Como Exportar - clube brasil
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COLEÇÃO ESTUDOS E DOCUMENTOS DE COMÉRCIO EXTERIOR Como Exportar Paraguai MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES Departamento de Promoção Comercial Divisão de Informação Comercial 1 Coleção: Estudos e Documentos de Comércio Exterior Série: Como Exportar CEX: Elaboração: Ministério das Relações Exteriores - MRE Departamento de Promoção Comercial - DPR Divisão de Informação Comercial - DIC Embaixada do Brasil em Assunção Setor de Promoção Comercial - SECOM Coordenação: Divisão de Informação Comercial Distribuição: Divisão de Informação Comercial Os termos e apresentação de matérias contidas na presente publicação não traduzem expressão de opinião por parte do MRE sobre o status jurídico de quaisquer países, territórios, cidades ou áreas geográficas e de suas fronteiras ou limites. Os termos desenvolvidos e em desenvolvimento, empregados em relação a países ou áreas geográficas, não implicam tomada de posição oficial por parte do MRE. Direitos reservados. É permitida a transcrição parcial do presente estudo, desde que seja citada a fonte. 2 B823c Brasil. Ministério das Relações Exteriores. Divisão de Informação Comercial. Como Exportar. Paraguai. / Ministério das Relações Exteriores. Brasília: O Ministério, 1999 p. (Col. estudos e documentos de comércio exterior; ). 1. Brasil - comércio exterior. 2. Paraguai - comércio exterior.I. Título. II. Série. CDU 339.5 (892:81) 3 SUMÁRIO INTRODUÇÃO DADOS BÁSICOS I ASPECTOS GERAIS 1.Geografia 2. Centros urbanos e nível de vida 3. Organização político-administrativa 4. Organizações e acordos internacionais 5. Transportes e comunicações II ECONOMIA, MOEDA E FINANÇAS 1. Conjuntura econômica 2. Principais setores de atividades 3. Moeda e finanças 4. Balanço de pagamentos e reservas internacionais 5. Sistema bancário 6. Finanças públicas III COMÉRCIO EXTERIOR 1. Evolução recente 2. Direção do comércio exterior 3. Composição do comércio exterior IV RELAÇÕES ECONÔMICO-COMERCIAIS BRASIL/PARAGUAI 1. Intercâmbio Comercial bilateral 2. Composição do comércio Brasil/Paraguai 3. Balanço de pagamentos Brasil/Paraguai 4. Investimentos bilaterais V ACESSO AO MERCADO 1. Sistema informatizado de desembaraço aduaneiro 2. Despachante aduaneiro 3. Prazo médio para desembaraço alfandegário 4. Tributação de importações 5. Regime de amostras/material promocional 6. Regime simplificado de importação 7. Importações proibidas ou especiais 8. Documentação e formalidades 4 VI ESTRUTURA DE COMERCIALIZAÇÃO 1. Canais de distribuição 2. Canais recomendados 3. Estrutura geral 4. Compras governamentais 5. Promoção de vendas 6. Feiras e exposições 7. Veículos publicitários 8. Consultoria de marketing 9. Práticas comerciais 10. Documentação e formalidades 11. Seguros de embarques VII RECOMENDAÇÕES ÀS EMPRESAS BRASILEIRAS 1. Informações sobre tarifas e regulamentação de importação 2. Amostras e material publicitário 3. Embarques 4. Canais de distribuição 5. Promoção de produtos e participação em feiras 6. Serviços de consultoria de marketing 7. Práticas comerciais 8. Etiquetagem 9. Designação de agentes 10. Reclamações, litígios e arbitragem comercial 11. Conselhos práticos para viagens de negócios 12. Assistência profissional aos empresários brasileiros ANEXOS ANEXO I ENDEREÇOS 1. Órgãos oficiais paraguaios 2. Órgãos oficiais brasileiros no Paraguai 3. Órgãos oficiais paraguaios no Brasil 4. Câmaras de Comércio 5. Principais entidades de classe locais 6. Principais bancos 7. Principais jornais 8. Principais revistas 9. Emissoras de televisão 10. Fretes e comunicações com o Brasil 11. Serviço telefônico 12. Serviço postal 13. Aquisição de publicações 14. Endereços diversos 5 ANEXO II INFORMAÇÕES PRÁTICAS 1. Moeda 2. Pesos e medidas 3. Principais feriados 4. Fusos horários 5. Horário comercial 6. Corrente elétrica 7. Períodos recomendados para viagem 8. Visto de entrada 9. Vacinas 10. Hotéis BIBLIOGRAFIA 6 INTRODUÇÃO O Paraguai possui uma superfície de 406.752 km2 e ocupa o oitavo lugar em área entre os países sulamericanos. Graças à sua localização na parte meridional da América do Sul, desempenha papel importante na interligação terrestre dos países desta parte do continente. A partir dos anos 70, o potencial econômico do Paraguai começou a ser aproveitado de maneira mais intensa, principalmente pela exploração dos recursos energéticos do rio Paraná e pela incorporação de novas áreas à agricultura, em razão da colonização agrícola e das exportações de soja e algodão. A economia paraguaia, impulsionada pela construção, em conjunto com o Brasil, da hidrelétrica de Itaipú, apresentou crescimento até 1982, quando se encerrou a construção da usina e, ao mesmo tempo, houve queda da cotação internacional do algodão e da soja. A recuperação econômica do país teve início em 1984. No período entre 1994 e 1998, o PIB paraguaio registrou um crescimento médio de 5,5% ao ano, variando de US$ 16,3 bilhões, em 1994, a US$ 20,2 bilhões, em 1998. O Paraguai possui uma economia de mercado caracterizada por um grande setor informal. Neste setor, figuram tanto a reexportação de bens de consumo (produtos eletrônicos, bebidas e tabaco, perfumes e equipamentos de escritório) para países vizinhos, quanto as atividades de milhares de microempresas e vendedores autônomos. O setor formal é largamente orientado para o segmento de serviços, mas uma grande parte da população dedica-se à atividade agrícola, como base de subsistência. A política geral de comércio exterior adotada pelo Paraguai em anos recentes pode ser considerada liberal. O processo de importação apresenta-se simplificado, não existindo contingenciamento e sendo a exigência de autorização prévia limitada a poucos produtos. Contudo, a importação de algumas mercadorias está sujeita à obtenção de licença especial no Ministério da Fazenda. A criação do Mercosul, em 1991, levou o comércio exterior paraguaio a um expressivo crescimento nos últimos anos, a exemplo dos demais países-membros. Entre 1991 e 1998, o intercâmbio comercial registrado daquele país evoluiu de US$ 2.111 milhões, em 1991, para cerca de US$ 5.140 milhões, em 1998, o que indica uma taxa média de crescimento nominal de 13,5% ao ano. A pauta de exportação está fortemente concentrada nos produtos agrícolas (64,6%), entre os quais destacam-se a soja e o algodão. Esses produtos estão sujeitos às flutuações nos preços internacionais e às condições climáticas, que variam consideravelmente. Já a pauta de importação do Paraguai é diversificada, incluindo máquinas e equipamentos de transporte, produtos alimentícios, bebidas e tabaco, bens de capital, outros bens de consumo, combustíveis e lubrificantes, matérias primas e bens intermediários. Os países do Mercosul, juntamente com os Países Baixos figuram como os principais mercados de destino das exportações paraguaias. Como principais fornecedores de produtos para o Paraguai destacam-se o Brasil, a Argentina, os Estados Unidos e o Japão. A balança comercial bilateral Brasil-Paraguai tem sido, tradicionalmente, favorável ao Brasil. No período 1990/1998, o Brasil exportou a soma de US$ 8.708 milhões e importou o total de US$ 2.760 milhões, perfazendo um saldo comercial positivo de US$ 5.948 milhões. Em termos de crescimento médio durante o período sob análise, as exportações brasileiras para o Paraguai cresceram 16,0% ao ano; enquanto as importações provenientes do Paraguai variaram positivamente de apenas 0,6% ao ano. Os investimentos brasileiros no Paraguai totalizavam US$ 54 milhões em dezembro de 1996, concentrandose no setor de bancos e instituições financeiras. Os investimentos paraguaios no Brasil somavam, conforme os dados disponíveis no Banco Central do Brasil, em junho de 1995, o montante de US$ 43,5 milhões, especialmente no setor de portfolios e bancos. Não obstante algumas crises políticas, institucionais e financeiras, que impuseram obstáculos conjunturais ao desenvolvimento do país, o Paraguai oferece grandes oportunidades de intercâmbio e cooperação econômica às empresas brasileiras. Dotado de terras férteis, florestas densas e recursos hídricos perenes, o Paraguai vem estimulando o processo de abertura econômica, de expansão agrícola e de desenvolvimento da infra-estrutura, com vistas ao melhor aproveitamento do potencial do país. Além disso, a proximidade geográfica, o reduzido parque industrial paraguaio e o volume proporcionalmente elevado de importações do país, além da estrutura tarifária do Mercosul, constituem fatores a serem levados em conta pelas empresas brasileiras que tencionam iniciar ou expandir suas operações comerciais com o exterior. 7 DADOS BÁSICOS PARAGUAI Superfície: 406.752 km2 População: 5,29 milhões (1998) Densidade demográfica : 13,00 hab/km2 (1998) Capital: Assunção Inflação anual: 11,5% (média/1998) Principais cidades: Ciudad del Este, Encarnación, Pedro Juan Caballero, Villarica, Coronel Oviedo, Concepción Moeda: Guarani (G) Câmbio: US$ 1 = G 2.839 (janeiro/1999) PIB, a preços de mercado: US$ 8,2 bilhões (1998) Crescimento real do PIB: -0,4 % (1998) PIB per capita: US$ 1.653,84 (1998) Comércio exterior (1998): Exportações (FOB): Importações (FOB): US$ 1.264,9 milhões US$ 3.874,4 milhões Intercâmbio comercial Brasil - Paraguai: (1998) Exportações brasileiras (FOB): Importações brasileiras (FOB): US$ US$ 1.249,4 milhões 349,0 milhões (1999) Exportações brasileiras (FOB): Importações brasileiras (FOB): US$ US$ 744,3 milhões 259,8 milhões 8 I ASPECTOS GERAIS 1. Geografia O Paraguai possui uma superfície de 406,75 mil km2 e, graças à sua localização na parte meridional da América do Sul, desempenha papel importante na interligação terrestre dos países daquela parte do continente. Ao norte e noroeste, o país faz fronteira com a Bolívia (750 km); a oeste com o Brasil (1.290 km); e ao sul e sudeste com a Argentina (1.880 km). O rio Paraguai divide o país longitudinalmente em duas grandes regiões, a oriental e a ocidental, com características topográficas muito diferentes. A região oriental, onde se concentra a maioria da população, é ondulada e fértil, com excelente irrigação natural, e inclui as Cordilheiras de Amambai, Mbaracaiú e Caaguazú, a Serra das Quinze Pontas e as Cordilheiras de Altos e Ibitiruzú. Nessa região predomina a atividade agrícola (algodão, soja, arroz, tabaco, cana-de-açúcar, erva mate, frutas) e a criação de gado. Já a região ocidental, conhecida como Chaco, limitada ao sul pelo rio Pilcomaio, apresenta-se como uma imensa planície, particularmente apropriada para a pecuária. As riquezas naturais são seus solos férteis e bosques. O país não dispõe de costas marítimas e é auto-suficiente em energia elétrica, graças ao aproveitamento de seus grandes recursos hídricos: o complexo de Itaipu (no rio Paraná) que, juntamente com o Yaciretá, têm permitido, inclusive, a exportação de energia. Distribuição do uso do solo no Paraguai Discriminação Terras aráveis Colheitas permanentes Campinas e pastos Florestas Outros Distribuição 20 % 1% 39 % 35 % 5% Clima O clima do Paraguai é subtropical. Um terço do território encontra-se em uma zona tórrida e, os outros dois terços, em zona temperada. A ausência de altas cordilheiras permite a penetração de ventos úmidos do Atlântico, que favorecem o aumento das precipitações, cuja média anual, em Assunção, é de 1.120 mm; chove consideravelmente mais na região oriental do que na ocidental. O verão (dezembro a fevereiro) é muito quente, com temperatura média de 30º C. Nos dias mais quentes, a temperatura pode chegar aos 43ºC. O inverno (junho a agosto) apresenta temperatura média de 20ºC, que pode baixar a zero grau nas madrugadas mais frias. 