"Projecto de Revisão das Normas de Betões"
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"Projecto de Revisão das Normas de Betões"
Norma de betões Norma de betões Índice CAPÍTULO I Disposições gerais ................................................................................. 5 Artigo 1 Objecto e âmbito de aplicação ........................................................................ 5 Artigo 2 Artigo 3 Referências normativas ................................................................................... 6 Definições...................................................................................................... 17 CAPÍTULO II Materiais constituintes....................................................................... 24 Artigo 4 Artigo 5 Cimentos........................................................................................................ 24 Agregados ...................................................................................................... 24 Artigo 6 Artigo 7 Água de amassadura ...................................................................................... 26 Adjuvantes ..................................................................................................... 27 Artigo 8 Aditivos ......................................................................................................... 30 CAPÍTULO III Requisitos e especificações ........................................................... 33 SECÇÃO I Requisitos básicos e de durabilidade para composição do betão ................. 33 Artigo 9 Artigo 10 Artigo 11 Artigo 12 Artigo 13 Artigo 14 Generalidades ................................................................................................ 33 Tipos de cimento, dosagem de cimento e razão água/ material cimentício . 33 Agregados grossos......................................................................................... 34 Agregados finos............................................................................................. 34 Adjuvantes ..................................................................................................... 35 Tipo, quantidade e razão água/material cimentício dos aditivos .................. 35 Artigo 15 Consistência................................................................................................... 36 Artigo 16 Compacidade do betão .................................................................................. 36 Artigo 17 Temperatura do betão fresco ......................................................................... 36 Artigo 18 Reacção álcalis-agregado .............................................................................. 37 Artigo 19 Teor de cloretos no betão............................................................................... 37 Artigo 20 Durabilidade .................................................................................................. 38 Artigo 21 Resistência às acções ambientais .................................................................. 40 SECÇÃO II Especificação do betão .............................................................................. 49 Artigo 22 Generalidades ................................................................................................ 49 Artigo 23 Especificações ............................................................................................... 49 Artigo 24 Métodos de ensaio ......................................................................................... 54 Norma de Betões ................................................................ Página 2 Versão F CAPÍTULO IV Fabrico, transporte, colocação e cura .............................................. 56 SECÇÃO I Fabrico de betão ............................................................................................ 56 Artigo 25 Pessoal ........................................................................................................... 56 Artigo 26 Equipamento e instalações ............................................................................ 56 Artigo 27 Doseamento dos materiais constituintes ....................................................... 57 Artigo 28 Amassadura do betão .................................................................................... 58 SECÇÃO II Transporte, colocação e cura de betão fresco............................................ 59 Artigo 29 Pessoal ........................................................................................................... 59 Artigo 30 Transporte...................................................................................................... 59 Artigo 31 Entrega........................................................................................................... 59 Artigo 32 Consistência na entrega ................................................................................. 60 Artigo 33 Colocação e compactação ............................................................................. 61 Artigo 34 Cura e protecção ............................................................................................ 61 CAPÍTULO V Procedimentos para o controlo de qualidade..................................... 65 SECÇÃO I Controlo de qualidade............................................................................... 65 Artigo 35 Conteúdo ...................................................................................................... 65 SECÇÃO II Controlo de produção ................................................................................ 65 Artigo 36 Generalidades ................................................................................................ 65 Artigo 37 Controlo do fabrico ....................................................................................... 66 Artigo 38 Inspecção antes da betonagem ...................................................................... 71 Artigo 39 Inspecção durante o transporte, colocação, compactação e cura de betão fresco ............................................................................................................. 72 SECÇÃO III Controlo de conformidade......................................................................... 75 Artigo 40 Generalidades ................................................................................................ 75 Artigo 41 Sistemas de verificação do controlo de conformidade ................................. 75 Artigo 42 Dimensão dos lotes a adoptar na obra para avaliação da conformidade da resistência à compressão do betão ................................................................ 77 Artigo 43 Plano de amostragem para avaliação da conformidade da resistência à compressão do betão ..................................................................................... 78 Artigo 44 Critérios de conformidade para a resistência à compressão do betão .......... 80 Artigo 45 Plano de amostragem e critérios de conformidade para a consistência do betão .............................................................................................................. 83 Artigo 46 Plano de amostragem e critérios de conformidade para a razão água/material cimentício ...................................................................................................... 83 Norma de Betões ................................................................ Página 3 Versão F Artigo 47 Plano de amostragem e critérios de conformidade para a dosagem de cimento e de material cimentício ................................................................................ 84 Artigo 48 Plano de amostragem e critérios de conformidade para a penetração da água no betão ......................................................................................................... 84 Artigo 49 Plano de amostragem e critérios de conformidade para o teor de cloretos no betão .............................................................................................................. 84 Artigo 50 Plano de amostragem e critérios de conformidade para as propriedades de resistência do betão à migração de iões de cloreto ....................................... 85 Norma de Betões ................................................................ Página 4 Versão F Norma de betões CAPÍTULO I Disposições gerais Artigo 1.º Objecto e âmbito de aplicação 1. A presente Norma de Betões, adiante designada por Norma, estabelece as regras a observar no fabrico, transporte, aplicação e cura do betão, e os procedimentos para a execução do seu controlo de qualidade. 2. A presente Norma estabelece ainda os requisitos para: Os materiais constituintes do betão; As propriedades do betão fresco e do betão endurecido, bem como as suas verificações; Os condicionamentos para a composição do betão; A especificação do betão; O transporte e a entrega de betão fresco; Os procedimentos de colocação em obra e de cura; Os procedimentos de controlo de qualidade; Os procedimentos de controlo de produção; Os critérios de conformidade e a avaliação da conformidade. 3. Podem também ser considerados outros requisitos adicionais, constantes de outras normas chinesas (GB), europeias (EN), internacionais (ISO) ou americanas (ASTM) nomeadamente para: Betão utilizado em estradas, pavimentos e outras áreas de circulação ou estacionamento de veículos; Betão (argamassa) com máxima dimensão de agregado igual ou inferior a 4.75 mm; Betão para estruturas maciças; Betão aparente e arquitectural; Tecnológicos especiais (por exemplo, betão projectado). 4. A presente Norma aplica-se ao betão destinado a estruturas construídas in situ, Norma de Betões ................................................................ Página 5 Versão F estruturas pré-fabricadas e em elementos estruturais pré-fabricados para edifícios e outras a obras de engenharia civil. 5. O betão pode ser fabricado no local da obra, em centrais de betão-pronto, ou em fábrica de produtos de betão pré-fabricado. 6. A presente Norma aplica-se ao betão de massa volúmica normal, betão pesado e betão leve. 7. A presente Norma não se aplica a betão de tipo espumoso, a betão sem finos, a betão com massa volúmica inferior a 800 kg/m3 e a betão refractário. Artigo 2.º Referências normativas EN 196-1 Methods of testing cements - Part 1: Determination of strength (Métodos de ensaio de cimentos - Parte 1: Determinação da resistência) EN 196-2 Methods of testing cements - Part 2: Chemical analysis of cement (Métodos de ensaio de cimentos - Parte 2: Análise química do cimento) Methods of testing cements - Part 3: Determination of setting time and soundness (Métodos de ensaio de cimentos - Parte 3: Determinação do tempo de presa e expansibilidade) EN 196-3 EN 196-6 EN 196-7 EN 197-1 EN 206-1 Methods of testing cements - Part 6: Determination of fineness (Métodos de ensaio de cimentos - Parte 6: Determinação da finura) Methods of testing cements - Part 7: Methods of taking and preparing samples of cement (Métodos de ensaio de cimentos - Parte 7: Métodos de recolha e preparação de amostras de cimento) Cement - Part 1: Composition, specifications and conformity criteria: Common cements (Cimento - Parte 1: Composição, especificações e critérios de conformidade: Cimentos comuns) Concrete - Part 1: Specification, performance, production and conformity (Betão Parte 1: Especificações, desempenho, Norma de Betões ................................................................ Página 6 Versão F EN 450-1 EN 450-2 EN 451-1 EN 451-2 EN 480-1 EN 480-2 produção e conformidade) Fly ash for concrete - Part 1: Definitions, Specifications and conformity criteria (Cinzas volantes para betão - Parte 1: Definições, especificações e critérios de conformidade) Fly ash for concrete - Part 2: Conformity evaluation (Cinzas volantes para betão - Parte 2: Avaliação da conformidade) Methods of testing fly ash - Part 1: Determination of free calcium oxide content (Métodos de ensaio de cinza volante - Parte 1: Determinação do teor de óxido de cálcio livre) Methods of testing fly ash - Part 2: Determination of fineness by wet sieving (Métodos de ensaio de cinza volante - Parte 2: Determinação da finura por peneiração a húmido) Test methods of admixtures for concrete, mortar and grout - Part 1: Reference concrete and reference mortar for testing (Métodos de ensaio de adjuvantes para betão, argamassa e caldas de injecção - Parte 1: Betão e argamassa de referência para ensaio) Test methods of admixtures for concrete, mortar and grout - Part 2: Determination of setting time (Métodos de ensaio de adjuvantes para betão, argamassa e caldas de injecção - Parte 2: Determinação do tempo de presa) EN 480-4 Test methods of admixtures for concrete, mortar and grout - Part 4: Determination of bleeding of concrete (Métodos de ensaio de adjuvantes para betão, argamassa e caldas de injecção - Parte 4: Determinação da exsudação do betão) EN 480-5 Test methods of admixtures for concrete, mortar and grout - Part 5: Determination of capillary absorption (Métodos de ensaio de adjuvantes para betão, argamassa e caldas de injecção - Parte 5: Determinação da absorção capilar) Test methods of admixtures for concrete, mortar and grout - Part 8: Determination of the conventional dry material content (Métodos de ensaio de adjuvantes para betão, EN 480-8 Norma de Betões ................................................................ Página 7 Versão F EN 480-10 EN 480-12 EN 934-2 EN 934-6 EN 1744-1 EN 1992 EN 12504-1 EN 12504-2 EN 12504-3 argamassa e caldas de injecção - Parte 8: Determinação do teor em sólidos) Test methods of admixtures for concrete, mortar and grout - Part 10: Determination of water soluble chloride content (Métodos de ensaio de adjuvantes para betão, argamassa e caldas de injecção - Parte 10: Determinação do teor em cloretos solúveis em água) Test methods of admixtures for concrete, mortar and grout - Part 12: Determination of the alkali content of admixtures (Métodos de ensaio de adjuvantes para betão, argamassa e caldas de injecção Parte 12: Determinação do teor de álcalis dos adjuvantes) Admixtures for concrete, mortar and grout. Part 2: - Definitions, requirements, conformity, marking and labelling (Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de injecção. Parte 2: – Definições, requisitos, conformidade, marcação e etiquetagem) Admixtures for concrete, mortar and grout Part 6: Sampling, conformity control and evaluation of conformity (Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de injecção - Parte 6: Amostragem, controlo de conformidade e avaliação da conformidade) Tests for chemical properties of aggregates. Chemical analysis (Ensaios para determinação das características químicas de agregados. Análise química) Design of concrete structures (Projecto de estruturas de betão) Testing concrete in structures - Part 1: Cored specimens - Taking, examining and testing in compression. (Ensaio do betão nas estruturas Parte 1 – Carotes - Extracção, exame e ensaio à compressão) Testing concrete in structures - Part 2: Non-destructive testing - Determination of rebound number (Ensaio do betão nas estruturas Parte 2: Ensaio não destrutivo - Determinação do índice esclerométrico) Testing concrete in structures - Part 3: Determination of pull-out force (Ensaio do betão nas estruturas - Parte 3: Determinação da força de arranque). Norma de Betões ................................................................ Página 8 Versão F EN 12504-4 EN 12620 EN 12878 EN 13263-1 EN 13263-2 ENV 13670-1 EN 45011 EN 45014 ISO 758 Testing concrete - Part 4 : Determination of ultrasonic pulse velocity (Ensaio do betão - Parte 4: Determinação da velocidade de propagação dos ultra-sons) Aggregates for concrete (Agregados para betão) Pigments for colouring of building materials based on cement and /or lime - Specifications and methods of test (Pigmentos para a coloração de materiais de construção à base de cimento e/ou de cal Especificações e métodos de ensaio) Silica fumes for concrete - Part 1: Definitions, requirements and conformity criteria (Sílica de fumo para betão - Parte 1: Definições, requisitos e critérios de conformidade) Silica fume for concrete - Part 2: Conformity evaluation (Sílica de fumo para betão - Parte 2: Avaliação da conformidade) Execution of concrete structures - Part 1: Common (Execução de estruturas em betão - Parte 1: Generalidades) General requirements for bodies operating product certification systems (Requisitos gerais para organismos que operam com sistemas de certificação de produtos) General criteria for suppliers declaration of conformity (Critérios gerais para a declaração de conformidade pelos fornecedores) Liquid chemical products for industrial use – Determination of density at 20 0C (Produtos químicos líquidos para uso industrial – Determinação da densidade a 20 0 C) Norma de Betões ................................................................ Página 9 Versão F ISO 1158 ISO 1920-1 Plastics – Vinyl chloride homopolymers and copolymers – Determination of chloride content (Plásticos – Cloretos vinílicos homopolímeros e copopolímeros – Determinação do teor de cloretos) Testing of concrete - Part 1: Sampling of fresh concrete (Ensaios de betão - Parte 1: Amostragem do betão fresco) ISO 1920-2 Testing of concrete – Part 2 : Properties of fresh concrete (Ensaios de betão - Parte 2: Propriedades do betão fresco) ISO 1920-3 Testing of concrete - Part 3 : Making and curing test specimens (Ensaios de betão - Parte 3: Fabrico e cura de provetes) ISO 1920-4 Testing of concrete - Part 4 : Strength of hardened concrete (Ensaios de betão - Parte 4: Resistência do betão endurecido) Testing of concrete - Part 5 : Properties of hardened concrete other than strength (Ensaios de betão - Parte 5: Outras propriedades do betão endurecido distintas da resistência) ISO 1920-5 ISO 1920-6 ISO 4316 ISO 6782 ISO 6783 Testing of concrete - Part 6 : Sampling, preparing and testing of concrete cores (Ensaios de betão - Parte 6: Amostragem, preparação e ensaio de carotes de betão) Surface active agents – Determination of pH of aqueous solutions – Potentiometer method (Agentes superficialmente activos – Determinação do pH de soluções líquidas – Método potenciométrico) Aggregates for concrete – Determination of bulk density (Agregados para betão – Determinação da baridade) Coarse aggregates for concrete – Determination of particle density and water absorption – Hydrostatic balance method (Agregados grossos para betão – Determinação da densidade das partículas e da absorção de água – Método da balança hidrostática) Norma de Betões ............................................................... Página 10 Versão F ISO 7033 ISO 9297 Fine and coarse aggregates for concrete – Determination of the particle mass-per-volume and water absorption – Pycnometer method (Agregados finos e grossos para betão – Determinação da massa volúmica das partículas e da absorção de água – Método do picnómetro) Water quality – Determination of chloride -Silver nitrate titration with chromate indicator (Mohr's method) (Qualidade da água — Determinação do teor em cloretos: Nitrato de prata com indicador de crómio (Método de Mohr) Norma de Betões ............................................................... Página 11 Versão F ASTM C 40 ASTM C 70 ASTM C 117 ASTM C 123 ASTM C 127 ASTM C 128 Test method for organic impurities in fine aggregates for concrete (Método de ensaio de impurezas orgânicas em agregados finos para betão) Test method for surface moisture in fine aggregate (Método de ensaio da água superficial em agregados finos) Test method for materials finer than 75 µm (no.200) sieve in mineral aggregates by washing (Método de ensaio de material de dimensão inferior a 75 µm em agregados minerais por peneiração húmida) Test method for lightweight pieces in aggregate (Método de ensaio de partículas leves em agregados) Test method for density, relative density (specific gravity), and absorption of coarse aggregates. (Método de ensaio da densidade, densidade relativa (massa volúmica) e absorção de agregados grossos) Test method for density, relative density (specific gravity), and absorption of fine aggregates (Método de ensaio da densidade, densidade relativa (massa volúmica) e absorção de agregados finos) ASTM C 131 Test method for resistance to degradation of small-size coarse aggregate by abrasion and impact in the Los Angeles machine (Método de ensaio da resistência ao desgaste de agregados de pequena dimensão, por abrasão e impacto na máquina de Los Angeles) ASTM C 136 Test method for sieve analysis of fine and coarse aggregate (Método de análise