Underxmag - Revista Mergulho
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UNDERXMAG .com Underwater Expedition Magazine Novembro / Dezembro 2010 Ano II 07 Portfolio Reinhard Dirscherl Fotografia: Behind the shot: Arraia-manta underxmag.com Saba Antilhas Holandesas Pantanal SARDINE RUN Épica corrida das sardinhas na África São Paulo Boat Show 2010 Sucuris, jacarés e onças!!! Veolia Environnement Wildlife Photographer of the Year 2010 Por Daniel Botelho Golfinhos - Sardine Run - África UNDERWATER EXPEDITION 2010-10 Mexico - La Paz-322.jpg por Julian Cohen Bothus podas por Rai Fernandez IMG_3791 por Marcello Di Francesco Top 10 Setembro / Outubro de 2010 Scalefin anthia (13) por Paul Flandinette Marbled snake eel (Callechelys… por Csabatokolyi Top 10 Setembro / Outubro de 2010 Nudibrânquio por Lopez980 Top 10 Setembro / Outubro de 2010 Plectorhynchus vittatus por Vincent Chalias close knit por BarryFackler Manta Ray por Antoni Emchowicz Setembro / Outubro: Best Shot Snell por Antonio Martin UNDERXMAG .com Underwater Expedition Magazine Presidente e Editor: Ernani Paciornik Vice-Presidente: Denise Godoy [email protected] Vice-Presidente executiva: Silvana Cassol Redação Diretor de Produto: Alcides Falanghe [email protected] 08. Sardine Run - África do Sul 29. Greenpeace - Meio Ambiente 30. Saba - Caribe 42. Wildlife Photographer of the Year 2010 45. São Paulo Boat Show 2010 50. Pantanal - Mato Grosso do Sul 60. Equipamentos 62. Portfolio - Reinhard Dirscherl 76. Foto sub: behind the shot Publicidade gerente: Alcides Falanghe [email protected] 78. Aquaworld Endereço Av. Brigadeiro Faria Lima, 3064 10º andar - CEP 01451-000 São Paulo – SP – Tel.: (11) 2186-1000 82. Sea Shepherd - Canal Aberto 84. Mergulho livre Editor-chefe: Kadu Pinheiro [email protected] Editor de Arte: Kadu Pinheiro [email protected] Revisão: Daniela Maximo Colaboraram nesta Edição: Daniel Botelho, Kadu Pinheiro, Alcides Falanghe, Daniela Maximo Breitbarg, Massimo Mazziteli, Ricardo Bahia, Fábio Del Guerra Kadu Pinheiro por Ulisses Turatti Amigos leitores, Ano II, edição 07 Com um ano de vida a Underx vai conquistando cada vez mais leitores e admiradores. Temos o desafio de melhorar e surpreender sempre, adicionando mais matérias, mantendo a qualidade nas imagens, trazendo expoentes da fotografia mundial para rechear as nossas páginas com portfólios e matérias inéditas. Nessa edição um safári na África submersa, a saga da corrida das sardinhas pelas lentes do fotógrafo Daniel Botelho, que nos brinda mais uma vez com seu trabalho de estilo forte e peculiar. Estreia em nossas páginas o amigo Augusto Valente com uma inédita matéria sobre Saba, uma ilhota no mar do caribe cheia de vida e visual colorido, Cristian Dimitrius parceiro de aventuras, nos brinda com uma matéria completa sobre o pantanal sul matogrossense, com fotos de onças, sucuris e jacarés. Marcelo Krause com a indiscrítivel foto de capa dessa edição, ganhadora de um importante prêmio no concurso BBC / Veolia Wildlife Photographer of the Year 2010, colocando os “Brazucas”em destaque no cenário mundial da fotografia de natureza. Reinhard Dirscherl fotógrafo alemão premiadíssimo com um portfolio inédito no Brasil. Enfim uma edição especial, cheia de imagens fantásticas e sem esquecer a bandeira de preservação do meio ambiente, tudo isso que é mostrado na revista depende da proteção e do entendimento da população para continuar a existir. Atendimento ao leitor Kadu Pinheiro - [email protected] Underxmag é uma publicação on-line bimestral e gratuita da GR Um Editora Ltda. setembro / outubro de 2010. Jornalista res ponsável: Denise Godoy MTb 14037. Artigos assinados não representam necessariamen te a opinião da revista. Todos os direitos reservados. e-mail [email protected] Edição número - 07 Novembro / Dezembro de 2010 Águas claras e bons mergulhos Foto de capa: Marcelo Krause Kadu Pinheiro Editor 07 Sardine Run - África do Sul Por Daniel Botelho Da superficie parecia que o mar estava em ebulição. Golfinhos e tubarões num grande tumulto... Do céu, uma chuva de atobás do Cabo. Quando submergimos, uma bola de iscas formada por sardinhas nos cercou. 08 www.underxmag.com Sardine Run - África do Sul por Daniel Botelho Este fenômeno acontece anualmente no inverno, quando fortes correntes de agua fria da Antárctica chegam a uma pequena faixa na costa leste da Africa do Sul. A corrente Antárctica desloca 150 milhoes de peixes, 5% do cardume principal de sardinhas de seu lar original, Banco das Agulhas, a 250 km ao sul do Cabo da Boa Esperanca. www.underxmag.com 09 Sardine Run - África do sul por Daniel Botelho Golfinhos, tubarões fidalgo, galhas-pretas, cobres, cabeças-chatas e mangonas se juntam para o maior ataque natural já registrado. Os atobás do Cabo tambám ficam a espera do cardume principal, um mega grupo que alcança 25 km de comprimento 2 km de largura e 30 metros de profundidade. A água tem que estar entre 14 e 16 Celcius para garantir a corrida. 10 www.underxmag.com Sardine Run - África do Sul por Daniel Botelho O grande maestro da emboscada é o golfinho-rotador. Eles varrem os mares em grupos que chegam aos mil, seguidos por espertos atobás, que já aprenderam a usar os golfinhos como localizadores de sardinhas. www.underxmag.com 11 Sardine Run - África do sul por Daniel Botelho Quando encontradas, as sardinhas formam uma bola de iscas -para dificultar a distinção de um unico alvo pelos predadores. Para que esta bola fique estática, os golfinhos precisam de força e velocidade para executar manobras brutais. A estratégia do grupo é liderada por um individuo. Fazendo redes de bolhas mais ao fundo de um lado da bola de sardinhas, os golfinhos ganham tempo enquanto as bolhas sobem para se posicionar no sentido oposto a fim de cercar as sardinhas. O sincronismo e incrível! 12 www.underxmag.com Sardine Run- África do Sul por Daniel Botelho Os atobás começam sua estratégia de ataque mergulhando a 100 km por hora como uma flecha. No primeiro impulso, alcança 10 metros de profundidade podendo nadar mais 15 metros para atingir a bola de peixes. O impacto é tão forte que para os mergulhadores, o barulho soa igual a um tiro. Estes animais têm o crânio projetado para absorver o impacto. Alguns atobás foram vistos mortos na superfície, provavelmente por erro de cálculo ou encontro inesperado com um golfinho ou tubarão. www.underxmag.com 13 Sardine Run - África do sul por Daniel Botelho Tubarões logo são atraidos pelo cheiro e principalmente pelo barulho. Sua estratégia é empurrar as sardinhas contra a superfície, fazendo com que elas pulem para fora da água e sejam abocanhadas no ar. No primeiro dia embarcamos muito cedo em um bote inflável com dois motores e capacidade para 10 passageiros.Contávamos com apoio aéreo diário, e a cada 2 horas recebiamos reporte sobre atividades de golfinhos e atobás. Rumamos ao norte, 50 km acima de East London. No caminho cruzamos com várias baleias- jubarte, nesta época elas migram para águas quentes para ter cria e acasalar. Até hoje não existe registro de participação das jubarte na corrida. 