, a fraca capacidade de escoamento
de produtos a partir do porto de Luanda).
O saldo do OGE deverá situar-se em +2% do PIB contra +9,9% em 2006. Para este desempenho concorre
principalmente uma diminuição da proporção das receitas fiscais em 1,4 p.p. e o aumento das despesas correntes
em 7.1 p.p. (do qual 4 p.p. refere-se a bens e serviços e 1,8 p.p. a remunerações dos empregados).
19
A ECONOMIA EM ANGOLA
Relatório e Contas
2007
MERCADO MONETÁRIO
Os meios de pagamento M3 aumentaram em Dezembro 39% face a igual período de 2006. As componentes
com um aumento mais significativo foram os títulos (+140%) e os depósitos em MN (+88%). (Os depósitos em
ME tiveram um crescimento de +25%).
Inflação e agregados monetários (taxa var.homóloga)
80
12,6
60
12,4
53
60
12,2
39
40
12,0
14
20
11,8
0
11,6
-20
11,4
Jan 07 Fev 07 Mar 07 Abr 07 Mai 07 Jun 07 Jul 07 Ago 07 Set 07 Out 07 Nov 07 Dez 07
Base monetária (esc. esq.)
Massa monetária (M2) (esc. esq.)
Taxa de inflação (esc. direita)
Fonte: BNA
Stock mensal de TBC nos bancos comerciais MUSD
3,401
3.500
2,833
3.000
2.500
2.000
1.500
1,368
1.000
500
0
Dez-05
Mar-06
Jun-06
Set-06
Dez-06
Mar-07
Jun-07
Set-07
Dez-07
Fonte: BNA
De forma a conter a tendência de aumento da inflação no 1º trimestre de 2007, o BNA adoptou as seguintes medidas:
i) Aumento das emissões de TBC (o stock passou de 1.368 MUSD em Dezembro de 2006 para 1.654
MUSD em Janeiro de 2007);
ii) Aumento da taxa de redesconto;
iii) Alteração do cálculo das reservas obrigatórias, baixando de 75%1 para 50% o saldo de reservas
remuneradas;
iv) Aumento das taxas de juros dos títulos do banco central.
1
De acordo com o Instrutivo até então em vigor, 7,5% das reservas podiam ser mantidas em Títulos do banco central com vencimento superior a 91 dias.
20
A ECONOMIA EM ANGOLA
Relatório e Contas
2007
Em Setembro, e em virtude a persistência inflacionista (a taxa de variação homóloga passou de 12,2% em Abril
para 12,4%), o BNA voltou a alterar as regras de cálculo, deixando de remunerar as reservas obrigatórias.
Esta alteração implicou o resgate de títulos junto do BNA, tendo o stock diminuído de 3.041 MUSD em Agosto
para 2.790 MUSD em Outubro.
Inflação vs taxa de redesconto e TBC
19,57
19,99
20
18,30
14,99
16 14,0
12
8 6,33
4
0
Dez-06
Fev-07
Abr-07
Jun-07
Ago-07
Out-07
Dez-07
Taxa de inflação (últ. 12 meses)
Taxa de redesconto
Taxa TBC 91 dias
Taxa TBC vs crédito
20
14,99
16
11,41
12
9,0
8
8,64
4 6,47
0
Dez-06
Fev-07
Abr-07
Jun-07
Ago-07
Out-07
Dez-07
Taxa TBC 91 dias
Crédito MN (180 dias a 1 ano)
Crédito ME (180 dias a 1 ano)
Fonte: BNA
Com o aumento das taxas de juro de TBC verificou-se também o aumento das taxas de crédito em moeda
nacional, tendo atingido 20% em Setembro de 2007. No último trimestre verificou-se uma quebra das taxas
de juro do crédito em moeda nacional para 11,4%. Quando ao crédito em moeda estrangeira, as taxas de juro
mantiveram-se próximo de 9% ao longo do ano.
As elevadas taxas de juro para o crédito em moeda nacional, em conjugação com a estabilidade de Kwanza
face ao USD, têm implicado a procura de crédito denominado em USD por parte dos clientes a taxas de juro
mais baixas (conforme referido, a média situa-se em 9%) e o aumento da poupança na moeda Kwanza.
21
A ECONOMIA EM ANGOLA
Relatório e Contas
2007
Conforme demonstram os gráficos a seguir, o crédito em moeda estrangeira (ME) cresceu em 2007 a um ritmo
superior ao crédito em moeda nacional (MN) (respectivamente, 89% contra 82%) enquanto os recursos dos
bancos denominados em MN cresceram a um ritmo bastante superior aos em ME (102% contra 39%), tendo
inclusive o valor total dos recursos em MN ultrapassado no último trimestre o valor dos recursos em ME.
Recursos - Consolidado da banca comercial
MUSD
8.000
7.388
7.000
6.000
7.173
5.245
5.000
4.000
3.000
3.907
2.000
1.000
0
Dez 06 Jan 07 Fev 07 Mar 07 Abr 07 Mai 07 Jun 07 Jul 07 Ago 07 Set 07 Out 07 Nov 07 Dez 07
Recursos ME
Recursos MN
Crédito - Consolidado da banca comercial
MUSD
6.000
5.000
4.773
4.000
3.000
2.000
1.016
1.000
0
2.555
2.577
1.902
1.565
663
Dez 06 Jan 07 Fev 07 Mar 07 Abr 07 Mai 07 Jun 07 Jul 07 Ago 07 Set 07 Out 07 Nov 07 Dez 07
Crédito ao tesouro
Crédito ME
Crédito MN
A combinação de elevada disponibilidade de moeda estrangeira no país (por via do aumento das exportações
e do preço do petróleo) e de taxas de juro domésticas mais elevadas poderá colocar o sistema bancário mais
exposto ao risco cambial no caso da valorização da moeda (e, em sentido contrário, os devedores de crédito
mais expostos ao risco cambial no caso da desvalorização da moeda).
22
ECONOMIA EM ANGOLA
Relatório e Contas
2007
A colocação no mercado interno de obrigações do tesouro denominadas em moeda estrangeira
também exigem dos bancos locais maior cuidado na gestão da sua exposição cambial: em 2007 foram
adquiridos 1.891 MUSD de títulos do Tesouro, dos quais 1.000 MUSD refere-se à emissão especial de obrigações
do tesouro em USD, realizada em Novembro de 2007, e o restante corresponde à aquisição de títulos
denominados em Kwanzas indexados ao USD2.
MERCADO CAMBIAL
O volume de vendas nos leilões do BNA atingiu 6.705 MUSD, representando um crescimento de 21% face a
2006 (+1.172 MUSD). Para este crescimento contribuíram as vendas de Outubro e Novembro de 2007, com
+746 MUSD em relação a 2006. Parte da explicação para este aumento poderá ser encontrada na aquisição
de divisas por parte dos bancos para a subscrição da emissão especial de obrigações do tesouro em USD para
o programa de reconstrução nacional (o valor total da emissão foi de 1.000 MUSD).
Vendas acumuladas nos leilões do BNA
MUSD
8.000
7.000
6.705
6.000
5.533
5.000
4.124
4.000
4.386
3.000
2.000
1.000
0
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
2006
2007
Fonte: BNA (X25)
2
Dado o saldo positivo de caixa do OGE, não são emitidos Bilhetes do tesouro desde final de Dezembro de 2005.
Estes são os únicos títulos do tesouro denominados em Kwanzas
23
A ECONOMIA EM ANGOLA
Relatório e Contas
2007
Vendas mensais nos leilões do BNA
MUSD
81
1.000
917
800
600
768
594
518
400
528
493
353
389
407
628
79
634
77
477
75
200
0
73
Jan 07 Fev 07 Mar 07 Abr 07 Mai 07 Jun 07 Jul 07 Ago 07 Set 07 Out 07 Nov 07 Dez 07
Total (esc. esq.)
Taxa média câmbio (esc. direita)
Fonte: BNA (X25)
A taxa de câmbio teve uma apreciação brusca de 6% em Maio de 2007, para o patamar de 1 USD = 75,00
Kwanzas, depois de se ter mantido desde finais de 2005 no patamar de 1 USD = 80,00 Kwanzas. Esta apreciação
ocorreu em simultâneo com as medidas de ajustamento na política monetária introduzidas pelo BNA (reservas
obrigatórias, taxa de redesconto e taxa de juros dos TBC anteriormente explicadas). Não tendo havido
alterações substanciais na procura de divisas por parte dos bancos, conforme demonstra o gráfico acima
representado, deduz-se que a apreciação do Kwanza foi induzida pelo BNA.
Vendas de USD nos leilões do BNA por Banco - 2007
BRK 3%
BS 4%
BAI 4%
BANC 0,3%
BCA 3%
BCI 0,3%
BCP 4%
BESA 17%
Outros 1%
BTA 0,3%
BF 18%
NVB 0,1%
BIC 27%
VTB 0,0%
BNI 3%
BPA 5%
BPC 12%
24
ECONOMIA EM ANGOLA
Relatório e Contas
2007
AMBIENTE CONCORRENCIL
Em Dezembro de 2007 estavam a operar 17 bancos em Angola, representando os cinco maiores 82,3% da
quota de recursos totais do mercado. Actualmente encontram-se licenciados mais três bancos que ainda não
iniciaram as suas operações. O crescimento dos recursos totais em 2007 face a 2006 foi de 55%.
Crescimento dos recursos (Dez.2006/2007)
820%
BNI
1464%
BPA
72%
BIC
NVB
24%
KEVE
31%
72%
BESA
106%
SOL
26%
BTA
37%
BPC
67%
BCP
BFA
41%
BCI
35%
BCA
5%
BAI
47%
Mercado
55%
Fonte: BNA (Contas monetárias)
Quota de recursos em Dezembro de 2007
Total do qual:
MUSD
SPA e FPA
BAI
BFA
BPC
BIC
BESA
Grupo I
BCI
SOL
BTA
BNI
BPA
BCP
BCA
KEVE
Restantes *
Grupo II
Total
3.269
2.931
2.483
2.104
1.202
11.990
539
438
358
346
271
228
202
148
46
2.576
14.566
241
48
1.143
138
226
1.797
134
25
46
6
4
3
24
3
0
247
2.044
Quota
22,4%
20,1%
17,0%
14,4%
8,3%
82,3%
3,7%
3,0%
2,5%
2,4%
1,9%
1,6%
1,4%
1,0%
0,3%
17,7%
100,0%
* BANC, NVB, BDA e VTB • SPA = Sector público administrativo; • FPA = Fundos públicos autónomos
25
ANÁLISE
FINANCEIRA
ANÁLISE FINANCEIRA
Relatório e Contas
2007
RESULTADOS E RENTABILIDADE
Os resultados líquidos atingiram +5,9 MUSD em 2007 apresentando um crescimento de 30% face ao ano
anterior.
A análise dos resultados em percentagem do activo médio evidencia uma ligeira diminuição da rentabilidade
do activo médio (ROAA) de 3,9% para 3,2%. O principal factor que explica esta diminuição foi o aumento das
provisões, relacionado com o aumento das garantias prestadas pelo banco, e que se situou em 2,3% em 2007
(0,5% em 2006).
ROAE
35%
23%
22%
14%
2005
2006
2007
2007
Ajustado
Análise da rentabilidade
2006
2007
Taxa da margem financeira
5,2
6,3
Lucros em oper.financeiras (líq.)
3,7
3,8
Comissões (líq.)
