Edição n.º 73 do JA - Associação Académica da UMa

Transcrição

Edição n.º 73 do JA - Associação Académica da UMa
REVISTA DA
ASSOCIAÇÃO
ACADÉMICA DA
UNIVERSIDADE
DA MADEIRA
EDIÇÃO N.º 73
03
NESTA
EDIÇÃO
AS EMISSÕES DE
GASES DE EFEITO ESTUFA
ASSOCIADAS À PRODUÇÃO
DA REVISTA JA SÃO
NEUTRALIZADAS
PELA GRÁFICA PELO
QUE ESTA REVISTA É
CARBONFREE®.
A ABRIR COM JOÃO BAPTISTA
04
SÉ DO FUNCHAL 500 ANOS
06
SELVAGENS - AFINAL A QUEM PERTENCEM
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DESPORTO - CONFIRMAR AS EXPECTATIVAS
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BOAS NOTÍCIAS
12
REAL CAIXA DE APOSENTAÇÕES
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VIVA A ALIMENTAÇÃO
16
UMa - REINVENTANDO A LOJA DO CIDADÃO
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AS VAGAS NO ENSINO SUPERIOR
20
ANAPLASMA SPP
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ENTRE LIVROS E FILMES
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AMIZADE E PRESSÃO DE GRUPO
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PALAVRAS E NÚMEROS
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RECEPÇÃO AO CALOIRO 2013/14
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25 ANOS DA UNIVERSIDADE DA MADEIRA
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PRAXE
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UMA PASSAPORTE PARA O SUCESSO - SCP UMa
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IPSIS VERBIS
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EVENTO DESERTAS…25 ANOS
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AS ACTIVIDADES DA AAUMa
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EM PORTUGUÊS ESCORREITO
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DE MOCHILA ÀS COSTAS
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TRANGULAÇÃO NA INVESTIGAÇÃO QUALITATIVA
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ESTÁGIO NA AAUMa
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PAUTA FINAL
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FICHA TÉCNICA
PROPRIEDADE: Associação Académica da UMa · DIRECTORA: Andreia Nascimento · EDITOR: Rúben Castro · REVISÃO: Carlos Diogo
Pereira · DESIGN GRÁFICO: Pedro Pessoa · FOTOGRAFIA E EDIÇÃO: Pedro Pessoa · CAPA: Recepção ao Caloiro 2013/14 · EDIÇÃO E
PUBLICIDADE: Departamento de Comunicação da AAUMa [email protected] · DISTRIBUIÇÃO: Gratuita · VERSÃO ON-LINE: www.aauma.pt ·
TIRAGEM: 1000 exemplares · EXECUÇÃO GRÁFICA: Nova Gráfica, Lda. · DEPÓSITO LEGAL: 321302/10 · ISSN: 1647-8975
O conteúdo desta publicação não pode ser reproduzido no todo ou em parte sem autorização escrita da AAUMa. As opiniões expressas na revista são as dos autores e não necessariamente as da AAUMa. A Revista JA é escrita com a antiga ortografia, salvo algumas excepções assinaladas.
04
A ABRIR
_
Em primeiro lugar gostaria de dar as boas-vindas aos novos estudantes da Universidade da
Madeira (UMa). É importante assinalar esta etapa que marca o início de uma fase completamente inovadora para a grande maioria daqueles que
estão a começar as suas vidas académicas.
A Associação Académica da UMa (AAUMa) não
pode deixar de convidar todos os estudantes a
participarem nas actividades que, com muita dedicação e empenho, organizamos, pensadas, em
primeiro lugar, para os estudantes.
Esta iniciativa, a Revista JA, é um dos nossos
grandes projectos e tem como principal objectivo dar a conhecer os temas que interessam ao
estudante madeirense e as suas preocupações.
Desafiamos-te a dar um contributo à revista que
é elaborada por estudantes, para estudantes.
Os novos estudantes chegam à UMa num ano em
que esta instituição faz os seus 25 anos. Trata-se
dum importante marco na história da academia
madeirense que todos nós, como parte dela, devemos saber valorizar. O enriquecimento de conhecimento de tudo o que diz respeito à nossa
academia deverá ser imperativo e nós, como estudantes, devemos conhecer e valorizar o património da nossa academia. Uma das iniciativas
que mostra o nosso empenho nesse sentido é o
Colégio dos Jesuítas que tem como principal objectivo dar a conhecer a toda a comunidade a história deste edifício e, como tal, o início da nossa academia.
Um excelente início de ano lectivo e que cumpram todos os vossos objectivos académicos.
_
JOÃO BAPTISTA
Presidente da Direcção da AAUMa
REDESCOBRIR
A MADEIRA
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07
SÉ DO FUNCHAL
500 ANOS
A Sé do Funchal comemora em 2014 cinco séculos como sede do bispado dos Descobrimentos, sendo a maior diocese alguma vez instituída
e correspondente a quase metade do mundo então conhecido e por conhecer. Fundada na época áurea dos Descobrimentos Portugueses e do
apogeu da cultura açucareira, foi dotada com o
que de melhor o rei de Portugal pôde enviar para
a Madeira. Acresce ainda que, por contingências
várias, conseguisse chegar aos nossos dias com
o principal equipamento com que foi inicialmente dotada por D. Manuel I, como o retábulo, o cadeiral e o pequeno altar, o que não aconteceu
com as suas congéneres continentais.
A instituição da Diocese visava reorganizar o
vasto território entregue aos portugueses para
evangelização pelo Papa Alexandre VI, nascido
Rodrigo de Borja, através do Tratado de Torde-
silhas de 1494. Até então, mercê da transformação da antiga Ordem dos Templários na de Cristo
e do papel fulcral do infante D. Henrique na génese dos descobrimentos e conquistas, a evangelização dos novos domínios portugueses era
da responsabilidade daquela Ordem. Com a entrega da sua administração ao duque D. Manuel,
logo foi reconhecida a necessidade de se proceder a uma restruturação geral da situação.
As negociações com Roma para a instituição
de uma Diocese no Funchal devem ter começado logo nos primeiros anos do século XVI e, com
as paredes benzidas da nova igreja do Funchal,
em 1508, o rei D. Manuel I elevou a vila a cidade,
pressionando a criação da nova Diocese. Em finais de 1513, enviou uma faustosa embaixada a
Roma, que entraria na cidade a 12 de março de
1514 e seria recebida a 20. Na sequência desta,
o Papa Leão X, por bula de 12 de junho, criaria a
Diocese do Funchal, elevando a igreja nova, ainda
não terminada, a catedral.
Se o exemplo da Madeira serviu de modelo ao
povoamento atlântico português, quer institucional (como foram os documentos fundacionais das capitanias, o regimento das alfândegas, das vigias, das companhias militares, etc.),
quer mesmo na formação de quadros ultramarinos (com o envio do pessoal ali formado para o
restante espaço atlântico), também a organização religiosa e, muito especialmente, o regime
de bens utilizado na Madeira serviu de quadro
de referência para toda a expansão portuguesa.
Pelos motivos apontados e com a investigação
desenvolvida nos últimos anos, ao se celebrarem os 500 anos de fundação da Diocese do Funchal, pensamos que a melhor forma com que
nos podemos associar a esta data é a publicação
de pequenos artigos sobre a Sé Catedral. Sendo um edifício patrimonial e culturalmente notável, mas longe de ser um museu morto, parado
no espaço e no tempo, é um conjunto vivo onde
se espelham e se vivem 500 anos de devoção e
de vida religiosa de uma comunidade. Como só
amamos verdadeiramente o que conhecemos,
abordar os principais conjuntos de peças da Sé
do Funchal parece a melhor maneira de homenagearmos os 500 anos da nossa Diocese.
_
RUI CARITA
Historiador e professor catedrático da UMa
NOTA: Texto escrito ao abrigo do Acordo Ortográfico 1990.
08
Afinal,
a quem pertencem?
As Selvagens, as Ilhas Falkland (ou Ilhas Malvinas) e Gibraltar têm muito em comum. Estão
perto de determinados territórios, mas dependem de poderes longínquos.
As Selvagens são constituídas por duas ilhas
principais - Selvagem Grande e Selvagem Pequena - e por pequenos ilhéus. São consideradas território português, mas estão mais perto
das ilhas Canárias (a 165 km) do que da Região
Autónoma da Madeira (a 250 km).
As Ilhas Falkland estão situadas no Atlântico Sul
e dividem-se em duas principais - Falkland Ocidental e Falkland Oriental. Embora estejam próximas da Argentina, estão subordinadas ao poder britânico.
Gibraltar é um território peninsular ladeado
pelo Mar Mediterrâneo, pelo Estreito de Gibraltar e pela Baía de Algeciras. Os seus 6,5 km2 de
superfície albergam cerca de vinte e nove mil
habitantes. Embora faça fronteira (a Norte) com
Espanha, depende, tal como as Ilhas Falkland,
do poder britânico.
No caso das Selvagens, Espanha não reclama
qualquer poder sobre elas, querendo que estas
representem, apenas, um ponto com uma extensão de mar territorial. Nuestros hermanos enviaram uma missiva à ONU, em Julho, contestando
o facto deste sub-arquipélago dar a Portugal a
maior Zona Económica Exclusiva (ZEE) da Europa. Caso perdessem o estatuto de ilhas e fossem
consideradas meros rochedos, Portugal perderia parte da sua ZEE.