14 www.underxmag.com Sardine Run - África do Sul por Daniel Botelho Quando chegamos na cidade de Haga Haga, nos deparamos com um grupo de golfinhos aparentemente estacionados, sinal claro de atividade predatória. Como nao sabíamos se seria uma bola estática ou em rápido deslocamento, pulamos na água apenas com snorkel. Segundos depois, vimos golfinhos rotatores soltando bolhas de ar em formato de rede, como uma cortina de bolhas. Colocamos o equipamento scuba e voltamos para a bola estática. Os golfinhos em formação de ataque passavam a poucos centímetros de nós, surgindo de trás das sardinhas. Restava-nos somente confiar em seu, que sem dúvida é espetacular. www.underxmag.com 15 Sardine Run - África do sul por Daniel Botelho Os tubarões ficam tímidos com a presença dos golfinhos e aproveitam os intervalos entre seus ataques para abocanhar uma parte do cardume. A correnteza forte nos levava junto com a bola de sardinhas e não podíamos nos aproximar muito dos peixes, pois os atobás pareciam desconfortáveis com nossa presença e pararam de se alimentar. Por ironia, o animal mais tímido do Sardine Run é também o maior participante deste massacre. A baleia-de-Bryde, com 15 metros de comprimento e 14 toneladas, realiza a maioria de seus ataques vindo em alta velocidade do fundo e com sua imensa boca, engole centenas de sardinhas. 16 www.underxmag.com Sardine Run- África do Sul por Daniel Botelho As baleias passavam muito perto de nós e tubarões davam cabeçadas em nosso equipamento, então, resolvemos subir. Chegando ao barco percemos o céu repleto de atobás, não seria difícil achar outro foco de sardinhas. Com a previsão de aumento dos ventos, não nos restava muito tempo. Após 10 minutos de espera ouviu-se o grito: -Golfinhos!!! Mergulhamos novamente até o vento nos forçar a retornar para o barco. Tínhamos que rumar ao sul, pois estávamos a mais de 3 horas de navegação da terra firme. www.underxmag.com 17 Sardine Run - África do sul por Daniel Botelho No dia seguinte, bem cedo, rumamos a norte após o primeiro reporte fornecido pelo avião. Ao longe, tínhamos que procurar por nuvens de atobás e confirmar presença de golfinhos. Se os golfinhos rotatores não estivessem presentes não valeria a pena cair na água. Após quatro horas de navegação localizamos um grupo de golfinhos e fomos verificar. Tratava-se de uma bola estática, mas desta vez, a visibilidade não passava de dois metros. Não conseguíamos ver o cardume direito e isso comprometia nosso julgamento em relação a dinâmica daquela bola. Em momentos assim, o mergulhador pode passar de espectador a presa. Resolvemos retornar para o barco. 18 www.underxmag.com Sardine Run - África do Sul por Daniel Botelho Passamos 12 dias saindo às sete da manhã e retornando às cinco da tarde sem nenhum sinal de golfinhos. A essa altura recebíamos reportes de cidades ao norte, que acabavam de receber aqueles cardumes que tivémos o prazer de presenciar nos primeiros dois dias. www.underxmag.com 19 Sardine Run - África do sul por Daniel Botelho Precisávamos de uma grande tempestade para nos trazer os peixes do sul. A notícia que tanto esperavamos chegou, indicando tempestade em 48 horas. Otimistas com a entrada da frente fria, partimos para a água já cientes de que teríamos que retornar às duas da tarde por causa dos ventos. 20 www.underxmag.com Após duas horas, avistamos no mínimo 500 golfinhos e milhares de atobás. O mar a esta altura já estava crescendo e sabíamos que tinhamos pouco tempo. Resolvemos ir para a água imediatamente. Sardine Run- África do Sul por Daniel Botelho A visibilidade de dois metros nos impossibilitava de interagir com os animais; havia focas, tubarões, atobás , baleias-deBryde e golfinhos. Após minutos de muita adrenalina e emoção, saímos da água forçados pelo mau tempo e pelas excessivas trombadas com tubarões, que nos averiguavam naquele frenesi. www.underxmag.com 21 Sardine Run - África do sul por Daniel Botelho Os dias seguintes foram de muito vento, mas pouca chuva. As ondas chegavam a 8 metros. Cinco dias de lançamentos abortados e apenas dois dias restantes para trabalhar. Tinhamos a certeza de que após a tempestade uma grande massa de sardinhas estaria à nossa frente. No último dia, tivémos a visão de um enorme grupo de golfinhos seguidos por milhares de atobás. Todos os predadores possíveis estavam ali e famintos em virtude da longa tempestade. Até mesmo tubarões-martelo se aproximaram. Ficamos na água durante algum tempo. A visibilidade era limitada e somente alguns pequenos bolos de sardinhas foram vistos. 22 www.underxmag.com Sardine Run - África do Sul por Daniel Botelho www.underxmag.com 23 Sardine Run - África do sul por Daniel Botelho Quem não quiser se arriscar com o mergulho, pode apreciar toda a beleza das savanas africanas, afinal estamos na África; leões, elefantes, guepardos e paisagens estonteantes são um pouco do que vemos por aqui. 24 www.underxmag.com Sardine Run - África do Sul por Daniel Botelho www.underxmag.com 25 Sardine Run - África do sul por Daniel Botelho 26 www.underxmag.com Era o fim da expedicão e com o sucesso obtido já no primeiro dia nos sentimos estimulados a tentar novamente uma próxima vez. Sardine Run - África do Sul por Daniel Botelho A Sardine Run é um bom termomêtro do impacto gerado pela intervenção humana direta e indireta no ecossistema. Nos últimos dez anos houve um decréscimo importante no número de sardinhas encontaradas. No ano de 2009 passamos 22 dias para encontrar as sardinhas e como resultado conseguimos não mais que quatro horas com um bola. Alguns culpam o aquecimento global, outros acham que a cota de pesca deveria ser revista. Durante a expedição encontramos alterações importantes na temperatura da água e mais de 80 barcos de pesca comercial extraindo sardinhas. Estes fatores podem, sem duvida, estar afetando e numa escala maior, até interrompendo o maior movimento natural de biomassa do mundo. www.underxmag.com 27 Sardine Run - África do sul por Daniel Botelho 28 www.underxmag.com Greenpeace Meio Ambiente Por um mar sem fim Dados do governo federal apontam que 80% das espécies marinhas exploradas pela atividade pesqueira encontram-se em algum nível de risco. Para evitar que esses níveis se agravem, é preciso desenvolver uma política nacional de conservação dos nossos mares que inclua a criação e implementação de Áreas Marinhas Protegidas e uma maior governança pesqueira, visando o fim da pesca ilegal e predatória. O Brasil tem uma longa história de ligação com o mar. É na costa que se concentra a maior parte da nossa população e são nas praias que essa massa de pessoas se diverte nos fins de semana de sol. O que poucos imaginam é que este lazer está ameaçado. Mas quem precisa do mar para sobreviver – como os pescadores que capturam peixes cada vez menores – ou os cientistas que estudam a qualidade da água no nosso litoral, sabe muito bem que a ameaça é real. Em 2007, o Greenpeace realizou uma pesquisa com mais de 40 especialistas, entre membros do governo, representantes de ONGs e pesquisadores acadêmicos. Todos foram unânimes em dizer que nossas águas estão se afogando em problemas por conta da gestão desordenada, da insuficiência de áreas protegidas capazes de repor nossos estoques pesqueiros e da vulnerabilidade dos oceanos às mudanças climáticas. Esse estudo serviu de base para a criação da Campanha de Oceanos do Greenpeace, que tem como objetivo primordial a criação de Áreas Protegidas em 30% da extensão da zona marítima sob jurisdição brasileira e conscientizar as pessoas sobre a relevância da conservação marinha. Gestão desordenada Atualmente, a gestão dos mares é disputada por três órgãos que raramente atuam de forma coordenada. