confira a versão digital da revista do ciee - CIEE-RS
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Revista do Centro de Integração Empresa Escola – RS Número 73 Dezembro Reportagem especial: Programas como Estágio e Aprendizagem favorecem a inserção ao mundo do trabalho| páginas 5 a 9 2015 Editorial A hora e a vez do Estágio e da Aprendizagem Por Luiz Carlos Eymael Sede: Rua Dom Pedro II, 861 – Porto Alegre RS CEP 90550-141 – (51) 3363-1000 Superintendente Executivo Veja os endereços das Unidades de Atendimento em www.cieers.org.br - Facebook.com/cieers.org www.twitter.com/cieers - Youtube.com/cieers Vivenciamos um dos períodos mais desafiadores da história recente do Brasil. Para nós, do Expediente CIEE, que convivemos com a juventude sem- Diretoria pre esperançosa de um mundo melhor, cabe a Presidente: missão de olhar adiante e apresentar alterna- Otto Walther Beiser Gestor de Relações Institucionais 1º Vice-presidente: Lizete Guerra Pocos Conselho Editorial Cláudio Inácio Bins tivas que contemplem os diferentes interesses Alécio Lângaro Ughini dos nossos diversos públicos e usuários. Marivaldo Antônio Tumelero Gestor de Operações 3º Vice-presidente: José Carlos Hruby Assessora de Gestão de Pessoas e Qualidade cendo nosso portfólio de ações, programas e serviços sintoniza- Superintendente Executivo: Marco Antônio Rödel Gestor de Programas Sociais dos com as demandas sociais das nossas comunidades. Luiz Carlos Eymael Conselho Deliberativo Controller Independentemente dos sobressaltos, seguimos em frente ofere- 2º Vice-presidente: Para muitos adolescentes e jovens, o estágio e o programa Presidente: Aprendiz Legal são o primeiro passo na construção de seus Vice-presidente: projetos de vida. Legalmente amparados e desenvolvendo suas atividades em um ambiente favorável, eles têm condições de contribuir para dias melhores, gerando um ciclo virtuoso em que todos são beneficiados. Além disso, com a formação e a orientação adequadas, esses estudantes têm muito mais chances de, no futuro, trilhar uma carreira bem-sucedida e com impacto positivo para toda a sociedade. Aos nossos parceiros do meio empresarial e institucional queremos reforçar que os programas de inserção ao mundo do trabalho pelo estágio e aprendizagem são importantes fontes de inclusão produtiva e que contribuem com a prosperidade da nação, sem descuidar do seu caráter de formação profissional. Investir na contratação de estagiários e aprendizes é dar oportunidades a cidadãos em desenvolvimento para que também possam colaborar para o crescimento sustentável do País. É esse o papel do CIEE, contribuir para que histórias de sucesso continuem sendo contadas e que tenham como protagonistas aqueles que efetivamente querem, com empenho e responsabilidade, viver em um mundo melhor. Sérgio Silveira Saraiva Assessora Executiva Lucas Baldisserotto Lucia Vian Newton Sergio Piantá Corrêa Nilson Ayala Queiróz Gestor de Tecnologia da Informação Renato Malcon Produção Executiva Membros: fróes, berlato associadas www.froesberlato.com.br Alécio Lângaro Ughini André Buneder Antônio Newton Correa da Luz Carlos Alexandre Geyer Dante Betanin Helena Willhelm de Oliveira José Carlos Hruby Leri José Martini Luiz Fernando Cirne Lima Margaret Tse Marivaldo Antônio Tumelero Oswaldo Sérgio Beck Otto Walther Beiser Renato Malcon Renato Turk Faria Ricardo Russowsky Roberto Brenol de Andrade Sergio Luiz de Gusmão Sérgio Silveira Saraiva Conselho Fiscal Levino Luiz Crestani Marcos Oderich Nelson Lídio Nunes Wagner Lenhart Walter Otto Bing Edição e Reportagem Angela Caporal (Reg.Prof 4320) Gladis Berlato (Reg.Prof. 5278) Revisão fróes, berlato associadas Relações Institucionais CIEE-RS Projeto Gráfico Letraria Edição de Arte Rosana Pozzobon Fotografia Adriano Leal Antares Martins Antonio Paz/Nano Arquivo CIEE Comunicação e Eventos Cristina Gomes Daniel Martins Divulgação Faculdade da Serra Gaúcha (FSG) Divulgação URI Frederico Westphalen Leandro Duarte Magrão Scalco Emanuel Tiragem 6.000 exemplares Gráfica Odisséia Boa leitura. 