Sistemas de Produção I

Transcrição

Sistemas de Produção I
FICHA DA UNIDADE CURRICULAR
1º SEMESTRE - ANO LETIVO 2015 / 2016
1. DESIGNAÇÃO DA UNIDADE CURRICULAR - Nº CRÉDITOS ECTS 3
Sistemas de Produção I
2. DOCENTE RESPONSÁVEL E RESPETIVA CARGA
(PREENCHER O NOME COMPLETO)
Maria de Fátima Chinita da Mata
40 horas: 30 horas de aulas + 10 horas de tutorias
3. OUTROS DOCENTES E RESPETIVAS
(PREENCHER O NOME COMPLETO)
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LETIVA NA UNIDADE CURRICULAR
CARGAS LETIVAS NA UNIDADE CURRICULAR
4. OBJETIVOS
DE APRENDIZAGEM (CONHECIMENTOS, APTIDÕES E COMPETÊNCIAS A
DESENVOLVER PELOS ESTUDANTES) (MÁX. 1000 CARACTERES)
A uc de Sistemas de Produção I é uma cadeira de História da Produção no mundo
ocidental. O seu principal objetivo é transmitir aos alunos a importância da Produção,
da Distribuição e da Exibição ao longo dos tempos. O mais importante não é
memorizar dados, mas sim compreender fenómenos, daí que grande atenção seja dada
à atividade de "pensar a História", refletindo não só sobre fenómenos mas também
sobre as suas consequências.
Pretende-se que os alunos sejam capazes de identificar vários sistemas de produção,
contextualizando-os em termos cronológicos e geográficos e comparando-os entre si;
de equacionar a relação existente entre a indústria cinematográfica ocidental e uma
série de fatores de ordem económica, social e política ditada pela reorganização
generalizada que se seguiu a cada Guerra Mundial, bem como a aspetos relativos à
dinâmica de cada país; valorizar o papel do produtor criativo, quer no interior de
sistemas de produção estruturados, quer como alternativa aos mesmos.
5. CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS (MÁX. 1000 CARACTERES)
1. A Indústria dos Primórdios: Georges Méliès; o domínio da Pathé; o MPPC a Guerra
das Patentes; Thomas Ince; o "director’s system".
2. As Majors e o Studio System norte-americano: os moguls e a criação do oligopólio;
a produção centralizada e a alternativa do "unit production system"; MGM, Warner
Bros, United Artists.
3. Os produtores independentes do período clássico: produção criativa; David
O’Selznick; Samuel Goldwyn, Walt Disney; o "package system".
4. Exemplo(s) de alternativas ao cinema de Hollywood: a U.F.A. no período do cinema
de Weimar; a Nordisk e o cinema nórdico; o cinema italiano sob Mussolini; a GrãBretanha (Ealing e Rank); "exploitation movies"; produção e distribuição dos anos 5060 nos EUA.
5. Cinema global: a era dos consórcios; multiplexes e home video; o blockbuster como
mega-espectáculo; o franchise movie; Steven Spielberg; o império Disney.
6. A nova produção independente: cinema indie norte-americano; Miramax e New
Line; os Irmãos Weinstein; o Festival de Sundance; cinema de autor europeu como
imagem de marca; a rede de festivais.
1
6. DEMONSTRAÇÃO
DA COERÊNCIA DOS CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS COM OS
OBJETIVOS DA UNIDADE CURRICULAR (MÁX. 1000 CARACTERES)
Obviamente, tornava-se imprescindível selecionar conteúdos de forma criteriosa. A
escolha recaiu sobre o cinema ocidental, onde se enquadra o cinema português, o que
melhor permite relacionar os conteúdos desta UC com as restantes matérias/áreas de
conhecimento e as atividades práticas desenvolvidas pelos alunos na ESTC e mais
tarde fora dela, já no mercado de trabalho nacional.