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) é responsável pelo ordenamento costeiro e pela fiscalização da pesca. O Ministério da Pesca e Aqüicultura (MPA) segue na contramão, pois sua função é justamente a de incentivar a exploração dos recursos pesqueiros. Ao Ministério do Meio Ambiente (MMA) sobra a tarefa de zelar pela biodiversidade, coisa que por sinal não faz muito bem. Menos de 1% da águas brasileiras, um colosso que se estende por 8.688 quilômetros de costa e se espicha por 200 milhas Oceano Atlântico adentro, está sob proteção. As três Áreas Marinhas Protegidas mais relevantes do país – a Reserva Biológica do Atol das Rocas e os Parques Nacionais de Abrolhos e Fernando de Noronha – foram criadas antes de 1988. É fundamental retomar a política de criação de reservas marinhas para repor os estoques de peixes e garantir a qualidade de um litoral cuja economia depende muito do turismo marítimo. A pesca comercial não vem respeitando orientações que permitem a reposição dos estoques, como não ultrapassar cotas de captura, atuar somente com licenças de pesca, utilizar técnicas não predatórias, respeitar áreas e períodos de reprodução das espécies, além de tamanho mínimo dos indivíduos de cada espécie. Presente em 71% da superfície da Terra, os oceanos são peça-chave para o equilíbrio do clima, das correntes marinhas, correntes de ventos e temperatura do planeta. Eles têm papel relevante na variação de temperatura e são sumidouros de carbono, capturando as emissões provocadas pela atividade humana de CO2, que contribuem para o aquecimento global. O problema é que a poluição e o uso predatório dos recursos marinhos podem desequilibrar essa função reguladora dos mares no clima, pondo em risco a vida marinha e os 2/3 da população mundial que vivem à beira-mar. O que queremos - Criação de áreas marinhas protegidas em 30% de nossas águas territoriais e, globalmente, para que o mundo destine 40% de suas águas oceânicas para reservas marinhas; - Uma política nacional de oceanos marcada pela coordenação entre os órgãos responsáveis; - Regulamentação definitiva da atividade pesqueira – incluindo a fiscalização contra técnicas de pesca predatórias como o arrasto; - Conscientização da população sobre a conservação dos oceanos; - Pressão sobre a diplomacia brasileira para que ela aja em fóruns internacionais no sentido de proteger a biodiversidade marinha global. Fonte: http://www.greenpeace.org www.underxmag.com 29 SABA Por Augusto Valente Saba é uma ilha vulcânica colonizada no século XVII inicialmente pela Companhia das Indias, mas logo em seguida foi expulsa pelo famoso pirata inglês Henry Morgan. Não demorou muito para que Holanda, Espanha, França e Inglaterra disputassem a posse desta pequena ilha, até que, em 1816, ficou de vez sobre os cuidados da Holanda. Saba é vizinha de outras ilhas mais famosas como St. Marteen e St. Bart. A população de Saba é de cerca de 1500 habitantes e sua área total é de 13 km², o idioma oficial é o holandês, apesar de todos falarem o inglês. A ilha também possui uma universidade de medicina muito procurada por estudantes de outras ilhas. 30 www.underxmag.com SABA - Caribe por Augusto Valente Saba possui algumas particularidades. A primeira delas é que existe apenas uma pequena em toda a ilha. São aproximadamente 200 metros de areia escura, cuja extensão aumenta e diminui, dependendo da estação do ano. Saba possui ainda uma das menores pistas de pouso no mundo, com cerca de 400 metros, que termina na beira de um precipício. Apenas aviões de pequeno porte ou helicópteros aterrisam por lá. As ruas estreitas de Saba são um caso à parte. Por conta da formação rochosa e montanhosa da ilha, engenheiros suiços e holandeses eram categóricos ao afirmar ser impossivel construir ruas por lá, até que, em 1943, Lambert Josephus Hassell fez um curso por correspondência de engenharia civil e, com a ajuda da população local, construiu a primeira rodovia, finalizada em 1958. www.underxmag.com 31 SABA - Caribe por Augusto Valente A criação de um parque em 1987 ( Saba Marine Park ) em uma época em que a ilha ainda era pouco frequentada por mergulhadores, garantiu nos dias de hoje uma vida marinha extremamente preservada, tornando possível encontros com lambarús, arraias, tartarugas-de-pente, garoupas, lagostas, etc. Além da companhia quase constante dos grandes tarpões, as enormes esponjas-barril impressionam até mesmo o mais veterano dos mergulhadores. Por ser um parque, existe uma taxa de mergulho. 32 www.underxmag.com SABA - Caribe por Augusto Valente As atividades vulcânicas do passado criaram diversos vales de lavas e grutas submersos, além de montanhas que emergem do fundo criando visuais fantásticos. Saba oferece mergulhos para todos os níveis de experiência e vale destacar alguns pontos de mergulhos especiais. Diamond Rock, um dos melhores pontos. Uma rocha em forma de cone invertido que emerge dos 25 metros e rasga a superficie por mais uns 15 metros. O mergulho é feito em espiral, da base até a superficie. É possivel avistar barracudas, tartarugas-de- pente, verde e cabeçudas, além de arraias e outros cardumes de passagem. A corrente em geral é fraca. www.underxmag.com 33 SABA - Caribe por Augusto Valente Tent Reef, diversas grutas e corredores formados pela lava garantem um visual maravilhoso neste ponto. Enormes gorgônias e corais vermelhos e negros compõem o cenário. Normalmente existe uma correnteza moderada, mas é possivel se proteger usando as formações de lava como escudo. Hot Springs, lugar fantástico para macro fotografia, pequenos “muros” de uns 50 centimetros de altura formados pela lava estão cobertos de vida marinha. Abundância de cavalos-marinhos, camarões-limpadores, poliquetas, etc. 34 www.underxmag.com SABA - Caribe por Augusto Valente Em Saba existem três operadoras de mergulho; Sea Saba, Saba Deep Dive Center e Saba Divers. Durante minha estadia na ilha, utilizei os serviços da Sea Saba que é a mais bem estruturada das três. Eles possuem equipamentos novos e de boa qualidade para alugar, o que é interessante, pois como o transporte