3,2
3,3
Outros proveitos e lucros
0,4
0,2
12,5
13,6
Custos de estrutura
6,5
6,4
Resultado de Exploração
6,0
7,2
Produto bancário
Provisões (líq.)
0,5
2,3
Resultados extraordinários (líq.)
0,5
0,1
Resultado antes de impostos
6,0
5,0
Provisão p/impostos s/lucros
2,1
1,7
Lucro líq.atribuivel ao Banco (ROAA)
3,9
3,2
Multiplicador (ATM / FPM)
5,9
4,3
23,0
13,9
Lucro líq.atribuivel aos accionistas (ROAE)
ATM = Activo total médio; FPM = Fundos próprios médios • ROAE = ROAA x Multiplicador
ROAE = Return on average equity • ROAA = Return on average assets
27
ANÁLISE FINANCEIRA
Relatório e Contas
2007
A rentabilidade dos capitais próprios (ROAE) diminuiu de 23% para 13,9% decorrente do efeito das provisões
(explicado acima) e da redução da alavancagem média em função do efeito do aumento do capital de 10
MUSD para 50 MUSD efectuado em Dezembro. Caso não se considerasse o aumento do capital realizado
em dinheiro (30 MUSD), o ROAE comparável a 2006 seria de 22%.
Produto bancário
13,2
5,7
8,4
8,0
6,0
2005
2006
11,4
MUSD
Margem financeira
Resultados operações financeiras
Comissões (líq.)
Outros proveitos e lucros
Margem complementar
Produto bancário
2007
2006
2007
Var.%
6,0
4,3
3,7
0,5
8,4
14,4
11,4
6,9
6,0
0,3
13,2
24,6
90%
60%
63%
-30%
56%
70%
A decomposição dos efeitos determinantes da margem financeira demonstra que a melhoria da margem
financeira em 5,4 MUSD foi essencialmente devido ao efeito volume (4,2 MUSD).
MUSD
Disponibilidades à vista s/instituições de crédito
Outros créditos s/instituições de crédito
Créditos sobre clientes (bruto)
Obrigações e outros títulos
Activos remunerados
Depósitos a prazo
Recursos de outras entidades
Passivos remunerados
Δ Margem financeira
Efeito volume
Efeito spread
Var.%
-0,1
0,5
4,2
0,2
4,9
0,7
0,0
0,7
4,2
0,1
0,0
0,6
0,9
1,7
0,5
-0,1
0,4
1,3
0,0
0,6
4,9
1,1
6,6
1,2
-0,1
1,1
5,4
28
ANÁLISE FINANCEIRA
Relatório e Contas
2007
Os resultados em operações financeiras (que incluem apenas as operações cambiais) aumentaram 60% face
a 2006. Este resultado foi influenciado pelo aumento do volume de operações de compra e venda de divisas
e, em menor grau, pela apreciação do Kwanza face ao USD, decorrente da adopção de uma política de
manutenção de posições cambiais curtas.
As comissões tiveram um aumento de 63% essencialmente em resultado (i) do aumento das ordens de
pagamento emitidas em moeda estrangeira, no total de 303 MUSD (+48% face a 2007) e, (ii) do aumento das
comissões decorrentes da cobrança de direitos aduaneiros nas alfândegas (+83% face a 2006).
Custos de estrutura
11,6
7,5
6,5
2005
MUSD
2007
2006
2006
2007
Var.%
Custos com o pessoal
Forn. e serviços de terceiros
Outros custos e prejuízos
Gastos administrativos
Amortizações
Custos de estrutura
2,3
3,1
0,9
6,3
1,2
7,5
4,2
5,6
0,5
10,3
1,3
11,6
85%
80%
-46%
64%
9%
55%
Nº colaboradores (Dez.)
136
161
18%
Os custos de estrutura registaram um aumento de 55% (+4,1 MUSD) essencialmente como resultado do
aumento do quadro do pessoal (+25 colaboradores), em função da expansão da rede comercial, e do ajustamento
da tabela salarial em Abril.
Os custos com fornecimentos e serviços externos aumentaram 80% em função do crescimento da actividade,
com destaque para o aumento dos custos com conservação e reparação.
O rácio de eficiência (custos de estrutura em percentagem do produto bancário) situou-se em 47,2%, menos
4,7 p.p face a 2006. O aumento do produto bancário em +10,1 MUSD, superior ao aumento dos custos de
estrutura (+4,1 MUSD) influenciou o desempenho deste indicador.
29
ANÁLISE FINANCEIRA
Relatório e Contas
2007
Rácio de eficiência (cost-to-income)
51,9
47,7
2005
47,2
2006
2007
ACTIVO
O activo totalizou 228,7 MUSD em 2007, representando um crescimento de 73% face a 2006. Para o crescimento
do activo concorreu, em especial, o crédito a clientes (+91%) e as aplicações em Títulos.
Disponibilidades e aplicações financeiras
Crédito
Obrigações e outros títulos
Imobilizações
Outros activos
Total do Activo
2006
2007
Var.%
58,9
54,4
6,2
9,2
3,7
132,3
70,6
104,0
32,8
14,2
7,0
228,7
20%
91%
426%
55%
88%
73%
O valor bruto da carteira cresceu 90% no ano, totalizando 55,8 MUSD. O sector privado Empresarial continua
a ser o que evidencia o maior crescimento, em função deste representar o mercado alvo do Banco.
Crédito
105,8
55,8
31,3
2005
2006
2007
30
ANÁLISE FINANCEIRA
MUSD
Sector Público Empresarial
Empresas
Particulares
Crédito
Garantias prestadas
Créditos documentários
Relatório e Contas
2007
2006
2007
Var.%
2,3
49,1
4,4
55,8
3,3
8,6
67,6
2,1
98,5
5,2
105,8
46,6
14,6
167,0
-7%
101%
19%
90%
1317%
70%
147%
Os indicadores de desempenho evidenciam uma melhoria na qualidade da carteira, com destaque para
a diminuição de 5% para 3% do rácio de crédito vencido sobre o total de crédito.
MUSD
Crédito interno
Crédito vencido
Crédito bruto
Provisões para crédito vencido
Crédito líquido
Rácio de crédito sobre depósitos
Rácios cobertura / risco de crédito:
Prov. p/créd.vencido / Cred.vencido
Prov. p/créd.vencido / Cred.total
Crédito vencido / Total crédito
2006
2007
Var.%
52,7
3,1
55,8
-1,4
54,4
57%
102,8
3,0
105,8
-1,8
104,0
84%
95%
-3%
90%
28%
91%
45%
3%
5%
60%
2%
3%
PASSIVO
Do lado do passivo, destacam-se os Recurso de clientes que atingiram um saldo de 144,8 MUSD (+40%) e os
Recursos de instituições de crédito, com 8,9 MUSD.
O saldo de Recursos de instituições de crédito refere-se a uma tomada de liquidez em Kwanzas junto de um
banco na praça por dois dias, no valor de 3,6 MUSD, e a duas tomadas de fundos num banco no exterior na
sequência de empréstimos concedidos a dois clientes.
Recursos de IC
Recursos de clientes
Outros passivos
Fundos Próprios
Passivo e Fundos próprios
2006
2007
Var.%
0,0
103,2
6,7
22,5
132,3
8,9
144,8
13,1
61,9
228,7
40%
96%
175%
73%
31
ANÁLISE FINANCEIRA
Relatório e Contas
2007
Os recursos de clientes aumentaram 40% influenciado pelo aumento dos depósitos de empresas e dos repasses
de títulos do banco central (TBC) a clientes devido à melhoria das taxas de juro no mercado primário e, em
simultâneo, à adopção de uma política de fomento de poupança.
Recursos de clientes
144,8
103,2
74,6
2005
MUSD
Sector Público Administrativo
Sector Público Empresarial
Empresas
Particulares
Não residentes
Depósitos de clientes
Outros recursos
2007
2006
2006
2007
Var.%
0,6
8,9
67,8
17,4
0,4
95,1
8,1
103,2
0,4
3,6
94,4
24,2
0,6
123,1
21,7
144,8
-29%
-60%
39%
39%
30%
29%
168%
40%
Os depósitos de clientes continuam ser caracterizados pela predominância em moeda estrangeira, representando
68% do total. Considerando a totalidade dos recursos, que incluem para além dos depósitos, os títulos repassados,
o peso da moeda estrangeira baixa para 58%.
32
ANÁLISE FINANCEIRA
Relatório e Contas
2007
FUNDOS PRÓPRIOS E RÁCIO DE SOLVABILIDADE
Os fundos próprios totalizaram 61,9 MUSD, tendo sido reforçados em 39,4 MUSD com origem sobretudo no
aumento de capital para 50 MUSD.
De acordo com as normas do BNA, o rácio de solvabilidade situou-se em 30,4%. O rácio de fundos
próprios de base situou-se em 29,1% (este rácio é essencialmente constituído por capital e reservas)
O rácio de solvabilidade regulamentar aumentou devido ao aumento do capital social do Banco. Este rácio
foi parcialmente afectado em 2007 com as novas deduções aos fundos complementares definidas no Aviso
nº 5/07 de 12 de Setembro.
Dez-2006
MUSD, excepto %
Total de
activos
Dez-2007
APR
Total de
activos
APR
Activos ponderados
Com factor 0%
38,6
0,0
65,4
0,0
Com factor 20%
25,7
5,1
35,3
7,1
Com factor 50%
1,1
0,5
0,2
0,1
Com factor 100%
77,8
77,8
187,0
187,0
143,2
83,5
287,8
194,2
Fundos próprios
Base
18,2
56,5
2,6
2,5
20,8
59,0
Nível I
21,8%
29,1%
Nível II
3,1%
1,3%
24,9%
30,4%
Complementares
Rácio de solvabilidade
33
PRINCIPAIS
ACÇÕES
DESENVOLVIDAS
PRINCIPAIS ACÇÕES DESENVOLVIDAS
Relatório e Contas
2007
PRINCIPAIS ACÇÕES DESENVOLVIDAS
Durante 2007 as principais acções desenvolvidas tiveram por objectivo a implementação do plano de negócios
para o triénio, de onde se destaca:
• Aumento do capital social para 50 MUSD;
• Criação da Banca de Investimento;
• Segmentação da Banca comercial;
• Reforço da estrutura orgânica (de onde se destaca a criação da direcção de Recursos humanos
e do comité de controlo interno);
• Comunicação da mudança para o mercado, com base em factores de credibilidade, solidez
financeira, confidencialidade e agilidade, tratamento personalizado e disponibilidade,
• Abertura de balcões em centros com Médias e Grandes Empresas;
• Abertura do canal do Internet Banking (Empresas e Private).
ACTIVIDADE COMERCIAL
Foram abertos cinco novos balcões, dos quais dois têm a categoria de agência (Huambo e Luanda) e três a
categoria de posto de atendimento (Soyo, Lubango e Namibe).
A actividade comercial nas províncias fora de Luanda consistiu na captação de novos clientes e no envolvimento
dos colaboradores das agências na educação financeira dos clientes. Esta educação passou entre outros, por
abordagens comerciais explicando os benefícios da utilização do banco, pela fomentação da cultura de
poupança tendo por base a oferta de elevadas taxas de juro em Kwanzas e pelos esclarecimentos junto dos
clientes.
As acções das agências traduziram-se num aumento em 2007 de 100% dos clientes do Banco.
