anais do i simpósio norte cearense de enfermagem em

Transcrição

anais do i simpósio norte cearense de enfermagem em
ANAIS DO I SIMPÓSIO
NORTE CEARENSE DE
ENFERMAGEM EM
CARDIOLOGIA
Organizadores:
Keila Maria de Azevedo Ponte
Lúcia de Fátima da Silva
Organização:
Apoio:
Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de
Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2
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CIP - Catalogação na Publicação
Ficha Catalográfica Elaborada Pela Biblioteca Central
Prof. Dr. Manfredo Araújo de Oliveira do Instituto Superior De Teologia Aplicada- Faculdades
INTA
S612a
Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia (1:
2014: Sobral, Fortaleza)
Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em
Cardiologia, Sobral, Fortaleza, 12 e 13 de dezembro de 2014,
Sobral, Fortaleza, Brasil./ Organização [de] Keila Maria de
Azevedo Ponte, Lucia de Fatima da Silva. - Sobral: Fundect, 2014.
91p.
Versão eletrônica
ISBN 978-85-61760-76-2
1. Enfermagem- Simpósio. 2. Cardiologia-Simpósio. 3. Doenças
cardiovasculares- Simpósio. 4. Ponte, Keila Maria de Azevedo. 5.
Silva, Lucia de Fatima da. I. Título.
CDD 616.12
Catalogação na publicação: Bibliotecária Leolgh Lima da Silva – CRB3/967
Ficha Catalográfica elaborada pelos Bibliotecários das Faculdades INTA com os
dados fornecidos pelo(a) autor(a).
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Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de
Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2
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APRESENTAÇÃO
Tenho o prazer de apresentar-lhes os Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em
Cardiologia. O evento, que aconteceu nos dias 12 e 13 de dezembro de 2014, nas dependências da
Universidade Estadual Vale do Acaraú, nasce do compromisso com a Enfermagem demonstrado pela
Enfermeira Mestre Keila Maria de Azevedo Ponte, atualmente doutoranda do Programa Cuidados
Clínicos em Enfermagem e Saúde (PPCCLIS) da Universidade Estadual do Ceará (UECE), a partir do
desenvolvimento do se projeto de tese sob o tema: Diálogos de pesquisa e cuidado clínico de
enfermagem para o conforto de pessoas com coronariopatias.
Trata-se de importante contexto do cuidado clínico de enfermagem, no qual enfermeiros e
equipe de enfermagem precisam desenvolver sua prática de cuidar consubstanciada por competência,
habilidade e atitude, sempre com preocupação autêntica com as pessoas cuidadas.
O desenvolvimento do temário do evento envolveu realização de conferências, palestras, mesas
redondas, painéis, além da apresentação de 58 trabalhos científicos na modalidade pôster. As
discussões envolveram o compromisso da Enfermagem com as tendências epidemiológicas,
diagnósticas e terapêuticas das doenças cardiovasculares no Ceará, Brasil e Mundo; a história da
Enfermagem em Cardiologia no Norte do Ceará; a gestão de risco para segurança do cuidado de
enfermagem cardiovascular; o cuidado de pacientes com Infarto Agudo do Miocárdio e com crianças
portadoras de cardiopatas crônicas; as tecnologias inovadoras para o aprimoramento das práticas de
enfermagem cardiovascular; e Estratégias educativas em enfermagem para prevenção de doenças
cardiovasculares.
No evento também foram homenageados enfermeiros da região Norte do Ceará que se
destacaram no contexto do cuidado de enfermagem no campo da Cardiologia.
Considera-se que os objetivos traçados de congregar profissionais especialistas em
Enfermagem da área da Cardiologia do Norte do Ceará, e de outras áreas, para discussão de temas
referentes ao cuidado de enfermagem em cardiologia; Propiciar atualização acerca de temas de
interesse dos profissionais de enfermagem que desenvolvem atividades laborais na área da Cardiologia
foram alcançados! A participação de 150 inscritos, o envolvimento de 25 pessoas que se mobilizaram
efetivamente para o desenvolvimento das atividades, a presença dos palestrantes e a apresentação dos
trabalhos científicos foram um sucesso.
Deste modo, apresentamos nossa gratidão a todos que acreditaram e viveram este momento
impar para a Enfermagem Norte Cearense!
Profa. Dra. Lúcia de Fátima da Silva
Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Docente Adjunta dos Cursos de Graduação e do PPCCLIS da UECE. Enfermeira do
Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes. Integrante do Grupo de Pesquisa Enfermagem, Educação, Saúde
e Sociedade (GRUPEESS) da UECE.
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Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de
Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2
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COMISSÃO ORGANIZADORA
PRESIDENTE DO EVENTO: Keila Maria de Azevedo Ponte
ASSESSORIA: Lúcia de Fátima da Silva
COMISSÕES
CULTURAL: Ana Célia Carneiro Araújo / Antônia Maria Ferreira de Sousa
LOGÍSTICA: Claudiane Vasconcelos Albuquerque / Glacie Suely A. Carneiro Chaves
CIENTÍFICA: Carolina Oliveira Carneiro / Fabiene Lima Parente / Talita Ramos Bantim
SECRETARIA: Iasmine Monteiro Guerreiro
DIVULGAÇÃO: Jackson David Correia Lima / Anésia Pereira Furtado
PATROCÍNIO: Raimunda de Lima Parente / Vivian Fontenele Vieira
MONITORES: Angela Maria Liberato Araújo – UVA; Auxiliadora Elayne Parente Linhares – UVA;
Francisco Elinaldo Santiago Bastos- INTA; Gleicikelly Paulo de Oliveira- INTA; Jackson Ruanda
Terto Pontes- INTA; José Flason Marques da Silva- INTA; Jocielma dos S. Mesquita – UVA; Julia
Maria Sousa Damasceno- INTA; Lívia Mara Canafistula Cavalcante- INTA; Maria Gabriela Miranda
Fonte nele- INTA; Maria Sinara Farias- INTA; Sâmia Freitas Aires- INTA; Marcus Brenno F. da
Silva– INTA; Rafael Gomes - INTA
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Anais do I Simpósio Norte Cearense de Enfermagem em Cardiologia – 12 e 13 de
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PROGRAMAÇÃO
12/12/2014
NOITE
19h Credenciamento
19h-20h – Acolhimento
20h Cerimônia de Abertura
20h30 Conferência de abertura: Tendências epidemiológicas, diagnósticas e terapêuticas das
Doenças cardiovasculares no Ceará, Brasil e Mundo: qual o compromisso da Enfermagem?
Palestrante: Lúcia de Fátima da Silva– UECE e Hospital de Messejana
Presidente: Keila Maria de Azevedo Ponte- UECE
Secretária: Carolina Oliveira Carneiro – HC Sobral
13/12/2014
MANHÃ
8h-8h40 Palestra: A História da Enfermagem em Cardiologia no Norte do Ceará
Palestrante: Ana Célia Carneiro Araújo Chaves - HC Sobral
Presidente: Claudiane Vasconcelos Albuquerque - HC Sobral
Secretária: Camylla Mouta de Andrade- UNIMED LAR Sobral
8h45-9h50 Mesa Redonda: Segurança do cuidado de enfermagem cardiovascular: gestão de riscos
Atenção Básica – Lidyane Parente Arruda - PPCCLIS
Centro Cirúrgico - Carlos Alves de Oliveira - HC Sobral
Unidade Coronariana - Berenice Ferreira de Sousa - HC Sobral
Moderadora: Glacie Suely A> Carneiro Chaves- HC Sobral
Secretária: Renata Maria da Costa Gomes - HC Sobral
9h50-10h Intervalo – Apresentação de trabalhos científicos
10h- 11h30 Painel integrado: Como eu cuido de pacientes com Infarto Agudo do Miocárdio?
SAMU: Raimunda de Lima Parente - HC e SAMU Sobral
Unidade Coronariana: - Lívia Carla Sales Dias - HC Sobral - HC Sobral
Pesquisa: Keila Maria de Azevedo Ponte - UECE
Moderadora: Talita Ramos Bantin- HC Sobral
Secretária: Antonia Maria Ferreira de Sousa- HC Sobral
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TARDE
14h-15h30 Painel: Tecnologias inovadoras para o aprimoramento das práticas de enfermagem
cardiovascular:
-Programa de Educação Tutorial em Enfermagem na Unidade Coronariana – Painelista: Ana
Thamiris Tomás de Sousa - HC Sobral
-Implantação de tecnologias dura para o cuidado de enfermagem em unidade coronariana –
Painelista: Raimunda de Lima Parente – HC e SAMU Sobral
-Circulação extracorpórea em centro cirúrgico de cirurgia cardíaca – Painelista - Carlos Alves
de Oliveira - HC Sobral
Moderadora: Lívia Carla Sales Dias - HC Sobral
Secretário: Talita Ramos Bantim - HC Sobral
15h40- 15h50 Intervalo - Apresentação de trabalhos científicos
15h50 – 16h15 Palestra: Cuidado de enfermagem a criança com cardiopatia hospitalizada
Palestrante: Claudia Graciano de Carvalho – Hospital Regional Norte - Sobral
Presidente: Jackson David Correia Lima - HC Sobral
Secretária: Suyanne Boto Fernandes - HC Sobral
16h20 – 17h Conferência de encerramento: Estratégias educativas em enfermagem para prevenção
de doenças cardiovasculares
Conferencista: Maria Vilani Cavalcante Guedes - UECE
Presidente: Antonia Eliana de Araújo Aragão–Faculdades INTA Sobral
Secretária: Iasmine Monteiro Guerreiro- HC Sobral
17h-18h Encerramento:
-Homenagem aos enfermeiros que contribuíram e contribuem há mais de 10 anos com a enfermagem
cardiovascular na Zona Norte do Ceará:
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SUMÁRIO
HISTÓRIA DA ENFERMAGEM CARDIOVASCULAR DO NORTE CEARENSE. Ana Célia Carneiro
Araújo......................................................................................................................................................................................12
01. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Á PACIENTES COM
CARDIOPATIA CHAGÁSICA CRONICA:
UMA REVISÃO DE LITERATURA. Lívia Maria Albano Camelo; Francisco Isaac Paiva; Debora Maria Bezerra
Martins; Frilandy de Sousa Avila; Francisca Drenalina de Sousa Araújo; LUCIANA MARIA MONTENEGRO
SANTIAGO ...........................................................................................................................................................................13
02.ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE PORTADOR DE DOENÇA DE CHAGAS. Alessandra
Carvalho Batista; Cintya de Fátima de Sousa e Oliveira; Eliádia Freitas Bastos; Heda Caroline Neri de Alencar; Leticia
Karen Rodrigues Tomaz.........................................................................................................................................................14
03.ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UMA GESTANTE COM RISCO DE DOENÇA HIPERTENSIVA
ESPECÍFICA DA GESTAÇÃO (DHEG): UM ESTUDO DE CASO; Aline Maria Furtado de Carvalho; Jocielma dos
Santos
Mesquita;
Hiasmim
Batista
Rodrigues;
MILENA
DE
MELO
ABREU....................................................................................................................................................................................15
04.ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PRESTADA A UMA GESTANTE COM DOENÇA HIPERTENSIVA
ESPECÍFICA DA GESTAÇÃO (DHEG) Auxiliadora Elayne Parente Linhares; Jocielma dos Santos Mesquita; Geane
Sales Bezerra; Flavia Vasconcelos Teixeira; Eliany Nazaré de Oliveira; MARIA MICHELLE BISPO
CAVALCANTE........................................................................................................................................................................17
05.ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO A ADOLESCENTES PRÉ-HIPERTENSOS. Luis Gustavo Oliveira Farias;
Amaurilio Oliveira Nogueira; Isabela Gonçalves Costa; Taís de Lima Castro; MARIA VILANI CAVALCANTE
GUEDES...................................................................................................................................................................................18
06.A ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA DO CLIENTE COM DIAGNÓSTICO DE INFARTO AGUDO DO
MIOCÁRDIO. Heda Caroline Neri de Alencar; Alessandra Carvalho Batista; Cintya de Fátima de Sousa e Oliveira;
Eliádia Freitas Bastos; Leticia Karen Rodrigues Tomaz......................................................................................................... 19
07. A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À CRIANÇAS PORTADORAS DE CARDIOPATIA CONGÊNITA.
Anderson Liniker Saraiva Barros; Géssica Lima da Silva; Francisco Pedro de Sousa Xavier; Samara Kelly Sousa Macêdo;
Elisângela de Jesus Macêdo Araújo; PACIOLO MONTINI COSTA OLIVEIRA................................................................ 21
08. A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO HIPERTENSO NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA
FAMÍLIA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. Kariny Gomes Marques; Ronys Gomes de Souza; Paula Andréia
Araújo Monteiro; Samara Kelly Sousa Macêdo; Elisângela de Jesus Macêdo Araújo; Hermínia Maria Sousa Ponte ......... 22
09. A ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NA CARDIOPATIA COGÊNITA: REVISÃO LITERÁRIA. Carlos Victor
Fontenele PINHEIRO; Tereza Anielle Albuquerque Ximenes; Carlos Henrique do Nascimento Morais; Elisângela Sandra
de Araújo Aragão; Sheila Costa Araújo; NÁTILA AZEVEDO AGUIAR RIBEIRO ............................................................24
10. A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO E SAÚDE NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTES
PORTADORES DE ANGINA ESTÁVEL . Amaurilio Oliveira Nogueira; Taís de Lima Castro; Isabela Gonçalves Costa;
Luis Gustavo Oliveira Farias; ANA CLAÚDIA DE SOUSA LEITE......................................................................................25
11. A IMPORTÂNCIA DA HUMANIZAÇÃO E A APLICABILIDADE DAS TEORIAS DE ENFERMAGEM NO
ATO DE CUIDAR. Luis Gustavo Oliveira Farias; Taís de Lima Castro; Jéssica Freire Rangel; Amaurilio Oliveira
Nogueira; LÚCIA DE FÁTIMA DA SILVA.......................................................................................................................... 26
12. A IMPORTÂNCIA DO ACOMPANHAMENTO DE ENFERMAGEM NO TRANSPLANTE CARDÍACO:
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UMA REVISÃO LITERÁRIA. Carlos Henrique do Nascimento Morais; Carlos Victor Fontenele Pinheiro; Elisângela
Sandra de Araújo Aragão; Sheila Costa Araújo; Tereza Anielle Albuquerque Ximenes; Nátila Azevedo Aguiar Ribeiro ..28
13. A CONTRIBUIÇÃO DO ENFERMEIRO NO CUIDADO À CRIANÇA PORTADORA DE SÍNDROME DE
DOWN COM CARDIOPATIAS CONGÊNITAS. Dean Carlos Nascimento de Moura; Breno Sousa da Penha; Diana
Káren do Nascimento Lima; Francisco Pedro de Sousa Xavier; Géssica Lima da Silva; ANTÔNIA ELIANA ARAÚJO
ARAGÃO................................................................................................................................................................................. 29
14. A SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM PACIENTES CARDIOPATAS: UMA
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. Francisco Pedro de Sousa Xavier; Géssica Lima da Silva; Anderson Liniker Saraiva
Barros; Carlos Henrique do Nascimento Morais; Dean Carlos Nascimento de Moura; ANTONIA ELIANA DE ARAÚJO
ARAGÃO..................................................................................................................................................................................30
15. A UTILIZAÇÃO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM NO CONTROLE DA SEPSE EM PACIENTES
CARDIOPATAS. Dean Carlos Nascimento de Moura; Pâmela Brito de Castro; Raimundo Nonato Pinho Filho; Brena
Cristyne Viana Tavares; Elaine Cristina de Oliveira Lima; ANTÔNIA ELIANA ARAÚJO ARAGÃO................................31
16. ANÁLISE DA ADESAO AO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO ANTI-HIPERTENSIVO EM UMA
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE. Samy Loraynn Oliveira Moura; Germana Maria da Silveira; Cleoneide Paulo de
Oliveira Pinheiro; LUCIANA MARIA MONTENEGRO SANTIAGO..................................................................................33
17. AUTOMATISMO E DINÂMICA ELÉTRICA CARDÍACA: UMA REVISÃO LITERÁRIA DO SISTEMA DE
CONDUÇÃO MIOCÁRDICA. José Flason Marques da Silva; Antônia Bruna Ferreira Braga; Maria de Fátima Pinho
Vasconcelos; Layana Liss Rodrigues Ferreira; Marcelo Cristiano Campos Nobre; RONALDO CÉSAR AGUIAR LIMA..34
18. CARDIOMIOPATIA NA CIRROSE: CARACTERÍSTICAS DA DISFUNÇÃO CIRCULATÓRIA E
DISCUSSÃO SOBRE O PROGNÓSTICO. Tayanny Teles Linhares Bezerra; Bruna da Conceição Lima; Layanny Teles
Linhares Bezerra; Layana Liss Rodrigues Ferreira; Irineu Moreno de Melo Sobrinho; Ronaldo César Aguiar Lima.......... 35
19. CARDIOPATIA CONGÊNITA EM CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN: UMA REVISAÕ
BIBLIOGRÁFICA. Maria Jéssica Melo Marinho.; Ronys Gomes de Souza; Kariny Gomes Marques; Paula Andréia
Araújo Monteiro; Rosalice Araújo de Sousa; FRANCISCO MEYKEL AMÂNCIO GOMES.............................................. 37
20. CARDIOPATIAS PREDOMINANTES NA SÍNDROME DE NOONAN: UMA REVISÃO DE LITERATURA.
Antônia Bruna Ferreira Braga; Maria de Fátima Pinho Vasconcelos; Layana Liss Rodrigues Ferreira; Ronaldo César Aguiar
Lima; José Flason Marques da Silva; MARCELO CRISTIANO CAMPOS NOBRE........................................................... 38
21. COMPLICAÇÕES NO PÓS-OPERATÓRIO DE PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA DE
REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. Mairla Vasconcelos Damasceno;
Diana Káren do Nascimento Lima; Samara Kelly Sousa Macêdo; Francisco Leandro de Carvalho Alcântara; Dean Carlos
Nascimento de Moura; FRANCISCO MEYKEL AMÂNCIO GOMES................................................................................ 40
22. CONFORTO E DESCONFORTO DE PESSOAS COM CORONARIOPATIAS EM HEMODINÂMICA. Joara
Melo De Souza; Paloma Custódio Francelino; Neila Régia Carneiro; Talita Ramos Bantin; Lúcia de Fátima da Silva;
KEILA MARIA DE AZEVEDO PONTE;............................................................................................................................. 42
23. CONFORTO E DESCONFORTO DE PESSOAS COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA. Anésia
Pereira Furtado; Glacie Suely A. Carneiro Chaves; Jackson David Correia Lima; Iasmine Monteiro Guerreiro; Lúcia de
Fátima da Silva; KEILA MARIA DE AZEVEDO PONTE................................................................................................... 43
24. CONHECIMENTO DOS FOCOS DE AUSCULTA CARDÍACA NA AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR.
Tayanny Teles Linhares Bezerra; Bruna da Conceição Lima; Layanny Teles Linhares Bezerra; Layana Liss Rodrigues
Ferreira; Irineu Moreno de Melo Sobrinho; RONALDO CÉSAR AGUIAR LIMA............................................................. 44
25. CONHECIMENTO PARA ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL EM MULHERES. Maria Celiane De Araújo;
KEILA MARIA DE AZEVEDO PONTE............................................................ ................................................................ 45
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26. CUIDADOS DE ENFERMAGEM Á PACIENTES PÓS INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO. Francisco Isaac
Paiva De Sousa. Lívia Maria Albano Camelo; Débora Maria Bezerra Martins; Erilandy De Sousa Avila; Francisca
Drenalina
De
Sousa
Araújo;
LUCIANA
MARIA
MONTENEGRO
SANTIAGO............................................................................................................................................................................ 47
27. CUIDADOS DE ENFERMAGEM À PESSOAS ACOMETIDAS POR CHOQUE CARDIOGÊNICO: UM
ESTUDO BIBLIOGRÁFICO. Maria Sinara Farias; Milena de Melo Abreu; Jackson Ruam Terto Pontes; Samia Freitas
Aires; KEILA MARIA DE AZEVEDO PONTE...................................................................................................................48
28. DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM EM PACIENTES COM DOENÇAS CARDIOVASCULARES:
REVISÃO LITERÁRIA. Carlos Victor Fontenele Pinheiro; Tereza Anielle Albuquerque Ximenes; Carlos Henrique Do
Nascimento Morais; Elisángela Sandra De Araujo Aragão; Sheila Costa Araujo; NÁTILA AZEVEDO AGUIAR
RIBEIRO................................................................................................................................................................................ 50
29. ELETROCARDIOGRAFIA BÁSICA PARA A EQUIPE DE ENFERMAGEM: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA. Bruna da Conceição Lima; Layana Liss Rodrigues Ferreira; Layanny Teles Linhares Bezerra; Tayanny
Teles Linhares Bezerra; Irineu Moreno de Melo Sobrinho; RONALDO CÉSAR AGUIAR LIMA..................................... 51
30. ENDOCARDITE INFECCIOSA QUE EVOLUI COMPLICADO COM ACIDENTE VASCULAR
ENCEFÁLICO HEMORRÁGICO E SEPSE: UM RELATO DE CASO. Bruna da Conceição Lima; Ronaldo César
Aguiar Lima; Layana Liss Rodrigues Ferreira; Layanny Teles Linhares Bezerra; Tayanny Teles Linhares Bezerra; IRINEU
MORENO DE MELO SOBRINHO....................................................................................................................................... 52
31. ESTUDO DE CASO: HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA
DE ENFERMAGEM - SAE A UMA CLIENTE NO DOMICÍLIO. Camila Albuquerque de Queiroz; Benedita Beatriz
Bezerra Frota; Richelly Kerlly Sousa Santos; Aparecida Maria de Araújo; Maria das Graças Vieira do Nascimento;
NÁTILA AZEVEDO AGUIAR RIBEIRO... ......................................................................................................................... 54
32. FAMILIARES E ACOMPANHANTES DE PACIENTES NA UNIDADE CORONARIANA: RELATOS DE
CONFORTO E DESCONFORTOS. Ângela Maria Liberato Araújo; Vivian Fontenele Vieira; Giovanna Randal Pompeu
S.Veras; Claudiane Vasconcelos Albuquerque; Lúcia de Fátima da Silva; KEILA MARIA DE AZEVEDO PONTE ........ 55
33. IMPACTO DA ALIMENTAÇÃO INDUSTRIALIZADA NAS DOENÇAS DE NATUREZA
CARDIOVASCULARES. Samy Loraynn Oliveira Moura; Maria Áurea Catarina Passos Lopes; Gabriele Vanessa do Vale
Silva; Maria do Socorro Quintino Farias; Cleoneide Paulo Oliveira Pinheiro; LUCIANA MARIA MONTENEGRO
SANTIAGO ............................................................................................................................................................................ 57
34. LACTENTE PORTADOR DE ARRITMIA CARDÍACA CONGÊNITA: UM ESTUDO DE CASO. Elinete de
Sousa Ferreira; Sâmia Vasconcelos Marques Leite; Rosa Ester Fontenele Chaves Ribeiro; Luciano Fontenele Chaves; Maria
Josimar Bezerra; ANGELA TEREZA CARVALHO LOPES............................................................................................... 58
35. MIOCARDIOPATIA CHAGÁSICA COM DISTÚRBIO SEVERO DE CONDUÇÃO: UM RELATO DE CASO.
Layanny Teles Linhares Bezerra; Tayanny Teles Linhares Bezerra; Bruna Da Conceição Lima; Layana Liss Rodrigues
Ferreira; Irineu Moreno De Melo Sobrinho; RONALDO CÉSAR AGUIAR LIMA............................................................ 59
36. MIOCARDIOPATIA CHAGÁSICA: UMA REVISÃO DE LITERATURA. Maria de Fátima Pinho Vasconcelos;
Antonia Bruna Ferreira Braga; Layana Liss Rodrigues Ferreira; José Flason Marques da Silva; Marcelo Cristiano Campos
Nobre; RONALDO CÉSAR AGUIAR LIMA........................................................................................................................ 61
37. O CUIDADO DE ENFERMAGEM À CRIANÇA COM CARDIOPATIA CONGÊNITA: UM ESTUDO
BIBLIOGRÁFICO. Maria Nadia Craveiro de Oliveira; Éwila Luiza Farias Araújo; Angeline Paiva do Nascimento;
Gláucia de Brito Monteiro; IELLEN DANTAS CAMPOS VERDES RODRIGUES........................................................... 62
38. O ENFERMEIRO COMO CONTROLADOR DOS FATORES DE RISCO DAS CARDIOPATIAS NA
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ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE: UMA REVISÃO LITERÁRIA. Carlos Henrique do Nascimento Morais; Carlos
Victor Fontenele Pinheiro; Elisângela Sandra De Araújo Aragão; Sheila Costa Araujo; Tereza Anielle Albuquerque
Ximenes; NÁTILA AZEVEDO AGUIAR RIBEIRO........................................................................................................... 64
39. O SABER/FAZER DO ENFERMEIRO E A EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA PREVENÇÃO DE DOENÇAS
CARDIOVASCULARES. Débora Maria Bezerra Martins; Erilandy de Sousa Ávila; Lívia Maria Albano Camelo;
Francisco Issac Paiva de Sousa; Francisca Drenalina de Sousa Araújo; ANDREA CARVALHO ARAUJO MOREIRA.... 65
40. OS EFEITOS CARDÍACOS PROVOCADOS PELO USO DE HERCEPTIN® NOS PACIENTES
ONCOLÓGICOS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SOBRAL. Maria Suzane Mota de Sousa; Andreza
Silva Vasconcelos; Cyntia Maria de Freitas; Maria Cleyde Brito Furtado; Francisca Rejane Martins de Sousa; Verônica
Egline Farias; MIRVANA MARIA LINHARES.................................................................................................................... 66
41. OS PRINCIPAIS FATORES DE RISCO QUE PODEM PROVOCAR O INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO:
UMA REVISÃO DE LITERATURA. Janderson de Sousa Lima; Tayanny Teles Linhares bezerra; Marcus Brenno
Ferreira da Silva; Andrea de Oliveira Magalhães; JANDER MAGALHÃES TORRES........................................................ 68
42. PARADA CARDIORESPIRATÓRIA E RESSUCITAÇÃO CARDIOPULMONAR BASEADA EM
EVIDÊNCIAS. Layana Liss Rodrigues Ferreira; Antônia Bruna Ferreira Braga; Maria de Fátima Pinho Vasconcelos; José
Flason Marques da Silva; Marcelo Cristiano Campos Nobre; RONALDO CÉSAR AGUIAR LIMA................................... 69
43. PERCEPÇÃO DE PESSOAS COM CORONARIOPATIAS EM UNIDADE CORONARIANA SOBRE SUA
DOENÇA. Talita Ramos Bantim; Raimunda de Lima Parente; Ana Célia Carneiro Araújo; Antonia Maria Ferreira de
Sousa; Lúcia de Fátima da Silva; KEILA MARIA DE AZEVEDO PONTE ......................................................................... 70
44. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ATENDIMENTOS DE AVC AGUDO EM UM HOSPITAL DE ENSINO
EM SOBRAL-CE. Jocielma dos Santos de Mesquita; Auxiliadora Elayne Parente Linhares; Carlos Henrique Mendes
Barbosa; Maria Liana Rodrigues Cavalcante; Cleidiane Aves da Conceição; ÁTILLA MARIA ALBUQUERQUE
MACHADO............................................................................................................................................................................ 72
45. PRÁTICAS EDUCATIVAS PARA UM GRUPO DE IDOSOS SOBRE HIPERTENSÃO E DIABETES: UM
RELATO DE EXPERIÊNCIA. Maria Izabel Silva de Carvalho; Eva Wilma Martins Timbó; DANIELE D’ÁVILA
SIQUEIRA ............................................................................................................................................................................. 73
46. PREVALÊNCIA DOS SINAIS E SINTOMAS EM PACIENTES ACOMETIDOS POR INFARTO AGUDO DO
MIOCÁRDIO: UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO. José Flason Marques da Silva; Francisco Elinaldo Santiago Bastos;
Francisco Ricardo Miranda Pinto; Antônia Bruna Ferreira Braga; Layana Liss Rodrigues Ferreira; GLAUCIRENE SIEBRA
MOURA FERREIRA............................................................................................................................................................. 74
47. PRODUÇÃO DE CUIDADOS COM A HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA: UMA PERSPECTIVA
DISCENTE DENTRO DA ESF. Hiasmin Batista Rodrigues; MILENA DE MELO ABREU........................................... 75
48. PROJETO CUIDADORES DO CORAÇÃO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA NA FEIRA DAS PROFISSÕES
DO INTA. Maria de Fátima Rodrigues Brito; Francisco de Assis Fernandes Paiva; Keila Maria De Azevedo Ponte ......... 77
49. PROMOÇÃO DE SAÚDE E PREVENÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR EM PACIENTES
DIABÉTICOS. Maria Gabriela Miranda Fontenele; Marcus Brenno Ferreira da Silva; Keila Maria De Azevedo Ponte ... 78
50.PROMOVENDO A SAÚDE DE IDOSOS HIPERTENSOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA. Angeline Paiva do
Nascimento; Maria Nadia Craveiro de Oliveira; Valeska Rodrigues de Sousa; IELLEN DANTAS CAMPOS VERDES
RODRIGUES. ........................................................................................................................................................................ 79
51. QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES CARDÍACOS. Elisângela de Jesus Macêdo Araújo; Lívia Mara de
Araújo; Alana Mara Lima Feijão; Anderson Liniker Saraiva Barros; Kariny Gomes Marques; ANTONIA ELIANA DE
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ARAÚJO ARAGÃO................................................................................................................................................................ 81
52. RELATO DE EXPERIÊNCIA COM IDOSOS HIPERTENSOS: DESENVOLVENDO A EDUCAÇÃO EM
SAÚDE. Elinete de Sousa Ferreira; Sâmia Vasconcelos Marques Leite; Rosa Ester Fontenele Chaves Ribeiro; Luciano
Fontenele
Chaves;
Maria
Josimar
Bezerra;
ANGELA
TEREZA
CARVALHO
LOPES.................................................................................................................................................................................... 82
53. REPERCUSSÕES CARDIORESPIRATÓRIAS DECORRENTES DA OBESIDADE: UMA REVISÃO DE
LITERATURA. Layanny Teles Linhares Bezerra. Tayanny Teles Linhares Bezerra; Bruna da Conceição Lima; Layana
Liss
Rodrigues
Ferreira;
Irineu
Moreno
de
Melo
Sobrinho;
RONALDO
CÉSAR
AGUIAR
LIMA....................................................................................................................................................................................... 83
54. RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR E A IMPORTÂNCIA PARA O PROFISSIONAL ENFERMEIRO:
UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. Erilandy de Sousa Ávila; Lívia Maria Albano Camelo; Débora Maria Bezerra
Martins; Francisco Issac Paiva de Sousa; Francisca Drenalina de Sousa Araújo; LUCIANA MARIA MONTENEGRO
SANTIAGO............................................................................................................................................................................. 85
55. REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO COM ENXERTOS DA ARTÉRIA RADIAL: CONSIDERAÇÕES
ANÁTOMOCLÍNICAS E CIRÚRGICA. Antônia Bruna Ferreira Braga; Maria de Fátima Pinho Vasconcelos; Layana
Liss Rodrigues Ferreira; Ronaldo César Aguiar Lima; José Flason Marques da Silva; MARCELO CRISTIANO CAMPOS
NOBRE.................................................................................................................................................................................... 86
56. SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM CLIENTE COM HIPERTENSÃO
ARTERIAL SISTÊMICA E SEQUELAS DE ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO. Rayssa Amanda Florindo
Lopes; Ivina Sheila Rebouças de Melo; Kuettlem Thamires Andrade Oliveira; NÁTILA AZEVEDO AGUIAR
RIBEIRO................................................................................................................................................................................. 88
57. TESTE DO CORAÇÃOZINHO COMO RASTREIO DE CARDIOPATIAS CONGÊNITAS: UMA REFLEXÃO
TEÓRICA. Layana Liss Rodrigues Ferreira; Antônia Bruna Ferreira Braga; Maria de Fátima Pinho Vasconcelos; José
Flason
Marques
da
Silva;
Marcelo Cristiano Campos
Nobre;
RONALDO
CÉSAR AGUIAR
LIMA.......................................................................................................................................................................................89
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HISTÓRIA DA ENFERMAGEM CARDIOVASCULAR DO NORTE CEARENSE
Ana Célia Carneiro Araújo
Os cuidados aos pacientes com doenças cardiovasculares antes da inauguração deste
hospital eram realizados na Santa Casa de Misericórdia de Sobral, em um setor planejado para
o tratamento dos pacientes que iriam se submeter a cateterismo cardíaco.
Em meados de 1996 nasce os primeiros alicerces de um hospital na Zona Norte do
Ceará, em Sobral: um sonho, naquele momento chamado de utopia! Já se imaginava como
seria a realização desta moderna estrutura cardiológica no Ceará, com capacidade para
diagnosticar e tratar enfermidades cardiovasculares. O Hospital do Coração de Sobral abre
suas portas com o compromisso de oferecer o que existe de melhor em especialidade
cardiológica e a Enfermagem revoluciona com capacitação no Hospital Dante Pazanezze em
São Paulo, onde os profissionais médicos também tinham formação no renomado hospital.
Na inauguração desse magnífico Hospital situado às margens do rio Acaraú, teve as
ilustres participações de renomados profissionais médicos, onde puderam ver de perto a
magnitude erguida nesta cidade pacata (na época) trazendo esperança para as pessoas que
necessitavam deste tratamento terapêutico. A cada setor que iniciava suas funções, estava a
enfermagem trabalhando com amor, humanização, ética e capacidade profissional
especializada. Sendo assim, inúmeros cursos internos foram incansavelmente oferecidos, para
a equipe de enfermagem, onde cada vez mais se tornavam qualificados.
O Serviço de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, desde a inauguração,
dispõe da mais moderna tecnologia estruturada para quaisquer procedimento diagnóstico e
terapêutico, como os implantes de próteses coronarianas (stents), angioplastia coronária. A
equipe de enfermagem estava devidamente capacitada para executar esse serviço de alta
complexidade. Faz parte também um setor para tratamento cirúrgico onde a equipe de
enfermagem foi especializada para o funcionamento de vários tipos de cirurgias, adultos e
crianças com ampla experiência em cirurgias de ponte de safena, cirurgias valvulares,
correção de malformações e tratamentos de doenças da aorta.
O Hospital do Coração é dotado de duas modernas unidades para tratamento intensivo,
a Unidade Coronariana e Pós-operatório de cirurgia cardíaca, onde oferecia serviço de
tratamento com (Swan-Ganz), suporte cardíaco mecânico (Balão intra-aórtico),
desfibriladores com marcapasso externo, e suporte ventilatório mecânico. O atendimento no
Ambulatório e métodos complementares, a enfermagem proporciona um trabalho de
atendimento qualificado nos consultórios e manuseio de equipamentos específicos como
eletrocardiograma, ecocardiograma doppler colorido, e transtorácico, ergometria e de
avaliação de arritmias Holter e Mapa. Assim como o apoio de radiologia, laboratório de
análise clínica e banco de sangue. O Setor de internação com leitos para tratamento clínico de
patologias cardiológicas, de adultos e crianças onde a equipe de enfermagem com
conhecimento técnico realiza um trabalho qualificado.
Essa experiência que até hoje exerço com amor, dedicação, conhecimento e
humanização no Hospital do Coração a quase vinte anos de trabalho, com muita vontade de
contribuir para o tratamento de nossos pacientes.
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TRABALHOS APRESENTADOS
01. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Á PACIENTES COM CARDIOPATIA
CHAGÁSICA CRONICA: UMA REVISÃO DE LITERATURA.
Lívia Maria Albano Camelo; Luciana Maria Montenegro Santiago; Francisco Isaac Paiva;
Debora Maria Bezerra Martins; Frilandy de Sousa Avila; Francisca Drenalina de Sousa
Araújo; LUCIANA MARIA MONTENEGRO SANTIAGO
INTRODUÇÃO: A Cardiopatia Chagásica Crônica (CCC) é essencialmente uma
miocardiopatia dilatada em que inflamação crônica, usualmente de baixa intensidade, mas
incessante, provoca destruição tissular progressiva e fibrose extensa no coração. Vários
mecanismos devem contribuir para a patogenia das lesões cardíacas e a consequente
instalação dos diversos distúrbios fisiopatológicos, conforme revisões recentes. O estudo
mostra a disponibilidade de pesquisas no campo cientifico em relação as condutas de
enfermagem a pacientes cardiopatas chagásicos. Tem como relevância na ampliação dos
conhecimentos de enfermagem em relação CCC. Sua escolha se deu devido ao conhecimento
que se deve ter para estar prestando uma assistência de qualidade ao sujeito com CCC.
OBJETIVO: Identificar os conhecimentos de enfermagem diante da cardiopatia chagásica.
METODOLOGIA: O estudo trata-se de uma revisão bibliográfica realizada nas revistas
eletrônicas Sciello e Lilacs em novembro de 2014 utilizou-se os seguintes descritores: doença
de Chagas, enfermagem, Tripanosomas e doença e através deles foram encontrados dez
artigos em relação ao assunto. Após o levantamento dos dados foi traçado as seguintes
vertentes de investigação: morfologia, fisiopatologia e condutas de enfermagem.
RESULTADOS: Em relação às alterações morfológicas causadas no coração pela doença de
chagas caracteriza-se por miocardiopatia dilatada na qual a inflamação crônica que ocorre
com baixa intensidade de forma incessante causando destruição tissular progressiva e fibrose
extensa nos tecidos cardíacos. Na fisiopatologia pode-se observar que essa cardiopatia vai do
tipo inflamatório, degenerativo e fibróticas e com isso haverá alterações fisiológicas
importantes que irão interferir no estado homeostasia. Dentre as alterações fisiológicas
destaca-se disfunção sinusal, que vai interferir na condução dos estimulo elétrico que fazem
com o coração tenha um ritmo adequado, bloqueios atrioventriculares e intraventriculares, que
irão prejudicar cinemáticas e a hemodinâmica desse coração, arritmias ventriculares por
reentrada podendo causar fibrilação que é tratada através de drogas intravenosa ou por
cardioversão elétrica cujo objetivo consiste em fazer com que esse coração volte ao ritmo
certo. Outra alteração que merece destaque são discinergias ou aneurismas ventriculares que
podem provocar problemas tromboembólicos. Devido ao seu caráter crônico tem-se o
aparecimento da insuficiência cardíaca ocorrendo um déficit na quantidade de oxigênio
fornecido ao organismo ocasionado diversos sintomas como dispneia, edema e taquicardia. O
papel do profissional de enfermagem consiste na orientação esclarecendo todas as dúvidas
desse paciente e prestar uma assistência de qualidade realizando um atendimento de forma
sistematizada. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com isso ressalta-se a importância das
práticas educativas em especial as realizadas pela Enfermagem trabalhando o
desenvolvimento do autocuidado e no repasse de informações como as alterações que irão
ocorrer e os possíveis sintomas que podem surgir resultado no melhor preparo de paciente
para o enfrentamento da enfermidade. REFERÊNCIAS: 1- PINHEIRO, Jadelson. I Diretriz
Latino-Americana para o Diagnóstico e Tratamento da Cardiopatia Chagásica, Sociedade
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Brasileira de Cardiologia, Rio de Janeiro, RJ – Brasil,2011. 2-1. Lloyd-Jones D, Adams R,
Carnethon M, Simone G, Ferguson B, Flegal Katherine, et al. Heart disease and stroke
statistics--2009 update: a report from the American Heart Association Statistics Committee
and Stroke Statistics Subcommittee. Circulation. 2009; 119(3): e21-181.
02. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE PORTADOR DE DOENÇA
DE CHAGAS.
Alessandra Carvalho Batista; Cintya de Fátima de Sousa e Oliveira; Eliádia Freitas Bastos;
Heda Caroline Neri de Alencar; Leticia Karen Rodrigues Tomaz.
INTRODUÇAO: A Doença de Chagas é uma infecção causada pelo protozoário
Tripanosoma cruzi, que pode ser transmitido ao homem pelas seguintes vias: vetorial
(clássica), transfusional (reduzida com o controle sanitário de hemoderivados e
hemocomponentes), congênita (transplacentária), acidental (acidentes em laboratórios), oral
(com alimentos contaminados) e transplantes. É possível considerar que aproximadamente
20% a 30% dos indivíduos infectados desenvolverão algum grau de cardiomiopatia
progressiva. O acometimento poderá resultar em insuficiência cardíaca, episódios
tromboembólicos, além de alterações do ritmo cardíaco. Os fenômenos tromboembólicos
ocupam lugar em evidencia, uma vez que recorrentemente se associam a acidente vascular
encefálico. Estima-se que existam aproximadamente 12 milhões de portadores da doença
crônica nas Américas, cerca de 2 a 3 milhões no Brasil. No entanto, nos últimos anos, a
ocorrência de doença de Chagas aguda (DCA) tem sido observada nos estados da Amazônia
Legal, com ocorrência de casos isolados em outros estados. O ciclo de vida do T. cruzi se
inicia quando o barbeiro, ao se alimentar do sangue do hospedeiro vertebrado, elimina, em
suas fezes e urina, o parasito em sua forma alongada (tripomastigotas) Através de mucosas ou
por ferimentos na pele seres infectam as células do hospedeiro, como as do coração. O
parasito ganha forma arredondada (amastigotas) multiplicando-se por divisão binaria. Quando
as células estão repletas de parasitos, eles mudam de forma (tripomastigotas) e com ruptura da
célula hospedeira disseminam-se pela corrente sanguínea, sendo capazes de infectar novos
órgão e tecidos. Se o individuo ou animal infectado for picado pelo barbeiro, os parasitos em
seu sangue podem ser transmitidos aos insetos, no intestino estes mudam mais uma vez de
forma (epimastigotas), multiplicam-se novamente, formas infectantes, que são eliminadas
junto com as fezes e a urina do inseto, fechando-se o ciclo. OBJETIVO: Este trabalho tem
como objetivo de fundamentar o conhecimento sobre as técnicas clínicas e a fisiopatologia
cardíaca em clientes chagásicos para conhecer as intervenções e os planos de cuidado de
enfermagem. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura, onde se utilizaram as
bases de dados: LILACS e SciELO por meio da BVS e Google Acadêmico. Foram utilizados
cinco artigos do período de 2009 a 2014. Estudo realizado em Novembro de 2014, com os
seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DECS) “A Doença de chagas”, “cuidados de
enfermagem”, “Cardiomiopatia Chagásica RESULTADOS E DISCUSSÕES: O
planejamento e desenvolvimento de ações que melhorem visam à melhoria da atenção à
saúde, retomando para as questões primordiais relacionadas ao cliente”. O cuidado no
atendimento às necessidades básicas acometidas direcionadas ao cliente é um processo
complexo, devido às suas peculiaridades. Esse cuidado pleiteia da equipe de enfermagem uma
visão canalizada para as características próprias de cada situação, a partir da instituição de
prioridade no atendimento a essas necessidades. Tratando-se da doença de chagas que é
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bastante complexa e se expressar muitas vezes longos anos após a infecção, as intervenções
de enfermagem tem que ser bastante evidentes de forma que o cliente se sinta amparado em
uma forma humanizada, afim de que haja melhoria ao cliente, evidenciando cada vez mais o
enfermeiro como o protagonista dos cuidados. CONCLUSÃO: A doença de chagas foi uma
das mais importantes descobertas e que o agente era um grande causador de morte em varias
regiões, a descoberta de Carlos Chagas possibilitou conhecer a doença para que assim pudesse
ser combatida, não só no Brasil como nas principais áreas endêmicas. Por todas essas ações, a
doença de Chagas, que era uma epidemia em algumas regiões do Brasil, hoje é bem
controlada e prevenida em áreas próximas às zonas urbanas, mas em áreas rurais onde os
grupos familiares são de baixo nível social, a doença ainda é uma preocupação e exige alerta,
que também depende das ações organizativas, pois sendo bem empregada haverá o controle
parcial da doença e ações em que o enfermeiro intervém com bastante atenção e humanização.