para ilha é feito em avião de pequeno porte, existe o problema de excesso de peso da bagagem. Saba oferece diversos tipos de hospedagens, desde alguns hotéis estilo resort até o sistema de cottage que são casas de aluguel, largamente utilizado pelos os turistas e foi minha opção de estadia. Fiquei no Juliana’s Hotel que oferece além de apartamentos alguns cottages. Optei pelo o Orchid Cottage, uma confortável casa de dois quartos. www.underxmag.com 35 SABA - Caribe por Augusto Valente O Juliana’s possui um restaurante/lanchonete onde uma vez por semana, tem a sessão de cinema da ilha. O filme é projetado em um telão instalado ao lado da piscina, mais uma das peculiaridades da ilha. 36 www.underxmag.com SABA - Caribe por Augusto Valente A única maneira de se chegar a Saba é via St. Marteen. Em geral é necessário um pernoite em St. Marteen. Aconselho a quem puder, passar alguns dias para conhecer a ilha, em especial ao lado francês. O translado para Saba pode ser por avião ou usando um ferry. Durante o tempo que fiquei na ilha, os comentários a respeito do ferry não eram dos melhores; ambiente fechado, pequeno e com o balanço do mar durante as quase duas horas de navegação normalmente geram desconforto entre os usuários. O voo até Saba dura apenas 15 minutos e o avião possui 19 lugares apenas. Fique atento ao limite de peso, mesmo para bagagem de mão pois o avião não possui lugar para guardar as mesmas. O ideal é levar o minimo possivel. No aeroporto fomos vitima do sotaque dos locais e acabamos não atendendo a chamada para o embarque. www.underxmag.com 37 SABA - Caribe por Augusto Valente Perdemos o voo, mas por sorte havia outro um pouco mais tarde. A dica neste caso é ficar próximo ao portão de embarque e perguntar aos funcionários a respeito do voo de tempos em tempos. 38 www.underxmag.com SABA - Caribe por Augusto Valente O melhor trajeto para chegar a St. Marteen é via Miami, que possui voo direto para ilha e evita diversas conexões. Outra opção é via Curacao, mas a quantidade de conexões é desanimador. Para maiores informações basta acessar ao site: www.sabatourism.com www.underxmag.com 39 SABA - Caribe por Augusto Valente 40 www.underxmag.com Veolia Environnement Wildlife Photographer of the Year 2010 Por Marcelo Krause Da esquerda para a direita: Pascal Kobeh, Marcelo Krause, Jordi Chias e Tony Wu Imagem premiada na competição Wildlife Photographer of the Year. Nikon D2x, Tokina AT-X 107 AF 10-17mm f3.5-4.5 lens; 1/250 sec at f5.3; ISO 400; Aquatica D2 housing; Inon Z-240 strobe Nesse ano a imagem acima foi premiada na categoria “Mundo Submarino” no concurso BBC / Veolia Wildlife Photographer of the Year. Esse é talvez o mais importante e mais prestigiado concurso de fotos da natureza no mundo, e ter uma foto dentre as escolhidas foi uma grande honra. Principalmente uma foto feita no Brasil, no Pantanal! Em 2010 a competição recebeu mais de 31.000 fotos de fotógrafos de 81 países diferentes. A foto faz parte do meu futuro livro “Pantanal Terra e Água” que vai retratar o pantanal e regiões próximas tanto dentro como fora da água. 42 www.underxmag.com Veolia Environnement Wildlife Photographer of the Year 2010 Por Marcelo Krause A cerimônia de premiação foi realizada no salão principal do Museu de História Natural de Londres. O evento estava bem bonito e organizado, e jantar embaixo do esqueleto do Diplodocus com outros fotógrafos premiados é uma boa lembrança que ficará comigo para sempre. Foi muito bom conhecer outras pessoas e fotógrafos durante os eventos e vai ser difícil escrever sobre todas elas aqui. Todas as imagens do concurso estão agora expostas no museu, de uma forma que elas são iluminadas por trás, criando um efeito visual muito bacana. Winner The big four Tony Wu www.underxmag.com 43 Veolia Environnement Wildlife Photographer of the Year 2010 Por Marcelo Krause O francês Pascal Kobeh foi o fotógrafo oficial do filme da Disney Oceans. Ele mostrou várias fotos que fez durante as filmagens e contou a história que quando quase foi morto por um urso polar. Highly Commended Manta-ray feast Michael AW Jordi Chias da Espanha, foi o vencedor da categoria One Earth Award com a foto de uma tartaruga presa em uma rede de pesca. Ele tem um projeto de documentar e levantar questões sobre conservação de águas abertas em alto mar. Runner-up Bottom view Michel Roggo E Tony Wu é um fotógrafo americano que ganhou a categoria Mundo Subaquático com uma foto de 4 baleias-cachalote juntas. Tony já é bem conhecido entre a comunidade de fotografia submarina e suas fotos já foram publicadas em inúmeras revistas. Ele organiza viagens para ver baleias jubarte em Tonga e para outros destinos, além de manter atualizado um ótimo blog. Highly Commended It came from the gloom Patrik Bartuška Peter Rowlands, editor da Underwater Photography digital magazine (já na sua edição 57) estava presente na coletiva de imprensa e foi bom reencontrá-lo. O Museu de História Natural Marcelo Krasuse 44 www.underxmag.com 5 Texto e fotos: Kadu Pinheiro 1. 2. 3. 4. 5. 6. 1 Movimento no stand da Fun Dive Mário Salermo, Daniela Maximo e Murilo Barros Stand Fun Dive Vista Geral Stand Clécio Mayrink, Walter Roberto Nunes, César Torres Público no stand da Fun Dive 2 3 6 4 O mergulho esteve presente no boat show com o estande da Fun Dive e da Scubalab, o movimento foi grande durante toda a feira, segundo o gerente de marketing da Fun Dive, Mário Salermo. www.underxmag.com 45 3 5 Ciclo de palestras: Kadu Pinheiro - Segredos da fotografia submarina Daniel Botelho - Expedição da baleia azul Alcides Falanghe - Projeto Oceano Vivo Stuart Cove’s - Mergulhando nas Bahamas 1 6 4 2 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Kadu Pinheiro Alcides Falanghe e Tatiana Zanardi Stuart Cove Daniel Botelho Willian Clain, Kadu Pinheiro, Stuart Cove Palestra Stuart Público na palestra das Bahamas 46 www.underxmag.com 7 1 3 6 4 7 5 8 2 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Helen Ganzarolli Rodrigo Faro Vista Geral Espaço dos desejos Equipe da editora Lounge da Náutica Lanchas Vista Geral 1 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 48 2 5 3 6 4 7 Jet Kawasaki Motos Kawasaki Triciclo da Can Am Quadriciclo Can Am Helicóptero Mercedes AMG Stand BRP www.underxmag.com Naufrágios do Brasil Uma Cultura Submersa Um acervo inédito de imagens históricas e subaquáticas. Um documento sem igual que revela episódios reais e surpreendentes sobre alguns dos principais naufrágios ocorridos no litoral brasileiro. Casos importantes e abrangentes, protagonistas de páginas de grande repercussão e de comoção. “Naufrágios do Brasil – Uma Cultura Submersa” é o registro fiel de fatos que marcaram a história da navegação marítima, em capítulos escritos com narrativa e rigor jornalísticos. Adquira seu exemplar do livro nas melhores livrarias ou no site www.culturasub.com/loja.html Patrocínio Editora Apoio UM PASSEIO PELO PANTANAL Texto Cristian Dimitrius / Fotos Cristian Dimitrius, Marcelo Krause e Luciano Candisani Imagine você acordando com uma sinfonia formada pelo canto de distintas espécies de pássaros; arancuãs, japuiras, maritacas, mutuns, entre outros. Todos membros desta orquestra matinal. Você abre os olhos e se vê em uma paisagem onde água e terra se misturam para formar um dos mais ricos santuários naturais da América do Sul. A leve brisa que refresca o seu corpo começa a peder força com a chegada do sol que desperta no horizonte. Todos os seus sentidos são tomados com intensidade e de longe, o esturro do maior predador da região elicia calafrios que sobem por toda espinha dorsal. Depois de uma respiracão profunda, onde apenas partículas de ar puro penetram em seu pulmão, você sorri e percebe que está dentro de um éden. Um paraíso que se encontra no coração de nosso Brasil. O dia só está começando. Chegou a hora de explorar toda a riqueza de um lugar conhecido mundialmente por apenas um nome: Pantanal. 