2. População, centros urbanos e nível de vida A população do país era estimada, ao final de 1998, em cerca de 5,2 milhões de habitantes, a grande maioria dos quais de origem hispano-guarani. Os grupos minoritários são formados por alguns descendentes exclusivamente de espanhóis, que vivem principalmente na capital; por indígenas guaranis isolados, que habitam as florestas do leste; e por pequenas colônias de imigrantes japoneses, alemães (menonitas), italianos, portugueses e de outros países. A densidade demográfica é de cerca de 12,8 habitantes por quilômetro quadrado e a expectativa de vida é de 68 anos, para os homens, e 72 para as mulheres. A população urbana é estimada em 52,7% e a taxa de crescimento demográfico é de 2,71% ao ano. A educação primária é gratuita e obrigatória entre os 7 e os 14 anos de idade. O número de escolas, porém, é insuficiente para atender à demanda estudantil e cerca de 14% da população adulta é analfabeta, não obstante os esforços governamentais no sentido de minorar tal taxa. Na área de ensino superior, cabe fazer menção à centenária Universidade de Assunção. O espanhol é o idioma oficial do país, embora grande parte dos paraguaios fale também o guarani, língua de ensino obrigatório nas escolas. A religião oficial é a católica romana, professada por mais de 90% da população. Existe, no entanto, ampla liberdade religiosa. 9 Paraguai - Idiomas: Idiomas Espanhol e guarani (oficiais) Somente guarani Somente espanhol Outras línguas (alemão, japonês, etc.) Percentual da população 50 % 37 % 7% 6% Fonte: Censo de 1992 Paraguai - Religião: Religião Católicos Protestantes Não religiosos Outras religiões Percentual da população 96,4 % 1,9 % 0,4 % 1,3 % Fonte: Censo de 1992 Centros urbanos Principais cidades Assunção Ciudad del Este San Lorenzo Lambaré Fernando de la Mora Pedro Juan Caballero Coronel Oviedo Concepción Encarnación Villarica Número de habitantes 550.000 234.000 133.000 100.000 95.000 77.000 65.000 63.000 58.000 43.000 Principais distâncias (a partir de Assunção) Cidades Ciudad del Este Concepción Encarnación Pedro Juan Caballero Pilar Distância (km) 330 543 373 534 385 3. Organização Político-Administrativa A Constituição vigente foi promulgada em 22 de junho de 1992, e a independência do país é comemorada em 14 de maio. O Paraguai constitui uma república presidencialista, estando dividido em 19 Departamentos, com Conselhos e Governadores Departamentais eleitos pelo voto direto. A Constituição garante autonomia para 217 municipalidades no país. Poder Executivo: O chefe de Estado e de Governo é o Presidente da República, eleito democraticamente por maioria simples, para um período único de cinco anos, juntamente com o Vice-Presidente. O Presidente também é o Comandante-em-Chefe das Forças Armadas. É auxiliado por um Conselho de Ministros e assessorado por um Conselho de Estado. O Poder Executivo é composto pelos seguintes Ministérios: Ministério da Agricultura e Pecuária Ministério da Defesa Nacional Ministério da Educação e Cultura Ministério das Fazenda Ministério das Relações Exteriores Ministério da Indústria e Comércio Ministério do Interior 10 Ministério da Justiça e Trabalho Ministério do Planejamento Ministério da Saúde Pública e Bem Estar Social Ministério das Obras Públicas e Comunicações Ministério da Integração Secretaria da Mulher Poder Legislativo: Bicameral: Cãmara de Senadores (quarenta e cinco membros) e Câmara de Deputados (oitenta membros); os membros das duas instituições são eleitos diretamente por voto popular para um mandato de cinco anos. Poder Judiciário: Suprema Corte de Justiça (nove magistrados designados pelo Senado, para um período de cinco anos); um Tribunal de Contas e outros Tribunais menores. Governo: Cada um dos 19 departamentos, divididos em municípios e distritos, é administrado por um governador eleito. Os departamentos paraguaios são os seguintes: Alto Paraguay, Alto Parana, Amambay, Boquerón, Caaguazu, Caazapa, Canindeyu, Central, Chaco, Concepción, Cordillera, Guaira, Itapua, Misiones, Neembucu, Nueva Asunción, Paraguari, Presidente Hayes e San Pedro. Partidos Políticos: Partido Colorado; Aliança Democrática; Partido Liberal Radical Autêntico; Encontro Nacional (que incluí os seguintes partidos: Partido Democrata Cristão, Partido Revolucionário Febrerista e Partido Democrático Popular). 4. Organizações e Acordos Internacionais Nos planos político, comercial, econômico ou financeiro, o Paraguai é membro, entre outros, dos seguintes organismos internacionais: ONU - Organização das Nações Unidas; OEA - Organização dos Estados Americanos; MERCOSUL - Mercado Comum do Cone Sul; ALADI - Associação Latino-Americana de Integração; BID - Banco Interamericano de Desenvolvimento; BIRD - Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento (Banco Mundial); FAO - Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura; OIT - Organização Internacional do Trabalho; OMC - Organização Mundial do Comércio; FMI - Fundo Monetário Internacional; 5. Transportes e Comunicações 5.1 Transportes Transporte rodoviário O país conta com, aproximadamente, 30.000 quilômetros de estradas, das quais apenas cerca de 10% são asfaltadas. As principais estradas pavimentadas são a Rodovia nº 2, que vai de Assunção até Ciudad del Este, e a Rodovia nº 1 que vai até Encarnación. As outras auto-estradas importantes são a Coronel Oviedo Pedro Juan Caballero, no norte; e a rodovia Transchaco, que vai da ponte sobre o rio Paraguai, ao norte de Assunção, até Nova Assunção, na fronteira com a Bolívia. O número de veículos em circulação cresceu rapidamente nos últimos anos. Dados recentes indicam que circulam no país cerca de 450.000 automóveis, sendo que os caminhões e ônibus totalizam, aproximadamente, 80.000 unidades. Devido ao comércio ilegal, torna-se difícil precisar o real número de veículos em circulação. O país está ligado, por via rodoviária, ao Porto de Paranaguá, no Estado do Paraná. Transporte fluvial A rede de hidrovias aparece como o mais importante sistema de transporte do país. Existem cerca de 3.100 quilômetros de canais internos. O sistema fluvial é integrado pelos rios Paraguai e Paraná, com os respectivos afluentes, cujos cursos se unem através do rio da Prata. O rio Paraguai é navegável em toda a sua extensão. A hidrovia TietêParaná permite canalizar a produção até São Paulo e, conseqüentemente, ao Porto de Santos. Por meio da Hidrovia 11 Paraguai-Paraná é feito o acesso aos portos de Buenos Aires e Montevidéu. A marinha mercante paraguaia possui um total de 13 navios, sendo 11 cargueiros e 2 petroleiros. Os principais portos do país são os de Assunção, Concepción, Villeta, San Antonio e Encarnación. Transporte ferroviário O sistema ferroviário conta com cerca de 970 quilômetros de vias. A principal linha ferroviária é a que une Assunção a Buenos Aires, que é principalmente usada para o transporte de mercadorias entre a capital paraguaia e o porto de Buenos Aires. Malha ferroviária do Paraguai Tipo de bitola Bitola padrão (1,435m) Bitola estreita (1,0 m) Outras(várias bitolas) Total Extensão (km) 440 60 470 970 Transporte aéreo Existem 47 aeroportos registrados no país e inúmeros campos de pouso, mas apenas dois aeroportos estão equipados para operação de aeronaves comerciais de grande porte. O Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, inaugurado em 1980, localizado a cerca de 20 quilômetros de Assunção, que é ponto de origem ou partida de vários vôos internacionais, inclusive para o Brasil, e o Aeroporto Internacional Guarani, em Minga Guaçú, situada a 26 km de Cidade do Leste, que foi inaugurado em janeiro de 1996. Existem, ainda, 6 linhas de vôos internos, ligando Assunção a algumas das principais cidades do país. Tempo de vôo, a partir de Assunção: Energia elétrica São Paulo Porto Alegre Buenos Aires Montevidéu La Paz Santiago 2 horas 3 horas 40 min. ( 2 escalas ) 1 hora 40 min. 1 hora 30 min. 4 horas (escala de 1 hora) 2 horas A energia elétrica disponível, em função, sobretudo, da Hidrelétrica de Itaipu (empresa binacional entre o Brasil e o Paraguai), supera as necessidades do país, permitindo a exportação de energia. Cabe mencionar que Itaipu, situada no rio Paraná, é a maior represa do mundo, dispondo de uma potência instalada de 12.600 MW. Em 1996, produziu cerca de 82 TWH, tendo suprido 26% das necessidades de energia elétrica do Brasil e 88% das necessidades do Paraguai. 5.2 Comunicações Serviço telefônico Funcionam no país pouco menos de 200 mil telefones, a maioria deles em Assunção. Especialistas estimam, entretanto, que esta quantidade cobriria apenas um quarto das atuais necessidades do país. O índice de linhas telefônicas para cada 100 habitantes é de 3,58. A digitalização das centrais alcança 65% da rede. Existem, ademais, cerca de 60.000 linhas de aparelhos celulares em todo o país. Serviço radiofônico O Paraguai conta com cerca de 47 emissoras de rádio e aproximadamente 700 mil receptores. Existem 3 canais de televisão e cerca de 400 mil aparelhos receptores. Imprensa Os principais jornais do país são: ABC Color, La Nación, El Día, Noticias, Última Hora e La Opinión. Correios Os serviços postais paraguaios movimentam, anualmente, mais de 7 milhões de correspondências e encomendas. 12 II - ECONOMIA, MOEDA E FINANÇAS 1. Conjuntura Econômica A partir dos anos setenta, o potencial econômico do Paraguai começou a ser aproveitado de maneira mais intensa, principalmente por meio da exploração dos recursos energéticos do rio Paraná e da incorporação de novas áreas à agricultura. Esses empreendimentos, bem como a expansão do setor industrial e de serviços têm resultado em continuados índices de crescimento do Produto Interno Bruto que, desde 1985, vem apresentando variações positivas. A implantação do MERCOSUL tem favorecido o desenvolvimento da economia do país, não obstante os resultados tradicionalmente deficitários da balança comercial. Entre 1993 e 1998, o Produto Interno Bruto do Paraguai apresentou crescimento médio nominal anual de 2,2%, alcançando o patamar de aproximadamente US$ 8,2 bilhões, ao final de 1998. A economia paraguaia apresentou uma contração da ordem de 0,4%, em 1998, ocasionada, em parte, pela queda de produtividade no setor agrícola, devido aos efeitos negativos do fenômeno climático El Niño, enquanto os setores de indústria e construção civil foram afetados pelas incertezas políticas e pela restrição de acesso ao crédito. Observa-se comportamento bastante favorável no que diz respeito ao comportamento da inflação medida pelo índice de preços ao consumidor que, após atingir 20,74% em 1993, apresentou seguidas e continuadas reduções, ficando em 7,0 %, em 1997, e subindo para 11,5%, em 1998. Este último acréscimo foi provocado pelo aumento nos preços das passagens de ônibus urbanos de Assunção, pela elevação das tarifas dos serviços públicos e pelo aumento de preços dos produtos importados, resultante da desvalorização do guarani frente ao dólar americano. A taxa de inflação apresenta tendência de queda, em decorrência do quadro recessivo da economia paraguaia, que afeta o consumo e exerce uma pressão de redução nos preços em geral. Evolução do Produto Interno Bruto Anos Valor (US$ bilhões) Variação real (%) 1993 1994 1995 1996 1997 1998 6,9 7,8 9,0 9,6 9,6 8,2 4,1 3,1 4,7 1,3 3,5 -0,4 Fonte: EIU The Economist Intelligence Unit Country Report 4th quarter 1999 Evolução do PIB per capita Anos Valor (US$) 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1.500 1.660 1.875 1.920 1.882 1.577 Fonte: EIU The Economist Intelligence Unit Country Report 4th quarter 1999 Evolução do Índice de Preços ao Consumidor (média anual) Anos % 1993 1994 1995 1996 1997 1998 18,2 20,7 13,4 9,8 7,0 11,5 Fonte: EIU The Economist Intelligence Unit Country Report 4th quarter 1999 Força de trabalho Anos 1992 Total 1.540.000 Taxa de desemprego (%) 9,8 1993 1.589.000 9,0 1994 1.637.000 9,4 Fonte: EIU The Economist Intelligence Unit Country Report 4th quarter 1999 1995 1.686.000 8,1 1996 1.747.000 9,8 1997 1.809.000 10,6 2. Principais setores de atividade Agricultura e pecuária A pecuária alcançou desenvolvimento considerável nos últimos anos, sendo que 68% do rebanho bovino concentra-se na região oriental do rio Paraguai. Estima-se em 8 milhões de cabeças o total do rebanho bovino paraguaio. As carnes têm como principal mercado de destino a Ásia e a América. A economia está fortemente baseada na agricultura, que é importante fonte de geração de mão-de-obra. A agricultura aporta a maioria dos insumos para o setor industrial, que tem como principal atividade o processamento de produtos agrícolas, milho, algodão, cana-de-açúcar e frutas. A colheita soja alcançou 3,130 milhões de toneladas, em 1998/99, enquanto a de cana-de-açúcar atingiu cerca de 2,8 milhões de toneladas, no mesmo período. 