No que diz respeito às Ilhas Falkland e a Gibraltar, é o Reino Unido quem tem hegemonia sobre
eles. Gibraltar foi legitimado através do Tratado
de Utrecht, em 1713. Embora os britânicos continuem a considerá-lo como seu território, as Nações Unidas entendem-no como non-self-governing territory, ou seja, um território para o qual
não foi, ainda, encontrada qualquer solução de
descolonização. São dezasseis, ao todo, as regiões que partilham desta situação.
O governo do Reino Unido está proibido, pela
Constituição, de negociar a soberania de Gibraltar e os próprios habitantes, nos referendos
realizados, rejeitaram essa hipótese. No entanto, Espanha tem tentando disputar o território.
Aliás, a chama reacendeu-se quando, há algumas semanas, o Governo da colónia lançou 70
blocos de cimento em aterros à volta de Gibraltar. A resposta espanhola foi o estreito controlo
das fronteiras. Para os castelhanos, Gibraltar é,
foi e será uma prioridade nacional.
Quanto às Ilhas Falkland, têm um historial idêntico ao do “rochedo”, representando, também,
uma colónia conquistada pelos britânicos. A Argentina tem tentado batalhar por este território, muito por causa da exploração do petróleo,
usando diversos argumentos (entre eles um pedido de ajuda ao Papa Francisco), mas até então
nenhuma solução foi encontrada.
Os dicionários dizem que a soberania é “autoridade suprema”, o “poder político, de que dispõe o Estado, de exercer o comando e o controle,
sem submissão aos interesses de outro Estado”.
Ainda assim, esta autoridade tem sido posta em
causa muito pelos interesses de outros Estados.
Afinal, a quem pertencem estes territórios?
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VERA DUARTE
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Confirmar
as expectativas
desportivas
Para o ano lectivo que agora se inicia, estão programadas as actividades que nos passados anos
têm-se destacado, com o compromisso de melhorar sempre. Levadas, Troféu do Reitor, Futebol de 7, Torneio de Matraquilhos e Karting são
exemplos de actividades que serão novamente
realizadas tendo em conta a procura e satisfação dos participantes. Há também um compromisso de inovar e oferecer mais actividades na
época de Verão, altura em que, até agora, apenas realizamos o torneio de Futebol de 7. Achamos que iniciativas desportivas realizadas na
praia serão boas iniciativas para o aumento de
eventos com sucesso.
Os percursos das levadas prometem ser inovadores e diferentes dos percursos aconselhados
pelas entidades oficiais. Os nossos experientes
guias irão, com certeza, surpreender os participantes nos passeios deste ano, prevendo a visi-
ta a todos os concelhos da Região durante o ano
lectivo.
A 5.ª edição do Troféu do Reitor já está nos seus
preparativos e promete emoção, competitividade e muito espírito académico nas instalações
desportivas da Quinta de São Roque, situada
a apenas 300 metros do Campus da Penteada.
Professores, funcionários e todos os alunos da
UMa são os principais interessados nesta competição que proporciona momentos de convívio
e boa disposição entre os participantes. Mas a
AAUMa não fecha a porta à população em geral
e permite que cada equipa possa inscrever 2 elementos que não pertençam à Universidade. Desde a edição passada, existe a possibilidade dos
ex-alunos da UMa poderem também participar
neste evento, continuando assim ligados, de alguma forma, a um passado recente e muitas vezes saudoso.
Algumas actividades pontuais, como os torneios
de Matraquilhos e Playstation, prometem animar
algumas tardes de quarta-feira. Também as
corridas de Karting têm proporcionado alguma
emoção e existe um projecto de uma competição
mais alargada, com a possibilidade de realização de um campeonato ao bom estilo da Fórmula
1. Dentro das actividades pontuais que a Académica madeirense pretende organizar, os eventos
na natureza não são esquecidos. Assim, após o
mergulho de iniciação que ocorreu no ano passado, pretendemos agora providenciar um baptismo de mergulho no mar. A floresta Laurissilva
também será palco de uma actividade de Canyoning, onde a emoção e a adrenalina estarão presentes do início ao fim, num evento conduzido
por monitores especializados e formados neste
tipo de desporto de aventura.
A inexistência de apoios públicos diminuiu con-
sideravelmente as nossas comitivas nos Campeonatos Nacionais Universitários. A AAUMa irá
tentar, junto das entidades competentes, verbas
que possam levar os nossos atletas/estudantes
a competirem e a voltarem a mostrar a qualidade dos desportistas da UMa.
Finalmente, mas não menos importante, a aposta na formação contínua dos estudantes da UMa,
como nos profissionais de Educação Física e
Desporto, será uma realidade. Pretendemos organizar algumas formações e conferências que
possam complementar a formação já adquirida
e oferecer mais instrumentos e competências
aos nossos formandos, para enfrentarem o difícil mercado de trabalho que se nos apresenta actualmente.
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ARLINDO SILVA
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Boas
notícias
GESTÃO: MESTRADOS PORTUGUESES ENTRE
OS MELHORES.
A oferta formativa portuguesa em mestrados está novamente em destaque a nível internacional. Os mestrados em gestão da Universidade Católica Portuguesa e da Universidade
Nova de Lisboa fazem parte do ranking de 2013
do jornal Financial Times que, todos os anos,
lista as 70 melhores opções nesta área.
Este ano, a tabela é liderada pela Universidade de St. Gallen, na Suíça, que manteve o primeiro lugar alcançado em 2012. No segundo lugar do pódio aparece o mestrado ESCP
Europe Master in Management, organizado,
de forma conjunta, por França, Reino Unido,
Alemanha, Espanha e Itália, ao passo que a terceira posição pertence ao Master of Science in
Management da WHU Beisheim, na Alemanha.
A Universidade Católica toma as rédeas da representação portuguesa no ranking de mestrados em gestão criados de raiz, ocupando a 52.ª
posição, enquanto a Nova School of Business &
Economics (Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa) surge no 54.º posto.
RYANAIR COM VOOS A PARTIR DE LISBOA
CURA PARA A SURDEZ PODE ESTAR PRÓXIMA
A companhia aérea de baixo custo Ryanair anunciou que vai começar a operar no aeroporto de
Lisboa já a partir do dia 26 de Novembro, com
rotas para Londres, Bruxelas, Paris e Frankfurt. O anúncio foi feito esta segunda-feira, em conferência de imprensa, pelo Vice-Presidente Executivo da empresa irlandesa, Michael Cawley,
que lembrou que a companhia se encontrava em
conversações com a ANA no sentido de arrancar
com as operações a partir do aeroporto da Portela, em Lisboa. A companhia, já presente em Faro e no Porto,
opera 70 rotas internacionais a partir de Portugal, além de uma rota doméstica com a ligação
entre Faro e Porto.
Um investigador argentino prevê que a surdez
tenha uma cura dentro dos próximos dez anos,
graças ao uso de células estaminais. O anúncio
foi feito na sequência dos resultados conseguidos com um rato surdo que começou a ouvir depois do transplante de neurónios auditivos produzidos em laboratório. A pesquisa já começou há mais de quatro anos,
mas Marcelo Rivolta, chefe do grupo de investigação de problemas auditivos da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, calcula que seja
preciso uma década de testes em animais antes
de avançar com a intervenção para os humanos. À margem de um congresso mundial de patologias do ouvido, que decorreu este mês em Alcalá de Henares, nos arredores de Madrid, Rivolta revelou que o projecto está a ser levado a
cabo na Universidade de Sheffiled e que a produção de células auditivas é feita a partir de células embrionárias.
Para o especialista há ainda um longo caminho
a percorrer para tratar a surdez provocada por
envelhecimento, que afecta já 40% da população
europeia com mais de 65 anos. _
RÚBEN CASTRO
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Real Caixa
de Aposentações
Faltam 3 meses para que 2013 termine e no espaço europeu houve 3 monarcas a abdicarem.
Não havia tantas abdicações num ano desde 1918,
quando o fizeram 5 soberanos, na sequência da
reestruturação política da Europa após a Primeira Grande Guerra.
O Currier Internacional apresentou, em Setembro,
várias monarquias como instituições paradas no
tempo e que pouco dizem aos povos que representam. A excepção, segundo a fonte, é a Família Real Britânica, por os Windsor serem populares, terem enorme importância económica para
o Reino Unido, custarem pouco ao contribuinte,
serem próximos do Povo, serem glamourosos e
por beneficiarem da impopularidade dos políticos
eleitos para a Câmara dos Comuns (o mais próximo do sistema republicano que os ingleses têm).
Vista como obsoleta aos olhos de muitos, a realeza esforça-se para merecer o espaço que ocupa. Gastam menos que muitas presidências republicanas e facturam milhões em tudo o que lhes
diga respeito, dando um toque de charme actual
às glórias dos tempos passados. Mas para evitarem tornarem-se dispensáveis, apostam no marketing e na promoção das gerações mais jovens
em detrimento dos patriarcas.
Este ano, foram três os monarcas a abdicarem: o
Papa Bento XVI, a Rainha Beatriz dos Países Baixos e o Rei Alberto II dos Belgas.
Bento XVI, embora jogue numa liga diferente, foi
o Papa a reconhecer-se demasiado cansando e
doente para satisfazer as necessidades da Igreja.
Quando ninguém o esperava, anunciou a renúncia
ao Papado, deixando o Mundo boquiaberto com a
sua abnegação, especialmente por não ter goza-
do da mesma popularidade de que João Paulo II.
Beatriz dos Países Baixos, por seu lado, seguiu
o exemplo da avó Guilhermina e da mãe Juliana.
Numa nação que viu a república como época áurea, manter o trono é uma tarefa de grande esforço. Para a Rainha pesou ainda o apoio ao filho,
o Príncipe João Friso, hospitalizado devido a um
acidente de esqui que o vitimaria mortalmente.