50 www.underxmag.com Pantanal - Mato Grosso Brasil por Cristian Dimitrius Foto: Luciano Candisani Nossa aventura começa em um passeio de barco pelas águas do Rio Cuiabá. Esta é a melhor forma de ver um pouco das belezas do Pantanal. Digo “um pouco” pois estamos na maior planície alagável do mundo, que engloba o sudoeste do Mato Grosso, o oeste do Mato Grosso do Sul e parte do Paraguai e Bolívia. Mesmo que o trecho percorrido seja pequeno, vida selvagem é o que não falta. Garças, maguaris, socó-bois e bigatingas são facilmente avistadas, seja secando suas pelas plumas ou voando rente ao rio. Aves de rapina como o carcará, o gavião-belo e o gavião-caramujeiro patrulham la do céu à procura de alimento em terra. www.underxmag.com 51 Pantanal - Mato Grosso Brasil por Cristian Dimitrius Foto: Luciano Candisani Com um pouco de sorte um grupo de ariranhas podem ser observadas caçando seu alimento preferido: cascudos. Nas margens, uma multidão de jacarés tomam sol para regular a temperatura corporal e capivaras nos olham com curiosidade. Em pouco tempo é possivel perceber porque estamos em um dos mais extraordinários patrimônios naturais do mundo. Foto: Luciano Candisani 52 www.underxmag.com Foto: Luciano Candisani O Pantanal possui uma biodiversidade faunística apenas superada pela existente na Amazônia, porém apresentando maior número de indivíduos por espécie. São mais de 650 espécies de aves, 80 de mamíferos, 260 tipos de peixes, 40 de anfíbios, 50 de répteis e uma grande diversidade de insetos. É o lugar perfeito para aqueles que como eu, gostam de passar um bom tempo na natureza observando a vida selvagem. Na retomada de Recife, foi praticamente destruída pelos portugueses. O crescimento parou e só em 1808 com a abertura dos portos, a cidade voltou a crescer. Os vestígios desta época ainda podem ser vistos nos antigos fortes, casarões e igrejas do Recife Antigo restaurados em 1986. Olinda é outra visita obrigatória, por seus monumentos históricos e pela linda vista que deu origem ao nome da cidade. A rica história de Recife se extende ao fundo do mar. Boa parte de seus naufrágios são cápsulas de tempo dos primordios da navegação a vapor. Repousam em um imenso deserto de areias brancas, restos de navios outrora movidos por rodas de propulsão, como o Vapor dos 48, ainda não identificado, o Jaguaribe, também conhecido como Vapor de Baixo e o magnífico Vapor Bahia, sem dúvida um dos mais belos naufrágios da costa brasileira. O dia passa e a medida que vamos observando os animais nossa curiosidade desperta. Somos levados a uma jornada em busca de mais conhecimento. Pantanal - Mato Grosso Brasil por Cristian Dimitrius Por que há tantos animais por aqui? Para responder esta pergunta, precisamos voltar a atenção ao elemento vital para toda forma de vida no nosso planeta; a água. Um grande ninho no topo de uma árvore chama nossa atenção. Nele o tuiuiu, a ave símbolo do Pantanal, cuida de seus filhotes. Observamos com atenção o trabalho árduo de ambos os pais revezando entre buscar comida e proteger o ninho dos vorazes carcarás. Na sociedade dos Tuiuius, macho e fêmea dividem as tarefas para garantir que seus genes sigam adiante. Com concepção um pouco mais moderna, mas ainda remanecente do século XIX, o Pirapama é o naufrágio mais popular de Recife, graças a proximidade do porto e a exuberância da vida marinha que vive ao seu redor. www.underxmag.com 53 Foto: Marcelo Krause Toda a biodiversidade pantaneira está associada a um regime de inundações. Anualmente o Pantanal vive dois períodos distintos: a seca e a cheia, onde o nível da água chega a variar em até 8 metros. Grandes campos tornam-se lagoas, novos rios nascem e morrem e esta dinâmica muda a paisagem todos os anos. A fauna responde a estas mudanças. Muitos animais, como a ema, invadem a planície durante a estação seca para explorar a abundância de alimento depositada ou criada pelas enchentes. Aves migratórias como o taiamã, chegam ao Pantanal durante a época das cheias para reprodução e procura de abrigo. Pantanal - Mato Grosso Brasil por Cristian Dimitrius Foto: Marcelo Krause Foto: Marcelo Krause Nos largos rios e lagoas de águas cristalinas, peixes como dourados, piranhas, curimbatás, jaús, piraputangas e muitos outros, revelam uma riqueza que poucos observam. Um encontro com uma arraia ou um caranguejo nos deixa um pouco confusos, mas logo descobrimos o que eles fazem ali. A origem do Pantanal é resultado da separação do oceano há milhões de anos. Animais que estão presentes no mar também existem no pantanal, formando o que se pode chamar de mar interior. E este mar é também o lar de um grande predador; a sucurí. Também conhecida como anaconda, esta serpente pode atingir até 10 metros de comprimento. Não há ambiente mais propício para ela pois além da fartura de alimento, ela passa boa parte do seu tempo na água, onde consegue movimentar-se em velocidade maior do que em terra. www.underxmag.com 55 Pantanal - Mato Grosso Brasil por Cristian Dimitrius Quanto emplendor! Quanta vida! E tudo isso ali, diante de nossos olhos pois outro aspecto importante é que além da alta densidade de animais, o relevo do Pantanal permite que estes sejam avistados. Isto também é verdade para um dos mais elusivos felinos do mundo, o senhor do Pantanal, a Onça-Pintada. Avistar a Onca Pintada é o climax de nosso passeio pois apesar de ser o maior mamífero carnívoro do Brasil, um encontro com ela é raro. É preciso conhecer muito bem a região, entender seu comportamento e passar muitas e muitas horas seguindo seu rastro. Com um pouco de paciência, sorte e um bom guia, isto pode se tornar possível. De dentro do barco podemos apreciar com segurança a majestosidade deste animal, o 3º maior felino do mundo, mas o que possui a mordida mais forte de todas. Ela necessita de pelo menos dois quilos de alimento por dia, o que determina a ocupação de um território de 25 a 80 km² por indivíduo a fim de possibilitar capturar uma grande variedade de