2 dezembro de 2015 estágio vencedor WALTER LÍDIO NUNES, diretor-presidente da Celulose Riograndense De estagiário a presidente Aos 66 anos, o diretor-presidente da Celulose Riograndense, Walter Lídio Nunes, não esquece o início de sua trajetória profissional como estagiário do CIEE-RS, entre 1974 e 1976, na Borregaard. Este era o nome da fábrica de celulose, instalada em Guaíba, que foi Riocell, Aracruz, Fíbria e, agora, Celulose Riograndense. Walter Lídio Nunes é um desses casos de quem ocupou muitos cargos na mesma empresa. Depois de formado em Engenharia Mecânica pela PUCRS, subiu posições como engenheiro mecânico, engenheiro de manutenção, gerente de planejamento, gerente de manutenção, gerente industrial, gerente de operações industriais, gerente florestal e gerente de desenvolvimento de tecnologia, até ocupar o posto mais alto. Um ano e meio de estágio foi suficiente para deixar várias lições. “A faculdade ensina a teoria, os métodos, as linhas de atuação, mas não ensina o que é, efetivamente, esse organismo vivo que é uma empresa”, observa Walter Nunes, fascinado por descobrir, na prática, como a empresa era organizada, as relações internas, a opera- cionalidade, as pessoas, suas demandas, seus diferentes níveis hierárquicos, as formas de agir e de pensar. Observador, como estagiário teve a oportunidade de conviver com o pessoal de turno, do chão de fábrica mesmo. –‑ Eu era mais um entre eles, não tinha limitações, me integrava, tinha uma vida social com todos e ouvia o que os colegas diziam porque eram pessoas experientes, com 20 anos de empresa. Sabia como os chefes se comportavam, como reagiam e como era essa dinâmica. Recomendo aos estagiários que aproveitem muito este momento único, porque depois subimos na organização e começamos a nos afastar da base da pirâmide. O diretor-presidente da Celulose Riograndense comenta que no topo de uma organização, é preciso tomar decisões de grande impacto. Uma coisa é o que precisa ser feito outra coisa é como fazer. O sucesso está na combinação dos dois fatores. Essa visão - entender as pessoas porque são elas que fazem a diferença - é muito importante. Para ele, é necessário saber como agir para efetivar as decisões e como essas serão recebidas pelos funcionários. “Só quem vive o dia a dia de uma empresa ao lado dos trabalhadores tem noção de como isso deve ser feito”, afirma ele, acrescentando que desenvolveu uma sensibilidade social fundamental para alcançar postos mais altos. Fruto desta vivência, o ex-estagiário do CIEE-RS sabe que o perfil do profissional que o mercado necessita hoje é aquele que, independentemente da sua formação, tenha capacidade de aprender diariamente porque é impossível, na sociedade do conhecimento, ter treinamento específico para cada função. “Muitas vezes, uma função não tem uma correlação direta com a formação porque demanda outras coisas. O espaço que tu ocupas na organização não é somente aquele que ela te dá, mas aquele que tu enxergas para fazer o negócio evoluir. Outro ponto fundamental para o bom profissional é trabalhar e interagir com pessoas, seja administrando, seja trabalhando em grupo. Ter capacidade de socializar dentro dos princípios e da visão de negócio da organização”, finaliza. “Recomendo a todos os estagiários que aproveitem muito este momento único” dezembro dezembro de 2015 de 2015 3 Fazendo da arte um empreendimento “Voe cada vez mais alto e busque um trabalho legal. Existem ótimas oportunidades, mas elas não chegam de graça. Acredite nos sonhos!” Ex-integrante do Programa Aprendiz Legal do CIEE-RS, César Augusto Sander Machado, aos 24 anos, colhe os frutos da experiência que teve durante os anos de 2008 a 2010 quando participou do programa e onde muito aprendeu sobre postura profissional, e sobre como trabalhar formalmente. “Meu maior aprendizado foi sobre a importância da comunicação, que deve ser bem clara e objetiva, acessível a todos, para evitar erros de compreensão da equipe”, diz ele. Bailarino, ator, coreógrafo, acrobata, circense e diretor artístico e geral de espetáculos, atualmente dirige a Culto Artes – Escola de Artes, a Máxima Produtora e o Grupo Circo de Palco. O empreendedor recorda que também descobriu no Aprendiz Legal a importância de manter a paixão pela arte, ao mesmo tempo em que se preparava para enfrentar os desafios das rotinas de uma empresa. Entre viagens regulares levando seus espetáculos como bailarino há 15 anos, professor de dança há oito e circense há três anos, ele também se capacitou para ser empresário, buscando noções de organização, logística, 4 dezembro de 2015 pagamento de pessoal, recebimento de cachês, fechamentos de contratos e toda a legislação inerente ao negócio. – Fazer parte e integrante da primeira turma de Aprendiz Legal de Novo Hamburgo foi marcante. Com conhecimentos, conquistei independência financeira e vivo do que sempre quis: da arte e dos meus sonhos que se tornaram reais. Quebrei o paradigma que tanto ouvi de que a arte não tem futuro como profissão. No comando de sua própria escola e da produtora de eventos, ele se sente orgulhoso de ver que tudo que cria é levado para o Brasil todo, onde apresenta dança, circo e teatro. César conta que a situação financeira começa a se estabilizar, o