No final, Guilherme sucedeu a mais de 120 anos
de monarquia feminina.
Apesar de acolher importantes instituições da
União Europeia, a Bélgica é um país culturalmente dividido em francófonos, germânicos (alemães
e holandeses) e flamengos, com frequentes crises políticas. Cansado de mediar um país tão heterogéneo, Alberto II abdicou a favor de Filipe, um
homem de meia-idade na primeira geração de
monarcas do século XXI.
Bento, Beatriz e Alberto, juntaram-se a Hans-Adam II do Liechtenstein e a João do Luxemburgo como reais aposentados (sem contar com Simeão da Bulgária e Constantino da Grécia, por
exemplo, cujos reinados terminaram com repúblicas).
Abdicar, na Europa do século XXI, é passagem de
testemunho para que velhas instituições acompanhem os tempos, mas em Portugal e, à luz da
nossa história, o conceito tem, quase sempre, interpretação negativa.
2013 continua a registar mudanças no panorama
político português, mas quantos dos nossos republicanos é que realmente abdicam?
_
CARLOS DIOGO PEREIRA
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VIVA A
ALIMENTAÇÃO!
A 16 de outubro comemora-se o DIA MUNDIAL
DA ALIMENTAÇÃO.
Nesta data, é sempre importante relembrar o
quanto é determinante a alimentação. Se não
nos alimentarmos colocamos em causa a nossa
sobrevivência, e aquilo que comemos é crucial
para a nossa sobrevivência e qualidade de vida.
Nas crianças e jovens, pode promover um bom
crescimento e um bom desenvolvimento, e nos
adultos até é capaz de retardar o envelhecimento e prolongar a vida, evitando inúmeras doenças que atualmente são responsáveis por tantas mortes.
A Ciência tem evoluído tanto nos últimos anos,
que é cada vez mais evidente o efeito positivo da
alimentação a muitos níveis do nosso dia a dia.
Por isso, vale a pena investir numa alimentação
saudável e equilibrada!!! E nunca é tarde... pois
em qualquer etapa da vida acaba sempre por
trazer os seus benefícios. Contudo, é certo que
as vantagens serão maiores se as escolhas alimentares forem adequadas desde tenra idade.
Assim, vale a pena optar pela conjugação de alimentos saudáveis, evitando os produtos industrializados, tendo sempre em atenção a correta
manipulação culinária, que preserve as características nutricionais dos alimentos, sem nunca
esquecer aqueles desejados paladares que nos
fazem salivar que se enquadram perfeitamente
na alimentação e que pode trazer-nos tantos benefícios.
Agora, só me resta desejar... um bom apetite e
muita saúde!
BRUNO SOUSA
Nutricionista
NOTA: Texto escrito ao abrigo do Acordo Ortográfico 1990
19
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Universidade
da Madeira
reinventando
a Loja
do Cidadão
Em 1997, foi promovida a criação de uma equipa cujo objetivo, segundo o Conselho Directivo
da Agência para a Modernização Administrativa,
seria o de “implementar e pôr em funcionamento serviços de atendimento ao cidadão, tendo em
vista a prestação célere e personalizada, num
único local público, de um conjunto de serviços
de atendimento ao cidadão”. Dois anos mais tarde, e em Abril de 1999, abriu ao público a primeira Loja do Cidadão.
Aqui mesmo ao lado, no Porto Santo, sob a tutela da Direcção Regional para a Administração
Pública do Porto Santo (DRAPS), foi criado, em
2006, o Posto de Atendimento ao Cidadão (PAC),
uma aproximação correspondente à 2.ª Geração de Lojas, com balcões multi-serviços, onde
os mesmos funcionários representam entidades diversas.
Com o uso das novas tecnologias da informação e comunicação, Carlos Rebolo (in memoriam), conhecido por estar sempre muito à frente de seu tempo, visionou o futuro destas lojas
e, com o apoio de Jocelino Velosa, Director Regional da DRAPS, colocou em marcha o projecto
[email protected].
Este projecto de governo electrónico (aka e-gov)
visa permitir a interacção entre o Estado, os cidadãos e as empresas, recriando e evoluindo o
conceito de Loja do Cidadão através do uso facilitador das TIC. De forma inovadora, este projecto, facultou a interligação das diversas entidades governamentais por meio de uma rede em
estrela de fibra óptica de última geração, cujo nó
central é a sede da DRAPS, onde se comporta
um poderoso Data Center. Aqui residem três imperiosos servidores que asseguram uma rede
de postos de trabalho virtuais, proporcionando
aos intervenientes as diversas vantagens concernentes à virtualização. Esta fase inicial permitiu uma expressiva redução de custos, designadamente em consumo de papel (26%),
comunicações móveis (34%) e comunicações de
voz (36%), dados de 2012.
Logo, ciente da perspectiva de Alfred North Whitehead, de que a civilização avança à medida que
amplia o número de operações importantes que
consegue realizar sem pensar nelas, a DRAPS
partiu para uma nova fase do projecto contratando uma equipa de experts formada por um
consórcio entre a Universidade da Madeira e a
Universidade de Aveiro, com vista a analisar os
processos administrativos internos e externos.
Permitirá assim agilizá-los de forma transparente e desmaterializada, bem como aos servi-
ços que esta suporta. Além disso, este consórcio
tem ainda a incumbência de realizar o caderno
de encargos destinado à adjudicação de serviços
inerentes à próxima fase do projecto.
Assim, este projecto, que já tem cativado e atraído académicos, políticos e executivos, tanto no
meio nacional como internacional, pretende funcionar inicialmente, como piloto, no Porto Santo,
mirando sempre a expansão ao panorama regional (e quem sabe maior), provocando uma colossal modernização da Administração Pública.
_
FRANCISCO CAPELO
Coordenador do Projecto electronicgovernment@e-island.
RAM na DRAPS
20
As vagas
NO Ensino Superior
O menor número de vagas abertas ao Ensino Superior público mostra ter havido uma mudança de prioridades nas famílias portuguesas, em
tempos de grandes dificuldades económicas
para a classe média. Como lidaram as universidades com esta realidade?
Os dados divulgados pelo Ministério da Educação e Ciência apontaram para uma descida de
1,6% na oferta das universidades e politécnicos
públicos em relação ao ano lectivo 2012/2013.
Esta descida torna o número de vagas abertas
neste ano equiparável ao das de 2009/2010 (51
352 vagas a licenciaturas), sendo que, às vagas
disponíveis na primeira fase do concurso geral
de acesso, acresceram ainda as dos concursos
locais, as da Universidade Aberta, de instituições de Ensino Superior militar e policial, cursos de especialização tecnológica e do concurso destinado a estudantes com mais de 23 anos.
Para a situação contribuíram medidas importantes na redução da enorme despesa que o Estado tem com este nível de ensino. Do governo
central deixou de sair dinheiro para financiar
cursos com menos de 10 alunos inscritos, levando ao fecho de primeiros anos, com progressivo
desaparecimento dessas licenciaturas.
Várias instituições de Ensino Superior optaram
por medidas de reestruturação da sua oferta formativa, com muitos cursos fechados por
não estarem de acordo com as imposições ministeriais, bem como os de regimes pós-laborais a darem lugar a nova aposta nos formatos
diurnos, direccionando-se mais aos concursos
para os jovens graduados do Ensino Secundário
e seus equivalentes.
21
Ao todo cerca de 40 cursos, que funcionaram
em 2012/2013, não abriram vagas este ano. Das
áreas mais afectadas, as que estão ligadas aos
serviços de segurança (com fecho de 28% da
oferta, em relação a 2012/2013) e à construção
(da ordem dos 16%). Classe profissional na vanguarda da contestação política, por ser das mais
sensíveis a reformas governamentais, os professores viram reduzida a oferta dos seus cursos profissionalizantes ou ligados à educação.
Na sequência do corte de 20% imposto pelo governo às universidades, como medida preventiva
do desemprego associado à Educação, abriram
menos 16% de cursos de formação de professores e educadores e de Ciências da Educação.
Acrescem às preocupações do MEC, de universidades e de politécnicos públicos, a diminuição da
procura de futuro no Ensino Superior. Os alunos
que acabam o Secundário ponderam, cada vez
mais, em tirarem uma licenciatura, muito devido
ao factor económico.
Mesmo aqueles que já se encontram a frequentar o Ensino Superior tentam superar dificuldades hercúleas para se manterem na universidade, obrigando estas instituições a intervirem
com novas medidas de apoio aos mais carenciados. As perspectivas não são as ideais e só uma
melhoria na conjuntura económica do País irá
atrair um maior número de estudantes para o
ensino universitário.
_
RUI SANTOS
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Anaplasma spp
O Anaplasma spp é um hemoparasita intracelular
transmitido pelas carraças, sendo responsável
pelo aparecimento de um quadro clínico de trombocitopenia. Os sinais clínicos mais comuns são
anorexia, letargia, perda de peso, hipertermia,
anemia e depressão. Outros menos comuns incluem vómitos, diarreia, tosse e dificuldade respiratória. São também possíveis infecções sem
sinais clínicos. As espécies que são patogénicas
para cães incluem Anaplasma phagocytophila (anteriormente nomeada Ehrlichia phagocytophila),
Anaplasma bovis e Anaplasma platys. O diagnóstico só é possível pela identificação microscópica
de parasitas em esfregaços de sangue do animal
infectado, por ELISA ou por PCR.