REFERENCIAS: ANDRADE, Jadelson Pinheiro de et al. I Latin American Guidelines for
the diagnosis and treatment of chagas' heart disease: executive summary. Arq. Bras.
Cardiol. [online]. 2011 vol.96, n.6, pp. 434-442. ISSN 0066-782X. SMELTZER, Suzanne C.
Brunner e Suddarth. Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. Suzanne C. Smeltzer,
Brenda G. Bare; Janice L. Hinkle; Herry H. Cheever. 11. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2009. KROPF Petraglia Simone; RASSIS Ana. A forma cardíaca da doença de
Chagas
–
histórico.
2007.
Disponível
em
http://www.fiocruz.br/chagas/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=143. Acesso em 11 Dezembro.
2010.
03.ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UMA GESTANTE COM RISCO DE
DOENÇA HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GESTAÇÃO (DHEG): UM ESTUDO
DE CASO
Aline Maria Furtado de Carvalho; Jocielma dos Santos Mesquita; Hiasmim Batista
Rodrigues; MILENA DE MELO ABREU
INTRODUÇÃO: A Doença Hipertensiva Específica da Gestação (DHEG) é uma das
complicações mais comuns e de maior morbimortalidade materna e perinatal ocupando o
primeiro lugar dentre as afecções próprias do ciclo grávido-puerperal. Assim, o exercício da
sistematização da assistência de enfermagem nesse contexto é fundamental para prestar os
cuidados necessários, a fim de evitar possíveis danos para o binômio mãe-filho.
(GONÇALVES, et al, 2001, p.61). OBJETIVO: Prestar Assistência de Enfermagem a uma
Gestante de Risco com antecedente de DHEG. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de
caso, realizado inicialmente no Centro de Saúde da Família Dr. Estevão Ferreira da Ponte,
Sobral-CE, e posteriormente na residência da gestante, no período de 01 a 12 de Abril de
2013. Onde se utilizou como instrumentos para coleta dos dados a entrevista semiestruturada
direta com análise do prontuário, além da realização de exame físico, analisados à luz da
Teoria de Wanda Horta. Observou-se ainda a Resolução 466/12. RESULTADOS: A.P.G. S,
negra, alfabetizada, casada, mora com esposo e filhos, encontra-se no terceiro semestre da
terceira gestação, de uma prole de três, e trabalha em uma empresa calçadista como auxiliar
de produção. Possui antecedentes familiares para Hipertensão, Diabetes e um caso de
Gemelaridade. Quanto aos antecedentes pessoais é considerada gestante de risco devido ao
quadro de pré-eclâmpsia ocorrido na gestação anterior. Nos dois partos anteriores, o primeiro
evoluiu para parto vaginal com RN a termo e o segundo cesariana com RN pré-termo, não
tendo ocorrido nenhum aborto. O primeiro filho foi amamentado, no entanto o mesmo não
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ocorreu com o segundo devido à prematuridade. Da gestação atual realizou quatro consultas
pré-natais, a data provável do parto está para 19 de junho de 2013 segundo a data da última
menstruação. Das quatro consultas uma foi com o médico o qual diagnosticou uma infecção
urinária, que segundo o exame de urocultura apresentou seis piócitos, tendo como conduta a
prescrição de medicamentos dos quais o posto não dispunha e a gestante não se manifestou a
comprar, a mesma ainda não fez uso do carbonato de cálcio prescrito para evitar os sinais de
DHEG, utilizando apenas o AAS. Não realizou exames para tipagem sanguínea, VDRL, antiHIV e prevenção do câncer ginecológico. Ainda toma sulfato ferroso e relatou nunca ter feito
uso de ácido fólico. Sua alimentação é composta por três refeições: almoço, jantar e ceia. Nos
cinco exames físicos realizados observou-se comumente que a gestante encontrava-se:
consciente, orientada auto e alopsiquicamente, normocárdica, normotensa, eupnéica, afebril,
anictérica, acianótica, pele íntegra, mamas simétricas, hidratadas, à palpação expansibilidade
torácicas simétricas e preservadas. Apresenta à inspeção abdome gravídico, simétrico, cicatriz
umbilical centralizada, ausência de sujidades. Batimento Cárdio Fetal normal conferidos com
sonar Doppler, à palpação: situação de feto em eixo longitudinal, apresentação cefálica, altura
uterina de 28 centímetros. Diagnósticos de enfermagem: Risco para DHEG relacionado à
gestação de risco evidenciada por quadro de pré-eclâmpsia desenvolvido na gestação anterior;
Edema postural de MI relacionado à produção de hormônio antidiurético evidenciado por
retenção de líquido; Ingestão Alimentar inadequada (gestação) relacionado ao risco de DHEG
evidenciado por refeições deficientes; Risco de amamentação ineficaz relacionado à intensa
jornada de trabalho evidenciado por falta informações; Controle do regime terapêutico
inadequado relacionado à infecção do trato urinário definido por ausência de tratamento;
Conhecimento insuficiente sobre atividade sexual na gravidez relacionado à falta de
informação evidenciado por dúvidas; Risco para infecção (colo de útero) relacionado a
conhecimento insuficiente sobre a importância do exame preventivo evidenciado pela não
realização do exame há oito anos; Autoexame de mama ausente relacionado à falta de
informação evidenciado pela não realização do mesmo; Risco para lesão fetal relacionado ao
ambiente de trabalho evidenciado por exposição a agentes químicos; Como intervenções
pontuaram-se respectivamente: Facilitação de informações acerca dos riscos que um quadro
de pré e eclampsia podem acarretar para o binômio mãe/filho; Orientou-se quanto à postura e
movimentação dos membros; Elaborou-se um plano alimentar e foi feito um encaminhamento
ao nutricionista; Alertou-se para a importância da adesão ao tratamento anti-hipertensivo;
Colocou-se os benefícios advindos da amamentação para ambas as mãe e filho; Esclareceramse algumas dúvidas referentes à atividade sexual na gravidez; Alertou-se para as complicações
gestacional que podem ser desencadeadas por uma infecção cervicovaginal; Incentivou-se a
gestante a buscar remanejamento de setor laboral, ou mesmo afastamento, além do uso de
EPIs. CONCLUSÃO: A assistência de enfermagem qualificada configura-se como uma
ferramenta de extrema valia para o cuidado a gestante com risco para DHEG, pois permite a
facilitação de informações de cuidados próprios nesse período, além de proporcionar construir
junto a essa um plano adequado as suas condições de vida. Sendo relevante para nós
acadêmicos de enfermagem uma vez que norteou nossa prática. REFERÊNCIAS:
GONCALVES, Roselane; FERNANDES, Rosa Aurea Quintella; SOBRAL, Danielle
Henriques. Prevalência da doença hipertensiva específica da gestação em hospital público de
São
Paulo. Rev.
bras.
enferm., Brasília, v.58, n.1, Feb. 2005.
Disponível
em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S003471672005000100011&lng=en
&nrm=iso>. Acesso em: 20 Nov. 2014.
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04. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PRESTADA A UMA GESTANTE COM
DOENÇA HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GESTAÇÃO (DHEG)
Auxiliadora Elayne Parente Linhares; Jocielma dos Santos Mesquita; Geane Sales Bezerra;
Flavia Vasconcelos Teixeira; Eliany Nazaré de Oliveira; MARIA MICHELLE BISPO
CAVALCANTE.
INTRODUÇÃO: A Doença Hipertensiva Especifica da Gestação (DHEG) é o distúrbio mais
comum no período gestacional, ocorrendo habitualmente no final da gravidez, e caracterizado
por manifestações clínicas associadas: hipertensão, edema e proteinúria, sendo estes
chamados de tríade da DHEG. A classificação tem duas formas básicas: pré-eclâmpsia, forma
não convulsiva marcado pelo início da hipertensão aguda após a 20ª semana de gestação e
eclâmpsia, que é um distúrbio hipertensivo gestacional que se caracteriza pelos episódios
convulsivos (REZENDE, 2011). Esse distúrbio começa com a vasoconstrição arterial
periférica e o espasmo dos vasos, que acarreta o aumento do nível de pressão sanguínea e,
como consequência o decréscimo do fluxo sanguíneo ao útero e à placenta. Acontecem
também alterações nos rins que faz com que aja redução da filtração glomerular e a
consequente proteinúria. É de fundamental importância que no pré-natal faça a detecção
precoce de sinais de doença hipertensiva, antes que evolua. Por esse motivo, deve-se sempre
registrar o peso da gestante, averiguar a pressão arterial e realizar exame de urina.
OBJETIVO: Esse estudo tem como objetivo relatar a assistência de enfermagem a uma
gestante com DHEG internada em uma maternidade da Zona Norte do Estado do Ceará.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de caso, com abordagem qualitativa do tipo
exploratório descritivo, realizado pelos acadêmicos de enfermagem monitores do Programa de
Educação pelo Trabalho para Saúde- PET Redes de Atenção/ Rede Cegonha pertencentes à
Universidade Estadual Vale do Acaraú da cidade de Sobral-Ceará. Tendo como sujeito, uma
gestante internada em uma Maternidade da Zona Norte do Estado do Ceará no período do mês
de outubro de 2013. A coleta de informações foi feita através de entrevista semiestruturada
com a cliente e do prontuário hospitalar. A análise do material colhido era feita após as
visitas, sendo assim organizados e transcritos os problemas de enfermagem encontrados,
somados as intervenções realizadas para a gestante, como ajuda foi utilizado A Taxonomia II
da NANDA International 2012-2014. Foram seguido os princípios bioéticos preconizados
pela Resolução 466/12, que regulamenta pesquisas envolvendo seres humanos.
RESULTADOS: Gestante com 28 semanas gestacional, 25 anos de idade, casada, segunda
gestação, sendo que a primeira foi interrompida decorrente a um aborto espontâneo com
causas desconhecidas. Realizou quatro consultas de pré-natal, tendo como achados anormais
na última consulta diminuição do ganho de peso, pico hipertensivo de 140x100, edema nos
membros inferiores e intensa cefaleia, por esse motivo foi encaminhada para a maternidade.
Na maternidade foi diagnóstica com pré-eclâmpsia e internada para amenizar os sintomas e
tentar manter o feto no útero por um período de tempo mais prolongado. Para a prestação da
assistência de enfermagem foi levantado os seguintes achados de acordo com NANDA e visto
as intervenções adequadas: Volume de líquido excessivo relacionado à presença de edemas
evidenciado pela realização de exame físico nos MMII, como intervenção foi proposto para a
gestante que ela repousasse com os pés elevados para facilitar o retorno venoso e que
preferencialmente se deitasse do lado esquerdo e evitasse deitar de costas para não comprimir
os vasos sanguíneos calibrosos, o que dificulta o retorno venoso. Nutrição desequilibrada
menor que as necessidades corporais, relacionada à ingestão insuficiente de nutrientes para
satisfazer as necessidades metabólicas evidenciado pelo peso da cliente, a partir disso, foram
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dialogado com a gestante que a mesma deveria se alimentar de forma saudável e várias vezes
ao dia, para que seu filho chegasse ao peso ideal para a idade gestacional. Conhecimento
deficiente sobre a doença evidenciado pela fala da gestante, para esse achado, foi informado
para a cliente o que seria a pré-eclampsia, os seus sintomas, tratamento e as complicações.
CONCLUSÃO: Para o controle da DHEG é de fundamental importância que seja prestada
uma assistência de enfermagem adequada, que exista uma troca de informações e a criação de
vínculos para que assim possa ser construídos juntos os cuidados precisos para esse quadro
clínico. REFERÊNCIAS: REZENDE, J.F. MONTENEGRO, C.A. Obstetrícia Fundamental.
11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011
05. ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO A ADOLESCENTES PRÉ-HIPERTENSOS.
Luis Gustavo Oliveira Farias; Amaurilio Oliveira Nogueira; Isabela Gonçalves Costa; Taís de
Lima Castro; MARIA VILANI CAVALCANTE GUEDES.
INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial é uma doença crônica caracterizada pelo aumento da
pressão interna das artérias, isso ocasiona um maior esforço da bomba cardíaca para promover
a circulação, as artérias perdem a sua capacidade elástica tornando-se resistentes a passagem
do sangue, ou quando o volume torna-se muito alto exigindo uma maior velocidade para
circular, ambas as formas resultam em uma maior pressão exercida na parede dos vasos
sanguíneos, causando hipertensão arterial, ou seja, a hipertensão envolve o aumento do débito
cardíaco e da resistência vascular periférica. A hipertensão é a principal causa de morte no
mundo e a partir dela podem-se desenvolver sérias complicações como infarto agudo do
miocárdio (IAM), acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca congestiva
(ICC). O diagnóstico de hipertensão é feito pela medida da pressão sistólica que normalmente
está no intervalo de 100 a 119 mmHg e a diastólica entre 60 e 79 mmHg, quando é verificado
em um paciente valor que excede esses padrões, é classificado como hipertenso. Entretanto
caso o paciente permaneça no intervalo de 120 a 139 mmHg na pressão sistólica e 80 a 89
mmHg na pressão diastólica, é dito pré-hipertenso¹. O risco de morte do paciente hipertenso
escalona de acordo com sua pressão arterial (PA), diabetes e histórico de AVC. O maior fator
de risco de adolescentes de faixa etária entre 12 e 17 anos para hipertensão é a obesidade,
além disso, são perceptível outros fatores, tais como: sexo masculino, pele escura, dietas
hipercalóricas, ingestão de sal, sedentarismo, diabetes, dislipidemia, predisposição genética,
estresse, uso de anabolizantes, fumo e etilismo², mesmo considerando que no Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA), a venda e a oferta de drogas lícitas a menores de 18 anos
está vedada, este comportamento ainda é evidenciado na sociedade. A assistência do
enfermeiro entra nesse quadro de duas maneiras: a farmacológica e não farmacológica. Para
pacientes hipertensos, o uso do tratamento farmacológico complementado com o não
farmacológico pode equilibrar os níveis pressóricos, por outro lado em casos de préhipertensão o tratamento não farmacológico já é suficiente e em casos de adolescentes préhipertenso acaba tornando-se o tratamento ideal. O enfermeiro então possui um papel
importante na prevenção da hipertensão promovendo à adesão do adolescente ao tratamento
não farmacológico da pré-hipertensão arterial. O enfermeiro atua de modo direto no
acompanhamento do adolescente pré-hipertenso acompanhando-o na estratégia saúde da
família, onde essa atuação é voltada para a educação em saúde acerca dos cuidados e da
orientação sobre a hipertensão arterial. OBJETIVO: Verificar a produção científica de
enfermagem referente à assistência de enfermeiros aos adolescentes pré-hipertensos.
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METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica realizada na base de dados Scielo
(Scientific Electronic Library Online) com os seguintes descritores: "enfermagem",
"adolescentes" e "pré-hipertensão". Os critérios utilizados para a inclusão de artigos foram:
publicação no período de 2011 a 2014 e idioma português. Foram excluídos os artigos que
não tratavam o assunto hipertensão como exclusividade; artigos referentes ao programa de
hipertensão e diabetes, por exemplo. A amostra constou de 10 artigos. RESULTADOS: Na
atenção primária, o enfermeiro desenvolve diversas atividades visando inteirar o adolescente
pré-hipertenso dos problemas que o mesmo pode desenvolver, ele esclarece o tratamento não
farmacológico que consiste em uma série de medidas que, além de cuidar da saúde do
adolescente, previne muitas doenças, inclusive a própria hipertensão resultando em
orientações à adoção de novos hábitos de vida. Estas orientações são: reduzir a ingestão de
alimentos gordurosos e com excesso de sal, evitar o consumo de bebidas alcoólicas, praticar
atividades físicas regularmente e cessar o uso de anabolizantes e tabaco. Então, o papel do
enfermeiro envolve o incentivo, o despertar interesse dos adolescentes e da família sobre os
riscos da hipertensão, por meio da educação em saúde com vista à prevenção não só da
hipertensão como de muitas outras doenças como a diabetes. A qualidade da assistência do
enfermeiro se concretiza quando o profissional exerce orientações com conhecimento,
humanidade e competência para atender as necessidades de saúde e as expectativas de seus
pacientes e familiares. CONCLUSÃO: O enfermeiro tem um papel primordial na assistência
aos adolescentes com risco de hipertensão arterial. Por meio intervenções para a promoção da
saúde, ele contribui para o controle da doença, previne complicações e melhora a qualidade de
vida do indivíduo com hipertensão arterial e de sua família. REFERÊNCIAS: ALESSI,
Alexandre et al. I Posicionamento Brasileiro sobre Pre-Hipertensao, Hipertensao do Avental
Branco e Hipertensao Mascarada: Diagnostico e Conduta. Arq. Bras. Cardiol., São Paulo , v.
102, n. 2, p.110-119, Feb. 2014 . FREITAS, Dayana et al . Fatores de risco para hipertensão
arterial entre estudantes do ensino médio. Acta Paul. Enferma., São Paulo , v. 25, n. 3, p.
430-434, 2012 . MEIRELES, Raquel. Rastreio da Hipertensão Primária em Crianças e
Adolescentes: Recomendações da United States Preventive Services Task Force. Rev Port
Med Geral Fam, Lisboa , v. 29, n. 6, p. 413-414, nov. 2013 . OLIVEIRA, Thatiane Lopes et
al . Eficácia da educação em saúde no tratamento não medicamentoso da hipertensão arterial.
Acta Paul. Enferm., São Paulo , v. 26, n. 2, p. 179-184, 2013 . PINTO, Sônia Lopes et al .
Prevalência de pré-hipertensão e de hipertensão arterial e avaliação de fatores associados em
crianças e adolescentes de escolas públicas de Salvador, Bahia, Brasil. Cad. Saúde Pública,
Rio de Janeiro , v. 27, n. 6, p. 1065-1075, jun. 2011.
06. A ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA DO CLIENTE COM DIAGNÓSTICO DE
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
Heda Caroline Neri de Alencar; Alessandra Carvalho Batista; Cintya de Fátima de Sousa e
Oliveira; Eliádia Freitas Bastos; Leticia Karen Rodrigues Tomaz
INTRODUÇÃO: Infarto agudo do miocárdio (IAM) é a necrose de uma parte do músculo
cardíaco causado pela interrupção de fluxo sanguíneo nas artérias coronárias localizadas nesta
região, em que as células encontram-se privadas de oxigênio. Caracteriza-se pelo início agudo
de isquemia do miocárdio. É uma situação de emergência que se sendo imprescindível
intervenções eficazes definitivas principalmente no que se diz respeito à equipe de
enfermagem. Dados apontam que anualmente a ocorrência de casos de IAM no Brasil é de
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300.000 a 400.000, com 60.080 óbitos. Constatando que a cada seis casos, um cliente evolui a
óbito. OBJETIVO: Analisar a importância da assistência de enfermagem para clientes
acometidos pelo IAM, visando a redução da mortalidade. METODOLOGIA: Trata-se de
uma revisão de literatura, onde se utilizaram as bases de dados: LILACS e SciELO, por meio
da BVS e Google Acadêmico. Foram utilizados cinco artigos do período de 2009 a 2014. Os
critérios de inclusão foram artigos encontrados em português, na íntegra entre o período de
2009 a 2014 que abordassem o referido tema. Os critérios de exclusão foram artigos em
outros idiomas, que não estivessem na íntegra, que estavam fora do período da consulta e não
abordavam o tema em questão. O estudo foi realizado em Novembro de 2014, com os
seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DECS): “infarto”; “assistência de enfermagem”
e “epidemiologia”. RESULTADOS: O IAM tem como atendimento inicial a busca pela
história da doença e dados referentes ao cliente de forma limitada. O atendimento emergencial
envolve abordagem diagnóstica e tratamento simultâneo, baseados em matemática sequencial
de reestabelecer a análise de dados do exame físico imediato. Verificando sinais vitais e
resultados de exames complementares. Na admissão, estima-se que o cliente se encontre
instável ou necessitando de medidas de ressuscitação. A equipe de enfermagem deve atuar na
área de educação em saúde de pessoas com alto risco de IAM e seus familiares, visando à
ciência dos mesmos no que diz respeito aos sinais e sintomas do infarto e da importância do
socorro imediato. Além de frisar o diagnostico precoce e o inicio dos cuidados emergenciais,
aumentam as chances de sobrevida do cliente. Tendo como objetivo a provisão, promoção,
manutenção e restauração do conforto do cliente. Contudo, na prática h 1hospitalar, percebe-se
que o conforto é primordial a este cliente, por meio da promoção de um plano de cuidados
adequado, individualizado e humanizado, esclarecendo dúvidas, avaliando necessidades, e
atendendo expectativas. No mais, para melhor reabilitação do mesmo é necessário traçar os
diagnósticos de enfermagem aplicando intervenções necessárias para posteriormente
favorecer o resultado esperado. CONCLUSÃO:. Conclui-se que o enfermeiro é peça
essencial, na assistência de enfermagem ao cliente que chega à unidade de urgência e
emergência com diagnóstico de IAM, possibilitando assim um plano de cuidado favorável
para sua reabilitação e restruturação do dano ao meio social, sendo capaz de avaliar,
programar e reavaliar os resultados e adequar o tratamento de acordo com as necessidades de
cada pessoa. Contatou-se que o trabalho da equipe de enfermagem torna-se um precursor do
auxilio a diminuição da mortalidade pela causa do IMA. REFERÊNCIAS: Bezerra AA,
Bezerra AA, Queiroz SJ, Brasileiro ME. A conduta de enfermagem frente ao paciente
infartado. Revista Eletrônica de Enfermagem do Centro de Estudos de Enfermagem e
Nutrição [serial on-line] 2011 jan-jul 1(1) 1-10. Carvalho DC, Pareja DCT, Maia LFS. A
importância das intervenções de enfermagem ao paciente com infarto agudo do
miocárdio. São Paulo: Revista Recien. 2013; 3(8):5-9. Yujra CMM, Avelar MCQ. Perfil
Epidemiológico de Pacientes Internados com Infarto Agudo do Miocárdio – Estudo
Retrospectivo. Enfermagem Clínica. Rocha APF, Chermaut GR, Moreira JP, Barcelos SC,
Xavier ZDM. Atendimento Inicial ao Infarto Agudo do Miocárdio. Litera Docente e
Discente em revista - Volume 2º. – nº 02 – 2º. semestre 2012.
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07. A ASSITÊNCIA DE ENFERMAGEM ÀS CRIANÇAS PORTADORAS DE
CARDIOPATIA CONGÊNITA.
Anderson Liniker Saraiva Barros; Géssica Lima da Silva; Francisco Pedro de Sousa Xavier;
Samara Kelly Sousa Macêdo; Elisângela de Jesus Macêdo Araújo; PACIOLO MONTINI
COSTA OLIVEIRA.
INTRODUÇÃO: A cardiopatia congênita consiste em anormalidades decorrentes, desde o
período gestacional se estendendo até a oitava semana, período este em que ocorre o
desenvolvimento das principais estruturas cardiovasculares. As malformações parecem
resultar de uma interação multifatorial, que abrange fatores genéticos e ambientais (JANSEN2011). Dentre as cardiopatias, a cardiopatia congênita critica atinge uma grande percentual de
crianças e decorre do fechamento ou restrição do canal arterial (cardiopatias do canaldependente). O diagnóstico precoce é fundamental, pois pode evitar choque, acidose, parada
cardíaca ou agravo neurológico antes do tratamento da patologia. No entanto, a enfermagem
tem procurado direcionar e integrar o saber com o fazer, visando contribuir para a melhoria da
qualidade de sua assistência, de forma sistematizada. Portanto, assistência de enfermagem
proporciona um direcionamento de ações e cuidado individualizado, facilitando a passagem
de plantão e estimulando os enfermeiros no aperfeiçoamento de seus conhecimentos, a falta
deste processo contribui para sua descontinuidade e fragilidade do atendimento, prejudicando
a qualidade da assistência prestada. OBJETIVO: Analisar na literatura a assistência de
enfermagem em crianças portadoras de Cardiopatia Congênita. METODOLOGIA: A
pesquisa trata-se de um estudo bibliográfico descritivo e exploratório onde foi utilizado o
método de observação direta através do levantamento bibliográfico em bancos de dados
online, no quais foram consultadas várias literaturas relativas ao assunto, com base nos
descritores: enfermagem e cardiopatia, localizando vinte nove artigos e aplicados os filtros:
texto completo em português, publicados nos últimos cinco anos, tipo de documento artigo,
base de dados nacional, assunto principal (cardiopatia congênita e processo de enfermagem),
finalizando em três artigos os quais foram analisados quanto aos objetivos da pesquisa.
RESULTADOS: A sistematização proporcionou um maior conhecimento sobre a doença e
ampliando o olhar sobre as relações familiares, que incidem direta ou indiretamente no
processo saúde-doença, otimização do cuidado de enfermagem. Segundo Meireles (2010), o
enfermeiro, ao conhecer a forma como a família é afetada pela enfermidade de um de seus
membros, pode auxiliar na mobilização dos recursos disponíveis para o enfrentamento e
adaptação à nova situação. Enquanto Urakama (2012) acredita que a assistência de
enfermagem muito pode contribuir para viabilizar a realização de diagnóstico e intervenção
precoces o que leva à necessidade de explorar e adquirir novos conhecimentos, que possam
contribuir para a diminuição dos agravos e da mortalidade neonatal. Monteiro (2009) Defende
que o cuidado implica em atender ás necessidades decorrentes do processo natural de
crescimento e desenvolvimento, como também aquelas provenientes da repercussão da
cardiopatia no organismo infantil. De modo geral, as manifestações clinicas decorrentes das
cardiopatias junto com o processo de hospitalização prolongado contribuem para provocar nas
crianças um déficit de peso. CONCLUSÃO: O estudo mostrou que a cardiopatia é uma
doença congênita e está muito presente no cotidiano das crianças. A assistência de
enfermagem é muito importante no tratamento dos portadores de cardiopatia congênita, pois é
através dela que a sistematização da assistência de enfermagem vai auxiliar no cuidado e no
tratamento do paciente. A integralidade do cuidado à criança enferma demanda que o
enfermeiro atente para as relações familiares que interferem no processo terapêutico, pois a
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família tem uma influencia importante que se percebe tanto no cuidado físico quanto no
emocional da criança. Vale ressaltar que a assistência em enfermagem em cardiologia evoluiu
significativamente, possibilitando não só a sobrevivência, mais também a qualidade de vida
dos portadores de cardiopatia congênita, assim a conduta da enfermagem diante da criança
com má formação congênita cardíaca deve ser especifica e de qualidade. Há uma preocupação
em melhorar a pratica de enfermagem em cardiologia pediátrica, onde o principal método é o
aperfeiçoamento do conhecimento sobre a doença acometida as crianças, que de certa forma
irá acarretar em um melhor entendimento sobre o caso cardiológico congênito levando á uma
melhor assistência prestada ao paciente. REFERENCIAS: Monteiro, Flávia Paula
Magalhães; Araújo, Thelma Leite de; Lopes, Marcos Venícios de Oliveira; Chaves, Daniel
Bruno Resende; Beltrão, Beatriz Amorim; Costa, Alice Gabrielle de Sousa. Rev Lat Am
Enfermagem; 20(6): 1024-1032, Nov.-Dec. 2012. tab. Tomie Urakawa, Isabel.
IDENTIFICAÇÃO DO PERFIL E DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM DO NEONATO
COM CARDIOPATIA CONGÊNITA. Trabalho cientifico. 7folhas. Instituto Dante Pazzanese
de Cardiologia (IDPC).2010. Silva Meireles, Glaucia. AVALIAÇÃO DAS FAMÍLIAS DE
CRIANÇAS COM CARDIOPATIA CONGÊNITA E A INTERVENÇÃO DE
ENFERMAGEM. Estudo descritivo.14folhas. Escola de Enfermagem Alfredo Pinto, da
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro/EEAP/UNIRIO. 2010.
08. A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO HIPERTENSO NA
ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.
Kariny Gomes Marques; Ronys Gomes de Souza; Paula Andréia Araújo Monteiro; Samara
Kelly Sousa Macêdo; Elisângela de Jesus Macêdo Araújo; HERMÍNIA MARIA SOUSA
PONTE
INTRODUÇÃO: O crescimento da população idosa é um fenômeno mundial. A expectativa
de vida aumentou, pois houve grandes evoluções científicas que melhoraram a qualidade dos
medicamentos, das vacinas, das cirurgias de alta precisão e também das medidas de
saneamento, juntamente com isso veio o aumento as doenças não transmissíveis, dentre elas
as doenças cardiovasculares, sendo este um sinal preocupante (PEDRONI, 2013). A
prevalência da hipertensão nos idosos é superior a 60%, tornando-se fator determinante na
morbimortalidade dessa população, exigindo assim correta identificação do problema e a
apropriada abordagem terapêutica. As doenças cardiovasculares são responsáveis por 284.685
dos falecimentos em 2004 no Brasil e representam 25% da mortalidade geral, com 10,1% da
mortalidade geral para doenças cerebrovasculares e 9,7% para isquemias cardíacas, sendo a
associação à hipertensão arterial fator de risco para tais doenças (ARAÚJO, 2010). A grande
demanda de idosos e hipertensos foi o ponto crucial que motivou a realização do estudo.
Diante da necessidade de conhecer como está sendo a assistência prestada, já que é função do
enfermeiro conhecer os seus pacientes e saber como deve ser realizada essa assistência, a esse
grupo de hipertensos. OBJETIVO: Analisar a produção científica de enfermagem referente à
assistência de enfermagem a idosos hipertensos. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão
bibliográfica. Foi realizada uma pesquisa sistemática nas bases eletrônicas de dados
Biblioteca virtual em saúde (BVS) e Google Acadêmico, com os descritores: assistência ao
Idoso, pressão arterial e enfermagem. Foi efetuada uma consulta online no período de 15 a 25
de novembro de 2014, onde foram selecionados artigos de publicação do ano de 2010 a 2014,
que estavam em português e com texto completo. Foram selecionados 30 artigos, e de acordo
com os critérios de inclusão e exclusão foram escolhidos 05 artigos. O critério de exclusão
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foram trabalhos fora do período selecionados, trabalhos somente com resumo, trabalho que
não estavam em português e que o conteúdo não estava relacionado ao tema.
RESULTADOS: Assim, perante da proposta de Oliveira e Tavares (2010), as atividades do
HIPERDIA planejadas e executadas pelo enfermeiro promovem melhorias no
acompanhamento dos indivíduos e no planejamento da assistência de enfermagem, a fim de
proporcionar a prevenção do agravo dessas doenças cardiovasculares e uma boa qualidade de
vida à clientela assistida. Segundo Nogueira et al. (2011), a equipe de Saúde da Família
possui um papel fundamental no combate e na prevenção e controle de agravos. Para
sistematizar a assistência e organizar o atendimento, para que assim os pacientes hipertensos
tenha acesso a todos os serviços incluindo consultas médicas e de enfermagem, exames,
recebimento de medicamentos, mensuração de peso, altura, circunferência abdominal, pressão
arterial e glicemia capilar, além do atendimento odontológico e encaminhamento a outras
especialidades, visando prevenir complicações. Com a realização da educação em saúde é
possível transmitir à população informações e conscientizá-los sobre a sua própria saúde. Ela
gera melhor aderência dos pacientes ao tratamento e maior autonomia em relação aos
cuidados (LIMA, et al. 2012). Na perspectiva de Valério (2012), a melhor forma de
conscientização para a adesão aos tratamentos é através de palestras educativas e/ou
orientações individuais, explicando e esclarecendo a população da importância da prevenção e
do controle dessas doenças pelo cumprimento correto dos tratamentos. Pedroni (2013), em
sua pesquisa descreve que as mudanças de padrão alimentar orientadas pela enfermagem, com
o intuito de promoção de saúde, foram bem aceitas e valorizadas pelos idosos, já que todos
relataram seguir a dieta recomendada com base nas orientações repassadas. CONCLUSÃO:
O papel da enfermagem, com expansão da estratégia em saúde da família aproximou
assistência aos idosos, principalmente os cardiovascular através de grupo HIPERDIA
realizando atividades de educação em saúde e a assistência de enfermagem. Os Enfermeiros
são os profissionais responsáveis pela promoção de atividades que venham facilitar a
compreensão de todos os idosos do grupo. Onde essas atividades devem ser constantemente
analisadas buscando assim incentivar os idosos, a manter uma alimentação saudável, praticar
atividades físicas, ter momentos de lazer, adesão ao tratamento proposto e manter um estilo de
vida saudável. REFERÊNCIAS: LIMA, S. A; GAIA, S. E.; FERREIRA, A. M. A
IMPORTÂNCIA DO PROGRAMA HIPERDIA EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA
FAMÍLIA DO MUNICÍPIO DE SERRA TALHADA - PE, PARA ADESÃO DOS
HIPERTENSOS E DIABÉTICOS AO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO E
DIETÉTICO. Faculdade de Integração do Sertão, Serra Talhada – PE. Saúde Coletiva em
Debate, v. 2, n.1, p.30-29, dez. 2012. NOGUEIRA, T. L.; VIANA, M. M. L. Hiperdia:
ADESÃO E PERCEPÇÃO DE USUÁRIOS ACOMPANHADOS PELA ESTRATÉGIA
SAÚDE DA FAMÍLIA. Rev. Rene, Fortaleza, v. 12, n. esp., p.930-936, 2011. OLIVEIRA,
A. C. J.; TAVARES, S. M. D. ATENÇÃO AO IDOSO NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE
DA FAMÍLIA: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO. Rev. Esc. Enferm. USP, v.44, n.3, p.774781, 2010. PEDRONI, G.A.M.; ROSA, J.A.; ALMEIDA, M.E.F.; et al. ASSISTÊNCIA DE
ENFERMAGEM PRESTADA À PESSOA IDOSA COM HIPERTENSÃO ARTERIAL.
R. Enferm. Cent. O. Min. 2013 mai/ago; 3(2):662-669. VALÉRIO, N. C. E. O IDOSO
POMERANO HIPERTENSO E A ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: A
EXPERIÊNCIA DE UMA COMUNIDADE RURAL. 2012. 151 f. Dissertação (Mestrado
em Políticas Públicas e Desenvolvimento Local) - Escola Superior de Ciências da Santa Casa
de Misericórdia de Vitória, Vitória, 2012.
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09. A ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NA CARDIOPATIA COGÊNITA: REVISÃO
LITERÁRIA.
Carlos Victor Fontenele PINHEIRO; Tereza Anielle Albuquerque Ximenes; Carlos Henrique
do Nascimento Morais; Elisângela Sandra de Araújo Aragão; Sheila Costa Araújo; NÁTILA
AZEVEDO AGUIAR RIBEIRO
INTRODUÇÃO: As cardiopatias congênitas são anomalias resultantes de defeitos
anatômicos no coração ou na rede circulatória, que comprometem sua função. As cardiopatias
congênitas começaram a ser identificadas a partir do século XVII, mediante relatos
esporádicos que procuravam correlacionar os sintomas clínicos com achados de autópsia. Em
1936, Mande Abbot publicou um atlas com estudos detalhados da anatomia de um grande
número de cardiopatias congênitas. A etiologia da maioria dos defeitos cardíacos é
desconhecida. No entanto vários fatores estão associados a uma incidência maior que a
normal. Como, fatores pré-natais: rubéola materna, desnutrição, diabetes materna, idade
materna acima de quarenta anos além de fatores genéticos, havendo assim um maior risco de
doença cardíaca congênita, além disso estudos mostram que sua incidência varia entre 0,8%,
nos países desenvolvidos, e 1,2%, nos países mais pobres. Já (WHALEY e WONG, 2012)
declararam que a incidência de doença cardíaca congênita é de aproximadamente oito a dez
por mil nascidos vivos. No Brasil, especificamente no sul do Paraná, os dados apontam uma
variação de incidência de 0,6/1000 a 10/ 1000 nascidos vivos e é estimado o surgimento de
vinte e oito mil novos casos por ano, e desses, vinte e três mil irão necessitar de intervenção
cirúrgica (GUITTI, 2010). Há ainda no país, um déficit médio de 65% entre a necessidade e a
efetiva realização de cirurgias cardíacas, dos casos de malformações congênitas (PINTO
JÚNIOR, 2011). Este déficit é bem maior nas regiões norte (93,5%) e nordeste (77,4%). É
uma das principais causas de morte no primeiro ano de vida, apesar da sobrevida pós-natal
depender, fundamentalmente, do tipo de lesão existente. OBJETIVOS: Relatar como deve
ser uma assistência de enfermagem planejada e qualificada. METODOLOGIA: O estudo é
do tipo revisão literária realizada no banco de dados da Biblioteca Virtual em Saúde – BVS
utilizando como assunto principal a assistência de enfermagem e cardiopatias congênitas, no
mês de Novembro de 2014, foram utilizados artigos publicados nos últimos cinco anos com
idioma selecionado em português, relacionado aos descritores e tema central os demais, foram
excluídos. RESULTADOS: Após aprofundamento da pesquisa foram avaliados todos os
estudos publicados em português, porem, mostrou-se uma defasagem em artigos publicados
com sistematização da assistência de enfermagem a cardiopatia congênita, pois os artigos
selecionados apresentaram que a SAE, estavam relacionados ao período perioperatório, além
de demonstrar artigos de infartos agudo do miocárdio em adulto, idosos e deformidades
congênitas severas que não estavam de acordo com assunto citado a cima, assim não foi
possível visualizar artigos que relatassem cardiopatias em crianças. CONCLUSÃO: Faz se
necessário pesquisas relacionadas a cardiopatias detectadas na infância, para assim um melhor
tratamento terapêutico e uma implementação da SAE, contudo possibilitou uma investigação
e um aprimoramento do assunto a fim de desenvolver as características da cardiopatia
congênita na prevenção e diagnóstico precoce das complicações e manutenção do conforto do
cliente, por meio de observação detalhada para uma assistência integral do cliente com
cardiopatia congênita. REFERÊNCIAS: PINTO JÚNIOR VC; DAHER CV; SALLUM FS;
JATENE MB; CROTI UA. Situação das cirurgias cardíacas congênitas no Brasil. Rev Bras
Cir Cardiovasc. 2011; 19:(2)I –II; MIYAGUE NI, CARDOSO SM, WHALEY e WONG.
Estudo epidemiológico de cardiopatias congênitas. Análise em 4.538 casos. Arq Bras
Cardiol. 2012; 80(3):269-73; VALÉRIA KA; JANSEN DA. Assistência De Enfermagem A
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Criança Portadora De Cardiopatia. Instituto Nacional de Cardiologia de Laranjeiras - MS
RJ. 2013.
10. A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO E SAÚDE NA ASSISTÊNCIA DE
ENFERMAGEM A PACIENTES PORTADORES DE ANGINA ESTÁVEL .