que abre espaço para realizar novos sonhos, como a casa própria, o automóvel e até um novo empreendimento, agora na área da alimentação. Mais ele ainda não conta. Um projeto: consolidar sua empresa com uma estruturada equipe, capaz de liberá-lo para fazer o que mais gosta: dançar pelo mundo. Portfólio Bailarino 6 vezes selecionado para integrar o Natal Luz de Gramado Ex-bailarino de Maria da Graça Xuxa Meneguel – Especial de 2009 da Rede Globo Melhor Bailarino e Bailarino Destaque em alguns festivais e competições de dança Integrante do elenco do Circo Tholl Participação na criação das coreografias do DVD Par ou Ímpar da dupla Kleiton e Kledir Arquivo pessoal ser aprendiz CÉSAR MACHADO, ex-Aprendiz e atual empreendedor na área cultural reportagem especial Geração de oportunidades para garantir direitos e deveres da cidadania: a contribuição do CIEE Atendimento aos jovens em uma das unidades da Organização Cidadãos em desenvolvimento, adolescentes e jovens ao mesmo tempo em que vivenciam diariamente o desafio de construir a sua identidade, são compelidos a pensar no futuro pessoal e profissional. Porém, para que possam desempenhar plenamente o papel de protagonistas de suas trajetórias, é preciso estar capacitado para refletir e decidir. É nessa fase de construção de conhecimentos e competências que organizações como o CIEE têm um papel importante ao gerar oportunidades para que tenham condições de exercer os direitos da cidadania e, assim, estarem preparados para o cumprimento de deveres. Os programas de integração ao mundo do trabalho por meio de estágio e aprendizagem são portas abertas às conquistas do universo juvenil, mas a transformação de realidades não para aí e, por meio de outras iniciativas próprias ou articuladas em rede, o CIEE também provoca a reflexão de usuários e estimula um processo de trocas de saberes com impacto positivo em toda a comunidade. dezembro de 2015 5 reportagem especial Acesso a todos A contribuição do CIEE-RS para a geração de oportunidades se revela em diferentes programas e serviços à disposição da comunidade. Há o Programa de Integração ao Mundo do Trabalho – Estágio e Aprendiz Legal, o Serviço de Desenvolvimento Socioeducativo com oficinas para auxiliar na preparação dos usuários, o programa de inclusão digital Cidadania e Talento.com, o Programa de Assessoramento contribuindo para integração das redes que trabalham com assistência social, além do Núcleo de Assistência Social, do Serviço de Alfabetização e do Grupo de Convivência de Idosos. Cada um abriga inúmeras e diferentes histórias de superações e conquistas e alcança ainda o reconhecimento daqueles que têm expertise nas respectivas áreas. O papel do CIEE tem sido determinante na trajetória de muitos adolescentes e jovens. Ao completar 18 anos, Caroline Hahn da Silva ganhou um presente inesquecível, a contratação pela empresa (GJP Administradora de Hotéis Ltda) na qual já havia cumprido a etapa do Programa Aprendiz Legal. “É meu primeiro emprego”, afirma a assistente do Departamento de Pessoal. Moradora de Canela, a jovem, que agora tem 20 anos e está cursando Administração de Empre- 6 sas, conta que o período de aprendizagem foi importante nas descobertas do mundo do trabalho e, principalmente, para saber buscar soluções para os desafios. O professor Fernando Schuller destaca que há um momento na vida de qualquer pessoa em que a palavra oportunidade se torna a mais importante. “Muito frequentemente, o estágio representa a primeira chance.” Ele revela que ainda tem a lembrança da primeira visita ao CIEE, em Porto Alegre, no prédio da Borges de Medeiros, no Centro, na busca de um estágio. “Muitos anos depois, pude reencontrar o CIEE muitas vezes. Pude testemunhar os programas de aprendizagem, o empenho em inúmeros programas sociais, e a construção de seu belíssimo teatro, que considero um presente para Porto Alegre.” O papel do CIEE tem sido determinante na trajetória de muitos adolescentes e jovens. Foi o que aconteceu com Thaynã Peronio, de 21 anos, que, por conta própria, decidiu procurar a instituição para compartilhar os resultados da sua dupla experiência, como aprendiz e estagiário. Ele foi aprendiz do CIEE em Santo Ângelo, em 2011. “Fui efetivado na empresa em questão de cinco meses.” Mas, como estava cursando Administração, resolveu buscar uma vaga para estágio na sua área. Novamente, o CIEE foi o responsável pela inserção, desta vez em uma empresa dezembro de 2015 aynã Peronio Estagiário Th Diretor do MDS , Luiz M uller terceirizada dos Correios. “O CIEE contribuiu muito com meu crescimento profissional, não só com as oportunidades, mas também