presas, principalmente capivaras e jacarés. Avistar este animal só é possivel mesmo em um lugar como este. 56 www.underxmag.com Pantanal - Mato Grosso Brasil por Cristian Dimitrius O dia vai chegando ao fim e começamos a refletir até quando esta beleza permanecerá intacta, desafiando o avanço do crescimento humano. Até agora o elemento que rege a vida no pantanal também foi a principal barreira para impedir que a região fosse totalmente devastada. O ciclo das inundações periódicas impede um largo assentamento humano, a construção de estradas e uma maior exploração agrícola. Mas o frágil equilíbrio dos ecossistemas pantaneiros está sendo ameaçado pelas novas tendências de desenvolvimento econômico. www.underxmag.com 57 47 Pantanal - Mato Grosso Brasil por Cristian Dimitrius Os modelos tradicionais de pesca e pecuária estão sendo rapidamente substituídos pela exploração intensiva, acompanhada de novas tecnologias de desmatamentos e alteração de áreas naturais. Ao mesmo tempo, muito pouco encontra-se oficialmente protegido. O sistema está tomando conta aos poucos do pantanal e sua única defesa é a própria natureza. Ela clama por nossa atencão. Por nossos cuidados. Hoje ainda podemos apreciar todo o esplendor do pantanal. Mas o sol está se pondo. Gostaria de acordar amanhã e descobrir que poderemos apreciar tudo isto por muitos e muitos anos. 58 www.underxmag.com Pantanal -Amazonas Mato Grosso - Botos Brasil por Cristian Brasil por Dimitrius Marcio Lisa Cristian Dimitrius Cinegrafista de natureza, biólogo e instrutor de mergulho. Trabalha exclusivamente com a produção e captação de imagens de natureza para documentários, matérias de TV e vídeos educacionais. Já esteve pelos quatro cantos do mundo, sempre buscando retratar como a natureza se mostra aos seus olhos. SITE: www.cristiandimitrius.com BLOG: www.cristiandimitrius.blogspot.com EMAIL: [email protected] www.underxmag.com 59 Equipamentos por Editor Bull Terrier Albatroz Aventura até embaixo d’água A Bull Terrier apresenta uma novidade para aventureiros que enfrentam ambientes úmidos. O modelo Albatroz é confeccionado com materiais resistentes a água e extremamente flexíveis, proporcionando conforto, segurança e proteção. A marca líder no mercado nacional em calçados para esportes de aventura alia resistência e estilo neste lançamento, que possui um design moderno, propício para práticas esportivas e situações do dia a dia urbano. De acordo com o coordenador de vendas da Bull Terrier, Rodrigo Mitysuo Cataneo, o Albatroz caracteriza-se como um calçado confortá- vel e que dispensa até mesmo o uso de meias. “É um modelo ideal para pescarias, passeios em lanchas e caminhadas na praia. Enfim, atividades que envolvem água. E também para o cotidiano, pois é leve e se adapta facilmente ao formato dos pés”, aponta. O cabedal do Albatroz é feito em neoprene e envolto em borracha. O material usado neste modelo também é aplicado em roupas para a prática de surf. Tem rápida secagem e oferece proteção térmica. A palmilha é anatômica e o solado é feito em borracha SBR, que garante resistência. Você encontra nas melhores lojas de artigos esportivos confeccionado em neoprene, tem palmilha anatômica transpirável, sistema de amarração com elásticos, cunho em PU e solado em borracha SBR. Numeração: 35 ao 44 - Cores: branco, café, cinza, amarelo, azul royal, preto, marinho, oliva, vermelho, chumbo. 60 www.underxmag.com Exclusivo sistema Oceanic de algoritmo duplo: Escolha entre: Pelagic DSAT (Spencer/Powell data basis) ou Pelagic Z+ (Buhlmann ZHL-16C data basis) Sistema de transmissão via wirelles para ar integrado Corpo em Titanium resistente a 200 metros de profundidade operacional Avançado sistema de bússola digital 3 transmissores independentes e até 3 misturas de nitrox 100 % O2 Verifique o ar do seu dupla com os transmissores wireless Função relógio completa com alarme, time zone e cronômetro Mode Gauge Infinity Sports - www.infinitysports.com.br Consulte um revendedor autorizado Mesmo depois de mais de 20 anos como fotógrafo profissional, o Alemão Reinhard Dirscherl, nascido em 1964, ainda é destaque no cenário internacional da fotografia. Baseado em Munique, o fotógrafo subaquático criou um estilo único e poderoso. Tubarões-limão - Bahamas 62 www.underxmag.com Portfolio - Reinhard Dirscherl Portfolio Reinhard Dirscherl Modelo Nudibrânquio e camarão Underxmag: como e quando começou a fotografar (sub)? Eu iniciei minha carreira fotográfica na Tailândia, em 1989, usando uma antiga nikonos emprestada. Me aventurei em minhas primeiras fotos subaquáticas ao longo dos recifes das Ilhas Similan. Olhando os resultados a partir da perspectiva de hoje, minhas primeiras fotos foram desastrosas. No entanto, fui imediatamente impelido a produzir melhores fotos. De volta à Alemanha, não demorei muito antes de comprar minha primeira câmera submarina. De volta gastei muito tempo em lagos alemães e austríacos, sempre com minha câmera em mãos. www.underxmag.com 63 Portfolio Reinhard Dirscherl Peixe-sapo Borboleta-amarelo e garoupa-pintada Atobá 64 www.underxmag.com Portfolio Reinhard Dirscherl Arraia-mármore Peixe-boi Leão-marinho www.underxmag.com 65 Portfolio Reinhard Dirscherl O inicio da carreira: Crocodilo de água salgada 66 www.underxmag.com Como muitos de seus colegas, Dirscherl ganhou fama em concursos de fotografia e, como seria de se esperar, iniciou sua carreira competitiva em 1993, após ganhar vários prêmios como a UWF (Unter-Wasser-Foto) Magazine, prêmios internacionais como “Antibes” e títulos como o de campeão alemão e vice Campeão do Mundo de Fotografia Subaquática, campeonatos da Nikon e o “BBC Wildlife Photographer of the Year”. Isso abriu caminho para uma sólida carreira profissional, ganhando acesso a várias revistas internacionais, agências de publicidade, bem como os maiores bancos de imagens. Cachalote Portfolio Reinhard Dirscherl www.underxmag.com 67 Portfolio Garoupa-batata Reinhard Dirscherl O Futuro Para manter o foco em suas atividades fotográficas, Reinhard Dirscherl investiu no mercado de fotografia digital através de uma agência de imagem criada por sua esposa Daniela, chamada: Waterframe (www.water-frame.com) e seu próprio banco de imagens na internet chamado: OceanPhoto (www.ocean-photo.com). Isso permitiu a ele se concentrar plenamente em seu trabalho fotográfico e concedeulhe o luxo de poder experimentar a criação de imagens pouco convencionais. 