da granulometria de agregados finos e grossos) ASTM C 142 Test method for clay lumps and friable particles in aggregates (Método de ensaio da argila e partículas friáveis em agregados) Test method for compressive strength of ASTM C 170 Norma de Betões ............................................................... Página 12 Versão F ASTM C 232 ASTM C 403 ASTM C 469 dimension stone (Método de ensaio da resistência à compressão de rochas naturais) Test methods for bleeding of concrete (Métodos de ensaio da exsudação do betão) Test method for time of setting of concrete mixtures by penetration resistance (Método de ensaio do tempo de presa do betão pela resistência à penetração) Test method for static modulus of elasticity and Poisson's ratio of concrete in compression (Método de ensaio do módulo estático de elasticidade e do coeficiente de Poisson do betão submetido à compressão) ASTM C 495 Test method for compressive strength of lightweight insulating concrete (Método de ensaio da resistência à compressão do betão leve para isolamento térmico) ASTM C 535 Test method for resistance to degradation of large-size coarse aggregate by abrasion and impact in the Los Angeles machine (Método de ensaio da resistência ao desgaste de agregados grossos, por abrasão e impacto na máquina de Los Angeles) ASTM C 566 ASTM C 702 ASTM C 878 ASTM C 940 ASTM C 1202 Test method for total moisture content of aggregate by drying (Método de ensaio do teor de humidade total dos agregados por secagem) Test method for practice for reducing samples of aggregate to testing size (Método de ensaio do procedimento de redução de amostras à dimensão de ensaio granulométrico) Test method for restrained expansion of shrinkage-compensating concrete (Método de ensaio de expansão limitada de betão de retracção compensada) Standard test method for expansion and bleeding of freshly mixed grouts for preplaced-aggregate concrete in the laboratory (Método de ensaio padrão em laboratório da expansão e exsudação de caldas frescas para betão de agregados pré-colocados) Test method for electrical indication of concrete's ability to Norma de Betões ............................................................... Página 13 Versão F ASTM C 1260 ASTM D 422 ASTM D 511 ASTM D 513 resist chloride ion penetration (Método de ensaio para indicação eléctrica da capacidade do betão de resistir à penetração de iões de cloreto) Test method for potential alkali reactivity of aggregates (Mortar-bar method) (Método de ensaio da reactividade potencial dos agregados aos álcalis – Método da barra de argamassa) Test method for particle-size analysis of soils (Método de análise da granulometria dos solos) Test method for calcium and magnesium in water (Método de determinação do cálcio e magnésio na água) Test method for total and dissolved carbon dioxide in Water (Método de determinação do dióxido de carbono total e dissolvido na água ) ASTM D 516 Test method for sulphate in water (Método de determinação dos iões de sulfatos na água) ASTM D 1252 Test method for chemical oxygen demand (Dichromate oxygen demand) of water (Método de determinação da necessidade química de oxigénio da água) Test method for pH of water (Método de determinação do pH da água) ASTM D 1293 ASTM D 1426 RILEM CPC7 Test method for ammonia nitrogen in water (Método de determinação do nitrogénio amoniacal na água) Direct tension of concrete specimens (recommendation of 1975) (Tracção directa de amostras de betão – recomendação de 1975) BS 812: Part 103 Testing aggregates – Part 103. Methods for determination of particle size distribution (Ensaios para agregados – Parte 103. Métodos de determinação da distribuição granulométrica) BS 812 : Section 105.1 Testing aggregates – Section 105.1. Methods for determination of particle shape. Flakiness index (Ensaios para agregados – Secção 105.1. Métodos de determinação da forma das partículas. Índice de achatamento) BS 812 : Section 105.2 Testing aggregates – Section 105.2. Methods for determination of particle shape Elongation index of coarse aggregate (Ensaios para agregados – Secção 105.2. Métodos de determinação da forma das partículas. Índice de alongamento de agregados grosseiros) Norma de Betões ............................................................... Página 14 Versão F BS 812 : Part 109 BS 812: Part 110 Testing aggregates – Part 109. Methods for determination of moisture content (Ensaios para agregados – Parte 109. Métodos de determinação do teor de humidade) Testing aggregates – Part 110. Methods for determination of aggregate crushing value (ACV) (Ensaios para agregados – Parte 110. Métodos de determinação da resistência ao esmagamento – ACV) BS 1377: Part 3 Methods of test for soils for civil engineering purposes – Part 3. Chemical and electro-chemical tests (Métodos de ensaio de solos para fins de engenharia civil – Parte 3. Ensaios químicos e eletro-químicos) BS 1881: Part 5 Testing concrete – Part 5. Testing methods of hardened concrete others than concrete strength (Ensaios de betão – Parte 5. Métodos de ensaio de betão endurecido, distintos da resistência) Testing concrete – Part 120. Methods for determination of the compressive strength of concrete cores (Ensaios de betão – Parte 120. Métodos de determinação da resistência à compressão de carotes de betão) BS 1881: Part 120 BS 1881: Part 122 Testing concrete – Part 122. Methods for determination of water absorption (Ensaios de betão – Parte 122. Métodos de determinação da absorção da água) BS 1881: Part 124 Testing concrete – Part 124. Methods for analysis of hardened concrete (Ensaios de betão – Parte 124. Métodos de análise do betão endurecido) BS 1881: Part 128 Testing concrete – Part 128. Methods for analysis of fresh concrete (Ensaios de betão – Parte 128. Métodos de análise do betão fresco) BS 5075-1 Concrete admixtures – Part 1. Specification for accelerating admixtures, retarding admixtures and water reducing admixtures (Adjuvantes para betão – Parte 1. Especificações para aditivos de aceleração, aditivos de retardamento e aditivos de redução de água) BS 5075-2 Concrete admixtures – Part 2. Specification for air-entraining admixtures (Adjuvantes para betão – Parte 2. Especificações de aditivos de ar ocluído) BS 5075-3 Concrete admixtures – Part 3. Specification for Norma de Betões ............................................................... Página 15 Versão F superplasticizing admixtures (Adjuvantes para betão – Parte 3. Especificações para aditivos superplastificantes) BS 6588 APHA NP 1416 Specification for Portland pulverized-fuel ash cement (Especificações para Cimentos tipo II com cinzas volantes) Standard methods for the examination of water and wastewater (Métodos padrão para análise da água e das águas residuais) Águas – Determinação da agressividade para o carbonato de cálcio de águas de amassadura e de águas em contacto com betões Norma de Cimentos de Macau Cimentos – Composição, especificação, controlo de recepção e critérios de conformidade LECM 104 Solos – Determinação da quantidade de sulfatos dos solos e da quantidade de sulfatos da água dos solos GB/T 8074 Test method for specific surface of cement – Blaine method (Método de ensaio da superfície específica do cimento – Método de Blaine) GB/T 8077 Method for testing uniformity of concrete admixture (Método de ensaio da uniformidade da mistura de betão) GB/T 12988 Test method for abrasion resistance of inorganic paving materials (Método de ensaio da resistência à abrasão de materiais inorgânicos para pavimentos) GB/T 16925 Test method for abrasion resistance of concrete and its products (Ball bearing method) (Método de ensaio da resistência à abrasão do betão e seus produtos - Método “Ball bearing”) GB/T 18046 Ground granulated blast furnace slag used for cement and concrete (Escória de alto forno granulada e triturada utilizada em cimentos e betões) Code for acceptance of constructional quality of concrete structures (Código para aceitação da qualidade da construção de estruturas de betão) GB 50204 Norma de Betões ............................................................... Página 16 Versão F GB/T 50082 Standard for test methods of long-term performance and durability of ordinary concrete (Norma padrão para métodos de ensaio de desempenho a longo prazo e de durabilidade de betão comum) GB/T 50476 Code for durability design of concrete structures (Código de projecto de durabilidade de estruturas de betão) DB44/T 566 Technical directives for anti-seawater concrete (Directivas técnicas para betão sujeito à acção da água do mar) DL/T 5151 Test code for aggregates of hydraulic concrete (Código de ensaio para agregados para betão hidráulico) JGJ/T 192 Technical specification for application of corrosion inhibitor for steel bar (Especificação técnica para a aplicação de inibidores de corrosão para varões de aço) JGJ/T 193 Standard for inspection and assessment of concrete durability (Código para a inspecção e avaliação de durabilidade do betão) JTG/T B07-01 Specification for deterioration prevention of highway concrete structures (Especificação para a prevenção da detereoração das estruturas de betão de estradas) CCES01-2004 (2005 edição) Guide to durability design and construction of concrete structures (Guia de projecto de durabilidade e construção de estruturas de betão) Artigo 3.º Definições Para efeitos da presente Norma, consideram-se aplicáveis as seguintes definições: Aditivo Material inorgânico, de granulometria fina, adicionado ao betão em quantidades significativas durante seu processo de mistura, possibilitando a redução da dosagem de cimento, com a finalidade de melhorar certas propriedades do betão ou adquirir Norma de Betões ............................................................... Página 17 Versão F outras propriedades especiais, actuando nomeadamente na trabalhabilidade do betão fresco, na resistência à fissuração de origem térmica, na expansibilidade por acção de reacções álcalis e na resistência ao ataque por sulfatos. Existem dois tipos de aditivos: os quase quimicamente inertes (tipo I) e os do tipo pozolânico ou do tipo hidráulico latente (tipo II); Adjuvante Material quimicamente activo adicionado ao betão durante o processo de mistura, em quantidade muito reduzida, em percentagem não superior a 5% da massa do cimento incorporado ao betão, com a finalidade de modificar certas propriedades do betão fresco ou endurecido. Os adjuvantes considerados na presente Norma são os seguintes: – Redutor de água ou plastificante Adjuvante que, sem afectar a consistência, permite a redução do teor de água contida numa dada mistura de betão, ou que, sem afectar o teor de água, aumenta a trabalhabilidade, ou que produz estes dois efeitos simultaneamente; – Redutor de água de alta gama ou superplastificante Adjuvante que, sem afectar a consistência, permite uma redução elevada do teor de água de uma dada mistura de betão, ou que, sem afectar o teor de água, aumenta a sua simultaneamente; – trabalhabilidade, ou que produz estes dois efeitos Retentor de água Adjuvante que reduz a perda de água por diminuição da exsudação; – Acelerador de presa Adjuvante que permite diminuir o tempo de transição do estado plástico para o estado sólido (endurecido) do betão; – – Retardador de presa Adjuvante que prolonga o tempo de transição do estado plástico para o estado sólido (endurecido) do betão; Acelerador de endurecimento Adjuvante que acelera o desenvolvimento da resistência inicial do betão, afectando ou não o tempo de presa; Norma de Betões ............................................................... Página 18 Versão F – Hidrófugo Adjuvante que reduz a absorção capilar no betão endurecido; – Inibidor de corrosão Adjuvante que pode reduzir ou prevenir, quando o betão tem elevado teor de cloreto, a corrosão das armaduras induzida por iões de cloreto; – Multifuncional Adjuvante que afecta simultaneamente várias propriedades do betão fresco e/ou do betão endurecido, cumprindo mais do que uma das funções principais anteriormente referidas; Agregado fino Material mineral granulado próprio para ser utilizado em betão, com grãos de tamanho menor que 4.75 mm; Agregado grosso Material mineral granulado próprio para ser utilizado em betão, com grãos de tamanho maior que 4.75 mm; Amassadura de betão Quantidade de betão fresco produzido num ciclo de operações de betoneira ou a quantidade de betão descarregado durante um minuto por uma central de betonagem em produção contínua; Argamassa Material constituído por adequadas proporções de agregado fino, cimento e água podendo conter aditivos e adjuvantes e que, quando endurecido, adquire propriedades de coesão e resistência; Ar introduzido Bolhas de ar microscópicas e uniformemente distribuídas, esféricas ou quase esféricas com 10 µm a 300 µm de diâmetro, intencionalmente introduzidas no betão durante o processo de mistura, normalmente através do uso de um agente tensioactivo, que assim permanecem após o endurecimento; Ar ocluído Vazios de ar, com dimensão não inferior a 1 mm, que não foram inensionalmente introduzidos no betão; Betão Norma de Betões ............................................................... Página 19 Versão F Material composto pela mistura de cimento, agregados grossos e finos e água, com a inclusão ou não de adjuvantes e aditivos, que desenvolveu as suas propriedades por hidratação do cimento, produzindo um material coeso e resistente; Betão de densidade normal Betão com massa volúmica após secagem superior a 2000 kg/m3, mas não excedendo 2600 kg/m3; Betão endurecido Betão que atingiu o estado sólido, por endurecimento, e que adquiriu propriedades de coesão e resistência; Betão fabricado no local da obra Betão produzido pelo empreiteiro (ou utilizador) em estaleiro no local da obra ou na sua proximidade; Betão fresco Betão ainda no estado plástico, mas completamente misturado, ainda em condições de poder ser vibrado e compactado por métodos normais; Betão leve Betão com massa volúmica após secagem igual ou superior a 800 kg/m3, mas não excedendo 2000 kg/m3. Este betão é normalmente produzido utilizando parcial ou totalmente agregado leve; Betão pesado Betão com massa volúmica após secagem superior a 2600 kg/m3; Betão pronto Betão produzido em instalações fabris próprias e distintas do local da obra, destinado a ser fornecido, ainda fresco, pelo produtor ao empreiteiro (ou utilizador); Camião betoneira Betoneira montada num veículo motorizado apto a transportar, misturar e entregar betão fresco, em condições de homogeneidade adequadas; Carregamento de betão Quantidade de betão pronto transportado num veículo contendo uma ou mais amassaduras; Cimento Material inorgânico finamente moído que, quando misturado com água, forma uma Norma de Betões ............................................................... Página 20 Versão F pasta que faz presa e endurece através de reacções e processos de hidratação e que, depois de endurecer, adquire e conserva a sua resistência e estabilidade, mesmo dentro de água; Cinzas volantes(Pulverized fly ash - PFA) São obtidas por precipitação electrostática ou mecânica de partículas semelhantes a poeiras, resultantes de gases de combustão provenientes de caldeiras alimentadas a carvão pulverizado. Podem ser de natureza siliciosa ou calcária. Têm propriedades pozolânicas, em adição estas ultimas tem propriedades hidráulicas. Controlo de conformidade Combinação de acções e decisões tomadas de acordo com as regras de conformidade previamente adoptadas para verificar a conformidade do betão com a sua especificação; Controlo de produção Conjunto de procedimentos, instruções de trabalho e planos de inspecção e ensaio que permitem manter a qualidade do betão produzido, em conformidade com os requisitos especificados. Também se incluem neste controlo as inspecções antes da colocação do betão e as inspecções relativas ao transporte, colocação, compactação e cura do betão. O controlo de produção faz parte integrante do controlo de qualidade; Controlo de qualidade Conjunto de acções e decisões a ser tomadas de acordo com as especificações e verificações estabelecidas, a fim de assegurar a total conformidade do betão com os requisitos especificados. O controlo de qualidade compreende duas partes distintas mas interligadas: o controlo de produção e o controlo de conformidade; Dosagem efectiva de água Diferença entre a quantidade total de água presente no betão fresco e a quantidade de água absorvida pelos agregados; Dosagem total de água Soma da quantidade de água adicionada à mistura com a água presente no interior (por absorção) e na superfície dos agregados, nos adjuvantes e aditivos e com a resultante quer de gelo adicionado, quer de vapor utilizado em processos de cura acelerada; Ensaio inicial Norma de Betões ............................................................... Página 21 Versão F Ensaio ou ensaios realizados durante a verificação da mistura de ensaio inicial; Ensaio prévio Ensaio ou ensaios, realizados antes do inicio da produção, para determinar a composição de um novo betão de modo a satisfazer todos os requisitos especificados, nos estados fresco e endurecido, tendo em atenção os materiais a utilizar, as condições particulares de colocação em obra e as condições de exposição ambiental; Entrega Processo de fornecimento de betão fresco pelo produtor, normalmente por descarga de um camião betoneira; Família de betões Grupo de composições de betão, produzido nas mesmas instalações fabris, com um cimento do mesmo tipo, classe de resistência e origem, e com agregados da mesma origem geológica e do mesmo tipo (por exemplo, britado ou não), com um mesmo tipo de adjuvantes ou aditivos (caso existam) e água da mesma origem. Para cada família de composições de betão, deve ser estabelecida e documentada uma relação fiável entre as respectivas propriedades (resistência à compressão, razão água/material cimentício e/ou teor de material cimentício); Local da obra Área onde se executam os trabalhos de construção; Lote de betão Parte do volume total de betão a ser aplicado numa determinada estrutura ou elemento estrutural, no qual se procede a uma verificação da conformidade de desempenho em todos os aspectos, no local da obra. Esse volume parcial (ou lote) deve ser ter sido produzido em condições uniformes e deverá pertencer a uma mesma família de betão. A aceitação do lote pode variar de acordo com os diferentes desempenhos do betões; Materiail cimentício Material constituinte do betão, referindo-se geralmente a cimentos e aditivos do tipo II. Quando o cimento é parcialmente substituído pela mesma massa de aditivos, o teor dos materiais cimentícios é a soma, em massa, do cimento com os aditivos; Produtor Pessoa ou entidade que produz de betão fresco; Norma de Betões ............................................................... Página 22 Versão F Projecto da mistura inicial Determinação inicial da composição de um betão, através de métodos teóricos tendo em conta os resultados de ensaios prévios efectuados aos materiais constituintes pré-seleccionados e ao betão propriamente dito, tendo em vista atingir os requisitos especificados para esse betão. Razão Água/Cimento (A/C) Relação em massa, entre a dosagem efectiva de água e a dosagem de cimento no betão fresco; Razão Água/Material Cimentício (A/MC) Relação em massa, entre a dosagem efectiva de água e a dosagem de materiais cimentícios no betão fresco; Tempo de vida útil da estrutura Período de tempo durante o qual o desempenho do betão na estrutura se mantém a um nível compatível com a satisfação dos requisitos de desempenho da estrutura, desde que haja adquada manutenção; Utilizador (ou empreiteiro) Pessoa ou entidade que utiliza betão fresco na execução de uma obra de construção ou parte dela, para o seu próprio uso (ou mediante contrato); Verificação da mistura de ensaio inicial Verificação e análise dos resultados dos ensaios iniciais realizados em amostras colhidas em três amassaduras com a composição pré-definida no projecto da mistura inicial (mistura de projecto), produzidas em dias diferentes pela mesma central de betonagem, para demonstrar que as propriedades especificadas para o betão fresco e para o betão endurecido se verificam com uma margem adequada. São igualmente verificados a adequabilidade dos processos de fabrico e dos equipamentos utilizados. Norma de Betões ............................................................... Página 23 Versão F CAPÍTULO II Materiais constituintes Artigo 4.º Cimentos Os tipos de cimento que podem ser utilizados na produção do betão são os constantes da Norma de Cimentos de Macau, aprovada pelo Decreto-Lei n.