No geral, optou-se por selecionar momentos históricos que comprovam a possibilidade
de coabitação entre um cinema mais comercial e um cinema mais independente, não só
ao longo dos tempos, mas também num mesmo período. Esta dualidade é o vetor
orientador de toda a UC, já que se defende a ideia de que foi esta articulação entre dois
pólos distintos que fez avançar a atividade cinematográfica e que originou uma maior
versatilidade nos produtos. Concomitantemente, comprova-se a possibilidade de fazer
cinema fora do "mainstream", sem perda de qualidade, desde que acautelados certos
fatores estratégicos.
7. METODOLOGIAS DE ENSINO (AVALIAÇÃO INCLUÍDA) (1000 CARACTERES)
Os conteúdos programáticos estão organizados em núcleos, a partir dos quais os alunos
farão os seus trabalhos de investigação e a docente desenvolverá as suas preleções,
adaptando-se à natureza da turma e aos respetivos interesses de pesquisa.
A teoria será suportada por documentários sintetizadores de períodos históricos ou
exemplificativos de casos sintomáticos dentro da atividade cinematográfica. Estes
conteúdos serão projetados na aula e consideram-se matéria de estudo, ao mesmo nível
das exposições da docente, de que constituem uma espécie de pano de fundo
exemplificativo.
A avaliação incide sobre um trabalho de pesquisa (a avaliação do mesmo contempla
uma dupla componente: acompanhamento semanal e resultado obtido na versão final respectivamente 20% e 40%); sobre a participação oral, incluindo a análise dos
documentários e os contributos nas tutorias (20%) e sobre a assiduidade e pontualidade
(20%).
8. DEMONSTRAÇÃO
DA COERÊNCIA DAS METODOLOGIAS DE ENSINO COM OS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM DA UNIDADE CURRICULAR (MÁX. 3000 CARACTERES)
Por se tratar de uma unidade curricular da área de Produção e não de uma UC da área
de Estudos Fílmicos, é indispensável encaminhar os alunos para um tipo de raciocínio
estratégico sobre sistemas de produção, aferindo as vantagens e os inconvenientes de
cada aspeto abordado e, sobretudo, medindo as suas repercussões práticas. Este tipo de
pensamento de gestão é melhor conseguido num diálogo constante entre turma e
docente, daí a decisão de dar grande importância relativa à oralidade dos estudantes. O
conteúdo mais expositivo das aulas funciona como uma rede de comunicações de
tempo limitado sobre tópicos específicos, abrindo-se de seguida um debate à
generalidade dos presentes. Os tópicos serão anunciados na aula anterior.
A projeção de documentários sobre a matéria selecionada destina-se a facultar a maior
carga visual possível, articulando o foro da produção, que por vezes é um pouco árido,
com o resto da História do Cinema e, simultaneamente, dar a ouvir diferentes opiniões
sobre vários dos tópicos abordados. É uma forma de contextualizar melhor tópicos do
passado que de outra forma se arriscavam a ficar demasiado abstratos e ao mesmo
tempo, de provar aos alunos a necessidade de ter um discurso pessoal sobre os factos,
os quais podem e devem sempre ser questionados.
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9. BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL (MÁX. 1000 CARACTERES)
BALIO, Tino (ed.). The American Film Industry. Madison and London: The
University of Wisconsin Press, 1976.
BEN-GHIAT, Ruth. Fascist Modernities – Italy, 1922-1945. Berkeley, Los Angeles,
London: University of California Press, 2001.
De VALCK, Maricke. Film Festivals: From European Geopolitics to Global
Cinephilia. Amsterdam. Amsterdam University Press, 2007.
HAINES, Richard W. The Moviegoing Experience, 1968-2001. Jefferson and London:
McFarland & Company, 2003.
KING, Geoff; Molloy, Claire (eds). Indie, Indiewood and Beyond. New York:
Routledge, 2013.
KREIMEIER, Klaus. The Ufa Story: A History of Germany’s Greatest Film Company,
1918-1945, trans. Robert and Rita Kimber. Berkeley, Los Angeles and London:
University of California Press, 1999 [1992].
SCHATZ, Thomas. The Hollywood Filmmaking in the Studio Era. New York:
Metropolitan Books, 1988.
TAVES, Brian. Thomas Ince: Hollywood’s Independent Pioneer. Lexington: The
University Press of Kentucky, 2012.
10. OBSERVAÇÕES
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