Número de clientes - Por Sectores
15.166
13.830
6.628
7.631
1.003 1.336
Empresas
Particulares
Total
2006
2007
35
PRINCIPAIS ACÇÕES DESENVOLVIDAS
Relatório e Contas
2007
Número de clientes - Por Províncias
Província
2006
2007
Variação
Luanda
Kwanza-Sul
Benguela
Huambo
Lubango
Namibe
Soyo
3.423
3.907
299
2
0
0
0
7.631
6.456
6.345
1.112
697
521
16
19
15.166
3.033
2.438
813
695
521
16
19
7.535
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
O plano da direcção de sistemas de informação tem por objectivo a melhoria substancial dos serviços aos
clientes, resposta às suas necessidades bem como às necessidades de todas as áreas internas do Banco. As
principais acções empreendidas em 2007 foram:
• Reforço da equipa;
• Reestruturação da rede física dos balcões;
• Redundância de comunicações dos balcões;
• Criação do domínio interno (bancokeve.ao);
• Implementação do novo sistema de front-office em ambiente Web;
• Reforço das políticas de segurança: instalação de servidor anti-virus e firewall de segurança; activação de
serviços de segurança e acessos;
• Upgrade para o I5 520;
• Automatização do tratamento das mensagens SPTR e SWIFT.
36
PRINCIPAIS ACÇÕES DESENVOLVIDAS
Relatório e Contas
2007
BANCARIZAÇÃO NO WAKU KUNGO: A EXPERIÊNCIA DO BANCO KEVE
Para a bancarização da população do Waco Kungo, a nossa agência tem pautado pela sensibilização dos
agricultores e comerciante com maior incidência aos desmobilizados de guerra provenientes da UNITA
e MPLA enquadrados no projecto Aldeia Nova.
Esta sensibilização tem sido feita directamente a partir dos centros comerciais, na agência e nos aldeamentos
do projecto acima citado.
Nos centros comerciais, expomos os nossos serviços e produtos aos comerciantes incentivando-os a aderirem
a abertura de contas a fim de evitarem certos constrangimentos nas suas actividades visto que muitos
destes comerciantes preferem circular com grandes somas de valores para a aquisição de
mercadorias fora da localidade, estando desta forma expostos a grandes riscos.
A arrecadação de receitas fiscais é um dos factores que vieram impulsionar esta actividade. Anteriormente
esta actividade era efectuada pela repartição fiscal local. Passando esta a ser efectuada pelo banco, muitos
clientes a princípio tinham o receio de entrar no Banco, mas aos poucos foram familiarizando-se com a
banca. Havia pessoas que viam antes o banco como uma instituição que iria usurpar os seus recursos e
muitas nem sabiam o que é a banca.
Verificamos actualmente que já não têm este tipo de tipo de comportamento, pois fizemo-los entender que
estamos presentes para os servir e esclarecer quaisquer dúvidas relacionadas com a nossa actividade no
município. Neste âmbito efectuam aberturas de contas e pedem esclarecimentos sobre esta ou aquela
actividade.
Em relação aos mutuários do projecto Aldeia Nova, o nosso trabalho foi efectuado em colaboração com
o coordenador social do projecto e do I.R.S.E.M (Instituto de Reinserção Social dos Ex Militares), pois esta
actividade requeria uma maior atenção por nossa parte e não só, tendo em vista a proveniência dos
mesmos.
Para o efeito, coordenamos uma reunião para a sensibilização dos mesmos nas igrejas de cada aldeamento,
isto é aldeamentos 1,2,3,4,6 e 8 albergando cada 120 a 150 famílias. Posteriormente efectuamos os
preenchimentos das fichas do cliente e fichas de assinaturas.
Devido a situação social em que estavam antes de serem enquadrados ao projecto, mostram grandes
dificuldades no que tange a documentação: Bilhetes de identidade, Número de identificação fiscal (NIF),
preenchimento de cheques e outras, tendo em conta o baixo nível de escolaridade.
Todas as famílias aderiram os nossos serviços, e muitos já pensam na formação de cooperativas para terem
acesso a créditos para o aumento da sua produção. Requisitam cheques, consultam o saldo da conta e
efectuam transferências.
A Agência do Waku-Kungo, 23 de Fevereiro de 2008
37
PRINCIPAIS ACÇÕES DESENVOLVIDAS
Relatório e Contas
2007
ADMINISTRATIVA E CONTABILIDADE
Foram as seguintes as principais acções realizadas pela direcção administrativa e de contabilidade em 2007:
• Reforço da equipa;
• Fecho mensal e tempestivo das contas;
• Reconciliação dos correspondentes objecto de qualificação no relatório de auditoria de 2007;
• Implementação das reconciliações automáticas das contas com os correspondentes e BNA;
• Assegurar a reconciliação mensal entre os aplicativos informáticos;
• Elaboração do Relatório Financeiro Mensal;
• Início do processo de contabilidade analítica;
• Coordenação da abertura das novas agências e da renovação das existentes de forma a aumentar
o seu conforto e as adequar à nova imagem do Banco.
FINANCEIRA E MERCADOS
O objectivo principal definido passava, para além da criação de uma equipa de trabalho forte e coesa, pelo
estabelecimento de práticas e procedimentos de rotina de modo a assegurar o cumprimento eficaz das tarefas,
cumprindo com a legislação imposta pelo BNA e assegurando a rentabilização das operações financeiras do
Banco.
• Recrutamento da equipa;
• Estabelecimento de procedimentos de trabalho de rotina;
• Elaboração e divulgação de um Relatório Diário de Liquidez;
• Estabelecimento de limites de risco;
• Estruturação do preçário das taxas de juro e de câmbio;
• Revisão e reforço dos métodos de contagem de dinheiro;
• Formação no Finança.
Para assegurar a aderência a elevados e reconhecidos padrões de gestão, a direcção desenvolveu o seu plano
de actividades com base no documento Sound practices for managing liquidity in banking organisations - Basel
Comittee on Banking supervision, 2000, cujos principais princípios estão incluídos no Aviso nº 4/2006 de 10
de Março do BNA.
RECURSOS HUMANOS
O plano de recrutamento recursos humanos em 2007 consistiu num importante reforço dos colaboradores
da rede comercial, da equipa da direcção dos sistemas de informação e da direcção financeira e de mercados.
Iniciou-se o processo de selecção do director(a) de recursos humanos, tendo sido concluído, com a contratação
já em 2008. Outras áreas do banco foram também reforçadas pontualmente, de acordo com necessidades
específicas.
Assim, o número de colaboradores aumentou para 161 em 31 de Dezembro de 2007, representando um
crescimento de 68% face a 2006. A contratação de colaboradores jovens e sem experiência bancária prévia
constituem uma característica predominante nos processos de recrutamento para a rede comercial. Por sua
vez, o recrutamento para as áreas de suporte já tem em conta critérios mais exigentes, como sejam a
experiência profissional adquirida e o nível de formação académica.
38
PRINCIPAIS ACÇÕES DESENVOLVIDAS
Habilitações
Académicas
Indiferênciada
Ensino Médio
Frequência Universitária
Licenciatura
Relatório e Contas
Antiguidade
19%
46%
29%
6%
<=2 anos
3-5 anos
64%
36%
2007
Estrutura Etária
<26 anos
26-30 anos
31-35 anos
36-40 anos
>45 anos
29%
40%
22%
8%
1%
Para 2008, com o lançamento da direcção, o Banco irá conceber e implementar o qualificador de funções, criar
normas de gestão de carreiras e evolução profissional, bem como de um sistema de remuneração e compensação.
O Banco reconhece que para oferecer um serviço de excelência é fundamental a existência de colaboradores
bem qualificados, motivados e preparados para a dinâmica e exigência do sector bancário. Para tal o
investimento na formação dos colaboradores é contínuo, de forma proporcionar-lhes ferramentas e competências
que os auxiliam com vista a um melhor desempenho das suas funções.
Os principais pilares da formação têm consistido em programas de formação técnica de base e profissional,
garantidos por certificação através da parceria com o Instituto de Formação Bancária de Angola - IFBA e na
disseminação do conhecimento no campo da actividade bancária e financeira através de seminários/workshops
internos e externos.
O programa de formação é desenvolvido de acordo com as qualificações e funções dos destinatários:
• Trabalhadores de nível básico e médio com alguma experiência de trabalho na área bancária:
formação técnica bancária de base;
• Chefias intermédias e quadros e técnico superiores: cursos nas áreas de operações e técnicas
bancárias, gerências e gestores de contas de clientes, gestão comercial e marketing, contabilidade
e análise de empresas;
• Quadros superiores - cursos especializados e a formação académica superior.
No âmbito dos diversos programas de formação, em 2007, o Banco investiu em 23 acções de formação, nas
quais participaram 100 colaboradores, resultando num total de 311 horas de formação.
Em 2007, a administração teve o cuidado de fazer visitas ao IFBA no decorrer de alguns dos cursos, a fim de
realçar a importância destes, e de poder avaliar as condições de realização, assim como dos seus resultados.
39
PRINCIPAIS ACÇÕES DESENVOLVIDAS
Relatório e Contas
2007
CONTROLO INTERNO
O Banco dispõe de um comité de controlo interno, agregando as funções de auditoria interna, organização e
cumprimento (compliance). Em especial, o comité tem por objectivo assegurar a implementação do Aviso nº
2/2006 de 10 de Março do BNA sobre controlo interno.
O objectivo para o primeiro ano de actividade do comité consistiu na coordenação da função de auditoria e
na divulgação abrangente de regulamentos do BNA. Neste sentido, durante 2007 foram feitas acções de
formação e seminários internos de divulgação destes regulamentos, com destaque para o pacote publicado
em Setembro de 2007, que introduz novas regras prudenciais bancárias.
Na sequência da elaboração do novo plano de contas (Contif), aprovado em Setembro de 2007, e com entrada
em vigor definida para 1 de Janeiro de 2009, a administração e as Direcções de Contabilidade e de Sistemas
de Informação participaram intensamente nas acções de discussão técnica e de formação promovidas pelo
BNA.
O Banco tem assegurado ao mais alto nível presença activa nos grupos de trabalhos da Associação Angolana
de Bancos para as matérias fiscais, de contabilidade e prudenciais. Esta presença permite que as direcções
do Banco estejam permanentemente informadas sobre as matérias em discussão e mais alertas sobre os
impactos das alterações regulamentares.
Embora não se tivesse realizado seminários específicos, a prevenção do branqueamento de capitais foi tema
recorrente dos encontros da administração com os quadros do banco da Direcção Comercial.