º 63/96/M, de 14 de Outubro. Para assegurar a sua qualidade, os cimentos devem estar certificados de acordo com a Norma de Cimentos de Macau. A utilização de cimentos não certificados depende de autorização prévia da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes, adiante designada por DSSOPT, devendo o pedido ser submetido com toda a informação necessária, de acordo com as exigências prescritas na Norma de Cimentos de Macau. O controlo de recepção deve ser efectuado durante a utilização do cimento. Artigo 5.º Agregados As características dos agregados grossos, as normas aplicáveis relativas a métodos de ensaio e as exigências a satisfazer encontram-se indicadas no Quadro 1. Os agregados grossos devem ser bem graduados, devendo-se adoptar diferentes tamanhos de partículas. É aconselhável utilizar areia dura e limpa de rios como agregados finos. Pode ser utilizada pedra britada fina, dura e limpa. É proibida a utilização de areia do mar e agregados finos pré-misturados. Os agregados finos devem ser bem graduados. Norma de Betões ............................................................... Página 24 Versão F Quadro 1. Características, normas de ensaio e exigências dos agregados Características Resistência mecânica dos agregados grossos (1) Absorção de água (1) Quantidades de matérias prejudiciais Normas de ensaio Exigências ≥ 80 MPa Resistência à compressão ou ASTM C170 Resistência ao esmagamento ou BS 812: Parte 110 ≤ 30% 10% valor de finos BS 812-111 ≥ 100 kN Agregados grossos (godo ou brita) ISO 6783 ou ASTM C 127 absorção ≤ 5,0% Agregados finos (areia natural ASTM C 128 ou britada) absorção ≤ 5,0% Matéria orgânica nos agregados finos ASTM C 40 não prejudicial Partículas muito finas e matéria solúvel ASTM C 117 areia natural ≤ 3,0% pedra britada fina ≤ 15,0% godo ≤ 2,0% brita ≤ 3,0% Partículas de argila e partículas friáveis (2) ASTM C 142 agregado fino ≤ 1,0% agregado grosso ≤ 0,25% Teor de Sulfatos BS 812-118 ≤1% Sais de cloreto solúveis em água (3) EN 1744-1 ≤ 0,01 % Agregados grossos contendo partículas achatadas BS 812-105.1 ≤ 30 % Agregados grossos contendo partículas alongadas BS 812-105.2 ≤ 35 % Ensaio de Los Angeles (4) ASTM C131 ≤ 35 % (5) Método da barra de argamassa ASTM C 1260 Reactividade potencial com álcalis(6) ε − Extensão em % aos 16 dias: ε < 0,10% – potencialmente inócuo 0,10% ≤ ε ≤ 0,20% – não conclusivo ε > 0,20% – potencialmente nocivo (8) ε − Extensão % no 1o ano (2) Método do prisma de betão GB/T 50082 (6) (7) . ε < 0,04% − potencialmente inócuo ε ≥ 0,04% − potencialmente nefasto (8) ASTM C 127 ASTM C 128 (9) Densidade relativa Análise granulométrica ASTM C 136 (9) Teor de água total ASTM C 566 (9) (9) Teor de água superficial nos agregados finos ASTM C 70 Notas: (1) Os valores exigidos não se aplicam a agregados leves. Para betão de alta resistência, devem ser adoptados limites mais rigorosos. (2) Realizar ensaio em caso de dúvidas. (3) Aplicar a agregados finos. (4) O ensaio de Los Angeles não é significativo para agregados calcários. (5) Para requisitos relativos a superfícies de estradas, efectuar de acordo com o n.º 2 do artigo 24o. (6) Esta característica apenas é exigida em betão estrutural.Enquanto o método da barra de argamassa é utilizado nas reacções álcalis-sílica, o método de prisma de betão é utilizado tanto nas reacções álcalis-sílica como nas reacções álcalis-carbonato. Para determinar a eficiência inibitória na reacção álcalis-agregado, tal como na utilização de aditivos, o ensaio do prisma de betão deve ser estendido por dois anos ou mais. (7) Este agregado pode ser utilizado, mas apenas se forem tomadas algumas das acções preventivas estabelecidas no artigo18.º (por exemplo, cimento com dosagem em álcalis não superior a 0,60%, expressa em Na2Oequ). Este agregado não pode ser utilizado quando o betão está em contacto com a água do mar ou com águas ou solos que contenham concentrações de sais alcalinos iguais ou superiores aos da água do mar. (8) Este agregado não pode ser utilizado. (9) Estas características são necessárias para o estudo da composição. (10) Não devem ser utilizados agregados de fonte marítima. (11) Nestas circunstâncias, não devem ser utilizados agregados. Norma de Betões ............................................................... Página 25 Versão F Artigo 6.º Água de amassadura A água da rede de abastecimento público pode ser utilizada sem necessidade de análise prévia. A água poluída e a água do mar não podem ser utilizadas como água de amassadura independentemente do tipo de betão. A água de outras origens pode ser utilizada na amassadura desde que: Sejam observadas as exigências indicadas no Quadro 2; A diferença do tempo de presa inicial no ensaio de contraste com água destilada ou com água desionizada não seja superior a 30 minutos; e o tempo de presa inicial esteja de acordo com os requisitos estabelecidos na Norma de Cimentos de Macau. Em caso de dúvida, devem efectuar-se ensaios comparativos de resistência à compressão, aos sete dias, sobre argamassas utilizando a água a ensaiar e água destilada ou desionizada. Estes ensaios devem ser efectuados de acordo com a norma EN 196-1. O valor médio da tensão de ruptura à compressão dos provetes preparados com a água a ensaiar deve ser, pelo menos, igual a 90% do valor médio da tensão de ruptura obtida com os provetes preparados com a água destilada ou desionizada. Pode ser utilizada a água de amassadura que, em relação ao teor de cloretos, tenha ultrapassado o valor limite estabelecido no Quadro 2, mas ainda assim esteja de acordo com o valor limite estabelecido no artigo 20.º (Quadro 8). Devem, no entanto, ser aplicados simultaneamente inibidores de corrosão como medida técnica com o objectivo de evitar a corrosão dos varões. Norma de Betões ............................................................... Página 26 Versão F Quadro 2. Características , normas de ensaio e exigências da água para amassadura de betões Características pH Normas de ensaio APHA 4500 – H+B Resíduo dissolvido APHA2540C (g/dm3) Resíduo em suspensão (g/dm3) APHA 2540D Necessidade química de ASTM D 1252 oxigénio -(mg/dm3) Cloretos (mg/dm3) APHA 4500–Cl – B APHA 4500 Sulfatos (mg/dm3) –SO 4 2 – C Álcalis total EN 196-2 (mg/dm3) Betão simples Exigências Betão Betão armado pré-esforçado ≥4 ≥4 ≥5 ≤ 35 ≤ 10 ≤ 10 ≤5 ≤2 ≤2 ≤ 500 ≤ 500 ≤ 500 ≤ 4500 ≤ 600 ≤ 500 ≤ 2000 ≤ 2000 ≤ 600 ≤ 1000 ≤ 1000 ≤ 1000 Artigo 7.º Adjuvantes Podem ser utilizados os seguintes tipos de adjuvantes classificados em função da sua acção principal: plastificantes, superplastificantes, retentores de água, aceleradores de presa, retardadores de presa, aceleradores de endurecimento, hidrófugos e multifuncionais. Os adjuvantes devem ser homogéneos e a sua cor deve ser uniforme. No caso de apresentarem segregação, o fabricante deve indicar o processo de homogeneização da mistura. Os adjuvantes devem satisfazer as exigências gerais indicadas no Quadro 3. É proibida a mistura de adjuvantes com sal de cloreto ou com sal de sulfato. Cada tipo de adjuvante deve ainda satisfazer as exigências específicas indicadas no Quadro 4. Quando utilizados conjuntamente adjuvantes de origem e tipo diferentes, deve ser mencionada a compatibilidade e a influência destes nas propriedades do betão (por exemplo, resistência à penetração da água, expansibilidade ou tempo de presa). Devem ser realizados ensaios e verificada a conformidade antes da sua utilização. Norma de Betões ............................................................... Página 27 Versão F Quadro 3. Características gerais, normas de ensaio e exigências a satisfazer para todos os tipos de adjuvantes Características (1) Normas de ensaio pH ISO 4316 Massa volúmica (só para líquidos) ISO 758 Teor de sólidos EN 480-8(2) Teor de cloretos solúveis em água (Cl–) GB/T 8077 Cloro total (4) Teor de álcalis em Na2Oequ (5) (equivalente a óxido de sódio) Teor de ar no betão fresco ISO 1158 EN 196-2 ISO 1920-2 Exigências ± 1 do que o valor indicado, ou dentro da gama de pH indicada pelo fabricante - D ± 0,03 para D ≥ 1,10 kg/dm3 - D ± 0,02 para D < 1,10 kg/dm3 , sendo D o valor indicado pelo fabricante - T ± 5% para T ≥ 20% - T ± 10% para T < 20% , sendo T a percentagem, em massa, indicada pelo fabricante ≤ 0,10%, em massa (3) , ou inferior ao valor indicado pelo fabricante ≤ 0,10%, em massa, ou inferior ao valor indicado pelo fabricante inferior ao valor indicado pelo fabricante < A + 2%, sendo A o teor de ar no betão de referência (6) , salvo indicação diferente do fabricante. Notas: (1) Os valores definidos pelo fabricante devem ser apresentados por escrito ao utilizador. (2) Se o método definido na norma EN 480-8 não for adequado, o fabricante deve recomendar um método de ensaio alternativo. (3) Quando o teor de cloreto for < 0,10% em massa, a composição pode ser considerada “sem cloretos”. (4) Se não existir diferença significativa entre o cloro total e o teor de cloreto solúvel na água, apenas este deve ser determinado nos ensaios subsequentes do adjuvante em causa. (5) Na2Oequ = Na2O + 0,658 K2O (6) Betões de referência conforme definidos na norma EN 480-1. Norma de Betões ............................................................... Página 28 Versão F Quadro 4. Características específicas, normas de ensaio e exigências a satisfazer para cada tipo de adjuvante Tipos de adjuvante Plastificante Características Consistência constante Consistência constante Normas de ensaio Redução de água Resistência à compressão ISO 1920-2 ≥ 5% e ≤ 12% ISO 1920-4 Aos 28 dias: ≥ 110% Redução de água ISO 1920-2 ≥ 12% Resistência à compressão ISO 1920-4 Ao fim de 1 dia: ≥ 140% Aos 28 dias: ≥ 115% ISO 1920-2 Aumento do espalhamento: ≥ 160 mm, para um espalhamento inicial de 350 ± 20 mm Aumento do abaixamento: ≥ 120mm, para um abaixamento inicial de 30 ± 10 mm ISO 1920-2 Após a adição do adjuvante, e pelo menos durante 30 minutos, o valor da consistência da “composição de ensaio” não deve ser inferior ao valor da consistência inicial da “composição de controlo” ISO 1920-4 Aos 28 dias: ≥ 90% EN 480-4 ≤ 50% ISO 1920-4 Aos 28 dias: ≥ 80% Consistência SuperPlastificante Razão Água /Material Cimentício constante Retentor de água Acelerador de presa Consistência constante Consistência constante Retardador de presa Consistência constante Acelerador de endurecimento Consistência constante Consistência constante ou Razão Água /Material Cimentício constante Hidrófugos Inibidor corrosivo Razão Água /Material Cimentício constante Exigências (1) Manutenção da consistência Resistência à compressão Exsudação Resistência à compressão Tempo de presa EN 480-2 Resistência à compressão ISO 1920-4 Início e fim de presa Resistência à compressão Resistência à compressão EN 480-2 ISO 1920-4 ISO 1920-4 Para “composições de ensaio” com início de presa, a 20o C, não inferior a 30 minutos: - a 5o C : ≤ 60% Aos 28 dias: ≥ 80% Aos 90 dias “composição de ensaio” ≥ “composição de controlo” aos 28 dias Início: ≥ 90 minutos Fim: ≤ 360 minutos Aos 7 dias: ≥ 80% Aos 28 dias: ≥ 90% A 20oC e ao fim de 24 horas: ≥ 120% A 20oC e aos 28 dias: ≥ 90% Aos 7 dias após 7 dias de cura: ≤ 50% m/m. Aos 28 dias após 90 dias de cura: ≤ 60% m/m Absorção capilar EN 480-5 Resistência à compressão ISO 1920-4 Aos 28 dias: ≥ 85% JGJ/T 192 Reduzir 95% ou mais JGJ/T 192 Aos 28 dias: ≥ 90% % de área corrosiva dos varões sob ambiente seco-molhado de água salgada Resistência à compressão Nota: (1) Relação dos resultados obtidos na “composição de ensaio” (com adjuvante) com os resultados obtidos na “composição de controlo” (sem adjuvante). Excepto nos betões de referência ou nas argamassas para inibidores de corrosão definidos na norma JGJ/T 192, os outros betões de referência ou argamassas para adjuvantes são definidos na norma EN 480-1. Norma de Betões ............................................................... Página 29 Versão F Artigo 8.º Aditivos 1. Cinzas volantes A utilização deste aditivo do tipo II(ver artigo 3.º) no betão deve estar em conformidade com a norma EN 450. O Quadro 5 indica as características físicas e químicas, as normas de ensaios e as exigências que as cinzas volantes devem satisfazer. Para além desses requisitos, deve estar permanentemente disponível informação detalhada sobre a composição química das cinzas volantes, nomeadamente do teor de sílica, de alumínio, de óxido ferroso, de óxido de cálcio e de álcalis expressos em óxido de sódio equivalente, verificados de acordo com a norma EN 196-2. Norma de Betões ............................................................... Página 30 Versão F Quadro 5. Características, normas de ensaio e exigências para as cinzas volantes para betões Características Dióxido de sílica reactiva SiO2+Al2O3+Fe2O3 Perda ao rubro Cloretos Anidrido sulfúrico, SO3 Óxido de cálcio livre Óxido de cálcio reactivo Fosfato solúvel P2O5 Óxido de magnésio Teor total de álcalis Tempo de presa inicial Finura Expansibilidade Massa volúmica EN 197-1 EN 196-2 EN 196-2 EN 196-2 EN 196-2 EN 451-1 EN 197-1 EN 450-1 EN 196-2 EN 196-2 EN 196-3 EN 451-2 Índice de actividade (5) (6) Exigências Normas de ensaio EN 196-3 EN 196-6 I II ≥ 25% ≥ 70% ≤ 5,0% ≤ 8,0% (1) ≤ 0,10% ≤ 3,0% ≤ 1,0% (2) ≤ 10,0% ≤ 100mg/kg ≤ 4,0% ( ) ≤ 5,0% 3 ≤ 2 vezes o tempo de presa inicial de 100% do cimento de referência (4) ≤ 20% ≤ 40% aos 28 dias ≥ 75% aos 90 dias ≥ 85% ≤ 10 mm ± 200 kg/m3 relativamente ao indicado pelo fornecedor Notas: (1) Podem ser aceites cinzas volantes com teores de perda ao rubro até 10% se for demonstrado que o teor de carbono nas cinzas é inferior ou igual a 8,0%. (2) Podem ser aceites cinzas com teores de óxido de cálcio livre até 2.5%, desde que satisfaçam o ensaio de expansibilidade. (3) Para que se possa considerar a sua aplicação deve ser determinado o teor total de álcalis do material cimentício através da proporção entre os teores de álcalis das cinzas volantes e do cimento. (4) Determinada com base numa pasta preparada com 50% de cinzas e 50% de cimento de referência, no caso de o teor de óxido de cálcio livre não ser inferior a 1,0% em massa. (5) Razão, em percentagem, entre a resistência à compressão de provetes de argamassa preparada com 75% de cimento de referência (Tipo I - 42,5) e 25% de cinzas volantes, e a resistência à compressão de provetes de argamassa preparada apenas com cimento de referência, quando ensaiados com a mesma idade. (6) Comparar a mistura de 25% de cinzas volantes e 75% de cimento de referência com 100% de cimento de referência. 2. Escória de alto forno granulada A utilização deste aditivo do tipo II (ver artigo 3.º) no betão deve estar em conformidade com a norma GB/T 18046. As características físicas e químicas, as normas de ensaios e os requisitos da escória de alto forno granulada, constam do Quadro 6. Além disso, informações detalhadas da escória granulada de alto forno devem ser continuamente fornecidas, incluindo os conteúdos de sílica, alumínio, óxido de cálcio e óxido de magnésio, devendo ser testada de acordo com a norma EN-196-2. Norma de Betões ............................................................... Página 31 Versão F Quadro 6. Características, normas de ensaio e requisitos da escória de alto forno granulada Características Área de superfície específica 7d Índice de actividade 28d Sulfato, SO3 Cloreto Perda em ignição Normas para ensaios GB/T 8074 S105 ≥500m2/kg GB/T 18046 GB/T 18046 EN 196-2 EN 196-2 EN 196-2 95% 105% ≤ 4,0% ≤ 0,06% ≤ 3,0% Requisitos S95 ≥400m2/kg S75 ≥300m2/kg 75% 95% 55% 75% 3. Sílica de Fumo A utilização deste aditivo do tipo II (ver artigo 3.º) no betão deve estar em conformidade com a norma EN 13263. As características físicas e químicas, normas de referência para ensaios e requisitos para a sílica de fumo constam do Quadro 7. Quadro 7. Características, normas de ensaio e exigências para a sílica de fumo para betão Características Dióxido de silício Silício elementar Óxido livre de cálcio Sulfato SO3 Teor total de álcalis Cloreto Perda em ignição Área superficial específica Conteúdo de massa seca em calda Índice de actividade aos 28 dias Normas para ensaios EN 196-2 ISO 9286 EN 451-1 EN 196-2 EN 196-2 EN 196-2 EN 196-2 ISO 9277 EN 13263-1 EN 13263-1 Requisitos ≥ 85% ≤ 0,4% ≤ 1,0% ≤ 2,0% --≤ 0,3% ≤ 4,0% ≥15,0 m2/g, ≤ 35,0 m2/g ± 2% 100 % 4. Outros aditivos A utilização excepcional de outros aditivos no betão, tais como aditivos do tipo I fillers minerais (EN 12620) e pigmentos (EN 12878), ou aditivos do tipo II pozolanas (EN 15167), requer uma aprovação prévia especial e o rigoroso cumprimento das normas aplicáveis (EN 206-1), nomeadamente quanto às previsões específicas relativas ao valor mínimo do teor de material cimentício e à razão água/material cimentício máxima. Norma de Betões ............................................................... Página 32 Versão F CAPÍTULO III Requisitos e especificações SECÇÃO I Requisitos básicos e de durabilidade para composição do betão Artigo 9.º Generalidades A composição do betão, isto é, a dosagem de cimento, agregados, água e ainda aditivos e adjuvantes deve ser seleccionada de maneira a satisfazer os critérios de comportamento para o betão fresco e para o betão endurecido quanto à consistência, densidade, resistência, durabilidade e protecção anticorrosiva das armaduras embebidas, tendo em conta os processos de fabrico do betão, as condições particulares previstas para a execução da obra e as condições ambientais especificadas. A composição deve ser estudada de modo a minimizar a possibilidade de segregação e exsudação do betão fresco e deve permitir obter uma trabalhabilidade compatível com o processo construtivo a utilizar. A especificação do betão deve ter em conta os requisitos adicionais de transporte, colocação, cura e tratamento de superfícies acabadas, sendo estes requisitos frequentemente interdependentes. Em todos os casos, o betão deve satisfazer os requisitos básicos e de durabilidade estabelecidos nesta Secção e na Secção II. As eventuais diferenças entre a qualidade do betão nas estruturas reais e a qualidade do mesmo betão em provetes de ensaio normalizados, apenas podem ser cobertas pelo coeficiente parcial de segurança relativo ao material (ver Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-Esforçado de Macau, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 60/96/M, de 7 de Outubro) se tiveram sido satisfeitos todos os requisitos acima referidos. Artigo 10.º Tipos de cimento, dosagem de cimento e razão água/ material cimentício A escolha do cimento deve ter em conta o tipo de utilização do betão (simples, armado ou pré esforçado), as dimensões do elemento estrutural (relativamente ao calor de hidratação desenvolvido), as condições de cura (relativamente a curas a vapor), a reactividade potencial dos agregados face aos álcalis contidos noutros Norma de Betões ............................................................... Página 33 Versão F constituintes (tais como cimento e cinzas volantes) e as condições ambientais a que está exposta a estrutura em serviço.Em betão sem aditivos, a dosagem mínima de cimento e a razão A/MC máxima dependem das condições ambientais e do tipo de utilização de betão, conforme indicado no Quadro 16. Quaisquer outras exigências relativas às propriedades do betão, como por exemplo a impermeabilidade à água, devem também ser consideradas ao se fixar a dosagem de cimento. O teor máximo de cimento de uma determinada mistura de betão para estruturas retentoras de água e para estruturas impermeáveis é 400kg/m3 para o cimento tipo I e 450kg/m3 para o cimento tipo II ou tipo I com PFA. Artigo 11.º Agregados grossos A dimensão máxima do agregado deve ser escolhida de modo a que o betão possa ser colocado e compactado à volta das armaduras sem que haja segregação. Esta dimensão máxima não deve exceder qualquer dos seguintes valores: Um quarto da menor dimensão do elemento estrutural; A distância livre entre os varões da armadura, entre os cabos de pré-esforço, entre os grupos de varões da armadura ou entre as bainhas de cabos de pré-esforço, diminuída de 5 mm; Numa laje maciça de betão, não pode ser superior a um terço da espessura da laje, nem superior a 40 mm; Quatro quintos da espessura mínima de recobrimento de betão. Artigo 12.º Agregados finos Deve ser utilizada areia do rio como agregado fino, com módulos de finura compreendida entre 2,3 e 3,0. Pode também ser utilizada pedra britada fina, mas é proibida a utilização de areia marinha. Dois agregados podem ser considerados da mesma classe granulométrica quando a diferença entre os seus módulos de finura não exceder 0,20. Norma de Betões ............................................................... Página 34 Versão F Artigo 13.