13 Indústria A potencialidade industrial do Paraguai é limitada por certas características, dentre as quais a reduzida dimensão do mercado interno e a posição mediterrânea do país, que encarece o custo de transporte de mercadorias destinadas à exportação. Este setor é dominado por pequenas indústrias, que produzem para o mercado interno, sendo as principais a indústria têxtil, a açucareira e a de óleos essenciais, além de unidades fabris ligadas ao processamento de produtos agrícolas, a exemplo de alimentos, carnes e peixes, etc. Serviços e comércio Os serviços e o comércio constituem segmentos relevantes na estrutura econômica do Paraguai. Os serviços, considerados isoladamente, representaram cerca de 47,0% do PIB, ao final de 1998, sendo que o comércio e o setor financeiro registraram aproximadamente 23,9%. Especial atenção merece o comércio, principalmente nas cidades fronteiriças de Encarnación, Ciudad del Este e Salto del Guaíra, locais em que coexistem o comércio formal e o informal, em uma zona de livre comércio, onde a demanda é incrementada, sobretudo, por compradores argentinos e brasileiros. Diariamente esse comércio movimenta vultosas cifras em bens de consumo, impossibilitando o dimensionamento e a organização estatística dos valores transacionados, devido aos frágeis controles oficiais. Desse modo, torna-se difícil registrar e analisar o impacto da receita desse comércio na economia interna do país, para o que concorre o fato de que muitos estabelecimentos são controlados por estrangeiros, naturalizados ou não. Composição do Produto Interno Bruto (Participação por Setor de Atividade) Setor de Atividade Agricultura Comércio e Finanças Outros Serviços Indústria Utilidades Públicas Construção civil Transportes e Comunicações Mineração TOTAL GERAL 1994 25,67% 26,79% 17,07% 15,08% 4,81% 5,37% 4,74% 0,47% 100,00% 1995 26,49% 25,99% 16,94% 14,83% 5,26% 5,33% 4,68% 0,47% 100,00% Fonte: EIU - The Economist Intelligence Unit - Country Profile - 1999 -2000 1996 26,49% 25,41% 17,63% 14,33% 5,51% 5,43% 4,74% 0,46% 100,00% 1997 27,19% 24,81% 17,89% 13,94% 5,57% 5,35% 4,80% 0,46% 100,00% 1998 27,38% 23,87% 18,09% 14,13% 5,68% 5,42% 4,96% 0,48% 100,00% 3. Moeda e finanças Moeda A moeda do Paraguai é o guarani (G), dividido em centavos. No período compreendido entre 1992 e 1998, o guarani apresentou uma desvalorização média anual de 10,94% em relação ao dólar norte-americano: Evolução da cotação média anual do Guarani em relação ao dólar norte-americano Anos G por US$ 1992 1.500 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1.744 1.912 1.970 2.063 2.191 2.756 Fonte: EIU The Economist Intelligence Unit Country Report 4th quarter 1999 4. Balanço de pagamentos Invertendo tendência superavitária, o balanço de pagamentos do Paraguai registrou pequenos déficits em 1996 e 1997, influenciados, sobretudo, pelo agravamento dos resultados em transações correntes, combinado com o fraco desempenho da movimentação financeira em 1996. Destacam se os expressivos resultados na rubrica referente a movimentação financeira verificados em 1997 e 1998, que , juntamente com a redução do volume de importações, possibilitaram o saldo positivo registrado em 1998. 14 Paraguai Balanço de pagamentos, 1992-1998 (em US$ milhões) Discriminação 1992 1993 a) Balança comercial 9,1 79,4 Exportações 1.997,1 2.859,0 Importações 1.988,0 2.779,6 b) Serviços (líquido) -99,9 -154,2 Receita 364,6 438,6 Despesa 464,5 592,8 c) Renda (líquida) -28,3 55,7 d) Transferências correntes (líquido) 61,8 78,2 22,7 e) Transações correntes (a+b+c+d) -57,3 59,1 f) Movimento de capitais (líquido) 10,4 22,1 g) Movimento financeiro 16,1 8,5 h) Erros e omissões 11,9 -46,4 i) Saldo (e+f+g+h) -18,9 43,3 Fonte: International Financial Statistics Yearbook, 1999. 1994 -243,4 3.360,1 3.603,5 -167,2 426,2 593,4 113,8 1995 -193,6 4.295,5 4.489,1 -233,5 502,4 735,9 87,5 1996 -502,9 3.880,3 4.383,2 -140,4 506,0 646,4 102,9 60,4 45,3 39,7 1997 1998 -206,8 -113,9 3.980,0 3.824,1 4.186,8 3.938,0 -119,0 -72,8 525,4 489,2 644,4 562,0 47,9 45,6 34,7 -274,1 -279,2 -495,1 -238,2 8,8 212,9 353,0 300,6 11,8 131,5 197,3 61,4 -106,4 14,7 8,6 5,4 -39,7 623,6 375,6 380,0 -590,4 -174,3 -140,1 -196,4 100,3 Reservas internacionais Quanto às reservas internacionais, a evolução nos últimos anos tem sido bastante favorável. Assim é que estas passaram de US$ 562 milhões, ao final de 1992, para cerca de US$ 1.027 milhões em dezembro de 1995. Ao final de 1998, as reservas internacionais paraguaias, excluindo o ouro, haviam se estabilizado na marca de US$ 774 milhões. Reservas internacionais, 1992-1998 (em US$ milhões) Anos Reservas excl. ouro 1992 562 1993 631 1994 1.016 1995 1.027 Fonte: EIU The Economist Intelligence Unit Country Report 4th quarter 1999 1996 869 1997 695 1998 774 5. Sistema bancário O sistema bancário do Paraguai contava, em 1999, com 22 bancos e 57 instituições financeiras. Desse total, três bancos são estatais: o Banco Central do Paraguai (autoridade monetária), o Banco Nacional de Fomento e o Banco Nacional dos Trabalhadores. Os dois maiores bancos paraguaios são estrangeiros: o ABN-AMRO Bank e o Citybank. Os bancos estrangeiros contavam, em 1999, com cerca de 54% do total de depósitos. Estatísticas do sistema bancário do Paraguai, 1993-1998 Anos (fim do período) 1993 1994 Quantidade de bancos 30 35 Quantidade de instituições financeiras 52 66 Depósitos em moeda local (% do total) 45 51 Depósitos em moeda estrangeira (% do total) 55 49 Total dos depósitos (US$ bilhões) 1,20 1,41 Ativos do sistema bancário (US$ bilhões) 2,07 2,33 Fonte: Banco Central do Paraguai / Gerência de Estudos Econômicos 1995 35 1996 31 1997 33 1998 22 68 59 54 57 58 54 49 41 42 46 51 59 1,65 2,02 2,08 2,25 2,68 3,07 3,12 3,21 15 6. Finanças públicas De acordo com o Ministério da Fazenda do Paraguai, os resultados do Setor Público apresentaram a seguinte composição, no período 1994-1996: (Em milhões de US$) Discriminação 1994 1995 1996 Receitas totais 1.318 1.367 1.407 Tributárias 779 1.004 999 Não tributárias 535 348 395 Receitas de Capital 4 15 12 Transferências a Províncias 188 29 27 Receitas líquidas 1.130 1.338 1.380 Despesas 933 1.365 1.460 Salários 482 582 668 Bens e serviços 100 130 144 Outras despesas correntes 162 267 321 Despesas de capital 188 385 328 Resultado primário 197 -27 -80 Juros líquidos 52 -55 -46 Resultado Total 145 -82 -126 Fonte: Ministério da Fazenda (não estão incluídas as privatizações). O Programa de Privatizações O programa de privatizações paraguaio, iniciado em 1994, teve um lento progresso até o momento, sendo limitado pela estrutura legal existente, que dificultou os processos de licitação internacional e excluiu os serviços públicos da privatização, bem como pelas dificuldades políticas para a abertura do capital das empresas públicas à iniciativa privada. Apesar de cinco empresas estatais constarem da lista inicial de prioridades para privatização, apenas duas, no período de 1994 a 1997, passaram para o setor privado: a LAPSA - Líneas Aéreas Paraguayas (aviação), vendida em 1994, e a ACEPAR - Aceros del Paraguay (siderurgia), privatizada em 1997. A empresa nacional de telecomunicações - ANTELCO Administração Nacional de Telecomunicações, deverá, sugundo os planos do Governo, ser privatizada no 1º semestre do ano 2000, porém há resistências do setor público, dos trabalhadores da empresa e da própria base governamental. 16 III - COMÉRCIO EXTERIOR 1. Evolução recente1 A criação do MERCOSUL levou o comércio exterior do Paraguai a expressivo crescimento nos últimos anos, a exemplo dos demais países-membros. Entre 1992 e 1998, o intercâmbio comercial registrado daquele país evoluiu, de acordo com dados do Fundo Monetário Internacional, passando de US$ 1,98 bilhão, em 1992, para cerca de US$ 5,14 bilhões, em 1998. Em termos relativos, a taxa média de crescimento nominal da corrente de comércio foi de 21,4% ao ano, cabendo fazer menção ao fato de que, em todos os anos da série sob análise, o intercâmbio comercial apresentou variações positivas em relação ao ano anterior, estabilizando-se, em 1997 e 1998, na casa dos US$ 5,2 bilhões. O MERCOSUL representa o principal mercado de origem e destino para o comércio exterior do país, tendo ampliado continuamente sua importância, tanto em termos absolutos quanto relativos. Em 1998, por exemplo, o comércio intrazonal respondeu por cerca de 54% do intercâmbio comercial paraguaio. A balança comercial do país é tradicionalmente deficitária. Em 1998, o saldo negativo da balança comercial foi de US$ 2,61 bilhões, resultado maior do que o registrado nos anos anteriores. Embora relevante, a expansão das exportações tem sido mais discreta do que a das importações. Entre 1992 e 1998, de acordo com a referida fonte, a taxa média de crescimento foi de 10,16% ao ano, sendo que, em termos absolutos, as exportações paraguaias passaram de US$ 708,0 milhões, para cerca de US$ 1,27 bilhão. Conforme assinalado, o MERCOSUL representa o principal mercado de destino para os embarques paraguaios, tendo alcançado participação de 53,9%, em 1998. Individualmente, o Brasil figurou, no mesmo período, como o principal comprador de produtos paraguaios, absorvendo 27,6% de suas exportações. As importações paraguaias têm mostrado tendência de expansão bem mais acentuada do que as exportações. Ao longo do período compreendido entre 1992 e 1998, o incremento anual médio calculado foi de 20,31%, tendo os valores registrados evoluído de US$ 1,28 bilhão para US$ 3,88 bilhões. Tal como verificado nas exportações, e refletindo o fortalecimento do comércio intrazonal, o MERCOSUL, com 50,0% do total, em 1998, figura como o principal mercado de origem para as importações paraguaias, e vem expandindo paulatinamente sua participação. Isoladamente, o Brasil consta como o principal fornecedor de produtos ao Paraguai, tendo sido responsável, em 1998, pelo fornecimento de 32,2% das importações registradas daquele país. Paraguai: evolução do comércio exterior total 1992-1998 Anos 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 Exportações registradas 708 768 817 919 1.044 1.357 1.265 Var. (%) -10,6 8,4 6,3 12,5 13,6 30,0 -6,8 Fonte: FMI. Direction of Trade Statistics , Setember 1999. Obs.: Últimos dados disponíveis Importações registradas 1.278 1.520 2.153 2.898 2.850 3.876 3.875 (em US$ milhões-FOB) Var. Balança (%) Comercial -3,1 -570 18,9 -752 41,6 -1.336 34,6 -1.979 -1,6 -1.806 36,0 -2.519 -0,1 -2.610 Cabe notar, entretanto, que as estatísticas do comércio exterior paraguaio são fortemente influenciadas pelo chamado turismo comercial, que talvez possa ser tão importante ou mesmo exceder as estatísticas relativas ao comércio oficial ou registrado. De acordo com a publicação do Fundo Monetário Internacional Paraguay: Selected Issues and Statistical Annex, de fevereiro de 1998, estima-se que aproximadamente 70% do total das exportações paraguaias (registradas e não registradas) direciona-se para os países do MERCOSUL. Dessas exportações, cerca de 75% não é registrada, e provém do turismo comercial, que opera com bens importados pelo Paraguai para reexportação aos países vizinhos. Cidade del Este (antiga Puerto Presidente Stroessner) é um importante centro, onde cerca de 12.000 micro e pequenos estabelecimentos estão em operação. Anualmente, a cidade recebe cerca de quatro milhões de turistas Observação importante: Os dados sobre o comércio exterior do Paraguai, computados por fontes paraguaias, normalmente divergem dos dados fornecidos pelos países com que o Paraguai tem relações comerciais. Tais diferenças são justificadas por deficiências no processamento das informações e outros aspectos. 