o conhecimento adquirido enquanto era aprendiz.” Atualmente, ele faz estágio na empresa Universo dos Móveis. “Essas oportunidades são imprescindíveis para milhares de jovens como eu, que além da maior facilidade de iniciar no mundo do trabalho, tem o suporte ideal da instituição”, complementa. Luiz Muller, diretor da Secretaria Extraordinária para Superação da Extrema Pobreza, ligada ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, considera que “a aprendizagem profissional é o melhor programa para possibilitar aos jovens unir educação e experiência no trabalho, incentivando a permanência na escola. Já para as empresas, na medida em que a metodologia possibilite a customização, é a oportunidade de formar quadros profissionais de qualidade, comprometidos com a cultura de sua empresa e de seu setor econômico.” Programas e serviços interligados O cientista político e diretor da Cooperativa Mãos Verdes, Léo Voigt, salienta que conquistar e acessar direitos resulta de um complexo esforço. “Esforço das sociedades em assegurar a cidadania pela lei; esforço dos governos em construir políticas que dão exigibilidade aos direitos; esforço do cidadão em conhecer, envolver-se e se legitimar perante as conquistas.” Ele acrescenta que, para isto, “a formação e o engajamento produtivo são condições necessárias, embora não exclusivas. A cidadania é menos nu Wi Estagiária Nyau a Senna de Souz Cientista p olítico Léo violada em sociedades desenvolvidas, cuja população está protegida pela educação e pelo trabalho.” O CIEE integra-se a esse esforço com seus programas e serviços. Gustavo Soares Santana, de 17 anos, e a irmã Michelle, de 20 anos, começaram pelas oficinas do programa de inclusão digital Cidadania e talento.com a trilhar um novo caminho de conquistas. Primeiro foi Gustavo que, com os conhecimentos adquiridos nos módulos, ficou melhor preparado para alcançar a vaga Voigt de aprendiz no Shopping Iguatemi. Ele influenciou a irmã e o resultado também foi a posterior inserção no mundo do trabalho por meio do Programa Aprendiz Legal, desta vez no Hospital de Clínicas. Nyaunu Wi Senna de Souza, de 22 anos, tem uma trajetória parecida. Ela decidiu aproveitar as oficinas gratuitas do serviço de desenvolvimento socioeducativo para aprimo- O exercício da ética Nas empresas, o Código A participação em programas de de Ética tem que ser seguiaprendizagem e de estágio dá ao adodo e respeitado, da mesma lescente e jovem a chance não apenas forma que valem as regras de vivenciar as rotinas de uma emsimples de convívio na sala presa, mas, principalmente, exercitar de aula, na relação respeitosa desde cedo conceitos de ética. Daniel entre aluno e professor, em Randon – vice-presidente de Admicasa, entre pais e filhos, e nistração e Finanças das Empresas na sociedade em geral, entre Em Randon e presidente da Fras-le respresário D aniel Rand on amigos, entre governantes e gosalta que “como agentes ativos – cada vernados, entre empregadores e um na sua área – temos o compromisso de garantir empregados, entre políticos e eleitores, entre a natureza e o que nossos filhos, alunos e jovens que ingressam no progresso. Não há espaço para ser diferente. Vamos refletir mercado de trabalho preservem e exercitem estes a respeito e sermos nós mesmos os primeiros protagonistas conceitos como única forma de viver em harmonia da moral e da ética que queremos para o nosso País.” numa sociedade ímpar. dezembro de 2015 7 reportagem especial rar competências e, assim, ter mais chances de inclusão produtiva. “Uma das oficinas que mais me ajudou foi a de Autoconhecimento Profissional, pois aprendi a ter um sonho e não desistir. Além disso, na hora da entrevista, quando perguntavam quais meus objetivos, eu já sabia o que responder”. Com essa postura, ela tornou-se estagiária pelo CIEE no WMS Supermercados do Brasil. Às vezes, porém, é preciso ter a coragem de recomeçar, como fez Edivan Ribeiro, de 42 anos. Morador de Cachoeirinha, há dois anos ele deixou o receio de lado e inscreveuse no programa de alfabetização. Descobriu as letras e uma nova profissão, a de eletricista. Ele também é cantor, compositor e toca violão em uma banda. O ritmo da vida mudou para melhor. “O programa ajudou muito”, reconhece. Em outros casos, recomeçar é preciso. Iara Maria Dutra de Souza, de 57 anos, mora na Lomba do Pinheiro e decidiu fazer cursos para complemen- Mães sociais participaram do programa de assessoramento. tação de renda. Procurou o CIEE e por meio do programa de assessoramento aos usuários foi encaminhada à Fundação Gaúcha de Bancos Sociais, onde já fez vários cursos na área de corte e costura. “Sou