Cães com anaplasmose apresentam, frequentemente, os mesmos sintomas que aqueles com
doença de Lyme (também chamada febre da carraça), e a infecção com ambos os agentes (co-infecção) não é incomum. Tanto os parasitas da
doença de Lyme como da anaplasmose são normalmente encontrados na mesma localização
geográfica e são transmitidos pelas mesmas espécies de carraças.
No caso da anaplasmose o tratamento envolve a
utilização de um antibiótico (a doxiciclina), ou de
um antiparasitário (o imidocarbe) e tem um bom
prognóstico.
Apesar de ser considerada uma zoonose, a transmissão é feita apenas pela carraça e não directamente pelo animal de companhia.
A prevenção é fundamental para a erradicação
de doenças transmitidas por carraças em regiões endémicas, através do controle de populações, em cães com a aplicação de desparasitantes externos específicos.
_
RAQUEL ESTUDANTE
SPAD - Funchal
25
Entre livros e filmes
Desde a concepção do primeiro filme que muitas
obras literárias foram passadas para o formato
de película. Muitas delas foram bem-sucedidas
e marcaram gerações, tornando-se ícones do cinema, tais como Frankenstein (1931) ou até Bram
Stocker’s Dracula (1992). No género de aventura, os heróis britânicos James Bond e Sherlock
Holmes tornaram-se boas adaptações ao cinema ou televisão, embora diferentes versões tenham tido diferentes aceitações. Grandes desvios à história original, orçamentos demasiado
baixos, entre outros, fizeram muitos passarem
despercebidos aos olhos do público. O que torna
interessante é a mudança de atitude das massas
levam filmes e livros a venderem-se mutuamente, como que se complementando.
Os melhores exemplos para demonstrá-lo são
as bem-sucedidas sagas, tanto nas bilheteiras,
como nas estantes das livrarias, da trilogia de
J. R. R. Tolkien O Senhor dos Anéis e da enorme saga Harry Potter, da autora britânica J. R.
Rowling. Qualquer uma delas já contava com um
número considerável de fãs, porém, com o lançamento dos respectivos filmes, algo inesperado (ou não) aconteceu. Em 2001, o Mundo viu e
deslumbrou-se com estes mundos de fantasia
nos cinemas, dando a essas histórias o estatuto de livros mais vendidos de todos os tempos.
O sucesso foi tão elevado, que é difícil haver alguém que não conheça os seus títulos.
Com tais sucessos começou-se a apostar em
projectos cada vez mais ambiciosos e um pouco fora do comum. Os filmes de super-heróis estão em moda em Hollywood. O primeiro gran-
de projecto deste género deu-se em 2002 com
o lançamento de Spiderman e, desde então, cada
vez mais heróis entram nas salas de cinema. Em
2005 alcançou o auge, quando Christopher Nolan abordou Batman de uma forma completamente nova, retratando-o mais realisticamente
e distanciando-se das versões da década de 90.
O resultado foi muito maior do que se esperava
e o Mundo começou a olhar os super-heróis de
uma forma muito diferente, deixando meros protagonistas de banda desenhada. Tanto a Marvel
como a DC Comics começaram a passar os seus
heróis para o cinema e para a televisão e prevê-se que continuem a fazê-lo nos próximos anos.
Ambas as empresas têm planos para juntar vários heróis num só filme, dando origem a uma ligação entre todos os seus filmes e séries.
Da película para o papel, algumas séries e filmes como LOST, Star Wars e Supernatural, são
exemplos de livros nascidos das artes cinematográficas e não o contrário.
Chegámos a uma Era onde todos os meios de
entretenimento estão a conectar-se uns aos outros, completando-se e que por fim acaba beneficiando todos. Mesmo que a conversão para um
filme não seja bem executada, ou simplesmente não seja bem recebida por aqueles que vêm
o produto final, o público ficará ao menos a saber que existe algures por aí um livro que relata
uma determinada história que, de outra forma,
não lhes chamaria a atenção.
_
JOÃO ANDRADE
26
27
Amizade
e pressão de grupo
A amizade, provavelmente, surgiu no início de
tudo, quando o mundo era um lugar inóspito e
repleto de perigos. Nessa época cooperar na defesa das tribos era essencial para sobreviver.
Ser expulso dessas comunidades era o mesmo
que ser condenado à morte. Atualmente, as relações de amizade são mais complexas e apesar
de não serem tão diretamente essenciais para a
nossa sobrevivência, é fundamental nos rodearmos de pessoas que nos possam dar suporte
social, adicional à família, contribuindo imenso
para a nossa saúde mental e tornando os nossos
dias mais risonhos.
Desta forma, não é de estranhar que nos diversos estudos sobre a felicidade, um dos preditores seja as relações positivas que estabelecemos com os outros, incluindo a amizade (Ryff
1989; Argyle 1987, Myers 2000). Sheldon et al
(2001) vai mais longe, demonstrando no seu estudo que as relações sociais, a auto-estima e a
autonomia, são competências mais importantes
para o bem-estar das pessoas, do que a saúde, a
segurança, o dinheiro ou a popularidade.
A amizade também tem dado origem a diversos
estudos, concluindo-se que ela pode surgir rapidamente ou demorar anos a se desenvolver, que
tendemos a criar relações de amizade com pessoas com as quais partilhamos interesses, valores e identidades, com quem partilhamos espaços e com quem estamos continuamente a nos
cruzar. Para mantê-la é necessário existir expressividade emocional e o apoio incondicional,
seguidos por aceitação, lealdade e confiança,
(Fehr) proximidade geral, contato e apoio (Weisz
& Wood).
No entanto, os amigos tanto influenciam de
“A melhor parte da vida de uma pessoa está nas suas
amizades.”
Abraham Lincoln
modo positivo como de modo negativo. Desta forma, por vezes eles também nos arrastam
para situações problemáticas, onde o risco convive de mãos dadas com a amizade. É o caso do
consumo de drogas, sendo a pressão de grupo
um dos principais motivos apontados para a experimentação das referidas substâncias, principalmente em jovens e adolescentes. Hawkins et
al (1992) evidenciaram um risco acrescido quando o jovem ou adolescente tem amigos que tenham atitudes favoráveis face às drogas ou que
as consumam. Desta forma, é necessário apostar na formação do jovem, dotando-o de competências pessoais e sociais que o ajudem a lidar com os amigos, decidindo positivamente nos
momentos capitais, em prol da sua saúde, catapultando-o para a vida adulta e para relações de
amizade positivas.
Ao longo das nossas vidas, com estes e outros
amigos, descobriremos novos mundos, trazendo outros valores aos nossos dias, ajudando-nos a crescer, a partilhar alegrias e tristezas
e correndo tudo na melhor forma, olharemos
para elas e saberemos com toda a certeza, que
seguiremos mais felizes e completos por aquele
caminho que nos aproxima dos nossos sonhos
e objetivos.
_
SÉRGIO CUNHA
Psicólogo do Instituto de Administração da Saúde e Assuntos Sociais, IP-RAM
Unidade Operacional de Intervenção em Comportamentos
Aditivos e Dependências - UCAD
NOTA: Texto escrito ao abrigo do Acordo Ortográfico1990
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PALAVRAS
E NÚMEROS
30
37 285
10 000 000
É a percentagem necessária
ser reduzida no número de vagas a cursos de Medicina, segundo o relatório da Evolução
Prospectiva de Médicos no Sistema Nacional de Saúde, elaborado pela Universidade de
Coimbra, a pedido da Ordem
dos Médicos, correspondendo
a 550 vagas.
Apresentada ao Ministério da
Saúde, a investigação alerta para a necessidade de se
“ajustar a capacidade do sistema de formação pré-graduada”, de forma a evitar um excedente de especialistas em
2025, que pode ir de 3500 novos médicos a quase 9 mil profissionais.
_
In Canal Superior
de 17 de Setembro de 2013.
Foram os candidatos colocados
no Ensino Superior na 1.ª fase
do concurso nacional, conforme dados da Direcção Geral
do Ensino Superior (DGES), no
presente ano lectivo.
Rondando os 93%, o sucesso de colocação da 1.ª fase no
presente ano lectivo registou
um ligeiro aumento face aos
90% de colocações relativo a
2012.
Das 51.461 vagas abertas inicialmente, só sobraram a concurso, na 2.ª fase, 14.176 vagas.
_
In Diário Económico
de 8 de Setembro de 2013.
É a quantia que algumas universidades irão ter de cativação. Este ano vai haver mais
«uma cativação de 2,5%, que
não incide sobre todas as universidades», contou à Lusa o
presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), António Rendas, após uma reunião com
dois secretários de estado do
Ministério da Educação e Ciência.
_
In Diário Económico
de 20 de Setembro de 2013.
PRAXE 2013
25 Anos
da Universidade
da Madeira
32
Do ponto de vista institucional, podemos distinguir quatro grandes períodos nesta, ainda curta, história da Universidade da Madeira. O primeiro período respeita à fase da instalação, que
vai até à homologação dos primeiros Estatutos
da Universidade, a 13 de maio de 1996, e a eleição do seu primeiro reitor, o professor José Manuel Nunes Castanheira da Costa, em julho de
1996. O segundo período diz respeito ao chamado (nos próprios Estatutos) de regime de transição, que termina em finais de 2000 com a eleição
como reitor de um professor catedrático, o professor Rúben Antunes Capela. Finalmente, considero que as alterações profundas na forma de
governo das universidades decorrentes da entrada em vigor, em 2007, do novo Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES), e
consequente alteração dos Estatutos da Universidade (em outubro de 2008), dão origem ao que
eu denomino de quarto período, onde nos encontramos atualmente.