1 17 brasileiros e argentinos. Uísque, cigarros, perfumes, produtos eletrônicos e eletroportáteis em geral, além de soja e café são importantes itens vendidos na cidade. Companhias paraguaias lucram com a baixa taxação e a abertura econômica do país, revendendo bens importados a preços consideravelmente abaixo daqueles praticados em países vizinhos, onde as tarifas são muito mais altas. Pode-se prever que o comércio não registrado tenderá a diminuir gradualmente, em função da adoção da Tarifa Externa Comum e da redução das tarifas aduaneiras. Para as estatísticas de comércio exterior do Paraguai, no presente estudo foram considerados os dados relativos ao comércio registrado, tais como apresentados na publicação do Fundo Monetário Internacional, com base nas informações fornecidas pelo Banco Central do Paraguai. O quadro a seguir, retirado da publicação do FMI, espelha as diferenças estatísticas relativas ao comércio exterior do Paraguai, de acordo com diversos critérios metodológicos. Paraguai: valor agregado às reexportações e ajustes comerciais Direção do comércio exterior Discriminação 1994 Importações totais (FOB)(a) 3.550 (1) Importações registradas 2.140 (2) Importações não-registradas 1.410 Reexportações de importações não-registradas (3) Consumo doméstico (b) 87 (4) Reexportações (FOB) = (2) (3) 1.322 Reexportações de importações registradas (5) Reexportação de itens selecionados (c) 785 (6) Consumo doméstico (d) 168 (7) Reexportações (FOB) = (5) (6) 617 Total das reexportações (CIF) (e) 2.230 = ((4) + (7)) * 1,15 Valor agregado às reexportações(f) 223 Importações domésticas (g) = (1) + (3) (7) 1.611 1995 4.471 2.782 1.689 (em US$ milhões) 1996(*) 4.196 2.831 1.365 95 1.594 99 1.266 1.152 183 969 2.947 1.086 191 895 2.485 295 1.908 249 2.035 Fonte: FMI. Paraguay: Selected Issues and Statistical Annex, fevereiro de 1998. (a) Com base nos valores informados pelos parceiros comerciais daquele país ao FMI, constantes da publicação Direction of Trade Statistics, elaborada pelo Fundo. (b) Valores calculados pelo FMI, com base em critérios metodológicos desenvolvidos pelo Fundo. (c) Consiste de bebidas alcoólicas, cigarros, doces e outros itens alimentícios; perfumes, algodão e fibras têxteis sintéticas, produtos eletrônicos, equipamentos de escritório e outros itens de consumo. (d) Valores calculados pelo FMI, com base em critérios metodológicos desenvolvidos pelo Fundo. (e) Valores estimados pelo FMI, assumindo que custos de fretes e seguros representem 15% do valor FOB das importações, que foi a média observada entre 1985 e 1992. (f) Valores estimados pelo FMI, assumindo que a agregação em entrepostos comerciais é de 10% sobre o valor CIF das importações. (g) Importações totais tendo como destino final o Paraguai. (*) Dados preliminares. Obs.: Últimos dados disponíveis 2. Direção do comércio exterior A criação do MERCOSUL impulsionou sobremaneira o comércio intrazonal paraguaio que, tanto pela ótica das exportações, quanto pela das importações, tem apresentado expansão relativa em todos os anos, a partir de 1991. a) Exportações Em termos geográficos e no que diz respeito às exportações, o MERCOSUL vem expandindo, gradativamente, sua participação, atingindo um patamar da ordem de 53,9%, em 1998. Isoladamente, o Brasil e a Argentina figuram como os dois principais mercados de destino para as exportações paraguaias, com participação de 27,6% e 25,1%, respectivamente. A União Européia, como um todo, absorveu aproximadamente 21,0% das vendas externas do Paraguai, em 1998. 18 Paraguai: direção das exportações, 1996-1998 Discriminação 1996 Brasil Argentina Países Baixos Chile Japão Estados Unidos Espanha Itália Venezuela Peru Uruguai França Subtotal Demais países Total geral 521 96 173 25 1 38 7 20 15 11 44 12 963 81 1.044 % do total 49,9% 9,2% 16,6% 2,4% 0,1% 3,6% 0,6% 1,9% 1,4% 1,0% 4,2% 1,1% 92,2% 7,8% 100,0% 1997 531 290 111 50 95 41 22 27 17 14 22 11 1.231 126 1.357 % do total 39,1% 21,4% 8,2% 3,7% 7,0% 3,0% 1,6% 2,0% 1,3% 1,0% 1,6% 0,8% 90,7% 9,3% 100,0% Fonte: FMI Direction of Trade Statistics Yearbook 1998 Quarterly September 1999 (em US$ milhões) 1998 % do total 349 27,6% 318 25,1% 190 15,0% 58 4,6% 55 4,3% 33 2,6% 31 2,5% 25 2,0% 20 1,6% 17 1,3% 15 1,2% 12 0,9% 1.123 88,8% 142 11,2% 1.265 100,0% b) Importações Assim como nas exportações, o MERCOSUL também tem participação marcante no total das importações paraguaias, alcançando 50,0 % do total, de acordo com dados de 1998. O Brasil é, tradicionalmente, o principal fornecedor de produtos ao Paraguai. Em 1998, a participação brasileira no total das importações daquele país atingiu cerca de 32,2%, com o montante de US$ 1,25 bilhões. Os Estados Unidos e a Argentina ocuparam a segunda e a terceira posição como fornecedores de produtos àquele país, com participações de 20,3% e 15,6%, respectivamente. No mesmo ano, a Ásia, como um todo, deteve a participação de 14,7%, com destaque para Hong Kong, com uma participação de 6,9%. No mesmo ano, a União Européia deteve a participação de 10,2%. Paraguai: Direção das importações, 1996-1998 Discriminação 1996 do total Brasil 933 Estados Unidos 311 Argentina 557 Hong Kong 57 Japão 178 Itália 30 Uruguai 58 República Popular da China (...) Chile 64 Reino Unido 82 Alemanha 95 Subtotal 2.365 Demais países 485 Total geral 2.850 % 32,7% 10,9% 19,5% 2,0% 6,2% 1,0% 2,0% (...) 2,2% 2,8% 3,3% 82,9% 17,0% 100,0% 1997 do total 1.324 742 558 220 175 81 62 70 66 105 80 3.483 393 3.876 % 34,2% 19,1% 14,4% 5,7% 4,5% 2,1% 1,6% 1,8% 1,7% 2,7% 2,1% 89,9% 10,1% 100,0% Fonte: FMI Direction of Trade Statistics Yearbook 1998 Quarterly September 1999 (...) Dados não disponíveis (em US$ milhões) 1998 % do total 1.249 32,2% 786 20,3% 604 15,6% 269 6,9% 103 2,7% 86 2,2% 84 2,2% 78 2,0% 74 1,9% 71 1,8% 67 1,7% 3,471 89,6% 403 10,4% 3.874 100,0% 19 3. Composição do comércio exterior registrado a) Exportações Os produtos agrícolas constituem o principal grupo da pauta de exportações do país. Entre 1994 e 1997, o setor agrícola expandiu gradativamente sua importância, tanto em termos absolutos quanto relativos, atingindo valores da ordem de US$ 752 milhões, ou seja, cerca de 65,9% do total exportado naquele ano. Em nível de produtos, cabe fazer menção aos embarques de soja e de algodão que , em 1997, somaram US$ 493 milhões e US$ 96 milhões, respectivamente. Ainda em 1997, os produtos industrializados geraram receita da ordem de US$ 180 milhões, enquanto os embarques de produtos de origem animal e de produtos florestais e atingiram o montante de US$ 156 milhões e US$ 99 milhões, respectivamente. Paraguai, composição do comércio exterior, exportações, 1995-1997: (Principais grupos de produtos) COMPOSIÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR EXPORTAÇÕES (US$ milhões) Sementes oleaginosas Embutidos de animais Madeira Algodão e suas manufaturas Óleos e gorduras vegetais ou animais Carne e suas preparações Subtotal Demais Produtos Total Geral 1995 Part% no total 1996 Part% no total 1997 Part% no total 194,2 59,7 29,5 248,7 53,2 44,1 629,4 190,2 819,6 23,69% 7,28% 3,60% 30,34% 6,49% 5,38% 76,79% 23,21% 100,00% 325,7 91,1 62,1 189,8 74,4 46 789,1 253,9 1043,0 31,23% 8,73% 5,95% 18,20% 7,13% 4,41% 75,66% 24,34% 100,00% 493,6 107,2 99,3 96,3 61,9 49,1 907,4 233,6 1141,0 43,26% 9,40% 8,70% 8,44% 5,43% 4,30% 79,53% 20,47% 100,00% Fonte: EIU. The Economist Intelligence Unit, Country Report 4th quarter 1999. b) Importações Pelo lado das importações, a pauta apresenta-se diversificada, cabendo fazer menção às aquisições de máquinas e equipamentos de transporte, com um montante de US$ 1.236 milhões, que representaram 36,3% do total, em 1997. Nesse mesmo ano, as importações de produtos alimentícios, bebidas e tabaco atingiu 19,3%, ao passo que a demanda registrada por produtos químicos e petróleo e derivados atingiram 11,9% e 9,8%, respectivamente. Paraguai, composição do comércio exterior, importações, 1995-1997: (Principais grupos de produtos) COMPOSIÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR IMPORTAÇÕES (US$ milhões) Máquinas e equipamentos de transporte Alimentos, bebidas e fumo Produtos químicos Petróleo e derivados Ferro e aço e suas manufaturas Borracha e suas manufaturas Papel Instrumentos científicos Vestuário e calçados Têxteis Subtotal Demais Produtos Total Geral 1995 Part% no total 1996 1.326,0 573,2 283,8 191 40,3 63,9 71,1 57,1 70,7 64,6 2.741,7 394,2 3.135,9 42,28% 1.132,3 18,28% 629,3 9,05% 328,9 6,09% 235,8 1,29% 41,7 2,04% 61,3 2,27% 67,8 1,82% 57 2,25% 61,7 2,06% 49,2 87,43% 2.665,0 12,57% 442,4 100,00% 3.107,4 Part% no total 1997 36,44% 1.236,1 20,25% 656,2 10,58% 405,2 7,59% 331,7 1,34% 94 1,97% 74,7 2,18% 75,1 1,83% 73 1,99% 60,8 1,58% 60,3 85,76% 3.067,1 14,24% 336,3 100,00% 3.403,4 Part% no total 36,32% 19,28% 11,91% 9,75% 2,76% 2,19% 2,21% 2,14% 1,79% 1,77% 90,12% 9,88% 100,00% Fonte: EIU. The Economist Intelligence Unit, Country Report 4th quarter 1999. 20 IV - RELAÇÕES ECONÔMICO-COMERCIAIS BRASIL - PARAGUAI 1. Intercâmbio comercial bilateral Entre 1995 e 1999, o intercâmbio comercial entre o Brasil e o Paraguai apresentou decréscimo médio de 13,0% ao ano, caindo de US$ 1.815 milhões para US$ 1.004 milhões. No mesmo período, registraram-se valores tradicionalmente favoráveis ao Brasil no que diz respeito à balança comercial, sendo que o superávit brasileiro contabilizado em 1999 foi da ordem de US$ 485 milhões. As exportações brasileiras para o Paraguai apresentaram expansão contínua ao longo do período 1993-1997, com um crescimento médio de 10% ao ano. Já em 1998, o valor de US$ 1.249 milhões representou uma queda de 11,2% em relação ao ano anterior, sendo que, em 1999, o valor de US$ 744 milhões representou um decréscimo ainda maior, da ordem de 40% em relação ao ano anterior. As importações brasileiras provenientes do Paraguai apresentaram o mesmo comportamento: em 1999 alcançaram US$ 260 milhões, contra US$ 349 milhões registrados em 1998 e US$ 517 milhões verificados em 1997. Devido à queda em 1998 e 1999, a média de crescimento anual no período 1995-1999 foi de 15,7%. Cumpre observar, ainda, que o comércio com o Paraguai tem apresentado perda contínua de fatia de mercado em relação ao cômputo geral do comércio realizado com o MERCOSUL. Em 1995, por exemplo, as exportações brasileiras para o Paraguai representavam 21,1% do total exportado para o bloco e, em 1999, esta participação diminuiu para 11,0%. O mesmo comportamento se observa em relação às importações brasileiras provenientes do Paraguai, cuja participação em relação ao MERCOSUL caiu de 3,7%, em 1995, para 1,5%, em 1999. Brasil: intercâmbio comercial com o Paraguai 1995-1999 INTERCÂMBIO COMERCIAL BRASIL / PARAGUAI(1) (US$ mil - fob) 1995 1996 1997 1998(2) 1999(2) Exportações (fob) 1.300.733 1.324.582 1.406.683 1.249.436 744.284 Variação anual (%) 23,5% 1,8% 6,2% -11,2% -47,1% Part. no total das exportações brasileiras para o Mercosul (%) 21,1% 18,1% 15,5% 14,1% 11,0% Part. no total das exportações brasileiras para o Mundo (%) 2,8% 2,8% 2,7% 2,4% 1,6% Importações (fob) 514.654 551.334 517.518 349.019 259.808 Variação anual (%) -9,5% 7,1% -6,1% -32,6% -49,8% Part. no total das importações brasileiras do Mercosul (%) 3,7% 3,9% 3,3% 2,2% 1,5% Part. no total das importações brasileiras do Mundo (%) 1,0% 1,0% 0,9% 0,6% 0,5% Intercâmbio Comercial 1.815.387 1.875.916 1.924.201 1.598.455 1.004.092 Variação anual (%) 11,9% 3,3% 2,6% -16,9% -47,8% Part. no total do intercâmbio brasileiro com o Mercosul (%) 6,8% 7,0% 6,3% 5,3% 3,2% Part. no total do intercâmbio brasileiro com o Mundo (%) 1,9% 1,9% 1,7% 1,4% 0,9% Saldo 786.079 773.248 889.165 900.417 484.476 Fonte: MDIC/SECEX/Sistema ALICE. (1) As discrepâncias observadas nos dados do intercâmbio Brasil-Paraguai são justificadas pelo uso de fontes diferentes: FMI e Sistema ALICE. (2) Dados preliminares. 2. Composição do comércio Brasil-Paraguai A pauta das exportações brasileiras para o Paraguai apresenta-se bastante diversificada. Em 1999, os quatro principais grupos de produtos exportados foram: Caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos (10,44%), Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (6,79%), e Papel e cartão; obras de pasta celulósica (6,62%), seguido de Automóveis, tratores e ciclos (5,49%). Em termos de produtos, os Adubos ou fertilizantes contendo nitrogênio, fósforo e potássio foram o principal item vendido, alcançando participação de 2,50% em relação ao total. 