40
PROPOSTA DE
APLICAÇÃO DE
RESULTADOS
PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS
Relatório e Contas
2007
PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS
Propomos que relativamente ao exercício de 2007, o resultado líquido seja transferido para:
Reservas legais (20%)
Reservas livres (80%)
Kwanzas
Equivalente em USD
87.935.539
351.742.155
439.677.694
1.172.114
4.688.458
5.860.572
42
DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Relatório e Contas
2007
BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO
Valores em milhares de Kwanzas (AOA) e de Dólares Americanos (USD)
Notas
2007
AOA
2006
AOA
2007
USD
2006
USD
3
2.699.462
2.597.036
35.982
32.358
Activo
Caixa e disponibilidades no Banco Central
Disponibilidades à vista s/instituições de crédito
4
622.276
690.371
8.294
8.602
Outros créditos s/instituições de crédito
5
1.977.605
1.437.893
26.360
17.916
Créditos sobre clientes
6
7.805.763
4.364.307
104.045
54.378
Obrigações e outros títulos
7
2.460.442
500.000
32.796
6.230
Imobilizações financeiras
8
337.193
325.005
4.495
4.049
Imobilizações incorpóreas
9
61.833
16.337
824
204
Imobilizações corpóreas e em curso
10
667.677
393.277
8.900
4.900
Outros activos
11
301.832
180.796
4.023
2.253
Contas de regularização
12
221.641
116.738
2.954
1.455
17.155.725
10.621.760
228.673
132.343
666.722
0
8.887
0
a) à vista
270.000
0
3.599
0
b) a prazo ou com pré-aviso
396.722
0
5.288
0
9.237.819
7.631.723
123.133
95.088
6.096.147
4.426.215
81.257
55.149
Total do Activo
Passivo
Recursos de instituições de crédito
Depósitos
13
14
a) à vista
b) a prazo ou com pré-aviso
3.141.672
3.205.508
41.876
39.939
15
1.628.395
650.932
21.705
8.110
-
-
-
-
Outros passivos
16
325.288
225.179
4.336
2.806
Contas de regularização
17
102.439
43.402
1.365
541
Provisões para riscos e encargos
18
552.560
267.699
7.365
3.335
492.132
207.271
6.560
2.583
60.428
60.428
805
753
12.513.222
8.818.935
166.792
109.881
4.000.000
800.000
53.317
9.968
202.825
557.962
2.704
6.952
Recursos de outras entidades
Responsabilidades representados por títulos
a) Provisões para riscos gerais de crédito
c) Outras provisões
Total do Passivo
Fundos próprios
Capital
Reservas
Resultados transitados
Resultados do exercício
19
Rubricas extrapatrimoniais
20
0
82.947
0
1.033
439.678
361.916
5.861
4.509
4.642.503
1.802.825
61.881
22.463
17.155.725
10.621.760
228.673
132.343
5.247.123
1.473.251
69.940
18.356
As notas anexas fazem parte destas demonstrações financeiras.
44
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Relatório e Contas
2007
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS
Valores em milhares de Kwanzas (AOA) e de Dólares Americanos (USD), excepto o resultado por acção.
Notas
2007
AOA
2006
AOA
2007
USD
2006
USD
21
856.788
482.188
11.420
6.008
Margem financeira estrita
Rendimento de títulos
-
-
-
-
Margem financeira
856.788
482.188
11.420
6.008
Resultados em operações financeiras
516.126
346.047
6.880
4.312
Comissões (líq.)
447.098
294.165
5.959
3.665
Outros proveitos e lucros
Produto bancário
24.308
37.071
324
462
1.844.320
1.159.470
24.583
14.447
Custos com o pessoal
22
312.937
181.032
4.171
2.256
Fornecimentos e serviços de terceiros
23
422.518
251.618
5.632
3.135
Outros custos e prejuízos
24
35.975
70.962
480
884
Amortizações
25
99.892
98.461
1.331
1.227
871.322
602.073
11.614
7.502
26
306.375
49.922
4.084
622
666.623
507.475
8.886
6.323
9.804
49.318
131
614
Custos de estrutura
Provisões (líq.)
Resultados correntes
Resultados extraordinários
27
Resultado antes de impostos
676.427
556.793
9.016
6.937
Provisão p/impostos s/lucros
236.750
194.878
3.156
2.428
Resultado líquido
Nº de acções
439.678
361.916
5.861
4.509
5.000.000
1.000.000
5.000.000
1.000.000
88
362
1,17
4,51
Resultado por acção
Resultado por acção ajustado*
440
5,86
* Ao número de acções antes do aumento do capital
As notas anexas fazem parte destas demonstrações financeiras.
45
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Relatório e Contas
2007
DEMONSTRAÇÃO DE ORIGENS E APLICAÇÕES DE FUNDOS EM 31 DE DEZEMBRO
Valores em milhares de Kwanzas (AOA) e de Dólares Americanos (USD)
Origem de Fundos
Gerados pelas operações:
Resultado líquido do exercício
Resultados transitados
Custos que não representam desembolsos de fundos:
Dotações para provisões,líquidas de reposições
Amortizações do exercício
Diminuição de activos:
Disponibilidade à vista sobre instituição de crédito
Outros créditos sobre instituições de crédito
Imobilizações financeiras
Imobilizações incorpóreas
Outros activos
Obrigações e Outros Títulos
Aumentos de passivos:
Recursos de outras instituições de crédito
Depósitos
Recursos de outras entidades
Outros passivos
Contas de regularização
Capital
Aplicação de Fundos
Aumentos de activos:
Caixa e disponibilidades no Banco Central
Disponibilidades à vista sobre instituições de crédito
Outros créditos sobre instituições de crédito
Créditos sobre Clientes
Obrigações e outros títulos
Imobilizações financeiras
Imobilizações corpóreas
Imobilizações incorpóreas
Outros activos
Contas de regularização
Diminuição de passivos:
Outros passivos
Contas de regularização
Utilizações de provisões e outros
Recursos de outras entidades
2007
AOA
2006
AOA
2007
USD
2006
USD
439.678
-
361.916
82.947
5.861
-
4.509
1.033
306.375
99.892
845.944
49.922
98.461
593.246
4.084
1.331
11.276
622
1.227
7.392
68.094
68.094
277.105
1.960.000
2.237.105
908
908
3.453
24.421
27.874
666.722
1.606.095
977.462
100.109
59.038
2.400.000
5.809.426
6.723.465
3.369.324
25.895
3.395.219
6.225.570
8.887
21.408
13.029
1.334
787
31.990
77.435
89.619
41.981
323
42.303
77.568
102.425
539.712
3.462.970
1.960.442
12.189
359.658
60.129
121.036
104.903
6.723.465
1.557.488
963.742
1.944.588
221.562
152.393
1.066
63.983
44.203
4.949.025
1.365
7.194
46.159
26.131
162
4.794
801
1.613
1.398
89.619
19.406
12.008
24.229
2.761
1.899
13
797
551
61.663
0
6.723.465
162.729
1.113.816
1.276.545
6.225.570
0
89.619
2.028
13.878
15.905
77.568
46
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Relatório e Contas
2007
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007
Valores em milhares de Kwanzas (AOA) e de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado.
1. ACTIVIDADE
O Banco Regional do Keve, S. A. é um Banco de capitais privados com sede no Sumbe, Kwanza Sul. Foi
constituído em 19 de Setembro de 2003. A actividade comercial foi iniciada no dia 1 de Outubro de 2003.
Por escritura pública de Dezembro de 2007, o Banco adoptou a abreviatura comercial «Banco Keve».
O objecto da sociedade é o exercício da actividade bancária nos termos permitidos por lei, que inclui a obtenção
de recursos de terceiros sob a forma de depósitos ou outros, os quais aplica, juntamente com os seus recursos
próprios, na concessão de empréstimos, depósitos no Banco Nacional de Angola (BNA), aplicações em
instituições de crédito, aquisição de títulos e em outros activos. Presta ainda outros serviços bancários e realiza
diversos tipos de operações em moeda estrangeira.
O Banco foi constituído com um capital de 456.000.000 AOA (equivalente ao contravalor de 5.700.000 USD),
representado por 570.000 acções nominativas de oitocentos Kwanzas cada, tendo sido integralmente subscrito
e realizado em dinheiro.
Em 2006, o Banco registou um aumentou do capital para 800.000.000 AOA (equivalente a 10.000.000 USD)
sendo a importância do aumento de 344.000.000 AOA, integralmente realizados em dinheiro, passando a
estar representado por 1.000.000 acções nominativas de oitocentos Kwanzas cada.
Durante o exercício de 2007, o Banco aumentou o seu capital para 4.000.000.000 AOA (equivalente a
50.000.000 USD) sendo 2.400.000.000 AOA por entrada em numerário e 800.000.000 AOA por incorporação
de reservas, passando a estar representado por 5.000.000 acções nominativas de oitocentos Kwanzas cada.
2. BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
As demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base
nos livros e registos mantidos pelo Banco, de acordo com os princípios contabilísticos estabelecidos no Plano
de Contas das Instituições Financeiras, conforme definido no Instrutivo n° 13/99, de 1 de Setembro, do BNA e
actualizações subsequentes.
No processo de transposição para USD das demonstrações financeiras e dos mapas apresentados foi utilizada
a taxa de referência publicada pelo BNA a 31 de Dezembro:
2006
2007
1 USD = 80,2592 AOA
1 USD = 75,0230 AOA
47
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Relatório e Contas
2007
As políticas contabilísticas que se seguem são aplicáveis as demonstrações financeiras em 31 de Dezembro
de 2007:
a) Especialização de exercícios
O Banco segue o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à grande generalidade
das rubricas das demonstrações financeiras.
b) Operações em moeda estrangeira
As operações em moeda estrangeira são registadas de acordo com os princípios do sistema "multi-currency",
sendo cada operação registada exclusivamente em função das respectivas moedas. Este método prevê que
todos os saldos expressos em moeda estrangeira sejam convertidos para Kwanzas com base na taxa média
de referência publicada pelo BNA.
Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a prazo são imediatamente
registadas na posição cambial. Sempre que estas operações conduzam a variações dos saldos líquidos das
diferentes moedas, há lugar à movimentação das contas de posição cambial, à vista ou à prazo, cujo conteúdo
e critério de reavaliação são como se segue:
Notas e moedas estrangeiras
As notas e moedas estrangeiras são reavaliadas mensalmente com base nas taxas médias de referência
do BNA. As diferenças são registadas como custos ou proveitos do exercício.
Posição cambial à vista
A posição cambial à vista em cada moeda é dada pelo saldo líquido dos activos e passivos dessa moeda.
A posição cambial à vista é reavaliada diariamente com base na taxa média de referência do BNA, dando
origem à movimentação da conta de posição cambial (contravalor em moeda nacional), por contrapartida
de custos ou proveitos.
Posição cambial à prazo
Os contratos relativos a estas operações são reavaliados às taxas de câmbio a prazo do mercado ou, na
sua ausência, através do seu cálculo com base nas taxas de juro aplicáveis ao prazo residual de cada
operação.
A diferença entre os valores em Kwanzas às taxas de reavaliação a prazo aplicadas e os contravalores em
Kwanzas à taxa contratada representa o proveito ou o custo da reavaliação da posição a prazo, sendo
registada em contas de Ganhos e Perdas em diferenças de reavaliação da posição cambial a prazo, por
contrapartida de uma conta de especialização de Reavaliação da posição cambial a prazo.
48
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Relatório e Contas
2007
c) Provisões para riscos de crédito
De acordo com o disposto no Instrutivo nº 9/98 de 16 de Novembro do BNA, são constituídas as seguintes
provisões para crédito:
i) Provisão para crédito e juros vencidos
Trata-se de uma provisão específica apresentada no activo a crédito da rubrica Créditos sobre clientes
(Nota 6) e destina-se a fazer face aos riscos de cobrança de empréstimos concedidos que se encontrem
vencidos. Esta provisão é calculada através da aplicação das seguintes percentagens mínimas de
provisionamento, segundo a antiguidade das prestações vencidas e não cobradas:
Até três meses
De três a seis meses
De seis meses a 1 ano
Mais de 1 ano
5%
25%
50%
100%
Adicionalmente, de acordo com o disposto na Directiva n° 17/98, de 16 de Novembro, do BNA, as
operações referentes a adiantamentos a depositantes (descobertos em depósitos à ordem) que não sejam
liquidadas no prazo máximo de 30 dias, são transferidas para a sub rubrica de crédito vencido 2813 Créditos de adiantamentos a depositantes e provisionadas a 100%.
ii) Provisão para riscos gerais de crédito
Encontra-se registada no passivo, no âmbito da rubrica Provisões para riscos e encargos (Nota 18)
e destina-se a fazer face a riscos de cobrança de crédito concedido e garantias e avales prestados, não
identificados especificamente.