Apesar de colaborar com a Universidade da Madeira desde o ano letivo de 1992/93, não participei ativamente nos tempos agitados, mas certamente empolgantes, da sua construção inicial ,
uma vez que só passei a fazer parte do seu quadro docente em abril de 2000, altura a partir da
qual passei, então, a estar envolvido em intensa
atividade de gestão académica, nomeadamente
como presidente de unidades orgânicas .
Nestes 25 anos, a Universidade da Madeira deu
um salto enorme, em múltiplos aspetos. De seguida, abordarei, muito sucintamente, alguns deles e terminarei com uma breve referência ao que
penso serem os atuais desafios da Universidade.
As universidades não são as suas instalações,
mas sem instalações minimamente condignas
e adequadas, dificilmente se desenvolvem. Apesar da beleza do espaço em causa, o edifício do
Colégio (onde agora se situa a Reitoria e parte
da Administração) não dispunha de condições
para albergar toda a Universidade e, com o crescimento do seu número de alunos, a instituição
viu-se obrigada a arrendar outros espaços, chegando a estar dispersa por cinco edifícios. Facilmente se percebe, assim, a importância que
teve a construção de um edifício de raiz para a
Universidade. A construção do atual edifício da
Penteada, com cerca de 24000 m2, com espaço
para gabinetes dos seus docentes e capacidade
para 3500 estudantes, e a mudança para lá de
toda a atividade académica (que se processa de
1998 a 2000), constituiu, na minha opinião, um
marco fundamental na história da Universidade
da Madeira.
Do ponto de vista das instalações, merece também realce a construção e entrada em funcionamento da residência universitária, que, com
209 camas, é uma estrutura fundamental para
apoiar a estadia quer de alunos madeirenses residentes longe do Funchal, quer de alunos de
fora da Madeira. Igualmente se justifica uma referência à quinta que a Universidade adquiriu e
cujo aproveitamento total aguarda por maiores
folgas financeiras.
Deixando as instalações e indo à essência da
Universidade, alguns comentários sobre a evolução da sua oferta educativa e do seu corpo docente.
Como seria de esperar, o número de alunos
cresceu imenso. A Universidade que em 1988
tinha 121 alunos, em 1994 já tinha 1681 alunos,
em 2002 tinha 2385 alunos e em 2012 cerca de
3636 alunos. Apesar da redução do número de
estudantes que ocorreu no presente ano letivo,
o edifício da Penteada já se encontra a ser utilizado na sua capacidade máxima, ou perto disso.
Este incremento do número de alunos tem sido
acompanhado de um ajustar da oferta educativa,
33
que tenta ter em conta a procura dos alunos e as
necessidades da Região. Este ajustar da oferta
é particularmente relevante entre 2001 e 2005.
Nomeadamente, toda a oferta na área das Humanidades é reformulada nesse período, com os
vários cursos de Línguas e Literaturas a deixarem de abrir vagas, em 2001/02, e com o surgimento de novos cursos a partir de 2002/03.
Igualmente, nas áreas das Ciências e das Engenharias, se registam alterações profundas, com
o surgimento de novos cursos (como Engenharia Informática, em 2001/02, e Bioquímica e Engenharia Civil, em 2004/05) e o encerramento ou
reestruturação de outros.
35
34
Particularmente relevante é a evolução em número e, acima de tudo, em qualificação do corpo docente. O aumento do número de mestres
e doutorados era absolutamente essencial para
a qualidade e avaliação dos cursos e foi obtido
por contratação de doutorados e com um grande esforço de formação do corpo docente jovem,
nomeadamente dispensando de serviço docente, em simultâneo, vários assistentes, para realização do seu doutoramento.
A título ilustrativo, pode observar-se, no quadro
a seguir, a evolução das qualificações do corpo
docente de carreira, das áreas do Departamento
de Matemática e Engenharias, entre 1996 e 2006.
Embora só disponha dos dados referentes a esse
Departamento (que compilei quando era seu presidente), julgo que eles espelham o que se terá
passado genericamente na Universidade.
Naturalmente esta evolução tem continuado e
atualmente cerca de 85% dos cerca de 75 docentes do Centro de Competência de Ciências
Exatas e da Engenharia (oriundo da junção dos
Departamentos de Física, Matemática e Engenharias, e Química) são doutorados e o mesmo
se verifica com cerca de 70% dos docentes da
Universidade.
No fim destes 25 anos, 17 se não contarmos com
a fase de instalação, a Universidade continua a
deparar-se com grandes problemas e desafios,
que vão desde manter a estabilidade do corpo
docente e dos funcionários não docentes e minimizar o abandono escolar motivado pela crise, no contexto financeiro mais difícil de sempre,
à criação das condições para que os vários cursos da Universidade, de 1.º, 2.º e 3.º ciclos, sejam acreditados pela Agência de Acreditação e
Avaliação do Ensino Superior (A3ES), ao alargamento da formação ao longo da vida e a uma
cada vez maior internacionalização. Finalmente, julgo que o desenvolvimento de investigação
e formação avançada na área do Turismo constitui também um importante desafio para a Universidade e sua contribuição para o desenvolvimento regional.
Universidade da Madeira, 12 de março de 2013
_
JOSÉ CARMO, REITOR DA UMa
NOTA: Texto escrito ao abrigo do Acordo Ortográfico 1990
1
O professor Rúben Capela já tinha sido eleito reitor em meados de 2000, mas ainda como professor associado. Com a realização,
em outubro e novembro, dos primeiros concursos para professor catedrático, de acordo com os estatutos são convocadas novas
eleições para reitor, às quais concorre, agora já como catedrático, sendo eleito. Sobre toda esta fase inicial da Universidade, que
decorre até 2000, pode ler-se o livro O desafio de decidir o próprio futuro, onde os professores José Manuel Nunes Castanheira da
Costa e Maria Alexandra de Freitas Branco apresentam a sua visão sobre os acontecimentos e ao qual fui recolher alguns dos dados referidos neste artigo.
2
Recorde-se, por exemplo, que, na fase da instalação, a Universidade chega a conhecer três comissões instaladoras: a primeira,
presidida pelo professor Raul Sardinha, nomeada em dezembro de 1988; a segunda, presidida pelo professor Fernando Henriques,
que toma posse em meados de 1991; e a terceira, presidida pelo professor Pinto Correia, nomeada em maio de 1993 (e na vigência
da qual ocorre a passagem da tutela da Universidade para o Governo Central).
Momento em que, após ter sido finalmente publicado o quadro da Universidade da Madeira, me transferi do Instituto Superior Técnico, ainda como professor associado. Até aí a minha colaboração traduzia-se na lecionação de várias disciplinas, ao abrigo de um
protocolo estabelecido entre as duas instituições.
3
Concretamente, do Departamento de Matemática, de agosto de 2000 a janeiro de 2003, do Departamento de Matemática e Engenharias, de fevereiro de 2003 a maio de 2006, e do Centro de Competência de Ciências Exatas e da Engenharia, de dezembro de 2009
a novembro de 2011.
4
Não só em termos financeiros, uma vez que a Universidade tinha de despender avultadas quantias em rendas, mas também em termos da disponibilização de convenientes estruturas de apoio e da criação de um espírito de corpo na instituição.
5
6
A título de comparação, tenha-se presente que uma das maiores salas de aulas da Universidade, a então sala 4, hoje não é mais do
que a chamada sala de reuniões da Reitoria, onde ocorrem reuniões com cerca de 20 pessoas, como as do Conselho Geral. Como
outro exemplo, houve uma altura em que aos vários docentes da matemática e da engenharia estavam reservadas no edifício do Colégio apenas 3 salas contíguas, sendo necessário atravessar as duas primeiras salas para se aceder à terceira. De entre vários episódios que aí vivi, recordo-me bem do dia em que tivemos a visita de um pequeno rato, que lançou um certo pânico entre vários dos
ocupantes (ia dizer femininos, mas é melhor omitir essa informação, para evitar problemas com as minhas colegas), o qual, apesar dos nossos vários esforços no sentido de o capturar, conseguiu escapulir-se de nós com vida, tendo vindo, contudo, a soçobrar
às mãos (ou pés) sanguinários dos nossos vizinhos do Departamento de Física (pelo menos apareceu morto nas suas instalações no
dia seguinte, embora, segundo alguns, tenha sido devido a ter ingerido do nosso veneno).
7
Inaugurada ainda durante o mandato do reitor Pedro Telhado Pereira.
37
36
O processo de integração dos recém-chegados, caloiros, no Ensino Superior é normalmente a primeira definição que surge quando se pensa em praxe.
Não obstante a ajuda na transição do Ensino Secundário para o Superior ser uma base fundamental em torno daquilo que se entende por praxe, esta ultrapassa largamente esse conceito.
No seu sentido mais amplo a praxe académica é
um conjunto de usos e costumes existentes entre os estudantes de uma determinada universidade. Um caminho que se inicia com a vida de caloiro, evolui para a vida de praxista e para muitos
acaba de forma aparente com o Corte ou com a
Queima das Fitas.
Diferentes fases são assim assinaláveis, e em
todas elas se obtêm diferentes ensinamentos,
se adquirem diferentes posturas e competên-
PRAXE
cias mas em comum têm um sentimento, o espírito académico.
É este espírito académico que esta tradição
tende a fomentar: o espírito de companheirismo, solidariedade, interajuda e de fraternidade, presente logo nos rituais iniciáticos, entre
os bichos que se agrupam em manadas nos seus
cursos, gritando com orgulho pela Universidade enquanto passam pela bênção, sobre forma
de praxe, dos seus vilões, doutores e veteranos.
Estes e muitos outros valores são transmitidos
dos mais velhos para os mais novos, numa constante e dinâmica partilha de experiências que
acabam por criar laços de amizade transversais
a estas actividades.