Amaurilio Oliveira Nogueira; Taís de Lima Castro; Isabela Gonçalves Costa; Luis Gustavo
Oliveira Farias; ANA CLAÚDIA DE SOUSA LEITE
INTRODUÇÃO: A angina estável é caracterizada por episódios transitórios de dor ou
desconforto na região subesternal que pode ser irradiada para regiões como ombros, braços,
pescoço, mandíbula ou costas. A dor anginosa está relacionada a atividades que aumentam a
demanda de oxigênio miocárdico, pois a angina ocorre a partir de um processo isquêmico
geralmente causado por aterosclerose coronariana. Devido ao déficit da irrigação sanguínea
nas áreas de isquemia às taxas de oxigênio miocárdico estão reduzidas e no momento de
esforço onde essa demanda aumenta e não é suprida ocorrem os episódios de dor. O portador
de angina deve saber reconhecer quando é um episódio de angina ou quando há aumento ou
intensificação da dor, a partir disso observamos a necessidade da educação e saúde que deve
ser feita dentro da assistência de enfermagem aos pacientes portadores de angina estável. A
assistência de enfermagem ao paciente portador de angina engloba várias vertentes do
tratamento como, por exemplo, a educação com relação à mudança de estilo de vida fazendo
principalmente o controle rigoroso de fatores de risco como a hipertensão arterial, a diabetes,
a dislipidemia e a obesidade, auxilio na adesão ao tratamento medicamentoso e aproximação
da família com o quadro clínico do paciente prevendo situações de estresse que podem ser
evitadas ou buscando meios de administrar possíveis fatores estressores. OBJETIVOS:
Demonstrar a importância da educação e saúde feita por enfermeiros dentro da assistência de
enfermagem a pacientes portadores de angina estável e aportar quais os pontos devem ser
enfatizados no processo de educação e saúde desses pacientes. METODOLOGIA: Trata-se
de uma revisão bibliográfica, onde foram utilizados oito artigos de um universo de 36,
realizada nas bases de dados Lilacs, Birreme e Scielo. Utilizou-se artigos publicados em
português e inglês. Como critérios de inclusão foram utilizados artigos que definissem a dor
anginosa trazendo aspectos do tratamento e que apontassem assistência de enfermagem a
esses pacientes e como critérios de exclusão artigos que não estivessem na integra e que não
relacionassem a assistência de enfermagem ao tratamento do paciente portador de angina. O
período das buscas foi de 2010 a 2014. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A educação e
saúde é um dos instrumentos mais utilizados pelo enfermeiro para a condução do processo de
cuidar, pois é a partir disso que o enfermeiro pode repassar o conhecimento de modo prático
assim proporcionando o desenvolvimento e o ensino do autocuidado. Os pacientes portadores
de angina estável necessitam saber reconhecer alguns sinais específicos da doença; um
exemplo disso é saber reconhecer quando irá ter uma crise de dor ou como preveni-la de
modo eficiente, a partir disso observamos a importância do enfermeiro inserido nesse
contexto trabalhando a orientação e educação dos pacientes. A educação e saúde é
fundamental para a família do paciente, pois diversas vezes por falta de informação não
sabem reconhecer uma crise anginosa ou um episódio de infarto agudo do miocárdio (IAM),
desse modo o enfermeiro utilizando da prática do ensino em educação e saúde pode trabalhar
o meio familiar com a finalidade de construir um cenário de adaptação e de cuidados
direcionados para o paciente portador de angina dentro do âmbito familiar. CONCLUSÂO:
Observa-se que pacientes portadores de angina estável que tem conhecimento de sua doença e
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preparação para reconhecer quando um processo isquêmico está se estabelecendo e
posteriormente a possível progressão para um IAM estão conseguindo contornar a situação de
crise e procurar atendimento especializado, essas iniciativas do paciente reduzem os danos do
processo isquêmico com eficácia. Deve-se ressaltar que a assistência de enfermagem não se
detém somente a clinica e os processos de adoecimento do individuo acometido, pois a
educação e saúde mostra-se como o instrumento de maior eficácia no processo de cuidar,
porque é a partir do ensino do autocuidado que o enfermeiro pode proporcionar uma boa
relação dentro da conduta terapêutica do plano de cuidados. REFERÊNCIAS: MELTZER,
Suzanne C.; BARE, Brenda G., BRUNNER E SUDDATH, ENFERMAGEM MÉDICOCIRÚRGICA. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. 1034 p. PIEGAS L.S., et al.
Sociedade Brasileira de Cardiologia. Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre
Tratamento do Infarto agudo do Miocárdio com Supra desnível do Segmento ST. Arq. Bras
Cardiol. 2009;p.179-e264. ALVES F.M.B., COSENTINO M.B., SAKAE T.M., COUTINHO
M.S.S.A., Fatores de risco cardiovascular em pacientes com doença aterosclerótica não
coronariana em hospital no Sul do Brasil. Estudo caso-controle. Rev Bras Clin Med., 2009;
p.7-10. JOHANNES J., BAIREY MERZ C.N., Is Cardiovascular Disease in Women
Inevitable: Preparing for Menopause and Beyond.Cardiol Rev. ,2011,p.76-80. PONTE
K.M.A. Tecnologias do cuidado clínico de enfermagem para o conforto de mulheres com
infarto agudo do miocárdio.[dissertação]. Fortaleza: Universidade Estadual do Ceará.
11. A IMPORTÂNCIA DA HUMANIZAÇÃO E A APLICABILIDADE DAS TEORIAS
DE ENFERMAGEM NO ATO DE CUIDAR.
Luis Gustavo Oliveira Farias; Taís de Lima Castro; Jéssica Freire Rangel; Amaurilio Oliveira
Nogueira; LÚCIA DE FÁTIMA DA SILVA
INTRODUÇÃO: A Enfermagem possui diversos conhecimentos específicos e teorias
próprias utilizadas para melhorar seu processo de cuidar e obter um senso crítico, permitindo
certa flexibilidade e desenvoltura para resolver as diversas situações do cotidiano profissional.
Assim, ao ingressarmos no século XXI, torna-se necessário repensar a formação do
enfermeiro. É mister propiciar, além do ensino do cuidado técnico-material, uma ambiência
de reflexão para aprimorar o ensino do cuidar pautado na atenção diferenciada a cada ao ser
humano, visando sua autonomia e seu bem estar. É necessário ensinar como estar presente nas
ações de saúde às pessoas¹. A ciência da enfermagem, assim como a humanização,
apresentam vieses éticos na condução das ações em saúde. Neste sentido, a Política Nacional
de Humanização (PNH) enfoca a participação ativa dos usuários ao abordar a questão da
autonomia e protagonismo. A enfermagem tem o compromisso com o cliente de contribuir
para o aprimoramento das condições de vida e saúde, buscando uma melhor qualidade de vida
para todos os indivíduos. Pode contribuir de maneira mais efetiva através do desenvolvimento
de uma consciência de cuidado presente na prática, no ensino, na teorização e na pesquisa².
Os fenômenos verificados na experiência prática dos enfermeiros precisam ser estudados,
para que seus atributos sejam reconhecidos. Para que o enfermeiro possa examinar em
profundidade um fenômeno, o modo mais lógico e efetivo de começar é definindo o conceito
de interesse. Isso possibilita o desenvolvimento de teorias que têm como objetivo direcionar a
prática clínica. A maneira correta de iniciar esse processo é definir o fenômeno ou o conceito,
para posteriormente examiná-lo em profundidade³. Entretanto, procura-se melhorar o
processo de enfermagem, contribuindo para um atendimento clínico de excelência com a
aplicabilidade das teorias de enfermagem, que proporcionam uma nova estrutura para
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desenvolver conhecimentos sobre determinado objeto, como o cuidado. Portanto, essas teorias
subsidiaram a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), de modo que sua
aplicabilidade é feita por meio do processo de enfermagem. Esse é considerado um
instrumento metodológico que possibilita a equipe de enfermagem identificar, compreender,
descrever, explicar e até predizer como a clientela responde aos problemas de saúde ou aos
processos vitais. Além disso, possibilita determinar que aspectos dessas respostas exigissem
uma intervenção de enfermagem4. No campo da saúde, a humanização diz respeito à atitude
de usuários, gestores e trabalhadores de saúde comprometidos e corresponsáveis, acarretando
um processo criativo e sensível de produção da saúde e de subjetividades. Refere-se ainda a
organização social e institucional das praticas de atenção e gestão na rede do SUS5. O
compromisso ético, estético e político da humanização assentam-se nos valores de autonomia
e protagonismo dos sujeitos, de corresponsabilidade entre eles, de solidariedade nos vínculos
estabelecidos, dos direitos dos usuários e da participação coletiva no processo de gestão.
Parece-nos que essa é a base sobre a qual toda atenção realizada pela enfermagem deve estar
estruturado. OBJETIVOS: Conhecer a importância da humanização no ato de cuidar em
enfermagem; Descrever a importância do processo de enfermagem aplicado às teorias de
enfermagem. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura de natureza
qualitativa. A pesquisa foi feita na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), no banco de dados
Scielo e Lilacs, utilizando como descritores: humanização, cuidado e teorias de enfermagem.
A população encontrada foi de 19 artigos, após a análise dos artigos, obtivemos uma amostra
final de seis artigos, devido à preferência pelos estudos. A seleção dos artigos ocorreu em
março de 2014. Os critérios de inclusão utilizados foram: artigos científicos disponíveis na
íntegra, em língua portuguesa, referentes ao período de 2009 a 2014. Foram excluídos os
artigos que não tratavam o assunto humanização e aplicabilidade das teorias de enfermagem
como exclusividade. Os dados foram organizados de acordo com o objeto de estudo e
fundamentados na literatura encontrada. RESULTADOS: Perceberam-se vários exercícios
prestados pelos enfermeiros ressaltando a humanização nas práticas preventivas em saúde, no
intuito de proporcionar o cuidado e o conforto necessário para o restabelecimento do enfermo.
Outra categoria identificada foi à comunicação ativa do profissional com o paciente,
passando-lhe as informações sobre a doença e os procedimentos a serem realizados.
Ressaltou-se nessa pesquisa a importância da aplicabilidade das teorias de enfermagem
durante o processo de enfermagem na assistência hospitalar, pois além de promover um
melhor conforto ao enfermo, permite aos enfermeiros uma aprimoração do senso crítico ao
avaliar o paciente, promovendo também a humanização dos cuidados oferecidos.
CONCLUSÃO: Os resultados encontrados dão uma visibilidade da importância do cuidado
de enfermagem para que ocorra o tratamento e uma reabilitação eficazes na promoção da
saúde dos pacientes, além da melhora do quadro clínico do paciente, permite ao enfermeiro
um desenvolvimento do seu senso crítico, ao aplicar teorias de enfermagem durante o
processo de enfermagem na assistência, promovendo a humanização cuidado.
REFERÊNCIAS: SILVA, Ana Lúcia da; FREITAS, Marlene Gomes de. O ensino do cuidar
na Graduação em Enfermagem sob a perspectiva da complexidade. Rev. esc. enferm. USP,
São Paulo , v. 44, n. 3, p.687-693, Sept. 2010 . MARQUES, Isaac Rosa; SOUZA, Agnaldo
Rodrigues de. Tecnologia e humanização em ambientes intensivos. Rev. bras. enferm.,
Brasília , v. 63, n. 1, p.141-144, Feb. 2010 . BOUSSO, Regina Szylit; POLES, Kátia; CRUZ,
Diná de Almeida Lopes Monteiro da. Conceitos e Teorias na Enfermagem. Rev. esc. enferm.
USP, São Paulo , v. 48, n. 1, p. 144-148, fev. 2014. MEDEIROS, Ana Lúcia de; SANTOS,
Sérgio Ribeiro dos; CABRAL, Rômulo Wanderley de Lima. Sistematização da assistência de
enfermagem na perspectiva dos enfermeiros: uma abordagem metodológica na teoria
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fundamentada. Rev. Gaúcha Enferm., Porto Alegre , v. 33, n. 3, p. 174-181, set. 2012.
ARAUJO, Flávia Pacheco de; FERREIRA, Márcia de Assunção. Representações sociais
sobre humanização do cuidado: implicações éticas e morais. Rev. bras. enferm., Brasília , v.
64, n. 2, p. 287-293, abr. 2011.
12. A IMPORTÂNCIA DO ACOMPANHAMENTO DE ENFERMAGEM NO
TRANSPLANTE CARDÍACO: UMA REVISÃO LITERÁRIA.
Carlos Henrique do Nascimento Morais; Carlos Victor Fontenele Pinheiro; Elisângela Sandra
de Araújo Aragão; Sheila Costa Araújo; Tereza Anielle Albuquerque Ximenes; NÁTILA
AZEVEDO AGUIAR RIBEIRO
INTRODUÇÃO: O transplante cardíaco é uma modalidade terapêutica que possibilita a
reversão de uma patologia grave em um paciente com doença cardíaca, utilizada quando não
há mais nenhum tipo de tratamento disponível. Os doadores para transplante cardíaco são
pacientes com morte encefálica, ou seja, pacientes que apresentam destruição completa e
irreversível do cérebro e tronco cerebral, mas que mantêm, temporariamente e/ou
artificialmente, os movimentos respiratórios, os batimentos cardíacos e a circulação
sanguínea. Já os receptores são selecionados com muito rigor, pois existem algumas
contraindicações que devem ser levadas e consideração, como a idade (> sessenta anos),
resistência vascular pulmonar elevada após vasodilatador, infecção crônica ou aguda, diabete
insulinodependente, lúpus, neoplasia, doença vascular cerebral grave, embolia pulmonar com
infarto recente, e condição psicossocial desfavorável. A sobrevida do transplantado é de 60%
em cinco anos. Entretanto, ela poderá ser afetada pela falta de aderência ao tratamento,
condições socioeconômicas precárias, alcoolismo, dependência de drogas e outras. É nesse
momento que a função do enfermeiro se torna indispensável, visto que ele coordena todo o
processo de transplante visando o bem-estar e a qualidade de vida do paciente. OBJETIVO:
Expor a importância da atuação do enfermeiro no decorrer do processo de transplante.
METODOLOGIA: Realizou-se uma revisão literária através dos descritores “cuidados de
enfermagem” e “transplante de coração” nas bases de dados da Biblioteca Virtual da Saúde no
mês de novembro de 2014. Através desses descritores foram encontrados trezentos e vinte
trabalhos, com a filtragem do idioma português e pelo assunto principal, “cuidados de
enfermagem e transplante de coração”, apenas vinte permaneceram destes, foram analisados
os que tinham até dez anos de publicação e logo depois de incorporados como referencial
teórico deste trabalho. RESULTADOS: Ao término da pesquisa constatou-se a real
importância que o enfermeiro tem na coordenação e acompanhamento do processo de
transplante cardíaco. No período pré-transplante a assistência de enfermagem é voltada ao
doador, pois após a confirmação do diagnóstico de morte encefálica é realizada uma avaliação
para observar o potencial de doação assim como uma entrevista com os familiares para obter a
devida autorização. Nesta fase, o enfermeiro também deve estar atento para manter os dados
hemodinâmicos (níveis de hemoglobina, pressão venosa central, pressão arterial sistólica,
dopamina, débito urinário a oxigenação e outros) controlados. Ao receptor, a equipe de
enfermagem deve atentar-se ao seu estado clínico e emocional, pois as orientações de
enfermagem pré-operatórias contribuem para reduzir complicações no pós-operatório, que
muitas têm sua base no medo do desconhecido e na ansiedade ocasionadas pela falta de
orientação. No período pós-operatório a atuação da enfermagem tem como objetivos: avaliar,
detectar e intervir precocemente nas possíveis complicações pós-transplante cardíaco. Para
tanto é necessário que a equipe de enfermagem tenha conhecimento da história do paciente,
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enfocando a evolução da doença, estado atual e terapêutica utilizada para controle da mesma
até o momento, bem como da evolução do paciente durante o transplante de coração e
possíveis complicações associadas ao procedimento cirúrgico. CONCLUSÃO: A atuação do
enfermeiro no transplante cardíaco envolve desde a manutenção do doador até a alta do
paciente, exigindo do enfermeiro conhecimentos e habilidades para identificar qualquer tipo
de alteração fisiopatológica para que, junto com a equipe de saúde, possam tomar as medidas
mais adequadas. Com este trabalho foi possível expor um referencial teórico relevante que
pode contribuir para melhorar a assistência de enfermagem no período pré e pós-operatório de
transplante cardíaco, podendo contribuir para a redução das complicações pós-transplante
cardíaco. REFERÊNCIAS: SILVA, R.; SANTIAGO, L. C. Contribuição das orientações de
enfermagem pré-operatórias para clientes submetidos à cirurgia cardíaca. Enfermeira Global,
n. 14, p. 1-6, outubro, 2008.PROTOCOLO DE CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM
TYRANSPLANTES DE ÓRGÃOS – ABTO. Assistência de Enfermagem ao paciente
submetido ao transplante cardíaco, 2008.SCHULTZ, F.; MARQUES, I. R. Atuação do
enfermeiro no transplante cardíaco. RevEnferm. UNISA, n.10, p. 16-2, 2009.
13. A CONTRIBUIÇÃO DO ENFERMEIRO NO CUIDADO À CRIANÇA
PORTADORA DE SÍNDROME DE DOWN COM CARDIOPATIAS CONGÊNITAS
Dean Carlos Nascimento de Moura; Breno Sousa da Penha; Diana Káren do Nascimento
Lima; Francisco Pedro de Sousa Xavier; Géssica Lima da Silva; ANTÔNIA ELIANA
ARAÚJO ARAGÃO
INTRODUÇÃO: O cuidado a criança portadora de cardiopatia congênita e a sua família é
um desafio constante para a enfermagem, que se redobra ainda mais quando está associada à
Síndrome de Down. Essas crianças apresentam características únicas e específicas. Atender a
complexidade que esses pacientes exigem, requer do profissional enfermeiro postura de
respeito diante da criança e da família atendendo-a em suas necessidades como ser humano e
também conhecimento técnico-científico, que é garantido pelo aperfeiçoamento constante.
Vários problemas físicos estão associados à Síndrome de Down. Muitas destas crianças
apresentam malformações cardíacas congênitas. Para proporcionar uma assistência de
enfermagem planejada e qualificada, é necessário que se tenha integração entre as equipes no
pré, trans e pós-operatório. A atuação da equipe de enfermagem nesse momento é de
fundamental importância na prevenção e diagnóstico precoce das complicações e na
manutenção do conforto do paciente, com observação rigorosa, detalhada e sistematizada do
mesmo. OBJETIVO: Correlacionar os conhecimentos teórico-científicos com a contribuição
do enfermeiro ao tratamento à criança com cardiopatias congênitas relacionadas com a
Síndrome de Down. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa do tipo revisão
bibliográfica de caráter descritivo-exploratório efetivada por meio de um levantamento
bibliográfico. Os critérios de inclusão definidos para a seleção dos artigos foram: artigos
publicados em português; artigos na íntegra que retratassem a temática referente à
contribuição da enfermagem às crianças portadoras de Síndrome de Down acometidas por
cardiopatias congênitas com até 12 anos de idade e artigos publicados e indexados nos
referidos bancos de dados nos últimos cinco anos. através da consulta dos descritores do
Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). Foram excluídos os artigos repetidos nas bases de
dados e com discussão fora da temática proposta no referido estudo. Os descritores
combinados utilizados nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e The
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Scientific Electronic Library Online (Scielo). Análise dos estudos selecionados, em relação ao
delineamento de pesquisa, pautou-se em atender o tema proposto, sendo que tanto a análise
quanto a síntese dos dados extraídos dos artigos foram realizadas de forma descritiva,
possibilitando observar, contar, descrever e classificar os dados, e categorizar o estudo, com o
intuito de reunir o conhecimento produzido sobre o tema explorado na revisão.
RESULTADOS: Avaliando-se os estudos que evidenciaram o surgimentos de categorias,
como a relação da síndrome de down com a cardiopatia, as características da intervenção de
enfermagem no pré, trans e pós-operatório e a relação dos familiares com os profissionais da
assistência. Pôde-se observar a descrição da integração entre as equipes de cada setor. Aliado
a esta integração, o roteiro sistematizado da assistência de enfermagem orienta a equipe à
prevenção e diagnóstico precoce das complicações, favorecendo a recuperação precoce da
criança e, consequentemente, diminuindo o tempo de permanência no ambiente hospitalar.
CONCLUSÃO: Concluiu-se que a promoção do cuidado de enfermagem de qualidade a
essas crianças é sem dúvida, ação diferencial no seu processo saúde-doença. Tranquilizar,
estar disposto a tirar dúvidas, informar quanto às potencialidades da criança portadora de
Síndrome da Down com cardiopatia congênita são meios que contribuem para o
enfrentamento da situação, do preconceito, da falta de confiança, do medo, da insegurança.
Chama-se a atenção para o preparo dos fissionais em lidar com esses pacientes, que muitas
vezes não estão preparados. O aprendizado contínuo e a observância dos aspectos éticos na
prática profissional são elementos essenciais para a consistência do cuidado humanizado e
sistematizado. REFERÊNCIAS: WU MH, Chen HC, Lu CW, Wang JK, Huang SC, Huang
SK. Prevalence of congenital heart disease at live birth in Taiwan. J Pediatric . 2010 acesso
em nov de 2014; 156(5):782-5. ALI, S. K. M. Cardiac abnormalities of Sudanese patients
with Down’s syndrome and their short-term outcome. Cardiovascular Journal off África,
Khartoum Erkaweit, v. 20, no. 2, 2009. Acesso em nov de 2014 p.112-115.BOAS LTV,
Albernaz EP, Costa RG. Prevalência de cardiopatias congênitas em portadores da síndrome de
Down na cidade de Pelotas (RS). J Pediatr. 2009. acessado em nov 2014; 85(5): 403-7.
14. A SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM PACIENTES
CARDIOPATAS: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.
Francisco Pedro de Sousa Xavier; Géssica Lima da Silva; Anderson Liniker Saraiva Barros;
Carlos Henrique do Nascimento Morais; Dean Carlos Nascimento de Moura; ANTONIA
ELIANA DE ARAÚJO ARAGÃO.
INTRODUÇÃO: O termo cardiopatia é uma designação que abrange todas as patologias que
acometem o coração, dividem-se em quatro tipos genéricos: congênitas, das válvulas, do
miocárdio e infeciosas. As cardiopatias congênitas são situações crônicas, resultantes de
problemas que persistem desde o nascimento. As cardiopatias que afetam as válvulas
cardíacas podem ser do tipo funcional ou anatómico, impedindo o seu fechamento completo
durante a sístole ventricular. As cardiopatias que atingem o miocárdio afetam a capacidade do
coração bombear sangue para todo o corpo, já que a pressão de saída do sangue é menor, em
função de uma redução do tônus muscular cardíaco. As cardiopatias de origem infeciosa
resultam da ocorrência de infeções por microrganismos diversos, como vírus, bactérias ou
fungos, podendo afetar também as membranas que revestem o coração, e não apenas o
músculo cardíaco, um exemplo é a doença de chagas causada pelo Trypanosoma cruzi. Em
todos os casos se faz necessário um atendimento sistematizado por parte da equipe,
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principalmente no que diz respeito à prática do enfermeiro, que irá acompanhar todo o
processo de cuidados do paciente cardiopata. OBJETIVO: Averiguara importância da
sistematização da assistência de enfermagem (SAE) para o acompanhamento eficaz de um
paciente com problemas cardíacos, nas publicações brasileiras disponíveis online.
METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica, realizada no portal de busca da
Biblioteca Regional de Medicina (BIREME). Esse estudo foi realizado no mês de novembro
de 2014. No momento da pesquisa utilizou os seguintes descritores: “cuidados de
enfermagem” e “doença das coronárias”. Por meio destes foram encontrados 996 trabalhos.
Apos aplicar os critérios de inclusão tais como: (doença das coronárias e cuidados de
enfermagem) apenas 12 permaneceram foram escolhidos para análise por se tratarem de
trabalhos atuais com menos de 10 anos de publicação. Esta disponível na integra e gratuito na
internet, textos em português e dos últimos 10 anos dos quais para os critérios de exclusão:
repetição dos artigos e não ter relação com a temática, totalizando oito artigos. As
informações foram analisadas descritivamente. RESULTADOS: Esse estudo mostrou que o
enfermeiro utiliza a SAE como instrumento de realização do cuidado que proporciona uma
ação interativa entre o profissional e o paciente. Logo, as atividades são desenvolvidas “para”
e “com” o paciente, ancoradas no conhecimento científico, habilidade, intuição, pensamento
crítico e criatividade acompanhadas de comportamentos e atitudes de cuidar/cuidado no
sentido de promover, manter e/ou recuperar totalidade e a dignidade humana. Além disso, a
utilização da SAE em pacientes cardiopatas pode agilizar o diagnóstico e o tratamento de
problemas de saúde reais e de risco, reduzindo a incidência das estadias hospitalares e,
também, melhora à comunicação e ajuda a prevenir erros, omissões e repetições
desnecessárias no cuidado do paciente. CONCLUSÂO: As doenças cardiovasculares são
umas das principais causas de morte em todo mundo, necessitando de uma assistência de
qualidade para tentar reverter esse contexto. A SAE, dentro da perspectiva de organização do
plano de cuidados da equipe de enfermagem, pode contribuir significativamente para
conseguir o objetivo traçado. No entanto, é indispensável mais pesquisas sobre esse tema para
que a comunidade científica perceba a importância dessa sistematização na assistência,
principalmente de indivíduos com distúrbios no coração. REFERÊNCIAS: BALDUINO, A.
F. A.; MANTOVANI, M. F.; LACERDA, M. R. O processo de cuidar de enfermagem ao
portador de Doença crônica cardíaca. Esc Anna Nery.RevEnferm, n.13 (2), p. 342-351, 2009.
REPPETO, M. A.; SOUZA, M. F. Avaliação da realização e do registro da Sistematização da
assistência de enfermagem (SAE) em um hospital universitário. RevBrasEnferm,
n.
58(3), p. 325-329,2005; FREITAS, M. C.; OLIVEIRA, M. F. Assistência de enfermagem a
idosos que realizam cateterismo cardíaco: uma proposta a partir do Modelo de Adaptação de
Calista Roy. RevBrasEnferm, n. 59(5), p. 642-646,2006.
15. A UTILIZAÇÃO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM NO CONTROLE DA
SEPSE EM PACIENTES CARDIOPATAS
Dean Carlos Nascimento de Moura; Pâmela Brito de Castro; Raimundo Nonato Pinho Filho;
Brenha Cristine Viana Tavares; Elaine Cristina de Oliveira ; ANTÔNIA ELIANA ARAÚJO
ARAGÃO
INTRODUÇÃO: O objeto da Enfermagem se constitui no cuidado humano, torna-se
imprescindível que os seus agentes desenvolvam o pensamento crítico e a capacidade de
tomar decisões por meio da implementação do processo de enfermagem, um instrumento
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tecnológico ou modelo metodológico que possibilita identificar, compreender, descrever,
explicar e/ou predizer as necessidades humanas em face de eventos do ciclo vital ou de
problemas de saúde, reais ou potenciais, e determinar que aspectos dessas necessidades
exijam uma intervenção profissional de enfermagem.¹ Desse modo percebe-se que o paciente
acometido por alguma cardiopatia fica susceptível a desenvolver uma Sepse, e sendo o
enfermeiro o profissional da equipe multiprofissional de saúde que possui um maior contato e
interação com o paciente, se faz necessário uma atenção diferenciada para o controle dessa
enfermidade. Avaliando-se os estudos que evidenciaram as características da intervenção de
enfermagem no pré, trans e pós-operatório, podemos observar a descrição da integração entre
as equipes de cada setor. Aliado a esta integração, o roteiro sistematizado da assistência de
enfermagem orienta a equipe à prevenção e diagnóstico precoce das complicações,
favorecendo a recuperação precoce do paciente que por ventura possa desenvolver uma Sepse,
e consequentemente, diminuindo o tempo de permanência no ambiente hospitalar.
OBJETIVO: Verificar a contribuição do processo de enfermagem no controle da sepse em
pacientes cardiopatas. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa do tipo revisão
bibliográfica, de caráter descritivo-discursivo. Sendo a coleta de dados embasada na
Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), na qual se utilizou como descritores: Sepse, Cardiologia,
processo de Enfermagem. Inicialmente, a pesquisa foi realizada com cada descritor
individualmente e associados. E se utilizou como critérios para inclusão/exclusão os artigos
que se encontravam na integra, contendo o texto completo e redigido em língua portuguesa,
além de contemplar o tema em questão. Sendo utilizados somente os artigos publicados nos
últimos 5 anos, As informações serão apresentadas por meio de categorias temáticas, por meio
de agrupamentos das respostas dos dados afins. RESULTADOS: Partindo desses resultados,
realizou-se uma pré-leitura e a leitura seletiva, na qual elegemos 24 produções científicas
escritas entre o período de 2009 a 2014. Descartamos, ainda, 13 artigos repetidos e 3 que não
contribuíam com o objetivo e objeto do estudo, restando assim 8 artigos que contemplavam o
tema da pesquisa, desse modo surgiu 3 categorias, contribuição da enfermagem em pacientes
cardiopatas acometidos por sepse, inter-relação entre cardiopatia e sepse, e a contribuição da
família para o tratamento . Após a seleção da bibliografia potencial, realizamos a leitura
crítica e interpretativa dela e fizemos a análise temática dos dados. CONCLUSÃO: O
cuidado no atendimento às necessidades afetadas reais e potenciais de regulação vascular,
hidratação, oxigenação, regulação térmica, nutrição, eliminação, integridade física, cuidado
corporal, percepção dos órgãos dos sentidos, segurança emocional e gregária dos pacientes,
mostrou se complexo devido às peculiaridades inerentes a cada ser em estado crítico.
Entretanto, ao favorecer a operacionalização do processo de enfermagem, se mostrou como o
caminho mais promissor para o controle enfetivo da Sepse dos pacientes acometidos por
cardiopatias. REFERÊNCIAS: GARCIA TR, NÓBREGA MML. Processo de Enfermagem:
da teoria à prática assistencial e de pesquisa. Esc Anna Nery Rev Enferm. 2009 out/nov;
14(1): 188-93. RAMALHO NETO JM, BEZERRA LM, BARROS MAA, NÓBREGA MML,
FONTES WD. Nursing process and septic shock: intensive nursing care. Rev enferm UFPE
Online[periódico na internet]. 2011 Nov[acesso em 2014 nov 07];5(9):2260-7.
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16. ANÁLISE DA ADESAO AO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO ANTIHIPERTENSIVO EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE.
Samy Loraynn Oliveira Moura; Germana Maria da Silveira; Cleoneide Paulo de Oliveira
Pinheiro; LUCIANA MARIA MONTENEGRO SANTIAGO
INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica de etiologia
multifatorial, caracterizada por níveis ascendentes e resistentes da pressão arterial sistêmica
(PAS), considerada um fenômeno ascendente, cada vez mais precoce, que representa um sério
problema de Saúde Pública no Brasil e no mundo (BRASIL, 2006). A adesão ao tratamento
anti-hipertensivo é consolidada com a participação do cliente de forma ativa no seu plano
terapêutico, não se constituindo em mero cumpridor de recomendações; ao contrario, é visto
como sujeito do processo, assumindo com os profissionais de saúde, a responsabilidade pelo
seu tratamento. No entanto, a taxa de descontinuação, medida seis meses após a primeira
prescrição, é bastante elevada encontrando-se mais de 50% dos pacientes não ingerindo
qualquer medicamento (OIGMAN, 2006). OBJETIVO: Analisar a adesão de pacientes ao
tratamento farmacológico anti-hipertensivo, em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), do
município de Sobral-Ce. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa exploratoria
descritiva, com abordagem quantitativa, realizado no período de março de 2012 a novembro
de 2013, com dez hipertensos que pertencem à área de abrangência do Centro de Saúde da
Família Alto da Brasília no município de Sobral-Ce. Para obtenção das informações que
fundamentaram o desenvolver dessa pesquisa, realizou-se aplicação do teste de MoriskyGreen (TMG), assentado por quatro questões estruturadas e padronizadas, as quais visam
identificar o grau de adesão à terapêutica farmacológica prescrita. De acordo com o protocolo
do TMG, o paciente é classificado no grupo de alto grau de adesão, quando as respostas a
todas as perguntas são negativas, porém, quando pelo menos uma das respostas é afirmativa, é
classificado no grupo de baixo grau de adesão, sendo, portanto, considerado aderente ao
tratamento àquele que obtém pontuação máxima de quatro pontos e não aderente o que obtém
três pontos ou menos (MORISKY et al, 1986). Os testes estáticos foram realizados, sendo os
hipertensos classificados de acordo com o grau de adesão, em duas variáveis: baixo grau de
adesão e alto grau de adesão. A pesquisa foi orientada a partir dos princípios éticos e legais
preconizados pela Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde, com apresentação do
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), recebendo aprovação do Comitê de
Ética em Pesquisa da Universidade Estadual Vale do Acaraú, em Sobral/CE, por meio do
CAAE Nº 11156213.6.0000.5053. RESULTADOS: De acordo com o preconizado no teste
de Morisky, pode – se evidenciar ao analisar a somatória dos pontos dos hipertensos que 60%
apresentaram pontuação menor ou igual a três, enquanto 40 % exibiram uma pontuação igual
a quatro. Nessa perspectiva, constata-se que o maior percentual dos hipertensos apresenta
baixo grau de adesão. Ao realizar a avaliação das quatro questões do teste foi possível
verificar que 90% dos resultados obtidos do total de hipertensos estudados, frente atitudes
positivas à tomada dos medicamentos, relacionavam-se com “não deixar de tomar os
remédios mesmo sentindo-se mal” e “não deixar de tomar o remédio quando sentem se bem”.
No que concerne a atitudes negativas, constatou-se que 60 % relacionavam-se ao “descuido
quanto ao horário de tomar os remédios” e 50% ao “esquecimento de tomar os remédios”.
Ante o exposto, afirma-se que o esquecimento e o descuido quanto ao horário são os
principais fatores associados significativamente a não adesão adequadamente ao tratamento
anti – hipertensivos medicamentosos. O esquecimento, neste estudo, como principal motivo
da não adesão, é também relatado em outros trabalhos semelhantes (GIROTO, 2008;
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STRELEC et al, 2003). Este motivo é comum, especialmente porque os pacientes, muitas
vezes, não agregam ao seu dia-a-dia a utilização dos medicamentos. Além disso, podem não
ter sido devidamente orientados quanto a meios para minimizar os esquecimentos, com
estratégias de local de armazenamento e horário das tomadas. CONCLUSÃO: A hipertensão,
como a maioria das doenças crônicas, modifica o cotidiano dos indivíduos, ocasionando
alterações no modo como estes indivíduos pensam, relacionam-se e agem. O auxílio no
enfrentamento destas mudanças, especialmente o seu controle, transcende o individual. Nesse
sentido, as equipes multiprofissionais, em especial as equipes de saúde da família, são peças
fundamentais para a melhora dos índices de adesão ao tratamento anti-hipertensivo. Assim
sendo, os resultados deste estudo permitiram subsidiar os profissionais de saúde do Centro de
Saúde da Família Alto da Brasília, na identificação de grupos mais vulneráveis a
complicações relacionados à hipertensão arterial sistemica, de modo a implementarem
políticas e práticas de saúde mais eficazes. REFERÊNCIAS: BRASIL, Ministério da Saúde
– Secretaria de Políticas de Saúde, Hipertensão arterial sistêmica – Cadernos de Atenção
Básica nº 15. Brasília, DF, 2006; OIGMAN, W. Métodos de avaliação da adesão ao
tratamento anti-hipertensivo. Rev. bras. hipertens., Ribeirão Preto, v.13, n.1, p.30-34.
jan./mar. 2006; MORISKY D.E.; GREEN L.W.; LEVINE D.M.; Concurrent and predictive
validity of a self-reported measure of medication adherence. Med Care. 1986; 24(1): 67-74;
GIROTTO, Edmarlon. Adesão ao tratamento anti-hipertensivo e fatores associados na
área de abrangência de uma unidade de saúde da família, Londrina, PR /
EdmarlonGirotto.–Londrina, 2008; STRELEC, M.A.A.M. et al. A Influência do
Conhecimento sobre a Doença e a Atitude Frente à Tomada dos Remédios no Controle
da Hipertensão Arterial. Arq Bras Cardiol, volume 81 (nº 4), 343-8, 2003.
17. AUTOMATISMO E DINÂMICA ELÉTRICA CARDÍACA: UMA REVISÃO
LITERÁRIA DO SISTEMA DE CONDUÇÃO MIOCÁRDICA.
José Flason Marques da Silva; Antônia Bruna Ferreira Braga; Maria de Fátima Pinho
Vasconcelos; Layana Liss Rodrigues Ferreira; Marcelo Cristiano Campos Nobre; RONALDO
CÉSAR AGUIAR LIMA.
INTRODUÇÃO: O Coração é um órgão muscular oco, em forma cônica (mão fechada) com
massa de aproximadamente 250 a 300 gamas. Funciona como uma bomba contrátilpropulsora e está situado no mediastino. Formado por quatro câmaras (dois átrios e dois
ventrículos), mantém uma estrutura que funciona de forma dependente (átrios e ventrículos), e
outra que atuam de forma quase independente, formando duas câmaras (uma direita e outra
esquerda) que se contraem harmonicamente graças a um sistema de condução, formado por
fibras especiais, que tornam o coração um sincício, ou seja, uma bomba que trabalha como
uma unidade, como se fosse uma única câmara. OBJETIVOS: Assim sendo, o objetivo do
presente estudo é discursar sobre o sistema de condução elétrica do coração, apontando as
vias e os caminhos utilizados pelos impulsos para manter a contratilidade rítmica do
miocárdio. METODOLOGIA: O presente artigo trata-se de uma revisão sistemática da
literatura, realizada nas bases de dados on-line (Scielo, PUBMEB, LILLACS e BIREME)
através da busca pela Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) utilizou-se os descritores: anatomia,
coração e automatismo cardíaco utilizando o operador Booleano “AND”. Foram encontrados
13 artigos, mas foram excluídos seis por não discutirem a temática proposta, sendo
considerados para analise sete artigos. Além de referenciais teóricos considerados bases para a
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temática. RESULTADOS: O Sistema de Condução elétrica do Coração compõem-se de um
comando intrínseco e outro extrínseco. O músculo cardíaco possui propriedades intrínsecas
que lhe permitem despolarizar-se e contrair-se sem estimulação neural. As células cardíacas
se interconectam pelo processo término-terminal e formam discos intercalados. Esses discos
intercalados permitem a propagação dos impulsos elétricos de uma célula para outra e fazem
o miocárdio agir como uma única unidade ou sincício funcional. Os componentes do sistema
de condução do coração incluem o nó ou nódulo sinoatrial (SA), o nó ou nódulo
atrioventricular (AV), o fascículo atrioventricular (AV) ou feixe de His, os ramos dos feixes
direito e esquerdo e as fibras de Purkinje. O impulso elétrico, que desencadeia a contração
cardíaca, começa no nódulo SA, ou marcapasso intrínseco do coração. As células do nódulo
SA, que estão localizadas na parede posterior do AD, despolarizam-se espontaneamente cerca
de 60 a 80 vezes por minuto. Do nódulo SA, o impulso elétrico espalha-se por intermédio de
fendas internodais através de ambos os átrios até alcançar o nódulo AV, na parte inferior do
septo interatrial. O impulso elétrico é retardado no nódulo AV por aproximadamente 0,13
segundos para que os átrios possam contrair-se e encher os ventrículos. A seguir, o impulso
desloca-se rapidamente através do feixe de His, através dos ramos dos feixes direito e
esquerdo e através da rede de fibras de Purkinje no miocárdio de ambos os ventrículos. Essa
condução rápida permite aos dois ventrículos se contraírem aproximadamente ao mesmo
tempo. O ritmo e o vigor da contração cardíaca não dependem da estimulação nervosa
intrínseca, mas e pelo contrário são influenciados por fatores extrínsecos tais como controle
nervoso autônomo e atividade hormonal. Os nervos simpáticos estimulam os átrios e os
ventrículos do coração a baterem com maior rapidez (efeito cronotrópico) e mais vigor (efeito
inotrópico). Os nervos parassimpáticos (vagos) controlam os átrios e torna mais lenta a
frequência cardíaca. Hormônios como noradrenalina e adrenalina induzem aumentos na
frequência cardíaca e na força de contração. Enquanto estímulos Vagais promovem
bradicardias. CONCLUSÃO: O sistema de condução elétrica do coração é constituído e
organizado de forma bem peculiar. Formado por um tecido especializado, com capacidade de
gerar impulso e conduzi-lo a uma alta velocidade, o sistema de condução miocárdico,
apresenta uma estrutura engenhosamente específica que garante a boa contratilidade do
miocárdio. Iniciando desde a estrutura histológica, com os discos intercalares, passando pelos
nós geradores de impulso, até as fibras de condução. Tudo harmoniosamente trabalhando para
a função de bomba do coração. REFERÊNCIAS: GARTNER, L.P. HIATT, J.L. Tratado de
Histologia. 2ª Ed. Editora Guanabara Koogan S.A. Rio de Janeiro - RG: Guanabara Koogan
editora; 2003. GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª Ed. Editora
Saunders. São Paulo - SP: Editorial Elsevier; 2006. JUNQUEIRA, L.C.U.; CARNEIRO, J.
Histologia Básica. 10ª Ed. Editora Guanabara Koogan S.A. Rio de Janeiro - RJ: Ed.
Guanabara Koogan S.A.; 2004. SBC. Sociedade Brasileira de Cardiologia. Diretrizes de
Cardiologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Disponível em www.cardiol.br.
18. CARDIOMIOPATIA NA CIRROSE: CARACTERÍSTICAS DA DISFUNÇÃO
CIRCULATÓRIA E DISCUSSÃO SOBRE O PROGNÓSTICO.
Tayanny Teles Linhares Bezerra; Bruna da Conceição Lima; Layanny Teles Linhares
Bezerra; Layana Liss Rodrigues Ferreira; Irineu Moreno de Melo Sobrinho; RONALDO
CÉSAR AGUIAR LIMA
INTRODUÇÃO: A cirrose hepática pode ser definida anatomicamente como um processo
difuso de fibrose e formação de nódulos, acompanhando-se frequentemente de necrose
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hepatocelular. Apesar das causas variarem, todas resultam no mesmo processo. A cirrose
hepática é uma doença sistêmica que repercute em diversos órgãos, podendo agredir órgãos
vitais como o coração. As cardiopatias relacionadas a doenças hepáticas são bem relatadas na
literatura e podem cursar com diversas manifestações. Estudos recentes têm descrito uma
alteração miocárdica típica da cirrose, porém a frequência e a relevância clínica desta
alteração na história natural da cirrose ainda são desconhecidas. OBJETIVOS: Avaliar a
frequência da cardiomiopatia cirrótica, sua relação com a disfunção circulatória e seu impacto
na evolução dos pacientes. METODOLOGIA: Incluímos retrospectivamente 42 pacientes
atendidos pelo ambulatório de hepatologia (31 homens/11 mulheres; 26±13anos) com cirrose
classificadas previamente quanto ao Child (Child A, B e C). Para participar do presente
estudo, os indivíduos concordaram em fornecer informações no prontuário mediante
assinatura de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Após concordarem com
o TCLE, os pacientes ainda teriam que ter realizado todos os exames de avalição
hemodinâmica. Os pacientes que não apresentaram os exames indispensáveis, foram
excluídos do trabalho. Avaliamos um Ecocardiograma com Doppler para determinar as
dimensões das cavidades cardíacas, a função sistólica e diastólica dos ventrículos e para
estimar a pressão capilar pulmonar. A disfunção diastólica (DD) foi classificada em uma
escala de 0-3 baseada em critérios reconhecidos (American Society of Echocardiography). Os
dados foram cruzados e submetidos ao teste do qui-quadrado para quantificar o grau de
confiança dos dados obtidos. RESULTADOS E DISCUSSÕES: As alterações
hemodinâmicas e neuro-humorais inerentes à fisiopatologia da cirrose hepática, associadas ao
caráter geralmente insidioso de sua evolução, promovem um estado de disfunção ventricular
progressivo. A necrose hepatocitária com formação de "shunts" intra-hepáticos, associada 'ao
hipofluxo gerado pela hipertensão porta, prejudicam a função de metabolização hepática,
culminando em altos níveis plasmáticos de: peptídeo vasoativo intestinal, prostaciclinas,
endotoxinas, glucagon, óxido nítrico (NO), ácidos biliares, fator de necrose tumoral entre
outros. Em contrapartida há evidências de hiperprodução de substâncias vasodilatadoras e
subproduçào hepática de mediadores da vasoconstricção, tais como o vasoestimulador renal.