perfeccionista e sempre quero aprender mais, fazer melhor e mais bonito”, conta entusiasmada. Recomeço também é a marca de Jair Tadeu Gonçalves da Rosa, de 67 anos. Militar da reserva e ex-paraquedista, ele participa ativamente do Grupo de Momento de integração e fortalecimento de vínculos do Grupo de Convivência para Idosos 8 dezembro de 2013 2015 Convivência para Idosos. “Gosto das amizades, das atividades, não podemos parar”, ensina. A vez de quem cuida O CIEE também tem programas voltados à qualificação e aperfeiçoamento de profissionais que atuam nos equipamentos de assistência social. As oficinas são elaboradas de acordo com a temática e a duração demandadas pela própria entidade que solicitou a ação. O objetivo principal é o fortalecimento da rede socioassistencial. Assistente de Desenvolvimento Familiar, Maria Fajardo do Nascimento atua nas Aldeias Infantis e afirma que a parceria com o CIEE “veio a dar corpo ao acompanhamento que as mães sociais já estavam solicitando”. Ela considera que um dos pontos relevantes do programa é a possibilidade de “pensar em conjunto sobre as necessidades da entidade. A equipe do CIEE veio até aqui, conversaram e conheceram a nossa realidade”. A assistente diz que a participação nas oficinas “provocou mudanças de atitudes, ampliou a visão e nos permitiu sair para outro espaço”. Direito e dever consolidados Coordenadora do Fórum Gaúcho de Aprendizagem Profissional no Rio Grande do Sul, a auditora Denise Brambilla González reforça que todos os adolescente e jovens têm direito à profissionalização. “É um Direito Constitucional”, complementa. Ela considera que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar ao adolescente e jovem, com absoluta prioridade, o direito à profissionalização. “Como sociedade (CIEE) e Estado (Auditores Fiscais do Trabalho) todos lutamos para que todo adolescente e jovem do RS tenha a oportunidade da profissionalização através da Lei da Aprendizagem”, complementa. Apesar de estar na Consolidação das Leis do Trabalho, a obrigação para que todas as empresas contratem, no mínimo, cinco por cento (5%) da totalidade de seus empregados, que demandem formação profissional, desde 1943, verificamos que somente hoje esse direito e dever se consolidam. Auditora Fiscal De nise Brambilla Gonzále z É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar o direito à profissionalização. É legal Ministra Tereza Campello De acordo com a legislação, os estabelecimentos de qualquer natureza e que tenham pelo menos sete empregados são obrigados a contratar aprendizes – entre 14 e 24 anos incompletos – de acordo com o percentual exigido por lei. É facultativa a contratação no caso de microempresas, empresas de pequeno porte, inclusive as que fazem parte do Simples. Para esclarecer as dúvidas dos parceiros sobre o que estabelece a legislação, o CIEE tem promovido e apoiado seminários e difundido a campanha Legalize. No dia 16 de outubro, a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, participou, no Teatro CIEE, do evento Aprendizagem Profissional: promovendo o direito à educação e ao trabalho, realizado pelos Ministérios do Trabalho e Emprego e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Na ocasião, ela destacou o papel do CIEE e a importância desse programa como fator de inclusão social produtiva. dezembro de 2015 9 eventos em rede Ações diferenciadas mobilizam diversos públicos O CIEE tem proporcionado acesso a iniciativas que debatem oportunidades de inserção e a construção de projetos de vida #DiaE Estágio e CIEE viraram quase sinônimo para milhares de estudantes, tanto que, em 46 anos de atividades, a instituição conseguiu a inserção de cerca de 1,6 milhão de adolescentes e jovens no mundo do trabalho. Mensalmente, o Indicador de Vagas de Estágio sinaliza a oferta disponível a fim de facilitar a procura e, atualmente, são aproximadamente 130 mil inscritos à espera de uma oportunidade. O CIEE promove ações gratuitas para incentivar os estudantes a saírem da zona de conforto e fazer uma reflexão sobre a construção de seus projetos de vida. Uma das iniciativas Levar os jovens a refletir sobre o futuro é um dos objetivos do CIEE Fórum CIEE Band de Ideias Já o Fórum CIEE Band de Ideias mostrou que para ser bem-sucedido no mundo do trabalho não importa muito o perfil das diferentes gerações – baby boomers, X, Y ou Z – mas o conjunto de valores perenes que carregam. O convidado especial, jornalista e apresentador Ricardo Boechat lembrou aos jovens que “aprender a pensar não está no currículo”, por isto é importante buscar qualificação e preservar valores como ética e cidadania. O evento tam- 