A provisão para riscos gerais de crédito corresponde a um mínimo de 2% e a um máximo de 4%
do crédito concedido em situação normal das garantias e avales prestados e dos créditos documentários
de importação não garantidos à data do balanço. Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o Banco utilizou
a percentagem de 4% para efeitos da constituição da provisão para riscos gerais de crédito.
iii) Provisão para manutenção dos fundos próprios
As Provisões para manutenção dos fundos próprios são apuradas nos termos da Directiva nº 01/DSB/03
de 7 de Março do BNA, tendo como objectivo a protecção dos fundos próprios denominados em Kwanzas,
designadamente Capital social, Reservas, excepto Reservas para a reavaliação do imobilizado,
e Resultados transitados, contra o efeito da perda de poder de compra, medido pela variação do Kwanza
face ao USD.
O valor resultante desta actualização é reflectido numa conta de Provisões do exercício por contrapartida
da conta de Reservas para a manutenção dos fundos próprios. O valor desta Reserva só pode ser
utilizado para aumento do capital.
O Banco não procede à actualização dos fundos próprios desde o exercício de 2005 em virtude da
apreciação do Kwanza face ao USD.
49
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Relatório e Contas
2007
d) Imobilizações corpóreas
O Imobilizado corpóreo adquirido está valorizado ao custo de aquisição, e foi reavaliado mensalmente, nos
termos do ponto 2 do art°2 do Decreto nº 6/96, aplicando o coeficiente resultante da taxa de câmbio média
de referência do BNA em vigor no último dia do mês (Nota 10). Com a valorização do Kwanza face ao USD,
o Banco deixou de proceder à reavaliação a partir de Dezembro 2006.
As amortizações são calculadas pelo método das quotas constantes, em regime de duodécimos a partir do
mês de aquisição do bem, aplicando-se as taxas anuais máximas permitidas para efeitos fiscais, de acordo
com os seguintes períodos, que não diferem substancialmente da vida útil esperada:
Número de Anos
Imóveis de Serviço Próprio
Beneficiações em edifícios arrendados
Equipamento
Mobiliário e Material
Máquinas e Ferramentas
Equipamento Informático
Instalações Interiores
Equipamento de Segurança
Outro Equipamento
50
5 a 10
12
8
5 a 10
5
5 a 12
6
5
e) Imobilizações incorpóreas
Os custos incorridos com Despesas de constituição, Custos plurianuais e Custos com aquisição de software
são amortizados num período de três anos a partir do mês em que são adquiridos, segundo o método de quotas
constantes (Nota 9).
f) Despesas com custos diferidos
Incluem pagamentos a fornecedores liquidados antecipadamente para períodos entre seis meses e um
ano, sendo imputados mensalmente às contas de custos correspondentes (Nota 12).
g) Receitas com Proveitos diferidos
Nesta rubrica são registados os juros das aplicações no BNA, liquidados no momento da aquisição,
sendo imputados mensalmente às rubricas de Proveitos respectivas (Nota 16).
50
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Relatório e Contas
2007
h) Carteira de títulos
Atendendo às características dos títulos e à intenção quando da sua aquisição, a carteira de títulos do Banco
é valorizada da seguinte forma:
Títulos de negociação
Os títulos de negociação são adquiridos com o objectivo de aplicação a curto prazo.
Os Títulos do Banco Central (TBC) e os Bilhetes do Tesouro (BT) são emitidos a valor descontado
e registados pelo seu valor de reembolso (valor nominal). A diferença entre este e o custo de aquisição, que
constitui a remuneração do Banco, é reflectida no passivo na rubrica Receitas com proveito diferido (Nota
17), sendo reconhecida contabilisticamente como proveito ao longo do período compreendido entre a data
de compra e a data de vencimento dos títulos.
Os títulos cedidos a clientes com acordo de recompra permanecem registados na carteira de títulos do
Banco, sendo o montante da recompra registado na rubrica Operações de venda com acordo de recompra
(Nota 15).
Títulos de investimento
Os títulos de investimento são adquiridos com o objectivo de aplicação a médio e longo prazo.
As Obrigações do Tesouro (OT) adquiridas ao Ministério das Finanças a valor descontado são registadas
pelo valor de reembolso (valor nominal). A diferença entre o custo de aquisição e o valor nominal destes
títulos, que corresponde ao desconto verificado no momento da compra é reconhecida contabilisticamente
como proveito entre a data de aquisição e a data de vencimento dos títulos. Os juros decorridos relativos
a estes títulos são contabilizados como proveitos a receber.
As OT em moeda nacional encontram-se indexadas à taxa de câmbio do USD e, consequentemente, estão
sujeitas a actualização cambial. Deste modo, o resultado da actualização cambial do valor nominal do
título, do desconto e do juro corrido, é reflectido na demonstração dos resultados do exercício em que
ocorre.
As OT em moeda estrangeira encontram-se registadas pelo seu valor nominal.
i) Participações e partes de capital em empresas coligadas
As Participações financeiras encontram-se contabilizadas ao custo de aquisição em Kwanzas, realizado no
momento da efectivação da participação, independentemente da moeda de realização (Nota 8).
j) Impostos sobre lucros
O Banco está sujeito ao regime fiscal consignado no Código do Imposto Industrial, sendo tributado pelo Grupo
A à taxa nominal de 35% (Lei nº 25/99 de 6 de Agosto), embora tenha vindo a liquidar os impostos dos anos
anteriores a uma taxa reduzida de 15%, pelo facto de ter a sua Sede no Sumbe.
De acordo com a legislação Angolana as declarações para impostos sobre lucros e outros impostos podem
ser sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais nos cincos anos subsequentes ao exercício
a que respeitam. O Conselho de Administração do Banco entende que eventuais correcções que possam
resultar dessas revisões não serão significativas para as demonstrações financeiras anexas.
51
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Relatório e Contas
2007
3. CAIXA E DISPONIBILIDADES NO BANCO CENTRAL
2007
AOA
2006
AOA
2007
USD
2006
USD
Notas e moedas nacionais
927.698
513.081
12.366
6.393
Notas e moedas estrangeiras
410.408
434.403
5.470
5.412
Caixa
Conta Movimento
935
0
12
0
1.339.042
947.484
17.848
11.805
1.360.420
1.649.552
18.133
20.553
2.699.462
2.597.036
35.982
32.358
Depósitos à ordem no Banco Central
Moeda nacional
De acordo com o Instrutivo nº 04/2007 de 30 de Agosto do BNA, as Instituições Financeiras Bancárias devem
constituir reservas mínimas obrigatórias apenas em moeda nacional a vigorar na semana D, calculadas
semanalmente sobre os saldos de fecho diário das contas de depósitos verificados na semana D-2. Essas
reservas correspondem a 15% sobre a média da base de incidência, deduzidas de 20% do saldo de caixa em
moeda nacional. Estes depósitos não são remunerados.
À data de 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o saldo de Depósitos à ordem no Banco Central inclui os montantes
de 1.174.668 e de 569.439 milhares de Kwanzas, respectivamente, relacionados com as Reservas mínimas de caixa.
4. DISPONIBILIDADES À VISTA SOBRE INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO
Depósitos à ordem no estrangeiro
Cheques a cobrar - No País
2007
AOA
2006
AOA
2007
USD
2006
USD
607.960
605.023
8.104
7.538
14.316
85.348
191
1.063
622.276
690.371
8.294
8.602
A rubrica Depósitos à ordem no estrangeiro engloba os saldos das contas junto dos bancos correspondentes
inserindo-se estes montantes na gestão da actividade corrente do Banco.
A rubrica Cheques a cobrar respeitam a valores em moeda nacional a aguardar pelo serviço de compensação
no dia útil seguinte.
52
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Relatório e Contas
2007
5. OUTROS CRÉDITOS SOBRE INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO
2007
AOA
2006
AOA
2007
USD
2006
USD
0
80.259
0
1.000
1.977.605
1.357.634
26.360
16.916
1.977.605
1.437.893
26.360
17.916
2007
AOA
2006
AOA
2007
USD
2006
USD
Aplicações em Instituições de Crédito no Estrangeiro
Aplicações a Curto Prazo
Depósitos a prazo
6. CRÉDITOS SOBRE CLIENTES
Crédito vincendo
Sector Público Empresarial
Empresas
Particulares
79.741
119.066
1.063
1.484
7.250.835
3.770.971
96.648
46.985
385.099
340.009
5.133
4.236
7.715.675
4.230.046
102.844
52.705
79.931
64.595
1.065
805
138.051
171.211
1.840
2.133
4.974
9.808
66
122
Crédito vencido
Sector Público Empresarial
Empresas
Particulares
Provisão para crédito e juros vencidos
222.956
245.615
2.972
3.060
7.938.631
4.475.661
105.816
55.765
-132.868
-111.354
-1.771
-1.387
7.805.763
4.364.307
104.045
54.378
As provisões para crédito e juros vencidos foram constituídas de acordo com as políticas descritas na alínea
c) da Nota 2.
53
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Relatório e Contas
2007
O escalonamento dos créditos sobre clientes por prazo residual de vencimento, em 31 de Dezembro é o
seguinte:
2007
AOA
2006
AOA
2007
USD
2006
USD
Até três meses
818.495
De três meses a seis meses
943.645
1.252.579
10.910
15.607
413.248
12.578
5.149
De seis meses a um ano
De um a três anos
103.021
241.167
1.373
3.005
728.980
277.111
9.717
3.453
De três a cinco anos
584.376
349.925
7.789
4.360
Mais de cinco anos
10.593
10.788
141
134
Em moeda nacional
Vencido
141.270
64.595
1.883
805
3.330.380
2.609.413
44.391
32.512
1.946.522
538.533
25.946
6.710
Em moeda estrangeira
Até três meses
De três meses a seis meses
995.101
702.824
13.264
8.757
De seis meses a um ano
158.184
192.041
2.108
2.393
De um a dois anos
747.708
338.920
9.966
4.223
De dois a cinco anos
601.494
41.203
8.017
513
Mais de cinco anos
112.154
20.906
1.495
260
47.088
31.821
628
396
4.608.251
1.866.248
61.425
23.253
7.938.631
4.475.661
105.816
55.765
Vencido
Em 31 de Dezembro de 2007, a estrutura da carteira de crédito a clientes por classificação da actividade
económica (CAE) é a seguinte:
2007
Agricultura
Pesca
Indústrias Transformadoras
Construção
Comércio
Transportes, Armazenagem e Comunicações
AOA
USD
%
388.318
5.176
4,9
22.240
296
0,3
655.314
8.735
8,3
559.350
7.456
7,0
3.583.954
47.771
45,1
261.945
3.492
3,3
Actividades Imobiliárias, Alugueres e serviços prestados às Empresas 1.419.527
18.921
17,9
Educação, Saúde e Acção Social
Particulares
Outros
9.504
127
0,1
1.033.886
13.781
13,0
4.593
61
0,1
7.938.631
105.816
100,0
54
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Relatório e Contas
2007
7. OBRIGAÇÕES E OUTROS TÍTULOS
2007
AOA
2006
AOA
2007
USD
2006
USD
0
400.000
0
4.984
2.205.000
100.000
29.391
1.246
2.205.000
500.000
29.391
6.230
Títulos de negociação
Bilhetes do Tesouro - MN
Títulos do Banco Central - MN
Títulos de investimento
Obrigações do Tesouro - MN
30.384
405
Obrigações do Tesouro - ME
225.058
0
3.000
0
255.442
0
3.405
0
2.460.442
500.000
32.796
6.230
As Obrigações do Tesouro - MN (OT-MN) referem-se a uma emissão especial relativa ao Programa Nova
Vida - Fase II e encontram-se indexadas à taxa de câmbio do USD. As OT-MN são emitidas em 15 séries.