Generalizando, as alterações na fisiologia hepática, desencadeiam diversas alterações na
fisiologia cardíaca e renal. Após análise dos exames e prontuários, 1 paciente foi excluído por
valvulopatia. As dimensões e a fração de ejeção (63±8%) do ventrículo esquerdo foram
normais. Identificamos DD em 57% dos pacientes (41% grau 1 e 16% grau 2). Nestes
pacientes as pressões capilares pulmonares foram mais elevadas, quando os comparamos com
os pacientes sem DD (8±3, 10±3 e 14±6 mmHg, sem DD e com DD grau 1 e 2,
respectivamente; p<0,001). Quando comparamos os pacientes sem DD ou com DD grau 1
com os pacientes com DD grau 2, estes últimos apresentaram uma insuficiência hepática mais
severa (Child 8±2 vs 10±2 e MELD 14±6 vs 20±11,respectivamente; p<0,05), uma disfunção
circulatória mais intensa (resistências vasculares sistêmicas: 877±330 vs 626±151 din/seg/cm5, p<0,05; gasto cardíaco: 9±3 vs 10±2, p=0,07; noradrenalina plasmática: 338±233 vs
620±646 pg/ml, p<0,0001) e níveis plasmáticos mais elevados de fator natriurético atrial
(42±32 vs 64±49 fmol/ml, p<0,01) e de peptídeo natriurético cerebral (54±76 vs 91±94
pg/ml,p<0,07). A frequência de DD grau 2 foi de 8,11 e 28% entre os pacientes do grupo A, B
e C de Child, respectivamente (p<0,05). A sobrevida ao ano foi significativamente inferior
entre os pacientes com DD grau 2, quando comparados com os demais pacientes (25% VS
61%, p<0,01). CONCLUSÃO: A cardiomiopatia é frequente entre os pacientes com cirrose,
e aumenta a incidência de acordo com o Child e classe funcional, sobretudo naqueles com
insuficiência hepática mais severa. A presença de DD grau 2 está associada com a doença
hepática mais avançada, com pior disfunção circulatória e pior prognóstico.
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REFERÊNCIAS. BRAUNWALD. Tratado de Doenças Cardiovasculares. Livro texto de
Cardiologia. 7ª edição. Elsevier, 2006. CECIL. Tratado de Medicina Interna – Lee Golman,
Dennis Ausiello, 23º edição. Elsevier. PAOLA, AAV; GUIMARÃES, JF; BARBOSA, MM.
Cardiologia – Livro texto da Sociedade Brasileira de Cardiologia, editora Manole, 2011.
SBC. Sociedade Brasileira de Cardiologia. Diretrizes de Cardiologia da Sociedade
Brasileira de Cardiologia. Disponível em www.cardiol.br. SBH. Sociedade Brasileira de
Hepatologia. Conceito de Hepatopatia Grave – 2005.
19. CARDIOPATIA CONGÊNITA EM CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN:
UMA REVISAÕ BIBLIOGRÁFICA.
Maria Jéssica Melo Marinho.; Ronys Gomes de Souza; Kariny Gomes Marques; Paula
Andréia Araújo Monteiro; Rosalice Araújo de Sousa; FRANCISCO MEYKEL AMÂNCIO
GOMES
INTRODUÇÃO: A síndrome de Down (SD) é a aberração cromossômica mais frequente em
recém-nascidos, com uma incidência de 1/660 nascidos vivos, a trissomia 21 ocorre em 95%
dos casos devido a não disjunção na meiose materna I, resultando em três cópias do
cromossomo 21 em cada célula. Desses casos, 4% são relacionados à translocações genéticas
e 1% a mosaicismo. (NISLI, 2009). Esta síndrome tem recebido especial atenção,
principalmente pelo fato de ser a anomalia cromossomial mais comum entre os neonatos. Sua
prevalência na população geral é de aproximadamente 1 em 600 até 1.000 nascimentos, mas
ela pode variar conforme a idade materna. Em mães com idade superior a 45 anos, a síndrome
pode chegar a ocorrer em 1 em cada 30 nascimentos (BOAS, 2009). As cardiopatias
congênitas são anomalias resultantes de defeitos anatômicos no coração ou na rede
circulatória, que comprometem a estrutura e/ou a função. São doenças presentes ao
nascimento, mesmo que detectadas tardiamente (BENETTI, 2012). OBJETIVO: Analisar a
produção científica referente à cardiopatia congênita em crianças com síndrome de Down nos
últimos cinco anos. METODOLOGIA: Este estudo constitui-se de uma revisão
bibliográfica, realizada em novembro de 2014, no qual se realizou uma pesquisa a sites, e
artigos científicos presente na Biblioteca Virtual da Saúde (BVS) LILACS, SCIELO,
MEDLINE, com os descritores: crianças, cardiopatia congênita e síndrome de Down. Onde
foram selecionados artigos, que estavam em português e com texto completo. Foram
encontrados 10 (dez) artigos onde de acordo com os critérios de inclusão e exclusão foram
selecionado 3 (três) publicações. O critério de exclusão foram trabalhos fora do período
selecionados, trabalhos somente com resumo, trabalho que não estavam em português e que o
conteúdo não estava relacionado ao tema. RESULTADOS: Sabe-se que a prevalência de
anomalias cardíacas congênitas em pacientes com síndrome de Down é de 40 a 50%, que
influenciam diretamente tanto o prognóstico quanto a expectativa de vida dos pacientes, sendo
a maior causa de morbidade e mortalidade nos primeiros 2 anos de vida. Dos pacientes que
apresentam cardiopatia congênita, metade manifesta defeito no septo atrioventricular
(DSAV), entre outras estão: comunicação interatrial (CIA), a comunicação interventricular
(CIV) e a persistência do canal arterial (PCA), também frequentes na síndrome de Down, as
quais são associadas a menores índices de mortalidade e menores complicações. Quanto aos
fatores de risco associados à mortalidade, estudos definiram as cardiopatias congênitas como
o mais prevalente, sabe-se que, quanto mais tardiamente ocorrer à indicação cirúrgica da
cardiopatia congênita, pior será o prognóstico da criança (NISLI, 2009). No Brasil, Boas et al
(2009) publicaram um estudo com objetivo de determinar a prevalência de cardiopatias
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congênitas em pacientes com SD na cidade de Pelotas (RS), expondo os tipos mais frequentes
e analisando fatores associados. O estudo transversal dos autores incluiu crianças portadoras
de SD nascidas e residentes em Pelotas no período de janeiro de 2000 a dezembro de 2005.
Os dados foram coletados segundo entrevistas realizadas nos domicílios dos pacientes, com as
mães ou responsáveis legais (BOAS et al, 2009). Referidos como a idade materna, idade
paterna, cor dos pais e da criança, presença de outras malformações e sexo da criança mostrou
que as associações não foram estatisticamente significativas. Esse achado está de acordo com
as 532 crianças portadoras de SD estudadas no projeto Atlanta. A cardiopatia mais frequente
no estudo de Boas et al (2009) foi à comunicação interatrial (17%). Eles ainda alegam ainda
uma porcentagem bastante baixa de pacientes que realizaram cariótipo (49%), e uma
porcentagem ainda menor com relação a diagnóstico pré-natal (2,1%). O aconselhamento
genético pré-natal é obrigatório em casos com diagnóstico ecocardiográfico fetal de DSAV
completo, em consequência de sua ligação retraída com SD e outras anomalias
cromossômicas. Atualmente, o diagnóstico pré-natal de DSAV completo tem sido associado a
um risco de 58% para aneuploidia, principalmente SD. Nos últimos anos, observou-se
significativa melhora na sobrevida de pacientes com síndrome de Down que apresentam
cardiopatia, seja pelo diagnóstico precoce, seja pelos tratamentos cirúrgicos efetivos. Sendo
indispensável um melhor preparo clínico dos profissionais que cuidam dessas crianças e um
adequado suporte do sistema de saúde (NISLI, 2009). CONCLUSÃO: Visto a prevalência de
casos de cardiopatias congênitas em crianças com síndrome de Down, assim como os dados
de mortalidade, conclui-se que exames e cirurgias feitos após diagnóstico precoce aumentam
o índice de sobrevida dessas crianças, assim como a divulgação de informações durante prénatal, um bom suporte de assistência do sistema de saúde e profissionais qualificados,
aumentando a expectativa de vida dos pacientes com SD que apresentam cardiopatia.
REFERÊNCIAS: NISLI, Kemal. Prevalência de cardiopatias congênitas em portadores
da Síndrome de Down. J. Pediatr. (Rio J.) [online]. 2009, vol.85, n.5, pp. 377-378. ISSN
0021-7557. VILAS BOAS, Luciana T.; ALBERNAZ, Elaine P. and COSTA, Rafaéla
Gonçalves. Prevalência de cardiopatias congênitas em portadores da Síndrome de Down
na cidade de Pelotas (RS). J. Pediatr. (Rio J.) [online]. 2009, vol.85, n.5, pp. 403-407. ISSN
0021-7557. BENETTI, Célia F. Anhesini. Tratamento percutâneo das cardiopatias
congênitas Disponível em: <http://sbhci.org.br/wp-content/uploads/2012/10/Celia.pdf>.
Acesso em: 24 nov. 2014.
20. CARDIOPATIAS PREDOMINANTES NA SÍNDROME DE NOONAN: UMA
REVISÃO DE LITERATURA.
Antônia Bruna Ferreira Braga; Maria de Fátima Pinho Vasconcelos; Layana Liss Rodrigues
Ferreira; Ronaldo César Aguiar Lima; José Flason Marques da Silva; MARCELO
CRISTIANO CAMPOS NOBRE
INTRODUÇÃO: A Síndrome de Noonan (SN) é uma desordem genética, autossômica
dominante com penetrância completa. Não muito rara, a SN se constitui em importante
diagnóstico diferencial em pacientes com baixa estatura, atraso puberal ou criptorquidia. A
SN apresenta grande variabilidade fenotípica e é caracterizada principalmente por
dismorfismo facial, cardiopatias congênitas e baixa estatura. O diagnóstico é clínico, com
base em critérios propostos por Van Der Burgt, em 1994. As anomalias Cardíacas são muito
comuns e constituem a principal causa de morbimortalidade na SN. OBJETIVO: Assim
sendo, o objetivo do presente trabalho foi relatar as cardiopatias mais frequentes na SN, bem
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como relatar as principais alterações morfológicas e hemodinâmicas decorrentes dessas
anomalias. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura, na qual se realizou uma
pesquisa bibliográfica nos principais livros textos embriologia e anatomia e na base de dados
da LILACS. A busca foi realizada com os termos: “síndromes genéticas”, “embriologia”,
“cardiopatias congênitas”, “malformações cardíacas” e “síndrome de Noonan”, após
analisados, os textos foram catalogando-se as anomalias em ordem de prevalência e as
respectivas alterações circulatórias e anatômicas que ocorrem nesses defeitos.
RESULTADOS E DISCUSSÕES: A Síndrome de Noonan é caracterizada por baixa
estatura, criptorquidismo, diátese hemorrágica e malformações cardíacas. As anomalias
cardíacas são achados comuns na síndrome de Noonan e a principal causa de
morbimortalidade. A anomalia cardíaca mais frequente na SN é a Estenose Pulmonar Valvar,
presente em, aproximadamente, 50% dos afetados. Logo em seguida, vem a Miocardiopatia
Hipertrófica, presente, em aproximadamente 25% das crianças com SN. Ambas as anomalias
apresentam peculiaridades na síndrome de Noonan: na Estenose Pulmonar Valvar as valvas
são muitas vezes displásicas, diferindo do formato em domo e sem fusão comissural
observada na forma não sindrômica; a Miocardiopatia Hipertrófica está frequentemente
associada a defeitos cardíacos, principalmente, a Estenose Pulmonar Valvar. Apesar destes
achados cardíacos, serem os mais comuns na SN, praticamente todos os tipos de anomalia
cardíaca já foi descritos. No eletrocardiograma do afetado pela SN são comuns a presença de
um desvio superior do eixo do QRS e ondas S profundas nas derivações precordiais, achados
esses não associados a uma anomalia cardíaca específica. Foram encontradas cinco anomalias
cardíacas relacionadas à Síndrome: 1) Estenose Pulmonar Valvar, Válvulas Displásicas que
formam uma cúpula central estreita, produzindo restrição do efluxo ventricular direito
levando à Hipertrofia do Ventrículo Direito; 2) Comunicação Interauricular (CIA), mais na
Fossa Oval, embora possa aparecer junto á desembocadura das Veias Cavas ou próximo à
porção Atrioventricular do septo cardíaco; 3) Comunicação Interventricular (CIV), junto ao
ápice ou base do Coração ou na porção inferior das Valvas Aórtica e Pulmonar, gerando
hiperfluxo pulmonar e hipertensão pulmonar se não corrigido; 4) Persistência do Canal
Arterial, completo fechamento em torno de dois meses de vida. (5) Anomalia de Ebstein,
malformação da válvula tricúspide, na qual ocorre aderência do folheto septal e do posterior
ao miocárdio subjacente, com deslocamento apical do anel funcional da tricúspide e
atrialização da porção do ventrículo direito envolvida, resultando em grande insuficiência
valvar, com dilatação do átrio e ventrículo direitos. CONCLUSÃO: A Síndrome de Noonan é
uma desordem genética muito relacionada a malformações cardíacas. As má formações
cardíacas são más formações graves e muitas vezes fatais à vida da criança em
desenvolvimento. Por tanto, o reconhecimento da diversidade dessas alterações cardíacas na
SN é de fundamental importância, uma vez que a partir do diagnóstico se inicia a terapia
adequada que é fator prognóstico na SN. Conhecendo a embriologia e a anatomia cardíacas, e
aliando-se aos processos tecnológicos, com diagnóstico precoce, o tratamento cirúrgico e o
manuseio clínico adequados, poder-se-á aumentar as sobrevivência dessas crianças.
REFERÊNCIAS:ALLANSON, J.E. Noonan Syndrome. J Med Genet 1987; 24: 9-13.
BURCH, M.; SHARLAND, M.; SHINEBOURNE, E.; SMITH, G.; PATTON, M.;
MCKENNA, W. Cardiologic abnormalities in Noonan syndrome: phenotypic diagnosis and
echocardiographic assessment of 118 patients. J Am Coll Cardiol 1993; 22: 1189-92.
NOONAN, J.A.; EHMKE, D.A. Associated noncardiac malformations in children with
congenital heart disease. J Pediatr 1963; 63: 468-70.
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21. COMPLICAÇÕES NO PÓS-OPERATÓRIO DE PACIENTES SUBMETIDOS À
CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO: UMA REVISÃO
BIBLIOGRÁFICA.
Mairla Vasconcelos Damasceno; Diana Káren do Nascimento Lima; Samara Kelly Sousa
Macêdo; Francisco Leandro de Carvalho Alcântara; Dean Carlos Nascimento de Moura;
FRANCISCO MEYKEL AMÂNCIO GOMES
INTRODUÇÃO: A doença coronariana continuará a ser a principal causa de mortalidade no
mundo durante as primeiras décadas do século XXI. Estudos recentes confirmam essas
previsões, demonstrando que em países industrializados da Europa e América do Norte se
constitui a principal causa de morbidade e mortalidade (TITOTO, 2005). Diante dessa
perspectiva o infarto agudo do miocárdio se constitui como a principal causa de mortalidade
no Brasil, tendo em vista que as doenças cardiovasculares correspondem a 30% das causas de
mortalidade no país. O tratamento dos indivíduos portadores da doença isquêmica cardíaca
vem sofrendo avanços terapêuticos e clínicos. Dentre as formas de tratamento se destaca a
cirurgia de revascularização do miocárdio (RVM) que é um dos procedimentos cirúrgicos
mais comumente realizados (VARGAS, 2005) e que tem como objetivo prolongar a vida,
aliviar a dor anginosa, prevenir novo infarto agudo do miocárdio (IAM) e melhorar a
qualidade de vida dos pacientes. Por se tratar de um procedimento cirúrgico, vem
acompanhado de todos os seus riscos perioperatório, ocasionando as complicações. Quando
tais complicações ocorrem os custos para os pacientes são incalculáveis, tanto do ponto de
vista financeiro, como físico e emocional. Visando a contenção de gastos hospitalares, a alta
dos pacientes após cirurgia cardíaca tem sido cada vez mais precoce. As causas mais comuns
para a reinternação dos doentes são: arritmias, problemas respiratórios, derrame pleural,
insuficiência cardíaca congestiva e problemas tromboembólicos. Presença de dor torácica,
com ou sem comprometimento respiratório, problemas incisionais, alterações gastrointestinais
e efeitos adversos dos medicamentos, como náuseas, vômitos e dores gástricas também foram
constatados. (DANTAS, 2011). A adequada avaliação no pré-operatório, por meio da
identificação de fatores de risco cirúrgico e do desenvolvimento de medidas capazes de
minimizá-los ou neutralizá-los, tem se refletido na redução da morbimortalidade operatória. A
Enfermagem tem papel fundamental na assistência e reabilitação de pacientes após a
revascularização do miocárdio, principalmente nos primeiros meses após a cirurgia, esta
assistência pode estar centrada em cuidados como curativos, administração de medicamentos,
fisioterapia e educação visando a sua recuperação e detecção de problemas. OBJETIVO:
Identificar as complicações no pós-operatório de pacientes submetidos à revascularização do
miocárdio. METODOLOGIA: Para identificar as complicações da revascularização no pósoperatório no que concerne aos problemas mais encontrados em pacientes após terem o
miocárdio revascularizado, realizou-se uma análise dos artigos sobre essa temática,
publicados nos principais periódicos de Enfermagem. As bases de dados utilizadas foram
LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), SCIELO
(Scientific Eletronic Library on line) e BDENF (Banco de Dados em Enfermagem). A
pesquisa foi do tipo qualitativa, utilizando o método de observação direta e através do
levantamento bibliográfico. Dessa forma foram encontrados 65 artigos, onde desses foram
selecionados 05 de acordo com os critérios de inclusão, que foram: artigos completos, em
português, no período estudado, Revascularização Miocárdica e Complicações pósoperatórias como assunto principal. RESULTADOS: Por ser procedimento cirúrgico de
grande porte os pacientes estão sujeitos a vários tipos de complicações nos períodos trans e
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pós-operatório, destacam-se as mais frequentes que se constituem em complicações
cardiovasculares, pulmonares, renais, gastrointestinais e neuropsiquiátricas. Estas podem estar
diretamente associadas à idade avançada, doença vascular periférica, creatinina sérica
elevada, sexo feminino, diabetes diálise pós-operatória e sedentarismo (DANTAS, 2001). O
risco aumentado para complicações e mortalidade em cirurgia cardíaca entre as mulheres é
atribuído a vários fatores: superfície corporal reduzida, menor diâmetro das artérias no sexo
feminino, diagnóstico e tratamento das doenças isquêmicas do coração em estágios mais
avançados na mulher, devido à abordagem inadequada de dor torácica (ALMEIDA, 2003). No
pós-operatório, os pacientes submetidos à cirurgia cardíaca necessitam de ventilação
mecânica, na qual as propriedades mecânicas e o índice de troca gasosa podem ser avaliados e
utilizados como critérios de extubação. Sabe-se que pacientes que apresentam fatores de risco
no pré-operatório apresentam maiores complicações no pós-operatório, e que as complicações
no pós-operatório podem ser consequentes às alterações da mecânica respiratória e das trocas
gasosas (AMBROZIN, 2005). CONCLUSÃO: Diante das evidências apresentadas, foi
possível identificar os principais problemas enfrentados por pacientes que estão se
reabilitando após a revascularização do miocárdio. No entanto, percebeu-se que esses
pacientes possuem autoestima elevada por terem a sensação de cura após a revascularização,
já que são reduzidos os sintomas citados. Destaca-se a importância da relação
multiprofissional com o paciente e a família como forma da obtenção direta ou indireta de
resultados positivos possibilitando uma mudança de hábitos para uma maior qualidade de vida
ao paciente. REFERÊNCIAS: ALMEIDA, F. F; BARRETO, S. M; COUTO, B. R. G. et al.
Fatores preditores da mortalidade hospitalar e de complicações pré-operatórias graves em
cirurgia de revascularização do miocárdio. Arq. Bras. Cardiol vol.80 no.1. São Paulo,
Jan. 2003. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0066-782X2003000100005. Acesso
em: 18 Nov 2014. AMBROZIN, A. R. P; CATANEO, A. J. M. Aspectos da função pulmonar
após revascularização do miocárdio relacionados com risco pré-operatório. Rev. Bras. Cir.
Cardiovasc vol.20 no.4. São José do Rio Preto, Cot./Dec. 2005. Disponível em:
http://dx.doi.org/10.1590/S0102-76382005000400009. Acesso em: 18 Nov 2014. DANTAS,
R. A. S; AGUILLAR, O. M; Problemas na recuperação de pacientes submetidos à cirurgia de
revascularização do miocárdio: o acompanhamento pelo enfermeiro durante o primeiro mês
após a alta hospitalar. Rev. Latino-Am. Enfermagem vol.9 no.6. Ribeirão Preto, Nov. 2001.
Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692001000600006. TITOTO, L;
SANSÃO, M. S. MARINO. et al. Reabilitação de pacientes submetidos à cirurgia de
Revascularização do Miocárdio: atualização da literatura nacional. Arq Ciênc Saúde. outdez, 2005. Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/126309749/Cardiac-016. Acesso em: 19
Nov 2014. VARGAS, T. V. P; DANTAS, R. A. S; GOIS, C. F. L. A autoestima de indivíduos
que foram submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio. Rev Esc Enferm USP.
Vol.39.
no.1.
São
Paulo,
Mar.
2005.
Disponível
em:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0080-62342005000100003&script=sci_arttext. Acesso
em: 19 Nov 2014.
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22. CONFORTO E DESCONFORTO DE PESSOAS COM CORONARIOPATIAS EM
HEMODINÂMICA.
Joara Melo De Souza; Keila Maria De Azevedo Ponte; Paloma Custódio Francelino; Neila
Régia Carneiro; Talita Ramos Bantin; LÚCIA DE FÁTIMA DA SILVA
INTRODUÇÃO: O conforto como resultado do cuidado de enfermagem é implementado em
diversas condições de saúde e doença, neste estudo estão focadas as vivências de des
(conforto) de pessoas coronariopatas em hemodinâmica. No adoecimento cardiovascular, a
pessoa apresenta comprometimento geral do seu estado de saúde devido à diminuição da força
física e cardíaca. Neste sentido, a equipe de enfermagem assume função significativa por ter a
missão de ajudar as pessoas a enfrentar as dificuldades em torno da doença, e de cuidarem de
suas necessidades. Nessa perspectiva, o conforto é contemplado, como uma experiência
imediata e holística, que é reforçada por meio de satisfação das necessidades de alívio,
tranquilidade e transcendência, presentes em quatro contextos da experiência humana: física,
psicoespiritual, sociocultural e ambiental (KOLCABA, 2003; BALDUINO, MANTOVANI,
LACERDA, 2010). Como ambiente tecnológico, os pacientes que são atendidos no serviço de
hemodinâmica precisam ter um cuidado direcionado as suas necessidades de conforto.
OBJETIVO: Identificar situações de des (conforto) vivenciadas por pessoas com
coronariopatias em hemodinâmica. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa
exploratória, descritiva, de abordagem qualitativa realizada com sete pessoas com diagnóstico
médico de Síndrome Coronariana admitidos no setor de hemodinâmica do Hospital do
Coração de Sobral-Ceará. A coleta das informações ocorreu em junho e julho de 2014 por
meio de entrevista individual com um instrumento de coleta de dados com informações
pessoais e relacionadas ao des (conforto) destes pacientes. A análise se deu de forma
descritiva. Esta pesquisa é aprovada pelo comitê de ética em pesquisa nº 501.830 da
Universidade Estadual do Ceará. RESULTADO: Os resultados foram organizados em três
categorias: perfil dos participantes; situações de conforto dos pacientes e vivências de
desconforto de pessoas coronariopatas. Das pessoas coronariopatas participantes do estudo,
quatro eram do sexo masculino e três do sexo feminino, cinco eram casados, todos tinham
filhos variando de 2 a 11 no total, cinco eram católicos, a idade variou de 39 a 79 anos e todos
eram moradores de cidades circunvizinhas a Sobral. As situações de conforto vivenciadas no
serviço de hemodinâmica que foram relatadas pelos pacientes estavam voltadas a atenção,
conversa e o bom atendimento dos profissionais de saúde. Já as vivências de desconforto
apresentadas foram principalmente direcionadas a dor precordial e no sitio de punção arterial
para o dispositivo intra-arterial. Ressalta-se que houve participantes que relataram estar muito
satisfeitos com o atendimento e assim não vivenciaram nenhuma situação de desconforto
naquele ambiente. CONCLUSÂO: Os objetivos do estudo foram alcançados e percebeu-se
que as principais necessidades de conforto estavam voltadas a atenção, diálogo, bom
atendimento e alívio da dor, e a equipe de enfermagem precisa estar disponível e atenta para
atender as vontades das pessoas. REFERÊNCIAS: (KOLCABA, 2003; BALDUINO,
MANTOVANI, LACERDA, 2010). Kolcaba K. Comfort theory and practice: a vision for
holistic health care and research. New York: Springer Publishing Company; 2003; Balduino
AFA, Mantovani MF, Lacerda MR. O processo de cuidar de enfermagem ao portador de
doença crônica cardíaca. Esc Anna Nery [on-line]. 2009 abr/jun; [citado 2010 set 20]; 13(2):
342-51. Disponível em: http://www.eean.ufrj.br/revista_enf/20092/artigo%2013.pdf
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23. CONFORTO E DESCONFORTO DE PESSOAS COM INSUFICIÊNCIA
CARDÍACA CONGESTIVA.
Anésia Pereira Furtado; Glacie Suely A. Carneiro Chaves; Jackson David Correia Lima;
Iasmine Monteiro Guerreiro; Keila Maria De Azevedo Ponte; LÚCIA DE FÁTIMA DA
SILVA
INTRODUÇÃO: O conforto como resultado do cuidado de enfermagem é implementado em
diversas condições de saúde e doença, neste estudo estão focadas as necessidades das pessoas
com Insuficiência Cardíaca Congestiva durante a hospitalização. A consulta de enfermagem
permite a identificação e compreensão das respostas dos pacientes com insuficiência cardíaca
aos problemas de saúde reais e potenciais, facilitando a escolha de intervenções não
farmacológicas voltadas para melhorar a qualidade de vida por meio de educação para saúde,
com orientações sobre alimentação, atividade física, posições de conforto, entre outras
questões que possam auxiliá-los a manter uma vida mais saudável e aumentar a adesão ao
tratamento (CAVALCANTI; CORREIA; QUELUCI, 2009). OBJETIVO: Identificar
situações de des (conforto) vivenciadas por pessoas com insuficiência cardíaca em unidade de
internação. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa exploratória, descritiva, de
abordagem qualitativa realizada com treze pessoas com diagnóstico médico de Insuficiência
Cardíaca Congestiva admitidos no setor de enfermaria do Hospital do Coração de SobralCeará. A coleta das informações ocorreu em julho e agosto de 2014 por meio de entrevista
individual com um instrumento de coleta de dados com informações pessoais e relacionadas
ao des (conforto) destes pacientes. A análise ocorreu por enunciação de Minayo. Esta pesquisa
é aprovada pelo comitê de ética em pesquisa nº 501.830 da Universidade Estadual do Ceará.
RESULTADO: Os resultados foram organizados em três categorias: Caracterização dos
participantes; Situações de conforto dos pacientes com insuficiência cardíaca; e Vivências de
desconforto de pessoas com insuficiência cardíaca. Dos pacientes com ICC participantes do
estudo, oito eram do sexo masculino, nove eram católicos, nove tinham companheiro fixo, a
idade variou de 45 a 87 anos, somente dois residiam na cidade de Sobral, todos tinham filhos
variando de um a doze no total. Ressalta-se que houve participantes referindo estar muito
satisfeito durante a hospitalização e sentindo-se confortável durante todo o período em que
passou internado, não referindo nenhuma situação de desconforto naquele ambiente,
apresentando total satisfação e bem estar durante a hospitalização. As situações de conforto
apresentadas pelos pacientes foram classificadas de acordo com os contextos de conforto da
Teoria do Conforto de Kolcaba: Físico: alívio da dor e dispneia, repouso no leito, tomar banho
e deitar-se quando sentir vontade; Psicoespiritual: ter momentos de distração na sala de estar e
assistir televisão e ter sido atendido rapidamente na admissão hospitalar; Sociocultural: bom
atendimento e educação dos funcionários e ter a visita dos filhos; e Ambiental: limpeza do
local e ambiente arejado. Pacientes hospitalizados demonstram gostar da presença dos
profissionais de saúde e a companhia é referida como suficiente para promover conforto,
deste modo, deve-se valorizar mais as ocasiões em que ocorre contato do profissional de
saúde e a pessoa em adoecimento (PONTE; SILVA, 2014). Já as situações de desconforto
foram: Físico: dor epigástrica, dispneia, falta de apetite, alimentação não agradável, falta do
cigarro, ter que acordar cedo para tomar banho, a cama ser baixa e desconfortável. No
contexto psicoespiritual as vivências de desconfortos foi à ansiedade para receber alta e
retornar ao lar. No contexto sociocultural foi ter que ficar longe dos filhos. Não houve relatos
de desconforto ambiental. CONCLUSÃO: É importante conhecer as situações de conforto e
desconforto apresentadas por pacientes com Insuficiência Cardíaca para que possam ser
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realizados os cuidados de enfermagem direcionados as suas necessidades individuais. Este
estudo permitiu identificar estas situações e percebeu-se que as condições para o paciente se
sentir confortável são viáveis de serem solucionadas pela equipe de enfermagem.
REFERÊNCIAS: CAVALCANTI, A.C.D; CORREIA, D.M.S; QUELUCI, G.C. A
implantação da consulta de enfermagem ao paciente com insuficiência cardíaca. Rev. Eletr.
Enf.
[Internet].
2009;11(1):194-9.
Disponível
em:
http://www.fen.ufg.br/revista/v11/n1/v11n1a25.htm. Acesso em 17 nov 2014. PONTE,
K.M.A.; SILVA, L.F. Implementação do método pesquisa-cuidado com base na teoria do
conforto: relato de experiência. Cien Cuid Saude [online], v.13, n.2, p. 388-93, 2014.
Disponível
em:
http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/CiencCuidSaude/article/view/16439/pdf_185. Acesso
em 17 nov 2014.
24. CONHECIMENTO DOS FOCOS DE AUSCULTA CARDÍACA NA AVALIAÇÃO
CARDIOVASCULAR
Tayanny Teles Linhares Bezerra; Bruna da Conceição Lima; Ronaldo César Aguiar Lima;
Layana Liss Rodrigues Ferreira; Layanny Teles Linhares Bezerra; Irineu Moreno de Melo
Sobrinho
INTRODUÇÃO: O ciclo cardíaco apresenta dois ruídos ou “bulhas cardíacas” que
coincidem com os movimentos de sístole e diástole do coração, audíveis com maior nitidez
junto à parede anterior do hemotórax esquerdo, pela ausculta direta, colocando-se a orelha
junto à parede torácica anterior, ou, indiretamente, através de um aparelho chamado
estetoscópio (BRAUNWALD, 2006). A ausculta cardíaca é uma das atividades
frequentemente executada pelos profissionais de saúde para avaliação da função cardíaca do
paciente. Através da ausculta cardíaca é possível analisar os sons produzidos pelo sistema
cardiovascular. A técnica de ausculta cardíaca deve envolver uma sequência lógica e
sistematizada de procedimentos direcionados no sentido de se obter um conjunto de
informações fisiológicas (PAOLA, 2011). É importante conhecer as bulhas e a localização de
cada foco da ausculta para que não haja erro ou confusão durante a avaliação cardíaca.
OBJETVIOS: Assim, o objetivo do presente trabalho foi avaliar o conhecimento dos
profissionais de enfermagem a respeito da semiologia cardiovascular e analisar os
conhecimentos dos profissionais de enfermagem referentes à técnica da ausculta cardíaca.
METODOLOGIA: O estudo foi desenvolvido no decorrer do estágio no Serviço de
Acolhimento com Classificação de Risco do Hospital Municipal Senador Carlos Jereissati
(HMSCJ), município de Mucambo, interior do Ceará, nos meses de junho a setembro de
2012. Trata-se de uma pesquisa de revisão de prontuários com caráter descritivo e abordagem
qualitativa, realizada junto às observações e evoluções diárias realizadas pela equipe de
enfermagem e registradas em prontuário. Para obtenção dos resultados, analisamos dados
coletados de observações das práticas dos profissionais de Enfermagem. Tais profissionais
aceitaram participar da pesquisa mediante adesão e assinatura do Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido (TCLE). RESULTADOS E DISCUSSÃO: As bulhas cardíacas são os
sons emitidos pelo coração, indicam como está o funcionamento cardíaco e revela
informações importantíssimas ao examinador. A “primeira bulha”, também chamada sistólica,
corresponde ao fechamento brusco das válvulas mitral e tricúspide durante a sístole dos
ventrículos, o que provoca a vibração dessas válvulas e das paredes cardíacas adjacentes.
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Apresenta um som grave e prolongado. A “segunda bulha”, também chamada diastólica,
corresponde ao fechamento das válvulas semilunares do tronco da pulmonar e da aorta no
final da sístole dos ventrículos e início da diástole dessas câmaras, que fazem vibrar as
válvulas assinaladas, as paredes da aorta (na sua origem) e as estruturas adjacentes,
apresentando um som agudo e seco. No decorrer de três meses analisamos 360 prontuários,
com uma média de três evoluções diárias por três a dez dias de internamento hospitalar. Pela
análise dos dados, verificamos que a avaliação cardíaca não é corriqueira nas evoluções dos
profissionais de enfermagem o referido hospital. A maioria das evoluções, apenas fazia
menção à posição do paciente no leito (se deitado, sentado, etc.), se verbalizava ou se
deambulava. Um número muito pequeno de evoluções fazia menção ao exame cardiovascular.
E mesmo essas raras ocasiões, não se praticava a correta sistematização da semiologia
cardiovascular. Não constatamos alusão a bulhas cardíacas, nem a focos cardíacos. Nas que
mencionavam auscultar bulhas cardíacas, não especificavam ritmo, nem topografia. Muito
menos se mais audível em qualquer dos focos. Aliás, os profissionais de enfermagem do
HMSCJ desconheciam a existência de focos de ausculta cardíaca. Constata-se assim, a partir
das evoluções analisadas, que não há uma atenção voltada ao coração nas evoluções diárias.
No entanto, a maioria dos profissionais verifica sinais vitais, que inclui pressão arterial e
pulso periférico, componentes do exame cardiovascular. Diante da realidade vivenciada nos
estágios no HMSCJ, percebe-se que os profissionais ainda apresentam um conhecimento
limitado referente à anatomia cardíaca. Bem como um conhecimento ainda mais limitado
sobre a semiologia cardíaca e sua importância no exame físico. Na amostra pesquisada, os
sujeitos demonstraram não reconhecer a importância da semiologia cardíaca e quando
examinam um indivíduo, demonstram insegurança em relação à localização dos pontos
auscultatórios e consequente realização da ausculta cardíaca. Isso por sua vez dificulta a
correta avaliação cardíaca. CONCLUSÕES: Conclui-se assim que há um déficit de
conhecimentos anatômicos dos profissionais é um importante fator que dificulta o processo de
trabalho de enfermagem nas técnicas de realização de ausculta cardíaca, dessa forma é
necessário maior atuação do profissional enfermeiro, no intuito de monitorar as evoluções da
equipe de enfermagem. Com uma maior atuação do enfermeiro, executando esses
procedimentos de forma análoga aos conhecimentos científicos o que contribui para o não
êxito da prática e mecanização do trabalho de enfermagem. Esse fator pode ainda resultar em
erros na avaliação cardiovascular do paciente. REFERÊNCIAS: BRAUNWALD. Tratado
de Doenças Cardiovasculares. Livro texto de Cardiologia. 7ª edição. Elsevier, 2006. CECIL.
Tratado de Medicina Interna – Lee Golman, Dennis Ausiello, 23º edição. Elsevier. SBC.
Sociedade Brasileira de Cardiologia. Diretrizes de Cardiologia da Sociedade Brasileira de
Cardiologia. Disponível em www.cardiol.br. PAOLA, AAV; GUIMARÃES, JF;
BARBOSA, MM. Cardiologia – Livro texto da Sociedade Brasileira de Cardiologia, editora
Manole, 2011.
25. CONHECIMENTO
MULHERES.
PARA
ACIDENTE
VASCULAR
CEREBRAL
EM
Maria Celiane De Araújo; KEILA MARIA DE AZEVEDO PONTE
INTRODUÇAO: Segundo Pedreira e Lopes (2010) o AVC é considerado a terceira causa de
morte na população adulta e idosa, na maioria dos casos as pessoas acometidas por essa
doença ficam necessitando de cuidados, muitas destes no domicílio. O AVC é caracterizado
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pela deficiência do estado neurológico, na maioria das vezes centralizado, de instalação súbita
e repentina evolução de causa vascular. Essa circunstancia vascular pode estar associada a
alterações estruturais dos vasos, funcionais, como as ligadas ao fluxo sanguíneo ou ao sistema
de coagulação. Segundo a caracterização clássica, a duração dos sintomas e sinais
neurológicos deve ser maior que 24 horas. Ou, quando menor levar á morte (SCHETTINO et
al., 2012).Desta forma este estudo tem como questão norteadora como está o conhecimento
das mulheres e quais os riscos para Acidente Vascular Cerebral na população feminina?
Vendo o crescimento de casos de pessoas acometidas com essa doença e com as aulas das
disciplinas de urgência e emergência e UTI, despertou-me a curiosidade de pesquisar. Outro
fato que mim fez interessar a pesquisar sobre o assunto foi minha avó que aos 55 anos foi
vitima de um AVC e acabou vindo a óbito. Isso tudo mim chamou a atenção. Porque que
repentinamente uma pessoa que não estar sentindo nada não apresenta sinais e sintomas, sofre
um AVC.OBJETIVOS: Caracterizar as participantes do estudo e descrever o conhecimento
de mulheres sobre a doença. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa exploratória,
descritiva com abordagem mista, qualitativa e quantitativa. O local da pesquisa foi em uma
unidade de saúde “Casa da Mulher” no município de Ipueiras Ceara á 300 km da capital
Fortaleza. Foram convidadas a participar deste estudo vinte mulheres que estavam no referido
local durante a coleta das informações, mas foi usado o critério de saturação das informações,
que aumentou o número de participantes. A coleta das informações foi realizada em outubro
de 2014.Foi desenvolvido um formulário com as informações de caracterização das
participantes, conhecimento sobre o AVC, fatores que possam ocasionar essa doença,
estratégias de prevenção da doença, história de conhecidos e familiares acometidos pelo AVC
e os fatores de riscos presentes nas mulheres. As participantes foram convidadas a colaborar
com pesquisa, onde inicialmente foram explicados os objetivos da investigação e os aspectos
éticos. Isso ocorreu na sala do acolhimento enquanto elas esperavam para serem atendidas.
Após a entrevistadora foi realizar as entrevistas por meio do instrumento e foi anotando as
falas para melhor entendimento. As informações foram analisadas por meio da análise
temática de conteúdo por enunciação de Minayo. Este estudo obedeceu aos princípios éticos e
legais da pesquisa com seres humanos conforme a Resolução n° 466/12. Projeto foi aprovado
pelo comitê de ética em pesquisa com seres humanos da Universidade Estadual do ceara
(UECE) com o numero nº 789.919. Todas as participantes foram convidadas a assinar o
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, que foi realizado em duas vias, sendo uma
ficará com a pesquisadora e a outra com a participante do estudo. RESULTADOS: A idade
que predominou foi às mulheres de 30 á 35 anos que representa (36,36%), vindo em seguida
às mulheres de 50 a 59 anos com (27,27%) e as de 40 a 45 anos com (21, 81%) e por ultimo
as de 18 a 25 anos com (14,54 %).Observa-se que as mulheres eram relativamente jovens não
apresentando pessoas idosas. Quanto à cor da pele, a maioria das mulheres 54,54% era de cor
parda e 27,27% se diziam de cor branca. Segundo Diorbom e Cullough (2009) as mulheres
enfrentam uma maior mortalidade após o AVC devido aos diversos elementos de risco que a
população masculina não tem. Apesar das ações educativas, as mulheres a desconsideram sua
característica em relação ao risco de acidente vascular cerebral. Observou-se que o
conhecimento delas tem relação com os fatores de risco para desenvolver AVC como HAS,
estresse, tabagismo, sedentarismo, alimentação, etilismo e obesidade. Podemos observar que
as participantes associam muitos fatores de riscos que realmente são cientificamente
provados, e que mesmo não tendo muito conhecimento sobre o assunto elas sabem quais as
causas desta doença. Outras mulheres relataram ser devido à falta de autocuidado de si, e das
preocupações do cotidiano como a correria do dia a dia e o descuido no autocuidado. Elas
reconhecem que o AVC e uma doença grave que debilita e pode levar a morte. A maneira
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como elas se expressam da para perceber que ao reconhecerem que o AVC é uma doença
grave que evolui na maioria das vezes para um óbito, elas temem em ter essa doença. As
participantes relacionaram a doença com os sinais e sintomas do AVC como hemiplegia,
dormência e cefaleia. No entanto algumas mulheres referiram conhecimento obtido pelo senso
comum, tal como abrir geladeira com corpo quente, comer comida quente e depois de tomar
banho. CONCLUSAO: No decorrer da pesquisa pude alcançar todos os objetivos desejados,
teve a oportunidade de averiguar de perto os riscos que as mulheres do município de Ipueiras
têm para desenvolver um acidente vascular cerebral e sobre o conhecimento que elas têm em
relação a essa doença. Tivemos como principais resultados para o desenvolvimento de um
AVC o sedentarismo e estresse que predominou entre as participantes, a maioria tinham de 30
a 35 anos de cor parda e com profissão de dona de casa. Houve algumas dificuldades para a
realização dessa pesquisa, primeiro foi à demora em sair o resultado do comitê de ética,
depois de alguns meses de espera a resposta saiu positiva liberando a pesquisa. No local da
pesquisa tive algumas barreiras, os profissionais do local onde foi à coleta de dados tiveram
resistência com minha presença, não tive apoio dos mesmo que lá estavam e isso dificultou
um pouco na coleta dos dados, mais procurei me direcionar realmente ao publico da pesquisa
onde eu reunia todas as mulheres que lá estavam e explicava o meu objetivo e depois falava
com quem tinha aceitado participar da pesquisa individualmente. Essa pesquisa é de grande
relevância para a enfermagem porque muitos enfermeiros trabalham na atenção primaria e
nessa pesquisa podemos observar que muitos fatores de risco podem ser modificados, onde
entra o trabalho da enfermagem na prevenção e orientação, em relação aos hábitos saudáveis e
de uma atenção maior com a saúde devido o grande número de pessoas acometidas por
doenças cerebrovasculares. Quando é pesquisado acidente vascular cerebral aparecem vários
trabalhos publicados com esse tema, quando direcionamos ao público feminino a quantidade
de trabalhos publicados caem absurdamente, há realmente uma escassez de trabalhos com
essa temática publicada, isso dificultou na hora da realização da revisão bibliográfica.