10 bém focou as expectativas dos empresários para o preenchimento de vagas. Para evitar que as gerações se tornem cada vez mais conectadas, mas pouco informadas, Boechat destacou a importância da busca do conhecimento e da educação. O tema em debate no dia 08 de agosto foi “O perfil dos novos profissionais x Expectativa do mercado” e teve a presença também do professor da ESPM Christian Tudesco e de Sérgio Stock como mestre de cerimônias. Tudesco apresentou as características dessas dezembro de 2015 já consolidadas é o #DiaE, realizado para comemorar o Dia do Estudante e que, em sua quinta edição, ocorreu em 25 de agosto, lotando o Teatro CIEE. O #DiaE levou para o palco jovens empreendedores que relataram suas trajetórias e destacaram que é possível ir atrás de seus sonhos, pois tem vaga para quem não desiste. Entre os convidados estavam Mari Camardelli, CEO da Altos Eventos; Rafael Chanin e Flávio Steffens que realizam o evento FailCon no Brasil, que incentiva o aprendizado através dos erros do mundo empresarial; Gabriel Bastos que atua na Smile Flame, empresa de inovação social; o publicitário e ativista Luciano Braga e o jornalista Duda Garbi. O gestor de Relações Institucionais do CIEE, Cláudio Inácio Bins, apresentou o tema “Mercado de Trabalho: Você está preparado?”. A cobertura foi do programa Mas Bah, do SBT, e a condução do comunicador Capu. Ricardo Boechat e Christian Tudesco gerações e disse que as empresas que conseguirem entender as necessidades desses diferentes perfis terão condições de conquistar mais talentos. Desafios do mundo do trabalho em debate no Interior Como parte das ações sobre o mundo do trabalho, o CIEE-RS promoveu eventos gratuitos também no Interior do Estado para divulgação da importância da aprendizagem e do estágio para proporcionar ao público a possibilidade de debater com convidados de renome nacional temas como a importância do trabalho em equipe, foco, aceitação de mudanças e convívio de gerações. Marcos Cobra e Márcio Ballas foram os convidados em 2015 e, em todas as ocasiões, o público formado por estudantes, empresários e lideranças locais reagiu com interesse às provocações para reflexão. A rodada de encontros começou em 14 de maio, na Câmara de Comércio em Rio Grande, com o Seminário Cultura Organizacional e Aprendizagem Profissional, que teve a participação do professor e consultor de administração e mar keting Marcos Cobra. Houve, ainda, três edições neste Marcos Cobra foi um dos palestrantes no Interior ano do Conexão criado especialmente para trocar ideias com os jovens sobre as oportunidades e os desafios do mundo do trabalho. Nestas três edições, Ballas foi o palestrante com suas intervenções e cenas coletivas de improvisação. Formado em Marketing pela ESPM e com pós- graduação em Psicodrama pela PUC, ele foi integrante dos Doutores da Alegria e é um dos criadores do Jogando no Quintal, espetáculo de improvisação. É também orientador artístico do espetáculo Improvável, com mais de 100 milhões de visualizações na Internet, e apresentador do programa É tudo Improviso, na Band. Frederico Westphalen recebeu o último Conexão de 2015, em 23 de setembro, com uma plateia de 800 pessoas. O evento também foi levado a Caxias do Sul, na Faculdade da Serra Gaúcha, em 17 de agosto, e a Osório, na FACOS – Faculdade Cenecista de Osório, em 29 de junho. Marcio Ballas levou o público a refletir sobre trabalho em equipe, mudanças com interação e novas ideias. dezembro dezembro de 2015 de 2015 11 por dentro do ciee Arbitragem O desembargador Ney Wiedmann Neto, coordenador-geral do Centro de Estudos do Tribunal de Justiça do RS, e o advogado André Jobim de Azevedo, presidente da Câmara de Arbitragem da Federasul e membro do conselho superior da Câmara de Arbitragem da OAB/RS, consideraram as seis Câmaras de Mediação e Arbitragem em operação no Estado como o caminho mais eficiente para a solução de conflitos empresariais. O tema foi debatido no dia 09 de julho, em café da manhã no Centro de Integração Empresa Escola do Rio Grande do Sul (CIEE-RS). Consultor Eutichiano Davi Neto, desembargador Ney Wiedmann Neto, advogado André Jobim de Azevedo e gestor Cláudio Inácio Bins participaram do evento Café com RH debateu o novo perfil do colaborador Café com RH A psicóloga e mestre em gestão empresarial, Denise Casagrande afirmou que há um novo perfil de colaborador e as novas gerações que estão ingressando no mundo do trabalho vão mudar o perfil das corporações, o que requer coragem para se reinventar, cabendo aos gestores de RH a missão de fortalecer a autoestima dos colaboradores e o resgate de valores. As colocações foram