Cada uma das séries tem um prazo de reembolso de 7 anos. À data de 31 de Dezembro de 2007 tinham sido
emitidas 10 séries. A responsabilidade do Banco a esta data, relativa às séries por emitir, é equivalente a
175.563 USD.
As Obrigações do Tesouro - ME referem-se à emissão no âmbito do Programa de Reconstrução Nacional e
apresentam um prazo de reembolso de 5 anos.
2007
AOA
2006
AOA
2007
USD
2.185.000
-
29.124
-
20.000
500.000
267
6.230
Maturidade dos Títulos em Carteira
Até três meses
De três meses a seis meses
2006
USD
De três a cinco anos
225.058
-
3.000
-
Mais de cinco anos
30.384
-
405
-
2.460.442
500.000
32.796
6.230
8. IMOBILIZAÇÕES FINANCEIRAS
Paricipação
2007
AOA
2006
AOA
2007
USD
2006
USD
ABANC-Associação Angolana dos Bancos
-
-
230
-
3
EMIS- Empresa Interbancária de Serviços
4,45%
36.898
36.898
492
460
SAGRIPEK
5,00%
2.167
2.167
29
27
GLOBAL SEGUROS SA
30,00%
285.020
285.020
3.799
3.551
GESTCALL-Gestão e Serviços de Atendimento
15,00%
690
690
9
9
0,95%
12.419
-
166
-
337. 193
325.005
4.495
4.049
Bolsa de Valores e Derivados de Angola
À data da emissão deste relatório ainda não estavam disponíveis as contas das empresas participadas referentes
ao exercício de 2007.
55
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Relatório e Contas
2007
9. IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS
Saldos
iniciais
Aumentos
Transf.
Abates
Reavaliações
Saldos
finais
Despesas de Constituição
18.848
-
-
-
-
18.848
Custos Plurianuais
18.978
10.146
-
-
-
29.124
Software
69.650
49.584
-
-
-
119.235
AOA
Activo bruto
Outras
Amortizações acumuladas
47. 150
400
-
-
-
47.549
154.627
60. 130
0
0
0
214.756
138.289
14.634
-
-
-
152.923
-
-
-
61.833
Transf.
Abates
Variação
cambial
Saldos
finais
-
-
16
251
16.337
USD
Saldos
iniciais
Aumentos
Activo bruto
Despesas de Constituição
235
Custos Plurianuais
236
135
-
-
17
388
Software
868
661
-
-
61
1.589
Outras
Amortizações acumuladas
587
5
-
-
41
634
1.927
801
0
0
134
2.863
1.723
195
-
-
120
2.038
-
-
-
824
204
56
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Relatório e Contas
2007
10. IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS
Saldos
iniciais
Aumentos
Transf.
Abates
Reavaliações
Saldos
finais
Imóveis de uso próprio
30.410
85.406
-
-
-
115.817
Obras em edifícios arrendados
57.146
3.260
-
-
-
60.406
Mobiliário e material
46.858
26.512
-
-
-
73.370
Máquinas e ferramentas
37.706
24.084
-
-
-
61.790
Equipamento informático
164.673
74.504
-
-
-
239.177
42.223
46.969
-
-
-
89.192
AOA
Activo bruto
Instalações interiores
Material de transporte
45.242
27.017
-
-
-
72.259
Equipamento de segurança
31.215
18.728
-
-
-
49.943
Outro equipamento
33.492
25.027
-
-
-
58.519
Património artístico
1.893
334
-
-
-
2.227
Imobilizações em curso
36.448
27.816
-
-
-
64.264
527.305
359.658
0
0
0
886.963
3.923
2.060
-
-
-
5.983
Amortizações acumuladas
Imóveis de uso próprio
Obras em edifícios arrendados
Mobiliário e material
2.736
1.287
-
-
-
4.023
11.256
6.149
-
-
-
17.405
Máquinas e ferramentas
12.140
7.277
-
-
-
19.417
Equipamento informático
45.097
31.261
-
-
-
76.358
Instalações interiores
12.555
12.385
-
-
-
24.940
Material de transporte
33.703
15.581
-
-
-
49.284
Equipamento de segurança
6.095
4.218
-
-
-
10.313
Outro equipamento
6.523
5.034
-
-
-
11.557
Outras imobilizações corpóreas
0
7
-
-
-
7
134.028
85.258
0
0
0
219.286
393.277
667.677
57
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
USD
Relatório e Contas
Saldos
iniciais
Aumentos
379
1.138
Transf.
Abates
Reavaliações
2007
Saldos
finais
Activo bruto
Imóveis de uso próprio
-
-
26
1.544
Obras em edifícios arrendados
712
43
-
-
50
805
Mobiliário e material
584
353
-
-
41
978
Máquinas e ferramentas
470
321
-
-
33
824
Equipamento informático
2.052
993
-
-
143
3.188
Instalações interiores
526
626
-
-
37
1.189
Material de transporte
564
360
-
-
39
963
Equipamento de segurança
389
250
-
-
27
666
Outro equipamento
417
334
-
-
29
780
Património artístico
Imobilizações em curso
24
4
-
-
2
30
454
371
-
-
-
857
6.570
4.794
0
0
427
11.823
Amortizações acumuladas
Imóveis de uso próprio
49
27
-
-
3
80
Obras em edifícios arrendados
34
17
-
-
2
54
Mobiliário e material
140
82
-
-
10
232
Máquinas e ferramentas
151
97
-
-
11
259
Equipamento informático
562
417
-
-
39
1.018
Instalações interiores
156
165
-
-
11
332
Material de transporte
420
208
-
-
29
657
Equipamento de segurança
76
56
-
-
5
137
Outro equipamento
81
67
-
-
6
154
0
0
-
-
0
0
1.670
1.136
0
0
117
2.923
Outras imobilizações corpóreas
4.900
8.900
11. OUTROS ACTIVOS
2007
AOA
2006
AOA
2007
USD
2006
USD
Governo Central - MN
53.641
15.412
715
192
Adiantamentos a fornecedores - MN
26.978
12.182
360
152
Empréstimos a empregados - MN
15.037
0
200
0
203.702
150.555
2.715
1.876
2.474
2.647
33
33
301.832
180.796
4.023
2.253
Devedores residentes - ME
Devedores não residentes - ME
A rubrica Devedores residentes - ME, no valor de 203.702.000 de Kwanzas, engloba créditos a colaboradores
do Banco.
58
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Relatório e Contas
2007
12. CONTAS DE REGULARIZAÇÃO DO ACTIVO
2007
AOA
2006
AOA
2007
USD
2006
USD
109.617
41.010
1.461
511
24.867
6.474
331
81
0
457
0
6
53.305
5.160
711
64
2
3.916
0
49
53.307
9.532
711
119
Proveitos a receber
De aplicações
Despesas com custo diferido
Outras despesas com custos diferidos
Outras contas de regularização activas
Diferenças de caixa
Fundos de maneio
Operações activas a regularizar
Outras contas de controlo
Operações cambiais a liquidar
Contas de controlo e de ligação
8
0
0
0
33.842
59.722
451
744
33.851
59.722
451
744
221.641
116.738
2.954
1.455
Na rubrica Proveitos a receber encontram-se contabilizados os juros do crédito concedido a clientes já
mensualizados nas rubricas de Proveitos mas que ainda não foram debitados aos clientes.
A rubrica Outras despesas com custos diferidos reflecte a periodificação, por 12 meses, dos emolumentos
notariais referentes ao aumento do capital.
13. RECURSOS DE INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO
2007
AOA
2006
AOA
2007
USD
2006
USD
No país - MN
270.000
0
3.599
0
No estrangeiro - ME
396.722
0
5.288
0
666.722
0
8.887
0
O saldo de Recursos de instituições de crédito no país - MN refere-se a uma tomada de liquidez junto de um
banco na praça por dois dias.
O saldo de Recursos de instituições de crédito no estrangeiro - ME reflecte duas tomadas de fundos ao BPN
- Banco Português de Negócios (Portugal) na sequência de empréstimos concedidos a dois clientes, sendo
uma, no valor de 2.620.000 USD, com vencimento em Janeiro de 2008 e a outra com vencimento em Dezembro
de 2008.
59
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Relatório e Contas
2007
14. DEPÓSITOS DE CLIENTES
2007
AOA
2006
AOA
2007
USD
2006
USD
18.001
27.497
240
343
Moeda nacional
Governo local
Fundos e serv.públicos autónomos
Sector público empresarial
Empresas
Particulares
Não residentes
12.334
18.012
164
224
137.306
364.446
1.830
4.541
2.016.595
1.410.097
26.880
17.569
720.442
450.166
9.603
5.609
12.262
13.465
163
168
2.916.940
2.283.682
38.881
28.454
129.068
349.147
1.720
4.350
Empresas
5.066.040
4.031.103
67.526
50.226
Particulares
1.094.887
945.838
14.594
11.785
Moeda estrangeira
Sector público empresarial
Não residentes
30.884
21.952
412
274
6.320.879
5.348.041
84.253
66.635
9.237.819
7.631.723
123.133
95.088
Decomposição dos depósitos a prazo por prazo de vencimento residual:
2007
AOA
2006
AOA
2007
USD
2006
USD
160.808
122.729
2.143
1.529
77.788
71.023
1.037
885
Moeda nacional
Até três meses
De três meses a seis meses
De seis meses a um ano
1.759
240.356
23
193.753
3.204
2.414
2.278.870
1.042.051
30.376
12.984
621.442
1.677.154
8.283
20.897
Moeda estrangeira
Até três meses
De três meses a seis meses
De seis meses a um ano
1.005
292.551
13
3.645
2.901.316
3.011.755
38.672
37.525
3.141.672
3.205.508
41.876
39.939
60
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Relatório e Contas
2007
15. OUTROS RECURSOS
2007
AOA
2006
AOA
2007
USD
2006
USD
1.624
2.113
22
26
Moeda nacional
Cheques e ordens a pagar
Cheques visados
Operações de venda com acordo de recompra
49.588
131.833
661
1.643
1.562.084
416.065
20.821
5.184
1.613.297
550.012
21.504
6.853
15.097
100.921
201
1.257
15.097
100.921
201
1.257
1.628.395
650.932
21.705
8.110
Moeda estrangeira
Recursos vinculados a operações cambiais
A rubrica Cheques visados representa o valor dos cheques visados emitidos mas que ainda não foram
apresentados na compensação.
A rubrica Operações de venda com acordo de recompra refere-se a títulos do BNA adquiridos pelos clientes
através da intermediação do Banco.
A rubrica Recursos vinculados a operações cambiais representa o saldo do valor dos contratos de recompra
de moeda estrangeira para importação de mercadorias e invisíveis correntes e poderá ser utilizado pelos
clientes apenas para abertura de cartas de crédito e emissão de ordens de pagamento em moeda estrangeira
conforme o Instrutivo nº 8/99 de 21 de Maio do BNA.