68 www.underxmag.com Peixe-palhaço Cavalo-marinho Polvo Portfolio Reinhard Dirscherl www.underxmag.com 69 Portfolio Reinhard Dirscherl Água-viva 70 www.underxmag.com Portfolio Reinhard Dirscherl Tubarão-baleia Cardume Baleias-jubarte www.underxmag.com 71 Portfolio Reinhard Dirscherl 72 www.underxmag.com Tartaruga Nautilus Portfolio Reinhard Dirscherl www.underxmag.com 73 Portfolio Reinhard Dirscherl Contato: Reinhard Dirscherl OceanPhoto: www.ocean-photo.com Barracuda 74 www.underxmag.com Foto sub Por Alcides Falanghe Behind the shot Arraia-manta - Ilha Salomão No meio de um canal nas Ilhas Flóridas, que fazem parte das Ilhas Salomão, há um recife de coral que durante a maré baixa quase aflora na superfície. Entre as marés a correnteza chega a alcançar 7 nós, e neste período um cardume de mantas constumam aproveitar o fluxo de nutrientes nadando de boca aberta contra a corrente. O mergulho é radical. O panga se posiciona na entrada do canal e basta os mergulhadores cairem na água para começarem um voo alucinante sobre um fundo de corais-pétreos a quatro metros de profundidade. Depois de um cinco minutos à deriva, chegasse a um paredão vertical que desce para mais de 30 metros. A regra é se abrigar da corrente na encosta do paredão, caso contrário, entra-se em turbilhão descedente com direito a um caldo de 30 metros e a volta da superfície só possível a uns 100 metros ao largo do coral, ou seja: fim do mergulho. Para quem consegue ficar na zona de calmaria o show é inesquecível. 76 www.underxmag.com Foto sub Por Alcides Falanghe DSLR Nikon D200 Caixa Aquatica A200 1 Flashs Sea&Sea YS-300 em modo manual em potência full Lente Nikkor 16mm Abertura: 9 Velocidade: 1/60 ISO: 100 White Balance: Auto Dica: em um mergulho como este é preferível utilizar um único flash para diminuir o arrastro. Para fotos grandeangulares, posicione o flash para trás da camera para cobrir toda o ângulo da lente. Boas fotos, Alcides Falanghe www.underxmag.com 77 Aquaworld Por Editor Brasileiro ganha terceiro concurso anual de fotografia Ocean in Focus Conservation Um Brasileiro Guy Marcovaldi ganha o terceiro concurso anual Ocean in Focus Conservation com a foto de um mergulhador em apnéia tirando tartarugas presas em uma rede de pesca. A foto foi tirada no litoral da Bahia após uma tempestade que deixou mais de 17 tartarugas presas na rede. Nadadeira Slingshot Desenhada para atingir máxima propulsão e velocidade com o mínimo de esforço. A única no mundo com 3 ajustes na regulagem de propulsão. Guy Marcovaldi é fundador e coordenador do projeto Tamar, que tem por objetivo a preservação das tartarugas marinhas. saiba mais em: Regulador Mikron Marine PhotoBank Atualização no Atendimento às Emergências (Lady) Alta performance. Mangueira exível e peso reduzido. Ideal para viagens. Por: Thiago P. Aricó - [email protected] Em 18 de Outubro de 2010 a AMERICAN HEART ASSOCIATION (AHA) publicou as novas diretrizes para os procedimentos de Reanimação Cardio-Pulmonar (RCP), com várias mudanças ao que estávamos acostumados. Veja no nosso site todas as mudanças: www.underxmag.com 78 www.underxmag.com Colete Pro QD i3 Altíssima qualidade com tecnologia de ponta. Sistema “i3” de innagem automática: não possui traquéia. SP, MT, MS e Região Sul www.pgmergulho.com.br [email protected] MG, RJ, ES, DF e Nordeste www.aqualungbrasil.com [email protected] ALCANTARADESIGN.COM Em todas as atividades na natureza, inclusive o mergulho, estamos expostos a situações de emergência, e estar preparado para atender alguém que precisa de nossa ajuda, pode ser a diferença entre a vida e a morte, ou uma recuperação rápida com seqüelas definitivas. Parceiros Parceiros Underxmag Distribua a revista para seus clientes e amigos, peça já um banner com o logo da sua escola. Prezados leitores da Underxmag Confiram a 7ª edição da Wetpixel Quarterly que traz para você as melhores imagens Submarinas encadernadas numa publicação requintada, colecione !!! Quem gerar o maior número de acessos no site da revista vai ganhar um anúncio de 1/2 página na edição seguinte. Edição número 7 disponível Faça o pedido das edições de 1 a 4 em um box especial para colecionadores Faça seu pedido on-line pelo site: 80 www.underxmag.com www.wetpixelquarterly.com www.underxmag.com HUMBOLDT EXPLORER GALÁPAGOS UM NOVO CONCEITO PARA VOCÊ VISITAR UM DOS PRINCIPAIS PONTOS DE MAIOR BIODIVERSIDADE DO MUNDO. CONHEÇA GALÁPAGOS EM UMA EMBARCAÇÃO NOVA, DOTADA DE TODO OS ÍTENS DE SALVATAGEM, COM TRIPULAÇÃO E STAFF AMPLAMENTE EXPERIENTES, PROPORCIONANDO TODO CONFORTO E SEGURANÇA QUE VOCÊ MERECE EM SUAS VIAGENS. AQUI, SUA PREOCUPAÇÃO SERÁ APENAS APROVEITAR CADA MOMENTO AO MÁXIMO. 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Eu já ouvi dos próprios caçadores de golfinhos que eles ficariam sem trabalho se seus métodos bárbaros fossem divulgados. Divulgar a matança em Iki, Futo, e Taiji se tornou então minha estratégia. Mas a matança continua e ela pode até estar crescendo. Enquanto o mundo se foca nos eventos em Taiji, outra ameaça letal e traiçoeira aos golfinhos segue amplamente desapercebida, uma que provê uma razão imponente para que os golfinhos e baleias não só deixem de ser caçados mas que recebam mais proteção do que nunca. Golfinhos estão severamente ameaçados por um número crescente de doenças derivadas da contaminação dos oceanos. Durante o último ano, um número crescente de artigos científicos vem sendo publicados documentando um aumento por todo o mundo na incidência de doenças até agora desconhecidas em golfinhos. Um grupo de pesquisadores e veterinários do Marine Animal Disease Lab, da Universidade da Flórida, descobriram pelo menos cinquenta novos vírus em golfinhos. O aumento exponencial é devido ao corpo dos golfinhos carregar altos níveis de poluentes orgânicos como PCBs, PBDEs, DDT, e outros produtos químicos que suprimem o sistema imune de mamíferos e atrapalha o funcionamento normal das funções endócrinas. Alguns destes produtos químicos são conhecidos por serem mimetizantes de estrogênio que agem feminilizando machos e super-feminilizando fêmeas. Ainda mais, resistência a antibióticos foi encontrada em golfinhos em diversos locais ao redor do mundo. Obviamente, antibióticos não ocorrem naturalmente. Eles são derivados de pessoas e animais que usam antibióticos e os introduzem no ecossistema através de excreção ou simplesmente ao jogar fora pílulas não utilizadas. Após chegarem às bacias hidrográficas são consumidos pelo plâncton e bio-acumulados pela cadeia trófica se concentrando em predadores como os golfinhos. O que preocupa o Centro para Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês) é o fato que golfinhos resistentes a antibióticos tem o potencial de criar super parasitas que podem retornar ao seres humanos. A transmissão de doenças entre espécies 82 www.underxmag.com é conhecida como zoonose. AIDS é um exemplo de transmissão zoonótica. Se o Japão parasse a caça de baleias e golfinhos agora passaria a imagem de que os ambientalistas os forçaram a se render, algo que uma nação insular orgulhosa não pode tolerar. Mas a informação de que doenças tais como a brucelose e vírus como o papilomavírus estão sendo encontrados cada vez mais frequentemente em golfinhos pode, ironicamente, ser o que force o fim da alimentação por carne de golfinho. Me surpreende que a caça de baleias e golfinhos se mantenha no século 21. Nós sabemos tanto sobre estes animais magníficos. A observação de baleias e golfinhos gera mais de U$2.1 bilhões