feitas durante o V Café com RH promovido em 22 de julho pelo CIEE-RS em parceria com a Junior Achievement Brasil e com a participação de dois especialistas da área. Na mesma ocasião, o especialista em RH e mestre em administração, Paulo Amorim, destacou que há uma nova realidade corporativa com a diminuição de níveis hierárquicos e a convivência de diferentes gerações e perfis. Agenda 2020 Ética e gestão pública em foco no Fórum da Agenda 2020 12 dezembro de 2015 O secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos, César Luís de Araújo Faccioli, defendeu a urgência de criar um espaço ético de convivência, durante o Fórum Temático de Cidadania e Responsabilidade Social da Agenda 2020, realizado no Centro de Eventos CIEE no dia 06 de agosto. Igualmente, o tema foi abordado pelo professor Fernando Luiz Schuller, para quem o princípio da eficiência da gestão pública passa pela ética. O Fórum teve o apoio do CIEE-RS. Novo Centro de Convivência Adolescentes e jovens a partir de 14 anos já contam com um novo Centro de Convivência e Capacitação para as oficinas do programa gratuito de inclusão digital Cidadania e Talento.com do CIEE-RS. Localizado no bairro Glória, no Ceneamm 2, foi inaugurado em 03 de junho, na presença de representantes da comunidade, do Rotary Club Glória Teresópolis e do CIEE-RS. Outros três Centros para oficinas gratuitas voltadas ao universo juvenil funcionam nos bairros Centro, Higienópolis e Restinga. Superintendente do CIEE Luiz Carlos Eymael, diretora do Ceneanmm 2 Monica Volez e vice-presidente do Rotary Glória Teresópolis Josué Durand O consultor Joaquim Sigaud debateu com gestores e educadores ECA 25 anos Assessor da Farsul Eduardo Condorelli, presidente do Ilades Marcino Rodrigues e promotor Daniel Martini em reunião no CIEE Diálogos Sustentáveis/Ilades A construção conjunta de soluções e a busca permanente de um debate positivo foram a tônica do café Diálogos Sustentáveis promovido em 24 de junho, pelo Instituto Latino-Americano de Desenvolvimento Sustentável (Ilades) em parceria com CIEE-RS e que tratou de mudanças climáticas, crise hídrica e o agronegócio. O promotor de Justiça Daniel Martini, coordenador do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente, defendeu a construção de mecanismos inteligentes para que o cumprimento da legislação ambiental valha a pena. O assessor de desenvolvimento sustentável do Sistema Farsul, Eduardo Condorelli, ponderou que o diálogo é a melhor saída para os problemas envolvendo agronegócio e impacto ambiental. Presidente do Ilades e moderador do debate, o advogado Marcino Fernandes Rodrigues Junior ressaltou que o encontro mostrou que é possível construir soluções conjuntas. A Escola Especial para Surdos Frei Pacífico comemorou os 25 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) durante seminário com a participação do CIEE-RS sobre o tema Avanços e Desafios, no dia 25 de agosto. O consultor de Assistência Social do CIEE, Joaquim Proença Sigaud, debateu com gestores e educadores sociais a relação de direitos e deveres na perspectiva da Garantia da Promoção, Proteção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente. Futebol digital Apaixonados por jogos eletrônicos, Matheus Mazuco, de Porto Alegre, e Cassius Antunes, de Bagé, Gamers em ação foram os vencedores do Campeonato Gaúcho de Futebol Digital 2015 que aconteceu nos dias 12 e 13 de setembro, no The Soccer Point, na Zona Sul de Porto Alegre. Foi a oportunidade de aproximação ao vivo dos 128 gamers inscritos que só se conheciam via on line. O evento foi realizado pela Federação Gaúcha de Futebol Digital e Virtual junto com outras entidades e contou com apoiadores como o CIEE-RS. dezembro de 2015 13 cultura Agenda cheia Com quase 180 eventos e um público superior a 18 mil pessoas atendidas somente no primeiro semestre de 2015, entre espetáculos culturais e promoções corporativas, o Centro de Eventos e o Teatro CIEE encerraram o ano com agenda cheia por conta também de variados projetos sociais. Fruto de parceria de longa data com o CIEE-RS, o destaque do segundo semestre ficou por conta das manifestações artísticas de escolas municipais e estaduais como Pepita de Leão, José Loureiro da Silva, General Daltro Filho e América, além da tradicional apresentação da Orquestra Villa Lobos, que fechou com chave de ouro o calendário do ano. Em setembro, o espaço também acolheu 1200 mesários que receberam capacitação para as eleições do Conselho Tutelar, além de sediar o Projeto Expressar, da Escola Municipal Vereador Martim Aranha, ocorrido em 17 de setembro e o FestiPoaLiterária, que teve como show de abertura o