16. OUTROS PASSIVOS
2007
AOA
2006
AOA
2007
USD
2006
USD
53.209
25.818
709
322
Credores
Fornecedores - MN
Outros credores - MN
284
0
4
0
24.358
0
325
0
77.850
25.818
1.038
322
Imposto do selo
1.353
1.164
18
15
Imposto sobre rendimentos de trabalho dependente
4.273
831
57
10
Credores - ME
Sector público administrativo
Imposto sobre rendimentos de trabalho independente
Fundo de financiamento da segurança social
Imposto industrial a pagar - Exercício corrente
Outras exigibilidades
30
0
0
0
3.311
826
44
10
236.750
194.878
3.156
2.428
245.717
197.699
3.275
2.463
1.720
1.662
23
21
325.288
225.179
4.336
2.806
61
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Relatório e Contas
2007
17. CONTAS DE REGULARIZAÇÃO DO PASSIVO
2007
AOA
2006
AOA
2007
USD
2006
USD
De recursos alheios
39.271
21.723
523
271
De custos administrativos
21.440
11.270
286
140
0
0
0
0
60.710
32.993
809
411
29.059
9.914
387
124
0
494
0
6
29.059
10.408
387
130
3.755
0
50
0
3.755
0
50
0
Custos a pagar
De contas extrapatrimoniais
Receitas com proveito diferido
De aplicações
De operações extrapatrimoniais
Outras contas de regularização passivas
Diferenças de caixa
Compensação electrónica de valores
8.915
0
119
0
102.439
43.402
1.365
541
A rubrica Receitas com Proveitos Diferidos reflecte os juros das aplicações em Títulos colocados pelo BNA,
liquidados antecipadamente, os quais são mensalmente imputados às rubricas de proveitos respectivas
(alínea h) da Nota 2).
18. PROVISÕES
Saldos
iniciais
Reforços
Reposições
e anulações
Utilizações
Variação
cambial
Saldos
finais
169.202
165.755
-26.337
-
-
308.620
Crédito por assinatura
38.069
211.785
-66.343
-
-
183.512
Riscos diversos
60.428
0
-
-
60.428
AOA
Riscos gerais de crédito
Crédito concedido
Créditos e juros vencidos
USD
267.699
377.540
-92.680
0
0
552.560
111.354
114.957
-93.442
-
-
132.868
379.053
492.497
-186.122
0
0
685.428
Saldos
iniciais
Reforços
Reposições
e anulações
Utilizações
Variação
cambial
Saldos
finais
2.108
2.209
-351
-
147
4.114
474
2.823
-884
-
33
2.446
52
805
0
233
7.365
Riscos gerais de crédito
Crédito concedido
Crédito por assinatura
Riscos diversos
Créditos e juros vencidos
753
0
3.335
5.032
-1.235
1.387
1.532
-1.246
-
97
1.771
4.723
6.565
-2.481
0
330
9.136
As provisões foram constituídas de acordo com a política contabilística descrita na alínea c) da Nota 2.
62
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Relatório e Contas
2007
19. FUNDOS PRÓPRIOS
AOA
Saldos
iniciais
Aplicação
resultado
Aumentos
Incorporação
de reservas
Variação
cambial
Saldos
finais
3.200.000
800.000
-
4.000.000
Capital
800.000
-
Reserva legal
114.093
72.383
-
-
-
186.476
3.455
-
-
-
-
3.455
34.712
-
-
-34.712
-
0
405.701
289.533
-
-682.340
-
12.893
Reserva reavaliação imobilizado
Reserva manut.fundos próprios
Outras reservas
Resultados transitados
82.947
-
-
-82.947
-
0
Resultados do exercício
361.916
-361.916
439.678
-
-
439.678
1.802.825
0
3.639.678
0
0
4.642.503
Aplicação
resultado
Aumentos
Incorporação
de reservas
Variação
cambial
USD
Saldos
iniciais
Saldos
finais
Capital
9.968
-
30.000
10.000
3.349
53.317
Reserva legal
1.422
902
-
-
162
2.486
Reserva reavaliação imobilizado
43
-
-
-
3
46
Reserva manut.fundos próprios
432
-
-
-432
-
0
Outras reservas
5.055
3.607
-
-8.534
44
172
Resultados transitados
1.033
-
-
-1.033
-
0
4.509
-4.509
5.861
-
-
5.861
22.463
0
35.861
0
3.558
61.881
Resultados do exercício
Conforme referido na Nota 1, o Banco procedeu em 2007 ao aumento do capital para 4.000.000.000 AOA
(50.000.000 USD), tendo 800.000.000 AOA (10.000.000 USD) sido realizados por incorporação de reservas.
Em 31 de Dezembro de 2007, o capital social do Banco está representado por 5.000.000 acções de valor
nominal de 800 Kwanzas, equivalente a 100 USD ao câmbio da data constituição (1 USD = 80 AOA).
Estrutura accionista por escalões de participação:
Escalão
Antes do Aumento
% participação
Nº de
acumulada
accionistas
Depois do aumento
% participação
Nº de
acumulada
accionistas
Inferior a 2%
27,35%
24
27,61%
28
De 2 a 5%
67,47%
26
65,44%
22
Superior a 5%
5,18%
1
6,95%
1
100,00%
51
100,00%
51
Nos termos da legislação vigente, o Banco deverá anualmente constituir uma reserva legal no mínimo
correspondente a 20% do resultado líquido do exercício anterior. Esta reserva só poderá ser utilizada para a
cobertura de prejuízos acumulados, quando esgotadas as demais reservas constituídas.
63
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Relatório e Contas
2007
20. RUBRICAS EXTRAPATRIMONIAIS
2007
AOA
2006
AOA
2007
USD
2006
USD
Garantias e outros passivos eventuais
Garantias e avales prestados
3.492.881
263.672
46.557
3.285
Créditos documentários abertos
1.094.913
688.065
14.594
8.573
4.587.795
951.737
61.152
11.858
657.882
521.515
8.769
6.498
1.500
0
20
0
659.382
521.515
8.789
6.498
Responsabilidades por prestação de serviços
De depósito e guarda de valores
De cobrança de valores
Outras contas extrapatrimoniais
Juros vencidos
-54
-1
-1
0
5.247.123
1.473.251
69.940
18.356
À data de 31 de Dezembro de 2007 existiam ainda as seguintes responsabilidades assumidas e contratadas
(não reflectidas no balanço):
Limites de contas correntes não utilizados
Investimentos de capital
AOA
USD
1.170.801
15.611
37.727
503
Outros fornecimentos
8.690
116
1.217.218
16.230
21. MARGEM FINANCEIRA
2007
AOA
2006
AOA
2007
USD
2006
USD
565
602
Juros recebidos e proveitos equiparados
De disponibilidades
42.407
48.324
De aplicações em inst.de crédito - país
31.646
0
422
0
De aplicações em inst.de crédito - estrangeiro
57.471
47.456
766
591
De crédito interno
681.726
334.794
9.087
4.171
De Títulos
280.688
212.860
3.741
2.652
Outros
11.185
12.345
149
154
1.105.122
655.780
14.730
8.171
214
8.536
3
106
Juros pagos e custos equiparados
De recursos de inst. de crédito - país
De recursos de inst. de crédito - estrangeiro
De depósitos
De empréstimos
De outros recursos
13.335
2.987
178
37
165.762
79.950
2.209
996
58
33
1
0
68.966
82.086
919
1.023
248.335
173.593
3.310
2.163
856.788
482.188
11.420
6.008
64
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Relatório e Contas
2007
22. CUSTOS COM O PESSOAL
Remunerações
2007
AOA
2006
AOA
2007
USD
2006
USD
294.320
171.349
3.923
2.135
Encargos sociais facultativos
13.364
7.420
178
92
Encargos sociais obrigatórios
2.435
1.892
32
24
Outros custos com o pessoal
2.819
372
38
5
312.937
181.032
4.171
2.256
161
136
2007
AOA
2006
AOA
2007
USD
2006
USD
Nº de colaboradores em 31 de Dezembro
23. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS DE TERCEIROS
Impressos e material de consumo
21.172
13.489
282
168
Rendas e alugueres
18.301
16.081
244
200
Comunicações
45.883
35.862
612
447
Deslocações, estadas e representações
44.243
16.605
590
207
Publicidade e edição de publicações
47.387
27.084
632
337
Custos com o trabalho independente
26.101
29.818
348
372
Conservação e reparação
36.081
10.072
481
125
Seguros
21.845
8.659
291
108
Serviços especializados - Informática
41.500
27.598
553
344
Serviços especializados - Segurança e vigilância
32.878
27.392
438
341
Serviços especializados - Banco de dados
11.194
6.989
149
87
Serviços especializados - Outros
14.849
4.216
198
53
Transportes
15.902
8.799
212
110
8.303
0
111
0
Encargos com acções de natureza cultural
Encargos com formação do pessoal
7.287
3.717
97
46
29.593
15.238
394
190
422.518
251.618
5.632
3.135
2007
AOA
2006
AOA
2007
USD
2006
USD
Impostos
3.049
1.970
41
25
Quotizações
1.214
862
16
11
Outros
24. OUTROS CUSTOS E PREJUÍZOS
Gratificações diversas
20.710
8.100
276
101
Custos e prejuízos diversos
11.002
60.029
147
748
35.975
70.962
480
884
65
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Relatório e Contas
2007
25. AMORTIZAÇÕES DO EXERCÍCIO
Notas
2007
AOA
2006
AOA
9
14.634
10
85.258
De imobilizações incorpóreas
De imobilizações corpóreas
2007
USD
2006
USD
41.212
195
513
57.249
1.136
713
99.892
98.461
1.331
1.227
2007
AOA
2006
AOA
2007
USD
2006
USD
26. PROVISÕES
Notas
Provisões do exercício
18
492.497
391.237
6.565
4.875
Reposições e anulações
18
186.122
341.315
2.481
4.253
306.375
49.922
4.084
622
2007
AOA
2006
AOA
2007
USD
2006
USD
53.202
6.423
709
80
0
59.514
0
742
53.202
65.937
709
822
27. RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS
Ganhos extraordinários
Ganhos relativos a exercícios anteriores
Outros ganhos extraordinários
Perdas extraordinárias
Multas e outras penalidade legais
Indemnizações por incumprimento de contratos
Perdas relativas a exercícios anteriores
Outras perdas extraordinárias
226
131
3
2
2.452
649
33
8
40.721
15.828
543
197
0
10
0
0
43.398
16.619
578
207
9.804
49.318
131
614
As rubricas Ganhos e perdas relativas a exercícios anteriores nos valores de, respectivamente, 53.202.000
Kwanzas e de 40.721.000 Kwanzas, reflectem as regularizações referentes aos juros activos e passivos das
operações com os correspondentes, que estavam em aberto nas reconciliações bancárias.
A rubrica Indemnizações por incumprimento de contratos corresponde a custos de férias vencidas e não
gozadas.