21 Exportações brasileiras para o Paraguai, por principais grupos de produtos (1997-1999) COMPOSIÇÃO DO INTERCÂMBIO COMERCIAL BRASIL - PARAGUAI (US$ mil - fob) 1997 % do total 1998 (1) % do total 1999 (1) EXPORTAÇÕES: (por principais grupos de produtos e principais produtos) Caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos 165.447 11,76% 119.548 9,57% 77.721 Outras máquinas e aparelhos para colheita 13.980 0,99% 10.723 0,86% 5.398 Refrigeradores de compressão, de uso doméstico 7.241 0,51% 7.825 0,63% 5.024 Outros aparelhos de ar condicionado, para paredes e janelas 6.744 0,48% 6.665 0,53% 3.655 Congeladores (Freezers) tipo cofre 7.082 0,50% 3.947 0,32% 3.069 Máquinas, aparelhos e materiais elétricos, e suas partes 67.584 4,80% 66.037 5,29% 50.573 Centrais automáticas de comutação eletrônica, de linha telefônica 6 0,00% 1 0,00% 5.635 Outras pilhas elétricas, de bióxido de manganês 4.969 0,35% 8.075 0,65% 4.960 Terminais portáteis de telefonia celular 0 0,00% 756 0,06% 3.465 Papel e cartão; obras de pasta celulósica, etc. 39.644 2,82% 51.649 4,13% 49.261 Caixas e cartonagens, dobráveis, de papel/cartão 3.103 0,22% 12.934 1,04% 14.242 Papel higiênico 10.704 0,76% 9.347 0,75% 6.195 Veículos automóveis, tratores, ciclos; etc. 150.587 10,71% 98.898 7,92% 40.864 Automóveis com motor a explosão, de cilindrada superior a 1.500 cm3, mas não superior a 3.000 cm3 16.048 1,14% 10.789 0,86% 6.311 Chassis com motor para veículo automóvel da posição 8702. 16.680 1,19% 7.034 0,56% 4.374 Carroçarias para veículos automóveis das posições 8701 a 8705 17.002 1,21% 8.780 0,70% 4.155 Outros veículos automóveis com motor a diesel, para transporte de mercadorias 11.461 0,81% 7.024 0,56% 3.341 Borracha e suas obras 103.224 7,34% 82.052 6,57% 36.509 Outros pneumáticos novos de borracha, para ônibus 29.890 2,12% 30.008 2,40% 12.999 Pneumáticos novos de borracha, para automóveis de passageiros 29.225 2,08% 30.959 2,48% 10.809 Bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres 48.583 3,45% 41.590 3,33% 33.064 Cervejas de malte 26.943 1,92% 20.167 1,61% 13.152 Água, incluído as águas minerais e gaseificadas, adicionadas de açúcar 9.562 0,68% 10.777 0,86% 9.846 Adubos ou fertilizantes 46.400 3,30% 39.758 3,18% 31.306 Adubos ou fertilizantes contendo nitrogênio, fósforo e potássio 26.530 1,89% 16.931 1,36% 18.602 Adubos ou fertilizantes contendo fósforo e potássio 5.653 0,40% 8.324 0,67% 5.519 Plásticos e suas obras 47.338 3,37% 37.386 2,99% 29.989 Serviços de mesa e outros utensílios de mesa ou de cozinha 5.651 0,40% 4.932 0,39% 5.475 Produtos diversos das indústrias químicas 39.783 2,83% 27.417 2,19% 23.433 Outros herbicidas apresentados em outra forma ou embalagem para venda a retalho 18.106 1,29% 9.409 0,75% 9.314 Obras de ferro fundido, ferro ou aço 36.165 2,57% 33.094 2,65% 22.915 Aparelhos para cozinhar/aquecer, de ferro, a combustíveis gasosos 6.797 0,48% 4.912 0,39% 4.958 Fumo (tabaco) e seus sucedâneos, manufaturados 173.280 12,32% 233.041 18,65% 22.087 Fumo (tabaco) manufaturado 1.860 0,13% 4.936 0,40% 8.521 Fumo não manufaturado, total ou parcialmente destalado, em folhas secas 10.426 0,74% 9.533 0,76% 6.281 Cigarros de fumo 156.532 11,13% 213.860 17,12% 3.702 Ferro fundido, ferro e aço 33.420 2,38% 27.898 2,23% 19.089 Outros fios de ferro/aço, não ligados, galvanizados 7.198 0,51% 5.466 0,44% 4.460 Barras de ferro/aço, laminadas a quente, dentadas 3.737 0,27% 2.939 0,24% 2.575 Produtos cerâmicos 27.698 1,97% 25.172 2,01% 18.765 Outros ladrilhos, de cerâmica, vidrados, esmaltados 18.912 1,34% 17.987 1,44% 13.499 Calçados, polainas e artefatos semelhantes, e suas partes 25.509 1,81% 22.483 1,80% 18.559 Sabões, agentes orgânicos de superfície, ceras artificiais, etc. 23.117 1,64% 19.338 1,55% 15.870 Preparações tensoativa, para lavagem e limpeza 10.393 0,74% 7.550 0,60% 7.893 Preparações alimentícias diversas 22.577 1,60% 20.649 1,65% 14.272 Outras preparações para elaboração de bebidas 13.398 0,95% 13.456 1,08% 8.398 Açúcares e produtos de confeitaria 15.698 1,12% 14.245 1,14% 13.491 Combustíveis, óleos e ceras minerais; etc. 38.768 2,76% 7.864 0,63% 12.577 Pastas (ouates), feltros e falsos tecidos; fios especiais 6.661 0,47% 9.483 0,76% 11.367 Cilindros para filtros de cigarros 503 0,04% 6.537 0,52% 9.170 Algodão 24.472 1,74% 18.675 1,49% 11.318 Extratos tanantes, matérias corantes, tintas, etc. 12.558 0,89% 12.365 0,99% 10.577 Alumínio e suas obras 21.093 1,50% 12.189 0,98% 10.116 Ferramentas, artefatos de cutelaria e talheres, etc. 11.638 0,83% 11.801 0,94% 10.106 Gorduras óleos e ceras, animais ou vegetais 4.426 0,31% 9.758 0,78% 9.504 Vestuário e seus acessórios, de malha 15.141 1,08% 12.786 1,02% 9.348 Tecido de algodão, com fios tintos em indigo blue segundo Color Index 73000 15.141 1,08% 12.786 1,02% 9.348 Subtotal 1.200.811 85,36% 1.055.176 84,45% 602.681 Demais Produtos 205.872 14,64% 194.260 15,55% 141.603 TOTAL GERAL 1.406.683 100,00% 1.249.436 100,00% 744.284 Fonte: MDIC/SECEX/ Sistema ALICE. Grupos de produtos listados em ordem decrescente, tendo como base os valores apresentados em 1999. (1) Dados preliminares. % do total 10,44% 0,73% 0,68% 0,49% 0,41% 6,79% 0,76% 0,67% 0,47% 6,62% 1,91% 0,83% 5,49% 0,85% 0,59% 0,56% 0,45% 4,91% 1,75% 1,45% 4,44% 1,77% 1,32% 4,21% 2,50% 0,74% 4,03% 0,74% 3,15% 1,25% 3,08% 0,67% 2,97% 1,14% 0,84% 0,50% 2,56% 0,60% 0,35% 2,52% 1,81% 2,49% 2,13% 1,06% 1,92% 1,13% 1,81% 1,69% 1,53% 1,23% 1,52% 1,42% 1,36% 1,36% 1,28% 1,26% 1,26% 80,97% 19,03% 100,00% 22 Importações brasileiras do Paraguai, por principais grupos de produtos (1997-1999) Com relação a importação, a pauta é bem mais concentrada: em 1999, os principais grupos de produtos adquiridos do Paraguai foram: Sementes de frutos oleaginosos; grãos; etc. (31,85%), Algodão (27,23%), Gorduras, óleos e ceras (12,35%). Estes três grupos foram responsáveis por mais de 71% das importações brasileiras. Em termos de produto, o principal item importado do Paraguai nos últimos anos tem sido a soja. Em 1999, Outros grãos de soja, mesmo triturados, representaram US$ 82,74 milhões (31,46% do total das importações), ficando em segundo lugar Outros tipos de algodão não cardado nem penteado, somando US$ 50,55 milhões (19,46% do total); somente estes dois produtos representaram aproximadamente 51,0% do total das compras brasileiras do Paraguai. COMPOSIÇÃO DO INTERCÂMBIO COMERCIAL BRASIL - PARAGUAI (US$ mil - fob) 1997 % do total 1998 (1) IMPORTAÇÕES: (por principais produtos e grupos de produtos) Sementes e frutos oleaginosos; grãos; etc. 172.660 33,36% 65.659 Outros grãos de soja, mesmo triturados 170.351 32,92% 65.367 Algodão 95.026 18,36% 83.694 Outros tipos de algodão não cardado nem penteado 55.135 10,65% 42.289 Algodão simplesmente debulhado, não cardado 23.739 4,59% 29.984 Fio de algodão, cru 5.992 1,16% 5.937 Gorduras óleos e ceras, animais ou vegetais 50.838 9,82% 58.080 Óleo de soja, em bruto, mesmo degomado 45.222 8,74% 50.470 Óleo de girassol, em bruto 1.121 0,22% 1.221 Cereais 40.676 7,86% 26.411 Outras espécies de milho, em grão 10.167 1,96% 11.490 Arroz (Paddy) com casca, não parbolizado 2.100 0,41% 372 Outras espécies de trigo e misturas de trigo 23.318 4,51% 13.343 Outras espécies de trigo duro 5.085 0,98% 1.202 Resíduos das indústrias alimentares; alimentos para animais 60.226 11,64% 24.319 Bagaços e outros resíduos sólidos, da extração do óleo de soja 58.534 11,31% 23.584 Carnes e miudezas, comestíveis 13.814 2,67% 27.116 Carcaças e meias carcaças, de bovino, frescas 39 0,01% 8.346 Quartos traseiros, de bovino, não desossados, frescas 499 0,10% 5.435 Animais vivos 30.749 5,94% 22.064 Outros bovinos, vivos 30.581 5,91% 21.880 Madeira, carvão vegetal e obras de madeira 16.935 3,27% 13.617 Folhas de madeira, de cedro 2.062 0,40% 1.910 Outras madeiras serradas, cortadas, em folhas 5.567 1,08% 4.145 Madeira de pau marfim, serrada 4.087 0,79% 3.113 Produtos químicos orgânicos 2.469 0,48% 1.499 Mentol 2.408 0,47% 1.403 Óleos essenciais; produtos de perfumaria/toucador, etc. 1.872 0,36% 1.170 Óleo essencial, de menta japonesa 946 0,18% 349 Preparações alimentícias diversas 372 0,07% 1.751 Leveduras vivas 282 0,05% 1.521 Produtos químicos inorgânicos 1.506 0,29% 1.349 Oxigênio 1.078 0,21% 1.094 Subtotal 487.143 94,13% 326.729 Demais Produtos 30.359 5,87% 22.290 TOTAL GERAL 517.502 100,00% 349.019 Fonte: MDIC/SECEX/ Sistema ALICE. Grupos de produtos listados em ordem decrescente, tendo como base os valores apresentados em 1999. (1) Dados preliminares. % do total 18,81% 18,73% 23,98% 12,12% 8,59% 1,70% 16,64% 14,46% 0,35% 7,57% 3,29% 0,11% 3,82% 0,34% 6,97% 6,76% 7,77% 2,39% 1,56% 6,32% 6,27% 3,90% 0,55% 1,19% 0,89% 0,43% 0,40% 0,34% 0,10% 0,50% 0,44% 0,39% 0,31% 93,61% 6,39% 100,00% 1999 (1) 82.740 81.743 70.751 50.551 16.275 1.407 32.085 25.805 1.949 17.664 17.358 219 87 0 11.528 10.448 11.162 6.869 1.198 10.108 9.859 7.736 2.116 1.893 1.614 2.353 2.126 1.792 1.187 1.400 1.400 1.330 1.054 250.649 9.159 259.808 % do total 31,85% 31,46% 27,23% 19,46% 6,26% 0,54% 12,35% 9,93% 0,75% 6,80% 6,68% 0,08% 0,03% 0,00% 4,44% 4,02% 4,30% 2,64% 0,46% 3,89% 3,79% 2,98% 0,81% 0,73% 0,62% 0,91% 0,82% 0,69% 0,46% 0,54% 0,54% 0,51% 0,41% 96,47% 3,53% 100,00% 3. Balanço de pagamentos bilateral Os últimos dados divulgados pelo Banco Central do Brasil referem-se ao ano de 1993. A análise da série histórica do triênio 1991-1993 mostra que o Brasil registrou saldos favoráveis no tocante à balança comercial, os quais, entretanto, foram insuficientes para cobrir os crescentes saldos deficitários dos serviços, o que implicou déficit nas transações correntes para o ano de 1993. Ainda com relação a esse ano, faz-se registro ao expressivo déficit registrado na movimentação líquida de capitais, determinante para o resultado negativo do balanço como um todo. 23 Balanço de Pagamentos Brasil-Paraguai, 1991-1993(1) (em US$ milhões) DISCRIMINAÇÃO A. Balança comercial (fob) Exportações Importações B. Serviços (líquido) Receita Despesa C. Transferências unilaterais (líquido) D. Transações correntes (A+B+C) E. Movimento de capitais (líquido) F. Saldo [superávit (+) / Déficit ()] (D+E) 1991 1992 276.528 496.114 219.586 - 209.263 16.075 225.338 258 67.523 - 13.512 54.011 348.321 543.320 194.999 - 306.810 24.426 331.236 865 42.376 76.784 119.160 1993(1) 676.711 952.319 275.608 - 701.516 28.354 729.870 - 10.078 - 34.883 - 2.199.423 - 2.234.306 Fonte: Boletim do Banco Central do Brasil - Balanços de Pagamentos Bilaterais - agosto 1996 (1) Última posição disponível 4. Investimentos bilaterais Fatores tais como a proximidade geográfica, a construção de hidrelétricas e a utilização de corredores de exportação contribuem para dinamizar as relações econômicas e comerciais entre os países integrantes do MERCOSUL. O Brasil é o maior investidor direto estrangeiro no Paraguai, e dirige grande parte de seus investimentos para o setor financeiro. A grande presença de bancos brasileiros em Assunção espelha o fortalecimento dos investimentos bilaterais. 