REFERENCIAS: SHETTINO, G.; CARDOSO, L. F.; JUNIOR, J. M.; GANEM, F.
Pacientes Crítico Diagnóstico e Tratamento hospital Sírio- Libanês. 2 ed. Barueri, SP:
Manole, 2012 PEDREIRA, L. C.; LOPES,R. L. M. cuidados domiciliares ao idoso que sofreu
Acidente Vascular Cerebral. REV. BRAS. ENFERM. Salvador/BA 2010 disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/reben/v63n5/23.pdf
26. CUIDADOS DE ENFERMAGEM Á PACIENTES PÓS INFARTO AGUDO DO
MIOCÁRDIO.
Francisco Isaac Paiva De Sousa. Luciana Maria Montenegro Santiago; Lívia Maria Albano
Camelo; Débora Maria Bezerra Martins; Erilandy De Sousa Ávila; Francisca Drenalina De
Sousa Araújo
INTRODUÇÃO: O infarto Agudo do Miocárdio (IAM), também conhecido como, ataque
cardíaco, consiste na morte do músculo do coração, o qual é destruído de maneira
permanente, resultante de isquemia grave prolongada, cuja resulta da redução e/ou interrupção
do fluxo sanguíneo em uma artéria coronária devido à ruptura de uma placa aterosclerótica, à
subsequente oclusão da artéria por um trombo, e ao vasoespasmo de uma artéria coronária. O
estudo parte do seguinte pressuposto: Qual caracterização do acervo científico em relação ao
cuidados de enfermagem diante de pacientes pós infarto agudo do miocárdio? A escolha pelo
o assunto se deu devido aos altos índices de IAM.O estudo tem como relevância a ampliação
dos conhecimentos da área da enfermagem em relação ao assunto. OBJETIVO: Realizar um
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revisão bibliográfica sobre os cuidados de enfermagem ao paciente pós
IAO.METODOLOGIA:O estudo trata-se de uma revisão bibliográfica realizada nas revistas
eletrônicas Sciello e Lilacs em novembro de 2014 utilizou-se os seguintes descritores: infarto
do miocárdio, coração, cuidados de enfermagem e através deles foram encontrados dez
artigos em relação ao assunto. Após o levantamento dos dados foram traçados 3 vertentes
como o Perfil dos pacientes infartados, riscos pós infarto e a conduta da Enfermagem em
relação a esses pacientes. RESULTADOS: Com base nos estudos científicos foram
determinados os principais fatores que influenciam o infarto agudo do miocárdio (IAM)
dentre eles estão: a idade, hipertensão, estresse, sedentarismo e alcoolismo. Na qual os
homens acima de 45 anos e mulheres com 55 anos ou mais estão mais propensos a sofrerem o
IAM. Através disso Alves B.A realizou uma projeção reafirmando que doenças
cardiovasculares (DCV) constituem uma importante causa de mortalidade em todo mundo, e a
projeção para o ano de 2020 é de que 40% dos óbitos estarão relacionados com as doenças
cardiovasculares, onde o infarto agudo será a principal causa isolada. As condutas de
enfermagem tomadas diante de cliente pós-infartados são essenciais contribuindo para a
reabilitação de seu bem estar, pois este profissional favorece o ambiente confortável como
iluminação apropriada e criação de um vínculo com o paciente, promovendo uma relação de
confiança, que proporciona uma melhor recuperação. O profissional de enfermagem tem
papel fundamental no atendimento deste paciente, esclarecendo suas dúvidas, avaliando suas
necessidades e atendendo expectativas, além de orientar para novos hábitos de vida. E assim
pode-se caracterizar a produção cientifica em relação ao assunto vasta devido à prevalência na
sociedade. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com o fim da realização desse estudo pode-se
evidenciar que a enfermagem desempenha um papel fundamental em diversos setores como
na assistência, no ambiente, nas práticas de educação em saúde e até na questão da confiança
que o paciente deposita na equipe de enfermagem. REFERÊNCIAS: 1. KUMAR, V.
Robbins e contran:bases patológicas das doenças. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010 2.
American Heart Association. Destaque das diretrizes da american heart association 2010 para
RCP e ACE – Guidelines [versão em Português]. 2010. Disponível em:
http://www.heart.org/idc/groups/heart. Acesso em: 30 mar. 2012.
27. CUIDADOS DE ENFERMAGEM ÀS PESSOAS ACOMETIDAS POR CHOQUE
CARDIOGÊNICO: UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO.
Maria Sinara Farias; Milena de Melo Abreu; Jackson Ruam Terto Pontes; Samia Freitas
Aires; KEILA MARIA DE AZEVEDO PONTE
INTRODUÇÃO: Choque é considerado um estado de hipoperfusão celular generalizado no
qual a liberação de oxigênio no nível celular é inadequada para atender as necessidades
metabólicas. Desse modo, o choque pode ser classificado em: hipovolêmico; distributivo e o
cardiogênico (SALOMONE; PONS, 2011). Ele pode ser ocasionado por diversos fatores
como: anormalidades cardíacas, arritmias cardíacas e outras condições, ressalta-se eu ele está
acometendo um número cada vez maior de indivíduos, onde cerca de 85% das pessoas que
apresentam choque cardiogênico não sobrevivem (ARTHUR; GUYTON, 2012). Desse modo,
atualmente é uma preocupação para a saúde pública, pois em muitos casos a fatalidade é
inevitável. Sousa (2008) conta que ele apresenta como manifestações clínicas principais uma
hipotensão persistente e oligúria, as quais serão essenciais para o diagnóstico que é
eminentemente clínico. Destaca- se quanto ao tratamento que os pacientes devem ser
avaliados quanto à necessidade de sedação, intubação e ventilação mecânica. Nesse ponto,
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observa- se a importância da enfermagem. A enfermagem tendo como principal missão o
cuidado, ela é responsável pela aplicação de todas as medidas que visem tanto tratar o
paciente com choque cardiogênico como no processo de promoção da saúde e prevenção do
mesmo. Assim, devido ser uma situação bastante comum no cotidiano hospitalar, e ainda por
ser um assunto o qual o grupo de pesquisa Cuidadores do Coração em que participo atua,
houveram questionamentos quando ao papel da enfermagem nessa situação, uma vez que para
tratar os pacientes que apresentem esse quadro, necessita além de cuidados médicos, pois a
enfermagem tem uma grande função nesse processo. OBJETIVOS: Descrever os cuidados
de enfermagem diante de pacientes com choque cardiogênico, a fim de minimizar as possíveis
consequências. METODOLOGIA: O presente estudo trata-se de uma revisão bibliográfica
do tipo exploratória descritiva. “““““Utilizou-se como descritores “choque”, “choque
circulatório” e” cuidados de enfermagem”. Foi realizada no mês de Outubro de 2014, uma
busca na Biblioteca Virtual da Saúde, nas bases de dados LILACS e MEDLINE, e
complementado a busca em livros e manuais do ministério da saúde. Ao inserir o descritor
choque circulatório na BVS e adotar os critérios de inclusão texto completo, português e
Brasil, ficaram quatro artigos. Além destes foram usados livros e manuais, totalizando seis
documentos. Cada material foi lido buscando a identificação dos cuidados de enfermagem no
choque circulatório. Em seguida os dados foram estudados e discutidos. RESULTADOS:
Baseado nas buscas realizadas foram selecionadas 06 produções bibliográficas, sendo
numeradas e apresentadas a seguir: 01-Livro de 2011 da editora Elsevier de Rio de Janeiro;
02-Livro de 2012 da editora Elsevier de Rio de Janeiro; 03- Artigo de 2011 da Revista da
AMRIGS de Porto Alegre; 04-Artigo de 2012 dos Arquivos Brasileiros de Cardiologia de São
Paulo; 05-Monografia de 2008 apresentada na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul;
06- Artigo de 2008 da Revista de Medicina de Ribeirão Preto. Ao analisar a pesquisa
percebemos que a opinião de todos os autores é complementar. De uma forma geral, choque é
considerado uma síndrome caracterizada pela redução da perfusão tecidual sistêmica, levando
a disfunção orgânica, sendo ocasionado por condições que diminuem o retorno venoso
(FELICI. et. al). Quanto ao quadro clínico apresentado pelo paciente, Sousa (2008) e Vicente
et. al (2008) salientam a presença de oligúria devido a estimulação da secreção de renina pelas
células justaglomerulares renais, e ainda a hipotensão persistente porém, destaca-se uma
diferença nos valores demonstrados, pois o primeiro define como sendo àquela onde a
sistólica se apresenta < 80-90 mmHg ou a pressão arterial menor 30 mmHg do basal e o
segundo define que a hipotensão arterial é caracterizada por pressão arterial sistólica inferior a
90mmHg ou mais de 40mmHg abaixo da pressão arterial sistólica habitual do paciente. Nesta
última colocação, destaca-se que o autor levou em consideração o que é normal para o
paciente em condições sadias. Quanto ao tratamento, Sousa (2008) salienta a importância da
enfermagem pois ela age de forma efetiva. Ela atua na prevenção do choque cardiogênico,
pois identifica precocemente os pacientes em risco, promove oxigenação adequada do
músculo cardíaco e diminui a carga do mesmo, ele ainda é o responsável por monitorar o
estado hemodinâmico e cardíaco do paciente. A equipe de enfermagem administra líquidos
intravenosos, bem como a resposta do paciente a eles e monitora o débito urinário para
detectar a função renal diminuída secundaria aos efeitos do choque (SOUSA, 2008). A mesma
autora fala ainda que a enfermagem atua ainda estimulando a segurança, o cuidado e a
diminuição da ansiedade, no posicionamento correto do paciente para promover uma
respiração efetiva e aumentar o conforto do paciente, explicando brevemente sobre os
procedimentos que são efetuados e ainda confortando a família sobre a situação do cliente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: O choque cardiogênico atualmente está em grande proporção
mundial e o seu prognóstico não é bom, desse modo, é uma condição em que necessita de
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grandes cuidados de saúde para a reversão do quadro e como ele é caracterizado pela
diminuição do débito cardíaco, ações que visem o aumento do mesmo se faz necessário.
Assim, necessita-se da união de esforços para atingir o objetivo, desse modo, a enfermagem
tem um papel de extrema importância, pois ela é a profissão que atua com maior proximidade
do cliente e tem como missão o cuidado para a obtenção da cura. REFERÊNCIAS:
SALOMONE, J.; PONS, P. Atendimento pré-hospitalar ao traumatizado. 7. ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2011. ARTHUR C.; GUYTON, M.D. Tratado de Fisiologia Médica. 12.
ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. FELICI, C.D. et. al. Choque: diagnóstico e tratamento na
emergência. Revista da AMRIGS, Porto Alegre, 55 (2): 179-196,2011. FREITAS, H.F.G. et.
al. Assistência Circulatória em Choque Cardiogênico Pós-Infarto Agudo do Miocárdio. Arq
Bras Cardiol. 98(6):96-98, 2012. SOUSA, B.R. Assistência de enfermagem aos indivíduos
acometidos por choque cardiogênico. Monografia apresentada na Universidade Federal do
Mato Grosso do Sul, Mato Grosso do Sul, 2008. VICENTE, W.V.A. et.al. Choque
circulatório. Medicina (Ribeirão Preto). 41 (4): 437-48, 2008.
28. DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM EM PACIENTES COM DOENÇAS
CARDIOVASCULARES: REVISÃO LITERÁRIA
Carlos Victor Fontenele Pinheiro; Tereza Anielle Albuquerque Ximenes; Carlos Henrique do
Nascimento Morais; Elisângela Sandra de Araújo Aragão; Sheila Costa Araújo; NÁTILA
AZEVEDO AGUIAR RIBEIRO
INTRODUÇÃO: As Doenças Cardiovasculares (DCV) são consideradas doenças crônicodegenerativas, nas quais se incluem as neoplasias, doenças respiratórias crônicas e diabetes
mellitus. Tendo como característica a etiologia múltipla, associada a deficiências e
incapacidades funcionais, que são potencializadas por fatores socioeconômicos, culturais e
ambientais, estes são determinantes na limitação da qualidade de vida da população e na
magnitude da morbimortalidade destas doenças (BOCCHI E. et al, 2010). No Brasil, as DCV
representaram a terceira causa de hospitalizações pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em
2012, com 1.156.136 internações, sendo a insuficiência cardíaca a causa mais frequente. A
perspectiva é de aumento destes números entre 40 e 50%, com o aumento da população idosa
e melhoria nas condições do tratamento (BRASIL, 2012). Assim, torna-se importante
compreender as respostas do indivíduo ao acometimento doença cardiovascular, considerando
a necessidade emergente de autonomia e garantia do exercício profissional da enfermagem
baseada em evidências, associando os sintomas e sinais clínicos comumente conhecidos na
prática clínica cardiológica em fenômenos, ações e resultados de enfermagem. OBJETIVO:
Relatar a frequência dos diagnósticos de enfermagem e suas características definidoras em
clientes com doenças cardiovasculares. METODOLOGIA: O estudo trata-se de revisão
literária com artigos no banco de dados da Biblioteca Virtual em Saúde – BVS, utilizando os
descritores de diagnóstico de enfermagem e doenças cardiovasculares, no mês de novembro
de 2014, o idioma em português, artigos publicados nos últimos cinco anos e analisados os
relatos dos diagnósticos de enfermagem, base de dados nacionais, assunto principal de
doenças cardiológicas e cuidados de enfermagem relacionada aos descritores, os demais
foram excluídos resultando em doze artigos. RESULTADOS: O estudo mostrou os
diagnósticos de enfermagem nos clientes cardiopatas com mais frequência foram: ansiedade,
dor aguda, débito cardíaco diminuído, percepção sensorial perturbada (visual), Insônia,
disfunção sexual, intolerância à atividade, perfusão tissular ineficaz. Já as características
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definidoras mais presentes foram: dispneia, distensão de veia jugular e edema, fadiga,
mudança na acuidade visual, e distorções sensoriais. Visualizaram-se artigos que falavam dos
fatores de riscos como de elevação da pressão sanguínea, diabetes mellitus, de mortalidade
vascular e seus principais diagnósticos de enfermagem, no qual nenhum contemplavam o
assunto abordado. CONCLUSÃO: O diagnóstico de enfermagem dor aguda e ansiedade
foram os mais citados nos artigos encontrados, além do débito cardíaco diminuído, assim por
se tratar de uma síndrome que traz limitações à qualidade de vida ao indivíduo, clientes com
insuficiência cardíaca também sofrem com a aposentadoria precoce e com o absenteísmo, o
que causa um custo indireto para o país, refletindo a necessidade de implementação de
políticas públicas voltadas a essa população na busca por facilitar o acesso aos medicamentos
de uso crônico, facilitando uma melhor aceitação da cronicidade da doença, além disso foi
citado poucas características definidoras nos artigos, tornando-se assim necessários mais
pesquisas e estudos, a fim de obter mais resultados para uma futura implementação dos
cuidados de enfermagem. REFERÊNCIAS: MINISTÉRIO DA SAÚDE. Diretrizes e
recomendações para o cuidado integral de doenças crônicas não-transmissíveis:
promoção da saúde, vigilância, prevenção e assistência. Brasília; 2012; WALTER B.
Diagnósticos de enfermagem da nanda: definições e classificação - São Paulo.
2012. BOCCHI E, Marcondes-Braga FG, Ayub-Ferreira SM, Rohde LE, Oliveira WA,
Almeida DR, et al. 3ª Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica. São Paulo,
2010.
29. ELETROCARDIOGRAFIA BÁSICA PARA A EQUIPE DE ENFERMAGEM: UM
RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Bruna da Conceição Lima; Layana Liss Rodrigues Ferreira; Layanny Teles Linhares Bezerra;
Tayanny Teles Linhares Bezerra; Irineu Moreno de Melo Sobrinho; RONALDO CÉSAR
AGUIAR LIMA
INTRODUÇÃO: O Eletrocardiograma (ECG) é um registro dos potenciais de ação que
acompanham a atividade cardíaca. Configura-se, na prática clínica, como um exame
fundamental na avaliação Cardíaca do paciente. Por ser método avaliativo e diagnóstico
bastante disponível, e por fornecer uma grande quantidade de informações diretas sobre a
atividade cardíaca, o ECG é exame obrigatório na avaliação cardíaca do paciente.
Enaltecendo sua importância, o ECG ainda tem valor terapêutico, visto que é capaz de guiar
condutas oferecendo suporte técnico-científico para tomada de decisões. No entanto, o ECG é
um exame operador dependente, e perde seu valor quando realizado de forma incorreta.
OBJETIVOS: O objetivo do presente trabalho foi discutir a importância de noções básicas de
ECG para a correta realização do exame. Bem como, proporcionar meios básicos para a
realização de um preparo correto à semiologia Eletrocardiográfica. METODOLOGIA:
Trata-se de um relato de experiência desenvolvido por profissionais e estagiários no Hospital
Municipal Senador Carlos Jereissati (HMSCJ), município de Mucambo/Ce. O estudo surgiu a
partir de experiências vivenciadas por estudantes de enfermagem, estagiários do Serviço de
Acolhimento com Classificação de Risco, nos meses de junho a setembro de 2012. O estudo
ocorreu em duas etapas, sendo a primeira realizada por meio de oficinas sobre ECG e a
segunda, através de treinamentos com os profissionais que atuam no pronto socorro do
HMSCJ que realizam ECG. Nos treinamentos, realizaram-se novas oficinas sobre como
proceder no preparo do paciente ao exame e sobre as formas de se certificar de que o exame
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foi realizado de forma correta. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Inicialmente, optou-se por
estabelecer os conhecimentos da equipe de enfermagem sobre semiologia cardíaca e ECG.
Nesse primeiro momento, constatou-se que os profissionais que realizam ECG
constantemente na emergência do HMSCJ desconhecem os reais significados do exame e
atribuem ao cardiologista à necessidade de saber interpretá-lo. Com a análise da primeira
etapa da pesquisa, constatou-se que a realização do ECG, no HMSCJ, é realizada por técnicos
de enfermagem sem qualquer treinamento prévio. O que se observou, foi que a equipe de
enfermagem conhece as topografias dos eletrodos e aplica mnemônicos para certificar-se das
corretas posições dos eletrodos. O aparecimento de artefatos eram meramente frequentes, mas
a repetição do exame por vários profissionais era prática constante objetivando melhorar o
traçado eletrocardiográfico. Por isso, a necessidade de um treinamento. No decorrer da
segunda etapa da pesquisa, constatou-se que o treinamento específico na realização do ECG
tornou-se mais valorizado O exame de ECG passou a ter maior importância. O número de
ECG incompreensíveis caiu à zero em menos de dois meses de treinamento. Os profissionais
passaram a examinar o tórax previamente a realização do exame. Além disso, ficaram mais
atentos ao estado do paciente no momento do ECG, descrevendo e cronometrando, na ficha
de atendimento, movimentos efetuados pelo paciente no momento do exame; espaços
intercostais não palpáveis, e até respirações profundas que o paciente efetuou no momento do
exame. Terminado o exame, os profissionais certificavam-se da correta realização do exame,
verificado a presença das doze derivações fundamentais do ECG, bem como a comprovação
da Regra de Einthoven. A equipe de enfermagem ainda deveria observar se as voltagens das
derivações precordiais eram menores do que as derivações horizontais. Finalizada essa fase,
essas mesmo profissionais inspecionam o traçado na busca de padrões de ondas anômalas, se
encontradas são imediatamente enviados ao plantonista para que se refaça o exame ou para
que intervenções adequadas sejam adotadas. CONCLUSÃO: Assim sendo, o ECG constituise na mais rápida avaliação cardíaca do paciente. É fundamental para tomada de intervenções
adequadas, e acima de tudo, salva vidas quando realizado e interpretado de formas corretas.
Assim, é fundamental que os operadores de ECG estejam treinados para correta realização do
exame eletrocardiográfico. REFERÊNCIAS:CECIL. Tratado de Medicina Interna – Lee
Golman, Dennis Ausiello, 23º edição. Elsevier. SBC. Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Diretrizes de Cardiologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Disponível em
www.cardiol.br. PAOLA, AAV; GUIMARÃES, JF; BARBOSA, MM. Cardiologia – Livro
texto da Sociedade Brasileira de Cardiologia, editora Manole, 2011.
30. ENDOCARDITE INFECCIOSA QUE EVOLUI COMPLICADO COM ACIDENTE
VASCULAR ENCEFÁLICO HEMORRÁGICO E SEPSE: UM RELATO DE CASO
Bruna da Conceição Lima; Ronaldo César Aguiar Lima; Layana Liss Rodrigues Ferreira;
Layanny Teles Linhares Bezerra; Tayanny Teles Linhares Bezerra; IRINEU MORENO DE
MELO SOBRINHO
INTRODUÇÃO: As doenças do aparelho cardiovascular representam hoje a principal causa
de morte no Brasil e no mundo. Com apresentações bastante diversificadas, e manifestações
variadas, as doenças cardiovasculares acometem indivíduos de ambos os sexos, não
escolhendo raça, cor ou faixa etária. Uma apresentação frequente de doença cardiovascular, o
Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico (AVCh) caracteriza-se por extravasamento de
sangue no tecido nervoso. Manifesta-se por déficit neurológico focal ou generalizado, de
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instalação súbita e evolução rápida. A Endocardite Infecciosa (EI), outra doença do vasto
conjunto de doenças cardiovasculares, é uma infecção microbiana da superfície endotelial do
coração, que pode acometer valvas, endocárdio, cordas tendíneas, septos etc. (PAOLA, 2011).
Representa um desafio clínico, uma vez que pode ser foco ao desenvolvimento de Sepse, uma
infecção sistêmica que acomete múltiplos órgãos e é potencialmente fatal. OBJETIVO:
Discutir um caso sobre a endocardite infecciosa que desencadeia um Acidente Vascular
Encefálico hemorrágico (AVEh) e um quadro de sepse. METODOLOGIA: Trata-se de
pesquisa qualitativa do tipo estudo de caso, que foi desenvolvido o durante os meses de
outubro e novembro de 2014, no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) na cidade de
Mossoró- RN. A nossa unidade de estudo foi o Paciente ICS. Por envolver seres humanos, a
pesquisa foi realizada de acordo com a resolução N°196/1996 do conselho nacional de saúde,
que estabelece as diretrizes e normas em defensa do sujeito para garantir que os principais
éticos da autonomia, beneficência, justiça, equidade e não maleficência fosse respeitada.
RELATO DE CASO: ICS, masculino, 26 anos, natural e procedente de Mossoró/RN,
solteiro. Atendido na Unidade de Pronto Atendimento de Santo Antônio, trazido por
familiares e apresentando rebaixamento do nível de consciência com perda da sensibilidade
tátil e dolorosa. Realizado procedimentos iniciais de abordagem ao paciente grave e
encaminhado ao Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM). A admissão na emergência do
HRTM, paciente encontrava-se com vias aéreas pérvias, mas com ventilação em gasping, à
ectoscopia, não havia evidências de sangramentos ou hemorragias, pressão arterial de
170/110mmHg. Ao exame neurológico, Glasgow 4, com descerebrarão bilateral e pupilas
mióticas. Encaminhado a Tomografia Computadorizada de Crânio (TCC) que evidenciou
AVCh parietal esquerdo com Hemoventrículo e Hidrocefalia. Pela gravidade do quadro, foi
levado à neurocirurgia, onde realizou drenagem e correção do sangramento subaracnóideo.
Logo após a neurocirurgia, foi admitido na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para pósoperatório neurocirúrgico. No segundo dia de pós-operatório, evolui com Sepse (Leucócitos
14600/mm3) e com Murmúrios Vesiculares diminuídos em ambos os hemitórax. Por estar sob
Ventilação Mecânica Invasiva por Tubo Orotraqueal, levantou-se a suspeita de foco
pulmonar, mesmo com Radiografia de tórax normal. Retirado sangue para cultura e iniciado
Meropenem 500mg IV 8/8h. Dois dias depois, evolui com piora do quadro (Leucócitos
19600/mm3), hemocultura negativa para bactérias e fungos, optou-se por adicionar
Piperacilina/Tazobactam 4,5g IV a antibioticoterapia, bem como realizar pesquisa de foco
urinário com Sumário de Urina, que revelou aumento da densidade urinária, diminuição do
pH e aumento de piócitos (15pc) e discreta Infecção do Trato Urinário (ITU). Solicita-se
urocultura e troca-se Sonda Vesical de Demora (SVD) por preservativo coletor de urina.
Decorrido três dias, retirado Piperacilina/Tazobactam 4,5, mas mantido Meropemen 500mg
IV 8/8h, acrescido Linesolida 600mg IV 12/12h e Fluconazol 400mg IV 12/12. Mesmo com
tratamento otimizado, a Sepse ainda era presente (Leucócitos 19900/mm3). No décimo dia de
internamento, no exame de rotina, o exame cardíaca evidenciou um sopro 4+/4+. O ECG não
mostrou evidências de infartação e Ecocardiograma Transtorácico (ECO TT) evidenciou
vegetação em válvula cardíaca atrioventricular, no qual se constatou Endocardite Infecciosa.
O foco da Sepse era o coração e não o pulmão. Uma vez estabelecido o foco séptico,
otimizou-se a antibioticoterapia, agora direcionada Endocardite, mas mesmo com terapêutica
otimizada e adequada, devido as constantes sequelas da síndrome da resposta inflamatória da
Sepse, já havia insuficiência de múltiplos órgãos e não resistiu e foi a óbito. CONCLUSÕES:
A Sepse representa um importante e negligenciado problema de saúde. Responde por diversas
causas de óbitos nos pacientes internados. Constitui-se na principal causa de morte em
pacientes debilitados e pós-cirúrgicos. Necessita de intervenção imediata, no entanto, é de
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fundamental importância que o enfermeiro reconheça o foco infeccioso para o sucesso do
tratamento adequado. Assim, diante de um caso de sepse, orienta-se a buscar-se ativamente
por todos os possíveis focos. A determinação precoce é fator prognóstico e decide terapêutica.
REFERÊNCIAS: CECIL. Tratado de Medicina Interna – Lee Golman, Dennis Ausiello,
23º edição. Elsevier. SBC. Sociedade Brasileira de Cardiologia. Diretrizes de Cardiologia
da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Disponível em www.cardiol.br. PAOLA, AAV;
GUIMARÃES, JF; BARBOSA, MM. Cardiologia – Livro texto da Sociedade Brasileira de
Cardiologia, editora Manole, 2011.
31. ESTUDO DE CASO: HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM - SAE A UMA
CLIENTE NO DOMICÍLIO.
Camila Albuquerque de Queiroz;; Benedita Beatriz Bezerra Frota; Richelly Kerlly Sousa
Santos; Aparecida Maria de Araújo ; Maria das Graças Vieira do Nascimento NÁTILA
AZEVEDO AGUIAR RIBEIRO
INTRODUÇÃO: A Hipertensão Arterial Sistêmica - HAS é uma doença crônica determinada
por elevados níveis de pressão sanguínea nas artérias, o que faz com que o coração tenha que
exercer um esforço maior do que o normal para fazer circular o sangue através dos vasos
sanguíneos. A pressão sanguínea envolve duas medidas, sistólica e diastólica, referente ao
período em que o músculo cardíaco está contraído (sistólica) ou relaxado (diastólica), (S.B.C,
2010). A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) mostra-se como uma
estratégia além de um método científico de trabalho que proporciona melhoria significativa da
qualidade da Assistência prestada ao cliente através do planejamento individualizado das
ações de Enfermagem elaboradas pelo profissional enfermeiro. Usada para direcionar as
demais etapas da sistematização da assistência (ZMEIRE, C. e MARIA, A. 2009). Este
processo fornece estrutura para a tomada de decisão durante a assistência de enfermagem,
tornando-a mais científica e menos intuitiva. Ou seja, isto nos mostra mais do que nunca que a
enfermagem é uma ciência muito além de apenas cuidar. OBJETIVO: Avaliar a eficácia da
SAE a uma cliente com HAS no domicílio. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de
caso realizado por meio de vivencias praticas da disciplina saúde coletiva I na graduação de
enfermagem pelo Instituto Superior de Teologia Aplicada - INTA. A cliente foi escolhida por
ser HAS desde 34 anos e não ter seguido orientações medicas e de enfermagem como hábitos
alimentares, estilo de vida e tratamento medicamentoso agravando seu quadro. Reside no
Bairro Campos dos Velhos no município de Sobral – CE, a mesma aceitou a realização do
estudo, foi respeitada a dignidade humana e aspecto ético na pesquisa científica envolvendo
seres humanos conforme a Resolução 466/12 (LADEIRA, P. J. NOVOA. 2014). O estudo
iniciou em junho de 2013 e teve continuidade em novembro de 2014. Os dados se deram por
meio de anamnese. RESULTADOS: As vivencias seguiram as etapas da SAE. O histórico de
enfermagem; trata-se de uma cliente M. A. Q. A. de 61 anos do sexo feminino, coleta de
dados, identificando principais fatores de risco que agravam seu estilo de vida. No diagnóstico
foi identificado elevação da pressão sanguínea secundária com avaliação de risco C,
relacionado ao sedentarismo e ao não uso do tratamento medicamentoso, além da não adesão
da dieta alimentar na qual desencadeou outras patologias como: a Diabetes Mellitus,
glaucoma, problemas circulatórios e depressão. Já na implementação dos cuidados de
enfermagem, foi orientada a importância das praticas de atividades físicas, associado ao uso
adequado da medicação e de uma alimentação equilibrada para melhoria na qualidade de vida.
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O atendimento no domicilio mostrou resultados da SAE através de relatos positivos de
segurança e bem estar da cliente. CONCLUSÃO: Comprovou-se que o cuidado no domicilio
e a SAE são instrumentos eficazes. O estudo de caso desencadeou a busca por melhoria no
estilo de vida dos clientes com HAS. Sendo ela um dos fatores mais importante para o
desenvolvimento de doenças cardiovasculares, dessa forma incentivou novas pesquisas na
mesma temática. REFERENCIAS: LADEIRA, P. J. NOVOA, Patricia Correia Rodrigues. O
que muda na Ética em Pesquisa no Brasil: resolução 466/12 do Conselho Nacional de
Saúde. Einstein
(São
Paulo), São
Paulo,
v.
12, n.
1, Mar. 2014. Disponível<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S16794508
2014000100001&lng=en&nrm=iso>.
Acesso
em 08 Dec. 2014. http://dx.doi.org/10.1590/S1679-45082014ED3077; PRINCIPAIS
TEMAS EM CARDIOLOGIA PARA RESIDÊNCIA MÉDICA. Medcel, Capitulo 4.
2006; Sociedade Brasileira de Cardiologia, Sociedade Brasileira de Hipertensão, Sociedade
Brasileira de Nefrologia. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. São Paulo, 2010.
ZMEIRE, C.; MARIA, A.. SAE- Sistematização da Assistência de Enfermagem: Guia
Prático. RioJaneiro,2009)http://enfermagemsae.blogspot.com.br/2009/03/sistematizacao-da
assistencia-de.html. Acesso 25 de Novembro de 2014.
32. FAMILIARES E ACOMPANHANTES DE PACIENTES NA UNIDADE
CORONARIANA: RELATOS DE CONFORTO E DESCONFORTOS.
Ângela Maria Liberato Araújo; Vivian Fontenele Vieira; Giovanna Randal Pompeu S.Veras;
Claudiane Vasconcelos Albuquerque; Keila Maria de Azevedo Ponte; Lúcia de Fátima da
Silva
INTRODUÇÃO: Este estudo busca dar um olhar diferenciado aos familiares e
acompanhantes de pacientes em unidade coronariana, visto que muitas vezes pela correria do
cotidiano, os cuidados de enfermagem são direcionados apenas para o paciente, muitas vezes
não prestando a assistência adequada. Faz-se indispensável à existência de cuidados clínicos
de enfermagem direcionados voltados a promover o melhor conforto possível às pessoas com
coronariopatias em unidade coronariana, pois ficam expostas à execução de diversos
procedimentos técnicos, além de permanecerem segregadas da família e dos entes queridos e
em interação com profissionais desconhecidos, o que pode induzir à percepção de desconforto
destes pacientes (PONTE et al, 2014). OBJETIVO: Identificar situações de des(conforto)
vivenciadas por familiares de acompanhantes de pacientes em unidade coronariana.
METODOLOGIA: Estudo exploratório, descritivo, com abordagem qualitativarealizada em
junho e julho de 2014 com dezesseis familiares e acompanhantes de pacientes hospitalizados
na Unidade Coronariana do Hospital do Coração de Sobral –Ceará. Realizou-se entrevista
individual com auxilio de um formulário com questões de identificação e de situações de
conforto e desconforto vivenciados durante a visita no hospital. A análise foi descritiva por
meio da categorização das falas. Esta pesquisa é aprovada pelo comitê de ética em pesquisa nº
501.830 da Universidade Estadual do Ceará. RESULTADOS: As informações após análise
culminaram com três categorias emergentes: Caracterização dos familiares e acompanhantes
de pacientes em unidade coronariana; Momentos de conforto apresentados por familiares e
acompanhantes; e Situações desconfortáveis de familiares e acompanhantes. Quanto a faixa
etária dos participantes, variou de 27 a 64 anos, doze eram mulheres, quatorze tinham
companheiro fixos, oito pessoas possuíam oito filhos, treze de religião católica e doze
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residiam em Sobral. O grau de parentesco foi de pai, mãe, filho, esposa, tia, irmão e primo,
quatro eram acompanhantes e estavam na unidade coronariana continuamente. Os
diagnósticos médicos dos pacientes era Síndrome Coronariana Aguda, Infarto Agudo do
Miocárdio, Revascularização do Miocárdio e Insuficiência Cardíaca. Os dias de
hospitalização de seus pacientes variou de dois a oito dias. Alguns participantes referiram
conforto em todos os momentos e desconforto em nenhuma ocasião, apresentando bem estar
durante a permanência hospitalar. No que tange as manifestações de conforto dos
participantes no contexto físico da Teoria do Conforto: poltrona para dormir e cobertor,
tecnologias e medicamentos para o tratamento do familiar, ficar ao lado do doente e ter roupa
de cama limpos e macios; no contexto psicoespiritual: acolhimento, educação em saúde
quanto a higienização das mãos e informação do paciente, sensação de segurança por parte
dos profissionais, ter o padre por perto com oração, comunhão e evangelização; no
sociocultural: bom atendimento, apoio, respeito, amizade, responsabilidade, disponibilidade,
atenção, delicadeza, cortesia e prontidão dos profissionais do hospital, ter televisão para
distração, serviço eficiente, eficaz e humanizado e ter os médicos por perto do paciente; e no
contexto ambiental: silêncio, limpeza, lugar calmo, agradável, organização e as instalações
físicas. Um participante apontou que os governantes poderia adotar este hospital como
modelos de excelência para os demais no Brasil. Uma participante referiu não gostar de
hospital e afirmou que todos os momentos que ela passou por lá foram desconfortáveis. O
diálogo entre profissionais de saúde e familiares é imprescindível, visto que os enfermeiros
possuem papel peculiar na orientação e treinamento destas pessoas devendo estimular e
permitir a participação direta da família nos cuidados com os pacientes (DURANTE;
TONINI; ARMINI, 2014). As manifestações de desconfortos no contexto físico foram
visualizar os aparelhos na unidade coronariana e privação do sono. No psicoespiritual foram
as informações do paciente fornecidas pelo médico que os deixaram mais preocupados, o
momento da espera para visita, mudanças ocorridas na vida social e profissional devido
adoecimento da família, incerteza da recuperação o sofrimento em si pela doença. O contexto
sociocultural teve o afastamento do lar, pouco período de tempo junto do paciente, só poder
entrar uma pessoa e não dar noticias por telefone. Já o ambiental, no local de espera e nos
corredores a temperatura é muito quente, não tem lugar para sentar, não tem lixeiro nem lugar
próximo para comprar água. CONCLUSÃO: O enfermeiro precisa dedicar um período de
tempo para atender as necessidades de conforto dos familiares e acompanhantes dos pacientes
que estão sob seus cuidados, visto que este cuidado também faz parte da assistência prestada
aos pacientes. REFERENCIAS: PONTE, Keila Maria de Azevedo et al . Clinical nursing
care to comfort women with acute myocardial infarction. Texto contexto enferm.,
Florianópolis ,
v. 23, n. 1, Mar.
2014 .
Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010407072014000100056&lng=en&nrm=iso>.
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on 18 Nov. 2014. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-07072014000100007. DURANTE, Ana
Luisa Teixeira da Costa; TONINI, Teresa; ARMINI, Luana Rodrigues. Conforto em cuidados
paliativos: o saber-fazer do enfermeiro no hospital geral. Rev Enferm UFPE online. v. 8, n.
3, p. 530-6, 2014.
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33. IMPACTO DA ALIMENTAÇÃO INDUSTRIALIZADA NAS DOENÇAS DE
NATUREZA CARDIOVASCULARES.
Samy Loraynn Oliveira Moura; Maria Áurea Catarina Passos Lopes; Gabriele Vanessa do
Vale Silva; Maria do Socorro Quintino Farias; Cleoneide Paulo Oliveira Pinheiro; LUCIANA
MARIA MONTENEGRO SANTIAGO
INTRODUÇÃO: Os elementos constituintes do processo de determinação das Doenças
Cardiovasculares (DCV) e de suas inter-relações são complexos, contudo sabe-se que a
alimentação contribui de várias formas para a determinação do risco cardiovascular. Há
estudos demonstrando que as DCV podem ser reduzidas em 30% com modificações na dieta,
cuja composição pode constituir um fator de risco ou de proteção (NEUMANN, et. al., 2007).
Com a finalidade de diminuir os efeitos nocivos de uma dieta inadequada, é possível fazer uso
de alimentos com propriedades funcionais juntamente com a adoção de hábitos alimentares
saudáveis para minimizar possíveis alterações bioquímicas e fisiológicas. No entanto uma
recente publicação sobre a relação entre a alimentação e Doenças Crônicas não
Transmissíveis, mostra que alguns componentes da dieta podem provocar efeitos adversos ao
organismo (MALEBRA, et al 2013). Estudos referentes aos efeitos metabólicos e
cardiovasculares do café, chocolate, azeite de oliva e vinho tinto são conflitantes, alguns
apresentam efeitos adversos do consumo constante e em grandes quantidades. Em contraste, a
ingestão diária e moderada tem sido associada à redução de risco cardiovascular
(NEUMANN, 2007). OBJETIVO: Verificar os efeitos do consumo do vinho, chocolate,
azeite de oliva e café, alimentos estes considerados como fatores de risco e proteção para
doenças cardiovasculares. MÉTODOS: Tratou-se de um estudo do tipo revisão sistemática,
com estratégia de busca online de ensaios clínicos e metanálises publicados no período de
2004 a 2014 nos idiomas português, espanhol e inglês. Foram consultadas as bases de dados
do Bireme, Scielo e PubMed. A coleta de dados foi realizada no período de agosto de 2013 à
julho de 2014. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Através das estratégias de busca e dos
critérios de inclusão estabelecidos para a corrente revisão foram encontrados um total de 643
artigos. Destes, 62 foram selecionados pelo título para análise de seus resumos. Após essa
análise, 62 foram elencados para leitura dos artigos na íntegra, mas 25 foram excluídos por
apareceram mais de uma vez nas bases de dados, restando 37 trabalhos. Deste número, 15
foram rejeitados por não se enquadrarem aos critérios de inclusão, constatação feita após
leitura minuciosa do manuscrito na íntegra. Também tiveram de ser omitidos, na seleção final,
2 estudos que não foram encontrados. Dos 643 artigos inicialmente identificados 20 estudos
contemplaram os critérios de seleção. Destes, 4 (20%) foram estudos de metanálise e 16
(80%) foram ensaios clínicos). As metanálises apresentaram benefícios quanto ao consume de
azeite de oliva, chocolate e café. Uma constituiu-se de análise de estudos prospectivos sobre o
consumo de café e doenças cardiovasculares (MALERBA et. al., 2013), outras 2 metanálises
avaliaram os efeitos de produtos a base de cacau ricos em flavanol (DESCH et al, 2010) e um
outro estudo analisou o consumo da dieta mediterrânica que possui como principal fonte de
gordura o azeite de oliva (PERONA et al, 2010). CONCLUSÃO: Após o levantamento das
informações e análise das variáveis observadas, pode-se concluir que realmente há certo efeito
protetor/benéfico à saúde quando há o consumo destes alimentos regularmente. Contudo
ainda é necessário mais estudos para termos quantidades especificas desses alimentos para seu
consumo nas diferentes etapas da vida, levando em consideração a idade, presença de
comorbidades e peso dos indivíduos em que se vai atuar assim como o estudo dos hábitos
alimentares, história familiar de doenças crônicas e estilo de vida. REFERÊNCIAS:
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DESCH, S. et. al. EffectofCocoaProductsonBloodPressure: SystematicReviewand MetaAnalysis. American JournalofHypertension, vol.23, p. 97-103, 2010; MALERBA,
S.;TURATI, F.;GALEONE, C.;PELUCCHI, C.;VERGA, F.;VECCHIA, C.;TAVANI, C. A
meta-analysisofprospectivestudiesofcoffeeconsumptionandmortality for all causes, cancersand
cardiovascular diseases. EuropeanJournalofEpidemiology, vol, 28, n.7, p.527-539, Jul,
2013; NEUMANN, A. I. A. P. et. al. Padrões alimentares associados a fatores de risco para
doenças cardiovasculares entre residentes de um município brasileiro. Rev. Panam. Salud
Publica/Pan Am J Public Health, vol.4, p.113-121, 2007; PERONA, J. S. et. al.Reduction in
systemicand VLDL triacylglycerolconcentrationafter a 3-month Mediterranean-style diet in
high-cardiovascular-risksubjects. J NutrBiochem, vol.21, n.9, p.892-8, Sep, 2010
34. LACTENTE PORTADOR DE ARRITMIA CARDÍACA CONGÊNITA: UM
ESTUDO DE CASO
Elinete de Sousa Ferreira ; Angela Tereza Carvalho Lopes ; Sâmia Vasconcelos Marques
Leite ; Rosa Ester Fontenele Chaves Ribeiro; Luciano Fontenele Chaves; Maria Josimar
Bezerra
INTRODUÇÃO: As cardiopatias congênitas constituem um grupo de numerosas lesões que
se situam em diferentes locais do aparelho circulatório, com gravidade variável. São
anomalias resultantes de defeitos anatômicos do coração ou nas redes anatômicas que
comprometem suas funções. O defeito resulta da má formação do coração ou dos vasos
próximos ao coração que não se desenvolveram normalmente antes do nascimento (RAMOS,
2010). OBJETIVO: Relatar a internação de um lactente portador de arritmia cardíaca
congênita em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica. METODOLOGIA: Foi receitado os
aspectos éticos e legais segundo a lei 196/96, em que foi orientado a responsável legal do
lactente e a mesma autorizou a realização do estudo. Trata-se de um estudo de caso,
desenvolvido em um Hospital de Referência na Cidade de Sobral, Ceará, com um lactente de
um mês e vinte dias portador de Arritmia Cardíaca Congênita Grave. Foram utilizados como
forma de coleta de dados a leitura aprofundada do prontuário, acompanhamento dos exames,
entrevista com a mãe. Para que as discussões sejam fidedignas, foram respaldadas através da
leitura e estudo aprofundado em literaturas pertinentes acerca da patologia em questão.