66
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Relatório e Contas
2007
28. BALANÇO POR MOEDA EM 31 DE DEZEMBRO
DEZEMBRO DE 2007
AOA
Activo
Caixa e disponibilidades no Banco Central
Disponibilidades à vista s/instituições de crédito
Outros créditos s/instituições de crédito
Créditos sobre clientes
Obrigações e outros títulos
Imobilizações financeiras
Imobilizações incorpóreas
Imobilizações corpóreas e em curso
Outros activos
Contas de regularização
Passivo
Recursos de instituições de crédito
Depósitos
Recursos de outras entidades
Outros passivos
Contas de regularização
Provisões para riscos e encargos
Fundos próprios
MN
Indexado
a ME
ME
Total
2.289.054
607.960
3.197.512
2.205.000
337.193
61.833
667.677
95.655
190.678
9.652.562
30.384
30.384
410.408
14.316
1.977.605
4.608.251
225.058
206.176
30.963
7.472.778
2.699.462
622.276
1.977.605
7.805.763
2.460.442
337.193
61.833
667.677
301.832
221.641
17.155.725
270.000
2.916.940
1.613.297
53.492
76.631
552.560
5.482.920
4.642.503
10.125.423
0
0
396.722
6.320.879
15.097
271.795
25.808
7.030.301
7.030.301
442.477
666.722
9.237.819
1.628.395
325.288
102.439
552.560
12.513.222
4.642.503
17.155.725
MN
Indexado
a ME
ME
Total
30.511
8.104
42.620
29.391
4.495
824
8.900
1.275
2.542
128.661
405
405
5.470
191
26.360
61.425
3.000
2.748
413
99.606
35.982
8.294
26.360
104.045
32.796
4.495
824
8.900
4.023
2.954
228.673
3.599
38.881
21.504
713
1.021
7.365
73.083
61.881
134.964
0
0
5.288
84.253
201
3.623
344
93.709
93.709
5.898
8.887
123.133
21.705
4.336
1.365
7.365
166.792
61.881
228.673
Posição cambial
USD
Activo
Caixa e disponibilidades no Banco Central
Disponibilidades à vista s/instituições de crédito
Outros créditos s/instituições de crédito
Créditos sobre clientes
Obrigações e outros títulos
Imobilizações financeiras
Imobilizações incorpóreas
Imobilizações corpóreas e em curso
Outros activos
Contas de regularização
Passivo
Recursos de instituições de crédito
Depósitos
Recursos de outras entidades
Outros passivos
Contas de regularização
Provisões para riscos e encargos
Fundos próprios
Posição cambial
Nota: MN = Moeda Nacional; ME = Moeda estrangeira
67
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Relatório e Contas
2007
29. FUNDOS DE PENSÕES
Durante o exercício de 2003, o Banco aderiu ao Acordo Colectivo de Trabalho para o Sector bancário em
Angola, o qual deixa pendente, para uma adenda futura, matérias relacionadas com a criação de um regime
de fundo de pensões de reforma e de sobrevivência complementar ao sistema de Segurança Social obrigatório
em relação aos trabalhadores antes e depois de se vincularem ao Banco.
É intenção da Administração do Banco iniciar a constituição de uma Provisão/Fundo para fazer face a essas
responsabilidades no exercício de 2008, sendo sua convicção de que as responsabilidades actuais ainda não
são de montante significativo, dado o reduzido número de anos de existência do Banco.
30. OUTRAS DIVULGAÇÕES
As normas em vigor relativamente aos elementos para publicação oficial impõem a explicação de alguma
informação e indicações acerca das contas anuais mencionadas no balanço e na demonstração dos resultados.
A sua menção é feita pela respectiva ordem definida no Aviso nº 15/07 de 12 Setembro do BNA e, para os
casos em que exista a competente explicação algures no relatório ou nas notas às demonstrações financeiras,
isso será mencionado.
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
h)
i)
j)
k)
l)
m)
n)
o)
p)
q)
O resumo dos principais critérios contabilísticos encontra-se descrito na Nota 2;
O Banco não procedeu à reavaliação dos imóveis de uso próprio;
O investimento relevante em outras sociedades encontra-se descrito na Nota 8.
O Banco não procedeu à venda de bens a prazo a sociedades ligadas;
As garantias prestadas a terceiros e outras responsabilidades encontram-se descritas na Nota 20;
O capital social encontra-se descrito nas Notas 1 e 19;
Os ajustes de exercícios anteriores encontram-se descritos na Nota 27;
O Banco não procedeu à distribuição dos dividendos;
Os resultados por acção são apresentados na demonstração dos resultados;
Não existem créditos transferidos para prejuízo no período;
O Banco não tem sucursais no exterior;
Não existem acções com opções de compra das acções outorgadas e exercidas no período;
Foram efectuados os desdobramentos das principais contas cujo saldo tenha ultrapassado o
limite de 10% do valor do respectivo grupo ou classe;
Não existem eventos subsequentes à data do encerramento do período que tenham ou possam
vir a ter, efeitos relevantes sobre os resultados da empresa;
Não existem créditos ou obrigações fiscais diferidas à data de encerramento;
As informações relativas aos títulos e valores mobiliários encontram-se descritos na Nota 7;
Não existem instrumentos financeiros e derivados à data de encerramento.
68
PARECER DO
CONSELHO FISCAL
PARECER DO CONSELHO FISCAL
Relatório e Contas
2007
Senhores Accionistas,
1 - Em observância às disposições legais em vigor, nomeadamente a Lei nº 1/04, de 13 de Fevereiro - Lei das
Sociedades Comerciais e o artigo 23 do Estatuto do Banco, vem este Conselho Fiscal, apresentar o seu parecer
sobre o Relatório do Conselho de Administração, o Balanço e Demonstração de Resultados do ano económico
de 2007, cuja elaboração e conteúdo são de sua exclusiva responsabilidade.
2 - O Conselho Fiscal, procedeu de forma sistematizada à verificação dos relatórios financeiros mensais postos à
disposição pelo Conselho de Administração, e conheceu ainda este, as informações e esclarecimentos que
entendeu necessários, o que propiciou um mais profícuo exame do Balanço, da Demonstração de Resultados
e das Notas de Contas.
3 - O Conselho Fiscal, constatou que o contexto macro-económico em que se desenvolveu a actividade do Banco,
foi mais favorável em relação ao verificado no ano transacto, por se ter constatado de entre outros factores,
um incremento no preço de venda do petróleo bruto no mercado internacional. Outrossim, as políticas visando
a estabilidade monetária e cambial, conheceram uma nova e reconhecida dinâmica, tendo-se reflectido na
considerável redução das taxas de inflação e outras medidas vigentes.
4 - Constatou também que, não obstante o crescimento da actividade bancária, que faz a concorrência e o surgimento
das seguradoras com os seus serviços e produtos financeiros, o Banco Keve tem vindo a assumir-se positivamente
num alicerçar cuidadoso e vigoroso, com base num plano de negócios devidamente elaborado e aprovado, na
senda do alcance dos seus objectivos.
5 - O Conselho Fiscal, comprovou que as contas do Banco Keve, foram objecto de uma auditoria externa, independente,
realizada pela sociedade UHY-A, Paredes e Associados - Angola, Auditores e Consultores, Limitada, cuja opinião
confirma que as referidas Demonstrações Financeiras reflectem a veracidade plena de todos os aspectos
materiais, sobretudo a posição financeira do Banco em 31 de Dezembro de 2007, bem como os resultados das
suas operações, origens e aplicações de fundos para o ano findo, em conformidade com os princípios contabilísticos
institucionalmente aplicados para o sector bancário em Angola.
6 - O Conselho Fiscal considera, entretanto, que o Conselho de Administração, deve continuar a encetar cada vez
mais esforços no sentido da implementação de políticas, algumas já iniciadas em 2007, designadamente, no
tocante aos créditos, juros, marketing, expansão do Banco e respectivo recrutamento e selecção dos recursos
humanos.
7 - Em resumo, e após análise criteriosa, o Conselho Fiscal considera que os documentos apresentados, satisfazem
as disposições legais e estatutárias, traduzindo apropriadamente a situação patrimonial do Banco e as suas
expectativas.
8 - Consequentemente e salvaguardando o anteriormente expresso, é sua opinião, que o Relatório do Conselho
de Administração, o Balanço e Contas estão em perfeitas condições de serem submetidos a apreciação da
Assembleia Geral e consequentemente;
SUGEREM:
1 - Seja aprovado o Relatório do Conselho de Administração, o Balanço e Contas do exercício de 2007;
2 - Seja aprovada a proposta de aplicação dos resultados por si igualmente apresentada.
Luanda, aos 2 de Abril de 2008.
O Presidente do Conselho Fiscal
Manuel Fernando Correia Victor
Os Vogais
Bruno Inglês
Manuel Carneiro
João da Silva
Ivan de Morais
70
PARECER DOS
AUDITORES
EXTERNOS
Relatório e Contas
2007
A. PAREDES E ASSOCIADOS - ANGOLA
Auditores e Consultores, Limitada
Rua kateculo Mengu, º 93
Bairro de Alvalade
LUANDA - REPÚBLICA DE ANGOLA
Tel: +244 222 324 506 • FAX:+244 222 324 506
PARECER DOS AUDITORES EXTERNOS
AO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO E ACCIONISTAS DO BANCO REGIONAL DO KEVE, S.A.
INTRODUÇÃO
1. Auditámos as demonstrações financeiras anexas do BANCO REGIONAL DO KEVE, S.A
S.A., as quais compreendem o
Balanço em 31 de Dezembro de 2007 (que evidencia um total de 17.155.725 milhares de Kwanzas e um total de fundos
próprios de 4.642.503 milhares de Kwanzas, incluindo um resultado líquido de 439.678 milhares de Kwanzas),
a Demonstração de resultados e a Demonstração de Origens e Aplicações de Fundos do ano findo naquela data e
o correspondente Anexo. Estas demonstrações financeiras são da responsabilidade da Administração do Banco.
A nossa responsabilidade consiste em expressarmos uma opinião sobre estas demonstrações financeiras com base na
auditoria que realizámos.
ÂMBITO
2. A nossa auditoria foi realizada de acordo com as normas internacionais de auditoria. Estas normas exigem que o nosso
exame seja planeado e realizado de forma a obtermos uma segurança razoável de que as demonstrações financeiras
não contêm distorções de materialidade relevante. Uma auditoria inclui a verificação, por amostragem, de evidência
comprovativa dos valores e informações constantes das Demonstrações Financeiras. Inclui, também, a apreciação dos
princípios contabilísticos adoptados e a avaliação das estimativas significativas feitas pelo Conselho de Administração,
bem como da apresentação global da informação constante das Demonstrações Financeiras. É nossa convicção que
a auditoria que realizámos proporciona uma base razoável para a nossa opinião.
OPINIÃO
3. Em nossa opinião, as referidas Demonstrações Financeiras apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos
os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira do BANCO REGIONAL DO KEVE, S.A.
S.A., em 31 de
Dezembro de 2007, bem como os resultados das suas operações com os princípios contabilísticos geralmente aceites
para o sector bancário em Angola.
ÊNFASES
4. Sem afectar a nossa opinião expressa no parágrafo precedente, chamamos a atenção para as seguintes situações:
4.1. O Parecer dos Auditores externos emitido em relação às contas do ano de 2006 inclui uma Reserva por limitação
relacionada com o controlo deficiente das contas de Depósitos junto de outras instituições de crédito. Esta situação
foi totalmente regularizada no ano de 2007.
4.2. Como descrito na Nota nº. 29 às Demonstrações Financeiras anexas, o Banco assumiu a responsabilidade pelo
pagamento de pensões de reforma e de sobrevivência complementar ao sistema de Segurança Social obrigatório
perante os seus colaboradores. É convicção da Administração que o montante dessa responsabilidade à data de
31 de Dezembro de 2007 não é significativo, sendo sua intenção iniciar a constituição de uma Provisão/Fundo no
próximo ano de 2008 para fazer face a tal responsabilidade.
Luanda, 19 de Fevereiro de 2008
UHY - A. PAREDES E ASSOCIADOS - ANGOLA
AUDITORES E CONSULTORES LIMITADA
72
Sede Social
Agências
TALATONA/MUNDO VERDE

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