por ano em todo mundo, muito mais do que a caça de baleias e golfinhos. À luz de ameaças emergentes aos ecossistemas marinhos, e à baleias e golfinhos em particular, a matança deliberada desses curiosos, inteligentes e conscientes animais é trágica e irá apenas acelerar a extirpação de populações inteiras dessas magníficas sentinelas do mar. Mas o que acontece agora com os golfinhos é claramente um arauto do que confronta a humanidade. De Hardy Jones, diretor executivo da BlueVoice. Foto: divulgação Sea Shepherd Mergulho Livre Foto: Noeli Ribeiro Por Carolina Schrappe Fácil, prático e seguro. E ao alcance de todos! Mais uma vez estou aqui na Underxmag falando um pouco sobre este esporte do qual gosto tanto, o mergulho livre. Nesta edição vou mostrar algumas maneiras de se divertir utilizando o mergulho livre como ferramenta. Vamos ver que é possível praticar o mergulho livre, com pouco equipamento, baixo custo e nos divertir muito em quase todas as praias, piscinas e pontos de mergulho do mundo todo. Todos já devem, em alguma fase da vida, ter brincado de tentar atravessar a piscina sem respirar, ou disputar quem fica mais tempo sem respirar entre primos e amigos. A brincadeira é séria quando estamos dentro da água (lugar que não fomos projetados para funcionar bem) e devemos conhecer todas as ´´regras de uma apnéia segura`` para praticar o esporte com muita segurança. Comecemos com a maneira de praticar o mergulho livre da forma mais popular, o famoso snorkeling. Conhecido da grande maioria por ser prático, fácil e requerer pouco equipamento, pode ser praticado na maioria das praias do planeta, em alguns rios e lagos. Precisamos apenas de máscara, snorkel e nadadeira. No snorkeling, permanecemos a maior parte do tempo na superfície, observando a vida marinha de cima. Como estamos utilizando máscara e snorkel, podemos respirar o tempo todo e quando queremos ver algo mais de perto, prendemos a respiração e mergulhamos, praticando assim, a apnéia. A flutuação também é outra maneira de nos divertirmos muito. Muito praticada no interior do país, normalmente em rios. No interior do Mato Grasso do Sul, por exemplo, em Bonito e arredores, podemos praticar e descer o rio utilizando máscara, snorkel e roupa de neoprene e também algumas vezes colete salva vidas. A flutuação só é diferente do snorkeling, pois como estamos com roupa que flutua, fazemos um mergulho de superfície o tempo todo. O Mergulho livre com enfoque científico está ganhando muito espaço entre pesquisadores e estudiosos, principalmente da área da biologia marinha e estudo de peixes de água doce. Eles analisaram e chegaram à conclusão que no mergulho em apnéia conseguiam chegar 84 www.underxmag.com Fotos: Noeli Ribeiro muito mais perto e não interferiam tanto no habitat natural da vida marinha. O mergulho scuba tem a vantagem de você poder permanecer mais tempo em baixo da água, mas o mergulho livre em apnéia permite que a observação das espécies seja muito mais natural e silenciosa. Os esportes envolvendo o mergulho livre hoje são inúmeros, além da boa e velha natação (sim na natação tambem praticamos apnéia). Quem pratica natação sabe que quando nadamos craw em R5 ou R6 (respirar a cada 5 ou 6 braçadas) estamos em apnéia e olha que esse é um excelente treino. Além disso, super campeões de provas curtas fazem todo o trajeto sem respirar. A pesca-subaquatica é outro esporte popular em nosso país e muito praticado no mundo todo. Ainda visto com maus olhos por muitos, a pesca-sub vem crescendo e se especializando cada vez mais, ficando cada vez mais seletiva, isso quer dizer escolher o peixe a ser pescado e não simplesmente atirar em qualquer coisa que aparecer. O ideal é fazer a pesca consciente e tirar da água apenas aquilo que vai consumir. Hoje muitos pescadores têm frequentado cursos de mergulho livre de alto desempenho, não só para melhorar sua performance, mas principalmente para fazê-lo com muito mais segurança. Outros esportes como o pólo aquático, rugby e hockey-sub vêm ganhando força e espaço no mundo todo e aqui no Brasil também. A Europa é o lugar onde mais se pratica estes esportes que exigem muito preparo físico e treino de apnéia. E claro, não poderia deixar de falar sobre o mergulho livre de competição, aquele que pratico sempre. Eu particularmente gosto muito de ter um objetivo definido, uma data para competir, traçar metas e cumprí-las. A competição de mergulho livre, ao meu ver, é uma competição com você mesmo, por isso acho tão fascinante. As modalidades oficiais da AIDA Internacional são: APNÉIA ESTÁTICA: o apneísta permanece submerso ou semisubmerso e estático o maior tempo possível, sem nenhum tipo de equipamento que lhe forneça ar. APNÉIA DINÂMICA: é a modalidade em que o apneísta realizará uma natação sub pela maior distancia horizontal possível. A profundidade geralmente não ultrapassa os três metros. Pode-se praticar com ou sem nadadeiras. Mergulho Livre Por Carolina Schrappe LASTRO CONSTANTE: é a mais clássica das modalidadedes, pois o apneísta realiza praticando uma imersão com peso constante, buscando atingir a maior profundidade pré determinada possível, utilizando suas nadadeiras ou pernas e braços. O apneísta não poderá se livrar do lastro (salvo em emergência) e não poderá utilizar o cabo, salvo na virada, quando já foi atingida a profundidade determinada. Não existe nenhuma restrição quanto ao local de apresilhamento do lastro, porém seja qual for o local, terá que ser de fácil retirada por qualquer pessoa. Também é praticada com ou sem nadadeiras. IMERSÃO LIVRE: O apneísta mergulha sem o auxílio da nadadeira e sem lastro, mas poderá usar o cabo tanto para descer quanto para subir. É a modalidade mais natural e uma das mais técnicas. LASTRO VARIÁVEL: O apneísta submerge com a ajuda de um lastro, abandonando-o assim que atingir a profundidade desejada, além de subir sem o lastro, ele ainda poderá utilizar o cabo durante o retorno a superfície. NO LIMITS: O mergulhador desce com o auxílio do sleedge, o abandona no fundo e sobe com o auxilio de um balão inflado de alguma forma (normalmente ar comprimido ou ampola de CO2, que é acionada pelo mergulhador no fundo). Nesta modalidade não se faz esforço algum, mas é a que se atinge as maiores profundidades. Muito mais informação na próxima underxmag...até a próxima. E... ei, você! Vá mergulhar! *Carolina Schrappe é Instrutora, juíza e atleta aecordista sul-americana de mergulho livre. Ministra cursos de mergulho livre de alto desempenho em universidades e nos melhores dive centers do país. Entre em contato com ela: www.carolschrappe.com [email protected] www.underxmag.com 85 UNDERXMAG .com Underwater Expedition Magazine Camisetas Underxmag !!! Disponíveis para venda nas cores preta e azul marinho, preço: R$ 35,00 + despesas de envio Faça seu pedido pelo e-mail: [email protected] www.underxmag.com 87 Por Kadu Pinheiro Vieira - Laje de Santos - Brasil UNDERWATER EXPEDITION 88 www.underxmag.com