º Adjuvantes A quantidade total de adjuvantes, caso existam, não deve exceder o valor máximo recomendado pelos fabricantes nem ultrapassar 50 g de adjuvante (conforme fornecido) por kg de cimento, a não ser que comprovadamente se constate que dosagens superiores conferem melhor qualidade e durabilidade ao betão. A utilização de adjuvantes em quantidades inferiores a 2 g/kg de cimento só é permitida se estes forem previamente dispersos numa parte da água de amassadura. Sempre que a quantidade de adjuvantes líquidos exceda 3 litros/m3 de betão, o seu teor em água deve ser considerado no cálculo da razão água/material cimentício. Quando é utilizado mais do que um adjuvante, a sua compatibilidade relativa deve ser testada em ensaios prévios. Os adjuvantes à base de cloreto de cálcio ou de outros cloretos não devem ser adicionados ao betão armado, betão pré-esforçado ou betão contendo elementos metálicos embebidos. Betões com classes de consistência S4-S5, V4, C3 ou F4-F6 (ver artigo 24.º) devem incluir adjuvantes do tipo redutor de água de alta gama ou superplastificante. Artigo 14.º Tipo, quantidade e razão água/material cimentício dos aditivos A substituição de parte do cimento do tipo I por aditivos pode conduzir à melhoria das propriedades do betão em termos de colocação e de durabilidade, para além de permitir a utilização de subprodutos industriais com vantagens económicas e ambientais. As quantidades de aditivos do tipo I e do tipo II a utilizar no betão, devem ser objecto de ensaios prévios. Em conformidade com o artigo 9.º, os aditivos do tipo II devem ser tidos em conta na composição do betão, no que respeita à dosagem de material cimentício e à razão água/material cimentício, se tal for considerado apropriado. Para o betão de 3o grau de exposição, a dosagem de cinzas volantes, escória de alto forno granulada e sílica de fumo deve obedecer às especificações constantes dos Quadros 16 e 18 (ver norma EN 206-1, secção 5.2.5). Nos casos em que se adicionam cinzas volantes ao betão com cimento do tipo I, as quantidades indicadas no Quadro 16 correspondem ao conjunto do cimento e das cinzas volantes, devendo considerar-se as correspondentes classes mínimas de Norma de Betões ............................................................... Página 35 Versão F resistência e razões de água/material cimentício máximas. Quando se adiciona mais do que 25% de cinzas volantes, a verificação da resistência mínima do betão deve ser feita aos 90 dias de idade. A utilização de cinzas volantes diminui a exsudação, retarda o início de presa e aumenta a trabalhabilidade, facilitando assim a bombagem e a colocação em obra. A sua inclusão no betão reduz a resistência mecânica inicial, mas conduz a resistências mecânicas a longo prazo iguais ou mesmo superiores às do betão com apenas cimento do tipo I se, a percentagem de cimento substituída por cinzas volantes não for superior a 40% Quando a percentagem de cinzas volantes utilizadas é superior a 40%,o betão melhora a sua resistência à acção dos sulfatos e aos efeitos de eventuais reacções álcalis-silíca, mas a sua resistência mecânica pode ser afectada desfavoravelmente.. Artigo 15.º Consistência A consistência deve ser tal que o betão fresco seja trabalhável sem segregação e facilmente compactado nas condições existentes no local da obra. Artigo 16.º Compacidade do betão A composição do betão e os materiais constituintes devem ser escolhidos por forma a que o betão, depois de compactado, apresente uma estrutura fechada, ou seja, que quando compactado de acordo com a norma ISO 1920-3, o teor em ar no volume do betão fresco não exceda 2% para agregado de dimensão máxima igual ou superior a 19 mm, ou 3% para agregado de dimensão máxima inferior a 19 mm, e não incluindo ar ocluído. Artigo 17.º Temperatura do betão fresco A temperatura do betão fresco não deve exceder 35ºC nem ser inferior a 5ºC durante o tempo que decorre entre a amassadura ou entrega e a colocação em obra. Para diminuir a temperatura do betão fresco, podem ser adoptados procedimentos adequados de arrefecimento, nomeadamente sombreando ou pulverizando com água os agregados ou usando água fria ou gelo na amassadura. Norma de Betões ............................................................... Página 36 Versão F Artigo 18.º Reacção álcalis-agregado Quando os agregados contêm variedades particulares de sílica ou agregados carbónicos susceptíveis de reagirem com os álcalis (Na2O e K2O) provenientes do cimento ou de outras fontes (ver Quadro 1) e se existirem álcalis e humidade suficientes no betão, podem ocorrer reacções expansivas com fissuração progressiva e fractura generalizada do betão. Em betão estrutural, estes agregados potencialmente perniciosos não podem ser utilizados. Se não existirem alternativas à utilização destes agregados, a fim de evitar ou minimizar a ocorrência da reacção álcali-sílica, devem ser levadas a cabo algumas medidas preventivas, nomeadamente: A utilização de um cimento com um teor de álcalis não superior a 0,60% expresso em Na20 equivalente (Na2Oequ = Na2O + 0,658 K2O). Para cimento do tipo II (com cinzas volantes) a dosagem total de álcalis, expressa em Na2Oequ, deve ser determinada somando à dosagem de álcalis do componente cimento, um sexto da dosagem de álcalis do componente cinza volante. Os ensaios devem ser efectuados de acordo com a norma EN 196-2; A utilização de um cimento do tipo IV (pozolânico); A utilização de aditivos que reduzam as reacções expansivas, consequentes da reacção álcalis-sílica, como é o caso das cinzas volantes e escória granulada de alto forno; A redução do grau de saturação do betão nas estruturas, por exemplo, aplicando membranas externas impermeáveis. Artigo 19.º Teor de cloretos no betão O teor de cloretos no betão, expresso em percentagem de iões de cloreto (Cl–), por massa de material cimentício, não deve exceder os valores indicados no Quadro 8. Quadro 8. Teor máximo de cloretos na mistura do betão Norma de Betões ............................................................... Página 37 Versão F Tipo de utilização do betão Betão simples Betão armado (ou contendo outros metais embebidos) Betão pré-esforçado Teor máximo de cloretos (em relação à massa de material cimentício) 1,00% 0,20% (classe de exposição tipo 1 e 2) 0,10% (classe de exposição tipo 3) 0,06% (classe de exposição tipo 1, 2 e 3) O conteúdo real de iões de cloreto no betão endurecido deve estar em conformidade com as especificações constantes do Quadro 9, devendo ser testado adequadamente de acordo com norma BS1881-124. Quando a relação do teor total de iões de cloreto e do teor de iões de cloreto solúveis na água é determinada através de ensaios, o teor de cloreto no betão pode ser controlado através do teor dos iões de cloreto solúveis na água. Quadro 9. Teor máximo de cloretos no betão endurecido Tipo de utilização do betão Teor máximo de cloretos (em relação à massa de betão) Betão simples Betão armado (ou contendo outros elementos metálicos embebidos) Betão pré-esforçado 0,15% 0,03% (classe de exposição tipo 1 e 2) 0,015 % (classe de exposição tipo 3) 0,009% (classe de exposição tipo 1, 2 e 3) Artigo 20.º Durabilidade Para produzir um betão durável que satisfaça todos os tipos de projectos e requisitos funcionais, e que suporte convenientemente as acções decorrentes das condições ambientais e de utilização a que está sujeito durante o seu tempo de vida útil, devem ser considerados os seguintes aspectos: Utilização de materiais constituintes apropriados, isto é, que não contenham elementos prejudiciais em quantidades que afectem a durabilidade do betão ou provoquem a corrosão das armaduras; Selecção da composição de tal modo que o betão assim composto: Norma de Betões ............................................................... Página 38 Versão F Satisfaça os critérios de comportamento estabelecidos tanto para o estado fresco como para o estado endurecido; – Possa ser colocado e compactado de modo a conseguir-se um recobrimento – denso das armaduras; – Possa resistir a acções agressivas de origem interna (ver artigo 19.º); – Possa resistir a acções agressivas de origem externa, resultantes quer das condições ambientais , nomeadamente influências do clima, poluentes químicos atmosféricos e líquidos, solos contaminados, quer de agressões mecânicas, nomeadamente a abrasão; Adoptação de processos de amassadura, colocação e compactação do betão fresco de modo a que os seus constituintes do betão fiquem distribuídos uniformemente na massa, sem segregação e permitindo que o betão adquira uma estrutura interna fechada; Utilização de métodos adequados para limitar a 70ºC a temperatura interna máxima do betão resultante das reacções exotérmicas de hidratação do cimento (ou outros métodos que previnam os efeitos adversos provocados por temperaturas altas do betão), nomeadamente nas estruturas e elementos maciços (com dimenções superiores a 1 metro ou calor de hidratação exotérmica suficientemente grande para afectar a estabilidade dimensional do betão). Para controlar e limitar este processo de hidratação exotérmica, vários métodos podem ser adoptados, tais como o da utilização de dispositivos dissipadores do calor, a colocação criteriosa de termómetros, a utilização apropriada de aditivos, adjuvantes e cimentos e o estabelecimento de um plano bem fundamentado de localização e espaçamento de juntas e de sequência construtiva. Os possíveis efeitos desfavoráveis resultantes da ocorrência de temperaturas demasiado elevadas durante o processo de endurecimento e cura podem incluir: a redução significativa de resistência, o aumento significativo da porosidade e a formação tardia de etringite, com riscos acrescidos de fissuração e ruptura generalizada nas estruturas de betão. Deve ter-se sempre em consideração o fortalecimento da cura húmida e a adopção de métodos de isolamento, assim como uma adequada extensão do tempo de cura; Adoptação de critérios adequados para controlar e limitar a fissuração por retracção no betão na fase construtiva inicial, definindo-se planos apropriados para a sequência e interrupção das betonagens, e para a localização, espaçamento e detalhe de juntas, nomeadamente em estruturas lineares longas, em elementos superficiais extensos e em estruturas específicas impermeáveis, tais como reservatórios, piscinas e Norma de Betões ............................................................... Página 39 Versão F estruturas sanitárias; Adoptação de métodos de cura adequados de modo a que as zonas superficiais dos elementos betonados (recobrimento das armaduras) adquiram as propriedades previstas com base na composição adoptada (ver artigo 35.º), sendo nomeadamente importante minimizar a fissuração superficial devida a retracção, resultante das restrições internas e externas aos deslocamentos de expansão/retracção do betão, durante o processo de presa. Para além das prescrições específicas de projecto (definindo os estados limite adequados de utilização em termos de fissuração), o gradiente de temperatura, entre a superfície e o centro de massa de qualquer elemento de betão, não deve exceder 20ºC; Se forem utilizados métodos de aceleração de cura por aquecimento, para evitar a ocorrência nefasta de fissuração superficial, devem ser tomadas medidas adequadas para controlar as velocidades dos processos de arrefecimento e aquecimento, e assim proteger as superfícies contra a perda rápida de humidade durante a fase de arrefecimento e assegurar que a temperatura da massa interior não exceda 70ºC durante a fase de aquecimento (ou utilizar outros métodos para prevenir efeitos adversos provocados pelas temperaturas altas do betão). Todos os aspectos anteriormente referidos devem ser verificados por procedimentos de controlo de produção desenvolvidos quer pelo empreiteiro, quer pelo produtor/fornecedor, em função das atribuições e responsabilidades específicas de cada um, em comformidade com o disposto no Capítulo V.. Artigo 21.º Resistência às acções ambientais 1. Exposição ambiental As acções ambientais compreendem as acções químicas e físicas a que o betão está exposto e das quais resultam efeitos distintos dos esforços internos resultantes de acções externas ou dos casos de carregamentos considerados na análise estrutural. De acordo com as diferentes condições ambientais, considera-se o ambiente dividido em 3 classes: ambientes secos, ambientes húmidos, ambientes marinhos ou ambientes quimicamente agressivos. De acordo com o nível de corrosão dos varões do betão, as acções ambientais dividem-se em 6 classes, A, B, C, D, E, F (ver Quadro 10). Norma de Betões ............................................................... Página 40 Versão F Quadro 10. Classes de acção ambiental Classe Nível de Acção Classe Nível de Acção A Insignificante D Severo B Suave E Muito severo C Moderado F Extremo No Quadro 11 apresentam-se as classes de exposição correspondentes às diferentes condições ambientais a que o betão pode ficar exposto. Quadro 11. Classes de exposição relacionadas com as condições ambientais Classes de exposição 1 (ambiente seco) 2 (ambiente húmido) 3 (ambiente marítimo ou ambiente quimicamente agressivo) Exemplo de condições ambientais Betão sem contacto directo com ambientes húmidos (ar, água, águas subterrâneas ou solos naturais), tal como é o caso de elementos de superestruturas interiores permanentemente em ambiente seco, para os quais seja garantida protecção contra a humidade, durante todo o seu período de vida útil. Betão exposto a ambientes húmidos não agressivos (ar, água, águas subterrâneas ou solos naturais), tal como é o caso de elementos de superestruturas exteriores em ambiente húmido, estruturas subterrâneas e submersas (em ambiente não agressivo), reservatórios, sub-estruturas e fundações de pontes, pavimentos ao ar livre, lajes de silos automóveis, elementos de superestruturas interiores em ambientes muito húmidos (por exemplo, lavandarias), estruturas hidráulicas (em ambientes não agressivos). Betão em contacto directo com ambiente marítimo (ar, água do mar, águas ou solos agressivos), como é o caso de elementos exteriores de superestruturas expostos à influência de ar marítimo (contendo sal) em zonas costeiras, sub-estruturas enterradas na zona costeira, estruturas marinhas permanentemente submersas ou expostas a marés e ciclos de molhagem-secagem, ou betão exposto a ambiente quimicamente agressivo (ar, água ou solos quimicamente poluídos), tal como em estruturas expostas a piscinas, ambientes industriais ou em contacto com efluente quimicamente agressivo. Para a classe de exposição tipo 1, a classe de acção ambiental é A, enquanto para uma classe de exposição tipo 2 é B. Para a classe de exposição tipo 3, as classes de acção ambiental podem ainda ser divididas nas seguintes classes de acordo com as acções ambientais no betão armado (ver Quadro 12). Norma de Betões ............................................................... Página 41 Versão F Quadro 12. Condições ambientais e classes de acção Categorias ambientais Condições ambientais Zona atmosférica Ambiente costeiro ou ( ) marítimo 1 Área levemente coberta de neblina de sal. Áreas localizadas entre 200m a 500m da linha costeira Área coberta com forte neblina de sal. Áreas localizadas até 200m da linha costeira; e ambiente atmosférico marítimo Classes de acção D Superstrutura em área coberta de neblina de sal E Zona de maré E Zona de salpicos F Zona submersa D Não alternância cíclica seco/molhado D Alternância cíclica seco/molhado E Solo Outra condições respeitantes a cloretos (2) Ambiente de ar poluído Ambiente com cristalização de sal Outros ambientes ) quimicamente agressivos (3 Com baixas concentrações de iões de cloreto Com teor concentração moderada de iões de cloreto C D Com alta concentração de iões de cloreto E Exaustão de veículos C Chuva ácida (se o valor do pH for menor que 4, considerar como classe E) D Acção do ar e chuva salgada em áreas salinas D Fraca cristalização de sal E Forte cristalização de sal F Ver Quadro 14 Exemplos Componentes em zona de maré Componentes em zona de salpicos Componentes em zona imersa por período prolongado Componentes em zona submersa ou em solos saturados Componentes em solos não saturados Componentes em contacto com solos ou água com concentrações de iões de cloreto Componentes expostos directamente aos gases de escape dos automóveis Componentes expostos frequentemente a chuva ácida Componentes em áreas de salinas expostas à chuva “Zona de absorção” da componente de uma estrutura em contacto com solo rico em sal Componentes em contacto com solos e águas medianamente corrosivos Notas: (1) As áreas localizadas a distâncias menores que 500 m da linha costeira são definidas como ambientes costeiros; As áreas localizadas junto ao mar são definidas como ambientes marítimos. Para ambientes marítimos, a classificação de zona submersa, zona de maré, zona de salpicos e zona atmosférica encontra-se prevista no Quadro 13. (2) Relativamente à concentração de iões de cloreto na água existente à superfície ou na água subterrânea, consideram-se os seguintes níveis: baixa para ≥100 e <500, média para ≥500 e <5000, alta para >5000 e menor que as concentrações de iões de cloreto da água do mar. Quanto à concentração de iões de cloreto no solo, consideram-se os seguintes níveis: baixa para ≥150 e <750, média para ≥750 e <7500, alta para >7500 e menor que 1.5 vezes as concentrações de iões de cloreto da água do mar onde a concentração do teor de iões de cloreto é o máximo valor num ano. Para os componentes da estrutura que não estejam directamente em contacto com água ou solo contendo iões de cloreto mas que sejam afectados por outros factores, a classe de efeito ambiental pode ser definida pela classe equivalente ou por uma classe inferior correspondente à redução de um nível. Se os componentes estiverem permanentemente submersos em água ou em solo saturado, a classe de efeito ambiental pode diminuir de nível, mas nunca ser inferior à classe C. (3) Com excepção do ambiente marítimo, em qualquer ambiente em que se verifique tanto o efeito dos iões de cloreto como outros factores quimicamente agressivos, as classes ambientais devem ser definidas de acordo com o critério relativo às condições respeitantes a cloretos (sem acção de gelo-degelo) ou seguindo as indicações do Quadro 14, sendo a classe ambiental corresponde à maior das classes definidas através destes dois critérios. Norma de Betões ............................................................... Página 42 Versão F Quadro 13. Classificação dos componentes do betão em ambiente marítimo Condição de protecção Classificação Com protecção Nível de água em engenharia portuária Sem protecção Nível de água em engenharia portuária Sem protecção Nível de maré Zona atmosférica Zona de salpicos Nível máximo de água de projecto acrescentado de 1,5 m Nível máximo de água de projecto acrescentado de (η0+1,0m)ou acima Maré astronómica máxima acrescida de 0,7 vezes da altura de onda efectiva H1/3 ou acima (considera-se um período de retorno de cem anos) Entre o limite mais baixo da zona atmosférica e o nível máximo de água de projecto menos 1,0 m Zona de maré Entre o limite mais baixo Entre o limite da zona atmosférica e o inferior da zona nível máximo de água de de salpicos e o projecto menos η0 nível de água Entre o limite mais baixo inferior do projecto menos do nível de maré 1,0 m astronómica e a maré astronómica máxima menos a altura de onda H1/3 correspondente a um período de retorno de cem anos Zona submersa Abaixo da zona de maré Notas: (1) η0 é a crista de onda quando o nível máximo de água de projecto para um período de retorno de 50 anos e 1% da altura de onda de uma frequência cumulativa H1%. (2) Quando o limite superior da área de salpico é mais baixo que o nível portuário, o nível portuário deve ser considerado o limite superior da área de salpico. (3) Quando a correspondente Norma de engenharia portuária não puder ser aplicada, o nível de água considerado para o dimensionamento de estruturas de betão em condições de engenharia portuária sem protecção, pode ser considerado o nível de maré astronômica para a determinação da partição de secções de betão. Norma de Betões ............................................................... Página 43 Versão F Quadro 14. Outros ambientes quimicamente agressivos e suas classes de acção Ambientes quimicamente agressivos SO24− (mg/L) em água SO 24 − (mg/kg) no solo Camada de solo muito permeável Camada de solo pouco permeável Classes de acção C ≥200, <1000 ≥300, <1500 ≥1500,< 5000 D ≥1000, <4000 ≥1500, <6000 ≥5000, <15000 E ≥4000, <10000 ≥6000, <15000 ≥15000,< 50000 ≥300, <1000 ≥5,5, <6,5 ≥1000, <3000 ≥4,5, <5,5 ≥3000, <4500 ≥4,0, <4,5 ≥4,5, <5,5 ≥15, <30 ≥4,0, <4,5 ≥30, <60 ≥3,5, <4,0 ≥60, <100 ≥30, <60 —— ≥60, <100 <50 ≥100 Normas de Ensaios ASTM D 516 BS 1377-3 (1) Mg2+(mg/L) em água Valor de pH na água CO2(mg/L) na água Nitrogénio de amónia, NH4+ Água ou camada de solo muito permeável Camada de solo pouco permeável Água ou camada de solo muito permeável Camada de solo pouco permeável (mg/dm3) —— ASTM D 511 ASTM D 1293 ASTM D 513 ASTM D 1426 Notas: (1)Solo com coeficiente de permeabilidade menor que 10-5m/s ou 0,86m/d é um solo pouco permeável. (2)Em ambientes aquáticos e em solos constituídos por camadas muito permeáveis com sulfato e magnésio, se não existirem ciclos de molhagem/secagem, o valor neste quadro pode ser multiplicado por 1,5. (3) Não deve ser considerada apenas a acção agressiva dos iões de magnésio em água salgada contendo iões de cloreto. (4) Se uma estrutura está em contacto com o escoamento de águas subterrâneas, com acções de classe D ou acções mais agressivas de sulfatos e CO2, deve ser aplicado um acabamento anti-corrosivo ou uma camada de protecção na sua superfície. (5) A agressividade química dos sulfatos pode aumentar sob alta pressão. (6)No caso de ocorrerem simultaneamente uma diversidade de acções químicas agressivas, deve ser adoptada a classe individual mais alta; se existirem dois ou mais efeitos químicos atingindo a classe mais alta, deve ser adoptada uma classe acima. Requisitos de durabilidade para o betão O Quadro 15 apresenta diferentes classes de tempo de vida útil de projecto. Quando este não é especificado, considera-se para uma estrutura um tempo de vida útil de 50 anos. O Quadro 16 indica as classes de exposição considerando o material cimentício (só cimento ou cimento do tipo I com cinzas volantes), escória granulada de alto forno, sílica de fumo, entre outros, sendo especificada a dosagem mínima de material cimentício, o valor da razão água/material cimentício máximo e a classe mínima de resistência. A dosagem adequada de aditivos consta do Quadro 17. Quando exposto a ambientes de classe 3, o betão deve ser ensaiado de acordo Norma de Betões ............................................................... Página 44 Versão F com a norma DB44/T566 ou com a norma JTG/T B07-01, devendo ser indicado o índice de resistência à migração de iões de cloreto e cumpridas também as exigências estabelecidas nos Quadros 18 e 19. Para os componentes expostos a ambientes de classe de acção ambiental F, devem ser utilizados inibidores de corrosão ou tomadas outras medidas técnicas. Os valores da razão água/material cimentício, índice eléctrico do betão e coeficiente de difusão de iões de cloreto indicados, respectivamente, nos Quadros 16, 18 e 19, correspondem todos à espessura do recobrimento de betão constante do Quadro 20. Se não for possível atingir a espessura de recobrimento de betão constante do Quadro 20, deve ser reduzida a razão água/material cimentício, e o valor do índice eléctrico indicado ou o coeficiente de difusão de iões de cloreto. Todas estas especificações técnicas de tempo de vida útil de uma estrutura são baseadas na suposição de que o betão é sujeito a operações normais de manutenção e reparação. Quadro 15. Classes de tempo de vida útil de uma estrutura Classe 1 2 3 Tempo de vida útil de projecto Pelo menos 50 anos Pelo menos 70 anos Pelo menos 100 anos Designação Exemplos Edifícios e estruturas comuns Edifícios civis comuns nomeadamente apartamentos, edifícios de comércio pequenos ou médios, edifícios para actividades culturais e de desporto e edifícios industriais de grande escala Instalações civis de menor importância Edifícios altos ou edifícios de grande escala Edifícios importantes Infra-estruturas civis importantes Aquedutos e canais de estradas em cidades Edifícios altos, edifícios comerciais de grande escala e edifícios para actividades culturais e desportivas Edifícios de referência, edifícios comemorativos, grandes edifícios públicos nomeadamente museus de grande escala, edifícios de conferências e de actividades culturais e desportivas, edifícios de escritórios governamentais, torres de televisão Pontes de grandes dimensões, túneis, vias rápidas, aquedutos e vias rodoviárias de 1a classe, viadutos em artérias de cidades, viadutos importantes, metropolitanos e sistema de comboio ligeiro de cidades Norma de Betões ............................................................... Página 45 Versão F Quadro 16. Requisitos de durabilidade relacionados com a exposição ambiental Classes de acção ambiental e exposição Tempo de vida útil 50 anos 70 anos 100 anos Requisitos Dosagem mínima de material cimentício (kg/m3) - betão puro - betão armado - betão pré-esforçado Razão de água/ material cimentício máxima - betão puro - betão armado - betão pré-esforçado Classe mínima de resistência - betão puro - betão armado - betão pré-esforçado Dosagem mínima de material cimentício (kg/m3) - betão puro - betão armado - betão pré-esforçado Razão de água/ material cimentício máxima - betão puro - betão armado - betão pré-esforçado Classe mínima de resistência - betão puro - betão armado - betão pré-esforçado Dosagem mínima de material cimentício (kg/m3) - betão puro - betão armado - betão pré-esforçado Razão de água/ material cimentício máxima - betão puro - betão armado - betão pré-esforçado Classe mínima de resistência - betão puro - betão armado - betão pré-esforçado 1 2 A B C D E F 230 300 330 260 330 350 300 350 380 330 350 380 330 360 380 330 380 380 0,70 0,55 0,50 0,65 0,50 0,45 0,55 0,40 0,40 0,50 0,38 0,38 0,45 0,36 0,36 0,40 0,34 0,34 B15 B30 B35 B20 B35 B40 B30 B40 B45 B30 B40 B45 B35 B45 B45 B35 B45 B45 260 330 350 280 350 380 300 380 400 330 380 400 350 380 400 350 400 400 0,65 0,50 0,45 0,60 0,45 0,40 0,55 0,35 0,35 0,50 0,34 0,34 0,45 0,34 0,34 0,40 0,33 0,33 B20 B35 B40 B25 B40 B45 B30 B45 B50 B30 B45 B50 B35 B50 B50 B40 B50 B50 280 350 380 300 380 400 330 400 400 350 400 400 380 400 400 380 400 400 0,60 0,45 0,40 0,55 0,40 0,35 0,50 0,35 0,34 0,45 0,34 0,33 0,40 0,33 0,33 0,35 0,32 0,32 B25 B40 B45 B30 B45 B45 B35 B50 B50 B35 B50 B50 B40 B50 B50 B40 B50 B50 Norma de Betões ............................................................... Página 46 Versão F 3 Quadro 17. Adição de escória granulada, cinzas volantes e sílica de fumo Dosagem adequada de aditivo % Tipos de aditivos Dosagem total Escória granulada Cinza volante Sílica de fumo Escória granulada 50~80 50~80 --- --- Escória granulada + sílica de fumo 50~80 45~77 --- 3~5 Escória granulada + cinza volante 50~70 25~65 5~25 --- 50~70 17~62 5~25 3~8 25~50 --- 17~45 5~8 Escória granulada + cinza volante + sílica de fumo Cinza volante + sílica de fumo Quadro 18. Índice eléctrico do betão (aos 56d de idade, C) Vida útil de projecto 100 anos 70 anos 50 anos Classe de acção ambiental C、D E、F C、D E、F C、D E、F Quantidade de electrões em 6h <950 <800 <1100 <800 <1350 <950 Quadro 19. Índice de resistência do betão à migração de iões de cloreto, DRCM (aos 28d de idade, 10-12m2/s) Vida útil de projecto 100 anos 70 anos 50 anos Classe de acção C、D E、F C、D E、F C、D E、F ≤6 ≤4 ≤7 ≤4 ≤10 ≤6 ambiental Índice de migração de iões de cloreto Quadro 20. Espessura mínima do recobrimento de betão (mm) Classe de acção ambiental C D E F 35 40 45 50 40 45 50 55 50 anos de vida útil de Componentes da projecto estrutura (lajes, 70 anos de vida útil de paredes, etc.) projecto Norma de Betões ............................................................... Página 47 Versão F 100 anos de vida útil de 45 50 55 60 40 45 50 55 45 50 55 60 50 55 60 65 projecto 50 anos de vida útil de projecto Componentes 70 anos de vida útil de alongadas (vigas, projecto colunas, etc.) 100 anos de vida útil de projecto Notas: (1) Recobrimento de betão no betão armado, a menor distância entre a superficie da armação embebida e a superficie do betão, onde não são consideradas tolerâncias de construção. (2) A espessura normal do recobrimento de betão, para efeitos de cálculo estrutural e observações de desenhos de detalhe, não deve ser menor que a soma da espessura mínima do recobrimento de betão e a tolerância negativa de construção. A tolerância negativa de construção deve ser determinada de acordo com o nível de produção do empreiteiro, e não deve ser inferior a 10 mm para betão in situ e 5 mm para betão pré-fabricado. (3) O valor constante deste quadro refere-se a betão armado. Para betão pré-esforçado com baínha selada contínua, o recobrimento de betão é a distância mínima entre a superfície da baínha e a superfície exterior do betão. A espessura mínima do recobrimento de betão deve ser aumentada em 10mm relativamente aos valores do quadro, e não deve ser menor que o diâmetro da baínha; para o betão pré-esforçado sem baínhas, a espessura mínima do recobrimento de betão deve ser aumentada em 30 mm relativamente ao valor constante do quadro. (4) Deve ser assegurada espessura suficiente do recobrimento de betão para as zonas de ancoragem dos cabos de pré-esforço. Em ambiente classe C, a ancoragem de metal deve ter uma espessura de recobrimento de betão não inferior a 90 mm, enquanto que em ambientes de classe D não deve ser inferior a 95 mm; para classe E não deve ser inferior a 100 mm, para classe F não deve ser inferior a 105 mm, e sempre selada com uma capa plástica adequada. Norma de Betões ............................................................... Página 48 Versão F SECÇÃO II Especificação do betão Artigo 22.º Generalidades O betão deve ser especificado referindo todas as propriedades que sejam consideradas necessárias para caracterizar completamente o seu comportamento. Esta especificação deve incluir referências a quaisquer requisitos relativos às fases de transporte, colocação, compactação e cura. Quando necessário, podem ser incluídos requisitos relativos a situações especiais, tais como a obtenção de acabamentos ou efeitos arquitectónicos particulares. Para elementos estruturais deve ser utilizado betão certificado. A utilização de betão não certificado depende de autorização prévia da DSSOPT, devendo o pedido ser submetido com toda a informação necessária, de acordo com as exigências prescritas na presente Norma. Os procedimentos de recepção durante a produção devem igualmente seguir o disposto no Capitulo 5 secção 3, e no Apendice 1 da presente Norma. Artigo 23.º Especificações 1. Requisitos básicos Devem ser sempre especificadas as seguintes características: Classe de resistência do betão; Tipo e classe de resistência dos cimentos; Tipos e dosagem dos aditivos; Máxima dimensão do agregado; Razão água/material cimentício; Classes de exposição e utilização final do betão (simples, armado ou pré-esforçado); Classes de consistência. O betão endurecido é classificado de acordo com a resistência à compressão uniaxial, aos 28 dias, determinada em provetes de ensaio cúbicos com 150mm de lado, conforme indicado no Quadro 21. Pode também determinar-se a resistência em cilindros de 300 mm de altura e 150 mm de diâmetro, adoptando-se os valores igualmente indicados no Quadro 21. Norma de Betões ............................................................... Página 49 Versão F Quadro 21. Classes de resistência do betão Classe de B15 B20 B25 B30 B35 B40 B45 B50 B55 B60 B70 B80 resistência Cubos (MPa) Cilindros (MPa) 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 70 80 12 16 20 24 28 32 36 40 45 50 60 70 Para se classificar a consistência do betão fresco, aplicam-se as classes indicadas nos Quadros 22, 23, 24 e 25. Estas classes de consistência não são directamente relacionáveis. A consistência pode ser especificada por referência aos quadros acima indicados ou, em casos especiais, por valor a atingir. Os valores a atingir e as tolerâncias respectivas são estabelecidas da seguinte forma: Valores de abaixamento e respectiva tolerância, em mm: ≤ 40 (± 10) ou 50 a 90 (± 20) ≥ 100 (± 30) ou Valores Vêbê e respectiva tolerância, em segundos: ≥ 11 (± 3) ou 10 a 6 (± 2) ou ≤ 5 (± 1) Valores de compactação e respectiva tolerância: ≥ 1,26 (± 0,10) ou 1,25 a 1,11 (± 0,08) ou ≤ 1,10 (± 0,05) Valores de espalhamento e respectiva tolerância, em mm: todos os valores (± 30) Quadro 22. Classes de abaixamento Classe Abaixamento (mm) S1 S2 S3 S4 S5* 10 a 40 50 a 90 100 a 150 160 a 210 ≥ 220 Norma de Betões ............................................................... Página 50 Versão F Quadro 23. Classes Vêbê Classe Vêbê (segundos) V0* V1 V2 V3 V4* ≥ 31 30 a 21 20 a 11 10 a 6 5a3 Quadro 24. Classes de compactação Classe Grau de compactabilidade C0* C1 C2 C3 ≥ 1,46 1,45 a 1,26 1,25 a 1,11 1,10 a 1,04 Quadro 25. Classes de espalhamento Classe Diâmetro de espalhamento (mm) F1* F2 F3 F4 F5 F6* ≤ 340 350 a 410 420 a 480 490 a 550 560 a 620 ≥630 * Nota: Devido à falta de sensibilidade dos métodos de ensaio acima referidos, para certos valores de consistência, é recomendável utilizar os ensaios a seguir indicados: - Abaixamento ≥10mm e ≤210mm - Vêbê ≤30 segundos e >530 segundos - Grau de compactabilidade ≥1.04 e <1.46 - Diâmetro de espalhamento >340mm e ≤620mm 2. Requisitos adicionais relativos às características da composição e às propriedades do betão fresco Podem ser especificadas as seguintes características: Teor de ar; Desenvolvimento acelerado da resistência; Desenvolvimento de calor durante a hidratação; Norma de Betões ............................................................... Página 51 Versão F Hidratação retardada; Requisitos especiais para os tipos e dimensões dos agregados; Requisitos especiais relativos à resistência à reacção álcali-sílica e ao ataque por sulfatos; Requisitos relativos ao teor de cloretos; Requisitos especiais relativos à temperatura do betão fresco; Outros requisitos técnicos adicionais (por exemplo, para determinado acabamento arquitectural ou para um método de colocação especial). Para pavimentos rodoviários ou quando é necessário um betão resistente à abrasão, devem ser satisfeitas as seguintes exigências adicionais: Classe de resistência do betão não inferior a B40; Resultado do ensaio de Los Angeles para agregados grossos não superior a 30%; Resultado do ensaio da extensão de abrasão não superior a 35,0mm ou grau de resistência abrasiva de, pelo menos, 1,2; Agregados de tipo britado; Proporção elevada de agregados grossos; Tempo de cura alargado conforme o artigo 35.º, número 3. Para o betão pronto, devem ainda ser indicadas pelo empreiteiro condições particulares de recepção, de transporte e outros procedimentos e limitações no estaleiro, nomeadamente: Quantidades diárias de betão; Hora e ritmo das entregas; Perda de consistência do betão; Instalações especiais em obra (por exemplo bombagem, tela transportadora); Condicionamentos relativos ao tipo, dimensões, altura ou peso dos veículos de transporte. 3. Requisitos adicionais relativos às propriedades do betão endurecido Podem ser especificadas as seguintes características: Massa volúmica aparente; Resistência à penetração da água; Resistência à migração de iões de cloreto; Resistência a ataques químicos; Resistência à abrasão; Resistência a temperaturas elevadas; Norma de Betões ............................................................... Página 52 Versão F Absorção capilar; Módulo de elasticidade (módulo de Young); Retracção e fluência; Deformação por retração do betão jovem; Resistência à fissuração do betão jovem. Quando se requer um betão impermeável, deve ser verificada a resistência à penetração da água e devem ser satisfeitos os requisitos estabelecidos no artigo 48.º. Quando se requer resistência do betão à migração de iões de cloreto, deve ser verificada a capacidade de resistência à migração de iões de cloreto, e satisfeitas as exigências estabelecidas no artigo 50.º. 4. Designação dos betões O betão deve ser designado por um código abreviado composto pelas seguintes informações sucessivas: classe de exposição; classe de resistência (B25, B30, B35, ...), máxima dimensão dos agregados grossos em milímetros (15, 20, 25, ...) e classe de consistência (S1, S2, S3, ...).. Exemplo: 2B30 / 25 S2 - betão de classe de resistência B30, classe de exposição 2, com agregado de dimensão máxima igual a 25 mm e classe de consistência S2. Norma de Betões ............................................................... Página 53 Versão F Artigo 24.º Métodos de ensaio 1. Betão fresco Para a determinação das propriedades do betão fresco devem ser utilizados os métodos de ensaio indicados no Quadro 26. Quadro 26. Propriedades do betão fresco e normas de ensaio Propriedades Razão água/material cimentício Normas de ensaio ISO 1920-2 ISO 1920-2 ISO 1920-2 ISO 1920-2 ISO 1920-2 ISO 1920-2 ASTM C232 BS 1881: Part:124 BS 1881: Part 128 Tempo de presa ASTM C 403 Abaixamento Vêbê Consistência Compactação Espalhamento Massa volúmica aparente Teor de ar Exsudação Teor de iões de cloreto 2. Betão endurecido Para a determinação das propriedades do betão endurecido devem ser utilizados os métodos de ensaio indicados no Quadro 27. Norma de Betões ............................................................... Página 54 Versão F Quadro 27 - Propriedades do betão endurecido e normas de ensaio Propriedades Resistência mecânica à compressão flexão tracção por compressão linear tracção uniaxial Preparação de provetes e cura Modulo estático de elasticidade Absorção de água Normas de ensaio ISO 1920-4 ISO 1920-4 ISO 1920-4 RILEM CPC7 ISO 1920-3 ASTM C 469 BS 1881-122 Razão água/material cimentício BS 1881-124 Teor de cloretos BS 1881-124 Extensão da abrasão GB/T 12988 Resistência à Grau de resistência à abrasão (1) GB/T 16925 abrasão Resistência à migração de iões de cloreto GB/T 50082 Resistência à penetração da água ISO 1920-5 Retracção por secagem BS 1881: Part 5 Retracção do betão jovem GB/T 50082 Fissuração do betão jovem GB/T 50082 Massa volúmica ISO 1920-5(2) (1) Ou ensaio de extensão da abrasão ou de resistência à abrasão. (2) A massa volúmica do betão endurecido pode também ser determinada pela norma ISO 1920-4 quando se conhece a relação entre a massa volúmica do betão, seco em estufa, e a massa volúmica aparente. Norma de Betões ............................................................... Página 55 Versão F CAPÍTULO IV Fabrico, transporte, colocação e cura SECÇÃO I Fabrico de betão Artigo 25.º Pessoal No local de fabrico deve existir um técnico qualificado, com conhecimentos e experiência adequados, responsável pelo fabrico e, no caso do betão pronto, também responsável pela entrega. Deve igualmente existir uma pessoa encarregada do controlo de fabrico, com conhecimentos e experiência na área da tecnologia do betão, sobretudo no que respeita a métodos de fabrico, de ensaio e de controlo. Artigo 26.º Equipamento e instalações 1. Armazenamento de materiais Devem estar disponíveis as quantidades adequadas de materiais, cimentos, agregados, aditivos e adjuvantes que garantam a manutenção do ritmo planeado de fabrico e de entrega. Os diferentes tipos de materiais devem ser transportados e armazenados de forma a evitar a sua mistura, contaminação e deterioração. O cimento e os aditivos devem ser protegidos da humidade e de impurezas durante o transporte e armazenamento. Os vários tipos e classes de cimento e os aditivos devem estar claramente identificados e armazenados de modo a excluir qualquer possibilidade de engano. O cimento em saco deve ser armazenado de tal forma que seja utilizado segundo a ordem de entrega. Os agregados de diferentes granulometrias ou tipos, se forem entregues separadamente, não devem ser misturados inadvertidamente. A segregação das diferentes fracções deve ser evitada. Os adjuvantes devem ser transportados e armazenados de modo a que a sua qualidade não seja afectada por acções físicas ou químicas (por exemplo, temperaturas excessivas) e estar claramente identificados de modo a excluir qualquer possibilidade de engano. Devem ser garantidas condições na obra que permitam uma colheita fácil das amostras dos materiais nos locais de armazenamento, transporte e medição. Norma de Betões ............................................................... Página 56 Versão F 2. Equipamento de medição de dosagens A precisão do equipamento de medição de dosagens deve satisfazer os valores mínimos indicados no Quadro 28 e em condições normais de utilização, permitir obter a precisão no doseamento dos materiais constituintes conforme indicado no Quadro 29. A menor divisão da escala ou indicador digital (resolução) deve representar uma massa não superior a 1/500 do valor máximo da escala ou indicador digital. Quadro 28. Precisão do equipamento de medição de dosagens Posição na escala ou do indicador digital Requisitos de precisão na instalação em operação 0,5% 1,0% de 1/4 do valor máximo da escala ou do indicador digital 0,5% 1,0% Entre 0 e 1/4 do valor máximo da escala ou indicador digital Apartir de 1/4 do valor máximo da escala ou indicador digital e este valor máximo do valor da leitura indicada Quadro 29. Precisão na dosagem dos materiais Material Cimento Água Agregados Aditivos Adjuvantes Requisitos de Precisão ± 2% da quantidade requerida ± 3% da quantidade requerida ± 2% da quantidade requerida 3. Betoneiras As betoneiras devem possibilitar a obtenção de uma distribuição uniforme dos materiais constituintes e uma trabalhabilidade uniforme, num determinado tempo de mistura, de acordo com a sua capacidade. Os camiões betoneira devem estar equipados de modo a que o betão fresco seja entregue em estado homogéneo. Artigo 27.