4.1. Investimentos brasileiros no Paraguai De acordo com o Banco Central do Brasil (dezembro de 1996), os investimentos brasileiros no Paraguai somavam US$ 54 milhões, a grande maioria dos quais direcionados ao setor de serviços, com destaque para os bancos e instituições financeiras. Investimentos brasileiros no Paraguai (Distribuição por país e ramo de atividade do receptor) Ramo de atividade Agricultura Pecuária Pesca Indústria Extrativa Mineral Indústria de Transformação Serviços de utilidade pública Outros serviços Outras Atividades TOTAL GERAL Investimentos 0 1.205 0 0 2.434 71 47.925 3.109 54.744 Moedas convertidas em US$ às paridades vigentes na data-base (dez/96) Fonte: Banco Central do Brasil (Junho de 1995 - em US$ mil) ReinvestiMentos Total 0 0 0 1.205 0 0 0 0 -568 1.865 0 71 47.925 -182 2.926 -751 53.993 24 4.2. Investimentos paraguaios no Brasil Segundo dados do Banco Central do Brasil (junho de 1995), os investimentos do Paraguai no Brasil correspondiam a US$ 43,5 milhões. Investimentos paraguaios no Brasil (Distribuição por país da holding e ramo de atividade da empresa receptora) (Junho de 1995 - em US$ mil) Ramo de atividade Investimentos Reinvestimentos Total Agricultura 0 0 0 Pecuária 0 0 0 Pesca 0 0 0 Indústria Extrativa Mineral 0 0 0 Indústria de Transformação 40 0 40 Produtos Alimentares 40 0 40 Beneficiamento, Torrefação e Moagem 40 0 40 Frigoríficos 0 0 0 Serviços de Utilidade Pública 0 0 0 Outros Serviços 43.313 0 43.313 Bancos 10.000 0 10.000 Comércio Imobiliário 0 0 0 Comércio em Geral, Importação e Exportação 678 0 678 Companhia de Seguros 0 0 0 Cons., Reps., Participações e Adm. de Bens 0 0 0 Outras Instituições Financeiras 0 0 0 Portfolios 32.635 0 32.635 Serviços Técnicos e Auditoria 0 0 0 Turismo 0 0 0 Outras Atividades 110 0 110 TOTAL GERAL 43.463 0 43.463 Moedas convertidas em US$ às paridades vigentes na data-base (jun/95) Fonte: Banco Central do Brasil 25 V - ACESSO AO MERCADO A maioria das regras de acesso ao mercado paraguaio obedece ao estabelecido nos acordos e decisões do Mercosul (consultar o guia Mercosul Acesso ao Mercado, disponível na Divisão de Informação Comercial (DIC) do Ministério das Relações Exteriores, ou naa BrazilTradeNet, rede de promoção comercial do Ministério das Relações Exteriores na internet: http://www.braziltradenet.gov.br, opção Estudos). Existem, no entanto, características específicas de acesso ao mercado paraguaio, que são examinadas a seguir. 1. Sistema informatizado de desembaraço aduaneiro O Paraguai conta desde 1993 com o sistema de despacho aduaneiro informatizado SOFIA, adaptação do sistema francês SOFI, que permite ao agente alfandegário realizar todas as etapas do processo de desembaraço, inclusive a aplicação e recebimento, por via eletrônica, dos tributos correspondentes. O sistema permite que os despachantes e os funcionários das empresas de transporte cadastrados na Direção Geral de Aduana tenham acesso aos procedimentos de desembaraço. O custo de utilização do sistema informatizado é de cerca de US$ 35,00 (trinta e cinco dólares) por despacho. O sistema SOFIA é utilizado pelas alfândegas de Assunção, Encarnação, Ciudad del Este, Pedro Juan Caballero, Aeroportos Guaraní e Silvio Petirossi, devendo estar brevemente disponível em Salto de Guaira e no porto de Villeta. Apesar de oficialmente implantado, o sistema SOFIA tem tido utilização limitada, já que grande parte dos funcionários da Direção Geral de Aduana não tem acessado o sistema, preferindo efetuar o desembaraço de forma manual. 2. O despachante Aduaneiro A figura do Despachante Aduaneiro, devidamente cadastrado na Direção Geral de Aduanas, é parte obrigatória no processo de despacho alfandegário. Sua atuação está regulamentada na Lei 1.173/85 (Código Aduaneiro). 3. Prazo médio para o desembaraço alfandegário Três dias úteis para qualquer via utilizada ( fluvial, terrestre ou aérea). 4. Tributação de importações Imposto de Importação Os produtos importados no âmbito do Mercosul estão isentos da cobrança do imposto. As exceções estão contempladas no Decreto 7004/99, que institui a cobrança dos Direitos de Importação Específicos Mínimos (DIEM) para a carne de frango congelada e industrializada, ovos com casca, leite pasteurizado, erva-mate e tampas metálicas corona, utilizadas em garrafas de cerveja e refrigerantes. O Governo paraguaio também promulgou, em 8 de março de 2000, o Decreto 7804/00, que taxa, até 30 de junho de 2000, as importações de açúcar de cana e beterraba e das mercadorias de classificação NCM: 1701; 1701.11.00; 1701.12.00; 1701.91.00; 1701.99.00 Imposto sobre Valor Agregado (IVA) Alíquota geral de 10%, exceto para os produtos Regime de Turismo (roupas, perfumes, bebidas, etc.), listados no Decreto 15.199/96 (alterado pelo Decreto 235/98 e 2698/99). Imposto Seletivo de Consumo Aplicado na importação dos bens listados na Lei 125/92( alterada pelos Decretos 235/98 e 2698/99) que se encontram divididos em quatro seções(*): a) Primeira Seção: cigarros e tabacos b) Segunda Seção: cervejas, refrigerantes, conhaque e similares c) Terceira Seção: álcool retificado, anidro d) Quarta Seção: combustíveis derivados do petróleo As alíquotas do imposto variam de 1% a 50% conforme o produto e a seção. (*) Consultar a legislação indicada para conhecer a lista completa dos produtos taxados. 26 Outros componentes do custo final de importação Comissão variável do despachante aduaneiro, em função da abrangência dos serviços encomendados, calculada sobre o valor CIF das mercadorias. Além da comissão do despachante, existem as taxas aeroportuárias ou portuárias. O tempo e o custo de armazenagem são calculados tomando-se o tempo dividido em períodos: Por via aérea: Os primeiros 12 dias = 1% do valor CIF (primeiro período) Os 10 dias seguintes = 3% do valor CIF (segundo período) Os 10 dias posteriores = 6% do valor CIF (terceiro período) Por via fluvial e terrestre: Os 12 primeiros dias = 0,75 do valor CIF (primeiro período) Os 10 dias seguintes = 1,25 do valor CIF (segundo período) Os outros 10 dias = 1,75 do valor CIF 5. Regime de amostras / material promocional Amostras e material promocional destinado a consumo ou distribuição gratuita em congressos, feiras ou exposições, desde que em quantidades compatíveis com a finalidade alegada, estão isentos de pagamento de tributos. 6. Regime simplificado de importação Aplica-se o regime de desembaraço simplificado às mercadorias de valor até US$ 500 (FOB) e as de até US$ 300 (FOB) remetidas por via postal. 7. Importações proibidas ou especiais O Paraguai proíbe a importação de roupas usadas. Armamentos, medicamentos, produtos de origem animal e vegetal necessitam, respectivamente, de autorização prévia do Ministério de Defesa Nacional (Direção de Material Bélico DIMABEL), Ministério de Saúde Pública e Bem-Estar Social e do Ministério de Agricultura e Pecuária. O desembaraço alfandegário, nesses casos, só é feito mediante apresentação da autorização emitida pelo ministério competente. Os documentos estrangeiros deverão ter sido legalizados em Repartição consular do Paraguai antes de serem submetidos à apreciação ministerial. Ministerio de Defensa Nacional Dirección de Material Bélico General Santos y Mariscal López ( Assunção) Telefax:. (00 595-21) 213-628 Ministerio de Salud Pública y Bienestar Social Petirossi y Brasil (Assunção) Tel. (00595-21) 206-266 Fax: (00595-21) 207-328 Ministerio de Agricultura y Ganadería Presidente Franco c/ 14 de Mayo y Alberdi (Assunção) Tel. (00595-21) 441-036 / 449-614 / 493-916 Fax: (00595-21) 449-951 8. Documentação e Formalidades O processo de importação de mercadorias é solicitado em formulário próprio da Direção Geral de Aduanas, denominado Despacho de Importação, assinado pelo despachante e acompanhado, basicamente, dos seguintes documentos: conhecimento de embarque, fatura comercial, certificado de origem e autorização do ministério competente, quando for o caso. 27 VI - ESTRUTURA DE COMERCIALIZAÇÃO 1. Canais de distribuição O abastecimento do mercado paraguaio é assegurado, em sua maior parte, por importações de extensa gama de produtos, que compreende desde bens de capital até gêneros alimentícios, uma vez que é relativamente pequena a produção industrial do país. As atividades de importação estão concentradas na cidade de Assunção, seguida por Encarnación, Ciudad del Leste e Coronel Oviedo. Em função das particularidades geográficas e econômicas, os canais de distribuição são, de modo geral, diretos e simplificados: as aquisições externas são realizadas pelo próprio importador, ou pelo comércio atacadista e varejista, dependendo do gênero do produto. Não obstante, em função do desenvolvimento econômico do país, os representantes e distribuidores vêm ganhando espaço. De resto, o conhecimento pessoal do mercado é recomendável e, em se tratando de país limítrofe, de realização relativamente fácil. 2. Canais recomendados De modo geral, dependendo da categoria do produto, os canais recomendados para acesso ao mercado paraguaio seriam, em princípio, os seguintes: a) b) c) d) produtos alimentícios: importados diretamente pelo comércio varejista, onde predominam os supermercados; bens de consumo duráveis: importados por distribuidores e representantes, em sua maior parte; bens de capital: geralmente, a comercialização de bens de capital se faz por intermédio de um distribuidor, e utiliza canais internos para a distribuição dos produtos. Em certos casos, esses bens são importados diretamente pelo consumidor; matérias-primas: de modo geral, são importadas diretamente pelas indústrias transformadoras. Dependendo das características do produto, pode-se cogitar da possibilidade de designação de agente ou representante local. 3. Estrutura geral A estrutura de comercialização no Paraguai tem um forte domínio dos grandes importadores e exportadores, sobretudo na área de bens de consumo, de vez que o país importa muito mais do que consome, dado o alto índice de reexportação. Os intermediários exercem grande influência na cadeia de distribuição, e os importadores e distribuidores estão concentrados em poucas regiões, sobretudo na capital e em Ciudad del Este. À exceção de particularidades pontuais (marcadas pela geografia, clima e nível educacional dos consumidores), pode-se afirmar que a comercialização segue os mesmos padrões dos demais países do MERCOSUL. 4. Compras governamentais As compras governamentais, no Paraguai, são regulamentadas pela Lei n.º 1.045, de 23 de dezembro de 1983. As aquisições governamentais de produtos, equipamentos e serviços necessários ao setor público são realizadas por meio de ministérios, empresas estatais e autarquias. Tais aquisições, geralmente viabilizadas por recursos locais, por financiamentos concedidos por governos estrangeiros, ou por entidades financeiras internacionais, são realizadas mediante concorrências públicas. Nos processos licitatórios internacionais, a adjudicação da proposta vencedora será formalizada por contrato, com base nos resultados da licitação, através de decreto do poder executivo. Consideram-se obras públicas, nos termos da legislação vigente, aquelas que são executadas com recursos públicos, tais como: a) obras de engenharia civil e arquitetônicas; b) obras de engenharia industrial; c) prestação de serviços profissionais de consultoria. Existem casos em que se recorre aos chamados concursos de preços, que são anunciados com oito dias de antecedência e por três dias consecutivos, em pelo menos um jornal de Assunção, indicando a repartição responsável pelo concurso e local onde os interessados poderão obter informações sobre o mesmo. O local de entrega das propostas é anunciado posteriormente. O concurso não terá validade se não forem apresentadas, pelo menos, três ofertas. O artigo 8º da referida Lei estabelece as condições e situações em que se recorre aos concursos de preços. 28 Cabe destacar, ainda, a limitação às empresas estrangeiras nos processos de contratação, conforme disposto no artigo 2º da Lei em apreço. Assim, no caso de obras que necessitem a contratação de empresas estrangeiras, estas deverão atuar associadas a empresas paraguaias. 