Ainda nesta linha de transmissão de valores
também se assistem às chamadas praxes solidárias. Iniciativas como a Cadeados Pela Vida, da
luta Portuguesa Contra o Cancro, realizada no
ano anterior e que contou com a colaboração de
praxistas e caloiros de vários cursos, são apenas um dos muitos e cada vez mais frequentes
exemplos dos princípios de responsabilidade social existentes entre a comunidade académica e
que a praxe pretende incutir.
Nunca podendo ser uma forma de libertação de
frustrações ou de qualquer acto que possa ferir física e psicologicamente, esta possui regras
bem definidas e órgãos para as fazer cumprir.
A sua actividade é organizada por uma comissão
composta por todos os elementos da academia
a esta vinculados, regulada por um código onde
estão estabelecidos direitos e deveres dos quais
todos, sem excepção, devem cumprir, para manter viva a tradição, o bom funcionamento e, por
fim, monitorizada por um órgão máximo, o Con-
selho de Veteranos (CV). Ao cuidado do CV não
estão apenas caloiros, estão todos os praxistas.
Este órgão tem, assim, o papel de fazer cumprir
o código, de impedir excessos durante a praxe
e, se necessário, sancionar praxistas e caloiros
com o objectivo de a tornar o mais divertida e segura possível para todos.
Em suma, a praxe é uma herança de valores em
torno de um estilo de vida cultivado num percurso de caloiro a finalista, que no fundo é ad eternum, ficando para sempre gravada nas fitas as
memórias, risos e histórias da época de estudante para mais tarde recordar com saudade.
_
DAVID FREITAS
Membro do Conselho de Veteranos
39
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Um passaporte
para o sucesso...
A construção começa aqui...
Eis que é chegado o início de mais um ano letivo!
Saudamos, por isso, todos aqueles que pela primeira vez ingressam no Ensino Superior e todos
os que se aventuram em mais este ano, preparados para abraçarem novos desafios.
Nestes primeiros contactos, como de resto
acontece noutras áreas da vida, criam-se as primeiras impressões. Estudos do psicólogo americano Albert Mehrabian, indicam que a primeira impressão é formada em apenas 30 segundos,
sendo que 55% corresponde à postura ou comu-
nicação não-verbal, 38% ao tom de voz e apenas
7% ao conteúdo, ou seja, à mensagem propriamente dita. Desta forma, a imagem assume-se
como fulcral na comunicação. Entenda-se por
imagem, todo o conjunto de componentes que a
formam, como a postura, os gestos e o vestuário.
Já lá diz o velho ditado popular “Uma imagem
vale mais do que mil palavras”. Assim, no âmbito
das relações estabelecidas (pessoais ou profissionais), a imagem é uma verdadeira porta, sendo necessário refletir qual a imagem que passamos e que mensagem esta transmite. No meio
profissional, em particular, a imagem constitui um dos passaportes para o sucesso, se for
usada de forma positiva e em prol dos conceitos e valores da organização. Não se pode falar de imagem profissional sem nos referirmos
à importância da etiqueta, pois esta representa
um conjunto de regras previamente estabelecidas e características do grupo social e da cultura. Tendo consciência deste conjunto de regras,
mais capazes seremos de passar uma imagem
positiva e, desta forma, maiores serão as hipó-
teses de sermos bem-sucedidos.
A regra básica do protocolo de etiqueta consiste
em ser sincero e atencioso, pois desta forma estará a ganhar respeito e confiança. Existem ainda símbolos que são importantes e que devem
ser tidos em conta num primeiro contacto profissional. Note-se que não é necessário conhecer os valores de uma empresa para saber que
um aperto de mão pode revelar confiança ou insegurança, dependendo da forma como é estabelecido. Já o vestuário assume uma linguagem
própria, sendo fulcral conhecer a simbologia
que transmite. A título de exemplo, uma gravata associa-se a uma imagem de respeito e credibilidade, pelo que o uso deste símbolo ajudará a
transmitir a mensagem pretendida, como acontece no caso de determinadas profissões, como
advogados ou bancários.
Nesta ordem de ideias, o psicólogo, que atua em
temáticas subordinadas à Psicologia da Imagem, endereça o equilíbrio entre a imagem real
e a imagem desejada, ajudando os indivíduos a
projetarem uma imagem adequada ao meio e à
organização a que pertencem, mas que seja consistente com o seu próprio conteúdo.
Por tudo isto, convidamo-lo a apostar no seu autoconhecimento, reconhecendo a sua singularidade e integrando o vestuário de forma positiva
na construção da sua identidade e imagem profissional, aliando o seu estilo ao dress code profissional, algo que constitui um dos passaportes
para o sucesso, e cuja construção se inicia desde o ingresso no Ensino Superior.
Serviço de Consulta Psicológica da UMa
NOTA: Texto escrito ao abrigo do Acordo Ortográfico 1990
40
“Los Estados deben dictar
una legislación (mejor a
nivel constitucional) en que
se garanticen los derechos
sociales mínimos en todo caso,
sobre todo, cuando hay crisis
económico-financiera, porque
es en ese momento cuando
son más necesarios, cuando
hay más personas en situación
de necesidad grave por el
incremento de los niveles paro.
¿De dónde obtener los medios
económicos? Eso ya está
inventado. Es un logro clásico
de la socialdemocracia. Sobre
todo, de los impuestos. Y,
especialmente, de los impuestos
de las grandes fortunas y las
grandes compañías, cuyos
ingresos se incrementan
exponencialmente cada año.”
_
Encarna Carmona Cuenca,
Professora Titular de Direito
Constitucional da Universidade
Alcalá, em entrevista ao El País
de 18 de Setembro de 2013
IPSIS
VERBIS
“Temos que repensar o que
se passa nos casos em que
não existem candidaturas. Já
tomámos medidas para que os
cursos com apenas dez alunos
não reabrissem e agora, depois
de conhecer resultados da 2.ª e
3.ª fase, vamos ter que voltar a
tomar medidas”
_
Declarações do Ministro Nuno
Crato ao jornal Público de 9 de
Setembro de 2013.
“Desde que os governos
começaram a fazer aumentar
o desemprego dos professores
e desvalorizaram as carreiras,
criaram um clima de
instabilidade e precariedade
enormes.”
_
Declarações de Mário
Nogueira, líder da Fenprof, ao
jornal Público de 8 de Setembro
de 2013.
43
42
EVENTO DESERTAS…25 ANOS
DIÁRIO DE UM PARTICIPANTE
“Dia 7 de Setembro de 2013, 08h:00m
Logo pela manhã, e já a bordo, estávamos ansiosos
sobre como iria correr o dia… Tudo tinha sido organizado e preparado para que não houvessem falhas, mas imprevistos acontecem, e as expectativas
eram grandes pois estávamos a comemorar uma
data importante!
O dia amanheceu cinzento e chuvoso mas lá fomos nós rumo às Ilhas Desertas, e ao fim da manhã, após algumas horas de viagem, começaram a
chegar as diversas embarcações. O entusiasmo era
grande dado que muitos ainda não conheciam esta
Reserva Natural.
A Baía da Doca, na Deserta Grande, nunca fora vis-
ta com tantas embarcações, e em som de fundo, ouvíamos uma melodia vinda de uma gaita-de-foles.
Estas eram as boas-vindas.
Após transbordo para o bote, finalmente os convidados estavam a poucos metros de pisar o solo e, na
baía, alguns elementos da equipa do SPNM os recebiam calorosamente. Havia chegado o momento
de dar a conhecer aquele paraíso natural. Conforme
iam chegando, formavam-se grupos para que fossem feitas visitas guiadas ao longo dos trilhos existentes, dando a conhecer as especificidades e riquezas daquela Reserva.
Logo de início tivemos o Momento Eco, onde ficamos a conhecer o projeto Life Eco Compatível, ge-
rido pelo SPNM em pareceria com a SPEA, que já
conta com o Alto Patrocínio de Sua Excelência o
Presidente da República. Este projecto pretende incentivar o desenvolvimento de actividades económicas e de lazer, promovendo a biodiversidade em
áreas protegidas. As boas práticas também foram
relembradas, e muitos dos visitantes, acreditando
na causa, inscreveram-se como stakeholders assumindo o compromisso de repassarem a mensagem.
A Antena 1 Madeira, com reportagens e entrevistas das 12 às 16h, realizou a primeira comunicação
em directo da Reserva Natural das Ilhas Desertas!
Esta iniciativa permitiu que todos ficassem a saber
um pouco mais sobre as Ilhas Desertas e a história
deste projecto.
Ao longo do dia os mais atentos descobriram a discreta curiosidade do lobo-marinho que não resistiu a investigar a azáfama que lá decorria. No final
da tarde o grupo Ecomusicalis presenteou-nos com
belas melodias provenientes dos diferentes instrumentos musicais em várias zonas da reserva.
O dia terminou com uma chuva repentina dando lugar a uma partida sob um Sol radioso, de regresso
à ilha da Madeira.
Com certeza que este será um dia que ficará na memória de cada um dos cerca de 400 participantes…”
Veja as fotos e vídeos deste evento em www.facebook.com/parquenaturaldamadeira
Fotos: SPNM e Joel Pereira
45
44
AS ACTIVIDADES DA AAUMa
A Associação Académica da Universidade da Madeira (AAUMa) nasceu em 1991 com o intuito de responder às necessidades dos estudantes, sendo a estrutura representativa e comunitária dos estudantes da Universidade da Madeira.