º Doseamento dos materiais constituintes A operação de amassadura de cada tipo de betão deve dispor de instruções escritas referentes à amassadura, indicando o tipo e a quantidade dos materiais constituintes. Norma de Betões ............................................................... Página 57 Versão F A absorção de água dos agregados deve ser testada regularmente, por forma a transformar o projecto de mistura de laboratório em projecto de mistura de construção. O doseamento dos materiais constituintes deve satisfazer os requisitos de precisão indicados no Quadro 29. O cimento, os agregados e os aditivos na forma de pó devem ser doseados em massa, sendo contudo permitidos outros métodos se forem satisfeitas as precisões exigidas no doseamento. A água, os adjuvantes e os aditivos líquidos podem ser doseados em massa ou em volume. Artigo 28.º Amassadura do betão Os materiais constituintes devem ser misturados em betoneira ou camião-betoneira até que se obtenha uma mistura uniforme. A amassadura considera-se iniciada a partir do momento em que todos os materiais se encontram na betoneira. As betoneiras não devem ser carregadas para além da sua capacidade útil. Se os adjuvantes forem adicionados em pequenas quantidades, devem ser previamente misturados numa parte da água da amassadura (ver artigo 14.º). De acordo com os requisitos de projecto, a consistência do betão fresco deve ser controlada durante o descarregamento. Quando forem adicionados superplastificantes no local da obra, dada a rapidez dos seus efeitos, convém que o betão esteja já bem misturado. Após a adição do adjuvante, o betão deve ser novamente misturado até que o adjuvante esteja completa e uniformemente disperso na massa. No local da obra, deve ser dada especial atenção à aplicação de certos tipos de adjuvantes, para evitar dificuldades nomeadamente de bombagem e de bloqueamento da bomba. Não é permitida qualquer alteração da composição do betão durante o seu transporte, entrega/recepção e colocação, sendo expressamente proibida a adição de água. Tendo em atenção questões de ordem prática derivadas das condições reais em obra, a velocidade de produção do betão deve ser ajustada de modo a evitar demasiada acumulação de betão no local da obra. Norma de Betões ............................................................... Página 58 Versão F SECÇÃO II Transporte, colocação e cura de betão fresco Artigo 29.º Pessoal O pessoal envolvido no transporte, colocação e cura de betão deve possuir conhecimentos, qualificação e experiência adequados para exercer a sua função específica. No local da obra deve existir um responsável com experiência e conhecimentos adequados, para a recepção, transporte, colocação e cura do betão. Este responsável deve estar presente durante a colocação do betão. Artigo 30.º Transporte Devem ser tomadas medidas apropriadas para evitar a segregação de materiais, a perda de constituintes ou a sua contaminação durante o transporte e a descarga. A betoneira deve rodar a velocidade baixa. Quando necessário, deve ser aplicado um revestimento de isolamento para evitar aumentos de temperatura dentro da betoneira. O tempo máximo de transporte do betão depende essencialmente da sua composição e das condições atmosféricas. Em geral, o tempo até à colocação do betão deve ser reduzido ao mínimo, num período de 90 minutos, isto é, o betão deve ser colocado até 90 minutos depois de ser descarregado. Artigo 31.º Entrega 1. Informação do fabricante no caso de betão pronto O empreiteiro deve solicitar informações sobre a composição do betão para proceder adequadamente à colocação e cura do betão fresco, bem como para avaliar o desenvolvimento da resistência na estrutura. Estas informações devem ser fornecidas pelo fabricante, a pedido, antes ou durante a entrega, conforme for mais adequado e incluir o seguinte : Tipo, grau de resistência e origem do cimento; Tipo de agregados e respectivas características; Tipo de adjuvantes e especificações técnicas do produtor; Tipo e dosagem dos aditivos, se for o caso; Razão água/material cimentício; Norma de Betões ............................................................... Página 59 Versão F Resultados dos ensaios prévios relevantes para a composição (por exemplo, do controlo de fabrico ou de ensaios iniciais). 2. Guia de remessa no caso de betão pronto O produtor, antes de descarregar o betão em obra, deve fornecer ao empreiteiro uma guia de remessa para cada entrega. Esta guia deve conter impressas, carimbadas ou manuscritas, no mínimo as seguintes informações: Nome da central fornecedora do betão pronto; Número de série da guia; Data e hora da amassadura, ou seja, do primeiro contacto entre o cimento e a água; Matrícula da betoneira; Nome do empreiteiro; Nome e localização do estaleiro; Especificação, pormenores ou referências a especificações (por exemplo, código de identificação da mistura e número da encomenda); Volume de betão entregue, em metros cúbicos; Nome do organismo certificador, se for o caso. Adicionalmente, a guia deve conter: Classe de resistência; Classe de consistência; Classe de exposição ou condicionamentos da composição; Tipo de cimento e classe de resistência; Tipo de adjuvante e de aditivo, se for o caso; Propriedades especiais requeridas. 3. Entrega no caso de betão fabricado no local pelo empreiteiro No caso de betão fabricado no local da obra pelo empreiteiro, em obras importantes ou quando se fabricam vários tipos de betão, deve ser fornecida a informação prevista nos números 1 e 2 . Artigo 32.º Consistência na entrega Se na entrega a consistência do betão não estiver conforme o especificado no artigo 46.º, o betão pode ser rejeitado. Se a consistência do betão puder ser ajustada por dosagem adicional de adjuvante para satisfazer os requisitos constantes do artigo 46.º, o betão pode ser aceite, desde Norma de Betões ............................................................... Página 60 Versão F que a dosagem total de adjuvante não exceda o limite máximo indicado pelo fornecedor. Artigo 33.º Colocação e compactação Após a amassadura, o betão deve ser colocado tão cedo quanto possível a fim de minimizar perdas de trabalhabilidade. A colocação do betão deve ser efectuada no prazo máximo de uma hora e trinta minutos (90 minutos), após o início da amassadura. No caso de serem utilizados adjuvantes retardadores, o tempo útil de colocação do betão deve ser devidamente justificado através de ensaios prévios para determinação do início de presa. A altura de queda livre do betão durante a colocação deve ser limitada de forma a evitar a sua segregação, não sendo de aceitar alturas de queda livre superiores a três metros. A espessura de cada camada de betão deve ser medida com régua, de modo que a espessura e a velocidade de colocação do betão em cada camada possam ser controladas. O betão deve ser cuidadosamente compactado durante a colocação, especialmente junto às armaduras do betão armado ou pré-esforçado, das bainhas e das ancoragens, e ainda nos cantos das cofragens, de modo a que se forme uma massa compacta e densa, sem vazios, em particular na zona do recobrimento das armaduras e ancoragens. Se o betão é compactado por agulha vibradora, esta deve ser "inserida rapidamente e retirada lentamente". Os pontos de vibração devem ser ordenados de modo a evitar pontos não vibrados e falhas de vibração. A superfície do betão deve ser suave e lisa, livre de bolhas grandes e de exsudação em bolhas pequenas. Enquanto se coloca e compacta o betão, deve haver o cuidado de não deslocar ou danificar as armaduras, cabos pré-esforçados, bainhas, ancoragens e cofragens. A segunda vibração antes da cura inicial do betão deve ser bem regulada, para se obter um betão denso e evitar micro fissuras dentro do betão. Em caso de haver exigências especiais para o acabamento da superfície, estas devem ser objecto de especificações adicionais. Artigo 34.º Cura e protecção 1. Generalidades Norma de Betões ............................................................... Página 61 Versão F Para que o betão adquira as propriedades requeridas e esperadas, em especial na zona superficial, é necessário adoptar processos adequados de cura e protecção, durante um período de tempo apropriado. A cura é um método de prevenção contra a secagem prematura, particularmente quando ocorrem situações de tempo seco ou de forte exposição solar ou condições de vento forte enquanto a protecção é um método de prevenção contra o arrastamento de finos pela chuva ou água corrente, evitando quer um arrefecimento brusco durante os primeiros dias após a colocação, quer grandes diferenças de temperatura interna, bem como a ocorrência de vibrações e impactos que podem fracturar ou fendilhar o betão ainda em fase de endurecimento e assim interferir com a sua aderência às armaduras. A prevenção contra a secagem consiste em impedir ou reduzir drasticamente a evaporação da água do betão, aplicando na sua superfície os métodos de cura previstos no número 2. Admite-se, todavia que esta prevenção possa ser conseguida no próprio interior do betão, recorrendo para tal a adjuvantes do tipo retentor de água. Após a compactação do betão, convém iniciar os processos de cura e protecção tão cedo quanto possível. A cura deve ser iniciada assim que estiverem terminadas as operações de acabamento das superfícies do betão, sem as danificar. Eventualmente pode ser necessário proceder a uma cura inicial, antes das operações de acabamento, para evitar fissurações por retracção inicial. 2. Métodos de cura Seguindo o princípio “primeira betonagem, primeira cura”, podem ser utilizados, individualmente ou combinados, os métodos que a seguir se indicam, devendo ser definidos antes do início dos trabalhos no local de obra. Os métodos para a cura de betão podem dividir-se em métodos com e sem utilização de água, sendo preferível a utilização de água. Com excepção dos resíduos dissolvidos e em suspensão para os quais nada se exige, os requisitos para a água de cura são os mesmos que para a água da amassadura. 1) Métodos com utilização de água: Cobertura das superfícies do betão com materiais saturados de água limpa e protecção destes materiais contra a secagem com membranas plásticas impermeáveis ao vapor de água; Pulverização da superfície do betão com água limpa, de forma a manter aquela superfície contínua e visivelmente húmida; Manutenção de uma camada de água limpa sobre as superfícies do betão; Cura por vapor na fase inicial e cura por aspersão na fase posterior. Norma de Betões ............................................................... Página 62 Versão F 2) Métodos sem utilização de água: Manutenção da cofragem no lugar, com cura das superfícies expostas por um dos restantes métodos a seguir indicados; Cobertura das superfícies do betão com membranas plásticas com espessura mínima de 0,125 mm totalmente impermeáveis à água e ao vapor de água, fixas à estrutura e sem juntas abertas, de forma a evitar correntes de ar entre a membrana e a superfície do betão; Pintura ou pulverização com membrana de cura. 3. Tempo de cura O tempo de cura depende do tempo necessário para atingir um certo grau de impermeabilidade (à água e ao vapor) nas zonas superficiais do betão (recobrimento da armadura), tendo em conta a maturidade do betão (estado de hidratação do cimento) e as condições ambientais. No Quadro 30 é indicado o tempo mínimo de cura em função do tipo de estrutura e do tipo de cimento. Em alternativa, o tempo mínimo de cura pode ser definido pela idade em que a resistência do betão atinge 70% do valor da classe de resistência especificada, excepto em estruturas de depósito de água (por exemplo, reservatórios e tanques de água), ou com exigências de impermeabilidade, ou em superfícies pavimentadas e em betão resistente à abrasão, em que o tempo mínimo de cura pode ser definido pela idade em que a resistência do betão atinge 85% do valor da classe de resistência especificada. Quadro 30. Tempos mínimos de cura Tipo de estrutura Estruturas de retenção de água ou com exigências de impermeabilidade Pavimentos rodoviários ou betão resistente à abrasão Resistência do betão à migração de iões de cloreto Outros tipos Cimento do tipo Outros tipos de cimento ou cimento do tipo com aditivos 14 dias 28 dias 9 dias 12 dias --- 28 dias 7 dias 12 dias 4. Minimização da fissuração superficial por retracção O betão em processo de endurecimento deve ser protegido contra os danos Norma de Betões ............................................................... Página 63 Versão F causados pelas restrições internas e externas aos movimentos de expansão consequentes do desenvolvimento de calor de hidratação interior, devendo também ser reforçado o controlo da temperatura. A diferença de temperatura entre a superfície e o centro da massa de um elemento de betão não deve exceder 20ºC. Devem ser definidas no projecto as disposições adequadas para limitar o estado de fendilhação, reduzindo consequentemente as tensões de tracção no betão. Devem nomeadamente ser estabelecidos em projecto os procedimentos apropriados para definir a localização, tipo e espaçamento entre juntas de construção e para implementar em obra a adequada sequência e faseamento de betonagens. Norma de Betões ............................................................... Página 64 Versão F CAPÍTULO V Procedimentos para o controlo de qualidade SECÇÃO I Controlo de qualidade Artigo 35.º Conteúdo O fabrico e os processos relativos ao transporte, colocação, compactação e cura do betão devem ser submetidos ao controlo de qualidade. O controlo da qualidade compreende duas partes distintas mas interligadas: Controlo de produção e controlo de conformidade. SECÇÃO II Controlo de produção Artigo 36.º Generalidades O controlo de produção compreende todas as medidas necessárias para manter a qualidade do betão em conformidade com as exigências especificadas. Este controlo inclui a selecção dos materiais constituintes, o projecto da mistura de betão, os processos de fabrico, as inspecções e ensaios, bem como a análise dos seus resultados no que respeita ao equipamento, materiais constituintes, betão fresco e betão endurecido. Para além da inspecção durante o processo de fabrico, este procedimento inclui ainda as inspecções locais antes da betonagem, assim como as inspecções respeitantes ao transporte, colocação, compactação e cura do betão fresco. Durante todos os processos acima referidos o controlo da produção deve ser efectuado pelo empreiteiro, produtor ou fornecedor do betão fresco, cada qual dentro do seu âmbito de intervenção. Todas as instalações e equipamentos devem estar disponíveis para realizar as inspecções, amostragens e ensaios necessários no equipamento, materiais e betão. Deve ser anotada num livro de registos toda a informação relevante relativa ao controlo de produção na obra, na central de betão pronto ou na fábrica de elementos pré-fabricados de betão nomeadamente: Nome dos fornecedores de cimento, agregados, adjuvantes e aditivos; Norma de Betões ............................................................... Página 65 Versão F Números das guias de remessa de cimento, agregados, adjuvantes e aditivos; Origem da água de amassadura; Consistência do betão; Massa volúmica do betão fresco; Razão água/material cimentício do betão fresco; Quantidade de água adicionada à mistura; Dosagem de cimento, agregados, adjuvantes e aditivos; Data e hora da betonagem dos provetes de ensaio; Número de provetes de ensaio; Cronograma indicando a execução de fases específicas da colocação e cura do betão; Origem da água de cura; Temperatura e outras condições meteorológicas durante a colocação e cura do betão; Elemento estrutural em que determinada amassadura foi aplicada. No caso de betão pronto deve ainda ser indicado o nome do fornecedor e o número da guia de remessa. Todas as alterações aos procedimentos especificados relativamente ao transporte, entrega, colocação, compactação e cura devem ser registadas e transmitidas à pessoa responsável. Os procedimentos de controlo de produção (na fase de fabrico) podem ser verificados por um organismo de certificação qualificado, como parte do controlo de conformidade. Os ensaios realizados no âmbito do controlo de produção, por acordo prévio, podem ser considerados para o controlo de conformidade. Artigo 37.º Controlo do fabrico 1. Controlo de betão pelo empreiteiro quando é utilizado betão fabricado no local Os materiais constituintes, o equipamento, o processo de fabrico e as propriedades do betão devem ser controlados a fim de verificar a sua conformidade com as especificações e as exigências da presente Norma. O tipo e a frequência das inspecções ou ensaios dos materiais constituintes devem estar de acordo com o indicado no Quadro 31. O controlo do equipamento deve assegurar que os meios disponíveis para a armazenagem, o equipamento de pesagem e medição, a betoneira e outra aparelhagem Norma de Betões ............................................................... Página 66 Versão F de controlo (por exemplo, os instrumentos para medição do teor de humidade dos agregados), estão em boas condições e satisfazem as exigências especificadas. A descrição e a frequência das inspecções ou ensaios devem estar de acordo com o indicado no Quadro 32. Para observar se o processo de fabrico está a ser correctamente executado e se o betão está conforme as exigências especificadas, devem ser efectuadas verificações, inspecções e ensaios de acordo com o indicado no Quadro 33. 2. Controlo de betão, num processo de produção contínua, pelo produtor de betão pronto ou por uma fábrica de produtos pré-fabricados de betão O produtor de betão pronto ou o fabricante de produtos pré-fabricados de betão deve efectuar as inspecções e os ensaios especificados nos Quadros 31, 32 e 33, conforme previsto no número 1. Se mais do que um tipo de betão é fabricado num processo de produção contínua, a frequência mínima dos ensaios de resistência à compressão deve ser determinada com base em famílias das composições. Os betões devem ser considerados como pertencentes à mesma família se forem produzidos com cimento do mesmo tipo, da mesma classe de resistência e provenientes de uma única origem, com agregados da mesma origem geológica e do mesmo tipo (por exemplo, britado ou natural) e com o mesmo tipo e origem de adjuvantes ou aditivos. Dentro de cada família, as propriedades relevantes de cada composição devem ser registadas e documentadas. A amostragem deve abranger toda a gama de composições fabricadas dentro de uma mesma família. 3. Controlo de betão pelo empreiteiro quando é utilizado betão pronto O controlo de betão pronto pelo empreiteiro deve ser efectuado de acordo com o indicado no Quadro 34 e compreende inspecções e ensaios de recepção no local da obra, bem como eventuais inspecções à fabrica, em caso de betão não certificado. Além disso, o empreiteiro deve obter do produtor do betão a informação especificada no artigo 31.