5. Promoção de vendas Considerações gerais Em função das características locais, o consumidor paraguaio convive com produtos importados de todo o mundo, os quais já estão incorporados ao seu modo de viver. O país importa a maioria dos itens que consome, sendo tradicional a participação de produtos dos países do sudeste asiático, que chegam ao Paraguai com preços competitivos. Assunção, Ciudad del Este e Encarnación são os principais centros consumidores.. Cabe recordar, ainda, que o empresário paraguaio tem grande interesse em novos empreendimentos, sobretudo na área industrial, e conta com apoio do governo que, por meio do programa Proparaguay, entidade governamental da Dirección General de Promoción de las Exportaciones e Inversiones, busca investimentos e novos mercados para produtos paraguaios. A seguir, são listados alguns centros de compra de bens de consumo no setor de alimentos: SUPERMERCADO EL PAIS Antequera 365 casi 25 de Mayo Tel.: 490 421 / 422 Fax: 448 372 MUNDI MARK S.A. Av. España esquina Pitiantuta Tel.: 202 225 / 203 886 Fax: 213 023 MAKRO IND. Y COM. Av. Artigas 2085 Tel.: 293 082 6. Feiras e exposições A título indicativo, são relacionadas, a seguir, algumas das mais importantes feiras, multisetoriais e especializadas, organizadas no Paraguai: EXPO GUAIRA: Industria, Artesanía, Comercio y Servicios. Villarrica - Departamento de Guairá Unión Industrial Paraguaya - Filial Guairá Telefax: (595-541) 3238 EXPO FERIA COMERCIAL, INDUSTRIAL, TECNOLOGICA Y DE SERVICIOS DEL ALTO PARANA: Multisectorial. Ciudad del Este - Asociación de la Producción, la Industria y el Comercio del Alto Paraná Tel.: (595-61) 571 628 EXPO FERIA INTERNACIONAL MISIONES. Multisectorial. Campo de Exposiciones de la ARP Asociación Rural del Paraguay - Misiones Tel.: (595-82) 538/467 FERIA INTERNACIONAL DE LA GANADERIA AGRICULTURA INDUSTRIA, COMERCIO Y SERVICIOS. Multisectorial. Predio de la Asociación Rural del Paraguay Tel.: (595-21) 291-036/292-011 Fax: (595-21) 291-036 / 291-775 29 EXPOCOSTURA - INTERMODA Textil. Mall Excélsior - Asunción Telefax: (595-21) 445-793 FERIA DE LA CONSTRUCCION. Construcción. Organiza IX Srl. Asunción Telefax: (595-21) 445-793 EXPOMATICA Asociación Paraguaya de Usuarios de Informática Tel.: (595-21) 210-369 Fax: (595-21) 214 005 EXPO AMAMBAY. Multisectorial. Asociación Rural del Paraguay. Amambay Tel.: (595-36) 4001/3994 Fax: (595-36) 2318 Informações adicionais sobre feiras e eventos similares poderão ser obtidas na Divisão de Operações de Promoção Comercial (DOC) do Ministério das Relações Exteriores, cujo endereço é transcrito a seguir MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES Divisão de Operações de Promoção Comercial DOC Esplanada dos Ministérios Bloco H - 5º Andar Sala 427 70170-900 Brasília-DF Tel.: (061) 411-6577 / 6642 Fax: (061) 411-6007 E-mail: [email protected] 7. Veículos publicitários Tal como salientado anteriormente, dependendo do produto, pode-se fazer uso de diferentes veículos publicitários: visuais, auditivos ou audiovisuais. Assim, o enfoque sobre produtos de consumo deve ser intensivo (repetitivo), para causar o hábito de compra nos consumidores. Entretanto, um produto industrial deve ser promovido por meios especializados e de domínio do setor empresarial que se pretende como cliente. Em princípio, os principais meios publicitários para alcançar o consumidor são os visuais, audiovisuais e auditivos. O material gráfico (catálogos, listas de preços, folhetos informativos, e tudo que seja destinado ao mercado de exportação) deve ser apresentado no idioma do destinatário, cabendo recordar a necessidade de se evitar erros de tradução, que possam dificultar o entendimento do que se pretende informar. 8. Consultoria de marketing Em caráter meramente referencial, são relacionados, a seguir, endereços de empresas de consultoria de marketing, localizadas em Assunção: INSTITUTO DE COMUNICACIÓN Y ARTE 25 de Mayo 1836 Tel.: 22494 /213 135 Fax: 22 494 BUSSINES INTERNATIONAL CORP. Pasaje Yegros 938 esquina Piribebuy Tel.: 44 2596 Fax: 44 2596 30 9. Práticas comerciais 9.1. Negociações e contratos de importação Tendo em mente que o comércio internacional deve ser considerado pela empresa como elemento capaz de estimular seu desenvolvimento, o processo de negociação de contrato deve ser uma relação de mútuo entendimento entre as partes interessadas. Assim, as operações de comércio internacional normalmente seguem os modelos de contratos de compra e venda de mercadorias, preparados pela Organização das Nações Unidas. 9.2. Designação de agentes A designação de um agente representante deve ser precedida de contatos com outras empresas, de forma a avaliar as possibilidades para uma comercialização lucrativa e presença ativa no mercado. No âmbito de feiras, exposições e congressos, os empresários brasileiros poderão travar contato com representantes de empresas potencialmente capazes de vir a canalizar, em seu mercado, os produtos que desejam exportar. Nos últimos anos, observa-se tendência no sentido de se direcionar a designação de representante para fabricante ou comerciante especializado no setor. Outra forma de aproximação de agentes potenciais é por meio de entidades de classe e grupos ou associações empresariais setoriais. Não existe regulamentação oficial a respeito da designação de um agente comercial, ou seja, as partes têm liberdade para definir um contrato de representação comercial, formalizando a relação. Este contrato particular deverá ser registrado, de modo a conceder-lhe força legal. Cabe observar, entretanto, a importância de se especificar a representação (exclusividade ou não); área geográfica de atuação do mandatário (existem casos de firmas exportadoras que possuem representante exclusivo para Assunção e arredores e outro, ou outros, para o interior do país); produto ou produtos a serem comercializados; prazo de validade; cláusula de rescisão; e porcentagem da comissão e forma de seu pagamento. 9.3. Abertura de escritório de representação comercial O contrato realiza-se entre empresas, não havendo uma regulamentação para o acordo, se este é realizado por intermédio de um representante local instalado. Caso a empresa brasileira deseje instalar-se em território paraguaio, deverá observar os trâmites normais para a abertura de uma empresa (sociedade anônima, sociedade de responsabilidade limitada, outras). 10. Documentação e formalidades Atenção particular deverá ser dispensada pelo exportador brasileiro ao preparo e preenchimento da documentação de cada embarque. A documentação exigida é a normalmente utilizada em comércio exterior, salientandose a importância do certificado de origem e de outros eventuais certificados sanitários ou de segurança e qualidade, conforme o produto. Nos embarques, o exportador brasileiro deve providenciar toda a documentação exigida, que normalmente é composta de: - fatura comercial conhecimento de embarque (bill of lading) certificado de origem certificado sanitário ou fitossanitário (quando aplicável) outros certificados (quando aplicáveis). O romaneio de embarque (packing list) não é obrigatório, mas sua apresentação facilita a liberação das mercadorias. 11. Seguros de embarque A contratação de seguros de embarques é parte da negociação privada entre o exportador e o importador paraguaio. A contratação deve balizar-se pelos termos em que foi realizada a operação de exportação, ou seja FOB, CIF, etc. São relacionadas, a seguir, a título meramente indicativo, algumas empresas de seguros, localizadas em Assunção: 31 EL COMERCIO PARAGUAYA S.A. Alberdi 453 Tel.: 492 324/5 Fax: 493 562 CENTRAL DE SEGUROS Eduardo V. Haedo 179 1 piso Tel.: 494 653//4/5 Fax: 443 599 CONCORDIA S.A. DE SEGUROS Y REASEGUROS Perú 486 Tel.: 211 046/47/48 Fax: 213 600 LA CONSOLIDADA S.A. Chile 719 Tel.: 491 980/988/989 Fax: 445 795 GRUPO MAPFRE COMPAÑÍA GENERAL DE SEGUROS S.A. Yegros 435, piso 4 Edificio San Rafael Tel.: 498 908 / 497 441 Fax: 441 983 32 VII RECOMENDAÇÕES ÀS EMPRESAS BRASILEIRAS 1. Informações sobre tarifas e regulamentação de importação Informações atualizadas sobre tarifas e regulamentação de importação podem ser obtidas na Divisão de Informação Comercial - DIC do MRE, em Brasília, e no Setor de Promoção Comercial da Embaixada do Brasil em Assunção. 2. Amostras e material publicitário As amostras, em atenção às disposições legais vigentes, devem trazer sempre a observação sem valor comercial. As amostras que cheguem ao país em poder do próprio empresário ou seu representante de vendas podem ser liberadas na Alfândega do aeroporto ou dos demais pontos de entrada no Paraguai, sendo, em geral, permitido apenas o ingresso de apenas uma unidade de cada produto. 3. Embarques O exportador brasileiro deverá providenciar no Brasil, antes do embarque, os seguintes documentos: registro de exportação - RE, fatura comercial, conhecimento de embarque, certificado de origem, fatura consular e certificado sanitário (este último, no caso de determinados produtos). Recomenda-se informar o importador do prazo de validade do Registro de Exportação e estabelecer claramente o local de entrega da mercadoria. Os seguros são feitos, em geral, pela própria companhia transportadora. 4. Canais de distribuição As empresas distribuidoras têm sido os agentes de comercialização mais dinâmicos. A seleção dos canais de distribuição depende, entretanto, da linha de produto e, para orientação específica, é recomendável consultar o Setor de Promoção Comercial da Embaixada do Brasil em Assunção. 5. Promoção de produtos e participação em feiras É aconselhável, para a promoção de produtos, a publicidade em jornais e televisão e a divulgação nas entidades de classe. 6. Serviços de consultoria de marketing O Setor de Promoção Comercial da Embaixada do Brasil em Assunção poderá prestar assistência aos empresários brasileiros na seleção de empresas consultoras de marketing. 7. Práticas comerciais O espanhol é a língua mais utilizada nos contatos e correspondência com empresas paraguaias. Recomenda-se o uso de carta de crédito irrevogável, como forma de pagamento das transações. 8. Etiquetagem Entrou em vigor no Paraguai, no início de 1999, uma lei que determina que as etiquetas dos produtos devem conter informações básicas para o consumidor. A exigência aplica-se igualmente a produtos importados, sendo que os produtos que não atenderem às novas exigências poderão ser recolhidos. Informações tais como código de barras, lote de fabricação, data de vencimento, composição, etc., devem respeitar a nova lei. 9. Designação de agentes Costuma-se celebrar contratos, inicialmente, por um período de experiência. É recomendável a obtenção de referências cadastrais dos potenciais agentes no Setor de Promoção Comercial da Embaixada do Brasil em Assunção, ou na agência do Banco do Brasil em Assunção. 33 10. Reclamações, litígios e arbitragem comercial A melhor forma de solução de conflitos é a busca do entendimento amigável entre as partes, uma vez que a justiça ordinária é extremamente morosa. As reclamações a serem apresentadas perante as autoridades paraguaias, em geral, deverão ser realizadas por advogados registrados. 11. Conselhos práticos para viagens de negócios A proximidade geográfica do Paraguai propicia negociações por contato pessoal. As viagens devem ser planejadas com certa antecedência, e os meses de maior calor (dezembro, janeiro e fevereiro) devem ser evitados. É importante conhecer os numerosos feriados nacionais para evitar contratempos nas viagens ao país (vide anexo II, item 3). O horário comercial inclui um intervalo entre 11h30min e 15h. Os bancos funcionam, de segunda a sextafeira, de 7h às 11h. Recomenda-se, reservar, com antecedência mínima de 10 dias, acomodação em hotéis. 12. Assistência profissional aos empresários brasileiros Os empresários brasileiros podem contar com a ajuda do Setor de Promoção Comercial - SECOM da Embaixada do Brasil em Assunção, que presta, entre outros, os seguintes serviços: fornecimento de informações sobre as possibilidades do mercado para produtos determinados; informações sobre importadores locais; dados estatísticos e tarifários e regulamentação de importações; apoio a operações com entidades governamentais; e confirmação de informações cadastrais. Os empresários também podem recorrer às agências de bancos brasileiros no Paraguai sobre linhas de crédito, condições de pagamento e dados cadastrais de possíveis clientes. Já as entidades de classe podem auxiliar os exportadores brasileiros em viagem ao Paraguai com a identificação de oportunidades de negócios e o fornecimento de dados sobre a legislação local. 