Délibáb, com Vitor Ramil e Moscardini (foto). clore regional, mas sim elaborações criativas e originais, nos diferentes estilos de cada compositor. Adiciona-se a isto, a reconhecida performance da pianista que também é professora e pesquisadora musical brasileira. Com repertório que vai do barroco ao contemporâneo, Olinda Allessandrini possui CDs inteiramente dedicados a obras de Heitor Villa-Lobos, Radamés Gnattali e Araújo Vianna, além dos CDs “Panorama Brasileiro”, “Valsas”, “Ébano e Marfim”, “Um piano na Esquina”, com obras de diversos compositores. Participou também de vários CDs como pianista convidada. Em um deles está registrada a gravação ao vivo do concerto de 24 de março de 1999, na Filarmônia de Berlim, como solista com a Orquestra Sinfônica Jovem de Charlottenburg, sob a regência de E. Mentges. Também participa do CD da Orquestra de Câmara Sesi-Fundarte, como solista na obra “Las Cuatro Estaciones Porteñas”, de Astor Piazzolla. Tributo ao Pampa O Teatro CIEE foi palco de mais um marco para a cultura rio-grandense. A consagrada pianista gaúcha, Olinda Allessandrini, usou o espaço para o lançamento do seu primeiro DVD, na noite de domingo (27/09), durante o Recital da Primavera, que integra as ações do Centro de Integração Empresa Escola (CIEE-RS) para difusão da cultura junto à comunidade. O DVD PamPiano é um verdadeiro tributo ao Pampa sendo integrado por uma seleção de obras para o piano inspiradas nas tradições e representam as estilizações do folclore musical da região. Dirigido pelo compositor, produtor musical e diretor artístico, Caio Amon, o DVD é composto por 14 videoclipes. As cenas capturadas pela equipe de filmagem durante roteiro feito pela fronteira do Brasil com o Uruguai levam os gaúchos de diferentes origens a viajarem no imaginário das paisagens e cenas do cotidiano como o armazém campeiro e a boutique de indumentárias gauchescas. As obras escolhidas não são apenas harmonizações de melodias do fol- 14 dezembro dezembro 2015 de 2015 artigo ANABEL LORENZI, Professora e Coordenadora da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da ALRGS Práticas de transformação social Vivemos tempos paradoxais. Enquanto a legislação brasileira avançou no sentido de garantir aos jovens brasileiros acesso à educação independentemente de cor, idade, credo ou gênero, na prática, o que vemos é uma sociedade onde as desigualdades são marcantes e onde a educação oferecida à juventude não reponde aos desafios próprios desta fase da vida. Pesquisas mostram que o Ensino Médio é cursado até o seu final por apenas 54,3% dos jovens até 19 anos, segundo a ONG Todos pela Educação. Já no Ensino Superior, o percentual de jovens entre 18 e 24 anos pulou de 10,5%, em 2004, para 16,5%, em 2013. Porém, se comparado com outros países como Argentina (40%), nosso índice é pífio, apesar dos avanços. O quadro aponta dois gargalos. Primeiro, está o tema da permanência dos jovens no Ensino Médio. Praticamente os que evadem e não concluem este nível de ensino são os mesmos que procuram no mercado de trabalho uma forma de colaborar com o sustento da família ou que são enredados pelo crime. A maioria dos jovens mortos nas periferias das grandes capitais é composta por jovens negros e pobres que não concluíram nem o ensino fundamental. O Mapa da Violência diz que, das 56.337 vítimas de homicídio no Brasil, em 2012, 30.072 eram jovens de 15 a 29 anos. O segundo aspecto remete à qualidade do Ensino Superior e à carência “Enfim, o mundo do trabalho se constituirá para os jovens como uma oportunidade de desenvolvimento pessoal e de práticas de transformação social”. de oferta de educação crítica e voltada para formação de cidadãos e cidadãs. Diante deste quadro, evidencia-se a necessidade de um novo sistema que garanta não só o acesso, mas a permanência dos jovens através da priorização da qualidade. O próprio conceito de qualidade precisará, também, ser revigorado a partir da articulação com a realidade brasileira, com o setor empresarial e com a construção de valores que estejam a serviço da cidadania. Neste novo cenário, a inserção do jovem no mercado de trabalho se caracterizará como uma oportunidade de inclusão social que potencializa a cidadania, ou seja, a prática de deveres e a garantia de direitos, e não apenas uma inserção como sujeito consumidor. Enfim, o mundo do trabalho se constituirá para os jovens que estão ingressando neste novo ambiente como uma oportunidade de desenvolvimento pessoal e de práticas de transformação social que colaborarão com a construção de uma sociedade justa e plena de direitos. Cidadania e trabalho andarão juntos. dezembro de 2015 15