º, número 1. Norma de Betões ............................................................... Página 67 Versão F Quadro 31. Controlo dos materiais constituintes Materiais 1 Cimentos (1) Inspecção da guia de remessa Inspecção da guia de remessa Inspecção do agregado antes da descarga Agregados (3) Ensaio de granulometria 2 3 4 Ensaio para detecção de impurezas 5 6 7 Adjuvantes (4) 8 9 10 11 Aditivos em pó (4) Aditivos em suspensão (4) 12 Inspecção do rótulo Inspecção do adjuvante Determinação da massa volúmica Inspecção da guia de remessa Inspecção da guia de remessa Determinação da massa volúmica Finalidade Frequência mínima Assegurar que o fornecimento está conforme Cada entrega o pedido (2) e que é de origem correcta Assegurar que o fornecimento está conforme Cada entrega o pedido e que é de origem correcta Comparação com a aparência habitual, relativamente à granulometria, forma e Cada entrega impurezas i) Primeira entrega de nova origem Avaliar a conformidade com a granulometria ii) Em caso de dúvida após normalizada ou outra acordada inspecção visual iii) Semanalmente i) Primeira entrega de nova origem Determinar a presença e quantidade de ii) Em caso de dúvida após impurezas inspecção visual iii) Mensalmente Assegurar que está conforme o pedido Cada entrega Comparação com a aparência normal i) Cada entrega ii) Durante a utilização Comparação com a massa volúmica nominal Cada entrega Assegurar que o fornecimento está conforme Cada entrega o pedido e é de origem correcta Assegurar que o fornecimento está conforme Cada entrega o pedido e é de origem correcta Assegurar a uniformidade Assegurar que a água não contém constituintes nocivos Ensaio de provetes Comparar a presa e a resistência de provetes de betão ou fabricados com água de qualidade argamassas reconhecida Análise química Água 13 Inspecção/ Ensaio Cada entrega Em caso de dúvida Em caso de dúvida (1) Recomenda-se que as amostras de cada tipo de cimento sejam colhidas e armazenadas, uma vez por semana, para ensaio em caso de dúvida. Para amostragem ver a norma EN 196-7. (2) Em cada entrega deve indicar-se na guia de remessa pelo menos o tipo, a origem e a classe de resistência. (3) A guia de remessa deve conter informação sobre o teor máximo de cloretos solúveis e indicar a possível susceptibilidade à reacção álcali-sílica, quando relevante. (4) Recomenda-se que em cada entrega se colham e armazenem amostras. Norma de Betões ............................................................... Página 68 Versão F Quadro 32. Controlo do equipamento 1 Equipamento Inspecção/ Ensaio Tremonhas, pilhas de armazenamento, silos, etc. Inspecção visual 2 Equipamento de pesagem Inspecção visual do funcionamento 3 Ensaio de calibração 4 Inspecção visual do funcionamento Finalidade Assegurar a conformidade com as exigências Assegurar que o equipamento de pesagem funciona correctamente Assegurar que a precisão está de acordo com o Quadro 29 Assegurar que o doseador está limpo e funciona correctamente Doseadores de adjuvantes Frequência mínima Semanal Diária i) Quando da instalação ii) Semestralmente Primeira amassadura do dia para cada adjuvante i) Quando da instalação ii) Mensalmente após 5 Ensaio de calibração Evitar dosagens imprecisas instalação iii) Em caso de dúvida i) Quando da instalação Comparação da Assegurar que a precisão está ii) Mensalmente após 6 Contador de água quantidade real com a de acordo com o Quadro 29 instalação leitura no indicador iii) Em caso de dúvida i) Quando da instalação Equipamento para medição Comparação do teor com ii) Mensalmente após 7 contínua do teor de água Assegurar a precisão a leitura no indicador instalação dos agregados finos iii) Em caso de dúvida Comparação da massa real dos constituintes na i) Quando da instalação Assegurar que a precisão de mistura com a massa ii) Mensalmente após doseamento está de acordo 8 pretendida, por método instalação com o Quadro 29 adequado ao sistema de iii) Em caso de dúvida Sistema de doseamento dosagem Assegurar que o sistema de 9 Inspecção visual doseamento funciona Diária correctamente Regularmente, de acordo Equipamento para execução Ensaios de acordo com as Verificar a conformidade e com o equipamento e grau de 10 de ensaios (incluindo mesa normas ou outros assegurar a precisão utilização, pelo menos vibratória e moldes) documentos normativos anualmente Betoneira (incluindo Verificar o desgaste do 11 Inspecção visual Mensal camiões betoneira) equipamento Norma de Betões ............................................................... Página 69 Versão F Quadro 33. Controlo do processo de fabrico e das propriedades do betão Verificação Inspecção/Ensaio Propriedades do betão resultante de 1 Ensaio Inicial um projecto de mistura inicial Teor de cloretos no 2 Determinação prévia betão fresco Finalidade Demonstrar que as propriedades especificadas se verificam com margem adequada Assegurar que o teor máximo de cloretos não é excedido 3 Teor de água dos agregados grossos Ensaio de secagem ou equivalente Determinar a massa seca do agregado e a água suplementar a adicionar 4 Teor de água dos agregados finos Sistema de medição contínuo, ensaio de secagem ou equivalente Determinar a massa seca do agregado e a água suplementar a adicionar Inspecção visual 5 6 Consistência do betão Resistência à compressão em 7 provetes moldados de betão Teor de água 8 adicionada ao betão fresco 9 10 11 12 13 Ensaio de consistência Ensaio de acordo com a norma ISO 1920-4 Ensaio de acordo com a norma ISO 1920-5 Temperatura do betão fresco Medição de temperatura 15 16 Propriedades da resistência à migração de iões de cloreto Ensaio de acordo com DB44/T 566 ou JTG/T B07-01 Antes de utilizar uma nova composição de betão ou quando se utiliza um novo material constituinte Ensaio inicial e no caso de aumento do teor de cloretos dos constituintes i) Não sendo contínua, diariamente ii) Conforme as condições locais e meteorológicas, podem ser necessários ensaios com maior ou menor frequência i) Não sendo contínua, diariamente ii) Conforme as condições locais e meteorológicas, podem ser necessários ensaios com maior ou menor frequência Comparar com a aparência normal Avaliar a conformidade com a classe exigida e verificar variações possíveis do teor de água i) Ao moldar provetes para ensaio do betão endurecido ii) Em caso de dúvida após inspecção visual Avaliar as resistências à compressão propostas na composição projectada Frequência igual à do controlo da conformidade e pelo menos como se indica no artigo 43.º Fornecer informações sobre a Registo da quantidade de razão água/material água adicionada cimentício Verificar o teor de cimento e Teor de cimento do Registo da quantidade de fornecer dados para a razão betão fresco cimento adicionado água/material cimentício Verificar o teor em adições e Teor de aditivos no Registo da quantidade de fornecer dados para a razão betão fresco aditivos utilizados água/material cimentício Teor de adjuvantes Registo da quantidade de Verificar a dosagem de no betão fresco adjuvantes utilizados adjuvantes Soma dos teores de água a Razão água/ dividir pela dosagem de Avaliar a razão água/ material cimentício material cimentício material cimentício no betão fresco (3+4+8+11) / (9) ou especificada (9+10) Comparação de amostras Avaliar a uniformidade da Uniformidade colhidas em diferentes amassadura partes da amassadura 14 Penetração de água Frequência mínima Cada amassadura ou carga Cada amassadura Cada amassadura Cada amassadura Cada amassadura Diária ou a que for especificada Em caso de dúvida i) Ensaio inicial ii) Ensaios seguintes, frequência a acordar i) Em caso de dúvida Verificar que não é atingida a ii) Se há houver temperatura temperatura exigida ou os especificada limites de temperatura - frequência a acordar, ou especificados - em cada amassadura, se a temperatura se aproxima do limite Verificar as propriedades da i) Ensaio inicial resistência do betão à ii) Ensaios seguintes, frequência a migração de iões de acordar cloreto Avaliar a resistência à penetração da água Norma de Betões ............................................................... Página 70 Versão F Quadro 34. Controlo de betão pronto pelo empreiteiro Assunto 1 Guia de remessa 2 3 Inspecção/Ensaio Inspecção visual Inspecção visual Consistência do betão Ensaio de consistência 4 Inspecção visual 7 Frequência mínima Cada entrega Cada entrega i) Ao moldar provetes para ensaio de betão endurecido ii) De acordo com o artigo 45.º Cada entrega Uniformidade do betão Comparação de amostras colhidas em partes diferentes da amassadura Avaliar a uniformidade da amassadura Aspecto geral do betão Inspecção visual Comparar com a aparência Cada entrega normal, por exemplo, a cor Controlo de produção pelo fornecedor do betão Verificar se se trata de um betão pronto certificado, caso contrário, deve ser efectuada uma inspecção à fábrica de betão pronto Assegurar que o controlo de fabrico é efectuado Ensaio de acordo com a norma ISO 1920-4 Avaliar a resistência à A exigida pelo controlo de compressão da composição conformidade Ensaio de acordo com a norma ISO 1920-5 Avaliar a resistência à penetração de água no betão A exigida pelo controlo de conformidade Ensaio de acordo com a DB44/T 566 ou JTG/T B07-01 Avaliar a resistência do betão à migração de iões de cloreto A exigida pelo controlo de conformidade 5 6 Finalidade Assegurar que a entrega corresponde ao especificado Comparar com a aparência normal Avaliar a conformidade com a classe de consistência requerida Comparar com a aparência normal Ensaios de resistência à compressão do betão por amostragem na obra Ensaio à 9 impermeabilidade do betão por amostragem e fabrico no local da obra Ensaios de resistência do betão à migração 10 de iões de cloreto por amostragem e fabrico no local da obra 8 Em caso de dúvida, após inspecção visual i) Primeiro contrato com novo fornecedor ii) Em caso de dúvida Artigo 38.º Inspecção antes da betonagem Antes de se iniciarem as operações de betonagem, e para além das regras de garantia de qualidade estabelecidas no Título IV do Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 60/69/M, de 7 de Outubro, devem ser inspeccionados, no mínimo, os seguintes aspectos no local da obra: Geometria da cofragem e posicionamento das armaduras; Remoção de poeira, serradura e restos de arame de ligação, no interior das Norma de Betões ............................................................... Página 71 Versão F cofragens; Remoção de todas as fixações metálicas auxiliares de cofragem que atravessem a espessura de recobrimento das armaduras (por exemplo, arames e fitas metálicas), com excepção dos tirantes entre faces opostas da cofragem, se adequadamente detalhados e aprovados; Utilização de espaçadores entre as armaduras e a cofragem apropriados, que não prejudiquem a qualidade da zona de recobrimento das armaduras (não devem ser utilizados espaçadores de argamassa ou de betão fabricados no local da obra); Localização, pormenorização e tratamento das juntas de construção (por exemplo, molhagem das superfícies, exposição de agregados, aplicação de produtos de adesão superficial); Molhagem das cofragens de madeira; Estabilidade das cofragens; Estanquidade das cofragens para evitar fuga da pasta de cimento; Preparação da superfície interior das cofragens (por exemplo, limpeza e agentes descofrantes); Limpeza de armaduras por remoção de depósitos superficiais que diminuam a sua aderência ao betão (por exemplo, óleos, pinturas, ferrugem solta); Localização, estabilidade e limpeza das fixações ou bandas water-stop a embeber no betão. Artigo 39.º Inspecção durante o transporte, colocação, compactação e cura de betão fresco Considerando as especificações aplicáveis e as regras de bem construir, durante as operações de betonagem, devem ser inspecicionados, no mínimo os seguintes aspectos: 1. Transporte Deve ser assegurado que a calha de escoamento está apertada e segura durante o transporte, de modo a evitar situações de risco para transeuntes e problemas de tráfego; A velocidade de rotação da betoneira de betão (camião betoneira) deve ser de 2-10 r/min quando o betão fresco é carregado no camião e de 2-3 r/min quando o camião circular por uma estrada regular, devendo parar de rodar quando a estrada estiver em más condições ou a sua inclinação for maior que 50 graus, até regressar a uma estrada regular; Norma de Betões ............................................................... Página 72 Versão F O tempo de transporte do betão não deve exceder o tempo de transporte permitido, indicado pelo fabricante. A rotação da betoneira de betão não deve ser interrompida por um longo período a fim de evitar segregação. O motorista deve sempre prestar atenção ao betão de modo a poder informar o coordenador e tomar medidas imediatas no caso de ocorrência de qualquer situação incomum; A betoneira que contém betão fresco não deve permanecer no local da obra mais de uma hora devendo o responsável tomar imediatamente as medidas necessárias; Deve ser efectuada uma rotação adicional da betoneira à velocidade de 10-12 r/min durante 1 min antes do descarregamento do betão; Depois do betão ter sido descarregado, o passo seguinte é colocar a conduta de plástico existente na betoneira e injectar água na entrada, saída, êmbolo e rampa de descarga da betoneira, assegurando que estão bem limpos e que foram retirados todos os resíduos de betão e sujidades existentes no camião;Seguidamente deve ser adicionada 150-200L de água à betoneira que deve girar a uma velocidade baixa durante o seu regresso à fabrica de modo que o seu interior seja lavado evitando que fiquem colados resíduos à betoneira e à lâmina de mistura; Por último deve proceder-se à descarga de toda a água existente na betoneira. 2. Betonagem Distribuição uniforme do betão no interior das cofragens; Compactação uniforme sem segregação; Altura máxima admitida para a queda livre do betão; Espessura das camadas sucessivas de betonagem; Intervalo de tempo entre a betonagem de duas camadas sucessivas; Ritmo de betonagem e subida do betão fresco nas cofragens laterais, tendo em consideração a sua resistência admissível ao impulso do betão fresco; Intervalo de tempo entre a amassadura ou entrega do betão e a sua colocação, tendo em consideração o tempo limite especificado; As operações de betonagem contínuas podem incluir interrupções de curta duração, não superior a uma hora, mas se esse período for ultrapassado a operação de betonagem deve terminar, sendo instaladas as juntas de construção convenientes; Medidas especiais sob condições meteorológicas extremas como é o caso de temperaturas elevadas, fortes chuvadas e ventos fortes; Tratamento das juntas de construção a executar antes do endurecimento do betão; Sequência das operações de betonagem e tempos de espera entre betonagens Norma de Betões ............................................................... Página 73 Versão F contíguas; Operações de acabamento tendo em atenção o acabamento especificado para superfícies aparentes; Método de betonagem e tempo de cura tendo em atenção as condições ambientais e o desenvolvimento requerido de resistência; Ausência de danos provocados por vibração ou choques externos, no betão recentemente colocado. 3. Compactação A agulha vibradora deve ser "inserida rapidamente e retirada lentamente" no betão de modo a que a superfície deste seja suave e lisa, livre de bolhas grandes e de exsudação regular com menos bolhas; Cada ponto deve ser vibrado durante 15-20s. A agulha vibradora deve ser inserida na sub-camada de betão até uma profundidade de 5 cm; Arranjo dos pontos de vibração: a distância entre pontos de vibração deve ser 1,5 vezes o raio efectivo da agulha vibradora; Cada ponto deve vibrar ordenadamente, de modo a evitar pontos não vibrados ou insuficientemente vibrados; Para efectuar a vibração na camada inferior do betão, área com densa distribuição de armadura, devem ser designados trabalhadores especializados; A vibração secundária deve ser efectuada bem antes da presa inicial do betão de modo a obter um betão denso sem micro-fissuras; Devem ser tomados cuidados especiais em redor das aberturas e componentes embebidos, de modo a evitar danos e deslocamentos dos mesmos. 4. Cura Deve ser cumprido o princípio de “primeira betonagem, primeira cura”; Sempre que as circunstâncias o permitam, pode ser implementado o processo de cura à sombra (por exemplo, com toldo de cura), podendo-se utilizar moldes de madeira, com membranas de geo-textil e plásticas para cobrir as superfícies laterais; Com o intuito de reforçar o controlo de temperatura do betão e de acordo com resultado dos ensaios de temperatura, devem ser adoptados métodos adequados de cura para assegurar uma diferença de temperatura entre o exterior e o interior do betão inferior a 20ºC e uma velocidade de arrefecimento inferior a 2ºC/d; Deve ser reforçado o controlo do estado da superfície do betão, assegurando que esta esteja sempre húmida; Norma de Betões ............................................................... Página 74 Versão F Devem ser aplicados agentes de cura imediatamente após a remoção das cofragens dos lados das paredes em geral. Podem ser penduradas 1-2 camadas de geo-textil para manter a superfície húmida e a temperatura adequada. SECÇÃO III Controlo de conformidade Artigo 40.º Generalidades As propriedades do betão usadas para o controlo de conformidade são testadas por ensaios de conformidade através dos procedimentos normativos constantes da presente Norma( ver art. 35). A conformidade ou não conformidade é apreciada com base nos procedimentos indicados nesta Secção. A conformidade conduz à aceitação enquanto que a não conformidade deve conduzir a posteriores acções correctivas. A inspecção, a dimensão dos lotes, a amostragem e os critérios de conformidade devem estar de acordo com os procedimentos estabelecidos nos artigos 41.º a 50.º. Para as propriedades não incluídas nestes artigos, os critérios de conformidade devem ser acordados tendo em conta o sistema de verificação e o nível de segurança pretendido para a estrutura ou seus componentes. O controlo de conformidade aplica-se igualmente ao betão para elementos pré-fabricados salvo se as normas específicas do produto contiverem um conjunto de procedimentos de controlo de conformidade equivalente ao estabelecido na presente Norma. Em qualquer das situações os procedimentos para recepção destes elementos em obra devem ser definidos caso a caso, de modo a garantir que a qualidade do betão não seja inferior à estabelecida na presente Norma. Artigo 41.º Sistemas de verificação do controlo de conformidade O controlo de conformidade de betão produzido em centrais de betão pronto, em fábricas de pré-fabricação de produtos de betão ou em estaleiros de obra, pode ser verificado ou por um organismo independente devidamente certificado para o efeito ou pelo dono da obra. Esta verificação refere-se apenas à selecção dos materiais constituintes e ao processo de fabricação propriamente dito, não abrangendo o transporte, a colocação em obra e a cura. Norma de Betões ............................................................... Página 75 Versão F 1. Betão certificado Um organismo de certificação, autorizado pelo Governo da Região Administrativa Especial de Macau, deve proceder à verificação da conformidade para confirmar e certificar que a produção está sujeita a um controlo sistemático, de acordo com o artigo 37.º e que os resultados dos ensaios deste controlo satisfazem as propriedades exigidas para os materiais constituintes, para o betão fresco e para o betão endurecido. O esquema para certificação do betão deve ser aprovado pela DSSOPT e é suficiente para confirmar e certificar a conformidade do betão produzido, nos termos da presente Norma. 2. Betão não certificado O dono da obra ou o seu representante, com pessoal devidamente qualificado para o efeito, deve proceder à verificação da conformidade averiguando se os resultados dos ensaios do controlo de fabrico satisfazem as propriedades exigidas para os materiais constituintes, para o betão fresco e para o betão endurecido. Esta verificação deve incluir uma análise do projecto da mistura inicial e a subsequente verificação da mistura de ensaio inicial, pelo menos 35 dias antes de a produção ter início. O projecto da mistura inicial, preparado e submetido pelo fabricante, deve ser analisado de modo a verificar se a composição da mistura proposta, as propriedades dos materiais constituintes pré-seleccionados e os resultados apresentados de ensaios iniciais recentes satisfazem as especificações requeridas para o betão, tendo em conta as particularidades construtivas da obra e as condições de exposição ambiental correspondentes. Com a finalidade acima referida, o ensaio de reactividade alcalina da areia de rio não deve exceder os três meses. O ensaio de teor de cloro da areia de rio não deve exceder um mês. Para outros materiais constituintes, os ensaios não devem exceder os seis meses. Os "ensaios iniciais" do betão não deve ter mais de três meses. Utilizando a composição pré-definida no projecto da mistura inicial, a correspondente mistura de ensaio inicial deve ser preparada pelo fabricante em instalação fabris, na presença do dono da obra ou do seu representante, de modo a verificar se a composição da mistura, os materiais constituintes, os procedimentos de fabrico e os resultados dos ensaios iniciais sobre o betão fresco e endurecido satisfazem as especificações requeridas. De três amassaduras, realizadas em dias diferentes, pelo menos três provetes de cada uma delas devem ser testados à compressão. Para verificar a conformidade dos resultados de ensaio inicial, os valores Norma de Betões ............................................................... Página 76 Versão F de resistência obtidos para as amassaduras, devem satisfazer as seguintes condições: fcm fc,min ≥ fck ≥ fck + 1.645 sn + 5 onde: fcm fc, min fck sn –resistência média do conjunto dos cubos ensaiados; –menor valor individual de resistência dos cubos ensaiados; –resistência característica especificada para o betão; – desvio padrão das resistências do conjunto de amostras (valor estatístico de mais de 30 amostras do mesmo tipo de betão e valor mínimo atribuído de 3.0MPa; 5.0MPa caso não existam registos estatísticos). Para volumes totais de um betão não excedendo 60 m3, o dono de obra ou o seu representante pode dispensar a exigência de verificação da mistura de ensaio inicial referida nos parágrafos anteriores, se o projecto de mistura inicial proposto corresponder a uma “mistura de ensaio inicial” já verificada e aprovada para outro projecto, num período de tempo não superior a três meses e forem fornecidos documentos de controlo de qualidade suficientes. Neste caso os documentos comprovativos desta correspondência e aprovação devem integrar a proposta de projecto de mistura inicial. Como parte desta verificação, o dono da obra ou o seu representante pode ensaiar amostras por ele colhidas para confirmar os resultados do controlo de produção, a natureza dos materiais constituintes e a composição da mistura. 