34 ANEXOS ANEXO I - ENDEREÇOS 1. Órgãos oficiais paraguaios PRESIDÊNCIA Tel.: (+59521) 44-8202 Fax: (+59521) 49-8809 MINISTÉRIO DA FAZENDA Chile, 128 Tel.: (+59521) 44-0010 Fax: (+59521) 44-8283 MINISTÉRIO DO INTERIOR Chile y Manduvirá Tel.: (+59521) 49-3661 Fax: (+59521) 44-6488 MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES OLeary y Presidente Franco Tel.: (+59521) 44-5536 45-0142 Fax: (59521) 44-2728 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA Chile, 898 c/ Humaitá Tel.: (+59521) 44-3078 MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA Pte. Franco esq. Ayolas Tel.: (+59521) 44-9614 Fax: (+59521) 49-7965 MINISTÉRIO DE OBRAS PÚBLICAS E COMUNICAÇÕES Aliva y Alberdi Tel.: (+59521) 44-4411 Fax: (+59521) 44-4421 MINISTÉRIO DE DEFESA NACIONAL Mca. López y Vic Pte. Sánches Tel.: (+59521) 20-4771.76 MINISTÉRIO DA SAÚDE E BEM ESTAR SOCIAL Av. Pettirossi y Brasil Tel.: (+59521) 20-4601 Fax: (+59521) 20-7328 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E TRABALHO Gáspar Rodríguez de Francis y EE.UU Fone.: (+59521) 44-7196 Fax: (+59521) 49-6711 MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA E COMÉRCIO Av. España, nº 323 Tel.: (+59521) 21-3070 / 20-4833 35 MINISTÉRIO DE INTEGRAÇÃO Elígio Ayala y 22 de Setiembre Edifício Defensa Nacional, Piso 7 Tel.: (+59521) 21-4790 / 21-4220 Fax: (+59521) 21-4224 SENADO Av. República c 14 de Mayo Tel.: (+59521) 44-5809 CÂMARA DE DEPUTADOS Av. Costanera y Alberdi Tel.: (+59521) 44-1077/78 CORTE SUPREMA DE JUSTIÇA Palácio da Justiça Testanova y de la Conquista Tel.: +59521) 48-1402/08 2. Órgãos oficiais brasileiros no Paraguai EMBAIXADA DO BRASIL EM ASSUNÇÃO Calle Cel. Irrazabal esq. Eligio Ayala Casilla de Correo 22 Asunción -Paraguay. Tel.: (+59521) 21-4466 / 4534 / 4680 Fax: (+59521) 21-2693 / 5031 E-mail: [email protected] Home Page: http://www.uninet.com.py/parbrem CONSULADO GERAL DO BRASIL EM ASSUNÇÃO Calle Gral. Diaz, Esq. 14 de Mayo, 521 Edificio Faro Internacional - piso 3. Asunción - Paraguay Tel.: +(59521) 44-8069 / 8084 / 4088 Fax.: (+59521) 44-1719 E-mail: [email protected] CENTRO DE ESTUDOS BRASILEIROS 25 de Mayo esq. Gral. Aquino Casilla de Correo 197 Assunción Paraguay Tel.: (+59521) 227-188 / 20-0374 3. Órgãos Oficiais Paraguaios no Brasil EMBAIXADA DO PARAGUAI Avenida das Nações, 42 - Quadra 811 70427-900 Brasília-DF Tel.: (061) 242-3732 / 244-9449 Fax: (061) 242-4605 4. Câmaras de Comércio CÁMARA DE COMÉRCIO Y INDUSTRIA PARAGUAY-BRASIL Narciso Colmán 1705 Asunción Tel/fax: 607-489 36 5. Principais entidades de classe locais UNIÓN INDUSTRIAL PARAGUAYA Cerro Corá 1038 y Estados Unidos Asunción Tel.: (+59521) 490-556 Fax: (+59521) 213-360 ASOCIACIÓN RURAL DEL PARAGUAY Ruta Trans Chaco, km 14 Asunción Tel.: (+59521) 291-036 / 292-011 Fax: (+59521) 291-036 FEDERACIÓN DE PRODUCCIÓN EN LA INDUSTRIA Y COMERCIO Palma 751 Asunción Tel.: (+59521) 444-963 Fax: (+59521) 446 638 6. Principais bancos BANCO CENTRAL DEL PARAGUAY Pablo VI y Sgto. Marecos Tel.: (+59521) 608-011 Fax: (+59521) 608-136 BANCO DE ASUNCION Palma y 14 de Mayo Tel.: (+59521) 493-191 Fax: (+59521) 493-190 BANCO DO BRASIL Oliva y Nsra. Señora de la Asunción Tel.: (+59521) 490-121 Fax: (+59521) BANCO NACIONAL DE FOMENTO Indep. Nacional y Cerro Corá Tel.: (+59521) 444-440 BANESPA Industria Nacional y Fulgencio Moreno Tel.: (+59521) 494-891 - Asunción Tel.: (+59561) 68-238 - Ciudad del Este. BANCO NACIÓN ARGENTINA Chile y Palma Tel.: (+59521) 447-433 BANCO REAL DEL PARAGUAY Estrella y Alberdi Tel: (+59521) 493-171 INTERBANCO S.A. (UNIBANCO) Oliva 349 Tel: (+59521) 494-992 37 BANCO DEL PARANÁ 25 de Mayo y Yegros Tel: (+59521) 446-691 ABN AMRO BANK Ind. Nacional y Haedo Tel: (+59521) 490-001 BANCO ALEMÁN PARAGUAYO Estrella 505 Tel: (+59521) 490-166 CITIBANK Chile y Estrella Tel: (+59521) 448-888 7. Principais jornais ABC COLOR Yegros 745 Tel: (+59521) 491-160 EL DÍA Mcal. López 2948 Tel: (+59521) 603-401 LA NACIÓN Avda. Zavala Cué e/ 2da. y 3ra. Tel: (+59521) 512-520 NOTICIAS Artigas y Brasília Tel: (+59521) 292-211 ÚLTIMA HORA Benjamín Constant 658 497-001 8. Principais revistas BALANCE FINANCIERO McArthur 1161 c/Avda. de las Palmeras Tel: (+59521) 602-343 COYUNTURA ECONÓMICA Eligio Ayala 973 Tel: (+59521) 443-734 9. Emissoras de televisão CANAL 4 TELEFUTURO Andrade 1499 esq. OHiggins Tel: (+59521) 608-765 CANAL 9 S.N.T. Avda. Antonio Carlos López 572 Tel: (+59521) 424-002 CANAL 13 R.P.C. Río Paraguay y Guaraníes Tel: (+59521) 312-185 38 10. Fretes e comunicações com o Brasil 10.1. Transporte Aéreo AEROLÍNEAS ARGENTINAS Independencia Nacional, 365 Tel.: (+59521) 491-011 / 14 fax: (+59521) 449-700 VARIG General Díaz y 14 de Mayo Tel.: (+59521) 448-777 / 448 850 fax: (+59521) 445-565 TAM Oliva, 467 Tel.: (+59521) 495-261 10.2. Transporte terrestre SUDATLÁNTICA SRL. Benjamin Constant 593, 10 piso Asunción. Tel.: (+59521) 496-528 fax: (+59521) 495-159 MULTIMODAL SRL. Gral. Díaz 525/529 Asunción Edifício Internacional Tel.: (+59521) 445-940 fax: (+59521) 495-430 PALUMBO Y CÍA L.A. Colón 173 oficina 3, Asunción Tel. 491 618 Fax: 490 741 IRIARTE TRANSPORTE Av. Gral Santos 2016 y Pirizal Asunción Tel.: (+59521) 333-220 - Ciudad del Este Tel.: 68 555 /464 MARIMEX DEL PARAGUAY SRL. Yegros 437 piso 11 of. 2 Tel.: (+59521) 496-873 / 874 fax: (+59521)496-877 HAPPY TOURS SRL. Estrella 908 Tel.: (+59521) 490-774 fax: (+59521) 491-476 11. Serviços telefônicos ADMINISTRACIÓN NACIONAL DE TELECOMUNICACIONES Alberdi y Gral Díaz Tel.: (+59521) 492-000 Chamadas internacionais: (+59521) 203-800 Este local dispõe e telefone e fax 24 horas Para alugar um celular, contatar: (+59521) 600-605 Código de DDI do país: (+595) 39 12. Serviço postal DIRETORIA DE CORREIOS Alberdi y Benjamín Constant Tel.: (+59521) 498-112 13. Aquisição de publicações GAZETA OFICIAL DE LA REPÚBLICA DEL PARAGUAY Av. Estela Maris y Hernandarias Telefax: (+59521) 497-855 - Asunción 14. Endereços diversos DIRECCIÓN NACIONAL DE MIGRACIONES Ciudad de Asunción: OLeary y General Díaz, piso 4 - Edificio Lider JEFATURA DE POLICÍA DE ASUNCIÓN Tel.: (+59521) 441-425 SERVICIO MÉDICO Sanatorio Migone Eligio Ayala 1293 Tel.: (+59521) 498-200 AEROPUERTO SILVIO PETTIROSSI Tel.: (+59521) 207-288 / 204 682 40 ANEXO II - INFORMAÇÕES PRÁTICAS 1. Moeda: Guarani 2. Pesos e medidas: Sistema métrico decimal. 3. Feriados: 1º de janeiro: 1º de março: 1º de maio: 14 e 15 de maio: 12 de junho: 15 de agosto: 25 de agosto: 29 de setembro: 12 de outubro: 1º de novembro: 8 de dezembro: 25 de dezembro: Festas móveis: Ano Novo; Dia dos Heróis (Batalha de Cerro Corá); Dia do Trabalho; Independência Nacional; Paz do Chaco; Fundação de Assunção; Dia da Constituição; Vitória do Boqueirão e da dos Heróis do Chaco; Dia da Raça Hispano-Americana; Todos Santos; Nossa Senhora de Caacupé; Natal; Quinta e Sexta-Feira Santas (março ou abril); Corpus-Christi: (maio ou junho). 4. Fuso horário: GMT - 4 horas. (Brasília, -1 hora). 5. Horário comercial: 09:00 às 18:00 hs (com 2 horas de intervalo ao meio-dia) Bancos: 09:00 às 16:00 hs. Câmbio: horário comercial. 6. Corrente elétrica: 220 Volts - 50 Hz. 7. Períodos recomendados para viagem Em princípio, qualquer época do ano é apropriada para viagens de negócios. Os meses de dezembro e janeiro, contudo, são de intenso calor. 8. Visto de entrada Exige-se do brasileiro apenas a carteira de identidade. Contudo, é preferível que o visitante esteja de posse do passaporte. 9. Vacinas Nenhum atestado de vacina é exigido do viajante. 10. Hotéis HOTEL EXCELSIOR (*****) Chile, 980 Tel.: (+59521) 495-632 fax: (+59521) 495-632 HOTEL SABE (***) 25 de Mayo y México Tel.: (+59521) 450-093 fax: (+59521) 450-101 HOTEL CONTINENTAL (*****) 15 de agosto y Estrella Tel.: (+59521) 493-760 fax: (+59521) 496-176 41 ZAFHIR HOTEL (***) Estrella, 955 Tel.: (+59521) 490-025 / 258 fax: (+59521) 490-721 HOTEL DEL YACHT Y GOLF CLUB (*****) Av. Del Yacht Tel.: (+59521) 906-11707/12/98 fax: (+59521) 361-120 42 BIBLIOGRAFIA Para a elaboração do presente estudo foram consultadas várias fontes de informações e dados estatísticos sobre o Paraguai, entre as quais se destacam: a) Fontes oficiais paraguaias: · · · · · · · Departamento Nacional de Estadística DANE; Consejo Superior de Política Fiscal CONFIS; Departamento Nacional de Planeación; Ministério de Agricultura; Ecopetrol, Ecocarbon, Cerramatoso; e Ministério da Fazenda; Banco Central do Paraguai / Gerência de Estudos Econômicos b) Fontes oficiais brasileiras: · · Boletim do Banco Central do Brasil - agosto de 1996; e Ministério da Indústria, Comércio e Turismo do Brasil - MICT - Secretaria de Comércio Exterior SECEX. c) Outras fontes internacionais: · · · · · · · · International Financial Statistics. IMF, 1998; Direction of Trade Statistics IMF, 1998; Balance of Payments Statistics - IMF, 1997; The Economist Intelligence Unit EIU, Country Profile, 1998/99; The Economist Intelligence Unit - EIU, Country Report 1995/99; e. World Development Indicators - The World Bank - 1997"; Paraguay: Selected Issues and Statistical Annex - IMF, february 1998; Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID. 43 Títulos publicados na Série Como Exportar 1978 CEX / 1 : CEX / 2 : CEX / 3 : CEX / 4 : CEX / 5 : CEX / 6 : CEX / 7 : CEX / 8 : CEX / 9 : CEX / 10: Espanha Países Baixos Nigéria Canadá Japão México França Estados Unidos da América Bélgica e Luxemburgo Venezuela 1979 CEX / 11: CEX / 12: CEX / 13: CEX / 14: Reino Unido Arábia Saudita Suécia Suíça 1980 CEX / 15: CEX / 16: CEX / 17: CEX / 18: CEX / 19: CEX / 20: CEX / 21: CEX / 22: República Popular da China República Federal da Alemanha Austrália Kuaite Chile Hungria Itália Costa Rica 1981 CEX / 23: CEX / 24: CEX / 25: CEX / 26: CEX / 27: CEX / 28: CEX / 29: CEX / 30: Uruguai Estados Unidos da América (2ª edição) Equador Costa do Marfim Peru Argentina Argélia Paraguai 1982 CEX / 31: CEX / 32: CEX / 33: CEX / 34: CEX / 35: Noruega Hong Kong Panamá Países Baixos (2ª edição) Colômbia 1983 - CEX / 36: CEX / 37: CEX / 38: CEX / 39: CEX / 40: Portugal Japão (2ª edição) Bélgica e Luxemburgo (2ª edição) França (2ª edição) Indonésia 1984 CEX / 41: CEX / 42: CEX / 43: CEX / 44: CEX / 45: CEX / 46: Senegal Cingapura Venezuela (2ª edição) Malásia Dinamarca República Federal da Alemanha (2ª edição) 1985 CEX / 47: CEX / 48: Hungria (2ª edição) Grécia 44 1986 CEX / 49: CEX / 50: Paraguai (2ª edição) Austrália (2ª edição) 1987 CEX / 51: CEX / 52: CEX / 53: Índia Canadá (2ª edição) Cuba 1988 CEX / 54: Chile (2ª edição) 1989 CEX / 55: CEX / 56: CEX / 57: Itália (2ª edição) Coréia do Sul México (2ª edição) 1990 CEX / 58: Reino Unido (2ª edição) 1994 CEX / 59: CEX / 60: Portugal (2ª edição) Brasil 1995 CEX / 61: CEX / 62: CEX / 63: CEX / 64: Reino Unido (3ª edição) Panamá (2ª edição) (1) (2) Tailândia (1) (2) Malásia (2ª edição) (1) 1996 CEX / 65: CEX / 66: CEX / 67: Costa Rica (2ª edição) (1) (2) Chile (3ª edição) (1) (2) Espanha (2ª edição) (1) (2) 1997 CEX / 68: CEX / 69: El Salvador (1) (2) Índia (2ª edição) (1) (2) 1998 CEX / 70: CEX / 71: CEX / 72: Portugal (3ª edição) (1) (2) União Européia (1) (2) Colômbia (2ª edição) (1) (2) 1999 CEX / 73: CEX / 74: CEX / 75 CEX / 76 CEX / 77 CEX / 78 CEX / 79 CEX / 80 Mercosul Acesso ao Mercado (1) (2) Reino Unido (4ª edição) (1) (2) Venezuela (3ª edição) (1) (2) Áustria (2) Cingapura (2ª edição) (2) Equador (2ª edição) (2) Austrália (3ª edição) (2) Argentina (2ª edição) (2) 2000 CEX / 81 Ucrânia (2) CEX / 82 Uruguai (2ª edição) (1)(2) CEX / Paraguai (3ª edição) (2) Obs.: Títulos disponíveis da seguinte forma: (1) Impresso; e (2) BrazilTradeNet (http://www.braziltradenet.gov.br). 45 Informações adicionais sobre os estudos da série Como Exportar ou remessa de novos exemplares deverão ser solicitados a: Ministério das Relações Exteriores Divisão de Informação Comercial - DIC Anexo I Palácio do Itamaraty 5º andar salas 513 a 518 CEP: 70170-900 Brasília - DF Tels.: (61) 411-6390 / 6391 / 6636 Fax: (61) 223-2392 / 223-2609 E-mail: [email protected] Home-page: http://www.mre.gov.br ou http://www.braziltradenet.gov.br Observação importante: Os dados sobre o comércio exterior do Paraguai, computados por fontes paraguaias, normalmente divergem dos dados fornecidos pelos países com que o Paraguai tem relações comerciais. Tais diferenças são justificadas por deficiências no processamento das informações e outros aspectos. 1 46