RESULTADOS E DISCUSSÕES: Lactente DMS, 1 mês e 20 dias, morador da cidade de
Novo Oriente, Ceará, nasceu de parto cesariana, prematuro e necessitou de internação durante
quinze dias por icterícia e infecção neonatal, em que fez tratamento com fototerapia e
antibioticoterapia para tratar possível infecção por hepatite. Após cerca de um mês em que a
criança estava em casa, apresentou quadro de tosse seca, coriza, evoluindo com cianose. No
dia 16 de novembro de 2014 foi ao hospital de origem, sendo encaminhado a Hospital
Referência na Zona Norte do Ceará, chegando a estado geral grave, comprometido, sendo
avaliado e detectado um quadro de taquicardia supra ventricular, necessitando de duas doses
de amiodarona para reverter a arritmia. Foi intubado, instalado ventilação mecânica. Em
seguida, fez Parada Cardiorrespiratória, sendo reanimado por massagem cardíaca e uso de
drogas vasoativas. Foi transferido no mesmo dia para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI)
Pediátrica no referido hospital. Ficou em berço aquecido, monitorizado, com dissecção em
femoral esquerda para infusão de amiodarona contínua, além de sedoanalgesia (dormonid e
fentanil), hidratação venosa com eletrólitos e antibióticos, pois havia associado à cardiopatia
uma pneumonia importante. No dia seguinte, realizou um ECO Cardiograma cujo resultado
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foi normal. Dia 21/11 apresentou Taquicardia Supra Ventricular, com FC (frequência
cardíaca) 298 bpm, realizou ECG (eletrocardiograma), sendo realizado cardioversão química
com duas doses de amiodarona, sem sucesso e necessitou ser cardiovertido eletricamente com
choque de 1J. Passou três dias estável, mas na madrugada do dia 24/11 apresentou FC 292
bpm, em que evidenciou ao ECG a presença de Taquicardia com QRS alargado e Flutter
atrial. Puncionado acesso periférico em jugular esquerda para infusão de adenosina, pois sua
meia-vida é curta e necessita ser infundida rapidamente seguida de bollus de água destilada
em seguida. Apenas uma dose reverteu o quadro em oito minutos, confirmado em ECG.
Permaneceu intubado até dia 26/11, quando foi extubado e ficou em máscara de venturi 50%,
mantendo boa saturação de oxigênio. No mesmo dia foi retirado o acesso central, puncionado
PICC (cateter central de inserção periférica) em jugular externa direita, sendo suspenso
amiodarona que era contínua, sendo prescrita via oral uma vez ao dia. Quanto à dieta, apenas
ficou zero na sua admissão, sendo alimentado por SNE (sonda nasoenteral) a partir do dia
17/11, sempre com boa aceitação. Ficou com SVD (sonda vesical de demora) da admissão até
o dia 26/11, em que foi suspensa a sedação contínua. No dia 25/11 foi solicitado transferência
para Hospital Referência em Cardiologia em Fortaleza para continuidade do tratamento e
provavelmente colocação de marcapasso. CONCLUSÃO: Esse lactente possui uma situação
crítica, pois suas arritmias são grave e mesmo quando está estável hemodinamicamente pode
apresentar arritmias súbitas, necessitando ser cardiovertido química ou eletricamente, caso
contrário, poderá ser fatal. Daí a necessidade de sua transferência para intervenções
especializadas com implantação de marcapasso, em alguns casos a cauterização do local do
impulso, a prescrição de medicamentos antiarrítmicos, além de cuidados como a suspensão de
substâncias que causem descompasso, como cafeína, chá mate, guaraná em pó, sendo a mãe
sempre orientada a manter esses cuidados no domicílio. Recebeu alta da UTI dia 29/11/2014
para internação pediátrica. REFERÊNCIAS: RAMOS, Carolina Anunciação. Assistência de
Enfermagem à criança hospitalizada por cardiopatia congênita. Dissertação de Mestrado.
Universidade de São Paulo. São Paulo, 2010.
35. MIOCARDIOPATIA CHAGÁSICA
CONDUÇÃO: UM RELATO DE CASO
COM
DISTÚRBIO
SEVERO
DE
Layanny Teles Linhares Bezerra; Tayanny Teles Linhares Bezerra; Bruna da Conceição
Lima; Ronaldo César Aguiar Lima; Layana Liss Rodrigues Ferreira; Irineu Moreno de Melo
Sobrinho
INTRODUÇÃO: Doença de Chagas (DC) é causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi,
transmitida pelos barbeiros. Seu curso crônico tem na Cardiopatia Chagásica a principal causa
de morte. Normalmente, essa cardiopatia se manifesta por alterações eletrocardiográficas,
insuficiência cardíaca de variados graus, arritmias, acidentes tromboembólicos e morte súbita.
(PAOLA, 2011). A DC é uma parasitose que possui curso clínico bifásico podendo manifestar
a fase aguda de várias formas. Em seu curso crônico, a DC tem na Cardiopatia Chagásica a
principal causa de morte. Normalmente, essa cardiopatia se manifesta por alterações
eletrocardiográficas, insuficiência cardíaca de variados graus, arritmias, acidentes
tromboembólicos e até morte súbita. Assim, a Parada Cardiorrespiratória (PCR) pode ser a
primeira manifestação de DC, o que torna fundamental o conhecimento de todas as formas de
apresentação dessa enfermidade. OBJETIVO: Discutir um caso sobre os principais distúrbios
decorrentes da miocardiopatia chagásica. METODOLOGIA Trata-se de pesquisa qualitativa
do tipo estudo de caso, que foi desenvolvido o durante os meses de outubro e novembro de
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2014, no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) na cidade de Mossoró- RN. A nossa
unidade de estudo foi o Paciente F. A. P.F, que é portador de miocardiopatia chagásica. Por
envolver seres humanos, a pesquisa foi realizada de acordo com a resolução N°196/1996 do
conselho nacional de saúde, que estabelece as diretrizes e normas em defensa do sujeito para
garantir que os principais éticos da autonomia, beneficência, justiça, equidade e não
maleficência fosse respeitada. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Homem, 52 anos, casado,
pedreiro, natural de Apodi/RN e procedente da cidade de Mossoró/RN, trazido ao Hospital
Regional Tarcísio Maia (HRTM) após uma possível PCR revertida por familiares. Ao
atendimento inicial, o paciente apenas queixa-se de ferimento na cabeça e um episódio de
síncope ocorrido há 6 horas. Porém, testemunhas relatam que o mesmo ficou arroxeado e em
parada cardíaca. À anamnese, paciente relata que teve episódio de síncope do tipo “ligadesliga” enquanto trabalhava. Não refere pródromos. Relata como antecedentes patológicos,
um tratamento para Febre Reumática (FR), Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), Diabetes
Mellitus tipo 2 (DM2), Dislipidemias e Asma. Afirma também ser tabagista de longa data
(carga tabágica elevada) e não praticar atividades físicas (apenas exerce suas atividades
laborais de pedreiro diariamente). Ao exame: Estado Geral Bom, 1,63m, peso de 55Kg,
eupneico em ar ambiente, corado, hidratado e afebril ao toque. A Ectoscopia verifica-se ferida
corto-contusa em região parietal direita, sem edemas. Ausculta Pulmonar com Murmúrios
Vesiculares presentes, sem Ruídos Adventícios. Ausculta Cardiovascular com pulsos amplos
e simétricos. Pressão Arterial 130/80mmHg. Carótidas sem sopros. Frequência Cardíaca (FC)
de 60bpm, Ritmo cardíaco regular em 2 tempos, Bulhas normofonéticas, sem sopros, sem
estalidos de abertura. Eletrocardiograma, realizado logo à admissão, mostra desvio de eixo
cardíaco à esquerda, com sobrecarga ventricular esquerda, bloqueio de ramo esquerdo e
distúrbios de repolarização. Internado para acompanhamento clínico e solicitado HOLTER de
24 horas. Laudo do HOLTER mostra FC: 33-49-126. Com 417 Extrassístoles ventriculares
isoladas, 5 Bigeminismo, 3 pares, 49 Extrassístoles supraventriculares, 3 pares, 1 Taquicardia
(4 batimentos). 2 pausas maiores do que 2 segundos. No terceiro dia, realizado
Ecocardiograma Transtorácico que mostrou ventrículo esquerdo: 62/46, com fração de ejeção
de 49%. Massa cardíaca de 166 G/M². Mostrou também, uma dilatação moderada das câmaras
esquerdas. Na musculatura cardíaca, uma hipocinesia difusa leve, mas com função diastólica
Normal ou com alterações leves. Prosseguindo a investigação diagnóstica, solicitou-se
exames complementares, que evidenciou um Hemograma sem alterações. Sorologia para
Chagas positiva (ELISA E Imunofluorescência Indireta) Glicemia em Jejum de 82mg/dl
Colesterol Total de 172mg/dl. Triglicerídeos de 105mg/dl. HDL de 55mg/dl. LDL de
96mg/dl. Creatinina de 0,9. Na+ de 133. K+: 3,9. Pelos dois métodos de testagem resultarem
em testes reagentes, confirmou-se Doença de Chagas em sua fase crônica, com severo
acometimento miocárdico. A primeira manifestações da miocardite chagásica nesse caso foi
uma parada cardiorrespiratória, um evento potencialmente grave com sérias repercussões se
não realizado as medidas necessárias a tempo. (Conclusões) A Cardiopatia Chagásica é uma
doença potencialmente fatal exigindo diagnóstico rápido e intervenções imediatas. Sendo
assim, é de suma importância que o enfermeiro tenha conhecimento de suas manifestações,
pois o reconhecimento precoce desses sinais e sintomas é fator crucial ao prognóstico da
Cardiopatia Chagásica. REFERÊNCIAS: CECIL. Tratado de Medicina Interna – Lee
Golman, Dennis Ausiello, 23º edição. Elsevier. SBC. Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Diretrizes de Cardiologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Disponível em
www.cardiol.br. PAOLA, AAV; GUIMARÃES, JF; BARBOSA, MM. Cardiologia – Livro
texto da Sociedade Brasileira de Cardiologia, editora Manole, 2011.
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36. MIOCARDIOPATIA CHAGÁSICA: UMA REVISÃO DE LITERATURA.
Maria de Fátima Pinho Vasconcelos; Antônia Bruna Ferreira Braga; Layana Liss Rodrigues
Ferreira; José Flason Marques da Silva; Marcelo Cristiano Campos Nobre; RONALDO
CÉSAR AGUIAR LIMA
INTRODUÇÃO: A Doença de Chagas é uma zoonose de natureza endêmica e de evolução
crônica, causada por um protozoário flagelado intracelular, sendo habitualmente transmitida
ao homem por insetos triatomíneos. O protozoário causador é o parasita Trypanossoma cruzi
que é comumente transmitido aos seres humanos e outros mamíferos por um inseto vetor da
família Reduviidae, subfamília triatominae, conhecido popularmente como barbeiro. Após a
infecção, os pacientes desenvolvem a fase aguda da doença, quando eles podem vir a falecer
de miocardite, de meningoencefalite ou de complicações, como broncopneumonia.
OBJETIVO: Assim, o objetivo do presente trabalho foi discorrer sobre a Miocardiopatia
Chagásica, fazendo uma reflexão sobre os principais aspectos relacionado a Miocardite
Chagásica. METODOLOGIA: O presente estudo é uma revisão bibliográfica desenvolvida a
partir da análise de artigos científicos obtidos nas bases de dados PUBMED e Scientific
Eletronic Library Online (SciELO), além de livros-texto da área. Para construção desse
trabalho optou-se por artigos de periódicos da saúde pública, já que essa vertente representa
uma bibliografia valorizada e de mais fácil acesso. A pesquisa dos artigos se deu entre os
meses de agosto e outubro de 2014. Selecionou-se artigos que direcionavam suas temáticas às
alterações anatômicas decorrentes da doença de Chagas. Visando valorizar todo o contexto
científico envolvido na Doença de Chagas, procurou-se abordar o tema sob a luz da
investigação das ciências básicas da saúde. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Verifica-se na
Doença de Chagas que há envolvimento cardíaco em aproximadamente 80 a 90% dos casos
agudos, com o quadro clínico caracterizado por miocardite aguda com taquicardia sinusal,
alterações de repolarização e baixa voltagem no eletrocardiograma, dilatação das cavidades
ventriculares, disfunção sistólica, derrame pericárdico e sinais de insuficiência cardíaca (IC).
A dissincronia intraventricular é um forte preditor de eventos clínicos graves e verificou-se
prevalência de 85% em indivíduos com cardiomiopatia chagásica. A Miocardiopatia
Chagásica Crônica é a forma mais grave da doença e se desenvolve em 10 a 20% dos
infectados, caracteriza-se por dilatação biventricular, adelgaçamento das paredes, lesão
vorticilar ou aneurisma apical, áreas de endocardite mural e trombos cavitários. As
complicações tromboembólicas são bastante associadas à IC chagásica, levando alguns
autores a definir a doença como “cardiopatia emboligênica”. Vale ressaltar que a mortalidade
devido à cardiomiopatia chagásica está intimamente ligada ao grau de envolvimento
miocárdico e que os pacientes com IC que são internados apresentando má perfusão,
congestão e constituem o grupo que evolui com pior prognóstico na IC descompensada. Esse
conjunto de alterações encontradas na cardiopatia chagásica pode ser explicado por
ocorrências como a intensa multiplicação parasitária no miocárdio, que provoca miocardite
intensa e difusa, gerando necrose de fibras miocárdicas, edema, vasculite e infiltrado
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inflamatório. A fibrose reparativa e a perda de massa miocárdica podem provocar dilatação
cardíaca. Ademais, há dano ao sistema de condução e plexos nervosos intramurais e extra
cardíacos, o que pode ser relacionado com a fibrose focal, coalescente, no miocárdio e no
sistema especializado de condução do estímulo elétrico. CONCLUSÃO: A Doença de
Chagas ainda é muito prevalente no Brasil com algumas regiões concentrando a maioria dos
casos. No estado do Ceará, a Doença de Chagas é um problema de Saúde, pois muitas vezes é
negligenciado e ao diagnóstico e encontram manifestações severas e fatais como a
Miocardiopatia, principal causa de óbito pela Doença de Chagas. Assim, conhecer a
epidemiologia da Doença e suas principais formas de complicações, pode fornecer dados para
uma melhor estratégia preventiva. REFERÊNCIAS:ALMEIDA, D.R. Insuficiência Cardíaca
na Doença de Chagas. Revista da Sociedade de Cardiologia do Rio Grande do Sul, 2004:
13(3). ARGOLO, A.M. Doença de chagas e seus principais vetores no Brasil. Imperial Novo
Milênio: Fundação Oswaldo Cruz: Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do
Estado do Rio de Janeiro, 2008. OLIVEIRA, A.P.; GOMES, L.F. CASARIN, S.T.;
SIQUEIRA, H.C.H. O viver do portador chagásico crônico: possibilidades de ações do
enfermeiro para uma vida saudável. Rev. Gaúcha Enferm. 2010; 31 (3): 491-498.
37. O CUIDADO DE ENFERMAGEM À CRIANÇA COM CARDIOPATIA
CONGÊNITA: UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO.
Maria Nadia Craveiro de Oliveira; Éwila Luiza Farias Araújo; Angeline Paiva do
Nascimento; Gláucia de Brito Monteiro; IELLEN DANTAS CAMPOS VERDES
RODRIGUES
INTRODUÇÃO: As cardiopatias congênitas ocorrem em nove de cada 1.000 nascidos vivos.
Em torno de 25% dos casos são cardiopatias graves que necessitam de intervenção no
primeiro ano de vida. Recém-nascidos (RN) portadores de cardiopatias congênitas
representam um grupo de alto risco pela elevada mortalidade e morbidade. Devido à
gravidade de grande parte das cardiopatias no período neonatal, essa condição necessita ser
diagnosticada e tratada imediatamente, evitando-se a deterioração hemodinâmica do bebê e
lesões de outros órgãos, principalmente do sistema nervoso central (BRASIL). O cuidado de
enfermagem transforma-se cotidianamente, há tempos saiu do campo empírico para ingressar
com maestria na cientificidade, fato que se reflete na melhoria da qualidade assistencial dessa
profissão, os mesmos utilizam-se da palavra como recurso terapêutico, analisando e
interpretando a fala do cliente e programando a melhor ação para sanar seus agravos
(COELHO, 2006). Pelo exposto vê-se que é indispensável um cuidado de enfermagem que
atente para o físico e o emocional do paciente, principalmente aqueles acometidos por
enfermidades crônicas. Desse modo, o estado fragilizado do paciente cardiopata aproxima-o
do enfermeiro, e este assume um papel importante e expressivo no processo de cuidar. Assim,
prima-se pela compreensão por parte do enfermeiro quanto às reais necessidades do
cardiopata, que vão além dos aspectos fisiológicos, mas que requerem um cuidado
direcionado ao emocional, exigindo do profissional um raciocínio clínico e crítico
(BALBUÍNO; MANTOVANI; LACERDA, 2009). Nesse sentido, para fundamentar novas
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pesquisas acerca do cuidado da enfermagem ao paciente/criança com cardiopatia congênita,
realizou-se uma revisão bibliográfica. OBJETIVO: Descrever o atual cuidado de
enfermagem à criança com cardiopatia congênita, visando contribuir para uma melhoria da
assistência de enfermagem a essa clientela. METODOLOGIA: O estudo é uma revisão
bibliográfica descritiva, a qual foi embasada na literatura pertinente ao tema proposto. A
revisão ocorreu no período de Agosto e Setembro, buscando-se publicações indexadas nas
seguintes bases de dados: Scientrfic Electronic Library Online (SCIELO), Base de Dados de
Enfermagem (BDENF) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde
(LILACS). O percurso metodológico realizou-se por etapas, houve a escolha do objeto de
estudo, seguido dos descritores a serem utilizados na busca dos artigos; posteriormente
buscaram-se os artigos nas bases de dados, aos quais se aplicaram os critérios de inclusão
definidos para a pesquisa; Por fim, fez-se a categorização dos dados e análise dos resultados.
Para realização das buscas utilizou-se as seguintes expressões: cardiopatia, enfermagem e
cuidado de enfermagem, sendo feita a seguinte associação para obtenção dos artigos:
"cardiopatia congênita and enfermagem" e “cardiopatia congênita and cuidado de
enfermagem”. Os achados obtidos foram agrupados em quadros, os quais contemplaram
dados como perfil profissional do autor principal do estudo, local de realização do estudo, ano
da publicação e abordagem sobre o cuidado de enfermagem à criança com cardiopatia
congênita. Em seguida realizou-se a análise dos resultados com base na literatura publicada
sobre a temática. Foram respeitados os direitos autorais dos autores dos artigos analisados,
respeitando os princípios éticos nesse estudo. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Os achados
da pesquisa mostram que as publicações de enfermagem sobre o cuidado à criança com DCC
ainda manifestam-se de forma tímida, em um período de dez anos foram publicados 5 artigos
que contemplassem o objeto de estudo dessa pesquisa, em períodos espaçados de tempo,
sendo duas publicações dos dois últimos anos. Todas as publicações foram realizadas por
enfermeiras, sendo a maioria dos estudos de natureza qualitativa. As crianças com
cardiopatias congênitas geralmente são pacientes crônicos, que mesmo após realizar uma
cirurgia corretiva irão necessitar de um acompanhamento clínico continuo no decorrer da
vida. Segundo Balbuíno, Mantovani e Lacerda (2009), o cuidado ao paciente cardiopata
crônico pode ser dividido em duas dimensões, a técnica e a expressiva, visto que deve basearse em ações, emoções e sensibilidade, a fim de promover a melhor maneira para o paciente
enfrentar o processo de adoecimento. Nesse sentido, para intervir de modo eficaz e promover
a recuperação da criança cardiopata, o enfermeiro vale-se do processo de cuidar como
ferramenta para realizar suas ações de cuidado, por meio de uma relação interativa entre
enfermeiro e paciente. Dentro do processo de enfermagem, os diagnósticos de enfermagem
ganham destaque na realização do cuidado à criança com cardiopatia congênita, visto que
possibilitam ao enfermeiro traçar as necessidades da criança e da família e buscar
intervenções eficazes que resultem em sua melhora clínica. É uma etapa complexa, que requer
avaliação minuciosa do paciente e dos fatores que influenciam seu estado de saúde. Uma
avaliação de enfermagem precisa permite identificar as reais necessidades da criança
cardiopata, o que lhe propiciará tomar condutas voltadas diretamente para obtenção de
resultados como a melhora da função cardíaca, remoção de líquidos e sódio acumulados,
diminuição das necessidades cardíacas, melhora da oxigenação tecidual e diminuição do
consumo de oxigênio. No mais, estabelecer uma linguagem comum que permita identificar
problemas e intervir sobre eles melhora a comunicação entre os enfermeiros (SILVA;
LOPES; ARAÚJO, 2007). CONCLUSÃO: Conclui-se que o cuidado do enfermeiro frente a
crianças cardiopatas é de fundamental importância tanto para a criança como para os seus
familiares, orientando-os no tratamento dos filhos, do cuidado principalmente com a
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alimentação e sem duvidas na parte emocional dessas pessoas que tanto anseiam por atenção e
cuidado. REFERÊNCIAS: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. ATENÇÃO À SAÚDE DO RECÉMNASCIDO. Brasília, DF, 2011; BALDUINO, A. F. A.; MANTOVANI, M. F.; LACERDA,
M. R.. O PROCESSO DE CUIDAR DE ENFERMAGEM AO PORTADOR DE
DOENÇA CRÔNICA CARDÍACA. Esc. Anna Nery. v.13, n. 2, p.342-51, 2009; MÉLLO,
D. C, RODRIGUES, B. M. R. D. O ACOMPANHANTE DE CRIANÇA SUBMETIDA À
CIRURGIA CARDÍACA: CONTRIBUIÇÃO PARA A ENFERMAGEM. Esc. Anna
Nery. v.12, n. 2, 2008; SILVA, V. M.; MARCOS LOPES, M. V. O.; ARAUJO, T. L.
RAZÃO DE CHANCE PARA DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM EM CRIANÇAS
COM CARDIOPATIA CONGÊNITA. Investigación y Educación en Enfermería. v. 25,
n.1, 2007.
38. O ENFERMEIRO COMO CONTROLADOR DOS FATORES DE RISCO DAS
CARDIOPATIAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE: UMA REVISÃO
LITERÁRIA.
Carlos Henrique do Nascimento Morais; Carlos Victor Fontenele Pinheiro; Elisângela Sandra
De Araújo Aragão; Sheila Costa Araújo; Tereza Anielle Albuquerque Ximenes; NÁTILA
AZEVEDO AGUIAR RIBEIRO
INTRODUÇÃO: Na Atenção Primária (AP) uma das principais funções do enfermeiro é
buscar a promoção da saúde para a população de sua área. Essa promoção da saúde é uma
ferramenta de intervenção sobre as condições de vida da população que extrapola a prestação
de serviços clínico-assistenciais e preconiza ações intersetoriais que envolvem a educação em
saúde, o saneamento básico, a habitação, a renda, o trabalho, a alimentação, o respeito ao
meio ambiente, o acesso a bens e serviços essenciais, o lazer, dentre outros determinantes
socioambientais que incidem na produção da saúde e da doença. Além disso, o enfermeiro
deve realizar o aconselhamento de sua população, para que eles possam ser ativos nos seus
processos de saúde. O Aconselhamento é realizado com base no respeito à autonomia,
valorizando do potencial do indivíduo, possibilitando a mudança de condutas e
consequentemente melhoria de sua qualidade de vida. Na maioria das vezes esse
aconselhamento é realizado para diminuir os fatores de risco que podem levar a algumas
patologias, como por exemplo, as cardiopatias. OBJETIVO: Entender como o enfermeiro
pode contribuir para evitar distúrbios cardíacos na atenção primária e mostrar a importância
dessa ação. METODOLOGIA: A realização do estudo utilizou-se de revisão literária por
meios dos descritores “atenção primária a saúde”, “prevenção de doenças” e “doença das
coronárias” nas bases de dados da Biblioteca Virtual da Saúde – BVS no mês de novembro de
2014. Através desses descritores foram encontrados quatrocentos e oitenta e sete trabalhos, no
entanto após a filtragem pelo idioma português e pelo assunto principal, doenças
cardiovasculares, apenas nove permaneceram, destes, foram analisados os que tinham até dez
anos de publicação e os demais excluídos. RESULTADOS: Observou-se a necessidade de
conhecer de forma profunda os usuários para então traçar ferramentas de estratégias
intervencional. Sete estudos mostraram que, por mais que a incidência de doenças
cardiovasculares seja cada vez mais frequente muitas ações preventivas são realizadas na
atenção primária para tentar reverter esse quadro. Um exemplo disso são os grupos de
Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) organizados e mantidos pelos estabelecimentos de
saúde da família. Nesses grupos os principais fatores de risco (Alimentação irregular,
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tabagismo, alcoolismo, sedentarismo e outros) são continuamente abordados para que a
população aumente a capacidade do autocuidado e assim, serem “independentes” dos
profissionais. CONCLUSÃO: O papel do enfermeiro na atenção primária é fundamental,
porque, além dos atendimentos que envolvem procedimentos, eles também buscam espaços
de tempo para promover saúde e disseminar informações relevantes para a população, a fim
de aumentar a qualidade do autocuidado em domicílio. Logo, a equipe de enfermagem no
geral é a chave da atenção primária, e infelizmente não disponibiliza de uma estrutura
adequada que possa ajuda-los a desenvolver suas ações de maneira a satisfazer os anseios da
população. REFERÊNCIAS: GUIMARÃES, N. G.;et al.Adesão a um programa de
aconselhamento nutricional para adultos com excesso de peso e comorbidades. Rev Nutr., n.
23(3), p. 323-333,2010. PEREIRA, M. O.; et al. Efetividade da intervenção breve para o uso
abusivo de álcool na atenção primária: revisão sistemática. Ver Bras Enferm. Brasília,
n.66(3), p.420-428, 2013. MASCARENHAS, N. B.;MELO, C. M. M. de; FAGUNDES, E. N.
C. Produção do conhecimento sobre promoção da saúde prática da enfermeira na Atenção
Primária. Rev Bras Enferm, Brasília, n. 65(6), p. 991-999, 2012.
39. O SABER/FAZER DO ENFERMEIRO E A EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA
PREVENÇÃO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES.
Débora Maria Bezerra Martins; Erilandy de Sousa Ávila; Lívia Maria Albano Camelo;
Francisco Issac Paiva de Sousa; Francisca Drenalina de Sousa Araújo; ANDREA
CARVALHO ARAUJO MOREIRA
INTRODUÇÃO: Para realizar as atividades do cuidado, o enfermeiro necessita de
conhecimento cientifico e técnico para atuar na abordagem prática. O método empregado pelo
enfermeiro é a organização, a sistemática racional de ações para alcançar os objetivos da
assistência cuja ferramenta utilizada e a Sistematização da Assistência de Enfermagem. Nesse
contexto é essencial que o enfermeiro tenha um conhecimento teórico abrangente, bem como
saber aplicar conceitos às doenças cardiovasculares é de suma importância o enfermeiro
dispor na assistência de enfermagem das ações de educação em saúde para alertar a população
na assistência prática ao paciente. No que se refere aos fatores de risco que levam a essas
doenças. OBJETIVO: Identificar o conhecimento e habilidades do profissional de
enfermagem diante de doenças cardiovasculares, assim como proporcionar as práticas de
educação em saúde, visando à prevenção de doenças cardiovasculares, especialmente a
Hipertensão Arterial. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica sobre a
importância do enfermeiro frente ao desenvolvimento de ações de educação em saúde e
prevenção de doenças cardiovasculares. Os descritores utilizados foram “doenças
cardiovasculares”, “educação em saúde” e “cuidado de enfermagem”. Nessa pesquisa
realizaram-se os seguintes critérios de inclusão: periódicos publicados em língua portuguesa,
na base de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), publicados entre 2009 e
2014. Foram encontrados 10 artigos que se enquadravam no critério de inclusão.
RESULTADOS E DISCUSSÕES: Segundo Calegari et al, a hipertensão arterial sistêmica
(HAS) é a mais frequente das doenças cardiovasculares. É também o principal fator de risco
para complicações como acidente vascular cerebral e infarto agudo do miocárdio, além da
doença renal crônica terminal. Dessa forma a educação em saúde visando informar a
população sobre a possibilidade de evitar os fatores de risco que podem levar a doenças
cardiovasculares deve fazer parte da estratégia dos profissionais de saúde. O enfermeiro deve
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ser capacitado para saber/fazer de forma eficaz a assistência em enfermagem, bem como
orientar o paciente corretamente, visando garantir a educação em saúde. As práticas
educativas priorizam o dialogo com a população a fim de resolver problemas de saúde. Dessa
forma os profissionais de saúde e a população podem compartilhar saberes buscando em
conjunto a qualidade de vida das pessoas. Assim a promoção da educação em saúde deve ser
uma característica do profissional enfermeiro, pois possuem contato mais próximo com o
paciente e também ocupam cargos de gerencia, principalmente na atenção primária em saúde.
CONCLUSÃO: A realização dessa pesquisa teve como intuito mostrar a importância do
profissional de saúde, principalmente o profissional de enfermagem na promoção da educação
em saúde. Mediante os resultados é inerente que os enfermeiros sejam capacitados e
orientados a promoverem educação em saúde, no intuito de prevenir fatores de risco que
podem desencadear doenças graves, como as cardiovasculares. Diante disso é necessária que
a equipe de enfermagem busque novas fontes de informação para atualizar seus
conhecimentos teóricos e práticos, proporcionando um cuidado com maior eficácia.
REFERÊNCIAS: Abreu, R. N. D. C, et al. Educação em saúde para prevenção das doenças
cardiovasculares: experiência com usuários de substâncias psicoativas. Revista espaço para a
saúde, V. 15, 2014. Alves, V. S. Oliveira, S. R. G; Wendhausen, A. L. P. (Re) Significando A
Educação Em Saúde: Dificuldades E Possibilidades Da Estratégia Saúde Da Família. Trab.
Educ. Saúde, Rio de Janeiro, v. 12 n. 1, 2014. Calegari, D. P, et al. Diagnósticos de
enfermagem em pacientes hipertensos acompanhados em ambulatório multiprofissional.
Revista de Enfermagem, 2012. Ceccim, R. B. Educação permanente em saúde:
descentralização e disseminação de capacidade pedagógica na saúde: descentralização e
disseminação de capacidade pedagógica na saúde. Ciências e Saúde Coletiva, 2005. Muniz, L.
C, et al. Fatores de risco comportamentais acumulados para doenças cardiovasculares no sul
do brasil. Rev. Saúde Pública 2012;46(3):534-42. Pott, F. S., et al. Medidas De Conforto De
Comunicação Nas Ações De Cuidado De Enfermagem Ao Paciente Crítico. Rev Bras
Enferm, Brasília 2013 mar-abr; 66(2): 174-9. Oliveira, R. S, et al. Fatores De Risco
Associados Às Doenças Cardiovasculares Na População Carcerária. Revista Eletrônica
Gestão & Saúde Vol.05, Nº. 01, Ano 2014 p.263-75. Santos, J. L. G, et al. Práticas De
Enfermeiros Na Gerência Do Cuidado Em Enfer,Agem E Saúde: Revisão Integrativa. Rev.
Bras. Enferm., Brasília 2013 mar-abr; 66(2): 257-63.Silveira, L. C, et al. Cuidado clínico em
enfermagem: desenvolvimento de um conceito na perspectiva de reconstrução da prática
profissional. Esc. Anna Nery (impr.)2013 jul - set ; 17 (3):548 – 554.
40. OS EFEITOS CARDÍACOS PROVOCADOS PELO USO DE HERCEPTIN® NOS
PACIENTES ONCOLÓGICOS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE
SOBRAL.
Maria Suzane Mota de Sousa; Andreza Silva Vasconcelos; Cyntia Maria de Freitas; Maria
Cleyde Brito Furtado; Francisca Rejane Martins de Sousa; Verônica Egline Farias;
MIRVANA MARIA LINHARES
INTRODUÇÃO: Herceptin® é o nome comercial dado à medicação Trastuzumab, um
anticorpo humanizado, produzido por células geneticamente modificadas para uma função
específica. Este quimioterápico é comum ao tratamento do Câncer de Mama metastático que
apresenta tumor com superexpressão do Human Epidermal Growth Factor Receptor Type 2
(HER2). O HER2 é uma proteína abundante e de funções vitais para células tumorais de
alguns tipos de tumores. A ligação da medicação a esta proteína provoca uma série de
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distúrbios no funcionamento das células tumorais, causando sua morte. O sucesso dos
tratamentos à base de Herceptin® é atingido depois de superados os riscos cardíacos, aos
quais o paciente é exposto durante o uso deste medicamento. OBJETIVO: Através dessa
pesquisa, buscamos identificar as complicações, a nível cardíaco, acarretadas pela utilização
do medicamento Herceptin®. METODOLOGIA: Este relato de experiência foi realizado
dentro do Programa de Integração de Ensino-Serviço (PIES) da Santa Casa de Misericórdia de
Sobral (SCMS), no setor de Quimioterapia do referido hospital, no período de 28 de fevereiro
a 31 de outubro de 2014. O estudo teve participação de um médico oncologista e coordenador
do setor, de uma enfermeira assistencial, de um farmacêutico e de 13 pacientes com idades
entre 24 e 75 anos, em tratamento na instituição. Através de uma entrevista com cada um dos
profissionais, bem como com os pacientes selecionados, construímos uma valiosa
documentação a respeito da ação esperada do fármaco, dos procedimentos de enfermagem
adotados frente a uma reação adversa, além de identificar os efeitos psicofísicos do mesmo
sobre os pacientes. As entrevistas consistiam de perguntas, em tom de conversa informal,
feitas separadamente com cada profissional e paciente. RESULTADOS: O universo
oncológico foi minimamente desvendado no período em que nos dedicamos a aprender sobre
seus aspectos físicos, fisiopatológicos e emocionais. Segundo o setor de faturamento da
instituição, 18 pacientes são tratadas atualmente com Herceptin® na SCMS, divididos em
mono e politerapia, neoadjuvante e adjuvante. Em sua maioria, as pacientes referem efeitos
leves, geralmente, durante a infusão da medicação, como dispneia, hipotensão, taquicardia e
tosse, em poucos casos. Outras não referem efeito algum. No entanto, complicações tardias
podem ocorrer devido ao uso prolongado do produto, como edema pulmonar, galope S3 ou
redução na fração de ejeção. Nenhuma paciente em tratamento foi diagnosticada com tais
patologias. Para acompanhamento desses tipos de complicações, periodicamente, é solicitado
um exame chamado ecocardiograma, que fornece imagens estáticas e em movimento
dos músculos e das valvas cardíacas, bem como o mapeamento em cores do fluxo sanguíneo,
servindo para avaliação e intervenção médica diante de qualquer comprometimento do órgão.
Diante de uma possível reação, a equipe de enfermagem deve está a postos para intervir. De
imediato, a infusão do medicamento é paralisada, em seguida, verificamos os sinais vitais e
comunicamos ao médico responsável, realizamos os cuidados indicados que, geralmente,
objetiva a reversão dos sinais e sintomas, além de observar atentamente este paciente, até o
fim da infusão e alguns minutos mais, caso possa dar continuidade a administração.
CONCLUSÃO: Fazer parte da equipe de enfermagem que desenvolve trabalhos tão
importantes quanto à assistência quimioterápica foi uma experiência ímpar. É fundamental
considerar todas as queixas do paciente, independente de que esta tenha, ou não, relação
aparente com a administração do fármaco. A prestação de cuidados se compromete apenas
pela estrutura física do local, pelo quantitativo de profissionais, visto que a demanda excede a
capacidade, pois além dos pacientes com HER-2 positivo, há pacientes que também realizam
tratamento de outras patologias e todos necessitam de atenção contínua. Um novo
dimensionamento do quadro de funcionários traria maiores benefícios aos pacientes assistidos
pela quimioterapia da SCMS, pois o cuidado seria mais bem prestado, a assistência se tornaria
integral e a demora de atendimento seria menor. No entanto, apesar do pouco espaço a
assistência é integralizada e eficaz. O setor atua de forma harmônica, escutamos as queixas do
paciente e suas histórias de vida, dividimos sorrisos e gargalhadas, respeitamos sempre suas
vontades, comemoramos as vitórias, admiramos suas expectativas e lamentamos as perdas.
Tentamos deixar o paciente confortável, para que ele se sinta acolhido e para que o tratamento
se torne um pouco menos doloroso. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: HERCEPTIN.
Responsável Técnico Laboratório Roche. Portugal: Laboratório Roche. Disponível em:
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Dezembro de 2014 – ISBN: 978-85-61760-76-2
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<http://www.medicinanet.com.br/bula/2695/herceptin.htm>. Acesso em 31 de outubro de
2014. SOCIEDADE BRASILEIRA DE MASTOLOGIA. Herceptin. São Paulo, 2011.
Disponível em: <http://www.sbmastologia.com.br/cancer-de-mama/terapias-alvo-cancer-demama/herceptin-26.htm>. Acesso em 31 de outubro de 2014. ROCHE FARMACÊTICA
QUÍMICA LTDA. Cancro da Mama HER2+: O que é o HER2? Portugal, 2014.
Disponível em: <http://www.roche.pt/sites-tematicos/her2/index.cfm/her2_e_o_cancro/o-quee-o-her2>. Acesso em 31 de outubro de 2014.
41. OS PRINCIPAIS FATORES DE RISCO QUE PODEM PROVOCAR O INFARTO
AGUDO DO MIOCÁRDIO: UMA REVISÃO DE LITERATURA.
Janderson de Sousa Lima; Tayanny Teles Linhares bezerra; Marcus Brenno Ferreira da Silva;
Andrea de Oliveira Magalhães; JANDER MAGALHÃES TORRES
INTRODUÇÃO: De acordo com o Ministério da Saúde, morreram mais de 890 mil pessoas
no ano de 2006, cerca de 290 mil devido a doenças do aparelho circulatório, sendo que mais
de 85 mil mortes foram em decorrência de doenças isquêmicas do coração (BRASIL, 2006).
Assim, as síndromes coronarianas, como infarto agudo do miocárdio IAM, são responsáveis
por um grande número de hospitalizações no Brasil e no mundo. Boutin-Foster (2005) afirma
que a identificação e eliminação de fatores de risco que contribuem para a doença arterial
coronariana tem sido uma grande preocupação para a saúde pública, gerando interesse de
pesquisa. Esse temática é de extrema relevância para os profissionais da saúde, sendo
necessário um aprofundamento de estudos sobre esse tipo de patologia e seus fatores de risco,
a fim de melhorar a promoção, bem como a recuperação da saúde do indivíduo acometido,
deixando-os cientes das causas e fatores de risco. Ao considerar este cenário, e diante da
importância desse tema na área da saúde, o presente estudo tem como objetivo verificar as
publicações sobre o tema e poder contribuir com esclarecimentos para profissionais e
cidadãos interessados em conhecer as nuances que envolvem estes riscos à saúde humana.