3. Ensaios de recepção no local da obra Em qualquer situação, mesmo tratando-se de betão certificado, o dono da obra deve pedir ao empreiteiro que execute ensaios de recepção no local da obra e deve verificar a sua conformidade, com base nos planos de amostragem e critérios de conformidade, conforme estabelecidos nos artigos 42.º a 50.º. Artigo 42.º Dimensão dos lotes a adoptar na obra para avaliação da conformidade da resistência à compressão do betão Para verificar a conformidade da resistência do betão em obra, o volume de betão utilizado deve ser dividido em lotes. Norma de Betões ............................................................... Página 77 Versão F O volume total de betão de um lote deve ser produzido em condições consideradas uniformes (da mesma família, tal como definido no artigo 37.º, número 2). A dimensão de um lote deve corresponder ao menor dos seguintes valores: Quantidade de betão fornecido para cada andar de um edifício ou para um conjunto de vigas, lajes, colunas ou paredes de um edifício, ou para partes similares de outro tipo de estruturas; Um volume inferior a 450 m3; Produção em volume correspondente a uma semana de betonagens. Artigo 43.º Plano de amostragem para avaliação da conformidade da resistência à compressão do betão 1. Plano de amostragem a adoptar em obra no caso de ser utilizado betão pronto A amostragem deve ser sempre efectuada no local de betonagem. Por cada lote, devem colhidas pelo menos três amostras separadamente sendo a frequência de amostragem não inferior ao maior dos seguintes valores: uma amostra por cada 30m3 de betão ou uma amostra por cada dia de betonagem (75m3 no caso de betão certificado). No caso de betonagem contínua de um mesmo tipo de elementos estruturais (por exemplo, lajes, pilares, paredes ou fundações), com a mesma classe de betão e volume superior a 200m3, pode adoptar-se uma frequência de amostragem não inferior a uma amostra por cada 50 m3 de betão (75 m3 no caso de betão certificado). Se um lote corresponde apenas a uma ou duas descargas (de um ou dois camiões-betoneira ou de uma central de betonagem), é suficiente colher apenas uma ou duas amostras respectivamente. Quando o betão não é utilizado em elementos estruturais importantes, tais como vigas, colunas, paredes resistentes, lajes, consolas (lajes e vigas), podem ser colhidas apenas uma ou duas amostras, para lotes de dimensão não superior a 30 ou 60 m3, respectivamente (75 ou 150 m3 no caso de betão certificado). 2. Plano de amostragem a adoptar em obra no caso de ser utilizado betão fabricado no local Deve ser aplicado o plano de amostragem definido o número 1. 3. Plano de amostragem a adoptar em fábricas de pré-fabricação Norma de Betões ............................................................... Página 78 Versão F Deve ser aplicado o plano de amostragem definido no número 1, mas a amostragem deve ser efectuada no local de fabrico dos elementos pré-fabricados. 4. Plano de amostragem a adoptar no fabrico contínuo de betão em centrais de betão pronto A verificação da conformidade de acordo com o disposto no presente número, deve servir de base para a certificação do betão. A amostragem deve efectuada, nas centrais de betão, em cada família de betão fabricado em condições consideradas uniformes, com base no volume total ou no tempo de fabrico, adoptando-se o maior dos seguintes números de amostras: Uma amostra por cada 75 m3 de betão, não excedendo um total de 15 amostras por dia; Uma amostra por dia de fabrico. 5. Plano de amostragem a adoptar no caso de ensaios de carotes retiradas da estrutura Se os resultados dos ensaios em provetes moldados não satisfizerem as exigências de conformidade, não estiverem disponíveis, ou não forem em número suficiente para cumprir os planos de amostragem definidos anteriormente, ou ainda quando os defeitos de execução ou a interferência de condições meteorológicas extremas originem dúvidas quanto à resistência, durabilidade e segurança da estrutura, devem ser realizados ensaios suplementares em carotes retiradas da estrutura. Estes ensaios podem ser acompanhados de outros não destrutivos, nomeadamente os indicados nas normas EN 12504-2, EN 12504-3 e EN 12504-4. Cada zona ou local na estrutura a que corresponda uma amostra em falta ou um resultado de amostra em dúvida deve ser devidamente identificada e registada, devendo extrair-se, pelo menos, três carotes com diâmetros compreendidos entre 100 mm e 150 mm. Podem ser utilizadas carotes com diâmetros diferentes dos indicados em casos devidamente justificados e se tiver havido acordo prévio entre as partes envolvidas. A inspecção visual e o ensaio das carotes, incluindo a correcção dos resultados da resistência à compressão, devem ser efectuados de acordo com a norma BS 1881: Parte 120. Esta correcção dos resultados é consequência da presença de armaduras, da orientação da carote relativamente à direcção de betonagem e da relação entre a altura e o diâmetro da carote. Norma de Betões ............................................................... Página 79 Versão F Para a verificação da conformidade, cada um dos resultados de amostra em dúvida, ou em falta, deve ser completado, pela média de pelo menos três valores da resistência estimada em cubo de controlo, para a correspondente localização; O valor médio não deve ser menor que 100% da resistência característica e o valor mínimo deve ser de, pelo menos, 85%. Artigo 44.º Critérios de conformidade para a resistência à compressão do betão 1. Critérios gerais de conformidade para a resistência à compressão 1) Critério 1 Este critério aplica-se quando a conformidade é verificada em seis ou mais amostras consecutivas, cujas resistências são x1, x2 .... xn. O valor da resistência de uma amostra deve ser igual ao valor médio dos resultados do ensaio de pelo menos dois provetes. Se a diferença entre o maior e o menor resultado dos provetes exceder 15% da resistência da amostra, deve esta amostra ser rejeitada, excepto no caso de haver uma justificação evidente para rejeitar algum dos resultados de ensaio de um provete. Se as restantes amostras forem em quantidade menor que seis, então deve ser-lhes aplicado para a sua análise o critério 2. O valor da resistência da amostra, expresso em MPa, deve satisfazer as seguintes condições: fcm fc,min ≥ fck ≥ fck + λ sn - k onde: fcm – resistência média do conjunto de amostras; fc,min – menor valor individual do conjunto de amostras; sn – desvio padrão das resistências do conjunto de amostras; fck – resistência característica especificada para o betão; λ e k – constantes que dependem do número (n) de amostras (Quadro 35). Se existirem mais do que 15 resultados de amostra, o critério 1 deve ser utilizado em todos os 15 resultados consecutivos de amostras. Norma de Betões ............................................................... Página 80 Versão F Quadro 35. Valores de λ e k n λ k 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 1,87 1,77 1,72 1,67 1,62 1,58 1,55 1,52 1,50 1,48 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 2) Critério 2 Este critério aplica-se quando a conformidade é verificada em duas, três, quatro ou cinco amostras consecutivas, cujas resistências são x1...xn (n=2, 3, 4 ou 5). O valor da resistência de uma amostra deve ser o valor médio dos resultados do ensaio de pelo menos dois provetes. Se a diferença entre o maior e o menor resultado dos provetes exceder 15% da resistência da amostra, deve esta amostra ser rejeitada, excepto no caso de haver uma justificação evidente para rejeitar algum dos resultados de ensaio de um provete. Se as restantes amostras forem em quantidade menor que dois, devem ser extraídas carotes na estrutura de acordo com o artigo 43.º, número 5. O valor da resistência da amostra, expresso em MPa, deve satisfazer as seguintes condições: fcm fc,min ≥ fck ≥ fck + 5 - 1 onde: fcm – resistência média do conjunto de amostras; fc,min – menor valor individual do conjunto de amostras; fck – resistência característica especificada para o betão. 3) Critério 3 Este critério aplica-se quando a conformidade é verificada considerando apenas uma amostra cujas resistências são x1. O valor da resistência de uma amostra deve ser o valor médio dos resultados do ensaio de pelo menos dois provetes. Se a diferença entre o maior e o menor resultado dos provetes exceder 15% da resistência da amostra, deve esta amostra ser rejeitada, excepto no caso de haver uma justificação evidente para rejeitar algum dos resultados Norma de Betões ............................................................... Página 81 Versão F de ensaio de um provete. O valor da resistência da amostra, expresso em MPa, deve satisfazer as seguintes condições: x1 ≥ fck onde: fck - resistência característica especificada para o betão. 2. Critérios de conformidade a adoptar em obra no caso de ser utilizado betão fabricado no local Devem ser aplicados os critérios gerais de conformidade estabelecidos no número 1. 3. Critérios de conformidade a adoptar em obra no caso de ser utilizado betão pronto São possíveis duas opções para definir os critérios de conformidade a adoptar em obra, no caso de ser utilizado betão pronto: 1) Betão não certificado Aplicam-se os critérios de gerais de conformidade estabelecidos no número 1. 2) Betão certificado Para avaliação da conformidade deve ser adoptado um dos seguintes critérios: Para um número de amostras n ≥ 6, deve ser aplicado o critério 1 estabelecido no número 1, mas com valor de λ = 1,48 na fórmula de fcm; Para duas, três, quatro ou cinco amostras deve ser aplicado o critério 2 estabelecido no número 1, e a resistência em MPa deve satisfazer as seguintes condições: fcm fc,min ≥ fck ≥ fck + 3 - 1 onde: fcm – resistência média do conjunto de amostras; fc,min – menor valor individual do conjunto de amostras; fck – resistência característica especificada para o betão Para uma amostra deve ser aplicado o critério 3 estabelecido no número 1, para lotes não superiores a 75 m3. Norma de Betões ............................................................... Página 82 Versão F 4. Critérios de conformidade a adoptar no fabrico contínuo de betão em centrais de betão pronto A verificação da conformidade de acordo com o disposto no presente número, deve servir de base para a certificação do betão pronto. Admite-se a existência de conformidade se os resultados dos ensaios satisfizerem os requisitos estabelecidos no critério 1. 5. Critérios de conformidade a adoptar em fábricas de pré-fabricação Devem ser aplicados os critérios gerais de conformidade estabelecidos no número 1. Artigo 45.º Plano de amostragem e critérios de conformidade para a consistência do betão Deve ser efectuada uma inspecção visual de cada amassadura ou descarga ou, no caso de betão pronto, de cada entrega. A colheita de uma amostra para o ensaio de consistência deve ser representativa da amassadura, descarga ou entrega. É admitida a conformidade se a consistência pertencer à classe de consistência especificada. A consistência deve ser determinada sempre que se fabricam provetes para ensaio e pelo menos em cada 15 m3 de betão recebido em obra. A amostragem e o ensaio devem ser efectuados de acordo com as normas ISO 1920-1 e ISO 1920-2 respectivamente. Quando a conformidade é verificada em obra, a amostra para ensaio deve ser colhida após uma descarga inicial de cerca de 0,3 m3. Quando o resultado do ensaio não satisfizer as exigências, o ensaio deve ser repetido sobre uma segunda amostra, colhida do mesmo modo, sendo declarada a não conformidade do betão se o resultado do segundo ensaio não satisfizer as exigências da classe de consistência especificada. Artigo 46.º Plano de amostragem e critérios de conformidade para a razão água/material cimentício A frequência da amostragem e das determinações deve ser acordada previamente, mas nunca pode ser menor do que uma determinação por cada dia de betonagem. Norma de Betões ............................................................... Página 83 Versão F Podem ser aceites os resultados do controlo de produção, quando efectuados de acordo com as exigências indicadas no Quadro 34. No entanto, em caso de dúvida devem ser colhidas amostras. É admitida a conformidade da razão água/material cimentício se o valor médio da razão A/MC não for superior ao valor especificado e se os valores individuais não excederem o valor especificado em mais de 0,02. Artigo 47.º Plano de amostragem e critérios de conformidade para a dosagem de cimento e de material cimentício A frequência da amostragem e das determinações deve ser previamente acordada. É admitida a conformidade na dosagem de cimento e material cimentício se os valores médios da dosagem de cimento e de material cimentício forem iguais ou superiores aos valores especificados. Podem existir valores individuais inferiores, mas não mais do que 5% do valor especificado. Artigo 48.º Plano de amostragem e critérios de conformidade para a penetração da água no betão A frequência da amostragem e dos ensaios deve ser previamente acordada. Um conjunto de amostras deve incluir pelo menos três espécies. É admitida a conformidade se o valor máximo da profundidade de penetração de água para qualquer provete individual for inferior a 50 mm e se o valor médio da profundidade de penetração dos provetes individuais for inferior a 20 mm. A razão água/material cimentício não deve exceder 0,55.. Artigo 49.º Plano de amostragem e critérios de conformidade para o teor de cloretos no betão A frequência dos ensaios e os métodos de determinação devem ser previamente acordados. Os métodos de determinação mais comuns são: Cálculos baseados no teor máximo nominal de cloretos dos materiais constituintes; Determinação do teor de cloretos no betão fresco ou endurecido. Os valores obtidos não devem exceder os valores máximos indicados nos Quadros 8 e 9. A determinação deve ser efectuada para cada composição e deve ser repetida se Norma de Betões ............................................................... Página 84 Versão F houver alteração dos materiais constituintes. Artigo 50.º Plano de amostragem e critérios de conformidade para as propriedades de resistência do betão à migração de iões de cloreto A frequência dos ensaios e os métodos para determinação das propriedades de resistência do betão à migração de iões de cloreto devem ser previamente acordados. Um conjunto de amostras deve incluir pelo menos três espécies. O valor da resistência do betão à migração de iões de cloreto corresponde à média dos resultados do ensaio das três espécies. Se as diferenças entre qualquer um dos valores dos ensaios e o valor médio exceder 15% do valor médio, toma-se o valor médio como o resultado do ensaio; se dois valores de ensaio das espécies exceder 15% do valor médio, toma-se o máximo. Se o resultado de ensaio da resistência do betão à migração de iões de cloreto é menor que o valor de projecto, a resistência do betão à migração de iões de cloreto é aceitável. Um conjunto de amostras deve incluir pelo menos três espécies. É admitida a conformidade se o valor máximo da profundidade de penetração de água para qualquer provete individual for inferior a 50 mm e se o valor médio da profundidade de penetração dos provetes individuais for inferior a 20 mm. A razão água/material cimentício não deve exceder 0,55.. Norma de Betões ............................................................... Página 85 Versão F Apêndice 1:Referência para betão e materiais constituentes Certificação de Qualidade Relatório do ensaio da perda ao rubro Relatório do ensaio de resíduos insolúveis Relatório do ensaio do teor de sulfatos Relatório do ensaio do teor de cloretos Cimento Relatório do ensaio de resistência à compressão Relatório do ensaio do tempo de presa Relatório do ensaio de expansibilidade Relatório do ensaio de finura Relatório do ensaio do teor de álcalis Relatório do ensaio do teor de cinza volante Registo de requisição de material e certificado de origem Relatório do ensaio de dióxido de sílica reactivo Relatório de SiO2+Al2O3+Fe2O3 Relatório do ensaio da perda ao rubro Relatório do ensaio do teor de cloretos Relatório do ensaio do teor de anidrido sulfúrico Relatório do ensaio do teor de óxido de cálcio livre Relatório do ensaio do teor de óxido de cálcio reactivo Cinza volante Relatório do ensaio do teor de fosfato solúvel Relatório do ensaio do teor de óxido de magnésio Relatório do ensaio do teor total de óxido de álcalis Relatório do ensaio do tempo de presa inicial Relatório do ensaio de finura Relatório do ensaio de determinação do índice de actividade Relatório do ensaio de expansibilidade Relatório do ensaio de densidade das partícula Registo de requisição de material e certificado de origem Relatório do ensaio de resistência mecânica Relatório do ensaio de absorção de água Relatório do ensaio de material orgânico Relatório do ensaio de partículas muito finas e materiais solúveis Relatório do ensaio do teor de sulfatos Relatório do ensaio de sais de cloretos solúveis na água Agregados Relatório do ensaio de determinação do índice de achatamento Relatório do ensaio de determinação do índice de alongamento Relatório do ensaio de Los Angeles Relatório do ensaio de reactividade potencial com cimento álcalis – método da barra da argamassa Relatório do ensaio de densidade relativa Relatório do ensaio de análise granulométrica Método de ensaio do teor totalde humidade Método de ensaio do teor de água superficial Norma de Betões ............................................................... Página 86 Versão F Relatório do ensaio de determinação do pH Relatório do ensaio de resíduos dissolvidos Relatório do ensaio de resíduos em suspensão Água da amassadura(1) Relatório do ensaio de material orgânico Relatório do ensaio de cloretos Relatório do ensaio de sulfatos Relatório do ensaio do teor total de álcalis Catálogo dos produtos Relatório do ensaio de determinação do pH Relatório do ensaio de densidade relativa Aditivos Relatório do ensaio do teor de sólidos Relatório do ensaio do teor de cloretos solúveis na água Relatório do ensaio do teor total de cloretos Relatório do ensaio do teor de álcalis Relatório do ensaio do teor de ar no betão fresco Relatório do ensaio de consistência Relatório do ensaio de densidade Relatório do ensaio do teor de ar Betão fresco Relatório do ensaio de exsudação Relatório do ensaio da razão água/material cimentício Relatório do ensaio do tempo de presa Relatório do ensaio de resistência à compressão Relatório do ensaio de resistência à flexão Relatório do ensaio de resistência à tracção por compressão Relatório do ensaio de tensão directa Relatório do ensaio do módulo de elasticidade estática Relatório do ensaio de absorção de água Betão endurecido Relatório do ensaio da razão água/material cimentício Relatório do ensaio do teor de cloretos Relatório do ensaio de resistência à abrasão Relatório do ensaio de resistência à migração de iões de cloreto Relatório do ensaio de impermeabilidade Relatório do ensaio de retracção por secagem Relatório do ensaio de densidade Informação estatística sobre a resistência à compressão Outros Relatório de ensaio inicial do betão no período de 3 meses Nota:(1)Não são necessários ensaios se na amassadura for usada água de abastecimento publico. Norma de Betões ............................................................... Página 87 Versão F