É uma instituição privada, sem fins lucrativos,
regendo-se por Estatutos próprios, por legislação geral e específica aplicável e pelos princípios gerais básicos do movimento associativo,
ou seja, a Democraticidade, a Independência e a
Representatividade.
Reconhecida pelo Ministério da Educação e
Ciência, está inscrita no Registo Nacional do Associativismo Jovem do Instituto Português do
Desporto e Juventude e possui, ainda, o estatuto de Instituição de Utilidade Pública, através do
reconhecimento que o Governo Regional da Madeira fez da sua missão.
Ao longo de 23 anos de existência, a AAUMa
tem procurado defender os interesses da Academia cumprindo, assim, as suas atribuições e
os objectivos fundamentais que nortearam a sua
origem. Aqui, os estudantes e demais comunidade académica podem encontrar vários projectos onde qualquer interessado pode participar e
contribuir com o seu trabalho, ideias, vontade e
fulgor.
Uma parceria entre a AAUMa e a TSF
VOZ NA MATÉRIA
EXAME SEMESTRAL
REVISTA JA
PÁTIO DOS ESTUDANTES
Resultante da parceria entre a AAUMa e a TSFMadeira o programa radiofónico ‘Voz na Matéria’
potencializou cerca de 2 160 minutos de transmissão radiofónica em 2013. Diariamente, pelas
9 horas, um estudante da UMa tem espaço para
ter opinião, para ter Voz na Matéria.
Discutidos por um painel de cerca de 12 estudantes temas como a docência, a empregabilidade,
a eficiência no mundo universitário, os desafios,
as aspirações e os planos para os próximos tempos são analisados, em directo, trimestralmente, num espaço radiofónico cedido com base na
parceria entre a AAUMa e a TSF-Madeira.
Com oito anos de existência a revista JA é totalmente idealizada e produzida por estudantes.
É de edição mensal e nela participam, entidades como o Serviço de Prevenção de Toxicodependência, o Serviço de Consulta Psicológica,
o Parque Natural da Madeira, a Quercus, o Nutricionista e a Sociedade Protectora dos Animais Domésticos. É uma edição com número de
Depósito Legal e ISSN e com versão digital em
www.aauma.pt.
A AAUMa deu, em 2013, continuidade ao programa na RTP-Madeira, Pátio dos Estudantes,
desta feita de periodicidade quinzenal e, desde
o mês de Setembro de 2012, com transmissão
em directo. O Pátio dos Estudantes continuará
a abordar temáticas diversas do quotidiano académico, dividido pelas diferentes linhas de acção da AAUMa, com base numa grelha dinâmica
e séria com entrevistas, debates, reportagens
de exteriores e animação.
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GRUPO DE FADOS (FATUM)
SARAU DE FADO DE COIMBRA
A AAUMa criou, em Janeiro de 2010, um grupo de
Fados de Coimbra próprio que, desde então, tem
vindo a apresentar-se em vários espectáculos e
efemérides. Constituído por 8 elementos, os Fatum vão, em 2014, gravar o seu primeiro álbum.
O dia 21 de Dezembro de 2012 marcou o início
dos Saraus mensais de Fado de Coimbra no edifício da Reitoria da UMa. De acesso livre, este
evento tem tido grande receptividade por parte
do público que se faz representar em grande número. A criação do grupo de fados da AAUMa foi,
neste âmbito, uma vantagem decisiva.
FORMAÇÃO CONTÍNUA
DESPORTO
Face às profundas transformações sentidas no
Ensino Superior português, a formação complementar representa um papel essencial na valorização dos estudantes. Assim sendo, consideramos ser importante desenvolver actividades
e projectos que auxiliem os estudantes a investirem no enriquecimento de aptidões pessoais
que permitam uma preparação útil e válida, e
que representem uma vantagem decisiva numa
selecção futura. No primeiro semestre de 2013
foram disponibilizados cursos livres em Iniciação ao Autocad, Desenho e Organização de Projecto, Curso Avançado de Microsoft Word, Liderança no sucesso das organizações, Como fazer
um currículo e carta de apresentação, o Futuro
dos futuros gestores e economistas.
A Associação Académica da UMa considera que a
vertente desportiva do dia-a-dia do estudante deverá ser reforçada ano após ano, querendo também deixar passar a mensagem da importância do
desporto para uma vida saudável. Aos longos dos
últimos anos a AAUMa tem variado as suas actividades desportivas conforme a adesão dos estudantes. Aparece e participa nesta Académica que também
é tua.
_
ANDREIA NASCIMENTO
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48
EM PORTUGUÊS
ESCORREITO
· Encidia 0%
· Ensidia 0%
Incidia
· Ensinerar 0%
Insidia
Insinerar
3%
Encinerar
6%
3%
97%
Incinerar
91%
_
HELENA REBELO
Linguísta e Docente da UMa
Perguntava-me alguém que pontuação devemos usar para apresentar tópicos, esquematicamente, na escrita de um texto. Fazia-lhe confusão ver tantas formas de fazer. Tinha motivos
para isso porque há quem confunda tudo. Por
norma, no fim das alíneas que nos servem para
elencar elementos, devemos colocar sinais que
dependerão do tipo de dados alinhados por números ou letras. Assim, sinteticamente, poderemos empregar a vírgula, o ponto e vírgula ou
o ponto. Deveríamos ter em conta diversos pormenores, para não errar. Se listamos vocábulos
ou expressões, teremos de os separar com vírgulas. Entre o penúltimo e o último, deveria haver a conjunção “e”, que anula a vírgula final. Se
forem orações ou proposições, o sinal a colocar
é o ponto e vírgula, sucedendo o mesmo com a
ocorrência da conjunção. Em contrapartida, se
redigirmos frases, teremos de as finalizar com
um ponto, deixando, em princípio, de fazer sentido a conjunção, na posição anteriormente indicada. Está, isto, relacionado com a escrita textual e a noção de “alínea” que vem do Latim (“a
linea”), significando, na origem, a mudança de
linha na estruturação de um texto. Saber é indispensável para não errar e, para ter o conhecimento, é necessário estudar, mesmo a nossa
língua materna, cujas especificidades, muitas
vezes, ignoramos. Acontece o mesmo com a escrita em geral e, em particular, a Ortografia, nomeadamente a de termos como “incidir” e “incinerar”. Por que se escrevem assim e não de
outra maneira? É devido à Etimologia e à cristalização ortográfica legitimada pela comunidade linguística.
A luz .................... sobre a mesa e incomodava-me.
Preencher o espaço com a forma certa: encidia/
insidia/ ensidia/ incidia.
Solução: A luz incidia sobre a mesa e incomodava-me.
Explicação: O verbo “incidir” tem origem no Latim (“incido, is, cidi, casum, ere”) com o sentido
de “cair sobre, cair em”, formando-se com o elemento prepositivo “in” e o verbo “cadere” (cair).
Possui outras acepções como “acontecer, suceder por um acaso, apresentar-se, vir, encontrar,
vir por coincidência” (cf. HOUAISS). Está, então,
relacionado com “incidente”. Logo, “i” e “c” devem-se a razões etimológicas e, por isso, “incidia” distingue-se de “insidia” (do verbo “insidiar”,
sinónimo de “armar ciladas, trair, enganar”).
……………… detritos é um processo perigoso, se
não for controlado.
Preencher o espaço com a forma certa: insinerar/ encinerar/ incinerar/ ensinerar.
Solução: Incinerar detritos é um processo perigoso, se não for controlado.
Explicação: O verbo “incinerar” (“incinero, as,
avi, atum, are”) – com o sentido de “reduzir a cinzas”, ou seja, “queimar” – provém do Latim, mas
da época medieval. Terá, segundo se crê, sido
“copiado” de “incinérer” (Francês). Portanto, “i”
e “c” de “incinerar” são etimológicos.
DE MOCHILA
ÀS COSTAS
AMESTERDÃO
Cidade onde a maioria dos edifícios tem mais
de duzentos anos e que já foi reconstruída,
pelo menos, uma vez, convido-vos a visitarem a capital dos Países Baixos, Amesterdão.
Com uma temperatura, em Agosto, a rondar
os 20 graus centígrados, é o lugar ideal para
fugir ao sufocante Verão da Madeira. É uma
cidade para todos os gostos e idades, com
museus e palácios muito interessantes para
visitar. Um dos mais notáveis edifícios a conhecer é o Palácio Real que em tempos esteve aberto a todos os holandeses, inclusive
à classe camponesa. Este fica localizado em
Dam Square, praça que o visitante de Amesterdão não pode deixar de ver, sendo o local
mais movimentado da cidade.
Ligada à nossa história, encontramos a belíssima sinagoga portuguesa. Trata-se de um
testemunho do acolhimento que os protestantes liberais holandeses deram aos judeus
após a sua expulsão de Portugal, há quinhentos anos. A sinagoga portuguesa conta com
uma vasta colecção de obras de arte, incluindo belos exemplares do Tanach, as sagradas
escrituras judaicas.
Para os mais boémios, outro local a visitar é
a fábrica da Heineken. Este é um museu que
conta a história de um homem de família que
criou a sua cerveja na sua pequena fábrica.
Hoje, é uma marca conhecida em todo o Mundo.
Para finalizar, podem sempre fazer um belo
passeio de barco pelos inúmeros canais desta Veneza do Norte.
_
DIOGO CRÓ
53
52
«TRIANGULAÇÃO»
NA INVESTIGAÇÃO
QUALITATIVA
“Procedimentos múltiplos de validação” (Becker, 1959)
Enquanto na análise quantitativa podemos aplicar métodos estatísticos que determinam a confiabilidade e a validade do estudo, na análise
qualitativa não são utilizados coeficientes nem
testes estatísticos. Assim, na análise qualitativa devemos efetuar uma valorização do processo de análise. Uma das formas de valorizar esse
processo é a técnica de investigação denominada triangulação.