OBJETIVO: Analisar publicações nos últimos cinco anos a respeito dos principais fatores de
risco que levam a um possível Infarto Agudo do Miocárdio. MÉTODO: Trata-se de uma
pesquisa bibliográfica do tipo revisão bibliográfica, com abordagem qualitativa, e ênfase nas
publicações que relatam os motivos do IAM (Infarto Agudo do Miocárdio). Foi utilizado a
Scielo (Scientific Eletronic Library Online) como banco de dados. Os descritores pesquisados
foram: Infarto Agudo do Miocárdio, causas e fatores. Foram utilizados cinco trabalhos
nacionais publicados nos últimos cinco anos, dentre esses, foram examinados teses, artigos
científicos, e outros, disponíveis e publicados na internet. RESULTADOS: A verificação
evidenciou que a principal causa do IAM é a aterosclerose, que se define pelo processo na
qual as placas de gordura se desenvolvem, ao longo dos anos, no interior das artérias
coronárias criando dificuldade a passagem do sangue. Contudo, na maioria dos casos, o
infarto ocorre quando há o rompimento de uma dessas placas levando a formação de trombo e
interrupção do fluxo sanguíneo. Segundo Morton (2007), por meio de estudos
epidemiológicos, foram identificados vários fatores de risco que levam ao acometimento do
Infarto Agudo do Miocárdio. Eles foram classificados em dois grupos: os fatores de risco
importantes e os fatores de risco contribuintes. Evidenciamos assim, que os fatores de risco
importantes são: Idade, Sexo, Hereditariedade, Tabagismo, colesterol e glicerídeos,
hipertensão arterial, sedentarismo, obesidade e sobrepeso, diabetes Mellitus, estresse,
hormônios sexuais, níveis de homeostalina e álcool. CONCLUSÃO: A doença isquêmica do
coração, incluindo o Infarto agudo do miocárdio, representa uma das maiores causas de
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mortalidade em todo o mundo. Portanto, é um compromisso dos profissionais da saúde
informar aos usuários os fatores de riscos, deixando-os cientes das serias consequências dos
mesmos. Entretanto, observou-se pelas publicações consultadas que há ampla linha de
pesquisa a respeito desse tema, porém, ainda torna-se necessário a continuação de publicações
acerca desse assunto, pois ainda há muito que conhecer e intervir a fim de minimizar a taxa de
mortalidade por infarto agudo no miocárdio. REFERÊNCIAS: Boutin-Foster, C. (2005a).
Getting to the heart of social support: A QUALITATIVE ANALYSIS OF THE TYPES OF
INSTRUMENTAL SUPPORT THAT ARE MOST HELPFUL IN MOTIVATING
CARDIAC RISK FACTOR MODIFICATION.Heart &Lung, 34(1), 22-29. Brasil.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. INDICADORES E DADOS BÁSICOS – BRASIL 2006.
Recuperado em 11 março 2008, de http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/idb2006/.atriz.htm.
MORTON, P. G. CUIDADOS CRÍTICOS DE ENFERMAGEM: UMA ABORDAGEM
HOLÍSTICA.8 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
42. PARADA CARDIORESPIRATÓRIA E RESSUCITAÇÃO CARDIOPULMONAR
BASEADA EM EVIDÊNCIAS.
Layana Liss Rodrigues Ferreira; Antônia Bruna Ferreira Braga; Maria de Fátima Pinho
Vasconcelos; José Flason Marques da Silva; Marcelo Cristiano Campos Nobre; RONALDO
CÉSAR AGUIAR LIMA
INTRODUÇÃO: A Parada Cardiorrespiratória (PCR) é definida como sendo a cessação
súbita da circulação sistêmica e atividade respiratória em indivíduo com expectativa de
restauração da função cardiopulmonar e cerebral, não portador de moléstia crônica intratável
ou em fase terminal. Apesar de avanços nos últimos anos relacionados à prevenção e a
tratamento da PRC, muitas são as vidas perdidas anualmente no Brasil relacionado à PCR e a
eventos cardiovasculares em geral. Assim, o conhecimento de como agir em diante de uma
PCR é fundamental para a tomada de decisões. E a adoção de condutas corretas é preditora do
sucesso, ou seja, é o divisor entre salvar uma vida ou deixá-la m=ir a óbito. (Objetivos)
Assim, o presente artigo teve objetivo apontar os níveis de evidências relacionados às
condutas diante de uma PCR. METODOLOGIA: Trata-se de uma análise do Guideline
AHA (Associação Americana de Cardiologia - 2010) e das principais publicações referentes a
PCR, bem como as novas Diretrizes de PCR da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).
RESULTADOS E DISCUSSÕES: O Suporte Básico de Vida envolve o reconhecimento de
uma PCR e a realização precoce das manobras de ressuscitação cardiopulmonar com foco na
realização de compressões torácicas de boa qualidade, assim como na rápida desfibrilação. As
condutas a serem tomadas são muitas e definem prognóstico do paciente. Tais condutas
podem ser classificadas em Classe de recomendação (CR) bem com indicadas por Nível de
evidência (NE). Assim, a realização de compressões torácicas efetivas em todas PCR é CRI,
NEB. Já a realização de compressões na frequência mínima de 100 compressões/minuto, com
compressões na profundidade mínima de 5cm, retorno completo do tórax após cada
compressão, minimizando interrupções das compressões e revezando as manobras a cada 2
minutos é CRIIa, NEB. A aplicação de ventilações com fornecimento da quantidade de ar
suficiente para promover a elevação do tórax, ainda permanece com CR IIa, mas NEC. Ações
como hiperventilação durante as manobras de Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP),
enquadram-se com CRIII e BE B. Abertura da Via Aérea com a inclinação da
cabeça/elevação do queixo ou elevação do ângulo da mandíbula, é CRIIb e NEC. Pausar as
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compressões para aplicar ventilações em pacientes com via aérea avançada instalada, pode ser
feita, com é CRIII e NEB. A Desfibrilação é o tratamento de escolha para Fibrilação
Ventricular/Taquicardia Ventricular sem pulso, com CRI e NEA. As quatro posições das pás
(anterolateral, anteroposterior, direita-anterior infra escapular, esquerda-anterior infra
escapular) são equivalentes quanto à eficácia do choque, CRIIa e NEB. Para crianças de 1 a 8
anos recomenda-se utilizar atenuador de carga se disponível, CRIIa e NEC. Para crianças
menores de 1 ano, um desfibrilador manual é preferível; se não estiver disponível, um DEA
com atenuador de carga pode ser usado; se nenhuma dessas opções estiverem disponíveis,
poderá utilizar o DEA com pás para adultos, CRIIb, NEC. Recomenda-se programas de
acesso público à desfibrilação em locais onde existe grande chance de ocorrer parada cardíaca
(aeroportos, academias, clubes) com CRI e NEB.
O Suporte Básico á Vida necessita também ser complementado pelo Suporte Avançando à
Vida. O Suporte Avançado de Vida em Cardiologia também possui papel essencial com CRI e
NEA, mantendo, durante todo o atendimento, a qualidade das compressões torácicas,
adequado manejo da via aérea, tratamento específico dos diferentes ritmos de parada,
desfibrilação, avaliação e tratamento das possíveis causas. Mais recentemente dá-se ênfase a
cuidados pós-ressuscitação, visando reduzir a mortalidade por meio do reconhecimento
precoce e tratamento da síndrome pós-parada cardíaca. CONCLUSÃO: As manobras
indispensáveis a manutenção da vida na PCR são conhecidas e tem suas classes de
recomendação e níveis de evidências bem definidos. Essas ações são de fundamental
importância e podem fazer diferença no desfecho dos casos como sobrevida sem sequelas
neurológicas. O início precoce do Suporte Básico à Vida exige além de uma boa vontade, um
conhecimento das principais condutas na RCP. REFERÊNCIAS: GONZALEZ, M.M.;
TIMERMAN, S.; OLIVEIRA, R.G.; POLASTRI, T.F.; DALLAN, L.A.P.; ARAÚJO, S.;
LAGE, S.G.; SCHMIDT, A.; BERNOCHE, C.S.M.; CANESIN, M.F.; MANCUSO, F.J.M.;
FAVARATO, M.H. I Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados
Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia: Resumo
Executivo. Sociedade Brasileira de Cardiologia, Rio de Janeiro, RJ – Brasil. NOLAN, J.P.;
SOAR, J.; ZIDEMAN, D.A.; BIARENT, D.; BOSSAERT, L.L.; DEAKIN, CERC.
Guidelines Writing Group. European Resuscitation Council Guidelines for Resuscitation
2010 Section 1. Executive summary. Resuscitation 2010;81(10):1219-76. SBC. Sociedade
Brasileira de Cardiologia. Diretrizes de Cardiologia da Sociedade Brasileira de
Cardiologia. Disponível em www.cardiol.br.
43. PERCEPÇÃO DE PESSOAS COM CORONARIOPATIAS EM UNIDADE
CORONARIANA SOBRE SUA DOENÇA.
Talita Ramos Bantim; Raimunda de Lima Parente; Ana Célia Carneiro Araújo; Antônia Maria
Ferreira de Sousa; Keila Maria de Azevedo Ponte; Lúcia De Fátima Da Silva
INTRODUÇÃO: O adoecimento cardiovascular é a maior causa de morte no Brasil e no
mundo(BHAKTA; MOOKADAM; WILANSKY, 2011). As especificidades e reações do ser
humano com coronariopatias nos remetem a buscar ou construir novos modos de cuidar,
reconhecendo que é um campo de saber que se amplia para além das informações mais
objetivas, abarcando o mundo da sensibilidade e da intersubjetividade, como perspectivas de
novos estudos e pesquisas neste campo de saber. A enfermagem como uma prática social
reconhece o contexto e as condições do viver humano e inclui o domínio das informações
sobre a incidência e características, ou seja, as variáveis sociodemográficas dos pacientes
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submetidos à revascularização miocárdica(BAGGIOet al., 2011). Com base no exposto é
importante que o enfermeiro conheça o saber das pessoas sob seus cuidados acerca do
processo de adoecimento. OBJETIVO: Percepção de pessoas com coronariopatias em
unidade coronariana sobre sua doença. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo,
exploratório com abordagem qualitativa, realizado com 21 pessoas com coronariopatias
admitidas na Unidade Coronariana do Hospital do Coração de Sobral-Ceará com diagnóstico
médico de Infarto Agudo do Miocárdio ou Síndrome Coronariana Aguda. A coleta das
informações ocorreu em junho e julho de 2014 por meio de uma entrevista com um
instrumento de coleta de dados com informações pessoais e do adoecimento. A análise
ocorreu de forma descritiva. Esta pesquisa é aprovada pelo comitê de ética em pesquisa nº
501.830 da Universidade Estadual do Ceará. RESULTADO: A idade dos participantes variou
de 40 a 84 anos com predomínio de pessoas idosas, 80% eram do sexo masculino, 47,61%
estudou de 5 a 10 anos, 71,42% tinham companheiro fixo, 80,95% eram de religião católica,
71, 42% possuíam mais de três filhos, 76,19% moravam em cidades circunvizinhas a Sobral,
47,61% eram aposentados e 19,01% agricultores. Em um estudo com os participantes nas
mesmas condições verificou-se o sexo masculino como prevalentes (68,55%) em relação aos
do sexo feminino (31,5%), predomínio da cor branca, baixa escolaridade, faixa etária entre os
51 e 70 anos e condição de aposentadoria (BAGGIOet al., 2011).Foi perguntado a cada
participante qual era o conhecimento deles sobre a sua doença. Por ser uma doença que
muitas vezes se manifesta de modo inesperado e repentino, as pessoas não possuem
conhecimento mais detalhado sobre a doença, e dizem não saber nada ou muito pouco: “Sei
muito pouco desta doença” (P18); “Não sei de nada” (P20); “Doença que ataca o coração”
(P9).Outros relacionaram a coronariopatias como deficiência de sangue e oclusão das
coronárias e abordam a hereditariedade, uso do cigarro, colesterol, estresse, diabetes mellitus
e hipertensão arterial como fatores de risco relacionado a doença: “Falta de sangue no
coração” (P2); “Sei pouco [...] é uma veia entupida, [...] minha avó morreu do coração” (P3);
“O cigarro faz mal [..] e as veias do coração estão entupidas por gordura” (P4); “Quando me
estresso, sinto aquela dor” (P14); “Eu tenho diabetes e pressão alta e hoje tive dor no
peito[...]”(P19).Por ser a maior causa de morte entre as pessoas, este conhecimento é
difundido na mídia e foi apontado pelos pesquisados-cuidados ao apresentarem o saber sobre
a doença: “Problema do coração que causa morte” (P8); “Só sei que posso até morrer”
(P12).Um pesquisado-cuidado que já havia sido submetido a angioplastia coronariana
percutânea com implante de stent intracoronariano, informou recidiva de precordialgia: “Fiz o
cateterismo e desentupiu a veia hoje faz trinta dias, ai voltei a ter dor no peito e voltei para cá”
(P21). Observou-se que os pacientes possuem conhecimento limitado sobre sua doença.
CONCLUSÃO: Com base no exposto, é importante que durante os cuidados de enfermagem
as pessoas com coronariopatias em unidade coronariana sejam esclarecidas acerca do
processo de adoecimento, com vistas à melhor compreensão do paciente sobre sua condição
de saúde. REFERÊNCIAS: BHAKTA, M. D.; MOOKADAM,F.; WILANSKY, S.
Cardiovascular disease in woman.Future cardiology, v. 7, n. 5, p. 613-627, set.
2011.BAGGIO, Maria Aparecida et al . Incidência e caraterísticas sociodemográficas de
pacientes internados com coronariopatia. Rev. Enf. Ref., Coimbra , v. serIII, n.
5, dez. 2011Disponívelem<http://www.scielo.gpeari.mctes.pt/scielo.php?script=sci_arttext&
pid=S0874-02832011000300008&lng=pt&nrm=iso>.
acessos
em 18 nov. 2014. http://dx.doi.org/10.12707/RIII1037.
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44. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ATENDIMENTOS DE AVC AGUDO EM UM
HOSPITAL DE ENSINO EM SOBRAL-CE
Jocielma dos Santos de Mesquita; Auxiliadora Elayne Parente Linhares; Carlos Henrique
Mendes Barbosa; Maria Liana Rodrigues Cavalcante; Cleidiane Aves da Conceição; ÁTILLA
MARIA ALBUQUERQUE MACHADO
INTRODUÇÃO: O AVC é uma patologia neurológica frequente em adultos, sendo uma das
maiores causas de morbidade e mortalidade em todo o mundo. No Brasil, apesar do declínio
nas taxas de mortalidade, ainda é a principal causa de morte. A incidência de AVC dobra a
cada década após os 55 anos, ocupando posição de destaque entre a população idosa. A
prevalência mundial na população geral é estimada em 0,5% a 0,7%. Além de elevada
mortalidade, a maioria dos sobreviventes apresentam sequelas, com limitação da atividade
física e intelectual e elevado custo social. Esses dados nos remetem a uma reflexão a respeito
do grande impacto que esta enfermidade representa sobre a população. Projeções sugerem
que, sem intervenção, o número de mortes por AVC aumentará para 6,3 milhões em 2015 e
7,8 milhões em 2030 (PEREIRA, 2009). No Brasil, o AVC é a causa de morte mais frequente,
e de acordo com pesquisas realizadas pelo Ministério da Saúde, em 2005, ocorreram 90.006
mortes relacionadas a ele, que corresponde a 10% de todos os óbitos. Como também, o AVC
é a principal causa de incapacidades, com mais de 50% dos sobreviventes permanecendo com
graves sequelas físicas e mentais gerando gigantesco impacto econômico e social (BRASIL,
2008). OBJETIVO: Descrever o perfil epidemiológico dos pacientes com AVC agudo
assistidos no hospital, identificando os fatores de risco para o AVC e as complicações
causadas por este. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa descritiva, uma vez que é a
mais adequada para o alcance dos objetivos da pesquisa, pois, tende a descrever as
características do problema. Foi realizada na Santa Casa de Misericórdia de Sobral (SCMS) a
população da pesquisa correspondeu a 159 sujeitos que foram admitidos no serviço de
Urgência e Emergência da SCMS acometidos de AVC, no período de 01 de julho a 31 de
dezembro de 2013. Os critérios e inclusão da pesquisa foram ter sofrido um AVC, ter se
internado na Santa Casa no período da pesquisa. Os prontuários arquivados foram utilizados
para a coleta dos dados inerentes a clínica e as avaliações diagnósticas ao qual o paciente foi
submetido, além de confirmar que o mesmo possui um AVC. RESULTADOS: Quanto às
características etárias dos acometidos constatamos que a maioria estar na faixa etária de 71
anos a mais de idade que corresponde a 47,8%. Levando em consideração que a idade é um
dos fatores de risco para o AVC, esta informação está condizente com a literatura; pois quanto
maior a idade, maiores as chances de complicações aos sistemas corporais e, por conseguinte,
de óbito. Houve uma predominância de diagnósticos de AVC isquêmico com 68,0%, o
mesmo se desenvolve pela formação de êmbolos que obstruem as artérias cerebrais
geralmente em virtude de ateromas, arteriosclerose, problemas cardíacos e outras etiologias.
A pesquisa mostrou que a HAS possui vários sintomas e quando acompanhadas de risco de
co-morbidade somam-se também a estes outros específicos próprios das lesões que estão
próximas de se desenvolverem. Dentre os riscos potencialmente importantes que estes sujeitos
podem desenvolver está o AVC; a maioria dos prontuários avaliados na presente pesquisa
possui registros de HAS, estando, dessa forma, de acordo com a literatura consultada para o
aprofundamento dos conhecimentos sobre o assunto. Com o cruzamento dos dados referentes
a HAS e DM a pesquisa aponta que uma parcela bastante significativa, que corresponde a
41,5% possui concomitantemente estas duas patologias, o que aumenta de sobremaneira o
risco para doenças, tanto cerebrovasculares quanto cardiovasculares, com base nestes
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resultados podem ser direcionadas ações de saúde pública objetivando diminuir a prevalência
dessas duas doenças que põem em risco diversos sistemas corporais. . CONCLUSÃO: Neste
ínterim, além da prestação do cuidado ao portador de AVC agudo, necessita-se que haja o
controle da HAS e do DM, para que estas patologias não continuem provocando lesões
enquanto não seja estabilizado o quadro do paciente no momento dos cuidados emergenciais e
orientá-lo, assim como a família, da importância de manter o tratamento contínuo, sendo
fundamental a atuação dos profissionais de saúde para prevenção e consequentemente redução
de danos REFERÊNCIAS: BRASIL, Ministério da saúde. Departamento de atenção
especializada. Projeto nacional de atendimento à doença vascular aguda. Brasília:
Ministério da saúde, 2008. p.44. PEREIRA, A. B. C. N. et al . Prevalência de acidente
vascular cerebral em idosos no Município de Vassouras, Rio de Janeiro, Brasil, através do
rastreamento de dados do Programa Saúde da Família. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro,
v. 25, n. 9, set. 2009.
45. PRÁTICAS EDUCATIVAS PARA UM GRUPO DE IDOSOS
HIPERTENSÃO E DIABETES: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.
SOBRE
Maria Izabel Silva de Carvalho; Eva Wilma Martins Timbó; DANIELE D’ÁVILA
SIQUEIRA
INTRODUÇÃO: Conceição, Guimarães e Oliveira (2013) consideram que, no Brasil, a
Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e o Diabetes Mellitus (DM) são doenças crônicas não
transmissíveis responsáveis pelas mudanças do perfil epidemiológico da mortalidade nos
últimos anos. OBJETIVOS: Relatar a vivência de Acadêmicos de Enfermagem em uma ação
educativa sobre a hipertensão arterial e diabetes com os idosos. MÉTODOS: Trata-se de um
relato de experiência de cinco Acadêmicos de Enfermagem em uma intervenção de educação
em saúde sobre hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus em um grupo de idosos na
Estratégia de Saúde da Família (ESF) de um distrito de Sobral – Ceará, no período de maio de
2011, durante as aulas práticas da disciplina de Saúde Coletiva II. A ação foi iniciada com
uma dinâmica interativa. Após este entretenimento, continuou-se a intervenção com a devida
apresentação do tema e uma conversa informal para pesquisar o que os idosos sabiam a
respeito. A partir das perguntas feitas pelo público alvo as dúvidas foram sendo sanadas e
mais perguntas surgiam. Ao final, os acadêmicos ofertaram caixinhas artesanais, com a
finalidade de auxiliar os idosos a diferenciarem os horários dos medicamentos que devem ser
administrados pela manhã e pela noite. Por fim, o público agradeceu aos palestrantes e diante
dos aplausos dos idosos, notou-se que os resultados foram bastante positivos. Os resultados da
intervenção foram apresentados conforme a compreensão das vivências dos acadêmicos em
forma de relato. RESULTADOS: Através de uma dinâmica introdutória que visava o valor à
vida, percebeu-se o entrosamento dos componentes do grupo entre si. Para apresentar o tema,
procurou-se saber o que os idosos entendiam sobre HAS e sobre DM, alguns indagaram que
essas patologias eram exclusivas das pessoas de terceira idade. No entanto, ao longo da
palestra alguns disseram que tinham qualquer uma dessas patologias ou até mesmo as duas
concomitantes, mas que também conheciam pessoas jovens que já eram diagnosticadas com
as mesmas. Diante dos questionamentos, foi esclarecido que a HAS e a DM tem causas
multifatoriais e que não são doenças determinadas exclusivamente pela idade. Foram
ofertadas orientações sobre as mudanças dos hábitos diários para melhorar a qualidade de vida
como, manter uma alimentação saudável, fazer atividades físicas, não fumar e não ingerir
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bebidas alcoólicas. Ao término da palestra foram aferidas as pressões e verificadas as
glicemias dos idosos presentes. Neste momento, ao verificar a pressão de um dos idosos,
notou-se a elevação considerável da mesma. Ao perceber este fato, indagou-se ao idoso se o
mesmo era hipertenso e se estava fazendo uso correto do medicamento, este respondeu que
havia sido diagnosticado com HAS e que havia consumido apenas uma caixa do medicamento
prescrito, e não continuou o tratamento por acreditar estar curado da patologia em questão.
Diante do caso, percebeu-se que as orientações pertinentes a HAS não foram ofertadas a este
cidadão, ao mesmo tempo em que demonstra que o papel do enfermeiro não está sendo
realizado de forma integral, pois questões de extrema importância deixaram de ser prestadas
ao cliente. Ao final foram ofertadas caixinhas artesanais que ajudam os idosos a identificarem
os medicamentos que devem ser tomados durante o dia e à noite. Nesta caixinha havia
compartimentos identificados com uma figura do sol, para os remédios que devem ser
tomados pela manhã e no outro compartimento havia o desenho de uma lua para indicar os
remédios que devem ser tomados à noite. CONCLUSÃO: A atuação dos profissionais de
enfermagem em ações educativas deve, prioritariamente, interagir com o individuo
fomentando a troca de experiências e, assim, contribuir para o aprendizado de ambos. Para os
acadêmicos de enfermagem esta ação significou mais uma oportunidade de promover saúde
visando melhorar a qualidade de vida da população. Para os idosos, esta intervenção é mais
uma ferramenta para empoderá-los e educá-los sobre saúde. REFERÊNCIAS:
CONCEIÇÃO, C. C.; GUIMARÃES, S.D.; OLIVEIRA, G.R.S.A. Atuação da Enfermagem
Frente aos Fatores de Risco da Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus: Uma Revisão
Integrativa da Literatura In Interfaces Científicas:Saúde e Ambiente.v.2 , n.1. Aracaju/SE.
p.(9-24), 2013. Disponível em: <https://periodicos.set.edu.br/index.php/saude0/article/
view/835> Acesso em: 19 nov 2014.
46. PREVALÊNCIA DOS SINAIS E SINTOMAS EM PACIENTES ACOMETIDOS
POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO: UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO.
José Flason Marques da Silva; Francisco Elinaldo Santiago Bastos; Francisco Ricardo
Miranda Pinto; Antônia Bruna Ferreira Braga; Layana Liss Rodrigues Ferreira;
GLAUCIRENE SIEBRA MOURA FERREIRA
INTRODUÇÃO: A função primordial do sistema cardiovascular é o transporte de materiais
para todas as partes do corpo, visto que um fornecimento de oxigênio constante é
particularmente importante, pois, muitas células privadas de oxigênio sofrem danos
irreparáveis (SILVERTHORN, 2010). A oclusão dos vasos coronarianos é geralmente
causada por acumulo de lipídeos, embolo ou trombo (OLIVEIRA; LEITÃO; RAMOS, 2009)
a área do músculo cardíaco com fluxo nulo ou tão pequeno que não pode sustentar a função
muscular cardíaca é dita como área infartada diminuindo a força total de bombeamento do
coração (GUYTON; HALL, 2011). Dois terços das mortes súbitas por doenças coronarianas
ocorrem fora do hospital, e a maioria dentro de duas horas após o inicio dos sintomas, cuja
causa mais frequente é a fibrilação ventricular, várias dessas fatalidades poderiam ser evitadas
se o individuo recebesse atendimento rápido e apropriado (MUSSI, et al, 2007). O estudo
surge a partir da curiosidade dos autores em conhecer os sinais e sintomas de uma das
patologias de mais alta mortalidade a nível mundial, uma vez que a identificação precoce do
Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) pode evitar muitas sequelas para o paciente.
OBJETIVOS: O presente estudo objetivou averiguar a prevalência dos sinais e sintomas do
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IAM nas publicações on line. METODOLOGIA: Estudo de caráter quantitativo do tipo
pesquisa bibliográfica realizada na base de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) com os
descritores cadastrados nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCs) “Sinais e Sintomas” e
“Infarto” utilizando o operador Booleano “AND” para facilitar a combinação dos termos.
Inicialmente foram encontrados 11.171 estudos, foram considerados critérios de inclusão:
Artigos disponíveis na íntegra (3.026), em idioma português (256), trazendo como assunto
principal infarto do miocárdio em adultos (13). Os artigos foram analisados em duas etapas:
Leitura seletiva e leitura analítica para identificação das informações relevantes seguido pela
tabulação dos dados encontrados pelo Software Microsoft Excel. RESULTADOS: Os
sintomas apresentados por pacientes diagnosticados por IAM evidenciados nos artigos
estudados foram: Dor torácica presente em 69,23% dos artigos; dispneia 53,8%; precordialgia
ou dor no peito em 46,1%; angina 23%; dor epigástrica 15,3%; náuseas ou vômitos 15,3% e
tosse, sudorese súbita, sincope, cefaleia, palpitações, dor retro esternal, edema de membros
inferiores 7,6%. A dor torácica geralmente é mal definida pelo paciente. Angina é
caracterizada por desconforto na região da mandíbula, membros superiores e costas. Quanto
aos sinais que evidenciam o IAM os autores colocam somente as alterações
eletrocardiográficas como o supra desnivelamento do segmento ST e elevações das enzimas
cardíacas. CONCLUSÃO: A identificação precoce de sinais e sintomas é de extrema
importância para se evitar lesões irreversíveis em pacientes acometidos por IAM, como a
enfermagem mantém um contato próximo ao paciente é primordial o conhecimento de todos
os membros da equipe de enfermagem para a escolha da conduta adequada em casos de
suspeita de IAM em todos os níveis de atenção da rede de serviços de Saúde.
REFERÊNCIAS: SILVERTHORN, Dee Unglaub. Fisiologia Humana – Uma abordagem
integrada. 5.ed. Porto Alegre: Artmed, 2010. GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de
Fisiologia Médica. 12.ed. Editora Saunders. São Paulo - SP: Editorial Elsevier; 2011. AIRES,
Margarida de Mello. Fisiologia. 3.ed. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
OLIVEIRA, F.J.G., LEITÃO, I. M. T., A., RAMOS,I. C., Caracterização dos pacientes com
Dor Torácica atendidos na Emergência de um Hospital Privado de Fortaleza -Ce. In: 61°
Congresso de Enfermagem Transformação Social e Sustentabilidade Ambiental, 2009,
FortalezaCe. Anais Eletrônicos, disponível em: www.abeneventos.com.br/anais_61cben.
Acesso em 30 Nov. 2014. MUSSI, Fernanda Carneiro et al . Entraves no acesso à atenção
médica: vivências de pessoas com infarto agudo do miocárdio. Rev. Assoc. Med. Bras., São
Paulo
,
v.
53, n.
3, June
2007
.
Disponível
em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010442302007000300021&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 01 Dez. 2014.
47. PRODUÇÃO DE CUIDADOS COM A HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA:
UMA PERSPECTIVA DISCENTE DENTRO DA ESF.
Hiasmin Batista Rodrigues; MILENA DE MELO ABREU
INTRODUÇÃO: A Hipertensão Arterial Sistêmica é uma enfermidade que faz parte das
doenças crônicas não infecciosas (DCNI) com crescente aumento, acometendo
aproximadamente, 30% da população mundial, com previsão de aumento de 60% da doença
até 2025 e associa-se, com frequência, a alterações funcionais e/ ou estruturais dos órgãosalvo (coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos), disfunções metabólicas e risco de eventos
cardiovasculares fatais e não fatais configurando-se um dos principais problemas de saúde
pública.
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Nesse sentido, a HA requer ações de prevenção e de diagnóstico precoce, mediante atuação de
uma equipe multiprofissional, na qual o enfermeiro ao cuidar do usuário com HA pode
contribuir tanto para prevenir essa doença, como para retardar suas complicações,
principalmente porque a prestação de cuidados se inicia dentro da Estratégia Saúde da
Família. OBJETIVO: Desta forma o objetivo deste estudo é explanar a perspectiva que os
discentes possuem a cerca da relação usuário-hipertensão-ESF, visando contribuir com a
abordagem deste assunto dentro da Estratégia saúde da Família. METODOLOGIA: Trata-se
de um relato de experiência de caráter descritivo com abordagem qualitativa. Realizado a
partir de experiências de estagio em Centros de Saúde da Família da cidade de Sobral-CE, no
período de abril a junho de 2014, realizado de acordo com a resolução 466/12.
RESULTADOS: Na atenção primaria à saúde pode-se perceber que os usuários sabem que a
hipertensão arterial sistêmica oferece riscos à saúde, no entanto, não possuem dimensão dos
danos que esta causa à saúde do individuo, e quando se deparam com o diagnóstico de
hipertensão, a maioria não adere ao tratamento, demonstrando a precariedade no autocuidado,
o que é fortalecido pela ausência de sintomas, cujo caráter silencioso da doença, mascara sua
gravidade e faz com que os pacientes se acomodem à condição de cronicidade. Sendo que, o
acompanhamento dos hipertensos dentro da ESF é realizada pelo enfermeiro e pela equipe de
saúde que pressupõe uma boa adesão ao serviço e com, consequente, controle adequado dos
níveis pressóricos. Contudo, uma a aceitação consiste em uma atitude positiva em relação à
própria saúde e exige participação ativa dos usuários, sendo sujeitos do processo saúdedoença. Para isso é necessário o comparecimento às consultas e a mensuração regular da
pressão arterial a fim de avaliar o controle da hipertensão e adquirir conhecimentos sobre os
riscos à saúde. Na ESF, entende-se que um dos seus maiores focos é controlar a expansão da
HAS através de hábitos mais saudáveis, onde persistentemente existem campanhas de
conscientização para maior enfoque da população sobre o assunto e aquisição de
conhecimentos sobre a prevenção, pois O processo educativo é uma ação política e social,
cujos métodos e técnicas devem favorecer a desalienação, a transformação e a emancipação
dos sujeitos envolvidos. Assim compreende-se a importância do profissional enfermeiro, onde
este em constante contato com a comunidade divulga a prevenção da HAS, onde seu papel
tem fundamental influência para a detecção de novos casos, controle de danos e diminuição
de suas complicações. CONCLUSÃO: O enfermeiro dentro da ESF por estar em permanente
contato com o individuo é o principal intermediador da relação hipertensão-prevençãotratamento, onde muitas vezes ele identifica os grupos mais vulneráveis à falta de adesão e,
assim sendo expostos as consequências dos elevados níveis pressóricos, contribuindo assim,
para o processo de tomada de decisões, tornando-se um educador junto a população.
REFERÊNCIAS: RABETTI, Aparecida de Cássia and FREITAS, Sérgio Fernando Torres
de. AVALIAÇÃO DAS AÇÕES EM HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA NA
ATENÇÃO BÁSICA. Rev. Saúde Pública [online]. 2011, vol.45, n.2, pp. 258268. Epub Feb 18, 2011. ISSN 0034-8910;SILVA, Christiana Souto et al. CONTROLE
PRESSÓRICO E ADESÃO/VÍNCULO EM HIPERTENSOS USUÁRIOS DA
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE. Rev. esc. enferm. USP [online]. 2013, vol.47, n.3, pp.
584-590. ISSN 0080-6234;ZAVATINI, Márcia Adriana; OBRELI-NETO, Paulo
Roque and CUMAN, Roberto Kenji Nakamura. ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
NO TRATAMENTO DE DOENÇAS CRÔNICO-DEGENERATIVAS: AVANÇOS E
DESAFIOS. Rev. Gaúcha Enferm. (Online) [online]. 2010, vol.31, n.4, pp. 647-654. ISSN
1983-1447.
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48. PROJETO CUIDADORES DO CORAÇÃO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA NA
FEIRA DAS PROFISSÕES DO INTA.
Maria de Fátima Rodrigues Brito; Francisco de Assis Fernandes Paiva; KEILA MARIA DE
AZEVEDO PONTE MARQUES
INTRODUÇÃO: É notável, que a cada ano o número de pessoas que sofrem vítimas de
doenças cardiovasculares vem aumentando. Segundo Ribeiro et al (2012) no Brasil, assim
como em outros países da América Latina, observou-se, nas últimas décadas, uma importante
mudança no perfil da mortalidade da população, caracterizado pelo aumento dos óbitos
causados por doenças crônicas não transmissíveis (DCNT).O grupo de pesquisa e extensão
“Cuidadores do Coração” do Curso de Enfermagem das Faculdades INTA visa orientar as
pessoas que não tem o hábito de cuidar da saúde e que não tem conhecimento das possíveis
causas dos problemas cardiovasculares. OBJETIVO: Apresentar uma proposta de atividades
de extensão para prevenção de doenças cardiovasculares numa feira das profissões.
METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência de uma atividade de extensão
realizada pelo Grupo de Pesquisa e extensão Cuidadores do Coração do Curso de Graduação
em Enfermagem das Faculdades INTA na Feira das Profissões das Faculdades INTA no dia
25 de setembro de 2014, a decoração foi realizada por todos componentes da equipe do
projeto desde criação da ideia e finalização da intervenção contendo uma recepção de quatro
pessoas que receberam os ouvintes passando por um tapete vermelho e as recepcionistas cada
uma tinha uma função de informa o quer era projeto dar informações dicas de como se deve
cuidar da saúde havendo uma trocar de revezamento de turno por parte dos integrantes do
projeto Cuidadores do coração de equipe para outra equipe devido ter funcionado o dia todo e
noite no final todos quer visitaram receberam lembrancinhas em forma de coração com dicas
de cuidados a saúde explicando como ocorreria o infarto derrame demência insuficiência
renal entupimento arterial o quer fazer para evitar esses órgão mais afetados.
RESULTADOS: As ações na Feira se deram através de informações gerais a respeito dessas
doenças, que afetam idosos, adultos e crianças. Foram feitas as exposições, utilizando-se de
peças anatômicas do Sistema Cardiovascular e Circulatório e de panfletos contendo dicas de
uma alimentação balanceada como forma de prevenir essas doenças. Diante da ação educativa
realizada pelos acadêmicos de enfermagem, identificou-se que foi bastante proveitosa, pois os
alunos das instituições de ensino regular interagiram com os extensionista e esclareceram-se
de que são necessários alguns cuidados na prevenção desse adoecimento. CONCLUSÕES:
Concluiu-se que as atividades desenvolvidas pelo Projeto Cuidadores do Coração foi de
grande importância tanto para os acadêmicos integrantes do projeto extensionista, quanto para
os visitantes presentes na referida feira. A partir das apresentações realizadas os visitantes
puderam sair com informações importantes sobre essas doenças, que afetam milhões de
brasileiros. Torna-se importante a realização de atividades de extensão a comunidade com
vistas a esclarecer sobre o adoecimento cardiovascular. REFERÊNCIAS: 1. RIBEIRO, A. G;
COTTA, R. M. M; RIBEIRO, S. M. R. A promoção da saúde e a prevenção integrada dos
fatores de risco para doenças cardiovasculares. Cinc. Saúde Coletiva; 17 (1) : 7-17, jan. 2012.
49. PROMOÇÃO DE SAÚDE E PREVENÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR EM
PACIENTES DIABÉTICOS.
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Maria Gabriela Miranda Fontenele; Marcus Brenno Ferreira da Silva; KEILA MARIA DE
AZEVEDO PONTE
INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares (DCV) incluem-se doenças cardíacas, e todas
e outras doenças do coração e circulatórias, sendo uma das possíveis complicações de longo
prazo de diabetes. As estatísticas mostram que a maior causa de mortalidade e morbidade,
principalmente em pacientes diabéticos, é a doenças cardiovascular. A doenças coronariana é
causa de 70% a 80% de mortes, tanto em homens quanto em mulheres, e a insuficiência
cardíaca congestiva, mais comum de internação hospitalar, de morbidade e mortalidade na
população (BRASIL, 2006). Além de maior risco para doença cardiovascular, indivíduos com
diabetes e doença cardiovascular tem pior prognóstico, apresentando menor sobrevida em
curto prazo, maior risco de recorrência da doença e pior resposta aos tratamentos propostos
(SHAAN, 2007). O Ministério da Saúde vem adotando várias estratégias e ações para reduzir
o ônus das doenças cardiovasculares na população brasileira como medidas anti-tabagicas, as
políticas de alimentação e nutrição e de promoção da saúde com ênfase na escola, e ainda, as
ações de atenção à hipertensão e aos diabetes com garantia de medicamentos básicos na rede
e, aliado a isso, a capacitação de profissionais (BRASIL, 2006). OBJETIVO: Destacar a
importância da promoção de saúde e prevenção do risco cardiovascular em paciente
diabéticos nas pesquisas bibliográficas. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa
bibliográfica, descritiva, exploratório, de caráter qualitativo. A pesquisa foi realizada no
banco de dados LILACS, como fonte de coleta foram utilizados 09 (nove) artigos publicados
associados a promoção de saúde e prevenção do risco cardiovascular em paciente diabéticos..
A coleta de informações ocorreu no mês de Novembro de 2014. Foi utilizado um instrumento
de coleta de dados contendo as seguintes informações: pesquisador, base de dados,
revista/periódico, descritores, ano, estado/país da pesquisa, título do artigo, autores principais,
instituição pertencente (principal), objetivos principais, referencial teórico utilizado, local da
coleta, período de coleta de dados, população e amostra, instrumento de coleta de dados,
técnica de coleta de dados. Utilizamos como critério de inclusão texto completo, português,
LILACS, artigo, últimos oito anos (2006-2013), reduzindo assim, para 13 artigos, e como
critério de exclusão os artigos repetidos e os que não respondiam aos objetivos da pesquisa,
restando 09 (nove) artigos para estudo. Foi realizada a análise de cada um, buscando a revista,
ano, local da realização da pesquisa (metodologia) e respondendo a pergunta problema: qual a
importância da promoção de saúde e prevenção do risco cardiovascular em pacientes
diabéticos. RESULTADOS: Quanto ao ano de publicação, o ano de 2006 foi o ano que mais
publicou sobre a promoção de saúde e prevenção do risco cardiovascular em pacientes
diabéticos com 66% dos artigos. No que concerne as revistas, a revista que mais publicou foi
o Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia com 44% das publicações.
Entretanto, tiveram também 05 (cinco) revistas que abordaram o assunto. Estas informações
abordam que este assunto é de interesse multidisciplinar, ou seja, várias profissões se
interessam em pesquisar. Cabe aos profissionais de saúde que tratam esses pacientes rastrear
os fatores de risco para doenças cardiovasculares e suas manifestações clínicas iniciais,
objetivando prevenção e tratamento precoce, a fim de minimizar os danos causados por sua
associação. Em geral, o paciente com diabetes parece se beneficiar de estratégias de
prevenção agressivas, que estipulam parâmetros mais rígidos de controle dos fatores de risco
a serem atingidos, destaca Schaan (2007). CONCLUSÃO: Conclui-se pois, que a detecção
precoce de DCV pode viabilizar medidas preventivas ou terapêuticas, potencialmente capazes
de reduzir morbimortalidade. É importante ressaltar que, mesmo se o indivíduo com DM
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apresentar testes de rastreamento para DCV negativos, este continua sendo considerado de
risco comparável ao daqueles não-diabéticos com DCV estabelecida, devendo receber
conduta agressiva no controle dos outros fatores de risco (SIQUEIRA, 2007).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 1. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em
Saúde. Datasus.Banco de Dados dos Sistemas de informação sobre Mortalidade (SIM) e
Nascidos Vivos (Sinasc): 1998 a 2004 (recurso eletrônico). Brasília; 2006 2. SCHAAN,
Beatriz D. and REIS, André F.. Doença cardiovascular e diabetes. Arq Bras Endocrinol
Metab [online]. 2007, vol.51, n.2, pp. 151-152. ISSN 0004-2730. 3. SIQUEIRA, Antonela
F.A.; ALMEIDA-PITITTO, Bianca de and FERREIRA, Sandra R.G.. Doença
cardiovascular no diabetes mellitus: análise dos fatores de risco clássicos e nãoclássicos. Arq Bras Endocrinol Metab [online]. 2007, vol.51, n.2, pp. 257-267. ISSN 00042730.
50.PROMOVENDO A SAÚDE DE IDOSOS HIPERTENSOS: RELATO DE
EXPERIÊNCIA.
Angeline Paiva do Nascimento; Maria Nadia Craveiro de Oliveira; Valeska Rodrigues de
Sousa; IELLEN DANTAS CAMPOS VERDES RODRIGUES
INTRODUÇÃO: As doenças do aparelho circulatório acarretam taxas de mortalidade
proporcional de 32,3%, e constituem as principais causas de óbito no Brasil. Este grupo é
liderado pela doença cerebrovascular (DCV), que é responsável por um terço das mortes. Em
1996, o índice de mortalidade por DCV foi 56,1 por 100000 habitantes1. A DCV representa
8,2% das internações e 19,0% dos custos hospitalares do Instituto Nacional de Assistência
Médica da Previdência Social - INAMPS2. Nos Estados Unidos da América, cerca de 50,0%
das internações relativas a casos neurológicos decorrem de DCV. As DCV incidem com maior
frequência na idade avançada, período de vida em que se observam as maiores taxas de óbito
e sequelas. O doente idoso, comparado ao doente jovem, possui algumas características
próprias em relação à etiologia e prevenção destas doenças. Há nítida predominância da
aterosclerose como causa de DCV, ao contrário dos jovens, entre os quais prevalecem
condições hereditárias, malformações e uso de drogas ilícitas. Há vários estudos sobre as
causas e os fatores de risco de AVC em jovens; paradoxalmente, há menos estudos em relação
aos idosos(Sueli Luciano Piresetal., 2004). Ainda, o dia 26 de abril é o Dia Nacional de
Combate à Hipertensão, data esta regulamentada pela Lei Federal no. 10.439/2002 e a SBH
promove diversas ações como caminhadas, projetos educativos para a população, e outras
ações em todo o País para a conscientização sobre a doença. Promover a detecção, controle e
prevenção da hipertensão e outros fatores de risco cardiovascular na população brasileira
(BRASIL). Para Smeke (2002), o redirecionamento das práticas dos profissionais de saúde
tem sido um desafio na implementação das estratégias de promoção da saúde. A formação
desses profissionais propicia relações fundadas no modelo de cuidado biológico, centrado na
doença e no tratamento que os limitam junto à pessoa, às famílias, aos grupos e comunidade.