Triangulação é um método de verificação dos dados, consistindo em empregar várias fontes de
informação ou vários métodos de recolha de dados, ou vários investigadores, no mesmo estudo.
A origem deste termo vem das áreas da navegação e da topografia nas quais são necessários
três pontos para se obter uma localização precisa. Por exemplo, num triângulo (A B C), se o observador tiver informação exata da distância en-
De acordo com Sousa (2005),
“As investigações qualitativas permitem uma maior compreensão do funcionamento fenomenológico dos
atos educativos. As investigações quantitativas apenas abordam o estudo de pequenas partes daqueles fenómenos, não permitindo uma compreensão tão lata, mas conferindo maior confiança aos resultados obtidos” (p. 174).
tre dois lados (A e B) pode obter as distâncias
entre B e C e A e C: .
A triangulação possui o mérito de conferir robustez e consistência à validade de uma investigação de carácter qualitativo, identificando inconsistências e contradições.
Denzin (1994), citado por Fortin (2003, p. 322),
descreve quatro tipos de triangulação: 1) Triangulação de dados, que comporta três aspetos:
o tempo, o espaço e a pessoa, o que representa três patamares de análise, ou seja a agregação, a interatividade e a comunidade; 2) Triangulação de investigadores; 3) Triangulação de
teorias; 4) Triangulação dos métodos, que compreende a triangulação intramétodos e a triangulação intermétodos.
Triangulação envolve o uso de métodos múltiplos e múltiplas fontes de dados que apoiam a
robustez de interpretação e conclusões na investigação qualitativa. Como Guban e Lincoln
(1989) notam, triangulação não deve ser usada
para encobrir diferenças legítimas na interpretação dos dados. Tal diversidade deve ser preservada no relatório de modo a que as vozes dos
menos empoderados não sejam perdidas.
Ver: Bento, A. (2011). Etapas do processo de investigação: Do título às referências bibliográficas (ISBN: 978-98997490-0-9) (p. 52)
Idem (p. 65)
54
A análise dos dados é um dos aspetos mais interessantes da investigação etnográfica. Começa
desde o primeiro momento em que o investigador escolhe o problema para estudar continuando, até à redação do relatório final. Muitas
técnicas, incluindo análise de conteúdo, são envolvidas na análise de dados etnográficos. Uma
das mais importantes é a triangulação. Assim, a
triangulação é fundamental na investigação etnográfica; Essencialmente, estabelece a validade das observações do investigador. Envolve
verificar o que uma pessoa ouve e vê comparando as várias fontes de informação – há acordo
ou discrepância? Por exemplo: Um investigador
pode comparar as afirmações orais de um aluno
de que ele é um bom aluno com as notas que ele
teve no registo de avaliação, os comentários dos
seus professores e, talvez, alguns comentários
não solicitados de colegas seus. A triangulação,
aqui neste exemplo, pode verificar – ou não - a
autoavaliação do aluno. Aumenta a qualidade de
dados que são recolhidos e a exatidão das interpretações dos investigadores.
A triangulação pretende ser uma ferramenta
heurística para o investigador. Impede que o investigador aceite facilmente a validade de impressões iniciais; reforça o escopo, a densidade
e a clareza de construtos desenvolvidos durante
o curso da investigação. Além disso, ajuda a corrigir preconceitos que ocorrem quando o investigador é o único observador do fenómeno a ser
investigado.
Finalmente, triangulação não se refere apenas a três aspetos na análise dos dados, como
um aluno perguntou numa aula: – “Só se podem
usar três fontes de dados na investigação?” Não!
Quantas mais fontes de dados usarmos, maior
o intervalo de confiança podemos obter. Para
além disso, a triangulação permite que o investigador seja mais crítico e mesmo cético, face aos
dados recolhidos.
Referências
Fortin, M. (2003). O processo de investigação: Da conceção à realização (3.ª ed.). Loures: Lusociência - Edições
Técnicas e Científicas, Lda.
Guba, E. & Lincoln, Y. (1989). Fourtth generation evaluation. Newbury Park, CA: Sage Publications.
Sousa, A. (2005). Investigação em educação. Lisboa: Livros Horizonte (pp. 172-176).
SUGESTÕES DE LEITURA
Denzin, N. & Lincoln, Y. (1994). (Eds). Handbook of qualitative research. Thousand Oaks, CA: Sage Publications,
Inc. (pp. 214-215).
Fortin, M. (2003). O processo de investigação: Da conceção à realização (3.ª ed.). Loures: Lusociência - Edições
Técnicas e Científicas, Lda. (pp. 322-326).
Sousa, A. (2005). Investigação em educação. Lisboa: Livros Horizonte (pp. 172-176).
Stake, R. (2007). vv Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian (pp. 121-134).
_
ANTÓNIO V. BENTO
Centro de Investigação em Educação
NOTA: Texto escrito ao abrigo do Acordo Ortográfico 1990
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ESTÁGIO NA AAUMa
Actualmente, a educação e a formação representam duas vertentes importantes na determinação do sucesso profissional do ser humano
e das próprias empresas. Com a crescente taxa
de desemprego jovem, os estágios profissionais
são um dos melhores meios para os recém-licenciados terem o primeiro contacto com a realidade do mercado de trabalho.
Sabendo das possibilidades e dos programas
disponibilizados pelo Instituto de Emprego da
Madeira, que me permitissem um primeiro contacto com o mundo do trabalho, decidi apresentar o meu projecto à Associação Académica da
Universidade da Madeira (AAUMa). Consciente
das potencialidades dos projectos desenvolvidos
pela AAUMa, após finalizar a minha licenciatura, apercebi-me de que esta seria uma óptima
oportunidade para adquirir competências e co-
nhecimentos junto de uma equipa de bons profissionais. Passados 9 meses, não me arrependo
e tenho consciência de que este estágio foi muito benéfico.
Os primeiros dois meses foram os mais complicados pois, além de serem os meses de choque
com o mundo do trabalho, foram aqueles tempos em que procurei integrar-me nos diferentes projectos da AAUMa. Foram muitas as vezes em que me senti perdido e que, apesar de
toda a atenção e do apoio que me foi disponibilizado, tudo parecia um novo obstáculo. Quando
me considerava preparado para pôr em prática
o que aprendera, aparecia algo novo que me impedia de avançar com a velocidade e com a eficácia que ambicionava.
Comecei por integrar o Departamento de Comunicação, onde desenvolvi as competências teóri-
cas adquiridas na minha licenciatura em Economia, procurando encontrar novas parcerias que
proporcionassem à AAUMa os apoios necessários para o desenvolvimento dos seus diversos projectos. Sem abandonar o Departamento
de Comunicação, integrei o Departamento Académico, onde estive ligado a diversos projectos da AAUMa, nomeadamente, à Bolsa de Alimentação, à Secção de Formações (de que fui o
responsável), ao Doutorecos (cuja organização
integrei), ao Espaço Opinião (escrevendo mensalmente para o Diário de Notícias), ao Exame Semestral, ao Troféu do Reitor, à Gaudeamus e ao
projecto de divulgação do Colégio dos Jesuítas
do Funchal.
Estive ainda envolvido no desenvolvimento
de projectos que envolveram a angariação de
apoios para essas iniciativas desenvolvidas por
e para os estudantes da UMa. Nos últimos meses do meu estágio, integrei o Departamento
Financeiro, colocando em prática muito do que
aprendi na minha licenciatura.
Em suma, durante os 9 meses consegui integrar diferentes Departamentos, permitindo-me
assim, trabalhar com profissionais de diversificadas áreas da AAUMa, que procuraram diariamente partilhar comigo o seu conhecimento e
experiência.
Bem hajam todos os que me auxiliaram neste
meu projecto, por me terem recebido da melhor
forma e por me terem tratado como parte integrante da excelente equipa que é a da AAUMa.
_
GONÇALO QUINTAL
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PAUTA FINAL
A praxe, com as suas críticas e com os seus
elogios, continua a desempenhar um papel único
e inatingível na união e na partilha de experiências
entre os estudantes. Ela agrega estudantes e antigos
estudantes e deixa as melhores recordações do
período vivido na UMa. Já diz a música “Quero, ficar
sempre estudante / P’ra eternizar / A ilusão de um
instante...”.
EXCELENTE
Os 25 anos da Universidade, com mais de 10 anos
de utilização do Campus Universitário da Penteada,
pesam muito na estrutura do edifício. A intervenção,
a manutenção e a recuperação são urgentes naquele
que é o coração da Academia. Recursos físicos e
financeiros devem ser disponibilizados para que a
missão da Instituição não seja interrompida, da pior
forma.
PÉSSIMO
A reorganização das vias circundantes era um
problema constantemente adiado, e que agora está
em marcha. O corte de mais de cem lugares de
estacionamento, sem uma alternativa adequada, não
irá provocar a utilização dos transportes públicos.
Os condutores devem ser mais cívicos e a edilidade
deve proporcionar meios adequados à procura que o
Campus possui.
PÉSSIMO
Todos os anos a cena repete-se. A sessão de boasvindas aos novos alunos regista lotação máxima.
Apesar da organização só se valer da Praxe
Académica para os momentos necessários, é certo
que a sala não enche pela curiosidade em conhecer
a responsável da nossa Biblioteca ou sobre o sistema
de correio electrónico que permite armazenar até
60 megabytes.
PÉSSIMO
MECENAS:
APOIOS:

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