OBJETIVOS Descrever as ações de educação em saúde para idosos hipertensos realizadas
por acadêmicos de enfermagem. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência de
ações de promoção à saúde, desenvolvido por acadêmicos de enfermagem do quarto período
das Faculdades INTA. A atividade foi realizada no mês de novembro do ano de 2014, no
CSF Cohab III em Sobral-Ce. A reunião com o grupo de Idosos acontece semanalmente as
quintas-feiras no horário de 8:00 da manhã com a presença de 10 idosos que faz o uso de antihipertensivos, o tema escolhido foi de acordo com a necessidades de conhecer os problemas
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que acarretado pela falta de conhecimento dos hipertensos com o controle da PA,
promovendo ao paciente o autocuidado e potencializando a melhor qualidade de vida dos
mesmos. Adotamos uso técnico de material de explicação presente na unidade, panfletos,
dinâmicas e palestras educativas e amostras de imagens e vídeos de doenças que estão
vinculadas HAS, e finalizamos com um lanche e a entrega de lembranças contendo explicação
sobre o cuidado aos hipertensos. Percebemos a ativação sujeito na hora de tirar dúvidas e que
essa experiência servirá tanto para vida acadêmica como na prestação de serviço para o
paciente/cliente. RESULTADOS: Segundo a SBC, a hipertensão, usualmente chamada de
pressão alta, é ter a pressão arterial, sistematicamente, igual ou maior que 14 por 9. A pressão
se eleva por vários motivos, mas principalmente porque os vasos nos quais o sangue circula se
contraem. O coração e os vasos podem ser comparados a uma torneira aberta ligada a vários
esguichos. Se fecharmos a ponta dos esguichos a pressão lá dentro aumenta. O mesmo ocorre
quando o coração bombeia o sangue. Se os vasos são estreitados a pressão sobe. A pressão
alta ataca os vasos, coração, rins e cérebro. Os vasos são recobertos internamente por uma
camada muito fina e delicada, que é machucada quando o sangue está circulando com pressão
elevada. Com isso, os vasos se tornam endurecidos e estreitados podendo, com o passar dos
anos, entupir ou romper. Quando o entupimento de um vaso acontece no coração, causa a
angina que pode ocasionar um infarto. No cérebro, o entupimento ou rompimento de um vaso,
leva ao "derrame cerebral" ou AVC. Nos rins podem ocorrer alterações na filtração até a
paralisação dos órgãos. A Arma mais eficaz para combater a hipertensão é a informação,
diante disso relevamos a importância da promoção da saúde na atenção básica promovida pela
a enfermagem, trazendo benefícios aos usuários com auto cuidado que diminui os riscos de
conseqüências relacionadas ao aumento da pressão arterial. O aprendizado coletivo e a troca
de informação entre idoso e os acadêmicos de enfermagem irá contribuir para diminuição de
doenças que estão diretamente vinculadas a pressão arterial (PA). CONCLUSÃO: Concluiuse a importância das atividades desenvolvidas com o grupo, pois colaboram para uma melhor
qualidade de vida aonde não usamos apenas uso técnico da profissão e sim o contato com as
necessidades do individuo como pessoa e cliente, mantendo uma conduta humanizada e
esclarecida. REFERÊNCIAS: SBC. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA.
Disponível em: http://www.sbh.org.br/geral/oque-e-hipertensao.asp. Acessado em: 18 de
Novembro de 2014. Gorzoni,L.M; Gagliardi,J.R; Pires,L.S. ESTUDO DAS
FREQÜÊNCIAS DOS PRINCIPAIS FATORES DE RISCO PARA ACIDENTE
VASCULAR
CEREBRAL
ISQUÊMICO
EM
IDOSOS.
Disponível
em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004282X2004000500020.Acessad
o em: 18 de Novembro de 2014. SILVA, M. A. M. de. ABORDAGEM GRUPAL PARA
PROMOÇÃO DA SAÚDE DE FAMÍLIAS COM RECÉM-NASCIDOS
HOSPITALIZADOS. 2009.18p. Tese (doutorado em enfermagem na promoção da saúde) –
Universidade Federal do Ceará, Ceará.
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51. QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES CARDÍACOS.
Elisângela de Jesus Macêdo Araújo; Lívia Mara de Araújo; Alana Mara Lima Feijão;
Anderson Liniker Saraiva Barros; Kariny Gomes Marques; ANTONIA ELIANA DE
ARAÚJO ARAGÃO
INTRODUÇÃO: compreende-se qualidade de vida como um contexto de cultura, de valores,
do modo como se vive, os costumes, suas expectativas, seu padrão de vida e suas
preocupações. Porém, é importante orientar sobre os fatores de risco e os benefícios de
associar a medicação aos hábitos de vida saudáveis. O conhecimento sobre os riscos e
benefícios proporciona qualidade de vida aos pacientes cardíacos. Geralmente os fatores que
levam as pessoas a ter problemas cardiovasculares, são: tabagismo, hipertensão arterial,
dislipidemia, triglicerídeos elevados, obesidade, sedentarismo, ocasionado pela falta de
atividade física e alimentação inadequada. Isso demonstra a necessidade de o paciente
conhecer os riscos geradores de doença cardiovascular. Cabe a enfermagem elaborar
estratégias preventivas ao adoecimento cardíacos, assim como minimizar os risco e
complicações. OBJETIVO: Averiguar a importância da qualidade de vida relacionado a
procedimentos cirúrgico em pacientes cardíacos. METODOLOGIA: Trata-se de uma
pesquisa bibliográfica realizada no mês de novembro no portal de busca da Biblioteca
Regional de Medicina (BIREME), utilizando como descritores Qualidade de vida,
insuficiência cardíaca e Enfermagem. Como critérios de inclusão, adotou-se: está disponível
na íntegra, textos completos em português, dos últimos dois anos, totalizando 33 artigos.
Após aplicar os critérios de exclusão: repetição dos artigos e não ter relação com o que se
buscou pesquisar. Ficaram três artigos. As informações foram analisadas descritivamente.
RESULTADOS: Foram encontrados os seguintes artigos: Qualidade de vida de pacientes no
pós-operatório de cirurgia cardíaca. Dor no pós-operatório de revascularização do miocárdio
e sua inter-relação com a qualidade de vida. Avaliação da qualidade de vida após síndrome
coronariana aguda: revisão sistemática. Diante da pesquisa emergiram as seguintes categorias:
a importância da assistência de enfermagem no período pós-operatório. Nesse sentido
Fonseca et al (2013) afirma que no período pós-operatório dos usuários/clientes encontram-se
fragilizados devido o estado físico e psicoemocional e por isso torna-se indispensável a
assistência humanizada e individualizada. Dessa maneira é indispensável a assistência, pois
minimiza a ansiedade garantindo boa recuperação no pós-operatório. De acordo com Silva
(2011) conclui que ainda existe a necessidade de melhor avaliação da qualidade de vida dos
pacientes que sofrem um evento coronariano agudo. Dessa maneira é importante estratégias
para melhor assistir paciente com cardiopatia aguda proporcionando melhor qualidade de vida
a esses pacientes. CONCLUSÃO: Portanto Conclui-se que é importante o acompanhamento
desses pacientes orientando-os sobre os riscos do procedimento cirúrgico e sobre os
benéficios,diminuindo a ansiedade proporcionando qualidade de vida aos pacientes cardíacos
de maneira humanizada e individualizada. REFERÊNCIA: 1FONSECA et al: Dor no pósoperatório de revascularização do miocárdio e sua inter-relação com a qualidade de
vida. R. pesq.: cuid. fundam. online 2013. 2CUSTODIO, Fernanda Marcela; GASPARINO,
Renata Cristina: Qualidade de vida de pacientes no pós-operatório de cirurgia cardíaca.
Ver. min enferm. 2013. 3SILVA et al: Avaliação da qualidade de vida após síndrome
coronariana aguda: revisão sistemática. Arq. Bras. Cardiol. vol.97 no.6 São Paulo 2011.
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52.
RELATO
DE
EXPERIÊNCIA
COM
DESENVOLVENDO A EDUCAÇÃO EM SAÚDE.
IDOSOS
HIPERTENSOS:
Elinete de Sousa Ferreira; Sâmia Vasconcelos Marques Leite; Rosa Ester Fontenele Chaves
Ribeiro; Luciano Fontenele Chaves; Maria Josimar Bezerra; ANGELA TEREZA
CARVALHO LOPES
INTRODUÇÃO: As doenças do aparelho circulatório são responsáveis por mais de 800 mil
internações processadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) com um custo aproximado de
um bilhão e trezentos milhões de reais e é considerada como principal causa agrupada de
mortes em nosso país segundo dados do BRASIL (2006). Sendo a Hipertensão Arterial
Sistêmica a mais frequente das doenças cardiovasculares é também o principal fator de risco
para as complicações mais comuns como acidente vascular cerebral e infarto agudo do
miocárdio, além da doença renal crônica terminal. No Brasil são cerca de 17 milhões de
portadores de hipertensão arterial, 35% da população de 40 anos e mais. Esse número é
crescente e seu aparecimento está cada vez mais precoce (BRASIL, 2006). A Hipertensão
Arterial Sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis
elevados e sustentados de Pressão Arterial (PA). Associa-se frequentemente a alterações
funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo (coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos) e a
alterações metabólicas, com consequente aumento do risco de eventos cardiovasculares fatais
e não-fatais. A linha demarcatória que define HAS considera valores de PA sistólica ≥ 140
mmHg e∕ou de PA diastólica ≥ 90 mmHg em medidas de consultório (SOCIEDADE
BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2010). Diante deste quadro alarmante, percebeu-se a
necessidade de trabalhar estratégias de educação em saúde com um grupo de idosos
hipertensos durante o estagio de saúde coletiva I do curso de enfermagem das Faculdades
INTA no Centro de Saúde da Família de Aracatiaçu distrito de Sobral-CE, a fim de trabalhar
a prevenção das complicações que a HAS pode trazer e orienta-los a conviver
harmonicamente com a patologia. OBJETIVO: Relatar experiência de educação em saúde
com idosos hipertensos. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência de uma
atividade de educação em saúde realizada com idosos hipertensos na faixa etária de 50 a 70
anos no centro cultural de Aracatiaçu distrito de Sobral/CE. Adotamos palestra como
metodologia. Foram utilizados recursos audiovisuais como vídeos, animações e panfletos
informativos abordando o tema hipertensão. Houve ainda um momento de interação, onde
foram respondidas perguntas e esclarecidas dúvidas sobre o tema. Para a realização da
atividade foi solicitado o apoio do CRAS de Aracatiaçu, que ficou responsável pela
divulgação da atividade para os idosos. RESULTADOS E DISCUSSÕES: A atividade foi
realizada em um dia, com a presença de 30 pessoas. Houve uma preparação por parte dos
alunos, em relação à educação em saúde com ênfase na hipertensão. A atividade iniciou por
volta das quinze hora, abordamos a educação em saúde com orientação à população a respeito
da hipertensão e seus fatores de risco. Houve a demonstração de alimentos que apresentam
um quantitativo excessivo de sódio, propiciando assim o aumento dos níveis pressóricos como
também abordamos a importância da alimentação saudável. Vale ressaltar, que houve um
grande interesse da população a respeito do assunto, porém percebemos por parte da grande
maioria a falta de informação quanto ao tema. A população além de orientações verbais
recebeu um folder educativo fornecido pelo centro de saúde da família, contendo todas as
orientações sobre hipertensão. Foi aferida a pressão arterial de todos os indivíduos que
participaram da atividade, onde os que apresentaram níveis pressóricos acima dos valores de
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referência receberam orientações a procurar atendimento na Unidade Básica de Saúde mais
próximo da residência com o objetivo de iniciar o tratamento ou dar continuidade ao mesmo;
bem como receberam orientações dos possíveis fatores que poderia estar influenciando nesta
alteração, como: ausência de atividade física, tabagismo, etilismo, alimentação inadequada e
outros, pois de acordo com BRUNNER E SUDDARTH( 2011), a redução do consumo de
álcool e de sódio e a atividade física regular constituem adaptações efetivas do estilo de vida
para reduzir a pressão arterial. Vale ressaltar também que dietas ricas em frutas, vegetais e
laticínios desnatados podem evitar o desenvolvimento de HAS e diminuir a pressão arterial
elevada. CONCLUSÃO: Essa atividade trouxe aos acadêmicos de enfermagem mais amor
pela profissão e conhecimento das atitudes a serem tomadas que repercutem em melhora para
a saúde da população. O objetivo foi alcançado, Houve uma boa receptividade da comunidade
à atividade. REFERÊNCIAS: SMELTZER; S.C; BARE, B.G. Brunner & Suddarth: Tratado
de Enfermagem Médico-Cirúrgica. 12ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
Ministério da Saúde; cadernos de atenção básica nº15: hipertensão arterial sistêmica. Brasília:
Ministério da Saúde, 2006. 58 p. Sociedade Brasileira de Cardiologia / Sociedade Brasileira
de Hipertensão / Sociedade Brasileira de Nefrologia. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão.
Arq Bras Cardiol 2010; 95(1 supl.1): 1-51.
53.
REPERCUSSÕES
CARDIORESPIRATÓRIAS
OBESIDADE: UMA REVISÃO DE LITERATURA.
DECORRENTES
DA
Layanny Teles Linhares Bezerra. Tayanny Teles Linhares Bezerra; Bruna da Conceição
Lima; Layana Liss Rodrigues Ferreira; Irineu Moreno de Melo Sobrinho; RONALDO
CÉSAR AGUIAR LIMA
INTRODUÇÃO: A Obesidade é definida pelo acúmulo de Tecido Adiposo no corpo,
resultante de uma quebra do balanço energético, podendo também ser causada por doenças
genéticas e/ou endócrino-metabólicas. A Obesidade está relacionada a diversas desordens
fisiológicas, em vários sistemas como o sistema endócrino-metabólico (Obesidade Mórbida,
Diabetes Mellitus tipo 2) e sistema cardiovascular (Acidente Vascular Encefálico - AVE,
Infarto Agudo do Miocárdio - IAM). No sistema cardiovascular, essas desordens são muitas
vezes fatais ou podem deixar severas sequelas. OBJETIVOS: Assim, o presente trabalho
teve por objetivo fazer uma reflexão sobre as principais repercussões fisiológicas no sistema
cardiorrespiratório, decorrentes do excesso de tecido adiposo. METODOLOGIA: Trata-se
de uma revisão literária realizada nas bases de dados on-line (Scielo, PUBMEB, LILLACS),
além de outros referenciais considerados bases para a problemática. RESULTADOS E
DISCUSSÕES: No Sistema Cardiorrespiratório, o excesso de tecido adiposo promove
alterações cardiorrespiratórias não somente por efeitos compressivos da expansão do volume
de gordura, mas também através de modificações hemodinâmicas e renais decorrentes da
atividade das adipocinas. As desordens na dinâmica cardiocirculatória estão diretamente
relacionadas às adipocinas, a hiperinsulinemia, a ativação do Sistema Nervoso Simpático e do
Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona. Enquanto as desordens respiratórias estão
associadas a alterações na mecânica ventilatória decorrentes da diminuição da complacência
torácica, bem como da maior sensibilidade do epitélio pulmonar. As alterações
hemodinâmicas observadas na obesidade caracterizam-se por aumento do volume
intravascular e consequentemente do débito cardíaco, mas sem alteração da resistência
vascular periférica. Tais alterações, associadas com hipertensão, que é frequente no obeso,
levam ao desenvolvimento da forma excêntrica/concêntrica de hipertrofia ventricular
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esquerda, predispondo a maior risco de arritmia cardíaca e de insuficiência cardíaca
congestiva. A resistência à insulina, um dos principais fatores responsáveis pela hipertensão
em obesos, é acompanhada por hiperinsulinemia, que por sua vez, pode desencadear
mecanismos que aumentam a retenção renal de sódio, ativam o sistema nervoso simpático e
aumentam a reatividade vascular. O aumento da retenção de sódio promove elevação da
retenção hídrica e do volume vascular, que associado à exacerbação do tônus vascular pelo
sistema nervoso autônomo eleva os níveis pressóricos e ativam de forma contínua o sistema
renina-angiotensina-aldosterona completando a cadeia de eventos cardiovasculares.
Diferentemente do SNC, no sistema cardiorrespiratório, a leptina tem ações controversas, pois
por um lado aumenta a atividade simpática e causa alterações na excreção renal de sódio,
favorecendo a elevação da pressão arterial. Mas por outro, também aumenta a sensibilidade à
insulina e estimula a formação de óxido nítrico (relaxamento vascular), que são ações que
tenderiam a redução da pressão arterial. No entanto, há relatos de uma associação entre níveis
de leptina e calcificação arterial coronariana, sugerindo que a leptina pode fornecer uma
maior percepção de risco a pró-aterosclerose associado com a adiposidade, fato que tem
importância relevante no sistema cardiorrespiratório. Já a resistina também aumenta a
expressão de moléculas de adesão intercelular-1 e antivascular-1, em células endoteliais
vasculares, sem bastante implicada na gênese aterogênica, e também pelo aumento da
atividade do fator NF-kB, sinalizador para indução de adesão destas moléculas. Toda essa
cadeia de eventos relaciona-se ao acúmulo de gordura no interior dos vasos e ao aumento da
atividade nervosa simpática para o coração e vasos sanguíneos, hipersensibilidade
quimiorreflexa e diminuição no controle barorreflexo arterial. A disfunção cardiovascular
ocorre pelas vias vagal e simpática, pois a obesidade provoca alterações na resposta
vasodilatadora muscular. Esta complexidade de alterações contribui para a disfunção vascular
que aumenta os riscos cardiovasculares (Acidente Vascular Encefálico, Infarto Agudo do
Miocárdio etc.). Além disso, ocorre uma relação positiva entre a concentração de resistina e o
índice de calcificação de artéria coronariana, concluindo que a resistina pode representar um
novo elo entre sinais metabólicos, inflamação e aterosclerose. Nos pulmões, os efeitos do
excesso de gordura ainda são pouco conhecidos, no entanto a obesidade prejudica a livre
movimentação do diafragma, aumenta a sobrecarga de trabalho, dificultando a ventilação
pulmonar principalmente ao decúbito dorsal, levando ao quadro de Apneia Obstrutiva do
Sono, Síndrome da Hipoventilação e Doença pulmonar restritiva. Estudos mais recentes
apontam também maior produção de mediadores inflamatórios pela via dos leucotrienos,
justificando a maior incidência de Asma em obesos. CONCLUSÕES: A obesidade
representa um problema de saúde mundial que esta em franca expansão. A população de
obesos e sobrepesos aumenta a cada ano, tornando fundamental o conhecimento sobre essa
doença que agride tantos indivíduos. A partir do conhecimento das ações deletérias da
obesidade, poder-se-á traçar novas e melhores estratégias para controlar este problema de
saúde mundial que é a obesidade. REFERÊNCIAS: CECIL. Tratado de Medicina Interna
– Lee Golman, Dennis Ausiello, 23º edição. Elsevier. SBC. Sociedade Brasileira de
Cardiologia. Diretrizes de Cardiologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Disponível
em www.cardiol.br. PAOLA, AAV; GUIMARÃES, JF; BARBOSA, MM. Cardiologia –
Livro texto da Sociedade Brasileira de Cardiologia, editora Manole, 2011. NARKIEWICZ,
K.; KATO, M.; PESEK, C.A.; SOMERS, V.K. Human obesity is characterized by a selective
potentiation of central chemoreflex sensitivity. Hypertension, v. 33, p. 1153-8, 1999.
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54. RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR E A IMPORTÂNCIA PARA O
PROFISSIONAL ENFERMEIRO: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.
Erilandy de Sousa Ávila; Lívia Maria Albano Camelo; Débora Maria Bezerra Martins;
Francisco Issac Paiva de Sousa; Francisca Drenalina de Sousa Araújo; LUCIANA MARIA
MONTENEGRO SANTIAGO
INTRODUÇÃO: A parada cardiorrespiratória (PCR) caracteriza-se como a cessação súbita
da atividade ventricular e cardíaca e da circulação ocorrendo também à cessação da atividade
respiratória. O conhecimento e a habilidade dos trabalhadores da saúde para atuar nessa
situação, possuem um desfecho favorável nos serviços de saúde, influenciando também nos
índices de morbimortalidade no Brasil. O enfermeiro deve ser capacitado para atuar em
situações de emergência, garantindo a segurança do paciente nos níveis de atenção a saúde.
OBJETIVO: Identificar a importância e participação do profissional de enfermagem diante
de uma Parada Cardiorrespiratória, assim como elucidar o conhecimento, atitudes, habilidades
e sentimentos tomados na ressuscitação cardiopulmonar pelo enfermeiro. METODOLOGIA:
Trata-se de uma revisão bibliográfica sobre a importância da Enfermagem na Ressuscitação
Cardiopulmonar. Foram usados como descritores os termos “ressuscitação cardiopulmonar” e
“cuidado de enfermagem”. Nesta pesquisa realizaram-se os seguintes critérios de inclusão:
periódicos publicados em língua portuguesa e inglesa, na base de dados Scientific Electronic
Library Online (SciELO), publicados no período de 2009 a 2014. Foram encontrados 15
artigos relacionados ao tema, destes foram selecionados 10 artigos que se enquadravam no
critério de inclusão. RESULTADOS E DISCUSSÕES: A equipe de enfermagem é formada
por profissionais que ficam grande parte do tempo próxima ao paciente, sendo de suma
importância que saibam agir em situações de emergência. Nesse contexto o profissional de
enfermagem deve ser qualificado para agir nessas situações. Segundo Oliveira, A. D. S. et al.,
a maioria dos enfermeiros não sabe descrever as manifestações clínicas que caracterizam a
parada cardiorrespiratória e que também não sabem conduzir corretamente a ressuscitação
Cardiopulmonar. Para a recuperação de um paciente em PCR é primordial o seu rápido
reconhecimento e consequente intervenção da equipe de modo organizado. O treinamento
adequado da equipe de enfermagem, em especial daquela que atua em UTI e Emergência, é
vital para o pronto atendimento em uma parada cardiorrespiratória. Santos, L. M. M. et al,
observou o predomínio de sentimentos negativos relacionados à vivência do atendimento de
PCR. Dessa forma a qualificação do profissional de Enfermagem é de fundamental
importância em situações de emergências, no intuito de superar os déficits observados na
pesquisa. CONCLUSÃO: A realização dessa pesquisa permite considerar que a equipe de
enfermagem possui dificuldades para identificar os sinais clínicos que caracterizam uma
parada cardiorrespiratória. Os profissionais também apresentaram receio para agir perante
situações de emergência. Diante desses resultados para que os procedimentos sejam
realizados corretamente é inerente o treinamento em ressuscitação cardiopulmonar. Tendo em
vista que essa é uma modalidade de extrema importância para profissionais de saúde,
principalmente para profissional enfermeiro. REFERÊNCIAS: Bellan, M. C; Araujo, I. I. M;
Araujo, S. CAPACITAÇÃO TEÓRICA DO ENFERMEIRO PARA O ATENDIMENTO
DA PARADA CARDIORRESPIRATÒRIA. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília
2010. Ferreira. Cardoso LS, Braga MG, Cezar-Vaz MR, et al. RESSUSCITAÇÃO
CARDIOPULMONAR: O TRABALHO DA ENFERMAGEM EM SERVIÇOS DE
RESGATE. Rev enferm UFPE on line., Recife, 7(1):221-6, jan.,2013.Fernandes, A. P, et al.
QUALIDADE DAS ANOTAÇÕES DE ENGERMAGEM RELACIONADAS À
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RESSUSCITAÇÂO CARDIOPULMONAR COMPARADAS AO MODELO UTSTEIN.
Acta Paul Enfermagem, 2010. C. A. G, Balbino, F.S. PRESENÇA DA FAMÍLIA
DURANTE
REANIMAÇÃO
CARDIOPULMONAR
E
PROCEDIMENTOS
INVASIVOS EM CRIANÇA. Revista Pediatra, 2014. Gonçalves, G.R, et al. PROPOSTA
EDUCCIONAL VIRTUAL SOBRE ATENDIMENTO DA RESSUSCITAÇÃO
CARDIOPULMONAR NO RECÉM- NASCIDO. Revista Escola de Enfermagem, 2010.
Madeira, D. B; Guedes, H. M. PARADA CARDIORESPIRATÓRIA E
RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR NO ATENDIMENTO DE URGÊNCIA E
EMERGÊNCIA: UMA REVISÃO BIBLIOGRAFICA. Revista Enfermagem IntegradaIpatinga: Unileste - MG, V.3, N.2, 2010. Miotto, H. C, et al. EFFECTS OF THE USE OF
THEORETICAL VERSUS TREORETICAL – PRACTICAL TRAINING ON
CARDIOPILMONARY RESUSCITATION. Arq. Bras. Cardiol., 2010; 95(3): 328-331.
Oliveira, A. D. S, et al. ESTRATEGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: ATENDIMENTO DO
ENFERMEIRO À VITÍMA EM PARADA CARDIRRESPIRATÓRIA. R. Interd. v.6,
n.4, p.68-74, 2013. Santos, L. M. M; Simões, I. A. R. SENTIMENTOS DOS ACADÊMICOS DE
ENFERMAGEM FRENTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA. Revista Eletrônica Gestão & Saúde,
Vol.05, Nº 04.
55. REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO COM ENXERTOS DA ARTÉRIA
RADIAL: CONSIDERAÇÕES ANÁTOMOCLÍNICAS E CIRÚRGICA.
Antônia Bruna Ferreira Braga; Maria de Fátima Pinho Vasconcelos; Layana Liss Rodrigues
Ferreira; Ronaldo César Aguiar Lima; José Flason Marques da Silva; MARCELO
CRISTIANO CAMPOS NOBRE
INTRODUÇÃO: O emprego de enxertos arteriais na revascularização do miocárdio vem
sendo ampliado. A vantagem teórica das artérias vem do fato de se adaptarem melhor do que
as veias às condições hemodinâmicas de aumento de fluxo e pressão sanguínea. Estas
alterações causam hiperplasia intimal venosa precoce levando a posterior aterosclerose e
oclusão dos enxertos. Já são estabelecidas as vantagens da Artéria Torácica Interna (ATI)
sobre os enxertos com veia safena, proporcionando melhor longevidade e qualidade de vida.
Entretanto, existem situações em que apenas as duas ATl não são suficientes e a Artéria
Radial (AR) tem sido utilizada. OBJETIVO: Assim, o objetivo deste trabalho foi fazer uma
análise crítica, dos principais artigos, relacionadas a enxertos com a AR, na revascularização
cardíaca. METODOLOGIA: Foi realizada busca nas bases de dados eletrônicas da
MEDLINE via PubMed , da LILACS via Biblioteca Virtual de Saúde e Scielo. A estratégia de
busca utilizada foi formulada a partir dos descritores e palavras relevantes ao tema, agrupados
de forma a filtrar todos os artigos. Foi abordado em 309 artigos, dos quais foram selecionados
13 para produção da revisão bibliográfica. RESULTADOS E DISCUSSÕES: A
revascularização miocárdica com enxertos artérias tem a sua eficiência demonstrada no
decorrer dos últimos anos; com grande superioridade em relação aos enxertos com a veia
safena que apresentam menor perviabilidade e maiores índices de uma segunda
revascularização, devido a sua rápida oclusão por aterosclerose. Com bons resultados tardios
sendo observados com o emprego desses enxertos. A AR vem se sobressaindo em relação
Artéria Gastro-epiplóica e Artéria Epigástrica Inferior, uma vez que ela é a única que pode ser
dissecada concomitantemente a esternotomia. Em obesos, pneumopatas ou Diabéticos é
preferível o uso da AR ao invés do uso de ambas as ATI. Mas a revascularização miocárdica
completa com enxertos arteriais esbarra em arestas, uma vez que aumentam o tempo de
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cirurgia, o risco de infecção e predispõe a maior hemorragia. Por isso, cuidados básicos
durante o preparo da AR devem ser rigorosamente respeitados. Antes de sua retirada deve-se
pesquisar a presença dos pulsos radial e ulnar, assim como avaliar a integridade dos arcos
palmares. Existe unanimidade entre os autores de que uma técnica de dissecção correta com
pouco manuseio, evitando traumatizar os enxertos, é de suma importância na prevenção do
espasmo, maior dificuldade encontrada. O conhecimento anatômico do antebraço é necessário
para a retirada da AR. O estudo através do eco-Doppler e/ou manobra de Allen deve mostrar o
fluxo adequado das artérias radial e ulnar, assim como a existência dos arcos palmares
superficial e profundo. A incisão da pele e subcutâneo é única, iniciando-se poucos
centímetros acima do punho, até atingir as proximidades da prega do cotovelo. Nesse local
deve-se incisar e afastar lateralmente o músculo braquioradial, evitando lesar estruturas
nobres, como a artéria braquial, a artéria ulnar e o nervo mediano. No terço médio do
antebraço, deve-se ter cuidado em preservar o ramo superficial do nervo radial, responsável
pela sensibilidade cutânea de porções do antebraço, polegar e dorso da mão. O ramo
superficial do nervo radial está intimamente relacionado à artéria, e sua dissecção grosseira,
ou o afastamento lateral excessivo do músculo braquioradial, pode lesá-lo, causando
parestesia no polegar. Na porção distal do antebraço, a AR é bastante superficial, entretanto,
seus ramos perfurantes são mais curtos, finos e delicados. A AR deve ser retirada em conjunto
com suas satélites, preferencialmente, do membro não dominante. Nas reoperações, deve-se
optar pela artéria não submetida à Cateterização prévio. Com comprimento superando os
18cm, permite alcançar todos os ramos das coronárias. Com diâmetro, acima de 3mm,
possibilita a realização de várias anastomoses sequenciais sem que haja constricção de luz.
Com a AR, a taxa de re-operação de vascularização do miocárdio variou de 1,7 a 2,5 maiores
nos casos que haviam recebido unicamente enxertos venosos do que pacientes que haviam
recebido a ATI ou AR entre sete e dez anos. Quanto a taxa de mortalidade decorrente da
cirurgia, os enxertos arteriais apresentaram porcentagem variando de 3% a 5,5%, enquanto
que a vascularização venosa variou de 1,7% a 2,8%. Desta forma a AR vem sendo
reconhecida como uma boa alternativa na revascularização miocárdica. CONCLUSÃO:
Parece razoável sugerir que, além de utilizarmos a ATIE ou ambas no processo de
revascularização do miocárdio, possamos pensar em acrescentar outro enxerto arterial ao
tratamento, com vistas à atingir benefício extra em revascularização cirúrgica do miocárdio. A
artéria radial parece uma ótima opção como segundo enxerto arterial apresentando patência
em 5 anos superior à da veia safena e não muito inferior à ATIE, além de ter demonstrado
morbidade inferior à da gastroepiplóica e artéria epigástrica superficial. Quanto ao controle do
vasoespasmo, devido ao advento de novas drogas, parece lógico a manutenção das
consagradas medidas de manejo transoperatório e pós-operatório, o que diminuem cada vez
mais a morbidade e mortalidade. Para avaliação pré-operatória do sistema radial-ulnar, parece
definitivo que o Teste de Allen possa ser utilizado como método único.
REFERÊNCIAS:ACAR, C.; JEBARA, V.A.; PORTOGHESE, M. Revival of the radial
artery for coronary artery bypass grafting. Ann Thorac Surg 1992; 54 : 652-60. BARNER,
H.B.; STANDEVEN, J.W.; REESE, J. Twelve-year experience with internal mammary artery
for coronary artery bypass. J Thorac Cardiovasc Surg 1985; 90:668-75. DALLAN, L.A.;
OLIVEIRA, S.A.; CORSO, R.C. Revascularização do miocárdio com a artéria radial. Rev
Bras Cir Cardiovasc 1995; 10:77-83.81. ZEFF, R.H.; KONGATAHWORN, C.;
LANNONE, L.A. Internal mammary artery versus saphenous vein graft to the left anterior
descending coronary artery: prospective randomized study with 10 year follow-up.
AnnThorac Surg 1988; 45: 451-4.
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56. SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM CLIENTE
COM HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E SEQUELAS DE ACIDENTE
VASCULAR ENCEFÁLICO.
Rayssa Amanda Florindo Lopes; Nátila Azevedo Aguiar Ribeiro; Ivina Sheila Rebouças de
Melo; Kuettlem Thamires Andrade Oliveira
INTRODUÇÃO: A elaboração da Sistematização da Assistência de Enfermagem - SAE é
um dos meios que o enfermeiro dispõe para aplicar seus conhecimentos técnicos científicos e
humanos na assistência ao paciente e caracterizar sua prática profissional, colaborando na
definição do seu papel. O ponto central da SAE é guiar as ações de enfermagem afim de que
possa atender as necessidades individuais do cliente-família comunidade (ZMEIRE, C. e
MARIA, A. 2009). Através dela é possível identificar as repostas do cliente-família
comunidade e atender as necessidades afetadas e prevenir futuros agravos. A Hipertensão
Arterial é uma doença crônica, não transmissível, de natureza multifatorial assintomática, na
grande maioria dos casos, que compromete fundamentalmente o equilíbrio dos mecanismos
vasodilatadores e vasoconstritores, levando a um aumento da tensão sanguínea nos vasos,
capaz de comprometer a irrigação tecidual e provocar danos aos órgãos por eles irrigados.
(Ministério da Saúde, 2001) O Acidente Vascular Encefálico - AVE apresenta-se como
enfermidade de alto potencial incapacitante, presente, sobremodo, nos grupos etários de 60
anos a mais. Para esses indivíduos, por sua vez, somam-se as alterações fisiológicas inerentes
à idade, como diminuição da força muscular e dos reflexos tendinosos profundos, além de
dificuldade no equilíbrio corporal e mudanças na marcha. OBJETIVO: Realizar
Sistematização da Assistência De Enfermagem – SAE a um cliente com Hipertensão Arterial
Sistêmica – HAS, com sequelas de Acidente Vascular Encefálico – AVE.
METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência acerca de prática assistencial
desenvolvida por acadêmicas, durante as Vivencias Práticas do Curso de Graduação em
Enfermagem do Instituto Superior de Teologia Aplicada INTA. Desenvolvida no mês de
Novembro de 2014, no Distrito São Jose do Torto localizada a 38,5 km - aproximadamente 40
min- de Sobral-CE. A SAE ocorreu no período matutino, através de visitas domiciliares para
levantamento de dados através de anamnese, traçar diagnósticos de enfermagem e assim
realizar as implementações e avaliações de enfermagem. O mesmo aceitou a realização do
estudo, foi respeitada a dignidade humana e aspecto ético na pesquisa científica envolvendo
seres humanos conforme a lei Resolução 466/12 (LADEIRA, P. J. NOVOA. 2014)
RESULTADOS: Os principais temas implementados foram relacionados a SAE, através dos
levantamentos de dados, e a detecção dos diagnósticos de enfermagem a fim de melhorar o
estado geral do cliente de forma holística. Ansiedade relacionado a dificuldade de
socialização, evidenciado pelo choro fácil. Inserção Social; Facilitar a inserção social junto
aos familiares; Melhora no quadro de ansiedade e inclusão social; Teve resultado positivo
frente as intervenções de enfermagem, devendo ser realizado continuamente. Déficit no
autocuidado relacionado a alimentação evidenciado pela perdas dos movimentos dos
membros superiores. Capacitar os cuidadores para a realização do cuidado com a dieta
proposta; Realizar os cuidados referente a dieta adequada, horários e quantidade. Melhora no
equilíbrio alimentar e ingestão de dieta adequada; Detectar a melhora no quadro alimentar
com a ajuda nos exames laboratoriais. Risco para Úlcera por pressão relacionado a restrição
no leito; Capacitar os cuidadores acerca da importância da prevenção das úlceras por pressão.
Realizar mudança de decúbito a cada duas horas ou sempre que necessário. Evitar o
aparecimento das úlceras. Não foi detectado qualquer indicio de lesão cutânea.
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CONCLUSÃO: O Estudo proporcionou a realização da SAE e contatamos a eficácia da
utilização desse método para o cuidado integral do cliente acamado com HAS, e com sequelas
de AVE. O mesmo possibilitou um aprofundamento nas temáticas já citadas e despertou
novas pesquisas no habito da SAE. REFERÊNCIAS: LADEIRA, P. J. NOVOA, Patricia
Correia Rodrigues. O que muda na Ética em Pesquisa no Brasil: resolução 466/12 do
Conselho Nacional de Saúde. Einstein (São Paulo), São Paulo,
v. 12, n.
1, Mar. 2014. NANDA-I Nursing Diagnoses: Definitivos and Classification, 20072008.ISBN 978-09-788924-0-1.Copyright © 2007 NANDA International. OLIVEIRA, A. R.
S. et.al. Diagnósticos De Enfermagem Da Classe Atividade/Exercício Em Pacientes Com
Acidente Vascular Cerebral. Rev. enferm. UERJ, Rio de Janeiro, 2012 abr/jun; 20(2):221-8,
p.222. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. São Paulo, 2010. ZMEIRE, C.; MARIA,
A.. SAE- Sistematização da Assistência de Enfermagem: Guia Prático. Rio Janeiro,2009).
57. TESTE DO CORAÇÃOZINHO COMO RASTREIO DE CARDIOPATIAS
CONGÊNITAS: UMA REFLEXÃO TEÓRICA.
Layana Liss Rodrigues Ferreira; Antônia Bruna Ferreira Braga; Maria de Fátima Pinho
Vasconcelos; José Flason Marques da Silva; Marcelo Cristiano Campos Nobre; RONALDO
CÉSAR AGUIAR LIMA
INTRODUÇÃO: As Cardiopatias Congênitas representam um importante problema de saúde
materno-infantil. Ocorrendo em aproximadamente 1% de todos os recém-nascidos, as
cardiopatias congênitas correspondem a falhas na embriogênese, por volta da terceira à oitava
semana, e cursam com importantes defeitos no coração e/ou nos grandes vasos. A etiologia
ainda permanece obscura, desconhecida em 90% dos casos, mas se sabe que diversos fatores
(ambientais, congênitos e genéticos) são atribuídos. Independentemente da causa, a
intervenção precisa e imediata, é o principal fator prognóstico na evolução desse ser em
formação. E o rastreamento deve ser efetuado logo ao pré-natal. Em última análise, pode-se
efetuar o rastreamento através de do Teste do Coraçãozinho, um teste de fácil realização e de
baixo custo. OBJETIVOS: Assim sendo, o objetivo do presente trabalho foi apresentar e
discutir a importância do Teste do Coraçãozinho para o rastreamento de Cardiopatias
Congênitas. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura realizada com base na
análise dos poucos estudos publicados sobre a temática. Para embasar o referencial teórico,
utilizamo-nos principalmente de publicações do Ministério da Saúde e de publicações da
Associação de Assistência a Crianças com Cardiopatias Críticas. Os textos foram analisados e
comparados às diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia. RESULTADOS E
DISCUSSÕES: O Teste do Coraçãozinho foi criado com o objetivo de melhorar as condições
de diagnóstico e tratamento das crianças cardiopatas. Em linhas gerais, consiste na realização
de oximetria de pulso nos quatro membros do recém-nascido, antes da alta da maternidade.
Caso haja uma baixa saturação periférica de oxigênio ou haja uma diferença significativa
entre os membros, o neonato é submetido a um Ecocardiograma Transtorácico com o objetivo
de verificar falhas na estrutura cardíaca. O Teste do Coraçãozinho é uma excelente ferramenta
de triagem neonatal para rastrear Cardiopatias Congênitas Críticas. O Teste do Coraçãozinho
é indolor, não invasivo e com um custo muitíssimo baixo, já que exige apenas a utilização de
um aparelho denominado oxímetro, equipamento este que já existe em todas as maternidades
e hospitais, pois é essencial para monitorar os pacientes. A oximetria de pulso pode ser
realizada por um profissional de enfermagem, e não exige mais do que 5 minutos para a sua
realização. Um sensor macio é enrolado à volta da mão direita e posteriormente à volta do pé
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do bebê, e quantifica o nível de saturação de oxigênio. Se baixos (abaixo de 95% ou com uma
diferença maior que 2% entre os membros superiores e inferiores) podem indicar a presença
de uma malformação cardíaca e o neonato necessita de maiores cuidados, não recebendo alta
da maternidade. Como todo método de rastreio, o Teste do Coraçãozinho, tem suas
deficiências e não consegue detectar casos menos graves, que não estão associados com um
baixo nível de oxigenação. Mas, nenhuma ferramenta de diagnóstico atual pode detectar
100% das cardiopatias congênitas existentes, e a oximetria de pulso poderá rastrear defeitos
cardíacos mais graves. O Teste do Coraçãozinho teve sua importância reconhecida pelo
Ministério da Saúde, que o reconheceu como obrigatório na rede SUS, fortalecendo as
políticas de saúde materno-infantil. CONCLUSÃO: Reconhecemos que o ideal seria que
todas as gestantes tivessem acesso ao Ecocardiograma Fetal, que poderia dar o diagnóstico de
possíveis cardiopatias ainda na gestação. No entanto, como o Ecocardigrama Fetal ainda é
uma realidade distante do SUS, o Teste do Coraçãozinho mostra-se capaz de agilizar o
diagnóstico precoce e proporcionar uma melhor condução dos neonatos. O Teste do
Coraçãozinho representa uma importante ferramenta de rastreamento de cardiopatias, é
seguro, de baixo custo e salva vidas. REFERÊNCIAS:SBC. Sociedade Brasileira de
Cardiologia. Diretrizes de Cardiologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Disponível
em www.cardiol.br. AAACCPC. Associação de Assistência a Crianças Cardiopatas Pequenos
Corações.
Triagem
Neonatal
de
Cardiopatias
Críticas.
Disponível em
http://www.pequenoscoracoes.com. Acesso em julho de 2014. PAOLA, AAV;
GUIMARÃES, JF; BARBOSA, MM. Cardiologia – Livro texto da Sociedade Brasileira de
Cardiologia, editora Manole, 2011.
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